SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre o Ge�logo Greg Bradem
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2012 11:04

> Vish, mas então PB, por que não andamos em carros voadores?
 
Porque gastamos mais petróleo andando aqui embaixo!
No instante em que a Shell e a BP (British Petroleum)
criarem uma forma de tirar dinheiro do céu, a coisa
se inverterá. E se complicará também! Já pensou uma
loira tentando fazer baliza em seu carro voador, 10
andares acima de nossas cabeças? E o motor do carro
morrer?
 
*PB*
 
 
 
 
Sent: Friday, April 13, 2012 8:01 PM
Subject: RE: [ciencialist] Re: Sobre o Geólogo Greg Bradem
 



 
 
 
 
Vish, mas então PB, por que não andamos em carros voadores? rs
 
Thiago.
 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: peskybee2@gmail.com
Date: Fri, 13 Apr 2012 17:05:30 -0300
Subject: Re: [ciencialist] Re: Sobre o Geólogo Greg Bradem

 
> Mas de certa forma, se você observar com carinho, as ciências
> médicas também têm origem grega. E os conhecimentos de
> Astronomia os Sumérios. E assim por diante...
 
Thiagão, ficou pior ainda! Agora em vez de 4 séculos, estamos
falando de mais de 2 mil anos de atrasos! ;-)
 
*PB*
 
 
 
Sent: Friday, April 13, 2012 12:51 PM
Subject: RE: [ciencialist] Re: Sobre o Geólogo Greg Bradem
 



[hahahaha]

Eu quis dizer de maneira geral, né...

Mas de certa forma, se você observar com carinho, as ciências médicas também têm origem grega.
E os conhecimentos de Astronomia os Sumérios. E assim por diante...

Thiago.



To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: peskybee2@gmail.com
Date: Fri, 13 Apr 2012 10:11:05 -0300
Subject: Re: [ciencialist] Re: Sobre o Geólogo Greg Bradem

 
 
> As verdades científicas como da aceleração da gravidade,...
 
Thiagão, acredito que tu estejas precisando urgente atualizar
as tuas concepções acerca dos grandes avanços da ciência (em pelo
menos uns 4 séculos!).
 
*PB*
 
 
 
Sent: Thursday, April 12, 2012 11:04 PM
Subject: RE: [ciencialist] Re: Sobre o Geólogo Greg Bradem
 


[Respondendo ao Homero]

Honestamente Homero, não acredito em "casos perdidos". Só acredito em pessoas (seres humanos)
mal (muito mal) compreendidos. Indivíduos que a si mesmo se compreendem mal e são mal compreendidos,
pois o esforço "tautológico" para conhecer a verdade do outro é um esforço tão inútil quanto irrelevante.
Isso é o que a gente vê todos os dias nas ruas. A antropologia fez grandes avanços nesse sentido,
no sentido da compreensão do indigena (mais precisamente). E hoje é mais fácil para muitos
compreender o indígena que compreender o homem "civilizado" devido ao confuso contexto.

A ciência tem feito grandes avanços. Sem dúvida isto é fundamental! Em nenhum momento quero desqualificar
a "verdadeira ciência". As verdades científicas como da aceleração da gravidade, entre outros procedimentos
médicos e conhecimentos de astronomia são fundamentais para a compreensão humana.

> [...] e sua reclamação não tem razão de ser.
Mas veja bem, dizer como alguns sugerem que "sociologia" não é ciência (não estou dizendo que esse seja o
seu ponto de vista, nem o ponto de vista de todos da lista, mas apenas daqueles que tive contato), já vão dizer
também  que "antropologia" não é ciência, que outras "ciências" não são "ciências", pois não são "objetivas".
Ora, e a medicina, é "ciência"? E a psicanálise e seus "resultados" em parte demonstráveis?
Ou só é ciência dentro de uma sala cirúrgica, onde as técnicas e os neurônios pensantes das faculdades se põem
a trabalhar? Minha reclamação não tem razão de ser? Ou isto só se serve num constexto de racionalidade "científica"?
O que é "ciência" então?

> Este trecho todo não faz o menor sentido [...]
Desculpe se não fui claro com o que quis dizer. Quis dizer que só seja ciência algo  "objetivo" limita
demasiadamente a questão, traz à tona o processo civilizatório, o "trabalho dignifica o homem", as autoridades,
as "leis", "tempo é dinheiro", etc. A máxima objetividade. Foi isso que eu quis dizer. Algo que só existe na objetividade
do mundo de alguns poucos, para outros poucos. Mas a grande maioria vive de verdades bem reais e não tão "objetivas";
muito mais complexas; para isto não existe "ciência"?

> Irrelevante, para a ciência. Tente entender, construir uma ponte NADA tem a ver com servir ao bem estar.
É claro que existem as ciências e elas são disciplinadas em áreas por objetos de estudo. Mover um processo
contra a razão seria algo de tamanha estupidez, que nem vale a pena pensar na hipótese. Por outro lado,
não pode haver uma "verdade" maior que a outra. Isto é sofismo. Você entende o que eu quero dizer?
Isto é um grande engodo!

> Porque é com esse discursos pseudo-científico, e elaborada mistificação [...]
Concordo totalmente com você. As coisas da ciência de uma forma geral precisam de "método" e experimentação.

> Mas sem isso, essas tolices acabam sendo repetidas, e se espalhando na população [...]
Em um mundo onde a "inocência" tomou sentido a ter sinônimo de coisa pejorativa. Então tudo é possível.
Essa "população" imersa num contexto complexo e "não-científico", se eu bem entendi, pode em tudo acreditar
uma vez que ela não está (e pelo jeito nunca esteve) no centro da questão "científica", correto?
Veja, que estou falando de moral. Sim de moral como ciência. Isto seria impossível?

> Sim, concordo, todos aqui concordamos, ciência é colaborativa, cada vez mais, e cada vez mais áreas
> da ciência se auxiliam. O problema é que NADA do que escreveu tem a ver com essa colaboração.

Como não Homero, como não? Se uma ciência é "maior" que a outra, porque é mais ou menos "objetiva",
ou tem mais ou menos "evidências" que todos podem entender. Como é possível haver colaboração assim?
Existem muitas evidências no trabalho de Foucault sobre o Biopoder. Mas quem lê? Quem tem paciência com
tamanha abstração? Se a filosofia pode ajudar os rumos tomados pela ciência, como pode a ciência aceitar a filosofia
sem ser ela mesma? Quer dizer, se se diz que filosofia não é ciência, logo não se pode dizer de colaboração "científica".
Estou errado? Por isso eu disse da "ciência sofista".


- É apenas um outro ponto de vista da mesma coisa. Quero me pôr a crítica, reservada ao texto, sem grandiloquencia.


Obrigado por ler o texto (e se preocupar) e por enviar esse caso específico de Sokal.
De toda forma, estamos no mesmo barco - do "aprendizado".
Acredite, nem eu, nem você defendemos qualquer tipo de "Esquizofrenia" científica.



Thiago.


To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: oraculo@atibaia.com.br
Date: Fri, 13 Apr 2012 01:14:22 +0000
Subject: [ciencialist] Re: Sobre o Geólogo Greg Bradem

 
Olá Thiago
 
Eu penso que você não é um caso perdido como o Mtnos, e que tem não apenas um desejo sincero de entender essas questões, como tem questões próprias relevantes e pertinentes. Por isso acho que vale a pena tentar esclarecer alguns pontos, e espero que não tome como pessoal as brincadeiras com essa profusão de texto sem sentido que temos feito, ok? É com a melhor das intenções.
 
Vou juntar duas de suas últimas mensagens, porque acho que estão muito relacionadas.
 
Thiago: "Pois é Pesky, uma das coisas que eu tenho descoberto ultimamente,
com o maior ardor possível, é que as pessoas só aprendem mesmo
aquilo que elas querem aprender. Nada além disso."
 
Bem, isso é uma tautologia. Como aprender algo que não se quer? Mas é diferente com conhecimento real, concreto, por isso a ciência é algo diferente, e sua reclamação não tem razão de ser. Se a aceleração da gravidade é 9,9m/s2, então não importa se deseja ou não aprender isso, vai cair de um prédio exatamente como quem acredita.
 
Thiago: "E a ciência está ai como prova cabal desta dificuldade. A dificuldade
da compreensão. Mas não se preocupe, pois a questão da máxima
objetidade será superada, cedo ou tarde, pois o humano
é subjetivo. Torná-lo ao máximo objetivo é sujeitá-lo às condições
nas quais ele mesmo não escolheria estar. As instituições, as
disciplinas, o trabalho, as autoridades, e toda essa baboseira."
 
Este trecho todo não faz o menor sentido, nem tem relação com qualquer coisa no debate, ou com o texto que postou para lermos. É um desabafo, mas só isso. Frase por frase, nada significa. Não há como demonstrar, lógica ou materialmente, que "a ciência é prova cabal da dificuldade de compreensão". Nem mesmo faz sentido alegar algo assim.
 
Daria no mesmo dizer que "laranjas são a prova cabal dessa dificuldade, de ser azul".
 
Por favor, nada pessoal, estou tentando explicar que escrever algo não torna esse algo coerente ou com sentido.
 
Thiago: "Ora, isso é do filme Avatar! Isto não 
pertence a ninguém. Tudo tem de ser  "ciência", tudo tem que ser
"objetivo" para atender a certos "fins"."
 
Espantalho. Em nenhum lugar se defende algo remotamente parecido com isso. Já tentamos diversas vezes explicar, ciência lida com o material, objetivo, e isso é uma característica, não defeito. Não faz sentido esperar que lide com a subjetividade.
 
Thiago: "O filósofo pode não projetar a ponte, 
mas pode instruir o homem sobre como e em que circunstâncias a ponte
se serve ao bem estar comum, conectando-a história do pensamento."
 
Irrelevante, para a ciência. Tente entender, construir uma ponte NADA tem a ver com servir ao bem estar. Decisões políticas, sociais, sobre isso devem, claro, ser tomadas, mas uma vez que se decida, todo o resto, na construção, nada tem a ver com filosofia, e nenhum filósofo tem qualquer coisa com isso.
 
Foi isso o que o Pesky tentou explicar, meio brincando, meio falando sério. Um filósofo NADA tem a ver com isso, nem pode ajudar em NADA.
 
Thiago: "Existem muitas histórias no Brasil sobre pontes superfaturadas, pontes
que vão do nada a lugar algum, etc. Ai vem dizer: "Ah, isto não é problema
da ciência". Ora, então a ciência só veste a camisa àquilo que lhe é conveniente.
Na hora de salvar o mundo, quem o fará? O super homem?"
 
De novo, totalmente irrelevante. Nada disso é 'ciência", ou tem qualquer relação com o discutido! Uma ponte superfaturada AINDA precisa apenas de ciência para ficar em pé, idem para pontes em lugar algum. Isso NÃO é problema da ciência, porque a ciência NADA pode fazer a respeito! Precisa entender isso em algum momento, o que me leva a seu outro email, sobre cinturões de fótons e a ressonância Schumann.
 
Deveria ler sobre o evento da impostura Sokal, que denunciou exatamente essa ignorância de filósofos e "cientistas sociais" sobre o que é ciência, e o elaborado discurso de tergiversação e mistificação que costumam criar para esconder essa ignorância.
 
Porque é com esse discursos pseudo-científico, e elaborada mistificação, que textos como esse, sobre cinturões e ressonâncias, iludem e enganam os que também não entendem a ciência, mas tem certa desconfiança desta.
 
Com uma dose mínima de informação sobre conhecimentos científicos, ou mesmo sem essa informação de base, mas entendendo como o sistema de validação científico funciona, seria simples reconhecer os absurdos contidos nesses discursos malucos. Mas sem isso, essas tolices acabam sendo repetidas, e se espalhando na população, em especial na que apresenta essa "desconfiança", esse "viés contra", o conhecimento científico.
 
Sobre a ressonância:
 
O texto, longuíssimo, que postou, não disse nada. As acusações que contém, são sem sentido, incorretas, distorções de aspectos reais da ciência, falácias de espantalho, muitos narizes de cera, e bobagens diversas. Eu, nós, poderíamos detalhar cada bobagem escrita, mas dá trabalho, cansa (porque se repete sempre), e já deveríamos ter ultrapassado essa fase.
 
Leia Sokal. Veja o que ele fez, publicado um artigo inteiramente falso, criado com todos os erros de física, ciência, possíveis, dentro de um texto elaborado e pedante, em uma revista de "prestígio" das "ciências sociais", e que ninguém, nem na revista, nem em seus leitores, percebeu. O artigo foi muito elogiado, até que Sokal demonstrou a farsa, e acusou muitos dos filósofos de escrevem sobre ciência sem nada entender de ciência (ou até de filosofia).
 
Em vez de um "mea culpa", e a promessa de melhores controles, ele recebeu apenas ataques violentos e ad hominens diversos.
 
Leia Sokal, Thiago, para entender o que estamos tentando explicar.
 
Thiago: "No caso: "de equações matemáticas desprovidas de humanidade"!

Eu concordo que houve a superestimação do problema. O que está escondido
nas entrelinhas ai é: a valoração do objetivo científico em detrimento do
valor social. Uma racionalidade, portanto."
 
Não, Thiago, não uma superestimação, mas um absoluto non sense, uma bobagem cósmica, sem nenhum sentido. Como quase todo o resto do texto. Não faz sentido. Equações matemáticas desprovidas de humanidade, não faz sentido. É como dizer " cores desprovidas de cabelos".
 
Não faz sentido.
 
O valor social deve ser discutido certamente, e é algo importante, mas nada tem a ver com equações matemáticas. Não pode mudar o resultado de um cálculo diferencial MESMO que isso pudesse de alguma forma melhorar o "valor social" de algo!
 
Thiago: "Ou é demonstrável ou não é nada.
Como posso demonstrar minha própria existência? Como posso demonstrar o
pensamento? O mundo que se vive hoje não é melhor que há trinta anos atrás.
É preciso fazer uma reflexão sobre isso."
 
Faça a reflexão que quiser, é seu direito. Mais, é algo que, filosoficamente, pode ser importante e relevante. Mas NADA tem a ver com ciência! Se deseja demonstrar seu pensamento, fale, escreva, e eu verei seu pensamento, diabos. Se quer mostrar sua existência, há muitas formas de fazer isso, podemos ir tomar uma cerveja no buteco. Mas isso NADA tem a ver com ciência.
 
O mundo em que se vive hoje é MUITO melhor que em qualquer outra época do passado. Qualquer indicador mostra isso, desde a expectativa de vida, mortalidade infantil, até uma ida simples ao dentista.:-)
 
Minha reflexão: vivemos em um mundo em que, estatísticamente, muito menos pessoas passam fome, perdem os filhos, morrem cedo, suportam doenças, que no passado. Sustento essa reflexão com indicadores e dados concretos.
 
Sim, ou é demonstrável, ou é nada PARA a ciência! É uma característica, fundamental e importante, da ciência, não um defeito. Ciência feita sobre algo NÃO demonstrável, não vale nada, não faz sentido, não funciona!
 
Thiago: "Ou admitimos, definitivamente, que este século 21 é o século da colaboração
científica, ou em definitivo decretamos a nossa incompetência e a incapacidade
de nos compreendermos (uns aos outros)."
 
E finalmente o problema principal de suas alegações, e do texto que postou, um final que NADA tem a ver com o resto. Sim, concordo, todos aqui concordamos, ciência é colaborativa, cada vez mais, e cada vez mais áreas da ciência se auxiliam. O problema é que NADA do que escreveu tem a ver com essa colaboração.
 
Filosofia não vai ajudar a fazer ciência, mas pode ajudar a escolher, depois de feita, como usar o conhecimento adquirido dessa forma. Ninguém discute isso. Espantalhos, um monte de espantalhos, e erros de concepção, e distorções, é tudo o que o texto que postou apresentou. Como equações matemáticas humanizadas..:-)
 
Thiago, o texto que postou é uma impostura intelectual, uma piada de mau gosto feita com você, como a ressonância Schumann e o cinturão de fótons. Foi criada para "parecer" que está dizendo algo "importante e relevante", mas é vazio como um balão de ar. Não, vazio como um balão de nada quantico.:-) Um balão de ar tem pelo menos ar dentro dele. Gente como o tal geólogo vivem de iludir seus leitores, com imposturas desse tipo.
 
Leia Sokal. Pode começar pelo relato do escândalo na Wikipedia, mas eu recomendo o livro que gerou, Imposturas Intelectuais.
 
Um abraço, e repito, não tome como pessoal, o que criticamos é o texto que apresentou, e seus argumentos que não se sustentam.
 
Homero
 


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Thiago Guimarães <guimaraesbsb@...> escreveu
>
>
>
> Estive lendo algumas coisas sobre este Senhor, que afirma algumas
> coisas no mínimo "diferentes" do que se diz na grande mídia.
>
> Então gostaria de ter opiniões do assunto.
> - Mero esoterismo/ charlatanismo?
>
> O nome dele é bem famoso (rs), basta fazer uma breve pesquisa no google.
> Também tem um vídeo que explica a rebimboca da parafuseta.
>
> GREG
> BRADEN está constantemente viajando pelos Estados
> Unidos
> e marcando presença na mídia demonstrando
> com provas científicas
> que a Terra estará passando
> pelo Cinturão de Fótons e que há uma
> desaceleração
> na rotação do planeta. Ao mesmo tempo, ocorre um
>
> aumento na freqüência ressonante da Terra (a
> chamada Ressonância
> Schumann; sobre este tema da
> Ressonância, leia mais ao final deste artigo).
> Fonte: http://redelatinabrasil.blogspot.com.br/2010/05/avisos-urgentes-do-geologo-greg-braden.html
> [...]
>
>
> Thiago.
>
 
 

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e falsificacionismo popperiano - (Communication science wiith Alberto)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2012 12:13


Do not make the same mistake of Calil, writing in English is already an affront, but forget the PSs is too much! 
Excuse me ...
[]´
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
From: Pesky Bee
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, April 13, 2012 5:17 PM
Subject: Re: [ciencialist] Ciência e falsificacionismo popperiano - (Communication science wiith Alberto)

 

> I will not change trhead any more, even if someone pay me a thousand dollars.
 
Dear brother Calilzão: if someone paid me one thousand dollars,
I will not only change the name of the thread, but would also
post a picture of myself dancing butt naked over a table wearing
just a small hat (over my head, let that be clear). And please
keep any children out of the room at that moment.
 
*PB*
 
 
 
Sent: Tuesday, April 10, 2012 2:50 AM
Subject: Re: [ciencialist] Ciência e falsificacionismo popperiano - (Communication science wiith Alberto)
 

1. Hello my teacher Alberto Mesquita Filho. As you've already seen, for fear of being removed from the group because of the threads, I submitted to your command!
I will not change trhead any more, even if someone pay me a thousand dollars. I'll just add the real issue, in order not to disturb the members logical system brain.

2. Concerning the structure of carbon and iron in the brain of Victor, I had this insight to soften this league: I would write a message on the misunderstandings of Freud and  Victor would  write a message on the misunderstandings of Einstein. What do you think about my dear teacher?
 
3. Dialogue. This is one of the thousand words that need a new reframing. I would like to  propose to the UN produce a dictionary with a thousand of abstract words in order to promote a quantum jump in human language. My suggestion for the definition of dialogue would be: a friendly conversation between two people.

4. Logic in verbal communication. After three hours of breaking my head over this part of Project X, I came to this formulation:
 
"The mathematization of language is a communication system that aims to minimize the ambiguity of language and achieve the greatest possible degree of linguistic precision, based on these elements:  semantics, syntax and mathematical logic. The benefits provided by the system are summarized as follows: significant increase in communication effectiveness and productivity,  which in turn results in increased effectiveness  and productivity of all activities undertaken in groups, either in public or private institutions"
 
Did you like it, my teacher?
 
I hope you have good thoughts inspired by Einstein who loved the Freud's unconscious theories.  
Mtnos Calil
 
Organizational consultant
Zero Specialization
 
11-  5897-4366
11 - 9502-5143
skype: mtnos.calil
 
 
----- Original Message -----
Sent: Monday, April 09, 2012 9:46 PM
Subject: Re: [ciencialist] Ciência e falsificacionismo popperiano - lógica pura com Victor e Alberto.
 
 

-----Mensagem Original-----
From: Mtnos Calil
Sent: Monday, April 09, 2012 3:17 PM
Subject: Re: [ciencialist] Ciência e falsificacionismo popperiano -
lógica pura com Victor e Alberto.

> Hello, my teacher!

Hello, my student!

> Você tá querendo que eu brigue com o Victor? Não vou brigar não.

Nem tente! Como eu disse em outra msg: «O Victor é mais duro que a
Margareth Thatcher, a Dama de Ferro. Acho que ele é feito de uma liga de
carbono e ferro ainda não descoberta e mais rígida do que o aço.»

> Pelo contrário, vou defendê-lo.

Nem precisa. Ele é duro na queda e sabe se defender muito bem. Já que
você gosta de analisar os outros, perceba que eu só entro em quebra-paus
com pessoas de valor. E Freud explica. Do contrário estaria
desvalorizando o meu narcisismo.

> Ps1. A minha lógica, stricto sensu, se refere especificamente ao
> signficado de palavras, frases e conceitos. Não consegui arrumar um
> nome cientifico para ela. Talvez já exista. Semântica? este termo não
> me atrai, talvez por alguma razão inconsciente e ilógica.

Também não gosto, porque ela dá um ar de «pedântica» ;-) mas apesar
disso o meu inconsciente aceita-a numa boa, mesmo porque utilizo-a
raramente. Mas se você tem algo do tipo de uma «lógica semântica» a
situação é bem mais delicada.

> Ps2. Diálogo é coisa de dois. [...]

Não obrigatoriamente. Não me parece ser um antônimo perfeito de
monólogo. Não sou muito bom em origem das palavras, mas creio que se
fosse esse o caso seria «duólogo» e não diálogo. No pai dos burros
modernos (Wikipédia), por exemplo, consta: «Diálogo é uma conversação
estabelecida entre duas ou mais pessoas.»

> [...] Se o Victor não quiser dialogar comigo como é que vou conseguir
> dialogar com ele? Até Deus precisa de ouvintes para com eles dialogar.
> O problema freudiano do Victor é que ele está narcisicamente
> identificado com os cientistas. Você pode até fazer criticas
> contundentes a Deus, mas se fizer a menor critica aos cientistas será
> condenado pelo Victor a arder eternamente nas chamas de um laboratório
> instalado em Marte. Enquanto eu estiver vivo o Victor me jogará todos
> os dias na lixeira. Veja que destino os cientistas me reservaram: ir
> para o lixo em vida.

Para ser sincero não consigo imaginar você e o Victor dialogando. Mas
não me parece ser nada pessoal e muito menos algo que o Freud tenha
obrigatoriamente que explicar. Trata-se de um problema de afinidade pelo
assunto a ser debatido. Não vejo nada de pessoal. Se vocês fossem
vizinhos, não vejo porque não poderiam vir a ser grandes amigos. Mas daí
a estabelecer uma discussão pela internet de um fulano que só pensa no
Einstein com outro que só pensa no Freud?!!!! Isso só pode dar em nada.
Espero que nenhum dos dois leve a mal o que eu disse. Não é isso o que
penso de vocês, apenas exagerei um pouco para dar maior ênfase à
justificativa.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: RES: [ciencialist] Senhores moderadores - as ofensas pessoais continuam.... (pedantismo ordinário???).
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2012 12:14

PB,

Bem, ao ler o post do Pesky, a única que me restou fazer foi: rir, rir às gargalhadas!

Ainda estou rindo.

Situação realmente cômica, e contornada de maneira muitíssimo inteligente.

Só fico  imaginando como ficou o “oponente”...

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Pesky Bee
Enviada em: sábado, 14 de abril de 2012 11:03
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Senhores moderadores - as ofensas pessoais continuam.... (pedantismo ordinário???).

 

 

> ...me acusa de ser um ordinário pedante!

 

Calilzão, não faça tempestade em copo d'água.

Eu já fui acusado, dentro de um elevador, de

ser um "ordinário peidante"! Isso sim foi mais
chatinho (pior ainda por ter sido a acusação

proferida pelo próprio perpetrador do dito flato).

Minha resposta foi na bucha: "Pelo urro e pelo

berro, esse rabo já levou ferro!".

 

*PB*

 

 

 

 

From: Mtnos Calil

Sent: Friday, April 13, 2012 11:16 PM

Subject: [ciencialist] Senhores moderadores - as ofensas pessoais continuam.... (pedantismo ordinário???).

 



Prezados moderadores.

 

Novamente venho apelar a V.Sas. no sentido de alertar os membros do grupo mais agressivos que ofensas pessoais e palavrões, assim como piadinhas fora do contexto, só prejudicam a imagem deste valoroso grupo. Já enviei uma mensagem propondo a elaboração de um código de ética.

De minha parte sou um fiel seguidor das regras estabelecidas pelos grupos internéticos. Ocorre que neste grupo não vi nenhuma regra escrita.

O grupo ciencialist sem a menor sombra de dúvida é um dos principais grupos da internet brasileira. Isso não impede porém, que seus membros mais agressivos e portadores de outros transtornos comportamentais se enquadrem em normas que valorizem a sensatez e respeitem a convivência harmoniosa entre os membros do grupo.

 

Acabei de ser desqualificado pelo meu  ilustre professor Alberto Mesquita Filho que simplesmente atribuiu a mim a prática de " pedantismo ordinário e de mau gosto", pelo fato de eu ter enviado uma mensagem escrita em inglês.  Vejam a gravidade do desvio comportamental do nosso professor (sendo professor, deve dar o exemplo...): me acusa de ser um ordinário pedante! Se eu fosse exercer meu legitimo direito de defesa, estaria contribuindo para barbarização do ciencialist.

Pelo contrário, vou defender o nobre professor porque ele foi vitimado por um surto de fúria narcisica sendo portanto inimputável. Essa fúria se deve possivelmente ao fato de eu estar relevando no grupo as falácias cometidas por Popper em relação à psicanálise, as quais serão objeto de um artigo que vou escrever sobre a campanha anti-cientifica promovida por pessoas que não têm o minimo de conhecimento teórico-prático a respeito da psicanálise e que se arvoram em defensores da ciência como se tudo que não fosse passivel de medição através de réguas e relógios deveria ir para a lata do lixo do conhecimento, vale dizer, todas as ciências humanas!

 

Abraços

M.Calil

 

Ps1. Para o ilustre professor recomendo que tome uma dose de calmazen antes de enviar sua mensagens agressivas para o grupo.

Ps2.  Responderei essa mensagem do ilustre professor (v. abaixo) em outro momento, e agradeço pela atenção com que tem me honrado com seus comentários.

Reafirmo que o ciencialist é um grupo fortissimo que tem um enorme potencial de desenvolvimento, para o que se faz necessária a elaboração de um plano estratégico.

Minha proposta é transformar o ciencialist numa ong, com várias divisões. Eu ficaria como coordenador da divisão "ciência ao alcance de todos", visto que o Projeto X, que envolve ideologia zero, matematização da linguagem, treinamento de lógica na comunicação oral e escrita, filosofia com lógica cientifica, teoria da complexidade, etc.  é dirigido ao "povo culto" constituido por milhões de pessoas. Seria a divisão "sem réguas nem relógios", convivendo harmoniosamente com a divisão "de réguas e relógios". Essa é a essência do pensamento complexo dialético: o todo é constituido de partes antagônicas que vivem harmoniosamente em conflito num processo continuo de entropia e neguentropia. Eu construí essa definição (ou melhor, conceito) com base na leitura de alguns livros de Edgar Morin. Estou reproduzindo o pensamento dele com outras palavras, mas pode haver alguma diferença conceitual.

 

Ps3. Ao contrário do que diz o nosso professor deveriamos sim nos treinarmos em inglês para assim podemos nos corresponder com pessoas de outros países, sendo que o Google tem se revelado, surpreendentemente, uma ferramenta excelente de auxilio à tradução.

 

 

----- Original Message -----

Sent: Friday, April 13, 2012 3:17 PM

Subject: Re: [ciencialist] Ciência e falsificacionismo popperiano - (Communication science wiith Alberto)

 

 

-----Mensagem Original-----
From: Mtnos Calil
Sent: Tuesday, April 10, 2012 2:50 AM
Subject: Re: [ciencialist] Ciência e falsificacionismo popperiano -
(Communication science wiith Alberto)

> 1. Hello my teacher Alberto Mesquita Filho. As you've already seen,
> for fear of being removed from the group because of the threads, I
> submitted to your command!
> I will not change trhead any more, even if someone pay me a thousand
> dollars. I'll just add the real issue, in order not to disturb the
> members logical system brain.

Cuidado então com o Léo. Se você continuar a escrever em inglês, aí sim
você vai ver o que é bom pra tosse. Não que Ele não saiba inglês, mas
Ele tem verdadeira ojeriza deste pedantismo ordinário e de mau gosto. E
neste caso o que vale é a lógica da autoridade, pois o Léo é um dos
moderadores da lista e ponto final. Quem sou eu para palpitar a respeito
de suas máximas ou preceitos?

> 2. Concerning the structure of carbon and iron in the brain of Victor,
> I had this insight to soften this league: I would write a message on
> the misunderstandings of Freud and Victor would write a message on
> the misunderstandings of Einstein. What do you think about my dear
> teacher?

Nem pensar!!! Sabe quando o Victor vai assumir, ainda que por hipótese
do tipo «Reductio ad absurdum», que o Einstein poderia ter cometido
algum engano? Nunca.

> 3. Dialogue. This is one of the thousand words that need a new
> reframing. I would like to propose to the UN produce a dictionary
> with a thousand of abstract words in order to promote a quantum jump
> in human language. My suggestion for the definition of dialogue would
> be: a friendly conversation between two people.

Pois então faça isso, mas não conte comigo. Em primeiro lugar por que em
minha opinião o salto quântico não está com nada. E em segundo lugar
porque acho que quem faz a língua é o povo, cabendo aos literatos tão
somente compilar o produto deste consenso popular em dicionários.

> 4. Logic in verbal communication. After three hours of breaking my
> head over this part of Project X, I came to this formulation:
> "The mathematization of language is a communication system that aims
> to minimize the ambiguity of language and achieve the greatest
> possible degree of linguistic precision, based on these elements:
> semantics, syntax and mathematical logic. The benefits provided by the
> system are summarized as follows: significant increase in
> communication effectiveness and productivity, which in turn results
> in increased effectiveness and productivity of all activities
> undertaken in groups, either in public or private institutions"
> Did you like it, my teacher?

Sim e não ou, muito pelo contrário, talvez. Sim porque me parece ter
lógica; não porque me parece ser uma coisa inviável; e talvez porque não
sou o dono da verdade.

> I hope you have good thoughts inspired by Einstein who loved the
> Freud's unconscious theories.

Digamos que aprendi muito com Einstein. Mas dentre seus ensinamentos, o
que mais me marcou foi aquele que diz que não devemos confiar
excessivamente nos físicos teóricos. Ou seja, devemos duvidar até mesmo
das suas teorias ou das teorias pelas quais ele se encantou, e não sei
se a de Freud se encontraria neste nível. Obviamente, este duvidar deve
ser um «duvidar inteligente». Eu não poderia questionar Freud a não ser
se, numa etapa anterior, eu viesse a me interessar pelo que ele
escreveu. E o que você está propondo não é isto, mas algo a apoiar-se no
critério da autoridade: Se eu admiro Einstein, e se Einsten admirou
Freud, eu deveria por tabela admirar Freud. Um absurdo total e tanto
mais quando propalado por alguém que se considera apologista da lógica.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Simulando a luz
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
DATE: 14/04/2012 12:25

Gostei da ideia da gota de silicone, que não adere com a água e, como tal não aparece a 'força de atração' entre elas devido à tensão superficial. Este modelo serve, inclusive, para as ondas de De Broglie que acompanham e avançam à frente da partícula em movimento. Estas ondas 'avisam' a partícula o que vem pela frente e podem assim desviar dos obstáculos.
Pelo vídeo dá a impressão que as esferas de silicone ficam oscilando na vertical ... não sei se observei direito.
[]´
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
From: robespierre_goncalves
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, April 13, 2012 5:48 PM
Subject: [ciencialist] Simulando a luz

 

Olá,

Faz tempo que não posto mensagens (nem as leio), por pura falta de tempo e paz (trabalho e mais trabalho!).
Mas vendo em um episódio daquele programa com Morgan Freman na TV a cabo, fiquei muito entusiasmado com um experimento que simularia o comportamento dos fotons de luz, demonstrando a dualidade onda-partícula com gotas de silicone.
Faz parecer que acoisa é mais simples do que parece!

Como meu conhecimento de mecanica quantica deixa a desejar, gostaria que alguém comentasse o vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=W9yWv5dqSKk

Eu penso que se fosse fácil fazer igual (já que parece simples), seria um belo trabalho de feira de ciencias.

[]s,
Pierre


SUBJECT: Re: [ciencialist] O que é o neurocientificismo? ( o assunto é: quantofrenia).
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
DATE: 14/04/2012 12:45

 
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
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----- Original Message -----
From: Thiago Guimarães
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, April 13, 2012 2:40 PM
Subject: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo? ( o assunto é: quantofrenia).

 


Algo me diz que o Mtnos Calil está em crise.
Não te angusties meu amigo!

Independente disto, a terra gira (para a nossa felicidade).
O Cosmo é o ente (se é que pode ser compreendido assim)
mais democrático que existe! Todos os dias tem 24 horas
para todos os humanos sobre o solo terreno (até que se prove
o contrário), independente de cor, créduo, bonança, status,
dor, angústia, ou simplesmente condição social.
Nenhum dia tem duração igual ao anterior, as marés sólidas, líquidas e gasosas são as causas disso.
Há um atraso diário e cumulativo ... já tivemos dias de 20 horas e caminhamos para dias de 26 horas ou mais;
a Terra está parando, a Lua se aproximando e o Sol se deteriorando.
Não sei se vou alterar isto ou não! Estou pensando em nova Passargada.


Thiago.

Léo
PS - vc queria humanos sob o solo terrestre? Já não chegam os mineradores e suas lâmpadas de Davy ?

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: mtnoscalil@terra.com.br
Date: Tue, 10 Apr 2012 14:33:56 -0300
Subject: Re: [ciencialist] O que é o neurocientificismo? ( o assunto é: quantofrenia).

 

" Ciência é tudo que pode ser medido com réguas e relógios".
 
Com o depoimento de vários e destacados membros do Cienciallist  já temos a prova de que os cientistas das réguas e relógios não consideram o ser humano merecedor de uma ciência que faça dos valores humanos o seu objeto. Para estes cientistas a humanidade em si não passa de um conceito metafisico. Tudo que não pode ser medido com réguas e relógios não interessa à ciência. Por isso o homem não poderá ser jamais visto com o olhar da ciência. Basta recorrermos ao senso comum para identificar nesta postura paradigmática um claro sintoma de esquizofrenia cientifica; alguém poderia perguntar - mas como poderia um cientista adotar paradigmas esquizofrênicos (e esquizofrenógenos) ??? A resposta a essa pergunta é surpreendentemente simples: a mente humana funciona de modos diferentes, sendo que na mais sadia das mentes existe uma área esquizofrênica vigiada permanentemente por um Ego observador. A psicose das réguas e relógios tem uma origem provavel em algum sistema rigido adotado pelos pais do cientista em sua educação. A prova cientifica desta hipótese sobre a etiologia da quantofrenia ( a psicose das réguas e relógios)  seria obtida facilmente com a análise das relações conflituosas com os pais que o cientista experimentou na sua infância. Estes conflitos, oriundos de um modelo educacional defeituoso,  combinados com alguns traços genéticos de personalidade constituem a base inconsciente do paradigma quantofrênico. Bastaria, creio eu, que 10 portadores desta psicose paradigmática se submetessem a uma análise lógica da sua infância para obtermos a comprovação desta hipótese. Mas se alguns popperianos quiserem antes disso, se divertir falsificando esta hipótese ao invés de verificá-la, tudo bem, desde é claro que façam a análise recomendada, independente de terem tido ou não sucesso em sua falsificação.
 
O que deve ter escapado ao filósofo da falsificação é a possibilidade de o individuo não aplicar direito a técnica (ou método?) da falsificação. Foi exatamente o que ocorreu com Popper, que ao fazer uma leitura apressada de Freud, não percebeu que pelo menos uma de suas teorias fundamentais poderia ser falsificada (ou numa linguagem mais elegante "falseada"). A falácia freudiana de Popper não anula naturalmente, sua competência falsificacionista.
 
Abraços
M.Calil
 
Ps. Sobre a quantofrenia, uma psicose reducionista,  assim falava Zaratustra... perdão... assim falava Edgar Morin:
"A segunda ramificação do princípio de redução tende a limitar o conhecimento ao que é mensurável, quantificável, formulável, segundo o axioma de Galileu: os fenômenos só devem ser descritos com a ajuda de quantidades mensuráveis. Desde então, a redução ao quantificável condena todo conceito que não seja traduzido por uma medida. Ora, nem o ser, nem a existência, nem o sujeito podem ser expressos matematicamente ou por meio de fórmulas. O que Heidegger chama de "a essência devoradora do cálculo" pulveriza os seres, as qualidades e as complexidades, e, ao mesmo tempo, leva à "quantofrenia" (Sorokin) e à "aritmomania"(Georgescu-Roegen). Esse princípio ainda se impõe na tecnociência." (Le tête bien faite, livro do Morin. Cabeça bem feita? sem rever e reviver os eventos complexos da infância? só mesmo para os escolhidos por Deus; ocorre que as emoções perturbam as cabeças, afetando o seu sistema lógico)
 
 


SUBJECT: Re: O que é o neurocientificismo?
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2012 12:52

Thiago,

> > Marcel: ...Acho que o abismo existe é entre o pensar mais ou menos qualificado (reducionista, instrutivo e organizado). O escrever, em parte, é consequência desta curva de aprendizado, creio eu...
> Thiago:...Marcel, se linguistica fosse isso, tão simples, já estaria muito bem explicada...

Simples?!? Releia e visualize na prática em temas de alta complexidade o que escrevi entre parênteses.

 

> Thiago:...A neurolinguistica explica uma parte (para a minha sorte)...

1 - Você está se referindo a PNL? A este respeito ela "explica" tanto quanto a astrologia explica os diferentes tipos de personalidade. Se quiser se aprofundar neste tema fique a vontade.
2 - O seu "explica" significa?

 

> > Marcel:...Mas isto não aumenta em nem um pingo a credibilidade metodológica da psicanálise - em específico [...] e não que esta colocação, desse sustento as afirmações anteriores....
> Thiago:...Como não? A psicanálise está dentro das clínicas meu prezado! A credibilidade dela é lá dentro! ...

Você misturou duas frases de parágrafos que se tratavam de questões distintas.

1 - "..Mas isto não aumenta em nem um pingo a credibilidade metodológica da psicanálise - em específico.." (Marcel)
Se tratava ao fato de você dizer que o fato de existirem clínicas que ajudem pessoas com psicoterapia, e inclusive psicanálise, corrobora de imediato a metodologia e conceitos utilizados.

2 - "...e não que esta colocação, desse sustento as afirmações anteriores..." (Marcel)
Se tratava ao fato de você incluir a esmo e em seguida de sua afirmação acima, item 1, a idéia que o álcool e as drogas são o câncer da sociedade.

 

> Não se pode transplantar um ofício assim, descontextualizá-lo, esquartejá-lo e colocá-lo à prova! Isto sim é uma falácia.

Não só pode, como deve ser feito isto! Caso é claro, que qualquer afirmação conceitual seja colocada a prova pela ciência.

 


> Os resultados ela já demonstrou, embora que incompletamente definidos, eles existem. Por isso também não houve qualquer método eficaz bom para substituí-lo. Não houve um "segundo Freud".

1 - Aponte-os, como já sugeri. Você está dando loopings em sua argumentação mas sempre volta aos mesmos argumentos isolados.
2 - Esta linha de raciocínio (...por isso também...) não é lógica e não se segue. O fato de, supostamente (e erroneamente) segundo você, não haver métodos alternativos não corrobora Freud.

 

> > Marcel:...Estou imaginado que você imaginou o que eu estava imaginando ao ler todas as threads sobre o tema...
> Thiago:...A questão da "imaginação" é a questão do contexto. Leia o post anterior (do Pesky) e leia o título do tópico. Veja o contexto...

Você deve ter trocado as mensagens. O post anterior o Pesky e Homero estavam tc comigo a respeito de retórica, verborréias, nariz de cera, e demais artifícios retóricos que tentam dar mais "caldo" as argumentações, e  não sobre Psicanálise. Por isto precisei dar tantos saltos imaginativos (suposições)...

Segue para você se contextualizar: http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81581

Marcel


>
>
> Thiago.
>
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> From: marcelleandro2009@...
> Date: Fri, 13 Apr 2012 18:17:12 +0000
> Subject: [ciencialist] Re: O que é o neurocientificismo?
>
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>
>
>
> Thiago,
> Para eu escrever mais um pouco...faz bem para a saúde.
>
>
> > "...Quis dizer (em poucas linhas): Que a psicanálise é empregada nas clínicas. É preciso conhecê-las...."
> Estou imaginado que você imaginou o que eu estava imaginando ao ler todas as threads sobre o tema. Ok? Bom, vou imaginar o que provavelmente estaria escrito nelas - já que não li, e darei meu parecer altamente imaginativo.
> Em debates, os argumentos são confrontados com outros argumentos, você bem sabe. Se você afirma (deduzo eu) que as threads, sobre este tema, carecem de maiores informações (práticas), abre-se então, uma oportunidade sua para expor estas significativas informações à seu "mix argumentativo (!)" . Teríamos um debate mais frutífero, ou ao menos, mais restrito aos argumentos apresentados, ao invés, dos argumentos que não foram apresentados, e que, supostamente poderiam existir.
>
>
>
> > "...Pessoas usárias de alcool e drogas precisam de ajuda. As clínicas são o caminho e nelas incluem em grande parte a psicanálise, ou a psicoterapia (pois sugiro por minha conta em risco que muitos que mal dizem, mal conhecem)..."
> Assim como pessoas neuróticas, sociopatas, esquizofrênicos, e de todas as psicopatologias existentes. Mas isto não aumenta em nem um pingo a credibilidade metodológica da psicanálise - em específico. Este tipo de argumentação é uma falácia... mas acho que você já sabe.
> Quanto a afirmação "de sua conta e risco" se for sobre este grupo, faço a mesma sugestão acima, pois, só desta forma poderemos avançar no debate em termos de informações. Entendeu?
> Caso contrário ficaremos sempre naquelas colocações do tipo: "Ah vocês não sabem o que estão falando", "vocês não são da área", comuns em falácias ad hominem.
>
>
>
> > "...Noutro ponto, quis dizer: O câncer da sociedade para a Saúde Pública são o alcool e as drogas, e não de uma forma geral, entendeu? Erro meu..."
> Tudo bem...! Faltou um insight na frase para salientar que este ponto foi só para dar uma encorpada no texto, e não que esta colocação, desse sustento as afirmações anteriores.
>
>
>
> > "...Em relação a sociologia: Então eu compreendi mal o que você quis dizer. Retórica não é sociologia..."
> Tudo bem Thiagão! Concordo! Eu até penso que uma boa retórica não faz mal a ninguém. Desde é claro, que seja objetiva, estruturada, organizada, lógica, e prazerosa em se ouvir ou ler. Um bom comunicólogo, tem uma boa percepção de como sua didática é recebida pelas demais pessoas. Assim como um bom músico...
>
>
>
> > "...Por fim, quis dizer que não se pode falar daquilo que não se conhece...Sem tirar nem pôr..."
> Deixando um pouco de lado este elevado critério de "sem tirar nem pôr", até pode se falar sim! É bom participar! Ao se falar e ouvir um corretivo educado, aprende-se de forma personalizada onde estão os seus maiores erros e até de lambuja, pode receber um direcionamento de como prosseguir no aprendizado.
>
>
>
> > "...Não no sentido de ofensa, mas de respeito (e provocação para se conhecer)..."
> Não me ofenderia de forma alguma.
>
>
>
> >"...Volto a dizer: difícil é dizer aquilo que se pensa sem o devido método. Parece que exite um abismo
> entre pensar e escrever..."
> Acho que o abismo existe é entre o pensar mais ou menos qualificado (reducionista, instrutivo e organizado). O escrever, em parte, é consequência desta curva de aprendizado, creio eu.
> Abraços,
> Marcel
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Thiago Guimarães guimaraesbsb@ escreveu
> >
> >
> > [respondendo ao Marcel]
> >
> > Caro Marcel,
> > não quis dizer nada disso.
> >
> > Quis dizer (em poucas linhas):
> > - Que a psicanálise é empregada nas clínicas. É preciso conhecê-las.
> >
> > - Pessoas usárias de alcool e drogas precisam de ajuda. As clínicas são o caminho
> > e nelas incluem em grande parte a psicanálise, ou a psicoterapia (pois sugiro por minha
> > conta em risco que muitos que mal dizem, mal conhecem).
> >
> > - Noutro ponto, quis dizer: O câncer da sociedade para a Saúde Pública são o alcool e as drogas,
> > e não de uma forma geral, entendeu? Erro meu.
> >
> > - Em relação a sociologia: Então eu compreendi mal o que você quis dizer. Retórica não é sociologia.
> > Aliás, Max Weber demonstrou diversas vezes que repudiava a retórica "sociológica", típica dos "regimes"
> > e discussões "político-partidário" e até mesmo as acaloradas discussões "universitárias".
> >
> > Por fim, quis dizer que não se pode falar daquilo que não se conhece. Sem tirar nem pôr.
> > Não no sentido de ofensa, mas de respeito (e provocação para se conhecer).
> >
> > Volto a dizer: difícil é dizer aquilo que se pensa sem o devido método. Parece que exite um abismo
> > entre pensar e escrever.
> >
> > De toda forma, peço perdão.
> >
> > Thiago.
> >
> >
> >
> > To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > From: marcelleandro2009@
> > Date: Fri, 13 Apr 2012 15:58:04 +0000
> > Subject: [ciencialist] Re: O que é o neurocientificismo?
> >
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> >
> > Olá Thiago!
> >
> >
> > > ...Marcel, Vocês falam de psicanálise...
> > Nós quem? Eu não falei...mas poderia ter feito, sem problemas. Vou tentar dar sequência abaixo, mesmo diante disto. Ok?
> >
> >
> >
> > > ...mas quantos de vocês honestamente já foram a uma clínica de saúde mental?...
> > Eu sim! Não em causa própria, ainda! Mas onde "isto" se encaixa "naquilo"? Onde isto corrobora aquilo?
> >
> >
> >
> > > ...Quantos já conviveram com uma pessoa (uma que seja) usuária e
> > dependente de alcool e drogas?...
> > Eu sim...de certa forma. Mas então, se segue as mesma perguntas que fiz acima.
> >
> >
> >
> > > ...Ora, este é o câncer da sociedade!...
> > Tem vários outros também. A corrupção é um deles...Mas e ai? Vamos pular para esta questão agora?
> >
> >
> >
> > >...Se falar de sociologia, parte-se do pressuposto de falar de suas bases
> > objetivas e disciplinares, "metodológicas".
> > Sim...
> >
> >
> >
> > > ...Então estamos falando em primeira mão dos trabalhos de Max Weber. Quem conhece? Perda de tempo?
> > Hein?!?
> > Vou contextualizar para você! Eu me referia ao fato de alguém, um antigo professor meu no caso, se focava tanto em tentar sofisticar sua retórica (a disciplina pouco importa aqui), que perdia a objetividade, estrutura lógica e atratividade de suas explicações em aula.
> >
> >
> >
> > > ...O livro do século XX chama-se "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo". Se não se fala deliberadamente daquilo que não se conhece. Sem tirar e nem pôr. Sem grandiloquências, apenas a constatação do óbvio...
> >
> > Não consigo mais contextualizar (e me incluir na salada) à esta sua frase sem recorrer a vários grandes saltos de suposições, dentre os quais, eu fico em dúvida de qual escolher. Se quiser me ajudar...
> > Abraços,
> > Marcel
> >
> >
> > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Thiago Guimarães guimaraesbsb@ escreveu
> > >
> > >
> > >
> > >
> > > Marcel,
> > > Vocês falam de psicanálise, mas quantos de vocês honestamente já
> > > foram a uma clínica de saúde mental?
> > >
> > > Quantos já conviveram com uma pessoa (uma que seja) usuária e
> > > dependente de alcool e drogas?
> > >
> > > Ora, este é o câncer da sociedade!
> > >
> > > Se falar de sociologia, parte-se do pressuposto de falar de suas bases
> > > objetivas e disciplinares, "metodológicas". Então estamos falando em
> > > primeira mão dos trabalhos de Max Weber. Quem conhece? Perda de tempo?
> > > O livro do século XX chama-se "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo".
> > >
> > > Se não se fala deliberadamente daquilo que não se conhece. Sem tirar e nem pôr.
> > > Sem grandiloquencias, apenas a constatação do óbvio.
> > >
> > > Com todo respeito,
> > > Thiago.
> > >
> > >
> > >
> > > To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > > From: marcelleandro2009@
> > > Date: Thu, 12 Apr 2012 19:43:13 +0000
> > > Subject: [ciencialist] Re: O que é o neurocientificismo?
> > >
> > >
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> > >
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> > >
> > >
> > > Pesky,
> > >
> > >
> > >
> > > Entrando no rítmo...!
> > >
> > >
> > >
> > > Na minha mais tenra inocência de existência estudantil, eu fui
> > >
> > > execradamente apreciado de um mentor de sociologia... no qual eu me
> > >
> > > afadigava em conter físico-neuro-biológica-bixigamente para não
> > >
> > > ter uma crise de risos lagrimados pelos olhos e pela cueca.
> > >
> > >
> > >
> > > Era um apinhado desconexo de unívocos de uma acepção
> > >
> > > insuficientemente admissível. Eram tantas elocuções perdidas no
> > >
> > > emanar da elucidação, que nem ele, alcançava mais como findar o
> > >
> > > litígio que defecava pela sua bigoduda boca.
> > >
> > >
> > >
> > > Semelhava que ia eclodir um orgasmo verbocôsmico ao observar que
> > >
> > > ninguém impetrava o seu carnavalesco, metódico, maçante e
> > >
> > > delongado raciocínio...
> > >
> > >
> > >
> > > [Mas felizmente, ele resumia 50 minutos de aula "improdutiva"
> > >
> > > com uma explicação "padaqui, padali, padicá, palilá" no
> > >
> > > melhor estilo Lula, e todos saiam da sala entendendo a melda da aula.]
> > >
> > >
> > >
> > > Bons tempos!
> > >
> > >
> > >
> > > Abraços,
> > >
> > >
> > >
> > > Marcel
> > >
> > >
> > >
> > > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Pesky Bee" peskybee2@
> > >
> > > escreveu
> > >
> > > >
> > >
> > > > Marcellão, o que é mais impressionante é que em muitas
> > >
> > > > universidades/facus da área social/humanas por aí é a
> > >
> > > > erudição verborragéica deslavada que conta pontos na
> > >
> > > > composição de textos. A clareza e objetividade são,
> > >
> > > > para esse pessoal, fatores que minoram a qualidade
> > >
> > > > do texto. Uma barbaridade inacreditável!
> > >
> > > >
> > >
> > > > *PB*
> > >
> > > >
> > >
> > > >
> > >
> > > >
> > >
> > > > From: marcelleandro2009
> > >
> > > > Sent: Thursday, April 12, 2012 1:04 PM
> > >
> > > > To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > >
> > > > Subject: [ciencialist] Re: O que é o neurocientificismo?
> > >
> > > >
> > >
> > > >
> > >
> > > >
> > >
> > > >
> > >
> > > > Pesky,
> > >
> > > >
> > >
> > > > > mas que textarada desvairada!
> > >
> > > >
> > >
> > > > "Né não" ! Eu comecei a ver o texto e...parei !! Alta dose de
> > >
> > > Nariz de cera e verborréia...
> > >
> > > >
> > >
> > > > Marcel
> > >
> > > >
> > >
> > > >
> > >
> > > >
> > >
> > > >
> > >
> > > > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Pesky Bee" peskybee2@ escreveu
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > Thiagão, mas que textarada desvairada! Esse pessoal vive
> > >
> > > > > querendo que os cientistas se ocupem de coisas que estão
> > >
> > > > > fora do âmbito da ciência (subjetivismo, por exemplo).
> > >
> > > > > E acima de tudo, eles vivem dizendo que os cientistas
> > >
> > > > > (e a ciência) se coloca como única descobridora das
> > >
> > > > > "verdades verdadeiras". Mas não é isso, meu véio!
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > O cientista se fixa no mundo material, no empiricamente
> > >
> > > > > verificável, no objetivo. A grande maioria dos cientistas
> > >
> > > > > sabe que isso é apenas uma parte do universo intelectual
> > >
> > > > > humano. Eles não se atrevem a colocar a ciência como
> > >
> > > > > a solução de tudo, eles apenas dizem que, para problemas
> > >
> > > > > dentro do âmbito do empírico e do consensualmente objetivo,
> > >
> > > > > ela, a ciência, é a melhor e mais racional alternativa de
> > >
> > > > > pensamento.
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > E não se pode querer que os cientistas tenham interesse em
> > >
> > > > > disciplinas muito fora de suas áreas. Afinal, um filósofo
> > >
> > > > > poderia projetar uma ponte? Oras, se ele não se atreve a
> > >
> > > > > fazer isso, porque tu achas que os cientistas deveriam se
> > >
> > > > > preocupar com subjetivismo ou com epistemologia ou então
> > >
> > > > > (caem-me vários pelinhos da nuca) com a "dimensão mítica
> > >
> > > > > da ciência"?
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > E o que dizer daquela outra afirmação (que fez cairem
> > >
> > > > > os últimos pelinhos que ainda resistiam em minha nuca,
> > >
> > > > > levando consigo alguns exemplares situados naquele
> > >
> > > > > orifício que pouco sol toma) de que a ciência se utiliza
> > >
> > > > > "de equações matemáticas desprovidas de humanidade"!
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > Santas penugens eriçadas das cloacas enrubescidas das
> > >
> > > > > baratas d'água de Alpha-Centauri!
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > *PB*
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > From: Thiago Guimarães
> > >
> > > > > Sent: Wednesday, April 11, 2012 6:36 PM
> > >
> > > > > To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > >
> > > > > Subject: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > Acho que de fato existe um "hardware" e um "software".
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > Vejo a grande capacidade de compreensão do "hardware", do
> > >
> > > objetivo, quer dizer, do organismo, inclusive das relações hormonais,
> > >
> > > a libido,
> > >
> > > > > a farmacologia na ação dos neurotransmissores, e até a alta
> > >
> > > compreensão da sinapse e das células glias, entre outras
> > >
> > > descobertas.
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > Mas vejo com pesar a pouca compreensão sobre o funcionamento do
> > >
> > > "software". Inclusive a incapacidade de representá-lo
> > >
> > > sistematicamente.
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > "O enciclopedismo iluminista que inspirou a luta da ciência
> > >
> > > contra a repressão fanática
> > >
> > > > > da Inquisição foi o grande responsável pela exclusão da
> > >
> > > subjetividade e da dimensão mítica
> > >
> > > > > do método científico e pela eleição da racionalidade
> > >
> > > objetiva como a única fonte da verdade. [...]
> > >
> > > > > Muitas análises das deformações da Cultura Ocidental
> > >
> > > privilegiam explicações como o mecanicismo Newtoniano
> > >
> > > > > e a abstração matemática das ciências, sem reconhecer a
> > >
> > > importância central da dissociação
> > >
> > > > > sujeito-objeto, oriunda do Iluminismo e ampliada progressivamente
> > >
> > > pela implantação da
> > >
> > > > > mentalidade científica. [...]
> > >
> > > > > É bem verdade que as ciências sempre buscaram leis universais,
> > >
> > > mas, sem a subjetividade,
> > >
> > > > > essa totalidade foi expressa por equações matemáticas
> > >
> > > desprovidas de humanidade. [...]
> > >
> > > > > Um simples fato como a separação curricular da universidade em
> > >
> > > > > carreiras centradas nas Ciências Exatas e outras nas Ciências
> > >
> > > Humanas bem expressa
> > >
> > > > > como essa dissociação é considerada normal e até
> > >
> > > pedagógica (Byington, 1996). A própria
> > >
> > > > > nomenclatura escolhida já é sintomática da dissociação,
> > >
> > > pois implica que as Ciências Exatas
> > >
> > > > > não são necessariamente humanas e que as Ciências Humanas
> > >
> > > não precisam incluir as
> > >
> > > > > Ciências Exatas. Assim, não é de surpreender que um país
> > >
> > > da importância do Brasil, com
> > >
> > > > > tantos sociólogos e economistas titulados com o doutoramento,
> > >
> > > tenha precisado eleger um
> > >
> > > > > presidente que nunca freqüentou a universidade, para considerar a
> > >
> > > fome de boa parte do seu
> > >
> > > > > povo como uma tragédia existencial. [...]
> > >
> > > > > Nesse sentido, é importante assinalar que os cientistas, além
> > >
> > > de terem sua
> > >
> > > > > perspectiva deformada com a dissociação sujeito-objeto, muitas
> > >
> > > vezes seguem a posição
> > >
> > > > > polarizada em suas pesquisas, o que distorce sua metodologia, que
> > >
> > > deve ser basicamente
> > >
> > > > > de alteridade para poderem estar abertos para todas as
> > >
> > > características da realidade que
> > >
> > > > > buscam conhecer. [...]
> > >
> > > > > Diferentemente de Freud, Einstein repudiava a posição polarizada
> > >
> > > no espírito
> > >
> > > > > científico. Por isso, nunca aceitou uma diferença essencial
> > >
> > > entre a teoria da relatividade
> > >
> > > > > macrocósmica e a teoria atômica microcósmica e, apesar de
> > >
> > > não tê-lo conseguido, buscou a
> > >
> > > > > Teoria do Campo Unificado nos últimos vinte e cinco anos de sua
> > >
> > > vida. Einstein baseava-se
> > >
> > > > > na premissa que a dualidade estrutural é inaceitável para o
> > >
> > > espírito científico e, por isso,
> > >
> > > > > afirmou que "a idéia de que existem duas estruturas espaciais
> > >
> > > independentes, a métrica
> > >
> > > > > gravitacional e a eletromagnética, é intolerável para o
> > >
> > > espírito científico" [...]
> > >
> > > > > Parte dessa criatividade dos séculos dezenove e vinte, que buscou
> > >
> > > cicatrizar a
> > >
> > > > > ferida dissociativa sujeito-objeto e resgatar a totalidade perdida
> > >
> > > na cisão ciência-religião,
> > >
> > > > > pode ser ilustrada pelas obras de Chardin, Hüsserl e Heidegger.
> > >
> > > > > Quando abordamos o desenvolvimento atual das neurociências em
> > >
> > > função da
> > >
> > > > > polaridade psique-matéria, corremos um imenso risco de afundar no
> > >
> > > abismo da dissociação
> > >
> > > > > sujeito-objeto para não mais sair. É que, a dissociação
> > >
> > > mente-corpo e a posição polarizada
> > >
> > > > > patriarcal engolfaram a Medicina junto com o desenvolvimento das
> > >
> > > Ciências Naturais e
> > >
> > > > > separaram o corpo das emoções, o que torna muito difícil para
> > >
> > > médicos e psicólogos
> > >
> > > > > conceberem o corpo simbólico, que se expressa ao mesmo tempo pela
> > >
> > > transmissão
> > >
> > > > > eletroquímica e metafórica. [...]
> > >
> > > > > É impressionante a comemoração defensiva de alguns
> > >
> > > neurocientistas,
> > >
> > > > > maquiavelicamente trombeteada pela mídia, quando se descobre uma
> > >
> > > nova correspondência
> > >
> > > > > eletroquímica para qualquer emoção. Diagnostico esta
> > >
> > > comemoração como defensiva
> > >
> > > > > porque, além de ela festejar a ampliação do conhecimento
> > >
> > > humano, o que é maravilhoso e
> > >
> > > > > criativo, ela celebra também, arrogantemente, a dissociação
> > >
> > > sujeito-objeto, aumentando a
> > >
> > > > > intensidade das defesas a ela acopladas. Trata-se de uma defesa
> > >
> > > tipicamente maníaca [...]
> > >
> > > > > Quando isso acontece, festeja-se maniacamente o triunfo do
> > >
> > > materialismo unilateral, este mesmo
> > >
> > > > > neoliberalismo que está destruindo ecologicamente o Planeta, nas
> > >
> > > comemorações dos seus
> > >
> > > > > grandes triunfos tecnológicos e altamente lucrativos.
> > >
> > > > > Acompanhando esse sensacionalismo defensivo não elaborado, as
> > >
> > > manchetes sobre as novas descobertas das neurociências
> > >
> > > > > costumam ser "finalmente descoberta a causa da infelicidade, da
> > >
> > > tristeza, da irritação, da distração e do amor, etc...",
> > >
> > > > > seguida da descrição da descoberta de alguma nova função
> > >
> > > eletroquímica do sistema nervoso. [...]
> > >
> > > > > É importante assinalar que as novas descobertas das
> > >
> > > neurociências não só estão
> > >
> > > > > sujeitas às deformações culturais pelas defesas centradas no
> > >
> > > pólo objetivo da dissociação
> > >
> > > > > sujeito-objeto, mas também no pólo subjetivo psicodinâmico.
> > >
> > > [...]
> > >
> > > > > De fato, muitos estudiosos das emoções e dos significados dentro
> > >
> > > de correntes alternativas e esotéricas estão começando a
> > >
> > > > > afirmar suas intuições ainda não comprovadas, baseadas em
> > >
> > > genes de cromossomos tais e
> > >
> > > > > quais, cujos comportamentos em ratos tiveram alguma semelhança
> > >
> > > longínqua com suas
> > >
> > > > > intuições. Trata-se de uma nova onda de exageros esotéricos,
> > >
> > > semelhantes aos que
> > >
> > > > > arrogaram-se fantasiosamente para si as bênçãos da ciência
> > >
> > > objetiva, como a que tivemos
> > >
> > > > > com o Espiritismo em meio ao progresso científico do século
> > >
> > > dezenove, e com a Antroposofia
> > >
> > > > > em função da Teoria Quântica. A onda esotérica atual
> > >
> > > baseia-se nas novas descobertas
> > >
> > > > > genéticas e neurofisiológicas. [...]
> > >
> > > > > Quando norteamos qualquer pesquisa científica pelo paradigma da
> > >
> > > epistemologia
> > >
> > > > > símbolo-centrada (Byington, 1975), nos damos conta que a Medicina
> > >
> > > Simbólica é a
> > >
> > > > > representação da vida como ela de fato é, quando seu campo de
> > >
> > > estudo não é deformado
> > >
> > > > > metodologicamente por uma perspectiva Ego-centrada defensiva. Na
> > >
> > > realidade, não existe
> > >
> > > > > transmissão eletroquímica sem significados simbólicos nem
> > >
> > > qualquer sintoma psiquiátrico
> > >
> > > > > isento de um contexto sistêmico subjetivo, objetivo, individual,
> > >
> > > familiar, cultural, genético e
> > >
> > > > > evolutivo, nem qualquer acontecimento fisiológico no corpo fora
> > >
> > > do contexto humanista que
> > >
> > > > > ele afeta e é de volta afetado. Foi isto o que von Bertalanffy
> > >
> > > (1968) descreveu como o
> > >
> > > > > sistema de múltiplo retorno da matéria viva. [...]
> > >
> > > > > Trata-se de um desafio igualmente para as Neurociências e para
> > >
> > > > > a Psicologia perceber que é uma grave dissociação tentar lidar
> > >
> > > com o fenômeno humano
> > >
> > > > > unilateralmente em função da química ou do significado. .[...]
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > Sugiro a leitura da questão Junguiana:
> > >
> > > > > "No Funcionamento do Sistema Nervoso, o Símbolo inclui Matéria
> > >
> > > e Significado"
> > >
> > > > > "Uma Contribuição da Psicologia Simbólica Junguiana à
> > >
> > > Epistemologia"
> > >
> > > > > De Carlos Amadeu Byington.
> > >
> > > > > Disponível em:
> > >
> > > http://www.carlosbyington.com.br/downloads/artigos/pt/sistema_nervoso_e_\
> > >
> > > simbolo.pdf
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > Vale a pena a leitura.
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > Thiago.
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > > To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > >
> > > > > > From: pontozero36@
> > >
> > > > > > Date: Tue, 10 Apr 2012 12:24:26 -0300
> > >
> > > > > > Subject: Re: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
> > >
> > > > > >
> > >
> > > > > > Yabadabadoooo!!!!
> > >
> > > > > >
> > >
> > > > > > Em 09/04/12, Alberto Mesquita Filhoalbmesq@ escreveu:
> > >
> > > > > > > Grande Victor!!!!
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > > Uma chuva de aplausos pra você (espero que as figuras
> > >
> > > apareçam):
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > > [ ]´s
> > >
> > > > > > > Alberto
> > >
> > > > > > > http://ecientificocultural.com.br
> > >
> > > > > > > Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma
> > >
> > > carga elétrica
> > >
> > > > > > > coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
> > >
> > > > > > > *********************************
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > > From: JVictor
> > >
> > > > > > > Sent: Friday, April 06, 2012 8:35 PM
> > >
> > > > > > > Subject: RES: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > > Calil: "Da mesma forma que o Einstein não conseguiu resolver
> > >
> > > nenhum
> > >
> > > > > > > probleminha social, seus sucessores também não vão
> > >
> > > conseguir, até porque nem
> > >
> > > > > > > pensam no assunto."
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > > Victor: Calil, Einstein era um cientista, preocupado com a
> > >
> > > ciência (que
> > >
> > > > > > > promove todas as mudanças sociais ou que seja; dá para,
> > >
> > > por um refletir
> > >
> > > > > > > sobre isso?), não uma Madre Tereza de Calcutá!. Que diabos
> > >
> > > de fixação é
> > >
> > > > > > > essa de estar acusando cientistas de não resolverem os
> > >
> > > problemas sociais,
> > >
> > > > > > > que não são objeto de seus trabalhos, de suas
> > >
> > > preocupações, de violência nas
> > >
> > > > > > > favelas, ou da fome mortal em certos países da África?
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > > Calil: "..., pois a ciência já atingiu um estágio
> > >
> > > avançadissimo do seu
> > >
> > > > > > > desenvolvimento e não conseguiu sequer implantar uma
> > >
> > > administração
> > >
> > > > > > > cientifica numa comunidade constituida por apenas mil pessoas."
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > > Victor: Putz!, moço! De novo, novamente, mesma ladainha. Que
> > >
> > > coisa mais
> > >
> > > > > > > ridícula! Isto que disse acima, e mais outras tolices que
> > >
> > > não irei comentar
> > >
> > > > > > > mais, refletem problemas seríssimos, que Freud ou qq outro
> > >
> > > não conseguirá
> > >
> > > > > > > extirpar. Mas não custa tentar, para seu próprio bem.
> > >
> > > Você está num processo
> > >
> > > > > > > de exercício circular, repetindo e repetindo as mesmas
> > >
> > > sandices,
> > >
> > > > > > > independentemente do que se tem contra argumentado. É como se
> > >
> > > a opinião
> > >
> > > > > > > dos que fazem a gentileza de lerem seus "textos" de nada
> > >
> > > valesse. Ou que
> > >
> > > > > > > todos nós fôssemos idiotas ou imbecis.
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > > Não costumo sair do sério, não é meu estilo agredir
> > >
> > > com palavras ou
> > >
> > > > > > > tijoladas quem quer que seja. Só mordo mesmo nessas
> > >
> > > circunstâncias. Para
> > >
> > > > > > > evitar que você vá para a vacina no bucho, farei o
> > >
> > > seguinte: Mensagens tuas
> > >
> > > > > > > irão direto para a lixeira; o Outlouco se encarregará
> > >
> > > disso,
> > >
> > > > > > > automaticamente. Só tomara que ele não caia na besteira de
> > >
> > > "ler" teus
> > >
> > > > > > > "textos" vazios, sem conteúdo aproveitável, assim mesmo,
> > >
> > > entre aspas.
> > >
> > > > > > > Pronto, resolvi meu "problema social". Não adianta responder
> > >
> > > pois não as
> > >
> > > > > > > responderei mais.
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > > Victor.
> > >
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Questão Cosmológica 2
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2012 13:00

Caramba, veio um tsunami de mensagens da lista que me fez perder o rumo... :)

Bom, infelizmente existem os conservadores (de motivos não científicos), que atrapalham o progresso da Ciência, e os pseudo-revolucionários, que só enchem o saco. Mas, neste caso, estou começando a achar que se trata do segundo problema!

Eu estava conversando sobre este caso em outra lista e um listeiro me falou do livro do Halton Arp sobre isso, chamado "O Universo Vermelho". Não lí o livro ainda, mas o listeiro (que parece defender a ideia do Arp) me adiantou ele se baseia apenas no aparente alinhamento mesmo (da galáxia com os quasares) pra refutar a Lei de Hubble e que ele provaria estatisticamente a impossibilidade de um simples alinhamento. Eu entendo que o alinhamento possa simplesmente ocorrer (1 em 1 bilhão seria até uma boa chance quando se trata de Universo né!), sendo então este único argumento muito pouco pra pensar em refutar uma teoria com tantas outras evidências que a corroboram.

[]´,s
Jeff.

 

"Bem, vejam, ela está obtendo este resultado que não se ajusta, ele tem de estar errado, recomendo que devemos interromper o programa de observação."
 
Eu me recuso a acreditar nisso!!!! Como o fator humano atrapalha o método!!! Concordo com o Calil : vamos para a ideologica zero!!!!!
 
Abs
Felipe
De: Alberto Mesquita Filho
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 11 de Abril de 2012 3:30
Assunto: [ciencialist] Questão Cosmológica 2
 
Cópia do texto (legenda em português) do vídeo Cosmology Quest DVD1 - part2/4
http://www.youtube.com/watch?v=uVhP1FrwIkw&feature=relmfu
(estou mandando em HTML e com cinco figuras – espero que funcione NGC_7603
Figura 1: NGC 7603
A renomada astrônoma óptica Margaret Burbidge tem sido há décadas uma figura central na luta por trazer observações controversas, tais como a galáxia NGC 7603, para a atenção dos astrônomos convencionais. E por sua integridade e incansáveis esforços nesta área, tornou-se uma das mulheres mais amplamente respeitadas na astronomia.
Margaret Burbidge:
Há uma galáxia muito interessante, conhecida como NGC 7603, é uma galáxia do tipo Seyfert, o que significa que tem um destes núcleos ativos, fortes linhas de emissão e, obviamente, muita atividade está acontecendo em seu centro. Ela foi estudada há muitos anos por Chip Arp, em seu Atlas de Galáxias Peculiares. Ela tem um braço espiral que parece sair diretamente da galáxia, terminando numa galáxia mais fraca. Mas termina exatamente lá, como se estivesse ligando os núcleos das duas galáxias.
 
Chip Arp:
Neste Atlas de galáxias peculiares que publiquei em 1966, este era o motivo do Atlas, um dos corpos ilustra bem o que é uma galáxia peculiar que é conhecida hoje em dia como a famosa galáxia NGC 7603. Esta é a Seyfert central (figura abaixo), o que significa uma galáxia muito ativa, com muita energia no núcleo. Muita energia explosiva e assim por diante. E aqui está a companheira com alto desvio para o vermelho (Chip Arp aponta agora para a galáxia menor). E você pode ver que elas estão ligadas por um filamento de matéria. Encontra-se a partir das observações que a matéria deste filamento é feita do mesmo material que a galáxia: gás, poeira, estrelas e assim por diante. Este material foi trazido para fora na expulsão. Mas o fato surpreendente e controverso é que esta galáxia tem um desvio para o vermelho muito maior do que a outra.
NGC_7603_3
Figura 3
Geoffrey Burbidge:
Se você observa dois corpos vizinhos com desvios para o vermelho muito diferentes, só há duas explicações. Uma explicação é que uma grande parte do desvio para o vermelho não tem nada a ver com a distância. A outra explicação é que isto aconteceu por acaso. Assim a questão central a que chegamos é saber com que frequência se espera alinhamentos casuais.
Margaret Burbidge:
Se você analisa cuidadosamente as fotografias que foram feitas deste campo perceberá dois corpos estelares fracos que estão no braço da espiral. Um está próximo de NGC 7603, e o outro está próximo da galáxia companheira.
NGC_7603_5
Figura 5
Martin Lopez Corredoira:
A probabilidade de ter muitos quasares ao redor de uma galáxia como sendo corpos de fundo, é claro que há alguma probabilidade, mas esta é extremamente pequena. Esta é a questão que tem de ser respondida. O aspecto a ser resolvido. NGC 7603 é um caso muito especial desta correlação. Você encontra não apenas três corpos nas vizinhanças de uma galáxia Seyfert principal. Além disto você encontra o filamento conectando-os. Isto é mais importante pois a probabilidade de ter os três corpos não apenas nas vizinhanças, mas exatamente ao longo do filamento, é extremamente baixa.
Geoffrey Burbidge:
Temos uma galáxia que é ativa, dois quasares com baixos desvios para o vermelho, além de uma outra galáxia com o dobro de desvio para o vermelho. Em outras palavras, temos quatro corpos, aparentemente todos ligados por uma ponte luminosa. Eu diria que esta é uma prova bem conclusiva da existência de desvios para o vermelho de origem não cosmológica.
Martin Lopez Corredoira:
Tivemos sorte. Pois encontramos que o corpo era mais controverso do que o esperado. No passado Chip Arp, Burbidge e outros pensaram que havia dois corpos ligados por um filamento, tendo desvios para o vermelho diferentes. Descobrimos agora que são quatro corpos, todos ligados pelo mesmo filamento, e todos com desvios para o vermelho muito diferentes. Assim é improvável que seja o desvio para o vermelho do tipo Doppler.
Margaret Burbidge:
Penso que é necessário analisar este caso, é um dos resultados mais impressionantes que temos à disposição. Creio que só se pode compreender isto dizendo que estes corpos, estes desvios para o vermelho de corpos conectados, que estão mais ou menos à mesma distância de nós, que estes desvios para o vermelho precisam ter componentes não cosmológicas.
Martin Lopez Corredoira:
A questão dos desvios para o vermelho de origem não cosmológica é muito importante para a maioria das áreas relacionadas com cosmologia e com astronomia hoje em dia. Se assumirmos, como é feito usualmente, que todos os desvios para o vermelho estão indicando a distância da galáxia, do quasar ou de qualquer outro corpo, é claro que os resultados serão muito diferentes do que se assumirmos o oposto, ou seja, que os desvios para o vermelho são devidos a outras causas. As distâncias dos quasares e das galáxias serão diferentes e as energias envolvidas nos processos serão diferentes. Assim muitos processos astrofísicos terão de mudar.
Chip Arp:
Desta evidência se conclui que a expansão do universo não é correta e que a lei que deduz a distância pelo desvio para o vermelho não é correta. E que precisamos encontrar algum mecanismo de criar novas galáxias com maiores desvios para o vermelho.
 
Continua em:
 
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.brMas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
PS: Caso as figuras não apareçam elas poderão ser visualizadas clicando-se abaixo:

 

 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Senhores moderadores - as ofensas pessoais continuam.... (General???).
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2012 13:12

-----Mensagem Original-----
From: Mtnos Calil
Sent: Saturday, April 14, 2012 3:10 AM
Subject: [ciencialist] Re: Senhores moderadores - as ofensas pessoais
continuam.... (General???).

> E qual é o problema de termos um general entre os moderadores?

Nenhum. Quem está falando em problema é você. Eu apenas cumprimentei meu
general após justificar minha conduta que, aparentemente, ia contra o
seu (dele) despacho.

> Eu que era da esquerda e não passei da direita, tenho um amigo General
> que tolera muito bem a ideologia zero.

Não entendi a premissa e a conclusão me pareceu um tanto quanto sem
sentido e fora do contexto. Com respeito a esta sua amizade, deixei uma
sugestão abaixo.

> Espero que o General tenha lido a mensagem em que eu retirei minha
> proposta.

Pelo visto sim, pois a resposta que dei acabou sendo liberada.

> ANTES SER OFENDIDO PELO PROF. ALBERTO MESQUISTA FILHO e continuar
> sendo honrado com seu feed-back do que não ser ofendido e perder o
> feed-back.

Eu desconfiei disto há muito tempo, mas estava tentando não valorizar
esta desconfiança. Hoje parece ter ficado patente que você veio à
Ciencialist única e exclusivamente com esta finalidade. A de nos
«analisar» [Quanta pretensão!] e procurar transformar o produto desta
idiossincrasia em um best-seller. Você nos provoca com um discurso de má
qualidade e da maneira mais sórdida possível, e aguarda ansiosamente
pela nossa reação (feed-back), obviamente como algo a ser arquivado em
uma lista de possíveis distúrbios comportamentais associados ao diálogo.
Sem dúvida alguma, você parece ter consegudo montar um processo que
parece estar sob muitos aspectos coerente com o método científico. Não
obstante, e para quem se diz coordenador de um instituto intitulado Mãos
Limpas, cuja missão é «ser a entidade mais ética da história do Brasil»
[Quanta pretensão!!!!!], não consigo imaginar um paradoxo maior. Não sei
até que ponto a ideologia zero tem alguma coisa a ver com esta sua
atitude tacanha e mesquinha, mas em termos de ética dou-lhe nota zero. E
em termos de hombridade prefiro nem falar.

> Mais um exemplo de logica matematica aplicado na vida quotidiana e que
> dispensa o rigor falsificacionista popperiano.

Não diria que dispensa. Diria que não tem nada a ver com a lógica
popperiana. Certa ou errada, a lógica popperiana jamais justificaria
experiências biológicas que foram realizadas em campos de concentração
nazistas. O mesmo não posso dizer com respeito a sua «lógica».

Consulte o seu amigo General. Exponha a ele quem você realmente é, e de
maneira a que ele consiga entender a sua ética zero. Quiçá ele mude de
«ideia» quanto a sua pretensa «ideologia».

> Mtnos Calil - Ideologia Zero: nem esquerda, nem direita: realidade
> volver!

Como diria o meu avô, de bem-intencionados o inferno está abarrotado.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Senhores moderadores - as ofensas pessoais continuam.... (General???).
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2012 14:04

Reforçando: *todas* as mensagens dirigidas ao Supremo Comandante Mtnos Calil deverão ser enviadas para a lista http://br.groups.yahoo.com/group/cienciaaoalcancedetodos/
------------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Senhores moderadores - as ofensas pessoais continuam.... (General???).
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2012 14:22

-----Mensagem Original-----
From: roberto
Sent: Saturday, April 14, 2012 2:04 PM
Subject: [ciencialist] Re: Senhores moderadores - as ofensas pessoais
continuam.... (General???).

> Reforçando: *todas* as mensagens dirigidas ao Supremo Comandante Mtnos
> Calil deverão ser enviadas para a lista
> http://br.groups.yahoo.com/group/cienciaaoalcancedetodos/

Perfeito, agora eu entendi a sua msg anterior.

De minha parte digo que, por um lado, não irei colaborar com o grupo do
Comandante pois do contrário estaria indo contra a sua ideologia zero.
Por outro lado ficarei na torcida para que esta manobra nos devolva a
tranquilidade e a condição de «mensagens do Calil zero».

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Questão Cosmológica 2 [3 Anexos]
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2012 14:47

-----Mensagem Original-----
From: Jeff
Sent: Saturday, April 14, 2012 1:00 PM
Subject: Re: [ciencialist] Questão Cosmológica 2 [3 Anexos]

> Caramba, veio um tsunami de mensagens da lista que me fez perder o
> rumo... :)

Idem, ibidem. Nestes 13 anos de Ciencialist nunca vi coisa igual.

> Eu estava conversando sobre este caso em outra lista e um listeiro me
> falou do livro do Halton Arp sobre isso, chamado "O Universo
> Vermelho". Não lí o livro ainda, mas o listeiro (que parece defender a
> ideia do Arp) me adiantou ele se baseia apenas no aparente alinhamento
> mesmo (da galáxia com os quasares) pra refutar a Lei de Hubble e que
> ele provaria estatisticamente a impossibilidade de um simples
> alinhamento. Eu entendo que o alinhamento possa simplesmente ocorrer
> (1 em 1 bilhão seria até uma boa chance quando se trata de Universo
> né!), sendo então este único argumento muito pouco pra pensar em
> refutar uma teoria com tantas outras evidências que a corroboram.

Arp me parece ter sido o pioneiro e aquele que acabou sendo amaldiçoado
por sua maneira de pensar e, em decorrência disso, de ter tido uma
aposentadoria precoce. Como ele perdeu a condição de observador
cosmológico, ele continuou a defender ou a valorizar aquilo que ele
tinha como líquido e certo. Não obstante as coisas não pararam por aí, e
o vídeo mostra outras evidências do mesmo tipo (vídeo CD1) e outras
ideias de naturezas diversas (vídeo CD2) e também a irem contra a teoria
do Big-Bang. [Estou preparando o pdf correspondente ao CD2.]

Não são dados absolutamente conclusivos, mas são sim dados que deveriam
merecer uma consideração maior por parte do Olimpo Acadêmico.
Preocupa-me muito mais a indiferença kuhniana flagrada nos meios
acadêmicos do que qualquer evidência que possa vir a contrariar a teoria
do Big-Bang. Mesmo porque esta última é tão somente uma teoria e a
postura dogmático-acadêmica afeta todas as áreas do saber.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: RES: [ciencialist] Ainda o Paradoxo dos Gemeos2
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2012 15:32

Hélio/Alberto,

 

Estava escrevendo algo como retorno à mensagem que o Hélio cita neste post. Então, em vista, vou responder tudo aqui mesmo.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Hélio Carvalho
Enviada em: sábado, 14 de abril de 2012 10:59
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Ainda o Paradoxo dos Gemeos1

 

 

Alberto,

 

Ainda não entendi exatamente o que o Victor e o Goldberg estão propondo.

 

Esses aí de cima não estão propondo nada. Estão é num esforço para expor uma teoria com quase 100 anos de existência. E nada do que estão procurando expor é novo, ou desconhecido. Ou fora do contexto relativísitico.

 

Eu sei.

 

Mas é fácil entender. É só esperar a resposta dele para a situação que eu coloquei:

O viajante fica (no seu relógio) 40 anos de viagem em MRU e um ano "freando" e acelerando.

Se a resposta do (Delta t)_A (tempo do ficante) dele for 41,25, saberemos que para ele não existe esta coisa de "memória" e só o tempo durante a aceleração é contabilizado. Se a resposta for em trono de 51, aí fica muito estranho.

Como a "memória da aceleração" pode afetar um trecho em MRU antes dela ter acontecido (o trecho de ida)???

 

Hélio: Vou considerar seu enunciado como o seguinte, tal que os gêmeos se reencontrem. Só para simplificar os cálculos finais.

 

Terreno e Viajante está em repouso, na Terra. Ambos num sistema inercial. Viajante parte com uma aceleração a, constante. (Essa aceleração deve ser igual a g, para não causar desconforto nenhum a Viajante. Ele se sentirá como se estivesse na Terra.

Acelera durante um ano; desacelera durante outro ano; faz a volta em torno do planeta(digamos que isto foi instantâneo, irreal mas só para efeito de cálculo); acelera durante um ano em sentido contrário; desacelera no mesmo sentido durante mais um ano, até rencontrar o lugar onde deixou o irmão. Se você quer que os tempos de aceleração/desaceleração seja um único ano, então é só substituir o 1ano do enunciado em cada trecho,  por ¼ ano no mesmo trecho, e aproveitar as simetrias desses trechos.

Você não especificou a idade com que partiu, apenas o tempo tempo total que viajou. Mas qualquer que tenha sido a idade de ambos, é só somar a elas os intervalos registrados pelos relógios ao fim da maratona.

 

Bem, devo adiantar que este é um problema de cinemática relativística, que é uma das coisa mais difíceis dentro da teoria, e os cálculos são bem diferentes daquele que você apresentou noutro e-mail, ao qual este faz referência. Aproveitarei o ensejo e descreverei, sem deduções laboriosas e abusadas,  cada uma das equações que definem todo o movimento acelerado. Poderíamos incluir no pacote algo como: após atingir + v ou –v, a nave viaja com essas velocidades constantes durante tantos anos, sem prejuízo nenhum da relevância que quero mostrar com as equações do movimento acelerado em questão(aliás, nem vou, assim,  vou considerar o querido MRU de Hélio, irrelevante  para estas finalidades, propositalmente. Depois, darei as notícias boas).   Não tenho outra maneira de fazer diferente, sob pena de minhas exposições serem confundidas com coisas “confusas” e que tais.

E mais, todas as deduções são feitas exclusivamente usando a RR e a física clássica Newtoniana. Se houver interesse, noutro post, mostrarei, detalhadamente,  todas as técnicas matemáticas e físicas usadas para se atingir tais resultados. Ou, simplesmente, farei melhor: indicarei algumas obras de fácil aquisição que tratam do assunto, sem dores. As equações que apresentarei poderão ser deduzidas diretamente da RR, usando a estrutura dos quadri-vetores, ou de maneira igualmente rigorosa, classicamente, via formulação Newtoniana. Mas, como adiantei num e-mail anterior, para o Eduardo, se bem me lembro, tudo do ponto de vista de um observador Inercial. Não do ponto de vista do observador acelerado, Viajante, no caso.  Então, genericamente,  temos o seguinte  esquema de solução (as equações serão escritas no modo matemático(objeto) e/ou  no modo texto, para o caso de o outlouco bagunçar, como já aconteceu):

               

1-      A nave parte do repouso com velocidade Vo=0. Os motores fornecem uma aceleração a m/s². A análise e a descrição do movimento é feita pelo gêmeo que ficou, de nome Terreno. Portanto, as observações são feitas a partir de um referencial inercial, So.

2-      Admite-se, para simplificar, que o movimento é unidimensional, na direção x, somente. Mas se considerar o movimento tri-dimensional, tudo bem. Ninguém vai morrer por causa disso. Só que é preciso coragem e disposição!... Bem...

3-      A velocidade é variável, designada agora por v(t), pois é devido a aceleração a, constante.

4-      O intervalo de tempo próprio, dτ, inerente ao referencial de Viajante, S´, está relacionado ao intervalo de tempo impróprio, dt , inerente ao referencial So, como é sabido. Assim, o fator gamma, que  surge devido aos postulados relativísticos, assume a seguinte expressão:

5-      (a) γ(t) =  1 /  . 

                 

(a)´ Formato texto:  (gamma = 1 / sqrt[ (1 – v²(t)/c² ]

 

6-      A aceleração constante, a, fornecida pelos motores da nave, que pode ser detectada internamente através de um acelerômetro, é dada teoricamente por:  a = d[(γv(t)] / dt  ou, integrando, tem-se:  γv(t) = at, pois a constante de integração é zero, para x=0 e t=0.

7-      Pode-se agora expressar v(t) como:  v(t) =  dx(t) / dt,   onde x(t) é a distância vencida pela nave, segundo So, após t anos desde a partida e com a aceleração constante a. Das expressões acima, obtemos o valor final para v(t), em termos de a, t, e c:

 

(b)   =   /                   

 

(b) ´  Formato texto: v(t) = a t / sqrt[ 1 + a²t²/c² ]

 

Se quiser, nesse seu problema, saber qual a distância percorrida após um tempo t para Terreno(So), eis a expressão correta a ser usada(obtida por integração da  equação (b) acima):

(c)  X(t) = (c²/a)  - c²/a.  Entenda-se que que X e T nesta equação são tomados desde x=0 e t=0. Fiz assim para escrever um símbolo a menos. Na realidade representam intervalos.

 

(c) ´ Formato texto:  X = ( c²/a ) sqrt[ 1 + a² T² / c² ] – c² / a

 

8-      Sabe-se que o tempo próprio(no referencial  de Viajante, no qual seu relógio está em repouso e participa, portanto,  dos eventos de saída e chegada, dos eventos acelerar e desacelerar, vice-versa)  está relacionado ao tempo impróprio pela relação, agora com V na forma v(t):

(d)  dτ =   

 

(d)´  Formato texto:  dτ = Integral entre os instantes 0 e t(no relógio de Terreno) de sqrt[ 1 – v²(t)/c² ] dt

Substituindo a expressão para v(t), Eq. (b) e integrando entre os limites indicados, obtém-se, segundo Terreno:

 

(e)  τ =  (c/a)

               

                (f) Formato texto:  τ= tempo próprio(Viajante) = (c/a) inv sinh( a t / c)

 

 

Mas precisamos é  da expressão para t, o tempo impróprio de Terreno. Pois o dado do problema que você forneceu foi o tempo próprio, τ.   Explicitando o argumento do seno hiperbólico acima, facilmente obtém-se t:

 

(g)  t = (c/a) sinh (a τ / c) 

 

(g)´ Formato texto :  t = (intervalo de tempo impróprio(Terreno) = (c/a) sinh (a τ / c)

 

9-      Pronto, aí estão as ferramentas corretas,  relativísticas, adequadas para se resolver problemas desse tipo. Como bônus pelo trabalho desvairado que executei acima, substitua você os dados de seu problema, atento às observações que fiz, e tire suas conclusões.  Inclusive comparando com os seus resultados.  Deu-me um pouco de preguiça agora.

10-   Como há simetria na ida e na volta, você pode usar a Eq. (g) para cada trecho  e multiplicar por quantos trechos iguais forem. O tempo próprio de Viajante é τ que, no caso você estipulou em um ano. Sugiro, contudo,  que considere um ano em cada trecho, os cálculos serão facilitadas. Mas se botar as equações numa planilha Excel, poderá variar os valores dados e verificar o que acontece. Ou então, pode o usar o Máxima.  (Veja que aí, em nenhum momento considerei eventuais trechos de cruzeiro, com velocidade constante. E, se considerasse, os resultados ainda seriam os mesmos, pois o que “amarra” os parâmetros uns aos outros são os períodos de aceleração, neste caso. E...nos outros também, mas de outra forma, indireta. Mas isso é assunto para mais trocentas threads.

11-   Calculando o valor do tempo próprio, ao final do primeiro ano, ou de qualquer outro período, pode-se calcular:

v(t) em t=1ano; Xt) em t = 1 ano, a razão v/c ao final de 1 ano,  ou seja, tudo que é pertinente e necessário à solução completa da questão, que é bastante genérica.

 

Hélio: Se for isto, aquela MSG que você mandou hoje para o Homero sobre os aviões começa a fazer todo o sentido!!!

 

Victor: Não sei de que fala, pois não abri, hoje,  a cxam.

 

Hélio: Lembre que sempre o Victor cita um exemplo de situação em que a nave vai sempre acelerando até v e quando chega em v ela imediatamente começa a "frear" até zero e imediatamente acelerar até -v, e assim por diante.

Parece que ele está evitando o MRU.

 

Victor: Bem, agora, para lhe satisfazer, não usei isso. Que fixação é essa em MRU? Isto é um caso particularíssimo de um movimento genérico, acelerado.  E agora, com os resultados que irá obter?

 

Embora tenha dito que forneceria fontes se pedissem, adianto-me, para quem interessar possa:

James Smith, Introdução à Relatividade Restrita(há edição em espanhol, mas não tão boa quanto a em inglês)

Apostilas sobre RG, do físico português Paulo Crawford(obtida via internet, o Google chega lá)

C.Möller, Introdução à RG(em inglês).

Tem todos os detalhes dedutivos, e muito mais.

 

Sds,

Victor.

 

Hélio

 

 


De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 14 de Abril de 2012 5:06
Assunto: Re: [ciencialist] Ainda o Paradoxo dos Gemeos1

 

 

-----Mensagem Original-----
From: Hélio Carvalho
Sent: Saturday, April 14, 2012 1:31 AM
Subject: Re: RES: [ciencialist] Ainda o Paradoxo dos Gemeos1

> Oi Victor,
> Sua reação à minha resposta foi forte.
> Desculpe se eu pesei na mão.
> [...]
> O gamma equivalente que vocês encontraram só é válido durante a
> aceleração pois só aí que se pode apelar para PE e encontrar um gamma
> equivalente ao fator onde é usado o potencial gravitacional. Não se
> pode apelar para o potencial gravitacional durante o trecho em MRU.

Olá Hélio

Pois eu pensei que o Victor havia concordado com esta afirmação. A
impressão que ele me deu era a de que, a esse respeito, a única coisa
que ele não concordava foi o fato de eu ter chamado aquela
característica que a aceleração deixa nos relógios por «memória» Tenho a
impressão até de que quem utilizou este termo pela primeira vez aqui na
Ciencialist foi o Belmiro. Seria então um problema de natureza
semântica, no sentido de significado das palavras. A meu ver ele não
substituiu este termo memória por nada, simplesmente colocou-o debaixo
do tapete. Não fiquei com a impressão de que ele estaria substituindo
esta memória por uma apelação deste tipo (aplicar o potencial
gravitacional durante o trecho em MRU). Se for este o caso concordo
plenamente com a sua estranheza.

Enfim, sabe-se lá o que se passou pela cabeça do Victor. Estou
escrevendo a msg apenas no sentido dele encarar o seu questionamento
atual sob o prisma que ora estou apresentando.

Abordei este problema de misturar o PE com a RR em outra msg, se bem que
sob um prisma ligeiramente diferente deste. Vide:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81699

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

 


SUBJECT: RES: [ciencialist] Ciência e falsificacionismo popperiano - (Communication science wiith Alberto)
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2012 15:53

Huh, ( vixe, em inglês)!  Era só o que faltava mesmo.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Luiz Ferraz Netto
Enviada em: sábado, 14 de abril de 2012 12:13
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Ciência e falsificacionismo popperiano - (Communication science wiith Alberto)

 

 



Do not make the same mistake of Calil, writing in English is already an affront, but forget the PSs is too much! 

Excuse me ...

[]´

     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================

----- Original Message -----

From: Pesky Bee

Sent: Friday, April 13, 2012 5:17 PM

Subject: Re: [ciencialist] Ciência e falsificacionismo popperiano - (Communication science wiith Alberto)

 

 

> I will not change trhead any more, even if someone pay me a thousand dollars.

 

Dear brother Calilzão: if someone paid me one thousand dollars,

I will not only change the name of the thread, but would also

post a picture of myself dancing butt naked over a table wearing

just a small hat (over my head, let that be clear). And please

keep any children out of the room at that moment.

 

*PB*

 

 

 

From: Mtnos Calil

Sent: Tuesday, April 10, 2012 2:50 AM

Subject: Re: [ciencialist] Ciência e falsificacionismo popperiano - (Communication science wiith Alberto)

 



1. Hello my teacher Alberto Mesquita Filho. As you've already seen, for fear of being removed from the group because of the threads, I submitted to your command!

I will not change trhead any more, even if someone pay me a thousand dollars. I'll just add the real issue, in order not to disturb the members logical system brain.

2. Concerning the structure of carbon and iron in the brain of Victor, I had this insight to soften this league: I would write a message on the misunderstandings of Freud and  Victor would  write a message on the misunderstandings of Einstein. What do you think about my dear teacher?

 

3. Dialogue. This is one of the thousand words that need a new reframing. I would like to  propose to the UN produce a dictionary with a thousand of abstract words in order to promote a quantum jump in human language. My suggestion for the definition of dialogue would be: a friendly conversation between two people.

4. Logic in verbal communication. After three hours of breaking my head over this part of Project X, I came to this formulation:

 

"The mathematization of language is a communication system that aims to minimize the ambiguity of language and achieve the greatest possible degree of linguistic precision, based on these elements:  semantics, syntax and mathematical logic. The benefits provided by the system are summarized as follows: significant increase in communication effectiveness and productivity,  which in turn results in increased effectiveness  and productivity of all activities undertaken in groups, either in public or private institutions"

 

Did you like it, my teacher?

 

I hope you have good thoughts inspired by Einstein who loved the Freud's unconscious theories.  

Mtnos Calil

 

Organizational consultant

Zero Specialization

 

11-  5897-4366

11 - 9502-5143

skype: mtnos.calil

 

 

----- Original Message -----

Sent: Monday, April 09, 2012 9:46 PM

Subject: Re: [ciencialist] Ciência e falsificacionismo popperiano - lógica pura com Victor e Alberto.

 

 

-----Mensagem Original-----
From: Mtnos Calil
Sent: Monday, April 09, 2012 3:17 PM
Subject: Re: [ciencialist] Ciência e falsificacionismo popperiano -
lógica pura com Victor e Alberto.

> Hello, my teacher!

Hello, my student!

> Você tá querendo que eu brigue com o Victor? Não vou brigar não.

Nem tente! Como eu disse em outra msg: «O Victor é mais duro que a
Margareth Thatcher, a Dama de Ferro. Acho que ele é feito de uma liga de
carbono e ferro ainda não descoberta e mais rígida do que o aço.»

> Pelo contrário, vou defendê-lo.

Nem precisa. Ele é duro na queda e sabe se defender muito bem. Já que
você gosta de analisar os outros, perceba que eu só entro em quebra-paus
com pessoas de valor. E Freud explica. Do contrário estaria
desvalorizando o meu narcisismo.

> Ps1. A minha lógica, stricto sensu, se refere especificamente ao
> signficado de palavras, frases e conceitos. Não consegui arrumar um
> nome cientifico para ela. Talvez já exista. Semântica? este termo não
> me atrai, talvez por alguma razão inconsciente e ilógica.

Também não gosto, porque ela dá um ar de «pedântica» ;-) mas apesar
disso o meu inconsciente aceita-a numa boa, mesmo porque utilizo-a
raramente. Mas se você tem algo do tipo de uma «lógica semântica» a
situação é bem mais delicada.

> Ps2. Diálogo é coisa de dois. [...]

Não obrigatoriamente. Não me parece ser um antônimo perfeito de
monólogo. Não sou muito bom em origem das palavras, mas creio que se
fosse esse o caso seria «duólogo» e não diálogo. No pai dos burros
modernos (Wikipédia), por exemplo, consta: «Diálogo é uma conversação
estabelecida entre duas ou mais pessoas.»

> [...] Se o Victor não quiser dialogar comigo como é que vou conseguir
> dialogar com ele? Até Deus precisa de ouvintes para com eles dialogar.
> O problema freudiano do Victor é que ele está narcisicamente
> identificado com os cientistas. Você pode até fazer criticas
> contundentes a Deus, mas se fizer a menor critica aos cientistas será
> condenado pelo Victor a arder eternamente nas chamas de um laboratório
> instalado em Marte. Enquanto eu estiver vivo o Victor me jogará todos
> os dias na lixeira. Veja que destino os cientistas me reservaram: ir
> para o lixo em vida.

Para ser sincero não consigo imaginar você e o Victor dialogando. Mas
não me parece ser nada pessoal e muito menos algo que o Freud tenha
obrigatoriamente que explicar. Trata-se de um problema de afinidade pelo
assunto a ser debatido. Não vejo nada de pessoal. Se vocês fossem
vizinhos, não vejo porque não poderiam vir a ser grandes amigos. Mas daí
a estabelecer uma discussão pela internet de um fulano que só pensa no
Einstein com outro que só pensa no Freud?!!!! Isso só pode dar em nada.
Espero que nenhum dos dois leve a mal o que eu disse. Não é isso o que
penso de vocês, apenas exagerei um pouco para dar maior ênfase à
justificativa.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Senhores moderadores - as ofensas pessoais continuam.... (pedantismo ordinário???).
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2012 15:59


RIR É O MELHOR REMÉDIO PARA TRANSTORNOS INCURÁVEIS...
O BOM HUMOR DESTE GRUPO É ALGO FANTÁSTICO.
 
merci beaucoup! ( beau = belo; coup = golpe; belo golpe; merci =obrigado; merci beacoup= esquizofrenia linguistica, cuja cura é a matematização da linguagem).
 
m.calil
 
Ps. Je m'excuse pour ce symptôme névrotique d'écrire en grosses lettres
 
----- Original Message -----
From: JVictor
Sent: Saturday, April 14, 2012 12:14 PM
Subject: RES: [ciencialist] Senhores moderadores - as ofensas pessoais continuam.... (pedantismo ordinário???).

 

PB,

Bem, ao ler o post do Pesky, a única que me restou fazer foi: rir, rir às gargalhadas!

Ainda estou rindo.

Situação realmente cômica, e contornada de maneira muitíssimo inteligente.

Só fico  imaginando como ficou o “oponente”...

Sds,

Victor.

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Pesky Bee
Enviada em: sábado, 14 de abril de 2012 11:03
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Senhores moderadores - as ofensas pessoais continuam.... (pedantismo ordinário???).

 

> ...me acusa de ser um ordinário pedante!

Calilzão, não faça tempestade em copo d'água.

Eu já fui acusado, dentro de um elevador, de

ser um "ordinário peidante"! Isso sim foi mais
chatinho (pior ainda por ter sido a acusação

proferida pelo próprio perpetrador do dito flato).

Minha resposta foi na bucha: "Pelo urro e pelo

berro, esse rabo já levou ferro!".

*PB*

From: Mtnos Calil

Sent: Friday, April 13, 2012 11:16 PM

Subject: [ciencialist] Senhores moderadores - as ofensas pessoais continuam.... (pedantismo ordinário???).



Prezados moderadores.

Novamente venho apelar a V.Sas. no sentido de alertar os membros do grupo mais agressivos que ofensas pessoais e palavrões, assim como piadinhas fora do contexto, só prejudicam a imagem deste valoroso grupo. Já enviei uma mensagem propondo a elaboração de um código de ética.

De minha parte sou um fiel seguidor das regras estabelecidas pelos grupos internéticos. Ocorre que neste grupo não vi nenhuma regra escrita.

O grupo ciencialist sem a menor sombra de dúvida é um dos principais grupos da internet brasileira. Isso não impede porém, que seus membros mais agressivos e portadores de outros transtornos comportamentais se enquadrem em normas que valorizem a sensatez e respeitem a convivência harmoniosa entre os membros do grupo.

Acabei de ser desqualificado pelo meu  ilustre professor Alberto Mesquita Filho que simplesmente atribuiu a mim a prática de " pedantismo ordinário e de mau gosto", pelo fato de eu ter enviado uma mensagem escrita em inglês.  Vejam a gravidade do desvio comportamental do nosso professor (sendo professor, deve dar o exemplo...): me acusa de ser um ordinário pedante! Se eu fosse exercer meu legitimo direito de defesa, estaria contribuindo para barbarização do ciencialist.

Pelo contrário, vou defender o nobre professor porque ele foi vitimado por um surto de fúria narcisica sendo portanto inimputável. Essa fúria se deve possivelmente ao fato de eu estar relevando no grupo as falácias cometidas por Popper em relação à psicanálise, as quais serão objeto de um artigo que vou escrever sobre a campanha anti-cientifica promovida por pessoas que não têm o minimo de conhecimento teórico-prático a respeito da psicanálise e que se arvoram em defensores da ciência como se tudo que não fosse passivel de medição através de réguas e relógios deveria ir para a lata do lixo do conhecimento, vale dizer, todas as ciências humanas!

Abraços

M.Calil

Ps1. Para o ilustre professor recomendo que tome uma dose de calmazen antes de enviar sua mensagens agressivas para o grupo.

Ps2.  Responderei essa mensagem do ilustre professor (v. abaixo) em outro momento, e agradeço pela atenção com que tem me honrado com seus comentários.

Reafirmo que o ciencialist é um grupo fortissimo que tem um enorme potencial de desenvolvimento, para o que se faz necessária a elaboração de um plano estratégico.

Minha proposta é transformar o ciencialist numa ong, com várias divisões. Eu ficaria como coordenador da divisão "ciência ao alcance de todos", visto que o Projeto X, que envolve ideologia zero, matematização da linguagem, treinamento de lógica na comunicação oral e escrita, filosofia com lógica cientifica, teoria da complexidade, etc.  é dirigido ao "povo culto" constituido por milhões de pessoas. Seria a divisão "sem réguas nem relógios", convivendo harmoniosamente com a divisão "de réguas e relógios". Essa é a essência do pensamento complexo dialético: o todo é constituido de partes antagônicas que vivem harmoniosamente em conflito num processo continuo de entropia e neguentropia. Eu construí essa definição (ou melhor, conceito) com base na leitura de alguns livros de Edgar Morin. Estou reproduzindo o pensamento dele com outras palavras, mas pode haver alguma diferença conceitual.

Ps3. Ao contrário do que diz o nosso professor deveriamos sim nos treinarmos em inglês para assim podemos nos corresponder com pessoas de outros países, sendo que o Google tem se revelado, surpreendentemente, uma ferramenta excelente de auxilio à tradução.

----- Original Message -----

Sent: Friday, April 13, 2012 3:17 PM

Subject: Re: [ciencialist] Ciência e falsificacionismo popperiano - (Communication science wiith Alberto)

 

-----Mensagem Original-----
From: Mtnos Calil
Sent: Tuesday, April 10, 2012 2:50 AM
Subject: Re: [ciencialist] Ciência e falsificacionismo popperiano -
(Communication science wiith Alberto)

> 1. Hello my teacher Alberto Mesquita Filho. As you've already seen,
> for fear of being removed from the group because of the threads, I
> submitted to your command!
> I will not change trhead any more, even if someone pay me a thousand
> dollars. I'll just add the real issue, in order not to disturb the
> members logical system brain.

Cuidado então com o Léo. Se você continuar a escrever em inglês, aí sim
você vai ver o que é bom pra tosse. Não que Ele não saiba inglês, mas
Ele tem verdadeira ojeriza deste pedantismo ordinário e de mau gosto. E
neste caso o que vale é a lógica da autoridade, pois o Léo é um dos
moderadores da lista e ponto final. Quem sou eu para palpitar a respeito
de suas máximas ou preceitos?

> 2. Concerning the structure of carbon and iron in the brain of Victor,
> I had this insight to soften this league: I would write a message on
> the misunderstandings of Freud and Victor would write a message on
> the misunderstandings of Einstein. What do you think about my dear
> teacher?

Nem pensar!!! Sabe quando o Victor vai assumir, ainda que por hipótese
do tipo «Reductio ad absurdum», que o Einstein poderia ter cometido
algum engano? Nunca.

> 3. Dialogue. This is one of the thousand words that need a new
> reframing. I would like to propose to the UN produce a dictionary
> with a thousand of abstract words in order to promote a quantum jump
> in human language. My suggestion for the definition of dialogue would
> be: a friendly conversation between two people.

Pois então faça isso, mas não conte comigo. Em primeiro lugar por que em
minha opinião o salto quântico não está com nada. E em segundo lugar
porque acho que quem faz a língua é o povo, cabendo aos literatos tão
somente compilar o produto deste consenso popular em dicionários.

> 4. Logic in verbal communication. After three hours of breaking my
> head over this part of Project X, I came to this formulation:
> "The mathematization of language is a communication system that aims
> to minimize the ambiguity of language and achieve the greatest
> possible degree of linguistic precision, based on these elements:
> semantics, syntax and mathematical logic. The benefits provided by the
> system are summarized as follows: significant increase in
> communication effectiveness and productivity, which in turn results
> in increased effectiveness and productivity of all activities
> undertaken in groups, either in public or private institutions"
> Did you like it, my teacher?

Sim e não ou, muito pelo contrário, talvez. Sim porque me parece ter
lógica; não porque me parece ser uma coisa inviável; e talvez porque não
sou o dono da verdade.

> I hope you have good thoughts inspired by Einstein who loved the
> Freud's unconscious theories.

Digamos que aprendi muito com Einstein. Mas dentre seus ensinamentos, o
que mais me marcou foi aquele que diz que não devemos confiar
excessivamente nos físicos teóricos. Ou seja, devemos duvidar até mesmo
das suas teorias ou das teorias pelas quais ele se encantou, e não sei
se a de Freud se encontraria neste nível. Obviamente, este duvidar deve
ser um «duvidar inteligente». Eu não poderia questionar Freud a não ser
se, numa etapa anterior, eu viesse a me interessar pelo que ele
escreveu. E o que você está propondo não é isto, mas algo a apoiar-se no
critério da autoridade: Se eu admiro Einstein, e se Einsten admirou
Freud, eu deveria por tabela admirar Freud. Um absurdo total e tanto
mais quando propalado por alguém que se considera apologista da lógica.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: CHEGA DE PSICANÁLISE, CHEGA DE FREUD.
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2012 16:15

ATENDENDO A MIL PEDIDOS PROMETO PARA TODOS OS POPPERIANOS DO GRUPO QUE NÃO MENCIONAREI  MAIS AS DUAS PALAVRAS AMALDIÇOADAS PELOS DEUSES DA CIÊNCIA:  FREUD E PSICANÁLISE.
 
COMO O INCONSCIENTE JÁ EXISTIA ANTES DE FREUD, PODEREI USAR ESTE TERMO, RESPEITANDO ASSIM OS DOGMAS DA FILOSOFIA DA CIÊNCIA.
 
putzz... outra vez letras maiusculas... perdão... vou fazer uma sessão de psicoterapia sentado na poltrona do Skinner... para acabar com este maiúsculo sintoma.
 
Sorry,
mc
 
 
]
----- Original Message -----
Sent: Saturday, April 14, 2012 1:12 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Senhores moderadores - as ofensas pessoaiscontinuam.... (General???).

 

-----Mensagem Original-----
From: Mtnos Calil
Sent: Saturday, April 14, 2012 3:10 AM
Subject: [ciencialist] Re: Senhores moderadores - as ofensas pessoais
continuam.... (General???).

> E qual é o problema de termos um general entre os moderadores?

Nenhum. Quem está falando em problema é você. Eu apenas cumprimentei meu
general após justificar minha conduta que, aparentemente, ia contra o
seu (dele) despacho.

> Eu que era da esquerda e não passei da direita, tenho um amigo General
> que tolera muito bem a ideologia zero.

Não entendi a premissa e a conclusão me pareceu um tanto quanto sem
sentido e fora do contexto. Com respeito a esta sua amizade, deixei uma
sugestão abaixo.

> Espero que o General tenha lido a mensagem em que eu retirei minha
> proposta.

Pelo visto sim, pois a resposta que dei acabou sendo liberada.

> ANTES SER OFENDIDO PELO PROF. ALBERTO MESQUISTA FILHO e continuar
> sendo honrado com seu feed-back do que não ser ofendido e perder o
> feed-back.

Eu desconfiei disto há muito tempo, mas estava tentando não valorizar
esta desconfiança. Hoje parece ter ficado patente que você veio à
Ciencialist única e exclusivamente com esta finalidade. A de nos
«analisar» [Quanta pretensão!] e procurar transformar o produto desta
idiossincrasia em um best-seller. Você nos provoca com um discurso de má
qualidade e da maneira mais sórdida possível, e aguarda ansiosamente
pela nossa reação (feed-back), obviamente como algo a ser arquivado em
uma lista de possíveis distúrbios comportamentais associados ao diálogo.
Sem dúvida alguma, você parece ter consegudo montar um processo que
parece estar sob muitos aspectos coerente com o método científico. Não
obstante, e para quem se diz coordenador de um instituto intitulado Mãos
Limpas, cuja missão é «ser a entidade mais ética da história do Brasil»
[Quanta pretensão!!!!!], não consigo imaginar um paradoxo maior. Não sei
até que ponto a ideologia zero tem alguma coisa a ver com esta sua
atitude tacanha e mesquinha, mas em termos de ética dou-lhe nota zero. E
em termos de hombridade prefiro nem falar.

> Mais um exemplo de logica matematica aplicado na vida quotidiana e que
> dispensa o rigor falsificacionista popperiano.

Não diria que dispensa. Diria que não tem nada a ver com a lógica
popperiana. Certa ou errada, a lógica popperiana jamais justificaria
experiências biológicas que foram realizadas em campos de concentração
nazistas. O mesmo não posso dizer com respeito a sua «lógica».

Consulte o seu amigo General. Exponha a ele quem você realmente é, e de
maneira a que ele consiga entender a sua ética zero. Quiçá ele mude de
«ideia» quanto a sua pretensa «ideologia».

> Mtnos Calil - Ideologia Zero: nem esquerda, nem direita: realidade
> volver!

Como diria o meu avô, de bem-intencionados o inferno está abarrotado.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Ainda o Paradoxo dos Gemeos2
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2012 16:54

Ok Victor, 

Foi até menos do que com o gamma equivalente.

Logo, o gamma equivalente é uma aproximação grosseira??

Usando estas expressões colocadas por você na situação proposta temos:
(vou separar o um ano em quatro partes de 0,25 ano)

No relógio do Viajante: ele leva 0,25 para chegar a 0,6c, depois fica nesta velocidade por 20 anos, depois leva 0,25 ano para parar e mais 0,25 ano para chegar a -v, fica mais 20 anos em MRU voltando e finalmente mais 0,25 ano até parar novamente.

Calculando só nos trechos acelerados temos para cada um dos 4 trechos:
t=(intervalo de tempo impróprio (Terreno))= ( c / a ) sinh (a * 0,25ano / c )

Como neste caso a = 0,6c/0,25ano temos:
t = ( 0,25 ano /0,6) sinh (0,6) = 0,26527 ano
Como isto acontece 4 vezes temos:

(Delta t)_total terrestre = 4 * 0,26527= 1,06108 anos

Neste caso terá passado 41 anos no relógio do viajante e 41,06 anos no relógio do Terrestre.
É isto?? Você concorda com a conta que fiz?

Usando o gamma equivalente de Victor e Goldberg (eu estou batizando este gamma com este nome, mas já sei que não é invenção vossa) o resultado é 41,25 anos.
Maior que 41,06 anos obtido agora.
Será que foram desprezados parcelas demais da série de Taylor?

Usando a solução das maiorias dos livros fica em 51,25 anos

Agora eu já sei!
Victor é um revolucionário! Depois reclama da gente!
:-)

Hélio


De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 14 de Abril de 2012 15:32
Assunto: RES: [ciencialist] Ainda o Paradoxo dos Gemeos2

 
Hélio/Alberto,
 
Estava escrevendo algo como retorno à mensagem que o Hélio cita neste post. Então, em vista, vou responder tudo aqui mesmo.
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Hélio Carvalho
Enviada em: sábado, 14 de abril de 2012 10:59
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Ainda o Paradoxo dos Gemeos1
 
 
Alberto,
 
Ainda não entendi exatamente o que o Victor e o Goldberg estão propondo.
 
Esses aí de cima não estão propondo nada. Estão é num esforço para expor uma teoria com quase 100 anos de existência. E nada do que estão procurando expor é novo, ou desconhecido. Ou fora do contexto relativísitico.
 
Eu sei.
 
Mas é fácil entender. É só esperar a resposta dele para a situação que eu coloquei:
O viajante fica (no seu relógio) 40 anos de viagem em MRU e um ano "freando" e acelerando.
Se a resposta do (Delta t)_A (tempo do ficante) dele for 41,25, saberemos que para ele não existe esta coisa de "memória" e só o tempo durante a aceleração é contabilizado. Se a resposta for em trono de 51, aí fica muito estranho.
Como a "memória da aceleração" pode afetar um trecho em MRU antes dela ter acontecido (o trecho de ida)???
 
Hélio: Vou considerar seu enunciado como o seguinte, tal que os gêmeos se reencontrem. Só para simplificar os cálculos finais.
 
Terreno e Viajante está em repouso, na Terra. Ambos num sistema inercial. Viajante parte com uma aceleração a, constante. (Essa aceleração deve ser igual a g, para não causar desconforto nenhum a Viajante. Ele se sentirá como se estivesse na Terra.
Acelera durante um ano; desacelera durante outro ano; faz a volta em torno do planeta(digamos que isto foi instantâneo, irreal mas só para efeito de cálculo); acelera durante um ano em sentido contrário; desacelera no mesmo sentido durante mais um ano, até rencontrar o lugar onde deixou o irmão. Se você quer que os tempos de aceleração/desaceleração seja um único ano, então é só substituir o 1ano do enunciado em cada trecho,  por ¼ ano no mesmo trecho, e aproveitar as simetrias desses trechos.
Você não especificou a idade com que partiu, apenas o tempo tempo total que viajou. Mas qualquer que tenha sido a idade de ambos, é só somar a elas os intervalos registrados pelos relógios ao fim da maratona.
 
Bem, devo adiantar que este é um problema de cinemática relativística, que é uma das coisa mais difíceis dentro da teoria, e os cálculos são bem diferentes daquele que você apresentou noutro e-mail, ao qual este faz referência. Aproveitarei o ensejo e descreverei, sem deduções laboriosas e abusadas,  cada uma das equações que definem todo o movimento acelerado. Poderíamos incluir no pacote algo como: após atingir + v ou –v, a nave viaja com essas velocidades constantes durante tantos anos, sem prejuízo nenhum da relevância que quero mostrar com as equações do movimento acelerado em questão(aliás, nem vou, assim,  vou considerar o querido MRU de Hélio, irrelevante  para estas finalidades, propositalmente. Depois, darei as notícias boas).   Não tenho outra maneira de fazer diferente, sob pena de minhas exposições serem confundidas com coisas “confusas” e que tais.
E mais, todas as deduções são feitas exclusivamente usando a RR e a física clássica Newtoniana. Se houver interesse, noutro post, mostrarei, detalhadamente,  todas as técnicas matemáticas e físicas usadas para se atingir tais resultados. Ou, simplesmente, farei melhor: indicarei algumas obras de fácil aquisição que tratam do assunto, sem dores. As equações que apresentarei poderão ser deduzidas diretamente da RR, usando a estrutura dos quadri-vetores, ou de maneira igualmente rigorosa, classicamente, via formulação Newtoniana. Mas, como adiantei num e-mail anterior, para o Eduardo, se bem me lembro, tudo do ponto de vista de um observador Inercial. Não do ponto de vista do observador acelerado, Viajante, no caso.  Então, genericamente,  temos o seguinte  esquema de solução (as equações serão escritas no modo matemático(objeto) e/ou  no modo texto, para o caso de o outlouco bagunçar, como já aconteceu):
               
1-      A nave parte do repouso com velocidade Vo=0. Os motores fornecem uma aceleração a m/s². A análise e a descrição do movimento é feita pelo gêmeo que ficou, de nome Terreno. Portanto, as observações são feitas a partir de um referencial inercial, So.
2-      Admite-se, para simplificar, que o movimento é unidimensional, na direção x, somente. Mas se considerar o movimento tri-dimensional, tudo bem. Ninguém vai morrer por causa disso. Só que é preciso coragem e disposição!... Bem...
3-      A velocidade é variável, designada agora por v(t), pois é devido a aceleração a, constante.
4-      O intervalo de tempo próprio, dτ, inerente ao referencial de Viajante, S´, está relacionado ao intervalo de tempo impróprio, dt , inerente ao referencial So, como é sabido. Assim, o fator gamma, que  surge devido aos postulados relativísticos, assume a seguinte expressão:
5-      (a) γ(t) =  1 /  . 
                 
(a)´ Formato texto:  (gamma = 1 / sqrt[ (1 – v²(t)/c² ]
 
6-      A aceleração constante, a, fornecida pelos motores da nave, que pode ser detectada internamente através de um acelerômetro, é dada teoricamente por:  a = d[(γv(t)] / dt  ou, integrando, tem-se:  γv(t) = at, pois a constante de integração é zero, para x=0 e t=0.
7-      Pode-se agora expressar v(t) como:  v(t) =  dx(t) / dt,   onde x(t) é a distância vencida pela nave, segundo So, após t anos desde a partida e com a aceleração constante a. Das expressões acima, obtemos o valor final para v(t), em termos de a, t, e c:
 
(b)   =   /                   
 
(b) ´  Formato texto: v(t) = a t / sqrt[ 1 + a²t²/c² ]
 
Se quiser, nesse seu problema, saber qual a distância percorrida após um tempo t para Terreno(So), eis a expressão correta a ser usada(obtida por integração da  equação (b) acima):
(c)  X(t) = (c²/a)  - c²/a.  Entenda-se que que X e T nesta equação são tomados desde x=0 e t=0. Fiz assim para escrever um símbolo a menos. Na realidade representam intervalos.
 
(c) ´ Formato texto:  X = ( c²/a ) sqrt[ 1 + a² T² / c² ] – c² / a
 
8-      Sabe-se que o tempo próprio(no referencial  de Viajante, no qual seu relógio está em repouso e participa, portanto,  dos eventos de saída e chegada, dos eventos acelerar e desacelerar, vice-versa)  está relacionado ao tempo impróprio pela relação, agora com V na forma v(t):
(d)  dτ =   
 
(d)´  Formato texto:  dτ = Integral entre os instantes 0 e t(no relógio de Terreno) de sqrt[ 1 – v²(t)/c² ] dt
Substituindo a expressão para v(t), Eq. (b) e integrando entre os limites indicados, obtém-se, segundo Terreno:
 
(e)  τ =  (c/a)
               
                (f) Formato texto:  τ= tempo próprio(Viajante) = (c/a) inv sinh( a t / c)
 
 
Mas precisamos é  da expressão para t, o tempo impróprio de Terreno. Pois o dado do problema que você forneceu foi o tempo próprio, τ.   Explicitando o argumento do seno hiperbólico acima, facilmente obtém-se t:
 
(g)  t = (c/a) sinh (a τ / c) 
 
(g)´ Formato texto :  t = (intervalo de tempo impróprio(Terreno) = (c/a) sinh (a τ / c)
 
9-      Pronto, aí estão as ferramentas corretas,  relativísticas, adequadas para se resolver problemas desse tipo. Como bônus pelo trabalho desvairado que executei acima, substitua você os dados de seu problema, atento às observações que fiz, e tire suas conclusões.  Inclusive comparando com os seus resultados.  Deu-me um pouco de preguiça agora.
10-   Como há simetria na ida e na volta, você pode usar a Eq. (g) para cada trecho  e multiplicar por quantos trechos iguais forem. O tempo próprio de Viajante é τ que, no caso você estipulou em um ano. Sugiro, contudo,  que considere um ano em cada trecho, os cálculos serão facilitadas. Mas se botar as equações numa planilha Excel, poderá variar os valores dados e verificar o que acontece. Ou então, pode o usar o Máxima.  (Veja que aí, em nenhum momento considerei eventuais trechos de cruzeiro, com velocidade constante. E, se considerasse, os resultados ainda seriam os mesmos, pois o que “amarra” os parâmetros uns aos outros são os períodos de aceleração, neste caso. E...nos outros também, mas de outra forma, indireta. Mas isso é assunto para mais trocentas threads.
11-   Calculando o valor do tempo próprio, ao final do primeiro ano, ou de qualquer outro período, pode-se calcular:
v(t) em t=1ano; Xt) em t = 1 ano, a razão v/c ao final de 1 ano,  ou seja, tudo que é pertinente e necessário à solução completa da questão, que é bastante genérica.
 
Hélio: Se for isto, aquela MSG que você mandou hoje para o Homero sobre os aviões começa a fazer todo o sentido!!!
 
Victor: Não sei de que fala, pois não abri, hoje,  a cxam.
 
Hélio: Lembre que sempre o Victor cita um exemplo de situação em que a nave vai sempre acelerando até v e quando chega em v ela imediatamente começa a "frear" até zero e imediatamente acelerar até -v, e assim por diante.
Parece que ele está evitando o MRU.
 
Victor: Bem, agora, para lhe satisfazer, não usei isso. Que fixação é essa em MRU? Isto é um caso particularíssimo de um movimento genérico, acelerado.  E agora, com os resultados que irá obter?
 
Embora tenha dito que forneceria fontes se pedissem, adianto-me, para quem interessar possa:
James Smith, Introdução à Relatividade Restrita(há edição em espanhol, mas não tão boa quanto a em inglês)
Apostilas sobre RG, do físico português Paulo Crawford(obtida via internet, o Google chega lá)
C.Möller, Introdução à RG(em inglês).
Tem todos os detalhes dedutivos, e muito mais.
 
Sds,
Victor.
 
Hélio
 

.




SUBJECT: Qual é o valor do aluno de pós-graduação stricto sensu?*
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2012 17:36

http://genereporter.blogspot.com.br/2012/04/qual-e-o-valor-do-aluno-de-pos.html

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Senhores moderadores - as ofensas pessoais continuam.... (General???).
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2012 19:14

From: roberto
Sent: Saturday, April 14, 2012 2:04 PM
Subject: [ciencialist] Re: Senhores moderadores - as ofensas pessoais continuam.... (General???).
 

> Reforçando: *todas* as mensagens dirigidas ao Supremo Comandante Mtnos Calil deverão ser enviadas para a lista

> http://br.groups.yahoo.com/group/cienciaaoalcancedetodos/

A lista ÉticaZero, digo, cienciaaoalcancedetodos sumiu:

ciaa

PS: Se a figura (acima) não aparecer no seu computador, clique aqui: http://br.groups...

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: Senhores moderadores - as ofensas pessoais continuam.... (General???).
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2012 20:35

Alberto,

O Yahoo deve ter desenvolvido algum sistema de inteligência artifical que identificou o que estava por vir... ;)

Marcel

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@...> escreveu
>
> From: roberto
> Sent: Saturday, April 14, 2012 2:04 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Senhores moderadores - as ofensas pessoais continuam.... (General???).
>
> > Reforçando: *todas* as mensagens dirigidas ao Supremo Comandante Mtnos Calil deverão ser enviadas para a lista
>
> > http://br.groups.yahoo.com/group/cienciaaoalcancedetodos/
>
>
> A lista ÉticaZero, digo, cienciaaoalcancedetodos sumiu:
>
>
>
> PS: Se a figura (acima) não aparecer no seu computador, clique aqui: http://br.groups...
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com.br
> Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
> coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
>




SUBJECT: Re: CHEGA DE PSICANÁLISE, CHEGA DE FREUD.
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2012 20:52

Calilzão, só para relaxar um pouco (sabadão)...vi seu e-mail e não resisti, e é claro, aproveitando que seu grupo sumiu.

Você faria este juramento?
Alguém tem uma bíblia para ele por a mão em cima? Dê-me aqui!

Ótimo! Vamos lá...

Repita comigo:

" Eu, M.Calilzão juro perante a minha honra dizer somenta temas não relacionados a Freud e...."

Agora em latin, que é para ficar bem registrado.

" Ego iurare M.Calilzão honorem meum quod lites non solum verbum Freud ...."

Abraços e bom final de semana!

Marcel

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Mtnos Calil" <mtnoscalil@...> escreveu
>
> ATENDENDO A MIL PEDIDOS PROMETO PARA TODOS OS POPPERIANOS DO GRUPO QUE NÃO MENCIONAREI MAIS AS DUAS PALAVRAS AMALDIÇOADAS PELOS DEUSES DA CIÊNCIA: FREUD E PSICANÁLISE.
>
> COMO O INCONSCIENTE JÁ EXISTIA ANTES DE FREUD, PODEREI USAR ESTE TERMO, RESPEITANDO ASSIM OS DOGMAS DA FILOSOFIA DA CIÊNCIA.
>
> putzz... outra vez letras maiusculas... perdão... vou fazer uma sessão de psicoterapia sentado na poltrona do Skinner... para acabar com este maiúsculo sintoma.
>
> Sorry,
> mc
>
>
> ]
> ----- Original Message -----
> From: Alberto Mesquita Filho
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Saturday, April 14, 2012 1:12 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Senhores moderadores - as ofensas pessoaiscontinuam.... (General???).
>
>
>
> -----Mensagem Original-----
> From: Mtnos Calil
> Sent: Saturday, April 14, 2012 3:10 AM
> Subject: [ciencialist] Re: Senhores moderadores - as ofensas pessoais
> continuam.... (General???).
>
> > E qual é o problema de termos um general entre os moderadores?
>
> Nenhum. Quem está falando em problema é você. Eu apenas cumprimentei meu
> general após justificar minha conduta que, aparentemente, ia contra o
> seu (dele) despacho.
>
> > Eu que era da esquerda e não passei da direita, tenho um amigo General
> > que tolera muito bem a ideologia zero.
>
> Não entendi a premissa e a conclusão me pareceu um tanto quanto sem
> sentido e fora do contexto. Com respeito a esta sua amizade, deixei uma
> sugestão abaixo.
>
> > Espero que o General tenha lido a mensagem em que eu retirei minha
> > proposta.
>
> Pelo visto sim, pois a resposta que dei acabou sendo liberada.
>
> > ANTES SER OFENDIDO PELO PROF. ALBERTO MESQUISTA FILHO e continuar
> > sendo honrado com seu feed-back do que não ser ofendido e perder o
> > feed-back.
>
> Eu desconfiei disto há muito tempo, mas estava tentando não valorizar
> esta desconfiança. Hoje parece ter ficado patente que você veio à
> Ciencialist única e exclusivamente com esta finalidade. A de nos
> «analisar» [Quanta pretensão!] e procurar transformar o produto desta
> idiossincrasia em um best-seller. Você nos provoca com um discurso de má
> qualidade e da maneira mais sórdida possível, e aguarda ansiosamente
> pela nossa reação (feed-back), obviamente como algo a ser arquivado em
> uma lista de possíveis distúrbios comportamentais associados ao diálogo.
> Sem dúvida alguma, você parece ter consegudo montar um processo que
> parece estar sob muitos aspectos coerente com o método científico. Não
> obstante, e para quem se diz coordenador de um instituto intitulado Mãos
> Limpas, cuja missão é «ser a entidade mais ética da história do Brasil»
> [Quanta pretensão!!!!!], não consigo imaginar um paradoxo maior. Não sei
> até que ponto a ideologia zero tem alguma coisa a ver com esta sua
> atitude tacanha e mesquinha, mas em termos de ética dou-lhe nota zero. E
> em termos de hombridade prefiro nem falar.
>
> > Mais um exemplo de logica matematica aplicado na vida quotidiana e que
> > dispensa o rigor falsificacionista popperiano.
>
> Não diria que dispensa. Diria que não tem nada a ver com a lógica
> popperiana. Certa ou errada, a lógica popperiana jamais justificaria
> experiências biológicas que foram realizadas em campos de concentração
> nazistas. O mesmo não posso dizer com respeito a sua «lógica».
>
> Consulte o seu amigo General. Exponha a ele quem você realmente é, e de
> maneira a que ele consiga entender a sua ética zero. Quiçá ele mude de
> «ideia» quanto a sua pretensa «ideologia».
>
> > Mtnos Calil - Ideologia Zero: nem esquerda, nem direita: realidade
> > volver!
>
> Como diria o meu avô, de bem-intencionados o inferno está abarrotado.
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com.br
> Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
> coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Questão Cosmológica 2
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2012 21:56

Alberto,

O DVD1 mostra os dados experimentais que não batem com o modelo padrão. Só isto já deveria derrubar o modelo.

Mas, como o cunhado do Eduardo disse que só uma teoria derruba outra teoria, veio o DVD2 com  uma teoria alternativa (plasma). Que é uma das diversas que existem.

Acho que o DVD1 é o mais importante e só ele já bastaria, pois são os fatos. Apresentação de dados observacionais.
 
Já o DVD2 é mais subjetivo.

Mas, se lugares onde se pensavam que era vácuo tem plasma, o comprimento de extinção é menor do que se esperava, e voltamos a Ritz.
https://webspace.utexas.edu/aam829/1/m/Relativity_files/RitzEinstein.pdf
:-)

Hélio



De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 14 de Abril de 2012 14:47
Assunto: Re: [ciencialist] Questão Cosmológica 2

 
-----Mensagem Original-----
From: Jeff
Sent: Saturday, April 14, 2012 1:00 PM
Subject: Re: [ciencialist] Questão Cosmológica 2 [3 Anexos]

> Caramba, veio um tsunami de mensagens da lista que me fez perder o
> rumo... :)

Idem, ibidem. Nestes 13 anos de Ciencialist nunca vi coisa igual.

> Eu estava conversando sobre este caso em outra lista e um listeiro me
> falou do livro do Halton Arp sobre isso, chamado "O Universo
> Vermelho". Não lí o livro ainda, mas o listeiro (que parece defender a
> ideia do Arp) me adiantou ele se baseia apenas no aparente alinhamento
> mesmo (da galáxia com os quasares) pra refutar a Lei de Hubble e que
> ele provaria estatisticamente a impossibilidade de um simples
> alinhamento. Eu entendo que o alinhamento possa simplesmente ocorrer
> (1 em 1 bilhão seria até uma boa chance quando se trata de Universo
> né!), sendo então este único argumento muito pouco pra pensar em
> refutar uma teoria com tantas outras evidências que a corroboram.

Arp me parece ter sido o pioneiro e aquele que acabou sendo amaldiçoado
por sua maneira de pensar e, em decorrência disso, de ter tido uma
aposentadoria precoce. Como ele perdeu a condição de observador
cosmológico, ele continuou a defender ou a valorizar aquilo que ele
tinha como líquido e certo. Não obstante as coisas não pararam por aí, e
o vídeo mostra outras evidências do mesmo tipo (vídeo CD1) e outras
ideias de naturezas diversas (vídeo CD2) e também a irem contra a teoria
do Big-Bang. [Estou preparando o pdf correspondente ao CD2.]

Não são dados absolutamente conclusivos, mas são sim dados que deveriam
merecer uma consideração maior por parte do Olimpo Acadêmico.
Preocupa-me muito mais a indiferença kuhniana flagrada nos meios
acadêmicos do que qualquer evidência que possa vir a contrariar a teoria
do Big-Bang. Mesmo porque esta última é tão somente uma teoria e a
postura dogmático-acadêmica afeta todas as áreas do saber.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.




SUBJECT: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2012 23:03

Eduardo,

 

Muito bom como organizou os questionamentos.(Não vou dizer mais nada, senão Belmiro vem com aquela história de “flexinhas” e coisas que tais....

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
Enviada em: sábado, 14 de abril de 2012 00:20
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: ENC: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos

 

 

Caro Vitor,

Por essa e msgs anteriores, entendo q vc entende q a assimetria dos dois referenciais explicaria por que e' o gemeo da Terra q envelhece mais, e a partir dai' o fenomeno teria uma explicacao matematico-fisica consistente pela RR.

Victor:   Só para clarificar mais ainda este  ponto da TR:  o relógio em movimento, ao passar por processos de aceleração, altera sua taxa de registros de tempo, em relação a um relógio que está em repouso, num referencial inercial.  As leis físicas, processos físicos,  independem de referenciais.  Sua descrição, sim.  Mas a forma em que se apresentam, não. O  gêmeo que viaja envelhece menos devido a que foi submetido a acelerações, esteve em movimento, enfim.  E é uma realidade que independe de qualquer outro referencial.

Desculpe-me a tentativa de detalhar demais minha resposta. Pode até parecer repetitivo, mas entendo que devo agir assim tendo em vista outros leitores.  Dito isto, vamos  ao resto.  O que estamos tentando fazer aqui é mostrar que um não envelhece tanto quanto o outro, ou tão menos que o outro, como parece mostrar, numa análise apressada,  as equações envolvendo tempos e comprimentos próprio e impróprio, relacionados pelo fator de Lorentz, o que estabelece o falso paradoxo, quando interpretado de maneira indevida.  Pois o fato físico de que o gêmeo da Terra envelhece mais, e o Viajante, menos, é um dado pré-existente, inquestionável.  E, em sabendo, previamente,  disso,  nada obsta que usemos este dado importante para  mostrar que não há  ambiquidade de maneira alguma.  Não há erro matemático e lógico nesse procedimento. É perfeitamente legal, tecnicamente falando. As características do movimento de Viajante são claras, há acelerações envolvidas, conforme já descrevi outras vezes.  Aliás, há pouco concluí um arrozoado para Hélio, exatamente sobre esta questão.
Eduardo: (Acho q ate' Einstein, antes de publicar a RG, ensaiou esse samba - portanto vc esta' em boa companhia).

Victor: Então sambou direito.

Hélio: Mas creio q ja' foram apontadas nesse thread as inconsistencias desse entendimento.

Victor: Segundo meu ponto de vista, não.


Eduardo: A unica diferenca entre os dois referenciais e' q um acelera e desacelera duas vezes, e o outro permanece inercial todo o tempo.

Mas, como tb ja' foi apontado, aceleracoes *nao* fazem parte da RR.

Victor: Ok.

Eduardo: A RR so' se aplica a referenciais inerciais.

Victor: Sim, até por que referenciais inerciais não são acelerados. Contudo, é perfeitamente possível, hoje, fazer a análise de um sistema acelerado,  classicamente, Newtonianamente falando,  ou via RR.   Agora há pouco escrevi um conjunto de equações, até de uma maneira sequencialmente organizada, sem deduzi-las, por desnecessário, ao menos aqui, todas deduzidas com recursos da física clássica e dos Postulados da RR! Tanto você pode chegar a elas partindo da teoria matemática que envolve os quadri-vetores(o que é mais direto e, até, mais bonito e cheio de interesse físico) ou partir de outro processo matemático, conforme descrevi no mesmo e-mail para Hélio, acima referido. Não vou dizer a você que todos os problemas que surjam, envolvendo sistemas acelerados possam, sempre, ser resolvidos assim, somente com esses recursos. Evidentemente que não. Mas estes, em especial, que estamos referindo, podem. A RG, evidentemente, é geral. E suas descrições embutem, de alguma forma, aquelas equações.


Eduardo: Se supormos q e' o gemeo da Terra q vai envelhecer mais so' porque e' apenas o gemeo da nave q sofre aceleracao/desaceleracao, estamos a meu ver tentando 'extrapolar' a RR, para obriga-la a explicar fenomenos q sao estranhos a ela.

Victor: Desculpe-me, mas o gêmeo da Terra não vai “envelhecer mais só porque e apenas o gêmeo que viaja sofre acelerações”  em qualquer sentido!  O estado de movimento de Viajante nada tem ver com envelhecimento ou não de Terreno. Pessoas, coisas, referenciais, não influenciam no comportamento das coisas da natureza. Terreno envelhece porque envelhece, como eu e você, independentemente de qualquer outra coisa do entorno, em repouso ou em movimento. A queda de meus cabelos independem de se você está indo a New York ou não.

 “Supor” que o Terreno envelhece mais não é uma mera suposição. Idem, que o gêmeo Viajante envelhece menos que Terreno. São fatos experimentais e práticos, do dia a dia. Cada um envelheceria do mesmo jeito, ainda que o outro não existisse. A inclusão de ambos, ou de mais de um, na história, é apenas um recurso matemático para condução dos cálculos, para facilitar este.  Apenas isso. Algo como você usar, sempre duas partículas em movimento no espaçotempo para estabeleceer se há ou não curvatura. E porquê?  A razão é que não há maneira de, sensorialmente, percebermos se há ou curvatura.  Então, duas partículas livres, que seguem geodésicas paralelas, denunciam o caráter curvo do espaço. Como, por exemplo, também, no caso de forças de marés.  São recursos teóricos de extrema utilidade. Referenciais são como muletas que ajudam a caminhar, e uma vez cumpridas sua missão, tchau. E a humanidade continuará sua “marcha para diante, rindo, soberba e reinante”, para parodiar  o relato ultra-espirituoso da abelha...chiante, que ainda me faz rir.  No elevador de Einstein, berros daqueles, só mesmo de medo da queda...  


Eduardo: E voltamos ao paradoxo ja' abordado de *por que^*, nas fases inerciais da viagem, onde os dois referenciais sao rigorosamente equivalentes (portanto sendo igualmente valido o gemeo da Terra se supor em repouso e imaginar o gemeo da nave em movimento, ou o gemeo da nave se supor em repouso e imaginar o gemeo da Terra em movimento, pelo Principio da Equivalencia), e' apenas o gemeo da Terra q envelhece mais.

Victor:  O gêmeo da Terra está em repouso e observa o movimento do irmão que viaja,  de maneira objetiva. O irmão que viaja, por outro lado, pode sim, considerar-se em repouso e observar o sistema de Terreno movendo-se em sentido contrário, não só quando os sistemas são equivalentes, caso em que observaria o irmão deslocando-se em MRU(pronto, Hélio, agora MRU...); mas não só. Durante o período de aceleração, a mesma coisa. Veria Terreno em movimento acelerado. Em resumo, isto é válido para todos os estágios da viagem. Contudo, em realidade, o Terreno nunca mudou de referencial, nunca passou de um referencial a outro, nunca esteve acelerado. E como saber, objetivamente, disso. Um acelerômetro preso a ele, Terreno, registrará os estados de movimento em que esteve. Ou ent~çao levando-se a sério e corretamente esse experimento de pensamento.  E o cupom fiscal do acelerômetro indicará:  não esteve acelerado, nunca saiu de So!  Esta é a diferença basilar.  Outro acelerômetro na nave de Viajante registrará, com segurança,  todos os seus estados de movimento acelerado. E indcará onde esteve em MRU(Del nuevo!...) ou não.  

 
Eduardo: Dentro da RR, como explicar isso? Durante a fase inercial, como ja' especulado aqui, o gemeo da Terra envelhece mais por alguma 'memoria da aceleracao' do gemeo da nave enquanto viaja em velocidade constante?

Victor: Como explicar isso, creio forneci uma resposta à primeira pergunta acima. Quanto ao segundo questionamento, desculpe-me, mas,simplesmente, de meu ponto de vista, escapou algo. Quer “memória” mais clara que as rugas e os cabelos que vão ficando?  Até prefereria que fosse só uma “memória”, desde que os registros, como os que ficam impressos no corpo, não aparecessem!... Quando Alberto falou nesse negócio pela primeira vez, imaginei: Ops! Deve ter lido sobre o Inconsciente Coletivo de Jung ou sobre as teorias heréticas e descabeladas de R.Sheldrake. E, confesso, e me desculpe o Alberto, não vi qualquer base para inserir algo do tipo naquele seu argumento, a menos que estivesse se referindo à “memória” a que me referi acima. Mas acho que não foi assim. Mas Alberto é o Mesquita, e o resto somos nós, meros mortais.

Eduardo: Ou o tempo so' passa mais devagar para o gemeo da nave nas fases aceleradas? Mas, e se essas fases durarem tempos infinitesimais? Todo o envelhecimento maior do gemeo da Terra vai ocorrer em infinitesimos de segundos?

Victor: Aquí, uma boa questão(como de resto, todas as que colocou mais acima, mas esta é especial). Se se lembra, em muitos posts anteriores alertei para a diferença fundamental entre os problemas que ora discutimos. Usamos o caso dos mésons e outras partículas produzidas em laboratório, de massas ínfimas e que atingem velocidades altíssimas, próximas à da luz, quase que instantâneamente, sofrendo acelerações muito altas, vários g´s, nesses períodos(consulte seu cunhado sobre isso, se for o caso), com o movimento acelerado envolvendo coisas massivas. A analogia é imprópria e infeliz.  Um caso mais palpável,  mas a nível  meramente teórico, de gêmeos, é aquele que expuz há pouco para o Hélio, que é o que, genericamente, se discute mundo afora. Naquele problema não há jeito de, mesmo motores ultra potentes levarem a “nave” de uma velocidade zero para outro mais alta, digamos, 0,6c em tempos infinitesimais. Postei aquela equações do e-mail para Hélio exatamente para mostrar o quão distanciados estão os dois problemas, em todos os sentidos.  No caso dos múons, por exemplo, os tempos impróprios e próprios são dados em função somente do quadrado da velocidade constante, v²/c².  Mas, em minha opinião particular, e é onde, parece, há divergências entre o que penso e parte do resto dos pensantes, v²/c² é só parte da história. Mostra-se, e apresentei, também para o Hélio,  um argumento físico-matemático que liga a expressão sqrt(1-v²/c²) a potenciais gravitacionais, de maneira não ambígua(e esperava comentários sobre aqueles argumentos, para eventuais aprofundamento do que está, ainda, por trás deles).  E posso, também, mostrar que a expressão envolvendo esses  intervalos de tempo resultam de uma expressão geral, da RG, quando passamos ao limite de baixas velocidades e campos fracos. Como Goldberb faz no primeiro post que você disponibilizou para o fórum. Ele não está inventando nada. Está mostrando aspectos relevantes da teoria.  Lá, por exemplo, ele faz ϕ = V²/2. Pareceu estranho, isso? Se alguém achou estranho, digo que não é.  Partindo do fato de que o potencial gravitacional próximo à superfície da terra é dado por φ(h) =g h, g sendo a aceleração da gravidade e h a altura a partir da superfície da terra ou do planeta envolvido, e que esse mesmo potencial pode ser obtido pela expressão Newtoniana ϕ(r) = -GM/r e que, ainda, a condição para sair de um campo gravitacional é tal que se cumpra o fato de que a energia potencial deve ser igual à energia cinética do sistema em movimento no campo gravitacional, ou seja, que (1/2) mV² = GMm/r, onde r é tal que V é a  velocidade de escape desse “poço” de potencial, pode-se facilmente, por substituições,  chegar a que ϕ = V²/2, onde o V é uma velocidade específica, de escape do potencial em questão.

Concluindo, a divergência que tenho é a seguinte:  a expressão badalada, τ =  , [ em texto: τ= sqrt(1-v²/c²) ], onde o fator que relaciona os tempos em cada referencial depende somente de v, só é uma aproximação, apenas. Muito próxima da realidade, conforme mostram todos os experimentos que são feitos nos laboratórios de Física de Partículas de Altas Energias, usando exclusivamente partículas atômicas, e não naves malucas que saem por aé em velocidades inimagináveis em nossa tecnologia. No primeiro caso, os tempos de aceleração são extremamente pequenos, mas as acelerações podem ser extremamente grandes. Agora, esses tempos e essas acelerações podem variar conforme se queira uma velocidade(em termos de c) maior ou menor, daí que, para cada velocidade, teremos em laboratório um tempo impróprio maior ou menor, idem o tempo impróprio.  Então v liga-se a esses intervalos de tempo da maneira como aparecem na fórmula famosa. Portanto às ínfimas acelerações. C. Möller, autor de uma magistral obra sobre RG, que uso sempre, diz claramente que não, que não depende. Que eu estou errado, segunda sua última psicografia  e que, quando eu chegar por lá, onde ele está, vai querer conversar bem direitinho comigo. Imagina só!.


Eduardo: Todas essas objecoes ja' foram levantadas nesse thread, e vc a meu ver nao conseguiu explicar nenhum esses paradoxos q surgem qdo tentamos explicar o fenomeno apenas pela RR.

Victor: Certo. Assumo minha incompetência em não conseguir expressar o que penso de maneira que o interlocutar entenda como penso.

Há na literatura um sem número de exposições nesse sentido que, dizem, na atingiram o objetivo a que se propuseram. Eu não acho, quase todas as que tenho lido estão corretas, e claras, dentro daquilo a que se propõem. A questão é que se deseja que aquelas exposições façam mais do que podem. Não provam, de maneira alguma, que Viajante envelhece menos. O que mostram é que, realmente, Viajante encontra que envelhece menos e que o irmão ficou mais velho. Vice-versa.  Estabelecendo que não pode haver paradoxo. Nada mais. O resto é que fica, realmente, por conta da RG. (Repetí argumento que expuz mais acima. Afinal, como fazer “lavagem cerebral”, se não repetir, ora...

Mas tenho me esforçado, como vê. Fazer o quê?


Eduardo: Acho tb q ja' ficou claro q, *uma vez definido de modo arbitrario, 'ad hoc', e fora dos postulados da RR*, qual gemeo vai envelhecer mais (por exemplo, afirmando-se q o fato do gemeo da nave acelerar/desacelerar na viagem implica q so' ele sofrera' dilatacao temporal), e' facil usar depois a RR p/ calcular a diferenca de idades no reencontro.

Victor: Ops!, Eduardo, acho que não. Vamos ver se consigo contrapor-me ao que disse acima. Mais acima, expressei o fato de que a mudança na taxa de relógios independe de referenciais, o que é fato previsto teoricamente e mais que provado experimentalmente! Então nada tem desse negócio de  “ad hoc”.  São fatos, hoje, incontestáveis. Concorda?

E, sim, em sabendo isso, que Terreno envelhece mais que Viajante, o que é fato experimental, fica facílimo, e de maneira direta, usar a RR, não para calcular a diferença de idades, como já mostrei(ver o último e-mail para o Hélio), mas de mostrar, via RR, que não há paradoxo.(Repito que todas as discussões nestas threads estão focadas em se há ou não paradoxo, e se há ou não,  dentro de RR, maneira  de levantar o  “paradoxo”  e não em como calcular a diferença de idades entre os irmãos. Imaginava que todos estavam conscientes de que era assim. Agora, vejo que não.)  A idade de um múon é,  sim, calculada usando a RR, mas por mera coincidência, pelas razões que explicitei noutros lugares desse post e em outros e-mails.

Eduardo: De modo geral, nesse momento (como no artigo de Lasky na SciAM), se aplica a equacao da RR, e usualmente a *toda a extensao da viagem*, ignorando a extensao dos periodos acelerados/desacelerados e os periodos inerciais, em outro procedimento paradoxal. O resultado? Como sabemos, se nao e' igual ao calculo rigoroso pela RG, e' na pratica o mesmo. Dai' talvez a *ilusao* de explicacao exclusivamente pela RR para o fenomeno.

Victor: acho que o que já falei acima responde à proposição acima, o que elimina, segundo penso, referências a coisas como “ilusão”, conforme postou agora.

Eduardo: Mas permanece o paradoxo.

Victor: Não; não segundo penso e justifico. Além disso, você mesmo tem consciência  de que há várias maneiras de levantá-lo, inclusive usando coisas de fora da RR, como o efeito Doppler, aplicado a esta teoria. Há a técnica dos diagramas de Minkowski, usando quadri-vetores e os conceitos de trajetórias temporais, que acho perfeita, há o uso da própria métrica para mostrar que não há paradoxo, com o bônus de ser, além de tudo, quantitativo;  pode-se se aproveitar o fato de c ser uma constante e usar o método k de radar com emissão e recepção de sinais entre os os gêmeos, entre outros. Você mesmo já expressou coisas assim por aqui. Esses métodos não pretendem, nem podem fornecer cálculos precisos de idades entre gêmeos.

Eduardo: (De novo: Nao ha' duvida q realmente e' apenas o gemeo da Terra q vai envelhecer mais. E' o q preve^ a RG e e' o q e' confirmado experimentalmente em experiencias analogas ao Paradoxo dos Gemeos - muons, mesons, sinais de satelites GPS, relogios atomicos em avioes, decaimento mais lento de particulas em aceleradores, etc -. O q estou dizendo e' q nao ha' como se afirmar isso *so' pela RR*).

Victor:  Já expressei opinião a respeito.


Eduardo: Desculpe, Victor, mas a meu ver vc nao conseguiu apontar em nenhuma de suas msgs como podemos explicar esse paradoxo exclusivamente dentro da RR.

Victor: Não há do que desculpar-se, amigo. Não precisa desculpar-se ao expressar o que realmente pensa.  Eu sei. Se não conseguí expressar com precisão o meu ponto de vista(e acho que melhorei a exposição aqui), paciência. 


Eduardo: Continuo mantendo o mesmo entendimento.

Victor: Ok.


Eduardo: Concordo com Goldberg. A RR nada tem a dizer sobre esse fenomeno (embora, como disse, possa ser usada para calcular a dilatacao temporal ocorrida de modo relativamente preciso).

Victor: Como vê, discordo só um pouquinho do ponto de vista dele, apenas nesse aspecto.

Apesar de saber que o Godberg faz vida profissional, universitária, que isto é o seu dia a dia, portanto, tem consciência do que fala e prega e ensina, ainda assim, mantenho-me com minhas inquisiqueiras nesse particular mister. Também, muitos autores dizem algo diferente do que penso a esse respeito. Mas, vou continuar a “matutar e matutar” a respeito até que uma luzinha acenda. Até lá, vou defendendo minhas posições conforme o nível de conhecimento e “semancol” que tenho. Ou penso ter.

 Eduardo: Acho q Lasky nao explicou coisa alguma em seu artigo.

Eduardo: Discordo. Depende do que você acha que deveria ser explicado. Lasky mostrou que não existe paradoxo, só isso; e que o “paradoxo” é fruto de entendimento inadequado da questão, do ponto de vista da RR.  O objetivo não era explicar por que alguém envelhece mais ou menos que o outro. Isto é coisa, realmente, para a RG. Essa não foi a tônica de seu artigo. Discordo dele, contudo, quando diz aquilo de “pessoas pouco informadas” tendem a crer que as acelerações nada têm a ver com essa história. Tem sim. Pode até que eu e outros gatos pingados estejamos errados, mas isso  é outra coisa. Agora, mal informado, creio que não.  Para mim o Lasky continua com nota 10, só retiro 1/3 da distinção e  ½ do louvor que seu trabalho merece. No último parágrafo, conforme referi noutro post, ele faz uma abordagem interessante sobre os tempos observados na ida e na volta, em termos  de rapidez e lentidão do envelhecimento observados no outro, por cada um deles, na ida e na volta. Como se a direção e sentido da velocidade tivessem influência nessas coisas. Isto, certamente, é outro ponto para umas trocentas trheads. Têm, mas é apenas aparente, como o é a contração de comprimentos e outras tontices que aparecem.  Não tinha vista ainda abordagem nesse sentido. De resto, segue os padrões.


Eduardo: A unica e exclusiva explicacao matematico-fisica do Paradoxo dos Gemeos vem da RG.

Victor:  Também e principalmente. A “única” a que se refere tem a ver somente com o porquê, e de quanto,  o Viajante envelhece menos. Mas sobre isso, já me expressei neste e noutros posts.

Eduardo: E, embora esteja apreciando esse debate, receio q estejamos ja' entrando naquela fase terminal de um thread, qdo um interlocutor comeca a repetir seus argumentos ao outro.

Victor:  Amigo, minha opinião é a seguinte: 1) a thread é realmente interessante e, de certa forma, ela vem se repetindo no mundo inteiro, pela atenção e interesse que provoca; 2) acredito que continuará por muitos anos mais; 3) particularmente, não me canso, nem me aborreço de falar e discernir sobre essas coisas, pois geralmente, descambam em outros conhecimentos associados, o que é bom para quem tem, realmente, interesse;   4) não vejo, a respeito deste polêmico assunto, mal em repetir argumentos, desde que de formas diferentes, o que sempre é bom e pode trazer novas luzes. Parece-me que ele enseja aprendizados e insights dificilmente obtidos com outros assuntos.

Portanto, deve continuar apreciando e repetindo(o tema). Não vejo nada demais nisso. Sei que muitos não concordam comigo.  No máximo, o que pode acontecer, como de resto em tudo, é que eu esteja errado. E daí?  Mas, já pensou se meu pensamento fosse uma unamidade? 

Para finalizar, só tenho a lhe agradecer  por essa postagem, que me ajudou a exprimir o que penso de maneira organizada e seqüencial.  Foi como empurrar bêbado em ladeira. Será?

Sds,

Victor.

;-)

Abs,
Eduardo Torres

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...> escreveu
>
> Eduardo, comentarei uma parte do post de seu amigo, o prof. Goldberg e os seus próprios comentários.
>
>
>
>
>
> De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
> Enviada em: segunda-feira, 9 de abril de 2012 15:35
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos
>
>
>
>
>
> O Goldberg deve ter gostado do tema, pois, alem de me responder em pvt, postou sobre o Paradoxo dos Gemeos em seu blog:
>
> http://usersguidetotheuniverse.com/?p=2464
>
> Victor: Verei se entro no blog e faço alguma participação. Primeiro, tentarei entender o seu pensamento a respeito dessas coisas.
>
> ;-)
>
> Abs,
> Eduardo Torres
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br> , "Eduardo Torres" <dudutorres@> escreveu
> >
> > Perguntei ao fisico David Goldberg...
> >
> > Dave Goldberg, Ph.D.
> > Associate Professor, Drexel University Department of Physics
> > "A User's Guide to the Universe" (Wiley, 2010)
> > "The Universe in the Rearview Mirror" (Dutton, 2013)
> > http://www.usersguidetotheuniverse.com
> >
> > (sim, o mesmo cujo post no seu blog motivou o artigo no NYT sobre Emmy Noether)
> >
> > ...sobre o Paradoxo dos Gemeos.
> >
> > Sua resposta foi:
> >
> > (esta' em ingles, mas e' facil de ler, e pra quem nao le^ bem em ingles, o tradutor do Google da' uma versao em portugues bem razoavel)
> >
> > -----------
> >
> Dear Eduardo,
>
> Thank you so much for your kind words, and I hope I can be of some help. In many ways, however, you have hit at the heart of the problem. The Twin Paradox can't be resolved by understood by Special Relativity because it doesn't satisfy the postulates of Special Relativity. Einstein laid out his assumptions in his original 1905 paper. As he put it:
>
> 1. [T]he same laws of electrodynamics and optics will be valid for all frames of reference for which the equations of mechanics hold good.
> 2. [L]ight is always propagated in empty space with a definite velocity c which is independent of the state of motion of the emitting body.
>
> The first postulate is generally understood to mean that all laws, not just electromagnetism, will remain invariant in all inertial reference frames.
>
> Victor: ok.
>
> And what happens if the reference frame is NOT inertial? The theory can't say a thing. The short answer is that there is no answer "*using exclusivelly the SR*, *without using* GR" as you put it.
>
> Victor: Se o referencial é acelerado, não inercial, a SR não tem recursos de analisar o movimento. Realmente, é verdade. Mas se a a análise for tentada dentro do referencial acelerado!! Pode-se, sim, analisar, com precisão, um movimento acelerado a partir de um referencial inercial externo. Existem técnicas matemáticas para isso. E enquanto as velocidades não atingem valores próximos de c, e se os campos são fracos, todo o aparato Newtoniano poderá ser usado, e de fato isto é feito, sem ambigüidades. Se for o caso, poderei fazer uma descrição mais técnica desses meios, analisando o caso concreto de uma nave que se desloca com aceleração g. Aliás, ontem li rapidamente um post seu, onde Goldberg apresenta uns cálculos com essas características mas, parece, que seu enfoque é outro. Não me detive na análise.! Mas irei aprofundar o estudo de seu trabalho. Todo movimento é um movimento… Por mais complicado que seja o movimento acelerado, num dado momento há, em cada instante, uma velocidade v(t), instantânea, em relação a So. Seja v(t) a velocidade num dado instante. Como o movimento é acelerado, após um intervalo Î"t, tão pequeno quanto se queira, aquela velocidade passou a ser: v(t) + Î"v, medida pelo referencial inercial So que, no instante t, esteja em repouso e com a mesma velocidade v(t) da nave(ou partícula). E assim por diante, passando por todos os pontos da trajetória, cujo resultado final é concretizado, possivelmente, mediante integrais entre os intervalos considerados. Bem, podemos, ainda, considerar o movimento da nave em relação a outro referencial S`, que se move com velocidade v(t), em relação a So e aplicar a fórmula da velocidade para So, segundo a relatividade. Mesmo neste caso, os equacionamentos são tranqüilos, e obtidos classicamente. . Fica só o registro. Então, dizer que a SR não pode se usado para movimentos acelerados é contar metade da história. Claro, o uso da RG, em todos os casos é o caminho correto, e, muitas vezes até menos encrencado!...
>
> Obs.: No que se refere ao restante do post, nada não há acrescentar, no que concerne ao desenvolvimento matemático e sua relação com a física do processo. A menos que alguém precise de esclarecimentos. Juro que farei.
>
>
> You raise a couple of points. You ask, for instance, what happens if the accelerations are nearly instantaneous. To put that in mathematical terms, if the cruising momentum of the spaceship is p:
>
> p=F*Delta t
>
> What happens if the force is extremely high and the time is extremely short?
> Instead of thrusters, we could consider what would happen if we did the same sort of acceleration using a potential well. Suppose (for ease of calculation and for general familiarity with the final result) that the final speed of the ship was enough less than the speed of light that we can use non-relativistic approximations. You are free to generalize later, and I'll assure you it won't make a difference. What happens then?
>
>
> Well, if you fall into a potential well Phi and speed up to a speed v:
>
>
> Phi=-(v^2)/2
>
> In a practical sense, the "v" in the equation is the escape speed from a planet, star, or whatever body you'd like to imagine. Notice that we don't make any mention of how long it takes you to fall into the potential well. It can be as steep as you like. However, once you're in a deep well, General Relativity says that time runs slower near massive bodies (at negative potentials) than they do in deep space. The ratio -- in the small potential limit-- is:
>
> t_(near a planet)/t_(deep space)=1-Phi/c^2
>
> Since Phi is negative, more time passes near a planet than in deep space. Plugging in the potential, we get:
>
>
> t_(pl)/t_(ds)=1+v^2/(2*c^2)
>
> For v/c << 1, this is simply a Taylor expansion of:
>
> t_(pl)/t_(ds)=gamma=1/sqrt(1-v^2/c^2)
>
> Check by plugging in v=0.2c or similar numbers into both expressions if you don't believe me.
>
> In other words, you can imagine the trip as though the traveling twin falls into a potential well, hangs out for a while, climbs out when she teaches her destination, falls in again to return, and climbs out again on reaching earth.
>
> As I said, I did this under the assumption that the relativistic effects were relatively mild. You are welcome to try using the full:
> p=m*v*gamma and Schwarzschild metrics if you like. You'll get the same result, but it will be mathematically hairier.
>
> Hope that helps and doesn't just add fire to your flame war.
>
> Dave
>
> ------------
>
> Comentarios:
>
> Eduardo: Goldberg faz uso de outra abordagem, imaginando o gemeo na espaconave como entrando e saindo em um poco potencial durante sua viagem.
>
> Victor: Esta é uma abordagem correta. Por entrando e saindo de um poço de potencial ele quer significar o período em que sistema é acelerado, não importando como e quando sai desse estágio de movimento. No período acelerado pode-se usar com segurança o Princípio da Equivalência.
>
> Então, é preciso usar a RG. Há alguns anos apresentei a este fórum e a outro, o Relatividad, do qual o novo ciencialisteiro Jaime participa, um arrazoado usando o PE e resolvendo o “paradoxo” dos gêmeos no seguinte caso: a nave parte do repouso, acelera até que sua velocidade v(t) atinja um certa velocidade (+V), permanece com essa velocidade +V durante um certo tempo, desalecera nas proximidades do planeta destino, a velocidade vai de +V a 0, acelera de volta, até que sua velocidade -v(t) atinja a velocidade de cruzeiro ( â€"V), e após o mesmo tempo que permaneceu com a velocidade (+V) desacelera até parar. Como se vê, o uso do PE próprio da RG, e que lhe dá causa, é imperioso.
>
> O caso dos múons, e de todas as partículas atômicas radioativas, são consideradas analogias(grosseiras, em meu ponto de vista) da questão acima, que é mais genérica, de complexidade maior. O caso dos múons, evidentemente, é um caso particular. Os tempos para se atingir a velocidade +V ou â€"V são praticamente nenhuns, mesmo se as acelerações envolvidas são grandes, como realmente o são,ainda que nesses ínfimos intervalos, beirando o instantâneo. Então, o que tento provar é que a fórmula canônica, Tp = sqrt(1-v²/c²) * tim, Tp=tempo prórpio e tim = tempo impróprio, só é válida para partículas atômicas. Não sei, mas creio que o Goldberg deve concordar com isso.
>
> Na abordagem que apresentei, Viajante conclui, de seu referencial , que Terreno envelhece mais que ele. Terreno conclui, de seu referencial, que Viajante envelhece menos. Num acordo perfeito, como era para ser.
>
> Eduardo: (Confesso q nao entendi inteiramente essa analogia).
>
> Victor: A razão foi explicada pelo Takata,corretamente; tem a ver, diretamente, com o PE. Nesta portunidade, apenas expandi um pouco essas razões.
>
> Eduardo: Mas o mais importante pra mim em sua resposta e': Segundo Goldberg nao ha' explicacao matematico-fisica possivel para o Paradoxo dos Gemeos dentro da Relatividade Restrita. Nao ha' duvida q e' o gemeo da Terra q envelhece mais, mas isso nao pode ser demonstrado usando-se exclusivamente os principios da Relatividade Restrita.
>
> Victor: Veja bem, no caso dos múons e similares, como disse acima, que envolve questão análoga à dos gêmeos, essa restrição não é posta em causa. O paradoxo é levantado usando a RR e seus conceitos de: tempo próprio(crucial, vital mesmo, na análise), contração de comprimentos, dilatação dos tempos. Para mim, toda a questão roda em torno de se existe ou não assimetria entre os referenciais envolvidos. Quando se conclui que a assimetria é o que estabelece a relevância do problema, acabam as querelas! Não há mais paradoxo. Enquanto os estudiosos continuarem imaginando que inexiste assimetria, não há como obterem algum convencimento, matematicamente, fisicamente, logicamente, filosoficamente(ui...), ou o que seja. E tem mais, a assimetria é maior do que se imagina, já parou para examinar? Por exemplo, além das acelerações obrigatoriamente envolvidas no processo, há o fato de os referenciais de ida e de volta além serem de diferentes entre si,há um bônus adicional: os intervalos de tempo, na ida e na volta, enquanto no estado inercial, do ponto de vista de Terreno, são diferentes! Parecendo que a direção da velocidade influi na questão! Você diria: Agora danou-se tudo. Pois é. E, em tais circunstâncias, há uma razão simples e clara, a justificar o efeito. Nada demais, do ponto de vista dos postulados. Noutra oportunidade, eventuais questionamentos ensejarão detalhamentos desse “misterioso” fato. Num intervalo o relógio de Viajante corre mais rápido, noutro vai menos rápido. Aliás, o Lansky, da Sciam, já nos últimos parágrafos do artigo, faz uma bela alusão a esse fato, enfatizando o efeito. Lembra?
>
> Além disso, o paradoxo dos gêmeos, na forma como geralmente é enunciado, pode ser levantado de diversas outras maneiras, como a Sciam menciona nos últimos parágrafos do artigo. E, em nenhuma, se recorre à RG. Particularmente, considero isto: os resultados via RG, sem sombra de dúvidas, quantitativamente, são preciso. As fórmulas usadas, envolvendo gamma, estão linkadas com a RG, pois estão associadas à curvatura do espaço e aos potenciais gravitacionais. Em casos ideais, baixas velocidades, campos fracos, elas surgem como aproximações! Muito precisas para partículas atômicas como os múons e outras radiotivas, que se desintegram, etc. Já mostrei isso por aqui também, e também o Goldberg.
>
> Se houver interesse, entendo que será útil expandir as informações que coloquei mais acima.
>
> Eduardo: So' a Relatividade Geral explica o fenomeno de modo satisfatorio.
>
> Victor: Sim. De modo satisfatório e preciso.
>
> Eduardo: E ai' ha' varias maneiras de explica-lo. Pode ser explicado graficamente, naqueles diagramas de espaco-tempo de Minkowsky (world lines),
>
> Victor: O uso dos diagramas de Minkowski, inerentes ao espaço tempo, de estrutura geométrica hiperbólica é, sem dúvida, um dos melhores, mais diretos e objetivos.
>
> Eduardo: ou por essa analogia com pocos potenciais gravitacionais, ou pelo efeito Doppler relativistico, ou por 'n' outros modos.
>
> Victor: Sim.
>
> Eduardo: So' nao pode ser explicado so' pelos postulados da Relatividade Restrita. Acho q essa foi a grande 'pegadinha' q Langevin quis fazer com Einstein em 1911: Ele entendeu logo de cara essa contradicao. E Einstein sentiu o golpe, embora nao desse o braco a torcer. Manteve a posicao q o gemeo da Terra iria estar mais velho, mas passou a chamar o efeito de 'peculiar', apo's Langevin apontar o aparente paradoxo. So' depois de 1915, com a Relatividade Geral, o fenomeno do Paradoxo dos Gemeos passou a ter explicacao matematico-fisica consistente.
>
> Victor: Aquí, uma discordância entre nossos pontos. A maneira de resolver o paradoxo dos gêmeos no caso dos múons não usa RG, conforme comentei acima; idem, com o uso dos diagramas de Minkowski ou com os recursos do efeito Doppler relativístico(aliás, uma maneira clara de mostrar a inexistência do tal, via recursos de fora da relatividade...). Agora, a RG sozinha resolve tudo?
>
> Com relação a Langevin, eu acho(e como disse, não tenho argumentos comprobatórios disso), mero achísmo mesmo, que a pegadinha, como mencionei outra vez, teve outro sentido. Não creio que ele tenha chegado a associar as expressões que resultam dos dois postulados à RG, no caso geral. Bem, sequer isto é relevante para esta questão. Objetivamente, minha posição, é que, entendido que há as loucas assimetrias acima, e tudo estará resolvido. Considero esse o ponto de maior relevância. E, certamente, uma vez compreendido isso, não é preciso contas para provar o que está provado. Mas...
>
>
> Eduardo: Esse e' o meu entendimento.
>
> Victor: Ok.
>
> Sds,
>
> Victor.
>
> >Abs,
> >Eduardo Torres
>


SUBJECT: Novo arquivo carregado em ciencialist
FROM: ciencialist@yahoogrupos.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2012 05:08


Olá,

Esta mensagem é uma notificação para informá-lo que um novo arquivo foi adicionado no grupo ciencialist.

Arquivo : /CosmologyQuest_2.pdf
Carregado por : ecientificocultural <albmesq@uol.com.br>
Descrição : UNIVERSE -- The Coosmology Quest -- Cópia do texto legendado do vídeo Cosmology Quest DVD2

Você pode acessar o arquivo pela URL:

http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/CosmologyQuest_2.pdf

Para saber mais sobre compartilhamento de arquivos no grupo, leia:

http://help.yahoo.com/help/br/groups/files

Atenciosamente,

ecientificocultural <albmesq@uol.com.br>






SUBJECT: Re: [ciencialist] Questão Cosmológica 2
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2012 06:42

-----Mensagem Original-----
From: Hélio Carvalho
Sent: Saturday, April 14, 2012 9:56 PM
Subject: Re: [ciencialist] Questão Cosmológica 2

Olá Hélio

Conclui a cópia do texto legendado do DVD2 e a mesma poderá ser acessada
clicando-se aqui:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/CosmologyQuest_2.pdf

Vamos então a sua msg:

> O DVD1 mostra os dados experimentais que não batem com o modelo
> padrão. Só isto já deveria derrubar o modelo.
> Mas, como o cunhado do Eduardo disse que só uma teoria derruba outra
> teoria, veio o DVD2 com uma teoria alternativa (plasma). Que é uma
> das diversas que existem.

De fato existem. E concordo contigo [vide msg
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81681 ] que existe
muito de absurdo naquela história de que «só uma teoria derruba outra
teoria», mas deixarei isto para comentar mais abaixo.

> Acho que o DVD1 é o mais importante e só ele já bastaria, pois são os
> fatos. Apresentação de dados observacionais. Já o DVD2 é mais
> subjetivo.

Sob certos aspectos sim. Veja não obstante que o DVD2 não foi feito
apenas para mostrar uma das teorias alternativas. Há muito mais do que
isto. Os autores estão praticamente demolindo aquela idéia de que a
teoria do Big Bang estaria bem fundamentada, como dá a entender a imensa
maioria dos tratados de física e de cosmologia da atualidade. E procuram
demolir com argumentos na maioria das vezes devastadores, tanto do ponto
de vista epistemológico, ao compararem o Big Bang com a teoria dos
epiciclos, quanto do ponto de vista experimental. Neste último caso
mostrando o quanto aquela história da radiação de fundo, ou a abundância
de elementos leves está recheada de considerações levianas e que teriam
como único efeito sugerir que fenômenos que falseiam quase que de
maneira crucial a teoria do big bang, na realidade seriam fenômenos
previstos pela teoria do big bang. Maior absurdo do que este eu nunca vi
ao estudar a história das ciências. Há também aspectos de natureza
teórica e relacionados ao enxame de hipóteses ad hoc (matéria escura,
energia escura, expansão acelerada etc. etc. etc.) que foram sendo
acrescentadas no decorrer do tempo com a finalidade única de salvar a
teoria. Sob esse aspecto, a comparação entre a teoria do big bang e a
teoria dos epiciclos é o que há de melhor neste DVD2. Aquilo que eu
tenho referido em mensagens anteriores: «o cordão dos epiciclos cada vez
aumenta mais». Entenda-se aí que epiciclo seria o análogo das hipóteses
ad hoc que existem, no caso da teoria em apreço, em uma quantidade
jamais vista na história das ciências, a não ser na própria teoria dos
epiciclos e que, como não poderia deixar de ser, acabou dando com os
burros n'água.

> Mas, se lugares onde se pensavam que era vácuo tem plasma, o
> comprimento de extinção é menor do que se esperava, e voltamos a Ritz.

Não sei se voltamos a Ritz ou não, pois estamos falando em teorias
cosmológicas e a de Ritz me parece de ser uma teoria física. Acho que
voltamos sim, mas num sentido bem mais abrangente e que não se
traduziria em procurar por esta ou por aquela teoria a se adequar ou não
com esta ou aquela teoria da física. Acho que a coisa é bem mais ampla e
a implicar num retorno ao passado, com os conhecimentos que temos no
presente, em virtude de reconhecermos este erro que, sem dúvida alguma,
foi cometido.

Eu vou além da crítica que você fez ao pensamento retrógrado a dizer que
só uma teoria derruba outra. Isto é papo de quem conhece a ciência pela
metade ou talvez nem isso. Nas ciências exatas, como a física, é muito
comum uma área do conhecimento ter apenas uma teoria aceita pela
comunidade acadêmica. Mas até mesmo essa ideia de ciências exatas é uma
ideia por demais infantil. A rigor nenhuma ciência é exata, ainda que
algumas tendam a este limite, e a física é a que mais se aproxima deste
limite.

Minha formação inicial foi em medicina, que a este respeito está no lado
oposto desta curva de extrapolação a tender a um limite. Em medicina não
é raro encontrarmos áreas de atuação onde cinco ou seis teorias disputam
sua veracidade nos meios acadêmicos. E os adeptos destas cinco ou seis
encontram-se nos congressos científicos, duelam bastante, mas acabam por
se confraternizarem, ainda que cada um prossiga defendendo a sua teoria
e que se contrapõe às demais. Como é que ficaria então essa história de
derrubar uma teoria? Teríamos então que colocar outra no lugar, a ponto
de continuarmos com cinco ou seis? Ou então: Ficaríamos agora com quatro
ou cinco? Quem sabe? Qualquer das duas situações seria possível e o meio
acadêmico acabaria se acomodando a esta nova situação. Obviamente, e com
o passar do tempo, o ideal seria que este número se reduzisse. Mas não
para satisfazer uma regra como esta (a da teoria única) que não se
fundamenta em pressupostos científicos.

A título de curiosidade, quando estudei eclâmpsia (uma doença da
gravidez) na década de 60 do século passado, existiam 19 teorias
relacionadas a esta doença. Algumas ridículas e com pouquíssimos
defensores, mas muitas dessas 19 eram defendidas de maneira até mesmo
apaixonada em muitos rincões acadêmicos do mundo todo. Não havia um
consenso e nem havia como imaginar uma situação paradigmática como
aquela descrita por Thomas Kuhn.

Que dizer então da cosmologia? Seria uma ciência tão «exata» quanto a
física?

A meu ver, outra das virtudes do vídeo é exatamente a de mostrar que
não. Em termos de «exatidão» a cosmologia está a anos-luz da física.
Porque então aceitar uma única teoria? Só porque o cosmólogo muitas
vezes inicia sua vida acadêmica como físico e, como tal, acostuma-se a
esta idiossincrasia, a da teoria única? Sinceramente, se for assim acho
que alguma coisa está errada neste tipo de formação acadêmica. E acho
que uma das virtudes do vídeo (DVD2) é deixar nas entrelinhas esta falta
de bom senso.

O vídeo defende sim a teoria dos plasmas, mesmo porque esta teoria é de
um dos palestrantes. Mas não me parece ser esta a única saída sugerida.
Mais do que isto, o vídeo está clamando para se abandone algo que não
faz mais sentido aceitar como verdade, e que se parta à procura de algo
melhor para colocar no lugar; e isto poderá vir a ser uma outra teoria,
mas nada impede que venham a ser duas, três ou mais teorias.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: O LIVRO QUE O THIAGO RECOMENDOU - Piaget + Freud + Jung + Melanie Klein...que miscelânia é essa?
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2012 09:01


kkkk'

Essa história do Jung nem eu sabia.
Ele também defendia uma história de "telepatia" que hoje
a física quântica tenta provar através do entrelaçamento quântico.
Mas ainda serão muitos anos de estudo para comprovar ou
descartar a hipótese. De toda forma, Jung era sabidinho.



Thiago.




To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: bombaspr@hotmail.com
Date: Sat, 14 Apr 2012 12:49:34 +0000
Subject: [ciencialist] Re: O LIVRO QUE O THIAGO RECOMENDOU - Piaget + Freud + Jung + Melanie Klein...que miscelânia é essa?

 
(Para descontrair, um texto já meio mofado)

Jung! Até ele na Ciencialist!?

Eu até gosto desse tal de Carl Gustav Jung (1875-1961).
Mas como hoje meu humor está acido (e quando não está? :-)), vou aproveitar
para falar umas bobagens.

Jung costumava ocupar grande parte do seu tempo interpretando sonhos (sem
tenda). Isso é natural, afinal ele um discípulo-dissidente de Freud.

Freud é o tipo de sujeito que dispensa apresentação. Todos conhecemos
aquele véio tarado que relacionava absolutamente tudo com sexo, e que
costumava manter o pito na boca.
Uma coisa não tão conhecida, entretanto, é que ele descobriu o caráter
anestésico da cocaína. Isso é um prato cheio para aqueles chatos que
costumam usar isto para piadinhas infames. Eu detesto isso, além de que é
extremamente injusto. Por mais que sua pesquisa tenha sido entregue de
bandeja, certamente Freud precisou bater muito em cima dela; e no ensejo de
novas experiências certamente esticou-a em diversas direções.

Mas voltemos a Jung. Poucos anos antes de morrer, em 1958, Jung se meteu no
assunto em voga: discos voadores. Sei lá, deve ter sido uma atração e
tanto, afinal ele resolveu debruçar-se com paixão sobre o assunto. Escreveu
até uma pequena brochura "Um Mito Moderno Sobre Coisas Vistas no Céu", na
qual relacionava os OVNIs ao conceito do inconsciente coletivo, criado por
ele (óbvio).
Mas e o que diabos isso significa?
Seguinte: o Inconsciente Coletivo é uma espécie de "matriz mental" que
contém a memória acumulada pelo homem na sua evolução (não peça
comprovação, claro). Jung concluiu que os discos voadores eram um fenômeno
psicossocial. Para ele, os avistamentos eram uma reação à Era Nuclear. O
homem, cada vez mais descrente dos seus deuses tradicionais, inventou um
novo ser supremo, mais apropriado a uma época tecnológica. O rolo vem
agora. Os discos voadores não eram só uma alucinação coletiva. Jung
acreditava que o inconsciente tem o poder de projetar objetos no mundo
físico! Materializar obsessões -- diria ele.
Faz sentido. Afinal de tanto acreditarmos no Papai-Noel ele costuma se
materializar no shopping center.

Mas isso é sacanagem com Jung, mesmo porque ele não era tão viajante assim
(não se o colocarmos ao lado de outros).
E por falar em OVNIs e discípulos de Sigmund, um cara que então servir de
parâmetro é Wilhem Reich. Esse é o Ó do borogodó.
Reich, além de ser o ídolo dos hippies, formulou o conceito da "orgone".
Segundo este fulano, orgone é uma bioenergia emitida por todas as formas de
vida e presente em todo planeta (qualquer semelhança com o "xiiii..." ou o
nutricional prana é mera coincidência). Bem, mas se existe o yin e o yang,
se existe até o lado escuro da Força Jedi, por que não o mesmo com o
orgone? Claro! Então orgone proporciona vitalidade, mas também pode matar
(tipo deus quando fica fulo e demonstra a ira sobre os amados, ou qualquer
coisa assim). De repente tudo faz sentido (só não me pergunte como). A
orgone má foi chamada de DOR (Deadly Orgone Radiation). A DOR se forma com
o acumulo de neuroses e (não poderia faltar) libido reprimida.
Reich montou um laboratório nos EUA, mas não conseguiu trabalhar em paz
pois percebeu que a área ficava permanentemente coberta com DOR em forma de
nuvens negras. Como se não bastasse, o lugar começou a ser freqüentado por
discos voadores. Reich batizou os OVNIs de EA (Energia Alfa). EA, claro,
eram espaçonaves que usavam a orgone como combustível.
De qualquer forma os EA não estavam ali por acaso, eles
queriam era provocar Reich (provavelmente a mando do próprio governo
americano -- que conspirava junto com os ETs).

Neste ponto você deve estar achando que é idiotice demais (não, a história das latas no oceano são um passado mais recente)... mas, infelizmente, esse não é o fim.
Para se defender, Reich desenvolveu uma arma chamada "Cloudbuster", que não
passava de dois tubos de metal imersos num tanque de água. Os tubos
liberavam orgone boa na atmosfera, acabando com os famigerados EA e DOR.
Faz sentido... quer dizer, não, não faz sentido! (Eu até ia contar como
isso se relaciona com o Chupacabras, mas o Homens de Preto estão no meu
pé...)

Achou esses caras meio doidões? Espere até conhecer um psicanalista!

Inté+
Mauro

Baseado no Livro: "Conspirações" -- Edson Aran, Geração Editorial (ou eu teria usado as paginas do livro para o baseado..., enfim).



SUBJECT: RE: [ciencialist] Dando o devido valor; reconhecem?
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2012 09:16


O motivo da minha inquietude é que você escreveu assim no texto:

> Se conseguíssemos que pelo menos 5% da população mundial absorvessem o conceito de 'massa' [...]
> Não é de admirar que nesta massa desabrochem místicos e pseudo-cientistas,
> psicólogos e pedagogos. E agora, vamos falar de Cultura? Qual? A erudita ou a de massa?


Sobre a questão cultural: quis mostrar que quando o aluno diz que o objeto tem "peso de 10kg", ou o professor,
ou seja lá quem for,  trata-se de um problema cultural.  Um problema de formação pedagógica.
No seu texto você fala "vamos falar de Cultura?". Mas já estamos falando dela. Estamos indiretamente,
de uma forma ou de outra,  falando dos "pedagogos".

Na última parte do texto eu quis apenas que se pudesse separar a "pseudo ciência" de
"qualquer ciência" que está à margem da mesma, como você mesmo disse.


> É pior que confronto de opiniões de psiquiatras e psicólogos!
> Quer uma ligeira prova do pensamento de tais professores, leia, recebi hoje
> (apenas oculto o nome, e-mail e local da professora de ciências:


Ai eu ri ;)


Thiago.


To: ciencialist@yahoogrupos.com.br; leo@feiradeciencias.com.br
From: leo@feiradeciencias.com.br
Date: Sat, 14 Apr 2012 10:54:17 -0300
Subject: Re: [ciencialist] Dando o devido valor; reconhecem?

 

Subject: RE: [ciencialist] Dando o devido valor; reconhecem?

 



Olá Luiz,
Sobre:
>Se conseguíssemos que pelo menos 5% da população mundial absorvessem o
conceito de 'massa' já seria uma vitória para a cultura científica.


Tudo que você escreveu aqui me corta a carne.
Isto se deve ao fato de que a ciência é uma faca de dois legumes, fácil de se ferir com ela!
Vejo isso mais, muito mais, como um problema pedagógico. E vejo essa separação em grande
parte, devido à separação arbitrária das ciências disciplinares. Veja, não estou jogando contra
a ciência, estou jogando contra a arbitrariedade. Como as pessoas vão dizer que um objeto
tem massa de 10Kg e não "peso" de 10Kg se elas não aprendem na escola de maneira
pedagógica? Digo, pedagógico-cultural (o que é redundante, mas apenas para enfatizar).
Mas, eu deixei bem claro na mensagem, que os professores de ciências das redes municipal e estadual estão incluídos no desconhecimento do que professam!
E isto pode ser testado com facilidade, basta perguntar a 5 professores de ciências uma questão que envolve tal conceito e comparar as respostas! É pior que confronto de opiniões de psiquiatras e psicólogos! Quer uma ligeira prova do pensamento de tais professores, leia, recebi hoje (apenas oculto o nome, e-mail e local da professora de ciências:"Olá Prof.Luiz, queria saber alguma coisa sobre grandezas vetorias, coisas como força, direção e/ou sentido. Como pode uma força inverter de sentido? Não é de direção? O peso não tem sempre o mesmo sentido? 10 quilos não é sempre 10 quilos? Lá na Lua, o peso não é o mesmo 10 quilos? Aguardo resposta e desde já muito obrigada!"


Sobre a psicologia: Por favor, a psicologia é uma ciência em amadurecimento. Eles: os psicólogos -
psiquiatras - filósofos, enfim, toda essa interdisciplinaridade precisam se entender. Como eles
vão propor alguma "ciência" se eles mesmos não compreendem uns aos outros? Nem por isso
deixa de ser ciência, pois há um objeto de estudo (seja ele estudado ou não).
Não basta ter um objeto de estudo, tem que existir tb um laboratório e lastro teórico condizente para ataque ao problema; carga elétrica é um 'objeto' de estudo, massa tb, ... e daí? Nem o Alberto acredita que o elétron seja uma carga coulombiana ... e eu tb, pois elétron e uma coisa e carga é outra ;-)))
Vamos evitar os disparates, pseudo-ciência existe sim, mas não são todas e qualquer uma.
A frase não tem sentido! Ou algo foi 'decretado' como pseudo-ciência ou não! Se a psicologia é uma ciência em amadurecimento, então a biologia o que é? Agora vamos criar o modelo de níveis de amadurecimentos? Devemos consultar a botânica?
Aqui entra o problema da verossimilhança.

Thiago.

Léo
 
Ia me esquecendo do PS ...
PS: Vc consegue olhar para uma cadeira e enxergar 4 forças pequenas para cima, uma em cada pé e uma força grandona para baixo aplicada mais ou menos no meio do assento? Pois é, esta é a cadeira do físico!



To: ciencialist@yahoogrupos.com.br; leo@feiradeciencias.com.br
From: leo@feiradeciencias.com.br
Date: Fri, 13 Apr 2012 13:37:35 -0300
Subject: Re: [ciencialist] Dando o devido valor; reconhecem?

 

"Os marginais da Ciência", deixa bem claro (e subentendido) que foram (são) aqueles que atacaram as fronteiras do conhecimento (científico), elaborando novos modelos para entendimento da Ciência. Nossa Ciência, que nada tem a ver com 'verdades' ou 'anseios da natureza' é uma ousada coletânea de modelos sobre os quais se apóia e progride.
Não é fácil fazer com que um não 'letrado' em ciência entenda isto, pois isto não é realmente tão fácil de ser absorvido; tente explicar que o modelo 'velocidade' nada tem a ver com aquilo que 'ele' chama de velocidade e, piora muito se quiser mostrar que tal modelo é apenas isto v = ds/dt . Ninguém enxerga 'velocidade', seja ela na data t ou no intervalo /\t, o que se enxerga é simplesmente uma sequência de imagens em distintas posições 'da rua'. Uuuuhhh como é rápido! Que velocidade!
Que bobagem!
Se conseguíssemos que pelo menos 5% da população mundial absorvessem o conceito de 'massa' já seria uma vitória para a cultura científica. Tal palavrão nem é ouvido entre as massas e isto vale para os professores de ciência da rede municipal de qqer cidade! Escrevem uma coisa, falam outra (peso) e escuta-se "pesa 10 quilos"! Santa Bárbara do Oeste!
Não é de admirar que nesta massa desabrochem místicos e pseudo-cientistas, psicólogos e pedagogos. E agora, vamos falar de Cultura? Qual? A erudita ou a de massa?
Sei lá onde estava eu com a cabeça quando montei Adão e Eva!
Ah! É pura invenção popular esta história de que usei uma costela de Adão para montar a Eva, se assim o fosse os homens teriam uma costela a menos que as mulheres.
 
[]´
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Friday, April 13, 2012 11:56 AM
Subject: Re: [ciencialist] Dando o devido valor; reconhecem?

 
-----Mensagem Original-----
From: Eduardo Torres
Sent: Friday, April 13, 2012 10:34 AM
Subject: Re: RES: [ciencialist] Dando o devido valor; reconhecem?

> Alguem poderia pf colocar a foto no link 'Fotos' da lista?
> So' acesso via site e nao aparece a foto na msg.

Coloquei na pasta Fotos, subpasta Miscellaneous. Ela está hoje em último
lugar (ou 41º). Poderá ser visualizada utilizando-se o link:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/photos/album/2034289634/pic/1700690914/view?picmode=original&mode=tn&order=ordinal&start=41&dir=asc

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.






SUBJECT: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2012 09:26


[Respondendo ao Pesky]
É a questão do Método Científico, que o Alberto me orientou.
Eu não acredito que seja a questão de estar "atrasado", mas
sim de desconhecer fundamentalmente o que é o método.
E, claro, não se preocupar e nem se sensibilizar com isso,
pois cada um só aprende mesmo aquilo que convém (tautologia),
no caso não apenas dos filósofos, mas de boa parte dos
que hoje nada produz de "ciências sociais" e se dizem "cientistas".

Eu vejo uma saída para isso na possibilidade da verdadeira
(legítima) colaboração científica. O caso do Clemente Nobrega, por
exemplo, um Físico Quântico e Administrador de Empresas que
tenta fundamentar a "Ciência da Gestão". Ele conhece o método,
conhece a gestão, sabe de onde vem e para onde vai. Conhece
Markting, Inovação, Visão Estratégica. O cara sabe muito.

Mas quem se preocupa? A mediocridade intelectual é tanta
que a inoperância já é paradigmática.

Antes que me esqueça:
PS¹ Se forem enquadrar as "pseudo-ciências" por favor
não se esqueçam de incluir a ADMINISTRAÇÃO.


Thiago.



To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: peskybee2@gmail.com
Date: Sat, 14 Apr 2012 10:56:22 -0300
Subject: Re: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?

 

Sim Thiagão, tu conseguistes mostrar vários exemplos em que
a filosofia foi alterada por descobertas científicas, refutando
a minha alegação anterior. Mas aí vem à tona um dos aspectos que
eu havia comentado: no passado, a filosofia era a "fonte basal"
de inspiração para a ciência. Hoje em dia, essa situação se
inverteu. E a tal ponto que muito do que se faz em filosofia
ainda está atrasada em relação ao que se sabe de ciência (no
caso da neurociência das anormalidades mentais, mais ainda).
Então, de professores os filósofos passaram a aprendizes.
Viva a ciência!
 
*PB*
 
 
 
Sent: Friday, April 13, 2012 3:16 PM
Subject: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
 


 
[Respondendo ao Pesky]

> Mas Thiagão, eu só queria uma evidência (algo que se possa

> constatar na natureza) capaz de alterar (ou refutar) um aspecto

> filosófico. Eu cá com meus botões não acredito que isso exista,

> mas estou pronto para rever minha posição. Mas tu não vai se

> incomodar se eu esperar deitado, né?  ;-)

 

*PB*


Pesky,

Você pediu um e eu dou seis exemplos. Com ênfase no terceiro exemplo, que se eu bem entendi,

responde exatamente a sua questão.

 

Espero ter respondido a questão.

 

Thiago.

 

_____________________________________________________________________________

 

- Eu quis mostrar que existe um processo histórico da filosofia, que seria o processo

histórico da humanidade (o que ainda assim não foi suficiente).

 

1)    O caso de Tales de Mileto, onde ele sugeria que "tudo era água", ou da citação do Sofista

Protágoras: "O homem é a medida de todas as coisas", essas afirmações foram filosoficamente

superada e hoje é objeto de estudo da epistemologia (a verdade para além da crença do homem).


2)    Os antigos acreditavam na "ciência oculta"  da "auto-decomposição" da matéria.

O que atualmente não é aceito e totalmente refutado, uma vez que se tem o entendimento

dos microorganismos e dos metais (por exemplo, do ferro - a oxidação). Descobertas que não

foram feitos pela filosofia, e sim por uma ciência disciplinar. O que era "metafísica" para eles,

não é para nós, pois houve uma "expansão" do nosso conceito de verdade, desde aquele tempo até hoje.

Antes falar em "decomposição" era falar de "filosofia". E hoje?


3)    Na ciência moderna, existem casos curiosos como o da Síndrome das Pernas Inquietas

(Síndrome de Ekbom), onde uma abordagem psicológica e filosófica foram completamente

modificadas após o descobrimento de uma "natureza" orgânica-neurológica (a modificação de uma estrutura

anatômica de um neurônio - a doença é em grande parte ainda desconhecida ainda hoje).


4)    Existem casos semelhantes de outras doenças, como parkinson e alzheimer, o que só encontra paradoxos.

Alheimer, por exemplo, é uma doença orgânica, que pode ter natureza filosófica, o que é completamente paradoxal

(assim como outros problemas de demência). Algumas demências têm fatores mais orgânicos, outros psiquiátricos,

já em outros, estes fatores se entrelaçam. O que muda completamente a abordagem filosófica do caso.


5)   Vale acrescentar que outras doenças tem natureza orgânica e repercussão filosófica, por exemplo,

no caso da Esclerose Lateral Amiotrófica. Alguém já assistiu o escafandro e a borboleta? É disto a que me refiro.

Trata-se de um problema filosófico e a recuperação do paciente poderia mod

  

6)  Existem vários outros casos, mas eu precisaria fazer uma abordagem mais ampla. Uma verdadeira pesquisa.

Um caso curioso é da Lobotomia. O uso da lobotomia modificou toda uma abordagem filosófica


PS.: Mas obrigado por me fazer pensar sobre isto: como os processos ditos "naturais" influenciam os processos filosóficos.

Parece-se bastante com a Dialética Materialista (Karl Marx, enquanto filósofo), mas com abordagem diferenciada,

pois adentra no campo disciplinar. Isto é difícil de pensar, visto que não é o objetivo da filosofia: a epistemologia

e a transcendência. É fácil quando essa busca pela verdade parte da filosofia para a compreensão

epistemológica do mundo, mas é difícil quando parte da disciplina modificar a própria epistemologia.

Mas é totalmente possível, uma vez que não existe "verdade maior" que a outra.







SUBJECT: Blog de divulgação científica brasileiro é finalista de prêmio internacional
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2012 09:28

http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=81990 

Blog de divulgação científica brasileiro é finalista de prêmio internacional
 
Integrado a radionovela, site relata as viagens imaginárias da adolescente Laura com grandes personagens da Ciência.

O blog de divulgação científica "Viagens da Laura" (http://viagensdalaura.wordpress.com), produzido pelo Laboratório Aberto de Interatividade (LAbI) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), está entre os finalistas do The BOBs, concurso internacional de blogs da emissora alemã Deutsche Welle. O blog relata as aventuras de Laura, adolescente que é a protagonista da radionovela "Verdades Inventadas", veiculada pelo LAbI em 2011.

 

Na primeira fase do The BOBs, o blog foi selecionado para figurar entre os 11 finalistas na categoria Melhor Blog em Português por um júri internacional. Na etapa atual, quem escolherá o vencedor é o público, que pode votar uma vez por dia no site do The BOBs, até o dia 2 de maio (o endereço para a votação éhttp://thebobs.com/portugues/category/2012/best-blog-portuguese-2012/). Para votar, é necessário estar conectado ao Facebook, ao Twitter ou outras redes sociais.

 

Nos 37 episódios de "Verdades Inventadas", que estão disponíveis no blog, Laura faz viagens imaginárias, a partir de incentivos de seu novo professor de Literatura. Nessas viagens, a protagonista encontra diversos personagens da Ciência e das Artes, como Einstein e Newton, Clarice Lispector, Júlio Verne, Oswaldo Cruz e César Lattes, Darwin e Mendel, dentre outros, e junto com eles passa por grandes aventuras e descobertas. O blog complementa as aventuras retratadas nos episódios da radionovela, com mais informações sobre os assuntos abordados e links para outros conteúdos relacionados.

 

A radionovela "Verdades Inventadas" já foi contemplada com o prêmio Roquette Pinto - promovido pela Associação das Rádios Públicas do Brasil com patrocínio da Petrobras e do Ministério da Cultura.

 

"Estarmos entre os finalistas do The BOBs já é um reconhecimento importante do esforço que temos empreendido para disseminar o conhecimento científico e tecnológico utilizando ferramentas diversas, pautadas na interatividade. Quando lançamos a radionovela e o blog, tivemos grande repercussão, justamente devido a essa integração entre divulgação científica, radiodramaturgia e tecnologias de informação e comunicação. Se formos os vencedores, acredito que não só o projeto terá benefícios, atingindo mais pessoas, mas também a atividade de divulgação científica será fortalecida", avalia o professor do Departamento de Física da UFSCar e coordenador do LAbI, Adilson Oliveira.

 

(Ascom da Reitoria da UFSCar)


SUBJECT: Re: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2012 12:42

-----Mensagem Original-----
From: JVictor
Sent: Saturday, April 14, 2012 11:03 PM
Subject: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3

Victor: Só para clarificar mais ainda este ponto da TR: o relógio em
movimento, ao passar por processos de aceleração, altera sua taxa de
registros de tempo, em relação a um relógio que está em repouso, num
referencial inercial. ...

Alberto: Digamos que seja assim. Uma vez atingida uma certa velocidade
v, cessada a aceleração e mantida esta velocidade v, essa «taxa de
registro de tempo» como é que fica? Volta ao ritmo anterior (a) ou
persiste alterada (b), enquanto a velocidade v permanecer constante? As
opções são apenas duas (teste de dupla escolha, ou a ou b) e, a meu ver,
o xis da questão reside aí. Tudo o mais é conversa mole para boi dormir.
Ou seja, se pensarmos no questionamento do Hélio, dependendo da resposta
dada a esta pergunta simples, teremos uma resposta diferente para o
problema que ele formulou.

Victor: ... As leis físicas, processos físicos, independem de
referenciais. Sua descrição, sim. ...

Alberto: Não entendi o que você quis dizer com este reforço: «Sua
descrição, sim.» Este reforço está se referindo às leis físicas (a) ou
aos processos físicos (b)? Ou seriam a ambos (c) [Mais um teste, agora
de tripla secolha]. Se for a, parece-me que estaríamos indo contra o
princípio da relatividade. Se for b a coisa é tão óbvia que nem
precisaria ter sido enfatizada. Se for c recaímos, a meu ver, no caso
anterior, a ir contra o princípio da relatividade.

Observação: Você verá abaixo que acabei vendo a coisa por outro ângulo,
também interessante, mas que aqui não aparece pelo fato de eu ter
picotado o seu parágrafo em um ponto inconveniente. Mas mantive o texto,
a incluir o próximo parágrafo meu, pois achei que o que está sendo aqui
colocado é pertinente. Continuemos, então.

Como que num exercício dialético, pensemos no caso b (aquele que eu
disse ser óbvio) em duas condições. 1) Na primeira, para dois
referenciais inerciais, um em movimento em relação ao outro. Um corpo em
repouso em um desses referenciais, estará em mru no outro. A descrição
do processo será diferente em cada referencial (movimento/repouso) mas
as leis serão descritas da mesma maneira, pois repouso é um caso
especial de mru. 2) Vamos pensar agora no caso em que um dos
referenciais está sendo acelerado. A descrição dos processos continuará
sendo diferente, se bem que agora de maneira um pouco mais complicada
quando formos descrevê-los. Por exemplo, o campo gravitacional será
descrito de maneiras diversas em cada referencial. Outro exemplo e a seu
gosto: um «acelerômetro» retrataria um processo que viria a ser descrito
de maneiras diferentes nos dois referenciais. Quero crer, não obstante,
que as leis continuarão sendo descritas da mesmíssima maneira. Ou não? A
lei da inércia continuaria sendo válida como lei limite nos dois
referenciais, assim como ela é válida em condições limites aqui na
Terra, e Galileu que o diga. Não seria isto (o fato das leis serem
descritas da mesma maneira), para o caso atual, uma consequência direta
do PE, além de ser um princípio por si só (PR)? Continuemos.

Victor: ... Mas a forma em que se apresentam, não. O gêmeo que viaja
envelhece menos...

Alberto: Ops! Picotei o seu texto provavelmente em lugar indevido. Mas
de qualquer maneira acho que foi bom, assim manterei as considerações
acima. Pensemos agora neste trecho como emendado no anterior. Parece-me
que você estaria então dizendo que a forma como as leis físicas ou os
processos físicos se apresentam dependem do referencial, mas a descrição
não (tanto das leis quanto dos processos). Seria isto? Huuuuummmmm!
Ficou esquisito paca. Não consigo entender o que seria esta «forma como
a lei se apresenta» e de maneira tal a ser diferente (no sentido de
depender do referencial) ainda que podendo ser descrita da mesma maneira
(no sentido de independer do referencial). Mas vamos prosseguir com o
seu texto.

Victor: ... Mas a forma em que se apresentam, não. O gêmeo que viaja
envelhece menos devido a que foi submetido a acelerações, esteve em
movimento, enfim. E é uma realidade que independe de qualquer outro
referencial.

Alberto: Ops! Ops! Ops! Isto, a meu ver, caracterizaria o absolutismo do
movimento no sentido preconizado por Newton. Seria isto então? Você está
propondo um retorno ao absolutismo newtoniano? A ser este o caso eu fico
aqui pensando, cá com os meus botões, o que seria esta sua «forma» a
contrapor-se com a, também sua, «descrição». As leis seriam as mesmas (e
passíveis de serem descritas com as mesmas palavras) a menos de um fator
a denunciar o fato de os observadores estarem em estados diversos de
movimento absoluto (caracterizado agora pelo fato de um deles ter sido
submetido a acelerações). Este fator seria então o responsável pelo
envelhecimento diverso e, para você, retrataria alguma coisa que não
entendi muito bem e a dizer que a «forma» das leis, ou o processo
físico, teria sido alterado com a mudança de referencial. Tirante esta
ressalva que não entendi, acho isso bastante coerente. Como também acho
que o seu ídolo deve estar se remoendo todo em seu túmulo, como a dizer:
Victor, você está acabando com a minha relatividade!!! Não é por aí!! E
eu, por outro lado, não consigo dizer mais nada a não ser
:-))))))))))))))))))))))))))).

Bem, vou parar por aqui. Eu achei que iria responder a toda a msg mas
acabei ficando cansado com a expansão das ideias contidas no primeiro
parágrafo da sua msg. Dependendo do desfecho continuarei, ou não, em
outra ocasião.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Questão Cosmológica 2
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2012 13:33

>Preocupa-me muito mais a indiferença kuhniana flagrada nos meios
>acadêmicos do que qualquer evidência que possa vir a contrariar a teoria
>do Big-Bang. Mesmo porque esta última é tão somente uma teoria e a
>postura dogmático-acadêmica afeta todas as áreas do saber.
>
>[ ]´s
>Alberto

Com certeza...

Acho que, no caso do descobrimento de um fato que refuta uma teoria bem estabelecida (uma revolução naquela ciência), é compreensivel uma certa resistência inicial, com desconfiança da observação daquele fato, tentativas de salvar a teoria e tal, pois "como uma teoria tão corroborada e precisa pode estar errada?!!!". Mas, se a refutação é clara, depois do baque inicial o bom cientista aceita a situação, pois seu objetivo é nada mais que entender a natureza. Agora, politicagens no meio científico é inadmissível, não tem nada a ver, não é lugar disso... Talvez haja como evitar isso nas próprias políticas acadêmicas, não dando espaço pra esse tipo de coisa.

[]´s,
Jeff.


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2012 13:38

 
    Olá!
 
     Já que fui citado, vou dar uns pitacos...
 

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 14 de Abril de 2012 23:03
Assunto: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3
 
Eduardo,
 
Muito bom como organizou os questionamentos.(Não vou dizer mais nada, senão Belmiro vem com aquela história de “flexinhas” e coisas que tais....
 
      Não vai dizer mais nada? E aquele caminhão de escritos aí embaixo? Seria isto um paradoxo?
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
Enviada em: sábado, 14 de abril de 2012 00:20
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: ENC: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos
 
 
Caro Vitor,

Por essa e msgs anteriores, entendo q vc entende q a assimetria dos dois referenciais explicaria por que e' o gemeo da Terra q envelhece mais, e a partir dai' o fenomeno teria uma explicacao matematico-fisica consistente pela RR.
Victor:   Só para clarificar mais ainda este  ponto da TR:  o relógio em movimento, ao passar por processos de aceleração, altera sua taxa de registros de tempo,
      Ops, então a aceleração influencia o relógio e não o tempo?
em relação a um relógio que está em repouso, num referencial inercial.  As leis físicas, processos físicos,  independem de referenciais.  Sua descrição, sim.  Mas a forma em que se apresentam, não. O  gêmeo que viaja envelhece menos devido a que foi submetido a acelerações, esteve em movimento, enfim.  E é uma realidade que independe de qualquer outro referencial.
Desculpe-me a tentativa de detalhar demais minha resposta. Pode até parecer repetitivo, mas entendo que devo agir assim tendo em vista outros leitores.  Dito isto, vamos  ao resto. 
         O que estamos tentando fazer aqui é mostrar que um não envelhece tanto quanto o outro, ou tão menos que o outro, como parece mostrar, numa análise apressada,  as equações envolvendo tempos e comprimentos próprio e impróprio, relacionados pelo fator de Lorentz, o que estabelece o falso paradoxo, quando interpretado de maneira indevida. 
       Ué! Eu achei que, para tempos de aceleração desprezíveis frente ao tempo total de viagem, os resultados da RR e da RG fossem os mesmos. E que história é essa de análise apressada? A análise é a análise, independente se é feita com ou sem pressa. Por acaso, agora está dizendo que o resultado previsto pela RR depende da interpretação? Que interpretação? Não há o que interpretar, a não ser aplicar as equações, depois de usar o macete de perguntar quem acelerou.
 Pois o fato físico de que o gêmeo da Terra envelhece mais, e o Viajante, menos, é um dado pré-existente, inquestionável.
      Por isso memso que nós insistimos que é ad hoc. Ou, é um macete a ser empregado, que consta no manual de uso da RR:  "Para definir nas equações quem vai envelhecer menos, pergunte quem vai acelerar"
  E, em sabendo, previamente,  disso,  nada obsta que usemos este dado importante para  mostrar que não há  ambiquidade de maneira alguma. 
      Previamente, he, he.
      Não há erro matemático e lógico nesse procedimento. É perfeitamente legal, tecnicamente falando. As características do movimento de Viajante são claras, há acelerações envolvidas, conforme já descrevi outras vezes. 
       Sim, como no caso dos ônibus freando e fazendo curvas...
 Aliás, há pouco concluí um arrozoado para Hélio, exatamente sobre esta questão.
Eduardo: (Acho q ate' Einstein, antes de publicar a RG, ensaiou esse samba - portanto vc esta' em boa companhia).

Victor: Então sambou direito.

Hélio: Mas creio q ja' foram apontadas nesse thread as inconsistencias desse entendimento.
Victor: Segundo meu ponto de vista, não.

Eduardo: A unica diferenca entre os dois referenciais e' q um acelera e desacelera duas vezes, e o outro permanece inercial todo o tempo.

Mas, como tb ja' foi apontado, aceleracoes *nao* fazem parte da RR.
Victor: Ok.
Eduardo: A RR so' se aplica a referenciais inerciais.
Victor: Sim, até por que referenciais inerciais não são acelerados. Contudo, é perfeitamente possível, hoje, fazer a análise de um sistema acelerado,  classicamente, Newtonianamente falando,  ou via RR.   Agora há pouco escrevi um conjunto de equações, até de uma maneira sequencialmente organizada, sem deduzi-las, por desnecessário, ao menos aqui, todas deduzidas com recursos da física clássica e dos Postulados da RR! Tanto você pode chegar a elas partindo da teoria matemática que envolve os quadri-vetores(o que é mais direto e, até, mais bonito e cheio de interesse físico) ou partir de outro processo matemático, conforme descrevi no mesmo e-mail para Hélio, acima referido. Não vou dizer a você que todos os problemas que surjam, envolvendo sistemas acelerados possam, sempre, ser resolvidos assim, somente com esses recursos. Evidentemente que não. Mas estes, em especial, que estamos referindo, podem. A RG, evidentemente, é geral. E suas descrições embutem, de alguma forma, aquelas equações.

Eduardo: Se supormos q e' o gemeo da Terra q vai envelhecer mais so' porque e' apenas o gemeo da nave q sofre aceleracao/desaceleracao, estamos a meu ver tentando 'extrapolar' a RR, para obriga-la a explicar fenomenos q sao estranhos a ela.
Victor: Desculpe-me, mas o gêmeo da Terra não vai “envelhecer mais só porque e apenas o gêmeo que viaja sofre acelerações”  em qualquer sentido!  O estado de movimento de Viajante nada tem ver com envelhecimento ou não de Terreno. Pessoas, coisas, referenciais, não influenciam no comportamento das coisas da natureza. Terreno envelhece porque envelhece, como eu e você, independentemente de qualquer outra coisa do entorno, em repouso ou em movimento. A queda de meus cabelos independem de se você está indo a New York ou não.
     Tudo me leva a acreditar que você entendeu o que ele quis dizer. Os comentários acima foram totalmente desnecessários.
 
 “Supor” que o Terreno envelhece mais não é uma mera suposição. Idem, que o gêmeo Viajante envelhece menos que Terreno.
    Amigo, você é realmente contraditório. Acabou de criticar o Eduardo acima e já usou a mesma expressão.
São fatos experimentais e práticos, do dia a dia. Cada um envelheceria do mesmo jeito, ainda que o outro não existisse. A inclusão de ambos, ou de mais de um, na história, é apenas um recurso matemático para condução dos cálculos, para facilitar este.  Apenas isso. Algo como você usar, sempre duas partículas em movimento no espaçotempo para estabeleceer se há ou não curvatura. E porquê?  A razão é que não há maneira de, sensorialmente, percebermos se há ou curvatura.  Então, duas partículas livres, que seguem geodésicas paralelas, denunciam o caráter curvo do espaço. Como, por exemplo, também, no caso de forças de marés.  São recursos teóricos de extrema utilidade. Referenciais são como muletas que ajudam a caminhar, e uma vez cumpridas sua missão, tchau. E a humanidade continuará sua “marcha para diante, rindo, soberba e reinante”, para parodiar  o relato ultra-espirituoso da abelha...chiante, que ainda me faz rir.  No elevador de Einstein, berros daqueles, só mesmo de medo da queda...  

Eduardo: E voltamos ao paradoxo ja' abordado de *por que^*, nas fases inerciais da viagem, onde os dois referenciais sao rigorosamente equivalentes (portanto sendo igualmente valido o gemeo da Terra se supor em repouso e imaginar o gemeo da nave em movimento, ou o gemeo da nave se supor em repouso e imaginar o gemeo da Terra em movimento, pelo Principio da Equivalencia), e' apenas o gemeo da Terra q envelhece mais.
Victor:  O gêmeo da Terra está em repouso e observa o movimento do irmão que viaja,  de maneira objetiva. O irmão que viaja, por outro lado, pode sim, considerar-se em repouso e observar o sistema de Terreno movendo-se em sentido contrário, não só quando os sistemas são equivalentes, caso em que observaria o irmão deslocando-se em MRU(pronto, Hélio, agora MRU...); mas não só. Durante o período de aceleração, a mesma coisa. Veria Terreno em movimento acelerado. Em resumo, isto é válido para todos os estágios da viagem. Contudo, em realidade, o Terreno nunca mudou de referencial, nunca passou de um referencial a outro, nunca esteve acelerado.
 
E como saber, objetivamente, disso. Um acelerômetro preso a ele, Terreno, registrará os estados de movimento em que esteve.
      Mas, de novo? Victor, não é isso que está sendo discutido. O fato é que as equações valem para os dois referenciais, como você mesmo disse. E para aplicar corretamente as equações você *precisa* saber quem acelerou. Veja que é este detalhe que caracteriza o ad hoc na RR. Não interessa como você vai descobrir quem acelerou, se é através de acelerômetros, de bolinhas de búrica (vai ao google, se não teve infância) sobre uma mesa ou seja lá o que for. O que interessa é que você tem que saber quem acelerou.
 Ou ent~çao levando-se a sério e corretamente esse experimento de pensamento.  E o cupom fiscal do acelerômetro indicará:  não esteve acelerado, nunca saiu de So!  Esta é a diferença basilar.  Outro acelerômetro na nave de Viajante registrará, com segurança,  todos os seus estados de movimento acelerado. E indcará onde esteve em MRU(Del nuevo!...) ou não.  
 
Eduardo: Dentro da RR, como explicar isso? Durante a fase inercial, como ja' especulado aqui, o gemeo da Terra envelhece mais por alguma 'memoria da aceleracao' do gemeo da nave enquanto viaja em velocidade constante?
Victor: Como explicar isso, creio forneci uma resposta à primeira pergunta acima. Quanto ao segundo questionamento, desculpe-me, mas,simplesmente, de meu ponto de vista, escapou algo. Quer “memória” mais clara que as rugas e os cabelos que vão ficando?  Até prefereria que fosse só uma “memória”, desde que os registros, como os que ficam impressos no corpo, não aparecessem!...
 Quando Alberto falou nesse negócio pela primeira vez, imaginei: Ops! Deve ter lido sobre o Inconsciente Coletivo de Jung ou sobre as teorias heréticas e descabeladas de R.Sheldrake. E, confesso, e me desculpe o Alberto, não vi qualquer base para inserir algo do tipo naquele seu argumento, a menos que estivesse se referindo à “memória” a que me referi acima. Mas acho que não foi assim. Mas Alberto é o Mesquita, e o resto somos nós, meros mortais.
     Não foi o Alberto quem falou isso pela primeira vez. Fui eu. Não impute ao herege termos hereges só porque ele é herege. (Desculpe, Alberto, no bom sentido). Mas, é memória, sim. O gêmeo que acelera mantém a contração do tempo depois que para. Enquanto isso, os comprimentos voltam ao normal, como disse (mais ou menos isso) o Alberto para justificar a questão da memória. É memória porque alguma coisa lembra ao gêmeo viajante que é ele e não o outro que tem que envelhecer menos, pois as equações fornecem o mesmo resultado aos dois sem o tal conhecimento prévio de quem acelerou.
 
Eduardo: Ou o tempo so' passa mais devagar para o gemeo da nave nas fases aceleradas? Mas, e se essas fases durarem tempos infinitesimais? Todo o envelhecimento maior do gemeo da Terra vai ocorrer em infinitesimos de segundos?
Victor: Aquí, uma boa questão(como de resto, todas as que colocou mais acima, mas esta é especial). Se se lembra, em muitos posts anteriores alertei para a diferença fundamental entre os problemas que ora discutimos. Usamos o caso dos mésons e outras partículas produzidas em laboratório, de massas ínfimas e que atingem velocidades altíssimas, próximas à da luz, quase que instantâneamente, sofrendo acelerações muito altas, vários g´s, nesses períodos(consulte seu cunhado sobre isso, se for o caso), com o movimento acelerado envolvendo coisas massivas. A analogia é imprópria e infeliz. 
      Então você está querendo dizer que a relatividade não se aplica igualmente para objetos massivos? Só por conta da dificuldade tecnológica de imputar elevadas acelerações?
Um caso mais palpável,  mas a nível  meramente teórico, de gêmeos, é aquele que expuz há pouco para o Hélio, que é o que, genericamente, se discute mundo afora. Naquele problema não há jeito de, mesmo motores ultra potentes levarem a “nave” de uma velocidade zero para outro mais alta, digamos, 0,6c em tempos infinitesimais. Postei aquela equações do e-mail para Hélio exatamente para mostrar o quão distanciados estão os dois problemas, em todos os sentidos.  No caso dos múons, por exemplo, os tempos impróprios e próprios são dados em função somente do quadrado da velocidade constante, v²/c².  Mas, em minha opinião particular, e é onde, parece, há divergências entre o que penso e parte do resto dos pensantes, v²/c² é só parte da história. Mostra-se, e apresentei, também para o Hélio,  um argumento físico-matemático que liga a expressão sqrt(1-v²/c²) a potenciais gravitacionais, de maneira não ambígua(e esperava comentários sobre aqueles argumentos, para eventuais aprofundamento do que está, ainda, por trás deles).  E posso, também, mostrar que a expressão envolvendo esses  intervalos de tempo resultam de uma expressão geral, da RG, quando passamos ao limite de baixas velocidades e campos fracos. Como Goldberb faz no primeiro post que você disponibilizou para o fórum. Ele não está inventando nada. Está mostrando aspectos relevantes da teoria.  Lá, por exemplo, ele faz ϕ = V²/2. Pareceu estranho, isso? Se alguém achou estranho, digo que não é.  Partindo do fato de que o potencial gravitacional próximo à superfície da terra é dado por φ(h) =g h, g sendo a aceleração da gravidade e h a altura a partir da superfície da terra ou do planeta envolvido, e que esse mesmo potencial pode ser obtido pela expressão Newtoniana ϕ(r) = -GM/r e que, ainda, a condição para sair de um campo gravitacional é tal que se cumpra o fato de que a energia potencial deve ser igual à energia cinética do sistema em movimento no campo gravitacional, ou seja, que (1/2) mV² = GMm/r, onde r é tal que V é a  velocidade de escape desse “poço” de potencial, pode-se facilmente, por substituições,  chegar a que ϕ = V²/2, onde o V é uma velocidade específica, de escape do potencial em questão.
Concluindo, a divergência que tenho é a seguinte:  a expressão badalada, τ =  , [ em texto: τ= sqrt(1-v²/c²) ], onde o fator que relaciona os tempos em cada referencial depende somente de v, só é uma aproximação, apenas. Muito próxima da realidade, conforme mostram todos os experimentos que são feitos nos laboratórios de Física de Partículas de Altas Energias, usando exclusivamente partículas atômicas, e não naves malucas que saem por aé em velocidades inimagináveis em nossa tecnologia. No primeiro caso, os tempos de aceleração são extremamente pequenos, mas as acelerações podem ser extremamente grandes. Agora, esses tempos e essas acelerações podem variar conforme se queira uma velocidade(em termos de c) maior ou menor, daí que, para cada velocidade, teremos em laboratório um tempo impróprio maior ou menor, idem o tempo impróprio.  Então v liga-se a esses intervalos de tempo da maneira como aparecem na fórmula famosa. Portanto às ínfimas acelerações. C. Möller, autor de uma magistral obra sobre RG, que uso sempre, diz claramente que não, que não depende.
   Então, há controvérsias!
Que eu estou errado, segunda sua última psicografia  e que, quando eu chegar por lá, onde ele está, vai querer conversar bem direitinho comigo. Imagina só!.

Eduardo: Todas essas objecoes ja' foram levantadas nesse thread, e vc a meu ver nao conseguiu explicar nenhum esses paradoxos q surgem qdo tentamos explicar o fenomeno apenas pela RR.
Victor: Certo. Assumo minha incompetência em não conseguir expressar o que penso de maneira que o interlocutar entenda como penso.
Há na literatura um sem número de exposições nesse sentido que, dizem, na atingiram o objetivo a que se propuseram. Eu não acho, quase todas as que tenho lido estão corretas, e claras, dentro daquilo a que se propõem. A questão é que se deseja que aquelas exposições façam mais do que podem.
    Não provam, de maneira alguma, que Viajante envelhece menos. O que mostram é que, realmente, Viajante encontra que envelhece menos e que o irmão ficou mais velho. Vice-versa. 
      Claríssimo!!!
Estabelecendo que não pode haver paradoxo. Nada mais. O resto é que fica, realmente, por conta da RG. (Repetí argumento que expuz mais acima. Afinal, como fazer “lavagem cerebral”, se não repetir, ora...
Mas tenho me esforçado, como vê. Fazer o quê?

Eduardo: Acho tb q ja' ficou claro q, *uma vez definido de modo arbitrario, 'ad hoc', e fora dos postulados da RR*, qual gemeo vai envelhecer mais (por exemplo, afirmando-se q o fato do gemeo da nave acelerar/desacelerar na viagem implica q so' ele sofrera' dilatacao temporal), e' facil usar depois a RR p/ calcular a diferenca de idades no reencontro.
Victor: Ops!, Eduardo, acho que não. Vamos ver se consigo contrapor-me ao que disse acima. Mais acima, expressei o fato de que a mudança na taxa de relógios independe de referenciais, o que é fato previsto teoricamente e mais que provado experimentalmente! Então nada tem desse negócio de  “ad hoc”. 
 
      São fatos, hoje, incontestáveis. Concorda?
      Por isso mesmo é ad hoc!
E, sim, em sabendo isso, que Terreno envelhece mais que Viajante, o que é fato experimental, fica facílimo, e de maneira direta, usar a RR, não para calcular a diferença de idades,
       É ou não é ad hoc?
 como já mostrei(ver o último e-mail para o Hélio), mas de mostrar, via RR, que não há paradoxo.(Repito que todas as discussões nestas threads estão focadas em se há ou não paradoxo, e se há ou não,  dentro de RR, maneira  de levantar o  “paradoxo”  e não em como calcular a diferença de idades entre os irmãos. Imaginava que todos estavam conscientes de que era assim. Agora, vejo que não.)  A idade de um múon é,  sim, calculada usando a RR, mas por mera coincidência, pelas razões que explicitei noutros lugares desse post e em outros e-mails.
Eduardo: De modo geral, nesse momento (como no artigo de Lasky na SciAM), se aplica a equacao da RR, e usualmente a *toda a extensao da viagem*, ignorando a extensao dos periodos acelerados/desacelerados e os periodos inerciais, em outro procedimento paradoxal. O resultado? Como sabemos, se nao e' igual ao calculo rigoroso pela RG, e' na pratica o mesmo. Dai' talvez a *ilusao* de explicacao exclusivamente pela RR para o fenomeno.
Victor: acho que o que já falei acima responde à proposição acima, o que elimina, segundo penso, referências a coisas como “ilusão”, conforme postou agora.

Eduardo: Mas permanece o paradoxo.
Victor: Não; não segundo penso e justifico. Além disso, você mesmo tem consciência  de que há várias maneiras de levantá-lo, inclusive usando coisas de fora da RR, como o efeito Doppler, aplicado a esta teoria. Há a técnica dos diagramas de Minkowski, usando quadri-vetores e os conceitos de trajetórias temporais, que acho perfeita, há o uso da própria métrica para mostrar que não há paradoxo, com o bônus de ser, além de tudo, quantitativo;  pode-se se aproveitar o fato de c ser uma constante e usar o método k de radar com emissão e recepção de sinais entre os os gêmeos, entre outros. Você mesmo já expressou coisas assim por aqui. Esses métodos não pretendem, nem podem fornecer cálculos precisos de idades entre gêmeos.
Eduardo: (De novo: Nao ha' duvida q realmente e' apenas o gemeo da Terra q vai envelhecer mais. E' o q preve^ a RG e e' o q e' confirmado experimentalmente em experiencias analogas ao Paradoxo dos Gemeos - muons, mesons, sinais de satelites GPS, relogios atomicos em avioes, decaimento mais lento de particulas em aceleradores, etc -. O q estou dizendo e' q nao ha' como se afirmar isso *so' pela RR*).
Victor:  Já expressei opinião a respeito.

Eduardo: Desculpe, Victor, mas a meu ver vc nao conseguiu apontar em nenhuma de suas msgs como podemos explicar esse paradoxo exclusivamente dentro da RR.
Victor: Não há do que desculpar-se, amigo. Não precisa desculpar-se ao expressar o que realmente pensa.  Eu sei. Se não conseguí expressar com precisão o meu ponto de vista(e acho que melhorei a exposição aqui), paciência. 

Eduardo: Continuo mantendo o mesmo entendimento.
Victor: Ok.

Eduardo: Concordo com Goldberg. A RR nada tem a dizer sobre esse fenomeno (embora, como disse, possa ser usada para calcular a dilatacao temporal ocorrida de modo relativamente preciso).
Victor: Como vê, discordo só um pouquinho do ponto de vista dele, apenas nesse aspecto.
Apesar de saber que o Godberg faz vida profissional, universitária, que isto é o seu dia a dia, portanto, tem consciência do que fala e prega e ensina, ainda assim, mantenho-me com minhas inquisiqueiras nesse particular mister. Também, muitos autores dizem algo diferente do que penso a esse respeito. Mas, vou continuar a “matutar e matutar” a respeito até que uma luzinha acenda.
      Vou rezar um Pai Nosso e uma dezena de Ave Maria (ou seria Aves Maria?) para que essa luzinha acenda logo, amigo.
Até lá, vou defendendo minhas posições conforme o nível de conhecimento e “semancol” que tenho. Ou penso ter.
 Eduardo: Acho q Lasky nao explicou coisa alguma em seu artigo.
Eduardo: Discordo. Depende do que você acha que deveria ser explicado. Lasky mostrou que não existe paradoxo, só isso; e que o “paradoxo” é fruto de entendimento inadequado da questão, do ponto de vista da RR.  O objetivo não era explicar por que alguém envelhece mais ou menos que o outro. Isto é coisa, realmente, para a RG. Essa não foi a tônica de seu artigo. Discordo dele, contudo, quando diz aquilo de “pessoas pouco informadas” tendem a crer que as acelerações nada têm a ver com essa história. Tem sim. Pode até que eu e outros gatos pingados estejamos errados, mas isso  é outra coisa. Agora, mal informado, creio que não.  Para mim o Lasky continua com nota 10, só retiro 1/3 da distinção e  ½ do louvor que seu trabalho merece. No último parágrafo, conforme referi noutro post, ele faz uma abordagem interessante sobre os tempos observados na ida e na volta, em termos  de rapidez e lentidão do envelhecimento observados no outro, por cada um deles, na ida e na volta. Como se a direção e sentido da velocidade tivessem influência nessas coisas. Isto, certamente, é outro ponto para umas trocentas trheads. Têm, mas é apenas aparente, como o é a contração de comprimentos e outras tontices que aparecem.  Não tinha vista ainda abordagem nesse sentido. De resto, segue os padrões.

Eduardo: A unica e exclusiva explicacao matematico-fisica do Paradoxo dos Gemeos vem da RG.
Victor:  Também e principalmente. A “única” a que se refere tem a ver somente com o porquê, e de quanto,  o Viajante envelhece menos. Mas sobre isso, já me expressei neste e noutros posts.
Eduardo: E, embora esteja apreciando esse debate, receio q estejamos ja' entrando naquela fase terminal de um thread, qdo um interlocutor comeca a repetir seus argumentos ao outro.
Victor:  Amigo, minha opinião é a seguinte: 1) a thread é realmente interessante e, de certa forma, ela vem se repetindo no mundo inteiro, pela atenção e interesse que provoca; 2) acredito que continuará por muitos anos mais; 3) particularmente, não me canso, nem me aborreço de falar e discernir sobre essas coisas, pois geralmente, descambam em outros conhecimentos associados, o que é bom para quem tem, realmente, interesse;   4) não vejo, a respeito deste polêmico assunto, mal em repetir argumentos, desde que de formas diferentes, o que sempre é bom e pode trazer novas luzes. Parece-me que ele enseja aprendizados e insights dificilmente obtidos com outros assuntos.
Portanto, deve continuar apreciando e repetindo(o tema). Não vejo nada demais nisso. Sei que muitos não concordam comigo.  No máximo, o que pode acontecer, como de resto em tudo, é que eu esteja errado. E daí?  Mas, já pensou se meu pensamento fosse uma unamidade? 
Para finalizar, só tenho a lhe agradecer  por essa postagem, que me ajudou a exprimir o que penso de maneira organizada e seqüencial.  Foi como empurrar bêbado em ladeira. Será?
Sds,
Victor.
       Isso é o que eu chamo de desvio de personalidade. Além de ser uma crueldade. Coitado do bêbado. Acho que é mais interessante tirar doce de criança, ou surrar bode amarrado. Opinião, apenas. Mas, não liga não. E espero não ter estragado a sua tarde.
       [],s
 
      Belmiro

;-)

Abs,
Eduardo Torres

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...> escreveu
>
> Eduardo, comentarei uma parte do post de seu amigo, o prof. Goldberg e os seus próprios comentários.
>
>
>
>
>
> De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
> Enviada em: segunda-feira, 9 de abril de 2012 15:35
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos
>
>
>
>
>
> O Goldberg deve ter gostado do tema, pois, alem de me responder em pvt, postou sobre o Paradoxo dos Gemeos em seu blog:
>
> http://usersguidetotheuniverse.com/?p=2464
>
> Victor: Verei se entro no blog e faço alguma participação. Primeiro, tentarei entender o seu pensamento a respeito dessas coisas.
>
> ;-)
>
> Abs,
> Eduardo Torres
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br> , "Eduardo Torres" <dudutorres@> escreveu
> >
> > Perguntei ao fisico David Goldberg...
> >
> > Dave Goldberg, Ph.D.
> > Associate Professor, Drexel University Department of Physics
> > "A User's Guide to the Universe" (Wiley, 2010)
> > "The Universe in the Rearview Mirror" (Dutton, 2013)
> > http://www.usersguidetotheuniverse.com
> >
> > (sim, o mesmo cujo post no seu blog motivou o artigo no NYT sobre Emmy Noether)
> >
> > ...sobre o Paradoxo dos Gemeos.
> >
> > Sua resposta foi:
> >
> > (esta' em ingles, mas e' facil de ler, e pra quem nao le^ bem em ingles, o tradutor do Google da' uma versao em portugues bem razoavel)
> >
> > -----------
> >
> Dear Eduardo,
>
> Thank you so much for your kind words, and I hope I can be of some help. In many ways, however, you have hit at the heart of the problem. The Twin Paradox can't be resolved by understood by Special Relativity because it doesn't satisfy the postulates of Special Relativity. Einstein laid out his assumptions in his original 1905 paper. As he put it:
>
> 1. [T]he same laws of electrodynamics and optics will be valid for all frames of reference for which the equations of mechanics hold good.
> 2. [L]ight is always propagated in empty space with a definite velocity c which is independent of the state of motion of the emitting body.
>
> The first postulate is generally understood to mean that all laws, not just electromagnetism, will remain invariant in all inertial reference frames.
>
> Victor: ok.
>
> And what happens if the reference frame is NOT inertial? The theory can't say a thing. The short answer is that there is no answer "*using exclusivelly the SR*, *without using* GR" as you put it.
>
> Victor: Se o referencial é acelerado, não inercial, a SR não tem recursos de analisar o movimento. Realmente, é verdade. Mas se a a análise for tentada dentro do referencial acelerado!! Pode-se, sim, analisar, com precisão, um movimento acelerado a partir de um referencial inercial externo. Existem técnicas matemáticas para isso. E enquanto as velocidades não atingem valores próximos de c, e se os campos são fracos, todo o aparato Newtoniano poderá ser usado, e de fato isto é feito, sem ambigüidades. Se for o caso, poderei fazer uma descrição mais técnica desses meios, analisando o caso concreto de uma nave que se desloca com aceleração g. Aliás, ontem li rapidamente um post seu, onde Goldberg apresenta uns cálculos com essas características mas, parece, que seu enfoque é outro. Não me detive na análise.! Mas irei aprofundar o estudo de seu trabalho. Todo movimento é um movimento… Por mais complicado que seja o movimento acelerado, num dado momento há, em cada instante, uma velocidade v(t), instantânea, em relação a So. Seja v(t) a velocidade num dado instante. Como o movimento é acelerado, após um intervalo Î"t, tão pequeno quanto se queira, aquela velocidade passou a ser: v(t) + Î"v, medida pelo referencial inercial So que, no instante t, esteja em repouso e com a mesma velocidade v(t) da nave(ou partícula). E assim por diante, passando por todos os pontos da trajetória, cujo resultado final é concretizado, possivelmente, mediante integrais entre os intervalos considerados. Bem, podemos, ainda, considerar o movimento da nave em relação a outro referencial S`, que se move com velocidade v(t), em relação a So e aplicar a fórmula da velocidade para So, segundo a relatividade. Mesmo neste caso, os equacionamentos são tranqüilos, e obtidos classicamente. . Fica só o registro. Então, dizer que a SR não pode se usado para movimentos acelerados é contar metade da história. Claro, o uso da RG, em todos os casos é o caminho correto, e, muitas vezes até menos encrencado!...
>
> Obs.: No que se refere ao restante do post, nada não há acrescentar, no que concerne ao desenvolvimento matemático e sua relação com a física do processo. A menos que alguém precise de esclarecimentos. Juro que farei.
>
>
> You raise a couple of points. You ask, for instance, what happens if the accelerations are nearly instantaneous. To put that in mathematical terms, if the cruising momentum of the spaceship is p:
>
> p=F*Delta t
>
> What happens if the force is extremely high and the time is extremely short?
> Instead of thrusters, we could consider what would happen if we did the same sort of acceleration using a potential well. Suppose (for ease of calculation and for general familiarity with the final result) that the final speed of the ship was enough less than the speed of light that we can use non-relativistic approximations. You are free to generalize later, and I'll assure you it won't make a difference. What happens then?
>
>
> Well, if you fall into a potential well Phi and speed up to a speed v:
>
>
> Phi=-(v^2)/2
>
> In a practical sense, the "v" in the equation is the escape speed from a planet, star, or whatever body you'd like to imagine. Notice that we don't make any mention of how long it takes you to fall into the potential well. It can be as steep as you like. However, once you're in a deep well, General Relativity says that time runs slower near massive bodies (at negative potentials) than they do in deep space. The ratio -- in the small potential limit-- is:
>
> t_(near a planet)/t_(deep space)=1-Phi/c^2
>
> Since Phi is negative, more time passes near a planet than in deep space. Plugging in the potential, we get:
>
>
> t_(pl)/t_(ds)=1+v^2/(2*c^2)
>
> For v/c << 1, this is simply a Taylor expansion of:
>
> t_(pl)/t_(ds)=gamma=1/sqrt(1-v^2/c^2)
>
> Check by plugging in v=0.2c or similar numbers into both expressions if you don't believe me.
>
> In other words, you can imagine the trip as though the traveling twin falls into a potential well, hangs out for a while, climbs out when she teaches her destination, falls in again to return, and climbs out again on reaching earth.
>
> As I said, I did this under the assumption that the relativistic effects were relatively mild. You are welcome to try using the full:
> p=m*v*gamma and Schwarzschild metrics if you like. You'll get the same result, but it will be mathematically hairier.
>
> Hope that helps and doesn't just add fire to your flame war.
>
> Dave
>
> ------------
>
> Comentarios:
>
> Eduardo: Goldberg faz uso de outra abordagem, imaginando o gemeo na espaconave como entrando e saindo em um poco potencial durante sua viagem.
>
> Victor: Esta é uma abordagem correta. Por entrando e saindo de um poço de potencial ele quer significar o período em que sistema é acelerado, não importando como e quando sai desse estágio de movimento. No período acelerado pode-se usar com segurança o Princípio da Equivalência.
>
> Então, é preciso usar a RG. Há alguns anos apresentei a este fórum e a outro, o Relatividad, do qual o novo ciencialisteiro Jaime participa, um arrazoado usando o PE e resolvendo o “paradoxo†dos gêmeos no seguinte caso: a nave parte do repouso, acelera até que sua velocidade v(t) atinja um certa velocidade (+V), permanece com essa velocidade +V durante um certo tempo, desalecera nas proximidades do planeta destino, a velocidade vai de +V a 0, acelera de volta, até que sua velocidade -v(t) atinja a velocidade de cruzeiro ( â€"V), e após o mesmo tempo que permaneceu com a velocidade (+V) desacelera até parar. Como se vê, o uso do PE próprio da RG, e que lhe dá causa, é imperioso.
>
> O caso dos múons, e de todas as partículas atômicas radioativas, são consideradas analogias(grosseiras, em meu ponto de vista) da questão acima, que é mais genérica, de complexidade maior. O caso dos múons, evidentemente, é um caso particular. Os tempos para se atingir a velocidade +V ou â€"V são praticamente nenhuns, mesmo se as acelerações envolvidas são grandes, como realmente o são,ainda que nesses ínfimos intervalos, beirando o instantâneo. Então, o que tento provar é que a fórmula canônica, Tp = sqrt(1-v²/c²) * tim, Tp=tempo prórpio e tim = tempo impróprio, só é válida para partículas atômicas. Não sei, mas creio que o Goldberg deve concordar com isso.
>
> Na abordagem que apresentei, Viajante conclui, de seu referencial , que Terreno envelhece mais que ele. Terreno conclui, de seu referencial, que Viajante envelhece menos. Num acordo perfeito, como era para ser.
>
> Eduardo: (Confesso q nao entendi inteiramente essa analogia).
>
> Victor: A razão foi explicada pelo Takata,corretamente; tem a ver, diretamente, com o PE. Nesta portunidade, apenas expandi um pouco essas razões.
>
> Eduardo: Mas o mais importante pra mim em sua resposta e': Segundo Goldberg nao ha' explicacao matematico-fisica possivel para o Paradoxo dos Gemeos dentro da Relatividade Restrita. Nao ha' duvida q e' o gemeo da Terra q envelhece mais, mas isso nao pode ser demonstrado usando-se exclusivamente os principios da Relatividade Restrita.
>
> Victor: Veja bem, no caso dos múons e similares, como disse acima, que envolve questão análoga à dos gêmeos, essa restrição não é posta em causa. O paradoxo é levantado usando a RR e seus conceitos de: tempo próprio(crucial, vital mesmo, na análise), contração de comprimentos, dilatação dos tempos. Para mim, toda a questão roda em torno de se existe ou não assimetria entre os referenciais envolvidos. Quando se conclui que a assimetria é o que estabelece a relevância do problema, acabam as querelas! Não há mais paradoxo. Enquanto os estudiosos continuarem imaginando que inexiste assimetria, não há como obterem algum convencimento, matematicamente, fisicamente, logicamente, filosoficamente(ui...), ou o que seja. E tem mais, a assimetria é maior do que se imagina, já parou para examinar? Por exemplo, além das acelerações obrigatoriamente envolvidas no processo, há o fato de os referenciais de ida e de volta além serem de diferentes entre si,há um bônus adicional: os intervalos de tempo, na ida e na volta, enquanto no estado inercial, do ponto de vista de Terreno, são diferentes! Parecendo que a direção da velocidade influi na questão! Você diria: Agora danou-se tudo. Pois é. E, em tais circunstâncias, há uma razão simples e clara, a justificar o efeito. Nada demais, do ponto de vista dos postulados. Noutra oportunidade, eventuais questionamentos ensejarão detalhamentos desse “misterioso†fato. Num intervalo o relógio de Viajante corre mais rápido, noutro vai menos rápido. Aliás, o Lansky, da Sciam, já nos últimos parágrafos do artigo, faz uma bela alusão a esse fato, enfatizando o efeito. Lembra?
>
> Além disso, o paradoxo dos gêmeos, na forma como geralmente é enunciado, pode ser levantado de diversas outras maneiras, como a Sciam menciona nos últimos parágrafos do artigo. E, em nenhuma, se recorre à RG. Particularmente, considero isto: os resultados via RG, sem sombra de dúvidas, quantitativamente, são preciso. As fórmulas usadas, envolvendo gamma, estão linkadas com a RG, pois estão associadas à curvatura do espaço e aos potenciais gravitacionais. Em casos ideais, baixas velocidades, campos fracos, elas surgem como aproximações! Muito precisas para partículas atômicas como os múons e outras radiotivas, que se desintegram, etc. Já mostrei isso por aqui também, e também o Goldberg.
>
> Se houver interesse, entendo que será útil expandir as informações que coloquei mais acima.
>
> Eduardo: So' a Relatividade Geral explica o fenomeno de modo satisfatorio.
>
> Victor: Sim. De modo satisfatório e preciso.
>
> Eduardo: E ai' ha' varias maneiras de explica-lo. Pode ser explicado graficamente, naqueles diagramas de espaco-tempo de Minkowsky (world lines),
>
> Victor: O uso dos diagramas de Minkowski, inerentes ao espaço tempo, de estrutura geométrica hiperbólica é, sem dúvida, um dos melhores, mais diretos e objetivos.
>
> Eduardo: ou por essa analogia com pocos potenciais gravitacionais, ou pelo efeito Doppler relativistico, ou por 'n' outros modos.
>
> Victor: Sim.
>
> Eduardo: So' nao pode ser explicado so' pelos postulados da Relatividade Restrita. Acho q essa foi a grande 'pegadinha' q Langevin quis fazer com Einstein em 1911: Ele entendeu logo de cara essa contradicao. E Einstein sentiu o golpe, embora nao desse o braco a torcer. Manteve a posicao q o gemeo da Terra iria estar mais velho, mas passou a chamar o efeito de 'peculiar', apo's Langevin apontar o aparente paradoxo. So' depois de 1915, com a Relatividade Geral, o fenomeno do Paradoxo dos Gemeos passou a ter explicacao matematico-fisica consistente.
>
> Victor: Aquí, uma discordância entre nossos pontos. A maneira de resolver o paradoxo dos gêmeos no caso dos múons não usa RG, conforme comentei acima; idem, com o uso dos diagramas de Minkowski ou com os recursos do efeito Doppler relativístico(aliás, uma maneira clara de mostrar a inexistência do tal, via recursos de fora da relatividade...). Agora, a RG sozinha resolve tudo?
>
> Com relação a Langevin, eu acho(e como disse, não tenho argumentos comprobatórios disso), mero achísmo mesmo, que a pegadinha, como mencionei outra vez, teve outro sentido. Não creio que ele tenha chegado a associar as expressões que resultam dos dois postulados à RG, no caso geral. Bem, sequer isto é relevante para esta questão. Objetivamente, minha posição, é que, entendido que há as loucas assimetrias acima, e tudo estará resolvido. Considero esse o ponto de maior relevância. E, certamente, uma vez compreendido isso, não é preciso contas para provar o que está provado. Mas...
>
>
> Eduardo: Esse e' o meu entendimento.
>
> Victor: Ok.
>
> Sds,
>
> Victor.
>
> >Abs,
> >Eduardo Torres
>

SUBJECT: Re: [ciencialist] Questão Cosmológica 2
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2012 14:12

Oi Alberto,

Você tem toda a razão. Realmente o DVD2 não apresenta somente a teoria do plasma. Ela continua apresentando argumentos devastadores, como você disse.
Mostra que, como diz o cunhado do Eduardo, Big Bang não é só redshift, é muito mais do que isto e que também nestes muito mais ele tem problemas sérios.
Valeu pela correção.

Alberto:
> Não sei se voltamos a Ritz ou não, pois estamos falando
> em teorias cosmológicas e a de Ritz me parece de ser
> uma teoria física.

O primeiro postulado de Hélio diz:
"A física é a mesma cá, lá e acolá."
:-)
Quando falo voltamos a Ritz é no seguinte sentido: Vários argumentos contra Ritz e a favor da TR de Einstein, foram baseados no vácuo do espaço. 

Alberto:
> A rigor nenhuma ciência é exata, ainda que algumas
> tendam a este limite, e a física é a que mais se
> aproxima deste limite.

É o que sempre falo aqui.
Nenhuma ciência é exata. Matemática é exata mas não é ciência.
(Seria esta o segundo postulado de Hélio????)
:-)

Alberto:
> Minha formação inicial foi em medicina, ...Em medicina não é
> raro encontrarmos áreas de atuação onde cinco ou seis teorias
> disputam sua veracidade nos meios acadêmicos...Como é que
> ficaria então essa história de derrubar uma teoria? Teríamos
> então que colocar outra no lugar,...Ou então: Ficaríamos agora
> com quatro ou cinco? Quem sabe? ...Obviamente, e com
> o passar do tempo, o ideal seria que este número se reduzisse.
> Mas não para satisfazer uma regra como esta (a da teoria única)
> que não se fundamenta em pressupostos científicos.

É isto aí, isto seria o ideal e a ciência teria muito a ganhar com esta disputa em igualdade de condições.

Hélio


De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Domingo, 15 de Abril de 2012 6:42
Assunto: Re: [ciencialist] Questão Cosmológica 2

 
-----Mensagem Original-----
From: Hélio Carvalho
Sent: Saturday, April 14, 2012 9:56 PM
Subject: Re: [ciencialist] Questão Cosmológica 2

Olá Hélio

Conclui a cópia do texto legendado do DVD2 e a mesma poderá ser acessada
clicando-se aqui:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/CosmologyQuest_2.pdf

Vamos então a sua msg:

> O DVD1 mostra os dados experimentais que não batem com o modelo
> padrão. Só isto já deveria derrubar o modelo.
> Mas, como o cunhado do Eduardo disse que só uma teoria derruba outra
> teoria, veio o DVD2 com uma teoria alternativa (plasma). Que é uma
> das diversas que existem.

De fato existem. E concordo contigo [vide msg
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81681 ] que existe
muito de absurdo naquela história de que «só uma teoria derruba outra
teoria», mas deixarei isto para comentar mais abaixo.

> Acho que o DVD1 é o mais importante e só ele já bastaria, pois são os
> fatos. Apresentação de dados observacionais. Já o DVD2 é mais
> subjetivo.

Sob certos aspectos sim. Veja não obstante que o DVD2 não foi feito
apenas para mostrar uma das teorias alternativas. Há muito mais do que
isto. Os autores estão praticamente demolindo aquela idéia de que a
teoria do Big Bang estaria bem fundamentada, como dá a entender a imensa
maioria dos tratados de física e de cosmologia da atualidade. E procuram
demolir com argumentos na maioria das vezes devastadores, tanto do ponto
de vista epistemológico, ao compararem o Big Bang com a teoria dos
epiciclos, quanto do ponto de vista experimental. Neste último caso
mostrando o quanto aquela história da radiação de fundo, ou a abundância
de elementos leves está recheada de considerações levianas e que teriam
como único efeito sugerir que fenômenos que falseiam quase que de
maneira crucial a teoria do big bang, na realidade seriam fenômenos
previstos pela teoria do big bang. Maior absurdo do que este eu nunca vi
ao estudar a história das ciências. Há também aspectos de natureza
teórica e relacionados ao enxame de hipóteses ad hoc (matéria escura,
energia escura, expansão acelerada etc. etc. etc.) que foram sendo
acrescentadas no decorrer do tempo com a finalidade única de salvar a
teoria. Sob esse aspecto, a comparação entre a teoria do big bang e a
teoria dos epiciclos é o que há de melhor neste DVD2. Aquilo que eu
tenho referido em mensagens anteriores: «o cordão dos epiciclos cada vez
aumenta mais». Entenda-se aí que epiciclo seria o análogo das hipóteses
ad hoc que existem, no caso da teoria em apreço, em uma quantidade
jamais vista na história das ciências, a não ser na própria teoria dos
epiciclos e que, como não poderia deixar de ser, acabou dando com os
burros n'água.

> Mas, se lugares onde se pensavam que era vácuo tem plasma, o
> comprimento de extinção é menor do que se esperava, e voltamos a Ritz.

Não sei se voltamos a Ritz ou não, pois estamos falando em teorias
cosmológicas e a de Ritz me parece de ser uma teoria física. Acho que
voltamos sim, mas num sentido bem mais abrangente e que não se
traduziria em procurar por esta ou por aquela teoria a se adequar ou não
com esta ou aquela teoria da física. Acho que a coisa é bem mais ampla e
a implicar num retorno ao passado, com os conhecimentos que temos no
presente, em virtude de reconhecermos este erro que, sem dúvida alguma,
foi cometido.

Eu vou além da crítica que você fez ao pensamento retrógrado a dizer que
só uma teoria derruba outra. Isto é papo de quem conhece a ciência pela
metade ou talvez nem isso. Nas ciências exatas, como a física, é muito
comum uma área do conhecimento ter apenas uma teoria aceita pela
comunidade acadêmica. Mas até mesmo essa ideia de ciências exatas é uma
ideia por demais infantil. A rigor nenhuma ciência é exata, ainda que
algumas tendam a este limite, e a física é a que mais se aproxima deste
limite.

Minha formação inicial foi em medicina, que a este respeito está no lado
oposto desta curva de extrapolação a tender a um limite. Em medicina não
é raro encontrarmos áreas de atuação onde cinco ou seis teorias disputam
sua veracidade nos meios acadêmicos. E os adeptos destas cinco ou seis
encontram-se nos congressos científicos, duelam bastante, mas acabam por
se confraternizarem, ainda que cada um prossiga defendendo a sua teoria
e que se contrapõe às demais. Como é que ficaria então essa história de
derrubar uma teoria? Teríamos então que colocar outra no lugar, a ponto
de continuarmos com cinco ou seis? Ou então: Ficaríamos agora com quatro
ou cinco? Quem sabe? Qualquer das duas situações seria possível e o meio
acadêmico acabaria se acomodando a esta nova situação. Obviamente, e com
o passar do tempo, o ideal seria que este número se reduzisse. Mas não
para satisfazer uma regra como esta (a da teoria única) que não se
fundamenta em pressupostos científicos.

A título de curiosidade, quando estudei eclâmpsia (uma doença da
gravidez) na década de 60 do século passado, existiam 19 teorias
relacionadas a esta doença. Algumas ridículas e com pouquíssimos
defensores, mas muitas dessas 19 eram defendidas de maneira até mesmo
apaixonada em muitos rincões acadêmicos do mundo todo. Não havia um
consenso e nem havia como imaginar uma situação paradigmática como
aquela descrita por Thomas Kuhn.

Que dizer então da cosmologia? Seria uma ciência tão «exata» quanto a
física?

A meu ver, outra das virtudes do vídeo é exatamente a de mostrar que
não. Em termos de «exatidão» a cosmologia está a anos-luz da física.
Porque então aceitar uma única teoria? Só porque o cosmólogo muitas
vezes inicia sua vida acadêmica como físico e, como tal, acostuma-se a
esta idiossincrasia, a da teoria única? Sinceramente, se for assim acho
que alguma coisa está errada neste tipo de formação acadêmica. E acho
que uma das virtudes do vídeo (DVD2) é deixar nas entrelinhas esta falta
de bom senso.

O vídeo defende sim a teoria dos plasmas, mesmo porque esta teoria é de
um dos palestrantes. Mas não me parece ser esta a única saída sugerida.
Mais do que isto, o vídeo está clamando para se abandone algo que não
faz mais sentido aceitar como verdade, e que se parta à procura de algo
melhor para colocar no lugar; e isto poderá vir a ser uma outra teoria,
mas nada impede que venham a ser duas, três ou mais teorias.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.




SUBJECT: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3
FROM: "Eduardo Torres" <dudutorres@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2012 14:27

OK, Victor.

Li essa sua nova msg.

Pra mim ficou ainda mais claro q a solucao pela RR depende de uma 'escolha previa ad hoc arbitraria' q e' o gemeo da Terra q envelhece mais.

Pouco importa a meu ver q essa escolha arbitraria se de^ com base em experiencias q confirmam isso.

Como disse, o Paradoxo dos Gemeos nao e' paradoxal por q um gemeo envelhece mais q o outro, mas por q e' sempre o gemeo da Terra q envelhece mais, mesmo com os dois gemeos em referenciais equivalentes nas fases inerciais da viagem, q, numa experiencia em pensamento, podem ser arbitrariamente de duracao praticamente da viagem toda, com as fases acelaradas de duracao infinitesimal (e' irrelevante q na realidade um ser humano nao suportasse essas gigantescas aceleracoes).

Nao vou nem discutir seu calculo do fenomemo supondo viagem acelerada o tempo todo. Se ha' aceleracao, ja' esta' fora do escopo da RR.

Cada explicacao sua mais reforca meu entendimento q Goldberg esta' certo e Lasky errado: A RR sozinha nada explica sobre esse paradoxo.

Ah, e vi q foi o Belmiro o primeiro a tentar me convencer q eu estava errado ao dizer, antes desse thread, q Langevin tinha sido explicado ja' nos anos 10.

Depois q pensei mais no assunto e ouvi mais opinioes, como disse, hoje entendo q nao foi.

Mas Langevin tb tentou usar a aceleracao como fator de 'assimetria' dentro da RR. Portanto sua explicacao tb foi paradoxal.

Na verdade, nao ha' paradoxo real. A RG explica perfeitamente o fenomeno matematica e fisicamente. Pela RG, como disse, nao importa o referencial q se use, sempre e' o gemeo da Terra q envelhece mais.

O paradoxo, como disse, so' surge qdo tentamos usar so' a RR pra explicar o fenomeno.

Abs,
Eduardo Torres




--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...> escreveu
>
> Eduardo,
>
>
>
> Muito bom como organizou os questionamentos.(Não vou dizer mais nada, senão Belmiro vem com aquela história de “flexinhas” e coisas que tais....
>
>
>
> De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
> Enviada em: sábado, 14 de abril de 2012 00:20
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: ENC: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos
>
>
>
>
>
> Caro Vitor,
>
> Por essa e msgs anteriores, entendo q vc entende q a assimetria dos dois referenciais explicaria por que e' o gemeo da Terra q envelhece mais, e a partir dai' o fenomeno teria uma explicacao matematico-fisica consistente pela RR.
>
> Victor: Só para clarificar mais ainda este ponto da TR: o relógio em movimento, ao passar por processos de aceleração, altera sua taxa de registros de tempo, em relação a um relógio que está em repouso, num referencial inercial. As leis físicas, processos físicos, independem de referenciais. Sua descrição, sim. Mas a forma em que se apresentam, não. O gêmeo que viaja envelhece menos devido a que foi submetido a acelerações, esteve em movimento, enfim. E é uma realidade que independe de qualquer outro referencial.
>
> Desculpe-me a tentativa de detalhar demais minha resposta. Pode até parecer repetitivo, mas entendo que devo agir assim tendo em vista outros leitores. Dito isto, vamos ao resto. O que estamos tentando fazer aqui é mostrar que um não envelhece tanto quanto o outro, ou tão menos que o outro, como parece mostrar, numa análise apressada, as equações envolvendo tempos e comprimentos próprio e impróprio, relacionados pelo fator de Lorentz, o que estabelece o falso paradoxo, quando interpretado de maneira indevida. Pois o fato físico de que o gêmeo da Terra envelhece mais, e o Viajante, menos, é um dado pré-existente, inquestionável. E, em sabendo, previamente, disso, nada obsta que usemos este dado importante para mostrar que não há ambiquidade de maneira alguma. Não há erro matemático e lógico nesse procedimento. É perfeitamente legal, tecnicamente falando. As características do movimento de Viajante são claras, há acelerações envolvidas, conforme já descrevi outras vezes. Aliás, há pouco concluí um arrozoado para Hélio, exatamente sobre esta questão.
> Eduardo: (Acho q ate' Einstein, antes de publicar a RG, ensaiou esse samba - portanto vc esta' em boa companhia).
>
> Victor: Então sambou direito.
>
> Hélio: Mas creio q ja' foram apontadas nesse thread as inconsistencias desse entendimento.
>
> Victor: Segundo meu ponto de vista, não.
>
>
> Eduardo: A unica diferenca entre os dois referenciais e' q um acelera e desacelera duas vezes, e o outro permanece inercial todo o tempo.
>
> Mas, como tb ja' foi apontado, aceleracoes *nao* fazem parte da RR.
>
> Victor: Ok.
>
> Eduardo: A RR so' se aplica a referenciais inerciais.
>
> Victor: Sim, até por que referenciais inerciais não são acelerados. Contudo, é perfeitamente possível, hoje, fazer a análise de um sistema acelerado, classicamente, Newtonianamente falando, ou via RR. Agora há pouco escrevi um conjunto de equações, até de uma maneira sequencialmente organizada, sem deduzi-las, por desnecessário, ao menos aqui, todas deduzidas com recursos da física clássica e dos Postulados da RR! Tanto você pode chegar a elas partindo da teoria matemática que envolve os quadri-vetores(o que é mais direto e, até, mais bonito e cheio de interesse físico) ou partir de outro processo matemático, conforme descrevi no mesmo e-mail para Hélio, acima referido. Não vou dizer a você que todos os problemas que surjam, envolvendo sistemas acelerados possam, sempre, ser resolvidos assim, somente com esses recursos. Evidentemente que não. Mas estes, em especial, que estamos referindo, podem. A RG, evidentemente, é geral. E suas descrições embutem, de alguma forma, aquelas equações.
>
>
> Eduardo: Se supormos q e' o gemeo da Terra q vai envelhecer mais so' porque e' apenas o gemeo da nave q sofre aceleracao/desaceleracao, estamos a meu ver tentando 'extrapolar' a RR, para obriga-la a explicar fenomenos q sao estranhos a ela.
>
> Victor: Desculpe-me, mas o gêmeo da Terra não vai “envelhecer mais só porque e apenas o gêmeo que viaja sofre acelerações” em qualquer sentido! O estado de movimento de Viajante nada tem ver com envelhecimento ou não de Terreno. Pessoas, coisas, referenciais, não influenciam no comportamento das coisas da natureza. Terreno envelhece porque envelhece, como eu e você, independentemente de qualquer outra coisa do entorno, em repouso ou em movimento. A queda de meus cabelos independem de se você está indo a New York ou não.
>
> “Supor” que o Terreno envelhece mais não é uma mera suposição. Idem, que o gêmeo Viajante envelhece menos que Terreno. São fatos experimentais e práticos, do dia a dia. Cada um envelheceria do mesmo jeito, ainda que o outro não existisse. A inclusão de ambos, ou de mais de um, na história, é apenas um recurso matemático para condução dos cálculos, para facilitar este. Apenas isso. Algo como você usar, sempre duas partículas em movimento no espaçotempo para estabeleceer se há ou não curvatura. E porquê? A razão é que não há maneira de, sensorialmente, percebermos se há ou curvatura. Então, duas partículas livres, que seguem geodésicas paralelas, denunciam o caráter curvo do espaço. Como, por exemplo, também, no caso de forças de marés. São recursos teóricos de extrema utilidade. Referenciais são como muletas que ajudam a caminhar, e uma vez cumpridas sua missão, tchau. E a humanidade continuará sua “marcha para diante, rindo, soberba e reinante”, para parodiar o relato ultra-espirituoso da abelha...chiante, que ainda me faz rir. No elevador de Einstein, berros daqueles, só mesmo de medo da queda...
>
>
> Eduardo: E voltamos ao paradoxo ja' abordado de *por que^*, nas fases inerciais da viagem, onde os dois referenciais sao rigorosamente equivalentes (portanto sendo igualmente valido o gemeo da Terra se supor em repouso e imaginar o gemeo da nave em movimento, ou o gemeo da nave se supor em repouso e imaginar o gemeo da Terra em movimento, pelo Principio da Equivalencia), e' apenas o gemeo da Terra q envelhece mais.
>
> Victor: O gêmeo da Terra está em repouso e observa o movimento do irmão que viaja, de maneira objetiva. O irmão que viaja, por outro lado, pode sim, considerar-se em repouso e observar o sistema de Terreno movendo-se em sentido contrário, não só quando os sistemas são equivalentes, caso em que observaria o irmão deslocando-se em MRU(pronto, Hélio, agora MRU...); mas não só. Durante o período de aceleração, a mesma coisa. Veria Terreno em movimento acelerado. Em resumo, isto é válido para todos os estágios da viagem. Contudo, em realidade, o Terreno nunca mudou de referencial, nunca passou de um referencial a outro, nunca esteve acelerado. E como saber, objetivamente, disso. Um acelerômetro preso a ele, Terreno, registrará os estados de movimento em que esteve. Ou ent~çao levando-se a sério e corretamente esse experimento de pensamento. E o cupom fiscal do acelerômetro indicará: não esteve acelerado, nunca saiu de So! Esta é a diferença basilar. Outro acelerômetro na nave de Viajante registrará, com segurança, todos os seus estados de movimento acelerado. E indcará onde esteve em MRU(Del nuevo!...) ou não.
>
>
> Eduardo: Dentro da RR, como explicar isso? Durante a fase inercial, como ja' especulado aqui, o gemeo da Terra envelhece mais por alguma 'memoria da aceleracao' do gemeo da nave enquanto viaja em velocidade constante?
>
> Victor: Como explicar isso, creio forneci uma resposta à primeira pergunta acima. Quanto ao segundo questionamento, desculpe-me, mas,simplesmente, de meu ponto de vista, escapou algo. Quer “memória” mais clara que as rugas e os cabelos que vão ficando? Até prefereria que fosse só uma “memória”, desde que os registros, como os que ficam impressos no corpo, não aparecessem!... Quando Alberto falou nesse negócio pela primeira vez, imaginei: Ops! Deve ter lido sobre o Inconsciente Coletivo de Jung ou sobre as teorias heréticas e descabeladas de R.Sheldrake. E, confesso, e me desculpe o Alberto, não vi qualquer base para inserir algo do tipo naquele seu argumento, a menos que estivesse se referindo à “memória” a que me referi acima. Mas acho que não foi assim. Mas Alberto é o Mesquita, e o resto somos nós, meros mortais.
>
> Eduardo: Ou o tempo so' passa mais devagar para o gemeo da nave nas fases aceleradas? Mas, e se essas fases durarem tempos infinitesimais? Todo o envelhecimento maior do gemeo da Terra vai ocorrer em infinitesimos de segundos?
>
> Victor: Aquí, uma boa questão(como de resto, todas as que colocou mais acima, mas esta é especial). Se se lembra, em muitos posts anteriores alertei para a diferença fundamental entre os problemas que ora discutimos. Usamos o caso dos mésons e outras partículas produzidas em laboratório, de massas ínfimas e que atingem velocidades altíssimas, próximas à da luz, quase que instantâneamente, sofrendo acelerações muito altas, vários g´s, nesses períodos(consulte seu cunhado sobre isso, se for o caso), com o movimento acelerado envolvendo coisas massivas. A analogia é imprópria e infeliz. Um caso mais palpável, mas a nível meramente teórico, de gêmeos, é aquele que expuz há pouco para o Hélio, que é o que, genericamente, se discute mundo afora. Naquele problema não há jeito de, mesmo motores ultra potentes levarem a “nave” de uma velocidade zero para outro mais alta, digamos, 0,6c em tempos infinitesimais. Postei aquela equações do e-mail para Hélio exatamente para mostrar o quão distanciados estão os dois problemas, em todos os sentidos. No caso dos múons, por exemplo, os tempos impróprios e próprios são dados em função somente do quadrado da velocidade constante, v²/c². Mas, em minha opinião particular, e é onde, parece, há divergências entre o que penso e parte do resto dos pensantes, v²/c² é só parte da história. Mostra-se, e apresentei, também para o Hélio, um argumento físico-matemático que liga a expressão sqrt(1-v²/c²) a potenciais gravitacionais, de maneira não ambígua(e esperava comentários sobre aqueles argumentos, para eventuais aprofundamento do que está, ainda, por trás deles). E posso, também, mostrar que a expressão envolvendo esses intervalos de tempo resultam de uma expressão geral, da RG, quando passamos ao limite de baixas velocidades e campos fracos. Como Goldberb faz no primeiro post que você disponibilizou para o fórum. Ele não está inventando nada. Está mostrando aspectos relevantes da teoria. Lá, por exemplo, ele faz ϕ = V²/2. Pareceu estranho, isso? Se alguém achou estranho, digo que não é. Partindo do fato de que o potencial gravitacional próximo à superfície da terra é dado por φ(h) =g h, g sendo a aceleração da gravidade e h a altura a partir da superfície da terra ou do planeta envolvido, e que esse mesmo potencial pode ser obtido pela expressão Newtoniana ϕ(r) = -GM/r e que, ainda, a condição para sair de um campo gravitacional é tal que se cumpra o fato de que a energia potencial deve ser igual à energia cinética do sistema em movimento no campo gravitacional, ou seja, que (1/2) mV² = GMm/r, onde r é tal que V é a velocidade de escape desse “poço” de potencial, pode-se facilmente, por substituições, chegar a que ϕ = V²/2, onde o V é uma velocidade específica, de escape do potencial em questão.
>
> Concluindo, a divergência que tenho é a seguinte: a expressão badalada, τ = , [ em texto: τ= sqrt(1-v²/c²) ], onde o fator que relaciona os tempos em cada referencial depende somente de v, só é uma aproximação, apenas. Muito próxima da realidade, conforme mostram todos os experimentos que são feitos nos laboratórios de Física de Partículas de Altas Energias, usando exclusivamente partículas atômicas, e não naves malucas que saem por aé em velocidades inimagináveis em nossa tecnologia. No primeiro caso, os tempos de aceleração são extremamente pequenos, mas as acelerações podem ser extremamente grandes. Agora, esses tempos e essas acelerações podem variar conforme se queira uma velocidade(em termos de c) maior ou menor, daí que, para cada velocidade, teremos em laboratório um tempo impróprio maior ou menor, idem o tempo impróprio. Então v liga-se a esses intervalos de tempo da maneira como aparecem na fórmula famosa. Portanto às ínfimas acelerações. C. Möller, autor de uma magistral obra sobre RG, que uso sempre, diz claramente que não, que não depende. Que eu estou errado, segunda sua última psicografia e que, quando eu chegar por lá, onde ele está, vai querer conversar bem direitinho comigo. Imagina só!.
>
>
> Eduardo: Todas essas objecoes ja' foram levantadas nesse thread, e vc a meu ver nao conseguiu explicar nenhum esses paradoxos q surgem qdo tentamos explicar o fenomeno apenas pela RR.
>
> Victor: Certo. Assumo minha incompetência em não conseguir expressar o que penso de maneira que o interlocutar entenda como penso.
>
> Há na literatura um sem número de exposições nesse sentido que, dizem, na atingiram o objetivo a que se propuseram. Eu não acho, quase todas as que tenho lido estão corretas, e claras, dentro daquilo a que se propõem. A questão é que se deseja que aquelas exposições façam mais do que podem. Não provam, de maneira alguma, que Viajante envelhece menos. O que mostram é que, realmente, Viajante encontra que envelhece menos e que o irmão ficou mais velho. Vice-versa. Estabelecendo que não pode haver paradoxo. Nada mais. O resto é que fica, realmente, por conta da RG. (Repetí argumento que expuz mais acima. Afinal, como fazer “lavagem cerebral”, se não repetir, ora...
>
> Mas tenho me esforçado, como vê. Fazer o quê?
>
>
> Eduardo: Acho tb q ja' ficou claro q, *uma vez definido de modo arbitrario, 'ad hoc', e fora dos postulados da RR*, qual gemeo vai envelhecer mais (por exemplo, afirmando-se q o fato do gemeo da nave acelerar/desacelerar na viagem implica q so' ele sofrera' dilatacao temporal), e' facil usar depois a RR p/ calcular a diferenca de idades no reencontro.
>
> Victor: Ops!, Eduardo, acho que não. Vamos ver se consigo contrapor-me ao que disse acima. Mais acima, expressei o fato de que a mudança na taxa de relógios independe de referenciais, o que é fato previsto teoricamente e mais que provado experimentalmente! Então nada tem desse negócio de “ad hoc”. São fatos, hoje, incontestáveis. Concorda?
>
> E, sim, em sabendo isso, que Terreno envelhece mais que Viajante, o que é fato experimental, fica facílimo, e de maneira direta, usar a RR, não para calcular a diferença de idades, como já mostrei(ver o último e-mail para o Hélio), mas de mostrar, via RR, que não há paradoxo.(Repito que todas as discussões nestas threads estão focadas em se há ou não paradoxo, e se há ou não, dentro de RR, maneira de levantar o “paradoxo” e não em como calcular a diferença de idades entre os irmãos. Imaginava que todos estavam conscientes de que era assim. Agora, vejo que não.) A idade de um múon é, sim, calculada usando a RR, mas por mera coincidência, pelas razões que explicitei noutros lugares desse post e em outros e-mails.
>
> Eduardo: De modo geral, nesse momento (como no artigo de Lasky na SciAM), se aplica a equacao da RR, e usualmente a *toda a extensao da viagem*, ignorando a extensao dos periodos acelerados/desacelerados e os periodos inerciais, em outro procedimento paradoxal. O resultado? Como sabemos, se nao e' igual ao calculo rigoroso pela RG, e' na pratica o mesmo. Dai' talvez a *ilusao* de explicacao exclusivamente pela RR para o fenomeno.
>
> Victor: acho que o que já falei acima responde à proposição acima, o que elimina, segundo penso, referências a coisas como “ilusão”, conforme postou agora.
>
> Eduardo: Mas permanece o paradoxo.
>
> Victor: Não; não segundo penso e justifico. Além disso, você mesmo tem consciência de que há várias maneiras de levantá-lo, inclusive usando coisas de fora da RR, como o efeito Doppler, aplicado a esta teoria. Há a técnica dos diagramas de Minkowski, usando quadri-vetores e os conceitos de trajetórias temporais, que acho perfeita, há o uso da própria métrica para mostrar que não há paradoxo, com o bônus de ser, além de tudo, quantitativo; pode-se se aproveitar o fato de c ser uma constante e usar o método k de radar com emissão e recepção de sinais entre os os gêmeos, entre outros. Você mesmo já expressou coisas assim por aqui. Esses métodos não pretendem, nem podem fornecer cálculos precisos de idades entre gêmeos.
>
> Eduardo: (De novo: Nao ha' duvida q realmente e' apenas o gemeo da Terra q vai envelhecer mais. E' o q preve^ a RG e e' o q e' confirmado experimentalmente em experiencias analogas ao Paradoxo dos Gemeos - muons, mesons, sinais de satelites GPS, relogios atomicos em avioes, decaimento mais lento de particulas em aceleradores, etc -. O q estou dizendo e' q nao ha' como se afirmar isso *so' pela RR*).
>
> Victor: Já expressei opinião a respeito.
>
>
> Eduardo: Desculpe, Victor, mas a meu ver vc nao conseguiu apontar em nenhuma de suas msgs como podemos explicar esse paradoxo exclusivamente dentro da RR.
>
> Victor: Não há do que desculpar-se, amigo. Não precisa desculpar-se ao expressar o que realmente pensa. Eu sei. Se não conseguí expressar com precisão o meu ponto de vista(e acho que melhorei a exposição aqui), paciência.
>
>
> Eduardo: Continuo mantendo o mesmo entendimento.
>
> Victor: Ok.
>
>
> Eduardo: Concordo com Goldberg. A RR nada tem a dizer sobre esse fenomeno (embora, como disse, possa ser usada para calcular a dilatacao temporal ocorrida de modo relativamente preciso).
>
> Victor: Como vê, discordo só um pouquinho do ponto de vista dele, apenas nesse aspecto.
>
> Apesar de saber que o Godberg faz vida profissional, universitária, que isto é o seu dia a dia, portanto, tem consciência do que fala e prega e ensina, ainda assim, mantenho-me com minhas inquisiqueiras nesse particular mister. Também, muitos autores dizem algo diferente do que penso a esse respeito. Mas, vou continuar a “matutar e matutar” a respeito até que uma luzinha acenda. Até lá, vou defendendo minhas posições conforme o nível de conhecimento e “semancol” que tenho. Ou penso ter.
>
> Eduardo: Acho q Lasky nao explicou coisa alguma em seu artigo.
>
> Eduardo: Discordo. Depende do que você acha que deveria ser explicado. Lasky mostrou que não existe paradoxo, só isso; e que o “paradoxo” é fruto de entendimento inadequado da questão, do ponto de vista da RR. O objetivo não era explicar por que alguém envelhece mais ou menos que o outro. Isto é coisa, realmente, para a RG. Essa não foi a tônica de seu artigo. Discordo dele, contudo, quando diz aquilo de “pessoas pouco informadas” tendem a crer que as acelerações nada têm a ver com essa história. Tem sim. Pode até que eu e outros gatos pingados estejamos errados, mas isso é outra coisa. Agora, mal informado, creio que não. Para mim o Lasky continua com nota 10, só retiro 1/3 da distinção e ½ do louvor que seu trabalho merece. No último parágrafo, conforme referi noutro post, ele faz uma abordagem interessante sobre os tempos observados na ida e na volta, em termos de rapidez e lentidão do envelhecimento observados no outro, por cada um deles, na ida e na volta. Como se a direção e sentido da velocidade tivessem influência nessas coisas. Isto, certamente, é outro ponto para umas trocentas trheads. Têm, mas é apenas aparente, como o é a contração de comprimentos e outras tontices que aparecem. Não tinha vista ainda abordagem nesse sentido. De resto, segue os padrões.
>
>
> Eduardo: A unica e exclusiva explicacao matematico-fisica do Paradoxo dos Gemeos vem da RG.
>
> Victor: Também e principalmente. A “única” a que se refere tem a ver somente com o porquê, e de quanto, o Viajante envelhece menos. Mas sobre isso, já me expressei neste e noutros posts.
>
> Eduardo: E, embora esteja apreciando esse debate, receio q estejamos ja' entrando naquela fase terminal de um thread, qdo um interlocutor comeca a repetir seus argumentos ao outro.
>
> Victor: Amigo, minha opinião é a seguinte: 1) a thread é realmente interessante e, de certa forma, ela vem se repetindo no mundo inteiro, pela atenção e interesse que provoca; 2) acredito que continuará por muitos anos mais; 3) particularmente, não me canso, nem me aborreço de falar e discernir sobre essas coisas, pois geralmente, descambam em outros conhecimentos associados, o que é bom para quem tem, realmente, interesse; 4) não vejo, a respeito deste polêmico assunto, mal em repetir argumentos, desde que de formas diferentes, o que sempre é bom e pode trazer novas luzes. Parece-me que ele enseja aprendizados e insights dificilmente obtidos com outros assuntos.
>
> Portanto, deve continuar apreciando e repetindo(o tema). Não vejo nada demais nisso. Sei que muitos não concordam comigo. No máximo, o que pode acontecer, como de resto em tudo, é que eu esteja errado. E daí? Mas, já pensou se meu pensamento fosse uma unamidade?
>
> Para finalizar, só tenho a lhe agradecer por essa postagem, que me ajudou a exprimir o que penso de maneira organizada e seqüencial. Foi como empurrar bêbado em ladeira. Será?
>
> Sds,
>
> Victor.
>
> ;-)
>
> Abs,
> Eduardo Torres
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br> , "JVictor" <j.victor.neto@> escreveu
> >
> > Eduardo, comentarei uma parte do post de seu amigo, o prof. Goldberg e os seus próprios comentários.
> >
> >
> >
> >
> >
> > De: ciencialist@yahoogrupos.com.br <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br> [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br> ] Em nome de Eduardo Torres
> > Enviada em: segunda-feira, 9 de abril de 2012 15:35
> > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br>
> > Assunto: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos
> >
> >
> >
> >
> >
> > O Goldberg deve ter gostado do tema, pois, alem de me responder em pvt, postou sobre o Paradoxo dos Gemeos em seu blog:
> >
> > http://usersguidetotheuniverse.com/?p=2464
> >
> > Victor: Verei se entro no blog e faço alguma participação. Primeiro, tentarei entender o seu pensamento a respeito dessas coisas.
> >
> > ;-)
> >
> > Abs,
> > Eduardo Torres
> >
> > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br> <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br> , "Eduardo Torres" <dudutorres@> escreveu
> > >
> > > Perguntei ao fisico David Goldberg...
> > >
> > > Dave Goldberg, Ph.D.
> > > Associate Professor, Drexel University Department of Physics
> > > "A User's Guide to the Universe" (Wiley, 2010)
> > > "The Universe in the Rearview Mirror" (Dutton, 2013)
> > > http://www.usersguidetotheuniverse.com
> > >
> > > (sim, o mesmo cujo post no seu blog motivou o artigo no NYT sobre Emmy Noether)
> > >
> > > ...sobre o Paradoxo dos Gemeos.
> > >
> > > Sua resposta foi:
> > >
> > > (esta' em ingles, mas e' facil de ler, e pra quem nao le^ bem em ingles, o tradutor do Google da' uma versao em portugues bem razoavel)
> > >
> > > -----------
> > >
> > Dear Eduardo,
> >
> > Thank you so much for your kind words, and I hope I can be of some help. In many ways, however, you have hit at the heart of the problem. The Twin Paradox can't be resolved by understood by Special Relativity because it doesn't satisfy the postulates of Special Relativity. Einstein laid out his assumptions in his original 1905 paper. As he put it:
> >
> > 1. [T]he same laws of electrodynamics and optics will be valid for all frames of reference for which the equations of mechanics hold good.
> > 2. [L]ight is always propagated in empty space with a definite velocity c which is independent of the state of motion of the emitting body.
> >
> > The first postulate is generally understood to mean that all laws, not just electromagnetism, will remain invariant in all inertial reference frames.
> >
> > Victor: ok.
> >
> > And what happens if the reference frame is NOT inertial? The theory can't say a thing. The short answer is that there is no answer "*using exclusivelly the SR*, *without using* GR" as you put it.
> >
> > Victor: Se o referencial é acelerado, não inercial, a SR não tem recursos de analisar o movimento. Realmente, é verdade. Mas se a a análise for tentada dentro do referencial acelerado!! Pode-se, sim, analisar, com precisão, um movimento acelerado a partir de um referencial inercial externo. Existem técnicas matemáticas para isso. E enquanto as velocidades não atingem valores próximos de c, e se os campos são fracos, todo o aparato Newtoniano poderá ser usado, e de fato isto é feito, sem ambigüidades. Se for o caso, poderei fazer uma descrição mais técnica desses meios, analisando o caso concreto de uma nave que se desloca com aceleração g. Aliás, ontem li rapidamente um post seu, onde Goldberg apresenta uns cálculos com essas características mas, parece, que seu enfoque é outro. Não me detive na análise.! Mas irei aprofundar o estudo de seu trabalho. Todo movimento é um movimento… Por mais complicado que seja o movimento acelerado, num dado momento há, em cada instante, uma velocidade v(t), instantânea, em relação a So. Seja v(t) a velocidade num dado instante. Como o movimento é acelerado, após um intervalo Î"t, tão pequeno quanto se queira, aquela velocidade passou a ser: v(t) + Î"v, medida pelo referencial inercial So que, no instante t, esteja em repouso e com a mesma velocidade v(t) da nave(ou partícula). E assim por diante, passando por todos os pontos da trajetória, cujo resultado final é concretizado, possivelmente, mediante integrais entre os intervalos considerados. Bem, podemos, ainda, considerar o movimento da nave em relação a outro referencial S`, que se move com velocidade v(t), em relação a So e aplicar a fórmula da velocidade para So, segundo a relatividade. Mesmo neste caso, os equacionamentos são tranqüilos, e obtidos classicamente. . Fica só o registro. Então, dizer que a SR não pode se usado para movimentos acelerados é contar metade da história. Claro, o uso da RG, em todos os casos é o caminho correto, e, muitas vezes até menos encrencado!...
> >
> > Obs.: No que se refere ao restante do post, nada não há acrescentar, no que concerne ao desenvolvimento matemático e sua relação com a física do processo. A menos que alguém precise de esclarecimentos. Juro que farei.
> >
> >
> > You raise a couple of points. You ask, for instance, what happens if the accelerations are nearly instantaneous. To put that in mathematical terms, if the cruising momentum of the spaceship is p:
> >
> > p=F*Delta t
> >
> > What happens if the force is extremely high and the time is extremely short?
> > Instead of thrusters, we could consider what would happen if we did the same sort of acceleration using a potential well. Suppose (for ease of calculation and for general familiarity with the final result) that the final speed of the ship was enough less than the speed of light that we can use non-relativistic approximations. You are free to generalize later, and I'll assure you it won't make a difference. What happens then?
> >
> >
> > Well, if you fall into a potential well Phi and speed up to a speed v:
> >
> >
> > Phi=-(v^2)/2
> >
> > In a practical sense, the "v" in the equation is the escape speed from a planet, star, or whatever body you'd like to imagine. Notice that we don't make any mention of how long it takes you to fall into the potential well. It can be as steep as you like. However, once you're in a deep well, General Relativity says that time runs slower near massive bodies (at negative potentials) than they do in deep space. The ratio -- in the small potential limit-- is:
> >
> > t_(near a planet)/t_(deep space)=1-Phi/c^2
> >
> > Since Phi is negative, more time passes near a planet than in deep space. Plugging in the potential, we get:
> >
> >
> > t_(pl)/t_(ds)=1+v^2/(2*c^2)
> >
> > For v/c << 1, this is simply a Taylor expansion of:
> >
> > t_(pl)/t_(ds)=gamma=1/sqrt(1-v^2/c^2)
> >
> > Check by plugging in v=0.2c or similar numbers into both expressions if you don't believe me.
> >
> > In other words, you can imagine the trip as though the traveling twin falls into a potential well, hangs out for a while, climbs out when she teaches her destination, falls in again to return, and climbs out again on reaching earth.
> >
> > As I said, I did this under the assumption that the relativistic effects were relatively mild. You are welcome to try using the full:
> > p=m*v*gamma and Schwarzschild metrics if you like. You'll get the same result, but it will be mathematically hairier.
> >
> > Hope that helps and doesn't just add fire to your flame war.
> >
> > Dave
> >
> > ------------
> >
> > Comentarios:
> >
> > Eduardo: Goldberg faz uso de outra abordagem, imaginando o gemeo na espaconave como entrando e saindo em um poco potencial durante sua viagem.
> >
> > Victor: Esta é uma abordagem correta. Por entrando e saindo de um poço de potencial ele quer significar o período em que sistema é acelerado, não importando como e quando sai desse estágio de movimento. No período acelerado pode-se usar com segurança o Princípio da Equivalência.
> >
> > Então, é preciso usar a RG. Há alguns anos apresentei a este fórum e a outro, o Relatividad, do qual o novo ciencialisteiro Jaime participa, um arrazoado usando o PE e resolvendo o â€Å"paradoxo” dos gêmeos no seguinte caso: a nave parte do repouso, acelera até que sua velocidade v(t) atinja um certa velocidade (+V), permanece com essa velocidade +V durante um certo tempo, desalecera nas proximidades do planeta destino, a velocidade vai de +V a 0, acelera de volta, até que sua velocidade -v(t) atinja a velocidade de cruzeiro ( â€"V), e após o mesmo tempo que permaneceu com a velocidade (+V) desacelera até parar. Como se vê, o uso do PE próprio da RG, e que lhe dá causa, é imperioso.
> >
> > O caso dos múons, e de todas as partículas atômicas radioativas, são consideradas analogias(grosseiras, em meu ponto de vista) da questão acima, que é mais genérica, de complexidade maior. O caso dos múons, evidentemente, é um caso particular. Os tempos para se atingir a velocidade +V ou â€"V são praticamente nenhuns, mesmo se as acelerações envolvidas são grandes, como realmente o são,ainda que nesses ínfimos intervalos, beirando o instantâneo. Então, o que tento provar é que a fórmula canônica, Tp = sqrt(1-v²/c²) * tim, Tp=tempo prórpio e tim = tempo impróprio, só é válida para partículas atômicas. Não sei, mas creio que o Goldberg deve concordar com isso.
> >
> > Na abordagem que apresentei, Viajante conclui, de seu referencial , que Terreno envelhece mais que ele. Terreno conclui, de seu referencial, que Viajante envelhece menos. Num acordo perfeito, como era para ser.
> >
> > Eduardo: (Confesso q nao entendi inteiramente essa analogia).
> >
> > Victor: A razão foi explicada pelo Takata,corretamente; tem a ver, diretamente, com o PE. Nesta portunidade, apenas expandi um pouco essas razões.
> >
> > Eduardo: Mas o mais importante pra mim em sua resposta e': Segundo Goldberg nao ha' explicacao matematico-fisica possivel para o Paradoxo dos Gemeos dentro da Relatividade Restrita. Nao ha' duvida q e' o gemeo da Terra q envelhece mais, mas isso nao pode ser demonstrado usando-se exclusivamente os principios da Relatividade Restrita.
> >
> > Victor: Veja bem, no caso dos múons e similares, como disse acima, que envolve questão análoga à dos gêmeos, essa restrição não é posta em causa. O paradoxo é levantado usando a RR e seus conceitos de: tempo próprio(crucial, vital mesmo, na análise), contração de comprimentos, dilatação dos tempos. Para mim, toda a questão roda em torno de se existe ou não assimetria entre os referenciais envolvidos. Quando se conclui que a assimetria é o que estabelece a relevância do problema, acabam as querelas! Não há mais paradoxo. Enquanto os estudiosos continuarem imaginando que inexiste assimetria, não há como obterem algum convencimento, matematicamente, fisicamente, logicamente, filosoficamente(ui...), ou o que seja. E tem mais, a assimetria é maior do que se imagina, já parou para examinar? Por exemplo, além das acelerações obrigatoriamente envolvidas no processo, há o fato de os referenciais de ida e de volta além serem de diferentes entre si,há um bônus adicional: os intervalos de tempo, na ida e na volta, enquanto no estado inercial, do ponto de vista de Terreno, são diferentes! Parecendo que a direção da velocidade influi na questão! Você diria: Agora danou-se tudo. Pois é. E, em tais circunstâncias, há uma razão simples e clara, a justificar o efeito. Nada demais, do ponto de vista dos postulados. Noutra oportunidade, eventuais questionamentos ensejarão detalhamentos desse â€Å"misterioso” fato. Num intervalo o relógio de Viajante corre mais rápido, noutro vai menos rápido. Aliás, o Lansky, da Sciam, já nos últimos parágrafos do artigo, faz uma bela alusão a esse fato, enfatizando o efeito. Lembra?
> >
> > Além disso, o paradoxo dos gêmeos, na forma como geralmente é enunciado, pode ser levantado de diversas outras maneiras, como a Sciam menciona nos últimos parágrafos do artigo. E, em nenhuma, se recorre à RG. Particularmente, considero isto: os resultados via RG, sem sombra de dúvidas, quantitativamente, são preciso. As fórmulas usadas, envolvendo gamma, estão linkadas com a RG, pois estão associadas à curvatura do espaço e aos potenciais gravitacionais. Em casos ideais, baixas velocidades, campos fracos, elas surgem como aproximações! Muito precisas para partículas atômicas como os múons e outras radiotivas, que se desintegram, etc. Já mostrei isso por aqui também, e também o Goldberg.
> >
> > Se houver interesse, entendo que será útil expandir as informações que coloquei mais acima.
> >
> > Eduardo: So' a Relatividade Geral explica o fenomeno de modo satisfatorio.
> >
> > Victor: Sim. De modo satisfatório e preciso.
> >
> > Eduardo: E ai' ha' varias maneiras de explica-lo. Pode ser explicado graficamente, naqueles diagramas de espaco-tempo de Minkowsky (world lines),
> >
> > Victor: O uso dos diagramas de Minkowski, inerentes ao espaço tempo, de estrutura geométrica hiperbólica é, sem dúvida, um dos melhores, mais diretos e objetivos.
> >
> > Eduardo: ou por essa analogia com pocos potenciais gravitacionais, ou pelo efeito Doppler relativistico, ou por 'n' outros modos.
> >
> > Victor: Sim.
> >
> > Eduardo: So' nao pode ser explicado so' pelos postulados da Relatividade Restrita. Acho q essa foi a grande 'pegadinha' q Langevin quis fazer com Einstein em 1911: Ele entendeu logo de cara essa contradicao. E Einstein sentiu o golpe, embora nao desse o braco a torcer. Manteve a posicao q o gemeo da Terra iria estar mais velho, mas passou a chamar o efeito de 'peculiar', apo's Langevin apontar o aparente paradoxo. So' depois de 1915, com a Relatividade Geral, o fenomeno do Paradoxo dos Gemeos passou a ter explicacao matematico-fisica consistente.
> >
> > Victor: Aquí, uma discordância entre nossos pontos. A maneira de resolver o paradoxo dos gêmeos no caso dos múons não usa RG, conforme comentei acima; idem, com o uso dos diagramas de Minkowski ou com os recursos do efeito Doppler relativístico(aliás, uma maneira clara de mostrar a inexistência do tal, via recursos de fora da relatividade...). Agora, a RG sozinha resolve tudo?
> >
> > Com relação a Langevin, eu acho(e como disse, não tenho argumentos comprobatórios disso), mero achísmo mesmo, que a pegadinha, como mencionei outra vez, teve outro sentido. Não creio que ele tenha chegado a associar as expressões que resultam dos dois postulados à RG, no caso geral. Bem, sequer isto é relevante para esta questão. Objetivamente, minha posição, é que, entendido que há as loucas assimetrias acima, e tudo estará resolvido. Considero esse o ponto de maior relevância. E, certamente, uma vez compreendido isso, não é preciso contas para provar o que está provado. Mas...
> >
> >
> > Eduardo: Esse e' o meu entendimento.
> >
> > Victor: Ok.
> >
> > Sds,
> >
> > Victor.
> >
> > >Abs,
> > >Eduardo Torres
> >
>




SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: O que é o neurocientificismo?
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2012 15:21


[respondendo ao Marcel]

Prezado, reli tudo que está escrito e eu mesmo me perdi no que queria falar.
Como já não sei mais do que se trata (de mim mesmo) vou me ater à questão:

> Aponte-os, como já sugeri.
Você aqui se refere às evidências e aos resultados que propus sobre a psicanálise.
Vou fazer isso, mas peço só um pouco de paciência, pois vou ter que estudar
algumas coisas para embasar e fundamentar a questão razoavelmente.

Você fez uma relação muito interessante:
Psicanálise X Religião.


Se me permitir, nesse mesmo e-mail pretendo fazer uma relação
inovadora - e científica - da questão do ponto de vista da antropologia.

Pode ser?
Abraço.

Thiago.




To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: marcelleandro2009@yahoo.com.br
Date: Sat, 14 Apr 2012 15:52:59 +0000
Subject: [ciencialist] Re: O que é o neurocientificismo?

 

Thiago,
> > Marcel: ...Acho que o abismo existe é entre o pensar mais ou menos qualificado (reducionista, instrutivo e organizado). O escrever, em parte, é consequência desta curva de aprendizado, creio eu...
> Thiago:...Marcel, se linguistica fosse isso, tão simples, já estaria muito bem explicada...

Simples?!? Releia e visualize na prática em temas de alta complexidade o que escrevi entre parênteses.
 
> Thiago:...A neurolinguistica explica uma parte (para a minha sorte)...
1 - Você está se referindo a PNL? A este respeito ela "explica" tanto quanto a astrologia explica os diferentes tipos de personalidade. Se quiser se aprofundar neste tema fique a vontade.
2 - O seu "explica" significa?

 
> > Marcel:...Mas isto não aumenta em nem um pingo a credibilidade metodológica da psicanálise - em específico [...] e não que esta colocação, desse sustento as afirmações anteriores....
> Thiago:...Como não? A psicanálise está dentro das clínicas meu prezado! A credibilidade dela é lá dentro! ...

Você misturou duas frases de parágrafos que se tratavam de questões distintas.
1 - "..Mas isto não aumenta em nem um pingo a credibilidade metodológica da psicanálise - em específico.." (Marcel)
Se tratava ao fato de você dizer que o fato de existirem clínicas que ajudem pessoas com psicoterapia, e inclusive psicanálise, corrobora de imediato a metodologia e conceitos utilizados.

2 - "...e não que esta colocação, desse sustento as afirmações anteriores..." (Marcel)
Se tratava ao fato de você incluir a esmo e em seguida de sua afirmação acima, item 1, a idéia que o álcool e as drogas são o câncer da sociedade.

 
> Não se pode transplantar um ofício assim, descontextualizá-lo, esquartejá-lo e colocá-lo à prova! Isto sim é uma falácia.
Não só pode, como deve ser feito isto! Caso é claro, que qualquer afirmação conceitual seja colocada a prova pela ciência.
 

> Os resultados ela já demonstrou, embora que incompletamente definidos, eles existem. Por isso também não houve qualquer método eficaz bom para substituí-lo. Não houve um "segundo Freud".
1 - Aponte-os, como já sugeri. Você está dando loopings em sua argumentação mas sempre volta aos mesmos argumentos isolados.
2 - Esta linha de raciocínio (...por isso também...) não é lógica e não se segue. O fato de, supostamente (e erroneamente) segundo você, não haver métodos alternativos não corrobora Freud.
 
> > Marcel:...Estou imaginado que você imaginou o que eu estava imaginando ao ler todas as threads sobre o tema...
> Thiago:...A questão da "imaginação" é a questão do contexto. Leia o post anterior (do Pesky) e leia o título do tópico. Veja o contexto...

Você deve ter trocado as mensagens. O post anterior o Pesky e Homero estavam tc comigo a respeito de retórica, verborréias, nariz de cera, e demais artifícios retóricos que tentam dar mais "caldo" as argumentações, e  não sobre Psicanálise. Por isto precisei dar tantos saltos imaginativos (suposições)...
Segue para você se contextualizar: http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81581
Marcel


>
>
> Thiago.
>
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> From: marcelleandro2009@...
> Date: Fri, 13 Apr 2012 18:17:12 +0000
> Subject: [ciencialist] Re: O que é o neurocientificismo?
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> Thiago,
> Para eu escrever mais um pouco...faz bem para a saúde.
>
>
> > "...Quis dizer (em poucas linhas): Que a psicanálise é empregada nas clínicas. É preciso conhecê-las...."
> Estou imaginado que você imaginou o que eu estava imaginando ao ler todas as threads sobre o tema. Ok? Bom, vou imaginar o que provavelmente estaria escrito nelas - já que não li, e darei meu parecer altamente imaginativo.
> Em debates, os argumentos são confrontados com outros argumentos, você bem sabe. Se você afirma (deduzo eu) que as threads, sobre este tema, carecem de maiores informações (práticas), abre-se então, uma oportunidade sua para expor estas significativas informações à seu "mix argumentativo (!)" . Teríamos um debate mais frutífero, ou ao menos, mais restrito aos argumentos apresentados, ao invés, dos argumentos que não foram apresentados, e que, supostamente poderiam existir.
>
>
>
> > "...Pessoas usárias de alcool e drogas precisam de ajuda. As clínicas são o caminho e nelas incluem em grande parte a psicanálise, ou a psicoterapia (pois sugiro por minha conta em risco que muitos que mal dizem, mal conhecem)..."
> Assim como pessoas neuróticas, sociopatas, esquizofrênicos, e de todas as psicopatologias existentes. Mas isto não aumenta em nem um pingo a credibilidade metodológica da psicanálise - em específico. Este tipo de argumentação é uma falácia... mas acho que você já sabe.
> Quanto a afirmação "de sua conta e risco" se for sobre este grupo, faço a mesma sugestão acima, pois, só desta forma poderemos avançar no debate em termos de informações. Entendeu?
> Caso contrário ficaremos sempre naquelas colocações do tipo: "Ah vocês não sabem o que estão falando", "vocês não são da área", comuns em falácias ad hominem.
>
>
>
> > "...Noutro ponto, quis dizer: O câncer da sociedade para a Saúde Pública são o alcool e as drogas, e não de uma forma geral, entendeu? Erro meu..."
> Tudo bem...! Faltou um insight na frase para salientar que este ponto foi só para dar uma encorpada no texto, e não que esta colocação, desse sustento as afirmações anteriores.
>
>
>
> > "...Em relação a sociologia: Então eu compreendi mal o que você quis dizer. Retórica não é sociologia..."
> Tudo bem Thiagão! Concordo! Eu até penso que uma boa retórica não faz mal a ninguém. Desde é claro, que seja objetiva, estruturada, organizada, lógica, e prazerosa em se ouvir ou ler. Um bom comunicólogo, tem uma boa percepção de como sua didática é recebida pelas demais pessoas. Assim como um bom músico...
>
>
>
> > "...Por fim, quis dizer que não se pode falar daquilo que não se conhece...Sem tirar nem pôr..."
> Deixando um pouco de lado este elevado critério de "sem tirar nem pôr", até pode se falar sim! É bom participar! Ao se falar e ouvir um corretivo educado, aprende-se de forma personalizada onde estão os seus maiores erros e até de lambuja, pode receber um direcionamento de como prosseguir no aprendizado.
>
>
>
> > "...Não no sentido de ofensa, mas de respeito (e provocação para se conhecer)..."
> Não me ofenderia de forma alguma.
>
>
>
> >"...Volto a dizer: difícil é dizer aquilo que se pensa sem o devido método. Parece que exite um abismo
> entre pensar e escrever..."
> Acho que o abismo existe é entre o pensar mais ou menos qualificado (reducionista, instrutivo e organizado). O escrever, em parte, é consequência desta curva de aprendizado, creio eu.
> Abraços,
> Marcel
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Thiago Guimarães guimaraesbsb@ escreveu
> >
> >
> > [respondendo ao Marcel]
> >
> > Caro Marcel,
> > não quis dizer nada disso.
> >
> > Quis dizer (em poucas linhas):
> > - Que a psicanálise é empregada nas clínicas. É preciso conhecê-las.
> >
> > - Pessoas usárias de alcool e drogas precisam de ajuda. As clínicas são o caminho
> > e nelas incluem em grande parte a psicanálise, ou a psicoterapia (pois sugiro por minha
> > conta em risco que muitos que mal dizem, mal conhecem).
> >
> > - Noutro ponto, quis dizer: O câncer da sociedade para a Saúde Pública são o alcool e as drogas,
> > e não de uma forma geral, entendeu? Erro meu.
> >
> > - Em relação a sociologia: Então eu compreendi mal o que você quis dizer. Retórica não é sociologia.
> > Aliás, Max Weber demonstrou diversas vezes que repudiava a retórica "sociológica", típica dos "regimes"
> > e discussões "político-partidário" e até mesmo as acaloradas discussões "universitárias".
> >
> > Por fim, quis dizer que não se pode falar daquilo que não se conhece. Sem tirar nem pôr.
> > Não no sentido de ofensa, mas de respeito (e provocação para se conhecer).
> >
> > Volto a dizer: difícil é dizer aquilo que se pensa sem o devido método. Parece que exite um abismo
> > entre pensar e escrever.
> >
> > De toda forma, peço perdão.
> >
> > Thiago.
> >
> >
> >
> > To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > From: marcelleandro2009@
> > Date: Fri, 13 Apr 2012 15:58:04 +0000
> > Subject: [ciencialist] Re: O que é o neurocientificismo?
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> > Olá Thiago!
> >
> >
> > > ...Marcel, Vocês falam de psicanálise...
> > Nós quem? Eu não falei...mas poderia ter feito, sem problemas. Vou tentar dar sequência abaixo, mesmo diante disto. Ok?
> >
> >
> >
> > > ...mas quantos de vocês honestamente já foram a uma clínica de saúde mental?...
> > Eu sim! Não em causa própria, ainda! Mas onde "isto" se encaixa "naquilo"? Onde isto corrobora aquilo?
> >
> >
> >
> > > ...Quantos já conviveram com uma pessoa (uma que seja) usuária e
> > dependente de alcool e drogas?...
> > Eu sim...de certa forma. Mas então, se segue as mesma perguntas que fiz acima.
> >
> >
> >
> > > ...Ora, este é o câncer da sociedade!...
> > Tem vários outros também. A corrupção é um deles...Mas e ai? Vamos pular para esta questão agora?
> >
> >
> >
> > >...Se falar de sociologia, parte-se do pressuposto de falar de suas bases
> > objetivas e disciplinares, "metodológicas".
> > Sim...
> >
> >
> >
> > > ...Então estamos falando em primeira mão dos trabalhos de Max Weber. Quem conhece? Perda de tempo?
> > Hein?!?
> > Vou contextualizar para você! Eu me referia ao fato de alguém, um antigo professor meu no caso, se focava tanto em tentar sofisticar sua retórica (a disciplina pouco importa aqui), que perdia a objetividade, estrutura lógica e atratividade de suas explicações em aula.
> >
> >
> >
> > > ...O livro do século XX chama-se "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo". Se não se fala deliberadamente daquilo que não se conhece. Sem tirar e nem pôr. Sem grandiloquências, apenas a constatação do óbvio...
> >
> > Não consigo mais contextualizar (e me incluir na salada) à esta sua frase sem recorrer a vários grandes saltos de suposições, dentre os quais, eu fico em dúvida de qual escolher. Se quiser me ajudar...
> > Abraços,
> > Marcel
> >
> >
> > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Thiago Guimarães guimaraesbsb@ escreveu
> > >
> > >
> > >
> > >
> > > Marcel,
> > > Vocês falam de psicanálise, mas quantos de vocês honestamente já
> > > foram a uma clínica de saúde mental?
> > >
> > > Quantos já conviveram com uma pessoa (uma que seja) usuária e
> > > dependente de alcool e drogas?
> > >
> > > Ora, este é o câncer da sociedade!
> > >
> > > Se falar de sociologia, parte-se do pressuposto de falar de suas bases
> > > objetivas e disciplinares, "metodológicas". Então estamos falando em
> > > primeira mão dos trabalhos de Max Weber. Quem conhece? Perda de tempo?
> > > O livro do século XX chama-se "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo".
> > >
> > > Se não se fala deliberadamente daquilo que não se conhece. Sem tirar e nem pôr.
> > > Sem grandiloquencias, apenas a constatação do óbvio.
> > >
> > > Com todo respeito,
> > > Thiago.
> > >
> > >
> > >
> > > To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > > From: marcelleandro2009@
> > > Date: Thu, 12 Apr 2012 19:43:13 +0000
> > > Subject: [ciencialist] Re: O que é o neurocientificismo?
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > > Pesky,
> > >
> > >
> > >
> > > Entrando no rítmo...!
> > >
> > >
> > >
> > > Na minha mais tenra inocência de existência estudantil, eu fui
> > >
> > > execradamente apreciado de um mentor de sociologia... no qual eu me
> > >
> > > afadigava em conter físico-neuro-biológica-bixigamente para não
> > >
> > > ter uma crise de risos lagrimados pelos olhos e pela cueca.
> > >
> > >
> > >
> > > Era um apinhado desconexo de unívocos de uma acepção
> > >
> > > insuficientemente admissível. Eram tantas elocuções perdidas no
> > >
> > > emanar da elucidação, que nem ele, alcançava mais como findar o
> > >
> > > litígio que defecava pela sua bigoduda boca.
> > >
> > >
> > >
> > > Semelhava que ia eclodir um orgasmo verbocôsmico ao observar que
> > >
> > > ninguém impetrava o seu carnavalesco, metódico, maçante e
> > >
> > > delongado raciocínio...
> > >
> > >
> > >
> > > [Mas felizmente, ele resumia 50 minutos de aula "improdutiva"
> > >
> > > com uma explicação "padaqui, padali, padicá, palilá" no
> > >
> > > melhor estilo Lula, e todos saiam da sala entendendo a melda da aula.]
> > >
> > >
> > >
> > > Bons tempos!
> > >
> > >
> > >
> > > Abraços,
> > >
> > >
> > >
> > > Marcel
> > >
> > >
> > >
> > > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Pesky Bee" peskybee2@
> > >
> > > escreveu
> > >
> > > >
> > >
> > > > Marcellão, o que é mais impressionante é que em muitas
> > >
> > > > universidades/facus da área social/humanas por aí é a
> > >
> > > > erudição verborragéica deslavada que conta pontos na
> > >
> > > > composição de textos. A clareza e objetividade são,
> > >
> > > > para esse pessoal, fatores que minoram a qualidade
> > >
> > > > do texto. Uma barbaridade inacreditável!
> > >
> > > >
> > >
> > > > *PB*
> > >
> > > >
> > >
> > > >
> > >
> > > >
> > >
> > > > From: marcelleandro2009
> > >
> > > > Sent: Thursday, April 12, 2012 1:04 PM
> > >
> > > > To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > >
> > > > Subject: [ciencialist] Re: O que é o neurocientificismo?
> > >
> > > >
> > >
> > > >
> > >
> > > >
> > >
> > > >
> > >
> > > > Pesky,
> > >
> > > >
> > >
> > > > > mas que textarada desvairada!
> > >
> > > >
> > >
> > > > "Né não" ! Eu comecei a ver o texto e...parei !! Alta dose de
> > >
> > > Nariz de cera e verborréia...
> > >
> > > >
> > >
> > > > Marcel
> > >
> > > >
> > >
> > > >
> > >
> > > >
> > >
> > > >
> > >
> > > > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Pesky Bee" peskybee2@ escreveu
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > Thiagão, mas que textarada desvairada! Esse pessoal vive
> > >
> > > > > querendo que os cientistas se ocupem de coisas que estão
> > >
> > > > > fora do âmbito da ciência (subjetivismo, por exemplo).
> > >
> > > > > E acima de tudo, eles vivem dizendo que os cientistas
> > >
> > > > > (e a ciência) se coloca como única descobridora das
> > >
> > > > > "verdades verdadeiras". Mas não é isso, meu véio!
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > O cientista se fixa no mundo material, no empiricamente
> > >
> > > > > verificável, no objetivo. A grande maioria dos cientistas
> > >
> > > > > sabe que isso é apenas uma parte do universo intelectual
> > >
> > > > > humano. Eles não se atrevem a colocar a ciência como
> > >
> > > > > a solução de tudo, eles apenas dizem que, para problemas
> > >
> > > > > dentro do âmbito do empírico e do consensualmente objetivo,
> > >
> > > > > ela, a ciência, é a melhor e mais racional alternativa de
> > >
> > > > > pensamento.
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > E não se pode querer que os cientistas tenham interesse em
> > >
> > > > > disciplinas muito fora de suas áreas. Afinal, um filósofo
> > >
> > > > > poderia projetar uma ponte? Oras, se ele não se atreve a
> > >
> > > > > fazer isso, porque tu achas que os cientistas deveriam se
> > >
> > > > > preocupar com subjetivismo ou com epistemologia ou então
> > >
> > > > > (caem-me vários pelinhos da nuca) com a "dimensão mítica
> > >
> > > > > da ciência"?
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > E o que dizer daquela outra afirmação (que fez cairem
> > >
> > > > > os últimos pelinhos que ainda resistiam em minha nuca,
> > >
> > > > > levando consigo alguns exemplares situados naquele
> > >
> > > > > orifício que pouco sol toma) de que a ciência se utiliza
> > >
> > > > > "de equações matemáticas desprovidas de humanidade"!
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > Santas penugens eriçadas das cloacas enrubescidas das
> > >
> > > > > baratas d'água de Alpha-Centauri!
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > *PB*
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > From: Thiago Guimarães
> > >
> > > > > Sent: Wednesday, April 11, 2012 6:36 PM
> > >
> > > > > To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > >
> > > > > Subject: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > Acho que de fato existe um "hardware" e um "software".
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > Vejo a grande capacidade de compreensão do "hardware", do
> > >
> > > objetivo, quer dizer, do organismo, inclusive das relações hormonais,
> > >
> > > a libido,
> > >
> > > > > a farmacologia na ação dos neurotransmissores, e até a alta
> > >
> > > compreensão da sinapse e das células glias, entre outras
> > >
> > > descobertas.
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > Mas vejo com pesar a pouca compreensão sobre o funcionamento do
> > >
> > > "software". Inclusive a incapacidade de representá-lo
> > >
> > > sistematicamente.
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > "O enciclopedismo iluminista que inspirou a luta da ciência
> > >
> > > contra a repressão fanática
> > >
> > > > > da Inquisição foi o grande responsável pela exclusão da
> > >
> > > subjetividade e da dimensão mítica
> > >
> > > > > do método científico e pela eleição da racionalidade
> > >
> > > objetiva como a única fonte da verdade. [...]
> > >
> > > > > Muitas análises das deformações da Cultura Ocidental
> > >
> > > privilegiam explicações como o mecanicismo Newtoniano
> > >
> > > > > e a abstração matemática das ciências, sem reconhecer a
> > >
> > > importância central da dissociação
> > >
> > > > > sujeito-objeto, oriunda do Iluminismo e ampliada progressivamente
> > >
> > > pela implantação da
> > >
> > > > > mentalidade científica. [...]
> > >
> > > > > É bem verdade que as ciências sempre buscaram leis universais,
> > >
> > > mas, sem a subjetividade,
> > >
> > > > > essa totalidade foi expressa por equações matemáticas
> > >
> > > desprovidas de humanidade. [...]
> > >
> > > > > Um simples fato como a separação curricular da universidade em
> > >
> > > > > carreiras centradas nas Ciências Exatas e outras nas Ciências
> > >
> > > Humanas bem expressa
> > >
> > > > > como essa dissociação é considerada normal e até
> > >
> > > pedagógica (Byington, 1996). A própria
> > >
> > > > > nomenclatura escolhida já é sintomática da dissociação,
> > >
> > > pois implica que as Ciências Exatas
> > >
> > > > > não são necessariamente humanas e que as Ciências Humanas
> > >
> > > não precisam incluir as
> > >
> > > > > Ciências Exatas. Assim, não é de surpreender que um país
> > >
> > > da importância do Brasil, com
> > >
> > > > > tantos sociólogos e economistas titulados com o doutoramento,
> > >
> > > tenha precisado eleger um
> > >
> > > > > presidente que nunca freqüentou a universidade, para considerar a
> > >
> > > fome de boa parte do seu
> > >
> > > > > povo como uma tragédia existencial. [...]
> > >
> > > > > Nesse sentido, é importante assinalar que os cientistas, além
> > >
> > > de terem sua
> > >
> > > > > perspectiva deformada com a dissociação sujeito-objeto, muitas
> > >
> > > vezes seguem a posição
> > >
> > > > > polarizada em suas pesquisas, o que distorce sua metodologia, que
> > >
> > > deve ser basicamente
> > >
> > > > > de alteridade para poderem estar abertos para todas as
> > >
> > > características da realidade que
> > >
> > > > > buscam conhecer. [...]
> > >
> > > > > Diferentemente de Freud, Einstein repudiava a posição polarizada
> > >
> > > no espírito
> > >
> > > > > científico. Por isso, nunca aceitou uma diferença essencial
> > >
> > > entre a teoria da relatividade
> > >
> > > > > macrocósmica e a teoria atômica microcósmica e, apesar de
> > >
> > > não tê-lo conseguido, buscou a
> > >
> > > > > Teoria do Campo Unificado nos últimos vinte e cinco anos de sua
> > >
> > > vida. Einstein baseava-se
> > >
> > > > > na premissa que a dualidade estrutural é inaceitável para o
> > >
> > > espírito científico e, por isso,
> > >
> > > > > afirmou que "a idéia de que existem duas estruturas espaciais
> > >
> > > independentes, a métrica
> > >
> > > > > gravitacional e a eletromagnética, é intolerável para o
> > >
> > > espírito científico" [...]
> > >
> > > > > Parte dessa criatividade dos séculos dezenove e vinte, que buscou
> > >
> > > cicatrizar a
> > >
> > > > > ferida dissociativa sujeito-objeto e resgatar a totalidade perdida
> > >
> > > na cisão ciência-religião,
> > >
> > > > > pode ser ilustrada pelas obras de Chardin, Hüsserl e Heidegger.
> > >
> > > > > Quando abordamos o desenvolvimento atual das neurociências em
> > >
> > > função da
> > >
> > > > > polaridade psique-matéria, corremos um imenso risco de afundar no
> > >
> > > abismo da dissociação
> > >
> > > > > sujeito-objeto para não mais sair. É que, a dissociação
> > >
> > > mente-corpo e a posição polarizada
> > >
> > > > > patriarcal engolfaram a Medicina junto com o desenvolvimento das
> > >
> > > Ciências Naturais e
> > >
> > > > > separaram o corpo das emoções, o que torna muito difícil para
> > >
> > > médicos e psicólogos
> > >
> > > > > conceberem o corpo simbólico, que se expressa ao mesmo tempo pela
> > >
> > > transmissão
> > >
> > > > > eletroquímica e metafórica. [...]
> > >
> > > > > É impressionante a comemoração defensiva de alguns
> > >
> > > neurocientistas,
> > >
> > > > > maquiavelicamente trombeteada pela mídia, quando se descobre uma
> > >
> > > nova correspondência
> > >
> > > > > eletroquímica para qualquer emoção. Diagnostico esta
> > >
> > > comemoração como defensiva
> > >
> > > > > porque, além de ela festejar a ampliação do conhecimento
> > >
> > > humano, o que é maravilhoso e
> > >
> > > > > criativo, ela celebra também, arrogantemente, a dissociação
> > >
> > > sujeito-objeto, aumentando a
> > >
> > > > > intensidade das defesas a ela acopladas. Trata-se de uma defesa
> > >
> > > tipicamente maníaca [...]
> > >
> > > > > Quando isso acontece, festeja-se maniacamente o triunfo do
> > >
> > > materialismo unilateral, este mesmo
> > >
> > > > > neoliberalismo que está destruindo ecologicamente o Planeta, nas
> > >
> > > comemorações dos seus
> > >
> > > > > grandes triunfos tecnológicos e altamente lucrativos.
> > >
> > > > > Acompanhando esse sensacionalismo defensivo não elaborado, as
> > >
> > > manchetes sobre as novas descobertas das neurociências
> > >
> > > > > costumam ser "finalmente descoberta a causa da infelicidade, da
> > >
> > > tristeza, da irritação, da distração e do amor, etc...",
> > >
> > > > > seguida da descrição da descoberta de alguma nova função
> > >
> > > eletroquímica do sistema nervoso. [...]
> > >
> > > > > É importante assinalar que as novas descobertas das
> > >
> > > neurociências não só estão
> > >
> > > > > sujeitas às deformações culturais pelas defesas centradas no
> > >
> > > pólo objetivo da dissociação
> > >
> > > > > sujeito-objeto, mas também no pólo subjetivo psicodinâmico.
> > >
> > > [...]
> > >
> > > > > De fato, muitos estudiosos das emoções e dos significados dentro
> > >
> > > de correntes alternativas e esotéricas estão começando a
> > >
> > > > > afirmar suas intuições ainda não comprovadas, baseadas em
> > >
> > > genes de cromossomos tais e
> > >
> > > > > quais, cujos comportamentos em ratos tiveram alguma semelhança
> > >
> > > longínqua com suas
> > >
> > > > > intuições. Trata-se de uma nova onda de exageros esotéricos,
> > >
> > > semelhantes aos que
> > >
> > > > > arrogaram-se fantasiosamente para si as bênçãos da ciência
> > >
> > > objetiva, como a que tivemos
> > >
> > > > > com o Espiritismo em meio ao progresso científico do século
> > >
> > > dezenove, e com a Antroposofia
> > >
> > > > > em função da Teoria Quântica. A onda esotérica atual
> > >
> > > baseia-se nas novas descobertas
> > >
> > > > > genéticas e neurofisiológicas. [...]
> > >
> > > > > Quando norteamos qualquer pesquisa científica pelo paradigma da
> > >
> > > epistemologia
> > >
> > > > > símbolo-centrada (Byington, 1975), nos damos conta que a Medicina
> > >
> > > Simbólica é a
> > >
> > > > > representação da vida como ela de fato é, quando seu campo de
> > >
> > > estudo não é deformado
> > >
> > > > > metodologicamente por uma perspectiva Ego-centrada defensiva. Na
> > >
> > > realidade, não existe
> > >
> > > > > transmissão eletroquímica sem significados simbólicos nem
> > >
> > > qualquer sintoma psiquiátrico
> > >
> > > > > isento de um contexto sistêmico subjetivo, objetivo, individual,
> > >
> > > familiar, cultural, genético e
> > >
> > > > > evolutivo, nem qualquer acontecimento fisiológico no corpo fora
> > >
> > > do contexto humanista que
> > >
> > > > > ele afeta e é de volta afetado. Foi isto o que von Bertalanffy
> > >
> > > (1968) descreveu como o
> > >
> > > > > sistema de múltiplo retorno da matéria viva. [...]
> > >
> > > > > Trata-se de um desafio igualmente para as Neurociências e para
> > >
> > > > > a Psicologia perceber que é uma grave dissociação tentar lidar
> > >
> > > com o fenômeno humano
> > >
> > > > > unilateralmente em função da química ou do significado. .[...]
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > Sugiro a leitura da questão Junguiana:
> > >
> > > > > "No Funcionamento do Sistema Nervoso, o Símbolo inclui Matéria
> > >
> > > e Significado"
> > >
> > > > > "Uma Contribuição da Psicologia Simbólica Junguiana à
> > >
> > > Epistemologia"
> > >
> > > > > De Carlos Amadeu Byington.
> > >
> > > > > Disponível em:
> > >
> > > http://www.carlosbyington.com.br/downloads/artigos/pt/sistema_nervoso_e_\
> > >
> > > simbolo.pdf
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > Vale a pena a leitura.
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > Thiago.
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > > > > To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > >
> > > > > > From: pontozero36@
> > >
> > > > > > Date: Tue, 10 Apr 2012 12:24:26 -0300
> > >
> > > > > > Subject: Re: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
> > >
> > > > > >
> > >
> > > > > > Yabadabadoooo!!!!
> > >
> > > > > >
> > >
> > > > > > Em 09/04/12, Alberto Mesquita Filhoalbmesq@ escreveu:
> > >
> > > > > > > Grande Victor!!!!
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > > Uma chuva de aplausos pra você (espero que as figuras
> > >
> > > apareçam):
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > > [ ]´s
> > >
> > > > > > > Alberto
> > >
> > > > > > > http://ecientificocultural.com.br
> > >
> > > > > > > Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma
> > >
> > > carga elétrica
> > >
> > > > > > > coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
> > >
> > > > > > > *********************************
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > > From: JVictor
> > >
> > > > > > > Sent: Friday, April 06, 2012 8:35 PM
> > >
> > > > > > > Subject: RES: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > > Calil: "Da mesma forma que o Einstein não conseguiu resolver
> > >
> > > nenhum
> > >
> > > > > > > probleminha social, seus sucessores também não vão
> > >
> > > conseguir, até porque nem
> > >
> > > > > > > pensam no assunto."
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > > Victor: Calil, Einstein era um cientista, preocupado com a
> > >
> > > ciência (que
> > >
> > > > > > > promove todas as mudanças sociais ou que seja; dá para,
> > >
> > > por um refletir
> > >
> > > > > > > sobre isso?), não uma Madre Tereza de Calcutá!. Que diabos
> > >
> > > de fixação é
> > >
> > > > > > > essa de estar acusando cientistas de não resolverem os
> > >
> > > problemas sociais,
> > >
> > > > > > > que não são objeto de seus trabalhos, de suas
> > >
> > > preocupações, de violência nas
> > >
> > > > > > > favelas, ou da fome mortal em certos países da África?
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > > Calil: "..., pois a ciência já atingiu um estágio
> > >
> > > avançadissimo do seu
> > >
> > > > > > > desenvolvimento e não conseguiu sequer implantar uma
> > >
> > > administração
> > >
> > > > > > > cientifica numa comunidade constituida por apenas mil pessoas."
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > > Victor: Putz!, moço! De novo, novamente, mesma ladainha. Que
> > >
> > > coisa mais
> > >
> > > > > > > ridícula! Isto que disse acima, e mais outras tolices que
> > >
> > > não irei comentar
> > >
> > > > > > > mais, refletem problemas seríssimos, que Freud ou qq outro
> > >
> > > não conseguirá
> > >
> > > > > > > extirpar. Mas não custa tentar, para seu próprio bem.
> > >
> > > Você está num processo
> > >
> > > > > > > de exercício circular, repetindo e repetindo as mesmas
> > >
> > > sandices,
> > >
> > > > > > > independentemente do que se tem contra argumentado. É como se
> > >
> > > a opinião
> > >
> > > > > > > dos que fazem a gentileza de lerem seus "textos" de nada
> > >
> > > valesse. Ou que
> > >
> > > > > > > todos nós fôssemos idiotas ou imbecis.
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > > Não costumo sair do sério, não é meu estilo agredir
> > >
> > > com palavras ou
> > >
> > > > > > > tijoladas quem quer que seja. Só mordo mesmo nessas
> > >
> > > circunstâncias. Para
> > >
> > > > > > > evitar que você vá para a vacina no bucho, farei o
> > >
> > > seguinte: Mensagens tuas
> > >
> > > > > > > irão direto para a lixeira; o Outlouco se encarregará
> > >
> > > disso,
> > >
> > > > > > > automaticamente. Só tomara que ele não caia na besteira de
> > >
> > > "ler" teus
> > >
> > > > > > > "textos" vazios, sem conteúdo aproveitável, assim mesmo,
> > >
> > > entre aspas.
> > >
> > > > > > > Pronto, resolvi meu "problema social". Não adianta responder
> > >
> > > pois não as
> > >
> > > > > > > responderei mais.
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > > Victor.
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > > >
> > >
> > > > > >
> > >
> > > > > >
> > >
> > > > > > ------------------------------------
> > >
> > > > > >
> > >
> > > > > > ##### ##### #####
> > >
> > > > > >
> > >
> > > > > > Página de apoio
> > >
> > > > > > http://www.ciencialist.com
> > >
> > > > > >
> > >
> > > > > >
> > >
> > > > > > ##### ##### ##### #####Links do Yahoo! Grupos
> > >
> > > > > >
> > >
> > > > > >
> > >
> > > > >
> > >
> > > >
> > >
> >
>




SUBJECT: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2012 15:28


> Sim Thiagão, tu conseguistes mostrar vários exemplos em que
> a filosofia foi alterada por descobertas científicas, refutando
> a minha alegação anterior. Mas aí vem à tona um dos aspectos que
> eu havia comentado: no passado, a filosofia era a "fonte basal"
> de inspiração para a ciência. Hoje em dia, essa situação se
> inverteu.

Perdão, Pesky, pois deixei passar isto aqui sem comentar, mas minha
consciência gritou durante o banho após o almoço! hahaha

Meu amigo, quero te mostrar que é anômalo afirmar isto,
pois o objeto de estudo da filosofia é a epistemologia e a
epitesmologia é o estudo do objeto científico das ciências
disciplinares. Me compreendes?

O estudo epistemológico (que é o objeto de estudo da
filosofia pós-socrática, com outros nomes, mas o mesmo
fundamento) é o estudo das ciências disciplinares, com seus
diferentes objetos. Refiro-me à Teoria do Conhecimento.

> Viva a ciência!

Com certeza!

Thiago.



To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: guimaraesbsb@hotmail.com
Date: Sun, 15 Apr 2012 15:26:11 +0300
Subject: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?

 


[Respondendo ao Pesky]
É a questão do Método Científico, que o Alberto me orientou.
Eu não acredito que seja a questão de estar "atrasado", mas
sim de desconhecer fundamentalmente o que é o método.
E, claro, não se preocupar e nem se sensibilizar com isso,
pois cada um só aprende mesmo aquilo que convém (tautologia),
no caso não apenas dos filósofos, mas de boa parte dos
que hoje nada produz de "ciências sociais" e se dizem "cientistas".

Eu vejo uma saída para isso na possibilidade da verdadeira
(legítima) colaboração científica. O caso do Clemente Nobrega, por
exemplo, um Físico Quântico e Administrador de Empresas que
tenta fundamentar a "Ciência da Gestão". Ele conhece o método,
conhece a gestão, sabe de onde vem e para onde vai. Conhece
Markting, Inovação, Visão Estratégica. O cara sabe muito.

Mas quem se preocupa? A mediocridade intelectual é tanta
que a inoperância já é paradigmática.

Antes que me esqueça:
PS¹ Se forem enquadrar as "pseudo-ciências" por favor
não se esqueçam de incluir a ADMINISTRAÇÃO.


Thiago.



To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: peskybee2@gmail.com
Date: Sat, 14 Apr 2012 10:56:22 -0300
Subject: Re: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?

 

Sim Thiagão, tu conseguistes mostrar vários exemplos em que
a filosofia foi alterada por descobertas científicas, refutando
a minha alegação anterior. Mas aí vem à tona um dos aspectos que
eu havia comentado: no passado, a filosofia era a "fonte basal"
de inspiração para a ciência. Hoje em dia, essa situação se
inverteu. E a tal ponto que muito do que se faz em filosofia
ainda está atrasada em relação ao que se sabe de ciência (no
caso da neurociência das anormalidades mentais, mais ainda).
Então, de professores os filósofos passaram a aprendizes.
Viva a ciência!
 
*PB*
 
 
 
Sent: Friday, April 13, 2012 3:16 PM
Subject: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
 


 
[Respondendo ao Pesky]

> Mas Thiagão, eu só queria uma evidência (algo que se possa

> constatar na natureza) capaz de alterar (ou refutar) um aspecto

> filosófico. Eu cá com meus botões não acredito que isso exista,

> mas estou pronto para rever minha posição. Mas tu não vai se

> incomodar se eu esperar deitado, né?  ;-)

 

*PB*


Pesky,

Você pediu um e eu dou seis exemplos. Com ênfase no terceiro exemplo, que se eu bem entendi,

responde exatamente a sua questão.

 

Espero ter respondido a questão.

 

Thiago.

 

_____________________________________________________________________________

 

- Eu quis mostrar que existe um processo histórico da filosofia, que seria o processo

histórico da humanidade (o que ainda assim não foi suficiente).

 

1)    O caso de Tales de Mileto, onde ele sugeria que "tudo era água", ou da citação do Sofista

Protágoras: "O homem é a medida de todas as coisas", essas afirmações foram filosoficamente

superada e hoje é objeto de estudo da epistemologia (a verdade para além da crença do homem).


2)    Os antigos acreditavam na "ciência oculta"  da "auto-decomposição" da matéria.

O que atualmente não é aceito e totalmente refutado, uma vez que se tem o entendimento

dos microorganismos e dos metais (por exemplo, do ferro - a oxidação). Descobertas que não

foram feitos pela filosofia, e sim por uma ciência disciplinar. O que era "metafísica" para eles,

não é para nós, pois houve uma "expansão" do nosso conceito de verdade, desde aquele tempo até hoje.

Antes falar em "decomposição" era falar de "filosofia". E hoje?


3)    Na ciência moderna, existem casos curiosos como o da Síndrome das Pernas Inquietas

(Síndrome de Ekbom), onde uma abordagem psicológica e filosófica foram completamente

modificadas após o descobrimento de uma "natureza" orgânica-neurológica (a modificação de uma estrutura

anatômica de um neurônio - a doença é em grande parte ainda desconhecida ainda hoje).


4)    Existem casos semelhantes de outras doenças, como parkinson e alzheimer, o que só encontra paradoxos.

Alheimer, por exemplo, é uma doença orgânica, que pode ter natureza filosófica, o que é completamente paradoxal

(assim como outros problemas de demência). Algumas demências têm fatores mais orgânicos, outros psiquiátricos,

já em outros, estes fatores se entrelaçam. O que muda completamente a abordagem filosófica do caso.


5)   Vale acrescentar que outras doenças tem natureza orgânica e repercussão filosófica, por exemplo,

no caso da Esclerose Lateral Amiotrófica. Alguém já assistiu o escafandro e a borboleta? É disto a que me refiro.

Trata-se de um problema filosófico e a recuperação do paciente poderia mod

  

6)  Existem vários outros casos, mas eu precisaria fazer uma abordagem mais ampla. Uma verdadeira pesquisa.

Um caso curioso é da Lobotomia. O uso da lobotomia modificou toda uma abordagem filosófica


PS.: Mas obrigado por me fazer pensar sobre isto: como os processos ditos "naturais" influenciam os processos filosóficos.

Parece-se bastante com a Dialética Materialista (Karl Marx, enquanto filósofo), mas com abordagem diferenciada,

pois adentra no campo disciplinar. Isto é difícil de pensar, visto que não é o objetivo da filosofia: a epistemologia

e a transcendência. É fácil quando essa busca pela verdade parte da filosofia para a compreensão

epistemológica do mundo, mas é difícil quando parte da disciplina modificar a própria epistemologia.

Mas é totalmente possível, uma vez que não existe "verdade maior" que a outra.








SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2012 15:42

Belmiro, Eduardo, Victor e demais,

Esta thread não pode terminar sem que o Victor termine de responder a minha MSG
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81501
e ele começou a responder na:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81735
Mas faltou o resultado numérico:
Ele me pediu para substituir eu fiz e perguntei para ele se estava correto, mas ele não me respondeu.

Eduardo:
> > Todas essas objecoes ja' foram levantadas nesse thread,
> > e vc a meu ver nao conseguiu explicar nenhum esses
> > paradoxos q surgem qdo tentamos explicar o fenomeno
> > apenas pela RR.
> >
Victor:
> Certo. Assumo minha incompetência em não conseguir
> expressar o que penso de maneira que o interlocutar
> entenda como penso.

Victor, eu já falei, será fácil para a gente te entender, se você, no lugar de responder com um milhão de palavras em 10 mil parágrafos, responder apenas com um número. Ou seja o resultado numérico ao problema proposto. Repito abaixo:

No relógio do Viajante: ele leva 0,25 acelerando para chegar a 0,6c, depois fica nesta velocidade (MRU)  por 20 anos, depois leva 0,25 ano desacelerando para parar e mais 0,25 ano acelerando para chegar a -0,6c, fica mais 20 anos em MRU voltando e finalmente mais 0,25 ano desacelerando até parar novamente e reencontrar o irmão.

A pergunta: Quanto tempo terá passado no relógio do irmão que ficou na terra??

(a) 41,06 anos;
(b) 41,25 anos;
(c) 51,06 anos;
(d) 51,25 anos;
(e) nenhuma das respostas anteriores. A resposta será: _______ anos.

Responda só a letra e se for (e) coloque só o valor numérico, nem precisa escrever a palavra "anos".

Esta resposta valerá mais que um milhão de palavras.


Hélio




De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Domingo, 15 de Abril de 2012 13:38
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3

 
    Olá!
 
     Já que fui citado, vou dar uns pitacos...
 

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 14 de Abril de 2012 23:03
Assunto: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3
 
Eduardo,
 
Muito bom como organizou os questionamentos.(Não vou dizer mais nada, senão Belmiro vem com aquela história de “flexinhas” e coisas que tais....
 
      Não vai dizer mais nada? E aquele caminhão de escritos aí embaixo? Seria isto um paradoxo?
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
Enviada em: sábado, 14 de abril de 2012 00:20
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: ENC: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos
 
 
Caro Vitor,

Por essa e msgs anteriores, entendo q vc entende q a assimetria dos dois referenciais explicaria por que e' o gemeo da Terra q envelhece mais, e a partir dai' o fenomeno teria uma explicacao matematico-fisica consistente pela RR.
Victor:   Só para clarificar mais ainda este  ponto da TR:  o relógio em movimento, ao passar por processos de aceleração, altera sua taxa de registros de tempo,
      Ops, então a aceleração influencia o relógio e não o tempo?
em relação a um relógio que está em repouso, num referencial inercial.  As leis físicas, processos físicos,  independem de referenciais.  Sua descrição, sim.  Mas a forma em que se apresentam, não. O  gêmeo que viaja envelhece menos devido a que foi submetido a acelerações, esteve em movimento, enfim.  E é uma realidade que independe de qualquer outro referencial.
Desculpe-me a tentativa de detalhar demais minha resposta. Pode até parecer repetitivo, mas entendo que devo agir assim tendo em vista outros leitores.  Dito isto, vamos  ao resto. 
         O que estamos tentando fazer aqui é mostrar que um não envelhece tanto quanto o outro, ou tão menos que o outro, como parece mostrar, numa análise apressada,  as equações envolvendo tempos e comprimentos próprio e impróprio, relacionados pelo fator de Lorentz, o que estabelece o falso paradoxo, quando interpretado de maneira indevida. 
       Ué! Eu achei que, para tempos de aceleração desprezíveis frente ao tempo total de viagem, os resultados da RR e da RG fossem os mesmos. E que história é essa de análise apressada? A análise é a análise, independente se é feita com ou sem pressa. Por acaso, agora está dizendo que o resultado previsto pela RR depende da interpretação? Que interpretação? Não há o que interpretar, a não ser aplicar as equações, depois de usar o macete de perguntar quem acelerou.
 Pois o fato físico de que o gêmeo da Terra envelhece mais, e o Viajante, menos, é um dado pré-existente, inquestionável.
      Por isso memso que nós insistimos que é ad hoc. Ou, é um macete a ser empregado, que consta no manual de uso da RR:  "Para definir nas equações quem vai envelhecer menos, pergunte quem vai acelerar"
  E, em sabendo, previamente,  disso,  nada obsta que usemos este dado importante para  mostrar que não há  ambiquidade de maneira alguma. 
      Previamente, he, he.
      Não há erro matemático e lógico nesse procedimento. É perfeitamente legal, tecnicamente falando. As características do movimento de Viajante são claras, há acelerações envolvidas, conforme já descrevi outras vezes. 
       Sim, como no caso dos ônibus freando e fazendo curvas...
 Aliás, há pouco concluí um arrozoado para Hélio, exatamente sobre esta questão.
Eduardo: (Acho q ate' Einstein, antes de publicar a RG, ensaiou esse samba - portanto vc esta' em boa companhia).

Victor: Então sambou direito.

Hélio: Mas creio q ja' foram apontadas nesse thread as inconsistencias desse entendimento.
Victor: Segundo meu ponto de vista, não.

Eduardo: A unica diferenca entre os dois referenciais e' q um acelera e desacelera duas vezes, e o outro permanece inercial todo o tempo.

Mas, como tb ja' foi apontado, aceleracoes *nao* fazem parte da RR.
Victor: Ok.
Eduardo: A RR so' se aplica a referenciais inerciais.
Victor: Sim, até por que referenciais inerciais não são acelerados. Contudo, é perfeitamente possível, hoje, fazer a análise de um sistema acelerado,  classicamente, Newtonianamente falando,  ou via RR.   Agora há pouco escrevi um conjunto de equações, até de uma maneira sequencialmente organizada, sem deduzi-las, por desnecessário, ao menos aqui, todas deduzidas com recursos da física clássica e dos Postulados da RR! Tanto você pode chegar a elas partindo da teoria matemática que envolve os quadri-vetores(o que é mais direto e, até, mais bonito e cheio de interesse físico) ou partir de outro processo matemático, conforme descrevi no mesmo e-mail para Hélio, acima referido. Não vou dizer a você que todos os problemas que surjam, envolvendo sistemas acelerados possam, sempre, ser resolvidos assim, somente com esses recursos. Evidentemente que não. Mas estes, em especial, que estamos referindo, podem. A RG, evidentemente, é geral. E suas descrições embutem, de alguma forma, aquelas equações.

Eduardo: Se supormos q e' o gemeo da Terra q vai envelhecer mais so' porque e' apenas o gemeo da nave q sofre aceleracao/desaceleracao, estamos a meu ver tentando 'extrapolar' a RR, para obriga-la a explicar fenomenos q sao estranhos a ela.
Victor: Desculpe-me, mas o gêmeo da Terra não vai “envelhecer mais só porque e apenas o gêmeo que viaja sofre acelerações”  em qualquer sentido!  O estado de movimento de Viajante nada tem ver com envelhecimento ou não de Terreno. Pessoas, coisas, referenciais, não influenciam no comportamento das coisas da natureza. Terreno envelhece porque envelhece, como eu e você, independentemente de qualquer outra coisa do entorno, em repouso ou em movimento. A queda de meus cabelos independem de se você está indo a New York ou não.
     Tudo me leva a acreditar que você entendeu o que ele quis dizer. Os comentários acima foram totalmente desnecessários.
 
 “Supor” que o Terreno envelhece mais não é uma mera suposição. Idem, que o gêmeo Viajante envelhece menos que Terreno.
    Amigo, você é realmente contraditório. Acabou de criticar o Eduardo acima e já usou a mesma expressão.
São fatos experimentais e práticos, do dia a dia. Cada um envelheceria do mesmo jeito, ainda que o outro não existisse. A inclusão de ambos, ou de mais de um, na história, é apenas um recurso matemático para condução dos cálculos, para facilitar este.  Apenas isso. Algo como você usar, sempre duas partículas em movimento no espaçotempo para estabeleceer se há ou não curvatura. E porquê?  A razão é que não há maneira de, sensorialmente, percebermos se há ou curvatura.  Então, duas partículas livres, que seguem geodésicas paralelas, denunciam o caráter curvo do espaço. Como, por exemplo, também, no caso de forças de marés.  São recursos teóricos de extrema utilidade. Referenciais são como muletas que ajudam a caminhar, e uma vez cumpridas sua missão, tchau. E a humanidade continuará sua “marcha para diante, rindo, soberba e reinante”, para parodiar  o relato ultra-espirituoso da abelha...chiante, que ainda me faz rir.  No elevador de Einstein, berros daqueles, só mesmo de medo da queda...  

Eduardo: E voltamos ao paradoxo ja' abordado de *por que^*, nas fases inerciais da viagem, onde os dois referenciais sao rigorosamente equivalentes (portanto sendo igualmente valido o gemeo da Terra se supor em repouso e imaginar o gemeo da nave em movimento, ou o gemeo da nave se supor em repouso e imaginar o gemeo da Terra em movimento, pelo Principio da Equivalencia), e' apenas o gemeo da Terra q envelhece mais.
Victor:  O gêmeo da Terra está em repouso e observa o movimento do irmão que viaja,  de maneira objetiva. O irmão que viaja, por outro lado, pode sim, considerar-se em repouso e observar o sistema de Terreno movendo-se em sentido contrário, não só quando os sistemas são equivalentes, caso em que observaria o irmão deslocando-se em MRU(pronto, Hélio, agora MRU...); mas não só. Durante o período de aceleração, a mesma coisa. Veria Terreno em movimento acelerado. Em resumo, isto é válido para todos os estágios da viagem. Contudo, em realidade, o Terreno nunca mudou de referencial, nunca passou de um referencial a outro, nunca esteve acelerado.
 
E como saber, objetivamente, disso. Um acelerômetro preso a ele, Terreno, registrará os estados de movimento em que esteve.
      Mas, de novo? Victor, não é isso que está sendo discutido. O fato é que as equações valem para os dois referenciais, como você mesmo disse. E para aplicar corretamente as equações você *precisa* saber quem acelerou. Veja que é este detalhe que caracteriza o ad hoc na RR. Não interessa como você vai descobrir quem acelerou, se é através de acelerômetros, de bolinhas de búrica (vai ao google, se não teve infância) sobre uma mesa ou seja lá o que for. O que interessa é que você tem que saber quem acelerou.
 Ou ent~çao levando-se a sério e corretamente esse experimento de pensamento.  E o cupom fiscal do acelerômetro indicará:  não esteve acelerado, nunca saiu de So!  Esta é a diferença basilar.  Outro acelerômetro na nave de Viajante registrará, com segurança,  todos os seus estados de movimento acelerado. E indcará onde esteve em MRU(Del nuevo!...) ou não.  
 
Eduardo: Dentro da RR, como explicar isso? Durante a fase inercial, como ja' especulado aqui, o gemeo da Terra envelhece mais por alguma 'memoria da aceleracao' do gemeo da nave enquanto viaja em velocidade constante?
Victor: Como explicar isso, creio forneci uma resposta à primeira pergunta acima. Quanto ao segundo questionamento, desculpe-me, mas,simplesmente, de meu ponto de vista, escapou algo. Quer “memória” mais clara que as rugas e os cabelos que vão ficando?  Até prefereria que fosse só uma “memória”, desde que os registros, como os que ficam impressos no corpo, não aparecessem!...
 Quando Alberto falou nesse negócio pela primeira vez, imaginei: Ops! Deve ter lido sobre o Inconsciente Coletivo de Jung ou sobre as teorias heréticas e descabeladas de R.Sheldrake. E, confesso, e me desculpe o Alberto, não vi qualquer base para inserir algo do tipo naquele seu argumento, a menos que estivesse se referindo à “memória” a que me referi acima. Mas acho que não foi assim. Mas Alberto é o Mesquita, e o resto somos nós, meros mortais.
     Não foi o Alberto quem falou isso pela primeira vez. Fui eu. Não impute ao herege termos hereges só porque ele é herege. (Desculpe, Alberto, no bom sentido). Mas, é memória, sim. O gêmeo que acelera mantém a contração do tempo depois que para. Enquanto isso, os comprimentos voltam ao normal, como disse (mais ou menos isso) o Alberto para justificar a questão da memória. É memória porque alguma coisa lembra ao gêmeo viajante que é ele e não o outro que tem que envelhecer menos, pois as equações fornecem o mesmo resultado aos dois sem o tal conhecimento prévio de quem acelerou.
 
Eduardo: Ou o tempo so' passa mais devagar para o gemeo da nave nas fases aceleradas? Mas, e se essas fases durarem tempos infinitesimais? Todo o envelhecimento maior do gemeo da Terra vai ocorrer em infinitesimos de segundos?
Victor: Aquí, uma boa questão(como de resto, todas as que colocou mais acima, mas esta é especial). Se se lembra, em muitos posts anteriores alertei para a diferença fundamental entre os problemas que ora discutimos. Usamos o caso dos mésons e outras partículas produzidas em laboratório, de massas ínfimas e que atingem velocidades altíssimas, próximas à da luz, quase que instantâneamente, sofrendo acelerações muito altas, vários g´s, nesses períodos(consulte seu cunhado sobre isso, se for o caso), com o movimento acelerado envolvendo coisas massivas. A analogia é imprópria e infeliz. 
      Então você está querendo dizer que a relatividade não se aplica igualmente para objetos massivos? Só por conta da dificuldade tecnológica de imputar elevadas acelerações?
Um caso mais palpável,  mas a nível  meramente teórico, de gêmeos, é aquele que expuz há pouco para o Hélio, que é o que, genericamente, se discute mundo afora. Naquele problema não há jeito de, mesmo motores ultra potentes levarem a “nave” de uma velocidade zero para outro mais alta, digamos, 0,6c em tempos infinitesimais. Postei aquela equações do e-mail para Hélio exatamente para mostrar o quão distanciados estão os dois problemas, em todos os sentidos.  No caso dos múons, por exemplo, os tempos impróprios e próprios são dados em função somente do quadrado da velocidade constante, v²/c².  Mas, em minha opinião particular, e é onde, parece, há divergências entre o que penso e parte do resto dos pensantes, v²/c² é só parte da história. Mostra-se, e apresentei, também para o Hélio,  um argumento físico-matemático que liga a expressão sqrt(1-v²/c²) a potenciais gravitacionais, de maneira não ambígua(e esperava comentários sobre aqueles argumentos, para eventuais aprofundamento do que está, ainda, por trás deles).  E posso, também, mostrar que a expressão envolvendo esses  intervalos de tempo resultam de uma expressão geral, da RG, quando passamos ao limite de baixas velocidades e campos fracos. Como Goldberb faz no primeiro post que você disponibilizou para o fórum. Ele não está inventando nada. Está mostrando aspectos relevantes da teoria.  Lá, por exemplo, ele faz ϕ = V²/2. Pareceu estranho, isso? Se alguém achou estranho, digo que não é.  Partindo do fato de que o potencial gravitacional próximo à superfície da terra é dado por φ(h) =g h, g sendo a aceleração da gravidade e h a altura a partir da superfície da terra ou do planeta envolvido, e que esse mesmo potencial pode ser obtido pela expressão Newtoniana ϕ(r) = -GM/r e que, ainda, a condição para sair de um campo gravitacional é tal que se cumpra o fato de que a energia potencial deve ser igual à energia cinética do sistema em movimento no campo gravitacional, ou seja, que (1/2) mV² = GMm/r, onde r é tal que V é a  velocidade de escape desse “poço” de potencial, pode-se facilmente, por substituições,  chegar a que ϕ = V²/2, onde o V é uma velocidade específica, de escape do potencial em questão.
Concluindo, a divergência que tenho é a seguinte:  a expressão badalada, τ =  , [ em texto: τ= sqrt(1-v²/c²) ], onde o fator que relaciona os tempos em cada referencial depende somente de v, só é uma aproximação, apenas. Muito próxima da realidade, conforme mostram todos os experimentos que são feitos nos laboratórios de Física de Partículas de Altas Energias, usando exclusivamente partículas atômicas, e não naves malucas que saem por em velocidades inimagináveis em nossa tecnologia. No primeiro caso, os tempos de aceleração são extremamente pequenos, mas as acelerações podem ser extremamente grandes. Agora, esses tempos e essas acelerações podem variar conforme se queira uma velocidade(em termos de c) maior ou menor, daí que, para cada velocidade, teremos em laboratório um tempo impróprio maior ou menor, idem o tempo impróprio.  Então v liga-se a esses intervalos de tempo da maneira como aparecem na fórmula famosa. Portanto às ínfimas acelerações. C. Möller, autor de uma magistral obra sobre RG, que uso sempre, diz claramente que não, que não depende.
   Então, há controvérsias!
Que eu estou errado, segunda sua última psicografia  e que, quando eu chegar por lá, onde ele está, vai querer conversar bem direitinho comigo. Imagina só!.

Eduardo: Todas essas objecoes ja' foram levantadas nesse thread, e vc a meu ver nao conseguiu explicar nenhum esses paradoxos q surgem qdo tentamos explicar o fenomeno apenas pela RR.
Victor: Certo. Assumo minha incompetência em não conseguir expressar o que penso de maneira que o interlocutar entenda como penso.
Há na literatura um sem número de exposições nesse sentido que, dizem, na atingiram o objetivo a que se propuseram. Eu não acho, quase todas as que tenho lido estão corretas, e claras, dentro daquilo a que se propõem. A questão é que se deseja que aquelas exposições façam mais do que podem.
    Não provam, de maneira alguma, que Viajante envelhece menos. O que mostram é que, realmente, Viajante encontra que envelhece menos e que o irmão ficou mais velho. Vice-versa. 
      Claríssimo!!!
Estabelecendo que não pode haver paradoxo. Nada mais. O resto é que fica, realmente, por conta da RG. (Repetí argumento que expuz mais acima. Afinal, como fazer “lavagem cerebral”, se não repetir, ora...
Mas tenho me esforçado, como vê. Fazer o quê?

Eduardo: Acho tb q ja' ficou claro q, *uma vez definido de modo arbitrario, 'ad hoc', e fora dos postulados da RR*, qual gemeo vai envelhecer mais (por exemplo, afirmando-se q o fato do gemeo da nave acelerar/desacelerar na viagem implica q so' ele sofrera' dilatacao temporal), e' facil usar depois a RR p/ calcular a diferenca de idades no reencontro.
Victor: Ops!, Eduardo, acho que não. Vamos ver se consigo contrapor-me ao que disse acima. Mais acima, expressei o fato de que a mudança na taxa de relógios independe de referenciais, o que é fato previsto teoricamente e mais que provado experimentalmente! Então nada tem desse negócio de  “ad hoc”. 
 
      São fatos, hoje, incontestáveis. Concorda?
      Por isso mesmo é ad hoc!
E, sim, em sabendo isso, que Terreno envelhece mais que Viajante, o que é fato experimental, fica facílimo, e de maneira direta, usar a RR, não para calcular a diferença de idades,
       É ou não é ad hoc?
 como já mostrei(ver o último e-mail para o Hélio), mas de mostrar, via RR, que não há paradoxo.(Repito que todas as discussões nestas threads estão focadas em se há ou não paradoxo, e se há ou não,  dentro de RR, maneira  de levantar o  “paradoxo”  e não em como calcular a diferença de idades entre os irmãos. Imaginava que todos estavam conscientes de que era assim. Agora, vejo que não.)  A idade de um múon é,  sim, calculada usando a RR, mas por mera coincidência, pelas razões que explicitei noutros lugares desse post e em outros e-mails.
Eduardo: De modo geral, nesse momento (como no artigo de Lasky na SciAM), se aplica a equacao da RR, e usualmente a *toda a extensao da viagem*, ignorando a extensao dos periodos acelerados/desacelerados e os periodos inerciais, em outro procedimento paradoxal. O resultado? Como sabemos, se nao e' igual ao calculo rigoroso pela RG, e' na pratica o mesmo. Dai' talvez a *ilusao* de explicacao exclusivamente pela RR para o fenomeno.
Victor: acho que o que já falei acima responde à proposição acima, o que elimina, segundo penso, referências a coisas como “ilusão”, conforme postou agora.

Eduardo: Mas permanece o paradoxo.
Victor: Não; não segundo penso e justifico. Além disso, você mesmo tem consciência  de que há várias maneiras de levantá-lo, inclusive usando coisas de fora da RR, como o efeito Doppler, aplicado a esta teoria. Há a técnica dos diagramas de Minkowski, usando quadri-vetores e os conceitos de trajetórias temporais, que acho perfeita, há o uso da própria métrica para mostrar que não há paradoxo, com o bônus de ser, além de tudo, quantitativo;  pode-se se aproveitar o fato de c ser uma constante e usar o método k de radar com emissão e recepção de sinais entre os os gêmeos, entre outros. Você mesmo já expressou coisas assim por aqui. Esses métodos não pretendem, nem podem fornecer cálculos precisos de idades entre gêmeos.
Eduardo: (De novo: Nao ha' duvida q realmente e' apenas o gemeo da Terra q vai envelhecer mais. E' o q preve^ a RG e e' o q e' confirmado experimentalmente em experiencias analogas ao Paradoxo dos Gemeos - muons, mesons, sinais de satelites GPS, relogios atomicos em avioes, decaimento mais lento de particulas em aceleradores, etc -. O q estou dizendo e' q nao ha' como se afirmar isso *so' pela RR*).
Victor:  Já expressei opinião a respeito.

Eduardo: Desculpe, Victor, mas a meu ver vc nao conseguiu apontar em nenhuma de suas msgs como podemos explicar esse paradoxo exclusivamente dentro da RR.
Victor: Não há do que desculpar-se, amigo. Não precisa desculpar-se ao expressar o que realmente pensa.  Eu sei. Se não conseguí expressar com precisão o meu ponto de vista(e acho que melhorei a exposição aqui), paciência. 

Eduardo: Continuo mantendo o mesmo entendimento.
Victor: Ok.

Eduardo: Concordo com Goldberg. A RR nada tem a dizer sobre esse fenomeno (embora, como disse, possa ser usada para calcular a dilatacao temporal ocorrida de modo relativamente preciso).
Victor: Como vê, discordo só um pouquinho do ponto de vista dele, apenas nesse aspecto.
Apesar de saber que o Godberg faz vida profissional, universitária, que isto é o seu dia a dia, portanto, tem consciência do que fala e prega e ensina, ainda assim, mantenho-me com minhas inquisiqueiras nesse particular mister. Também, muitos autores dizem algo diferente do que penso a esse respeito. Mas, vou continuar a “matutar e matutar” a respeito até que uma luzinha acenda.
      Vou rezar um Pai Nosso e uma dezena de Ave Maria (ou seria Aves Maria?) para que essa luzinha acenda logo, amigo.
Até lá, vou defendendo minhas posições conforme o nível de conhecimento e “semancol” que tenho. Ou penso ter.
 Eduardo: Acho q Lasky nao explicou coisa alguma em seu artigo.
Eduardo: Discordo. Depende do que você acha que deveria ser explicado. Lasky mostrou que não existe paradoxo, só isso; e que o “paradoxo” é fruto de entendimento inadequado da questão, do ponto de vista da RR.  O objetivo não era explicar por que alguém envelhece mais ou menos que o outro. Isto é coisa, realmente, para a RG. Essa não foi a tônica de seu artigo. Discordo dele, contudo, quando diz aquilo de “pessoas pouco informadas” tendem a crer que as acelerações nada têm a ver com essa história. Tem sim. Pode até que eu e outros gatos pingados estejamos errados, mas isso  é outra coisa. Agora, mal informado, creio que não.  Para mim o Lasky continua com nota 10, só retiro 1/3 da distinção e  ½ do louvor que seu trabalho merece. No último parágrafo, conforme referi noutro post, ele faz uma abordagem interessante sobre os tempos observados na ida e na volta, em termos  de rapidez e lentidão do envelhecimento observados no outro, por cada um deles, na ida e na volta. Como se a direção e sentido da velocidade tivessem influência nessas coisas. Isto, certamente, é outro ponto para umas trocentas trheads. Têm, mas é apenas aparente, como o é a contração de comprimentos e outras tontices que aparecem.  Não tinha vista ainda abordagem nesse sentido. De resto, segue os padrões.

Eduardo: A unica e exclusiva explicacao matematico-fisica do Paradoxo dos Gemeos vem da RG.
Victor:  Também e principalmente. A “única” a que se refere tem a ver somente com o porquê, e de quanto,  o Viajante envelhece menos. Mas sobre isso, já me expressei neste e noutros posts.
Eduardo: E, embora esteja apreciando esse debate, receio q estejamos ja' entrando naquela fase terminal de um thread, qdo um interlocutor comeca a repetir seus argumentos ao outro.
Victor:  Amigo, minha opinião é a seguinte: 1) a thread é realmente interessante e, de certa forma, ela vem se repetindo no mundo inteiro, pela atenção e interesse que provoca; 2) acredito que continuará por muitos anos mais; 3) particularmente, não me canso, nem me aborreço de falar e discernir sobre essas coisas, pois geralmente, descambam em outros conhecimentos associados, o que é bom para quem tem, realmente, interesse;   4) não vejo, a respeito deste polêmico assunto, mal em repetir argumentos, desde que de formas diferentes, o que sempre é bom e pode trazer novas luzes. Parece-me que ele enseja aprendizados e insights dificilmente obtidos com outros assuntos.
Portanto, deve continuar apreciando e repetindo(o tema). Não vejo nada demais nisso. Sei que muitos não concordam comigo.  No máximo, o que pode acontecer, como de resto em tudo, é que eu esteja errado. E daí?  Mas, já pensou se meu pensamento fosse uma unamidade
Para finalizar, só tenho a lhe agradecer  por essa postagem, que me ajudou a exprimir o que penso de maneira organizada e seqüencial.  Foi como empurrar bêbado em ladeira. Será?
Sds,
Victor.
       Isso é o que eu chamo de desvio de personalidade. Além de ser uma crueldade. Coitado do bêbado. Acho que é mais interessante tirar doce de criança, ou surrar bode amarrado. Opinião, apenas. Mas, não liga não. E espero não ter estragado a sua tarde.
       [],s
 
      Belmiro

;-)

Abs,
Eduardo Torres

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...> escreveu
>
> Eduardo, comentarei uma parte do post de seu amigo, o prof. Goldberg e os seus próprios comentários.
>
>
>
>
>
> De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
> Enviada em: segunda-feira, 9 de abril de 2012 15:35
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos
>
>
>
>
>
> O Goldberg deve ter gostado do tema, pois, alem de me responder em pvt, postou sobre o Paradoxo dos Gemeos em seu blog:
>
> http://usersguidetotheuniverse.com/?p=2464
>
> Victor: Verei se entro no blog e faço alguma participação. Primeiro, tentarei entender o seu pensamento a respeito dessas coisas.
>
> ;-)
>
> Abs,
> Eduardo Torres
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br> , "Eduardo Torres" <dudutorres@> escreveu
> >
> > Perguntei ao fisico David Goldberg...
> >
> > Dave Goldberg, Ph.D.
> > Associate Professor, Drexel University Department of Physics
> > "A User's Guide to the Universe" (Wiley, 2010)
> > "The Universe in the Rearview Mirror" (Dutton, 2013)
> > http://www.usersguidetotheuniverse.com
> >
> > (sim, o mesmo cujo post no seu blog motivou o artigo no NYT sobre Emmy Noether)
> >
> > ...sobre o Paradoxo dos Gemeos.
> >
> > Sua resposta foi:
> >
> > (esta' em ingles, mas e' facil de ler, e pra quem nao le^ bem em ingles, o tradutor do Google da' uma versao em portugues bem razoavel)
> >
> > -----------
> >
> Dear Eduardo,
>
> Thank you so much for your kind words, and I hope I can be of some help. In many ways, however, you have hit at the heart of the problem. The Twin Paradox can't be resolved by understood by Special Relativity because it doesn't satisfy the postulates of Special Relativity. Einstein laid out his assumptions in his original 1905 paper. As he put it:
>
> 1. [T]he same laws of electrodynamics and optics will be valid for all frames of reference for which the equations of mechanics hold good.
> 2. [L]ight is always propagated in empty space with a definite velocity c which is independent of the state of motion of the emitting body.
>
> The first postulate is generally understood to mean that all laws, not just electromagnetism, will remain invariant in all inertial reference frames.
>
> Victor: ok.
>
> And what happens if the reference frame is NOT inertial? The theory can't say a thing. The short answer is that there is no answer "*using exclusivelly the SR*, *without using* GR" as you put it.
>
> Victor: Se o referencial é acelerado, não inercial, a SR não tem recursos de analisar o movimento. Realmente, é verdade. Mas se a a análise for tentada dentro do referencial acelerado!! Pode-se, sim, analisar, com precisão, um movimento acelerado a partir de um referencial inercial externo. Existem técnicas matemáticas para isso. E enquanto as velocidades não atingem valores próximos de c, e se os campos são fracos, todo o aparato Newtoniano poderá ser usado, e de fato isto é feito, sem ambigüidades. Se for o caso, poderei fazer uma descrição mais técnica desses meios, analisando o caso concreto de uma nave que se desloca com aceleração g. Aliás, ontem li rapidamente um post seu, onde Goldberg apresenta uns cálculos com essas características mas, parece, que seu enfoque é outro. Não me detive na análise.! Mas irei aprofundar o estudo de seu trabalho. Todo movimento é um movimento… Por mais complicado que seja o movimento acelerado, num dado momento há, em cada instante, uma velocidade v(t), instantânea, em relação a So. Seja v(t) a velocidade num dado instante. Como o movimento é acelerado, após um intervalo Î"t, tão pequeno quanto se queira, aquela velocidade passou a ser: v(t) + Î"v, medida pelo referencial inercial So que, no instante t, esteja em repouso e com a mesma velocidade v(t) da nave(ou partícula). E assim por diante, passando por todos os pontos da trajetória, cujo resultado final é concretizado, possivelmente, mediante integrais entre os intervalos considerados. Bem, podemos, ainda, considerar o movimento da nave em relação a outro referencial S`, que se move com velocidade v(t), em relação a So e aplicar a fórmula da velocidade para So, segundo a relatividade. Mesmo neste caso, os equacionamentos são tranqüilos, e obtidos classicamente. . Fica só o registro. Então, dizer que a SR não pode se usado para movimentos acelerados é contar metade da história. Claro, o uso da RG, em todos os casos é o caminho correto, e, muitas vezes até menos encrencado!...
>
> Obs.: No que se refere ao restante do post, nada não há acrescentar, no que concerne ao desenvolvimento matemático e sua relação com a física do processo. A menos que alguém precise de esclarecimentos. Juro que farei.
>
>
> You raise a couple of points. You ask, for instance, what happens if the accelerations are nearly instantaneous. To put that in mathematical terms, if the cruising momentum of the spaceship is p:
>
> p=F*Delta t
>
> What happens if the force is extremely high and the time is extremely short?
> Instead of thrusters, we could consider what would happen if we did the same sort of acceleration using a potential well. Suppose (for ease of calculation and for general familiarity with the final result) that the final speed of the ship was enough less than the speed of light that we can use non-relativistic approximations. You are free to generalize later, and I'll assure you it won't make a difference. What happens then?
>
>
> Well, if you fall into a potential well Phi and speed up to a speed v:
>
>
> Phi=-(v^2)/2
>
> In a practical sense, the "v" in the equation is the escape speed from a planet, star, or whatever body you'd like to imagine. Notice that we don't make any mention of how long it takes you to fall into the potential well. It can be as steep as you like. However, once you're in a deep well, General Relativity says that time runs slower near massive bodies (at negative potentials) than they do in deep space. The ratio -- in the small potential limit-- is:
>
> t_(near a planet)/t_(deep space)=1-Phi/c^2
>
> Since Phi is negative, more time passes near a planet than in deep space. Plugging in the potential, we get:
>
>
> t_(pl)/t_(ds)=1+v^2/(2*c^2)
>
> For v/c << 1, this is simply a Taylor expansion of:
>
> t_(pl)/t_(ds)=gamma=1/sqrt(1-v^2/c^2)
>
> Check by plugging in v=0.2c or similar numbers into both expressions if you don't believe me.
>
> In other words, you can imagine the trip as though the traveling twin falls into a potential well, hangs out for a while, climbs out when she teaches her destination, falls in again to return, and climbs out again on reaching earth.
>
> As I said, I did this under the assumption that the relativistic effects were relatively mild. You are welcome to try using the full:
> p=m*v*gamma and Schwarzschild metrics if you like. You'll get the same result, but it will be mathematically hairier.
>
> Hope that helps and doesn't just add fire to your flame war.
>
> Dave
>
> ------------
>
> Comentarios:
>
> Eduardo: Goldberg faz uso de outra abordagem, imaginando o gemeo na espaconave como entrando e saindo em um poco potencial durante sua viagem.
>
> Victor: Esta é uma abordagem correta. Por entrando e saindo de um poço de potencial ele quer significar o período em que sistema é acelerado, não importando como e quando sai desse estágio de movimento. No período acelerado pode-se usar com segurança o Princípio da Equivalência.
>
> Então, é preciso usar a RG. Há alguns anos apresentei a este fórum e a outro, o Relatividad, do qual o novo ciencialisteiro Jaime participa, um arrazoado usando o PE e resolvendo o “paradoxo†dos gêmeos no seguinte caso: a nave parte do repouso, acelera até que sua velocidade v(t) atinja um certa velocidade (+V), permanece com essa velocidade +V durante um certo tempo, desalecera nas proximidades do planeta destino, a velocidade vai de +V a 0, acelera de volta, até que sua velocidade -v(t) atinja a velocidade de cruzeiro ( â€"V), e após o mesmo tempo que permaneceu com a velocidade (+V) desacelera até parar. Como se vê, o uso do PE próprio da RG, e que lhe dá causa, é imperioso.
>
> O caso dos múons, e de todas as partículas atômicas radioativas, são consideradas analogias(grosseiras, em meu ponto de vista) da questão acima, que é mais genérica, de complexidade maior. O caso dos múons, evidentemente, é um caso particular. Os tempos para se atingir a velocidade +V ou â€"V são praticamente nenhuns, mesmo se as acelerações envolvidas são grandes, como realmente o são,ainda que nesses ínfimos intervalos, beirando o instantâneo. Então, o que tento provar é que a fórmula canônica, Tp = sqrt(1-v²/c²) * tim, Tp=tempo prórpio e tim = tempo impróprio, só é válida para partículas atômicas. Não sei, mas creio que o Goldberg deve concordar com isso.
>
> Na abordagem que apresentei, Viajante conclui, de seu referencial , que Terreno envelhece mais que ele. Terreno conclui, de seu referencial, que Viajante envelhece menos. Num acordo perfeito, como era para ser.
>
> Eduardo: (Confesso q nao entendi inteiramente essa analogia).
>
> Victor: A razão foi explicada pelo Takata,corretamente; tem a ver, diretamente, com o PE. Nesta portunidade, apenas expandi um pouco essas razões.
>
> Eduardo: Mas o mais importante pra mim em sua resposta e': Segundo Goldberg nao ha' explicacao matematico-fisica possivel para o Paradoxo dos Gemeos dentro da Relatividade Restrita. Nao ha' duvida q e' o gemeo da Terra q envelhece mais, mas isso nao pode ser demonstrado usando-se exclusivamente os principios da Relatividade Restrita.
>
> Victor: Veja bem, no caso dos múons e similares, como disse acima, que envolve questão análoga à dos gêmeos, essa restrição não é posta em causa. O paradoxo é levantado usando a RR e seus conceitos de: tempo próprio(crucial, vital mesmo, na análise), contração de comprimentos, dilatação dos tempos. Para mim, toda a questão roda em torno de se existe ou não assimetria entre os referenciais envolvidos. Quando se conclui que a assimetria é o que estabelece a relevância do problema, acabam as querelas! Não há mais paradoxo. Enquanto os estudiosos continuarem imaginando que inexiste assimetria, não há como obterem algum convencimento, matematicamente, fisicamente, logicamente, filosoficamente(ui...), ou o que seja. E tem mais, a assimetria é maior do que se imagina, já parou para examinar? Por exemplo, além das acelerações obrigatoriamente envolvidas no processo, há o fato de os referenciais de ida e de volta além serem de diferentes entre si,há um bônus adicional: os intervalos de tempo, na ida e na volta, enquanto no estado inercial, do ponto de vista de Terreno, são diferentes! Parecendo que a direção da velocidade influi na questão! Você diria: Agora danou-se tudo. Pois é. E, em tais circunstâncias, há uma razão simples e clara, a justificar o efeito. Nada demais, do ponto de vista dos postulados. Noutra oportunidade, eventuais questionamentos ensejarão detalhamentos desse “misterioso†fato. Num intervalo o relógio de Viajante corre mais rápido, noutro vai menos rápido. Aliás, o Lansky, da Sciam, já nos últimos parágrafos do artigo, faz uma bela alusão a esse fato, enfatizando o efeito. Lembra?
>
> Além disso, o paradoxo dos gêmeos, na forma como geralmente é enunciado, pode ser levantado de diversas outras maneiras, como a Sciam menciona nos últimos parágrafos do artigo. E, em nenhuma, se recorre à RG. Particularmente, considero isto: os resultados via RG, sem sombra de dúvidas, quantitativamente, são preciso. As fórmulas usadas, envolvendo gamma, estão linkadas com a RG, pois estão associadas à curvatura do espaço e aos potenciais gravitacionais. Em casos ideais, baixas velocidades, campos fracos, elas surgem como aproximações! Muito precisas para partículas atômicas como os múons e outras radiotivas, que se desintegram, etc. Já mostrei isso por aqui também, e também o Goldberg.
>
> Se houver interesse, entendo que será útil expandir as informações que coloquei mais acima.
>
> Eduardo: So' a Relatividade Geral explica o fenomeno de modo satisfatorio.
>
> Victor: Sim. De modo satisfatório e preciso.
>
> Eduardo: E ai' ha' varias maneiras de explica-lo. Pode ser explicado graficamente, naqueles diagramas de espaco-tempo de Minkowsky (world lines),
>
> Victor: O uso dos diagramas de Minkowski, inerentes ao espaço tempo, de estrutura geométrica hiperbólica é, sem dúvida, um dos melhores, mais diretos e objetivos.
>
> Eduardo: ou por essa analogia com pocos potenciais gravitacionais, ou pelo efeito Doppler relativistico, ou por 'n' outros modos.
>
> Victor: Sim.
>
> Eduardo: So' nao pode ser explicado so' pelos postulados da Relatividade Restrita. Acho q essa foi a grande 'pegadinha' q Langevin quis fazer com Einstein em 1911: Ele entendeu logo de cara essa contradicao. E Einstein sentiu o golpe, embora nao desse o braco a torcer. Manteve a posicao q o gemeo da Terra iria estar mais velho, mas passou a chamar o efeito de 'peculiar', apo's Langevin apontar o aparente paradoxo. So' depois de 1915, com a Relatividade Geral, o fenomeno do Paradoxo dos Gemeos passou a ter explicacao matematico-fisica consistente.
>
> Victor: Aquí, uma discordância entre nossos pontos. A maneira de resolver o paradoxo dos gêmeos no caso dos múons não usa RG, conforme comentei acima; idem, com o uso dos diagramas de Minkowski ou com os recursos do efeito Doppler relativístico(aliás, uma maneira clara de mostrar a inexistência do tal, via recursos de fora da relatividade...). Agora, a RG sozinha resolve tudo?
>
> Com relação a Langevin, eu acho(e como disse, não tenho argumentos comprobatórios disso), mero achísmo mesmo, que a pegadinha, como mencionei outra vez, teve outro sentido. Não creio que ele tenha chegado a associar as expressões que resultam dos dois postulados à RG, no caso geral. Bem, sequer isto é relevante para esta questão. Objetivamente, minha posição, é que, entendido que há as loucas assimetrias acima, e tudo estará resolvido. Considero esse o ponto de maior relevância. E, certamente, uma vez compreendido isso, não é preciso contas para provar o que está provado. Mas...
>
>
> Eduardo: Esse e' o meu entendimento.
>
> Victor: Ok.
>
> Sds,
>
> Victor.
>
> >Abs,
> >Eduardo Torres
>



SUBJECT: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2012 16:38

Caro Eduardo,

 

 

Eduardo: Na verdade, nao ha' paradoxo real. A RG explica perfeitamente o fenomeno matematica e fisicamente. Pela RG, como disse, nao importa o referencial q se use, sempre e' o gemeo da Terra q envelhece mais.

 

Victor: Deixo de comentar o seu post. Nada mais há o que eu possa acrescentar, com vistas ao entendimento de como penso. Você discordou de alguns de meus argumentos, mas não se saiu com deboches,  desqualificações e ataques à minha maneira de expor.

Enfocou, ao invés, unicamente,  o aspecto científico, como é para ser.

 

Grato pelo oportunidade de um excelente diálogo.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
Enviada em: domingo, 15 de abril de 2012 14:28
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3

 

 

OK, Victor.

Li essa sua nova msg.

Pra mim ficou ainda mais claro q a solucao pela RR depende de uma 'escolha previa ad hoc arbitraria' q e' o gemeo da Terra q envelhece mais.

Pouco importa a meu ver q essa escolha arbitraria se de^ com base em experiencias q confirmam isso.

Como disse, o Paradoxo dos Gemeos nao e' paradoxal por q um gemeo envelhece mais q o outro, mas por q e' sempre o gemeo da Terra q envelhece mais, mesmo com os dois gemeos em referenciais equivalentes nas fases inerciais da viagem, q, numa experiencia em pensamento, podem ser arbitrariamente de duracao praticamente da viagem toda, com as fases acelaradas de duracao infinitesimal (e' irrelevante q na realidade um ser humano nao suportasse essas gigantescas aceleracoes).

Nao vou nem discutir seu calculo do fenomemo supondo viagem acelerada o tempo todo. Se ha' aceleracao, ja' esta' fora do escopo da RR.

Cada explicacao sua mais reforca meu entendimento q Goldberg esta' certo e Lasky errado: A RR sozinha nada explica sobre esse paradoxo.

Ah, e vi q foi o Belmiro o primeiro a tentar me convencer q eu estava errado ao dizer, antes desse thread, q Langevin tinha sido explicado ja' nos anos 10.

Depois q pensei mais no assunto e ouvi mais opinioes, como disse, hoje entendo q nao foi.

Mas Langevin tb tentou usar a aceleracao como fator de 'assimetria' dentro da RR. Portanto sua explicacao tb foi paradoxal.

Na verdade, nao ha' paradoxo real. A RG explica perfeitamente o fenomeno matematica e fisicamente. Pela RG, como disse, nao importa o referencial q se use, sempre e' o gemeo da Terra q envelhece mais.

O paradoxo, como disse, so' surge qdo tentamos usar so' a RR pra explicar o fenomeno.

Abs,
Eduardo Torres

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...> escreveu
>
> Eduardo,
>
>
>
> Muito bom como organizou os questionamentos.(Não vou dizer mais nada, senão Belmiro vem com aquela história de “flexinhas” e coisas que tais....
>
>
>
> De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
> Enviada em: sábado, 14 de abril de 2012 00:20
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: ENC: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos
>
>
>
>
>
> Caro Vitor,
>
> Por essa e msgs anteriores, entendo q vc entende q a assimetria dos dois referenciais explicaria por que e' o gemeo da Terra q envelhece mais, e a partir dai' o fenomeno teria uma explicacao matematico-fisica consistente pela RR.
>
> Victor: Só para clarificar mais ainda este ponto da TR: o relógio em movimento, ao passar por processos de aceleração, altera sua taxa de registros de tempo, em relação a um relógio que está em repouso, num referencial inercial. As leis físicas, processos físicos, independem de referenciais. Sua descrição, sim. Mas a forma em que se apresentam, não. O gêmeo que viaja envelhece menos devido a que foi submetido a acelerações, esteve em movimento, enfim. E é uma realidade que independe de qualquer outro referencial.
>
> Desculpe-me a tentativa de detalhar demais minha resposta. Pode até parecer repetitivo, mas entendo que devo agir assim tendo em vista outros leitores. Dito isto, vamos ao resto. O que estamos tentando fazer aqui é mostrar que um não envelhece tanto quanto o outro, ou tão menos que o outro, como parece mostrar, numa análise apressada, as equações envolvendo tempos e comprimentos próprio e impróprio, relacionados pelo fator de Lorentz, o que estabelece o falso paradoxo, quando interpretado de maneira indevida. Pois o fato físico de que o gêmeo da Terra envelhece mais, e o Viajante, menos, é um dado pré-existente, inquestionável. E, em sabendo, previamente, disso, nada obsta que usemos este dado importante para mostrar que não há ambiquidade de maneira alguma. Não há erro matemático e lógico nesse procedimento. É perfeitamente legal, tecnicamente falando. As características do movimento de Viajante são claras, há acelerações envolvidas, conforme já descrevi outras vezes. Aliás, há pouco concluí um arrozoado para Hélio, exatamente sobre esta questão.
> Eduardo: (Acho q ate' Einstein, antes de publicar a RG, ensaiou esse samba - portanto vc esta' em boa companhia).
>
> Victor: Então sambou direito.
>
> Hélio: Mas creio q ja' foram apontadas nesse thread as inconsistencias desse entendimento.
>
> Victor: Segundo meu ponto de vista, não.
>
>
> Eduardo: A unica diferenca entre os dois referenciais e' q um acelera e desacelera duas vezes, e o outro permanece inercial todo o tempo.
>
> Mas, como tb ja' foi apontado, aceleracoes *nao* fazem parte da RR.
>
> Victor: Ok.
>
> Eduardo: A RR so' se aplica a referenciais inerciais.
>
> Victor: Sim, até por que referenciais inerciais não são acelerados. Contudo, é perfeitamente possível, hoje, fazer a análise de um sistema acelerado, classicamente, Newtonianamente falando, ou via RR. Agora há pouco escrevi um conjunto de equações, até de uma maneira sequencialmente organizada, sem deduzi-las, por desnecessário, ao menos aqui, todas deduzidas com recursos da física clássica e dos Postulados da RR! Tanto você pode chegar a elas partindo da teoria matemática que envolve os quadri-vetores(o que é mais direto e, até, mais bonito e cheio de interesse físico) ou partir de outro processo matemático, conforme descrevi no mesmo e-mail para Hélio, acima referido. Não vou dizer a você que todos os problemas que surjam, envolvendo sistemas acelerados possam, sempre, ser resolvidos assim, somente com esses recursos. Evidentemente que não. Mas estes, em especial, que estamos referindo, podem. A RG, evidentemente, é geral. E suas descrições embutem, de alguma forma, aquelas equações.
>
>
> Eduardo: Se supormos q e' o gemeo da Terra q vai envelhecer mais so' porque e' apenas o gemeo da nave q sofre aceleracao/desaceleracao, estamos a meu ver tentando 'extrapolar' a RR, para obriga-la a explicar fenomenos q sao estranhos a ela.
>
> Victor: Desculpe-me, mas o gêmeo da Terra não vai “envelhecer mais só porque e apenas o gêmeo que viaja sofre acelerações” em qualquer sentido! O estado de movimento de Viajante nada tem ver com envelhecimento ou não de Terreno. Pessoas, coisas, referenciais, não influenciam no comportamento das coisas da natureza. Terreno envelhece porque envelhece, como eu e você, independentemente de qualquer outra coisa do entorno, em repouso ou em movimento. A queda de meus cabelos independem de se você está indo a New York ou não.
>
> “Supor” que o Terreno envelhece mais não é uma mera suposição. Idem, que o gêmeo Viajante envelhece menos que Terreno. São fatos experimentais e práticos, do dia a dia. Cada um envelheceria do mesmo jeito, ainda que o outro não existisse. A inclusão de ambos, ou de mais de um, na história, é apenas um recurso matemático para condução dos cálculos, para facilitar este. Apenas isso. Algo como você usar, sempre duas partículas em movimento no espaçotempo para estabeleceer se há ou não curvatura. E porquê? A razão é que não há maneira de, sensorialmente, percebermos se há ou curvatura. Então, duas partículas livres, que seguem geodésicas paralelas, denunciam o caráter curvo do espaço. Como, por exemplo, também, no caso de forças de marés. São recursos teóricos de extrema utilidade. Referenciais são como muletas que ajudam a caminhar, e uma vez cumpridas sua missão, tchau. E a humanidade continuará sua “marcha para diante, rindo, soberba e reinante”, para parodiar o relato ultra-espirituoso da abelha...chiante, que ainda me faz rir. No elevador de Einstein, berros daqueles, só mesmo de medo da queda...
>
>
> Eduardo: E voltamos ao paradoxo ja' abordado de *por que^*, nas fases inerciais da viagem, onde os dois referenciais sao rigorosamente equivalentes (portanto sendo igualmente valido o gemeo da Terra se supor em repouso e imaginar o gemeo da nave em movimento, ou o gemeo da nave se supor em repouso e imaginar o gemeo da Terra em movimento, pelo Principio da Equivalencia), e' apenas o gemeo da Terra q envelhece mais.
>
> Victor: O gêmeo da Terra está em repouso e observa o movimento do irmão que viaja, de maneira objetiva. O irmão que viaja, por outro lado, pode sim, considerar-se em repouso e observar o sistema de Terreno movendo-se em sentido contrário, não só quando os sistemas são equivalentes, caso em que observaria o irmão deslocando-se em MRU(pronto, Hélio, agora MRU...); mas não só. Durante o período de aceleração, a mesma coisa. Veria Terreno em movimento acelerado. Em resumo, isto é válido para todos os estágios da viagem. Contudo, em realidade, o Terreno nunca mudou de referencial, nunca passou de um referencial a outro, nunca esteve acelerado. E como saber, objetivamente, disso. Um acelerômetro preso a ele, Terreno, registrará os estados de movimento em que esteve. Ou ent~çao levando-se a sério e corretamente esse experimento de pensamento. E o cupom fiscal do acelerômetro indicará: não esteve acelerado, nunca saiu de So! Esta é a diferença basilar. Outro acelerômetro na nave de Viajante registrará, com segurança, todos os seus estados de movimento acelerado. E indcará onde esteve em MRU(Del nuevo!...) ou não.
>
>
> Eduardo: Dentro da RR, como explicar isso? Durante a fase inercial, como ja' especulado aqui, o gemeo da Terra envelhece mais por alguma 'memoria da aceleracao' do gemeo da nave enquanto viaja em velocidade constante?
>
> Victor: Como explicar isso, creio forneci uma resposta à primeira pergunta acima. Quanto ao segundo questionamento, desculpe-me, mas,simplesmente, de meu ponto de vista, escapou algo. Quer “memória” mais clara que as rugas e os cabelos que vão ficando? Até prefereria que fosse só uma “memória”, desde que os registros, como os que ficam impressos no corpo, não aparecessem!... Quando Alberto falou nesse negócio pela primeira vez, imaginei: Ops! Deve ter lido sobre o Inconsciente Coletivo de Jung ou sobre as teorias heréticas e descabeladas de R.Sheldrake. E, confesso, e me desculpe o Alberto, não vi qualquer base para inserir algo do tipo naquele seu argumento, a menos que estivesse se referindo à “memória” a que me referi acima. Mas acho que não foi assim. Mas Alberto é o Mesquita, e o resto somos nós, meros mortais.
>
> Eduardo: Ou o tempo so' passa mais devagar para o gemeo da nave nas fases aceleradas? Mas, e se essas fases durarem tempos infinitesimais? Todo o envelhecimento maior do gemeo da Terra vai ocorrer em infinitesimos de segundos?
>
> Victor: Aquí, uma boa questão(como de resto, todas as que colocou mais acima, mas esta é especial). Se se lembra, em muitos posts anteriores alertei para a diferença fundamental entre os problemas que ora discutimos. Usamos o caso dos mésons e outras partículas produzidas em laboratório, de massas ínfimas e que atingem velocidades altíssimas, próximas à da luz, quase que instantâneamente, sofrendo acelerações muito altas, vários g´s, nesses períodos(consulte seu cunhado sobre isso, se for o caso), com o movimento acelerado envolvendo coisas massivas. A analogia é imprópria e infeliz. Um caso mais palpável, mas a nível meramente teórico, de gêmeos, é aquele que expuz há pouco para o Hélio, que é o que, genericamente, se discute mundo afora. Naquele problema não há jeito de, mesmo motores ultra potentes levarem a “nave” de uma velocidade zero para outro mais alta, digamos, 0,6c em tempos infinitesimais. Postei aquela equações do e-mail para Hélio exatamente para mostrar o quão distanciados estão os dois problemas, em todos os sentidos. No caso dos múons, por exemplo, os tempos impróprios e próprios são dados em função somente do quadrado da velocidade constante, v²/c². Mas, em minha opinião particular, e é onde, parece, há divergências entre o que penso e parte do resto dos pensantes, v²/c² é só parte da história. Mostra-se, e apresentei, também para o Hélio, um argumento físico-matemático que liga a expressão sqrt(1-v²/c²) a potenciais gravitacionais, de maneira não ambígua(e esperava comentários sobre aqueles argumentos, para eventuais aprofundamento do que está, ainda, por trás deles). E posso, também, mostrar que a expressão envolvendo esses intervalos de tempo resultam de uma expressão geral, da RG, quando passamos ao limite de baixas velocidades e campos fracos. Como Goldberb faz no primeiro post que você disponibilizou para o fórum. Ele não está inventando nada. Está mostrando aspectos relevantes da teoria. Lá, por exemplo, ele faz Ï• = V²/2. Pareceu estranho, isso? Se alguém achou estranho, digo que não é. Partindo do fato de que o potencial gravitacional próximo à superfície da terra é dado por φ(h) =g h, g sendo a aceleração da gravidade e h a altura a partir da superfície da terra ou do planeta envolvido, e que esse mesmo potencial pode ser obtido pela expressão Newtoniana Ï•(r) = -GM/r e que, ainda, a condição para sair de um campo gravitacional é tal que se cumpra o fato de que a energia potencial deve ser igual à energia cinética do sistema em movimento no campo gravitacional, ou seja, que (1/2) mV² = GMm/r, onde r é tal que V é a velocidade de escape desse “poço” de potencial, pode-se facilmente, por substituições, chegar a que Ï• = V²/2, onde o V é uma velocidade específica, de escape do potencial em questão.
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> Concluindo, a divergência que tenho é a seguinte: a expressão badalada, Ï„ = , [ em texto: Ï„= sqrt(1-v²/c²) ], onde o fator que relaciona os tempos em cada referencial depende somente de v, só é uma aproximação, apenas. Muito próxima da realidade, conforme mostram todos os experimentos que são feitos nos laboratórios de Física de Partículas de Altas Energias, usando exclusivamente partículas atômicas, e não naves malucas que saem por aé em velocidades inimagináveis em nossa tecnologia. No primeiro caso, os tempos de aceleração são extremamente pequenos, mas as acelerações podem ser extremamente grandes. Agora, esses tempos e essas acelerações podem variar conforme se queira uma velocidade(em termos de c) maior ou menor, daí que, para cada velocidade, teremos em laboratório um tempo impróprio maior ou menor, idem o tempo impróprio. Então v liga-se a esses intervalos de tempo da maneira como aparecem na fórmula famosa. Portanto às ínfimas acelerações. C. Möller, autor de uma magistral obra sobre RG, que uso sempre, diz claramente que não, que não depende. Que eu estou errado, segunda sua última psicografia e que, quando eu chegar por lá, onde ele está, vai querer conversar bem direitinho comigo. Imagina só!.
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> Eduardo: Todas essas objecoes ja' foram levantadas nesse thread, e vc a meu ver nao conseguiu explicar nenhum esses paradoxos q surgem qdo tentamos explicar o fenomeno apenas pela RR.
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> Victor: Certo. Assumo minha incompetência em não conseguir expressar o que penso de maneira que o interlocutar entenda como penso.
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> Há na literatura um sem número de exposições nesse sentido que, dizem, na atingiram o objetivo a que se propuseram. Eu não acho, quase todas as que tenho lido estão corretas, e claras, dentro daquilo a que se propõem. A questão é que se deseja que aquelas exposições façam mais do que podem. Não provam, de maneira alguma, que Viajante envelhece menos. O que mostram é que, realmente, Viajante encontra que envelhece menos e que o irmão ficou mais velho. Vice-versa. Estabelecendo que não pode haver paradoxo. Nada mais. O resto é que fica, realmente, por conta da RG. (Repetí argumento que expuz mais acima. Afinal, como fazer “lavagem cerebral”, se não repetir, ora...
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> Mas tenho me esforçado, como vê. Fazer o quê?
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> Eduardo: Acho tb q ja' ficou claro q, *uma vez definido de modo arbitrario, 'ad hoc', e fora dos postulados da RR*, qual gemeo vai envelhecer mais (por exemplo, afirmando-se q o fato do gemeo da nave acelerar/desacelerar na viagem implica q so' ele sofrera' dilatacao temporal), e' facil usar depois a RR p/ calcular a diferenca de idades no reencontro.
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> Victor: Ops!, Eduardo, acho que não. Vamos ver se consigo contrapor-me ao que disse acima. Mais acima, expressei o fato de que a mudança na taxa de relógios independe de referenciais, o que é fato previsto teoricamente e mais que provado experimentalmente! Então nada tem desse negócio de “ad hoc”. São fatos, hoje, incontestáveis. Concorda?
>
> E, sim, em sabendo isso, que Terreno envelhece mais que Viajante, o que é fato experimental, fica facílimo, e de maneira direta, usar a RR, não para calcular a diferença de idades, como já mostrei(ver o último e-mail para o Hélio), mas de mostrar, via RR, que não há paradoxo.(Repito que todas as discussões nestas threads estão focadas em se há ou não paradoxo, e se há ou não, dentro de RR, maneira de levantar o “paradoxo” e não em como calcular a diferença de idades entre os irmãos. Imaginava que todos estavam conscientes de que era assim. Agora, vejo que não.) A idade de um múon é, sim, calculada usando a RR, mas por mera coincidência, pelas razões que explicitei noutros lugares desse post e em outros e-mails.
>
> Eduardo: De modo geral, nesse momento (como no artigo de Lasky na SciAM), se aplica a equacao da RR, e usualmente a *toda a extensao da viagem*, ignorando a extensao dos periodos acelerados/desacelerados e os periodos inerciais, em outro procedimento paradoxal. O resultado? Como sabemos, se nao e' igual ao calculo rigoroso pela RG, e' na pratica o mesmo. Dai' talvez a *ilusao* de explicacao exclusivamente pela RR para o fenomeno.
>
> Victor: acho que o que já falei acima responde à proposição acima, o que elimina, segundo penso, referências a coisas como “ilusão”, conforme postou agora.
>
> Eduardo: Mas permanece o paradoxo.
>
> Victor: Não; não segundo penso e justifico. Além disso, você mesmo tem consciência de que há várias maneiras de levantá-lo, inclusive usando coisas de fora da RR, como o efeito Doppler, aplicado a esta teoria. Há a técnica dos diagramas de Minkowski, usando quadri-vetores e os conceitos de trajetórias temporais, que acho perfeita, há o uso da própria métrica para mostrar que não há paradoxo, com o bônus de ser, além de tudo, quantitativo; pode-se se aproveitar o fato de c ser uma constante e usar o método k de radar com emissão e recepção de sinais entre os os gêmeos, entre outros. Você mesmo já expressou coisas assim por aqui. Esses métodos não pretendem, nem podem fornecer cálculos precisos de idades entre gêmeos.
>
> Eduardo: (De novo: Nao ha' duvida q realmente e' apenas o gemeo da Terra q vai envelhecer mais. E' o q preve^ a RG e e' o q e' confirmado experimentalmente em experiencias analogas ao Paradoxo dos Gemeos - muons, mesons, sinais de satelites GPS, relogios atomicos em avioes, decaimento mais lento de particulas em aceleradores, etc -. O q estou dizendo e' q nao ha' como se afirmar isso *so' pela RR*).
>
> Victor: Já expressei opinião a respeito.
>
>
> Eduardo: Desculpe, Victor, mas a meu ver vc nao conseguiu apontar em nenhuma de suas msgs como podemos explicar esse paradoxo exclusivamente dentro da RR.
>
> Victor: Não há do que desculpar-se, amigo. Não precisa desculpar-se ao expressar o que realmente pensa. Eu sei. Se não conseguí expressar com precisão o meu ponto de vista(e acho que melhorei a exposição aqui), paciência.
>
>
> Eduardo: Continuo mantendo o mesmo entendimento.
>
> Victor: Ok.
>
>
> Eduardo: Concordo com Goldberg. A RR nada tem a dizer sobre esse fenomeno (embora, como disse, possa ser usada para calcular a dilatacao temporal ocorrida de modo relativamente preciso).
>
> Victor: Como vê, discordo só um pouquinho do ponto de vista dele, apenas nesse aspecto.
>
> Apesar de saber que o Godberg faz vida profissional, universitária, que isto é o seu dia a dia, portanto, tem consciência do que fala e prega e ensina, ainda assim, mantenho-me com minhas inquisiqueiras nesse particular mister. Também, muitos autores dizem algo diferente do que penso a esse respeito. Mas, vou continuar a “matutar e matutar” a respeito até que uma luzinha acenda. Até lá, vou defendendo minhas posições conforme o nível de conhecimento e “semancol” que tenho. Ou penso ter.
>
> Eduardo: Acho q Lasky nao explicou coisa alguma em seu artigo.
>
> Eduardo: Discordo. Depende do que você acha que deveria ser explicado. Lasky mostrou que não existe paradoxo, só isso; e que o “paradoxo” é fruto de entendimento inadequado da questão, do ponto de vista da RR. O objetivo não era explicar por que alguém envelhece mais ou menos que o outro. Isto é coisa, realmente, para a RG. Essa não foi a tônica de seu artigo. Discordo dele, contudo, quando diz aquilo de “pessoas pouco informadas” tendem a crer que as acelerações nada têm a ver com essa história. Tem sim. Pode até que eu e outros gatos pingados estejamos errados, mas isso é outra coisa. Agora, mal informado, creio que não. Para mim o Lasky continua com nota 10, só retiro 1/3 da distinção e ½ do louvor que seu trabalho merece. No último parágrafo, conforme referi noutro post, ele faz uma abordagem interessante sobre os tempos observados na ida e na volta, em termos de rapidez e lentidão do envelhecimento observados no outro, por cada um deles, na ida e na volta. Como se a direção e sentido da velocidade tivessem influência nessas coisas. Isto, certamente, é outro ponto para umas trocentas trheads. Têm, mas é apenas aparente, como o é a contração de comprimentos e outras tontices que aparecem. Não tinha vista ainda abordagem nesse sentido. De resto, segue os padrões.
>
>
> Eduardo: A unica e exclusiva explicacao matematico-fisica do Paradoxo dos Gemeos vem da RG.
>
> Victor: Também e principalmente. A “única” a que se refere tem a ver somente com o porquê, e de quanto, o Viajante envelhece menos. Mas sobre isso, já me expressei neste e noutros posts.
>
> Eduardo: E, embora esteja apreciando esse debate, receio q estejamos ja' entrando naquela fase terminal de um thread, qdo um interlocutor comeca a repetir seus argumentos ao outro.
>
> Victor: Amigo, minha opinião é a seguinte: 1) a thread é realmente interessante e, de certa forma, ela vem se repetindo no mundo inteiro, pela atenção e interesse que provoca; 2) acredito que continuará por muitos anos mais; 3) particularmente, não me canso, nem me aborreço de falar e discernir sobre essas coisas, pois geralmente, descambam em outros conhecimentos associados, o que é bom para quem tem, realmente, interesse; 4) não vejo, a respeito deste polêmico assunto, mal em repetir argumentos, desde que de formas diferentes, o que sempre é bom e pode trazer novas luzes. Parece-me que ele enseja aprendizados e insights dificilmente obtidos com outros assuntos.
>
> Portanto, deve continuar apreciando e repetindo(o tema). Não vejo nada demais nisso. Sei que muitos não concordam comigo. No máximo, o que pode acontecer, como de resto em tudo, é que eu esteja errado. E daí? Mas, já pensou se meu pensamento fosse uma unamidade?
>
> Para finalizar, só tenho a lhe agradecer por essa postagem, que me ajudou a exprimir o que penso de maneira organizada e seqüencial. Foi como empurrar bêbado em ladeira. Será?
>
> Sds,
>
> Victor.
>
> ;-)
>
> Abs,
> Eduardo Torres
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br> , "JVictor" <j.victor.neto@> escreveu
> >
> > Eduardo, comentarei uma parte do post de seu amigo, o prof. Goldberg e os seus próprios comentários.
> >
> >
> >
> >
> >
> > De: ciencialist@yahoogrupos.com.br <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br> [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br> ] Em nome de Eduardo Torres
> > Enviada em: segunda-feira, 9 de abril de 2012 15:35
> > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br>
> > Assunto: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos
> >
> >
> >
> >
> >
> > O Goldberg deve ter gostado do tema, pois, alem de me responder em pvt, postou sobre o Paradoxo dos Gemeos em seu blog:
> >
> > http://usersguidetotheuniverse.com/?p=2464
> >
> > Victor: Verei se entro no blog e faço alguma participação. Primeiro, tentarei entender o seu pensamento a respeito dessas coisas.
> >
> > ;-)
> >
> > Abs,
> > Eduardo Torres
> >
> > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br> <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br> , "Eduardo Torres" <dudutorres@> escreveu
> > >
> > > Perguntei ao fisico David Goldberg...
> > >
> > > Dave Goldberg, Ph.D.
> > > Associate Professor, Drexel University Department of Physics
> > > "A User's Guide to the Universe" (Wiley, 2010)
> > > "The Universe in the Rearview Mirror" (Dutton, 2013)
> > > http://www.usersguidetotheuniverse.com
> > >
> > > (sim, o mesmo cujo post no seu blog motivou o artigo no NYT sobre Emmy Noether)
> > >
> > > ...sobre o Paradoxo dos Gemeos.
> > >
> > > Sua resposta foi:
> > >
> > > (esta' em ingles, mas e' facil de ler, e pra quem nao le^ bem em ingles, o tradutor do Google da' uma versao em portugues bem razoavel)
> > >
> > > -----------
> > >
> > Dear Eduardo,
> >
> > Thank you so much for your kind words, and I hope I can be of some help. In many ways, however, you have hit at the heart of the problem. The Twin Paradox can't be resolved by understood by Special Relativity because it doesn't satisfy the postulates of Special Relativity. Einstein laid out his assumptions in his original 1905 paper. As he put it:
> >
> > 1. [T]he same laws of electrodynamics and optics will be valid for all frames of reference for which the equations of mechanics hold good.
> > 2. [L]ight is always propagated in empty space with a definite velocity c which is independent of the state of motion of the emitting body.
> >
> > The first postulate is generally understood to mean that all laws, not just electromagnetism, will remain invariant in all inertial reference frames.
> >
> > Victor: ok.
> >
> > And what happens if the reference frame is NOT inertial? The theory can't say a thing. The short answer is that there is no answer "*using exclusivelly the SR*, *without using* GR" as you put it.
> >
> > Victor: Se o referencial é acelerado, não inercial, a SR não tem recursos de analisar o movimento. Realmente, é verdade. Mas se a a análise for tentada dentro do referencial acelerado!! Pode-se, sim, analisar, com precisão, um movimento acelerado a partir de um referencial inercial externo. Existem técnicas matemáticas para isso. E enquanto as velocidades não atingem valores próximos de c, e se os campos são fracos, todo o aparato Newtoniano poderá ser usado, e de fato isto é feito, sem ambigüidades. Se for o caso, poderei fazer uma descrição mais técnica desses meios, analisando o caso concreto de uma nave que se desloca com aceleração g. Aliás, ontem li rapidamente um post seu, onde Goldberg apresenta uns cálculos com essas características mas, parece, que seu enfoque é outro. Não me detive na análise.! Mas irei aprofundar o estudo de seu trabalho. Todo movimento é um movimento… Por mais complicado que seja o movimento acelerado, num dado momento há, em cada instante, uma velocidade v(t), instantânea, em relação a So. Seja v(t) a velocidade num dado instante. Como o movimento é acelerado, após um intervalo Î"t, tão pequeno quanto se queira, aquela velocidade passou a ser: v(t) + Î"v, medida pelo referencial inercial So que, no instante t, esteja em repouso e com a mesma velocidade v(t) da nave(ou partícula). E assim por diante, passando por todos os pontos da trajetória, cujo resultado final é concretizado, possivelmente, mediante integrais entre os intervalos considerados. Bem, podemos, ainda, considerar o movimento da nave em relação a outro referencial S`, que se move com velocidade v(t), em relação a So e aplicar a fórmula da velocidade para So, segundo a relatividade. Mesmo neste caso, os equacionamentos são tranqüilos, e obtidos classicamente. . Fica só o registro. Então, dizer que a SR não pode se usado para movimentos acelerados é contar metade da história. Claro, o uso da RG, em todos os casos é o caminho correto, e, muitas vezes até menos encrencado!...
> >
> > Obs.: No que se refere ao restante do post, nada não há acrescentar, no que concerne ao desenvolvimento matemático e sua relação com a física do processo. A menos que alguém precise de esclarecimentos. Juro que farei.
> >
> >
> > You raise a couple of points. You ask, for instance, what happens if the accelerations are nearly instantaneous. To put that in mathematical terms, if the cruising momentum of the spaceship is p:
> >
> > p=F*Delta t
> >
> > What happens if the force is extremely high and the time is extremely short?
> > Instead of thrusters, we could consider what would happen if we did the same sort of acceleration using a potential well. Suppose (for ease of calculation and for general familiarity with the final result) that the final speed of the ship was enough less than the speed of light that we can use non-relativistic approximations. You are free to generalize later, and I'll assure you it won't make a difference. What happens then?
> >
> >
> > Well, if you fall into a potential well Phi and speed up to a speed v:
> >
> >
> > Phi=-(v^2)/2
> >
> > In a practical sense, the "v" in the equation is the escape speed from a planet, star, or whatever body you'd like to imagine. Notice that we don't make any mention of how long it takes you to fall into the potential well. It can be as steep as you like. However, once you're in a deep well, General Relativity says that time runs slower near massive bodies (at negative potentials) than they do in deep space. The ratio -- in the small potential limit-- is:
> >
> > t_(near a planet)/t_(deep space)=1-Phi/c^2
> >
> > Since Phi is negative, more time passes near a planet than in deep space. Plugging in the potential, we get:
> >
> >
> > t_(pl)/t_(ds)=1+v^2/(2*c^2)
> >
> > For v/c << 1, this is simply a Taylor expansion of:
> >
> > t_(pl)/t_(ds)=gamma=1/sqrt(1-v^2/c^2)
> >
> > Check by plugging in v=0.2c or similar numbers into both expressions if you don't believe me.
> >
> > In other words, you can imagine the trip as though the traveling twin falls into a potential well, hangs out for a while, climbs out when she teaches her destination, falls in again to return, and climbs out again on reaching earth.
> >
> > As I said, I did this under the assumption that the relativistic effects were relatively mild. You are welcome to try using the full:
> > p=m*v*gamma and Schwarzschild metrics if you like. You'll get the same result, but it will be mathematically hairier.
> >
> > Hope that helps and doesn't just add fire to your flame war.
> >
> > Dave
> >
> > ------------
> >
> > Comentarios:
> >
> > Eduardo: Goldberg faz uso de outra abordagem, imaginando o gemeo na espaconave como entrando e saindo em um poco potencial durante sua viagem.
> >
> > Victor: Esta é uma abordagem correta. Por entrando e saindo de um poço de potencial ele quer significar o período em que sistema é acelerado, não importando como e quando sai desse estágio de movimento. No período acelerado pode-se usar com segurança o Princípio da Equivalência.
> >
> > Então, é preciso usar a RG. Há alguns anos apresentei a este fórum e a outro, o Relatividad, do qual o novo ciencialisteiro Jaime participa, um arrazoado usando o PE e resolvendo o â€Å"paradoxo” dos gêmeos no seguinte caso: a nave parte do repouso, acelera até que sua velocidade v(t) atinja um certa velocidade (+V), permanece com essa velocidade +V durante um certo tempo, desalecera nas proximidades do planeta destino, a velocidade vai de +V a 0, acelera de volta, até que sua velocidade -v(t) atinja a velocidade de cruzeiro ( â€"V), e após o mesmo tempo que permaneceu com a velocidade (+V) desacelera até parar. Como se vê, o uso do PE próprio da RG, e que lhe dá causa, é imperioso.
> >
> > O caso dos múons, e de todas as partículas atômicas radioativas, são consideradas analogias(grosseiras, em meu ponto de vista) da questão acima, que é mais genérica, de complexidade maior. O caso dos múons, evidentemente, é um caso particular. Os tempos para se atingir a velocidade +V ou â€"V são praticamente nenhuns, mesmo se as acelerações envolvidas são grandes, como realmente o são,ainda que nesses ínfimos intervalos, beirando o instantâneo. Então, o que tento provar é que a fórmula canônica, Tp = sqrt(1-v²/c²) * tim, Tp=tempo prórpio e tim = tempo impróprio, só é válida para partículas atômicas. Não sei, mas creio que o Goldberg deve concordar com isso.
> >
> > Na abordagem que apresentei, Viajante conclui, de seu referencial , que Terreno envelhece mais que ele. Terreno conclui, de seu referencial, que Viajante envelhece menos. Num acordo perfeito, como era para ser.
> >
> > Eduardo: (Confesso q nao entendi inteiramente essa analogia).
> >
> > Victor: A razão foi explicada pelo Takata,corretamente; tem a ver, diretamente, com o PE. Nesta portunidade, apenas expandi um pouco essas razões.
> >
> > Eduardo: Mas o mais importante pra mim em sua resposta e': Segundo Goldberg nao ha' explicacao matematico-fisica possivel para o Paradoxo dos Gemeos dentro da Relatividade Restrita. Nao ha' duvida q e' o gemeo da Terra q envelhece mais, mas isso nao pode ser demonstrado usando-se exclusivamente os principios da Relatividade Restrita.
> >
> > Victor: Veja bem, no caso dos múons e similares, como disse acima, que envolve questão análoga à dos gêmeos, essa restrição não é posta em causa. O paradoxo é levantado usando a RR e seus conceitos de: tempo próprio(crucial, vital mesmo, na análise), contração de comprimentos, dilatação dos tempos. Para mim, toda a questão roda em torno de se existe ou não assimetria entre os referenciais envolvidos. Quando se conclui que a assimetria é o que estabelece a relevância do problema, acabam as querelas! Não há mais paradoxo. Enquanto os estudiosos continuarem imaginando que inexiste assimetria, não há como obterem algum convencimento, matematicamente, fisicamente, logicamente, filosoficamente(ui...), ou o que seja. E tem mais, a assimetria é maior do que se imagina, já parou para examinar? Por exemplo, além das acelerações obrigatoriamente envolvidas no processo, há o fato de os referenciais de ida e de volta além serem de diferentes entre si,há um bônus adicional: os intervalos de tempo, na ida e na volta, enquanto no estado inercial, do ponto de vista de Terreno, são diferentes! Parecendo que a direção da velocidade influi na questão! Você diria: Agora danou-se tudo. Pois é. E, em tais circunstâncias, há uma razão simples e clara, a justificar o efeito. Nada demais, do ponto de vista dos postulados. Noutra oportunidade, eventuais questionamentos ensejarão detalhamentos desse â€Å"misterioso” fato. Num intervalo o relógio de Viajante corre mais rápido, noutro vai menos rápido. Aliás, o Lansky, da Sciam, já nos últimos parágrafos do artigo, faz uma bela alusão a esse fato, enfatizando o efeito. Lembra?
> >
> > Além disso, o paradoxo dos gêmeos, na forma como geralmente é enunciado, pode ser levantado de diversas outras maneiras, como a Sciam menciona nos últimos parágrafos do artigo. E, em nenhuma, se recorre à RG. Particularmente, considero isto: os resultados via RG, sem sombra de dúvidas, quantitativamente, são preciso. As fórmulas usadas, envolvendo gamma, estão linkadas com a RG, pois estão associadas à curvatura do espaço e aos potenciais gravitacionais. Em casos ideais, baixas velocidades, campos fracos, elas surgem como aproximações! Muito precisas para partículas atômicas como os múons e outras radiotivas, que se desintegram, etc. Já mostrei isso por aqui também, e também o Goldberg.
> >
> > Se houver interesse, entendo que será útil expandir as informações que coloquei mais acima.
> >
> > Eduardo: So' a Relatividade Geral explica o fenomeno de modo satisfatorio.
> >
> > Victor: Sim. De modo satisfatório e preciso.
> >
> > Eduardo: E ai' ha' varias maneiras de explica-lo. Pode ser explicado graficamente, naqueles diagramas de espaco-tempo de Minkowsky (world lines),
> >
> > Victor: O uso dos diagramas de Minkowski, inerentes ao espaço tempo, de estrutura geométrica hiperbólica é, sem dúvida, um dos melhores, mais diretos e objetivos.
> >
> > Eduardo: ou por essa analogia com pocos potenciais gravitacionais, ou pelo efeito Doppler relativistico, ou por 'n' outros modos.
> >
> > Victor: Sim.
> >
> > Eduardo: So' nao pode ser explicado so' pelos postulados da Relatividade Restrita. Acho q essa foi a grande 'pegadinha' q Langevin quis fazer com Einstein em 1911: Ele entendeu logo de cara essa contradicao. E Einstein sentiu o golpe, embora nao desse o braco a torcer. Manteve a posicao q o gemeo da Terra iria estar mais velho, mas passou a chamar o efeito de 'peculiar', apo's Langevin apontar o aparente paradoxo. So' depois de 1915, com a Relatividade Geral, o fenomeno do Paradoxo dos Gemeos passou a ter explicacao matematico-fisica consistente.
> >
> > Victor: Aquí, uma discordância entre nossos pontos. A maneira de resolver o paradoxo dos gêmeos no caso dos múons não usa RG, conforme comentei acima; idem, com o uso dos diagramas de Minkowski ou com os recursos do efeito Doppler relativístico(aliás, uma maneira clara de mostrar a inexistência do tal, via recursos de fora da relatividade...). Agora, a RG sozinha resolve tudo?
> >
> > Com relação a Langevin, eu acho(e como disse, não tenho argumentos comprobatórios disso), mero achísmo mesmo, que a pegadinha, como mencionei outra vez, teve outro sentido. Não creio que ele tenha chegado a associar as expressões que resultam dos dois postulados à RG, no caso geral. Bem, sequer isto é relevante para esta questão. Objetivamente, minha posição, é que, entendido que há as loucas assimetrias acima, e tudo estará resolvido. Considero esse o ponto de maior relevância. E, certamente, uma vez compreendido isso, não é preciso contas para provar o que está provado. Mas...
> >
> >
> > Eduardo: Esse e' o meu entendimento.
> >
> > Victor: Ok.
> >
> > Sds,
> >
> > Victor.
> >
> > >Abs,
> > >Eduardo Torres
> >
>


SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2012 17:32

“Ele me pediu para substituir eu fiz e perguntei para ele se estava correto, mas ele não me respondeu”.

 

Nem irei. Você não tem segurança  em substituir dados numa equação? É preciso que alguém diga que o resultado está correto ou errado? Como um simples resultado numérico valeria por um milhão de palavras, se você questiona, e está fazendo isso agora, inclusive,  o  formalismo que permite obter esse resultado?...   

Deve, então, usar as equações que forneci e comentei, fazer  simples substituições e pronto,  obter seus resultados. Quaisquer que sejam eles, serão os corretos, se as equações forem aquelas e...se não errou nas contas.  Se faz os “questionamentos” que ora intenta fazer,  deve ser em razão de não acreditar no formalismo que forneci, pronto e acabado. Então, meu caro, se é assim, tire um pouco de tempo, esqueça tudo que lhe informei  e cheque tudo em obras do ramo. Forneci algumas dicas, mais técnicas, imaginando que estava sendo levado a sério.  Mas,  o que vem daí?  Nada pertinente ao assunto. O caminho é aquele, como verá,  se for realmente atrás.

 

eu já falei, será fácil para a gente te entender, se você, no lugar de responder com um milhão de palavras em 10 mil parágrafos”.

 

Isto realmente é cansativo. Ao invés de criticar minha maneira de escrever e expor,  deveria era criticar o argumento em si, em qualquer das formas apresentadas, técnicamente, científicamente, pois isto é a única coisa que interessa num debate dessa natureza;  deveria contrapor-se às exposições matemáticas na mesma medida. Se discorda deveria demonstrar onde está o erro. Basta isso. Piadinhas, certas alusões ao interlocutor, certos comentários, recorrentes na maioria de seus textos, especialmente quando são retornos aos meus posts, todos fora do que se está discutindo,o que  não é apropriado a debate algum.

Não precisa responder.

 

Victor

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Hélio Carvalho
Enviada em: domingo, 15 de abril de 2012 15:42
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3

 

Belmiro, Eduardo, Victor e demais,

 

Esta thread não pode terminar sem que o Victor termine de responder a minha MSG

http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81501

e ele começou a responder na:

http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81735

Mas faltou o resultado numérico:

Ele me pediu para substituir eu fiz e perguntei para ele se estava correto, mas ele não me respondeu.

 

Eduardo:

> > Todas essas objecoes ja' foram levantadas nesse thread,

> > e vc a meu ver nao conseguiu explicar nenhum esses

> > paradoxos q surgem qdo tentamos explicar o fenomeno

> > apenas pela RR.

> >

Victor:

> Certo. Assumo minha incompetência em não conseguir

> expressar o que penso de maneira que o interlocutar

> entenda como penso.

 

Victor, eu já falei, será fácil para a gente te entender, se você, no lugar de responder com um milhão de palavras em 10 mil parágrafos, responder apenas com um número. Ou seja o resultado numérico ao problema proposto. Repito abaixo:

 

No relógio do Viajante: ele leva 0,25 acelerando para chegar a 0,6c, depois fica nesta velocidade (MRU)  por 20 anos, depois leva 0,25 ano desacelerando para parar e mais 0,25 ano acelerando para chegar a -0,6c, fica mais 20 anos em MRU voltando e finalmente mais 0,25 ano desacelerando até parar novamente e reencontrar o irmão.

 

A pergunta: Quanto tempo terá passado no relógio do irmão que ficou na terra??

 

(a) 41,06 anos;

(b) 41,25 anos;

(c) 51,06 anos;

(d) 51,25 anos;

(e) nenhuma das respostas anteriores. A resposta será: _______ anos.

 

Responda só a letra e se for (e) coloque só o valor numérico, nem precisa escrever a palavra "anos".

 

Esta resposta valerá mais que um milhão de palavras.

 

 

Hélio

 

 

 


De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Domingo, 15 de Abril de 2012 13:38
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3

 

 

    Olá!

 

     Já que fui citado, vou dar uns pitacos...

 

 

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 14 de Abril de 2012 23:03
Assunto: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3

 

Eduardo,

 

Muito bom como organizou os questionamentos.(Não vou dizer mais nada, senão Belmiro vem com aquela história de “flexinhas” e coisas que tais....

 

      Não vai dizer mais nada? E aquele caminhão de escritos aí embaixo? Seria isto um paradoxo?

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
Enviada em: sábado, 14 de abril de 2012 00:20
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: ENC: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos

 

 

Caro Vitor,

Por essa e msgs anteriores, entendo q vc entende q a assimetria dos dois referenciais explicaria por que e' o gemeo da Terra q envelhece mais, e a partir dai' o fenomeno teria uma explicacao matematico-fisica consistente pela RR.

Victor:   Só para clarificar mais ainda este  ponto da TR:  o relógio em movimento, ao passar por processos de aceleração, altera sua taxa de registros de tempo,

      Ops, então a aceleração influencia o relógio e não o tempo?

em relação a um relógio que está em repouso, num referencial inercial.  As leis físicas, processos físicos,  independem de referenciais.  Sua descrição, sim.  Mas a forma em que se apresentam, não. O  gêmeo que viaja envelhece menos devido a que foi submetido a acelerações, esteve em movimento, enfim.  E é uma realidade que independe de qualquer outro referencial.

Desculpe-me a tentativa de detalhar demais minha resposta. Pode até parecer repetitivo, mas entendo que devo agir assim tendo em vista outros leitores.  Dito isto, vamos  ao resto. 

         O que estamos tentando fazer aqui é mostrar que um não envelhece tanto quanto o outro, ou tão menos que o outro, como parece mostrar, numa análise apressada,  as equações envolvendo tempos e comprimentos próprio e impróprio, relacionados pelo fator de Lorentz, o que estabelece o falso paradoxo, quando interpretado de maneira indevida. 

       Ué! Eu achei que, para tempos de aceleração desprezíveis frente ao tempo total de viagem, os resultados da RR e da RG fossem os mesmos. E que história é essa de análise apressada? A análise é a análise, independente se é feita com ou sem pressa. Por acaso, agora está dizendo que o resultado previsto pela RR depende da interpretação? Que interpretação? Não há o que interpretar, a não ser aplicar as equações, depois de usar o macete de perguntar quem acelerou.

 Pois o fato físico de que o gêmeo da Terra envelhece mais, e o Viajante, menos, é um dado pré-existente, inquestionável.

      Por isso memso que nós insistimos que é ad hoc. Ou, é um macete a ser empregado, que consta no manual de uso da RR:  "Para definir nas equações quem vai envelhecer menos, pergunte quem vai acelerar"

  E, em sabendo, previamente,  disso,  nada obsta que usemos este dado importante para  mostrar que não há  ambiquidade de maneira alguma. 

      Previamente, he, he.

      Não há erro matemático e lógico nesse procedimento. É perfeitamente legal, tecnicamente falando. As características do movimento de Viajante são claras, há acelerações envolvidas, conforme já descrevi outras vezes. 

       Sim, como no caso dos ônibus freando e fazendo curvas...

 Aliás, há pouco concluí um arrozoado para Hélio, exatamente sobre esta questão.
Eduardo: (Acho q ate' Einstein, antes de publicar a RG, ensaiou esse samba - portanto vc esta' em boa companhia).

Victor: Então sambou direito.

Hélio: Mas creio q ja' foram apontadas nesse thread as inconsistencias desse entendimento.

Victor: Segundo meu ponto de vista, não.


Eduardo: A unica diferenca entre os dois referenciais e' q um acelera e desacelera duas vezes, e o outro permanece inercial todo o tempo.

Mas, como tb ja' foi apontado, aceleracoes *nao* fazem parte da RR.

Victor: Ok.

Eduardo: A RR so' se aplica a referenciais inerciais.

Victor: Sim, até por que referenciais inerciais não são acelerados. Contudo, é perfeitamente possível, hoje, fazer a análise de um sistema acelerado,  classicamente, Newtonianamente falando,  ou via RR.   Agora há pouco escrevi um conjunto de equações, até de uma maneira sequencialmente organizada, sem deduzi-las, por desnecessário, ao menos aqui, todas deduzidas com recursos da física clássica e dos Postulados da RR! Tanto você pode chegar a elas partindo da teoria matemática que envolve os quadri-vetores(o que é mais direto e, até, mais bonito e cheio de interesse físico) ou partir de outro processo matemático, conforme descrevi no mesmo e-mail para Hélio, acima referido. Não vou dizer a você que todos os problemas que surjam, envolvendo sistemas acelerados possam, sempre, ser resolvidos assim, somente com esses recursos. Evidentemente que não. Mas estes, em especial, que estamos referindo, podem. A RG, evidentemente, é geral. E suas descrições embutem, de alguma forma, aquelas equações.


Eduardo: Se supormos q e' o gemeo da Terra q vai envelhecer mais so' porque e' apenas o gemeo da nave q sofre aceleracao/desaceleracao, estamos a meu ver tentando 'extrapolar' a RR, para obriga-la a explicar fenomenos q sao estranhos a ela.

Victor: Desculpe-me, mas o gêmeo da Terra não vai “envelhecer mais só porque e apenas o gêmeo que viaja sofre acelerações”  em qualquer sentido!  O estado de movimento de Viajante nada tem ver com envelhecimento ou não de Terreno. Pessoas, coisas, referenciais, não influenciam no comportamento das coisas da natureza. Terreno envelhece porque envelhece, como eu e você, independentemente de qualquer outra coisa do entorno, em repouso ou em movimento. A queda de meus cabelos independem de se você está indo a New York ou não.

     Tudo me leva a acreditar que você entendeu o que ele quis dizer. Os comentários acima foram totalmente desnecessários.

 

 “Supor” que o Terreno envelhece mais não é uma mera suposição. Idem, que o gêmeo Viajante envelhece menos que Terreno.

    Amigo, você é realmente contraditório. Acabou de criticar o Eduardo acima e já usou a mesma expressão.

São fatos experimentais e práticos, do dia a dia. Cada um envelheceria do mesmo jeito, ainda que o outro não existisse. A inclusão de ambos, ou de mais de um, na história, é apenas um recurso matemático para condução dos cálculos, para facilitar este.  Apenas isso. Algo como você usar, sempre duas partículas em movimento no espaçotempo para estabeleceer se há ou não curvatura. E porquê?  A razão é que não há maneira de, sensorialmente, percebermos se há ou curvatura.  Então, duas partículas livres, que seguem geodésicas paralelas, denunciam o caráter curvo do espaço. Como, por exemplo, também, no caso de forças de marés.  São recursos teóricos de extrema utilidade. Referenciais são como muletas que ajudam a caminhar, e uma vez cumpridas sua missão, tchau. E a humanidade continuará sua “marcha para diante, rindo, soberba e reinante”, para parodiar  o relato ultra-espirituoso da abelha...chiante, que ainda me faz rir.  No elevador de Einstein, berros daqueles, só mesmo de medo da queda...  


Eduardo: E voltamos ao paradoxo ja' abordado de *por que^*, nas fases inerciais da viagem, onde os dois referenciais sao rigorosamente equivalentes (portanto sendo igualmente valido o gemeo da Terra se supor em repouso e imaginar o gemeo da nave em movimento, ou o gemeo da nave se supor em repouso e imaginar o gemeo da Terra em movimento, pelo Principio da Equivalencia), e' apenas o gemeo da Terra q envelhece mais.

Victor:  O gêmeo da Terra está em repouso e observa o movimento do irmão que viaja,  de maneira objetiva. O irmão que viaja, por outro lado, pode sim, considerar-se em repouso e observar o sistema de Terreno movendo-se em sentido contrário, não só quando os sistemas são equivalentes, caso em que observaria o irmão deslocando-se em MRU(pronto, Hélio, agora MRU...); mas não só. Durante o período de aceleração, a mesma coisa. Veria Terreno em movimento acelerado. Em resumo, isto é válido para todos os estágios da viagem. Contudo, em realidade, o Terreno nunca mudou de referencial, nunca passou de um referencial a outro, nunca esteve acelerado.

 

E como saber, objetivamente, disso. Um acelerômetro preso a ele, Terreno, registrará os estados de movimento em que esteve.

      Mas, de novo? Victor, não é isso que está sendo discutido. O fato é que as equações valem para os dois referenciais, como você mesmo disse. E para aplicar corretamente as equações você *precisa* saber quem acelerou. Veja que é este detalhe que caracteriza o ad hoc na RR. Não interessa como você vai descobrir quem acelerou, se é através de acelerômetros, de bolinhas de búrica (vai ao google, se não teve infância) sobre uma mesa ou seja lá o que for. O que interessa é que você tem que saber quem acelerou.

 Ou ent~çao levando-se a sério e corretamente esse experimento de pensamento.  E o cupom fiscal do acelerômetro indicará:  não esteve acelerado, nunca saiu de So!  Esta é a diferença basilar.  Outro acelerômetro na nave de Viajante registrará, com segurança,  todos os seus estados de movimento acelerado. E indcará onde esteve em MRU(Del nuevo!...) ou não.  

 
Eduardo: Dentro da RR, como explicar isso? Durante a fase inercial, como ja' especulado aqui, o gemeo da Terra envelhece mais por alguma 'memoria da aceleracao' do gemeo da nave enquanto viaja em velocidade constante?

Victor: Como explicar isso, creio forneci uma resposta à primeira pergunta acima. Quanto ao segundo questionamento, desculpe-me, mas,simplesmente, de meu ponto de vista, escapou algo. Quer “memória” mais clara que as rugas e os cabelos que vão ficando?  Até prefereria que fosse só uma “memória”, desde que os registros, como os que ficam impressos no corpo, não aparecessem!...

 Quando Alberto falou nesse negócio pela primeira vez, imaginei: Ops! Deve ter lido sobre o Inconsciente Coletivo de Jung ou sobre as teorias heréticas e descabeladas de R.Sheldrake. E, confesso, e me desculpe o Alberto, não vi qualquer base para inserir algo do tipo naquele seu argumento, a menos que estivesse se referindo à “memória” a que me referi acima. Mas acho que não foi assim. Mas Alberto é o Mesquita, e o resto somos nós, meros mortais.

     Não foi o Alberto quem falou isso pela primeira vez. Fui eu. Não impute ao herege termos hereges só porque ele é herege. (Desculpe, Alberto, no bom sentido). Mas, é memória, sim. O gêmeo que acelera mantém a contração do tempo depois que para. Enquanto isso, os comprimentos voltam ao normal, como disse (mais ou menos isso) o Alberto para justificar a questão da memória. É memória porque alguma coisa lembra ao gêmeo viajante que é ele e não o outro que tem que envelhecer menos, pois as equações fornecem o mesmo resultado aos dois sem o tal conhecimento prévio de quem acelerou.

 

Eduardo: Ou o tempo so' passa mais devagar para o gemeo da nave nas fases aceleradas? Mas, e se essas fases durarem tempos infinitesimais? Todo o envelhecimento maior do gemeo da Terra vai ocorrer em infinitesimos de segundos?

Victor: Aquí, uma boa questão(como de resto, todas as que colocou mais acima, mas esta é especial). Se se lembra, em muitos posts anteriores alertei para a diferença fundamental entre os problemas que ora discutimos. Usamos o caso dos mésons e outras partículas produzidas em laboratório, de massas ínfimas e que atingem velocidades altíssimas, próximas à da luz, quase que instantâneamente, sofrendo acelerações muito altas, vários g´s, nesses períodos(consulte seu cunhado sobre isso, se for o caso), com o movimento acelerado envolvendo coisas massivas. A analogia é imprópria e infeliz. 

      Então você está querendo dizer que a relatividade não se aplica igualmente para objetos massivos? Só por conta da dificuldade tecnológica de imputar elevadas acelerações?

Um caso mais palpável,  mas a nível  meramente teórico, de gêmeos, é aquele que expuz há pouco para o Hélio, que é o que, genericamente, se discute mundo afora. Naquele problema não há jeito de, mesmo motores ultra potentes levarem a “nave” de uma velocidade zero para outro mais alta, digamos, 0,6c em tempos infinitesimais. Postei aquela equações do e-mail para Hélio exatamente para mostrar o quão distanciados estão os dois problemas, em todos os sentidos.  No caso dos múons, por exemplo, os tempos impróprios e próprios são dados em função somente do quadrado da velocidade constante, v²/c².  Mas, em minha opinião particular, e é onde, parece, há divergências entre o que penso e parte do resto dos pensantes, v²/c² é só parte da história. Mostra-se, e apresentei, também para o Hélio,  um argumento físico-matemático que liga a expressão sqrt(1-v²/c²) a potenciais gravitacionais, de maneira não ambígua(e esperava comentários sobre aqueles argumentos, para eventuais aprofundamento do que está, ainda, por trás deles).  E posso, também, mostrar que a expressão envolvendo esses  intervalos de tempo resultam de uma expressão geral, da RG, quando passamos ao limite de baixas velocidades e campos fracos. Como Goldberb faz no primeiro post que você disponibilizou para o fórum. Ele não está inventando nada. Está mostrando aspectos relevantes da teoria.  Lá, por exemplo, ele faz ϕ = V²/2. Pareceu estranho, isso? Se alguém achou estranho, digo que não é.  Partindo do fato de que o potencial gravitacional próximo à superfície da terra é dado por φ(h) =g h, g sendo a aceleração da gravidade e h a altura a partir da superfície da terra ou do planeta envolvido, e que esse mesmo potencial pode ser obtido pela expressão Newtoniana ϕ(r) = -GM/r e que, ainda, a condição para sair de um campo gravitacional é tal que se cumpra o fato de que a energia potencial deve ser igual à energia cinética do sistema em movimento no campo gravitacional, ou seja, que (1/2) mV² = GMm/r, onde r é tal que V é a  velocidade de escape desse “poço” de potencial, pode-se facilmente, por substituições,  chegar a que ϕ = V²/2, onde o V é uma velocidade específica, de escape do potencial em questão.

Concluindo, a divergência que tenho é a seguinte:  a expressão badalada, τ =  , [ em texto: τ= sqrt(1-v²/c²) ], onde o fator que relaciona os tempos em cada referencial depende somente de v, só é uma aproximação, apenas. Muito próxima da realidade, conforme mostram todos os experimentos que são feitos nos laboratórios de Física de Partículas de Altas Energias, usando exclusivamente partículas atômicas, e não naves malucas que saem por em velocidades inimagináveis em nossa tecnologia. No primeiro caso, os tempos de aceleração são extremamente pequenos, mas as acelerações podem ser extremamente grandes. Agora, esses tempos e essas acelerações podem variar conforme se queira uma velocidade(em termos de c) maior ou menor, daí que, para cada velocidade, teremos em laboratório um tempo impróprio maior ou menor, idem o tempo impróprio.  Então v liga-se a esses intervalos de tempo da maneira como aparecem na fórmula famosa. Portanto às ínfimas acelerações. C. Möller, autor de uma magistral obra sobre RG, que uso sempre, diz claramente que não, que não depende.

   Então, há controvérsias!

Que eu estou errado, segunda sua última psicografia  e que, quando eu chegar por lá, onde ele está, vai querer conversar bem direitinho comigo. Imagina só!.


Eduardo: Todas essas objecoes ja' foram levantadas nesse thread, e vc a meu ver nao conseguiu explicar nenhum esses paradoxos q surgem qdo tentamos explicar o fenomeno apenas pela RR.

Victor: Certo. Assumo minha incompetência em não conseguir expressar o que penso de maneira que o interlocutar entenda como penso.

Há na literatura um sem número de exposições nesse sentido que, dizem, na atingiram o objetivo a que se propuseram. Eu não acho, quase todas as que tenho lido estão corretas, e claras, dentro daquilo a que se propõem. A questão é que se deseja que aquelas exposições façam mais do que podem.

    Não provam, de maneira alguma, que Viajante envelhece menos. O que mostram é que, realmente, Viajante encontra que envelhece menos e que o irmão ficou mais velho. Vice-versa. 

      Claríssimo!!!

Estabelecendo que não pode haver paradoxo. Nada mais. O resto é que fica, realmente, por conta da RG. (Repetí argumento que expuz mais acima. Afinal, como fazer “lavagem cerebral”, se não repetir, ora...

Mas tenho me esforçado, como vê. Fazer o quê?


Eduardo: Acho tb q ja' ficou claro q, *uma vez definido de modo arbitrario, 'ad hoc', e fora dos postulados da RR*, qual gemeo vai envelhecer mais (por exemplo, afirmando-se q o fato do gemeo da nave acelerar/desacelerar na viagem implica q so' ele sofrera' dilatacao temporal), e' facil usar depois a RR p/ calcular a diferenca de idades no reencontro.

Victor: Ops!, Eduardo, acho que não. Vamos ver se consigo contrapor-me ao que disse acima. Mais acima, expressei o fato de que a mudança na taxa de relógios independe de referenciais, o que é fato previsto teoricamente e mais que provado experimentalmente! Então nada tem desse negócio de  “ad hoc”. 

 

      São fatos, hoje, incontestáveis. Concorda?

      Por isso mesmo é ad hoc!

E, sim, em sabendo isso, que Terreno envelhece mais que Viajante, o que é fato experimental, fica facílimo, e de maneira direta, usar a RR, não para calcular a diferença de idades,

       É ou não é ad hoc?

 como já mostrei(ver o último e-mail para o Hélio), mas de mostrar, via RR, que não há paradoxo.(Repito que todas as discussões nestas threads estão focadas em se há ou não paradoxo, e se há ou não,  dentro de RR, maneira  de levantar o  “paradoxo”  e não em como calcular a diferença de idades entre os irmãos. Imaginava que todos estavam conscientes de que era assim. Agora, vejo que não.)  A idade de um múon é,  sim, calculada usando a RR, mas por mera coincidência, pelas razões que explicitei noutros lugares desse post e em outros e-mails.

Eduardo: De modo geral, nesse momento (como no artigo de Lasky na SciAM), se aplica a equacao da RR, e usualmente a *toda a extensao da viagem*, ignorando a extensao dos periodos acelerados/desacelerados e os periodos inerciais, em outro procedimento paradoxal. O resultado? Como sabemos, se nao e' igual ao calculo rigoroso pela RG, e' na pratica o mesmo. Dai' talvez a *ilusao* de explicacao exclusivamente pela RR para o fenomeno.

Victor: acho que o que já falei acima responde à proposição acima, o que elimina, segundo penso, referências a coisas como “ilusão”, conforme postou agora.

Eduardo: Mas permanece o paradoxo.

Victor: Não; não segundo penso e justifico. Além disso, você mesmo tem consciência  de que há várias maneiras de levantá-lo, inclusive usando coisas de fora da RR, como o efeito Doppler, aplicado a esta teoria. Há a técnica dos diagramas de Minkowski, usando quadri-vetores e os conceitos de trajetórias temporais, que acho perfeita, há o uso da própria métrica para mostrar que não há paradoxo, com o bônus de ser, além de tudo, quantitativo;  pode-se se aproveitar o fato de c ser uma constante e usar o método k de radar com emissão e recepção de sinais entre os os gêmeos, entre outros. Você mesmo já expressou coisas assim por aqui. Esses métodos não pretendem, nem podem fornecer cálculos precisos de idades entre gêmeos.

Eduardo: (De novo: Nao ha' duvida q realmente e' apenas o gemeo da Terra q vai envelhecer mais. E' o q preve^ a RG e e' o q e' confirmado experimentalmente em experiencias analogas ao Paradoxo dos Gemeos - muons, mesons, sinais de satelites GPS, relogios atomicos em avioes, decaimento mais lento de particulas em aceleradores, etc -. O q estou dizendo e' q nao ha' como se afirmar isso *so' pela RR*).

Victor:  Já expressei opinião a respeito.


Eduardo: Desculpe, Victor, mas a meu ver vc nao conseguiu apontar em nenhuma de suas msgs como podemos explicar esse paradoxo exclusivamente dentro da RR.

Victor: Não há do que desculpar-se, amigo. Não precisa desculpar-se ao expressar o que realmente pensa.  Eu sei. Se não conseguí expressar com precisão o meu ponto de vista(e acho que melhorei a exposição aqui), paciência. 


Eduardo: Continuo mantendo o mesmo entendimento.

Victor: Ok.


Eduardo: Concordo com Goldberg. A RR nada tem a dizer sobre esse fenomeno (embora, como disse, possa ser usada para calcular a dilatacao temporal ocorrida de modo relativamente preciso).

Victor: Como vê, discordo só um pouquinho do ponto de vista dele, apenas nesse aspecto.

Apesar de saber que o Godberg faz vida profissional, universitária, que isto é o seu dia a dia, portanto, tem consciência do que fala e prega e ensina, ainda assim, mantenho-me com minhas inquisiqueiras nesse particular mister. Também, muitos autores dizem algo diferente do que penso a esse respeito. Mas, vou continuar a “matutar e matutar” a respeito até que uma luzinha acenda.

      Vou rezar um Pai Nosso e uma dezena de Ave Maria (ou seria Aves Maria?) para que essa luzinha acenda logo, amigo.

Até lá, vou defendendo minhas posições conforme o nível de conhecimento e “semancol” que tenho. Ou penso ter.

 Eduardo: Acho q Lasky nao explicou coisa alguma em seu artigo.

Eduardo: Discordo. Depende do que você acha que deveria ser explicado. Lasky mostrou que não existe paradoxo, só isso; e que o “paradoxo” é fruto de entendimento inadequado da questão, do ponto de vista da RR.  O objetivo não era explicar por que alguém envelhece mais ou menos que o outro. Isto é coisa, realmente, para a RG. Essa não foi a tônica de seu artigo. Discordo dele, contudo, quando diz aquilo de “pessoas pouco informadas” tendem a crer que as acelerações nada têm a ver com essa história. Tem sim. Pode até que eu e outros gatos pingados estejamos errados, mas isso  é outra coisa. Agora, mal informado, creio que não.  Para mim o Lasky continua com nota 10, só retiro 1/3 da distinção e  ½ do louvor que seu trabalho merece. No último parágrafo, conforme referi noutro post, ele faz uma abordagem interessante sobre os tempos observados na ida e na volta, em termos  de rapidez e lentidão do envelhecimento observados no outro, por cada um deles, na ida e na volta. Como se a direção e sentido da velocidade tivessem influência nessas coisas. Isto, certamente, é outro ponto para umas trocentas trheads. Têm, mas é apenas aparente, como o é a contração de comprimentos e outras tontices que aparecem.  Não tinha vista ainda abordagem nesse sentido. De resto, segue os padrões.


Eduardo: A unica e exclusiva explicacao matematico-fisica do Paradoxo dos Gemeos vem da RG.

Victor:  Também e principalmente. A “única” a que se refere tem a ver somente com o porquê, e de quanto,  o Viajante envelhece menos. Mas sobre isso, já me expressei neste e noutros posts.

Eduardo: E, embora esteja apreciando esse debate, receio q estejamos ja' entrando naquela fase terminal de um thread, qdo um interlocutor comeca a repetir seus argumentos ao outro.

Victor:  Amigo, minha opinião é a seguinte: 1) a thread é realmente interessante e, de certa forma, ela vem se repetindo no mundo inteiro, pela atenção e interesse que provoca; 2) acredito que continuará por muitos anos mais; 3) particularmente, não me canso, nem me aborreço de falar e discernir sobre essas coisas, pois geralmente, descambam em outros conhecimentos associados, o que é bom para quem tem, realmente, interesse;   4) não vejo, a respeito deste polêmico assunto, mal em repetir argumentos, desde que de formas diferentes, o que sempre é bom e pode trazer novas luzes. Parece-me que ele enseja aprendizados e insights dificilmente obtidos com outros assuntos.

Portanto, deve continuar apreciando e repetindo(o tema). Não vejo nada demais nisso. Sei que muitos não concordam comigo.  No máximo, o que pode acontecer, como de resto em tudo, é que eu esteja errado. E daí?  Mas, já pensou se meu pensamento fosse uma unamidade

Para finalizar, só tenho a lhe agradecer  por essa postagem, que me ajudou a exprimir o que penso de maneira organizada e seqüencial.  Foi como empurrar bêbado em ladeira. Será?

Sds,

Victor.

       Isso é o que eu chamo de desvio de personalidade. Além de ser uma crueldade. Coitado do bêbado. Acho que é mais interessante tirar doce de criança, ou surrar bode amarrado. Opinião, apenas. Mas, não liga não. E espero não ter estragado a sua tarde.

       [],s

 

      Belmiro


;-)

Abs,
Eduardo Torres

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...> escreveu
>
> Eduardo, comentarei uma parte do post de seu amigo, o prof. Goldberg e os seus próprios comentários.
>
>
>
>
>
> De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
> Enviada em: segunda-feira, 9 de abril de 2012 15:35
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos
>
>
>
>
>
> O Goldberg deve ter gostado do tema, pois, alem de me responder em pvt, postou sobre o Paradoxo dos Gemeos em seu blog:
>
> http://usersguidetotheuniverse.com/?p=2464
>
> Victor: Verei se entro no blog e faço alguma participação. Primeiro, tentarei entender o seu pensamento a respeito dessas coisas.
>
> ;-)
>
> Abs,
> Eduardo Torres
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br> , "Eduardo Torres" <dudutorres@> escreveu
> >
> > Perguntei ao fisico David Goldberg...
> >
> > Dave Goldberg, Ph.D.
> > Associate Professor, Drexel University Department of Physics
> > "A User's Guide to the Universe" (Wiley, 2010)
> > "The Universe in the Rearview Mirror" (Dutton, 2013)
> > http://www.usersguidetotheuniverse.com
> >
> > (sim, o mesmo cujo post no seu blog motivou o artigo no NYT sobre Emmy Noether)
> >
> > ...sobre o Paradoxo dos Gemeos.
> >
> > Sua resposta foi:
> >
> > (esta' em ingles, mas e' facil de ler, e pra quem nao le^ bem em ingles, o tradutor do Google da' uma versao em portugues bem razoavel)
> >
> > -----------
> >
> Dear Eduardo,
>
> Thank you so much for your kind words, and I hope I can be of some help. In many ways, however, you have hit at the heart of the problem. The Twin Paradox can't be resolved by understood by Special Relativity because it doesn't satisfy the postulates of Special Relativity. Einstein laid out his assumptions in his original 1905 paper. As he put it:
>
> 1. [T]he same laws of electrodynamics and optics will be valid for all frames of reference for which the equations of mechanics hold good.
> 2. [L]ight is always propagated in empty space with a definite velocity c which is independent of the state of motion of the emitting body.
>
> The first postulate is generally understood to mean that all laws, not just electromagnetism, will remain invariant in all inertial reference frames.
>
> Victor: ok.
>
> And what happens if the reference frame is NOT inertial? The theory can't say a thing. The short answer is that there is no answer "*using exclusivelly the SR*, *without using* GR" as you put it.
>
> Victor: Se o referencial é acelerado, não inercial, a SR não tem recursos de analisar o movimento. Realmente, é verdade. Mas se a a análise for tentada dentro do referencial acelerado!! Pode-se, sim, analisar, com precisão, um movimento acelerado a partir de um referencial inercial externo. Existem técnicas matemáticas para isso. E enquanto as velocidades não atingem valores próximos de c, e se os campos são fracos, todo o aparato Newtoniano poderá ser usado, e de fato isto é feito, sem ambigüidades. Se for o caso, poderei fazer uma descrição mais técnica desses meios, analisando o caso concreto de uma nave que se desloca com aceleração g. Aliás, ontem li rapidamente um post seu, onde Goldberg apresenta uns cálculos com essas características mas, parece, que seu enfoque é outro. Não me detive na análise.! Mas irei aprofundar o estudo de seu trabalho. Todo movimento é um movimento… Por mais complicado que seja o movimento acelerado, num dado momento há, em cada instante, uma velocidade v(t), instantânea, em relação a So. Seja v(t) a velocidade num dado instante. Como o movimento é acelerado, após um intervalo Î"t, tão pequeno quanto se queira, aquela velocidade passou a ser: v(t) + Î"v, medida pelo referencial inercial So que, no instante t, esteja em repouso e com a mesma velocidade v(t) da nave(ou partícula). E assim por diante, passando por todos os pontos da trajetória, cujo resultado final é concretizado, possivelmente, mediante integrais entre os intervalos considerados. Bem, podemos, ainda, considerar o movimento da nave em relação a outro referencial S`, que se move com velocidade v(t), em relação a So e aplicar a fórmula da velocidade para So, segundo a relatividade. Mesmo neste caso, os equacionamentos são tranqüilos, e obtidos classicamente. . Fica só o registro. Então, dizer que a SR não pode se usado para movimentos acelerados é contar metade da história. Claro, o uso da RG, em todos os casos é o caminho correto, e, muitas vezes até menos encrencado!...
>
> Obs.: No que se refere ao restante do post, nada não há acrescentar, no que concerne ao desenvolvimento matemático e sua relação com a física do processo. A menos que alguém precise de esclarecimentos. Juro que farei.
>
>
> You raise a couple of points. You ask, for instance, what happens if the accelerations are nearly instantaneous. To put that in mathematical terms, if the cruising momentum of the spaceship is p:
>
> p=F*Delta t
>
> What happens if the force is extremely high and the time is extremely short?
> Instead of thrusters, we could consider what would happen if we did the same sort of acceleration using a potential well. Suppose (for ease of calculation and for general familiarity with the final result) that the final speed of the ship was enough less than the speed of light that we can use non-relativistic approximations. You are free to generalize later, and I'll assure you it won't make a difference. What happens then?
>
>
> Well, if you fall into a potential well Phi and speed up to a speed v:
>
>
> Phi=-(v^2)/2
>
> In a practical sense, the "v" in the equation is the escape speed from a planet, star, or whatever body you'd like to imagine. Notice that we don't make any mention of how long it takes you to fall into the potential well. It can be as steep as you like. However, once you're in a deep well, General Relativity says that time runs slower near massive bodies (at negative potentials) than they do in deep space. The ratio -- in the small potential limit-- is:
>
> t_(near a planet)/t_(deep space)=1-Phi/c^2
>
> Since Phi is negative, more time passes near a planet than in deep space. Plugging in the potential, we get:
>
>
> t_(pl)/t_(ds)=1+v^2/(2*c^2)
>
> For v/c << 1, this is simply a Taylor expansion of:
>
> t_(pl)/t_(ds)=gamma=1/sqrt(1-v^2/c^2)
>
> Check by plugging in v=0.2c or similar numbers into both expressions if you don't believe me.
>
> In other words, you can imagine the trip as though the traveling twin falls into a potential well, hangs out for a while, climbs out when she teaches her destination, falls in again to return, and climbs out again on reaching earth.
>
> As I said, I did this under the assumption that the relativistic effects were relatively mild. You are welcome to try using the full:
> p=m*v*gamma and Schwarzschild metrics if you like. You'll get the same result, but it will be mathematically hairier.
>
> Hope that helps and doesn't just add fire to your flame war.
>
> Dave
>
> ------------
>
> Comentarios:
>
> Eduardo: Goldberg faz uso de outra abordagem, imaginando o gemeo na espaconave como entrando e saindo em um poco potencial durante sua viagem.
>
> Victor: Esta é uma abordagem correta. Por entrando e saindo de um poço de potencial ele quer significar o período em que sistema é acelerado, não importando como e quando sai desse estágio de movimento. No período acelerado pode-se usar com segurança o Princípio da Equivalência.
>
> Então, é preciso usar a RG. Há alguns anos apresentei a este fórum e a outro, o Relatividad, do qual o novo ciencialisteiro Jaime participa, um arrazoado usando o PE e resolvendo o “paradoxo†dos gêmeos no seguinte caso: a nave parte do repouso, acelera até que sua velocidade v(t) atinja um certa velocidade (+V), permanece com essa velocidade +V durante um certo tempo, desalecera nas proximidades do planeta destino, a velocidade vai de +V a 0, acelera de volta, até que sua velocidade -v(t) atinja a velocidade de cruzeiro ( â€"V), e após o mesmo tempo que permaneceu com a velocidade (+V) desacelera até parar. Como se vê, o uso do PE próprio da RG, e que lhe dá causa, é imperioso.
>
> O caso dos múons, e de todas as partículas atômicas radioativas, são consideradas analogias(grosseiras, em meu ponto de vista) da questão acima, que é mais genérica, de complexidade maior. O caso dos múons, evidentemente, é um caso particular. Os tempos para se atingir a velocidade +V ou â€"V são praticamente nenhuns, mesmo se as acelerações envolvidas são grandes, como realmente o são,ainda que nesses ínfimos intervalos, beirando o instantâneo. Então, o que tento provar é que a fórmula canônica, Tp = sqrt(1-v²/c²) * tim, Tp=tempo prórpio e tim = tempo impróprio, só é válida para partículas atômicas. Não sei, mas creio que o Goldberg deve concordar com isso.
>
> Na abordagem que apresentei, Viajante conclui, de seu referencial , que Terreno envelhece mais que ele. Terreno conclui, de seu referencial, que Viajante envelhece menos. Num acordo perfeito, como era para ser.
>
> Eduardo: (Confesso q nao entendi inteiramente essa analogia).
>
> Victor: A razão foi explicada pelo Takata,corretamente; tem a ver, diretamente, com o PE. Nesta portunidade, apenas expandi um pouco essas razões.
>
> Eduardo: Mas o mais importante pra mim em sua resposta e': Segundo Goldberg nao ha' explicacao matematico-fisica possivel para o Paradoxo dos Gemeos dentro da Relatividade Restrita. Nao ha' duvida q e' o gemeo da Terra q envelhece mais, mas isso nao pode ser demonstrado usando-se exclusivamente os principios da Relatividade Restrita.
>
> Victor: Veja bem, no caso dos múons e similares, como disse acima, que envolve questão análoga à dos gêmeos, essa restrição não é posta em causa. O paradoxo é levantado usando a RR e seus conceitos de: tempo próprio(crucial, vital mesmo, na análise), contração de comprimentos, dilatação dos tempos. Para mim, toda a questão roda em torno de se existe ou não assimetria entre os referenciais envolvidos. Quando se conclui que a assimetria é o que estabelece a relevância do problema, acabam as querelas! Não há mais paradoxo. Enquanto os estudiosos continuarem imaginando que inexiste assimetria, não há como obterem algum convencimento, matematicamente, fisicamente, logicamente, filosoficamente(ui...), ou o que seja. E tem mais, a assimetria é maior do que se imagina, já parou para examinar? Por exemplo, além das acelerações obrigatoriamente envolvidas no processo, há o fato de os referenciais de ida e de volta além serem de diferentes entre si,há um bônus adicional: os intervalos de tempo, na ida e na volta, enquanto no estado inercial, do ponto de vista de Terreno, são diferentes! Parecendo que a direção da velocidade influi na questão! Você diria: Agora danou-se tudo. Pois é. E, em tais circunstâncias, há uma razão simples e clara, a justificar o efeito. Nada demais, do ponto de vista dos postulados. Noutra oportunidade, eventuais questionamentos ensejarão detalhamentos desse “misterioso†fato. Num intervalo o relógio de Viajante corre mais rápido, noutro vai menos rápido. Aliás, o Lansky, da Sciam, já nos últimos parágrafos do artigo, faz uma bela alusão a esse fato, enfatizando o efeito. Lembra?
>
> Além disso, o paradoxo dos gêmeos, na forma como geralmente é enunciado, pode ser levantado de diversas outras maneiras, como a Sciam menciona nos últimos parágrafos do artigo. E, em nenhuma, se recorre à RG. Particularmente, considero isto: os resultados via RG, sem sombra de dúvidas, quantitativamente, são preciso. As fórmulas usadas, envolvendo gamma, estão linkadas com a RG, pois estão associadas à curvatura do espaço e aos potenciais gravitacionais. Em casos ideais, baixas velocidades, campos fracos, elas surgem como aproximações! Muito precisas para partículas atômicas como os múons e outras radiotivas, que se desintegram, etc. Já mostrei isso por aqui também, e também o Goldberg.
>
> Se houver interesse, entendo que será útil expandir as informações que coloquei mais acima.
>
> Eduardo: So' a Relatividade Geral explica o fenomeno de modo satisfatorio.
>
> Victor: Sim. De modo satisfatório e preciso.
>
> Eduardo: E ai' ha' varias maneiras de explica-lo. Pode ser explicado graficamente, naqueles diagramas de espaco-tempo de Minkowsky (world lines),
>
> Victor: O uso dos diagramas de Minkowski, inerentes ao espaço tempo, de estrutura geométrica hiperbólica é, sem dúvida, um dos melhores, mais diretos e objetivos.
>
> Eduardo: ou por essa analogia com pocos potenciais gravitacionais, ou pelo efeito Doppler relativistico, ou por 'n' outros modos.
>
> Victor: Sim.
>
> Eduardo: So' nao pode ser explicado so' pelos postulados da Relatividade Restrita. Acho q essa foi a grande 'pegadinha' q Langevin quis fazer com Einstein em 1911: Ele entendeu logo de cara essa contradicao. E Einstein sentiu o golpe, embora nao desse o braco a torcer. Manteve a posicao q o gemeo da Terra iria estar mais velho, mas passou a chamar o efeito de 'peculiar', apo's Langevin apontar o aparente paradoxo. So' depois de 1915, com a Relatividade Geral, o fenomeno do Paradoxo dos Gemeos passou a ter explicacao matematico-fisica consistente.
>
> Victor: Aquí, uma discordância entre nossos pontos. A maneira de resolver o paradoxo dos gêmeos no caso dos múons não usa RG, conforme comentei acima; idem, com o uso dos diagramas de Minkowski ou com os recursos do efeito Doppler relativístico(aliás, uma maneira clara de mostrar a inexistência do tal, via recursos de fora da relatividade...). Agora, a RG sozinha resolve tudo?
>
> Com relação a Langevin, eu acho(e como disse, não tenho argumentos comprobatórios disso), mero achísmo mesmo, que a pegadinha, como mencionei outra vez, teve outro sentido. Não creio que ele tenha chegado a associar as expressões que resultam dos dois postulados à RG, no caso geral. Bem, sequer isto é relevante para esta questão. Objetivamente, minha posição, é que, entendido que há as loucas assimetrias acima, e tudo estará resolvido. Considero esse o ponto de maior relevância. E, certamente, uma vez compreendido isso, não é preciso contas para provar o que está provado. Mas...
>
>
> Eduardo: Esse e' o meu entendimento.
>
> Victor: Ok.
>
> Sds,
>
> Victor.
>
> >Abs,
> >Eduardo Torres
>

 


SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2012 17:45

Amigo, você é realmente contraditório. Acabou de criticar o Eduardo acima e já usou a mesma expressão”.

 

Realmente não entendeu o que escrevi ou só está espantando? Leia novamente, o parágrafo pertinente.

 

Não há mais o que comentar.

 

Victor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Belmiro Wolski
Enviada em: domingo, 15 de abril de 2012 13:39
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3

 

 

    Olá!

 

     Já que fui citado, vou dar uns pitacos...

 

 

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 14 de Abril de 2012 23:03
Assunto: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3

 

Eduardo,

 

Muito bom como organizou os questionamentos.(Não vou dizer mais nada, senão Belmiro vem com aquela história de “flexinhas” e coisas que tais....

 

      Não vai dizer mais nada? E aquele caminhão de escritos aí embaixo? Seria isto um paradoxo?

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
Enviada em: sábado, 14 de abril de 2012 00:20
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: ENC: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos

 

 

Caro Vitor,

Por essa e msgs anteriores, entendo q vc entende q a assimetria dos dois referenciais explicaria por que e' o gemeo da Terra q envelhece mais, e a partir dai' o fenomeno teria uma explicacao matematico-fisica consistente pela RR.

Victor:   Só para clarificar mais ainda este  ponto da TR:  o relógio em movimento, ao passar por processos de aceleração, altera sua taxa de registros de tempo,

      Ops, então a aceleração influencia o relógio e não o tempo?

em relação a um relógio que está em repouso, num referencial inercial.  As leis físicas, processos físicos,  independem de referenciais.  Sua descrição, sim.  Mas a forma em que se apresentam, não. O  gêmeo que viaja envelhece menos devido a que foi submetido a acelerações, esteve em movimento, enfim.  E é uma realidade que independe de qualquer outro referencial.

Desculpe-me a tentativa de detalhar demais minha resposta. Pode até parecer repetitivo, mas entendo que devo agir assim tendo em vista outros leitores.  Dito isto, vamos  ao resto. 

         O que estamos tentando fazer aqui é mostrar que um não envelhece tanto quanto o outro, ou tão menos que o outro, como parece mostrar, numa análise apressada,  as equações envolvendo tempos e comprimentos próprio e impróprio, relacionados pelo fator de Lorentz, o que estabelece o falso paradoxo, quando interpretado de maneira indevida. 

       Ué! Eu achei que, para tempos de aceleração desprezíveis frente ao tempo total de viagem, os resultados da RR e da RG fossem os mesmos. E que história é essa de análise apressada? A análise é a análise, independente se é feita com ou sem pressa. Por acaso, agora está dizendo que o resultado previsto pela RR depende da interpretação? Que interpretação? Não há o que interpretar, a não ser aplicar as equações, depois de usar o macete de perguntar quem acelerou.

 Pois o fato físico de que o gêmeo da Terra envelhece mais, e o Viajante, menos, é um dado pré-existente, inquestionável.

      Por isso memso que nós insistimos que é ad hoc. Ou, é um macete a ser empregado, que consta no manual de uso da RR:  "Para definir nas equações quem vai envelhecer menos, pergunte quem vai acelerar"

  E, em sabendo, previamente,  disso,  nada obsta que usemos este dado importante para  mostrar que não há  ambiquidade de maneira alguma. 

      Previamente, he, he.

      Não há erro matemático e lógico nesse procedimento. É perfeitamente legal, tecnicamente falando. As características do movimento de Viajante são claras, há acelerações envolvidas, conforme já descrevi outras vezes. 

       Sim, como no caso dos ônibus freando e fazendo curvas...

 Aliás, há pouco concluí um arrozoado para Hélio, exatamente sobre esta questão.
Eduardo: (Acho q ate' Einstein, antes de publicar a RG, ensaiou esse samba - portanto vc esta' em boa companhia).

Victor: Então sambou direito.

Hélio: Mas creio q ja' foram apontadas nesse thread as inconsistencias desse entendimento.

Victor: Segundo meu ponto de vista, não.


Eduardo: A unica diferenca entre os dois referenciais e' q um acelera e desacelera duas vezes, e o outro permanece inercial todo o tempo.

Mas, como tb ja' foi apontado, aceleracoes *nao* fazem parte da RR.

Victor: Ok.

Eduardo: A RR so' se aplica a referenciais inerciais.

Victor: Sim, até por que referenciais inerciais não são acelerados. Contudo, é perfeitamente possível, hoje, fazer a análise de um sistema acelerado,  classicamente, Newtonianamente falando,  ou via RR.   Agora há pouco escrevi um conjunto de equações, até de uma maneira sequencialmente organizada, sem deduzi-las, por desnecessário, ao menos aqui, todas deduzidas com recursos da física clássica e dos Postulados da RR! Tanto você pode chegar a elas partindo da teoria matemática que envolve os quadri-vetores(o que é mais direto e, até, mais bonito e cheio de interesse físico) ou partir de outro processo matemático, conforme descrevi no mesmo e-mail para Hélio, acima referido. Não vou dizer a você que todos os problemas que surjam, envolvendo sistemas acelerados possam, sempre, ser resolvidos assim, somente com esses recursos. Evidentemente que não. Mas estes, em especial, que estamos referindo, podem. A RG, evidentemente, é geral. E suas descrições embutem, de alguma forma, aquelas equações.


Eduardo: Se supormos q e' o gemeo da Terra q vai envelhecer mais so' porque e' apenas o gemeo da nave q sofre aceleracao/desaceleracao, estamos a meu ver tentando 'extrapolar' a RR, para obriga-la a explicar fenomenos q sao estranhos a ela.

Victor: Desculpe-me, mas o gêmeo da Terra não vai “envelhecer mais só porque e apenas o gêmeo que viaja sofre acelerações”  em qualquer sentido!  O estado de movimento de Viajante nada tem ver com envelhecimento ou não de Terreno. Pessoas, coisas, referenciais, não influenciam no comportamento das coisas da natureza. Terreno envelhece porque envelhece, como eu e você, independentemente de qualquer outra coisa do entorno, em repouso ou em movimento. A queda de meus cabelos independem de se você está indo a New York ou não.

     Tudo me leva a acreditar que você entendeu o que ele quis dizer. Os comentários acima foram totalmente desnecessários.

 

 “Supor” que o Terreno envelhece mais não é uma mera suposição. Idem, que o gêmeo Viajante envelhece menos que Terreno.

    Amigo, você é realmente contraditório. Acabou de criticar o Eduardo acima e já usou a mesma expressão.

São fatos experimentais e práticos, do dia a dia. Cada um envelheceria do mesmo jeito, ainda que o outro não existisse. A inclusão de ambos, ou de mais de um, na história, é apenas um recurso matemático para condução dos cálculos, para facilitar este.  Apenas isso. Algo como você usar, sempre duas partículas em movimento no espaçotempo para estabeleceer se há ou não curvatura. E porquê?  A razão é que não há maneira de, sensorialmente, percebermos se há ou curvatura.  Então, duas partículas livres, que seguem geodésicas paralelas, denunciam o caráter curvo do espaço. Como, por exemplo, também, no caso de forças de marés.  São recursos teóricos de extrema utilidade. Referenciais são como muletas que ajudam a caminhar, e uma vez cumpridas sua missão, tchau. E a humanidade continuará sua “marcha para diante, rindo, soberba e reinante”, para parodiar  o relato ultra-espirituoso da abelha...chiante, que ainda me faz rir.  No elevador de Einstein, berros daqueles, só mesmo de medo da queda...  


Eduardo: E voltamos ao paradoxo ja' abordado de *por que^*, nas fases inerciais da viagem, onde os dois referenciais sao rigorosamente equivalentes (portanto sendo igualmente valido o gemeo da Terra se supor em repouso e imaginar o gemeo da nave em movimento, ou o gemeo da nave se supor em repouso e imaginar o gemeo da Terra em movimento, pelo Principio da Equivalencia), e' apenas o gemeo da Terra q envelhece mais.

Victor:  O gêmeo da Terra está em repouso e observa o movimento do irmão que viaja,  de maneira objetiva. O irmão que viaja, por outro lado, pode sim, considerar-se em repouso e observar o sistema de Terreno movendo-se em sentido contrário, não só quando os sistemas são equivalentes, caso em que observaria o irmão deslocando-se em MRU(pronto, Hélio, agora MRU...); mas não só. Durante o período de aceleração, a mesma coisa. Veria Terreno em movimento acelerado. Em resumo, isto é válido para todos os estágios da viagem. Contudo, em realidade, o Terreno nunca mudou de referencial, nunca passou de um referencial a outro, nunca esteve acelerado.

 

E como saber, objetivamente, disso. Um acelerômetro preso a ele, Terreno, registrará os estados de movimento em que esteve.

      Mas, de novo? Victor, não é isso que está sendo discutido. O fato é que as equações valem para os dois referenciais, como você mesmo disse. E para aplicar corretamente as equações você *precisa* saber quem acelerou. Veja que é este detalhe que caracteriza o ad hoc na RR. Não interessa como você vai descobrir quem acelerou, se é através de acelerômetros, de bolinhas de búrica (vai ao google, se não teve infância) sobre uma mesa ou seja lá o que for. O que interessa é que você tem que saber quem acelerou.

 Ou ent~çao levando-se a sério e corretamente esse experimento de pensamento.  E o cupom fiscal do acelerômetro indicará:  não esteve acelerado, nunca saiu de So!  Esta é a diferença basilar.  Outro acelerômetro na nave de Viajante registrará, com segurança,  todos os seus estados de movimento acelerado. E indcará onde esteve em MRU(Del nuevo!...) ou não.  

 
Eduardo: Dentro da RR, como explicar isso? Durante a fase inercial, como ja' especulado aqui, o gemeo da Terra envelhece mais por alguma 'memoria da aceleracao' do gemeo da nave enquanto viaja em velocidade constante?

Victor: Como explicar isso, creio forneci uma resposta à primeira pergunta acima. Quanto ao segundo questionamento, desculpe-me, mas,simplesmente, de meu ponto de vista, escapou algo. Quer “memória” mais clara que as rugas e os cabelos que vão ficando?  Até prefereria que fosse só uma “memória”, desde que os registros, como os que ficam impressos no corpo, não aparecessem!...

 Quando Alberto falou nesse negócio pela primeira vez, imaginei: Ops! Deve ter lido sobre o Inconsciente Coletivo de Jung ou sobre as teorias heréticas e descabeladas de R.Sheldrake. E, confesso, e me desculpe o Alberto, não vi qualquer base para inserir algo do tipo naquele seu argumento, a menos que estivesse se referindo à “memória” a que me referi acima. Mas acho que não foi assim. Mas Alberto é o Mesquita, e o resto somos nós, meros mortais.

     Não foi o Alberto quem falou isso pela primeira vez. Fui eu. Não impute ao herege termos hereges só porque ele é herege. (Desculpe, Alberto, no bom sentido). Mas, é memória, sim. O gêmeo que acelera mantém a contração do tempo depois que para. Enquanto isso, os comprimentos voltam ao normal, como disse (mais ou menos isso) o Alberto para justificar a questão da memória. É memória porque alguma coisa lembra ao gêmeo viajante que é ele e não o outro que tem que envelhecer menos, pois as equações fornecem o mesmo resultado aos dois sem o tal conhecimento prévio de quem acelerou.

 

Eduardo: Ou o tempo so' passa mais devagar para o gemeo da nave nas fases aceleradas? Mas, e se essas fases durarem tempos infinitesimais? Todo o envelhecimento maior do gemeo da Terra vai ocorrer em infinitesimos de segundos?

Victor: Aquí, uma boa questão(como de resto, todas as que colocou mais acima, mas esta é especial). Se se lembra, em muitos posts anteriores alertei para a diferença fundamental entre os problemas que ora discutimos. Usamos o caso dos mésons e outras partículas produzidas em laboratório, de massas ínfimas e que atingem velocidades altíssimas, próximas à da luz, quase que instantâneamente, sofrendo acelerações muito altas, vários g´s, nesses períodos(consulte seu cunhado sobre isso, se for o caso), com o movimento acelerado envolvendo coisas massivas. A analogia é imprópria e infeliz. 

      Então você está querendo dizer que a relatividade não se aplica igualmente para objetos massivos? Só por conta da dificuldade tecnológica de imputar elevadas acelerações?

Um caso mais palpável,  mas a nível  meramente teórico, de gêmeos, é aquele que expuz há pouco para o Hélio, que é o que, genericamente, se discute mundo afora. Naquele problema não há jeito de, mesmo motores ultra potentes levarem a “nave” de uma velocidade zero para outro mais alta, digamos, 0,6c em tempos infinitesimais. Postei aquela equações do e-mail para Hélio exatamente para mostrar o quão distanciados estão os dois problemas, em todos os sentidos.  No caso dos múons, por exemplo, os tempos impróprios e próprios são dados em função somente do quadrado da velocidade constante, v²/c².  Mas, em minha opinião particular, e é onde, parece, há divergências entre o que penso e parte do resto dos pensantes, v²/c² é só parte da história. Mostra-se, e apresentei, também para o Hélio,  um argumento físico-matemático que liga a expressão sqrt(1-v²/c²) a potenciais gravitacionais, de maneira não ambígua(e esperava comentários sobre aqueles argumentos, para eventuais aprofundamento do que está, ainda, por trás deles).  E posso, também, mostrar que a expressão envolvendo esses  intervalos de tempo resultam de uma expressão geral, da RG, quando passamos ao limite de baixas velocidades e campos fracos. Como Goldberb faz no primeiro post que você disponibilizou para o fórum. Ele não está inventando nada. Está mostrando aspectos relevantes da teoria.  Lá, por exemplo, ele faz ϕ = V²/2. Pareceu estranho, isso? Se alguém achou estranho, digo que não é.  Partindo do fato de que o potencial gravitacional próximo à superfície da terra é dado por φ(h) =g h, g sendo a aceleração da gravidade e h a altura a partir da superfície da terra ou do planeta envolvido, e que esse mesmo potencial pode ser obtido pela expressão Newtoniana ϕ(r) = -GM/r e que, ainda, a condição para sair de um campo gravitacional é tal que se cumpra o fato de que a energia potencial deve ser igual à energia cinética do sistema em movimento no campo gravitacional, ou seja, que (1/2) mV² = GMm/r, onde r é tal que V é a  velocidade de escape desse “poço” de potencial, pode-se facilmente, por substituições,  chegar a que ϕ = V²/2, onde o V é uma velocidade específica, de escape do potencial em questão.

Concluindo, a divergência que tenho é a seguinte:  a expressão badalada, τ =  , [ em texto: τ= sqrt(1-v²/c²) ], onde o fator que relaciona os tempos em cada referencial depende somente de v, só é uma aproximação, apenas. Muito próxima da realidade, conforme mostram todos os experimentos que são feitos nos laboratórios de Física de Partículas de Altas Energias, usando exclusivamente partículas atômicas, e não naves malucas que saem por aé em velocidades inimagináveis em nossa tecnologia. No primeiro caso, os tempos de aceleração são extremamente pequenos, mas as acelerações podem ser extremamente grandes. Agora, esses tempos e essas acelerações podem variar conforme se queira uma velocidade(em termos de c) maior ou menor, daí que, para cada velocidade, teremos em laboratório um tempo impróprio maior ou menor, idem o tempo impróprio.  Então v liga-se a esses intervalos de tempo da maneira como aparecem na fórmula famosa. Portanto às ínfimas acelerações. C. Möller, autor de uma magistral obra sobre RG, que uso sempre, diz claramente que não, que não depende.

   Então, há controvérsias!

Que eu estou errado, segunda sua última psicografia  e que, quando eu chegar por lá, onde ele está, vai querer conversar bem direitinho comigo. Imagina só!.


Eduardo: Todas essas objecoes ja' foram levantadas nesse thread, e vc a meu ver nao conseguiu explicar nenhum esses paradoxos q surgem qdo tentamos explicar o fenomeno apenas pela RR.

Victor: Certo. Assumo minha incompetência em não conseguir expressar o que penso de maneira que o interlocutar entenda como penso.

Há na literatura um sem número de exposições nesse sentido que, dizem, na atingiram o objetivo a que se propuseram. Eu não acho, quase todas as que tenho lido estão corretas, e claras, dentro daquilo a que se propõem. A questão é que se deseja que aquelas exposições façam mais do que podem.

    Não provam, de maneira alguma, que Viajante envelhece menos. O que mostram é que, realmente, Viajante encontra que envelhece menos e que o irmão ficou mais velho. Vice-versa. 

      Claríssimo!!!

Estabelecendo que não pode haver paradoxo. Nada mais. O resto é que fica, realmente, por conta da RG. (Repetí argumento que expuz mais acima. Afinal, como fazer “lavagem cerebral”, se não repetir, ora...

Mas tenho me esforçado, como vê. Fazer o quê?


Eduardo: Acho tb q ja' ficou claro q, *uma vez definido de modo arbitrario, 'ad hoc', e fora dos postulados da RR*, qual gemeo vai envelhecer mais (por exemplo, afirmando-se q o fato do gemeo da nave acelerar/desacelerar na viagem implica q so' ele sofrera' dilatacao temporal), e' facil usar depois a RR p/ calcular a diferenca de idades no reencontro.

Victor: Ops!, Eduardo, acho que não. Vamos ver se consigo contrapor-me ao que disse acima. Mais acima, expressei o fato de que a mudança na taxa de relógios independe de referenciais, o que é fato previsto teoricamente e mais que provado experimentalmente! Então nada tem desse negócio de  “ad hoc”. 

 

      São fatos, hoje, incontestáveis. Concorda?

      Por isso mesmo é ad hoc!

E, sim, em sabendo isso, que Terreno envelhece mais que Viajante, o que é fato experimental, fica facílimo, e de maneira direta, usar a RR, não para calcular a diferença de idades,

       É ou não é ad hoc?

 como já mostrei(ver o último e-mail para o Hélio), mas de mostrar, via RR, que não há paradoxo.(Repito que todas as discussões nestas threads estão focadas em se há ou não paradoxo, e se há ou não,  dentro de RR, maneira  de levantar o  “paradoxo”  e não em como calcular a diferença de idades entre os irmãos. Imaginava que todos estavam conscientes de que era assim. Agora, vejo que não.)  A idade de um múon é,  sim, calculada usando a RR, mas por mera coincidência, pelas razões que explicitei noutros lugares desse post e em outros e-mails.

Eduardo: De modo geral, nesse momento (como no artigo de Lasky na SciAM), se aplica a equacao da RR, e usualmente a *toda a extensao da viagem*, ignorando a extensao dos periodos acelerados/desacelerados e os periodos inerciais, em outro procedimento paradoxal. O resultado? Como sabemos, se nao e' igual ao calculo rigoroso pela RG, e' na pratica o mesmo. Dai' talvez a *ilusao* de explicacao exclusivamente pela RR para o fenomeno.

Victor: acho que o que já falei acima responde à proposição acima, o que elimina, segundo penso, referências a coisas como “ilusão”, conforme postou agora.

Eduardo: Mas permanece o paradoxo.

Victor: Não; não segundo penso e justifico. Além disso, você mesmo tem consciência  de que há várias maneiras de levantá-lo, inclusive usando coisas de fora da RR, como o efeito Doppler, aplicado a esta teoria. Há a técnica dos diagramas de Minkowski, usando quadri-vetores e os conceitos de trajetórias temporais, que acho perfeita, há o uso da própria métrica para mostrar que não há paradoxo, com o bônus de ser, além de tudo, quantitativo;  pode-se se aproveitar o fato de c ser uma constante e usar o método k de radar com emissão e recepção de sinais entre os os gêmeos, entre outros. Você mesmo já expressou coisas assim por aqui. Esses métodos não pretendem, nem podem fornecer cálculos precisos de idades entre gêmeos.

Eduardo: (De novo: Nao ha' duvida q realmente e' apenas o gemeo da Terra q vai envelhecer mais. E' o q preve^ a RG e e' o q e' confirmado experimentalmente em experiencias analogas ao Paradoxo dos Gemeos - muons, mesons, sinais de satelites GPS, relogios atomicos em avioes, decaimento mais lento de particulas em aceleradores, etc -. O q estou dizendo e' q nao ha' como se afirmar isso *so' pela RR*).

Victor:  Já expressei opinião a respeito.


Eduardo: Desculpe, Victor, mas a meu ver vc nao conseguiu apontar em nenhuma de suas msgs como podemos explicar esse paradoxo exclusivamente dentro da RR.

Victor: Não há do que desculpar-se, amigo. Não precisa desculpar-se ao expressar o que realmente pensa.  Eu sei. Se não conseguí expressar com precisão o meu ponto de vista(e acho que melhorei a exposição aqui), paciência. 


Eduardo: Continuo mantendo o mesmo entendimento.

Victor: Ok.


Eduardo: Concordo com Goldberg. A RR nada tem a dizer sobre esse fenomeno (embora, como disse, possa ser usada para calcular a dilatacao temporal ocorrida de modo relativamente preciso).

Victor: Como vê, discordo só um pouquinho do ponto de vista dele, apenas nesse aspecto.

Apesar de saber que o Godberg faz vida profissional, universitária, que isto é o seu dia a dia, portanto, tem consciência do que fala e prega e ensina, ainda assim, mantenho-me com minhas inquisiqueiras nesse particular mister. Também, muitos autores dizem algo diferente do que penso a esse respeito. Mas, vou continuar a “matutar e matutar” a respeito até que uma luzinha acenda.

      Vou rezar um Pai Nosso e uma dezena de Ave Maria (ou seria Aves Maria?) para que essa luzinha acenda logo, amigo.

Até lá, vou defendendo minhas posições conforme o nível de conhecimento e “semancol” que tenho. Ou penso ter.

 Eduardo: Acho q Lasky nao explicou coisa alguma em seu artigo.

Eduardo: Discordo. Depende do que você acha que deveria ser explicado. Lasky mostrou que não existe paradoxo, só isso; e que o “paradoxo” é fruto de entendimento inadequado da questão, do ponto de vista da RR.  O objetivo não era explicar por que alguém envelhece mais ou menos que o outro. Isto é coisa, realmente, para a RG. Essa não foi a tônica de seu artigo. Discordo dele, contudo, quando diz aquilo de “pessoas pouco informadas” tendem a crer que as acelerações nada têm a ver com essa história. Tem sim. Pode até que eu e outros gatos pingados estejamos errados, mas isso  é outra coisa. Agora, mal informado, creio que não.  Para mim o Lasky continua com nota 10, só retiro 1/3 da distinção e  ½ do louvor que seu trabalho merece. No último parágrafo, conforme referi noutro post, ele faz uma abordagem interessante sobre os tempos observados na ida e na volta, em termos  de rapidez e lentidão do envelhecimento observados no outro, por cada um deles, na ida e na volta. Como se a direção e sentido da velocidade tivessem influência nessas coisas. Isto, certamente, é outro ponto para umas trocentas trheads. Têm, mas é apenas aparente, como o é a contração de comprimentos e outras tontices que aparecem.  Não tinha vista ainda abordagem nesse sentido. De resto, segue os padrões.


Eduardo: A unica e exclusiva explicacao matematico-fisica do Paradoxo dos Gemeos vem da RG.

Victor:  Também e principalmente. A “única” a que se refere tem a ver somente com o porquê, e de quanto,  o Viajante envelhece menos. Mas sobre isso, já me expressei neste e noutros posts.

Eduardo: E, embora esteja apreciando esse debate, receio q estejamos ja' entrando naquela fase terminal de um thread, qdo um interlocutor comeca a repetir seus argumentos ao outro.

Victor:  Amigo, minha opinião é a seguinte: 1) a thread é realmente interessante e, de certa forma, ela vem se repetindo no mundo inteiro, pela atenção e interesse que provoca; 2) acredito que continuará por muitos anos mais; 3) particularmente, não me canso, nem me aborreço de falar e discernir sobre essas coisas, pois geralmente, descambam em outros conhecimentos associados, o que é bom para quem tem, realmente, interesse;   4) não vejo, a respeito deste polêmico assunto, mal em repetir argumentos, desde que de formas diferentes, o que sempre é bom e pode trazer novas luzes. Parece-me que ele enseja aprendizados e insights dificilmente obtidos com outros assuntos.

Portanto, deve continuar apreciando e repetindo(o tema). Não vejo nada demais nisso. Sei que muitos não concordam comigo.  No máximo, o que pode acontecer, como de resto em tudo, é que eu esteja errado. E daí?  Mas, já pensou se meu pensamento fosse uma unamidade? 

Para finalizar, só tenho a lhe agradecer  por essa postagem, que me ajudou a exprimir o que penso de maneira organizada e seqüencial.  Foi como empurrar bêbado em ladeira. Será?

Sds,

Victor.

       Isso é o que eu chamo de desvio de personalidade. Além de ser uma crueldade. Coitado do bêbado. Acho que é mais interessante tirar doce de criança, ou surrar bode amarrado. Opinião, apenas. Mas, não liga não. E espero não ter estragado a sua tarde.

       [],s

 

      Belmiro


;-)

Abs,
Eduardo Torres

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...> escreveu
>
> Eduardo, comentarei uma parte do post de seu amigo, o prof. Goldberg e os seus próprios comentários.
>
>
>
>
>
> De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
> Enviada em: segunda-feira, 9 de abril de 2012 15:35
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos
>
>
>
>
>
> O Goldberg deve ter gostado do tema, pois, alem de me responder em pvt, postou sobre o Paradoxo dos Gemeos em seu blog:
>
> http://usersguidetotheuniverse.com/?p=2464
>
> Victor: Verei se entro no blog e faço alguma participação. Primeiro, tentarei entender o seu pensamento a respeito dessas coisas.
>
> ;-)
>
> Abs,
> Eduardo Torres
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br> , "Eduardo Torres" <dudutorres@> escreveu
> >
> > Perguntei ao fisico David Goldberg...
> >
> > Dave Goldberg, Ph.D.
> > Associate Professor, Drexel University Department of Physics
> > "A User's Guide to the Universe" (Wiley, 2010)
> > "The Universe in the Rearview Mirror" (Dutton, 2013)
> > http://www.usersguidetotheuniverse.com
> >
> > (sim, o mesmo cujo post no seu blog motivou o artigo no NYT sobre Emmy Noether)
> >
> > ...sobre o Paradoxo dos Gemeos.
> >
> > Sua resposta foi:
> >
> > (esta' em ingles, mas e' facil de ler, e pra quem nao le^ bem em ingles, o tradutor do Google da' uma versao em portugues bem razoavel)
> >
> > -----------
> >
> Dear Eduardo,
>
> Thank you so much for your kind words, and I hope I can be of some help. In many ways, however, you have hit at the heart of the problem. The Twin Paradox can't be resolved by understood by Special Relativity because it doesn't satisfy the postulates of Special Relativity. Einstein laid out his assumptions in his original 1905 paper. As he put it:
>
> 1. [T]he same laws of electrodynamics and optics will be valid for all frames of reference for which the equations of mechanics hold good.
> 2. [L]ight is always propagated in empty space with a definite velocity c which is independent of the state of motion of the emitting body.
>
> The first postulate is generally understood to mean that all laws, not just electromagnetism, will remain invariant in all inertial reference frames.
>
> Victor: ok.
>
> And what happens if the reference frame is NOT inertial? The theory can't say a thing. The short answer is that there is no answer "*using exclusivelly the SR*, *without using* GR" as you put it.
>
> Victor: Se o referencial é acelerado, não inercial, a SR não tem recursos de analisar o movimento. Realmente, é verdade. Mas se a a análise for tentada dentro do referencial acelerado!! Pode-se, sim, analisar, com precisão, um movimento acelerado a partir de um referencial inercial externo. Existem técnicas matemáticas para isso. E enquanto as velocidades não atingem valores próximos de c, e se os campos são fracos, todo o aparato Newtoniano poderá ser usado, e de fato isto é feito, sem ambigüidades. Se for o caso, poderei fazer uma descrição mais técnica desses meios, analisando o caso concreto de uma nave que se desloca com aceleração g. Aliás, ontem li rapidamente um post seu, onde Goldberg apresenta uns cálculos com essas características mas, parece, que seu enfoque é outro. Não me detive na análise.! Mas irei aprofundar o estudo de seu trabalho. Todo movimento é um movimento… Por mais complicado que seja o movimento acelerado, num dado momento há, em cada instante, uma velocidade v(t), instantânea, em relação a So. Seja v(t) a velocidade num dado instante. Como o movimento é acelerado, após um intervalo Î"t, tão pequeno quanto se queira, aquela velocidade passou a ser: v(t) + Î"v, medida pelo referencial inercial So que, no instante t, esteja em repouso e com a mesma velocidade v(t) da nave(ou partícula). E assim por diante, passando por todos os pontos da trajetória, cujo resultado final é concretizado, possivelmente, mediante integrais entre os intervalos considerados. Bem, podemos, ainda, considerar o movimento da nave em relação a outro referencial S`, que se move com velocidade v(t), em relação a So e aplicar a fórmula da velocidade para So, segundo a relatividade. Mesmo neste caso, os equacionamentos são tranqüilos, e obtidos classicamente. . Fica só o registro. Então, dizer que a SR não pode se usado para movimentos acelerados é contar metade da história. Claro, o uso da RG, em todos os casos é o caminho correto, e, muitas vezes até menos encrencado!...
>
> Obs.: No que se refere ao restante do post, nada não há acrescentar, no que concerne ao desenvolvimento matemático e sua relação com a física do processo. A menos que alguém precise de esclarecimentos. Juro que farei.
>
>
> You raise a couple of points. You ask, for instance, what happens if the accelerations are nearly instantaneous. To put that in mathematical terms, if the cruising momentum of the spaceship is p:
>
> p=F*Delta t
>
> What happens if the force is extremely high and the time is extremely short?
> Instead of thrusters, we could consider what would happen if we did the same sort of acceleration using a potential well. Suppose (for ease of calculation and for general familiarity with the final result) that the final speed of the ship was enough less than the speed of light that we can use non-relativistic approximations. You are free to generalize later, and I'll assure you it won't make a difference. What happens then?
>
>
> Well, if you fall into a potential well Phi and speed up to a speed v:
>
>
> Phi=-(v^2)/2
>
> In a practical sense, the "v" in the equation is the escape speed from a planet, star, or whatever body you'd like to imagine. Notice that we don't make any mention of how long it takes you to fall into the potential well. It can be as steep as you like. However, once you're in a deep well, General Relativity says that time runs slower near massive bodies (at negative potentials) than they do in deep space. The ratio -- in the small potential limit-- is:
>
> t_(near a planet)/t_(deep space)=1-Phi/c^2
>
> Since Phi is negative, more time passes near a planet than in deep space. Plugging in the potential, we get:
>
>
> t_(pl)/t_(ds)=1+v^2/(2*c^2)
>
> For v/c << 1, this is simply a Taylor expansion of:
>
> t_(pl)/t_(ds)=gamma=1/sqrt(1-v^2/c^2)
>
> Check by plugging in v=0.2c or similar numbers into both expressions if you don't believe me.
>
> In other words, you can imagine the trip as though the traveling twin falls into a potential well, hangs out for a while, climbs out when she teaches her destination, falls in again to return, and climbs out again on reaching earth.
>
> As I said, I did this under the assumption that the relativistic effects were relatively mild. You are welcome to try using the full:
> p=m*v*gamma and Schwarzschild metrics if you like. You'll get the same result, but it will be mathematically hairier.
>
> Hope that helps and doesn't just add fire to your flame war.
>
> Dave
>
> ------------
>
> Comentarios:
>
> Eduardo: Goldberg faz uso de outra abordagem, imaginando o gemeo na espaconave como entrando e saindo em um poco potencial durante sua viagem.
>
> Victor: Esta é uma abordagem correta. Por entrando e saindo de um poço de potencial ele quer significar o período em que sistema é acelerado, não importando como e quando sai desse estágio de movimento. No período acelerado pode-se usar com segurança o Princípio da Equivalência.
>
> Então, é preciso usar a RG. Há alguns anos apresentei a este fórum e a outro, o Relatividad, do qual o novo ciencialisteiro Jaime participa, um arrazoado usando o PE e resolvendo o “paradoxo†dos gêmeos no seguinte caso: a nave parte do repouso, acelera até que sua velocidade v(t) atinja um certa velocidade (+V), permanece com essa velocidade +V durante um certo tempo, desalecera nas proximidades do planeta destino, a velocidade vai de +V a 0, acelera de volta, até que sua velocidade -v(t) atinja a velocidade de cruzeiro ( â€"V), e após o mesmo tempo que permaneceu com a velocidade (+V) desacelera até parar. Como se vê, o uso do PE próprio da RG, e que lhe dá causa, é imperioso.
>
> O caso dos múons, e de todas as partículas atômicas radioativas, são consideradas analogias(grosseiras, em meu ponto de vista) da questão acima, que é mais genérica, de complexidade maior. O caso dos múons, evidentemente, é um caso particular. Os tempos para se atingir a velocidade +V ou â€"V são praticamente nenhuns, mesmo se as acelerações envolvidas são grandes, como realmente o são,ainda que nesses ínfimos intervalos, beirando o instantâneo. Então, o que tento provar é que a fórmula canônica, Tp = sqrt(1-v²/c²) * tim, Tp=tempo prórpio e tim = tempo impróprio, só é válida para partículas atômicas. Não sei, mas creio que o Goldberg deve concordar com isso.
>
> Na abordagem que apresentei, Viajante conclui, de seu referencial , que Terreno envelhece mais que ele. Terreno conclui, de seu referencial, que Viajante envelhece menos. Num acordo perfeito, como era para ser.
>
> Eduardo: (Confesso q nao entendi inteiramente essa analogia).
>
> Victor: A razão foi explicada pelo Takata,corretamente; tem a ver, diretamente, com o PE. Nesta portunidade, apenas expandi um pouco essas razões.
>
> Eduardo: Mas o mais importante pra mim em sua resposta e': Segundo Goldberg nao ha' explicacao matematico-fisica possivel para o Paradoxo dos Gemeos dentro da Relatividade Restrita. Nao ha' duvida q e' o gemeo da Terra q envelhece mais, mas isso nao pode ser demonstrado usando-se exclusivamente os principios da Relatividade Restrita.
>
> Victor: Veja bem, no caso dos múons e similares, como disse acima, que envolve questão análoga à dos gêmeos, essa restrição não é posta em causa. O paradoxo é levantado usando a RR e seus conceitos de: tempo próprio(crucial, vital mesmo, na análise), contração de comprimentos, dilatação dos tempos. Para mim, toda a questão roda em torno de se existe ou não assimetria entre os referenciais envolvidos. Quando se conclui que a assimetria é o que estabelece a relevância do problema, acabam as querelas! Não há mais paradoxo. Enquanto os estudiosos continuarem imaginando que inexiste assimetria, não há como obterem algum convencimento, matematicamente, fisicamente, logicamente, filosoficamente(ui...), ou o que seja. E tem mais, a assimetria é maior do que se imagina, já parou para examinar? Por exemplo, além das acelerações obrigatoriamente envolvidas no processo, há o fato de os referenciais de ida e de volta além serem de diferentes entre si,há um bônus adicional: os intervalos de tempo, na ida e na volta, enquanto no estado inercial, do ponto de vista de Terreno, são diferentes! Parecendo que a direção da velocidade influi na questão! Você diria: Agora danou-se tudo. Pois é. E, em tais circunstâncias, há uma razão simples e clara, a justificar o efeito. Nada demais, do ponto de vista dos postulados. Noutra oportunidade, eventuais questionamentos ensejarão detalhamentos desse “misterioso†fato. Num intervalo o relógio de Viajante corre mais rápido, noutro vai menos rápido. Aliás, o Lansky, da Sciam, já nos últimos parágrafos do artigo, faz uma bela alusão a esse fato, enfatizando o efeito. Lembra?
>
> Além disso, o paradoxo dos gêmeos, na forma como geralmente é enunciado, pode ser levantado de diversas outras maneiras, como a Sciam menciona nos últimos parágrafos do artigo. E, em nenhuma, se recorre à RG. Particularmente, considero isto: os resultados via RG, sem sombra de dúvidas, quantitativamente, são preciso. As fórmulas usadas, envolvendo gamma, estão linkadas com a RG, pois estão associadas à curvatura do espaço e aos potenciais gravitacionais. Em casos ideais, baixas velocidades, campos fracos, elas surgem como aproximações! Muito precisas para partículas atômicas como os múons e outras radiotivas, que se desintegram, etc. Já mostrei isso por aqui também, e também o Goldberg.
>
> Se houver interesse, entendo que será útil expandir as informações que coloquei mais acima.
>
> Eduardo: So' a Relatividade Geral explica o fenomeno de modo satisfatorio.
>
> Victor: Sim. De modo satisfatório e preciso.
>
> Eduardo: E ai' ha' varias maneiras de explica-lo. Pode ser explicado graficamente, naqueles diagramas de espaco-tempo de Minkowsky (world lines),
>
> Victor: O uso dos diagramas de Minkowski, inerentes ao espaço tempo, de estrutura geométrica hiperbólica é, sem dúvida, um dos melhores, mais diretos e objetivos.
>
> Eduardo: ou por essa analogia com pocos potenciais gravitacionais, ou pelo efeito Doppler relativistico, ou por 'n' outros modos.
>
> Victor: Sim.
>
> Eduardo: So' nao pode ser explicado so' pelos postulados da Relatividade Restrita. Acho q essa foi a grande 'pegadinha' q Langevin quis fazer com Einstein em 1911: Ele entendeu logo de cara essa contradicao. E Einstein sentiu o golpe, embora nao desse o braco a torcer. Manteve a posicao q o gemeo da Terra iria estar mais velho, mas passou a chamar o efeito de 'peculiar', apo's Langevin apontar o aparente paradoxo. So' depois de 1915, com a Relatividade Geral, o fenomeno do Paradoxo dos Gemeos passou a ter explicacao matematico-fisica consistente.
>
> Victor: Aquí, uma discordância entre nossos pontos. A maneira de resolver o paradoxo dos gêmeos no caso dos múons não usa RG, conforme comentei acima; idem, com o uso dos diagramas de Minkowski ou com os recursos do efeito Doppler relativístico(aliás, uma maneira clara de mostrar a inexistência do tal, via recursos de fora da relatividade...). Agora, a RG sozinha resolve tudo?
>
> Com relação a Langevin, eu acho(e como disse, não tenho argumentos comprobatórios disso), mero achísmo mesmo, que a pegadinha, como mencionei outra vez, teve outro sentido. Não creio que ele tenha chegado a associar as expressões que resultam dos dois postulados à RG, no caso geral. Bem, sequer isto é relevante para esta questão. Objetivamente, minha posição, é que, entendido que há as loucas assimetrias acima, e tudo estará resolvido. Considero esse o ponto de maior relevância. E, certamente, uma vez compreendido isso, não é preciso contas para provar o que está provado. Mas...
>
>
> Eduardo: Esse e' o meu entendimento.
>
> Victor: Ok.
>
> Sds,
>
> Victor.
>
> >Abs,
> >Eduardo Torres
>


SUBJECT: Epiciclos ? (ex ainda sobre ciencia)
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2012 21:52

Pessoal,
 
Tentando novamente : o que vcs acharam deste explicação?
 
Abs
Felipe

----- Mensagem encaminhada -----
De: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
Para: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quinta-feira, 12 de Abril de 2012 10:41
Assunto: Ainda Sobre Ciência

Essa explicação não parece ser meio forçada ???
 
 
Abs
Felipe



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2012 22:30

Alberto, Belmiro e Eduardo,

Repetindo o problema:
> No relógio do Viajante: [0,25 ano acelerando]+[20 anos em MRU de 0,6c]+[0,25 ano desacelerando]+[0,25 ano acelerando no sentido contrário]+[20 anos em MRU de -0,6c]+[0,25 ano desacelerando até parar novamente e reencontrar o irmão].
A pergunta: Quanto tempo terá passado no relógio do irmão que ficou na terra??

Pela análise que o Victor e o Goldberg fizeram usando a RG de Einstein o resultado seria 41,25 anos.
Veja MSG http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81501
(Para ver melhor as expressões matemáticas é melhor ir pelo e-mail no dia [Seg, 9 de Abr de 2012 7:14 am])
Neste caso (usando exclusivamente a RG de E.), eu tenho que reconhecer que não há paradoxo, o que não significa que eu concorde com esta previsão.

Mas no outro desenvolvimento dele na MSG (81735), usando exclusivamente a TRE de E., o resultado seria 41,06 anos (se calculasse só durante as acelerações) e seria 51,06 anos (se calculasse em todo percurso). Se eu não errei na substituição.
Ver http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81735
(Para ver melhor as expressões matemáticas é melhor ir pelo e-mail no dia [Seg, 9 de Abr de 2012 7:14 am])
Neste caso, se por um lado fica igual aos livros, por outro lado o paradoxo continua.
A simetria continua sendo total pois a aceleração, neste segundo caso, não foi definida com os dados o acelerômetro e sim como a variação da velocidade relativa. Esta variação serve para os dois.
Acho que isto está de certa forma relacionado com a noção de movimento aparente de Newton que discutimos aqui, antes. 

Hélio


De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Domingo, 15 de Abril de 2012 15:42
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3

Belmiro, Eduardo, Victor e demais,

Esta thread não pode terminar sem que o Victor termine de responder a minha MSG
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81501
e ele começou a responder na:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81735
Mas faltou o resultado numérico:
Ele me pediu para substituir eu fiz e perguntei para ele se estava correto, mas ele não me respondeu.

Eduardo:
> > Todas essas objecoes ja' foram levantadas nesse thread,
> > e vc a meu ver nao conseguiu explicar nenhum esses
> > paradoxos q surgem qdo tentamos explicar o fenomeno
> > apenas pela RR.
> >
Victor:
> Certo. Assumo minha incompetência em não conseguir
> expressar o que penso de maneira que o interlocutar
> entenda como penso.

Victor, eu já falei, será fácil para a gente te entender, se você, no lugar de responder com um milhão de palavras em 10 mil parágrafos, responder apenas com um número. Ou seja o resultado numérico ao problema proposto. Repito abaixo:

No relógio do Viajante: ele leva 0,25 acelerando para chegar a 0,6c, depois fica nesta velocidade (MRU)  por 20 anos, depois leva 0,25 ano desacelerando para parar e mais 0,25 ano acelerando para chegar a -0,6c, fica mais 20 anos em MRU voltando e finalmente mais 0,25 ano desacelerando até parar novamente e reencontrar o irmão.

A pergunta: Quanto tempo terá passado no relógio do irmão que ficou na terra??

(a) 41,06 anos;
(b) 41,25 anos;
(c) 51,06 anos;
(d) 51,25 anos;
(e) nenhuma das respostas anteriores. A resposta será: _______ anos.

Responda só a letra e se for (e) coloque só o valor numérico, nem precisa escrever a palavra "anos".

Esta resposta valerá mais que um milhão de palavras.


Hélio


SUBJECT: Re: [ciencialist] Epiciclos ? (ex ainda sobre ciencia)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2012 08:17

Olá Felipe

Eu achei algo fantástico, para dizer o mínimo. Mas não respondi à
mensagem anterior pois achei que não poderia ir muito além disso. Meus
conhecimentos de Cosmologia limitam-se à interpretação de alguns de seus
fundamentos, em especial àqueles relacionados à física como disciplina
básica. Este caso parece-me estar muito mais ligado à vivência
laboratorial, ou seja, em observatórios. Não sei se alguém aqui na
Ciencialist tem esta vivência.

Achei interessante, por exemplo, o que é comentado no final do artigo:
«Isso indica que o cinturão deve conter algo entre 260 bilhões e 83
trilhões de cometas de vários tamanhos, números semelhantes que se
acreditam estar na chamada Nuvem de Oort, o anel de cometas e restos da
formação do Sistema Solar expulsos das cercanias de nosso Sol quando ele
era uma estrela jovem como Fomalhaut.»

Pareceu-me que para os cosmólogos este número enorme de cometas, ainda
que «impressionante», não é tão fantástico como aparenta ser para nós,
mesmo não sendo algo corriqueiro.

Se ninguém mais aqui responder, talvez fosse o caso de apresentar o
questionamento na lista ClubedAstronomia
http://br.groups.yahoo.com/group/ClubedAstronomia/

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

****************************
-----Mensagem Original-----
From: luiz silva
Sent: Sunday, April 15, 2012 9:52 PM
To: ListadeCiência
Subject: [ciencialist] Epiciclos ? (ex ainda sobre ciencia)

Pessoal,

Tentando novamente : o que vcs acharam deste explicação?

Abs
Felipe

----- Mensagem encaminhada -----
De: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
Para: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quinta-feira, 12 de Abril de 2012 10:41
Assunto: Ainda Sobre Ciência

Essa explicação não parece ser meio forçada ???
http://oglobo.globo.com/ciencia/telescopio-captura-um-massacre-de-cometas-em-estrela-proxima-4617731

Abs
Felipe



SUBJECT: Re: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2012 09:09

Olá Hélio

Deixe-me ver se entendi.

No primeiro caso (solução Victor/Goldberg e utilizando apenas a RG)
teríamos:
Relógio do Viajante: 41 anos
Relógio do Terreno: 41,25 anos
Conclusão: Terreno envelhece 0,25 anos mais que Viajante. Seria isto?
Você diz que não haveria paradoxo, ainda que você não concorde com esta
previsão.
Eu diria que não há o paradoxo dos gêmeos, como apontado por Langevin.
Mas não sei se com esta «solução» não recairíamos em outros paradoxos,
talvez até piores. Por exemplo, como explicar o número de mésons
encontrados na superfície terrestre utilizando apenas a RG? Seria tão
somente efeito gravitacional (g) associado a um ínfimo e quase nulo
tempo de aceleração dos mésons, quando de sua produção? Será que esses
mésons chegariam até nós? Sei não!

No segundo caso (solução Victor/msg81735 e utilizando RG e RR) teríamos:
Relógio do Viajante: 41 anos
Relógio do Terreno: 51,06 anos.
Conclusão: Terreno envelhece 10,06 anos mais que Viajante.
Neste caso você diz que o paradoxo continua. Ficou-me então a impressão
de que se a solução fosse obtida com a mudança de referenciais, as
idades seriam trocadas (isto caracterizaria o paradoxo com o sentido
dado por Langevin). Neste caso, e para desfazermos o paradoxo,
deveríamos lançar mão do «movimento aparente de Newton». O que, a meu
ver, seria mesmo que lançar mão do absolutismo newtoniano. A meu ver o
paradoxal neste caso seria adotarmos este procedimento e ao mesmo tempo
conservarmos a relatividade einsteiniana como tal. E foi nesse sentido
que eu disse em msg anterior que o ídolo do Victor deve estar se
remoendo todo em seu túmulo.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

****************************
-----Mensagem Original-----
From: Hélio Carvalho
Sent: Sunday, April 15, 2012 10:30 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos
Gemeos3

Alberto, Belmiro e Eduardo,

Repetindo o problema:
> No relógio do Viajante: [0,25 ano acelerando]+[20 anos em MRU de
> 0,6c]+[0,25 ano desacelerando]+[0,25 ano acelerando no sentido
> contrário]+[20 anos em MRU de -0,6c]+[0,25 ano desacelerando até parar
> novamente e reencontrar o irmão].
A pergunta: Quanto tempo terá passado no relógio do irmão que ficou na
terra??

Pela análise que o Victor e o Goldberg fizeram usando a RG de Einstein o
resultado seria 41,25 anos.
Veja MSG http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81501
(Para ver melhor as expressões matemáticas é melhor ir pelo e-mail no
dia [Seg, 9 de Abr de 2012 7:14 am])
Neste caso (usando exclusivamente a RG de E.), eu tenho que reconhecer
que não há paradoxo, o que não significa que eu concorde com esta
previsão.

Mas no outro desenvolvimento dele na MSG (81735), usando exclusivamente
a TRE de E., o resultado seria 41,06 anos (se calculasse só durante as
acelerações) e seria 51,06 anos (se calculasse em todo percurso). Se eu
não errei na substituição.
Ver http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81735
(Para ver melhor as expressões matemáticas é melhor ir pelo e-mail no
dia [Seg, 9 de Abr de 2012 7:14 am])
Neste caso, se por um lado fica igual aos livros, por outro lado o
paradoxo continua.
A simetria continua sendo total pois a aceleração, neste segundo caso,
não foi definida com os dados o acelerômetro e sim como a variação da
velocidade relativa. Esta variação serve para os dois.
Acho que isto está de certa forma relacionado com a noção de movimento
aparente de Newton que discutimos aqui, antes.

Hélio

De: Hélio Carvalho
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br"
Enviadas: Domingo, 15 de Abril de 2012 15:42
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos
Gemeos3

Belmiro, Eduardo, Victor e demais,

Esta thread não pode terminar sem que o Victor termine de responder a
minha MSG
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81501
e ele começou a responder na:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81735
Mas faltou o resultado numérico:
Ele me pediu para substituir eu fiz e perguntei para ele se estava
correto, mas ele não me respondeu.

Eduardo:
> > Todas essas objecoes ja' foram levantadas nesse thread,
> > e vc a meu ver nao conseguiu explicar nenhum esses

> > paradoxos q surgem qdo tentamos explicar o fenomeno

> > apenas pela RR.

> >

Victor:
> Certo. Assumo minha incompetência em não conseguir
> expressar o que penso de maneira que o interlocutar
> entenda como penso.

Victor, eu já falei, será fácil para a gente te entender, se você, no
lugar de responder com um milhão de palavras em 10 mil parágrafos,
responder apenas com um número. Ou seja o resultado numérico ao problema
proposto. Repito abaixo:


No relógio do Viajante: ele leva 0,25 acelerando para chegar a 0,6c,
depois fica nesta velocidade (MRU) por 20 anos, depois leva 0,25 ano
desacelerando para parar e mais 0,25 ano acelerando para chegar a -0,6c,
fica mais 20 anos em MRU voltando e finalmente mais 0,25 ano
desacelerando até parar novamente e reencontrar o irmão.


A pergunta: Quanto tempo terá passado no relógio do irmão que ficou na
terra??


(a) 41,06 anos;

(b) 41,25 anos;
(c) 51,06 anos;
(d) 51,25 anos;
(e) nenhuma das respostas anteriores. A resposta será: _______ anos.


Responda só a letra e se for (e) coloque só o valor numérico, nem
precisa escrever a palavra "anos".


Esta resposta valerá mais que um milhão de palavras.

Hélio



SUBJECT: Re: [ciencialist] Epiciclos ? (ex ainda sobre ciencia)
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2012 11:11

Assim que li, fiquei assustado.Será que essa qde de objetos não deixaria algum "rastro" (bloqueio de luz, gravitacional, etc..) que possibilitasse sua identificação ?
 
Abs
Felipe

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 8:17
Assunto: Re: [ciencialist] Epiciclos ? (ex ainda sobre ciencia)
 
Olá Felipe

Eu achei algo fantástico, para dizer o mínimo. Mas não respondi à
mensagem anterior pois achei que não poderia ir muito além disso. Meus
conhecimentos de Cosmologia limitam-se à interpretação de alguns de seus
fundamentos, em especial àqueles relacionados à física como disciplina
básica. Este caso parece-me estar muito mais ligado à vivência
laboratorial, ou seja, em observatórios. Não sei se alguém aqui na
Ciencialist tem esta vivência.

Achei interessante, por exemplo, o que é comentado no final do artigo:
«Isso indica que o cinturão deve conter algo entre 260 bilhões e 83
trilhões de cometas de vários tamanhos, números semelhantes que se
acreditam estar na chamada Nuvem de Oort, o anel de cometas e restos da
formação do Sistema Solar expulsos das cercanias de nosso Sol quando ele
era uma estrela jovem como Fomalhaut.»

Pareceu-me que para os cosmólogos este número enorme de cometas, ainda
que «impressionante», não é tão fantástico como aparenta ser para nós,
mesmo não sendo algo corriqueiro.

Se ninguém mais aqui responder, talvez fosse o caso de apresentar o
questionamento na lista ClubedAstronomia
http://br.groups.yahoo.com/group/ClubedAstronomia/

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

****************************
-----Mensagem Original-----
From: luiz silva
Sent: Sunday, April 15, 2012 9:52 PM
To: ListadeCiência
Subject: [ciencialist] Epiciclos ? (ex ainda sobre ciencia)

Pessoal,

Tentando novamente : o que vcs acharam deste explicação?

Abs
Felipe

----- Mensagem encaminhada -----
De: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
Para: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quinta-feira, 12 de Abril de 2012 10:41
Assunto: Ainda Sobre Ciência

Essa explicação não parece ser meio forçada ???
http://oglobo.globo.com/ciencia/telescopio-captura-um-massacre-de-cometas-em-estrela-proxima-4617731

Abs
Felipe


SUBJECT: Re: [ciencialist] Epiciclos ? (ex ainda sobre ciencia)
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2012 11:21

Interessante, tb, é o itenrvalo de "des"confiança :-) que "justifica" a observação : algo entre 260 bilhões e 83trilhões !!
 
Abs
Felipe

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 8:17
Assunto: Re: [ciencialist] Epiciclos ? (ex ainda sobre ciencia)
 
Olá Felipe

Eu achei algo fantástico, para dizer o mínimo. Mas não respondi à
mensagem anterior pois achei que não poderia ir muito além disso. Meus
conhecimentos de Cosmologia limitam-se à interpretação de alguns de seus
fundamentos, em especial àqueles relacionados à física como disciplina
básica. Este caso parece-me estar muito mais ligado à vivência
laboratorial, ou seja, em observatórios. Não sei se alguém aqui na
Ciencialist tem esta vivência.

Achei interessante, por exemplo, o que é comentado no final do artigo:
«Isso indica que o cinturão deve conter algo entre 260 bilhões e 83
trilhões de cometas de vários tamanhos, números semelhantes que se
acreditam estar na chamada Nuvem de Oort, o anel de cometas e restos da
formação do Sistema Solar expulsos das cercanias de nosso Sol quando ele
era uma estrela jovem como Fomalhaut.»

Pareceu-me que para os cosmólogos este número enorme de cometas, ainda
que «impressionante», não é tão fantástico como aparenta ser para nós,
mesmo não sendo algo corriqueiro.

Se ninguém mais aqui responder, talvez fosse o caso de apresentar o
questionamento na lista ClubedAstronomia
http://br.groups.yahoo.com/group/ClubedAstronomia/

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

****************************
-----Mensagem Original-----
From: luiz silva
Sent: Sunday, April 15, 2012 9:52 PM
To: ListadeCiência
Subject: [ciencialist] Epiciclos ? (ex ainda sobre ciencia)

Pessoal,

Tentando novamente : o que vcs acharam deste explicação?

Abs
Felipe

----- Mensagem encaminhada -----
De: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
Para: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quinta-feira, 12 de Abril de 2012 10:41
Assunto: Ainda Sobre Ciência

Essa explicação não parece ser meio forçada ???
http://oglobo.globo.com/ciencia/telescopio-captura-um-massacre-de-cometas-em-estrela-proxima-4617731

Abs
Felipe


SUBJECT: Re: [ciencialist] Epiciclos ? (ex ainda sobre ciencia)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2012 11:44

-----Mensagem Original-----
From: luiz silva
Sent: Monday, April 16, 2012 11:21 AM
Subject: Re: [ciencialist] Epiciclos ? (ex ainda sobre ciencia)

> Interessante, tb, é o itenrvalo de "des"confiança :-) que "justifica"
> a observação : algo entre 260 bilhões e 83trilhões !!

Pra você ver como a cosmologia dista anos-luz de ser uma ciência
«exata», como referi em outra msg:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81747

Quanto a sua outra msg
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81766
não sei o que responder.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2012 12:37

Olá gente

Com respeito ao paradoxo dos gêmeos, tudo indica que não há mais como
espremer ninguém aqui pois os posicionamentos pessoais estão fortemente
guarnecidos pela paixão que uns devotam por esta ou aquela teoria em
detrimentos das demais.

Como o meu interesse maior no caso é soltar a macaca que o Victor mantém
enjaulada, que tal mudarmos o enfoque, discutindo agora um outro
paradoxo que coloca não a RR mas a RG em xeque?

Sei que o assunto já foi debatido mas já faz muito tempo (dezembro de
2000). Quem sabe surjam agora novos e melhores argumentos.

Se concordarem, sugiro que analisem este texto que improvisei mas que é
muito semelhante a um que no passado (1998) apresentei no newsgroup
sci.physics.relativity:

***** início do texto proposto para discussão*****
Seja um compartimento fechado e incomunicável com o seu exterior. Um
observador situado neste compartimento consegue medir um campo
gravitacional g qualquer (não é o mesmo g medido aqui na Terra).

De acordo com o Princípio da Equivalência (PE) de Einstein, não há como
este observador distinguir este campo g de uma possível aceleração a que
o compartimento (digamos que seja, por ex., uma nave espacial) esteja
sendo submetido.

Este observador decide então estudar o comportamento de uma carga
elétrica. Se o campo for gravitacional, seria de se esperar a não
emissão de radiações eletromagnéticas, assim como acontece aqui na Terra
onde há também um campo gravitacional. Por outro lado, se o
compartimento estiver sendo acelerado, a radiação deveria existir. Pelo
menos a teoria diz que nós aqui na Terra seríamos capazes de detectar
esta radiação. Porque motivos o observador dentro do compartimento não
iria observar esta radiação?

Mas se ele observar esta radiação o PE é contrariado, pois o observador
interno poderá distinguir entre aceleração e campo. Saberá portanto que
está sendo acelerado. E se não observar, alguma coisa muito esquisita
estará ocorrendo com esta radiação, que sem dúvida alguma existe, tanto
é que é observada fora do compartimento.
***** final do texto proposto para discussão*****

Sei que ao final do diálogo continuaremos com nossas convicções
firmadas em nossas paixões, o que é lamentável mas é o que certamente
acontecerá. E lamentável porque, como já afirmei, ciência não combina
com paixão por esta ou por aquela teoria. A única paixão que se
justifica é a paixão pela ciência, ou a paixão pela procura pela
verdade. Mas, independentemente do desfecho que muito provavelmente será
lamentável, como foi o do paradoxo dos gêmeos, creio que poderemos
aprender muito neste exercício dialético de justificarmos nossas
paixões. O que vocês acham. Se concordarem poderemos iniciar.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O que � o neurocientificismo?
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2012 12:54

Mas Thiagão, qual é o cientista atual que está
preocupado com epistemologia? Ninguém quer nem saber
disso! Está todo mundo interessado no empírico e
quando muito no teórico embasado em matemática e modelos
abstratos. Quando o cientista se aventura a falar em
epistemologia, ele só consegue publicar em journals de
filosofia. Tô certo ou tô errado?
 
*PB*
 
 
Sent: Sunday, April 15, 2012 3:28 PM
Subject: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
 


 
> Sim Thiagão, tu conseguistes mostrar vários exemplos em que
> a filosofia foi alterada por descobertas científicas, refutando
> a minha alegação anterior. Mas aí vem à tona um dos aspectos que
> eu havia comentado: no passado, a filosofia era a "fonte basal"
> de inspiração para a ciência. Hoje em dia, essa situação se
> inverteu.

Perdão, Pesky, pois deixei passar isto aqui sem comentar, mas minha
consciência gritou durante o banho após o almoço! hahaha

Meu amigo, quero te mostrar que é anômalo afirmar isto,
pois o objeto de estudo da filosofia é a epistemologia e a
epitesmologia é o estudo do objeto científico das ciências
disciplinares. Me compreendes?

O estudo epistemológico (que é o objeto de estudo da
filosofia pós-socrática, com outros nomes, mas o mesmo
fundamento) é o estudo das ciências disciplinares, com seus
diferentes objetos. Refiro-me à Teoria do Conhecimento.

> Viva a ciência!

Com certeza!

Thiago.



To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: guimaraesbsb@hotmail.com
Date: Sun, 15 Apr 2012 15:26:11 +0300
Subject: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?

 
 

[Respondendo ao Pesky]
É a questão do Método Científico, que o Alberto me orientou.
Eu não acredito que seja a questão de estar "atrasado", mas
sim de desconhecer fundamentalmente o que é o método.
E, claro, não se preocupar e nem se sensibilizar com isso,
pois cada um só aprende mesmo aquilo que convém (tautologia),
no caso não apenas dos filósofos, mas de boa parte dos
que hoje nada produz de "ciências sociais" e se dizem "cientistas".

Eu vejo uma saída para isso na possibilidade da verdadeira
(legítima) colaboração científica. O caso do Clemente Nobrega, por
exemplo, um Físico Quântico e Administrador de Empresas que
tenta fundamentar a "Ciência da Gestão". Ele conhece o método,
conhece a gestão, sabe de onde vem e para onde vai. Conhece
Markting, Inovação, Visão Estratégica. O cara sabe muito.

Mas quem se preocupa? A mediocridade intelectual é tanta
que a inoperância já é paradigmática.

Antes que me esqueça:
PS¹ Se forem enquadrar as "pseudo-ciências" por favor
não se esqueçam de incluir a ADMINISTRAÇÃO.


Thiago.



To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: peskybee2@gmail.com
Date: Sat, 14 Apr 2012 10:56:22 -0300
Subject: Re: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?

 
 
Sim Thiagão, tu conseguistes mostrar vários exemplos em que
a filosofia foi alterada por descobertas científicas, refutando
a minha alegação anterior. Mas aí vem à tona um dos aspectos que
eu havia comentado: no passado, a filosofia era a "fonte basal"
de inspiração para a ciência. Hoje em dia, essa situação se
inverteu. E a tal ponto que muito do que se faz em filosofia
ainda está atrasada em relação ao que se sabe de ciência (no
caso da neurociência das anormalidades mentais, mais ainda).
Então, de professores os filósofos passaram a aprendizes.
Viva a ciência!
 
*PB*
 
 
 
Sent: Friday, April 13, 2012 3:16 PM
Subject: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
 


 
[Respondendo ao Pesky]

> Mas Thiagão, eu só queria uma evidência (algo que se possa

> constatar na natureza) capaz de alterar (ou refutar) um aspecto

> filosófico. Eu cá com meus botões não acredito que isso exista,

> mas estou pronto para rever minha posição. Mas tu não vai se

> incomodar se eu esperar deitado, né?  ;-)

 

*PB*


Pesky,

Você pediu um e eu dou seis exemplos. Com ênfase no terceiro exemplo, que se eu bem entendi,

responde exatamente a sua questão.

 

Espero ter respondido a questão.

 

Thiago.

 

_____________________________________________________________________________

 

- Eu quis mostrar que existe um processo histórico da filosofia, que seria o processo

histórico da humanidade (o que ainda assim não foi suficiente).

 

1)    O caso de Tales de Mileto, onde ele sugeria que "tudo era água", ou da citação do Sofista

Protágoras: "O homem é a medida de todas as coisas", essas afirmações foram filosoficamente

superada e hoje é objeto de estudo da epistemologia (a verdade para além da crença do homem).


2)    Os antigos acreditavam na "ciência oculta"  da "auto-decomposição" da matéria.

O que atualmente não é aceito e totalmente refutado, uma vez que se tem o entendimento

dos microorganismos e dos metais (por exemplo, do ferro - a oxidação). Descobertas que não

foram feitos pela filosofia, e sim por uma ciência disciplinar. O que era "metafísica" para eles,

não é para nós, pois houve uma "expansão" do nosso conceito de verdade, desde aquele tempo até hoje.

Antes falar em "decomposição" era falar de "filosofia". E hoje?


3)    Na ciência moderna, existem casos curiosos como o da Síndrome das Pernas Inquietas

(Síndrome de Ekbom), onde uma abordagem psicológica e filosófica foram completamente

modificadas após o descobrimento de uma "natureza" orgânica-neurológica (a modificação de uma estrutura

anatômica de um neurônio - a doença é em grande parte ainda desconhecida ainda hoje).


4)    Existem casos semelhantes de outras doenças, como parkinson e alzheimer, o que só encontra paradoxos.

Alheimer, por exemplo, é uma doença orgânica, que pode ter natureza filosófica, o que é completamente paradoxal

(assim como outros problemas de demência). Algumas demências têm fatores mais orgânicos, outros psiquiátricos,

já em outros, estes fatores se entrelaçam. O que muda completamente a abordagem filosófica do caso.


5)   Vale acrescentar que outras doenças tem natureza orgânica e repercussão filosófica, por exemplo,

no caso da Esclerose Lateral Amiotrófica. Alguém já assistiu o escafandro e a borboleta? É disto a que me refiro.

Trata-se de um problema filosófico e a recuperação do paciente poderia mod

  

6)  Existem vários outros casos, mas eu precisaria fazer uma abordagem mais ampla. Uma verdadeira pesquisa.

Um caso curioso é da Lobotomia. O uso da lobotomia modificou toda uma abordagem filosófica


PS.: Mas obrigado por me fazer pensar sobre isto: como os processos ditos "naturais" influenciam os processos filosóficos.

Parece-se bastante com a Dialética Materialista (Karl Marx, enquanto filósofo), mas com abordagem diferenciada,

pois adentra no campo disciplinar. Isto é difícil de pensar, visto que não é o objetivo da filosofia: a epistemologia

e a transcendência. É fácil quando essa busca pela verdade parte da filosofia para a compreensão

epistemológica do mundo, mas é difícil quando parte da disciplina modificar a própria epistemologia.

Mas é totalmente possível, uma vez que não existe "verdade maior" que a outra.





 
 

SUBJECT: Re: Epiciclos ? (ex ainda sobre ciencia)
FROM: "Homero" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2012 12:54

Alberto: " Mas não respondi à mensagem anterior pois achei que não poderia ir muito além disso. "

Acho que é bem por ai, para explicar, ou criar explicações possíveis, é preciso mais dados, e no momento mesmo cosmólogos e astrofísicos não tem o suficiente.

Mas a questão é a observação, os dados que foram verificados, que parecem corretos. Se são, então algo está ocorrendo por lá, e levantar hipóteses, e não teorias ou explicações finais, é parte do processo de verificação.

Se os dados estão corretos, então uma das explicações possíveis é esta, sobre a quantidade de cometas. Para validar essa explicação/hipótese, provavelmente novas pesquisas e mais dados são necessários.

Alberto: "Pareceu-me que para os cosmólogos este número enorme de cometas, ainda 
> que «impressionante», não é tão fantástico como aparenta ser para nós, 
> mesmo não sendo algo corriqueiro."

Sinto bastante isso em conversas sobre ciência, muitas vezes as informações que nos espantam tem mais a ver com nossa falta pessoal de intimidade com o assunto e sua complexidade. Talvez trilhões não sejam algo inesperado nessas circunstâncias. E a variação se dava a ser algo que precisa considerar outras variáveis, que desconhecemos (eu desconheço, na verdade).

Um abraço.

Homero






--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@...> escreveu
>
> Olá Felipe
>
> Eu achei algo fantástico, para dizer o mínimo. Mas não respondi à
> mensagem anterior pois achei que não poderia ir muito além disso. Meus
> conhecimentos de Cosmologia limitam-se à interpretação de alguns de seus
> fundamentos, em especial àqueles relacionados à física como disciplina
> básica. Este caso parece-me estar muito mais ligado à vivência
> laboratorial, ou seja, em observatórios. Não sei se alguém aqui na
> Ciencialist tem esta vivência.
>
> Achei interessante, por exemplo, o que é comentado no final do artigo:
> «Isso indica que o cinturão deve conter algo entre 260 bilhões e 83
> trilhões de cometas de vários tamanhos, números semelhantes que se
> acreditam estar na chamada Nuvem de Oort, o anel de cometas e restos da
> formação do Sistema Solar expulsos das cercanias de nosso Sol quando ele
> era uma estrela jovem como Fomalhaut.»
>
> Pareceu-me que para os cosmólogos este número enorme de cometas, ainda
> que «impressionante», não é tão fantástico como aparenta ser para nós,
> mesmo não sendo algo corriqueiro.
>
> Se ninguém mais aqui responder, talvez fosse o caso de apresentar o
> questionamento na lista ClubedAstronomia
> http://br.groups.yahoo.com/group/ClubedAstronomia/
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com.br
> Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
> coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
>
> ****************************
> -----Mensagem Original-----
> From: luiz silva
> Sent: Sunday, April 15, 2012 9:52 PM
> To: ListadeCiência
> Subject: [ciencialist] Epiciclos ? (ex ainda sobre ciencia)
>
> Pessoal,
>
> Tentando novamente : o que vcs acharam deste explicação?
>
> Abs
> Felipe
>
> ----- Mensagem encaminhada -----
> De: luiz silva luizfelipecsrj@...
> Para: ListadeCiência ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Quinta-feira, 12 de Abril de 2012 10:41
> Assunto: Ainda Sobre Ciência
>
> Essa explicação não parece ser meio forçada ???
> http://oglobo.globo.com/ciencia/telescopio-captura-um-massacre-de-cometas-em-estrela-proxima-4617731
>
> Abs
> Felipe
>

SUBJECT: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3
FROM: "J.Victor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2012 14:22

Caro Alberto,

 

Não posso deixar de lhe dar uma satisfação, informando que, no momento, passo. Deixarei esse assunto e outros semelhantes,  como o “paradoxo” da carga elétrica, que propôs noutro post,  de lado, momentâneamente.

Surgiram-me outras prioridades na área profissional e, por isso, não poderei dar a atenção que seus posts merecem. Mas como, aconteça o que acontecer, a caravana sempre passa, voltarei a este assunto oportunamente, talvez não menos que em uns 10 dias, segundo estimo. Se ainda houver interesse, claro. De minha parte sempre haverá.

 

 

 

Sds,

Victor.  

  

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: segunda-feira, 16 de abril de 2012 09:09
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3

 

 

Olá Hélio

Deixe-me ver se entendi.

No primeiro caso (solução Victor/Goldberg e utilizando apenas a RG)
teríamos:
Relógio do Viajante: 41 anos
Relógio do Terreno: 41,25 anos
Conclusão: Terreno envelhece 0,25 anos mais que Viajante. Seria isto?
Você diz que não haveria paradoxo, ainda que você não concorde com esta
previsão.
Eu diria que não há o paradoxo dos gêmeos, como apontado por Langevin.
Mas não sei se com esta «solução» não recairíamos em outros paradoxos,
talvez até piores. Por exemplo, como explicar o número de mésons
encontrados na superfície terrestre utilizando apenas a RG? Seria tão
somente efeito gravitacional (g) associado a um ínfimo e quase nulo
tempo de aceleração dos mésons, quando de sua produção? Será que esses
mésons chegariam até nós? Sei não!

No segundo caso (solução Victor/msg81735 e utilizando RG e RR) teríamos:
Relógio do Viajante: 41 anos
Relógio do Terreno: 51,06 anos.
Conclusão: Terreno envelhece 10,06 anos mais que Viajante.
Neste caso você diz que o paradoxo continua. Ficou-me então a impressão
de que se a solução fosse obtida com a mudança de referenciais, as
idades seriam trocadas (isto caracterizaria o paradoxo com o sentido
dado por Langevin). Neste caso, e para desfazermos o paradoxo,
deveríamos lançar mão do «movimento aparente de Newton». O que, a meu
ver, seria mesmo que lançar mão do absolutismo newtoniano. A meu ver o
paradoxal neste caso seria adotarmos este procedimento e ao mesmo tempo
conservarmos a relatividade einsteiniana como tal. E foi nesse sentido
que eu disse em msg anterior que o ídolo do Victor deve estar se
remoendo todo em seu túmulo.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

****************************
-----Mensagem Original-----
From: Hélio Carvalho
Sent: Sunday, April 15, 2012 10:30 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos
Gemeos3

Alberto, Belmiro e Eduardo,

Repetindo o problema:
> No relógio do Viajante: [0,25 ano acelerando]+[20 anos em MRU de
> 0,6c]+[0,25 ano desacelerando]+[0,25 ano acelerando no sentido
> contrário]+[20 anos em MRU de -0,6c]+[0,25 ano desacelerando até parar
> novamente e reencontrar o irmão].
A pergunta: Quanto tempo terá passado no relógio do irmão que ficou na
terra??

Pela análise que o Victor e o Goldberg fizeram usando a RG de Einstein o
resultado seria 41,25 anos.
Veja MSG http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81501
(Para ver melhor as expressões matemáticas é melhor ir pelo e-mail no
dia [Seg, 9 de Abr de 2012 7:14 am])
Neste caso (usando exclusivamente a RG de E.), eu tenho que reconhecer
que não há paradoxo, o que não significa que eu concorde com esta
previsão.

Mas no outro desenvolvimento dele na MSG (81735), usando exclusivamente
a TRE de E., o resultado seria 41,06 anos (se calculasse só durante as
acelerações) e seria 51,06 anos (se calculasse em todo percurso). Se eu
não errei na substituição.
Ver http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81735
(Para ver melhor as expressões matemáticas é melhor ir pelo e-mail no
dia [Seg, 9 de Abr de 2012 7:14 am])
Neste caso, se por um lado fica igual aos livros, por outro lado o
paradoxo continua.
A simetria continua sendo total pois a aceleração, neste segundo caso,
não foi definida com os dados o acelerômetro e sim como a variação da
velocidade relativa. Esta variação serve para os dois.
Acho que isto está de certa forma relacionado com a noção de movimento
aparente de Newton que discutimos aqui, antes.

Hélio

De: Hélio Carvalho
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br"
Enviadas: Domingo, 15 de Abril de 2012 15:42
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos
Gemeos3

Belmiro, Eduardo, Victor e demais,

Esta thread não pode terminar sem que o Victor termine de responder a
minha MSG
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81501
e ele começou a responder na:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81735
Mas faltou o resultado numérico:
Ele me pediu para substituir eu fiz e perguntei para ele se estava
correto, mas ele não me respondeu.

Eduardo:
> > Todas essas objecoes ja' foram levantadas nesse thread,
> > e vc a meu ver nao conseguiu explicar nenhum esses

> > paradoxos q surgem qdo tentamos explicar o fenomeno

> > apenas pela RR.

> >

Victor:
> Certo. Assumo minha incompetência em não conseguir
> expressar o que penso de maneira que o interlocutar
> entenda como penso.

Victor, eu já falei, será fácil para a gente te entender, se você, no
lugar de responder com um milhão de palavras em 10 mil parágrafos,
responder apenas com um número. Ou seja o resultado numérico ao problema
proposto. Repito abaixo:

No relógio do Viajante: ele leva 0,25 acelerando para chegar a 0,6c,
depois fica nesta velocidade (MRU) por 20 anos, depois leva 0,25 ano
desacelerando para parar e mais 0,25 ano acelerando para chegar a -0,6c,
fica mais 20 anos em MRU voltando e finalmente mais 0,25 ano
desacelerando até parar novamente e reencontrar o irmão.

A pergunta: Quanto tempo terá passado no relógio do irmão que ficou na
terra??

(a) 41,06 anos;

(b) 41,25 anos;
(c) 51,06 anos;
(d) 51,25 anos;
(e) nenhuma das respostas anteriores. A resposta será: _______ anos.

Responda só a letra e se for (e) coloque só o valor numérico, nem
precisa escrever a palavra "anos".

Esta resposta valerá mais que um milhão de palavras.

Hélio


SUBJECT: Grafeno: a quanto andam as aplicações tecnológica
FROM: "J.Victor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2012 14:49

O que sabem do grafeno?

 

Esta notícia foi publicada em 2010. E agora?

 

http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/do-laboratorio-para-a-fabrica/promessas-tecnologicas-do-grafeno

 

Com a palavra os Srs. Químicos e tecnólogos do pedaço.

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2012 14:53



Preciso estudar um pouco mais sobre o método científico
para poder responder. To usando as referências do Prof.
Alberto. Meu conhecimento ainda é demasiado limitado para
responder com propriedade aquilo que posso evidenciar apenas em parte.

Ainda a pouco minha esposa disse assim (acredite, do nada):
- Todo mundo come no prato da filosofia.

Mas ainda é um pensamento incompleto para mim.
Peço um pouco de paciência para responder.
(o email está salvo entre os favoritos)

Thiago.


To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: peskybee2@gmail.com
Date: Mon, 16 Apr 2012 12:54:34 -0300
Subject: Re: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?

 

Mas Thiagão, qual é o cientista atual que está
preocupado com epistemologia? Ninguém quer nem saber
disso! Está todo mundo interessado no empírico e
quando muito no teórico embasado em matemática e modelos
abstratos. Quando o cientista se aventura a falar em
epistemologia, ele só consegue publicar em journals de
filosofia. Tô certo ou tô errado?
 
*PB*
 
 
Sent: Sunday, April 15, 2012 3:28 PM
Subject: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
 


 
> Sim Thiagão, tu conseguistes mostrar vários exemplos em que
> a filosofia foi alterada por descobertas científicas, refutando
> a minha alegação anterior. Mas aí vem à tona um dos aspectos que
> eu havia comentado: no passado, a filosofia era a "fonte basal"
> de inspiração para a ciência. Hoje em dia, essa situação se
> inverteu.

Perdão, Pesky, pois deixei passar isto aqui sem comentar, mas minha
consciência gritou durante o banho após o almoço! hahaha

Meu amigo, quero te mostrar que é anômalo afirmar isto,
pois o objeto de estudo da filosofia é a epistemologia e a
epitesmologia é o estudo do objeto científico das ciências
disciplinares. Me compreendes?

O estudo epistemológico (que é o objeto de estudo da
filosofia pós-socrática, com outros nomes, mas o mesmo
fundamento) é o estudo das ciências disciplinares, com seus
diferentes objetos. Refiro-me à Teoria do Conhecimento.

> Viva a ciência!

Com certeza!

Thiago.



To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: guimaraesbsb@hotmail.com
Date: Sun, 15 Apr 2012 15:26:11 +0300
Subject: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?

 
 

[Respondendo ao Pesky]
É a questão do Método Científico, que o Alberto me orientou.
Eu não acredito que seja a questão de estar "atrasado", mas
sim de desconhecer fundamentalmente o que é o método.
E, claro, não se preocupar e nem se sensibilizar com isso,
pois cada um só aprende mesmo aquilo que convém (tautologia),
no caso não apenas dos filósofos, mas de boa parte dos
que hoje nada produz de "ciências sociais" e se dizem "cientistas".

Eu vejo uma saída para isso na possibilidade da verdadeira
(legítima) colaboração científica. O caso do Clemente Nobrega, por
exemplo, um Físico Quântico e Administrador de Empresas que
tenta fundamentar a "Ciência da Gestão". Ele conhece o método,
conhece a gestão, sabe de onde vem e para onde vai. Conhece
Markting, Inovação, Visão Estratégica. O cara sabe muito.

Mas quem se preocupa? A mediocridade intelectual é tanta
que a inoperância já é paradigmática.

Antes que me esqueça:
PS¹ Se forem enquadrar as "pseudo-ciências" por favor
não se esqueçam de incluir a ADMINISTRAÇÃO.


Thiago.



To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: peskybee2@gmail.com
Date: Sat, 14 Apr 2012 10:56:22 -0300
Subject: Re: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?

 
 
Sim Thiagão, tu conseguistes mostrar vários exemplos em que
a filosofia foi alterada por descobertas científicas, refutando
a minha alegação anterior. Mas aí vem à tona um dos aspectos que
eu havia comentado: no passado, a filosofia era a "fonte basal"
de inspiração para a ciência. Hoje em dia, essa situação se
inverteu. E a tal ponto que muito do que se faz em filosofia
ainda está atrasada em relação ao que se sabe de ciência (no
caso da neurociência das anormalidades mentais, mais ainda).
Então, de professores os filósofos passaram a aprendizes.
Viva a ciência!
 
*PB*
 
 
 
Sent: Friday, April 13, 2012 3:16 PM
Subject: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
 


 
[Respondendo ao Pesky]

> Mas Thiagão, eu só queria uma evidência (algo que se possa

> constatar na natureza) capaz de alterar (ou refutar) um aspecto

> filosófico. Eu cá com meus botões não acredito que isso exista,

> mas estou pronto para rever minha posição. Mas tu não vai se

> incomodar se eu esperar deitado, né?  ;-)

 

*PB*


Pesky,

Você pediu um e eu dou seis exemplos. Com ênfase no terceiro exemplo, que se eu bem entendi,

responde exatamente a sua questão.

 

Espero ter respondido a questão.

 

Thiago.

 

_____________________________________________________________________________

 

- Eu quis mostrar que existe um processo histórico da filosofia, que seria o processo

histórico da humanidade (o que ainda assim não foi suficiente).

 

1)    O caso de Tales de Mileto, onde ele sugeria que "tudo era água", ou da citação do Sofista

Protágoras: "O homem é a medida de todas as coisas", essas afirmações foram filosoficamente

superada e hoje é objeto de estudo da epistemologia (a verdade para além da crença do homem).


2)    Os antigos acreditavam na "ciência oculta"  da "auto-decomposição" da matéria.

O que atualmente não é aceito e totalmente refutado, uma vez que se tem o entendimento

dos microorganismos e dos metais (por exemplo, do ferro - a oxidação). Descobertas que não

foram feitos pela filosofia, e sim por uma ciência disciplinar. O que era "metafísica" para eles,

não é para nós, pois houve uma "expansão" do nosso conceito de verdade, desde aquele tempo até hoje.

Antes falar em "decomposição" era falar de "filosofia". E hoje?


3)    Na ciência moderna, existem casos curiosos como o da Síndrome das Pernas Inquietas

(Síndrome de Ekbom), onde uma abordagem psicológica e filosófica foram completamente

modificadas após o descobrimento de uma "natureza" orgânica-neurológica (a modificação de uma estrutura

anatômica de um neurônio - a doença é em grande parte ainda desconhecida ainda hoje).


4)    Existem casos semelhantes de outras doenças, como parkinson e alzheimer, o que só encontra paradoxos.

Alheimer, por exemplo, é uma doença orgânica, que pode ter natureza filosófica, o que é completamente paradoxal

(assim como outros problemas de demência). Algumas demências têm fatores mais orgânicos, outros psiquiátricos,

já em outros, estes fatores se entrelaçam. O que muda completamente a abordagem filosófica do caso.


5)   Vale acrescentar que outras doenças tem natureza orgânica e repercussão filosófica, por exemplo,

no caso da Esclerose Lateral Amiotrófica. Alguém já assistiu o escafandro e a borboleta? É disto a que me refiro.

Trata-se de um problema filosófico e a recuperação do paciente poderia mod

  

6)  Existem vários outros casos, mas eu precisaria fazer uma abordagem mais ampla. Uma verdadeira pesquisa.

Um caso curioso é da Lobotomia. O uso da lobotomia modificou toda uma abordagem filosófica


PS.: Mas obrigado por me fazer pensar sobre isto: como os processos ditos "naturais" influenciam os processos filosóficos.

Parece-se bastante com a Dialética Materialista (Karl Marx, enquanto filósofo), mas com abordagem diferenciada,

pois adentra no campo disciplinar. Isto é difícil de pensar, visto que não é o objetivo da filosofia: a epistemologia

e a transcendência. É fácil quando essa busca pela verdade parte da filosofia para a compreensão

epistemológica do mundo, mas é difícil quando parte da disciplina modificar a própria epistemologia.

Mas é totalmente possível, uma vez que não existe "verdade maior" que a outra.





 
 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Grafeno: a quanto andam as aplicações tecnológica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2012 15:58

-----Mensagem Original-----
From: J.Victor
Sent: Monday, April 16, 2012 2:49 PM
Subject: [ciencialist] Grafeno: a quanto andam as aplicações tecnológica

> O que sabem do grafeno?
> Esta notícia foi publicada em 2010. E agora?

O tema foi prêmio Nobel de física em 2010: Andre Geim e Konstantin
Novoselov

Vide Nobel Lecture, December 8, 2010
1) Andre Geim
RANDOM WALK TO GRAPHENE
http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/2010/geim_lecture.pdf
2) Konstantin Novoselov
GRAPHENE: MATERIALS IN THE FLATLAND
http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/2010/novoselov_lecture.pdf

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2012 17:33

     Podemos, sim. Vou começar a pensar sobre isso.
 
     [],s
 
     Belmiro

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 12:37
Assunto: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá gente

Com respeito ao paradoxo dos gêmeos, tudo indica que não há mais como
espremer ninguém aqui pois os posicionamentos pessoais estão fortemente
guarnecidos pela paixão que uns devotam por esta ou aquela teoria em
detrimentos das demais.

Como o meu interesse maior no caso é soltar a macaca que o Victor mantém
enjaulada, que tal mudarmos o enfoque, discutindo agora um outro
paradoxo que coloca não a RR mas a RG em xeque?

Sei que o assunto já foi debatido mas já faz muito tempo (dezembro de
2000). Quem sabe surjam agora novos e melhores argumentos.

Se concordarem, sugiro que analisem este texto que improvisei mas que é
muito semelhante a um que no passado (1998) apresentei no newsgroup
sci.physics.relativity:

***** início do texto proposto para discussão*****
Seja um compartimento fechado e incomunicável com o seu exterior. Um
observador situado neste compartimento consegue medir um campo
gravitacional g qualquer (não é o mesmo g medido aqui na Terra).

De acordo com o Princípio da Equivalência (PE) de Einstein, não há como
este observador distinguir este campo g de uma possível aceleração a que
o compartimento (digamos que seja, por ex., uma nave espacial) esteja
sendo submetido.

Este observador decide então estudar o comportamento de uma carga
elétrica. Se o campo for gravitacional, seria de se esperar a não
emissão de radiações eletromagnéticas, assim como acontece aqui na Terra
onde há também um campo gravitacional. Por outro lado, se o
compartimento estiver sendo acelerado, a radiação deveria existir. Pelo
menos a teoria diz que nós aqui na Terra seríamos capazes de detectar
esta radiação. Porque motivos o observador dentro do compartimento não
iria observar esta radiação?

Mas se ele observar esta radiação o PE é contrariado, pois o observador
interno poderá distinguir entre aceleração e campo. Saberá portanto que
está sendo acelerado. E se não observar, alguma coisa muito esquisita
estará ocorrendo com esta radiação, que sem dúvida alguma existe, tanto
é que é observada fora do compartimento.
***** final do texto proposto para discussão*****

Sei que ao final do diálogo continuaremos com nossas convicções
firmadas em nossas paixões, o que é lamentável mas é o que certamente
acontecerá. E lamentável porque, como já afirmei, ciência não combina
com paixão por esta ou por aquela teoria. A única paixão que se
justifica é a paixão pela ciência, ou a paixão pela procura pela
verdade. Mas, independentemente do desfecho que muito provavelmente será
lamentável, como foi o do paradoxo dos gêmeos, creio que poderemos
aprender muito neste exercício dialético de justificarmos nossas
paixões. O que vocês acham. Se concordarem poderemos iniciar.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Re: Simulando a luz
FROM: "robespierre_goncalves" <robespierre.goncalves@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2012 17:43

Não sei se estou certo mas parece que fizeram vibrar o recipiene (de modo com os ocilons), daí o movimento das gotinhas. Depois eles usam as próprias pipetas para empurrá-las e então filmam o movimento. Eu já imagino uma montagem sobre um retroprojetor, com uma tigela de vidro e um massageador eletrico para fazê-la vibrar.
Ao procurar pelo vídeo, para postar aqui, vi um forúm em inglês aonde comentavam que o experimento serviria para demosntrar 3 ou 4 situações previstas por De Broglie (isso eu nem saberia discutir).

[]s,
Pierre

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto" <leo@...> escreveu
>
> Gostei da ideia da gota de silicone, que não adere com a água e, como tal não aparece a 'força de atração' entre elas devido à tensão superficial. Este modelo serve, inclusive, para as ondas de De Broglie que acompanham e avançam à frente da partícula em movimento. Estas ondas 'avisam' a partícula o que vem pela frente e podem assim desviar dos obstáculos.
> Pelo vídeo dá a impressão que as esferas de silicone ficam oscilando na vertical ... não sei se observei direito.
> []´
> ===========================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leo@...
> luizferraz.netto@...
> http://www.feiradeciencias.com.br
> ===========================
> ----- Original Message -----
> From: robespierre_goncalves
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Friday, April 13, 2012 5:48 PM
> Subject: [ciencialist] Simulando a luz
>
>
>
> Olá,
>
> Faz tempo que não posto mensagens (nem as leio), por pura falta de tempo e paz (trabalho e mais trabalho!).
> Mas vendo em um episódio daquele programa com Morgan Freman na TV a cabo, fiquei muito entusiasmado com um experimento que simularia o comportamento dos fotons de luz, demonstrando a dualidade onda-partícula com gotas de silicone.
> Faz parecer que acoisa é mais simples do que parece!
>
> Como meu conhecimento de mecanica quantica deixa a desejar, gostaria que alguém comentasse o vídeo:
>
> http://www.youtube.com/watch?v=W9yWv5dqSKk
>
> Eu penso que se fosse fácil fazer igual (já que parece simples), seria um belo trabalho de feira de ciencias.
>
> []s,
> Pierre
>




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2012 17:53

    Para o Victor.
 
    Perdi o e-mail no qual você diz que não há mais nada a comentar sobre a minha mensagem. É uma pena que pense assim. É uma pena também a ausência de senso de humor em sua pessoa. Que acha sempre que está sendo alvo de deboche ou que os outros tem algo de pessoal contra você. Aliás, tenho notado uma certa instabilidade emocional. Às vezes você está receptivo a brincadeiras e outras vezes munido de paus e pedras. Se tem problemas, lembre que não é o único. Todos temos. A macaca não é privilégio seu. Se eu não puder responder as mensagens sem usar de minha personalidade, então não brinco mais. Já não sou bonito por natureza, agora, se tiver que ficar sizudo, ninguém me aguenta. Nem mesmo eu. Essa sua tática de se fingir de vítima toda vez que está acuado, está fora de moda. É uma pena, de novo. Mas, tudo bem, não brinco mais. Declaro por encerrada minha participação neste debate. Mesmo assim, só tenho a lhe agradecer. Aprendi bastante, apesar dos ônibus e suas curvas.
 
    Um sincero abraço,
 
    Belmiro

De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Domingo, 15 de Abril de 2012 22:30
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3
 
Alberto, Belmiro e Eduardo,

Repetindo o problema:> No relógio do Viajante: [0,25 ano acelerando]+[20 anos em MRU de 0,6c]+[0,25 ano desacelerando]+[0,25 ano acelerando no sentido contrário]+[20 anos em MRU de -0,6c]+[0,25 ano desacelerando até parar novamente e reencontrar o irmão].
A pergunta: Quanto tempo terá passado no relógio do irmão que ficou na terra??

Pela análise que o Victor e o Goldberg fizeram usando a RG de Einstein o resultado seria 41,25 anos.
Veja MSG http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81501
(Para ver melhor as expressões matemáticas é melhor ir pelo e-mail no dia [Seg, 9 de Abr de 2012 7:14 am])
Neste caso (usando exclusivamente a RG de E.), eu tenho que reconhecer que não há paradoxo, o que não significa que eu concorde com esta previsão.

Mas no outro desenvolvimento dele na MSG (81735), usando exclusivamente a TRE de E., o resultado seria 41,06 anos (se calculasse só durante as acelerações) e seria 51,06 anos (se calculasse em todo percurso). Se eu não errei na substituição.Ver http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81735(Para ver melhor as expressões matemáticas é melhor ir pelo e-mail no dia [Seg, 9 de Abr de 2012 7:14 am])Neste caso, se por um lado fica igual aos livros, por outro lado o paradoxo continua.A simetria continua sendo total pois a aceleração, neste segundo caso, não foi definida com os dados o acelerômetro e sim como a variação da velocidade relativa. Esta variação serve para os dois.
Acho que isto está de certa forma relacionado com a noção de movimento aparente de Newton que discutimos aqui, antes. 

Hélio

De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Domingo, 15 de Abril de 2012 15:42
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3
Belmiro, Eduardo, Victor e demais,

Esta thread não pode terminar sem que o Victor termine de responder a minha MSG
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81501
e ele começou a responder na:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81735
Mas faltou o resultado numérico:
Ele me pediu para substituir eu fiz e perguntei para ele se estava correto, mas ele não me respondeu.

Eduardo:
> > Todas essas objecoes ja' foram levantadas nesse thread,
> > e vc a meu ver nao conseguiu explicar nenhum esses
> > paradoxos q surgem qdo tentamos explicar o fenomeno
> > apenas pela RR.
> >
Victor:
> Certo. Assumo minha incompetência em não conseguir
> expressar o que penso de maneira que o interlocutar
> entenda como penso.

Victor, eu já falei, será fácil para a gente te entender, se você, no lugar de responder com um milhão de palavras em 10 mil parágrafos, responder apenas com um número. Ou seja o resultado numérico ao problema proposto. Repito abaixo:

No relógio do Viajante: ele leva 0,25 acelerando para chegar a 0,6c, depois fica nesta velocidade (MRU)  por 20 anos, depois leva 0,25 ano desacelerando para parar e mais 0,25 ano acelerando para chegar a -0,6c, fica mais 20 anos em MRU voltando e finalmente mais 0,25 ano desacelerando até parar novamente e reencontrar o irmão.

A pergunta: Quanto tempo terá passado no relógio do irmão que ficou na terra??

(a) 41,06 anos;
(b) 41,25 anos;
(c) 51,06 anos;
(d) 51,25 anos;
(e) nenhuma das respostas anteriores. A resposta será: _______ anos.

Responda só a letra e se for (e) coloque só o valor numérico, nem precisa escrever a palavra "anos".

Esta resposta valerá mais que um milhão de palavras.


Hélio


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
DATE: 16/04/2012 18:04

Sim, toda carga elétrica acelerada emite radiação eletromagnética ... e este é o princípio básico de todas nossas transmissões de rádio, radar, etc.
A deteção dessas ondas, todavia, é feita com instrumentos (também elétricos, qqer que seja ele) que permanecem em repouso (ou velocidade extremamente baixa) no mesmo referencial onde se constata aceleração da carga. Tome como referência um simples circuito LC, para produzir a aceleração da carga, para notar a brutal diferença entre tal aceleração e aquela dos elétrons dos sensores e do próprio observador.
No caso do compartimento fechado, lá dentro dele estão o observador, seus instrumentos ... e a tal a ser carga acelerada. Assim se, por exemplo, a carga acelerada pela força externa aplicada ao compartimento, for um elétron, esta força externa acelerará com mesma intensidade os elétrons do equipamento e todos os demais do interior do compartimento. Todos, de per si, emitirão a mesma radiação ... e os aparelhos sensores nada indicarão, pois perdem a referência.
Para comparar radiações emitidas por cargas aceleradas por forças externas e/ou por presença de enormes massas tanto observador como seus sensores devem estar fora do recinto onde as cargas são aceleradas ... referencial externo e em repouso (ou muitíssimo baixa aceleração em relação à do recinto).
Bem ... pedras e telhados de vidro existem para justificarem as interações.
 
[]´
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Monday, April 16, 2012 12:37 PM
Subject: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 

Olá gente

Com respeito ao paradoxo dos gêmeos, tudo indica que não há mais como
espremer ninguém aqui pois os posicionamentos pessoais estão fortemente
guarnecidos pela paixão que uns devotam por esta ou aquela teoria em
detrimentos das demais.

Como o meu interesse maior no caso é soltar a macaca que o Victor mantém
enjaulada, que tal mudarmos o enfoque, discutindo agora um outro
paradoxo que coloca não a RR mas a RG em xeque?

Sei que o assunto já foi debatido mas já faz muito tempo (dezembro de
2000). Quem sabe surjam agora novos e melhores argumentos.

Se concordarem, sugiro que analisem este texto que improvisei mas que é
muito semelhante a um que no passado (1998) apresentei no newsgroup
sci.physics.relativity:

***** início do texto proposto para discussão*****
Seja um compartimento fechado e incomunicável com o seu exterior. Um
observador situado neste compartimento consegue medir um campo
gravitacional g qualquer (não é o mesmo g medido aqui na Terra).

De acordo com o Princípio da Equivalência (PE) de Einstein, não há como
este observador distinguir este campo g de uma possível aceleração a que
o compartimento (digamos que seja, por ex., uma nave espacial) esteja
sendo submetido.

Este observador decide então estudar o comportamento de uma carga
elétrica. Se o campo for gravitacional, seria de se esperar a não
emissão de radiações eletromagnéticas, assim como acontece aqui na Terra
onde há também um campo gravitacional. Por outro lado, se o
compartimento estiver sendo acelerado, a radiação deveria existir. Pelo
menos a teoria diz que nós aqui na Terra seríamos capazes de detectar
esta radiação. Porque motivos o observador dentro do compartimento não
iria observar esta radiação?

Mas se ele observar esta radiação o PE é contrariado, pois o observador
interno poderá distinguir entre aceleração e campo. Saberá portanto que
está sendo acelerado. E se não observar, alguma coisa muito esquisita
estará ocorrendo com esta radiação, que sem dúvida alguma existe, tanto
é que é observada fora do compartimento.
***** final do texto proposto para discussão*****

Sei que ao final do diálogo continuaremos com nossas convicções
firmadas em nossas paixões, o que é lamentável mas é o que certamente
acontecerá. E lamentável porque, como já afirmei, ciência não combina
com paixão por esta ou por aquela teoria. A única paixão que se
justifica é a paixão pela ciência, ou a paixão pela procura pela
verdade. Mas, independentemente do desfecho que muito provavelmente será
lamentável, como foi o do paradoxo dos gêmeos, creio que poderemos
aprender muito neste exercício dialético de justificarmos nossas
paixões. O que vocês acham. Se concordarem poderemos iniciar.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Curiosidade: Animação de um suposto "estúdio de M. C. Escher"
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2012 19:01

Abaixo, links para a belíssima animação "Inspirations", do "Etérea
Estudios", de Cristóbal Vila
(o mesmo que fez a animação "Nature by Numbers"). Desta vez, ele
imaginou como seria
o estúdio de M. C. Escher (recheado com diversos artefatos de arte e
científicos,
como o "helicóptero" de Da Vinci, as "Pontes de Konigsberg" de Leonard
Euler, e outros mais).

Pode ser visto aqui:
http://www.etereaestudios.com/docs_html/inspirations_htm/movie_a.htm

Ou aqui:
http://vimeo.com/36296951


Galeria com outros trabalhos:

http://www.etereaestudios.com/docs_html/general_index_htm/works_01.htm


Página principal do site do "Éterea Estudios":
http://www.etereaestudios.com/

Paulo


SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3
FROM: "J.Victor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2012 20:26

Caro Belmiro,

 

Não fique “trombudo” tanto assim, todos temos, vez ou outra, seus momentos de “TPM”.  Certamente, que a maneira como me expressei, deu margem a essa interpretação. Mas, creia, não era meu desejo lhe constranger, ou coisa que o valha.  Se eu fosse responder às suas considerações, que não diziam muito a respeito dos argumentos em si, estaria, na verdade, querendo me defender das, como você diz, brincadeiras, etc.  

Mas releve, volte a ser o bonito que nunca foi  e preserve seu espelho, pois quebrá-lo vai te dar 7 anos de azar.

É o que Einstein me disse, numa carta psicografada.

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Belmiro Wolski
Enviada em: segunda-feira, 16 de abril de 2012 17:54
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3

 

 

    Para o Victor.

 

    Perdi o e-mail no qual você diz que não há mais nada a comentar sobre a minha mensagem. É uma pena que pense assim. É uma pena também a ausência de senso de humor em sua pessoa. Que acha sempre que está sendo alvo de deboche ou que os outros tem algo de pessoal contra você. Aliás, tenho notado uma certa instabilidade emocional. Às vezes você está receptivo a brincadeiras e outras vezes munido de paus e pedras. Se tem problemas, lembre que não é o único. Todos temos. A macaca não é privilégio seu. Se eu não puder responder as mensagens sem usar de minha personalidade, então não brinco mais. Já não sou bonito por natureza, agora, se tiver que ficar sizudo, ninguém me aguenta. Nem mesmo eu. Essa sua tática de se fingir de vítima toda vez que está acuado, está fora de moda. É uma pena, de novo. Mas, tudo bem, não brinco mais. Declaro por encerrada minha participação neste debate. Mesmo assim, só tenho a lhe agradecer. Aprendi bastante, apesar dos ônibus e suas curvas.

 

    Um sincero abraço,

 

    Belmiro

 

De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Domingo, 15 de Abril de 2012 22:30
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3

 

Alberto, Belmiro e Eduardo,



Repetindo o problema:> No relógio do Viajante: [0,25 ano acelerando]+[20 anos em MRU de 0,6c]+[0,25 ano desacelerando]+[0,25 ano acelerando no sentido contrário]+[20 anos em MRU de -0,6c]+[0,25 ano desacelerando até parar novamente e reencontrar o irmão].

A pergunta: Quanto tempo terá passado no relógio do irmão que ficou na terra??

Pela análise que o Victor e o Goldberg fizeram usando a RG de Einstein o resultado seria 41,25 anos.

Veja MSG http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81501

(Para ver melhor as expressões matemáticas é melhor ir pelo e-mail no dia [Seg, 9 de Abr de 2012 7:14 am])

Neste caso (usando exclusivamente a RG de E.), eu tenho que reconhecer que não há paradoxo, o que não significa que eu concorde com esta previsão.

 

Mas no outro desenvolvimento dele na MSG (81735), usando exclusivamente a TRE de E., o resultado seria 41,06 anos (se calculasse só durante as acelerações) e seria 51,06 anos (se calculasse em todo percurso). Se eu não errei na substituição.Ver http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81735(Para ver melhor as expressões matemáticas é melhor ir pelo e-mail no dia [Seg, 9 de Abr de 2012 7:14 am])Neste caso, se por um lado fica igual aos livros, por outro lado o paradoxo continua.A simetria continua sendo total pois a aceleração, neste segundo caso, não foi definida com os dados o acelerômetro e sim como a variação da velocidade relativa. Esta variação serve para os dois.

Acho que isto está de certa forma relacionado com a noção de movimento aparente de Newton que discutimos aqui, antes. 

 

Hélio

 

De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Domingo, 15 de Abril de 2012 15:42
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3

Belmiro, Eduardo, Victor e demais,

 

Esta thread não pode terminar sem que o Victor termine de responder a minha MSG

http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81501

e ele começou a responder na:

http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81735

Mas faltou o resultado numérico:

Ele me pediu para substituir eu fiz e perguntei para ele se estava correto, mas ele não me respondeu.

 

Eduardo:

> > Todas essas objecoes ja' foram levantadas nesse thread,

> > e vc a meu ver nao conseguiu explicar nenhum esses

> > paradoxos q surgem qdo tentamos explicar o fenomeno

> > apenas pela RR.

> >

Victor:

> Certo. Assumo minha incompetência em não conseguir

> expressar o que penso de maneira que o interlocutar

> entenda como penso.

 

Victor, eu já falei, será fácil para a gente te entender, se você, no lugar de responder com um milhão de palavras em 10 mil parágrafos, responder apenas com um número. Ou seja o resultado numérico ao problema proposto. Repito abaixo:

 

No relógio do Viajante: ele leva 0,25 acelerando para chegar a 0,6c, depois fica nesta velocidade (MRU)  por 20 anos, depois leva 0,25 ano desacelerando para parar e mais 0,25 ano acelerando para chegar a -0,6c, fica mais 20 anos em MRU voltando e finalmente mais 0,25 ano desacelerando até parar novamente e reencontrar o irmão.

 

A pergunta: Quanto tempo terá passado no relógio do irmão que ficou na terra??

 

(a) 41,06 anos;

(b) 41,25 anos;

(c) 51,06 anos;

(d) 51,25 anos;

(e) nenhuma das respostas anteriores. A resposta será: _______ anos.

 

Responda só a letra e se for (e) coloque só o valor numérico, nem precisa escrever a palavra "anos".

 

Esta resposta valerá mais que um milhão de palavras.

 

 

Hélio

 


SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2012 21:05

  Esse é o Victor, sem a macaca!
 
  [],s
 
  Belmiro
 
  P.S.
 
   E deixe o Calil explicar o resto

De: J.Victor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 20:26
Assunto: RES: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3
 
Caro Belmiro,
 
Não fique “trombudo” tanto assim, todos temos, vez ou outra, seus momentos de “TPM”.  Certamente, que a maneira como me expressei, deu margem a essa interpretação. Mas, creia, não era meu desejo lhe constranger, ou coisa que o valha.  Se eu fosse responder às suas considerações, que não diziam muito a respeito dos argumentos em si, estaria, na verdade, querendo me defender das, como você diz, brincadeiras, etc.  
Mas releve, volte a ser o bonito que nunca foi  e preserve seu espelho, pois quebrá-lo vai te dar 7 anos de azar.
É o que Einstein me disse, numa carta psicografada.
 
Sds,
Victor.
 
 
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Belmiro Wolski
Enviada em: segunda-feira, 16 de abril de 2012 17:54
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3
 
 
    Para o Victor.
 
    Perdi o e-mail no qual você diz que não há mais nada a comentar sobre a minha mensagem. É uma pena que pense assim. É uma pena também a ausência de senso de humor em sua pessoa. Que acha sempre que está sendo alvo de deboche ou que os outros tem algo de pessoal contra você. Aliás, tenho notado uma certa instabilidade emocional. Às vezes você está receptivo a brincadeiras e outras vezes munido de paus e pedras. Se tem problemas, lembre que não é o único. Todos temos. A macaca não é privilégio seu. Se eu não puder responder as mensagens sem usar de minha personalidade, então não brinco mais. Já não sou bonito por natureza, agora, se tiver que ficar sizudo, ninguém me aguenta. Nem mesmo eu. Essa sua tática de se fingir de vítima toda vez que está acuado, está fora de moda. É uma pena, de novo. Mas, tudo bem, não brinco mais. Declaro por encerrada minha participação neste debate. Mesmo assim, só tenho a lhe agradecer. Aprendi bastante, apesar dos ônibus e suas curvas.
 
    Um sincero abraço,
 
    Belmiro
 
De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Domingo, 15 de Abril de 2012 22:30
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3
 
Alberto, Belmiro e Eduardo,


Repetindo o problema:> No relógio do Viajante: [0,25 ano acelerando]+[20 anos em MRU de 0,6c]+[0,25 ano desacelerando]+[0,25 ano acelerando no sentido contrário]+[20 anos em MRU de -0,6c]+[0,25 ano desacelerando até parar novamente e reencontrar o irmão].
A pergunta: Quanto tempo terá passado no relógio do irmão que ficou na terra??
Pela análise que o Victor e o Goldberg fizeram usando a RG de Einstein o resultado seria 41,25 anos.
Veja MSG http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81501
(Para ver melhor as expressões matemáticas é melhor ir pelo e-mail no dia [Seg, 9 de Abr de 2012 7:14 am])
Neste caso (usando exclusivamente a RG de E.), eu tenho que reconhecer que não há paradoxo, o que não significa que eu concorde com esta previsão.
 
Mas no outro desenvolvimento dele na MSG (81735), usando exclusivamente a TRE de E., o resultado seria 41,06 anos (se calculasse só durante as acelerações) e seria 51,06 anos (se calculasse em todo percurso). Se eu não errei na substituição.Ver http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81735(Para ver melhor as expressões matemáticas é melhor ir pelo e-mail no dia [Seg, 9 de Abr de 2012 7:14 am])Neste caso, se por um lado fica igual aos livros, por outro lado o paradoxo continua.A simetria continua sendo total pois a aceleração, neste segundo caso, não foi definida com os dados o acelerômetro e sim como a variação da velocidade relativa. Esta variação serve para os dois.
Acho que isto está de certa forma relacionado com a noção de movimento aparente de Newton que discutimos aqui, antes. 
 
Hélio
 
De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Domingo, 15 de Abril de 2012 15:42
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3
Belmiro, Eduardo, Victor e demais,
 
Esta thread não pode terminar sem que o Victor termine de responder a minha MSG
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81501
e ele começou a responder na:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81735
Mas faltou o resultado numérico:
Ele me pediu para substituir eu fiz e perguntei para ele se estava correto, mas ele não me respondeu.
 
Eduardo:
> > Todas essas objecoes ja' foram levantadas nesse thread,
> > e vc a meu ver nao conseguiu explicar nenhum esses
> > paradoxos q surgem qdo tentamos explicar o fenomeno
> > apenas pela RR.
> >
Victor:
> Certo. Assumo minha incompetência em não conseguir
> expressar o que penso de maneira que o interlocutar
> entenda como penso.
 
Victor, eu já falei, será fácil para a gente te entender, se você, no lugar de responder com um milhão de palavras em 10 mil parágrafos, responder apenas com um número. Ou seja o resultado numérico ao problema proposto. Repito abaixo:
 
No relógio do Viajante: ele leva 0,25 acelerando para chegar a 0,6c, depois fica nesta velocidade (MRU)  por 20 anos, depois leva 0,25 ano desacelerando para parar e mais 0,25 ano acelerando para chegar a -0,6c, fica mais 20 anos em MRU voltando e finalmente mais 0,25 ano desacelerando até parar novamente e reencontrar o irmão.
 
A pergunta: Quanto tempo terá passado no relógio do irmão que ficou na terra??
 
(a) 41,06 anos;
(b) 41,25 anos;
(c) 51,06 anos;
(d) 51,25 anos;
(e) nenhuma das respostas anteriores. A resposta será: _______ anos.
 
Responda só a letra e se for (e) coloque só o valor numérico, nem precisa escrever a palavra "anos".
 
Esta resposta valerá mais que um milhão de palavras.
 
 
Hélio
 

SUBJECT: RE: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2012 21:30


Luiz,
existe então alguma relação comprobada entre os campos eletromagnéticos e a radiação eletromagnética?
*algo me intriga*
Existem estudos sobre isso?

Thiago.



To: ciencialist@yahoogrupos.com.br; leo@feiradeciencias.com.br
From: leo@feiradeciencias.com.br
Date: Mon, 16 Apr 2012 18:04:37 -0300
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 

Sim, toda carga elétrica acelerada emite radiação eletromagnética ... e este é o princípio básico de todas nossas transmissões de rádio, radar, etc.
A deteção dessas ondas, todavia, é feita com instrumentos (também elétricos, qqer que seja ele) que permanecem em repouso (ou velocidade extremamente baixa) no mesmo referencial onde se constata aceleração da carga. Tome como referência um simples circuito LC, para produzir a aceleração da carga, para notar a brutal diferença entre tal aceleração e aquela dos elétrons dos sensores e do próprio observador.
No caso do compartimento fechado, lá dentro dele estão o observador, seus instrumentos ... e a tal a ser carga acelerada. Assim se, por exemplo, a carga acelerada pela força externa aplicada ao compartimento, for um elétron, esta força externa acelerará com mesma intensidade os elétrons do equipamento e todos os demais do interior do compartimento. Todos, de per si, emitirão a mesma radiação ... e os aparelhos sensores nada indicarão, pois perdem a referência.
Para comparar radiações emitidas por cargas aceleradas por forças externas e/ou por presença de enormes massas tanto observador como seus sensores devem estar fora do recinto onde as cargas são aceleradas ... referencial externo e em repouso (ou muitíssimo baixa aceleração em relação à do recinto).
Bem ... pedras e telhados de vidro existem para justificarem as interações.
 
[]´
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Monday, April 16, 2012 12:37 PM
Subject: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
Olá gente

Com respeito ao paradoxo dos gêmeos, tudo indica que não há mais como
espremer ninguém aqui pois os posicionamentos pessoais estão fortemente
guarnecidos pela paixão que uns devotam por esta ou aquela teoria em
detrimentos das demais.

Como o meu interesse maior no caso é soltar a macaca que o Victor mantém
enjaulada, que tal mudarmos o enfoque, discutindo agora um outro
paradoxo que coloca não a RR mas a RG em xeque?

Sei que o assunto já foi debatido mas já faz muito tempo (dezembro de
2000). Quem sabe surjam agora novos e melhores argumentos.

Se concordarem, sugiro que analisem este texto que improvisei mas que é
muito semelhante a um que no passado (1998) apresentei no newsgroup
sci.physics.relativity:

***** início do texto proposto para discussão*****
Seja um compartimento fechado e incomunicável com o seu exterior. Um
observador situado neste compartimento consegue medir um campo
gravitacional g qualquer (não é o mesmo g medido aqui na Terra).

De acordo com o Princípio da Equivalência (PE) de Einstein, não há como
este observador distinguir este campo g de uma possível aceleração a que
o compartimento (digamos que seja, por ex., uma nave espacial) esteja
sendo submetido.

Este observador decide então estudar o comportamento de uma carga
elétrica. Se o campo for gravitacional, seria de se esperar a não
emissão de radiações eletromagnéticas, assim como acontece aqui na Terra
onde há também um campo gravitacional. Por outro lado, se o
compartimento estiver sendo acelerado, a radiação deveria existir. Pelo
menos a teoria diz que nós aqui na Terra seríamos capazes de detectar
esta radiação. Porque motivos o observador dentro do compartimento não
iria observar esta radiação?

Mas se ele observar esta radiação o PE é contrariado, pois o observador
interno poderá distinguir entre aceleração e campo. Saberá portanto que
está sendo acelerado. E se não observar, alguma coisa muito esquisita
estará ocorrendo com esta radiação, que sem dúvida alguma existe, tanto
é que é observada fora do compartimento.
***** final do texto proposto para discussão*****

Sei que ao final do diálogo continuaremos com nossas convicções
firmadas em nossas paixões, o que é lamentável mas é o que certamente
acontecerá. E lamentável porque, como já afirmei, ciência não combina
com paixão por esta ou por aquela teoria. A única paixão que se
justifica é a paixão pela ciência, ou a paixão pela procura pela
verdade. Mas, independentemente do desfecho que muito provavelmente será
lamentável, como foi o do paradoxo dos gêmeos, creio que poderemos
aprender muito neste exercício dialético de justificarmos nossas
paixões. O que vocês acham. Se concordarem poderemos iniciar.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.




SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2012 21:55

   Olá Alberto e demais!
 
    Vou colocar em anexo por causa dos desenhos.
 
    [],s
 
    Belmiro

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 12:37
Assunto: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá gente

Com respeito ao paradoxo dos gêmeos, tudo indica que não há mais como
espremer ninguém aqui pois os posicionamentos pessoais estão fortemente
guarnecidos pela paixão que uns devotam por esta ou aquela teoria em
detrimentos das demais.

Como o meu interesse maior no caso é soltar a macaca que o Victor mantém
enjaulada, que tal mudarmos o enfoque, discutindo agora um outro
paradoxo que coloca não a RR mas a RG em xeque?

Sei que o assunto já foi debatido mas já faz muito tempo (dezembro de
2000). Quem sabe surjam agora novos e melhores argumentos.

Se concordarem, sugiro que analisem este texto que improvisei mas que é
muito semelhante a um que no passado (1998) apresentei no newsgroup
sci.physics.relativity:

***** início do texto proposto para discussão*****
Seja um compartimento fechado e incomunicável com o seu exterior. Um
observador situado neste compartimento consegue medir um campo
gravitacional g qualquer (não é o mesmo g medido aqui na Terra).

De acordo com o Princípio da Equivalência (PE) de Einstein, não há como
este observador distinguir este campo g de uma possível aceleração a que
o compartimento (digamos que seja, por ex., uma nave espacial) esteja
sendo submetido.

Este observador decide então estudar o comportamento de uma carga
elétrica. Se o campo for gravitacional, seria de se esperar a não
emissão de radiações eletromagnéticas, assim como acontece aqui na Terra
onde há também um campo gravitacional. Por outro lado, se o
compartimento estiver sendo acelerado, a radiação deveria existir. Pelo
menos a teoria diz que nós aqui na Terra seríamos capazes de detectar
esta radiação. Porque motivos o observador dentro do compartimento não
iria observar esta radiação?

Mas se ele observar esta radiação o PE é contrariado, pois o observador
interno poderá distinguir entre aceleração e campo. Saberá portanto que
está sendo acelerado. E se não observar, alguma coisa muito esquisita
estará ocorrendo com esta radiação, que sem dúvida alguma existe, tanto
é que é observada fora do compartimento.
***** final do texto proposto para discussão*****

Sei que ao final do diálogo continuaremos com nossas convicções
firmadas em nossas paixões, o que é lamentável mas é o que certamente
acontecerá. E lamentável porque, como já afirmei, ciência não combina
com paixão por esta ou por aquela teoria. A única paixão que se
justifica é a paixão pela ciência, ou a paixão pela procura pela
verdade. Mas, independentemente do desfecho que muito provavelmente será
lamentável, como foi o do paradoxo dos gêmeos, creio que poderemos
aprender muito neste exercício dialético de justificarmos nossas
paixões. O que vocês acham. Se concordarem poderemos iniciar.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2012 22:27

-----Mensagem Original-----
From: Belmiro Wolski
Sent: Monday, April 16, 2012 9:55 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]

> Olá Alberto e demais!
> Vou colocar em anexo por causa dos desenhos.
> [Anexos de Belmiro Wolski incluídos abaixo]

No anexo lê-se:

> Creio que não há paradoxo. (Agora vamos travar batalha em lados
> opostos, he,he).

Isso é bom. Na verdade eu também acho que não há paradoxo e, pelo visto,
o Léo [ http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81778 ]
também acha. O interessante é que este paradoxo foi apontado como algo a
ir contra a RG. O assunto chegou a ser discutido por eminentes físicos
como Pauli, Born, Sommerfeld, Schott, von Laue e muitos outros [vide
http://arxiv.org/pdf/physics/0506049v5.pdf]. As soluções que tenho visto
por aí são um tanto quanto estratosféricas e matemágicas, no estilo que
o Victor gosta ;-). Mas pelo visto estamos, por vias aparentemente
diversas, porém clássicas, chegando também à conclusão de que o paradoxo
não existe.

A via que eu propus em 2000 é um tanto quanto estratosférica, mas acima
de tudo com bastante física, a apelar para experiências de pensamento e
com conteúdo nulo de matemágica. Na verdade, eu mesmo precisarei
reestudar a minha proposta, mas antes vou tentar entender a via que
vocês estão apresentando e que me parece ser bem mais simples que as
demais (matemágicas ou não). Depois veremos se haverá necessidade para
apelarmos para as demais vias, a incluir a minha.

Estudarei a sua proposta, bem como a do Léo, e depois darei um retorno.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: O paradoxo da carga acelerada
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2012 22:36

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Thiago Guimarães
> existe então alguma relação comprobada entre os campos
> eletromagnéticos e a radiação eletromagnética?

Radiação eletromagnética ou onda eletromagnética nada mais é do que uma variação do campo eletromagnético que se propaga no espaço.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Grafeno: a quanto andam as aplicações tecnológica
FROM: Neville Martins <villem99@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2012 22:45

Caro Victor

Segue um link interessante sobre o grafeno:


#NM
=====================================

Em 16 de abril de 2012 14:49, J.Victor <j.victor.neto@uol.com.br> escreveu:


O que sabem do grafeno?

 

Esta notícia foi publicada em 2010. E agora?

 

http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/do-laboratorio-para-a-fabrica/promessas-tecnologicas-do-grafeno

 

Com a palavra os Srs. Químicos e tecnólogos do pedaço.

 

Sds,

Victor.





SUBJECT: Re: O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]
FROM: "Eduardo Torres" <dudutorres@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2012 23:30

Alberto,

A solucao q vc propo^s e' a q esta' na msg 7786 da lista?

Abs,
Eduardo Torres

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@...> escreveu
>
> -----Mensagem Original-----
> From: Belmiro Wolski
> Sent: Monday, April 16, 2012 9:55 PM
> Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]
>
> > Olá Alberto e demais!
> > Vou colocar em anexo por causa dos desenhos.
> > [Anexos de Belmiro Wolski incluídos abaixo]
>
> No anexo lê-se:
>
> > Creio que não há paradoxo. (Agora vamos travar batalha em lados
> > opostos, he,he).
>
> Isso é bom. Na verdade eu também acho que não há paradoxo e, pelo visto,
> o Léo [ http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81778 ]
> também acha. O interessante é que este paradoxo foi apontado como algo a
> ir contra a RG. O assunto chegou a ser discutido por eminentes físicos
> como Pauli, Born, Sommerfeld, Schott, von Laue e muitos outros [vide
> http://arxiv.org/pdf/physics/0506049v5.pdf]. As soluções que tenho visto
> por aí são um tanto quanto estratosféricas e matemágicas, no estilo que
> o Victor gosta ;-). Mas pelo visto estamos, por vias aparentemente
> diversas, porém clássicas, chegando também à conclusão de que o paradoxo
> não existe.
>
> A via que eu propus em 2000 é um tanto quanto estratosférica, mas acima
> de tudo com bastante física, a apelar para experiências de pensamento e
> com conteúdo nulo de matemágica. Na verdade, eu mesmo precisarei
> reestudar a minha proposta, mas antes vou tentar entender a via que
> vocês estão apresentando e que me parece ser bem mais simples que as
> demais (matemágicas ou não). Depois veremos se haverá necessidade para
> apelarmos para as demais vias, a incluir a minha.
>
> Estudarei a sua proposta, bem como a do Léo, e depois darei um retorno.
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com.br
> Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
> coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
>




SUBJECT: A Sharp Rise in Retractions Prompts Calls for Reform
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2012 23:30

http://www.nytimes.com/2012/04/17/science/rise-in-scientific-journal-retractions-prompts-calls-for-reform.html
---------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2012 23:57

Oi Alberto,

Vou comentar rapidamente esta sua MSG.
Mas depois, concordo que é melhor partirmos para o outro paradoxo.
Mais cedo ou mais tarde os gêmeos vão voltar.

O primeiro caso é isto mesmo que você falou.
Mas no segundo caso...

Alberto disse:
> No segundo caso (solução Victor/msg81735 e utilizando RG e RR)

Não é bem isto, ele não usa aqui a RG.
É só "cinemática relativística" como ele fala. Não está importando as causas da aceleração. Ele não usa a RG e deixa isto explícito no preambulão antes das contas (desculpa, lá tô eu criticando novamente. Prometo que paro um dia.)
O trecho acelerado é visto por ele como uma sequência de trechos infinitesimais onde v pode ser considerado constante em cada trecho e então valeria TRE.
Neste caso, em cada trecho destes haverá simetria. Não é levado em conta supostas coisas que forças podem fazer com o tempo e com o espaço como o é no primeiro.
Acho que, neste segundo caso,  por coerência, deveria ser computado todo o percurso e a resposta seria 51,06 anos (10,06 a mais que o irmão viajante)

Será que a resposta é a soma das duas? 10,06+0,25 = 10,31 anos a mais que o irmão. (51,31 anos terá passado para o terrestre)
Mas aí o paradoxo continua pois
Paradoxo + Nãoparadoxo = Paradoxo.

Alberto falou:
> (isto caracterizaria o paradoxo com o sentido dado por Langevin)

Ok!

Alberto:
> Neste caso, e para desfazermos o paradoxo, deveríamos lançar
> mão do «movimento aparente de Newton». O que, a meu ver,
> seria mesmo que lançar mão do absolutismo newtoniano.

A meu ver não é a mesma coisa, mas isto deixa para outra thread.

O final não vou comentar para não piorar as coisas.

Hélio


De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 9:09
Assunto: Re: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3

 
Olá Hélio

Deixe-me ver se entendi.

No primeiro caso (solução Victor/Goldberg e utilizando apenas a RG)
teríamos:
Relógio do Viajante: 41 anos
Relógio do Terreno: 41,25 anos
Conclusão: Terreno envelhece 0,25 anos mais que Viajante. Seria isto?
Você diz que não haveria paradoxo, ainda que você não concorde com esta
previsão.
Eu diria que não há o paradoxo dos gêmeos, como apontado por Langevin.
Mas não sei se com esta «solução» não recairíamos em outros paradoxos,
talvez até piores. Por exemplo, como explicar o número de mésons
encontrados na superfície terrestre utilizando apenas a RG? Seria tão
somente efeito gravitacional (g) associado a um ínfimo e quase nulo
tempo de aceleração dos mésons, quando de sua produção? Será que esses
mésons chegariam até nós? Sei não!

No segundo caso (solução Victor/msg81735 e utilizando RG e RR) teríamos:
Relógio do Viajante: 41 anos
Relógio do Terreno: 51,06 anos.
Conclusão: Terreno envelhece 10,06 anos mais que Viajante.
Neste caso você diz que o paradoxo continua. Ficou-me então a impressão
de que se a solução fosse obtida com a mudança de referenciais, as
idades seriam trocadas (isto caracterizaria o paradoxo com o sentido
dado por Langevin). Neste caso, e para desfazermos o paradoxo,
deveríamos lançar mão do «movimento aparente de Newton». O que, a meu
ver, seria mesmo que lançar mão do absolutismo newtoniano. A meu ver o
paradoxal neste caso seria adotarmos este procedimento e ao mesmo tempo
conservarmos a relatividade einsteiniana como tal. E foi nesse sentido
que eu disse em msg anterior que o ídolo do Victor deve estar se
remoendo todo em seu túmulo.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

****************************
-----Mensagem Original-----
From: Hélio Carvalho
Sent: Sunday, April 15, 2012 10:30 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos
Gemeos3

Alberto, Belmiro e Eduardo,

Repetindo o problema:
> No relógio do Viajante: [0,25 ano acelerando]+[20 anos em MRU de
> 0,6c]+[0,25 ano desacelerando]+[0,25 ano acelerando no sentido
> contrário]+[20 anos em MRU de -0,6c]+[0,25 ano desacelerando até parar
> novamente e reencontrar o irmão].
A pergunta: Quanto tempo terá passado no relógio do irmão que ficou na
terra??

Pela análise que o Victor e o Goldberg fizeram usando a RG de Einstein o
resultado seria 41,25 anos.
Veja MSG http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81501
(Para ver melhor as expressões matemáticas é melhor ir pelo e-mail no
dia [Seg, 9 de Abr de 2012 7:14 am])
Neste caso (usando exclusivamente a RG de E.), eu tenho que reconhecer
que não há paradoxo, o que não significa que eu concorde com esta
previsão.

Mas no outro desenvolvimento dele na MSG (81735), usando exclusivamente
a TRE de E., o resultado seria 41,06 anos (se calculasse só durante as
acelerações) e seria 51,06 anos (se calculasse em todo percurso). Se eu
não errei na substituição.
Ver http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81735
(Para ver melhor as expressões matemáticas é melhor ir pelo e-mail no
dia [Seg, 9 de Abr de 2012 7:14 am])
Neste caso, se por um lado fica igual aos livros, por outro lado o
paradoxo continua.
A simetria continua sendo total pois a aceleração, neste segundo caso,
não foi definida com os dados o acelerômetro e sim como a variação da
velocidade relativa. Esta variação serve para os dois.
Acho que isto está de certa forma relacionado com a noção de movimento
aparente de Newton que discutimos aqui, antes.

Hélio

De: Hélio Carvalho
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br"
Enviadas: Domingo, 15 de Abril de 2012 15:42
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos
Gemeos3

Belmiro, Eduardo, Victor e demais,

Esta thread não pode terminar sem que o Victor termine de responder a
minha MSG
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81501
e ele começou a responder na:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81735
Mas faltou o resultado numérico:
Ele me pediu para substituir eu fiz e perguntei para ele se estava
correto, mas ele não me respondeu.

Eduardo:
> > Todas essas objecoes ja' foram levantadas nesse thread,
> > e vc a meu ver nao conseguiu explicar nenhum esses

> > paradoxos q surgem qdo tentamos explicar o fenomeno

> > apenas pela RR.

> >

Victor:
> Certo. Assumo minha incompetência em não conseguir
> expressar o que penso de maneira que o interlocutar
> entenda como penso.

Victor, eu já falei, será fácil para a gente te entender, se você, no
lugar de responder com um milhão de palavras em 10 mil parágrafos,
responder apenas com um número. Ou seja o resultado numérico ao problema
proposto. Repito abaixo:

No relógio do Viajante: ele leva 0,25 acelerando para chegar a 0,6c,
depois fica nesta velocidade (MRU) por 20 anos, depois leva 0,25 ano
desacelerando para parar e mais 0,25 ano acelerando para chegar a -0,6c,
fica mais 20 anos em MRU voltando e finalmente mais 0,25 ano
desacelerando até parar novamente e reencontrar o irmão.

A pergunta: Quanto tempo terá passado no relógio do irmão que ficou na
terra??

(a) 41,06 anos;

(b) 41,25 anos;
(c) 51,06 anos;
(d) 51,25 anos;
(e) nenhuma das respostas anteriores. A resposta será: _______ anos.

Responda só a letra e se for (e) coloque só o valor numérico, nem
precisa escrever a palavra "anos".

Esta resposta valerá mais que um milhão de palavras.

Hélio




SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 01:23

Belmiro,

É possível colocar figuras aqui. Mesmo se não for possível colocar a sua figura, deixe só a figura no doc e coloque o seu texto aqui.
É apenas uma sugestão para dar mais agilidade à discussão.

Gostei de uma frase sua:
" Lembrando que o campo magnético é meramente uma invenção, um artifício matemático para tratar os campos elétricos em sistemas com movimento relativo"

Eu costumo falar que nem campo elétrico nem campo magnético existem mas a não existência de campo magnético é muito maior que a não existência de campo elétrico.
:-)

Mas não é necessário estar acelerado. Não é necessário a relatividade de Einstein para ver isto. Na boa e velha relatividade de verdade isto acontece.
Imagine que você está no porão de um navio, nenhuma experiência que você fizer vai te dizer se está parado ou em MRU em relação ao mar.
Se for em MRU com uma carga dentro, um observador externo dirá que ela produz um campo magnético, mas o interno só vê o campo elétrico. Não há paradoxo nisto pois quando ele se encontrarem terá passado o mesmo tempo para os dois, ops! Foi mal.

Isto está no início do artigo de Einstein que inventou sua relatividade. Aliás, ele faz um bom comentário, acho que ele andou lendo Ritz na época. Mas depois se atrapalha pois ele parece que não vê isto que você falou aí em cima: Campo magnético, a rigor, não existe.
:-)

Faraday, digo Belmiro, eu não gosto, quando se explica algo dizendo que é assim pois assim restabelece o equilíbrio. Como se existisse uma consciência nos campos que ao perceberem que estão desequilibrados se convencem que devem fazer algo para se equilibrar. A coisa é muito mais bonita que isto.
Isto não é uma crítica a você, mas só a seu texto.
Claro que não temos e nunca teremos as explicações últimas, mas podemos ir um pouco mais além.

Hélio




De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 21:55
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]

 
   Olá Alberto e demais!
 
    Vou colocar em anexo por causa dos desenhos.
 
    [],s
 
    Belmiro

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 12:37
Assunto: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá gente

Com respeito ao paradoxo dos gêmeos, tudo indica que não há mais como
espremer ninguém aqui pois os posicionamentos pessoais estão fortemente
guarnecidos pela paixão que uns devotam por esta ou aquela teoria em
detrimentos das demais.

Como o meu interesse maior no caso é soltar a macaca que o Victor mantém
enjaulada, que tal mudarmos o enfoque, discutindo agora um outro
paradoxo que coloca não a RR mas a RG em xeque?

Sei que o assunto já foi debatido mas já faz muito tempo (dezembro de
2000). Quem sabe surjam agora novos e melhores argumentos.

Se concordarem, sugiro que analisem este texto que improvisei mas que é
muito semelhante a um que no passado (1998) apresentei no newsgroup
sci.physics.relativity:

***** início do texto proposto para discussão*****
Seja um compartimento fechado e incomunicável com o seu exterior. Um
observador situado neste compartimento consegue medir um campo
gravitacional g qualquer (não é o mesmo g medido aqui na Terra).

De acordo com o Princípio da Equivalência (PE) de Einstein, não há como
este observador distinguir este campo g de uma possível aceleração a que
o compartimento (digamos que seja, por ex., uma nave espacial) esteja
sendo submetido.

Este observador decide então estudar o comportamento de uma carga
elétrica. Se o campo for gravitacional, seria de se esperar a não
emissão de radiações eletromagnéticas, assim como acontece aqui na Terra
onde há também um campo gravitacional. Por outro lado, se o
compartimento estiver sendo acelerado, a radiação deveria existir. Pelo
menos a teoria diz que nós aqui na Terra seríamos capazes de detectar
esta radiação. Porque motivos o observador dentro do compartimento não
iria observar esta radiação?

Mas se ele observar esta radiação o PE é contrariado, pois o observador
interno poderá distinguir entre aceleração e campo. Saberá portanto que
está sendo acelerado. E se não observar, alguma coisa muito esquisita
estará ocorrendo com esta radiação, que sem dúvida alguma existe, tanto
é que é observada fora do compartimento.
***** final do texto proposto para discussão*****

Sei que ao final do diálogo continuaremos com nossas convicções
firmadas em nossas paixões, o que é lamentável mas é o que certamente
acontecerá. E lamentável porque, como já afirmei, ciência não combina
com paixão por esta ou por aquela teoria. A única paixão que se
justifica é a paixão pela ciência, ou a paixão pela procura pela
verdade. Mas, independentemente do desfecho que muito provavelmente será
lamentável, como foi o do paradoxo dos gêmeos, creio que poderemos
aprender muito neste exercício dialético de justificarmos nossas
paixões. O que vocês acham. Se concordarem poderemos iniciar.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 03:32

Sim, e esta mesma.
A discussão toda que foi feita aqui na Ciencialist pode também ser
acompanhada através de meu site e está em
http://ecientificocultural.com.br/ECC3/rgpca1.htm

No entanto, e como eu disse, preciso reestudar esta proposta, pois ela
surgiu durante a discussão e não a estudei mais desde então (e já faz 11
anos e meio que isto aconteceu). Se o diálogo prosseguir certamente
terei oportunidade de efetuar este reestudo.

Foi interessante você ter lembrado desta msg. Embora ela seja a última
msg citada no link acima fornecido, eu não lembrava de tê-la escrito
como um resumo final e tal que desse para entender a proposta mesmo sem
acompanhar o diálogo todo, o que seria sob muitos aspectos desgastante,
ainda que sirva para verificar como fui mudando de ideia durante o
diálogo.

O caso é um pouquinho mais complexo do que aquele apresentado pelo
Belmiro ou pelo Léo, pois o laboratório não está em mrua e sim em mhs,
ou seja, com um tipo de aceleração variável no tempo. Ainda não me
detive a pensar como ficaria a saída por eles proposta nestas condições
(mhs).

Grato pela observação. Eu iria chegar lá, mas de uma maneira talvez mais
complicada. Nem eu mesmo fazia a ideia de como. Não era minha intenção
esconder esta carta nas mangas. Desta forma, e com a sua indicação, os
demais podem desde agora raciocinar por cima desta minha proposta, e
isto poderá vir a ser bom para o diálogo.

Como disse anteriormente, ainda estou estudando as várias propostas, a
incluir a minha.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

PS: Na época parece que o Léo via alguma inconsistência no princípio da
equivalência, mas por motivos outros e relacionado ao que ele chamava
«Empuxo de Newton». Este é um tema também muitíssimo interessante e a
merecer uma discussão, coisa que, a meu ver, ainda não foi feita da
maneira que merece aqui na Ciencialist. Enfim, o assunto é outro e o
ideal é que fosse discutido em outra ocasião ou em outra thread (como os
interessados no assunto são os mesmos, talvez fosse o caso de adiarmos a
discussão mais para a frente).

*****************************
-----Mensagem Original-----
From: Eduardo Torres
Sent: Monday, April 16, 2012 11:30 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Re: O paradoxo da carga acelerada

Alberto,

A solucao q vc propo^s e' a q esta' na msg 7786 da lista?

Abs,
Eduardo Torres

--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, "Alberto Mesquita Filho"
<albmesq@...> escreveu
>
> -----Mensagem Original-----
> From: Belmiro Wolski
> Sent: Monday, April 16, 2012 9:55 PM
> Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]
>
> > Olá Alberto e demais!
> > Vou colocar em anexo por causa dos desenhos.
> > [Anexos de Belmiro Wolski incluídos abaixo]
>
> No anexo lê-se:
>
> > Creio que não há paradoxo. (Agora vamos travar batalha em lados
> > opostos, he,he).
>
> Isso é bom. Na verdade eu também acho que não há paradoxo e, pelo
> visto,
> o Léo [ http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81778 ]
> também acha. O interessante é que este paradoxo foi apontado como algo
> a
> ir contra a RG. O assunto chegou a ser discutido por eminentes físicos
> como Pauli, Born, Sommerfeld, Schott, von Laue e muitos outros [vide
> http://arxiv.org/pdf/physics/0506049v5.pdf]. As soluções que tenho
> visto
> por aí são um tanto quanto estratosféricas e matemágicas, no estilo
> que
> o Victor gosta ;-). Mas pelo visto estamos, por vias aparentemente
> diversas, porém clássicas, chegando também à conclusão de que o
> paradoxo
> não existe.
>
> A via que eu propus em 2000 é um tanto quanto estratosférica, mas
> acima
> de tudo com bastante física, a apelar para experiências de pensamento
> e
> com conteúdo nulo de matemágica. Na verdade, eu mesmo precisarei
> reestudar a minha proposta, mas antes vou tentar entender a via que
> vocês estão apresentando e que me parece ser bem mais simples que as
> demais (matemágicas ou não). Depois veremos se haverá necessidade para
> apelarmos para as demais vias, a incluir a minha.
>
> Estudarei a sua proposta, bem como a do Léo, e depois darei um
> retorno.
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com.br
> Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
> coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 07:00

Olá Belmiro
 
Tomei a liberdade de enviar a figura que consta no seu anexo para a pasta arquivos da Ciencialist como cor_ind.gif. Estou preparando a resposta e irei incluir a figura nesta resposta. A resposta provavelmente será postada amanhã. Ela é um pouco longa mas chegarei nos finalmentes Smiley piscando
 
A figura poderá ser acessada clicando-se aqui.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
***********************************
Sent: Monday, April 16, 2012 9:55 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]
 
 

   Olá Alberto e demais!
 
    Vou colocar em anexo por causa dos desenhos.
 
    [],s
 
    Belmiro
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 07:06

-----Mensagem Original-----
From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Tuesday, April 17, 2012 7:00 AM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

> A resposta provavelmente será postada amanhã. Ela é um pouco longa mas
> chegarei nos finalmentes ;-)

Putz! Disse amanhã e nem reparei que já são 7 horas. Onde se lê amanhã
leia-se hoje, provavelmente a noite. Agora vou dormir.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
DATE: 17/04/2012 09:23

Radiação é a onda em propagação; campos são os componentes vetoriais da onda a cada instante e em cada ponto --- estudo e objeto de estudo são conceitos distintos.
O som se propaga no ar (é a onda); as particulas do ar, de per si, reproduzem o movimento da fonte sonora --- som e vento são coisas distintas.
[]´
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
       
leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
    
http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Monday, April 16, 2012 9:30 PM
Subject: RE: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 


Luiz,
existe então alguma relação comprobada entre os campos eletromagnéticos e a radiação eletromagnética?
*algo me intriga*
Existem estudos sobre isso?

Thiago.



To: ciencialist@yahoogrupos.com.br; leo@feiradeciencias.com.br
From: leo@feiradeciencias.com.br
Date: Mon, 16 Apr 2012 18:04:37 -0300
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 

Sim, toda carga elétrica acelerada emite radiação eletromagnética ... e este é o princípio básico de todas nossas transmissões de rádio, radar, etc.
A deteção dessas ondas, todavia, é feita com instrumentos (também elétricos, qqer que seja ele) que permanecem em repouso (ou velocidade extremamente baixa) no mesmo referencial onde se constata aceleração da carga. Tome como referência um simples circuito LC, para produzir a aceleração da carga, para notar a brutal diferença entre tal aceleração e aquela dos elétrons dos sensores e do próprio observador.
No caso do compartimento fechado, lá dentro dele estão o observador, seus instrumentos ... e a tal a ser carga acelerada. Assim se, por exemplo, a carga acelerada pela força externa aplicada ao compartimento, for um elétron, esta força externa acelerará com mesma intensidade os elétrons do equipamento e todos os demais do interior do compartimento. Todos, de per si, emitirão a mesma radiação ... e os aparelhos sensores nada indicarão, pois perdem a referência.
Para comparar radiações emitidas por cargas aceleradas por forças externas e/ou por presença de enormes massas tanto observador como seus sensores devem estar fora do recinto onde as cargas são aceleradas ... referencial externo e em repouso (ou muitíssimo baixa aceleração em relação à do recinto).
Bem ... pedras e telhados de vidro existem para justificarem as interações.
 
[]´
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Monday, April 16, 2012 12:37 PM
Subject: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
Olá gente

Com respeito ao paradoxo dos gêmeos, tudo indica que não há mais como
espremer ninguém aqui pois os posicionamentos pessoais estão fortemente
guarnecidos pela paixão que uns devotam por esta ou aquela teoria em
detrimentos das demais.

Como o meu interesse maior no caso é soltar a macaca que o Victor mantém
enjaulada, que tal mudarmos o enfoque, discutindo agora um outro
paradoxo que coloca não a RR mas a RG em xeque?

Sei que o assunto já foi debatido mas já faz muito tempo (dezembro de
2000). Quem sabe surjam agora novos e melhores argumentos.

Se concordarem, sugiro que analisem este texto que improvisei mas que é
muito semelhante a um que no passado (1998) apresentei no newsgroup
sci.physics.relativity:

***** início do texto proposto para discussão*****
Seja um compartimento fechado e incomunicável com o seu exterior. Um
observador situado neste compartimento consegue medir um campo
gravitacional g qualquer (não é o mesmo g medido aqui na Terra).

De acordo com o Princípio da Equivalência (PE) de Einstein, não há como
este observador distinguir este campo g de uma possível aceleração a que
o compartimento (digamos que seja, por ex., uma nave espacial) esteja
sendo submetido.

Este observador decide então estudar o comportamento de uma carga
elétrica. Se o campo for gravitacional, seria de se esperar a não
emissão de radiações eletromagnéticas, assim como acontece aqui na Terra
onde há também um campo gravitacional. Por outro lado, se o
compartimento estiver sendo acelerado, a radiação deveria existir. Pelo
menos a teoria diz que nós aqui na Terra seríamos capazes de detectar
esta radiação. Porque motivos o observador dentro do compartimento não
iria observar esta radiação?

Mas se ele observar esta radiação o PE é contrariado, pois o observador
interno poderá distinguir entre aceleração e campo. Saberá portanto que
está sendo acelerado. E se não observar, alguma coisa muito esquisita
estará ocorrendo com esta radiação, que sem dúvida alguma existe, tanto
é que é observada fora do compartimento.
***** final do texto proposto para discussão*****

Sei que ao final do diálogo continuaremos com nossas convicções
firmadas em nossas paixões, o que é lamentável mas é o que certamente
acontecerá. E lamentável porque, como já afirmei, ciência não combina
com paixão por esta ou por aquela teoria. A única paixão que se
justifica é a paixão pela ciência, ou a paixão pela procura pela
verdade. Mas, independentemente do desfecho que muito provavelmente será
lamentável, como foi o do paradoxo dos gêmeos, creio que poderemos
aprender muito neste exercício dialético de justificarmos nossas
paixões. O que vocês acham. Se concordarem poderemos iniciar.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.




SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 09:28


"Campo magnético, a rigor, não existe."
 
Então, o que é aquilo que determina os espectros magnéticos usando da tradicional limalha de ferro? Ou nestas experiências o campo magnético perde o rigor e usa trajes sociais?
[]´
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Tuesday, April 17, 2012 1:23 AM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 

Belmiro,

É possível colocar figuras aqui. Mesmo se não for possível colocar a sua figura, deixe só a figura no doc e coloque o seu texto aqui.
É apenas uma sugestão para dar mais agilidade à discussão.

Gostei de uma frase sua:
" Lembrando que o campo magnético é meramente uma invenção, um artifício matemático para tratar os campos elétricos em sistemas com movimento relativo"

Eu costumo falar que nem campo elétrico nem campo magnético existem mas a não existência de campo magnético é muito maior que a não existência de campo elétrico.
:-)

Mas não é necessário estar acelerado. Não é necessário a relatividade de Einstein para ver isto. Na boa e velha relatividade de verdade isto acontece.
Imagine que você está no porão de um navio, nenhuma experiência que você fizer vai te dizer se está parado ou em MRU em relação ao mar.
Se for em MRU com uma carga dentro, um observador externo dirá que ela produz um campo magnético, mas o interno só vê o campo elétrico. Não há paradoxo nisto pois quando ele se encontrarem terá passado o mesmo tempo para os dois, ops! Foi mal.

Isto está no início do artigo de Einstein que inventou sua relatividade. Aliás, ele faz um bom comentário, acho que ele andou lendo Ritz na época. Mas depois se atrapalha pois ele parece que não vê isto que você falou aí em cima: Campo magnético, a rigor, não existe.
:-)

Faraday, digo Belmiro, eu não gosto, quando se explica algo dizendo que é assim pois assim restabelece o equilíbrio. Como se existisse uma consciência nos campos que ao perceberem que estão desequilibrados se convencem que devem fazer algo para se equilibrar. A coisa é muito mais bonita que isto.
Isto não é uma crítica a você, mas só a seu texto.
Claro que não temos e nunca teremos as explicações últimas, mas podemos ir um pouco mais além.

Hélio




De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 21:55
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]

 
   Olá Alberto e demais!
 
    Vou colocar em anexo por causa dos desenhos.
 
    [],s
 
    Belmiro

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 12:37
Assunto: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá gente

Com respeito ao paradoxo dos gêmeos, tudo indica que não há mais como
espremer ninguém aqui pois os posicionamentos pessoais estão fortemente
guarnecidos pela paixão que uns devotam por esta ou aquela teoria em
detrimentos das demais.

Como o meu interesse maior no caso é soltar a macaca que o Victor mantém
enjaulada, que tal mudarmos o enfoque, discutindo agora um outro
paradoxo que coloca não a RR mas a RG em xeque?

Sei que o assunto já foi debatido mas já faz muito tempo (dezembro de
2000). Quem sabe surjam agora novos e melhores argumentos.

Se concordarem, sugiro que analisem este texto que improvisei mas que é
muito semelhante a um que no passado (1998) apresentei no newsgroup
sci.physics.relativity:

***** início do texto proposto para discussão*****
Seja um compartimento fechado e incomunicável com o seu exterior. Um
observador situado neste compartimento consegue medir um campo
gravitacional g qualquer (não é o mesmo g medido aqui na Terra).

De acordo com o Princípio da Equivalência (PE) de Einstein, não há como
este observador distinguir este campo g de uma possível aceleração a que
o compartimento (digamos que seja, por ex., uma nave espacial) esteja
sendo submetido.

Este observador decide então estudar o comportamento de uma carga
elétrica. Se o campo for gravitacional, seria de se esperar a não
emissão de radiações eletromagnéticas, assim como acontece aqui na Terra
onde há também um campo gravitacional. Por outro lado, se o
compartimento estiver sendo acelerado, a radiação deveria existir. Pelo
menos a teoria diz que nós aqui na Terra seríamos capazes de detectar
esta radiação. Porque motivos o observador dentro do compartimento não
iria observar esta radiação?

Mas se ele observar esta radiação o PE é contrariado, pois o observador
interno poderá distinguir entre aceleração e campo. Saberá portanto que
está sendo acelerado. E se não observar, alguma coisa muito esquisita
estará ocorrendo com esta radiação, que sem dúvida alguma existe, tanto
é que é observada fora do compartimento.
***** final do texto proposto para discussão*****

Sei que ao final do diálogo continuaremos com nossas convicções
firmadas em nossas paixões, o que é lamentável mas é o que certamente
acontecerá. E lamentável porque, como já afirmei, ciência não combina
com paixão por esta ou por aquela teoria. A única paixão que se
justifica é a paixão pela ciência, ou a paixão pela procura pela
verdade. Mas, independentemente do desfecho que muito provavelmente será
lamentável, como foi o do paradoxo dos gêmeos, creio que poderemos
aprender muito neste exercício dialético de justificarmos nossas
paixões. O que vocês acham. Se concordarem poderemos iniciar.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.




SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
DATE: 17/04/2012 09:38


Qual a dificuldade de colocar uma imagem e texto aqui? Eis só a dita cuja:
[]´
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Monday, April 16, 2012 9:55 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]

 

   Olá Alberto e demais!
 
    Vou colocar em anexo por causa dos desenhos.
 
    [],s
 
    Belmiro

 

SUBJECT: Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3
FROM: "Eduardo Torres" <dudutorres@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2012 09:39

Mas quem falou q esse calculo (aplicar a RR a velocidades instantaneas) tem correspondencia com o q ocorre na realidade?

Nao sou especialista em RR, mas isso nao parece mais um artificio matematico pra obrigar a RR a calcular coisas fora de seu escopo?

Abs,
Eduardo Torres

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Hélio Carvalho <helicar_br@...> escreveu
>
> Oi Alberto,
>
> Vou comentar rapidamente esta sua MSG.
> Mas depois, concordo que é melhor partirmos para o outro paradoxo.
> Mais cedo ou mais tarde os gêmeos vão voltar.
>
> O primeiro caso é isto mesmo que você falou.
> Mas no segundo caso...
>
> Alberto disse:
> > No segundo caso (solução Victor/msg81735 e utilizando RG e RR)
>
> Não é bem isto, ele não usa aqui a RG.
> É só "cinemáticarelativística" como ele fala. Não está importando as causas da aceleração. Ele não usa a RG e deixa isto explícito no preambulão antes das contas (desculpa, lá tô eu criticando novamente. Prometo que paro um dia.)
> O trecho acelerado é visto por ele como uma sequência de trechos infinitesimais onde v pode ser considerado constante em cada trecho e então valeria TRE.
>
> Neste caso, em cada trecho destes haverá simetria. Não é levado em conta supostas coisas que forças podem fazer com o tempo e com o espaço como o é no primeiro.
>
> Acho que, neste segundo caso,  por coerência, deveria ser computado todo o percurso e a resposta seria 51,06 anos (10,06 a mais que o irmão viajante)
>
> Será que a resposta é a soma das duas? 10,06+0,25 = 10,31 anos a mais que o irmão. (51,31 anos terá passado para o terrestre)
> Mas aí o paradoxo continua pois
> Paradoxo + Nãoparadoxo = Paradoxo.
>
> Alberto falou:
> > (isto caracterizaria o paradoxo com o sentido dado por Langevin)
>
> Ok!
>
> Alberto:
>
> > Neste caso, e para desfazermos o paradoxo, deveríamos lançar
>
> > mão do «movimento aparente de Newton». O que, a meu ver,
> > seria mesmo que lançar mão do absolutismo newtoniano.
>
>
> A meu ver não é a mesma coisa, mas isto deixa para outra thread.
>
> O final não vou comentar para não piorar as coisas.
>
>
> Hélio
>
>
>
> ________________________________
> De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@...>
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 9:09
> Assunto: Re: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos Gemeos3
>
>
>
>
>
>
>
>
>  
> Olá Hélio
>
> Deixe-me ver se entendi.
>
> No primeiro caso (solução Victor/Goldberg e utilizando apenas a RG)
> teríamos:
> Relógio do Viajante: 41 anos
> Relógio do Terreno: 41,25 anos
> Conclusão: Terreno envelhece 0,25 anos mais que Viajante. Seria isto?
> Você diz que não haveria paradoxo, ainda que você não concorde com esta
> previsão.
> Eu diria que não há o paradoxo dos gêmeos, como apontado por Langevin.
> Mas não sei se com esta «solução» não recairíamos em outros paradoxos,
> talvez até piores. Por exemplo, como explicar o número de mésons
> encontrados na superfície terrestre utilizando apenas a RG? Seria tão
> somente efeito gravitacional (g) associado a um ínfimo e quase nulo
> tempo de aceleração dos mésons, quando de sua produção? Será que esses
> mésons chegariam até nós? Sei não!
>
> No segundo caso (solução Victor/msg81735 e utilizando RG e RR) teríamos:
> Relógio do Viajante: 41 anos
> Relógio do Terreno: 51,06 anos.
> Conclusão: Terreno envelhece 10,06 anos mais que Viajante.
> Neste caso você diz que o paradoxo continua. Ficou-me então a impressão
> de que se a solução fosse obtida com a mudança de referenciais, as
> idades seriam trocadas (isto caracterizaria o paradoxo com o sentido
> dado por Langevin). Neste caso, e para desfazermos o paradoxo,
> deveríamos lançar mão do «movimento aparente de Newton». O que, a meu
> ver, seria mesmo que lançar mão do absolutismo newtoniano. A meu ver o
> paradoxal neste caso seria adotarmos este procedimento e ao mesmo tempo
> conservarmos a relatividade einsteiniana como tal. E foi nesse sentido
> que eu disse em msg anterior que o ídolo do Victor deve estar se
> remoendo todo em seu túmulo.
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com.br
> Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
> coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
>
> ****************************
> -----Mensagem Original-----
> From: Hélio Carvalho
> Sent: Sunday, April 15, 2012 10:30 PM
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Subject: Re: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos
> Gemeos3
>
> Alberto, Belmiro e Eduardo,
>
> Repetindo o problema:
> > No relógio do Viajante: [0,25 ano acelerando]+[20 anos em MRU de
> > 0,6c]+[0,25 ano desacelerando]+[0,25 ano acelerando no sentido
> > contrário]+[20 anos em MRU de -0,6c]+[0,25 ano desacelerando até parar
> > novamente e reencontrar o irmão].
> A pergunta: Quanto tempo terá passado no relógio do irmão que ficou na
> terra??
>
> Pela análise que o Victor e o Goldberg fizeram usando a RG de Einstein o
> resultado seria 41,25 anos.
> Veja MSGhttp://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81501
> (Para ver melhor as expressões matemáticas é melhor ir pelo e-mail no
> dia [Seg, 9 de Abr de 2012 7:14 am])
> Neste caso (usando exclusivamente a RG de E.), eu tenho que reconhecer
> que não há paradoxo, o que não significa que eu concorde com esta
> previsão.
>
> Mas no outro desenvolvimento dele na MSG (81735), usando exclusivamente
> a TRE de E., o resultado seria 41,06 anos (se calculasse só durante as
> acelerações) e seria 51,06 anos (se calculasse em todo percurso). Se eu
> não errei na substituição.
> Ver http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81735
> (Para ver melhor as expressões matemáticas é melhor ir pelo e-mail no
> dia [Seg, 9 de Abr de 2012 7:14 am])
> Neste caso, se por um lado fica igual aos livros, por outro lado o
> paradoxo continua.
> A simetria continua sendo total pois a aceleração, neste segundo caso,
> não foi definida com os dados o acelerômetro e sim como a variação da
> velocidade relativa. Esta variação serve para os dois.
> Acho que isto está de certa forma relacionado com a noção de movimento
> aparente de Newton que discutimos aqui, antes.
>
> Hélio
>
> De: Hélio Carvalho
> Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br"
> Enviadas: Domingo, 15 de Abril de 2012 15:42
> Assunto: Re: RES: [ciencialist] Em tempo: Re: Ainda o Paradoxo dos
> Gemeos3
>
> Belmiro, Eduardo, Victor e demais,
>
> Esta thread não pode terminar sem que o Victor termine de responder a
> minha MSG
> http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81501
> e ele começou a responder na:
> http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81735
> Mas faltou o resultado numérico:
> Ele me pediu para substituir eu fiz e perguntei para ele se estava
> correto, mas ele não me respondeu.
>
> Eduardo:
> > > Todas essas objecoesja' foram levantadas nesse thread,
> > > e vc a meu ver nao conseguiu explicar nenhum esses
>
> > > paradoxos q surgem qdo tentamos explicar o fenomeno
>
> > > apenas pela RR.
>
> > >
>
> Victor:
> > Certo. Assumo minha incompetência em não conseguir
> > expressar o que penso de maneira que o interlocutar
> > entenda como penso.
>
> Victor, eu já falei, será fácil para a gente te entender, se você, no
> lugar de responder com um milhão de palavras em 10 mil parágrafos,
> responder apenas com um número. Ou seja o resultado numérico ao problema
> proposto. Repito abaixo:
>
> No relógio do Viajante: ele leva 0,25 acelerando para chegar a 0,6c,
> depois fica nesta velocidade (MRU) por 20 anos, depois leva 0,25 ano
> desacelerando para parar e mais 0,25 ano acelerando para chegar a -0,6c,
> fica mais 20 anos em MRU voltando e finalmente mais 0,25 ano
> desacelerando até parar novamente e reencontrar o irmão.
>
> A pergunta: Quanto tempo terá passado no relógio do irmão que ficou na
> terra??
>
> (a) 41,06 anos;
>
> (b) 41,25 anos;
> (c) 51,06 anos;
> (d) 51,25 anos;
> (e) nenhuma das respostas anteriores. A resposta será: _______ anos.
>
> Responda só a letra e se for (e) coloque só o valor numérico, nem
> precisa escrever a palavra "anos".
>
> Esta resposta valerá mais que um milhão de palavras.
>
> Hélio
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] O que � o neurocientificismo?
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 11:18

Thiagão, talvez o que eu vá lhe dizer agora acabe
complicando mais ainda o teu entendimento, mas o
cientista, na prática, não usa exatamente o tal
do "método científico". Quando ele publica um
paper, a apresentação tem sim bastante correlação com
o método formal, mas no seu dia a dia o que se faz é
um samba do crioulo doido.
 
São hipóteses amalucadas dançando junto com enfadonhos
testes repetitivos, acoplados a insights que só aparecem
quando se está debaixo do chuveiro, misturados com
devaneios vociferados por um dos estudantes relapsos
com os quais se convive. E isso tudo de vez em quando
temperado com algum tipo de "acidente" no laboratório.
É isso tudo o que torna o trabalho do cientista
emocionante: é o fato de que dessa aparente caoticidade
possa emergir uma big de uma descoberta, um eureka de
fazer arrepiar os cabelinhos da nuca. O cientista é um
cara viciado na "adrenalina" gerada por esse processo todo
de descoberta do novo.
 
Agora, tu já viu como vai ser difícil para um filósofo
captar tudo isso...
 
*PB*
 
 
 
Sent: Monday, April 16, 2012 2:53 PM
Subject: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
 


 
 
Preciso estudar um pouco mais sobre o método científico
para poder responder. To usando as referências do Prof.
Alberto. Meu conhecimento ainda é demasiado limitado para
responder com propriedade aquilo que posso evidenciar apenas em parte.
 
Ainda a pouco minha esposa disse assim (acredite, do nada):
- Todo mundo come no prato da filosofia.
 
Mas ainda é um pensamento incompleto para mim.
Peço um pouco de paciência para responder.
(o email está salvo entre os favoritos)
 
Thiago.
 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: peskybee2@gmail.com
Date: Mon, 16 Apr 2012 12:54:34 -0300
Subject: Re: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?

 
 
Mas Thiagão, qual é o cientista atual que está
preocupado com epistemologia? Ninguém quer nem saber
disso! Está todo mundo interessado no empírico e
quando muito no teórico embasado em matemática e modelos
abstratos. Quando o cientista se aventura a falar em
epistemologia, ele só consegue publicar em journals de
filosofia. Tô certo ou tô errado?
 
*PB*
 
 
Sent: Sunday, April 15, 2012 3:28 PM
Subject: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
 


 
> Sim Thiagão, tu conseguistes mostrar vários exemplos em que
> a filosofia foi alterada por descobertas científicas, refutando
> a minha alegação anterior. Mas aí vem à tona um dos aspectos que
> eu havia comentado: no passado, a filosofia era a "fonte basal"
> de inspiração para a ciência. Hoje em dia, essa situação se
> inverteu.

Perdão, Pesky, pois deixei passar isto aqui sem comentar, mas minha
consciência gritou durante o banho após o almoço! hahaha

Meu amigo, quero te mostrar que é anômalo afirmar isto,
pois o objeto de estudo da filosofia é a epistemologia e a
epitesmologia é o estudo do objeto científico das ciências
disciplinares. Me compreendes?

O estudo epistemológico (que é o objeto de estudo da
filosofia pós-socrática, com outros nomes, mas o mesmo
fundamento) é o estudo das ciências disciplinares, com seus
diferentes objetos. Refiro-me à Teoria do Conhecimento.

> Viva a ciência!

Com certeza!

Thiago.



To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: guimaraesbsb@hotmail.com
Date: Sun, 15 Apr 2012 15:26:11 +0300
Subject: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?

 
 

[Respondendo ao Pesky]
É a questão do Método Científico, que o Alberto me orientou.
Eu não acredito que seja a questão de estar "atrasado", mas
sim de desconhecer fundamentalmente o que é o método.
E, claro, não se preocupar e nem se sensibilizar com isso,
pois cada um só aprende mesmo aquilo que convém (tautologia),
no caso não apenas dos filósofos, mas de boa parte dos
que hoje nada produz de "ciências sociais" e se dizem "cientistas".

Eu vejo uma saída para isso na possibilidade da verdadeira
(legítima) colaboração científica. O caso do Clemente Nobrega, por
exemplo, um Físico Quântico e Administrador de Empresas que
tenta fundamentar a "Ciência da Gestão". Ele conhece o método,
conhece a gestão, sabe de onde vem e para onde vai. Conhece
Markting, Inovação, Visão Estratégica. O cara sabe muito.

Mas quem se preocupa? A mediocridade intelectual é tanta
que a inoperância já é paradigmática.

Antes que me esqueça:
PS¹ Se forem enquadrar as "pseudo-ciências" por favor
não se esqueçam de incluir a ADMINISTRAÇÃO.


Thiago.



To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: peskybee2@gmail.com
Date: Sat, 14 Apr 2012 10:56:22 -0300
Subject: Re: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?

 
 
Sim Thiagão, tu conseguistes mostrar vários exemplos em que
a filosofia foi alterada por descobertas científicas, refutando
a minha alegação anterior. Mas aí vem à tona um dos aspectos que
eu havia comentado: no passado, a filosofia era a "fonte basal"
de inspiração para a ciência. Hoje em dia, essa situação se
inverteu. E a tal ponto que muito do que se faz em filosofia
ainda está atrasada em relação ao que se sabe de ciência (no
caso da neurociência das anormalidades mentais, mais ainda).
Então, de professores os filósofos passaram a aprendizes.
Viva a ciência!
 
*PB*
 
 
 
Sent: Friday, April 13, 2012 3:16 PM
Subject: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
 


 
[Respondendo ao Pesky]

> Mas Thiagão, eu só queria uma evidência (algo que se possa

> constatar na natureza) capaz de alterar (ou refutar) um aspecto

> filosófico. Eu cá com meus botões não acredito que isso exista,

> mas estou pronto para rever minha posição. Mas tu não vai se

> incomodar se eu esperar deitado, né?  ;-)

 

*PB*


Pesky,

Você pediu um e eu dou seis exemplos. Com ênfase no terceiro exemplo, que se eu bem entendi,

responde exatamente a sua questão.

 

Espero ter respondido a questão.

 

Thiago.

 

_____________________________________________________________________________

 

- Eu quis mostrar que existe um processo histórico da filosofia, que seria o processo

histórico da humanidade (o que ainda assim não foi suficiente).

 

1)    O caso de Tales de Mileto, onde ele sugeria que "tudo era água", ou da citação do Sofista

Protágoras: "O homem é a medida de todas as coisas", essas afirmações foram filosoficamente

superada e hoje é objeto de estudo da epistemologia (a verdade para além da crença do homem).


2)    Os antigos acreditavam na "ciência oculta"  da "auto-decomposição" da matéria.

O que atualmente não é aceito e totalmente refutado, uma vez que se tem o entendimento

dos microorganismos e dos metais (por exemplo, do ferro - a oxidação). Descobertas que não

foram feitos pela filosofia, e sim por uma ciência disciplinar. O que era "metafísica" para eles,

não é para nós, pois houve uma "expansão" do nosso conceito de verdade, desde aquele tempo até hoje.

Antes falar em "decomposição" era falar de "filosofia". E hoje?


3)    Na ciência moderna, existem casos curiosos como o da Síndrome das Pernas Inquietas

(Síndrome de Ekbom), onde uma abordagem psicológica e filosófica foram completamente

modificadas após o descobrimento de uma "natureza" orgânica-neurológica (a modificação de uma estrutura

anatômica de um neurônio - a doença é em grande parte ainda desconhecida ainda hoje).


4)    Existem casos semelhantes de outras doenças, como parkinson e alzheimer, o que só encontra paradoxos.

Alheimer, por exemplo, é uma doença orgânica, que pode ter natureza filosófica, o que é completamente paradoxal

(assim como outros problemas de demência). Algumas demências têm fatores mais orgânicos, outros psiquiátricos,

já em outros, estes fatores se entrelaçam. O que muda completamente a abordagem filosófica do caso.


5)   Vale acrescentar que outras doenças tem natureza orgânica e repercussão filosófica, por exemplo,

no caso da Esclerose Lateral Amiotrófica. Alguém já assistiu o escafandro e a borboleta? É disto a que me refiro.

Trata-se de um problema filosófico e a recuperação do paciente poderia mod

  

6)  Existem vários outros casos, mas eu precisaria fazer uma abordagem mais ampla. Uma verdadeira pesquisa.

Um caso curioso é da Lobotomia. O uso da lobotomia modificou toda uma abordagem filosófica


PS.: Mas obrigado por me fazer pensar sobre isto: como os processos ditos "naturais" influenciam os processos filosóficos.

Parece-se bastante com a Dialética Materialista (Karl Marx, enquanto filósofo), mas com abordagem diferenciada,

pois adentra no campo disciplinar. Isto é difícil de pensar, visto que não é o objetivo da filosofia: a epistemologia

e a transcendência. É fácil quando essa busca pela verdade parte da filosofia para a compreensão

epistemológica do mundo, mas é difícil quando parte da disciplina modificar a própria epistemologia.

Mas é totalmente possível, uma vez que não existe "verdade maior" que a outra.





 
 
 

SUBJECT: Novo arquivo carregado em ciencialist
FROM: ciencialist@yahoogrupos.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2012 11:45


Olá,

Esta mensagem é uma notificação para informá-lo que um novo arquivo foi adicionado no grupo ciencialist.

Arquivo : /enigma_numerico.JPG
Carregado por : dudutorres <dudutorres@yahoo.com>
Descrição : Enigma Numerico

Você pode acessar o arquivo pela URL:

http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/enigma_numerico.JPG

Para saber mais sobre compartilhamento de arquivos no grupo, leia:

http://help.yahoo.com/help/br/groups/files

Atenciosamente,

dudutorres <dudutorres@yahoo.com>






SUBJECT: Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
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TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2012 12:11

Eu ainda nao consegui resolver...

;-)

Abs,
Eduardo Torres

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu
>
>
> Olá,
>
> Esta mensagem é uma notificação para informá-lo que um novo arquivo foi adicionado no grupo ciencialist.
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> Arquivo : /enigma_numerico.JPG
> Carregado por : dudutorres <dudutorres@...>
> Descrição : Enigma Numerico
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> Você pode acessar o arquivo pela URL:
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> http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/enigma_numerico.JPG
>
> Para saber mais sobre compartilhamento de arquivos no grupo, leia:
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> http://help.yahoo.com/help/br/groups/files
>
> Atenciosamente,
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> dudutorres <dudutorres@...>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 12:20

Pegadinha visual, não problema numérico..:- ) Cada linha tem um número de “bolinhas” representado ao lado, por exemplo, 9999 tem 4 “bolinhas” e 9881 tem 5 “bolinhas”.
 
O truque é a parte do enunciado sobre crianças em idade pré-escolar, ou seja, não vão ler os números como ‘números”.
 
Mas adultos e programadores não conseguem deixar de ler números e fazer contas.
 
Um abraço.
 
Homero
 
PS: Levei menos de um minuto, mas foquei no enunciado.:-)
 
 
 
From: dudutorres
Sent: Tuesday, April 17, 2012 12:11 PM
Subject: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
 
 

Eu ainda nao consegui resolver...

;-)

Abs,
Eduardo Torres

--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br escreveu
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> Olá,
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> Para saber mais sobre compartilhamento de arquivos no grupo, leia:
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 12:21

Quase esqueci, a resposta é 2.
2581 tem duas “bolinhas”, cada parte do número 8.
 
Homero
 
From: dudutorres
Sent: Tuesday, April 17, 2012 12:11 PM
Subject: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
 
 

Eu ainda nao consegui resolver...

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Abs,
Eduardo Torres

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> Olá,
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 12:56

Homerão, alguém já te disse que tu és muito craque
nesse negócio de contar bolinhas? O máximo que consigo
lidar são duas. E olhe lá! Já acho muito. Me dão um big
de um trabalhão, principalmente quando me descuido e sento
rapidamente (e agora, antes que alguém reclame, volto
para debaixo da pedra).
 
*PB*
 
 
 
 
Sent: Tuesday, April 17, 2012 12:21 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
 


Quase esqueci, a resposta é 2.
2581 tem duas “bolinhas”, cada parte do número 8.
 
Homero
 
From: dudutorres
Sent: Tuesday, April 17, 2012 12:11 PM
Subject: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
 
 

Eu ainda nao consegui resolver...

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Abs,
Eduardo Torres

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 13:02

Kkkkkkkkkk..:- ) Pesky, já não temos boa fama por aqui, vamos acabar mal falados desse jeito.:- )
 
Homero
 
From: Pesky Bee
Sent: Tuesday, April 17, 2012 12:56 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
 
 

Homerão, alguém já te disse que tu és muito craque
nesse negócio de contar bolinhas? O máximo que consigo
lidar são duas. E olhe lá! Já acho muito. Me dão um big
de um trabalhão, principalmente quando me descuido e sento
rapidamente (e agora, antes que alguém reclame, volto
para debaixo da pedra).
 
*PB*
 
 
 
 
Sent: Tuesday, April 17, 2012 12:21 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
 


Quase esqueci, a resposta é 2.
2581 tem duas “bolinhas”, cada parte do número 8.
 
Homero
 
From: dudutorres
Sent: Tuesday, April 17, 2012 12:11 PM
Subject: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
 
 

Eu ainda nao consegui resolver...

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Abs,
Eduardo Torres

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SUBJECT: Re: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 13:05

Olá Pesky

Eu costumo dizer isso com as seguintes palavras:

O método, em sua versão simplificada, procura valorizar o racionalismo
em detrimento de produtos da imaginação. Com isso, deixa-se de lado não
apenas a intuição, mas também inúmeras etapas intermediárias da produção
de conhecimentos. A imaginação que acompanha determinadas situações
observadas e aparentemente paradoxais, com grande freqüência estimula a
proliferação de hipóteses intermediárias, às vezes até mesmo absurdas
e/ou contrárias ao senso comum. Com essas hipóteses em mente o
cientista, via de regra, dá asas à imaginação e simula transitar por
vias científicas abstratas. Ou seja, ele procura como que testar uma
hipótese deste tipo através de experiências de pensamento, chegando a
conclusões incríveis, a se acoplarem a leis simplesmente fantásticas.
Isso chegou a ser descrito por Einstein [26] com as seguintes palavras:
Se o senhor quer estudar em qualquer dos físicos teóricos os métodos que
emprega , sugiro firmar-se neste princípio básico: não dê crédito algum
ao que ele diz, mas julgue aquilo que produziu! Porque o criador tem
esta característica: as produções de sua imaginação se impõem a ele, tão
indispensáveis, tão naturais, que não pode considerá-las como imagem de
espírito, mas as conhece como realidades evidentes

[Em «Sobre a transcendência do Método», item 4 do meu artigo «O Método
Científico» - vide
http://ecientificocultural.com.br/ECC3/metcien02.htm#transcendencia]

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

***************************
-----Mensagem Original-----
From: Pesky Bee
Sent: Tuesday, April 17, 2012 11:18 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?

Thiagão, talvez o que eu vá lhe dizer agora acabe
complicando mais ainda o teu entendimento, mas o
cientista, na prática, não usa exatamente o tal
do "método científico". Quando ele publica um
paper, a apresentação tem sim bastante correlação com
o método formal, mas no seu dia a dia o que se faz é
um samba do crioulo doido.

São hipóteses amalucadas dançando junto com enfadonhos
testes repetitivos, acoplados a insights que só aparecem
quando se está debaixo do chuveiro, misturados com
devaneios vociferados por um dos estudantes relapsos
com os quais se convive. E isso tudo de vez em quando
temperado com algum tipo de "acidente" no laboratório.
É isso tudo o que torna o trabalho do cientista
emocionante: é o fato de que dessa aparente caoticidade
possa emergir uma big de uma descoberta, um eureka de
fazer arrepiar os cabelinhos da nuca. O cientista é um
cara viciado na "adrenalina" gerada por esse processo todo
de descoberta do novo.

Agora, tu já viu como vai ser difícil para um filósofo
captar tudo isso...

*PB*

From: Thiago Guimarães
Sent: Monday, April 16, 2012 2:53 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?


Preciso estudar um pouco mais sobre o método científico
para poder responder. To usando as referências do Prof.
Alberto. Meu conhecimento ainda é demasiado limitado para
responder com propriedade aquilo que posso evidenciar apenas em parte.

Ainda a pouco minha esposa disse assim (acredite, do nada):

- Todo mundo come no prato da filosofia.

Mas ainda é um pensamento incompleto para mim.
Peço um pouco de paciência para responder.
(o email está salvo entre os favoritos)

Thiago.


To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: peskybee2@gmail.com
Date: Mon, 16 Apr 2012 12:54:34 -0300
Subject: Re: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?


Mas Thiagão, qual é o cientista atual que está
preocupado com epistemologia? Ninguém quer nem saber
disso! Está todo mundo interessado no empírico e
quando muito no teórico embasado em matemática e modelos
abstratos. Quando o cientista se aventura a falar em
epistemologia, ele só consegue publicar em journals de
filosofia. Tô certo ou tô errado?

*PB*


From: Thiago Guimarães
Sent: Sunday, April 15, 2012 3:28 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?


> Sim Thiagão, tu conseguistes mostrar vários exemplos em que
> a filosofia foi alterada por descobertas científicas, refutando
> a minha alegação anterior. Mas aí vem à tona um dos aspectos que
> eu havia comentado: no passado, a filosofia era a "fonte basal"
> de inspiração para a ciência. Hoje em dia, essa situação se
> inverteu.

Perdão, Pesky, pois deixei passar isto aqui sem comentar, mas minha
consciência gritou durante o banho após o almoço! hahaha

Meu amigo, quero te mostrar que é anômalo afirmar isto,
pois o objeto de estudo da filosofia é a epistemologia e a
epitesmologia é o estudo do objeto científico das ciências
disciplinares. Me compreendes?

O estudo epistemológico (que é o objeto de estudo da
filosofia pós-socrática, com outros nomes, mas o mesmo
fundamento) é o estudo das ciências disciplinares, com seus
diferentes objetos. Refiro-me à Teoria do Conhecimento.

> Viva a ciência!

Com certeza!

Thiago.


To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: guimaraesbsb@hotmail.com
Date: Sun, 15 Apr 2012 15:26:11 +0300
Subject: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?


[Respondendo ao Pesky]
É a questão do Método Científico, que o Alberto me orientou.
Eu não acredito que seja a questão de estar "atrasado", mas
sim de desconhecer fundamentalmente o que é o método.
E, claro, não se preocupar e nem se sensibilizar com isso,
pois cada um só aprende mesmo aquilo que convém (tautologia),
no caso não apenas dos filósofos, mas de boa parte dos
que hoje nada produz de "ciências sociais" e se dizem "cientistas".

Eu vejo uma saída para isso na possibilidade da verdadeira
(legítima) colaboração científica. O caso do Clemente Nobrega, por
exemplo, um Físico Quântico e Administrador de Empresas que
tenta fundamentar a "Ciência da Gestão". Ele conhece o método,
conhece a gestão, sabe de onde vem e para onde vai. Conhece
Markting, Inovação, Visão Estratégica. O cara sabe muito.

Mas quem se preocupa? A mediocridade intelectual é tanta
que a inoperância já é paradigmática.

Antes que me esqueça:
PS¹ Se forem enquadrar as "pseudo-ciências" por favor
não se esqueçam de incluir a ADMINISTRAÇÃO.

Thiago.




To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: peskybee2@gmail.com
Date: Sat, 14 Apr 2012 10:56:22 -0300
Subject: Re: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?



Sim Thiagão, tu conseguistes mostrar vários exemplos em que
a filosofia foi alterada por descobertas científicas, refutando
a minha alegação anterior. Mas aí vem à tona um dos aspectos que
eu havia comentado: no passado, a filosofia era a "fonte basal"
de inspiração para a ciência. Hoje em dia, essa situação se
inverteu. E a tal ponto que muito do que se faz em filosofia
ainda está atrasada em relação ao que se sabe de ciência (no
caso da neurociência das anormalidades mentais, mais ainda).
Então, de professores os filósofos passaram a aprendizes.
Viva a ciência!

*PB*



From: Thiago Guimarães
Sent: Friday, April 13, 2012 3:16 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?





[Respondendo ao Pesky]



> Mas Thiagão, eu só queria uma evidência (algo que se possa

> constatar na natureza) capaz de alterar (ou refutar) um aspecto

> filosófico. Eu cá com meus botões não acredito que isso exista,

> mas estou pronto para rever minha posição. Mas tu não vai se

> incomodar se eu esperar deitado, né? ;-)



*PB*




Pesky,


Você pediu um e eu dou seis exemplos. Com ênfase no terceiro exemplo,
que se eu bem entendi,

responde exatamente a sua questão.



Espero ter respondido a questão.



Thiago.




_____________________________________________________________________________




- Eu quis mostrar que existe um processo histórico da filosofia, que
seria o processo

histórico da humanidade (o que ainda assim não foi suficiente).



1) O caso de Tales de Mileto, onde ele sugeria que "tudo era água",
ou da citação do Sofista


Protágoras: "O homem é a medida de todas as coisas", essas afirmações
foram filosoficamente


superada e hoje é objeto de estudo da epistemologia (a verdade para além
da crença do homem).




2) Os antigos acreditavam na "ciência oculta" da "auto-decomposição"
da matéria.


O que atualmente não é aceito e totalmente refutado, uma vez que se tem
o entendimento


dos microorganismos e dos metais (por exemplo, do ferro - a oxidação).
Descobertas que não

foram feitos pela filosofia, e sim por uma ciência disciplinar. O que
era "metafísica" para eles,


não é para nós, pois houve uma "expansão" do nosso conceito de verdade,
desde aquele tempo até hoje.

Antes falar em "decomposição" era falar de "filosofia". E hoje?





3) Na ciência moderna, existem casos curiosos como o da Síndrome das
Pernas Inquietas


(Síndrome de Ekbom), onde uma abordagem psicológica e filosófica foram
completamente


modificadas após o descobrimento de uma "natureza" orgânica-neurológica
(a modificação de uma estrutura

anatômica de um neurônio - a doença é em grande parte ainda desconhecida
ainda hoje).



4) Existem casos semelhantes de outras doenças, como parkinson e
alzheimer, o que só encontra paradoxos.


Alheimer, por exemplo, é uma doença orgânica, que pode ter natureza
filosófica, o que é completamente paradoxal


(assim como outros problemas de demência). Algumas demências têm fatores
mais orgânicos, outros psiquiátricos,


já em outros, estes fatores se entrelaçam. O que muda completamente a
abordagem filosófica do caso.


5) Vale acrescentar que outras doenças tem natureza orgânica e
repercussão filosófica, por exemplo,


no caso da Esclerose Lateral Amiotrófica. Alguém já assistiu o
escafandro e a borboleta? É disto a que me refiro.


Trata-se de um problema filosófico e a recuperação do paciente poderia
mod


6) Existem vários outros casos, mas eu precisaria fazer uma abordagem
mais ampla. Uma verdadeira pesquisa.

Um caso curioso é da Lobotomia. O uso da lobotomia modificou toda uma
abordagem filosófica


PS.: Mas obrigado por me fazer pensar sobre isto: como os processos
ditos "naturais" influenciam os processos filosóficos.


Parece-se bastante com a Dialética Materialista (Karl Marx, enquanto
filósofo), mas com abordagem diferenciada,


pois adentra no campo disciplinar. Isto é difícil de pensar, visto que
não é o objetivo da filosofia: a epistemologia


e a transcendência. É fácil quando essa busca pela verdade parte da
filosofia para a compreensão


epistemológica do mundo, mas é difícil quando parte da disciplina
modificar a própria epistemologia.


Mas é totalmente possível, uma vez que não existe "verdade maior" que a
outra.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 13:14

Eu não tentei resolver porque ví a sua resposta primeiro... :-(
Mas acho que eu não ia sacar a dica do enunciado de primeira e ia fazer contas... sabe-se lá quando ia "cair a ficha"... :-)

Só por causa disso, segue um desafio de lógica:

Qual é a afirmação correta?

a) Apenas uma dessas cinco afirmações é falsa.
b) Exatamente duas dessas cinco afirmações são falsas.
c) Apenas três destas cinco afirmações são falsas.
d) Exatamente quatro dessas cinco afirmações são falsas.
e) Todas as cinco afirmações são falsas.

[]´,s
Jeff.

 

 

Pegadinha visual, não problema numérico..:- ) Cada linha tem um número de “bolinhas” representado ao lado, por exemplo, 9999 tem 4 “bolinhas” e 9881 tem 5 “bolinhas”.
 
O truque é a parte do enunciado sobre crianças em idade pré-escolar, ou seja, não vão ler os números como ‘números”.
 
Mas adultos e programadores não conseguem deixar de ler números e fazer contas.
 
Um abraço.
 
Homero
 
PS: Levei menos de um minuto, mas foquei no enunciado.:-)
 
 
 
Sent: Tuesday, April 17, 2012 12:11 PM
Subject: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
 
 

Eu ainda nao consegui resolver...

;-)

Abs,
Eduardo Torres

--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br escreveu
>
>
> Olá,
>
> Esta mensagem é uma notificação para informá-lo que um novo arquivo foi adicionado no grupo ciencialist.
>
> Arquivo : /enigma_numerico.JPG
> Carregado por : dudutorres
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>
> Você pode acessar o arquivo pela URL:
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>
> Para saber mais sobre compartilhamento de arquivos no grupo, leia:
>
> http://help.yahoo.com/help/br/groups/files
>
> Atenciosamente,
>
> dudutorres
>

 

 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 13:25

Oi Jeff
 
Pois é, depois que enviei pensei que estava “estragando” a diversão, de procurar pela respsota, sinto muito.:- (
Esqueci que enviava para uma lista, e não apenas para o Eduardo, como resposta, deveria ter feito como se faz com espoilers, escrever a resposta apenas no final do texto, com alertas.
 
Peço desculpas.:- (
 
Então, lá em baixo, a minha resposta de seu problema..:-)
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-
 
a) Apenas uma dessas cinco afirmações é falsa.
b) Exatamente duas dessas cinco afirmações são falsas.
c) Apenas três destas cinco afirmações são falsas.
d) Exatamente quatro dessas cinco afirmações são falsas.
e) Todas as cinco afirmações são falsas.
 
Se E é correta, a própria resposta seria falsa. Se A é correta, as outras respostas seriam corretas, e não são. Se B é correta, idem, ficaria faltando frases. Idem para C.
 
Apenas a resposta D tem frases para validar tanto a afirmação desta, quanto a situação das outras 4 frases, incorretas. Ou isso, ou é uma brincadeira com os termos “exatamente” e “apenas”.:- )
 
Homero
 
From: Jeff
Sent: Tuesday, April 17, 2012 1:14 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
 

Eu não tentei resolver porque ví a sua resposta primeiro... :-(
Mas acho que eu não ia sacar a dica do enunciado de primeira e ia fazer contas... sabe-se lá quando ia "cair a ficha"... :-)

Só por causa disso, segue um desafio de lógica:

Qual é a afirmação correta?

a) Apenas uma dessas cinco afirmações é falsa.
b) Exatamente duas dessas cinco afirmações são falsas.
c) Apenas três destas cinco afirmações são falsas.
d) Exatamente quatro dessas cinco afirmações são falsas.
e) Todas as cinco afirmações são falsas.

[]´,s
Jeff.

 

 

Pegadinha visual, não problema numérico..:- ) Cada linha tem um número de “bolinhas” representado ao lado, por exemplo, 9999 tem 4 “bolinhas” e 9881 tem 5 “bolinhas”.
 
O truque é a parte do enunciado sobre crianças em idade pré-escolar, ou seja, não vão ler os números como ‘números”.
 
Mas adultos e programadores não conseguem deixar de ler números e fazer contas.
 
Um abraço.
 
Homero
 
PS: Levei menos de um minuto, mas foquei no enunciado.:-)
 
 
 
Sent: Tuesday, April 17, 2012 12:11 PM
Subject: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
 
 

Eu ainda nao consegui resolver...

;-)

Abs,
Eduardo Torres

--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br escreveu
>
>
> Olá,
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> Esta mensagem é uma notificação para informá-lo que um novo arquivo foi adicionado no grupo ciencialist.
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> Arquivo : /enigma_numerico.JPG
> Carregado por : dudutorres
> Descrição : Enigma Numerico
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> Você pode acessar o arquivo pela URL:
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> http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/enigma_numerico.JPG
>
> Para saber mais sobre compartilhamento de arquivos no grupo, leia:
>
> http://help.yahoo.com/help/br/groups/files
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> Atenciosamente,
>
> dudutorres
>

 

 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 13:44

Homero: Ou isso, ou é uma brincadeira com os termos “exatamente” e “apenas”.:- )

Eu adicionei estes termos ao texto original porque achei que ficaria mais claro. Achei que dizendo apenas "uma dessas..." poderia-se entender também "pelo menos uma dessas...", por exemplo. Mas eu poderia ter usado só "apenas", ou só "exatamente", ou nenhum mesmo, pois parece que acabou ficando mais confuso! :-)

[]´,s
Jeff.


 
Homero
 
From: Jeff
Sent: Tuesday, April 17, 2012 1:14 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
 

Eu não tentei resolver porque ví a sua resposta primeiro... :-(
Mas acho que eu não ia sacar a dica do enunciado de primeira e ia fazer contas... sabe-se lá quando ia "cair a ficha"... :-)

Só por causa disso, segue um desafio de lógica:

Qual é a afirmação correta?

a) Apenas uma dessas cinco afirmações é falsa.
b) Exatamente duas dessas cinco afirmações são falsas.
c) Apenas três destas cinco afirmações são falsas.
d) Exatamente quatro dessas cinco afirmações são falsas.
e) Todas as cinco afirmações são falsas.

[]´,s
Jeff.

 

 

Pegadinha visual, não problema numérico..:- ) Cada linha tem um número de “bolinhas” representado ao lado, por exemplo, 9999 tem 4 “bolinhas” e 9881 tem 5 “bolinhas”.
 
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Sent: Tuesday, April 17, 2012 12:11 PM
Subject: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
 
 

Eu ainda nao consegui resolver...

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> dudutorres
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SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 13:49

   A figura não aparece. Link corrompido,
 
   [],s
 
   Belmiro

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 17 de Abril de 2012 7:00
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá Belmiro
 
Tomei a liberdade de enviar a figura que consta no seu anexo para a pasta arquivos da Ciencialist como cor_ind.gif. Estou preparando a resposta e irei incluir a figura nesta resposta. A resposta provavelmente será postada amanhã. Ela é um pouco longa mas chegarei nos finalmentes Smiley piscando
 
A figura poderá ser acessada clicando-se aqui.
 
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.brMas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
***********************************
Sent: Monday, April 16, 2012 9:55 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]
 
 
   Olá Alberto e demais!
 
    Vou colocar em anexo por causa dos desenhos.
 
    [],s
 
    Belmiro
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 13:54

     O campo de um ímã permanente é o resultado da interação entre os montilhões de dipólos magnéticos. Cada dipolo é o resultado de uma corrente orbital *equivalente* (Na verdade, a maior contribuição é a do spin eletrônico). Se você ou qualquer coisa puder acompanhar o movimento das cargas da corrente equivalente, verá que o campo magnético nestas condições desaparece.
 
    [],s
 
    Belmiro

De: Luiz Ferraz Netto <leo@feiradeciencias.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 17 de Abril de 2012 9:28
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 

"Campo magnético, a rigor, não existe."
 
Então, o que é aquilo que determina os espectros magnéticos usando da tradicional limalha de ferro? Ou nestas experiências o campo magnético perde o rigor e usa trajes sociais?
[]´
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Tuesday, April 17, 2012 1:23 AM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
Belmiro,

É possível colocar figuras aqui. Mesmo se não for possível colocar a sua figura, deixe só a figura no doc e coloque o seu texto aqui.
É apenas uma sugestão para dar mais agilidade à discussão.

Gostei de uma frase sua:
" Lembrando que o campo magnético é meramente uma invenção, um artifício matemático para tratar os campos elétricos em sistemas com movimento relativo"

Eu costumo falar que nem campo elétrico nem campo magnético existem mas a não existência de campo magnético é muito maior que a não existência de campo elétrico.
:-)

Mas não é necessário estar acelerado. Não é necessário a relatividade de Einstein para ver isto. Na boa e velha relatividade de verdade isto acontece.
Imagine que você está no porão de um navio, nenhuma experiência que você fizer vai te dizer se está parado ou em MRU em relação ao mar.
Se for em MRU com uma carga dentro, um observador externo dirá que ela produz um campo magnético, mas o interno só vê o campo elétrico. Não há paradoxo nisto pois quando ele se encontrarem terá passado o mesmo tempo para os dois, ops! Foi mal.

Isto está no início do artigo de Einstein que inventou sua relatividade. Aliás, ele faz um bom comentário, acho que ele andou lendo Ritz na época. Mas depois se atrapalha pois ele parece que não vê isto que você falou aí em cima: Campo magnético, a rigor, não existe.
:-)

Faraday, digo Belmiro, eu não gosto, quando se explica algo dizendo que é assim pois assim restabelece o equilíbrio. Como se existisse uma consciência nos campos que ao perceberem que estão desequilibrados se convencem que devem fazer algo para se equilibrar. A coisa é muito mais bonita que isto.
Isto não é uma crítica a você, mas só a seu texto.
Claro que não temos e nunca teremos as explicações últimas, mas podemos ir um pouco mais além.

Hélio



De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 21:55
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]
 
   Olá Alberto e demais!
 
    Vou colocar em anexo por causa dos desenhos.
 
    [],s
 
    Belmiro

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 12:37
Assunto: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá genteCom respeito ao paradoxo dos gêmeos, tudo indica que não há mais comoespremer ninguém aqui pois os posicionamentos pessoais estão fortementeguarnecidos pela paixão que uns devotam por esta ou aquela teoria emdetrimentos das demais.Como o meu interesse maior no caso é soltar a macaca que o Victor mantémenjaulada, que tal mudarmos o enfoque, discutindo agora um outroparadoxo que coloca não a RR mas a RG em xeque?Sei que o assunto já foi debatido mas já faz muito tempo (dezembro de 2000). Quem sabe surjam agora novos e melhores argumentos.Se concordarem, sugiro que analisem este texto que improvisei mas que émuito semelhante a um que no passado (1998) apresentei no newsgroupsci.physics.relativity:***** início do texto proposto para discussão*****Seja um compartimento fechado e incomunicável com o seu exterior. Umobservador situado neste compartimento consegue medir um campogravitacional g qualquer (não é o mesmo g medido aqui na Terra).De acordo com o Princípio da Equivalência (PE) de Einstein, não há comoeste observador distinguir este campo g de uma possível aceleração a queo compartimento (digamos que seja, por ex., uma nave espacial) estejasendo submetido.Este observador decide então estudar o comportamento de uma cargaelétrica. Se o campo for gravitacional, seria de se esperar a nãoemissão de radiações eletromagnéticas, assim como acontece aqui na Terraonde há também um campo gravitacional. Por outro lado, se ocompartimento estiver sendo acelerado, a radiação deveria existir. Pelomenos a teoria diz que nós aqui na Terra seríamos capazes de detectaresta radiação. Porque motivos o observador dentro do compartimento nãoiria observar esta radiação?Mas se ele observar esta radiação o PE é contrariado, pois o observadorinterno poderá distinguir entre aceleração e campo. Saberá portanto queestá sendo acelerado. E se não observar, alguma coisa muito esquisitaestará ocorrendo com esta radiação, que sem dúvida alguma existe, tantoé que é observada fora do compartimento.***** final do texto proposto para discussão*****Sei que ao final do diálogo continuaremos com nossas convicçõesfirmadas em nossas paixões, o que é lamentável mas é o que certamenteacontecerá. E lamentável porque, como já afirmei, ciência não combinacom paixão por esta ou por aquela teoria. A única paixão que sejustifica é a paixão pela ciência, ou a paixão pela procura pelaverdade. Mas, independentemente do desfecho que muito provavelmente serálamentável, como foi o do paradoxo dos gêmeos, creio que poderemosaprender muito neste exercício dialético de justificarmos nossaspaixões. O que vocês acham. Se concordarem poderemos iniciar.[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.brMas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 13:56

  É que já tive tristes experiências com isto no passado. Mas, tudo bem, na próxima vou tentar. Que *erda! Todo mundo reclamando dos meus anexos!
 
[],s
 
Belmiro

De: Luiz Ferraz Netto <leo@feiradeciencias.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br; Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
Enviadas: Terça-feira, 17 de Abril de 2012 9:38
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 

Qual a dificuldade de colocar uma imagem e texto aqui? Eis só a dita cuja:
[]´
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Monday, April 16, 2012 9:55 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]

 
   Olá Alberto e demais!
 
    Vou colocar em anexo por causa dos desenhos.
 
    [],s
 
    Belmiro

 

SUBJECT: Fwd: Em Sintese - No 75 -
FROM: Luis Brudna <luisbrudna@gmail.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 13:57

Repassando para o grupo... :-)
Até
Luís Brudna

Novidades no ´Em Síntese´

= Lente contendo tório
http://imagens.tabelaperiodica.org/lente-contendo-torio/
Algumas antigas lentes para máquinas fotográficas continham uma certa
quantidade de óxido de tório em sua composição.

= Cartão de Mendeleev
http://www.tabelaperiodica.org/cartao-de-mendeleev/
Peça do acervo da Royal Society. Um cartão de apresentação enviado por
Mendeleev.

= Prata líquida
http://www.tabelaperiodica.org/prata-liquida/
Max Whitby mostra os perigos e a técnica necessária para moldar um
cilindro de prata; que será utilizado em exposições sobre a tabela
periódica.

= Mais um bolo da tabela periódica
http://www.tabelaperiodica.org/mais-um-bolo-da-tabela-periodica/
Um aniversário de um químico pede uma comemoração especial. Nada
melhor do que poder escolher qual elemento químico vai comer primeiro.

Boa leitura para todos
Equipe ´Em Síntese´
contato: luisbrudna@gmail.com
-


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 14:00

Oi Hélio

De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Terça-feira, 17 de Abril de 2012 1:23
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Belmiro,

É possível colocar figuras aqui. Mesmo se não for possível colocar a sua figura, deixe só a figura no doc e coloque o seu texto aqui.
É apenas uma sugestão para dar mais agilidade à discussão.

Gostei de uma frase sua:
" Lembrando que o campo magnético é meramente uma invenção, um artifício matemático para tratar os campos elétricos em sistemas com movimento relativo"

Eu costumo falar que nem campo elétrico nem campo magnético existem mas a não existência de campo magnético é muito maior que a não existência de campo elétrico.
:-)

Mas não é necessário estar acelerado. Não é necessário a relatividade de Einstein para ver isto. Na boa e velha relatividade de verdade isto acontece.
Imagine que você está no porão de um navio, nenhuma experiência que você fizer vai te dizer se está parado ou em MRU em relação ao mar.
Se for em MRU com uma carga dentro, um observador externo dirá que ela produz um campo magnético, mas o interno só vê o campo elétrico. Não há paradoxo nisto pois quando ele se encontrarem terá passado o mesmo tempo para os dois, ops! Foi mal.

Isto está no início do artigo de Einstein que inventou sua relatividade. Aliás, ele faz um bom comentário, acho que ele andou lendo Ritz na época. Mas depois se atrapalha pois ele parece que não vê isto que você falou aí em cima: Campo magnético, a rigor, não existe.
:-)

Faraday, digo Belmiro, eu não gosto, quando se explica algo dizendo que é assim pois assim restabelece o equilíbrio. Como se existisse uma consciência nos campos que ao perceberem que estão desequilibrados se convencem que devem fazer algo para se equilibrar. A coisa é muito mais bonita que isto.
Isto não é uma crítica a você, mas só a seu texto.
Claro que não temos e nunca teremos as explicações últimas, mas podemos ir um pouco mais além.
 
     Você pode não gostar disso, da contração do tempo ou de outras coisas. Mas o fato é que é assim que as coisas funcionam na natureza. Em todos os campos, inclusive na biologia, economia etc...
 
     [],s
 
     Belmiro

Hélio



De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 21:55
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]
 
   Olá Alberto e demais!
 
    Vou colocar em anexo por causa dos desenhos.
 
    [],s
 
    Belmiro

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 12:37
Assunto: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá genteCom respeito ao paradoxo dos gêmeos, tudo indica que não há mais comoespremer ninguém aqui pois os posicionamentos pessoais estão fortementeguarnecidos pela paixão que uns devotam por esta ou aquela teoria emdetrimentos das demais.Como o meu interesse maior no caso é soltar a macaca que o Victor mantémenjaulada, que tal mudarmos o enfoque, discutindo agora um outroparadoxo que coloca não a RR mas a RG em xeque?Sei que o assunto já foi debatido mas já faz muito tempo (dezembro de 2000). Quem sabe surjam agora novos e melhores argumentos.Se concordarem, sugiro que analisem este texto que improvisei mas que émuito semelhante a um que no passado (1998) apresentei no newsgroupsci.physics.relativity:***** início do texto proposto para discussão*****Seja um compartimento fechado e incomunicável com o seu exterior. Umobservador situado neste compartimento consegue medir um campogravitacional g qualquer (não é o mesmo g medido aqui na Terra).De acordo com o Princípio da Equivalência (PE) de Einstein, não há comoeste observador distinguir este campo g de uma possível aceleração a queo compartimento (digamos que seja, por ex., uma nave espacial) estejasendo submetido.Este observador decide então estudar o comportamento de uma cargaelétrica. Se o campo for gravitacional, seria de se esperar a nãoemissão de radiações eletromagnéticas, assim como acontece aqui na Terraonde há também um campo gravitacional. Por outro lado, se ocompartimento estiver sendo acelerado, a radiação deveria existir. Pelomenos a teoria diz que nós aqui na Terra seríamos capazes de detectaresta radiação. Porque motivos o observador dentro do compartimento nãoiria observar esta radiação?Mas se ele observar esta radiação o PE é contrariado, pois o observadorinterno poderá distinguir entre aceleração e campo. Saberá portanto queestá sendo acelerado. E se não observar, alguma coisa muito esquisitaestará ocorrendo com esta radiação, que sem dúvida alguma existe, tantoé que é observada fora do compartimento.***** final do texto proposto para discussão*****Sei que ao final do diálogo continuaremos com nossas convicçõesfirmadas em nossas paixões, o que é lamentável mas é o que certamenteacontecerá. E lamentável porque, como já afirmei, ciência não combinacom paixão por esta ou por aquela teoria. A única paixão que sejustifica é a paixão pela ciência, ou a paixão pela procura pelaverdade. Mas, independentemente do desfecho que muito provavelmente serálamentável, como foi o do paradoxo dos gêmeos, creio que poderemosaprender muito neste exercício dialético de justificarmos nossaspaixões. O que vocês acham. Se concordarem poderemos iniciar.[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.brMas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 14:34

From: Belmiro Wolski
Sent: Monday, April 16, 2012 9:55 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]
 
Belmiro: Vou colocar em anexo por causa dos desenhos.
 
Alberto: Neste anexo lê-se:
 
Belmiro: No interior do compartimento, do ponto de vista de quem está dentro, só há campo elétrico.
 
Alberto: É verdade. Eu diria que isto é mais ou menos óbvio se o compartimento estiver em MRU, mas não tão óbvio em outras situações. O Léo, por exemplo (msg 81778), diz que no caso MRUA «os aparelhos sensores nada indicarão, pois perdem a referência». Acho que ele está certo, mas esta «perda de referência» não me parece ser tão trivial. Há que se matutar um pouco antes que se chegue a esta conclusão.
 
Belmiro: Lembrando que o campo magnético é meramente uma invenção, um artifício matemático para tratar os campos elétricos em sistemas com movimento relativo.
 
Alberto: Raciocinando classicamente eu concordo. Se pensarmos na minha teoria eletromagnética as coisas não serão bem assim, a não ser sob o ponto de vista apontado pelo Hélio, qual seja: «Eu costumo falar que nem campo elétrico nem campo magnético existem...». Mas como a proposta é discutir o assunto do ponto de vista clássico, deixemos as considerações sobre a minha teoria para os finalmente, se é que chegaremos a tanto. Há muito o que ser dito antes disso.
 
Belmiro: Outra observação, diz respeito à minha interpretação dos fenômenos eletromagnéticos. Entendo que a criação de um campo magnético pela variação do campo elétrico, é um mecanismo da natureza para restabelecer o equilíbrio.
 
Alberto: Bem lembrado. Apesar do Hélio não ter gostado das palavras utilizadas, a coisa é por aí. É a lei de Lenz (1833) que, a meu ver, pode ser interpretada hoje como um caso particular do princípio de Le Chatelier, constatado posteriormente (1888). O princípio de Le Chatelier pode ser enunciado da seguinte maneira: «Modificando-se uma das condições que definem o estado de um sistema em equilíbrio, o sistema responde opondo-se a esta alteração.» Creio que dito desta maneira, ou então segundo a lei de Lenz, aquela «consciência dos campos» citada pelo Hélio acaba sendo deixada de lado. O que há é algo «do tipo» ação-reação, ou algo também observado no milenar princípio de Arquimedes.
 
A seguir você ilustra esta ideia de maneira didática até chegar na famosa onda eletromagnética. Não há muito o que comentar, mas como o texto esta bastante didático, creio que vale a pena reproduzir aqui, posto que você não incluiu no email e sim no anexo. Tomei a liberdade também de enviar a figura para os arquivos da Ciencialist como cor_ind.gif.
 
Belmiro: Por exemplo, uma corrente constante, que é gerado por um campo elétrico constante, gera um campo magnético constante. Se essa corrente cresce linearmente, seu campo magnético também o faz. Imagine, então, um condutor sobre uma mesa e uma espira quadrada deitada sobre a mesa ao lado do condutor, com um dos lados paralelo ao condutor.

cor_ind
Se a figura não estiver visível clique abaixo:
http://f1.grp.yahoofs.com/v1/kKGNTxVrMH3rvfWMirqzIsn0lH4eAWuSY5wnhHGYUiSD6MW9k4WqtbJW8uaTjwaA5K6EcrtX0HwxCjaS7R5-_SSIWEA1hGdePk92TYktYV0n/cor_ind.gif

O campo magnético dentro da espira estará crescendo linearmente e como tal, haverá a criação de uma corrente induzida. Como a taxa de crescimento do fluxo magnético é constante, a corrente induzida Iind (criada pelo campo elétrico induzido Eind) na espira será constante. Isto é o que diz a matemática. Agora, por que? No meu entendimento, o campo elétrico E crescendo (o que origina a corrente I crescendo) é uma violação ao equilíbrio no espaço. Como tal, o campo elétrico induzido Eind surge como uma tentativa de preservar o equilíbrio. Mas por que esse campo induzido tem um valor constante? Simplesmente por que o campo E sempre cresce na mesma taxa. O que ocorreria se o campo E crescesse numa taxa diferenciada que não a linear. Por exemplo, crescimento exponencial. O campo Eind cresceria numa taxa também crescente para tentar compensar os crescimentos cada vez mais acelerados de E. Como conseqüência disso, a corrente induzida Iind seria também crescente. Mas, ops, uma corrente induzida crescente significa que o campo magnético por ela gerado também será crescente, o que representa outro desequilíbrio no espaço. Assim, um novo campo elétrico surgirá, para tentar cancelar os crescimentos acelerados de Eind. Mas esse novo campo elétrico também ocasionará novo desequilíbrio, e um novo campo magnético surgirá e assim sucessivamente, gerando uma perturbação que se propaga no espaço, constituída de campos elétricos e magnéticos, o que chamamos de onda eletromagnética.
 
Alberto: Entendida a geração desta onda que é, sob certos aspectos, bastante atípica, continuemos com o seu texto e que, agora sim, irá abordar uma possível solução para o paradoxo.
 

Belmiro: Voltemos então ao compartimento acelerado. Do ponto de vista de quem está dentro do compartimento, apenas campo elétrico estará presente. Se o sujeito, que eu vou chamar de Pafúncio, olhar para a carga “verá” que seu campo elétrico se mantém imutável. Por outro lado, alguém fora do compartimento, que eu vou chamar de Epaminondas, estando num referencial no qual o compartimento se mova com velocidade v crescente, “verá”, além do campo elétrico, um campo magnético crescente e os replicantes campos elétricos e magnéticos que se propagam constituindo a radiação eletromagnética.

 

Alberto: De fato. Esta radiação é, sob certos aspectos, semelhante àquela que você apontou acima. Não obstante, parece-me ser um pouco mais atípica do que aquela. É o que Lorentz teria chamado por radiação com conteúdo energético nulo, algo a meu ver difícil de ser digerido. Mesmo porque esta nulidade nao surge como um caso particular, ou limite, da radiação clássica. Esta onda não é um caso particular de outros fenômenos conhecidos; é meramente uma onda atípica, tendo em comum com a onda clássica o fato de representar a propagação de efeitos espaciais a que chamamos campo.

 

Talvez esta radiação de conteúdo energético nulo não interfira com a solução que você está propondo. Mas estou enfatizando-a porque outras possíveis soluções valorizam este aspecto atípico. A solução quântica, por exemplo, parece-me, «de forma muito sutil», apoiar-se nesta ideia. Diz-se, por exemplo: «A radiação clássica emitida pela carga acelerada no sistema inercial consiste de um grande número de fótons reais, os quais devido a algum efeito quântico sutil não podem ser detectados por observadores que se movem junto com a carga» [http://arxiv.org/pdf/physics/0506049v5.pdf]. Engula-se um absurdo desses! O sutil, a meu ver, seria considerar como real fótons com conteúdo energético nulo e que portanto não teriam como se manifestar com a mudança de referencial proposta.

 

Belmiro: Do ponto de vista do equilíbrio, para Pafúncio, tudo está em perfeita ordem em seu espaço. No entanto, para Epaminondas, há campos magnéticos que precisam ser contrabalançados e isto só quem pode fazer são campos elétricos induzidos  e assim por diante.

 

Alberto: Campos sim! Mas quem disse que esses campos seriam fótons (no sentido definido por Einstein), pelo simples fato de estarem sendo propagados pelo espaço? Só mesmo tornando sua energia nula, não é mesmo? Mas que raios de matemágica foi essa a chegar neste valor nulo? Limite não me parece ter sido o caso.

 

Belmiro: Na verdade, não precisa ser um compartimento fechado.

 

Alberto: De fato não precisa. Fechei o compartimento apenas para ficar claro que o observador interno não consegue visualizar o exterior, a ponto de poder saber que está em um campo acelerado e não em um campo gravitacional. Desde que ele não olhe para fora, ou para a origem do campo ou do mecanismo a produzir a aceleração, o compartimento poderia ser uma plataforma andando nos trilhos. Ele é fechado com o mesmo sentido proposto para o elevador de Einstein (impedir a visualização do que existe fora).

 

Belmiro: Imagine a carga (Q) viajando no espaço e outra carga (q) sendo colocada ao seu lado, viajando na mesma velocidade. Só forças coulombianas estarão presentes. Agora imagine essa mesma carga (Q), indo de encontro a uma outra carga (q’), mas não em rota de colisão. Estarão presentes forças coulombianas mais a q’vB. Ou seja, essa carga sente algo diferente daquela que viajou ao lado da carga Q, quando passa exatamente ao lado da carga Q onde estava anteriormente a carga q.

 

Assim, não há paradoxo.

 

Alberto: Nada a discordar quanto a sua brilhante exposição. Só não consegui entender a conclusão final. Parece-me que ficou faltando alguma referência ao segundo caso do paradoxo, aquele em que, ao invés da nave estar sendo acelerada, existe um campo gravitacional.

 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2012 14:44

Homero...
Vai que é sua (e para quem quiser)!

Dois matemáticos, Patza e Lúcio, profundos conhecedores de lógica e extremamente rápidos em fazer cálculos mentais, encontram-se na fazenda de um terceiro matemático chamado Hermes.

Este, para se divertir, diz que sua fazenda tem formato retangular, com lados medindo um número inteiro de quilômetros de 2 a 62.

Ele dá um papel para Patza onde está escrita a área da fazenda em quilômetros quadrados e outro para Lúcio, com o perímetro da fazenda em quilômetros.

Segue-se então, o divertido diálogo entre eles:
Patza diz: Eu não sei as medidas dos lados da fazenda.
Lúcio diz: Eu sabia que você não saberia as medidas dos lados da fazenda.
Patza diz: Agora eu sei as medidas dos lados da fazenda.
Lúcio diz: Agora eu também sei as medidas dos lados da fazenda.

Supondo que ambos falaram a verdade, quais as medidas dos lados da fazenda?



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, <oraculo@...> escreveu
>
> Oi Jeff
>
> Pois é, depois que enviei pensei que estava “estragando” a diversão, de procurar pela respsota, sinto muito.:- (
> Esqueci que enviava para uma lista, e não apenas para o Eduardo, como resposta, deveria ter feito como se faz com espoilers, escrever a resposta apenas no final do texto, com alertas.
>
> Peço desculpas.:- (
>
> Então, lá em baixo, a minha resposta de seu problema..:-)
> -
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> -
> -
>
> a) Apenas uma dessas cinco afirmações é falsa.
> b) Exatamente duas dessas cinco afirmações são falsas.
> c) Apenas três destas cinco afirmações são falsas.
> d) Exatamente quatro dessas cinco afirmações são falsas.
> e) Todas as cinco afirmações são falsas.
>
>
> Se E é correta, a própria resposta seria falsa. Se A é correta, as outras respostas seriam corretas, e não são. Se B é correta, idem, ficaria faltando frases. Idem para C.
>
> Apenas a resposta D tem frases para validar tanto a afirmação desta, quanto a situação das outras 4 frases, incorretas. Ou isso, ou é uma brincadeira com os termos “exatamente” e “apenas”.:- )
>
> Homero
>
> From: Jeff
> Sent: Tuesday, April 17, 2012 1:14 PM
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
>
> Eu não tentei resolver porque ví a sua resposta primeiro... :-(
> Mas acho que eu não ia sacar a dica do enunciado de primeira e ia fazer contas... sabe-se lá quando ia "cair a ficha"... :-)
>
> Só por causa disso, segue um desafio de lógica:
>
> Qual é a afirmação correta?
>
> a) Apenas uma dessas cinco afirmações é falsa.
> b) Exatamente duas dessas cinco afirmações são falsas.
> c) Apenas três destas cinco afirmações são falsas.
> d) Exatamente quatro dessas cinco afirmações são falsas.
> e) Todas as cinco afirmações são falsas.
>
> []´,s
> Jeff.
>
>
>
>
>
>
> Pegadinha visual, não problema numérico..:- ) Cada linha tem um número de “bolinhas” representado ao lado, por exemplo, 9999 tem 4 “bolinhas” e 9881 tem 5 “bolinhas”.
>
> O truque é a parte do enunciado sobre crianças em idade pré-escolar, ou seja, não vão ler os números como ‘números”.
>
> Mas adultos e programadores não conseguem deixar de ler números e fazer contas.
>
> Um abraço.
>
> Homero
>
> PS: Levei menos de um minuto, mas foquei no enunciado.:-)
>
>
>
> From: dudutorres
> Sent: Tuesday, April 17, 2012 12:11 PM
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Subject: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
>
>
> Eu ainda nao consegui resolver...
>
> ;-)
>
> Abs,
> Eduardo Torres
>
> --- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br escreveu
> >
> >
> > Olá,
> >
> > Esta mensagem é uma notificação para informá-lo que um novo arquivo foi adicionado no grupo ciencialist.
> >
> > Arquivo : /enigma_numerico.JPG
> > Carregado por : dudutorres
> > Descrição : Enigma Numerico
> >
> > Você pode acessar o arquivo pela URL:
> >
> > http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/enigma_numerico.JPG
> >
> > Para saber mais sobre compartilhamento de arquivos no grupo, leia:
> >
> > http://help.yahoo.com/help/br/groups/files
> >
> > Atenciosamente,
> >
> > dudutorres
> >
>




SUBJECT: Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
FROM: "Eduardo Torres" <dudutorres@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2012 14:51

Caraca!
Matou a pau!
:-)
Abs,
Eduardo Torres

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, <oraculo@...> escreveu
>
> Pegadinha visual, não problema numérico..:- ) Cada linha tem um número de “bolinhas” representado ao lado, por exemplo, 9999 tem 4 “bolinhas” e 9881 tem 5 “bolinhas”.
>
> O truque é a parte do enunciado sobre crianças em idade pré-escolar, ou seja, não vão ler os números como ‘números”.
>
> Mas adultos e programadores não conseguem deixar de ler números e fazer contas.
>
> Um abraço.
>
> Homero
>
> PS: Levei menos de um minuto, mas foquei no enunciado.:-)
>
>
>
> From: dudutorres
> Sent: Tuesday, April 17, 2012 12:11 PM
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Subject: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
>
>
> Eu ainda nao consegui resolver...
>
> ;-)
>
> Abs,
> Eduardo Torres
>
> --- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br escreveu
> >
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> > Olá,
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> > Esta mensagem é uma notificação para informá-lo que um novo arquivo foi adicionado no grupo ciencialist.
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> > Descrição : Enigma Numerico
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> > Para saber mais sobre compartilhamento de arquivos no grupo, leia:
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> > http://help.yahoo.com/help/br/groups/files
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> > Atenciosamente,
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> > dudutorres <dudutorres@>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 14:56

Puxa vida, Mauro, eu adoro essas coisas, mas eu tenho de trabalhar!.:- ) Assim eu perco o emprego.:- )
 
Essa vai ficar para a noite, apenas posso adiantar que há uma informação em relação a área, que impede que Patza saiba as medidas dos lados. Ao dizer isso, ele informou Lucio sobre qual seria essa informação. Por sua vez, há uma informação em relação ao perímetro, que informa a Lucio que seria impossivel saber as medidas dos lados apenas com a área.
 
Ao trocarem essas “informações”, nas duas primeiras frases, os matemáticos “completam” os dados que seriam necessários para determinar os lados do retangulo.:-)
 
Agora ficou fácil, qualquer um resolve.:-P
 
Brincadeira, fica para a noite mesmo.
 
Um abraço e mandem mais enigmas (mas a noite, apenas a noite, preciso me concentrar.:- )
 
Homero
 
Sent: Tuesday, April 17, 2012 2:44 PM
Subject: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
 
 

Homero...
Vai que é sua (e para quem quiser)!

Dois matemáticos, Patza e Lúcio, profundos conhecedores de lógica e extremamente rápidos em fazer cálculos mentais, encontram-se na fazenda de um terceiro matemático chamado Hermes.

Este, para se divertir, diz que sua fazenda tem formato retangular, com lados medindo um número inteiro de quilômetros de 2 a 62.

Ele dá um papel para Patza onde está escrita a área da fazenda em quilômetros quadrados e outro para Lúcio, com o perímetro da fazenda em quilômetros.

Segue-se então, o divertido diálogo entre eles:
Patza diz: Eu não sei as medidas dos lados da fazenda.
Lúcio diz: Eu sabia que você não saberia as medidas dos lados da fazenda.
Patza diz: Agora eu sei as medidas dos lados da fazenda.
Lúcio diz: Agora eu também sei as medidas dos lados da fazenda.

Supondo que ambos falaram a verdade, quais as medidas dos lados da fazenda?

--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, <oraculo@...> escreveu
>
> Oi Jeff
>
> Pois é, depois que enviei pensei que estava “estragando” a diversão, de procurar pela respsota, sinto muito.:- (
> Esqueci que enviava para uma lista, e não apenas para o Eduardo, como resposta, deveria ter feito como se faz com espoilers, escrever a resposta apenas no final do texto, com alertas.
>
> Peço desculpas.:- (
>
> Então, lá em baixo, a minha resposta de seu problema..:-)
> -
> -
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> -
>
> a) Apenas uma dessas cinco afirmações é falsa.
> b) Exatamente duas dessas cinco afirmações são falsas.
> c) Apenas três destas cinco afirmações são falsas.
> d) Exatamente quatro dessas cinco afirmações são falsas.
> e) Todas as cinco afirmações são falsas.
>
>
> Se E é correta, a própria resposta seria falsa. Se A é correta, as outras respostas seriam corretas, e não são. Se B é correta, idem, ficaria faltando frases. Idem para C.
>
> Apenas a resposta D tem frases para validar tanto a afirmação desta, quanto a situação das outras 4 frases, incorretas. Ou isso, ou é uma brincadeira com os termos “exatamente” e “apenas”.:- )
>
> Homero
>
> From: Jeff
> Sent: Tuesday, April 17, 2012 1:14 PM
> To: mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
>
> Eu não tentei resolver porque ví a sua resposta primeiro... :-(
> Mas acho que eu não ia sacar a dica do enunciado de primeira e ia fazer contas... sabe-se lá quando ia "cair a ficha"... :-)
>
> Só por causa disso, segue um desafio de lógica:
>
> Qual é a afirmação correta?
>
> a) Apenas uma dessas cinco afirmações é falsa.
> b) Exatamente duas dessas cinco afirmações são falsas.
> c) Apenas três destas cinco afirmações são falsas.
> d) Exatamente quatro dessas cinco afirmações são falsas.
> e) Todas as cinco afirmações são falsas.
>
> []´,s
> Jeff.
>
>
>
>
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>
> Pegadinha visual, não problema numérico..:- ) Cada linha tem um número de “bolinhas” representado ao lado, por exemplo, 9999 tem 4 “bolinhas” e 9881 tem 5 “bolinhas”.
>
> O truque é a parte do enunciado sobre crianças em idade pré-escolar, ou seja, não vão ler os números como ‘números”.
>
> Mas adultos e programadores não conseguem deixar de ler números e fazer contas.
>
> Um abraço.
>
> Homero
>
> PS: Levei menos de um minuto, mas foquei no enunciado.:-)
>
>
>
> From: dudutorres
> Sent: Tuesday, April 17, 2012 12:11 PM
> To: mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br
> Subject: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
>
>
> Eu ainda nao consegui resolver...
>
> ;-)
>
> Abs,
> Eduardo Torres
>
> --- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br escreveu
> >
> >
> > Olá,
> >
> > Esta mensagem é uma notificação para informá-lo que um novo arquivo foi adicionado no grupo ciencialist.
> >
> > Arquivo : /enigma_numerico.JPG
> > Carregado por : dudutorres
> > Descrição : Enigma Numerico
> >
> > Você pode acessar o arquivo pela URL:
> >
> > http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/enigma_numerico.JPG
> >
> > Para saber mais sobre compartilhamento de arquivos no grupo, leia:
> >
> > http://help.yahoo.com/help/br/groups/files
> >
> > Atenciosamente,
> >
> > dudutorres
> >
>


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 15:12

E falando em desafios e enigmas matemáticos, todo mundo que gosta deveria ler O Homem Que Calculava, do  Malba Tahan, fantástico, livro de cabeceira mesmo.
 
O livro todo tem histórias de desafios lógicos e matemáticos, em uma viagem com o protagonista e seu amigo que calculava. O desafio das escravas é excelente.
 
Um abraço.
 
Homero
 
 
 
Sent: Tuesday, April 17, 2012 2:44 PM
Subject: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
 
 

Homero...
Vai que é sua (e para quem quiser)!

Dois matemáticos, Patza e Lúcio, profundos conhecedores de lógica e extremamente rápidos em fazer cálculos mentais, encontram-se na fazenda de um terceiro matemático chamado Hermes.

Este, para se divertir, diz que sua fazenda tem formato retangular, com lados medindo um número inteiro de quilômetros de 2 a 62.

Ele dá um papel para Patza onde está escrita a área da fazenda em quilômetros quadrados e outro para Lúcio, com o perímetro da fazenda em quilômetros.

Segue-se então, o divertido diálogo entre eles:
Patza diz: Eu não sei as medidas dos lados da fazenda.
Lúcio diz: Eu sabia que você não saberia as medidas dos lados da fazenda.
Patza diz: Agora eu sei as medidas dos lados da fazenda.
Lúcio diz: Agora eu também sei as medidas dos lados da fazenda.

Supondo que ambos falaram a verdade, quais as medidas dos lados da fazenda?

--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, <oraculo@...> escreveu
>
> Oi Jeff
>
> Pois é, depois que enviei pensei que estava “estragando” a diversão, de procurar pela respsota, sinto muito.:- (
> Esqueci que enviava para uma lista, e não apenas para o Eduardo, como resposta, deveria ter feito como se faz com espoilers, escrever a resposta apenas no final do texto, com alertas.
>
> Peço desculpas.:- (
>
> Então, lá em baixo, a minha resposta de seu problema..:-)
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> a) Apenas uma dessas cinco afirmações é falsa.
> b) Exatamente duas dessas cinco afirmações são falsas.
> c) Apenas três destas cinco afirmações são falsas.
> d) Exatamente quatro dessas cinco afirmações são falsas.
> e) Todas as cinco afirmações são falsas.
>
>
> Se E é correta, a própria resposta seria falsa. Se A é correta, as outras respostas seriam corretas, e não são. Se B é correta, idem, ficaria faltando frases. Idem para C.
>
> Apenas a resposta D tem frases para validar tanto a afirmação desta, quanto a situação das outras 4 frases, incorretas. Ou isso, ou é uma brincadeira com os termos “exatamente” e “apenas”.:- )
>
> Homero
>
> From: Jeff
> Sent: Tuesday, April 17, 2012 1:14 PM
> To: mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
>
> Eu não tentei resolver porque ví a sua resposta primeiro... :-(
> Mas acho que eu não ia sacar a dica do enunciado de primeira e ia fazer contas... sabe-se lá quando ia "cair a ficha"... :-)
>
> Só por causa disso, segue um desafio de lógica:
>
> Qual é a afirmação correta?
>
> a) Apenas uma dessas cinco afirmações é falsa.
> b) Exatamente duas dessas cinco afirmações são falsas.
> c) Apenas três destas cinco afirmações são falsas.
> d) Exatamente quatro dessas cinco afirmações são falsas.
> e) Todas as cinco afirmações são falsas.
>
> []´,s
> Jeff.
>
>
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>
>
> Pegadinha visual, não problema numérico..:- ) Cada linha tem um número de “bolinhas” representado ao lado, por exemplo, 9999 tem 4 “bolinhas” e 9881 tem 5 “bolinhas”.
>
> O truque é a parte do enunciado sobre crianças em idade pré-escolar, ou seja, não vão ler os números como ‘números”.
>
> Mas adultos e programadores não conseguem deixar de ler números e fazer contas.
>
> Um abraço.
>
> Homero
>
> PS: Levei menos de um minuto, mas foquei no enunciado.:-)
>
>
>
> From: dudutorres
> Sent: Tuesday, April 17, 2012 12:11 PM
> To: mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br
> Subject: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
>
>
> Eu ainda nao consegui resolver...
>
> ;-)
>
> Abs,
> Eduardo Torres
>
> --- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br escreveu
> >
> >
> > Olá,
> >
> > Esta mensagem é uma notificação para informá-lo que um novo arquivo foi adicionado no grupo ciencialist.
> >
> > Arquivo : /enigma_numerico.JPG
> > Carregado por : dudutorres
> > Descrição : Enigma Numerico
> >
> > Você pode acessar o arquivo pela URL:
> >
> > http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/enigma_numerico.JPG
> >
> > Para saber mais sobre compartilhamento de arquivos no grupo, leia:
> >
> > http://help.yahoo.com/help/br/groups/files
> >
> > Atenciosamente,
> >
> > dudutorres
> >
>


SUBJECT: Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 15:26

Encontrei uma versão em PDF, livre, no site do TSE, do Homem Que Calculava:
 
 
Vale a pena dar uma lida.
 
Homero
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 15:55

   Homero, cê tá enrolando. Buscando site, mandando mensagem. E o trabalho, hein? Como é que fica? Brincadeira. Já li O Homem Que Calculava. Excelente.
 
   [],s
 
   Belmiro
 
  

De: "oraculo@atibaia.com.br" <oraculo@atibaia.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 17 de Abril de 2012 15:26
Assunto: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
 
Encontrei uma versão em PDF, livre, no site do TSE, do Homem Que Calculava:
 
 
Vale a pena dar uma lida.
 
Homero
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 16:50

> Kkkkkkkkkk..:- ) Pesky, já não temos boa fama por aqui,
> vamos acabar mal falados desse jeito.:- )
 
Pelo jeito, cedo ou tarde terei que alugar uma
pedra mais ampla...
 
*PB*
 
 
 
Sent: Tuesday, April 17, 2012 1:02 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
 


Kkkkkkkkkk..:- ) Pesky, já não temos boa fama por aqui, vamos acabar mal falados desse jeito.:- )
 
Homero
 
From: Pesky Bee
Sent: Tuesday, April 17, 2012 12:56 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
 
 

Homerão, alguém já te disse que tu és muito craque
nesse negócio de contar bolinhas? O máximo que consigo
lidar são duas. E olhe lá! Já acho muito. Me dão um big
de um trabalhão, principalmente quando me descuido e sento
rapidamente (e agora, antes que alguém reclame, volto
para debaixo da pedra).
 
*PB*
 
 
 
 
Sent: Tuesday, April 17, 2012 12:21 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
 


Quase esqueci, a resposta é 2.
2581 tem duas “bolinhas”, cada parte do número 8.
 
Homero
 
From: dudutorres
Sent: Tuesday, April 17, 2012 12:11 PM
Subject: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
 
 

Eu ainda nao consegui resolver...

;-)

Abs,
Eduardo Torres

--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br escreveu
>
>
> Olá,
>
> Esta mensagem é uma notificação para informá-lo que um novo arquivo foi adicionado no grupo ciencialist.
>
> Arquivo : /enigma_numerico.JPG
> Carregado por : dudutorres <dudutorres@...>
> Descrição : Enigma Numerico
>
> Você pode acessar o arquivo pela URL:
>
> http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/enigma_numerico.JPG
>
> Para saber mais sobre compartilhamento de arquivos no grupo, leia:
>
> http://help.yahoo.com/help/br/groups/files
>
> Atenciosamente,
>
> dudutorres <dudutorres@...>
>


SUBJECT: Re: [ciencialist] O que � o neurocientificismo?
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 16:52

Pois é, Albertão, essas ideias já não podem mais ser
rejeitadas. A coisa já está entrando na seara do empírico.
O Jonah Lehrer (autor do livro "How we decide") comenta
de um experimento que demonstrou haver um processo
inconsciente (ou melhor, subconsciente) que auxilia na
obtenção das melhores soluções de problemas muito complexos.
 
Resumidamente, foi solicitado a dois grupos de pessoas que
decidissem qual o melhor veículo, de uma lista de cerca
de 8 modelos com várias características cada um. Esse problema
tem uma solução racional determinada, e o grupo que pode
estudar racionalmente cada modelo obteve solução melhor do
que o grupo que deu uma olhadinha rápida e simplesmente
estimou a solução. Isso já era esperado.
 
Mas o experimento foi repetido com uma lista de 48 veículos,
com inúmeras características. Esse era um problema cuja solução
racional era praticamente inviável (muitas informações não
conseguiam "espaço" no consciente racional). O grupo que estudou
detidamente essa lista determinou, em média, uma solução
quase idêntica à seleção via acaso. Já o grupo que deu
uma olhada em igual tempo, mas sofreu uma distração
(passaram por uma atividade intelectual não relacionada e
que "limpou" aquela atividade consciente), quando cobrados por
uma rápida solução para o problema obtiveram mais de 70% de
acertos. Isso demonstra que soluções de problemas muito complexos
podem ser tarefa inviável para o "consciente racional", mas podem
receber bons subsídios daquele vasto (e difícil de explorar)
repositório inconsciente, aquele maldito processamento que
insiste em aparecer quando estamos no chuveiro ou semi-acordados
à noite.
 
*PB*
 
 
 
 
 
 
-----Mensagem Original-----
From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Tuesday, April 17, 2012 1:05 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
 
Olá Pesky
 
Eu costumo dizer isso com as seguintes palavras:
 
O método, em sua versão simplificada, procura valorizar o racionalismo
em detrimento de produtos da imaginação. Com isso, deixa-se de lado não
apenas a intuição, mas também inúmeras etapas intermediárias da produção
de conhecimentos. A imaginação que acompanha determinadas situações
observadas e aparentemente paradoxais, com grande freqüência estimula a
proliferação de hipóteses intermediárias, às vezes até mesmo absurdas
e/ou contrárias ao senso comum. Com essas hipóteses em mente o
cientista, via de regra, dá asas à imaginação e simula transitar por
vias científicas abstratas. Ou seja, ele procura como que testar uma
hipótese deste tipo através de experiências de pensamento, chegando a
conclusões incríveis, a se acoplarem a leis simplesmente fantásticas.
Isso chegou a ser descrito por Einstein [26] com as seguintes palavras:
Se o senhor quer estudar em qualquer dos físicos teóricos os métodos que
emprega , sugiro firmar-se neste princípio básico: não dê crédito algum
ao que ele diz, mas julgue aquilo que produziu! Porque o criador tem
esta característica: as produções de sua imaginação se impõem a ele, tão
indispensáveis, tão naturais, que não pode considerá-las como imagem de
espírito, mas as conhece como realidades evidentes
 
[Em «Sobre a transcendência do Método», item 4 do meu artigo «O Método
Científico» - vide
http://ecientificocultural.com.br/ECC3/metcien02.htm#transcendencia]
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
***************************
-----Mensagem Original-----
From: Pesky Bee
Sent: Tuesday, April 17, 2012 11:18 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
 
Thiagão, talvez o que eu vá lhe dizer agora acabe
complicando mais ainda o teu entendimento, mas o
cientista, na prática, não usa exatamente o tal
do "método científico". Quando ele publica um
paper, a apresentação tem sim bastante correlação com
o método formal, mas no seu dia a dia o que se faz é
um samba do crioulo doido.
 
São hipóteses amalucadas dançando junto com enfadonhos
testes repetitivos, acoplados a insights que só aparecem
quando se está debaixo do chuveiro, misturados com
devaneios vociferados por um dos estudantes relapsos
com os quais se convive. E isso tudo de vez em quando
temperado com algum tipo de "acidente" no laboratório.
É isso tudo o que torna o trabalho do cientista
emocionante: é o fato de que dessa aparente caoticidade
possa emergir uma big de uma descoberta, um eureka de
fazer arrepiar os cabelinhos da nuca. O cientista é um
cara viciado na "adrenalina" gerada por esse processo todo
de descoberta do novo.
 
Agora, tu já viu como vai ser difícil para um filósofo
captar tudo isso...
 
*PB*
 
From: Thiago Guimarães
Sent: Monday, April 16, 2012 2:53 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
 
 
Preciso estudar um pouco mais sobre o método científico
para poder responder. To usando as referências do Prof.
Alberto. Meu conhecimento ainda é demasiado limitado para
responder com propriedade aquilo que posso evidenciar apenas em parte.
 
Ainda a pouco minha esposa disse assim (acredite, do nada):
 
- Todo mundo come no prato da filosofia.
 
Mas ainda é um pensamento incompleto para mim.
Peço um pouco de paciência para responder.
(o email está salvo entre os favoritos)
 
Thiago.
 
 
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: peskybee2@gmail.com
Date: Mon, 16 Apr 2012 12:54:34 -0300
Subject: Re: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
 
 
Mas Thiagão, qual é o cientista atual que está
preocupado com epistemologia? Ninguém quer nem saber
disso! Está todo mundo interessado no empírico e
quando muito no teórico embasado em matemática e modelos
abstratos. Quando o cientista se aventura a falar em
epistemologia, ele só consegue publicar em journals de
filosofia. Tô certo ou tô errado?
 
*PB*
 
 
From: Thiago Guimarães
Sent: Sunday, April 15, 2012 3:28 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
 
 
> Sim Thiagão, tu conseguistes mostrar vários exemplos em que
> a filosofia foi alterada por descobertas científicas, refutando
> a minha alegação anterior. Mas aí vem à tona um dos aspectos que
> eu havia comentado: no passado, a filosofia era a "fonte basal"
> de inspiração para a ciência. Hoje em dia, essa situação se
> inverteu.
 
Perdão, Pesky, pois deixei passar isto aqui sem comentar, mas minha
consciência gritou durante o banho após o almoço! hahaha
 
Meu amigo, quero te mostrar que é anômalo afirmar isto,
pois o objeto de estudo da filosofia é a epistemologia e a
epitesmologia é o estudo do objeto científico das ciências
disciplinares. Me compreendes?
 
O estudo epistemológico (que é o objeto de estudo da
filosofia pós-socrática, com outros nomes, mas o mesmo
fundamento) é o estudo das ciências disciplinares, com seus
diferentes objetos. Refiro-me à Teoria do Conhecimento.
 
> Viva a ciência!
 
Com certeza!
 
Thiago.
 
 
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: guimaraesbsb@hotmail.com
Date: Sun, 15 Apr 2012 15:26:11 +0300
Subject: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
 
 
[Respondendo ao Pesky]
É a questão do Método Científico, que o Alberto me orientou.
Eu não acredito que seja a questão de estar "atrasado", mas
sim de desconhecer fundamentalmente o que é o método.
E, claro, não se preocupar e nem se sensibilizar com isso,
pois cada um só aprende mesmo aquilo que convém (tautologia),
no caso não apenas dos filósofos, mas de boa parte dos
que hoje nada produz de "ciências sociais" e se dizem "cientistas".
 
Eu vejo uma saída para isso na possibilidade da verdadeira
(legítima) colaboração científica. O caso do Clemente Nobrega, por
exemplo, um Físico Quântico e Administrador de Empresas que
tenta fundamentar a "Ciência da Gestão". Ele conhece o método,
conhece a gestão, sabe de onde vem e para onde vai. Conhece
Markting, Inovação, Visão Estratégica. O cara sabe muito.
 
Mas quem se preocupa? A mediocridade intelectual é tanta
que a inoperância já é paradigmática.
 
Antes que me esqueça:
PS¹ Se forem enquadrar as "pseudo-ciências" por favor
não se esqueçam de incluir a ADMINISTRAÇÃO.
 
Thiago.
 
 
 
 
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: peskybee2@gmail.com
Date: Sat, 14 Apr 2012 10:56:22 -0300
Subject: Re: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
 
 
 
Sim Thiagão, tu conseguistes mostrar vários exemplos em que
a filosofia foi alterada por descobertas científicas, refutando
a minha alegação anterior. Mas aí vem à tona um dos aspectos que
eu havia comentado: no passado, a filosofia era a "fonte basal"
de inspiração para a ciência. Hoje em dia, essa situação se
inverteu. E a tal ponto que muito do que se faz em filosofia
ainda está atrasada em relação ao que se sabe de ciência (no
caso da neurociência das anormalidades mentais, mais ainda).
Então, de professores os filósofos passaram a aprendizes.
Viva a ciência!
 
*PB*
 
 
 
From: Thiago Guimarães
Sent: Friday, April 13, 2012 3:16 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: RE: [ciencialist] O que é o neurocientificismo?
 
 
 
 
 
[Respondendo ao Pesky]
 
 
 
> Mas Thiagão, eu só queria uma evidência (algo que se possa
 
> constatar na natureza) capaz de alterar (ou refutar) um aspecto
 
> filosófico. Eu cá com meus botões não acredito que isso exista,
 
> mas estou pronto para rever minha posição. Mas tu não vai se
 
> incomodar se eu esperar deitado, né?  ;-)
 
 
 
*PB*
 
 
 
 
Pesky,
 
 
Você pediu um e eu dou seis exemplos. Com ênfase no terceiro exemplo,
que se eu bem entendi,
 
responde exatamente a sua questão.
 
 
 
Espero ter respondido a questão.
 
 
 
Thiago.
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________
 
 
 
 
- Eu quis mostrar que existe um processo histórico da filosofia, que
seria o processo
 
histórico da humanidade (o que ainda assim não foi suficiente).
 
 
 
1)    O caso de Tales de Mileto, onde ele sugeria que "tudo era água",
ou da citação do Sofista
 
 
Protágoras: "O homem é a medida de todas as coisas", essas afirmações
foram filosoficamente
 
 
superada e hoje é objeto de estudo da epistemologia (a verdade para além
da crença do homem).
 
 
 
 
2)    Os antigos acreditavam na "ciência oculta"  da "auto-decomposição"
da matéria.
 
 
O que atualmente não é aceito e totalmente refutado, uma vez que se tem
o entendimento
 
 
dos microorganismos e dos metais (por exemplo, do ferro - a oxidação).
Descobertas que não
 
foram feitos pela filosofia, e sim por uma ciência disciplinar. O que
era "metafísica" para eles,
 
 
não é para nós, pois houve uma "expansão" do nosso conceito de verdade,
desde aquele tempo até hoje.
 
Antes falar em "decomposição" era falar de "filosofia". E hoje?
 
 
 
 
 
3)    Na ciência moderna, existem casos curiosos como o da Síndrome das
Pernas Inquietas
 
 
(Síndrome de Ekbom), onde uma abordagem psicológica e filosófica foram
completamente
 
 
modificadas após o descobrimento de uma "natureza" orgânica-neurológica
(a modificação de uma estrutura
 
anatômica de um neurônio - a doença é em grande parte ainda desconhecida
ainda hoje).
 
 
 
4)    Existem casos semelhantes de outras doenças, como parkinson e
alzheimer, o que só encontra paradoxos.
 
 
Alheimer, por exemplo, é uma doença orgânica, que pode ter natureza
filosófica, o que é completamente paradoxal
 
 
(assim como outros problemas de demência). Algumas demências têm fatores
mais orgânicos, outros psiquiátricos,
 
 
já em outros, estes fatores se entrelaçam. O que muda completamente a
abordagem filosófica do caso.
 
 
5)   Vale acrescentar que outras doenças tem natureza orgânica e
repercussão filosófica, por exemplo,
 
 
no caso da Esclerose Lateral Amiotrófica. Alguém já assistiu o
escafandro e a borboleta? É disto a que me refiro.
 
 
Trata-se de um problema filosófico e a recuperação do paciente poderia
mod
 
 
6)  Existem vários outros casos, mas eu precisaria fazer uma abordagem
mais ampla. Uma verdadeira pesquisa.
 
Um caso curioso é da Lobotomia. O uso da lobotomia modificou toda uma
abordagem filosófica
 
 
PS.: Mas obrigado por me fazer pensar sobre isto: como os processos
ditos "naturais" influenciam os processos filosóficos.
 
 
Parece-se bastante com a Dialética Materialista (Karl Marx, enquanto
filósofo), mas com abordagem diferenciada,
 
 
pois adentra no campo disciplinar. Isto é difícil de pensar, visto que
não é o objetivo da filosofia: a epistemologia
 
 
e a transcendência. É fácil quando essa busca pela verdade parte da
filosofia para a compreensão
 
 
epistemológica do mundo, mas é difícil quando parte da disciplina
modificar a própria epistemologia.
 
 
Mas é totalmente possível, uma vez que não existe "verdade maior" que a
outra.
 
 
 
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 18:42

Acho que os dois tão querendo elogios.
Pô! Desde quando ceis não têm boa fama por aqui?
O Homero é um dos veteranos mais badalados. Quanto ao Pesky não vou nem
comentar o benefício que ele recentemente fez para a Ciencialist.
Podem ficar sossegados. Tá cheio de pedras de todos os tamanhos
esperando por vocês, é só escolher.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

*********************
-----Mensagem Original-----
From: Pesky Bee
Sent: Tuesday, April 17, 2012 4:50 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist

> Kkkkkkkkkk..:- ) Pesky, já não temos boa fama por aqui,
> vamos acabar mal falados desse jeito.:- )

Pelo jeito, cedo ou tarde terei que alugar uma
pedra mais ampla...

*PB*

From: oraculo@atibaia.com.br
Sent: Tuesday, April 17, 2012 1:02 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist

Kkkkkkkkkk..:- ) Pesky, já não temos boa fama por aqui, vamos acabar mal
falados desse jeito.:- )

Homero

From: Pesky Bee
Sent: Tuesday, April 17, 2012 12:56 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist

Homerão, alguém já te disse que tu és muito craque
nesse negócio de contar bolinhas? O máximo que consigo
lidar são duas. E olhe lá! Já acho muito. Me dão um big
de um trabalhão, principalmente quando me descuido e sento
rapidamente (e agora, antes que alguém reclame, volto
para debaixo da pedra).

*PB*

From: oraculo@atibaia.com.br
Sent: Tuesday, April 17, 2012 12:21 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist

Quase esqueci, a resposta é 2.
2581 tem duas “bolinhas”, cada parte do número 8.

Homero

From: dudutorres
Sent: Tuesday, April 17, 2012 12:11 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist

Eu ainda nao consegui resolver...

;-)

Abs,
Eduardo Torres

--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br,
mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br escreveu
>
>
> Olá,
>
> Esta mensagem é uma notificação para informá-lo que um novo arquivo
> foi adicionado no grupo ciencialist.
>
> Arquivo : /enigma_numerico.JPG
> Carregado por : dudutorres <dudutorres@...>
> Descrição : Enigma Numerico
>
> Você pode acessar o arquivo pela URL:
>
> http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/enigma_numerico.JPG
>
> Para saber mais sobre compartilhamento de arquivos no grupo, leia:
>
> http://help.yahoo.com/help/br/groups/files
>
> Atenciosamente,
>
> dudutorres <dudutorres@...>



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 19:34

-----Mensagem Original-----
From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Tuesday, April 17, 2012 2:34 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

> > Belmiro: Imagine a carga (Q) viajando no espaço e outra carga (q)
> > sendo colocada ao seu lado, viajando na mesma velocidade. Só forças
> > coulombianas estarão presentes. Agora imagine essa mesma carga (Q),
> > indo de encontro a uma outra carga (q’), mas não em rota de colisão.
> > Estarão presentes forças coulombianas mais a q’vB. Ou seja, essa
> > carga sente algo diferente daquela que viajou ao lado da carga Q,
> > quando passa exatamente ao lado da carga Q onde estava anteriormente
> > a carga q. Assim, não há paradoxo.

> Alberto: Nada a discordar quanto a sua brilhante exposição. Só não
> consegui entender a conclusão final. Parece-me que ficou faltando
> alguma referência ao segundo caso do paradoxo, aquele em que, ao invés
> da nave estar sendo acelerada, existe um campo gravitacional.

Ignorem este comentário final pois da maneira como formulei o problema,
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81770 , o que
interessava fazer era justamente o que o Belmiro fez.

A única coisa estranha seria aquela história de radiação com conteúdo
energético nulo e que, de uma maneira ou de outra, se faz presente em
quase todas as soluções propostas para o paradoxo. Pergunto então: Faz
sentido isto? Se sim, a solução do Belmiro me pareceu ser a mais simples
dentre as que conheço. Se não... Porque não? Quanto à solução proposta
pelo Léo eu fiquei um pouco com o pé atrás com aquilo que ele chamou
«perda de referência». Ou então com o fato de todos os elétrons
constituintes do compartimento emitirem a mesma radiação. Que radiação
seria esta? Seria também uma radiação de conteúdo energético nulo e/ou
de somatória nula, a ponto de não poder ser captada no referencial
externo?

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 19:52

Oi Alberto

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 17 de Abril de 2012 14:34
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Monday, April 16, 2012 9:55 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]
 
Belmiro: Vou colocar em anexo por causa dos desenhos.
 
Alberto: Neste anexo lê-se:
 
Belmiro: No interior do compartimento, do ponto de vista de quem está dentro, só há campo elétrico.
 
Alberto: É verdade. Eu diria que isto é mais ou menos óbvio se o compartimento estiver em MRU, mas não tão óbvio em outras situações. O Léo, por exemplo (msg 81778), diz que no caso MRUA «os aparelhos sensores nada indicarão, pois perdem a referência». Acho que ele está certo, mas esta «perda de referência» não me parece ser tão trivial. Há que se matutar um pouco antes que se chegue a esta conclusão.
 
Belmiro: Lembrando que o campo magnético é meramente uma invenção, um artifício matemático para tratar os campos elétricos em sistemas com movimento relativo.
 
Alberto: Raciocinando classicamente eu concordo. Se pensarmos na minha teoria eletromagnética as coisas não serão bem assim, a não ser sob o ponto de vista apontado pelo Hélio, qual seja: «Eu costumo falar que nem campo elétrico nem campo magnético existem...». Mas como a proposta é discutir o assunto do ponto de vista clássico, deixemos as considerações sobre a minha teoria para os finalmente, se é que chegaremos a tanto. Há muito o que ser dito antes disso.
 
Belmiro: Outra observação, diz respeito à minha interpretação dos fenômenos eletromagnéticos. Entendo que a criação de um campo magnético pela variação do campo elétrico, é um mecanismo da natureza para restabelecer o equilíbrio.
 
Alberto: Bem lembrado. Apesar do Hélio não ter gostado das palavras utilizadas, a coisa é por aí. É a lei de Lenz (1833) que, a meu ver, pode ser interpretada hoje como um caso particular do princípio de Le Chatelier, constatado posteriormente (1888). O princípio de Le Chatelier pode ser enunciado da seguinte maneira: «Modificando-se uma das condições que definem o estado de um sistema em equilíbrio, o sistema responde opondo-se a esta alteração.» Creio que dito desta maneira, ou então segundo a lei de Lenz, aquela «consciência dos campos» citada pelo Hélio acaba sendo deixada de lado. O que há é algo «do tipo» ação-reação, ou algo também observado no milenar princípio de Arquimedes.
 
A seguir você ilustra esta ideia de maneira didática até chegar na famosa onda eletromagnética. Não há muito o que comentar, mas como o texto esta bastante didático, creio que vale a pena reproduzir aqui, posto que você não incluiu no email e sim no anexo. Tomei a liberdade também de enviar a figura para os arquivos da Ciencialist como cor_ind.gif.
 
Belmiro: Por exemplo, uma corrente constante, que é gerado por um campo elétrico constante, gera um campo magnético constante. Se essa corrente cresce linearmente, seu campo magnético também o faz. Imagine, então, um condutor sobre uma mesa e uma espira quadrada deitada sobre a mesa ao lado do condutor, com um dos lados paralelo ao condutor.
O campo magnético dentro da espira estará crescendo linearmente e como tal, haverá a criação de uma corrente induzida. Como a taxa de crescimento do fluxo magnético é constante, a corrente induzida Iind (criada pelo campo elétrico induzido Eind) na espira será constante. Isto é o que diz a matemática. Agora, por que? No meu entendimento, o campo elétrico E crescendo (o que origina a corrente I crescendo) é uma violação ao equilíbrio no espaço. Como tal, o campo elétrico induzido Eind surge como uma tentativa de preservar o equilíbrio. Mas por que esse campo induzido tem um valor constante? Simplesmente por que o campo E sempre cresce na mesma taxa. O que ocorreria se o campo E crescesse numa taxa diferenciada que não a linear. Por exemplo, crescimento exponencial. O campo Eind cresceria numa taxa também crescente para tentar compensar os crescimentos cada vez mais acelerados de E. Como conseqüência disso, a corrente induzida Iind seria também crescente. Mas, ops, uma corrente induzida crescente significa que o campo magnético por ela gerado também será crescente, o que representa outro desequilíbrio no espaço. Assim, um novo campo elétrico surgirá, para tentar cancelar os crescimentos acelerados de Eind. Mas esse novo campo elétrico também ocasionará novo desequilíbrio, e um novo campo magnético surgirá e assim sucessivamente, gerando uma perturbação que se propaga no espaço, constituída de campos elétricos e magnéticos, o que chamamos de onda eletromagnética.
 
Alberto: Entendida a geração desta onda que é, sob certos aspectos, bastante atípica, continuemos com o seu texto e que, agora sim, irá abordar uma possível solução para o paradoxo.
 
Não entendi por que atípica. Na verdade é bem típica.
 
Belmiro: Voltemos então ao compartimento acelerado. Do ponto de vista de quem está dentro do compartimento, apenas campo elétrico estará presente. Se o sujeito, que eu vou chamar de Pafúncio, olhar para a carga “verá” que seu campo elétrico se mantém imutável. Por outro lado, alguém fora do compartimento, que eu vou chamar de Epaminondas, estando num referencial no qual o compartimento se mova com velocidade v crescente, “verá”, além do campo elétrico, um campo magnético crescente e os replicantes campos elétricos e magnéticos que se propagam constituindo a radiação eletromagnética.
 
Alberto: De fato. Esta radiação é, sob certos aspectos, semelhante àquela que você apontou acima.
     Por que sob certos aspectos? Elas em a mesma origem , qual seja, cargas aceleradas.
Não obstante, parece-me ser um pouco mais atípica do que aquela. É o que Lorentz teria chamado por radiação com conteúdo energético nulo, algo a meu ver difícil de ser digerido. Mesmo porque esta nulidade nao surge como um caso particular, ou limite, da radiação clássica. Esta onda não é um caso particular de outros fenômenos conhecidos; é meramente uma onda atípica, tendo em comum com a onda clássica o fato de representar a propagação de efeitos espaciais a que chamamos campo.
   Também não entendi por que conteúdo energético nulo. Esta onda pode transportar energia, como qualquer outra onda.
 
Talvez esta radiação de conteúdo energético nulo não interfira com a solução que você está propondo. Mas estou enfatizando-a porque outras possíveis soluções valorizam este aspecto atípico. A solução quântica, por exemplo, parece-me, «de forma muito sutil», apoiar-se nesta ideia. Diz-se, por exemplo: «A radiação clássica emitida pela carga acelerada no sistema inercial consiste de um grande número de fótons reais, os quais devido a algum efeito quântico sutil não podem ser detectados por observadores que se movem junto com a carga» [http://arxiv.org/pdf/physics/0506049v5.pdf]. Engula-se um absurdo desses! O sutil, a meu ver, seria considerar como real fótons com conteúdo energético nulo e que portanto não teriam como se manifestar com a mudança de referencial proposta.
 
Belmiro: Do ponto de vista do equilíbrio, para Pafúncio, tudo está em perfeita ordem em seu espaço. No entanto, para Epaminondas, há campos magnéticos que precisam ser contrabalançados e isto só quem pode fazer são campos elétricos induzidos  e assim por diante.
 
Alberto: Campos sim! Mas quem disse que esses campos seriam fótons (no sentido definido por Einstein), pelo simples fato de estarem sendo propagados pelo espaço?
E porque não? Afinal, o bóson do eletromagnetismo é o foton.
Só mesmo tornando sua energia nula, não é mesmo? Mas que raios de matemágica foi essa a chegar neste valor nulo? Limite não me parece ter sido o caso.
 
Belmiro: Na verdade, não precisa ser um compartimento fechado.
 
Alberto: De fato não precisa. Fechei o compartimento apenas para ficar claro que o observador interno não consegue visualizar o exterior, a ponto de poder saber que está em um campo acelerado e não em um campo gravitacional. Desde que ele não olhe para fora, ou para a origem do campo ou do mecanismo a produzir a aceleração, o compartimento poderia ser uma plataforma andando nos trilhos. Ele é fechado com o mesmo sentido proposto para o elevador de Einstein (impedir a visualização do que existe fora).
 
Belmiro: Imagine a carga (Q) viajando no espaço e outra carga (q) sendo colocada ao seu lado, viajando na mesma velocidade. Só forças coulombianas estarão presentes. Agora imagine essa mesma carga (Q), indo de encontro a uma outra carga (q’), mas não em rota de colisão. Estarão presentes forças coulombianas mais a q’vB. Ou seja, essa carga sente algo diferente daquela que viajou ao lado da carga Q, quando passa exatamente ao lado da carga Q onde estava anteriormente a carga q.
 
Assim, não há paradoxo.
 
Alberto: Nada a discordar quanto a sua brilhante exposição. Só não consegui entender a conclusão final. Parece-me que ficou faltando alguma referência ao segundo caso do paradoxo, aquele em que, ao invés da nave estar sendo acelerada, existe um campo gravitacional.
      Mas aí não há nada de estranho. Por isso não comentei. O compartimento fechado , sob a ação da gravidade, terá a carga parada, quietinha, sem radiação emitida. O fato de haver radiação fora do compartimento no caso da aceleração não quer dizer nada. Afinal, para o princípio da equivalência, interessa o que ocorre dentro do compartimento.
    [],s
     Belmiro
 
 
 
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.brMas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 20:01

     Pô, Alberto, acabei de responder! E você diz para ignorar. Mais comentários abaixo.

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 17 de Abril de 2012 19:34
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
-----Mensagem Original-----
From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Tuesday, April 17, 2012 2:34 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

> > Belmiro: Imagine a carga (Q) viajando no espaço e outra carga (q)
> > sendo colocada ao seu lado, viajando na mesma velocidade. Só forças
> > coulombianas estarão presentes. Agora imagine essa mesma carga (Q),
> > indo de encontro a uma outra carga (q’), mas não em rota de colisão.
> > Estarão presentes forças coulombianas mais a q’vB. Ou seja, essa
> > carga sente algo diferente daquela que viajou ao lado da carga Q,
> > quando passa exatamente ao lado da carga Q onde estava anteriormente
> > a carga q. Assim, não há paradoxo.

> Alberto: Nada a discordar quanto a sua brilhante exposição. Só não
> consegui entender a conclusão final. Parece-me que ficou faltando
> alguma referência ao segundo caso do paradoxo, aquele em que, ao invés
> da nave estar sendo acelerada, existe um campo gravitacional.

Ignorem este comentário final pois da maneira como formulei o problema,
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81770 , o que
interessava fazer era justamente o que o Belmiro fez.

A única coisa estranha seria aquela história de radiação com conteúdo
energético nulo e que, de uma maneira ou de outra, se faz presente em
quase todas as soluções propostas para o paradoxo. Pergunto então: Faz
sentido isto? Se sim, a solução do Belmiro me pareceu ser a mais simples
dentre as que conheço. Se não... Porque não? Quanto à solução proposta
pelo Léo eu fiquei um pouco com o pé atrás com aquilo que ele chamou
«perda de referência».
 
 Ou então com o fato de todos os elétrons
constituintes do compartimento emitirem a mesma radiação.
   Não tem nada a ver. Se todos os elétrons emitem radiação pelo fato do compartimento estar sendo acelerado, os prótons também o fazem, o que dá radiação nula. Esse fenômeno é facilmente (quer dizer, nem tão facilmente) resolvido aplicando-se as transformações de Lorentz para os campos elétricos e magnéticos. Ali você percebe que um campo elétrico constante num referencial pode ter componentes de campo magnético em outro.  No caso do referencial acelerado a coisa complica um pouco mais, no entanto, é por aí.
    [],s
    Belmiro
 
 Que radiação
seria esta? Seria também uma radiação de conteúdo energético nulo e/ou
de somatória nula, a ponto de não poder ser captada no referencial
externo?
    

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 23:14

Oi Belmiro,

Hélio disse antes:
> ... eu não gosto, quando se explica algo dizendo que é
> assim pois assim restabelece o equilíbrio. Como se
> existisse uma consciência nos campos que ao perceberem
> que estão desequilibrados se convencem que devem
> fazer algo para se equilibrar. ...
 
 Belmiro:
> Você pode não gostar disso, da contração do tempo ou
> de outras coisas. Mas o fato é que é assim que as coisas
> funcionam na natureza. ...

Ok! Você já me conhece e sabe que eu também não gosto da "contração do tempo", mas eu não estava falando disto agora. Agora é só das "outras coisas". Ou melhor desta coisa específica.

Em ciência não importa somente que a coisa funcione, é importante buscar os fundamentos. O mecanismo que faz isto acontecer, o encadeamento de causas e efeitos etc. Eu diria "o porquê" mas existe um preconceito aqui em relação e esta expressão e eu não sei bem o porquê.
:-)

Quanto ao problema da carga acelerada, não dá para responder com poucas palavras. Vou esperar ter mais tempo. Mas isto "dá muito pano para manga". Pode ser analisado por ether ou por teoria de emissão. Se o observador estiver parado em relação ao ar, a teoria de ether pode funcionar bem, pois o ar faz papel do ether. Se for vácuo absoluto, funciona a teoria de emissão.

Ah! Já ia esquecendo, tem a TR de Einstein também.
:-)

Hélio


De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Terça-feira, 17 de Abril de 2012 14:00
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
Oi Hélio

De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Terça-feira, 17 de Abril de 2012 1:23
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Belmiro,

É possível colocar figuras aqui. Mesmo se não for possível colocar a sua figura, deixe só a figura no doc e coloque o seu texto aqui.
É apenas uma sugestão para dar mais agilidade à discussão.

Gostei de uma frase sua:
" Lembrando que o campo magnético é meramente uma invenção, um artifício matemático para tratar os campos elétricos em sistemas com movimento relativo"

Eu costumo falar que nem campo elétrico nem campo magnético existem mas a não existência de campo magnético é muito maior que a não existência de campo elétrico.
:-)

Mas não é necessário estar acelerado. Não é necessário a relatividade de Einstein para ver isto. Na boa e velha relatividade de verdade isto acontece.
Imagine que você está no porão de um navio, nenhuma experiência que você fizer vai te dizer se está parado ou em MRU em relação ao mar.
Se for em MRU com uma carga dentro, um observador externo dirá que ela produz um campo magnético, mas o interno só vê o campo elétrico. Não há paradoxo nisto pois quando ele se encontrarem terá passado o mesmo tempo para os dois, ops! Foi mal.

Isto está no início do artigo de Einstein que inventou sua relatividade. Aliás, ele faz um bom comentário, acho que ele andou lendo Ritz na época. Mas depois se atrapalha pois ele parece que não vê isto que você falou aí em cima: Campo magnético, a rigor, não existe.
:-)

Faraday, digo Belmiro, eu não gosto, quando se explica algo dizendo que é assim pois assim restabelece o equilíbrio. Como se existisse uma consciência nos campos que ao perceberem que estão desequilibrados se convencem que devem fazer algo para se equilibrar. A coisa é muito mais bonita que isto.
Isto não é uma crítica a você, mas só a seu texto.
Claro que não temos e nunca teremos as explicações últimas, mas podemos ir um pouco mais além.
 
     Você pode não gostar disso, da contração do tempo ou de outras coisas. Mas o fato é que é assim que as coisas funcionam na natureza. Em todos os campos, inclusive na biologia, economia etc...
 
     [],s
 
     Belmiro

Hélio



De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 21:55
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]
 
   Olá Alberto e demais!
 
    Vou colocar em anexo por causa dos desenhos.
 
    [],s
 
    Belmiro

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 12:37
Assunto: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá gente Com respeito ao paradoxo dos gêmeos, tudo indica que não há mais como espremer ninguém aqui pois os posicionamentos pessoais estão fortemente guarnecidos pela paixão que uns devotam por esta ou aquela teoria em detrimentos das demais. Como o meu interesse maior no caso é soltar a macaca que o Victor mantém enjaulada, que tal mudarmos o enfoque, discutindo agora um outro paradoxo que coloca não a RR mas a RG em xeque? Sei que o assunto já foi debatido mas já faz muito tempo (dezembro de 2000). Quem sabe surjam agora novos e melhores argumentos. Se concordarem, sugiro que analisem este texto que improvisei mas que é muito semelhante a um que no passado (1998) apresentei no newsgroup sci.physics.relativity: ***** início do texto proposto para discussão***** Seja um compartimento fechado e incomunicável com o seu exterior. Um observador situado neste compartimento consegue medir um campo gravitacional g qualquer (não é o mesmo g medido aqui na Terra). De acordo com o Princípio da Equivalência (PE) de Einstein, não há como este observador distinguir este campo g de uma possível aceleração a que o compartimento (digamos que seja, por ex., uma nave espacial) esteja sendo submetido. Este observador decide então estudar o comportamento de uma carga elétrica. Se o campo for gravitacional, seria de se esperar a não emissão de radiações eletromagnéticas, assim como acontece aqui na Terra onde há também um campo gravitacional. Por outro lado, se o compartimento estiver sendo acelerado, a radiação deveria existir. Pelo menos a teoria diz que nós aqui na Terra seríamos capazes de detectar esta radiação. Porque motivos o observador dentro do compartimento não iria observar esta radiação? Mas se ele observar esta radiação o PE é contrariado, pois o observador interno poderá distinguir entre aceleração e campo. Saberá portanto que está sendo acelerado. E se não observar, alguma coisa muito esquisita estará ocorrendo com esta radiação, que sem dúvida alguma existe, tanto é que é observada fora do compartimento. ***** final do texto proposto para discussão***** Sei que ao final do diálogo continuaremos com nossas convicções firmadas em nossas paixões, o que é lamentável mas é o que certamente acontecerá. E lamentável porque, como já afirmei, ciência não combina com paixão por esta ou por aquela teoria. A única paixão que se justifica é a paixão pela ciência, ou a paixão pela procura pela verdade. Mas, independentemente do desfecho que muito provavelmente será lamentável, como foi o do paradoxo dos gêmeos, creio que poderemos aprender muito neste exercício dialético de justificarmos nossas paixões. O que vocês acham. Se concordarem poderemos iniciar. [ ]´s Albertohttp://ecientificocultural.com.br Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2012 23:15

-----Mensagem Original-----
From: Belmiro Wolski
Sent: Tuesday, April 17, 2012 7:52 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Olá Belmiro

> > > Belmiro: [...] Se essa corrente cresce linearmente, seu campo
> > > magnético também o faz. [...] O que ocorreria se o campo E
> > > crescesse numa taxa diferenciada que não a linear. Por exemplo,
> > > crescimento exponencial. O campo Eind cresceria numa taxa também
> > > crescente para tentar compensar os crescimentos cada vez mais
> > > acelerados de E. Como conseqüência disso, a corrente induzida Iind
> > > seria também crescente. Mas, ops, uma corrente induzida crescente
> > > significa que o campo magnético por ela gerado também será
> > > crescente, o que representa outro desequilíbrio no espaço. Assim,
> > > um novo campo elétrico surgirá, para tentar cancelar os
> > > crescimentos acelerados de Eind. Mas esse novo campo elétrico
> > > também ocasionará novo desequilíbrio, e um novo campo magnético
> > > surgirá e assim sucessivamente, gerando uma perturbação que se
> > > propaga no espaço, constituída de campos elétricos e magnéticos, o
> > > que chamamos de onda eletromagnética.

> > Alberto: Entendida a geração desta onda que é, sob certos aspectos,
> > bastante atípica, continuemos com o seu texto e que, agora sim, irá
> > abordar uma possível solução para o paradoxo.

> Belmiro: Não entendi por que atípica. Na verdade é bem típica.

Alberto: Bem, foi assim que eu entendi. Se as coisas são sempre
crescentes, eu não estou conseguindo enxergar aquela ondulação que seria
observada caso a corrente fosse alternada. Para ser sincero, não consigo
enxergar nem mesmo uma frequência para esta onda, haja vista que ela
nunca se repete no decorrer do tempo.

> > > Belmiro: Voltemos então ao compartimento acelerado. Do ponto de
> > > vista de quem está dentro do compartimento, apenas campo elétrico
> > > estará presente. Se o sujeito, que eu vou chamar de Pafúncio,
> > > olhar para a carga “verá” que seu campo elétrico se mantém
> > > imutável. Por outro lado, alguém fora do compartimento, que eu vou
> > > chamar de Epaminondas, estando num referencial no qual o
> > > compartimento se mova com velocidade v crescente, “verá”, além do
> > > campo elétrico, um campo magnético crescente e os replicantes
> > > campos elétricos e magnéticos que se propagam constituindo a
> > > radiação eletromagnética.

> > Alberto: De fato. Esta radiação é, sob certos aspectos, semelhante
> > àquela que você apontou acima.

> Belmiro: Por que sob certos aspectos? Elas em a mesma origem , qual
> seja, cargas aceleradas.

Alberto: Digamos que em número e disposição dos agentes (corrente num
caso, carga elétrica no outro) ou no mecanismo de produção (força
eletromotriz num caso e força mecânica no outro) ou também pelo fato da
fonte estar se distanciando do observador. No mais concordo contigo.

> > Alberto: Não obstante, parece-me ser um pouco mais atípica do que
> > aquela. É o que Lorentz teria chamado por radiação com conteúdo
> > energético nulo, algo a meu ver difícil de ser digerido. Mesmo
> > porque esta nulidade nao surge como um caso particular, ou limite,
> > da radiação clássica. Esta onda não é um caso particular de outros
> > fenômenos conhecidos; é meramente uma onda atípica, tendo em comum
> > com a onda clássica o fato de representar a propagação de efeitos
> > espaciais a que chamamos campo.

> Belmiro: Também não entendi por que conteúdo energético nulo. Esta
> onda pode transportar energia, como qualquer outra onda.

Alberto: Ao que parece essa história de conteúdo energético nulo começou
com Planck e Lorentz e evoluiu no meio quântico. Essa efetivamente não é
a minha praia e as referências que tenho já estão um tanto quanto
carcomidas. Mas antes de chegarmos nesses requintes quânticos, pergunto:
No caso de radiações emitidas por cargas uniformemente aceleradas
existiria uma frequência destas radiações, no mesmo sentido daquelas
encontradas nas ondas hertzianas? Se sim, qual seria então esta
frequência para os casos descritos? Se não, como ficaria aquela história
da energia da radiação ser dada pelo produto da constante de Planck pela
frequencia?

Há também, nos meios quânticos, quem diga que uma carga uniformemente
acelerada, assim como uma carga situada em um campo gravitacional
uniforme, emite uma radiação que, sob o ponto de vista clássico não
contém fótons (Para alguns autores isto seria equivalente a dizer que
seu conteúdo energético é nulo). Este argumento chega a ser utilizado
para a resolução do paradoxo da carga acelerada. Vide, por exemplo, o
último parágrafo do artigo «Hawking-Unruh Radiation and Radiation of a
Uniformly Accelerated Charge» que pode ser lido em
http://www.hep.princeton.edu/~mcdonald//accel/unruhrad.pdf

> > > Belmiro: Do ponto de vista do equilíbrio, para Pafúncio, tudo está
> > > em perfeita ordem em seu espaço. No entanto, para Epaminondas, há
> > > campos magnéticos que precisam ser contrabalançados e isto só quem
> > > pode fazer são campos elétricos induzidos e assim por diante.

> > Alberto: Campos sim! Mas quem disse que esses campos seriam fótons
> > (no sentido definido por Einstein), pelo simples fato de estarem
> > sendo propagados pelo espaço?

> Belmiro: E porque não? Afinal, o bóson do eletromagnetismo é o foton.

Alberto: Mas que foi demonstrado existir através do estudo de ondas
hertzianas típicas. Exatamente na experiência que mostrou que a energia
do fóton seria dada pelo produto da constante de Planck pela frequência
(célula fotoelétrica). Pergunto então: Qual é a frequência desses
fótons?


Resposta a outra msg:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81828

> > Alberto: Quanto à solução proposta pelo Léo eu fiquei um pouco com o
> > pé atrás com aquilo que ele chamou «perda de referência». Ou então
> > com o fato de todos os elétrons constituintes do compartimento
> > emitirem a mesma radiação.

> Belmiro: Não tem nada a ver. Se todos os elétrons emitem radiação pelo
> fato do compartimento estar sendo acelerado, os prótons também o
> fazem, o que dá radiação nula. Esse fenômeno é facilmente (quer dizer,
> nem tão facilmente) resolvido aplicando-se as transformações de
> Lorentz para os campos elétricos e magnéticos. Ali você percebe que um
> campo elétrico constante num referencial pode ter componentes de campo
> magnético em outro. No caso do referencial acelerado a coisa complica
> um pouco mais, no entanto, é por aí.

Alberto: OK, mas isto não me parece justificar a «perda de referência».
Se campos gerados por prótons e elétrons anulam-se uns aos outros,
restaria o campo da carga, que não estaria sendo anulado desta maneira.
Portanto a perda de referência, se é que existe, não seria decorrente da
existência desses campos. Parece que eu não deixei bem claro os
questionamentos, ou seja, não liguei o segundo com o primeiro.

Apenas para concluir com algo que não foi ainda ventilado. Se a carga
acelerada emite energia (fótons com conteúdo não nulo de energia), esta
energia poderá ser captada por Epaminondas, certo? Já o Pafuncio não
enxerga nada equivalente em seu referencial. De onde surgiu esta energia
captada pelo Epaminondas? Não teria sido originada por ocasião da
emissão pela carga, naquilo que alguns chamam reação de radiação? Mas eu
creio que foi isto que Lorentz demonstrou ser zero, pelo menos para o
caso de elétrons (no momento não tenho a referência, mas isto é bastante
repetido por aí, logo não deve ser muito difícil checar essa história -
o primeiro link acima parece comentar alguma coisa a respeito). Do
contrário a carga iria se consumindo energeticamente. No caso de
elétrons acelerados demonstra-se, através de calorímetros, que não há
essa perda energética.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2012 06:45

From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Tuesday, April 17, 2012 2:34 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Estranho. Estes links que a gente faz através das páginas do Yahoo com o recurso
«Copiar Atalho» se deterioram no decorrer do tempo (são modificados pelo
computador que os origina). Por exemplo, aquele link que fiz na msg citada
acima, qual seja:

cor_ind
Se a figura não estiver visível clique abaixo:
http://f1.grp.yahoofs.com/v1/kKGNTxVrMH3rvfWMirqzIsn0lH4eAWuSY5wnhHGYUiSD6MW9k4WqtbJW8uaTjwaA5K6EcrtX0HwxCjaS7R5-_SSIWEA1hGdePk92TYktYV0n/cor_ind.gif
(Este link não está funcionando hoje, mas funcionou em 17/4/2012)

Para que isto não ocorra, ao invés de utilizar o recurso «Copiar Atalho»
deve-se fazer o seguinte: Copiar o endereço da página da seção Arquivos
e a seguir acrescentar o nome do arquivo. No caso seria:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/ + cor_ind.gif =
 
PS: Aprendi isso observando a msg 81801 enviada pela Ciencialist para avisar
que o Eduardo havia carregado um novo arquivo.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2012 09:02

Ola Alberto/Belmiro,
 
Uma carga eletrica emite radiação eletro-magnética qdo em movimento, não?
 
Então, para o observador dentro do elevador, ele e a carga, independentemente da aceleração sofrida, estarão a mesma velocidade relativa um do outro. Dessa forma, com relação a ele não exsite essa emissão.
 
Agora, pode isso : dada uma carga com velocidade v em relação a um observador e 0 em relação a outro, haver discordância qto a detecção de campos eletromagnéticos ? Um detectando zero e outro um valor diferente de zero ?
 
Abs
Felipe 
 
 
De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 17:33
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
     Podemos, sim. Vou começar a pensar sobre isso.
 
     [],s
 
     Belmiro

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 12:37
Assunto: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá genteCom respeito ao paradoxo dos gêmeos, tudo indica que não há mais comoespremer ninguém aqui pois os posicionamentos pessoais estão fortementeguarnecidos pela paixão que uns devotam por esta ou aquela teoria emdetrimentos das demais.Como o meu interesse maior no caso é soltar a macaca que o Victor mantémenjaulada, que tal mudarmos o enfoque, discutindo agora um outroparadoxo que coloca não a RR mas a RG em xeque?Sei que o assunto já foi debatido mas já faz muito tempo (dezembro de 2000). Quem sabe surjam agora novos e melhores argumentos.Se concordarem, sugiro que analisem este texto que improvisei mas que émuito semelhante a um que no passado (1998) apresentei no newsgroupsci.physics.relativity:***** início do texto proposto para discussão*****Seja um compartimento fechado e incomunicável com o seu exterior. Umobservador situado neste compartimento consegue medir um campogravitacional g qualquer (não é o mesmo g medido aqui na Terra).De acordo com o Princípio da Equivalência (PE) de Einstein, não há comoeste observador distinguir este campo g de uma possível aceleração a queo compartimento (digamos que seja, por ex., uma nave espacial) estejasendo submetido.Este observador decide então estudar o comportamento de uma cargaelétrica. Se o campo for gravitacional, seria de se esperar a nãoemissão de radiações eletromagnéticas, assim como acontece aqui na Terraonde há também um campo gravitacional. Por outro lado, se ocompartimento estiver sendo acelerado, a radiação deveria existir. Pelomenos a teoria diz que nós aqui na Terra seríamos capazes de detectaresta radiação. Porque motivos o observador dentro do compartimento nãoiria observar esta radiação?Mas se ele observar esta radiação o PE é contrariado, pois o observadorinterno poderá distinguir entre aceleração e campo. Saberá portanto queestá sendo acelerado. E se não observar, alguma coisa muito esquisitaestará ocorrendo com esta radiação, que sem dúvida alguma existe, tantoé que é observada fora do compartimento.***** final do texto proposto para discussão*****Sei que ao final do diálogo continuaremos com nossas convicçõesfirmadas em nossas paixões, o que é lamentável mas é o que certamenteacontecerá. E lamentável porque, como já afirmei, ciência não combinacom paixão por esta ou por aquela teoria. A única paixão que sejustifica é a paixão pela ciência, ou a paixão pela procura pelaverdade. Mas, independentemente do desfecho que muito provavelmente serálamentável, como foi o do paradoxo dos gêmeos, creio que poderemosaprender muito neste exercício dialético de justificarmos nossaspaixões. O que vocês acham. Se concordarem poderemos iniciar.[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.brMas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2012 09:20

Oi Felipe

De: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 9:02
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Ola Alberto/Belmiro,
 
Uma carga eletrica emite radiação eletro-magnética qdo em movimento, não?
 
Quando em movimento *acelerado*.
 
Então, para o observador dentro do elevador, ele e a carga, independentemente da aceleração sofrida, estarão a mesma velocidade relativa um do outro. Dessa forma, com relação a ele não exsite essa emissão.
 
Correto.
 
Agora, pode isso : dada uma carga com velocidade v em relação a um observador e 0 em relação a outro, haver discordância qto a detecção de campos eletromagnéticos ? Um detectando zero e outro um valor diferente de zero ?
 
Sim. É isso que está em discussão aqui.
 
[],s
 
Belmiro
 
Abs
Felipe 
 
 
De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 17:33
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
     Podemos, sim. Vou começar a pensar sobre isso.
 
     [],s
 
     Belmiro

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 12:37
Assunto: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá gente Com respeito ao paradoxo dos gêmeos, tudo indica que não há mais como espremer ninguém aqui pois os posicionamentos pessoais estão fortemente guarnecidos pela paixão que uns devotam por esta ou aquela teoria em detrimentos das demais. Como o meu interesse maior no caso é soltar a macaca que o Victor mantém enjaulada, que tal mudarmos o enfoque, discutindo agora um outro paradoxo que coloca não a RR mas a RG em xeque? Sei que o assunto já foi debatido mas já faz muito tempo (dezembro de 2000). Quem sabe surjam agora novos e melhores argumentos. Se concordarem, sugiro que analisem este texto que improvisei mas que é muito semelhante a um que no passado (1998) apresentei no newsgroup sci.physics.relativity: ***** início do texto proposto para discussão***** Seja um compartimento fechado e incomunicável com o seu exterior. Um observador situado neste compartimento consegue medir um campo gravitacional g qualquer (não é o mesmo g medido aqui na Terra). De acordo com o Princípio da Equivalência (PE) de Einstein, não há como este observador distinguir este campo g de uma possível aceleração a que o compartimento (digamos que seja, por ex., uma nave espacial) esteja sendo submetido. Este observador decide então estudar o comportamento de uma carga elétrica. Se o campo for gravitacional, seria de se esperar a não emissão de radiações eletromagnéticas, assim como acontece aqui na Terra onde há também um campo gravitacional. Por outro lado, se o compartimento estiver sendo acelerado, a radiação deveria existir. Pelo menos a teoria diz que nós aqui na Terra seríamos capazes de detectar esta radiação. Porque motivos o observador dentro do compartimento não iria observar esta radiação? Mas se ele observar esta radiação o PE é contrariado, pois o observador interno poderá distinguir entre aceleração e campo. Saberá portanto que está sendo acelerado. E se não observar, alguma coisa muito esquisita estará ocorrendo com esta radiação, que sem dúvida alguma existe, tanto é que é observada fora do compartimento. ***** final do texto proposto para discussão***** Sei que ao final do diálogo continuaremos com nossas convicções firmadas em nossas paixões, o que é lamentável mas é o que certamente acontecerá. E lamentável porque, como já afirmei, ciência não combina com paixão por esta ou por aquela teoria. A única paixão que se justifica é a paixão pela ciência, ou a paixão pela procura pela verdade. Mas, independentemente do desfecho que muito provavelmente será lamentável, como foi o do paradoxo dos gêmeos, creio que poderemos aprender muito neste exercício dialético de justificarmos nossas paixões. O que vocês acham. Se concordarem poderemos iniciar. [ ]´s Albertohttp://ecientificocultural.com.br Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2012 09:30

-----Mensagem Original-----
From: luiz silva
Sent: Wednesday, April 18, 2012 9:02 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Olá Felipe

> Uma carga eletrica emite radiação eletro-magnética qdo em movimento,
> não?

Sim.

> Então, para o observador dentro do elevador, ele e a carga,
> independentemente da aceleração sofrida, estarão a mesma velocidade
> relativa um do outro. Dessa forma, com relação a ele não exsite essa
> emissão.

Tudo indica que sim. Pelo menos é o que estamos assumindo até agora em
nossas considerações. Lembro, não obstante, que até agora estamos
considerando apenas casos em que a aceleração é uniforme.

> Agora, pode isso: dada uma carga com velocidade v em relação a um
> observador e 0 em relação a outro, haver discordância qto a detecção
> de campos eletromagnéticos? Um detectando zero e outro um valor
> diferente de zero?

Sim, pode. Por exemplo, se esta velocidade v for constante, o primeiro
observador «enxergará» campos elétricos e magnéticos; já para aquele que
acompanha a carga existirá apenas um campo elétrico coulombiano, e um
campo magnético nulo (ou zero). Até aí não existe nenhum paradoxo e sim
algo a relacionar-se ao significado do que estamos considerando como
campos elétricos e campos magnéticos. O problema começa quando v deixa
de ser constante. Aí existirá a chamada radiação. Ou seja, os campos
assumem uma certa autonomia, a ponto de podermos dizer que alguma coisa
foi emitida pela carga.

Se pensarmos nesta radiação como alguma coisa que se despreende da
matéria que a emite (carga no caso), como é que esta alguma coisa seria
visível apenas por um dos observadores e não pelo outro? E se pensarmos
nesta alguma coisa como algo de natureza material (fótons), porque
motivo esta matéria existiria em um referencial e não no outro? Onde ela
estaria escondida neste segundo referencial? A dúvida começa por aí e se
complica ao pensarmos na equivalência entre aceleração e gravitação. E é
isto que estamos pretendendo destrinchar neste debate.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2012 09:36

Oi Alberto.

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 17 de Abril de 2012 23:15
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
-----Mensagem Original-----
From: Belmiro Wolski
Sent: Tuesday, April 17, 2012 7:52 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Olá Belmiro

> > > Belmiro: [...] Se essa corrente cresce linearmente, seu campo
> > > magnético também o faz. [...] O que ocorreria se o campo E
> > > crescesse numa taxa diferenciada que não a linear. Por exemplo,
> > > crescimento exponencial. O campo Eind cresceria numa taxa também
> > > crescente para tentar compensar os crescimentos cada vez mais
> > > acelerados de E. Como conseqüência disso, a corrente induzida Iind
> > > seria também crescente. Mas, ops, uma corrente induzida crescente
> > > significa que o campo magnético por ela gerado também será
> > > crescente, o que representa outro desequilíbrio no espaço. Assim,
> > > um novo campo elétrico surgirá, para tentar cancelar os
> > > crescimentos acelerados de Eind. Mas esse novo campo elétrico
> > > também ocasionará novo desequilíbrio, e um novo campo magnético
> > > surgirá e assim sucessivamente, gerando uma perturbação que se
> > > propaga no espaço, constituída de campos elétricos e magnéticos, o
> > > que chamamos de onda eletromagnética.

> > Alberto: Entendida a geração desta onda que é, sob certos aspectos,
> > bastante atípica, continuemos com o seu texto e que, agora sim, irá
> > abordar uma possível solução para o paradoxo.

> Belmiro: Não entendi por que atípica. Na verdade é bem típica.

Alberto: Bem, foi assim que eu entendi. Se as coisas são sempre
crescentes, eu não estou conseguindo enxergar aquela ondulação que seria
observada caso a corrente fosse alternada. Para ser sincero, não consigo
enxergar nem mesmo uma frequência para esta onda, haja vista que ela
nunca se repete no decorrer do tempo.
Mas não há ondulação. É simplesmente um campo eletromagnético crescente que se propaga. E não há mesmo frequencia. Não é cíclico.
> > > Belmiro: Voltemos então ao compartimento acelerado. Do ponto de
> > > vista de quem está dentro do compartimento, apenas campo elétrico
> > > estará presente. Se o sujeito, que eu vou chamar de Pafúncio,
> > > olhar para a carga “verá” que seu campo elétrico se mantém
> > > imutável. Por outro lado, alguém fora do compartimento, que eu vou
> > > chamar de Epaminondas, estando num referencial no qual o
> > > compartimento se mova com velocidade v crescente, “verá”, além do
> > > campo elétrico, um campo magnético crescente e os replicantes
> > > campos elétricos e magnéticos que se propagam constituindo a
> > > radiação eletromagnética.

> > Alberto: De fato. Esta radiação é, sob certos aspectos, semelhante
> > àquela que você apontou acima.

> Belmiro: Por que sob certos aspectos? Elas em a mesma origem , qual
> seja, cargas aceleradas.

Alberto: Digamos que em número e disposição dos agentes (corrente num
caso, carga elétrica no outro) ou no mecanismo de produção (força
eletromotriz num caso e força mecânica no outro) ou também pelo fato da
fonte estar se distanciando do observador. No mais concordo contigo.

> > Alberto: Não obstante, parece-me ser um pouco mais atípica do que
> > aquela. É o que Lorentz teria chamado por radiação com conteúdo
> > energético nulo, algo a meu ver difícil de ser digerido. Mesmo
> > porque esta nulidade nao surge como um caso particular, ou limite,
> > da radiação clássica. Esta onda não é um caso particular de outros
> > fenômenos conhecidos; é meramente uma onda atípica, tendo em comum
> > com a onda clássica o fato de representar a propagação de efeitos
> > espaciais a que chamamos campo.

> Belmiro: Também não entendi por que conteúdo energético nulo. Esta
> onda pode transportar energia, como qualquer outra onda.

Alberto: Ao que parece essa história de conteúdo energético nulo começou
com Planck e Lorentz e evoluiu no meio quântico. Essa efetivamente não é
a minha praia e as referências que tenho já estão um tanto quanto
carcomidas. Mas antes de chegarmos nesses requintes quânticos, pergunto:
No caso de radiações emitidas por cargas uniformemente aceleradas
existiria uma frequência destas radiações, no mesmo sentido daquelas
encontradas nas ondas hertzianas? Se sim, qual seria então esta
frequência para os casos descritos? Se não, como ficaria aquela história
da energia da radiação ser dada pelo produto da constante de Planck pela
frequencia?
Acho que já respondi acima. Quanto à energia transportada por uma onda eletromagnética, quem dita as regras é o Vetor de Poynting. A equação h.f dá a energia do fóton.
Há também, nos meios quânticos, quem diga que uma carga uniformemente
acelerada, assim como uma carga situada em um campo gravitacional
uniforme, emite uma radiação que, sob o ponto de vista clássico não
contém fótons (Para alguns autores isto seria equivalente a dizer que
seu conteúdo energético é nulo). Este argumento chega a ser utilizado
para a resolução do paradoxo da carga acelerada. Vide, por exemplo, o
último parágrafo do artigo «Hawking-Unruh Radiation and Radiation of a
Uniformly Accelerated Charge» que pode ser lido em
http://www.hep.princeton.edu/~mcdonald//accel/unruhrad.pdf
Vou ver o artigo mais tarde.
> > > Belmiro: Do ponto de vista do equilíbrio, para Pafúncio, tudo está
> > > em perfeita ordem em seu espaço. No entanto, para Epaminondas, há
> > > campos magnéticos que precisam ser contrabalançados e isto só quem
> > > pode fazer são campos elétricos induzidos e assim por diante.

> > Alberto: Campos sim! Mas quem disse que esses campos seriam fótons
> > (no sentido definido por Einstein), pelo simples fato de estarem
> > sendo propagados pelo espaço?

> Belmiro: E porque não? Afinal, o bóson do eletromagnetismo é o foton.

Alberto: Mas que foi demonstrado existir através do estudo de ondas
hertzianas típicas. Exatamente na experiência que mostrou que a energia
do fóton seria dada pelo produto da constante de Planck pela frequência
(célula fotoelétrica). Pergunto então: Qual é a frequência desses
fótons?
      Não sei.

Resposta a outra msg:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81828

> > Alberto: Quanto à solução proposta pelo Léo eu fiquei um pouco com o
> > pé atrás com aquilo que ele chamou «perda de referência». Ou então
> > com o fato de todos os elétrons constituintes do compartimento
> > emitirem a mesma radiação.

> Belmiro: Não tem nada a ver. Se todos os elétrons emitem radiação pelo
> fato do compartimento estar sendo acelerado, os prótons também o
> fazem, o que dá radiação nula. Esse fenômeno é facilmente (quer dizer,
> nem tão facilmente) resolvido aplicando-se as transformações de
> Lorentz para os campos elétricos e magnéticos. Ali você percebe que um
> campo elétrico constante num referencial pode ter componentes de campo
> magnético em outro. No caso do referencial acelerado a coisa complica
> um pouco mais, no entanto, é por aí.

Alberto: OK, mas isto não me parece justificar a «perda de referência».
Se campos gerados por prótons e elétrons anulam-se uns aos outros,
restaria o campo da carga, que não estaria sendo anulado desta maneira.
Portanto a perda de referência, se é que existe, não seria decorrente da
existência desses campos. Parece que eu não deixei bem claro os
questionamentos, ou seja, não liguei o segundo com o primeiro.

Apenas para concluir com algo que não foi ainda ventilado. Se a carga
acelerada emite energia (fótons com conteúdo não nulo de energia), esta
energia poderá ser captada por Epaminondas, certo? Já o Pafuncio não
enxerga nada equivalente em seu referencial. De onde surgiu esta energia
captada pelo Epaminondas? Não teria sido originada por ocasião da
emissão pela carga, naquilo que alguns chamam reação de radiação? Mas eu
creio que foi isto que Lorentz demonstrou ser zero, pelo menos para o
caso de elétrons (no momento não tenho a referência, mas isto é bastante
repetido por aí, logo não deve ser muito difícil checar essa história -
o primeiro link acima parece comentar alguma coisa a respeito). Do
contrário a carga iria se consumindo energeticamente. No caso de
elétrons acelerados demonstra-se, através de calorímetros, que não há
essa perda energética.
   Vou ser mais herege do que você. A carga recebe energia mecânica do sistema externo ao compartimento e, como tal, pode emitir radiação a este sistema, devolvendo parte da energia recebida. Já internamente ao compartimento, nenhuma energia é cedida em forma de radiação, pois a carga nada recebe  (energia) deste sistema. Só para refletir, e atirar pedras, pois como disse Ele, o telhado é de vidro. Posteriormente vou enviar outra mensagem com uma analogia com um sistema mecânico, que ao meu ver, vai esclarecer muita coisa. Mas, confesso para você, que não vejo nenhuma dificuldade em admitir que o compartimento interno está livre de radiação, enquanto no externo ela está presente.
 
   [],s
   Belmiro
 

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2012 09:42

Olá!
Vou agora fazer uso de uma analogia. Imagine o barco Príncipe de Joinville navegando na tranqüila baía de Babitonga. Em velocidade de cruzeiro, o barco é acompanhado por dois Jet-skis, que mantém-se logo atrás do barco, sempre na mesma posição e velocidade igual a do barco. Um dos Jet-skis navega na crista da onda gerada pelo barco e assim se mantém o tempo todo. O outro, assume uma posição entre as duas ondas principais geradas pelo barco. Temos ainda dois pescadores com suas canoas de tronco, parados, lançando as redes para prover seu sustento. A figura abaixo esclarece.
               (Tá vendo só! Não consigo por a imagem. Vejam o anexo)
 
                Acontece pois que, a onda gerada pelo barco não é sentida pelos dois Jet-skis. Entretanto, ao chegar aos pescadores, suas pequenas canoas saculejam (gostaram de saculejam?)a ponto de quase virarem e naufragarem. Então, no referencial do barco, a onda não é sentida, embora tenha sido gerada. No referencial dos pescadores, coitados.
             
                [],s
                Belmiro

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2012 11:31

From: Belmiro Wolski
Sent: Wednesday, April 18, 2012 9:42 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]
 
Belmiro: (Tá vendo só! Não consigo por a imagem. Vejam o anexo)
 
Alberto: Bem, deixa ver se consigo explicar.
 
1) Transforme a figura em arquivo do Paint, de preferência gif ou png ou jpeg.
 
2) Salve este arquivo em uma pasta conhecida. O mais simples a meu ver será salvar na Área de Trabalho (Desktop) e ao final do procedimento eliminar o arquivo.
 
3) No Windows Mail, no menu superior, clique em «Inserir» e a seguir em «Uma foto». No Outlook deve haver algum procedimento semelhante.
 
4) Na pasta que se abre localize o arquivo da figura em seu computador e a seguir clique em «Abrir».
 
5) Pronto. Fiz isso com a sua figura e ei-la:
 
PJoinville
 
6) Caso queira reduzir o tamanho ou centralizar isto pode ser feito no próprio Windows Mail ou no Outlook.
 
7) No futuro, e caso tenha eliminado a figura e queira recuperá-la, é só ir na msg, clicar na figura com o botão direito do mouse e «Salvar Imagem Como».
 
 
Se quiser facilitar a vida daqueles que não conseguem visualizar imagens de email em seu computador, faça o seguinte;
 
1) Na página inicial do Yahoo clique em Arquivos (coluna esquerda). Ou então vá diretamente para esta página clicando aqui: http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/
 
4) Estando nesta página clique em Adicionar arquivo (menu superior).
 
5) Clique em Procurar e na janela que se abre localize, em seu computador, a figura a ser transferida.
 
6) Se achar conveniente, preencha o espaço Descrição. É indiferente assinalar ou não a Notificação, pois o Yahoo irá anunciar o carregamento do arquivo.
 
7) Clique em Carregar arquivo. No caso da figura acima eu já fiz isto.
 
8) No email, e logo abaixo da figura, forneça o link para a mesma. Este link será do tipo: http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/PJoinville.gif em que PJoinville.gif foi o nome que dei para a figura. Ou então escreva «Se a figura não estiver visível clique aqui» e a seguir selecione o aqui, clique nele com o botão direito do mouse e a seguir em Hiperlink... Na janela que se abre cole http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/PJoinville.gif. A coisa ficará assim:

Se a figura não estiver visível clique aqui
 
Espero que agora esteja funcionando nos trinques Smiley piscando Testei e funcionou.
 
O restante da msg responderei oportunamente. Agora cansei. Alegre
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
 

SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] A cura do envelhecimento , starvation response, etc.
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/04/2012 11:58

Um pouco sobre Telomerases.

A grosso modo para despertar o interesse;

A replicação (divisão) celular causa o processo de envelhecimento (senescência), devido à um encurtamento da extremidade (telõmeros) do cromossomo e sua completa  inviabilização (50 a 80 vezes) para novas replicações. Existe uma enzima que está sendo sintetizada em estudos, que é mais concentrada em nosso organismo na infância e em células cancerígenas, que, de certa forma, protege esta "integridade" do cromossomo a cada replicação. Permitindo assim, que ocorra um número muitíssimo maior de replicações, e consequentemente uma grande desaceleração do envelhecimento, e até o retrocesso do mesmo.

É diferente do Resveratrol, que apenas desacelera o processo de replicação celular no organismo, devido à resposta à dieta de baixa caloria (fome).

Ver abaixo;


http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2011/01/110126_envelhecimento_rc.shtml

Cientistas vêm pouco a pouco desvendando os segredos do envelhecimento e alguns sugerem que em breve poderão desenvolver tratamentos para reduzir a velocidade ou mesmo reverter o processo.

No ano passado, uma equipe do Instituto do Câncer Dana-Farber, de Boston, nos EUA, divulgou na revista científica Nature um estudo no qual diz ter conseguido reverter o processo de envelhecimento em camundongos.

Eles manipularam cromossomos presentes nos núcleos de todas as células. O alvo principal da ação era a proteção dos telômeros. Os telômeros são estruturas presentes nas extremidades dos cromossomos. Eles protegem os cromossomos de possíveis danos, mas também diminuem de tamanho com a idade, até que as células não conseguem mais se reproduzir.

A equipe do professor Ronald DePinho manipulou as enzimas que regulam os telômeros, as telomerases, obtendo resultados significativos. Com o estímulo às enzimas, os camundongos pareciam fazer o relógio biológico "andar pra trás".

"O que esperávamos era uma estabilização do processo de envelhecimento, mas ao contrário, observamos uma reversão dos sinais e sintomas de envelhecimento", disse ele à BBC.

"Os cérebros destes animais cresceram em tamanho, aumentaram sua cognição, suas peles ganharam mais brilho e a fertilidade foi restaurada."

Humanos

Obviamente, aplicar estes princípios em humanos será um desafio bem maior. As telomerases já foram ligadas à incidência de câncer.

Muitos acreditam que as mitocôndrias possam desempenhar um papel bem maior no processo de envelhecimento. As mitocôndrias - material genético contido na célula, mas fora do núcleo - são as "usinas de energia" das células, mas também geram produtos químicos que são ligados ao envelhecimento. Há ainda o papel desempenhado por radicais livres - moléculas ou átomos altamente reativos que atacam o corpo humano.

Apesar de estarmos apenas começando a compreender como funciona o envelhecimento, alguns cientistas já testam tratamentos em humanos.

O professor David Sinclair é pesquisador de um laboratório especializado em envelhecimento da escola de Medicina da Universidade de Harvard.

Ele e seus colegas vêm trabalhando em uma droga sintética chamada STACs (ou Sirtuin activating compounds).

Estudos em camundongos obesos indicam que as STACs podem restaurar a saúde e aumentar a expectativa de vida dos animais. Já foram iniciados testes em humanos.

Há também estudos sobre o resveratrol, um antioxidante encontrado naturalmente no vinho tinto, que indicam que ele reduz o colesterol.

Sinclair diz que estas pesquisas "não são uma desculpa para comer batata frita o dia todo em frente à TV, mas uma forma de aumentar o modo de vida sadio e explorar as potencialidades de um corpo saudável".

"Não mudamos a quantidade de comida ingerida, os camundongos comem normalmente, mas seus corpos não sabem que eles estão gordos e seus órgãos e até a expectativa de vida são iguais a de um animal sadio", disse ele.

Questões éticas

Mas é correto fazer experiências em algo tão fundamental como envelhecer? Quais são as questões éticas envolvidas?

O professor Tim Spector, do hospital Kings College em Londres, que também faz pesquisas na área, diz que o foco não é aumentar a duração da vida, mas prolongar a saúde.

"Não interessa muito prolongar a vida se isto significar que você terá tanta artrite, por exemplo, que não poderá sair de casa", disse ele.

"Mas ao entender o processo de envelhecimento, podemos ajudar no combate a artrite, diabetes, doenças cardíacas, todas os males ligados ao envelhecimento", disse ele.

Já o professor James Goodwin, do programa Age UK de amparo à terceira idade do governo britânico, diz que a questão levantada pelas pesquisas é se seus resultados vão ser acessíveis a todos ou apenas aos mais ricos.

"Será que todos vão poder se beneficiar desta tecnologia?", pergunta 







--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@...> escreveu
>
> Victor,
> > Será que nós, daqui do fórum, ainda poderemos nos beneficiar
> desses avanços
> > da medicina?
> Provavelmente algum benefício sim. Segundo pesquisas, que enviei
> anteriormente uma matéria a respeito, bastaria uma boa dieta de baixa
> caloria para termos efeitos positivos. Sem considerar alguns suplementos
> (e alimentos), ainda a serem melhor avaliados, que  já existem no
> mercado.
> Marcel
> >
> > Suspeito que as respostas para essa perguntinha ficarão aí por
> volta de
> > "naaaão!"
> >
> >
> >
> > Acho que a maioria de nós vai ficar, com sorte, é na média
> mesmo!
> >
> >
> >
> > Particularmente, só quero chegar lá se com tudo em cima e
> lúcido para
> > continuar "heresiando às avessas"...
> >
> >
> >
> > Senão, cadê a graça?
> >
> >
> >
> > Sds,
> >
> > Victor.
> >
> >
> >
> >
> >
> > De: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
> > Em nome de marcelleandro2009
> > Enviada em: sexta-feira, 16 de março de 2012 17:49
> > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > Assunto: [ciencialist] A cura do envelhecimento , starvation response,
> etc.
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,ERT204682-17773,00.htm\
> l
> >
> > A cura do envelhecimento
> >
> > Pílulas, células-tronco, dietas e tratamentos para evitar
> doenças e
> > regenerar órgãos. Conheça as novas armas da ciência para
> nos manter com
> > aparência jovem para sempre
> >
> > Priscilla Santos, com reportagem de Bruna Fasano e Willian Okada
> >
> > FONTE DA JUVENTUDE
> > Crédito: Maná E.D.I.
> >
> > O soldado e explorador espanhol Juan Ponce de León (1460-1521)
> já havia
> > acompanhado Cristóvão Colombo em sua segunda viagem à
> América quando começou
> > sua busca pela mitológica Fonte da Juventude. Os nativos de Porto
> Rico, onde
> > Ponce havia criado uma colônia, diziam existir tal fonte misteriosa
> capaz de
> > proporcionar a jovialidade eterna para quem em suas águas se
> banhasse. O
> > viajante nunca a encontrou — acabou foi descobrindo a Flórida,
> ironicamente
> > o estado americano hoje com a maior proporção de idosos. Ponce de
> León não
> > foi o único a procurar incansavelmente por uma forma de ser jovem
> para
> > sempre. A busca pela imortalidade e pela juventude eterna sempre
> fascinou o
> > homem, único animal que tem consciência da própria morte
> — e por isso sofre.
> > Mas nunca esteve tão próxima de ser alcançada. Como Ponce de
> Leóns
> > contemporâneos, os cientistas do século 21 vêm perseguindo o
> fim da maior
> > causa de morte do mundo: a velhice. Por consequência, as doenças
> decorrentes
> > dela. E parecem estar mais próximos de, no mínimo,
> postergá-la. "Os avanços
> > da área biológica que surgem nesse começo de século
> indicam que muitos de
> > nós poderemos chegar facilmente aos 100, 150 anos", diz o professor
> do
> > Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio
> de Janeiro
> > (UFRJ), Stevens Rehen.
> >
> > Prolongar a vida seria apenas uma consequência de fazer as pessoas
> serem
> > mais saudáveis por mais tempo. Esse é o principal objetivo da
> nova ciência
> > do antienvelhecimento, que pretende atacar de uma só vez todas as
> formas de
> > deterioração do corpo para fazer com que o nosso relógio
> biológico corra
> > mais devagar. Assim, ficaríamos longe de doenças decorrentes da
> idade
> > avançada — como Alzheimer, demência, diabetes e doenças
> cardíacas — por mais
> > tempo. Atacar a velhice, portanto, seria a melhor e talvez única
> forma de
> > nos afastarmos dos males provocados por ela. Combater uma a uma as
> doenças —
> > algo que desde sempre fazemos — não surtiria grandes efeitos.
> Nos Estados
> > Unidos, por exemplo, se os problemas de coração fossem totalmente
> > eliminados, a expectativa de vida não subiria mais do que três
> anos. O mesmo
> > que proporcionaria uma cura milagrosa para o câncer. "O risco de
> doenças
> > fatais dispara após os 60 anos. Assim, mesmo que evitemos o ataque
> cardíaco,
> > outros problemas vão nos pegar", afirma o escritor de ciência e
> medicina
> > americano David Stipp, autor do livro The Youth Pill (A Pílula da
> Juventude,
> > sem edição no Brasil), lançado no ano passado. Por isso, a
> maneira de
> > aumentar a expectativa e a qualidade de vida para valer é evitar
> chegar
> > nesse estágio em que já estamos mais fracos e vulneráveis a
> doenças.
> >
> > Em vez de águas milagrosas, a Fonte da Juventude perseguida pelos
> cientistas
> > oferecerá tratamentos futurísticos descobertos nos mais
> ardilosos
> > experimentos
> > Crédito: Maná E.D.I.
> >
> > INJEÇÃO ANTIVELHICE
> >
> > Em novembro passado, pesquisadores do Instituto de Câncer
> Dana-Farber, da
> > Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, publicaram um
> estudo que
> > contrariou um dos principais conceitos sobre o processo de
> envelhecimento: o
> > de que ele é irreversível. Eles conseguiram, pela primeira vez,
> rejuvenescer
> > ratos de laboratório. O experimento foi baseado num mecanismo que
> rendeu, um
> > ano antes, o Prêmio Nobel de Medicina a outros três cientistas
> americanos: a
> > relação entre o processo de envelhecimento e os telômeros, uma
> espécie de
> > capinha que protege a ponta de cada cromossomo dentro de nossas
> células —
> > numa comparação grosseira, o telômero assemelha-se àquele
> revestimento
> > plástico presente na ponta dos cadarços de um tênis. A cada
> vez que a célula
> > se divide, essa capinha se encurta um pouco. Depois de 50 a 80
> duplicações a
> > célula não consegue mais se multiplicar — após os 35 anos
> de idade, os
> > efeitos desse processo já começam a ser sentidos. O tempo passa
> e, sem
> > células novas e com algumas mortas ou inativas, nossos órgãos
> começam a se
> > deteriorar. É a velhice.
> >
> > Nascemos com um mecanismo capaz de driblar esse processo, uma enzima
> chamada
> > telomerase. Ela repara as tais capas protetoras dos cromossomos
> após cada
> > divisão celular. Porém, após a infância, sua
> concentração cai drasticamente.
> > Fazer com que ela volte a crescer é um dos caminhos para postergar
> o
> > envelhecimento — ou até mesmo revertê-lo. No estudo de
> Harvard, os
> > cientistas criaram ratos geneticamente modificados de forma que não
> > produzissem a telomerase. Como resultado, os animais envelheceram
> > rapidamente. Os sinais incluíram diminuição do cérebro e do
> olfato, danos no
> > baço e intestinos, além de doenças como osteoporose e
> diabetes. Com apenas
> > um mês de ingestão de telomerase, no entanto, tais sintomas
> sumiram. Os
> > ratos voltaram inclusive a ser férteis e desenvolveram
> neurônios, sem contar
> > uma invejável melhora na pele. "O que vimos não foi a
> desaceleração ou
> > estabilização do envelhecimento, mas algo muito mais incrível:
> uma reversão
> > dramática dele", afirma Ronald DePinho, coordenador da pesquisa.
> "É possível
> > imaginar que um homem de 90 anos voltaria a ter a saúde que
> possuía aos 40
> > ou 50", diz. Porém, apesar de ter sido bem-sucedido em ratos, o
> tratamento
> > ainda não foi testado em humanos. E não há perspectiva de que
> isso aconteça
> > nos próximos anos. "Ainda temos muito trabalho pela frente. O
> próximo passo
> > é descobrir em que estágio da vida as pessoas precisariam se
> submeter à
> > injeção de telomerase", afirma DePinho. Em paralelo a isso, ainda
> seria
> > preciso ultrapassar um grande empecilho: o potencial risco de
> câncer.
> >
> > Fora do período de gestação e infância, a telomerase só
> retorna em grandes
> > quantidades nas células cancerosas — sabe-se que 90% dos
> tumores possuem a
> > enzima. Aliás, é por isso que elas se reproduzem
> incessantemente. "Se você
> > persegue a imortalidade, é o que, de um modo perverso, também
> fazem as
> > células com câncer", diz o oncologista e professor de medicina
> da
> > Universidade Columbia, Estados Unidos, Siddhartha Mukherjee, autor do
> > recém-lançado livro The Emperor of All Maladies: A Biography of
> Cancer (O
> > Império de Todas as Enfermidades: Uma Biografia do Câncer, sem
> edição no
> > Brasil).
> >
> > Além da vantagem óbvia para todo mundo de postergar a chegada da
> velhice, um
> > grupo específico de pessoas se beneficiaria caso os pesquisadores
> > conseguissem resolver as contraindicações desse tipo de tratamento.
> Trata-se
> > de indivíduos que, por conta de uma sequência genética,
> têm menos telomerase
> > desde a gestação. Consequentemente, envelhecem mais rápido e
> chegam a ser
> > biologicamente até dez anos mais velhos do que outras pessoas da
> mesma
> > idade. Essa sequência de DNA foi mapeada em fevereiro do ano
> passado por
> > cientistas da Universidade de Leicester, no Reino Unido. Em um estudo
> com 3
> > mil pessoas, 45% delas carregavam ao menos um gene da sequência. Os
> > pesquisadores acreditam que um mapeamento desse tipo possibilitaria
> > prescrever estilos de vida saudáveis àqueles mais propensos aos
> males do
> > envelhecimento. Além de exercícios físicos, uma dieta com
> poucas calorias
> > entraria na receita. Pois é sabido, e cientificamente provado, que
> quem come
> > menos, vive mais.
> >
> > UMA ENZIMA PARA NOS MANTER SEMPRE JOVENS
> > A deterioração de nosso corpo começa de forma microscópica,
> em nossos
> > cromossomos. Uma substância pode revertê-la. Veja como (clique
> aqui para
> > ampliar)
> >
> > 300 TAÇAS DE VINHO
> >
> > Uma dieta diária entre 1.200 e 1.400 calorias — 30% a menos do
> que a
> > sugerida pela Organização Mundial da Saúde — poderia
> aumentar nossa
> > expectativa de vida média para 120 anos. Algumas pessoas chegariam,
> então,
> > aos 150. Mesmo que você começasse a comer menos aos 30, ainda
> teria chance
> > de prolongar seu tempo na Terra em sete anos. É atrás dessas
> promessas que
> > ao menos 2 mil pessoas praticam a dieta de baixa caloria no mundo.
> Esse é o
> > número de membros da Sociedade de Restrição Calórica. Apesar
> da matriz estar
> > localizada nos Estados Unidos, há integrantes de várias partes
> do planeta,
> > inclusive cinco do Brasil (que não se identificam). Os resultados
> dos pratos
> > moderados têm sido positivos. Dados divulgados pela Sociedade
> atestam que os
> > adeptos da dieta registraram queda significativa da pressão
> sanguínea, perda
> > de quase 70% da gordura corporal e redução de 80% do nível de
> insulina no
> > sangue, o que, no mínimo, faz cair o risco de doenças
> cardíacas e diabetes.
> > Pratos mais comportados também são a receita milenar dos
> habitantes do
> > arquipélago japonês de Okinawa — é lá que estão as
> pessoas que mais vivem no
> > mundo. A proporção de centenários nas ilhas é de 50 para cada
> 100 mil
> > moradores, enquanto nos demais países cai para dez a cada 100 mil.
> A
> > população de Okinawa é de cerca de 1,3 milhão. Não por
> acaso, um prato
> > típico no arquipélago tem 17% menos calorias do que no restante
> do Japão.
> >
> > A teoria mais aceita de por que comer pouco nos faria envelhecer mais
> > devagar é evolutiva. Os efeitos benéficos das baixas calorias se
> devem a um
> > mecanismo chamado starvation response, ou resposta à fome, em
> português. Nos
> > primórdios da humanidade, durante os períodos de grandes secas
> ou mudanças
> > abruptas no clima, ficava difícil encontrar alimento. Era natural,
> portanto,
> > que, sob a ameaça de inanição, o organismo concentrasse seus
> esforços na
> > proteção dos processos essenciais à sobrevivência. A energia
> do crescimento
> > e reprodução (mecanismos trabalhosos para o corpo) era deslocada
> para o
> > reparo e manutenção constante das células. Isso fazia com que as
> pessoas
> > envelhecessem mais devagar. Tudo não passava de um truque da
> natureza para
> > garantir a continuidade da espécie: ao conservar o corpo, o intuito
> era
> > preservar aqueles indivíduos para se reproduzirem assim que as
> coisas
> > melhorassem.
> >
> > Em cinco anos, o laboratório Sirtris Pharmaceutical promete colocar
> no
> > mercado uma pílula que imita os efeitos de se comer pouco, mesmo
> que você
> > siga uma dieta normal. O princípio ativo — já comercializado
> em medicamentos
> > para diabéticos e como suplemento alimentar — é o
> resveratrol, substância
> > encontrada na casca da uva roxa. É sua presença que confere ao
> vinho tinto
> > benefícios ao coração. E explica o que os cientistas chamam de
> "paradoxo
> > francês": a baixa mortalidade por doenças cardíacas na
> França, mesmo com uma
> > dieta tão rica em gordura. Graças ao hábito comedido que a
> população tem de
> > beber vinho quase que diariamente. Além dos benefícios ao
> coração, também há
> > evidências de que o resveratrol reduza o risco de Alzheimer,
> derrame,
> > diversos tipos de câncer, perda de audição e osteoporose —
> todos problemas
> > comuns no envelhecimento. Já provocar o aumento dos anos de vida
> é algo que
> > ainda precisa ser provado em humanos. Mas o resultado em animais se
> mostrou
> > estimulante.
> >
> > VIDA LONGA - E MAIS FELIZ
> >
> > Se a ciência de fato nos fizer passar dos 75 com saúde e
> disposição nos fará
> > felizes como nunca seríamos. Um estudo publicado ano passado por
> > pesquisadores das universidades de Stony Brook e Princeton, nos EUA,
> traçou
> > um paralelo entre bem-estar e idade. Surpresa: nosso auge de
> contentamento
> > seria após os 74. Os resultados formam o que os pesquisadores de
> felicidade
> > chamam de curva U (abaixo). Os idosos sentiriam menos raiva e estresse
> do
> > que os jovens e teriam menos preocupações do que os adultos
> médios. Pois,
> > com a idade, as pessoas lidam melhor com conflitos e controlam as
> emoções. É
> > a sabedoria. Os pesquisadores também sugerem que a saída dos
> filhos de casa
> > diminui problemas familiares e financeiros. A ciência está
> fazendo sua
> > parte, agora falta lazer, trabalho e INSS para que os mais longevos
> possam
> > curtir tranquilos a melhor parte da vida.
> >
> > Em 2006, pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard realizaram
> estudos
> > liderados por David Sinclair — não por acaso, fundador da
> Sirtris
> > Pharmaceutical, hoje pertencente à gigante inglesa GlaxoSmithKline.
> No
> > experimento, cientistas superalimentaram roedores com uma dieta rica
> em
> > gordura. Em paralelo, forneceram a eles doses de resveratrol. As
> cobaias
> > ficaram obesas. Ainda assim, seu tempo de vida se estendeu a um
> patamar
> > igual ao dos ratos que comiam com restrição. Para obter esses
> efeitos com
> > vinho seriam necessárias 300 taças por dia, ou seja, algo
> impensável até
> > para o mais bebum dos seres humanos. O que justifica a corrida da
> indústria
> > farmacêutica atrás das pílulas.
> >
> > Os medicamentos que imitam dietas metódicas serão uma
> aplicação mais
> > concreta dos pioneiros estudos sobre antienvelhecimento. A primeira
> > importante pesquisa científica que provou que restringir calorias
> poderia
> > prolongar a vida foi divulgada em 1934. O estudioso de nutrição da
> > Universidade de Cornell, Estados Unidos, Clive McCay, manteve ratos em
> um
> > estado de quase fome por quatro anos e os assistiu viver 85% mais
> tempo do
> > que a média. Um dos animais chegou aos 3 anos e 9 meses de idade.
> Como,
> > cinco anos antes, dois cientistas tinham ganhado o Prêmio Nobel
> pela
> > descoberta das vitaminas, pareceu uma pequena heresia dizer que passar
> um
> > pouco de fome poderia nos fazer bem. Mais recentemente, no início
> dos anos
> > 2000, cientistas do Centro Nacional de Pesquisa em Primatas de
> Wisconsin
> > revelaram bons resultados com macacos mantidos em uma dieta 30% menos
> > calórica do que seus colegas. Além de magros, estavam no auge da
> vida.
> > Enquanto os que comiam normalmente se movimentavam lentamente e viam
> cair
> > mais pelos, entre outros sinais de velhice.
> >
> > Em 2015, 2016, com o medicamento nas farmácias, a Sirtris deve se
> tornar a
> > indústria referência em antienvelhecimento. Além do
> resveratrol, seus
> > laboratórios estudam outra substância capaz de imitar os efeitos
> de uma
> > dieta de baixa caloria: a rapamicina. Hoje usado para evitar
> rejeição em
> > transplante de órgãos, o princípio ativo fez com que ratos de
> meia-idade
> > vivessem de 28% a 38% mais tempo, segundo um estudo divulgado pela
> revista
> > Nature em meados de 2009. Mais uma pesquisa que mostra que há
> esperanças
> > para prolongar a vida mesmo quando o corpo já está desgastado.
> Esta também é
> > a promessa da medicina regenerativa.
> >
> > Crédito: Maná E.D.I.
> >
> >
> > BIOENGENHARIA
> >
> > No ano passado, um grupo de mulheres teve uma oportunidade de ouro:
> após
> > serem mutiladas devido ao câncer de mama, viram crescer seios 100%
> naturais,
> > a partir de suas próprias células. A técnica que soa como
> milagre foi
> > desenvolvida após quase uma década de estudos pela empresa de
> biotecnologia
> > americana Cytori Therapeutics, que pretende trazer o método para o
> Brasil
> > ainda este ano. Permite dupla recauchutagem: as células que dão
> origem ao
> > novo seio são extraídas de uma cirurgia plástica para tirar
> gordurinhas
> > indesejadas. O procedimento começa com uma lipoaspiração, por
> exemplo, na
> > barriga. Da gordura são colhidas células-tronco, capazes de se
> multiplicar
> > para gerar tecidos de outras partes do corpo, como a mama. Elas
> são, então,
> > aplicadas na região do peito. Conforme crescem, formam um novo
> seio, sem
> > risco de rejeição.
> >
> > A descoberta de células-tronco na gordura foi um grande avanço
> para a
> > medicina regenerativa. Somente no Brasil, são realizadas mais de
> 200 mil
> > lipoaspirações por ano. No ano passado, Radovan Borojevic, diretor
> do
> > Programa Avançado de Biologia Celular Aplicada à Medicina da
> UFRJ,
> > conseguiu, de forma inédita no Brasil, autorização da
> Comissão Nacional de
> > Ética em Pesquisa (Conep) para manipular células-tronco de
> gordura. "Esse
> > material pode garantir reserva para a velhice, para sanar as
> doenças
> > naturais do passar dos anos e até diminuir as rugas", diz. Quem
> fizer uma
> > lipoaspiração aos 20, por exemplo, pode chegar aos 60 e usar as
> células
> > guardadas para preencher a pele envelhecida e se livrar dos pés de
> galinha.
> > Como as células terão a memória de sua juventude, será
> possível fazer o que
> > nenhum cosmético ou Botox jamais conseguiu: ter cara de 20, aos 60.
> O
> > procedimento, cujo efeito dura de quatro a cinco anos, já está
> em fase de
> > testes. Em três meses, Borojevic realizou 70 implantes de
> células antirrugas
> > — os interessados podem se inscrever para os testes no Instituto
> de Ciências
> > Biomédicas da UFRJ. Mas esta é apenas a mais frívola das
> promessas da
> > bioengenharia. "Com as técnicas, vamos envelhecer muito melhor do
> que os
> > nossos avós", afirma Borojevic.
> >
> > Experimentos em humanos mostraram que o implante de células-tronco
> pode
> > reparar órgãos vitais. Entre eles, o coração, que teria
> benefícios como o
> > aumento da quantidade e bombeamento de sangue após infartos,
> diminuição da
> > área de tecidos mortos e melhora da capacidade respiratória em
> casos de
> > doenças cardíacas crônicas. Outro resultado positivo é a
> redução da
> > incontinência urinária em pacientes que passaram por cirurgias
> de próstata.
> > "A medicina regenerativa para problemas do envelhecimento será de
> fato
> > composta por peças de substituição", afirma o gerontologista
> inglês criador
> > da Fundação Sens, de estudos de biotecnologia para
> rejuvenescimento, Aubrey
> > de Grey, polêmico, entre outras coisas, por afirmar que a velhice
> é uma
> > doença à espera de cura.
> >
> > A HORA DA MORTE
> >
> > Com sua aparência de Matusalém, apesar dos 47 anos de idade, De
> Grey
> > acredita que podemos ser imortais e que os homens que vão viver mil
> anos já
> > nasceram. Passar mais tempo na Terra do que o próprio personagem
> bíblico,
> > que teria morrido aos 969, seria possível graças ao
> desenvolvimento da
> > engenharia para impedir que nossas células envelheçam e da
> reposição de
> > órgãos e tecidos. "Uma vez que a medicina regenerativa se
> desenvolver, o
> > limite biológico do corpo desaparecerá." A ideia gerou tanta
> controvérsia na
> > comunidade científica que, em 2005, o Massachusetts Institute of
> Technology
> > (MIT) lançou um concurso que premiaria com US$ 20 mil quem
> conseguisse
> > provar que a tese de Aubrey era descabida. Cinco inscrições foram
> analisadas
> > por um júri composto por cabeças como o geneticista Craig
> Venter. Ninguém
> > levou o prêmio.
> >
> > A crença de que a ciência e a tecnologia nos permitirão
> redesenhar o próprio
> > corpo para nos fazer viver muito mais, até indefinidamente, guia
> uma
> > corrente filosófica chamada transhumanismo. Os seguidores do
> pensamento
> > acreditam que por meio de áreas de conhecimento emergentes como
> > biotecnologia, inteligência artificial, robótica e
> nanotecnologia, poderemos
> > superar a própria condição humana. "O homem não é o final
> da evolução
> > biológica, e sim o começo de uma evolução tecnológica",
> afirma o engenheiro
> > venezuelano formado pelo MIT e que já trabalhou para a Nasa,
> José Cordeiro,
> > grande divulgador do transhumanismo na América Latina. Ele acredita
> que
> > assistiremos à morte da morte — e que não há nada de
> antinatural nisso. "O
> > propósito da vida é mais vida. Além do mais, ninguém quer
> morrer, ainda mais
> > se tiver a oportunidade de não ficar velho."
> >
> > A visão de que vale a pena manipular nosso corpo a qualquer custo
> para ser
> > jovem para sempre encontra olhares críticos. "Essa pretensão de
> vida eterna
> > é um erro existencial, uma arrogância do homem em querer
> inventar uma vida
> > que não é sua. Pois a finitude é um atributo da nossa, e é
> o que a faz ser
> > boa", afirma o cientista político Clóvis de Barros Filho,
> professor de ética
> > da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo
> (USP). "É uma
> > ilusão narcisista acreditar que se vai viver em gozo eternamente.
> Ficar dos
> > 60 aos 120 anos curtindo aposentadoria e nunca aceitar o dissolver,
> que é o
> > nosso destino", diz a filósofa e terapeuta Regina Favre, de São
> Paulo, que
> > acredita que a busca pela longevidade sem fim seja fruto da
> solidão, do
> > desamparo e do medo gerado pelos problemas da velhice e proximidade da
> > morte. Ou como escreveu o escritor argentino Jorge Luis Borges
> (1899-1986)
> > no conto O Imortal, publicado no livro O Aleph: "Dilatar a vida dos
> homens é
> > como dilatar sua agonia e multiplicar o número de suas mortes".
> >
> > Mesmo que a medicina conseguisse fazer com que as pessoas tivessem
> saúde e
> > disposição para trabalhar até os 100, provavelmente não
> haveria mercado para
> > todos. Com uma superpopulação de idosos, a previdência social
> certamente
> > iria quebrar. "Não adianta chegarmos aos 200 anos se não
> resolvermos esses
> > problemas", diz a presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e
> > Gerontologia, Silvia Regina Mendes Pereira, que acha positivo o
> esforço dos
> > cientistas para evitar doenças como diabetes ou Alzheimer, desde
> que a
> > qualidade de vida seja encarada de forma global. "E isso passa por
> vários
> > aspectos. Um deles, sim, é a saúde, mas também há o
> psicológico e o social."
> >
> >
> > As transformações no mundo caso as pessoas passem a viver
> décadas ou até
> > séculos a mais são inevitáveis. Mas, para De Grey,
> compensaria enfrentá-las.
> > "Essas dificuldades não superam os benefícios da eliminação
> de doenças
> > relacionadas à idade, como problemas cardiovasculares e câncer",
> afirma.
> > Mesmo porque esses problemas terão que ser pensados de imediato.
> Pois, antes
> > mesmo das pirotecnias científicas se tornarem realidade, a
> longevidade no
> > mundo só cresce. Para se ter ideia, vivemos 25 anos a mais do que
> um século
> > atrás. Nos países desenvolvidos, a expectativa de vida aumenta
> cinco horas
> > por dia. Ou seja, já há motivos suficientes para a ciência se
> preocupar com
> > os muitos que, em tempos anteriores às pílulas que simulam fome
> ou injeções
> > de enzimas e células-tronco, fazem muito mais aniversários do
> que um dia
> > nossos avós jamais poderiam imaginar.
> >
> > O profeta da imortalidade
> >
> > O cientista do envelhecimento Aubrey de Grey afirma que, em 2030,
> estaremos
> > vivendo até os 130 anos. E que os homens que farão mil
> aniversários já
> > nasceram. A seguir ele conta como isso será possível
> >
> > * Por que envelhecemos?
> > Aubrey de Grey: Porque o corpo humano, como qualquer máquina, causa
> danos a
> > si mesmo como efeito colateral natural de sua operação. Esse
> prejuízo se
> > acumula ao longo da vida. Por um longo tempo quase não afeta a
> habilidade do
> > corpo para funcionar, mas, eventualmente, provoca doenças e
> incapacidade.
> >
> > * As pessoas que viveriam mil anos precisariam constantemente
> substituir
> > peças, como um robô?
> > De Grey: De fato, a maior parte das técnicas serão compostas por
> peças de
> > substituição, mas a um nível microscópico. Em alguns casos,
> podemos trocar
> > órgãos inteiros. Porém, mais frequentemente, serão
> células ou moléculas.
> >
> > * Mesmo pessoas sedentárias, com excesso de peso e estressadas
> serão capazes
> > de viver mais?
> > De Grey: A medicina regenerativa vai permitir que as pessoas
> ultrapassem por
> > uma larga margem a longevidade que qualquer um consegue atualmente,
> mesmo
> > com a melhor vida possível, mesmo aqueles com uma genética
> privilegiada.
> > Então, sim, estas terapias irão funcionar em todos, mesmo
> naqueles com um
> > estilo de vida ruim.
> >
> > * Existe limite biológico para a vida dos seres humanos?
> > De Grey: Há de fato um limite biológico para quanto tempo as
> pessoas podem
> > viver, porque certos aspectos do nosso metabolismo, como a
> respiração, são
> > inevitáveis e acumulam danos moleculares e celulares. Porém, uma
> vez que se
> > desenvolvam técnicas de bioengenharia para reparar esses danos,
> não haverá
> > mais limite para a vida do homem.
> >
> > * Como lidar com as consequências sociais de se ter uma
> superpopulação?
> > De Grey: A eliminação do envelhecimento vai mudar o mundo. E
> precisaremos
> > agir diante de muitas dessas transformações. No entanto, essas
> dificuldades
> > não superam os benefícios da eliminação de doenças como
> câncer e problemas
> > cardiovasculares.
> >
> > * Viver mais significa viver melhor?
> > De Grey: Não necessariamente. Mas o trabalho em minha fundação
> de estudos em
> > engenharia de rejuvenescimento, a Sens, foca em viver melhor, ou seja,
> adiar
> > o processo das doenças da velhice. A longevidade será um efeito
> colateral:
> > só ocorrerá porque as pessoas serão mantidas saudáveis.
> >
> > * Você aplica técnicas de medicina regenerativa em si mesmo?
> Já testou
> > alguma?
> > De Grey: Estou ansioso para me beneficiar destas terapias. Não
> faço isso
> > simplesmente porque, na prática, elas ainda não existem.
> >
>




--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@...> escreveu
>
>
> Victor,
>
> > Será que nós, daqui do fórum, ainda poderemos nos beneficiar
> desses avanços
> > da medicina?
>
> Provavelmente algum benefício sim. Segundo pesquisas, que enviei
> anteriormente uma matéria a respeito, bastaria uma boa dieta de baixa
> caloria para termos efeitos positivos. Sem considerar alguns suplementos
> (e alimentos), ainda a serem melhor avaliados, que já existem no
> mercado.
>
>
>
> Marcel
>
>
> >
> > Suspeito que as respostas para essa perguntinha ficarão aí por
> volta de
> > "naaaão!"
> >
> >
> >
> > Acho que a maioria de nós vai ficar, com sorte, é na média
> mesmo!
> >
> >
> >
> > Particularmente, só quero chegar lá se com tudo em cima e
> lúcido para
> > continuar "heresiando às avessas"...
> >
> >
> >
> > Senão, cadê a graça?
> >
> >
> >
> > Sds,
> >
> > Victor.
> >
> >
> >
> >
> >
> > De: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
> > Em nome de marcelleandro2009
> > Enviada em: sexta-feira, 16 de março de 2012 17:49
> > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > Assunto: [ciencialist] A cura do envelhecimento , starvation response,
> etc.
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,ERT204682-17773,00.htm\
> l
> >
> > A cura do envelhecimento
> >
> > Pílulas, células-tronco, dietas e tratamentos para evitar
> doenças e
> > regenerar órgãos. Conheça as novas armas da ciência para
> nos manter com
> > aparência jovem para sempre
> >
> > Priscilla Santos, com reportagem de Bruna Fasano e Willian Okada
> >
> > FONTE DA JUVENTUDE
> > Crédito: Maná E.D.I.
> >
> > O soldado e explorador espanhol Juan Ponce de León (1460-1521)
> já havia
> > acompanhado Cristóvão Colombo em sua segunda viagem à
> América quando começou
> > sua busca pela mitológica Fonte da Juventude. Os nativos de Porto
> Rico, onde
> > Ponce havia criado uma colônia, diziam existir tal fonte misteriosa
> capaz de
> > proporcionar a jovialidade eterna para quem em suas águas se
> banhasse. O
> > viajante nunca a encontrou — acabou foi descobrindo a Flórida,
> ironicamente
> > o estado americano hoje com a maior proporção de idosos. Ponce de
> León não
> > foi o único a procurar incansavelmente por uma forma de ser jovem
> para
> > sempre. A busca pela imortalidade e pela juventude eterna sempre
> fascinou o
> > homem, único animal que tem consciência da própria morte
> — e por isso sofre.
> > Mas nunca esteve tão próxima de ser alcançada. Como Ponce de
> Leóns
> > contemporâneos, os cientistas do século 21 vêm perseguindo o
> fim da maior
> > causa de morte do mundo: a velhice. Por consequência, as doenças
> decorrentes
> > dela. E parecem estar mais próximos de, no mínimo,
> postergá-la. "Os avanços
> > da área biológica que surgem nesse começo de século
> indicam que muitos de
> > nós poderemos chegar facilmente aos 100, 150 anos", diz o professor
> do
> > Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio
> de Janeiro
> > (UFRJ), Stevens Rehen.
> >
> > Prolongar a vida seria apenas uma consequência de fazer as pessoas
> serem
> > mais saudáveis por mais tempo. Esse é o principal objetivo da
> nova ciência
> > do antienvelhecimento, que pretende atacar de uma só vez todas as
> formas de
> > deterioração do corpo para fazer com que o nosso relógio
> biológico corra
> > mais devagar. Assim, ficaríamos longe de doenças decorrentes da
> idade
> > avançada — como Alzheimer, demência, diabetes e doenças
> cardíacas — por mais
> > tempo. Atacar a velhice, portanto, seria a melhor e talvez única
> forma de
> > nos afastarmos dos males provocados por ela. Combater uma a uma as
> doenças —
> > algo que desde sempre fazemos — não surtiria grandes efeitos.
> Nos Estados
> > Unidos, por exemplo, se os problemas de coração fossem totalmente
> > eliminados, a expectativa de vida não subiria mais do que três
> anos. O mesmo
> > que proporcionaria uma cura milagrosa para o câncer. "O risco de
> doenças
> > fatais dispara após os 60 anos. Assim, mesmo que evitemos o ataque
> cardíaco,
> > outros problemas vão nos pegar", afirma o escritor de ciência e
> medicina
> > americano David Stipp, autor do livro The Youth Pill (A Pílula da
> Juventude,
> > sem edição no Brasil), lançado no ano passado. Por isso, a
> maneira de
> > aumentar a expectativa e a qualidade de vida para valer é evitar
> chegar
> > nesse estágio em que já estamos mais fracos e vulneráveis a
> doenças.
> >
> > Em vez de águas milagrosas, a Fonte da Juventude perseguida pelos
> cientistas
> > oferecerá tratamentos futurísticos descobertos nos mais
> ardilosos
> > experimentos
> > Crédito: Maná E.D.I.
> >
> > INJEÇÃO ANTIVELHICE
> >
> > Em novembro passado, pesquisadores do Instituto de Câncer
> Dana-Farber, da
> > Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, publicaram um
> estudo que
> > contrariou um dos principais conceitos sobre o processo de
> envelhecimento: o
> > de que ele é irreversível. Eles conseguiram, pela primeira vez,
> rejuvenescer
> > ratos de laboratório. O experimento foi baseado num mecanismo que
> rendeu, um
> > ano antes, o Prêmio Nobel de Medicina a outros três cientistas
> americanos: a
> > relação entre o processo de envelhecimento e os telômeros, uma
> espécie de
> > capinha que protege a ponta de cada cromossomo dentro de nossas
> células —
> > numa comparação grosseira, o telômero assemelha-se àquele
> revestimento
> > plástico presente na ponta dos cadarços de um tênis. A cada
> vez que a célula
> > se divide, essa capinha se encurta um pouco. Depois de 50 a 80
> duplicações a
> > célula não consegue mais se multiplicar — após os 35 anos
> de idade, os
> > efeitos desse processo já começam a ser sentidos. O tempo passa
> e, sem
> > células novas e com algumas mortas ou inativas, nossos órgãos
> começam a se
> > deteriorar. É a velhice.
> >
> > Nascemos com um mecanismo capaz de driblar esse processo, uma enzima
> chamada
> > telomerase. Ela repara as tais capas protetoras dos cromossomos
> após cada
> > divisão celular. Porém, após a infância, sua
> concentração cai drasticamente.
> > Fazer com que ela volte a crescer é um dos caminhos para postergar
> o
> > envelhecimento — ou até mesmo revertê-lo. No estudo de
> Harvard, os
> > cientistas criaram ratos geneticamente modificados de forma que não
> > produzissem a telomerase. Como resultado, os animais envelheceram
> > rapidamente. Os sinais incluíram diminuição do cérebro e do
> olfato, danos no
> > baço e intestinos, além de doenças como osteoporose e
> diabetes. Com apenas
> > um mês de ingestão de telomerase, no entanto, tais sintomas
> sumiram. Os
> > ratos voltaram inclusive a ser férteis e desenvolveram
> neurônios, sem contar
> > uma invejável melhora na pele. "O que vimos não foi a
> desaceleração ou
> > estabilização do envelhecimento, mas algo muito mais incrível:
> uma reversão
> > dramática dele", afirma Ronald DePinho, coordenador da pesquisa.
> "É possível
> > imaginar que um homem de 90 anos voltaria a ter a saúde que
> possuía aos 40
> > ou 50", diz. Porém, apesar de ter sido bem-sucedido em ratos, o
> tratamento
> > ainda não foi testado em humanos. E não há perspectiva de que
> isso aconteça
> > nos próximos anos. "Ainda temos muito trabalho pela frente. O
> próximo passo
> > é descobrir em que estágio da vida as pessoas precisariam se
> submeter à
> > injeção de telomerase", afirma DePinho. Em paralelo a isso, ainda
> seria
> > preciso ultrapassar um grande empecilho: o potencial risco de
> câncer.
> >
> > Fora do período de gestação e infância, a telomerase só
> retorna em grandes
> > quantidades nas células cancerosas — sabe-se que 90% dos
> tumores possuem a
> > enzima. Aliás, é por isso que elas se reproduzem
> incessantemente. "Se você
> > persegue a imortalidade, é o que, de um modo perverso, também
> fazem as
> > células com câncer", diz o oncologista e professor de medicina
> da
> > Universidade Columbia, Estados Unidos, Siddhartha Mukherjee, autor do
> > recém-lançado livro The Emperor of All Maladies: A Biography of
> Cancer (O
> > Império de Todas as Enfermidades: Uma Biografia do Câncer, sem
> edição no
> > Brasil).
> >
> > Além da vantagem óbvia para todo mundo de postergar a chegada da
> velhice, um
> > grupo específico de pessoas se beneficiaria caso os pesquisadores
> > conseguissem resolver as contraindicações desse tipo de tratamento.
> Trata-se
> > de indivíduos que, por conta de uma sequência genética,
> têm menos telomerase
> > desde a gestação. Consequentemente, envelhecem mais rápido e
> chegam a ser
> > biologicamente até dez anos mais velhos do que outras pessoas da
> mesma
> > idade. Essa sequência de DNA foi mapeada em fevereiro do ano
> passado por
> > cientistas da Universidade de Leicester, no Reino Unido. Em um estudo
> com 3
> > mil pessoas, 45% delas carregavam ao menos um gene da sequência. Os
> > pesquisadores acreditam que um mapeamento desse tipo possibilitaria
> > prescrever estilos de vida saudáveis àqueles mais propensos aos
> males do
> > envelhecimento. Além de exercícios físicos, uma dieta com
> poucas calorias
> > entraria na receita. Pois é sabido, e cientificamente provado, que
> quem come
> > menos, vive mais.
> >
> > UMA ENZIMA PARA NOS MANTER SEMPRE JOVENS
> > A deterioração de nosso corpo começa de forma microscópica,
> em nossos
> > cromossomos. Uma substância pode revertê-la. Veja como (clique
> aqui para
> > ampliar)
> >
> > 300 TAÇAS DE VINHO
> >
> > Uma dieta diária entre 1.200 e 1.400 calorias — 30% a menos do
> que a
> > sugerida pela Organização Mundial da Saúde — poderia
> aumentar nossa
> > expectativa de vida média para 120 anos. Algumas pessoas chegariam,
> então,
> > aos 150. Mesmo que você começasse a comer menos aos 30, ainda
> teria chance
> > de prolongar seu tempo na Terra em sete anos. É atrás dessas
> promessas que
> > ao menos 2 mil pessoas praticam a dieta de baixa caloria no mundo.
> Esse é o
> > número de membros da Sociedade de Restrição Calórica. Apesar
> da matriz estar
> > localizada nos Estados Unidos, há integrantes de várias partes
> do planeta,
> > inclusive cinco do Brasil (que não se identificam). Os resultados
> dos pratos
> > moderados têm sido positivos. Dados divulgados pela Sociedade
> atestam que os
> > adeptos da dieta registraram queda significativa da pressão
> sanguínea, perda
> > de quase 70% da gordura corporal e redução de 80% do nível de
> insulina no
> > sangue, o que, no mínimo, faz cair o risco de doenças
> cardíacas e diabetes.
> > Pratos mais comportados também são a receita milenar dos
> habitantes do
> > arquipélago japonês de Okinawa — é lá que estão as
> pessoas que mais vivem no
> > mundo. A proporção de centenários nas ilhas é de 50 para cada
> 100 mil
> > moradores, enquanto nos demais países cai para dez a cada 100 mil.
> A
> > população de Okinawa é de cerca de 1,3 milhão. Não por
> acaso, um prato
> > típico no arquipélago tem 17% menos calorias do que no restante
> do Japão.
> >
> > A teoria mais aceita de por que comer pouco nos faria envelhecer mais
> > devagar é evolutiva. Os efeitos benéficos das baixas calorias se
> devem a um
> > mecanismo chamado starvation response, ou resposta à fome, em
> português. Nos
> > primórdios da humanidade, durante os períodos de grandes secas
> ou mudanças
> > abruptas no clima, ficava difícil encontrar alimento. Era natural,
> portanto,
> > que, sob a ameaça de inanição, o organismo concentrasse seus
> esforços na
> > proteção dos processos essenciais à sobrevivência. A energia
> do crescimento
> > e reprodução (mecanismos trabalhosos para o corpo) era deslocada
> para o
> > reparo e manutenção constante das células. Isso fazia com que as
> pessoas
> > envelhecessem mais devagar. Tudo não passava de um truque da
> natureza para
> > garantir a continuidade da espécie: ao conservar o corpo, o intuito
> era
> > preservar aqueles indivíduos para se reproduzirem assim que as
> coisas
> > melhorassem.
> >
> > Em cinco anos, o laboratório Sirtris Pharmaceutical promete colocar
> no
> > mercado uma pílula que imita os efeitos de se comer pouco, mesmo
> que você
> > siga uma dieta normal. O princípio ativo — já comercializado
> em medicamentos
> > para diabéticos e como suplemento alimentar — é o
> resveratrol, substância
> > encontrada na casca da uva roxa. É sua presença que confere ao
> vinho tinto
> > benefícios ao coração. E explica o que os cientistas chamam de
> "paradoxo
> > francês": a baixa mortalidade por doenças cardíacas na
> França, mesmo com uma
> > dieta tão rica em gordura. Graças ao hábito comedido que a
> população tem de
> > beber vinho quase que diariamente. Além dos benefícios ao
> coração, também há
> > evidências de que o resveratrol reduza o risco de Alzheimer,
> derrame,
> > diversos tipos de câncer, perda de audição e osteoporose —
> todos problemas
> > comuns no envelhecimento. Já provocar o aumento dos anos de vida
> é algo que
> > ainda precisa ser provado em humanos. Mas o resultado em animais se
> mostrou
> > estimulante.
> >
> > VIDA LONGA - E MAIS FELIZ
> >
> > Se a ciência de fato nos fizer passar dos 75 com saúde e
> disposição nos fará
> > felizes como nunca seríamos. Um estudo publicado ano passado por
> > pesquisadores das universidades de Stony Brook e Princeton, nos EUA,
> traçou
> > um paralelo entre bem-estar e idade. Surpresa: nosso auge de
> contentamento
> > seria após os 74. Os resultados formam o que os pesquisadores de
> felicidade
> > chamam de curva U (abaixo). Os idosos sentiriam menos raiva e estresse
> do
> > que os jovens e teriam menos preocupações do que os adultos
> médios. Pois,
> > com a idade, as pessoas lidam melhor com conflitos e controlam as
> emoções. É
> > a sabedoria. Os pesquisadores também sugerem que a saída dos
> filhos de casa
> > diminui problemas familiares e financeiros. A ciência está
> fazendo sua
> > parte, agora falta lazer, trabalho e INSS para que os mais longevos
> possam
> > curtir tranquilos a melhor parte da vida.
> >
> > Em 2006, pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard realizaram
> estudos
> > liderados por David Sinclair — não por acaso, fundador da
> Sirtris
> > Pharmaceutical, hoje pertencente à gigante inglesa GlaxoSmithKline.
> No
> > experimento, cientistas superalimentaram roedores com uma dieta rica
> em
> > gordura. Em paralelo, forneceram a eles doses de resveratrol. As
> cobaias
> > ficaram obesas. Ainda assim, seu tempo de vida se estendeu a um
> patamar
> > igual ao dos ratos que comiam com restrição. Para obter esses
> efeitos com
> > vinho seriam necessárias 300 taças por dia, ou seja, algo
> impensável até
> > para o mais bebum dos seres humanos. O que justifica a corrida da
> indústria
> > farmacêutica atrás das pílulas.
> >
> > Os medicamentos que imitam dietas metódicas serão uma
> aplicação mais
> > concreta dos pioneiros estudos sobre antienvelhecimento. A primeira
> > importante pesquisa científica que provou que restringir calorias
> poderia
> > prolongar a vida foi divulgada em 1934. O estudioso de nutrição da
> > Universidade de Cornell, Estados Unidos, Clive McCay, manteve ratos em
> um
> > estado de quase fome por quatro anos e os assistiu viver 85% mais
> tempo do
> > que a média. Um dos animais chegou aos 3 anos e 9 meses de idade.
> Como,
> > cinco anos antes, dois cientistas tinham ganhado o Prêmio Nobel
> pela
> > descoberta das vitaminas, pareceu uma pequena heresia dizer que passar
> um
> > pouco de fome poderia nos fazer bem. Mais recentemente, no início
> dos anos
> > 2000, cientistas do Centro Nacional de Pesquisa em Primatas de
> Wisconsin
> > revelaram bons resultados com macacos mantidos em uma dieta 30% menos
> > calórica do que seus colegas. Além de magros, estavam no auge da
> vida.
> > Enquanto os que comiam normalmente se movimentavam lentamente e viam
> cair
> > mais pelos, entre outros sinais de velhice.
> >
> > Em 2015, 2016, com o medicamento nas farmácias, a Sirtris deve se
> tornar a
> > indústria referência em antienvelhecimento. Além do
> resveratrol, seus
> > laboratórios estudam outra substância capaz de imitar os efeitos
> de uma
> > dieta de baixa caloria: a rapamicina. Hoje usado para evitar
> rejeição em
> > transplante de órgãos, o princípio ativo fez com que ratos de
> meia-idade
> > vivessem de 28% a 38% mais tempo, segundo um estudo divulgado pela
> revista
> > Nature em meados de 2009. Mais uma pesquisa que mostra que há
> esperanças
> > para prolongar a vida mesmo quando o corpo já está desgastado.
> Esta também é
> > a promessa da medicina regenerativa.
> >
> > Crédito: Maná E.D.I.
> >
> >
> > BIOENGENHARIA
> >
> > No ano passado, um grupo de mulheres teve uma oportunidade de ouro:
> após
> > serem mutiladas devido ao câncer de mama, viram crescer seios 100%
> naturais,
> > a partir de suas próprias células. A técnica que soa como
> milagre foi
> > desenvolvida após quase uma década de estudos pela empresa de
> biotecnologia
> > americana Cytori Therapeutics, que pretende trazer o método para o
> Brasil
> > ainda este ano. Permite dupla recauchutagem: as células que dão
> origem ao
> > novo seio são extraídas de uma cirurgia plástica para tirar
> gordurinhas
> > indesejadas. O procedimento começa com uma lipoaspiração, por
> exemplo, na
> > barriga. Da gordura são colhidas células-tronco, capazes de se
> multiplicar
> > para gerar tecidos de outras partes do corpo, como a mama. Elas
> são, então,
> > aplicadas na região do peito. Conforme crescem, formam um novo
> seio, sem
> > risco de rejeição.
> >
> > A descoberta de células-tronco na gordura foi um grande avanço
> para a
> > medicina regenerativa. Somente no Brasil, são realizadas mais de
> 200 mil
> > lipoaspirações por ano. No ano passado, Radovan Borojevic, diretor
> do
> > Programa Avançado de Biologia Celular Aplicada à Medicina da
> UFRJ,
> > conseguiu, de forma inédita no Brasil, autorização da
> Comissão Nacional de
> > Ética em Pesquisa (Conep) para manipular células-tronco de
> gordura. "Esse
> > material pode garantir reserva para a velhice, para sanar as
> doenças
> > naturais do passar dos anos e até diminuir as rugas", diz. Quem
> fizer uma
> > lipoaspiração aos 20, por exemplo, pode chegar aos 60 e usar as
> células
> > guardadas para preencher a pele envelhecida e se livrar dos pés de
> galinha.
> > Como as células terão a memória de sua juventude, será
> possível fazer o que
> > nenhum cosmético ou Botox jamais conseguiu: ter cara de 20, aos 60.
> O
> > procedimento, cujo efeito dura de quatro a cinco anos, já está
> em fase de
> > testes. Em três meses, Borojevic realizou 70 implantes de
> células antirrugas
> > — os interessados podem se inscrever para os testes no Instituto
> de Ciências
> > Biomédicas da UFRJ. Mas esta é apenas a mais frívola das
> promessas da
> > bioengenharia. "Com as técnicas, vamos envelhecer muito melhor do
> que os
> > nossos avós", afirma Borojevic.
> >
> > Experimentos em humanos mostraram que o implante de células-tronco
> pode
> > reparar órgãos vitais. Entre eles, o coração, que teria
> benefícios como o
> > aumento da quantidade e bombeamento de sangue após infartos,
> diminuição da
> > área de tecidos mortos e melhora da capacidade respiratória em
> casos de
> > doenças cardíacas crônicas. Outro resultado positivo é a
> redução da
> > incontinência urinária em pacientes que passaram por cirurgias
> de próstata.
> > "A medicina regenerativa para problemas do envelhecimento será de
> fato
> > composta por peças de substituição", afirma o gerontologista
> inglês criador
> > da Fundação Sens, de estudos de biotecnologia para
> rejuvenescimento, Aubrey
> > de Grey, polêmico, entre outras coisas, por afirmar que a velhice
> é uma
> > doença à espera de cura.
> >
> > A HORA DA MORTE
> >
> > Com sua aparência de Matusalém, apesar dos 47 anos de idade, De
> Grey
> > acredita que podemos ser imortais e que os homens que vão viver mil
> anos já
> > nasceram. Passar mais tempo na Terra do que o próprio personagem
> bíblico,
> > que teria morrido aos 969, seria possível graças ao
> desenvolvimento da
> > engenharia para impedir que nossas células envelheçam e da
> reposição de
> > órgãos e tecidos. "Uma vez que a medicina regenerativa se
> desenvolver, o
> > limite biológico do corpo desaparecerá." A ideia gerou tanta
> controvérsia na
> > comunidade científica que, em 2005, o Massachusetts Institute of
> Technology
> > (MIT) lançou um concurso que premiaria com US$ 20 mil quem
> conseguisse
> > provar que a tese de Aubrey era descabida. Cinco inscrições foram
> analisadas
> > por um júri composto por cabeças como o geneticista Craig
> Venter. Ninguém
> > levou o prêmio.
> >
> > A crença de que a ciência e a tecnologia nos permitirão
> redesenhar o próprio
> > corpo para nos fazer viver muito mais, até indefinidamente, guia
> uma
> > corrente filosófica chamada transhumanismo. Os seguidores do
> pensamento
> > acreditam que por meio de áreas de conhecimento emergentes como
> > biotecnologia, inteligência artificial, robótica e
> nanotecnologia, poderemos
> > superar a própria condição humana. "O homem não é o final
> da evolução
> > biológica, e sim o começo de uma evolução tecnológica",
> afirma o engenheiro
> > venezuelano formado pelo MIT e que já trabalhou para a Nasa,
> José Cordeiro,
> > grande divulgador do transhumanismo na América Latina. Ele acredita
> que
> > assistiremos à morte da morte — e que não há nada de
> antinatural nisso. "O
> > propósito da vida é mais vida. Além do mais, ninguém quer
> morrer, ainda mais
> > se tiver a oportunidade de não ficar velho."
> >
> > A visão de que vale a pena manipular nosso corpo a qualquer custo
> para ser
> > jovem para sempre encontra olhares críticos. "Essa pretensão de
> vida eterna
> > é um erro existencial, uma arrogância do homem em querer
> inventar uma vida
> > que não é sua. Pois a finitude é um atributo da nossa, e é
> o que a faz ser
> > boa", afirma o cientista político Clóvis de Barros Filho,
> professor de ética
> > da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo
> (USP). "É uma
> > ilusão narcisista acreditar que se vai viver em gozo eternamente.
> Ficar dos
> > 60 aos 120 anos curtindo aposentadoria e nunca aceitar o dissolver,
> que é o
> > nosso destino", diz a filósofa e terapeuta Regina Favre, de São
> Paulo, que
> > acredita que a busca pela longevidade sem fim seja fruto da
> solidão, do
> > desamparo e do medo gerado pelos problemas da velhice e proximidade da
> > morte. Ou como escreveu o escritor argentino Jorge Luis Borges
> (1899-1986)
> > no conto O Imortal, publicado no livro O Aleph: "Dilatar a vida dos
> homens é
> > como dilatar sua agonia e multiplicar o número de suas mortes".
> >
> > Mesmo que a medicina conseguisse fazer com que as pessoas tivessem
> saúde e
> > disposição para trabalhar até os 100, provavelmente não
> haveria mercado para
> > todos. Com uma superpopulação de idosos, a previdência social
> certamente
> > iria quebrar. "Não adianta chegarmos aos 200 anos se não
> resolvermos esses
> > problemas", diz a presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e
> > Gerontologia, Silvia Regina Mendes Pereira, que acha positivo o
> esforço dos
> > cientistas para evitar doenças como diabetes ou Alzheimer, desde
> que a
> > qualidade de vida seja encarada de forma global. "E isso passa por
> vários
> > aspectos. Um deles, sim, é a saúde, mas também há o
> psicológico e o social."
> >
> >
> > As transformações no mundo caso as pessoas passem a viver
> décadas ou até
> > séculos a mais são inevitáveis. Mas, para De Grey,
> compensaria enfrentá-las.
> > "Essas dificuldades não superam os benefícios da eliminação
> de doenças
> > relacionadas à idade, como problemas cardiovasculares e câncer",
> afirma.
> > Mesmo porque esses problemas terão que ser pensados de imediato.
> Pois, antes
> > mesmo das pirotecnias científicas se tornarem realidade, a
> longevidade no
> > mundo só cresce. Para se ter ideia, vivemos 25 anos a mais do que
> um século
> > atrás. Nos países desenvolvidos, a expectativa de vida aumenta
> cinco horas
> > por dia. Ou seja, já há motivos suficientes para a ciência se
> preocupar com
> > os muitos que, em tempos anteriores às pílulas que simulam fome
> ou injeções
> > de enzimas e células-tronco, fazem muito mais aniversários do
> que um dia
> > nossos avós jamais poderiam imaginar.
> >
> > O profeta da imortalidade
> >
> > O cientista do envelhecimento Aubrey de Grey afirma que, em 2030,
> estaremos
> > vivendo até os 130 anos. E que os homens que farão mil
> aniversários já
> > nasceram. A seguir ele conta como isso será possível
> >
> > * Por que envelhecemos?
> > Aubrey de Grey: Porque o corpo humano, como qualquer máquina, causa
> danos a
> > si mesmo como efeito colateral natural de sua operação. Esse
> prejuízo se
> > acumula ao longo da vida. Por um longo tempo quase não afeta a
> habilidade do
> > corpo para funcionar, mas, eventualmente, provoca doenças e
> incapacidade.
> >
> > * As pessoas que viveriam mil anos precisariam constantemente
> substituir
> > peças, como um robô?
> > De Grey: De fato, a maior parte das técnicas serão compostas por
> peças de
> > substituição, mas a um nível microscópico. Em alguns casos,
> podemos trocar
> > órgãos inteiros. Porém, mais frequentemente, serão
> células ou moléculas.
> >
> > * Mesmo pessoas sedentárias, com excesso de peso e estressadas
> serão capazes
> > de viver mais?
> > De Grey: A medicina regenerativa vai permitir que as pessoas
> ultrapassem por
> > uma larga margem a longevidade que qualquer um consegue atualmente,
> mesmo
> > com a melhor vida possível, mesmo aqueles com uma genética
> privilegiada.
> > Então, sim, estas terapias irão funcionar em todos, mesmo
> naqueles com um
> > estilo de vida ruim.
> >
> > * Existe limite biológico para a vida dos seres humanos?
> > De Grey: Há de fato um limite biológico para quanto tempo as
> pessoas podem
> > viver, porque certos aspectos do nosso metabolismo, como a
> respiração, são
> > inevitáveis e acumulam danos moleculares e celulares. Porém, uma
> vez que se
> > desenvolvam técnicas de bioengenharia para reparar esses danos,
> não haverá
> > mais limite para a vida do homem.
> >
> > * Como lidar com as consequências sociais de se ter uma
> superpopulação?
> > De Grey: A eliminação do envelhecimento vai mudar o mundo. E
> precisaremos
> > agir diante de muitas dessas transformações. No entanto, essas
> dificuldades
> > não superam os benefícios da eliminação de doenças como
> câncer e problemas
> > cardiovasculares.
> >
> > * Viver mais significa viver melhor?
> > De Grey: Não necessariamente. Mas o trabalho em minha fundação
> de estudos em
> > engenharia de rejuvenescimento, a Sens, foca em viver melhor, ou seja,
> adiar
> > o processo das doenças da velhice. A longevidade será um efeito
> colateral:
> > só ocorrerá porque as pessoas serão mantidas saudáveis.
> >
> > * Você aplica técnicas de medicina regenerativa em si mesmo?
> Já testou
> > alguma?
> > De Grey: Estou ansioso para me beneficiar destas terapias. Não
> faço isso
> > simplesmente porque, na prática, elas ainda não existem.
> >
>

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2012 12:07

Ola Belmiro,
 
Pelo que lembro, basta a carga está em movimento relativo (podendo ser uniforme) para gerar um campo magnético. Estou confundindo os efeitos : um emissão de radiação eletromagnética por cargas aceleradas ; outro geração de campos magnéticos por carga em movimento?
 
E, mesmo que sim, acho que o impasse é o mesmo. Dentro de uma mesma "realidade" uma entidade existir para um observador e não existir para outro (que seja o campo ou a radiação eletromagnética).
 
Abs
Felipe

De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 9:20
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Oi Felipe

De: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 9:02
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Ola Alberto/Belmiro,
 
Uma carga eletrica emite radiação eletro-magnética qdo em movimento, não?
 
Quando em movimento *acelerado*.
 
Então, para o observador dentro do elevador, ele e a carga, independentemente da aceleração sofrida, estarão a mesma velocidade relativa um do outro. Dessa forma, com relação a ele não exsite essa emissão.
 
Correto.
 
Agora, pode isso : dada uma carga com velocidade v em relação a um observador e 0 em relação a outro, haver discordância qto a detecção de campos eletromagnéticos ? Um detectando zero e outro um valor diferente de zero ?
 
Sim. É isso que está em discussão aqui.
 
[],s
 
Belmiro
 
Abs
Felipe 
 
 
De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 17:33
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
     Podemos, sim. Vou começar a pensar sobre isso.
 
     [],s
 
     Belmiro

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 12:37
Assunto: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá gente Com respeito ao paradoxo dos gêmeos, tudo indica que não há mais como espremer ninguém aqui pois os posicionamentos pessoais estão fortemente guarnecidos pela paixão que uns devotam por esta ou aquela teoria em detrimentos das demais. Como o meu interesse maior no caso é soltar a macaca que o Victor mantém enjaulada, que tal mudarmos o enfoque, discutindo agora um outro paradoxo que coloca não a RR mas a RG em xeque? Sei que o assunto já foi debatido mas já faz muito tempo (dezembro de 2000). Quem sabe surjam agora novos e melhores argumentos. Se concordarem, sugiro que analisem este texto que improvisei mas que é muito semelhante a um que no passado (1998) apresentei no newsgroup sci.physics.relativity: ***** início do texto proposto para discussão***** Seja um compartimento fechado e incomunicável com o seu exterior. Um observador situado neste compartimento consegue medir um campo gravitacional g qualquer (não é o mesmo g medido aqui na Terra). De acordo com o Princípio da Equivalência (PE) de Einstein, não há como este observador distinguir este campo g de uma possível aceleração a que o compartimento (digamos que seja, por ex., uma nave espacial) esteja sendo submetido. Este observador decide então estudar o comportamento de uma carga elétrica. Se o campo for gravitacional, seria de se esperar a não emissão de radiações eletromagnéticas, assim como acontece aqui na Terra onde há também um campo gravitacional. Por outro lado, se o compartimento estiver sendo acelerado, a radiação deveria existir. Pelo menos a teoria diz que nós aqui na Terra seríamos capazes de detectar esta radiação. Porque motivos o observador dentro do compartimento não iria observar esta radiação? Mas se ele observar esta radiação o PE é contrariado, pois o observador interno poderá distinguir entre aceleração e campo. Saberá portanto que está sendo acelerado. E se não observar, alguma coisa muito esquisita estará ocorrendo com esta radiação, que sem dúvida alguma existe, tanto é que é observada fora do compartimento. ***** final do texto proposto para discussão***** Sei que ao final do diálogo continuaremos com nossas convicções firmadas em nossas paixões, o que é lamentável mas é o que certamente acontecerá. E lamentável porque, como já afirmei, ciência não combina com paixão por esta ou por aquela teoria. A única paixão que se justifica é a paixão pela ciência, ou a paixão pela procura pela verdade. Mas, independentemente do desfecho que muito provavelmente será lamentável, como foi o do paradoxo dos gêmeos, creio que poderemos aprender muito neste exercício dialético de justificarmos nossas paixões. O que vocês acham. Se concordarem poderemos iniciar. [ ]´s Albertohttp://ecientificocultural.com.br Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2012 13:02

> Quanto ao Pesky não vou nem comentar o benefício que ele
> recentemente fez para a Ciencialist.
 
Albertão, não dê corda para o pesky bee, senão ele vai
aprontar coisas feias! Como esta que segue, a "piada
astronômica" do Ary Toledo (meu herói):
 
Tu sabes porque o Ary Toledo chama o pipiu dele de
luneta? Tanto nome para usar (p?u, c_r_lho, p*roca, etc.)
e ele chama a dele de luneta. Aí tu ficas curioso e vais
perguntar para ele porque esse nome. E ele lhe diz: porque
se eu enfiar isso no teu rabo, tu vais ver estrelas!
 
*PB*
 
 
 
-----Mensagem Original-----
From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Tuesday, April 17, 2012 6:42 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
 
Acho que os dois tão querendo elogios.
Pô! Desde quando ceis não têm boa fama por aqui?
O Homero é um dos veteranos mais badalados. Quanto ao Pesky não vou nem
comentar o benefício que ele recentemente fez para a Ciencialist.
Podem ficar sossegados. Tá cheio de pedras de todos os tamanhos
esperando por vocês, é só escolher.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
*********************
-----Mensagem Original-----
From: Pesky Bee
Sent: Tuesday, April 17, 2012 4:50 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
 
> Kkkkkkkkkk..:- ) Pesky, já não temos boa fama por aqui,
> vamos acabar mal falados desse jeito.:- )
 
Pelo jeito, cedo ou tarde terei que alugar uma
pedra mais ampla...
 
*PB*
 
From: oraculo@atibaia.com.br
Sent: Tuesday, April 17, 2012 1:02 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
 
Kkkkkkkkkk..:- ) Pesky, já não temos boa fama por aqui, vamos acabar mal
falados desse jeito.:- )
 
Homero
 
From: Pesky Bee
Sent: Tuesday, April 17, 2012 12:56 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
 
Homerão, alguém já te disse que tu és muito craque
nesse negócio de contar bolinhas? O máximo que consigo
lidar são duas. E olhe lá! Já acho muito. Me dão um big
de um trabalhão, principalmente quando me descuido e sento
rapidamente (e agora, antes que alguém reclame, volto
para debaixo da pedra).
 
*PB*
 
From: oraculo@atibaia.com.br
Sent: Tuesday, April 17, 2012 12:21 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
 
Quase esqueci, a resposta é 2.
2581 tem duas “bolinhas”, cada parte do número 8.
 
Homero
 
From: dudutorres
Sent: Tuesday, April 17, 2012 12:11 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
 
Eu ainda nao consegui resolver...
 
;-)
 
Abs,
Eduardo Torres
 
--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br,
mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br escreveu
>
>
> Olá,
>
> Esta mensagem é uma notificação para informá-lo que um novo arquivo
> foi adicionado no grupo ciencialist.
>
> Arquivo : /enigma_numerico.JPG
> Carregado por : dudutorres <dudutorres@...>
> Descrição : Enigma Numerico
>
> Você pode acessar o arquivo pela URL:
>
> http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/enigma_numerico.JPG
>
> Para saber mais sobre compartilhamento de arquivos no grupo, leia:
>
> http://help.yahoo.com/help/br/groups/files
>
> Atenciosamente,
>
> dudutorres <dudutorres@...>
 
 
 
------------------------------------
 
#####   #####   #####
 
Página de apoio
http://www.ciencialist.com
 
 
#####   #####   #####   #####Links do Yahoo! Grupos
 
<*> Para visitar o site do seu grupo na web, acesse:
    http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/
 
<*> Para sair deste grupo, envie um e-mail para:
    ciencialist-unsubscribe@yahoogrupos.com.br
 
<*> O uso que você faz do Yahoo! Grupos está sujeito aos:
    http://br.yahoo.com/info/utos.html
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2012 13:17

Como diria o Homero:
Kkkkkkkkkk..:- )

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

******************************
-----Mensagem Original-----
From: Pesky Bee
Sent: Wednesday, April 18, 2012 1:02 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Re: Novo arquivo carregado em ciencialist

> Quanto ao Pesky não vou nem comentar o benefício que ele
> recentemente fez para a Ciencialist.

Albertão, não dê corda para o pesky bee, senão ele vai
aprontar coisas feias! Como esta que segue, a "piada
astronômica" do Ary Toledo (meu herói):

Tu sabes porque o Ary Toledo chama o pipiu dele de
luneta? Tanto nome para usar (p?u, c_r_lho, p*roca, etc.)
e ele chama a dele de luneta. Aí tu ficas curioso e vais
perguntar para ele porque esse nome. E ele lhe diz: porque
se eu enfiar isso no teu rabo, tu vais ver estrelas!

*PB*



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2012 13:59

Oi Felipe

De: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 12:07
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Ola Belmiro,
 
Pelo que lembro, basta a carga está em movimento relativo (podendo ser uniforme) para gerar um campo magnético. Estou confundindo os efeitos : um emissão de radiação eletromagnética por cargas aceleradas ; outro geração de campos magnéticos por carga em movimento?
 
Sim. Cargas estáticas geram apenas campo elétrico. Cargas em movimento relativo geram campos elétricos e magnéticos. Cargas aceleradas geram radiação eletromagnética, que são campos elétricos e magnéticos que se propagam no espaço.
 
E, mesmo que sim, acho que o impasse é o mesmo. Dentro de uma mesma "realidade" uma entidade existir para um observador e não existir para outro (que seja o campo ou a radiação eletromagnética).
 
É isso mesmo. Por isso afirmei em outra mensagem que, a rigor, o campo magnético não existe, ou é um artifício para tratar os campos elétricos de cargas em movimento ou aceleradas. Na verdade, podemos dizer que o campo magnético é um efeito relativístico do campo elétrico. Matematicamente é possivel tratar os efeitos magnéticos apenas utilizando Lei de Coulomb e a relatividade restrita.(Espero que o Victor não leia isto, para nõa ficar ganjento).
 
[],s
 
Belmiro
 
Abs
Felipe

De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 9:20
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Oi Felipe

De: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 9:02
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Ola Alberto/Belmiro,
 
Uma carga eletrica emite radiação eletro-magnética qdo em movimento, não?
 
Quando em movimento *acelerado*.
 
Então, para o observador dentro do elevador, ele e a carga, independentemente da aceleração sofrida, estarão a mesma velocidade relativa um do outro. Dessa forma, com relação a ele não exsite essa emissão.
 
Correto.
 
Agora, pode isso : dada uma carga com velocidade v em relação a um observador e 0 em relação a outro, haver discordância qto a detecção de campos eletromagnéticos ? Um detectando zero e outro um valor diferente de zero ?
 
Sim. É isso que está em discussão aqui.
 
[],s
 
Belmiro
 
Abs
Felipe 
 
 
De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 17:33
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
     Podemos, sim. Vou começar a pensar sobre isso.
 
     [],s
 
     Belmiro

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Abril de 2012 12:37
Assunto: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá gente Com respeito ao paradoxo dos gêmeos, tudo indica que não há mais como espremer ninguém aqui pois os posicionamentos pessoais estão fortemente guarnecidos pela paixão que uns devotam por esta ou aquela teoria em detrimentos das demais. Como o meu interesse maior no caso é soltar a macaca que o Victor mantém enjaulada, que tal mudarmos o enfoque, discutindo agora um outro paradoxo que coloca não a RR mas a RG em xeque? Sei que o assunto já foi debatido mas já faz muito tempo (dezembro de 2000). Quem sabe surjam agora novos e melhores argumentos. Se concordarem, sugiro que analisem este texto que improvisei mas que é muito semelhante a um que no passado (1998) apresentei no newsgroup sci.physics.relativity: ***** início do texto proposto para discussão***** Seja um compartimento fechado e incomunicável com o seu exterior. Um observador situado neste compartimento consegue medir um campo gravitacional g qualquer (não é o mesmo g medido aqui na Terra). De acordo com o Princípio da Equivalência (PE) de Einstein, não há como este observador distinguir este campo g de uma possível aceleração a que o compartimento (digamos que seja, por ex., uma nave espacial) esteja sendo submetido. Este observador decide então estudar o comportamento de uma carga elétrica. Se o campo for gravitacional, seria de se esperar a não emissão de radiações eletromagnéticas, assim como acontece aqui na Terra onde há também um campo gravitacional. Por outro lado, se o compartimento estiver sendo acelerado, a radiação deveria existir. Pelo menos a teoria diz que nós aqui na Terra seríamos capazes de detectar esta radiação. Porque motivos o observador dentro do compartimento não iria observar esta radiação? Mas se ele observar esta radiação o PE é contrariado, pois o observador interno poderá distinguir entre aceleração e campo. Saberá portanto que está sendo acelerado. E se não observar, alguma coisa muito esquisita estará ocorrendo com esta radiação, que sem dúvida alguma existe, tanto é que é observada fora do compartimento. ***** final do texto proposto para discussão***** Sei que ao final do diálogo continuaremos com nossas convicções firmadas em nossas paixões, o que é lamentável mas é o que certamente acontecerá. E lamentável porque, como já afirmei, ciência não combina com paixão por esta ou por aquela teoria. A única paixão que se justifica é a paixão pela ciência, ou a paixão pela procura pela verdade. Mas, independentemente do desfecho que muito provavelmente será lamentável, como foi o do paradoxo dos gêmeos, creio que poderemos aprender muito neste exercício dialético de justificarmos nossas paixões. O que vocês acham. Se concordarem poderemos iniciar. [ ]´s Albertohttp://ecientificocultural.com.br Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2012 15:55

From: Belmiro Wolski
Sent: Wednesday, April 18, 2012 9:36 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá Belmiro
 
Belmiro: Mas não há ondulação. É simplesmente um campo eletromagnético crescente que se propaga. E não há mesmo frequencia. Não é cíclico.
 
Alberto: Ok, neste caso então estamos de acordo. Acho apenas que esta onda eletromagnética fica um pouco fora do contexto da física «moderna», a mesma física que diz que a onda eletromagnética é constituída de fótons e que a energia dos fótons seria dada por E=hf, onde f é a frequência da onda. Parece-me que foi para resolver situações como estas que eles inventaram as ondas de conteúdo energético nulo e/ou as ondas que «do ponto de vista clássico» [Sabe-se lá o que seria isto? Teria alguma coisa a ver com o princípio da correspondência de Bohr? Sinceramente não sei.] não contém fótons.
 
Belmiro: Acho que já respondi acima. Quanto à energia transportada por uma onda eletromagnética, quem dita as regras é o Vetor de Poynting. A equação h.f dá a energia do fóton.
 
Alberto: OK. Neste caso digamos então que a onda que está sendo levada em consideração transporta energia. Vamos, por ora, deixar essas ideias de Lorentz e al. de lado, pelo menos até quando possível for.
 
Alberto (msg anterior): Apenas para concluir com algo que não foi ainda ventilado. Se a carga acelerada emite energia (fótons com conteúdo não nulo de energia), esta energia poderá ser captada por Epaminondas, certo? Já o Pafuncio não enxerga nada equivalente em seu referencial. De onde surgiu esta energia captada pelo Epaminondas? Não teria sido originada por ocasião da emissão pela carga, naquilo que alguns chamam reação de radiação? Mas eu creio que foi isto que Lorentz demonstrou ser zero, pelo menos para o caso de elétrons (no momento não tenho a referência, mas isto é bastante repetido por aí, logo não deve ser muito difícil checar essa história - o primeiro link acima parece comentar alguma coisa a respeito). Do contrário a carga iria se consumindo energeticamente. No caso de elétrons acelerados demonstra-se, através de calorímetros, que não há essa perda energética.
 
Belmiro: Vou ser mais herege do que você. A carga recebe energia mecânica do sistema externo ao compartimento e, como tal, pode emitir radiação a este sistema, devolvendo parte da energia recebida. Já internamente ao compartimento, nenhuma energia é cedida em forma de radiação, pois a carga nada recebe  (energia) deste sistema. Só para refletir, e atirar pedras, pois como disse Ele, o telhado é de vidro. Posteriormente vou enviar outra mensagem com uma analogia com um sistema mecânico, que ao meu ver, vai esclarecer muita coisa. Mas, confesso para você, que não vejo nenhuma dificuldade em admitir que o compartimento interno está livre de radiação, enquanto no externo ela está presente.
 
Alberto: Bem, dificuldade eu também não vejo, estou apenas querendo entender o problema mais a fundo e, para isso, vez ou outra estarei exercendo o papel de advogado do diabo.
 
Aliás, se eu tinha alguma dúvida a esse respeito, o seu análogo mecânico foi supimpa. Não obstante, se por um lado clareou tudo, o outro lado ficou obscurecido e muito. Smiley piscando Vamos ver se consigo expor aqui a conversa que travei com meus botões.
 
O problema da energia parece ficar esclarecido. É mais um exemplo daqueles a mostrar o relativismo inerente ao conceito de energia. Logo, poderíamos pensar em raciocinar da mesma maneira com relação às ondas eletromagnéticas. Mas aí surge o outro lado, e é exatamente aquele que deu origem à física «moderna». Dizem que Einstein, antes de formular a sua teoria, tentou «surfar» nas ondas eletromagnéticas e «caiu do cavalo». Ou seja, ele percebeu que neste referencial as ondas não vibrariam, da mesma maneira que acontece com os seus dois jet-skis da figura recém apresentada. No caso do seu exemplo isto não trás nenhum problema. Mas no caso das ondas eletromagnéticas a coisa não era tão simples assim, pelo menos na visão de Einstein. Pois se neste referencial as ondas não vibram, ou estão em repouso, como é que ele iria justificar a existência das duas, uma se transformando na outra? Foi aí que ele assumiu a impossibilidade de nos fixarmos neste referencial, ou até mais do que isto: não adiantaria tentarmos alcançar a luz, ela sempre estaria se afastando de nós na mesma velocidade c, independente de qual fosse a nossa velocidade em relação a qualquer referencial.
 
Concordo então contigo quando diz, ao se apoiar nessa ideia, que parece não haver nenhuma dificuldade em admitir que o compartimento interno está livre de radiação, enquanto no externo ela está presente. Mesmo porque, e neste caso, o meu papel de advogado do diabo estava tentando valorizar o outro lado da famigerada física «moderna», o lado quântico. Mas agora a coisa se complicou e para o lado da relatividade. Como tanto a quântica quanto a relatividade apoiam-se no eletromagnetismo de Maxwell, e mais especialmente, no eletromagnetismo de Maxwell-Lorentz, e ambas, por razões diversas, se voltaram contra a mecânica clássica, fica difícil enxergar alguma analogia entre fenômenos mecânicos e eletromagnéticos sem que se parta para algum tipo de heresia. E neste caso não sei dizer se você está sendo suficientemente herege quanto afirmou Smiley piscando.
 
De qualquer forma, o seu exemplo serviu para entender se não o todo da msg do Léo, pelo menos aquela parte em que ele fala que os aparelhos perdem a referência. Da mesma forma que os jet-skis também a perdem.
 
Haveria muito mais o que dizer, inclusive acrescentar algumas experiências de pensamento que me ocorreram, mas vou parar por aqui e aguardar o desenvolvimento da thread. Mesmo porque estou de saída para o dentista Smiley triste.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2012 17:21

Oi Alberto.
 
Sei que você não aprecia muito as letrinhas coloridas, mas é um jeito de diferenciar as mensagens.

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 15:55
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Wednesday, April 18, 2012 9:36 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá Belmiro
 
Belmiro: Mas não há ondulação. É simplesmente um campo eletromagnético crescente que se propaga. E não há mesmo frequencia. Não é cíclico.
 
Alberto: Ok, neste caso então estamos de acordo. Acho apenas que esta onda eletromagnética fica um pouco fora do contexto da física «moderna», a mesma física que diz que a onda eletromagnética é constituída de fótons e que a energia dos fótons seria dada por E=hf, onde f é a frequência da onda. Parece-me que foi para resolver situações como estas que eles inventaram as ondas de conteúdo energético nulo e/ou as ondas que «do ponto de vista clássico» [Sabe-se lá o que seria isto? Teria alguma coisa a ver com o princípio da correspondência de Bohr? Sinceramente não sei.] não contém fótons.
 
Belmiro: Acho que já respondi acima. Quanto à energia transportada por uma onda eletromagnética, quem dita as regras é o Vetor de Poynting. A equação h.f dá a energia do fóton.
 
Alberto: OK. Neste caso digamos então que a onda que está sendo levada em consideração transporta energia. Vamos, por ora, deixar essas ideias de Lorentz e al. de lado, pelo menos até quando possível for.
 
Alberto (msg anterior): Apenas para concluir com algo que não foi ainda ventilado. Se a carga acelerada emite energia (fótons com conteúdo não nulo de energia), esta energia poderá ser captada por Epaminondas, certo? Já o Pafuncio não enxerga nada equivalente em seu referencial. De onde surgiu esta energia captada pelo Epaminondas? Não teria sido originada por ocasião da emissão pela carga, naquilo que alguns chamam reação de radiação? Mas eu creio que foi isto que Lorentz demonstrou ser zero, pelo menos para o caso de elétrons (no momento não tenho a referência, mas isto é bastante repetido por aí, logo não deve ser muito difícil checar essa história - o primeiro link acima parece comentar alguma coisa a respeito). Do contrário a carga iria se consumindo energeticamente. No caso de elétrons acelerados demonstra-se, através de calorímetros, que não há essa perda energética.
 
Belmiro: Vou ser mais herege do que você. A carga recebe energia mecânica do sistema externo ao compartimento e, como tal, pode emitir radiação a este sistema, devolvendo parte da energia recebida. Já internamente ao compartimento, nenhuma energia é cedida em forma de radiação, pois a carga nada recebe  (energia) deste sistema. Só para refletir, e atirar pedras, pois como disse Ele, o telhado é de vidro. Posteriormente vou enviar outra mensagem com uma analogia com um sistema mecânico, que ao meu ver, vai esclarecer muita coisa. Mas, confesso para você, que não vejo nenhuma dificuldade em admitir que o compartimento interno está livre de radiação, enquanto no externo ela está presente.
 
Alberto: Bem, dificuldade eu também não vejo, estou apenas querendo entender o problema mais a fundo e, para isso, vez ou outra estarei exercendo o papel de advogado do diabo.
 
Aliás, se eu tinha alguma dúvida a esse respeito, o seu análogo mecânico foi supimpa. Não obstante, se por um lado clareou tudo, o outro lado ficou obscurecido e muito. Smiley piscando Vamos ver se consigo expor aqui a conversa que travei com meus botões.
 
O problema da energia parece ficar esclarecido. É mais um exemplo daqueles a mostrar o relativismo inerente ao conceito de energia. Logo, poderíamos pensar em raciocinar da mesma maneira com relação às ondas eletromagnéticas. Mas aí surge o outro lado, e é exatamente aquele que deu origem à física «moderna». Dizem que Einstein, antes de formular a sua teoria, tentou «surfar» nas ondas eletromagnéticas e «caiu do cavalo». Ou seja, ele percebeu que neste referencial as ondas não vibrariam, da mesma maneira que acontece com os seus dois jet-skis da figura recém apresentada. No caso do seu exemplo isto não trás nenhum problema. Mas no caso das ondas eletromagnéticas a coisa não era tão simples assim, pelo menos na visão de Einstein. Pois se neste referencial as ondas não vibram, ou estão em repouso, como é que ele iria justificar a existência das duas, uma se transformando na outra? Foi aí que ele assumiu a impossibilidade de nos fixarmos neste referencial, ou até mais do que isto: não adiantaria tentarmos alcançar a luz, ela sempre estaria se afastando de nós na mesma velocidade c, independente de qual fosse a nossa velocidade em relação a qualquer referencial.
 
        Creio que há uma confusão aí. O análogo mecânico que eu criei é para a situação específica que deu origem à nossa discussão, ou seja, a carga no compartimento acelerado. No referencial da carga, que é a nossa fonte de emisão, a onda não existe, assim como acontece no Príncipe de Joinville. A diferença entre os dois sistemas análogos é que a carga precisa estar acelerando para gerar a onda enquanto o barco precisa apenas se movimentar. Mas nenhum dos dois sistemas detecta a onda, pois ela não existe nestes referenciais. Agora, a questão do Einstein já é diferente. A própria onda é diferente, pois é cíclica. Assim, o único sistema em que a onda não existiria seria aquele que acompanhasse o movimento de vai e vem das cargas que estão originando a onda, que convenhamos é meio difícil de concretizar a não ser com gedanken. Resumindo, o problema de Einstein é que não se pode estar no referencial de propagação das ondas. No nosso caso, podemos (em tese) estar no referencial das cargas que estão gerando a onda, o que certamente é diferente.
 
Concordo então contigo quando diz, ao se apoiar nessa ideia, que parece não haver nenhuma dificuldade em admitir que o compartimento interno está livre de radiação, enquanto no externo ela está presente. Mesmo porque, e neste caso, o meu papel de advogado do diabo estava tentando valorizar o outro lado da famigerada física «moderna», o lado quântico. Mas agora a coisa se complicou e para o lado da relatividade. Como tanto a quântica quanto a relatividade apoiam-se no eletromagnetismo de Maxwell, e mais especialmente, no eletromagnetismo de Maxwell-Lorentz, e ambas, por razões diversas, se voltaram contra a mecânica clássica, fica difícil enxergar alguma analogia entre fenômenos mecânicos e eletromagnéticos sem que se parta para algum tipo de heresia. E neste caso não sei dizer se você está sendo suficientemente herege quanto afirmou Smiley piscando.
 
De qualquer forma, o seu exemplo serviu para entender se não o todo da msg do Léo, pelo menos aquela parte em que ele fala que os aparelhos perdem a referência. Da mesma forma que os jet-skis também a perdem.
 
Haveria muito mais o que dizer, inclusive acrescentar algumas experiências de pensamento que me ocorreram, mas vou parar por aqui e aguardar o desenvolvimento da thread. Mesmo porque estou de saída para o dentista Smiley triste.
 
   OK.
 
    [],s
 
    Belmiro
 
    Mas indiferentemente a tudo isso  a homeopatia funcionou com meus boizinhos em 100% das vezes e 100% dos animais :&gt; convencido
    
 
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.brMas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2012 20:11

From: Belmiro Wolski
Sent: Wednesday, April 18, 2012 5:21 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Belmiro: Sei que você não aprecia muito as letrinhas coloridas, mas é um jeito de diferenciar as mensagens.
 
Olá Belmiro
 
Sem problemas. Tudo o que for feito com o sentido de facilitar a leitura das msgs será bem-vindo. O problema é que tem uns e outros que tentam facilitar e acabam complicando, e aí não se entende mais nada. Mas não é o seu caso. Mudei de vermelho para azul porque este último é mais visível e também porque eu não iria mais utilizar o azul que já estava nas msgs antigas. [As vezes é bom diferenciar com cores para que saibamos o que é passado e o que é presente.]
 
Eu tenho a impressão que as principais dúvidas iniciais foram sanadas, então podemos prosseguir a procura por novas discordâncias Smiley piscando. Vou apenas, antes de avançar nessa direção, comentar ligeiramente algo desta sua última msg.
 
Belmiro: [...] O análogo mecânico que eu criei é para a situação específica que deu origem à nossa discussão, ou seja, a carga no compartimento acelerado. [...] A diferença entre os dois sistemas análogos é que a carga precisa estar acelerando para gerar a onda enquanto o barco precisa apenas se movimentar.
 
Alberto: Eu notei isso. Apenas não comentei porque realmente estava em cima da hora para ir ao dentista.
 
Belmiro:
[...] Resumindo, o problema de Einstein é que não se pode estar no referencial de propagação das ondas. No nosso caso, podemos (em tese) estar no referencial das cargas que estão gerando a onda, o que certamente é diferente.
 
Alberto:
OK. Embora eu não concorde que a solução que Einstein deu para o seu problema seja a melhor, o problema realmente existia e, de uma maneira ou de outra, ele encontrou uma dentre as possíveis saídas. Entendi também esta sua última colocação.
 
Mas vou agora, após o tratamento dentário, mudar o enfoque e tentar expor o problema da emissão de ondas eletromagnéticas sob um outro prisma. É uma versão ligeiramente modificada de algo que já apresentei aqui antes. Utilizarei figuras e gifs animados, e espero que funcionem.
 
Imagine, por exemplo, uma carga elétrica oscilante como aquela mostrada em vermelho na figura 1 abaixo. Ela está presa por uma corda de material isolante às paredes do laboratório e descreve um movimento harmônico simples na vertical.
 
anioscar
Figura 1: Carga elétrica oscilante.

Se a figura 1 não estiver visível clique aqui
 
Esta carga irá emitir ondas eletromagnéticas da maneira mostrada na figura 2 abaixo (representação no plano e portanto a mostrar apenas uma das componentes da onda).
 
polar15

Figura 2: Representação esquemática da produção de ondas
eletromagnéticas por uma carga oscilante.

Se a figura 2 não estiver visível clique aqui

Esta carga deverá sofrer o que em física se costuma dar o nome de reação de radiação, logo seria de se esperar um movimento amortecido para a corda. Digamos então que exista um sistema mecânico acoplado, não representado na figura, e destinado a manter o mhs indefinidamente. Podemos agora dizer que a carga emite uma onda eletromagnética hertziana, ou seja, de frequência mensurável.
 
Uma vez entendido o processo, vamos modificá-lo ligeiramente, ou seja, vamos evoluir o modelo. Vamos considerar a carga em repouso no laboratório e fixa às paredes do laboratório por uma barra rígida e de material isolante, como mostra a figura 3. Um observador também é mostrado sentado em uma cadeira fixa às paredes do laboratório e com cinto de segurança, pois a coisa irá se complicar como veremos logo a seguir.
 
elev
Figura 3: Carga elétrica e Observador fixos ao laboratório.

Se a figura 3 não estiver visível clique aqui
 
Coloquemos agora o laboratório a oscilar em mhs, como mostrado na figura 4 abaixo. O laboratório nada mais é senão um elevador de Einstein oscilando em mhs, digamos, entre dois andares extremos.
 
anielev
Figura 4: Laboratório oscilante.
 
Se a figura 4 não estiver visível clique aqui
 
Para um observador em repouso e fora do laboratório, o comportamento da carga é idêntico àquele apresentado na figura 1, como se o laboratório não existisse. Para o observador que está dentro e fixo ao laboratório, sem visualizar o exterior, ele terá a nítida sensação de que a carga está em repouso em relação a ele e de que o laboratório está sendo submetido a acelerações variáveis no tempo, ora dirigidas para cima, ora dirigidas para baixo.
 
Pergunto agora: Teria o observador fixo ao laboratório condições de dizer se é o laboratório quem está em movimento? Essas acelerações que ele sente não poderiam ser devidas a efeitos gravitacionais estranhos? Ou seja, campos gravitacionais variáveis no tempo e a simularem uma oscilação do laboratório?
 
O problema está lançado. Esta é a minha versão do paradoxo da carga acelerada, agora em mhs e emitindo uma onda eletromagnética pra ninguém botar defeito. As dúvidas também estão lançadas (Em especial aquela que fala na possibiidade ou não da existência desse tipo de campo gravitacional).
 
Se a resposta for a de que o observador interno tem meios de distinguir quem está oscilando (se é o laboratório ou o campo gravitacional), o paradoxo estará firmado e o princípio da equivalência de Einstein (PE) estará em maus lençóis. Do contrário o paradoxo estará, a meu ver, solucionado, e o PE terá resistido a esta situação.
 
É possível que alguns já conheçam a proposta de solução que apresentei aqui na Ciencialist e a apoiar-se única e exclusivamente na física clássica, ainda que utilizando alguns detalhes não comentados nos livros. Não obstante, se houverem outras soluções, a se compactuarem com a física «moderna», sou todo ouvidos. Mesmo porque seria estranho, para não dizer lamentável, a física «moderna» precisar da física clássica para justificar seus princípios.
 
Nada numa mão, nada na outra. Smiley piscando
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
DATE: 18/04/2012 22:26

[]´
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Wednesday, April 18, 2012 9:42 AM
Subject: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]

 

Olá!
Vou agora fazer uso de uma analogia. Imagine o barco Príncipe de Joinville navegando na tranqüila baía de Babitonga. Em velocidade de cruzeiro, o barco é acompanhado por dois Jet-skis, que mantém-se logo atrás do barco, sempre na mesma posição e velocidade igual a do barco. Um dos Jet-skis navega na crista da onda gerada pelo barco e assim se mantém o tempo todo. O outro, assume uma posição entre as duas ondas principais geradas pelo barco. Temos ainda dois pescadores com suas canoas de tronco, parados, lançando as redes para prover seu sustento. A figura abaixo esclarece.
               (Tá vendo só! Não consigo por a imagem. Vejam o anexo)
                Acontece pois que, a onda gerada pelo barco não é sentida pelos dois Jet-skis. Entretanto, ao chegar aos pescadores, suas pequenas canoas saculejam (gostaram de saculejam?)a ponto de quase virarem e naufragarem. Então, no referencial do barco, a onda não é sentida, embora tenha sido gerada. No referencial dos pescadores, coitados.
             
                [],s
                Belmiro


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2012 22:33

Oi Alberto.

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 20:11
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Wednesday, April 18, 2012 5:21 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Belmiro: Sei que você não aprecia muito as letrinhas coloridas, mas é um jeito de diferenciar as mensagens.
 
Olá Belmiro
 
Sem problemas. Tudo o que for feito com o sentido de facilitar a leitura das msgs será bem-vindo. O problema é que tem uns e outros que tentam facilitar e acabam complicando, e aí não se entende mais nada. Mas não é o seu caso. Mudei de vermelho para azul porque este último é mais visível e também porque eu não iria mais utilizar o azul que já estava nas msgs antigas. [As vezes é bom diferenciar com cores para que saibamos o que é passado e o que é presente.]
 
Eu tenho a impressão que as principais dúvidas iniciais foram sanadas, então podemos prosseguir a procura por novas discordâncias Smiley piscando. Vou apenas, antes de avançar nessa direção, comentar ligeiramente algo desta sua última msg.
 
Belmiro: [...] O análogo mecânico que eu criei é para a situação específica que deu origem à nossa discussão, ou seja, a carga no compartimento acelerado. [...] A diferença entre os dois sistemas análogos é que a carga precisa estar acelerando para gerar a onda enquanto o barco precisa apenas se movimentar.
 
Alberto: Eu notei isso. Apenas não comentei porque realmente estava em cima da hora para ir ao dentista.
 
Belmiro:
[...] Resumindo, o problema de Einstein é que não se pode estar no referencial de propagação das ondas. No nosso caso, podemos (em tese) estar no referencial das cargas que estão gerando a onda, o que certamente é diferente.
 
Alberto:
OK. Embora eu não concorde que a solução que Einstein deu para o seu problema seja a melhor, o problema realmente existia e, de uma maneira ou de outra, ele encontrou uma dentre as possíveis saídas. Entendi também esta sua última colocação.
 
Mas vou agora, após o tratamento dentário, mudar o enfoque e tentar expor o problema da emissão de ondas eletromagnéticas sob um outro prisma. É uma versão ligeiramente modificada de algo que já apresentei aqui antes. Utilizarei figuras e gifs animados, e espero que funcionem.
 
Imagine, por exemplo, uma carga elétrica oscilante como aquela mostrada em vermelho na figura 1 abaixo. Ela está presa por uma corda de material isolante às paredes do laboratório e descreve um movimento harmônico simples na vertical.
 
anioscarFigura 1: Carga elétrica oscilante.Se a figura 1 não estiver visível clique aqui
 
Esta carga irá emitir ondas eletromagnéticas da maneira mostrada na figura 2 abaixo (representação no plano e portanto a mostrar apenas uma das componentes da onda).
 
polar15Figura 2: Representação esquemática da produção de ondas
eletromagnéticas por uma carga oscilante.
Se a figura 2 não estiver visível clique aqui
Esta carga deverá sofrer o que em física se costuma dar o nome de reação de radiação, logo seria de se esperar um movimento amortecido para a corda. Digamos então que exista um sistema mecânico acoplado, não representado na figura, e destinado a manter o mhs indefinidamente. Podemos agora dizer que a carga emite uma onda eletromagnética hertziana, ou seja, de frequência mensurável.
 
Uma vez entendido o processo, vamos modificá-lo ligeiramente, ou seja, vamos evoluir o modelo. Vamos considerar a carga em repouso no laboratório e fixa às paredes do laboratório por uma barra rígida e de material isolante, como mostra a figura 3. Um observador também é mostrado sentado em uma cadeira fixa às paredes do laboratório e com cinto de segurança, pois a coisa irá se complicar como veremos logo a seguir.
 
elevFigura 3: Carga elétrica e Observador fixos ao laboratório.Se a figura 3 não estiver visível clique aqui
 
Coloquemos agora o laboratório a oscilar em mhs, como mostrado na figura 4 abaixo. O laboratório nada mais é senão um elevador de Einstein oscilando em mhs, digamos, entre dois andares extremos.
 
anielevFigura 4: Laboratório oscilante.
 
Se a figura 4 não estiver visível clique aqui
 
Para um observador em repouso e fora do laboratório, o comportamento da carga é idêntico àquele apresentado na figura 1, como se o laboratório não existisse. Para o observador que está dentro e fixo ao laboratório, sem visualizar o exterior, ele terá a nítida sensação de que a carga está em repouso em relação a ele e de que o laboratório está sendo submetido a acelerações variáveis no tempo, ora dirigidas para cima, ora dirigidas para baixo.
 
Pergunto agora: Teria o observador fixo ao laboratório condições de dizer se é o laboratório quem está em movimento? Essas acelerações que ele sente não poderiam ser devidas a efeitos gravitacionais estranhos? Ou seja, campos gravitacionais variáveis no tempo e a simularem uma oscilação do laboratório?
 
     Bem, se você mantiver o laboratório fixo no espaço vazio e proceder a aproximação de um planeta primeiro por um lado e depois outro planeta pelo outro lado e ir alternando suas posições adequadamente, poderá simular o efeito do mhs. Ou então, esperar que descubram como a gravidade funciona e inventem uma gravidade artificaial, poderá ser mais cômodo.
 
O problema está lançado. Esta é a minha versão do paradoxo da carga acelerada, agora em mhs e emitindo uma onda eletromagnética pra ninguém botar defeito. As dúvidas também estão lançadas (Em especial aquela que fala na possibiidade ou não da existência desse tipo de campo gravitacional).
 
Se a resposta for a de que o observador interno tem meios de distinguir quem está oscilando (se é o laboratório ou o campo gravitacional), o paradoxo estará firmado e o princípio da equivalência de Einstein (PE) estará em maus lençóis. Do contrário o paradoxo estará, a meu ver, solucionado, e o PE terá resistido a esta situação.
 
É evidente que em termos práticos *hoje* não é possível simular o mhs, mas tudo isso reside numa dificuldade prática. Mas a carga ficou inócua nesta brincadeira. Enfim, não entendi por que você substituiu o problema anterior por este. No meu entender, a coisa ficou igual.
 
É possível que alguns já conheçam a proposta de solução que apresentei aqui na Ciencialist e a apoiar-se única e exclusivamente na física clássica, ainda que utilizando alguns detalhes não comentados nos livros. Não obstante, se houverem outras soluções, a se compactuarem com a física «moderna», sou todo ouvidos. Mesmo porque seria estranho, para não dizer lamentável, a física «moderna» precisar da física clássica para justificar seus princípios.
 
Nada numa mão, nada na outra. Smiley piscando
 
    [],s
Belmiro
 
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.brMas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
DATE: 18/04/2012 23:03


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Sent: Wednesday, April 18, 2012 8:11 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 

From: Belmiro Wolski
Sent: Wednesday, April 18, 2012 5:21 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Belmiro: Sei que você não aprecia muito as letrinhas coloridas, mas é um jeito de diferenciar as mensagens.
 
Olá Belmiro
 
Sem problemas. Tudo o que for feito com o sentido de facilitar a leitura das msgs será bem-vindo. O problema é que tem uns e outros que tentam facilitar e acabam complicando, e aí não se entende mais nada. Mas não é o seu caso. Mudei de vermelho para azul porque este último é mais visível e também porque eu não iria mais utilizar o azul que já estava nas msgs antigas. [As vezes é bom diferenciar com cores para que saibamos o que é passado e o que é presente.]
 
Eu tenho a impressão que as principais dúvidas iniciais foram sanadas, então podemos prosseguir a procura por novas discordâncias Smiley piscando. Vou apenas, antes de avançar nessa direção, comentar ligeiramente algo desta sua última msg.
 
Belmiro: [...] O análogo mecânico que eu criei é para a situação específica que deu origem à nossa discussão, ou seja, a carga no compartimento acelerado. [...] A diferença entre os dois sistemas análogos é que a carga precisa estar acelerando para gerar a onda enquanto o barco precisa apenas se movimentar.
 
Alberto: Eu notei isso. Apenas não comentei porque realmente estava em cima da hora para ir ao dentista.
 
Belmiro:
[...] Resumindo, o problema de Einstein é que não se pode estar no referencial de propagação das ondas. No nosso caso, podemos (em tese) estar no referencial das cargas que estão gerando a onda, o que certamente é diferente.
 
Alberto:
OK. Embora eu não concorde que a solução que Einstein deu para o seu problema seja a melhor, o problema realmente existia e, de uma maneira ou de outra, ele encontrou uma dentre as possíveis saídas. Entendi também esta sua última colocação.
 
Mas vou agora, após o tratamento dentário, mudar o enfoque e tentar expor o problema da emissão de ondas eletromagnéticas sob um outro prisma. É uma versão ligeiramente modificada de algo que já apresentei aqui antes. Utilizarei figuras e gifs animados, e espero que funcionem.
 
Imagine, por exemplo, uma carga elétrica oscilante como aquela mostrada em vermelho na figura 1 abaixo. Ela está presa por uma corda de material isolante às paredes do laboratório e descreve um movimento harmônico simples na vertical.
 
anioscar
Figura 1: Carga elétrica oscilante.

Se a figura 1 não estiver visível clique aqui
 
Esta carga irá emitir ondas eletromagnéticas da maneira mostrada na figura 2 abaixo (representação no plano e portanto a mostrar apenas uma das componentes da onda).
 
polar15

Figura 2: Representação esquemática da produção de ondas
eletromagnéticas por uma carga oscilante.

Se a figura 2 não estiver visível clique aqui

Esta carga deverá sofrer o que em física se costuma dar o nome de reação de radiação, logo seria de se esperar um movimento amortecido para a corda. Digamos então que exista um sistema mecânico acoplado, não representado na figura, e destinado a manter o mhs indefinidamente. Podemos agora dizer que a carga emite uma onda eletromagnética hertziana, ou seja, de frequência mensurável.
 
Uma vez entendido o processo, vamos modificá-lo ligeiramente, ou seja, vamos evoluir o modelo. Vamos considerar a carga em repouso no laboratório e fixa às paredes do laboratório por uma barra rígida e de material isolante, como mostra a figura 3. Um observador também é mostrado sentado em uma cadeira fixa às paredes do laboratório e com cinto de segurança, pois a coisa irá se complicar como veremos logo a seguir.
 
elev
Figura 3: Carga elétrica e Observador fixos ao laboratório.

Se a figura 3 não estiver visível clique aqui
 
Coloquemos agora o laboratório a oscilar em mhs, como mostrado na figura 4 abaixo. O laboratório nada mais é senão um elevador de Einstein oscilando em mhs, digamos, entre dois andares extremos.
 
anielev
Figura 4: Laboratório oscilante.
 
Se a figura 4 não estiver visível clique aqui
 
Para um observador em repouso e fora do laboratório, o comportamento da carga é idêntico àquele apresentado na figura 1, como se o laboratório não existisse. Para o observador que está dentro e fixo ao laboratório, sem visualizar o exterior, ele terá a nítida sensação de que a carga está em repouso em relação a ele e de que o laboratório está sendo submetido a acelerações variáveis no tempo, ora dirigidas para cima, ora dirigidas para baixo.
 
Pergunto agora: Teria o observador fixo ao laboratório condições de dizer se é o laboratório quem está em movimento? Essas acelerações que ele sente não poderiam ser devidas a efeitos gravitacionais estranhos? Ou seja, campos gravitacionais variáveis no tempo e a simularem uma oscilação do laboratório?
 
O problema está lançado. Esta é a minha versão do paradoxo da carga acelerada, agora em mhs e emitindo uma onda eletromagnética pra ninguém botar defeito. As dúvidas também estão lançadas (Em especial aquela que fala na possibiidade ou não da existência desse tipo de campo gravitacional).
 
Se a resposta for a de que o observador interno tem meios de distinguir quem está oscilando (se é o laboratório ou o campo gravitacional), o paradoxo estará firmado e o princípio da equivalência de Einstein (PE) estará em maus lençóis. Do contrário o paradoxo estará, a meu ver, solucionado, e o PE terá resistido a esta situação.
 
É possível que alguns já conheçam a proposta de solução que apresentei aqui na Ciencialist e a apoiar-se única e exclusivamente na física clássica, ainda que utilizando alguns detalhes não comentados nos livros. Não obstante, se houverem outras soluções, a se compactuarem com a física «moderna», sou todo ouvidos. Mesmo porque seria estranho, para não dizer lamentável, a física «moderna» precisar da física clássica para justificar seus princípios.
 
Nada numa mão, nada na outra. Smiley piscando
 
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Alberto
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Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2012 23:06


Onde se lê 'projeção do MHS na ...' , leia-se 'projeção do M.C.U na ...'
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Sent: Wednesday, April 18, 2012 11:03 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

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Sent: Wednesday, April 18, 2012 8:11 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 

From: Belmiro Wolski
Sent: Wednesday, April 18, 2012 5:21 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Belmiro: Sei que você não aprecia muito as letrinhas coloridas, mas é um jeito de diferenciar as mensagens.
 
Olá Belmiro
 
Sem problemas. Tudo o que for feito com o sentido de facilitar a leitura das msgs será bem-vindo. O problema é que tem uns e outros que tentam facilitar e acabam complicando, e aí não se entende mais nada. Mas não é o seu caso. Mudei de vermelho para azul porque este último é mais visível e também porque eu não iria mais utilizar o azul que já estava nas msgs antigas. [As vezes é bom diferenciar com cores para que saibamos o que é passado e o que é presente.]
 
Eu tenho a impressão que as principais dúvidas iniciais foram sanadas, então podemos prosseguir a procura por novas discordâncias Smiley piscando. Vou apenas, antes de avançar nessa direção, comentar ligeiramente algo desta sua última msg.
 
Belmiro: [...] O análogo mecânico que eu criei é para a situação específica que deu origem à nossa discussão, ou seja, a carga no compartimento acelerado. [...] A diferença entre os dois sistemas análogos é que a carga precisa estar acelerando para gerar a onda enquanto o barco precisa apenas se movimentar.
 
Alberto: Eu notei isso. Apenas não comentei porque realmente estava em cima da hora para ir ao dentista.
 
Belmiro:
[...] Resumindo, o problema de Einstein é que não se pode estar no referencial de propagação das ondas. No nosso caso, podemos (em tese) estar no referencial das cargas que estão gerando a onda, o que certamente é diferente.
 
Alberto:
OK. Embora eu não concorde que a solução que Einstein deu para o seu problema seja a melhor, o problema realmente existia e, de uma maneira ou de outra, ele encontrou uma dentre as possíveis saídas. Entendi também esta sua última colocação.
 
Mas vou agora, após o tratamento dentário, mudar o enfoque e tentar expor o problema da emissão de ondas eletromagnéticas sob um outro prisma. É uma versão ligeiramente modificada de algo que já apresentei aqui antes. Utilizarei figuras e gifs animados, e espero que funcionem.
 
Imagine, por exemplo, uma carga elétrica oscilante como aquela mostrada em vermelho na figura 1 abaixo. Ela está presa por uma corda de material isolante às paredes do laboratório e descreve um movimento harmônico simples na vertical.
 
anioscar
Figura 1: Carga elétrica oscilante.

Se a figura 1 não estiver visível clique aqui
 
Esta carga irá emitir ondas eletromagnéticas da maneira mostrada na figura 2 abaixo (representação no plano e portanto a mostrar apenas uma das componentes da onda).
 
polar15

Figura 2: Representação esquemática da produção de ondas
eletromagnéticas por uma carga oscilante.

Se a figura 2 não estiver visível clique aqui

Esta carga deverá sofrer o que em física se costuma dar o nome de reação de radiação, logo seria de se esperar um movimento amortecido para a corda. Digamos então que exista um sistema mecânico acoplado, não representado na figura, e destinado a manter o mhs indefinidamente. Podemos agora dizer que a carga emite uma onda eletromagnética hertziana, ou seja, de frequência mensurável.
 
Uma vez entendido o processo, vamos modificá-lo ligeiramente, ou seja, vamos evoluir o modelo. Vamos considerar a carga em repouso no laboratório e fixa às paredes do laboratório por uma barra rígida e de material isolante, como mostra a figura 3. Um observador também é mostrado sentado em uma cadeira fixa às paredes do laboratório e com cinto de segurança, pois a coisa irá se complicar como veremos logo a seguir.
 
elev
Figura 3: Carga elétrica e Observador fixos ao laboratório.

Se a figura 3 não estiver visível clique aqui
 
Coloquemos agora o laboratório a oscilar em mhs, como mostrado na figura 4 abaixo. O laboratório nada mais é senão um elevador de Einstein oscilando em mhs, digamos, entre dois andares extremos.
 
anielev
Figura 4: Laboratório oscilante.
 
Se a figura 4 não estiver visível clique aqui
 
Para um observador em repouso e fora do laboratório, o comportamento da carga é idêntico àquele apresentado na figura 1, como se o laboratório não existisse. Para o observador que está dentro e fixo ao laboratório, sem visualizar o exterior, ele terá a nítida sensação de que a carga está em repouso em relação a ele e de que o laboratório está sendo submetido a acelerações variáveis no tempo, ora dirigidas para cima, ora dirigidas para baixo.
 
Pergunto agora: Teria o observador fixo ao laboratório condições de dizer se é o laboratório quem está em movimento? Essas acelerações que ele sente não poderiam ser devidas a efeitos gravitacionais estranhos? Ou seja, campos gravitacionais variáveis no tempo e a simularem uma oscilação do laboratório?
 
O problema está lançado. Esta é a minha versão do paradoxo da carga acelerada, agora em mhs e emitindo uma onda eletromagnética pra ninguém botar defeito. As dúvidas também estão lançadas (Em especial aquela que fala na possibiidade ou não da existência desse tipo de campo gravitacional).
 
Se a resposta for a de que o observador interno tem meios de distinguir quem está oscilando (se é o laboratório ou o campo gravitacional), o paradoxo estará firmado e o princípio da equivalência de Einstein (PE) estará em maus lençóis. Do contrário o paradoxo estará, a meu ver, solucionado, e o PE terá resistido a esta situação.
 
É possível que alguns já conheçam a proposta de solução que apresentei aqui na Ciencialist e a apoiar-se única e exclusivamente na física clássica, ainda que utilizando alguns detalhes não comentados nos livros. Não obstante, se houverem outras soluções, a se compactuarem com a física «moderna», sou todo ouvidos. Mesmo porque seria estranho, para não dizer lamentável, a física «moderna» precisar da física clássica para justificar seus princípios.
 
Nada numa mão, nada na outra. Smiley piscando
 
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Alberto
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Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2012 23:13

    Não funciona! O probre cidadão preso no banco e amarrado com o cinto saberá que não se trata do mesmo caso anterior. Agora ele sentirá incômodos puxões nas costas toda vez que a massa passar atrás dele.
 
    [],s
 
    Belmiro 

De: Luiz Ferraz Netto <leo@feiradeciencias.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br; Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 23:03
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 

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        leo@feiradeciencias.com.br
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Sent: Wednesday, April 18, 2012 8:11 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
From: Belmiro Wolski
Sent: Wednesday, April 18, 2012 5:21 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Belmiro: Sei que você não aprecia muito as letrinhas coloridas, mas é um jeito de diferenciar as mensagens.
 
Olá Belmiro
 
Sem problemas. Tudo o que for feito com o sentido de facilitar a leitura das msgs será bem-vindo. O problema é que tem uns e outros que tentam facilitar e acabam complicando, e aí não se entende mais nada. Mas não é o seu caso. Mudei de vermelho para azul porque este último é mais visível e também porque eu não iria mais utilizar o azul que já estava nas msgs antigas. [As vezes é bom diferenciar com cores para que saibamos o que é passado e o que é presente.]
 
Eu tenho a impressão que as principais dúvidas iniciais foram sanadas, então podemos prosseguir a procura por novas discordâncias Smiley piscando. Vou apenas, antes de avançar nessa direção, comentar ligeiramente algo desta sua última msg.
 
Belmiro: [...] O análogo mecânico que eu criei é para a situação específica que deu origem à nossa discussão, ou seja, a carga no compartimento acelerado. [...] A diferença entre os dois sistemas análogos é que a carga precisa estar acelerando para gerar a onda enquanto o barco precisa apenas se movimentar.
 
Alberto: Eu notei isso. Apenas não comentei porque realmente estava em cima da hora para ir ao dentista.
 
Belmiro:
[...] Resumindo, o problema de Einstein é que não se pode estar no referencial de propagação das ondas. No nosso caso, podemos (em tese) estar no referencial das cargas que estão gerando a onda, o que certamente é diferente.
 
Alberto:
OK. Embora eu não concorde que a solução que Einstein deu para o seu problema seja a melhor, o problema realmente existia e, de uma maneira ou de outra, ele encontrou uma dentre as possíveis saídas. Entendi também esta sua última colocação.
 
Mas vou agora, após o tratamento dentário, mudar o enfoque e tentar expor o problema da emissão de ondas eletromagnéticas sob um outro prisma. É uma versão ligeiramente modificada de algo que já apresentei aqui antes. Utilizarei figuras e gifs animados, e espero que funcionem.
 
Imagine, por exemplo, uma carga elétrica oscilante como aquela mostrada em vermelho na figura 1 abaixo. Ela está presa por uma corda de material isolante às paredes do laboratório e descreve um movimento harmônico simples na vertical.
 
anioscarFigura 1: Carga elétrica oscilante.Se a figura 1 não estiver visível clique aqui
 
Esta carga irá emitir ondas eletromagnéticas da maneira mostrada na figura 2 abaixo (representação no plano e portanto a mostrar apenas uma das componentes da onda).
 
polar15Figura 2: Representação esquemática da produção de ondas
eletromagnéticas por uma carga oscilante.
Se a figura 2 não estiver visível clique aqui
Esta carga deverá sofrer o que em física se costuma dar o nome de reação de radiação, logo seria de se esperar um movimento amortecido para a corda. Digamos então que exista um sistema mecânico acoplado, não representado na figura, e destinado a manter o mhs indefinidamente. Podemos agora dizer que a carga emite uma onda eletromagnética hertziana, ou seja, de frequência mensurável.
 
Uma vez entendido o processo, vamos modificá-lo ligeiramente, ou seja, vamos evoluir o modelo. Vamos considerar a carga em repouso no laboratório e fixa às paredes do laboratório por uma barra rígida e de material isolante, como mostra a figura 3. Um observador também é mostrado sentado em uma cadeira fixa às paredes do laboratório e com cinto de segurança, pois a coisa irá se complicar como veremos logo a seguir.
 
elevFigura 3: Carga elétrica e Observador fixos ao laboratório.Se a figura 3 não estiver visível clique aqui
 
Coloquemos agora o laboratório a oscilar em mhs, como mostrado na figura 4 abaixo. O laboratório nada mais é senão um elevador de Einstein oscilando em mhs, digamos, entre dois andares extremos.
 
anielevFigura 4: Laboratório oscilante.
 
Se a figura 4 não estiver visível clique aqui
 
Para um observador em repouso e fora do laboratório, o comportamento da carga é idêntico àquele apresentado na figura 1, como se o laboratório não existisse. Para o observador que está dentro e fixo ao laboratório, sem visualizar o exterior, ele terá a nítida sensação de que a carga está em repouso em relação a ele e de que o laboratório está sendo submetido a acelerações variáveis no tempo, ora dirigidas para cima, ora dirigidas para baixo.
 
Pergunto agora: Teria o observador fixo ao laboratório condições de dizer se é o laboratório quem está em movimento? Essas acelerações que ele sente não poderiam ser devidas a efeitos gravitacionais estranhos? Ou seja, campos gravitacionais variáveis no tempo e a simularem uma oscilação do laboratório?
 
O problema está lançado. Esta é a minha versão do paradoxo da carga acelerada, agora em mhs e emitindo uma onda eletromagnética pra ninguém botar defeito. As dúvidas também estão lançadas (Em especial aquela que fala na possibiidade ou não da existência desse tipo de campo gravitacional).
 
Se a resposta for a de que o observador interno tem meios de distinguir quem está oscilando (se é o laboratório ou o campo gravitacional), o paradoxo estará firmado e o princípio da equivalência de Einstein (PE) estará em maus lençóis. Do contrário o paradoxo estará, a meu ver, solucionado, e o PE terá resistido a esta situação.
 
É possível que alguns já conheçam a proposta de solução que apresentei aqui na Ciencialist e a apoiar-se única e exclusivamente na física clássica, ainda que utilizando alguns detalhes não comentados nos livros. Não obstante, se houverem outras soluções, a se compactuarem com a física «moderna», sou todo ouvidos. Mesmo porque seria estranho, para não dizer lamentável, a física «moderna» precisar da física clássica para justificar seus princípios.
 
Nada numa mão, nada na outra. Smiley piscando
 
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.brMas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
DATE: 18/04/2012 23:20


Então mudemos o plano do MCU de 90 graus e pronto! O observador sentirá seu sangue na cabeça oscilar como mhs. O mesmo para seu sistema labirinto!
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            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
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Sent: Wednesday, April 18, 2012 11:13 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

    Não funciona! O probre cidadão preso no banco e amarrado com o cinto saberá que não se trata do mesmo caso anterior. Agora ele sentirá incômodos puxões nas costas toda vez que a massa passar atrás dele.
 
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    Belmiro 

De: Luiz Ferraz Netto <leo@feiradeciencias.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br; Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 23:03
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 

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Sent: Wednesday, April 18, 2012 8:11 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
From: Belmiro Wolski
Sent: Wednesday, April 18, 2012 5:21 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Belmiro: Sei que você não aprecia muito as letrinhas coloridas, mas é um jeito de diferenciar as mensagens.
 
Olá Belmiro
 
Sem problemas. Tudo o que for feito com o sentido de facilitar a leitura das msgs será bem-vindo. O problema é que tem uns e outros que tentam facilitar e acabam complicando, e aí não se entende mais nada. Mas não é o seu caso. Mudei de vermelho para azul porque este último é mais visível e também porque eu não iria mais utilizar o azul que já estava nas msgs antigas. [As vezes é bom diferenciar com cores para que saibamos o que é passado e o que é presente.]
 
Eu tenho a impressão que as principais dúvidas iniciais foram sanadas, então podemos prosseguir a procura por novas discordâncias Smiley piscando. Vou apenas, antes de avançar nessa direção, comentar ligeiramente algo desta sua última msg.
 
Belmiro: [...] O análogo mecânico que eu criei é para a situação específica que deu origem à nossa discussão, ou seja, a carga no compartimento acelerado. [...] A diferença entre os dois sistemas análogos é que a carga precisa estar acelerando para gerar a onda enquanto o barco precisa apenas se movimentar.
 
Alberto: Eu notei isso. Apenas não comentei porque realmente estava em cima da hora para ir ao dentista.
 
Belmiro:
[...] Resumindo, o problema de Einstein é que não se pode estar no referencial de propagação das ondas. No nosso caso, podemos (em tese) estar no referencial das cargas que estão gerando a onda, o que certamente é diferente.
 
Alberto:
OK. Embora eu não concorde que a solução que Einstein deu para o seu problema seja a melhor, o problema realmente existia e, de uma maneira ou de outra, ele encontrou uma dentre as possíveis saídas. Entendi também esta sua última colocação.
 
Mas vou agora, após o tratamento dentário, mudar o enfoque e tentar expor o problema da emissão de ondas eletromagnéticas sob um outro prisma. É uma versão ligeiramente modificada de algo que já apresentei aqui antes. Utilizarei figuras e gifs animados, e espero que funcionem.
 
Imagine, por exemplo, uma carga elétrica oscilante como aquela mostrada em vermelho na figura 1 abaixo. Ela está presa por uma corda de material isolante às paredes do laboratório e descreve um movimento harmônico simples na vertical.
 
anioscarFigura 1: Carga elétrica oscilante.Se a figura 1 não estiver visível clique aqui
 
Esta carga irá emitir ondas eletromagnéticas da maneira mostrada na figura 2 abaixo (representação no plano e portanto a mostrar apenas uma das componentes da onda).
 
polar15Figura 2: Representação esquemática da produção de ondas
eletromagnéticas por uma carga oscilante.
Se a figura 2 não estiver visível clique aqui
Esta carga deverá sofrer o que em física se costuma dar o nome de reação de radiação, logo seria de se esperar um movimento amortecido para a corda. Digamos então que exista um sistema mecânico acoplado, não representado na figura, e destinado a manter o mhs indefinidamente. Podemos agora dizer que a carga emite uma onda eletromagnética hertziana, ou seja, de frequência mensurável.
 
Uma vez entendido o processo, vamos modificá-lo ligeiramente, ou seja, vamos evoluir o modelo. Vamos considerar a carga em repouso no laboratório e fixa às paredes do laboratório por uma barra rígida e de material isolante, como mostra a figura 3. Um observador também é mostrado sentado em uma cadeira fixa às paredes do laboratório e com cinto de segurança, pois a coisa irá se complicar como veremos logo a seguir.
 
elevFigura 3: Carga elétrica e Observador fixos ao laboratório.Se a figura 3 não estiver visível clique aqui
 
Coloquemos agora o laboratório a oscilar em mhs, como mostrado na figura 4 abaixo. O laboratório nada mais é senão um elevador de Einstein oscilando em mhs, digamos, entre dois andares extremos.
 
anielevFigura 4: Laboratório oscilante.
 
Se a figura 4 não estiver visível clique aqui
 
Para um observador em repouso e fora do laboratório, o comportamento da carga é idêntico àquele apresentado na figura 1, como se o laboratório não existisse. Para o observador que está dentro e fixo ao laboratório, sem visualizar o exterior, ele terá a nítida sensação de que a carga está em repouso em relação a ele e de que o laboratório está sendo submetido a acelerações variáveis no tempo, ora dirigidas para cima, ora dirigidas para baixo.
 
Pergunto agora: Teria o observador fixo ao laboratório condições de dizer se é o laboratório quem está em movimento? Essas acelerações que ele sente não poderiam ser devidas a efeitos gravitacionais estranhos? Ou seja, campos gravitacionais variáveis no tempo e a simularem uma oscilação do laboratório?
 
O problema está lançado. Esta é a minha versão do paradoxo da carga acelerada, agora em mhs e emitindo uma onda eletromagnética pra ninguém botar defeito. As dúvidas também estão lançadas (Em especial aquela que fala na possibiidade ou não da existência desse tipo de campo gravitacional).
 
Se a resposta for a de que o observador interno tem meios de distinguir quem está oscilando (se é o laboratório ou o campo gravitacional), o paradoxo estará firmado e o princípio da equivalência de Einstein (PE) estará em maus lençóis. Do contrário o paradoxo estará, a meu ver, solucionado, e o PE terá resistido a esta situação.
 
É possível que alguns já conheçam a proposta de solução que apresentei aqui na Ciencialist e a apoiar-se única e exclusivamente na física clássica, ainda que utilizando alguns detalhes não comentados nos livros. Não obstante, se houverem outras soluções, a se compactuarem com a física «moderna», sou todo ouvidos. Mesmo porque seria estranho, para não dizer lamentável, a física «moderna» precisar da física clássica para justificar seus princípios.
 
Nada numa mão, nada na outra. Smiley piscando
 
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.brMas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2012 23:22


he he he ... foi um ligeiro reajuste no modelo!
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            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
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----- Original Message -----
Sent: Wednesday, April 18, 2012 11:20 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Então mudemos o plano do MCU de 90 graus e pronto! O observador sentirá seu sangue na cabeça oscilar como mhs. O mesmo para seu sistema labirinto!
[]´
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            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
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Sent: Wednesday, April 18, 2012 11:13 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

    Não funciona! O probre cidadão preso no banco e amarrado com o cinto saberá que não se trata do mesmo caso anterior. Agora ele sentirá incômodos puxões nas costas toda vez que a massa passar atrás dele.
 
    [],s
 
    Belmiro 

De: Luiz Ferraz Netto <leo@feiradeciencias.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br; Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 23:03
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 

[]´
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Sent: Wednesday, April 18, 2012 8:11 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
From: Belmiro Wolski
Sent: Wednesday, April 18, 2012 5:21 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Belmiro: Sei que você não aprecia muito as letrinhas coloridas, mas é um jeito de diferenciar as mensagens.
 
Olá Belmiro
 
Sem problemas. Tudo o que for feito com o sentido de facilitar a leitura das msgs será bem-vindo. O problema é que tem uns e outros que tentam facilitar e acabam complicando, e aí não se entende mais nada. Mas não é o seu caso. Mudei de vermelho para azul porque este último é mais visível e também porque eu não iria mais utilizar o azul que já estava nas msgs antigas. [As vezes é bom diferenciar com cores para que saibamos o que é passado e o que é presente.]
 
Eu tenho a impressão que as principais dúvidas iniciais foram sanadas, então podemos prosseguir a procura por novas discordâncias Smiley piscando. Vou apenas, antes de avançar nessa direção, comentar ligeiramente algo desta sua última msg.
 
Belmiro: [...] O análogo mecânico que eu criei é para a situação específica que deu origem à nossa discussão, ou seja, a carga no compartimento acelerado. [...] A diferença entre os dois sistemas análogos é que a carga precisa estar acelerando para gerar a onda enquanto o barco precisa apenas se movimentar.
 
Alberto: Eu notei isso. Apenas não comentei porque realmente estava em cima da hora para ir ao dentista.
 
Belmiro:
[...] Resumindo, o problema de Einstein é que não se pode estar no referencial de propagação das ondas. No nosso caso, podemos (em tese) estar no referencial das cargas que estão gerando a onda, o que certamente é diferente.
 
Alberto:
OK. Embora eu não concorde que a solução que Einstein deu para o seu problema seja a melhor, o problema realmente existia e, de uma maneira ou de outra, ele encontrou uma dentre as possíveis saídas. Entendi também esta sua última colocação.
 
Mas vou agora, após o tratamento dentário, mudar o enfoque e tentar expor o problema da emissão de ondas eletromagnéticas sob um outro prisma. É uma versão ligeiramente modificada de algo que já apresentei aqui antes. Utilizarei figuras e gifs animados, e espero que funcionem.
 
Imagine, por exemplo, uma carga elétrica oscilante como aquela mostrada em vermelho na figura 1 abaixo. Ela está presa por uma corda de material isolante às paredes do laboratório e descreve um movimento harmônico simples na vertical.
 
anioscarFigura 1: Carga elétrica oscilante.Se a figura 1 não estiver visível clique aqui
 
Esta carga irá emitir ondas eletromagnéticas da maneira mostrada na figura 2 abaixo (representação no plano e portanto a mostrar apenas uma das componentes da onda).
 
polar15Figura 2: Representação esquemática da produção de ondas
eletromagnéticas por uma carga oscilante.
Se a figura 2 não estiver visível clique aqui
Esta carga deverá sofrer o que em física se costuma dar o nome de reação de radiação, logo seria de se esperar um movimento amortecido para a corda. Digamos então que exista um sistema mecânico acoplado, não representado na figura, e destinado a manter o mhs indefinidamente. Podemos agora dizer que a carga emite uma onda eletromagnética hertziana, ou seja, de frequência mensurável.
 
Uma vez entendido o processo, vamos modificá-lo ligeiramente, ou seja, vamos evoluir o modelo. Vamos considerar a carga em repouso no laboratório e fixa às paredes do laboratório por uma barra rígida e de material isolante, como mostra a figura 3. Um observador também é mostrado sentado em uma cadeira fixa às paredes do laboratório e com cinto de segurança, pois a coisa irá se complicar como veremos logo a seguir.
 
elevFigura 3: Carga elétrica e Observador fixos ao laboratório.Se a figura 3 não estiver visível clique aqui
 
Coloquemos agora o laboratório a oscilar em mhs, como mostrado na figura 4 abaixo. O laboratório nada mais é senão um elevador de Einstein oscilando em mhs, digamos, entre dois andares extremos.
 
anielevFigura 4: Laboratório oscilante.
 
Se a figura 4 não estiver visível clique aqui
 
Para um observador em repouso e fora do laboratório, o comportamento da carga é idêntico àquele apresentado na figura 1, como se o laboratório não existisse. Para o observador que está dentro e fixo ao laboratório, sem visualizar o exterior, ele terá a nítida sensação de que a carga está em repouso em relação a ele e de que o laboratório está sendo submetido a acelerações variáveis no tempo, ora dirigidas para cima, ora dirigidas para baixo.
 
Pergunto agora: Teria o observador fixo ao laboratório condições de dizer se é o laboratório quem está em movimento? Essas acelerações que ele sente não poderiam ser devidas a efeitos gravitacionais estranhos? Ou seja, campos gravitacionais variáveis no tempo e a simularem uma oscilação do laboratório?
 
O problema está lançado. Esta é a minha versão do paradoxo da carga acelerada, agora em mhs e emitindo uma onda eletromagnética pra ninguém botar defeito. As dúvidas também estão lançadas (Em especial aquela que fala na possibiidade ou não da existência desse tipo de campo gravitacional).
 
Se a resposta for a de que o observador interno tem meios de distinguir quem está oscilando (se é o laboratório ou o campo gravitacional), o paradoxo estará firmado e o princípio da equivalência de Einstein (PE) estará em maus lençóis. Do contrário o paradoxo estará, a meu ver, solucionado, e o PE terá resistido a esta situação.
 
É possível que alguns já conheçam a proposta de solução que apresentei aqui na Ciencialist e a apoiar-se única e exclusivamente na física clássica, ainda que utilizando alguns detalhes não comentados nos livros. Não obstante, se houverem outras soluções, a se compactuarem com a física «moderna», sou todo ouvidos. Mesmo porque seria estranho, para não dizer lamentável, a física «moderna» precisar da física clássica para justificar seus princípios.
 
Nada numa mão, nada na outra. Smiley piscando
 
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.brMas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2012 23:30

Oi Belmiro e Alberto,

Vou deixar as cores para vocês continuarem o vai e vem de MSGs.
Eu vou só citar alguns trechos das vossas mensagens do jeito tradicional.

Belmiro:
>>> Mas não há ondulação. É simplesmente um
>>> campo eletromagnético crescente que se
>>> propaga. E não há mesmo frequencia. Não é cíclico.

Alberto:
>> Ok, neste caso então estamos de acordo. ...física «moderna»,
>> a mesma física que diz que a onda eletromagnética é
>> constituída de fótons ..........

Alberto falou coisas interessantes, mas não vou por este caminho pois acredito que a discussão já está com complicação suficiente, depois podemos falar novamente de fóton (esta monstruosidades).

Mais adiante Alberto:
>> O problema da energia parece ficar esclarecido.
>> É mais um exemplo daqueles a mostrar o relativismo
>> inerente ao conceito de energia.

Ou a mostrar que energia, assim como campo magnético, não existe.
:-)

Continua Alberto:
>> ......Dizem que Einstein, antes de formular a sua teoria,
>> tentou «surfar» nas ondas eletromagnéticas e «caiu do
>> cavalo». Ou seja, ele percebeu que neste referencial as
>> ondas não vibrariam, ...

Não vibram porque você está caminhando junto com ela.
É fácil ver uma onda parada, é só caminhar junto com ela na velocidade da luz.
Ou até mesmo um pouco mais lento que isto se a propagação for no ar.
Einstein nem tentou, só imaginou, e já disse que era impossível. Que preguiça!
:-)

Vou interromper as brincadeiras para falar com o Belmiro, o que não significa que ficarei sério.

Belmiro, você disse que campo magnético não existe, então vamos ser coerente com isto.
Resolvi que, durante esta thread vou assumir que campo elétrico existe, se não iria complicar as coisas.
Se é só o campo elétrico que existe, as ditas "ondas" (prefiro radiações) eletromagnéticas são formadas de apenas campo elétrico.

Uma pessoa acompanhado de uma carga dentro do elevador (os 3 em estado de inércia) verá só o campo elétrico estático, mas campo elétrico no fundo não é algo estático, são agentes de campo que saem da carga em todas as direções com a velocidade da luz em relação à carga. Isto acontecerá, tanto estando o elevador com ar ou "com" vácuo. (Se acelerado, será diferente, mas vou deixar isto para depois.) Se estes agentes são irradiados pela carga, isto já podemos chamar de radiação "eletromagnética" que é sempre só elétrica.

Mas para uma pessoa fora, será diferente (vamos imaginar que o elevador não é metálico para não se perder o caráter pontual da carga e sua localização).
Se estiver parada em relação e ele, verá o campo elétrico (radiação), pois os agentes virão de uma direção e distância fixas. Se houver movimentação, a coisa muda, o campo elétrico muda pois a distância e a direção estão mudando, estas mudanças de campo elétrico gera efeitos que induzem [:-)] as pessoas a acharem que existe outra coisa além do campo elétrico e chamam esta coisa de campo magnético.

Abrindo um parênteses: Tem coisas na história da ciência que seriam cômicas se não fossem trágicas. Quando Oersted descobriu a ligação entre elétrico e magnético, não completou o serviço. Ali já era para ser decretado o "fim do magnetismo".

Voltando. Esta variação do campo que se propaga, se propaga porque os agentes estão se propagando (a velocidadede propagação da variação pode ser menor que a velocidade de propagação dos agentes).

Resumindo, para mim, uma carga parada já irradia agentes de campo elétrico.
Se está em MRU em relação ao observador, a radiação medida é variável e esta variação se propaga é claro, pois ela é constituída de agentes que se propagam.

A parte acelerada, deixo para depois, bem como a análise da propagação destes agentes no ar ou no vácuo.

Hélio




De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 17:21
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Oi Alberto.
 
Sei que você não aprecia muito as letrinhas coloridas, mas é um jeito de diferenciar as mensagens.

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 15:55
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Wednesday, April 18, 2012 9:36 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá Belmiro
 
Belmiro: Mas não há ondulação. É simplesmente um campo eletromagnético crescente que se propaga. E não há mesmo frequencia. Não é cíclico.
 
Alberto: Ok, neste caso então estamos de acordo. Acho apenas que esta onda eletromagnética fica um pouco fora do contexto da física «moderna», a mesma física que diz que a onda eletromagnética é constituída de fótons e que a energia dos fótons seria dada por E=hf, onde f é a frequência da onda. Parece-me que foi para resolver situações como estas que eles inventaram as ondas de conteúdo energético nulo e/ou as ondas que «do ponto de vista clássico» [Sabe-se lá o que seria isto? Teria alguma coisa a ver com o princípio da correspondência de Bohr? Sinceramente não sei.] não contém fótons.
 
Belmiro: Acho que já respondi acima. Quanto à energia transportada por uma onda eletromagnética, quem dita as regras é o Vetor de Poynting. A equação h.f dá a energia do fóton.
 
Alberto: OK. Neste caso digamos então que a onda que está sendo levada em consideração transporta energia. Vamos, por ora, deixar essas ideias de Lorentz e al. de lado, pelo menos até quando possível for.
 
Alberto (msg anterior): Apenas para concluir com algo que não foi ainda ventilado. Se a carga acelerada emite energia (fótons com conteúdo não nulo de energia), esta energia poderá ser captada por Epaminondas, certo? Já o Pafuncio não enxerga nada equivalente em seu referencial. De onde surgiu esta energia captada pelo Epaminondas? Não teria sido originada por ocasião da emissão pela carga, naquilo que alguns chamam reação de radiação? Mas eu creio que foi isto que Lorentz demonstrou ser zero, pelo menos para o caso de elétrons (no momento não tenho a referência, mas isto é bastante repetido por aí, logo não deve ser muito difícil checar essa história - o primeiro link acima parece comentar alguma coisa a respeito). Do contrário a carga iria se consumindo energeticamente. No caso de elétrons acelerados demonstra-se, através de calorímetros, que não há essa perda energética.
 
Belmiro: Vou ser mais herege do que você. A carga recebe energia mecânica do sistema externo ao compartimento e, como tal, pode emitir radiação a este sistema, devolvendo parte da energia recebida. Já internamente ao compartimento, nenhuma energia é cedida em forma de radiação, pois a carga nada recebe  (energia) deste sistema. Só para refletir, e atirar pedras, pois como disse Ele, o telhado é de vidro. Posteriormente vou enviar outra mensagem com uma analogia com um sistema mecânico, que ao meu ver, vai esclarecer muita coisa. Mas, confesso para você, que não vejo nenhuma dificuldade em admitir que o compartimento interno está livre de radiação, enquanto no externo ela está presente.
 
Alberto: Bem, dificuldade eu também não vejo, estou apenas querendo entender o problema mais a fundo e, para isso, vez ou outra estarei exercendo o papel de advogado do diabo.
 
Aliás, se eu tinha alguma dúvida a esse respeito, o seu análogo mecânico foi supimpa. Não obstante, se por um lado clareou tudo, o outro lado ficou obscurecido e muito. Smiley piscando Vamos ver se consigo expor aqui a conversa que travei com meus botões.
 
O problema da energia parece ficar esclarecido. É mais um exemplo daqueles a mostrar o relativismo inerente ao conceito de energia. Logo, poderíamos pensar em raciocinar da mesma maneira com relação às ondas eletromagnéticas. Mas aí surge o outro lado, e é exatamente aquele que deu origem à física «moderna». Dizem que Einstein, antes de formular a sua teoria, tentou «surfar» nas ondas eletromagnéticas e «caiu do cavalo». Ou seja, ele percebeu que neste referencial as ondas não vibrariam, da mesma maneira que acontece com os seus dois jet-skis da figura recém apresentada. No caso do seu exemplo isto não trás nenhum problema. Mas no caso das ondas eletromagnéticas a coisa não era tão simples assim, pelo menos na visão de Einstein. Pois se neste referencial as ondas não vibram, ou estão em repouso, como é que ele iria justificar a existência das duas, uma se transformando na outra? Foi aí que ele assumiu a impossibilidade de nos fixarmos neste referencial, ou até mais do que isto: não adiantaria tentarmos alcançar a luz, ela sempre estaria se afastando de nós na mesma velocidade c, independente de qual fosse a nossa velocidade em relação a qualquer referencial.
 
        Creio que há uma confusão aí. O análogo mecânico que eu criei é para a situação específica que deu origem à nossa discussão, ou seja, a carga no compartimento acelerado. No referencial da carga, que é a nossa fonte de emisão, a onda não existe, assim como acontece no Príncipe de Joinville. A diferença entre os dois sistemas análogos é que a carga precisa estar acelerando para gerar a onda enquanto o barco precisa apenas se movimentar. Mas nenhum dos dois sistemas detecta a onda, pois ela não existe nestes referenciais. Agora, a questão do Einstein já é diferente. A própria onda é diferente, pois é cíclica. Assim, o único sistema em que a onda não existiria seria aquele que acompanhasse o movimento de vai e vem das cargas que estão originando a onda, que convenhamos é meio difícil de concretizar a não ser com gedanken. Resumindo, o problema de Einstein é que não se pode estar no referencial de propagação das ondas. No nosso caso, podemos (em tese) estar no referencial das cargas que estão gerando a onda, o que certamente é diferente.
 
Concordo então contigo quando diz, ao se apoiar nessa ideia, que parece não haver nenhuma dificuldade em admitir que o compartimento interno está livre de radiação, enquanto no externo ela está presente. Mesmo porque, e neste caso, o meu papel de advogado do diabo estava tentando valorizar o outro lado da famigerada física «moderna», o lado quântico. Mas agora a coisa se complicou e para o lado da relatividade. Como tanto a quântica quanto a relatividade apoiam-se no eletromagnetismo de Maxwell, e mais especialmente, no eletromagnetismo de Maxwell-Lorentz, e ambas, por razões diversas, se voltaram contra a mecânica clássica, fica difícil enxergar alguma analogia entre fenômenos mecânicos e eletromagnéticos sem que se parta para algum tipo de heresia. E neste caso não sei dizer se você está sendo suficientemente herege quanto afirmou Smiley piscando.
 
De qualquer forma, o seu exemplo serviu para entender se não o todo da msg do Léo, pelo menos aquela parte em que ele fala que os aparelhos perdem a referência. Da mesma forma que os jet-skis também a perdem.
 
Haveria muito mais o que dizer, inclusive acrescentar algumas experiências de pensamento que me ocorreram, mas vou parar por aqui e aguardar o desenvolvimento da thread. Mesmo porque estou de saída para o dentista Smiley triste.
 
   OK.
 
    [],s
 
    Belmiro
 
    Mas indiferentemente a tudo isso  a homeopatia funcionou com meus boizinhos em 100% das vezes e 100% dos animais :&gt; convencido
    
 
[ ]´s Alberto http://ecientificocultural.com.br Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2012 23:37

     Não resolve. Agora ele sentirá primeiro seu braço direito e depois o esquerdo ser puxado para o lado e para a frente (45 graus) e assim sucessivamente. Mas pera aí! Não está na hora de criança ir prá cama?
 
     [],s
 
      Belmiro

De: Luiz Ferraz Netto <leo@feiradeciencias.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br; Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 23:20
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 

Então mudemos o plano do MCU de 90 graus e pronto! O observador sentirá seu sangue na cabeça oscilar como mhs. O mesmo para seu sistema labirinto!
[]´
     ===========================            Luiz Ferraz Netto [Léo]          leo@feiradeciencias.com.br         luizferraz.netto@gmail.com      http://www.feiradeciencias.com.br     ===========================
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Sent: Wednesday, April 18, 2012 11:13 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

    Não funciona! O probre cidadão preso no banco e amarrado com o cinto saberá que não se trata do mesmo caso anterior. Agora ele sentirá incômodos puxões nas costas toda vez que a massa passar atrás dele.
 
    [],s
 
    Belmiro 

De: Luiz Ferraz Netto <leo@feiradeciencias.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br; Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 23:03
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 

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            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
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----- Original Message -----
Sent: Wednesday, April 18, 2012 8:11 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
From: Belmiro Wolski
Sent: Wednesday, April 18, 2012 5:21 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Belmiro: Sei que você não aprecia muito as letrinhas coloridas, mas é um jeito de diferenciar as mensagens.
 
Olá Belmiro
 
Sem problemas. Tudo o que for feito com o sentido de facilitar a leitura das msgs será bem-vindo. O problema é que tem uns e outros que tentam facilitar e acabam complicando, e aí não se entende mais nada. Mas não é o seu caso. Mudei de vermelho para azul porque este último é mais visível e também porque eu não iria mais utilizar o azul que já estava nas msgs antigas. [As vezes é bom diferenciar com cores para que saibamos o que é passado e o que é presente.]
 
Eu tenho a impressão que as principais dúvidas iniciais foram sanadas, então podemos prosseguir a procura por novas discordâncias Smiley piscando. Vou apenas, antes de avançar nessa direção, comentar ligeiramente algo desta sua última msg.
 
Belmiro: [...] O análogo mecânico que eu criei é para a situação específica que deu origem à nossa discussão, ou seja, a carga no compartimento acelerado. [...] A diferença entre os dois sistemas análogos é que a carga precisa estar acelerando para gerar a onda enquanto o barco precisa apenas se movimentar.
 
Alberto: Eu notei isso. Apenas não comentei porque realmente estava em cima da hora para ir ao dentista.
 
Belmiro:
[...] Resumindo, o problema de Einstein é que não se pode estar no referencial de propagação das ondas. No nosso caso, podemos (em tese) estar no referencial das cargas que estão gerando a onda, o que certamente é diferente.
 
Alberto:
OK. Embora eu não concorde que a solução que Einstein deu para o seu problema seja a melhor, o problema realmente existia e, de uma maneira ou de outra, ele encontrou uma dentre as possíveis saídas. Entendi também esta sua última colocação.
 
Mas vou agora, após o tratamento dentário, mudar o enfoque e tentar expor o problema da emissão de ondas eletromagnéticas sob um outro prisma. É uma versão ligeiramente modificada de algo que já apresentei aqui antes. Utilizarei figuras e gifs animados, e espero que funcionem.
 
Imagine, por exemplo, uma carga elétrica oscilante como aquela mostrada em vermelho na figura 1 abaixo. Ela está presa por uma corda de material isolante às paredes do laboratório e descreve um movimento harmônico simples na vertical.
 
anioscarFigura 1: Carga elétrica oscilante.Se a figura 1 não estiver visível clique aqui
 
Esta carga irá emitir ondas eletromagnéticas da maneira mostrada na figura 2 abaixo (representação no plano e portanto a mostrar apenas uma das componentes da onda).
 
polar15Figura 2: Representação esquemática da produção de ondas
eletromagnéticas por uma carga oscilante.
Se a figura 2 não estiver visível clique aqui
Esta carga deverá sofrer o que em física se costuma dar o nome de reação de radiação, logo seria de se esperar um movimento amortecido para a corda. Digamos então que exista um sistema mecânico acoplado, não representado na figura, e destinado a manter o mhs indefinidamente. Podemos agora dizer que a carga emite uma onda eletromagnética hertziana, ou seja, de frequência mensurável.
 
Uma vez entendido o processo, vamos modificá-lo ligeiramente, ou seja, vamos evoluir o modelo. Vamos considerar a carga em repouso no laboratório e fixa às paredes do laboratório por uma barra rígida e de material isolante, como mostra a figura 3. Um observador também é mostrado sentado em uma cadeira fixa às paredes do laboratório e com cinto de segurança, pois a coisa irá se complicar como veremos logo a seguir.
 
elevFigura 3: Carga elétrica e Observador fixos ao laboratório.Se a figura 3 não estiver visível clique aqui
 
Coloquemos agora o laboratório a oscilar em mhs, como mostrado na figura 4 abaixo. O laboratório nada mais é senão um elevador de Einstein oscilando em mhs, digamos, entre dois andares extremos.
 
anielevFigura 4: Laboratório oscilante.
 
Se a figura 4 não estiver visível clique aqui
 
Para um observador em repouso e fora do laboratório, o comportamento da carga é idêntico àquele apresentado na figura 1, como se o laboratório não existisse. Para o observador que está dentro e fixo ao laboratório, sem visualizar o exterior, ele terá a nítida sensação de que a carga está em repouso em relação a ele e de que o laboratório está sendo submetido a acelerações variáveis no tempo, ora dirigidas para cima, ora dirigidas para baixo.
 
Pergunto agora: Teria o observador fixo ao laboratório condições de dizer se é o laboratório quem está em movimento? Essas acelerações que ele sente não poderiam ser devidas a efeitos gravitacionais estranhos? Ou seja, campos gravitacionais variáveis no tempo e a simularem uma oscilação do laboratório?
 
O problema está lançado. Esta é a minha versão do paradoxo da carga acelerada, agora em mhs e emitindo uma onda eletromagnética pra ninguém botar defeito. As dúvidas também estão lançadas (Em especial aquela que fala na possibiidade ou não da existência desse tipo de campo gravitacional).
 
Se a resposta for a de que o observador interno tem meios de distinguir quem está oscilando (se é o laboratório ou o campo gravitacional), o paradoxo estará firmado e o princípio da equivalência de Einstein (PE) estará em maus lençóis. Do contrário o paradoxo estará, a meu ver, solucionado, e o PE terá resistido a esta situação.
 
É possível que alguns já conheçam a proposta de solução que apresentei aqui na Ciencialist e a apoiar-se única e exclusivamente na física clássica, ainda que utilizando alguns detalhes não comentados nos livros. Não obstante, se houverem outras soluções, a se compactuarem com a física «moderna», sou todo ouvidos. Mesmo porque seria estranho, para não dizer lamentável, a física «moderna» precisar da física clássica para justificar seus princípios.
 
Nada numa mão, nada na outra. Smiley piscando
 
[ ]´s Alberto http://ecientificocultural.com.br Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2012 23:54

Ola Belmiro,

Só uma crítica ao seu desenho porque eu sou um chato.

Teoricamente, as ondas geradas por um barco não são assim, elas vão para o lado.
Claro que existem outros fatores como o motor a hélice que podem gerar uma turbulência atrás mas não ondas bem comportadas.
Mas se for a vela as ondas estariam indo para os lados.

De qualquer forma Einstein poderia surfar para os lados.
:-)

Hélio


De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 9:42
Assunto: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]

 
Olá!
Vou agora fazer uso de uma analogia. Imagine o barco Príncipe de Joinville navegando na tranqüila baía de Babitonga. Em velocidade de cruzeiro, o barco é acompanhado por dois Jet-skis, que mantém-se logo atrás do barco, sempre na mesma posição e velocidade igual a do barco. Um dos Jet-skis navega na crista da onda gerada pelo barco e assim se mantém o tempo todo. O outro, assume uma posição entre as duas ondas principais geradas pelo barco. Temos ainda dois pescadores com suas canoas de tronco, parados, lançando as redes para prover seu sustento. A figura abaixo esclarece.
               ( vendo só! Não consigo por a imagem. Vejam o anexo)
 
                Acontece pois que, a onda gerada pelo barco não é sentida pelos dois Jet-skis. Entretanto, ao chegar aos pescadores, suas pequenas canoas saculejam (gostaram de saculejam?)a ponto de quase virarem e naufragarem. Então, no referencial do barco, a onda não é sentida, embora tenha sido gerada. No referencial dos pescadores, coitados.
             
                [],s
                Belmiro



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2012 00:34

-----Mensagem Original-----
From: Belmiro Wolski
Sent: Wednesday, April 18, 2012 10:33 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Olá Belmiro

Como não vou agora colocar figuras, estou escrevendo em "Texto Sem
Formatação e neste caso as cores desaparecem. Mas como vou apenas
responder a dois questionamentos, isto não afetará a clareza.

> > Alberto: Para um observador em repouso e fora do laboratório, o
> > comportamento da carga é idêntico àquele apresentado na figura 1,
> > como se o laboratório não existisse. Para o observador que está
> > dentro e fixo ao laboratório, sem visualizar o exterior, ele terá a
> > nítida sensação de que a carga está em repouso em relação a ele e de
> > que o laboratório está sendo submetido a acelerações variáveis no
> > tempo, ora dirigidas para cima, ora dirigidas para baixo. Pergunto
> > agora: Teria o observador fixo ao laboratório condições de dizer se
> > é o laboratório quem está em movimento? Essas acelerações que ele
> > sente não poderiam ser devidas a efeitos gravitacionais estranhos?
> > Ou seja, campos gravitacionais variáveis no tempo e a simularem uma
> > oscilação do laboratório?

> Belmiro: Bem, se você mantiver o laboratório fixo no espaço vazio e
> proceder a aproximação de um planeta primeiro por um lado e depois
> outro planeta pelo outro lado e ir alternando suas posições
> adequadamente, poderá simular o efeito do mhs. Ou então, esperar que
> descubram como a gravidade funciona e inventem uma gravidade
> artificaial, poderá ser mais cômodo.

Alberto: Vamos ficar no terreno das experiências de pensamento. Acho que
para o proposto elas são mais do que suficientes. Sim, sob esse aspecto
a ideia da aproximação de um planeta já é um bom começo. O Léo também
está seguindo esta linha, pois a massa M que ele está se propondo a
girar não cabe em Barretos e muito menos no laboratório dele. De
qualquer forma, deixarei maiores considerações para amanhã, por motivos
que relato abaixo.

> > Alberto: Se a resposta for a de que o observador interno tem meios
> > de distinguir quem está oscilando (se é o laboratório ou o campo
> > gravitacional), o paradoxo estará firmado e o princípio da
> > equivalência de Einstein (PE) estará em maus lençóis. Do contrário o
> > paradoxo estará, a meu ver, solucionado, e o PE terá resistido a
> > esta situação.

> Belmiro: É evidente que em termos práticos *hoje* não é possível
> simular o mhs, mas tudo isso reside numa dificuldade prática.

Alberto: Mas quem falou em termos práticos? :-). Vamos brincar de
Galileu ou de Einstein. Vamos surfar nas ondas eletromagnéticas ou cair
em queda livre no elevador de Einstein ou então...

> Belmiro: Mas a carga ficou inócua nesta brincadeira. Enfim, não
> entendi por que você substituiu o problema anterior por este. No meu
> entender, a coisa ficou igual.

Existem algumas diferenças bastante sutis, mas deixarei para amanhã
pois, como você mesmo falou em outra msg, já passou da hora de criança
ir prá cama.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2012 00:53

-----Mensagem Original-----
From: Hélio Carvalho
Sent: Wednesday, April 18, 2012 11:54 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

> Hélio: Só uma crítica ao seu desenho porque eu sou um chato.
> Teoricamente, as ondas geradas por um barco não são assim, elas vão
> para o lado.

Sabe que eu cheguei a pensar nisso? Sim, porque eu já fui arrais, depois
mestre e quase cheguei a capitão. Mas resolvi deixar barato para que o
Belmiro não me considerasse um chato. Enfim, em termos de experiência de
pensamento até que a ideia dele é supimpa. Pena que na prática não seja
lá essas coisas. ;-)

> Hélio: Claro que existem outros fatores como o motor a hélice que
> podem gerar uma turbulência atrás mas não ondas bem comportadas.
Mas se for a vela as ondas estariam indo para os lados.

Haja vento para tanto! No tempo em que eu andava de lancha, era costume
gozarem os velejadores dizendo que eles calculavam a distância
percorrida com uma folhinha, na base do 1 dia, 2 dias, 3 dias etc.

> Hélio: De qualquer forma Einstein poderia surfar para os lados.

A única coisa que Einsten fazia em seu veleiro era tocar violino. E bem
longe da praia, pois dizem as más línguas que ele tocava muito mal.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2012 09:08

Ops! Faça a crítica para o Léo. Ele que introduziu aquilo no desenho. O original meu só tem as ondas para o lado. Eu ia comentar isto mas não quis ser chato com Ele.
 
  [],s
 
  Belmiro

De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 23:54
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Ola Belmiro,

Só uma crítica ao seu desenho porque eu sou um chato.

Teoricamente, as ondas geradas por um barco não são assim, elas vão para o lado.
Claro que existem outros fatores como o motor a hélice que podem gerar uma turbulência atrás mas não ondas bem comportadas.
Mas se for a vela as ondas estariam indo para os lados.

De qualquer forma Einstein poderia surfar para os lados.
:-)

Hélio

De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 9:42
Assunto: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]
 
Olá!
Vou agora fazer uso de uma analogia. Imagine o barco Príncipe de Joinville navegando na tranqüila baía de Babitonga. Em velocidade de cruzeiro, o barco é acompanhado por dois Jet-skis, que mantém-se logo atrás do barco, sempre na mesma posição e velocidade igual a do barco. Um dos Jet-skis navega na crista da onda gerada pelo barco e assim se mantém o tempo todo. O outro, assume uma posição entre as duas ondas principais geradas pelo barco. Temos ainda dois pescadores com suas canoas de tronco, parados, lançando as redes para prover seu sustento. A figura abaixo esclarece.
               ( vendo só! Não consigo por a imagem. Vejam o anexo)
 
                Acontece pois que, a onda gerada pelo barco não é sentida pelos dois Jet-skis. Entretanto, ao chegar aos pescadores, suas pequenas canoas saculejam (gostaram de saculejam?)a ponto de quase virarem e naufragarem. Então, no referencial do barco, a onda não é sentida, embora tenha sido gerada. No referencial dos pescadores, coitados.
             
                [],s
                Belmiro

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2012 11:33


Através da dispersão das ondas na superfície da água, temos o seguinte padrão
(colhido pelo Google Earth); acrescentei os skis 1 e 2 em vermelho.
 
 
No meu desenho, apenas idealizei as regiões das ondas que interessam. Coloco agora
a Esteira de Kelvin e novamente os skis 1 e 2.
[]´
 
 
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Thursday, April 19, 2012 9:08 AM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 

Ops! Faça a crítica para o Léo. Ele que introduziu aquilo no desenho. O original meu só tem as ondas para o lado. Eu ia comentar isto mas não quis ser chato com Ele.
 
  [],s
 
  Belmiro

De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 23:54
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Ola Belmiro,

Só uma crítica ao seu desenho porque eu sou um chato.

Teoricamente, as ondas geradas por um barco não são assim, elas vão para o lado.
Claro que existem outros fatores como o motor a hélice que podem gerar uma turbulência atrás mas não ondas bem comportadas.
Mas se for a vela as ondas estariam indo para os lados.

De qualquer forma Einstein poderia surfar para os lados.
:-)

Hélio

De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 9:42
Assunto: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]
 
Olá!
Vou agora fazer uso de uma analogia. Imagine o barco Príncipe de Joinville navegando na tranqüila baía de Babitonga. Em velocidade de cruzeiro, o barco é acompanhado por dois Jet-skis, que mantém-se logo atrás do barco, sempre na mesma posição e velocidade igual a do barco. Um dos Jet-skis navega na crista da onda gerada pelo barco e assim se mantém o tempo todo. O outro, assume uma posição entre as duas ondas principais geradas pelo barco. Temos ainda dois pescadores com suas canoas de tronco, parados, lançando as redes para prover seu sustento. A figura abaixo esclarece.
               ( vendo só! Não consigo por a imagem. Vejam o anexo)
 
                Acontece pois que, a onda gerada pelo barco não é sentida pelos dois Jet-skis. Entretanto, ao chegar aos pescadores, suas pequenas canoas saculejam (gostaram de saculejam?)a ponto de quase virarem e naufragarem. Então, no referencial do barco, a onda não é sentida, embora tenha sido gerada. No referencial dos pescadores, coitados.
             
                [],s
                Belmiro


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2012 11:46



 
Através da dispersão das ondas na superfície da água, temos o seguinte padrão
(colhido pelo Google Earth); acrescentei os skis 1 e 2 em vermelho.
 
 
No meu desenho, apenas idealizei as regiões das ondas que interessam. Coloco agora
a Esteira de Kelvin e novamente os skis 1 e 2.
[]´
 
 
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Thursday, April 19, 2012 9:08 AM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 

Ops! Faça a crítica para o Léo. Ele que introduziu aquilo no desenho. O original meu só tem as ondas para o lado. Eu ia comentar isto mas não quis ser chato com Ele.
 
  [],s
 
  Belmiro

De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 23:54
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Ola Belmiro,

Só uma crítica ao seu desenho porque eu sou um chato.

Teoricamente, as ondas geradas por um barco não são assim, elas vão para o lado.
Claro que existem outros fatores como o motor a hélice que podem gerar uma turbulência atrás mas não ondas bem comportadas.
Mas se for a vela as ondas estariam indo para os lados.

De qualquer forma Einstein poderia surfar para os lados.
:-)

Hélio


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2012 12:07

From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Wednesday, April 18, 2012 8:11 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá gente!
 
Na msg 81845 apresentei um desafio onde, lá pelas tantas, cheguei a dizer: «Esta é a minha versão do paradoxo da carga acelerada». Isto parece ter deixado vocês um pouco ouriçados, haja vista as msgs que se sucederam. Até o Léo saiu de debaixo de sua pedra, como diria o Abelha Desvairada, digo, o Pesky Bee. E o Hélio idem, se bem que por motivos paralelos. Pois bem, isso é muito bom. Mostra que a turma está alerta e acompanhando a discussão.
 
Seria o caso então de apresentar a minha maneira de trabalhar sobre o problema proposto. Não obstante, vou fazer um pouco de charme antes disso, mesmo porque surgiu em meio às msgs um questionamento bastante interessante, importante e crucial, levantado pelo Belmiro, qual seja:
 
Belmiro: Enfim, não entendi por que você substituiu o problema anterior por este. No meu entender, a coisa ficou igual. [vide msg 81847]
 
Os motivos são vários e não há como responder com poucas palavras. No problema anterior, tanto o Belmiro como o Léo apresentaram soluções satisfatórias, para não dizer contundentes. Esta solução já havia sido apresentada para mim há muito tempo, ainda que de maneira não tão convincente e este é um mérito que devoto a vocês, especialmente ao Belmiro. Digo satisfatórias porque, a meu ver, elas resolvem parte do problema, mas não o paradoxo em si, que me parece ser bem mais abrangente.
 
Se eu fosse me contentar com esta saída, absolutamente clássica, lógica e natural, eu estaria como que menosprezando trabalhos apresentados por eminentes físicos que se desdobraram sobremaneira para encontrar argumentos fantásticos, para não dizer fantasiosos, na tentativa de solucionar o paradoxo. Ainda hoje esses argumentos são repetidos. Pouquíssimos seguiram a linha clássica, como vocês. Alguns chegaram a apelar para a métrica de Minkowski, outros para a mecânica quântica e sob vários aspectos, até mesmo sugerindo experiências de pensamento efetuadas ao lado de buracos negros.
 
A última vez que me apresentaram a saída do paradoxo pela via que ora vocês estão sugerindo, eu me saí com uma outra experiência de pensamento e que a meu ver demonstra que mesmo que esta explicação clássica esteja absolutamente correta, a ponto de solucionar o problema do ponto de vista dos referenciais, o paradoxo em si não estará resolvido. Ou seja, ele ressurge sob uma nova faceta, o que tentarei aqui demonstrar. E aí fica difícil dizer se é o princípio da equivalência que está errado ou se é essa explicação clássica que, à primeira vista, nos satisfaz. Deixarei então o problema proposto na msg anterior para um momento futuro desta nossa excelente discussão. Vamos então à experiência de pensamento citada.
 
Considere uma superfície S fechada e em repouso em um referencial inercial e situada num local onde a aceleração gravitacional g é igual a zero.
 
No interior desta superfície S há uma carga negativa q, inicialmente em repouso e livre no espaço. A carga q é tal que admite, em seu interior um observador l'', como se fosse uma gaiola de Faraday. Seria então algo que poderiamos chamar um elevador de Einstein-Faraday (figura 1 abaixo).
 
elevadorEF_rep
Figura 1: Compartimento S onde situa-se um elevador de Einstein-Faraday q.
 
Se a figura 1 não estiver visível, ou caso queira ampliá-la, clique aqui
 
Um outro observador l', localizado exteriormente à gaiola de Faraday,acompanha a carga q em seus possíveis movimentos (ele está fixo à carga q). Fora da superfície S existe uma carga Q em repouso no mesmo sistema de referência de S. Vamos supor que a carga q é de intensidade muito inferior àquela da carga Q, assim como também com massa muito inferior, de maneira a que possamos desprezar efeitos indutivos em Q, assim como movimentos de Q, quando estimados por um terceiro observador l que está no referencial inercial de S (vide figura 1).
 
Para o observador l, a carga q move-se na direção e sentido de Q com movimento acelerado (figura 2). Embora l não veja Q, ele pode medir o campo elétrico devido a Q, podendo desta maneira descobrir a causa do movimento de q (atração elétrica).
 
elevadorEF
Figura 2: Carga q sendo atraída pela carga Q.
 
Se a figura 1 não estiver visível, clique aqui.
 
O observador l' percebe que está sendo acelerado em relação a S e suas conclusões são concordantes com aquelas do observador l. Ele tem condições também de captar a emissão de radiação de Q (pois Q está acelerada em relaçao a l'). [Esta emissão de radiação por Q e observada por l' me parece estar de acordo tanto com os argumentos dados pelo Belmiro no anexo da msg 81784, como por aqueles dados pelo Léo na msg 81788]
 
O observador l'' não consegue visualizar S. Mas ele percebe que está sendo acelerado. O que ele poderia dizer sobre o campo eletromagnético gerado por Q? Ele teria condições de captar alguma informação sobre este campo, a ponto de notar que ele está em uma área do espaço dotada de campos eletromagnéticos? A meu ver não, e fico aguardando seus possíveis retornos a indicarem possíveis falhas nesta minha argumentação.
 
Caso o que disse acima esteja correto, se o observador l'' raciocinar tomando por base única e exclusivamente o princípio da equivalência de Einstein, ele chegará a admitir que: 1) Ou ele está sendo acelerado mecanicamente; ou 2) ele está em um campo gravitacional.
 
Ou seja, a ser verdadeira a solução clássica por vocês proposta, o princípio da equivalência de Einstein, parece-me estar incompleto e deveria levar em consideração também os campos eletromagnéticos. Mas se ele está incompleto, que dizer então da RG que parece assumir esta completude?
 
Percebem agora porque os físicos modernos não valorizam esta ideia por demais óbvia?
 
Coloquei este questionamento no newsgroup sci.physics.relativity em 12 de janeiro de 1998 e fiquei a ver navios. Até hoje não me responderam. Clique aqui para ler o questionamento proposto (em inglês).
 
PS: Utilizei o tipo Symbol l para caracterizar os observadores. Não sei se aparecerá assim na página Web da Yahoo, pois em termos de formatação ela não é lá essas coisas. Se alguém for ler a msg em página Web é possível que as coisas fiquem um tanto quanto confusas. As vezes nem mesmo o sinal de entre aspas “ “ aparece, e é por isso que com frequência eu tenho substituído por « ».
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2012 12:29

 
      Ahá!!
 
      Mas veja o seu desenho. As ondas estão invertidas. Se esqueceu como construiu o universo? Também depois de tantos bilhões de anos...
 
     [],s
 
     Belmiro
 
     P.S.
 
     E depois eu é que levo a culpa!
 
 

De: Luiz Ferraz Netto <leo@feiradeciencias.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 19 de Abril de 2012 11:33
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 

Através da dispersão das ondas na superfície da água, temos o seguinte padrão
(colhido pelo Google Earth); acrescentei os skis 1 e 2 em vermelho.
 
 
No meu desenho, apenas idealizei as regiões das ondas que interessam. Coloco agora
a Esteira de Kelvin e novamente os skis 1 e 2.
[]´
 
 
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Thursday, April 19, 2012 9:08 AM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
Ops! Faça a crítica para o Léo. Ele que introduziu aquilo no desenho. O original meu só tem as ondas para o lado. Eu ia comentar isto mas não quis ser chato com Ele.
 
  [],s
 
  Belmiro

De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 23:54
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Ola Belmiro,

Só uma crítica ao seu desenho porque eu sou um chato.

Teoricamente, as ondas geradas por um barco não são assim, elas vão para o lado.
Claro que existem outros fatores como o motor a hélice que podem gerar uma turbulência atrás mas não ondas bem comportadas.
Mas se for a vela as ondas estariam indo para os lados.

De qualquer forma Einstein poderia surfar para os lados.
:-)

Hélio

De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 9:42
Assunto: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]
 
Olá!
Vou agora fazer uso de uma analogia. Imagine o barco Príncipe de Joinville navegando na tranqüila baía de Babitonga. Em velocidade de cruzeiro, o barco é acompanhado por dois Jet-skis, que mantém-se logo atrás do barco, sempre na mesma posição e velocidade igual a do barco. Um dos Jet-skis navega na crista da onda gerada pelo barco e assim se mantém o tempo todo. O outro, assume uma posição entre as duas ondas principais geradas pelo barco. Temos ainda dois pescadores com suas canoas de tronco, parados, lançando as redes para prover seu sustento. A figura abaixo esclarece.
               ( vendo só! Não consigo por a imagem. Vejam o anexo)
 
                Acontece pois que, a onda gerada pelo barco não é sentida pelos dois Jet-skis. Entretanto, ao chegar aos pescadores, suas pequenas canoas saculejam (gostaram de saculejam?)a ponto de quase virarem e naufragarem. Então, no referencial do barco, a onda não é sentida, embora tenha sido gerada. No referencial dos pescadores, coitados.
             
                [],s
                Belmiro

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
DATE: 19/04/2012 12:57


Oi Alberto, lá no fundão, em vermelho.
[]´
 
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [L�o] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Thursday, April 19, 2012 12:07 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 

From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Wednesday, April 18, 2012 8:11 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá gente!
 
Na msg 81845 apresentei um desafio onde, lá pelas tantas, cheguei a dizer: «Esta é a minha versão do paradoxo da carga acelerada». Isto parece ter deixado vocês um pouco ouriçados, haja vista as msgs que se sucederam. Até o Léo saiu de debaixo de sua pedra, como diria o Abelha Desvairada, digo, o Pesky Bee. E o Hélio idem, se bem que por motivos paralelos. Pois bem, isso é muito bom. Mostra que a turma está alerta e acompanhando a discussão.
 
Seria o caso então de apresentar a minha maneira de trabalhar sobre o problema proposto. Não obstante, vou fazer um pouco de charme antes disso, mesmo porque surgiu em meio às msgs um questionamento bastante interessante, importante e crucial, levantado pelo Belmiro, qual seja:
 
Belmiro: Enfim, não entendi por que você substituiu o problema anterior por este. No meu entender, a coisa ficou igual. [vide msg 81847]
 
Os motivos são vários e não há como responder com poucas palavras. No problema anterior, tanto o Belmiro como o Léo apresentaram soluções satisfatórias, para não dizer contundentes. Esta solução já havia sido apresentada para mim há muito tempo, ainda que de maneira não tão convincente e este é um mérito que devoto a vocês, especialmente ao Belmiro. Digo satisfatórias porque, a meu ver, elas resolvem parte do problema, mas não o paradoxo em si, que me parece ser bem mais abrangente.
 
Se eu fosse me contentar com esta saída, absolutamente clássica, lógica e natural, eu estaria como que menosprezando trabalhos apresentados por eminentes físicos que se desdobraram sobremaneira para encontrar argumentos fantásticos, para não dizer fantasiosos, na tentativa de solucionar o paradoxo. Ainda hoje esses argumentos são repetidos. Pouquíssimos seguiram a linha clássica, como vocês. Alguns chegaram a apelar para a métrica de Minkowski, outros para a mecânica quântica e sob vários aspectos, até mesmo sugerindo experiências de pensamento efetuadas ao lado de buracos negros.
 
A última vez que me apresentaram a saída do paradoxo pela via que ora vocês estão sugerindo, eu me saí com uma outra experiência de pensamento e que a meu ver demonstra que mesmo que esta explicação clássica esteja absolutamente correta, a ponto de solucionar o problema do ponto de vista dos referenciais, o paradoxo em si não estará resolvido. Ou seja, ele ressurge sob uma nova faceta, o que tentarei aqui demonstrar. E aí fica difícil dizer se é o princípio da equivalência que está errado ou se é essa explicação clássica que, à primeira vista, nos satisfaz. Deixarei então o problema proposto na msg anterior para um momento futuro desta nossa excelente discussão. Vamos então à experiência de pensamento citada.
 
Considere uma superfície S fechada e em repouso em um referencial inercial e situada num local onde a aceleração gravitacional g é igual a zero.
 
No interior desta superfície S há uma carga negativa q, inicialmente em repouso e livre no espaço. A carga q é tal que admite, em seu interior um observador l'', como se fosse uma gaiola de Faraday. Seria então algo que poderiamos chamar um elevador de Einstein-Faraday (figura 1 abaixo).
 
elevadorEF_rep
Figura 1: Compartimento S onde situa-se um elevador de Einstein-Faraday q.
 
Se a figura 1 não estiver visível, ou caso queira ampliá-la, clique aqui
 
Um outro observador l', localizado exteriormente à gaiola de Faraday,acompanha a carga q em seus possíveis movimentos (ele está fixo à carga q). Fora da superfície S existe uma carga Q em repouso no mesmo sistema de referência de S. Vamos supor que a carga q é de intensidade muito inferior àquela da carga Q, assim como também com massa muito inferior, de maneira a que possamos desprezar efeitos indutivos em Q, assim como movimentos de Q, quando estimados por um terceiro observador l que está no referencial inercial de S (vide figura 1).
 
Para o observador l, a carga q move-se na direção e sentido de Q com movimento acelerado (figura 2). Embora l não veja Q, ele pode medir o campo elétrico devido a Q, podendo desta maneira descobrir a causa do movimento de q (atração elétrica).
 
elevadorEF
Figura 2: Carga q sendo atraída pela carga Q.
 
Se a figura 1 não estiver visível, clique aqui.
 
O observador l' percebe que está sendo acelerado em relação a S e suas conclusões são concordantes com aquelas do observador l. Ele tem condições também de captar a emissão de radiação de Q (pois Q está acelerada em relaçao a l'). [Esta emissão de radiação por Q e observada por l' me parece estar de acordo tanto com os argumentos dados pelo Belmiro no anexo da msg 81784, como por aqueles dados pelo Léo na msg 81788]
 
O observador l'' não consegue visualizar S. Mas ele percebe que está sendo acelerado. O que ele poderia dizer sobre o campo eletromagnético gerado por Q? Ele teria condições de captar alguma informação sobre este campo, a ponto de notar que ele está em uma área do espaço dotada de campos eletromagnéticos? A meu ver não, e fico aguardando seus possíveis retornos a indicarem possíveis falhas nesta minha argumentação.
 
Caso o que disse acima esteja correto, se o observador l'' raciocinar tomando por base única e exclusivamente o princípio da equivalência de Einstein, ele chegará a admitir que: 1) Ou ele está sendo acelerado mecanicamente; ou 2) ele está em um campo gravitacional.
Beleza de reflexões, sucessão de ideias e argumentos. Minha modesta opinião vai concordar com seus argumentos; l'' não detetará nada 'elétrico' e sim conclusões puramente gravitacionais.
Mas há um motivo sério para isto, as leis de atração elétrica (Coulomb) e atração gravitacional (Newton) são formalmente iguais! Ambas levam o selo "quadrado da distância". Se qqer 'uma' delas fosse do tipo "linear com a distância" haveria discrepância entre suas 'influências' no sensor utilizado pelo observador dentro da carga q. Ele, sentado numa balança, por exemplo, perceberia a diferença, se as leis não fossem como o são. Ele não detetaria que a causa é "elétrica", mas detetaria que não é o "gravitacional" corriqueiro.
Ou seja, a ser verdadeira a solução clássica por vocês proposta, o princípio da equivalência de Einstein, parece-me estar incompleto e deveria levar em consideração também os campos eletromagnéticos. Mas se ele está incompleto, que dizer então da RG que parece assumir esta completude?
Minha total concordância. O Empuxo de Newton é outro contra exemplo a favor desta concordância.
Percebem agora porque os físicos modernos não valorizam esta ideia por demais óbvia?
 
Coloquei este questionamento no newsgroup sci.physics.relativity em 12 de janeiro de 1998 e fiquei a ver navios. Até hoje não me responderam. Clique aqui para ler o questionamento proposto (em inglês).
 
PS: Utilizei o tipo Symbol l para caracterizar os observadores. Não sei se aparecerá assim na página Web da Yahoo, pois em termos de formatação ela não é lá essas coisas. Se alguém for ler a msg em página Web é possível que as coisas fiquem um tanto quanto confusas. As vezes nem mesmo o sinal de entre aspas “ “ aparece, e é por isso que com frequência eu tenho substituído por « ».
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
DATE: 19/04/2012 13:05


Poxa! Não posso nem querer simplificar e desenhar as ondas como saindo do barco e vez de desenhar a real superposição ... e o livre arbítrio que instituí ... como fica?
Depois que fiz a Eva com uma costela do Adão e uma soprada tudo virou meleca ... até hoje as mulheres querem ter uma costela a menos para ficar igual aos homens e as loiras até hoje querem eliminar aquele soprão que lhes substitui o cérebro! Vá entender! Todos reclamam: ninguém opera um rebelde ou revoltado, ... só pacientes!
[]´
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Thursday, April 19, 2012 12:29 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
      Ahá!!
 
      Mas veja o seu desenho. As ondas estão invertidas. Se esqueceu como construiu o universo? Também depois de tantos bilhões de anos...
 
     [],s
 
     Belmiro
 
     P.S.
 
     E depois eu é que levo a culpa!
 
 

De: Luiz Ferraz Netto <leo@feiradeciencias.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 19 de Abril de 2012 11:33
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 

Através da dispersão das ondas na superfície da água, temos o seguinte padrão
(colhido pelo Google Earth); acrescentei os skis 1 e 2 em vermelho.
 
 
No meu desenho, apenas idealizei as regiões das ondas que interessam. Coloco agora
a Esteira de Kelvin e novamente os skis 1 e 2.
[]´
 
 
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Thursday, April 19, 2012 9:08 AM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
Ops! Faça a crítica para o Léo. Ele que introduziu aquilo no desenho. O original meu só tem as ondas para o lado. Eu ia comentar isto mas não quis ser chato com Ele.
 
  [],s
 
  Belmiro

De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 23:54
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Ola Belmiro,

Só uma crítica ao seu desenho porque eu sou um chato.

Teoricamente, as ondas geradas por um barco não são assim, elas vão para o lado.
Claro que existem outros fatores como o motor a hélice que podem gerar uma turbulência atrás mas não ondas bem comportadas.
Mas se for a vela as ondas estariam indo para os lados.

De qualquer forma Einstein poderia surfar para os lados.
:-)

Hélio

De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 9:42
Assunto: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada [1 Anexo]
 
Olá!
Vou agora fazer uso de uma analogia. Imagine o barco Príncipe de Joinville navegando na tranqüila baía de Babitonga. Em velocidade de cruzeiro, o barco é acompanhado por dois Jet-skis, que mantém-se logo atrás do barco, sempre na mesma posição e velocidade igual a do barco. Um dos Jet-skis navega na crista da onda gerada pelo barco e assim se mantém o tempo todo. O outro, assume uma posição entre as duas ondas principais geradas pelo barco. Temos ainda dois pescadores com suas canoas de tronco, parados, lançando as redes para prover seu sustento. A figura abaixo esclarece.
               ( vendo só! Não consigo por a imagem. Vejam o anexo)
 
                Acontece pois que, a onda gerada pelo barco não é sentida pelos dois Jet-skis. Entretanto, ao chegar aos pescadores, suas pequenas canoas saculejam (gostaram de saculejam?)a ponto de quase virarem e naufragarem. Então, no referencial do barco, a onda não é sentida, embora tenha sido gerada. No referencial dos pescadores, coitados.
             
                [],s
                Belmiro

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2012 13:15

> Até o Léo saiu de debaixo de sua pedra, como diria o
> Abelha Desvairada, digo, o Pesky Bee.
 
Nada como uma PICADURA de abelhão para fazer o pessoal
se movimentar (com todo respeito, claro!).
 
*PB*
 
 
 
 
Sent: Thursday, April 19, 2012 12:07 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 


From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Wednesday, April 18, 2012 8:11 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá gente!
 
Na msg 81845 apresentei um desafio onde, lá pelas tantas, cheguei a dizer: «Esta é a minha versão do paradoxo da carga acelerada». Isto parece ter deixado vocês um pouco ouriçados, haja vista as msgs que se sucederam. Até o Léo saiu de debaixo de sua pedra, como diria o Abelha Desvairada, digo, o Pesky Bee. E o Hélio idem, se bem que por motivos paralelos. Pois bem, isso é muito bom. Mostra que a turma está alerta e acompanhando a discussão.
 
Seria o caso então de apresentar a minha maneira de trabalhar sobre o problema proposto. Não obstante, vou fazer um pouco de charme antes disso, mesmo porque surgiu em meio às msgs um questionamento bastante interessante, importante e crucial, levantado pelo Belmiro, qual seja:
 
Belmiro: Enfim, não entendi por que você substituiu o problema anterior por este. No meu entender, a coisa ficou igual. [vide msg 81847]
 
Os motivos são vários e não há como responder com poucas palavras. No problema anterior, tanto o Belmiro como o Léo apresentaram soluções satisfatórias, para não dizer contundentes. Esta solução já havia sido apresentada para mim há muito tempo, ainda que de maneira não tão convincente e este é um mérito que devoto a vocês, especialmente ao Belmiro. Digo satisfatórias porque, a meu ver, elas resolvem parte do problema, mas não o paradoxo em si, que me parece ser bem mais abrangente.
 
Se eu fosse me contentar com esta saída, absolutamente clássica, lógica e natural, eu estaria como que menosprezando trabalhos apresentados por eminentes físicos que se desdobraram sobremaneira para encontrar argumentos fantásticos, para não dizer fantasiosos, na tentativa de solucionar o paradoxo. Ainda hoje esses argumentos são repetidos. Pouquíssimos seguiram a linha clássica, como vocês. Alguns chegaram a apelar para a métrica de Minkowski, outros para a mecânica quântica e sob vários aspectos, até mesmo sugerindo experiências de pensamento efetuadas ao lado de buracos negros.
 
A última vez que me apresentaram a saída do paradoxo pela via que ora vocês estão sugerindo, eu me saí com uma outra experiência de pensamento e que a meu ver demonstra que mesmo que esta explicação clássica esteja absolutamente correta, a ponto de solucionar o problema do ponto de vista dos referenciais, o paradoxo em si não estará resolvido. Ou seja, ele ressurge sob uma nova faceta, o que tentarei aqui demonstrar. E aí fica difícil dizer se é o princípio da equivalência que está errado ou se é essa explicação clássica que, à primeira vista, nos satisfaz. Deixarei então o problema proposto na msg anterior para um momento futuro desta nossa excelente discussão. Vamos então à experiência de pensamento citada.
 
Considere uma superfície S fechada e em repouso em um referencial inercial e situada num local onde a aceleração gravitacional g é igual a zero.
 
No interior desta superfície S há uma carga negativa q, inicialmente em repouso e livre no espaço. A carga q é tal que admite, em seu interior um observador l'', como se fosse uma gaiola de Faraday. Seria então algo que poderiamos chamar um elevador de Einstein-Faraday (figura 1 abaixo).
 
elevadorEF_rep
Figura 1: Compartimento S onde situa-se um elevador de Einstein-Faraday q.
 
Se a figura 1 não estiver visível, ou caso queira ampliá-la, clique aqui
 
Um outro observador l', localizado exteriormente à gaiola de Faraday,acompanha a carga q em seus possíveis movimentos (ele está fixo à carga q). Fora da superfície S existe uma carga Q em repouso no mesmo sistema de referência de S. Vamos supor que a carga q é de intensidade muito inferior àquela da carga Q, assim como também com massa muito inferior, de maneira a que possamos desprezar efeitos indutivos em Q, assim como movimentos de Q, quando estimados por um terceiro observador l que está no referencial inercial de S (vide figura 1).
 
Para o observador l, a carga q move-se na direção e sentido de Q com movimento acelerado (figura 2). Embora l não veja Q, ele pode medir o campo elétrico devido a Q, podendo desta maneira descobrir a causa do movimento de q (atração elétrica).
 
elevadorEF
Figura 2: Carga q sendo atraída pela carga Q.
 
Se a figura 1 não estiver visível, clique aqui.
 
O observador l' percebe que está sendo acelerado em relação a S e suas conclusões são concordantes com aquelas do observador l. Ele tem condições também de captar a emissão de radiação de Q (pois Q está acelerada em relaçao a l'). [Esta emissão de radiação por Q e observada por l' me parece estar de acordo tanto com os argumentos dados pelo Belmiro no anexo da msg 81784, como por aqueles dados pelo Léo na msg 81788]
 
O observador l'' não consegue visualizar S. Mas ele percebe que está sendo acelerado. O que ele poderia dizer sobre o campo eletromagnético gerado por Q? Ele teria condições de captar alguma informação sobre este campo, a ponto de notar que ele está em uma área do espaço dotada de campos eletromagnéticos? A meu ver não, e fico aguardando seus possíveis retornos a indicarem possíveis falhas nesta minha argumentação.
 
Caso o que disse acima esteja correto, se o observador l'' raciocinar tomando por base única e exclusivamente o princípio da equivalência de Einstein, ele chegará a admitir que: 1) Ou ele está sendo acelerado mecanicamente; ou 2) ele está em um campo gravitacional.
 
Ou seja, a ser verdadeira a solução clássica por vocês proposta, o princípio da equivalência de Einstein, parece-me estar incompleto e deveria levar em consideração também os campos eletromagnéticos. Mas se ele está incompleto, que dizer então da RG que parece assumir esta completude?
 
Percebem agora porque os físicos modernos não valorizam esta ideia por demais óbvia?
 
Coloquei este questionamento no newsgroup sci.physics.relativity em 12 de janeiro de 1998 e fiquei a ver navios. Até hoje não me responderam. Clique aqui para ler o questionamento proposto (em inglês).
 
PS: Utilizei o tipo Symbol l para caracterizar os observadores. Não sei se aparecerá assim na página Web da Yahoo, pois em termos de formatação ela não é lá essas coisas. Se alguém for ler a msg em página Web é possível que as coisas fiquem um tanto quanto confusas. As vezes nem mesmo o sinal de entre aspas “ “ aparece, e é por isso que com frequência eu tenho substituído por « ».
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2012 13:32

      Oi Hélio.
 
      Nada a comentar. Concordo com tudo, menos que Oested devia ter decretado o fim do magnetismo. Muito embora eu diga que o magnetismo não existe, não significa que concorde que o *modelo* deva ser extinto. Sem ele, as coisas ficariam muito complicadas, para não dizer insolúveis em algumas situações.
 
      [],s
 
      Belmiro

De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 23:30
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Oi Belmiro e Alberto,

Vou deixar as cores para vocês continuarem o vai e vem de MSGs.
Eu vou só citar alguns trechos das vossas mensagens do jeito tradicional.

Belmiro:
>>> Mas não há ondulação. É simplesmente um
>>> campo eletromagnético crescente que se
>>> propaga. E não há mesmo frequencia. Não é cíclico.

Alberto:
>> Ok, neste caso então estamos de acordo. ...física «moderna»,
>> a mesma física que diz que a onda eletromagnética é
>> constituída de fótons ..........

Alberto falou coisas interessantes, mas não vou por este caminho pois acredito que a discussão já está com complicação suficiente, depois podemos falar novamente de fóton (esta monstruosidades).

Mais adiante Alberto:
>> O problema da energia parece ficar esclarecido.
>> É mais um exemplo daqueles a mostrar o relativismo
>> inerente ao conceito de energia.

Ou a mostrar que energia, assim como campo magnético, não existe.
:-)

Continua Alberto:
>> ......Dizem que Einstein, antes de formular a sua teoria,
>> tentou «surfar» nas ondas eletromagnéticas e «caiu do
>> cavalo». Ou seja, ele percebeu que neste referencial as
>> ondas não vibrariam, ...

Não vibram porque você está caminhando junto com ela.
É fácil ver uma onda parada, é só caminhar junto com ela na velocidade da luz.
Ou até mesmo um pouco mais lento que isto se a propagação for no ar.
Einstein nem tentou, só imaginou, e já disse que era impossível. Que preguiça!
:-)

Vou interromper as brincadeiras para falar com o Belmiro, o que não significa que ficarei sério.

Belmiro, você disse que campo magnético não existe, então vamos ser coerente com isto.
Resolvi que, durante esta thread vou assumir que campo elétrico existe, se não iria complicar as coisas.
Se é só o campo elétrico que existe, as ditas "ondas" (prefiro radiações) eletromagnéticas são formadas de apenas campo elétrico.

Uma pessoa acompanhado de uma carga dentro do elevador (os 3 em estado de inércia) verá só o campo elétrico estático, mas campo elétrico no fundo não é algo estático, são agentes de campo que saem da carga em todas as direções com a velocidade da luz em relação à carga. Isto acontecerá, tanto estando o elevador com ar ou "com" vácuo. (Se acelerado, será diferente, mas vou deixar isto para depois.) Se estes agentes são irradiados pela carga, isto já podemos chamar de radiação "eletromagnética" que é sempre só elétrica.

Mas para uma pessoa fora, será diferente (vamos imaginar que o elevador não é metálico para não se perder o caráter pontual da carga e sua localização).
Se estiver parada em relação e ele, verá o campo elétrico (radiação), pois os agentes virão de uma direção e distância fixas. Se houver movimentação, a coisa muda, o campo elétrico muda pois a distância e a direção estão mudando, estas mudanças de campo elétrico gera efeitos que induzem [:-)] as pessoas a acharem que existe outra coisa além do campo elétrico e chamam esta coisa de campo magnético.

Abrindo um parênteses: Tem coisas na história da ciência que seriam cômicas se não fossem trágicas. Quando Oersted descobriu a ligação entre elétrico e magnético, não completou o serviço. Ali já era para ser decretado o "fim do magnetismo".

Voltando. Esta variação do campo que se propaga, se propaga porque os agentes estão se propagando (a velocidadede propagação da variação pode ser menor que a velocidade de propagação dos agentes).

Resumindo, para mim, uma carga parada já irradia agentes de campo elétrico.
Se está em MRU em relação ao observador, a radiação medida é variável e esta variação se propaga é claro, pois ela é constituída de agentes que se propagam.

A parte acelerada, deixo para depois, bem como a análise da propagação destes agentes no ar ou no vácuo.

Hélio



De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 17:21
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Oi Alberto.
 
Sei que você não aprecia muito as letrinhas coloridas, mas é um jeito de diferenciar as mensagens.

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 15:55
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Wednesday, April 18, 2012 9:36 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá Belmiro
 
Belmiro: Mas não há ondulação. É simplesmente um campo eletromagnético crescente que se propaga. E não há mesmo frequencia. Não é cíclico.
 
Alberto: Ok, neste caso então estamos de acordo. Acho apenas que esta onda eletromagnética fica um pouco fora do contexto da física «moderna», a mesma física que diz que a onda eletromagnética é constituída de fótons e que a energia dos fótons seria dada por E=hf, onde f é a frequência da onda. Parece-me que foi para resolver situações como estas que eles inventaram as ondas de conteúdo energético nulo e/ou as ondas que «do ponto de vista clássico» [Sabe-se lá o que seria isto? Teria alguma coisa a ver com o princípio da correspondência de Bohr? Sinceramente não sei.] não contém fótons.
 
Belmiro: Acho que já respondi acima. Quanto à energia transportada por uma onda eletromagnética, quem dita as regras é o Vetor de Poynting. A equação h.f dá a energia do fóton.
 
Alberto: OK. Neste caso digamos então que a onda que está sendo levada em consideração transporta energia. Vamos, por ora, deixar essas ideias de Lorentz e al. de lado, pelo menos até quando possível for.
 
Alberto (msg anterior): Apenas para concluir com algo que não foi ainda ventilado. Se a carga acelerada emite energia (fótons com conteúdo não nulo de energia), esta energia poderá ser captada por Epaminondas, certo? Já o Pafuncio não enxerga nada equivalente em seu referencial. De onde surgiu esta energia captada pelo Epaminondas? Não teria sido originada por ocasião da emissão pela carga, naquilo que alguns chamam reação de radiação? Mas eu creio que foi isto que Lorentz demonstrou ser zero, pelo menos para o caso de elétrons (no momento não tenho a referência, mas isto é bastante repetido por aí, logo não deve ser muito difícil checar essa história - o primeiro link acima parece comentar alguma coisa a respeito). Do contrário a carga iria se consumindo energeticamente. No caso de elétrons acelerados demonstra-se, através de calorímetros, que não há essa perda energética.
 
Belmiro: Vou ser mais herege do que você. A carga recebe energia mecânica do sistema externo ao compartimento e, como tal, pode emitir radiação a este sistema, devolvendo parte da energia recebida. Já internamente ao compartimento, nenhuma energia é cedida em forma de radiação, pois a carga nada recebe  (energia) deste sistema. Só para refletir, e atirar pedras, pois como disse Ele, o telhado é de vidro. Posteriormente vou enviar outra mensagem com uma analogia com um sistema mecânico, que ao meu ver, vai esclarecer muita coisa. Mas, confesso para você, que não vejo nenhuma dificuldade em admitir que o compartimento interno está livre de radiação, enquanto no externo ela está presente.
 
Alberto: Bem, dificuldade eu também não vejo, estou apenas querendo entender o problema mais a fundo e, para isso, vez ou outra estarei exercendo o papel de advogado do diabo.
 
Aliás, se eu tinha alguma dúvida a esse respeito, o seu análogo mecânico foi supimpa. Não obstante, se por um lado clareou tudo, o outro lado ficou obscurecido e muito. Smiley piscando Vamos ver se consigo expor aqui a conversa que travei com meus botões.
 
O problema da energia parece ficar esclarecido. É mais um exemplo daqueles a mostrar o relativismo inerente ao conceito de energia. Logo, poderíamos pensar em raciocinar da mesma maneira com relação às ondas eletromagnéticas. Mas aí surge o outro lado, e é exatamente aquele que deu origem à física «moderna». Dizem que Einstein, antes de formular a sua teoria, tentou «surfar» nas ondas eletromagnéticas e «caiu do cavalo». Ou seja, ele percebeu que neste referencial as ondas não vibrariam, da mesma maneira que acontece com os seus dois jet-skis da figura recém apresentada. No caso do seu exemplo isto não trás nenhum problema. Mas no caso das ondas eletromagnéticas a coisa não era tão simples assim, pelo menos na visão de Einstein. Pois se neste referencial as ondas não vibram, ou estão em repouso, como é que ele iria justificar a existência das duas, uma se transformando na outra? Foi aí que ele assumiu a impossibilidade de nos fixarmos neste referencial, ou até mais do que isto: não adiantaria tentarmos alcançar a luz, ela sempre estaria se afastando de nós na mesma velocidade c, independente de qual fosse a nossa velocidade em relação a qualquer referencial.
 
        Creio que há uma confusão aí. O análogo mecânico que eu criei é para a situação específica que deu origem à nossa discussão, ou seja, a carga no compartimento acelerado. No referencial da carga, que é a nossa fonte de emisão, a onda não existe, assim como acontece no Príncipe de Joinville. A diferença entre os dois sistemas análogos é que a carga precisa estar acelerando para gerar a onda enquanto o barco precisa apenas se movimentar. Mas nenhum dos dois sistemas detecta a onda, pois ela não existe nestes referenciais. Agora, a questão do Einstein já é diferente. A própria onda é diferente, pois é cíclica. Assim, o único sistema em que a onda não existiria seria aquele que acompanhasse o movimento de vai e vem das cargas que estão originando a onda, que convenhamos é meio difícil de concretizar a não ser com gedanken. Resumindo, o problema de Einstein é que não se pode estar no referencial de propagação das ondas. No nosso caso, podemos (em tese) estar no referencial das cargas que estão gerando a onda, o que certamente é diferente.
 
Concordo então contigo quando diz, ao se apoiar nessa ideia, que parece não haver nenhuma dificuldade em admitir que o compartimento interno está livre de radiação, enquanto no externo ela está presente. Mesmo porque, e neste caso, o meu papel de advogado do diabo estava tentando valorizar o outro lado da famigerada física «moderna», o lado quântico. Mas agora a coisa se complicou e para o lado da relatividade. Como tanto a quântica quanto a relatividade apoiam-se no eletromagnetismo de Maxwell, e mais especialmente, no eletromagnetismo de Maxwell-Lorentz, e ambas, por razões diversas, se voltaram contra a mecânica clássica, fica difícil enxergar alguma analogia entre fenômenos mecânicos e eletromagnéticos sem que se parta para algum tipo de heresia. E neste caso não sei dizer se você está sendo suficientemente herege quanto afirmou Smiley piscando.
 
De qualquer forma, o seu exemplo serviu para entender se não o todo da msg do Léo, pelo menos aquela parte em que ele fala que os aparelhos perdem a referência. Da mesma forma que os jet-skis também a perdem.
 
Haveria muito mais o que dizer, inclusive acrescentar algumas experiências de pensamento que me ocorreram, mas vou parar por aqui e aguardar o desenvolvimento da thread. Mesmo porque estou de saída para o dentista Smiley triste.
 
   OK.
 
    [],s
 
    Belmiro
 
    Mas indiferentemente a tudo isso  a homeopatia funcionou com meus boizinhos em 100% das vezes e 100% dos animais :&gt; convencido
    
 
[ ]´s Alberto http://ecientificocultural.com.br Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 





SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2012 14:07

      Oi Alberto.
 
      Me parece que a solução é óbvia demais para que ninguém te respondesse até hoje. O observador "lambdaduaslinhas", aquele que está dentro do compartimento que você admitiu ser uma gaiola de Faraday, terá sim como dizer que está na presença de um campo eletromagnético. Basta que tenha levado consigo um eletroscópio ou um pêndulo elétrico. Acontece que campos elétricos não nulos estarão presentes dentro do seu compartimento, uma vez que, ao se aproximar do corpo com carga Q, a distribuição de cargas sobre o seu compartimento esférico sofrerá alteração.Com isto, o campo interno não mais será nulo, pois para que isto ocorra, é necessário que a carga seja distribuida simetricamente. Einstein continua firme.
 
    [],s
 
    Belmiro
 
De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 19 de Abril de 2012 12:07
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Wednesday, April 18, 2012 8:11 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá gente!
 
Na msg 81845 apresentei um desafio onde, lá pelas tantas, cheguei a dizer: «Esta é a minha versão do paradoxo da carga acelerada». Isto parece ter deixado vocês um pouco ouriçados, haja vista as msgs que se sucederam. Até o Léo saiu de debaixo de sua pedra, como diria o Abelha Desvairada, digo, o Pesky Bee. E o Hélio idem, se bem que por motivos paralelos. Pois bem, isso é muito bom. Mostra que a turma está alerta e acompanhando a discussão.
 
Seria o caso então de apresentar a minha maneira de trabalhar sobre o problema proposto. Não obstante, vou fazer um pouco de charme antes disso, mesmo porque surgiu em meio às msgs um questionamento bastante interessante, importante e crucial, levantado pelo Belmiro, qual seja:
 
Belmiro: Enfim, não entendi por que você substituiu o problema anterior por este. No meu entender, a coisa ficou igual. [vide msg 81847]
 
Os motivos são vários e não há como responder com poucas palavras. No problema anterior, tanto o Belmiro como o Léo apresentaram soluções satisfatórias, para não dizer contundentes. Esta solução já havia sido apresentada para mim há muito tempo, ainda que de maneira não tão convincente e este é um mérito que devoto a vocês, especialmente ao Belmiro. Digo satisfatórias porque, a meu ver, elas resolvem parte do problema, mas não o paradoxo em si, que me parece ser bem mais abrangente.
 
Se eu fosse me contentar com esta saída, absolutamente clássica, lógica e natural, eu estaria como que menosprezando trabalhos apresentados por eminentes físicos que se desdobraram sobremaneira para encontrar argumentos fantásticos, para não dizer fantasiosos, na tentativa de solucionar o paradoxo. Ainda hoje esses argumentos são repetidos. Pouquíssimos seguiram a linha clássica, como vocês. Alguns chegaram a apelar para a métrica de Minkowski, outros para a mecânica quântica e sob vários aspectos, até mesmo sugerindo experiências de pensamento efetuadas ao lado de buracos negros.
 
A última vez que me apresentaram a saída do paradoxo pela via que ora vocês estão sugerindo, eu me saí com uma outra experiência de pensamento e que a meu ver demonstra que mesmo que esta explicação clássica esteja absolutamente correta, a ponto de solucionar o problema do ponto de vista dos referenciais, o paradoxo em si não estará resolvido. Ou seja, ele ressurge sob uma nova faceta, o que tentarei aqui demonstrar. E aí fica difícil dizer se é o princípio da equivalência que está errado ou se é essa explicação clássica que, à primeira vista, nos satisfaz. Deixarei então o problema proposto na msg anterior para um momento futuro desta nossa excelente discussão. Vamos então à experiência de pensamento citada.
 
Considere uma superfície S fechada e em repouso em um referencial inercial e situada num local onde a aceleração gravitacional g é igual a zero.
 
No interior desta superfície S há uma carga negativa q, inicialmente em repouso e livre no espaço. A carga q é tal que admite, em seu interior um observadorl'', como se fosse uma gaiola de Faraday. Seria então algo que poderiamos chamar um elevador de Einstein-Faraday (figura 1 abaixo).
 
elevadorEF_rep
Figura 1: Compartimento S onde situa-se um elevador de Einstein-Faraday q.
 
Se a figura 1 não estiver visível, ou caso queira ampliá-la, clique aqui
 
Um outro observador l', localizado exteriormente à gaiola de Faraday,acompanha a carga q em seus possíveis movimentos (ele está fixo à carga q). Fora da superfície S existe uma carga Q em repouso no mesmo sistema de referência de S. Vamos supor que a carga q é de intensidade muito inferior àquela da carga Q, assim como também com massa muito inferior, de maneira a que possamos desprezar efeitos indutivos em Q, assim como movimentos de Q, quando estimados por um terceiro observador l que está no referencial inercial de S (vide figura 1).
 
Para o observador l, a carga q move-se na direção e sentido de Q com movimento acelerado (figura 2). Embora l não veja Q, ele pode medir o campo elétrico devido a Q, podendo desta maneira descobrir a causa do movimento de q (atração elétrica).
 
elevadorEF
Figura 2: Carga q sendo atraída pela carga Q.
 
Se a figura 1 não estiver visível, clique aqui.
 
O observador l' percebe que está sendo acelerado em relação a S e suas conclusões são concordantes com aquelas do observador l. Ele tem condições também de captar a emissão de radiação de Q (pois Q está acelerada em relaçao a l'). [Esta emissão de radiação por Q e observada por l' me parece estar de acordo tanto com os argumentos dados pelo Belmiro no anexo da msg 81784, como por aqueles dados pelo Léo na msg 81788]
 
O observador l'' não consegue visualizar S. Mas ele percebe que está sendo acelerado. O que ele poderia dizer sobre o campo eletromagnético gerado por Q? Ele teria condições de captar alguma informação sobre este campo, a ponto de notar que ele está em uma área do espaço dotada de campos eletromagnéticos? A meu ver não, e fico aguardando seus possíveis retornos a indicarem possíveis falhas nesta minha argumentação.
 
Caso o que disse acima esteja correto, se o observador l'' raciocinar tomando por base única e exclusivamente o princípio da equivalência de Einstein, ele chegará a admitir que: 1) Ou ele está sendo acelerado mecanicamente; ou 2) ele está em um campo gravitacional.
 
Ou seja, a ser verdadeira a solução clássica por vocês proposta, o princípio da equivalência de Einstein, parece-me estar incompleto e deveria levar em consideração também os campos eletromagnéticos. Mas se ele está incompleto, que dizer então da RG que parece assumir esta completude?
 
Percebem agora porque os físicos modernos não valorizam esta ideia por demais óbvia?
 
Coloquei este questionamento no newsgroup sci.physics.relativity em 12 de janeiro de 1998 e fiquei a ver navios. Até hoje não me responderam. Clique aqui para ler o questionamento proposto (em inglês).
 
PS: Utilizei o tipo Symbol l para caracterizar os observadores. Não sei se aparecerá assim na página Web da Yahoo, pois em termos de formatação ela não é lá essas coisas. Se alguém for ler a msg em página Web é possível que as coisas fiquem um tanto quanto confusas. As vezes nem mesmo o sinal de entre aspas “ “ aparece, e é por isso que com frequência eu tenho substituído por « ».
 
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.brMas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
DATE: 19/04/2012 18:34


Belmiro tem toda razão! Esqueci-me de que a condição de campo nulo no interior da 'bola' onde está 'lâmbdaduas linhas' é o "equilíbrio das cargas na superfície da bola" e, tal equilíbrio, é destruído durante a aproximação q e Q. Há um reajuste de cargas sobre q durante a aproximação e um consequente campo elétrico interno afetando o sensor da 'lâmbdaduaslinhas'. Como diz a Globo, desculpe nossa falha! Tentemos outro modelo! De qqer modo, o princípio da equivalência não inclui este campo eletromagnético que afetou a distribuição das cargas q!!!!
[]´
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Thursday, April 19, 2012 2:07 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

      Oi Alberto.
 
      Me parece que a solução é óbvia demais para que ninguém te respondesse até hoje. O observador "lambdaduaslinhas", aquele que está dentro do compartimento que você admitiu ser uma gaiola de Faraday, terá sim como dizer que está na presença de um campo eletromagnético. Basta que tenha levado consigo um eletroscópio ou um pêndulo elétrico. Acontece que campos elétricos não nulos estarão presentes dentro do seu compartimento, uma vez que, ao se aproximar do corpo com carga Q, a distribuição de cargas sobre o seu compartimento esférico sofrerá alteração.Com isto, o campo interno não mais será nulo, pois para que isto ocorra, é necessário que a carga seja distribuida simetricamente. Einstein continua firme.
 
    [],s
 
    Belmiro
 
De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 19 de Abril de 2012 12:07
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Wednesday, April 18, 2012 8:11 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá gente!
 
Na msg 81845 apresentei um desafio onde, lá pelas tantas, cheguei a dizer: «Esta é a minha versão do paradoxo da carga acelerada». Isto parece ter deixado vocês um pouco ouriçados, haja vista as msgs que se sucederam. Até o Léo saiu de debaixo de sua pedra, como diria o Abelha Desvairada, digo, o Pesky Bee. E o Hélio idem, se bem que por motivos paralelos. Pois bem, isso é muito bom. Mostra que a turma está alerta e acompanhando a discussão.
 
Seria o caso então de apresentar a minha maneira de trabalhar sobre o problema proposto. Não obstante, vou fazer um pouco de charme antes disso, mesmo porque surgiu em meio às msgs um questionamento bastante interessante, importante e crucial, levantado pelo Belmiro, qual seja:
 
Belmiro: Enfim, não entendi por que você substituiu o problema anterior por este. No meu entender, a coisa ficou igual. [vide msg 81847]
 
Os motivos são vários e não há como responder com poucas palavras. No problema anterior, tanto o Belmiro como o Léo apresentaram soluções satisfatórias, para não dizer contundentes. Esta solução já havia sido apresentada para mim há muito tempo, ainda que de maneira não tão convincente e este é um mérito que devoto a vocês, especialmente ao Belmiro. Digo satisfatórias porque, a meu ver, elas resolvem parte do problema, mas não o paradoxo em si, que me parece ser bem mais abrangente.
 
Se eu fosse me contentar com esta saída, absolutamente clássica, lógica e natural, eu estaria como que menosprezando trabalhos apresentados por eminentes físicos que se desdobraram sobremaneira para encontrar argumentos fantásticos, para não dizer fantasiosos, na tentativa de solucionar o paradoxo. Ainda hoje esses argumentos são repetidos. Pouquíssimos seguiram a linha clássica, como vocês. Alguns chegaram a apelar para a métrica de Minkowski, outros para a mecânica quântica e sob vários aspectos, até mesmo sugerindo experiências de pensamento efetuadas ao lado de buracos negros.
 
A última vez que me apresentaram a saída do paradoxo pela via que ora vocês estão sugerindo, eu me saí com uma outra experiência de pensamento e que a meu ver demonstra que mesmo que esta explicação clássica esteja absolutamente correta, a ponto de solucionar o problema do ponto de vista dos referenciais, o paradoxo em si não estará resolvido. Ou seja, ele ressurge sob uma nova faceta, o que tentarei aqui demonstrar. E aí fica difícil dizer se é o princípio da equivalência que está errado ou se é essa explicação clássica que, à primeira vista, nos satisfaz. Deixarei então o problema proposto na msg anterior para um momento futuro desta nossa excelente discussão. Vamos então à experiência de pensamento citada.
 
Considere uma superfície S fechada e em repouso em um referencial inercial e situada num local onde a aceleração gravitacional g é igual a zero.
 
No interior desta superfície S há uma carga negativa q, inicialmente em repouso e livre no espaço. A carga q é tal que admite, em seu interior um observadorl'', como se fosse uma gaiola de Faraday. Seria então algo que poderiamos chamar um elevador de Einstein-Faraday (figura 1 abaixo).
 
elevadorEF_rep
Figura 1: Compartimento S onde situa-se um elevador de Einstein-Faraday q.
 
Se a figura 1 não estiver visível, ou caso queira ampliá-la, clique aqui
 
Um outro observador l', localizado exteriormente à gaiola de Faraday,acompanha a carga q em seus possíveis movimentos (ele está fixo à carga q). Fora da superfície S existe uma carga Q em repouso no mesmo sistema de referência de S. Vamos supor que a carga q é de intensidade muito inferior àquela da carga Q, assim como também com massa muito inferior, de maneira a que possamos desprezar efeitos indutivos em Q, assim como movimentos de Q, quando estimados por um terceiro observador l que está no referencial inercial de S (vide figura 1).
 
Para o observador l, a carga q move-se na direção e sentido de Q com movimento acelerado (figura 2). Embora l não veja Q, ele pode medir o campo elétrico devido a Q, podendo desta maneira descobrir a causa do movimento de q (atração elétrica).
 
elevadorEF
Figura 2: Carga q sendo atraída pela carga Q.
 
Se a figura 1 não estiver visível, clique aqui.
 
O observador l' percebe que está sendo acelerado em relação a S e suas conclusões são concordantes com aquelas do observador l. Ele tem condições também de captar a emissão de radiação de Q (pois Q está acelerada em relaçao a l'). [Esta emissão de radiação por Q e observada por l' me parece estar de acordo tanto com os argumentos dados pelo Belmiro no anexo da msg 81784, como por aqueles dados pelo Léo na msg 81788]
 
O observador l'' não consegue visualizar S. Mas ele percebe que está sendo acelerado. O que ele poderia dizer sobre o campo eletromagnético gerado por Q? Ele teria condições de captar alguma informação sobre este campo, a ponto de notar que ele está em uma área do espaço dotada de campos eletromagnéticos? A meu ver não, e fico aguardando seus possíveis retornos a indicarem possíveis falhas nesta minha argumentação.
 
Caso o que disse acima esteja correto, se o observador l'' raciocinar tomando por base única e exclusivamente o princípio da equivalência de Einstein, ele chegará a admitir que: 1) Ou ele está sendo acelerado mecanicamente; ou 2) ele está em um campo gravitacional.
 
Ou seja, a ser verdadeira a solução clássica por vocês proposta, o princípio da equivalência de Einstein, parece-me estar incompleto e deveria levar em consideração também os campos eletromagnéticos. Mas se ele está incompleto, que dizer então da RG que parece assumir esta completude?
 
Percebem agora porque os físicos modernos não valorizam esta ideia por demais óbvia?
 
Coloquei este questionamento no newsgroup sci.physics.relativity em 12 de janeiro de 1998 e fiquei a ver navios. Até hoje não me responderam. Clique aqui para ler o questionamento proposto (em inglês).
 
PS: Utilizei o tipo Symbol l para caracterizar os observadores. Não sei se aparecerá assim na página Web da Yahoo, pois em termos de formatação ela não é lá essas coisas. Se alguém for ler a msg em página Web é possível que as coisas fiquem um tanto quanto confusas. As vezes nem mesmo o sinal de entre aspas “ “ aparece, e é por isso que com frequência eu tenho substituído por « ».
 
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.brMas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2012 19:46

Oi Alberto,

Eu ainda não dei minha sugestão de como fazer na prática sua experiência.

Coloque seu laboratório entre dois planetas. Amarre super elásticos nos planetas e prenda as outras pontas em estrelas fixas de Mach.

Não vou registrar patente.

Hélio


De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 19 de Abril de 2012 12:07
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Wednesday, April 18, 2012 8:11 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá gente!
 
Na msg 81845 apresentei um desafio onde, lá pelas tantas, cheguei a dizer: «Esta é a minha versão do paradoxo da carga acelerada». Isto parece ter deixado vocês um pouco ouriçados, haja vista as msgs que se sucederam. Até o Léo saiu de debaixo de sua pedra, como diria o Abelha Desvairada, digo, o Pesky Bee. E o Hélio idem, se bem que por motivos paralelos. Pois bem, isso é muito bom. Mostra que a turma está alerta e acompanhando a discussão.
 
Seria o caso então de apresentar a minha maneira de trabalhar sobre o problema proposto. Não obstante, vou fazer um pouco de charme antes disso, mesmo porque surgiu em meio às msgs um questionamento bastante interessante, importante e crucial, levantado pelo Belmiro, qual seja:
 
Belmiro: Enfim, não entendi por que você substituiu o problema anterior por este. No meu entender, a coisa ficou igual. [vide msg 81847]
 
Os motivos são vários e não há como responder com poucas palavras. No problema anterior, tanto o Belmiro como o Léo apresentaram soluções satisfatórias, para não dizer contundentes. Esta solução já havia sido apresentada para mim há muito tempo, ainda que de maneira não tão convincente e este é um mérito que devoto a vocês, especialmente ao Belmiro. Digo satisfatórias porque, a meu ver, elas resolvem parte do problema, mas não o paradoxo em si, que me parece ser bem mais abrangente.
 
Se eu fosse me contentar com esta saída, absolutamente clássica, lógica e natural, eu estaria como que menosprezando trabalhos apresentados por eminentes físicos que se desdobraram sobremaneira para encontrar argumentos fantásticos, para não dizer fantasiosos, na tentativa de solucionar o paradoxo. Ainda hoje esses argumentos são repetidos. Pouquíssimos seguiram a linha clássica, como vocês. Alguns chegaram a apelar para a métrica de Minkowski, outros para a mecânica quântica e sob vários aspectos, até mesmo sugerindo experiências de pensamento efetuadas ao lado de buracos negros.
 
A última vez que me apresentaram a saída do paradoxo pela via que ora vocês estão sugerindo, eu me saí com uma outra experiência de pensamento e que a meu ver demonstra que mesmo que esta explicação clássica esteja absolutamente correta, a ponto de solucionar o problema do ponto de vista dos referenciais, o paradoxo em si não estará resolvido. Ou seja, ele ressurge sob uma nova faceta, o que tentarei aqui demonstrar. E aí fica difícil dizer se é o princípio da equivalência que está errado ou se é essa explicação clássica que, à primeira vista, nos satisfaz. Deixarei então o problema proposto na msg anterior para um momento futuro desta nossa excelente discussão. Vamos então à experiência de pensamento citada.
 
Considere uma superfície S fechada e em repouso em um referencial inercial e situada num local onde a aceleração gravitacional g é igual a zero.
 
No interior desta superfície S há uma carga negativa q, inicialmente em repouso e livre no espaço. A carga q é tal que admite, em seu interior um observador l'', como se fosse uma gaiola de Faraday. Seria então algo que poderiamos chamar um elevador de Einstein-Faraday (figura 1 abaixo).
 
elevadorEF_rep
Figura 1: Compartimento S onde situa-se um elevador de Einstein-Faraday q.
 
Se a figura 1 não estiver visível, ou caso queira ampliá-la, clique aqui
 
Um outro observador l', localizado exteriormente à gaiola de Faraday,acompanha a carga q em seus possíveis movimentos (ele está fixo à carga q). Fora da superfície S existe uma carga Q em repouso no mesmo sistema de referência de S. Vamos supor que a carga q é de intensidade muito inferior àquela da carga Q, assim como também com massa muito inferior, de maneira a que possamos desprezar efeitos indutivos em Q, assim como movimentos de Q, quando estimados por um terceiro observador l que está no referencial inercial de S (vide figura 1).
 
Para o observador l, a carga q move-se na direção e sentido de Q com movimento acelerado (figura 2). Embora l não veja Q, ele pode medir o campo elétrico devido a Q, podendo desta maneira descobrir a causa do movimento de q (atração elétrica).
 
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Figura 2: Carga q sendo atraída pela carga Q.
 
Se a figura 1 não estiver visível, clique aqui.
 
O observador l' percebe que está sendo acelerado em relação a S e suas conclusões são concordantes com aquelas do observador l. Ele tem condições também de captar a emissão de radiação de Q (pois Q está acelerada em relaçao a l'). [Esta emissão de radiação por Q e observada por l' me parece estar de acordo tanto com os argumentos dados pelo Belmiro no anexo da msg 81784, como por aqueles dados pelo Léo na msg 81788]
 
O observador l'' não consegue visualizar S. Mas ele percebe que está sendo acelerado. O que ele poderia dizer sobre o campo eletromagnético gerado por Q? Ele teria condições de captar alguma informação sobre este campo, a ponto de notar que ele está em uma área do espaço dotada de campos eletromagnéticos? A meu ver não, e fico aguardando seus possíveis retornos a indicarem possíveis falhas nesta minha argumentação.
 
Caso o que disse acima esteja correto, se o observador l'' raciocinar tomando por base única e exclusivamente o princípio da equivalência de Einstein, ele chegará a admitir que: 1) Ou ele está sendo acelerado mecanicamente; ou 2) ele está em um campo gravitacional.
 
Ou seja, a ser verdadeira a solução clássica por vocês proposta, o princípio da equivalência de Einstein, parece-me estar incompleto e deveria levar em consideração também os campos eletromagnéticos. Mas se ele está incompleto, que dizer então da RG que parece assumir esta completude?
 
Percebem agora porque os físicos modernos não valorizam esta ideia por demais óbvia?
 
Coloquei este questionamento no newsgroup sci.physics.relativity em 12 de janeiro de 1998 e fiquei a ver navios. Até hoje não me responderam. Clique aqui para ler o questionamento proposto (em inglês).
 
PS: Utilizei o tipo Symbol l para caracterizar os observadores. Não sei se aparecerá assim na página Web da Yahoo, pois em termos de formatação ela não é lá essas coisas. Se alguém for ler a msg em página Web é possível que as coisas fiquem um tanto quanto confusas. As vezes nem mesmo o sinal de entre aspas “ “ aparece, e é por isso que com frequência eu tenho substituído por « ».
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2012 19:57

Calma gente,

O campo elétrico dentro da esfera vai continuar sendo nulo e esta nulidade é a soma do campo elétrico gerado pela carga Q e o campo elétrico gerado pela nova distribuição.

Nenhuma distribuição de cargas na parede interna da esfera. A menos que o "lâmbdaduaslinhas" tenha alguma carga escondida na manga.
:-)

Hélio


De: Luiz Ferraz Netto <leo@feiradeciencias.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br; Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
Enviadas: Quinta-feira, 19 de Abril de 2012 18:34
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 

Belmiro tem toda razão! Esqueci-me de que a condição de campo nulo no interior da 'bola' onde está 'lâmbdaduas linhas' é o "equilíbrio das cargas na superfície da bola" e, tal equilíbrio, é destruído durante a aproximação q e Q. Há um reajuste de cargas sobre q durante a aproximação e um consequente campo elétrico interno afetando o sensor da 'lâmbdaduaslinhas'. Como diz a Globo, desculpe nossa falha! Tentemos outro modelo! De qqer modo, o princípio da equivalência não inclui este campo eletromagnético que afetou a distribuição das cargas q!!!!
[]´
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Thursday, April 19, 2012 2:07 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

      Oi Alberto.
 
      Me parece que a solução é óbvia demais para que ninguém te respondesse até hoje. O observador "lambdaduaslinhas", aquele que está dentro do compartimento que você admitiu ser uma gaiola de Faraday, terá sim como dizer que está na presença de um campo eletromagnético. Basta que tenha levado consigo um eletroscópio ou um pêndulo elétrico. Acontece que campos elétricos não nulos estarão presentes dentro do seu compartimento, uma vez que, ao se aproximar do corpo com carga Q, a distribuição de cargas sobre o seu compartimento esférico sofrerá alteração.Com isto, o campo interno não mais será nulo, pois para que isto ocorra, é necessário que a carga seja distribuida simetricamente. Einstein continua firme.
 
    [],s
 
    Belmiro
 
De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 19 de Abril de 2012 12:07
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Wednesday, April 18, 2012 8:11 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá gente!
 
Na msg 81845 apresentei um desafio onde, lá pelas tantas, cheguei a dizer: «Esta é a minha versão do paradoxo da carga acelerada». Isto parece ter deixado vocês um pouco ouriçados, haja vista as msgs que se sucederam. Até o Léo saiu de debaixo de sua pedra, como diria o Abelha Desvairada, digo, o Pesky Bee. E o Hélio idem, se bem que por motivos paralelos. Pois bem, isso é muito bom. Mostra que a turma está alerta e acompanhando a discussão.
 
Seria o caso então de apresentar a minha maneira de trabalhar sobre o problema proposto. Não obstante, vou fazer um pouco de charme antes disso, mesmo porque surgiu em meio às msgs um questionamento bastante interessante, importante e crucial, levantado pelo Belmiro, qual seja:
 
Belmiro: Enfim, não entendi por que você substituiu o problema anterior por este. No meu entender, a coisa ficou igual. [vide msg 81847]
 
Os motivos são vários e não há como responder com poucas palavras. No problema anterior, tanto o Belmiro como o Léo apresentaram soluções satisfatórias, para não dizer contundentes. Esta solução já havia sido apresentada para mim há muito tempo, ainda que de maneira não tão convincente e este é um mérito que devoto a vocês, especialmente ao Belmiro. Digo satisfatórias porque, a meu ver, elas resolvem parte do problema, mas não o paradoxo em si, que me parece ser bem mais abrangente.
 
Se eu fosse me contentar com esta saída, absolutamente clássica, lógica e natural, eu estaria como que menosprezando trabalhos apresentados por eminentes físicos que se desdobraram sobremaneira para encontrar argumentos fantásticos, para não dizer fantasiosos, na tentativa de solucionar o paradoxo. Ainda hoje esses argumentos são repetidos. Pouquíssimos seguiram a linha clássica, como vocês. Alguns chegaram a apelar para a métrica de Minkowski, outros para a mecânica quântica e sob vários aspectos, até mesmo sugerindo experiências de pensamento efetuadas ao lado de buracos negros.
 
A última vez que me apresentaram a saída do paradoxo pela via que ora vocês estão sugerindo, eu me saí com uma outra experiência de pensamento e que a meu ver demonstra que mesmo que esta explicação clássica esteja absolutamente correta, a ponto de solucionar o problema do ponto de vista dos referenciais, o paradoxo em si não estará resolvido. Ou seja, ele ressurge sob uma nova faceta, o que tentarei aqui demonstrar. E aí fica difícil dizer se é o princípio da equivalência que está errado ou se é essa explicação clássica que, à primeira vista, nos satisfaz. Deixarei então o problema proposto na msg anterior para um momento futuro desta nossa excelente discussão. Vamos então à experiência de pensamento citada.
 
Considere uma superfície S fechada e em repouso em um referencial inercial e situada num local onde a aceleração gravitacional g é igual a zero.
 
No interior desta superfície S há uma carga negativa q, inicialmente em repouso e livre no espaço. A carga q é tal que admite, em seu interior um observadorl'', como se fosse uma gaiola de Faraday. Seria então algo que poderiamos chamar um elevador de Einstein-Faraday (figura 1 abaixo).
 
elevadorEF_rep
Figura 1: Compartimento S onde situa-se um elevador de Einstein-Faraday q.
 
Se a figura 1 não estiver visível, ou caso queira ampliá-la, clique aqui
 
Um outro observador l', localizado exteriormente à gaiola de Faraday,acompanha a carga q em seus possíveis movimentos (ele está fixo à carga q). Fora da superfície S existe uma carga Q em repouso no mesmo sistema de referência de S. Vamos supor que a carga q é de intensidade muito inferior àquela da carga Q, assim como também com massa muito inferior, de maneira a que possamos desprezar efeitos indutivos em Q, assim como movimentos de Q, quando estimados por um terceiro observador l que está no referencial inercial de S (vide figura 1).
 
Para o observador l, a carga q move-se na direção e sentido de Q com movimento acelerado (figura 2). Embora l não veja Q, ele pode medir o campo elétrico devido a Q, podendo desta maneira descobrir a causa do movimento de q (atração elétrica).
 
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Figura 2: Carga q sendo atraída pela carga Q.
 
Se a figura 1 não estiver visível, clique aqui.
 
O observador l' percebe que está sendo acelerado em relação a S e suas conclusões são concordantes com aquelas do observador l. Ele tem condições também de captar a emissão de radiação de Q (pois Q está acelerada em relaçao a l'). [Esta emissão de radiação por Q e observada por l' me parece estar de acordo tanto com os argumentos dados pelo Belmiro no anexo da msg 81784, como por aqueles dados pelo Léo na msg 81788]
 
O observador l'' não consegue visualizar S. Mas ele percebe que está sendo acelerado. O que ele poderia dizer sobre o campo eletromagnético gerado por Q? Ele teria condições de captar alguma informação sobre este campo, a ponto de notar que ele está em uma área do espaço dotada de campos eletromagnéticos? A meu ver não, e fico aguardando seus possíveis retornos a indicarem possíveis falhas nesta minha argumentação.
 
Caso o que disse acima esteja correto, se o observador l'' raciocinar tomando por base única e exclusivamente o princípio da equivalência de Einstein, ele chegará a admitir que: 1) Ou ele está sendo acelerado mecanicamente; ou 2) ele está em um campo gravitacional.
 
Ou seja, a ser verdadeira a solução clássica por vocês proposta, o princípio da equivalência de Einstein, parece-me estar incompleto e deveria levar em consideração também os campos eletromagnéticos. Mas se ele está incompleto, que dizer então da RG que parece assumir esta completude?
 
Percebem agora porque os físicos modernos não valorizam esta ideia por demais óbvia?
 
Coloquei este questionamento no newsgroup sci.physics.relativity em 12 de janeiro de 1998 e fiquei a ver navios. Até hoje não me responderam. Clique aqui para ler o questionamento proposto (em inglês).
 
PS: Utilizei o tipo Symbol l para caracterizar os observadores. Não sei se aparecerá assim na página Web da Yahoo, pois em termos de formatação ela não é lá essas coisas. Se alguém for ler a msg em página Web é possível que as coisas fiquem um tanto quanto confusas. As vezes nem mesmo o sinal de entre aspas “ “ aparece, e é por isso que com frequência eu tenho substituído por « ».
 
[ ]´s Alberto http://ecientificocultural.com.br Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2012 19:58

From: Belmiro Wolski
Sent: Thursday, April 19, 2012 2:07 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Belmiro: Me parece que a solução é óbvia demais para que ninguém te respondesse até hoje.
 
Alberto: Tenho a impressão de que a coisa não é bem por aí. Pelo menos não é o que eu tenho observado nestes 15 ou16 anos de discussões internáuticas. Um erro óbvio parece-me ser um prato cheio para a galera cair em cima, sem dó nem piedade. Algo que talvez Freud explique mas prefiro não ir além disso pois parece-me que, pelo menos por ora, estamos livres dessas «análises» baratas de comportamento, e de muito mau gosto, que andaram sendo feitas aqui recentemente. Aqui na Ciencialist acho até que há um certo comedimento, a ponto da coisa não ir muito além de uma ligeira gozação. Mas que essas coisas são denunciadas, e tanto mais quanto mais óbvias forem, isso lá são, seja aqui, seja em qualquer outro grupo de discussão. Quanto ao mais, digo que já participei de grupos da Usenet onde a barra é bem mais pesada.
 
Belmiro: O observador "lambdaduaslinhas", aquele que está dentro do compartimento que você admitiu ser uma gaiola de Faraday, terá sim como dizer que está na presença de um campo eletromagnético. Basta que tenha levado consigo um eletroscópio ou um pêndulo elétrico. Acontece que campos elétricos não nulos estarão presentes dentro do seu compartimento, uma vez que, ao se aproximar do corpo com carga Q, a distribuição de cargas sobre o seu compartimento esférico sofrerá alteração. Com isto, o campo interno não mais será nulo, pois para que isto ocorra, é necessário que a carga seja distribuída simetricamente.
 
Alberto: Não sei se a coisa é assim tão simples. Uma gaiola de Faraday, creio eu, realiza uma blindagem a ponto de campos elétricos externos não afetarem seu interior. Se existir apenas a carga q, a distribuição do fluido maxwelliano será simétrica, como você diz. Não obstante, ao aproximarmos a carga Q, o fluido elétrico da carga q irá se redistribuir sim de maneira não assimétrica, mas isso é feito de maneira tal que o campo elétrico no interior da carga q permaneça nulo. Ou melhor, a redistribuição se procederá naturalmente exatamente para que, na condição de equilíbrio, esta condição de nulidade seja atingida. Isso às vezes chega a ser citado como segunda lei de Faraday, mas o termo chega a causar confusão com a segunda lei de Faraday da eletrólise. O Léo deu seu palpite, concordando contigo e mostrando que neste caso a condição não é de equilíbrio. Sinceramente eu não sei se este desequilíbrio seria notado pelo eletroscópio ou pêndulo elétrico, ou seja, se durante esta busca pelo equilíbrio o campo deixa de ser nulo. Mas independentemente disso, deixemos esta consideração lá para baixo desta mensagem, pois vou corrigir algumas coisas relacionadas a minha msg anterior e creio que é aí que a coisa vai se complicar de vez para o lado do PE.
 
Belmiro: Einstein continua firme.
 
Alberto: Talvez sim, mas não por este motivo. Vou agora me penitenciar de um erro que acredito ter cometido e, pelo visto, até o Léo entrou na minha, vejam só! É verdade que o Léo foi um tanto quanto precipitado em sair debaixo da pedra. Ele leu um artigo relativamente longo e respondeu a esse artigo em cerca de 40 minutos, ou seja, de supetão, ou na base do toma-lá-dá-cá. E quero crer que isto se deu por motivos ultra especiais. Já comentei aqui que o Léo tem uma certa bronca do PE de Einstein e é bem possível que ele tenha razão nesta bronca.
 
O Léo tem um paradoxo próprio a afetar o PE e relacionado a um efeito que também é dele, se bem que ele tenha tido a humildade de nomeá-lo como Empuxo de Newton [vide msg 6967]. O assunto chegou a ser discutido aqui na Ciencialist e vocês poderão acessar as mensagens através de links fornecidos no meu site. Mas eu acho que discutimos este assunto muito de leve. Acho que o Léo merecia mais do que isto e foi por isto que sugeri recentemente a retomada desta discussão. Creio que poderemos seguir essa linha tão logo o assunto atual se esgote, pois são coisas bem diferentes ainda que relacionadas a um mesmo princípio.
 
Gastamos um tempo enorme discutindo um paradoxo apresentado por um francês (Langevin) no início do século passado; estamos agora gastando outro tempo enorme discutindo outro paradoxo apresentado sei lá por quem, mas certamente um outro estrangeiro e também no século passado. E, não obstante, temos um paradoxo apresentado por um brasileiro, tão bom ou melhor do que esses outros;... e esse brasileiro está entre nós!!! Concordo que a coisa não é simples. Eu tentei no passado destrinchar este paradoxo e acabei desistindo. «Era muita areia para o meu caminhãozinho, como diz o Léo». Mas creio ter desistido precocemente, pois o Léo está aí para nos ajudar a solucionar ou confirmar o paradoxo..
 
Bem, vamos agora a minha penitência. Acho que cometi um erro de lógica quando afirmei, na msg 81860 o seguinte: Caso o que disse acima esteja correto, se o observador l'' raciocinar tomando por base única e exclusivamente o princípio da equivalência de Einstein, ele chegará a admitir que: 1) Ou ele está sendo acelerado mecanicamente; ou 2) ele está em um campo gravitacional. Vichi! Isso está errado!
 
E porque errado? Simplesmente porque o que ele irá constatar é que 1) ou está sendo acelerado de alguma maneira (e não obrigatoriamente por meios mecânicos, como escrevi anteriormente) ou 2) ele está em um campo gravitacional. O que ele não poderia, pelo fato de estar em uma gaiola de Faraday, seria constatar que ele está em um campo elétrico. Pois se isto fosse possível, aí sim ele estaria contradizendo o princípio da equivalência. Do contrário não, a duvida persiste e ele não saberá se está sendo acelerado (seja por que motivo for) ou se está em repouso em um campo gravitacional.
 
Sutilezas que nos levam a errar de maneira grosseira. Este erro eu transportei comigo por 13 anos e o Léo por 40 min. Enfim, não me parece que não tenham respondido por este motivo e sim porque entraram na minha e enfiaram a viola no saco. Smiley piscando
 
De qualquer forma, dá para perceber também que se o que o Belmiro e o Léo afirmaram a respeito do elevador-gaiola estiver correto, ao contrário da conclusão a que o Belmiro chegou, o princípio da equivalência de Einstein «não continuará firme» pois aí sim ele estará sendo comprometido de vez. Pois l'' estará conseguindo demonstrar através do eletroscópio (ou pêndulo elétrico) que ele não está em um campo gravitacional, mas que está sendo acelerado por um campo elétrico. E o meu trabalho não terá sido em vão, pois a conclusão será a mesma, ainda que se chegue a ela por um caminho diverso.
 
Ou seja, ou o que o Belmiro disse sobre a gaiola de Faraday está errado, ou então a conclusão dele é que está errada. Putz, como se erra nesta lista, meu! Vamos caprichar, gente! Depois ficam pegando no pé do Victor quando ele diz bobagens guiado pela paixão. Alegre Por falar nisso, que fim levou o Victor? Será que ele soltou a macaca?
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2012 20:25

From: Hélio Carvalho
Sent: Thursday, April 19, 2012 7:46 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Hélio: Eu ainda não dei minha sugestão de como fazer na prática sua experiência. Coloque seu laboratório entre dois planetas. Amarre super elásticos nos planetas e prenda as outras pontas em estrelas fixas de Mach. Não vou registrar patente.
 
Alberto: Olá, Hélio.
 
Por acaso seria isto?:
 
aniosgrav2
Se a figura não estiver visível clique aqui.

Se for, eu apresentei esta solução aqui na Ciencialist em 26 de dezembro de 2000 (msg 7781). Mas esta era uma solução alternativa e endereçada aos que não gostaram de uma outra e que, na minha maneira de pensar, era mais supimpa. Chamei a esta última por dipolo gravitacional oscilante.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2012 21:06


Alberto: Ou seja, ou o que o Belmiro disse sobre a gaiola de Faraday está errado, ou então a conclusão dele é que está errada. Putz, como se erra nesta lista, meu! Vamos caprichar, gente! Depois ficam pegando no pé do Victor quando ele diz bobagens guiado pela paixão. Alegre Por falar nisso, que fim levou o Victor? Será que ele soltou a macaca?
 
Léo: Pô, se até eu erro (prova cabal que deus não existe), imagine os outros, meros humanos! Continuemos a errar gente ... mas, continuemos; tentativa e erro participam das argumentações ... e do método científico.
O Victor não abandonou a pista (espero!), apenas está recarregando as baterias (relativamente fracas).
Apreciaria sim, mais prá frente, após desenroscar este paradoxo (ou, pelo menos apertá-lo um pouco mais), voltar ao empuxo inercial de Newton --- ainda está sem conclusão. Até hoje nenhum consulente sequer referiu-se ao problema (ou à própria existência de tal empuxo).
 
[]´
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2012 22:06

Olá Alberto.

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 19 de Abril de 2012 19:58
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Thursday, April 19, 2012 2:07 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Belmiro: Me parece que a solução é óbvia demais para que ninguém te respondesse até hoje.
 
Alberto: Tenho a impressão de que a coisa não é bem por aí. Pelo menos não é o que eu tenho observado nestes 15 ou16 anos de discussões internáuticas. Um erro óbvio parece-me ser um prato cheio para a galera cair em cima, sem dó nem piedade. Algo que talvez Freud explique mas prefiro não ir além disso pois parece-me que, pelo menos por ora, estamos livres dessas «análises» baratas de comportamento, e de muito mau gosto, que andaram sendo feitas aqui recentemente. Aqui na Ciencialist acho até que há um certo comedimento, a ponto da coisa não ir muito além de uma ligeira gozação. Mas que essas coisas são denunciadas, e tanto mais quanto mais óbvias forem, isso lá são, seja aqui, seja em qualquer outro grupo de discussão. Quanto ao mais, digo que já participei de grupos da Usenet onde a barra é bem mais pesada.
 
        Foi um comentário sem a menor intenção de ofender. Mas realmente me pareceu óbvio. Entretanto, lendo agora, vi que foi deselegante. Peço desculpas.
 
Belmiro: O observador "lambdaduaslinhas", aquele que está dentro do compartimento que você admitiu ser uma gaiola de Faraday, terá sim como dizer que está na presença de um campo eletromagnético. Basta que tenha levado consigo um eletroscópio ou um pêndulo elétrico. Acontece que campos elétricos não nulos estarão presentes dentro do seu compartimento, uma vez que, ao se aproximar do corpo com carga Q, a distribuição de cargas sobre o seu compartimento esférico sofrerá alteração. Com isto, o campo interno não mais será nulo, pois para que isto ocorra, é necessário que a carga seja distribuída simetricamente.
 
Alberto: Não sei se a coisa é assim tão simples. Uma gaiola de Faraday, creio eu, realiza uma blindagem a ponto de campos elétricos externos não afetarem seu interior. Se existir apenas a carga q, a distribuição do fluido maxwelliano será simétrica, como você diz. Não obstante, ao aproximarmos a carga Q, o fluido elétrico da carga q irá se redistribuir sim de maneira não assimétrica, mas isso é feito de maneira tal que o campo elétrico no interior da carga q permaneça nulo.
 
        Verdade, desde que a constante de tempo do material permita que as cargas se redistribuam rápido o suficiente a ponto de zerar o campo elétrico o tempo todo no interior da gaiola.
 
Ou melhor, a redistribuição se procederá naturalmente exatamente para que, na condição de equilíbrio,
 
Veja a palavra: equilíbrio
 
 esta condição de nulidade seja atingida. Isso às vezes chega a ser citado como segunda lei de Faraday, mas o termo chega a causar confusão com a segunda lei de Faraday da eletrólise. O Léo deu seu palpite, concordando contigo e mostrando que neste caso a condição não é de equilíbrio. Sinceramente eu não sei se este desequilíbrio seria notado pelo eletroscópio ou pêndulo elétrico, ou seja, se durante esta busca pelo equilíbrio o campo deixa de ser nulo.
 
     Tem mais um detalhe. Se a espessura da gaiola for fina o suficiente, haverá a possibilidade de que a radiação gerada por Q ultrapasse a espessura e seja detectada internamente (efeito pelicular). Outra possibilidade é que a gaiola seja dielétrica, previamente carregada simetricamente. Também haveria detecção de radiação interna. Em qualquer caso, por mais particular que seja o caso, o nobre pesquisador saberia que está sendo acelerado. Porém, há o outro lado da moeda a contar a favor de Einstein. A gaiola poderia estar parada em um campo gravitacional e alguém aplicando um campo elétrico . Realmente, não há como saber. Ponto para o PE.
 
Mas independentemente disso, deixemos esta consideração lá para baixo desta mensagem, pois vou corrigir algumas coisas relacionadas a minha msg anterior e creio que é aí que a coisa vai se complicar de vez para o lado do PE.
 
Belmiro: Einstein continua firme.
 
Alberto: Talvez sim, mas não por este motivo. Vou agora me penitenciar de um erro que acredito ter cometido e, pelo visto, até o Léo entrou na minha, vejam só! É verdade que o Léo foi um tanto quanto precipitado em sair debaixo da pedra. Ele leu um artigo relativamente longo e respondeu a esse artigo em cerca de 40 minutos, ou seja, de supetão, ou na base do toma-lá-dá-cá. E quero crer que isto se deu por motivos ultra especiais. Já comentei aqui que o Léo tem uma certa bronca do PE de Einstein e é bem possível que ele tenha razão nesta bronca.
 
O Léo tem um paradoxo próprio a afetar o PE e relacionado a um efeito que também é dele, se bem que ele tenha tido a humildade de nomeá-lo como Empuxo de Newton [vide msg 6967]. O assunto chegou a ser discutido aqui na Ciencialist e vocês poderão acessar as mensagens através de links fornecidos no meu site. Mas eu acho que discutimos este assunto muito de leve. Acho que o Léo merecia mais do que isto e foi por isto que sugeri recentemente a retomada desta discussão. Creio que poderemos seguir essa linha tão logo o assunto atual se esgote, pois são coisas bem diferentes ainda que relacionadas a um mesmo princípio.
 
Gastamos um tempo enorme discutindo um paradoxo apresentado por um francês (Langevin) no início do século passado; estamos agora gastando outro tempo enorme discutindo outro paradoxo apresentado sei lá por quem, mas certamente um outro estrangeiro e também no século passado. E, não obstante, temos um paradoxo apresentado por um brasileiro, tão bom ou melhor do que esses outros;... e esse brasileiro está entre nós!!! Concordo que a coisa não é simples. Eu tentei no passado destrinchar este paradoxo e acabei desistindo. «Era muita areia para o meu caminhãozinho, como diz o Léo». Mas creio ter desistido precocemente, pois o Léo está aí para nos ajudar a solucionar ou confirmar o paradoxo..
 
Bem, vamos agora a minha penitência. Acho que cometi um erro de lógica quando afirmei, na msg 81860 o seguinte: Caso o que disse acima esteja correto, se o observador l'' raciocinar tomando por base única e exclusivamente o princípio da equivalência de Einstein, ele chegará a admitir que: 1) Ou ele está sendo acelerado mecanicamente; ou 2) ele está em um campo gravitacional. Vichi! Isso está errado!
 
E porque errado? Simplesmente porque o que ele irá constatar é que 1) ou está sendo acelerado de alguma maneira (e não obrigatoriamente por meios mecânicos, como escrevi anteriormente) ou 2) ele está em um campo gravitacional. O que ele não poderia, pelo fato de estar em uma gaiola de Faraday, seria constatar que ele está em um campo elétrico. Pois se isto fosse possível, aí sim ele estaria contradizendo o princípio da equivalência. Do contrário não, a duvida persiste e ele não saberá se está sendo acelerado (seja por que motivo for) ou se está em repouso em um campo gravitacional.
 
Sutilezas que nos levam a errar de maneira grosseira. Este erro eu transportei comigo por 13 anos e o Léo por 40 min. Enfim, não me parece que não tenham respondido por este motivo e sim porque entraram na minha e enfiaram a viola no saco. Smiley piscando
 
De qualquer forma, dá para perceber também que se o que o Belmiro e o Léo afirmaram a respeito do elevador-gaiola estiver correto, ao contrário da conclusão a que o Belmiro chegou, o princípio da equivalência de Einstein «não continuará firme» pois aí sim ele estará sendo comprometido de vez. Pois l'' estará conseguindo demonstrar através do eletroscópio (ou pêndulo elétrico) que ele não está em um campo gravitacional, mas que está sendo acelerado por um campo elétrico. E o meu trabalho não terá sido em vão, pois a conclusão será a mesma, ainda que se chegue a ela por um caminho diverso.
 
    Acho que já respondi acima.
 
Ou seja, ou o que o Belmiro disse sobre a gaiola de Faraday está errado, ou então a conclusão dele é que está errada.
 
       Talvez nem um nem outro.
 
Putz, como se erra nesta lista, meu! Vamos caprichar, gente! Depois ficam pegando no pé do Victor quando ele diz bobagens guiado pela paixão. Alegre Por falar nisso, que fim levou o Victor? Será que ele soltou a macaca?
 
    Por isso é uma lista de discussão. Estamos discutindo para chegar a alguma conclusão. O que um não enxerga, outro enxerga e vice-versa. Quanto ao Victor ele falou que estaria distante a trabalho uns dias. Provavelmente eu me ausente também no sábado e domingo, não sei ainda.
 
    [],s
 
    Belmiro
 
 
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.brMas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2012 22:14

    Onde está o empuxo de Newton no feira? O link da mensagem está corrompido.
 
    [],s
 
    Belmiro

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 19 de Abril de 2012 19:58
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Thursday, April 19, 2012 2:07 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Belmiro: Me parece que a solução é óbvia demais para que ninguém te respondesse até hoje.
 
Alberto: Tenho a impressão de que a coisa não é bem por aí. Pelo menos não é o que eu tenho observado nestes 15 ou16 anos de discussões internáuticas. Um erro óbvio parece-me ser um prato cheio para a galera cair em cima, sem dó nem piedade. Algo que talvez Freud explique mas prefiro não ir além disso pois parece-me que, pelo menos por ora, estamos livres dessas «análises» baratas de comportamento, e de muito mau gosto, que andaram sendo feitas aqui recentemente. Aqui na Ciencialist acho até que há um certo comedimento, a ponto da coisa não ir muito além de uma ligeira gozação. Mas que essas coisas são denunciadas, e tanto mais quanto mais óbvias forem, isso lá são, seja aqui, seja em qualquer outro grupo de discussão. Quanto ao mais, digo que já participei de grupos da Usenet onde a barra é bem mais pesada.
 
Belmiro: O observador "lambdaduaslinhas", aquele que está dentro do compartimento que você admitiu ser uma gaiola de Faraday, terá sim como dizer que está na presença de um campo eletromagnético. Basta que tenha levado consigo um eletroscópio ou um pêndulo elétrico. Acontece que campos elétricos não nulos estarão presentes dentro do seu compartimento, uma vez que, ao se aproximar do corpo com carga Q, a distribuição de cargas sobre o seu compartimento esférico sofrerá alteração. Com isto, o campo interno não mais será nulo, pois para que isto ocorra, é necessário que a carga seja distribuída simetricamente.
 
Alberto: Não sei se a coisa é assim tão simples. Uma gaiola de Faraday, creio eu, realiza uma blindagem a ponto de campos elétricos externos não afetarem seu interior. Se existir apenas a carga q, a distribuição do fluido maxwelliano será simétrica, como você diz. Não obstante, ao aproximarmos a carga Q, o fluido elétrico da carga q irá se redistribuir sim de maneira não assimétrica, mas isso é feito de maneira tal que o campo elétrico no interior da carga q permaneça nulo. Ou melhor, a redistribuição se procederá naturalmente exatamente para que, na condição de equilíbrio, esta condição de nulidade seja atingida. Isso às vezes chega a ser citado como segunda lei de Faraday, mas o termo chega a causar confusão com a segunda lei de Faraday da eletrólise. O Léo deu seu palpite, concordando contigo e mostrando que neste caso a condição não é de equilíbrio. Sinceramente eu não sei se este desequilíbrio seria notado pelo eletroscópio ou pêndulo elétrico, ou seja, se durante esta busca pelo equilíbrio o campo deixa de ser nulo. Mas independentemente disso, deixemos esta consideração lá para baixo desta mensagem, pois vou corrigir algumas coisas relacionadas a minha msg anterior e creio que é aí que a coisa vai se complicar de vez para o lado do PE.
 
Belmiro: Einstein continua firme.
 
Alberto: Talvez sim, mas não por este motivo. Vou agora me penitenciar de um erro que acredito ter cometido e, pelo visto, até o Léo entrou na minha, vejam só! É verdade que o Léo foi um tanto quanto precipitado em sair debaixo da pedra. Ele leu um artigo relativamente longo e respondeu a esse artigo em cerca de 40 minutos, ou seja, de supetão, ou na base do toma-lá-dá-cá. E quero crer que isto se deu por motivos ultra especiais. Já comentei aqui que o Léo tem uma certa bronca do PE de Einstein e é bem possível que ele tenha razão nesta bronca.
 
O Léo tem um paradoxo próprio a afetar o PE e relacionado a um efeito que também é dele, se bem que ele tenha tido a humildade de nomeá-lo como Empuxo de Newton [vide msg 6967]. O assunto chegou a ser discutido aqui na Ciencialist e vocês poderão acessar as mensagens através de links fornecidos no meu site. Mas eu acho que discutimos este assunto muito de leve. Acho que o Léo merecia mais do que isto e foi por isto que sugeri recentemente a retomada desta discussão. Creio que poderemos seguir essa linha tão logo o assunto atual se esgote, pois são coisas bem diferentes ainda que relacionadas a um mesmo princípio.
 
Gastamos um tempo enorme discutindo um paradoxo apresentado por um francês (Langevin) no início do século passado; estamos agora gastando outro tempo enorme discutindo outro paradoxo apresentado sei lá por quem, mas certamente um outro estrangeiro e também no século passado. E, não obstante, temos um paradoxo apresentado por um brasileiro, tão bom ou melhor do que esses outros;... e esse brasileiro está entre nós!!! Concordo que a coisa não é simples. Eu tentei no passado destrinchar este paradoxo e acabei desistindo. «Era muita areia para o meu caminhãozinho, como diz o Léo». Mas creio ter desistido precocemente, pois o Léo está aí para nos ajudar a solucionar ou confirmar o paradoxo..
 
Bem, vamos agora a minha penitência. Acho que cometi um erro de lógica quando afirmei, na msg 81860 o seguinte: Caso o que disse acima esteja correto, se o observador l'' raciocinar tomando por base única e exclusivamente o princípio da equivalência de Einstein, ele chegará a admitir que: 1) Ou ele está sendo acelerado mecanicamente; ou 2) ele está em um campo gravitacional. Vichi! Isso está errado!
 
E porque errado? Simplesmente porque o que ele irá constatar é que 1) ou está sendo acelerado de alguma maneira (e não obrigatoriamente por meios mecânicos, como escrevi anteriormente) ou 2) ele está em um campo gravitacional. O que ele não poderia, pelo fato de estar em uma gaiola de Faraday, seria constatar que ele está em um campo elétrico. Pois se isto fosse possível, aí sim ele estaria contradizendo o princípio da equivalência. Do contrário não, a duvida persiste e ele não saberá se está sendo acelerado (seja por que motivo for) ou se está em repouso em um campo gravitacional.
 
Sutilezas que nos levam a errar de maneira grosseira. Este erro eu transportei comigo por 13 anos e o Léo por 40 min. Enfim, não me parece que não tenham respondido por este motivo e sim porque entraram na minha e enfiaram a viola no saco. Smiley piscando
 
De qualquer forma, dá para perceber também que se o que o Belmiro e o Léo afirmaram a respeito do elevador-gaiola estiver correto, ao contrário da conclusão a que o Belmiro chegou, o princípio da equivalência de Einstein «não continuará firme» pois aí sim ele estará sendo comprometido de vez. Pois l'' estará conseguindo demonstrar através do eletroscópio (ou pêndulo elétrico) que ele não está em um campo gravitacional, mas que está sendo acelerado por um campo elétrico. E o meu trabalho não terá sido em vão, pois a conclusão será a mesma, ainda que se chegue a ela por um caminho diverso.
 
Ou seja, ou o que o Belmiro disse sobre a gaiola de Faraday está errado, ou então a conclusão dele é que está errada. Putz, como se erra nesta lista, meu! Vamos caprichar, gente! Depois ficam pegando no pé do Victor quando ele diz bobagens guiado pela paixão. Alegre Por falar nisso, que fim levou o Victor? Será que ele soltou a macaca?
 
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.brMas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2012 22:41

Alberto e Belmiro,

Eu ainda não posso acompanhar vocês, a carga de vocês já está oscilando e a minha nem acelerou ainda. Vou continuar pensando e andando abaixo da velocidade da luz.

Eu terminei ontem dizendo:
Resumindo, para mim, uma carga parada já irradia agentes de campo elétrico.
Se está em MRU em relação ao observador, a radiação medida é variável e esta variação se propaga é claro, pois ela é constituída de agentes que se propagam.

Existe uma diferença se o espaço é vazio ou está cheio de ar (ou outra substância). Se estiver no ar, o observador recebe agora os agentes produzidos pela carga num tempo anterior. A diferença de tempo será Deltat=L/v onde L é a distância entre o observador a posição da carga em (t-Deltat) e v é a velocidade da luz no ar. A direção de onde vem esta radiação também será do mesmo ponto.

Mas se for no vácuo, como a velocidade dos agente será a soma da velocidade da luz coma velocidade da carga, parecerá para o observador que os agentes estão vindo da posição em que a carga que os emitiu está neste momento. O tempo entre emissão e recebimento será também L/c mas este L será a distância entre o observador e a posição da carga no instante da recepção.

Bem, acho que já falei tudo sobre MRU.

Agora estou mais mais ou menos preparado para entrar na discussão de vocês.


Hélio

 



 





De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 23:30
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Oi Belmiro e Alberto,

Vou deixar as cores para vocês continuarem o vai e vem de MSGs.
Eu vou só citar alguns trechos das vossas mensagens do jeito tradicional.

Belmiro:
>>> Mas não há ondulação. É simplesmente um
>>> campo eletromagnético crescente que se
>>> propaga. E não há mesmo frequencia. Não é cíclico.

Alberto:
>> Ok, neste caso então estamos de acordo. ...física «moderna»,
>> a mesma física que diz que a onda eletromagnética é
>> constituída de fótons ..........

Alberto falou coisas interessantes, mas não vou por este caminho pois acredito que a discussão já está com complicação suficiente, depois podemos falar novamente de fóton (esta monstruosidades).

Mais adiante Alberto:
>> O problema da energia parece ficar esclarecido.
>> É mais um exemplo daqueles a mostrar o relativismo
>> inerente ao conceito de energia.

Ou a mostrar que energia, assim como campo magnético, não existe.
:-)

Continua Alberto:
>> ......Dizem que Einstein, antes de formular a sua teoria,
>> tentou «surfar» nas ondas eletromagnéticas e «caiu do
>> cavalo». Ou seja, ele percebeu que neste referencial as
>> ondas não vibrariam, ...

Não vibram porque você está caminhando junto com ela.
É fácil ver uma onda parada, é só caminhar junto com ela na velocidade da luz.
Ou até mesmo um pouco mais lento que isto se a propagação for no ar.
Einstein nem tentou, só imaginou, e já disse que era impossível. Que preguiça!
:-)

Vou interromper as brincadeiras para falar com o Belmiro, o que não significa que ficarei sério.

Belmiro, você disse que campo magnético não existe, então vamos ser coerente com isto.
Resolvi que, durante esta thread vou assumir que campo elétrico existe, se não iria complicar as coisas.
Se é só o campo elétrico que existe, as ditas "ondas" (prefiro radiações) eletromagnéticas são formadas de apenas campo elétrico.

Uma pessoa acompanhado de uma carga dentro do elevador (os 3 em estado de inércia) verá só o campo elétrico estático, mas campo elétrico no fundo não é algo estático, são agentes de campo que saem da carga em todas as direções com a velocidade da luz em relação à carga. Isto acontecerá, tanto estando o elevador com ar ou "com" vácuo. (Se acelerado, será diferente, mas vou deixar isto para depois.) Se estes agentes são irradiados pela carga, isto já podemos chamar de radiação "eletromagnética" que é sempre só elétrica.

Mas para uma pessoa fora, será diferente (vamos imaginar que o elevador não é metálico para não se perder o caráter pontual da carga e sua localização).
Se estiver parada em relação e ele, verá o campo elétrico (radiação), pois os agentes virão de uma direção e distância fixas. Se houver movimentação, a coisa muda, o campo elétrico muda pois a distância e a direção estão mudando, estas mudanças de campo elétrico gera efeitos que induzem [:-)] as pessoas a acharem que existe outra coisa além do campo elétrico e chamam esta coisa de campo magnético.

Abrindo um parênteses: Tem coisas na história da ciência que seriam cômicas se não fossem trágicas. Quando Oersted descobriu a ligação entre elétrico e magnético, não completou o serviço. Ali já era para ser decretado o "fim do magnetismo".

Voltando. Esta variação do campo que se propaga, se propaga porque os agentes estão se propagando (a velocidadede propagação da variação pode ser menor que a velocidade de propagação dos agentes).

Resumindo, para mim, uma carga parada já irradia agentes de campo elétrico.
Se está em MRU em relação ao observador, a radiação medida é variável e esta variação se propaga é claro, pois ela é constituída de agentes que se propagam.

A parte acelerada, deixo para depois, bem como a análise da propagação destes agentes no ar ou no vácuo.

Hélio




De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 17:21
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Oi Alberto.
 
Sei que você não aprecia muito as letrinhas coloridas, mas é um jeito de diferenciar as mensagens.

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Abril de 2012 15:55
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Wednesday, April 18, 2012 9:36 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá Belmiro
 
Belmiro: Mas não há ondulação. É simplesmente um campo eletromagnético crescente que se propaga. E não há mesmo frequencia. Não é cíclico.
 
Alberto: Ok, neste caso então estamos de acordo. Acho apenas que esta onda eletromagnética fica um pouco fora do contexto da física «moderna», a mesma física que diz que a onda eletromagnética é constituída de fótons e que a energia dos fótons seria dada por E=hf, onde f é a frequência da onda. Parece-me que foi para resolver situações como estas que eles inventaram as ondas de conteúdo energético nulo e/ou as ondas que «do ponto de vista clássico» [Sabe-se lá o que seria isto? Teria alguma coisa a ver com o princípio da correspondência de Bohr? Sinceramente não sei.] não contém fótons.
 
Belmiro: Acho que já respondi acima. Quanto à energia transportada por uma onda eletromagnética, quem dita as regras é o Vetor de Poynting. A equação h.f dá a energia do fóton.
 
Alberto: OK. Neste caso digamos então que a onda que está sendo levada em consideração transporta energia. Vamos, por ora, deixar essas ideias de Lorentz e al. de lado, pelo menos até quando possível for.
 
Alberto (msg anterior): Apenas para concluir com algo que não foi ainda ventilado. Se a carga acelerada emite energia (fótons com conteúdo não nulo de energia), esta energia poderá ser captada por Epaminondas, certo? Já o Pafuncio não enxerga nada equivalente em seu referencial. De onde surgiu esta energia captada pelo Epaminondas? Não teria sido originada por ocasião da emissão pela carga, naquilo que alguns chamam reação de radiação? Mas eu creio que foi isto que Lorentz demonstrou ser zero, pelo menos para o caso de elétrons (no momento não tenho a referência, mas isto é bastante repetido por aí, logo não deve ser muito difícil checar essa história - o primeiro link acima parece comentar alguma coisa a respeito). Do contrário a carga iria se consumindo energeticamente. No caso de elétrons acelerados demonstra-se, através de calorímetros, que não há essa perda energética.
 
Belmiro: Vou ser mais herege do que você. A carga recebe energia mecânica do sistema externo ao compartimento e, como tal, pode emitir radiação a este sistema, devolvendo parte da energia recebida. Já internamente ao compartimento, nenhuma energia é cedida em forma de radiação, pois a carga nada recebe  (energia) deste sistema. Só para refletir, e atirar pedras, pois como disse Ele, o telhado é de vidro. Posteriormente vou enviar outra mensagem com uma analogia com um sistema mecânico, que ao meu ver, vai esclarecer muita coisa. Mas, confesso para você, que não vejo nenhuma dificuldade em admitir que o compartimento interno está livre de radiação, enquanto no externo ela está presente.
 
Alberto: Bem, dificuldade eu também não vejo, estou apenas querendo entender o problema mais a fundo e, para isso, vez ou outra estarei exercendo o papel de advogado do diabo.
 
Aliás, se eu tinha alguma dúvida a esse respeito, o seu análogo mecânico foi supimpa. Não obstante, se por um lado clareou tudo, o outro lado ficou obscurecido e muito. Smiley piscando Vamos ver se consigo expor aqui a conversa que travei com meus botões.
 
O problema da energia parece ficar esclarecido. É mais um exemplo daqueles a mostrar o relativismo inerente ao conceito de energia. Logo, poderíamos pensar em raciocinar da mesma maneira com relação às ondas eletromagnéticas. Mas aí surge o outro lado, e é exatamente aquele que deu origem à física «moderna». Dizem que Einstein, antes de formular a sua teoria, tentou «surfar» nas ondas eletromagnéticas e «caiu do cavalo». Ou seja, ele percebeu que neste referencial as ondas não vibrariam, da mesma maneira que acontece com os seus dois jet-skis da figura recém apresentada. No caso do seu exemplo isto não trás nenhum problema. Mas no caso das ondas eletromagnéticas a coisa não era tão simples assim, pelo menos na visão de Einstein. Pois se neste referencial as ondas não vibram, ou estão em repouso, como é que ele iria justificar a existência das duas, uma se transformando na outra? Foi aí que ele assumiu a impossibilidade de nos fixarmos neste referencial, ou até mais do que isto: não adiantaria tentarmos alcançar a luz, ela sempre estaria se afastando de nós na mesma velocidade c, independente de qual fosse a nossa velocidade em relação a qualquer referencial.
 
        Creio que há uma confusão aí. O análogo mecânico que eu criei é para a situação específica que deu origem à nossa discussão, ou seja, a carga no compartimento acelerado. No referencial da carga, que é a nossa fonte de emisão, a onda não existe, assim como acontece no Príncipe de Joinville. A diferença entre os dois sistemas análogos é que a carga precisa estar acelerando para gerar a onda enquanto o barco precisa apenas se movimentar. Mas nenhum dos dois sistemas detecta a onda, pois ela não existe nestes referenciais. Agora, a questão do Einstein já é diferente. A própria onda é diferente, pois é cíclica. Assim, o único sistema em que a onda não existiria seria aquele que acompanhasse o movimento de vai e vem das cargas que estão originando a onda, que convenhamos é meio difícil de concretizar a não ser com gedanken. Resumindo, o problema de Einstein é que não se pode estar no referencial de propagação das ondas. No nosso caso, podemos (em tese) estar no referencial das cargas que estão gerando a onda, o que certamente é diferente.
 
Concordo então contigo quando diz, ao se apoiar nessa ideia, que parece não haver nenhuma dificuldade em admitir que o compartimento interno está livre de radiação, enquanto no externo ela está presente. Mesmo porque, e neste caso, o meu papel de advogado do diabo estava tentando valorizar o outro lado da famigerada física «moderna», o lado quântico. Mas agora a coisa se complicou e para o lado da relatividade. Como tanto a quântica quanto a relatividade apoiam-se no eletromagnetismo de Maxwell, e mais especialmente, no eletromagnetismo de Maxwell-Lorentz, e ambas, por razões diversas, se voltaram contra a mecânica clássica, fica difícil enxergar alguma analogia entre fenômenos mecânicos e eletromagnéticos sem que se parta para algum tipo de heresia. E neste caso não sei dizer se você está sendo suficientemente herege quanto afirmou Smiley piscando.
 
De qualquer forma, o seu exemplo serviu para entender se não o todo da msg do Léo, pelo menos aquela parte em que ele fala que os aparelhos perdem a referência. Da mesma forma que os jet-skis também a perdem.
 
Haveria muito mais o que dizer, inclusive acrescentar algumas experiências de pensamento que me ocorreram, mas vou parar por aqui e aguardar o desenvolvimento da thread. Mesmo porque estou de saída para o dentista Smiley triste.
 
   OK.
 
    [],s
 
    Belmiro
 
    Mas indiferentemente a tudo isso  a homeopatia funcionou com meus boizinhos em 100% das vezes e 100% dos animais :&gt; convencido
    
 
[ ]´s Alberto http://ecientificocultural.com.br Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 





SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2012 22:42

    Já achei. Esqueci do Gúgol. Mas não vi nada paradoxal ou que fosse contra o PE. Alguém me explica qual é o babado.
 
    [],s
 
    Belmiro

De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quinta-feira, 19 de Abril de 2012 22:14
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

    Onde está o empuxo de Newton no feira? O link da mensagem está corrompido.
 
    [],s
 
    Belmiro

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 19 de Abril de 2012 19:58
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Thursday, April 19, 2012 2:07 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Belmiro: Me parece que a solução é óbvia demais para que ninguém te respondesse até hoje.
 
Alberto: Tenho a impressão de que a coisa não é bem por aí. Pelo menos não é o que eu tenho observado nestes 15 ou16 anos de discussões internáuticas. Um erro óbvio parece-me ser um prato cheio para a galera cair em cima, sem dó nem piedade. Algo que talvez Freud explique mas prefiro não ir além disso pois parece-me que, pelo menos por ora, estamos livres dessas «análises» baratas de comportamento, e de muito mau gosto, que andaram sendo feitas aqui recentemente. Aqui na Ciencialist acho até que há um certo comedimento, a ponto da coisa não ir muito além de uma ligeira gozação. Mas que essas coisas são denunciadas, e tanto mais quanto mais óbvias forem, isso lá são, seja aqui, seja em qualquer outro grupo de discussão. Quanto ao mais, digo que já participei de grupos da Usenet onde a barra é bem mais pesada.
 
Belmiro: O observador "lambdaduaslinhas", aquele que está dentro do compartimento que você admitiu ser uma gaiola de Faraday, terá sim como dizer que está na presença de um campo eletromagnético. Basta que tenha levado consigo um eletroscópio ou um pêndulo elétrico. Acontece que campos elétricos não nulos estarão presentes dentro do seu compartimento, uma vez que, ao se aproximar do corpo com carga Q, a distribuição de cargas sobre o seu compartimento esférico sofrerá alteração. Com isto, o campo interno não mais será nulo, pois para que isto ocorra, é necessário que a carga seja distribuída simetricamente.
 
Alberto: Não sei se a coisa é assim tão simples. Uma gaiola de Faraday, creio eu, realiza uma blindagem a ponto de campos elétricos externos não afetarem seu interior. Se existir apenas a carga q, a distribuição do fluido maxwelliano será simétrica, como você diz. Não obstante, ao aproximarmos a carga Q, o fluido elétrico da carga q irá se redistribuir sim de maneira não assimétrica, mas isso é feito de maneira tal que o campo elétrico no interior da carga q permaneça nulo. Ou melhor, a redistribuição se procederá naturalmente exatamente para que, na condição de equilíbrio, esta condição de nulidade seja atingida. Isso às vezes chega a ser citado como segunda lei de Faraday, mas o termo chega a causar confusão com a segunda lei de Faraday da eletrólise. O Léo deu seu palpite, concordando contigo e mostrando que neste caso a condição não é de equilíbrio. Sinceramente eu não sei se este desequilíbrio seria notado pelo eletroscópio ou pêndulo elétrico, ou seja, se durante esta busca pelo equilíbrio o campo deixa de ser nulo. Mas independentemente disso, deixemos esta consideração lá para baixo desta mensagem, pois vou corrigir algumas coisas relacionadas a minha msg anterior e creio que é aí que a coisa vai se complicar de vez para o lado do PE.
 
Belmiro: Einstein continua firme.
 
Alberto: Talvez sim, mas não por este motivo. Vou agora me penitenciar de um erro que acredito ter cometido e, pelo visto, até o Léo entrou na minha, vejam só! É verdade que o Léo foi um tanto quanto precipitado em sair debaixo da pedra. Ele leu um artigo relativamente longo e respondeu a esse artigo em cerca de 40 minutos, ou seja, de supetão, ou na base do toma-lá-dá-cá. E quero crer que isto se deu por motivos ultra especiais. Já comentei aqui que o Léo tem uma certa bronca do PE de Einstein e é bem possível que ele tenha razão nesta bronca.
 
O Léo tem um paradoxo próprio a afetar o PE e relacionado a um efeito que também é dele, se bem que ele tenha tido a humildade de nomeá-lo como Empuxo de Newton [vide msg 6967]. O assunto chegou a ser discutido aqui na Ciencialist e vocês poderão acessar as mensagens através de links fornecidos no meu site. Mas eu acho que discutimos este assunto muito de leve. Acho que o Léo merecia mais do que isto e foi por isto que sugeri recentemente a retomada desta discussão. Creio que poderemos seguir essa linha tão logo o assunto atual se esgote, pois são coisas bem diferentes ainda que relacionadas a um mesmo princípio.
 
Gastamos um tempo enorme discutindo um paradoxo apresentado por um francês (Langevin) no início do século passado; estamos agora gastando outro tempo enorme discutindo outro paradoxo apresentado sei lá por quem, mas certamente um outro estrangeiro e também no século passado. E, não obstante, temos um paradoxo apresentado por um brasileiro, tão bom ou melhor do que esses outros;... e esse brasileiro está entre nós!!! Concordo que a coisa não é simples. Eu tentei no passado destrinchar este paradoxo e acabei desistindo. «Era muita areia para o meu caminhãozinho, como diz o Léo». Mas creio ter desistido precocemente, pois o Léo está aí para nos ajudar a solucionar ou confirmar o paradoxo..
 
Bem, vamos agora a minha penitência. Acho que cometi um erro de lógica quando afirmei, na msg 81860 o seguinte: Caso o que disse acima esteja correto, se o observador l'' raciocinar tomando por base única e exclusivamente o princípio da equivalência de Einstein, ele chegará a admitir que: 1) Ou ele está sendo acelerado mecanicamente; ou 2) ele está em um campo gravitacional. Vichi! Isso está errado!
 
E porque errado? Simplesmente porque o que ele irá constatar é que 1) ou está sendo acelerado de alguma maneira (e não obrigatoriamente por meios mecânicos, como escrevi anteriormente) ou 2) ele está em um campo gravitacional. O que ele não poderia, pelo fato de estar em uma gaiola de Faraday, seria constatar que ele está em um campo elétrico. Pois se isto fosse possível, aí sim ele estaria contradizendo o princípio da equivalência. Do contrário não, a duvida persiste e ele não saberá se está sendo acelerado (seja por que motivo for) ou se está em repouso em um campo gravitacional.
 
Sutilezas que nos levam a errar de maneira grosseira. Este erro eu transportei comigo por 13 anos e o Léo por 40 min. Enfim, não me parece que não tenham respondido por este motivo e sim porque entraram na minha e enfiaram a viola no saco. Smiley piscando
 
De qualquer forma, dá para perceber também que se o que o Belmiro e o Léo afirmaram a respeito do elevador-gaiola estiver correto, ao contrário da conclusão a que o Belmiro chegou, o princípio da equivalência de Einstein «não continuará firme» pois aí sim ele estará sendo comprometido de vez. Pois l'' estará conseguindo demonstrar através do eletroscópio (ou pêndulo elétrico) que ele não está em um campo gravitacional, mas que está sendo acelerado por um campo elétrico. E o meu trabalho não terá sido em vão, pois a conclusão será a mesma, ainda que se chegue a ela por um caminho diverso.
 
Ou seja, ou o que o Belmiro disse sobre a gaiola de Faraday está errado, ou então a conclusão dele é que está errada. Putz, como se erra nesta lista, meu! Vamos caprichar, gente! Depois ficam pegando no pé do Victor quando ele diz bobagens guiado pela paixão. Alegre Por falar nisso, que fim levou o Victor? Será que ele soltou a macaca?
 
[ ]´s Alberto http://ecientificocultural.com.br Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2012 22:46

Oi Alberto,

Era quase isto.

Ainda bem que não tentei patentear!

Hélio


De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 19 de Abril de 2012 20:25
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
From: Hélio Carvalho
Sent: Thursday, April 19, 2012 7:46 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Hélio: Eu ainda não dei minha sugestão de como fazer na prática sua experiência. Coloque seu laboratório entre dois planetas. Amarre super elásticos nos planetas e prenda as outras pontas em estrelas fixas de Mach. Não vou registrar patente.
 
Alberto: Olá, Hélio.
 
Por acaso seria isto?:
 
aniosgrav2
Se a figura não estiver visível clique aqui.

Se for, eu apresentei esta solução aqui na Ciencialist em 26 de dezembro de 2000 (msg 7781). Mas esta era uma solução alternativa e endereçada aos que não gostaram de uma outra e que, na minha maneira de pensar, era mais supimpa. Chamei a esta última por dipolo gravitacional oscilante.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2012 23:23

-----Mensagem Original-----
From: Belmiro Wolski
Sent: Thursday, April 19, 2012 10:42 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

> Já achei. Esqueci do Gúgol. Mas não vi nada paradoxal ou que fosse
> contra o PE. Alguém me explica qual é o babado.

Na página http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/05_30.asp do Feira de
Ciências, vide um trecho em letras pequenas, porém destacado, e que
começa com a seguinte frase: «Bem, antes de continuar o assunto, e só
para pensar, vou propor duas situações envolvendo o novo conceito:».
Neste trecho está uma figura que pode ser observada com o seguinte link:
http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/image05/05_30_01.gif

O paradoxo não chega a ser apresentado como tal, mas está implícito no
questionamento final deste trecho destacado e que começa com «Aqui
abre-se um ponto de discussão...».

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2012 00:00

Alberto e Belmiro,

Eu vou de VERDE.
Vamos ver se funciona

Hélio


De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quinta-feira, 19 de Abril de 2012 22:06
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Olá Alberto.

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 19 de Abril de 2012 19:58
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Thursday, April 19, 2012 2:07 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Belmiro: Me parece que a solução é óbvia demais para que ninguém te respondesse até hoje.
 
Alberto: Tenho a impressão de que a coisa não é bem por aí. Pelo menos não é o que eu tenho observado nestes 15 ou16 anos de discussões internáuticas. Um erro óbvio parece-me ser um prato cheio para a galera cair em cima, sem dó nem piedade. Algo que talvez Freud explique mas prefiro não ir além disso pois parece-me que, pelo menos por ora, estamos livres dessas «análises» baratas de comportamento, e de muito mau gosto, que andaram sendo feitas aqui recentemente. Aqui na Ciencialist acho até que há um certo comedimento, a ponto da coisa não ir muito além de uma ligeira gozação. Mas que essas coisas são denunciadas, e tanto mais quanto mais óbvias forem, isso lá são, seja aqui, seja em qualquer outro grupo de discussão. Quanto ao mais, digo que já participei de grupos da Usenet onde a barra é bem mais pesada.
 
        Foi um comentário sem a menor intenção de ofender. Mas realmente me pareceu óbvio. Entretanto, lendo agora, vi que foi deselegante. Peço desculpas.
 
Belmiro: O observador "lambdaduaslinhas", aquele que está dentro do compartimento que você admitiu ser uma gaiola de Faraday, terá sim como dizer que está na presença de um campo eletromagnético. Basta que tenha levado consigo um eletroscópio ou um pêndulo elétrico. Acontece que campos elétricos não nulos estarão presentes dentro do seu compartimento, uma vez que, ao se aproximar do corpo com carga Q, a distribuição de cargas sobre o seu compartimento esférico sofrerá alteração. Com isto, o campo interno não mais será nulo, pois para que isto ocorra, é necessário que a carga seja distribuída simetricamente.
 
Alberto: Não sei se a coisa é assim tão simples. Uma gaiola de Faraday, creio eu, realiza uma blindagem a ponto de campos elétricos externos não afetarem seu interior. Se existir apenas a carga q, a distribuição do fluido maxwelliano será simétrica, como você diz. Não obstante, ao aproximarmos a carga Q, o fluido elétrico da carga q irá se redistribuir sim de maneira não assimétrica, mas isso é feito de maneira tal que o campo elétrico no interior da carga q permaneça nulo.
 
        Verdade, desde que a constante de tempo do material permita que as cargas se redistribuam rápido o suficiente a ponto de zerar o campo elétrico o tempo todo no interior da gaiola.
 
Ou melhor, a redistribuição se procederá naturalmente exatamente para que, na condição de equilíbrio,
 
Veja a palavra: equilíbrio
 
 esta condição de nulidade seja atingida. Isso às vezes chega a ser citado como segunda lei de Faraday, mas o termo chega a causar confusão com a segunda lei de Faraday da eletrólise. O Léo deu seu palpite, concordando contigo e mostrando que neste caso a condição não é de equilíbrio. Sinceramente eu não sei se este desequilíbrio seria notado pelo eletroscópio ou pêndulo elétrico, ou seja, se durante esta busca pelo equilíbrio o campo deixa de ser nulo.
 
     Tem mais um detalhe. Se a espessura da gaiola for fina o suficiente, haverá a possibilidade de que a radiação gerada por Q ultrapasse a espessura e seja detectada internamente (efeito pelicular). Outra possibilidade é que a gaiola seja dielétrica, previamente carregada simetricamente. Também haveria detecção de radiação interna. Em qualquer caso, por mais particular que seja o caso, o nobre pesquisador saberia que está sendo acelerado. Porém, há o outro lado da moeda a contar a favor de Einstein. A gaiola poderia estar parada em um campo gravitacional e alguém aplicando um campo elétrico . Realmente, não há como saber. Ponto para o PE.

Bom, o PE diz que estar acelerado ou estar sob a ação de campo gravitacional é a mesma coisa. E é, a menos que exista dentro do compartimento algo que emita agentes, pode ser campo elétrico, outro campo gravitacional gerado por uma massa lá no interior etc. Mas se um campo elétrico serve, então algo que é construído por ele também serve como contra prova do PE. Como por exemplo, a luz.

Então é o seguinte: Uma lanterna na horizontal produz um pulso de luz apontada para a parede oposta e o elevador (sem ar, vácuo) está acelerado, esta luz irá bater um pouco mais abaixo. Pois será somada a c (horizontal) a velocidade que o elevador tinha (vertical) quando a lanterna emitiu
que é menor que sua velocidade agora.

Mas se ele estiver parado ou em MRU e um campo gravitacional estiver agindo nele, este feixe NÃO vai deflexionar para o observador dentro do elevador. Pois estes agentes não são influenciados pelo campo gravitacional. E isto permite o observador saber se está acelerado ou sob a ação de um campo gravitacional.

Isto não é um paradoxo, é uma previsão para o que vai acontecer quando esta experiência for finalmente realizada. A previsão de Einstein é um pouco diferente. :-)

A história é que este comportamento da luz atrapalharia o PE. Então vamos impor que a luz faz esta curva, mesmo se ela não fizer.
:-)
Mais uma transformação de calibre.





Mas independentemente disso, deixemos esta consideração lá para baixo desta mensagem, pois vou corrigir algumas coisas relacionadas a minha msg anterior e creio que é aí que a coisa vai se complicar de vez para o lado do PE.
 
Belmiro: Einstein continua firme.
 
Alberto: Talvez sim, mas não por este motivo. Vou agora me penitenciar de um erro que acredito ter cometido e, pelo visto, até o Léo entrou na minha, vejam só! É verdade que o Léo foi um tanto quanto precipitado em sair debaixo da pedra. Ele leu um artigo relativamente longo e respondeu a esse artigo em cerca de 40 minutos, ou seja, de supetão, ou na base do toma-lá-dá-cá. E quero crer que isto se deu por motivos ultra especiais. Já comentei aqui que o Léo tem uma certa bronca do PE de Einstein e é bem possível que ele tenha razão nesta bronca.
 
O Léo tem um paradoxo próprio a afetar o PE e relacionado a um efeito que também é dele, se bem que ele tenha tido a humildade de nomeá-lo como Empuxo de Newton [vide msg 6967]. O assunto chegou a ser discutido aqui na Ciencialist e vocês poderão acessar as mensagens através de links fornecidos no meu site. Mas eu acho que discutimos este assunto muito de leve. Acho que o Léo merecia mais do que isto e foi por isto que sugeri recentemente a retomada desta discussão. Creio que poderemos seguir essa linha tão logo o assunto atual se esgote, pois são coisas bem diferentes ainda que relacionadas a um mesmo princípio.

Gastamos um tempo enorme discutindo um paradoxo apresentado por um francês (Langevin) no início do século passado; estamos agora gastando outro tempo enorme discutindo outro paradoxo apresentado sei lá por quem, mas certamente um outro estrangeiro e também no século passado. E, não obstante, temos um paradoxo apresentado por um brasileiro, tão bom ou melhor do que esses outros;... e esse brasileiro está entre nós!!! Concordo que a coisa não é simples. Eu tentei no passado destrinchar este paradoxo e acabei desistindo. «Era muita areia para o meu caminhãozinho, como diz o Léo». Mas creio ter desistido precocemente, pois o Léo está aí para nos ajudar a solucionar ou confirmar o paradoxo..
 
Bem, vamos agora a minha penitência. Acho que cometi um erro de lógica quando afirmei, na msg 81860 o seguinte: Caso o que disse acima esteja correto, se o observador l'' raciocinar tomando por base única e exclusivamente o princípio da equivalência de Einstein, ele chegará a admitir que: 1) Ou ele está sendo acelerado mecanicamente; ou 2) ele está em um campo gravitacional. Vichi! Isso está errado!
 
E porque errado? Simplesmente porque o que ele irá constatar é que 1) ou está sendo acelerado de alguma maneira (e não obrigatoriamente por meios mecânicos, como escrevi anteriormente) ou 2) ele está em um campo gravitacional. O que ele não poderia, pelo fato de estar em uma gaiola de Faraday, seria constatar que ele está em um campo elétrico. Pois se isto fosse possível, aí sim ele estaria contradizendo o princípio da equivalência. Do contrário não, a duvida persiste e ele não saberá se está sendo acelerado (seja por que motivo for) ou se está em repouso em um campo gravitacional.
 
Sutilezas que nos levam a errar de maneira grosseira. Este erro eu transportei comigo por 13 anos e o Léo por 40 min. Enfim, não me parece que não tenham respondido por este motivo e sim porque entraram na minha e enfiaram a viola no saco. Smiley piscando
 
De qualquer forma, dá para perceber também que se o que o Belmiro e o Léo afirmaram a respeito do elevador-gaiola estiver correto, ao contrário da conclusão a que o Belmiro chegou, o princípio da equivalência de Einstein «não continuará firme» pois aí sim ele estará sendo comprometido de vez. Pois l'' estará conseguindo demonstrar através do eletroscópio (ou pêndulo elétrico) que ele não está em um campo gravitacional, mas que está sendo acelerado por um campo elétrico. E o meu trabalho não terá sido em vão, pois a conclusão será a mesma, ainda que se chegue a ela por um caminho diverso.
 
    Acho que já respondi acima.
 
Ou seja, ou o que o Belmiro disse sobre a gaiola de Faraday está errado, ou então a conclusão dele é que está errada.
 
       Talvez nem um nem outro.
 
Putz, como se erra nesta lista, meu! Vamos caprichar, gente! Depois ficam pegando no pé do Victor quando ele diz bobagens guiado pela paixão. Alegre Por falar nisso, que fim levou o Victor? Será que ele soltou a macaca?
 
    Por isso é uma lista de discussão. Estamos discutindo para chegar a alguma conclusão. O que um não enxerga, outro enxerga e vice-versa. Quanto ao Victor ele falou que estaria distante a trabalho uns dias. Provavelmente eu me ausente também no sábado e domingo, não sei ainda.
 
    [],s
 
    Belmiro
 
 
[ ]´s Alberto http://ecientificocultural.com.br Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2012 01:20

Olá Hélio

Como a resposta será curta e grossa, eu vou de TSF (= Texto Sem
Formatação) mesmo. :-)

1) Pode vir de verde porque o Belmiro costuma vir inicialmente de azul e
depois rebate, na tréplica, com o vermelho.

2) O Léo, quando resolve colorir, ora usa uma cor, ora outra, mas sempre
de maneira que dá para distinguir.

3) Eu tenho aproveitado que vocês gostam de colorir, então eu vou de
preto. Além de ser mais fácil (é a coloração padrão) não causa confusão.

4) O Victor está de férias, então não usará cor nenhuma. E se voltar das
férias, a confusão que ele costuma fazer é mais do gênero matemágico e é
tanta que confusões devidas à formatação do texto passam por
desapercebidas. ;-)

5) O importante é que a gente se entenda, e neste diálogo creio que está
saindo tudo nos trinques.

6) Com relação ao seu questionamento (mantive abaixo e apaguei o
restante da msg para não dar confusão, pois no TSF as cores desaparecem)
não há muito o que dizer. Não entendi exatamente aquela história do
campo gravitacional não deflexionar o feixe. Feixe de que? O de luz
parece-me que a teoria de Einstein «prevê» acontecer a curvatura. Quanto
aos outros possíveis agentes (feixes de agentes de campos, por acaso?)
não vejo muitos problemas. É suficiente acrescentar uma hipótese ad hoc
aqui, outra ali... e tudo estará resolvido, para a alegria geral do
Olimpo Acadêmico. E o cordão dos epiciclos cada vez aumenta mais, até
que...

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

*******************
-----Mensagem Original-----
From: Hélio Carvalho
Sent: Friday, April 20, 2012 12:00 AM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Bom, o PE diz que estar acelerado ou estar sob a ação de campo
gravitacional é a mesma coisa. E é, a menos que exista dentro do
compartimento algo que emita agentes, pode ser campo elétrico, outro
campo gravitacional gerado por uma massa lá no interior etc. Mas se um
campo elétrico serve, então algo que é construído por ele também serve
como contra prova do PE. Como por exemplo, a luz.

Então é o seguinte: Uma lanterna na horizontal produz um pulso de luz
apontada para a parede oposta e o elevador (sem ar, vácuo) está
acelerado, esta luz irá bater um pouco mais abaixo. Pois será somada a c
(horizontal) a velocidade que o elevador tinha (vertical) quando a
lanterna emitiu que é menor que sua velocidade agora.

Mas se ele estiver parado ou em MRU e um campo gravitacional estiver
agindo nele, este feixe NÃO vai deflexionar para o observador dentro do
elevador. Pois estes agentes não são influenciados pelo campo
gravitacional. E isto permite o observador saber se está acelerado ou
sob a ação de um campo gravitacional.

Isto não é um paradoxo, é uma previsão para o que vai acontecer quando
esta experiência for finalmente realizada. A previsão de Einstein é um
pouco diferente. :-)

A história é que este comportamento da luz atrapalharia o PE. Então
vamos impor que a luz faz esta curva, mesmo se ela não fizer.
:-)
Mais uma transformação de calibre.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2012 01:23

From: Belmiro Wolski
Sent: Thursday, April 19, 2012 10:06 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá Belmiro
 
Belmiro: Foi um comentário sem a menor intenção de ofender. Mas realmente me pareceu óbvio. Entretanto, lendo agora, vi que foi deselegante. Peço desculpas.
 
Alberto: Mas quem disse que eu me ofendi? E deselegante porquê? Não notei a deselegância. Apenas aproveitei o gancho para discorrer sobre questões internáuticas paralelas. O que falei do Freud também não tem nada a ver com algo que você possa ter feito aqui, e se deixei a coisa meio no ar foi para que determinado elemento, que prefiro não dizer quem é, veja nisso um pretexto para voltar aqui com a única finalidade de nos «analisar» e/ou nos aborrecer. Não há do que se desculpar.
 
Belmiro: [...] Em qualquer caso, por mais particular que seja o caso, o nobre pesquisador saberia que está sendo acelerado. Porém, há o outro lado da moeda a contar a favor de Einstein. A gaiola poderia estar parada em um campo gravitacional e alguém aplicando um campo elétrico . Realmente, não há como saber. Ponto para o PE.
 
Alberto: Mesmo antes de ler esta sua msg eu já estava quase concluindo com algo parecido, mas ainda não me convenci totalmente. Ou seja, para o indivíduo saber que está sendo acelerado por um campo elétrico, ele precisaria saber que está dentro de uma gaiola de Faraday carregada. Mas isso ele não sabe, pois em teoria ele não consegue se comunicar com o exterior, a não ser pelo que for lido em seus instrumentos. Mas aí, na conversa com meus botões, os botões me colocaram frente aos seguintes questionamentos: 1) Se não houvesse carga q (ou se q = 0) o desvio observado no eletroscópio seria idêntico? E se q ≠ 0, haveria alguma proporcionalidade entre o desvio e o valor da carga q? 3) E dependendo de (1) e (2) este desvio não iria sendo modificado com a aproximação de Q? (Nos três casos estou supondo que o desvio realmente ocorra, algo que ainda não estou totalmente convencido.) Dependendo das respostas, e do observador estar ciente destes possíveis conhecimentos, ele poderia saber se a gaiola está ou não carregada, ou então se ele está ou não se aproximando de uma carga elétrica externa.
 
Apenas um detalhe. Eu gosto e muito do princípio da equivalência e, como costumo dizer «a física é mais bonita com o princípio da equivalência de Einstein». Eu não gosto é da RG, mas uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. O princípio pode ser verdadeiro mesmo que a RG não seja e é na tentativa de demonstrar isto que eu procuro resolver o paradoxo por vias exclusivamente clássicas. Quem não gosta do PE é o Léo, mas por motivos outros. Eu também gosto do que o Léo chamou por empuxo de Newton e também do paradoxo a ele associado, mas acho que deve haver um meio de solucionar o paradoxo sem desmerecer o empuxo de Newton.
 
Alberto (msg anterior): Ou seja, ou o que o Belmiro disse sobre a gaiola de Faraday está errado, ou então a conclusão dele é que está errada.
 
Belmiro: Talvez nem um nem outro.
 
Alberto (now): E como disse acima, não estou tão certo que a minha afirmação anterior proceda, logo concordo com  esse talvez.
 
Alberto (msg anterior): Putz, como se erra nesta lista, meu! Vamos caprichar, gente! Depois ficam pegando no pé do Victor quando ele diz bobagens guiado pela paixão. Alegre Por falar nisso, que fim levou o Victor? Será que ele soltou a macaca?
 
Belmiro: Por isso é uma lista de discussão. Estamos discutindo para chegar a alguma conclusão. O que um não enxerga, outro enxerga e vice-versa. Quanto ao Victor ele falou que estaria distante a trabalho uns dias. Provavelmente eu me ausente também no sábado e domingo, não sei ainda.
 
Alberto: Ainda bem que vocês pensam assim (o Léo chegou a dizer algo parecido). De minha parte eu digo que erro e muito. Dizem que errar é humano e persistir no erro é norte-americano. Como não sou norte-americano, para não persistir no erro eu vou pulando de erro em erro, até que um dia acabo acertando. E o diálogo vai me ajudando a dar esses pulos incertos ou quânticos. Smiley piscando
 
Que mal pergunte, e que o Homero não nos ouça: Neste fim de semana você vai dar o remedinho homeopático para os seus boizinhos? Alegre
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
DATE: 20/04/2012 07:13

A resposta à proposta está na mesma página, mais abaixo ... o que salienta a falha no PE; reproduzo:
 

Respondendo à questão proposta
A questão, para pensar, colocada no início de nossas explanações, é agora facilmente respondida:

Primeira hipótese: No campo de gravidade devido à massa M (colocada no ponto B), todas as porções de nosso sistema (recipiente, água, cordel e bolinha) adquirem mesma aceleração, devido às forças de campo. No líquido não há gradiente de pressão, não há empuxo de Arquimedes ou de Newton. A configuração do cordel e bolinha é qualquer.

Segunda hipótese: No caso do foguetinho, surge gradiente de pressão, devido à inércia da água, o empuxo de Newton empurra a bolinha para a DIREITA até que o cordel estique aplicando força T. A resultante de N e T acelera a bolinha para a direita.
O recipiente, a água, o cordel e a bolinha terão a mesma aceleração para a direita. Não há empuxo de Arquimedes.

Talvez alguém relute em não entender porque na primeira situação (forças de campo) não há empuxo de Newton, uma vez que o sistema está acelerado, e porque na segunda situação não há empuxo de Arquimedes.

Na primeira situação, todas as partículas da água já estão sob a ação de forças externas (decorrentes da ação das massas) e nenhuma quer ficar individualmente para trás (para obedecer ao princípio da inércia), por isso, não precisam ser empurradas quer pelas outras partículas de água ou pela parede "traseira" do recipiente. Não há forças normais 'de contato'. Cada partícula é independente por si só, apenas estão juntas por forças internas de coesão (que não determinam acelerações). Como as inércias dessas partículas já foram "vencidas" pelas forças de campo e já estão aceleradas, não há necessidade de alguma outra força (que seria o empuxo de Newton) para acelerá-las.

Na segunda situação, não há forças de campo. Cada partícula de água quer manter a velocidade atual (princípio da inércia). Para acelerá-la, a partícula de trás deve-lhe aplicar uma força normal (fluido não resiste a esforços tangenciais). A partícula que precede a de trás deve aplicar força normal de intensidade duplicada (pois tem que acelerar duas partículas) e assim sucessivamente, até que chega na parede "de trás", que tem que aplicar a força necessária para acelerar toda a massa de água.
Dessa distribuição de forças normais decorrentes das inércias das partículas de água é que surge o empuxo de Newton sobre a bolinha, pois para as partículas de água, não interessa quem vem pela frente, tudo se passa como se fosse água. Daí a expressão do empuxo de Newton. Se no lugar da bolinha houvesse água, de massa m', a resultante das forças nela, também seria m'.a.
O gradiente de pressão nasce da inércia da massa de água e não do peso da água; por isso não há empuxo de Arquimedes. Ressalte-se, ainda, que o sistema não está em equilíbrio.

Encerramos propondo uma situação mais "terrestre", simplesmente colocando nosso recipiente com o pêndulo de bóia dentro de um elevador em queda livre. Discuta essa situação.

Que o empuxo inercial de Newton lhe seja útil. Segue-se, nessa Sala - item 31, os exemplos para aplicação desse conceito "Empuxo de Newton" o qual, possivelmente, é inédito nos textos de Mecânica.
O autor agradece críticas e comentários sobre esse trabalho.

-------------------------------------------------------------------

[]´

     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Thursday, April 19, 2012 11:23 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 

-----Mensagem Original-----
From: Belmiro Wolski
Sent: Thursday, April 19, 2012 10:42 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

> Já achei. Esqueci do Gúgol. Mas não vi nada paradoxal ou que fosse
> contra o PE. Alguém me explica qual é o babado.

Na página http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/05_30.asp do Feira de
Ciências, vide um trecho em letras pequenas, porém destacado, e que
começa com a seguinte frase: «Bem, antes de continuar o assunto, e só
para pensar, vou propor duas situações envolvendo o novo conceito:».
Neste trecho está uma figura que pode ser observada com o seguinte link:
http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/image05/05_30_01.gif

O paradoxo não chega a ser apresentado como tal, mas está implícito no
questionamento final deste trecho destacado e que começa com «Aqui
abre-se um ponto de discussão...».

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Corredor 101 anos corre maratona de 40km
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/04/2012 09:57

Incrível! A maioria das pessoas com mais de 50 que conheço não conseguem andar mais de 3 km sem ficar aos pedaços.

Vídeo notícia:

http://noticias.uol.com.br/videos/assistir.htm?video=corredor-de-101-anos-participa-de-ultima-maratona-em-londres-04020E9B3564E4B12326



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] A cura do envelhecimento , starvation response, etc.
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/04/2012 10:14

Insights sobre como o processo que breca o desenvolvimento de células cancerígenas é justamente o que causa o envelhecimento com a "morte" celular. Um pouco mais sobre o processo que ocorre com os telômeros do cromossomo.

Texto do biólogo Roberto Motta Júnior. No links tem imagens explicativas...

Marcel

===============

http://www.medicinageriatrica.com.br/2006/12/28/teorias-do-envelhecimento-celular/

O envelhecimento é um dos maiores enigmas da vida e, ninguém consegue compreendê-lo totalmente. Muitos, em toda a história humana, têm feito as mesmas perguntas sobre o fenômeno: O que é envelhecimento? Por que as pessoas envelhecem? Por que em algumas pessoas determinados órgãos envelhecem mais rapidamente que outros? Podemos retardar, parar ou reverter o envelhecimento?

Como a definição de envelhecimento é polêmica, tornam-se até incoerentes propostas de teorias sobre o envelhecimento antes de se chegar a uma definição consensual. Porém, elas existem. Com os avanços da ciência e da tecnologia, nas últimas décadas surgiram várias teorias sobre o envelhecimento, sendo três as principais; a teoria dos radicais livres *, a teoria do desequilíbrio gradual ** e a genética.

Os pesquisadores que apóiam a teoria genética propõem que todo o processo de envelhecimento, quer seja de células, órgãos e mesmo de todo o indivíduo, desde o
nascimento até a morte, é programado pelos nossos genes. Nessa teoria, o tempo de vida, assim como os outros acontecimentos como, por exemplo, alterações enzimáticas, ligados a esse relógio biológico, podem ser controlados por um ou mais genes específicos contribuindo, de maneira ativa, independente, ou em associação com outros genes, para a longevidade do organismo.


Uma das mais conhecidas formulações para essa teoria foi feita por Leonard Hayflick, em 1977. O chamado limite de Hayflick, que afirma que as células irão se dividir e se reproduzir apenas um número limitado de vezes e que esse número é geneticamente programado.

As células humanas, eucarióticas, têm cromossomos lineares. Há dificuldades para a replicação das duas extremidades. Embora a fita contínua possa, teoricamente, ser sintetizada até o final de seu molde, a fita retrógrada não pode. Embora isso não seja um problema em uma única replicação, ao longo de muitos ciclos as extremidades dos cromossomos seriam encurtadas, até que genes essenciais fossem perdidos e a célula morreria. Conseqüentemente, a natureza procura impedir a perda contínua do DNA nas extremidades dos cromossomos. Nesse local existem, então, estruturas protetoras especiais, chamadas de telômeros, que contem muitas repetições de uma seqüência de seis nucleotídeos, rica em GUANINA. Os telômeros humanos contem milhares de repetições TTAGGG. O tamanho dos telômeros é mantido por enzimas, chamadas de telomerases, que adicionam repetições de seis nucleotídeos à sua extremidade.

Segundo esta teoria, a enzima telomerase é considerada um relógio biológico, um marcador a indicar que a senescência celular irá se instalar inevitavelmente, causando o envelhecimento.

A telomerase é uma enzima classificada como transcriptase reversa, composta de uma subunidade de uma proteína que possui um componente interno de RNA que é uma região molde para a produção de DNA. Esta subunidade é identificada por TERT, está na região do C- terminal do polipeptídeo, também na região N-terminal, basicamente na região dos telômeros.

O gene de produção da telomerase e o gene conhecido por p 53 devem participar de um sistema eficiente de supressão de tumores, mas em contrapartida, com a diminuição da ação da telomerase, os cromossomos se encurtam na região dos telômeros e, inevitavelmente, por causa da manutenção de um tecido jovem, que necessita de divisões celulares contínuas, surge o envelhecimento, a senescência. Quando a telomerase está atuante, permite a alta capacidade de divisões celulares por mitoses sucessivas, o que seria uma proteção contra a senescência. O envelhecimento seria o preço de uma vida sem câncer.

A importância da telomerase como mecanismo reparador anti-envelhecimento celular pode ser constatada em várias doenças, como na progeria. Nesta doença rara, em torno de 100 casos no mundo, ocorre um envelhecimento prematuro em jovens nos quais seus cromossomos apresentam seus telômeros curtos, causando uma senescência nos indivíduos, por aumento na velocidade nas divisões celulares desencadeadas pela ação de um gene recessivo, que impede a função da telomerase, mais uma explicação para essa doença baseada na teoria dos telômeros.

A enzima telomerase é considerada um relógio biológico, um marcador a indicar que a senescência celular irá se instalar inevitavelmente. Existem células que não apresentam senescência, em que a divisão celular se mantém com alto potencial de multiplicação, imunes à ação do tempo. São as células germinativas, que estão relacionadas com a perpetuação da vida, as células cancerígenas, que são motivos de estudos para se encontrar a cura definitiva do câncer, e as células tronco, que atualmente são aplicadas aos transplantes para promover regeneração e possível tratamento de doenças que afetam a humanidade.

* Teoria dos radicais livres. Esta teoria baseia-se no conceito de que as reações químicas que ocorrem naturalmente no corpo começam a produzir um número de defeitos irreversíveis nas moléculas. Isto se deve a elétrons não pareado na última camada das moléculas formados por compostos contendo por exemplo, o elemento oxigênio, chamados de radicais livres.

** Teoria do desequilíbrio gradual. Esta teoria afirma que o cérebro, as glândulas endócrinas ou o sistema imunológico começam a deixar de funcionar gradualmente, levando a determinados órgãos envelhecer em ritmos diferentes comprometendo o funcionamento dos demais, causando o envelhecimento de todo o organismo.

*** Apoptose, processo que se inicia no núcleo da célula, na cromatina onde se encontram os cromossomos aderidos a carioteca, começa uma retração do citoplasma agregando o corpos apoptóticos, que serão englobados por fagocitose, pelas células vizinhas ou macrófagos,todo material da célula é rompido, os ácidos nucléicos não comandam as atividades celulares, formam crateras na membrana plasmática, por onde ocorre a perda de água, a célula se desestrutura, formam corpos apoptóticos que serão eliminados por clasmocitose, ocorre a morte celular.

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@...> escreveu
>
> Um pouco sobre Telomerases.
> A grosso modo para despertar o interesse;
> A replicação (divisão) celular causa o processo de envelhecimento
> (senescência), devido à um encurtamento da extremidade
> (telõmeros) do cromossomo e sua completa inviabilização (50 a 80
> vezes) para novas replicações. Existe uma enzima que está sendo
> sintetizada em estudos, que é mais concentrada em nosso organismo na
> infância e em células cancerígenas, que, de certa forma,
> protege esta "integridade" do cromossomo a cada replicação.
> Permitindo assim, que ocorra um número muitíssimo maior de
> replicações, e consequentemente uma grande desaceleração do
> envelhecimento, e até o retrocesso do mesmo.
> É diferente do Resveratrol, que apenas desacelera o processo de
> replicação celular no organismo, devido à resposta à dieta de
> baixa caloria (fome).
> Ver abaixo;
>
> http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2011/01/110126_envelhecimento_rc\
> .shtml
> Cientistas vêm pouco a pouco desvendando os segredos do
> envelhecimento e alguns sugerem que em breve poderão desenvolver
> tratamentos para reduzir a velocidade ou mesmo reverter o processo.
> No ano passado, uma equipe do Instituto do Câncer Dana-Farber, de
> Boston, nos EUA, divulgou na revista científica Nature um estudo no
> qual diz ter conseguido reverter o processo de envelhecimento em
> camundongos.
> Eles manipularam cromossomos presentes nos núcleos de todas as
> células. O alvo principal da ação era a proteção dos
> telômeros. Os telômeros são estruturas presentes nas
> extremidades dos cromossomos. Eles protegem os cromossomos de
> possíveis danos, mas também diminuem de tamanho com a idade,
> até que as células não conseguem mais se reproduzir.
> A equipe do professor Ronald DePinho manipulou as enzimas que regulam os
> telômeros, as telomerases, obtendo resultados significativos. Com o
> estímulo às enzimas, os camundongos pareciam fazer o relógio
> biológico "andar pra trás".
> "O que esperávamos era uma estabilização do processo de
> envelhecimento, mas ao contrário, observamos uma reversão dos
> sinais e sintomas de envelhecimento", disse ele à BBC.
> "Os cérebros destes animais cresceram em tamanho, aumentaram sua
> cognição, suas peles ganharam mais brilho e a fertilidade foi
> restaurada."
> Humanos
> Obviamente, aplicar estes princípios em humanos será um desafio
> bem maior. As telomerases já foram ligadas à incidência de
> câncer.
> Muitos acreditam que as mitocôndrias possam desempenhar um papel bem
> maior no processo de envelhecimento. As mitocôndrias - material
> genético contido na célula, mas fora do núcleo - são as
> "usinas de energia" das células, mas também geram produtos
> químicos que são ligados ao envelhecimento. Há ainda o papel
> desempenhado por radicais livres - moléculas ou átomos altamente
> reativos que atacam o corpo humano.
> Apesar de estarmos apenas começando a compreender como funciona o
> envelhecimento, alguns cientistas já testam tratamentos em humanos.
> O professor David Sinclair é pesquisador de um laboratório
> especializado em envelhecimento da escola de Medicina da Universidade de
> Harvard.
> Ele e seus colegas vêm trabalhando em uma droga sintética chamada
> STACs (ou Sirtuin activating compounds).
> Estudos em camundongos obesos indicam que as STACs podem restaurar a
> saúde e aumentar a expectativa de vida dos animais. Já foram
> iniciados testes em humanos.
> Há também estudos sobre o resveratrol, um antioxidante encontrado
> naturalmente no vinho tinto, que indicam que ele reduz o colesterol.
> Sinclair diz que estas pesquisas "não são uma desculpa para comer
> batata frita o dia todo em frente à TV, mas uma forma de aumentar o
> modo de vida sadio e explorar as potencialidades de um corpo
> saudável".
> "Não mudamos a quantidade de comida ingerida, os camundongos comem
> normalmente, mas seus corpos não sabem que eles estão gordos e
> seus órgãos e até a expectativa de vida são iguais a de um
> animal sadio", disse ele.
> Questões éticas
> Mas é correto fazer experiências em algo tão fundamental como
> envelhecer? Quais são as questões éticas envolvidas?
> O professor Tim Spector, do hospital Kings College em Londres, que
> também faz pesquisas na área, diz que o foco não é aumentar
> a duração da vida, mas prolongar a saúde.
> "Não interessa muito prolongar a vida se isto significar que você
> terá tanta artrite, por exemplo, que não poderá sair de casa",
> disse ele.
> "Mas ao entender o processo de envelhecimento, podemos ajudar no combate
> a artrite, diabetes, doenças cardíacas, todas os males ligados ao
> envelhecimento", disse ele.
> Já o professor James Goodwin, do programa Age UK de amparo à
> terceira idade do governo britânico, diz que a questão levantada
> pelas pesquisas é se seus resultados vão ser acessíveis a todos
> ou apenas aos mais ricos.
> "Será que todos vão poder se beneficiar desta tecnologia?",
> pergunta
>
>
>
>
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009"
> <marcelleandro2009@> escreveu>> > Victor,> > > Será que nós,
> daqui do fórum, ainda poderemos nos beneficiar> desses avanços> >
> da medicina?> > Provavelmente algum benefício sim. Segundo pesquisas,
> que enviei> anteriormente uma matéria a respeito, bastaria uma boa
> dieta de baixa> caloria para termos efeitos positivos. Sem considerar
> alguns suplementos> (e alimentos), ainda a serem melhor avaliados, que
> já existem no> mercado.> > > > Marcel> > > >> > Suspeito que as
> respostas para essa perguntinha ficarão aí por> volta de> >
> "naaaão!"> >> >> >> > Acho que a maioria de nós vai ficar, com
> sorte, é na média> mesmo!> >> >> >> > Particularmente, só quero
> chegar lá se com tudo em cima e> lúcido para> > continuar
> "heresiando às avessas"...> >> >> >> > Senão, cadê a graça?>
> >> >> >> > Sds,> >> > Victor.> >> >> >> >> >> > De:
> ciencialist@yahoogrupos.com.br> [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]>
> > Em nome de marcelleandro2009> > Enviada em: sexta-feira, 16 de
> março de 2012 17:49> > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br> >
> Assunto: [ciencialist] A cura do envelhecimento , starvation response,>
> etc.> >> >> >> >> >> >>
> http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,ERT204682-17773,00.htm\
> \> l> >> > A cura do envelhecimento> >> > Pílulas, células-tronco,
> dietas e tratamentos para evitar> doenças e> > regenerar
> órgãos. Conheça as novas armas da ciência para> nos manter
> com> > aparência jovem para sempre> >> > Priscilla Santos, com
> reportagem de Bruna Fasano e Willian Okada> >> > FONTE DA JUVENTUDE> >
> Crédito: Maná E.D.I.> >> > O soldado e explorador espanhol Juan
> Ponce de León (1460-1521)> já havia> > acompanhado Cristóvão
> Colombo em sua segunda viagem à> América quando começou> > sua
> busca pela mitológica Fonte da Juventude. Os nativos de Porto> Rico,
> onde> > Ponce havia criado uma colônia, diziam existir tal fonte
> misteriosa> capaz de> > proporcionar a jovialidade eterna para quem em
> suas águas se> banhasse. O> > viajante nunca a encontrou — acabou
> foi descobrindo a Flórida,> ironicamente> > o estado americano hoje
> com a maior proporção de idosos. Ponce de> León não> > foi o
> único a procurar incansavelmente por uma forma de ser jovem> para> >
> sempre. A busca pela imortalidade e pela juventude eterna sempre>
> fascinou o> > homem, único animal que tem consciência da
> própria morte> — e por isso sofre.> > Mas nunca esteve tão
> próxima de ser alcançada. Como Ponce de> Leóns> >
> contemporâneos, os cientistas do século 21 vêm perseguindo o>
> fim da maior> > causa de morte do mundo: a velhice. Por consequência,
> as doenças> decorrentes> > dela. E parecem estar mais próximos de,
> no mínimo,> postergá-la. "Os avanços> > da área biológica
> que surgem nesse começo de século> indicam que muitos de> > nós
> poderemos chegar facilmente aos 100, 150 anos", diz o professor> do> >
> Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio>
> de Janeiro> > (UFRJ), Stevens Rehen.> >> > Prolongar a vida seria apenas
> uma consequência de fazer as pessoas> serem> > mais saudáveis por
> mais tempo. Esse é o principal objetivo da> nova ciência> > do
> antienvelhecimento, que pretende atacar de uma só vez todas as>
> formas de> > deterioração do corpo para fazer com que o nosso
> relógio> biológico corra> > mais devagar. Assim, ficaríamos
> longe de doenças decorrentes da> idade> > avançada — como
> Alzheimer, demência, diabetes e doenças> cardíacas — por
> mais> > tempo. Atacar a velhice, portanto, seria a melhor e talvez
> única> forma de> > nos afastarmos dos males provocados por ela.
> Combater uma a uma as> doenças —> > algo que desde sempre fazemos
> — não surtiria grandes efeitos.> Nos Estados> > Unidos, por
> exemplo, se os problemas de coração fossem totalmente> > eliminados,
> a expectativa de vida não subiria mais do que três> anos. O mesmo>
> > que proporcionaria uma cura milagrosa para o câncer. "O risco de>
> doenças> > fatais dispara após os 60 anos. Assim, mesmo que
> evitemos o ataque> cardíaco,> > outros problemas vão nos pegar",
> afirma o escritor de ciência e> medicina> > americano David Stipp,
> autor do livro The Youth Pill (A Pílula da> Juventude,> > sem
> edição no Brasil), lançado no ano passado. Por isso, a> maneira
> de> > aumentar a expectativa e a qualidade de vida para valer é
> evitar> chegar> > nesse estágio em que já estamos mais fracos e
> vulneráveis a> doenças.> >> > Em vez de águas milagrosas, a
> Fonte da Juventude perseguida pelos> cientistas> > oferecerá
> tratamentos futurísticos descobertos nos mais> ardilosos> >
> experimentos> > Crédito: Maná E.D.I.> >> > INJEÇÃO ANTIVELHICE>
> >> > Em novembro passado, pesquisadores do Instituto de Câncer>
> Dana-Farber, da> > Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos,
> publicaram um> estudo que> > contrariou um dos principais conceitos
> sobre o processo de> envelhecimento: o> > de que ele é
> irreversível. Eles conseguiram, pela primeira vez,> rejuvenescer> >
> ratos de laboratório. O experimento foi baseado num mecanismo que>
> rendeu, um> > ano antes, o Prêmio Nobel de Medicina a outros três
> cientistas> americanos: a> > relação entre o processo de
> envelhecimento e os telômeros, uma> espécie de> > capinha que
> protege a ponta de cada cromossomo dentro de nossas> células —> >
> numa comparação grosseira, o telômero assemelha-se àquele>
> revestimento> > plástico presente na ponta dos cadarços de um
> tênis. A cada> vez que a célula> > se divide, essa capinha se
> encurta um pouco. Depois de 50 a 80> duplicações a> > célula
> não consegue mais se multiplicar — após os 35 anos> de idade,
> os> > efeitos desse processo já começam a ser sentidos. O tempo
> passa> e, sem> > células novas e com algumas mortas ou inativas,
> nossos órgãos> começam a se> > deteriorar. É a velhice.> >>
> > Nascemos com um mecanismo capaz de driblar esse processo, uma enzima>
> chamada> > telomerase. Ela repara as tais capas protetoras dos
> cromossomos> após cada> > divisão celular. Porém, após a
> infância, sua> concentração cai drasticamente.> > Fazer com que
> ela volte a crescer é um dos caminhos para postergar> o> >
> envelhecimento — ou até mesmo revertê-lo. No estudo de>
> Harvard, os> > cientistas criaram ratos geneticamente modificados de
> forma que não> > produzissem a telomerase. Como resultado, os animais
> envelheceram> > rapidamente. Os sinais incluíram diminuição do
> cérebro e do> olfato, danos no> > baço e intestinos, além de
> doenças como osteoporose e> diabetes. Com apenas> > um mês de
> ingestão de telomerase, no entanto, tais sintomas> sumiram. Os> >
> ratos voltaram inclusive a ser férteis e desenvolveram> neurônios,
> sem contar> > uma invejável melhora na pele. "O que vimos não foi
> a> desaceleração ou> > estabilização do envelhecimento, mas algo
> muito mais incrível:> uma reversão> > dramática dele", afirma
> Ronald DePinho, coordenador da pesquisa.> "É possível> > imaginar
> que um homem de 90 anos voltaria a ter a saúde que> possuía aos
> 40> > ou 50", diz. Porém, apesar de ter sido bem-sucedido em ratos,
> o> tratamento> > ainda não foi testado em humanos. E não há
> perspectiva de que> isso aconteça> > nos próximos anos. "Ainda
> temos muito trabalho pela frente. O> próximo passo> > é descobrir
> em que estágio da vida as pessoas precisariam se> submeter à> >
> injeção de telomerase", afirma DePinho. Em paralelo a isso, ainda>
> seria> > preciso ultrapassar um grande empecilho: o potencial risco de>
> câncer.> >> > Fora do período de gestação e infância, a
> telomerase só> retorna em grandes> > quantidades nas células
> cancerosas — sabe-se que 90% dos> tumores possuem a> > enzima.
> Aliás, é por isso que elas se reproduzem> incessantemente. "Se
> você> > persegue a imortalidade, é o que, de um modo perverso,
> também> fazem as> > células com câncer", diz o oncologista e
> professor de medicina> da> > Universidade Columbia, Estados Unidos,
> Siddhartha Mukherjee, autor do> > recém-lançado livro The Emperor
> of All Maladies: A Biography of> Cancer (O> > Império de Todas as
> Enfermidades: Uma Biografia do Câncer, sem> edição no> > Brasil).>
> >> > Além da vantagem óbvia para todo mundo de postergar a chegada
> da> velhice, um> > grupo específico de pessoas se beneficiaria caso
> os pesquisadores> > conseguissem resolver as contraindicações desse
> tipo de tratamento.> Trata-se> > de indivíduos que, por conta de uma
> sequência genética,> têm menos telomerase> > desde a
> gestação. Consequentemente, envelhecem mais rápido e> chegam a
> ser> > biologicamente até dez anos mais velhos do que outras pessoas
> da> mesma> > idade. Essa sequência de DNA foi mapeada em fevereiro do
> ano> passado por> > cientistas da Universidade de Leicester, no Reino
> Unido. Em um estudo> com 3> > mil pessoas, 45% delas carregavam ao menos
> um gene da sequência. Os> > pesquisadores acreditam que um mapeamento
> desse tipo possibilitaria> > prescrever estilos de vida saudáveis
> àqueles mais propensos aos> males do> > envelhecimento. Além de
> exercícios físicos, uma dieta com> poucas calorias> > entraria na
> receita. Pois é sabido, e cientificamente provado, que> quem come> >
> menos, vive mais.> >> > UMA ENZIMA PARA NOS MANTER SEMPRE JOVENS> > A
> deterioração de nosso corpo começa de forma microscópica,> em
> nossos> > cromossomos. Uma substância pode revertê-la. Veja como
> (clique> aqui para> > ampliar)> >> > 300 TAÇAS DE VINHO> >> > Uma
> dieta diária entre 1.200 e 1.400 calorias — 30% a menos do> que
> a> > sugerida pela Organização Mundial da Saúde — poderia>
> aumentar nossa> > expectativa de vida média para 120 anos. Algumas
> pessoas chegariam,> então,> > aos 150. Mesmo que você começasse
> a comer menos aos 30, ainda> teria chance> > de prolongar seu tempo na
> Terra em sete anos. É atrás dessas> promessas que> > ao menos 2
> mil pessoas praticam a dieta de baixa caloria no mundo.> Esse é o> >
> número de membros da Sociedade de Restrição Calórica. Apesar>
> da matriz estar> > localizada nos Estados Unidos, há integrantes de
> várias partes> do planeta,> > inclusive cinco do Brasil (que não
> se identificam). Os resultados> dos pratos> > moderados têm sido
> positivos. Dados divulgados pela Sociedade> atestam que os> > adeptos da
> dieta registraram queda significativa da pressão> sanguínea,
> perda> > de quase 70% da gordura corporal e redução de 80% do
> nível de> insulina no> > sangue, o que, no mínimo, faz cair o
> risco de doenças> cardíacas e diabetes.> > Pratos mais comportados
> também são a receita milenar dos> habitantes do> > arquipélago
> japonês de Okinawa — é lá que estão as> pessoas que mais
> vivem no> > mundo. A proporção de centenários nas ilhas é de 50
> para cada> 100 mil> > moradores, enquanto nos demais países cai para
> dez a cada 100 mil.> A> > população de Okinawa é de cerca de 1,3
> milhão. Não por> acaso, um prato> > típico no arquipélago
> tem 17% menos calorias do que no restante> do Japão.> >> > A teoria
> mais aceita de por que comer pouco nos faria envelhecer mais> > devagar
> é evolutiva. Os efeitos benéficos das baixas calorias se> devem a
> um> > mecanismo chamado starvation response, ou resposta à fome, em>
> português. Nos> > primórdios da humanidade, durante os períodos
> de grandes secas> ou mudanças> > abruptas no clima, ficava difícil
> encontrar alimento. Era natural,> portanto,> > que, sob a ameaça de
> inanição, o organismo concentrasse seus> esforços na> >
> proteção dos processos essenciais à sobrevivência. A energia>
> do crescimento> > e reprodução (mecanismos trabalhosos para o corpo)
> era deslocada> para o> > reparo e manutenção constante das
> células. Isso fazia com que as> pessoas> > envelhecessem mais
> devagar. Tudo não passava de um truque da> natureza para> > garantir
> a continuidade da espécie: ao conservar o corpo, o intuito> era> >
> preservar aqueles indivíduos para se reproduzirem assim que as>
> coisas> > melhorassem.> >> > Em cinco anos, o laboratório Sirtris
> Pharmaceutical promete colocar> no> > mercado uma pílula que imita os
> efeitos de se comer pouco, mesmo> que você> > siga uma dieta normal.
> O princípio ativo — já comercializado> em medicamentos> > para
> diabéticos e como suplemento alimentar — é o> resveratrol,
> substância> > encontrada na casca da uva roxa. É sua presença
> que confere ao> vinho tinto> > benefícios ao coração. E explica o
> que os cientistas chamam de> "paradoxo> > francês": a baixa
> mortalidade por doenças cardíacas na> França, mesmo com uma> >
> dieta tão rica em gordura. Graças ao hábito comedido que a>
> população tem de> > beber vinho quase que diariamente. Além dos
> benefícios ao> coração, também há> > evidências de que o
> resveratrol reduza o risco de Alzheimer,> derrame,> > diversos tipos de
> câncer, perda de audição e osteoporose —> todos problemas> >
> comuns no envelhecimento. Já provocar o aumento dos anos de vida>
> é algo que> > ainda precisa ser provado em humanos. Mas o resultado
> em animais se> mostrou> > estimulante.> >> > VIDA LONGA - E MAIS FELIZ>
> >> > Se a ciência de fato nos fizer passar dos 75 com saúde e>
> disposição nos fará> > felizes como nunca seríamos. Um estudo
> publicado ano passado por> > pesquisadores das universidades de Stony
> Brook e Princeton, nos EUA,> traçou> > um paralelo entre bem-estar e
> idade. Surpresa: nosso auge de> contentamento> > seria após os 74. Os
> resultados formam o que os pesquisadores de> felicidade> > chamam de
> curva U (abaixo). Os idosos sentiriam menos raiva e estresse> do> > que
> os jovens e teriam menos preocupações do que os adultos> médios.
> Pois,> > com a idade, as pessoas lidam melhor com conflitos e controlam
> as> emoções. É> > a sabedoria. Os pesquisadores também sugerem
> que a saída dos> filhos de casa> > diminui problemas familiares e
> financeiros. A ciência está> fazendo sua> > parte, agora falta
> lazer, trabalho e INSS para que os mais longevos> possam> > curtir
> tranquilos a melhor parte da vida.> >> > Em 2006, pesquisadores da
> Escola de Medicina de Harvard realizaram> estudos> > liderados por David
> Sinclair — não por acaso, fundador da> Sirtris> > Pharmaceutical,
> hoje pertencente à gigante inglesa GlaxoSmithKline.> No> >
> experimento, cientistas superalimentaram roedores com uma dieta rica>
> em> > gordura. Em paralelo, forneceram a eles doses de resveratrol. As>
> cobaias> > ficaram obesas. Ainda assim, seu tempo de vida se estendeu a
> um> patamar> > igual ao dos ratos que comiam com restrição. Para
> obter esses> efeitos com> > vinho seriam necessárias 300 taças por
> dia, ou seja, algo> impensável até> > para o mais bebum dos seres
> humanos. O que justifica a corrida da> indústria> > farmacêutica
> atrás das pílulas.> >> > Os medicamentos que imitam dietas
> metódicas serão uma> aplicação mais> > concreta dos pioneiros
> estudos sobre antienvelhecimento. A primeira> > importante pesquisa
> científica que provou que restringir calorias> poderia> > prolongar a
> vida foi divulgada em 1934. O estudioso de nutrição da> >
> Universidade de Cornell, Estados Unidos, Clive McCay, manteve ratos em>
> um> > estado de quase fome por quatro anos e os assistiu viver 85% mais>
> tempo do> > que a média. Um dos animais chegou aos 3 anos e 9 meses
> de idade.> Como,> > cinco anos antes, dois cientistas tinham ganhado o
> Prêmio Nobel> pela> > descoberta das vitaminas, pareceu uma pequena
> heresia dizer que passar> um> > pouco de fome poderia nos fazer bem.
> Mais recentemente, no início> dos anos> > 2000, cientistas do Centro
> Nacional de Pesquisa em Primatas de> Wisconsin> > revelaram bons
> resultados com macacos mantidos em uma dieta 30% menos> > calórica do
> que seus colegas. Além de magros, estavam no auge da> vida.> >
> Enquanto os que comiam normalmente se movimentavam lentamente e viam>
> cair> > mais pelos, entre outros sinais de velhice.> >> > Em 2015, 2016,
> com o medicamento nas farmácias, a Sirtris deve se> tornar a> >
> indústria referência em antienvelhecimento. Além do>
> resveratrol, seus> > laboratórios estudam outra substância capaz
> de imitar os efeitos> de uma> > dieta de baixa caloria: a rapamicina.
> Hoje usado para evitar> rejeição em> > transplante de órgãos, o
> princípio ativo fez com que ratos de> meia-idade> > vivessem de 28% a
> 38% mais tempo, segundo um estudo divulgado pela> revista> > Nature em
> meados de 2009. Mais uma pesquisa que mostra que há> esperanças> >
> para prolongar a vida mesmo quando o corpo já está desgastado.>
> Esta também é> > a promessa da medicina regenerativa.> >> >
> Crédito: Maná E.D.I.> >> >> > BIOENGENHARIA> >> > No ano passado,
> um grupo de mulheres teve uma oportunidade de ouro:> após> > serem
> mutiladas devido ao câncer de mama, viram crescer seios 100%>
> naturais,> > a partir de suas próprias células. A técnica que
> soa como> milagre foi> > desenvolvida após quase uma década de
> estudos pela empresa de> biotecnologia> > americana Cytori Therapeutics,
> que pretende trazer o método para o> Brasil> > ainda este ano.
> Permite dupla recauchutagem: as células que dão> origem ao> > novo
> seio são extraídas de uma cirurgia plástica para tirar>
> gordurinhas> > indesejadas. O procedimento começa com uma
> lipoaspiração, por> exemplo, na> > barriga. Da gordura são
> colhidas células-tronco, capazes de se> multiplicar> > para gerar
> tecidos de outras partes do corpo, como a mama. Elas> são, então,>
> > aplicadas na região do peito. Conforme crescem, formam um novo>
> seio, sem> > risco de rejeição.> >> > A descoberta de
> células-tronco na gordura foi um grande avanço> para a> > medicina
> regenerativa. Somente no Brasil, são realizadas mais de> 200 mil> >
> lipoaspirações por ano. No ano passado, Radovan Borojevic, diretor>
> do> > Programa Avançado de Biologia Celular Aplicada à Medicina
> da> UFRJ,> > conseguiu, de forma inédita no Brasil, autorização
> da> Comissão Nacional de> > Ética em Pesquisa (Conep) para
> manipular células-tronco de> gordura. "Esse> > material pode garantir
> reserva para a velhice, para sanar as> doenças> > naturais do passar
> dos anos e até diminuir as rugas", diz. Quem> fizer uma> >
> lipoaspiração aos 20, por exemplo, pode chegar aos 60 e usar as>
> células> > guardadas para preencher a pele envelhecida e se livrar
> dos pés de> galinha.> > Como as células terão a memória de
> sua juventude, será> possível fazer o que> > nenhum cosmético
> ou Botox jamais conseguiu: ter cara de 20, aos 60.> O> > procedimento,
> cujo efeito dura de quatro a cinco anos, já está> em fase de> >
> testes. Em três meses, Borojevic realizou 70 implantes de> células
> antirrugas> > — os interessados podem se inscrever para os testes no
> Instituto> de Ciências> > Biomédicas da UFRJ. Mas esta é apenas
> a mais frívola das> promessas da> > bioengenharia. "Com as
> técnicas, vamos envelhecer muito melhor do> que os> > nossos
> avós", afirma Borojevic.> >> > Experimentos em humanos mostraram que
> o implante de células-tronco> pode> > reparar órgãos vitais.
> Entre eles, o coração, que teria> benefícios como o> > aumento da
> quantidade e bombeamento de sangue após infartos,> diminuição da>
> > área de tecidos mortos e melhora da capacidade respiratória em>
> casos de> > doenças cardíacas crônicas. Outro resultado
> positivo é a> redução da> > incontinência urinária em
> pacientes que passaram por cirurgias> de próstata.> > "A medicina
> regenerativa para problemas do envelhecimento será de> fato> >
> composta por peças de substituição", afirma o gerontologista>
> inglês criador> > da Fundação Sens, de estudos de biotecnologia
> para> rejuvenescimento, Aubrey> > de Grey, polêmico, entre outras
> coisas, por afirmar que a velhice> é uma> > doença à espera de
> cura.> >> > A HORA DA MORTE> >> > Com sua aparência de Matusalém,
> apesar dos 47 anos de idade, De> Grey> > acredita que podemos ser
> imortais e que os homens que vão viver mil> anos já> > nasceram.
> Passar mais tempo na Terra do que o próprio personagem> bíblico,>
> > que teria morrido aos 969, seria possível graças ao>
> desenvolvimento da> > engenharia para impedir que nossas células
> envelheçam e da> reposição de> > órgãos e tecidos. "Uma vez
> que a medicina regenerativa se> desenvolver, o> > limite biológico do
> corpo desaparecerá." A ideia gerou tanta> controvérsia na> >
> comunidade científica que, em 2005, o Massachusetts Institute of>
> Technology> > (MIT) lançou um concurso que premiaria com US$ 20 mil
> quem> conseguisse> > provar que a tese de Aubrey era descabida. Cinco
> inscrições foram> analisadas> > por um júri composto por
> cabeças como o geneticista Craig> Venter. Ninguém> > levou o
> prêmio.> >> > A crença de que a ciência e a tecnologia nos
> permitirão> redesenhar o próprio> > corpo para nos fazer viver
> muito mais, até indefinidamente, guia> uma> > corrente filosófica
> chamada transhumanismo. Os seguidores do> pensamento> > acreditam que
> por meio de áreas de conhecimento emergentes como> > biotecnologia,
> inteligência artificial, robótica e> nanotecnologia, poderemos> >
> superar a própria condição humana. "O homem não é o final>
> da evolução> > biológica, e sim o começo de uma evolução
> tecnológica",> afirma o engenheiro> > venezuelano formado pelo MIT e
> que já trabalhou para a Nasa,> José Cordeiro,> > grande divulgador
> do transhumanismo na América Latina. Ele acredita> que> >
> assistiremos à morte da morte — e que não há nada de>
> antinatural nisso. "O> > propósito da vida é mais vida. Além do
> mais, ninguém quer> morrer, ainda mais> > se tiver a oportunidade de
> não ficar velho."> >> > A visão de que vale a pena manipular nosso
> corpo a qualquer custo> para ser> > jovem para sempre encontra olhares
> críticos. "Essa pretensão de> vida eterna> > é um erro
> existencial, uma arrogância do homem em querer> inventar uma vida> >
> que não é sua. Pois a finitude é um atributo da nossa, e é>
> o que a faz ser> > boa", afirma o cientista político Clóvis de
> Barros Filho,> professor de ética> > da Escola de Comunicação e
> Artes da Universidade de São Paulo> (USP). "É uma> > ilusão
> narcisista acreditar que se vai viver em gozo eternamente.> Ficar dos> >
> 60 aos 120 anos curtindo aposentadoria e nunca aceitar o dissolver,> que
> é o> > nosso destino", diz a filósofa e terapeuta Regina Favre, de
> São> Paulo, que> > acredita que a busca pela longevidade sem fim seja
> fruto da> solidão, do> > desamparo e do medo gerado pelos problemas
> da velhice e proximidade da> > morte. Ou como escreveu o escritor
> argentino Jorge Luis Borges> (1899-1986)> > no conto O Imortal,
> publicado no livro O Aleph: "Dilatar a vida dos> homens é> > como
> dilatar sua agonia e multiplicar o número de suas mortes".> >> >
> Mesmo que a medicina conseguisse fazer com que as pessoas tivessem>
> saúde e> > disposição para trabalhar até os 100, provavelmente
> não> haveria mercado para> > todos. Com uma superpopulação de
> idosos, a previdência social> certamente> > iria quebrar. "Não
> adianta chegarmos aos 200 anos se não> resolvermos esses> >
> problemas", diz a presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e> >
> Gerontologia, Silvia Regina Mendes Pereira, que acha positivo o>
> esforço dos> > cientistas para evitar doenças como diabetes ou
> Alzheimer, desde> que a> > qualidade de vida seja encarada de forma
> global. "E isso passa por> vários> > aspectos. Um deles, sim, é a
> saúde, mas também há o> psicológico e o social."> >> >> > As
> transformações no mundo caso as pessoas passem a viver> décadas ou
> até> > séculos a mais são inevitáveis. Mas, para De Grey,>
> compensaria enfrentá-las.> > "Essas dificuldades não superam os
> benefícios da eliminação> de doenças> > relacionadas à
> idade, como problemas cardiovasculares e câncer",> afirma.> > Mesmo
> porque esses problemas terão que ser pensados de imediato.> Pois,
> antes> > mesmo das pirotecnias científicas se tornarem realidade, a>
> longevidade no> > mundo só cresce. Para se ter ideia, vivemos 25 anos
> a mais do que> um século> > atrás. Nos países desenvolvidos, a
> expectativa de vida aumenta> cinco horas> > por dia. Ou seja, já
> há motivos suficientes para a ciência se> preocupar com> > os
> muitos que, em tempos anteriores às pílulas que simulam fome> ou
> injeções> > de enzimas e células-tronco, fazem muito mais
> aniversários do> que um dia> > nossos avós jamais poderiam
> imaginar.> >> > O profeta da imortalidade> >> > O cientista do
> envelhecimento Aubrey de Grey afirma que, em 2030,> estaremos> > vivendo
> até os 130 anos. E que os homens que farão mil> aniversários
> já> > nasceram. A seguir ele conta como isso será possível> >>
> > * Por que envelhecemos?> > Aubrey de Grey: Porque o corpo humano, como
> qualquer máquina, causa> danos a> > si mesmo como efeito colateral
> natural de sua operação. Esse> prejuízo se> > acumula ao longo da
> vida. Por um longo tempo quase não afeta a> habilidade do> > corpo
> para funcionar, mas, eventualmente, provoca doenças e> incapacidade.>
> >> > * As pessoas que viveriam mil anos precisariam constantemente>
> substituir> > peças, como um robô?> > De Grey: De fato, a maior
> parte das técnicas serão compostas por> peças de> >
> substituição, mas a um nível microscópico. Em alguns casos,>
> podemos trocar> > órgãos inteiros. Porém, mais frequentemente,
> serão> células ou moléculas.> >> > * Mesmo pessoas
> sedentárias, com excesso de peso e estressadas> serão capazes> >
> de viver mais?> > De Grey: A medicina regenerativa vai permitir que as
> pessoas> ultrapassem por> > uma larga margem a longevidade que qualquer
> um consegue atualmente,> mesmo> > com a melhor vida possível, mesmo
> aqueles com uma genética> privilegiada.> > Então, sim, estas
> terapias irão funcionar em todos, mesmo> naqueles com um> > estilo de
> vida ruim.> >> > * Existe limite biológico para a vida dos seres
> humanos?> > De Grey: Há de fato um limite biológico para quanto
> tempo as> pessoas podem> > viver, porque certos aspectos do nosso
> metabolismo, como a> respiração, são> > inevitáveis e acumulam
> danos moleculares e celulares. Porém, uma> vez que se> > desenvolvam
> técnicas de bioengenharia para reparar esses danos,> não
> haverá> > mais limite para a vida do homem.> >> > * Como lidar com as
> consequências sociais de se ter uma> superpopulação?> > De Grey: A
> eliminação do envelhecimento vai mudar o mundo. E> precisaremos> >
> agir diante de muitas dessas transformações. No entanto, essas>
> dificuldades> > não superam os benefícios da eliminação de
> doenças como> câncer e problemas> > cardiovasculares.> >> > *
> Viver mais significa viver melhor?> > De Grey: Não necessariamente.
> Mas o trabalho em minha fundação> de estudos em> > engenharia de
> rejuvenescimento, a Sens, foca em viver melhor, ou seja,> adiar> > o
> processo das doenças da velhice. A longevidade será um efeito>
> colateral:> > só ocorrerá porque as pessoas serão mantidas
> saudáveis.> >> > * Você aplica técnicas de medicina
> regenerativa em si mesmo?> Já testou> > alguma?> > De Grey: Estou
> ansioso para me beneficiar destas terapias. Não> faço isso> >
> simplesmente porque, na prática, elas ainda não existem.> >>
>
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009"
> <marcelleandro2009@> escreveu
> >
> >
> > Victor,
> >
> > > Será que nós, daqui do fórum, ainda poderemos nos
> beneficiar
> > desses avanços
> > > da medicina?
> >
> > Provavelmente algum benefício sim. Segundo pesquisas, que enviei
> > anteriormente uma matéria a respeito, bastaria uma boa dieta de
> baixa
> > caloria para termos efeitos positivos. Sem considerar alguns
> suplementos
> > (e alimentos), ainda a serem melhor avaliados, que já existem no
> > mercado.
> >
> >
> >
> > Marcel
> >
> >
> > >
> > > Suspeito que as respostas para essa perguntinha ficarão aí por
> > volta de
> > > "naaaão!"
> > >
> > >
> > >
> > > Acho que a maioria de nós vai ficar, com sorte, é na média
> > mesmo!
> > >
> > >
> > >
> > > Particularmente, só quero chegar lá se com tudo em cima e
> > lúcido para
> > > continuar "heresiando às avessas"...
> > >
> > >
> > >
> > > Senão, cadê a graça?
> > >
> > >
> > >
> > > Sds,
> > >
> > > Victor.
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > > De: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
> > > Em nome de marcelleandro2009
> > > Enviada em: sexta-feira, 16 de março de 2012 17:49
> > > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > > Assunto: [ciencialist] A cura do envelhecimento , starvation
> response,
> > etc.
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> >
> http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,ERT204682-17773,00.htm\
> \
> > l
> > >
> > > A cura do envelhecimento
> > >
> > > Pílulas, células-tronco, dietas e tratamentos para evitar
> > doenças e
> > > regenerar órgãos. Conheça as novas armas da ciência para
> > nos manter com
> > > aparência jovem para sempre
> > >
> > > Priscilla Santos, com reportagem de Bruna Fasano e Willian Okada
> > >
> > > FONTE DA JUVENTUDE
> > > Crédito: Maná E.D.I.
> > >
> > > O soldado e explorador espanhol Juan Ponce de León (1460-1521)
> > já havia
> > > acompanhado Cristóvão Colombo em sua segunda viagem à
> > América quando começou
> > > sua busca pela mitológica Fonte da Juventude. Os nativos de Porto
> > Rico, onde
> > > Ponce havia criado uma colônia, diziam existir tal fonte
> misteriosa
> > capaz de
> > > proporcionar a jovialidade eterna para quem em suas águas se
> > banhasse. O
> > > viajante nunca a encontrou — acabou foi descobrindo a
> Flórida,
> > ironicamente
> > > o estado americano hoje com a maior proporção de idosos. Ponce de
> > León não
> > > foi o único a procurar incansavelmente por uma forma de ser jovem
> > para
> > > sempre. A busca pela imortalidade e pela juventude eterna sempre
> > fascinou o
> > > homem, único animal que tem consciência da própria morte
> > — e por isso sofre.
> > > Mas nunca esteve tão próxima de ser alcançada. Como Ponce
> de
> > Leóns
> > > contemporâneos, os cientistas do século 21 vêm perseguindo
> o
> > fim da maior
> > > causa de morte do mundo: a velhice. Por consequência, as
> doenças
> > decorrentes
> > > dela. E parecem estar mais próximos de, no mínimo,
> > postergá-la. "Os avanços
> > > da área biológica que surgem nesse começo de século
> > indicam que muitos de
> > > nós poderemos chegar facilmente aos 100, 150 anos", diz o
> professor
> > do
> > > Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do
> Rio
> > de Janeiro
> > > (UFRJ), Stevens Rehen.
> > >
> > > Prolongar a vida seria apenas uma consequência de fazer as
> pessoas
> > serem
> > > mais saudáveis por mais tempo. Esse é o principal objetivo da
> > nova ciência
> > > do antienvelhecimento, que pretende atacar de uma só vez todas as
> > formas de
> > > deterioração do corpo para fazer com que o nosso relógio
> > biológico corra
> > > mais devagar. Assim, ficaríamos longe de doenças decorrentes
> da
> > idade
> > > avançada — como Alzheimer, demência, diabetes e doenças
> > cardíacas — por mais
> > > tempo. Atacar a velhice, portanto, seria a melhor e talvez única
> > forma de
> > > nos afastarmos dos males provocados por ela. Combater uma a uma as
> > doenças —
> > > algo que desde sempre fazemos — não surtiria grandes efeitos.
> > Nos Estados
> > > Unidos, por exemplo, se os problemas de coração fossem totalmente
> > > eliminados, a expectativa de vida não subiria mais do que três
> > anos. O mesmo
> > > que proporcionaria uma cura milagrosa para o câncer. "O risco de
> > doenças
> > > fatais dispara após os 60 anos. Assim, mesmo que evitemos o
> ataque
> > cardíaco,
> > > outros problemas vão nos pegar", afirma o escritor de ciência
> e
> > medicina
> > > americano David Stipp, autor do livro The Youth Pill (A Pílula da
> > Juventude,
> > > sem edição no Brasil), lançado no ano passado. Por isso, a
> > maneira de
> > > aumentar a expectativa e a qualidade de vida para valer é evitar
> > chegar
> > > nesse estágio em que já estamos mais fracos e vulneráveis a
> > doenças.
> > >
> > > Em vez de águas milagrosas, a Fonte da Juventude perseguida pelos
> > cientistas
> > > oferecerá tratamentos futurísticos descobertos nos mais
> > ardilosos
> > > experimentos
> > > Crédito: Maná E.D.I.
> > >
> > > INJEÇÃO ANTIVELHICE
> > >
> > > Em novembro passado, pesquisadores do Instituto de Câncer
> > Dana-Farber, da
> > > Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, publicaram um
> > estudo que
> > > contrariou um dos principais conceitos sobre o processo de
> > envelhecimento: o
> > > de que ele é irreversível. Eles conseguiram, pela primeira
> vez,
> > rejuvenescer
> > > ratos de laboratório. O experimento foi baseado num mecanismo que
> > rendeu, um
> > > ano antes, o Prêmio Nobel de Medicina a outros três cientistas
> > americanos: a
> > > relação entre o processo de envelhecimento e os telômeros, uma
> > espécie de
> > > capinha que protege a ponta de cada cromossomo dentro de nossas
> > células —
> > > numa comparação grosseira, o telômero assemelha-se àquele
> > revestimento
> > > plástico presente na ponta dos cadarços de um tênis. A cada
> > vez que a célula
> > > se divide, essa capinha se encurta um pouco. Depois de 50 a 80
> > duplicações a
> > > célula não consegue mais se multiplicar — após os 35
> anos
> > de idade, os
> > > efeitos desse processo já começam a ser sentidos. O tempo
> passa
> > e, sem
> > > células novas e com algumas mortas ou inativas, nossos
> órgãos
> > começam a se
> > > deteriorar. É a velhice.
> > >
> > > Nascemos com um mecanismo capaz de driblar esse processo, uma enzima
> > chamada
> > > telomerase. Ela repara as tais capas protetoras dos cromossomos
> > após cada
> > > divisão celular. Porém, após a infância, sua
> > concentração cai drasticamente.
> > > Fazer com que ela volte a crescer é um dos caminhos para
> postergar
> > o
> > > envelhecimento — ou até mesmo revertê-lo. No estudo de
> > Harvard, os
> > > cientistas criaram ratos geneticamente modificados de forma que
> não
> > > produzissem a telomerase. Como resultado, os animais envelheceram
> > > rapidamente. Os sinais incluíram diminuição do cérebro e do
> > olfato, danos no
> > > baço e intestinos, além de doenças como osteoporose e
> > diabetes. Com apenas
> > > um mês de ingestão de telomerase, no entanto, tais sintomas
> > sumiram. Os
> > > ratos voltaram inclusive a ser férteis e desenvolveram
> > neurônios, sem contar
> > > uma invejável melhora na pele. "O que vimos não foi a
> > desaceleração ou
> > > estabilização do envelhecimento, mas algo muito mais incrível:
> > uma reversão
> > > dramática dele", afirma Ronald DePinho, coordenador da pesquisa.
> > "É possível
> > > imaginar que um homem de 90 anos voltaria a ter a saúde que
> > possuía aos 40
> > > ou 50", diz. Porém, apesar de ter sido bem-sucedido em ratos, o
> > tratamento
> > > ainda não foi testado em humanos. E não há perspectiva de
> que
> > isso aconteça
> > > nos próximos anos. "Ainda temos muito trabalho pela frente. O
> > próximo passo
> > > é descobrir em que estágio da vida as pessoas precisariam se
> > submeter à
> > > injeção de telomerase", afirma DePinho. Em paralelo a isso, ainda
> > seria
> > > preciso ultrapassar um grande empecilho: o potencial risco de
> > câncer.
> > >
> > > Fora do período de gestação e infância, a telomerase só
> > retorna em grandes
> > > quantidades nas células cancerosas — sabe-se que 90% dos
> > tumores possuem a
> > > enzima. Aliás, é por isso que elas se reproduzem
> > incessantemente. "Se você
> > > persegue a imortalidade, é o que, de um modo perverso, também
> > fazem as
> > > células com câncer", diz o oncologista e professor de medicina
> > da
> > > Universidade Columbia, Estados Unidos, Siddhartha Mukherjee, autor
> do
> > > recém-lançado livro The Emperor of All Maladies: A Biography
> of
> > Cancer (O
> > > Império de Todas as Enfermidades: Uma Biografia do Câncer, sem
> > edição no
> > > Brasil).
> > >
> > > Além da vantagem óbvia para todo mundo de postergar a chegada
> da
> > velhice, um
> > > grupo específico de pessoas se beneficiaria caso os pesquisadores
> > > conseguissem resolver as contraindicações desse tipo de
> tratamento.
> > Trata-se
> > > de indivíduos que, por conta de uma sequência genética,
> > têm menos telomerase
> > > desde a gestação. Consequentemente, envelhecem mais rápido e
> > chegam a ser
> > > biologicamente até dez anos mais velhos do que outras pessoas da
> > mesma
> > > idade. Essa sequência de DNA foi mapeada em fevereiro do ano
> > passado por
> > > cientistas da Universidade de Leicester, no Reino Unido. Em um
> estudo
> > com 3
> > > mil pessoas, 45% delas carregavam ao menos um gene da sequência.
> Os
> > > pesquisadores acreditam que um mapeamento desse tipo possibilitaria
> > > prescrever estilos de vida saudáveis àqueles mais propensos
> aos
> > males do
> > > envelhecimento. Além de exercícios físicos, uma dieta com
> > poucas calorias
> > > entraria na receita. Pois é sabido, e cientificamente provado,
> que
> > quem come
> > > menos, vive mais.
> > >
> > > UMA ENZIMA PARA NOS MANTER SEMPRE JOVENS
> > > A deterioração de nosso corpo começa de forma microscópica,
> > em nossos
> > > cromossomos. Uma substância pode revertê-la. Veja como (clique
> > aqui para
> > > ampliar)
> > >
> > > 300 TAÇAS DE VINHO
> > >
> > > Uma dieta diária entre 1.200 e 1.400 calorias — 30% a menos
> do
> > que a
> > > sugerida pela Organização Mundial da Saúde — poderia
> > aumentar nossa
> > > expectativa de vida média para 120 anos. Algumas pessoas
> chegariam,
> > então,
> > > aos 150. Mesmo que você começasse a comer menos aos 30, ainda
> > teria chance
> > > de prolongar seu tempo na Terra em sete anos. É atrás dessas
> > promessas que
> > > ao menos 2 mil pessoas praticam a dieta de baixa caloria no mundo.
> > Esse é o
> > > número de membros da Sociedade de Restrição Calórica.
> Apesar
> > da matriz estar
> > > localizada nos Estados Unidos, há integrantes de várias partes
> > do planeta,
> > > inclusive cinco do Brasil (que não se identificam). Os resultados
> > dos pratos
> > > moderados têm sido positivos. Dados divulgados pela Sociedade
> > atestam que os
> > > adeptos da dieta registraram queda significativa da pressão
> > sanguínea, perda
> > > de quase 70% da gordura corporal e redução de 80% do nível de
> > insulina no
> > > sangue, o que, no mínimo, faz cair o risco de doenças
> > cardíacas e diabetes.
> > > Pratos mais comportados também são a receita milenar dos
> > habitantes do
> > > arquipélago japonês de Okinawa — é lá que estão
> as
> > pessoas que mais vivem no
> > > mundo. A proporção de centenários nas ilhas é de 50 para
> cada
> > 100 mil
> > > moradores, enquanto nos demais países cai para dez a cada 100
> mil.
> > A
> > > população de Okinawa é de cerca de 1,3 milhão. Não por
> > acaso, um prato
> > > típico no arquipélago tem 17% menos calorias do que no
> restante
> > do Japão.
> > >
> > > A teoria mais aceita de por que comer pouco nos faria envelhecer
> mais
> > > devagar é evolutiva. Os efeitos benéficos das baixas calorias
> se
> > devem a um
> > > mecanismo chamado starvation response, ou resposta à fome, em
> > português. Nos
> > > primórdios da humanidade, durante os períodos de grandes secas
> > ou mudanças
> > > abruptas no clima, ficava difícil encontrar alimento. Era
> natural,
> > portanto,
> > > que, sob a ameaça de inanição, o organismo concentrasse seus
> > esforços na
> > > proteção dos processos essenciais à sobrevivência. A
> energia
> > do crescimento
> > > e reprodução (mecanismos trabalhosos para o corpo) era deslocada
> > para o
> > > reparo e manutenção constante das células. Isso fazia com que
> as
> > pessoas
> > > envelhecessem mais devagar. Tudo não passava de um truque da
> > natureza para
> > > garantir a continuidade da espécie: ao conservar o corpo, o
> intuito
> > era
> > > preservar aqueles indivíduos para se reproduzirem assim que as
> > coisas
> > > melhorassem.
> > >
> > > Em cinco anos, o laboratório Sirtris Pharmaceutical promete
> colocar
> > no
> > > mercado uma pílula que imita os efeitos de se comer pouco, mesmo
> > que você
> > > siga uma dieta normal. O princípio ativo — já
> comercializado
> > em medicamentos
> > > para diabéticos e como suplemento alimentar — é o
> > resveratrol, substância
> > > encontrada na casca da uva roxa. É sua presença que confere ao
> > vinho tinto
> > > benefícios ao coração. E explica o que os cientistas chamam de
> > "paradoxo
> > > francês": a baixa mortalidade por doenças cardíacas na
> > França, mesmo com uma
> > > dieta tão rica em gordura. Graças ao hábito comedido que a
> > população tem de
> > > beber vinho quase que diariamente. Além dos benefícios ao
> > coração, também há
> > > evidências de que o resveratrol reduza o risco de Alzheimer,
> > derrame,
> > > diversos tipos de câncer, perda de audição e osteoporose —
> > todos problemas
> > > comuns no envelhecimento. Já provocar o aumento dos anos de vida
> > é algo que
> > > ainda precisa ser provado em humanos. Mas o resultado em animais se
> > mostrou
> > > estimulante.
> > >
> > > VIDA LONGA - E MAIS FELIZ
> > >
> > > Se a ciência de fato nos fizer passar dos 75 com saúde e
> > disposição nos fará
> > > felizes como nunca seríamos. Um estudo publicado ano passado por
> > > pesquisadores das universidades de Stony Brook e Princeton, nos EUA,
> > traçou
> > > um paralelo entre bem-estar e idade. Surpresa: nosso auge de
> > contentamento
> > > seria após os 74. Os resultados formam o que os pesquisadores de
> > felicidade
> > > chamam de curva U (abaixo). Os idosos sentiriam menos raiva e
> estresse
> > do
> > > que os jovens e teriam menos preocupações do que os adultos
> > médios. Pois,
> > > com a idade, as pessoas lidam melhor com conflitos e controlam as
> > emoções. É
> > > a sabedoria. Os pesquisadores também sugerem que a saída dos
> > filhos de casa
> > > diminui problemas familiares e financeiros. A ciência está
> > fazendo sua
> > > parte, agora falta lazer, trabalho e INSS para que os mais longevos
> > possam
> > > curtir tranquilos a melhor parte da vida.
> > >
> > > Em 2006, pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard realizaram
> > estudos
> > > liderados por David Sinclair — não por acaso, fundador da
> > Sirtris
> > > Pharmaceutical, hoje pertencente à gigante inglesa
> GlaxoSmithKline.
> > No
> > > experimento, cientistas superalimentaram roedores com uma dieta rica
> > em
> > > gordura. Em paralelo, forneceram a eles doses de resveratrol. As
> > cobaias
> > > ficaram obesas. Ainda assim, seu tempo de vida se estendeu a um
> > patamar
> > > igual ao dos ratos que comiam com restrição. Para obter esses
> > efeitos com
> > > vinho seriam necessárias 300 taças por dia, ou seja, algo
> > impensável até
> > > para o mais bebum dos seres humanos. O que justifica a corrida da
> > indústria
> > > farmacêutica atrás das pílulas.
> > >
> > > Os medicamentos que imitam dietas metódicas serão uma
> > aplicação mais
> > > concreta dos pioneiros estudos sobre antienvelhecimento. A primeira
> > > importante pesquisa científica que provou que restringir calorias
> > poderia
> > > prolongar a vida foi divulgada em 1934. O estudioso de nutrição
> da
> > > Universidade de Cornell, Estados Unidos, Clive McCay, manteve ratos
> em
> > um
> > > estado de quase fome por quatro anos e os assistiu viver 85% mais
> > tempo do
> > > que a média. Um dos animais chegou aos 3 anos e 9 meses de idade.
> > Como,
> > > cinco anos antes, dois cientistas tinham ganhado o Prêmio Nobel
> > pela
> > > descoberta das vitaminas, pareceu uma pequena heresia dizer que
> passar
> > um
> > > pouco de fome poderia nos fazer bem. Mais recentemente, no início
> > dos anos
> > > 2000, cientistas do Centro Nacional de Pesquisa em Primatas de
> > Wisconsin
> > > revelaram bons resultados com macacos mantidos em uma dieta 30%
> menos
> > > calórica do que seus colegas. Além de magros, estavam no auge
> da
> > vida.
> > > Enquanto os que comiam normalmente se movimentavam lentamente e viam
> > cair
> > > mais pelos, entre outros sinais de velhice.
> > >
> > > Em 2015, 2016, com o medicamento nas farmácias, a Sirtris deve se
> > tornar a
> > > indústria referência em antienvelhecimento. Além do
> > resveratrol, seus
> > > laboratórios estudam outra substância capaz de imitar os
> efeitos
> > de uma
> > > dieta de baixa caloria: a rapamicina. Hoje usado para evitar
> > rejeição em
> > > transplante de órgãos, o princípio ativo fez com que ratos
> de
> > meia-idade
> > > vivessem de 28% a 38% mais tempo, segundo um estudo divulgado pela
> > revista
> > > Nature em meados de 2009. Mais uma pesquisa que mostra que há
> > esperanças
> > > para prolongar a vida mesmo quando o corpo já está desgastado.
> > Esta também é
> > > a promessa da medicina regenerativa.
> > >
> > > Crédito: Maná E.D.I.
> > >
> > >
> > > BIOENGENHARIA
> > >
> > > No ano passado, um grupo de mulheres teve uma oportunidade de ouro:
> > após
> > > serem mutiladas devido ao câncer de mama, viram crescer seios
> 100%
> > naturais,
> > > a partir de suas próprias células. A técnica que soa como
> > milagre foi
> > > desenvolvida após quase uma década de estudos pela empresa de
> > biotecnologia
> > > americana Cytori Therapeutics, que pretende trazer o método para
> o
> > Brasil
> > > ainda este ano. Permite dupla recauchutagem: as células que
> dão
> > origem ao
> > > novo seio são extraídas de uma cirurgia plástica para tirar
> > gordurinhas
> > > indesejadas. O procedimento começa com uma lipoaspiração, por
> > exemplo, na
> > > barriga. Da gordura são colhidas células-tronco, capazes de se
> > multiplicar
> > > para gerar tecidos de outras partes do corpo, como a mama. Elas
> > são, então,
> > > aplicadas na região do peito. Conforme crescem, formam um novo
> > seio, sem
> > > risco de rejeição.
> > >
> > > A descoberta de células-tronco na gordura foi um grande avanço
> > para a
> > > medicina regenerativa. Somente no Brasil, são realizadas mais de
> > 200 mil
> > > lipoaspirações por ano. No ano passado, Radovan Borojevic,
> diretor
> > do
> > > Programa Avançado de Biologia Celular Aplicada à Medicina da
> > UFRJ,
> > > conseguiu, de forma inédita no Brasil, autorização da
> > Comissão Nacional de
> > > Ética em Pesquisa (Conep) para manipular células-tronco de
> > gordura. "Esse
> > > material pode garantir reserva para a velhice, para sanar as
> > doenças
> > > naturais do passar dos anos e até diminuir as rugas", diz. Quem
> > fizer uma
> > > lipoaspiração aos 20, por exemplo, pode chegar aos 60 e usar as
> > células
> > > guardadas para preencher a pele envelhecida e se livrar dos pés
> de
> > galinha.
> > > Como as células terão a memória de sua juventude, será
> > possível fazer o que
> > > nenhum cosmético ou Botox jamais conseguiu: ter cara de 20, aos
> 60.
> > O
> > > procedimento, cujo efeito dura de quatro a cinco anos, já está
> > em fase de
> > > testes. Em três meses, Borojevic realizou 70 implantes de
> > células antirrugas
> > > — os interessados podem se inscrever para os testes no Instituto
> > de Ciências
> > > Biomédicas da UFRJ. Mas esta é apenas a mais frívola das
> > promessas da
> > > bioengenharia. "Com as técnicas, vamos envelhecer muito melhor do
> > que os
> > > nossos avós", afirma Borojevic.
> > >
> > > Experimentos em humanos mostraram que o implante de
> células-tronco
> > pode
> > > reparar órgãos vitais. Entre eles, o coração, que teria
> > benefícios como o
> > > aumento da quantidade e bombeamento de sangue após infartos,
> > diminuição da
> > > área de tecidos mortos e melhora da capacidade respiratória em
> > casos de
> > > doenças cardíacas crônicas. Outro resultado positivo é a
> > redução da
> > > incontinência urinária em pacientes que passaram por cirurgias
> > de próstata.
> > > "A medicina regenerativa para problemas do envelhecimento será de
> > fato
> > > composta por peças de substituição", afirma o gerontologista
> > inglês criador
> > > da Fundação Sens, de estudos de biotecnologia para
> > rejuvenescimento, Aubrey
> > > de Grey, polêmico, entre outras coisas, por afirmar que a velhice
> > é uma
> > > doença à espera de cura.
> > >
> > > A HORA DA MORTE
> > >
> > > Com sua aparência de Matusalém, apesar dos 47 anos de idade,
> De
> > Grey
> > > acredita que podemos ser imortais e que os homens que vão viver
> mil
> > anos já
> > > nasceram. Passar mais tempo na Terra do que o próprio personagem
> > bíblico,
> > > que teria morrido aos 969, seria possível graças ao
> > desenvolvimento da
> > > engenharia para impedir que nossas células envelheçam e da
> > reposição de
> > > órgãos e tecidos. "Uma vez que a medicina regenerativa se
> > desenvolver, o
> > > limite biológico do corpo desaparecerá." A ideia gerou tanta
> > controvérsia na
> > > comunidade científica que, em 2005, o Massachusetts Institute of
> > Technology
> > > (MIT) lançou um concurso que premiaria com US$ 20 mil quem
> > conseguisse
> > > provar que a tese de Aubrey era descabida. Cinco inscrições foram
> > analisadas
> > > por um júri composto por cabeças como o geneticista Craig
> > Venter. Ninguém
> > > levou o prêmio.
> > >
> > > A crença de que a ciência e a tecnologia nos permitirão
> > redesenhar o próprio
> > > corpo para nos fazer viver muito mais, até indefinidamente, guia
> > uma
> > > corrente filosófica chamada transhumanismo. Os seguidores do
> > pensamento
> > > acreditam que por meio de áreas de conhecimento emergentes como
> > > biotecnologia, inteligência artificial, robótica e
> > nanotecnologia, poderemos
> > > superar a própria condição humana. "O homem não é o
> final
> > da evolução
> > > biológica, e sim o começo de uma evolução tecnológica",
> > afirma o engenheiro
> > > venezuelano formado pelo MIT e que já trabalhou para a Nasa,
> > José Cordeiro,
> > > grande divulgador do transhumanismo na América Latina. Ele
> acredita
> > que
> > > assistiremos à morte da morte — e que não há nada de
> > antinatural nisso. "O
> > > propósito da vida é mais vida. Além do mais, ninguém
> quer
> > morrer, ainda mais
> > > se tiver a oportunidade de não ficar velho."
> > >
> > > A visão de que vale a pena manipular nosso corpo a qualquer custo
> > para ser
> > > jovem para sempre encontra olhares críticos. "Essa pretensão
> de
> > vida eterna
> > > é um erro existencial, uma arrogância do homem em querer
> > inventar uma vida
> > > que não é sua. Pois a finitude é um atributo da nossa, e
> é
> > o que a faz ser
> > > boa", afirma o cientista político Clóvis de Barros Filho,
> > professor de ética
> > > da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo
> > (USP). "É uma
> > > ilusão narcisista acreditar que se vai viver em gozo eternamente.
> > Ficar dos
> > > 60 aos 120 anos curtindo aposentadoria e nunca aceitar o dissolver,
> > que é o
> > > nosso destino", diz a filósofa e terapeuta Regina Favre, de
> São
> > Paulo, que
> > > acredita que a busca pela longevidade sem fim seja fruto da
> > solidão, do
> > > desamparo e do medo gerado pelos problemas da velhice e proximidade
> da
> > > morte. Ou como escreveu o escritor argentino Jorge Luis Borges
> > (1899-1986)
> > > no conto O Imortal, publicado no livro O Aleph: "Dilatar a vida dos
> > homens é
> > > como dilatar sua agonia e multiplicar o número de suas mortes".
> > >
> > > Mesmo que a medicina conseguisse fazer com que as pessoas tivessem
> > saúde e
> > > disposição para trabalhar até os 100, provavelmente não
> > haveria mercado para
> > > todos. Com uma superpopulação de idosos, a previdência social
> > certamente
> > > iria quebrar. "Não adianta chegarmos aos 200 anos se não
> > resolvermos esses
> > > problemas", diz a presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e
> > > Gerontologia, Silvia Regina Mendes Pereira, que acha positivo o
> > esforço dos
> > > cientistas para evitar doenças como diabetes ou Alzheimer, desde
> > que a
> > > qualidade de vida seja encarada de forma global. "E isso passa por
> > vários
> > > aspectos. Um deles, sim, é a saúde, mas também há o
> > psicológico e o social."
> > >
> > >
> > > As transformações no mundo caso as pessoas passem a viver
> > décadas ou até
> > > séculos a mais são inevitáveis. Mas, para De Grey,
> > compensaria enfrentá-las.
> > > "Essas dificuldades não superam os benefícios da eliminação
> > de doenças
> > > relacionadas à idade, como problemas cardiovasculares e
> câncer",
> > afirma.
> > > Mesmo porque esses problemas terão que ser pensados de imediato.
> > Pois, antes
> > > mesmo das pirotecnias científicas se tornarem realidade, a
> > longevidade no
> > > mundo só cresce. Para se ter ideia, vivemos 25 anos a mais do que
> > um século
> > > atrás. Nos países desenvolvidos, a expectativa de vida aumenta
> > cinco horas
> > > por dia. Ou seja, já há motivos suficientes para a ciência
> se
> > preocupar com
> > > os muitos que, em tempos anteriores às pílulas que simulam
> fome
> > ou injeções
> > > de enzimas e células-tronco, fazem muito mais aniversários do
> > que um dia
> > > nossos avós jamais poderiam imaginar.
> > >
> > > O profeta da imortalidade
> > >
> > > O cientista do envelhecimento Aubrey de Grey afirma que, em 2030,
> > estaremos
> > > vivendo até os 130 anos. E que os homens que farão mil
> > aniversários já
> > > nasceram. A seguir ele conta como isso será possível
> > >
> > > * Por que envelhecemos?
> > > Aubrey de Grey: Porque o corpo humano, como qualquer máquina,
> causa
> > danos a
> > > si mesmo como efeito colateral natural de sua operação. Esse
> > prejuízo se
> > > acumula ao longo da vida. Por um longo tempo quase não afeta a
> > habilidade do
> > > corpo para funcionar, mas, eventualmente, provoca doenças e
> > incapacidade.
> > >
> > > * As pessoas que viveriam mil anos precisariam constantemente
> > substituir
> > > peças, como um robô?
> > > De Grey: De fato, a maior parte das técnicas serão compostas
> por
> > peças de
> > > substituição, mas a um nível microscópico. Em alguns casos,
> > podemos trocar
> > > órgãos inteiros. Porém, mais frequentemente, serão
> > células ou moléculas.
> > >
> > > * Mesmo pessoas sedentárias, com excesso de peso e estressadas
> > serão capazes
> > > de viver mais?
> > > De Grey: A medicina regenerativa vai permitir que as pessoas
> > ultrapassem por
> > > uma larga margem a longevidade que qualquer um consegue atualmente,
> > mesmo
> > > com a melhor vida possível, mesmo aqueles com uma genética
> > privilegiada.
> > > Então, sim, estas terapias irão funcionar em todos, mesmo
> > naqueles com um
> > > estilo de vida ruim.
> > >
> > > * Existe limite biológico para a vida dos seres humanos?
> > > De Grey: Há de fato um limite biológico para quanto tempo as
> > pessoas podem
> > > viver, porque certos aspectos do nosso metabolismo, como a
> > respiração, são
> > > inevitáveis e acumulam danos moleculares e celulares. Porém,
> uma
> > vez que se
> > > desenvolvam técnicas de bioengenharia para reparar esses danos,
> > não haverá
> > > mais limite para a vida do homem.
> > >
> > > * Como lidar com as consequências sociais de se ter uma
> > superpopulação?
> > > De Grey: A eliminação do envelhecimento vai mudar o mundo. E
> > precisaremos
> > > agir diante de muitas dessas transformações. No entanto, essas
> > dificuldades
> > > não superam os benefícios da eliminação de doenças como
> > câncer e problemas
> > > cardiovasculares.
> > >
> > > * Viver mais significa viver melhor?
> > > De Grey: Não necessariamente. Mas o trabalho em minha fundação
> > de estudos em
> > > engenharia de rejuvenescimento, a Sens, foca em viver melhor, ou
> seja,
> > adiar
> > > o processo das doenças da velhice. A longevidade será um
> efeito
> > colateral:
> > > só ocorrerá porque as pessoas serão mantidas saudáveis.
> > >
> > > * Você aplica técnicas de medicina regenerativa em si mesmo?
> > Já testou
> > > alguma?
> > > De Grey: Estou ansioso para me beneficiar destas terapias. Não
> > faço isso
> > > simplesmente porque, na prática, elas ainda não existem.
> > >
> >
>



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] A cura do envelhecimento , starvation response, etc.
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/04/2012 10:42

Vídeo explicativo da Elizabeth Blackburn, bióloga molecular que ganhou prêmio Nobel em 2009 de medicina / fisiologia por estes estudos.

http://www.youtube.com/watch?v=5PU_jZwt8KY
http://www.youtube.com/watch?v=zqMoDdHWFBA
http://www.youtube.com/watch?v=auQU_Upl7-M


Esqueci de incluir este link da Scientific American, que também é bacaninha.

http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=telomeres-telomerase-and&page=4



Marcel



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@...> escreveu
>
> Insights sobre como o processo que breca o desenvolvimento de células cancerígenas é justamente o que causa o envelhecimento com a "morte" celular. Um pouco mais sobre o processo que ocorre com os telômeros do cromossomo.
>
> Texto do biólogo Roberto Motta Júnior. No links tem imagens explicativas...
>
> Marcel
>
> ===============
>
> http://www.medicinageriatrica.com.br/2006/12/28/teorias-do-envelhecimento-celular/
>
> O envelhecimento é um dos maiores enigmas da vida e, ninguém consegue compreendê-lo totalmente. Muitos, em toda a história humana, têm feito as mesmas perguntas sobre o fenômeno: O que é envelhecimento? Por que as pessoas envelhecem? Por que em algumas pessoas determinados órgãos envelhecem mais rapidamente que outros? Podemos retardar, parar ou reverter o envelhecimento?
>
> Como a definição de envelhecimento é polêmica, tornam-se até incoerentes propostas de teorias sobre o envelhecimento antes de se chegar a uma definição consensual. Porém, elas existem. Com os avanços da ciência e da tecnologia, nas últimas décadas surgiram várias teorias sobre o envelhecimento, sendo três as principais; a teoria dos radicais livres *, a teoria do desequilíbrio gradual ** e a genética.
>
> Os pesquisadores que apóiam a teoria genética propõem que todo o processo de envelhecimento, quer seja de células, órgãos e mesmo de todo o indivíduo, desde o
> nascimento até a morte, é programado pelos nossos genes. Nessa teoria, o tempo de vida, assim como os outros acontecimentos como, por exemplo, alterações enzimáticas, ligados a esse relógio biológico, podem ser controlados por um ou mais genes específicos contribuindo, de maneira ativa, independente, ou em associação com outros genes, para a longevidade do organismo.
>
>
> Uma das mais conhecidas formulações para essa teoria foi feita por Leonard Hayflick, em 1977. O chamado limite de Hayflick, que afirma que as células irão se dividir e se reproduzir apenas um número limitado de vezes e que esse número é geneticamente programado.
>
> As células humanas, eucarióticas, têm cromossomos lineares. Há dificuldades para a replicação das duas extremidades. Embora a fita contínua possa, teoricamente, ser sintetizada até o final de seu molde, a fita retrógrada não pode. Embora isso não seja um problema em uma única replicação, ao longo de muitos ciclos as extremidades dos cromossomos seriam encurtadas, até que genes essenciais fossem perdidos e a célula morreria. Conseqüentemente, a natureza procura impedir a perda contínua do DNA nas extremidades dos cromossomos. Nesse local existem, então, estruturas protetoras especiais, chamadas de telômeros, que contem muitas repetições de uma seqüência de seis nucleotídeos, rica em GUANINA. Os telômeros humanos contem milhares de repetições TTAGGG. O tamanho dos telômeros é mantido por enzimas, chamadas de telomerases, que adicionam repetições de seis nucleotídeos à sua extremidade.
>
> Segundo esta teoria, a enzima telomerase é considerada um relógio biológico, um marcador a indicar que a senescência celular irá se instalar inevitavelmente, causando o envelhecimento.
>
> A telomerase é uma enzima classificada como transcriptase reversa, composta de uma subunidade de uma proteína que possui um componente interno de RNA que é uma região molde para a produção de DNA. Esta subunidade é identificada por TERT, está na região do C- terminal do polipeptídeo, também na região N-terminal, basicamente na região dos telômeros.
>
> O gene de produção da telomerase e o gene conhecido por p 53 devem participar de um sistema eficiente de supressão de tumores, mas em contrapartida, com a diminuição da ação da telomerase, os cromossomos se encurtam na região dos telômeros e, inevitavelmente, por causa da manutenção de um tecido jovem, que necessita de divisões celulares contínuas, surge o envelhecimento, a senescência. Quando a telomerase está atuante, permite a alta capacidade de divisões celulares por mitoses sucessivas, o que seria uma proteção contra a senescência. O envelhecimento seria o preço de uma vida sem câncer.
>
> A importância da telomerase como mecanismo reparador anti-envelhecimento celular pode ser constatada em várias doenças, como na progeria. Nesta doença rara, em torno de 100 casos no mundo, ocorre um envelhecimento prematuro em jovens nos quais seus cromossomos apresentam seus telômeros curtos, causando uma senescência nos indivíduos, por aumento na velocidade nas divisões celulares desencadeadas pela ação de um gene recessivo, que impede a função da telomerase, mais uma explicação para essa doença baseada na teoria dos telômeros.
>
> A enzima telomerase é considerada um relógio biológico, um marcador a indicar que a senescência celular irá se instalar inevitavelmente. Existem células que não apresentam senescência, em que a divisão celular se mantém com alto potencial de multiplicação, imunes à ação do tempo. São as células germinativas, que estão relacionadas com a perpetuação da vida, as células cancerígenas, que são motivos de estudos para se encontrar a cura definitiva do câncer, e as células tronco, que atualmente são aplicadas aos transplantes para promover regeneração e possível tratamento de doenças que afetam a humanidade.
>
> * Teoria dos radicais livres. Esta teoria baseia-se no conceito de que as reações químicas que ocorrem naturalmente no corpo começam a produzir um número de defeitos irreversíveis nas moléculas. Isto se deve a elétrons não pareado na última camada das moléculas formados por compostos contendo por exemplo, o elemento oxigênio, chamados de radicais livres.
>
> ** Teoria do desequilíbrio gradual. Esta teoria afirma que o cérebro, as glândulas endócrinas ou o sistema imunológico começam a deixar de funcionar gradualmente, levando a determinados órgãos envelhecer em ritmos diferentes comprometendo o funcionamento dos demais, causando o envelhecimento de todo o organismo.
>
> *** Apoptose, processo que se inicia no núcleo da célula, na cromatina onde se encontram os cromossomos aderidos a carioteca, começa uma retração do citoplasma agregando o corpos apoptóticos, que serão englobados por fagocitose, pelas células vizinhas ou macrófagos,todo material da célula é rompido, os ácidos nucléicos não comandam as atividades celulares, formam crateras na membrana plasmática, por onde ocorre a perda de água, a célula se desestrutura, formam corpos apoptóticos que serão eliminados por clasmocitose, ocorre a morte celular.
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@> escreveu
> >
> > Um pouco sobre Telomerases.
> > A grosso modo para despertar o interesse;
> > A replicação (divisão) celular causa o processo de envelhecimento
> > (senescência), devido à um encurtamento da extremidade
> > (telõmeros) do cromossomo e sua completa inviabilização (50 a 80
> > vezes) para novas replicações. Existe uma enzima que está sendo
> > sintetizada em estudos, que é mais concentrada em nosso organismo na
> > infância e em células cancerígenas, que, de certa forma,
> > protege esta "integridade" do cromossomo a cada replicação.
> > Permitindo assim, que ocorra um número muitíssimo maior de
> > replicações, e consequentemente uma grande desaceleração do
> > envelhecimento, e até o retrocesso do mesmo.
> > É diferente do Resveratrol, que apenas desacelera o processo de
> > replicação celular no organismo, devido à resposta à dieta de
> > baixa caloria (fome).
> > Ver abaixo;
> >
> > http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2011/01/110126_envelhecimento_rc\
> > .shtml
> > Cientistas vêm pouco a pouco desvendando os segredos do
> > envelhecimento e alguns sugerem que em breve poderão desenvolver
> > tratamentos para reduzir a velocidade ou mesmo reverter o processo.
> > No ano passado, uma equipe do Instituto do Câncer Dana-Farber, de
> > Boston, nos EUA, divulgou na revista científica Nature um estudo no
> > qual diz ter conseguido reverter o processo de envelhecimento em
> > camundongos.
> > Eles manipularam cromossomos presentes nos núcleos de todas as
> > células. O alvo principal da ação era a proteção dos
> > telômeros. Os telômeros são estruturas presentes nas
> > extremidades dos cromossomos. Eles protegem os cromossomos de
> > possíveis danos, mas também diminuem de tamanho com a idade,
> > até que as células não conseguem mais se reproduzir.
> > A equipe do professor Ronald DePinho manipulou as enzimas que regulam os
> > telômeros, as telomerases, obtendo resultados significativos. Com o
> > estímulo às enzimas, os camundongos pareciam fazer o relógio
> > biológico "andar pra trás".
> > "O que esperávamos era uma estabilização do processo de
> > envelhecimento, mas ao contrário, observamos uma reversão dos
> > sinais e sintomas de envelhecimento", disse ele à BBC.
> > "Os cérebros destes animais cresceram em tamanho, aumentaram sua
> > cognição, suas peles ganharam mais brilho e a fertilidade foi
> > restaurada."
> > Humanos
> > Obviamente, aplicar estes princípios em humanos será um desafio
> > bem maior. As telomerases já foram ligadas à incidência de
> > câncer.
> > Muitos acreditam que as mitocôndrias possam desempenhar um papel bem
> > maior no processo de envelhecimento. As mitocôndrias - material
> > genético contido na célula, mas fora do núcleo - são as
> > "usinas de energia" das células, mas também geram produtos
> > químicos que são ligados ao envelhecimento. Há ainda o papel
> > desempenhado por radicais livres - moléculas ou átomos altamente
> > reativos que atacam o corpo humano.
> > Apesar de estarmos apenas começando a compreender como funciona o
> > envelhecimento, alguns cientistas já testam tratamentos em humanos.
> > O professor David Sinclair é pesquisador de um laboratório
> > especializado em envelhecimento da escola de Medicina da Universidade de
> > Harvard.
> > Ele e seus colegas vêm trabalhando em uma droga sintética chamada
> > STACs (ou Sirtuin activating compounds).
> > Estudos em camundongos obesos indicam que as STACs podem restaurar a
> > saúde e aumentar a expectativa de vida dos animais. Já foram
> > iniciados testes em humanos.
> > Há também estudos sobre o resveratrol, um antioxidante encontrado
> > naturalmente no vinho tinto, que indicam que ele reduz o colesterol.
> > Sinclair diz que estas pesquisas "não são uma desculpa para comer
> > batata frita o dia todo em frente à TV, mas uma forma de aumentar o
> > modo de vida sadio e explorar as potencialidades de um corpo
> > saudável".
> > "Não mudamos a quantidade de comida ingerida, os camundongos comem
> > normalmente, mas seus corpos não sabem que eles estão gordos e
> > seus órgãos e até a expectativa de vida são iguais a de um
> > animal sadio", disse ele.
> > Questões éticas
> > Mas é correto fazer experiências em algo tão fundamental como
> > envelhecer? Quais são as questões éticas envolvidas?
> > O professor Tim Spector, do hospital Kings College em Londres, que
> > também faz pesquisas na área, diz que o foco não é aumentar
> > a duração da vida, mas prolongar a saúde.
> > "Não interessa muito prolongar a vida se isto significar que você
> > terá tanta artrite, por exemplo, que não poderá sair de casa",
> > disse ele.
> > "Mas ao entender o processo de envelhecimento, podemos ajudar no combate
> > a artrite, diabetes, doenças cardíacas, todas os males ligados ao
> > envelhecimento", disse ele.
> > Já o professor James Goodwin, do programa Age UK de amparo à
> > terceira idade do governo britânico, diz que a questão levantada
> > pelas pesquisas é se seus resultados vão ser acessíveis a todos
> > ou apenas aos mais ricos.
> > "Será que todos vão poder se beneficiar desta tecnologia?",
> > pergunta
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009"
> > <marcelleandro2009@> escreveu>> > Victor,> > > Será que nós,
> > daqui do fórum, ainda poderemos nos beneficiar> desses avanços> >
> > da medicina?> > Provavelmente algum benefício sim. Segundo pesquisas,
> > que enviei> anteriormente uma matéria a respeito, bastaria uma boa
> > dieta de baixa> caloria para termos efeitos positivos. Sem considerar
> > alguns suplementos> (e alimentos), ainda a serem melhor avaliados, que
> > já existem no> mercado.> > > > Marcel> > > >> > Suspeito que as
> > respostas para essa perguntinha ficarão aí por> volta de> >
> > "naaaão!"> >> >> >> > Acho que a maioria de nós vai ficar, com
> > sorte, é na média> mesmo!> >> >> >> > Particularmente, só quero
> > chegar lá se com tudo em cima e> lúcido para> > continuar
> > "heresiando às avessas"...> >> >> >> > Senão, cadê a graça?>
> > >> >> >> > Sds,> >> > Victor.> >> >> >> >> >> > De:
> > ciencialist@yahoogrupos.com.br> [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]>
> > > Em nome de marcelleandro2009> > Enviada em: sexta-feira, 16 de
> > março de 2012 17:49> > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br> >
> > Assunto: [ciencialist] A cura do envelhecimento , starvation response,>
> > etc.> >> >> >> >> >> >>
> > http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,ERT204682-17773,00.htm\
> > \> l> >> > A cura do envelhecimento> >> > Pílulas, células-tronco,
> > dietas e tratamentos para evitar> doenças e> > regenerar
> > órgãos. Conheça as novas armas da ciência para> nos manter
> > com> > aparência jovem para sempre> >> > Priscilla Santos, com
> > reportagem de Bruna Fasano e Willian Okada> >> > FONTE DA JUVENTUDE> >
> > Crédito: Maná E.D.I.> >> > O soldado e explorador espanhol Juan
> > Ponce de León (1460-1521)> já havia> > acompanhado Cristóvão
> > Colombo em sua segunda viagem à> América quando começou> > sua
> > busca pela mitológica Fonte da Juventude. Os nativos de Porto> Rico,
> > onde> > Ponce havia criado uma colônia, diziam existir tal fonte
> > misteriosa> capaz de> > proporcionar a jovialidade eterna para quem em
> > suas águas se> banhasse. O> > viajante nunca a encontrou — acabou
> > foi descobrindo a Flórida,> ironicamente> > o estado americano hoje
> > com a maior proporção de idosos. Ponce de> León não> > foi o
> > único a procurar incansavelmente por uma forma de ser jovem> para> >
> > sempre. A busca pela imortalidade e pela juventude eterna sempre>
> > fascinou o> > homem, único animal que tem consciência da
> > própria morte> — e por isso sofre.> > Mas nunca esteve tão
> > próxima de ser alcançada. Como Ponce de> Leóns> >
> > contemporâneos, os cientistas do século 21 vêm perseguindo o>
> > fim da maior> > causa de morte do mundo: a velhice. Por consequência,
> > as doenças> decorrentes> > dela. E parecem estar mais próximos de,
> > no mínimo,> postergá-la. "Os avanços> > da área biológica
> > que surgem nesse começo de século> indicam que muitos de> > nós
> > poderemos chegar facilmente aos 100, 150 anos", diz o professor> do> >
> > Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio>
> > de Janeiro> > (UFRJ), Stevens Rehen.> >> > Prolongar a vida seria apenas
> > uma consequência de fazer as pessoas> serem> > mais saudáveis por
> > mais tempo. Esse é o principal objetivo da> nova ciência> > do
> > antienvelhecimento, que pretende atacar de uma só vez todas as>
> > formas de> > deterioração do corpo para fazer com que o nosso
> > relógio> biológico corra> > mais devagar. Assim, ficaríamos
> > longe de doenças decorrentes da> idade> > avançada — como
> > Alzheimer, demência, diabetes e doenças> cardíacas — por
> > mais> > tempo. Atacar a velhice, portanto, seria a melhor e talvez
> > única> forma de> > nos afastarmos dos males provocados por ela.
> > Combater uma a uma as> doenças —> > algo que desde sempre fazemos
> > — não surtiria grandes efeitos.> Nos Estados> > Unidos, por
> > exemplo, se os problemas de coração fossem totalmente> > eliminados,
> > a expectativa de vida não subiria mais do que três> anos. O mesmo>
> > > que proporcionaria uma cura milagrosa para o câncer. "O risco de>
> > doenças> > fatais dispara após os 60 anos. Assim, mesmo que
> > evitemos o ataque> cardíaco,> > outros problemas vão nos pegar",
> > afirma o escritor de ciência e> medicina> > americano David Stipp,
> > autor do livro The Youth Pill (A Pílula da> Juventude,> > sem
> > edição no Brasil), lançado no ano passado. Por isso, a> maneira
> > de> > aumentar a expectativa e a qualidade de vida para valer é
> > evitar> chegar> > nesse estágio em que já estamos mais fracos e
> > vulneráveis a> doenças.> >> > Em vez de águas milagrosas, a
> > Fonte da Juventude perseguida pelos> cientistas> > oferecerá
> > tratamentos futurísticos descobertos nos mais> ardilosos> >
> > experimentos> > Crédito: Maná E.D.I.> >> > INJEÇÃO ANTIVELHICE>
> > >> > Em novembro passado, pesquisadores do Instituto de Câncer>
> > Dana-Farber, da> > Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos,
> > publicaram um> estudo que> > contrariou um dos principais conceitos
> > sobre o processo de> envelhecimento: o> > de que ele é
> > irreversível. Eles conseguiram, pela primeira vez,> rejuvenescer> >
> > ratos de laboratório. O experimento foi baseado num mecanismo que>
> > rendeu, um> > ano antes, o Prêmio Nobel de Medicina a outros três
> > cientistas> americanos: a> > relação entre o processo de
> > envelhecimento e os telômeros, uma> espécie de> > capinha que
> > protege a ponta de cada cromossomo dentro de nossas> células —> >
> > numa comparação grosseira, o telômero assemelha-se àquele>
> > revestimento> > plástico presente na ponta dos cadarços de um
> > tênis. A cada> vez que a célula> > se divide, essa capinha se
> > encurta um pouco. Depois de 50 a 80> duplicações a> > célula
> > não consegue mais se multiplicar — após os 35 anos> de idade,
> > os> > efeitos desse processo já começam a ser sentidos. O tempo
> > passa> e, sem> > células novas e com algumas mortas ou inativas,
> > nossos órgãos> começam a se> > deteriorar. É a velhice.> >>
> > > Nascemos com um mecanismo capaz de driblar esse processo, uma enzima>
> > chamada> > telomerase. Ela repara as tais capas protetoras dos
> > cromossomos> após cada> > divisão celular. Porém, após a
> > infância, sua> concentração cai drasticamente.> > Fazer com que
> > ela volte a crescer é um dos caminhos para postergar> o> >
> > envelhecimento — ou até mesmo revertê-lo. No estudo de>
> > Harvard, os> > cientistas criaram ratos geneticamente modificados de
> > forma que não> > produzissem a telomerase. Como resultado, os animais
> > envelheceram> > rapidamente. Os sinais incluíram diminuição do
> > cérebro e do> olfato, danos no> > baço e intestinos, além de
> > doenças como osteoporose e> diabetes. Com apenas> > um mês de
> > ingestão de telomerase, no entanto, tais sintomas> sumiram. Os> >
> > ratos voltaram inclusive a ser férteis e desenvolveram> neurônios,
> > sem contar> > uma invejável melhora na pele. "O que vimos não foi
> > a> desaceleração ou> > estabilização do envelhecimento, mas algo
> > muito mais incrível:> uma reversão> > dramática dele", afirma
> > Ronald DePinho, coordenador da pesquisa.> "É possível> > imaginar
> > que um homem de 90 anos voltaria a ter a saúde que> possuía aos
> > 40> > ou 50", diz. Porém, apesar de ter sido bem-sucedido em ratos,
> > o> tratamento> > ainda não foi testado em humanos. E não há
> > perspectiva de que> isso aconteça> > nos próximos anos. "Ainda
> > temos muito trabalho pela frente. O> próximo passo> > é descobrir
> > em que estágio da vida as pessoas precisariam se> submeter à> >
> > injeção de telomerase", afirma DePinho. Em paralelo a isso, ainda>
> > seria> > preciso ultrapassar um grande empecilho: o potencial risco de>
> > câncer.> >> > Fora do período de gestação e infância, a
> > telomerase só> retorna em grandes> > quantidades nas células
> > cancerosas — sabe-se que 90% dos> tumores possuem a> > enzima.
> > Aliás, é por isso que elas se reproduzem> incessantemente. "Se
> > você> > persegue a imortalidade, é o que, de um modo perverso,
> > também> fazem as> > células com câncer", diz o oncologista e
> > professor de medicina> da> > Universidade Columbia, Estados Unidos,
> > Siddhartha Mukherjee, autor do> > recém-lançado livro The Emperor
> > of All Maladies: A Biography of> Cancer (O> > Império de Todas as
> > Enfermidades: Uma Biografia do Câncer, sem> edição no> > Brasil).>
> > >> > Além da vantagem óbvia para todo mundo de postergar a chegada
> > da> velhice, um> > grupo específico de pessoas se beneficiaria caso
> > os pesquisadores> > conseguissem resolver as contraindicações desse
> > tipo de tratamento.> Trata-se> > de indivíduos que, por conta de uma
> > sequência genética,> têm menos telomerase> > desde a
> > gestação. Consequentemente, envelhecem mais rápido e> chegam a
> > ser> > biologicamente até dez anos mais velhos do que outras pessoas
> > da> mesma> > idade. Essa sequência de DNA foi mapeada em fevereiro do
> > ano> passado por> > cientistas da Universidade de Leicester, no Reino
> > Unido. Em um estudo> com 3> > mil pessoas, 45% delas carregavam ao menos
> > um gene da sequência. Os> > pesquisadores acreditam que um mapeamento
> > desse tipo possibilitaria> > prescrever estilos de vida saudáveis
> > àqueles mais propensos aos> males do> > envelhecimento. Além de
> > exercícios físicos, uma dieta com> poucas calorias> > entraria na
> > receita. Pois é sabido, e cientificamente provado, que> quem come> >
> > menos, vive mais.> >> > UMA ENZIMA PARA NOS MANTER SEMPRE JOVENS> > A
> > deterioração de nosso corpo começa de forma microscópica,> em
> > nossos> > cromossomos. Uma substância pode revertê-la. Veja como
> > (clique> aqui para> > ampliar)> >> > 300 TAÇAS DE VINHO> >> > Uma
> > dieta diária entre 1.200 e 1.400 calorias — 30% a menos do> que
> > a> > sugerida pela Organização Mundial da Saúde — poderia>
> > aumentar nossa> > expectativa de vida média para 120 anos. Algumas
> > pessoas chegariam,> então,> > aos 150. Mesmo que você começasse
> > a comer menos aos 30, ainda> teria chance> > de prolongar seu tempo na
> > Terra em sete anos. É atrás dessas> promessas que> > ao menos 2
> > mil pessoas praticam a dieta de baixa caloria no mundo.> Esse é o> >
> > número de membros da Sociedade de Restrição Calórica. Apesar>
> > da matriz estar> > localizada nos Estados Unidos, há integrantes de
> > várias partes> do planeta,> > inclusive cinco do Brasil (que não
> > se identificam). Os resultados> dos pratos> > moderados têm sido
> > positivos. Dados divulgados pela Sociedade> atestam que os> > adeptos da
> > dieta registraram queda significativa da pressão> sanguínea,
> > perda> > de quase 70% da gordura corporal e redução de 80% do
> > nível de> insulina no> > sangue, o que, no mínimo, faz cair o
> > risco de doenças> cardíacas e diabetes.> > Pratos mais comportados
> > também são a receita milenar dos> habitantes do> > arquipélago
> > japonês de Okinawa — é lá que estão as> pessoas que mais
> > vivem no> > mundo. A proporção de centenários nas ilhas é de 50
> > para cada> 100 mil> > moradores, enquanto nos demais países cai para
> > dez a cada 100 mil.> A> > população de Okinawa é de cerca de 1,3
> > milhão. Não por> acaso, um prato> > típico no arquipélago
> > tem 17% menos calorias do que no restante> do Japão.> >> > A teoria
> > mais aceita de por que comer pouco nos faria envelhecer mais> > devagar
> > é evolutiva. Os efeitos benéficos das baixas calorias se> devem a
> > um> > mecanismo chamado starvation response, ou resposta à fome, em>
> > português. Nos> > primórdios da humanidade, durante os períodos
> > de grandes secas> ou mudanças> > abruptas no clima, ficava difícil
> > encontrar alimento. Era natural,> portanto,> > que, sob a ameaça de
> > inanição, o organismo concentrasse seus> esforços na> >
> > proteção dos processos essenciais à sobrevivência. A energia>
> > do crescimento> > e reprodução (mecanismos trabalhosos para o corpo)
> > era deslocada> para o> > reparo e manutenção constante das
> > células. Isso fazia com que as> pessoas> > envelhecessem mais
> > devagar. Tudo não passava de um truque da> natureza para> > garantir
> > a continuidade da espécie: ao conservar o corpo, o intuito> era> >
> > preservar aqueles indivíduos para se reproduzirem assim que as>
> > coisas> > melhorassem.> >> > Em cinco anos, o laboratório Sirtris
> > Pharmaceutical promete colocar> no> > mercado uma pílula que imita os
> > efeitos de se comer pouco, mesmo> que você> > siga uma dieta normal.
> > O princípio ativo — já comercializado> em medicamentos> > para
> > diabéticos e como suplemento alimentar — é o> resveratrol,
> > substância> > encontrada na casca da uva roxa. É sua presença
> > que confere ao> vinho tinto> > benefícios ao coração. E explica o
> > que os cientistas chamam de> "paradoxo> > francês": a baixa
> > mortalidade por doenças cardíacas na> França, mesmo com uma> >
> > dieta tão rica em gordura. Graças ao hábito comedido que a>
> > população tem de> > beber vinho quase que diariamente. Além dos
> > benefícios ao> coração, também há> > evidências de que o
> > resveratrol reduza o risco de Alzheimer,> derrame,> > diversos tipos de
> > câncer, perda de audição e osteoporose —> todos problemas> >
> > comuns no envelhecimento. Já provocar o aumento dos anos de vida>
> > é algo que> > ainda precisa ser provado em humanos. Mas o resultado
> > em animais se> mostrou> > estimulante.> >> > VIDA LONGA - E MAIS FELIZ>
> > >> > Se a ciência de fato nos fizer passar dos 75 com saúde e>
> > disposição nos fará> > felizes como nunca seríamos. Um estudo
> > publicado ano passado por> > pesquisadores das universidades de Stony
> > Brook e Princeton, nos EUA,> traçou> > um paralelo entre bem-estar e
> > idade. Surpresa: nosso auge de> contentamento> > seria após os 74. Os
> > resultados formam o que os pesquisadores de> felicidade> > chamam de
> > curva U (abaixo). Os idosos sentiriam menos raiva e estresse> do> > que
> > os jovens e teriam menos preocupações do que os adultos> médios.
> > Pois,> > com a idade, as pessoas lidam melhor com conflitos e controlam
> > as> emoções. É> > a sabedoria. Os pesquisadores também sugerem
> > que a saída dos> filhos de casa> > diminui problemas familiares e
> > financeiros. A ciência está> fazendo sua> > parte, agora falta
> > lazer, trabalho e INSS para que os mais longevos> possam> > curtir
> > tranquilos a melhor parte da vida.> >> > Em 2006, pesquisadores da
> > Escola de Medicina de Harvard realizaram> estudos> > liderados por David
> > Sinclair — não por acaso, fundador da> Sirtris> > Pharmaceutical,
> > hoje pertencente à gigante inglesa GlaxoSmithKline.> No> >
> > experimento, cientistas superalimentaram roedores com uma dieta rica>
> > em> > gordura. Em paralelo, forneceram a eles doses de resveratrol. As>
> > cobaias> > ficaram obesas. Ainda assim, seu tempo de vida se estendeu a
> > um> patamar> > igual ao dos ratos que comiam com restrição. Para
> > obter esses> efeitos com> > vinho seriam necessárias 300 taças por
> > dia, ou seja, algo> impensável até> > para o mais bebum dos seres
> > humanos. O que justifica a corrida da> indústria> > farmacêutica
> > atrás das pílulas.> >> > Os medicamentos que imitam dietas
> > metódicas serão uma> aplicação mais> > concreta dos pioneiros
> > estudos sobre antienvelhecimento. A primeira> > importante pesquisa
> > científica que provou que restringir calorias> poderia> > prolongar a
> > vida foi divulgada em 1934. O estudioso de nutrição da> >
> > Universidade de Cornell, Estados Unidos, Clive McCay, manteve ratos em>
> > um> > estado de quase fome por quatro anos e os assistiu viver 85% mais>
> > tempo do> > que a média. Um dos animais chegou aos 3 anos e 9 meses
> > de idade.> Como,> > cinco anos antes, dois cientistas tinham ganhado o
> > Prêmio Nobel> pela> > descoberta das vitaminas, pareceu uma pequena
> > heresia dizer que passar> um> > pouco de fome poderia nos fazer bem.
> > Mais recentemente, no início> dos anos> > 2000, cientistas do Centro
> > Nacional de Pesquisa em Primatas de> Wisconsin> > revelaram bons
> > resultados com macacos mantidos em uma dieta 30% menos> > calórica do
> > que seus colegas. Além de magros, estavam no auge da> vida.> >
> > Enquanto os que comiam normalmente se movimentavam lentamente e viam>
> > cair> > mais pelos, entre outros sinais de velhice.> >> > Em 2015, 2016,
> > com o medicamento nas farmácias, a Sirtris deve se> tornar a> >
> > indústria referência em antienvelhecimento. Além do>
> > resveratrol, seus> > laboratórios estudam outra substância capaz
> > de imitar os efeitos> de uma> > dieta de baixa caloria: a rapamicina.
> > Hoje usado para evitar> rejeição em> > transplante de órgãos, o
> > princípio ativo fez com que ratos de> meia-idade> > vivessem de 28% a
> > 38% mais tempo, segundo um estudo divulgado pela> revista> > Nature em
> > meados de 2009. Mais uma pesquisa que mostra que há> esperanças> >
> > para prolongar a vida mesmo quando o corpo já está desgastado.>
> > Esta também é> > a promessa da medicina regenerativa.> >> >
> > Crédito: Maná E.D.I.> >> >> > BIOENGENHARIA> >> > No ano passado,
> > um grupo de mulheres teve uma oportunidade de ouro:> após> > serem
> > mutiladas devido ao câncer de mama, viram crescer seios 100%>
> > naturais,> > a partir de suas próprias células. A técnica que
> > soa como> milagre foi> > desenvolvida após quase uma década de
> > estudos pela empresa de> biotecnologia> > americana Cytori Therapeutics,
> > que pretende trazer o método para o> Brasil> > ainda este ano.
> > Permite dupla recauchutagem: as células que dão> origem ao> > novo
> > seio são extraídas de uma cirurgia plástica para tirar>
> > gordurinhas> > indesejadas. O procedimento começa com uma
> > lipoaspiração, por> exemplo, na> > barriga. Da gordura são
> > colhidas células-tronco, capazes de se> multiplicar> > para gerar
> > tecidos de outras partes do corpo, como a mama. Elas> são, então,>
> > > aplicadas na região do peito. Conforme crescem, formam um novo>
> > seio, sem> > risco de rejeição.> >> > A descoberta de
> > células-tronco na gordura foi um grande avanço> para a> > medicina
> > regenerativa. Somente no Brasil, são realizadas mais de> 200 mil> >
> > lipoaspirações por ano. No ano passado, Radovan Borojevic, diretor>
> > do> > Programa Avançado de Biologia Celular Aplicada à Medicina
> > da> UFRJ,> > conseguiu, de forma inédita no Brasil, autorização
> > da> Comissão Nacional de> > Ética em Pesquisa (Conep) para
> > manipular células-tronco de> gordura. "Esse> > material pode garantir
> > reserva para a velhice, para sanar as> doenças> > naturais do passar
> > dos anos e até diminuir as rugas", diz. Quem> fizer uma> >
> > lipoaspiração aos 20, por exemplo, pode chegar aos 60 e usar as>
> > células> > guardadas para preencher a pele envelhecida e se livrar
> > dos pés de> galinha.> > Como as células terão a memória de
> > sua juventude, será> possível fazer o que> > nenhum cosmético
> > ou Botox jamais conseguiu: ter cara de 20, aos 60.> O> > procedimento,
> > cujo efeito dura de quatro a cinco anos, já está> em fase de> >
> > testes. Em três meses, Borojevic realizou 70 implantes de> células
> > antirrugas> > — os interessados podem se inscrever para os testes no
> > Instituto> de Ciências> > Biomédicas da UFRJ. Mas esta é apenas
> > a mais frívola das> promessas da> > bioengenharia. "Com as
> > técnicas, vamos envelhecer muito melhor do> que os> > nossos
> > avós", afirma Borojevic.> >> > Experimentos em humanos mostraram que
> > o implante de células-tronco> pode> > reparar órgãos vitais.
> > Entre eles, o coração, que teria> benefícios como o> > aumento da
> > quantidade e bombeamento de sangue após infartos,> diminuição da>
> > > área de tecidos mortos e melhora da capacidade respiratória em>
> > casos de> > doenças cardíacas crônicas. Outro resultado
> > positivo é a> redução da> > incontinência urinária em
> > pacientes que passaram por cirurgias> de próstata.> > "A medicina
> > regenerativa para problemas do envelhecimento será de> fato> >
> > composta por peças de substituição", afirma o gerontologista>
> > inglês criador> > da Fundação Sens, de estudos de biotecnologia
> > para> rejuvenescimento, Aubrey> > de Grey, polêmico, entre outras
> > coisas, por afirmar que a velhice> é uma> > doença à espera de
> > cura.> >> > A HORA DA MORTE> >> > Com sua aparência de Matusalém,
> > apesar dos 47 anos de idade, De> Grey> > acredita que podemos ser
> > imortais e que os homens que vão viver mil> anos já> > nasceram.
> > Passar mais tempo na Terra do que o próprio personagem> bíblico,>
> > > que teria morrido aos 969, seria possível graças ao>
> > desenvolvimento da> > engenharia para impedir que nossas células
> > envelheçam e da> reposição de> > órgãos e tecidos. "Uma vez
> > que a medicina regenerativa se> desenvolver, o> > limite biológico do
> > corpo desaparecerá." A ideia gerou tanta> controvérsia na> >
> > comunidade científica que, em 2005, o Massachusetts Institute of>
> > Technology> > (MIT) lançou um concurso que premiaria com US$ 20 mil
> > quem> conseguisse> > provar que a tese de Aubrey era descabida. Cinco
> > inscrições foram> analisadas> > por um júri composto por
> > cabeças como o geneticista Craig> Venter. Ninguém> > levou o
> > prêmio.> >> > A crença de que a ciência e a tecnologia nos
> > permitirão> redesenhar o próprio> > corpo para nos fazer viver
> > muito mais, até indefinidamente, guia> uma> > corrente filosófica
> > chamada transhumanismo. Os seguidores do> pensamento> > acreditam que
> > por meio de áreas de conhecimento emergentes como> > biotecnologia,
> > inteligência artificial, robótica e> nanotecnologia, poderemos> >
> > superar a própria condição humana. "O homem não é o final>
> > da evolução> > biológica, e sim o começo de uma evolução
> > tecnológica",> afirma o engenheiro> > venezuelano formado pelo MIT e
> > que já trabalhou para a Nasa,> José Cordeiro,> > grande divulgador
> > do transhumanismo na América Latina. Ele acredita> que> >
> > assistiremos à morte da morte — e que não há nada de>
> > antinatural nisso. "O> > propósito da vida é mais vida. Além do
> > mais, ninguém quer> morrer, ainda mais> > se tiver a oportunidade de
> > não ficar velho."> >> > A visão de que vale a pena manipular nosso
> > corpo a qualquer custo> para ser> > jovem para sempre encontra olhares
> > críticos. "Essa pretensão de> vida eterna> > é um erro
> > existencial, uma arrogância do homem em querer> inventar uma vida> >
> > que não é sua. Pois a finitude é um atributo da nossa, e é>
> > o que a faz ser> > boa", afirma o cientista político Clóvis de
> > Barros Filho,> professor de ética> > da Escola de Comunicação e
> > Artes da Universidade de São Paulo> (USP). "É uma> > ilusão
> > narcisista acreditar que se vai viver em gozo eternamente.> Ficar dos> >
> > 60 aos 120 anos curtindo aposentadoria e nunca aceitar o dissolver,> que
> > é o> > nosso destino", diz a filósofa e terapeuta Regina Favre, de
> > São> Paulo, que> > acredita que a busca pela longevidade sem fim seja
> > fruto da> solidão, do> > desamparo e do medo gerado pelos problemas
> > da velhice e proximidade da> > morte. Ou como escreveu o escritor
> > argentino Jorge Luis Borges> (1899-1986)> > no conto O Imortal,
> > publicado no livro O Aleph: "Dilatar a vida dos> homens é> > como
> > dilatar sua agonia e multiplicar o número de suas mortes".> >> >
> > Mesmo que a medicina conseguisse fazer com que as pessoas tivessem>
> > saúde e> > disposição para trabalhar até os 100, provavelmente
> > não> haveria mercado para> > todos. Com uma superpopulação de
> > idosos, a previdência social> certamente> > iria quebrar. "Não
> > adianta chegarmos aos 200 anos se não> resolvermos esses> >
> > problemas", diz a presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e> >
> > Gerontologia, Silvia Regina Mendes Pereira, que acha positivo o>
> > esforço dos> > cientistas para evitar doenças como diabetes ou
> > Alzheimer, desde> que a> > qualidade de vida seja encarada de forma
> > global. "E isso passa por> vários> > aspectos. Um deles, sim, é a
> > saúde, mas também há o> psicológico e o social."> >> >> > As
> > transformações no mundo caso as pessoas passem a viver> décadas ou
> > até> > séculos a mais são inevitáveis. Mas, para De Grey,>
> > compensaria enfrentá-las.> > "Essas dificuldades não superam os
> > benefícios da eliminação> de doenças> > relacionadas à
> > idade, como problemas cardiovasculares e câncer",> afirma.> > Mesmo
> > porque esses problemas terão que ser pensados de imediato.> Pois,
> > antes> > mesmo das pirotecnias científicas se tornarem realidade, a>
> > longevidade no> > mundo só cresce. Para se ter ideia, vivemos 25 anos
> > a mais do que> um século> > atrás. Nos países desenvolvidos, a
> > expectativa de vida aumenta> cinco horas> > por dia. Ou seja, já
> > há motivos suficientes para a ciência se> preocupar com> > os
> > muitos que, em tempos anteriores às pílulas que simulam fome> ou
> > injeções> > de enzimas e células-tronco, fazem muito mais
> > aniversários do> que um dia> > nossos avós jamais poderiam
> > imaginar.> >> > O profeta da imortalidade> >> > O cientista do
> > envelhecimento Aubrey de Grey afirma que, em 2030,> estaremos> > vivendo
> > até os 130 anos. E que os homens que farão mil> aniversários
> > já> > nasceram. A seguir ele conta como isso será possível> >>
> > > * Por que envelhecemos?> > Aubrey de Grey: Porque o corpo humano, como
> > qualquer máquina, causa> danos a> > si mesmo como efeito colateral
> > natural de sua operação. Esse> prejuízo se> > acumula ao longo da
> > vida. Por um longo tempo quase não afeta a> habilidade do> > corpo
> > para funcionar, mas, eventualmente, provoca doenças e> incapacidade.>
> > >> > * As pessoas que viveriam mil anos precisariam constantemente>
> > substituir> > peças, como um robô?> > De Grey: De fato, a maior
> > parte das técnicas serão compostas por> peças de> >
> > substituição, mas a um nível microscópico. Em alguns casos,>
> > podemos trocar> > órgãos inteiros. Porém, mais frequentemente,
> > serão> células ou moléculas.> >> > * Mesmo pessoas
> > sedentárias, com excesso de peso e estressadas> serão capazes> >
> > de viver mais?> > De Grey: A medicina regenerativa vai permitir que as
> > pessoas> ultrapassem por> > uma larga margem a longevidade que qualquer
> > um consegue atualmente,> mesmo> > com a melhor vida possível, mesmo
> > aqueles com uma genética> privilegiada.> > Então, sim, estas
> > terapias irão funcionar em todos, mesmo> naqueles com um> > estilo de
> > vida ruim.> >> > * Existe limite biológico para a vida dos seres
> > humanos?> > De Grey: Há de fato um limite biológico para quanto
> > tempo as> pessoas podem> > viver, porque certos aspectos do nosso
> > metabolismo, como a> respiração, são> > inevitáveis e acumulam
> > danos moleculares e celulares. Porém, uma> vez que se> > desenvolvam
> > técnicas de bioengenharia para reparar esses danos,> não
> > haverá> > mais limite para a vida do homem.> >> > * Como lidar com as
> > consequências sociais de se ter uma> superpopulação?> > De Grey: A
> > eliminação do envelhecimento vai mudar o mundo. E> precisaremos> >
> > agir diante de muitas dessas transformações. No entanto, essas>
> > dificuldades> > não superam os benefícios da eliminação de
> > doenças como> câncer e problemas> > cardiovasculares.> >> > *
> > Viver mais significa viver melhor?> > De Grey: Não necessariamente.
> > Mas o trabalho em minha fundação> de estudos em> > engenharia de
> > rejuvenescimento, a Sens, foca em viver melhor, ou seja,> adiar> > o
> > processo das doenças da velhice. A longevidade será um efeito>
> > colateral:> > só ocorrerá porque as pessoas serão mantidas
> > saudáveis.> >> > * Você aplica técnicas de medicina
> > regenerativa em si mesmo?> Já testou> > alguma?> > De Grey: Estou
> > ansioso para me beneficiar destas terapias. Não> faço isso> >
> > simplesmente porque, na prática, elas ainda não existem.> >>
> >
> >
> >
> > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009"
> > <marcelleandro2009@> escreveu
> > >
> > >
> > > Victor,
> > >
> > > > Será que nós, daqui do fórum, ainda poderemos nos
> > beneficiar
> > > desses avanços
> > > > da medicina?
> > >
> > > Provavelmente algum benefício sim. Segundo pesquisas, que enviei
> > > anteriormente uma matéria a respeito, bastaria uma boa dieta de
> > baixa
> > > caloria para termos efeitos positivos. Sem considerar alguns
> > suplementos
> > > (e alimentos), ainda a serem melhor avaliados, que já existem no
> > > mercado.
> > >
> > >
> > >
> > > Marcel
> > >
> > >
> > > >
> > > > Suspeito que as respostas para essa perguntinha ficarão aí por
> > > volta de
> > > > "naaaão!"
> > > >
> > > >
> > > >
> > > > Acho que a maioria de nós vai ficar, com sorte, é na média
> > > mesmo!
> > > >
> > > >
> > > >
> > > > Particularmente, só quero chegar lá se com tudo em cima e
> > > lúcido para
> > > > continuar "heresiando às avessas"...
> > > >
> > > >
> > > >
> > > > Senão, cadê a graça?
> > > >
> > > >
> > > >
> > > > Sds,
> > > >
> > > > Victor.
> > > >
> > > >
> > > >
> > > >
> > > >
> > > > De: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > > [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
> > > > Em nome de marcelleandro2009
> > > > Enviada em: sexta-feira, 16 de março de 2012 17:49
> > > > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > > > Assunto: [ciencialist] A cura do envelhecimento , starvation
> > response,
> > > etc.
> > > >
> > > >
> > > >
> > > >
> > > >
> > > >
> > >
> > http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,ERT204682-17773,00.htm\
> > \
> > > l
> > > >
> > > > A cura do envelhecimento
> > > >
> > > > Pílulas, células-tronco, dietas e tratamentos para evitar
> > > doenças e
> > > > regenerar órgãos. Conheça as novas armas da ciência para
> > > nos manter com
> > > > aparência jovem para sempre
> > > >
> > > > Priscilla Santos, com reportagem de Bruna Fasano e Willian Okada
> > > >
> > > > FONTE DA JUVENTUDE
> > > > Crédito: Maná E.D.I.
> > > >
> > > > O soldado e explorador espanhol Juan Ponce de León (1460-1521)
> > > já havia
> > > > acompanhado Cristóvão Colombo em sua segunda viagem à
> > > América quando começou
> > > > sua busca pela mitológica Fonte da Juventude. Os nativos de Porto
> > > Rico, onde
> > > > Ponce havia criado uma colônia, diziam existir tal fonte
> > misteriosa
> > > capaz de
> > > > proporcionar a jovialidade eterna para quem em suas águas se
> > > banhasse. O
> > > > viajante nunca a encontrou — acabou foi descobrindo a
> > Flórida,
> > > ironicamente
> > > > o estado americano hoje com a maior proporção de idosos. Ponce de
> > > León não
> > > > foi o único a procurar incansavelmente por uma forma de ser jovem
> > > para
> > > > sempre. A busca pela imortalidade e pela juventude eterna sempre
> > > fascinou o
> > > > homem, único animal que tem consciência da própria morte
> > > — e por isso sofre.
> > > > Mas nunca esteve tão próxima de ser alcançada. Como Ponce
> > de
> > > Leóns
> > > > contemporâneos, os cientistas do século 21 vêm perseguindo
> > o
> > > fim da maior
> > > > causa de morte do mundo: a velhice. Por consequência, as
> > doenças
> > > decorrentes
> > > > dela. E parecem estar mais próximos de, no mínimo,
> > > postergá-la. "Os avanços
> > > > da área biológica que surgem nesse começo de século
> > > indicam que muitos de
> > > > nós poderemos chegar facilmente aos 100, 150 anos", diz o
> > professor
> > > do
> > > > Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do
> > Rio
> > > de Janeiro
> > > > (UFRJ), Stevens Rehen.
> > > >
> > > > Prolongar a vida seria apenas uma consequência de fazer as
> > pessoas
> > > serem
> > > > mais saudáveis por mais tempo. Esse é o principal objetivo da
> > > nova ciência
> > > > do antienvelhecimento, que pretende atacar de uma só vez todas as
> > > formas de
> > > > deterioração do corpo para fazer com que o nosso relógio
> > > biológico corra
> > > > mais devagar. Assim, ficaríamos longe de doenças decorrentes
> > da
> > > idade
> > > > avançada — como Alzheimer, demência, diabetes e doenças
> > > cardíacas — por mais
> > > > tempo. Atacar a velhice, portanto, seria a melhor e talvez única
> > > forma de
> > > > nos afastarmos dos males provocados por ela. Combater uma a uma as
> > > doenças —
> > > > algo que desde sempre fazemos — não surtiria grandes efeitos.
> > > Nos Estados
> > > > Unidos, por exemplo, se os problemas de coração fossem totalmente
> > > > eliminados, a expectativa de vida não subiria mais do que três
> > > anos. O mesmo
> > > > que proporcionaria uma cura milagrosa para o câncer. "O risco de
> > > doenças
> > > > fatais dispara após os 60 anos. Assim, mesmo que evitemos o
> > ataque
> > > cardíaco,
> > > > outros problemas vão nos pegar", afirma o escritor de ciência
> > e
> > > medicina
> > > > americano David Stipp, autor do livro The Youth Pill (A Pílula da
> > > Juventude,
> > > > sem edição no Brasil), lançado no ano passado. Por isso, a
> > > maneira de
> > > > aumentar a expectativa e a qualidade de vida para valer é evitar
> > > chegar
> > > > nesse estágio em que já estamos mais fracos e vulneráveis a
> > > doenças.
> > > >
> > > > Em vez de águas milagrosas, a Fonte da Juventude perseguida pelos
> > > cientistas
> > > > oferecerá tratamentos futurísticos descobertos nos mais
> > > ardilosos
> > > > experimentos
> > > > Crédito: Maná E.D.I.
> > > >
> > > > INJEÇÃO ANTIVELHICE
> > > >
> > > > Em novembro passado, pesquisadores do Instituto de Câncer
> > > Dana-Farber, da
> > > > Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, publicaram um
> > > estudo que
> > > > contrariou um dos principais conceitos sobre o processo de
> > > envelhecimento: o
> > > > de que ele é irreversível. Eles conseguiram, pela primeira
> > vez,
> > > rejuvenescer
> > > > ratos de laboratório. O experimento foi baseado num mecanismo que
> > > rendeu, um
> > > > ano antes, o Prêmio Nobel de Medicina a outros três cientistas
> > > americanos: a
> > > > relação entre o processo de envelhecimento e os telômeros, uma
> > > espécie de
> > > > capinha que protege a ponta de cada cromossomo dentro de nossas
> > > células —
> > > > numa comparação grosseira, o telômero assemelha-se àquele
> > > revestimento
> > > > plástico presente na ponta dos cadarços de um tênis. A cada
> > > vez que a célula
> > > > se divide, essa capinha se encurta um pouco. Depois de 50 a 80
> > > duplicações a
> > > > célula não consegue mais se multiplicar — após os 35
> > anos
> > > de idade, os
> > > > efeitos desse processo já começam a ser sentidos. O tempo
> > passa
> > > e, sem
> > > > células novas e com algumas mortas ou inativas, nossos
> > órgãos
> > > começam a se
> > > > deteriorar. É a velhice.
> > > >
> > > > Nascemos com um mecanismo capaz de driblar esse processo, uma enzima
> > > chamada
> > > > telomerase. Ela repara as tais capas protetoras dos cromossomos
> > > após cada
> > > > divisão celular. Porém, após a infância, sua
> > > concentração cai drasticamente.
> > > > Fazer com que ela volte a crescer é um dos caminhos para
> > postergar
> > > o
> > > > envelhecimento — ou até mesmo revertê-lo. No estudo de
> > > Harvard, os
> > > > cientistas criaram ratos geneticamente modificados de forma que
> > não
> > > > produzissem a telomerase. Como resultado, os animais envelheceram
> > > > rapidamente. Os sinais incluíram diminuição do cérebro e do
> > > olfato, danos no
> > > > baço e intestinos, além de doenças como osteoporose e
> > > diabetes. Com apenas
> > > > um mês de ingestão de telomerase, no entanto, tais sintomas
> > > sumiram. Os
> > > > ratos voltaram inclusive a ser férteis e desenvolveram
> > > neurônios, sem contar
> > > > uma invejável melhora na pele. "O que vimos não foi a
> > > desaceleração ou
> > > > estabilização do envelhecimento, mas algo muito mais incrível:
> > > uma reversão
> > > > dramática dele", afirma Ronald DePinho, coordenador da pesquisa.
> > > "É possível
> > > > imaginar que um homem de 90 anos voltaria a ter a saúde que
> > > possuía aos 40
> > > > ou 50", diz. Porém, apesar de ter sido bem-sucedido em ratos, o
> > > tratamento
> > > > ainda não foi testado em humanos. E não há perspectiva de
> > que
> > > isso aconteça
> > > > nos próximos anos. "Ainda temos muito trabalho pela frente. O
> > > próximo passo
> > > > é descobrir em que estágio da vida as pessoas precisariam se
> > > submeter à
> > > > injeção de telomerase", afirma DePinho. Em paralelo a isso, ainda
> > > seria
> > > > preciso ultrapassar um grande empecilho: o potencial risco de
> > > câncer.
> > > >
> > > > Fora do período de gestação e infância, a telomerase só
> > > retorna em grandes
> > > > quantidades nas células cancerosas — sabe-se que 90% dos
> > > tumores possuem a
> > > > enzima. Aliás, é por isso que elas se reproduzem
> > > incessantemente. "Se você
> > > > persegue a imortalidade, é o que, de um modo perverso, também
> > > fazem as
> > > > células com câncer", diz o oncologista e professor de medicina
> > > da
> > > > Universidade Columbia, Estados Unidos, Siddhartha Mukherjee, autor
> > do
> > > > recém-lançado livro The Emperor of All Maladies: A Biography
> > of
> > > Cancer (O
> > > > Império de Todas as Enfermidades: Uma Biografia do Câncer, sem
> > > edição no
> > > > Brasil).
> > > >
> > > > Além da vantagem óbvia para todo mundo de postergar a chegada
> > da
> > > velhice, um
> > > > grupo específico de pessoas se beneficiaria caso os pesquisadores
> > > > conseguissem resolver as contraindicações desse tipo de
> > tratamento.
> > > Trata-se
> > > > de indivíduos que, por conta de uma sequência genética,
> > > têm menos telomerase
> > > > desde a gestação. Consequentemente, envelhecem mais rápido e
> > > chegam a ser
> > > > biologicamente até dez anos mais velhos do que outras pessoas da
> > > mesma
> > > > idade. Essa sequência de DNA foi mapeada em fevereiro do ano
> > > passado por
> > > > cientistas da Universidade de Leicester, no Reino Unido. Em um
> > estudo
> > > com 3
> > > > mil pessoas, 45% delas carregavam ao menos um gene da sequência.
> > Os
> > > > pesquisadores acreditam que um mapeamento desse tipo possibilitaria
> > > > prescrever estilos de vida saudáveis àqueles mais propensos
> > aos
> > > males do
> > > > envelhecimento. Além de exercícios físicos, uma dieta com
> > > poucas calorias
> > > > entraria na receita. Pois é sabido, e cientificamente provado,
> > que
> > > quem come
> > > > menos, vive mais.
> > > >
> > > > UMA ENZIMA PARA NOS MANTER SEMPRE JOVENS
> > > > A deterioração de nosso corpo começa de forma microscópica,
> > > em nossos
> > > > cromossomos. Uma substância pode revertê-la. Veja como (clique
> > > aqui para
> > > > ampliar)
> > > >
> > > > 300 TAÇAS DE VINHO
> > > >
> > > > Uma dieta diária entre 1.200 e 1.400 calorias — 30% a menos
> > do
> > > que a
> > > > sugerida pela Organização Mundial da Saúde — poderia
> > > aumentar nossa
> > > > expectativa de vida média para 120 anos. Algumas pessoas
> > chegariam,
> > > então,
> > > > aos 150. Mesmo que você começasse a comer menos aos 30, ainda
> > > teria chance
> > > > de prolongar seu tempo na Terra em sete anos. É atrás dessas
> > > promessas que
> > > > ao menos 2 mil pessoas praticam a dieta de baixa caloria no mundo.
> > > Esse é o
> > > > número de membros da Sociedade de Restrição Calórica.
> > Apesar
> > > da matriz estar
> > > > localizada nos Estados Unidos, há integrantes de várias partes
> > > do planeta,
> > > > inclusive cinco do Brasil (que não se identificam). Os resultados
> > > dos pratos
> > > > moderados têm sido positivos. Dados divulgados pela Sociedade
> > > atestam que os
> > > > adeptos da dieta registraram queda significativa da pressão
> > > sanguínea, perda
> > > > de quase 70% da gordura corporal e redução de 80% do nível de
> > > insulina no
> > > > sangue, o que, no mínimo, faz cair o risco de doenças
> > > cardíacas e diabetes.
> > > > Pratos mais comportados também são a receita milenar dos
> > > habitantes do
> > > > arquipélago japonês de Okinawa — é lá que estão
> > as
> > > pessoas que mais vivem no
> > > > mundo. A proporção de centenários nas ilhas é de 50 para
> > cada
> > > 100 mil
> > > > moradores, enquanto nos demais países cai para dez a cada 100
> > mil.
> > > A
> > > > população de Okinawa é de cerca de 1,3 milhão. Não por
> > > acaso, um prato
> > > > típico no arquipélago tem 17% menos calorias do que no
> > restante
> > > do Japão.
> > > >
> > > > A teoria mais aceita de por que comer pouco nos faria envelhecer
> > mais
> > > > devagar é evolutiva. Os efeitos benéficos das baixas calorias
> > se
> > > devem a um
> > > > mecanismo chamado starvation response, ou resposta à fome, em
> > > português. Nos
> > > > primórdios da humanidade, durante os períodos de grandes secas
> > > ou mudanças
> > > > abruptas no clima, ficava difícil encontrar alimento. Era
> > natural,
> > > portanto,
> > > > que, sob a ameaça de inanição, o organismo concentrasse seus
> > > esforços na
> > > > proteção dos processos essenciais à sobrevivência. A
> > energia
> > > do crescimento
> > > > e reprodução (mecanismos trabalhosos para o corpo) era deslocada
> > > para o
> > > > reparo e manutenção constante das células. Isso fazia com que
> > as
> > > pessoas
> > > > envelhecessem mais devagar. Tudo não passava de um truque da
> > > natureza para
> > > > garantir a continuidade da espécie: ao conservar o corpo, o
> > intuito
> > > era
> > > > preservar aqueles indivíduos para se reproduzirem assim que as
> > > coisas
> > > > melhorassem.
> > > >
> > > > Em cinco anos, o laboratório Sirtris Pharmaceutical promete
> > colocar
> > > no
> > > > mercado uma pílula que imita os efeitos de se comer pouco, mesmo
> > > que você
> > > > siga uma dieta normal. O princípio ativo — já
> > comercializado
> > > em medicamentos
> > > > para diabéticos e como suplemento alimentar — é o
> > > resveratrol, substância
> > > > encontrada na casca da uva roxa. É sua presença que confere ao
> > > vinho tinto
> > > > benefícios ao coração. E explica o que os cientistas chamam de
> > > "paradoxo
> > > > francês": a baixa mortalidade por doenças cardíacas na
> > > França, mesmo com uma
> > > > dieta tão rica em gordura. Graças ao hábito comedido que a
> > > população tem de
> > > > beber vinho quase que diariamente. Além dos benefícios ao
> > > coração, também há
> > > > evidências de que o resveratrol reduza o risco de Alzheimer,
> > > derrame,
> > > > diversos tipos de câncer, perda de audição e osteoporose —
> > > todos problemas
> > > > comuns no envelhecimento. Já provocar o aumento dos anos de vida
> > > é algo que
> > > > ainda precisa ser provado em humanos. Mas o resultado em animais se
> > > mostrou
> > > > estimulante.
> > > >
> > > > VIDA LONGA - E MAIS FELIZ
> > > >
> > > > Se a ciência de fato nos fizer passar dos 75 com saúde e
> > > disposição nos fará
> > > > felizes como nunca seríamos. Um estudo publicado ano passado por
> > > > pesquisadores das universidades de Stony Brook e Princeton, nos EUA,
> > > traçou
> > > > um paralelo entre bem-estar e idade. Surpresa: nosso auge de
> > > contentamento
> > > > seria após os 74. Os resultados formam o que os pesquisadores de
> > > felicidade
> > > > chamam de curva U (abaixo). Os idosos sentiriam menos raiva e
> > estresse
> > > do
> > > > que os jovens e teriam menos preocupações do que os adultos
> > > médios. Pois,
> > > > com a idade, as pessoas lidam melhor com conflitos e controlam as
> > > emoções. É
> > > > a sabedoria. Os pesquisadores também sugerem que a saída dos
> > > filhos de casa
> > > > diminui problemas familiares e financeiros. A ciência está
> > > fazendo sua
> > > > parte, agora falta lazer, trabalho e INSS para que os mais longevos
> > > possam
> > > > curtir tranquilos a melhor parte da vida.
> > > >
> > > > Em 2006, pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard realizaram
> > > estudos
> > > > liderados por David Sinclair — não por acaso, fundador da
> > > Sirtris
> > > > Pharmaceutical, hoje pertencente à gigante inglesa
> > GlaxoSmithKline.
> > > No
> > > > experimento, cientistas superalimentaram roedores com uma dieta rica
> > > em
> > > > gordura. Em paralelo, forneceram a eles doses de resveratrol. As
> > > cobaias
> > > > ficaram obesas. Ainda assim, seu tempo de vida se estendeu a um
> > > patamar
> > > > igual ao dos ratos que comiam com restrição. Para obter esses
> > > efeitos com
> > > > vinho seriam necessárias 300 taças por dia, ou seja, algo
> > > impensável até
> > > > para o mais bebum dos seres humanos. O que justifica a corrida da
> > > indústria
> > > > farmacêutica atrás das pílulas.
> > > >
> > > > Os medicamentos que imitam dietas metódicas serão uma
> > > aplicação mais
> > > > concreta dos pioneiros estudos sobre antienvelhecimento. A primeira
> > > > importante pesquisa científica que provou que restringir calorias
> > > poderia
> > > > prolongar a vida foi divulgada em 1934. O estudioso de nutrição
> > da
> > > > Universidade de Cornell, Estados Unidos, Clive McCay, manteve ratos
> > em
> > > um
> > > > estado de quase fome por quatro anos e os assistiu viver 85% mais
> > > tempo do
> > > > que a média. Um dos animais chegou aos 3 anos e 9 meses de idade.
> > > Como,
> > > > cinco anos antes, dois cientistas tinham ganhado o Prêmio Nobel
> > > pela
> > > > descoberta das vitaminas, pareceu uma pequena heresia dizer que
> > passar
> > > um
> > > > pouco de fome poderia nos fazer bem. Mais recentemente, no início
> > > dos anos
> > > > 2000, cientistas do Centro Nacional de Pesquisa em Primatas de
> > > Wisconsin
> > > > revelaram bons resultados com macacos mantidos em uma dieta 30%
> > menos
> > > > calórica do que seus colegas. Além de magros, estavam no auge
> > da
> > > vida.
> > > > Enquanto os que comiam normalmente se movimentavam lentamente e viam
> > > cair
> > > > mais pelos, entre outros sinais de velhice.
> > > >
> > > > Em 2015, 2016, com o medicamento nas farmácias, a Sirtris deve se
> > > tornar a
> > > > indústria referência em antienvelhecimento. Além do
> > > resveratrol, seus
> > > > laboratórios estudam outra substância capaz de imitar os
> > efeitos
> > > de uma
> > > > dieta de baixa caloria: a rapamicina. Hoje usado para evitar
> > > rejeição em
> > > > transplante de órgãos, o princípio ativo fez com que ratos
> > de
> > > meia-idade
> > > > vivessem de 28% a 38% mais tempo, segundo um estudo divulgado pela
> > > revista
> > > > Nature em meados de 2009. Mais uma pesquisa que mostra que há
> > > esperanças
> > > > para prolongar a vida mesmo quando o corpo já está desgastado.
> > > Esta também é
> > > > a promessa da medicina regenerativa.
> > > >
> > > > Crédito: Maná E.D.I.
> > > >
> > > >
> > > > BIOENGENHARIA
> > > >
> > > > No ano passado, um grupo de mulheres teve uma oportunidade de ouro:
> > > após
> > > > serem mutiladas devido ao câncer de mama, viram crescer seios
> > 100%
> > > naturais,
> > > > a partir de suas próprias células. A técnica que soa como
> > > milagre foi
> > > > desenvolvida após quase uma década de estudos pela empresa de
> > > biotecnologia
> > > > americana Cytori Therapeutics, que pretende trazer o método para
> > o
> > > Brasil
> > > > ainda este ano. Permite dupla recauchutagem: as células que
> > dão
> > > origem ao
> > > > novo seio são extraídas de uma cirurgia plástica para tirar
> > > gordurinhas
> > > > indesejadas. O procedimento começa com uma lipoaspiração, por
> > > exemplo, na
> > > > barriga. Da gordura são colhidas células-tronco, capazes de se
> > > multiplicar
> > > > para gerar tecidos de outras partes do corpo, como a mama. Elas
> > > são, então,
> > > > aplicadas na região do peito. Conforme crescem, formam um novo
> > > seio, sem
> > > > risco de rejeição.
> > > >
> > > > A descoberta de células-tronco na gordura foi um grande avanço
> > > para a
> > > > medicina regenerativa. Somente no Brasil, são realizadas mais de
> > > 200 mil
> > > > lipoaspirações por ano. No ano passado, Radovan Borojevic,
> > diretor
> > > do
> > > > Programa Avançado de Biologia Celular Aplicada à Medicina da
> > > UFRJ,
> > > > conseguiu, de forma inédita no Brasil, autorização da
> > > Comissão Nacional de
> > > > Ética em Pesquisa (Conep) para manipular células-tronco de
> > > gordura. "Esse
> > > > material pode garantir reserva para a velhice, para sanar as
> > > doenças
> > > > naturais do passar dos anos e até diminuir as rugas", diz. Quem
> > > fizer uma
> > > > lipoaspiração aos 20, por exemplo, pode chegar aos 60 e usar as
> > > células
> > > > guardadas para preencher a pele envelhecida e se livrar dos pés
> > de
> > > galinha.
> > > > Como as células terão a memória de sua juventude, será
> > > possível fazer o que
> > > > nenhum cosmético ou Botox jamais conseguiu: ter cara de 20, aos
> > 60.
> > > O
> > > > procedimento, cujo efeito dura de quatro a cinco anos, já está
> > > em fase de
> > > > testes. Em três meses, Borojevic realizou 70 implantes de
> > > células antirrugas
> > > > — os interessados podem se inscrever para os testes no Instituto
> > > de Ciências
> > > > Biomédicas da UFRJ. Mas esta é apenas a mais frívola das
> > > promessas da
> > > > bioengenharia. "Com as técnicas, vamos envelhecer muito melhor do
> > > que os
> > > > nossos avós", afirma Borojevic.
> > > >
> > > > Experimentos em humanos mostraram que o implante de
> > células-tronco
> > > pode
> > > > reparar órgãos vitais. Entre eles, o coração, que teria
> > > benefícios como o
> > > > aumento da quantidade e bombeamento de sangue após infartos,
> > > diminuição da
> > > > área de tecidos mortos e melhora da capacidade respiratória em
> > > casos de
> > > > doenças cardíacas crônicas. Outro resultado positivo é a
> > > redução da
> > > > incontinência urinária em pacientes que passaram por cirurgias
> > > de próstata.
> > > > "A medicina regenerativa para problemas do envelhecimento será de
> > > fato
> > > > composta por peças de substituição", afirma o gerontologista
> > > inglês criador
> > > > da Fundação Sens, de estudos de biotecnologia para
> > > rejuvenescimento, Aubrey
> > > > de Grey, polêmico, entre outras coisas, por afirmar que a velhice
> > > é uma
> > > > doença à espera de cura.
> > > >
> > > > A HORA DA MORTE
> > > >
> > > > Com sua aparência de Matusalém, apesar dos 47 anos de idade,
> > De
> > > Grey
> > > > acredita que podemos ser imortais e que os homens que vão viver
> > mil
> > > anos já
> > > > nasceram. Passar mais tempo na Terra do que o próprio personagem
> > > bíblico,
> > > > que teria morrido aos 969, seria possível graças ao
> > > desenvolvimento da
> > > > engenharia para impedir que nossas células envelheçam e da
> > > reposição de
> > > > órgãos e tecidos. "Uma vez que a medicina regenerativa se
> > > desenvolver, o
> > > > limite biológico do corpo desaparecerá." A ideia gerou tanta
> > > controvérsia na
> > > > comunidade científica que, em 2005, o Massachusetts Institute of
> > > Technology
> > > > (MIT) lançou um concurso que premiaria com US$ 20 mil quem
> > > conseguisse
> > > > provar que a tese de Aubrey era descabida. Cinco inscrições foram
> > > analisadas
> > > > por um júri composto por cabeças como o geneticista Craig
> > > Venter. Ninguém
> > > > levou o prêmio.
> > > >
> > > > A crença de que a ciência e a tecnologia nos permitirão
> > > redesenhar o próprio
> > > > corpo para nos fazer viver muito mais, até indefinidamente, guia
> > > uma
> > > > corrente filosófica chamada transhumanismo. Os seguidores do
> > > pensamento
> > > > acreditam que por meio de áreas de conhecimento emergentes como
> > > > biotecnologia, inteligência artificial, robótica e
> > > nanotecnologia, poderemos
> > > > superar a própria condição humana. "O homem não é o
> > final
> > > da evolução
> > > > biológica, e sim o começo de uma evolução tecnológica",
> > > afirma o engenheiro
> > > > venezuelano formado pelo MIT e que já trabalhou para a Nasa,
> > > José Cordeiro,
> > > > grande divulgador do transhumanismo na América Latina. Ele
> > acredita
> > > que
> > > > assistiremos à morte da morte — e que não há nada de
> > > antinatural nisso. "O
> > > > propósito da vida é mais vida. Além do mais, ninguém
> > quer
> > > morrer, ainda mais
> > > > se tiver a oportunidade de não ficar velho."
> > > >
> > > > A visão de que vale a pena manipular nosso corpo a qualquer custo
> > > para ser
> > > > jovem para sempre encontra olhares críticos. "Essa pretensão
> > de
> > > vida eterna
> > > > é um erro existencial, uma arrogância do homem em querer
> > > inventar uma vida
> > > > que não é sua. Pois a finitude é um atributo da nossa, e
> > é
> > > o que a faz ser
> > > > boa", afirma o cientista político Clóvis de Barros Filho,
> > > professor de ética
> > > > da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo
> > > (USP). "É uma
> > > > ilusão narcisista acreditar que se vai viver em gozo eternamente.
> > > Ficar dos
> > > > 60 aos 120 anos curtindo aposentadoria e nunca aceitar o dissolver,
> > > que é o
> > > > nosso destino", diz a filósofa e terapeuta Regina Favre, de
> > São
> > > Paulo, que
> > > > acredita que a busca pela longevidade sem fim seja fruto da
> > > solidão, do
> > > > desamparo e do medo gerado pelos problemas da velhice e proximidade
> > da
> > > > morte. Ou como escreveu o escritor argentino Jorge Luis Borges
> > > (1899-1986)
> > > > no conto O Imortal, publicado no livro O Aleph: "Dilatar a vida dos
> > > homens é
> > > > como dilatar sua agonia e multiplicar o número de suas mortes".
> > > >
> > > > Mesmo que a medicina conseguisse fazer com que as pessoas tivessem
> > > saúde e
> > > > disposição para trabalhar até os 100, provavelmente não
> > > haveria mercado para
> > > > todos. Com uma superpopulação de idosos, a previdência social
> > > certamente
> > > > iria quebrar. "Não adianta chegarmos aos 200 anos se não
> > > resolvermos esses
> > > > problemas", diz a presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e
> > > > Gerontologia, Silvia Regina Mendes Pereira, que acha positivo o
> > > esforço dos
> > > > cientistas para evitar doenças como diabetes ou Alzheimer, desde
> > > que a
> > > > qualidade de vida seja encarada de forma global. "E isso passa por
> > > vários
> > > > aspectos. Um deles, sim, é a saúde, mas também há o
> > > psicológico e o social."
> > > >
> > > >
> > > > As transformações no mundo caso as pessoas passem a viver
> > > décadas ou até
> > > > séculos a mais são inevitáveis. Mas, para De Grey,
> > > compensaria enfrentá-las.
> > > > "Essas dificuldades não superam os benefícios da eliminação
> > > de doenças
> > > > relacionadas à idade, como problemas cardiovasculares e
> > câncer",
> > > afirma.
> > > > Mesmo porque esses problemas terão que ser pensados de imediato.
> > > Pois, antes
> > > > mesmo das pirotecnias científicas se tornarem realidade, a
> > > longevidade no
> > > > mundo só cresce. Para se ter ideia, vivemos 25 anos a mais do que
> > > um século
> > > > atrás. Nos países desenvolvidos, a expectativa de vida aumenta
> > > cinco horas
> > > > por dia. Ou seja, já há motivos suficientes para a ciência
> > se
> > > preocupar com
> > > > os muitos que, em tempos anteriores às pílulas que simulam
> > fome
> > > ou injeções
> > > > de enzimas e células-tronco, fazem muito mais aniversários do
> > > que um dia
> > > > nossos avós jamais poderiam imaginar.
> > > >
> > > > O profeta da imortalidade
> > > >
> > > > O cientista do envelhecimento Aubrey de Grey afirma que, em 2030,
> > > estaremos
> > > > vivendo até os 130 anos. E que os homens que farão mil
> > > aniversários já
> > > > nasceram. A seguir ele conta como isso será possível
> > > >
> > > > * Por que envelhecemos?
> > > > Aubrey de Grey: Porque o corpo humano, como qualquer máquina,
> > causa
> > > danos a
> > > > si mesmo como efeito colateral natural de sua operação. Esse
> > > prejuízo se
> > > > acumula ao longo da vida. Por um longo tempo quase não afeta a
> > > habilidade do
> > > > corpo para funcionar, mas, eventualmente, provoca doenças e
> > > incapacidade.
> > > >
> > > > * As pessoas que viveriam mil anos precisariam constantemente
> > > substituir
> > > > peças, como um robô?
> > > > De Grey: De fato, a maior parte das técnicas serão compostas
> > por
> > > peças de
> > > > substituição, mas a um nível microscópico. Em alguns casos,
> > > podemos trocar
> > > > órgãos inteiros. Porém, mais frequentemente, serão
> > > células ou moléculas.
> > > >
> > > > * Mesmo pessoas sedentárias, com excesso de peso e estressadas
> > > serão capazes
> > > > de viver mais?
> > > > De Grey: A medicina regenerativa vai permitir que as pessoas
> > > ultrapassem por
> > > > uma larga margem a longevidade que qualquer um consegue atualmente,
> > > mesmo
> > > > com a melhor vida possível, mesmo aqueles com uma genética
> > > privilegiada.
> > > > Então, sim, estas terapias irão funcionar em todos, mesmo
> > > naqueles com um
> > > > estilo de vida ruim.
> > > >
> > > > * Existe limite biológico para a vida dos seres humanos?
> > > > De Grey: Há de fato um limite biológico para quanto tempo as
> > > pessoas podem
> > > > viver, porque certos aspectos do nosso metabolismo, como a
> > > respiração, são
> > > > inevitáveis e acumulam danos moleculares e celulares. Porém,
> > uma
> > > vez que se
> > > > desenvolvam técnicas de bioengenharia para reparar esses danos,
> > > não haverá
> > > > mais limite para a vida do homem.
> > > >
> > > > * Como lidar com as consequências sociais de se ter uma
> > > superpopulação?
> > > > De Grey: A eliminação do envelhecimento vai mudar o mundo. E
> > > precisaremos
> > > > agir diante de muitas dessas transformações. No entanto, essas
> > > dificuldades
> > > > não superam os benefícios da eliminação de doenças como
> > > câncer e problemas
> > > > cardiovasculares.
> > > >
> > > > * Viver mais significa viver melhor?
> > > > De Grey: Não necessariamente. Mas o trabalho em minha fundação
> > > de estudos em
> > > > engenharia de rejuvenescimento, a Sens, foca em viver melhor, ou
> > seja,
> > > adiar
> > > > o processo das doenças da velhice. A longevidade será um
> > efeito
> > > colateral:
> > > > só ocorrerá porque as pessoas serão mantidas saudáveis.
> > > >
> > > > * Você aplica técnicas de medicina regenerativa em si mesmo?
> > > Já testou
> > > > alguma?
> > > > De Grey: Estou ansioso para me beneficiar destas terapias. Não
> > > faço isso
> > > > simplesmente porque, na prática, elas ainda não existem.
> > > >
> > >
> >
>



SUBJECT: [ciencialist] Generalidades sobre cosmologia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2012 11:59


Os últimos temas versaram sobre cosmologia e como sempre temos 'iniciantes' a convergirem para a C-List, pensei em colocar um apanhado sobre o tema. Usarei um arquivo que encontrei lá na pasta dos amontoados de 2003 e dei uma reajeitada nele. Nada completo, porém uma página pautada para que os colegas complementem com suas observações e atualizações. Apesar de nada excessivamente extenso colocarei em 3 e-mails para pausar a leitura.
Aquele abraço,
Léo
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Generalidades sobre cosmologia

O que podemos observar?
A ilustração (1) é um esquema da parte do universo que podemos observar da Terra. Os círculos representam camadas esféricas, com um número indicando sua distância em anos-luz. Ela já pressupõe interpretações teóricas, ou ao menos algum processamento mental, pois nossos sentidos não percebem diretamente distâncias astronômicas. Nossa visão direta do céu não indica profundidade na direção da observação: o Sol, a Lua, as estrelas
α e β do Cruzeiro do Sul (distantes respectivamente 260 e 490 anos-luz) aparentam estar todos à mesma distância de nós.
 

Ilustração (1) -  Esquema da parte do universo que podemos observar. Cada círculo representa uma camada esférica, com a distância indicada em anos-luz.

Consideremos o círculo marcado 5 bilhões (5 bilhões = 5000 milhões = 5 000 000 000 = 5.109 anos-luz) na ilustração . Os objetos, como galáxias e quasares, situados nessa camada, são observados por nós na forma que tinham 5 bilhões de anos atrás. Ou seja, cada círculo representa uma região do cosmo em uma certa época. (Mas na escala de hoje, que leva em conta a expansão do espaço.) Não podemos ver como era em qualquer época uma dada região.  O círculo externo é a parte mais distante, a cerca de 15 bilhões de anos-luz, e portanto mais antiga, que pode ser observada através de radiação eletromagnética.

Os números da ilustração (1) são aproximados, mas todos se baseiam na teoria da expansão do universo, conhecida como 'Big Bang' (BB), ou, tecnicamente, como teoria padrão do universo. Outras observações que são explicadas pela teoria do BB são as densidades relativas dos elementos leves, hidrogênio, hélio e lítio, no universo, e a chamada radiação cósmica de fundo, que se origina na esfera máxima da ilustração (1).

Acontece que o BB tem muitas variantes. A ideia básica do cosmo como algo semelhante ao resultado de uma grande explosão continua sendo a mais aceita pelos especialistas, mas quanto aos detalhes há muitas
possibilidades e incertezas. Antes de abordar esses modelos, uma observação: não confundir a cosmologia relativística com a teoria da relatividade geral criada por A. Einstein em 1915. Esta última é uma teoria da força gravitacional, enquanto a cosmologia einsteiniana baseia-se na relatividade geral combinada com outras hipóteses, como a homogeneidade e a isotropia da distribuição de matéria em grandes escalas e a equação de estado dessa matéria. Estas hipóteses adicionais podem ser mais ou menos verdadeiras, daí a variedade de modelos, todos baseados na relatividade geral.

Modelos de Friedmann e de Einstein-de Sitter
A. Friedmann, usando as hipóteses de homogeneidade e isotropia da matéria, construiu dois modelos em que a geometria do espaço cósmico (tecnicamente, a geometria das seções espaciais 3-dimensionais do espaço-tempo 4-dimensional) tem curvatura positiva (fechado, 1922) ou negativa (aberto, 1924). A curvatura é uma quantidade geométrica que vem da teoria das superfícies curvas. Destas, a mais simples é a da esfera, que tem curvatura igual ao inverso do raio ao quadrado ( ρ = 1/r2 ).
Observe, a seguir, uma caracterização dessas geometrias em termos de triângulos retilíneos.

Ilustração (2). Triângulo "retilíneo" nas três geometrias de curvatura constante.

No século XIX haviam sido descobertas as chamadas geometria hiperbólica e geometria esférica, diferentes da geometria euclidiana comum. Um teorema bem conhecido da geometria euclidiana, que tem curvatura
nula, diz que a soma dos ângulos internos de um triângulo retilíneo é igual a 180 graus. Na geometria esférica essa soma é maior que 180 graus, e na geometria hiperbólica ela é menor que 180 graus. A ilustração  (2) representa o triângulo euclidiano corretamente, dentro das limitações do desenho. Para os triângulos esférico e hiperbólico as ilustrações são distorcidas, por causa da curvatura: os lados representados por curvas são geodésicas - que são as "retas" nessas geometrias, por exemplo o equador e os meridianos num globo terrestre.

Modelo de Friedmann esférico ou fechado
Nesta versão, a densidade média de matéria é maior que uma certa densidade crítica da teoria, que corresponde a cerca de cinco vezes a massa de um átomo de hidrogênio por metro cúbico. Usa-se a letra grega
Ω (ômega) para a densidade de matéria em unidades da densidade crítica. Portanto, Ω é um número maior do que um no modelo esférico. A seção espacial ou 3-espaço é representado por uma hiperesfera: assim como a esfera é uma superfície finita, de duas dimensões (latitude e longitude), imersa no espaço euclidiano comum, a 'hiperesfera' é uma hipersuperfície finita, de três dimensões (distância, latitude e longitude), imersa em um espaço euclidiano abstrato de quatro dimensões, que não é intuitivo. Vamos nos limitar a considerar a esfera comum, que seria um "plano" na hiperesfera.

 Ilustração (3). Expansão e contração no modelo de Friedmann esférico: A->B->C-^D-^E. Em B, C, D os pequenos pontos representam galáxias.

A ilustração (3) representa grosseiramente a evolução deste modelo, por meio de um balão esférico cujo raio inicialmente (A) tem um diâmetro mínimo ("quase nulo"), expande-se até B e chega a um valor máximo em C, para depois se contrair até D, e se extinguir em E, novamente com raio mínimo. Em B, C, D as manchas coloridas sobre o balão representam estruturas como galáxias ou seus aglomerados. As distâncias entre esses objetos é proporcional ao raio do balão, isto é, primeiro aumentam e depois se contraem. Na época atual, estaríamos no estágio B, portanto em estado de expansão.

Modelo de Friedmann hiperbólico ou aberto
Neste caso, densidade média é menor que a densidade crítica, portanto Ω é uma fração da unidade. O análogo da ilustração (3) é a ilustração  (4). A expansão continua sempre, embora com velocidade cada vez menor, ou seja, a expansão é desacelerada ou freada. A seção espacial é o espaço hiperbólico infinito.

Ilustração (4). Expansão no modelo de Friedmann hiperbólico: A-> B -> C -> D ->...

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SUBJECT: [ciencialist] Generalidades sobre cosmologia - parte 2
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DATE: 20/04/2012 12:05



Modelo de Einstein-de Sitter
Este modelo (1932), supõe que a densidade de matéria é exatamente a densidade crítica, portanto que Ω = 1. Sua evolução é representada na ilustração (5). O espaço 3-dimensional (seção espacial) é agora o espaço euclidiano infinito.
Com relação às ilustrações. (3) a (5), costuma-se dizer que as galáxias permanecem fixas no espaço, enquanto este se dilata ou contrai; por isso as primeiras afastam-se ou aproximam-se umas das outras. O modelo de Einstein-de Sitter é, às vezes, chamado modelo de Friedmann de curvatura nula. Ou seja, a expressão modelos de Friedmann pode designar as três teorias que acabamos de descrever. É realmente de se estranhar o 'por que' o próprio Friedman não tratou do caso euclidiano, que é o mais simples dos três.

Ilustração (5). Expansão no modelo de Einstein-de Sitter: A -> B -> C -> D ->...

Na ilustração (6), vemos um gráfico da evolução do fator de escala ou de expansão nos três modelos de Friedmann. Esse fator mede o grau de expansão ou contração. Por exemplo, se em certa época o fator é o dobro de seu valor em outra época, então a distância entre duas galáxias na primeira é o dobro da distância entre elas na segunda. Notem que as três linhas se curvam para baixo, o que matematicamente significa desaceleração. Esta é produzida pela atração gravitacional das partes do universo entre si.

Ilustração  6. Fator de escala nos modelos de Einstein-de Sitter (a curva do meio), de Friedmann esférico (em baixo) e Friedmann hiperbólico (no topo).

A lei de Hubble
O afastamento das galáxias previsto por Friedmann foi confirmado pelas observações, realizadas por V. Slipher, do deslocamento para o vermelho (ou redshift) da luz proveniente das galáxias, e pelas distâncias de
galáxias medidas por E. Hubble, ambos resultados publicados na década de 1920. Em 1928, H. Robertson formulou a lei que ficou conhecida como lei de Hubble: "a velocidade de afastamento das galáxias é proporcional à sua distância" .
Essa lei exprime a chamada expansão do universo, que os três modelos acima prevêem, mas com diferenças nos valores numéricos. Notar nas ilustrações. de (3) a (5) que esse afastamento das galáxias não é só com relação a nós na Terra, mas de todas as galáxias entre si.
Em 1948, foi proposta por H. Bondi e T. Gold uma teoria estacionária do cosmo, que também previa a expansão mas não o BB. Ela foi praticamente abandonada com a comprovação, em 1965, da previsão da radiação de fundo, que é explicada de modo natural nos modelos BB. Também contribuiu para isso a confirmação da previsão destes quanto à abundância do elemento químico hélio no universo.

Os três modelos acima, de Friedmann e Einstein-de Sitter, todos provêm uma expansão do universo que está desacelerando. Ou seja, a velocidade da expansão está sempre diminuindo. Isso se deve a que a única
força atuante é a atração gravitacional, que freia a grande velocidade inicial. Até há poucos anos, os teóricos achavam que esta previsão estava correta, e apenas se dividiam em duas preferências principais:
-- uma corrente, ligada aos astrofísicos, acreditava numa baixa densidade de matéria, algo como 30% da densidade crítica, e que portanto o modelo apropriado era o de Friedmann hiperbólico;
-- outra, principalmente dos físicos trabalhando na teoria dos campos, preferia a de Einstein-de Sitter.

Então, lá por 1998, apareceu um novo resultado, espetacular já que ninguém o esperava. Da observação de estrelas supernovas distantes, dois grupos independentes, liderados por A. G. Riess e S. Perlmutter, chegaram à conclusão de que a expansão do universo não está freando, ela está acelerando! (Aguarde, mais à frente teremos uma noção do princípio desta descoberta.) Iniciou-se, então, a atual fase de frenética
pesquisa para adaptar o BB a esse novo fato.

Por que tanto alvoroço diante deste novo fato? Para o cientista não se trata de uma observação isolada, é, antes, mais uma peça na investigação das leis naturais. E para todos nós, habitantes do Universo, é importante conhecer os detalhes desta nossa casa!

A constante cosmológica e os modelos de Lemaître e de Sitter .
Em 1917, quando ainda não se conhecia a expansão do universo, Einstein construiu um modelo cosmológico estático. Para isso ele usou sua própria teoria da gravitação, "com uma pequena modificação". Esta
modificação foi acrescentar, na equação do campo gravitacional, a chamada constante cosmológica, o que equivale a acrescentar à densidade de matéria uma outra densidade de energia invisível, que pode ser
chamada energia escura, ou energia do vácuo. Seu valor foi ajustado de modo a funcionar como uma força repulsiva e assim contrabalançar a atração gravitacional da matéria comum, permitindo modelar um cosmo sem expansão nem contração. Essa constante, designada pela letra grega λ (lambda), ficou famosa pela frase de Einstein "a maior burrada de minha vida": sem a modificação ele poderia ter previsto a expansão cósmica, detectada onze anos depois. Por outro lado λ tinha fundamento matemático sólido; tanto assim que foi usada em dois modelos, descritos abaixo, que por muito tempo só tiveram interesse teórico formal, mas que atualmente fazem parte da pesquisa de fronteira.

O modelo de W. de Sitter (1917) não contém matéria, mas apenas uma constante cosmológica. Seu fator de expansão cresce exponencialmente (isto é, muito rapidamente), e o espaço é euclidiano. Na década
de 1980, apareceu o chamado cenário inflacionário do universo primordial, que supõe uma época muito curta, logo após o nascimento do universo, em que este se expandiu de forma muitíssimo rápida, segundo o modelo de Sitter, antes de começar a fase de expansão 'normal', que é descrita pelos modelos de Friedmann e seus sucessores. Na ilustração (7) vemos a evolução do modelo de de Sitter, com expansão sempre acelerada: no gráfico, curvatura para cima.

 Ilustração (7). Expansão exponencial no modelo de de Sitter.

No modelo original de G. Lemaître (1927), a constante cosmológica tem um valor maior que no de Einstein. Ele tem expansão, primeiramente desacelerada, depois acelerada, com uma época de "hesitação" no
meio. Generaliza-se o modelo original para quaisquer valores de λ, e resultam as mesmas variantes geométricas dos modelos de Friedmann, que podem ser
chamadas modelos de Friedmann-Lemaître (FL). Na ilustração (8), temos um gráfico do fator de evolução de algumas das variantes de Friedmann-Lemaître, todas com λ positivo e, no caso esférico, λ maior que o valor usado por Einstein; o que significa uma força repulsiva suficiente para vencer a atração gravitacional, daí a aceleração final da expansão. Para λ menor que o valor de Einstein no caso esférico, e λ negativo em qualquer caso - atração extra! - temos apenas desaceleração e o colapso final, como no Friedmann esférico.

Ilustração (8). Expansão em modelos de Friedmann-Lemaître com constante cosmológica positiva, e, no caso esférico,maior que no modelo estático de Einstein. De baixo para cima, espaços esférico, euclidiano e hiperbólico.

Com a descoberta da aceleração da expansão - que ainda não foi suficientemente confirmada - a constante λ voltou à pesquisa de fronteira, como um dos possíveis recursos para encaixar essa aceleração no esquema do BB.

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Segue e-mail 3
 
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SUBJECT: [ciencialist] aguarde ....
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DATE: 20/04/2012 12:07

parte 3 só para 2a ou 3a feira ... tô saindo para o rancho ...............
 
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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] A cura do envelhecimento , starvation response, etc.
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/04/2012 12:15

Abordando, bem por cima, a reversão de envelhecimento celular "centenárias" reprogramando-as a se tornarem células tronco.

http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/cientistas-conseguem-reverter-envelhecimento-celular

Marcel







--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@...> escreveu
>
> Vídeo explicativo da Elizabeth Blackburn, bióloga molecular que ganhou prêmio Nobel em 2009 de medicina / fisiologia por estes estudos.
>
> http://www.youtube.com/watch?v=5PU_jZwt8KY
> http://www.youtube.com/watch?v=zqMoDdHWFBA
> http://www.youtube.com/watch?v=auQU_Upl7-M
>
>
> Esqueci de incluir este link da Scientific American, que também é bacaninha.
>
> http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=telomeres-telomerase-and&page=4
>
>
>
> Marcel
>
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@> escreveu
> >
> > Insights sobre como o processo que breca o desenvolvimento de células cancerígenas é justamente o que causa o envelhecimento com a "morte" celular. Um pouco mais sobre o processo que ocorre com os telômeros do cromossomo.
> >
> > Texto do biólogo Roberto Motta Júnior. No links tem imagens explicativas...
> >
> > Marcel
> >
> > ===============
> >
> > http://www.medicinageriatrica.com.br/2006/12/28/teorias-do-envelhecimento-celular/
> >
> > O envelhecimento é um dos maiores enigmas da vida e, ninguém consegue compreendê-lo totalmente. Muitos, em toda a história humana, têm feito as mesmas perguntas sobre o fenômeno: O que é envelhecimento? Por que as pessoas envelhecem? Por que em algumas pessoas determinados órgãos envelhecem mais rapidamente que outros? Podemos retardar, parar ou reverter o envelhecimento?
> >
> > Como a definição de envelhecimento é polêmica, tornam-se até incoerentes propostas de teorias sobre o envelhecimento antes de se chegar a uma definição consensual. Porém, elas existem. Com os avanços da ciência e da tecnologia, nas últimas décadas surgiram várias teorias sobre o envelhecimento, sendo três as principais; a teoria dos radicais livres *, a teoria do desequilíbrio gradual ** e a genética.
> >
> > Os pesquisadores que apóiam a teoria genética propõem que todo o processo de envelhecimento, quer seja de células, órgãos e mesmo de todo o indivíduo, desde o
> > nascimento até a morte, é programado pelos nossos genes. Nessa teoria, o tempo de vida, assim como os outros acontecimentos como, por exemplo, alterações enzimáticas, ligados a esse relógio biológico, podem ser controlados por um ou mais genes específicos contribuindo, de maneira ativa, independente, ou em associação com outros genes, para a longevidade do organismo.
> >
> >
> > Uma das mais conhecidas formulações para essa teoria foi feita por Leonard Hayflick, em 1977. O chamado limite de Hayflick, que afirma que as células irão se dividir e se reproduzir apenas um número limitado de vezes e que esse número é geneticamente programado.
> >
> > As células humanas, eucarióticas, têm cromossomos lineares. Há dificuldades para a replicação das duas extremidades. Embora a fita contínua possa, teoricamente, ser sintetizada até o final de seu molde, a fita retrógrada não pode. Embora isso não seja um problema em uma única replicação, ao longo de muitos ciclos as extremidades dos cromossomos seriam encurtadas, até que genes essenciais fossem perdidos e a célula morreria. Conseqüentemente, a natureza procura impedir a perda contínua do DNA nas extremidades dos cromossomos. Nesse local existem, então, estruturas protetoras especiais, chamadas de telômeros, que contem muitas repetições de uma seqüência de seis nucleotídeos, rica em GUANINA. Os telômeros humanos contem milhares de repetições TTAGGG. O tamanho dos telômeros é mantido por enzimas, chamadas de telomerases, que adicionam repetições de seis nucleotídeos à sua extremidade.
> >
> > Segundo esta teoria, a enzima telomerase é considerada um relógio biológico, um marcador a indicar que a senescência celular irá se instalar inevitavelmente, causando o envelhecimento.
> >
> > A telomerase é uma enzima classificada como transcriptase reversa, composta de uma subunidade de uma proteína que possui um componente interno de RNA que é uma região molde para a produção de DNA. Esta subunidade é identificada por TERT, está na região do C- terminal do polipeptídeo, também na região N-terminal, basicamente na região dos telômeros.
> >
> > O gene de produção da telomerase e o gene conhecido por p 53 devem participar de um sistema eficiente de supressão de tumores, mas em contrapartida, com a diminuição da ação da telomerase, os cromossomos se encurtam na região dos telômeros e, inevitavelmente, por causa da manutenção de um tecido jovem, que necessita de divisões celulares contínuas, surge o envelhecimento, a senescência. Quando a telomerase está atuante, permite a alta capacidade de divisões celulares por mitoses sucessivas, o que seria uma proteção contra a senescência. O envelhecimento seria o preço de uma vida sem câncer.
> >
> > A importância da telomerase como mecanismo reparador anti-envelhecimento celular pode ser constatada em várias doenças, como na progeria. Nesta doença rara, em torno de 100 casos no mundo, ocorre um envelhecimento prematuro em jovens nos quais seus cromossomos apresentam seus telômeros curtos, causando uma senescência nos indivíduos, por aumento na velocidade nas divisões celulares desencadeadas pela ação de um gene recessivo, que impede a função da telomerase, mais uma explicação para essa doença baseada na teoria dos telômeros.
> >
> > A enzima telomerase é considerada um relógio biológico, um marcador a indicar que a senescência celular irá se instalar inevitavelmente. Existem células que não apresentam senescência, em que a divisão celular se mantém com alto potencial de multiplicação, imunes à ação do tempo. São as células germinativas, que estão relacionadas com a perpetuação da vida, as células cancerígenas, que são motivos de estudos para se encontrar a cura definitiva do câncer, e as células tronco, que atualmente são aplicadas aos transplantes para promover regeneração e possível tratamento de doenças que afetam a humanidade.
> >
> > * Teoria dos radicais livres. Esta teoria baseia-se no conceito de que as reações químicas que ocorrem naturalmente no corpo começam a produzir um número de defeitos irreversíveis nas moléculas. Isto se deve a elétrons não pareado na última camada das moléculas formados por compostos contendo por exemplo, o elemento oxigênio, chamados de radicais livres.
> >
> > ** Teoria do desequilíbrio gradual. Esta teoria afirma que o cérebro, as glândulas endócrinas ou o sistema imunológico começam a deixar de funcionar gradualmente, levando a determinados órgãos envelhecer em ritmos diferentes comprometendo o funcionamento dos demais, causando o envelhecimento de todo o organismo.
> >
> > *** Apoptose, processo que se inicia no núcleo da célula, na cromatina onde se encontram os cromossomos aderidos a carioteca, começa uma retração do citoplasma agregando o corpos apoptóticos, que serão englobados por fagocitose, pelas células vizinhas ou macrófagos,todo material da célula é rompido, os ácidos nucléicos não comandam as atividades celulares, formam crateras na membrana plasmática, por onde ocorre a perda de água, a célula se desestrutura, formam corpos apoptóticos que serão eliminados por clasmocitose, ocorre a morte celular.
> >
> > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@> escreveu
> > >
> > > Um pouco sobre Telomerases.
> > > A grosso modo para despertar o interesse;
> > > A replicação (divisão) celular causa o processo de envelhecimento
> > > (senescência), devido à um encurtamento da extremidade
> > > (telõmeros) do cromossomo e sua completa inviabilização (50 a 80
> > > vezes) para novas replicações. Existe uma enzima que está sendo
> > > sintetizada em estudos, que é mais concentrada em nosso organismo na
> > > infância e em células cancerígenas, que, de certa forma,
> > > protege esta "integridade" do cromossomo a cada replicação.
> > > Permitindo assim, que ocorra um número muitíssimo maior de
> > > replicações, e consequentemente uma grande desaceleração do
> > > envelhecimento, e até o retrocesso do mesmo.
> > > É diferente do Resveratrol, que apenas desacelera o processo de
> > > replicação celular no organismo, devido à resposta à dieta de
> > > baixa caloria (fome).
> > > Ver abaixo;
> > >
> > > http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2011/01/110126_envelhecimento_rc\
> > > .shtml
> > > Cientistas vêm pouco a pouco desvendando os segredos do
> > > envelhecimento e alguns sugerem que em breve poderão desenvolver
> > > tratamentos para reduzir a velocidade ou mesmo reverter o processo.
> > > No ano passado, uma equipe do Instituto do Câncer Dana-Farber, de
> > > Boston, nos EUA, divulgou na revista científica Nature um estudo no
> > > qual diz ter conseguido reverter o processo de envelhecimento em
> > > camundongos.
> > > Eles manipularam cromossomos presentes nos núcleos de todas as
> > > células. O alvo principal da ação era a proteção dos
> > > telômeros. Os telômeros são estruturas presentes nas
> > > extremidades dos cromossomos. Eles protegem os cromossomos de
> > > possíveis danos, mas também diminuem de tamanho com a idade,
> > > até que as células não conseguem mais se reproduzir.
> > > A equipe do professor Ronald DePinho manipulou as enzimas que regulam os
> > > telômeros, as telomerases, obtendo resultados significativos. Com o
> > > estímulo às enzimas, os camundongos pareciam fazer o relógio
> > > biológico "andar pra trás".
> > > "O que esperávamos era uma estabilização do processo de
> > > envelhecimento, mas ao contrário, observamos uma reversão dos
> > > sinais e sintomas de envelhecimento", disse ele à BBC.
> > > "Os cérebros destes animais cresceram em tamanho, aumentaram sua
> > > cognição, suas peles ganharam mais brilho e a fertilidade foi
> > > restaurada."
> > > Humanos
> > > Obviamente, aplicar estes princípios em humanos será um desafio
> > > bem maior. As telomerases já foram ligadas à incidência de
> > > câncer.
> > > Muitos acreditam que as mitocôndrias possam desempenhar um papel bem
> > > maior no processo de envelhecimento. As mitocôndrias - material
> > > genético contido na célula, mas fora do núcleo - são as
> > > "usinas de energia" das células, mas também geram produtos
> > > químicos que são ligados ao envelhecimento. Há ainda o papel
> > > desempenhado por radicais livres - moléculas ou átomos altamente
> > > reativos que atacam o corpo humano.
> > > Apesar de estarmos apenas começando a compreender como funciona o
> > > envelhecimento, alguns cientistas já testam tratamentos em humanos.
> > > O professor David Sinclair é pesquisador de um laboratório
> > > especializado em envelhecimento da escola de Medicina da Universidade de
> > > Harvard.
> > > Ele e seus colegas vêm trabalhando em uma droga sintética chamada
> > > STACs (ou Sirtuin activating compounds).
> > > Estudos em camundongos obesos indicam que as STACs podem restaurar a
> > > saúde e aumentar a expectativa de vida dos animais. Já foram
> > > iniciados testes em humanos.
> > > Há também estudos sobre o resveratrol, um antioxidante encontrado
> > > naturalmente no vinho tinto, que indicam que ele reduz o colesterol.
> > > Sinclair diz que estas pesquisas "não são uma desculpa para comer
> > > batata frita o dia todo em frente à TV, mas uma forma de aumentar o
> > > modo de vida sadio e explorar as potencialidades de um corpo
> > > saudável".
> > > "Não mudamos a quantidade de comida ingerida, os camundongos comem
> > > normalmente, mas seus corpos não sabem que eles estão gordos e
> > > seus órgãos e até a expectativa de vida são iguais a de um
> > > animal sadio", disse ele.
> > > Questões éticas
> > > Mas é correto fazer experiências em algo tão fundamental como
> > > envelhecer? Quais são as questões éticas envolvidas?
> > > O professor Tim Spector, do hospital Kings College em Londres, que
> > > também faz pesquisas na área, diz que o foco não é aumentar
> > > a duração da vida, mas prolongar a saúde.
> > > "Não interessa muito prolongar a vida se isto significar que você
> > > terá tanta artrite, por exemplo, que não poderá sair de casa",
> > > disse ele.
> > > "Mas ao entender o processo de envelhecimento, podemos ajudar no combate
> > > a artrite, diabetes, doenças cardíacas, todas os males ligados ao
> > > envelhecimento", disse ele.
> > > Já o professor James Goodwin, do programa Age UK de amparo à
> > > terceira idade do governo britânico, diz que a questão levantada
> > > pelas pesquisas é se seus resultados vão ser acessíveis a todos
> > > ou apenas aos mais ricos.
> > > "Será que todos vão poder se beneficiar desta tecnologia?",
> > > pergunta
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009"
> > > <marcelleandro2009@> escreveu>> > Victor,> > > Será que nós,
> > > daqui do fórum, ainda poderemos nos beneficiar> desses avanços> >
> > > da medicina?> > Provavelmente algum benefício sim. Segundo pesquisas,
> > > que enviei> anteriormente uma matéria a respeito, bastaria uma boa
> > > dieta de baixa> caloria para termos efeitos positivos. Sem considerar
> > > alguns suplementos> (e alimentos), ainda a serem melhor avaliados, que
> > > já existem no> mercado.> > > > Marcel> > > >> > Suspeito que as
> > > respostas para essa perguntinha ficarão aí por> volta de> >
> > > "naaaão!"> >> >> >> > Acho que a maioria de nós vai ficar, com
> > > sorte, é na média> mesmo!> >> >> >> > Particularmente, só quero
> > > chegar lá se com tudo em cima e> lúcido para> > continuar
> > > "heresiando às avessas"...> >> >> >> > Senão, cadê a graça?>
> > > >> >> >> > Sds,> >> > Victor.> >> >> >> >> >> > De:
> > > ciencialist@yahoogrupos.com.br> [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]>
> > > > Em nome de marcelleandro2009> > Enviada em: sexta-feira, 16 de
> > > março de 2012 17:49> > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br> >
> > > Assunto: [ciencialist] A cura do envelhecimento , starvation response,>
> > > etc.> >> >> >> >> >> >>
> > > http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,ERT204682-17773,00.htm\
> > > \> l> >> > A cura do envelhecimento> >> > Pílulas, células-tronco,
> > > dietas e tratamentos para evitar> doenças e> > regenerar
> > > órgãos. Conheça as novas armas da ciência para> nos manter
> > > com> > aparência jovem para sempre> >> > Priscilla Santos, com
> > > reportagem de Bruna Fasano e Willian Okada> >> > FONTE DA JUVENTUDE> >
> > > Crédito: Maná E.D.I.> >> > O soldado e explorador espanhol Juan
> > > Ponce de León (1460-1521)> já havia> > acompanhado Cristóvão
> > > Colombo em sua segunda viagem à> América quando começou> > sua
> > > busca pela mitológica Fonte da Juventude. Os nativos de Porto> Rico,
> > > onde> > Ponce havia criado uma colônia, diziam existir tal fonte
> > > misteriosa> capaz de> > proporcionar a jovialidade eterna para quem em
> > > suas águas se> banhasse. O> > viajante nunca a encontrou — acabou
> > > foi descobrindo a Flórida,> ironicamente> > o estado americano hoje
> > > com a maior proporção de idosos. Ponce de> León não> > foi o
> > > único a procurar incansavelmente por uma forma de ser jovem> para> >
> > > sempre. A busca pela imortalidade e pela juventude eterna sempre>
> > > fascinou o> > homem, único animal que tem consciência da
> > > própria morte> — e por isso sofre.> > Mas nunca esteve tão
> > > próxima de ser alcançada. Como Ponce de> Leóns> >
> > > contemporâneos, os cientistas do século 21 vêm perseguindo o>
> > > fim da maior> > causa de morte do mundo: a velhice. Por consequência,
> > > as doenças> decorrentes> > dela. E parecem estar mais próximos de,
> > > no mínimo,> postergá-la. "Os avanços> > da área biológica
> > > que surgem nesse começo de século> indicam que muitos de> > nós
> > > poderemos chegar facilmente aos 100, 150 anos", diz o professor> do> >
> > > Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio>
> > > de Janeiro> > (UFRJ), Stevens Rehen.> >> > Prolongar a vida seria apenas
> > > uma consequência de fazer as pessoas> serem> > mais saudáveis por
> > > mais tempo. Esse é o principal objetivo da> nova ciência> > do
> > > antienvelhecimento, que pretende atacar de uma só vez todas as>
> > > formas de> > deterioração do corpo para fazer com que o nosso
> > > relógio> biológico corra> > mais devagar. Assim, ficaríamos
> > > longe de doenças decorrentes da> idade> > avançada — como
> > > Alzheimer, demência, diabetes e doenças> cardíacas — por
> > > mais> > tempo. Atacar a velhice, portanto, seria a melhor e talvez
> > > única> forma de> > nos afastarmos dos males provocados por ela.
> > > Combater uma a uma as> doenças —> > algo que desde sempre fazemos
> > > — não surtiria grandes efeitos.> Nos Estados> > Unidos, por
> > > exemplo, se os problemas de coração fossem totalmente> > eliminados,
> > > a expectativa de vida não subiria mais do que três> anos. O mesmo>
> > > > que proporcionaria uma cura milagrosa para o câncer. "O risco de>
> > > doenças> > fatais dispara após os 60 anos. Assim, mesmo que
> > > evitemos o ataque> cardíaco,> > outros problemas vão nos pegar",
> > > afirma o escritor de ciência e> medicina> > americano David Stipp,
> > > autor do livro The Youth Pill (A Pílula da> Juventude,> > sem
> > > edição no Brasil), lançado no ano passado. Por isso, a> maneira
> > > de> > aumentar a expectativa e a qualidade de vida para valer é
> > > evitar> chegar> > nesse estágio em que já estamos mais fracos e
> > > vulneráveis a> doenças.> >> > Em vez de águas milagrosas, a
> > > Fonte da Juventude perseguida pelos> cientistas> > oferecerá
> > > tratamentos futurísticos descobertos nos mais> ardilosos> >
> > > experimentos> > Crédito: Maná E.D.I.> >> > INJEÇÃO ANTIVELHICE>
> > > >> > Em novembro passado, pesquisadores do Instituto de Câncer>
> > > Dana-Farber, da> > Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos,
> > > publicaram um> estudo que> > contrariou um dos principais conceitos
> > > sobre o processo de> envelhecimento: o> > de que ele é
> > > irreversível. Eles conseguiram, pela primeira vez,> rejuvenescer> >
> > > ratos de laboratório. O experimento foi baseado num mecanismo que>
> > > rendeu, um> > ano antes, o Prêmio Nobel de Medicina a outros três
> > > cientistas> americanos: a> > relação entre o processo de
> > > envelhecimento e os telômeros, uma> espécie de> > capinha que
> > > protege a ponta de cada cromossomo dentro de nossas> células —> >
> > > numa comparação grosseira, o telômero assemelha-se àquele>
> > > revestimento> > plástico presente na ponta dos cadarços de um
> > > tênis. A cada> vez que a célula> > se divide, essa capinha se
> > > encurta um pouco. Depois de 50 a 80> duplicações a> > célula
> > > não consegue mais se multiplicar — após os 35 anos> de idade,
> > > os> > efeitos desse processo já começam a ser sentidos. O tempo
> > > passa> e, sem> > células novas e com algumas mortas ou inativas,
> > > nossos órgãos> começam a se> > deteriorar. É a velhice.> >>
> > > > Nascemos com um mecanismo capaz de driblar esse processo, uma enzima>
> > > chamada> > telomerase. Ela repara as tais capas protetoras dos
> > > cromossomos> após cada> > divisão celular. Porém, após a
> > > infância, sua> concentração cai drasticamente.> > Fazer com que
> > > ela volte a crescer é um dos caminhos para postergar> o> >
> > > envelhecimento — ou até mesmo revertê-lo. No estudo de>
> > > Harvard, os> > cientistas criaram ratos geneticamente modificados de
> > > forma que não> > produzissem a telomerase. Como resultado, os animais
> > > envelheceram> > rapidamente. Os sinais incluíram diminuição do
> > > cérebro e do> olfato, danos no> > baço e intestinos, além de
> > > doenças como osteoporose e> diabetes. Com apenas> > um mês de
> > > ingestão de telomerase, no entanto, tais sintomas> sumiram. Os> >
> > > ratos voltaram inclusive a ser férteis e desenvolveram> neurônios,
> > > sem contar> > uma invejável melhora na pele. "O que vimos não foi
> > > a> desaceleração ou> > estabilização do envelhecimento, mas algo
> > > muito mais incrível:> uma reversão> > dramática dele", afirma
> > > Ronald DePinho, coordenador da pesquisa.> "É possível> > imaginar
> > > que um homem de 90 anos voltaria a ter a saúde que> possuía aos
> > > 40> > ou 50", diz. Porém, apesar de ter sido bem-sucedido em ratos,
> > > o> tratamento> > ainda não foi testado em humanos. E não há
> > > perspectiva de que> isso aconteça> > nos próximos anos. "Ainda
> > > temos muito trabalho pela frente. O> próximo passo> > é descobrir
> > > em que estágio da vida as pessoas precisariam se> submeter à> >
> > > injeção de telomerase", afirma DePinho. Em paralelo a isso, ainda>
> > > seria> > preciso ultrapassar um grande empecilho: o potencial risco de>
> > > câncer.> >> > Fora do período de gestação e infância, a
> > > telomerase só> retorna em grandes> > quantidades nas células
> > > cancerosas — sabe-se que 90% dos> tumores possuem a> > enzima.
> > > Aliás, é por isso que elas se reproduzem> incessantemente. "Se
> > > você> > persegue a imortalidade, é o que, de um modo perverso,
> > > também> fazem as> > células com câncer", diz o oncologista e
> > > professor de medicina> da> > Universidade Columbia, Estados Unidos,
> > > Siddhartha Mukherjee, autor do> > recém-lançado livro The Emperor
> > > of All Maladies: A Biography of> Cancer (O> > Império de Todas as
> > > Enfermidades: Uma Biografia do Câncer, sem> edição no> > Brasil).>
> > > >> > Além da vantagem óbvia para todo mundo de postergar a chegada
> > > da> velhice, um> > grupo específico de pessoas se beneficiaria caso
> > > os pesquisadores> > conseguissem resolver as contraindicações desse
> > > tipo de tratamento.> Trata-se> > de indivíduos que, por conta de uma
> > > sequência genética,> têm menos telomerase> > desde a
> > > gestação. Consequentemente, envelhecem mais rápido e> chegam a
> > > ser> > biologicamente até dez anos mais velhos do que outras pessoas
> > > da> mesma> > idade. Essa sequência de DNA foi mapeada em fevereiro do
> > > ano> passado por> > cientistas da Universidade de Leicester, no Reino
> > > Unido. Em um estudo> com 3> > mil pessoas, 45% delas carregavam ao menos
> > > um gene da sequência. Os> > pesquisadores acreditam que um mapeamento
> > > desse tipo possibilitaria> > prescrever estilos de vida saudáveis
> > > àqueles mais propensos aos> males do> > envelhecimento. Além de
> > > exercícios físicos, uma dieta com> poucas calorias> > entraria na
> > > receita. Pois é sabido, e cientificamente provado, que> quem come> >
> > > menos, vive mais.> >> > UMA ENZIMA PARA NOS MANTER SEMPRE JOVENS> > A
> > > deterioração de nosso corpo começa de forma microscópica,> em
> > > nossos> > cromossomos. Uma substância pode revertê-la. Veja como
> > > (clique> aqui para> > ampliar)> >> > 300 TAÇAS DE VINHO> >> > Uma
> > > dieta diária entre 1.200 e 1.400 calorias — 30% a menos do> que
> > > a> > sugerida pela Organização Mundial da Saúde — poderia>
> > > aumentar nossa> > expectativa de vida média para 120 anos. Algumas
> > > pessoas chegariam,> então,> > aos 150. Mesmo que você começasse
> > > a comer menos aos 30, ainda> teria chance> > de prolongar seu tempo na
> > > Terra em sete anos. É atrás dessas> promessas que> > ao menos 2
> > > mil pessoas praticam a dieta de baixa caloria no mundo.> Esse é o> >
> > > número de membros da Sociedade de Restrição Calórica. Apesar>
> > > da matriz estar> > localizada nos Estados Unidos, há integrantes de
> > > várias partes> do planeta,> > inclusive cinco do Brasil (que não
> > > se identificam). Os resultados> dos pratos> > moderados têm sido
> > > positivos. Dados divulgados pela Sociedade> atestam que os> > adeptos da
> > > dieta registraram queda significativa da pressão> sanguínea,
> > > perda> > de quase 70% da gordura corporal e redução de 80% do
> > > nível de> insulina no> > sangue, o que, no mínimo, faz cair o
> > > risco de doenças> cardíacas e diabetes.> > Pratos mais comportados
> > > também são a receita milenar dos> habitantes do> > arquipélago
> > > japonês de Okinawa — é lá que estão as> pessoas que mais
> > > vivem no> > mundo. A proporção de centenários nas ilhas é de 50
> > > para cada> 100 mil> > moradores, enquanto nos demais países cai para
> > > dez a cada 100 mil.> A> > população de Okinawa é de cerca de 1,3
> > > milhão. Não por> acaso, um prato> > típico no arquipélago
> > > tem 17% menos calorias do que no restante> do Japão.> >> > A teoria
> > > mais aceita de por que comer pouco nos faria envelhecer mais> > devagar
> > > é evolutiva. Os efeitos benéficos das baixas calorias se> devem a
> > > um> > mecanismo chamado starvation response, ou resposta à fome, em>
> > > português. Nos> > primórdios da humanidade, durante os períodos
> > > de grandes secas> ou mudanças> > abruptas no clima, ficava difícil
> > > encontrar alimento. Era natural,> portanto,> > que, sob a ameaça de
> > > inanição, o organismo concentrasse seus> esforços na> >
> > > proteção dos processos essenciais à sobrevivência. A energia>
> > > do crescimento> > e reprodução (mecanismos trabalhosos para o corpo)
> > > era deslocada> para o> > reparo e manutenção constante das
> > > células. Isso fazia com que as> pessoas> > envelhecessem mais
> > > devagar. Tudo não passava de um truque da> natureza para> > garantir
> > > a continuidade da espécie: ao conservar o corpo, o intuito> era> >
> > > preservar aqueles indivíduos para se reproduzirem assim que as>
> > > coisas> > melhorassem.> >> > Em cinco anos, o laboratório Sirtris
> > > Pharmaceutical promete colocar> no> > mercado uma pílula que imita os
> > > efeitos de se comer pouco, mesmo> que você> > siga uma dieta normal.
> > > O princípio ativo — já comercializado> em medicamentos> > para
> > > diabéticos e como suplemento alimentar — é o> resveratrol,
> > > substância> > encontrada na casca da uva roxa. É sua presença
> > > que confere ao> vinho tinto> > benefícios ao coração. E explica o
> > > que os cientistas chamam de> "paradoxo> > francês": a baixa
> > > mortalidade por doenças cardíacas na> França, mesmo com uma> >
> > > dieta tão rica em gordura. Graças ao hábito comedido que a>
> > > população tem de> > beber vinho quase que diariamente. Além dos
> > > benefícios ao> coração, também há> > evidências de que o
> > > resveratrol reduza o risco de Alzheimer,> derrame,> > diversos tipos de
> > > câncer, perda de audição e osteoporose —> todos problemas> >
> > > comuns no envelhecimento. Já provocar o aumento dos anos de vida>
> > > é algo que> > ainda precisa ser provado em humanos. Mas o resultado
> > > em animais se> mostrou> > estimulante.> >> > VIDA LONGA - E MAIS FELIZ>
> > > >> > Se a ciência de fato nos fizer passar dos 75 com saúde e>
> > > disposição nos fará> > felizes como nunca seríamos. Um estudo
> > > publicado ano passado por> > pesquisadores das universidades de Stony
> > > Brook e Princeton, nos EUA,> traçou> > um paralelo entre bem-estar e
> > > idade. Surpresa: nosso auge de> contentamento> > seria após os 74. Os
> > > resultados formam o que os pesquisadores de> felicidade> > chamam de
> > > curva U (abaixo). Os idosos sentiriam menos raiva e estresse> do> > que
> > > os jovens e teriam menos preocupações do que os adultos> médios.
> > > Pois,> > com a idade, as pessoas lidam melhor com conflitos e controlam
> > > as> emoções. É> > a sabedoria. Os pesquisadores também sugerem
> > > que a saída dos> filhos de casa> > diminui problemas familiares e
> > > financeiros. A ciência está> fazendo sua> > parte, agora falta
> > > lazer, trabalho e INSS para que os mais longevos> possam> > curtir
> > > tranquilos a melhor parte da vida.> >> > Em 2006, pesquisadores da
> > > Escola de Medicina de Harvard realizaram> estudos> > liderados por David
> > > Sinclair — não por acaso, fundador da> Sirtris> > Pharmaceutical,
> > > hoje pertencente à gigante inglesa GlaxoSmithKline.> No> >
> > > experimento, cientistas superalimentaram roedores com uma dieta rica>
> > > em> > gordura. Em paralelo, forneceram a eles doses de resveratrol. As>
> > > cobaias> > ficaram obesas. Ainda assim, seu tempo de vida se estendeu a
> > > um> patamar> > igual ao dos ratos que comiam com restrição. Para
> > > obter esses> efeitos com> > vinho seriam necessárias 300 taças por
> > > dia, ou seja, algo> impensável até> > para o mais bebum dos seres
> > > humanos. O que justifica a corrida da> indústria> > farmacêutica
> > > atrás das pílulas.> >> > Os medicamentos que imitam dietas
> > > metódicas serão uma> aplicação mais> > concreta dos pioneiros
> > > estudos sobre antienvelhecimento. A primeira> > importante pesquisa
> > > científica que provou que restringir calorias> poderia> > prolongar a
> > > vida foi divulgada em 1934. O estudioso de nutrição da> >
> > > Universidade de Cornell, Estados Unidos, Clive McCay, manteve ratos em>
> > > um> > estado de quase fome por quatro anos e os assistiu viver 85% mais>
> > > tempo do> > que a média. Um dos animais chegou aos 3 anos e 9 meses
> > > de idade.> Como,> > cinco anos antes, dois cientistas tinham ganhado o
> > > Prêmio Nobel> pela> > descoberta das vitaminas, pareceu uma pequena
> > > heresia dizer que passar> um> > pouco de fome poderia nos fazer bem.
> > > Mais recentemente, no início> dos anos> > 2000, cientistas do Centro
> > > Nacional de Pesquisa em Primatas de> Wisconsin> > revelaram bons
> > > resultados com macacos mantidos em uma dieta 30% menos> > calórica do
> > > que seus colegas. Além de magros, estavam no auge da> vida.> >
> > > Enquanto os que comiam normalmente se movimentavam lentamente e viam>
> > > cair> > mais pelos, entre outros sinais de velhice.> >> > Em 2015, 2016,
> > > com o medicamento nas farmácias, a Sirtris deve se> tornar a> >
> > > indústria referência em antienvelhecimento. Além do>
> > > resveratrol, seus> > laboratórios estudam outra substância capaz
> > > de imitar os efeitos> de uma> > dieta de baixa caloria: a rapamicina.
> > > Hoje usado para evitar> rejeição em> > transplante de órgãos, o
> > > princípio ativo fez com que ratos de> meia-idade> > vivessem de 28% a
> > > 38% mais tempo, segundo um estudo divulgado pela> revista> > Nature em
> > > meados de 2009. Mais uma pesquisa que mostra que há> esperanças> >
> > > para prolongar a vida mesmo quando o corpo já está desgastado.>
> > > Esta também é> > a promessa da medicina regenerativa.> >> >
> > > Crédito: Maná E.D.I.> >> >> > BIOENGENHARIA> >> > No ano passado,
> > > um grupo de mulheres teve uma oportunidade de ouro:> após> > serem
> > > mutiladas devido ao câncer de mama, viram crescer seios 100%>
> > > naturais,> > a partir de suas próprias células. A técnica que
> > > soa como> milagre foi> > desenvolvida após quase uma década de
> > > estudos pela empresa de> biotecnologia> > americana Cytori Therapeutics,
> > > que pretende trazer o método para o> Brasil> > ainda este ano.
> > > Permite dupla recauchutagem: as células que dão> origem ao> > novo
> > > seio são extraídas de uma cirurgia plástica para tirar>
> > > gordurinhas> > indesejadas. O procedimento começa com uma
> > > lipoaspiração, por> exemplo, na> > barriga. Da gordura são
> > > colhidas células-tronco, capazes de se> multiplicar> > para gerar
> > > tecidos de outras partes do corpo, como a mama. Elas> são, então,>
> > > > aplicadas na região do peito. Conforme crescem, formam um novo>
> > > seio, sem> > risco de rejeição.> >> > A descoberta de
> > > células-tronco na gordura foi um grande avanço> para a> > medicina
> > > regenerativa. Somente no Brasil, são realizadas mais de> 200 mil> >
> > > lipoaspirações por ano. No ano passado, Radovan Borojevic, diretor>
> > > do> > Programa Avançado de Biologia Celular Aplicada à Medicina
> > > da> UFRJ,> > conseguiu, de forma inédita no Brasil, autorização
> > > da> Comissão Nacional de> > Ética em Pesquisa (Conep) para
> > > manipular células-tronco de> gordura. "Esse> > material pode garantir
> > > reserva para a velhice, para sanar as> doenças> > naturais do passar
> > > dos anos e até diminuir as rugas", diz. Quem> fizer uma> >
> > > lipoaspiração aos 20, por exemplo, pode chegar aos 60 e usar as>
> > > células> > guardadas para preencher a pele envelhecida e se livrar
> > > dos pés de> galinha.> > Como as células terão a memória de
> > > sua juventude, será> possível fazer o que> > nenhum cosmético
> > > ou Botox jamais conseguiu: ter cara de 20, aos 60.> O> > procedimento,
> > > cujo efeito dura de quatro a cinco anos, já está> em fase de> >
> > > testes. Em três meses, Borojevic realizou 70 implantes de> células
> > > antirrugas> > — os interessados podem se inscrever para os testes no
> > > Instituto> de Ciências> > Biomédicas da UFRJ. Mas esta é apenas
> > > a mais frívola das> promessas da> > bioengenharia. "Com as
> > > técnicas, vamos envelhecer muito melhor do> que os> > nossos
> > > avós", afirma Borojevic.> >> > Experimentos em humanos mostraram que
> > > o implante de células-tronco> pode> > reparar órgãos vitais.
> > > Entre eles, o coração, que teria> benefícios como o> > aumento da
> > > quantidade e bombeamento de sangue após infartos,> diminuição da>
> > > > área de tecidos mortos e melhora da capacidade respiratória em>
> > > casos de> > doenças cardíacas crônicas. Outro resultado
> > > positivo é a> redução da> > incontinência urinária em
> > > pacientes que passaram por cirurgias> de próstata.> > "A medicina
> > > regenerativa para problemas do envelhecimento será de> fato> >
> > > composta por peças de substituição", afirma o gerontologista>
> > > inglês criador> > da Fundação Sens, de estudos de biotecnologia
> > > para> rejuvenescimento, Aubrey> > de Grey, polêmico, entre outras
> > > coisas, por afirmar que a velhice> é uma> > doença à espera de
> > > cura.> >> > A HORA DA MORTE> >> > Com sua aparência de Matusalém,
> > > apesar dos 47 anos de idade, De> Grey> > acredita que podemos ser
> > > imortais e que os homens que vão viver mil> anos já> > nasceram.
> > > Passar mais tempo na Terra do que o próprio personagem> bíblico,>
> > > > que teria morrido aos 969, seria possível graças ao>
> > > desenvolvimento da> > engenharia para impedir que nossas células
> > > envelheçam e da> reposição de> > órgãos e tecidos. "Uma vez
> > > que a medicina regenerativa se> desenvolver, o> > limite biológico do
> > > corpo desaparecerá." A ideia gerou tanta> controvérsia na> >
> > > comunidade científica que, em 2005, o Massachusetts Institute of>
> > > Technology> > (MIT) lançou um concurso que premiaria com US$ 20 mil
> > > quem> conseguisse> > provar que a tese de Aubrey era descabida. Cinco
> > > inscrições foram> analisadas> > por um júri composto por
> > > cabeças como o geneticista Craig> Venter. Ninguém> > levou o
> > > prêmio.> >> > A crença de que a ciência e a tecnologia nos
> > > permitirão> redesenhar o próprio> > corpo para nos fazer viver
> > > muito mais, até indefinidamente, guia> uma> > corrente filosófica
> > > chamada transhumanismo. Os seguidores do> pensamento> > acreditam que
> > > por meio de áreas de conhecimento emergentes como> > biotecnologia,
> > > inteligência artificial, robótica e> nanotecnologia, poderemos> >
> > > superar a própria condição humana. "O homem não é o final>
> > > da evolução> > biológica, e sim o começo de uma evolução
> > > tecnológica",> afirma o engenheiro> > venezuelano formado pelo MIT e
> > > que já trabalhou para a Nasa,> José Cordeiro,> > grande divulgador
> > > do transhumanismo na América Latina. Ele acredita> que> >
> > > assistiremos à morte da morte — e que não há nada de>
> > > antinatural nisso. "O> > propósito da vida é mais vida. Além do
> > > mais, ninguém quer> morrer, ainda mais> > se tiver a oportunidade de
> > > não ficar velho."> >> > A visão de que vale a pena manipular nosso
> > > corpo a qualquer custo> para ser> > jovem para sempre encontra olhares
> > > críticos. "Essa pretensão de> vida eterna> > é um erro
> > > existencial, uma arrogância do homem em querer> inventar uma vida> >
> > > que não é sua. Pois a finitude é um atributo da nossa, e é>
> > > o que a faz ser> > boa", afirma o cientista político Clóvis de
> > > Barros Filho,> professor de ética> > da Escola de Comunicação e
> > > Artes da Universidade de São Paulo> (USP). "É uma> > ilusão
> > > narcisista acreditar que se vai viver em gozo eternamente.> Ficar dos> >
> > > 60 aos 120 anos curtindo aposentadoria e nunca aceitar o dissolver,> que
> > > é o> > nosso destino", diz a filósofa e terapeuta Regina Favre, de
> > > São> Paulo, que> > acredita que a busca pela longevidade sem fim seja
> > > fruto da> solidão, do> > desamparo e do medo gerado pelos problemas
> > > da velhice e proximidade da> > morte. Ou como escreveu o escritor
> > > argentino Jorge Luis Borges> (1899-1986)> > no conto O Imortal,
> > > publicado no livro O Aleph: "Dilatar a vida dos> homens é> > como
> > > dilatar sua agonia e multiplicar o número de suas mortes".> >> >
> > > Mesmo que a medicina conseguisse fazer com que as pessoas tivessem>
> > > saúde e> > disposição para trabalhar até os 100, provavelmente
> > > não> haveria mercado para> > todos. Com uma superpopulação de
> > > idosos, a previdência social> certamente> > iria quebrar. "Não
> > > adianta chegarmos aos 200 anos se não> resolvermos esses> >
> > > problemas", diz a presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e> >
> > > Gerontologia, Silvia Regina Mendes Pereira, que acha positivo o>
> > > esforço dos> > cientistas para evitar doenças como diabetes ou
> > > Alzheimer, desde> que a> > qualidade de vida seja encarada de forma
> > > global. "E isso passa por> vários> > aspectos. Um deles, sim, é a
> > > saúde, mas também há o> psicológico e o social."> >> >> > As
> > > transformações no mundo caso as pessoas passem a viver> décadas ou
> > > até> > séculos a mais são inevitáveis. Mas, para De Grey,>
> > > compensaria enfrentá-las.> > "Essas dificuldades não superam os
> > > benefícios da eliminação> de doenças> > relacionadas à
> > > idade, como problemas cardiovasculares e câncer",> afirma.> > Mesmo
> > > porque esses problemas terão que ser pensados de imediato.> Pois,
> > > antes> > mesmo das pirotecnias científicas se tornarem realidade, a>
> > > longevidade no> > mundo só cresce. Para se ter ideia, vivemos 25 anos
> > > a mais do que> um século> > atrás. Nos países desenvolvidos, a
> > > expectativa de vida aumenta> cinco horas> > por dia. Ou seja, já
> > > há motivos suficientes para a ciência se> preocupar com> > os
> > > muitos que, em tempos anteriores às pílulas que simulam fome> ou
> > > injeções> > de enzimas e células-tronco, fazem muito mais
> > > aniversários do> que um dia> > nossos avós jamais poderiam
> > > imaginar.> >> > O profeta da imortalidade> >> > O cientista do
> > > envelhecimento Aubrey de Grey afirma que, em 2030,> estaremos> > vivendo
> > > até os 130 anos. E que os homens que farão mil> aniversários
> > > já> > nasceram. A seguir ele conta como isso será possível> >>
> > > > * Por que envelhecemos?> > Aubrey de Grey: Porque o corpo humano, como
> > > qualquer máquina, causa> danos a> > si mesmo como efeito colateral
> > > natural de sua operação. Esse> prejuízo se> > acumula ao longo da
> > > vida. Por um longo tempo quase não afeta a> habilidade do> > corpo
> > > para funcionar, mas, eventualmente, provoca doenças e> incapacidade.>
> > > >> > * As pessoas que viveriam mil anos precisariam constantemente>
> > > substituir> > peças, como um robô?> > De Grey: De fato, a maior
> > > parte das técnicas serão compostas por> peças de> >
> > > substituição, mas a um nível microscópico. Em alguns casos,>
> > > podemos trocar> > órgãos inteiros. Porém, mais frequentemente,
> > > serão> células ou moléculas.> >> > * Mesmo pessoas
> > > sedentárias, com excesso de peso e estressadas> serão capazes> >
> > > de viver mais?> > De Grey: A medicina regenerativa vai permitir que as
> > > pessoas> ultrapassem por> > uma larga margem a longevidade que qualquer
> > > um consegue atualmente,> mesmo> > com a melhor vida possível, mesmo
> > > aqueles com uma genética> privilegiada.> > Então, sim, estas
> > > terapias irão funcionar em todos, mesmo> naqueles com um> > estilo de
> > > vida ruim.> >> > * Existe limite biológico para a vida dos seres
> > > humanos?> > De Grey: Há de fato um limite biológico para quanto
> > > tempo as> pessoas podem> > viver, porque certos aspectos do nosso
> > > metabolismo, como a> respiração, são> > inevitáveis e acumulam
> > > danos moleculares e celulares. Porém, uma> vez que se> > desenvolvam
> > > técnicas de bioengenharia para reparar esses danos,> não
> > > haverá> > mais limite para a vida do homem.> >> > * Como lidar com as
> > > consequências sociais de se ter uma> superpopulação?> > De Grey: A
> > > eliminação do envelhecimento vai mudar o mundo. E> precisaremos> >
> > > agir diante de muitas dessas transformações. No entanto, essas>
> > > dificuldades> > não superam os benefícios da eliminação de
> > > doenças como> câncer e problemas> > cardiovasculares.> >> > *
> > > Viver mais significa viver melhor?> > De Grey: Não necessariamente.
> > > Mas o trabalho em minha fundação> de estudos em> > engenharia de
> > > rejuvenescimento, a Sens, foca em viver melhor, ou seja,> adiar> > o
> > > processo das doenças da velhice. A longevidade será um efeito>
> > > colateral:> > só ocorrerá porque as pessoas serão mantidas
> > > saudáveis.> >> > * Você aplica técnicas de medicina
> > > regenerativa em si mesmo?> Já testou> > alguma?> > De Grey: Estou
> > > ansioso para me beneficiar destas terapias. Não> faço isso> >
> > > simplesmente porque, na prática, elas ainda não existem.> >>
> > >
> > >
> > >
> > > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009"
> > > <marcelleandro2009@> escreveu
> > > >
> > > >
> > > > Victor,
> > > >
> > > > > Será que nós, daqui do fórum, ainda poderemos nos
> > > beneficiar
> > > > desses avanços
> > > > > da medicina?
> > > >
> > > > Provavelmente algum benefício sim. Segundo pesquisas, que enviei
> > > > anteriormente uma matéria a respeito, bastaria uma boa dieta de
> > > baixa
> > > > caloria para termos efeitos positivos. Sem considerar alguns
> > > suplementos
> > > > (e alimentos), ainda a serem melhor avaliados, que já existem no
> > > > mercado.
> > > >
> > > >
> > > >
> > > > Marcel
> > > >
> > > >
> > > > >
> > > > > Suspeito que as respostas para essa perguntinha ficarão aí por
> > > > volta de
> > > > > "naaaão!"
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > > Acho que a maioria de nós vai ficar, com sorte, é na média
> > > > mesmo!
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > > Particularmente, só quero chegar lá se com tudo em cima e
> > > > lúcido para
> > > > > continuar "heresiando às avessas"...
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > > Senão, cadê a graça?
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > > Sds,
> > > > >
> > > > > Victor.
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > > De: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > > > [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
> > > > > Em nome de marcelleandro2009
> > > > > Enviada em: sexta-feira, 16 de março de 2012 17:49
> > > > > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > > > > Assunto: [ciencialist] A cura do envelhecimento , starvation
> > > response,
> > > > etc.
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > >
> > > http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,ERT204682-17773,00.htm\
> > > \
> > > > l
> > > > >
> > > > > A cura do envelhecimento
> > > > >
> > > > > Pílulas, células-tronco, dietas e tratamentos para evitar
> > > > doenças e
> > > > > regenerar órgãos. Conheça as novas armas da ciência para
> > > > nos manter com
> > > > > aparência jovem para sempre
> > > > >
> > > > > Priscilla Santos, com reportagem de Bruna Fasano e Willian Okada
> > > > >
> > > > > FONTE DA JUVENTUDE
> > > > > Crédito: Maná E.D.I.
> > > > >
> > > > > O soldado e explorador espanhol Juan Ponce de León (1460-1521)
> > > > já havia
> > > > > acompanhado Cristóvão Colombo em sua segunda viagem à
> > > > América quando começou
> > > > > sua busca pela mitológica Fonte da Juventude. Os nativos de Porto
> > > > Rico, onde
> > > > > Ponce havia criado uma colônia, diziam existir tal fonte
> > > misteriosa
> > > > capaz de
> > > > > proporcionar a jovialidade eterna para quem em suas águas se
> > > > banhasse. O
> > > > > viajante nunca a encontrou — acabou foi descobrindo a
> > > Flórida,
> > > > ironicamente
> > > > > o estado americano hoje com a maior proporção de idosos. Ponce de
> > > > León não
> > > > > foi o único a procurar incansavelmente por uma forma de ser jovem
> > > > para
> > > > > sempre. A busca pela imortalidade e pela juventude eterna sempre
> > > > fascinou o
> > > > > homem, único animal que tem consciência da própria morte
> > > > — e por isso sofre.
> > > > > Mas nunca esteve tão próxima de ser alcançada. Como Ponce
> > > de
> > > > Leóns
> > > > > contemporâneos, os cientistas do século 21 vêm perseguindo
> > > o
> > > > fim da maior
> > > > > causa de morte do mundo: a velhice. Por consequência, as
> > > doenças
> > > > decorrentes
> > > > > dela. E parecem estar mais próximos de, no mínimo,
> > > > postergá-la. "Os avanços
> > > > > da área biológica que surgem nesse começo de século
> > > > indicam que muitos de
> > > > > nós poderemos chegar facilmente aos 100, 150 anos", diz o
> > > professor
> > > > do
> > > > > Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do
> > > Rio
> > > > de Janeiro
> > > > > (UFRJ), Stevens Rehen.
> > > > >
> > > > > Prolongar a vida seria apenas uma consequência de fazer as
> > > pessoas
> > > > serem
> > > > > mais saudáveis por mais tempo. Esse é o principal objetivo da
> > > > nova ciência
> > > > > do antienvelhecimento, que pretende atacar de uma só vez todas as
> > > > formas de
> > > > > deterioração do corpo para fazer com que o nosso relógio
> > > > biológico corra
> > > > > mais devagar. Assim, ficaríamos longe de doenças decorrentes
> > > da
> > > > idade
> > > > > avançada — como Alzheimer, demência, diabetes e doenças
> > > > cardíacas — por mais
> > > > > tempo. Atacar a velhice, portanto, seria a melhor e talvez única
> > > > forma de
> > > > > nos afastarmos dos males provocados por ela. Combater uma a uma as
> > > > doenças —
> > > > > algo que desde sempre fazemos — não surtiria grandes efeitos.
> > > > Nos Estados
> > > > > Unidos, por exemplo, se os problemas de coração fossem totalmente
> > > > > eliminados, a expectativa de vida não subiria mais do que três
> > > > anos. O mesmo
> > > > > que proporcionaria uma cura milagrosa para o câncer. "O risco de
> > > > doenças
> > > > > fatais dispara após os 60 anos. Assim, mesmo que evitemos o
> > > ataque
> > > > cardíaco,
> > > > > outros problemas vão nos pegar", afirma o escritor de ciência
> > > e
> > > > medicina
> > > > > americano David Stipp, autor do livro The Youth Pill (A Pílula da
> > > > Juventude,
> > > > > sem edição no Brasil), lançado no ano passado. Por isso, a
> > > > maneira de
> > > > > aumentar a expectativa e a qualidade de vida para valer é evitar
> > > > chegar
> > > > > nesse estágio em que já estamos mais fracos e vulneráveis a
> > > > doenças.
> > > > >
> > > > > Em vez de águas milagrosas, a Fonte da Juventude perseguida pelos
> > > > cientistas
> > > > > oferecerá tratamentos futurísticos descobertos nos mais
> > > > ardilosos
> > > > > experimentos
> > > > > Crédito: Maná E.D.I.
> > > > >
> > > > > INJEÇÃO ANTIVELHICE
> > > > >
> > > > > Em novembro passado, pesquisadores do Instituto de Câncer
> > > > Dana-Farber, da
> > > > > Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, publicaram um
> > > > estudo que
> > > > > contrariou um dos principais conceitos sobre o processo de
> > > > envelhecimento: o
> > > > > de que ele é irreversível. Eles conseguiram, pela primeira
> > > vez,
> > > > rejuvenescer
> > > > > ratos de laboratório. O experimento foi baseado num mecanismo que
> > > > rendeu, um
> > > > > ano antes, o Prêmio Nobel de Medicina a outros três cientistas
> > > > americanos: a
> > > > > relação entre o processo de envelhecimento e os telômeros, uma
> > > > espécie de
> > > > > capinha que protege a ponta de cada cromossomo dentro de nossas
> > > > células —
> > > > > numa comparação grosseira, o telômero assemelha-se àquele
> > > > revestimento
> > > > > plástico presente na ponta dos cadarços de um tênis. A cada
> > > > vez que a célula
> > > > > se divide, essa capinha se encurta um pouco. Depois de 50 a 80
> > > > duplicações a
> > > > > célula não consegue mais se multiplicar — após os 35
> > > anos
> > > > de idade, os
> > > > > efeitos desse processo já começam a ser sentidos. O tempo
> > > passa
> > > > e, sem
> > > > > células novas e com algumas mortas ou inativas, nossos
> > > órgãos
> > > > começam a se
> > > > > deteriorar. É a velhice.
> > > > >
> > > > > Nascemos com um mecanismo capaz de driblar esse processo, uma enzima
> > > > chamada
> > > > > telomerase. Ela repara as tais capas protetoras dos cromossomos
> > > > após cada
> > > > > divisão celular. Porém, após a infância, sua
> > > > concentração cai drasticamente.
> > > > > Fazer com que ela volte a crescer é um dos caminhos para
> > > postergar
> > > > o
> > > > > envelhecimento — ou até mesmo revertê-lo. No estudo de
> > > > Harvard, os
> > > > > cientistas criaram ratos geneticamente modificados de forma que
> > > não
> > > > > produzissem a telomerase. Como resultado, os animais envelheceram
> > > > > rapidamente. Os sinais incluíram diminuição do cérebro e do
> > > > olfato, danos no
> > > > > baço e intestinos, além de doenças como osteoporose e
> > > > diabetes. Com apenas
> > > > > um mês de ingestão de telomerase, no entanto, tais sintomas
> > > > sumiram. Os
> > > > > ratos voltaram inclusive a ser férteis e desenvolveram
> > > > neurônios, sem contar
> > > > > uma invejável melhora na pele. "O que vimos não foi a
> > > > desaceleração ou
> > > > > estabilização do envelhecimento, mas algo muito mais incrível:
> > > > uma reversão
> > > > > dramática dele", afirma Ronald DePinho, coordenador da pesquisa.
> > > > "É possível
> > > > > imaginar que um homem de 90 anos voltaria a ter a saúde que
> > > > possuía aos 40
> > > > > ou 50", diz. Porém, apesar de ter sido bem-sucedido em ratos, o
> > > > tratamento
> > > > > ainda não foi testado em humanos. E não há perspectiva de
> > > que
> > > > isso aconteça
> > > > > nos próximos anos. "Ainda temos muito trabalho pela frente. O
> > > > próximo passo
> > > > > é descobrir em que estágio da vida as pessoas precisariam se
> > > > submeter à
> > > > > injeção de telomerase", afirma DePinho. Em paralelo a isso, ainda
> > > > seria
> > > > > preciso ultrapassar um grande empecilho: o potencial risco de
> > > > câncer.
> > > > >
> > > > > Fora do período de gestação e infância, a telomerase só
> > > > retorna em grandes
> > > > > quantidades nas células cancerosas — sabe-se que 90% dos
> > > > tumores possuem a
> > > > > enzima. Aliás, é por isso que elas se reproduzem
> > > > incessantemente. "Se você
> > > > > persegue a imortalidade, é o que, de um modo perverso, também
> > > > fazem as
> > > > > células com câncer", diz o oncologista e professor de medicina
> > > > da
> > > > > Universidade Columbia, Estados Unidos, Siddhartha Mukherjee, autor
> > > do
> > > > > recém-lançado livro The Emperor of All Maladies: A Biography
> > > of
> > > > Cancer (O
> > > > > Império de Todas as Enfermidades: Uma Biografia do Câncer, sem
> > > > edição no
> > > > > Brasil).
> > > > >
> > > > > Além da vantagem óbvia para todo mundo de postergar a chegada
> > > da
> > > > velhice, um
> > > > > grupo específico de pessoas se beneficiaria caso os pesquisadores
> > > > > conseguissem resolver as contraindicações desse tipo de
> > > tratamento.
> > > > Trata-se
> > > > > de indivíduos que, por conta de uma sequência genética,
> > > > têm menos telomerase
> > > > > desde a gestação. Consequentemente, envelhecem mais rápido e
> > > > chegam a ser
> > > > > biologicamente até dez anos mais velhos do que outras pessoas da
> > > > mesma
> > > > > idade. Essa sequência de DNA foi mapeada em fevereiro do ano
> > > > passado por
> > > > > cientistas da Universidade de Leicester, no Reino Unido. Em um
> > > estudo
> > > > com 3
> > > > > mil pessoas, 45% delas carregavam ao menos um gene da sequência.
> > > Os
> > > > > pesquisadores acreditam que um mapeamento desse tipo possibilitaria
> > > > > prescrever estilos de vida saudáveis àqueles mais propensos
> > > aos
> > > > males do
> > > > > envelhecimento. Além de exercícios físicos, uma dieta com
> > > > poucas calorias
> > > > > entraria na receita. Pois é sabido, e cientificamente provado,
> > > que
> > > > quem come
> > > > > menos, vive mais.
> > > > >
> > > > > UMA ENZIMA PARA NOS MANTER SEMPRE JOVENS
> > > > > A deterioração de nosso corpo começa de forma microscópica,
> > > > em nossos
> > > > > cromossomos. Uma substância pode revertê-la. Veja como (clique
> > > > aqui para
> > > > > ampliar)
> > > > >
> > > > > 300 TAÇAS DE VINHO
> > > > >
> > > > > Uma dieta diária entre 1.200 e 1.400 calorias — 30% a menos
> > > do
> > > > que a
> > > > > sugerida pela Organização Mundial da Saúde — poderia
> > > > aumentar nossa
> > > > > expectativa de vida média para 120 anos. Algumas pessoas
> > > chegariam,
> > > > então,
> > > > > aos 150. Mesmo que você começasse a comer menos aos 30, ainda
> > > > teria chance
> > > > > de prolongar seu tempo na Terra em sete anos. É atrás dessas
> > > > promessas que
> > > > > ao menos 2 mil pessoas praticam a dieta de baixa caloria no mundo.
> > > > Esse é o
> > > > > número de membros da Sociedade de Restrição Calórica.
> > > Apesar
> > > > da matriz estar
> > > > > localizada nos Estados Unidos, há integrantes de várias partes
> > > > do planeta,
> > > > > inclusive cinco do Brasil (que não se identificam). Os resultados
> > > > dos pratos
> > > > > moderados têm sido positivos. Dados divulgados pela Sociedade
> > > > atestam que os
> > > > > adeptos da dieta registraram queda significativa da pressão
> > > > sanguínea, perda
> > > > > de quase 70% da gordura corporal e redução de 80% do nível de
> > > > insulina no
> > > > > sangue, o que, no mínimo, faz cair o risco de doenças
> > > > cardíacas e diabetes.
> > > > > Pratos mais comportados também são a receita milenar dos
> > > > habitantes do
> > > > > arquipélago japonês de Okinawa — é lá que estão
> > > as
> > > > pessoas que mais vivem no
> > > > > mundo. A proporção de centenários nas ilhas é de 50 para
> > > cada
> > > > 100 mil
> > > > > moradores, enquanto nos demais países cai para dez a cada 100
> > > mil.
> > > > A
> > > > > população de Okinawa é de cerca de 1,3 milhão. Não por
> > > > acaso, um prato
> > > > > típico no arquipélago tem 17% menos calorias do que no
> > > restante
> > > > do Japão.
> > > > >
> > > > > A teoria mais aceita de por que comer pouco nos faria envelhecer
> > > mais
> > > > > devagar é evolutiva. Os efeitos benéficos das baixas calorias
> > > se
> > > > devem a um
> > > > > mecanismo chamado starvation response, ou resposta à fome, em
> > > > português. Nos
> > > > > primórdios da humanidade, durante os períodos de grandes secas
> > > > ou mudanças
> > > > > abruptas no clima, ficava difícil encontrar alimento. Era
> > > natural,
> > > > portanto,
> > > > > que, sob a ameaça de inanição, o organismo concentrasse seus
> > > > esforços na
> > > > > proteção dos processos essenciais à sobrevivência. A
> > > energia
> > > > do crescimento
> > > > > e reprodução (mecanismos trabalhosos para o corpo) era deslocada
> > > > para o
> > > > > reparo e manutenção constante das células. Isso fazia com que
> > > as
> > > > pessoas
> > > > > envelhecessem mais devagar. Tudo não passava de um truque da
> > > > natureza para
> > > > > garantir a continuidade da espécie: ao conservar o corpo, o
> > > intuito
> > > > era
> > > > > preservar aqueles indivíduos para se reproduzirem assim que as
> > > > coisas
> > > > > melhorassem.
> > > > >
> > > > > Em cinco anos, o laboratório Sirtris Pharmaceutical promete
> > > colocar
> > > > no
> > > > > mercado uma pílula que imita os efeitos de se comer pouco, mesmo
> > > > que você
> > > > > siga uma dieta normal. O princípio ativo — já
> > > comercializado
> > > > em medicamentos
> > > > > para diabéticos e como suplemento alimentar — é o
> > > > resveratrol, substância
> > > > > encontrada na casca da uva roxa. É sua presença que confere ao
> > > > vinho tinto
> > > > > benefícios ao coração. E explica o que os cientistas chamam de
> > > > "paradoxo
> > > > > francês": a baixa mortalidade por doenças cardíacas na
> > > > França, mesmo com uma
> > > > > dieta tão rica em gordura. Graças ao hábito comedido que a
> > > > população tem de
> > > > > beber vinho quase que diariamente. Além dos benefícios ao
> > > > coração, também há
> > > > > evidências de que o resveratrol reduza o risco de Alzheimer,
> > > > derrame,
> > > > > diversos tipos de câncer, perda de audição e osteoporose —
> > > > todos problemas
> > > > > comuns no envelhecimento. Já provocar o aumento dos anos de vida
> > > > é algo que
> > > > > ainda precisa ser provado em humanos. Mas o resultado em animais se
> > > > mostrou
> > > > > estimulante.
> > > > >
> > > > > VIDA LONGA - E MAIS FELIZ
> > > > >
> > > > > Se a ciência de fato nos fizer passar dos 75 com saúde e
> > > > disposição nos fará
> > > > > felizes como nunca seríamos. Um estudo publicado ano passado por
> > > > > pesquisadores das universidades de Stony Brook e Princeton, nos EUA,
> > > > traçou
> > > > > um paralelo entre bem-estar e idade. Surpresa: nosso auge de
> > > > contentamento
> > > > > seria após os 74. Os resultados formam o que os pesquisadores de
> > > > felicidade
> > > > > chamam de curva U (abaixo). Os idosos sentiriam menos raiva e
> > > estresse
> > > > do
> > > > > que os jovens e teriam menos preocupações do que os adultos
> > > > médios. Pois,
> > > > > com a idade, as pessoas lidam melhor com conflitos e controlam as
> > > > emoções. É
> > > > > a sabedoria. Os pesquisadores também sugerem que a saída dos
> > > > filhos de casa
> > > > > diminui problemas familiares e financeiros. A ciência está
> > > > fazendo sua
> > > > > parte, agora falta lazer, trabalho e INSS para que os mais longevos
> > > > possam
> > > > > curtir tranquilos a melhor parte da vida.
> > > > >
> > > > > Em 2006, pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard realizaram
> > > > estudos
> > > > > liderados por David Sinclair — não por acaso, fundador da
> > > > Sirtris
> > > > > Pharmaceutical, hoje pertencente à gigante inglesa
> > > GlaxoSmithKline.
> > > > No
> > > > > experimento, cientistas superalimentaram roedores com uma dieta rica
> > > > em
> > > > > gordura. Em paralelo, forneceram a eles doses de resveratrol. As
> > > > cobaias
> > > > > ficaram obesas. Ainda assim, seu tempo de vida se estendeu a um
> > > > patamar
> > > > > igual ao dos ratos que comiam com restrição. Para obter esses
> > > > efeitos com
> > > > > vinho seriam necessárias 300 taças por dia, ou seja, algo
> > > > impensável até
> > > > > para o mais bebum dos seres humanos. O que justifica a corrida da
> > > > indústria
> > > > > farmacêutica atrás das pílulas.
> > > > >
> > > > > Os medicamentos que imitam dietas metódicas serão uma
> > > > aplicação mais
> > > > > concreta dos pioneiros estudos sobre antienvelhecimento. A primeira
> > > > > importante pesquisa científica que provou que restringir calorias
> > > > poderia
> > > > > prolongar a vida foi divulgada em 1934. O estudioso de nutrição
> > > da
> > > > > Universidade de Cornell, Estados Unidos, Clive McCay, manteve ratos
> > > em
> > > > um
> > > > > estado de quase fome por quatro anos e os assistiu viver 85% mais
> > > > tempo do
> > > > > que a média. Um dos animais chegou aos 3 anos e 9 meses de idade.
> > > > Como,
> > > > > cinco anos antes, dois cientistas tinham ganhado o Prêmio Nobel
> > > > pela
> > > > > descoberta das vitaminas, pareceu uma pequena heresia dizer que
> > > passar
> > > > um
> > > > > pouco de fome poderia nos fazer bem. Mais recentemente, no início
> > > > dos anos
> > > > > 2000, cientistas do Centro Nacional de Pesquisa em Primatas de
> > > > Wisconsin
> > > > > revelaram bons resultados com macacos mantidos em uma dieta 30%
> > > menos
> > > > > calórica do que seus colegas. Além de magros, estavam no auge
> > > da
> > > > vida.
> > > > > Enquanto os que comiam normalmente se movimentavam lentamente e viam
> > > > cair
> > > > > mais pelos, entre outros sinais de velhice.
> > > > >
> > > > > Em 2015, 2016, com o medicamento nas farmácias, a Sirtris deve se
> > > > tornar a
> > > > > indústria referência em antienvelhecimento. Além do
> > > > resveratrol, seus
> > > > > laboratórios estudam outra substância capaz de imitar os
> > > efeitos
> > > > de uma
> > > > > dieta de baixa caloria: a rapamicina. Hoje usado para evitar
> > > > rejeição em
> > > > > transplante de órgãos, o princípio ativo fez com que ratos
> > > de
> > > > meia-idade
> > > > > vivessem de 28% a 38% mais tempo, segundo um estudo divulgado pela
> > > > revista
> > > > > Nature em meados de 2009. Mais uma pesquisa que mostra que há
> > > > esperanças
> > > > > para prolongar a vida mesmo quando o corpo já está desgastado.
> > > > Esta também é
> > > > > a promessa da medicina regenerativa.
> > > > >
> > > > > Crédito: Maná E.D.I.
> > > > >
> > > > >
> > > > > BIOENGENHARIA
> > > > >
> > > > > No ano passado, um grupo de mulheres teve uma oportunidade de ouro:
> > > > após
> > > > > serem mutiladas devido ao câncer de mama, viram crescer seios
> > > 100%
> > > > naturais,
> > > > > a partir de suas próprias células. A técnica que soa como
> > > > milagre foi
> > > > > desenvolvida após quase uma década de estudos pela empresa de
> > > > biotecnologia
> > > > > americana Cytori Therapeutics, que pretende trazer o método para
> > > o
> > > > Brasil
> > > > > ainda este ano. Permite dupla recauchutagem: as células que
> > > dão
> > > > origem ao
> > > > > novo seio são extraídas de uma cirurgia plástica para tirar
> > > > gordurinhas
> > > > > indesejadas. O procedimento começa com uma lipoaspiração, por
> > > > exemplo, na
> > > > > barriga. Da gordura são colhidas células-tronco, capazes de se
> > > > multiplicar
> > > > > para gerar tecidos de outras partes do corpo, como a mama. Elas
> > > > são, então,
> > > > > aplicadas na região do peito. Conforme crescem, formam um novo
> > > > seio, sem
> > > > > risco de rejeição.
> > > > >
> > > > > A descoberta de células-tronco na gordura foi um grande avanço
> > > > para a
> > > > > medicina regenerativa. Somente no Brasil, são realizadas mais de
> > > > 200 mil
> > > > > lipoaspirações por ano. No ano passado, Radovan Borojevic,
> > > diretor
> > > > do
> > > > > Programa Avançado de Biologia Celular Aplicada à Medicina da
> > > > UFRJ,
> > > > > conseguiu, de forma inédita no Brasil, autorização da
> > > > Comissão Nacional de
> > > > > Ética em Pesquisa (Conep) para manipular células-tronco de
> > > > gordura. "Esse
> > > > > material pode garantir reserva para a velhice, para sanar as
> > > > doenças
> > > > > naturais do passar dos anos e até diminuir as rugas", diz. Quem
> > > > fizer uma
> > > > > lipoaspiração aos 20, por exemplo, pode chegar aos 60 e usar as
> > > > células
> > > > > guardadas para preencher a pele envelhecida e se livrar dos pés
> > > de
> > > > galinha.
> > > > > Como as células terão a memória de sua juventude, será
> > > > possível fazer o que
> > > > > nenhum cosmético ou Botox jamais conseguiu: ter cara de 20, aos
> > > 60.
> > > > O
> > > > > procedimento, cujo efeito dura de quatro a cinco anos, já está
> > > > em fase de
> > > > > testes. Em três meses, Borojevic realizou 70 implantes de
> > > > células antirrugas
> > > > > — os interessados podem se inscrever para os testes no Instituto
> > > > de Ciências
> > > > > Biomédicas da UFRJ. Mas esta é apenas a mais frívola das
> > > > promessas da
> > > > > bioengenharia. "Com as técnicas, vamos envelhecer muito melhor do
> > > > que os
> > > > > nossos avós", afirma Borojevic.
> > > > >
> > > > > Experimentos em humanos mostraram que o implante de
> > > células-tronco
> > > > pode
> > > > > reparar órgãos vitais. Entre eles, o coração, que teria
> > > > benefícios como o
> > > > > aumento da quantidade e bombeamento de sangue após infartos,
> > > > diminuição da
> > > > > área de tecidos mortos e melhora da capacidade respiratória em
> > > > casos de
> > > > > doenças cardíacas crônicas. Outro resultado positivo é a
> > > > redução da
> > > > > incontinência urinária em pacientes que passaram por cirurgias
> > > > de próstata.
> > > > > "A medicina regenerativa para problemas do envelhecimento será de
> > > > fato
> > > > > composta por peças de substituição", afirma o gerontologista
> > > > inglês criador
> > > > > da Fundação Sens, de estudos de biotecnologia para
> > > > rejuvenescimento, Aubrey
> > > > > de Grey, polêmico, entre outras coisas, por afirmar que a velhice
> > > > é uma
> > > > > doença à espera de cura.
> > > > >
> > > > > A HORA DA MORTE
> > > > >
> > > > > Com sua aparência de Matusalém, apesar dos 47 anos de idade,
> > > De
> > > > Grey
> > > > > acredita que podemos ser imortais e que os homens que vão viver
> > > mil
> > > > anos já
> > > > > nasceram. Passar mais tempo na Terra do que o próprio personagem
> > > > bíblico,
> > > > > que teria morrido aos 969, seria possível graças ao
> > > > desenvolvimento da
> > > > > engenharia para impedir que nossas células envelheçam e da
> > > > reposição de
> > > > > órgãos e tecidos. "Uma vez que a medicina regenerativa se
> > > > desenvolver, o
> > > > > limite biológico do corpo desaparecerá." A ideia gerou tanta
> > > > controvérsia na
> > > > > comunidade científica que, em 2005, o Massachusetts Institute of
> > > > Technology
> > > > > (MIT) lançou um concurso que premiaria com US$ 20 mil quem
> > > > conseguisse
> > > > > provar que a tese de Aubrey era descabida. Cinco inscrições foram
> > > > analisadas
> > > > > por um júri composto por cabeças como o geneticista Craig
> > > > Venter. Ninguém
> > > > > levou o prêmio.
> > > > >
> > > > > A crença de que a ciência e a tecnologia nos permitirão
> > > > redesenhar o próprio
> > > > > corpo para nos fazer viver muito mais, até indefinidamente, guia
> > > > uma
> > > > > corrente filosófica chamada transhumanismo. Os seguidores do
> > > > pensamento
> > > > > acreditam que por meio de áreas de conhecimento emergentes como
> > > > > biotecnologia, inteligência artificial, robótica e
> > > > nanotecnologia, poderemos
> > > > > superar a própria condição humana. "O homem não é o
> > > final
> > > > da evolução
> > > > > biológica, e sim o começo de uma evolução tecnológica",
> > > > afirma o engenheiro
> > > > > venezuelano formado pelo MIT e que já trabalhou para a Nasa,
> > > > José Cordeiro,
> > > > > grande divulgador do transhumanismo na América Latina. Ele
> > > acredita
> > > > que
> > > > > assistiremos à morte da morte — e que não há nada de
> > > > antinatural nisso. "O
> > > > > propósito da vida é mais vida. Além do mais, ninguém
> > > quer
> > > > morrer, ainda mais
> > > > > se tiver a oportunidade de não ficar velho."
> > > > >
> > > > > A visão de que vale a pena manipular nosso corpo a qualquer custo
> > > > para ser
> > > > > jovem para sempre encontra olhares críticos. "Essa pretensão
> > > de
> > > > vida eterna
> > > > > é um erro existencial, uma arrogância do homem em querer
> > > > inventar uma vida
> > > > > que não é sua. Pois a finitude é um atributo da nossa, e
> > > é
> > > > o que a faz ser
> > > > > boa", afirma o cientista político Clóvis de Barros Filho,
> > > > professor de ética
> > > > > da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo
> > > > (USP). "É uma
> > > > > ilusão narcisista acreditar que se vai viver em gozo eternamente.
> > > > Ficar dos
> > > > > 60 aos 120 anos curtindo aposentadoria e nunca aceitar o dissolver,
> > > > que é o
> > > > > nosso destino", diz a filósofa e terapeuta Regina Favre, de
> > > São
> > > > Paulo, que
> > > > > acredita que a busca pela longevidade sem fim seja fruto da
> > > > solidão, do
> > > > > desamparo e do medo gerado pelos problemas da velhice e proximidade
> > > da
> > > > > morte. Ou como escreveu o escritor argentino Jorge Luis Borges
> > > > (1899-1986)
> > > > > no conto O Imortal, publicado no livro O Aleph: "Dilatar a vida dos
> > > > homens é
> > > > > como dilatar sua agonia e multiplicar o número de suas mortes".
> > > > >
> > > > > Mesmo que a medicina conseguisse fazer com que as pessoas tivessem
> > > > saúde e
> > > > > disposição para trabalhar até os 100, provavelmente não
> > > > haveria mercado para
> > > > > todos. Com uma superpopulação de idosos, a previdência social
> > > > certamente
> > > > > iria quebrar. "Não adianta chegarmos aos 200 anos se não
> > > > resolvermos esses
> > > > > problemas", diz a presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e
> > > > > Gerontologia, Silvia Regina Mendes Pereira, que acha positivo o
> > > > esforço dos
> > > > > cientistas para evitar doenças como diabetes ou Alzheimer, desde
> > > > que a
> > > > > qualidade de vida seja encarada de forma global. "E isso passa por
> > > > vários
> > > > > aspectos. Um deles, sim, é a saúde, mas também há o
> > > > psicológico e o social."
> > > > >
> > > > >
> > > > > As transformações no mundo caso as pessoas passem a viver
> > > > décadas ou até
> > > > > séculos a mais são inevitáveis. Mas, para De Grey,
> > > > compensaria enfrentá-las.
> > > > > "Essas dificuldades não superam os benefícios da eliminação
> > > > de doenças
> > > > > relacionadas à idade, como problemas cardiovasculares e
> > > câncer",
> > > > afirma.
> > > > > Mesmo porque esses problemas terão que ser pensados de imediato.
> > > > Pois, antes
> > > > > mesmo das pirotecnias científicas se tornarem realidade, a
> > > > longevidade no
> > > > > mundo só cresce. Para se ter ideia, vivemos 25 anos a mais do que
> > > > um século
> > > > > atrás. Nos países desenvolvidos, a expectativa de vida aumenta
> > > > cinco horas
> > > > > por dia. Ou seja, já há motivos suficientes para a ciência
> > > se
> > > > preocupar com
> > > > > os muitos que, em tempos anteriores às pílulas que simulam
> > > fome
> > > > ou injeções
> > > > > de enzimas e células-tronco, fazem muito mais aniversários do
> > > > que um dia
> > > > > nossos avós jamais poderiam imaginar.
> > > > >
> > > > > O profeta da imortalidade
> > > > >
> > > > > O cientista do envelhecimento Aubrey de Grey afirma que, em 2030,
> > > > estaremos
> > > > > vivendo até os 130 anos. E que os homens que farão mil
> > > > aniversários já
> > > > > nasceram. A seguir ele conta como isso será possível
> > > > >
> > > > > * Por que envelhecemos?
> > > > > Aubrey de Grey: Porque o corpo humano, como qualquer máquina,
> > > causa
> > > > danos a
> > > > > si mesmo como efeito colateral natural de sua operação. Esse
> > > > prejuízo se
> > > > > acumula ao longo da vida. Por um longo tempo quase não afeta a
> > > > habilidade do
> > > > > corpo para funcionar, mas, eventualmente, provoca doenças e
> > > > incapacidade.
> > > > >
> > > > > * As pessoas que viveriam mil anos precisariam constantemente
> > > > substituir
> > > > > peças, como um robô?
> > > > > De Grey: De fato, a maior parte das técnicas serão compostas
> > > por
> > > > peças de
> > > > > substituição, mas a um nível microscópico. Em alguns casos,
> > > > podemos trocar
> > > > > órgãos inteiros. Porém, mais frequentemente, serão
> > > > células ou moléculas.
> > > > >
> > > > > * Mesmo pessoas sedentárias, com excesso de peso e estressadas
> > > > serão capazes
> > > > > de viver mais?
> > > > > De Grey: A medicina regenerativa vai permitir que as pessoas
> > > > ultrapassem por
> > > > > uma larga margem a longevidade que qualquer um consegue atualmente,
> > > > mesmo
> > > > > com a melhor vida possível, mesmo aqueles com uma genética
> > > > privilegiada.
> > > > > Então, sim, estas terapias irão funcionar em todos, mesmo
> > > > naqueles com um
> > > > > estilo de vida ruim.
> > > > >
> > > > > * Existe limite biológico para a vida dos seres humanos?
> > > > > De Grey: Há de fato um limite biológico para quanto tempo as
> > > > pessoas podem
> > > > > viver, porque certos aspectos do nosso metabolismo, como a
> > > > respiração, são
> > > > > inevitáveis e acumulam danos moleculares e celulares. Porém,
> > > uma
> > > > vez que se
> > > > > desenvolvam técnicas de bioengenharia para reparar esses danos,
> > > > não haverá
> > > > > mais limite para a vida do homem.
> > > > >
> > > > > * Como lidar com as consequências sociais de se ter uma
> > > > superpopulação?
> > > > > De Grey: A eliminação do envelhecimento vai mudar o mundo. E
> > > > precisaremos
> > > > > agir diante de muitas dessas transformações. No entanto, essas
> > > > dificuldades
> > > > > não superam os benefícios da eliminação de doenças como
> > > > câncer e problemas
> > > > > cardiovasculares.
> > > > >
> > > > > * Viver mais significa viver melhor?
> > > > > De Grey: Não necessariamente. Mas o trabalho em minha fundação
> > > > de estudos em
> > > > > engenharia de rejuvenescimento, a Sens, foca em viver melhor, ou
> > > seja,
> > > > adiar
> > > > > o processo das doenças da velhice. A longevidade será um
> > > efeito
> > > > colateral:
> > > > > só ocorrerá porque as pessoas serão mantidas saudáveis.
> > > > >
> > > > > * Você aplica técnicas de medicina regenerativa em si mesmo?
> > > > Já testou
> > > > > alguma?
> > > > > De Grey: Estou ansioso para me beneficiar destas terapias. Não
> > > > faço isso
> > > > > simplesmente porque, na prática, elas ainda não existem.
> > > > >
> > > >
> > >
> >
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2012 12:24

Oi Alberto,
 
O yahoo fez mais uma.
 
Inverteu a ordem e minhas MSGs.
 
A mensagem:
Eu mandei antes e terminava falando "Agora estou mais mais ou menos preparado para entrar na discussão de vocês."
 
E ai' sim entrei escrevando em verde na MSG:
 
O meu verde neste PC que estou agora ficou preto. E, como tem um trecho teu em verde mais abaixo, espero que as pessoas nao confundam. Na proxima vou tentar um outro tom.
 
Helio

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sexta-feira, 20 de Abril de 2012 0:20
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá Hélio

Como a resposta será curta e grossa, eu vou de TSF (= Texto Sem
Formatação) mesmo. :-)

1) Pode vir de verde porque o Belmiro costuma vir inicialmente de azul e
depois rebate, na tréplica, com o vermelho.

2) O Léo, quando resolve colorir, ora usa uma cor, ora outra, mas sempre
de maneira que dá para distinguir.

3) Eu tenho aproveitado que vocês gostam de colorir, então eu vou de
preto. Além de ser mais fácil (é a coloração padrão) não causa confusão.

4) O Victor está de férias, então não usará cor nenhuma. E se voltar das
férias, a confusão que ele costuma fazer é mais do gênero matemágico e é
tanta que confusões devidas à formatação do texto passam por
desapercebidas. ;-)

5) O importante é que a gente se entenda, e neste diálogo creio que está
saindo tudo nos trinques.

6) Com relação ao seu questionamento (mantive abaixo e apaguei o
restante da msg para não dar confusão, pois no TSF as cores desaparecem)
não há muito o que dizer. Não entendi exatamente aquela história do
campo gravitacional não deflexionar o feixe. Feixe de que? O de luz
parece-me que a teoria de Einstein «prevê» acontecer a curvatura. Quanto
aos outros possíveis agentes (feixes de agentes de campos, por acaso?)
não vejo muitos problemas. É suficiente acrescentar uma hipótese ad hoc
aqui, outra ali... e tudo estará resolvido, para a alegria geral do
Olimpo Acadêmico. E o cordão dos epiciclos cada vez aumenta mais, até
que...

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

*******************
-----Mensagem Original-----
From: Hélio Carvalho
Sent: Friday, April 20, 2012 12:00 AM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Bom, o PE diz que estar acelerado ou estar sob a ação de campo
gravitacional é a mesma coisa. E é, a menos que exista dentro do
compartimento algo que emita agentes, pode ser campo elétrico, outro
campo gravitacional gerado por uma massa lá no interior etc. Mas se um
campo elétrico serve, então algo que é construído por ele também serve
como contra prova do PE. Como por exemplo, a luz.

Então é o seguinte: Uma lanterna na horizontal produz um pulso de luz
apontada para a parede oposta e o elevador (sem ar, vácuo) está
acelerado, esta luz irá bater um pouco mais abaixo. Pois será somada a c
(horizontal) a velocidade que o elevador tinha (vertical) quando a
lanterna emitiu que é menor que sua velocidade agora.

Mas se ele estiver parado ou em MRU e um campo gravitacional estiver
agindo nele, este feixe NÃO vai deflexionar para o observador dentro do
elevador. Pois estes agentes não são influenciados pelo campo
gravitacional. E isto permite o observador saber se está acelerado ou
sob a ação de um campo gravitacional.

Isto não é um paradoxo, é uma previsão para o que vai acontecer quando
esta experiência for finalmente realizada. A previsão de Einstein é um
pouco diferente. :-)

A história é que este comportamento da luz atrapalharia o PE. Então
vamos impor que a luz faz esta curva, mesmo se ela não fizer.
:-)
Mais uma transformação de calibre.


SUBJECT: Re: [ciencialist] A cura do envelhecimento , starvation response, etc.
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2012 12:24

Essa sim é uma perspectiva interessante. Não creio que seja
muito fácil conseguir dominar isso, mas certamente é possível.
E eu não me espantaria se em 20 anos já tivéssemos como
aumentar bastante a longevidade humana.
 
Já as coisas com os telômeros, essa tenho receio, justamente
por causa da possibilidade de criar cânceres incontroláveis.
 
Não tenho mais dúvidas de que estamos a caminho de viver
muito mais. O problema deixará de ser longevidade (e mesmo
qualidade de vida física) para se tornar qualidade de vida
mental. A incidência maior de depressão em países com
grande população de idosos dá pistas para o grande problema
que teremos que enfrentar, que é manter a mente ocupada
(e feliz) mesmo quando se está bem velho.
 
*PB*
 
 
 
-----Mensagem Original-----
From: marcelleandro2009
Sent: Friday, April 20, 2012 12:15 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: RES: [ciencialist] A cura do envelhecimento , starvation response, etc.
 
Abordando, bem por cima, a reversão de envelhecimento celular "centenárias" reprogramando-as a se tornarem células tronco.
 
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/cientistas-conseguem-reverter-envelhecimento-celular
 
Marcel
 
 
 
 
 
 
 
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@...> escreveu
>
> Vídeo explicativo da Elizabeth Blackburn, bióloga molecular que ganhou prêmio Nobel em 2009 de medicina / fisiologia por estes estudos.
>
> http://www.youtube.com/watch?v=5PU_jZwt8KY
> http://www.youtube.com/watch?v=zqMoDdHWFBA
> http://www.youtube.com/watch?v=auQU_Upl7-M
>
>
> Esqueci de incluir este link da Scientific American, que também é bacaninha.
>
> http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=telomeres-telomerase-and&page=4
>
>
>
> Marcel
>
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@> escreveu
> >
> > Insights sobre como o processo que breca o desenvolvimento de células cancerígenas é justamente o que causa o envelhecimento com a "morte" celular. Um pouco mais sobre o processo que ocorre com os telômeros do cromossomo.
> >
> > Texto do biólogo Roberto Motta Júnior. No links tem imagens explicativas...
> >
> > Marcel
> >
> > ===============
> >
> > http://www.medicinageriatrica.com.br/2006/12/28/teorias-do-envelhecimento-celular/
> >
> > O envelhecimento é um dos maiores enigmas da vida e, ninguém consegue compreendê-lo totalmente. Muitos, em toda a história humana, têm feito as mesmas perguntas sobre o fenômeno: O que é envelhecimento? Por que as pessoas envelhecem? Por que em algumas pessoas determinados órgãos envelhecem mais rapidamente que outros? Podemos retardar, parar ou reverter o envelhecimento?
> >
> > Como a definição de envelhecimento é polêmica, tornam-se até incoerentes propostas de teorias sobre o envelhecimento antes de se chegar a uma definição consensual. Porém, elas existem. Com os avanços da ciência e da tecnologia, nas últimas décadas surgiram várias teorias sobre o envelhecimento, sendo três as principais; a teoria dos radicais livres *, a teoria do desequilíbrio gradual ** e a genética.
> >
> > Os pesquisadores que apóiam a teoria genética propõem que todo o processo de envelhecimento, quer seja de células, órgãos e mesmo de todo o indivíduo, desde o
> > nascimento até a morte, é programado pelos nossos genes. Nessa teoria, o tempo de vida, assim como os outros acontecimentos como, por exemplo, alterações enzimáticas, ligados a esse relógio biológico, podem ser controlados por um ou mais genes específicos contribuindo, de maneira ativa, independente, ou em associação com outros genes, para a longevidade do organismo.
> >
> >
> > Uma das mais conhecidas formulações para essa teoria foi feita por Leonard Hayflick, em 1977. O chamado limite de Hayflick, que afirma que as células irão se dividir e se reproduzir apenas um número limitado de vezes e que esse número é geneticamente programado.
> >
> > As células humanas, eucarióticas, têm cromossomos lineares. Há dificuldades para a replicação das duas extremidades. Embora a fita contínua possa, teoricamente, ser sintetizada até o final de seu molde, a fita retrógrada não pode. Embora isso não seja um problema em uma única replicação, ao longo de muitos ciclos as extremidades dos cromossomos seriam encurtadas, até que genes essenciais fossem perdidos e a célula morreria. Conseqüentemente, a natureza procura impedir a perda contínua do DNA nas extremidades dos cromossomos. Nesse local existem, então, estruturas protetoras especiais, chamadas de telômeros, que contem muitas repetições de uma seqüência de seis nucleotídeos, rica em GUANINA. Os telômeros humanos contem milhares de repetições TTAGGG. O tamanho dos telômeros é mantido por enzimas, chamadas de telomerases, que adicionam repetições de seis nucleotídeos à sua extremidade.
> >
> > Segundo esta teoria, a enzima telomerase é considerada um relógio biológico, um marcador a indicar que a senescência celular irá se instalar inevitavelmente, causando o envelhecimento.
> >
> > A telomerase é uma enzima classificada como transcriptase reversa, composta de uma subunidade de uma proteína que possui um componente interno de RNA que é uma região molde para a produção de DNA. Esta subunidade é identificada por TERT, está na região do C- terminal do polipeptídeo, também na região N-terminal, basicamente na região dos telômeros.
> >
> > O gene de produção da telomerase e o gene conhecido por p 53 devem participar de um sistema eficiente de supressão de tumores, mas em contrapartida, com a diminuição da ação da telomerase, os cromossomos se encurtam na região dos telômeros e, inevitavelmente, por causa da manutenção de um tecido jovem, que necessita de divisões celulares contínuas, surge o envelhecimento, a senescência. Quando a telomerase está atuante, permite a alta capacidade de divisões celulares por mitoses sucessivas, o que seria uma proteção contra a senescência. O envelhecimento seria o preço de uma vida sem câncer.
> >
> > A importância da telomerase como mecanismo reparador anti-envelhecimento celular pode ser constatada em várias doenças, como na progeria. Nesta doença rara, em torno de 100 casos no mundo, ocorre um envelhecimento prematuro em jovens nos quais seus cromossomos apresentam seus telômeros curtos, causando uma senescência nos indivíduos, por aumento na velocidade nas divisões celulares desencadeadas pela ação de um gene recessivo, que impede a função da telomerase, mais uma explicação para essa doença baseada na teoria dos telômeros.
> >
> > A enzima telomerase é considerada um relógio biológico, um marcador a indicar que a senescência celular irá se instalar inevitavelmente. Existem células que não apresentam senescência, em que a divisão celular se mantém com alto potencial de multiplicação, imunes à ação do tempo. São as células germinativas, que estão relacionadas com a perpetuação da vida, as células cancerígenas, que são motivos de estudos para se encontrar a cura definitiva do câncer, e as células tronco, que atualmente são aplicadas aos transplantes para promover regeneração e possível tratamento de doenças que afetam a humanidade.
> >
> > * Teoria dos radicais livres. Esta teoria baseia-se no conceito de que as reações químicas que ocorrem naturalmente no corpo começam a produzir um número de defeitos irreversíveis nas moléculas. Isto se deve a elétrons não pareado na última camada das moléculas formados por compostos contendo por exemplo, o elemento oxigênio, chamados de radicais livres.
> >
> > ** Teoria do desequilíbrio gradual. Esta teoria afirma que o cérebro, as glândulas endócrinas ou o sistema imunológico começam a deixar de funcionar gradualmente, levando a determinados órgãos envelhecer em ritmos diferentes comprometendo o funcionamento dos demais, causando o envelhecimento de todo o organismo.
> >
> > *** Apoptose, processo que se inicia no núcleo da célula, na cromatina onde se encontram os cromossomos aderidos a carioteca, começa uma retração do citoplasma agregando o corpos apoptóticos, que serão englobados por fagocitose, pelas células vizinhas ou macrófagos,todo material da célula é rompido, os ácidos nucléicos não comandam as atividades celulares, formam crateras na membrana plasmática, por onde ocorre a perda de água, a célula se desestrutura, formam corpos apoptóticos que serão eliminados por clasmocitose, ocorre a morte celular.
> >
> > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@> escreveu
> > >
> > > Um pouco sobre Telomerases.
> > > A grosso modo para despertar o interesse;
> > > A replicação (divisão) celular causa o processo de envelhecimento
> > > (senescência), devido à um encurtamento da extremidade
> > > (telõmeros) do cromossomo e sua completa  inviabilização (50 a 80
> > > vezes) para novas replicações. Existe uma enzima que está sendo
> > > sintetizada em estudos, que é mais concentrada em nosso organismo na
> > > infância e em células cancerígenas, que, de certa forma,
> > > protege esta "integridade" do cromossomo a cada replicação.
> > > Permitindo assim, que ocorra um número muitíssimo maior de
> > > replicações, e consequentemente uma grande desaceleração do
> > > envelhecimento, e até o retrocesso do mesmo.
> > > É diferente do Resveratrol, que apenas desacelera o processo de
> > > replicação celular no organismo, devido à resposta à dieta de
> > > baixa caloria (fome).
> > > Ver abaixo;
> > >
> > > http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2011/01/110126_envelhecimento_rc\
> > > .shtml
> > > Cientistas vêm pouco a pouco desvendando os segredos do
> > > envelhecimento e alguns sugerem que em breve poderão desenvolver
> > > tratamentos para reduzir a velocidade ou mesmo reverter o processo.
> > > No ano passado, uma equipe do Instituto do Câncer Dana-Farber, de
> > > Boston, nos EUA, divulgou na revista científica Nature um estudo no
> > > qual diz ter conseguido reverter o processo de envelhecimento em
> > > camundongos.
> > > Eles manipularam cromossomos presentes nos núcleos de todas as
> > > células. O alvo principal da ação era a proteção dos
> > > telômeros. Os telômeros são estruturas presentes nas
> > > extremidades dos cromossomos. Eles protegem os cromossomos de
> > > possíveis danos, mas também diminuem de tamanho com a idade,
> > > até que as células não conseguem mais se reproduzir.
> > > A equipe do professor Ronald DePinho manipulou as enzimas que regulam os
> > > telômeros, as telomerases, obtendo resultados significativos. Com o
> > > estímulo às enzimas, os camundongos pareciam fazer o relógio
> > > biológico "andar pra trás".
> > > "O que esperávamos era uma estabilização do processo de
> > > envelhecimento, mas ao contrário, observamos uma reversão dos
> > > sinais e sintomas de envelhecimento", disse ele à BBC.
> > > "Os cérebros destes animais cresceram em tamanho, aumentaram sua
> > > cognição, suas peles ganharam mais brilho e a fertilidade foi
> > > restaurada."
> > > Humanos
> > > Obviamente, aplicar estes princípios em humanos será um desafio
> > > bem maior. As telomerases já foram ligadas à incidência de
> > > câncer.
> > > Muitos acreditam que as mitocôndrias possam desempenhar um papel bem
> > > maior no processo de envelhecimento. As mitocôndrias - material
> > > genético contido na célula, mas fora do núcleo - são as
> > > "usinas de energia" das células, mas também geram produtos
> > > químicos que são ligados ao envelhecimento. Há ainda o papel
> > > desempenhado por radicais livres - moléculas ou átomos altamente
> > > reativos que atacam o corpo humano.
> > > Apesar de estarmos apenas começando a compreender como funciona o
> > > envelhecimento, alguns cientistas já testam tratamentos em humanos.
> > > O professor David Sinclair é pesquisador de um laboratório
> > > especializado em envelhecimento da escola de Medicina da Universidade de
> > > Harvard.
> > > Ele e seus colegas vêm trabalhando em uma droga sintética chamada
> > > STACs (ou Sirtuin activating compounds).
> > > Estudos em camundongos obesos indicam que as STACs podem restaurar a
> > > saúde e aumentar a expectativa de vida dos animais. Já foram
> > > iniciados testes em humanos.
> > > Há também estudos sobre o resveratrol, um antioxidante encontrado
> > > naturalmente no vinho tinto, que indicam que ele reduz o colesterol.
> > > Sinclair diz que estas pesquisas "não são uma desculpa para comer
> > > batata frita o dia todo em frente à TV, mas uma forma de aumentar o
> > > modo de vida sadio e explorar as potencialidades de um corpo
> > > saudável".
> > > "Não mudamos a quantidade de comida ingerida, os camundongos comem
> > > normalmente, mas seus corpos não sabem que eles estão gordos e
> > > seus órgãos e até a expectativa de vida são iguais a de um
> > > animal sadio", disse ele.
> > > Questões éticas
> > > Mas é correto fazer experiências em algo tão fundamental como
> > > envelhecer? Quais são as questões éticas envolvidas?
> > > O professor Tim Spector, do hospital Kings College em Londres, que
> > > também faz pesquisas na área, diz que o foco não é aumentar
> > > a duração da vida, mas prolongar a saúde.
> > > "Não interessa muito prolongar a vida se isto significar que você
> > > terá tanta artrite, por exemplo, que não poderá sair de casa",
> > > disse ele.
> > > "Mas ao entender o processo de envelhecimento, podemos ajudar no combate
> > > a artrite, diabetes, doenças cardíacas, todas os males ligados ao
> > > envelhecimento", disse ele.
> > > Já o professor James Goodwin, do programa Age UK de amparo à
> > > terceira idade do governo britânico, diz que a questão levantada
> > > pelas pesquisas é se seus resultados vão ser acessíveis a todos
> > > ou apenas aos mais ricos.
> > > "Será que todos vão poder se beneficiar desta tecnologia?",
> > > pergunta
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009"
> > > <marcelleandro2009@> escreveu>> > Victor,> > > Será que nós,
> > > daqui do fórum, ainda poderemos nos beneficiar> desses avanços> >
> > > da medicina?> > Provavelmente algum benefício sim. Segundo pesquisas,
> > > que enviei> anteriormente uma matéria a respeito, bastaria uma boa
> > > dieta de baixa> caloria para termos efeitos positivos. Sem considerar
> > > alguns suplementos> (e alimentos), ainda a serem melhor avaliados, que
> > > já existem no> mercado.> > > > Marcel> > > >> > Suspeito que as
> > > respostas para essa perguntinha ficarão aí por> volta de> >
> > > "naaaão!"> >> >> >> > Acho que a maioria de nós vai ficar, com
> > > sorte, é na média> mesmo!> >> >> >> > Particularmente, só quero
> > > chegar lá se com tudo em cima e> lúcido para> > continuar
> > > "heresiando às avessas"...> >> >> >> > Senão, cadê a graça?>
> > > >> >> >> > Sds,> >> > Victor.> >> >> >> >> >> > De:
> > > ciencialist@yahoogrupos.com.br> [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]>
> > > > Em nome de marcelleandro2009> > Enviada em: sexta-feira, 16 de
> > > março de 2012 17:49> > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br> >
> > > Assunto: [ciencialist] A cura do envelhecimento , starvation response,>
> > > etc.> >> >> >> >> >> >>
> > > http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,ERT204682-17773,00.htm\
> > > \> l> >> > A cura do envelhecimento> >> > Pílulas, células-tronco,
> > > dietas e tratamentos para evitar> doenças e> > regenerar
> > > órgãos. Conheça as novas armas da ciência para> nos manter
> > > com> > aparência jovem para sempre> >> > Priscilla Santos, com
> > > reportagem de Bruna Fasano e Willian Okada> >> > FONTE DA JUVENTUDE> >
> > > Crédito: Maná E.D.I.> >> > O soldado e explorador espanhol Juan
> > > Ponce de León (1460-1521)> já havia> > acompanhado Cristóvão
> > > Colombo em sua segunda viagem à> América quando começou> > sua
> > > busca pela mitológica Fonte da Juventude. Os nativos de Porto> Rico,
> > > onde> > Ponce havia criado uma colônia, diziam existir tal fonte
> > > misteriosa> capaz de> > proporcionar a jovialidade eterna para quem em
> > > suas águas se> banhasse. O> > viajante nunca a encontrou — acabou
> > > foi descobrindo a Flórida,> ironicamente> > o estado americano hoje
> > > com a maior proporção de idosos. Ponce de> León não> > foi o
> > > único a procurar incansavelmente por uma forma de ser jovem> para> >
> > > sempre. A busca pela imortalidade e pela juventude eterna sempre>
> > > fascinou o> > homem, único animal que tem consciência da
> > > própria morte> — e por isso sofre.> > Mas nunca esteve tão
> > > próxima de ser alcançada. Como Ponce de> Leóns> >
> > > contemporâneos, os cientistas do século 21 vêm perseguindo o>
> > > fim da maior> > causa de morte do mundo: a velhice. Por consequência,
> > > as doenças> decorrentes> > dela. E parecem estar mais próximos de,
> > > no mínimo,> postergá-la. "Os avanços> > da área biológica
> > > que surgem nesse começo de século> indicam que muitos de> > nós
> > > poderemos chegar facilmente aos 100, 150 anos", diz o professor> do> >
> > > Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio>
> > > de Janeiro> > (UFRJ), Stevens Rehen.> >> > Prolongar a vida seria apenas
> > > uma consequência de fazer as pessoas> serem> > mais saudáveis por
> > > mais tempo. Esse é o principal objetivo da> nova ciência> > do
> > > antienvelhecimento, que pretende atacar de uma só vez todas as>
> > > formas de> > deterioração do corpo para fazer com que o nosso
> > > relógio> biológico corra> > mais devagar. Assim, ficaríamos
> > > longe de doenças decorrentes da> idade> > avançada — como
> > > Alzheimer, demência, diabetes e doenças> cardíacas — por
> > > mais> > tempo. Atacar a velhice, portanto, seria a melhor e talvez
> > > única> forma de> > nos afastarmos dos males provocados por ela.
> > > Combater uma a uma as> doenças —> > algo que desde sempre fazemos
> > > — não surtiria grandes efeitos.> Nos Estados> > Unidos, por
> > > exemplo, se os problemas de coração fossem totalmente> > eliminados,
> > > a expectativa de vida não subiria mais do que três> anos. O mesmo>
> > > > que proporcionaria uma cura milagrosa para o câncer. "O risco de>
> > > doenças> > fatais dispara após os 60 anos. Assim, mesmo que
> > > evitemos o ataque> cardíaco,> > outros problemas vão nos pegar",
> > > afirma o escritor de ciência e> medicina> > americano David Stipp,
> > > autor do livro The Youth Pill (A Pílula da> Juventude,> > sem
> > > edição no Brasil), lançado no ano passado. Por isso, a> maneira
> > > de> > aumentar a expectativa e a qualidade de vida para valer é
> > > evitar> chegar> > nesse estágio em que já estamos mais fracos e
> > > vulneráveis a> doenças.> >> > Em vez de águas milagrosas, a
> > > Fonte da Juventude perseguida pelos> cientistas> > oferecerá
> > > tratamentos futurísticos descobertos nos mais> ardilosos> >
> > > experimentos> > Crédito: Maná E.D.I.> >> > INJEÇÃO ANTIVELHICE>
> > > >> > Em novembro passado, pesquisadores do Instituto de Câncer>
> > > Dana-Farber, da> > Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos,
> > > publicaram um> estudo que> > contrariou um dos principais conceitos
> > > sobre o processo de> envelhecimento: o> > de que ele é
> > > irreversível. Eles conseguiram, pela primeira vez,> rejuvenescer> >
> > > ratos de laboratório. O experimento foi baseado num mecanismo que>
> > > rendeu, um> > ano antes, o Prêmio Nobel de Medicina a outros três
> > > cientistas> americanos: a> > relação entre o processo de
> > > envelhecimento e os telômeros, uma> espécie de> > capinha que
> > > protege a ponta de cada cromossomo dentro de nossas> células —> >
> > > numa comparação grosseira, o telômero assemelha-se àquele>
> > > revestimento> > plástico presente na ponta dos cadarços de um
> > > tênis. A cada> vez que a célula> > se divide, essa capinha se
> > > encurta um pouco. Depois de 50 a 80> duplicações a> > célula
> > > não consegue mais se multiplicar — após os 35 anos> de idade,
> > > os> > efeitos desse processo já começam a ser sentidos. O tempo
> > > passa> e, sem> > células novas e com algumas mortas ou inativas,
> > > nossos órgãos> começam a se> > deteriorar. É a velhice.> >>
> > > > Nascemos com um mecanismo capaz de driblar esse processo, uma enzima>
> > > chamada> > telomerase. Ela repara as tais capas protetoras dos
> > > cromossomos> após cada> > divisão celular. Porém, após a
> > > infância, sua> concentração cai drasticamente.> > Fazer com que
> > > ela volte a crescer é um dos caminhos para postergar> o> >
> > > envelhecimento — ou até mesmo revertê-lo. No estudo de>
> > > Harvard, os> > cientistas criaram ratos geneticamente modificados de
> > > forma que não> > produzissem a telomerase. Como resultado, os animais
> > > envelheceram> > rapidamente. Os sinais incluíram diminuição do
> > > cérebro e do> olfato, danos no> > baço e intestinos, além de
> > > doenças como osteoporose e> diabetes. Com apenas> > um mês de
> > > ingestão de telomerase, no entanto, tais sintomas> sumiram. Os> >
> > > ratos voltaram inclusive a ser férteis e desenvolveram> neurônios,
> > > sem contar> > uma invejável melhora na pele. "O que vimos não foi
> > > a> desaceleração ou> > estabilização do envelhecimento, mas algo
> > > muito mais incrível:> uma reversão> > dramática dele", afirma
> > > Ronald DePinho, coordenador da pesquisa.> "É possível> > imaginar
> > > que um homem de 90 anos voltaria a ter a saúde que> possuía aos
> > > 40> > ou 50", diz. Porém, apesar de ter sido bem-sucedido em ratos,
> > > o> tratamento> > ainda não foi testado em humanos. E não há
> > > perspectiva de que> isso aconteça> > nos próximos anos. "Ainda
> > > temos muito trabalho pela frente. O> próximo passo> > é descobrir
> > > em que estágio da vida as pessoas precisariam se> submeter à> >
> > > injeção de telomerase", afirma DePinho. Em paralelo a isso, ainda>
> > > seria> > preciso ultrapassar um grande empecilho: o potencial risco de>
> > > câncer.> >> > Fora do período de gestação e infância, a
> > > telomerase só> retorna em grandes> > quantidades nas células
> > > cancerosas — sabe-se que 90% dos> tumores possuem a> > enzima.
> > > Aliás, é por isso que elas se reproduzem> incessantemente. "Se
> > > você> > persegue a imortalidade, é o que, de um modo perverso,
> > > também> fazem as> > células com câncer", diz o oncologista e
> > > professor de medicina> da> > Universidade Columbia, Estados Unidos,
> > > Siddhartha Mukherjee, autor do> > recém-lançado livro The Emperor
> > > of All Maladies: A Biography of> Cancer (O> > Império de Todas as
> > > Enfermidades: Uma Biografia do Câncer, sem> edição no> > Brasil).>
> > > >> > Além da vantagem óbvia para todo mundo de postergar a chegada
> > > da> velhice, um> > grupo específico de pessoas se beneficiaria caso
> > > os pesquisadores> > conseguissem resolver as contraindicações desse
> > > tipo de tratamento.> Trata-se> > de indivíduos que, por conta de uma
> > > sequência genética,> têm menos telomerase> > desde a
> > > gestação. Consequentemente, envelhecem mais rápido e> chegam a
> > > ser> > biologicamente até dez anos mais velhos do que outras pessoas
> > > da> mesma> > idade. Essa sequência de DNA foi mapeada em fevereiro do
> > > ano> passado por> > cientistas da Universidade de Leicester, no Reino
> > > Unido. Em um estudo> com 3> > mil pessoas, 45% delas carregavam ao menos
> > > um gene da sequência. Os> > pesquisadores acreditam que um mapeamento
> > > desse tipo possibilitaria> > prescrever estilos de vida saudáveis
> > > àqueles mais propensos aos> males do> > envelhecimento. Além de
> > > exercícios físicos, uma dieta com> poucas calorias> > entraria na
> > > receita. Pois é sabido, e cientificamente provado, que> quem come> >
> > > menos, vive mais.> >> > UMA ENZIMA PARA NOS MANTER SEMPRE JOVENS> > A
> > > deterioração de nosso corpo começa de forma microscópica,> em
> > > nossos> > cromossomos. Uma substância pode revertê-la. Veja como
> > > (clique> aqui para> > ampliar)> >> > 300 TAÇAS DE VINHO> >> > Uma
> > > dieta diária entre 1.200 e 1.400 calorias — 30% a menos do> que
> > > a> > sugerida pela Organização Mundial da Saúde — poderia>
> > > aumentar nossa> > expectativa de vida média para 120 anos. Algumas
> > > pessoas chegariam,> então,> > aos 150. Mesmo que você começasse
> > > a comer menos aos 30, ainda> teria chance> > de prolongar seu tempo na
> > > Terra em sete anos. É atrás dessas> promessas que> > ao menos 2
> > > mil pessoas praticam a dieta de baixa caloria no mundo.> Esse é o> >
> > > número de membros da Sociedade de Restrição Calórica. Apesar>
> > > da matriz estar> > localizada nos Estados Unidos, há integrantes de
> > > várias partes> do planeta,> > inclusive cinco do Brasil (que não
> > > se identificam). Os resultados> dos pratos> > moderados têm sido
> > > positivos. Dados divulgados pela Sociedade> atestam que os> > adeptos da
> > > dieta registraram queda significativa da pressão> sanguínea,
> > > perda> > de quase 70% da gordura corporal e redução de 80% do
> > > nível de> insulina no> > sangue, o que, no mínimo, faz cair o
> > > risco de doenças> cardíacas e diabetes.> > Pratos mais comportados
> > > também são a receita milenar dos> habitantes do> > arquipélago
> > > japonês de Okinawa — é lá que estão as> pessoas que mais
> > > vivem no> > mundo. A proporção de centenários nas ilhas é de 50
> > > para cada> 100 mil> > moradores, enquanto nos demais países cai para
> > > dez a cada 100 mil.> A> > população de Okinawa é de cerca de 1,3
> > > milhão. Não por> acaso, um prato> > típico no arquipélago
> > > tem 17% menos calorias do que no restante> do Japão.> >> > A teoria
> > > mais aceita de por que comer pouco nos faria envelhecer mais> > devagar
> > > é evolutiva. Os efeitos benéficos das baixas calorias se> devem a
> > > um> > mecanismo chamado starvation response, ou resposta à fome, em>
> > > português. Nos> > primórdios da humanidade, durante os períodos
> > > de grandes secas> ou mudanças> > abruptas no clima, ficava difícil
> > > encontrar alimento. Era natural,> portanto,> > que, sob a ameaça de
> > > inanição, o organismo concentrasse seus> esforços na> >
> > > proteção dos processos essenciais à sobrevivência. A energia>
> > > do crescimento> > e reprodução (mecanismos trabalhosos para o corpo)
> > > era deslocada> para o> > reparo e manutenção constante das
> > > células. Isso fazia com que as> pessoas> > envelhecessem mais
> > > devagar. Tudo não passava de um truque da> natureza para> > garantir
> > > a continuidade da espécie: ao conservar o corpo, o intuito> era> >
> > > preservar aqueles indivíduos para se reproduzirem assim que as>
> > > coisas> > melhorassem.> >> > Em cinco anos, o laboratório Sirtris
> > > Pharmaceutical promete colocar> no> > mercado uma pílula que imita os
> > > efeitos de se comer pouco, mesmo> que você> > siga uma dieta normal.
> > > O princípio ativo — já comercializado> em medicamentos> > para
> > > diabéticos e como suplemento alimentar — é o> resveratrol,
> > > substância> > encontrada na casca da uva roxa. É sua presença
> > > que confere ao> vinho tinto> > benefícios ao coração. E explica o
> > > que os cientistas chamam de> "paradoxo> > francês": a baixa
> > > mortalidade por doenças cardíacas na> França, mesmo com uma> >
> > > dieta tão rica em gordura. Graças ao hábito comedido que a>
> > > população tem de> > beber vinho quase que diariamente. Além dos
> > > benefícios ao> coração, também há> > evidências de que o
> > > resveratrol reduza o risco de Alzheimer,> derrame,> > diversos tipos de
> > > câncer, perda de audição e osteoporose —> todos problemas> >
> > > comuns no envelhecimento. Já provocar o aumento dos anos de vida>
> > > é algo que> > ainda precisa ser provado em humanos. Mas o resultado
> > > em animais se> mostrou> > estimulante.> >> > VIDA LONGA - E MAIS FELIZ>
> > > >> > Se a ciência de fato nos fizer passar dos 75 com saúde e>
> > > disposição nos fará> > felizes como nunca seríamos. Um estudo
> > > publicado ano passado por> > pesquisadores das universidades de Stony
> > > Brook e Princeton, nos EUA,> traçou> > um paralelo entre bem-estar e
> > > idade. Surpresa: nosso auge de> contentamento> > seria após os 74. Os
> > > resultados formam o que os pesquisadores de> felicidade> > chamam de
> > > curva U (abaixo). Os idosos sentiriam menos raiva e estresse> do> > que
> > > os jovens e teriam menos preocupações do que os adultos> médios.
> > > Pois,> > com a idade, as pessoas lidam melhor com conflitos e controlam
> > > as> emoções. É> > a sabedoria. Os pesquisadores também sugerem
> > > que a saída dos> filhos de casa> > diminui problemas familiares e
> > > financeiros. A ciência está> fazendo sua> > parte, agora falta
> > > lazer, trabalho e INSS para que os mais longevos> possam> > curtir
> > > tranquilos a melhor parte da vida.> >> > Em 2006, pesquisadores da
> > > Escola de Medicina de Harvard realizaram> estudos> > liderados por David
> > > Sinclair — não por acaso, fundador da> Sirtris> > Pharmaceutical,
> > > hoje pertencente à gigante inglesa GlaxoSmithKline.> No> >
> > > experimento, cientistas superalimentaram roedores com uma dieta rica>
> > > em> > gordura. Em paralelo, forneceram a eles doses de resveratrol. As>
> > > cobaias> > ficaram obesas. Ainda assim, seu tempo de vida se estendeu a
> > > um> patamar> > igual ao dos ratos que comiam com restrição. Para
> > > obter esses> efeitos com> > vinho seriam necessárias 300 taças por
> > > dia, ou seja, algo> impensável até> > para o mais bebum dos seres
> > > humanos. O que justifica a corrida da> indústria> > farmacêutica
> > > atrás das pílulas.> >> > Os medicamentos que imitam dietas
> > > metódicas serão uma> aplicação mais> > concreta dos pioneiros
> > > estudos sobre antienvelhecimento. A primeira> > importante pesquisa
> > > científica que provou que restringir calorias> poderia> > prolongar a
> > > vida foi divulgada em 1934. O estudioso de nutrição da> >
> > > Universidade de Cornell, Estados Unidos, Clive McCay, manteve ratos em>
> > > um> > estado de quase fome por quatro anos e os assistiu viver 85% mais>
> > > tempo do> > que a média. Um dos animais chegou aos 3 anos e 9 meses
> > > de idade.> Como,> > cinco anos antes, dois cientistas tinham ganhado o
> > > Prêmio Nobel> pela> > descoberta das vitaminas, pareceu uma pequena
> > > heresia dizer que passar> um> > pouco de fome poderia nos fazer bem.
> > > Mais recentemente, no início> dos anos> > 2000, cientistas do Centro
> > > Nacional de Pesquisa em Primatas de> Wisconsin> > revelaram bons
> > > resultados com macacos mantidos em uma dieta 30% menos> > calórica do
> > > que seus colegas. Além de magros, estavam no auge da> vida.> >
> > > Enquanto os que comiam normalmente se movimentavam lentamente e viam>
> > > cair> > mais pelos, entre outros sinais de velhice.> >> > Em 2015, 2016,
> > > com o medicamento nas farmácias, a Sirtris deve se> tornar a> >
> > > indústria referência em antienvelhecimento. Além do>
> > > resveratrol, seus> > laboratórios estudam outra substância capaz
> > > de imitar os efeitos> de uma> > dieta de baixa caloria: a rapamicina.
> > > Hoje usado para evitar> rejeição em> > transplante de órgãos, o
> > > princípio ativo fez com que ratos de> meia-idade> > vivessem de 28% a
> > > 38% mais tempo, segundo um estudo divulgado pela> revista> > Nature em
> > > meados de 2009. Mais uma pesquisa que mostra que há> esperanças> >
> > > para prolongar a vida mesmo quando o corpo já está desgastado.>
> > > Esta também é> > a promessa da medicina regenerativa.> >> >
> > > Crédito: Maná E.D.I.> >> >> > BIOENGENHARIA> >> > No ano passado,
> > > um grupo de mulheres teve uma oportunidade de ouro:> após> > serem
> > > mutiladas devido ao câncer de mama, viram crescer seios 100%>
> > > naturais,> > a partir de suas próprias células. A técnica que
> > > soa como> milagre foi> > desenvolvida após quase uma década de
> > > estudos pela empresa de> biotecnologia> > americana Cytori Therapeutics,
> > > que pretende trazer o método para o> Brasil> > ainda este ano.
> > > Permite dupla recauchutagem: as células que dão> origem ao> > novo
> > > seio são extraídas de uma cirurgia plástica para tirar>
> > > gordurinhas> > indesejadas. O procedimento começa com uma
> > > lipoaspiração, por> exemplo, na> > barriga. Da gordura são
> > > colhidas células-tronco, capazes de se> multiplicar> > para gerar
> > > tecidos de outras partes do corpo, como a mama. Elas> são, então,>
> > > > aplicadas na região do peito. Conforme crescem, formam um novo>
> > > seio, sem> > risco de rejeição.> >> > A descoberta de
> > > células-tronco na gordura foi um grande avanço> para a> > medicina
> > > regenerativa. Somente no Brasil, são realizadas mais de> 200 mil> >
> > > lipoaspirações por ano. No ano passado, Radovan Borojevic, diretor>
> > > do> > Programa Avançado de Biologia Celular Aplicada à Medicina
> > > da> UFRJ,> > conseguiu, de forma inédita no Brasil, autorização
> > > da> Comissão Nacional de> > Ética em Pesquisa (Conep) para
> > > manipular células-tronco de> gordura. "Esse> > material pode garantir
> > > reserva para a velhice, para sanar as> doenças> > naturais do passar
> > > dos anos e até diminuir as rugas", diz. Quem> fizer uma> >
> > > lipoaspiração aos 20, por exemplo, pode chegar aos 60 e usar as>
> > > células> > guardadas para preencher a pele envelhecida e se livrar
> > > dos pés de> galinha.> > Como as células terão a memória de
> > > sua juventude, será> possível fazer o que> > nenhum cosmético
> > > ou Botox jamais conseguiu: ter cara de 20, aos 60.> O> > procedimento,
> > > cujo efeito dura de quatro a cinco anos, já está> em fase de> >
> > > testes. Em três meses, Borojevic realizou 70 implantes de> células
> > > antirrugas> > — os interessados podem se inscrever para os testes no
> > > Instituto> de Ciências> > Biomédicas da UFRJ. Mas esta é apenas
> > > a mais frívola das> promessas da> > bioengenharia. "Com as
> > > técnicas, vamos envelhecer muito melhor do> que os> > nossos
> > > avós", afirma Borojevic.> >> > Experimentos em humanos mostraram que
> > > o implante de células-tronco> pode> > reparar órgãos vitais.
> > > Entre eles, o coração, que teria> benefícios como o> > aumento da
> > > quantidade e bombeamento de sangue após infartos,> diminuição da>
> > > > área de tecidos mortos e melhora da capacidade respiratória em>
> > > casos de> > doenças cardíacas crônicas. Outro resultado
> > > positivo é a> redução da> > incontinência urinária em
> > > pacientes que passaram por cirurgias> de próstata.> > "A medicina
> > > regenerativa para problemas do envelhecimento será de> fato> >
> > > composta por peças de substituição", afirma o gerontologista>
> > > inglês criador> > da Fundação Sens, de estudos de biotecnologia
> > > para> rejuvenescimento, Aubrey> > de Grey, polêmico, entre outras
> > > coisas, por afirmar que a velhice> é uma> > doença à espera de
> > > cura.> >> > A HORA DA MORTE> >> > Com sua aparência de Matusalém,
> > > apesar dos 47 anos de idade, De> Grey> > acredita que podemos ser
> > > imortais e que os homens que vão viver mil> anos já> > nasceram.
> > > Passar mais tempo na Terra do que o próprio personagem> bíblico,>
> > > > que teria morrido aos 969, seria possível graças ao>
> > > desenvolvimento da> > engenharia para impedir que nossas células
> > > envelheçam e da> reposição de> > órgãos e tecidos. "Uma vez
> > > que a medicina regenerativa se> desenvolver, o> > limite biológico do
> > > corpo desaparecerá." A ideia gerou tanta> controvérsia na> >
> > > comunidade científica que, em 2005, o Massachusetts Institute of>
> > > Technology> > (MIT) lançou um concurso que premiaria com US$ 20 mil
> > > quem> conseguisse> > provar que a tese de Aubrey era descabida. Cinco
> > > inscrições foram> analisadas> > por um júri composto por
> > > cabeças como o geneticista Craig> Venter. Ninguém> > levou o
> > > prêmio.> >> > A crença de que a ciência e a tecnologia nos
> > > permitirão> redesenhar o próprio> > corpo para nos fazer viver
> > > muito mais, até indefinidamente, guia> uma> > corrente filosófica
> > > chamada transhumanismo. Os seguidores do> pensamento> > acreditam que
> > > por meio de áreas de conhecimento emergentes como> > biotecnologia,
> > > inteligência artificial, robótica e> nanotecnologia, poderemos> >
> > > superar a própria condição humana. "O homem não é o final>
> > > da evolução> > biológica, e sim o começo de uma evolução
> > > tecnológica",> afirma o engenheiro> > venezuelano formado pelo MIT e
> > > que já trabalhou para a Nasa,> José Cordeiro,> > grande divulgador
> > > do transhumanismo na América Latina. Ele acredita> que> >
> > > assistiremos à morte da morte — e que não há nada de>
> > > antinatural nisso. "O> > propósito da vida é mais vida. Além do
> > > mais, ninguém quer> morrer, ainda mais> > se tiver a oportunidade de
> > > não ficar velho."> >> > A visão de que vale a pena manipular nosso
> > > corpo a qualquer custo> para ser> > jovem para sempre encontra olhares
> > > críticos. "Essa pretensão de> vida eterna> > é um erro
> > > existencial, uma arrogância do homem em querer> inventar uma vida> >
> > > que não é sua. Pois a finitude é um atributo da nossa, e é>
> > > o que a faz ser> > boa", afirma o cientista político Clóvis de
> > > Barros Filho,> professor de ética> > da Escola de Comunicação e
> > > Artes da Universidade de São Paulo> (USP). "É uma> > ilusão
> > > narcisista acreditar que se vai viver em gozo eternamente.> Ficar dos> >
> > > 60 aos 120 anos curtindo aposentadoria e nunca aceitar o dissolver,> que
> > > é o> > nosso destino", diz a filósofa e terapeuta Regina Favre, de
> > > São> Paulo, que> > acredita que a busca pela longevidade sem fim seja
> > > fruto da> solidão, do> > desamparo e do medo gerado pelos problemas
> > > da velhice e proximidade da> > morte. Ou como escreveu o escritor
> > > argentino Jorge Luis Borges> (1899-1986)> > no conto O Imortal,
> > > publicado no livro O Aleph: "Dilatar a vida dos> homens é> > como
> > > dilatar sua agonia e multiplicar o número de suas mortes".> >> >
> > > Mesmo que a medicina conseguisse fazer com que as pessoas tivessem>
> > > saúde e> > disposição para trabalhar até os 100, provavelmente
> > > não> haveria mercado para> > todos. Com uma superpopulação de
> > > idosos, a previdência social> certamente> > iria quebrar. "Não
> > > adianta chegarmos aos 200 anos se não> resolvermos esses> >
> > > problemas", diz a presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e> >
> > > Gerontologia, Silvia Regina Mendes Pereira, que acha positivo o>
> > > esforço dos> > cientistas para evitar doenças como diabetes ou
> > > Alzheimer, desde> que a> > qualidade de vida seja encarada de forma
> > > global. "E isso passa por> vários> > aspectos. Um deles, sim, é a
> > > saúde, mas também há o> psicológico e o social."> >> >> > As
> > > transformações no mundo caso as pessoas passem a viver> décadas ou
> > > até> > séculos a mais são inevitáveis. Mas, para De Grey,>
> > > compensaria enfrentá-las.> > "Essas dificuldades não superam os
> > > benefícios da eliminação> de doenças> > relacionadas à
> > > idade, como problemas cardiovasculares e câncer",> afirma.> > Mesmo
> > > porque esses problemas terão que ser pensados de imediato.> Pois,
> > > antes> > mesmo das pirotecnias científicas se tornarem realidade, a>
> > > longevidade no> > mundo só cresce. Para se ter ideia, vivemos 25 anos
> > > a mais do que> um século> > atrás. Nos países desenvolvidos, a
> > > expectativa de vida aumenta> cinco horas> > por dia. Ou seja, já
> > > há motivos suficientes para a ciência se> preocupar com> > os
> > > muitos que, em tempos anteriores às pílulas que simulam fome> ou
> > > injeções> > de enzimas e células-tronco, fazem muito mais
> > > aniversários do> que um dia> > nossos avós jamais poderiam
> > > imaginar.> >> > O profeta da imortalidade> >> > O cientista do
> > > envelhecimento Aubrey de Grey afirma que, em 2030,> estaremos> > vivendo
> > > até os 130 anos. E que os homens que farão mil> aniversários
> > > já> > nasceram. A seguir ele conta como isso será possível> >>
> > > > * Por que envelhecemos?> > Aubrey de Grey: Porque o corpo humano, como
> > > qualquer máquina, causa> danos a> > si mesmo como efeito colateral
> > > natural de sua operação. Esse> prejuízo se> > acumula ao longo da
> > > vida. Por um longo tempo quase não afeta a> habilidade do> > corpo
> > > para funcionar, mas, eventualmente, provoca doenças e> incapacidade.>
> > > >> > * As pessoas que viveriam mil anos precisariam constantemente>
> > > substituir> > peças, como um robô?> > De Grey: De fato, a maior
> > > parte das técnicas serão compostas por> peças de> >
> > > substituição, mas a um nível microscópico. Em alguns casos,>
> > > podemos trocar> > órgãos inteiros. Porém, mais frequentemente,
> > > serão> células ou moléculas.> >> > * Mesmo pessoas
> > > sedentárias, com excesso de peso e estressadas> serão capazes> >
> > > de viver mais?> > De Grey: A medicina regenerativa vai permitir que as
> > > pessoas> ultrapassem por> > uma larga margem a longevidade que qualquer
> > > um consegue atualmente,> mesmo> > com a melhor vida possível, mesmo
> > > aqueles com uma genética> privilegiada.> > Então, sim, estas
> > > terapias irão funcionar em todos, mesmo> naqueles com um> > estilo de
> > > vida ruim.> >> > * Existe limite biológico para a vida dos seres
> > > humanos?> > De Grey: Há de fato um limite biológico para quanto
> > > tempo as> pessoas podem> > viver, porque certos aspectos do nosso
> > > metabolismo, como a> respiração, são> > inevitáveis e acumulam
> > > danos moleculares e celulares. Porém, uma> vez que se> > desenvolvam
> > > técnicas de bioengenharia para reparar esses danos,> não
> > > haverá> > mais limite para a vida do homem.> >> > * Como lidar com as
> > > consequências sociais de se ter uma> superpopulação?> > De Grey: A
> > > eliminação do envelhecimento vai mudar o mundo. E> precisaremos> >
> > > agir diante de muitas dessas transformações. No entanto, essas>
> > > dificuldades> > não superam os benefícios da eliminação de
> > > doenças como> câncer e problemas> > cardiovasculares.> >> > *
> > > Viver mais significa viver melhor?> > De Grey: Não necessariamente.
> > > Mas o trabalho em minha fundação> de estudos em> > engenharia de
> > > rejuvenescimento, a Sens, foca em viver melhor, ou seja,> adiar> > o
> > > processo das doenças da velhice. A longevidade será um efeito>
> > > colateral:> > só ocorrerá porque as pessoas serão mantidas
> > > saudáveis.> >> > * Você aplica técnicas de medicina
> > > regenerativa em si mesmo?> Já testou> > alguma?> > De Grey: Estou
> > > ansioso para me beneficiar destas terapias. Não> faço isso> >
> > > simplesmente porque, na prática, elas ainda não existem.> >>
> > >
> > >
> > >
> > > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009"
> > > <marcelleandro2009@> escreveu
> > > >
> > > >
> > > > Victor,
> > > >
> > > > > Será que nós, daqui do fórum, ainda poderemos nos
> > > beneficiar
> > > > desses avanços
> > > > > da medicina?
> > > >
> > > > Provavelmente algum benefício sim. Segundo pesquisas, que enviei
> > > > anteriormente uma matéria a respeito, bastaria uma boa dieta de
> > > baixa
> > > > caloria para termos efeitos positivos. Sem considerar alguns
> > > suplementos
> > > > (e alimentos), ainda a serem melhor avaliados, que  já existem no
> > > > mercado.
> > > >
> > > >
> > > >
> > > > Marcel
> > > >
> > > >
> > > > >
> > > > > Suspeito que as respostas para essa perguntinha ficarão aí por
> > > > volta de
> > > > > "naaaão!"
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > > Acho que a maioria de nós vai ficar, com sorte, é na média
> > > > mesmo!
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > > Particularmente, só quero chegar lá se com tudo em cima e
> > > > lúcido para
> > > > > continuar "heresiando às avessas"...
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > > Senão, cadê a graça?
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > > Sds,
> > > > >
> > > > > Victor.
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > > De: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > > > [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
> > > > > Em nome de marcelleandro2009
> > > > > Enviada em: sexta-feira, 16 de março de 2012 17:49
> > > > > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > > > > Assunto: [ciencialist] A cura do envelhecimento , starvation
> > > response,
> > > > etc.
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > >
> > > http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,ERT204682-17773,00.htm\
> > > \
> > > > l
> > > > >
> > > > > A cura do envelhecimento
> > > > >
> > > > > Pílulas, células-tronco, dietas e tratamentos para evitar
> > > > doenças e
> > > > > regenerar órgãos. Conheça as novas armas da ciência para
> > > > nos manter com
> > > > > aparência jovem para sempre
> > > > >
> > > > > Priscilla Santos, com reportagem de Bruna Fasano e Willian Okada
> > > > >
> > > > > FONTE DA JUVENTUDE
> > > > > Crédito: Maná E.D.I.
> > > > >
> > > > > O soldado e explorador espanhol Juan Ponce de León (1460-1521)
> > > > já havia
> > > > > acompanhado Cristóvão Colombo em sua segunda viagem à
> > > > América quando começou
> > > > > sua busca pela mitológica Fonte da Juventude. Os nativos de Porto
> > > > Rico, onde
> > > > > Ponce havia criado uma colônia, diziam existir tal fonte
> > > misteriosa
> > > > capaz de
> > > > > proporcionar a jovialidade eterna para quem em suas águas se
> > > > banhasse. O
> > > > > viajante nunca a encontrou — acabou foi descobrindo a
> > > Flórida,
> > > > ironicamente
> > > > > o estado americano hoje com a maior proporção de idosos. Ponce de
> > > > León não
> > > > > foi o único a procurar incansavelmente por uma forma de ser jovem
> > > > para
> > > > > sempre. A busca pela imortalidade e pela juventude eterna sempre
> > > > fascinou o
> > > > > homem, único animal que tem consciência da própria morte
> > > > — e por isso sofre.
> > > > > Mas nunca esteve tão próxima de ser alcançada. Como Ponce
> > > de
> > > > Leóns
> > > > > contemporâneos, os cientistas do século 21 vêm perseguindo
> > > o
> > > > fim da maior
> > > > > causa de morte do mundo: a velhice. Por consequência, as
> > > doenças
> > > > decorrentes
> > > > > dela. E parecem estar mais próximos de, no mínimo,
> > > > postergá-la. "Os avanços
> > > > > da área biológica que surgem nesse começo de século
> > > > indicam que muitos de
> > > > > nós poderemos chegar facilmente aos 100, 150 anos", diz o
> > > professor
> > > > do
> > > > > Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do
> > > Rio
> > > > de Janeiro
> > > > > (UFRJ), Stevens Rehen.
> > > > >
> > > > > Prolongar a vida seria apenas uma consequência de fazer as
> > > pessoas
> > > > serem
> > > > > mais saudáveis por mais tempo. Esse é o principal objetivo da
> > > > nova ciência
> > > > > do antienvelhecimento, que pretende atacar de uma só vez todas as
> > > > formas de
> > > > > deterioração do corpo para fazer com que o nosso relógio
> > > > biológico corra
> > > > > mais devagar. Assim, ficaríamos longe de doenças decorrentes
> > > da
> > > > idade
> > > > > avançada — como Alzheimer, demência, diabetes e doenças
> > > > cardíacas — por mais
> > > > > tempo. Atacar a velhice, portanto, seria a melhor e talvez única
> > > > forma de
> > > > > nos afastarmos dos males provocados por ela. Combater uma a uma as
> > > > doenças —
> > > > > algo que desde sempre fazemos — não surtiria grandes efeitos.
> > > > Nos Estados
> > > > > Unidos, por exemplo, se os problemas de coração fossem totalmente
> > > > > eliminados, a expectativa de vida não subiria mais do que três
> > > > anos. O mesmo
> > > > > que proporcionaria uma cura milagrosa para o câncer. "O risco de
> > > > doenças
> > > > > fatais dispara após os 60 anos. Assim, mesmo que evitemos o
> > > ataque
> > > > cardíaco,
> > > > > outros problemas vão nos pegar", afirma o escritor de ciência
> > > e
> > > > medicina
> > > > > americano David Stipp, autor do livro The Youth Pill (A Pílula da
> > > > Juventude,
> > > > > sem edição no Brasil), lançado no ano passado. Por isso, a
> > > > maneira de
> > > > > aumentar a expectativa e a qualidade de vida para valer é evitar
> > > > chegar
> > > > > nesse estágio em que já estamos mais fracos e vulneráveis a
> > > > doenças.
> > > > >
> > > > > Em vez de águas milagrosas, a Fonte da Juventude perseguida pelos
> > > > cientistas
> > > > > oferecerá tratamentos futurísticos descobertos nos mais
> > > > ardilosos
> > > > > experimentos
> > > > > Crédito: Maná E.D.I.
> > > > >
> > > > > INJEÇÃO ANTIVELHICE
> > > > >
> > > > > Em novembro passado, pesquisadores do Instituto de Câncer
> > > > Dana-Farber, da
> > > > > Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, publicaram um
> > > > estudo que
> > > > > contrariou um dos principais conceitos sobre o processo de
> > > > envelhecimento: o
> > > > > de que ele é irreversível. Eles conseguiram, pela primeira
> > > vez,
> > > > rejuvenescer
> > > > > ratos de laboratório. O experimento foi baseado num mecanismo que
> > > > rendeu, um
> > > > > ano antes, o Prêmio Nobel de Medicina a outros três cientistas
> > > > americanos: a
> > > > > relação entre o processo de envelhecimento e os telômeros, uma
> > > > espécie de
> > > > > capinha que protege a ponta de cada cromossomo dentro de nossas
> > > > células —
> > > > > numa comparação grosseira, o telômero assemelha-se àquele
> > > > revestimento
> > > > > plástico presente na ponta dos cadarços de um tênis. A cada
> > > > vez que a célula
> > > > > se divide, essa capinha se encurta um pouco. Depois de 50 a 80
> > > > duplicações a
> > > > > célula não consegue mais se multiplicar — após os 35
> > > anos
> > > > de idade, os
> > > > > efeitos desse processo já começam a ser sentidos. O tempo
> > > passa
> > > > e, sem
> > > > > células novas e com algumas mortas ou inativas, nossos
> > > órgãos
> > > > começam a se
> > > > > deteriorar. É a velhice.
> > > > >
> > > > > Nascemos com um mecanismo capaz de driblar esse processo, uma enzima
> > > > chamada
> > > > > telomerase. Ela repara as tais capas protetoras dos cromossomos
> > > > após cada
> > > > > divisão celular. Porém, após a infância, sua
> > > > concentração cai drasticamente.
> > > > > Fazer com que ela volte a crescer é um dos caminhos para
> > > postergar
> > > > o
> > > > > envelhecimento — ou até mesmo revertê-lo. No estudo de
> > > > Harvard, os
> > > > > cientistas criaram ratos geneticamente modificados de forma que
> > > não
> > > > > produzissem a telomerase. Como resultado, os animais envelheceram
> > > > > rapidamente. Os sinais incluíram diminuição do cérebro e do
> > > > olfato, danos no
> > > > > baço e intestinos, além de doenças como osteoporose e
> > > > diabetes. Com apenas
> > > > > um mês de ingestão de telomerase, no entanto, tais sintomas
> > > > sumiram. Os
> > > > > ratos voltaram inclusive a ser férteis e desenvolveram
> > > > neurônios, sem contar
> > > > > uma invejável melhora na pele. "O que vimos não foi a
> > > > desaceleração ou
> > > > > estabilização do envelhecimento, mas algo muito mais incrível:
> > > > uma reversão
> > > > > dramática dele", afirma Ronald DePinho, coordenador da pesquisa.
> > > > "É possível
> > > > > imaginar que um homem de 90 anos voltaria a ter a saúde que
> > > > possuía aos 40
> > > > > ou 50", diz. Porém, apesar de ter sido bem-sucedido em ratos, o
> > > > tratamento
> > > > > ainda não foi testado em humanos. E não há perspectiva de
> > > que
> > > > isso aconteça
> > > > > nos próximos anos. "Ainda temos muito trabalho pela frente. O
> > > > próximo passo
> > > > > é descobrir em que estágio da vida as pessoas precisariam se
> > > > submeter à
> > > > > injeção de telomerase", afirma DePinho. Em paralelo a isso, ainda
> > > > seria
> > > > > preciso ultrapassar um grande empecilho: o potencial risco de
> > > > câncer.
> > > > >
> > > > > Fora do período de gestação e infância, a telomerase só
> > > > retorna em grandes
> > > > > quantidades nas células cancerosas — sabe-se que 90% dos
> > > > tumores possuem a
> > > > > enzima. Aliás, é por isso que elas se reproduzem
> > > > incessantemente. "Se você
> > > > > persegue a imortalidade, é o que, de um modo perverso, também
> > > > fazem as
> > > > > células com câncer", diz o oncologista e professor de medicina
> > > > da
> > > > > Universidade Columbia, Estados Unidos, Siddhartha Mukherjee, autor
> > > do
> > > > > recém-lançado livro The Emperor of All Maladies: A Biography
> > > of
> > > > Cancer (O
> > > > > Império de Todas as Enfermidades: Uma Biografia do Câncer, sem
> > > > edição no
> > > > > Brasil).
> > > > >
> > > > > Além da vantagem óbvia para todo mundo de postergar a chegada
> > > da
> > > > velhice, um
> > > > > grupo específico de pessoas se beneficiaria caso os pesquisadores
> > > > > conseguissem resolver as contraindicações desse tipo de
> > > tratamento.
> > > > Trata-se
> > > > > de indivíduos que, por conta de uma sequência genética,
> > > > têm menos telomerase
> > > > > desde a gestação. Consequentemente, envelhecem mais rápido e
> > > > chegam a ser
> > > > > biologicamente até dez anos mais velhos do que outras pessoas da
> > > > mesma
> > > > > idade. Essa sequência de DNA foi mapeada em fevereiro do ano
> > > > passado por
> > > > > cientistas da Universidade de Leicester, no Reino Unido. Em um
> > > estudo
> > > > com 3
> > > > > mil pessoas, 45% delas carregavam ao menos um gene da sequência.
> > > Os
> > > > > pesquisadores acreditam que um mapeamento desse tipo possibilitaria
> > > > > prescrever estilos de vida saudáveis àqueles mais propensos
> > > aos
> > > > males do
> > > > > envelhecimento. Além de exercícios físicos, uma dieta com
> > > > poucas calorias
> > > > > entraria na receita. Pois é sabido, e cientificamente provado,
> > > que
> > > > quem come
> > > > > menos, vive mais.
> > > > >
> > > > > UMA ENZIMA PARA NOS MANTER SEMPRE JOVENS
> > > > > A deterioração de nosso corpo começa de forma microscópica,
> > > > em nossos
> > > > > cromossomos. Uma substância pode revertê-la. Veja como (clique
> > > > aqui para
> > > > > ampliar)
> > > > >
> > > > > 300 TAÇAS DE VINHO
> > > > >
> > > > > Uma dieta diária entre 1.200 e 1.400 calorias — 30% a menos
> > > do
> > > > que a
> > > > > sugerida pela Organização Mundial da Saúde — poderia
> > > > aumentar nossa
> > > > > expectativa de vida média para 120 anos. Algumas pessoas
> > > chegariam,
> > > > então,
> > > > > aos 150. Mesmo que você começasse a comer menos aos 30, ainda
> > > > teria chance
> > > > > de prolongar seu tempo na Terra em sete anos. É atrás dessas
> > > > promessas que
> > > > > ao menos 2 mil pessoas praticam a dieta de baixa caloria no mundo.
> > > > Esse é o
> > > > > número de membros da Sociedade de Restrição Calórica.
> > > Apesar
> > > > da matriz estar
> > > > > localizada nos Estados Unidos, há integrantes de várias partes
> > > > do planeta,
> > > > > inclusive cinco do Brasil (que não se identificam). Os resultados
> > > > dos pratos
> > > > > moderados têm sido positivos. Dados divulgados pela Sociedade
> > > > atestam que os
> > > > > adeptos da dieta registraram queda significativa da pressão
> > > > sanguínea, perda
> > > > > de quase 70% da gordura corporal e redução de 80% do nível de
> > > > insulina no
> > > > > sangue, o que, no mínimo, faz cair o risco de doenças
> > > > cardíacas e diabetes.
> > > > > Pratos mais comportados também são a receita milenar dos
> > > > habitantes do
> > > > > arquipélago japonês de Okinawa — é lá que estão
> > > as
> > > > pessoas que mais vivem no
> > > > > mundo. A proporção de centenários nas ilhas é de 50 para
> > > cada
> > > > 100 mil
> > > > > moradores, enquanto nos demais países cai para dez a cada 100
> > > mil.
> > > > A
> > > > > população de Okinawa é de cerca de 1,3 milhão. Não por
> > > > acaso, um prato
> > > > > típico no arquipélago tem 17% menos calorias do que no
> > > restante
> > > > do Japão.
> > > > >
> > > > > A teoria mais aceita de por que comer pouco nos faria envelhecer
> > > mais
> > > > > devagar é evolutiva. Os efeitos benéficos das baixas calorias
> > > se
> > > > devem a um
> > > > > mecanismo chamado starvation response, ou resposta à fome, em
> > > > português. Nos
> > > > > primórdios da humanidade, durante os períodos de grandes secas
> > > > ou mudanças
> > > > > abruptas no clima, ficava difícil encontrar alimento. Era
> > > natural,
> > > > portanto,
> > > > > que, sob a ameaça de inanição, o organismo concentrasse seus
> > > > esforços na
> > > > > proteção dos processos essenciais à sobrevivência. A
> > > energia
> > > > do crescimento
> > > > > e reprodução (mecanismos trabalhosos para o corpo) era deslocada
> > > > para o
> > > > > reparo e manutenção constante das células. Isso fazia com que
> > > as
> > > > pessoas
> > > > > envelhecessem mais devagar. Tudo não passava de um truque da
> > > > natureza para
> > > > > garantir a continuidade da espécie: ao conservar o corpo, o
> > > intuito
> > > > era
> > > > > preservar aqueles indivíduos para se reproduzirem assim que as
> > > > coisas
> > > > > melhorassem.
> > > > >
> > > > > Em cinco anos, o laboratório Sirtris Pharmaceutical promete
> > > colocar
> > > > no
> > > > > mercado uma pílula que imita os efeitos de se comer pouco, mesmo
> > > > que você
> > > > > siga uma dieta normal. O princípio ativo — já
> > > comercializado
> > > > em medicamentos
> > > > > para diabéticos e como suplemento alimentar — é o
> > > > resveratrol, substância
> > > > > encontrada na casca da uva roxa. É sua presença que confere ao
> > > > vinho tinto
> > > > > benefícios ao coração. E explica o que os cientistas chamam de
> > > > "paradoxo
> > > > > francês": a baixa mortalidade por doenças cardíacas na
> > > > França, mesmo com uma
> > > > > dieta tão rica em gordura. Graças ao hábito comedido que a
> > > > população tem de
> > > > > beber vinho quase que diariamente. Além dos benefícios ao
> > > > coração, também há
> > > > > evidências de que o resveratrol reduza o risco de Alzheimer,
> > > > derrame,
> > > > > diversos tipos de câncer, perda de audição e osteoporose —
> > > > todos problemas
> > > > > comuns no envelhecimento. Já provocar o aumento dos anos de vida
> > > > é algo que
> > > > > ainda precisa ser provado em humanos. Mas o resultado em animais se
> > > > mostrou
> > > > > estimulante.
> > > > >
> > > > > VIDA LONGA - E MAIS FELIZ
> > > > >
> > > > > Se a ciência de fato nos fizer passar dos 75 com saúde e
> > > > disposição nos fará
> > > > > felizes como nunca seríamos. Um estudo publicado ano passado por
> > > > > pesquisadores das universidades de Stony Brook e Princeton, nos EUA,
> > > > traçou
> > > > > um paralelo entre bem-estar e idade. Surpresa: nosso auge de
> > > > contentamento
> > > > > seria após os 74. Os resultados formam o que os pesquisadores de
> > > > felicidade
> > > > > chamam de curva U (abaixo). Os idosos sentiriam menos raiva e
> > > estresse
> > > > do
> > > > > que os jovens e teriam menos preocupações do que os adultos
> > > > médios. Pois,
> > > > > com a idade, as pessoas lidam melhor com conflitos e controlam as
> > > > emoções. É
> > > > > a sabedoria. Os pesquisadores também sugerem que a saída dos
> > > > filhos de casa
> > > > > diminui problemas familiares e financeiros. A ciência está
> > > > fazendo sua
> > > > > parte, agora falta lazer, trabalho e INSS para que os mais longevos
> > > > possam
> > > > > curtir tranquilos a melhor parte da vida.
> > > > >
> > > > > Em 2006, pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard realizaram
> > > > estudos
> > > > > liderados por David Sinclair — não por acaso, fundador da
> > > > Sirtris
> > > > > Pharmaceutical, hoje pertencente à gigante inglesa
> > > GlaxoSmithKline.
> > > > No
> > > > > experimento, cientistas superalimentaram roedores com uma dieta rica
> > > > em
> > > > > gordura. Em paralelo, forneceram a eles doses de resveratrol. As
> > > > cobaias
> > > > > ficaram obesas. Ainda assim, seu tempo de vida se estendeu a um
> > > > patamar
> > > > > igual ao dos ratos que comiam com restrição. Para obter esses
> > > > efeitos com
> > > > > vinho seriam necessárias 300 taças por dia, ou seja, algo
> > > > impensável até
> > > > > para o mais bebum dos seres humanos. O que justifica a corrida da
> > > > indústria
> > > > > farmacêutica atrás das pílulas.
> > > > >
> > > > > Os medicamentos que imitam dietas metódicas serão uma
> > > > aplicação mais
> > > > > concreta dos pioneiros estudos sobre antienvelhecimento. A primeira
> > > > > importante pesquisa científica que provou que restringir calorias
> > > > poderia
> > > > > prolongar a vida foi divulgada em 1934. O estudioso de nutrição
> > > da
> > > > > Universidade de Cornell, Estados Unidos, Clive McCay, manteve ratos
> > > em
> > > > um
> > > > > estado de quase fome por quatro anos e os assistiu viver 85% mais
> > > > tempo do
> > > > > que a média. Um dos animais chegou aos 3 anos e 9 meses de idade.
> > > > Como,
> > > > > cinco anos antes, dois cientistas tinham ganhado o Prêmio Nobel
> > > > pela
> > > > > descoberta das vitaminas, pareceu uma pequena heresia dizer que
> > > passar
> > > > um
> > > > > pouco de fome poderia nos fazer bem. Mais recentemente, no início
> > > > dos anos
> > > > > 2000, cientistas do Centro Nacional de Pesquisa em Primatas de
> > > > Wisconsin
> > > > > revelaram bons resultados com macacos mantidos em uma dieta 30%
> > > menos
> > > > > calórica do que seus colegas. Além de magros, estavam no auge
> > > da
> > > > vida.
> > > > > Enquanto os que comiam normalmente se movimentavam lentamente e viam
> > > > cair
> > > > > mais pelos, entre outros sinais de velhice.
> > > > >
> > > > > Em 2015, 2016, com o medicamento nas farmácias, a Sirtris deve se
> > > > tornar a
> > > > > indústria referência em antienvelhecimento. Além do
> > > > resveratrol, seus
> > > > > laboratórios estudam outra substância capaz de imitar os
> > > efeitos
> > > > de uma
> > > > > dieta de baixa caloria: a rapamicina. Hoje usado para evitar
> > > > rejeição em
> > > > > transplante de órgãos, o princípio ativo fez com que ratos
> > > de
> > > > meia-idade
> > > > > vivessem de 28% a 38% mais tempo, segundo um estudo divulgado pela
> > > > revista
> > > > > Nature em meados de 2009. Mais uma pesquisa que mostra que há
> > > > esperanças
> > > > > para prolongar a vida mesmo quando o corpo já está desgastado.
> > > > Esta também é
> > > > > a promessa da medicina regenerativa.
> > > > >
> > > > > Crédito: Maná E.D.I.
> > > > >
> > > > >
> > > > > BIOENGENHARIA
> > > > >
> > > > > No ano passado, um grupo de mulheres teve uma oportunidade de ouro:
> > > > após
> > > > > serem mutiladas devido ao câncer de mama, viram crescer seios
> > > 100%
> > > > naturais,
> > > > > a partir de suas próprias células. A técnica que soa como
> > > > milagre foi
> > > > > desenvolvida após quase uma década de estudos pela empresa de
> > > > biotecnologia
> > > > > americana Cytori Therapeutics, que pretende trazer o método para
> > > o
> > > > Brasil
> > > > > ainda este ano. Permite dupla recauchutagem: as células que
> > > dão
> > > > origem ao
> > > > > novo seio são extraídas de uma cirurgia plástica para tirar
> > > > gordurinhas
> > > > > indesejadas. O procedimento começa com uma lipoaspiração, por
> > > > exemplo, na
> > > > > barriga. Da gordura são colhidas células-tronco, capazes de se
> > > > multiplicar
> > > > > para gerar tecidos de outras partes do corpo, como a mama. Elas
> > > > são, então,
> > > > > aplicadas na região do peito. Conforme crescem, formam um novo
> > > > seio, sem
> > > > > risco de rejeição.
> > > > >
> > > > > A descoberta de células-tronco na gordura foi um grande avanço
> > > > para a
> > > > > medicina regenerativa. Somente no Brasil, são realizadas mais de
> > > > 200 mil
> > > > > lipoaspirações por ano. No ano passado, Radovan Borojevic,
> > > diretor
> > > > do
> > > > > Programa Avançado de Biologia Celular Aplicada à Medicina da
> > > > UFRJ,
> > > > > conseguiu, de forma inédita no Brasil, autorização da
> > > > Comissão Nacional de
> > > > > Ética em Pesquisa (Conep) para manipular células-tronco de
> > > > gordura. "Esse
> > > > > material pode garantir reserva para a velhice, para sanar as
> > > > doenças
> > > > > naturais do passar dos anos e até diminuir as rugas", diz. Quem
> > > > fizer uma
> > > > > lipoaspiração aos 20, por exemplo, pode chegar aos 60 e usar as
> > > > células
> > > > > guardadas para preencher a pele envelhecida e se livrar dos pés
> > > de
> > > > galinha.
> > > > > Como as células terão a memória de sua juventude, será
> > > > possível fazer o que
> > > > > nenhum cosmético ou Botox jamais conseguiu: ter cara de 20, aos
> > > 60.
> > > > O
> > > > > procedimento, cujo efeito dura de quatro a cinco anos, já está
> > > > em fase de
> > > > > testes. Em três meses, Borojevic realizou 70 implantes de
> > > > células antirrugas
> > > > > — os interessados podem se inscrever para os testes no Instituto
> > > > de Ciências
> > > > > Biomédicas da UFRJ. Mas esta é apenas a mais frívola das
> > > > promessas da
> > > > > bioengenharia. "Com as técnicas, vamos envelhecer muito melhor do
> > > > que os
> > > > > nossos avós", afirma Borojevic.
> > > > >
> > > > > Experimentos em humanos mostraram que o implante de
> > > células-tronco
> > > > pode
> > > > > reparar órgãos vitais. Entre eles, o coração, que teria
> > > > benefícios como o
> > > > > aumento da quantidade e bombeamento de sangue após infartos,
> > > > diminuição da
> > > > > área de tecidos mortos e melhora da capacidade respiratória em
> > > > casos de
> > > > > doenças cardíacas crônicas. Outro resultado positivo é a
> > > > redução da
> > > > > incontinência urinária em pacientes que passaram por cirurgias
> > > > de próstata.
> > > > > "A medicina regenerativa para problemas do envelhecimento será de
> > > > fato
> > > > > composta por peças de substituição", afirma o gerontologista
> > > > inglês criador
> > > > > da Fundação Sens, de estudos de biotecnologia para
> > > > rejuvenescimento, Aubrey
> > > > > de Grey, polêmico, entre outras coisas, por afirmar que a velhice
> > > > é uma
> > > > > doença à espera de cura.
> > > > >
> > > > > A HORA DA MORTE
> > > > >
> > > > > Com sua aparência de Matusalém, apesar dos 47 anos de idade,
> > > De
> > > > Grey
> > > > > acredita que podemos ser imortais e que os homens que vão viver
> > > mil
> > > > anos já
> > > > > nasceram. Passar mais tempo na Terra do que o próprio personagem
> > > > bíblico,
> > > > > que teria morrido aos 969, seria possível graças ao
> > > > desenvolvimento da
> > > > > engenharia para impedir que nossas células envelheçam e da
> > > > reposição de
> > > > > órgãos e tecidos. "Uma vez que a medicina regenerativa se
> > > > desenvolver, o
> > > > > limite biológico do corpo desaparecerá." A ideia gerou tanta
> > > > controvérsia na
> > > > > comunidade científica que, em 2005, o Massachusetts Institute of
> > > > Technology
> > > > > (MIT) lançou um concurso que premiaria com US$ 20 mil quem
> > > > conseguisse
> > > > > provar que a tese de Aubrey era descabida. Cinco inscrições foram
> > > > analisadas
> > > > > por um júri composto por cabeças como o geneticista Craig
> > > > Venter. Ninguém
> > > > > levou o prêmio.
> > > > >
> > > > > A crença de que a ciência e a tecnologia nos permitirão
> > > > redesenhar o próprio
> > > > > corpo para nos fazer viver muito mais, até indefinidamente, guia
> > > > uma
> > > > > corrente filosófica chamada transhumanismo. Os seguidores do
> > > > pensamento
> > > > > acreditam que por meio de áreas de conhecimento emergentes como
> > > > > biotecnologia, inteligência artificial, robótica e
> > > > nanotecnologia, poderemos
> > > > > superar a própria condição humana. "O homem não é o
> > > final
> > > > da evolução
> > > > > biológica, e sim o começo de uma evolução tecnológica",
> > > > afirma o engenheiro
> > > > > venezuelano formado pelo MIT e que já trabalhou para a Nasa,
> > > > José Cordeiro,
> > > > > grande divulgador do transhumanismo na América Latina. Ele
> > > acredita
> > > > que
> > > > > assistiremos à morte da morte — e que não há nada de
> > > > antinatural nisso. "O
> > > > > propósito da vida é mais vida. Além do mais, ninguém
> > > quer
> > > > morrer, ainda mais
> > > > > se tiver a oportunidade de não ficar velho."
> > > > >
> > > > > A visão de que vale a pena manipular nosso corpo a qualquer custo
> > > > para ser
> > > > > jovem para sempre encontra olhares críticos. "Essa pretensão
> > > de
> > > > vida eterna
> > > > > é um erro existencial, uma arrogância do homem em querer
> > > > inventar uma vida
> > > > > que não é sua. Pois a finitude é um atributo da nossa, e
> > > é
> > > > o que a faz ser
> > > > > boa", afirma o cientista político Clóvis de Barros Filho,
> > > > professor de ética
> > > > > da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo
> > > > (USP). "É uma
> > > > > ilusão narcisista acreditar que se vai viver em gozo eternamente.
> > > > Ficar dos
> > > > > 60 aos 120 anos curtindo aposentadoria e nunca aceitar o dissolver,
> > > > que é o
> > > > > nosso destino", diz a filósofa e terapeuta Regina Favre, de
> > > São
> > > > Paulo, que
> > > > > acredita que a busca pela longevidade sem fim seja fruto da
> > > > solidão, do
> > > > > desamparo e do medo gerado pelos problemas da velhice e proximidade
> > > da
> > > > > morte. Ou como escreveu o escritor argentino Jorge Luis Borges
> > > > (1899-1986)
> > > > > no conto O Imortal, publicado no livro O Aleph: "Dilatar a vida dos
> > > > homens é
> > > > > como dilatar sua agonia e multiplicar o número de suas mortes".
> > > > >
> > > > > Mesmo que a medicina conseguisse fazer com que as pessoas tivessem
> > > > saúde e
> > > > > disposição para trabalhar até os 100, provavelmente não
> > > > haveria mercado para
> > > > > todos. Com uma superpopulação de idosos, a previdência social
> > > > certamente
> > > > > iria quebrar. "Não adianta chegarmos aos 200 anos se não
> > > > resolvermos esses
> > > > > problemas", diz a presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e
> > > > > Gerontologia, Silvia Regina Mendes Pereira, que acha positivo o
> > > > esforço dos
> > > > > cientistas para evitar doenças como diabetes ou Alzheimer, desde
> > > > que a
> > > > > qualidade de vida seja encarada de forma global. "E isso passa por
> > > > vários
> > > > > aspectos. Um deles, sim, é a saúde, mas também há o
> > > > psicológico e o social."
> > > > >
> > > > >
> > > > > As transformações no mundo caso as pessoas passem a viver
> > > > décadas ou até
> > > > > séculos a mais são inevitáveis. Mas, para De Grey,
> > > > compensaria enfrentá-las.
> > > > > "Essas dificuldades não superam os benefícios da eliminação
> > > > de doenças
> > > > > relacionadas à idade, como problemas cardiovasculares e
> > > câncer",
> > > > afirma.
> > > > > Mesmo porque esses problemas terão que ser pensados de imediato.
> > > > Pois, antes
> > > > > mesmo das pirotecnias científicas se tornarem realidade, a
> > > > longevidade no
> > > > > mundo só cresce. Para se ter ideia, vivemos 25 anos a mais do que
> > > > um século
> > > > > atrás. Nos países desenvolvidos, a expectativa de vida aumenta
> > > > cinco horas
> > > > > por dia. Ou seja, já há motivos suficientes para a ciência
> > > se
> > > > preocupar com
> > > > > os muitos que, em tempos anteriores às pílulas que simulam
> > > fome
> > > > ou injeções
> > > > > de enzimas e células-tronco, fazem muito mais aniversários do
> > > > que um dia
> > > > > nossos avós jamais poderiam imaginar.
> > > > >
> > > > > O profeta da imortalidade
> > > > >
> > > > > O cientista do envelhecimento Aubrey de Grey afirma que, em 2030,
> > > > estaremos
> > > > > vivendo até os 130 anos. E que os homens que farão mil
> > > > aniversários já
> > > > > nasceram. A seguir ele conta como isso será possível
> > > > >
> > > > > * Por que envelhecemos?
> > > > > Aubrey de Grey: Porque o corpo humano, como qualquer máquina,
> > > causa
> > > > danos a
> > > > > si mesmo como efeito colateral natural de sua operação. Esse
> > > > prejuízo se
> > > > > acumula ao longo da vida. Por um longo tempo quase não afeta a
> > > > habilidade do
> > > > > corpo para funcionar, mas, eventualmente, provoca doenças e
> > > > incapacidade.
> > > > >
> > > > > * As pessoas que viveriam mil anos precisariam constantemente
> > > > substituir
> > > > > peças, como um robô?
> > > > > De Grey: De fato, a maior parte das técnicas serão compostas
> > > por
> > > > peças de
> > > > > substituição, mas a um nível microscópico. Em alguns casos,
> > > > podemos trocar
> > > > > órgãos inteiros. Porém, mais frequentemente, serão
> > > > células ou moléculas.
> > > > >
> > > > > * Mesmo pessoas sedentárias, com excesso de peso e estressadas
> > > > serão capazes
> > > > > de viver mais?
> > > > > De Grey: A medicina regenerativa vai permitir que as pessoas
> > > > ultrapassem por
> > > > > uma larga margem a longevidade que qualquer um consegue atualmente,
> > > > mesmo
> > > > > com a melhor vida possível, mesmo aqueles com uma genética
> > > > privilegiada.
> > > > > Então, sim, estas terapias irão funcionar em todos, mesmo
> > > > naqueles com um
> > > > > estilo de vida ruim.
> > > > >
> > > > > * Existe limite biológico para a vida dos seres humanos?
> > > > > De Grey: Há de fato um limite biológico para quanto tempo as
> > > > pessoas podem
> > > > > viver, porque certos aspectos do nosso metabolismo, como a
> > > > respiração, são
> > > > > inevitáveis e acumulam danos moleculares e celulares. Porém,
> > > uma
> > > > vez que se
> > > > > desenvolvam técnicas de bioengenharia para reparar esses danos,
> > > > não haverá
> > > > > mais limite para a vida do homem.
> > > > >
> > > > > * Como lidar com as consequências sociais de se ter uma
> > > > superpopulação?
> > > > > De Grey: A eliminação do envelhecimento vai mudar o mundo. E
> > > > precisaremos
> > > > > agir diante de muitas dessas transformações. No entanto, essas
> > > > dificuldades
> > > > > não superam os benefícios da eliminação de doenças como
> > > > câncer e problemas
> > > > > cardiovasculares.
> > > > >
> > > > > * Viver mais significa viver melhor?
> > > > > De Grey: Não necessariamente. Mas o trabalho em minha fundação
> > > > de estudos em
> > > > > engenharia de rejuvenescimento, a Sens, foca em viver melhor, ou
> > > seja,
> > > > adiar
> > > > > o processo das doenças da velhice. A longevidade será um
> > > efeito
> > > > colateral:
> > > > > só ocorrerá porque as pessoas serão mantidas saudáveis.
> > > > >
> > > > > * Você aplica técnicas de medicina regenerativa em si mesmo?
> > > > Já testou
> > > > > alguma?
> > > > > De Grey: Estou ansioso para me beneficiar destas terapias. Não
> > > > faço isso
> > > > > simplesmente porque, na prática, elas ainda não existem.
> > > > >
> > > >
> > >
> >
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SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2012 13:09

  OK Léo.
 
  Eu já havia visto no feira. Perguntei qual é o babado, porque o Alberto colocou este fato como um desafio ao princípio da equivalência. E eu não vi nada de errado. Pelo que eu entendi, com o foguete, a bolinha vai para a direita. OK, sem dúvida. Quando o planeta colocado próximo atrai o compartimento com a água e a bolinha, nada acontece com a bolinha. OK, sem problemas. E daí? O que isso tem a ver com o princípio da equivalência?
 
     [],s
 
     Belmiro

De: Luiz Ferraz Netto <leo@feiradeciencias.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br; Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
Enviadas: Sexta-feira, 20 de Abril de 2012 7:13
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
A resposta à proposta está na mesma página, mais abaixo ... o que salienta a falha no PE; reproduzo:
 
Respondendo à questão proposta
A questão, para pensar, colocada no início de nossas explanações, é agora facilmente respondida:
Primeira hipótese: No campo de gravidade devido à massa M (colocada no ponto B), todas as porções de nosso sistema (recipiente, água, cordel e bolinha) adquirem mesma aceleração, devido às forças de campo. No líquido não há gradiente de pressão, não há empuxo de Arquimedes ou de Newton. A configuração do cordel e bolinha é qualquer.
Segunda hipótese: No caso do foguetinho, surge gradiente de pressão, devido à inércia da água, o empuxo de Newton empurra a bolinha para a DIREITA até que o cordel estique aplicando força T. A resultante de N e T acelera a bolinha para a direita.
O recipiente, a água, o cordel e a bolinha terão a mesma aceleração para a direita. Não há empuxo de Arquimedes.
Talvez alguém relute em não entender porque na primeira situação (forças de campo) não há empuxo de Newton, uma vez que o sistema está acelerado, e porque na segunda situação não há empuxo de Arquimedes.
Na primeira situação, todas as partículas da água já estão sob a ação de forças externas (decorrentes da ação das massas) e nenhuma quer ficar individualmente para trás (para obedecer ao princípio da inércia), por isso, não precisam ser empurradas quer pelas outras partículas de água ou pela parede "traseira" do recipiente. Não há forças normais 'de contato'. Cada partícula é independente por si só, apenas estão juntas por forças internas de coesão (que não determinam acelerações). Como as inércias dessas partículas já foram "vencidas" pelas forças de campo e já estão aceleradas, não há necessidade de alguma outra força (que seria o empuxo de Newton) para acelerá-las.
Na segunda situação, não há forças de campo. Cada partícula de água quer manter a velocidade atual (princípio da inércia). Para acelerá-la, a partícula de trás deve-lhe aplicar uma força normal (fluido não resiste a esforços tangenciais). A partícula que precede a de trás deve aplicar força normal de intensidade duplicada (pois tem que acelerar duas partículas) e assim sucessivamente, até que chega na parede "de trás", que tem que aplicar a força necessária para acelerar toda a massa de água.
Dessa distribuição de forças normais decorrentes das inércias das partículas de água é que surge o empuxo de Newton sobre a bolinha, pois para as partículas de água, não interessa quem vem pela frente, tudo se passa como se fosse água. Daí a expressão do empuxo de Newton. Se no lugar da bolinha houvesse água, de massa m', a resultante das forças nela, também seria m'.a.
O gradiente de pressão nasce da inércia da massa de água e não do peso da água; por isso não há empuxo de Arquimedes. Ressalte-se, ainda, que o sistema não está em equilíbrio.
Encerramos propondo uma situação mais "terrestre", simplesmente colocando nosso recipiente com o pêndulo de bóia dentro de um elevador em queda livre. Discuta essa situação.
Que o empuxo inercial de Newton lhe seja útil. Segue-se, nessa Sala - item 31, os exemplos para aplicação desse conceito "Empuxo de Newton" o qual, possivelmente, é inédito nos textos de Mecânica.
O autor agradece críticas e comentários sobre esse trabalho.
-------------------------------------------------------------------
[]´
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Thursday, April 19, 2012 11:23 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
-----Mensagem Original-----
From: Belmiro Wolski
Sent: Thursday, April 19, 2012 10:42 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

> Já achei. Esqueci do Gúgol. Mas não vi nada paradoxal ou que fosse
> contra o PE. Alguém me explica qual é o babado.

Na página http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/05_30.asp do Feira de
Ciências, vide um trecho em letras pequenas, porém destacado, e que
começa com a seguinte frase: «Bem, antes de continuar o assunto, e só
para pensar, vou propor duas situações envolvendo o novo conceito:».
Neste trecho está uma figura que pode ser observada com o seguinte link:
http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/image05/05_30_01.gif

O paradoxo não chega a ser apresentado como tal, mas está implícito no
questionamento final deste trecho destacado e que começa com «Aqui
abre-se um ponto de discussão...».

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2012 13:27

Oi Alberto.

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sexta-feira, 20 de Abril de 2012 1:23
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Thursday, April 19, 2012 10:06 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá Belmiro
 
Belmiro: Foi um comentário sem a menor intenção de ofender. Mas realmente me pareceu óbvio. Entretanto, lendo agora, vi que foi deselegante. Peço desculpas.
 
Alberto: Mas quem disse que eu me ofendi? E deselegante porquê? Não notei a deselegância. Apenas aproveitei o gancho para discorrer sobre questões internáuticas paralelas. O que falei do Freud também não tem nada a ver com algo que você possa ter feito aqui, e se deixei a coisa meio no ar foi para que determinado elemento, que prefiro não dizer quem é, veja nisso um pretexto para voltar aqui com a única finalidade de nos «analisar» e/ou nos aborrecer. Não há do que se desculpar.
 
Belmiro: [...] Em qualquer caso, por mais particular que seja o caso, o nobre pesquisador saberia que está sendo acelerado. Porém, há o outro lado da moeda a contar a favor de Einstein. A gaiola poderia estar parada em um campo gravitacional e alguém aplicando um campo elétrico . Realmente, não há como saber. Ponto para o PE.
 
Alberto: Mesmo antes de ler esta sua msg eu já estava quase concluindo com algo parecido, mas ainda não me convenci totalmente. Ou seja, para o indivíduo saber que está sendo acelerado por um campo elétrico, ele precisaria saber que está dentro de uma gaiola de Faraday carregada. Mas isso ele não sabe, pois em teoria ele não consegue se comunicar com o exterior, a não ser pelo que for lido em seus instrumentos. Mas aí, na conversa com meus botões, os botões me colocaram frente aos seguintes questionamentos: 1) Se não houvesse carga q (ou se q = 0) o desvio observado no eletroscópio seria idêntico? E se q ≠ 0, haveria alguma proporcionalidade entre o desvio e o valor da carga q? 3) E dependendo de (1) e (2) este desvio não iria sendo modificado com a aproximação de Q? (Nos três casos estou supondo que o desvio realmente ocorra, algo que ainda não estou totalmente convencido.) Dependendo das respostas, e do observador estar ciente destes possíveis conhecimentos, ele poderia saber se a gaiola está ou não carregada, ou então se ele está ou não se aproximando de uma carga elétrica externa.
 
      Vamos ser mais precisos.
 
       1 - O sujeito sente seus pés grudados no chão.
 
        O que ele pensa:
 
        a- estou em um campo gravitacional
        b- estou sendo acelerado
 
         Como saber?
 
        a- se é ação gravitacional, não tenho como saber.
        b- se for aceleração, há uma chance.Vai que o maluco que me colocou aqui está usando campos elétricos para me acelerar.
       
        a - Se meu compartimento for totalmente blindado aos campos eletromagnéticos, não terei como saber.
        b - Se meu compartimento não for totalmente blindado, posso usar meu eletroscópio e saberei que esses trouxas estão me acelerando em um campo elétrico.
 
        O sujeito usa o eletroscópio e este acusa um campo elétrico. Ele pensa:
 
        a - Estou sendo acelerado.
        b - Pera aí. E se eu estiver em um campo gravitacional e um sacana está aplicando um campo elétrico só para me confundir.
 
         Não há como saber!
 
       
Apenas um detalhe. Eu gosto e muito do princípio da equivalência e, como costumo dizer «a física é mais bonita com o princípio da equivalência de Einstein». Eu não gosto é da RG, mas uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. O princípio pode ser verdadeiro mesmo que a RG não seja e é na tentativa de demonstrar isto que eu procuro resolver o paradoxo por vias exclusivamente clássicas. Quem não gosta do PE é o Léo, mas por motivos outros. Eu também gosto do que o Léo chamou por empuxo de Newton e também do paradoxo a ele associado, mas acho que deve haver um meio de solucionar o paradoxo sem desmerecer o empuxo de Newton.
 
Alberto (msg anterior): Ou seja, ou o que o Belmiro disse sobre a gaiola de Faraday está errado, ou então a conclusão dele é que está errada.
 
Belmiro: Talvez nem um nem outro.
 
Alberto (now): E como disse acima, não estou tão certo que a minha afirmação anterior proceda, logo concordo com  esse talvez.
 
Alberto (msg anterior): Putz, como se erra nesta lista, meu! Vamos caprichar, gente! Depois ficam pegando no pé do Victor quando ele diz bobagens guiado pela paixão. Alegre Por falar nisso, que fim levou o Victor? Será que ele soltou a macaca?
 
Belmiro: Por isso é uma lista de discussão. Estamos discutindo para chegar a alguma conclusão. O que um não enxerga, outro enxerga e vice-versa. Quanto ao Victor ele falou que estaria distante a trabalho uns dias. Provavelmente eu me ausente também no sábado e domingo, não sei ainda.
 
Alberto: Ainda bem que vocês pensam assim (o Léo chegou a dizer algo parecido). De minha parte eu digo que erro e muito. Dizem que errar é humano e persistir no erro é norte-americano. Como não sou norte-americano, para não persistir no erro eu vou pulando de erro em erro, até que um dia acabo acertando. E o diálogo vai me ajudando a dar esses pulos incertos ou quânticos. Smiley piscando
 
Que mal pergunte, e que o Homero não nos ouça: Neste fim de semana você vai dar o remedinho homeopático para os seus boizinhos? Alegre
 
        Não há mal algum em perguntar. Não, não crio mais daquela raça que só dá problema com aquela doença, a papilomatose bovina, que se cura facilmente com Tuhya CH12. Tiro e queda.
 
   [],s
 
   Belmiro
 
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.brMas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2012 13:31

Oi Hélio.
 
Só comentando sua última frase. Creio que a experiência de Sobral não deixa dúvidas que a luz faz a curva, quer porque o espaço é curvo ou por outro motivo.
 
[],s
 
Belmiro

De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Sexta-feira, 20 de Abril de 2012 0:00
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Alberto e Belmiro,

Eu vou de VERDE.
Vamos ver se funciona

Hélio

De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quinta-feira, 19 de Abril de 2012 22:06
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Olá Alberto.

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 19 de Abril de 2012 19:58
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Thursday, April 19, 2012 2:07 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Belmiro: Me parece que a solução é óbvia demais para que ninguém te respondesse até hoje.
 
Alberto: Tenho a impressão de que a coisa não é bem por aí. Pelo menos não é o que eu tenho observado nestes 15 ou16 anos de discussões internáuticas. Um erro óbvio parece-me ser um prato cheio para a galera cair em cima, sem dó nem piedade. Algo que talvez Freud explique mas prefiro não ir além disso pois parece-me que, pelo menos por ora, estamos livres dessas «análises» baratas de comportamento, e de muito mau gosto, que andaram sendo feitas aqui recentemente. Aqui na Ciencialist acho até que há um certo comedimento, a ponto da coisa não ir muito além de uma ligeira gozação. Mas que essas coisas são denunciadas, e tanto mais quanto mais óbvias forem, isso lá são, seja aqui, seja em qualquer outro grupo de discussão. Quanto ao mais, digo que já participei de grupos da Usenet onde a barra é bem mais pesada.
 
        Foi um comentário sem a menor intenção de ofender. Mas realmente me pareceu óbvio. Entretanto, lendo agora, vi que foi deselegante. Peço desculpas.
 
Belmiro: O observador "lambdaduaslinhas", aquele que está dentro do compartimento que você admitiu ser uma gaiola de Faraday, terá sim como dizer que está na presença de um campo eletromagnético. Basta que tenha levado consigo um eletroscópio ou um pêndulo elétrico. Acontece que campos elétricos não nulos estarão presentes dentro do seu compartimento, uma vez que, ao se aproximar do corpo com carga Q, a distribuição de cargas sobre o seu compartimento esférico sofrerá alteração. Com isto, o campo interno não mais será nulo, pois para que isto ocorra, é necessário que a carga seja distribuída simetricamente.
 
Alberto: Não sei se a coisa é assim tão simples. Uma gaiola de Faraday, creio eu, realiza uma blindagem a ponto de campos elétricos externos não afetarem seu interior. Se existir apenas a carga q, a distribuição do fluido maxwelliano será simétrica, como você diz. Não obstante, ao aproximarmos a carga Q, o fluido elétrico da carga q irá se redistribuir sim de maneira não assimétrica, mas isso é feito de maneira tal que o campo elétrico no interior da carga q permaneça nulo.
 
        Verdade, desde que a constante de tempo do material permita que as cargas se redistribuam rápido o suficiente a ponto de zerar o campo elétrico o tempo todo no interior da gaiola.
 
Ou melhor, a redistribuição se procederá naturalmente exatamente para que, na condição de equilíbrio,
 
Veja a palavra: equilíbrio
 
 esta condição de nulidade seja atingida. Isso às vezes chega a ser citado como segunda lei de Faraday, mas o termo chega a causar confusão com a segunda lei de Faraday da eletrólise. O Léo deu seu palpite, concordando contigo e mostrando que neste caso a condição não é de equilíbrio. Sinceramente eu não sei se este desequilíbrio seria notado pelo eletroscópio ou pêndulo elétrico, ou seja, se durante esta busca pelo equilíbrio o campo deixa de ser nulo.
 
     Tem mais um detalhe. Se a espessura da gaiola for fina o suficiente, haverá a possibilidade de que a radiação gerada por Q ultrapasse a espessura e seja detectada internamente (efeito pelicular). Outra possibilidade é que a gaiola seja dielétrica, previamente carregada simetricamente. Também haveria detecção de radiação interna. Em qualquer caso, por mais particular que seja o caso, o nobre pesquisador saberia que está sendo acelerado. Porém, há o outro lado da moeda a contar a favor de Einstein. A gaiola poderia estar parada em um campo gravitacional e alguém aplicando um campo elétrico . Realmente, não há como saber. Ponto para o PE.

Bom, o PE diz que estar acelerado ou estar sob a ação de campo gravitacional é a mesma coisa. E é, a menos que exista dentro do compartimento algo que emita agentes, pode ser campo elétrico, outro campo gravitacional gerado por uma massa lá no interior etc. Mas se um campo elétrico serve, então algo que é construído por ele também serve como contra prova do PE. Como por exemplo, a luz.

Então é o seguinte: Uma lanterna na horizontal produz um pulso de luz apontada para a parede oposta e o elevador (sem ar, vácuo) está acelerado, esta luz irá bater um pouco mais abaixo. Pois será somada a c (horizontal) a velocidade que o elevador tinha (vertical) quando a lanterna emitiu
que é menor que sua velocidade agora.

Mas se ele estiver parado ou em MRU e um campo gravitacional estiver agindo nele, este feixe NÃO vai deflexionar para o observador dentro do elevador. Pois estes agentes não são influenciados pelo campo gravitacional. E isto permite o observador saber se está acelerado ou sob a ação de um campo gravitacional.

Isto não é um paradoxo, é uma previsão para o que vai acontecer quando esta experiência for finalmente realizada. A previsão de Einstein é um pouco diferente. :-)

A história é que este comportamento da luz atrapalharia o PE. Então vamos impor que a luz faz esta curva, mesmo se ela não fizer.
:-)
Mais uma transformação de calibre.





Mas independentemente disso, deixemos esta consideração lá para baixo desta mensagem, pois vou corrigir algumas coisas relacionadas a minha msg anterior e creio que é aí que a coisa vai se complicar de vez para o lado do PE.
 
Belmiro: Einstein continua firme.
 
Alberto: Talvez sim, mas não por este motivo. Vou agora me penitenciar de um erro que acredito ter cometido e, pelo visto, até o Léo entrou na minha, vejam só! É verdade que o Léo foi um tanto quanto precipitado em sair debaixo da pedra. Ele leu um artigo relativamente longo e respondeu a esse artigo em cerca de 40 minutos, ou seja, de supetão, ou na base do toma-lá-dá-cá. E quero crer que isto se deu por motivos ultra especiais. Já comentei aqui que o Léo tem uma certa bronca do PE de Einstein e é bem possível que ele tenha razão nesta bronca.
 
O Léo tem um paradoxo próprio a afetar o PE e relacionado a um efeito que também é dele, se bem que ele tenha tido a humildade de nomeá-lo como Empuxo de Newton [vide msg 6967]. O assunto chegou a ser discutido aqui na Ciencialist e vocês poderão acessar as mensagens através de links fornecidos no meu site. Mas eu acho que discutimos este assunto muito de leve. Acho que o Léo merecia mais do que isto e foi por isto que sugeri recentemente a retomada desta discussão. Creio que poderemos seguir essa linha tão logo o assunto atual se esgote, pois são coisas bem diferentes ainda que relacionadas a um mesmo princípio.

Gastamos um tempo enorme discutindo um paradoxo apresentado por um francês (Langevin) no início do século passado; estamos agora gastando outro tempo enorme discutindo outro paradoxo apresentado sei lá por quem, mas certamente um outro estrangeiro e também no século passado. E, não obstante, temos um paradoxo apresentado por um brasileiro, tão bom ou melhor do que esses outros;... e esse brasileiro está entre nós!!! Concordo que a coisa não é simples. Eu tentei no passado destrinchar este paradoxo e acabei desistindo. «Era muita areia para o meu caminhãozinho, como diz o Léo». Mas creio ter desistido precocemente, pois o Léo está aí para nos ajudar a solucionar ou confirmar o paradoxo..
 
Bem, vamos agora a minha penitência. Acho que cometi um erro de lógica quando afirmei, na msg 81860 o seguinte: Caso o que disse acima esteja correto, se o observador l'' raciocinar tomando por base única e exclusivamente o princípio da equivalência de Einstein, ele chegará a admitir que: 1) Ou ele está sendo acelerado mecanicamente; ou 2) ele está em um campo gravitacional. Vichi! Isso está errado!
 
E porque errado? Simplesmente porque o que ele irá constatar é que 1) ou está sendo acelerado de alguma maneira (e não obrigatoriamente por meios mecânicos, como escrevi anteriormente) ou 2) ele está em um campo gravitacional. O que ele não poderia, pelo fato de estar em uma gaiola de Faraday, seria constatar que ele está em um campo elétrico. Pois se isto fosse possível, aí sim ele estaria contradizendo o princípio da equivalência. Do contrário não, a duvida persiste e ele não saberá se está sendo acelerado (seja por que motivo for) ou se está em repouso em um campo gravitacional.
 
Sutilezas que nos levam a errar de maneira grosseira. Este erro eu transportei comigo por 13 anos e o Léo por 40 min. Enfim, não me parece que não tenham respondido por este motivo e sim porque entraram na minha e enfiaram a viola no saco. Smiley piscando
 
De qualquer forma, dá para perceber também que se o que o Belmiro e o Léo afirmaram a respeito do elevador-gaiola estiver correto, ao contrário da conclusão a que o Belmiro chegou, o princípio da equivalência de Einstein «não continuará firme» pois aí sim ele estará sendo comprometido de vez. Pois l'' estará conseguindo demonstrar através do eletroscópio (ou pêndulo elétrico) que ele não está em um campo gravitacional, mas que está sendo acelerado por um campo elétrico. E o meu trabalho não terá sido em vão, pois a conclusão será a mesma, ainda que se chegue a ela por um caminho diverso.
 
    Acho que já respondi acima.
 
Ou seja, ou o que o Belmiro disse sobre a gaiola de Faraday está errado, ou então a conclusão dele é que está errada.
 
       Talvez nem um nem outro.
 
Putz, como se erra nesta lista, meu! Vamos caprichar, gente! Depois ficam pegando no pé do Victor quando ele diz bobagens guiado pela paixão. Alegre Por falar nisso, que fim levou o Victor? Será que ele soltou a macaca?
 
    Por isso é uma lista de discussão. Estamos discutindo para chegar a alguma conclusão. O que um não enxerga, outro enxerga e vice-versa. Quanto ao Victor ele falou que estaria distante a trabalho uns dias. Provavelmente eu me ausente também no sábado e domingo, não sei ainda.
 
    [],s
 
    Belmiro
 
 
[ ]´s Alberto http://ecientificocultural.com.br Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 





SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2012 13:32

From: Hélio Carvalho
Sent: Friday, April 20, 2012 12:24 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Hélio: O yahoo fez mais uma. Inverteu a ordem e minhas MSGs. [...] O meu verde neste PC que estou agora ficou preto. E, como tem um trecho teu em verde mais abaixo, espero que as pessoas nao confundam. Na proxima vou tentar um outro tom.
 
Alberto: Esquenta não! O teu verde é um pouco mais escuro do que o meu. Dá para distinguir.
E em negrito melhor ainda. :-) risos (-:
Quanto à ordem dos fatores (ou das msgs) afetar o produto, este é um outro problema, e creio que deveria ser apresentado aos matemágicos da lista. :-) risos (-:
 
PS:Coloquei risos assim :-) risos (-: para que apareçam também para aqueles que não conseguem visualizar imagens.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.e

SUBJECT: Re: aguarde ....
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/04/2012 13:53

Ótima série.

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto" <leo@...> escreveu
>
> parte 3 só para 2a ou 3a feira ... tô saindo para o rancho ...............
>
> []´
> ===========================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leo@...
> luizferraz.netto@...
> http://www.feiradeciencias.com.br
> ===========================
>




SUBJECT: No shame
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/04/2012 14:03

http://www.nature.com/nature/journal/v484/n7394/full/484287b.html
-------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: A cura do envelhecimento , starvation response, etc.
FROM: "mauro" <bombaspr@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/04/2012 14:08



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Pesky Bee" <peskybee2@...> escreveu

> Não tenho mais dúvidas de que estamos a caminho de viver
> muito mais. O problema deixará de ser longevidade (e mesmo
> qualidade de vida física) para se tornar qualidade de vida
> mental.

Mauro: Continuo achando que a melhor forma de aumentar a longevidade (sem trazer a tiracolo os problemas da velhice) é simplesmente deixarmos de dormir.
Por que não?

Inté+
Mauro




SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2012 14:39

From: Belmiro Wolski
Sent: Friday, April 20, 2012 1:27 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá Belmiro
 
Já que você veio de vermelho, eu vou de verde, apenas para confundir o Hélio. (-: risos :-)
 
 
Belmiro: Vamos ser mais precisos.
 
       1 - O sujeito sente seus pés grudados no chão.
 
        O que ele pensa:
 
        a- estou em um campo gravitacional
        b- estou sendo acelerado
 
         Como saber?
 
        a- se é ação gravitacional, não tenho como saber.
        b- se for aceleração, há uma chance.Vai que o maluco que me colocou aqui está usando campos elétricos para me acelerar.
       
        a - Se meu compartimento for totalmente blindado aos campos eletromagnéticos, não terei como saber.
        b - Se meu compartimento não for totalmente blindado, posso usar meu eletroscópio e saberei que esses trouxas estão me acelerando em um campo elétrico.
 
        O sujeito usa o eletroscópio e este acusa um campo elétrico. Ele pensa:
 
        a - Estou sendo acelerado.
        b - Pera aí. E se eu estiver em um campo gravitacional e um sacana está aplicando um campo elétrico só para me confundir.
 
         Não há como saber!
 
Alberto: OK, tem lógica, se bem que este terceiro elemento (o sacana) está surgindo de maneira um tanto quanto esquisita. Por outro lado, parece-me que l'' só irá notar esse campo elétrico caso o campo seja variável no tempo. De qualquer forma, as coisas estão se complicando e creio que sem necessidade. De qualquer forma, valeu. Serviu para que eu percebesse que esta experiência de pensamento não é tão supimpa quanto me pareceu anteriormente. Acho que podemos evoluir em outra(s) direção(ões). Tentarei fazer isto a partir de hoje e se vocês viajarem ficarei na espera de suas brilhantes contra-argumentações na semana vindoura.
 
Apenas um adendo. Você parece estar interessado em discutir o paradoxo do Léo. Eu também estou, mas no momento não poderei ajudar muito, pois ainda tenho alguns argumentos a apresentar sobre o assunto atual. Se for possível deixarmos para depois eu prefiro, mesmo porque gostaria de agir em contraponto (no sentido de complementar) com o Léo. Ele também já concordou com este adiamento. No passado (bem longínquo, por sinal) eu fiquei devendo a Ele um estudo mais detalhado, e noto que talvez tenha chegado o momento, qual seja, após eu conseguir descarregar todas as minhas encucações sobre o problema atual e receber todos os golpes que vocês têm para me desferir. (-: risos :-)
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 

SUBJECT: Re: A cura do envelhecimento , starvation response, etc.
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/04/2012 16:07

Peskão,

> Essa sim é uma perspectiva interessante. Não creio que seja
> muito fácil conseguir dominar isso, mas certamente é possível. 
> E eu não me espantaria se em 20 anos já tivéssemos como 
> aumentar bastante a longevidade humana. 

Dentre os 3 processos; 1° retardar a replicação celular (resveratrol), 2° aumentar quantidade de vezes que elas são replicadas (telomesare), e 3° incluir novas células com a mesma função (células tronco), creio que o item 1, é o que está mais próximo de ser aproveitado por nós em pouquíssimos anos.  Entretanto as outras duas (2,3), parecem estar bem adiantadas...Estão pesquisando, por exemplo, células que podem ser reprogramadas a simularem células troncos que são retiradas de nossas gordurinhas abdominais.

No caso da 1° estratégia, já existem suplementos à base de Resveratrol no mercado, mesmo que, não se tenha ainda muito consenso nos benefícios e na quantidade necessária a se absorver, como eu já tinha dito anteriormente.
Está molécula, para quem não está acompanhando, executa o mesmo efeito do que é naturalmente produzido em uma resposta do nosso organismo para situações emergenciais de baixa calorias (fome).  Tem a função de manter o organismo mais focado em suas auto preservação, desacelerando assim, o processo de mitose celular e consequentemente o envelhecimento. 

Acho que em 20 anos não só iremos sim aproveitar todas estes 3 processos, como também, provavelmente nos surpreenderemos muito nos resultados obtidos. Expectativas de vida superiores à 150 anos já são especuladas para pessoas vivas atualmente que tenham acesso à estes futuros tratamentos.


> Já as coisas com os telômeros, essa tenho receio, justamente
> por causa da possibilidade de criar cânceres incontroláveis.

Parece que não é bem assim! Mas se o Roberto, ou qualquer outro puder ajudar na interpretação...
O câncer ocorre justamente após os telômeros estarem curtos demais e já com os cromossomos comprometidos, devido a baixa telomerase nas células, propiciando assim, as mutações cancerígenas. 

Mas ocorre algo mais! Soma-se posteriormente à este processo, justamente a reativação da telomerase (?!), proporcionado  assim, a "imortalidade" com a divisão celular sem freios destes tumores.

A grosso modo, é como se a telomerase, por não estar presente, fosse parte do processo que proporciona o início do processo cancerígeno, e ao ser reativada (na hora errada), causadora da "imortalidade" destas células mutantes. Ela é benéfica, mas "sai e entra" (participa) do processo no momento errado.


> Não tenho mais dúvidas de que estamos a caminho de viver
> muito mais. O problema deixará de ser longevidade (e mesmo
> qualidade de vida física) para se tornar qualidade de vida
> mental. A incidência maior de depressão em países com 
> grande população de idosos dá pistas para o grande problema
> que teremos que enfrentar, que é manter a mente ocupada
> (e feliz) mesmo quando se está bem velho.


As pessoas idosas, em um futuro próximo, mas altamente saudáveis, podem se tornar ativas profissionalmente, sexualmente, fisicamente, socialmente e também mentalmente. Será um cenário bem diferente ao que temos hoje. E até divertido refletir em como isto refletiria em toda a nossa sociedade...Já imaginou você ter um chefe, empresário, de mais de 250 anos? Imagine como ele seria chato!!  ;)

Abraços,

Marcel



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Pesky Bee" <peskybee2@...> escreveu
>
> Essa sim é uma perspectiva interessante. Não creio que seja
> muito fácil conseguir dominar isso, mas certamente é possível.
> E eu não me espantaria se em 20 anos já tivéssemos como
> aumentar bastante a longevidade humana.
>
> Já as coisas com os telômeros, essa tenho receio, justamente
> por causa da possibilidade de criar cânceres incontroláveis.
>
> Não tenho mais dúvidas de que estamos a caminho de viver
> muito mais. O problema deixará de ser longevidade (e mesmo
> qualidade de vida física) para se tornar qualidade de vida
> mental. A incidência maior de depressão em países com
> grande população de idosos dá pistas para o grande problema
> que teremos que enfrentar, que é manter a mente ocupada
> (e feliz) mesmo quando se está bem velho.
>
> *PB*
>
>
>
> -----Mensagem Original-----
> From: marcelleandro2009
> Sent: Friday, April 20, 2012 12:15 PM
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Subject: Re: RES: [ciencialist] A cura do envelhecimento , starvation response, etc.
>
> Abordando, bem por cima, a reversão de envelhecimento celular "centenárias" reprogramando-as a se tornarem células tronco.
>
> http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/cientistas-conseguem-reverter-envelhecimento-celular
>
> Marcel
>
>
>
>
>
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009" marcelleandro2009@ escreveu
> >
> > Vídeo explicativo da Elizabeth Blackburn, bióloga molecular que ganhou prêmio Nobel em 2009 de medicina / fisiologia por estes estudos.
> >
> > http://www.youtube.com/watch?v=5PU_jZwt8KY
> > http://www.youtube.com/watch?v=zqMoDdHWFBA
> > http://www.youtube.com/watch?v=auQU_Upl7-M
> >
> >
> > Esqueci de incluir este link da Scientific American, que também é bacaninha.
> >
> > http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=telomeres-telomerase-and&page=4
> >
> >
> >
> > Marcel
> >
> >
> >
> > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@> escreveu
> > >
> > > Insights sobre como o processo que breca o desenvolvimento de células cancerígenas é justamente o que causa o envelhecimento com a "morte" celular. Um pouco mais sobre o processo que ocorre com os telômeros do cromossomo.
> > >
> > > Texto do biólogo Roberto Motta Júnior. No links tem imagens explicativas...
> > >
> > > Marcel
> > >
> > > ===============
> > >
> > > http://www.medicinageriatrica.com.br/2006/12/28/teorias-do-envelhecimento-celular/
> > >
> > > O envelhecimento é um dos maiores enigmas da vida e, ninguém consegue compreendê-lo totalmente. Muitos, em toda a história humana, têm feito as mesmas perguntas sobre o fenômeno: O que é envelhecimento? Por que as pessoas envelhecem? Por que em algumas pessoas determinados órgãos envelhecem mais rapidamente que outros? Podemos retardar, parar ou reverter o envelhecimento?
> > >
> > > Como a definição de envelhecimento é polêmica, tornam-se até incoerentes propostas de teorias sobre o envelhecimento antes de se chegar a uma definição consensual. Porém, elas existem. Com os avanços da ciência e da tecnologia, nas últimas décadas surgiram várias teorias sobre o envelhecimento, sendo três as principais; a teoria dos radicais livres *, a teoria do desequilíbrio gradual ** e a genética.
> > >
> > > Os pesquisadores que apóiam a teoria genética propõem que todo o processo de envelhecimento, quer seja de células, órgãos e mesmo de todo o indivíduo, desde o
> > > nascimento até a morte, é programado pelos nossos genes. Nessa teoria, o tempo de vida, assim como os outros acontecimentos como, por exemplo, alterações enzimáticas, ligados a esse relógio biológico, podem ser controlados por um ou mais genes específicos contribuindo, de maneira ativa, independente, ou em associação com outros genes, para a longevidade do organismo.
> > >
> > >
> > > Uma das mais conhecidas formulações para essa teoria foi feita por Leonard Hayflick, em 1977. O chamado limite de Hayflick, que afirma que as células irão se dividir e se reproduzir apenas um número limitado de vezes e que esse número é geneticamente programado.
> > >
> > > As células humanas, eucarióticas, têm cromossomos lineares. Há dificuldades para a replicação das duas extremidades. Embora a fita contínua possa, teoricamente, ser sintetizada até o final de seu molde, a fita retrógrada não pode. Embora isso não seja um problema em uma única replicação, ao longo de muitos ciclos as extremidades dos cromossomos seriam encurtadas, até que genes essenciais fossem perdidos e a célula morreria. Conseqüentemente, a natureza procura impedir a perda contínua do DNA nas extremidades dos cromossomos. Nesse local existem, então, estruturas protetoras especiais, chamadas de telômeros, que contem muitas repetições de uma seqüência de seis nucleotídeos, rica em GUANINA. Os telômeros humanos contem milhares de repetições TTAGGG. O tamanho dos telômeros é mantido por enzimas, chamadas de telomerases, que adicionam repetições de seis nucleotídeos à sua extremidade.
> > >
> > > Segundo esta teoria, a enzima telomerase é considerada um relógio biológico, um marcador a indicar que a senescência celular irá se instalar inevitavelmente, causando o envelhecimento.
> > >
> > > A telomerase é uma enzima classificada como transcriptase reversa, composta de uma subunidade de uma proteína que possui um componente interno de RNA que é uma região molde para a produção de DNA. Esta subunidade é identificada por TERT, está na região do C- terminal do polipeptídeo, também na região N-terminal, basicamente na região dos telômeros.
> > >
> > > O gene de produção da telomerase e o gene conhecido por p 53 devem participar de um sistema eficiente de supressão de tumores, mas em contrapartida, com a diminuição da ação da telomerase, os cromossomos se encurtam na região dos telômeros e, inevitavelmente, por causa da manutenção de um tecido jovem, que necessita de divisões celulares contínuas, surge o envelhecimento, a senescência. Quando a telomerase está atuante, permite a alta capacidade de divisões celulares por mitoses sucessivas, o que seria uma proteção contra a senescência. O envelhecimento seria o preço de uma vida sem câncer.
> > >
> > > A importância da telomerase como mecanismo reparador anti-envelhecimento celular pode ser constatada em várias doenças, como na progeria. Nesta doença rara, em torno de 100 casos no mundo, ocorre um envelhecimento prematuro em jovens nos quais seus cromossomos apresentam seus telômeros curtos, causando uma senescência nos indivíduos, por aumento na velocidade nas divisões celulares desencadeadas pela ação de um gene recessivo, que impede a função da telomerase, mais uma explicação para essa doença baseada na teoria dos telômeros.
> > >
> > > A enzima telomerase é considerada um relógio biológico, um marcador a indicar que a senescência celular irá se instalar inevitavelmente. Existem células que não apresentam senescência, em que a divisão celular se mantém com alto potencial de multiplicação, imunes à ação do tempo. São as células germinativas, que estão relacionadas com a perpetuação da vida, as células cancerígenas, que são motivos de estudos para se encontrar a cura definitiva do câncer, e as células tronco, que atualmente são aplicadas aos transplantes para promover regeneração e possível tratamento de doenças que afetam a humanidade.
> > >
> > > * Teoria dos radicais livres. Esta teoria baseia-se no conceito de que as reações químicas que ocorrem naturalmente no corpo começam a produzir um número de defeitos irreversíveis nas moléculas. Isto se deve a elétrons não pareado na última camada das moléculas formados por compostos contendo por exemplo, o elemento oxigênio, chamados de radicais livres.
> > >
> > > ** Teoria do desequilíbrio gradual. Esta teoria afirma que o cérebro, as glândulas endócrinas ou o sistema imunológico começam a deixar de funcionar gradualmente, levando a determinados órgãos envelhecer em ritmos diferentes comprometendo o funcionamento dos demais, causando o envelhecimento de todo o organismo.
> > >
> > > *** Apoptose, processo que se inicia no núcleo da célula, na cromatina onde se encontram os cromossomos aderidos a carioteca, começa uma retração do citoplasma agregando o corpos apoptóticos, que serão englobados por fagocitose, pelas células vizinhas ou macrófagos,todo material da célula é rompido, os ácidos nucléicos não comandam as atividades celulares, formam crateras na membrana plasmática, por onde ocorre a perda de água, a célula se desestrutura, formam corpos apoptóticos que serão eliminados por clasmocitose, ocorre a morte celular.
> > >
> > > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@> escreveu
> > > >
> > > > Um pouco sobre Telomerases.
> > > > A grosso modo para despertar o interesse;
> > > > A replicação (divisão) celular causa o processo de envelhecimento
> > > > (senescência), devido à um encurtamento da extremidade
> > > > (telõmeros) do cromossomo e sua completa inviabilização (50 a 80
> > > > vezes) para novas replicações. Existe uma enzima que está sendo
> > > > sintetizada em estudos, que é mais concentrada em nosso organismo na
> > > > infância e em células cancerígenas, que, de certa forma,
> > > > protege esta "integridade" do cromossomo a cada replicação.
> > > > Permitindo assim, que ocorra um número muitíssimo maior de
> > > > replicações, e consequentemente uma grande desaceleração do
> > > > envelhecimento, e até o retrocesso do mesmo.
> > > > É diferente do Resveratrol, que apenas desacelera o processo de
> > > > replicação celular no organismo, devido à resposta à dieta de
> > > > baixa caloria (fome).
> > > > Ver abaixo;
> > > >
> > > > http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2011/01/110126_envelhecimento_rc\
> > > > .shtml
> > > > Cientistas vêm pouco a pouco desvendando os segredos do
> > > > envelhecimento e alguns sugerem que em breve poderão desenvolver
> > > > tratamentos para reduzir a velocidade ou mesmo reverter o processo.
> > > > No ano passado, uma equipe do Instituto do Câncer Dana-Farber, de
> > > > Boston, nos EUA, divulgou na revista científica Nature um estudo no
> > > > qual diz ter conseguido reverter o processo de envelhecimento em
> > > > camundongos.
> > > > Eles manipularam cromossomos presentes nos núcleos de todas as
> > > > células. O alvo principal da ação era a proteção dos
> > > > telômeros. Os telômeros são estruturas presentes nas
> > > > extremidades dos cromossomos. Eles protegem os cromossomos de
> > > > possíveis danos, mas também diminuem de tamanho com a idade,
> > > > até que as células não conseguem mais se reproduzir.
> > > > A equipe do professor Ronald DePinho manipulou as enzimas que regulam os
> > > > telômeros, as telomerases, obtendo resultados significativos. Com o
> > > > estímulo às enzimas, os camundongos pareciam fazer o relógio
> > > > biológico "andar pra trás".
> > > > "O que esperávamos era uma estabilização do processo de
> > > > envelhecimento, mas ao contrário, observamos uma reversão dos
> > > > sinais e sintomas de envelhecimento", disse ele à BBC.
> > > > "Os cérebros destes animais cresceram em tamanho, aumentaram sua
> > > > cognição, suas peles ganharam mais brilho e a fertilidade foi
> > > > restaurada."
> > > > Humanos
> > > > Obviamente, aplicar estes princípios em humanos será um desafio
> > > > bem maior. As telomerases já foram ligadas à incidência de
> > > > câncer.
> > > > Muitos acreditam que as mitocôndrias possam desempenhar um papel bem
> > > > maior no processo de envelhecimento. As mitocôndrias - material
> > > > genético contido na célula, mas fora do núcleo - são as
> > > > "usinas de energia" das células, mas também geram produtos
> > > > químicos que são ligados ao envelhecimento. Há ainda o papel
> > > > desempenhado por radicais livres - moléculas ou átomos altamente
> > > > reativos que atacam o corpo humano.
> > > > Apesar de estarmos apenas começando a compreender como funciona o
> > > > envelhecimento, alguns cientistas já testam tratamentos em humanos.
> > > > O professor David Sinclair é pesquisador de um laboratório
> > > > especializado em envelhecimento da escola de Medicina da Universidade de
> > > > Harvard.
> > > > Ele e seus colegas vêm trabalhando em uma droga sintética chamada
> > > > STACs (ou Sirtuin activating compounds).
> > > > Estudos em camundongos obesos indicam que as STACs podem restaurar a
> > > > saúde e aumentar a expectativa de vida dos animais. Já foram
> > > > iniciados testes em humanos.
> > > > Há também estudos sobre o resveratrol, um antioxidante encontrado
> > > > naturalmente no vinho tinto, que indicam que ele reduz o colesterol.
> > > > Sinclair diz que estas pesquisas "não são uma desculpa para comer
> > > > batata frita o dia todo em frente à TV, mas uma forma de aumentar o
> > > > modo de vida sadio e explorar as potencialidades de um corpo
> > > > saudável".
> > > > "Não mudamos a quantidade de comida ingerida, os camundongos comem
> > > > normalmente, mas seus corpos não sabem que eles estão gordos e
> > > > seus órgãos e até a expectativa de vida são iguais a de um
> > > > animal sadio", disse ele.
> > > > Questões éticas
> > > > Mas é correto fazer experiências em algo tão fundamental como
> > > > envelhecer? Quais são as questões éticas envolvidas?
> > > > O professor Tim Spector, do hospital Kings College em Londres, que
> > > > também faz pesquisas na área, diz que o foco não é aumentar
> > > > a duração da vida, mas prolongar a saúde.
> > > > "Não interessa muito prolongar a vida se isto significar que você
> > > > terá tanta artrite, por exemplo, que não poderá sair de casa",
> > > > disse ele.
> > > > "Mas ao entender o processo de envelhecimento, podemos ajudar no combate
> > > > a artrite, diabetes, doenças cardíacas, todas os males ligados ao
> > > > envelhecimento", disse ele.
> > > > Já o professor James Goodwin, do programa Age UK de amparo à
> > > > terceira idade do governo britânico, diz que a questão levantada
> > > > pelas pesquisas é se seus resultados vão ser acessíveis a todos
> > > > ou apenas aos mais ricos.
> > > > "Será que todos vão poder se beneficiar desta tecnologia?",
> > > > pergunta
> > > >
> > > >
> > > >
> > > >
> > > >
> > > >
> > > > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009"
> > > > <marcelleandro2009@> escreveu>> > Victor,> > > Será que nós,
> > > > daqui do fórum, ainda poderemos nos beneficiar> desses avanços> >
> > > > da medicina?> > Provavelmente algum benefício sim. Segundo pesquisas,
> > > > que enviei> anteriormente uma matéria a respeito, bastaria uma boa
> > > > dieta de baixa> caloria para termos efeitos positivos. Sem considerar
> > > > alguns suplementos> (e alimentos), ainda a serem melhor avaliados, que
> > > > já existem no> mercado.> > > > Marcel> > > >> > Suspeito que as
> > > > respostas para essa perguntinha ficarão aí por> volta de> >
> > > > "naaaão!"> >> >> >> > Acho que a maioria de nós vai ficar, com
> > > > sorte, é na média> mesmo!> >> >> >> > Particularmente, só quero
> > > > chegar lá se com tudo em cima e> lúcido para> > continuar
> > > > "heresiando às avessas"...> >> >> >> > Senão, cadê a graça?>
> > > > >> >> >> > Sds,> >> > Victor.> >> >> >> >> >> > De:
> > > > ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]>
> > > > > Em nome de marcelleandro2009> > Enviada em: sexta-feira, 16 de
> > > > março de 2012 17:49> > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br >
> > > > Assunto: [ciencialist] A cura do envelhecimento , starvation response,>
> > > > etc.> >> >> >> >> >> >>
> > > > http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,ERT204682-17773,00.htm\
> > > > \> l> >> > A cura do envelhecimento> >> > Pílulas, células-tronco,
> > > > dietas e tratamentos para evitar> doenças e> > regenerar
> > > > órgãos. Conheça as novas armas da ciência para> nos manter
> > > > com> > aparência jovem para sempre> >> > Priscilla Santos, com
> > > > reportagem de Bruna Fasano e Willian Okada> >> > FONTE DA JUVENTUDE> >
> > > > Crédito: Maná E.D.I.> >> > O soldado e explorador espanhol Juan
> > > > Ponce de León (1460-1521)> já havia> > acompanhado Cristóvão
> > > > Colombo em sua segunda viagem à> América quando começou> > sua
> > > > busca pela mitológica Fonte da Juventude. Os nativos de Porto> Rico,
> > > > onde> > Ponce havia criado uma colônia, diziam existir tal fonte
> > > > misteriosa> capaz de> > proporcionar a jovialidade eterna para quem em
> > > > suas águas se> banhasse. O> > viajante nunca a encontrou â€" acabou
> > > > foi descobrindo a Flórida,> ironicamente> > o estado americano hoje
> > > > com a maior proporção de idosos. Ponce de> León não> > foi o
> > > > único a procurar incansavelmente por uma forma de ser jovem> para> >
> > > > sempre. A busca pela imortalidade e pela juventude eterna sempre>
> > > > fascinou o> > homem, único animal que tem consciência da
> > > > própria morte> â€" e por isso sofre.> > Mas nunca esteve tão
> > > > próxima de ser alcançada. Como Ponce de> Leóns> >
> > > > contemporâneos, os cientistas do século 21 vêm perseguindo o>
> > > > fim da maior> > causa de morte do mundo: a velhice. Por consequência,
> > > > as doenças> decorrentes> > dela. E parecem estar mais próximos de,
> > > > no mínimo,> postergá-la. "Os avanços> > da área biológica
> > > > que surgem nesse começo de século> indicam que muitos de> > nós
> > > > poderemos chegar facilmente aos 100, 150 anos", diz o professor> do> >
> > > > Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio>
> > > > de Janeiro> > (UFRJ), Stevens Rehen.> >> > Prolongar a vida seria apenas
> > > > uma consequência de fazer as pessoas> serem> > mais saudáveis por
> > > > mais tempo. Esse é o principal objetivo da> nova ciência> > do
> > > > antienvelhecimento, que pretende atacar de uma só vez todas as>
> > > > formas de> > deterioração do corpo para fazer com que o nosso
> > > > relógio> biológico corra> > mais devagar. Assim, ficaríamos
> > > > longe de doenças decorrentes da> idade> > avançada â€" como
> > > > Alzheimer, demência, diabetes e doenças> cardíacas â€" por
> > > > mais> > tempo. Atacar a velhice, portanto, seria a melhor e talvez
> > > > única> forma de> > nos afastarmos dos males provocados por ela.
> > > > Combater uma a uma as> doenças â€"> > algo que desde sempre fazemos
> > > > â€" não surtiria grandes efeitos.> Nos Estados> > Unidos, por
> > > > exemplo, se os problemas de coração fossem totalmente> > eliminados,
> > > > a expectativa de vida não subiria mais do que três> anos. O mesmo>
> > > > > que proporcionaria uma cura milagrosa para o câncer. "O risco de>
> > > > doenças> > fatais dispara após os 60 anos. Assim, mesmo que
> > > > evitemos o ataque> cardíaco,> > outros problemas vão nos pegar",
> > > > afirma o escritor de ciência e> medicina> > americano David Stipp,
> > > > autor do livro The Youth Pill (A Pílula da> Juventude,> > sem
> > > > edição no Brasil), lançado no ano passado. Por isso, a> maneira
> > > > de> > aumentar a expectativa e a qualidade de vida para valer é
> > > > evitar> chegar> > nesse estágio em que já estamos mais fracos e
> > > > vulneráveis a> doenças.> >> > Em vez de águas milagrosas, a
> > > > Fonte da Juventude perseguida pelos> cientistas> > oferecerá
> > > > tratamentos futurísticos descobertos nos mais> ardilosos> >
> > > > experimentos> > Crédito: Maná E.D.I.> >> > INJEÇÃO ANTIVELHICE>
> > > > >> > Em novembro passado, pesquisadores do Instituto de Câncer>
> > > > Dana-Farber, da> > Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos,
> > > > publicaram um> estudo que> > contrariou um dos principais conceitos
> > > > sobre o processo de> envelhecimento: o> > de que ele é
> > > > irreversível. Eles conseguiram, pela primeira vez,> rejuvenescer> >
> > > > ratos de laboratório. O experimento foi baseado num mecanismo que>
> > > > rendeu, um> > ano antes, o Prêmio Nobel de Medicina a outros três
> > > > cientistas> americanos: a> > relação entre o processo de
> > > > envelhecimento e os telômeros, uma> espécie de> > capinha que
> > > > protege a ponta de cada cromossomo dentro de nossas> células â€"> >
> > > > numa comparação grosseira, o telômero assemelha-se àquele>
> > > > revestimento> > plástico presente na ponta dos cadarços de um
> > > > tênis. A cada> vez que a célula> > se divide, essa capinha se
> > > > encurta um pouco. Depois de 50 a 80> duplicações a> > célula
> > > > não consegue mais se multiplicar â€" após os 35 anos> de idade,
> > > > os> > efeitos desse processo já começam a ser sentidos. O tempo
> > > > passa> e, sem> > células novas e com algumas mortas ou inativas,
> > > > nossos órgãos> começam a se> > deteriorar. É a velhice.> >>
> > > > > Nascemos com um mecanismo capaz de driblar esse processo, uma enzima>
> > > > chamada> > telomerase. Ela repara as tais capas protetoras dos
> > > > cromossomos> após cada> > divisão celular. Porém, após a
> > > > infância, sua> concentração cai drasticamente.> > Fazer com que
> > > > ela volte a crescer é um dos caminhos para postergar> o> >
> > > > envelhecimento â€" ou até mesmo revertê-lo. No estudo de>
> > > > Harvard, os> > cientistas criaram ratos geneticamente modificados de
> > > > forma que não> > produzissem a telomerase. Como resultado, os animais
> > > > envelheceram> > rapidamente. Os sinais incluíram diminuição do
> > > > cérebro e do> olfato, danos no> > baço e intestinos, além de
> > > > doenças como osteoporose e> diabetes. Com apenas> > um mês de
> > > > ingestão de telomerase, no entanto, tais sintomas> sumiram. Os> >
> > > > ratos voltaram inclusive a ser férteis e desenvolveram> neurônios,
> > > > sem contar> > uma invejável melhora na pele. "O que vimos não foi
> > > > a> desaceleração ou> > estabilização do envelhecimento, mas algo
> > > > muito mais incrível:> uma reversão> > dramática dele", afirma
> > > > Ronald DePinho, coordenador da pesquisa.> "É possível> > imaginar
> > > > que um homem de 90 anos voltaria a ter a saúde que> possuía aos
> > > > 40> > ou 50", diz. Porém, apesar de ter sido bem-sucedido em ratos,
> > > > o> tratamento> > ainda não foi testado em humanos. E não há
> > > > perspectiva de que> isso aconteça> > nos próximos anos. "Ainda
> > > > temos muito trabalho pela frente. O> próximo passo> > é descobrir
> > > > em que estágio da vida as pessoas precisariam se> submeter à> >
> > > > injeção de telomerase", afirma DePinho. Em paralelo a isso, ainda>
> > > > seria> > preciso ultrapassar um grande empecilho: o potencial risco de>
> > > > câncer.> >> > Fora do período de gestação e infância, a
> > > > telomerase só> retorna em grandes> > quantidades nas células
> > > > cancerosas â€" sabe-se que 90% dos> tumores possuem a> > enzima.
> > > > Aliás, é por isso que elas se reproduzem> incessantemente. "Se
> > > > você> > persegue a imortalidade, é o que, de um modo perverso,
> > > > também> fazem as> > células com câncer", diz o oncologista e
> > > > professor de medicina> da> > Universidade Columbia, Estados Unidos,
> > > > Siddhartha Mukherjee, autor do> > recém-lançado livro The Emperor
> > > > of All Maladies: A Biography of> Cancer (O> > Império de Todas as
> > > > Enfermidades: Uma Biografia do Câncer, sem> edição no> > Brasil).>
> > > > >> > Além da vantagem óbvia para todo mundo de postergar a chegada
> > > > da> velhice, um> > grupo específico de pessoas se beneficiaria caso
> > > > os pesquisadores> > conseguissem resolver as contraindicações desse
> > > > tipo de tratamento.> Trata-se> > de indivíduos que, por conta de uma
> > > > sequência genética,> têm menos telomerase> > desde a
> > > > gestação. Consequentemente, envelhecem mais rápido e> chegam a
> > > > ser> > biologicamente até dez anos mais velhos do que outras pessoas
> > > > da> mesma> > idade. Essa sequência de DNA foi mapeada em fevereiro do
> > > > ano> passado por> > cientistas da Universidade de Leicester, no Reino
> > > > Unido. Em um estudo> com 3> > mil pessoas, 45% delas carregavam ao menos
> > > > um gene da sequência. Os> > pesquisadores acreditam que um mapeamento
> > > > desse tipo possibilitaria> > prescrever estilos de vida saudáveis
> > > > àqueles mais propensos aos> males do> > envelhecimento. Além de
> > > > exercícios físicos, uma dieta com> poucas calorias> > entraria na
> > > > receita. Pois é sabido, e cientificamente provado, que> quem come> >
> > > > menos, vive mais.> >> > UMA ENZIMA PARA NOS MANTER SEMPRE JOVENS> > A
> > > > deterioração de nosso corpo começa de forma microscópica,> em
> > > > nossos> > cromossomos. Uma substância pode revertê-la. Veja como
> > > > (clique> aqui para> > ampliar)> >> > 300 TAÇAS DE VINHO> >> > Uma
> > > > dieta diária entre 1.200 e 1.400 calorias â€" 30% a menos do> que
> > > > a> > sugerida pela Organização Mundial da Saúde â€" poderia>
> > > > aumentar nossa> > expectativa de vida média para 120 anos. Algumas
> > > > pessoas chegariam,> então,> > aos 150. Mesmo que você começasse
> > > > a comer menos aos 30, ainda> teria chance> > de prolongar seu tempo na
> > > > Terra em sete anos. É atrás dessas> promessas que> > ao menos 2
> > > > mil pessoas praticam a dieta de baixa caloria no mundo.> Esse é o> >
> > > > número de membros da Sociedade de Restrição Calórica. Apesar>
> > > > da matriz estar> > localizada nos Estados Unidos, há integrantes de
> > > > várias partes> do planeta,> > inclusive cinco do Brasil (que não
> > > > se identificam). Os resultados> dos pratos> > moderados têm sido
> > > > positivos. Dados divulgados pela Sociedade> atestam que os> > adeptos da
> > > > dieta registraram queda significativa da pressão> sanguínea,
> > > > perda> > de quase 70% da gordura corporal e redução de 80% do
> > > > nível de> insulina no> > sangue, o que, no mínimo, faz cair o
> > > > risco de doenças> cardíacas e diabetes.> > Pratos mais comportados
> > > > também são a receita milenar dos> habitantes do> > arquipélago
> > > > japonês de Okinawa â€" é lá que estão as> pessoas que mais
> > > > vivem no> > mundo. A proporção de centenários nas ilhas é de 50
> > > > para cada> 100 mil> > moradores, enquanto nos demais países cai para
> > > > dez a cada 100 mil.> A> > população de Okinawa é de cerca de 1,3
> > > > milhão. Não por> acaso, um prato> > típico no arquipélago
> > > > tem 17% menos calorias do que no restante> do Japão.> >> > A teoria
> > > > mais aceita de por que comer pouco nos faria envelhecer mais> > devagar
> > > > é evolutiva. Os efeitos benéficos das baixas calorias se> devem a
> > > > um> > mecanismo chamado starvation response, ou resposta à fome, em>
> > > > português. Nos> > primórdios da humanidade, durante os períodos
> > > > de grandes secas> ou mudanças> > abruptas no clima, ficava difícil
> > > > encontrar alimento. Era natural,> portanto,> > que, sob a ameaça de
> > > > inanição, o organismo concentrasse seus> esforços na> >
> > > > proteção dos processos essenciais à sobrevivência. A energia>
> > > > do crescimento> > e reprodução (mecanismos trabalhosos para o corpo)
> > > > era deslocada> para o> > reparo e manutenção constante das
> > > > células. Isso fazia com que as> pessoas> > envelhecessem mais
> > > > devagar. Tudo não passava de um truque da> natureza para> > garantir
> > > > a continuidade da espécie: ao conservar o corpo, o intuito> era> >
> > > > preservar aqueles indivíduos para se reproduzirem assim que as>
> > > > coisas> > melhorassem.> >> > Em cinco anos, o laboratório Sirtris
> > > > Pharmaceutical promete colocar> no> > mercado uma pílula que imita os
> > > > efeitos de se comer pouco, mesmo> que você> > siga uma dieta normal.
> > > > O princípio ativo â€" já comercializado> em medicamentos> > para
> > > > diabéticos e como suplemento alimentar â€" é o> resveratrol,
> > > > substância> > encontrada na casca da uva roxa. É sua presença
> > > > que confere ao> vinho tinto> > benefícios ao coração. E explica o
> > > > que os cientistas chamam de> "paradoxo> > francês": a baixa
> > > > mortalidade por doenças cardíacas na> França, mesmo com uma> >
> > > > dieta tão rica em gordura. Graças ao hábito comedido que a>
> > > > população tem de> > beber vinho quase que diariamente. Além dos
> > > > benefícios ao> coração, também há> > evidências de que o
> > > > resveratrol reduza o risco de Alzheimer,> derrame,> > diversos tipos de
> > > > câncer, perda de audição e osteoporose â€"> todos problemas> >
> > > > comuns no envelhecimento. Já provocar o aumento dos anos de vida>
> > > > é algo que> > ainda precisa ser provado em humanos. Mas o resultado
> > > > em animais se> mostrou> > estimulante.> >> > VIDA LONGA - E MAIS FELIZ>
> > > > >> > Se a ciência de fato nos fizer passar dos 75 com saúde e>
> > > > disposição nos fará> > felizes como nunca seríamos. Um estudo
> > > > publicado ano passado por> > pesquisadores das universidades de Stony
> > > > Brook e Princeton, nos EUA,> traçou> > um paralelo entre bem-estar e
> > > > idade. Surpresa: nosso auge de> contentamento> > seria após os 74. Os
> > > > resultados formam o que os pesquisadores de> felicidade> > chamam de
> > > > curva U (abaixo). Os idosos sentiriam menos raiva e estresse> do> > que
> > > > os jovens e teriam menos preocupações do que os adultos> médios.
> > > > Pois,> > com a idade, as pessoas lidam melhor com conflitos e controlam
> > > > as> emoções. É> > a sabedoria. Os pesquisadores também sugerem
> > > > que a saída dos> filhos de casa> > diminui problemas familiares e
> > > > financeiros. A ciência está> fazendo sua> > parte, agora falta
> > > > lazer, trabalho e INSS para que os mais longevos> possam> > curtir
> > > > tranquilos a melhor parte da vida.> >> > Em 2006, pesquisadores da
> > > > Escola de Medicina de Harvard realizaram> estudos> > liderados por David
> > > > Sinclair â€" não por acaso, fundador da> Sirtris> > Pharmaceutical,
> > > > hoje pertencente à gigante inglesa GlaxoSmithKline.> No> >
> > > > experimento, cientistas superalimentaram roedores com uma dieta rica>
> > > > em> > gordura. Em paralelo, forneceram a eles doses de resveratrol. As>
> > > > cobaias> > ficaram obesas. Ainda assim, seu tempo de vida se estendeu a
> > > > um> patamar> > igual ao dos ratos que comiam com restrição. Para
> > > > obter esses> efeitos com> > vinho seriam necessárias 300 taças por
> > > > dia, ou seja, algo> impensável até> > para o mais bebum dos seres
> > > > humanos. O que justifica a corrida da> indústria> > farmacêutica
> > > > atrás das pílulas.> >> > Os medicamentos que imitam dietas
> > > > metódicas serão uma> aplicação mais> > concreta dos pioneiros
> > > > estudos sobre antienvelhecimento. A primeira> > importante pesquisa
> > > > científica que provou que restringir calorias> poderia> > prolongar a
> > > > vida foi divulgada em 1934. O estudioso de nutrição da> >
> > > > Universidade de Cornell, Estados Unidos, Clive McCay, manteve ratos em>
> > > > um> > estado de quase fome por quatro anos e os assistiu viver 85% mais>
> > > > tempo do> > que a média. Um dos animais chegou aos 3 anos e 9 meses
> > > > de idade.> Como,> > cinco anos antes, dois cientistas tinham ganhado o
> > > > Prêmio Nobel> pela> > descoberta das vitaminas, pareceu uma pequena
> > > > heresia dizer que passar> um> > pouco de fome poderia nos fazer bem.
> > > > Mais recentemente, no início> dos anos> > 2000, cientistas do Centro
> > > > Nacional de Pesquisa em Primatas de> Wisconsin> > revelaram bons
> > > > resultados com macacos mantidos em uma dieta 30% menos> > calórica do
> > > > que seus colegas. Além de magros, estavam no auge da> vida.> >
> > > > Enquanto os que comiam normalmente se movimentavam lentamente e viam>
> > > > cair> > mais pelos, entre outros sinais de velhice.> >> > Em 2015, 2016,
> > > > com o medicamento nas farmácias, a Sirtris deve se> tornar a> >
> > > > indústria referência em antienvelhecimento. Além do>
> > > > resveratrol, seus> > laboratórios estudam outra substância capaz
> > > > de imitar os efeitos> de uma> > dieta de baixa caloria: a rapamicina.
> > > > Hoje usado para evitar> rejeição em> > transplante de órgãos, o
> > > > princípio ativo fez com que ratos de> meia-idade> > vivessem de 28% a
> > > > 38% mais tempo, segundo um estudo divulgado pela> revista> > Nature em
> > > > meados de 2009. Mais uma pesquisa que mostra que há> esperanças> >
> > > > para prolongar a vida mesmo quando o corpo já está desgastado.>
> > > > Esta também é> > a promessa da medicina regenerativa.> >> >
> > > > Crédito: Maná E.D.I.> >> >> > BIOENGENHARIA> >> > No ano passado,
> > > > um grupo de mulheres teve uma oportunidade de ouro:> após> > serem
> > > > mutiladas devido ao câncer de mama, viram crescer seios 100%>
> > > > naturais,> > a partir de suas próprias células. A técnica que
> > > > soa como> milagre foi> > desenvolvida após quase uma década de
> > > > estudos pela empresa de> biotecnologia> > americana Cytori Therapeutics,
> > > > que pretende trazer o método para o> Brasil> > ainda este ano.
> > > > Permite dupla recauchutagem: as células que dão> origem ao> > novo
> > > > seio são extraídas de uma cirurgia plástica para tirar>
> > > > gordurinhas> > indesejadas. O procedimento começa com uma
> > > > lipoaspiração, por> exemplo, na> > barriga. Da gordura são
> > > > colhidas células-tronco, capazes de se> multiplicar> > para gerar
> > > > tecidos de outras partes do corpo, como a mama. Elas> são, então,>
> > > > > aplicadas na região do peito. Conforme crescem, formam um novo>
> > > > seio, sem> > risco de rejeição.> >> > A descoberta de
> > > > células-tronco na gordura foi um grande avanço> para a> > medicina
> > > > regenerativa. Somente no Brasil, são realizadas mais de> 200 mil> >
> > > > lipoaspirações por ano. No ano passado, Radovan Borojevic, diretor>
> > > > do> > Programa Avançado de Biologia Celular Aplicada à Medicina
> > > > da> UFRJ,> > conseguiu, de forma inédita no Brasil, autorização
> > > > da> Comissão Nacional de> > Ética em Pesquisa (Conep) para
> > > > manipular células-tronco de> gordura. "Esse> > material pode garantir
> > > > reserva para a velhice, para sanar as> doenças> > naturais do passar
> > > > dos anos e até diminuir as rugas", diz. Quem> fizer uma> >
> > > > lipoaspiração aos 20, por exemplo, pode chegar aos 60 e usar as>
> > > > células> > guardadas para preencher a pele envelhecida e se livrar
> > > > dos pés de> galinha.> > Como as células terão a memória de
> > > > sua juventude, será> possível fazer o que> > nenhum cosmético
> > > > ou Botox jamais conseguiu: ter cara de 20, aos 60.> O> > procedimento,
> > > > cujo efeito dura de quatro a cinco anos, já está> em fase de> >
> > > > testes. Em três meses, Borojevic realizou 70 implantes de> células
> > > > antirrugas> > â€" os interessados podem se inscrever para os testes no
> > > > Instituto> de Ciências> > Biomédicas da UFRJ. Mas esta é apenas
> > > > a mais frívola das> promessas da> > bioengenharia. "Com as
> > > > técnicas, vamos envelhecer muito melhor do> que os> > nossos
> > > > avós", afirma Borojevic.> >> > Experimentos em humanos mostraram que
> > > > o implante de células-tronco> pode> > reparar órgãos vitais.
> > > > Entre eles, o coração, que teria> benefícios como o> > aumento da
> > > > quantidade e bombeamento de sangue após infartos,> diminuição da>
> > > > > área de tecidos mortos e melhora da capacidade respiratória em>
> > > > casos de> > doenças cardíacas crônicas. Outro resultado
> > > > positivo é a> redução da> > incontinência urinária em
> > > > pacientes que passaram por cirurgias> de próstata.> > "A medicina
> > > > regenerativa para problemas do envelhecimento será de> fato> >
> > > > composta por peças de substituição", afirma o gerontologista>
> > > > inglês criador> > da Fundação Sens, de estudos de biotecnologia
> > > > para> rejuvenescimento, Aubrey> > de Grey, polêmico, entre outras
> > > > coisas, por afirmar que a velhice> é uma> > doença à espera de
> > > > cura.> >> > A HORA DA MORTE> >> > Com sua aparência de Matusalém,
> > > > apesar dos 47 anos de idade, De> Grey> > acredita que podemos ser
> > > > imortais e que os homens que vão viver mil> anos já> > nasceram.
> > > > Passar mais tempo na Terra do que o próprio personagem> bíblico,>
> > > > > que teria morrido aos 969, seria possível graças ao>
> > > > desenvolvimento da> > engenharia para impedir que nossas células
> > > > envelheçam e da> reposição de> > órgãos e tecidos. "Uma vez
> > > > que a medicina regenerativa se> desenvolver, o> > limite biológico do
> > > > corpo desaparecerá." A ideia gerou tanta> controvérsia na> >
> > > > comunidade científica que, em 2005, o Massachusetts Institute of>
> > > > Technology> > (MIT) lançou um concurso que premiaria com US$ 20 mil
> > > > quem> conseguisse> > provar que a tese de Aubrey era descabida. Cinco
> > > > inscrições foram> analisadas> > por um júri composto por
> > > > cabeças como o geneticista Craig> Venter. Ninguém> > levou o
> > > > prêmio.> >> > A crença de que a ciência e a tecnologia nos
> > > > permitirão> redesenhar o próprio> > corpo para nos fazer viver
> > > > muito mais, até indefinidamente, guia> uma> > corrente filosófica
> > > > chamada transhumanismo. Os seguidores do> pensamento> > acreditam que
> > > > por meio de áreas de conhecimento emergentes como> > biotecnologia,
> > > > inteligência artificial, robótica e> nanotecnologia, poderemos> >
> > > > superar a própria condição humana. "O homem não é o final>
> > > > da evolução> > biológica, e sim o começo de uma evolução
> > > > tecnológica",> afirma o engenheiro> > venezuelano formado pelo MIT e
> > > > que já trabalhou para a Nasa,> José Cordeiro,> > grande divulgador
> > > > do transhumanismo na América Latina. Ele acredita> que> >
> > > > assistiremos à morte da morte â€" e que não há nada de>
> > > > antinatural nisso. "O> > propósito da vida é mais vida. Além do
> > > > mais, ninguém quer> morrer, ainda mais> > se tiver a oportunidade de
> > > > não ficar velho."> >> > A visão de que vale a pena manipular nosso
> > > > corpo a qualquer custo> para ser> > jovem para sempre encontra olhares
> > > > críticos. "Essa pretensão de> vida eterna> > é um erro
> > > > existencial, uma arrogância do homem em querer> inventar uma vida> >
> > > > que não é sua. Pois a finitude é um atributo da nossa, e é>
> > > > o que a faz ser> > boa", afirma o cientista político Clóvis de
> > > > Barros Filho,> professor de ética> > da Escola de Comunicação e
> > > > Artes da Universidade de São Paulo> (USP). "É uma> > ilusão
> > > > narcisista acreditar que se vai viver em gozo eternamente.> Ficar dos> >
> > > > 60 aos 120 anos curtindo aposentadoria e nunca aceitar o dissolver,> que
> > > > é o> > nosso destino", diz a filósofa e terapeuta Regina Favre, de
> > > > São> Paulo, que> > acredita que a busca pela longevidade sem fim seja
> > > > fruto da> solidão, do> > desamparo e do medo gerado pelos problemas
> > > > da velhice e proximidade da> > morte. Ou como escreveu o escritor
> > > > argentino Jorge Luis Borges> (1899-1986)> > no conto O Imortal,
> > > > publicado no livro O Aleph: "Dilatar a vida dos> homens é> > como
> > > > dilatar sua agonia e multiplicar o número de suas mortes".> >> >
> > > > Mesmo que a medicina conseguisse fazer com que as pessoas tivessem>
> > > > saúde e> > disposição para trabalhar até os 100, provavelmente
> > > > não> haveria mercado para> > todos. Com uma superpopulação de
> > > > idosos, a previdência social> certamente> > iria quebrar. "Não
> > > > adianta chegarmos aos 200 anos se não> resolvermos esses> >
> > > > problemas", diz a presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e> >
> > > > Gerontologia, Silvia Regina Mendes Pereira, que acha positivo o>
> > > > esforço dos> > cientistas para evitar doenças como diabetes ou
> > > > Alzheimer, desde> que a> > qualidade de vida seja encarada de forma
> > > > global. "E isso passa por> vários> > aspectos. Um deles, sim, é a
> > > > saúde, mas também há o> psicológico e o social."> >> >> > As
> > > > transformações no mundo caso as pessoas passem a viver> décadas ou
> > > > até> > séculos a mais são inevitáveis. Mas, para De Grey,>
> > > > compensaria enfrentá-las.> > "Essas dificuldades não superam os
> > > > benefícios da eliminação> de doenças> > relacionadas à
> > > > idade, como problemas cardiovasculares e câncer",> afirma.> > Mesmo
> > > > porque esses problemas terão que ser pensados de imediato.> Pois,
> > > > antes> > mesmo das pirotecnias científicas se tornarem realidade, a>
> > > > longevidade no> > mundo só cresce. Para se ter ideia, vivemos 25 anos
> > > > a mais do que> um século> > atrás. Nos países desenvolvidos, a
> > > > expectativa de vida aumenta> cinco horas> > por dia. Ou seja, já
> > > > há motivos suficientes para a ciência se> preocupar com> > os
> > > > muitos que, em tempos anteriores às pílulas que simulam fome> ou
> > > > injeções> > de enzimas e células-tronco, fazem muito mais
> > > > aniversários do> que um dia> > nossos avós jamais poderiam
> > > > imaginar.> >> > O profeta da imortalidade> >> > O cientista do
> > > > envelhecimento Aubrey de Grey afirma que, em 2030,> estaremos> > vivendo
> > > > até os 130 anos. E que os homens que farão mil> aniversários
> > > > já> > nasceram. A seguir ele conta como isso será possível> >>
> > > > > * Por que envelhecemos?> > Aubrey de Grey: Porque o corpo humano, como
> > > > qualquer máquina, causa> danos a> > si mesmo como efeito colateral
> > > > natural de sua operação. Esse> prejuízo se> > acumula ao longo da
> > > > vida. Por um longo tempo quase não afeta a> habilidade do> > corpo
> > > > para funcionar, mas, eventualmente, provoca doenças e> incapacidade.>
> > > > >> > * As pessoas que viveriam mil anos precisariam constantemente>
> > > > substituir> > peças, como um robô?> > De Grey: De fato, a maior
> > > > parte das técnicas serão compostas por> peças de> >
> > > > substituição, mas a um nível microscópico. Em alguns casos,>
> > > > podemos trocar> > órgãos inteiros. Porém, mais frequentemente,
> > > > serão> células ou moléculas.> >> > * Mesmo pessoas
> > > > sedentárias, com excesso de peso e estressadas> serão capazes> >
> > > > de viver mais?> > De Grey: A medicina regenerativa vai permitir que as
> > > > pessoas> ultrapassem por> > uma larga margem a longevidade que qualquer
> > > > um consegue atualmente,> mesmo> > com a melhor vida possível, mesmo
> > > > aqueles com uma genética> privilegiada.> > Então, sim, estas
> > > > terapias irão funcionar em todos, mesmo> naqueles com um> > estilo de
> > > > vida ruim.> >> > * Existe limite biológico para a vida dos seres
> > > > humanos?> > De Grey: Há de fato um limite biológico para quanto
> > > > tempo as> pessoas podem> > viver, porque certos aspectos do nosso
> > > > metabolismo, como a> respiração, são> > inevitáveis e acumulam
> > > > danos moleculares e celulares. Porém, uma> vez que se> > desenvolvam
> > > > técnicas de bioengenharia para reparar esses danos,> não
> > > > haverá> > mais limite para a vida do homem.> >> > * Como lidar com as
> > > > consequências sociais de se ter uma> superpopulação?> > De Grey: A
> > > > eliminação do envelhecimento vai mudar o mundo. E> precisaremos> >
> > > > agir diante de muitas dessas transformações. No entanto, essas>
> > > > dificuldades> > não superam os benefícios da eliminação de
> > > > doenças como> câncer e problemas> > cardiovasculares.> >> > *
> > > > Viver mais significa viver melhor?> > De Grey: Não necessariamente.
> > > > Mas o trabalho em minha fundação> de estudos em> > engenharia de
> > > > rejuvenescimento, a Sens, foca em viver melhor, ou seja,> adiar> > o
> > > > processo das doenças da velhice. A longevidade será um efeito>
> > > > colateral:> > só ocorrerá porque as pessoas serão mantidas
> > > > saudáveis.> >> > * Você aplica técnicas de medicina
> > > > regenerativa em si mesmo?> Já testou> > alguma?> > De Grey: Estou
> > > > ansioso para me beneficiar destas terapias. Não> faço isso> >
> > > > simplesmente porque, na prática, elas ainda não existem.> >>
> > > >
> > > >
> > > >
> > > > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009"
> > > > <marcelleandro2009@> escreveu
> > > > >
> > > > >
> > > > > Victor,
> > > > >
> > > > > > Será que nós, daqui do fórum, ainda poderemos nos
> > > > beneficiar
> > > > > desses avanços
> > > > > > da medicina?
> > > > >
> > > > > Provavelmente algum benefício sim. Segundo pesquisas, que enviei
> > > > > anteriormente uma matéria a respeito, bastaria uma boa dieta de
> > > > baixa
> > > > > caloria para termos efeitos positivos. Sem considerar alguns
> > > > suplementos
> > > > > (e alimentos), ainda a serem melhor avaliados, que já existem no
> > > > > mercado.
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > > Marcel
> > > > >
> > > > >
> > > > > >
> > > > > > Suspeito que as respostas para essa perguntinha ficarão aí por
> > > > > volta de
> > > > > > "naaaão!"
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > > Acho que a maioria de nós vai ficar, com sorte, é na média
> > > > > mesmo!
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > > Particularmente, só quero chegar lá se com tudo em cima e
> > > > > lúcido para
> > > > > > continuar "heresiando às avessas"...
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > > Senão, cadê a graça?
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > > Sds,
> > > > > >
> > > > > > Victor.
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > > De: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > > > > [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
> > > > > > Em nome de marcelleandro2009
> > > > > > Enviada em: sexta-feira, 16 de março de 2012 17:49
> > > > > > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > > > > > Assunto: [ciencialist] A cura do envelhecimento , starvation
> > > > response,
> > > > > etc.
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > >
> > > > http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,ERT204682-17773,00.htm\
> > > > \
> > > > > l
> > > > > >
> > > > > > A cura do envelhecimento
> > > > > >
> > > > > > Pílulas, células-tronco, dietas e tratamentos para evitar
> > > > > doenças e
> > > > > > regenerar órgãos. Conheça as novas armas da ciência para
> > > > > nos manter com
> > > > > > aparência jovem para sempre
> > > > > >
> > > > > > Priscilla Santos, com reportagem de Bruna Fasano e Willian Okada
> > > > > >
> > > > > > FONTE DA JUVENTUDE
> > > > > > Crédito: Maná E.D.I.
> > > > > >
> > > > > > O soldado e explorador espanhol Juan Ponce de León (1460-1521)
> > > > > já havia
> > > > > > acompanhado Cristóvão Colombo em sua segunda viagem à
> > > > > América quando começou
> > > > > > sua busca pela mitológica Fonte da Juventude. Os nativos de Porto
> > > > > Rico, onde
> > > > > > Ponce havia criado uma colônia, diziam existir tal fonte
> > > > misteriosa
> > > > > capaz de
> > > > > > proporcionar a jovialidade eterna para quem em suas águas se
> > > > > banhasse. O
> > > > > > viajante nunca a encontrou â€" acabou foi descobrindo a
> > > > Flórida,
> > > > > ironicamente
> > > > > > o estado americano hoje com a maior proporção de idosos. Ponce de
> > > > > León não
> > > > > > foi o único a procurar incansavelmente por uma forma de ser jovem
> > > > > para
> > > > > > sempre. A busca pela imortalidade e pela juventude eterna sempre
> > > > > fascinou o
> > > > > > homem, único animal que tem consciência da própria morte
> > > > > â€" e por isso sofre.
> > > > > > Mas nunca esteve tão próxima de ser alcançada. Como Ponce
> > > > de
> > > > > Leóns
> > > > > > contemporâneos, os cientistas do século 21 vêm perseguindo
> > > > o
> > > > > fim da maior
> > > > > > causa de morte do mundo: a velhice. Por consequência, as
> > > > doenças
> > > > > decorrentes
> > > > > > dela. E parecem estar mais próximos de, no mínimo,
> > > > > postergá-la. "Os avanços
> > > > > > da área biológica que surgem nesse começo de século
> > > > > indicam que muitos de
> > > > > > nós poderemos chegar facilmente aos 100, 150 anos", diz o
> > > > professor
> > > > > do
> > > > > > Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do
> > > > Rio
> > > > > de Janeiro
> > > > > > (UFRJ), Stevens Rehen.
> > > > > >
> > > > > > Prolongar a vida seria apenas uma consequência de fazer as
> > > > pessoas
> > > > > serem
> > > > > > mais saudáveis por mais tempo. Esse é o principal objetivo da
> > > > > nova ciência
> > > > > > do antienvelhecimento, que pretende atacar de uma só vez todas as
> > > > > formas de
> > > > > > deterioração do corpo para fazer com que o nosso relógio
> > > > > biológico corra
> > > > > > mais devagar. Assim, ficaríamos longe de doenças decorrentes
> > > > da
> > > > > idade
> > > > > > avançada â€" como Alzheimer, demência, diabetes e doenças
> > > > > cardíacas â€" por mais
> > > > > > tempo. Atacar a velhice, portanto, seria a melhor e talvez única
> > > > > forma de
> > > > > > nos afastarmos dos males provocados por ela. Combater uma a uma as
> > > > > doenças â€"
> > > > > > algo que desde sempre fazemos â€" não surtiria grandes efeitos.
> > > > > Nos Estados
> > > > > > Unidos, por exemplo, se os problemas de coração fossem totalmente
> > > > > > eliminados, a expectativa de vida não subiria mais do que três
> > > > > anos. O mesmo
> > > > > > que proporcionaria uma cura milagrosa para o câncer. "O risco de
> > > > > doenças
> > > > > > fatais dispara após os 60 anos. Assim, mesmo que evitemos o
> > > > ataque
> > > > > cardíaco,
> > > > > > outros problemas vão nos pegar", afirma o escritor de ciência
> > > > e
> > > > > medicina
> > > > > > americano David Stipp, autor do livro The Youth Pill (A Pílula da
> > > > > Juventude,
> > > > > > sem edição no Brasil), lançado no ano passado. Por isso, a
> > > > > maneira de
> > > > > > aumentar a expectativa e a qualidade de vida para valer é evitar
> > > > > chegar
> > > > > > nesse estágio em que já estamos mais fracos e vulneráveis a
> > > > > doenças.
> > > > > >
> > > > > > Em vez de águas milagrosas, a Fonte da Juventude perseguida pelos
> > > > > cientistas
> > > > > > oferecerá tratamentos futurísticos descobertos nos mais
> > > > > ardilosos
> > > > > > experimentos
> > > > > > Crédito: Maná E.D.I.
> > > > > >
> > > > > > INJEÇÃO ANTIVELHICE
> > > > > >
> > > > > > Em novembro passado, pesquisadores do Instituto de Câncer
> > > > > Dana-Farber, da
> > > > > > Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, publicaram um
> > > > > estudo que
> > > > > > contrariou um dos principais conceitos sobre o processo de
> > > > > envelhecimento: o
> > > > > > de que ele é irreversível. Eles conseguiram, pela primeira
> > > > vez,
> > > > > rejuvenescer
> > > > > > ratos de laboratório. O experimento foi baseado num mecanismo que
> > > > > rendeu, um
> > > > > > ano antes, o Prêmio Nobel de Medicina a outros três cientistas
> > > > > americanos: a
> > > > > > relação entre o processo de envelhecimento e os telômeros, uma
> > > > > espécie de
> > > > > > capinha que protege a ponta de cada cromossomo dentro de nossas
> > > > > células â€"
> > > > > > numa comparação grosseira, o telômero assemelha-se àquele
> > > > > revestimento
> > > > > > plástico presente na ponta dos cadarços de um tênis. A cada
> > > > > vez que a célula
> > > > > > se divide, essa capinha se encurta um pouco. Depois de 50 a 80
> > > > > duplicações a
> > > > > > célula não consegue mais se multiplicar â€" após os 35
> > > > anos
> > > > > de idade, os
> > > > > > efeitos desse processo já começam a ser sentidos. O tempo
> > > > passa
> > > > > e, sem
> > > > > > células novas e com algumas mortas ou inativas, nossos
> > > > órgãos
> > > > > começam a se
> > > > > > deteriorar. É a velhice.
> > > > > >
> > > > > > Nascemos com um mecanismo capaz de driblar esse processo, uma enzima
> > > > > chamada
> > > > > > telomerase. Ela repara as tais capas protetoras dos cromossomos
> > > > > após cada
> > > > > > divisão celular. Porém, após a infância, sua
> > > > > concentração cai drasticamente.
> > > > > > Fazer com que ela volte a crescer é um dos caminhos para
> > > > postergar
> > > > > o
> > > > > > envelhecimento â€" ou até mesmo revertê-lo. No estudo de
> > > > > Harvard, os
> > > > > > cientistas criaram ratos geneticamente modificados de forma que
> > > > não
> > > > > > produzissem a telomerase. Como resultado, os animais envelheceram
> > > > > > rapidamente. Os sinais incluíram diminuição do cérebro e do
> > > > > olfato, danos no
> > > > > > baço e intestinos, além de doenças como osteoporose e
> > > > > diabetes. Com apenas
> > > > > > um mês de ingestão de telomerase, no entanto, tais sintomas
> > > > > sumiram. Os
> > > > > > ratos voltaram inclusive a ser férteis e desenvolveram
> > > > > neurônios, sem contar
> > > > > > uma invejável melhora na pele. "O que vimos não foi a
> > > > > desaceleração ou
> > > > > > estabilização do envelhecimento, mas algo muito mais incrível:
> > > > > uma reversão
> > > > > > dramática dele", afirma Ronald DePinho, coordenador da pesquisa.
> > > > > "É possível
> > > > > > imaginar que um homem de 90 anos voltaria a ter a saúde que
> > > > > possuía aos 40
> > > > > > ou 50", diz. Porém, apesar de ter sido bem-sucedido em ratos, o
> > > > > tratamento
> > > > > > ainda não foi testado em humanos. E não há perspectiva de
> > > > que
> > > > > isso aconteça
> > > > > > nos próximos anos. "Ainda temos muito trabalho pela frente. O
> > > > > próximo passo
> > > > > > é descobrir em que estágio da vida as pessoas precisariam se
> > > > > submeter à
> > > > > > injeção de telomerase", afirma DePinho. Em paralelo a isso, ainda
> > > > > seria
> > > > > > preciso ultrapassar um grande empecilho: o potencial risco de
> > > > > câncer.
> > > > > >
> > > > > > Fora do período de gestação e infância, a telomerase só
> > > > > retorna em grandes
> > > > > > quantidades nas células cancerosas â€" sabe-se que 90% dos
> > > > > tumores possuem a
> > > > > > enzima. Aliás, é por isso que elas se reproduzem
> > > > > incessantemente. "Se você
> > > > > > persegue a imortalidade, é o que, de um modo perverso, também
> > > > > fazem as
> > > > > > células com câncer", diz o oncologista e professor de medicina
> > > > > da
> > > > > > Universidade Columbia, Estados Unidos, Siddhartha Mukherjee, autor
> > > > do
> > > > > > recém-lançado livro The Emperor of All Maladies: A Biography
> > > > of
> > > > > Cancer (O
> > > > > > Império de Todas as Enfermidades: Uma Biografia do Câncer, sem
> > > > > edição no
> > > > > > Brasil).
> > > > > >
> > > > > > Além da vantagem óbvia para todo mundo de postergar a chegada
> > > > da
> > > > > velhice, um
> > > > > > grupo específico de pessoas se beneficiaria caso os pesquisadores
> > > > > > conseguissem resolver as contraindicações desse tipo de
> > > > tratamento.
> > > > > Trata-se
> > > > > > de indivíduos que, por conta de uma sequência genética,
> > > > > têm menos telomerase
> > > > > > desde a gestação. Consequentemente, envelhecem mais rápido e
> > > > > chegam a ser
> > > > > > biologicamente até dez anos mais velhos do que outras pessoas da
> > > > > mesma
> > > > > > idade. Essa sequência de DNA foi mapeada em fevereiro do ano
> > > > > passado por
> > > > > > cientistas da Universidade de Leicester, no Reino Unido. Em um
> > > > estudo
> > > > > com 3
> > > > > > mil pessoas, 45% delas carregavam ao menos um gene da sequência.
> > > > Os
> > > > > > pesquisadores acreditam que um mapeamento desse tipo possibilitaria
> > > > > > prescrever estilos de vida saudáveis àqueles mais propensos
> > > > aos
> > > > > males do
> > > > > > envelhecimento. Além de exercícios físicos, uma dieta com
> > > > > poucas calorias
> > > > > > entraria na receita. Pois é sabido, e cientificamente provado,
> > > > que
> > > > > quem come
> > > > > > menos, vive mais.
> > > > > >
> > > > > > UMA ENZIMA PARA NOS MANTER SEMPRE JOVENS
> > > > > > A deterioração de nosso corpo começa de forma microscópica,
> > > > > em nossos
> > > > > > cromossomos. Uma substância pode revertê-la. Veja como (clique
> > > > > aqui para
> > > > > > ampliar)
> > > > > >
> > > > > > 300 TAÇAS DE VINHO
> > > > > >
> > > > > > Uma dieta diária entre 1.200 e 1.400 calorias â€" 30% a menos
> > > > do
> > > > > que a
> > > > > > sugerida pela Organização Mundial da Saúde â€" poderia
> > > > > aumentar nossa
> > > > > > expectativa de vida média para 120 anos. Algumas pessoas
> > > > chegariam,
> > > > > então,
> > > > > > aos 150. Mesmo que você começasse a comer menos aos 30, ainda
> > > > > teria chance
> > > > > > de prolongar seu tempo na Terra em sete anos. É atrás dessas
> > > > > promessas que
> > > > > > ao menos 2 mil pessoas praticam a dieta de baixa caloria no mundo.
> > > > > Esse é o
> > > > > > número de membros da Sociedade de Restrição Calórica.
> > > > Apesar
> > > > > da matriz estar
> > > > > > localizada nos Estados Unidos, há integrantes de várias partes
> > > > > do planeta,
> > > > > > inclusive cinco do Brasil (que não se identificam). Os resultados
> > > > > dos pratos
> > > > > > moderados têm sido positivos. Dados divulgados pela Sociedade
> > > > > atestam que os
> > > > > > adeptos da dieta registraram queda significativa da pressão
> > > > > sanguínea, perda
> > > > > > de quase 70% da gordura corporal e redução de 80% do nível de
> > > > > insulina no
> > > > > > sangue, o que, no mínimo, faz cair o risco de doenças
> > > > > cardíacas e diabetes.
> > > > > > Pratos mais comportados também são a receita milenar dos
> > > > > habitantes do
> > > > > > arquipélago japonês de Okinawa â€" é lá que estão
> > > > as
> > > > > pessoas que mais vivem no
> > > > > > mundo. A proporção de centenários nas ilhas é de 50 para
> > > > cada
> > > > > 100 mil
> > > > > > moradores, enquanto nos demais países cai para dez a cada 100
> > > > mil.
> > > > > A
> > > > > > população de Okinawa é de cerca de 1,3 milhão. Não por
> > > > > acaso, um prato
> > > > > > típico no arquipélago tem 17% menos calorias do que no
> > > > restante
> > > > > do Japão.
> > > > > >
> > > > > > A teoria mais aceita de por que comer pouco nos faria envelhecer
> > > > mais
> > > > > > devagar é evolutiva. Os efeitos benéficos das baixas calorias
> > > > se
> > > > > devem a um
> > > > > > mecanismo chamado starvation response, ou resposta à fome, em
> > > > > português. Nos
> > > > > > primórdios da humanidade, durante os períodos de grandes secas
> > > > > ou mudanças
> > > > > > abruptas no clima, ficava difícil encontrar alimento. Era
> > > > natural,
> > > > > portanto,
> > > > > > que, sob a ameaça de inanição, o organismo concentrasse seus
> > > > > esforços na
> > > > > > proteção dos processos essenciais à sobrevivência. A
> > > > energia
> > > > > do crescimento
> > > > > > e reprodução (mecanismos trabalhosos para o corpo) era deslocada
> > > > > para o
> > > > > > reparo e manutenção constante das células. Isso fazia com que
> > > > as
> > > > > pessoas
> > > > > > envelhecessem mais devagar. Tudo não passava de um truque da
> > > > > natureza para
> > > > > > garantir a continuidade da espécie: ao conservar o corpo, o
> > > > intuito
> > > > > era
> > > > > > preservar aqueles indivíduos para se reproduzirem assim que as
> > > > > coisas
> > > > > > melhorassem.
> > > > > >
> > > > > > Em cinco anos, o laboratório Sirtris Pharmaceutical promete
> > > > colocar
> > > > > no
> > > > > > mercado uma pílula que imita os efeitos de se comer pouco, mesmo
> > > > > que você
> > > > > > siga uma dieta normal. O princípio ativo â€" já
> > > > comercializado
> > > > > em medicamentos
> > > > > > para diabéticos e como suplemento alimentar â€" é o
> > > > > resveratrol, substância
> > > > > > encontrada na casca da uva roxa. É sua presença que confere ao
> > > > > vinho tinto
> > > > > > benefícios ao coração. E explica o que os cientistas chamam de
> > > > > "paradoxo
> > > > > > francês": a baixa mortalidade por doenças cardíacas na
> > > > > França, mesmo com uma
> > > > > > dieta tão rica em gordura. Graças ao hábito comedido que a
> > > > > população tem de
> > > > > > beber vinho quase que diariamente. Além dos benefícios ao
> > > > > coração, também há
> > > > > > evidências de que o resveratrol reduza o risco de Alzheimer,
> > > > > derrame,
> > > > > > diversos tipos de câncer, perda de audição e osteoporose â€"
> > > > > todos problemas
> > > > > > comuns no envelhecimento. Já provocar o aumento dos anos de vida
> > > > > é algo que
> > > > > > ainda precisa ser provado em humanos. Mas o resultado em animais se
> > > > > mostrou
> > > > > > estimulante.
> > > > > >
> > > > > > VIDA LONGA - E MAIS FELIZ
> > > > > >
> > > > > > Se a ciência de fato nos fizer passar dos 75 com saúde e
> > > > > disposição nos fará
> > > > > > felizes como nunca seríamos. Um estudo publicado ano passado por
> > > > > > pesquisadores das universidades de Stony Brook e Princeton, nos EUA,
> > > > > traçou
> > > > > > um paralelo entre bem-estar e idade. Surpresa: nosso auge de
> > > > > contentamento
> > > > > > seria após os 74. Os resultados formam o que os pesquisadores de
> > > > > felicidade
> > > > > > chamam de curva U (abaixo). Os idosos sentiriam menos raiva e
> > > > estresse
> > > > > do
> > > > > > que os jovens e teriam menos preocupações do que os adultos
> > > > > médios. Pois,
> > > > > > com a idade, as pessoas lidam melhor com conflitos e controlam as
> > > > > emoções. É
> > > > > > a sabedoria. Os pesquisadores também sugerem que a saída dos
> > > > > filhos de casa
> > > > > > diminui problemas familiares e financeiros. A ciência está
> > > > > fazendo sua
> > > > > > parte, agora falta lazer, trabalho e INSS para que os mais longevos
> > > > > possam
> > > > > > curtir tranquilos a melhor parte da vida.
> > > > > >
> > > > > > Em 2006, pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard realizaram
> > > > > estudos
> > > > > > liderados por David Sinclair â€" não por acaso, fundador da
> > > > > Sirtris
> > > > > > Pharmaceutical, hoje pertencente à gigante inglesa
> > > > GlaxoSmithKline.
> > > > > No
> > > > > > experimento, cientistas superalimentaram roedores com uma dieta rica
> > > > > em
> > > > > > gordura. Em paralelo, forneceram a eles doses de resveratrol. As
> > > > > cobaias
> > > > > > ficaram obesas. Ainda assim, seu tempo de vida se estendeu a um
> > > > > patamar
> > > > > > igual ao dos ratos que comiam com restrição. Para obter esses
> > > > > efeitos com
> > > > > > vinho seriam necessárias 300 taças por dia, ou seja, algo
> > > > > impensável até
> > > > > > para o mais bebum dos seres humanos. O que justifica a corrida da
> > > > > indústria
> > > > > > farmacêutica atrás das pílulas.
> > > > > >
> > > > > > Os medicamentos que imitam dietas metódicas serão uma
> > > > > aplicação mais
> > > > > > concreta dos pioneiros estudos sobre antienvelhecimento. A primeira
> > > > > > importante pesquisa científica que provou que restringir calorias
> > > > > poderia
> > > > > > prolongar a vida foi divulgada em 1934. O estudioso de nutrição
> > > > da
> > > > > > Universidade de Cornell, Estados Unidos, Clive McCay, manteve ratos
> > > > em
> > > > > um
> > > > > > estado de quase fome por quatro anos e os assistiu viver 85% mais
> > > > > tempo do
> > > > > > que a média. Um dos animais chegou aos 3 anos e 9 meses de idade.
> > > > > Como,
> > > > > > cinco anos antes, dois cientistas tinham ganhado o Prêmio Nobel
> > > > > pela
> > > > > > descoberta das vitaminas, pareceu uma pequena heresia dizer que
> > > > passar
> > > > > um
> > > > > > pouco de fome poderia nos fazer bem. Mais recentemente, no início
> > > > > dos anos
> > > > > > 2000, cientistas do Centro Nacional de Pesquisa em Primatas de
> > > > > Wisconsin
> > > > > > revelaram bons resultados com macacos mantidos em uma dieta 30%
> > > > menos
> > > > > > calórica do que seus colegas. Além de magros, estavam no auge
> > > > da
> > > > > vida.
> > > > > > Enquanto os que comiam normalmente se movimentavam lentamente e viam
> > > > > cair
> > > > > > mais pelos, entre outros sinais de velhice.
> > > > > >
> > > > > > Em 2015, 2016, com o medicamento nas farmácias, a Sirtris deve se
> > > > > tornar a
> > > > > > indústria referência em antienvelhecimento. Além do
> > > > > resveratrol, seus
> > > > > > laboratórios estudam outra substância capaz de imitar os
> > > > efeitos
> > > > > de uma
> > > > > > dieta de baixa caloria: a rapamicina. Hoje usado para evitar
> > > > > rejeição em
> > > > > > transplante de órgãos, o princípio ativo fez com que ratos
> > > > de
> > > > > meia-idade
> > > > > > vivessem de 28% a 38% mais tempo, segundo um estudo divulgado pela
> > > > > revista
> > > > > > Nature em meados de 2009. Mais uma pesquisa que mostra que há
> > > > > esperanças
> > > > > > para prolongar a vida mesmo quando o corpo já está desgastado.
> > > > > Esta também é
> > > > > > a promessa da medicina regenerativa.
> > > > > >
> > > > > > Crédito: Maná E.D.I.
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > > BIOENGENHARIA
> > > > > >
> > > > > > No ano passado, um grupo de mulheres teve uma oportunidade de ouro:
> > > > > após
> > > > > > serem mutiladas devido ao câncer de mama, viram crescer seios
> > > > 100%
> > > > > naturais,
> > > > > > a partir de suas próprias células. A técnica que soa como
> > > > > milagre foi
> > > > > > desenvolvida após quase uma década de estudos pela empresa de
> > > > > biotecnologia
> > > > > > americana Cytori Therapeutics, que pretende trazer o método para
> > > > o
> > > > > Brasil
> > > > > > ainda este ano. Permite dupla recauchutagem: as células que
> > > > dão
> > > > > origem ao
> > > > > > novo seio são extraídas de uma cirurgia plástica para tirar
> > > > > gordurinhas
> > > > > > indesejadas. O procedimento começa com uma lipoaspiração, por
> > > > > exemplo, na
> > > > > > barriga. Da gordura são colhidas células-tronco, capazes de se
> > > > > multiplicar
> > > > > > para gerar tecidos de outras partes do corpo, como a mama. Elas
> > > > > são, então,
> > > > > > aplicadas na região do peito. Conforme crescem, formam um novo
> > > > > seio, sem
> > > > > > risco de rejeição.
> > > > > >
> > > > > > A descoberta de células-tronco na gordura foi um grande avanço
> > > > > para a
> > > > > > medicina regenerativa. Somente no Brasil, são realizadas mais de
> > > > > 200 mil
> > > > > > lipoaspirações por ano. No ano passado, Radovan Borojevic,
> > > > diretor
> > > > > do
> > > > > > Programa Avançado de Biologia Celular Aplicada à Medicina da
> > > > > UFRJ,
> > > > > > conseguiu, de forma inédita no Brasil, autorização da
> > > > > Comissão Nacional de
> > > > > > Ética em Pesquisa (Conep) para manipular células-tronco de
> > > > > gordura. "Esse
> > > > > > material pode garantir reserva para a velhice, para sanar as
> > > > > doenças
> > > > > > naturais do passar dos anos e até diminuir as rugas", diz. Quem
> > > > > fizer uma
> > > > > > lipoaspiração aos 20, por exemplo, pode chegar aos 60 e usar as
> > > > > células
> > > > > > guardadas para preencher a pele envelhecida e se livrar dos pés
> > > > de
> > > > > galinha.
> > > > > > Como as células terão a memória de sua juventude, será
> > > > > possível fazer o que
> > > > > > nenhum cosmético ou Botox jamais conseguiu: ter cara de 20, aos
> > > > 60.
> > > > > O
> > > > > > procedimento, cujo efeito dura de quatro a cinco anos, já está
> > > > > em fase de
> > > > > > testes. Em três meses, Borojevic realizou 70 implantes de
> > > > > células antirrugas
> > > > > > â€" os interessados podem se inscrever para os testes no Instituto
> > > > > de Ciências
> > > > > > Biomédicas da UFRJ. Mas esta é apenas a mais frívola das
> > > > > promessas da
> > > > > > bioengenharia. "Com as técnicas, vamos envelhecer muito melhor do
> > > > > que os
> > > > > > nossos avós", afirma Borojevic.
> > > > > >
> > > > > > Experimentos em humanos mostraram que o implante de
> > > > células-tronco
> > > > > pode
> > > > > > reparar órgãos vitais. Entre eles, o coração, que teria
> > > > > benefícios como o
> > > > > > aumento da quantidade e bombeamento de sangue após infartos,
> > > > > diminuição da
> > > > > > área de tecidos mortos e melhora da capacidade respiratória em
> > > > > casos de
> > > > > > doenças cardíacas crônicas. Outro resultado positivo é a
> > > > > redução da
> > > > > > incontinência urinária em pacientes que passaram por cirurgias
> > > > > de próstata.
> > > > > > "A medicina regenerativa para problemas do envelhecimento será de
> > > > > fato
> > > > > > composta por peças de substituição", afirma o gerontologista
> > > > > inglês criador
> > > > > > da Fundação Sens, de estudos de biotecnologia para
> > > > > rejuvenescimento, Aubrey
> > > > > > de Grey, polêmico, entre outras coisas, por afirmar que a velhice
> > > > > é uma
> > > > > > doença à espera de cura.
> > > > > >
> > > > > > A HORA DA MORTE
> > > > > >
> > > > > > Com sua aparência de Matusalém, apesar dos 47 anos de idade,
> > > > De
> > > > > Grey
> > > > > > acredita que podemos ser imortais e que os homens que vão viver
> > > > mil
> > > > > anos já
> > > > > > nasceram. Passar mais tempo na Terra do que o próprio personagem
> > > > > bíblico,
> > > > > > que teria morrido aos 969, seria possível graças ao
> > > > > desenvolvimento da
> > > > > > engenharia para impedir que nossas células envelheçam e da
> > > > > reposição de
> > > > > > órgãos e tecidos. "Uma vez que a medicina regenerativa se
> > > > > desenvolver, o
> > > > > > limite biológico do corpo desaparecerá." A ideia gerou tanta
> > > > > controvérsia na
> > > > > > comunidade científica que, em 2005, o Massachusetts Institute of
> > > > > Technology
> > > > > > (MIT) lançou um concurso que premiaria com US$ 20 mil quem
> > > > > conseguisse
> > > > > > provar que a tese de Aubrey era descabida. Cinco inscrições foram
> > > > > analisadas
> > > > > > por um júri composto por cabeças como o geneticista Craig
> > > > > Venter. Ninguém
> > > > > > levou o prêmio.
> > > > > >
> > > > > > A crença de que a ciência e a tecnologia nos permitirão
> > > > > redesenhar o próprio
> > > > > > corpo para nos fazer viver muito mais, até indefinidamente, guia
> > > > > uma
> > > > > > corrente filosófica chamada transhumanismo. Os seguidores do
> > > > > pensamento
> > > > > > acreditam que por meio de áreas de conhecimento emergentes como
> > > > > > biotecnologia, inteligência artificial, robótica e
> > > > > nanotecnologia, poderemos
> > > > > > superar a própria condição humana. "O homem não é o
> > > > final
> > > > > da evolução
> > > > > > biológica, e sim o começo de uma evolução tecnológica",
> > > > > afirma o engenheiro
> > > > > > venezuelano formado pelo MIT e que já trabalhou para a Nasa,
> > > > > José Cordeiro,
> > > > > > grande divulgador do transhumanismo na América Latina. Ele
> > > > acredita
> > > > > que
> > > > > > assistiremos à morte da morte â€" e que não há nada de
> > > > > antinatural nisso. "O
> > > > > > propósito da vida é mais vida. Além do mais, ninguém
> > > > quer
> > > > > morrer, ainda mais
> > > > > > se tiver a oportunidade de não ficar velho."
> > > > > >
> > > > > > A visão de que vale a pena manipular nosso corpo a qualquer custo
> > > > > para ser
> > > > > > jovem para sempre encontra olhares críticos. "Essa pretensão
> > > > de
> > > > > vida eterna
> > > > > > é um erro existencial, uma arrogância do homem em querer
> > > > > inventar uma vida
> > > > > > que não é sua. Pois a finitude é um atributo da nossa, e
> > > > é
> > > > > o que a faz ser
> > > > > > boa", afirma o cientista político Clóvis de Barros Filho,
> > > > > professor de ética
> > > > > > da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo
> > > > > (USP). "É uma
> > > > > > ilusão narcisista acreditar que se vai viver em gozo eternamente.
> > > > > Ficar dos
> > > > > > 60 aos 120 anos curtindo aposentadoria e nunca aceitar o dissolver,
> > > > > que é o
> > > > > > nosso destino", diz a filósofa e terapeuta Regina Favre, de
> > > > São
> > > > > Paulo, que
> > > > > > acredita que a busca pela longevidade sem fim seja fruto da
> > > > > solidão, do
> > > > > > desamparo e do medo gerado pelos problemas da velhice e proximidade
> > > > da
> > > > > > morte. Ou como escreveu o escritor argentino Jorge Luis Borges
> > > > > (1899-1986)
> > > > > > no conto O Imortal, publicado no livro O Aleph: "Dilatar a vida dos
> > > > > homens é
> > > > > > como dilatar sua agonia e multiplicar o número de suas mortes".
> > > > > >
> > > > > > Mesmo que a medicina conseguisse fazer com que as pessoas tivessem
> > > > > saúde e
> > > > > > disposição para trabalhar até os 100, provavelmente não
> > > > > haveria mercado para
> > > > > > todos. Com uma superpopulação de idosos, a previdência social
> > > > > certamente
> > > > > > iria quebrar. "Não adianta chegarmos aos 200 anos se não
> > > > > resolvermos esses
> > > > > > problemas", diz a presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e
> > > > > > Gerontologia, Silvia Regina Mendes Pereira, que acha positivo o
> > > > > esforço dos
> > > > > > cientistas para evitar doenças como diabetes ou Alzheimer, desde
> > > > > que a
> > > > > > qualidade de vida seja encarada de forma global. "E isso passa por
> > > > > vários
> > > > > > aspectos. Um deles, sim, é a saúde, mas também há o
> > > > > psicológico e o social."
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > > As transformações no mundo caso as pessoas passem a viver
> > > > > décadas ou até
> > > > > > séculos a mais são inevitáveis. Mas, para De Grey,
> > > > > compensaria enfrentá-las.
> > > > > > "Essas dificuldades não superam os benefícios da eliminação
> > > > > de doenças
> > > > > > relacionadas à idade, como problemas cardiovasculares e
> > > > câncer",
> > > > > afirma.
> > > > > > Mesmo porque esses problemas terão que ser pensados de imediato.
> > > > > Pois, antes
> > > > > > mesmo das pirotecnias científicas se tornarem realidade, a
> > > > > longevidade no
> > > > > > mundo só cresce. Para se ter ideia, vivemos 25 anos a mais do que
> > > > > um século
> > > > > > atrás. Nos países desenvolvidos, a expectativa de vida aumenta
> > > > > cinco horas
> > > > > > por dia. Ou seja, já há motivos suficientes para a ciência
> > > > se
> > > > > preocupar com
> > > > > > os muitos que, em tempos anteriores às pílulas que simulam
> > > > fome
> > > > > ou injeções
> > > > > > de enzimas e células-tronco, fazem muito mais aniversários do
> > > > > que um dia
> > > > > > nossos avós jamais poderiam imaginar.
> > > > > >
> > > > > > O profeta da imortalidade
> > > > > >
> > > > > > O cientista do envelhecimento Aubrey de Grey afirma que, em 2030,
> > > > > estaremos
> > > > > > vivendo até os 130 anos. E que os homens que farão mil
> > > > > aniversários já
> > > > > > nasceram. A seguir ele conta como isso será possível
> > > > > >
> > > > > > * Por que envelhecemos?
> > > > > > Aubrey de Grey: Porque o corpo humano, como qualquer máquina,
> > > > causa
> > > > > danos a
> > > > > > si mesmo como efeito colateral natural de sua operação. Esse
> > > > > prejuízo se
> > > > > > acumula ao longo da vida. Por um longo tempo quase não afeta a
> > > > > habilidade do
> > > > > > corpo para funcionar, mas, eventualmente, provoca doenças e
> > > > > incapacidade.
> > > > > >
> > > > > > * As pessoas que viveriam mil anos precisariam constantemente
> > > > > substituir
> > > > > > peças, como um robô?
> > > > > > De Grey: De fato, a maior parte das técnicas serão compostas
> > > > por
> > > > > peças de
> > > > > > substituição, mas a um nível microscópico. Em alguns casos,
> > > > > podemos trocar
> > > > > > órgãos inteiros. Porém, mais frequentemente, serão
> > > > > células ou moléculas.
> > > > > >
> > > > > > * Mesmo pessoas sedentárias, com excesso de peso e estressadas
> > > > > serão capazes
> > > > > > de viver mais?
> > > > > > De Grey: A medicina regenerativa vai permitir que as pessoas
> > > > > ultrapassem por
> > > > > > uma larga margem a longevidade que qualquer um consegue atualmente,
> > > > > mesmo
> > > > > > com a melhor vida possível, mesmo aqueles com uma genética
> > > > > privilegiada.
> > > > > > Então, sim, estas terapias irão funcionar em todos, mesmo
> > > > > naqueles com um
> > > > > > estilo de vida ruim.
> > > > > >
> > > > > > * Existe limite biológico para a vida dos seres humanos?
> > > > > > De Grey: Há de fato um limite biológico para quanto tempo as
> > > > > pessoas podem
> > > > > > viver, porque certos aspectos do nosso metabolismo, como a
> > > > > respiração, são
> > > > > > inevitáveis e acumulam danos moleculares e celulares. Porém,
> > > > uma
> > > > > vez que se
> > > > > > desenvolvam técnicas de bioengenharia para reparar esses danos,
> > > > > não haverá
> > > > > > mais limite para a vida do homem.
> > > > > >
> > > > > > * Como lidar com as consequências sociais de se ter uma
> > > > > superpopulação?
> > > > > > De Grey: A eliminação do envelhecimento vai mudar o mundo. E
> > > > > precisaremos
> > > > > > agir diante de muitas dessas transformações. No entanto, essas
> > > > > dificuldades
> > > > > > não superam os benefícios da eliminação de doenças como
> > > > > câncer e problemas
> > > > > > cardiovasculares.
> > > > > >
> > > > > > * Viver mais significa viver melhor?
> > > > > > De Grey: Não necessariamente. Mas o trabalho em minha fundação
> > > > > de estudos em
> > > > > > engenharia de rejuvenescimento, a Sens, foca em viver melhor, ou
> > > > seja,
> > > > > adiar
> > > > > > o processo das doenças da velhice. A longevidade será um
> > > > efeito
> > > > > colateral:
> > > > > > só ocorrerá porque as pessoas serão mantidas saudáveis.
> > > > > >
> > > > > > * Você aplica técnicas de medicina regenerativa em si mesmo?
> > > > > Já testou
> > > > > > alguma?
> > > > > > De Grey: Estou ansioso para me beneficiar destas terapias. Não
> > > > > faço isso
> > > > > > simplesmente porque, na prática, elas ainda não existem.
> > > > > >
> > > > >
> > > >
> > >
> >
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SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2012 16:19

Belmiro,

Por outro motivo!!

Depois eu falo mais.

Aqui estou sem acentos e sem assento.
:-)

Helio


De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Sexta-feira, 20 de Abril de 2012 12:31
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
Oi Hélio.
 
Só comentando sua última frase. Creio que a experiência de Sobral não deixa dúvidas que a luz faz a curva, quer porque o espaço é curvo ou por outro motivo.
 
[],s
 
Belmiro

De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Sexta-feira, 20 de Abril de 2012 0:00
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Alberto e Belmiro,

Eu vou de VERDE.
Vamos ver se funciona

Hélio

De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quinta-feira, 19 de Abril de 2012 22:06
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Olá Alberto.

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 19 de Abril de 2012 19:58
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Thursday, April 19, 2012 2:07 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Belmiro: Me parece que a solução é óbvia demais para que ninguém te respondesse até hoje.
 
Alberto: Tenho a impressão de que a coisa não é bem por aí. Pelo menos não é o que eu tenho observado nestes 15 ou16 anos de discussões internáuticas. Um erro óbvio parece-me ser um prato cheio para a galera cair em cima, sem dó nem piedade. Algo que talvez Freud explique mas prefiro não ir além disso pois parece-me que, pelo menos por ora, estamos livres dessas «análises» baratas de comportamento, e de muito mau gosto, que andaram sendo feitas aqui recentemente. Aqui na Ciencialist acho até que há um certo comedimento, a ponto da coisa não ir muito além de uma ligeira gozação. Mas que essas coisas são denunciadas, e tanto mais quanto mais óbvias forem, isso lá são, seja aqui, seja em qualquer outro grupo de discussão. Quanto ao mais, digo que já participei de grupos da Usenet onde a barra é bem mais pesada.
 
        Foi um comentário sem a menor intenção de ofender. Mas realmente me pareceu óbvio. Entretanto, lendo agora, vi que foi deselegante. Peço desculpas.
 
Belmiro: O observador "lambdaduaslinhas", aquele que está dentro do compartimento que você admitiu ser uma gaiola de Faraday, terá sim como dizer que está na presença de um campo eletromagnético. Basta que tenha levado consigo um eletroscópio ou um pêndulo elétrico. Acontece que campos elétricos não nulos estarão presentes dentro do seu compartimento, uma vez que, ao se aproximar do corpo com carga Q, a distribuição de cargas sobre o seu compartimento esférico sofrerá alteração. Com isto, o campo interno não mais será nulo, pois para que isto ocorra, é necessário que a carga seja distribuída simetricamente.
 
Alberto: Não sei se a coisa é assim tão simples. Uma gaiola de Faraday, creio eu, realiza uma blindagem a ponto de campos elétricos externos não afetarem seu interior. Se existir apenas a carga q, a distribuição do fluido maxwelliano será simétrica, como você diz. Não obstante, ao aproximarmos a carga Q, o fluido elétrico da carga q irá se redistribuir sim de maneira não assimétrica, mas isso é feito de maneira tal que o campo elétrico no interior da carga q permaneça nulo.
 
        Verdade, desde que a constante de tempo do material permita que as cargas se redistribuam rápido o suficiente a ponto de zerar o campo elétrico o tempo todo no interior da gaiola.
 
Ou melhor, a redistribuição se procederá naturalmente exatamente para que, na condição de equilíbrio,
 
Veja a palavra: equilíbrio
 
 esta condição de nulidade seja atingida. Isso às vezes chega a ser citado como segunda lei de Faraday, mas o termo chega a causar confusão com a segunda lei de Faraday da eletrólise. O Léo deu seu palpite, concordando contigo e mostrando que neste caso a condição não é de equilíbrio. Sinceramente eu não sei se este desequilíbrio seria notado pelo eletroscópio ou pêndulo elétrico, ou seja, se durante esta busca pelo equilíbrio o campo deixa de ser nulo.
 
     Tem mais um detalhe. Se a espessura da gaiola for fina o suficiente, haverá a possibilidade de que a radiação gerada por Q ultrapasse a espessura e seja detectada internamente (efeito pelicular). Outra possibilidade é que a gaiola seja dielétrica, previamente carregada simetricamente. Também haveria detecção de radiação interna. Em qualquer caso, por mais particular que seja o caso, o nobre pesquisador saberia que está sendo acelerado. Porém, há o outro lado da moeda a contar a favor de Einstein. A gaiola poderia estar parada em um campo gravitacional e alguém aplicando um campo elétrico . Realmente, não há como saber. Ponto para o PE.

Bom, o PE diz que estar acelerado ou estar sob a ação de campo gravitacional é a mesma coisa. E é, a menos que exista dentro do compartimento algo que emita agentes, pode ser campo elétrico, outro campo gravitacional gerado por uma massa lá no interior etc. Mas se um campo elétrico serve, então algo que é construído por ele também serve como contra prova do PE. Como por exemplo, a luz.

Então é o seguinte: Uma lanterna na horizontal produz um pulso de luz apontada para a parede oposta e o elevador (sem ar, vácuo) está acelerado, esta luz irá bater um pouco mais abaixo. Pois será somada a c (horizontal) a velocidade que o elevador tinha (vertical) quando a lanterna emitiu
que é menor que sua velocidade agora.

Mas se ele estiver parado ou em MRU e um campo gravitacional estiver agindo nele, este feixe NÃO vai deflexionar para o observador dentro do elevador. Pois estes agentes não são influenciados pelo campo gravitacional. E isto permite o observador saber se está acelerado ou sob a ação de um campo gravitacional.

Isto não é um paradoxo, é uma previsão para o que vai acontecer quando esta experiência for finalmente realizada. A previsão de Einstein é um pouco diferente. :-)

A história é que este comportamento da luz atrapalharia o PE. Então vamos impor que a luz faz esta curva, mesmo se ela não fizer.
:-)
Mais uma transformação de calibre.





Mas independentemente disso, deixemos esta consideração lá para baixo desta mensagem, pois vou corrigir algumas coisas relacionadas a minha msg anterior e creio que é aí que a coisa vai se complicar de vez para o lado do PE.
 
Belmiro: Einstein continua firme.
 
Alberto: Talvez sim, mas não por este motivo. Vou agora me penitenciar de um erro que acredito ter cometido e, pelo visto, até o Léo entrou na minha, vejam só! É verdade que o Léo foi um tanto quanto precipitado em sair debaixo da pedra. Ele leu um artigo relativamente longo e respondeu a esse artigo em cerca de 40 minutos, ou seja, de supetão, ou na base do toma-lá-dá-cá. E quero crer que isto se deu por motivos ultra especiais. Já comentei aqui que o Léo tem uma certa bronca do PE de Einstein e é bem possível que ele tenha razão nesta bronca.
 
O Léo tem um paradoxo próprio a afetar o PE e relacionado a um efeito que também é dele, se bem que ele tenha tido a humildade de nomeá-lo como Empuxo de Newton [vide msg 6967]. O assunto chegou a ser discutido aqui na Ciencialist e vocês poderão acessar as mensagens através de links fornecidos no meu site. Mas eu acho que discutimos este assunto muito de leve. Acho que o Léo merecia mais do que isto e foi por isto que sugeri recentemente a retomada desta discussão. Creio que poderemos seguir essa linha tão logo o assunto atual se esgote, pois são coisas bem diferentes ainda que relacionadas a um mesmo princípio.

Gastamos um tempo enorme discutindo um paradoxo apresentado por um francês (Langevin) no início do século passado; estamos agora gastando outro tempo enorme discutindo outro paradoxo apresentado sei lá por quem, mas certamente um outro estrangeiro e também no século passado. E, não obstante, temos um paradoxo apresentado por um brasileiro, tão bom ou melhor do que esses outros;... e esse brasileiro está entre nós!!! Concordo que a coisa não é simples. Eu tentei no passado destrinchar este paradoxo e acabei desistindo. «Era muita areia para o meu caminhãozinho, como diz o Léo». Mas creio ter desistido precocemente, pois o Léo está aí para nos ajudar a solucionar ou confirmar o paradoxo..
 
Bem, vamos agora a minha penitência. Acho que cometi um erro de lógica quando afirmei, na msg 81860 o seguinte: Caso o que disse acima esteja correto, se o observador l'' raciocinar tomando por base única e exclusivamente o princípio da equivalência de Einstein, ele chegará a admitir que: 1) Ou ele está sendo acelerado mecanicamente; ou 2) ele está em um campo gravitacional. Vichi! Isso está errado!
 
E porque errado? Simplesmente porque o que ele irá constatar é que 1) ou está sendo acelerado de alguma maneira (e não obrigatoriamente por meios mecânicos, como escrevi anteriormente) ou 2) ele está em um campo gravitacional. O que ele não poderia, pelo fato de estar em uma gaiola de Faraday, seria constatar que ele está em um campo elétrico. Pois se isto fosse possível, aí sim ele estaria contradizendo o princípio da equivalência. Do contrário não, a duvida persiste e ele não saberá se está sendo acelerado (seja por que motivo for) ou se está em repouso em um campo gravitacional.
 
Sutilezas que nos levam a errar de maneira grosseira. Este erro eu transportei comigo por 13 anos e o Léo por 40 min. Enfim, não me parece que não tenham respondido por este motivo e sim porque entraram na minha e enfiaram a viola no saco. Smiley piscando
 
De qualquer forma, dá para perceber também que se o que o Belmiro e o Léo afirmaram a respeito do elevador-gaiola estiver correto, ao contrário da conclusão a que o Belmiro chegou, o princípio da equivalência de Einstein «não continuará firme» pois aí sim ele estará sendo comprometido de vez. Pois l'' estará conseguindo demonstrar através do eletroscópio (ou pêndulo elétrico) que ele não está em um campo gravitacional, mas que está sendo acelerado por um campo elétrico. E o meu trabalho não terá sido em vão, pois a conclusão será a mesma, ainda que se chegue a ela por um caminho diverso.
 
    Acho que já respondi acima.
 
Ou seja, ou o que o Belmiro disse sobre a gaiola de Faraday está errado, ou então a conclusão dele é que está errada.
 
       Talvez nem um nem outro.
 
Putz, como se erra nesta lista, meu! Vamos caprichar, gente! Depois ficam pegando no pé do Victor quando ele diz bobagens guiado pela paixão. Alegre Por falar nisso, que fim levou o Victor? Será que ele soltou a macaca?
 
    Por isso é uma lista de discussão. Estamos discutindo para chegar a alguma conclusão. O que um não enxerga, outro enxerga e vice-versa. Quanto ao Victor ele falou que estaria distante a trabalho uns dias. Provavelmente eu me ausente também no sábado e domingo, não sei ainda.
 
    [],s
 
    Belmiro
 
 
[ ]´s Alberto http://ecientificocultural.com.br Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 







SUBJECT: Re: A cura do envelhecimento , starvation response, etc.
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/04/2012 16:20

Mauro,

> > Pesky:
>>  Não tenho mais dúvidas de que estamos a caminho de viver
> > muito mais. O problema deixará de ser longevidade (e mesmo
> > qualidade de vida física) para se tornar qualidade de vida
> > mental.

> Mauro:
> Continuo achando que a melhor forma de aumentar a longevidade (sem trazer a tiracolo os problemas da velhice) é simplesmente deixarmos de dormir. Por que não?


Mas o problemas da  velhice seriam postergados juntamente com a longevidade da pessoa. Uma pessoa de 80 com saúde de 30, por exemplo. 

Quanto a sua sugestão...no caso dos idosos, agregaria muito, nesta hipótese, uma pessoa de 95 anos de idade com uma baita osteoporose e reumatismo ficar acordada o dia inteiro? Ela com certeza iria querer mal a mãe de quem propusesse isto. ;)


Abraços,

Marcel




> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Pesky Bee" peskybee2@ escreveu
>
> > Não tenho mais dúvidas de que estamos a caminho de viver
> > muito mais. O problema deixará de ser longevidade (e mesmo
> > qualidade de vida física) para se tornar qualidade de vida
> > mental.
>
> Mauro: Continuo achando que a melhor forma de aumentar a longevidade (sem trazer a tiracolo os problemas da velhice) é simplesmente deixarmos de dormir.
> Por que não?
>
> Inté+
> Mauro
>

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: aguarde ....
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2012 16:36

Ola Pessoal,
 
"Consideremos o círculo marcado 5 bilhões (5 bilhões = 5000 milhões = 5 000 000 000 = 5.109 anos-luz) na ilustração . Os objetos, como galáxias e quasares, situados nessa camada, são observados por nós na forma que tinham 5 bilhões de anos atrás. Ou seja, cada círculo representa uma região do cosmo em uma certa época. (Mas na escala de hoje, que leva em conta a expansão do espaço.) Não podemos ver como era em qualquer época uma dada região.  O círculo externo é a parte mais distante, a cerca de 15 bilhões de anos-luz, e portanto mais antiga, que pode ser observada através de radiação eletromagnética. "
 
 
Considerando-se o paragrafo acima e a questão de não termos no universo um local "privilegiado", em termos de observação, pq a terra(sendo mais preciso, o que existiu "aqui" a 15 bi de anos atrás) não pode ser considerada, por outros observadores, como estando a 15 bilhões de anos luz ?
 
E a esfera de 4,5 bilhões de anos, que é a idade da terra, quem estiver nela estará vendo nosso planeta em formação ?
 
Abs
Felipe
De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sexta-feira, 20 de Abril de 2012 13:53
Assunto: [ciencialist] Re: aguarde ....
 
Ótima série.

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto" <leo@...> escreveu
>
> parte 3 só para 2a ou 3a feira ... tô saindo para o rancho ...............
>
> []´
> ===========================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leo@...
> luizferraz.netto@...
> http://www.feiradeciencias.com.br
> ===========================
>


SUBJECT: Re: A cura do envelhecimento , starvation response, etc.
FROM: "mauro" <bombaspr@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/04/2012 17:18



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@...> escreveu

> Mas o problemas da velhice seriam postergados juntamente com a
> longevidade da pessoa. Uma pessoa de 80 com saúde de 30, por exemplo.

Mauro: Bem, não é o que história tem nos mostrado. Ao passarmos de (aproximadamente) 50 para 70 anos na expectativa de vida houve um aumento de casos de Parkinson e Alzheimer... Nada garante que outras doenças "raras" que fragilizam os mais idosos não passem a ser costumeiras neste futuro.

> Quanto a sua sugestão...no caso dos idosos, agregaria muito, nesta
> hipótese, uma pessoa de 95 anos de idade com uma baita osteoporose e
> reumatismo ficar acordada o dia inteiro? Ela com certeza iria querer mal
> a mãe de quem propusesse isto. ;)

Mauro: Na verdade a melhor ideia seria escolhermos se queremos (ou em que fase queremos) viver mais, por ex. com uso de fármacos para tanto.

O principal é que não seria algo tão utópico assim. É bastante provavel que nos deparemos com esta situação (e nos habituemos a ela) num futuro próximo.

Inté+
Mauro




SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2012 17:47

Oi Alberto

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sexta-feira, 20 de Abril de 2012 14:39
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Friday, April 20, 2012 1:27 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá Belmiro
 
Já que você veio de vermelho, eu vou de verde, apenas para confundir o Hélio. (-: risos :-)
 
 
Belmiro: Vamos ser mais precisos.
 
       1 - O sujeito sente seus pés grudados no chão.
 
        O que ele pensa:
 
        a- estou em um campo gravitacional
        b- estou sendo acelerado
 
         Como saber?
 
        a- se é ação gravitacional, não tenho como saber.
        b- se for aceleração, há uma chance.Vai que o maluco que me colocou aqui está usando campos elétricos para me acelerar.
       
        a - Se meu compartimento for totalmente blindado aos campos eletromagnéticos, não terei como saber.
        b - Se meu compartimento não for totalmente blindado, posso usar meu eletroscópio e saberei que esses trouxas estão me acelerando em um campo elétrico.
 
        O sujeito usa o eletroscópio e este acusa um campo elétrico. Ele pensa:
 
        a - Estou sendo acelerado.
        b - Pera aí. E se eu estiver em um campo gravitacional e um sacana está aplicando um campo elétrico só para me confundir.
 
         Não há como saber!
 
Alberto: OK, tem lógica, se bem que este terceiro elemento (o sacana) está surgindo de maneira um tanto quanto esquisita. Por outro lado, parece-me que l'' só irá notar esse campo elétrico caso o campo seja variável no tempo.
 
       E será variável de qualquer jeito, graças ao movimento. A menos que a carga Q esteja distribuida numa superfíice infinita. De qualquer modo, se for considerado um campo constante e o compartimento de lambdaduaslinhas dielétrico, a conclusão é a mesma: é possível detectar o campo.
 
 De qualquer forma, as coisas estão se complicando e creio que sem necessidade. De qualquer forma, valeu. Serviu para que eu percebesse que esta experiência de pensamento não é tão supimpa quanto me pareceu anteriormente. Acho que podemos evoluir em outra(s) direção(ões). Tentarei fazer isto a partir de hoje e se vocês viajarem ficarei na espera de suas brilhantes contra-argumentações na semana vindoura.
 
Apenas um adendo. Você parece estar interessado em discutir o paradoxo do Léo. Eu também estou, mas no momento não poderei ajudar muito, pois ainda tenho alguns argumentos a apresentar sobre o assunto atual. Se for possível deixarmos para depois eu prefiro, mesmo porque gostaria de agir em contraponto (no sentido de complementar) com o Léo. Ele também já concordou com este adiamento. No passado (bem longínquo, por sinal) eu fiquei devendo a Ele um estudo mais detalhado, e noto que talvez tenha chegado o momento, qual seja, após eu conseguir descarregar todas as minhas encucações sobre o problema atual e receber todos os golpes que vocês têm para me desferir. (-: risos :-)
 
       Sem problemas.
 
        [],s
 
        Belmiro 
 
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.brMas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 

SUBJECT: Re: A cura do envelhecimento , starvation response, etc.
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/04/2012 18:07

Mauro,

> > Marcel:
>>  Mas o problemas da  velhice seriam postergados juntamente com a longevidade da pessoa. Uma pessoa de 80 com saúde de 30, por exemplo.

> Mauro:
> Bem, não é o que história tem nos mostrado. Ao passarmos de (aproximadamente) 50 para 70 anos na expectativa de vida houve um aumento de casos de Parkinson e Alzheimer... Nada garante que outras doenças "raras" que fragilizam os mais idosos não passem a ser costumeiras neste futuro.


Temos que ter em mente que são contextos diferentes de aplicação ao termo "aumento de expectativa de vida". Este, por você citado, foi propiciado devido a melhorias ao tratamentos de doenças (medicina), condições sanitárias, dieta alimentar populacional, etc. Temos a mesma condição genética e velocidade de envelhecimento que anteriormente, apenas, conseguimos termos condições mais confortáveis e seguras para vivermos, o que nos deu alguns anos a mais de vida. É natural que doenças que apareçam mais frequentemente com a idade avançada apareçam em maior quantidade atualmente, já que temos mais pessoas idosas na população e em estágios mais avançados.

Portanto, é bem diferente, de aumentarmos a expectativa de vida desacelerando todo o processo de envelhecimento e fragilização de nosso organismo, o qual propicia estas doenças que aparecem com a idade.

No caso de Alzheimer, já considerando que a idade é a principal fator de risco da doença, pesquisas recentes apontam que a forma como o organismo começa (com a idade) a lidar na corrente sanguínea com os metais, como ferro, zinco e cobre, anos antes da doença, pode ser um dos fatores que geram o acúmulo da proteína beta-amiloide no cérebro. Além é claro, de possíveis acidente neuro-vasculares e inflamatórios que também podem fazer parte do processo.

É difícil desvincular boa parte destas doenças que estão correlacionados à idade da nossa própria degradação orgânica...e é neste ponto que estas pesquisas que estou apontando mostrar ter resultados interessantes.


Marcel




--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "mauro" <bombaspr@...> escreveu
>
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009" marcelleandro2009@ escreveu
>
> > Mas o problemas da velhice seriam postergados juntamente com a
> > longevidade da pessoa. Uma pessoa de 80 com saúde de 30, por exemplo.
>
> Mauro: Bem, não é o que história tem nos mostrado. Ao passarmos de (aproximadamente) 50 para 70 anos na expectativa de vida houve um aumento de casos de Parkinson e Alzheimer... Nada garante que outras doenças "raras" que fragilizam os mais idosos não passem a ser costumeiras neste futuro.
>
> > Quanto a sua sugestão...no caso dos idosos, agregaria muito, nesta
> > hipótese, uma pessoa de 95 anos de idade com uma baita osteoporose e
> > reumatismo ficar acordada o dia inteiro? Ela com certeza iria querer mal
> > a mãe de quem propusesse isto. ;)
>
> Mauro: Na verdade a melhor ideia seria escolhermos se queremos (ou em que fase queremos) viver mais, por ex. com uso de fármacos para tanto.
>
> O principal é que não seria algo tão utópico assim. É bastante provavel que nos deparemos com esta situação (e nos habituemos a ela) num futuro próximo.
>
> Inté+
> Mauro
>

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A cura do envelhecimento , starvation response, etc.
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2012 18:13

> Mauro: Continuo achando que a melhor forma de aumentar a longevidade (sem
> trazer a tiracolo os problemas da velhice) é simplesmente deixarmos de
> dormir. Por que não?
 
Mas Maurão, tu queres retirar um dos maiores prazeres
da vida? Eu não aguentaria...
 
*PB*
 
 
-----Mensagem Original-----
From: mauro
Sent: Friday, April 20, 2012 2:08 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Re: A cura do envelhecimento , starvation response, etc.
 
 
 
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Pesky Bee" <peskybee2@...> escreveu
 
> Não tenho mais dúvidas de que estamos a caminho de viver
> muito mais. O problema deixará de ser longevidade (e mesmo
> qualidade de vida física) para se tornar qualidade de vida
> mental.
 
Mauro: Continuo achando que a melhor forma de aumentar a longevidade (sem trazer a tiracolo os problemas da velhice) é simplesmente deixarmos de dormir.
Por que não?
 
Inté+
Mauro
 
 
 
 
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A cura do envelhecimento , starvation response, etc.
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2012 18:14

Marcellão, parece que tu estás acompanhando essas coisas
de perto. Não tenho dúvidas de que nossa longevidade irá
aumentar dramaticamente. E é por isso que precisamos com
urgência rever as atividades típicas da velharada. Isso de
certa forma já começou, com o mercado inventando produtos
para o consumo da velharia. E se há algo que está realmente
com sérios problemas futuros, esse é o esquema de aposentadorias
e "health care", da forma como está hoje. Sem mudanças
profundas, isso tudo vai ruir feito prédio do Rio de Janeiro.
 
*PB*
 
 
 
 
 
Sent: Friday, April 20, 2012 4:07 PM
Subject: [ciencialist] Re: A cura do envelhecimento , starvation response, etc.
 


Peskão,
 
> Essa sim é uma perspectiva interessante. Não creio que seja
> muito fácil conseguir dominar isso, mas certamente é possível.
> E eu não me espantaria se em 20 anos já tivéssemos como
> aumentar bastante a longevidade humana.
 
Dentre os 3 processos; 1° retardar a replicação celular (resveratrol), 2° aumentar quantidade de vezes que elas são replicadas (telomesare), e 3° incluir novas células com a mesma função (células tronco), creio que o item 1, é o que está mais próximo de ser aproveitado por nós em pouquíssimos anos.  Entretanto as outras duas (2,3), parecem estar bem adiantadas...Estão pesquisando, por exemplo, células que podem ser reprogramadas a simularem células troncos que são retiradas de nossas gordurinhas abdominais.
 
No caso da 1° estratégia, já existem suplementos à base de Resveratrol no mercado, mesmo que, não se tenha ainda muito consenso nos benefícios e na quantidade necessária a se absorver, como eu já tinha dito anteriormente.
Está molécula, para quem não está acompanhando, executa o mesmo efeito do que é naturalmente produzido em uma resposta do nosso organismo para situações emergenciais de baixa calorias (fome).  Tem a função de manter o organismo mais focado em suas auto preservação, desacelerando assim, o processo de mitose celular e consequentemente o envelhecimento.
 
Acho que em 20 anos não só iremos sim aproveitar todas estes 3 processos, como também, provavelmente nos surpreenderemos muito nos resultados obtidos. Expectativas de vida superiores à 150 anos já são especuladas para pessoas vivas atualmente que tenham acesso à estes futuros tratamentos.
 
 
> Já as coisas com os telômeros, essa tenho receio, justamente
> por causa da possibilidade de criar cânceres incontroláveis.
 
Parece que não é bem assim! Mas se o Roberto, ou qualquer outro puder ajudar na interpretação...
O câncer ocorre justamente após os telômeros estarem curtos demais e já com os cromossomos comprometidos, devido a baixa telomerase nas células, propiciando assim, as mutações cancerígenas.
 
Mas ocorre algo mais! Soma-se posteriormente à este processo, justamente a reativação da telomerase (?!), proporcionado  assim, a "imortalidade" com a divisão celular sem freios destes tumores.
 
A grosso modo, é como se a telomerase, por não estar presente, fosse parte do processo que proporciona o início do processo cancerígeno, e ao ser reativada (na hora errada), causadora da "imortalidade" destas células mutantes. Ela é benéfica, mas "sai e entra" (participa) do processo no momento errado.
 
 
> Não tenho mais dúvidas de que estamos a caminho de viver
> muito mais. O problema deixará de ser longevidade (e mesmo
> qualidade de vida física) para se tornar qualidade de vida
> mental. A incidência maior de depressão em países com
> grande população de idosos dá pistas para o grande problema
> que teremos que enfrentar, que é manter a mente ocupada
> (e feliz) mesmo quando se está bem velho.
 
 
As pessoas idosas, em um futuro próximo, mas altamente saudáveis, podem se tornar ativas profissionalmente, sexualmente, fisicamente, socialmente e também mentalmente. Será um cenário bem diferente ao que temos hoje. E até divertido refletir em como isto refletiria em toda a nossa sociedade...Já imaginou você ter um chefe, empresário, de mais de 250 anos? Imagine como ele seria chato!!  ;)
 
Abraços,
 
Marcel
 
 
 
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Pesky Bee" <peskybee2@...> escreveu
>
> Essa sim é uma perspectiva interessante. Não creio que seja
> muito fácil conseguir dominar isso, mas certamente é possível.
> E eu não me espantaria se em 20 anos já tivéssemos como
> aumentar bastante a longevidade humana.
>
> Já as coisas com os telômeros, essa tenho receio, justamente
> por causa da possibilidade de criar cânceres incontroláveis.
>
> Não tenho mais dúvidas de que estamos a caminho de viver
> muito mais. O problema deixará de ser longevidade (e mesmo
> qualidade de vida física) para se tornar qualidade de vida
> mental. A incidência maior de depressão em países com
> grande população de idosos dá pistas para o grande problema
> que teremos que enfrentar, que é manter a mente ocupada
> (e feliz) mesmo quando se está bem velho.
>
> *PB*
>
>
>
> -----Mensagem Original-----
> From: marcelleandro2009
> Sent: Friday, April 20, 2012 12:15 PM
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Subject: Re: RES: [ciencialist] A cura do envelhecimento , starvation response, etc.
>
> Abordando, bem por cima, a reversão de envelhecimento celular "centenárias" reprogramando-as a se tornarem células tronco.
>
> http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/cientistas-conseguem-reverter-envelhecimento-celular
>
> Marcel
>
>
>
>
>
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009" marcelleandro2009@ escreveu
> >
> > Vídeo explicativo da Elizabeth Blackburn, bióloga molecular que ganhou prêmio Nobel em 2009 de medicina / fisiologia por estes estudos.
> >
> > http://www.youtube.com/watch?v=5PU_jZwt8KY
> > http://www.youtube.com/watch?v=zqMoDdHWFBA
> > http://www.youtube.com/watch?v=auQU_Upl7-M
> >
> >
> > Esqueci de incluir este link da Scientific American, que também é bacaninha.
> >
> > http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=telomeres-telomerase-and&page=4
> >
> >
> >
> > Marcel
> >
> >
> >
> > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@> escreveu
> > >
> > > Insights sobre como o processo que breca o desenvolvimento de células cancerígenas é justamente o que causa o envelhecimento com a "morte" celular. Um pouco mais sobre o processo que ocorre com os telômeros do cromossomo.
> > >
> > > Texto do biólogo Roberto Motta Júnior. No links tem imagens explicativas...
> > >
> > > Marcel
> > >
> > > ===============
> > >
> > > http://www.medicinageriatrica.com.br/2006/12/28/teorias-do-envelhecimento-celular/
> > >
> > > O envelhecimento é um dos maiores enigmas da vida e, ninguém consegue compreendê-lo totalmente. Muitos, em toda a história humana, têm feito as mesmas perguntas sobre o fenômeno: O que é envelhecimento? Por que as pessoas envelhecem? Por que em algumas pessoas determinados órgãos envelhecem mais rapidamente que outros? Podemos retardar, parar ou reverter o envelhecimento?
> > >
> > > Como a definição de envelhecimento é polêmica, tornam-se até incoerentes propostas de teorias sobre o envelhecimento antes de se chegar a uma definição consensual. Porém, elas existem. Com os avanços da ciência e da tecnologia, nas últimas décadas surgiram várias teorias sobre o envelhecimento, sendo três as principais; a teoria dos radicais livres *, a teoria do desequilíbrio gradual ** e a genética.
> > >
> > > Os pesquisadores que apóiam a teoria genética propõem que todo o processo de envelhecimento, quer seja de células, órgãos e mesmo de todo o indivíduo, desde o
> > > nascimento até a morte, é programado pelos nossos genes. Nessa teoria, o tempo de vida, assim como os outros acontecimentos como, por exemplo, alterações enzimáticas, ligados a esse relógio biológico, podem ser controlados por um ou mais genes específicos contribuindo, de maneira ativa, independente, ou em associação com outros genes, para a longevidade do organismo.
> > >
> > >
> > > Uma das mais conhecidas formulações para essa teoria foi feita por Leonard Hayflick, em 1977. O chamado limite de Hayflick, que afirma que as células irão se dividir e se reproduzir apenas um número limitado de vezes e que esse número é geneticamente programado.
> > >
> > > As células humanas, eucarióticas, têm cromossomos lineares. Há dificuldades para a replicação das duas extremidades. Embora a fita contínua possa, teoricamente, ser sintetizada até o final de seu molde, a fita retrógrada não pode. Embora isso não seja um problema em uma única replicação, ao longo de muitos ciclos as extremidades dos cromossomos seriam encurtadas, até que genes essenciais fossem perdidos e a célula morreria. Conseqüentemente, a natureza procura impedir a perda contínua do DNA nas extremidades dos cromossomos. Nesse local existem, então, estruturas protetoras especiais, chamadas de telômeros, que contem muitas repetições de uma seqüência de seis nucleotídeos, rica em GUANINA. Os telômeros humanos contem milhares de repetições TTAGGG. O tamanho dos telômeros é mantido por enzimas, chamadas de telomerases, que adicionam repetições de seis nucleotídeos à sua extremidade.
> > >
> > > Segundo esta teoria, a enzima telomerase é considerada um relógio biológico, um marcador a indicar que a senescência celular irá se instalar inevitavelmente, causando o envelhecimento.
> > >
> > > A telomerase é uma enzima classificada como transcriptase reversa, composta de uma subunidade de uma proteína que possui um componente interno de RNA que é uma região molde para a produção de DNA. Esta subunidade é identificada por TERT, está na região do C- terminal do polipeptídeo, também na região N-terminal, basicamente na região dos telômeros.
> > >
> > > O gene de produção da telomerase e o gene conhecido por p 53 devem participar de um sistema eficiente de supressão de tumores, mas em contrapartida, com a diminuição da ação da telomerase, os cromossomos se encurtam na região dos telômeros e, inevitavelmente, por causa da manutenção de um tecido jovem, que necessita de divisões celulares contínuas, surge o envelhecimento, a senescência. Quando a telomerase está atuante, permite a alta capacidade de divisões celulares por mitoses sucessivas, o que seria uma proteção contra a senescência. O envelhecimento seria o preço de uma vida sem câncer.
> > >
> > > A importância da telomerase como mecanismo reparador anti-envelhecimento celular pode ser constatada em várias doenças, como na progeria. Nesta doença rara, em torno de 100 casos no mundo, ocorre um envelhecimento prematuro em jovens nos quais seus cromossomos apresentam seus telômeros curtos, causando uma senescência nos indivíduos, por aumento na velocidade nas divisões celulares desencadeadas pela ação de um gene recessivo, que impede a função da telomerase, mais uma explicação para essa doença baseada na teoria dos telômeros.
> > >
> > > A enzima telomerase é considerada um relógio biológico, um marcador a indicar que a senescência celular irá se instalar inevitavelmente. Existem células que não apresentam senescência, em que a divisão celular se mantém com alto potencial de multiplicação, imunes à ação do tempo. São as células germinativas, que estão relacionadas com a perpetuação da vida, as células cancerígenas, que são motivos de estudos para se encontrar a cura definitiva do câncer, e as células tronco, que atualmente são aplicadas aos transplantes para promover regeneração e possível tratamento de doenças que afetam a humanidade.
> > >
> > > * Teoria dos radicais livres. Esta teoria baseia-se no conceito de que as reações químicas que ocorrem naturalmente no corpo começam a produzir um número de defeitos irreversíveis nas moléculas. Isto se deve a elétrons não pareado na última camada das moléculas formados por compostos contendo por exemplo, o elemento oxigênio, chamados de radicais livres.
> > >
> > > ** Teoria do desequilíbrio gradual. Esta teoria afirma que o cérebro, as glândulas endócrinas ou o sistema imunológico começam a deixar de funcionar gradualmente, levando a determinados órgãos envelhecer em ritmos diferentes comprometendo o funcionamento dos demais, causando o envelhecimento de todo o organismo.
> > >
> > > *** Apoptose, processo que se inicia no núcleo da célula, na cromatina onde se encontram os cromossomos aderidos a carioteca, começa uma retração do citoplasma agregando o corpos apoptóticos, que serão englobados por fagocitose, pelas células vizinhas ou macrófagos,todo material da célula é rompido, os ácidos nucléicos não comandam as atividades celulares, formam crateras na membrana plasmática, por onde ocorre a perda de água, a célula se desestrutura, formam corpos apoptóticos que serão eliminados por clasmocitose, ocorre a morte celular.
> > >
> > > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@> escreveu
> > > >
> > > > Um pouco sobre Telomerases.
> > > > A grosso modo para despertar o interesse;
> > > > A replicação (divisão) celular causa o processo de envelhecimento
> > > > (senescência), devido à um encurtamento da extremidade
> > > > (telõmeros) do cromossomo e sua completa inviabilização (50 a 80
> > > > vezes) para novas replicações. Existe uma enzima que está sendo
> > > > sintetizada em estudos, que é mais concentrada em nosso organismo na
> > > > infância e em células cancerígenas, que, de certa forma,
> > > > protege esta "integridade" do cromossomo a cada replicação.
> > > > Permitindo assim, que ocorra um número muitíssimo maior de
> > > > replicações, e consequentemente uma grande desaceleração do
> > > > envelhecimento, e até o retrocesso do mesmo.
> > > > É diferente do Resveratrol, que apenas desacelera o processo de
> > > > replicação celular no organismo, devido à resposta à dieta de
> > > > baixa caloria (fome).
> > > > Ver abaixo;
> > > >
> > > > http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2011/01/110126_envelhecimento_rc\
> > > > .shtml
> > > > Cientistas vêm pouco a pouco desvendando os segredos do
> > > > envelhecimento e alguns sugerem que em breve poderão desenvolver
> > > > tratamentos para reduzir a velocidade ou mesmo reverter o processo.
> > > > No ano passado, uma equipe do Instituto do Câncer Dana-Farber, de
> > > > Boston, nos EUA, divulgou na revista científica Nature um estudo no
> > > > qual diz ter conseguido reverter o processo de envelhecimento em
> > > > camundongos.
> > > > Eles manipularam cromossomos presentes nos núcleos de todas as
> > > > células. O alvo principal da ação era a proteção dos
> > > > telômeros. Os telômeros são estruturas presentes nas
> > > > extremidades dos cromossomos. Eles protegem os cromossomos de
> > > > possíveis danos, mas também diminuem de tamanho com a idade,
> > > > até que as células não conseguem mais se reproduzir.
> > > > A equipe do professor Ronald DePinho manipulou as enzimas que regulam os
> > > > telômeros, as telomerases, obtendo resultados significativos. Com o
> > > > estímulo às enzimas, os camundongos pareciam fazer o relógio
> > > > biológico "andar pra trás".
> > > > "O que esperávamos era uma estabilização do processo de
> > > > envelhecimento, mas ao contrário, observamos uma reversão dos
> > > > sinais e sintomas de envelhecimento", disse ele à BBC.
> > > > "Os cérebros destes animais cresceram em tamanho, aumentaram sua
> > > > cognição, suas peles ganharam mais brilho e a fertilidade foi
> > > > restaurada."
> > > > Humanos
> > > > Obviamente, aplicar estes princípios em humanos será um desafio
> > > > bem maior. As telomerases já foram ligadas à incidência de
> > > > câncer.
> > > > Muitos acreditam que as mitocôndrias possam desempenhar um papel bem
> > > > maior no processo de envelhecimento. As mitocôndrias - material
> > > > genético contido na célula, mas fora do núcleo - são as
> > > > "usinas de energia" das células, mas também geram produtos
> > > > químicos que são ligados ao envelhecimento. Há ainda o papel
> > > > desempenhado por radicais livres - moléculas ou átomos altamente
> > > > reativos que atacam o corpo humano.
> > > > Apesar de estarmos apenas começando a compreender como funciona o
> > > > envelhecimento, alguns cientistas já testam tratamentos em humanos.
> > > > O professor David Sinclair é pesquisador de um laboratório
> > > > especializado em envelhecimento da escola de Medicina da Universidade de
> > > > Harvard.
> > > > Ele e seus colegas vêm trabalhando em uma droga sintética chamada
> > > > STACs (ou Sirtuin activating compounds).
> > > > Estudos em camundongos obesos indicam que as STACs podem restaurar a
> > > > saúde e aumentar a expectativa de vida dos animais. Já foram
> > > > iniciados testes em humanos.
> > > > Há também estudos sobre o resveratrol, um antioxidante encontrado
> > > > naturalmente no vinho tinto, que indicam que ele reduz o colesterol.
> > > > Sinclair diz que estas pesquisas "não são uma desculpa para comer
> > > > batata frita o dia todo em frente à TV, mas uma forma de aumentar o
> > > > modo de vida sadio e explorar as potencialidades de um corpo
> > > > saudável".
> > > > "Não mudamos a quantidade de comida ingerida, os camundongos comem
> > > > normalmente, mas seus corpos não sabem que eles estão gordos e
> > > > seus órgãos e até a expectativa de vida são iguais a de um
> > > > animal sadio", disse ele.
> > > > Questões éticas
> > > > Mas é correto fazer experiências em algo tão fundamental como
> > > > envelhecer? Quais são as questões éticas envolvidas?
> > > > O professor Tim Spector, do hospital Kings College em Londres, que
> > > > também faz pesquisas na área, diz que o foco não é aumentar
> > > > a duração da vida, mas prolongar a saúde.
> > > > "Não interessa muito prolongar a vida se isto significar que você
> > > > terá tanta artrite, por exemplo, que não poderá sair de casa",
> > > > disse ele.
> > > > "Mas ao entender o processo de envelhecimento, podemos ajudar no combate
> > > > a artrite, diabetes, doenças cardíacas, todas os males ligados ao
> > > > envelhecimento", disse ele.
> > > > Já o professor James Goodwin, do programa Age UK de amparo à
> > > > terceira idade do governo britânico, diz que a questão levantada
> > > > pelas pesquisas é se seus resultados vão ser acessíveis a todos
> > > > ou apenas aos mais ricos.
> > > > "Será que todos vão poder se beneficiar desta tecnologia?",
> > > > pergunta
> > > >
> > > >
> > > >
> > > >
> > > >
> > > >
> > > > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009"
> > > > <marcelleandro2009@> escreveu>> > Victor,> > > Será que nós,
> > > > daqui do fórum, ainda poderemos nos beneficiar> desses avanços> >
> > > > da medicina?> > Provavelmente algum benefício sim. Segundo pesquisas,
> > > > que enviei> anteriormente uma matéria a respeito, bastaria uma boa
> > > > dieta de baixa> caloria para termos efeitos positivos. Sem considerar
> > > > alguns suplementos> (e alimentos), ainda a serem melhor avaliados, que
> > > > já existem no> mercado.> > > > Marcel> > > >> > Suspeito que as
> > > > respostas para essa perguntinha ficarão aí por> volta de> >
> > > > "naaaão!"> >> >> >> > Acho que a maioria de nós vai ficar, com
> > > > sorte, é na média> mesmo!> >> >> >> > Particularmente, só quero
> > > > chegar lá se com tudo em cima e> lúcido para> > continuar
> > > > "heresiando às avessas"...> >> >> >> > Senão, cadê a graça?>
> > > > >> >> >> > Sds,> >> > Victor.> >> >> >> >> >> > De:
> > > > ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]>
> > > > > Em nome de marcelleandro2009> > Enviada em: sexta-feira, 16 de
> > > > março de 2012 17:49> > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br >
> > > > Assunto: [ciencialist] A cura do envelhecimento , starvation response,>
> > > > etc.> >> >> >> >> >> >>
> > > > http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,ERT204682-17773,00.htm\
> > > > \> l> >> > A cura do envelhecimento> >> > Pílulas, células-tronco,
> > > > dietas e tratamentos para evitar> doenças e> > regenerar
> > > > órgãos. Conheça as novas armas da ciência para> nos manter
> > > > com> > aparência jovem para sempre> >> > Priscilla Santos, com
> > > > reportagem de Bruna Fasano e Willian Okada> >> > FONTE DA JUVENTUDE> >
> > > > Crédito: Maná E.D.I.> >> > O soldado e explorador espanhol Juan
> > > > Ponce de León (1460-1521)> já havia> > acompanhado Cristóvão
> > > > Colombo em sua segunda viagem à> América quando começou> > sua
> > > > busca pela mitológica Fonte da Juventude. Os nativos de Porto> Rico,
> > > > onde> > Ponce havia criado uma colônia, diziam existir tal fonte
> > > > misteriosa> capaz de> > proporcionar a jovialidade eterna para quem em
> > > > suas águas se> banhasse. O> > viajante nunca a encontrou â€" acabou
> > > > foi descobrindo a Flórida,> ironicamente> > o estado americano hoje
> > > > com a maior proporção de idosos. Ponce de> León não> > foi o
> > > > único a procurar incansavelmente por uma forma de ser jovem> para> >
> > > > sempre. A busca pela imortalidade e pela juventude eterna sempre>
> > > > fascinou o> > homem, único animal que tem consciência da
> > > > própria morte> â€" e por isso sofre.> > Mas nunca esteve tão
> > > > próxima de ser alcançada. Como Ponce de> Leóns> >
> > > > contemporâneos, os cientistas do século 21 vêm perseguindo o>
> > > > fim da maior> > causa de morte do mundo: a velhice. Por consequência,
> > > > as doenças> decorrentes> > dela. E parecem estar mais próximos de,
> > > > no mínimo,> postergá-la. "Os avanços> > da área biológica
> > > > que surgem nesse começo de século> indicam que muitos de> > nós
> > > > poderemos chegar facilmente aos 100, 150 anos", diz o professor> do> >
> > > > Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio>
> > > > de Janeiro> > (UFRJ), Stevens Rehen.> >> > Prolongar a vida seria apenas
> > > > uma consequência de fazer as pessoas> serem> > mais saudáveis por
> > > > mais tempo. Esse é o principal objetivo da> nova ciência> > do
> > > > antienvelhecimento, que pretende atacar de uma só vez todas as>
> > > > formas de> > deterioração do corpo para fazer com que o nosso
> > > > relógio> biológico corra> > mais devagar. Assim, ficaríamos
> > > > longe de doenças decorrentes da> idade> > avançada â€" como
> > > > Alzheimer, demência, diabetes e doenças> cardíacas â€" por
> > > > mais> > tempo. Atacar a velhice, portanto, seria a melhor e talvez
> > > > única> forma de> > nos afastarmos dos males provocados por ela.
> > > > Combater uma a uma as> doenças â€"> > algo que desde sempre fazemos
> > > > â€" não surtiria grandes efeitos.> Nos Estados> > Unidos, por
> > > > exemplo, se os problemas de coração fossem totalmente> > eliminados,
> > > > a expectativa de vida não subiria mais do que três> anos. O mesmo>
> > > > > que proporcionaria uma cura milagrosa para o câncer. "O risco de>
> > > > doenças> > fatais dispara após os 60 anos. Assim, mesmo que
> > > > evitemos o ataque> cardíaco,> > outros problemas vão nos pegar",
> > > > afirma o escritor de ciência e> medicina> > americano David Stipp,
> > > > autor do livro The Youth Pill (A Pílula da> Juventude,> > sem
> > > > edição no Brasil), lançado no ano passado. Por isso, a> maneira
> > > > de> > aumentar a expectativa e a qualidade de vida para valer é
> > > > evitar> chegar> > nesse estágio em que já estamos mais fracos e
> > > > vulneráveis a> doenças.> >> > Em vez de águas milagrosas, a
> > > > Fonte da Juventude perseguida pelos> cientistas> > oferecerá
> > > > tratamentos futurísticos descobertos nos mais> ardilosos> >
> > > > experimentos> > Crédito: Maná E.D.I.> >> > INJEÇÃO ANTIVELHICE>
> > > > >> > Em novembro passado, pesquisadores do Instituto de Câncer>
> > > > Dana-Farber, da> > Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos,
> > > > publicaram um> estudo que> > contrariou um dos principais conceitos
> > > > sobre o processo de> envelhecimento: o> > de que ele é
> > > > irreversível. Eles conseguiram, pela primeira vez,> rejuvenescer> >
> > > > ratos de laboratório. O experimento foi baseado num mecanismo que>
> > > > rendeu, um> > ano antes, o Prêmio Nobel de Medicina a outros três
> > > > cientistas> americanos: a> > relação entre o processo de
> > > > envelhecimento e os telômeros, uma> espécie de> > capinha que
> > > > protege a ponta de cada cromossomo dentro de nossas> células â€"> >
> > > > numa comparação grosseira, o telômero assemelha-se àquele>
> > > > revestimento> > plástico presente na ponta dos cadarços de um
> > > > tênis. A cada> vez que a célula> > se divide, essa capinha se
> > > > encurta um pouco. Depois de 50 a 80> duplicações a> > célula
> > > > não consegue mais se multiplicar â€" após os 35 anos> de idade,
> > > > os> > efeitos desse processo já começam a ser sentidos. O tempo
> > > > passa> e, sem> > células novas e com algumas mortas ou inativas,
> > > > nossos órgãos> começam a se> > deteriorar. É a velhice.> >>
> > > > > Nascemos com um mecanismo capaz de driblar esse processo, uma enzima>
> > > > chamada> > telomerase. Ela repara as tais capas protetoras dos
> > > > cromossomos> após cada> > divisão celular. Porém, após a
> > > > infância, sua> concentração cai drasticamente.> > Fazer com que
> > > > ela volte a crescer é um dos caminhos para postergar> o> >
> > > > envelhecimento â€" ou até mesmo revertê-lo. No estudo de>
> > > > Harvard, os> > cientistas criaram ratos geneticamente modificados de
> > > > forma que não> > produzissem a telomerase. Como resultado, os animais
> > > > envelheceram> > rapidamente. Os sinais incluíram diminuição do
> > > > cérebro e do> olfato, danos no> > baço e intestinos, além de
> > > > doenças como osteoporose e> diabetes. Com apenas> > um mês de
> > > > ingestão de telomerase, no entanto, tais sintomas> sumiram. Os> >
> > > > ratos voltaram inclusive a ser férteis e desenvolveram> neurônios,
> > > > sem contar> > uma invejável melhora na pele. "O que vimos não foi
> > > > a> desaceleração ou> > estabilização do envelhecimento, mas algo
> > > > muito mais incrível:> uma reversão> > dramática dele", afirma
> > > > Ronald DePinho, coordenador da pesquisa.> "É possível> > imaginar
> > > > que um homem de 90 anos voltaria a ter a saúde que> possuía aos
> > > > 40> > ou 50", diz. Porém, apesar de ter sido bem-sucedido em ratos,
> > > > o> tratamento> > ainda não foi testado em humanos. E não há
> > > > perspectiva de que> isso aconteça> > nos próximos anos. "Ainda
> > > > temos muito trabalho pela frente. O> próximo passo> > é descobrir
> > > > em que estágio da vida as pessoas precisariam se> submeter à> >
> > > > injeção de telomerase", afirma DePinho. Em paralelo a isso, ainda>
> > > > seria> > preciso ultrapassar um grande empecilho: o potencial risco de>
> > > > câncer.> >> > Fora do período de gestação e infância, a
> > > > telomerase só> retorna em grandes> > quantidades nas células
> > > > cancerosas â€" sabe-se que 90% dos> tumores possuem a> > enzima.
> > > > Aliás, é por isso que elas se reproduzem> incessantemente. "Se
> > > > você> > persegue a imortalidade, é o que, de um modo perverso,
> > > > também> fazem as> > células com câncer", diz o oncologista e
> > > > professor de medicina> da> > Universidade Columbia, Estados Unidos,
> > > > Siddhartha Mukherjee, autor do> > recém-lançado livro The Emperor
> > > > of All Maladies: A Biography of> Cancer (O> > Império de Todas as
> > > > Enfermidades: Uma Biografia do Câncer, sem> edição no> > Brasil).>
> > > > >> > Além da vantagem óbvia para todo mundo de postergar a chegada
> > > > da> velhice, um> > grupo específico de pessoas se beneficiaria caso
> > > > os pesquisadores> > conseguissem resolver as contraindicações desse
> > > > tipo de tratamento.> Trata-se> > de indivíduos que, por conta de uma
> > > > sequência genética,> têm menos telomerase> > desde a
> > > > gestação. Consequentemente, envelhecem mais rápido e> chegam a
> > > > ser> > biologicamente até dez anos mais velhos do que outras pessoas
> > > > da> mesma> > idade. Essa sequência de DNA foi mapeada em fevereiro do
> > > > ano> passado por> > cientistas da Universidade de Leicester, no Reino
> > > > Unido. Em um estudo> com 3> > mil pessoas, 45% delas carregavam ao menos
> > > > um gene da sequência. Os> > pesquisadores acreditam que um mapeamento
> > > > desse tipo possibilitaria> > prescrever estilos de vida saudáveis
> > > > àqueles mais propensos aos> males do> > envelhecimento. Além de
> > > > exercícios físicos, uma dieta com> poucas calorias> > entraria na
> > > > receita. Pois é sabido, e cientificamente provado, que> quem come> >
> > > > menos, vive mais.> >> > UMA ENZIMA PARA NOS MANTER SEMPRE JOVENS> > A
> > > > deterioração de nosso corpo começa de forma microscópica,> em
> > > > nossos> > cromossomos. Uma substância pode revertê-la. Veja como
> > > > (clique> aqui para> > ampliar)> >> > 300 TAÇAS DE VINHO> >> > Uma
> > > > dieta diária entre 1.200 e 1.400 calorias â€" 30% a menos do> que
> > > > a> > sugerida pela Organização Mundial da Saúde â€" poderia>
> > > > aumentar nossa> > expectativa de vida média para 120 anos. Algumas
> > > > pessoas chegariam,> então,> > aos 150. Mesmo que você começasse
> > > > a comer menos aos 30, ainda> teria chance> > de prolongar seu tempo na
> > > > Terra em sete anos. É atrás dessas> promessas que> > ao menos 2
> > > > mil pessoas praticam a dieta de baixa caloria no mundo.> Esse é o> >
> > > > número de membros da Sociedade de Restrição Calórica. Apesar>
> > > > da matriz estar> > localizada nos Estados Unidos, há integrantes de
> > > > várias partes> do planeta,> > inclusive cinco do Brasil (que não
> > > > se identificam). Os resultados> dos pratos> > moderados têm sido
> > > > positivos. Dados divulgados pela Sociedade> atestam que os> > adeptos da
> > > > dieta registraram queda significativa da pressão> sanguínea,
> > > > perda> > de quase 70% da gordura corporal e redução de 80% do
> > > > nível de> insulina no> > sangue, o que, no mínimo, faz cair o
> > > > risco de doenças> cardíacas e diabetes.> > Pratos mais comportados
> > > > também são a receita milenar dos> habitantes do> > arquipélago
> > > > japonês de Okinawa â€" é lá que estão as> pessoas que mais
> > > > vivem no> > mundo. A proporção de centenários nas ilhas é de 50
> > > > para cada> 100 mil> > moradores, enquanto nos demais países cai para
> > > > dez a cada 100 mil.> A> > população de Okinawa é de cerca de 1,3
> > > > milhão. Não por> acaso, um prato> > típico no arquipélago
> > > > tem 17% menos calorias do que no restante> do Japão.> >> > A teoria
> > > > mais aceita de por que comer pouco nos faria envelhecer mais> > devagar
> > > > é evolutiva. Os efeitos benéficos das baixas calorias se> devem a
> > > > um> > mecanismo chamado starvation response, ou resposta à fome, em>
> > > > português. Nos> > primórdios da humanidade, durante os períodos
> > > > de grandes secas> ou mudanças> > abruptas no clima, ficava difícil
> > > > encontrar alimento. Era natural,> portanto,> > que, sob a ameaça de
> > > > inanição, o organismo concentrasse seus> esforços na> >
> > > > proteção dos processos essenciais à sobrevivência. A energia>
> > > > do crescimento> > e reprodução (mecanismos trabalhosos para o corpo)
> > > > era deslocada> para o> > reparo e manutenção constante das
> > > > células. Isso fazia com que as> pessoas> > envelhecessem mais
> > > > devagar. Tudo não passava de um truque da> natureza para> > garantir
> > > > a continuidade da espécie: ao conservar o corpo, o intuito> era> >
> > > > preservar aqueles indivíduos para se reproduzirem assim que as>
> > > > coisas> > melhorassem.> >> > Em cinco anos, o laboratório Sirtris
> > > > Pharmaceutical promete colocar> no> > mercado uma pílula que imita os
> > > > efeitos de se comer pouco, mesmo> que você> > siga uma dieta normal.
> > > > O princípio ativo â€" já comercializado> em medicamentos> > para
> > > > diabéticos e como suplemento alimentar â€" é o> resveratrol,
> > > > substância> > encontrada na casca da uva roxa. É sua presença
> > > > que confere ao> vinho tinto> > benefícios ao coração. E explica o
> > > > que os cientistas chamam de> "paradoxo> > francês": a baixa
> > > > mortalidade por doenças cardíacas na> França, mesmo com uma> >
> > > > dieta tão rica em gordura. Graças ao hábito comedido que a>
> > > > população tem de> > beber vinho quase que diariamente. Além dos
> > > > benefícios ao> coração, também há> > evidências de que o
> > > > resveratrol reduza o risco de Alzheimer,> derrame,> > diversos tipos de
> > > > câncer, perda de audição e osteoporose â€"> todos problemas> >
> > > > comuns no envelhecimento. Já provocar o aumento dos anos de vida>
> > > > é algo que> > ainda precisa ser provado em humanos. Mas o resultado
> > > > em animais se> mostrou> > estimulante.> >> > VIDA LONGA - E MAIS FELIZ>
> > > > >> > Se a ciência de fato nos fizer passar dos 75 com saúde e>
> > > > disposição nos fará> > felizes como nunca seríamos. Um estudo
> > > > publicado ano passado por> > pesquisadores das universidades de Stony
> > > > Brook e Princeton, nos EUA,> traçou> > um paralelo entre bem-estar e
> > > > idade. Surpresa: nosso auge de> contentamento> > seria após os 74. Os
> > > > resultados formam o que os pesquisadores de> felicidade> > chamam de
> > > > curva U (abaixo). Os idosos sentiriam menos raiva e estresse> do> > que
> > > > os jovens e teriam menos preocupações do que os adultos> médios.
> > > > Pois,> > com a idade, as pessoas lidam melhor com conflitos e controlam
> > > > as> emoções. É> > a sabedoria. Os pesquisadores também sugerem
> > > > que a saída dos> filhos de casa> > diminui problemas familiares e
> > > > financeiros. A ciência está> fazendo sua> > parte, agora falta
> > > > lazer, trabalho e INSS para que os mais longevos> possam> > curtir
> > > > tranquilos a melhor parte da vida.> >> > Em 2006, pesquisadores da
> > > > Escola de Medicina de Harvard realizaram> estudos> > liderados por David
> > > > Sinclair â€" não por acaso, fundador da> Sirtris> > Pharmaceutical,
> > > > hoje pertencente à gigante inglesa GlaxoSmithKline.> No> >
> > > > experimento, cientistas superalimentaram roedores com uma dieta rica>
> > > > em> > gordura. Em paralelo, forneceram a eles doses de resveratrol. As>
> > > > cobaias> > ficaram obesas. Ainda assim, seu tempo de vida se estendeu a
> > > > um> patamar> > igual ao dos ratos que comiam com restrição. Para
> > > > obter esses> efeitos com> > vinho seriam necessárias 300 taças por
> > > > dia, ou seja, algo> impensável até> > para o mais bebum dos seres
> > > > humanos. O que justifica a corrida da> indústria> > farmacêutica
> > > > atrás das pílulas.> >> > Os medicamentos que imitam dietas
> > > > metódicas serão uma> aplicação mais> > concreta dos pioneiros
> > > > estudos sobre antienvelhecimento. A primeira> > importante pesquisa
> > > > científica que provou que restringir calorias> poderia> > prolongar a
> > > > vida foi divulgada em 1934. O estudioso de nutrição da> >
> > > > Universidade de Cornell, Estados Unidos, Clive McCay, manteve ratos em>
> > > > um> > estado de quase fome por quatro anos e os assistiu viver 85% mais>
> > > > tempo do> > que a média. Um dos animais chegou aos 3 anos e 9 meses
> > > > de idade.> Como,> > cinco anos antes, dois cientistas tinham ganhado o
> > > > Prêmio Nobel> pela> > descoberta das vitaminas, pareceu uma pequena
> > > > heresia dizer que passar> um> > pouco de fome poderia nos fazer bem.
> > > > Mais recentemente, no início> dos anos> > 2000, cientistas do Centro
> > > > Nacional de Pesquisa em Primatas de> Wisconsin> > revelaram bons
> > > > resultados com macacos mantidos em uma dieta 30% menos> > calórica do
> > > > que seus colegas. Além de magros, estavam no auge da> vida.> >
> > > > Enquanto os que comiam normalmente se movimentavam lentamente e viam>
> > > > cair> > mais pelos, entre outros sinais de velhice.> >> > Em 2015, 2016,
> > > > com o medicamento nas farmácias, a Sirtris deve se> tornar a> >
> > > > indústria referência em antienvelhecimento. Além do>
> > > > resveratrol, seus> > laboratórios estudam outra substância capaz
> > > > de imitar os efeitos> de uma> > dieta de baixa caloria: a rapamicina.
> > > > Hoje usado para evitar> rejeição em> > transplante de órgãos, o
> > > > princípio ativo fez com que ratos de> meia-idade> > vivessem de 28% a
> > > > 38% mais tempo, segundo um estudo divulgado pela> revista> > Nature em
> > > > meados de 2009. Mais uma pesquisa que mostra que há> esperanças> >
> > > > para prolongar a vida mesmo quando o corpo já está desgastado.>
> > > > Esta também é> > a promessa da medicina regenerativa.> >> >
> > > > Crédito: Maná E.D.I.> >> >> > BIOENGENHARIA> >> > No ano passado,
> > > > um grupo de mulheres teve uma oportunidade de ouro:> após> > serem
> > > > mutiladas devido ao câncer de mama, viram crescer seios 100%>
> > > > naturais,> > a partir de suas próprias células. A técnica que
> > > > soa como> milagre foi> > desenvolvida após quase uma década de
> > > > estudos pela empresa de> biotecnologia> > americana Cytori Therapeutics,
> > > > que pretende trazer o método para o> Brasil> > ainda este ano.
> > > > Permite dupla recauchutagem: as células que dão> origem ao> > novo
> > > > seio são extraídas de uma cirurgia plástica para tirar>
> > > > gordurinhas> > indesejadas. O procedimento começa com uma
> > > > lipoaspiração, por> exemplo, na> > barriga. Da gordura são
> > > > colhidas células-tronco, capazes de se> multiplicar> > para gerar
> > > > tecidos de outras partes do corpo, como a mama. Elas> são, então,>
> > > > > aplicadas na região do peito. Conforme crescem, formam um novo>
> > > > seio, sem> > risco de rejeição.> >> > A descoberta de
> > > > células-tronco na gordura foi um grande avanço> para a> > medicina
> > > > regenerativa. Somente no Brasil, são realizadas mais de> 200 mil> >
> > > > lipoaspirações por ano. No ano passado, Radovan Borojevic, diretor>
> > > > do> > Programa Avançado de Biologia Celular Aplicada à Medicina
> > > > da> UFRJ,> > conseguiu, de forma inédita no Brasil, autorização
> > > > da> Comissão Nacional de> > Ética em Pesquisa (Conep) para
> > > > manipular células-tronco de> gordura. "Esse> > material pode garantir
> > > > reserva para a velhice, para sanar as> doenças> > naturais do passar
> > > > dos anos e até diminuir as rugas", diz. Quem> fizer uma> >
> > > > lipoaspiração aos 20, por exemplo, pode chegar aos 60 e usar as>
> > > > células> > guardadas para preencher a pele envelhecida e se livrar
> > > > dos pés de> galinha.> > Como as células terão a memória de
> > > > sua juventude, será> possível fazer o que> > nenhum cosmético
> > > > ou Botox jamais conseguiu: ter cara de 20, aos 60.> O> > procedimento,
> > > > cujo efeito dura de quatro a cinco anos, já está> em fase de> >
> > > > testes. Em três meses, Borojevic realizou 70 implantes de> células
> > > > antirrugas> > â€" os interessados podem se inscrever para os testes no
> > > > Instituto> de Ciências> > Biomédicas da UFRJ. Mas esta é apenas
> > > > a mais frívola das> promessas da> > bioengenharia. "Com as
> > > > técnicas, vamos envelhecer muito melhor do> que os> > nossos
> > > > avós", afirma Borojevic.> >> > Experimentos em humanos mostraram que
> > > > o implante de células-tronco> pode> > reparar órgãos vitais.
> > > > Entre eles, o coração, que teria> benefícios como o> > aumento da
> > > > quantidade e bombeamento de sangue após infartos,> diminuição da>
> > > > > área de tecidos mortos e melhora da capacidade respiratória em>
> > > > casos de> > doenças cardíacas crônicas. Outro resultado
> > > > positivo é a> redução da> > incontinência urinária em
> > > > pacientes que passaram por cirurgias> de próstata.> > "A medicina
> > > > regenerativa para problemas do envelhecimento será de> fato> >
> > > > composta por peças de substituição", afirma o gerontologista>
> > > > inglês criador> > da Fundação Sens, de estudos de biotecnologia
> > > > para> rejuvenescimento, Aubrey> > de Grey, polêmico, entre outras
> > > > coisas, por afirmar que a velhice> é uma> > doença à espera de
> > > > cura.> >> > A HORA DA MORTE> >> > Com sua aparência de Matusalém,
> > > > apesar dos 47 anos de idade, De> Grey> > acredita que podemos ser
> > > > imortais e que os homens que vão viver mil> anos já> > nasceram.
> > > > Passar mais tempo na Terra do que o próprio personagem> bíblico,>
> > > > > que teria morrido aos 969, seria possível graças ao>
> > > > desenvolvimento da> > engenharia para impedir que nossas células
> > > > envelheçam e da> reposição de> > órgãos e tecidos. "Uma vez
> > > > que a medicina regenerativa se> desenvolver, o> > limite biológico do
> > > > corpo desaparecerá." A ideia gerou tanta> controvérsia na> >
> > > > comunidade científica que, em 2005, o Massachusetts Institute of>
> > > > Technology> > (MIT) lançou um concurso que premiaria com US$ 20 mil
> > > > quem> conseguisse> > provar que a tese de Aubrey era descabida. Cinco
> > > > inscrições foram> analisadas> > por um júri composto por
> > > > cabeças como o geneticista Craig> Venter. Ninguém> > levou o
> > > > prêmio.> >> > A crença de que a ciência e a tecnologia nos
> > > > permitirão> redesenhar o próprio> > corpo para nos fazer viver
> > > > muito mais, até indefinidamente, guia> uma> > corrente filosófica
> > > > chamada transhumanismo. Os seguidores do> pensamento> > acreditam que
> > > > por meio de áreas de conhecimento emergentes como> > biotecnologia,
> > > > inteligência artificial, robótica e> nanotecnologia, poderemos> >
> > > > superar a própria condição humana. "O homem não é o final>
> > > > da evolução> > biológica, e sim o começo de uma evolução
> > > > tecnológica",> afirma o engenheiro> > venezuelano formado pelo MIT e
> > > > que já trabalhou para a Nasa,> José Cordeiro,> > grande divulgador
> > > > do transhumanismo na América Latina. Ele acredita> que> >
> > > > assistiremos à morte da morte â€" e que não há nada de>
> > > > antinatural nisso. "O> > propósito da vida é mais vida. Além do
> > > > mais, ninguém quer> morrer, ainda mais> > se tiver a oportunidade de
> > > > não ficar velho."> >> > A visão de que vale a pena manipular nosso
> > > > corpo a qualquer custo> para ser> > jovem para sempre encontra olhares
> > > > críticos. "Essa pretensão de> vida eterna> > é um erro
> > > > existencial, uma arrogância do homem em querer> inventar uma vida> >
> > > > que não é sua. Pois a finitude é um atributo da nossa, e é>
> > > > o que a faz ser> > boa", afirma o cientista político Clóvis de
> > > > Barros Filho,> professor de ética> > da Escola de Comunicação e
> > > > Artes da Universidade de São Paulo> (USP). "É uma> > ilusão
> > > > narcisista acreditar que se vai viver em gozo eternamente.> Ficar dos> >
> > > > 60 aos 120 anos curtindo aposentadoria e nunca aceitar o dissolver,> que
> > > > é o> > nosso destino", diz a filósofa e terapeuta Regina Favre, de
> > > > São> Paulo, que> > acredita que a busca pela longevidade sem fim seja
> > > > fruto da> solidão, do> > desamparo e do medo gerado pelos problemas
> > > > da velhice e proximidade da> > morte. Ou como escreveu o escritor
> > > > argentino Jorge Luis Borges> (1899-1986)> > no conto O Imortal,
> > > > publicado no livro O Aleph: "Dilatar a vida dos> homens é> > como
> > > > dilatar sua agonia e multiplicar o número de suas mortes".> >> >
> > > > Mesmo que a medicina conseguisse fazer com que as pessoas tivessem>
> > > > saúde e> > disposição para trabalhar até os 100, provavelmente
> > > > não> haveria mercado para> > todos. Com uma superpopulação de
> > > > idosos, a previdência social> certamente> > iria quebrar. "Não
> > > > adianta chegarmos aos 200 anos se não> resolvermos esses> >
> > > > problemas", diz a presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e> >
> > > > Gerontologia, Silvia Regina Mendes Pereira, que acha positivo o>
> > > > esforço dos> > cientistas para evitar doenças como diabetes ou
> > > > Alzheimer, desde> que a> > qualidade de vida seja encarada de forma
> > > > global. "E isso passa por> vários> > aspectos. Um deles, sim, é a
> > > > saúde, mas também há o> psicológico e o social."> >> >> > As
> > > > transformações no mundo caso as pessoas passem a viver> décadas ou
> > > > até> > séculos a mais são inevitáveis. Mas, para De Grey,>
> > > > compensaria enfrentá-las.> > "Essas dificuldades não superam os
> > > > benefícios da eliminação> de doenças> > relacionadas à
> > > > idade, como problemas cardiovasculares e câncer",> afirma.> > Mesmo
> > > > porque esses problemas terão que ser pensados de imediato.> Pois,
> > > > antes> > mesmo das pirotecnias científicas se tornarem realidade, a>
> > > > longevidade no> > mundo só cresce. Para se ter ideia, vivemos 25 anos
> > > > a mais do que> um século> > atrás. Nos países desenvolvidos, a
> > > > expectativa de vida aumenta> cinco horas> > por dia. Ou seja, já
> > > > há motivos suficientes para a ciência se> preocupar com> > os
> > > > muitos que, em tempos anteriores às pílulas que simulam fome> ou
> > > > injeções> > de enzimas e células-tronco, fazem muito mais
> > > > aniversários do> que um dia> > nossos avós jamais poderiam
> > > > imaginar.> >> > O profeta da imortalidade> >> > O cientista do
> > > > envelhecimento Aubrey de Grey afirma que, em 2030,> estaremos> > vivendo
> > > > até os 130 anos. E que os homens que farão mil> aniversários
> > > > já> > nasceram. A seguir ele conta como isso será possível> >>
> > > > > * Por que envelhecemos?> > Aubrey de Grey: Porque o corpo humano, como
> > > > qualquer máquina, causa> danos a> > si mesmo como efeito colateral
> > > > natural de sua operação. Esse> prejuízo se> > acumula ao longo da
> > > > vida. Por um longo tempo quase não afeta a> habilidade do> > corpo
> > > > para funcionar, mas, eventualmente, provoca doenças e> incapacidade.>
> > > > >> > * As pessoas que viveriam mil anos precisariam constantemente>
> > > > substituir> > peças, como um robô?> > De Grey: De fato, a maior
> > > > parte das técnicas serão compostas por> peças de> >
> > > > substituição, mas a um nível microscópico. Em alguns casos,>
> > > > podemos trocar> > órgãos inteiros. Porém, mais frequentemente,
> > > > serão> células ou moléculas.> >> > * Mesmo pessoas
> > > > sedentárias, com excesso de peso e estressadas> serão capazes> >
> > > > de viver mais?> > De Grey: A medicina regenerativa vai permitir que as
> > > > pessoas> ultrapassem por> > uma larga margem a longevidade que qualquer
> > > > um consegue atualmente,> mesmo> > com a melhor vida possível, mesmo
> > > > aqueles com uma genética> privilegiada.> > Então, sim, estas
> > > > terapias irão funcionar em todos, mesmo> naqueles com um> > estilo de
> > > > vida ruim.> >> > * Existe limite biológico para a vida dos seres
> > > > humanos?> > De Grey: Há de fato um limite biológico para quanto
> > > > tempo as> pessoas podem> > viver, porque certos aspectos do nosso
> > > > metabolismo, como a> respiração, são> > inevitáveis e acumulam
> > > > danos moleculares e celulares. Porém, uma> vez que se> > desenvolvam
> > > > técnicas de bioengenharia para reparar esses danos,> não
> > > > haverá> > mais limite para a vida do homem.> >> > * Como lidar com as
> > > > consequências sociais de se ter uma> superpopulação?> > De Grey: A
> > > > eliminação do envelhecimento vai mudar o mundo. E> precisaremos> >
> > > > agir diante de muitas dessas transformações. No entanto, essas>
> > > > dificuldades> > não superam os benefícios da eliminação de
> > > > doenças como> câncer e problemas> > cardiovasculares.> >> > *
> > > > Viver mais significa viver melhor?> > De Grey: Não necessariamente.
> > > > Mas o trabalho em minha fundação> de estudos em> > engenharia de
> > > > rejuvenescimento, a Sens, foca em viver melhor, ou seja,> adiar> > o
> > > > processo das doenças da velhice. A longevidade será um efeito>
> > > > colateral:> > só ocorrerá porque as pessoas serão mantidas
> > > > saudáveis.> >> > * Você aplica técnicas de medicina
> > > > regenerativa em si mesmo?> Já testou> > alguma?> > De Grey: Estou
> > > > ansioso para me beneficiar destas terapias. Não> faço isso> >
> > > > simplesmente porque, na prática, elas ainda não existem.> >>
> > > >
> > > >
> > > >
> > > > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009"
> > > > <marcelleandro2009@> escreveu
> > > > >
> > > > >
> > > > > Victor,
> > > > >
> > > > > > Será que nós, daqui do fórum, ainda poderemos nos
> > > > beneficiar
> > > > > desses avanços
> > > > > > da medicina?
> > > > >
> > > > > Provavelmente algum benefício sim. Segundo pesquisas, que enviei
> > > > > anteriormente uma matéria a respeito, bastaria uma boa dieta de
> > > > baixa
> > > > > caloria para termos efeitos positivos. Sem considerar alguns
> > > > suplementos
> > > > > (e alimentos), ainda a serem melhor avaliados, que já existem no
> > > > > mercado.
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > > Marcel
> > > > >
> > > > >
> > > > > >
> > > > > > Suspeito que as respostas para essa perguntinha ficarão aí por
> > > > > volta de
> > > > > > "naaaão!"
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > > Acho que a maioria de nós vai ficar, com sorte, é na média
> > > > > mesmo!
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > > Particularmente, só quero chegar lá se com tudo em cima e
> > > > > lúcido para
> > > > > > continuar "heresiando às avessas"...
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > > Senão, cadê a graça?
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > > Sds,
> > > > > >
> > > > > > Victor.
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > > De: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > > > > [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
> > > > > > Em nome de marcelleandro2009
> > > > > > Enviada em: sexta-feira, 16 de março de 2012 17:49
> > > > > > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > > > > > Assunto: [ciencialist] A cura do envelhecimento , starvation
> > > > response,
> > > > > etc.
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > >
> > > > http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,ERT204682-17773,00.htm\
> > > > \
> > > > > l
> > > > > >
> > > > > > A cura do envelhecimento
> > > > > >
> > > > > > Pílulas, células-tronco, dietas e tratamentos para evitar
> > > > > doenças e
> > > > > > regenerar órgãos. Conheça as novas armas da ciência para
> > > > > nos manter com
> > > > > > aparência jovem para sempre
> > > > > >
> > > > > > Priscilla Santos, com reportagem de Bruna Fasano e Willian Okada
> > > > > >
> > > > > > FONTE DA JUVENTUDE
> > > > > > Crédito: Maná E.D.I.
> > > > > >
> > > > > > O soldado e explorador espanhol Juan Ponce de León (1460-1521)
> > > > > já havia
> > > > > > acompanhado Cristóvão Colombo em sua segunda viagem à
> > > > > América quando começou
> > > > > > sua busca pela mitológica Fonte da Juventude. Os nativos de Porto
> > > > > Rico, onde
> > > > > > Ponce havia criado uma colônia, diziam existir tal fonte
> > > > misteriosa
> > > > > capaz de
> > > > > > proporcionar a jovialidade eterna para quem em suas águas se
> > > > > banhasse. O
> > > > > > viajante nunca a encontrou â€" acabou foi descobrindo a
> > > > Flórida,
> > > > > ironicamente
> > > > > > o estado americano hoje com a maior proporção de idosos. Ponce de
> > > > > León não
> > > > > > foi o único a procurar incansavelmente por uma forma de ser jovem
> > > > > para
> > > > > > sempre. A busca pela imortalidade e pela juventude eterna sempre
> > > > > fascinou o
> > > > > > homem, único animal que tem consciência da própria morte
> > > > > â€" e por isso sofre.
> > > > > > Mas nunca esteve tão próxima de ser alcançada. Como Ponce
> > > > de
> > > > > Leóns
> > > > > > contemporâneos, os cientistas do século 21 vêm perseguindo
> > > > o
> > > > > fim da maior
> > > > > > causa de morte do mundo: a velhice. Por consequência, as
> > > > doenças
> > > > > decorrentes
> > > > > > dela. E parecem estar mais próximos de, no mínimo,
> > > > > postergá-la. "Os avanços
> > > > > > da área biológica que surgem nesse começo de século
> > > > > indicam que muitos de
> > > > > > nós poderemos chegar facilmente aos 100, 150 anos", diz o
> > > > professor
> > > > > do
> > > > > > Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do
> > > > Rio
> > > > > de Janeiro
> > > > > > (UFRJ), Stevens Rehen.
> > > > > >
> > > > > > Prolongar a vida seria apenas uma consequência de fazer as
> > > > pessoas
> > > > > serem
> > > > > > mais saudáveis por mais tempo. Esse é o principal objetivo da
> > > > > nova ciência
> > > > > > do antienvelhecimento, que pretende atacar de uma só vez todas as
> > > > > formas de
> > > > > > deterioração do corpo para fazer com que o nosso relógio
> > > > > biológico corra
> > > > > > mais devagar. Assim, ficaríamos longe de doenças decorrentes
> > > > da
> > > > > idade
> > > > > > avançada â€" como Alzheimer, demência, diabetes e doenças
> > > > > cardíacas â€" por mais
> > > > > > tempo. Atacar a velhice, portanto, seria a melhor e talvez única
> > > > > forma de
> > > > > > nos afastarmos dos males provocados por ela. Combater uma a uma as
> > > > > doenças â€"
> > > > > > algo que desde sempre fazemos â€" não surtiria grandes efeitos.
> > > > > Nos Estados
> > > > > > Unidos, por exemplo, se os problemas de coração fossem totalmente
> > > > > > eliminados, a expectativa de vida não subiria mais do que três
> > > > > anos. O mesmo
> > > > > > que proporcionaria uma cura milagrosa para o câncer. "O risco de
> > > > > doenças
> > > > > > fatais dispara após os 60 anos. Assim, mesmo que evitemos o
> > > > ataque
> > > > > cardíaco,
> > > > > > outros problemas vão nos pegar", afirma o escritor de ciência
> > > > e
> > > > > medicina
> > > > > > americano David Stipp, autor do livro The Youth Pill (A Pílula da
> > > > > Juventude,
> > > > > > sem edição no Brasil), lançado no ano passado. Por isso, a
> > > > > maneira de
> > > > > > aumentar a expectativa e a qualidade de vida para valer é evitar
> > > > > chegar
> > > > > > nesse estágio em que já estamos mais fracos e vulneráveis a
> > > > > doenças.
> > > > > >
> > > > > > Em vez de águas milagrosas, a Fonte da Juventude perseguida pelos
> > > > > cientistas
> > > > > > oferecerá tratamentos futurísticos descobertos nos mais
> > > > > ardilosos
> > > > > > experimentos
> > > > > > Crédito: Maná E.D.I.
> > > > > >
> > > > > > INJEÇÃO ANTIVELHICE
> > > > > >
> > > > > > Em novembro passado, pesquisadores do Instituto de Câncer
> > > > > Dana-Farber, da
> > > > > > Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, publicaram um
> > > > > estudo que
> > > > > > contrariou um dos principais conceitos sobre o processo de
> > > > > envelhecimento: o
> > > > > > de que ele é irreversível. Eles conseguiram, pela primeira
> > > > vez,
> > > > > rejuvenescer
> > > > > > ratos de laboratório. O experimento foi baseado num mecanismo que
> > > > > rendeu, um
> > > > > > ano antes, o Prêmio Nobel de Medicina a outros três cientistas
> > > > > americanos: a
> > > > > > relação entre o processo de envelhecimento e os telômeros, uma
> > > > > espécie de
> > > > > > capinha que protege a ponta de cada cromossomo dentro de nossas
> > > > > células â€"
> > > > > > numa comparação grosseira, o telômero assemelha-se àquele
> > > > > revestimento
> > > > > > plástico presente na ponta dos cadarços de um tênis. A cada
> > > > > vez que a célula
> > > > > > se divide, essa capinha se encurta um pouco. Depois de 50 a 80
> > > > > duplicações a
> > > > > > célula não consegue mais se multiplicar â€" após os 35
> > > > anos
> > > > > de idade, os
> > > > > > efeitos desse processo já começam a ser sentidos. O tempo
> > > > passa
> > > > > e, sem
> > > > > > células novas e com algumas mortas ou inativas, nossos
> > > > órgãos
> > > > > começam a se
> > > > > > deteriorar. É a velhice.
> > > > > >
> > > > > > Nascemos com um mecanismo capaz de driblar esse processo, uma enzima
> > > > > chamada
> > > > > > telomerase. Ela repara as tais capas protetoras dos cromossomos
> > > > > após cada
> > > > > > divisão celular. Porém, após a infância, sua
> > > > > concentração cai drasticamente.
> > > > > > Fazer com que ela volte a crescer é um dos caminhos para
> > > > postergar
> > > > > o
> > > > > > envelhecimento â€" ou até mesmo revertê-lo. No estudo de
> > > > > Harvard, os
> > > > > > cientistas criaram ratos geneticamente modificados de forma que
> > > > não
> > > > > > produzissem a telomerase. Como resultado, os animais envelheceram
> > > > > > rapidamente. Os sinais incluíram diminuição do cérebro e do
> > > > > olfato, danos no
> > > > > > baço e intestinos, além de doenças como osteoporose e
> > > > > diabetes. Com apenas
> > > > > > um mês de ingestão de telomerase, no entanto, tais sintomas
> > > > > sumiram. Os
> > > > > > ratos voltaram inclusive a ser férteis e desenvolveram
> > > > > neurônios, sem contar
> > > > > > uma invejável melhora na pele. "O que vimos não foi a
> > > > > desaceleração ou
> > > > > > estabilização do envelhecimento, mas algo muito mais incrível:
> > > > > uma reversão
> > > > > > dramática dele", afirma Ronald DePinho, coordenador da pesquisa.
> > > > > "É possível
> > > > > > imaginar que um homem de 90 anos voltaria a ter a saúde que
> > > > > possuía aos 40
> > > > > > ou 50", diz. Porém, apesar de ter sido bem-sucedido em ratos, o
> > > > > tratamento
> > > > > > ainda não foi testado em humanos. E não há perspectiva de
> > > > que
> > > > > isso aconteça
> > > > > > nos próximos anos. "Ainda temos muito trabalho pela frente. O
> > > > > próximo passo
> > > > > > é descobrir em que estágio da vida as pessoas precisariam se
> > > > > submeter à
> > > > > > injeção de telomerase", afirma DePinho. Em paralelo a isso, ainda
> > > > > seria
> > > > > > preciso ultrapassar um grande empecilho: o potencial risco de
> > > > > câncer.
> > > > > >
> > > > > > Fora do período de gestação e infância, a telomerase só
> > > > > retorna em grandes
> > > > > > quantidades nas células cancerosas â€" sabe-se que 90% dos
> > > > > tumores possuem a
> > > > > > enzima. Aliás, é por isso que elas se reproduzem
> > > > > incessantemente. "Se você
> > > > > > persegue a imortalidade, é o que, de um modo perverso, também
> > > > > fazem as
> > > > > > células com câncer", diz o oncologista e professor de medicina
> > > > > da
> > > > > > Universidade Columbia, Estados Unidos, Siddhartha Mukherjee, autor
> > > > do
> > > > > > recém-lançado livro The Emperor of All Maladies: A Biography
> > > > of
> > > > > Cancer (O
> > > > > > Império de Todas as Enfermidades: Uma Biografia do Câncer, sem
> > > > > edição no
> > > > > > Brasil).
> > > > > >
> > > > > > Além da vantagem óbvia para todo mundo de postergar a chegada
> > > > da
> > > > > velhice, um
> > > > > > grupo específico de pessoas se beneficiaria caso os pesquisadores
> > > > > > conseguissem resolver as contraindicações desse tipo de
> > > > tratamento.
> > > > > Trata-se
> > > > > > de indivíduos que, por conta de uma sequência genética,
> > > > > têm menos telomerase
> > > > > > desde a gestação. Consequentemente, envelhecem mais rápido e
> > > > > chegam a ser
> > > > > > biologicamente até dez anos mais velhos do que outras pessoas da
> > > > > mesma
> > > > > > idade. Essa sequência de DNA foi mapeada em fevereiro do ano
> > > > > passado por
> > > > > > cientistas da Universidade de Leicester, no Reino Unido. Em um
> > > > estudo
> > > > > com 3
> > > > > > mil pessoas, 45% delas carregavam ao menos um gene da sequência.
> > > > Os
> > > > > > pesquisadores acreditam que um mapeamento desse tipo possibilitaria
> > > > > > prescrever estilos de vida saudáveis àqueles mais propensos
> > > > aos
> > > > > males do
> > > > > > envelhecimento. Além de exercícios físicos, uma dieta com
> > > > > poucas calorias
> > > > > > entraria na receita. Pois é sabido, e cientificamente provado,
> > > > que
> > > > > quem come
> > > > > > menos, vive mais.
> > > > > >
> > > > > > UMA ENZIMA PARA NOS MANTER SEMPRE JOVENS
> > > > > > A deterioração de nosso corpo começa de forma microscópica,
> > > > > em nossos
> > > > > > cromossomos. Uma substância pode revertê-la. Veja como (clique
> > > > > aqui para
> > > > > > ampliar)
> > > > > >
> > > > > > 300 TAÇAS DE VINHO
> > > > > >
> > > > > > Uma dieta diária entre 1.200 e 1.400 calorias â€" 30% a menos
> > > > do
> > > > > que a
> > > > > > sugerida pela Organização Mundial da Saúde â€" poderia
> > > > > aumentar nossa
> > > > > > expectativa de vida média para 120 anos. Algumas pessoas
> > > > chegariam,
> > > > > então,
> > > > > > aos 150. Mesmo que você começasse a comer menos aos 30, ainda
> > > > > teria chance
> > > > > > de prolongar seu tempo na Terra em sete anos. É atrás dessas
> > > > > promessas que
> > > > > > ao menos 2 mil pessoas praticam a dieta de baixa caloria no mundo.
> > > > > Esse é o
> > > > > > número de membros da Sociedade de Restrição Calórica.
> > > > Apesar
> > > > > da matriz estar
> > > > > > localizada nos Estados Unidos, há integrantes de várias partes
> > > > > do planeta,
> > > > > > inclusive cinco do Brasil (que não se identificam). Os resultados
> > > > > dos pratos
> > > > > > moderados têm sido positivos. Dados divulgados pela Sociedade
> > > > > atestam que os
> > > > > > adeptos da dieta registraram queda significativa da pressão
> > > > > sanguínea, perda
> > > > > > de quase 70% da gordura corporal e redução de 80% do nível de
> > > > > insulina no
> > > > > > sangue, o que, no mínimo, faz cair o risco de doenças
> > > > > cardíacas e diabetes.
> > > > > > Pratos mais comportados também são a receita milenar dos
> > > > > habitantes do
> > > > > > arquipélago japonês de Okinawa â€" é lá que estão
> > > > as
> > > > > pessoas que mais vivem no
> > > > > > mundo. A proporção de centenários nas ilhas é de 50 para
> > > > cada
> > > > > 100 mil
> > > > > > moradores, enquanto nos demais países cai para dez a cada 100
> > > > mil.
> > > > > A
> > > > > > população de Okinawa é de cerca de 1,3 milhão. Não por
> > > > > acaso, um prato
> > > > > > típico no arquipélago tem 17% menos calorias do que no
> > > > restante
> > > > > do Japão.
> > > > > >
> > > > > > A teoria mais aceita de por que comer pouco nos faria envelhecer
> > > > mais
> > > > > > devagar é evolutiva. Os efeitos benéficos das baixas calorias
> > > > se
> > > > > devem a um
> > > > > > mecanismo chamado starvation response, ou resposta à fome, em
> > > > > português. Nos
> > > > > > primórdios da humanidade, durante os períodos de grandes secas
> > > > > ou mudanças
> > > > > > abruptas no clima, ficava difícil encontrar alimento. Era
> > > > natural,
> > > > > portanto,
> > > > > > que, sob a ameaça de inanição, o organismo concentrasse seus
> > > > > esforços na
> > > > > > proteção dos processos essenciais à sobrevivência. A
> > > > energia
> > > > > do crescimento
> > > > > > e reprodução (mecanismos trabalhosos para o corpo) era deslocada
> > > > > para o
> > > > > > reparo e manutenção constante das células. Isso fazia com que
> > > > as
> > > > > pessoas
> > > > > > envelhecessem mais devagar. Tudo não passava de um truque da
> > > > > natureza para
> > > > > > garantir a continuidade da espécie: ao conservar o corpo, o
> > > > intuito
> > > > > era
> > > > > > preservar aqueles indivíduos para se reproduzirem assim que as
> > > > > coisas
> > > > > > melhorassem.
> > > > > >
> > > > > > Em cinco anos, o laboratório Sirtris Pharmaceutical promete
> > > > colocar
> > > > > no
> > > > > > mercado uma pílula que imita os efeitos de se comer pouco, mesmo
> > > > > que você
> > > > > > siga uma dieta normal. O princípio ativo â€" já
> > > > comercializado
> > > > > em medicamentos
> > > > > > para diabéticos e como suplemento alimentar â€" é o
> > > > > resveratrol, substância
> > > > > > encontrada na casca da uva roxa. É sua presença que confere ao
> > > > > vinho tinto
> > > > > > benefícios ao coração. E explica o que os cientistas chamam de
> > > > > "paradoxo
> > > > > > francês": a baixa mortalidade por doenças cardíacas na
> > > > > França, mesmo com uma
> > > > > > dieta tão rica em gordura. Graças ao hábito comedido que a
> > > > > população tem de
> > > > > > beber vinho quase que diariamente. Além dos benefícios ao
> > > > > coração, também há
> > > > > > evidências de que o resveratrol reduza o risco de Alzheimer,
> > > > > derrame,
> > > > > > diversos tipos de câncer, perda de audição e osteoporose â€"
> > > > > todos problemas
> > > > > > comuns no envelhecimento. Já provocar o aumento dos anos de vida
> > > > > é algo que
> > > > > > ainda precisa ser provado em humanos. Mas o resultado em animais se
> > > > > mostrou
> > > > > > estimulante.
> > > > > >
> > > > > > VIDA LONGA - E MAIS FELIZ
> > > > > >
> > > > > > Se a ciência de fato nos fizer passar dos 75 com saúde e
> > > > > disposição nos fará
> > > > > > felizes como nunca seríamos. Um estudo publicado ano passado por
> > > > > > pesquisadores das universidades de Stony Brook e Princeton, nos EUA,
> > > > > traçou
> > > > > > um paralelo entre bem-estar e idade. Surpresa: nosso auge de
> > > > > contentamento
> > > > > > seria após os 74. Os resultados formam o que os pesquisadores de
> > > > > felicidade
> > > > > > chamam de curva U (abaixo). Os idosos sentiriam menos raiva e
> > > > estresse
> > > > > do
> > > > > > que os jovens e teriam menos preocupações do que os adultos
> > > > > médios. Pois,
> > > > > > com a idade, as pessoas lidam melhor com conflitos e controlam as
> > > > > emoções. É
> > > > > > a sabedoria. Os pesquisadores também sugerem que a saída dos
> > > > > filhos de casa
> > > > > > diminui problemas familiares e financeiros. A ciência está
> > > > > fazendo sua
> > > > > > parte, agora falta lazer, trabalho e INSS para que os mais longevos
> > > > > possam
> > > > > > curtir tranquilos a melhor parte da vida.
> > > > > >
> > > > > > Em 2006, pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard realizaram
> > > > > estudos
> > > > > > liderados por David Sinclair â€" não por acaso, fundador da
> > > > > Sirtris
> > > > > > Pharmaceutical, hoje pertencente à gigante inglesa
> > > > GlaxoSmithKline.
> > > > > No
> > > > > > experimento, cientistas superalimentaram roedores com uma dieta rica
> > > > > em
> > > > > > gordura. Em paralelo, forneceram a eles doses de resveratrol. As
> > > > > cobaias
> > > > > > ficaram obesas. Ainda assim, seu tempo de vida se estendeu a um
> > > > > patamar
> > > > > > igual ao dos ratos que comiam com restrição. Para obter esses
> > > > > efeitos com
> > > > > > vinho seriam necessárias 300 taças por dia, ou seja, algo
> > > > > impensável até
> > > > > > para o mais bebum dos seres humanos. O que justifica a corrida da
> > > > > indústria
> > > > > > farmacêutica atrás das pílulas.
> > > > > >
> > > > > > Os medicamentos que imitam dietas metódicas serão uma
> > > > > aplicação mais
> > > > > > concreta dos pioneiros estudos sobre antienvelhecimento. A primeira
> > > > > > importante pesquisa científica que provou que restringir calorias
> > > > > poderia
> > > > > > prolongar a vida foi divulgada em 1934. O estudioso de nutrição
> > > > da
> > > > > > Universidade de Cornell, Estados Unidos, Clive McCay, manteve ratos
> > > > em
> > > > > um
> > > > > > estado de quase fome por quatro anos e os assistiu viver 85% mais
> > > > > tempo do
> > > > > > que a média. Um dos animais chegou aos 3 anos e 9 meses de idade.
> > > > > Como,
> > > > > > cinco anos antes, dois cientistas tinham ganhado o Prêmio Nobel
> > > > > pela
> > > > > > descoberta das vitaminas, pareceu uma pequena heresia dizer que
> > > > passar
> > > > > um
> > > > > > pouco de fome poderia nos fazer bem. Mais recentemente, no início
> > > > > dos anos
> > > > > > 2000, cientistas do Centro Nacional de Pesquisa em Primatas de
> > > > > Wisconsin
> > > > > > revelaram bons resultados com macacos mantidos em uma dieta 30%
> > > > menos
> > > > > > calórica do que seus colegas. Além de magros, estavam no auge
> > > > da
> > > > > vida.
> > > > > > Enquanto os que comiam normalmente se movimentavam lentamente e viam
> > > > > cair
> > > > > > mais pelos, entre outros sinais de velhice.
> > > > > >
> > > > > > Em 2015, 2016, com o medicamento nas farmácias, a Sirtris deve se
> > > > > tornar a
> > > > > > indústria referência em antienvelhecimento. Além do
> > > > > resveratrol, seus
> > > > > > laboratórios estudam outra substância capaz de imitar os
> > > > efeitos
> > > > > de uma
> > > > > > dieta de baixa caloria: a rapamicina. Hoje usado para evitar
> > > > > rejeição em
> > > > > > transplante de órgãos, o princípio ativo fez com que ratos
> > > > de
> > > > > meia-idade
> > > > > > vivessem de 28% a 38% mais tempo, segundo um estudo divulgado pela
> > > > > revista
> > > > > > Nature em meados de 2009. Mais uma pesquisa que mostra que há
> > > > > esperanças
> > > > > > para prolongar a vida mesmo quando o corpo já está desgastado.
> > > > > Esta também é
> > > > > > a promessa da medicina regenerativa.
> > > > > >
> > > > > > Crédito: Maná E.D.I.
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > > BIOENGENHARIA
> > > > > >
> > > > > > No ano passado, um grupo de mulheres teve uma oportunidade de ouro:
> > > > > após
> > > > > > serem mutiladas devido ao câncer de mama, viram crescer seios
> > > > 100%
> > > > > naturais,
> > > > > > a partir de suas próprias células. A técnica que soa como
> > > > > milagre foi
> > > > > > desenvolvida após quase uma década de estudos pela empresa de
> > > > > biotecnologia
> > > > > > americana Cytori Therapeutics, que pretende trazer o método para
> > > > o
> > > > > Brasil
> > > > > > ainda este ano. Permite dupla recauchutagem: as células que
> > > > dão
> > > > > origem ao
> > > > > > novo seio são extraídas de uma cirurgia plástica para tirar
> > > > > gordurinhas
> > > > > > indesejadas. O procedimento começa com uma lipoaspiração, por
> > > > > exemplo, na
> > > > > > barriga. Da gordura são colhidas células-tronco, capazes de se
> > > > > multiplicar
> > > > > > para gerar tecidos de outras partes do corpo, como a mama. Elas
> > > > > são, então,
> > > > > > aplicadas na região do peito. Conforme crescem, formam um novo
> > > > > seio, sem
> > > > > > risco de rejeição.
> > > > > >
> > > > > > A descoberta de células-tronco na gordura foi um grande avanço
> > > > > para a
> > > > > > medicina regenerativa. Somente no Brasil, são realizadas mais de
> > > > > 200 mil
> > > > > > lipoaspirações por ano. No ano passado, Radovan Borojevic,
> > > > diretor
> > > > > do
> > > > > > Programa Avançado de Biologia Celular Aplicada à Medicina da
> > > > > UFRJ,
> > > > > > conseguiu, de forma inédita no Brasil, autorização da
> > > > > Comissão Nacional de
> > > > > > Ética em Pesquisa (Conep) para manipular células-tronco de
> > > > > gordura. "Esse
> > > > > > material pode garantir reserva para a velhice, para sanar as
> > > > > doenças
> > > > > > naturais do passar dos anos e até diminuir as rugas", diz. Quem
> > > > > fizer uma
> > > > > > lipoaspiração aos 20, por exemplo, pode chegar aos 60 e usar as
> > > > > células
> > > > > > guardadas para preencher a pele envelhecida e se livrar dos pés
> > > > de
> > > > > galinha.
> > > > > > Como as células terão a memória de sua juventude, será
> > > > > possível fazer o que
> > > > > > nenhum cosmético ou Botox jamais conseguiu: ter cara de 20, aos
> > > > 60.
> > > > > O
> > > > > > procedimento, cujo efeito dura de quatro a cinco anos, já está
> > > > > em fase de
> > > > > > testes. Em três meses, Borojevic realizou 70 implantes de
> > > > > células antirrugas
> > > > > > â€" os interessados podem se inscrever para os testes no Instituto
> > > > > de Ciências
> > > > > > Biomédicas da UFRJ. Mas esta é apenas a mais frívola das
> > > > > promessas da
> > > > > > bioengenharia. "Com as técnicas, vamos envelhecer muito melhor do
> > > > > que os
> > > > > > nossos avós", afirma Borojevic.
> > > > > >
> > > > > > Experimentos em humanos mostraram que o implante de
> > > > células-tronco
> > > > > pode
> > > > > > reparar órgãos vitais. Entre eles, o coração, que teria
> > > > > benefícios como o
> > > > > > aumento da quantidade e bombeamento de sangue após infartos,
> > > > > diminuição da
> > > > > > área de tecidos mortos e melhora da capacidade respiratória em
> > > > > casos de
> > > > > > doenças cardíacas crônicas. Outro resultado positivo é a
> > > > > redução da
> > > > > > incontinência urinária em pacientes que passaram por cirurgias
> > > > > de próstata.
> > > > > > "A medicina regenerativa para problemas do envelhecimento será de
> > > > > fato
> > > > > > composta por peças de substituição", afirma o gerontologista
> > > > > inglês criador
> > > > > > da Fundação Sens, de estudos de biotecnologia para
> > > > > rejuvenescimento, Aubrey
> > > > > > de Grey, polêmico, entre outras coisas, por afirmar que a velhice
> > > > > é uma
> > > > > > doença à espera de cura.
> > > > > >
> > > > > > A HORA DA MORTE
> > > > > >
> > > > > > Com sua aparência de Matusalém, apesar dos 47 anos de idade,
> > > > De
> > > > > Grey
> > > > > > acredita que podemos ser imortais e que os homens que vão viver
> > > > mil
> > > > > anos já
> > > > > > nasceram. Passar mais tempo na Terra do que o próprio personagem
> > > > > bíblico,
> > > > > > que teria morrido aos 969, seria possível graças ao
> > > > > desenvolvimento da
> > > > > > engenharia para impedir que nossas células envelheçam e da
> > > > > reposição de
> > > > > > órgãos e tecidos. "Uma vez que a medicina regenerativa se
> > > > > desenvolver, o
> > > > > > limite biológico do corpo desaparecerá." A ideia gerou tanta
> > > > > controvérsia na
> > > > > > comunidade científica que, em 2005, o Massachusetts Institute of
> > > > > Technology
> > > > > > (MIT) lançou um concurso que premiaria com US$ 20 mil quem
> > > > > conseguisse
> > > > > > provar que a tese de Aubrey era descabida. Cinco inscrições foram
> > > > > analisadas
> > > > > > por um júri composto por cabeças como o geneticista Craig
> > > > > Venter. Ninguém
> > > > > > levou o prêmio.
> > > > > >
> > > > > > A crença de que a ciência e a tecnologia nos permitirão
> > > > > redesenhar o próprio
> > > > > > corpo para nos fazer viver muito mais, até indefinidamente, guia
> > > > > uma
> > > > > > corrente filosófica chamada transhumanismo. Os seguidores do
> > > > > pensamento
> > > > > > acreditam que por meio de áreas de conhecimento emergentes como
> > > > > > biotecnologia, inteligência artificial, robótica e
> > > > > nanotecnologia, poderemos
> > > > > > superar a própria condição humana. "O homem não é o
> > > > final
> > > > > da evolução
> > > > > > biológica, e sim o começo de uma evolução tecnológica",
> > > > > afirma o engenheiro
> > > > > > venezuelano formado pelo MIT e que já trabalhou para a Nasa,
> > > > > José Cordeiro,
> > > > > > grande divulgador do transhumanismo na América Latina. Ele
> > > > acredita
> > > > > que
> > > > > > assistiremos à morte da morte â€" e que não há nada de
> > > > > antinatural nisso. "O
> > > > > > propósito da vida é mais vida. Além do mais, ninguém
> > > > quer
> > > > > morrer, ainda mais
> > > > > > se tiver a oportunidade de não ficar velho."
> > > > > >
> > > > > > A visão de que vale a pena manipular nosso corpo a qualquer custo
> > > > > para ser
> > > > > > jovem para sempre encontra olhares críticos. "Essa pretensão
> > > > de
> > > > > vida eterna
> > > > > > é um erro existencial, uma arrogância do homem em querer
> > > > > inventar uma vida
> > > > > > que não é sua. Pois a finitude é um atributo da nossa, e
> > > > é
> > > > > o que a faz ser
> > > > > > boa", afirma o cientista político Clóvis de Barros Filho,
> > > > > professor de ética
> > > > > > da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo
> > > > > (USP). "É uma
> > > > > > ilusão narcisista acreditar que se vai viver em gozo eternamente.
> > > > > Ficar dos
> > > > > > 60 aos 120 anos curtindo aposentadoria e nunca aceitar o dissolver,
> > > > > que é o
> > > > > > nosso destino", diz a filósofa e terapeuta Regina Favre, de
> > > > São
> > > > > Paulo, que
> > > > > > acredita que a busca pela longevidade sem fim seja fruto da
> > > > > solidão, do
> > > > > > desamparo e do medo gerado pelos problemas da velhice e proximidade
> > > > da
> > > > > > morte. Ou como escreveu o escritor argentino Jorge Luis Borges
> > > > > (1899-1986)
> > > > > > no conto O Imortal, publicado no livro O Aleph: "Dilatar a vida dos
> > > > > homens é
> > > > > > como dilatar sua agonia e multiplicar o número de suas mortes".
> > > > > >
> > > > > > Mesmo que a medicina conseguisse fazer com que as pessoas tivessem
> > > > > saúde e
> > > > > > disposição para trabalhar até os 100, provavelmente não
> > > > > haveria mercado para
> > > > > > todos. Com uma superpopulação de idosos, a previdência social
> > > > > certamente
> > > > > > iria quebrar. "Não adianta chegarmos aos 200 anos se não
> > > > > resolvermos esses
> > > > > > problemas", diz a presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e
> > > > > > Gerontologia, Silvia Regina Mendes Pereira, que acha positivo o
> > > > > esforço dos
> > > > > > cientistas para evitar doenças como diabetes ou Alzheimer, desde
> > > > > que a
> > > > > > qualidade de vida seja encarada de forma global. "E isso passa por
> > > > > vários
> > > > > > aspectos. Um deles, sim, é a saúde, mas também há o
> > > > > psicológico e o social."
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > > As transformações no mundo caso as pessoas passem a viver
> > > > > décadas ou até
> > > > > > séculos a mais são inevitáveis. Mas, para De Grey,
> > > > > compensaria enfrentá-las.
> > > > > > "Essas dificuldades não superam os benefícios da eliminação
> > > > > de doenças
> > > > > > relacionadas à idade, como problemas cardiovasculares e
> > > > câncer",
> > > > > afirma.
> > > > > > Mesmo porque esses problemas terão que ser pensados de imediato.
> > > > > Pois, antes
> > > > > > mesmo das pirotecnias científicas se tornarem realidade, a
> > > > > longevidade no
> > > > > > mundo só cresce. Para se ter ideia, vivemos 25 anos a mais do que
> > > > > um século
> > > > > > atrás. Nos países desenvolvidos, a expectativa de vida aumenta
> > > > > cinco horas
> > > > > > por dia. Ou seja, já há motivos suficientes para a ciência
> > > > se
> > > > > preocupar com
> > > > > > os muitos que, em tempos anteriores às pílulas que simulam
> > > > fome
> > > > > ou injeções
> > > > > > de enzimas e células-tronco, fazem muito mais aniversários do
> > > > > que um dia
> > > > > > nossos avós jamais poderiam imaginar.
> > > > > >
> > > > > > O profeta da imortalidade
> > > > > >
> > > > > > O cientista do envelhecimento Aubrey de Grey afirma que, em 2030,
> > > > > estaremos
> > > > > > vivendo até os 130 anos. E que os homens que farão mil
> > > > > aniversários já
> > > > > > nasceram. A seguir ele conta como isso será possível
> > > > > >
> > > > > > * Por que envelhecemos?
> > > > > > Aubrey de Grey: Porque o corpo humano, como qualquer máquina,
> > > > causa
> > > > > danos a
> > > > > > si mesmo como efeito colateral natural de sua operação. Esse
> > > > > prejuízo se
> > > > > > acumula ao longo da vida. Por um longo tempo quase não afeta a
> > > > > habilidade do
> > > > > > corpo para funcionar, mas, eventualmente, provoca doenças e
> > > > > incapacidade.
> > > > > >
> > > > > > * As pessoas que viveriam mil anos precisariam constantemente
> > > > > substituir
> > > > > > peças, como um robô?
> > > > > > De Grey: De fato, a maior parte das técnicas serão compostas
> > > > por
> > > > > peças de
> > > > > > substituição, mas a um nível microscópico. Em alguns casos,
> > > > > podemos trocar
> > > > > > órgãos inteiros. Porém, mais frequentemente, serão
> > > > > células ou moléculas.
> > > > > >
> > > > > > * Mesmo pessoas sedentárias, com excesso de peso e estressadas
> > > > > serão capazes
> > > > > > de viver mais?
> > > > > > De Grey: A medicina regenerativa vai permitir que as pessoas
> > > > > ultrapassem por
> > > > > > uma larga margem a longevidade que qualquer um consegue atualmente,
> > > > > mesmo
> > > > > > com a melhor vida possível, mesmo aqueles com uma genética
> > > > > privilegiada.
> > > > > > Então, sim, estas terapias irão funcionar em todos, mesmo
> > > > > naqueles com um
> > > > > > estilo de vida ruim.
> > > > > >
> > > > > > * Existe limite biológico para a vida dos seres humanos?
> > > > > > De Grey: Há de fato um limite biológico para quanto tempo as
> > > > > pessoas podem
> > > > > > viver, porque certos aspectos do nosso metabolismo, como a
> > > > > respiração, são
> > > > > > inevitáveis e acumulam danos moleculares e celulares. Porém,
> > > > uma
> > > > > vez que se
> > > > > > desenvolvam técnicas de bioengenharia para reparar esses danos,
> > > > > não haverá
> > > > > > mais limite para a vida do homem.
> > > > > >
> > > > > > * Como lidar com as consequências sociais de se ter uma
> > > > > superpopulação?
> > > > > > De Grey: A eliminação do envelhecimento vai mudar o mundo. E
> > > > > precisaremos
> > > > > > agir diante de muitas dessas transformações. No entanto, essas
> > > > > dificuldades
> > > > > > não superam os benefícios da eliminação de doenças como
> > > > > câncer e problemas
> > > > > > cardiovasculares.
> > > > > >
> > > > > > * Viver mais significa viver melhor?
> > > > > > De Grey: Não necessariamente. Mas o trabalho em minha fundação
> > > > > de estudos em
> > > > > > engenharia de rejuvenescimento, a Sens, foca em viver melhor, ou
> > > > seja,
> > > > > adiar
> > > > > > o processo das doenças da velhice. A longevidade será um
> > > > efeito
> > > > > colateral:
> > > > > > só ocorrerá porque as pessoas serão mantidas saudáveis.
> > > > > >
> > > > > > * Você aplica técnicas de medicina regenerativa em si mesmo?
> > > > > Já testou
> > > > > > alguma?
> > > > > > De Grey: Estou ansioso para me beneficiar destas terapias. Não
> > > > > faço isso
> > > > > > simplesmente porque, na prática, elas ainda não existem.
> > > > > >
> > > > >
> > > >
> > >
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SUBJECT: Re: A cura do envelhecimento , starvation response, etc.
FROM: "mauro" <bombaspr@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/04/2012 18:28



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Pesky Bee" <peskybee2@...> escreveu
>
> Mas Maurão, tu queres retirar um dos maiores prazeres
> da vida? Eu não aguentaria...

Mauro: Não penso em retirar, mas dar opção de escolha.

Inté+
Mauro



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A cura do envelhecimento , starvation response, etc.
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2012 18:34

> Mauro: Não penso em retirar, mas dar opção de escolha
 
Ah, bom! Então está bom! Agora com licença que vou
tirar uma sonequinha...
 
*PB*
 
 
 
-----Mensagem Original-----
From: mauro
Sent: Friday, April 20, 2012 6:28 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Re: A cura do envelhecimento , starvation response, etc.
 
 
 
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Pesky Bee" <peskybee2@...> escreveu
>
> Mas Maurão, tu queres retirar um dos maiores prazeres
> da vida? Eu não aguentaria...
 
Mauro: Não penso em retirar, mas dar opção de escolha.
 
Inté+
Mauro
 
 
 
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SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2012 22:30

Oi Alberto, Belmiro e Léo,

Sobre o empuxo de Léo.
Isto rola há séculos na c-list e por falha minha, eu ainda não tinha dado a atenção que merece.

Agora eu vi, reli e matutei sobre.

Infelizmente vou ser obrigado a fazer o papel de advogado do diabo.

Para coisas com massa, o PE está correto, mas Einstein não. (calma que eu explico depois)

No PE a comparação poder ser de duas formas (duas duplas)

1 - Um elevador em queda livre comparado com um elevador perdido no espaço (não acelerado e sem campo gravitacional).

2 - Um elevador parado (apoiado em algo) sob a ação do campo gravitacional comparado com um elevador acelerando no sentido contrário.

O Léo propôs a comparação de uma queda livre com uma aceleração de mesmo sentido. Ou seja, não é nenhum destes dois pares.

Se faço um dos dois pares de comparações (1 ou 2) acima, os resultados serão os mesmos.

Não existe nenhuma experiência envolvendo coisas que sofrem a ação gravitacional que identifique uma das duas situações em cada par.

Ou seja, se a pessoa dentro do elevador se sentir flutuando, ela não saberá em que situação da comparação 1 está.

E se ela sentir os pés (ou outra parte do corpo) apertada no chão (ou nas paredes), não saberá em que situação da comparação 2 está.

Sim, é o Hélio mesmo que está falando.

Mas agora vocês vão me reconhecer.

O que falei aí em cima não é invenção do Einstein, é mecânica Newtoniana. Sai diretamente da física clássica.

Massa é massa (proporcional à quantidade de matéria). Massa é uma grandeza intrínseca do corpo. Ela não depende da força que age no corpo.

Esta invenção de dar nomes diferentes para a mesma coisa confunde muito. Nunca existiu esta coisa de "massa gravitacional" e "massa inercial", massa é massa e pronto.

Logo, dizer que "massa gravitacional" é igual a "massa inercial" é não dizer nada.

Léo, a sua experiência envolve somente massas (da bolinha, da água, do recipiente, da corda), a diferença de pressão está relacionada com massa também. Então a PE vale.

O problema é que o Einstein fez o que sempre faz: generalizou!
A experiência de pensamento de Galileu pode ser generalizada para tudo. Mas a PE não.
Agentes de campo que não sofrem ação gravitacional estão fora.
"Se curvam" (parecem se curvar) com a aceleração mas não se curvam com o campo gravitacional.
A luz também é assim.
O que é emitido por cargas também.
O campo elétrico gerado por uma carga dentro de um elevador acelerado será diferente do campo elétrico dentro do mesmo elevador se ele estiver apoiado no solo de um planeta (espero que não tenha cargas no solo do planeta [:-)]).

Eu sei que parece um absurdo isto que eu estou falando aqui, mas acho que aqui é o melhor lugar para falar estes "absurdos".
:-)

Hélio




SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/04/2012 09:57

Oi Hélio
 
Só vou comentar uma linha abaixo, pois estou de saída. Depois comento o resto.

De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Sexta-feira, 20 de Abril de 2012 22:30
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Oi Alberto, Belmiro e Léo,

Sobre o empuxo de Léo.
Isto rola há séculos na c-list e por falha minha, eu ainda não tinha dado a atenção que merece.

Agora eu vi, reli e matutei sobre.

Infelizmente vou ser obrigado a fazer o papel de advogado do diabo.

Para coisas com massa, o PE está correto, mas Einstein não. (calma que eu explico depois)

No PE a comparação poder ser de duas formas (duas duplas)

1 - Um elevador em queda livre comparado com um elevador perdido no espaço (não acelerado e sem campo gravitacional).

2 - Um elevador parado (apoiado em algo) sob a ação do campo gravitacional comparado com um elevador acelerando no sentido contrário.

O Léo propôs a comparação de uma queda livre com uma aceleração de mesmo sentido. Ou seja, não é nenhum destes dois pares.
 
      Por isso perguntei num dos e-mails o que isso tem a ver com o PE. A comparação não faz sentido. O PE é válido também para líquidos e bolinhas:) feliz
 
      [],s
 
      Belmiro
 
Se faço um dos dois pares de comparações (1 ou 2) acima, os resultados serão os mesmos.

Não existe nenhuma experiência envolvendo coisas que sofrem a ação gravitacional que identifique uma das duas situações em cada par.

Ou seja, se a pessoa dentro do elevador se sentir flutuando, ela não saberá em que situação da comparação 1 está.

E se ela sentir os pés (ou outra parte do corpo) apertada no chão (ou nas paredes), não saberá em que situação da comparação 2 está.

Sim, é o Hélio mesmo que está falando.

Mas agora vocês vão me reconhecer.

O que falei aí em cima não é invenção do Einstein, é mecânica Newtoniana. Sai diretamente da física clássica.

Massa é massa (proporcional à quantidade de matéria). Massa é uma grandeza intrínseca do corpo. Ela não depende da força que age no corpo.

Esta invenção de dar nomes diferentes para a mesma coisa confunde muito. Nunca existiu esta coisa de "massa gravitacional" e "massa inercial", massa é massa e pronto.

Logo, dizer que "massa gravitacional" é igual a "massa inercial" é não dizer nada.

Léo, a sua experiência envolve somente massas (da bolinha, da água, do recipiente, da corda), a diferença de pressão está relacionada com massa também. Então a PE vale.

O problema é que o Einstein fez o que sempre faz: generalizou!
A experiência de pensamento de Galileu pode ser generalizada para tudo. Mas a PE não.
Agentes de campo que não sofrem ação gravitacional estão fora.
"Se curvam" (parecem se curvar) com a aceleração mas não se curvam com o campo gravitacional.
A luz também é assim.
O que é emitido por cargas também.
O campo elétrico gerado por uma carga dentro de um elevador acelerado será diferente do campo elétrico dentro do mesmo elevador se ele estiver apoiado no solo de um planeta (espero que não tenha cargas no solo do planeta [:-)]).

Eu sei que parece um absurdo isto que eu estou falando aqui, mas acho que aqui é o melhor lugar para falar estes "absurdos".
:-)

Hélio



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/04/2012 11:58

From: Alberto Mesquita Filho

Sent: Friday, April 20, 2012 2:39 PM

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br

Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 

Olá, meus caros

 

Na msg 81900 (acima citada) firmei o seguinte: «Acho que podemos evoluir em outra(s) direção(ões). Tentarei fazer isto a partir de hoje...». Vamos então viajar nesta onda.

 

Considerações Iniciais:

 

Na msg 81845 sugeri uma versão para o paradoxo da carga acelerada em que a mesma executaria um movimento harmônico simples (mhs) e, desta forma, estaria a emitir «uma onda eletromagnética pra ninguém botar defeito». Frente aos questionamentos apresentados, em especial pelo Belmiro na msg 81847, julguei por bem esclarecer o porquê desta sofisticação, o que foi feito na msg 81860. Como disse aí, os motivos são vários. Continuo pensando assim, a despeito de que um dos argumentos, associado a uma experiência de pensamento que bolei, não tenha se mostrado tão convincente nas discussões que se sucederam. As coisas se complicaram um pouco: o Belmiro, num repente bastante inteligente (msg 81893), acrescentou um como que «demônio de Maxwell» a sacanear a «experiência» Alegre e graças a isto eu achei conveniente deixá-la de lado. Valeu a tentativa, mas vamos em frente. Continuo com o pensamento de que a sofisticação (carga em mhs) não é tão sem sentido.

 

Pois bem. Nesta msg 81845, que agora estou procurando complementar, eu havia apresentado apenas um dos lados da questão, aquele em que o laboratório como um todo estaria oscilando em mhs. Ficou faltando o outro lado da questão: aquele a aplicar ao laboratório, agora em repouso, um campo gravitacional supostamente equivalente. Teria que ser então um campo gravitacional variável no tempo e a simular a oscilaçao do laboratório.

 

Lançado este problema, quase como um desafio, surgiram algumas propostas interessantes, obviamente fantasiosas, pois estamos no terreno das experiências de pensamento. O Léo contribuiu com a msg 81848 a destacar uma figura (Ü clique aqui pois a figura não aparece nas páginas web da Ciencialist). O Hélio, na msg 81869, também deu a sua sugestão a assemelhar-se bastante com uma que eu apresentei há alguns anos e cujo esquema está reproduzido abaixo (figura 5), assim como na msg 81872.

 

O outro lado da questão:

 

Abaixo estão esquematizadas duas propostas. 1) Na primeira, dois planetas oscilam da maneira mostrada na figura 5 e o laboratório permanece em repouso (em relação às estrelas fixas Estrela) e entre os dois planetas. Não está representado o mecanismo utilizado para fixar o laboratório. 2) Na segunda o laboratório está também em repouso (em relação às estrelas fixas Estrela) e situado entre dois corpos imensos, envoltos por uma película comum e constituídos de um material fluido de elevada densidade; e tal que esse fluido oscile, através de condutos rígidos, caminhando entre um corpo «planetário» e o outro, como mostrado na figura 6 abaixo [as figuras 1 a 4 estão na msg 81845].

 

aniosgrav2

 

aniosgrav1

 

 Figura 5
Se a figura não estiver visível

clique aqui

 

Figura 6
Se a figura não estiver visível

clique aqui

 

Deixarei de comentar possíveis efeitos colaterais inerentes ao modelo representado na figura 6 [se alguém estiver interessado em conhecê-los foram relatados na msg 7781, mas são detalhes que podem por ora serem deixados de lado].

 

O problema em si:

 

Estes exemplos foram imaginados com a finalidade de mostrar que não é tão absurda a idéia de se confrontar as duas situações aparentemente equivalentes, quais sejam:

  1. Uma em que existe o movimento do laboratório (mhs), por exemplo, em relação às estrelas fixas e na ausência de qualquer campo gravitacional ( vide figuras na msg 81845);
  2. Outra em que existe uma oscilação gravitacional num laboratório em repouso em relação às mesmas estrelas fixas (msg atual).

Se um observador, no interior do laboratório, conseguir distinguir, pela experimentação, e sem olhar pela janela, uma situação da outra, o princípio da equivalência (PE) terá sido violado.

Temas a serem discutidos:

 

Uma vez apresentado o problema, resumo abaixo a maneira como pretendo evoluir na discussão do problema. Cada item retrata uma maneira de abordar o assunto e/ou de proceder a uma análise. Sempre que possível essas análises serão apresentadas para serem discutidas comparando a situação atual com aquela observada no caso mais simples, qual seja, o da carga acelerada uniformemente (mrua) e a contrastar com o campo gravitacional uniforme.

  1. Verificação da validade do PE para o caso ora apresentado (msg 81845 e msg atual);
  2. Abordagem do problema de modo análogo àquele observado na queda livre em um campo gravitacional uniforme (elevador de Einstein);
  3. Se o problema pode, à primeira vista, ser solucionado utilizando exclusivamente a física clássica, porque é que os autores modernos preferem as explicações a utilizarem ou a métrica de Minkowski ou a teoria quântica?;
  4. Questões relacionadas à onda eletromagnética emitida em cada uma das situações, a incluírem a energia da onda e a como esta energia pode ou não ser observada nos vários referenciais;
  5. Questões relacionadas ao agente emissor dessas ondas eletromagnéticas, qual seja, à carga elétrica em questão, bem como à reposição energética, quando for o caso (emissão de energia radiante).
  6. Outros assuntos a serem sugeridos pelos debatedores, agora ou durante o calor da discussão.

O item 1 é simples e sob esse aspecto não há muito o que ser discutido. É suficiente generalizar as opiniões já emitidas tanto pelo Belmiro quanto pelo Léo para acreditarmos, pelo menos por ora, que o PE deve dar conta desta situação. Na situação mostrada na figura 4 (laboratório oscilante), o observador (figura 3) e seus equipamentos (sensores, etc.) oscilam junto com a carga não sendo possível, desta maneira, detectar a onda. Nas situações gravito-equivalentes (figura 5 e 6 acima), ao que tudo indica as cargas permanecem em repouso no referencial inercial (estrelas fixas) e portanto podemos assumir, salvo maior juízo, que não devem emitir ondas eletromagnéticas. Consequentemente, em nenhum dos dois casos o observador situado no laboratório conseguirá saber se está em uma das situações (oscilação propriamente dita) ou na outra (campo oscilatório), corroborando então o que diz o PE.

 

Um problema interessante surgiu na conversa com os meus botões e foi a seguinte: Não poderíamos ter um desses sensores (sugeridos pelo Léo) no interior do laboratório mas não fixo ao mesmo? Como no primeiro caso (figura 4) g é nulo, este sensor irá oscilar tanto em relação à carga quanto em relação ao observador e, portanto, acusará a existência de uma onda emitida pela carga [Nota: o laboratório deverá ser maior do que aquele representado na figura, para que o sensor não bata nas paredes do mesmo]. No segundo caso (figura 5 ou 6 acima) o sensor também irá oscilar em relação à carga (pois ele estará livre no espaço e sujeito a um campo g variável no tempo), ainda que tanto o observador interno quanto a carga permaneçam em repouso. Ou seja, este sensor também fornecerá um resultado consistente com o PE. Em teoria este sensor irá registrar uma onda eletromagnética que aparentemente não existe (*) (seria uma onda virtual?). Esta onda também não será observada por nenhum observador externo ao laboratório e que não esteja sujeito aos campos gravitacionais considerados (seja por estar fixo às estrelas fixas Estrela, seja por estar observando a oscilação planetária a uma distância convenientemente longínqua).

 

(*) Por ser este um assunto aparentemente inexistente, deixo para que seja melhor discutido pelo Hélio Smiley piscando, que parece gostar dessas inexistências sob o aspecto não quântico.

 

Pois bem, vou parar por aqui. Deixarei os demais itens (2 a 5) para reflexões futuras. Se alguém quiser se adiantar e tecer considerações a respeito de qualquer desses 5 itens, e não apenas do primeiro, fique à vontade para tal.

 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/04/2012 20:54

Depois que mandei, percebi que a MSG abaixo precisava de outros esclarecimentos.

Então vamos aos PSs que aqui significa pós-sent (em inglês para ficar chic) :-)
Se fosse em português seria PE (pós-enviado) e iria complicar ainda mais a discussão sobre a PE.
:-)

PS1:
O PE de Galileu (aquele do porão do navio) é algo muito mais grandioso que este PE envolvendo acelerações. Não tem comparação.
Do PE de Galileu sai que parado=MRU. Dentro no navio ele não vai saber e se olhar pela janela falará está se movendo pois está vendo as ondas características que o navio faz na água. Mas esta conclusão é precipitada pois ele pode considerar-se parado e a Terra se movendo. Ou seja, ao olhar pela janela, a dúvida continua, ou pelo menos deveria continuar pois Parado=MRU. Esta é a verdadeira Relatividade. E será em todos os sentidos. Até a luz. Se o navio está em inércia (Parado=MRU) a velocidade da luz dentro dela será c. Logo para um observador externo será (ou seria se não fosse o ar) c+v onde v é a velocidade do navio em relação a sete observador.

PS2:
Neste PE que envolve aceleração e campo gravitacional, ao abrir a janela e olhar para fora, o mistério fica desvendado. E, além disto não serve para tudo, só para massa. Não serve para carga.

Hélio


De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Sexta-feira, 20 de Abril de 2012 22:30
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
Oi Alberto, Belmiro e Léo,

Sobre o empuxo de Léo.
Isto rola há séculos na c-list e por falha minha, eu ainda não tinha dado a atenção que merece.

Agora eu vi, reli e matutei sobre.

Infelizmente vou ser obrigado a fazer o papel de advogado do diabo.

Para coisas com massa, o PE está correto, mas Einstein não. (calma que eu explico depois)

No PE a comparação poder ser de duas formas (duas duplas)

1 - Um elevador em queda livre comparado com um elevador perdido no espaço (não acelerado e sem campo gravitacional).

2 - Um elevador parado (apoiado em algo) sob a ação do campo gravitacional comparado com um elevador acelerando no sentido contrário.

O Léo propôs a comparação de uma queda livre com uma aceleração de mesmo sentido. Ou seja, não é nenhum destes dois pares.

Se faço um dos dois pares de comparações (1 ou 2) acima, os resultados serão os mesmos.

Não existe nenhuma experiência envolvendo coisas que sofrem a ação gravitacional que identifique uma das duas situações em cada par.

Ou seja, se a pessoa dentro do elevador se sentir flutuando, ela não saberá em que situação da comparação 1 está.

E se ela sentir os pés (ou outra parte do corpo) apertada no chão (ou nas paredes), não saberá em que situação da comparação 2 está.

Sim, é o Hélio mesmo que está falando.

Mas agora vocês vão me reconhecer.

O que falei aí em cima não é invenção do Einstein, é mecânica Newtoniana. Sai diretamente da física clássica.

Massa é massa (proporcional à quantidade de matéria). Massa é uma grandeza intrínseca do corpo. Ela não depende da força que age no corpo.

Esta invenção de dar nomes diferentes para a mesma coisa confunde muito. Nunca existiu esta coisa de "massa gravitacional" e "massa inercial", massa é massa e pronto.

Logo, dizer que "massa gravitacional" é igual a "massa inercial" é não dizer nada.

Léo, a sua experiência envolve somente massas (da bolinha, da água, do recipiente, da corda), a diferença de pressão está relacionada com massa também. Então a PE vale.

O problema é que o Einstein fez o que sempre faz: generalizou!
A experiência de pensamento de Galileu pode ser generalizada para tudo. Mas a PE não.
Agentes de campo que não sofrem ação gravitacional estão fora.
"Se curvam" (parecem se curvar) com a aceleração mas não se curvam com o campo gravitacional.
A luz também é assim.
O que é emitido por cargas também.
O campo elétrico gerado por uma carga dentro de um elevador acelerado será diferente do campo elétrico dentro do mesmo elevador se ele estiver apoiado no solo de um planeta (espero que não tenha cargas no solo do planeta [:-)]).

Eu sei que parece um absurdo isto que eu estou falando aqui, mas acho que aqui é o melhor lugar para falar estes "absurdos".
:-)

Hélio






SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/04/2012 23:50

Alberto,

Vou responder em verde.


De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 21 de Abril de 2012 11:58
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Friday, April 20, 2012 2:39 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 Olá, meus caros
 Na msg 81900 (acima citada) firmei o seguinte: «Acho que podemos evoluir em outra(s) direção(ões). Tentarei fazer isto a partir de hoje...». Vamos então viajar nesta onda.
 Considerações Iniciais:
 Na msg 81845 sugeri uma versão para o paradoxo da carga acelerada em que a mesma executaria um movimento harmônico simples (mhs) e, desta forma, estaria a emitir «uma onda eletromagnética pra ninguém botar defeito». Frente aos questionamentos apresentados, em especial pelo Belmiro na msg 81847, julguei por bem esclarecer o porquê desta sofisticação, o que foi feito na msg 81860. Como disse aí, os motivos são vários. Continuo pensando assim, a despeito de que um dos argumentos, associado a uma experiência de pensamento que bolei, não tenha se mostrado tão convincente nas discussões que se sucederam. As coisas se complicaram um pouco: o Belmiro, num repente bastante inteligente (msg 81893), acrescentou um como que «demônio de Maxwell» a sacanear a «experiência» Alegre e graças a isto eu achei conveniente deixá-la de lado. Valeu a tentativa, mas vamos em frente. Continuo com o pensamento de que a sofisticação (carga em mhs) não é tão sem sentido.
A evolução espacial da emissões de uma carga, a princípio, viola sim o PE. Claro que o resultado dependerá da presença ou ausência de ar dentro do elevador (ou laboratório).
Estou tentando entender cada situação proposta por você. Mas acho que não é necessário complicar a experiência como você está fazendo e continua ainda mais aí embaixo. Se a situação mais simples envolvendo carga acelerada (o perfil de campo elétrico de uma  carga fixada na parede de num elevador acelerado) já viola a PE então todos as sofisticações também vão. Num elevador acelerado com uma carga fixada vai aparecer um perfil de emissão (campo elétrico), diferente de quando ele está sob a superfície de um planeta (vácuo no elevador e sensor de campo interno). Com ar, este efeito (diferença) será minimizado.
A figura 1 da MSG 81845 representa uma carga oscilante dentro de um elevador, então, para mim, o medidor medirá a onda se ele estiver apoiado na superfície do planeta e medirá uma onda distorcida se ele estiver acelerado.

Pois bem. Nesta msg 81845, que agora estou procurando complementar, eu havia apresentado apenas um dos lados da questão, aquele em que o laboratório como um todo estaria oscilando em mhs. Ficou faltando o outro lado da questão: aquele a aplicar ao laboratório, agora em repouso, um campo gravitacional supostamente equivalente. Teria que ser então um campo gravitacional variável no tempo e a simular a oscilaçao do laboratório.
Lançado este problema, quase como um desafio, surgiram algumas propostas interessantes, obviamente fantasiosas, pois estamos no terreno das experiências de pensamento. O Léo contribuiu com a msg 81848 a destacar uma figura (Ü clique aqui pois a figura não aparece nas páginas web da Ciencialist). O Hélio, na msg 81869, também deu a sua sugestão a assemelhar-se bastante com uma que eu apresentei há alguns anos e cujo esquema está reproduzido abaixo (figura 5), assim como na msg 81872.
 O outro lado da questão:
 Abaixo estão esquematizadas duas propostas. 1) Na primeira, dois planetas oscilam da maneira mostrada na figura 5 e o laboratório permanece em repouso (em relação às estrelas fixas Estrela) e entre os dois planetas. Não está representado o mecanismo utilizado para fixar o laboratório. 2) Na segunda o laboratório está também em repouso (em relação às estrelas fixas Estrela) e situado entre dois corpos imensos, envoltos por uma película comum e constituídos de um material fluido de elevada densidade; e tal que esse fluido oscile, através de condutos rígidos, caminhando entre um corpo «planetário» e o outro, como mostrado na figura 6 abaixo [as figuras 1 a 4 estão na msg 81845].
 
aniosgrav2
 
aniosgrav1
 
 Figura 5
Se a figura não estiver visível
clique aqui
 
Figura 6
Se a figura não estiver visível
clique aqui
Deixarei de comentar possíveis efeitos colaterais inerentes ao modelo representado na figura 6 [se alguém estiver interessado em conhecê-los foram relatados na msg 7781, mas são detalhes que podem por ora serem deixados de lado].
 O problema em si:
 Estes exemplos foram imaginados com a finalidade de mostrar que não é tão absurda a idéia de se confrontar as duas situações aparentemente equivalentes, quais sejam:
Equivalentes para a PE e Einstein.
  1. Uma em que existe o movimento do laboratório (mhs), por exemplo, em relação às estrelas fixas e na ausência de qualquer campo gravitacional ( vide figuras na msg 81845);
  2. Outra em que existe uma oscilação gravitacional num laboratório em repouso em relação às mesmas estrelas fixas (msg atual).
A figura 4 da MSG 18845 mostra a carga fixada no elevador (laboratório). Para mim, se o laboratório estiver em mhs, o observador interno vai medir distorções periódicas no perfil do campo elétrico gerado pela carga. Será algo diferente da onda observada pelo observador externo.
Mas se forem dois planetas oscilando nas vizinhanças tanto o observador interno quanto o externo só mediram o campo elétrico gerado pela carga parada (imaginando que o material do planeta não afete o campo). Logo, o observador interno consegue distinguir. O PE não é válido para esta e todas as situações que envolvam os agentes de campo que não são afetados por campo gravitacional.

Se um observador, no interior do laboratório, conseguir distinguir, pela experimentação, e sem olhar pela janela, uma situação da outra, o princípio da equivalência (PE) terá sido violado.
Temas a serem discutidos:
 Uma vez apresentado o problema, resumo abaixo a maneira como pretendo evoluir na discussão do problema. Cada item retrata uma maneira de abordar o assunto e/ou de proceder a uma análise. Sempre que possível essas análises serão apresentadas para serem discutidas comparando a situação atual com aquela observada no caso mais simples, qual seja, o da carga acelerada uniformemente (mrua) e a contrastar com o campo gravitacional uniforme.
  1. Verificação da validade do PE para o caso ora apresentado (msg 81845 e msg atual);
  2. Abordagem do problema de modo análogo àquele observado na queda livre em um campo gravitacional uniforme (elevador de Einstein);
  3. Se o problema pode, à primeira vista, ser solucionado utilizando exclusivamente a física clássica, porque é que os autores modernos preferem as explicações a utilizarem ou a métrica de Minkowski ou a teoria quântica?;
  4. Questões relacionadas à onda eletromagnética emitida em cada uma das situações, a incluírem a energia da onda e a como esta energia pode ou não ser observada nos vários referenciais;
  5. Questões relacionadas ao agente emissor dessas ondas eletromagnéticas, qual seja, à carga elétrica em questão, bem como à reposição energética, quando for o caso (emissão de energia radiante).
  6. Outros assuntos a serem sugeridos pelos debatedores, agora ou durante o calor da discussão.
O item 1 é simples e sob esse aspecto não há muito o que ser discutido. É suficiente generalizar as opiniões já emitidas tanto pelo Belmiro quanto pelo Léo para acreditarmos, pelo menos por ora, que o PE deve dar conta desta situação. Na situação mostrada na figura 4 (laboratório oscilante), o observador (figura 3) e seus equipamentos (sensores, etc.) oscilam junto com a carga não sendo possível, desta maneira, detectar a onda. Nas situações gravito-equivalentes (figura 5 e 6 acima), ao que tudo indica as cargas permanecem em repouso no referencial inercial (estrelas fixas) e portanto podemos assumir, salvo maior juízo, que não devem emitir ondas eletromagnéticas. Consequentemente, em nenhum dos dois casos o observador situado no laboratório conseguirá saber se está em uma das situações (oscilação propriamente dita) ou na outra (campo oscilatório), corroborando então o que diz o PE.
Um problema interessante surgiu na conversa com os meus botões e foi a seguinte: Não poderíamos ter um desses sensores (sugeridos pelo Léo) no interior do laboratório mas não fixo ao mesmo? Como no primeiro caso (figura 4) g é nulo, este sensor irá oscilar tanto em relação à carga quanto em relação ao observador e, portanto, acusará a existência de uma onda emitida pela carga [Nota: o laboratório deverá ser maior do que aquele representado na figura, para que o sensor não bata nas paredes do mesmo]. No segundo caso (figura 5 ou 6 acima) o sensor também irá oscilar em relação à carga (pois ele estará livre no espaço e sujeito a um campo g variável no tempo), ainda que tanto o observador interno quanto a carga permaneçam em repouso. Ou seja, este sensor também fornecerá um resultado consistente com o PE. Em teoria este sensor irá registrar uma onda eletromagnética que aparentemente não existe (*) (seria uma onda virtual?). Esta onda também não será observada por nenhum observador externo ao laboratório e que não esteja sujeito aos campos gravitacionais considerados (seja por estar fixo às estrelas fixas Estrela, seja por estar observando a oscilação planetária a uma distância convenientemente longínqua).
 
(*) Por ser este um assunto aparentemente inexistente, deixo para que seja melhor discutido pelo Hélio Smiley piscando, que parece gostar dessas inexistências sob o aspecto não quântico.
  :-)
Pois bem, vou parar por aqui. Deixarei os demais itens (2 a 5) para reflexões futuras. Se alguém quiser se adiantar e tecer considerações a respeito de qualquer desses 5 itens, e não apenas do primeiro, fique à vontade para tal.
E eu, para resumir, digo. Eu não acho que existe um verdadeiro paradoxo. Pelo menos, se "paradoxo" tiver o significado que eu acho que tem. Na proposta de Einstein, tudo sofre influência do campo gravitacional, inclusive outro campo. Logo, não existe paradoxo nesta proposta. O que existe é uma proposta que, na minha opinião, não condiz com a realidade.
Na alternativa a isto, ou seja, agentes de campo (ou simplesmente "campo", como queiram) não são deflexionados pela gravidade, também não há paradoxo.

No caso dos gêmeos, existe um paradoxo quando existe simetria e a teoria (TRE de E.) diz que cada um deve encontrar o outro mais jovem. É um paradoxo inerente à teoria.


Hélio.




[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: O caso da borboleta (não necessariamente Atíria)
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2012 01:23

http://genereporter.blogspot.com.br/2012/04/o-caso-da-borboleta-nao-necessariamente.html
-----------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/04/2012 02:56

From: Hélio Carvalho
Sent: Saturday, April 21, 2012 11:50 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá Hélio
 

Hélio: A evolução espacial da emissões de uma carga, a princípio, viola sim o PE. Claro que o resultado dependerá da presença ou ausência de ar dentro do elevador (ou laboratório).

Estou tentando entender cada situação proposta por você. Mas acho que não é necessário complicar a experiência como você está fazendo e continua ainda mais aí embaixo. Se a situação mais simples envolvendo carga acelerada (o perfil de campo elétrico de uma carga fixada na parede de num elevador acelerado) já viola a PE então todos as sofisticações também vão.

 

Alberto: Mas isto é você quem está afirmando e ainda não entendi baseado em quê você afirma isto (violação do PE). Eu conheço sim uma infinidade de explicações de vários tipos e a demonstrarem justamente o contrário. Algumas aparentemente lógicas, algumas absurdas, algumas a utilizarem a matemágica relativista e algumas a utilizarem elucubrações estratosféricas e quânticas. Nenhuma me satisfaz 100%, mas isto não significa que estejam erradas. Parece estar faltando aí algum condimento, e é isto o que eu tenho procurado em minhas sofisticações.

 

As explicações mais simples e a sustentarem o PE são aquelas que foram apresentadas recentemente pelo Belmiro e pelo Léo. São clássicas no sentido que atendem ao eletromagnetismo (EM) de Maxwell, a incluir o caráter não mecanicista deste EM (isto não significa dizer que sejam explicações relativistas no sentido moderno do termo -- o EM de Maxwell tem se mostrado irredutível ao mecanicismo, mas isto não é o mesmo que dizer que ele é relativista no sentido moderno do termo). Estou procurando aceitar estas explicações como verdadeiras, ainda que por hipótese. O que tenho escrito tem levado em conta esta possibilidade.

 

No mais, não conheço nenhuma citação nem nenhum argumento a demonstrar a violação do PE, que você está assumindo como líquida e certa.

 

Hélio: Num elevador acelerado com uma carga fixada vai aparecer um perfil de emissão (campo elétrico), diferente de quando ele está sob a superfície de um planeta (vácuo no elevador e sensor de campo interno). Com ar, este efeito (diferença) será minimizado.

 

Também não conheço nenhum dado experimental, como você parece estar sugerindo, a contradizer de maneira definitiva o PE.

 

Hélio: A figura 1 da MSG 81845 representa uma carga oscilante dentro de um elevador, então, para mim, o medidor medirá a onda se ele estiver apoiado na superfície do planeta e medirá uma onda distorcida se ele estiver acelerado.

 
Não, a figura 1 mostra apenas uma carga oscilante. Não existe aí nenhum elevador. O elevador começa a ser considerado a partir da figura 3 e neste caso a carga está fixa nas paredes do laboratório (ou elevador, se quiser). Como afirmei nesta msg (81845): «Vamos considerar a carga em repouso no laboratório e fixa às paredes do laboratório por uma barra rígida e de material isolante, como mostra a figura 3.» Este laboratório pode ser pensado como um elevador oscilante. Se o laboratório oscilar, a carga oscilará para um observador externo ao mesmo.
 

Hélio: A figura 4 da MSG 81845 mostra a carga fixada no elevador (laboratório).

 

Na realidade é a figura 3. A figura 4 mostra o laboratório em mhs e visto por um observador externo, sem mostrar a carga.

 

Hélio: Para mim, se o laboratório estiver em mhs, o observador interno vai medir distorções periódicas no perfil do campo elétrico gerado pela carga.

 

Qual é a teoria a lhe permitir esta suposição? Veja que carga, o observador e o equipamento laboratorial estão em repouso, cada um em relação aos demais; ainda que os três estejam em mhs em relação a um observador externo e situado em um referencial inercial.

 

Hélio: Será algo diferente da onda observada pelo observador externo.

 

Provavelmente sim. A minha dúvida é se este «algo» não seria a ausência de onda.

 

Hélio: Mas se forem dois planetas oscilando nas vizinhanças tanto o observador interno quanto o externo só mediram o campo elétrico gerado pela carga parada (imaginando que o material do planeta não afete o campo). Logo, o observador interno consegue distinguir. O PE não é válido para esta e todas as situações que envolvam os agentes de campo que não são afetados por campo gravitacional.

 
Bem, a esse respeito eu ainda não disse nada. Acho apenas que a coisa é um pouco mais complicada do que você está imaginando, mas este é um trunfo que mostrarei no momento oportuno (e não é nada que decorra das minhas teorias, mas a apoiar-se em conhecimentos clássicos). Por enquanto limitar-me-ei a considerar a carga elétrica como ela tem sido descrita nos livros de EM.
 

Hélio: E eu, para resumir, digo. Eu não acho que existe um verdadeiro paradoxo. Pelo menos, se "paradoxo" tiver o significado que eu acho que tem. Na proposta de Einstein, tudo sofre influência do campo gravitacional, inclusive outro campo. Logo, não existe paradoxo nesta proposta. O que existe é uma proposta que, na minha opinião, não condiz com a realidade.
Na alternativa a isto, ou seja, agentes de campo (ou simplesmente "campo", como queiram) não são deflexionados pela gravidade, também não há paradoxo.
No caso dos gêmeos, existe um paradoxo quando existe simetria e a teoria (TRE de E.) diz que cada um deve encontrar o outro mais jovem. É um paradoxo inerente à teoria.

 

Não sei se eu entendi, acho que não. No caso dos gêmeos, o paradoxo refere-se a uma teoria, a TRE. No caso das cargas aceleradas, o paradoxo não está se referindo a nenhuma teoria, mas a um princípio avulso, o PE. O PE é independente da TRG, ainda que a TRG tenha sido construída a partir do PE. De maneira ultra-simplificada poderíamos dizer que TRG = TRE + PE (não é exatamente isto, mas é quase isto). Consequentemente, o PE poderá ser verdadeiro, mesmo que a TRG venha a ser falseada e de maneira definitiva. Há quem diga que este é um dos paradoxos mais famosos do século XX [http://arxiv.org/pdf/physics/0506049v5.pdf].

 

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Artigo cientifico brasileiro sobre o Paradoxo da Carga Acelerada
FROM: "Eduardo Torres" <dudutorres@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2012 15:28

Alguem ja' leu?:

----------------

The radiation of a uniformly accelerated charge is beyond the horizon: a simple derivation

Abstract:

We show, by exploring some elementary consequences of the covariance of Maxwell's equations under general coordinate transformations, that, despite inertial observers can indeed detect electromagnetic radiation emitted from a uniformly accelerated charge, comoving observers will see only a static electric field. This simple analysis can help understanding one of the most celebrated paradoxes of last century.

Authors: Camila de Almeida, Alberto Saa

--------------

Vou tentar uploadar pra lista.

Abs,
Eduardo Torres



SUBJECT: Novo arquivo carregado em ciencialist
FROM: ciencialist@yahoogrupos.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2012 15:29


Olá,

Esta mensagem é uma notificação para informá-lo que um novo arquivo foi adicionado no grupo ciencialist.

Arquivo : /Artigo_Paradoxo_Carga_Acelerada.pdf
Carregado por : dudutorres <dudutorres@yahoo.com>
Descrição : Artigo cientifico brasileiro sobre o Paradoxo da Carga Acelerada

Você pode acessar o arquivo pela URL:

http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/Artigo_Paradoxo_Carga_Acelerada.pdf

Para saber mais sobre compartilhamento de arquivos no grupo, leia:

http://help.yahoo.com/help/br/groups/files

Atenciosamente,

dudutorres <dudutorres@yahoo.com>






SUBJECT: Re: Artigo cientifico brasileiro sobre o Paradoxo da Carga Acelerada
FROM: "Eduardo Torres" <dudutorres@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2012 15:35

Ja' consegui fazer o upload.

Interessante conclusao do artigo:

--------------

The detection of radiation is not the only paradox involving accelerated charges. Another very interesting paradox
is related to the radiation reaction force. As we discussed, an inertial observer detects the radiation emitted by a
uniformly accelerated charge. He/she can even calculate the (nonvanishing) total radiated power. But we know from
classical electrodynamics that the radiation reaction force vanishes for a constant proper acceleration.6 Hence, what
is acting as the source of the radiated power? How is it possible to conserve energy in this case? Interesting questions,
but that's another story . . .

---------------

Pelo repasse,
Eduardo Torres

PS: A Camila e o Alberto sao membros da Ciencialist?

;-)

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Eduardo Torres" <dudutorres@...> escreveu
>
> Alguem ja' leu?:
>
> ----------------
>
> The radiation of a uniformly accelerated charge is beyond the horizon: a simple derivation
>
> Abstract:
>
> We show, by exploring some elementary consequences of the covariance of Maxwell's equations under general coordinate transformations, that, despite inertial observers can indeed detect electromagnetic radiation emitted from a uniformly accelerated charge, comoving observers will see only a static electric field. This simple analysis can help understanding one of the most celebrated paradoxes of last century.
>
> Authors: Camila de Almeida, Alberto Saa
>
> --------------
>
> Vou tentar uploadar pra lista.
>
> Abs,
> Eduardo Torres
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/04/2012 16:06

Oi Alberto,

Agora eu vou do mesmo verde mas sem negrito.

Li sua MSG e verifiquei que eu preciso melhorar a minha explicação. E além disto, você me ajudou (com a ref. indicada) a perceber onde está realmente o possível paradoxo. Não é no PE (este, na minha opinião, está errado, sem paradoxo) mas no EM de Maxwell.

Ou seja, o paradoxo não é no PE, pois este veio para tentar resolver o paradoxo da carga acelerada existente no EM.
Se o PE estivesse correto, o paradoxo do EM estaria resolvido. O EM estaria salvo.
Mas como, creio eu, o PE está errado, o EM continua paradoxal.

Explico melhor aí embaixo.


 
Hélio: A evolução espacial da emissões de uma carga, a princípio, viola sim o PE. Claro que o resultado dependerá da presença ou ausência de ar dentro do elevador (ou laboratório).
Estou tentando entender cada situação proposta por você. Mas acho que não é necessário complicar a experiência como você está fazendo e continua ainda mais aí embaixo. Se a situação mais simples envolvendo carga acelerada (o perfil de campo elétrico de uma carga fixada na parede de num elevador acelerado) já viola a PE então todos as sofisticações também vão.
 
Alberto: Mas isto é você quem está afirmando e ainda não entendi baseado em quê você afirma isto (violação do PE). Eu conheço sim uma infinidade de explicações de vários tipos e a demonstrarem justamente o contrário. Algumas aparentemente lógicas, algumas absurdas, algumas a utilizarem a matemágica relativista e algumas a utilizarem elucubrações estratosféricas e quânticas. Nenhuma me satisfaz 100%, mas isto não significa que estejam erradas. Parece estar faltando aí algum condimento, e é isto o que eu tenho procurado em minhas sofisticações.
 As explicações mais simples e a sustentarem o PE são aquelas que foram apresentadas recentemente pelo Belmiro e pelo Léo. São clássicas no sentido que atendem ao eletromagnetismo (EM) de Maxwell, a incluir o caráter não mecanicista deste EM (isto não significa dizer que sejam explicações relativistas no sentido moderno do termo -- o EM de Maxwell tem se mostrado irredutível ao mecanicismo, mas isto não é o mesmo que dizer que ele é relativista no sentido moderno do termo). Estou procurando aceitar estas explicações como verdadeiras, ainda que por hipótese. O que tenho escrito tem levado em conta esta possibilidade.
 No mais, não conheço nenhuma citação nem nenhum argumento a demonstrar a violação do PE, que você está assumindo como líquida e certa.

Hélio: Eu estou apresentado agora. Mas não é meu. Veja mais abaixo.

Hélio na MSG anterior:
Num elevador acelerado com uma carga fixada vai aparecer um perfil de emissão (campo elétrico), diferente de quando ele está sob a superfície de um planeta (vácuo no elevador e sensor de campo interno). Com ar, este efeito (diferença) será minimizado.
Também não conheço nenhum dado experimental, como você parece estar sugerindo, a contradizer de maneira definitiva o PE.

Hélio: Veja mais abaixo.

Hélio na MSG anterior:
A figura 1 da MSG 81845 representa uma carga oscilante dentro de um elevador, então, para mim, o medidor medirá a onda se ele estiver apoiado na superfície do planeta e medirá uma onda distorcida se ele estiver acelerado.
Não, a figura 1 mostra apenas uma carga oscilante. Não existe aí nenhum elevador. O elevador começa a ser considerado a partir da figura 3 e neste caso a carga está fixa nas paredes do laboratório (ou elevador, se quiser). Como afirmei nesta msg (81845): «Vamos considerar a carga em repouso no laboratório e fixa às paredes do laboratório por uma barra rígida e de material isolante, como mostra a figura 3.» Este laboratório pode ser pensado como um elevador oscilante. Se o laboratório oscilar, a carga oscilará para um observador externo ao mesmo.
 
Hélio na MSG anterior: A figura 4 da MSG 81845 mostra a carga fixada no elevador (laboratório).
Na realidade é a figura 3. A figura 4 mostra o laboratório em mhs e visto por um observador externo, sem mostrar a carga.
Hélio na MSG anterior: Para mim, se o laboratório estiver em mhs, o observador interno vai medir distorções periódicas no perfil do campo elétrico gerado pela carga.
Qual é a teoria a lhe permitir esta suposição? Veja que carga, o observador e o equipamento laboratorial estão em repouso, cada um em relação aos demais; ainda que os três estejam em mhs em relação a um observador externo e situado em um referencial inercial.

Hélio: Na verdade eu não precisaria de uma teoria para dizer estas coisas. Poderia simplesmente dizer que é minha teoria. [:-)] Mas, na verdade, existe sim uma teoria, e é de um cara contemporâneo a Einstein. Advinha quem é...
Vou dar uma dica: Tem 4 letras, a primeira é R, a última é Z e as duas do meio é "ele" em inglês quando se refere a animais e coisas.
|______________ R - _ - _ - Z
| . . . . . . . . . . . . .|
| . . . . . . . .  . . . .O
| . . . . . . . . . . . . .|\
| . . . . . . . . . . . . .|.\
| . . . . . . . . . . . . .|
|
|___________________A  B C

:-)
É, meu piano tem uma tecla só, mas com ela toco todas as músicas.
:-)
 
Hélio na MSG anterior: Será algo diferente da onda observada pelo observador externo.
Provavelmente sim. A minha dúvida é se este «algo» não seria a ausência de onda.
Hélio na MSG anterior: Mas se forem dois planetas oscilando nas vizinhanças tanto o observador interno quanto o externo só mediram o campo elétrico gerado pela carga parada (imaginando que o material do planeta não afete o campo). Logo, o observador interno consegue distinguir. O PE não é válido para esta e todas as situações que envolvam os agentes de campo que não são afetados por campo gravitacional.
Bem, a esse respeito eu ainda não disse nada. Acho apenas que a coisa é um pouco mais complicada do que você está imaginando, mas este é um trunfo que mostrarei no momento oportuno (e não é nada que decorra das minhas teorias, mas a apoiar-se em conhecimentos clássicos). Por enquanto limitar-me-ei a considerar a carga elétrica como ela tem sido descrita nos livros de EM.
 
Hélio na MSG anterior: E eu, para resumir, digo. Eu não acho que existe um verdadeiro paradoxo. Pelo menos, se "paradoxo" tiver o significado que eu acho que tem. Na proposta de Einstein, tudo sofre influência do campo gravitacional, inclusive outro campo. Logo, não existe paradoxo nesta proposta. O que existe é uma proposta que, na minha opinião, não condiz com a realidade.
Na alternativa a isto, ou seja, agentes de campo (ou simplesmente "campo", como queiram) não são deflexionados pela gravidade, também não há paradoxo.
No caso dos gêmeos, existe um paradoxo quando existe simetria e a teoria (TRE de E.) diz que cada um deve encontrar o outro mais jovem. É um paradoxo inerente à teoria.
Não sei se eu entendi, acho que não.

Hélio: Realmente, você não entendeu ainda a minha proposta.

No caso dos gêmeos, o paradoxo refere-se a uma teoria, a TRE. No caso das cargas aceleradas, o paradoxo não está se referindo a nenhuma teoria, mas a um princípio avulso, o PE. 

Hélio: Eu estava dizendo que o PE estava errado mas não existia nenhum paradoxo. Mas agora mudei para: "No caso das cargas aceleradas, o paradoxo está se referindo a teoria EM". Não ao PE.
O PE pode estar certo ou errado (para mim, ele está errado), mas certo ou errado, não tem paradoxo nele. Mas se o PE estiver errado tem paradoxo da carga acelerada no EM, e se o PE estiver certo, não tem este paradoxo no EM.

O PE é independente da TRG, ainda que a TRG tenha sido construída a partir do PE. De maneira ultra-simplificada poderíamos dizer que TRG = TRE + PE (não é exatamente isto, mas é quase isto). Consequentemente, o PE poderá ser verdadeiro, mesmo que a TRG venha a ser falseada e de maneira definitiva. Há quem diga que este é um dos paradoxos mais famosos do século XX [http://arxiv.org/pdf/physics/0506049v5.pdf].

Hélio: Agora, espero ter ficado claro que eu NÃO acho que é isto aí em cima. O PE de E. é o mesmo que TRG de E.. O que não é claro para mim é se a TRE de E. está incluída dentro da TRG de E.
Em problemas envolvendo acelerações, às vezes eles ("o olimpo acadêmico", como você diz) usam as contribuições duas, outras vezes eles usam só a segunda.
Por estas e outras que eu gostaria da resposta numérica do Victor para saber se ele soma as duas contribuições ou só usa uma.
Ver http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81791


Hélio



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Artigo cientifico brasileiro sobre o Paradoxo da Carga Acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/04/2012 17:44

Olá Eduardo
 
Responderei as duas msgs em uma só:
 
> Alguem ja' leu?:
 
Li há muito tempo, mas já esqueci dos detalhes. Guardei apenas os aspectos fundamentais, dois dos quais você reproduziu nessas duas msgs. Atualmente pode ser acessado gratuitamente em  http://arxiv.org/pdf/physics/0506049v5.pdf
 
> «We show, by exploring some elementary consequences of the covariance of Maxwell's equations under general coordinate transformations, that, despite inertial observers can indeed detect electromagnetic radiation emitted from a uniformly accelerated charge, comoving observers will see only a static electric field. This simple analysis can help understanding one of the most celebrated paradoxes of last century.»
 
Vejo aí um certo enfeite desnecessário. O Belmiro e o Léo chegaram à mesma conclusão apenas com dados operacionais relacionados à teoria de Maxwell, deixando as equações, bem como a covariancia, de lado. Enfim, como é para justificar o artigo, e o artigo procura identificar uma certa superficialidade nesta conclusão direta, o enfeite chega a fazer sentido. O mesmo não posso dizer da matemágica que se segue. ;-)
 
> Interessante conclusao do artigo: «The detection of radiation is not the only paradox involving accelerated charges. Another very interesting paradox is related to the radiation reaction force. As we discussed, an inertial observer detects the radiation emitted by a uniformly accelerated charge. He/she can even calculate the (nonvanishing) total radiated power. But we know from classical electrodynamics that the radiation reaction force vanishes for a constant proper acceleration.6 Hence, what is acting as the source of the radiated power? How is it possible to conserve energy in this case? Interesting questions, but that's another story . . .»
 
Concordo contigo, a conclusão é interessante. Acho, não obstante, que são coisas aparentadas e inerentes ao paradoxo. É aí justamente que vejo uma certa fraqueza nas argumentações quantum-relativistas a justificarem muitos de seus voos estratosféricos (radiação de Hawking, de Unruh, buracos negros e outros bichos). Sem dúvida seria interessante explorar a fundo esta questão. e quero ver até onde conseguirei ir utilizando uma argumentação clássica. Coisa que os demais participantes do debate parece ainda não terem entendido, qual seja, o porquê da minha insistência em sofisticar um problema à primeira vista elementar.
 
> PS: A Camila e o Alberto sao membros da Ciencialist?
 
Que eu saiba, não.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/04/2012 18:29

From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Saturday, April 21, 2012 11:58 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Em continuação à msg 81914, irei discutir agora o ítem 2 lá assinalado, qual seja: Abordagem do problema de modo análogo àquele observado na queda livre em um campo gravitacional uniforme (elevador de Einstein).
 
Primeiramente vamos ver como ficaria o problema sob o ponto de vista da queda livre em um campo gravitacional uniforme. Neste caso quem acelera a carga é o próprio campo gravitacional a ser levado em consideração.
 
Um observador (1), situado na Terra, observa uma carga elétrica em queda livre e, portanto, com movimento uniformemente acelerado e de aceleração g. Por questões de simplicidade vamos considerar o campo g constante durante todo o trajeto considerado. Como estamos no terreno das experiências de pensamento, isto pode ser assumido com relativa facilidade. Os sensores de (1) constatarão a emissão, pela carga, de radiação eletromagnética (de acordo com a teoria de Maxwell, carga elétrica em movimento acelerado emite radiação eletromagnética). Um segundo observador (2) acompanha a carga elétrica em sua queda livre. A figura 7 ilustra a situação apresentada.
 
PE_ql_carga

Figura 7: Queda livre de uma carga elétrica
Se a figura não estiver visível clique aqui
 
A radiação está aí representada por uma de suas possíveis «frentes de onda». Coloquei frente de onda entre aspas pelo fato desta «onda» ser bastante atípica. Ao contrário da onda representada na figura 4 (msg 81845), esta cresce indefinidamente, não se repete, não tem frequência ou, melhor, tem frequência igual a zero.
 
Para o observador (2), e segundo os ensinamentos de Galileu, a carga elétrica estará em repouso (ambos caem com a mesma velocidade). Para podermos utilizar o princípio da equivalência (PE) da maneira como costuma ser enunciado, vamos assumir que este observador (2), a carga elétrica e os seus equipamentos de teste, estão no interior de um elevador de Einstein, ou seja, (2) não consegue visualizar o exterior. O problema é então um pouquinho diferente daquele que vimos anteriormente, ainda que o significado físico seja exatamente o mesmo. O PE propõe que não será possível para (2) distinguir a sua situação atual (queda livre num campo g constante) daquela que seria observada caso ele estivesse no espaço sideral, suficientemente afastado de qualquer objeto dotado de massa e num referencial inercial. Para os sensores de radiação do observador (2) a carga está em repouso. Logo, e pela teoria de Maxwel, os seus sensores não deverão denunciar a emissão pela carga de nenhuma radiação eletromagnética. Sem saber que está em queda livre, o observador (2) ficará com a nítida impressão de estar numa região do espaço onde o campo gravitacional é nulo, e seu equipamento laboratorial não irá ajudá-lo a esclarecer o processo.
 
Vamos procurar imaginar esta radiação como sendo devida ao fato da carga elétrica estar emitindo «alguma coisa». Seria esta coisa «algum objeto» passível de ser caracterizado mecanicamente? E sendo assim, esta «alguma coisa» estaria dotada de energia, no sentido definido em mecânica? A verdade é que se formos tentar entender estes ensinamentos eletromagnéticos apelando para o mecanicismo (mecanicismo este que vigorava com bastante esplendor nos tempos de Maxwell) ou então, o que seria o mesmo, através de analogias mecânicas, as coisas não irão se encaixar. Há quem diga que Maxwell iniciou sua vida acadêmica como adepto do mecanicismo, mas acabou desistindo após ter verificado que o seu eletromagnetismo era irredutível a esta ideologia [Comento alguma coisa a esse respeito, se bem que sob um prisma diverso, no artigo «Similaridades entre Campos de Velocidade e o Campo Eletromagnético –> http://ecientificocultural.com.br/ECC3/flettner1.htm#discussao <– vide Discussão].
 
Embora a radiação eletromagnética não seja passível de ser descrita por analogias mecânicas no sentido clássico do termo, a verdade é que a teoria de Maxwell, devido a esta irredutibilidade, acabou dando origem às duas principais teorias «moderna» e que, de uma maneira ou de outra, descambaram para um mecanicismo que podemos citar como não clássico, ou não newtoniano (a não ser como caso limite). O pai da teoria da relatividade, por exemplo, passou os últimos anos de sua vida tentando transformar suas teorias em outra mais sofisticada e a se basear na noção de que «tudo é movimento». Quanto à mecânica quântica nem há o que falar, basta conferir sua denominação.
 
Estaria eu tergiversando, ou fugindo do assunto principal? Creio que não. Na realidade eu estou discutindo o item 2 apresentado na msg 81914 mas já de olho no item 3, qual seja: «Se o problema pode, à primeira vista, ser solucionado utilizando exclusivamente a física clássica, porque é que os autores modernos preferem as explicações a utilizarem ou a métrica de Minkowski ou a teoria quântica?»
 
Vejam bem: A explicação clássica e a solucionar o paradoxo (aquela apresentada pelo Belmiro e pelo Léo) tem a vantagem de ser simples e operacional (no sentido de lidar com resultados imaginários mas apoiados em uma experimentação coerente com o EM de Maxwell). Não obstante, esta explicação fica a desejar ao não ir à raiz do problema, ao não analisar em profundidade o que seriam estas radiações eletromagnéticas em si. Alguma coisa fica no ar quando seguimos esta linha. A física «moderna» procura ir além, ainda que apoiando-se em fundamentos difíceis de serem digeridos (os seus postulados). Além do que, estamos frente a um paradoxo relacionado a um princípio (PE) que poderia ser pensado como clássico (eu o considero assim), mas que chega a dar respaldo a uma dessas teorias da física «moderna».
 
O mecanicismo inerente à física «moderna» nivelou as radiações eletromagnéticas ao conceito de fóton, uma partícula elementar de massa não nula (a menos que esteja naquela condição proibida pela própria física que a define, qual seja, em repouso) e de energia não nula. Esta energia dos fótons relaciona-se à frequência f das ondas a eles associadas (E=hf). No caso em apreço estamos frente a uma radiação em que f=0. Que dizer do fóton equivalente? Existiria? Seria um fóton de energia nula? Seria, sob esse aspecto, outro dos famigerados fótons virtuais? Quem sabe? Aceita-se, não obstante, a sua existência como tal (energia nula) e após a aplicação de uma matemágica quântica razoável, demonstra-se que ele seria captável pelo observador (1) mas não pelo observador (2), em acordo com o PE. Os relativistas também exercitam a sua matemágica e, no caso, a apoiar-se na métrica de Minkowski. Concluem desta maneira que a carga irradia mas o observador (2) é incapaz de detectar esta radiação pois carga e observador estão «causalmente desconectados».
 
Para entendermos melhor esta procura por explicações estratosféricas, vamos tentar raciocinar clássicamente frente à  dualidade corpúsculo/onda da física «moderna», em especial o que poderíamos chamar por caráter corpuscular da radiação. Seja então o análogo mecânico representado na figura 8. Neste caso o observador em queda livre tem um equipamento dotado de uma mola e capaz de lançar uma bola de massa m numa direção perpendicular à da queda livre.
PE_ql_bola
Figura 3: Bola lançada por equipamento em queda livre
Se a figura não estiver visível clique aqui
 
Neste caso a energia da mola é transferida à bola. No referencial do observador (2) em queda livre, a bola percorrerá um MRU e a energia da mesma será E(2)=mv². No referencial do observador (1) em terra firme, a energia com que a bola o atinge será E(1)=mv’², em que v’ = v’x+v’y. Esta energia E’ tem dois termos: um igual a E(1) [pois vx=v] e outro a corresponder à energia cinética ganha pela bola ao trafegar pelo campo gravitacional.
 
Se esta bola fosse um «fóton clássico», seria de se esperar que ela atingisse o observador (1) com uma energia E(1) superior àquela do lançamento, qual seja, E(2). Mas neste caso (partícula clássica) ela deveria atingir o observador (1) com uma velocidade superior àquela que seria capaz de ser detectada pelo observador (2). Ou seja, frente a este reducionismo não há como assumir uma natureza corpuscular para a radiação coerente com a ideia (TR) de que a velocidade desta radiação pudesse vir a ser igual em módulo nos dois referenciais (=c). A saída relativística seria aceitar, de alguma maneira, que o observador (2) não consegue detectar este lançamento. E a saída quântica seria aceitar que ou este fóton é virtual ou, o que talvez fosse o mesmo, de energia zero, e portanto não detectável pelo observador (2); o observador (1) porém o detecta por razões matemágico-quânticas e que a própria razão desconhece. Este zero está bastante em acordo com o fato de f ser zero (vide acima), e portanto E=hf=0, bem como com algumas evidências experimentais relacionadas a aceleração de partículas carregadas e aceleradas em campos elétricos uniformes (elas não perdem energia em virtude desta aceleração).
 
A dúvida que me surgiu é se as coisas não poderiam ser diferentes raciocinando-se com radiações de frequência diferente de zero (fótons não virtuais). Foi aí que me surgiu a ideia de bolar aquelas sofisticações (experiências de pensamento) com laboratórios em mhs ou planetas em mhs. Ainda não tenho a resposta, mas a minha maneira de aprender é assim, matutando sobre questões imaginárias, transcendentais e muitas vezes absurdas. E quero crer que mesmo que não chegue a nada com relação ao problema em discussão (paradoxo envolvendo o PE) ainda assim poderei aprender muito raciocinando em cima dessas ideias absurdas, e quero crer que meus leitores idem.
 
Fico então devendo a discussão da segunda parte relacionada ao item 2 indexado na msg 81914, conquanto já tenha adiantado alguns tópicos referentes ao que pretendia comentar quando fosse discutir o item 3.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: O Extraterrestre do FBI/KGB/SS: Encontrado
FROM: Kentaro Mori <kentaro.mori@gmail.com>
TO:
CC: abacaxi@googlegroups.com, ciencialist@yahoogrupos.com.br, exobiologia_e_cia@yahoogrupos.com.br, otrasinteligencias@yahoogroups.com, sbcr@yahoogroups.com, ufoburn@yahoogrupos.com.br, enigmasonline <enigmasonline@yahoogrupos.com.br>, João Luís Cenedese <umabarauna@gmail.com>, lista CA <ceticismoaberto@yahoogrupos.com.br>, Maracujá <maracuja@googlegroups.com>, solarianos <solarianos@googlegroups.com>, ufo_portugal <UFO_PORTUGAL@yahoogrupos.com.br>, Ufolista <Ufolista@yahoogrupos.com.br>, anomalist@yahoogroups.com
DATE: 22/04/2012 23:20

http://www.ceticismoaberto.com/ufologia/7727/o-extraterrestres-do-fbikgbss-encontrado

CETICISMO ABERTO » DESTAQUES » O EXTRATERRESTRE DO FBI/KGB/SS: ENCONTRADO

O Extraterrestre do FBI/KGB/SS: Encontrado

PUBLICADO EM 22 DE ABRIL DE 2012 · SEM COMENTÁRIOS
DESTAQUESFOTOS DE ALIENÍGENASUFOLOGIA · TAGS: 

fbikgbssalien02 ufologia fotos de alienigenas destaques

“Uma das mais impressionantes fotografias de uma suposta criatura extraterrestre recuperada da queda de discos voadores. Por muitos anos acreditou-se que a foto originou-se nos EUA, mas recentemente se descobriu que o extraterrestre foi capturado na Alemanha, pouco antes da Segunda Guerra Mundial. Os oficiais que seguram a criatura são membros do alto escalão da SS”. [Revista UFO, n.18, p.18, Dez 1991]

001 thumb ufologia fotos de alienigenas destaques A fotografia tem sido há muito uma favorita deste autor, e desde que escrevemos sobre ela em 2009, descobrimos através de Isaac Koi, que já em 1982 Loren Gross havia publicado em sua série “UFOs: A History” a origem correta da montagem: a edição de 1 de Abril de 1950 da foto-revista alemã “Neue Illustrierte”. Em 2003 Achim Martin partilhou com Gross cópias do artigo original, infelizmente as publicações de Gross têm circulação muito limitada e suas reprodução são xerográficas.

Decidi assim obter a edição original de “Neue Illustrierte”, publicada em Colônia, Alemanha, e datada de 29 de março de 1950. Era uma revista semanal, e como anunciado em uma chamada vermelha logo na capa, cobria a data de 1 de abril.

Os Marcianos!

Ao abrir a revista, já na página 3 de Neue Illustrierte, o leitor descobre a fonte desta imagem icônica:

ScanImage003a thumb ufologia fotos de alienigenas destaques

As legendas contam sobre como o disco voador foi capturado em uma fotografia do sargento americano “D. Ussel”, sendo abatido logo depois. Seres estranhos emergiram e “se moviam perdidos, planando estranhamente sem impedimento, como mergulhadores sob a água”. O agente McKerenich comenta como estava “Ciente da grandiosidade do momento, pela primeira vez na história da Humanidade um terráqueo via um visitante do espaço!”. O homem prateado estaria coberto por camadas de metal, que o observatório de Phoenix especulava ser uma proteção contra radiação.

Uma estranha escrita “marciana” é apresentada, e descrevendo a imagem mais famosa, descobrimos “a grande surpresa: o marciano tem… apenas 70 centímetros de altura!”. Estas seriam “as únicas imagens verdadeiras, e o leitor deve tomar cuidado com fraudes toscas circulando na imprensa mundial”.

Sargento Otário

003 thumb ufologia fotos de alienigenas destaques Como é típico de brincadeiras de Primeiro de Abril, há várias pistas sobre a piada, incluindo como foi criada. O sinal mais evidente já havia sido notado por Koi: o sargento da divisão anti-aérea D. Ussel é uma brincadeira com a palavra “Dussel”, que significa otário em alemão.

O comentário sobre como as “figuras pareciam se mover perdidas, planando estranhamente sem impedimento, como mergulhadores sob a água” é uma referência às imagens correspondentes, que são em verdade de um grupo de patinadores britânico, “The Lidstones”. Note como as poses são características de apresentações artísticas desta natureza.

O aviso final sobre “fraudes toscas” circulando na imprensa também é um ótimo toque.

Todos estes sinais foram confirmados na próxima edição de Neue Illustrierte, publicada em 5 de abril de 1950. Na página 43, encontramos o aviso:

004 thumb ufologia fotos de alienigenas destaques

Neue Illustrierte, Colônia, Alemanha; 5 de abril de 1950; p. 43 
Abril! Abril! 
"Neue Illustrierte", em sua edição de abril publicada em 29 de março, pregou algumas peças em seus leitores: o pouco de marcianos na página 3 é uma fantasia. O sargento D. Ussel (Otário) não existe. O Marciano era um artista do grupo de patinadores “The Lidstones”.

Uma busca por patinadores chamados “The Lidstones” revela uma foto de Susan Miller de Joan e James Lidstone publicada em 1962. O homem se assemelha ao marciano, embora não possamos estar seguros da identificação devido à baixa qualidade de ambas fontes:

jameslidstone martian ufologia fotos de alienigenas destaques

Um ponto interessante é que as botas do marciano parecem botas de patins. Embora na mais famosa das montagens o marciano esteja seminu, nas outras duas as figuras humanóides parecem usar trajes colantes prateados, incluindo toucas, e é possível que estes trajes tenham sido usados pelos patinadores em alguma apresentação, poupando trabalho aos autores da montagem.

Já com relação ao disco voador, Martin Kottmeyer já havia identificado o objeto como “uma imagem retocada do modelo de disco do Dr. E.W. Kay que apareceu na imprensa em 11 de janeiro de 1950”:

neue kays ufologia fotos de alienigenas destaques

Do Primeiro de Abril para a História

Devido à baixa qualidade das reproduções da imagem mais famosa, também é notável que confusões surgiram a respeito da composição da cena. Abaixo, destaquei em cores diferentes as cinco pessoas (incluindo o marciano) que aparecem na montagem:

marsmenschen april1 ufologia fotos de alienigenas destaques

A interpretação mais comum, refletida no pequeno brinquedo japonês no início deste texto, representa a mulher encarando a câmera (em amarelo) com as pernas afastadas. Em verdade, na fotomontagem original pode-se ver sua perna esquerda e perceber que a mulher está em verdade de lado, e as pernas no lado direito da imagem pertencem à segunda mulher (em vermelho).

Ainda assim, esta é uma montagem com vários problemas: a mulher em amarelo aparece na frente daquela em vermelho – sua mão direita a obstrui – e, todavia, as pernas da mulher em vermelho estão claramente à frente, uma delas em linha com o pequeno marciano. As duas mulheres provavelmente não pertenciam, ao menos nessa geometria, à mesma cena, e foram recortadas e coladas sem uma consideração apropriada ao seu arranjo espacial. O autor da fotomontagem pode ter deixado tais incoerência evidentes propositalmente, como parte da brincadeira.

Várias outras confusões surgiram relacionadas à imagem, a mais comum associando-a à fraude de 1953 nos EUA envolvendo um macaco sem pêlos. O corpo do marciano alemão não é o de um macaco sem pêlos, a menos que se considere um ser humano dessa forma.

Como mesmo Donald Keyhoe notou à época, o mote de pequenos extraterrestres de um disco acidentado derivou da Fraude de Aztec – Roswell só retornaria à Ufologia no fim da década de 1970. A fraude de Aztec também inspirou, exatamente na mesma época, e também na Alemanha, a criação de outra famosa fotografia de um extraterrestre capturado.

Através de Koi, tomei conhecimento do livro de Jenny Randles e Peter Hough “Looking for the Aliens” (1991). Ele cita o trabalho de Claus Westh-Henrichsen que indicava que “as posições das mãos dos ‘homens de segurança’ sugere que estavam segurando um objeto rígido. Depois de conduzir testes, ele propõe que eles estavam empurrando um carrinho de bebê!”. Validando esta sugestão, criei mesmo uma montagem para ilustrar a hipótese, mas ao verificar a imagem original em melhor qualidade e observar com melhor clareza as posições das mãos dos homens, é preciso notar que a menos que estes segurassem uma parte curva, suas mãos não estão alinhadas.

Da mesma fonte também havia considerado a informação de “Han-Werner Peiniger de um grupo OVNI da Alemanha Ocidental de que esta foi outra brincadeira de 1 de abril e que os autores eram G Falscht e R Logen, o que em português é similar a Ds Mascarador e U Mafraude (de fato, traduções literais de ‘forjado’ e ‘faz-de-conta’). Entretanto, ao obter tanto a edição original da brincadeira quanto a seguinte com a clarificação, não pude encontrar qualquer referência a “G Falscht e R Logen” como autores da história.

Escrita Marciana

Ao ler as pistas sobre uma “enigmática escrita marciana” publicada pela revista, suspeitei que era uma mensagem em alemão, apenas invertida e espelhada:

ScanImage003b ufologia fotos de alienigenas destaques

E, realmente, o amigo Manuel Borraz a decifrou (com algum esforço você também conseguirá lê-la):

“Die Erde gefällt uns nicht. 
Wir möchten wieder nach Hause.”

Que significa:

“Não gostamos da Terra. 
Queremos voltar para Casa.”

Esta foi uma excelente brincadeira de 1 de Abril, com todos os sinais possíveis de ser uma fantasia, e que foi esclarecida como tal na edição seguinte a qualquer leitor que ainda ficasse em dúvida. Todos pesquisadores OVNI sérios ao longo dos anos descartaram a imagem como uma fraude, embora os detalhes precisos tenham eludido a maior parte deles por décadas, com confusões estendendo-se até hoje.

Ao localizar e partilhar a publicação original, espero que o caso seja solucionado.

- – -

Ajude a cobrir as despesas desta pesquisa, que somaram um total superior a R$350, fazendo sua doação via Paypal:

 pixel ufologia fotos de alienigenas destaques

Posso enviar scans em melhor qualidade dos artigos a todos que o solicitarem em privado, embora deva notar que os originais são fotomontagens pesadamente adulteradas, e o scanner que possuo não seja profissional (com resolução nativa máxima de 600 dpi), de forma que a qualidade não será muito melhor que as versões que podem ser acessadas clicando nas imagens.

É desnecessário notar que este trabalho foi baseado na pesquisa de muitos outros indicados aqui e nas versões anteriores publicadas, em especial nas pesquisas de Luis Ruiz Noguez e Isaac Koi.


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/04/2012 11:41

Na mensagem que enviei ontem (22/4/2012) e que ainda não foi postada por
conta do atraso do Yahoo (provavelmente foi parar na pasta quarentena
aguardando liberação)

ONDE SE LÊ:

Figura 3

LEIA-SE:

Figura 8.

Ou então, e esta é apenas para o Homero, onde você não vê nenhuma
bolinha (3), veja duas (8).

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Artigo cientifico brasileiro sobre o Paradoxo da Carga Acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/04/2012 15:31

Oi Eduardo.
 
Não, não li. Mas a introdução já diz que as conclusões dos autores vão de encontro às conclusões que acabamos de chegar, sem usar covariância e os capeta a quatro.
 
[],s
 
Belmiro

De: Eduardo Torres <dudutorres@yahoo.com>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Domingo, 22 de Abril de 2012 15:28
Assunto: [ciencialist] Artigo cientifico brasileiro sobre o Paradoxo da Carga Acelerada
 
Alguem ja' leu?:

----------------

The radiation of a uniformly accelerated charge is beyond the horizon: a simple derivation

Abstract:

We show, by exploring some elementary consequences of the covariance of Maxwell's equations under general coordinate transformations, that, despite inertial observers can indeed detect electromagnetic radiation emitted from a uniformly accelerated charge, comoving observers will see only a static electric field. This simple analysis can help understanding one of the most celebrated paradoxes of last century.

Authors: Camila de Almeida, Alberto Saa

--------------

Vou tentar uploadar pra lista.

Abs,
Eduardo Torres


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Artigo cientifico brasileiro sobre o Paradoxo da Carga Acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/04/2012 15:38

    Alberto.
 
    Estou meio sem tempo (imposto de renda da atividade rural dá um trabalhão e eu sou o meu contador + provas para corrigir)  para refletir sobre as suas questões. Mas uma lida rápida, acho que não entendi a sua proposta quanto à gravidade. Onde está a carga Q?
E, ademais, se quiser ir colocando suas ponderações  para direcionar melhor o debate, acho que será mais viável.
 
[],s
 
Belmiro

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Domingo, 22 de Abril de 2012 17:44
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Artigo cientifico brasileiro sobre o Paradoxo da Carga Acelerada
 
Olá Eduardo
 
Responderei as duas msgs em uma só:
 
> Alguem ja' leu?:
 
Li há muito tempo, mas já esqueci dos detalhes. Guardei apenas os aspectos fundamentais, dois dos quais você reproduziu nessas duas msgs. Atualmente pode ser acessado gratuitamente em  http://arxiv.org/pdf/physics/0506049v5.pdf
 
> «We show, by exploring some elementary consequences of the covariance of Maxwell's equations under general coordinate transformations, that, despite inertial observers can indeed detect electromagnetic radiation emitted from a uniformly accelerated charge, comoving observers will see only a static electric field. This simple analysis can help understanding one of the most celebrated paradoxes of last century.»
 
Vejo aí um certo enfeite desnecessário. O Belmiro e o Léo chegaram à mesma conclusão apenas com dados operacionais relacionados à teoria de Maxwell, deixando as equações, bem como a covariancia, de lado. Enfim, como é para justificar o artigo, e o artigo procura identificar uma certa superficialidade nesta conclusão direta, o enfeite chega a fazer sentido. O mesmo não posso dizer da matemágica que se segue. ;-)
 
> Interessante conclusao do artigo: «The detection of radiation is not the only paradox involving accelerated charges. Another very interesting paradox is related to the radiation reaction force. As we discussed, an inertial observer detects the radiation emitted by a uniformly accelerated charge. He/she can even calculate the (nonvanishing) total radiated power. But we know from classical electrodynamics that the radiation reaction force vanishes for a constant proper acceleration.6 Hence, what is acting as the source of the radiated power? How is it possible to conserve energy in this case? Interesting questions, but that's another story . . .»
 
Concordo contigo, a conclusão é interessante. Acho, não obstante, que são coisas aparentadas e inerentes ao paradoxo. É aí justamente que vejo uma certa fraqueza nas argumentações quantum-relativistas a justificarem muitos de seus voos estratosféricos (radiação de Hawking, de Unruh, buracos negros e outros bichos). Sem dúvida seria interessante explorar a fundo esta questão. e quero ver até onde conseguirei ir utilizando uma argumentação clássica. Coisa que os demais participantes do debate parece ainda não terem entendido, qual seja, o porquê da minha insistência em sofisticar um problema à primeira vista elementar.
 
> PS: A Camila e o Alberto sao membros da Ciencialist?
 
Que eu saiba, não.
 
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.br Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada - ERRATA (msg 81928)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/04/2012 16:35

Na msg 81928, de 23/04/2012
 
ONDE SE LÊ:
  Figura 3
LEIA-SE:
  Figura 8
 
e
 
ONDE SE LÊ:
  ...a energia da mesma será E(2)=mv². [...] a energia com que a bola o atinge será E(1)=mv’²,...
LEIA-SE:
  ...a energia da mesma será E(2)=½(mv²). [...] a energia com que a bola o atinge será E(1)=½(mv’²),...
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Artigo cientifico brasileiro sobre o Paradoxo da Carga Acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/04/2012 17:23

From: Belmiro Wolski
Sent: Monday, April 23, 2012 3:38 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Re: Artigo cientifico brasileiro sobre o
Paradoxo da Carga Acelerada
 
> Estou meio sem tempo (imposto de renda da atividade rural dá um
> trabalhão e eu sou o meu contador + provas para corrigir)  para
> refletir sobre as suas questões.
 
Foi vender os boizinhos homeopáticos e agora está tendo trabalho para
justificar os lucros? Alegre
 
> Mas uma lida rápida, acho que não entendi a sua proposta quanto à
> gravidade. Onde está a carga Q? E, ademais, se quiser ir colocando
> suas ponderações  para direcionar melhor o debate, acho que será mais
> viável.
 
Veja aqueles quadradinhos no meio das figuras 5 e 6. Esses quadradinhos são aquele mesmo laboratório mostrado na figura 3. A carga q é aquela bola mostrada na figura 3 [Clique nos números para observar as figuras no seu navegador.].
 
Q ou q é a mesma coisa, a menos que você esteja pensando naquela outra experiência de pensamento mas que deixei de lado. No caso atual existe apenas uma carga.
 
Apenas para facilitar. As mensagens onde estão as figuras, de 1 a 8, são as seguintes:
 
1) msg 81845 de 18/04/2012 (figuras 1, 2, 3 e 4)
2) msg 81914 de 21/04/2012 (figuras 5 e 6)
3) msg 81928 de 23/04/2012 (figuras 7 e 8)
 
Nestas 3 msgs o assunto está sendo apresentado de maneira sequencial. As outras dentre as minhas msgs são apenas para responder a questionamentos paralelos ou apresentar erratas.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/04/2012 20:38

Oi Alberto.

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Domingo, 22 de Abril de 2012 18:29
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Saturday, April 21, 2012 11:58 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Em continuação à msg 81914, irei discutir agora o ítem 2 lá assinalado, qual seja: Abordagem do problema de modo análogo àquele observado na queda livre em um campo gravitacional uniforme (elevador de Einstein).
 
Primeiramente vamos ver como ficaria o problema sob o ponto de vista da queda livre em um campo gravitacional uniforme. Neste caso quem acelera a carga é o próprio campo gravitacional a ser levado em consideração.
 
Um observador (1), situado na Terra, observa uma carga elétrica em queda livre e, portanto, com movimento uniformemente acelerado e de aceleração g. Por questões de simplicidade vamos considerar o campo g constante durante todo o trajeto considerado. Como estamos no terreno das experiências de pensamento, isto pode ser assumido com relativa facilidade. Os sensores de (1) constatarão a emissão, pela carga, de radiação eletromagnética (de acordo com a teoria de Maxwell, carga elétrica em movimento acelerado emite radiação eletromagnética). Um segundo observador (2) acompanha a carga elétrica em sua queda livre. A figura 7 ilustra a situação apresentada.
 
PE_ql_cargaFigura 7: Queda livre de uma carga elétricaSe a figura não estiver visível clique aqui
 
A radiação está aí representada por uma de suas possíveis «frentes de onda». Coloquei frente de onda entre aspas pelo fato desta «onda» ser bastante atípica. Ao contrário da onda representada na figura 4 (msg 81845), esta cresce indefinidamente, não se repete, não tem frequência ou, melhor, tem frequência igual a zero.
 
Para o observador (2), e segundo os ensinamentos de Galileu, a carga elétrica estará em repouso (ambos caem com a mesma velocidade). Para podermos utilizar o princípio da equivalência (PE) da maneira como costuma ser enunciado, vamos assumir que este observador (2), a carga elétrica e os seus equipamentos de teste, estão no interior de um elevador de Einstein, ou seja, (2) não consegue visualizar o exterior. O problema é então um pouquinho diferente daquele que vimos anteriormente, ainda que o significado físico seja exatamente o mesmo. O PE propõe que não será possível para (2) distinguir a sua situação atual (queda livre num campo g constante) daquela que seria observada caso ele estivesse no espaço sideral, suficientemente afastado de qualquer objeto dotado de massa e num referencial inercial. Para os sensores de radiação do observador (2) a carga está em repouso. Logo, e pela teoria de Maxwel, os seus sensores não deverão denunciar a emissão pela carga de nenhuma radiação eletromagnética. Sem saber que está em queda livre, o observador (2) ficará com a nítida impressão de estar numa região do espaço onde o campo gravitacional é nulo, e seu equipamento laboratorial não irá ajudá-lo a esclarecer o processo.
 
Vamos procurar imaginar esta radiação como sendo devida ao fato da carga elétrica estar emitindo «alguma coisa». Seria esta coisa «algum objeto» passível de ser caracterizado mecanicamente? E sendo assim, esta «alguma coisa» estaria dotada de energia, no sentido definido em mecânica? A verdade é que se formos tentar entender estes ensinamentos eletromagnéticos apelando para o mecanicismo (mecanicismo este que vigorava com bastante esplendor nos tempos de Maxwell) ou então, o que seria o mesmo, através de analogias mecânicas, as coisas não irão se encaixar. Há quem diga que Maxwell iniciou sua vida acadêmica como adepto do mecanicismo, mas acabou desistindo após ter verificado que o seu eletromagnetismo era irredutível a esta ideologia [Comento alguma coisa a esse respeito, se bem que sob um prisma diverso, no artigo «Similaridades entre Campos de Velocidade e o Campo Eletromagnético –> http://ecientificocultural.com.br/ECC3/flettner1.htm#discussao <– vide Discussão].
 
Embora a radiação eletromagnética não seja passível de ser descrita por analogias mecânicas no sentido clássico do termo, a verdade é que a teoria de Maxwell, devido a esta irredutibilidade, acabou dando origem às duas principais teorias «moderna» e que, de uma maneira ou de outra, descambaram para um mecanicismo que podemos citar como não clássico, ou não newtoniano (a não ser como caso limite). O pai da teoria da relatividade, por exemplo, passou os últimos anos de sua vida tentando transformar suas teorias em outra mais sofisticada e a se basear na noção de que «tudo é movimento». Quanto à mecânica quântica nem há o que falar, basta conferir sua denominação.
 
Estaria eu tergiversando, ou fugindo do assunto principal? Creio que não. Na realidade eu estou discutindo o item 2 apresentado na msg 81914 mas já de olho no item 3, qual seja: «Se o problema pode, à primeira vista, ser solucionado utilizando exclusivamente a física clássica, porque é que os autores modernos preferem as explicações a utilizarem ou a métrica de Minkowski ou a teoria quântica?»
 
      Porque qualquer coisa difícil de explicar, basta dizer que só se resolve pela mecânica quântica.
 
Vejam bem: A explicação clássica e a solucionar o paradoxo (aquela apresentada pelo Belmiro e pelo Léo) tem a vantagem de ser simples e operacional (no sentido de lidar com resultados imaginários mas apoiados em uma experimentação coerente com o EM de Maxwell). Não obstante, esta explicação fica a desejar ao não ir à raiz do problema, ao não analisar em profundidade o que seriam estas radiações eletromagnéticas em si. Alguma coisa fica no ar quando seguimos esta linha. A física «moderna» procura ir além, ainda que apoiando-se em fundamentos difíceis de serem digeridos (os seus postulados). Além do que, estamos frente a um paradoxo relacionado a um princípio (PE) que poderia ser pensado como clássico (eu o considero assim), mas que chega a dar respaldo a uma dessas teorias da física «moderna».
 
O mecanicismo inerente à física «moderna» nivelou as radiações eletromagnéticas ao conceito de fóton, uma partícula elementar de massa não nula (a menos que esteja naquela condição proibida pela própria física que a define, qual seja, em repouso) e de energia não nula. Esta energia dos fótons relaciona-se à frequência f das ondas a eles associadas (E=hf).
 
    Não sei responder quanto à energia do fóton, mas a onda transporta energia, como se pode determinar pelo Vetor de Poynting.
 
No caso em apreço estamos frente a uma radiação em que f=0. Que dizer do fóton equivalente? Existiria? Seria um fóton de energia nula? Seria, sob esse aspecto, outro dos famigerados fótons virtuais? Quem sabe? Aceita-se, não obstante, a sua existência como tal (energia nula) e após a aplicação de uma matemágica quântica razoável, demonstra-se que ele seria captável pelo observador (1) mas não pelo observador (2), em acordo com o PE. Os relativistas também exercitam a sua matemágica e, no caso, a apoiar-se na métrica de Minkowski. Concluem desta maneira que a carga irradia mas o observador(2) é incapaz de detectar esta radiação pois carga e observador estão «causalmente desconectados».
 
Para entendermos melhor esta procura por explicações estratosféricas, vamos tentar raciocinar clássicamente frente à  dualidade corpúsculo/onda da física «moderna», em especial o que poderíamos chamar por caráter corpuscular da radiação. Seja então o análogo mecânico representado na figura 8. Neste caso o observador em queda livre tem um equipamento dotado de uma mola e capaz de lançar uma bola de massa m numa direção perpendicular à da queda livre.
PE_ql_bola
Figura 3: Bola lançada por equipamento em queda livreSe a figura não estiver visível clique aqui
 
Neste caso a energia da mola é transferida à bola. No referencial do observador (2) em queda livre, a bola percorrerá um MRU e a energia da mesma será E(2)=mv². No referencial do observador (1) em terra firme, a energia com que a bola o atinge será E(1)=mv’², em que v’ = v’x+v’y. Esta energia E’ tem dois termos: um igual a E(1) [pois vx=v] e outro a corresponder à energia cinética ganha pela bola ao trafegar pelo campo gravitacional.
 
Se esta bola fosse um «fóton clássico», seria de se esperar que ela atingisse o observador (1) com uma energia E(1) superior àquela do lançamento, qual seja, E(2). Mas neste caso (partícula clássica) ela deveria atingir o observador (1) com uma velocidade superior àquela que seria capaz de ser detectada pelo observador (2). Ou seja, frente a este reducionismo não há como assumir uma natureza corpuscular para a radiação coerente com a ideia (TR) de que a velocidade desta radiação pudesse vir a ser igual em módulo nos dois referenciais (=c). A saída relativística seria aceitar, de alguma maneira, que o observador (2) não consegue detectar este lançamento. E a saída quântica seria aceitar que ou este fóton é virtual ou, o que talvez fosse o mesmo, de energia zero, e portanto não detectável pelo observador (2); o observador (1) porém o detecta por razões matemágico-quânticas e que a própria razão desconhece. Este zero está bastante em acordo com o fato de f ser zero (vide acima), e portanto E=hf=0, bem como com algumas evidências experimentais relacionadas a aceleração de partículas carregadas e aceleradas em campos elétricos uniformes (elas não perdem energia em virtude desta aceleração).
 
     Entendo que nos diferentes referenciais a energia pode ser interpretada de forma diferente. O observador 2 nada detecta, o que significa que a carga não está perdendo energia naquele referencial. Entretanto, para (1) o sistema (2) perde energia. Precisaria mais tempo para pensar e creio que vou perder o grosso da discussão. Nada que eu não possa retomar mais tarde. Afinal, adoro procurar pelo em ovos. Mas tenho o pressentimento que a solução passa pela segunda lei da termodinâmica e a considerar a entropia dos sistemas. Puro palpite. Preciso pensar.
 
A dúvida que me surgiu é se as coisas não poderiam ser diferentes raciocinando-se com radiações de frequência diferente de zero (fótons não virtuais). Foi aí que me surgiu a ideia de bolar aquelas sofisticações (experiências de pensamento) com laboratórios em mhs ou planetas em mhs. Ainda não tenho a resposta, mas a minha maneira de aprender é assim, matutando sobre questões imaginárias, transcendentais e muitas vezes absurdas. E quero crer que mesmo que não chegue a nada com relação ao problema em discussão (paradoxo envolvendo o PE) ainda assim poderei aprender muito raciocinando em cima dessas ideias absurdas, e quero crer que meus leitores idem.
 
     Já fiz isso para entender a corrente elétrica. Por mais simples que possa parecer em primeira instância, o mecanismo da corrente elétrica é extremamente complexo e ao meu ver é ainda uma questão em aberto.
 
Fico então devendo a discussão da segunda parte relacionada ao item 2 indexado na msg 81914, conquanto já tenha adiantado alguns tópicos referentes ao que pretendia comentar quando fosse discutir o item 3.
 
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.br Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
[],s
 
Belmiro

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/04/2012 21:41

Alberto,

Só uma crítica à sua figura 7. Você colocou a frente de onda centrada sempre em q.
Isto é impossível se q está acelerada.
De acordo com Ritz o centro da frente de onda sempre cairia em MRU (se fosse no vácuo).
E de acordo com teorias de ether (ou Ritz com ar) o centro ficaria parado no ponto de origem.

Outra coisa, a sua carga na figura 7 alcança a velocidade da luz!!!

Hélio


De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Segunda-feira, 23 de Abril de 2012 20:38
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Oi Alberto.

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Domingo, 22 de Abril de 2012 18:29
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Saturday, April 21, 2012 11:58 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Em continuação à msg 81914, irei discutir agora o ítem 2 lá assinalado, qual seja: Abordagem do problema de modo análogo àquele observado na queda livre em um campo gravitacional uniforme (elevador de Einstein).
 
Primeiramente vamos ver como ficaria o problema sob o ponto de vista da queda livre em um campo gravitacional uniforme. Neste caso quem acelera a carga é o próprio campo gravitacional a ser levado em consideração.
 
Um observador (1), situado na Terra, observa uma carga elétrica em queda livre e, portanto, com movimento uniformemente acelerado e de aceleração g. Por questões de simplicidade vamos considerar o campo g constante durante todo o trajeto considerado. Como estamos no terreno das experiências de pensamento, isto pode ser assumido com relativa facilidade. Os sensores de (1) constatarão a emissão, pela carga, de radiação eletromagnética (de acordo com a teoria de Maxwell, carga elétrica em movimento acelerado emite radiação eletromagnética). Um segundo observador (2) acompanha a carga elétrica em sua queda livre. A figura 7 ilustra a situação apresentada.
 
PE_ql_cargaFigura 7: Queda livre de uma carga elétricaSe a figura não estiver visível clique aqui
 
A radiação está aí representada por uma de suas possíveis «frentes de onda». Coloquei frente de onda entre aspas pelo fato desta «onda» ser bastante atípica. Ao contrário da onda representada na figura 4 (msg 81845), esta cresce indefinidamente, não se repete, não tem frequência ou, melhor, tem frequência igual a zero.
 
Para o observador (2), e segundo os ensinamentos de Galileu, a carga elétrica estará em repouso (ambos caem com a mesma velocidade). Para podermos utilizar o princípio da equivalência (PE) da maneira como costuma ser enunciado, vamos assumir que este observador (2), a carga elétrica e os seus equipamentos de teste, estão no interior de um elevador de Einstein, ou seja, (2) não consegue visualizar o exterior. O problema é então um pouquinho diferente daquele que vimos anteriormente, ainda que o significado físico seja exatamente o mesmo. O PE propõe que não será possível para (2) distinguir a sua situação atual (queda livre num campo g constante) daquela que seria observada caso ele estivesse no espaço sideral, suficientemente afastado de qualquer objeto dotado de massa e num referencial inercial. Para os sensores de radiação do observador (2) a carga está em repouso. Logo, e pela teoria de Maxwel, os seus sensores não deverão denunciar a emissão pela carga de nenhuma radiação eletromagnética. Sem saber que está em queda livre, o observador (2) ficará com a nítida impressão de estar numa região do espaço onde o campo gravitacional é nulo, e seu equipamento laboratorial não irá ajudá-lo a esclarecer o processo.
 
Vamos procurar imaginar esta radiação como sendo devida ao fato da carga elétrica estar emitindo «alguma coisa». Seria esta coisa «algum objeto» passível de ser caracterizado mecanicamente? E sendo assim, esta «alguma coisa» estaria dotada de energia, no sentido definido em mecânica? A verdade é que se formos tentar entender estes ensinamentos eletromagnéticos apelando para o mecanicismo (mecanicismo este que vigorava com bastante esplendor nos tempos de Maxwell) ou então, o que seria o mesmo, através de analogias mecânicas, as coisas não irão se encaixar. Há quem diga que Maxwell iniciou sua vida acadêmica como adepto do mecanicismo, mas acabou desistindo após ter verificado que o seu eletromagnetismo era irredutível a esta ideologia [Comento alguma coisa a esse respeito, se bem que sob um prisma diverso, no artigo «Similaridades entre Campos de Velocidade e o Campo Eletromagnético –> http://ecientificocultural.com.br/ECC3/flettner1.htm#discussao <– vide Discussão].
 
Embora a radiação eletromagnética não seja passível de ser descrita por analogias mecânicas no sentido clássico do termo, a verdade é que a teoria de Maxwell, devido a esta irredutibilidade, acabou dando origem às duas principais teorias «moderna» e que, de uma maneira ou de outra, descambaram para um mecanicismo que podemos citar como não clássico, ou não newtoniano (a não ser como caso limite). O pai da teoria da relatividade, por exemplo, passou os últimos anos de sua vida tentando transformar suas teorias em outra mais sofisticada e a se basear na noção de que «tudo é movimento». Quanto à mecânica quântica nem há o que falar, basta conferir sua denominação.
 
Estaria eu tergiversando, ou fugindo do assunto principal? Creio que não. Na realidade eu estou discutindo o item 2 apresentado na msg 81914 mas já de olho no item 3, qual seja: «Se o problema pode, à primeira vista, ser solucionado utilizando exclusivamente a física clássica, porque é que os autores modernos preferem as explicações a utilizarem ou a métrica de Minkowski ou a teoria quântica
 
      Porque qualquer coisa difícil de explicar, basta dizer que só se resolve pela mecânica quântica.
 
Vejam bem: A explicação clássica e a solucionar o paradoxo (aquela apresentada pelo Belmiro e pelo Léo) tem a vantagem de ser simples e operacional (no sentido de lidar com resultados imaginários mas apoiados em uma experimentação coerente com o EM de Maxwell). Não obstante, esta explicação fica a desejar ao não ir à raiz do problema, ao não analisar em profundidade o que seriam estas radiações eletromagnéticas em si. Alguma coisa fica no ar quando seguimos esta linha. A física «moderna» procura ir além, ainda que apoiando-se em fundamentos difíceis de serem digeridos (os seus postulados). Além do que, estamos frente a um paradoxo relacionado a um princípio (PE) que poderia ser pensado como clássico (eu o considero assim), mas que chega a dar respaldo a uma dessas teorias da física «moderna».
 
O mecanicismo inerente à física «moderna» nivelou as radiações eletromagnéticas ao conceito de fóton, uma partícula elementar de massa não nula (a menos que esteja naquela condição proibida pela própria física que a define, qual seja, em repouso) e de energia não nula. Esta energia dos fótons relaciona-se à frequência f das ondas a eles associadas (E=hf).
 
    Não sei responder quanto à energia do fóton, mas a onda transporta energia, como se pode determinar pelo Vetor de Poynting.
 
No caso em apreço estamos frente a uma radiação em que f=0. Que dizer do fóton equivalente? Existiria? Seria um fóton de energia nula? Seria, sob esse aspecto, outro dos famigerados fótons virtuais? Quem sabe? Aceita-se, não obstante, a sua existência como tal (energia nula) e após a aplicação de uma matemágica quântica razoável, demonstra-se que ele seria captável pelo observador (1) mas não pelo observador (2), em acordo com o PE. Os relativistas também exercitam a sua matemágica e, no caso, a apoiar-se na métrica de Minkowski. Concluem desta maneira que a carga irradia mas o observador(2) é incapaz de detectar esta radiação pois carga e observador estão «causalmente desconectados».
 
Para entendermos melhor esta procura por explicações estratosféricas, vamos tentar raciocinar clássicamente frente à  dualidade corpúsculo/onda da física «moderna», em especial o que poderíamos chamar por caráter corpuscular da radiação. Seja então o análogo mecânico representado na figura 8. Neste caso o observador em queda livre tem um equipamento dotado de uma mola e capaz de lançar uma bola de massa m numa direção perpendicular à da queda livre.
PE_ql_bola
Figura 3: Bola lançada por equipamento em queda livreSe a figura não estiver visível clique aqui
 
Neste caso a energia da mola é transferida à bola. No referencial do observador (2) em queda livre, a bola percorrerá um MRU e a energia da mesma será E(2)=mv². No referencial do observador (1) em terra firme, a energia com que a bola o atinge será E(1)=mv’², em que v’ = v’x+v’y. Esta energia E’ tem dois termos: um igual a E(1) [pois vx=v] e outro a corresponder à energia cinética ganha pela bola ao trafegar pelo campo gravitacional.
 
Se esta bola fosse um «fóton clássico», seria de se esperar que ela atingisse o observador (1) com uma energia E(1) superior àquela do lançamento, qual seja, E(2). Mas neste caso (partícula clássica) ela deveria atingir o observador (1) com uma velocidade superior àquela que seria capaz de ser detectada pelo observador (2). Ou seja, frente a este reducionismo não há como assumir uma natureza corpuscular para a radiação coerente com a ideia (TR) de que a velocidade desta radiação pudesse vir a ser igual em módulo nos dois referenciais (=c). A saída relativística seria aceitar, de alguma maneira, que o observador (2) não consegue detectar este lançamento. E a saída quântica seria aceitar que ou este fóton é virtual ou, o que talvez fosse o mesmo, de energia zero, e portanto não detectável pelo observador (2); o observador (1) porém o detecta por razões matemágico-quânticas e que a própria razão desconhece. Este zero está bastante em acordo com o fato de f ser zero (vide acima), e portanto E=hf=0, bem como com algumas evidências experimentais relacionadas a aceleração de partículas carregadas e aceleradas em campos elétricos uniformes (elas não perdem energia em virtude desta aceleração).
 
     Entendo que nos diferentes referenciais a energia pode ser interpretada de forma diferente. O observador 2 nada detecta, o que significa que a carga não está perdendo energia naquele referencial. Entretanto, para (1) o sistema (2) perde energia. Precisaria mais tempo para pensar e creio que vou perder o grosso da discussão. Nada que eu não possa retomar mais tarde. Afinal, adoro procurar pelo em ovos. Mas tenho o pressentimento que a solução passa pela segunda lei da termodinâmica e a considerar a entropia dos sistemas. Puro palpite. Preciso pensar.
 
A dúvida que me surgiu é se as coisas não poderiam ser diferentes raciocinando-se com radiações de frequência diferente de zero (fótons não virtuais). Foi aí que me surgiu a ideia de bolar aquelas sofisticações (experiências de pensamento) com laboratórios em mhs ou planetas em mhs. Ainda não tenho a resposta, mas a minha maneira de aprender é assim, matutando sobre questões imaginárias, transcendentais e muitas vezes absurdas. E quero crer que mesmo que não chegue a nada com relação ao problema em discussão (paradoxo envolvendo o PE) ainda assim poderei aprender muito raciocinando em cima dessas ideias absurdas, e quero crer que meus leitores idem.
 
     Já fiz isso para entender a corrente elétrica. Por mais simples que possa parecer em primeira instância, o mecanismo da corrente elétrica é extremamente complexo e ao meu ver é ainda uma questão em aberto.
 
Fico então devendo a discussão da segunda parte relacionada ao item 2 indexado na msg 81914, conquanto já tenha adiantado alguns tópicos referentes ao que pretendia comentar quando fosse discutir o item 3.
 
[ ]´s Albertohttp://ecientificocultural.com.br Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
[],s
 
Belmiro



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2012 02:29

From: Hélio Carvalho
Sent: Sunday, April 22, 2012 4:06 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá Hélio
 

Hélio: Li sua MSG e verifiquei que eu preciso melhorar a minha explicação. E além disto, você me ajudou (com a ref. indicada) a perceber onde está realmente o possível paradoxo. Não é no PE (este, na minha opinião, está errado, sem paradoxo) mas no EM de Maxwell. Ou seja, o paradoxo não é no PE, pois este veio para tentar resolver o paradoxo da carga acelerada existente no EM. Se o PE estivesse correto, o paradoxo do EM estaria resolvido. O EM estaria salvo. Mas como, creio eu, o PE está errado, o EM continua paradoxal.

 

Alberto: Estamos começando a concordar. O paradoxo existe e, como o nome diz, é o paradoxo da carga acelerada e não o paradoxo do PE. Não sei se o PE veio para resolver, mas acho que não. Parece-me que o PE foi introduzido na física por outros motivos. Até agora, as explicações clássicas que foram dadas aqui na Ciencialist não utilizaram o PE, simplesmente verificou-se que, a serem verdadeiras, estavam de acordo com o PE. O Belmiro, por exemplo, concluiu algumas de suas explanações com a frase: Ponto para o PE. Ou seja, ele não partiu do PE, mas chegou no PE.

 

Eu particularmente gosto do PE em sua versão clássica, sem precisar apelar para a localidade ou pontualidade, como teria sido feito por Einstein. Aliás, o enunciado do PE (vide abaixo) não fala em pontualidade. Este caráter não é inerente ao PE mas à maneira como ele foi incorporado à RG [nos famosos fatores g11, g12 etc., com g de Gauss].

 

O problema do EM de Maxwell a meu ver é diferente. Com ou sem o PE, o EM tem suas incoerências. Do contrário não existiriam nem as TR, nem a MQ. Não obstante, na discussão desta thread tenho feito o possível para aceitar o EM como está nos livros. Tenho evitado ao máximo evoluir em direção às minhas teorias, o que para mim seria bem mais fácil. Estou aceitando o elétron como dizem que ele é, e não como eu gostaria que dissessem que ele é. Veja bem: se o EM de Maxwell (quiçá de Maxwell-Lorentz) for tão paradoxal, como você afirma que é, isto poderá ficar claro no decorrer deste debate. Mas para isto teremos de nos esforçar no sentido de nos mantermos fiel aos seus fundamentos. Se por um lado não devemos nos apoiar em dogmas, por outro lado não devemos nos situar no extremo oposto. Nada de radicalismos. A virtude está no meio.

 

Alberto (msg anterior): No mais, não conheço nenhuma citação nem nenhum argumento a demonstrar a violação do PE, que você está assumindo como líquida e certa.

 

Hélio: Eu estou apresentado agora. Mas não é meu. Veja mais abaixo.

 

Alberto (msg anterior): Também não conheço nenhum dado experimental, como você parece estar sugerindo, a contradizer de maneira definitiva o PE.

 

Hélio: Veja mais abaixo.

 

Alberto (msg anterior): Qual é a teoria a lhe permitir esta suposição? Veja que carga, o observador e o equipamento laboratorial estão em repouso, cada um em relação aos demais; ainda que os três estejam em mhs em relação a um observador externo e situado em um referencial inercial.

 

Hélio: Na verdade eu não precisaria de uma teoria para dizer estas coisas. Poderia simplesmente dizer que é minha teoria. [:-)] Mas, na verdade, existe sim uma teoria, e é de um cara contemporâneo a Einstein. Advinha quem é...

 

Alberto: Sim, eu sei de quem você está falando, mas não conheço a teoria de Ritz. Logo não sei dizer se Ritz demonstra ou não a violação do PE e/ou a inconsistência do EM de Maxwell.

 

Alberto (msg anterior): No caso dos gêmeos, o paradoxo refere-se a uma teoria, a TRE. No caso das cargas aceleradas, o paradoxo não está se referindo a nenhuma teoria, mas a um princípio avulso, o PE.

 

Hélio: Eu estava dizendo que o PE estava errado mas não existia nenhum paradoxo. Mas agora mudei para: "No caso das cargas aceleradas, o paradoxo está se referindo a teoria EM". Não ao PE. O PE pode estar certo ou errado (para mim, ele está errado), mas certo ou errado, não tem paradoxo nele. Mas se o PE estiver errado tem paradoxo da carga acelerada no EM, e se o PE estiver certo, não tem este paradoxo no EM.

 

Alberto: De fato, o paradoxo não está no PE mas no EM. Falha minha se disse ou se dei a entender o contrário. Não obstante, as soluções aqui apresentadas apoiaram-se no EM e não no PE. Se o PE mostrou-se consistente com essas soluções, ponto para o PE, como diria o Belmiro.

 

Alberto (msg anterior): O PE é independente da TRG, ainda que a TRG tenha sido construída a partir do PE. De maneira ultra-simplificada poderíamos dizer que TRG = TRE + PE (não é exatamente isto, mas é quase isto). Consequentemente, o PE poderá ser verdadeiro, mesmo que a TRG venha a ser falseada e de maneira definitiva. Há quem diga que este é um dos paradoxos mais famosos do século XX [http://arxiv.org/pdf/physics/0506049v5.pdf].

 

Hélio: Agora, espero ter ficado claro que eu NÃO acho que é isto aí em cima. O PE de E. é o mesmo que TRG de E.. O que não é claro para mim é se a TRE de E. está incluída dentro da TRG de E. Em problemas envolvendo acelerações, às vezes eles ("o olimpo acadêmico", como você diz) usam as contribuições duas, outras vezes eles usam só a segunda. Por estas e outras que eu gostaria da resposta numérica do Victor para saber se ele soma as duas contribuições ou só usa uma. Ver http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81791

 

Alberto: Quanto ao problema PE, TRG, TRE etc., acho melhor deixar o assunto para quando o Victor retornar e, de preferência, em outra thread, pois esta parece-me estar evoluindo no sentido da aceitação de um PE no sentido clássico do que isto possa significar, ou seja, com o enunciado tomado ao pé da letra (vide abaixo) e sem os condimentos einsteinianos. Estes condimentos a meu ver foram preparados no forno da TRE (constância absoluta de c, etc.). Aliás, quando disse «não é exatamente isto, mas é quase isto», espero ter dado a entender que não se tratava de uma soma aritmética.

 

O princípio da equivalência, como enunciado por Einstein [vide EINSTEIN, A.: Pensamento político e últimas conclusões, Ed.Brasiliense, São Paulo, 1983.] é o seguinte: «É impossível descobrir, por experimento, se um dado sistema de coordenadas é acelerado ou se seu movimento é retilíneo e uniforme, e os efeitos observados são devidos a um campo gravitacional.»

 

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: ENC: Dilatação do tempo e outras dúvida
FROM: "Tulio" <zetulio2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2012 07:16

 

 

De: Tulio [mailto:zetulio2@gmail.com]
Enviada em: terça-feira, 24 de abril de 2012 06:33
Para: 'ciencialist@yhaoogrupos.com.br'
Assunto: Dilatação do tempo e outras dúvida

 

 

 

 

Amigos,

 

Lá vão perguntas e dúvidas que prometi fazer.

Li com interesse os emails sobre relatividade na questão do paradoxo do gêmeo.

As explicações de  JVictor parecem estar mais de acordo com a física que estudamos, além de bastante técnicas.

Me esclarecera muitas coisas. Uma dúvida ficou, se os referenciais

são equivalentes como é que a relação tpróprio = raiz(1-v2/c2) to pode ser verdadeiro,

isto é, como é que depende só da velocidade constante se ela é a mesma para os referenciais

em mov relativo ou e em repouso? O que há mais a respeito?

Eu sei que esperiência com partículas atômicas em lab verificam ela e

que não há paradoxo.  Onde fica o princípio da relatividade que parece ser violado agora?

Ou então está faltando alguma coisa para fecehar o elo.

Há uma maneira diferente de provar que não paradoxo de geêmeos só usando a SR?

Eduardo diz que não, Jvictorx diz que sim.

 

Um Professor daqui disse  que há mais de uma maneira em que se pode analisar mov acel em SR.

A primeira vez que li alguém dizer que o PE está errado foi aqui. Se está, com fica a rel.geral?

 

Agredeceria esclarecimentos desse assunto que não para de incomodar e chamar a atenção.

 

 

tulio


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
DATE: 24/04/2012 12:07


SUBJECT: [ciencialist] Generalidades sobre cosmologia - parte 3 - final
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2012 12:58



Modelos incluindo a aceleração
Nos três modelos de Friedmann, a expansão é sempre freada, isto é, não prevêem aceleração. No de de Sitter ela é acelerada demais, só serve para descrever a chamada fase inflacionária do universo recém-nascido. Por outro lado, o esquema inflacionário mais popular é aquele em que a inflação elimina qualquer curvatura que o universo pudesse ter originalmente, de modo que a época pós-inflacionária tem curvatura nula.
O modelo mais simples para acomodar tanto o BB com curvatura nula como a aceleração é o de Friedmann-Lemaitre com espaço euclidiano. À medida que o universo se expande, a densidade de matéria diminui, pois a quantidade de matéria em uma certa região se conserva enquanto o volume da região aumenta. Temos, então, um gráfico da evolução das densidades, em unidades da densidade crítica atual, de matéria e de energia escura como na ilustração (9). Nesta ilustração notamos que no início predominava a matéria, e assim o universo se parece com o de Einstein-de Sitter (EdS). Eventualmente a energia do vácuo vai predominar, e o modelo se comportará como o de de Sitter (dS).

 Ilustração (9). Densidades de matéria (curva) e energia escura (reta), em unidades da densidade crítica atual. O número 1 no eixo dos tempos indica a época atual.

 Ilustração (10). Fator de escala nos modelos de EdS (linha fina) e FL euclidiano (linha grossa), este com densidades atuais de 30% de matéria e 70% de energia escura.

A ilustração (10) mostra um gráfico do FL euclidiano, junto com o EdS para comparação. O ponto 0,54 no eixo horizontal indica a mudança da desaceleração inicial para a fase de aceleração em FL, quando o fator de escala tinha 65% do valor atual. A ilustração (10) é a única baseada em cálculos exatos. Podemos agora dar uma ideia de como a aceleração atual foi descoberta. Para um dado redshift de uma supernova, a distância desta calculada no FL é maior do que no EdS. Portanto, seu brilho previsto é menor no primeiro caso - acelerado - e é o que corresponde ao brilho observado da supernova.

Na época 'atual' (em cosmologia isto pode significar um período de milhares ou até milhões de anos), temos a estimativa de uma densidade relativa de matéria de 30%, e de energia escura dos restantes 70% - de modo a satisfazer a ideia dominante entre os teóricos, de que o período inflacionário (veja item anterior) implica λtotai = 1, isto é, a densidade total de matéria e energia seria a densidade crítica.

Por que na época atual esses valores são da mesma ordem de grandeza? Este é um dos chamados problemas de coincidência. O chamado principio antrópico explica essa coincidência dizendo que só nessas condições do universo a vida humana poderia ter aparecido e se desenvolvido. Portanto, já que o ser humano existe, as densidades de matéria e do vácuo têm de ser da mesma ordem de grandeza. ???????

Uma outra ideia, alternativa à constante cosmológica, para explicar a aceleração, é postular um novo tipo de matéria, chamado quintessência, numa referência poética aos quatro elementos da antiguidade.
Sua densidade poderia ser não constante, mas diminuir vagarosamente, de modo a simular uma constante na época atual, e se anular no futuro remoto.

Nomenclatura e outros modelos
Em todos os casos acima, o espaço foi suposto isotrópico: em cada ponto suas propriedades são as mesmas em qualquer direção; e homogêneo: tem as mesmas propriedades em cada ponto. A classe dessas soluções chama-se modelos de Robertson- Walker.
Destes, aqueles com a propriedade BB formam a subclasse FLRW (Friedmann-Lemaitre-Robertson-Walker). Mas essa nomenclatura não é uniforme na literatura especializada.

Conclusão ... só para efeito de fechamento ...
O Big Bang, agora na versão de Friedmann-Lemaitre com constante cosmológica positiva e geometria espacial euclidiana, acomoda bem seus antigos sucessos. Estes incluem a expansão do universo, a formação e abundância, com relação ao próton, dos núcleos atômicos leves - dêuteron, hélio 3, hélio 4, lítio 7 - e a radiação cósmica de fundo. E também explica a atual possibilidade da aceleração da expansão. Mas há um sentimento de incompletude da teoria, que precisa apelar, por exemplo, para o princípio antrópico e para a misteriosa constante cosmológica, que ninguém sabe de onde vem. Há também o problema de conciliar a cosmologia com outras áreas da física, como a teoria quântica dos campos. Aparentemente, as teorias do cosmo encontram-se em uma fase transitória, à espera da elaboração de uma nova síntese teórica.

E segue as sugestões/correções/complementações dos amigos da C-List.

[]´

     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================

SUBJECT: Re: [ciencialist] ENC: Dilatação do tempo e outras dúvida
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2012 13:21

Oi Tulio.
 
 
Eu diria he, he, he, he. Belas perguntas. Creio que o Victor vai adorar.
 
Um abraço,
 
Belmiro

De: Tulio <zetulio2@gmail.com>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 24 de Abril de 2012 7:16
Assunto: [ciencialist] ENC: Dilatação do tempo e outras dúvida
 
 
 
De: Tulio [mailto:zetulio2@gmail.com]
Enviada em: terça-feira, 24 de abril de 2012 06:33
Para: 'ciencialist@yhaoogrupos.com.br'
Assunto: Dilatação do tempo e outras dúvida
 
 
 
 
Amigos,
 
Lá vão perguntas e dúvidas que prometi fazer.
Li com interesse os emails sobre relatividade na questão do paradoxo do gêmeo.
As explicações de  JVictor parecem estar mais de acordo com a física que estudamos, além de bastante técnicas.
Me esclarecera muitas coisas. Uma dúvida ficou, se os referenciais
são equivalentes como é que a relação tpróprio = raiz(1-v2/c2) to pode ser verdadeiro,
isto é, como é que depende só da velocidade constante se ela é a mesma para os referenciais
em mov relativo ou e em repouso? O que há mais a respeito?
Eu sei que esperiência com partículas atômicas em lab verificam ela e
que não há paradoxo.  Onde fica o princípio da relatividade que parece ser violado agora?
Ou então está faltando alguma coisa para fecehar o elo.
Há uma maneira diferente de provar que não paradoxo de geêmeos só usando a SR?
Eduardo diz que não, Jvictorx diz que sim.
 
Um Professor daqui disse  que há mais de uma maneira em que se pode analisar mov acel em SR.
A primeira vez que li alguém dizer que o PE está errado foi aqui. Se está, com fica a rel.geral?
 
Agredeceria esclarecimentos desse assunto que não para de incomodar e chamar a atenção.
 
 
tulio

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2012 14:39

Olá Alberto.
 
    Como estamos numa lista de discussões, temos permissão para falar bobagem também. Então lá vai uma idéia que eu tive para justificar a questão da energia irradiada pela carga do seu problema, sempre sem apelar para a mãe de todas as respostas, a mecânica quântica. No início, com o compartimento eletricamente carregado, temos uma energia potencial elétrica Ue mais uma energia potencial gravitacional Ug. Quando o compartimento é largado à sua sorte, despencando em queda livre, em qualquer momento da queda, a soma das energias tem que fechar. Para facilitar as contas, vamos tomar o instante imediatamente antes do compartimento se esborrachar no chão. Neste instante, a soma das energias potencial elétrica Ue mais a energia cinética Uc teria que ser igual à energia anterior. O problema é que durante a queda, houve irradiação de energia pelo campo eletromagnético, que, ao que me parece, não há dúvidas quanto a isso. E assim, a conta não fecha. O que teríamos então para fechar a conta? Simples: Ue+Ug =Ue+Uc+Ui , onde Ui é a energia irradiada. Mas aí, para que a aritmética tico-tico funcione, é necessário que Ue ou Uc sejam menores. Assim, Ue ou Uc (quiçá os dois) deveriam ser menores do que esperaríamos. Vejamos, para Ue ser menor, o compartimento deveria ter perdido carga. Para Uc ser menor, o compartimento deveria ter perdido massa ou velocidade. As duas alternativas primeiras violariam o PE. Resta a alternativa, diminuição da velocidade. A única forma de a velocidade diminuir seria diminuindo a aceleração gravitacional. Ou seja, a energia eletromagnética irradiada afetaria o g local. Estaria assim, o campo eletromagnético interagindo com a gravidade, como esperam a maioria dos cientistas que acreditam na unificação das forças. É claro, que a energia irradiada é muito pequena e a interação com a gravidade seria muito sutil. Entretanto, penso que poderia ser verificado experimentalmente, caso esta idéia tenha algum fundamento. Um corpo carregado eletricamente deveria cair mais devagar do que esse mesmo corpo sem carga no mesmo campo gravitacional.
      Podem vir as ripadas e pedradas...
 
      [],s
 
      Belmiro

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Domingo, 22 de Abril de 2012 18:29
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Saturday, April 21, 2012 11:58 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Em continuação à msg 81914, irei discutir agora o ítem 2 lá assinalado, qual seja: Abordagem do problema de modo análogo àquele observado na queda livre em um campo gravitacional uniforme (elevador de Einstein).
 
Primeiramente vamos ver como ficaria o problema sob o ponto de vista da queda livre em um campo gravitacional uniforme. Neste caso quem acelera a carga é o próprio campo gravitacional a ser levado em consideração.
 
Um observador (1), situado na Terra, observa uma carga elétrica em queda livre e, portanto, com movimento uniformemente acelerado e de aceleração g. Por questões de simplicidade vamos considerar o campo g constante durante todo o trajeto considerado. Como estamos no terreno das experiências de pensamento, isto pode ser assumido com relativa facilidade. Os sensores de (1) constatarão a emissão, pela carga, de radiação eletromagnética (de acordo com a teoria de Maxwell, carga elétrica em movimento acelerado emite radiação eletromagnética). Um segundo observador (2) acompanha a carga elétrica em sua queda livre. A figura 7 ilustra a situação apresentada.
 
PE_ql_cargaFigura 7: Queda livre de uma carga elétricaSe a figura não estiver visível clique aqui
 
A radiação está aí representada por uma de suas possíveis «frentes de onda». Coloquei frente de onda entre aspas pelo fato desta «onda» ser bastante atípica. Ao contrário da onda representada na figura 4 (msg 81845), esta cresce indefinidamente, não se repete, não tem frequência ou, melhor, tem frequência igual a zero.
 
Para o observador (2), e segundo os ensinamentos de Galileu, a carga elétrica estará em repouso (ambos caem com a mesma velocidade). Para podermos utilizar o princípio da equivalência (PE) da maneira como costuma ser enunciado, vamos assumir que este observador (2), a carga elétrica e os seus equipamentos de teste, estão no interior de um elevador de Einstein, ou seja, (2) não consegue visualizar o exterior. O problema é então um pouquinho diferente daquele que vimos anteriormente, ainda que o significado físico seja exatamente o mesmo. O PE propõe que não será possível para (2) distinguir a sua situação atual (queda livre num campo g constante) daquela que seria observada caso ele estivesse no espaço sideral, suficientemente afastado de qualquer objeto dotado de massa e num referencial inercial. Para os sensores de radiação do observador (2) a carga está em repouso. Logo, e pela teoria de Maxwel, os seus sensores não deverão denunciar a emissão pela carga de nenhuma radiação eletromagnética. Sem saber que está em queda livre, o observador (2) ficará com a nítida impressão de estar numa região do espaço onde o campo gravitacional é nulo, e seu equipamento laboratorial não irá ajudá-lo a esclarecer o processo.
 
Vamos procurar imaginar esta radiação como sendo devida ao fato da carga elétrica estar emitindo «alguma coisa». Seria esta coisa «algum objeto» passível de ser caracterizado mecanicamente? E sendo assim, esta «alguma coisa» estaria dotada de energia, no sentido definido em mecânica? A verdade é que se formos tentar entender estes ensinamentos eletromagnéticos apelando para o mecanicismo (mecanicismo este que vigorava com bastante esplendor nos tempos de Maxwell) ou então, o que seria o mesmo, através de analogias mecânicas, as coisas não irão se encaixar. Há quem diga que Maxwell iniciou sua vida acadêmica como adepto do mecanicismo, mas acabou desistindo após ter verificado que o seu eletromagnetismo era irredutível a esta ideologia [Comento alguma coisa a esse respeito, se bem que sob um prisma diverso, no artigo «Similaridades entre Campos de Velocidade e o Campo Eletromagnético –> http://ecientificocultural.com.br/ECC3/flettner1.htm#discussao <– vide Discussão].
 
Embora a radiação eletromagnética não seja passível de ser descrita por analogias mecânicas no sentido clássico do termo, a verdade é que a teoria de Maxwell, devido a esta irredutibilidade, acabou dando origem às duas principais teorias «moderna» e que, de uma maneira ou de outra, descambaram para um mecanicismo que podemos citar como não clássico, ou não newtoniano (a não ser como caso limite). O pai da teoria da relatividade, por exemplo, passou os últimos anos de sua vida tentando transformar suas teorias em outra mais sofisticada e a se basear na noção de que «tudo é movimento». Quanto à mecânica quântica nem há o que falar, basta conferir sua denominação.
 
Estaria eu tergiversando, ou fugindo do assunto principal? Creio que não. Na realidade eu estou discutindo o item 2 apresentado na msg 81914 mas já de olho no item 3, qual seja: «Se o problema pode, à primeira vista, ser solucionado utilizando exclusivamente a física clássica, porque é que os autores modernos preferem as explicações a utilizarem ou a métrica de Minkowski ou a teoria quântica?»
 
Vejam bem: A explicação clássica e a solucionar o paradoxo (aquela apresentada pelo Belmiro e pelo Léo) tem a vantagem de ser simples e operacional (no sentido de lidar com resultados imaginários mas apoiados em uma experimentação coerente com o EM de Maxwell). Não obstante, esta explicação fica a desejar ao não ir à raiz do problema, ao não analisar em profundidade o que seriam estas radiações eletromagnéticas em si. Alguma coisa fica no ar quando seguimos esta linha. A física «moderna» procura ir além, ainda que apoiando-se em fundamentos difíceis de serem digeridos (os seus postulados). Além do que, estamos frente a um paradoxo relacionado a um princípio (PE) que poderia ser pensado como clássico (eu o considero assim), mas que chega a dar respaldo a uma dessas teorias da física «moderna».
 
O mecanicismo inerente à física «moderna» nivelou as radiações eletromagnéticas ao conceito de fóton, uma partícula elementar de massa não nula (a menos que esteja naquela condição proibida pela própria física que a define, qual seja, em repouso) e de energia não nula. Esta energia dos fótons relaciona-se à frequência f das ondas a eles associadas (E=hf). No caso em apreço estamos frente a uma radiação em que f=0. Que dizer do fóton equivalente? Existiria? Seria um fóton de energia nula? Seria, sob esse aspecto, outro dos famigerados fótons virtuais? Quem sabe? Aceita-se, não obstante, a sua existência como tal (energia nula) e após a aplicação de uma matemágica quântica razoável, demonstra-se que ele seria captável pelo observador (1) mas não pelo observador (2), em acordo com o PE. Os relativistas também exercitam a sua matemágica e, no caso, a apoiar-se na métrica de Minkowski. Concluem desta maneira que a carga irradia mas o observador(2) é incapaz de detectar esta radiação pois carga e observador estão «causalmente desconectados».
 
Para entendermos melhor esta procura por explicações estratosféricas, vamos tentar raciocinar clássicamente frente à  dualidade corpúsculo/onda da física «moderna», em especial o que poderíamos chamar por caráter corpuscular da radiação. Seja então o análogo mecânico representado na figura 8. Neste caso o observador em queda livre tem um equipamento dotado de uma mola e capaz de lançar uma bola de massa m numa direção perpendicular à da queda livre.
PE_ql_bola
Figura 3: Bola lançada por equipamento em queda livreSe a figura não estiver visível clique aqui
 
Neste caso a energia da mola é transferida à bola. No referencial do observador (2) em queda livre, a bola percorrerá um MRU e a energia da mesma será E(2)=mv². No referencial do observador (1) em terra firme, a energia com que a bola o atinge será E(1)=mv’², em que v’ = v’x+v’y. Esta energia E’ tem dois termos: um igual a E(1) [pois vx=v] e outro a corresponder à energia cinética ganha pela bola ao trafegar pelo campo gravitacional.
 
Se esta bola fosse um «fóton clássico», seria de se esperar que ela atingisse o observador (1) com uma energia E(1) superior àquela do lançamento, qual seja, E(2). Mas neste caso (partícula clássica) ela deveria atingir o observador (1) com uma velocidade superior àquela que seria capaz de ser detectada pelo observador (2). Ou seja, frente a este reducionismo não há como assumir uma natureza corpuscular para a radiação coerente com a ideia (TR) de que a velocidade desta radiação pudesse vir a ser igual em módulo nos dois referenciais (=c). A saída relativística seria aceitar, de alguma maneira, que o observador (2) não consegue detectar este lançamento. E a saída quântica seria aceitar que ou este fóton é virtual ou, o que talvez fosse o mesmo, de energia zero, e portanto não detectável pelo observador (2); o observador (1) porém o detecta por razões matemágico-quânticas e que a própria razão desconhece. Este zero está bastante em acordo com o fato de f ser zero (vide acima), e portanto E=hf=0, bem como com algumas evidências experimentais relacionadas a aceleração de partículas carregadas e aceleradas em campos elétricos uniformes (elas não perdem energia em virtude desta aceleração).
 
A dúvida que me surgiu é se as coisas não poderiam ser diferentes raciocinando-se com radiações de frequência diferente de zero (fótons não virtuais). Foi aí que me surgiu a ideia de bolar aquelas sofisticações (experiências de pensamento) com laboratórios em mhs ou planetas em mhs. Ainda não tenho a resposta, mas a minha maneira de aprender é assim, matutando sobre questões imaginárias, transcendentais e muitas vezes absurdas. E quero crer que mesmo que não chegue a nada com relação ao problema em discussão (paradoxo envolvendo o PE) ainda assim poderei aprender muito raciocinando em cima dessas ideias absurdas, e quero crer que meus leitores idem.
 
Fico então devendo a discussão da segunda parte relacionada ao item 2 indexado na msg 81914, conquanto já tenha adiantado alguns tópicos referentes ao que pretendia comentar quando fosse discutir o item 3.
 
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.br Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2012 16:00

From: Luiz Ferraz Netto
Sent: Tuesday, April 24, 2012 12:07 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br ; Léo
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Léo: E se imaginarmos que não existe "radiação" alguma e que o observador estacionário apenas deteta o "campo estacionário da carga q" se modificando ao passar por ele e chama isto de 'onda eletromagnética'? O que ele perceberá nada mais é que as ondas de posições fixas para q, passam por ele com modificações de direções e intensidades. O outro observador, que cai junto com q, estará sempre 'dentro do mesmo círculo' e não detetará variação alguma; não há "radiação".
Assim, toda onda eletromagnética será apenas as interpretações da 'onda estacionária de q' que muda de posição seja continuamente acelerada, seja em mhs, etc. Se a mudança de posição de q se der em MRU os dois observadores perceberam a mesmíssima coisa! Um campo elétrico estacionário E.


Alberto: Olá, Léo.

Vou de verde «negrito» [não seria «verdito»?]

A explicação que se costuma dar começa por aí.

É bom que fique claro, para os demais leitores, que esses círculos da figura do Léo (acima) são estáticos no referencial de (2) e não tem o mesmo significado daquela «frente de onda» que representei na figura 7 (¬ clique aqui). Estes círculos são conjuntos de pontos onde o campo elétrico tem o mesmo módulo (r=cte na fórmula E=Kq/r²) .

Começando por aí pode-se chegar na conceituação de onda eletromagnética. O livro do Eisberg e Lerner (Física, Fundamentos e Aplicações, vol 4) segue essa linha, se bem que através de considerações puntiformes, extemporâneas (aceleração durante um brevíssimo intervalo de tempo, ou algo do tipo «tendendo a zero») e utilizando o que chama aproximações relativísticas (v<<c). Depois de muitas viagens ele chega no vetor de Poynting ou vetor fluxo de energia eletromagnética.

A minha dúvida a esse respeito é bem primária e começa na conceituação do que se chama energia de campo. Se isto não ficar muitíssimo claro, qualquer coisa que venha daí terá de ser deglutida sem água e não «desce redondo». Parece-me que é assim que começa a matemágica. Uma coisa (1) é dizer que o campo, de alguma maneira desconhecida, intermedia trocas de energia; outra coisa (2) é dizer que o campo contém energia. No caso (1) estaríamos tentando entender o processo do ponto de vista mecânico; no outro (2) estamos assumindo a existência de fatores não definidos em mecânica (energia no espaço e na ausência de matéria como estudada em mecânica). No caso (1) poderíamos até mesmo pensar em «alguma coisa» de natureza material e emitida pela matéria; no caso (2) não consigo pensar em nada que não seja algo muito parecido com os gnomos da física «moderna». No caso (1) poderíamos pensar, a exemplo de Newton, na existência de «alguma coisa» de natureza imaterial emitida pela matéria (os agentes dos campos) e a intermediar as trocas de energia; no caso (2) chegamos muito próximos de vir a justificar a virtualidade quântica. Enfim, o problema é este. E quero crer que se não houver saída mecânica para o problema, algo que Maxwell procurou de maneira vigorosa, porém sem encontrar, deve haver alguma outra saída a se apoiar em ideias concretas, passíveis de serem captadas pela experimentação e não ficcionistas.

De qualquer forma, achei o seu modelo supimpa mas como eu disse: «a coisa começa por aí». Há ainda um longo caminho a ser percorrido. Nesta troca de mensagens só nos resta apontar os possíveis caminhos, pois creio que a solução ainda não existe. [esta solução é bem mais ampla e não tem o mesmo significado de solução do paradoxo ora em discussão].

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2012 16:01

From: Belmiro Wolski
Sent: Monday, April 23, 2012 8:38 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Alberto (msg anterior): O mecanicismo inerente à física «moderna» nivelou as radiações eletromagnéticas ao conceito de fóton, uma partícula elementar de massa não nula (a menos que esteja naquela condição proibida pela própria física que a define, qual seja, em repouso) de energia não nula. Esta energia dos fótons relaciona-se à frequência f das ondas a eles associadas (E=hf).

Belmiro: Não sei responder quanto à energia do fóton, mas a onda transporta energia, como se pode determinar pelo Vetor de Poynting.

Alberto (now): Comentei alguma coisa sobre esta energia do campo na msg em resposta ao Léo. Não há porque repetir aqui. Acho excelente o raciocínio de Poynting no sentido de que ele chegou a algo que funciona. Ponto para Poynting. Mas paro por aí. As ideias de Poynting abrem a porta para um labirinto imenso e a ser explorado, ao contrário da física «moderna» que abre a porta para um abismo de dimensões infinitas.

Belmiro: Entendo que nos diferentes referenciais a energia pode ser interpretada de forma diferente. O observador 2 nada detecta, o que significa que a carga não está perdendo energia naquele referencial. Entretanto, para (1) o sistema (2) perde energia.

Alberto (now): É isso aí! Como a carga pode perder energia em um sistema e não perder nada equivalente no outro? Isto é no mínimo esquisito.

Belmiro: Precisaria mais tempo para pensar e creio que vou perder o grosso da discussão. Nada que eu não possa retomar mais tarde. Afinal, adoro procurar pelo em ovos. Mas tenho o pressentimento que a solução passa pela segunda lei da termodinâmica e a considerar a entropia dos sistemas. Puro palpite. Preciso pensar.

Alberto (now): Não há pressa. Mesmo porque não estou com o estudo pronto. Tenho conversado muito com meus botões e exposto aqui o resultado desta conversa para que vocês possam opinar. Estabeleci uma ordem neste quase-monólogo (vide msg msg 81914) apenas para não me perder. Ainda tenho muito o que refletir antes de chegar aos finalmentes, se é que chegarei (acho que não Smiley piscando), logo não há pressa. O que já expus aqui dá para ficarmos discutindo durante meses e meses. Quanto à termodinâmica, sou da mesma opinião, ainda que também precise pensar muito a respeito.

[ ]´s
Alberto
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Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2012 20:55

Oi Léo,

É isto aí!!!!

Isto que eu estou tentando mostrar.

Eu acho que uma carga, quando está acelerada,não emite nada diferente do campo elétrico que ela já emite em inércia. As distorções deste campo medido por observadores em movimento em relação à carga são interpretados como outras coisas, ou melhor, recebem outros nomes.

Sua mensagem foi magistral.


Hélio





________________________________
De: Luiz FerrazNetto <leo@feiradeciencias.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br; Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
Enviadas: Terça-feira, 24 de Abril de 2012 12:07
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada







 


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2012 21:09

From: Belmiro Wolski
Sent: Tuesday, April 24, 2012 2:39 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá, Belmiro
Na msg 81937 Belmiro escreveu:

Belmiro: Como estamos numa lista de discussões, temos permissão para falar bobagem também. Então lá vai uma ideia que eu tive para justificar a questão da energia irradiada pela carga do seu problema, sempre sem apelar para a mãe de todas as respostas, a mecânica quântica.

No início, com o compartimento eletricamente carregado, temos uma energia potencial elétrica Ue mais uma energia potencial gravitacional Ug. Quando o compartimento é largado à sua sorte, despencando em queda livre, em qualquer momento da queda, a soma das energias tem que fechar.

Alberto: Data vênia, tentarei entrar na sua e, sempre que possível, irei acrescentando novas bobagens (-: Alegre :-). Creio que estes Ue e Ug relacionam-se apenas à carga situada no compartimento, com os demais conteúdos (observador, equipamentos etc) passando por imponderáveis, mesmo porque não irão afetar a resolução do problema.

Belmiro: Para facilitar as contas, vamos tomar o instante imediatamente antes do compartimento se esborrachar no chão. Neste instante, a soma das energias potencial elétrica Ue mais a energia cinética Uc teria que ser igual à energia anterior. O problema é que durante a queda, houve irradiação de energia pelo campo eletromagnético, que, ao que me parece, não há dúvidas quanto a isso. E assim, a conta não fecha.

O que teríamos então para fechar a conta? Simples: Ue+Ug=Ue+Uc+Ui, onde Ui é a energia irradiada.

Alberto: Deixe-me ver se entendi. Pelo visto você considerou a carga em queda livre partindo do repouso, certo? Nestas condições, e no referencial do observador externo [observador (1) do problema original] a energia total inicial desta carga seria Ue+Ug (com Ug=mgh) e a energia total final seria Ue+Uc+Ui (com Uc=½mv²). Fico em dúvida quanto à conservação deste Ue, pois, para o observador (1) a velocidade passou de 0 para um valor v diferente de zero. A menos que Ue seja pensado como energia potencial eletromagnética e não simplesmente elétrica. Vou assumir então que seja isto.

Belmiro: Mas aí, para que a aritmética tico-tico funcione, é necessário que Ue ou Uc sejam menores. Assim, Ue ou Uc (quiçá os dois) deveriam ser menores do que esperaríamos. Vejamos, para Ue ser menor, o compartimento deveria ter perdido carga. Para Uc ser menor, o compartimento deveria ter perdido massa ou velocidade.

Alberto: Faz sentido. Mas veja bem: Estamos até agora considerando apenas o problema da queda livre de uma carga e visualizada por um único observador em terra firme. Este problema existe nestas condições, independentemente da carga estar ou não sendo acompanhada por outro observador [observador (2) no caso]. E neste caso quero crer que Ue, pensado como energia potencial eletromagnética, deve ter sido reduzida sem que a carga tenha sido afetada (quando parte do campo elétrico acaba se mostrando como magnético). Do contrário o EM estaria gerando um paradoxo do tipo daqueles que o Hélio andou afirmando existir em suas últimas msgs. Creio que na dedução do vetor fluxo  de energia eletromagnética (Poynting) esta transformação de Ue em Ui deva estar implícita.

Belmiro: As duas alternativas primeiras violariam o PE.

Alberto: Não sei. Para isto teríamos de verificar como é que o problema se apresentaria ao observador (2). Neste caso a carga está em repouso tanto no início quanto no fim. Com uma diferença importante. No início, quando v=0 [(no referencial do observador (1)], o observador (2) sente estar em um campo gravitacional. Digamos então que ele estava dormindo e que acordou um infinitésimo de segundo após o início da queda livre, e portanto sem saber se está no espaço sideral onde g=0, ou em queda livre num local em que g0. Ao ser acordado ele estimou a energia total da carga como sendo Ue [Neste caso seria tão somente a energia potencial elétrica.]. Este Ue deve ser o mesmo estimado pelo observador (1) no início da queda livre. Só que para o observador (2) a energia Ue permanece constante e como a carga está em repouso e g=0, a energia total da carga não se altera. Consequentemente, e se tudo isto for verdade, não há como o observador (2) inferir que está em queda livre e não em repouso no espaço sideral (a não ser na hora em que ele se esborrachar no chão, mas aí o problema já acabou). Logo, nada disso viola o PE.

O esquisito então é que para tudo isto ser verdadeiro, exista no espaço uma energia que para nós parece ter passado pelo observador (2) sem que ele pudesse se dar conta deste fato [ou seja, dá a impressão para o observador (1) que ela teria atravessado tanto o observador (2) quanto os seus sensores]. Esta esquisitice decorre de estarmos considerando o Ui como algo derivado do conceito de energia de campo. E como já disse em msg recente, energia de campo é algo que «não desce redondo».

Paro por aqui porque se eu estiver certo no que disse acima, o restante da msg (mantive abaixo) perde o seu sentido.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
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Resta a alternativa, diminuição da velocidade. A única forma de a velocidade diminuir seria diminuindo a aceleração gravitacional. Ou seja, a energia eletromagnética irradiada afetaria o g local. Estaria assim, o campo eletromagnético interagindo com a gravidade, como esperam a maioria dos cientistas que acreditam na unificação das forças. É claro, que a energia irradiada é muito pequena e a interação com a gravidade seria muito sutil. Entretanto, penso que poderia ser verificado experimentalmente, caso esta ideia tenha algum fundamento. Um corpo carregado eletricamente deveria cair mais devagar do que esse mesmo corpo sem carga no mesmo campo gravitacional.

Podem vir as ripadas e pedradas...

[],s

Belmiro

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2012 21:40

From: Hélio Carvalho
Sent: Monday, April 23, 2012 9:41 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

> Só uma crítica à sua figura 7. Você colocou a frente de onda centrada
> sempre em q. Isto é impossível se q está acelerada.

Ponto para o Hélio ;-). Mas não vou refazer a figura por causa disso, a
menos que eu venha a reunir os tópicos contidos nas minhas msgs para
publicar algum artigo no meu site.

> De acordo com Ritz o centro da frente de onda sempre cairia em MRU (se
> fosse no vácuo).

Então ponto para o Ritz também ;-).

> E de acordo com teorias de ether (ou Ritz com ar) o centro ficaria
> parado no ponto de origem.

Aí eu já não sei. Ether, crack, cocaína e outros bichos não fazem o meu
gênero. ;-)

> Outra coisa, a sua carga na figura 7 alcança a velocidade da luz!!!

Assim de bate pronto eu não sei dizer. Veja que ela está sendo acelerada
em resposta a um campo, logo deve acontecer algo análogo (mas não
idêntico) ao que ocorre com elétrons quando acelerados entre as placas
de um condensador (aquele fenômeno que dizem satisfazer a equação
E=mc²].

Aqui entre nós, e que ninguém nos ouça: ultrapassar a velocidade da luz
desta maneira, a meu ver, é possível; mas não em um único estágio.
Teríamos antes que acelerar a Terra afim de que seu campo gravitacional
viajasse em velocidades superiores à da luz.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2012 22:54

Alberto e Belmiro,

Energia é um conceito criado apenas para complicar as listas de discussões.
:-)

Vou responder sem intercalar nas respostas de vocês (poderia dizer: sem me meter na conversa de vocês), para não atrapalhar a vossa linha de raciocínio.

Como falei na outra MSG de hoje, não existe nenhuma emissão na carga acelerada diferente daquilo que é ela já emite o tempo todo, Campo Elétrico (veja a brilhante MSG do Léo de hoje). A princípio, ela não vai perder energia ao acelerar.
Além disto, energia não existe!

A única coisa que pode fazê-la perder velocidade é uma força (as leis de Newton não servem só para a prova de Física I).
Exemplo de força: interação entre ela e outra carga. Esta outra carga pode ser várias coisas inclusive o deslocamento de cargas provocado no ar na sua vizinhança se ela não estiver no vácuo.

Alberto, não é necessário o cara ter acordado agora, basta o elevador ter sido jogado para cima, vai ter um momento que a velocidade dele em relação ao solo será zero. Dentro do elevador, o obs. não perceberá nada disto por medições envolvendo massas. Ele continuará flutuando.

Hélio

PS.: Quando eu falo "hoje", quero dizer 24/04/2012. Mas não sei quando ela vai aparecer, depende do Yahoo (e/ou disponibilidade dos moderadores).



De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 24 de Abril de 2012 21:09
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
From: Belmiro Wolski
Sent: Tuesday, April 24, 2012 2:39 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá, Belmiro
Na msg 81937 Belmiro escreveu:

Belmiro: Como estamos numa lista de discussões, temos permissão para falar bobagem também. Então lá vai uma ideia que eu tive para justificar a questão da energia irradiada pela carga do seu problema, sempre sem apelar para a mãe de todas as respostas, a mecânica quântica.

No início, com o compartimento eletricamente carregado, temos uma energia potencial elétrica Ue mais uma energia potencial gravitacional Ug. Quando o compartimento é largado à sua sorte, despencando em queda livre, em qualquer momento da queda, a soma das energias tem que fechar.

Alberto: Data vênia, tentarei entrar na sua e, sempre que possível, irei acrescentando novas bobagens (-: Alegre :-). Creio que estes Ue e Ug relacionam-se apenas à carga situada no compartimento, com os demais conteúdos (observador, equipamentos etc) passando por imponderáveis, mesmo porque não irão afetar a resolução do problema.

Belmiro: Para facilitar as contas, vamos tomar o instante imediatamente antes do compartimento se esborrachar no chão. Neste instante, a soma das energias potencial elétrica Ue mais a energia cinética Uc teria que ser igual à energia anterior. O problema é que durante a queda, houve irradiação de energia pelo campo eletromagnético, que, ao que me parece, não há dúvidas quanto a isso. E assim, a conta não fecha.

O que teríamos então para fechar a conta? Simples: Ue+Ug=Ue+Uc+Ui, onde Ui é a energia irradiada.

Alberto: Deixe-me ver se entendi. Pelo visto você considerou a carga em queda livre partindo do repouso, certo? Nestas condições, e no referencial do observador externo [observador (1) do problema original] a energia total inicial desta carga seria Ue+Ug (com Ug=mgh) e a energia total final seria Ue+Uc+Ui (com Ucmv²). Fico em dúvida quanto à conservação deste Ue, pois, para o observador (1) a velocidade passou de 0 para um valor v diferente de zero. A menos que Ue seja pensado como energia potencial eletromagnética e não simplesmente elétrica. Vou assumir então que seja isto.

Belmiro: Mas aí, para que a aritmética tico-tico funcione, é necessário que Ue ou Uc sejam menores. Assim, Ue ou Uc (quiçá os dois) deveriam ser menores do que esperaríamos. Vejamos, para Ue ser menor, o compartimento deveria ter perdido carga. Para Uc ser menor, o compartimento deveria ter perdido massa ou velocidade.

Alberto: Faz sentido. Mas veja bem: Estamos até agora considerando apenas o problema da queda livre de uma carga e visualizada por um único observador em terra firme. Este problema existe nestas condições, independentemente da carga estar ou não sendo acompanhada por outro observador [observador (2) no caso]. E neste caso quero crer que Ue, pensado como energia potencial eletromagnética, deve ter sido reduzida sem que a carga tenha sido afetada (quando parte do campo elétrico acaba se mostrando como magnético). Do contrário o EM estaria gerando um paradoxo do tipo daqueles que o Hélio andou afirmando existir em suas últimas msgs. Creio que na dedução do vetor fluxo  de energia eletromagnética (Poynting) esta transformação de Ue em Ui deva estar implícita.

Belmiro: As duas alternativas primeiras violariam o PE.

Alberto: Não sei. Para isto teríamos de verificar como é que o problema se apresentaria ao observador (2). Neste caso a carga está em repouso tanto no início quanto no fim. Com uma diferença importante. No início, quando v=0 [(no referencial do observador (1)], o observador (2) sente estar em um campo gravitacional. Digamos então que ele estava dormindo e que acordou um infinitésimo de segundo após o início da queda livre, e portanto sem saber se está no espaço sideral onde g=0, ou em queda livre num local em que g0. Ao ser acordado ele estimou a energia total da carga como sendo Ue [Neste caso seria tão somente a energia potencial elétrica.]. Este Ue deve ser o mesmo estimado pelo observador (1) no início da queda livre. Só que para o observador (2) a energia Ue permanece constante e como a carga está em repouso e g=0, a energia total da carga não se altera. Consequentemente, e se tudo isto for verdade, não há como o observador (2) inferir que está em queda livre e não em repouso no espaço sideral (a não ser na hora em que ele se esborrachar no chão, mas aí o problema já acabou). Logo, nada disso viola o PE.

O esquisito então é que para tudo isto ser verdadeiro, exista no espaço uma energia que para nós parece ter passado pelo observador (2) sem que ele pudesse se dar conta deste fato [ou seja, dá a impressão para o observador (1) que ela teria atravessado tanto o observador (2) quanto os seus sensores]. Esta esquisitice decorre de estarmos considerando o Ui como algo derivado do conceito de energia de campo. E como já disse em msg recente, energia de campo é algo que «não desce redondo».

Paro por aqui porque se eu estiver certo no que disse acima, o restante da msg (mantive abaixo) perde o seu sentido.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
***************************************
 
Resta a alternativa, diminuição da velocidade. A única forma de a velocidade diminuir seria diminuindo a aceleração gravitacional. Ou seja, a energia eletromagnética irradiada afetaria o g local. Estaria assim, o campo eletromagnético interagindo com a gravidade, como esperam a maioria dos cientistas que acreditam na unificação das forças. É claro, que a energia irradiada é muito pequena e a interação com a gravidade seria muito sutil. Entretanto, penso que poderia ser verificado experimentalmente, caso esta ideia tenha algum fundamento. Um corpo carregado eletricamente deveria cair mais devagar do que esse mesmo corpo sem carga no mesmo campo gravitacional.

Podem vir as ripadas e pedradas...

[],s

Belmiro



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2012 23:47

From: Hélio Carvalho
Sent: Tuesday, April 24, 2012 10:54 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Olá Hélio

> Energia é um conceito criado apenas para complicar as listas de
> discussões. :-)

Parafraseando Mario Bunge, eu diria que energia é um construto de alto
nível. Se existe ou não, esse é um outro problema para ser discutido no
âmbito da filosofia da ciência. Gosto dessas discussões, mas muitos aqui
não gostam, então procuro não me exceder muito nisso. Como construto de
alto nível a energia tem se mostrado um conceito bastante útil. Permite
a adoção de uma matemática sofisticada e que dista muito de se equiparar
com a matemágica dos físicos «modernos».

> Vou responder sem intercalar nas respostas de vocês (poderia dizer:
> sem me meter na conversa de vocês), para não atrapalhar a vossa linha
> de raciocínio.

Suas interrupções são sempre muito bem-vindas.

> Como falei na outra MSG de hoje, não existe nenhuma emissão na carga
> acelerada diferente daquilo que é ela já emite o tempo todo, Campo
> Elétrico (veja a brilhante MSG do Léo de hoje). A princípio, ela não
> vai perder energia ao acelerar.

Se eu fosse entrar no mérito das minhas teorias, eu diria que o que ela
emite não é o campo elétrico, pois o campo elétrico, segundo as minhas
teorias, também não existe, sendo tão somente um construto de alto nível
construído a partir do que eu chamo informações eletromagnéticas ou
i.m.e. Essas i.m.e. polarizam o espaço de maneira tal a me permitirem
utilizar operadores matemáticos especiais com a finalidade de calcular o
campo elétrico e magnético. Obviamente um corpo em movimento em relação
à carga, acelerado ou não, irá visualizar esse espaço polarizado de
maneira diferente, e os operadores darão resultados diversos dependendo
da situação considerada. Mas isto é algo que estou evitando ao máximo
comentar. Quero ver como as coisas ficam aceitando «por hipótese» a
veracidade «incontestável» da teoria de Maxwell.

> Além disto, energia não existe!

Esta frase fez me lembrar algo que aconteceu há muito tempo, quando a
minha teoria sobre o eletromagnetismo estava ainda em germinação. Antes
de chegar aos operadores atuais, eu tentei outros operadores bastante
esquisitos. Estava apresentando a ideia para um grupo de estudantes de
engenharia elétrica e um desses alunos que era graduado em matemática,
falou: «-- Isto não existe!» Ao que eu respondi: «-- Como não existe? Eu
acabei de inventar? Logo existe sim.» E a platéia caiu na gargalhada.

> A única coisa que pode fazê-la perder velocidade é uma força (as leis
> de Newton não servem só para a prova de Física I).

Força existe? Acho que alguém aqui já andou dizendo que força não
existe, acho que foi o Victor. Sinceramente, em termos de existência
cada um aqui pensa diferente dos demais. Já nem sei se a Ciencialist
existe. Mas existindo ou não, é algo que me faz bem.

> Exemplo de força: interação entre ela e outra carga. Esta outra carga
> pode ser várias coisas inclusive o deslocamento de cargas provocado no
> ar na sua vizinhança se ela não estiver no vácuo.

Não entendi.

> Alberto, não é necessário o cara ter acordado agora, basta o elevador
> ter sido jogado para cima, vai ter um momento que a velocidade dele em
> relação ao solo será zero. Dentro do elevador, o obs. não perceberá
> nada disto por medições envolvendo massas. Ele continuará flutuando.

OK, mais um ponto para o Hélio. Só que na hora em que for jogado para
cima ele deverá estar dormindo, depois poderá ser acordado antes do
problema começar.

> PS.: Quando eu falo "hoje", quero dizer 24/04/2012. Mas não sei quando
> ela vai aparecer, depende do Yahoo (e/ou disponibilidade dos
> moderadores).

Bem, acima eu disse mais um ponto para o Hélio. Isto porque hoje,
quero dizer 24/04/2012 eu já lhe dei um ponto, só que esta outra msg
você provavelmente só receberá amanhã. Quanto a esta, quem sabe quando
chegará? Deixa eu enviar rápido porque daqui a 15 minutos hoje já será
amanhã ;-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2012 08:40


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2012 09:09


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2012 09:11



 
From Alberto:
"Alberto: Deixe-me ver se entendi. Pelo visto você considerou a carga em queda livre partindo do repouso, certo? Nestas condições, e no referencial do observador externo [observador (1) do problema original] a energia total inicial desta carga seria Ue+Ug (com Ug=mgh) e a energia total final seria Ue+Uc+Ui (com Uc=½mv²). Fico em dúvida quanto à conservação deste Ue, pois, para o observador (1) a velocidade passou de 0 para um valor v diferente de zero. A menos que Ue seja pensado como energia potencial eletromagnética e não simplesmente elétrica. Vou assumir então que seja isto."
 
Não, a energia elétrica final não é Ue igual à anterior quando em repouso à altura h; vejamos o conceito de energia elétrica:
Então, só para ilustrar, digamos que o referencial para energia elétrica seja o solo (observador externo (2)):
A energia elétrica do sistema varia conforme a carga q(-) se aproxima da carga q(+); a variação é "irradiada".
Na altura h a energia total do sistema (q,m) é U = Ue + Ug ...... (Ug = mgh)
Numa data t qqer durante a queda livre a energia total do sistema é U = U'e + U'g + Uirradiada + Ecin
Quase ao tocar no solo tem-se: U = ~0 + U'irradiada + (1/2)mv².
No exemplo (tomando-se referencial no solo) toda energia elétrica da carga q(-) foi "irradiada" durante a queda livre.
Para qqer outro referencial (fixo) no qual se calcule a energia elétrica do sistema a variação de distância (se houver) implica em variação da energia potencial elétrica.
Energia elétrica sempre se restringe a um sistema de cargas; ela aparece devido ao trabalho do operador (mecânico, químico, etc.) na separação de cargas elétricas. Não há energia elétrica para uma única carga!
A pilha, a bateria, o gerador eletromecânico, ou quem quer que seja a fonte, deve realizar trabalho na separação de cargas para que se tenha um sistema elétrico dotado de energia. Energia está no sistema. Cargas negativas do sistema tendem a se aproximar das positivas e, com isto, realizam trabalho ... o mesmo que lhes foi fornecido para 'montar' o sistema!
 
[]´
 
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2012 09:38

Oi Léo.
 
Como foi a pescaria? Usou a ratoeira?
 
Mas creio que não é por aí. Não estamos falando em energia referente à posição de duas cargas. Você está misturando com o conceito de potencial que é energia potencial dividido pela carga.
 
[],s
 
Belmiro


________________________________
De: Luiz Ferraz Netto <leo@feiradeciencias.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Abril de 2012 8:40
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 


SUBJECT: Fw: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
DATE: 25/04/2012 09:39




SUBJECT: Fw: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
DATE: 25/04/2012 09:50


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2012 09:52

Oi Alberto.
 
De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 24 de Abril de 2012 21:09
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Tuesday, April 24, 2012 2:39 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá, Belmiro
Na msg 81937 Belmiro escreveu:

Belmiro: Como estamos numa lista de discussões, temos permissão para falar bobagem também. Então lá vai uma ideia que eu tive para justificar a questão da energia irradiada pela carga do seu problema, sempre sem apelar para a mãe de todas as respostas, a mecânica quântica.

No início, com o compartimento eletricamente carregado, temos uma energia potencial elétrica Ue mais uma energia potencial gravitacional Ug. Quando o compartimento é largado à sua sorte, despencando em queda livre, em qualquer momento da queda, a soma das energias tem que fechar.

Alberto: Data vênia, tentarei entrar na sua e, sempre que possível, irei acrescentando novas bobagens (-: Alegre :-). Creio que estes Ue e Ug relacionam-se apenas à carga situada no compartimento, com os demais conteúdos (observador, equipamentos etc) passando por imponderáveis, mesmo porque não irão afetar a resolução do problema.

Belmiro: Para facilitar as contas, vamos tomar o instante imediatamente antes do compartimento se esborrachar no chão. Neste instante, a soma das energias potencial elétrica Ue mais a energia cinética Uc teria que ser igual à energia anterior. O problema é que durante a queda, houve irradiação de energia pelo campo eletromagnético, que, ao que me parece, não há dúvidas quanto a isso. E assim, a conta não fecha.

O que teríamos então para fechar a conta? Simples: Ue+Ug=Ue+Uc+Ui, onde Ui é a energia irradiada.

Alberto: Deixe-me ver se entendi. Pelo visto você considerou a carga em queda livre partindo do repouso, certo? Nestas condições, e no referencial do observador externo [observador (1) do problema original] a energia total inicial desta carga seria Ue+Ug (com Ug=mgh) e a energia total final seria Ue+Uc+Ui (com Uc=½mv²). Fico em dúvida quanto à conservação deste Ue, pois, para o observador (1) a velocidade passou de 0 para um valor v diferente de zero. A menos que Ue seja pensado como energia potencial eletromagnética e não simplesmente elétrica. Vou assumir então que seja isto.Belmiro: Mas aí, para que a aritmética tico-tico funcione, é necessário que Ue ou Uc sejam menores. Assim, Ue ou Uc (quiçá os dois) deveriam ser menores do que esperaríamos. Vejamos, para Ue ser menor, o compartimento deveria ter perdido carga. Para Uc ser menor, o compartimento deveria ter perdido massa ou velocidade.

Alberto: Faz sentido. Mas veja bem: Estamos até agora considerando apenas o problema da queda livre de uma carga e visualizada por um único observador em terra firme. Este problema existe nestas condições, independentemente da carga estar ou não sendo acompanhada por outro observador [observador (2) no caso]. E neste caso quero crer que Ue, pensado como energia potencial eletromagnética, deve ter sido reduzida sem que a carga tenha sido afetada (quando parte do campo elétrico acaba se mostrando como magnético).
 
    Você tem razão. Tem que ser a energia eletromagnética. Aí, próximo ao chão, antes de bater, a carga, visto por (1) teria sido diminuída. Concordo. Mas, e que tal se a carga do compartimento for a carga elementar?
 
 Do contrário o EM estaria gerando um paradoxo do tipo daqueles que o Hélio andou afirmando existir em suas últimas msgs. Creio que na dedução do vetor fluxo  de energia eletromagnética (Poynting) esta transformação de Ue em Ui deva estar implícita.Belmiro: As duas alternativas primeiras violariam o PE.

Alberto: Não sei. Para isto teríamos de verificar como é que o problema se apresentaria ao observador (2). Neste caso a carga está em repouso tanto no início quanto no fim. Com uma diferença importante. No início, quando v=0 [(no referencial do observador (1)], o observador (2) sente estar em um campo gravitacional. Digamos então que ele estava dormindo e que acordou um infinitésimo de segundo após o início da queda livre, e portanto sem saber se está no espaço sideral onde g=0, ou em queda livre num local em que g0. Ao ser acordado ele estimou a energia total da carga como sendo Ue [Neste caso seria tão somente a energia potencial elétrica.]. Este Ue deve ser o mesmo estimado pelo observador (1) no início da queda livre. Só que para o observador (2) a energia Ue permanece constante e como a carga está em repouso e g=0, a energia total da carga não se altera. Consequentemente, e se tudo isto for verdade, não há como o observador (2) inferir que está em queda livre e não em repouso no espaço sideral (a não ser na hora em que ele se esborrachar no chão, mas aí o problema já acabou). Logo, nada disso viola o PE.O esquisito então é que para tudo isto ser verdadeiro, exista no espaço uma energia que para nós parece ter passado pelo observador (2) sem que ele pudesse se dar conta deste fato [ou seja, dá a impressão para o observador (1) que ela teria atravessado tanto o observador (2) quanto os seus sensores]. Esta esquisitice decorre de estarmos considerando o Ui como algo derivado do conceito de energia de campo. E como já disse em msg recente, energia de campo é algo que «não desce redondo».Paro por aqui porque se eu estiver certo no que disse acima, o restante da msg (mantive abaixo) perde o seu sentido.
 
       Verdade. Mas então, o problema está resolvido do mesmo jeito. As contas fecham. O problema de engolir isto é que estamos pensando na energia como algo que devêssemos sentir. E não é assim. Ela simplesmente é, faz, atua onde tem que atuar.
 
     [ ],s
 
     Belmiro
 
     P.S - Deixa eu voltar pro meu imposto de renda, senão o Leão me pega e a energia dele é imensa.
 
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.brMas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
***************************************
 
Resta a alternativa, diminuição da velocidade. A única forma de a velocidade diminuir seria diminuindo a aceleração gravitacional. Ou seja, a energia eletromagnética irradiada afetaria o g local. Estaria assim, o campo eletromagnético interagindo com a gravidade, como esperam a maioria dos cientistas que acreditam na unificação das forças. É claro, que a energia irradiada é muito pequena e a interação com a gravidade seria muito sutil. Entretanto, penso que poderia ser verificado experimentalmente, caso esta ideia tenha algum fundamento. Um corpo carregado eletricamente deveria cair mais devagar do que esse mesmo corpo sem carga no mesmo campo gravitacional.

Podem vir as ripadas e pedradas...

[],s

Belmiro

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2012 10:09

     Oi Léo.
 
     Você está enganado. Existe efetivamente uma onda eletromagnética que se propaga também nesta situação. O seu esquema estaria certo apenas para MRU do compartimento. Quando ele acelera, o campo magnético criado aumenta. Com isto, pelo PEQ (Princípio do EQuilíbrio, powered by Belmiro Wolski), um campo elétrico deve ser criado com sentido tal a criar outro campo elétrico que se oponha às variações do campo magnético original (Lei de Lenz). O problema é que este campo elétrico também será variável e dará origem a outro campo magnético e assim por diante. Esta é a onda eletromagnética. por outro lado, existe também a onda "elétrica" que se propaga. Qualquer carga, ao ser mudada de sua posição inicial, afeta o campo elétrico no espaço. Como esta mudança não é instantânea, há uma onda que se propaga com esta mudança. A diferença do que você propôs e que o Hélio assinou embaixo é que um campo elétrico deste tipo
não seria sentido a não ser poucos metros da fonte, pois iria diminuir muito com a distância. Já o campo elétrico (o magnético também) de uma onda eletromagnética mantém sua intensidade por milhares de km de distância (a não ser pela atenuação).
 
    [],s
 
    Belmiro
 

________________________________
De: Luiz Ferraz Netto <leo@feiradeciencias.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br; Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
Enviadas: Terça-feira, 24 de Abril de 2012 12:07
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2012 10:20

   Ah, Léo. Volte para o projeto da ratoeira...
 
   [],s
 
   Belmiro


________________________________
De: Luiz Ferraz Netto <leo@feiradeciencias.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br; Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Abril de 2012 9:50
Assunto: Fw: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2012 12:39

Ola Belmiro,
 
Este corpo, ao emitir radiação, perderia massa ou velocidade ?
 
Abs
Felipe


________________________________
De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Abril de 2012 10:20
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
   Ah, Léo. Volte para o projeto da ratoeira...
 
   [],s
 
   Belmiro


________________________________
De: Luiz Ferraz Netto <leo@feiradeciencias.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br; Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Abril de 2012 9:50
Assunto: Fw: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2012 13:06

Oi Luiz. Esta é a dúvida. Estou escrevendo outra mensagem na qual abordo isto.
 
[],s
 
Belmiro


________________________________
De: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Abril de 2012 12:39
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
Ola Belmiro,
 
Este corpo, ao emitir radiação, perderia massa ou velocidade ?
 
Abs
Felipe


________________________________
De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Abril de 2012 10:20
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
   Ah, Léo. Volte para o projeto da ratoeira...
 
   [],s
 
   Belmiro


________________________________
De: Luiz Ferraz Netto <leo@feiradeciencias.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br; Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Abril de 2012 9:50
Assunto: Fw: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2012 13:29

Oi Alberto.
 
Vou dar mais um pitaco, meio contra a minha concordância com você na mensagem anterior. A energia Ue à qual me referi tem que ser realmente a energia eletrostática. Quando você diz que deveria ser a energia eletromagnética e aí a considerar que parte do campo elétrico é visto como campo magnético, há que se considerar o seguinte: se a carga parar, o campo elétrico volta a aparecer, sumindo o campo magnético. No entanto, a radiação já era. Essa foi emanada para o universo e não volta mais. Inclusive, neste momento pode nem mais ser energia eletromagnética. Pode ter sido convertida em qualquer outra forma de energia. Logo, mesmo que se considere Ue como sendo a energia eletromagnética, nos instantes que precedem o crash, Ue será menor do que no começo. Assim, Ue+Uc+Ui = Ue +Ug. E é aí que a conta não fecha.  Mantenho o que disse. Ou a carga diminui, ou a massa (do compartimento) diminui ou a velocidade diminui. Ainda acho que se a carga ou massa diminuirem, o observador interno poderia detectar e aí tchau PE. Como prefiro acreditar que o PE está correto porque senão o universo perde a graça, é a velocidade que tem que diminuir. E aí só pode ocorrer com interação elétrico/gravitacional.
     Que venham mais pedradas.
 
     [],s
 
     Belmiro
De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 24 de Abril de 2012 21:09
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Tuesday, April 24, 2012 2:39 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá, Belmiro
Na msg 81937 Belmiro escreveu:

Belmiro: Como estamos numa lista de discussões, temos permissão para falar bobagem também. Então lá vai uma ideia que eu tive para justificar a questão da energia irradiada pela carga do seu problema, sempre sem apelar para a mãe de todas as respostas, a mecânica quântica.

No início, com o compartimento eletricamente carregado, temos uma energia potencial elétrica Ue mais uma energia potencial gravitacional Ug. Quando o compartimento é largado à sua sorte, despencando em queda livre, em qualquer momento da queda, a soma das energias tem que fechar.

Alberto: Data vênia, tentarei entrar na sua e, sempre que possível, irei acrescentando novas bobagens (-: Alegre :-). Creio que estes Ue e Ug relacionam-se apenas à carga situada no compartimento, com os demais conteúdos (observador, equipamentos etc) passando por imponderáveis, mesmo porque não irão afetar a resolução do problema.

Belmiro: Para facilitar as contas, vamos tomar o instante imediatamente antes do compartimento se esborrachar no chão. Neste instante, a soma das energias potencial elétrica Ue mais a energia cinética Uc teria que ser igual à energia anterior. O problema é que durante a queda, houve irradiação de energia pelo campo eletromagnético, que, ao que me parece, não há dúvidas quanto a isso. E assim, a conta não fecha.

O que teríamos então para fechar a conta? Simples: Ue+Ug=Ue+Uc+Ui, onde Ui é a energia irradiada.

Alberto: Deixe-me ver se entendi. Pelo visto você considerou a carga em queda livre partindo do repouso, certo? Nestas condições, e no referencial do observador externo [observador (1) do problema original] a energia total inicial desta carga seria Ue+Ug (com Ug=mgh) e a energia total final seria Ue+Uc+Ui (com Uc=½mv²). Fico em dúvida quanto à conservação deste Ue, pois, para o observador (1) a velocidade passou de 0 para um valor v diferente de zero. A menos que Ue seja pensado como energia potencial eletromagnética e não simplesmente elétrica. Vou assumir então que seja isto.Belmiro: Mas aí, para que a aritmética tico-tico funcione, é necessário que Ue ou Uc sejam menores. Assim, Ue ou Uc (quiçá os dois) deveriam ser menores do que esperaríamos. Vejamos, para Ue ser menor, o compartimento deveria ter perdido carga. Para Uc ser menor, o compartimento deveria ter perdido massa ou velocidade.

Alberto: Faz sentido. Mas veja bem: Estamos até agora considerando apenas o problema da queda livre de uma carga e visualizada por um único observador em terra firme. Este problema existe nestas condições, independentemente da carga estar ou não sendo acompanhada por outro observador [observador (2) no caso]. E neste caso quero crer que Ue, pensado como energia potencial eletromagnética, deve ter sido reduzida sem que a carga tenha sido afetada (quando parte do campo elétrico acaba se mostrando como magnético). Do contrário o EM estaria gerando um paradoxo do tipo daqueles que o Hélio andou afirmando existir em suas últimas msgs. Creio que na dedução do vetor fluxo  de energia eletromagnética (Poynting) esta transformação de Ue em Ui deva estar implícita.Belmiro: As duas alternativas primeiras violariam o PE.

Alberto: Não sei. Para isto teríamos de verificar como é que o problema se apresentaria ao observador (2). Neste caso a carga está em repouso tanto no início quanto no fim. Com uma diferença importante. No início, quando v=0 [(no referencial do observador (1)], o observador (2) sente estar em um campo gravitacional. Digamos então que ele estava dormindo e que acordou um infinitésimo de segundo após o início da queda livre, e portanto sem saber se está no espaço sideral onde g=0, ou em queda livre num local em que g0. Ao ser acordado ele estimou a energia total da carga como sendo Ue [Neste caso seria tão somente a energia potencial elétrica.]. Este Ue deve ser o mesmo estimado pelo observador (1) no início da queda livre. Só que para o observador (2) a energia Ue permanece constante e como a carga está em repouso e g=0, a energia total da carga não se altera. Consequentemente, e se tudo isto for verdade, não há como o observador (2) inferir que está em queda livre e não em repouso no espaço sideral (a não ser na hora em que ele se esborrachar no chão, mas aí o problema já acabou). Logo, nada disso viola o PE.O esquisito então é que para tudo isto ser verdadeiro, exista no espaço uma energia que para nós parece ter passado pelo observador (2) sem que ele pudesse se dar conta deste fato [ou seja, dá a impressão para o observador (1) que ela teria atravessado tanto o observador (2) quanto os seus sensores]. Esta esquisitice decorre de estarmos considerando o Ui como algo derivado do conceito de energia de campo. E como já disse em msg recente, energia de campo é algo que «não desce redondo».Paro por aqui porque se eu estiver certo no que disse acima, o restante da msg (mantive abaixo) perde o seu sentido.
 
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.brMas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
***************************************
 
Resta a alternativa, diminuição da velocidade. A única forma de a velocidade diminuir seria diminuindo a aceleração gravitacional. Ou seja, a energia eletromagnética irradiada afetaria o g local. Estaria assim, o campo eletromagnético interagindo com a gravidade, como esperam a maioria dos cientistas que acreditam na unificação das forças. É claro, que a energia irradiada é muito pequena e a interação com a gravidade seria muito sutil. Entretanto, penso que poderia ser verificado experimentalmente, caso esta ideia tenha algum fundamento. Um corpo carregado eletricamente deveria cair mais devagar do que esse mesmo corpo sem carga no mesmo campo gravitacional.

Podem vir as ripadas e pedradas...

[],s

Belmiro

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2012 14:27

From: Luiz Ferraz Netto
Sent: Wednesday, April 25, 2012 8:40 AM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

> > "Alberto: Deixe-me ver se entendi. Pelo visto você considerou a
> > carga em queda livre partindo do repouso, certo? Nestas condições, e
> > no referencial do observador externo [observador (1) do problema
> > original] a energia total inicial desta carga seria Ue+Ug (com
> > Ug=mgh) e a energia total final seria Ue+Uc+Ui (com Uc=½mv²). Fico
> > em dúvida quanto à conservação deste Ue, pois, para o observador (1)
> > a velocidade passou de 0 para um valor v diferente de zero. A menos
> > que Ue seja pensado como energia potencial eletromagnética e não
> > simplesmente elétrica. Vou assumir então que seja isto."

> Léo: Não, a energia elétrica final não é Ue igual à anterior quando em
> repouso à altura h; vejamos o conceito de energia elétrica: [...]

Alberto: Eu estava prestes a concordar contigo quando me deparei com a
msg do Belmiro afirmando que a coisa não é por aí. Vou então ficar
embaixo da minha pedra (como diria o Abelha Desvairada) assistindo de
camarote a luta entre as feras. Mesmo porque nós estamos discutindo
coisas referentes ao EM de Maxwell e, em termos de EM, eu sou mais as
minhas teorias :-).

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2012 14:31

From: Luiz Ferraz Netto
Sent: Wednesday, April 25, 2012 9:39 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br ; Léo
Subject: Fw: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
> PS: que tal a cor fucsia?
 
Tá saindo do armário, é?!!! Vai usar todas as cores do arco-iris?
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2012 15:35

From: Belmiro Wolski
Sent: Wednesday, April 25, 2012 1:29 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Olá Belmiro

> Vou dar mais um pitaco, meio contra a minha concordância com você na
> mensagem anterior.

Ainda bem que eu não concordei com a sua concordância pois do contrário
teria agora que discordar da sua discordância por ter concordado... ???
Seria isso? Já nem sei ;-))) Mas vamos lá.

> A energia Ue à qual me referi tem que ser realmente a energia
> eletrostática. Quando você diz que deveria ser a energia
> eletromagnética e aí a considerar que parte do campo elétrico é visto
> como campo magnético, há que se considerar o seguinte: se a carga
> parar, o campo elétrico volta a aparecer, sumindo o campo magnético.
> No entanto, a radiação já era. Essa foi emanada para o universo e não
> volta mais.

Eu tenho a impressão que daria no mesmo. Aliás, nem precisaria parar,
bastaria o campo g desaparecer e a carga continuar em MRU. De qualquer
forma creio que estaríamos aí introduzindo considerações desnecessárias
(quiçá ad hoc). Mas vamos analisar o restante de seu texto.

> Inclusive, neste momento pode nem mais ser energia eletromagnética.
> Pode ter sido convertida em qualquer outra forma de energia. Logo,
> mesmo que se considere Ue como sendo a energia eletromagnética, nos
> instantes que precedem o crash, Ue será menor do que no começo.

Acho que a coisa complicou um pouco. Como disse anteriormente, para o
observador (2) Ue deve ter diminuído imediatamente antes do crash. Para
fazer a carga voltar a MRU (supondo a não ocorrência do crash) deveremos
nos contrapor ao campo g, fornecendo de alguma maneira energia mecânica.
Neste caso sim, Ue voltará a seu valor inicial. Eu acho então que para o
observador (2) continua válido o que afirmei anteriormente, qual seja:
«quero crer que Ue, pensado como energia potencial eletromagnética, deve
ter sido reduzida sem que a carga tenha sido afetada (quando parte do
campo elétrico acaba se mostrando como magnético)»

> Assim, Ue+Uc+Ui = Ue +Ug. E é aí que a conta não fecha. Mantenho o
> que disse. Ou a carga diminui, ou a massa (do compartimento) diminui
> ou a velocidade diminui. Ainda acho que se a carga ou massa
> diminuirem, o observador interno poderia detectar e aí tchau PE. Como
> prefiro acreditar que o PE está correto porque senão o universo perde
> a graça, é a velocidade que tem que diminuir. E aí só pode ocorrer com
> interação elétrico/gravitacional.

Por mais que tente, não consigo concordar com isso. Continuo achando que
a esquisitice decorre de estarmos considerando o Ui como algo derivado
do conceito de energia de campo. Este, a meu ver, é um dos responsáveis
pela irredutibilidade do EM de Maxwell ao mecanicismo, pois essa energia
de campo, da maneira como foi formulada, não tem nada a ver com a
energia definida em mecânica. Energia em mecânica é um atributo possuído
pela matéria, seja por estar dotada de velocidade, seja por estar numa
região do espaço onde poderá utilizar esta energia que possui para se
movimentar (e consequentemente alterar a sua velocidade). Espaço não é
matéria logo, pelo menos no sentido clássico do termo, o espaço não pode
conter a energia como definida em mecânica.

Acho que a dúvida do Léo, com respeito ao significado que estamos
atribuindo ao Ue, também bate com esta argumentação, mas eu deixei de
comentar pois são duas visões distintas e, dentro de cada uma das visões
pareceu-me que um está certo e o outro errado e vice-versa. Putz! A
coisa complicou, mas é mais ou menos por aí ;-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2012 18:43

Oi Alberto,

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Abril de 2012 15:35
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Wednesday, April 25, 2012 1:29 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Olá Belmiro

> Vou dar mais um pitaco, meio contra a minha concordância com você na
> mensagem anterior.

Ainda bem que eu não concordei com a sua concordância pois do contrário
teria agora que discordar da sua discordância por ter concordado... ???
Seria isso? Já nem sei ;-))) Mas vamos lá.

> A energia Ue à qual me referi tem que ser realmente a energia
> eletrostática. Quando você diz que deveria ser a energia
> eletromagnética e aí a considerar que parte do campo elétrico é visto
> como campo magnético, há que se considerar o seguinte: se a carga
> parar, o campo elétrico volta a aparecer, sumindo o campo magnético.
> No entanto, a radiação já era. Essa foi emanada para o universo e não
> volta mais.

Eu tenho a impressão que daria no mesmo. Aliás, nem precisaria parar,
bastaria o campo g desaparecer e a carga continuar em MRU. De qualquer
forma creio que estaríamos aí introduzindo considerações desnecessárias
(quiçá ad hoc). Mas vamos analisar o restante de seu texto.
    Não é a mesma coisa. Se continuar em MRU vai continuar tendo campo magnético. Só não terá emissão de radiação.
> Inclusive, neste momento pode nem mais ser energia eletromagnética.
> Pode ter sido convertida em qualquer outra forma de energia. Logo,
> mesmo que se considere Ue como sendo a energia eletromagnética, nos
> instantes que precedem o crash, Ue será menor do que no começo.

Acho que a coisa complicou um pouco. Como disse anteriormente, para o
observador (2) Ue deve ter diminuído imediatamente antes do crash. Para
fazer a carga voltar a MRU
   Como voltar a MRU? Não era um movimento acelerado?
 (supondo a não ocorrência do crash) deveremos
nos contrapor ao campo g, fornecendo de alguma maneira energia mecânica.
Neste caso sim, Ue voltará a seu valor inicial. Eu acho então que para o
observador (2) continua válido o que afirmei anteriormente, qual seja:
«quero crer que Ue, pensado como energia potencial eletromagnética, deve
ter sido reduzida sem que a carga tenha sido afetada (quando parte do
campo elétrico acaba se mostrando como magnético)»
  Não vamos misturar outras energias e mudar ainda mais o experimento inicial. A grande sacada está no movimento em queda livre. A energia de um conjunto de cargas consiste na energia que foi utilizada para agregar todas as cargas, trazendo-as do infinito até um ponto. A primeira carga não requer nenhuma energia para ser trazida. Já para trazer a segunda, temos que vencer a força do campo elétrico da primeira carga que já está presente no ponto. E assim com as demais cargas, sendo a energia necessária cada vez maior. O resultado é aquela equação (meio da integral de volume do quadrado do campo elétrico vezes a constante épsilonzero) que todo mundo que lida com isso conhece. Uma vez agrupadas as cargas, a energia é esta e ponto final. Se este volume for agora acelerado, vai emitir radiação. Mas quem paga esta conta é a fonte externa, aquela que está procedendo a aceleração. Esta conta não pode vir das cargas que ali estão e muito menos do nada. Sim, porque se dissermos que a radiação saiu da energia das cargas, mas que as cargas não foram afetadas, então, quando essa carga deixar de ser acelerada, como o seu valor não mudou, seu campo elétrico permanece o mesmo. E aquela integral vai dar a mesma coisa! E quem bancou a radiação?
 
  > Assim, Ue+Uc+Ui = Ue +Ug. E é aí que a conta não fecha. Mantenho o
> que disse. Ou a carga diminui, ou a massa (do compartimento) diminui
> ou a velocidade diminui. Ainda acho que se a carga ou massa
> diminuirem, o observador interno poderia detectar e aí tchau PE. Como
> prefiro acreditar que o PE está correto porque senão o universo perde
> a graça, é a velocidade que tem que diminuir. E aí só pode ocorrer com
> interação elétrico/gravitacional.

Por mais que tente, não consigo concordar com isso. Continuo achando que
a esquisitice decorre de estarmos considerando o Ui como algo derivado
do conceito de energia de campo. Este, a meu ver, é um dos responsáveis
pela irredutibilidade do EM de Maxwell ao mecanicismo, pois essa energia
de campo, da maneira como foi formulada, não tem nada a ver com a
energia definida em mecânica.
     Não penso assim.
 Energia em mecânica é um atributo possuído
pela matéria, seja por estar dotada de velocidade, seja por estar numa
região do espaço onde poderá utilizar esta energia que possui para se
movimentar (e consequentemente alterar a sua velocidade). Espaço não é
matéria logo, pelo menos no sentido clássico do termo, o espaço não pode
conter a energia como definida em mecânica.
    E por que não? Posso direcionar uma onda eletromagnética para Marte. Uma antena adequada pode captá-la, transformando-se em corrente elétrica e aquecendo esta mesma antena, a ponto de um marciano gaúcho fazer chimarrão. (Por favor, usei uma hipérbole). Mas, o caso do Sol é real. Quem esquenta nosso planeta (e a nossa careca sem chapéu ao meio dia) são as ondas eletromagnéticas!
Acho que a dúvida do Léo, com respeito ao significado que estamos
atribuindo ao Ue, também bate com esta argumentação, mas eu deixei de
comentar pois são duas visões distintas e, dentro de cada uma das visões
pareceu-me que um está certo e o outro errado e vice-versa. Putz! A
coisa complicou, mas é mais ou menos por aí ;-)
   Quem mandou começar tudo isso? Agora aguente. Isto ainda porque eu estou sem tempo!
 
   [],s
    Belmiro
    P.S. Será que o Léo pegou algum peixe com a ratoeira? Ele não comentou nada!
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2012 19:38

From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Sunday, April 22, 2012 6:29 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 

Em continuação às mensagens 81845, 81914 e 81928 vejamos agora qual seria o análogo da situação observada na queda livre (aceleração devida a um campo gravitacional uniforme) para o caso da aceleração em mhs.

Neste caso o laboratório também deverá estar «livre» no espaço onde está o campo, ou seja, ele não deverá estar fixo a nada. E o campo deverá ser do tipo gravitacional oscilante, como mostrado nas figuras 5 ou 6 da msg 81914. O laboratório em consideração é aquele que foi apresentado na figura 3 na msg 81845. A figura 9 abaixo ilustra esta condição.

 

oscPE
Figura 9: Oscilação livre em um campo gravitacional oscilante.
Vide considerações feitas quando da apresentação da figura 6 (msg 81914)
Se a figura não estiver visível clique aqui.

Observar que esta situação é diferente daquela vista na figura 6. Naquele caso, o laboratório estava em repouso e agora está em um estado que poderíamos rotular por «oscilação livre».

Neste caso uma carga fixa ao laboratório estará em mhs em relação a um observador (1) situado em um referencial inercial em relação às estrelas fixas e convenientemente afastado do campo oscilante, a ponto de não sentir seus efeitos mecânicos [Nota: o observador (1) não está representado na figura]. Como a carga elétrica oscila, os sensores do observador (1) irão acusar a existência de uma onda eletromagnética com a mesma frequência do mhs observado. O observador (2) [aquele que está dentro do laboratório oscilante], assim como seus sensores, executam um mhs junto com a carga. Logo, e para ele, o centro de massa da carga se apresentará sempre em repouso. Consequentemente, e raciocinando-se em termos do EM de Maxwell, os sensores não devem acusar a existência desta onda. [Parece-me que tanto o Belmiro quanto o Léo concordariam com esta afirmação.] Em virtude disso, o observador (2) não conseguirá distinguir esta situação daquela que seria observada caso o laboratório estivesse oscilando por razões outras. Aliás, ele (2) nem mesmo saberá dizer se está oscilando ou não em relação a um referencial inercial. Ou seja, a sensação que ele tem não é muito diferente daquela que seria obtida caso estivesse na condição apresentada na figura 6 (msg 81914) [em repouso e sujeito a um campo gravitacional oscilante].

No caso da queda livre a dúvida relacionava-se ao fato do observador (2) não conseguir distinguir o seu estado frente a duas possibilidades: 1) estar em queda livre; 2) estar no espaço sideral e na ausência de campos gravitacionais. Agora as possibilidades são três: 1) campos gravitacionais oscilantes porém com o laboratório em repouso (ou seja, fixo) no referencial inercial (figura 6); 2) campos gravitacionais oscilantes e laboratório «livre» (figura 9 acima); 3) ausência de campos mas com o laboratório sujeito a acelerações variáveis no tempo e de outra natureza (figura 4).

Nos dois casos (queda livre e caso atual) o observador perde a noção de onde estaria um referencial inercial em relação às estrelas fixas. Na queda livre o observador tem a sensação de estar num referencial semelhante a este das estrelas fixas. Ele será capaz de constatar, por exemplo, a lei da inércia. No caso atual (mhs), o observador não sabe se está ou não em repouso em relação a este referencial inercial (o das estrelas fixas). Mas mesmo que esteja neste «repouso», e portanto naquilo que para nós (que estamos fora do laboratório) é um referencial inercial, ele não conseguirá constatar as mesmas leis por nós aqui descritas (inércia, etc.). Ele está naquilo que para nós parece ser um referencial inercial (pensando-se apenas em termos de movimento), mas não concordará que este é de fato um referencial inercial.

Vejam o quanto esse exemplo é importante, se não para o tema proposto (paradoxo da carga acelerada), pelo menos para o entendimento de algo que raramente chega a ser comentado em física. Sob este prisma, um dos ensinamentos que me parece ficar claro através desta sofisticação é o de que até mesmo o conceito de referencial inercial é relativo. Já cheguei a comentar isto anteriormente, porém num contexto bem diverso do atual e quando me referi ao absolutismo newtoniano que, a meu ver, não prega a existência de um referencial absoluto mas tão somente a ideia de movimento absoluto.

Neste caso (laboratório em oscilação) observa-se um absolutismo do movimento do mesmo tipo daquele descrito por Newton no caso da experiência do balde ou então na experiência de pensamento com globos giratórios. [É interessante notar que o mhs pode ser pensado como a projeção de um movimento circular e uniforme.] O estar em movimento, a meu ver, é a única certeza que o observador (2) consegue inferir. Ele apenas não consegue elucidar o agente causal. Em virtude desta incerteza sobre o agente causal, dirá o Belmiro: ponto para Einstein e para o PE. E em virtude desta certeza, a de estar em movimento, eu digo: ponto para Newton (e para o absolutismo do movimento). (-; Smiley piscando ;-)

Mas... já que demos um ponto para Einstein, que dizer da explicação que poderia vir a ser dada pelos seus seguidores relativistas com respeito ao paradoxo da carga acelerada. Sim, aquela explicação a concluir que o observador (2) e a carga estão causalmente «desconectados» e portanto não há como o observador detectar a radiação. Neste caso as coisas se complicam pois, não sendo o campo g uniforme, irão dizer que o PE não se aplica da maneira que estamos supondo. Segundo dizem, o PE é local, isto é, pontual no espaço. Consequentemente a matemágica será agora bem mais complicada. Mas sem dúvida alguma conseguirão, através de algum raciocínio estratosférico, chegar à mesma conclusão a que chegamos pela via clássica sugerida pelo Belmiro ou pelo Léo, ou seja, conseguirão elucidar o paradoxo.

Que dizer da energia não zero (f≠0) do «fóton» agora irradiado pela carga? Bem, deixemos isto para ser melhor discutido no item 4 (conforme indexação apresentada na msg 81914), se é que conseguiremos evoluir com respeito a esse assunto. Mesmo porque, essa possibilidade de energia zero no caso da queda livre não tem sido levada muito em conta em nossas discussões e eu nem mesmo consigo localizar onde foi que vi, li ou ouvi esta esquisitice, se bem que isto aconteceu por mais de uma vez e em mais de um contexto. E também porque, como vimos em mensagens paralelas, esta energia do campo deve-se a uma história que não costuma ser muito bem contada e, a meu ver, relacionada ao fato do EM de Maxwell ser irredutível ao mecanicismo.

Bem, vou parar por aqui a espera das pedradas. Se conseguir resistir às mesmas continuarei, oportunamente, a seguir os itens propostos na msg 81845.


[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2012 21:58

Belmiro e Alberto,

Alberto:
Acho que a dúvida do Léo, com respeito ao significado que estamos
atribuindo ao Ue, também bate com esta argumentação, mas eu deixei de
comentar pois são duas visões distintas e, dentro de cada uma das visões
pareceu-me que um está certo e o outro errado e vice-versa. Putz! A
coisa complicou, mas é mais ou menos por aí ;-)

Belmiro:
Quem mandou começar tudo isso? Agora aguente. Isto ainda porque eu estou sem tempo!


Hélio:

Eu já avisei e falo novamente:

Energia é um conceito criado apenas para complicar as listas de discussões.
(Léo, eu vi o seu comentário e espero que haja energia para continuar mandando mensagens para a c-list mesmo dizendo que energia não existe).
:-)

Se no lugar de energia vocês falarem somente em carga, massa, velocidade e força, a discussão dará mais frutos.
Energia é uma palavra que é todas estas coisas e, ao mesmo tempo, não é nada.

Belmiro, se a velocidade da carga diminuir, o mundo vai ficar sem graça para você enquanto eu vou dar muitas risadas.

Pois bastaria colocar esta carga presa à parede do elevador (ou laboratório) por uma haste um pouco flexível que o observador interno veria ela tentando ir para o teto (se estivesse em queda livre) ou normal (se estivesse no espaço sideral). E adeus PE.

Mas eu acho que não é por aí. O comportamento da carga não vai mudar (a menos que exista outra carga por perto ou esteja em em movimento relativo ao ar próximo a ela).

O que é diferente é o caminho percorrido pelas emissões dela. É isto que mata o PE.

Mas se o PE de Galileu estiver errado, aí sim eu vou chorar. E o mundo ficará muito sem graça. O que eu quero dizer com isto é que esta história de a carga em MRU emite campo magnético e elétrico e parada só emite campo elétrico indica que campo magnético não existe pois ela não pode ter comportamento diferente se nos dois casos está em inércia (parado=MRU). A diferença está em quem recebe os agentes de campo por causa da velocidade relativa entre ele a a carga.

E outra coisa Belmiro, você disse antes que campo magnético não existia, concordando comigo. Agora você diz que a carga pode emitir três coisas diferentes dependendo do seu humor (digo movimento): Campo elétrico se estiver parada; campos elétrico e magnético se estiver em MRU e além destes, uma outra coisa chamada "radiação" se estiver acelerada.
:-)


Hélio




De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Abril de 2012 18:43
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
Oi Alberto,

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Abril de 2012 15:35
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Wednesday, April 25, 2012 1:29 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Olá Belmiro

> Vou dar mais um pitaco, meio contra a minha concordância com você na
> mensagem anterior.

Ainda bem que eu não concordei com a sua concordância pois do contrário
teria agora que discordar da sua discordância por ter concordado... ???
Seria isso? Já nem sei ;-))) Mas vamos lá.

> A energia Ue à qual me referi tem que ser realmente a energia
> eletrostática. Quando você diz que deveria ser a energia
> eletromagnética e aí a considerar que parte do campo elétrico é visto
> como campo magnético, há que se considerar o seguinte: se a carga
> parar, o campo elétrico volta a aparecer, sumindo o campo magnético.
> No entanto, a radiação já era. Essa foi emanada para o universo e não
> volta mais.

Eu tenho a impressão que daria no mesmo. Aliás, nem precisaria parar,
bastaria o campo g desaparecer e a carga continuar em MRU. De qualquer
forma creio que estaríamos aí introduzindo considerações desnecessárias
(quiçá ad hoc). Mas vamos analisar o restante de seu texto.
    Não é a mesma coisa. Se continuar em MRU vai continuar tendo campo magnético. Só não terá emissão de radiação.
> Inclusive, neste momento pode nem mais ser energia eletromagnética.
> Pode ter sido convertida em qualquer outra forma de energia. Logo,
> mesmo que se considere Ue como sendo a energia eletromagnética, nos
> instantes que precedem o crash, Ue será menor do que no começo.

Acho que a coisa complicou um pouco. Como disse anteriormente, para o
observador (2) Ue deve ter diminuído imediatamente antes do crash. Para
fazer a carga voltar a MRU
   Como voltar a MRU? Não era um movimento acelerado?
 (supondo a não ocorrência do crash) deveremos
nos contrapor ao campo g, fornecendo de alguma maneira energia mecânica.
Neste caso sim, Ue voltará a seu valor inicial. Eu acho então que para o
observador (2) continua válido o que afirmei anteriormente, qual seja:
«quero crer que Ue, pensado como energia potencial eletromagnética, deve
ter sido reduzida sem que a carga tenha sido afetada (quando parte do
campo elétrico acaba se mostrando como magnético)»
  Não vamos misturar outras energias e mudar ainda mais o experimento inicial. A grande sacada está no movimento em queda livre. A energia de um conjunto de cargas consiste na energia que foi utilizada para agregar todas as cargas, trazendo-as do infinito até um ponto. A primeira carga não requer nenhuma energia para ser trazida. Já para trazer a segunda, temos que vencer a força do campo elétrico da primeira carga que já está presente no ponto. E assim com as demais cargas, sendo a energia necessária cada vez maior. O resultado é aquela equação (meio da integral de volume do quadrado do campo elétrico vezes a constante épsilonzero) que todo mundo que lida com isso conhece. Uma vez agrupadas as cargas, a energia é esta e ponto final. Se este volume for agora acelerado, vai emitir radiação. Mas quem paga esta conta é a fonte externa, aquela que está procedendo a aceleração. Esta conta não pode vir das cargas que ali estão e muito menos do nada. Sim, porque se dissermos que a radiação saiu da energia das cargas, mas que as cargas não foram afetadas, então, quando essa carga deixar de ser acelerada, como o seu valor não mudou, seu campo elétrico permanece o mesmo. E aquela integral vai dar a mesma coisa! E quem bancou a radiação?
 
  > Assim, Ue+Uc+Ui = Ue +Ug. E é aí que a conta não fecha. Mantenho o
> que disse. Ou a carga diminui, ou a massa (do compartimento) diminui
> ou a velocidade diminui. Ainda acho que se a carga ou massa
> diminuirem, o observador interno poderia detectar e aí tchau PE. Como
> prefiro acreditar que o PE está correto porque senão o universo perde
> a graça, é a velocidade que tem que diminuir. E aí só pode ocorrer com
> interação elétrico/gravitacional.

Por mais que tente, não consigo concordar com isso. Continuo achando que
a esquisitice decorre de estarmos considerando o Ui como algo derivado
do conceito de energia de campo. Este, a meu ver, é um dos responsáveis
pela irredutibilidade do EM de Maxwell ao mecanicismo, pois essa energia
de campo, da maneira como foi formulada, não tem nada a ver com a
energia definida em mecânica.
     Não penso assim.
 Energia em mecânica é um atributo possuído
pela matéria, seja por estar dotada de velocidade, seja por estar numa
região do espaço onde poderá utilizar esta energia que possui para se
movimentar (e consequentemente alterar a sua velocidade). Espaço não é
matéria logo, pelo menos no sentido clássico do termo, o espaço não pode
conter a energia como definida em mecânica.
    E por que não? Posso direcionar uma onda eletromagnética para Marte. Uma antena adequada pode captá-la, transformando-se em corrente elétrica e aquecendo esta mesma antena, a ponto de um marciano gaúcho fazer chimarrão. (Por favor, usei uma hipérbole). Mas, o caso do Sol é real. Quem esquenta nosso planeta (e a nossa careca sem chapéu ao meio dia) são as ondas eletromagnéticas!
Acho que a dúvida do Léo, com respeito ao significado que estamos
atribuindo ao Ue, também bate com esta argumentação, mas eu deixei de
comentar pois são duas visões distintas e, dentro de cada uma das visões
pareceu-me que um está certo e o outro errado e vice-versa. Putz! A
coisa complicou, mas é mais ou menos por aí ;-)
   Quem mandou começar tudo isso? Agora aguente. Isto ainda porque eu estou sem tempo!
 
   [],s
    Belmiro
    P.S. Será que o Léo pegou algum peixe com a ratoeira? Ele não comentou nada!
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.




SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2012 23:02

From: Hélio Carvalho
Sent: Wednesday, April 25, 2012 9:58 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Hélio: Eu já avisei e falo novamente:
Energia é um conceito criado apenas para complicar as listas de discussões.
 
Alberto: E eu já respondi, mas o Yahoo não liberou a msg.
 
Aliás, foram duas as msgs enviadas em 24/04/2012, em resposta ao Hélio, e outra enviada hoje (25/04/2012) para todos.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/04/2012 00:31

From: Belmiro Wolski
Sent: Wednesday, April 25, 2012 6:43 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Oi Belmiro
 
> > > Belmiro: A energia Ue à qual me referi tem que ser realmente a
> > > energia eletrostática. Quando você diz que deveria ser a energia
> > > eletromagnética e aí a considerar que parte do campo elétrico é
> > > visto como campo magnético, há que se considerar o seguinte: se a
> > > carga parar, o campo elétrico volta a aparecer, sumindo o campo
> > > magnético. No entanto, a radiação já era. Essa foi emanada para o
> > > universo e não volta mais.

> > Alberto: Eu tenho a impressão que daria no mesmo. Aliás, nem
> > precisaria parar, bastaria o campo g desaparecer e a carga continuar
> > em MRU. De qualquer forma creio que estaríamos aí introduzindo
> > considerações desnecessárias (quiçá ad hoc). Mas vamos analisar o
> > restante de seu texto.

> Belmiro: Não é a mesma coisa. Se continuar em MRU vai continuar tendo
> campo magnético. Só não terá emissão de radiação.

Alberto: Perceba que eu ainda estou com aquela ideia a considerar Ue
como energia eletromagnética. Tudo bem, se você quer retornar exatamente
à condição inicial, no que diz respeito a Ue, é só pensar neste MRU como
com velocidade zero. Obviamente alguma coisa deverá ser feita para se
chegar a este v=0, não basta retirar o campo.

> > > Belmiro: Inclusive, neste momento pode nem mais ser energia
> > > eletromagnética. Pode ter sido convertida em qualquer outra forma
> > > de energia. Logo, mesmo que se considere Ue como sendo a energia
> > > eletromagnética, nos instantes que precedem o crash, Ue será menor
> > > do que no começo.

> > Alberto: Acho que a coisa complicou um pouco. Como disse
> > anteriormente, para o observador (2) Ue deve ter diminuído
> > imediatamente antes do crash. Para fazer a carga voltar a MRU...

> Belmiro: Como voltar a MRU? Não era um movimento acelerado?

Alberto: Estou me referindo ao início, quando a carga estava em repouso
(ou seja, em MRU com v=0). Como estou pensando em termos de energia
eletromagnética (elétrica + magnética), tanto faz v ser igual ou
diferente de zero, desde que seja constante. Mas tudo bem, vamos assumir
então o retorno ao repouso do início da experiência, e portanto com v=0
e Ue como sendo apenas a energia elétrica.

> > ...(supondo a não ocorrência do crash) deveremos nos contrapor ao
> > campo g, fornecendo de alguma maneira energia mecânica. Neste caso
> > sim, Ue voltará a seu valor inicial. Eu acho então que para o
> > observador (2) continua válido o que afirmei anteriormente, qual
> > seja: «quero crer que Ue, pensado como energia potencial
> > eletromagnética, deve ter sido reduzida sem que a carga tenha sido
> > afetada (quando parte do campo elétrico acaba se mostrando como
> > magnético)»

> Belmiro: Não vamos misturar outras energias e mudar ainda mais o
> experimento inicial. A grande sacada está no movimento em queda livre.
> A energia de um conjunto de cargas consiste na energia que foi
> utilizada para agregar todas as cargas, trazendo-as do infinito até um
> ponto. A primeira carga não requer nenhuma energia para ser trazida.
> ...

Alberto: Mas eu não introduzi nenhuma outra carga. Você é quem está
sugerindo a ideia da carga em repouso ao final da experiência. E para a
obtenção deste repouso devemos retirar energia mecânica da carga. O erro
que cometi foi utilizar a expressão «fornecendo de alguma maneira
energia mecânica», quando o correto teria sido «retirando de alguma
maneira energia mecânica». Por exemplo, e para que v retorne a zero,
suponha a carga caindo em cima de uma mola que é travada
exatamente quando atinge v=0. No calor da discussão utilizei erradamente
a palavra «fornecer», mas com um sentido de que poderia ser um
fornecimento negativo Alegre.

Neste processo de retorno a v=0, Ue deveria retornar a seu valor
inicial, pois ao que parece a carga perdeu apenas energia potencial
gravitacional.

> Belmiro: ... Já para trazer a segunda, temos que vencer a força do
> campo elétrico da primeira carga que já está presente no ponto. E
> assim com as demais cargas, sendo a energia necessária cada vez maior.
> O resultado é aquela equação (meio da integral de volume do quadrado
> do campo elétrico vezes a constante épsilonzero) que todo mundo que
> lida com isso conhece. Uma vez agrupadas as cargas, a energia é esta e
> ponto final. Se este volume for agora acelerado, vai emitir radiação.
> Mas quem paga esta conta é a fonte externa, aquela que está procedendo
> a aceleração. Esta conta não pode vir das cargas que ali estão e muito
> menos do nada. Sim, porque se dissermos que a radiação saiu da energia
> das cargas, mas que as cargas não foram afetadas, então, quando essa
> carga deixar de ser acelerada, como o seu valor não mudou, seu campo
> elétrico permanece o mesmo. E aquela integral vai dar a mesma coisa! E
> quem bancou a radiação?

Alberto: Talvez agora eu esteja entendendo melhor a sua colocação. De
onde veio a energia irradiada? Realmente o balanço não está fechando. Se
este problema realmente existir, quero crer que valeria a pena pensar na
termodinâmica do processo, coisa que você já sugeriu em uma das msgs
logo no início do debate. A minha dúvida (ou pelo menos uma delas,
pois as
dúvidas são muitas) é se isso ocorre concomitantemente com
o processo de aceleração (e aí sim, Ue seria sempre constante),
ou se no processo final (quando paramos a carga).

> > > Belmiro: Assim, Ue+Uc+Ui = Ue +Ug. E é aí que a conta não fecha.
> > > Mantenho o que disse. Ou a carga diminui, ou a massa (do
> > > compartimento) diminui ou a velocidade diminui. Ainda acho que se
> > > a carga ou massa diminuirem, o observador interno poderia detectar
> > > e aí tchau PE. Como prefiro acreditar que o PE está correto porque
> > > senão o universo perde a graça, é a velocidade que tem que
> > > diminuir. E aí só pode ocorrer com interação
> > > elétrico/gravitacional.

> > Alberto: Por mais que tente, não consigo concordar com isso.
> > Continuo achando que a esquisitice decorre de estarmos considerando
> > o Ui como algo derivado do conceito de energia de campo. Este, a meu
> > ver, é um dos responsáveis pela irredutibilidade do EM de Maxwell ao
> > mecanicismo, pois essa energia de campo, da maneira como foi
> > formulada, não tem nada a ver com a energia definida em mecânica.

> Belmiro: Não penso assim.

Alberto: Talvez você tenha razão em não concordar que a explicação seja
por aí, mas mantenho a esquisitice por outros motivos. Para o caso
atual, creio que antes de concluir que «a velocidade tem que diminuir»,
volto a dizer: creio que valeria a pena pensar na termodinâmica do
processo. Algo do tipo a dizer que de alguma maneira a carga retiraria
esta diferença de energia da «radiação de fundo», aquela que existe até
mesmo no vácuo. Acho que está faltando um Planck aqui para elucidar este
problema. [Costumo dizer que Planck foi o último dos grandes clássicos.]

> > Alberto: Energia em mecânica é um atributo possuído pela matéria,
> > seja por estar dotada de velocidade, seja por estar numa região do
> > espaço onde poderá utilizar esta energia que possui para se
> > movimentar (e consequentemente alterar a sua velocidade). Espaço não
> > é matéria logo, pelo menos no sentido clássico do termo, o espaço
> > não pode conter a energia como definida em mecânica.

> Belmiro: E por que não? Posso direcionar uma onda eletromagnética para
> Marte. Uma antena adequada pode captá-la, transformando-se em corrente
> elétrica e aquecendo esta mesma antena, a ponto de um marciano gaúcho
> fazer chimarrão. (Por favor, usei uma hipérbole). Mas, o caso do Sol é
> real. Quem esquenta nosso planeta (e a nossa careca sem chapéu ao meio
> dia) são as ondas eletromagnéticas!

Sim, mas você está apelando para o conceito de onda eletromagnética.
Pergunto então: 1) Em que fundamento da Mecânica consta que onda
eletromagnética é aquilo que se lê nos livros de Eletromagnetismo e a
concordar com o que foi definido por Maxwell? Ou então: Porque é que
ninguém conseguiu unificar o eletromagnetismo de Maxwell com a mecânica
clássica, a exemplo do que foi conseguido com o calor (ou com energia
térmica)? Acho que existe algo de muito esquisito nessa história de
energia da onda eletromagnética. Não digo que ela não exista, mas
pergunto: 3) Porque não se pode pensar nesta energia como algo
compatível com a energia definida em mecânica, uma vez que elas são
convertíveis entre si e de maneira bem mais rentável (em teoria chega-se
a 100%) do que a conversão de calor em trabalho?

> > Alberto: Acho que a dúvida do Léo, com respeito ao significado que
> > estamos atribuindo ao Ue, também bate com esta argumentação, mas eu
> > deixei de comentar pois são duas visões distintas e, dentro de cada
> > uma das visões pareceu-me que um está certo e o outro errado e
> > vice-versa. Putz! A coisa complicou, mas é mais ou menos por aí ;-)

> Belmiro: Quem mandou começar tudo isso? Agora aguente. Isto ainda
> porque eu estou sem tempo!

Alberto: Pois é! O pior é que estabeleci até um roteiro a ser seguido,
agora não dá mais pra voltar atrás. E a coisa ainda é «mais pior»
porque a data da entrega do IR já está chegando e vocês vão ter tempo
livre para se armarem com ripas e pedras. Smiley piscando

> Belmiro: P.S. Será que o Léo pegou algum peixe com a ratoeira? Ele não
> comentou nada!

Alberto: E o Léo pesca alguma coisa? Ele vai pro sítio dele, bota a
peâozada pra pescar e depois vem contar vantagens aqui na Ciencialist.
 
[ ]´s
Alberto
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Curiosidades do meio literário.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/04/2012 06:00

Olá,

 

Fofocas quentinhas, quentinhas. Embora os protagonistas já tenham “esfriado”  bastante...

 

Curiosidades do meio literário.

O escritor Wolfgang Von Goethe escrevia em pé. Ele mantinha em sua casa uma escrivaninha alta.

O escritor Pedro Nava parafusava os móveis de sua casa a fim que ninguém os tirasse do lugar.

Gilberto Freyre nunca manuseou aparelhos eletrônicos. Não sabia ligar sequer uma televisão. Todas as obras foram escritas a bico-de-pena, como o mais extenso de seus livros, Ordem e Progresso, de 703 páginas.

Euclides da Cunha, Superintendente de Obras Públicas de São Paulo, foi engenheiro responsável pela construção de uma ponte em São José do Rio Pardo (SP). A obra demorou três anos para ficar pronta e, alguns meses depois de inaugurada, a ponte simplesmente ruiu. Ele não se deu por vencido e a reconstruiu. Mas, por via das dúvidas, abandonou a carreira de engenheiro.

Machado de Assis, nosso grande escritor, ultrapassou tanto as barreiras sociais bem como físicas. Machado teve uma infância sofrida pela pobreza e ainda era míope, gago e sofria de epilepsia. Enquanto escrevia Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado foi acometido por uma de suas piores crises intestinais, com complicações para sua frágil visão. Os médicos recomendaram três meses de descanso em Petrópolis. Sem poder ler nem redigir, ditou grande parte do romance para a esposa, Carolina.

Graciliano Ramos era ateu convicto, mas tinha uma Bíblia na cabeceira só para apreciar os ensinamentos e os elementos de retórica. Por insistência da sogra, casou na igreja com Maria Augusta, católica fervorosa, mas exigiu que a cerimônia ficasse restrita aos pais do casal. No segundo casamento, com Heloísa, evitou transtornos: casou logo no religioso.

Aluísio de Azevedo tinha o hábito de, antes de escrever seus romances, desenhar e pintar, sobre papelão, as personagens principais mantendo-as em sua mesa de trabalho, enquanto escrevia.

José Lins do Rego era fanático por futebol. Foi diretor do Flamengo, do Rio, e chegou a chefiar a delegação brasileira no Campeonato Sul-Americano, em 1953.

Aos dezessete anos, Carlos Drummond de Andrade foi expulso do Colégio Anchieta, em Nova Friburgo (RJ), depois de um desentendimento com o professor de português. Imitava com perfeição a assinatura dos outros. Falsificou a do chefe durante anos para lhe poupar trabalho. Ninguém notou. Tinha a mania de picotar papel e tecidos. "Se não fizer isso, saio matando gente pela rua". Estraçalhou uma camisa nova em folha do neto. "Experimentei, ficou apertada, achei que tinha comprado o número errado. Mas não se impressione, amanhã lhe dou outra igualzinha."

Numa das viagens a Portugal, Cecília Meireles marcou um encontro com o poeta Fernando Pessoa no café A Brasileira, em Lisboa. Sentou-se ao meio-dia e esperou em vão até as duas horas da tarde. Decepcionada, voltou para o hotel, onde recebeu um livro autografado pelo autor lusitano. Junto com o exemplar, a explicação para o "furo": Fernando Pessoa tinha lido seu horóscopo pela manhã e concluído que não era um bom dia para o encontro.

Érico Veríssimo era quase tão taciturno quanto o filho Luís Fernando, também escritor. Numa viagem de trem a Cruz Alta, Érico fez uma pergunta que o filho respondeu quatro horas depois, quando chegavam à estação final.

Clarice Lispector era solitária e tinha crises de insônia. Ligava para os amigos e dizia coisas perturbadoras. Imprevisível, era comum ser convidada para jantar e ir embora antes de a comida ser servida.

Monteiro Lobato adorava café com farinha de milho, rapadura e içá torrado (a bolinha traseira da formiga tanajura), além de Biotônico Fontoura. "Para ele, era licor", diverte-se Joyce, a neta do escritor. Também tinha mania de consertar tudo. "Mas para arrumar uma coisa, sempre quebrava outra."

Manuel Bandeira sempre se gabou de um encontro com Machado de Assis, aos dez anos, numa viagem de trem. Puxou conversa: "O senhor gosta de Camões?" Bandeira recitou uma oitava de Os Lusíadas que o mestre não lembrava. Na velhice, confessou: era mentira. Tinha inventado a história para impressionar os amigos. Foi escoteiro dos nove aos treze anos. Nadador do Minas Tênis Clube, ganhou o título de campeão mineiro em 1939, no estilo costas.



Guimarães Rosa, médico recém-formado, trabalhou em lugarejos que não constavam no mapa. Cavalgava a noite inteira para atender a pacientes que viviam em longínquas fazendas. As consultas eram pagas com bolo, pudim, galinha e ovos. Sentia-se culpado quando os pacientes morriam. Acabou abandonando a profissão. "Não tinha vocação. Quase desmaiava ao ver sangue", conta Agnes, a filha mais nova.

Mário de Andrade provocava ciúmes no antropólogo Lévi-Strauss porque era muito amigo da mulher dele, Dina. Só depois da morte de Mário, o francês descobriu que se preocupava em vão. O escritor era homossexual.


Vinicius de Moraes, casado com Lila Bosco, no início dos anos 50, morava num minúsculo apartamento em Copacabana. Não tinha geladeira. Para aguentar o calor, chupava uma bala de hortelã e, em seguida, bebia um copo de água para ter sensação refrescante na boca.

José Lins do Rego foi o primeiro a quebrar as regras na ABL, em 1955. Em vez de elogiar o antecessor, como de costume, disse que Ataulfo de Paiva não poderia ter ocupado a cadeira por faltar-lhe vocação.
 
Jorge Amado para autorizar a adaptação de Gabriela para a tevê, impôs que o papel principal fosse dado a Sônia Braga. "Por quê?", perguntavam os jornalistas, Jorge respondeu: "O motivo é simples: nós somos amantes." Ficou todo mundo de boca aberta. O clima ficou mais pesado quando Sônia apareceu. Mas ele se levantou e, muito formal disse: "Muito prazer, encantado." Era piada. Os dois nem se conheciam até então.
 
O poeta Pablo Neruda colecionava de quase tudo: conchas, navios em miniatura, garrafas e bebidas, máscaras, cachimbos, insetos, quase tudo que lhe dava na cabeça.
 
Vladimir Maiakóvski tinha o que atualmente chamamos de Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC). O poeta russo tinha mania de limpeza e costumava lavar as mãos diversas vezes ao dia, numa espécie de ritual repetitivo e obsessivo.
 
A preocupação excessiva com doenças fazia com que o escritor de origem tcheca Franz Kafka usasse roupas leves e só dormisse de janelas abertas ? para que o ar circulasse -, mesmo no rigoroso inverno de Praga.
 
O escritor norte-americano Ernest Hemingway passou boa parte de sua vida tratando de problemas de depressão. Apesar da ajuda especializada, o escritor foi vencido pela tristeza e amargura crônicas. Hemingway deu fim à própria vida com um tiro na cabeça.

 Sds,

Victor.

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/04/2012 09:25

   Oi Hélio.

De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Abril de 2012 21:58
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Belmiro e Alberto,

Alberto:Acho que a dúvida do Léo, com respeito ao significado que estamos atribuindo ao Ue, também bate com esta argumentação, mas eu deixei de comentar pois são duas visões distintas e, dentro de cada uma das visões pareceu-me que um está certo e o outro errado e vice-versa. Putz! A coisa complicou, mas é mais ou menos por aí ;-)Belmiro:
Quem mandou começar tudo isso? Agora aguente. Isto ainda porque eu estou sem tempo!


Hélio:

Eu já avisei e falo novamente:

Energia é um conceito criado apenas para complicar as listas de discussões.
(Léo, eu vi o seu comentário e espero que haja energia para continuar mandando mensagens para a c-list mesmo dizendo que energia não existe).
:-)

Se no lugar de energia vocês falarem somente em carga, massa, velocidade e força, a discussão dará mais frutos.
 
     Ah, tá!
 
Energia é uma palavra que é todas estas coisas e, ao mesmo tempo, não é nada.

Belmiro, se a velocidade da carga diminuir, o mundo vai ficar sem graça para você enquanto eu vou dar muitas risadas.
Pois bastaria colocar esta carga presa à parede do elevador (ou laboratório) por uma haste um pouco flexível que o observador interno veria ela tentando ir para o teto (se estivesse em queda livre) ou normal (se estivesse no espaço sideral). E adeus PE.
 
     Desmancha prazeres! Eu já estava até sonhando com os louros da minha descoberta. Pensei até numa parceria com o Fran de Aquino. Quem sabe, um Nobelzinho dividido com ele... Agora já era.:( triste Mas, numa dessas, quem sabe, vai que você está certo e o PE está errado...

Mas eu acho que não é por aí. O comportamento da carga não vai mudar (a menos que exista outra carga por perto ou esteja em em movimento relativo ao ar próximo a ela).
 
    É, mas tem problema neste troço. Pense num objeto em queda livre. A energia potencial que ele tinha no começo da queda vai se transformando em energia cinética a cada momento, de forma que nos pentelhésimos de segundo que antecedem o encontro com o chão, a energia potencial será zero e a cinética igual ao que era a potencial no início da queda.
    Agora, bote carga elétrica no objeto e repita a experiência. A parte relativa às energias potencial e cinética deve permanecer a mesma. Mas, como o objeto estará acelerado, deverá emitir radiação durante a queda. Esta radiação já pode ter sido captada e transformada em outro tipo de energia, vamos supor aquela mais sem vergonha, o calor. Pois bem, então, neste caso, energia eletromagnética deve ter sido cedida pelo objeto. Então, ele deve ter ficado com menos energia do que tinha antes. Mas a energia que o objeto tinha foi conseguida às custas de cargas elétricas que ali foram depositadas. Logo, ele deveria ter perdido cargas. E se assim for, também adeus PE. Ahh! Agora entendi porque chamam isso de paradoxo!!

O que é diferente é o caminho percorrido pelas emissões dela. É isto que mata o PE.

Mas se o PE de Galileu estiver errado, aí sim eu vou chorar. E o mundo ficará muito sem graça. O que eu quero dizer com isto é que esta história de a carga em MRU emite campo magnético e elétrico e parada só emite campo elétrico indica que campo magnético não existe pois ela não pode ter comportamento diferente se nos dois casos está em inércia (parado=MRU). A diferença está em quem recebe os agentes de campo por causa da velocidade relativa entre ele a a carga.
 
       Mas, parado é um conceito relativo e MRU pressupõe movimento relativo. Não é a mesma coisa.

E outra coisa Belmiro, você disse antes que campo magnético não existia, concordando comigo. Agora você diz que a carga pode emitir três coisas diferentes dependendo do seu humor (digo movimento): Campo elétrico se estiver parada; campos elétrico e magnético se estiver em MRU e além destes, uma outra coisa chamada "radiação" se estiver acelerada.
:-)
 
    É isso mesmo. Quando disse que campo magnético não existe é porque seus efeitos poderiam ser tratados como interação entre cargas em movimento. Mas numa outra mensagem disse também que se esse modelo não fosse usado (o do campo magnético) os problemas seriam muito difícieis de resolver, senão impossíveis alguns. Especialmente os que envolvem a onda. Mas, se quer filosofar, digo então que o campo elétrico também não existe, massa não existe, cargas não existem, nós não existimos. (Espero que o Calil não esteja em férias de novo).
 
   [ ],s
 
   Belmiro

Hélio



De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Abril de 2012 18:43
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Oi Alberto,

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Abril de 2012 15:35
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro WolskiSent: Wednesday, April 25, 2012 1:29 PMSubject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga aceleradaOlá Belmiro> Vou dar mais um pitaco, meio contra a minha concordância com você na> mensagem anterior.Ainda bem que eu não concordei com a sua concordância pois do contrárioteria agora que discordar da sua discordância por ter concordado... ??? Seria isso? Já nem sei ;-))) Mas vamos lá.> A energia Ue à qual me referi tem que ser realmente a energia> eletrostática. Quando você diz que deveria ser a energia> eletromagnética e aí a considerar que parte do campo elétrico é visto> como campo magnético, há que se considerar o seguinte: se a carga> parar, o campo elétrico volta a aparecer, sumindo o campo magnético.> No entanto, a radiação já era. Essa foi emanada para o universo e não> volta mais.Eu tenho a impressão que daria no mesmo. Aliás, nem precisaria parar,bastaria o campo g desaparecer e a carga continuar em MRU. De qualquerforma creio que estaríamos aí introduzindo considerações desnecessárias(quiçá ad hoc). Mas vamos analisar o restante de seu texto.
    Não é a mesma coisa. Se continuar em MRU vai continuar tendo campo magnético. Só não terá emissão de radiação.
> Inclusive, neste momento pode nem mais ser energia eletromagnética.> Pode ter sido convertida em qualquer outra forma de energia. Logo,> mesmo que se considere Ue como sendo a energia eletromagnética, nos> instantes que precedem o crash, Ue será menor do que no começo.Acho que a coisa complicou um pouco. Como disse anteriormente, para oobservador (2) Ue deve ter diminuído imediatamente antes do crash. Parafazer a carga voltar a MRU
   Como voltar a MRU? Não era um movimento acelerado?
 (supondo a não ocorrência do crash) deveremosnos contrapor ao campo g, fornecendo de alguma maneira energia mecânica.Neste caso sim, Ue voltará a seu valor inicial. Eu acho então que para oobservador (2) continua válido o que afirmei anteriormente, qual seja:«quero crer que Ue, pensado como energia potencial eletromagnética, deveter sido reduzida sem que a carga tenha sido afetada (quando parte docampo elétrico acaba se mostrando como magnético)»
  Não vamos misturar outras energias e mudar ainda mais o experimento inicial. A grande sacada está no movimento em queda livre. A energia de um conjunto de cargas consiste na energia que foi utilizada para agregar todas as cargas, trazendo-as do infinito até um ponto. A primeira carga não requer nenhuma energia para ser trazida. Já para trazer a segunda, temos que vencer a força do campo elétrico da primeira carga que já está presente no ponto. E assim com as demais cargas, sendo a energia necessária cada vez maior. O resultado é aquela equação (meio da integral de volume do quadrado do campo elétrico vezes a constante épsilonzero) que todo mundo que lida com isso conhece. Uma vez agrupadas as cargas, a energia é esta e ponto final. Se este volume for agora acelerado, vai emitir radiação. Mas quem paga esta conta é a fonte externa, aquela que está procedendo a aceleração. Esta conta não pode vir das cargas que ali estão e muito menos do nada. Sim, porque se dissermos que a radiação saiu da energia das cargas, mas que as cargas não foram afetadas, então, quando essa carga deixar de ser acelerada, como o seu valor não mudou, seu campo elétrico permanece o mesmo. E aquela integral vai dar a mesma coisa! E quem bancou a radiação?
 
  > Assim, Ue+Uc+Ui = Ue +Ug. E é aí que a conta não fecha. Mantenho o> que disse. Ou a carga diminui, ou a massa (do compartimento) diminui> ou a velocidade diminui. Ainda acho que se a carga ou massa> diminuirem, o observador interno poderia detectar e aí tchau PE. Como> prefiro acreditar que o PE está correto porque senão o universo perde> a graça, é a velocidade que tem que diminuir. E aí só pode ocorrer com> interação elétrico/gravitacional.Por mais que tente, não consigo concordar com isso. Continuo achando quea esquisitice decorre de estarmos considerando o Ui como algo derivadodo conceito de energia de campo. Este, a meu ver, é um dos responsáveispela irredutibilidade do EM de Maxwell ao mecanicismo, pois essa energiade campo, da maneira como foi formulada, não tem nada a ver com aenergia definida em mecânica.
     Não penso assim.
 Energia em mecânica é um atributo possuídopela matéria, seja por estar dotada de velocidade, seja por estar numa região do espaço onde poderá utilizar esta energia que possui para se movimentar (e consequentemente alterar a sua velocidade). Espaço não é matéria logo, pelo menos no sentido clássico do termo, o espaço não pode conter a energia como definida em mecânica.
    E por que não? Posso direcionar uma onda eletromagnética para Marte. Uma antena adequada pode captá-la, transformando-se em corrente elétrica e aquecendo esta mesma antena, a ponto de um marciano gaúcho fazer chimarrão. (Por favor, usei uma hipérbole). Mas, o caso do Sol é real. Quem esquenta nosso planeta (e a nossa careca sem chapéu ao meio dia) são as ondas eletromagnéticas!
Acho que a dúvida do Léo, com respeito ao significado que estamos atribuindo ao Ue, também bate com esta argumentação, mas eu deixei de comentar pois são duas visões distintas e, dentro de cada uma das visões pareceu-me que um está certo e o outro errado e vice-versa. Putz! A coisa complicou, mas é mais ou menos por aí ;-)
   Quem mandou começar tudo isso? Agora aguente. Isto ainda porque eu estou sem tempo!
 
   [],s
    Belmiro
    P.S. Será que o Léo pegou algum peixe com a ratoeira? Ele não comentou nada!
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.brMas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
DATE: 26/04/2012 15:09


Vou deixar todo o texto pois preciso de várias referências.
[]´
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Wednesday, April 25, 2012 6:43 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 

Oi Alberto,

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Abril de 2012 15:35
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Wednesday, April 25, 2012 1:29 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Olá Belmiro

> Vou dar mais um pitaco, meio contra a minha concordância com você na
> mensagem anterior.

Ainda bem que eu não concordei com a sua concordância pois do contrário
teria agora que discordar da sua discordância por ter concordado... ???
Seria isso? Já nem sei ;-))) Mas vamos lá.

> A energia Ue à qual me referi tem que ser realmente a energia
> eletrostática. Quando você diz que deveria ser a energia
> eletromagnética e aí a considerar que parte do campo elétrico é visto
> como campo magnético, há que se considerar o seguinte: se a carga
> parar, o campo elétrico volta a aparecer, sumindo o campo magnético.
> No entanto, a radiação já era. Essa foi emanada para o universo e não
> volta mais.

Eu tenho a impressão que daria no mesmo. Aliás, nem precisaria parar,
bastaria o campo g desaparecer e a carga continuar em MRU. De qualquer
forma creio que estaríamos aí introduzindo considerações desnecessárias
(quiçá ad hoc). Mas vamos analisar o restante de seu texto.
    Não é a mesma coisa. Se continuar em MRU vai continuar tendo campo magnético. Só não terá emissão de radiação.
> Inclusive, neste momento pode nem mais ser energia eletromagnética.
> Pode ter sido convertida em qualquer outra forma de energia. Logo,
> mesmo que se considere Ue como sendo a energia eletromagnética, nos
> instantes que precedem o crash, Ue será menor do que no começo.

Acho que a coisa complicou um pouco. Como disse anteriormente, para o
observador (2) Ue deve ter diminuído imediatamente antes do crash. Para
fazer a carga voltar a MRU
   Como voltar a MRU? Não era um movimento acelerado?
 (supondo a não ocorrência do crash) deveremos
nos contrapor ao campo g, fornecendo de alguma maneira energia mecânica.
Neste caso sim, Ue voltará a seu valor inicial. Eu acho então que para o
observador (2) continua válido o que afirmei anteriormente, qual seja:
«quero crer que Ue, pensado como energia potencial eletromagnética, deve
ter sido reduzida sem que a carga tenha sido afetada (quando parte do
campo elétrico acaba se mostrando como magnético)»
  Não vamos misturar outras energias e mudar ainda mais o experimento inicial. A grande sacada está no movimento em queda livre. A energia de um conjunto de cargas consiste na energia que foi utilizada para agregar todas as cargas, trazendo-as do infinito até um ponto. A primeira carga não requer nenhuma energia para ser trazida. Já para trazer a segunda, temos que vencer a força do campo elétrico da primeira carga que já está presente no ponto. E assim com as demais cargas, sendo a energia necessária cada vez maior. O resultado é aquela equação (meio da integral de volume do quadrado do campo elétrico vezes a constante épsilonzero) que todo mundo que lida com isso conhece. Uma vez agrupadas as cargas, a energia é esta e ponto final. Se este volume for agora acelerado, vai emitir radiação. Mas quem paga esta conta é a fonte externa, aquela que está procedendo a aceleração. Esta conta não pode vir das cargas que ali estão e muito menos do nada. Sim, porque se dissermos que a radiação saiu da energia das cargas, mas que as cargas não foram afetadas, então, quando essa carga deixar de ser acelerada, como o seu valor não mudou, seu campo elétrico permanece o mesmo. E aquela integral vai dar a mesma coisa! E quem bancou a radiação?
Léo: O Sr. Wosky está querendo distorcer meus ditos, usando apenas de outras palavras para comentar a deixa do Alberto! Assim, ponha sua armadura, pindura um lencinho na ponta da lança, pois aqui vou eu!
Eu já havia dito que a Ue é a energia de um sistema de carga separadas e calculada pelo trabalho posto na separação de cargas ... ai ele vem com a graça que isto é conceito de potencial elétrico. E agora no texto azul acima comenta exatamente o que falei. Agora vou mostrar que a Ue não é a 'simples' energia elétrica do pacotinho de carga q (que está sendo utilizado para a queda livre).
Pensemos assim: Lá no LUGAR ALGUM (referencial absoluto R) tem um corpo eletricamente neutro; dele vamos tirar (por exemplo) cargas negaticas para montar o pacotinho de carga q de nossa experiência de queda livre; ponto P, que dista L do LUGAR ALGUM (R).
Primeira operação: trabalho (T1) para afastar o primeiro elétron do corpo neutro em R e levá-lo até P; energia do sistema de cargas E1 = T1 (primeiro elétron em P). Pondo referencial de energia potencial elétrica em R, a energia do primeiro elétron (e1) vale E1 = T1.
Segunda operação: trabalho T2 para afastar o segundo elétron (e2) de R e levá-lo até P (E2 = T2), MAIS o trabalho T'2 para vencer a força de repulsão entre e1 e e2. A energia do conjunto de elétrons em P (e1+e2) vale: E1 + E2 + E'2   .... E'2 = T'2 .
Terceira operação: idem, de modo que a energia potencial elétrica associada ao pacotinho (e1+e2+e3) vale: E1 + E2 + E3 + E'2 + E'3  ... E'3 = T'3 .
....
Enésima operação, quando então nosso pacotinho terá carga total   q = e1+e2+e3+......en   e sua energia potencial total em relação a R será: E = (E1+E2+E3+ ...+ En) + [E'1+E'2+E'3+ ... +E'n] .
A energia potencial elétrica de q, em P, relativa à R é composta de duas partes distintas; uma soma das parcelas entre parêntesis que é medida pelos trabalhos de separar as cargas do corpo inicial que era neutro e arrastá-las até P (contra forças de atração) e uma soma das parcelas entre colchetes que é medida pelos trabalhos de aproximação das cargas individuais até P (contra forças de repulsão).
Quando a carga q cair em queda livre haverá alteração da distância L (aumento de L; aumento da parcela entre parêntesis), à custa do campo gravitacional g --- ele arrasta m, mas trás consigo a carga q inerente à m. Como a distância P/chão é muito pequena em confronto com L (?), a parcela entre colchetes não é substancialmente afetada. A carga q irradia (justamente a energia agregada pelo aumento de L da parcela entre parêntesis). Imediatamente antes do crash a carga q irradiou, sem afetar seu valor; usou apenas parte da energia de separação extra em relação a R.
Assim Ele falou!
  > Assim, Ue+Uc+Ui = Ue +Ug. E é aí que a conta não fecha. Mantenho o
> que disse. Ou a carga diminui, ou a massa (do compartimento) diminui
> ou a velocidade diminui. Ainda acho que se a carga ou massa
> diminuirem, o observador interno poderia detectar e aí tchau PE. Como
> prefiro acreditar que o PE está correto porque senão o universo perde
> a graça, é a velocidade que tem que diminuir. E aí só pode ocorrer com
> interação elétrico/gravitacional.
Sim, houve uma interação disfarçada; g serviu para aumentar a parcela elétrica E(...) ; parcela entre parêntesis.
Por mais que tente, não consigo concordar com isso. Continuo achando que
a esquisitice decorre de estarmos considerando o Ui como algo derivado
do conceito de energia de campo. Este, a meu ver, é um dos responsáveis
pela irredutibilidade do EM de Maxwell ao mecanicismo, pois essa energia
de campo, da maneira como foi formulada, não tem nada a ver com a
energia definida em mecânica.
     Não penso assim.
 Energia em mecânica é um atributo possuído
pela matéria, seja por estar dotada de velocidade, seja por estar numa
região do espaço onde poderá utilizar esta energia que possui para se
movimentar (e consequentemente alterar a sua velocidade). Espaço não é
matéria logo, pelo menos no sentido clássico do termo, o espaço não pode
conter a energia como definida em mecânica.
    E por que não? Posso direcionar uma onda eletromagnética para Marte. Uma antena adequada pode captá-la, transformando-se em corrente elétrica e aquecendo esta mesma antena, a ponto de um marciano gaúcho fazer chimarrão. (Por favor, usei uma hipérbole). Mas, o caso do Sol é real. Quem esquenta nosso planeta (e a nossa careca sem chapéu ao meio dia) são as ondas eletromagnéticas!
Após vencer a distância terra/marte a onda chega em marte com amplitude (energia) suficiente apenas para induzir um sinal elétrico ... que precisará de senhor amplificador para ser detetada na relação sinal/ruído. Para que a energia deste tênue sinal elétrico consiga 'aquecer' a antena a pontode fazer chimarr calculo, assim por cima, coisa de 800 anos para que o efeito Joule contínuo consigo isto. Ou é um feixe laser potentíssimo o que vc usou para sua 'onda eletromagnética'?
Taí ... vestiu a armadura? Pede emprestado para o Alberto uma cota de malha. 
Acho que a dúvida do Léo, com respeito ao significado que estamos
atribuindo ao Ue, também bate com esta argumentação, mas eu deixei de
comentar pois são duas visões distintas e, dentro de cada uma das visões
pareceu-me que um está certo e o outro errado e vice-versa. Putz! A
coisa complicou, mas é mais ou menos por aí ;-)
   Quem mandou começar tudo isso? Agora aguente. Isto ainda porque eu estou sem tempo!
 
   [],s
    Belmiro
    P.S. Será que o Léo pegou algum peixe com a ratoeira? Ele não comentou nada!
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/04/2012 17:38

From: Hélio Carvalho
Sent: Wednesday, April 25, 2012 9:58 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá Hélio
 
Vou responder hoje (26/04/2012) a outro trecho da sua msg de 25/04/2012 na esperança de que ela não fique bloqueada pelo sistema Yahoo.

Faz um tempo você afirmou que as piadas estavam ficando desatualizadas. Agora a coisa está bem pior pois os argumentos das discussões também estão ficando desatualizados. Respondi ontem (25/04/2012) a uma msg do Belmiro que até agora não apareceu. Hoje o Léo respondeu a uma das citações do Belmiro em resposta a algo que eu tinha afirmado anteriormente a esta msg. Obviamente o Léo sequer está sabendo se eu mantive ou não o que havia afirmado antes.

Estou já com quatro mensagens bloqueadas, as mais antigas de 24/12/2012. Mas vamos em frente. Nesta que foi a sua última msg não bloqueada, destaquei o seguinte trecho:

Hélio: Belmiro, se a velocidade da carga diminuir, o mundo vai ficar sem graça para você enquanto eu vou dar muitas risadas. Pois bastaria colocar esta carga presa à parede do elevador (ou laboratório) por uma haste um pouco flexível que o observador interno veria ela tentando ir para o teto (se estivesse em queda livre) ou normal (se estivesse no espaço sideral). E adeus PE.

Muito bem colocado. Como o Belmiro deu a entender em sua resposta: Adeus Prêmio Nobel Smiley chorando.

Fuçando o Google encontrei hoje um artigo que diz algo do mesmo tipo, qual seja:

[Nota: SHGF = static homogeneous gravitational field]

********** início da citação ***********
«In order to analyze the standard approach, consider an observer falling freely in an SHGF. A freely falling system of reference is an inertial system of reference for him. A charged particle falling freely parallel to the observer in the same SHGF is static relative to the freely falling observer. The observer will observe a static unperturbed culoumb field, and no radiation from the freely falling charge. A neutral particle, having an equal mass, falling freely in parallel to the charged particle, will fall exactly with the same acceleration and velocity as the charged particle, because both particles lose no energy by radiation, and the work done on the particles by the gravitational field that creates the kinetic energy of the particles is equal for both of them. The observer finds no diference between the response of the two particles to the SHGF. This observation supports the principle of equivalence, because the observer cannot distinguish between the situation in which he and the particles are falling freely in SHGF, or if all of them are located in a static gravity-free system of reference.»
********** final da citação ***********

Ou seja, como seria possível as partículas caírem lado a lado para um observador e com velocidades diferentes para o outro observador?

O artigo citado é:
Radiation from a uniformly accelerated charge
Amos Harpaz & Noam Soker
http://cdsweb.cern.ch/record/355903/files/9805097.pdf

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: O paradoxo das mensagens retardadas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/04/2012 17:44

Estou com cinco msgs retardadas, a primeira delas enviada em 24/04/2012
às 21:40.

Talvez fosse melhor deixarmos de lado o paradoxo das cargas aceleradas
para discutirmos o paradoxo das mensagens retardadas. ;-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/04/2012 19:56

Grande Léo!

De: Luiz Ferraz Netto <leo@feiradeciencias.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br; Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
Enviadas: Quinta-feira, 26 de Abril de 2012 15:09
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 

Vou deixar todo o texto pois preciso de várias referências.
[]´
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Wednesday, April 25, 2012 6:43 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
Oi Alberto,

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Abril de 2012 15:35
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro WolskiSent: Wednesday, April 25, 2012 1:29 PMSubject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga aceleradaOlá Belmiro> Vou dar mais um pitaco, meio contra a minha concordância com você na> mensagem anterior.Ainda bem que eu não concordei com a sua concordância pois do contrárioteria agora que discordar da sua discordância por ter concordado... ??? Seria isso? Já nem sei ;-))) Mas vamos lá.> A energia Ue à qual me referi tem que ser realmente a energia> eletrostática. Quando você diz que deveria ser a energia> eletromagnética e aí a considerar que parte do campo elétrico é visto> como campo magnético, há que se considerar o seguinte: se a carga> parar, o campo elétrico volta a aparecer, sumindo o campo magnético.> No entanto, a radiação já era. Essa foi emanada para o universo e não> volta mais.Eu tenho a impressão que daria no mesmo. Aliás, nem precisaria parar,bastaria o campo g desaparecer e a carga continuar em MRU. De qualquerforma creio que estaríamos aí introduzindo considerações desnecessárias(quiçá ad hoc). Mas vamos analisar o restante de seu texto.
    Não é a mesma coisa. Se continuar em MRU vai continuar tendo campo magnético. Só não terá emissão de radiação.
> Inclusive, neste momento pode nem mais ser energia eletromagnética.> Pode ter sido convertida em qualquer outra forma de energia. Logo,> mesmo que se considere Ue como sendo a energia eletromagnética, nos> instantes que precedem o crash, Ue será menor do que no começo.Acho que a coisa complicou um pouco. Como disse anteriormente, para oobservador (2) Ue deve ter diminuído imediatamente antes do crash. Parafazer a carga voltar a MRU
   Como voltar a MRU? Não era um movimento acelerado?
 (supondo a não ocorrência do crash) deveremosnos contrapor ao campo g, fornecendo de alguma maneira energia mecânica.Neste caso sim, Ue voltará a seu valor inicial. Eu acho então que para oobservador (2) continua válido o que afirmei anteriormente, qual seja:«quero crer que Ue, pensado como energia potencial eletromagnética, deveter sido reduzida sem que a carga tenha sido afetada (quando parte docampo elétrico acaba se mostrando como magnético)»
  Não vamos misturar outras energias e mudar ainda mais o experimento inicial. A grande sacada está no movimento em queda livre. A energia de um conjunto de cargas consiste na energia que foi utilizada para agregar todas as cargas, trazendo-as do infinito até um ponto. A primeira carga não requer nenhuma energia para ser trazida. Já para trazer a segunda, temos que vencer a força do campo elétrico da primeira carga que já está presente no ponto. E assim com as demais cargas, sendo a energia necessária cada vez maior. O resultado é aquela equação (meio da integral de volume do quadrado do campo elétrico vezes a constante épsilonzero) que todo mundo que lida com isso conhece. Uma vez agrupadas as cargas, a energia é esta e ponto final. Se este volume for agora acelerado, vai emitir radiação. Mas quem paga esta conta é a fonte externa, aquela que está procedendo a aceleração. Esta conta não pode vir das cargas que ali estão e muito menos do nada. Sim, porque se dissermos que a radiação saiu da energia das cargas, mas que as cargas não foram afetadas, então, quando essa carga deixar de ser acelerada, como o seu valor não mudou, seu campo elétrico permanece o mesmo. E aquela integral vai dar a mesma coisa! E quem bancou a radiação?
Léo: O Sr. Wosky
 
    Licença, Sr. Wolski
 
está querendo distorcer meus ditos, usando apenas de outras palavras para comentar a deixa do Alberto! Assim, ponha sua armadura, pindura um lencinho na ponta da lança, pois aqui vou eu!
Eu já havia dito que a Ue é a energia de um sistema de carga separadas e calculada pelo trabalho posto na separação de cargas ... ai ele vem com a graça que isto é conceito de potencial elétrico. E agora no texto azul acima comenta exatamente o que falei. Agora vou mostrar que a Ue não é a 'simples' energia elétrica do pacotinho de carga q (que está sendo utilizado para a queda livre).
 
    Ora, ora. Eu usei o referencial no infinito. Assim não preciso realizar trabalho para separar carga alguma. Elas estão soltinhas lá no infinito. É só pegá-las e trazê-las, he, he.
 
Pensemos assim: Lá no LUGAR ALGUM (referencial absoluto R) tem um corpo eletricamente neutro; dele vamos tirar (por exemplo) cargas negaticas para montar o pacotinho de carga q de nossa experiência de queda livre; ponto P, que dista L do LUGAR ALGUM (R).
Primeira operação: trabalho (T1) para afastar o primeiro elétron do corpo neutro em R e levá-lo até P; energia do sistema de cargas E1 = T1 (primeiro elétron em P). Pondo referencial de energia potencial elétrica em R, a energia do primeiro elétron (e1) vale E1 = T1.
Segunda operação: trabalho T2 para afastar o segundo elétron (e2) de R e levá-lo até P (E2 = T2), MAIS o trabalho T'2 para vencer a força de repulsão entre e1 e e2. A energia do conjunto de elétrons em P (e1+e2) vale: E1 + E2 + E'2   .... E'2 = T'2 .
Terceira operação: idem, de modo que a energia potencial elétrica associada ao pacotinho (e1+e2+e3) vale: E1 + E2 + E3 + E'2 + E'3  ... E'3 = T'3 .
....
Enésima operação, quando então nosso pacotinho terá carga total   q = e1+e2+e3+......en   e sua energia potencial total em relação a R será: E = (E1+E2+E3+ ...+ En) + [E'1+E'2+E'3+ ... +E'n] .
A energia potencial elétrica de q, em P, relativa à R é composta de duas partes distintas; uma soma das parcelas entre parêntesis que é medida pelos trabalhos de separar as cargas do corpo inicial que era neutro e arrastá-las até P (contra forças de atração) e uma soma das parcelas entre colchetes que é medida pelos trabalhos de aproximação das cargas individuais até P (contra forças de repulsão).
Quando a carga q cair em queda livre haverá alteração da distância L (aumento de L; aumento da parcela entre parêntesis), à custa do campo gravitacional g --- ele arrasta m, mas trás consigo a carga q inerente à m. Como a distância P/chão é muito pequena em confronto com L (?), a parcela entre colchetes não é substancialmente afetada. A carga q irradia (justamente a energia agregada pelo aumento de L da parcela entre parêntesis). Imediatamente antes do crash a carga q irradiou, sem afetar seu valor; usou apenas parte da energia de separação extra em relação a R.
Assim Ele falou!
 
     Beleza mestre. Gostei da análise. Mas o problema persiste. Neste caso, o seu corpo de massa m também vai cair mais devagar, exatamente como o meu (na minha análise). Veja só. Se ele não tivesse carga, seria só g que determinaria sua velocidade. Entretanto, ele tem carga que foi devidamente surrupiada de um pobre corpo neutro que não tinha nada a ver com a história. E este ex-corpo neutro está nas proximidades, agora com carga oposta ao do corpo de massa m que despenca ribanceira abaixo no campo gravitacional. Assim, ele vai segurar um pouco a queda. O corpo m com carga vai cair mais devagar do que o corpo m sem carga. E o paradoxo continua. É, o Alberto Mtnos em cada encrenca!
 
  > Assim, Ue+Uc+Ui = Ue +Ug. E é aí que a conta não fecha. Mantenho o> que disse. Ou a carga diminui, ou a massa (do compartimento) diminui> ou a velocidade diminui. Ainda acho que se a carga ou massa> diminuirem, o observador interno poderia detectar e aí tchau PE. Como> prefiro acreditar que o PE está correto porque senão o universo perde> a graça, é a velocidade que tem que diminuir. E aí só pode ocorrer com> interação elétrico/gravitacional.Sim, houve uma interação disfarçada; g serviu para aumentar a parcela elétrica E(...) ; parcela entre parêntesis.Por mais que tente, não consigo concordar com isso. Continuo achando quea esquisitice decorre de estarmos considerando o Ui como algo derivadodo conceito de energia de campo. Este, a meu ver, é um dos responsáveispela irredutibilidade do EM de Maxwell ao mecanicismo, pois essa energiade campo, da maneira como foi formulada, não tem nada a ver com aenergia definida em mecânica.
     Não penso assim.
 Energia em mecânica é um atributo possuídopela matéria, seja por estar dotada de velocidade, seja por estar numa região do espaço onde poderá utilizar esta energia que possui para se movimentar (e consequentemente alterar a sua velocidade). Espaço não é matéria logo, pelo menos no sentido clássico do termo, o espaço não pode conter a energia como definida em mecânica.
    E por que não? Posso direcionar uma onda eletromagnética para Marte. Uma antena adequada pode captá-la, transformando-se em corrente elétrica e aquecendo esta mesma antena, a ponto de um marciano gaúcho fazer chimarrão. (Por favor, usei uma hipérbole). Mas, o caso do Sol é real. Quem esquenta nosso planeta (e a nossa careca sem chapéu ao meio dia) são as ondas eletromagnéticas!
Após vencer a distância terra/marte a onda chega em marte com amplitude (energia) suficiente apenas para induzir um sinal elétrico ... que precisará de senhor amplificador para ser detetada na relação sinal/ruído. Para que a energia deste tênue sinal elétrico consiga 'aquecer' a antena a pontode fazer chimarr calculo, assim por cima, coisa de 800 anos para que o efeito Joule contínuo consigo isto. Ou é um feixe laser potentíssimo o que vc usou para sua 'onda eletromagnética'?
 
      Caramba, você não leu entre parêntesis? Hipérbole. É uma figura de linguagem. Vai ao Gúgol. E mesmo que levasse um milhão de anos, não importa. Especialmente para Você o tempo é o que menos importa.
 
Taí ... vestiu a armadura? Pede emprestado para o Alberto uma cota de malha. 
 
    Não, não vesti. Não preciso. Eu sou como o Batfino. Minhas asas são como uma couraça de aço.
    
    [],s
 
    Belmiro
 
    P.S. Gostou da cor? Espero que saia direitinho.
 
    
Acho que a dúvida do Léo, com respeito ao significado que estamos atribuindo ao Ue, também bate com esta argumentação, mas eu deixei de comentar pois são duas visões distintas e, dentro de cada uma das visões pareceu-me que um está certo e o outro errado e vice-versa. Putz! A coisa complicou, mas é mais ou menos por aí ;-)
   Quem mandou começar tudo isso? Agora aguente. Isto ainda porque eu estou sem tempo!
 
   [],s
    Belmiro
    P.S. Será que o Léo pegou algum peixe com a ratoeira? Ele não comentou nada!
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.brMas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo das mensagens retardadas
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/04/2012 19:57

Acho que você está sendo boicotado, he, he.

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 26 de Abril de 2012 17:44
Assunto: [ciencialist] O paradoxo das mensagens retardadas
 
Estou com cinco msgs retardadas, a primeira delas enviada em 24/04/2012
às 21:40.

Talvez fosse melhor deixarmos de lado o paradoxo das cargas aceleradas
para discutirmos o paradoxo das mensagens retardadas. ;-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/04/2012 20:56

From: Belmiro Wolski
Sent: Thursday, April 26, 2012 7:56 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
P.S. Gostou da cor? Espero que saia direitinho. 
 
Putz, rosa do Belmiro com vermelho do Léo?!!!!!! Nãopra saber quem é quem.
.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo das mensagens retardadas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/04/2012 21:20

Pois é! O problema é que vocês viajando na mesma velocidade das msgs que estou enviando (estão em repouso em relação às msgs, ou em movimento hiperbólico em relação a mim) e portanto não conseguem captar o conteúdo emitido pela msg. O máximo que os seus sensores conseguem detectar é uma msg de conteúdo zero.
 
Considere um diagrama de espaço-tempo, por simplicidade considere métrica de Minkowski. Este é um gráfico de quatro dimensões onde as três primeiras são o espaço e a última o tempo (nem sempre é possível dizer quem é espaço e quem é tempo). Por simplicidade imagine um espaço-tempo bidimensional, ou seja, eixo x é o espaço, eixo y o tempo. Partindo da origem, onde vocês estão localizados (o observador parado em relação à msg) trace duas linhas diagonais em forma de X. Isto divide o gráfico em quatro regiões. A de baixo é o passado (mais rigorosamente: cone de luz passado) e a de cima o futuro. Considere a mensagem sendo enviada com aceleração uniforme neste gráfico Sua trajetória (neste gráfico) é uma hipérbole na região da direita. Considerando que a informação contida na msg é emitida e viaja no máximo à velocidade da luz, então não é possível a esta mensagem emitir informações na região da esquerda. Como ela também (pelos mesmos motivos) não recebe informações desta região diz-se que ela está causalmente desconectada. O ponto é que o tal observador está exatamente aí (grosso modo) (A rigor o movimento dele também é hiperbólico, e não pode ser conectado ao movimento da carga por uma trajetória admissível da informação). Como se diz: a mensagem emite informações fora do cone de luz.
 
Em outras palavras, estou causalmente desconectado da Ciencialist.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
**********************************
From: Belmiro Wolski
Sent: Thursday, April 26, 2012 7:57 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo das mensagens retardadas
 
 

Acho que você está sendo boicotado, he, he.
 
De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 26 de Abril de 2012 17:44
Assunto: [ciencialist] O paradoxo das mensagens retardadas
 
Estou com cinco msgs retardadas, a primeira delas enviada em 24/04/2012
às 21:40.

Talvez fosse melhor deixarmos de lado o paradoxo das cargas aceleradas
para discutirmos o paradoxo das mensagens retardadas. ;-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo das mensagens retardadas
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/04/2012 21:23

Alberto,

Será que você não mandou para o acrópolis por engano?
:-)

Hélio


De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quinta-feira, 26 de Abril de 2012 19:57
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo das mensagens retardadas

 
Acho que você está sendo boicotado, he, he.

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 26 de Abril de 2012 17:44
Assunto: [ciencialist] O paradoxo das mensagens retardadas
 
Estou com cinco msgs retardadas, a primeira delas enviada em 24/04/2012
às 21:40.

Talvez fosse melhor deixarmos de lado o paradoxo das cargas aceleradas
para discutirmos o paradoxo das mensagens retardadas. ;-)

[ ]´s
Alberto
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coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.




SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo das mensagens retardadas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/04/2012 21:28

Acho que não.
 
A explicação foi dada na resposta ao Belmiro. Como vocês pararam por alguns segundos, a informação conseguiu chegar lá na Ciencialist.
 
Só uma ERRATA a esta msg. Lá pelas tantas, onse se lê «carga» leia-se «mensagem». Com este erro acabei me denunciando: ficou claro que copiei outro texto e substitui algumas palavras. Smiley piscando
 
Estou mandando mais esta msg só para testar. Já perdi a conta de quantas foram parar na Quarentena da Ciencialist.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
*****************************
 
Sent: Thursday, April 26, 2012 9:23 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo das mensagens retardadas
 
 

Alberto,

Será que você não mandou para o acrópolis por engano?
:-)

Hélio
 

De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quinta-feira, 26 de Abril de 2012 19:57
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo das mensagens retardadas
 
 
Acho que você está sendo boicotado, he, he.
 
De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 26 de Abril de 2012 17:44
Assunto: [ciencialist] O paradoxo das mensagens retardadas
 
Estou com cinco msgs retardadas, a primeira delas enviada em 24/04/2012
às 21:40.

Talvez fosse melhor deixarmos de lado o paradoxo das cargas aceleradas
para discutirmos o paradoxo das mensagens retardadas. ;-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.




SUBJECT: 6 mensagens do Alberto no Spam da C-List.
FROM: "Leo - Luiz" <luizferraz.netto@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/04/2012 09:14

Fui verificar as pendências do Alberto e ... realmente havia 6 delas no Spam! Todas já liberadas.
Por que só as do Alberto no Spam? É macumba?
[]´



SUBJECT: Re: 6 mensagens do Alberto no Spam da C-List.
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/04/2012 09:33

O meu oráculo disse que é provavelmente pelo fato dele ter um link na assinatura de e-mail.

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Leo - Luiz" <luizferraz.netto@...> escreveu
>
> Fui verificar as pendências do Alberto e ... realmente havia 6 delas no Spam! Todas já liberadas.
> Por que só as do Alberto no Spam? É macumba?
> []´
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] 6 mensagens do Alberto no Spam da C-List.
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/04/2012 10:28

Eu sei porque!

Na mensagem que ele mandou em 24 de Abril
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81973

La' pelas tantas, ele diz:

>>"Já nem sei se a Ciencialist existe."

Colocou a existencia da c-list em duvida.

Alberto, cuidado com suas palavras.

:-)

Helio

De: Leo - Luiz <luizferraz.netto@gmail.com>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sexta-feira, 27 de Abril de 2012 8:14
Assunto: [ciencialist] 6 mensagens do Alberto no Spam da C-List.

 
Fui verificar as pendências do Alberto e ... realmente havia 6 delas no Spam! Todas já liberadas.
Por que só as do Alberto no Spam? É macumba?
[]´




SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/04/2012 11:15

From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Wednesday, April 25, 2012 7:38 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Na msg anterior, ora liberada, escrevi:

> Que dizer da energia não zero (f≠0) do «fóton» agora irradiado pela
> carga? Bem, deixemos isto para ser melhor discutido no item 4
> (conforme indexação apresentada na msg 81914), se é que conseguiremos
> evoluir com respeito a esse assunto. Mesmo porque, essa possibilidade
> de energia zero no caso da queda livre não tem sido levada muito em
> conta em nossas discussões e eu nem mesmo consigo localizar onde foi
> que vi, li ou ouvi esta esquisitice, se bem que isto aconteceu por
> mais de uma vez e em mais de um contexto. [...]
> [ http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81976 ]

Andei googleando e encontrei várias dessas referências. A mais
interessante a meu ver é o artigo de um autor desconhecido (mas que cita
os originais de outros autores importantes) e que está no site
MathPages. O artigo é:

Does A Uniformly Accelerating Charge Radiate?
http://www.mathpages.com/home/kmath528/kmath528.htm

Apesar de longo (dá 8 páginas A4 de impressão), vale a pena ser lido.
Aborda vários assuntos sobre o que estamos discutindo e, provavelmente,
facilitará a nossa tarefa [ou talvez faça justamente o contrário ;-)]

PS: A «bíblia do EM» (Jackson) também trata desse assunto, ainda que bem
de leve no que se refere aos autores que consideram a não emissão (ou
zero) de energia radiante no caso da aceleração uniforme. Para o autor,
isto parece ser balela, mas de qualquer forma, e com respeito à «reação
de radiação» afirma o seguinte: «The difficulties presented by this
problem touch one of the most fundamental aspects of physics, the nature
of an elementary particle. Although partial solutions, workable within
limited areas, can be given, the basic problem remains unsolved. - p.
745].

Oportunamente, e dependendo do transcorrer do debate, fornecerei links
para as outras referências que citei acima.

[ ]´s
Alberto
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: 6 mensagens do Alberto no Spam da C-List.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/04/2012 11:19

From: marcelleandro2009
Sent: Friday, April 27, 2012 9:33 AM
Subject: [ciencialist] Re: 6 mensagens do Alberto no Spam da C-List.

> O meu oráculo disse que é provavelmente pelo fato dele ter um link na
> assinatura de e-mail.

Acabei de mandar uma msg sem o link na assinatura e não funcionou, foi
para a Quarentena (tinha um outro link no meio da msg). Vamos ver o que
acontecerá com esta sem nenhum link.


[ ]´s
Alberto
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Spam no Alberto
FROM: "Leo - Luiz" <luizferraz.netto@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/04/2012 11:35

Realmente, fui ao SPAM da C-List e lá estava a última mensagem do Alberto. Não entendo o porque disso! Só as deles! Será que a triagem do sistema yahoo deteta falhas científicas nas argumentações do Alberto e, com medo de criticar com sólida argumentação, resolve lançar no spam?
Qual outro motivo para tal triagem separar só as mensagens dele?
Aguardemos......
[]´



SUBJECT: Hora do humor matem�tico
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/04/2012 12:44

Adoro piadinhas com conteúdo que só possa ser entendido
por quem tem um mínimo de cultura cientifico/matemática:
 
 
5
 
 
Pela descrição, parece que a estudante era uma mulé. E eu
seria capaz de apostar: deve ser loira!
 
Pedra, aqui vou eu...
 
*PB*
 
 

SUBJECT: Também, pudera, não é associado do C-List!
FROM: "Leo - Luiz" <luizferraz.netto@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/04/2012 12:57

Acredito que a coisa agora vai clarificar: Alberto Mesquita Filho não é associado do C-List! kkkkk kkkkk kkkkk ....

Fui à página e procurei por "Associados" com 'Alberto' ... nada! 'Alberto Mesquita' ... nada! 'Alberto Mesquita Filho' ... nada! 'amesquita' ... nada!
Não há busca de associados por e-mail, mesmo assim tentei, achei o e-mail "albmesq@uol.com.br" ... MAS NÃO É DELE e sim de um personagem chamado "ecientificocul..".
Desse modo, quando o FROM aparece com 'Alberto Mesquita Filho' e 'e-mail' de outro personagem, parece-me justo encaminhar para SPAM!
Ponto para o Yahoo!

Sr.Alberto Mesquita Filho, por gentileza, associe-se ao C-List e seja bem vindo às nossas monumentais discussões!

:-))))))

aquele abraço,



SUBJECT: Alberto/C-List
FROM: "Leo - Luiz" <luizferraz.netto@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/04/2012 13:00

mas ... se não for esse o problema ... então é mesmo macumba!
[]´



SUBJECT: Confrontando os 'cabeçalhos' de mensagem Alberto/Léo.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
DATE: 27/04/2012 13:29

Peguei uma mensagem típica do Alberto na minha pasta C-List; cliquei sobre ela com botão direito, selecionei 'propriedades' e a seguir 'detalhes'; a cópia vem a seguir, onde destaquei em vermelho a parte onde liberei do SPAM e envio à lista: Veja até onde vai a marca ==========. Depois fiz o mesmo com uma mensagem minha e copiei os 'detalhes' entre as marcas ===========; compare:
=====================================================================================
 
Delivered-To: leo@feiradeciencias.com.br
Received: by 10.112.113.101 with SMTP id ix5csp289749lbb;
        Fri, 27 Apr 2012 07:29:19 -0700 (PDT)
Received: by 10.68.201.9 with SMTP id jw9mr23779565pbc.88.1335536958821;
        Fri, 27 Apr 2012 07:29:18 -0700 (PDT)
Return-Path: <sentto-1044856-81981-1335536957-leo=feiradeciencias.com.br@returns.groups.yahoo.com>
Received: from ng7.bullet.mail.gq1.yahoo.com (ng7.bullet.mail.gq1.yahoo.com. [98.136.218.54])
        by mx.google.com with SMTP id rh10si6207802pbc.73.2012.04.27.07.29.18;
        Fri, 27 Apr 2012 07:29:18 -0700 (PDT)
Received-SPF: pass (google.com: manual fallback record for domain of sentto-1044856-81981-1335536957-leo=feiradeciencias.com.br@returns.groups.yahoo.com designates 98.136.218.54 as permitted sender) client-ip=98.136.218.54;
Authentication-Results: mx.google.com; spf=pass (google.com: manual fallback record for domain of sentto-1044856-81981-1335536957-leo=feiradeciencias.com.br@returns.groups.yahoo.com designates 98.136.218.54 as permitted sender) smtp.mail=sentto-1044856-81981-1335536957-leo=feiradeciencias.com.br@returns.groups.yahoo.com; dkim=pass header.i=@yahoogrupos.com.br
DKIM-Signature: v=1; a=rsa-sha256; c=relaxed/relaxed; d=yahoogrupos.com.br; s=hotel; t=1335536957; bh=o1GblLLUoGP3kz3913eX4An86VBcfNypv9VW7khnZhw=; h=Received:Received:X-Yahoo-Newman-Id:Received:Received:Received:DKIM-Signature:Received:Received:X-Sender:X-Apparently-To:X-Received:X-Received:X-Received:X-Received:X-UOL-SMTP:X-Received:Message-ID:To:References:In-Reply-To:X-Priority:X-MSMail-Priority:Importance:X-Mailer:X-MimeOLE:X-SIG5:X-Originating-IP:X-eGroups-Msg-Info:From:X-Yahoo-Profile:X-Yahoo-Marked-Not-Spam:X-eGroups-Approved-By:Sender:MIME-Version:Mailing-List:Delivered-To:List-Id:Precedence:List-Unsubscribe:Date:Subject:Reply-To:X-Yahoo-Newman-Property:Content-Type; b=fYVsbc5tOMIxr4M4p3IM0LybMMhuw130GP9lHq8YTpAQr6d8BdyGQAkpYRLqjV0F5ctNFNr+vqqQKpFEEZX8Avw4pnK/B8e0ttyTIzpjXED0TKIlJJ2zlfaGqyrTS5PQ
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 b=QjjRbQLPAIwnHob857UwhVw3YEeaWQcI0iNN0skJj36qzaWGRvTGsJ3BGc0CS5K3XLc10lnBgaRLJjCNpcrIFl06HHri4RmMv4tri/525fJ45nBWKofpcOru6KZUTp/9;
Received: from [98.137.0.85] by ng7.bullet.mail.gq1.yahoo.com with NNFMP; 27 Apr 2012 14:29:17 -0000
Received: from [98.137.62.104] by tg5.bullet.mail.gq1.yahoo.com with NNFMP; 27 Apr 2012 14:29:17 -0000
X-Yahoo-Newman-Id: 1044856-m81981
Received: (qmail 29436 invoked from network); 27 Apr 2012 14:29:16 -0000
Received: from unknown (98.137.34.45)
  by m15.grp.sp2.yahoo.com with QMQP; 27 Apr 2012 14:29:16 -0000
Received: from unknown (HELO ng19-vm5.bullet.mail.gq1.yahoo.com) (98.136.219.239)
  by mta2.grp.sp2.yahoo.com with SMTP; 27 Apr 2012 14:29:16 -0000
DKIM-Signature: v=1; a=rsa-sha256; c=relaxed/relaxed; d=yahoogrupos.com.br; s=hotel; t=1335536956; bh=Blx8KCp/ETQnxGWDiaUkLe3/z1KEVozdBuN9Zg0L41U=; h=Received:Received:X-Sender:X-Apparently-To:X-Received:X-Received:X-Received:X-Received:X-UOL-SMTP:X-Received:Message-ID:To:References:In-Reply-To:Date:MIME-Version:Content-Type:Content-Transfer-Encoding:X-Priority:X-MSMail-Priority:Importance:X-Mailer:X-MimeOLE:X-SIG5:X-Originating-IP:X-eGroups-Msg-Info:From:Reply-To:Subject:X-Yahoo-Group-Post:X-Yahoo-Profile:X-YGroups-SubInfo:Sender:X-Yahoo-Marked-Not-Spam:X-Yahoo-Newman-Property:X-eGroups-Approved-By:X-eGroups-Auth; b=v4xuu8mq2+eoWqE20Y5ov7J/Z6yLDvwBGddaNOAAZE/nUWueVovnA2C67/IUvEupCvsNyAILxfWLoboWwYzXGVIJ/ztbTTror9qHLuEGe5RLO6hDmpkTEHz/pTb/BVeL
Received: from [98.137.0.82] by ng19.bullet.mail.gq1.yahoo.com with NNFMP; 27 Apr 2012 14:29:16 -0000
Received: from [98.137.34.73] by tg2.bullet.mail.gq1.yahoo.com with NNFMP; 27 Apr 2012 14:29:16 -0000
X-Sender: albmesq@uol.com.br
X-Apparently-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
X-Received: (qmail 45569 invoked from network); 27 Apr 2012 14:18:57 -0000
X-Received: from unknown (98.137.34.45)
  by m9.grp.sp2.yahoo.com with QMQP; 27 Apr 2012 14:18:57 -0000
X-Received: from unknown (HELO smtps.uol.com.br) (200.147.33.243)
  by mta2.grp.sp2.yahoo.com with SMTP; 27 Apr 2012 14:18:56 -0000
X-Received: from localhost (localhost.localdomain [127.0.0.1])
 by a2-socom5.uol.com.br (Postfix) with ESMTP id F2463E00013C
 for <ciencialist@yahoogrupos.com.br>; Fri, 27 Apr 2012 11:18:52 -0300 (BRT)
X-UOL-SMTP: SMTP587
X-Received: from AMF01 (187-27-6-55.3g.claro.net.br [187.27.6.55])
 (using TLSv1 with cipher AES128-SHA (128/128 bits))
 (Client did not present a certificate)
 (Authenticated sender: albmesq@uol.com.br)
 by a2-socom5.uol.com.br (Postfix) with ESMTPSA id 1A50FE00008E
 for <ciencialist@yahoogrupos.com.br>; Fri, 27 Apr 2012 11:18:49 -0300 (BRT)
Message-ID: <CBB4082074184009AB45FA817B7AD194@AMF01>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
References: <EBADBC504CBC4B31BF5733732F7A89E4@AMF01> <1334624136.79708.YahooMailNeo@web122105.mail.ne1.yahoo.com> <6EDC331AD2CC4C55A65D1DB22784E4A0@AMF01> <1334703136.18742.YahooMailNeo@web122106.mail.ne1.yahoo.com> <162D5FE6DF944396B4787DE93309A702@AMF01> <1334752615.88881.YahooMailNeo@web122101.mail.ne1.yahoo.com> <1524E90C1282413291D2936D7240607A@AMF01> <1334780503.12574.YahooMailNeo@web122106.mail.ne1.yahoo.com> <B65D40CB6B85497FB8D3500CA8CEA2C3@AMF01> <7FAADD55F0594D88A294DA2BA548832B@AMF01> <1334855222.52249.YahooMailNeo@web122105.mail.ne1.yahoo.com> <B2647B18EA6D4E948093BE03735F6EC8@AMF01> <1334883991.74902.YahooMailNeo@web122101.mail.ne1.yahoo.com> <671B8C8C24304C36918D998022FD6DA1@AMF01> <1334939271.60642.YahooMailNeo@web122102.mail.ne1.yahoo.com> <8856D58FAC7A456DB3C9B0371C780D9F@AMF01> <4CCCA562233346549B5B53AE4D2C2A42@AMF01> <400A3E8893B14B88B73D92107E5CBE97@AMF01> <716641FEB2D14F39AAC52313260B5B2E@AMF01>
In-Reply-To: <716641FEB2D14F39AAC52313260B5B2E@AMF01>
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X-MSMail-Priority: Normal
Importance: Normal
X-Mailer: Microsoft Windows Live Mail 15.4.3555.308
X-MimeOLE: Produced By Microsoft MimeOLE V15.4.3555.308
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From: "Alberto Mesquita Filho" <
albmesq@uol.com.br>
X-Yahoo-Profile: ecientificocultural
X-Yahoo-Marked-Not-Spam:
X-eGroups-Approved-By: leoferraz2003 via web; 27 Apr 2012 14:29:16 -0000
Sender: ciencialist@yahoogrupos.com.br
MIME-Version: 1.0
Mailing-List: list ciencialist@yahoogrupos.com.br; contact ciencialist-owner@yahoogrupos.com.br
Delivered-To: mailing list ciencialist@yahoogrupos.com.br
List-Id: <ciencialist.yahoogrupos.com.br>
Precedence: bulk
List-Unsubscribe: <mailto:ciencialist-unsubscribe@yahoogrupos.com.br>
Date: Fri, 27 Apr 2012 11:15:12 -0300
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
X-Yahoo-Newman-Property: groups-email-ff-m
Content-Type: multipart/alternative;
 boundary="qZSwupaQY7LPZ6APRZ6Ia3cZZOK8bf1CclSQ4NK"
================================================================================
Compare!
================================================================================
Return-Path: <leo@feiradeciencias.com.br>
Received: from PAI ([189.79.217.38])
        by mx.google.com with ESMTPS id j25sm17525891yhk.2.2012.04.26.11.09.48
        (version=SSLv3 cipher=OTHER);
        Thu, 26 Apr 2012 11:09:52 -0700 (PDT)
Message-ID: <3251BD2F25724173983A1E775A0949ED@PAI>
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>,
 =?UTF-8?B?TMOpbw==?= <leo@feiradeciencias.com.br>
References: <EBADBC504CBC4B31BF5733732F7A89E4@AMF01>   <162D5FE6DF944396B4787DE93309A702@AMF01> <1334752615.88881.YahooMailNeo@web122101.mail.ne1.yahoo.com> <1524E90C1282413291D2936D7240607A@AMF01> <1334780503.12574.YahooMailNeo@web122106.mail.ne1.yahoo.com> <B65D40CB6B85497FB8D3500CA8CEA2C3@AMF01> <7FAADD55F0594D88A294DA2BA548832B@AMF01> <1334855222.52249.YahooMailNeo@web122105.mail.ne1.yahoo.com> <B2647B18EA6D4E948093BE03735F6EC8@AMF01> <1334883991.74902.YahooMailNeo@web122101.mail.ne1.yahoo.com> <671B8C8C24304C36918D998022FD6DA1@AMF01> <1334939271.60642.YahooMailNeo@web122102.mail.ne1.yahoo.com> <8856D58FAC7A456DB3C9B0371C780D9F@AMF01> <4CCCA562233346549B5B53AE4D2C2A42@AMF01> <400A3E8893B14B88B73D92107E5CBE97@AMF01> <1335289183.54917.YahooMailNeo@web122101.mail.ne1.yahoo.com> <9535C0B0DDF74FD397CEB47234828964@AMF01 > <1335371355.47607.YahooMailNeo@web122102.mail.ne1.yahoo. com> <CF235548F0A2431A9C6A4AF34BBEC9F8@AMF01> <1335390209.34402.YahooMailNeo@web122101.mail.ne1.yahoo.com>
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
Date: Thu, 26 Apr 2012 15:09:41 -0300
Organization: =?UTF-8?Q?Feira_de_Ci=C3=AAncias?=
MIME-Version: 1.0
Content-Type: multipart/alternative;
 boundary="----=_NextPart_000_00D3_01CD23BE.9B1C8B70"
X-Priority: 3
X-MSMail-Priority: Normal
X-Mailer: Microsoft Outlook Express 6.00.2900.5931
X-MimeOLE: Produced By Microsoft MimeOLE V6.00.2900.6157
=====================================================================================
 
Então ?????......
 
[]´
 
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================

SUBJECT: Re: [ciencialist] Spam no Alberto
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/04/2012 14:03

From: Leo - Luiz
Sent: Friday, April 27, 2012 11:35 AM
Subject: [ciencialist] Spam no Alberto

> Realmente, fui ao SPAM da C-List e lá estava a última mensagem do
> Alberto. Não entendo o porque disso! Só as deles! Será que a triagem
> do sistema yahoo deteta falhas científicas nas argumentações do
> Alberto e, com medo de criticar com sólida argumentação, resolve
> lançar no spam? Qual outro motivo para tal triagem separar só as
> mensagens dele? Aguardemos......

Olá Léo

Isso está me cheirando a coisas de engenheiro relativista, e
provavelmente do Victor. Ele anda muito quietinho, quase sem aparecer
por aqui a não ser para falar em «Curiosidades do meio literário», veja
só!!!

Acho que ele descobriu um meio de operacionalizar a matemágica do
Minkowski e desta forma conseguiu me deixar causalmente desconectado do
espaço Ciencialist. Ele não contava com a astúcia do Chapolim Colorado,
digo do Léo, que resolveu o problema com apenas alguns cliques.

Mas não tem nada não. Eu ainda vou mostrar pra ele com quantos pontos
virtuais desse espaço relativista se constrói uma guilhotina
absolutista.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Spam no Alberto
FROM: "Alberto" <albmesq@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/04/2012 14:30

Estou testando a opção "Responder através da web"
A msg reproduzida abaixo também caiu na pasta Quarentena. X-(
Aproveiteio ensejo para testar alguns emoticons e outros recursos
oferecidos pelo editor Yahoo.

From: Leo - Luiz
Sent: Friday, April 27, 2012 11:35 AM
Subject: [ciencialist] Spam no Alberto

> Realmente, fui ao SPAM da C-List e lá estava a última mensagem do
> Alberto. Não entendo o porque disso! Só as deles! Será que a triagem
> do sistema yahoo deteta falhas científicas nas argumentações do
> Alberto e, com medo de criticar com sólida argumentação, resolve
> lançar no spam? Qual outro motivo para tal triagem separar só as
> mensagens dele? Aguardemos......

Olá Léo

Isso está me cheirando a coisas de engenheiro relativista, e
provavelmente do Victor B-). Ele anda muito quietinho, quase sem aparecer
por aqui a não ser para falar em «Curiosidades do meio literário», veja
só!!!

Acho que ele descobriu um meio de operacionalizar a matemágica do
Minkowski e desta forma conseguiu me deixar causalmente desconectado do
espaço Ciencialist. Ele não contava com a astúcia do Chapolim Colorado,
digo do Léo, que resolveu o problema com apenas alguns cliques.

Mas não tem nada não =;.  Eu ainda vou mostrar pra ele com quantos pontos
virtuais desse espaço relativista se constrói uma guilhotina
absolutista. :))

[ ]´s
Alberto
Espaço Científico Cultural 
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Spam no Alberto
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
DATE: 27/04/2012 14:31

Interessante ... lá das páginas do Yahoo/C-List, enviei duas mensagens para o grupo ... sumiram!
 
[]´
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
From: Leo - Luiz
Sent: Friday, April 27, 2012 11:35 AM
Subject: [ciencialist] Spam no Alberto

 

Realmente, fui ao SPAM da C-List e lá estava a última mensagem do Alberto. Não entendo o porque disso! Só as deles! Será que a triagem do sistema yahoo deteta falhas científicas nas argumentações do Alberto e, com medo de criticar com sólida argumentação, resolve lançar no spam?
Qual outro motivo para tal triagem separar só as mensagens dele?
Aguardemos......
[]´


SUBJECT: Repetindo mensagem enviada via WEB ... e que sumiu!!!!!!!!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/04/2012 14:52

Acredito que descobri porque as mensagens "desse tal Sr. Alberto" caem para o SPAM: o Sr. Alberto não é um associado do C-List!
Cliquei na lista de associados e procurei ... nada! Coloquei na busca 'Alberto' e apareceram alguns 'A', mas ele ... nada! Busquei por Alberto Mesquita ... nada! Busquei por Alberto Mesquita Filho ... nada! Não há local para busca de e-mail dos associados, mas mesmo assim, tentei com albmesq@uol.com.br ... e, surpresa, este e-mail pertence a outro associado chamado "ecientificocul..."! Assim, o Yahoo, com sua brilhante triagem, encaminhou para SPAM. Ponto para o Yahoo!
 
Assim, sugiro ao "Sr. Alberto" que se associe ao C-List e seja bem vindo para novas abalizadas discussões. :-)))))))))) ... quem diria hein! Um penetra na C-List!!!!!
 
aquele abraço,
 
PS: Pô, espero que seja isto! Minha lista de erros já está bem grandinha!

     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================

SUBJECT: O paradoxo no E-mail do Alberto
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/04/2012 15:29

"... sistema yahoo deteta falhas científicas nas argumentações do Alberto e, com medo de criticar com sólida argumentação, resolve lançar no spam?..."


Falhas nas argumentações? Acho que não. Pois, desta forma esta pasta (spam) estaria abarrotada com as últimas tempestades verborrágicas, as quais tivemos a algumas semanas... ;o)



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Leo - Luiz" <luizferraz.netto@...> escreveu
>
> Realmente, fui ao SPAM da C-List e lá estava a última mensagem do Alberto. Não entendo o porque disso! Só as deles! Será que a triagem do sistema yahoo deteta falhas científicas nas argumentações do Alberto e, com medo de criticar com sólida argumentação, resolve lançar no spam?
> Qual outro motivo para tal triagem separar só as mensagens dele?
> Aguardemos......
> []´
>

SUBJECT: Re: [ciencialist] Hora do humor matemático
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/04/2012 05:55

 
 
Good..
Tell me what is LIM
Thanks.
mc
 
 
----- Original Message -----
From: Pesky Bee
Sent: Friday, April 27, 2012 12:44 PM
Subject: [ciencialist] Hora do humor matemático

 

Adoro piadinhas com conteúdo que só possa ser entendido
por quem tem um mínimo de cultura cientifico/matemática:
 
 
5
 
 
Pela descrição, parece que a estudante era uma mulé. E eu
seria capaz de apostar: deve ser loira!
 
Pedra, aqui vou eu...
 
*PB*
 
 


SUBJECT: RES: [ciencialist] Spam no Alberto
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/04/2012 06:43

Olá, Alberto,

 

Realmente não tenho podido participar; no momento estou envolvido com coisas particulares, cujo foco não posso desviar.  Tenho entrado esporadicamente e lido algumas msgs, sobretudo as da thread paradoxo da carga acelerada.  Muito bom o papo de vocês a respeito.  A quantidade de msgs “em preto” é enorme, e não tenho esperanças de, a curto prazo, talvez, retornar alguma opinião.

 

Contudo, e não mais que contudo, não sei o que farei, a partir de algumas msgs atrás, sem energia, pois isto não existe; e sem um campinho magnético, pois este também não existe.  Será que eu existo? Perguntaria o filósofo.

Os amigos continuam querendo espantar. Só pode ser. Sugiro que definam, antes, o Belmiro e Hélio, até para clarear suas “prosopopéias” e privar o juizo de simples mortais como eu  de alguma doidura, o que é   “não existe”;  sim, este, o nó górdio da questão.  Depois, bola prá frente que atrás vem gente;  espantando, mas vem.

 

Mas, para não dizer que estou sendo,  de todo,  inoperante, em algumas madrugadas de insônia, estou comunicando com o Tulio, em pvt, e prestando-lhe as informações que solicitou, sobre TR e, especialmente, sobre a questão dos gêmeos, que está longe de ser encerrada.

E não em razão de o falso paradoxo já ter sido resolvido, pela RR ou pela RG.

Pretendo voltar a este assunto. Para mim, nenhum é mais produtivo, teoricamente, do ponto de vista de discussões sobre a TR, que ele. Pois envolve todas as sutilezas dos postulados.  Não espero que aqueles que realmente têm alguma afinidade com a teoria, que se interessam por ela, e,  sobretudo, por “suas esquesitices”, tenham saturado, por alguma razão. No que toca a mim, estou mais interessado do que nunca. 

Mas gostaria de ler, de vocês, suas respostas aos questionamentos dele, o Tulio,  e, acho, que ele também apreciaria. Pois as questões que postou são interessantes e inteligentes, e,  com elas, mostrou que está realmente estudando e procurando aprofundar o assunto. Respeito isso.

Lembro do grande Ricardo, estudante envolvido e bom da gema, hoje formado e trabalhando, acho.  

 

Sds,

Victor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: sexta-feira, 27 de abril de 2012 14:04
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Spam no Alberto

 

 

From: Leo - Luiz
Sent: Friday, April 27, 2012 11:35 AM
Subject: [ciencialist] Spam no Alberto

> Realmente, fui ao SPAM da C-List e lá estava a última mensagem do
> Alberto. Não entendo o porque disso! Só as deles! Será que a triagem
> do sistema yahoo deteta falhas científicas nas argumentações do
> Alberto e, com medo de criticar com sólida argumentação, resolve
> lançar no spam? Qual outro motivo para tal triagem separar só as
> mensagens dele? Aguardemos......

Olá Léo

Isso está me cheirando a coisas de engenheiro relativista, e
provavelmente do Victor. Ele anda muito quietinho, quase sem aparecer
por aqui a não ser para falar em «Curiosidades do meio literário», veja
só!!!

Acho que ele descobriu um meio de operacionalizar a matemágica do
Minkowski e desta forma conseguiu me deixar causalmente desconectado do
espaço Ciencialist. Ele não contava com a astúcia do Chapolim Colorado,
digo do Léo, que resolveu o problema com apenas alguns cliques.

Mas não tem nada não. Eu ainda vou mostrar pra ele com quantos pontos
virtuais desse espaço relativista se constrói uma guilhotina
absolutista.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Repetindo mensagem enviada via WEB ... e que sumiu!!!!!!!!!
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/04/2012 09:59

From: Luiz Ferraz Netto
Sent: Friday, April 27, 2012 2:52 PM
Subject: [ciencialist] Repetindo mensagem enviada via WEB ... e que
sumiu!!!!!!!!!

Olá Léo

> Acredito que descobri porque as mensagens "desse tal Sr. Alberto" caem
> para o SPAM: o Sr. Alberto não é um associado do C-List!
> Cliquei na lista de associados e procurei ... nada! Coloquei na busca
> 'Alberto' e apareceram alguns 'A', mas ele ... nada! Busquei por
> Alberto Mesquita ... nada! Busquei por Alberto Mesquita Filho ...
> nada! Não há local para busca de e-mail dos associados, mas mesmo
> assim, tentei com albmesq@uol.com.br ... e, surpresa, este e-mail
> pertence a outro associado chamado "ecientificocul..."! Assim, o
> Yahoo, com sua brilhante triagem, encaminhou para SPAM. Ponto para o
> Yahoo!
> Assim, sugiro ao "Sr. Alberto" que se associe ao C-List e seja bem
> vindo para novas abalizadas discussões. :-)))))))))) ... quem diria
> hein! Um penetra na C-List!!!!!

Mas este (ecientificocultural) é o meu login e foi incorporado ao que o
Yahoo chama X-Yahoo-Profile
Mesmo porque, este já era o meu perfil Yahoo mesmo antes de eu ter me
associado à Ciencialist.
Note que o Espaço Científico Cultural está no Yahoo.
Durante 13 anos funcionou assim e sem problemas, porque eu deveria mudar
agora?
Este problema só vem acontecendo a cerca de uma semana.
Tentei acrescentar um segundo perfil, o que é possível, mas o sistema
não aceita nada com espaços em branco, logo não há como me associar com
perfil Alberto Mesquita Filho.
Note que quando a msg é liberada, ela chega no Outlook (ou equivalente)
com o meu nome completo. Curiosamente, quando envio a msg a partir da
página web, ela chega apenas com o nome Alberto.
Por outro lado, veja que em todas as msgs consta o seguinte:

From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
X-Yahoo-Profile: ecientificocultural

Logo o sistema está associando o meu nome ao meu email preferencial e ao
meu perfil.

A diferença é que quando a msg vai para a Quarentena, acabam sendo
acrescentadas as seguintes linhas:
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
X-Yahoo-Profile: ecientificocultural
X-Yahoo-Marked-Not-Spam:
X-eGroups-Approved-By: leoferraz2003 via web; 27 Apr 2012 14:29:16 -0000

Ou seja, por motivos ignorados e, a meu ver, falha do Yahoo, a msg
enviada por um reconhecido associado da Ciencialist (Alberto Mesquita
Filho, que tem o perfil «ecientificocultural») está sendo considerada
como Spam, e necessitando de aprovação ou de alguém a modificá-la para a
categoria «Marked-Not-Spam».

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Repetindo mensagem enviada via WEB ... e que sumiu!!!!!!!!!
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/04/2012 10:06

Vejam só
 
Como «não associado» do Yahoo o Sr. Alberto enviou a msg abaixo e esse Spam acabou entrando (-; Smiley piscando ;-) e sem moderação.
 
Será que esta agora vai entrar também?
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
************************
Sent: Saturday, April 28, 2012 9:59 AM
Subject: Re: [ciencialist] Repetindo mensagem enviada via WEB ... e que sumiu!!!!!!!!!
 
 

From: Luiz Ferraz Netto
Sent: Friday, April 27, 2012 2:52 PM
Subject: [ciencialist] Repetindo mensagem enviada via WEB ... e que
sumiu!!!!!!!!!

Olá Léo

> Acredito que descobri porque as mensagens "desse tal Sr. Alberto" caem
> para o SPAM: o Sr. Alberto não é um associado do C-List!
> Cliquei na lista de associados e procurei ... nada! Coloquei na busca
> 'Alberto' e apareceram alguns 'A', mas ele ... nada! Busquei por
> Alberto Mesquita ... nada! Busquei por Alberto Mesquita Filho ...
> nada! Não há local para busca de e-mail dos associados, mas mesmo
> assim, tentei com mailto:albmesq%40uol.com.br ... e, surpresa, este e-mail
> pertence a outro associado chamado "ecientificocul..."! Assim, o
> Yahoo, com sua brilhante triagem, encaminhou para SPAM. Ponto para o
> Yahoo!
> Assim, sugiro ao "Sr. Alberto" que se associe ao C-List e seja bem
> vindo para novas abalizadas discussões. :-)))))))))) ... quem diria
> hein! Um penetra na C-List!!!!!

Mas este (ecientificocultural) é o meu login e foi incorporado ao que o
Yahoo chama X-Yahoo-Profile
Mesmo porque, este já era o meu perfil Yahoo mesmo antes de eu ter me
associado à Ciencialist.
Note que o Espaço Científico Cultural está no Yahoo.
Durante 13 anos funcionou assim e sem problemas, porque eu deveria mudar
agora?
Este problema só vem acontecendo a cerca de uma semana.
Tentei acrescentar um segundo perfil, o que é possível, mas o sistema
não aceita nada com espaços em branco, logo não há como me associar com
perfil Alberto Mesquita Filho.
Note que quando a msg é liberada, ela chega no Outlook (ou equivalente)
com o meu nome completo. Curiosamente, quando envio a msg a partir da
página web, ela chega apenas com o nome Alberto.
Por outro lado, veja que em todas as msgs consta o seguinte:

From: "Alberto Mesquita Filho" <mailto:albmesq%40uol.com.br>
X-Yahoo-Profile: ecientificocultural

Logo o sistema está associando o meu nome ao meu email preferencial e ao
meu perfil.

A diferença é que quando a msg vai para a Quarentena, acabam sendo
acrescentadas as seguintes linhas:
From: "Alberto Mesquita Filho" <mailto:albmesq%40uol.com.br>
X-Yahoo-Profile: ecientificocultural
X-Yahoo-Marked-Not-Spam:
X-eGroups-Approved-By: leoferraz2003 via web; 27 Apr 2012 14:29:16 -0000

Ou seja, por motivos ignorados e, a meu ver, falha do Yahoo, a msg
enviada por um reconhecido associado da Ciencialist (Alberto Mesquita
Filho, que tem o perfil «ecientificocultural») está sendo considerada
como Spam, e necessitando de aprovação ou de alguém a modificá-la para a
categoria «Marked-Not-Spam».

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/04/2012 10:14

From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Wednesday, April 25, 2012 7:38 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 

Olá a todos.

Nesta msg procurarei abordar o tema desta thread (paradoxo da carga acelerada) segundo o questionamento apresentado no item 3 da msg 81914, qual seja:

Se o problema pode, à primeira vista, ser solucionado utilizando exclusivamente a física clássica, porque é que os autores modernos preferem as explicações a utilizarem ou a métrica de Minkowski ou a teoria quântica?


A esta altura já deve ter ficado evidente que a solução clássica não satisfaz totalmente. Se, por um lado, consegue justificar o fato de que o observador que acompanha a carga não deve detectar nenhuma onda eletromagnética, por outro fica a nos dever o fechamento do balanço energético, algo que chegou a ser apontado pelo Belmiro na
msg 81937 e debatido nas msgs que se sucederam. Manterei o propósito de deixar o assunto energia para que seja melhor discutido quando chegar no item 4, o que deverá ocorrer a partir da minha próxima msg sequencial. Ficarei por ora com a ideia de que se a energia de radiação for zero (carga com aceleração uniforme) o paradoxo estará resolvido; caso contrário assumirei que alguma coisa está faltando para que possamos fechar o balanço a contento.

Que dizer então dos artigos a apresentarem resoluções apoiadas nas teorias não clássicas (relatividade ou quântica)? Já comentei sobre o caráter mirabolante e/ou matemágico inerente a essas resoluções. A bem da verdade, esses artigos acrescentam muito pouco à explicação clássica e, quando o fazem, fazem a um preço elevadíssimo, e haja ad hocs para tal. Porque então complicar? Quiçá para dissimular os próprios engodos inerentes a essas teorias a meu ver ficcionistas. Como se os autores desses artigos pretendessem dar a falsa impressão de estarem indo além em mais um tema onde, aos olhos deles, a física clássica parece ter emperrado.

Vou parar por aqui mesmo porque os ciencialisteiros defensores da física «moderna» não se manifestaram, então «vamos em frente que atrás vem gente». De qualquer maneira, alguma coisa relacionada a esta temática (física clássica versus «moderna» acabará surgindo ao discutirmos os itens faltantes.

PS: Esta msg segue um roteiro pré-estabelecido e portanto é uma continuação das msgs citadas abaixo. As demais msgs de minha autoria e postadas nesta thread relacionam-se aos questionamentos apresentados pelos demais participantes do debate. Clicando-se nas msgs chega-se à página web correspondente. As réplicas ou tréplicas estarão no rodapé destas páginas web.

1) msg 81845: Apresentando a versão do paradoxo da carga acelerada para o caso da carga estar em mhs.

2) msg 81914: Propostas de campos gravitacionais oscilantes (experiências de pensamento). Sugestão e ordenação temática.

3) msg 81928: O paradoxo no caso da queda livre (aceleração constante).

4) msg 81974: O paradoxo no caso mhs equivalente à queda livre (ou na oscilação livre).

 

[ ]´s

Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] Hora do humor matemático
FROM: Neville Martins <villem99@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/04/2012 13:39

kkkkkkkk - muito legal !

Veja esta::
Vc descende de 2 dois pais, 4 avôs,  8 bisavôs, 16 tataravôs, 32 trisavôs, 64 tetravôs ...... . Então, na época do papa João XXII  vc tinha  8 589 934 592   ancestrais - mais que a população atual do mundo.
Ô parentaiada !

===================

Em 27 de abril de 2012 12:44, Pesky Bee <peskybee2@gmail.com> escreveu:

Adoro piadinhas com conteúdo que só possa ser entendido
por quem tem um mínimo de cultura cientifico/matemática:
 
 
5
 
 
Pela descrição, parece que a estudante era uma mulé. E eu
seria capaz de apostar: deve ser loira!
 
Pedra, aqui vou eu...
 
*PB*
 
 




SUBJECT: Re: [ciencialist] Hora do humor matemático
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/04/2012 15:04

há algo de sério nesta arvore genealógica
 
----- Original Message -----
Sent: Saturday, April 28, 2012 1:39 PM
Subject: Re: [ciencialist] Hora do humor matemático

 

kkkkkkkk - muito legal !


Veja esta::
Vc descende de 2 dois pais, 4 avôs,  8 bisavôs, 16 tataravôs, 32 trisavôs, 64 tetravôs ...... . Então, na época do papa João XXII  vc tinha  8 589 934 592   ancestrais - mais que a população atual do mundo.
Ô parentaiada !

===================

Em 27 de abril de 2012 12:44, Pesky Bee <peskybee2@gmail.com> escreveu:

Adoro piadinhas com conteúdo que só possa ser entendido
por quem tem um mínimo de cultura cientifico/matemática:
 
 
5
 
 
Pela descrição, parece que a estudante era uma mulé. E eu
seria capaz de apostar: deve ser loira!
 
Pedra, aqui vou eu...
 
*PB*
 
 




SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/04/2012 20:32

Msg anterior:
From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Saturday, April 28, 2012 10:14 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 

Nesta msg procurarei abordar o tema desta thread (paradoxo da carga acelerada) segundo o questionamento apresentado no item 4 da msg 81914, qual seja:

Questões relacionadas à onda eletromagnética emitida em cada uma das situações, a incluírem a energia da onda e a como esta energia pode ou não ser observada nos vários referenciais.

Esse tema é muito vasto e já deu origem a algumas discordâncias entre os participantes do debate, a começar pelo caráter «existência da energia». Já disse o que penso a respeito da energia como algo a existir no sentido de representar um construto de alto nível [vide msg 81973]. Vamos então tentar entender o que seria esta energia que estamos levando em consideração e que, segundo apontou Maxwell, pode ser abordada sob dois prismas diferentes.

Recentemente o Belmiro e o Léo lançaram opiniões à primeira vista divergentes sobre o assunto. Sem entrar muito nos detalhes, eu afirmei (msg 81958): «São duas visões distintas e dentro de cada uma dessas  visões fica-me a impressão de que um está certo e o outro errado, e vice-versa.»

Em uma dessas visões fica-nos aquela ideia de carga elétrica como algo análogo à massa, e o mesmo se poderia dizer dos polos magnéticos (ou cargas magnéticas) ou então dos elementos de corrente elétrica da lei de Biot-Savart. As leis a associarem o agente causal com o campo que originam são todas a levarem em conta um fator do tipo 1/r². Os campos gerados por esses elementos agem sobre seus semelhantes (massa com massa e carga com carga).

A energia foi definida em mecânica, creio que por Leibniz, para caracterizar o estado de movimento de um corpo. Seria então o que hoje chamamos energia cinética (Ec), algo a se conservar nos chamados choques elásticos (condição idealizada e limite). O conceito foi expandido para o estudo do movimento de corpos influenciados por molas e, posteriormente, para o estudo do comportamento de corpos quando situados em campos gravitacionais. Verificou-se nesses dois casos a existência de um caráter conservativo e a associar-se com a energia cinética. Sempre que um corpo sofre a ação de um campo gravitacional, modificando sua energia cinética, consegue-se associar a ele uma energia potencial (Ep) e tal que em qualquer ponto do campo a soma Ec+Ep permanece constante. Notar que este Ep, assim como o Ec, é uma propriedade do corpo e não do campo. No caso gravitacional, por exemplo, é frequente utilizarmos a fórmula para esta energia potencial como Ep=mgh, em que m é a massa «do corpo», g uma propriedade pontual do campo (no caso assumido constante) e h é a distância entre a posição ocupada pelo corpo e uma posição conveniente e tomada na direção do campo. Cada corpo colocado nesta mesma posição terá uma energia potencial Ep relacionada a sua massa e diferente para corpos de massas diferentes.

Como diz o ditado popular, «uma andorinha só não faz verão». E estes agentes dos campos situam-se na mesma categoria das andorinhas. Até mesmo para identificar ou notar a existência do campo que produzem precisaremos colocá-los frente a seus semelhantes. Afim de caracterizar a propriedade do campo gravitacional responsável por estas modificações do estado de movimento de um corpo, criou-se o conceito de potencial gravitacional V. Optou-se então por caracterizar este potencial gravitacional como sendo a energia potencial gravitacional por unidade de massa. No caso exemplificado acima seria V=Ep/m=gh. Com isto elimina-se o fator que estava caracterizando Ep como uma propriedade exclusiva de um corpo com massa m. V é portanto uma propriedade exclusiva do campo e a depender do agente do campo (através de g) e do ponto de referência (ou seja, a depender da escolha que se faz para o local em que h=0). Sob esse aspecto o campo não contém energia (E) mas tão somente potencial energético (vejam que a unidade de V é diferente da unidade de E). Mutatis mutandis, tudo o que foi dito acima vale também para os outros campos (elétrico ou magnético).

No caso ora em consideração nesta thread, estamos lidando com apenas uma carga, aquela que ora está em queda livre, ora em repouso em um campo gravitacional, ora em repouso em um referencial inercial e na ausência de campos etc. Existindo apenas uma carga, parece sem sentido falarmos em energia elétrica desta carga. Pois se ela não está no campo elétrico de nenhuma outra carga, a sua energia elétrica é igual a zero. Não obstante, esta carga origina um campo elétrico, logo propicia condições para que possamos conceber a existência de um potencial elétrico capaz de agir sobre outras cargas (que no nosso caso não existem).

O que foi dito nos parágrafos precedentes é o que se aprende nos livros de mecânica e, sob muitos aspectos, propaga-se para o estudo do eletromagnetismo. Ao resolvermos a maioria dos problemas a envolverem cargas elétricas, correntes elétricas e imãs, tudo isso tem se mostrado válido e continuará sendo válido independentemente do que comentarei com respeito à outra visão do problema. Antes disso, porém, vejamos algumas características inerentes ao eletromagnetismo e a propiciarem que se pense de maneira um pouco diversa.

Imaginem, por exemplo, o campo elétrico x produzido pelas cargas localizadas nas placas de um capacitor plano-paralelo ideal. A intensidade do campo x será a mesma em qualquer ponto na região entre as placas. A energia armazenada no capacitor pode ser calculada e, através de considerações matemáticas, podemos associar esta energia do capacitor ao campo que determina.

Para calcularmos esta energia, procedemos como se a energia pertencesse às cargas infinitesimais que vão sendo levadas em consideração à medida em que carregamos o capacitor. Não obstante, e se ao final do processo assumirmos, para conveniência nossa, que esta energia está contida no campo, e não nas cargas, poderemos definir aquilo a que se convencionou chamar por densidade de energia do campo elétrico re e que, para o caso em questão, assumiria um valor constante, qualquer que fosse o ponto da região entre as placas do capacitor. Não vou detalhar os cálculos porque ele pode ser encontrado na maioria dos livros básicos de EM.

Um estudo análogo pode ser feito para indutores (no caso um toróide) e campos de indução magnética b (frequentemente este mesmo b é chamado por campo magnético) chegando-se então a definir o que se convencionou chamar, também para conveniência nossa, por densidade de energia do campo magnético rm. Para o caso em consideração (toróide) este valor também é constante em todos os pontos do campo considerado.

Os valores obtidos tanto para re como para rm estão representados abaixo:

 

eq_dens_energiaEM
Densidades de energia elétrica e magnética relacionadas a seus respectivos campos.
Se as equações não estiverem visíveis clique
aqui

onde eo é a chamada permissividade do vácuo e mo é a chamada permeabilidade do vácuo.

Pode-se demonstrar que as equações obtidas são generalizáveis para casos em que os campos não são constantes. Neste caso essas densidades seriam diferentes de ponto a ponto, mas as equações seriam as mesmas.

Que dizer sobre o que afirmei acima com as palavras «para conveniência nossa». Seria apenas isso? A maioria dos físicos da atualidade acha que não. Ou seja, assumem que a energia pode sim ser pensada como estando contida exclusivamente no campo e não na carga que o origina. Neste caso a conveniência seria aceitarmos justamente o oposto, haja vista que para a maioria das situações isto acaba dando certo. E quase sempre é esta segunda conveniência que acaba sendo levada em consideração. A questão então resume-se sempre em adaptar este construto de alto nível (energia) para a maneira como o estudo está sendo encarado.

O primeiro físico a pensar desta maneira (energia do campo e não da carga) foi Maxwell. No seu artigo «A Dynamical Theory of the Electromagnetic Field» lê-se o seguinte [a tradução é minha e está sujeita a erros – para ler o original em inglês clique no link em anexo]:

Ao falar da Energia do campo, porém, eu quero ser entendido literalmente. Toda energia é igual à energia mecânica, exista ela na forma de movimento ou na elasticidade ou em qualquer outra forma. A energia nos fenômenos eletromagnéticos é a energia mecânica. A única questão é: Onde ela reside? Nas velhas teorias ela reside nos corpos eletrificados, correntes elétricas e imãs, na forma de uma qualidade desconhecida chamada energia potencial, ou a capacidade de produzir certos efeitos à distância. Em nossa teoria ela reside no campo eletromagnético, no espaço que cerca os corpos eletrificados e magnéticos, como também nos próprios corpos e está em duas formas diferentes, que podem ser descritas, sem lançarmos mão de hipóteses como polarização magnética e polarização elétrica mas de acordo com uma hipótese bastante provável, como o movimento e a tensão de um e apenas um meio.
[
http://en.wikisource.org/wiki/A_Dynamical_Theory_of_the_Electromagnetic_Field/Part_III]

É interessante notar que através dessa escolha Maxwell continuou a propalar o mecanicismo. E que na Introdução deste mesmo trabalho ele ainda aceitava a ideia de um éter. Em virtude disso, e ao que tudo indica, para Maxwell a energia não estaria no campo propriamente dito, mas no aether que permeia este campo. Suas palavras são as seguintes:

[...] Parece então que certos fenômenos em eletricidade e magnetismo levam à mesma conclusão que esses da óptica, isto é, a de que há um meio etéreo que penetra em todos os corpos, e é modificado somente no arranjo entre suas partes graças a presença desses corpos; que as partes deste meio são capazes de serem mantidas em movimento pelas correntes elétricas e imãs; que este movimento é comunicado de uma parte do meio a outra por forças que surgem das conexões dessas partes; que sob a ação destas forças há uma certa submissão a depender da elasticidade dessas conexões; e que portanto a energia em duas formas diferentes pode existir no meio, uma sendo a energia potencial acumulada nas conexões, em virtude da elasticidade.
[
http://en.wikisource.org/wiki/A_Dynamical_Theory_of_the_Electromagnetic_Field/Part_I]

Para checar este apelo a um mecanicismo etéreo, há quem diga que Maxwell chegou a propor uma experiência falseadora. A experiência só chegou a ser realizada após a morte de Maxwell e acabou recebendo o nome daqueles que a puseram em prática: Michelson e Morley. E foi esta mesma experiência, a falsear a proposta de Maxwell, quem deu origem à teoria que supostamente «salvou» o EM de Maxwell. E digo supostamente porque nada disso que Maxwell afirmou faria sentido frente ao conceito que hoje se atribui ao espaço desta nova teoria: um ente permeado por um aether matemágico e a comportar tão somente uma energia de natureza matemágica. E é só através dessa transfiguração que faz sentido dizer que o EM de Maxwell é inerentemente relativista, no sentido  que se dá hoje à palavra relativista.

Este falseamento não significa dizer que essa ideia de Maxwell esteja totalmente errada mas sim que, se pretendermos conservar um mecanicismo clássico, deveremos repensar não apenas o significado embutido nas expressões energia e campo como também nossas concepções a respeito do que seja a luz. O importante é perceber que as duas visões continuam a fazer sentido.

Bem, acho que a msg já está de bom tamanho então vou parar por aqui. Este foi apenas um ligeiro preâmbulo destinado a que pudesse prosseguir com o assunto referido no item 4, a ser apresentado nas próximas mensagens.

Que venham as pedradas (:- Alegre :-)

PS: Esta msg segue um roteiro pré-estabelecido e portanto é uma continuação das msgs citadas abaixo. As demais msgs de minha autoria e postadas nesta thread relacionam-se aos questionamentos apresentados pelos demais participantes do debate. Clicando-se nas msgs abaixo chega-se à página web correspondente e as réplicas ou tréplicas estarão no rodapé destas páginas web.
1) msg 81845: Apresentando a versão do paradoxo da carga acelerada para o caso da carga estar em mhs.
2) msg 81914: Propostas de campos gravitacionais oscilantes (experiências de pensamento). Sugestão e ordenação temática.
3) msg 81928: O paradoxo no caso da queda livre (aceleração constante).
4) msg 81974: O paradoxo no caso mhs equivalente à queda livre (ou na oscilação livre).
5) msg 81995: Sobre as resoluções apresentadas pelos físicos «modernos».


[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/04/2012 21:04

Oi Alberto,

Muito boa esta proposta de contínua queda livre que visto das estrelas fixas de Mach
é um mhs.

Contínua queda livre sim, pois alguém dentro do elevador se sentirá como no espaço sideral o tempo todo.

A princípio, nenhuma "radiação" (com o significado de radiação que vocês estão usando) será emitida pela carga para o cara que está lá dentro (observador 2).

Na minha opinião, vai ser possível para o obs. 2 descobrir se está ou não acelerado observando as distorções no campo elétrico. Isto é possível pois, se estiverem  acelerados, ele e a carga, ele verá o centro de emissão oscilando entre um pouco acima e um pouco abaixo da carga. Isto vai acontecer estando o elevador com ar ou em vácuo. Com ar a oscilação será menor.

Adeus PE.

E aí, a coisa toda se complica, ele verá a carga parada, mas emitindo campo elétrico distorcido periódicamente (se for o Belmiro lá dentro, é capaz de chamar isto de campo magnético ou até de radiação), mas a forma de distorção do campo elétrico é muito diferente e a sua amplitude é muito menor que a observada pelo obs. 1.

Hélio


De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Abril de 2012 19:38
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Sunday, April 22, 2012 6:29 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Em continuação às mensagens 81845, 81914 e 81928 vejamos agora qual seria o análogo da situação observada na queda livre (aceleração devida a um campo gravitacional uniforme) para o caso da aceleração em mhs.

Neste caso o laboratório também deverá estar «livre» no espaço onde está o campo, ou seja, ele não deverá estar fixo a nada. E o campo deverá ser do tipo gravitacional oscilante, como mostrado nas figuras 5 ou 6 da msg 81914. O laboratório em consideração é aquele que foi apresentado na figura 3 na msg 81845. A figura 9 abaixo ilustra esta condição.
 
oscPE
Figura 9: Oscilação livre em um campo gravitacional oscilante.
Vide considerações feitas quando da apresentação da figura 6 (msg 81914)
Se a figura não estiver visível clique aqui.
Observar que esta situação é diferente daquela vista na figura 6. Naquele caso, o laboratório estava em repouso e agora está em um estado que poderíamos rotular por «oscilação livre».

Neste caso uma carga fixa ao laboratório estará em mhs em relação a um observador (1) situado em um referencial inercial em relação às estrelas fixas e convenientemente afastado do campo oscilante, a ponto de não sentir seus efeitos mecânicos [Nota: o observador (1) não está representado na figura]. Como a carga elétrica oscila, os sensores do observador (1) irão acusar a existência de uma onda eletromagnética com a mesma frequência do mhs observado. O observador (2) [aquele que está dentro do laboratório oscilante], assim como seus sensores, executam um mhs junto com a carga. Logo, e para ele, o centro de massa da carga se apresentará sempre em repouso. Consequentemente, e raciocinando-se em termos do EM de Maxwell, os sensores não devem acusar a existência desta onda. [Parece-me que tanto o Belmiro quanto o Léo concordariam com esta afirmação.] Em virtude disso, o observador (2) não conseguirá distinguir esta situação daquela que seria observada caso o laboratório estivesse oscilando por razões outras. Aliás, ele (2) nem mesmo saberá dizer se está oscilando ou não em relação a um referencial inercial. Ou seja, a sensação que ele tem não é muito diferente daquela que seria obtida caso estivesse na condição apresentada na figura 6 (msg 81914) [em repouso e sujeito a um campo gravitacional oscilante].

No caso da queda livre a dúvida relacionava-se ao fato do observador (2) não conseguir distinguir o seu estado frente a duas possibilidades: 1) estar em queda livre; 2) estar no espaço sideral e na ausência de campos gravitacionais. Agora as possibilidades são três: 1) campos gravitacionais oscilantes porém com o laboratório em repouso (ou seja, fixo) no referencial inercial (figura 6); 2) campos gravitacionais oscilantes e laboratório «livre» (figura 9 acima); 3) ausência de campos mas com o laboratório sujeito a acelerações variáveis no tempo e de outra natureza (figura 4).

Nos dois casos (queda livre e caso atual) o observador perde a noção de onde estaria um referencial inercial em relação às estrelas fixas. Na queda livre o observador tem a sensação de estar num referencial semelhante a este das estrelas fixas. Ele será capaz de constatar, por exemplo, a lei da inércia. No caso atual (mhs), o observador não sabe se está ou não em repouso em relação a este referencial inercial (o das estrelas fixas). Mas mesmo que esteja neste «repouso», e portanto naquilo que para nós (que estamos fora do laboratório) é um referencial inercial, ele não conseguirá constatar as mesmas leis por nós aqui descritas (inércia, etc.). Ele está naquilo que para nós parece ser um referencial inercial (pensando-se apenas em termos de movimento), mas não concordará que este é de fato um referencial inercial.

Vejam o quanto esse exemplo é importante, se não para o tema proposto (paradoxo da carga acelerada), pelo menos para o entendimento de algo que raramente chega a ser comentado em física. Sob este prisma, um dos ensinamentos que me parece ficar claro através desta sofisticação é o de que até mesmo o conceito de referencial inercial é relativo. Já cheguei a comentar isto anteriormente, porém num contexto bem diverso do atual e quando me referi ao absolutismo newtoniano que, a meu ver, não prega a existência de um referencial absoluto mas tão somente a ideia de movimento absoluto.

Neste caso (laboratório em oscilação) observa-se um absolutismo do movimento do mesmo tipo daquele descrito por Newton no caso da experiência do balde ou então na experiência de pensamento com globos giratórios. [É interessante notar que o mhs pode ser pensado como a projeção de um movimento circular e uniforme.] O estar em movimento, a meu ver, é a única certeza que o observador (2) consegue inferir. Ele apenas não consegue elucidar o agente causal. Em virtude desta incerteza sobre o agente causal, dirá o Belmiro: ponto para Einstein e para o PE. E em virtude desta certeza, a de estar em movimento, eu digo: ponto para Newton (e para o absolutismo do movimento). (-; Smiley piscando ;-)

Mas... já que demos um ponto para Einstein, que dizer da explicação que poderia vir a ser dada pelos seus seguidores relativistas com respeito ao paradoxo da carga acelerada. Sim, aquela explicação a concluir que o observador (2) e a carga estão causalmente «desconectados» e portanto não há como o observador detectar a radiação. Neste caso as coisas se complicam pois, não sendo o campo g uniforme, irão dizer que o PE não se aplica da maneira que estamos supondo. Segundo dizem, o PE é local, isto é, pontual no espaço. Consequentemente a matemágica será agora bem mais complicada. Mas sem dúvida alguma conseguirão, através de algum raciocínio estratosférico, chegar à mesma conclusão a que chegamos pela via clássica sugerida pelo Belmiro ou pelo Léo, ou seja, conseguirão elucidar o paradoxo.

Que dizer da energia não zero (f≠0) do «fóton» agora irradiado pela carga? Bem, deixemos isto para ser melhor discutido no item 4 (conforme indexação apresentada na msg 81914), se é que conseguiremos evoluir com respeito a esse assunto. Mesmo porque, essa possibilidade de energia zero no caso da queda livre não tem sido levada muito em conta em nossas discussões e eu nem mesmo consigo localizar onde foi que vi, li ou ouvi esta esquisitice, se bem que isto aconteceu por mais de uma vez e em mais de um contexto. E também porque, como vimos em mensagens paralelas, esta energia do campo deve-se a uma história que não costuma ser muito bem contada e, a meu ver, relacionada ao fato do EM de Maxwell ser irredutível ao mecanicismo.

Bem, vou parar por aqui a espera das pedradas. Se conseguir resistir às mesmas continuarei, oportunamente, a seguir os itens propostos na msg 81845.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: A solução do paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/04/2012 21:47

 
 
     Olá a todos.
 
     Em recente resposta ao Hélio, curvei-me diante de um supostamente poderoso argumento contra a minha suposição de que o corpo carregado deveria cair mais devagar do que um corpo sem carga em um campo gravitacional. Esse argumento seria de que isso defenestraria o PE. Pois bem, o PE continua intacto. O fato de alguém dentro do compartimento em queda livre observar o corpo carregado lentamente subindo até o teto, não dá o direito do observador se declarar em queda livre. Assim como detalhei para outras experiências envolvendo objetos carregados a desafiar o PE, este também não o fere. Senão vejamos, pode existir alguém a manipular campos elétricos fora de um compartimento situado num ambiente de gravidade nula. Assim, o sujeito dentro do compartimento não poderá ter certeza em que situação se encontra. Portanto, o PE está salvo e mantenho minha posição, até que venha outro argumento mais forte. Como sei que não virá,&gt;:) diabólico, declaro resolvido o paradoxo da carga acelerada. A propósito, transcrevo abaixo a mensagem na qual chego à conclusão de que um objeto carregado eletricamente deverá cair mais lentamente do que um objeto sem carga em um campo gravitacional.
      Como estamos numa lista de discussões, temos permissão para falar bobagem também. Então lá vai uma idéia que eu tive para justificar a questão da energia irradiada pela carga do seu problema, sempre sem apelar para a mãe de todas as respostas, a mecânica quântica. No início, com o compartimento eletricamente carregado, temos uma energia potencial elétrica Ue mais uma energia potencial gravitacional Ug. Quando o compartimento é largado à sua sorte, despencando em queda livre, em qualquer momento da queda, a soma das energias tem que fechar. Para facilitar as contas, vamos tomar o instante imediatamente antes do compartimento se esborrachar no chão. Neste instante, a soma das energias potencial elétrica Ue mais a energia cinética Uc teria que ser igual à energia anterior. O problema é que durante a queda, houve irradiação de energia pelo campo eletromagnético, que, ao que me parece, não há dúvidas quanto a isso. E assim, a conta não fecha. O que teríamos então para fechar a conta? Simples: Ue+Ug =Ue+Uc+Ui , onde Ui é a energia irradiada. Mas aí, para que a aritmética tico-tico funcione, é necessário que Ue ou Uc sejam menores. Assim, Ue ou Uc (quiçá os dois) deveriam ser menores do que esperaríamos. Vejamos, para Ue ser menor, o compartimento deveria ter perdido carga. Para Uc ser menor, o compartimento deveria ter perdido massa ou velocidade. As duas alternativas primeiras violariam o PE. Resta a alternativa, diminuição da velocidade. A única forma de a velocidade diminuir seria diminuindo a aceleração gravitacional. Ou seja, a energia eletromagnética irradiada afetaria o g local. Estaria assim, o campo eletromagnético interagindo com a gravidade, como esperam a maioria dos cientistas que acreditam na unificação das forças. É claro, que a energia irradiada é muito pequena e a interação com a gravidade seria muito sutil. Entretanto, penso que poderia ser verificado experimentalmente, caso esta idéia tenha algum fundamento. Um corpo carregado eletricamente deveria cair mais devagar do que esse mesmo corpo sem carga no mesmo campo gravitacional.
      Podem vir as ripadas e pedradas
 
      Bem, até que alguém resolva fazer um experimento preciso o suficiente para comprovar ou refutar a minha idéia, creio que vou continuar sonhando com o Nobel.I-) dormindo Melhor colocar em dia o passaporte...
 
     [],s
 
     Belmiro
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Hora do humor matemático
FROM: Neville Martins <villem99@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/04/2012 22:37

Já que ninguém se comoveu, aqui vai uma tentativa de explicar.
LIM é abreviaçã de LIMITE.

Mas antes de continuar, considere uma parabolazinha básica:
Um indivíduo entrou com uma ação para nâo pagar pedágio alegando que já pagava IPVA e  o fato configurava uma ilegal bitributação, 
A Corte decidiu que ele tinha que pagar pois o pedágio não era imposto: era taxa. Percebeu a jogada! Sendo taxa não era imposto e assim a Constituição não  estava sendo maculada.

Os matemáticos também são rigorosos em suas ações tem de manter as coisas de acordo com a lei, digo, tem que manter a consistência ..

Se vc entender a explicação abaixo vc vai passar a gostar da matemática. Se não entender, questione.
 
Oras, na oração algébrica apresentada,  o termo que se segue a LIM é  é  1/ (x-8). (lido como: 1 dividido pelo número representado por (x - 8) . 
Sim, mas quanto vale x -8 ? 
Para desfazer esse mistério temos que saber o valor de x  e para isso , temos que observar o predicado escrito sob o termo LIM . Lá esta escrito x --> 8 , que significa "quando x se aproxima do número 8 " .
Observe que 
se x = 10,  a conta resulta em 1/(10 - 8) = 1/ 2 , ou seja 0,5 ;
se x = 9,  a conta resulta em 1/(9 - 8) = 1/ 1 , ou seja 1 
se x = 8,1 a conta resulta em 1/(8,1 - 8) = 1/ 0,1 , ou seja 10 
se x = 8,01 a conta resulta em 1/(8,01 - 8) = 1/ 0,01, ou seja 100

Vc vê que a medida em que o x fica mais próximo do 8 , (x-8) fica mais próximo de zero e o resultado da divisão cresce rapidamente, ou seja se x ficar = 8 ,  resultado da divisão fica incomensuravelmente grande e  isso é indicado com o sinal de indeterminação " oo ",  o qual chamado de infinito. Note que "oo"  não é um número mas apenas um sinal (parece um 8 deitado)  indicando que o valor é muito grande, mas indeterminado. 
A frase toda é lida assim:  O limite de 1 dividido por x subtraido de oito, quando x tende para o valor oito,  resulta infinito.
  

Vc perguntaria : Para que essa trapalhada toda - não seria mais simpes dizer indicar logo (1 / 0 ) = oo  ?

- Aha! É aqui que entra o pulo do gato, ou melhor, a parte legal, digo formal.  Não é permitido a divisão por zero. É contra a Constituição, digo, consistência do sistema.
- Mas por quê ? 
- Simples ! A matemática é exata e justamente para evitar se chegar a um número de um valor indeterminado ela não define diretamente a divisão. Na verdade a divisão é definida indiretamente através da multiplicação. e a multiplicação é definida como uma sucessão de somas, p.ex.:  a+a = 2a;  a+a+a = 3a ; etc.
-  a divisão é definida como operação oposta à multiplicação da seguinte forma   " c é o resultado da divisão de a por b desde que a seja a multiplicação de a por b " --- è uma questão de antecedentes e consequentes : Primeiro existem a e b ; depois passa a existir se c se c vezes b produz a 

Por exemplo:  1 / 0 = oo, mas também 2 / 0 = oo;  3 / 0 = oo , ......
e (qualquer número) / 0 = oo ; 
Então conforme a definição de divisão teríamos que   (0)*(oo) = 1  ;  (0)*(oo) = 2  ; (0)*(oo) = 3, ......(0)*(oo) =  (qq. número).
Portanto teríamos 1 = 2 = 3 = .... =(qq. número)  --- o que  é totalmente inconsistente. Por isso que não dá pra dividir por zero e tamém infinito não é número.
 
Então é como o caso pedágio : dividir por zero não pode pois  implicaria  em permitir a operação oposta, mas usar o artifício do limite pode, pois trata-se de uma aproximação, (percebeu o truque, apenas chega perto do zero?)

 Agora vamos à piada 

Se no primeiro caso deu um sinal parecido com um 8 deitado (infinito)   no segundo dá infinito também, mas a loira concluiu daria um 5 deitado 

kkkkkkkki

PS - se passar a ideologia zero ao limite vai dar zero?
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Em 28 de abril de 2012 05:55, Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br> escreveu:
 
Good..
Tell me what is LIM
Thanks.
mc
 
 
----- Original Message -----
From: Pesky Bee
Sent: Friday, April 27, 2012 12:44 PM
Subject: [ciencialist] Hora do humor matemático

 

Adoro piadinhas com conteúdo que só possa ser entendido
por quem tem um mínimo de cultura cientifico/matemática:
 
 
5
 
 
Pela descrição, parece que a estudante era uma mulé. E eu
seria capaz de apostar: deve ser loira!
 
Pedra, aqui vou eu...
 
*PB*
 
 





SUBJECT: Re: [ciencialist] A solução do paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/04/2012 23:48

From: Belmiro Wolski
Sent: Saturday, April 28, 2012 9:47 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] A solução do paradoxo da carga acelerada

Olá Belmiro

Vou de roxo

Olá a todos.

Em recente resposta ao Hélio, curvei-me diante de um supostamente poderoso argumento contra a minha suposição de que o corpo carregado deveria cair mais devagar do que um corpo sem carga em um campo gravitacional. Esse argumento seria de que isso defenestraria o PE. Pois bem, o PE continua intacto. O fato de alguém dentro do compartimento em queda livre observar o corpo carregado lentamente subindo até o teto, não dá o direito do observador se declarar em queda livre. Assim como detalhei para outras experiências envolvendo objetos carregados a desafiar o PE, este também não o fere. Senão vejamos, pode existir alguém a manipular campos elétricos fora de um compartimento situado num ambiente de gravidade nula.

Mas manipular de que maneira? Por acaso o observador não irá detectar esses campos com o seu equipamento laboratorial? Se sim, ele teria também que detectar esses mesmos campos no caso da gravidade não nula, quando esses campos externos não estão presentes. Neste caso o que ocasionaria esta falsa detecção? A mesma que faria a carga cair mais devagar?

Sei não, você parece-me estar competindo com os físicos «modernos» na criação de hipóteses ad hoc. Outro demônio Diabo?

Assim, o sujeito dentro do compartimento não poderá ter certeza em que situação se encontra.

Mas isso não ter nada a ver com a veracidade ou não do PE. Mesmo porque, e a ser válida esta argumentação da «enganação induzida», creio que não seria difícil imaginarmos outros campos a fazerem com que esta sua ideia da carga cair mais devagar, ainda que fosse verdadeira, não desse certo para o caso do compartimento em queda livre.

Portanto, o PE está salvo e mantenho minha posição, até que venha outro argumento mais forte.

Sinceramente não senti força nesta argumentação Polegar para baixo.

Como sei que não virá,emo15, declaro resolvido o paradoxo da carga acelerada.

Bem, frente ao autoritarismo Princesa de um decreto-lei não está mais aqui quem se contrapôs à idéia. Tá resolvido e ponto final. Smiley piscando

A propósito, transcrevo abaixo a mensagem na qual chego à conclusão de que um objeto carregado eletricamente deverá cair mais lentamente do que um objeto sem carga em um campo gravitacional.

Como estamos numa lista de discussões, temos permissão para falar bobagem também. Então lá vai uma idéia que eu tive para justificar a questão da energia irradiada pela carga do seu problema, sempre sem apelar para a mãe de todas as respostas, a mecânica quântica. No início, com o compartimento eletricamente carregado, temos uma energia potencial elétrica Ue mais uma energia potencial gravitacional Ug. Quando o compartimento é largado à sua sorte, despencando em queda livre, em qualquer momento da queda, a soma das energias tem que fechar. Para facilitar as contas, vamos tomar o instante imediatamente antes do compartimento se esborrachar no chão. Neste instante, a soma das energias potencial elétrica Ue mais a energia cinética Uc teria que ser igual à energia anterior. O problema é que durante a queda, houve irradiação de energia pelo campo eletromagnético, que, ao que me parece, não há dúvidas quanto a isso. E assim, a conta não fecha. O que teríamos então para fechar a conta? Simples: Ue+Ug =Ue+Uc+Ui , onde Ui é a energia irradiada. Mas aí, para que a aritmética tico-tico funcione, é necessário que Ue ou Uc sejam menores. Assim, Ue ou Uc (quiçá os dois) deveriam ser menores do que esperaríamos. Vejamos, para Ue ser menor, o compartimento deveria ter perdido carga. Para Uc ser menor, o compartimento deveria ter perdido massa ou velocidade. As duas alternativas primeiras violariam o PE. Resta a alternativa, diminuição da velocidade. A única forma de a velocidade diminuir seria diminuindo a aceleração gravitacional. Ou seja, a energia eletromagnética irradiada afetaria o g local. Estaria assim, o campo eletromagnético interagindo com a gravidade, como esperam a maioria dos cientistas que acreditam na unificação das forças. É claro, que a energia irradiada é muito pequena e a interação com a gravidade seria muito sutil. Entretanto, penso que poderia ser verificado experimentalmente, caso esta idéia tenha algum fundamento. Um corpo carregado eletricamente deveria cair mais devagar do que esse mesmo corpo sem carga no mesmo campo gravitacional.
      Podem vir as ripadas e pedradas

Bem, até que alguém resolva fazer um experimento preciso o suficiente para comprovar ou refutar a minha idéia, creio que vou continuar sonhando com o Nobel. Melhor colocar em dia o passaporte...

[],s
Belmiro

Tô contigo e não abro. Estarei lá Avião para testemunhar o fato. Alegre

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/04/2012 00:26

From: Hélio Carvalho
Sent: Saturday, April 28, 2012 9:04 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Olá Hélio

> Muito boa esta proposta de contínua queda livre que visto das estrelas
> fixas de Mach é um mhs.

Deixa o Mach fora dessa senão as coisas irão se complicar e bastante ;-)

> Contínua queda livre sim, pois alguém dentro do elevador se sentirá
> como no espaço sideral o tempo todo.

Bem, não sei se agora entendi o fato de você ter citado Mach. Sim, de
acordo com Mach, e como o observador não enxerga as estrelas fixas, ele
também não sentirá a aceleração variável no tempo. Esta sensação somente
aparecerá caso ele abra uma janela no elevador onde possa enxergar as
estrelas. Foi nesse sentido que você falou em «contínua queda livre»? Se
não, não entendi essa continuidade.

> A princípio, nenhuma "radiação" (com o significado de radiação que
> vocês estão usando) será emitida pela carga para o cara que está lá
> dentro (observador 2).

Pelo que você diz a seguir, pareceu-me que você ainda está assumindo o
ponto de vista de Mach, a meu ver absurdo. Por outro lado, digo que eu
ainda não assumi nenhum significado para a radiação, estou apenas
entrando na onda do que os outros andaram afirmando, a incluir o Maxwell
[mas não o Mach, pois aí seria loucura pura. ;-)]

> Na minha opinião,...

OK, vamos deixar Mach de lado e ver o que você pensa a respeito.

> ...vai ser possível para o obs. 2 descobrir se está ou não acelerado
> observando as distorções no campo elétrico. Isto é possível pois, se
> estiverem acelerados, ele e a carga, ele verá o centro de emissão
> oscilando entre um pouco acima e um pouco abaixo da carga.

Sim. Então você concorda que deverá haver emissão de radiação no sentido
que «estamos» assumindo.

> Isto vai acontecer estando o elevador com ar ou em vácuo. Com ar a
> oscilação será menor. Adeus PE.

Posso até concordar com esta sua afirmação, por motivos que apresentarei
quando for discutir o item 5 dentre aqueles propostos na msg 81914, qual
seja: «Questões relacionadas ao agente emissor...». Não concordo com a
conclusão, mas este é um assunto que deixarei para apresentar
oportunamente.

> E aí, a coisa toda se complica, ele verá a carga parada, mas emitindo
> campo elétrico distorcido periódicamente (se for o Belmiro lá dentro,
> é capaz de chamar isto de campo magnético ou até de radiação), mas a
> forma de distorção do campo elétrico é muito diferente e a sua
> amplitude é muito menor que a observada pelo obs. 1.

Quanto a isso eu já tenho as minhas dúvidas pois, assim como eu, você
não esclareceu o porquê desta oscilação do centro de emissão. A sua
ideia parece não estar se encaixando com a minha, mas vou parar por aqui
pois ainda estão faltando argumentos para que eu possa apresentar a
minha ideia de maneira clara.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: RES: [ciencialist] A solução do paradoxo da carga acelerada
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/04/2012 09:53

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: sábado, 28 de abril de 2012 23:48
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] A solução do paradoxo da carga acelerada

 

 

From: Belmiro Wolski

Sent: Saturday, April 28, 2012 9:47 PM

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br

Subject: [ciencialist] A solução do paradoxo da carga acelerada


Belmiro: A propósito, transcrevo abaixo a mensagem na qual chego à conclusão de que um objeto carregado eletricamente deverá cair mais lentamente do que um objeto sem carga em um campo gravitacional.

Como estamos numa lista de discussões, temos permissão para falar bobagem também. Então lá vai uma idéia que eu tive para justificar a questão da energia irradiada pela carga do seu problema, sempre sem apelar para a mãe de todas as respostas, a mecânica quântica. No início, com o compartimento eletricamente carregado, temos uma energia potencial elétrica Ue mais uma energia potencial gravitacional Ug. Quando o compartimento é largado à sua sorte, despencando em queda livre, em qualquer momento da queda, a soma das energias tem que fechar. Para facilitar as contas, vamos tomar o instante imediatamente antes do compartimento se esborrachar no chão. Neste instante, a soma das energias potencial elétrica Ue mais a energia cinética Uc teria que ser igual à energia anterior. O problema é que durante a queda, houve irradiação de energia pelo campo eletromagnético, que, ao que me parece, não há dúvidas quanto a isso. E assim, a conta não fecha. O que teríamos então para fechar a conta? Simples: Ue+Ug =Ue+Uc+Ui , onde Ui é a energia irradiada. Mas aí, para que a aritmética tico-tico funcione, é necessário que Ue ou Uc sejam menores. Assim, Ue ou Uc (quiçá os dois) deveriam ser menores do que esperaríamos. Vejamos, para Ue ser menor, o compartimento deveria ter perdido carga. Para Uc ser menor, o compartimento deveria ter perdido massa ou velocidade. As duas alternativas primeiras violariam o PE. Resta a alternativa, diminuição da velocidade. A única forma de a velocidade diminuir seria diminuindo a aceleração gravitacional. Ou seja, a energia eletromagnética irradiada afetaria o g local. Estaria assim, o campo eletromagnético interagindo com a gravidade, como esperam a maioria dos cientistas que acreditam na unificação das forças. É claro, que a energia irradiada é muito pequena e a interação com a gravidade seria muito sutil. Entretanto, penso que poderia ser verificado experimentalmente, caso esta idéia tenha algum fundamento. Um corpo carregado eletricamente deveria cair mais devagar do que esse mesmo corpo sem carga no mesmo campo gravitacional.

      Podem vir as ripadas e pedradas

Bem, até que alguém resolva fazer um experimento preciso o suficiente para comprovar ou refutar a minha idéia, creio que vou continuar sonhando com o Nobel. Melhor colocar em dia o passaporte...

 

 

Belmiro: A única forma de a velocidade diminuir seria diminuindo a aceleração gravitacional.

Victor: como? Aceleração não está relacionada apenas à variação de velocidade, e esta a t (v(t) = gt)?

 

Belmiro: ...a energia eletromagnética irradiada afetaria o g local. Estaria assim, o campo eletromagnético interagindo com a gravidade, como esperam a maioria dos cientistas que acreditam na unificação das forças

 

Victor:  Ainda bem que estou muito longe de ser algo como cientista.  Nem tenho mais tempo físico para ficar mais perto... Contudo, entendo que alguma teoria que pretenda unificar as forças da natureza não passa de um sonho de uma noite de verão, morna e igual para tudo.  Se acontecer, o mundo cientítifico ficará muito chato. Adeus seu Nobel, adeus essas discussões na C-List. Prá quê tais querelas, se há uma chave que abre todas as fechaduras?  Relacionado, de certa ao assunto que abordou, e não tão remotamente, transcrevo a seguir um trecho de um artigo de M.Goto([Goto, Mario, Equivalence Principle and de gravitational mass of classical charged particles, arXiv:physics/0104021v2), a respeito de massa inercial ser diferente de massa gravitacional. Já é um precedente, já é um precedente.

Fran de Aquino também advoga causas nessa direção, embora lhes atribuam conotações um pouco diferentes.

 

 


“ Vamos considerar duas partículas de mesma massa inercial, uma neutra e outra carregada, em repouso na presença de um campo gravitacional uniforme . Pelo Princípio da Equivalência,  um observador em queda livre verá estas partículas como executando um mesmo movimento hiperbólico, a partícula neutra devido à força externa

                     (7)

e a carregada, devido à força externa

 ,                  (8)

ambos forças gravitacionais. Em particular, para a partícula carregada, a força gravitacional é dada por

  ,                            (9)

o que sugere a relação

                     (10)

entre as suas massas gravitacional e inercial, m’ e m, respectivamente.

É importante ressaltar  que o fator  é um número extremamente pequeno, de modo que, do ponto de vista prático, esta diferença entre as massas gravitacional e inercial pode ser irrelevante. No entanto, pode ser fundamental para a compreensão da dinâmica das partículas carregadas.

Num experimento imaginário, um observador em queda livre pode comparar os pesos (forças gravitacionais) indicados em duas balanças idênticas, uma para a partícula neutra e a outra para a partícula carregada. Como as medidas são visualizadas nas balanças, observadores nos referenciais de repouso das partículas também podem verificar os pesos. A figura 5 ilustra a idéia para as partículas em repouso na presença de um campo gravitacional, quadro (a), e no referencial acelerado, quadro (b). Ambas as situações são equivalentes pelo Princípio da Equivalência.

            A balança com a partícula neutra deverá indicar o peso  enquanto que a balança  com a partícula carregada deverá indicar o peso .


 

ana01

ana02

Figura 5: Um observador verifica os pesos de duas partículas, uma neutra e outra carregada, de mesma massa inercial. Pelo Princípio da Equivalência, os  arranjos dos quadros (a) e (b) devem ser equivalentes, de modo que os pesos indicados nas duas balanças devem indicar valores direfentes.


 


Embora a diferença entre as massas gravitacional e inercial seja desprezível para todos os efeitos práticos, este fato foi verificado usando o campo gravitacional terrestre.

Veja que a relação

                (11)

entre as massas gravitacional e inercial contém um fator, , que depende do campo gravitacional. Esta dependência é ilustrada na figura 6, mostrando r é praticamente igual à unidade para um grande intervalo de g, mas aumentando rapidamente para campos intensos, da ordem de 1030g, divergindo na medida em que o campo tende a , quando  . Para campos acima deste valor crítico, r tende a zero pelo negativo.

Esse campo crítico é dependente da massa (inercial) da partícula, resultando; por exemplo, para o elétron, . Para produzir um campo desta ordem de grandeza, é necessária uma densidade de massa da ordem de 1030kg/m3, que corresponde a aproximadamente 1011 vezes a massa solar confinada numa região com dimensão aproximada de 1mm. São condições extremas que talvez possam ser encontradas nos primórdios da formação do Universo ou próximo a buracos negros super massivos.

Estes resultados, especialmente a presença da divergência, são indicativos de que o Princípio da Equivalência pode não ser válido para campos gravitacionais muito intensos. No entanto, é preciso ressaltar que os resultados foram obtidos impondo que o Princípio da Equivalência seja válida, na sua versão forte.

 

Figura 6: Relação entre as massas gravitacional e inercial de uma partícula carregada em função do campo gravitacional externo.”

 

Sds,

Victor.

 


 

 



[],s
Belmiro

Tô contigo e não abro. Estarei lá Aviãopara testemunhar o fato. Alegre

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] A solução do paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/04/2012 11:48

      Mas que m*rda! Alguém já me adiantou. Mais um prá dividir o Nobel...
 
      [],s
 
       Belmiro
 
 

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Domingo, 29 de Abril de 2012 9:53
Assunto: RES: [ciencialist] A solução do paradoxo da carga acelerada
 
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: sábado, 28 de abril de 2012 23:48
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] A solução do paradoxo da carga acelerada
 
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Saturday, April 28, 2012 9:47 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] A solução do paradoxo da carga acelerada


Belmiro: A propósito, transcrevo abaixo a mensagem na qual chego à conclusão de que um objeto carregado eletricamente deverá cair mais lentamente do que um objeto sem carga em um campo gravitacional.

Como estamos numa lista de discussões, temos permissão para falar bobagem também. Então lá vai uma idéia que eu tive para justificar a questão da energia irradiada pela carga do seu problema, sempre sem apelar para a mãe de todas as respostas, a mecânica quântica. No início, com o compartimento eletricamente carregado, temos uma energia potencial elétrica Ue mais uma energia potencial gravitacional Ug. Quando o compartimento é largado à sua sorte, despencando em queda livre, em qualquer momento da queda, a soma das energias tem que fechar. Para facilitar as contas, vamos tomar o instante imediatamente antes do compartimento se esborrachar no chão. Neste instante, a soma das energias potencial elétrica Ue mais a energia cinética Uc teria que ser igual à energia anterior. O problema é que durante a queda, houve irradiação de energia pelo campo eletromagnético, que, ao que me parece, não há dúvidas quanto a isso. E assim, a conta não fecha. O que teríamos então para fechar a conta? Simples: Ue+Ug =Ue+Uc+Ui , onde Ui é a energia irradiada. Mas aí, para que a aritmética tico-tico funcione, é necessário que Ue ou Uc sejam menores. Assim, Ue ou Uc (quiçá os dois) deveriam ser menores do que esperaríamos. Vejamos, para Ue ser menor, o compartimento deveria ter perdido carga. Para Uc ser menor, o compartimento deveria ter perdido massa ou velocidade. As duas alternativas primeiras violariam o PE. Resta a alternativa, diminuição da velocidade. A única forma de a velocidade diminuir seria diminuindo a aceleração gravitacional. Ou seja, a energia eletromagnética irradiada afetaria o g local. Estaria assim, o campo eletromagnético interagindo com a gravidade, como esperam a maioria dos cientistas que acreditam na unificação das forças. É claro, que a energia irradiada é muito pequena e a interação com a gravidade seria muito sutil. Entretanto, penso que poderia ser verificado experimentalmente, caso esta idéia tenha algum fundamento. Um corpo carregado eletricamente deveria cair mais devagar do que esse mesmo corpo sem carga no mesmo campo gravitacional.
      Podem vir as ripadas e pedradas

Bem, até que alguém resolva fazer um experimento preciso o suficiente para comprovar ou refutar a minha idéia, creio que vou continuar sonhando com o Nobel. Melhor colocar em dia o passaporte...
 
 
Belmiro: A única forma de a velocidade diminuir seria diminuindo a aceleração gravitacional.
Victor: como? Aceleração não está relacionada apenas à variação de velocidade, e esta a t (v(t) = gt)?
 
Belmiro: ...a energia eletromagnética irradiada afetaria o g local. Estaria assim, o campo eletromagnético interagindo com a gravidade, como esperam a maioria dos cientistas que acreditam na unificação das forças
 
Victor:  Ainda bem que estou muito longe de ser algo como cientista.  Nem tenho mais tempo físico para ficar mais perto... Contudo, entendo que alguma teoria que pretenda unificar as forças da natureza não passa de um sonho de uma noite de verão, morna e igual para tudo.  Se acontecer, o mundo cientítifico ficará muito chato. Adeus seu Nobel, adeus essas discussões na C-List. Prá quê tais querelas, se há uma chave que abre todas as fechaduras?  Relacionado, de certa ao assunto que abordou, e não tão remotamente, transcrevo a seguir um trecho de um artigo de M.Goto([Goto, Mario, Equivalence Principle and de gravitational mass of classical charged particles, arXiv:physics/0104021v2), a respeito de massa inercial ser diferente de massa gravitacional. Já é um precedente, já é um precedente.
Fran de Aquino também advoga causas nessa direção, embora lhes atribuam conotações um pouco diferentes.
 
 

“ Vamos considerar duas partículas de mesma massa inercial, uma neutra e outra carregada, em repouso na presença de um campo gravitacional uniforme . Pelo Princípio da Equivalência,  um observador em queda livre verá estas partículas como executando um mesmo movimento hiperbólico, a partícula neutra devido à força externa
                     (7)
e a carregada, devido à força externa
 ,                  (8)
ambos forças gravitacionais. Em particular, para a partícula carregada, a força gravitacional é dada por
  ,                            (9)
o que sugere a relação
                     (10)
entre as suas massas gravitacional e inercial, m’ e m, respectivamente.
É importante ressaltar  que o fator  é um número extremamente pequeno, de modo que, do ponto de vista prático, esta diferença entre as massas gravitacional e inercial pode ser irrelevante. No entanto, pode ser fundamental para a compreensão da dinâmica das partículas carregadas.
Num experimento imaginário, um observador em queda livre pode comparar os pesos (forças gravitacionais) indicados em duas balanças idênticas, uma para a partícula neutra e a outra para a partícula carregada. Como as medidas são visualizadas nas balanças, observadores nos referenciais de repouso das partículas também podem verificar os pesos. A figura 5 ilustra a idéia para as partículas em repouso na presença de um campo gravitacional, quadro (a), e no referencial acelerado, quadro (b). Ambas as situações são equivalentes pelo Princípio da Equivalência.
            A balança com a partícula neutra deverá indicar o peso  enquanto que a balança  com a partícula carregada deverá indicar o peso .

 
ana01
ana02
Figura 5: Um observador verifica os pesos de duas partículas, uma neutra e outra carregada, de mesma massa inercial. Pelo Princípio da Equivalência, os  arranjos dos quadros (a) e (b) devem ser equivalentes, de modo que os pesos indicados nas duas balanças devem indicar valores direfentes.

 

Embora a diferença entre as massas gravitacional e inercial seja desprezível para todos os efeitos práticos, este fato foi verificado usando o campo gravitacional terrestre.
Veja que a relação
                (11)
entre as massas gravitacional e inercial contém um fator, , que depende do campo gravitacional. Esta dependência é ilustrada na figura 6, mostrando r é praticamente igual à unidade para um grande intervalo de g, mas aumentando rapidamente para campos intensos, da ordem de 1030g, divergindo na medida em que o campo tende a , quando  . Para campos acima deste valor crítico, r tende a zero pelo negativo.
Esse campo crítico é dependente da massa (inercial) da partícula, resultando; por exemplo, para o elétron, . Para produzir um campo desta ordem de grandeza, é necessária uma densidade de massa da ordem de 1030kg/m3, que corresponde a aproximadamente 1011 vezes a massa solar confinada numa região com dimensão aproximada de 1mm. São condições extremas que talvez possam ser encontradas nos primórdios da formação do Universo ou próximo a buracos negros super massivos.
Estes resultados, especialmente a presença da divergência, são indicativos de que o Princípio da Equivalência pode não ser válido para campos gravitacionais muito intensos. No entanto, é preciso ressaltar que os resultados foram obtidos impondo que o Princípio da Equivalência seja válida, na sua versão forte.
 
Figura 6: Relação entre as massas gravitacional e inercial de uma partícula carregada em função do campo gravitacional externo.”
 
Sds,
Victor.
 

 
 


[],s
Belmiro

Tô contigo e não abro. Estarei lá Aviãopara testemunhar o fato. Alegre

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] A solução do paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/04/2012 13:40

From: Belmiro Wolski
Sent: Sunday, April 29, 2012 11:48 AM
Subject: Re: RES: [ciencialist] A solução do paradoxo da carga acelerada

Belmiro: Mas que m*rda! Alguém já me adiantou. Mais um prá dividir o Nobel...

Alberto: Eu tenho a impressão que não. Veja bem. Nas msgs anteriores você afirmou o seguinte:

Belmiro: [...] chego à conclusão de que um objeto carregado eletricamente deverá cair mais lentamente do que um objeto sem carga em um campo gravitacional. [...] Um corpo carregado eletricamente deveria cair mais devagar do que esse mesmo corpo sem carga no mesmo campo gravitacional.

Alberto: Já o Goto, citado pelo Victor, pareceu-me dizer exatamente o contrário, qual seja:
 
Mario Goto: Summary: [...] It suggests, as the Equivalence Principle is valid, that the gravitational mass of charged particle should be slight greater than its inertial mass. [...] Conclusion: [...] An interesting implication, as the Equivalence Principle is taken account, is that the gravitational mass of charged particle must be greater than its inertial mass in a very small amount.
[
http://arxiv.org/pdf/physics/0104021v2.pdf]

Alberto: Pode ir preparando o passaporte Avião. O prêmio é seu e sem precisar dividir com ninguém Smiley piscando

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] A solução do paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/04/2012 16:30

Olá, Alberto.
 
Que tal ir de itálico?

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 28 de Abril de 2012 23:48
Assunto: Re: [ciencialist] A solução do paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Saturday, April 28, 2012 9:47 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] A solução do paradoxo da carga aceleradaOlá Belmiro

Vou de roxo

Olá a todos.Em recente resposta ao Hélio, curvei-me diante de um supostamente poderoso argumento contra a minha suposição de que o corpo carregado deveria cair mais devagar do que um corpo sem carga em um campo gravitacional. Esse argumento seria de que isso defenestraria o PE. Pois bem, o PE continua intacto. O fato de alguém dentro do compartimento em queda livre observar o corpo carregado lentamente subindo até o teto, não dá o direito do observador se declarar em queda livre. Assim como detalhei para outras experiências envolvendo objetos carregados a desafiar o PE, este também não o fere. Senão vejamos, pode existir alguém a manipular campos elétricos fora de um compartimento situado num ambiente de gravidade nula.
 
Mas manipular de que maneira? Por acaso o observador não irá detectar esses campos com o seu equipamento laboratorial? Se sim, ele teria também que detectar esses mesmos campos no caso da gravidade não nula, quando esses campos externos não estão presentes. Neste caso o que ocasionaria esta falsa detecção? A mesma que faria a carga cair mais devagar?
 
      Caraca! É nisso que dá tentar manter os bons índices de resveratrol no organismo e ainda escrever mensagens para a C-list. Mas, pensando melhor, e depois de ler a postagem do Victor e a sua a observar que a conclusão do Goto parece ir na contramão da minha, fico feliz em saber que não sou o único (tem também o Fran de Aquino) a pensar nestas interações. E, refletindo um pouco, acho que o universo acadêmico deveria investir mais nessas idéias. Afinal, se a Física estivesse redondinha, teriamos bons motivos para esse comodismo todo. Agora, mais do que nunca, acredito que tem caroço neste angu. E que objetos carregados eletricamente tenham comportamentos diferentes em campos gravitacionais.  
 
Sei não, você parece-me estar competindo com os físicos «modernos» na criação de hipóteses ad hoc. Outro demônio Diabo?
 
      Mas não foi ad hoc. Veio do balanço energético na situação exposta.
 
Assim, o sujeito dentro do compartimento não poderá ter certeza em que situação se encontra.Mas isso não ter nada a ver com a veracidade ou não do PE. Mesmo porque, e a ser válida esta argumentação da «enganação induzida», creio que não seria difícil imaginarmos outros campos a fazerem com que esta sua ideia da carga cair mais devagar, ainda que fosse verdadeira, não desse certo para o caso do compartimento em queda livre.
 
     Não entendi.
 
Portanto, o PE está salvo e mantenho minha posição, até que venha outro argumento mais forte.Sinceramente não senti força nesta argumentação Polegar para baixo.Como sei que não virá,emo15, declaro resolvido o paradoxo da carga acelerada.
 
Bem, frente ao autoritarismo Princesa de um decreto-lei não está mais aqui quem se contrapôs à idéia. Tá resolvido e ponto final. Smiley piscando
 
      Bem, se não está resolvido de um modo, pode estar resolvido de outro. Após a  redução do nível etílico intravenoso, passei a considerar com mais carinho a possibilidade do universo ser realmente feio. Vai que a saúde do velho e bom PE anda capengando. Que tal se interações elétrico-gravitacionais não se apliquem de todo no tal princípio? Afinal, a RG, solidamente ancorada neste princípio sai com o rabo entre as pernas ante situações extremas. Posso intuir, então, que para situações não extremas ela funcione de forma aproximada. (Calma Victor, mesmo assim ela continua prevendo os fatos com grande precisão, sem dúvida a melhor de todas, até hoje). Nesse sentido, creio que o Hélio pode ir comprando os foguetes.
 
A propósito, transcrevo abaixo a mensagem na qual chego à conclusão de que um objeto carregado eletricamente deverá cair mais lentamente do que um objeto sem carga em um campo gravitacional.Como estamos numa lista de discussões, temos permissão para falar bobagem também. Então lá vai uma idéia que eu tive para justificar a questão da energia irradiada pela carga do seu problema, sempre sem apelar para a mãe de todas as respostas, a mecânica quântica. No início, com o compartimento eletricamente carregado, temos uma energia potencial elétrica Ue mais uma energia potencial gravitacional Ug. Quando o compartimento é largado à sua sorte, despencando em queda livre, em qualquer momento da queda, a soma das energias tem que fechar. Para facilitar as contas, vamos tomar o instante imediatamente antes do compartimento se esborrachar no chão. Neste instante, a soma das energias potencial elétrica Ue mais a energia cinética Uc teria que ser igual à energia anterior. O problema é que durante a queda, houve irradiação de energia pelo campo eletromagnético, que, ao que me parece, não há dúvidas quanto a isso. E assim, a conta não fecha. O que teríamos então para fechar a conta? Simples: Ue+Ug =Ue+Uc+Ui , onde Ui é a energia irradiada. Mas aí, para que a aritmética tico-tico funcione, é necessário que Ue ou Uc sejam menores. Assim, Ue ou Uc (quiçá os dois) deveriam ser menores do que esperaríamos. Vejamos, para Ue ser menor, o compartimento deveria ter perdido carga. Para Uc ser menor, o compartimento deveria ter perdido massa ou velocidade. As duas alternativas primeiras violariam o PE. Resta a alternativa, diminuição da velocidade. A única forma de a velocidade diminuir seria diminuindo a aceleração gravitacional. Ou seja, a energia eletromagnética irradiada afetaria o g local. Estaria assim, o campo eletromagnético interagindo com a gravidade, como esperam a maioria dos cientistas que acreditam na unificação das forças. É claro, que a energia irradiada é muito pequena e a interação com a gravidade seria muito sutil. Entretanto, penso que poderia ser verificado experimentalmente, caso esta idéia tenha algum fundamento. Um corpo carregado eletricamente deveria cair mais devagar do que esse mesmo corpo sem carga no mesmo campo gravitacional.
      Podem vir as ripadas e pedradas

Bem, até que alguém resolva fazer um experimento preciso o suficiente para comprovar ou refutar a minha idéia, creio que vou continuar sonhando com o Nobel. Melhor colocar em dia o passaporte...
 
       [],sBelmiro
 
       Tô contigo e não abro. Estarei lá Avião para testemunhar o fato. Alegre
 
        Valeu! Obrigado pelo apoio.
 
        [],s
 
        Belmiro
 
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.br Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
      
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] A solução do paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/04/2012 01:26

From: Belmiro Wolski
Sent: Sunday, April 29, 2012 4:30 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] A solução do paradoxo da carga acelerada

Olá Belmiro
vou de roxo novamente

> Caraca! É nisso que dá tentar manter os bons índices de resveratrol no organismo e ainda escrever mensagens para a C-list. Mas, pensando melhor, e depois de ler a postagem do Victor e a sua a observar que a conclusão do Goto parece ir na contramão da minha, fico feliz em saber que não sou o único (tem também o Fran de Aquino) a pensar nestas interações.

O paradoxo das cargas aceleradas é um dos poucos ramos da física onde tem muita gente andando na crontramão, até mesmo autores respeitadíssimos no meio acadêmico. A única coisa em comum é que quase todos acreditam na veracidade do PE, mas há uma minoria que não acredita. Não obstante, não é só o PE quem está na berlinda. O próprio eletromagnetismo está se mostrando inconsistente frente a maioria das tentativas de resolução do paradoxo. Muitos acham que a solução definitiva residiria no desvendar da estrutura das partículas elementares, algo que é quase proibido pela física quântica. Enfim, creio que todos concordam que alguma coisa tem que ser modificada no EM, o problema é que isso provavelmente irá espalhar m... pra todos os lados.

> E, refletindo um pouco, acho que o universo acadêmico deveria investir mais nessas idéias. Afinal, se a Física estivesse redondinha, teriamos bons motivos para esse comodismo todo. Agora, mais do que nunca, acredito que tem caroço neste angu. E que objetos carregados eletricamente tenham comportamentos diferentes em campos gravitacionais.

É isso aí. Pelo visto você está entrando na onda. Quanto ao universo acadêmico, creio que em termos de resistência eles só perdem para o Vaticano. Mas se até o Vaticano muda no decorrer dos séculos... Por falar nisso a física «moderna» já passou de um século. Smiley piscando

> > Sei não, você parece-me estar competindo com os físicos «modernos» na criação de hipóteses ad hoc. Outro demônio Diabo?

> Mas não foi ad hoc. Veio do balanço energético na situação exposta.

O ad hoc a que me referi foi aquele negócio de «existir alguém a manipular campos elétricos fora de um compartimento». Ficou-me a impressão de você ter criado um demônio de Maxwell com características ad hoc.

> > > Assim, o sujeito dentro do compartimento não poderá ter certeza em que situação se encontra.
> Mas isso não ter nada a ver com a veracidade ou não do PE. Mesmo porque, e a ser válida esta argumentação da «enganação induzida», creio que não seria difícil imaginarmos outros campos a fazerem com que esta sua ideia da carga cair mais devagar, ainda que fosse verdadeira, não desse certo para o caso do compartimento em queda livre.
 
> Não entendi.

Ora, esse demônio de Maxwell ad hoc tanto pode fazer o que você está pretendendo que ele faça como também pode, utilizando campos adequados, fazer exatamente o oposto. Ou não?

> > > Portanto, o PE está salvo e mantenho minha posição, até que venha outro argumento mais forte.
> > Sinceramente não senti força nesta argumentação Polegar para baixo.
> > >Como sei que não virá,emo15, declaro resolvido o paradoxo da carga acelerada.
> > Bem, frente ao autoritarismo Princesa de um decreto-lei não está mais aqui quem se contrapôs à idéia. Tá resolvido e ponto final. Smiley piscando

> Bem, se não está resolvido de um modo, pode estar resolvido de outro. Após a  redução do nível etílico intravenoso, passei a considerar com mais carinho a possibilidade do universo ser realmente feio. Vai que a saúde do velho e bom PE anda capengando.

Acho que não. As mudanças certamente virão, mas creio que serão mais nas teorias de campo, a incluir o eletromagnetismo e a gravitação. O PE a meu ver sairá revigorado e mais verdadeiro do que nunca.

> Que tal se interações elétrico-gravitacionais não se apliquem de todo no tal princípio? Afinal, a RG, solidamente ancorada neste princípio sai com o rabo entre as pernas ante situações extremas. Posso intuir, então, que para situações não extremas ela funcione de forma aproximada. (Calma Victor, mesmo assim ela continua prevendo os fatos com grande precisão, sem dúvida a melhor de todas, até hoje). Nesse sentido, creio que o Hélio pode ir comprando os foguetes.

Que o Victor não nos ouça: A RG irá desabar sozinha, sem levar com ela o PE. A meu ver ela não resistirá às mudanças drásticas, mas necessárias, que virão a ser feitas no EM.

> > > Bem, até que alguém resolva fazer um experimento preciso o suficiente para comprovar ou refutar a minha idéia, creio que vou continuar sonhando com o Nobel. Melhor colocar em dia o passaporte...
> > Tô contigo e não abro. Estarei lá Avião para testemunhar o fato. Alegre

> Valeu! Obrigado pelo apoio.

Ora, não é todo dia que um membro da Ciencialist ganha o prêmio Nobel. Alegre

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: DobradiçaPet
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/04/2012 08:28

Olá a todos,

quem estiver precisando de uma porta alternativa pode usar a GradePet com esta espécie de dobradiça e portal acoplado:

http://tipoalgo.blogspot.com.br/2012/04/dobradicapet.html

Abraços
tipoalgo   @   gmail   .  com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Hora do humor matem�tico
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/04/2012 11:28

> Good..
> Tell me what is LIM
 
uáhahaha, é muito divertido! É por isso que gosto desse tipo
de piadinha, rimos a primeira vez pela própria piada e rimos
uma segunda vez quando alguém faz a pergunta acima, hahahahaha
 
Mas não vou te deixar no escuro, Calilzão. Encare esse
"LIM", na primeira expressão, como a variável x chegando
pertinho do valor 8, bem pertinho mesmo, mas nunca
chegando a ter esse valor. Então a expressão 1/(x-8)
quando x tende a se aproximar de 8 será uma expressão que
tenderá ao infinito. O que se diz é que, no limite em que x
é oito a expressão é infinito (mesmo que a divisão
por zero não seja uma operação formalmente definida).
 
Só que a anta da estudante achou que essa expressão
fazia o 8 ficar deitado. Por isso ela "intuiu" que
na segunda expressão o 5 deveria ficar deitado.
Pronto, agora tu já podes dar um sorrisinho.
 
*PB*
 
 
 
Sent: Saturday, April 28, 2012 5:55 AM
Subject: Re: [ciencialist] Hora do humor matemático
 


 
 
Good..
Tell me what is LIM
Thanks.
mc
 
 
----- Original Message -----
From: Pesky Bee
Sent: Friday, April 27, 2012 12:44 PM
Subject: [ciencialist] Hora do humor matemático
 
 

Adoro piadinhas com conteúdo que só possa ser entendido
por quem tem um mínimo de cultura cientifico/matemática:
 
 
5
 
 
Pela descrição, parece que a estudante era uma mulé. E eu
seria capaz de apostar: deve ser loira!
 
Pedra, aqui vou eu...
 
*PB*
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Hora do humor matem�tico
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/04/2012 11:28

Nevillão, não entendi nadica do que tu falou, poderias
dar uma explicação novamente? Quer dizer que se eu não
pagar o pedágio, estarei fazendo uma divisão por zero?  ;-)
 
*PB*
 
 
 
Sent: Saturday, April 28, 2012 10:37 PM
Subject: Re: [ciencialist] Hora do humor matemático
 


Já que ninguém se comoveu, aqui vai uma tentativa de explicar.
LIM é abreviaçã de LIMITE.
 
Mas antes de continuar, considere uma parabolazinha básica:
Um indivíduo entrou com uma ação para nâo pagar pedágio alegando que já pagava IPVA e  o fato configurava uma ilegal bitributação,
A Corte decidiu que ele tinha que pagar pois o pedágio não era imposto: era taxa. Percebeu a jogada! Sendo taxa não era imposto e assim a Constituição não  estava sendo maculada.
 
Os matemáticos também são rigorosos em suas ações tem de manter as coisas de acordo com a lei, digo, tem que manter a consistência ..
 
Se vc entender a explicação abaixo vc vai passar a gostar da matemática. Se não entender, questione.
 
Oras, na oração algébrica apresentada,  o termo que se segue a LIM é  é  1/ (x-8). (lido como: 1 dividido pelo número representado por (x - 8) .
Sim, mas quanto vale x -8 ?
Para desfazer esse mistério temos que saber o valor de x  e para isso , temos que observar o predicado escrito sob o termo LIM . Lá esta escrito x --> 8 , que significa "quando x se aproxima do número 8 " .
Observe que
se x = 10,  a conta resulta em 1/(10 - 8) = 1/ 2 , ou seja 0,5 ;
se x = 9,  a conta resulta em 1/(9 - 8) = 1/ 1 , ou seja 1
se x = 8,1 a conta resulta em 1/(8,1 - 8) = 1/ 0,1 , ou seja 10
se x = 8,01 a conta resulta em 1/(8,01 - 8) = 1/ 0,01, ou seja 100
 
Vc vê que a medida em que o x fica mais próximo do 8 , (x-8) fica mais próximo de zero e o resultado da divisão cresce rapidamente, ou seja se x ficar = 8 ,  resultado da divisão fica incomensuravelmente grande e  isso é indicado com o sinal de indeterminação " oo ",  o qual chamado de infinito. Note que "oo"  não é um número mas apenas um sinal (parece um 8 deitado)  indicando que o valor é muito grande, mas indeterminado.
A frase toda é lida assim:  O limite de 1 dividido por x subtraido de oito, quando x tende para o valor oito,  resulta infinito.
 
Vc perguntaria : Para que essa trapalhada toda - não seria mais simpes dizer indicar logo (1 / 0 ) = oo  ?
 
- Aha! É aqui que entra o pulo do gato, ou melhor, a parte legal, digo formal.  Não é permitido a divisão por zero. É contra a Constituição, digo, consistência do sistema.
- Mas por quê ?
- Simples ! A matemática é exata e justamente para evitar se chegar a um número de um valor indeterminado ela não define diretamente a divisão. Na verdade a divisão é definida indiretamente através da multiplicação. e a multiplicação é definida como uma sucessão de somas, p.ex.:  a+a = 2a;  a+a+a = 3a ; etc.
-  a divisão é definida como operação oposta à multiplicação da seguinte forma   " c é o resultado da divisão de a por b desde que a seja a multiplicação de a por b " --- è uma questão de antecedentes e consequentes : Primeiro existem a e b ; depois passa a existir se c se c vezes b produz a
 
Por exemplo:  1 / 0 = oo, mas também 2 / 0 = oo;  3 / 0 = oo , ......
e (qualquer número) / 0 = oo ;
Então conforme a definição de divisão teríamos que   (0)*(oo) = 1  ;  (0)*(oo) = 2  ; (0)*(oo) = 3, ......(0)*(oo) =  (qq. número).
Portanto teríamos 1 = 2 = 3 = .... =(qq. número)  --- o que  é totalmente inconsistente. Por isso que não dá pra dividir por zero e tamém infinito não é número.
 
Então é como o caso pedágio : dividir por zero não pode pois  implicaria  em permitir a operação oposta, mas usar o artifício do limite pode, pois trata-se de uma aproximação, (percebeu o truque, apenas chega perto do zero?)
 
Agora vamos à piada
 
Se no primeiro caso deu um sinal parecido com um 8 deitado (infinito)   no segundo dá infinito também, mas a loira concluiu daria um 5 deitado
 
kkkkkkkki
 
PS - se passar a ideologia zero ao limite vai dar zero?
================================================
 
Em 28 de abril de 2012 05:55, Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br> escreveu:
 
Good..
Tell me what is LIM
Thanks.
mc
 
 
----- Original Message -----
From: Pesky Bee
Sent: Friday, April 27, 2012 12:44 PM
Subject: [ciencialist] Hora do humor matemático
 
 
Adoro piadinhas com conteúdo que só possa ser entendido
por quem tem um mínimo de cultura cientifico/matemática:
 
 
5
 
 
Pela descrição, parece que a estudante era uma mulé. E eu
seria capaz de apostar: deve ser loira!
 
Pedra, aqui vou eu...
 
*PB*
 
 




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Spam no Alberto
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/04/2012 12:08

Oi Victor,

Eu posso até te explicar o que significa "não existe".

Mas antes quero que você me explique o que significa "OU" na tua frase abaixo.
"E não em razão de o falso paradoxo já ter sido resolvido, pela RR ou pela RG"

:-)

Hélio


De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 28 de Abril de 2012 6:43
Assunto: RES: [ciencialist] Spam no Alberto

 
Olá, Alberto,
 
Realmente não tenho podido participar; no momento estou envolvido com coisas particulares, cujo foco não posso desviar.  Tenho entrado esporadicamente e lido algumas msgs, sobretudo as da thread paradoxo da carga acelerada.  Muito bom o papo de vocês a respeito.  A quantidade de msgs “em preto” é enorme, e não tenho esperanças de, a curto prazo, talvez, retornar alguma opinião.
 
Contudo, e não mais que contudo, não sei o que farei, a partir de algumas msgs atrás, sem energia, pois isto não existe; e sem um campinho magnético, pois este também não existe.  Será que eu existo? Perguntaria o filósofo.
Os amigos continuam querendo espantar. Só pode ser. Sugiro que definam, antes, o Belmiro e Hélio, até para clarear suas “prosopopéias” e privar o juizo de simples mortais como eu  de alguma doidura, o que é   “não existe”;  sim, este, o nó górdio da questão.  Depois, bola prá frente que atrás vem gente;  espantando, mas vem.
 
Mas, para não dizer que estou sendo,  de todo,  inoperante, em algumas madrugadas de insônia, estou comunicando com o Tulio, em pvt, e prestando-lhe as informações que solicitou, sobre TR e, especialmente, sobre a questão dos gêmeos, que está longe de ser encerrada.
E não em razão de o falso paradoxo já ter sido resolvido, pela RR ou pela RG.
Pretendo voltar a este assunto. Para mim, nenhum é mais produtivo, teoricamente, do ponto de vista de discussões sobre a TR, que ele. Pois envolve todas as sutilezas dos postulados.  Não espero que aqueles que realmente têm alguma afinidade com a teoria, que se interessam por ela, e,  sobretudo, por “suas esquesitices”, tenham saturado, por alguma razão. No que toca a mim, estou mais interessado do que nunca. 
Mas gostaria de ler, de vocês, suas respostas aos questionamentos dele, o Tulio,  e, acho, que ele também apreciaria. Pois as questões que postou são interessantes e inteligentes, e,  com elas, mostrou que está realmente estudando e procurando aprofundar o assunto. Respeito isso.
Lembro do grande Ricardo, estudante envolvido e bom da gema, hoje formado e trabalhando, acho.  
 
Sds,
Victor.
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: sexta-feira, 27 de abril de 2012 14:04
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Spam no Alberto
 
 
From: Leo - Luiz
Sent: Friday, April 27, 2012 11:35 AM
Subject: [ciencialist] Spam no Alberto

> Realmente, fui ao SPAM da C-List e lá estava a última mensagem do
> Alberto. Não entendo o porque disso! Só as deles! Será que a triagem
> do sistema yahoo deteta falhas científicas nas argumentações do
> Alberto e, com medo de criticar com sólida argumentação, resolve
> lançar no spam? Qual outro motivo para tal triagem separar só as
> mensagens dele? Aguardemos......

Olá Léo

Isso está me cheirando a coisas de engenheiro relativista, e
provavelmente do Victor. Ele anda muito quietinho, quase sem aparecer
por aqui a não ser para falar em «Curiosidades do meio literário», veja
só!!!

Acho que ele descobriu um meio de operacionalizar a matemágica do
Minkowski e desta forma conseguiu me deixar causalmente desconectado do
espaço Ciencialist. Ele não contava com a astúcia do Chapolim Colorado,
digo do Léo, que resolveu o problema com apenas alguns cliques.

Mas não tem nada não. Eu ainda vou mostrar pra ele com quantos pontos
virtuais desse espaço relativista se constrói uma guilhotina
absolutista.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Spam no Alberto
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/04/2012 12:49

Olá,

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Hélio Carvalho
Enviada em: segunda-feira, 30 de abril de 2012 12:08
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Spam no Alberto

 

 

Oi Victor,

 

Eu posso até te explicar o que significa "não existe".

 

Mas antes quero que você me explique o que significa "OU" na tua frase abaixo.

"E não em razão de o falso paradoxo já ter sido resolvido, pela RR ou pela RG"

 

I - Usando a TRR é simples levantar o paradoxo. É simples mostrar que não existe paradoxo algum, usando os postulados da relatividade. Os caminhos são:  1) o próprio formalismo  de Lorentz, com o uso direto de suas transformações;  2) o uso dos diagramas de Minkowski que, realmente, especificam as propriedades do espaçotempo(e dentro,  deste formalismo, o uso correto de conceitos como trajetórias temporais, tempo próprio, etc.); 3) o uso do efeito Doppler relativístico que, aliás, é bastante conveniente, tendo em vista que o efeito Doppler é algo que vem de fora da RR;  4) os experimentos com múons, mésons, kaos, píons, nos aceleradores de partículas(estes, impecáveis);  5) o uso da técnica do radar, com o seu k-calculus, devido a Milner(já tem mais de 80 anos, esse procedimento) e desenvolvido por H.Bondi.  And so on.

 

Agora todos os procedimentos acima dão conta, apenas dos efeitos cinemáticos. Não embutem os efeitos devido aos potenciais gravitacionais(e às acelerações, de uma maneira geral).  Mas, do ponto de vista qualitativo são procedimentos legais e perfeitos. Não deixam dúvidas, mas há  controvérsias a respeito, conforme já foi exposto por aqui mesmo.

 II – Usando a RG, e todo o seu aparato matemático, as provas são precisas e englobam tanto os efeitos matemáticos quanto os cinemáticos.  Os seus resultados numéricos  são suficientes muitos, por isso.

 

Não sei se você  lembra ou se ao menos chegou a ler, acho que não,  mas já apresentei uma prova até simples, na qual o PE foi usado, e com uma matemática muito simples, que não espanta.  Nada de tensores ou outros formalismos mais avançados.  

 

Particularmente, prefiro ater-me à RG, nestes particulares.

 

 Este, o significado do “ou”;   que, traduzido, dá: tanto uma teoria, quanto sua extensão mais gordinha, que é RG, dão conta do recado.

 

Sds,

Victor.

 

 

 

:-)

 

Hélio

 


De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 28 de Abril de 2012 6:43
Assunto: RES: [ciencialist] Spam no Alberto

 

 

Olá, Alberto,

 

Realmente não tenho podido participar; no momento estou envolvido com coisas particulares, cujo foco não posso desviar.  Tenho entrado esporadicamente e lido algumas msgs, sobretudo as da thread paradoxo da carga acelerada.  Muito bom o papo de vocês a respeito.  A quantidade de msgs “em preto” é enorme, e não tenho esperanças de, a curto prazo, talvez, retornar alguma opinião.

 

Contudo, e não mais que contudo, não sei o que farei, a partir de algumas msgs atrás, sem energia, pois isto não existe; e sem um campinho magnético, pois este também não existe.  Será que eu existo? Perguntaria o filósofo.

Os amigos continuam querendo espantar. Só pode ser. Sugiro que definam, antes, o Belmiro e Hélio, até para clarear suas “prosopopéias” e privar o juizo de simples mortais como eu  de alguma doidura, o que é   “não existe”;  sim, este, o nó górdio da questão.  Depois, bola prá frente que atrás vem gente;  espantando, mas vem.

 

Mas, para não dizer que estou sendo,  de todo,  inoperante, em algumas madrugadas de insônia, estou comunicando com o Tulio, em pvt, e prestando-lhe as informações que solicitou, sobre TR e, especialmente, sobre a questão dos gêmeos, que está longe de ser encerrada.

E não em razão de o falso paradoxo já ter sido resolvido, pela RR ou pela RG.

Pretendo voltar a este assunto. Para mim, nenhum é mais produtivo, teoricamente, do ponto de vista de discussões sobre a TR, que ele. Pois envolve todas as sutilezas dos postulados.  Não espero que aqueles que realmente têm alguma afinidade com a teoria, que se interessam por ela, e,  sobretudo, por “suas esquesitices”, tenham saturado, por alguma razão. No que toca a mim, estou mais interessado do que nunca. 

Mas gostaria de ler, de vocês, suas respostas aos questionamentos dele, o Tulio,  e, acho, que ele também apreciaria. Pois as questões que postou são interessantes e inteligentes, e,  com elas, mostrou que está realmente estudando e procurando aprofundar o assunto. Respeito isso.

Lembro do grande Ricardo, estudante envolvido e bom da gema, hoje formado e trabalhando, acho.  

 

Sds,

Victor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: sexta-feira, 27 de abril de 2012 14:04
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Spam no Alberto

 

 

From: Leo - Luiz
Sent: Friday, April 27, 2012 11:35 AM
Subject: [ciencialist] Spam no Alberto

> Realmente, fui ao SPAM da C-List e lá estava a última mensagem do
> Alberto. Não entendo o porque disso! Só as deles! Será que a triagem
> do sistema yahoo deteta falhas científicas nas argumentações do
> Alberto e, com medo de criticar com sólida argumentação, resolve
> lançar no spam? Qual outro motivo para tal triagem separar só as
> mensagens dele? Aguardemos......

Olá Léo

Isso está me cheirando a coisas de engenheiro relativista, e
provavelmente do Victor. Ele anda muito quietinho, quase sem aparecer
por aqui a não ser para falar em «Curiosidades do meio literário», veja
só!!!

Acho que ele descobriu um meio de operacionalizar a matemágica do
Minkowski e desta forma conseguiu me deixar causalmente desconectado do
espaço Ciencialist. Ele não contava com a astúcia do Chapolim Colorado,
digo do Léo, que resolveu o problema com apenas alguns cliques.

Mas não tem nada não. Eu ainda vou mostrar pra ele com quantos pontos
virtuais desse espaço relativista se constrói uma guilhotina
absolutista.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Spam no Alberto
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/04/2012 12:58

Esta é simples e eu respondo pelo Victor.
 
É que de acordo com o decreto-lei nº 6666 do ex-presidente Thomas Khun, a superproteger a RR e a RG, o paradoxo não existe (entenda-se: foi colocado debaixo do tapete). Logo está resolvido quer você lance mão da RR «OU» da RG. Só não pergunte ao Victor o significado que ele atribui à «não existência» pois do contrário ele irá demonstrar que «não existir» é a propriedade exibida por alguns objetos ou pensamentos que, embora estejam ao nosso lado, estão causalmente desconectados de nós, por razões que somente a métrica de Minkowski esclarece; a partir daí ninguém entende mais nada mas isso para ele é pouco importante pois se não entendemos, e pelas mesmas razões, a dúvida não existe.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
**************************************
Sent: Monday, April 30, 2012 12:08 PM
Subject: Re: RES: [ciencialist] Spam no Alberto
 
 

Oi Victor,

Eu posso até te explicar o que significa "não existe".

Mas antes quero que você me explique o que significa "OU" na tua frase abaixo.
"E não em razão de o falso paradoxo já ter sido resolvido, pela RR ou pela RG"

:-)

Hélio
 

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 28 de Abril de 2012 6:43
Assunto: RES: [ciencialist] Spam no Alberto
 
 
Olá, Alberto,
 
Realmente não tenho podido participar; no momento estou envolvido com coisas particulares, cujo foco não posso desviar.  Tenho entrado esporadicamente e lido algumas msgs, sobretudo as da thread paradoxo da carga acelerada.  Muito bom o papo de vocês a respeito.  A quantidade de msgs “em preto” é enorme, e não tenho esperanças de, a curto prazo, talvez, retornar alguma opinião.
 
Contudo, e não mais que contudo, não sei o que farei, a partir de algumas msgs atrás, sem energia, pois isto não existe; e sem um campinho magnético, pois este também não existe.  Será que eu existo? Perguntaria o filósofo.
Os amigos continuam querendo espantar. Só pode ser. Sugiro que definam, antes, o Belmiro e Hélio, até para clarear suas “prosopopéias” e privar o juizo de simples mortais como eu  de alguma doidura, o que é   “não existe”;  sim, este, o nó górdio da questão.  Depois, bola prá frente que atrás vem gente;  espantando, mas vem.
 
Mas, para não dizer que estou sendo,  de todo,  inoperante, em algumas madrugadas de insônia, estou comunicando com o Tulio, em pvt, e prestando-lhe as informações que solicitou, sobre TR e, especialmente, sobre a questão dos gêmeos, que está longe de ser encerrada.
E não em razão de o falso paradoxo já ter sido resolvido, pela RR ou pela RG.
Pretendo voltar a este assunto. Para mim, nenhum é mais produtivo, teoricamente, do ponto de vista de discussões sobre a TR, que ele. Pois envolve todas as sutilezas dos postulados.  Não espero que aqueles que realmente têm alguma afinidade com a teoria, que se interessam por ela, e,  sobretudo, por “suas esquesitices”, tenham saturado, por alguma razão. No que toca a mim, estou mais interessado do que nunca. 
Mas gostaria de ler, de vocês, suas respostas aos questionamentos dele, o Tulio,  e, acho, que ele também apreciaria. Pois as questões que postou são interessantes e inteligentes, e,  com elas, mostrou que está realmente estudando e procurando aprofundar o assunto. Respeito isso.
Lembro do grande Ricardo, estudante envolvido e bom da gema, hoje formado e trabalhando, acho. 
 
Sds,
Victor.
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: sexta-feira, 27 de abril de 2012 14:04
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Spam no Alberto
 
From: Leo - Luiz
Sent: Friday, April 27, 2012 11:35 AM
Subject: [ciencialist] Spam no Alberto

> Realmente, fui ao SPAM da C-List e lá estava a última mensagem do
> Alberto. Não entendo o porque disso! Só as deles! Será que a triagem
> do sistema yahoo deteta falhas científicas nas argumentações do
> Alberto e, com medo de criticar com sólida argumentação, resolve
> lançar no spam? Qual outro motivo para tal triagem separar só as
> mensagens dele? Aguardemos......

Olá Léo

Isso está me cheirando a coisas de engenheiro relativista, e
provavelmente do Victor. Ele anda muito quietinho, quase sem aparecer
por aqui a não ser para falar em «Curiosidades do meio literário», veja
só!!!

Acho que ele descobriu um meio de operacionalizar a matemágica do
Minkowski e desta forma conseguiu me deixar causalmente desconectado do
espaço Ciencialist. Ele não contava com a astúcia do Chapolim Colorado,
digo do Léo, que resolveu o problema com apenas alguns cliques.

Mas não tem nada não. Eu ainda vou mostrar pra ele com quantos pontos
virtuais desse espaço relativista se constrói uma guilhotina
absolutista.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Spam no Alberto
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/04/2012 13:14

Putz! Quando eu respondi ao Hélio a msg do Victor (msg 82014) ainda não havia chegado. Mas pelo visto eu acertei em cheio Smiley piscando Alegre Smiley piscando ;-) :-) ;-) [Estes três últimos risos são para aqueles que estão causalmente desconectados das figuras Smiley triste.]

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
******************************
Sent: Monday, April 30, 2012 12:58 PM
Subject: Re: [ciencialist] Spam no Alberto
 
 

Esta é simples e eu respondo pelo Victor.
 
É que de acordo com o decreto-lei nº 6666 do ex-presidente Thomas Khun, a superproteger a RR e a RG, o paradoxo não existe (entenda-se: foi colocado debaixo do tapete). Logo está resolvido quer você lance mão da RR «OU» da RG. Só não pergunte ao Victor o significado que ele atribui à «não existência» pois do contrário ele irá demonstrar que «não existir» é a propriedade exibida por alguns objetos ou pensamentos que, embora estejam ao nosso lado, estão causalmente desconectados de nós, por razões que somente a métrica de Minkowski esclarece; a partir daí ninguém entende mais nada mas isso para ele é pouco importante pois se não entendemos, e pelas mesmas razões, a dúvida não existe.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
**************************************
Sent: Monday, April 30, 2012 12:08 PM
Subject: Re: RES: [ciencialist] Spam no Alberto
 
 

Oi Victor,

Eu posso até te explicar o que significa "não existe".

Mas antes quero que você me explique o que significa "OU" na tua frase abaixo.
"E não em razão de o falso paradoxo já ter sido resolvido, pela RR ou pela RG"

:-)

Hélio
 

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 28 de Abril de 2012 6:43
Assunto: RES: [ciencialist] Spam no Alberto
 
 
Olá, Alberto,
 
Realmente não tenho podido participar; no momento estou envolvido com coisas particulares, cujo foco não posso desviar.  Tenho entrado esporadicamente e lido algumas msgs, sobretudo as da thread paradoxo da carga acelerada.  Muito bom o papo de vocês a respeito.  A quantidade de msgs “em preto” é enorme, e não tenho esperanças de, a curto prazo, talvez, retornar alguma opinião.
 
Contudo, e não mais que contudo, não sei o que farei, a partir de algumas msgs atrás, sem energia, pois isto não existe; e sem um campinho magnético, pois este também não existe.  Será que eu existo? Perguntaria o filósofo.
Os amigos continuam querendo espantar. Só pode ser. Sugiro que definam, antes, o Belmiro e Hélio, até para clarear suas “prosopopéias” e privar o juizo de simples mortais como eu  de alguma doidura, o que é   “não existe”;  sim, este, o nó górdio da questão.  Depois, bola prá frente que atrás vem gente;  espantando, mas vem.
 
Mas, para não dizer que estou sendo,  de todo,  inoperante, em algumas madrugadas de insônia, estou comunicando com o Tulio, em pvt, e prestando-lhe as informações que solicitou, sobre TR e, especialmente, sobre a questão dos gêmeos, que está longe de ser encerrada.
E não em razão de o falso paradoxo já ter sido resolvido, pela RR ou pela RG.
Pretendo voltar a este assunto. Para mim, nenhum é mais produtivo, teoricamente, do ponto de vista de discussões sobre a TR, que ele. Pois envolve todas as sutilezas dos postulados.  Não espero que aqueles que realmente têm alguma afinidade com a teoria, que se interessam por ela, e,  sobretudo, por “suas esquesitices”, tenham saturado, por alguma razão. No que toca a mim, estou mais interessado do que nunca. 
Mas gostaria de ler, de vocês, suas respostas aos questionamentos dele, o Tulio,  e, acho, que ele também apreciaria. Pois as questões que postou são interessantes e inteligentes, e,  com elas, mostrou que está realmente estudando e procurando aprofundar o assunto. Respeito isso.
Lembro do grande Ricardo, estudante envolvido e bom da gema, hoje formado e trabalhando, acho. 
 
Sds,
Victor.
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: sexta-feira, 27 de abril de 2012 14:04
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Spam no Alberto
 
From: Leo - Luiz
Sent: Friday, April 27, 2012 11:35 AM
Subject: [ciencialist] Spam no Alberto

> Realmente, fui ao SPAM da C-List e lá estava a última mensagem do
> Alberto. Não entendo o porque disso! Só as deles! Será que a triagem
> do sistema yahoo deteta falhas científicas nas argumentações do
> Alberto e, com medo de criticar com sólida argumentação, resolve
> lançar no spam? Qual outro motivo para tal triagem separar só as
> mensagens dele? Aguardemos......

Olá Léo

Isso está me cheirando a coisas de engenheiro relativista, e
provavelmente do Victor. Ele anda muito quietinho, quase sem aparecer
por aqui a não ser para falar em «Curiosidades do meio literário», veja
só!!!

Acho que ele descobriu um meio de operacionalizar a matemágica do
Minkowski e desta forma conseguiu me deixar causalmente desconectado do
espaço Ciencialist. Ele não contava com a astúcia do Chapolim Colorado,
digo do Léo, que resolveu o problema com apenas alguns cliques.

Mas não tem nada não. Eu ainda vou mostrar pra ele com quantos pontos
virtuais desse espaço relativista se constrói uma guilhotina
absolutista.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/04/2012 13:20

Oi Alberto,

Alberto disse:
> Deixa o Mach fora dessa senão as coisas
> irão se complicar e bastante ;-)

Você já sabe que eu adoro espinafrar Mach, então se em algum momento você entendeu o oposto, foi mal entendido. Não vou explicar agora para deixar Mach fora disto como você sugeriu, mas em outra oportunidade eu explico.

Hélio antes:
>> ...vai ser possível para o obs. 2 descobrir
>> se está ou não acelerado
>> observando as distorções no campo
>> elétrico. Isto é possível pois, se
>> estiverem acelerados, ele e a carga,
>> ele verá o centro de emissão
>> oscilando entre um pouco acima e um
>> pouco abaixo da carga.

Alberto:
> Sim. Então você concorda que deverá
> haver emissão de radiação no sentido
> que «estamos» assumindo.

Sim, haverá distorções no campo elétrico medido por 1. Que é chamado de radiação mas que, para carga, não é nada diferente do que ela faz o tempo todo, "irradiar" agentes de campo elétrico.
Logo, não existe diminuição de energia pelo fato dela ser observada de um jeito ou de outro. Para que a "energia cinética", digo velocidade, mude absolutamente é necessário uma força. Não existe velocidade absoluta mas existe mudança de velocidade absoluta.

Hélio antes:
>> ...mas a forma de distorção do campo
>> elétrico é muito diferente e a sua
>> amplitude é muito menor que a
>> observada pelo obs. 1.

Alberto:
> Quanto a isso eu já tenho as minhas
> dúvidas pois, assim como eu, você
> não esclareceu o porquê desta
> oscilação do centro de emissão.
> A sua ideia parece não estar se
> encaixando com a minha, mas vou
> parar por aqui pois ainda estão faltando
> argumentos para que eu possa
> apresentar a minha ideia de maneira clara.

Eu já esclareci sim. Lembra quando eu critiquei o seu gif animado. O centro de emissão permanece em MRU com a velocidade que tinha quando foi emitido o campo elétrico. Se agora a carga tem acelerações positivas e negativas, o centro aparecerá ora de um lado ora de outro da posição da carga.
Quando, finalmente a experiência for realizada por nós da C-list, deveremos tomar alguns cuidados. Um deles é que o elevador ou laboratório deve ser muito grande para que estas distorções fiquem mais evidentes pois o campo elétrico viaja com a velocidade da luz em relação ao emissor.

Hélio


De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Domingo, 29 de Abril de 2012 0:26
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
From: Hélio Carvalho
Sent: Saturday, April 28, 2012 9:04 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Olá Hélio

> Muito boa esta proposta de contínua queda livre que visto das estrelas
> fixas de Mach é um mhs.

Deixa o Mach fora dessa senão as coisas irão se complicar e bastante ;-)

> Contínua queda livre sim, pois alguém dentro do elevador se sentirá
> como no espaço sideral o tempo todo.

Bem, não sei se agora entendi o fato de você ter citado Mach. Sim, de
acordo com Mach, e como o observador não enxerga as estrelas fixas, ele
também não sentirá a aceleração variável no tempo. Esta sensação somente
aparecerá caso ele abra uma janela no elevador onde possa enxergar as
estrelas. Foi nesse sentido que você falou em «contínua queda livre»? Se
não, não entendi essa continuidade.

> A princípio, nenhuma "radiação" (com o significado de radiação que
> vocês estão usando) será emitida pela carga para o cara que está lá
> dentro (observador 2).

Pelo que você diz a seguir, pareceu-me que você ainda está assumindo o
ponto de vista de Mach, a meu ver absurdo. Por outro lado, digo que eu
ainda não assumi nenhum significado para a radiação, estou apenas
entrando na onda do que os outros andaram afirmando, a incluir o Maxwell
[mas não o Mach, pois aí seria loucura pura. ;-)]

> Na minha opinião,...

OK, vamos deixar Mach de lado e ver o que você pensa a respeito.

> ...vai ser possível para o obs. 2 descobrir se está ou não acelerado
> observando as distorções no campo elétrico. Isto é possível pois, se
> estiverem acelerados, ele e a carga, ele verá o centro de emissão
> oscilando entre um pouco acima e um pouco abaixo da carga.

Sim. Então você concorda que deverá haver emissão de radiação no sentido
que «estamos» assumindo.

> Isto vai acontecer estando o elevador com ar ou em vácuo. Com ar a
> oscilação será menor. Adeus PE.

Posso até concordar com esta sua afirmação, por motivos que apresentarei
quando for discutir o item 5 dentre aqueles propostos na msg 81914, qual
seja: «Questões relacionadas ao agente emissor...». Não concordo com a
conclusão, mas este é um assunto que deixarei para apresentar
oportunamente.

> E aí, a coisa toda se complica, ele verá a carga parada, mas emitindo
> campo elétrico distorcido periódicamente (se for o Belmiro lá dentro,
> é capaz de chamar isto de campo magnético ou até de radiação), mas a
> forma de distorção do campo elétrico é muito diferente e a sua
> amplitude é muito menor que a observada pelo obs. 1.

Quanto a isso eu já tenho as minhas dúvidas pois, assim como eu, você
não esclareceu o porquê desta oscilação do centro de emissão. A sua
ideia parece não estar se encaixando com a minha, mas vou parar por aqui
pois ainda estão faltando argumentos para que eu possa apresentar a
minha ideia de maneira clara.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.




SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] Spam no Alberto
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/04/2012 13:31

Victor,

Victor:
Este, o significado do “ou”;   que, traduzido, dá: tanto uma teoria, quanto sua extensão mais gordinha, que é RG, dão conta do recado.

Mas cada uma com um resultado diferente:
ver http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81759

Hélio





De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 30 de Abril de 2012 12:49
Assunto: RES: RES: [ciencialist] Spam no Alberto

 
Olá,
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Hélio Carvalho
Enviada em: segunda-feira, 30 de abril de 2012 12:08
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Spam no Alberto
 
 
Oi Victor,
 
Eu posso até te explicar o que significa "não existe".
 
Mas antes quero que você me explique o que significa "OU" na tua frase abaixo.
"E não em razão de o falso paradoxo já ter sido resolvido, pela RR ou pela RG"
 
I - Usando a TRR é simples levantar o paradoxo. É simples mostrar que não existe paradoxo algum, usando os postulados da relatividade. Os caminhos são:  1) o próprio formalismo  de Lorentz, com o uso direto de suas transformações;  2) o uso dos diagramas de Minkowski que, realmente, especificam as propriedades do espaçotempo(e dentro,  deste formalismo, o uso correto de conceitos como trajetórias temporais, tempo próprio, etc.); 3) o uso do efeito Doppler relativístico que, aliás, é bastante conveniente, tendo em vista que o efeito Doppler é algo que vem de fora da RR;  4) os experimentos com múons, mésons, kaos, píons, nos aceleradores de partículas(estes, impecáveis);  5) o uso da técnica do radar, com o seu k-calculus, devido a Milner(já tem mais de 80 anos, esse procedimento) e desenvolvido por H.Bondi.  And so on.
 
Agora todos os procedimentos acima dão conta, apenas dos efeitos cinemáticos. Não embutem os efeitos devido aos potenciais gravitacionais(e às acelerações, de uma maneira geral).  Mas, do ponto de vista qualitativo são procedimentos legais e perfeitos. Não deixam dúvidas, mas há  controvérsias a respeito, conforme já foi exposto por aqui mesmo.
 II – Usando a RG, e todo o seu aparato matemático, as provas são precisas e englobam tanto os efeitos matemáticos quanto os cinemáticos.  Os seus resultados numéricos  são suficientes muitos, por isso.
 
Não sei se você  lembra ou se ao menos chegou a ler, acho que não,  mas já apresentei uma prova até simples, na qual o PE foi usado, e com uma matemática muito simples, que não espanta.  Nada de tensores ou outros formalismos mais avançados.  
 
Particularmente, prefiro ater-me à RG, nestes particulares.
 
 Este, o significado do “ou”;   que, traduzido, dá: tanto uma teoria, quanto sua extensão mais gordinha, que é RG, dão conta do recado.
 
Sds,
Victor.
 
 
 
:-)
 
Hélio
 

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 28 de Abril de 2012 6:43
Assunto: RES: [ciencialist] Spam no Alberto
 
 
Olá, Alberto,
 
Realmente não tenho podido participar; no momento estou envolvido com coisas particulares, cujo foco não posso desviar.  Tenho entrado esporadicamente e lido algumas msgs, sobretudo as da thread paradoxo da carga acelerada.  Muito bom o papo de vocês a respeito.  A quantidade de msgs “em preto” é enorme, e não tenho esperanças de, a curto prazo, talvez, retornar alguma opinião.
 
Contudo, e não mais que contudo, não sei o que farei, a partir de algumas msgs atrás, sem energia, pois isto não existe; e sem um campinho magnético, pois este também não existe.  Será que eu existo? Perguntaria o filósofo.
Os amigos continuam querendo espantar. Só pode ser. Sugiro que definam, antes, o Belmiro e Hélio, até para clarear suas “prosopopéias” e privar o juizo de simples mortais como eu  de alguma doidura, o que é   “não existe”;  sim, este, o nó górdio da questão.  Depois, bola prá frente que atrás vem gente;  espantando, mas vem.
 
Mas, para não dizer que estou sendo,  de todo,  inoperante, em algumas madrugadas de insônia, estou comunicando com o Tulio, em pvt, e prestando-lhe as informações que solicitou, sobre TR e, especialmente, sobre a questão dos gêmeos, que está longe de ser encerrada.
E não em razão de o falso paradoxo já ter sido resolvido, pela RR ou pela RG.
Pretendo voltar a este assunto. Para mim, nenhum é mais produtivo, teoricamente, do ponto de vista de discussões sobre a TR, que ele. Pois envolve todas as sutilezas dos postulados.  Não espero que aqueles que realmente têm alguma afinidade com a teoria, que se interessam por ela, e,  sobretudo, por “suas esquesitices”, tenham saturado, por alguma razão. No que toca a mim, estou mais interessado do que nunca. 
Mas gostaria de ler, de vocês, suas respostas aos questionamentos dele, o Tulio,  e, acho, que ele também apreciaria. Pois as questões que postou são interessantes e inteligentes, e,  com elas, mostrou que está realmente estudando e procurando aprofundar o assunto. Respeito isso.
Lembro do grande Ricardo, estudante envolvido e bom da gema, hoje formado e trabalhando, acho.  
 
Sds,
Victor.
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: sexta-feira, 27 de abril de 2012 14:04
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Spam no Alberto
 
 
From: Leo - Luiz
Sent: Friday, April 27, 2012 11:35 AM
Subject: [ciencialist] Spam no Alberto

> Realmente, fui ao SPAM da C-List e lá estava a última mensagem do
> Alberto. Não entendo o porque disso! Só as deles! Será que a triagem
> do sistema yahoo deteta falhas científicas nas argumentações do
> Alberto e, com medo de criticar com sólida argumentação, resolve
> lançar no spam? Qual outro motivo para tal triagem separar só as
> mensagens dele? Aguardemos......

Olá Léo

Isso está me cheirando a coisas de engenheiro relativista, e
provavelmente do Victor. Ele anda muito quietinho, quase sem aparecer
por aqui a não ser para falar em «Curiosidades do meio literário», veja
só!!!

Acho que ele descobriu um meio de operacionalizar a matemágica do
Minkowski e desta forma conseguiu me deixar causalmente desconectado do
espaço Ciencialist. Ele não contava com a astúcia do Chapolim Colorado,
digo do Léo, que resolveu o problema com apenas alguns cliques.

Mas não tem nada não. Eu ainda vou mostrar pra ele com quantos pontos
virtuais desse espaço relativista se constrói uma guilhotina
absolutista.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] Hora do humor matemático
FROM: Neville Martins <villem99@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/04/2012 15:18

Não!  
É que a Corte, experta e lusitanamente (?)  torna legal o pedágio trocando o nome do referido pagamento. A constituição proíbe bitributação mas não proíbe bitaxação, morou?

Na aritmética idem acima, dividir por zero é proibido, mas passando ao limite pode dividir por zero, pelo infinito e até pelo garaleo a 4.

Agora vc perguntaria:  pq (abreviação de por quê)  "esperta e lusitanamente" ?

R.- Esperta pq muda o nome das coisas quando quer; luzitanamente pq se dá a esse trabalho a todo momento em vez de abolir logo o preceito constitucional e deixar de ser acionada. (Será que é pra justificar o salário?). 

=============================
Em 30 de abril de 2012 11:28, Pesky Bee <peskybee2@gmail.com> escreveu:


Nevillão, não entendi nadica do que tu falou, poderias
dar uma explicação novamente? Quer dizer que se eu não
pagar o pedágio, estarei fazendo uma divisão por zero?  ;-)
 
*PB*
 
 
 
Sent: Saturday, April 28, 2012 10:37 PM
Subject: Re: [ciencialist] Hora do humor matemático
 


Já que ninguém se comoveu, aqui vai uma tentativa de explicar.
LIM é abreviaçã de LIMITE.
 
Mas antes de continuar, considere uma parabolazinha básica:
Um indivíduo entrou com uma ação para nâo pagar pedágio alegando que já pagava IPVA e  o fato configurava uma ilegal bitributação,
A Corte decidiu que ele tinha que pagar pois o pedágio não era imposto: era taxa. Percebeu a jogada! Sendo taxa não era imposto e assim a Constituição não  estava sendo maculada.
 
Os matemáticos também são rigorosos em suas ações tem de manter as coisas de acordo com a lei, digo, tem que manter a consistência ..
 
Se vc entender a explicação abaixo vc vai passar a gostar da matemática. Se não entender, questione.
 
Oras, na oração algébrica apresentada,  o termo que se segue a LIM é  é  1/ (x-8). (lido como: 1 dividido pelo número representado por (x - 8) .
Sim, mas quanto vale x -8 ?
Para desfazer esse mistério temos que saber o valor de x  e para isso , temos que observar o predicado escrito sob o termo LIM . Lá esta escrito x --> 8 , que significa "quando x se aproxima do número 8 " .
Observe que
se x = 10,  a conta resulta em 1/(10 - 8) = 1/ 2 , ou seja 0,5 ;
se x = 9,  a conta resulta em 1/(9 - 8) = 1/ 1 , ou seja 1
se x = 8,1 a conta resulta em 1/(8,1 - 8) = 1/ 0,1 , ou seja 10
se x = 8,01 a conta resulta em 1/(8,01 - 8) = 1/ 0,01, ou seja 100
 
Vc vê que a medida em que o x fica mais próximo do 8 , (x-8) fica mais próximo de zero e o resultado da divisão cresce rapidamente, ou seja se x ficar = 8 ,  resultado da divisão fica incomensuravelmente grande e  isso é indicado com o sinal de indeterminação " oo ",  o qual chamado de infinito. Note que "oo"  não é um número mas apenas um sinal (parece um 8 deitado)  indicando que o valor é muito grande, mas indeterminado.
A frase toda é lida assim:  O limite de 1 dividido por x subtraido de oito, quando x tende para o valor oito,  resulta infinito.
 
Vc perguntaria : Para que essa trapalhada toda - não seria mais simpes dizer indicar logo (1 / 0 ) = oo  ?
 
- Aha! É aqui que entra o pulo do gato, ou melhor, a parte legal, digo formal.  Não é permitido a divisão por zero. É contra a Constituição, digo, consistência do sistema.
- Mas por quê ?
- Simples ! A matemática é exata e justamente para evitar se chegar a um número de um valor indeterminado ela não define diretamente a divisão. Na verdade a divisão é definida indiretamente através da multiplicação. e a multiplicação é definida como uma sucessão de somas, p.ex.:  a+a = 2a;  a+a+a = 3a ; etc.
-  a divisão é definida como operação oposta à multiplicação da seguinte forma   " c é o resultado da divisão de a por b desde que a seja a multiplicação de a por b " --- è uma questão de antecedentes e consequentes : Primeiro existem a e b ; depois passa a existir se c se c vezes b produz a
 
Por exemplo:  1 / 0 = oo, mas também 2 / 0 = oo;  3 / 0 = oo , ......
e (qualquer número) / 0 = oo ;
Então conforme a definição de divisão teríamos que   (0)*(oo) = 1  ;  (0)*(oo) = 2  ; (0)*(oo) = 3, ......(0)*(oo) =  (qq. número).
Portanto teríamos 1 = 2 = 3 = .... =(qq. número)  --- o que  é totalmente inconsistente. Por isso que não dá pra dividir por zero e tamém infinito não é número.
 
Então é como o caso pedágio : dividir por zero não pode pois  implicaria  em permitir a operação oposta, mas usar o artifício do limite pode, pois trata-se de uma aproximação, (percebeu o truque, apenas chega perto do zero?)
 
Agora vamos à piada
 
Se no primeiro caso deu um sinal parecido com um 8 deitado (infinito)   no segundo dá infinito também, mas a loira concluiu daria um 5 deitado
 
kkkkkkkki
 
PS - se passar a ideologia zero ao limite vai dar zero?
================================================
 
Em 28 de abril de 2012 05:55, Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br> escreveu:
 
Good..
Tell me what is LIM
Thanks.
mc
 
 
----- Original Message -----
From: Pesky Bee
Sent: Friday, April 27, 2012 12:44 PM
Subject: [ciencialist] Hora do humor matemático
 
 
Adoro piadinhas com conteúdo que só possa ser entendido
por quem tem um mínimo de cultura cientifico/matemática:
 
 
5
 
 
Pela descrição, parece que a estudante era uma mulé. E eu
seria capaz de apostar: deve ser loira!
 
Pedra, aqui vou eu...
 
*PB*
 
 







SUBJECT: RES: RES: RES: [ciencialist] Spam no Alberto
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/04/2012 16:20

Olá Hélio,

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Hélio Carvalho
Enviada em: segunda-feira, 30 de abril de 2012 13:31
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: RES: RES: [ciencialist] Spam no Alberto

 

 

Victor,

 

Victor:

Este, o significado do “ou”;   que, traduzido, dá: tanto uma teoria, quanto sua extensão mais gordinha, que é RG, dão conta do recado.

 

Hélio: Mas cada uma com um resultado diferente:

ver http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81759

 

Victor:   Não. Todos os resultados levam às mesmíssimas conclusões.  Nem poderia ser de outra forma. Ora, Hélio,  mas esta referência é sua,  estes são os seus resultados, calculados de sua maneira ou interpretados de sua maneira. Podem estar corretos do ponto de vista de suas teorias.  Não digo que não.  Mas eu me refiro aos resultados da TR, calculados segundo a TR e de acordo com os seus postulados. Que, me parece, não são levados em conta pelo amigo.  Tô certo ou tô errado?

 Para mim, só há uma opção, nesse particular mister: se os números que obteve estão de acordo com os cálculos usando as fórmulas relativistas que te apresentei(só de enxerimento-pois o fiz com vistas a outros participantes,  pois,  naturalmente, você já as conhece), então tudo ok, a menos das interpretações, que estão furadas; se não estão de acordo com as tais,  simplesmente, os cálculos estão errados. Em qq caso, como lhe disse outra vez, não refiz teus cálculos. Cabe somente a você. Agora, se não aceita o que a teoria oferece, fazer o quê?  Fica o não dito pelo dito, and so on.

 

Agora, cumpra o que prometeu: energia e campo magnético não existem, em que sentido? Sério, estou querendo mesmo saber essa linha de pensamento. Talvez faça mesmo sentido. Se fizer, ponto para você.  E para mim também, que aprendi coisas novas.

 

Sds,

Victor.

  

 

Hélio

 

 

 

 


De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 30 de Abril de 2012 12:49
Assunto: RES: RES: [ciencialist] Spam no Alberto

 

 

Olá,

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Hélio Carvalho
Enviada em: segunda-feira, 30 de abril de 2012 12:08
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Spam no Alberto

 

 

Oi Victor,

 

Eu posso até te explicar o que significa "não existe".

 

Mas antes quero que você me explique o que significa "OU" na tua frase abaixo.

"E não em razão de o falso paradoxo já ter sido resolvido, pela RR ou pela RG"

 

I - Usando a TRR é simples levantar o paradoxo. É simples mostrar que não existe paradoxo algum, usando os postulados da relatividade. Os caminhos são:  1) o próprio formalismo  de Lorentz, com o uso direto de suas transformações;  2) o uso dos diagramas de Minkowski que, realmente, especificam as propriedades do espaçotempo(e dentro,  deste formalismo, o uso correto de conceitos como trajetórias temporais, tempo próprio, etc.); 3) o uso do efeito Doppler relativístico que, aliás, é bastante conveniente, tendo em vista que o efeito Doppler é algo que vem de fora da RR;  4) os experimentos com múons, mésons, kaos, píons, nos aceleradores de partículas(estes, impecáveis);  5) o uso da técnica do radar, com o seu k-calculus, devido a Milner(já tem mais de 80 anos, esse procedimento) e desenvolvido por H.Bondi.  And so on.

 

Agora todos os procedimentos acima dão conta, apenas dos efeitos cinemáticos. Não embutem os efeitos devido aos potenciais gravitacionais(e às acelerações, de uma maneira geral).  Mas, do ponto de vista qualitativo são procedimentos legais e perfeitos. Não deixam dúvidas, mas há  controvérsias a respeito, conforme já foi exposto por aqui mesmo.

 II – Usando a RG, e todo o seu aparato matemático, as provas são precisas e englobam tanto os efeitos matemáticos quanto os cinemáticos.  Os seus resultados numéricos  são suficientes muitos, por isso.

 

Não sei se você  lembra ou se ao menos chegou a ler, acho que não,  mas já apresentei uma prova até simples, na qual o PE foi usado, e com uma matemática muito simples, que não espanta.  Nada de tensores ou outros formalismos mais avançados.  

 

Particularmente, prefiro ater-me à RG, nestes particulares.

 

 Este, o significado do “ou”;   que, traduzido, dá: tanto uma teoria, quanto sua extensão mais gordinha, que é RG, dão conta do recado.

 

Sds,

Victor.

 

 

 

:-)

 

Hélio

 


De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 28 de Abril de 2012 6:43
Assunto: RES: [ciencialist] Spam no Alberto

 

 

Olá, Alberto,

 

Realmente não tenho podido participar; no momento estou envolvido com coisas particulares, cujo foco não posso desviar.  Tenho entrado esporadicamente e lido algumas msgs, sobretudo as da thread paradoxo da carga acelerada.  Muito bom o papo de vocês a respeito.  A quantidade de msgs “em preto” é enorme, e não tenho esperanças de, a curto prazo, talvez, retornar alguma opinião.

 

Contudo, e não mais que contudo, não sei o que farei, a partir de algumas msgs atrás, sem energia, pois isto não existe; e sem um campinho magnético, pois este também não existe.  Será que eu existo? Perguntaria o filósofo.

Os amigos continuam querendo espantar. Só pode ser. Sugiro que definam, antes, o Belmiro e Hélio, até para clarear suas “prosopopéias” e privar o juizo de simples mortais como eu  de alguma doidura, o que é   “não existe”;  sim, este, o nó górdio da questão.  Depois, bola prá frente que atrás vem gente;  espantando, mas vem.

 

Mas, para não dizer que estou sendo,  de todo,  inoperante, em algumas madrugadas de insônia, estou comunicando com o Tulio, em pvt, e prestando-lhe as informações que solicitou, sobre TR e, especialmente, sobre a questão dos gêmeos, que está longe de ser encerrada.

E não em razão de o falso paradoxo já ter sido resolvido, pela RR ou pela RG.

Pretendo voltar a este assunto. Para mim, nenhum é mais produtivo, teoricamente, do ponto de vista de discussões sobre a TR, que ele. Pois envolve todas as sutilezas dos postulados.  Não espero que aqueles que realmente têm alguma afinidade com a teoria, que se interessam por ela, e,  sobretudo, por “suas esquesitices”, tenham saturado, por alguma razão. No que toca a mim, estou mais interessado do que nunca. 

Mas gostaria de ler, de vocês, suas respostas aos questionamentos dele, o Tulio,  e, acho, que ele também apreciaria. Pois as questões que postou são interessantes e inteligentes, e,  com elas, mostrou que está realmente estudando e procurando aprofundar o assunto. Respeito isso.

Lembro do grande Ricardo, estudante envolvido e bom da gema, hoje formado e trabalhando, acho.  

 

Sds,

Victor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: sexta-feira, 27 de abril de 2012 14:04
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Spam no Alberto

 

 

From: Leo - Luiz
Sent: Friday, April 27, 2012 11:35 AM
Subject: [ciencialist] Spam no Alberto

> Realmente, fui ao SPAM da C-List e lá estava a última mensagem do
> Alberto. Não entendo o porque disso! Só as deles! Será que a triagem
> do sistema yahoo deteta falhas científicas nas argumentações do
> Alberto e, com medo de criticar com sólida argumentação, resolve
> lançar no spam? Qual outro motivo para tal triagem separar só as
> mensagens dele? Aguardemos......

Olá Léo

Isso está me cheirando a coisas de engenheiro relativista, e
provavelmente do Victor. Ele anda muito quietinho, quase sem aparecer
por aqui a não ser para falar em «Curiosidades do meio literário», veja
só!!!

Acho que ele descobriu um meio de operacionalizar a matemágica do
Minkowski e desta forma conseguiu me deixar causalmente desconectado do
espaço Ciencialist. Ele não contava com a astúcia do Chapolim Colorado,
digo do Léo, que resolveu o problema com apenas alguns cliques.

Mas não tem nada não. Eu ainda vou mostrar pra ele com quantos pontos
virtuais desse espaço relativista se constrói uma guilhotina
absolutista.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

 

 


SUBJECT: RES: [ciencialist] Spam no Alberto
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/04/2012 16:39

Alberto,

 

Você sabe que não é tão drástico assim!

Só um pouquinho.

 

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: segunda-feira, 30 de abril de 2012 13:15
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Spam no Alberto

 

 

Putz! Quando eu respondi ao Hélio a msg do Victor (msg 82014) ainda não havia chegado. Mas pelo visto eu acertei em cheio Smiley piscando Alegre Smiley piscando ;-) :-) ;-) [Estes três últimos risos são para aqueles que estão causalmente desconectados das figuras Smiley triste.]


[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

 

******************************

Sent: Monday, April 30, 2012 12:58 PM

Subject: Re: [ciencialist] Spam no Alberto

 

 

Esta é simples e eu respondo pelo Victor.

 

É que de acordo com o decreto-lei nº 6666 do ex-presidente Thomas Khun, a superproteger a RR e a RG, o paradoxo não existe (entenda-se: foi colocado debaixo do tapete). Logo está resolvido quer você lance mão da RR «OU» da RG. Só não pergunte ao Victor o significado que ele atribui à «não existência» pois do contrário ele irá demonstrar que «não existir» é a propriedade exibida por alguns objetos ou pensamentos que, embora estejam ao nosso lado, estão causalmente desconectados de nós, por razões que somente a métrica de Minkowski esclarece; a partir daí ninguém entende mais nada mas isso para ele é pouco importante pois se não entendemos, e pelas mesmas razões, a dúvida não existe.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

 

**************************************

Sent: Monday, April 30, 2012 12:08 PM

Subject: Re: RES: [ciencialist] Spam no Alberto

 

 

Oi Victor,

 

Eu posso até te explicar o que significa "não existe".

 

Mas antes quero que você me explique o que significa "OU" na tua frase abaixo.

"E não em razão de o falso paradoxo já ter sido resolvido, pela RR ou pela RG"

 

:-)

 

Hélio

 


De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 28 de Abril de 2012 6:43
Assunto: RES: [ciencialist] Spam no Alberto

 

 

Olá, Alberto,

 

Realmente não tenho podido participar; no momento estou envolvido com coisas particulares, cujo foco não posso desviar.  Tenho entrado esporadicamente e lido algumas msgs, sobretudo as da thread paradoxo da carga acelerada.  Muito bom o papo de vocês a respeito.  A quantidade de msgs “em preto” é enorme, e não tenho esperanças de, a curto prazo, talvez, retornar alguma opinião.

 

Contudo, e não mais que contudo, não sei o que farei, a partir de algumas msgs atrás, sem energia, pois isto não existe; e sem um campinho magnético, pois este também não existe.  Será que eu existo? Perguntaria o filósofo.

Os amigos continuam querendo espantar. Só pode ser. Sugiro que definam, antes, o Belmiro e Hélio, até para clarear suas “prosopopéias” e privar o juizo de simples mortais como eu  de alguma doidura, o que é   “não existe”;  sim, este, o nó górdio da questão.  Depois, bola prá frente que atrás vem gente;  espantando, mas vem.

 

Mas, para não dizer que estou sendo,  de todo,  inoperante, em algumas madrugadas de insônia, estou comunicando com o Tulio, em pvt, e prestando-lhe as informações que solicitou, sobre TR e, especialmente, sobre a questão dos gêmeos, que está longe de ser encerrada.

E não em razão de o falso paradoxo já ter sido resolvido, pela RR ou pela RG.

Pretendo voltar a este assunto. Para mim, nenhum é mais produtivo, teoricamente, do ponto de vista de discussões sobre a TR, que ele. Pois envolve todas as sutilezas dos postulados.  Não espero que aqueles que realmente têm alguma afinidade com a teoria, que se interessam por ela, e,  sobretudo, por “suas esquesitices”, tenham saturado, por alguma razão. No que toca a mim, estou mais interessado do que nunca. 

Mas gostaria de ler, de vocês, suas respostas aos questionamentos dele, o Tulio,  e, acho, que ele também apreciaria. Pois as questões que postou são interessantes e inteligentes, e,  com elas, mostrou que está realmente estudando e procurando aprofundar o assunto. Respeito isso.

Lembro do grande Ricardo, estudante envolvido e bom da gema, hoje formado e trabalhando, acho. 

 

Sds,

Victor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: sexta-feira, 27 de abril de 2012 14:04
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Spam no Alberto

 

From: Leo - Luiz
Sent: Friday, April 27, 2012 11:35 AM
Subject: [ciencialist] Spam no Alberto

> Realmente, fui ao SPAM da C-List e lá estava a última mensagem do
> Alberto. Não entendo o porque disso! Só as deles! Será que a triagem
> do sistema yahoo deteta falhas científicas nas argumentações do
> Alberto e, com medo de criticar com sólida argumentação, resolve
> lançar no spam? Qual outro motivo para tal triagem separar só as
> mensagens dele? Aguardemos......

Olá Léo

Isso está me cheirando a coisas de engenheiro relativista, e
provavelmente do Victor. Ele anda muito quietinho, quase sem aparecer
por aqui a não ser para falar em «Curiosidades do meio literário», veja
só!!!

Acho que ele descobriu um meio de operacionalizar a matemágica do
Minkowski e desta forma conseguiu me deixar causalmente desconectado do
espaço Ciencialist. Ele não contava com a astúcia do Chapolim Colorado,
digo do Léo, que resolveu o problema com apenas alguns cliques.

Mas não tem nada não. Eu ainda vou mostrar pra ele com quantos pontos
virtuais desse espaço relativista se constrói uma guilhotina
absolutista.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Spam no Alberto
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/04/2012 19:24

Oi Victor,

Não estou ainda satisfeito com a tua resposta.
Eu ainda quero a sua resposta a múltipla escolha contida na MSG

Os valores contidos lá são todos usando a relatividade de Einstein de várias formas. Formas diferentes indicadas por você e dando resultados diferentes. Acho que não errei as contas. Se sim, me indique.

Em nenhuma daquelas alternativas é usando "minha teoria" (como você diz). Já falei que na "minha teoria" o resultado é ZERO. Nenhuma diferença nas idades dos irmãos. O viajante estará com uma aparência mais envelhecida pelo stress da viagem, mas com a mesma idade.

Mas, apesar disto, eu vou te dizer o que significa "não existe" em relação a energia na próxima MSG que ainda estou elaborando, pois preciso caprichar.
Mandarei amanhã.

Hélio


De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 30 de Abril de 2012 16:20
Assunto: RES: RES: RES: [ciencialist] Spam no Alberto

 
Olá Hélio,
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Hélio Carvalho
Enviada em: segunda-feira, 30 de abril de 2012 13:31
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: RES: RES: [ciencialist] Spam no Alberto
 
 
Victor,
 
Victor:
Este, o significado do “ou”;   que, traduzido, dá: tanto uma teoria, quanto sua extensão mais gordinha, que é RG, dão conta do recado.
 
Hélio: Mas cada uma com um resultado diferente:
 
Victor:   Não. Todos os resultados levam às mesmíssimas conclusões.  Nem poderia ser de outra forma. Ora, Hélio,  mas esta referência é sua,  estes são os seus resultados, calculados de sua maneira ou interpretados de sua maneira. Podem estar corretos do ponto de vista de suas teorias.  Não digo que não.  Mas eu me refiro aos resultados da TR, calculados segundo a TR e de acordo com os seus postulados. Que, me parece, não são levados em conta pelo amigo.  certo ou errado?
 Para mim, só há uma opção, nesse particular mister: se os números que obteve estão de acordo com os cálculos usando as fórmulas relativistas que te apresentei(só de enxerimento-pois o fiz com vistas a outros participantes,  pois,  naturalmente, você já as conhece), então tudo ok, a menos das interpretações, que estão furadas; se não estão de acordo com as tais,  simplesmente, os cálculos estão errados. Em qq caso, como lhe disse outra vez, não refiz teus cálculos. Cabe somente a você. Agora, se não aceita o que a teoria oferece, fazer o quê?  Fica o não dito pelo dito, and so on.
 
Agora, cumpra o que prometeu: energia e campo magnético não existem, em que sentido? Sério, estou querendo mesmo saber essa linha de pensamento. Talvez faça mesmo sentido. Se fizer, ponto para você.  E para mim também, que aprendi coisas novas.
 
Sds,
Victor.
  
 
Hélio
 
 
 
 

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 30 de Abril de 2012 12:49
Assunto: RES: RES: [ciencialist] Spam no Alberto
 
 
Olá,
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Hélio Carvalho
Enviada em: segunda-feira, 30 de abril de 2012 12:08
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Spam no Alberto
 
 
Oi Victor,
 
Eu posso até te explicar o que significa "não existe".
 
Mas antes quero que você me explique o que significa "OU" na tua frase abaixo.
"E não em razão de o falso paradoxo já ter sido resolvido, pela RR ou pela RG"
 
I - Usando a TRR é simples levantar o paradoxo. É simples mostrar que não existe paradoxo algum, usando os postulados da relatividade. Os caminhos são:  1) o próprio formalismo  de Lorentz, com o uso direto de suas transformações;  2) o uso dos diagramas de Minkowski que, realmente, especificam as propriedades do espaçotempo(e dentro,  deste formalismo, o uso correto de conceitos como trajetórias temporais, tempo próprio, etc.); 3) o uso do efeito Doppler relativístico que, aliás, é bastante conveniente, tendo em vista que o efeito Doppler é algo que vem de fora da RR;  4) os experimentos com múons, mésons, kaos, píons, nos aceleradores de partículas(estes, impecáveis);  5) o uso da técnica do radar, com o seu k-calculus, devido a Milner(já tem mais de 80 anos, esse procedimento) e desenvolvido por H.Bondi.  And so on.
 
Agora todos os procedimentos acima dão conta, apenas dos efeitos cinemáticos. Não embutem os efeitos devido aos potenciais gravitacionais(e às acelerações, de uma maneira geral).  Mas, do ponto de vista qualitativo são procedimentos legais e perfeitos. Não deixam dúvidas, mas há  controvérsias a respeito, conforme já foi exposto por aqui mesmo.
 II – Usando a RG, e todo o seu aparato matemático, as provas são precisas e englobam tanto os efeitos matemáticos quanto os cinemáticos.  Os seus resultados numéricos  são suficientes muitos, por isso.
 
Não sei se você  lembra ou se ao menos chegou a ler, acho que não,  mas já apresentei uma prova até simples, na qual o PE foi usado, e com uma matemática muito simples, que não espanta.  Nada de tensores ou outros formalismos mais avançados.  
 
Particularmente, prefiro ater-me à RG, nestes particulares.
 
 Este, o significado do “ou”;   que, traduzido, dá: tanto uma teoria, quanto sua extensão mais gordinha, que é RG, dão conta do recado.
 
Sds,
Victor.
 
 
 
:-)
 
Hélio
 

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 28 de Abril de 2012 6:43
Assunto: RES: [ciencialist] Spam no Alberto
 
 
Olá, Alberto,
 
Realmente não tenho podido participar; no momento estou envolvido com coisas particulares, cujo foco não posso desviar.  Tenho entrado esporadicamente e lido algumas msgs, sobretudo as da thread paradoxo da carga acelerada.  Muito bom o papo de vocês a respeito.  A quantidade de msgs “em preto” é enorme, e não tenho esperanças de, a curto prazo, talvez, retornar alguma opinião.
 
Contudo, e não mais que contudo, não sei o que farei, a partir de algumas msgs atrás, sem energia, pois isto não existe; e sem um campinho magnético, pois este também não existe.  Será que eu existo? Perguntaria o filósofo.
Os amigos continuam querendo espantar. Só pode ser. Sugiro que definam, antes, o Belmiro e Hélio, até para clarear suas “prosopopéias” e privar o juizo de simples mortais como eu  de alguma doidura, o que é   “não existe”;  sim, este, o nó górdio da questão.  Depois, bola prá frente que atrás vem gente;  espantando, mas vem.
 
Mas, para não dizer que estou sendo,  de todo,  inoperante, em algumas madrugadas de insônia, estou comunicando com o Tulio, em pvt, e prestando-lhe as informações que solicitou, sobre TR e, especialmente, sobre a questão dos gêmeos, que está longe de ser encerrada.
E não em razão de o falso paradoxo já ter sido resolvido, pela RR ou pela RG.
Pretendo voltar a este assunto. Para mim, nenhum é mais produtivo, teoricamente, do ponto de vista de discussões sobre a TR, que ele. Pois envolve todas as sutilezas dos postulados.  Não espero que aqueles que realmente têm alguma afinidade com a teoria, que se interessam por ela, e,  sobretudo, por “suas esquesitices”, tenham saturado, por alguma razão. No que toca a mim, estou mais interessado do que nunca. 
Mas gostaria de ler, de vocês, suas respostas aos questionamentos dele, o Tulio,  e, acho, que ele também apreciaria. Pois as questões que postou são interessantes e inteligentes, e,  com elas, mostrou que está realmente estudando e procurando aprofundar o assunto. Respeito isso.
Lembro do grande Ricardo, estudante envolvido e bom da gema, hoje formado e trabalhando, acho.  
 
Sds,
Victor.
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: sexta-feira, 27 de abril de 2012 14:04
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Spam no Alberto
 
 
From: Leo - Luiz
Sent: Friday, April 27, 2012 11:35 AM
Subject: [ciencialist] Spam no Alberto

> Realmente, fui ao SPAM da C-List e lá estava a última mensagem do
> Alberto. Não entendo o porque disso! Só as deles! Será que a triagem
> do sistema yahoo deteta falhas científicas nas argumentações do
> Alberto e, com medo de criticar com sólida argumentação, resolve
> lançar no spam? Qual outro motivo para tal triagem separar só as
> mensagens dele? Aguardemos......

Olá Léo

Isso está me cheirando a coisas de engenheiro relativista, e
provavelmente do Victor. Ele anda muito quietinho, quase sem aparecer
por aqui a não ser para falar em «Curiosidades do meio literário», veja
só!!!

Acho que ele descobriu um meio de operacionalizar a matemágica do
Minkowski e desta forma conseguiu me deixar causalmente desconectado do
espaço Ciencialist. Ele não contava com a astúcia do Chapolim Colorado,
digo do Léo, que resolveu o problema com apenas alguns cliques.

Mas não tem nada não. Eu ainda vou mostrar pra ele com quantos pontos
virtuais desse espaço relativista se constrói uma guilhotina
absolutista.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] A solução do paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/04/2012 23:22

      Eureka!!!!
 
      Amigos, deu um estalo aqui. Aliás, estalo típico de faísca atrasada. Não sei porque cargas d'água, tinha em minha mente para um movimento acelerado o gráfico da velocidade versus tempo como uma parábola ou algo assim. Nesse sentido, minha análise da carga acelerada foi em função dessa curva. Mas não é!! É uma reta, claro. Aceleração constante, v = a.t. Sendo assim, o campo magnético gerado pela carga acelerada cresce linearmente do ponto de vista do observador externo. E aí, o campo elétrico criado por esse campo magnético é constante. É o equivalente a aumentar uma corrente linearmente em uma bobina. O fluxo magnético (fi) terá crescimento linear e a fem= -Nd(fi)/dt  será constante. Ora, para gerar uma onda eletromagnética, é necessário que esse campo elétrico também seja variável no tempo, pois só assim ele poderá gerar um novo campo magnético e este um novo campo elétrico e por aí vai.  Mas nesse caso o primeiro campo elétrico gerado é constante e a coisa para por aí. Não  há geração de onda. Não há energia irradiada. Não há paradoxo. O PE está salvo!
 
     [],s
 
     Belmiro

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 30 de Abril de 2012 1:26
Assunto: Re: [ciencialist] A solução do paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Sunday, April 29, 2012 4:30 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] A solução do paradoxo da carga acelerada
Olá Belmiro
vou de roxo novamente

> Caraca! É nisso que dá tentar manter os bons índices de resveratrol no organismo e ainda escrever mensagens para a C-list. Mas, pensando melhor, e depois de ler a postagem do Victor e a sua a observar que a conclusão do Goto parece ir na contramão da minha, fico feliz em saber que não sou o único (tem também o Fran de Aquino) a pensar nestas interações.

O paradoxo das cargas aceleradas é um dos poucos ramos da física onde tem muita gente andando na crontramão, até mesmo autores respeitadíssimos no meio acadêmico. A única coisa em comum é que quase todos acreditam na veracidade do PE, mas há uma minoria que não acredita. Não obstante, não é só o PE quem está na berlinda. O próprio eletromagnetismo está se mostrando inconsistente frente a maioria das tentativas de resolução do paradoxo. Muitos acham que a solução definitiva residiria no desvendar da estrutura das partículas elementares, algo que é quase proibido pela física quântica. Enfim, creio que todos concordam que alguma coisa tem que ser modificada no EM, o problema é que isso provavelmente irá espalhar m... pra todos os lados.

> E, refletindo um pouco, acho que o universo acadêmico deveria investir mais nessas idéias. Afinal, se a Física estivesse redondinha, teriamos bons motivos para esse comodismo todo. Agora, mais do que nunca, acredito que tem caroço neste angu. E que objetos carregados eletricamente tenham comportamentos diferentes em campos gravitacionais.

É isso aí. Pelo visto você está entrando na onda. Quanto ao universo acadêmico, creio que em termos de resistência eles só perdem para o Vaticano. Mas se até o Vaticano muda no decorrer dos séculos... Por falar nisso a física «moderna» já passou de um século. Smiley piscando

> > Sei não, você parece-me estar competindo com os físicos «modernos» na criação de hipóteses ad hoc. Outro demônio Diabo?

> Mas não foi ad hoc. Veio do balanço energético na situação exposta.

O ad hoc a que me referi foi aquele negócio de «existir alguém a manipular campos elétricos fora de um compartimento». Ficou-me a impressão de você ter criado um demônio de Maxwell com características ad hoc.

> > > Assim, o sujeito dentro do compartimento não poderá ter certeza em que situação se encontra.> Mas isso não ter nada a ver com a veracidade ou não do PE. Mesmo porque, e a ser válida esta argumentação da «enganação induzida», creio que não seria difícil imaginarmos outros campos a fazerem com que esta sua ideia da carga cair mais devagar, ainda que fosse verdadeira, não desse certo para o caso do compartimento em queda livre.
 
> Não entendi.

Ora, esse demônio de Maxwell ad hoc tanto pode fazer o que você está pretendendo que ele faça como também pode, utilizando campos adequados, fazer exatamente o oposto. Ou não?

> > > Portanto, o PE está salvo e mantenho minha posição, até que venha outro argumento mais forte.> > Sinceramente não senti força nesta argumentação Polegar para baixo.
> > >Como sei que não virá,emo15, declaro resolvido o paradoxo da carga acelerada.> > Bem, frente ao autoritarismo Princesa de um decreto-lei não está mais aqui quem se contrapôs à idéia. Tá resolvido e ponto final. Smiley piscando> Bem, se não está resolvido de um modo, pode estar resolvido de outro. Após a  redução do nível etílico intravenoso, passei a considerar com mais carinho a possibilidade do universo ser realmente feio. Vai que a saúde do velho e bom PE anda capengando.

Acho que não. As mudanças certamente virão, mas creio que serão mais nas teorias de campo, a incluir o eletromagnetismo e a gravitação. O PE a meu ver sairá revigorado e mais verdadeiro do que nunca.

> Que tal se interações elétrico-gravitacionais não se apliquem de todo no tal princípio? Afinal, a RG, solidamente ancorada neste princípio sai com o rabo entre as pernas ante situações extremas. Posso intuir, então, que para situações não extremas ela funcione de forma aproximada. (Calma Victor, mesmo assim ela continua prevendo os fatos com grande precisão, sem dúvida a melhor de todas, até hoje). Nesse sentido, creio que o Hélio pode ir comprando os foguetes.

Que o Victor não nos ouça: A RG irá desabar sozinha, sem levar com ela o PE. A meu ver ela não resistirá às mudanças drásticas, mas necessárias, que virão a ser feitas no EM.

> > > Bem, até que alguém resolva fazer um experimento preciso o suficiente para comprovar ou refutar a minha idéia, creio que vou continuar sonhando com o Nobel. Melhor colocar em dia o passaporte...> > Tô contigo e não abro. Estarei lá Avião para testemunhar o fato. Alegre> Valeu! Obrigado pelo apoio.

Ora, não é todo dia que um membro da Ciencialist ganha o prêmio Nobel. Alegre

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] A solução do paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/05/2012 01:07

Oi Belmiro

Sinceramente não sei se este raciocínio procede [vou tentar entender nas
próximas semanas :-)] mas, como disse anteriormente, há uma penca de
autores respeitáveis no meio acadêmico, a começar por Feynmann, que
concordam com o fato de que uma carga elétrica com aceleração constante
não emite radiação. A explicação que eles dão é bem mais complicada.

Aliás, foi em virtude disso que propus complicar o problema utilizando
uma carga oscilante (mhs), pois neste caso, e pelo EM que vigora por aí,
ela deveria emitir radiação. A dúvida então seria: um observador
oscilando conjuntamente com a carga «enxergaria» esta radiação? Se sim,
o PE estará salvo. Se não, a meu ver não. Obviamente estou deixando de
lado as considerações Minkowskivictorianas, quais sejam, aquelas a
concluírem que o observador está causalmente desconectado da radiação
emitida.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

***********************************
From: Belmiro Wolski
Sent: Monday, April 30, 2012 11:22 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] A solução do paradoxo da carga acelerada

Eureka!!!!

Amigos, deu um estalo aqui. Aliás, estalo típico de faísca
atrasada. Não sei porque cargas d'água, tinha em minha mente para um
movimento acelerado o gráfico da velocidade versus tempo como uma
parábola ou algo assim. Nesse sentido, minha análise da carga acelerada
foi em função dessa curva. Mas não é!! É uma reta, claro. Aceleração
constante, v = a.t. Sendo assim, o campo magnético gerado pela carga
acelerada cresce linearmente do ponto de vista do observador externo. E
aí, o campo elétrico criado por esse campo magnético é constante. É o
equivalente a aumentar uma corrente linearmente em uma bobina. O fluxo
magnético (fi) terá crescimento linear e a fem= -Nd(fi)/dt será
constante. Ora, para gerar uma onda eletromagnética, é necessário que
esse campo elétrico também seja variável no tempo, pois só assim ele
poderá gerar um novo campo magnético e este um novo campo elétrico e por
aí vai. Mas nesse caso o primeiro campo elétrico gerado é constante e a
coisa para por aí. Não há geração de onda. Não há energia irradiada.
Não há paradoxo. O PE está salvo!

[],s

Belmiro




SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/05/2012 01:09

From: Hélio Carvalho
Sent: Monday, April 30, 2012 1:20 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá Hélio
 
Alberto antes:
> > ... assim como eu, você não esclareceu o porquê desta  oscilação do centro de emissão. A sua ideia parece não estar se encaixando com a minha, mas vou parar por aqui pois ainda estão faltando argumentos para que eu possa apresentar a minha ideia de maneira clara.

Hélio:
> Eu já esclareci sim. Lembra quando eu critiquei o seu gif animado. O centro de emissão permanece em MRU com a velocidade que tinha quando foi emitido o campo elétrico. Se agora a carga tem acelerações positivas e negativas, o centro aparecerá ora de um lado ora de outro da posição da carga. Quando, finalmente a experiência for realizada por nós da C-list, deveremos tomar alguns cuidados. Um deles é que o elevador ou laboratório deve ser muito grande para que estas distorções fiquem mais evidentes pois o campo elétrico viaja com a velocidade da luz em relação ao emissor.

Alberto:
OK. Então é a própria oscilação que acompanha o elevador, porém evidenciando o local da emissão do campo. Isto de fato existe mas a coisa, a meu ver, é um pouco mais complicada.
Bem observado o cuidado a ser tomado. Veja por exemplo um caso bem mais simples, o de uma carga em MRU e com velocidade v da ordem de 1/3 da velocidade da luz (figura abaixo). Está representado apenas um anel correspondente ao campo «emitido» em um breve intervalo de tempo Dt: ou seja, entre um instante t e outro igual a t + Dt. Vê-se aí como o anel se expande para um observador em repouso (neste caso o anel viaja conjuntamente com a carga e o centro do mesmo coincide sempre com a carga). Não levei em consideração possíveis distorções do círculo de natureza relativística. Primeiro porque poderia ser apenas um fator de escala com a finalidade de tornar as coisas bem visíveis (assim, este 1/3 não representaria a razão v/c). E segundo porque não acredito nestas distorções relativísticas a se apoiarem na ideia de que c é a velocidade limite e a independer do referencial. ;-)
campo_emissao_mov
Notar que a carga (vermelho) está caminhando para a direita.
Se a figura não estiver visível clique aqui

 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] A solução do paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/05/2012 11:09

      Olá, Alberto.
 
      Veja que nada impede que exista aquela onda única se propagando como a onda gerada pelo barco que propus como analogia. Bastaria que a aceleração crescesse linearmente com o tempo, tipo a = kt. Aí a velocidade seria v=kt2 e o campo magnético também teria variação quadrática. Consequentemente, o campo elétrico induzido teria variação linear com t e a onda seria como a do barco com a diferença que estaria aumentando o tempo todo sua crista. Claro, isto até que v chegasse à velocidade da luz. Depois, só o Léo sabe.
       Mas, voltando ao nosso caso, para facilitar o seu entendimento. Dada uma variação linear de campo magnético, o campo elétrico induzido que é dado pela derivada do fluxo é uma constante. Ora, usando aquele meu raciocínio que eu chamo de princípio do equilíbrio e que o Hélio não gosta, se o campo elétrico é constante, nada precisa ser feito. Caso ele fosse variável crescente, deveria ser criado um novo campo magnético que criasse um novo campo elétrico em sentido oposto. Ou então, se esse campo elétrico induzido pelo campo magnético fosse decrescente, haveria de ser criado um novo campo magnético que criasse um novo campo elétrico de mesmo sentido que o tal anterior, para tentar impedir seu decréscimo. Ou seja, a Lei de Lenz. Mas nada disso precisa. O campo elétrico criado pela variação linear do campo magnético (produzido pelo movimento com aceleração constante da carga) é constante.;) piscandoSo, no radiations! No problems anymore!
 
       Quanto ao problema atual que você propôs, não me debrucei ainda sobre ele. À primeira vista, é muita areia para o meu caminhãozinho. Estava matutando sobre o problema da contabilidade da energia. Inclusive mandei alguns e-mails para alguns cérebros que eu conheço, inclusive o Assis, mas até agora não obtive retorno. De qualquer forma, tenho convicção de que é isso mesmo. Não tenho mais nenhuma dúvida de que a carga não emite radiação com movimento de aceleração constante. Se emitisse, realmente alguma coisa estaria cheirando a podre no eletromagnetismo de Maxwell ou no Princípio da Equivalência. Mas, por enquanto, creio que os dois estão salvos. #:-S ufa!
 
       Agora que dei por encerrada comigo mesmo essa questão, vou tentar avaliar sua proposta quando sobrar um tempinho.
 
      [],s
 
      Belmiro

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 1 de Maio de 2012 1:07
Assunto: Re: [ciencialist] A solução do paradoxo da carga acelerada

 
Oi Belmiro

Sinceramente não sei se este raciocínio procede [vou tentar entender nas
próximas semanas :-)] mas, como disse anteriormente, há uma penca de
autores respeitáveis no meio acadêmico, a começar por Feynmann, que
concordam com o fato de que uma carga elétrica com aceleração constante
não emite radiação. A explicação que eles dão é bem mais complicada.

Aliás, foi em virtude disso que propus complicar o problema utilizando
uma carga oscilante (mhs), pois neste caso, e pelo EM que vigora por aí,
ela deveria emitir radiação. A dúvida então seria: um observador
oscilando conjuntamente com a carga «enxergaria» esta radiação? Se sim,
o PE estará salvo. Se não, a meu ver não. Obviamente estou deixando de
lado as considerações Minkowskivictorianas, quais sejam, aquelas a
concluírem que o observador está causalmente desconectado da radiação
emitida.

[ ]´s
Alberto
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Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

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From: Belmiro Wolski
Sent: Monday, April 30, 2012 11:22 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] A solução do paradoxo da carga acelerada

Eureka!!!!

Amigos, deu um estalo aqui. Aliás, estalo típico de faísca
atrasada. Não sei porque cargas d'água, tinha em minha mente para um
movimento acelerado o gráfico da velocidade versus tempo como uma
parábola ou algo assim. Nesse sentido, minha análise da carga acelerada
foi em função dessa curva. Mas não é!! É uma reta, claro. Aceleração
constante, v = a.t. Sendo assim, o campo magnético gerado pela carga
acelerada cresce linearmente do ponto de vista do observador externo. E
aí, o campo elétrico criado por esse campo magnético é constante. É o
equivalente a aumentar uma corrente linearmente em uma bobina. O fluxo
magnético (fi) terá crescimento linear e a fem= -Nd(fi)/dt será
constante. Ora, para gerar uma onda eletromagnética, é necessário que
esse campo elétrico também seja variável no tempo, pois só assim ele
poderá gerar um novo campo magnético e este um novo campo elétrico e por
aí vai. Mas nesse caso o primeiro campo elétrico gerado é constante e a
coisa para por aí. Não há geração de onda. Não há energia irradiada.
Não há paradoxo. O PE está salvo!

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Belmiro




SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/05/2012 13:22

     Oi.

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 1 de Maio de 2012 1:09
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
From: Hélio Carvalho
Sent: Monday, April 30, 2012 1:20 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá Hélio
 
Alberto antes:
> > ... assim como eu, você não esclareceu o porquê desta  oscilação do centro de emissão. A sua ideia parece não estar se encaixando com a minha, mas vou parar por aqui pois ainda estão faltando argumentos para que eu possa apresentar a minha ideia de maneira clara.

Hélio:
> Eu já esclareci sim. Lembra quando eu critiquei o seu gif animado. O centro de emissão permanece em MRU com a velocidade que tinha quando foi emitido o campo elétrico. Se agora a carga tem acelerações positivas e negativas, o centro aparecerá ora de um lado ora de outro da posição da carga. Quando, finalmente a experiência for realizada por nós da C-list, deveremos tomar alguns cuidados. Um deles é que o elevador ou laboratório deve ser muito grande para que estas distorções fiquem mais evidentes pois o campo elétrico viaja com a velocidade da luz em relação ao emissor.

Alberto:
OK. Então é a própria oscilação que acompanha o elevador, porém evidenciando o local da emissão do campo. Isto de fato existe mas a coisa, a meu ver, é um pouco mais complicada.
Bem observado o cuidado a ser tomado. Veja por exemplo um caso bem mais simples, o de uma carga em MRU e com velocidade v da ordem de 1/3 da velocidade da luz (figura abaixo). Está representado apenas um anel correspondente ao campo «emitido» em um breve intervalo de tempo Dt: ou seja, entre um instante t e outro igual a t + Dt. Vê-se aí como o anel se expande para um observador em repouso (neste caso o anel viaja conjuntamente com a carga e o centro do mesmo coincide sempre com a carga).
 
      Não vejo assim. A carga não deve acompanhar o centro de emissão. Senão, não existiria o efeito Dopller para a luz.
      [].s
    
      Belmiro
 
Não levei em consideração possíveis distorções do círculo de natureza relativística. Primeiro porque poderia ser apenas um fator de escala com a finalidade de tornar as coisas bem visíveis (assim, este 1/3 não representaria a razão v/c). E segundo porque não acredito nestas distorções relativísticas a se apoiarem na ideia de que c é a velocidade limite e a independer do referencial. ;-)
campo_emissao_mov
Notar que a carga (vermelho) está caminhando para a direita.
Se a figura não estiver visível clique aqui

 
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Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/05/2012 15:18

From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Saturday, April 28, 2012 8:32 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 

Na msg 81999 foram abordadas várias facetas relacionadas à energia e as suas relações com os campos eletromagnéticos. Como vimos, às vezes essa energia chega a ser pensada como algo inerente à (ou possuído pela ou, ainda, residente na) carga elétrica (ou então ao material que está carregado). Outras vezes a energia é pensada como algo independente da carga e pertencente ao campo que envolve esta carga. Neste segundo caso, não chega a haver uma independência absoluta posto que existe um vínculo entre a carga e o campo que ela produz, vínculo este a manifestar-se sob vários aspectos, seja do ponto de vista da localidade, seja do ponto de vista fenomenológico. Destaca-se aqui o fato de a intensidade energética do campo, pensado como densidade de energia local, estar na dependência não só da intensidade da carga mas também da distância entre a carga e o local onde está sendo estimado o valor para essa densidade. Por outro lado, há uma certa analogia entre o relacionamento carga-campo e aquele observado existir entre uma massa oscilante e a mola que faz a massa oscilar [esta analogia deve ser interpretada com certo cuidado e não ao pé da letra].

Para alguns (1) haveria um meio etéreo a alojar este campo. Este aether chega a ser pensado ora como um meio material (1a), ora como um meio imaterial (1b). Neste segundo caso seria como se considerássemos a existência de um espaço imaterial como continente e este aether, também imaterial mas de existência real, como conteúdo. Existe ainda o aether matemático de Einstein (1c) a se contorcer juntamente com o espaço, pois confunde-se com o mesmo. (É continente e conteúdo ao mesmo tempo e a retratar o fato de o campo estar aderente ao espaço que o contém.) Para outros (2) o campo seria algo decorrente da existência de alguma coisa emitida pela carga e de natureza material (2a) ou imaterial (2b). Neste último caso (imaterial) seria como que um aether imaterial a viajar pelo espaço e a se manifestar como campo. Por mais que os físicos «modernos» possam discordar, creio tratar-se de mais uma questão ainda em aberto, e as opções são estas que apresentei acima: (1) e (2) com suas variedades (a, b e c).

Vamos agora procurar avançar no questionamento apresentado (início da msg 81999).

A figura 10 ao lado poderia estar representando uma bola vermelha com hastes metálicas rígidas e fixas a ela. É também uma das maneiras como se costuma representar uma carga elétrica com o seu campo elétrico, quando a carga está em repouso em um referencial inercial [as hastes representariam as linhas de força do campo]. O que aconteceria se o conjunto bola-hastes entrasse em movimento com uma velocidade v constante?

 carga_rep

Seriam esses dois processos equivalentes?

Figura 10
Se a figura não estiver visível clique aqui


No caso bola-haste, e para um observador que acompanhe a bola em seu movimento, a visão que ele terá será aquela mostrada na figura 10 acima. Outro observador, que permaneça em repouso no referencial do início do processo, enxergará o sistema como representado na figura 11 abaixo [em tonalidade mais clara está representada a posição inicial do conjunto]. Por questão de coerência com o que foi apresentado nas msgs anteriores, vou chamar o primeiro (aquele que acompanha a bola) por observador (2) e o outro (o que permanece em repouso) por observador (1), a mesma convenção sendo válida para o caso da carga.
 
carga_mov
Figura 11
Se a figura não estiver visível clique
aqui

No caso carga-campo o observador (2) verificará que nada mudou, exceto naquele curto período de tempo em que esteve acelerado afim de atingir a velocidade v [este assunto será discutido na próxima msg]. Passado este efeito, ele continuará representando o campo da carga da mesma maneira mostrada na figura 10.

O observador (1) verá a carga em movimento retilíneo e uniforme (MRU). Estando a carga em movimento o campo que ele enxerga será outro. Surgirá um campo magnético, que não se mostra para o observador (2) e o campo elétrico será para ele [observador (1)] de menor intensidade e com uma disposição espacial diversa daquela representada na figura 11. O máximo que ele poderá dizer com respeito à figura 11 é que ela representa o campo como estaria sendo captado pelos sensores do observador (2); ou então dirá que é assim que o campo viaja com este observador (2); mas não é o mesmo campo que ele constata existir no seu referencial e com os seus próprios sensores.

Pensando-se na energia eletromagnética como algo localizado no campo da carga e vinculada à mesma, vejamos como poderiam ser analisados alguns aspectos sob o ponto de vista fenomenológico. Estando a carga em repouso, o observador (2) poderá imaginar que alguma coisa está se desprendendo da carga, ou seja, esta alguma coisa está sendo emitida de maneira contínua e isotrópica (igual em todas as direções). Esta alguma coisa não seria o campo propriamente dito mas aquilo que poderíamos chamar por agente do campo e a viajar da carga para o espaço circunvizinho, seja como algo autóctone, seja como uma vibração do aether maxwelliano (vide msg 81999).

Embora este hipotético agente do campo tenha sido assumido como algo que é emitido de maneira contínua pela carga podemos, por questão de clareza, imaginar a propagação espacial de apenas uma fração discreta desta emissão, digamos, aquela a ocorrer a partir de um tempo t e até o tempo t+Dt. Teremos então, num gráfico animado e a duas dimensões, a imagem de um anel propagando-se para o espaço a partir da carga (em três dimensões este anel deve ser pensado como a casca de uma esfera com espessura discreta). A espessura do anel (ou da casca) depende apenas do intervalo de tempo Dt considerado e mantem-se constante. A figura 12 traduz esta imagem bidimensional.
 

campo_emissao_rep
Figura 12: Emissão de agentes de campo eletromagnético
por uma carga em repouso em um intervalo de tempo
Dt.
Se a figura não estiver visível clique aqui

Estando a carga em movimento uniforme (MRU) a situação será agora aquela mostrada na figura 13. O anel, pensado apenas como uma figura geométrica, será caracterizado de maneira idêntica pelos dois observadores, com a única diferença de que para o observador (2) o centro do anel está em repouso e para o observador (1) está em MRU, [Estamos frente a uma experiência de pensamento e raciocinando com argumentos apontados por Maxwell e, portanto, sem levar em consideração argumentos que surgiram posteriormente e a caracterizarem o relativismo «moderno»]. A situação é muito semelhante àquela observada com o sistema bola-haste das figuras 10 e 11 

campo_emissao_mov
Figura 13: Emissão de agentes de campo eletromagnético
por uma carga em MRU durante um intervalo de tempo
Dt.
Notar que a carga (em vermelho) está caminhando para a direita.
Se a figura não estiver visível clique aqui

Este fato permite-nos associar a ideia de uma invariância para os agentes do campo, ou seja, eles representam algo relacionado ao campo e a não se modificar com a simples mudança de referencial. A diferença fenomenológica decorre não da modificação dos agentes do campo, mas da maneira como esses agentes manifestam seus efeitos em relação à área da superfície dos sensores que os detectam. Uma analogia simples poderia ser extraída do efeito produzido por um objeto cortante (uma faca por exemplo) lançado no espaço e a atingir uma superfície: o efeito (tipo do corte e profundidade do corte) estará na dependência não só da orientação da superfície em relação à orientação da faca como também das velocidades relativas de ambos. Matematicamente essa diferença de efeitos agente-campo parece traduzir-se na funcionalidade dos famosos operadores nabla (Ñ), mas este é um assunto que vai além do pretendido nesta exposição.

No caso em apreço os agentes do campo irão se manifestar para o observador (2) [a acompanhar a carga neste MRU] através de um campo elétrico e para o observador (1) [aquele que permaneceu em repouso] como um campo misto, com componentes elétrica e magnética. Dado o caráter conservativo do campo eletromagnético (pensado em conjunto), a fração energética da componente magnética que apareceu deve igualar a fração da componente elétrica que desapareceu. Como estamos analisando o caso de uma casca esférica a se propagar pelo espaço e mantendo a espessura constante, seria o caso de se raciocinar com as fórmulas já apresentadas para densidades de energia (msg 81999). Para os dois observadores, a soma re+rm deve ter o mesmo valor a cada instante (conservação da energia) [ainda que de maneira não trivial, isto pode ser constatado através do manuseio das equações de Maxwell].

É importante notar que sob o ponto de vista  imaginado quem está viajando neste caso não é nem a energia e nem o campo, mas o agente do campo. Para o observador (2) a energia está em repouso no espaço e para o observador (1) ela está viajando em MRU e juntamente com a carga, podendo ser pensada sempre como estando em repouso em relação à carga. Para nenhum dos observadores existirá algo a se assemelhar a uma onda eletromagnética, no sentido de uma energia que se desprende da carga às custas de outras energias pertencentes à carga (como por exemplo a energia cinética).

Esta msg traz apenas uma continuação do preâmbulo iniciado na msg 81999 e destinado a que pudesse prosseguir com o assunto referido no item 4, a ser apresentado nas próximas mensagens.

PS: Esta msg segue um roteiro pré-estabelecido e portanto é uma continuação das msgs citadas abaixo. As demais msgs de minha autoria e postadas nesta thread relacionam-se aos questionamentos apresentados pelos demais participantes do debate. Clicando-se nas msgs abaixo chega-se à página web correspondente e as réplicas ou tréplicas estarão no rodapé destas páginas web.

1) msg 81845: Apresentando a versão do paradoxo da carga acelerada para o caso da carga estar em mhs..

2) msg 81914: Propostas de campos gravitacionais oscilantes (experiências de pensamento). Sugestão e ordenação temática.

3) msg 81928: O paradoxo no caso da queda livre (aceleração constante).

4) msg 81974: O paradoxo no caso mhs equivalente à queda livre (ou na oscilação livre).

5) msg 81995: Sobre as resoluções apresentadas pelos físicos «modernos».

6) msg 81999: Sobre a energia dos campos eletromagnéticos.


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Alberto
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SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
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DATE: 01/05/2012 15:58

From: Belmiro Wolski
Sent: Tuesday, May 01, 2012 1:22 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Oi Belmiro

> > > Hélio: [...] O centro de emissão permanece em MRU com a velocidade
> > > que tinha quando foi emitido o campo elétrico. [...]

> > Alberto: [...] Veja por exemplo um caso bem mais simples, o de uma
> > carga em MRU [...] Vê-se aí como o anel se expande para um
> > observador em repouso (neste caso o anel viaja conjuntamente com a
> > carga e o centro do mesmo coincide sempre com a carga).

> Belmiro: Não vejo assim. A carga não deve acompanhar o centro de
> emissão. Senão, não existiria o efeito Dopller para a luz.

Depende do que você está considerando como efeito Doppler. Assim como há
um efeito Doppler na mecânica ondulatória, existe também um efeito
Doppler na mecânica corpuscular (aquela a estudar, por exemplo, a
frequência inerente a uma rajada de metralhadora).

O Hélio, por exemplo, parece considerar a luz sob o ponto de vista das
teorias de emissão (no caso a de Ritz). Dentre essas teorias existiriam
aquelas a considerarem a luz corpuscular (a exemplo de Newton) e aquelas
a considerarem a luz como de natureza imaterial (um aether fluindo pelo
espaço o que é diferente de um aether apenas a vibrar -- como ocorre com
o som em meios materiais, ou seja, como uma onda). Não sei dizer qual é
a visão do Hélio pois não conheço detalhes da teoria de Ritz mas, de
qualquer forma, e sendo uma teoria de emissão, o efeito Doppler deve ser
interpretado de maneira semelhante àquele observado no caso da rajada de
metralhadora.

Algo interessante e a falar favoravelmente às teorias da emissão é que o
efeito Michelson-Morley ocorre exatamente da maneira prevista por essas
teorias clássicas, não havendo necessidade da introdução de hipóteses
ficcionistas como aquelas a fundamentarem o relativismo «moderno». Outro
dado interessante é que pode-se pensar na teoria de Maxwell como
relacionada a agentes de campo emitidos pelas cargas, como mostro na
última msg que enviei hoje (01/maio/2012) às 15:18 e, ao que tudo
indica, foi parar na pasta quarentena do Yahoo a espera de liberação.

Comento alguma coisa a respeito desse efeito Doppler corpuscular, bem
como da associação com o efeito Michelson-Morley no artigo «A
Relatividade Galileana» que pode ser acessado a partir de
http://ecientificocultural.com.br/ECC3/RelGali.htm

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo das mensagens retardadas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/05/2012 16:08

Eu achei que o paradoxo das msgs retardadas havia sido resolvido (pelo
menos nos últimos dias estava tudo andando às mil maravilhas) mas ele
retornou para a infelicidade geral da nação ciencialisteira.

Já estou com duas msgs enviadas hoje (01/março) e que devem ter ido
passear pelo universo paralelo do Yahoo. Uma delas enviada às 15:18 e a
outra às 15:58). Esta está sendo enviada às 16:08 e vamos ver o que
acontece.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Thursday, April 26, 2012 5:44 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] O paradoxo das mensagens retardadas

Estou com cinco msgs retardadas, a primeira delas enviada em 24/04/2012
às 21:40.

Talvez fosse melhor deixarmos de lado o paradoxo das cargas aceleradas
para discutirmos o paradoxo das mensagens retardadas. ;-)



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo das mensagens retardadas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/05/2012 16:18

Grande Brudna!
 
Liberação rápida e rasteira.
 
Apenas uma ERRATA
 
Na msg anterior (abaixo) onde se lê março leia-se maio. Do contrário seria o caos. Já imaginou uma msg demorando 2 meses? Isso é coisa do tempo de Newton! Smiley piscando
 
Sent: Tuesday, May 01, 2012 4:08 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo das mensagens retardadas
 
 

Eu achei que o paradoxo das msgs retardadas havia sido resolvido (pelo
menos nos últimos dias estava tudo andando às mil maravilhas) mas ele
retornou para a infelicidade geral da nação ciencialisteira.

Já estou com duas msgs enviadas hoje (01/março) e que devem ter ido
passear pelo universo paralelo do Yahoo. Uma delas enviada às 15:18 e a
outra às 15:58). Esta está sendo enviada às 16:08 e vamos ver o que
acontece.

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Alberto
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Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Thursday, April 26, 2012 5:44 PM
To: mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] O paradoxo das mensagens retardadas

Estou com cinco msgs retardadas, a primeira delas enviada em 24/04/2012
às 21:40.

Talvez fosse melhor deixarmos de lado o paradoxo das cargas aceleradas
para discutirmos o paradoxo das mensagens retardadas. ;-)


SUBJECT: PetNó versão 6.0
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/05/2012 20:44

Olá a todos,

este PetNó é mais fácil de fazer e acredito que possua boa resistência mecânica.
Apresenta a ideia de amarração com o FioPet que parece ser uma boa alternativa inclusive para outras engenhocas. 


Abraços
Tipoalgo




SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/05/2012 20:49


Uma mensagem muito das boas! Não há pedras a serem jogadas!
Esta 'coisa misteriosa' que permeia todo o espaço, ao mesmo descabido ver, é o resultado da somatória das cargas elétricas e massas espalhadas pelo Universo todo. É ai, por exemplo, que critiquei a proposta volskiana, que vai tirando 'cargas elétricas do nada, lá do infinito' e trazendo para uma dada região, até formar a carga q de nossa thread. Ora, o universo é finito, fechado e em expansão, de algum lugar estas cargas foram retiradas e, as que lá ficaram sem seus acompanhantes, devem produzir algo por este espaço afora! O mesmo se diga de massa, estavam juntas (energia nula), algo as separou com a realização de trabalho e as afastou  ... bolas! algo no sistema de cargas e de massas devem ficar alterados com tais separações. A meu ver, "estes pedaços abandonados" produzem o tal de ether a permear tudo! Diria, em outras palavras, determinar "um potencial misto, em cada ponto do universo".
Agora sim, que venham as pedras!
 
[]´
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Saturday, April 28, 2012 8:32 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 

Msg anterior:
From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Saturday, April 28, 2012 10:14 AM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 

Nesta msg procurarei abordar o tema desta thread (paradoxo da carga acelerada) segundo o questionamento apresentado no item 4 da msg 81914, qual seja:

Questões relacionadas à onda eletromagnética emitida em cada uma das situações, a incluírem a energia da onda e a como esta energia pode ou não ser observada nos vários referenciais.

Esse tema é muito vasto e já deu origem a algumas discordâncias entre os participantes do debate, a começar pelo caráter «existência da energia». Já disse o que penso a respeito da energia como algo a existir no sentido de representar um construto de alto nível [vide msg 81973]. Vamos então tentar entender o que seria esta energia que estamos levando em consideração e que, segundo apontou Maxwell, pode ser abordada sob dois prismas diferentes.

Recentemente o Belmiro e o Léo lançaram opiniões à primeira vista divergentes sobre o assunto. Sem entrar muito nos detalhes, eu afirmei (msg 81958): «São duas visões distintas e dentro de cada uma dessas  visões fica-me a impressão de que um está certo e o outro errado, e vice-versa.»

Em uma dessas visões fica-nos aquela ideia de carga elétrica como algo análogo à massa, e o mesmo se poderia dizer dos polos magnéticos (ou cargas magnéticas) ou então dos elementos de corrente elétrica da lei de Biot-Savart. As leis a associarem o agente causal com o campo que originam são todas a levarem em conta um fator do tipo 1/r². Os campos gerados por esses elementos agem sobre seus semelhantes (massa com massa e carga com carga).

A energia foi definida em mecânica, creio que por Leibniz, para caracterizar o estado de movimento de um corpo. Seria então o que hoje chamamos energia cinética (Ec), algo a se conservar nos chamados choques elásticos (condição idealizada e limite). O conceito foi expandido para o estudo do movimento de corpos influenciados por molas e, posteriormente, para o estudo do comportamento de corpos quando situados em campos gravitacionais. Verificou-se nesses dois casos a existência de um caráter conservativo e a associar-se com a energia cinética. Sempre que um corpo sofre a ação de um campo gravitacional, modificando sua energia cinética, consegue-se associar a ele uma energia potencial (Ep) e tal que em qualquer ponto do campo a soma Ec+Ep permanece constante. Notar que este Ep, assim como o Ec, é uma propriedade do corpo e não do campo. No caso gravitacional, por exemplo, é frequente utilizarmos a fórmula para esta energia potencial como Ep=mgh, em que m é a massa «do corpo», g uma propriedade pontual do campo (no caso assumido constante) e h é a distância entre a posição ocupada pelo corpo e uma posição conveniente e tomada na direção do campo. Cada corpo colocado nesta mesma posição terá uma energia potencial Ep relacionada a sua massa e diferente para corpos de massas diferentes.

Como diz o ditado popular, «uma andorinha só não faz verão». E estes agentes dos campos situam-se na mesma categoria das andorinhas. Até mesmo para identificar ou notar a existência do campo que produzem precisaremos colocá-los frente a seus semelhantes. Afim de caracterizar a propriedade do campo gravitacional responsável por estas modificações do estado de movimento de um corpo, criou-se o conceito de potencial gravitacional V. Optou-se então por caracterizar este potencial gravitacional como sendo a energia potencial gravitacional por unidade de massa. No caso exemplificado acima seria V=Ep/m=gh. Com isto elimina-se o fator que estava caracterizando Ep como uma propriedade exclusiva de um corpo com massa m. V é portanto uma propriedade exclusiva do campo e a depender do agente do campo (através de g) e do ponto de referência (ou seja, a depender da escolha que se faz para o local em que h=0). Sob esse aspecto o campo não contém energia (E) mas tão somente potencial energético (vejam que a unidade de V é diferente da unidade de E). Mutatis mutandis, tudo o que foi dito acima vale também para os outros campos (elétrico ou magnético).

No caso ora em consideração nesta thread, estamos lidando com apenas uma carga, aquela que ora está em queda livre, ora em repouso em um campo gravitacional, ora em repouso em um referencial inercial e na ausência de campos etc. Existindo apenas uma carga, parece sem sentido falarmos em energia elétrica desta carga. Pois se ela não está no campo elétrico de nenhuma outra carga, a sua energia elétrica é igual a zero. Não obstante, esta carga origina um campo elétrico, logo propicia condições para que possamos conceber a existência de um potencial elétrico capaz de agir sobre outras cargas (que no nosso caso não existem).

O que foi dito nos parágrafos precedentes é o que se aprende nos livros de mecânica e, sob muitos aspectos, propaga-se para o estudo do eletromagnetismo. Ao resolvermos a maioria dos problemas a envolverem cargas elétricas, correntes elétricas e imãs, tudo isso tem se mostrado válido e continuará sendo válido independentemente do que comentarei com respeito à outra visão do problema. Antes disso, porém, vejamos algumas características inerentes ao eletromagnetismo e a propiciarem que se pense de maneira um pouco diversa.

Imaginem, por exemplo, o campo elétrico x produzido pelas cargas localizadas nas placas de um capacitor plano-paralelo ideal. A intensidade do campo x será a mesma em qualquer ponto na região entre as placas. A energia armazenada no capacitor pode ser calculada e, através de considerações matemáticas, podemos associar esta energia do capacitor ao campo que determina.

Para calcularmos esta energia, procedemos como se a energia pertencesse às cargas infinitesimais que vão sendo levadas em consideração à medida em que carregamos o capacitor. Não obstante, e se ao final do processo assumirmos, para conveniência nossa, que esta energia está contida no campo, e não nas cargas, poderemos definir aquilo a que se convencionou chamar por densidade de energia do campo elétrico re e que, para o caso em questão, assumiria um valor constante, qualquer que fosse o ponto da região entre as placas do capacitor. Não vou detalhar os cálculos porque ele pode ser encontrado na maioria dos livros básicos de EM.

Um estudo análogo pode ser feito para indutores (no caso um toróide) e campos de indução magnética b (frequentemente este mesmo b é chamado por campo magnético) chegando-se então a definir o que se convencionou chamar, também para conveniência nossa, por densidade de energia do campo magnético rm. Para o caso em consideração (toróide) este valor também é constante em todos os pontos do campo considerado.

Os valores obtidos tanto para re como para rm estão representados abaixo:

 

eq_dens_energiaEM
Densidades de energia elétrica e magnética relacionadas a seus respectivos campos.
Se as equações não estiverem visíveis clique
aqui

onde eo é a chamada permissividade do vácuo e mo é a chamada permeabilidade do vácuo.

Pode-se demonstrar que as equações obtidas são generalizáveis para casos em que os campos não são constantes. Neste caso essas densidades seriam diferentes de ponto a ponto, mas as equações seriam as mesmas.

Que dizer sobre o que afirmei acima com as palavras «para conveniência nossa». Seria apenas isso? A maioria dos físicos da atualidade acha que não. Ou seja, assumem que a energia pode sim ser pensada como estando contida exclusivamente no campo e não na carga que o origina. Neste caso a conveniência seria aceitarmos justamente o oposto, haja vista que para a maioria das situações isto acaba dando certo. E quase sempre é esta segunda conveniência que acaba sendo levada em consideração. A questão então resume-se sempre em adaptar este construto de alto nível (energia) para a maneira como o estudo está sendo encarado.

O primeiro físico a pensar desta maneira (energia do campo e não da carga) foi Maxwell. No seu artigo «A Dynamical Theory of the Electromagnetic Field» lê-se o seguinte [a tradução é minha e está sujeita a erros – para ler o original em inglês clique no link em anexo]:

Ao falar da Energia do campo, porém, eu quero ser entendido literalmente. Toda energia é igual à energia mecânica, exista ela na forma de movimento ou na elasticidade ou em qualquer outra forma. A energia nos fenômenos eletromagnéticos é a energia mecânica. A única questão é: Onde ela reside? Nas velhas teorias ela reside nos corpos eletrificados, correntes elétricas e imãs, na forma de uma qualidade desconhecida chamada energia potencial, ou a capacidade de produzir certos efeitos à distância. Em nossa teoria ela reside no campo eletromagnético, no espaço que cerca os corpos eletrificados e magnéticos, como também nos próprios corpos e está em duas formas diferentes, que podem ser descritas, sem lançarmos mão de hipóteses como polarização magnética e polarização elétrica mas de acordo com uma hipótese bastante provável, como o movimento e a tensão de um e apenas um meio.
[
http://en.wikisource.org/wiki/A_Dynamical_Theory_of_the_Electromagnetic_Field/Part_III]

É interessante notar que através dessa escolha Maxwell continuou a propalar o mecanicismo. E que na Introdução deste mesmo trabalho ele ainda aceitava a ideia de um éter. Em virtude disso, e ao que tudo indica, para Maxwell a energia não estaria no campo propriamente dito, mas no aether que permeia este campo. Suas palavras são as seguintes:

[...] Parece então que certos fenômenos em eletricidade e magnetismo levam à mesma conclusão que esses da óptica, isto é, a de que há um meio etéreo que penetra em todos os corpos, e é modificado somente no arranjo entre suas partes graças a presença desses corpos; que as partes deste meio são capazes de serem mantidas em movimento pelas correntes elétricas e imãs; que este movimento é comunicado de uma parte do meio a outra por forças que surgem das conexões dessas partes; que sob a ação destas forças há uma certa submissão a depender da elasticidade dessas conexões; e que portanto a energia em duas formas diferentes pode existir no meio, uma sendo a energia potencial acumulada nas conexões, em virtude da elasticidade.
[
http://en.wikisource.org/wiki/A_Dynamical_Theory_of_the_Electromagnetic_Field/Part_I]

Para checar este apelo a um mecanicismo etéreo, há quem diga que Maxwell chegou a propor uma experiência falseadora. A experiência só chegou a ser realizada após a morte de Maxwell e acabou recebendo o nome daqueles que a puseram em prática: Michelson e Morley. E foi esta mesma experiência, a falsear a proposta de Maxwell, quem deu origem à teoria que supostamente «salvou» o EM de Maxwell. E digo supostamente porque nada disso que Maxwell afirmou faria sentido frente ao conceito que hoje se atribui ao espaço desta nova teoria: um ente permeado por um aether matemágico e a comportar tão somente uma energia de natureza matemágica. E é só através dessa transfiguração que faz sentido dizer que o EM de Maxwell é inerentemente relativista, no sentido  que se dá hoje à palavra relativista.

Este falseamento não significa dizer que essa ideia de Maxwell esteja totalmente errada mas sim que, se pretendermos conservar um mecanicismo clássico, deveremos repensar não apenas o significado embutido nas expressões energia e campo como também nossas concepções a respeito do que seja a luz. O importante é perceber que as duas visões continuam a fazer sentido.

Bem, acho que a msg já está de bom tamanho então vou parar por aqui. Este foi apenas um ligeiro preâmbulo destinado a que pudesse prosseguir com o assunto referido no item 4, a ser apresentado nas próximas mensagens.

Que venham as pedradas (:- Alegre :-)

PS: Esta msg segue um roteiro pré-estabelecido e portanto é uma continuação das msgs citadas abaixo. As demais msgs de minha autoria e postadas nesta thread relacionam-se aos questionamentos apresentados pelos demais participantes do debate. Clicando-se nas msgs abaixo chega-se à página web correspondente e as réplicas ou tréplicas estarão no rodapé destas páginas web.
1) msg 81845: Apresentando a versão do paradoxo da carga acelerada para o caso da carga estar em mhs.
2) msg 81914: Propostas de campos gravitacionais oscilantes (experiências de pensamento). Sugestão e ordenação temática.
3) msg 81928: O paradoxo no caso da queda livre (aceleração constante).
4) msg 81974: O paradoxo no caso mhs equivalente à queda livre (ou na oscilação livre).
5) msg 81995: Sobre as resoluções apresentadas pelos físicos «modernos».


[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/05/2012 21:21

Alberto e Victor,

Vou adiar um pouco mais a minha MSG sobre a não existência da energia, pois prefiro acompanhar mais este seu raciocínio.

Só um reparo, por enquanto.

Alberto disse:
> Para os dois observadores, a soma re+rm
> deve ter o mesmo valor a cada instante
> (conservação da energia) [ainda que de
> maneira não trivial, isto pode ser constatado
> através do manuseio das equações de Maxwell].

No caso (casca esférica se expandindo) a energia total da casca que se conserva.
Logo, a soma (re+rm)*4*pi*r^2 deve ter o mesmo valor. Então quanto maior o r menor a densidade. Cai com r^2.
(re+rm) deveria ser constante para a carga mantida a mesma distância do observador (r constante).

Neste caso, o campo magnético tem problemas (a densidade não pode ter simetria esférica) pois é impossível pentear uma esfera.
"And so on", como diz o Victor.

Outra coisa:
Gostaria de ver o gif animado semelhante a figura 13 mas com a carga acelerada.


Hélio


De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 1 de Maio de 2012 15:18
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Saturday, April 28, 2012 8:32 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Na msg 81999 foram abordadas várias facetas relacionadas à energia e as suas relações com os campos eletromagnéticos. Como vimos, às vezes essa energia chega a ser pensada como algo inerente à (ou possuído pela ou, ainda, residente na) carga elétrica (ou então ao material que está carregado). Outras vezes a energia é pensada como algo independente da carga e pertencente ao campo que envolve esta carga. Neste segundo caso, não chega a haver uma independência absoluta posto que existe um vínculo entre a carga e o campo que ela produz, vínculo este a manifestar-se sob vários aspectos, seja do ponto de vista da localidade, seja do ponto de vista fenomenológico. Destaca-se aqui o fato de a intensidade energética do campo, pensado como densidade de energia local, estar na dependência não só da intensidade da carga mas também da distância entre a carga e o local onde está sendo estimado o valor para essa densidade. Por outro lado, há uma certa analogia entre o relacionamento carga-campo e aquele observado existir entre uma massa oscilante e a mola que faz a massa oscilar [esta analogia deve ser interpretada com certo cuidado e não ao pé da letra].

Para alguns (1) haveria um meio etéreo a alojar este campo. Este aether chega a ser pensado ora como um meio material (1a), ora como um meio imaterial (1b). Neste segundo caso seria como se considerássemos a existência de um espaço imaterial como continente e este aether, também imaterial mas de existência real, como conteúdo. Existe ainda o aether matemático de Einstein (1c) a se contorcer juntamente com o espaço, pois confunde-se com o mesmo. (É continente e conteúdo ao mesmo tempo e a retratar o fato de o campo estar aderente ao espaço que o contém.) Para outros (2) o campo seria algo decorrente da existência de alguma coisa emitida pela carga e de natureza material (2a) ou imaterial (2b). Neste último caso (imaterial) seria como que um aether imaterial a viajar pelo espaço e a se manifestar como campo. Por mais que os físicos «modernos» possam discordar, creio tratar-se de mais uma questão ainda em aberto, e as opções são estas que apresentei acima: (1) e (2) com suas variedades (a, b e c).

Vamos agora procurar avançar no questionamento apresentado (início da msg 81999).
A figura 10 ao lado poderia estar representando uma bola vermelha com hastes metálicas rígidas e fixas a ela. É também uma das maneiras como se costuma representar uma carga elétrica com o seu campo elétrico, quando a carga está em repouso em um referencial inercial [as hastes representariam as linhas de força do campo]. O que aconteceria se o conjunto bola-hastes entrasse em movimento com uma velocidade v constante?
 carga_rep
Seriam esses dois processos equivalentes?
Figura 10
Se a figura não estiver visível clique aqui

No caso bola-haste, e para um observador que acompanhe a bola em seu movimento, a visão que ele terá será aquela mostrada na figura 10 acima. Outro observador, que permaneça em repouso no referencial do início do processo, enxergará o sistema como representado na figura 11 abaixo [em tonalidade mais clara está representada a posição inicial do conjunto]. Por questão de coerência com o que foi apresentado nas msgs anteriores, vou chamar o primeiro (aquele que acompanha a bola) por observador (2) e o outro (o que permanece em repouso) por observador (1), a mesma convenção sendo válida para o caso da carga.
 
carga_mov
Figura 11
Se a figura não estiver visível clique
aqui

No caso carga-campo o observador (2) verificará que nada mudou, exceto naquele curto período de tempo em que esteve acelerado afim de atingir a velocidade v [este assunto será discutido na próxima msg]. Passado este efeito, ele continuará representando o campo da carga da mesma maneira mostrada na figura 10.

O observador (1) verá a carga em movimento retilíneo e uniforme (MRU). Estando a carga em movimento o campo que ele enxerga será outro. Surgirá um campo magnético, que não se mostra para o observador (2) e o campo elétrico será para ele [observador (1)] de menor intensidade e com uma disposição espacial diversa daquela representada na figura 11. O máximo que ele poderá dizer com respeito à figura 11 é que ela representa o campo como estaria sendo captado pelos sensores do observador (2); ou então dirá que é assim que o campo viaja com este observador (2); mas não é o mesmo campo que ele constata existir no seu referencial e com os seus próprios sensores.

Pensando-se na energia eletromagnética como algo localizado no campo da carga e vinculada à mesma, vejamos como poderiam ser analisados alguns aspectos sob o ponto de vista fenomenológico. Estando a carga em repouso, o observador (2) poderá imaginar que alguma coisa está se desprendendo da carga, ou seja, esta alguma coisa está sendo emitida de maneira contínua e isotrópica (igual em todas as direções). Esta alguma coisa não seria o campo propriamente dito mas aquilo que poderíamos chamar por agente do campo e a viajar da carga para o espaço circunvizinho, seja como algo autóctone, seja como uma vibração do aether maxwelliano (vide msg 81999).

Embora este hipotético agente do campo tenha sido assumido como algo que é emitido de maneira contínua pela carga podemos, por questão de clareza, imaginar a propagação espacial de apenas uma fração discreta desta emissão, digamos, aquela a ocorrer a partir de um tempo t e até o tempo t+Dt. Teremos então, num gráfico animado e a duas dimensões, a imagem de um anel propagando-se para o espaço a partir da carga (em três dimensões este anel deve ser pensado como a casca de uma esfera com espessura discreta). A espessura do anel (ou da casca) depende apenas do intervalo de tempo Dt considerado e mantem-se constante. A figura 12 traduz esta imagem bidimensional.
 
campo_emissao_rep
Figura 12: Emissão de agentes de campo eletromagnético
por uma carga em repouso em um intervalo de tempo
Dt.
Se a figura não estiver visível clique aqui
Estando a carga em movimento uniforme (MRU) a situação será agora aquela mostrada na figura 13. O anel, pensado apenas como uma figura geométrica, será caracterizado de maneira idêntica pelos dois observadores, com a única diferença de que para o observador (2) o centro do anel está em repouso e para o observador (1) está em MRU, [Estamos frente a uma experiência de pensamento e raciocinando com argumentos apontados por Maxwell e, portanto, sem levar em consideração argumentos que surgiram posteriormente e a caracterizarem o relativismo «moderno»]. A situação é muito semelhante àquela observada com o sistema bola-haste das figuras 10 e 11 
campo_emissao_mov
Figura 13: Emissão de agentes de campo eletromagnético
por uma carga em MRU durante um intervalo de tempo
Dt.
Notar que a carga (em vermelho) está caminhando para a direita.
Se a figura não estiver visível clique aqui
Este fato permite-nos associar a ideia de uma invariância para os agentes do campo, ou seja, eles representam algo relacionado ao campo e a não se modificar com a simples mudança de referencial. A diferença fenomenológica decorre não da modificação dos agentes do campo, mas da maneira como esses agentes manifestam seus efeitos em relação à área da superfície dos sensores que os detectam. Uma analogia simples poderia ser extraída do efeito produzido por um objeto cortante (uma faca por exemplo) lançado no espaço e a atingir uma superfície: o efeito (tipo do corte e profundidade do corte) estará na dependência não só da orientação da superfície em relação à orientação da faca como também das velocidades relativas de ambos. Matematicamente essa diferença de efeitos agente-campo parece traduzir-se na funcionalidade dos famosos operadores nabla (Ñ), mas este é um assunto que vai além do pretendido nesta exposição.

No caso em apreço os agentes do campo irão se manifestar para o observador (2) [a acompanhar a carga neste MRU] através de um campo elétrico e para o observador (1) [aquele que permaneceu em repouso] como um campo misto, com componentes elétrica e magnética. Dado o caráter conservativo do campo eletromagnético (pensado em conjunto), a fração energética da componente magnética que apareceu deve igualar a fração da componente elétrica que desapareceu. Como estamos analisando o caso de uma casca esférica a se propagar pelo espaço e mantendo a espessura constante, seria o caso de se raciocinar com as fórmulas já apresentadas para densidades de energia (msg 81999). Para os dois observadores, a soma re+rm deve ter o mesmo valor a cada instante (conservação da energia) [ainda que de maneira não trivial, isto pode ser constatado através do manuseio das equações de Maxwell].

É importante notar que sob o ponto de vista  imaginado quem está viajando neste caso não é nem a energia e nem o campo, mas o agente do campo. Para o observador (2) a energia está em repouso no espaço e para o observador (1) ela está viajando em MRU e juntamente com a carga, podendo ser pensada sempre como estando em repouso em relação à carga. Para nenhum dos observadores existirá algo a se assemelhar a uma onda eletromagnética, no sentido de uma energia que se desprende da carga às custas de outras energias pertencentes à carga (como por exemplo a energia cinética).

Esta msg traz apenas uma continuação do preâmbulo iniciado na msg 81999 e destinado a que pudesse prosseguir com o assunto referido no item 4, a ser apresentado nas próximas mensagens.

PS: Esta msg segue um roteiro pré-estabelecido e portanto é uma continuação das msgs citadas abaixo. As demais msgs de minha autoria e postadas nesta thread relacionam-se aos questionamentos apresentados pelos demais participantes do debate. Clicando-se nas msgs abaixo chega-se à página web correspondente e as réplicas ou tréplicas estarão no rodapé destas páginas web.
1) msg 81845: Apresentando a versão do paradoxo da carga acelerada para o caso da carga estar em mhs..
2) msg 81914: Propostas de campos gravitacionais oscilantes (experiências de pensamento). Sugestão e ordenação temática.
3) msg 81928: O paradoxo no caso da queda livre (aceleração constante).
4) msg 81974: O paradoxo no caso mhs equivalente à queda livre (ou na oscilação livre).
5) msg 81995: Sobre as resoluções apresentadas pelos físicos «modernos».
6) msg 81999: Sobre a energia dos campos eletromagnéticos.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/05/2012 13:33

Oi Alberto.
 
       Como já disse em mensagem anterior, discordo da figura 13. No meu entender, o anel não acompanha o movimento da carga. Analisemos apenas o campo elétrico, por comodidade, visto pelo observador parado. Primeiro, considere a carga como uma esfera e vamos discretizar nosso modelo. Imagine agora que você pode ver distintamente as linhas do campo elétrico emitidas entre t1 e t2 coloridas, digamos em azul,  sendo estes tempos muito próximos. O que veria? Um ouriço azul em um certo ponto do espaço. O comprimento dos espinhos do ouriço seria (t2-t1).c. Agora, coloque a esfera num ponto delta x mais adiante. as linhas emitidas entre t2 e t3 são amarelas e tem comprimento (t3-t2).c. O ouriço agora é amarelo, mas tem um monte de espinhos azuis  mais afastados nas imediações, mas suas posições radiais não correspondem às dos espinhos amarelos. Mudamos a carga para um delta x mais adiante e repetimos a observação entre t3 e t4. O ouriço agora é vermelho mas tem uma camada amarela e uma última azul, todas elas sem correspondência com o seu centro de origem. E assim por diante mais um milhão de vezes (haja cor!). Agora passemos ao limite e teremos uma variação contínua da posição e das linhas do campo (o grande ourição). Resultado? As linhas radiais vão encurvando para trás, com excessão daquelas duas linhas que coincidem com a direção do movimento (à frente e atrás da carga).
       Outro argumento. Imagine um ponto muito distante situado perpendicularmente ao movimento da carga no instante que você inicia o movimemento. Considere também que você é o Léo e que a carga é criada neste instante para iniciar o movimento. Se todas as linhas acompanharem a carga desde o princípio de sua criação e início do movimento (despreze a aceleração para não entrarmos nos tensores e álgebra Minkowskiana), aquele ponto distante jamais vai ficar sabendo que em um determinado momento havia uma carga lá naquele ponto que você escolheu prá iniciar a brincadeira. Ao contrário, na realidade esse ponto distante, deverá receber um espinho de ouriço que passa por ele depois de viajar uma distância c.t.
       Então, depois de abóboras e ouriços, que venham os pelotaços.
 
    
       [],s
 
       Belmiro
 
      P.S
      Será que ainda tem leitor nesta thread? Acho que já desistiram de tanto a gente errar. Mas também, o assunto é pedreira. E os livrinhos de Física óh, como diria aquele personagem da TV.


De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 1 de Maio de 2012 15:18
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Saturday, April 28, 2012 8:32 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Na msg 81999 foram abordadas várias facetas relacionadas à energia e as suas relações com os campos eletromagnéticos. Como vimos, às vezes essa energia chega a ser pensada como algo inerente à (ou possuído pela ou, ainda, residente na) carga elétrica (ou então ao material que está carregado). Outras vezes a energia é pensada como algo independente da carga e pertencente ao campo que envolve esta carga. Neste segundo caso, não chega a haver uma independência absoluta posto que existe um vínculo entre a carga e o campo que ela produz, vínculo este a manifestar-se sob vários aspectos, seja do ponto de vista da localidade, seja do ponto de vista fenomenológico. Destaca-se aqui o fato de a intensidade energética do campo, pensado como densidade de energia local, estar na dependência não só da intensidade da carga mas também da distância entre a carga e o local onde está sendo estimado o valor para essa densidade. Por outro lado, há uma certa analogia entre o relacionamento carga-campo e aquele observado existir entre uma massa oscilante e a mola que faz a massa oscilar [esta analogia deve ser interpretada com certo cuidado e não ao pé da letra].

Para alguns (1) haveria um meio etéreo a alojar este campo. Este aether chega a ser pensado ora como um meio material (1a), ora como um meio imaterial (1b). Neste segundo caso seria como se considerássemos a existência de um espaço imaterial como continente e este aether, também imaterial mas de existência real, como conteúdo. Existe ainda o aether matemático de Einstein (1c) a se contorcer juntamente com o espaço, pois confunde-se com o mesmo. (É continente e conteúdo ao mesmo tempo e a retratar o fato de o campo estar aderente ao espaço que o contém.) Para outros (2) o campo seria algo decorrente da existência de alguma coisa emitida pela carga e de natureza material (2a) ou imaterial (2b). Neste último caso (imaterial) seria como que um aether imaterial a viajar pelo espaço e a se manifestar como campo. Por mais que os físicos «modernos» possam discordar, creio tratar-se de mais uma questão ainda em aberto, e as opções são estas que apresentei acima: (1) e (2) com suas variedades (a, b e c).

Vamos agora procurar avançar no questionamento apresentado (início da msg 81999).
A figura 10 ao lado poderia estar representando uma bola vermelha com hastes metálicas rígidas e fixas a ela. É também uma das maneiras como se costuma representar uma carga elétrica com o seu campo elétrico, quando a carga está em repouso em um referencial inercial [as hastes representariam as linhas de força do campo]. O que aconteceria se o conjunto bola-hastes entrasse em movimento com uma velocidade v constante?
 carga_rep
Seriam esses dois processos equivalentes?
Figura 10
Se a figura não estiver visível clique aqui
No caso bola-haste, e para um observador que acompanhe a bola em seu movimento, a visão que ele terá será aquela mostrada na figura 10 acima. Outro observador, que permaneça em repouso no referencial do início do processo, enxergará o sistema como representado na figura 11 abaixo [em tonalidade mais clara está representada a posição inicial do conjunto]. Por questão de coerência com o que foi apresentado nas msgs anteriores, vou chamar o primeiro (aquele que acompanha a bola) por observador (2) e o outro (o que permanece em repouso) por observador (1), a mesma convenção sendo válida para o caso da carga.
 
carga_mov
Figura 11
Se a figura não estiver visível clique
aqui
No caso carga-campo o observador (2) verificará que nada mudou, exceto naquele curto período de tempo em que esteve acelerado afim de atingir a velocidade v [este assunto será discutido na próxima msg]. Passado este efeito, ele continuará representando o campo da carga da mesma maneira mostrada na figura 10.

O observador (1) verá a carga em movimento retilíneo e uniforme (MRU). Estando a carga em movimento o campo que ele enxerga será outro. Surgirá um campo magnético, que não se mostra para o observador (2) e o campo elétrico será para ele [observador (1)] de menor intensidade e com uma disposição espacial diversa daquela representada na figura 11. O máximo que ele poderá dizer com respeito à figura 11 é que ela representa o campo como estaria sendo captado pelos sensores do observador (2); ou então dirá que é assim que o campo viaja com este observador (2); mas não é o mesmo campo que ele constata existir no seu referencial e com os seus próprios sensores.

Pensando-se na energia eletromagnética como algo localizado no campo da carga e vinculada à mesma, vejamos como poderiam ser analisados alguns aspectos sob o ponto de vista fenomenológico. Estando a carga em repouso, o observador (2) poderá imaginar que alguma coisa está se desprendendo da carga, ou seja, esta alguma coisa está sendo emitida de maneira contínua e isotrópica (igual em todas as direções). Esta alguma coisa não seria o campo propriamente dito mas aquilo que poderíamos chamar por agente do campo e a viajar da carga para o espaço circunvizinho, seja como algo autóctone, seja como uma vibração do aether maxwelliano (vide msg 81999).

Embora este hipotético agente do campo tenha sido assumido como algo que é emitido de maneira contínua pela carga podemos, por questão de clareza, imaginar a propagação espacial de apenas uma fração discreta desta emissão, digamos, aquela a ocorrer a partir de um tempo t e até o tempo t+Dt. Teremos então, num gráfico animado e a duas dimensões, a imagem de um anel propagando-se para o espaço a partir da carga (em três dimensões este anel deve ser pensado como a casca de uma esfera com espessura discreta). A espessura do anel (ou da casca) depende apenas do intervalo de tempo Dt considerado e mantem-se constante. A figura 12 traduz esta imagem bidimensional.
 
campo_emissao_rep
Figura 12: Emissão de agentes de campo eletromagnético
por uma carga em repouso em um intervalo de tempo
Dt.
Se a figura não estiver visível clique aqui
Estando a carga em movimento uniforme (MRU) a situação será agora aquela mostrada na figura 13. O anel, pensado apenas como uma figura geométrica, será caracterizado de maneira idêntica pelos dois observadores, com a única diferença de que para o observador (2) o centro do anel está em repouso e para o observador (1) está em MRU, [Estamos frente a uma experiência de pensamento e raciocinando com argumentos apontados por Maxwell e, portanto, sem levar em consideração argumentos que surgiram posteriormente e a caracterizarem o relativismo «moderno»]. A situação é muito semelhante àquela observada com o sistema bola-haste das figuras 10 e 11 
campo_emissao_mov
Figura 13: Emissão de agentes de campo eletromagnético
por uma carga em MRU durante um intervalo de tempo
Dt.
Notar que a carga (em vermelho) está caminhando para a direita.
Se a figura não estiver visível clique aqui
Este fato permite-nos associar a ideia de uma invariância para os agentes do campo, ou seja, eles representam algo relacionado ao campo e a não se modificar com a simples mudança de referencial. A diferença fenomenológica decorre não da modificação dos agentes do campo, mas da maneira como esses agentes manifestam seus efeitos em relação à área da superfície dos sensores que os detectam. Uma analogia simples poderia ser extraída do efeito produzido por um objeto cortante (uma faca por exemplo) lançado no espaço e a atingir uma superfície: o efeito (tipo do corte e profundidade do corte) estará na dependência não só da orientação da superfície em relação à orientação da faca como também das velocidades relativas de ambos. Matematicamente essa diferença de efeitos agente-campo parece traduzir-se na funcionalidade dos famosos operadores nabla (Ñ), mas este é um assunto que vai além do pretendido nesta exposição.

No caso em apreço os agentes do campo irão se manifestar para o observador (2) [a acompanhar a carga neste MRU] através de um campo elétrico e para o observador (1) [aquele que permaneceu em repouso] como um campo misto, com componentes elétrica e magnética. Dado o caráter conservativo do campo eletromagnético (pensado em conjunto), a fração energética da componente magnética que apareceu deve igualar a fração da componente elétrica que desapareceu. Como estamos analisando o caso de uma casca esférica a se propagar pelo espaço e mantendo a espessura constante, seria o caso de se raciocinar com as fórmulas já apresentadas para densidades de energia (msg 81999). Para os dois observadores, a soma re+rm deve ter o mesmo valor a cada instante (conservação da energia) [ainda que de maneira não trivial, isto pode ser constatado através do manuseio das equações de Maxwell].

É importante notar que sob o ponto de vista  imaginado quem está viajando neste caso não é nem a energia e nem o campo, mas o agente do campo. Para o observador (2) a energia está em repouso no espaço e para o observador (1) ela está viajando em MRU e juntamente com a carga, podendo ser pensada sempre como estando em repouso em relação à carga. Para nenhum dos observadores existirá algo a se assemelhar a uma onda eletromagnética, no sentido de uma energia que se desprende da carga às custas de outras energias pertencentes à carga (como por exemplo a energia cinética).

Esta msg traz apenas uma continuação do preâmbulo iniciado na msg 81999 e destinado a que pudesse prosseguir com o assunto referido no item 4, a ser apresentado nas próximas mensagens.

PS: Esta msg segue um roteiro pré-estabelecido e portanto é uma continuação das msgs citadas abaixo. As demais msgs de minha autoria e postadas nesta thread relacionam-se aos questionamentos apresentados pelos demais participantes do debate. Clicando-se nas msgs abaixo chega-se à página web correspondente e as réplicas ou tréplicas estarão no rodapé destas páginas web.
1) msg 81845: Apresentando a versão do paradoxo da carga acelerada para o caso da carga estar em mhs..
2) msg 81914: Propostas de campos gravitacionais oscilantes (experiências de pensamento). Sugestão e ordenação temática.
3) msg 81928: O paradoxo no caso da queda livre (aceleração constante).
4) msg 81974: O paradoxo no caso mhs equivalente à queda livre (ou na oscilação livre).
5) msg 81995: Sobre as resoluções apresentadas pelos físicos «modernos».
6) msg 81999: Sobre a energia dos campos eletromagnéticos.

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Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/05/2012 15:41

From: Belmiro Wolski
Sent: Wednesday, May 02, 2012 1:33 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Olá Belmiro

> Belmiro: Como já disse em mensagem anterior, discordo da figura 13. No
> meu entender, o anel não acompanha o movimento da carga.

Alberto: OK, eu já esperava por esta réplica. O problema é que estou
apresentando uma das visões dentre as cinco citadas: 1a, 1b, 1c, 2a, e
2b. A que apresentei e com a qual você não está concordando corresponde
à 2b (algo de natureza imaterial emitido pela carga) e que sob certos
aspectos encaixa-se com alguns dos argumentos levantados por Maxwell. A
outra, e na qual Maxwell pareceu depositar maior fé, é a visão 1b (meio
etéreo imaterial a transportar alguma coisa originada na carga). 1b
adapta-se à categoria das teorias ondulatórias e 2b encaixa-se na
categoria das teorias de emissão.

A dúvida que você está levantando é bastante importante e graças a este
fato eu vou expandir um pouco mais esta ideia nas próximas mensagens.
Continuarei com a sequência que sugeri inicialmente, porém valorizando
mais este aspecto. Eu iria passar rapidamente pela visão 1b mas acho que
convém explicitar um pouco mais essa ideia bem como compará-la com a
anterior. E também avançar um pouco no sentido de mostrar como esta
visão 1b deu origem à visão 1c (aether matemático de Einstein) pelo fato
da visão 1b não estar se encaixando com resultados experimentais. Sob
certos aspectos a visão 1c é um misto matemágico das visões 1b e 2b, e
para isto cria um misto de espaço e aether como se os dois fossem uma
coisa só. Não é fácil comprovar esta miscelânea e muito menos expô-la de
maneira a que todos possam entender a maneira como eu a enxergo, porém é
o que pretendo fazer nas próximas mensagens sequenciais.

> Belmiro: Analisemos apenas o campo elétrico, por comodidade, visto
> pelo observador parado. Primeiro, considere a carga como uma esfera e
> vamos discretizar nosso modelo. Imagine agora que você pode ver
> distintamente as linhas do campo elétrico emitidas entre t1 e t2
> coloridas, digamos em azul, sendo estes tempos muito próximos. O que
> veria? Um ouriço azul em um certo ponto do espaço. O comprimento dos
> espinhos do ouriço seria (t2-t1).c. Agora, coloque a esfera num ponto
> delta x mais adiante. as linhas emitidas entre t2 e t3 são amarelas e
> tem comprimento (t3-t2).c. O ouriço agora é amarelo, mas tem um monte
> de espinhos azuis mais afastados nas imediações, mas suas posições
> radiais não correspondem às dos espinhos amarelos. Mudamos a carga
> para um delta x mais adiante e repetimos a observação entre t3 e t4. O
> ouriço agora é vermelho mas tem uma camada amarela e uma última azul,
> todas elas sem correspondência com o seu centro de origem. E assim por
> diante mais um milhão de vezes (haja cor!). Agora passemos ao limite e
> teremos uma variação contínua da posição e das linhas do campo (o
> grande ourição). Resultado? As linhas radiais vão encurvando para
> trás, com excessão daquelas duas linhas que coincidem com a direção do
> movimento (à frente e atrás da carga).

Alberto: Sim, a sua análise é perfeita. Eu não entrei nesses detalhes
porque preferi chamar a atenção não para o campo em si, mas por algo que
normalmente não é levado em consideração: os agentes do campo. Isto a
que você está referindo ocorrer com o campo elétrico eu cheguei a expor
quando afirmei que para o observador (1) [aquele que fica em repouso] o
campo que ele «imagina» estar sendo observado pelo observador (2) «não é
o mesmo campo que ele constata existir no seu referencial e com seus
próprios sensores». E com efeito, o campo que ele constata existir no
seu (dele) referencial é algo do tipo que você expôs acima.

O problema é que estou tentando justificar esta diferença de
comportamento não pela imaginação do campo elétrico ou das linhas do
campo elétrico e sim através de uma imagem causal e a relacionar-se ao
que estou chamando agentes do campo. Só após destrinchar alguma coisa
relacionada a este hipotético elemento é que poderei verificar se é
compatível ou não com aquilo que se observa na prática. Estou então
tateando entre um agente do campo a se adaptar com uma das visões
citadas acima e mais especificamente as visões 1b, 2b e agora 2c (sob o
aspecto também assinalado acima).

> Belmiro: Outro argumento. Imagine um ponto muito distante situado
> perpendicularmente ao movimento da carga no instante que você inicia o
> movimemento. Considere também que você é o Léo e que a carga é criada
> neste instante para iniciar o movimento. Se todas as linhas
> acompanharem a carga desde o princípio de sua criação e início do
> movimento (despreze a aceleração para não entrarmos nos tensores e
> álgebra Minkowskiana), aquele ponto distante jamais vai ficar sabendo
> que em um determinado momento havia uma carga lá naquele ponto que
> você escolheu prá iniciar a brincadeira. Ao contrário, na realidade
> esse ponto distante, deverá receber um espinho de ouriço que passa por
> ele depois de viajar uma distância c.t.

Alberto: Bem, para o onipotente Léo tudo é possível. Não ficou claro se
as linhas estão crescendo no decorrer do tempo, mas creio que é assim,
certo? Ou seja, o campo vai preenchendo o espaço no decorrer do tempo. A
coisa fica um pouco estranha se pensarmos na energia como pertencente ao
campo, pois durante este crescimento este universo de uma única
partícula estaria gerando energia a partir do nada, mas que seja.
Tirante essa estranheza, tudo o mais procede.

Com respeito a relatividade «moderna» eu diria que ela se manifesta
independentemente da carga estar ou não sendo acelerada. Será suficiente
pensar em dois referenciais, um em repouso e o outro em mru em relação à
carga. Ou encontramos alguma outra explicação para o efeito
Michelson-Morley, ou teremos que engulir a constância absoluta da
velocidade da luz, e isso não tem nada a ver com acelerações.

> Belmiro: Então, depois de abóboras e ouriços, que venham os pelotaços.

Eu acho que ainda é muito cedo para isso. Suas mensagens tem sido
importantíssimas para o desenvolvimento da discussão, se não no que diga
respeito ao paradoxo das cargas aceleradas ou ao PE, pelo menos para
entendermos melhor o eletromagnetismo.

Em virtude destas colocações, vou ter que mudar ligeiramente o enfoque
assim como terei que providenciar novas figuras e portanto as próximas
msgs sequenciais irão ficar um pouco mais espassadas. Mas isso não
impede que continuemos com esses debates colaterais, mesmo porque a
finalidade das msgs sequenciais é gerar esses debates. Quanto ao mais,
diria tratar-se de um assunto que não sei se chegaremos a concluir
ou que tenha uma solução definitiva ou pelo menos satisfatória.

[ ]´s
Alberto
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Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/05/2012 16:05

Olá Belmiro

Olá Belmiro

Já respondi a este msg [você receberá assim que ela for liberada da
pasta quarentena da Yahoo :-(], mas retornei porque não notei que tinha
um PS, resquício dos tempos em que o Calil andava por aqui

> Belmiro: P.S: Será que ainda tem leitor nesta thread? Acho que já
> desistiram de tanto a gente errar. Mas também, o assunto é pedreira. E
> os livrinhos de Física óh, como diria aquele personagem da TV.

Bem, aqueles que iniciaram ainda estão palpitando: eu, você, o Léo, o
Hélio e de vez em quando algum outro. Há ainda os que lêem e não
palpitam, e creio que estes são maioria. Afinal, dizem que a lista tem
917 membros. É bem verdade que alguns não conseguem sair da lista, mas
creio que são poucos. Quanto aos livros de física não digo nada. Aprendi
muito com eles, logo estaria sendo injusto se dissesse aqui o que penso
a respeito. Minhas maiores broncas não são dirigidas aos autores e sim
ao Olimpo.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

**************************
From: Belmiro Wolski
Sent: Wednesday, May 02, 2012 1:33 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Oi Alberto.

Como já disse em mensagem anterior, discordo da figura 13. No meu
entender, o anel não acompanha o movimento da carga. Analisemos apenas o
campo elétrico, por comodidade, visto pelo observador parado. Primeiro,
considere a carga como uma esfera e vamos discretizar nosso modelo.
Imagine agora que você pode ver distintamente as linhas do campo
elétrico emitidas entre t1 e t2 coloridas, digamos em azul, sendo estes
tempos muito próximos. O que veria? Um ouriço azul em um certo ponto do
espaço. O comprimento dos espinhos do ouriço seria (t2-t1).c. Agora,
coloque a esfera num ponto delta x mais adiante. as linhas emitidas
entre t2 e t3 são amarelas e tem comprimento (t3-t2).c. O ouriço agora é
amarelo, mas tem um monte de espinhos azuis mais afastados nas
imediações, mas suas posições radiais não correspondem às dos espinhos
amarelos. Mudamos a carga para um delta x mais adiante e repetimos a
observação entre t3 e t4. O ouriço agora é vermelho mas tem uma camada
amarela e uma última azul, todas elas sem correspondência com o seu
centro de origem. E assim por diante mais um milhão de vezes (haja
cor!). Agora passemos ao limite e teremos uma variação contínua da
posição e das linhas do campo (o grande ourição). Resultado? As linhas
radiais vão encurvando para trás, com excessão daquelas duas linhas que
coincidem com a direção do movimento (à frente e atrás da carga).
Outro argumento. Imagine um ponto muito distante situado
perpendicularmente ao movimento da carga no instante que você inicia o
movimemento. Considere também que você é o Léo e que a carga é criada
neste instante para iniciar o movimento. Se todas as linhas acompanharem
a carga desde o princípio de sua criação e início do movimento (despreze
a aceleração para não entrarmos nos tensores e álgebra Minkowskiana),
aquele ponto distante jamais vai ficar sabendo que em um determinado
momento havia uma carga lá naquele ponto que você escolheu prá iniciar a
brincadeira. Ao contrário, na realidade esse ponto distante, deverá
receber um espinho de ouriço que passa por ele depois de viajar uma
distância c.t.
Então, depois de abóboras e ouriços, que venham os pelotaços.

[],s
Belmiro
P.S
Será que ainda tem leitor nesta thread? Acho que já desistiram de
tanto a gente errar. Mas também, o assunto é pedreira. E os livrinhos de
Física óh, como diria aquele personagem da TV.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/05/2012 21:46

Oi Belmiro e Alberto,

Estou acompanhando tudo. Nem sempre eu interajo.

Alberto disse:
> ...1b adapta-se à categoria das teorias
> ondulatórias e 2b encaixa-se na
> categoria das teorias de emissão.

Ok! Mas creio que, para evidenciar mais as diferenças de certas alternativas, a carga deveria estar acelerada. Fazer gif animado não deve ser tão difícil assim. Vou tentar arrumar um tempinho para me aventurar nisto.

Teoricamente, na teoria de emissão [:-)], acontece o que está sendo mostrado na figura 3. Mas isto é muito difícil de ser observado na prática, pois, quando existe ar ou outra substância em torno do emissor, esta substância absorve os agentes e os retransmitem de forma que eles passam a ter uma velocidade que é a soma de c com a velocidade deste novo centro retransmissor.

Acho que, na análise do Alberto, a alternativa 1c (Einstein) é um aether que acompanha o observador. Cada observador tem o seu, e só seu que se estende por todo universo e neste aether a velocidade é c. O aether do seu vizinho também se estende por todo universo. Todos os 7 bilhões de aetheres se interpenetram mas podem ir cada um para um lado diferente, cada um acompanhando o seu dono. Tudo isto só imaginando a TRE de E. Se colocarmos a geral então...
Esta seria a alternativa 1c.

Agora não vejo a possibilidade de uma alternativa 2c. As teorias de emissão já carregam em si o antídoto para esta loucura.

Hélio



De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 2 de Maio de 2012 15:41
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
From: Belmiro Wolski
Sent: Wednesday, May 02, 2012 1:33 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Olá Belmiro

> Belmiro: Como já disse em mensagem anterior, discordo da figura 13. No
> meu entender, o anel não acompanha o movimento da carga.

Alberto: OK, eu já esperava por esta réplica. O problema é que estou
apresentando uma das visões dentre as cinco citadas: 1a, 1b, 1c, 2a, e
2b. A que apresentei e com a qual você não está concordando corresponde
à 2b (algo de natureza imaterial emitido pela carga) e que sob certos
aspectos encaixa-se com alguns dos argumentos levantados por Maxwell. A
outra, e na qual Maxwell pareceu depositar maior fé, é a visão 1b (meio
etéreo imaterial a transportar alguma coisa originada na carga). 1b
adapta-se à categoria das teorias ondulatórias e 2b encaixa-se na
categoria das teorias de emissão.

A dúvida que você está levantando é bastante importante e graças a este
fato eu vou expandir um pouco mais esta ideia nas próximas mensagens.
Continuarei com a sequência que sugeri inicialmente, porém valorizando
mais este aspecto. Eu iria passar rapidamente pela visão 1b mas acho que
convém explicitar um pouco mais essa ideia bem como compará-la com a
anterior. E também avançar um pouco no sentido de mostrar como esta
visão 1b deu origem à visão 1c (aether matemático de Einstein) pelo fato
da visão 1b não estar se encaixando com resultados experimentais. Sob
certos aspectos a visão 1c é um misto matemágico das visões 1b e 2b, e
para isto cria um misto de espaço e aether como se os dois fossem uma
coisa só. Não é fácil comprovar esta miscelânea e muito menos expô-la de
maneira a que todos possam entender a maneira como eu a enxergo, porém é
o que pretendo fazer nas próximas mensagens sequenciais.

> Belmiro: Analisemos apenas o campo elétrico, por comodidade, visto
> pelo observador parado. Primeiro, considere a carga como uma esfera e
> vamos discretizar nosso modelo. Imagine agora que você pode ver
> distintamente as linhas do campo elétrico emitidas entre t1 e t2
> coloridas, digamos em azul, sendo estes tempos muito próximos. O que
> veria? Um ouriço azul em um certo ponto do espaço. O comprimento dos
> espinhos do ouriço seria (t2-t1).c. Agora, coloque a esfera num ponto
> delta x mais adiante. as linhas emitidas entre t2 e t3 são amarelas e
> tem comprimento (t3-t2).c. O ouriço agora é amarelo, mas tem um monte
> de espinhos azuis mais afastados nas imediações, mas suas posições
> radiais não correspondem às dos espinhos amarelos. Mudamos a carga
> para um delta x mais adiante e repetimos a observação entre t3 e t4. O
> ouriço agora é vermelho mas tem uma camada amarela e uma última azul,
> todas elas sem correspondência com o seu centro de origem. E assim por
> diante mais um milhão de vezes (haja cor!). Agora passemos ao limite e
> teremos uma variação contínua da posição e das linhas do campo (o
> grande ourição). Resultado? As linhas radiais vão encurvando para
> trás, com excessão daquelas duas linhas que coincidem com a direção do
> movimento (à frente e atrás da carga).

Alberto: Sim, a sua análise é perfeita. Eu não entrei nesses detalhes
porque preferi chamar a atenção não para o campo em si, mas por algo que
normalmente não é levado em consideração: os agentes do campo. Isto a
que você está referindo ocorrer com o campo elétrico eu cheguei a expor
quando afirmei que para o observador (1) [aquele que fica em repouso] o
campo que ele «imagina» estar sendo observado pelo observador (2) «não é
o mesmo campo que ele constata existir no seu referencial e com seus
próprios sensores». E com efeito, o campo que ele constata existir no
seu (dele) referencial é algo do tipo que você expôs acima.

O problema é que estou tentando justificar esta diferença de
comportamento não pela imaginação do campo elétrico ou das linhas do
campo elétrico e sim através de uma imagem causal e a relacionar-se ao
que estou chamando agentes do campo. Só após destrinchar alguma coisa
relacionada a este hipotético elemento é que poderei verificar se é
compatível ou não com aquilo que se observa na prática. Estou então
tateando entre um agente do campo a se adaptar com uma das visões
citadas acima e mais especificamente as visões 1b, 2b e agora 2c (sob o
aspecto também assinalado acima).

> Belmiro: Outro argumento. Imagine um ponto muito distante situado
> perpendicularmente ao movimento da carga no instante que você inicia o
> movimemento. Considere também que você é o Léo e que a carga é criada
> neste instante para iniciar o movimento. Se todas as linhas
> acompanharem a carga desde o princípio de sua criação e início do
> movimento (despreze a aceleração para não entrarmos nos tensores e
> álgebra Minkowskiana), aquele ponto distante jamais vai ficar sabendo
> que em um determinado momento havia uma carga lá naquele ponto que
> você escolheu prá iniciar a brincadeira. Ao contrário, na realidade
> esse ponto distante, deverá receber um espinho de ouriço que passa por
> ele depois de viajar uma distância c.t.

Alberto: Bem, para o onipotente Léo tudo é possível. Não ficou claro se
as linhas estão crescendo no decorrer do tempo, mas creio que é assim,
certo? Ou seja, o campo vai preenchendo o espaço no decorrer do tempo. A
coisa fica um pouco estranha se pensarmos na energia como pertencente ao
campo, pois durante este crescimento este universo de uma única
partícula estaria gerando energia a partir do nada, mas que seja.
Tirante essa estranheza, tudo o mais procede.

Com respeito a relatividade «moderna» eu diria que ela se manifesta
independentemente da carga estar ou não sendo acelerada. Será suficiente
pensar em dois referenciais, um em repouso e o outro em mru em relação à
carga. Ou encontramos alguma outra explicação para o efeito
Michelson-Morley, ou teremos que engulir a constância absoluta da
velocidade da luz, e isso não tem nada a ver com acelerações.

> Belmiro: Então, depois de abóboras e ouriços, que venham os pelotaços.

Eu acho que ainda é muito cedo para isso. Suas mensagens tem sido
importantíssimas para o desenvolvimento da discussão, se não no que diga
respeito ao paradoxo das cargas aceleradas ou ao PE, pelo menos para
entendermos melhor o eletromagnetismo.

Em virtude destas colocações, vou ter que mudar ligeiramente o enfoque
assim como terei que providenciar novas figuras e portanto as próximas
msgs sequenciais irão ficar um pouco mais espassadas. Mas isso não
impede que continuemos com esses debates colaterais, mesmo porque a
finalidade das msgs sequenciais é gerar esses debates. Quanto ao mais,
diria tratar-se de um assunto que não sei se chegaremos a concluir
ou que tenha uma solução definitiva ou pelo menos satisfatória.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.




SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/05/2012 22:50

Oi Alberto e Belmiro,

Sobre o PS do Belmiro devo lembrar que esta lista é aberta. Logo podem ter muito mais que 917 pessoas acompanhando nossas discussões.

Hélio


De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 2 de Maio de 2012 16:05
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
Olá Belmiro

Olá Belmiro

Já respondi a este msg [você receberá assim que ela for liberada da
pasta quarentena da Yahoo :-(], mas retornei porque não notei que tinha
um PS, resquício dos tempos em que o Calil andava por aqui

> Belmiro: P.S: Será que ainda tem leitor nesta thread? Acho que já
> desistiram de tanto a gente errar. Mas também, o assunto é pedreira. E
> os livrinhos de Física óh, como diria aquele personagem da TV.

Bem, aqueles que iniciaram ainda estão palpitando: eu, você, o Léo, o
Hélio e de vez em quando algum outro. Há ainda os que lêem e não
palpitam, e creio que estes são maioria. Afinal, dizem que a lista tem
917 membros. É bem verdade que alguns não conseguem sair da lista, mas
creio que são poucos. Quanto aos livros de física não digo nada. Aprendi
muito com eles, logo estaria sendo injusto se dissesse aqui o que penso
a respeito. Minhas maiores broncas não são dirigidas aos autores e sim
ao Olimpo.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

**************************
From: Belmiro Wolski
Sent: Wednesday, May 02, 2012 1:33 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Oi Alberto.

Como já disse em mensagem anterior, discordo da figura 13. No meu
entender, o anel não acompanha o movimento da carga. Analisemos apenas o
campo elétrico, por comodidade, visto pelo observador parado. Primeiro,
considere a carga como uma esfera e vamos discretizar nosso modelo.
Imagine agora que você pode ver distintamente as linhas do campo
elétrico emitidas entre t1 e t2 coloridas, digamos em azul, sendo estes
tempos muito próximos. O que veria? Um ouriço azul em um certo ponto do
espaço. O comprimento dos espinhos do ouriço seria (t2-t1).c. Agora,
coloque a esfera num ponto delta x mais adiante. as linhas emitidas
entre t2 e t3 são amarelas e tem comprimento (t3-t2).c. O ouriço agora é
amarelo, mas tem um monte de espinhos azuis mais afastados nas
imediações, mas suas posições radiais não correspondem às dos espinhos
amarelos. Mudamos a carga para um delta x mais adiante e repetimos a
observação entre t3 e t4. O ouriço agora é vermelho mas tem uma camada
amarela e uma última azul, todas elas sem correspondência com o seu
centro de origem. E assim por diante mais um milhão de vezes (haja
cor!). Agora passemos ao limite e teremos uma variação contínua da
posição e das linhas do campo (o grande ourição). Resultado? As linhas
radiais vão encurvando para trás, com excessão daquelas duas linhas que
coincidem com a direção do movimento (à frente e atrás da carga).
Outro argumento. Imagine um ponto muito distante situado
perpendicularmente ao movimento da carga no instante que você inicia o
movimemento. Considere também que você é o Léo e que a carga é criada
neste instante para iniciar o movimento. Se todas as linhas acompanharem
a carga desde o princípio de sua criação e início do movimento (despreze
a aceleração para não entrarmos nos tensores e álgebra Minkowskiana),
aquele ponto distante jamais vai ficar sabendo que em um determinado
momento havia uma carga lá naquele ponto que você escolheu prá iniciar a
brincadeira. Ao contrário, na realidade esse ponto distante, deverá
receber um espinho de ouriço que passa por ele depois de viajar uma
distância c.t.
Então, depois de abóboras e ouriços, que venham os pelotaços.

[],s
Belmiro
P.S
Será que ainda tem leitor nesta thread? Acho que já desistiram de
tanto a gente errar. Mas também, o assunto é pedreira. E os livrinhos de
Física óh, como diria aquele personagem da TV.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Hora do humor matemático
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/05/2012 23:49

O rigor na matemática é sempre bem vindo. Em tributação, nem sempre. Afinal, como justificar logicamente o fato de que o ICMS e outros impostos são cobrados "por dentro", resultando em uma bitributação descarada, da qual a maioria dos contribuintes nem desconfia?

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 28/04/2012 22:37, Neville Martins escreveu:
Já que ninguém se comoveu, aqui vai uma tentativa de explicar.
LIM é abreviaçã de LIMITE.

Mas antes de continuar, considere uma parabolazinha básica:
Um indivíduo entrou com uma ação para nâo pagar pedágio alegando que já pagava IPVA e  o fato configurava uma ilegal bitributação, 
A Corte decidiu que ele tinha que pagar pois o pedágio não era imposto: era taxa. Percebeu a jogada! Sendo taxa não era imposto e assim a Constituição não  estava sendo maculada.

Os matemáticos também são rigorosos em suas ações tem de manter as coisas de acordo com a lei, digo, tem que manter a consistência ..

Se vc entender a explicação abaixo vc vai passar a gostar da matemática. Se não entender, questione.
 
Oras, na oração algébrica apresentada,  o termo que se segue a LIM é  é  1/ (x-8). (lido como: 1 dividido pelo número representado por (x - 8) . 
Sim, mas quanto vale x -8 ? 
Para desfazer esse mistério temos que saber o valor de x  e para isso , temos que observar o predicado escrito sob o termo LIM . Lá esta escrito x --> 8 , que significa "quando x se aproxima do número 8 " .
Observe que 
se x = 10,  a conta resulta em 1/(10 - 8) = 1/ 2 , ou seja 0,5 ;
se x = 9,  a conta resulta em 1/(9 - 8) = 1/ 1 , ou seja 1 
se x = 8,1 a conta resulta em 1/(8,1 - 8) = 1/ 0,1 , ou seja 10 
se x = 8,01 a conta resulta em 1/(8,01 - 8) = 1/ 0,01, ou seja 100

Vc vê que a medida em que o x fica mais próximo do 8 , (x-8) fica mais próximo de zero e o resultado da divisão cresce rapidamente, ou seja se x ficar = 8 ,  resultado da divisão fica incomensuravelmente grande e  isso é indicado com o sinal de indeterminação " oo ",  o qual chamado de infinito. Note que "oo"  não é um número mas apenas um sinal (parece um 8 deitado)  indicando que o valor é muito grande, mas indeterminado. 
A frase toda é lida assim:  O limite de 1 dividido por x subtraido de oito, quando x tende para o valor oito,  resulta infinito.
  

Vc perguntaria : Para que essa trapalhada toda - não seria mais simpes dizer indicar logo (1 / 0 ) = oo  ?

- Aha! É aqui que entra o pulo do gato, ou melhor, a parte legal, digo formal.  Não é permitido a divisão por zero. É contra a Constituição, digo, consistência do sistema.
- Mas por quê ? 
- Simples ! A matemática é exata e justamente para evitar se chegar a um número de um valor indeterminado ela não define diretamente a divisão. Na verdade a divisão é definida indiretamente através da multiplicação. e a multiplicação é definida como uma sucessão de somas, p.ex.:  a+a = 2a;  a+a+a = 3a ; etc.
-  a divisão é definida como operação oposta à multiplicação da seguinte forma   " c é o resultado da divisão de a por b desde que a seja a multiplicação de a por b " --- è uma questão de antecedentes e consequentes : Primeiro existem a e b ; depois passa a existir se c se c vezes b produz a 

Por exemplo:  1 / 0 = oo, mas também 2 / 0 = oo;  3 / 0 = oo , ......
e (qualquer número) / 0 = oo ; 
Então conforme a definição de divisão teríamos que   (0)*(oo) = 1  ;  (0)*(oo) = 2  ; (0)*(oo) = 3, ......(0)*(oo) =  (qq. número).
Portanto teríamos 1 = 2 = 3 = .... =(qq. número)  --- o que  é totalmente inconsistente. Por isso que não dá pra dividir por zero e tamém infinito não é número.
 
Então é como o caso pedágio : dividir por zero não pode pois  implicaria  em permitir a operação oposta, mas usar o artifício do limite pode, pois trata-se de uma aproximação, (percebeu o truque, apenas chega perto do zero?)

 Agora vamos à piada 

Se no primeiro caso deu um sinal parecido com um 8 deitado (infinito)   no segundo dá infinito também, mas a loira concluiu daria um 5 deitado 

kkkkkkkki

PS - se passar a ideologia zero ao limite vai dar zero?
================================================

Em 28 de abril de 2012 05:55, Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br> escreveu:
 
Good..
Tell me what is LIM
Thanks.
mc
 
 
----- Original Message -----
From: Pesky Bee
Sent: Friday, April 27, 2012 12:44 PM
Subject: [ciencialist] Hora do humor matemático

 

Adoro piadinhas com conteúdo que só possa ser entendido
por quem tem um mínimo de cultura cientifico/matemática:
 
 
5
 
 
Pela descrição, parece que a estudante era uma mulé. E eu
seria capaz de apostar: deve ser loira!
 
Pedra, aqui vou eu...
 
*PB*
 
 






SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/05/2012 02:50

From: Hélio Carvalho

Sent: Tuesday, May 01, 2012 9:21 PM

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br

Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 

Olá Hélio

> > Alberto disse: Para os dois observadores, a soma re+rm deve ter o mesmo valor a cada instante (conservação da energia) [ainda que de maneira não trivial, isto pode ser constatado através do manuseio das equações de Maxwell].

> Hélio: No caso (casca esférica se expandindo) a energia total da casca que se conserva.

Alberto: Não estou tão certo disso: Que durante a expansão a energia da casca se conserve. O máximo que posso dizer é que existe uma propriedade conservativa relacionada aos agentes do campo. Há portanto alguma coisa pertencente à casca e a se conservar com a sua expansão. Mas não sei se isso se traduz em conservação da energia, pois o relacionamento entre agentes do campo e energia não é direto, passando pela caracterização dos campos.

 

re+rm estão relacionados aos campos pela teoria de Maxwell, mas isso não é a mesma coisa que dizer que estão relacionados ao conteúdo de agentes do campo dentro da casca. Estou supondo que os agentes do campo através de alguma operação determinam o campo. Mas enquanto eu não souber a natureza desta operação creio que não dá para concluir nada sobre a relação entre a energia e os agentes do campo. O que eu sei é que a casca é a mesma, independentemente do referencial. Logo deve conter os mesmos agentes nos dois referenciais. A casca está transportando alguma coisa que estou chamando de agentes do campo e imaginando que tenham uma natureza real. Graças a isso assumi que o número de agentes, ou algo equivalente relacionado a esses agente, deva se conservar.

> Hélio: Logo, a soma (re+rm)*4*pi*r^2 deve ter o mesmo valor. Então quanto maior o r menor a densidade. Cai com r^2. (re+rm) deveria ser constante para a carga mantida a mesma distância do observador (r constante).

Alberto: Mas não estou levando em conta a expansão. Veja que eu disse «para dois observadores esta soma deve ter o mesmo valor a cada instante». Trata-se meramente de uma «fotografia» (sentido figurado) tirada de dois referenciais distintos.

> Hélio: Neste caso, o campo magnético tem problemas (a densidade não pode ter simetria esférica) pois é impossível pentear uma esfera.

Alberto: Problemas tem e muitos. Mas não sei se você não estaria querendo obter mais do que o modelo pode dar. Enfim, eu ainda estou apresentando o modelo.

> Hélio: Outra coisa: Gostaria de ver o gif animado semelhante a figura 13 mas com a carga acelerada.

Alberto: Eu também gostaria Alegre, mas não sei se conseguirei chegar lá. Uma dificuldade é construir a figura animada; outra é encontrar fundamento teórico a justificar a figura. Mesmo porque não estou dominando a situação, por mais que possa ter dado essa impressão. O que estou postando aqui é o produto de infinitas conversas que tenho travado com meus botões e cheguei a pouquíssimas conclusões definitivas. Por outro lado, estou procurando pelas várias maneiras possíveis de interpretar uma teoria na qual não acredito 100%, no sentido de que necessita de profundas modificações e/ou remendos. Alguns remendo eu acho que já fiz, mas prometi não avançar nessa direção herética Smiley piscando

Quanto às considerações sobre a carga acelerada, com ou sem gifs animados, isso ainda vai demorar um pouquinho. Estou refazendo o roteiro afim de encaixar alguns tópicos relacionados ao MRU e sobre os quais eu ia comentar muito ligeiramente, mas percebi que vale a pena aprofundar no tema (veja o que comentei na última msg em resposta ao Belmiro).

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/05/2012 08:27

ERRATA

Na MSG que mandei ontem (abaixo) e que ainda não apareceu, onde disse "figura 3", quis dizer "figura 13".

Hélio


De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 2 de Maio de 2012 21:46
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Oi Belmiro e Alberto,

Estou acompanhando tudo. Nem sempre eu interajo.

Alberto disse:
> ...1b adapta-se à categoria das teorias
> ondulatórias e 2b encaixa-se na
> categoria das teorias de emissão.

Ok! Mas creio que, para evidenciar mais as diferenças de certas alternativas, a carga deveria estar acelerada. Fazer gif animado não deve ser tão difícil assim. Vou tentar arrumar um tempinho para me aventurar nisto.

Teoricamente, na teoria de emissão [:-)], acontece o que está sendo mostrado na figura 3. Mas isto é muito difícil de ser observado na prática, pois, quando existe ar ou outra substância em torno do emissor, esta substância absorve os agentes e os retransmitem de forma que eles passam a ter uma velocidade que é a soma de c com a velocidade deste novo centro retransmissor.

Acho que, na análise do Alberto, a alternativa 1c (Einstein) é um aether que acompanha o observador. Cada observador tem o seu, e só seu que se estende por todo universo e neste aether a velocidade é c. O aether do seu vizinho também se estende por todo universo. Todos os 7 bilhões de aetheres se interpenetram mas podem ir cada um para um lado diferente, cada um acompanhando o seu dono. Tudo isto só imaginando a TRE de E. Se colocarmos a geral então...
Esta seria a alternativa 1c.

Agora não vejo a possibilidade de uma alternativa 2c. As teorias de emissão já carregam em si o antídoto para esta loucura.

Hélio




De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 2 de Maio de 2012 15:41
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
From: Belmiro Wolski
Sent: Wednesday, May 02, 2012 1:33 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Olá Belmiro

> Belmiro: Como já disse em mensagem anterior, discordo da figura 13. No
> meu entender, o anel não acompanha o movimento da carga.

Alberto: OK, eu já esperava por esta réplica. O problema é que estou
apresentando uma das visões dentre as cinco citadas: 1a, 1b, 1c, 2a, e
2b. A que apresentei e com a qual você não está concordando corresponde
à 2b (algo de natureza imaterial emitido pela carga) e que sob certos
aspectos encaixa-se com alguns dos argumentos levantados por Maxwell. A
outra, e na qual Maxwell pareceu depositar maior fé, é a visão 1b (meio
etéreo imaterial a transportar alguma coisa originada na carga). 1b
adapta-se à categoria das teorias ondulatórias e 2b encaixa-se na
categoria das teorias de emissão.

A dúvida que você está levantando é bastante importante e graças a este
fato eu vou expandir um pouco mais esta ideia nas próximas mensagens.
Continuarei com a sequência que sugeri inicialmente, porém valorizando
mais este aspecto. Eu iria passar rapidamente pela visão 1b mas acho que
convém explicitar um pouco mais essa ideia bem como compará-la com a
anterior. E também avançar um pouco no sentido de mostrar como esta
visão 1b deu origem à visão 1c (aether matemático de Einstein) pelo fato
da visão 1b não estar se encaixando com resultados experimentais. Sob
certos aspectos a visão 1c é um misto matemágico das visões 1b e 2b, e
para isto cria um misto de espaço e aether como se os dois fossem uma
coisa só. Não é fácil comprovar esta miscelânea e muito menos expô-la de
maneira a que todos possam entender a maneira como eu a enxergo, porém é
o que pretendo fazer nas próximas mensagens sequenciais.

> Belmiro: Analisemos apenas o campo elétrico, por comodidade, visto
> pelo observador parado. Primeiro, considere a carga como uma esfera e
> vamos discretizar nosso modelo. Imagine agora que você pode ver
> distintamente as linhas do campo elétrico emitidas entre t1 e t2
> coloridas, digamos em azul, sendo estes tempos muito próximos. O que
> veria? Um ouriço azul em um certo ponto do espaço. O comprimento dos
> espinhos do ouriço seria (t2-t1).c. Agora, coloque a esfera num ponto
> delta x mais adiante. as linhas emitidas entre t2 e t3 são amarelas e
> tem comprimento (t3-t2).c. O ouriço agora é amarelo, mas tem um monte
> de espinhos azuis mais afastados nas imediações, mas suas posições
> radiais não correspondem às dos espinhos amarelos. Mudamos a carga
> para um delta x mais adiante e repetimos a observação entre t3 e t4. O
> ouriço agora é vermelho mas tem uma camada amarela e uma última azul,
> todas elas sem correspondência com o seu centro de origem. E assim por
> diante mais um milhão de vezes (haja cor!). Agora passemos ao limite e
> teremos uma variação contínua da posição e das linhas do campo (o
> grande ourição). Resultado? As linhas radiais vão encurvando para
> trás, com excessão daquelas duas linhas que coincidem com a direção do
> movimento (à frente e atrás da carga).

Alberto: Sim, a sua análise é perfeita. Eu não entrei nesses detalhes
porque preferi chamar a atenção não para o campo em si, mas por algo que
normalmente não é levado em consideração: os agentes do campo. Isto a
que você está referindo ocorrer com o campo elétrico eu cheguei a expor
quando afirmei que para o observador (1) [aquele que fica em repouso] o
campo que ele «imagina» estar sendo observado pelo observador (2) «não é
o mesmo campo que ele constata existir no seu referencial e com seus
próprios sensores». E com efeito, o campo que ele constata existir no
seu (dele) referencial é algo do tipo que você expôs acima.

O problema é que estou tentando justificar esta diferença de
comportamento não pela imaginação do campo elétrico ou das linhas do
campo elétrico e sim através de uma imagem causal e a relacionar-se ao
que estou chamando agentes do campo. Só após destrinchar alguma coisa
relacionada a este hipotético elemento é que poderei verificar se é
compatível ou não com aquilo que se observa na prática. Estou então
tateando entre um agente do campo a se adaptar com uma das visões
citadas acima e mais especificamente as visões 1b, 2b e agora 2c (sob o
aspecto também assinalado acima).

> Belmiro: Outro argumento. Imagine um ponto muito distante situado
> perpendicularmente ao movimento da carga no instante que você inicia o
> movimemento. Considere também que você é o Léo e que a carga é criada
> neste instante para iniciar o movimento. Se todas as linhas
> acompanharem a carga desde o princípio de sua criação e início do
> movimento (despreze a aceleração para não entrarmos nos tensores e
> álgebra Minkowskiana), aquele ponto distante jamais vai ficar sabendo
> que em um determinado momento havia uma carga lá naquele ponto que
> você escolheu prá iniciar a brincadeira. Ao contrário, na realidade
> esse ponto distante, deverá receber um espinho de ouriço que passa por
> ele depois de viajar uma distância c.t.

Alberto: Bem, para o onipotente Léo tudo é possível. Não ficou claro se
as linhas estão crescendo no decorrer do tempo, mas creio que é assim,
certo? Ou seja, o campo vai preenchendo o espaço no decorrer do tempo. A
coisa fica um pouco estranha se pensarmos na energia como pertencente ao
campo, pois durante este crescimento este universo de uma única
partícula estaria gerando energia a partir do nada, mas que seja.
Tirante essa estranheza, tudo o mais procede.

Com respeito a relatividade «moderna» eu diria que ela se manifesta
independentemente da carga estar ou não sendo acelerada. Será suficiente
pensar em dois referenciais, um em repouso e o outro em mru em relação à
carga. Ou encontramos alguma outra explicação para o efeito
Michelson-Morley, ou teremos que engulir a constância absoluta da
velocidade da luz, e isso não tem nada a ver com acelerações.

> Belmiro: Então, depois de abóboras e ouriços, que venham os pelotaços.

Eu acho que ainda é muito cedo para isso. Suas mensagens tem sido
importantíssimas para o desenvolvimento da discussão, se não no que diga
respeito ao paradoxo das cargas aceleradas ou ao PE, pelo menos para
entendermos melhor o eletromagnetismo.

Em virtude destas colocações, vou ter que mudar ligeiramente o enfoque
assim como terei que providenciar novas figuras e portanto as próximas
msgs sequenciais irão ficar um pouco mais espassadas. Mas isso não
impede que continuemos com esses debates colaterais, mesmo porque a
finalidade das msgs sequenciais é gerar esses debates. Quanto ao mais,
diria tratar-se de um assunto que não sei se chegaremos a concluir
ou que tenha uma solução definitiva ou pelo menos satisfatória.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.




SUBJECT: RES: [ciencialist] Energia
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/05/2012 12:46

Hélio,

 

De qualquer maneira, não é disto a que me refiro:   "Esta pedra emana energia positiva", "você tem uma energia negativa", "energia escura acelera a expansão do universo", "fulano tem uma energia boa",  "matéria se transforma em energia" etc.”. Entendi que você falava de energia no sentido em que todos conhecemos(e que também não sabemos bem o que é), mecânica, eletromagnética, química, por ai.

 

Obs.: A proposição “Energia NÃO EXISTE per se. NÃO EXISTE sem um corpo para que seu movimento seja quantificado. “ precisa ser melhor clarificada.  Por exemplo, em qualquer ponto do espaço à sua volta há energia, em algumas formas. Uma delas, é a eletromagnética. Um radinho de pilha apenas detecta que ela está lá, mas está lá independentemente do radinho. And so on(gostei dessa expressão...).

 

Sds,

Victor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Hélio Carvalho
Enviada em: quinta-feira, 3 de maio de 2012 19:51
Para: C-List
Assunto: [ciencialist] Energia

 

 

Oi Victor,

 

Victor disse:

> Agora, cumpra o que prometeu: energia e campo

> magnético não existem, em que sentido? Sério,

> estou querendo mesmo saber essa linha de

> pensamento. Talvez faça mesmo sentido. Se fizer,

> ponto para você.  E para mim também, que aprendi

> coisas novas.

 

Como prometido, eu vou te dizer o que significa "não existe" em relação a energia.

O conceito de energia vem da equação de Torricelle do MRUV onde se elimina o tempo das equações horárias da posição e da velocidade.

A expressão mv^2/2 passou a ser uma forma de quantificar o movimento do corpo e ma(xf-xi) uma forma de prever qual será a diferença da quantidade mv^2/2 se o corpo for submetido a aceleração "a" durante um percurso de xi até xf.

 

A vantagem é que não é necessário o tempo. Quando alguém chama mv^2/2 de energia cinética e ma(xf-xi) de energia potencial a conservação é obvia, eq. de Torricelli.

 

Como é sempre possível, não só cinematicamente mas também dinamicamente, compor um movimento qualquer pela junção de pedaços em MRUV, a conservação fica garantida para qualquer movimento, desde que se leve sempre em consideração todas as interações. O resto são variações sobre o mesmo tema.

 

Ou seja, energia é simplesmente uma das formas possíveis para se quantificar o movimento de um corpo, forma muito válida para agilizar os cálculos, quando não sabemos os tempos.

Se energia for sempre vista desta forma, está tudo bem. Mas não é isto que acontece.

Então eu tenho que dizer:

Energia NÃO EXISTE per se. NÃO EXISTE sem um corpo para que seu movimento seja quantificado.

 

Existem muitos termos esotéricos usando este conceito:

"Esta pedra emana energia positiva", "você tem uma energia negativa", "energia escura acelera a expansão do universo", "fulano tem uma energia boa",  "matéria se transforma em energia" etc.

:-o

.

:-)

 

Hélio 


SUBJECT: Energia
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: C-List <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/05/2012 15:50

Oi Victor,
 
Victor disse:
> Agora, cumpra o que prometeu: energia e campo
> magnético não existem, em que sentido? Sério,
> estou querendo mesmo saber essa linha de
> pensamento. Talvez faça mesmo sentido. Se fizer,
> ponto para você.  E para mim também, que aprendi
> coisas novas.

Como prometido, eu vou te dizer o que significa "não existe" em relação a energia.
O conceito de energia vem da equação de Torricelle do MRUV onde se elimina o tempo das equações horárias da posição e da velocidade.
A expressão mv^2/2 passou a ser uma forma de quantificar o movimento do corpo e ma(xf-xi) uma forma de prever qual será a diferença da quantidade mv^2/2 se o corpo for submetido a aceleração "a" durante um percurso de xi até xf.

A vantagem é que não é necessário o tempo. Quando alguém chama mv^2/2 de energia cinética e ma(xf-xi) de energia potencial a conservação é obvia, eq. de Torricelli.

Como é sempre possível, não só cinematicamente mas também dinamicamente, compor um movimento qualquer pela junção de pedaços em MRUV, a conservação fica garantida para qualquer movimento, desde que se leve sempre em consideração todas as interações. O resto são variações sobre o mesmo tema.

Ou seja, energia é simplesmente uma das formas possíveis para se quantificar o movimento de um corpo, forma muito válida para agilizar os cálculos, quando não sabemos os tempos.
Se energia for sempre vista desta forma, está tudo bem. Mas não é isto que acontece.
Então eu tenho que dizer:
Energia NÃO EXISTE per se. NÃO EXISTE sem um corpo para que seu movimento seja quantificado.

Existem muitos termos esotéricos usando este conceito:
"Esta pedra emana energia positiva", "você tem uma energia negativa", "energia escura acelera a expansão do universo", "fulano tem uma energia boa",  "matéria se transforma em energia" etc.
:-o
.
:-)

Hélio 

SUBJECT: Re:[ciencialist] Spam no Alberto
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/05/2012 16:06

Victor,
 
Victor disse:
> Agora, cumpra o que prometeu: energia e campo
> magnético não existem, em que sentido? Sério,
> estou querendo mesmo saber essa linha de
> pensamento. Talvez faça mesmo sentido. Se fizer,
> ponto para você.  E para mim também, que aprendi
> coisas novas.
 
Sobre a não existência da energia eu respondi na
 
Sobre a não existência do campo magnético eu deixo para um futuro indeterminado.
 
Hélio

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 30 de Abril de 2012 16:20
Assunto: RES: RES: RES: [ciencialist] Spam no Alberto
 
Olá Hélio,
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Hélio Carvalho
Enviada em: segunda-feira, 30 de abril de 2012 13:31
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: RES: RES: [ciencialist] Spam no Alberto
 
 
Victor,
 
Victor:
Este, o significado do “ou”;   que, traduzido, dá: tanto uma teoria, quanto sua extensão mais gordinha, que é RG, dão conta do recado.
 
Hélio: Mas cada uma com um resultado diferente:
 
Victor:   Não. Todos os resultados levam às mesmíssimas conclusões.  Nem poderia ser de outra forma. Ora, Hélio,  mas esta referência é sua,  estes são os seus resultados, calculados de sua maneira ou interpretados de sua maneira. Podem estar corretos do ponto de vista de suas teorias.  Não digo que não.  Mas eu me refiro aos resultados da TR, calculados segundo a TR e de acordo com os seus postulados. Que, me parece, não são levados em conta pelo amigo.  Tô certo ou tô errado?
 Para mim, só há uma opção, nesse particular mister: se os números que obteve estão de acordo com os cálculos usando as fórmulas relativistas que te apresentei(só de enxerimento-pois o fiz com vistas a outros participantes,  pois,  naturalmente, você já as conhece), então tudo ok, a menos das interpretações, que estão furadas; se não estão de acordo com as tais,  simplesmente, os cálculos estão errados. Em qq caso, como lhe disse outra vez, não refiz teus cálculos. Cabe somente a você. Agora, se não aceita o que a teoria oferece, fazer o quê?  Fica o não dito pelo dito, and so on.
 
Agora, cumpra o que prometeu: energia e campo magnético não existem, em que sentido? Sério, estou querendo mesmo saber essa linha de pensamento. Talvez faça mesmo sentido. Se fizer, ponto para você.  E para mim também, que aprendi coisas novas.
 
Sds,
Victor.
  
 
Hélio
 
 
 
 
De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 30 de Abril de 2012 12:49
Assunto: RES: RES: [ciencialist] Spam no Alberto
 
 
Olá,
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Hélio Carvalho
Enviada em: segunda-feira, 30 de abril de 2012 12:08
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Spam no Alberto
 
 
Oi Victor,
 
Eu posso até te explicar o que significa "não existe".
 
Mas antes quero que você me explique o que significa "OU" na tua frase abaixo.
"E não em razão de o falso paradoxo já ter sido resolvido, pela RR ou pela RG"
 
I - Usando a TRR é simples levantar o paradoxo. É simples mostrar que não existe paradoxo algum, usando os postulados da relatividade. Os caminhos são:  1) o próprio formalismo  de Lorentz, com o uso direto de suas transformações;  2) o uso dos diagramas de Minkowski que, realmente, especificam as propriedades do espaçotempo(e dentro,  deste formalismo, o uso correto de conceitos como trajetórias temporais, tempo próprio, etc.); 3) o uso do efeito Doppler relativístico que, aliás, é bastante conveniente, tendo em vista que o efeito Doppler é algo que vem de fora da RR;  4) os experimentos com múons, mésons, kaos, píons, nos aceleradores de partículas(estes, impecáveis);  5) o uso da técnica do radar, com o seu k-calculus, devido a Milner(já tem mais de 80 anos, esse procedimento) e desenvolvido por H.Bondi.  And so on.
 
Agora todos os procedimentos acima dão conta, apenas dos efeitos cinemáticos. Não embutem os efeitos devido aos potenciais gravitacionais(e às acelerações, de uma maneira geral).  Mas, do ponto de vista qualitativo são procedimentos legais e perfeitos. Não deixam dúvidas, mas há  controvérsias a respeito, conforme já foi exposto por aqui mesmo.
 II – Usando a RG, e todo o seu aparato matemático, as provas são precisas e englobam tanto os efeitos matemáticos quanto os cinemáticos.  Os seus resultados numéricos  são suficientes muitos, por isso.
 
Não sei se você  lembra ou se ao menos chegou a ler, acho que não,  mas já apresentei uma prova até simples, na qual o PE foi usado, e com uma matemática muito simples, que não espanta.  Nada de tensores ou outros formalismos mais avançados.  
 
Particularmente, prefiro ater-me à RG, nestes particulares.
 
 Este, o significado do “ou”;   que, traduzido, dá: tanto uma teoria, quanto sua extensão mais gordinha, que é RG, dão conta do recado.
 
Sds,
Victor.
 
 
 
:-)
 
Hélio
 
De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 28 de Abril de 2012 6:43
Assunto: RES: [ciencialist] Spam no Alberto
 
 
Olá, Alberto,
 
Realmente não tenho podido participar; no momento estou envolvido com coisas particulares, cujo foco não posso desviar.  Tenho entrado esporadicamente e lido algumas msgs, sobretudo as da thread paradoxo da carga acelerada.  Muito bom o papo de vocês a respeito.  A quantidade de msgs “em preto” é enorme, e não tenho esperanças de, a curto prazo, talvez, retornar alguma opinião.
 
Contudo, e não mais que contudo, não sei o que farei, a partir de algumas msgs atrás, sem energia, pois isto não existe; e sem um campinho magnético, pois este também não existe.  Será que eu existo? Perguntaria o filósofo.
Os amigos continuam querendo espantar. Só pode ser. Sugiro que definam, antes, o Belmiro e Hélio, até para clarear suas “prosopopéias” e privar o juizo de simples mortais como eu  de alguma doidura, o que é   “não existe”;  sim, este, o nó górdio da questão.  Depois, bola prá frente que atrás vem gente;  espantando, mas vem.
 
Mas, para não dizer que estou sendo,  de todo,  inoperante, em algumas madrugadas de insônia, estou comunicando com o Tulio, em pvt, e prestando-lhe as informações que solicitou, sobre TR e, especialmente, sobre a questão dos gêmeos, que está longe de ser encerrada.
E não em razão de o falso paradoxo já ter sido resolvido, pela RR ou pela RG.
Pretendo voltar a este assunto. Para mim, nenhum é mais produtivo, teoricamente, do ponto de vista de discussões sobre a TR, que ele. Pois envolve todas as sutilezas dos postulados.  Não espero que aqueles que realmente têm alguma afinidade com a teoria, que se interessam por ela, e,  sobretudo, por “suas esquesitices”, tenham saturado, por alguma razão. No que toca a mim, estou mais interessado do que nunca. 
Mas gostaria de ler, de vocês, suas respostas aos questionamentos dele, o Tulio,  e, acho, que ele também apreciaria. Pois as questões que postou são interessantes e inteligentes, e,  com elas, mostrou que está realmente estudando e procurando aprofundar o assunto. Respeito isso.
Lembro do grande Ricardo, estudante envolvido e bom da gema, hoje formado e trabalhando, acho.  
 
Sds,
Victor.
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: sexta-feira, 27 de abril de 2012 14:04
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Spam no Alberto
 
 
From: Leo - Luiz
Sent: Friday, April 27, 2012 11:35 AM
Subject: [ciencialist] Spam no Alberto

> Realmente, fui ao SPAM da C-List e lá estava a última mensagem do
> Alberto. Não entendo o porque disso! Só as deles! Será que a triagem
> do sistema yahoo deteta falhas científicas nas argumentações do
> Alberto e, com medo de criticar com sólida argumentação, resolve
> lançar no spam? Qual outro motivo para tal triagem separar só as
> mensagens dele? Aguardemos......

Olá Léo

Isso está me cheirando a coisas de engenheiro relativista, e
provavelmente do Victor. Ele anda muito quietinho, quase sem aparecer
por aqui a não ser para falar em «Curiosidades do meio literário», veja
só!!!

Acho que ele descobriu um meio de operacionalizar a matemágica do
Minkowski e desta forma conseguiu me deixar causalmente desconectado do
espaço Ciencialist. Ele não contava com a astúcia do Chapolim Colorado,
digo do Léo, que resolveu o problema com apenas alguns cliques.

Mas não tem nada não. Eu ainda vou mostrar pra ele com quantos pontos
virtuais desse espaço relativista se constrói uma guilhotina
absolutista.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 

SUBJECT: Re: Energia
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/05/2012 16:17

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Hélio Carvalho <helicar_br@...>
> Energia NÃO EXISTE per se. NÃO EXISTE sem um corpo para que seu
> movimento seja quantificado.

Energia cinética sim. Mas vc pode medir, por exemplo, energia térmica sem se referir a movimentos de corpos (há uma correspondência com a média da energia cinética das partículas, mas ninguém mede a energia cinética das partículas para verificar variações de temperatura).

Há outras variações de propriedades de sistemas q envolvem energia q não o seu estado de movimento.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Energia
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/05/2012 16:26

Ola Takata/Helio,
 
E = mc2 não é uma energia quanticada e independente do estado de movimento ?
 
Abs
Felipe

De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 3 de Maio de 2012 16:17
Assunto: [ciencialist] Re: Energia

 
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Hélio Carvalho <helicar_br@...>
> Energia NÃO EXISTE per se. NÃO EXISTE sem um corpo para que seu
> movimento seja quantificado.

Energia cinética sim. Mas vc pode medir, por exemplo, energia térmica sem se referir a movimentos de corpos (há uma correspondência com a média da energia cinética das partículas, mas ninguém mede a energia cinética das partículas para verificar variações de temperatura).

Há outras variações de propriedades de sistemas q envolvem energia q não o seu estado de movimento.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Energia
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/05/2012 21:54

Victor e Roberto Takata,

Roberto falou:
> Mas vc pode medir, por exemplo, energia
> térmica sem se referir a movimentos de
> corpos (...)
> Há outras variações de propriedades de
> sistemas q envolvem energia q não o seu
> estado de movimento.

Como falei:
"O resto são variações sobre o mesmo tema."


Victor falou:
> ... Por exemplo, em qualquer ponto do espaço
> à sua volta há energia, em algumas formas.
> Uma delas, é a eletromagnética. ...

Logo, para ser coerente, devo dizer que campo magnético como algo assim, deste jeito, tão imaterial, assim, assim, meio fantasmagórico, deste jeito que você o pensa, NÃO EXISTE.

:-)
:-)

Victor disse:
> Um radinho de pilha apenas detecta que
> ela está lá, mas está lá independentemente
> do radinho.

A corrente elétrica é devido ao acúmulo de cargas na pilha. Uma passagem de corrente por uma bobina secundária de um transformador pode ser levemente modificada por pequenas variações na bobina primária devido a distorções no arranjo de agentes que vem pelo ar e que são absorvidos pelo material da antena. Estas pequenas distorções podem ser amplificadas com a ajuda destas cargas acumuladas nas pilhas. 

Pessoal, eu não tenho nada contra a palavra "energia" e poderia ter usado ela sem problemas no parágrafo anterior. Mas a minha intensão ao evitá-la é fazer uma espécie de protesto contra a deturpação do significado original que esta palavra foi tomando durante a história da ciência. Provavelmente foi esta deturpação que gerou a entrada no labirinto fractal que já falei aqui em mensagens anteriores.

Hélio


De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 3 de Maio de 2012 12:46
Assunto: RES: [ciencialist] Energia

 
Hélio,
 
De qualquer maneira, não é disto a que me refiro:   "Esta pedra emana energia positiva", "você tem uma energia negativa", "energia escura acelera a expansão do universo", "fulano tem uma energia boa",  "matéria se transforma em energia" etc.”. Entendi que você falava de energia no sentido em que todos conhecemos(e que também não sabemos bem o que é), mecânica, eletromagnética, química, por ai.
 
Obs.: A proposição “Energia NÃO EXISTE per se. NÃO EXISTE sem um corpo para que seu movimento seja quantificado. “ precisa ser melhor clarificada.  Por exemplo, em qualquer ponto do espaço à sua volta há energia, em algumas formas. Uma delas, é a eletromagnética. Um radinho de pilha apenas detecta que ela está lá, mas está lá independentemente do radinho. And so on(gostei dessa expressão...).
 
Sds,
Victor.
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Hélio Carvalho
Enviada em: quinta-feira, 3 de maio de 2012 19:51
Para: C-List
Assunto: [ciencialist] Energia
 
 
Oi Victor,
 
Victor disse:
> Agora, cumpra o que prometeu: energia e campo
> magnético não existem, em que sentido? Sério,
> estou querendo mesmo saber essa linha de
> pensamento. Talvez faça mesmo sentido. Se fizer,
> ponto para você.  E para mim também, que aprendi
> coisas novas.
 
Como prometido, eu vou te dizer o que significa "não existe" em relação a energia.
O conceito de energia vem da equação de Torricelle do MRUV onde se elimina o tempo das equações horárias da posição e da velocidade.
A expressão mv^2/2 passou a ser uma forma de quantificar o movimento do corpo e ma(xf-xi) uma forma de prever qual será a diferença da quantidade mv^2/2 se o corpo for submetido a aceleração "a" durante um percurso de xi até xf.
 
A vantagem é que não é necessário o tempo. Quando alguém chama mv^2/2 de energia cinética e ma(xf-xi) de energia potencial a conservação é obvia, eq. de Torricelli.
 
Como é sempre possível, não só cinematicamente mas também dinamicamente, compor um movimento qualquer pela junção de pedaços em MRUV, a conservação fica garantida para qualquer movimento, desde que se leve sempre em consideração todas as interações. O resto são variações sobre o mesmo tema.
 
Ou seja, energia é simplesmente uma das formas possíveis para se quantificar o movimento de um corpo, forma muito válida para agilizar os cálculos, quando não sabemos os tempos.
Se energia for sempre vista desta forma, está tudo bem. Mas não é isto que acontece.
Então eu tenho que dizer:
Energia NÃO EXISTE per se. NÃO EXISTE sem um corpo para que seu movimento seja quantificado.
 
Existem muitos termos esotéricos usando este conceito:
"Esta pedra emana energia positiva", "você tem uma energia negativa", "energia escura acelera a expansão do universo", "fulano tem uma energia boa",  "matéria se transforma em energia" etc.
:-o
.
:-)
 
Hélio 



SUBJECT: O efeito Doppler e as teorias de emissão
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/05/2012 03:12

Observação: O conteúdo desta mensagem será utilizado como referência para assuntos que estão sendo tratados em mensagens da thread «O paradoxo da carga acelerada». Ou então como um Apêndice ao tema dessa thread. Obviamente nada impede que o efeito Doppler (corpuscular ou não) venha a ser discutido de maneira isolada e, se alguém se interessar pelo assunto, isto poderá ser feito nesta nova thread que ora estou abrindo.
 
O efeito Doppler e as teorias de emissão
 
Para o leigo sugiro a leitura de
A Relatividade Galileana,
artigo que escrevi em 1984
(clique no título)

É costume encontrarmos em livros didáticos a referência ao efeito Doppler como uma característica de fenômenos ondulatórios. Esta é uma meia verdade, pois o mesmo efeito pode ser observado em fenômenos de outro tipo e que têm em comum com os fenômenos ondulatórios o caráter repetitivo, a ponto de podermos  caracterizar uma frequência. Uma rajada de metralhadora é o exemplo típico e associado à mecânica corpuscular.

No século XIX estiveram em voga as teorias de emissão da luz a caracterizarem a luz como algo emitido pela fonte. Não seria obrigatoriamente um corpúsculo, mas algo a se sujeitar a um comportamento em muitos casos semelhante àquele observado em teorias corpusculares (por ex., a teoria corpuscular de Newton). De notável havia o fato da velocidade desta alguma coisa emitida somar-se com a velocidade da fonte que a emite, no caso de mudança de referenciais. Da mesma forma que ocorre com objetos corpusculares. Um projétil disparado por uma arma de fogo, por exemplo, tem uma velocidade v em relação à arma que o disparou. Se o disparo for efetuado no interior de um trem a velocidade será a mesma (v) para quem estiver no interior do trem. Para um observador que está fora do trem, a fonte de disparo (ou a arma) estará na velocidade V do trem. Logo a velocidade da bala será, para este observador externo, igual à soma vetorial V+v. Nas teorias de emissão é exatamente isso o que ocorre, independentemente do que está sendo emitido. Se aceitarmos a luz não como algo de natureza ondulatória mas algo a ser explicado por uma teoria de emissão, a velocidade da luz, pelo menos em teoria, poderia ser calculada por procedimento semelhante àquele efetuado acima (soma vetorial).

Em msgs da thread «O paradoxo da carga acelerada» cheguei a mostrar que sob certos aspectos pode-se pensar no campo de uma carga elétrica como algo gerado por uma substância de natureza imaterial (e portanto sem massa) que estaria sendo emitida espacialmente e de maneira contínua  pela carga. O processo deveria ser tal que a carga não se desgastasse graças a essa emissão (não perde nem massa, nem carga e nem energia). Ou seja, a carga estaria emitindo para o espaço algo que poderíamos chamar por agente do campo eletromagnético, no sentido de gerador do campo. Seria como que um aether propagando-se pelo espaço ou então algo a se assemelhar aos vórtices cartesianos. Frente a esta analogia, e por tratar-se de algo a se assemelhar muito com um hipotético fluido, não há como observarmos características repetitivas e a sugerirem a existência de uma frequência; mas podemos, no terreno das experiências imaginárias ou de pensamento, conceber a existência de uma certa ruptura na continuidade do fluido com a finalidade de associarmos a esta imagem algo bastante semelhante a um efeito Doppler. A experiência de pensamento serve, no caso, como algo a antecipar o que poderia ser observado em situações em que a ruptura realmente deve acontecer como, por exemplo, quando a carga é acelerada.

Na msg 82029 apresentei essa ideia através de um gif animado a representar apenas uma fração da emissão (uma casca esférica). Apenas para mostrar a compatibilidade entre o efeito Doppler e esta idéia de propagação dos agentes dos campos, vamos imaginar a emissão como sendo discreta, em cascas esféricas e a intervalos regulares de tempo. Para esta situação a espessura das cascas pode ser considerada como desprezível. A imagem bidimensional obtida num dado instante seria aquela mostrada na figura 1 abaixo. O gif animado correspondente é a figura 2 (figura 13 da msg 82029) mostrando somente uma dessas cascas se expandindo enquanto a carga caminha para a direita.
 

 

mru_emissao

campo_emissao_mov

Figura 1
Se a figura não estiver visível clique aqui

Figura 2
Se a figura não estiver visível clique aqui

 

Os pontos A, B, C, e D correspondem a locais onde a carga estava quando emitiu cada uma das cascas esféricas a, b, c e d; e E correspondente ao local atual da carga Pensando no movimento da carga vamos considerar o ponto A como a origem dos tempos (t = 0). Isto é equivalente a dizer que a casca a foi lançada para o espaço quando t = 0, a casca b no tempo t = T (sendo T o período do lançamento), a casca c no tempo t = 2T e assim por diante. Poderíamos então calcular a frequência do lançamento como sendo o inverso do período, ou seja: f = 1/T. Seja ainda d a distância percorrida pela carga entre cada dois pontos contíguos, ou seja, a distância percorrida pela carga no intervalo de tempo igual a T.

Seja um observador situado em um ponto genérico O de um referencial inercial (figura 3 à esquerda) e a observar a carga movendo-se em uma linha reta e com velocidade constante vF (velocidade da fonte F). Vamos calcular a frequência  fO com que as cascas esféricas passam por O, supondo que a velocidade de expansão da casca seja vc (com c de casca) no referencial em que a carga está em repouso. Vamos assumir, por ora, o argumento clássico e a dizer que o tempo no referencial de  O é o mesmo tempo observado no referencial de F.

doppler2

Figura 3
Se a figura não estiver visível clique aqui

A primeira casca (a) atingirá o observador O no tempo

equação 1     eq_Doppler01    Se a equação não estiver visível clique aqui

em que r1 é a distância de A até O por ocasião da chegada de a em O (figura 3 à direita). Notar que r1 varia no decorrer do tempo mas o valor que utilizaremos nas equações será sempre este aquele a coincidir com a chegada da respectiva casca em O. A segunda casca (b) atingirá o observador O no tempo
equação 2    eq_Doppler02            Se a equação não estiver visível clique aqui

em que r2 é a distância de B até O por ocasião da chegada de b em O (não representado na figura). A diferença de tempo, ou o período TO transcorrido entre a chegada das cascas a e b em O será então TO = tbta.

Sendo a distância entre A e B muito pequena em relação a r1 ou r2, podemos assumir qa » qb = q e aa » ab= a. Notar que para outras medidas (por exemplo, entre C e D) os valores de q seriam diferentes, porém a diferença entre ambos continuaria desprezível. Esta mudança no valor de q implica no fato de que o período TO, entre a chegada de uma casca e a seguinte, em geral é variável no decorrer do tempo, apesar da constância de T. Com o auxílio das equações 1 e 2 obtemos então o valor de TO:
equação 3     eq_Doppler03         Se a equação não estiver visível clique aqui
 
Podemos agora calcular qual seria, para o observador O, a frequência fO a corresponder à frequência f = 1/T. Observar antes que r1 - r2 » dcosq (conforme destaque anexado à figura 3 à esquerda) e d = vFT. Portanto, r1 - r2 » TvFcosq. Esta aproximação será tanto mais válida quanto maior for a distância entre F e O, pois r2 tende a se igualar a r’2 e r’2 é paralelo a r1.

A equação 3 fica então:
equação 4      eq_Doppler04          Se a equação não estiver visível clique aqui
 
Substituindo TO por 1/fO e T por 1/f, chegamos na equação para o efeito Doppler correspondente:
equação 5     eq_Doppler05          Se a equação não estiver visível clique aqui
 
Conforme já assinalado acima, tanto TO quanto fO variam no decorrer do tempo e em função de a e q. Permanecem constantes apenas quando o observador está na direção do movimento da carga. Neste caso, se q = 0º (cosq = 1, carga se aproximando do observador), a também será igual a 0º e a equação 5 fica:
equação 6      eq_Doppler06          Se a equação não estiver visível clique aqui

Por outro lado, se q = 180º (cosq = –1, carga se afastando do observador), a será igual a 0º (cosa = 1). Nestas condições a equação 5 fica:
equação 7      eq_Doppler07          Se a equação não estiver visível clique aqui

Que dizer da aplicação deste estudo para o caso da «onda» eletromagnética? Teríamos que efetuar correções relativísticas? Em teoria isto seria possível. Na prática, não obstante, isso retrataria uma incoerência de nossa parte. De fato, se chegamos até aqui assumindo a possibilidade de que a «onda» eletromagnética foi gerada por um agente emitido pela carga (e portanto não seria uma onda verdadeira), não há porque raciocinarmos relativisticamente, no sentido moderno do termo. Isto porque todas as teorias de emissão são compatíveis com o que foi observado na experiência de Michelson-Morley, sem a necessidade de termos de efetuar correções relativísticas. Ou seja, ao efetuarmos essas «correções» aí sim, estaríamos comprometendo seriamente a teoria que fundamentou os cálculos como acima efetuados. E tudo o que decorresse dessas  «correções» não representaria mais aquela «onda» eletromagnética emitida pela carga e sim algo de natureza puramente matemática.
 
Era isto o que eu queria apresentar. Se houver interesse poderemos discutir o tema nesta nova thread, em especial para questões que não se enquadrarem nos assuntos que estamos debatendo na outra thread. Do contrário utilizarei esta exposição como um Apêndice a ser citado vez ou outra na thread «O paradoxo da carga acelerada». Espero não ter cometido nenhum erro grave. Pequenos erros sempre ocorrem e as erratas existem para sanar esses inconvenientes.
 
Se você é adepto do relativismo «moderno» perceba que não perdeu o seu precioso tempo lendo esta mensagem. Os cálculos efetuados serão válidos, dentre outras coisas, para o estudo de rajadas de metralhadora. Desta forma você estará apto a calcular a frequência dos projéteis que o atingirão quando efetuar alguma crítica a este artigo Smiley piscando.
 
PS: As aproximações efetuadas acima poderiam ter sido evitadas caso fizessemos a demonstração utilizando o conceito matemático de limite. Observar que o resultado obtido é pontual, haja vista que TO e fO variam no decorrer do tempo. Acho, no entanto, que seria uma sofisticação desnecessária e que somente iria tornar a coisa menos inteligível para os leitores que não dominam o conceito de limite. Como diz o velho chavão: Seria como querer matar a mosca com um canhão.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: ERRATA - thread efeito Doppler
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/05/2012 05:12

Na msg que enviei hoje, 04/maio/2012, mas que foi parar na pasta quarentena do Yahoo, assim que ela for liberada (na hipótese desta msg chegar primeiro Alegre), procedam à seguinte correção:
 
ONDE SE LÊ:
 

   equação 1     eq_Doppler01b

 
LEIA-SE:

   equação 1     eq_Doppler01          Se a equação corrigida não estiver visível clique aqui

PS1: Na msg original podem clicar no link correspondente que ele encaminhará para a equação já corrigida.
PS2: É possível que haja outros erros desse tipo pois quem não copia corre o risco de errar. Se alguém notar mais algum erro favor comunicar. .
 
[ ]´s
Alberto
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Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Energia
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/05/2012 05:35

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Hélio Carvalho <helicar_br@...> > Como falei:
>
> "O resto são variações sobre o mesmo tema."

Que não envolvem movimento. Nem na conceituação, nem na mensuração.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] O efeito Doppler e as teorias de emissão
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/05/2012 07:57

Olá, Alberto,

 

Bela e bem didática, essa  exposição. Aliás, como é de seu feitio.  Tenho lido seus artigos, lá pelo site.  Mas você, com sua competência didática, poderia, também, dar o enfoque relativístico a esse importante tema, no mesmo nível ora apresentado, já que é o que se usa, em verdade.  Creio que muitos que ficam só lendo e aprendendo aproveitariam.  A exposição envolvendo aspectos de teorias de emissão, para mim, tem valor histórico,  apenas.

 

Sds,

Victor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: sexta-feira, 4 de maio de 2012 07:13
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] O efeito Doppler e as teorias de emissão

 

 

Observação: O conteúdo desta mensagem será utilizado como referência para assuntos que estão sendo tratados em mensagens da thread «O paradoxo da carga acelerada». Ou então como um Apêndice ao tema dessa thread. Obviamente nada impede que o efeito Doppler (corpuscular ou não) venha a ser discutido de maneira isolada e, se alguém se interessar pelo assunto, isto poderá ser feito nesta nova thread que ora estou abrindo.

 

O efeito Doppler e as teorias de emissão

 

Para o leigo sugiro a leitura de
A Relatividade Galileana,
artigo que escrevi em 1984
(clique no título)


É costume encontrarmos em livros didáticos a referência ao efeito Doppler como uma característica de fenômenos ondulatórios. Esta é uma meia verdade, pois o mesmo efeito pode ser observado em fenômenos de outro tipo e que têm em comum com os fenômenos ondulatórios o caráter repetitivo, a ponto de podermos  caracterizar uma frequência. Uma rajada de metralhadora é o exemplo típico e associado à mecânica corpuscular.

No século XIX estiveram em voga as teorias de emissão da luz a caracterizarem a luz como algo emitido pela fonte. Não seria obrigatoriamente um corpúsculo, mas algo a se sujeitar a um comportamento em muitos casos semelhante àquele observado em teorias corpusculares (por ex., a teoria corpuscular de Newton). De notável havia o fato da velocidade desta alguma coisa emitida somar-se com a velocidade da fonte que a emite, no caso de mudança de referenciais. Da mesma forma que ocorre com objetos corpusculares. Um projétil disparado por uma arma de fogo, por exemplo, tem uma velocidade v em relação à arma que o disparou. Se o disparo for efetuado no interior de um trem a velocidade será a mesma (v) para quem estiver no interior do trem. Para um observador que está fora do trem, a fonte de disparo (ou a arma) estará na velocidade V do trem. Logo a velocidade da bala será, para este observador externo, igual à soma vetorial V+v. Nas teorias de emissão é exatamente isso o que ocorre, independentemente do que está sendo emitido. Se aceitarmos a luz não como algo de natureza ondulatória mas algo a ser explicado por uma teoria de emissão, a velocidade da luz, pelo menos em teoria, poderia ser calculada por procedimento semelhante àquele efetuado acima (soma vetorial).

Em msgs da thread «O paradoxo da carga acelerada» cheguei a mostrar que sob certos aspectos pode-se pensar no campo de uma carga elétrica como algo gerado por uma substância de natureza imaterial (e portanto sem massa) que estaria sendo emitida espacialmente e de maneira contínua  pela carga. O processo deveria ser tal que a carga não se desgastasse graças a essa emissão (não perde nem massa, nem carga e nem energia). Ou seja, a carga estaria emitindo para o espaço algo que poderíamos chamar por agente do campo eletromagnético, no sentido de gerador do campo. Seria como que um aether propagando-se pelo espaço ou então algo a se assemelhar aos vórtices cartesianos. Frente a esta analogia, e por tratar-se de algo a se assemelhar muito com um hipotético fluido, não há como observarmos características repetitivas e a sugerirem a existência de uma frequência; mas podemos, no terreno das experiências imaginárias ou de pensamento, conceber a existência de uma certa ruptura na continuidade do fluido com a finalidade de associarmos a esta imagem algo bastante semelhante a um efeito Doppler. A experiência de pensamento serve, no caso, como algo a antecipar o que poderia ser observado em situações em que a ruptura realmente deve acontecer como, por exemplo, quando a carga é acelerada.

Na msg 82029 apresentei essa ideia através de um gif animado a representar apenas uma fração da emissão (uma casca esférica). Apenas para mostrar a compatibilidade entre o efeito Doppler e esta idéia de propagação dos agentes dos campos, vamos imaginar a emissão como sendo discreta, em cascas esféricas e a intervalos regulares de tempo. Para esta situação a espessura das cascas pode ser considerada como desprezível. A imagem bidimensional obtida num dado instante seria aquela mostrada na figura 1 abaixo. O gif animado correspondente é a figura 2 (figura 13 da msg 82029) mostrando somente uma dessas cascas se expandindo enquanto a carga caminha para a direita.

 

 

mru_emissao

campo_emissao_mov

Figura 1
Se a figura não estiver visível clique aqui

Figura 2
Se a figura não estiver visível clique aqui

 

Os pontos A, B, C, e D correspondem a locais onde a carga estava quando emitiu cada uma das cascas esféricas a, b, c e d; e E correspondente ao local atual da carga Pensando no movimento da carga vamos considerar o ponto A como a origem dos tempos (t = 0). Isto é equivalente a dizer que a casca a foi lançada para o espaço quando t = 0, a casca b no tempo t = T (sendo T o período do lançamento), a casca c no tempo t = 2T e assim por diante. Poderíamos então calcular a frequência do lançamento como sendo o inverso do período, ou seja: f = 1/T. Seja ainda d a distância percorrida pela carga entre cada dois pontos contíguos, ou seja, a distância percorrida pela carga no intervalo de tempo igual a T.

Seja um observador situado em um ponto genérico O de um referencial inercial (figura 3 à esquerda) e a observar a carga movendo-se em uma linha reta e com velocidade constante vF (velocidade da fonte F). Vamos calcular a frequência 
fO com que as cascas esféricas passam por O, supondo que a velocidade de expansão da casca seja vc (com c de casca) no referencial em que a carga está em repouso. Vamos assumir, por ora, o argumento clássico e a dizer que o tempo no referencial de  O é o mesmo tempo observado no referencial de F.

doppler2

Figura 3
Se a figura não estiver visível clique aqui

A primeira casca (a) atingirá o observador O no tempo

equação 1     eq_Doppler01    Se a equação não estiver visível clique aqui


em que r1 é a distância de A até O por ocasião da chegada de a em O (figura 3 à direita). Notar que r1 varia no decorrer do tempo mas o valor que utilizaremos nas equações será sempre este aquele a coincidir com a chegada da respectiva casca em O. A segunda casca (b) atingirá o observador O no tempo

equação 2    eq_Doppler02            Se a equação não estiver visível clique aqui


em que r2 é a distância de B até O por ocasião da chegada de b em O (não representado na figura). A diferença de tempo, ou o período TO transcorrido entre a chegada das cascas a e b em O será então TO = tb – ta.

Sendo a distância entre A e B muito pequena em relação a r1 ou r2, podemos assumir
qa » qb = q e aa » ab= a. Notar que para outras medidas (por exemplo, entre C e D) os valores de q seriam diferentes, porém a diferença entre ambos continuaria desprezível. Esta mudança no valor de q implica no fato de que o período TO, entre a chegada de uma casca e a seguinte, em geral é variável no decorrer do tempo, apesar da constância de T. Com o auxílio das equações 1 e 2 obtemos então o valor de TO:

equação 3     eq_Doppler03         Se a equação não estiver visível clique aqui

 

Podemos agora calcular qual seria, para o observador O, a frequência fO a corresponder à frequência f = 1/T. Observar antes que r1 - r2 » dcosq (conforme destaque anexado à figura 3 à esquerda) e d = vFT. Portanto, r1 - r2 » TvFcosq. Esta aproximação será tanto mais válida quanto maior for a distância entre F e O, pois r2 tende a se igualar a r’2 e r’2 é paralelo a r1.

A equação 3 fica então:

equação 4      eq_Doppler04          Se a equação não estiver visível clique aqui

 

Substituindo TO por 1/fO e T por 1/f, chegamos na equação para o efeito Doppler correspondente:

equação 5     eq_Doppler05          Se a equação não estiver visível clique aqui

 

Conforme já assinalado acima, tanto TO quanto fO variam no decorrer do tempo e em função de a e q. Permanecem constantes apenas quando o observador está na direção do movimento da carga. Neste caso, se q = 0º (cosq = 1, carga se aproximando do observador), a também será igual a 0º e a equação 5 fica:

equação 6      eq_Doppler06          Se a equação não estiver visível clique aqui

Por outro lado, se q = 180º (cosq = –1, carga se afastando do observador), a será igual a 0º (cosa = 1). Nestas condições a equação 5 fica:

equação 7      eq_Doppler07          Se a equação não estiver visível clique aqui


Que dizer da aplicação deste estudo para o caso da «onda» eletromagnética? Teríamos que efetuar correções relativísticas? Em teoria isto seria possível. Na prática, não obstante, isso retrataria uma incoerência de nossa parte. De fato, se chegamos até aqui assumindo a possibilidade de que a «onda» eletromagnética foi gerada por um agente emitido pela carga (e portanto não seria uma onda verdadeira), não há porque raciocinarmos relativisticamente, no sentido moderno do termo. Isto porque todas as teorias de emissão são compatíveis com o que foi observado na experiência de Michelson-Morley, sem a necessidade de termos de efetuar correções relativísticas. Ou seja, ao efetuarmos essas «correções» aí sim, estaríamos comprometendo seriamente a teoria que fundamentou os cálculos como acima efetuados. E tudo o que decorresse dessas  «correções» não representaria mais aquela «onda» eletromagnética emitida pela carga e sim algo de natureza puramente matemática.

 

Era isto o que eu queria apresentar. Se houver interesse poderemos discutir o tema nesta nova thread, em especial para questões que não se enquadrarem nos assuntos que estamos debatendo na outra thread. Do contrário utilizarei esta exposição como um Apêndice a ser citado vez ou outra na thread «O paradoxo da carga acelerada». Espero não ter cometido nenhum erro grave. Pequenos erros sempre ocorrem e as erratas existem para sanar esses inconvenientes.

 

Se você é adepto do relativismo «moderno» perceba que não perdeu o seu precioso tempo lendo esta mensagem. Os cálculos efetuados serão válidos, dentre outras coisas, para o estudo de rajadas de metralhadora. Desta forma você estará apto a calcular a frequência dos projéteis que o atingirão quando efetuar alguma crítica a este artigo Smiley piscando.

 

PS: As aproximações efetuadas acima poderiam ter sido evitadas caso fizessemos a demonstração utilizando o conceito matemático de limite. Observar que o resultado obtido é pontual, haja vista que TO e fO variam no decorrer do tempo. Acho, no entanto, que seria uma sofisticação desnecessária e que somente iria tornar a coisa menos inteligível para os leitores que não dominam o conceito de limite. Como diz o velho chavão: Seria como querer matar a mosca com um canhão.

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Alberto
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Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Energia
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/05/2012 12:02

Olá Hélio.

De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quinta-feira, 3 de Maio de 2012 21:54
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Energia

 
Victor e Roberto Takata,

Roberto falou:
> Mas vc pode medir, por exemplo, energia
> térmica sem se referir a movimentos de
> corpos (...)
> Há outras variações de propriedades de
> sistemas q envolvem energia q não o seu
> estado de movimento.

Como falei:
"O resto são variações sobre o mesmo tema."


Victor falou:
> ... Por exemplo, em qualquer ponto do espaço
> à sua volta há energia, em algumas formas.
> Uma delas, é a eletromagnética. ...

Logo, para ser coerente, devo dizer que campo magnético como algo assim, deste jeito, tão imaterial, assim, assim, meio fantasmagórico, deste jeito que você o pensa, NÃO EXISTE.
 
      Esse seu "não existe" é diferente do meu não existe. Quando disse em uma mensagem num passado recente que "a rigor, o campo magnético não existe", foi no sentido de que as cargas em movimento podem ser tratadas apenas como interações elétricas. No entanto, ressaltei que sem o uso do "modelo campo magnético" as coisas podem ficar muito complicadas, senão insolúveis.
 

:-)
:-)

Victor disse:
> Um radinho de pilha apenas detecta que
> ela está lá, mas está lá independentemente
> do radinho.

A corrente elétrica é devido ao acúmulo de cargas na pilha. Uma passagem de corrente por uma bobina secundária de um transformador pode ser levemente modificada por pequenas variações na bobina primária devido a distorções no arranjo de agentes que vem pelo ar e que são absorvidos pelo material da antena. Estas pequenas distorções podem ser amplificadas com a ajuda destas cargas acumuladas nas pilhas. 
 
   Mas que diabos você quis dizer com isso? Que corrente na bobina secundária? Variações de que na bobina primária? espiras, geometria, corrente? Distorções no arranjo de agentes? Sinceramente, boiei.
 
   [],s
 
   Belmiro
   P.S. Você pediu para o Calil escrever essa porção do texto aí encima?=)) rolando de rir

Pessoal, eu não tenho nada contra a palavra "energia" e poderia ter usado ela sem problemas no parágrafo anterior. Mas a minha intensão ao evitá-la é fazer uma espécie de protesto contra a deturpação do significado original que esta palavra foi tomando durante a história da ciência. Provavelmente foi esta deturpação que gerou a entrada no labirinto fractal que já falei aqui em mensagens anteriores.

Hélio

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 3 de Maio de 2012 12:46
Assunto: RES: [ciencialist] Energia

 
Hélio,
 
De qualquer maneira, não é disto a que me refiro:   "Esta pedra emana energia positiva", "você tem uma energia negativa", "energia escura acelera a expansão do universo", "fulano tem uma energia boa",  "matéria se transforma em energia" etc.”. Entendi que você falava de energia no sentido em que todos conhecemos(e que também não sabemos bem o que é), mecânica, eletromagnética, química, por ai.
 
Obs.: A proposição “Energia NÃO EXISTE per se. NÃO EXISTE sem um corpo para que seu movimento seja quantificado. “ precisa ser melhor clarificada.  Por exemplo, em qualquer ponto do espaço à sua volta há energia, em algumas formas. Uma delas, é a eletromagnética. Um radinho de pilha apenas detecta que ela está lá, mas está lá independentemente do radinho. And so on(gostei dessa expressão...).
 
Sds,
Victor.
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Hélio Carvalho
Enviada em: quinta-feira, 3 de maio de 2012 19:51
Para: C-List
Assunto: [ciencialist] Energia
 
 
Oi Victor,
 
Victor disse:
> Agora, cumpra o que prometeu: energia e campo
> magnético não existem, em que sentido? Sério,
> estou querendo mesmo saber essa linha de
> pensamento. Talvez faça mesmo sentido. Se fizer,
> ponto para você.  E para mim também, que aprendi
> coisas novas.
 
Como prometido, eu vou te dizer o que significa "não existe" em relação a energia.
O conceito de energia vem da equação de Torricelle do MRUV onde se elimina o tempo das equações horárias da posição e da velocidade.
A expressão mv^2/2 passou a ser uma forma de quantificar o movimento do corpo e ma(xf-xi) uma forma de prever qual será a diferença da quantidade mv^2/2 se o corpo for submetido a aceleração "a" durante um percurso de xi até xf.
 
A vantagem é que não é necessário o tempo. Quando alguém chama mv^2/2 de energia cinética e ma(xf-xi) de energia potencial a conservação é obvia, eq. de Torricelli.
 
Como é sempre possível, não só cinematicamente mas também dinamicamente, compor um movimento qualquer pela junção de pedaços em MRUV, a conservação fica garantida para qualquer movimento, desde que se leve sempre em consideração todas as interações. O resto são variações sobre o mesmo tema.
 
Ou seja, energia é simplesmente uma das formas possíveis para se quantificar o movimento de um corpo, forma muito válida para agilizar os cálculos, quando não sabemos os tempos.
Se energia for sempre vista desta forma, está tudo bem. Mas não é isto que acontece.
Então eu tenho que dizer:
Energia NÃO EXISTE per se. NÃO EXISTE sem um corpo para que seu movimento seja quantificado.
 
Existem muitos termos esotéricos usando este conceito:
"Esta pedra emana energia positiva", "você tem uma energia negativa", "energia escura acelera a expansão do universo", "fulano tem uma energia boa",  "matéria se transforma em energia" etc.
:-o
.
:-)
 
Hélio 





SUBJECT: RES: [ciencialist] Teste de Imagens
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/05/2012 12:58

O mais lindinho é de bigode preto(aliás, qdo ainda era...)...

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: sexta-feira, 4 de maio de 2012 18:10
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Teste de Imagens

 

 

Olá a todos

 

Estou testando a colocação de imagens de forma que elas apareçam também na página web da Ciencialist.

Com isso estou procurando evitar aborrecimentos para aqueles que lêem as msgs nessas páginas web.

Se a coisa funcionar poderei também evitar as adendas do tipo: Se a figura não estiver visível clique aqui

 

Aproveito o ensejo para prestar uma homenagem a grandes nomes da física:

 

 

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

 

PS1: Espero que a coisa funcione.

PS2: Desculpem pelo aborrecimento.


SUBJECT: Climatologista no programa do Jô
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/05/2012 14:06

Alguém sabe o que é correto, o que não é, na fala do climatologista e
professor da USP,
Ricardo Augusto Felício ? (com exceção de a floresta amazônica não ser
o "pulmão do mundo",
que já foi divulgado há vários anos)

http://www.youtube.com/watch?v=winWWplmyMk

Paulo




SUBJECT: Teste de Imagens
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/05/2012 14:10

Olá a todos
 
Estou testando a colocação de imagens de forma que elas apareçam também na página web da Ciencialist.
Com isso estou procurando evitar aborrecimentos para aqueles que lêem as msgs nessas páginas web.
Se a coisa funcionar poderei também evitar as adendas do tipo: Se a figura não estiver visível clique aqui
 
Aproveito o ensejo para prestar uma homenagem a grandes nomes da física:
 
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
PS1: Espero que a coisa funcione.
PS2: Desculpem pelo aborrecimento.

SUBJECT: Re: Climatologista no programa do Jô
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/05/2012 14:53

Considere como tudo incorreto, salvo melhor juízo.

Estou fazendo uma análise das bobagens ditas.
http://genereporter.blogspot.com.br/2012/05/jogo-dos-erros-3.html

Mais um pouco aqui (de outra entrevista):
http://neveraskedquestions.blogspot.com.br/2011/10/requentando-o-negacionismo-2.html

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, psdias2 <psdias2@...> escreveu
>
> Alguém sabe o que é correto, o que não é, na fala do climatologista e
> professor da USP,
> Ricardo Augusto Felício ? (com exceção de a floresta amazônica não ser
> o "pulmão do mundo",
> que já foi divulgado há vários anos)
>
> http://www.youtube.com/watch?v=winWWplmyMk
>
> Paulo
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] O efeito Doppler e as teorias de emissão
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/05/2012 15:33

From: JVictor
Sent: Friday, May 04, 2012 7:57 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: RES: [ciencialist] O efeito Doppler e as teorias de emissão
 

Victor: [...] Mas você [...] poderia, também, dar o enfoque relativístico a esse importante tema, no mesmo nível ora apresentado, já que é o que se usa, em verdade.

   

Alberto: Ratatatatatatatá. Considere-se atingido.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Reprodução e Envelhecimento
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/05/2012 17:07

http://www.genismo.com/geneticatexto40.htm

A Teoria do "Filho Premiado"
(Parte 1/3)

João Carlos Holland de Barcellos, Novembro/2008

"Tudo fica claro, depois que o mistério é desvendado" (A. Desconhecido)

Resumo: Após fazermos uma análise crítica de algumas das mais conhecidas teorias sobre o envelhecimento, iremos propor uma nova teoria, que explica a origem da reprodução sexuada e do envelhecimento. Nesta teoria, tanto a reprodução sexual como a senescência surgem como uma adaptação darwiniana. Um mecanismo que dribla a seleção de grupo também é proposto. Desenvolveremos então a "Equação da Morte", que estabelece a longevidade de uma espécie como função de parâmetros de suas presas e predadores.

Palavras Chaves: Envelhecimento, Sexo, Morte, Evolução, Senescência, Adaptação, Pressão Seletiva, Reprodução, Sexuada, Assexuada, Teoria do Envelhecimento, Longevidade, Relógio Biológico, Morte Programada, Equação da Morte.


1-Definições

Utilizaremos neste texto a palavra "envelhecimento" como sinônimo de "senescência". A senescência é definida como um lento acúmulo de alterações degenerativas no organismo que o leva, inexoravelmente, à morte. Ou então como "a deterioração progressiva da quase totalidade das funções do organismo durante do tempo". [1]

Também utilizaremos o termo "imortal", para designarmos o organismo que não morre por envelhecimento. Isso não significa que não possa morrer por falta de alimentos, ataques de predadores, acidentes, doenças, por um ambiente hostil ou alguma outra causa externa, mas apenas que não senesce, isto é, não possua uma morte programada em seu DNA nem que suas funções vitais decaiam significativamente com o tempo levando, por isso, o organismo à morte. Como exemplo de organismos imortais, podemos citar as bactérias. Estas não envelhecem, e, portanto, neste sentido, são imortais. Da mesma forma utilizaremos a palavra "mortal" para qualificar o organismo que envelhece, isto é, que possue instruções em seu DNA para que, após certo período de tempo, faleça, ou que suas funções vitais caiam significativamente com o tempo, levando-o sempre à morte. Como exemplo, podemos citar os mamíferos, que sempre envelhecem e morrem.


2-Introdução

A causa do envelhecimento, a nível evolutivo, ainda é considerada um dos grandes mistérios da ciência e, em particular, da biologia. Várias teorias tentaram explica-lo:
"O gerontólogo russo Zhores Medvedev recenseou mais de 300. Contudo um grande número entre elas não se interessa realmente às causas, mas antes a mecânica senescente." [1]

Entretanto, apesar deste grande número de teorias, apenas algumas poucas tiveram alguma aceitação na comunidade científica. Infelizmente, nenhuma delas explicou satisfatoriamente as causas darwinianas do envelhecimento. A teoria que exporemos, e que chamei de a "Teoria do Filho Premiado", pretende resolver este problema explicando a causa da senescência no nível neo-darwiniano, isto é, através da adaptação genética por seleção natural. Assim, defenderemos, nesta nova teoria, que o envelhecimento é uma decorrência da "morte programada", pois seria evolutivamente vantajoso para os genes, em organismos com reprodução sexuada, se eles eliminassem os corpos que os carregam.Para entendermos o processo evolutivo envolvido no envelhecimento precisamos partir do início: A origem da vida.
3-O Início

As teorias mais modernas sobre a origem da vida [2] apontam que esta se iniciou há cerca de quatro bilhões de anos, tendo como origem uma molécula replicante. Segundo as teorias mais modernas, este replicante deveria ser algo parecido com um proto-RNA, formada ao acaso no ambiente primitivo da época, conhecido como "sopa ou caldo primordial".

Os primeiros replicantes faziam cópias de si mesmos – clones- utilizando as moléculas que vagavam neste "caldo primordial". Entretanto as cópias nem sempre eram perfeitas (ocorriam mutações) o que fazia com que estas cópias pudessem ter maior ou menor habilidade em fazer mais (ou menos) cópias em relação aos seus pais. As que tinham mais sucesso em sobreviver e se reproduzir, colocavam mais cópias de si mesmas do que as demais. Houve as condições necessárias para que a evolução darwiniana ocorresse: Herança, Reprodução, Variabilidade e Seleção Natural.

A "luta" pela replicação continuou sem tréguas. Em algum momento deve ter surgido um replicante mutante, que criou uma capa de proteção contra ataques de outros replicantes – a primeira célula-. Este replicante celular teve tanto sucesso com sua capa protetora que praticamente dominou a vida primitiva em seu início. No caldo primordial devem ter sobrado apenas os replicantes celulares – como as bactérias [3]-. Posteriormente, algumas bactérias mutantes "perceberam" que se elas se agrupassem em colônias teriam mais chances de sobrevivência. Estas colônias evoluiriam para os primeiros seres pluricelulares.

4-As Bactérias

As bactérias são imortais. Elas se reproduzem por fissão: A bactéria se divide em duas (dois clones idênticos), e cada um destes clones se divide em dois, e assim por diante, crescendo a uma taxa exponencial com o tempo, se não houver alguma restrição ambiental.

O importante é percebermos que a vida se iniciou imortal. Não havia um mecanismo interno de envelhecimento, A característica mais simples para se existir é, portanto, a da imortalidade.


5-Causas e Mecanismos

É importante diferenciar as causas evolutivas das causas físicas que provocam o envelhecimento (os mecanismos internos de senescência). As causas evolutivas sempre levam a algum mecanismo interno (causas físicas) que desencadeiam o processo de envelhecimento. Por exemplo, a sensação de medo pode provocar tremor, sudorese, calafrios, e podemos dizer que a causa é devido a hormônios como adrenalina e cortisol, que preparam o organismo para a luta, ou a fuga. Mas isto seria mais uma causa física do processo do medo do que sua causa evolutiva. A causa evolutiva seria a explicação do porque, ou quais foram as pressões seletivas, que propiciaram os genes a criarem este mecanismo interno. Assim, podemos dizer que a causa evolutiva do medo seria devido a uma adaptação genética de percepção de perigo: Os organismos que tinham genes que os capacitassem a perceber o perigo tinham mais chances de sobreviver do que os organismos que não apresentassem tais genes. Assim, os genes que induziram o organismo a perceberem e a reagirem ao perigo, tiveram maior sucesso evolutivo do que os desprovidos deles. Em suma: A causa evolutiva (darwiniana) do medo seria a detecção do perigo, as causas físicas seriam a liberação de hormônios específicos para preparar o corpo para a ação.


6- O Limite de Hayflick

Atualmente, o chamado "Limite de Hayflick" [4] é considerado a causa física mais importante do envelhecimento – o nosso "relógio biológico". Dr. Leonard Hayflick, em 1961, descobriu que na espécie humana existe um número máximo de divisões celulares –cerca de 50- que cada célula somática pode se dividir. Passado este limite, a célula não se divide mais, e morre.

O mecanismo interno responsável por esta limitação está baseado nos telômeros dos cromossomos. Nos cromossomos lineares, em forma de bastão, como nos da espécie humana, existe uma terminação em cada uma das suas extremidades conhecida como telômero. A cada divisão celular estes telômeros são encurtados. Isso significa que os cromossomos das células filhas têm um telômero menor do que o das células que lhes deram origem, e, portanto, também tem uma vida útil menor, pois cromossomos sem telômeros perdem sua função, fazendo com que a célula morra [5].


7-As Células Germinativas e a Telomerase

Nem todas as células do corpo padecem do limite de Hayflick. As células germinativas, os gametas (óvulos e espermatozóides), não sofrem este processo de encurtamento do telômero, pois nestas células é produzida uma enzima – a telomerase – que tem a função de impedir a redução do telômero[6]. As células somáticas também produzem esta enzima, mas num nível insuficiente para reparar completamente o telômero. Nos gametas a produção é maior, e, portanto, eles não envelhecem. As células germinativas são, portanto, imortais. Pessoas com deficiência na produção desta enzima podem apresentar senilidade precoce, como é o caso da doença chamada progéria [28]. Esta doença é uma evidência forte da causa dos telômeros no processo do envelhecimento:

"A manutenção do telômero está implicada na estabilização do cromossoma e na imortalização celular. A telomerase, que catalisa a síntese de novo do telômero, é ativada em células germinativas e em muitos cânceres." [7]


8-Uma Boa Teoria do Envelhecimento

Uma boa teoria do envelhecimento deve fornecer, caso existam, as causas evolutivas, ou as pressões seletivas, que favoreceram o surgimento do envelhecimento. Deve responder também as seguintes questões:

a) Por que algumas espécies envelhecem e outras não?

b) Por que o envelhecimento ocorre predominantemente nos seres sexuados e não nos assexuados? (seres pluricelulares, assexuados, como anêmonas e medusas, aparentemente, não envelhecem) [11].

c) Por que as células somáticas não produzem mais telomerase, como as células germinativas o fazem, de modo a também não sofrerem o envelhecimento?

d) Por que algumas espécies envelhecem muito mais rapidamente que outras?



9-Principais Teorias do Envelhecimento

As teorias do envelhecimento baseadas exclusivamente em mecanismos internos, desconsiderando influências evolutivas estão, no mínimo, incompletas. Estas teorias, além de não explicarem as enormes diferenças no tempo de envelhecimento das diferentes espécies, não apontam as razões do próprio organismo não se auto-regenerar: Se a bactéria é uma célula, e ela vive indefinidamente, sem envelhecer, porque as células somáticas de um corpo também não poderiam fazer o mesmo? [9]

Antes de entrarmos no âmago da nova teoria, é conveniente expormos algumas das principais teorias sobre o envelhecimento, e mostrarmos porque elas não resolvem completamente problema: a de explicar as causas evolutivas do envelhecimento. Devemos notar que as teorias que se baseiam exclusivamente em mecanismos internos estão longe de explicar o problema a nível darwiniano, pois como indicam as evidências, existe influência genética no processo, e, portanto, tais genes estiveram sujeitos à seleção natural.


9.1-A Teoria dos "Radicais Livres"

Esta teoria, de 1954 [8] [6], diz que envelhecemos por excesso de radicais livres, que são moléculas ionizadas, em geral compostos de oxigênio, produzidas e liberadas no organismo como subproduto do metabolismo celular (mitocôndrias).

Estes radicais livres seriam os responsáveis pelo envelhecimento, pois degenerariam a célula, levando-a por fim à morte. É verdade que a degeneração das células pode acelerar o envelhecimento, mas esta teoria não explica por que as células mortas pelos radicais livres não poderiam ser substituídas por outras não degeneradas como acontece normalmente na juventude, com as células somáticas mortas. Esta teoria deveria implicar que quanto maior o metabolismo de um animal, mais rapidamente ele envelhece, já que produziria mais radicais livres. Entretanto, muitos animais fazem exceção a esta regra [1]. Também seria de se esperar que esportistas envelhecessem muito mais rapidamente do que pessoas de vida sedentária, o que também nem sempre é verdade. Então podemos concluir que, embora os radicais livres possam prejudicar as células, e até contribuírem para o envelhecimento, deixa muito a desejar como uma teoria que explique o processo como um todo.


9.2-Teoria do "Bem da Espécie" (Weismann)

August Weismann (1834-1914) [10], em 1882 propôs que o envelhecimento seria devido à "morte programada" – um mecanismo codificado no DNA que leva a célula à morte-, e que teria evoluído por seleção natural para favorecer o bem da espécie, mesmo que isso tivesse um efeito negativo no "fitness" (capacidade de sobrevivência e reprodução) do organismo. Weismann pensava que removendo velhos membros da população sobrariam mais recursos para os mais jovens que, presumivelmente, deveriam ser mais adaptados ao ambiente que os seus pais, e, portanto, favoreceria a evolução da espécie como um todo [10].

Esta teoria, também conhecida como "teoria de Weismann" [1] apresenta uma falha não solucionada: Ela apela para a "seleção de grupo", que, como veremos, não deve ser utilizada a menos que bem fundamentada.

Para entendermos porque a seleção de grupo, no caso, "a morte para o bem da espécie", é problemática, consideremos uma população de organismos da mesma espécie constituídos de organismos mortais e de imortais (que não envelhecem), inicialmente em igual número, e em equilíbrio, de modo que o total da população tenha que se manter constante devido à quantidade limitada de recursos alimentares disponíveis. Neste cenário, se um dos organismos morre, ele pode ser substituído por um filho mortal ou imortal. A probabilidade de morrer mortais é maior, pois estes envelhecem e morrem. A probabilidade de ele ser substituído por um filho de imortal também é maior, já que pode haver vários mortais em idade avançada, debilitados e com dificuldade de procriar. Portanto, aparentemente, a população iria se tornando imortal. Mesmo que isso seja prejudicial à espécie como um todo.

Agora, vamos supor que exista uma população 100% composta por organismos mortais. Suponhamos que nasça um organismo mutante imortal – que não envelhece-, portanto, como maior "fitness", esse organismo poderia continuar procriando e tendo filhos na época de sua vida em que os outros todos, de sua idade, já estariam mortos pela velhice. Ou seja, este organismo imortal teria, aparentemente, muito mais probabilidade de ter seus filhos substituindo os organismos que morrem do que os mortais. Portanto, sem um mecanismo que contra-argumente esta lógica, a tendência, ao longo do tempo, é que a população vá se tornando toda imortal, mesmo que isso seja para a população, como um todo, prejudicial. A aptidão do organismo, neste caso, parece sobrepujar o benefício da espécie.

Assim, sem contar com nenhum outro mecanismo que explicasse como a seleção de grupo favoreceria os mortais, frente aos imortais, a "seleção de grupo", utilizada nesta teoria, parece contradizer os mecanismos darwinianos de aptidão, pois os mais aptos (imortais) tenderiam a se manter e proliferar, e não os mortais, e, por esta razão, esta teoria também não vingou.


9.3- Teoria da "Acumulação de Danos" (P. Medawar e J. Haldane)

Sir Peter Medawar (1915-1987), Nobel de medicina, foi um professor de zoologia e anatomia da Universidade de Londres [10]. Em 1952, Medawar e J. Haldane escreveram um artigo propondo uma teoria que explicasse o envelhecimento através da acumulação de danos no genoma. Tal acumulação de danos seria possível se tais danos aparecessem apenas tardiamente na vida do organismo [11], de modo que esses genes teriam uma baixa pressão seletiva atuando sobre eles. Por exemplo, se uma doença genética grave, provocado por uma mutação em um dado gene, aparece na puberdade, antes da maturidade sexual, este gene é fortemente selecionado a desaparecer, pois o organismo não tem tempo para chegar à maturidade sexual e ter filhos para poder passar o gene adiante. Dessa forma, quanto mais cedo os genes malignos se expressem (gene expresso=gene ativado) no organismo, menos chances eles tem de serem passados para a próxima geração, e mais raros eles são. O oposto também é verdadeiro: Quanto mais tarde um gene maligno se expressa, maiores são as chances dele permanecer na população, já que o organismo pode ter muitos filhos antes de, finalmente, o gene se expressar e matar o organismo. Assim, mutações nocivas, que se expressam tardiamente, poderiam ir se acumulando lentamente no genoma da população, e este acúmulo, segundo Medawar, seria o responsável pelo envelhecimento [10] [11].

Esta teoria tem vários pontos positivos: Explica o envelhecimento sob o ponto de vista genético; Utiliza a teoria darwiniana para explicar o modelo; Os dados empíricos parecem corroborar, ao menos parcialmente, a teoria.

Apesar disso, esta teoria tem ainda algumas falhas graves: Os organismos começaram imortais e não mortais. Assim sendo qualquer gene que diminua o "fitness" do organismo deveria ser selecionado negativamente, mesmo que apareça tardiamente. Por exemplo: Considere uma espécie imortal (no início todas as espécies eram imortais), e surge um organismo mutante com um gene que o mata, por exemplo, aos 50 anos de idade. Este organismo não poderá ter mais filhos, pois está morto, isso não aconteceria com os outros da espécie, então seus concorrentes deixariam mais descendentes do que este mutante mortal. Então, não há razão para que este gene se propague, espalhando a mortalidade e o envelhecimento. É o mesmo argumento que refuta a hipótese de Weissman (9.2). Além disso, esta teoria não explica por que algumas espécies não envelhecem e outras sim. Não correlaciona também a relação da reprodução sexuada com o envelhecimento como parece indicar todas as evidências.


9.4- A Teoria da "Pleiotropia Antagônica" (G. Williams)

George Williams, professor da Universidade de Michigan, em 1957, formulou uma teoria na qual a senescência poderia ser explicada pelo efeito chamado "Pleiotropia antagônica". Pleiotropia é o nome da característica que faz com que um mesmo gene possa fazer parte de vários traços distintos no mesmo organismo. A tônica desta teoria é que existem alguns alelos que podem beneficiar o organismo em relação a algum traço na sua juventude, por exemplo, uma capacidade de visão aguçada, e, por outro lado, prejudicá-lo em outro traço depois, na maturidade, por exemplo, fazê-lo adoecer de catarata [10]. Dessa forma, o gene seria benéfico (mais que o alelo normal) no início da sua vida sexual, permitindo que o organismo seja dotado de um alto "fitness" em sua juventude, podendo ter mais filhos que organismos sem essa mutação. Entretanto, após certo tempo, este gene atuaria negativamente em outro traço, prejudicando o organismo. Contudo, o gene já teria sido passado às novas gerações, pois teria sido vantajoso ao organismo no início de sua vida reprodutiva.

Esta teoria, embora seja lógica, e aparentemente consistente, ainda apresenta algumas deficiências: Não explica porque este efeito não ocorre em espécies assexuadas. Não responde o porquê de espécies muito semelhantes (como algumas espécies de aves e peixes), que teriam genes muito semelhantes, terem expectativas de vidas tão discrepantes [10]. Não esclarece porque o organismo não poderia manter o mesmo nível de atividade dos genes que o beneficiaram na juventude, na fase de alto "fitness", quando se sobressaía frente aos demais, para mudar, repentinamente, diminuindo sua adaptabilidade. E o mais importante: a teoria não mostra que os organismos imortais, que não herdaram estes genes, e que, portanto, que não padeceriam destes sintomas na fase adulta, não poderiam compensar seu fraco desempenho da juventude com um maior vigor em sua infinita fase adulta.


9.5- Teoria do "Soma Descartável" (T. Kirkwood)

Em 1977, Thomas Kirkwood, na época um estatístico, publicou um artigo intitulado: "Teoria do Soma Descartável". "Soma" refere-se à parte do corpo que é constituída por células somáticas, isto é, não germinativas. Segundo Kirkwood, como os organismos apresentam alta mortalidade devido a fatores externos (predadores, doenças, acidentes, fome etc.), não seria producente manter o organismo além do seu tempo de vida [13]. Desta forma a energia deveria ser utilizada para melhorar a capacidade reprodutiva e não para mantê-lo vivo indefinidamente. Ou seja, o organismo poderia ter um mecanismo interno de reparo no DNA, mas isso custaria alguma energia, que poderia ser utilizada na reprodução. Se o organismo tende a morrer de alguma causa externa então não compensaria o custo de mantê-lo vivo além do necessário [10].

Um dos problemas desta teoria é que ela não mostra quanto de energia é necessária para corrigir os problemas dos danos celulares em relação aos gastos com a reprodução, para então concluir que o gasto seria inviável. Além disso, organismos no inicio da vida têm muito mais probabilidade de morrer do que os adultos experientes, isso sem contar o tempo necessário, e o gasto de energia, para se chegar à puberdade para o inicio da vida reprodutiva. Assim, parece haver um contra-senso em descartar um adulto experiente, e já em idade reprodutiva, para substituí-lo por mais jovens e inexperientes que ainda vão perder tempo e energia antes de iniciar sua vida reprodutiva. Mesmo que um adulto custe mais caro em termos de energia, se ele tivesse um alto "fitness", pela sua experiência e imortalidade, ele poderia espalhar seus genes imortais por muito mais tempo, mesmo que o mecanismo de reparo do seu DNA consumisse energia.


9.6- As Teorias da "Evolutividade"

Em seu artigo "The Evolution of Aging" [10], Theodore C. Goldsmith, um engenheiro da NASA, faz uma excelente explanação das principais teorias do envelhecimento, e coloca vários cientistas e estudiosos, (por ex. J. Mitteldorf, J. Travis, J. Bowles), como defensores das assim chamadas "Teorias da Evolutividade" ("Evolvability Theories").

Estas teorias são baseadas na teoria do "Bem da Espécie" de Weismann onde o "bem" é definido como o incremento da taxa de evolutiva da espécie. Assim, seria bom para a espécie que os seus membros envelhecessem e morressem, pois o envelhecimento permitiria que novas gerações, em princípio, mais adaptadas e mais evoluídas que as predecessoras, fossem substituindo às antigas numa taxa muito mais elevada do que uma população imortal, isto é, num ritmo maior que a de uma espécie que não envelhece. Dessa forma, o envelhecimento dos organismos faria aumentar a "taxa da evolução" da espécie que envelhece como um todo, beneficiando o grupo.

Isso, de fato, é bom para a espécie. Entretanto, o problema destas teorias que beneficiam o grupo, a custas do prejuízo individual (seleção de grupo), é que elas, como vimos no item 9.2, não costumam apresentar um mecanismo "neodarwiniano" convincente (baseado no "fitness" do gene) nem darwiniano (baseado no "fitness" do organismo), que dêem cabo do paradoxo da "seleção de grupo". Segundo a teoria de Darwin os organismos mais adaptados, com maiores "fitness", tenderiam a sobreviver mais e deixar mais descendentes do que os menos adaptados. Portanto, uma característica que, em princípio, seria desvantajosa ao individuo, diminuindo seu "fitness", mesmo que fosse boa ao grupo como um todo, não deveria se propagar pela espécie. Ou seja, o problema da seleção de grupo, quando esta se dá a custas do organismo individual, precisa, para ser válida, vir acompanhada de um mecanismo lógico que consiga explicar o paradoxo da perda do "fitness". Infelizmente, não é o caso das `teorias da Evolutividade' apontadas por Goldsmith.


9.7- Teoria da "Causa Sexual" (W. Clark)

Em seu livro "Sexo e a Origem da Morte", William R. Clark, catedrático do departamento de biologia molecular da Universidade da Califórnia, aperfeiçoa a teoria do "Soma Descartável" (9.5) e o coloca sob uma ótica neodarwiniana – baseada em genes- [14]. Nesta nova roupagem do "Soma Descartável", Clark mostra que o envelhecimento se iniciou logo cedo na face da Terra, com nossos primeiros ancestrais, os chamados proctotístas, organismos unicelulares dotados de um núcleo com revestimento protetor que armazena DNA linear com as extremidades revestidas por telômeros. Clark não explica por que foi vantajoso aos protistas mudarem seu cromossomo celular circular para cromossomos lineares. De qualquer modo, também houve incorporação de genes de bactérias parasitas a estes proctotístas – e posterior relação simbiótica-, como acontece com as mitocôndrias. Isso permitiu aos proctotístas crescerem e a desenvolverem novas estruturas especializadas como, por exemplo, de proteção (cito esqueletos), de alimentação (micro túbulos) [17], ou mesmo a capacidade de viverem em colônias, cuja especialização levaria alguns, posteriormente, a se transformarem em organismos pluricelulares.

Com o advento da reprodução sexuada, que traz inúmeros benefícios aos genes e à espécie (como veremos no próximo tópico), ocorre nestes proctotístas, pela primeira vez, a segregação do DNA em núcleos distintos: O micronúcleo, com o DNA germinativo, usado apenas no momento da reprodução, e o macronúcleo, com o DNA somático, utilizado na manutenção diária da célula.

Segundo Clark, o DNA somático sofre mais degradação do que o DNA germinativo, e como este último é o que vai para a próxima geração, não haveria necessidade de reparar o DNA somático, que pode acumular mutações prejudiciais, e, portanto, deveria ser destruído. Assim, durante a reprodução sexuada, teríamos o seguinte processo:

"... e, em seguida, o antigo macronúcleo, isolado numa extremidade da célula, começa a se degenerar e morre... O que os ciliados protistas têm a ver com os seres humanos?... Muita coisa porque é somente analisando a reprodução sexuada em protoctistas como o paramécio que podemos ver pela primeira vez a geração de DNA que não é transmitida à geração seguinte. Esta segregação de DNA em dois compartimentos não acontece em bactérias nem em outros organismos que se reproduzem assexuadamente. E o que é feito do excesso de DNA que não é usado na reprodução? É destruído. Na verdade pode-se muito bem afirmar que é na morte programada dos macronúcleos dos eucariontes primitivos, como o paramécio, que nossa própria morte corporal é prenunciada. "[18]

Clark explica que o motivo da morte programada dos macronúcleos (que corresponderia às células somáticas do corpo) seria devido à necessidade de destruí-los, pois estariam provavelmente muito desgastados, e que depois da reprodução não seriam mais necessários.

Mas esta conclusão embute dois erros lógicos: Primeiro, porque não haveria necessidade de programar a morte celular já que esta morte iria acontecer por si própria, seja com o acúmulo de mutações, seja com o desgaste da própria célula. Seria como um engenheiro projetar uma pesada e cara bomba num robô marciano para que ela explodisse quando a bateria do robô terminasse e ele ficasse inoperante. Se o robô vai deixar de funcionar por si mesmo, seria ilógico gastar tempo e material com um dispositivo que o fizesse explodir depois que não tivesse mais utilidade. Da mesma forma, Clark não mostra a necessidade evolutiva, ou qualquer outra causa da natureza, programar a morte das células somáticas se elas levam o organismo, de qualquer maneira, à morte. Segundo, ele não mostrou as razões que inviabilizariam o reparo do DNA somático, já que isso pode ser feito uma vez que, como as bactérias, as células somáticas também se dividem por fissão. Se as bactérias, e as células germinativas, são imortais, as células somáticas também poderiam ser. Se as bactérias podem se reproduzir indefinidamente, os proctotistas, em princípio, também poderiam fazê-lo.



SUBJECT: A Teoria do "Filho Premiado" (Parte 2/3)
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/05/2012 17:07

http://www.genismo.com/geneticatexto42.htm

A teoria do "Filho Premiado" está baseada em duas teorias do envelhecimento: A teoria do "Bem da Espécie" (cap. 9.2) e a teoria da "Evolutividade" (9.6). Entretanto, diferentemente destas, ao invés de utilizarmos o darwinismo ortodoxo com a seleção atuando sobre o organismo individual, utilizaremos o neodarwinismo, com a seleção natural agindo sobre os genes, e, a partir daí, romperemos a barreira da seleção de grupo.

Na maioria dos casos não há conflitos entre o darwinismo ortodoxo, centrado no "fitness" do organismo individual e o neodarwinismo, baseado nos genes. Em geral o que é vantajoso para o organismo individual também o é para os genes que o compõe e vice-versa. Dessa forma, as pressões seletivas que atuam no organismo individual aplicam-se também aos seus genes. Por exemplo, se um organismo apresenta uma grande adaptabilidade ("fitness" =capacidade de sobrevivência e reprodução) ao seu meio, então é esperado que seus genes tenham suas freqüências aumentadas no "pool genético" da espécie na geração seguinte. Entretanto, nem sempre o organismo e os seus genes estão em plena concordância. Existem casos, por exemplo, em que a sobrevivência do organismo entra em conflito com a sobrevivência de seus genes.

10.2- Exemplos de conflitos

Para exemplificar alguns conflitos entre o organismo e seus genes, vejamos alguns casos hipotéticos:

10.2.1- Conflitos que favoreceriam o indivíduo em detrimento dos genes:

1-O Infanticida: Um organismo mutante que costuma se alimentar de sua cria.
Ele pode sobreviver e se procriar mais que outros organismos que não apresentam essa mutação, mas seus genes não serão beneficiados. Por esta razão é muito raro,caso exista, este hábito. Pois se alimentando de sua própria prole, tenderia a fazer diminuir a freqüência de seus genes do pool genético. Claro que esta prática poderia ser benéfica aos genes, e ao organismo, se a situação que este se encontra é de absoluta falta de alimentação, o que certamente também inviabilizaria a sobrevivência da prole. Neste caso particular, seria vantajoso aos genes que o organismo sobrevivesse mesmo que se alimentando de sua cria.

2-O Canibal: O organismo que tem por hábito caçar e comer, indistintamente, tanto organismos da própria espécie, como de outras.
Ele pode sobreviver e se reproduzir com maior eficácia do que os organismos que se alimentam exclusivamente de espécies distintas da sua. Entretanto, tal prática tende a prejudicar seus genes, pois, com este hábito, ele estaria a destruir seus próprios genes, em situações que não houvesse necessidade disso.

3-A Mãe Covarde: Uma mãe que não apresente o "instinto materno", e não arrisque sua integridade física pela de sua prole, mesmo que a probabilidade de sofrer dano seja muito baixa.
Neste caso ela também terá seus genes reduzidos no pool genético da população em relação às que protegem sua cria, embora tal prática seja favorável à sua própria sobrevivência e reprodução.

10.2.2- Conflitos que favoreceriam os genes em detrimento do organismo

1-A Mãe Altruísta: A Mãe que arrisca a sua vida para defender sua prole.
Isso acontece na natureza quando a mãe, instintivamente, estima que arriscando sua vida, poderia fazer sobreviver sua prole. Esse instinto pode favorecer seus genes mesmo que o risco à sua vida individual seja alto, desde que a probabilidade de salvar a cria seja igualmente alta.

2-Suicídio sexual: Em algumas espécies, como a do louva-deus, e a de algumas aranhas, os machos deixam-se ser devorados pela fêmea em troca de uma cópula bem sucedida.
A fecundação pode resultar em centenas de filhotes, e assim ser vantajosa para os genes, mesmo à custa da vida do organismo-pai.

Estes exemplos servem para entender o contraste entre o darwinismo ortodoxo – centrado no organismo individual – e o neodarwinismo, centrado nos genes. Os exemplos que favorecem os genes em detrimento do organismo individual são reais, acontecem com freqüência na natureza, ao passo que os exemplos que prejudicam os genes, não. O neodarwinismo, atualmente, é a corrente mais aceita na biologia, e os exemplos acima são facilmente explicados tomando o gene, e não o organismo individual (nem mesmo a espécie), como a peça central do jogo evolutivo.

10.3- "Fitness do gene"

Poderíamos então criar o conceito de "fitness do gene" (ou "fitness" de um subgrupo de genes), que seria a adaptabilidade ou grau de adequação do gene, em contraposição ao "fitness" do organismo. O "fitness do gene" pode ser definido como a capacidade que o gene confere ao fenótipo em aumentar sua própria freqüência no "pool genético" da população.

Nos três primeiros casos do exemplo anterior (10.2.1) podemos ver que haveria redução no "fitness do gene" ou do subgrupo de genes que induzem o organismo a atacar ou a prejudicar organismos que tendem a compartilhar com ele grande quantidade de genes. Por outro lado, haveria aumento no "fitness do gene", nos casos em que os genes são beneficiados, mesmo com o risco da sobrevivência do organismo individual (Exemplos 10.2.2). Então podemos concluir que as ações, ou predisposições que prejudiquem o "fitness do gene", devam, caso existam, serem muito raras, e por esta razão, os exemplos acima (10.2.1) não acontecem na natureza, ao passo que o oposto deve ser verdadeiro: ações ou predisposições que aumentem o "fitness do gene", mesmo que isso prejudique o organismo individual, devem ser naturais.

10.4- "Altruísmo Parental"

O chamado "Altruísmo Parental" é o conjunto de predisposições (genéticas) que levam o organismo individual a auxiliar outros de sua espécie mesmo que isso possa prejudicar a si próprio. Quanto maior o grau de parentesco, maior tende a ser o grau de altruísmo despendido ao outro. O exemplo mais familiar é o da mãe que arrisca sua integridade física, ou mesmo sua vida, e enfrenta um predador perigoso para defender sua ninhada. Tal prática pode ser benéfica aos seus genes, que estão em seus filhos, mesmo que isso possa prejudicá-la como organismo individual. O benefício conferido aos genes, em relação ao organismo individual, justificaria evolutivamente o altruísmo parental.

10.5- "Seleção de Grupo"

A "seleção de grupo" pode ser definida como ações, práticas, predisposições instintivas, ou traços fenotípicos que beneficiam o grupo como um todo (a população ou a espécie) em detrimento do organismo individual. Em termos do darwinismo clássico, centrado no organismo individual, este conceito é quase impossível de ser aceito, pois fere os princípios da seleção natural clássica que confere maior adaptabilidade ao organismo com maior "fitness". Por exemplo, um leão que ao abater sua caça, ao invés de comê-la, dividisse a carne com outros do bando, estaria fazendo um benefício ao grupo, mas poderia ficar muito prejudicado, com poucas possibilidades de sobrevivência e reprodução, a menos que todos os leões também fizessem isso, caso contrário tal prática lhe seria prejudicial. Entretanto, este comportamento altruísta só poderia prosperar se o `bando' em que ele dividisse o alimento, fosse constituído por sua própria família, onde possui alto compartilhamento genético. Caso contrário, esta prática também não seria explicável.

Robert Wright, em sua clássica obra "O Animal Moral", escreveu sobre a seleção de grupo (p.156) [29]:

"Em sua abordagem basicamente sólida da psicologia evolucionista, Darwin sucumbiu à tentação conhecida por selecionismo grupal. Consideremos sua explicação básica para a evolução do senso moral. Em 'The descent of man' ele escreveu "um progresso no padrão de moralidade e um aumento no número de homens talentosos certamente darão a uma tribo uma enorme vantagem sobre outra. Não resta dúvida de que uma tribo em que muitos membros possuírem patriotismo, fidelidade, obediência, coragem e solidariedade em alto grau, estivessem sempre dispostos a se ajudar mutuamente e a se sacrificar pelo bem comum, sairia vitoriosa no confronto com a maioria da outras; e isto seria seleção natural."

Continua Wright :

"Sim, seria seleção natural, se isto realmente acontecesse. Mas, embora não seja impossível, quanto mais pensamos na hipótese mais improvável ela nos parece. O próprio Darwin percebera o principal empecilho apenas poucas páginas antes :"É extremamente duvidoso que os filhos de pais mais solidários e benevolentes, ou mais fiéis aos seus camaradas, fossem criados em maior número do que os descendentes de pais egoístas e traiçoeiros em uma mesma tribo." Muito ao contrário, os homens mais corajosos e mais dispostos ao sacrifício "em média pereceriam em maior número do que os demais". Um homem nobre "muitas vezes sequer deixaria filhos para herdarem sua natureza nobre". Exatamente. Portanto, mesmo que uma tribo cheio de gente generosa prevalecesse sobre uma tribo cheia de gente egoísta, é difícil imaginar como uma tribo se encheria de gente generosa, para começar....Portanto, talvez não exista maneira de os impulsos de generosidade de base biológica se impregnarem em um grupo. Mesmo que alguém por meios mágicos interviesse e implatasse genes 'solidários' em 90% da população, eles seriam constantemente vencidos por genes rivais menos enobrecedores....."

Mais adiante escreve Wright :

"...é difícil imaginar a seleção grupal disseminar alguma característica que a seleção individual não favorecesse por conta própria; é difícil imaginar a seleção natural resolver um conflito direto entre o bem-estar do grupo e o bem-estar individual em favor do grupo. Certamente podemos sonhar cenários - com determinadas taxas de migração entre grupos e determinadas taxas de extinção por grupos - em que a seleção grupal realmente desempenhou um papel importante na evolução humana. Contudo, os cenários dos selecionistas grupais tendem a ser um tanto complicados. De fato, George Williams achou-os de uma maneira geral tão incômodos que propôs em 'Adaptation and natural selection' uma tendenciosidade oficial contra eles :"Não se deve postular adaptações de um nível mais elevado do que exigem os fatos" Em outras palavras: primeiro procurem muito bem uma maneira pela qual os genes subjacentes a uma característica possam ser favorecidos em uma competição quotidiana, cabeça contra cabeça. Somente após esgotar todos os seus esforços recorra à competição entre populações distintas e, mesmo assim, com grande cautela. Esta regra tornou-se o credo oficioso do novo paradigma...."
Assim, a seleção de grupo, devido a um traço genético, só pode ser considerada uma explicação neodarwiniana válida, se houver um mecanismo lógico que comprove um benefício maior ao "fitness do gene" mesmo que prejudique o "fitness do organismo" no qual este gene estaria .

10.6- A Reprodução Sexuada

A reprodução sexuada pode ser considerada uma forma de seleção de grupo. Pois tende a prejudicar o organismo individual ao mesmo tempo em que confere benefício ao grupo como um todo (Tabela-I).

Mas por que a seleção sexual "prejudicaria" o indivíduo?
Por muitas razões: O organismo precisa procurar, se arriscar, e pode até não achar, parceiros para se procriar. Muitas vezes precisa lutar ferozmente contra outros machos pela conquista da fêmea. Na reprodução assexuada isso não acontece. O organismo também precisa gastar mais energia para isso, na reprodução assexuada isso não é necessário. Os genes geram machos, que não engravidam, sua única função biológica seria carregar o material germinativo para as fêmeas, um desperdício de energia. Além disso, o organismo só transfere metade de seus cromossomos a cada filho, na reprodução assexuada ele transfere 100% dos genes, o dobro. Então, porque a reprodução sexuada existe? Que mecanismo faria compensar o "malefício" individual?

William Donald Hamilton, biólogo e membro da Royal Society de Londres, criou uma teoria que ficou conhecida como a "Teoria da Rainha Vermelha". Nesta teoria, Hamilton pretende explicar a necessidade da reprodução sexuada como uma forma dos organismos pluricelulares se defenderem das infecções bacterianas [19], [22]. Assim, como a taxa de crescimento das bactérias, e, portanto também de mutações, é mais rápida que dos animais pluricelulares, estes últimos precisariam conseguir uma variabilidade mais rápida para se protegerem destas mutações bacterianas. E, uma maneira de conseguir isso, seria através da reprodução sexuada, na qual a variabilidade genética poderia contrabalancear as rápidas mutações bacterianas.

Entretanto, sabemos que a imensa maioria das mutações ou são inócuas, ou malévolas. As mutações benéficas são muito mais raras. Assim sendo, a mistura de genes pela reprodução sexuada deveria, portanto, proporcionar mais organismos menos adaptados do que organismos mais adaptados, mais organismos com menor resistência às bactérias do que com mais resistência a elas. Além disso, assim como a teoria do "Bem da Espécie", de Weissman, a teoria de Hamilton não mostra um mecanismo que responda como esta seleção de grupo poderia acontecer em termos de benefício ao gene: como, por exemplo, um "gene da sexualidade" poderia dar-se melhor que um "gene da assexualidade"?

Para responder a estas questões e também à do envelhecimento que, como veremos, estão inter-relacionadas, vamos ao nosso próximo tópico.

10.7- A Teoria do Filho Premiado

Uma resposta, que pode ser a chave para estas questões, seria o que eu chamei de a "Teoria do Filho Premiado": A reprodução sexuada permite unir duas ou mais mutações benéficas, de dois organismos distintos, num único organismo, produzindo um "super-organismo" de alto "fitness", sem que haja necessidade de se esperar um enorme tempo, como no caso da reprodução assexuada.

10.7.1- Na Reprodução Sexuada

A reprodução assexuada não permite uma dupla mutação benéfica num mesmo organismo sem uma boa dose de tempo ou de sorte! Vejamos, por exemplo, como é difícil às bactérias, conseguirem sobreviver a dois tipos de antibióticos, administrados simultaneamente, por não possuírem reprodução sexuada:

"...Comparado a outras bactérias, o H. pylori é um microrganismo hiper-mutável. Sua frequência de mutação é dependente do marcador considerado e varia muito entre as diversas linhagens bacterianas. Com referência à rifampicina, por exemplo, encontraram-se taxas de mutação elevadíssimas em algumas estirpes, 3x10-5, e em outras, taxas muito mais baixas, 4x10-8. Por outra parte, em relação à eritromicina a freqüência de mutação é menor, oscilando entre 1x10-7 e 5x10-9. Quanto maior for a população bacteriana no local da infecção, maior é a chance de ocorrerem mutações de resistência, eventualmente selecionáveis durante a antibioticoterapia. Considerando a média das taxas de mutação do exemplo acima, para que fossem encontradas bactérias resistentes a duas drogas seria necessária uma densidade populacional em torno de 1x1014; o que é impossível. Isso evidencia a importância das associações antibióticas..." [20]

Se estas bactérias possuíssem reprodução sexuada, uma bactéria resistente ao primeiro antibiótico poderia cruzar com outra, resistente ao segundo antibiótico, produzindo uma superbactéria resistente a ambos, que então se proliferaria.

A idéia que está por trás da "Teoria do Filho Premiado" é que não importa tanto aos genes a quantidade de sobreviventes na próxima geração quanto importa sua capacidade de sobrevivência no longo prazo. Deve valer à pena aos genes sacrificar a facilidade da reprodução assexuada, pela sexuada, mais complexa e difícil, se isso resultar numa maior capacidade de perpetuação aos genes. G. Miller retrata bem esse ponto de vista, em seu livro "A Mente Seletiva", quando se refere à sexualidade como forma de descartar mutações, no caso, as mutações prejudiciais:

"...Para evitar que as mutações acumulem-se ao longo do tempo, a reprodução sexual assume alguns riscos. ... A maioria dos filhos herdará quase o mesmo número de mutações dos pais. Contudo, alguns podem ter sorte: Eles podem herdar um número abaixo da média de mutações do pais e um número abaixo da média também da mãe. Eles terão genes muito melhores que a média, e devem sobreviver e se reproduzir muito bem. Seus genes livres de mutações serão difundidos pelas gerações futuras. Outros filhos podem ter muito azar: eles podem herdar uma carga de mutações acima da média de mutações de ambos os pais e podem não se desenvolver absolutamente, ou podem morrer na infância. Quando morrem, levam um grande número de mutações consigo, para o esquecimento evolutivo. Este efeito é extremamente importante. Dotando a próxima geração com número desiguais de mutações, a reprodução sexual garante que pelo menos alguns dos filhos terão genes muito bons.....Como a evolução a longo prazo é uma competição em que o vencedor leva tudo, é mais importante produzir alguns filhos que terão uma chance de se saírem bem do que um número maior de filhos medíocres..." [21]

A minha crítica sobre a sexualidade existir para eliminar mutações malévolas também se aplica aqui: Mutações malévolas são eliminadas pela própria natureza. Não há necessidade da sexualidade para isso. Da mesma forma que existem bactérias sem mutações malévolas, também pode existir filhos de organismos de reprodução sexuada sem elas. Da mesma forma que as mutações malévolas prejudicam as bactérias que as portam, também podem prejudicar os organismos de reprodução sexuada que os portam reduzindo seu "fitness" e dificultando a sobrevivência do gene mutante no longo prazo.

A função dos machos, na reprodução sexuada, seria a de possibilitar que mutações benéficas sejam disseminadas pela população num ritmo muito maior do que na reprodução assexuada.

Qual seria o mecanismo que possibilitaria a reprodução sexuada?

Para respondermos a isso, vamos supor que exista, numa mesma espécie, um alelo, um gene, que induza à reprodução sexual, por exemplo, jogando gametas no seu ambiente aquático que, ao se juntarem formariam novos organismos. E existe também o alelo assexuado, que induz à reprodução assexuada. Temos então dois alelos (sexuado e assexuado), competindo na mesma espécie para sobreviver. Existem mutações que acontecem nos dois subgrupos. Um filho mutante assexuado tem as mesmas chances de receber uma mutação que a de um filho sexuado. Se a mutação é boa, ou má, isso vai beneficiar, ou prejudicar, a ambos da mesma forma. Mas suponha que este filho mutante gere gametas que irão encontrar outro gameta mutante com outra mutação benéfica.

Temos então um super organismo, um mutante com uma dupla mutação benéfica, um ser de altíssimo "fitness", que faria com que este alelo sexual tivesse muito mais probabilidade de sobrevivência e reprodução que seu competidor assexuado. Tal fato poderia, no longo prazo, fazê-lo se fixar na espécie.



10.7.2- No Envelhecimento

Também podemos utilizar a teoria do "Filho Premiado" para explicarmos o envelhecimento. Para entendermos o processo vamos criar uma história hipotética e bastante bizarra: Suponha que um determinado governo desse um prêmio de um milhão de dólares à família de quem tivesse um filho que se suicidasse. Mas, de modo a não estimular a prática, o prêmio não seria dado logo após o suicídio, e nem a família saberia o motivo de ter ganhado o dinheiro. Assim, se o suicídio tivesse alguma origem genética, estes genes poderiam estar em algum outro membro da mesma família (os irmãos compartilham 50% dos cromossomos), e assim o valor concedido acabaria por favorecer todos os genes desta família, inclusive, e principalmente, os genes que causaram o suicídio.

Mas o que podemos depreender da bizarra história acima?

Que um gene que prejudique o "fitness" do organismo, mesmo que tal gene possa levá-lo à morte, poderá prosperar na população, se este traço causar um benefício suficientemente grande ao grupo no qual este organismo compartilha este gene, isto é, beneficiando suas cópias em outros corpos. Este é o caso do suicídio do louva-deus e de algumas espécies de aranhas. Vimos isto quando estudamos alguns conflitos entre o organismo individual e seus genes no tópico 10.2.2 acima.

Num ambiente razoavelmente estável a taxa de nascimento de uma espécie deve corresponder, na média, à sua taxa de mortalidade. Se não fosse assim, isto é, se a taxa de nascimento fosse maior que a de mortalidade a espécie cresceria até que não houvesse mais recursos naturais para alimentá-la. Se, por outro lado, a taxa de mortalidade fosse sempre maior que a de nascimento, então a espécie se extinguiria [10]. Então, vamos analisar o envelhecimento na hipótese que as espécies estão em um relativo grau de equilíbrio, a espécie poderia crescer no máximo até o limite dos recursos alimentares de seu habitat, que é a situação normal, para isto:

Taxa de Nascimento = Taxa de Morte

Assim, dentro desta condição de equilíbrio, se a espécie é imortal, isto é, se não há uma morte programada em seu DNA (não há envelhecimento), os únicos nascimentos que poderiam sobreviver, e chegar à maturidade, são os que iriam ocupar a "vaga" dos indivíduos que morressem por morte acidental como, por exemplo, brigas, acidentes, predadores, doenças etc.

Vamos agora supor uma situação hipotética limite, onde os organismos adultos de uma espécie que não envelhece, também não morrem de outras causas (além da inanição). Neste caso, todos os possíveis nascimentos desta espécie morreriam de fome antes de atingirem a maturidade, pois não haveria recursos alimentares para os nascituros. Desta forma também não haveria evolução, uma vez que não poderiam nascer organismos mutantes, que são a matéria prima da evolução. Neste caso limite, a espécie estaria parada no tempo, sem poder evoluir. E uma espécie que não evolui é uma espécie fadada a extinção já que não pode se adaptar às mudanças ambientais e nem à competição com outras espécies, e também em relação às bactérias, que causam doenças, e que tem uma taxa de mutações alta já que se reproduzem também rapidamente (teoria da Rainha Vermelha).

Concluímos então, que uma espécie em que não acontecem mortes de seus adultos acaba se extinguindo. Entretanto, como vimos, ainda podem ocorrer mortes acidentais, e isso permitiria que nascimentos, e, portanto, possíveis mutações benéficas, chegassem à maturidade e fossem transmitidas ao pool genético da espécie. Contudo, mutações são raras, e mutações benéficas muito mais raras. Por esta razão, a taxa de mortalidade acidental poderia não ser suficiente alta para que a quantidade de mutações benéficas necessárias à adaptação da espécie fosse alcançada.

Se aparecesse um gene mutante da morte (ou grupo de genes) que matasse o organismo depois que este passasse de sua fase reprodutiva, isto é, que desse tempo suficiente ao organismo para que este passasse este gene à próxima geração, este "gene da morte" poderia ser beneficiado pelo aumento que ele mesmo provocou na taxa de morte.

Temos então um caso de seleção de grupo: O "gene do envelhecimento" seria benéfico ao grupo, por permitir aumentar o número de `bons' mutantes, e, assim, a taxa evolutiva da espécie, beneficiando-a. Contudo, prejudicaria o organismo individual ao matá-lo, diminuindo seu "fitness". Para que isso seja possível, precisa haver um mecanismo que sobrepuje a perda do "fitness" do organismo individual, e, em contra partida, aumente o "fitness do gene". E é isso que, explicaremos a seguir:

Quando o "gene do envelhecimento" mata o organismo (que já teve seus filhos) ele cria uma "vaga" (desaloca o espaço ocupado e os recursos alimentares que utilizava) no grupo local para que algum infante, ou nascituro possa chegar à maturidade sexual. É importante observar que os recursos que este organismo ocupava estão, em geral, geograficamente mais perto dos organismos que compartilhavam seus genes, como seus filhos e parentes.

Além disso, cria-se uma possibilidade de que o organismo que agora pode chegar à maturidade, seja um "super organismo", ou seja, com a vaga aberta por esta morte, cria-se a possibilidade de que o novo organismo herde duas ou mais mutações benéficas de seus pais desde que a reprodução desta espécie seja sexuada!

Ou seja, temos um caso análogo ao do suicida de nosso exemplo bizarro anterior (ou do louva-deus), no qual a família recebia um milhão de dólares se algum filho se suicidava. No nosso caso, quem morre é um parente próximo, e quem ganha o grande prêmio é a família que é contemplada com um "filho premiado" (que possua duas ou mais mutações benéficas). Como a morte acontece no grupo local, existe uma probabilidade maior de que esta vaga seja ocupada por um parente do organismo que morreu do que a de um estranho longínquo, isto é, o gene que causou a morte por envelhecimento tem mais probabilidade de ocupar a vaga, por estar geograficamente perto dos recursos deixados, do que um alelo longínquo, que não compartilhe muitos genes com o organismo morto.

Se o "super organismo" que ocupou a vaga e chegou à maturidade sexual tiver um "fitness" suficientemente alto, ele irá propagar seus genes de forma muito mais vigorosa do que um organismo normal. Dessa forma, basta que o "gene do envelhecimento" consiga, uma única vez, pegar carona em um "filho-premiado" para se espalhar rapidamente pela população, beneficiando a taxa de evolução do grupo e, agora também, a do próprio "gene do envelhecimento".

Vamos agora supor que aconteça o oposto, uma população inicialmente formada por mortais, e nasça um organismo mutante imortal (que não envelhece) que também é um "super organismo". Neste caso, como no anterior, o gene da imortalidade deve espalhar-se rapidamente pelo ambiente local em função do "fitness" conferido pela dupla mutação benévola. E, nessa localidade, essa região onde este imortal habita, tende a se tornar também uma região de imortais, e como conseqüência, com uma baixa taxa evolutiva. Isso significa que esta região de imortais terá baixa adaptabilidade, e poderá ser "convertida" rapidamente a partir de algum organismo de maior adaptabilidade, qual seja: a de um grupo de organismos mortais. Assim, podemos concluir que o grupo dos organismos imortais, por possuir uma taxa evolutiva mais baixa, é instável, e sempre tenderão a serem substituídos por organismos mortais, de maior adaptabilidade evolutiva.

É interessante observar que a própria taxa de envelhecimento (o tempo do relógio biológico), a que está correlacionada à taxa evolutiva da espécie, deve também sofrer uma pressão seletiva de ajuste. O envelhecimento deve estar numa cadência tal que, se matar o organismo cedo demais, prejudica os genes impedindo-o de ter um número adequado de descendentes. Se deixar o organismo viver muito, impede que outros possam nascer e sobreviver. Deve haver, portanto, um nível ótimo de envelhecimento, que permita aos organismos terem um número ótimo de filhos e, ao mesmo tempo, permitir que a espécie evolua. Pesquisas recentes parecem evidenciar este paradigma de morte programada [30]. Este nível de adequação será dado pela "equação da morte", que veremos a seguir.

Resumindo:

- Num ambiente equilibrado e relativamente estável, o envelhecimento é benéfico à espécie porque aumenta a taxa de morte, e com isso a taxa evolutiva da espécie, sua adaptabilidade ao ambiente, às presas e aos seus predadores..

- O Envelhecimento, como uma adaptação evolutiva, só poderia ocorrer em espécies com reprodução sexuada, que possibilita uma maior probabilidade para a ocorrência de "super organismos" (organismos portadores de duas ou mais mutações benéficas), que podem espalhar a mutação com muito mais rapidez e eficácia.

- O "gene do envelhecimento" precisa pegar carona uma única vez em um "filho-premiado" para que se espalhe para o grupo e beneficie a espécie e o próprio gene.

- Um subgrupo de organismos imortais teria existência instável, pois, por não se adaptarem à mesma taxa dos mortais, sempre correria o risco de ser substituída por estes últimos.

- Espécies pluricelulares, de reprodução assexuada, não apresentariam senescência, mas poderiam perecer devido à acumulação de danos em seu DNA.



SUBJECT: A Equação da Morte
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/05/2012 17:08

http://www.genismo.com/geneticatexto41.htm
A "Equação da Morte"

Com esta teoria podemos agora esboçar a "Equação da Morte". Esta equação seria uma avaliação do tempo de vida das espécies sexuadas –sua longevidade-, em função de algumas de suas características e a de seus predadores dentro de um ambiente estável.

Vamos supor que exista um ambiente como, por exemplo, uma ilha, onde presas e predadores convivem não muito pacificamente, já que os predadores se alimentam de suas presas para sobreviverem. Um lema se aplica a todos os ambientes naturais:

"Se existe um recurso em grande abundância que pode ser utilizado pela vida, e se surgir um `predador' que se beneficie deste recurso, sua população crescerá".

A luz solar é um recurso em abundância que cobre nosso ambiente e pode ser utilizado pela vida. Então, pelo nosso lema, se surgir um `predador' desta luz, por exemplo, um vegetal, que utilize esta luz solar, e crescerá enquanto houver este recurso disponível. Agora, neste exemplo, temos outro recurso em abundância: os vegetais. Da mesma forma surgirão os herbívoros que crescerão utilizando esta vegetação como recurso alimentar. Depois surgirão os vários tipos de carnívoros, e assim se forma uma pirâmide de presas e predadores com a vegetação na base da pirâmide, seguido pelos herbívoros, e as diversas espécies de carnívoros. O nível mais alto desta pirâmide alimentar seria o predador que se alimenta de carnívoros, mas que não é presa de nenhum outro organismo. Seria, por exemplo, o caso da águia, ou do leão. Devemos notar que o ambiente humano atual não é estável, pois estamos num processo de crescimento populacional acelerado o que descaracteriza o equilíbrio. Entretanto, os genes dos organismos terrestres se adaptaram, na maior parte dos quatro bilhões de anos que existe vida na Terra, em períodos de tempo de relativo equilíbrio. As grandes transformações ocorrem, em geral, em curtos períodos de tempo.

11.1-Condições Iniciais

Vamos supor que nosso ambiente seja relativamente estável, isto é, que esteja em equilíbrio dinâmico: organismos morrem e nascem, mas sua freqüência relativa permanece constante. Assim, o número total de organismos de qualquer espécie que habita nosso ambiente se mantém constante no tempo. É claro que a hipótese de um ecossistema estável não ocorre em tempos evolutivos. Na escala de milhões de anos, novas espécies costumam desaparecer e outras novas surgirem. Nossa escala de tempo é, portanto, menor. Assim, pela nossa hipótese inicial do ambiente estar em equilíbrio, temos para todas as espécies:

Taxa de Nascimento = Taxa de Morte (I)

Se a taxa de nascimento fosse maior que a de morte, a população cresceria continuamente até exaurir os recursos disponíveis. Se a taxa de nascimento fosse maior que a de morte, a população diminuiria até a sua extinção. Como estudamos anteriormente, podemos supor também que todas as espécies sexuadas tenham a morte programada, isto é, envelhecem e morrem. Se "X" é a espécie que queremis determinar a longevidade, podemos definir algumas variáveis, relativas a um instante de tempo qualquer deste ambiente:

L = Longevidade de uma determinada espécie X, isto é, seu tempo médio de vida antes de morrer de velhice.
Nt = O número total de organismos desta espécie X.
Nu = Número de organismos de X que procriaram ou procriarão.
Nn = Número de organismos de X que morrerão sem se reproduzir.

Então:

Nt = Nu+Nn (II)

Se definirmos:
G = Número médio de gestações por organismo que procriam (durante um período de tempo L). Isto é, G é o número total de gestações durante o período L dividida pela quantidade de organismos que procriam (G=Total de Gestações/Nu). Assim, num período L, os organismos que procriam irão gerar (G*F) filhos cada um, onde:
F = Número médio de filhos por gestação por organismo que procriam.

Devemos notar também que no período L (Longevidade =período de vida do organismo da espécie X), todos os organismos da espécie de um dado instante qualquer, são mortos (de velhice ou por predadores) e substituídos pelos seus descendentes. Por exemplo: um organismo da espécie X, que acaba de nascer agora, daqui a um tempo L, estará morto, se não por predadores, por envelhecimento. Assim, num período L todos os organismos de um determinado instante, estarão mortos e toda a população será trocada.

No período L, toda a população é substituída pelos filhos dos organismos que procriam:

Nt = Nu * (G * F) (III)

11.2- A Taxa Evolutiva

Devido à constante troca de organismos em decorrência da morte, algumas mutações benéficas acontecem e as espécies evoluem. Se uma espécie não evolui, isto é, deixa de apresentar mutações benéficas, ela para no tempo, e pode ser extinta por predadores que continuem a evoluir, ou então é substituída por outra que consome os mesmos recursos que ela consumia. Então, para que o equilíbrio seja mantido a taxa de evolução de uma presa deve ser, pelo menos, equivalente à taxa de evolução de seus predadores. O inverso também é verdade: A taxa evolutiva de um predador deve, ao menos, acompanhar a taxa evolutiva das suas presas. Se, por exemplo, suas presas evoluírem adotando mecanismos de defesa contra o predador, e este não evoluir à altura, ele morrerá de fome.

Mas a taxa evolutiva de uma espécie é proporcional à taxa de mutações benéficas que a espécie sofre, e a taxa de mutações benéficas é proporcional à taxa de mutações, e a taxa de mutações é proporcional à taxa de nascimento dos que procriam nesta espécie. Assim, a taxa evolutiva da espécie é proporcional à taxa de nascimentos úteis, ou seja, dos organismos que procriarão, pois os organismos que não procriam não podem passar suas mutações, e não contribuirão para a "evolutividade" da espécie.

Então, para qualquer espécie, é válido:

Taxa Evolutiva = k * Taxa de Nascimentos Úteis (IV)

Onde k é a constante que converte a taxa de nascimento na taxa de mutações benéficas.

Se definirmos:

Tx= Taxa evolutiva da espécie X. Poderemos reescrever (IV) em termos de nossas variáveis:

Tx = k * Nu/L (Va)

Se definirmos ainda:
Ti = Taxa evolutiva do i-ésimo predador
Ni = Taxa de nascimentos úteis (que irão procriar) do i-ésimo predador
Li = Longevidade (tempo de vida máxima) do i-ésimo predador

Utilizando estas variáveis, a fórmula (IV) pode ser re-escrita agora também para os predadores de X:

Taxa Evolutiva do i-ésimo Predador = k * Ni / Li (Vb)



11.3- A Base da Pirâmide

Para se manter em equilíbrio, em relação aos seus predadores, a taxa evolutiva de uma espécie deve ser proporcional à soma das taxas evolutivas de seus predadores. Se Ki (um número que varia de 0% a 100%) denota o grau de importância da espécie X no cardápio do seu i-ésimo predador (=predador i), e se considerarmos a "Taxa Ambiental" como a variação física (climática, por exemplo) no ambiente que a espécie habita, teremos:

Taxa Evolutiva de X = Soma{ Ki * Taxa Evolutiva do Predadori }+h*Taxa Ambiental (VI)

Ki=Constante que define o grau de importância da espécie X para a dieta do seu i-ésimo predador. Isto é necessário porque a espécie X pode não ser o cardápio principal de um dado predador(a), mas pode ser a dieta principal do predador(b) de modo que a taxa evolutiva deste último contribua mais para a taxa evolutiva de X.
TxA= Taxa Ambiental. Variação física média no ambiente da espécie como clima, umidade, temperatura etc..

Colocando (VI) em termos de nossas variáveis, e utilizando as equações (Va) e (Vb), teremos:

Nu/L = Soma{ Ki * Ni / Li } + TxA (VII)

Se nós utilizarmos agora a equação (III), poderemos isolar a longevidade L, e teremos o tempo de vida por envelhecimento em função dos parâmetros dos predadores, do tamanho da população de X e do número médio de filhos por organismo:

L = (Nt / (G*F)) / (Soma{ ki * Ni / Li }+TxA) (VIII)

Esta fórmula serve apenas para os organismos da base da pirâmide alimentar, pois só contempla os predadores da espécie X, e não, ainda, o caso geral. Podemos simplificá-la um pouco para fazermos uma análise qualitativa.

Vamos simplificar a equação (VIII), tomando como hipótese que os predadores tenham a mesma taxa de nascimento e longevidade, isto é, que ki*Ni/Li = k1*N1/L1. E o ambiente não muda muito, isto é TxA=0. Se tivermos "M" espécies de predadores de X, onde X é sua única dieta (ki=1), e sabendo que N1 = Nt1/(G1F1), a fórmula (VIII) ficará simplificada para:

L = L1*(Nt /N1) / (G*F) / M (IX)

Podemos inferir, neste caso, que a longevidade L das presas da base da pirâmide alimentar é:

- inversamente proporcional ao número de filhos por organismo (G*F).
- inversamente proporcional ao número de predadores (M).
- proporcional à longevidade de seus predadores (L1).
- proporcional ao tamanho da população relativa aos predadores(Nt/N1).


11.4- O Topo da Pirâmide

Agora iremos calcular a fórmula da longevidade da espécie X, quando X é um predador do topo da cadeia alimentar, como, por exemplo, uma águia, ou um leão.

Há uma assimetria entre estar na base da pirâmide ou estar em seu topo, pois o cardápio do predador que está no topo, sendo variado, ele não ficará a mercê de uma única espécie de presa, ao passo que do ponto de vista da presa, qualquer um de seus predadores, poderia, em princípio, exterminá-la. Ou seja, para uma presa, qualquer um dos seus predadores poderia, caso evoluísse mais rapidamente que X, levá-la à extinção. Assim, no caso em que X é um predador do topo da pirâmide, com vários tipos de presas disponíveis, a evolução rápida de uma destas presas pode não matar o predador de fome, já que este poderia se nutrir das outras presas de seu cardápio. De qualquer modo, se TxA é a taxa de variação ambiental:

Tx do Predador = Soma da taxa evolutiva das Presas+TxA (X)

Se Zi denota o fator de peso, um número entre 0 e 1, que indica o quão importante a i-ésima presa é para o cardápio do predador X. Então poderemos reescrever a equação (X) em termos destas variáveis:

Tx = Soma{ Zi * Tx_da_Presai } + TxA (XI)

Utilizando (Va e Vb) e (III) e (XI), teremos a fórmula para a Longevidade do predador do topo da cadeia alimentar em função dos parâmetros de suas presas:

L = (Nt / (G*F)) / (Soma{Zi* Ni / Li}+TxA) (XII)

Para efeito de análise, vamos simplificar um pouco a fórmula do predador, acima, e considerarmos que todas as suas presas têm a mesma importância no seu cardápio alimentar e que suas populações e tempo de vida são iguais, isto é: Ni = N1 e Li=L1, e o ambiente não muda(TxA=0), teremos então para a longevidade do predador do topo da pirâmide:

L = (Nt/N1) * L1 / (G*F) (XIII)

Ou seja, a longevidade do predador do topo cadeia alimentar é:

- Inversamente proporcional ao número médio de filhos (G*F).
- Proporcional à longevidade média de suas presas (L1).
- Proporcional à sua população relativa (Nt/N1).


11.5- A Equação da Morte

Vamos então calcular a longevidade no meio da cadeia alimentar, isto é, iremos considerar o caso geral, em que nossa espécie X pode ter várias presas e vários predadores.

Neste caso a espécie está "espremida" entre a evolução de suas presas e também à de seus predadores. A taxa evolutiva da espécie deverá ser a combinação das equações (VI) e (XI), onde teremos:

Taxa Evolutiva de X = Soma{ Taxa evolutiva dos predadores e Presas}+TxA (XIV)

Utilizando (XI), (VII) e (V), (XIV), e denotando Predadores{} como a soma em relação aos predadores de X, e Presas{} como a soma em relação às suas presas, teremos:

Nu/L = Predadores{ Ki*Ni / Li}+Presas{ Zi* Ni / Li }+TxA (XV)

Isolando a variável de longevidade L, teremos, finalmente, a

"Equação da Morte":

L=(Nt/(G*F)) / [Predadores{Ki*Ni/Li}+Presas{Zi*Ni/Li}+TxA] (XVI)

Onde:
L = Longevidade da espécie X.
Nt = Tamanho total da população da espécie X.
G = Número médio de gestações, por organismo, da espécie X.
F = Número médio de filhos por Gestação.
Predadores{} = Soma sobre os predadores da espécie X.
Ki = Número entre 0 e 1 indicando o grau de importância de X no cardápio do i-ésimo predador. A soma de Ki não precisa ser a unidade.
Ni = Tamanho da População que se reproduz da i-ésima espécie. Se estiver dentro de Predador{} será uma espécie de predador de X, se estiver dentro de Presas{} será uma espécie de presa de X. Isto é: Ni=Nti/(Fi*Gi)
Li = Longevidade da i-ésima espécie.
Zi = Fator de peso na ponderação. Número entre 0 e 1 que indica o quanto importante é a i-ésima presa na alimentação de X.
TxA=Taxa média de Variação Ambiental (Clima, condições físicas do ambiente)



11.6- Verificações Empíricas

Podemos agora comparar nossa equação com os dados experimentais da longevidade dos animais [24]. Para um predador, a equação (XVI) pode ser simplificada na forma da equação (VIII). Nela verificamos que a longevidade é proporcional à idade média de suas presas, e proporcional ao tamanho de sua população em relação à de suas presas:

Um Tigre vive, em média, 17 anos. E algumas de suas presas são: Porcos 12 anos; Cabras 17; Javali 17, Macaco 13. O que parece estar de acordo com a equação.

Um Rato vive, em média, 4 anos mas há um número enorme de predadores que se alimentam dele. De acordo com a equação (IX) seu tempo de vida é inversamente proporcional ao número de predadores, que são muitos. Portanto isso explicaria sua baixa longevidade.



SUBJECT: Re: Climatologista no programa do Jô
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/05/2012 17:41

Roberto,

Lendo meio por cima;

> "...E como vimos na Figura 2, a Antártica está perdendo gelo, mesmo longe desses 20 graus de variação. O pior cenário é um pouco maior: 59 cm (excluindo os efeitos da mudança na dinâmica do gelo), mas a questão é que seria uma elevação permanente e por todos os oceanos - e não uma alteração temporária e localizada..."

O que você quis dizer com "permanente" neste reduzido (6 anos) cenário apresentado? Não seria "crescente"?

Marcel



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "roberto" <roberto.takata@...> escreveu
>
> Considere como tudo incorreto, salvo melhor juízo.
>
> Estou fazendo uma análise das bobagens ditas.
> http://genereporter.blogspot.com.br/2012/05/jogo-dos-erros-3.html
>
> Mais um pouco aqui (de outra entrevista):
> http://neveraskedquestions.blogspot.com.br/2011/10/requentando-o-negacionismo-2.html
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, psdias2 psdias2@ escreveu
> >
> > Alguém sabe o que é correto, o que não é, na fala do climatologista e
> > professor da USP,
> > Ricardo Augusto Felício ? (com exceção de a floresta amazônica não ser
> > o "pulmão do mundo",
> > que já foi divulgado há vários anos)
> >
> > http://www.youtube.com/watch?v=winWWplmyMk
> >
> > Paulo
> >
>

SUBJECT: Ativação da Telomerase por pílula
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/05/2012 17:51

Empresa que comercializa no Brasil:

http://www.ta65.com.br/

Não estou fazendo propaganda ;)
É para avaliação. Depois dou sequência com mais e-mails...



SUBJECT: Fw: > Sem palavras...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <Conversa_de_Botequim@yahoogrupos.com.br>, <clubengeletrica@yahoogrupos.com.br>, <eletronicabr@yahoogrupos.com.br>, <forum-prof@listas.if.ufrj.br>, <nova_eletronica@yahoogrupos.com.br>, <radiotecnico@yahoogrupos.com.br>, <Receptores_Experimentais@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
DATE: 04/05/2012 21:26

Participe!
[]´
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================

  
MARGEM DO RIO SOLIMOES!

MST "PRODUZINDO"?!


Vejam o que acontece na margem esquerda do Rio Solimoes,beira de um assentamento do MST. Esta deve ser a ideia de
produtividade do "movimento."
As tartarugas produzem, eles roubam e vendem os ovos. Deve ser a piscicultura auto-sustentável do INCRA.
sem palavras.....
Mais um pouco e adeus tartarugas!

E9D105193604487497316006D814D4D5@dell

 

16C016AC68184B3B8F6C2ACCF4ABB7DF@dell

7E73FC930A8D4282B178C984E46A4457@dell
A4820F1C891D4B80ADDD34AB699BF320@dell
FE9EEF1C9E374A9199B513F637F8B4F5@dell
F1BAC5CA813347AF9EA96B8BCE479457@dell
D9DD30B5488D4CF4BA4D545C9B033986@dell
D0180754587E4F00976DD7E4FA838A86@dell
197B6FEB53D64AECA30C18DCE8353B46@dell

Roubam os ovos das tartarugas, para vender.

Por favor, repassem esta mensagem sem moderacao. O planeta agradece!
 
 

 
 
 

SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Energia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/05/2012 21:58


"A corrente elétrica é devido ao acúmulo de cargas na pilha. Uma passagem de corrente por uma bobina secundária de um transformador pode ser levemente modificada por pequenas variações na bobina primária devido a distorções no arranjo de agentes que vem pelo ar e que são absorvidos pelo material da antena. Estas pequenas distorções podem ser amplificadas com a ajuda destas cargas acumuladas nas pilhas."
 
Pelas barbas do Calil ... fa!
Agora as pilhas acumulam cargas elétricas! Cuidado com vazamento de cargas das pilhas que ficam muito tempo dentro de um radinho; vc pode receber um choque mortal!
Será que ele está querendo descrever o funcionamento de uma bobina de antena? Será que estes agentes que vem pelo ar são do FBI (com sua regra dos três dedos da mão esquerda)?
[]´
 
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Friday, May 04, 2012 12:02 PM
Subject: Re: RES: [ciencialist] Energia

 

Olá Hélio.

De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quinta-feira, 3 de Maio de 2012 21:54
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Energia

 
Victor e Roberto Takata,

Roberto falou:
> Mas vc pode medir, por exemplo, energia
> térmica sem se referir a movimentos de
> corpos (...)
> Há outras variações de propriedades de
> sistemas q envolvem energia q não o seu
> estado de movimento.

Como falei:
"O resto são variações sobre o mesmo tema."


Victor falou:
> ... Por exemplo, em qualquer ponto do espaço
> à sua volta há energia, em algumas formas.
> Uma delas, é a eletromagnética. ...

Logo, para ser coerente, devo dizer que campo magnético como algo assim, deste jeito, tão imaterial, assim, assim, meio fantasmagórico, deste jeito que você o pensa, NÃO EXISTE.
 
      Esse seu "não existe" é diferente do meu não existe. Quando disse em uma mensagem num passado recente que "a rigor, o campo magnético não existe", foi no sentido de que as cargas em movimento podem ser tratadas apenas como interações elétricas. No entanto, ressaltei que sem o uso do "modelo campo magnético" as coisas podem ficar muito complicadas, senão insolúveis.
 

:-)
:-)

Victor disse:
> Um radinho de pilha apenas detecta que
> ela está lá, mas está lá independentemente
> do radinho.

A corrente elétrica é devido ao acúmulo de cargas na pilha. Uma passagem de corrente por uma bobina secundária de um transformador pode ser levemente modificada por pequenas variações na bobina primária devido a distorções no arranjo de agentes que vem pelo ar e que são absorvidos pelo material da antena. Estas pequenas distorções podem ser amplificadas com a ajuda destas cargas acumuladas nas pilhas. 
 
   Mas que diabos você quis dizer com isso? Que corrente na bobina secundária? Variações de que na bobina primária? espiras, geometria, corrente? Distorções no arranjo de agentes? Sinceramente, boiei.
 
   [],s
 
   Belmiro
   P.S. Você pediu para o Calil escrever essa porção do texto aí encima?=)) rolando de rir

Pessoal, eu não tenho nada contra a palavra "energia" e poderia ter usado ela sem problemas no parágrafo anterior. Mas a minha intensão ao evitá-la é fazer uma espécie de protesto contra a deturpação do significado original que esta palavra foi tomando durante a história da ciência. Provavelmente foi esta deturpação que gerou a entrada no labirinto fractal que já falei aqui em mensagens anteriores.

Hélio

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 3 de Maio de 2012 12:46
Assunto: RES: [ciencialist] Energia

 
Hélio,
 
De qualquer maneira, não é disto a que me refiro:   "Esta pedra emana energia positiva", "você tem uma energia negativa", "energia escura acelera a expansão do universo", "fulano tem uma energia boa",  "matéria se transforma em energia" etc.”. Entendi que você falava de energia no sentido em que todos conhecemos(e que também não sabemos bem o que é), mecânica, eletromagnética, química, por ai.
 
Obs.: A proposição “Energia NÃO EXISTE per se. NÃO EXISTE sem um corpo para que seu movimento seja quantificado. “ precisa ser melhor clarificada.  Por exemplo, em qualquer ponto do espaço à sua volta há energia, em algumas formas. Uma delas, é a eletromagnética. Um radinho de pilha apenas detecta que ela está lá, mas está lá independentemente do radinho. And so on(gostei dessa expressão...).
 
Sds,
Victor.
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Hélio Carvalho
Enviada em: quinta-feira, 3 de maio de 2012 19:51
Para: C-List
Assunto: [ciencialist] Energia
 
Oi Victor,
 
Victor disse:
> Agora, cumpra o que prometeu: energia e campo
> magnético não existem, em que sentido? Sério,
> estou querendo mesmo saber essa linha de
> pensamento. Talvez faça mesmo sentido. Se fizer,
> ponto para você.  E para mim também, que aprendi
> coisas novas.
 
Como prometido, eu vou te dizer o que significa "não existe" em relação a energia.
O conceito de energia vem da equação de Torricelle do MRUV onde se elimina o tempo das equações horárias da posição e da velocidade.
A expressão mv^2/2 passou a ser uma forma de quantificar o movimento do corpo e ma(xf-xi) uma forma de prever qual será a diferença da quantidade mv^2/2 se o corpo for submetido a aceleração "a" durante um percurso de xi até xf.
 
A vantagem é que não é necessário o tempo. Quando alguém chama mv^2/2 de energia cinética e ma(xf-xi) de energia potencial a conservação é obvia, eq. de Torricelli.
 
Como é sempre possível, não só cinematicamente mas também dinamicamente, compor um movimento qualquer pela junção de pedaços em MRUV, a conservação fica garantida para qualquer movimento, desde que se leve sempre em consideração todas as interações. O resto são variações sobre o mesmo tema.
 
Ou seja, energia é simplesmente uma das formas possíveis para se quantificar o movimento de um corpo, forma muito válida para agilizar os cálculos, quando não sabemos os tempos.
Se energia for sempre vista desta forma, está tudo bem. Mas não é isto que acontece.
Então eu tenho que dizer:
Energia NÃO EXISTE per se. NÃO EXISTE sem um corpo para que seu movimento seja quantificado.
 
Existem muitos termos esotéricos usando este conceito:
"Esta pedra emana energia positiva", "você tem uma energia negativa", "energia escura acelera a expansão do universo", "fulano tem uma energia boa",  "matéria se transforma em energia" etc.
:-o
.
:-)
 
Hélio 





SUBJECT: Re: [ciencialist] Energia
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/05/2012 22:53

Oi Léo,

Eu realmente não fui muito rigoroso.

Para quem quiser saber o funcionamento da pilha descrito de uma maneira mais precisa, aconselho olhar o final do texto em:
http://www.feiradeciencias.com.br/sala12/12_HC03.asp

:-)

Hélio


De: Luiz Ferraz Netto <leo@feiradeciencias.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sexta-feira, 4 de Maio de 2012 21:58
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Energia

 

"A corrente elétrica é devido ao acúmulo de cargas na pilha. Uma passagem de corrente por uma bobina secundária de um transformador pode ser levemente modificada por pequenas variações na bobina primária devido a distorções no arranjo de agentes que vem pelo ar e que são absorvidos pelo material da antena. Estas pequenas distorções podem ser amplificadas com a ajuda destas cargas acumuladas nas pilhas."
 
Pelas barbas do Calil ... fa!
Agora as pilhas acumulam cargas elétricas! Cuidado com vazamento de cargas das pilhas que ficam muito tempo dentro de um radinho; vc pode receber um choque mortal!
Será que ele está querendo descrever o funcionamento de uma bobina de antena? Será que estes agentes que vem pelo ar são do FBI (com sua regra dos três dedos da mão esquerda)?
[]´
 
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Friday, May 04, 2012 12:02 PM
Subject: Re: RES: [ciencialist] Energia

 
Olá Hélio.

De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quinta-feira, 3 de Maio de 2012 21:54
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Energia

 
Victor e Roberto Takata,

Roberto falou:
> Mas vc pode medir, por exemplo, energia
> térmica sem se referir a movimentos de
> corpos (...)
> Há outras variações de propriedades de
> sistemas q envolvem energia q não o seu
> estado de movimento.

Como falei:
"O resto são variações sobre o mesmo tema."


Victor falou:
> ... Por exemplo, em qualquer ponto do espaço
> à sua volta há energia, em algumas formas.
> Uma delas, é a eletromagnética. ...

Logo, para ser coerente, devo dizer que campo magnético como algo assim, deste jeito, tão imaterial, assim, assim, meio fantasmagórico, deste jeito que você o pensa, NÃO EXISTE.
 
      Esse seu "não existe" é diferente do meu não existe. Quando disse em uma mensagem num passado recente que "a rigor, o campo magnético não existe", foi no sentido de que as cargas em movimento podem ser tratadas apenas como interações elétricas. No entanto, ressaltei que sem o uso do "modelo campo magnético" as coisas podem ficar muito complicadas, senão insolúveis.
 

:-)
:-)

Victor disse:
> Um radinho de pilha apenas detecta que
> ela está lá, mas está lá independentemente
> do radinho.

A corrente elétrica é devido ao acúmulo de cargas na pilha. Uma passagem de corrente por uma bobina secundária de um transformador pode ser levemente modificada por pequenas variações na bobina primária devido a distorções no arranjo de agentes que vem pelo ar e que são absorvidos pelo material da antena. Estas pequenas distorções podem ser amplificadas com a ajuda destas cargas acumuladas nas pilhas. 
 
   Mas que diabos você quis dizer com isso? Que corrente na bobina secundária? Variações de que na bobina primária? espiras, geometria, corrente? Distorções no arranjo de agentes? Sinceramente, boiei.
 
   [],s
 
   Belmiro
   P.S. Você pediu para o Calil escrever essa porção do texto aí encima?=)) rolando de rir

Pessoal, eu não tenho nada contra a palavra "energia" e poderia ter usado ela sem problemas no parágrafo anterior. Mas a minha intensão ao evitá-la é fazer uma espécie de protesto contra a deturpação do significado original que esta palavra foi tomando durante a história da ciência. Provavelmente foi esta deturpação que gerou a entrada no labirinto fractal que já falei aqui em mensagens anteriores.

Hélio

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 3 de Maio de 2012 12:46
Assunto: RES: [ciencialist] Energia

 
Hélio,
 
De qualquer maneira, não é disto a que me refiro:   "Esta pedra emana energia positiva", "você tem uma energia negativa", "energia escura acelera a expansão do universo", "fulano tem uma energia boa",  "matéria se transforma em energia" etc.”. Entendi que você falava de energia no sentido em que todos conhecemos(e que também não sabemos bem o que é), mecânica, eletromagnética, química, por ai.
 
Obs.: A proposição “Energia NÃO EXISTE per se. NÃO EXISTE sem um corpo para que seu movimento seja quantificado. “ precisa ser melhor clarificada.  Por exemplo, em qualquer ponto do espaço à sua volta há energia, em algumas formas. Uma delas, é a eletromagnética. Um radinho de pilha apenas detecta que ela está lá, mas está lá independentemente do radinho. And so on(gostei dessa expressão...).
 
Sds,
Victor.
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Hélio Carvalho
Enviada em: quinta-feira, 3 de maio de 2012 19:51
Para: C-List
Assunto: [ciencialist] Energia
 
Oi Victor,
 
Victor disse:
> Agora, cumpra o que prometeu: energia e campo
> magnético não existem, em que sentido? Sério,
> estou querendo mesmo saber essa linha de
> pensamento. Talvez faça mesmo sentido. Se fizer,
> ponto para você.  E para mim também, que aprendi
> coisas novas.
 
Como prometido, eu vou te dizer o que significa "não existe" em relação a energia.
O conceito de energia vem da equação de Torricelle do MRUV onde se elimina o tempo das equações horárias da posição e da velocidade.
A expressão mv^2/2 passou a ser uma forma de quantificar o movimento do corpo e ma(xf-xi) uma forma de prever qual será a diferença da quantidade mv^2/2 se o corpo for submetido a aceleração "a" durante um percurso de xi até xf.
 
A vantagem é que não é necessário o tempo. Quando alguém chama mv^2/2 de energia cinética e ma(xf-xi) de energia potencial a conservação é obvia, eq. de Torricelli.
 
Como é sempre possível, não só cinematicamente mas também dinamicamente, compor um movimento qualquer pela junção de pedaços em MRUV, a conservação fica garantida para qualquer movimento, desde que se leve sempre em consideração todas as interações. O resto são variações sobre o mesmo tema.
 
Ou seja, energia é simplesmente uma das formas possíveis para se quantificar o movimento de um corpo, forma muito válida para agilizar os cálculos, quando não sabemos os tempos.
Se energia for sempre vista desta forma, está tudo bem. Mas não é isto que acontece.
Então eu tenho que dizer:
Energia NÃO EXISTE per se. NÃO EXISTE sem um corpo para que seu movimento seja quantificado.
 
Existem muitos termos esotéricos usando este conceito:
"Esta pedra emana energia positiva", "você tem uma energia negativa", "energia escura acelera a expansão do universo", "fulano tem uma energia boa",  "matéria se transforma em energia" etc.
:-o
.
:-)
 
Hélio 







SUBJECT: Re: [ciencialist] Teste de Imagens
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
DATE: 04/05/2012 23:27

Vai brincando vai ... vai que alguém acredita e repassa esta sequência de fotos para diante ... como vou explicar a presença de meus assistentes nela? Já viu foto de eng.civil à frente de sua nova construção, e cercado de seus pedreiros? E a legenda não diz quem é quem! Estou na mesma sinuca!!!!
Nem é a única colorida!!!!
[]´
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Friday, May 04, 2012 2:10 PM
Subject: [ciencialist] Teste de Imagens

 

Olá a todos
 
Estou testando a colocação de imagens de forma que elas apareçam também na página web da Ciencialist.
Com isso estou procurando evitar aborrecimentos para aqueles que lêem as msgs nessas páginas web.
Se a coisa funcionar poderei também evitar as adendas do tipo: Se a figura não estiver visível clique aqui
 
Aproveito o ensejo para prestar uma homenagem a grandes nomes da física:
 
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
PS1: Espero que a coisa funcione.
PS2: Desculpem pelo aborrecimento.


SUBJECT: Re: [ciencialist] A Equação da Morte
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/05/2012 23:44

Como ficam o homem, os simios e os tubarões?

De: marcelleandro2009 <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sexta-feira, 4 de Maio de 2012 17:08
Assunto: [ciencialist] A Equação da Morte
 
http://www.genismo.com/geneticatexto41.htm
A "Equação da Morte"

Com esta teoria podemos agora esboçar a "Equação da Morte". Esta equação seria uma avaliação do tempo de vida das espécies sexuadas –sua longevidade-, em função de algumas de suas características e a de seus predadores dentro de um ambiente estável.

Vamos supor que exista um ambiente como, por exemplo, uma ilha, onde presas e predadores convivem não muito pacificamente, já que os predadores se alimentam de suas presas para sobreviverem. Um lema se aplica a todos os ambientes naturais:

"Se existe um recurso em grande abundância que pode ser utilizado pela vida, e se surgir um `predador' que se beneficie deste recurso, sua população crescerá".

A luz solar é um recurso em abundância que cobre nosso ambiente e pode ser utilizado pela vida. Então, pelo nosso lema, se surgir um `predador' desta luz, por exemplo, um vegetal, que utilize esta luz solar, e crescerá enquanto houver este recurso disponível. Agora, neste exemplo, temos outro recurso em abundância: os vegetais. Da mesma forma surgirão os herbívoros que crescerão utilizando esta vegetação como recurso alimentar. Depois surgirão os vários tipos de carnívoros, e assim se forma uma pirâmide de presas e predadores com a vegetação na base da pirâmide, seguido pelos herbívoros, e as diversas espécies de carnívoros. O nível mais alto desta pirâmide alimentar seria o predador que se alimenta de carnívoros, mas que não é presa de nenhum outro organismo. Seria, por exemplo, o caso da águia, ou do leão. Devemos notar que o ambiente humano atual não é estável, pois estamos num processo de crescimento populacional acelerado o que descaracteriza o equilíbrio. Entretanto, os genes dos organismos terrestres se adaptaram, na maior parte dos quatro bilhões de anos que existe vida na Terra, em períodos de tempo de relativo equilíbrio. As grandes transformações ocorrem, em geral, em curtos períodos de tempo.

11.1-Condições Iniciais

Vamos supor que nosso ambiente seja relativamente estável, isto é, que esteja em equilíbrio dinâmico: organismos morrem e nascem, mas sua freqüência relativa permanece constante. Assim, o número total de organismos de qualquer espécie que habita nosso ambiente se mantém constante no tempo. É claro que a hipótese de um ecossistema estável não ocorre em tempos evolutivos. Na escala de milhões de anos, novas espécies costumam desaparecer e outras novas surgirem. Nossa escala de tempo é, portanto, menor. Assim, pela nossa hipótese inicial do ambiente estar em equilíbrio, temos para todas as espécies:

Taxa de Nascimento = Taxa de Morte (I)

Se a taxa de nascimento fosse maior que a de morte, a população cresceria continuamente até exaurir os recursos disponíveis. Se a taxa de nascimento fosse maior que a de morte, a população diminuiria até a sua extinção. Como estudamos anteriormente, podemos supor também que todas as espécies sexuadas tenham a morte programada, isto é, envelhecem e morrem. Se "X" é a espécie que queremis determinar a longevidade, podemos definir algumas variáveis, relativas a um instante de tempo qualquer deste ambiente:

L = Longevidade de uma determinada espécie X, isto é, seu tempo médio de vida antes de morrer de velhice.
Nt = O número total de organismos desta espécie X.
Nu = Número de organismos de X que procriaram ou procriarão.
Nn = Número de organismos de X que morrerão sem se reproduzir.

Então:

Nt = Nu+Nn (II)

Se definirmos:
G = Número médio de gestações por organismo que procriam (durante um período de tempo L). Isto é, G é o número total de gestações durante o período L dividida pela quantidade de organismos que procriam (G=Total de Gestações/Nu). Assim, num período L, os organismos que procriam irão gerar (G*F) filhos cada um, onde:
F = Número médio de filhos por gestação por organismo que procriam.

Devemos notar também que no período L (Longevidade =período de vida do organismo da espécie X), todos os organismos da espécie de um dado instante qualquer, são mortos (de velhice ou por predadores) e substituídos pelos seus descendentes. Por exemplo: um organismo da espécie X, que acaba de nascer agora, daqui a um tempo L, estará morto, se não por predadores, por envelhecimento. Assim, num período L todos os organismos de um determinado instante, estarão mortos e toda a população será trocada.

No período L, toda a população é substituída pelos filhos dos organismos que procriam:

Nt = Nu * (G * F) (III)

11.2- A Taxa Evolutiva

Devido à constante troca de organismos em decorrência da morte, algumas mutações benéficas acontecem e as espécies evoluem. Se uma espécie não evolui, isto é, deixa de apresentar mutações benéficas, ela para no tempo, e pode ser extinta por predadores que continuem a evoluir, ou então é substituída por outra que consome os mesmos recursos que ela consumia. Então, para que o equilíbrio seja mantido a taxa de evolução de uma presa deve ser, pelo menos, equivalente à taxa de evolução de seus predadores. O inverso também é verdade: A taxa evolutiva de um predador deve, ao menos, acompanhar a taxa evolutiva das suas presas. Se, por exemplo, suas presas evoluírem adotando mecanismos de defesa contra o predador, e este não evoluir à altura, ele morrerá de fome.

Mas a taxa evolutiva de uma espécie é proporcional à taxa de mutações benéficas que a espécie sofre, e a taxa de mutações benéficas é proporcional à taxa de mutações, e a taxa de mutações é proporcional à taxa de nascimento dos que procriam nesta espécie. Assim, a taxa evolutiva da espécie é proporcional à taxa de nascimentos úteis, ou seja, dos organismos que procriarão, pois os organismos que não procriam não podem passar suas mutações, e não contribuirão para a "evolutividade" da espécie.

Então, para qualquer espécie, é válido:

Taxa Evolutiva = k * Taxa de Nascimentos Úteis (IV)

Onde k é a constante que converte a taxa de nascimento na taxa de mutações benéficas.

Se definirmos:

Tx= Taxa evolutiva da espécie X. Poderemos reescrever (IV) em termos de nossas variáveis:

Tx = k * Nu/L (Va)

Se definirmos ainda:
Ti = Taxa evolutiva do i-ésimo predador
Ni = Taxa de nascimentos úteis (que irão procriar) do i-ésimo predador
Li = Longevidade (tempo de vida máxima) do i-ésimo predador

Utilizando estas variáveis, a fórmula (IV) pode ser re-escrita agora também para os predadores de X:

Taxa Evolutiva do i-ésimo Predador = k * Ni / Li (Vb)

11.3- A Base da Pirâmide

Para se manter em equilíbrio, em relação aos seus predadores, a taxa evolutiva de uma espécie deve ser proporcional à soma das taxas evolutivas de seus predadores. Se Ki (um número que varia de 0% a 100%) denota o grau de importância da espécie X no cardápio do seu i-ésimo predador (=predador i), e se considerarmos a "Taxa Ambiental" como a variação física (climática, por exemplo) no ambiente que a espécie habita, teremos:

Taxa Evolutiva de X = Soma{ Ki * Taxa Evolutiva do Predadori }+h*Taxa Ambiental (VI)

Ki=Constante que define o grau de importância da espécie X para a dieta do seu i-ésimo predador. Isto é necessário porque a espécie X pode não ser o cardápio principal de um dado predador(a), mas pode ser a dieta principal do predador(b) de modo que a taxa evolutiva deste último contribua mais para a taxa evolutiva de X.
TxA= Taxa Ambiental. Variação física média no ambiente da espécie como clima, umidade, temperatura etc..

Colocando (VI) em termos de nossas variáveis, e utilizando as equações (Va) e (Vb), teremos:

Nu/L = Soma{ Ki * Ni / Li } + TxA (VII)

Se nós utilizarmos agora a equação (III), poderemos isolar a longevidade L, e teremos o tempo de vida por envelhecimento em função dos parâmetros dos predadores, do tamanho da população de X e do número médio de filhos por organismo:

L = (Nt / (G*F)) / (Soma{ ki * Ni / Li }+TxA) (VIII)

Esta fórmula serve apenas para os organismos da base da pirâmide alimentar, pois só contempla os predadores da espécie X, e não, ainda, o caso geral. Podemos simplificá-la um pouco para fazermos uma análise qualitativa.

Vamos simplificar a equação (VIII), tomando como hipótese que os predadores tenham a mesma taxa de nascimento e longevidade, isto é, que ki*Ni/Li = k1*N1/L1. E o ambiente não muda muito, isto é TxA=0. Se tivermos "M" espécies de predadores de X, onde X é sua única dieta (ki=1), e sabendo que N1 = Nt1/(G1F1), a fórmula (VIII) ficará simplificada para:

L = L1*(Nt /N1) / (G*F) / M (IX)

Podemos inferir, neste caso, que a longevidade L das presas da base da pirâmide alimentar é:

- inversamente proporcional ao número de filhos por organismo (G*F).
- inversamente proporcional ao número de predadores (M).
- proporcional à longevidade de seus predadores (L1).
- proporcional ao tamanho da população relativa aos predadores(Nt/N1).

11.4- O Topo da Pirâmide

Agora iremos calcular a fórmula da longevidade da espécie X, quando X é um predador do topo da cadeia alimentar, como, por exemplo, uma águia, ou um leão.

Há uma assimetria entre estar na base da pirâmide ou estar em seu topo, pois o cardápio do predador que está no topo, sendo variado, ele não ficará a mercê de uma única espécie de presa, ao passo que do ponto de vista da presa, qualquer um de seus predadores, poderia, em princípio, exterminá-la. Ou seja, para uma presa, qualquer um dos seus predadores poderia, caso evoluísse mais rapidamente que X, levá-la à extinção. Assim, no caso em que X é um predador do topo da pirâmide, com vários tipos de presas disponíveis, a evolução rápida de uma destas presas pode não matar o predador de fome, já que este poderia se nutrir das outras presas de seu cardápio. De qualquer modo, se TxA é a taxa de variação ambiental:

Tx do Predador = Soma da taxa evolutiva das Presas+TxA (X)

Se Zi denota o fator de peso, um número entre 0 e 1, que indica o quão importante a i-ésima presa é para o cardápio do predador X. Então poderemos reescrever a equação (X) em termos destas variáveis:

Tx = Soma{ Zi * Tx_da_Presai } + TxA (XI)

Utilizando (Va e Vb) e (III) e (XI), teremos a fórmula para a Longevidade do predador do topo da cadeia alimentar em função dos parâmetros de suas presas:

L = (Nt / (G*F)) / (Soma{Zi* Ni / Li}+TxA) (XII)

Para efeito de análise, vamos simplificar um pouco a fórmula do predador, acima, e considerarmos que todas as suas presas têm a mesma importância no seu cardápio alimentar e que suas populações e tempo de vida são iguais, isto é: Ni = N1 e Li=L1, e o ambiente não muda(TxA=0), teremos então para a longevidade do predador do topo da pirâmide:

L = (Nt/N1) * L1 / (G*F) (XIII)

Ou seja, a longevidade do predador do topo cadeia alimentar é:

- Inversamente proporcional ao número médio de filhos (G*F).
- Proporcional à longevidade média de suas presas (L1).
- Proporcional à sua população relativa (Nt/N1).

11.5- A Equação da Morte

Vamos então calcular a longevidade no meio da cadeia alimentar, isto é, iremos considerar o caso geral, em que nossa espécie X pode ter várias presas e vários predadores.

Neste caso a espécie está "espremida" entre a evolução de suas presas e também à de seus predadores. A taxa evolutiva da espécie deverá ser a combinação das equações (VI) e (XI), onde teremos:

Taxa Evolutiva de X = Soma{ Taxa evolutiva dos predadores e Presas}+TxA (XIV)

Utilizando (XI), (VII) e (V), (XIV), e denotando Predadores{} como a soma em relação aos predadores de X, e Presas{} como a soma em relação às suas presas, teremos:

Nu/L = Predadores{ Ki*Ni / Li}+Presas{ Zi* Ni / Li }+TxA (XV)

Isolando a variável de longevidade L, teremos, finalmente, a

"Equação da Morte":

L=(Nt/(G*F)) / [Predadores{Ki*Ni/Li}+Presas{Zi*Ni/Li}+TxA] (XVI)

Onde:
L = Longevidade da espécie X.
Nt = Tamanho total da população da espécie X.
G = Número médio de gestações, por organismo, da espécie X.
F = Número médio de filhos por Gestação.
Predadores{} = Soma sobre os predadores da espécie X.
Ki = Número entre 0 e 1 indicando o grau de importância de X no cardápio do i-ésimo predador. A soma de Ki não precisa ser a unidade.
Ni = Tamanho da População que se reproduz da i-ésima espécie. Se estiver dentro de Predador{} será uma espécie de predador de X, se estiver dentro de Presas{} será uma espécie de presa de X. Isto é: Ni=Nti/(Fi*Gi)
Li = Longevidade da i-ésima espécie.
Zi = Fator de peso na ponderação. Número entre 0 e 1 que indica o quanto importante é a i-ésima presa na alimentação de X.
TxA=Taxa média de Variação Ambiental (Clima, condições físicas do ambiente)

11.6- Verificações Empíricas

Podemos agora comparar nossa equação com os dados experimentais da longevidade dos animais [24]. Para um predador, a equação (XVI) pode ser simplificada na forma da equação (VIII). Nela verificamos que a longevidade é proporcional à idade média de suas presas, e proporcional ao tamanho de sua população em relação à de suas presas:

Um Tigre vive, em média, 17 anos. E algumas de suas presas são: Porcos 12 anos; Cabras 17; Javali 17, Macaco 13. O que parece estar de acordo com a equação.

Um Rato vive, em média, 4 anos mas há um número enorme de predadores que se alimentam dele. De acordo com a equação (IX) seu tempo de vida é inversamente proporcional ao número de predadores, que são muitos. Portanto isso explicaria sua baixa longevidade.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: > Sem palavras...
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/05/2012 23:47

Ola Leo,
 
Essa é velha na net, e pelo que lembro nao é nem no Brazil. Aliás, o rio está mais parecendo o mar :)
 
Abs
Felipe

De: Luiz Ferraz Netto <leo@feiradeciencias.com.br>
Para: Conversa_de_Botequim@yahoogrupos.com.br; clubengeletrica@yahoogrupos.com.br; eletronicabr@yahoogrupos.com.br; forum-prof@listas.if.ufrj.br; nova_eletronica@yahoogrupos.com.br; radiotecnico@yahoogrupos.com.br; Receptores_Experimentais@yahoogrupos.com.br; ciencialist@yahoogrupos.com.br; Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
Enviadas: Sexta-feira, 4 de Maio de 2012 21:26
Assunto: [ciencialist] Fw: > Sem palavras...
 
Participe!
[]´
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================

  
MARGEM DO RIO SOLIMOES!

MST "PRODUZINDO"?!


Vejam o que acontece na margem esquerda do Rio Solimoes,beira de um assentamento do MST. Esta deve ser a ideia de
produtividade do "movimento."
As tartarugas produzem, eles roubam e vendem os ovos. Deve ser a piscicultura auto-sustentável do INCRA.
sem palavras.....
Mais um pouco e adeus tartarugas!

E9D105193604487497316006D814D4D5@dell

 

16C016AC68184B3B8F6C2ACCF4ABB7DF@dell

7E73FC930A8D4282B178C984E46A4457@dell
A4820F1C891D4B80ADDD34AB699BF320@dell
FE9EEF1C9E374A9199B513F637F8B4F5@dell
F1BAC5CA813347AF9EA96B8BCE479457@dell
D9DD30B5488D4CF4BA4D545C9B033986@dell
D0180754587E4F00976DD7E4FA838A86@dell
197B6FEB53D64AECA30C18DCE8353B46@dell

Roubam os ovos das tartarugas, para vender.

Por favor, repassem esta mensagem sem moderacao. O planeta agradece!
 
 

 
 
 

SUBJECT: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: "ricardo" <rickrsv@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/05/2012 00:45

Olá a todos da Ciencialist!

Faz tempo que não posto mensagens aqui, isso é devido ao escasso tempo que tive nesses últimos anos (estou começando o meu doutorado em física nesse ano). Mesmo assim, tive acompanhando um pouco a lista, embora sem participar das discussões. Essa é uma boa oportunidade para agradecer novamente à todos que me ajudaram aqui, mesmo antes de eu entrar no curso de física.

Estou escrevendo agora porque encontrei algumas discussões daqui à respeito das experiências realizadas no CERN (OPERA e ICARUS) sobre uma possível existência de neutrinos superluminais (e.g., http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81113).

A respeito disso, escrevi um texto há algum tempo e acho que talvez possa interessá-los. Deixe-me antes explicar como acabei por escrever o texto. Há uns dois anos atrás estava encucado com algumas coisas de mecânica quântica, principalmente à respeito do fato de a velocidade (de fase) das ondas de De Broglie se propagarem mais rápido que a luz (a velocidade é w = c^2/v, que é maior que c por que v é menor que c). Esse tema é bem discutido na própria tese de doutorado de De Broglie, um excelente texto, vale ressaltar.

Pois então, no meu entender, isso significava que a mecânica quântica
era relativística em sua essência, e que um bom entendimento dela só poderia ser alcançado se estudada a partir da relatividade. No entanto o fato de que w ser maior que c (vide acima) me fez pensar que era, mais que isso, necessário estender a teoria da relatividade à partículas e referenciais mais rápidos que c. Procurei então por trabalhos nesse sentido, mas não achei muita coisa na época, apenas achei alguns artigos da revista Ciência Hoje, de divulgação, e outros que introduziam hipóteses pouco satisfatórias). Desde então tentei encontrar uma tal extensão, dividindo o tempo com as matérias do meu curso...

No meio do ano passado, porém, me convidaram para apresentar algo na VII Semana da Física da UFSCar (onde eu estudo) e perguntei se eu poderia falar sobre táquions (nome geralmente dado à partículas mais velozes que a luz), que tinha trabalhado pouco tempo antes, e aceitaram. Então eu apresentei uma palestra sobre o assunto. Coincidentemente, cerca de uma ou duas semanas depois saiu a noticia desses neutrinos superluminais! Com isso várias pessoas se interessaram pelo tema que eu tinha discutido e pediram para que eu colocasse em forma de artigo as ideias lá apresentadas. Depois de algum tempo eu escrevi o artigo, e depois uma versão em inglês a pedido de meu orientador. Colocamos os textos no Arxiv (link abaixo) e a versão em português submetemos à Revista Brasileira de Ensino de Física (deve ser publicado em breve).

Para quem tem dúvidas de como a teoria da relatividade poderia ser estendida a fim de descrever partículas superluminais, esse texto pode ser útil. Mesmo que falhas tenham sido reportadas referente à experiência OPERA do CERN, acredito que o tema seja bem interessante (embora não tão simples). Os resultados que obtive concordam com os resultados obtidos cerca de trinta anos atrás do Prof. Dr. Erasmo Recami, um dos principais pesquisadores no campo. Tive o conhecimento de seus trabalhos apenas recentemente, o motivo sendo, acredito eu, por seus trabalhos terem sidos publicados em uma revista italiana, mas que até pouco tempo atrás não dava para acessar pela internet (e nem sei se hoje em dia temos o acesso). O Prof. Recami lecionou por algum tempo aqui no Brasil, infelizmente quando eu tentei entrar em contato ele já tinha voltado para a Itália...

Segue o link: http://arxiv.org/abs/1112.4187

''An Introduction to the Theory of Tachyons'' - Ricardo S. Vieira

p.s. a versão em português vem logo após ao texto em inglês, no mesmo pdf.

Até mais, espero participar mais da lista assim que as coisas acalmarem por aqui,

Abraços!

Ricardo S. Vieira



SUBJECT: Re: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/05/2012 02:14

Olá Ricardo
 
Feliz retorno à Ciencialist. Estávamos sentindo a sua falta.
 
Ficaremos na torcida para que «as coisas se acalmem por aí» afim de que você possa voltar de vez para o convívio com os velhos net-amigos.
 
Espero que o banho cultural que você tomou no Olimpo Acadêmico não o impeça de curtir as minhas heresias, nem que seja apenas para dar boas gargalhadas.

Enquanto isso, e assim que sobrar um tempinho, eu irei ler e me divertir um bocado com o seu artigo no arxiv

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 

From:
ricardo
Sent: Saturday, May 05, 2012 12:45 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
 

Olá a todos da Ciencialist!

Faz tempo que não posto mensagens aqui, isso é devido ao escasso tempo que tive nesses últimos anos (estou começando o meu doutorado em física nesse ano). Mesmo assim, tive acompanhando um pouco a lista, embora sem participar das discussões. Essa é uma boa oportunidade para agradecer novamente à todos que me ajudaram aqui, mesmo antes de eu entrar no curso de física.

Estou escrevendo agora porque encontrei algumas discussões daqui à respeito das experiências realizadas no CERN (OPERA e ICARUS) sobre uma possível existência de neutrinos superluminais (e.g., http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81113).

A respeito disso, escrevi um texto há algum tempo e acho que talvez possa interessá-los. Deixe-me antes explicar como acabei por escrever o texto. Há uns dois anos atrás estava encucado com algumas coisas de mecânica quântica, principalmente à respeito do fato de a velocidade (de fase) das ondas de De Broglie se propagarem mais rápido que a luz (a velocidade é w = c^2/v, que é maior que c por que v é menor que c). Esse tema é bem discutido na própria tese de doutorado de De Broglie, um excelente texto, vale ressaltar.

Pois então, no meu entender, isso significava que a mecânica quântica
era relativística em sua essência, e que um bom entendimento dela só poderia ser alcançado se estudada a partir da relatividade. No entanto o fato de que w ser maior que c (vide acima) me fez pensar que era, mais que isso, necessário estender a teoria da relatividade à partículas e referenciais mais rápidos que c. Procurei então por trabalhos nesse sentido, mas não achei muita coisa na época, apenas achei alguns artigos da revista Ciência Hoje, de divulgação, e outros que introduziam hipóteses pouco satisfatórias). Desde então tentei encontrar uma tal extensão, dividindo o tempo com as matérias do meu curso...

No meio do ano passado, porém, me convidaram para apresentar algo na VII Semana da Física da UFSCar (onde eu estudo) e perguntei se eu poderia falar sobre táquions (nome geralmente dado à partículas mais velozes que a luz), que tinha trabalhado pouco tempo antes, e aceitaram. Então eu apresentei uma palestra sobre o assunto. Coincidentemente, cerca de uma ou duas semanas depois saiu a noticia desses neutrinos superluminais! Com isso várias pessoas se interessaram pelo tema que eu tinha discutido e pediram para que eu colocasse em forma de artigo as ideias lá apresentadas. Depois de algum tempo eu escrevi o artigo, e depois uma versão em inglês a pedido de meu orientador. Colocamos os textos no Arxiv (link abaixo) e a versão em português submetemos à Revista Brasileira de Ensino de Física (deve ser publicado em breve).

Para quem tem dúvidas de como a teoria da relatividade poderia ser estendida a fim de descrever partículas superluminais, esse texto pode ser útil. Mesmo que falhas tenham sido reportadas referente à experiência OPERA do CERN, acredito que o tema seja bem interessante (embora não tão simples). Os resultados que obtive concordam com os resultados obtidos cerca de trinta anos atrás do Prof. Dr. Erasmo Recami, um dos principais pesquisadores no campo. Tive o conhecimento de seus trabalhos apenas recentemente, o motivo sendo, acredito eu, por seus trabalhos terem sidos publicados em uma revista italiana, mas que até pouco tempo atrás não dava para acessar pela internet (e nem sei se hoje em dia temos o acesso). O Prof. Recami lecionou por algum tempo aqui no Brasil, infelizmente quando eu tentei entrar em contato ele já tinha voltado para a Itália...

Segue o link: http://arxiv.org/abs/1112.4187

''An Introduction to the Theory of Tachyons'' - Ricardo S. Vieira

p.s. a versão em português vem logo após ao texto em inglês, no mesmo pdf.

Até mais, espero participar mais da lista assim que as coisas acalmarem por aqui,

Abraços!

Ricardo S. Vieira


SUBJECT: Re: A Equação da Morte
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/05/2012 09:38

Sim?

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>
> Como ficam o homem, os simios e os tubarões?
>
>
>
> ________________________________
> De: marcelleandro2009 <marcelleandro2009@...>
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Sexta-feira, 4 de Maio de 2012 17:08
> Assunto: [ciencialist] A Equação da Morte
>
>
>  
>
> http://www.genismo.com/geneticatexto41.htm
> A "Equação da Morte"
>
> Com esta teoria podemos agora esboçar a "Equação da Morte". Esta equação seria uma avaliação do tempo de vida das espécies sexuadas â€"sua longevidade-, em função de algumas de suas características e a de seus predadores dentro de um ambiente estável.
>
> Vamos supor que exista um ambiente como, por exemplo, uma ilha, onde presas e predadores convivem não muito pacificamente, já que os predadores se alimentam de suas presas para sobreviverem. Um lema se aplica a todos os ambientes naturais:
>
> "Se existe um recurso em grande abundância que pode ser utilizado pela vida, e se surgir um `predador' que se beneficie deste recurso, sua população crescerá".
>
> A luz solar é um recurso em abundância que cobre nosso ambiente e pode ser utilizado pela vida. Então, pelo nosso lema, se surgir um `predador' desta luz, por exemplo, um vegetal, que utilize esta luz solar, e crescerá enquanto houver este recurso disponível. Agora, neste exemplo, temos outro recurso em abundância: os vegetais. Da mesma forma surgirão os herbívoros que crescerão utilizando esta vegetação como recurso alimentar. Depois surgirão os vários tipos de carnívoros, e assim se forma uma pirâmide de presas e predadores com a vegetação na base da pirâmide, seguido pelos herbívoros, e as diversas espécies de carnívoros. O nível mais alto desta pirâmide alimentar seria o predador que se alimenta de carnívoros, mas que não é presa de nenhum outro organismo. Seria, por exemplo, o caso da águia, ou do leão. Devemos notar que o ambiente humano atual não é estável, pois estamos num processo de crescimento populacional
> acelerado o que descaracteriza o equilíbrio. Entretanto, os genes dos organismos terrestres se adaptaram, na maior parte dos quatro bilhões de anos que existe vida na Terra, em períodos de tempo de relativo equilíbrio. As grandes transformações ocorrem, em geral, em curtos períodos de tempo.
>
> 11.1-Condições Iniciais
>
> Vamos supor que nosso ambiente seja relativamente estável, isto é, que esteja em equilíbrio dinâmico: organismos morrem e nascem, mas sua freqüência relativa permanece constante. Assim, o número total de organismos de qualquer espécie que habita nosso ambiente se mantém constante no tempo. É claro que a hipótese de um ecossistema estável não ocorre em tempos evolutivos. Na escala de milhões de anos, novas espécies costumam desaparecer e outras novas surgirem. Nossa escala de tempo é, portanto, menor. Assim, pela nossa hipótese inicial do ambiente estar em equilíbrio, temos para todas as espécies:
>
> Taxa de Nascimento = Taxa de Morte (I)
>
> Se a taxa de nascimento fosse maior que a de morte, a população cresceria continuamente até exaurir os recursos disponíveis. Se a taxa de nascimento fosse maior que a de morte, a população diminuiria até a sua extinção. Como estudamos anteriormente, podemos supor também que todas as espécies sexuadas tenham a morte programada, isto é, envelhecem e morrem. Se "X" é a espécie que queremis determinar a longevidade, podemos definir algumas variáveis, relativas a um instante de tempo qualquer deste ambiente:
>
> L = Longevidade de uma determinada espécie X, isto é, seu tempo médio de vida antes de morrer de velhice.
> Nt = O número total de organismos desta espécie X.
> Nu = Número de organismos de X que procriaram ou procriarão.
> Nn = Número de organismos de X que morrerão sem se reproduzir.
>
> Então:
>
> Nt = Nu+Nn (II)
>
> Se definirmos:
> G = Número médio de gestações por organismo que procriam (durante um período de tempo L). Isto é, G é o número total de gestações durante o período L dividida pela quantidade de organismos que procriam (G=Total de Gestações/Nu). Assim, num período L, os organismos que procriam irão gerar (G*F) filhos cada um, onde:
> F = Número médio de filhos por gestação por organismo que procriam.
>
> Devemos notar também que no período L (Longevidade =período de vida do organismo da espécie X), todos os organismos da espécie de um dado instante qualquer, são mortos (de velhice ou por predadores) e substituídos pelos seus descendentes. Por exemplo: um organismo da espécie X, que acaba de nascer agora, daqui a um tempo L, estará morto, se não por predadores, por envelhecimento. Assim, num período L todos os organismos de um determinado instante, estarão mortos e toda a população será trocada.
>
> No período L, toda a população é substituída pelos filhos dos organismos que procriam:
>
> Nt = Nu * (G * F) (III)
>
> 11.2- A Taxa Evolutiva
>
> Devido à constante troca de organismos em decorrência da morte, algumas mutações benéficas acontecem e as espécies evoluem. Se uma espécie não evolui, isto é, deixa de apresentar mutações benéficas, ela para no tempo, e pode ser extinta por predadores que continuem a evoluir, ou então é substituída por outra que consome os mesmos recursos que ela consumia. Então, para que o equilíbrio seja mantido a taxa de evolução de uma presa deve ser, pelo menos, equivalente à taxa de evolução de seus predadores. O inverso também é verdade: A taxa evolutiva de um predador deve, ao menos, acompanhar a taxa evolutiva das suas presas. Se, por exemplo, suas presas evoluírem adotando mecanismos de defesa contra o predador, e este não evoluir à altura, ele morrerá de fome.
>
> Mas a taxa evolutiva de uma espécie é proporcional à taxa de mutações benéficas que a espécie sofre, e a taxa de mutações benéficas é proporcional à taxa de mutações, e a taxa de mutações é proporcional à taxa de nascimento dos que procriam nesta espécie. Assim, a taxa evolutiva da espécie é proporcional à taxa de nascimentos úteis, ou seja, dos organismos que procriarão, pois os organismos que não procriam não podem passar suas mutações, e não contribuirão para a "evolutividade" da espécie.
>
> Então, para qualquer espécie, é válido:
>
> Taxa Evolutiva = k * Taxa de Nascimentos Úteis (IV)
>
> Onde k é a constante que converte a taxa de nascimento na taxa de mutações benéficas.
>
> Se definirmos:
>
> Tx= Taxa evolutiva da espécie X. Poderemos reescrever (IV) em termos de nossas variáveis:
>
> Tx = k * Nu/L (Va)
>
> Se definirmos ainda:
> Ti = Taxa evolutiva do i-ésimo predador
> Ni = Taxa de nascimentos úteis (que irão procriar) do i-ésimo predador
> Li = Longevidade (tempo de vida máxima) do i-ésimo predador
>
> Utilizando estas variáveis, a fórmula (IV) pode ser re-escrita agora também para os predadores de X:
>
> Taxa Evolutiva do i-ésimo Predador = k * Ni / Li (Vb)
>
> 11.3- A Base da Pirâmide
>
> Para se manter em equilíbrio, em relação aos seus predadores, a taxa evolutiva de uma espécie deve ser proporcional à soma das taxas evolutivas de seus predadores. Se Ki (um número que varia de 0% a 100%) denota o grau de importância da espécie X no cardápio do seu i-ésimo predador (=predador i), e se considerarmos a "Taxa Ambiental" como a variação física (climática, por exemplo) no ambiente que a espécie habita, teremos:
>
> Taxa Evolutiva de X = Soma{ Ki * Taxa Evolutiva do Predadori }+h*Taxa Ambiental (VI)
>
> Ki=Constante que define o grau de importância da espécie X para a dieta do seu i-ésimo predador. Isto é necessário porque a espécie X pode não ser o cardápio principal de um dado predador(a), mas pode ser a dieta principal do predador(b) de modo que a taxa evolutiva deste último contribua mais para a taxa evolutiva de X.
> TxA= Taxa Ambiental. Variação física média no ambiente da espécie como clima, umidade, temperatura etc..
>
> Colocando (VI) em termos de nossas variáveis, e utilizando as equações (Va) e (Vb), teremos:
>
> Nu/L = Soma{ Ki * Ni / Li } + TxA (VII)
>
> Se nós utilizarmos agora a equação (III), poderemos isolar a longevidade L, e teremos o tempo de vida por envelhecimento em função dos parâmetros dos predadores, do tamanho da população de X e do número médio de filhos por organismo:
>
> L = (Nt / (G*F)) / (Soma{ ki * Ni / Li }+TxA) (VIII)
>
> Esta fórmula serve apenas para os organismos da base da pirâmide alimentar, pois só contempla os predadores da espécie X, e não, ainda, o caso geral. Podemos simplificá-la um pouco para fazermos uma análise qualitativa.
>
> Vamos simplificar a equação (VIII), tomando como hipótese que os predadores tenham a mesma taxa de nascimento e longevidade, isto é, que ki*Ni/Li = k1*N1/L1. E o ambiente não muda muito, isto é TxA=0. Se tivermos "M" espécies de predadores de X, onde X é sua única dieta (ki=1), e sabendo que N1 = Nt1/(G1F1), a fórmula (VIII) ficará simplificada para:
>
> L = L1*(Nt /N1) / (G*F) / M (IX)
>
> Podemos inferir, neste caso, que a longevidade L das presas da base da pirâmide alimentar é:
>
> - inversamente proporcional ao número de filhos por organismo (G*F).
> - inversamente proporcional ao número de predadores (M).
> - proporcional à longevidade de seus predadores (L1).
> - proporcional ao tamanho da população relativa aos predadores(Nt/N1).
>
> 11.4- O Topo da Pirâmide
>
> Agora iremos calcular a fórmula da longevidade da espécie X, quando X é um predador do topo da cadeia alimentar, como, por exemplo, uma águia, ou um leão.
>
> Há uma assimetria entre estar na base da pirâmide ou estar em seu topo, pois o cardápio do predador que está no topo, sendo variado, ele não ficará a mercê de uma única espécie de presa, ao passo que do ponto de vista da presa, qualquer um de seus predadores, poderia, em princípio, exterminá-la. Ou seja, para uma presa, qualquer um dos seus predadores poderia, caso evoluísse mais rapidamente que X, levá-la à extinção. Assim, no caso em que X é um predador do topo da pirâmide, com vários tipos de presas disponíveis, a evolução rápida de uma destas presas pode não matar o predador de fome, já que este poderia se nutrir das outras presas de seu cardápio. De qualquer modo, se TxA é a taxa de variação ambiental:
>
> Tx do Predador = Soma da taxa evolutiva das Presas+TxA (X)
>
> Se Zi denota o fator de peso, um número entre 0 e 1, que indica o quão importante a i-ésima presa é para o cardápio do predador X. Então poderemos reescrever a equação (X) em termos destas variáveis:
>
> Tx = Soma{ Zi * Tx_da_Presai } + TxA (XI)
>
> Utilizando (Va e Vb) e (III) e (XI), teremos a fórmula para a Longevidade do predador do topo da cadeia alimentar em função dos parâmetros de suas presas:
>
> L = (Nt / (G*F)) / (Soma{Zi* Ni / Li}+TxA) (XII)
>
> Para efeito de análise, vamos simplificar um pouco a fórmula do predador, acima, e considerarmos que todas as suas presas têm a mesma importância no seu cardápio alimentar e que suas populações e tempo de vida são iguais, isto é: Ni = N1 e Li=L1, e o ambiente não muda(TxA=0), teremos então para a longevidade do predador do topo da pirâmide:
>
> L = (Nt/N1) * L1 / (G*F) (XIII)
>
> Ou seja, a longevidade do predador do topo cadeia alimentar é:
>
> - Inversamente proporcional ao número médio de filhos (G*F).
> - Proporcional à longevidade média de suas presas (L1).
> - Proporcional à sua população relativa (Nt/N1).
>
> 11.5- A Equação da Morte
>
> Vamos então calcular a longevidade no meio da cadeia alimentar, isto é, iremos considerar o caso geral, em que nossa espécie X pode ter várias presas e vários predadores.
>
> Neste caso a espécie está "espremida" entre a evolução de suas presas e também à de seus predadores. A taxa evolutiva da espécie deverá ser a combinação das equações (VI) e (XI), onde teremos:
>
> Taxa Evolutiva de X = Soma{ Taxa evolutiva dos predadores e Presas}+TxA (XIV)
>
> Utilizando (XI), (VII) e (V), (XIV), e denotando Predadores{} como a soma em relação aos predadores de X, e Presas{} como a soma em relação às suas presas, teremos:
>
> Nu/L = Predadores{ Ki*Ni / Li}+Presas{ Zi* Ni / Li }+TxA (XV)
>
> Isolando a variável de longevidade L, teremos, finalmente, a
>
> "Equação da Morte":
>
> L=(Nt/(G*F)) / [Predadores{Ki*Ni/Li}+Presas{Zi*Ni/Li}+TxA] (XVI)
>
> Onde:
> L = Longevidade da espécie X.
> Nt = Tamanho total da população da espécie X.
> G = Número médio de gestações, por organismo, da espécie X.
> F = Número médio de filhos por Gestação.
> Predadores{} = Soma sobre os predadores da espécie X.
> Ki = Número entre 0 e 1 indicando o grau de importância de X no cardápio do i-ésimo predador. A soma de Ki não precisa ser a unidade.
> Ni = Tamanho da População que se reproduz da i-ésima espécie. Se estiver dentro de Predador{} será uma espécie de predador de X, se estiver dentro de Presas{} será uma espécie de presa de X. Isto é: Ni=Nti/(Fi*Gi)
> Li = Longevidade da i-ésima espécie.
> Zi = Fator de peso na ponderação. Número entre 0 e 1 que indica o quanto importante é a i-ésima presa na alimentação de X.
> TxA=Taxa média de Variação Ambiental (Clima, condições físicas do ambiente)
>
> 11.6- Verificações Empíricas
>
> Podemos agora comparar nossa equação com os dados experimentais da longevidade dos animais [24]. Para um predador, a equação (XVI) pode ser simplificada na forma da equação (VIII). Nela verificamos que a longevidade é proporcional à idade média de suas presas, e proporcional ao tamanho de sua população em relação à de suas presas:
>
> Um Tigre vive, em média, 17 anos. E algumas de suas presas são: Porcos 12 anos; Cabras 17; Javali 17, Macaco 13. O que parece estar de acordo com a equação.
>
> Um Rato vive, em média, 4 anos mas há um número enorme de predadores que se alimentam dele. De acordo com a equação (IX) seu tempo de vida é inversamente proporcional ao número de predadores, que são muitos. Portanto isso explicaria sua baixa longevidade.
>




SUBJECT: RES: [ciencialist] Fw: > Sem palavras...
FROM: "Eduardo Santos Gama" <edusantosgama@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <Conversa_de_Botequim@yahoogrupos.com.br>, <clubengeletrica@yahoogrupos.com.br>, <eletronicabr@yahoogrupos.com.br>, <forum-prof@listas.if.ufrj.br>, <nova_eletronica@yahoogrupos.com.br>, <radiotecnico@yahoogrupos.com.br>, <Receptores_Experimentais@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/05/2012 10:11

Fake/Hoax! http://www.quatrocantos.com/lendas/430_ovos_tartaruga_costa_rica_mst.htm

 

http://www.mst.org.br/Corrente-sobre-MSt-bota-Costa-Rica-no-Rio-Solimoes

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Luiz Ferraz Netto
Enviada em: sexta-feira, 4 de maio de 2012 21:26
Para: Conversa_de_Botequim@yahoogrupos.com.br; clubengeletrica@yahoogrupos.com.br; eletronicabr@yahoogrupos.com.br; forum-prof@listas.if.ufrj.br; nova_eletronica@yahoogrupos.com.br; radiotecnico@yahoogrupos.com.br; Receptores_Experimentais@yahoogrupos.com.br; ciencialist@yahoogrupos.com.br; Léo
Assunto: [ciencialist] Fw: > Sem palavras...

 

 

Participe!

[]´

     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================


  

MARGEM DO RIO SOLIMOES!

MST "PRODUZINDO"?!


Vejam o que acontece na margem esquerda do Rio Solimoes,beira de um assentamento do MST. Esta deve ser a ideia de

produtividade do "movimento."
As tartarugas produzem, eles roubam e vendem os ovos. Deve ser a piscicultura auto-sustentável do INCRA.
sem palavras.....

Mais um pouco e adeus tartarugas!


E9D105193604487497316006D814D4D5@dell


 


16C016AC68184B3B8F6C2ACCF4ABB7DF@dell

7E73FC930A8D4282B178C984E46A4457@dell
A4820F1C891D4B80ADDD34AB699BF320@dell
FE9EEF1C9E374A9199B513F637F8B4F5@dell
F1BAC5CA813347AF9EA96B8BCE479457@dell
D9DD30B5488D4CF4BA4D545C9B033986@dell
D0180754587E4F00976DD7E4FA838A86@dell
197B6FEB53D64AECA30C18DCE8353B46@dell


Roubam os ovos das tartarugas, para vender.

Por favor, repassem esta mensagem sem moderacao. O planeta agradece!

 

 


 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: Eriberto Sá ponte Jr <junior_pontess@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/05/2012 11:14

Prezados Senhores

Gostaria de receber, se possível e por favor, um estudo detalhado, antigo e moderno, sobre o átomo, pois sou estudioso e só encontro divergências nos livros de química no qual sou bacharel.

Com relação a esta minha solicitação, gostaria de ter informações sobre a disponibilidade de um Curso de Mestrado, à distância, com reLAÇÃO a acreditação pelo MEC.

Um abraço e muito obrigado.
Eriberto
Ubajara - Ceará


De: ricardo <rickrsv@yahoo.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 5 de Maio de 2012 0:45
Assunto: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos

 
Olá a todos da Ciencialist!

Faz tempo que não posto mensagens aqui, isso é devido ao escasso tempo que tive nesses últimos anos (estou começando o meu doutorado em física nesse ano). Mesmo assim, tive acompanhando um pouco a lista, embora sem participar das discussões. Essa é uma boa oportunidade para agradecer novamente à todos que me ajudaram aqui, mesmo antes de eu entrar no curso de física.

Estou escrevendo agora porque encontrei algumas discussões daqui à respeito das experiências realizadas no CERN (OPERA e ICARUS) sobre uma possível existência de neutrinos superluminais (e.g., http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81113).

A respeito disso, escrevi um texto há algum tempo e acho que talvez possa interessá-los. Deixe-me antes explicar como acabei por escrever o texto. Há uns dois anos atrás estava encucado com algumas coisas de mecânica quântica, principalmente à respeito do fato de a velocidade (de fase) das ondas de De Broglie se propagarem mais rápido que a luz (a velocidade é w = c^2/v, que é maior que c por que v é menor que c). Esse tema é bem discutido na própria tese de doutorado de De Broglie, um excelente texto, vale ressaltar.

Pois então, no meu entender, isso significava que a mecânica quântica
era relativística em sua essência, e que um bom entendimento dela só poderia ser alcançado se estudada a partir da relatividade. No entanto o fato de que w ser maior que c (vide acima) me fez pensar que era, mais que isso, necessário estender a teoria da relatividade à partículas e referenciais mais rápidos que c. Procurei então por trabalhos nesse sentido, mas não achei muita coisa na época, apenas achei alguns artigos da revista Ciência Hoje, de divulgação, e outros que introduziam hipóteses pouco satisfatórias). Desde então tentei encontrar uma tal extensão, dividindo o tempo com as matérias do meu curso...

No meio do ano passado, porém, me convidaram para apresentar algo na VII Semana da Física da UFSCar (onde eu estudo) e perguntei se eu poderia falar sobre táquions (nome geralmente dado à partículas mais velozes que a luz), que tinha trabalhado pouco tempo antes, e aceitaram. Então eu apresentei uma palestra sobre o assunto. Coincidentemente, cerca de uma ou duas semanas depois saiu a noticia desses neutrinos superluminais! Com isso várias pessoas se interessaram pelo tema que eu tinha discutido e pediram para que eu colocasse em forma de artigo as ideias lá apresentadas. Depois de algum tempo eu escrevi o artigo, e depois uma versão em inglês a pedido de meu orientador. Colocamos os textos no Arxiv (link abaixo) e a versão em português submetemos à Revista Brasileira de Ensino de Física (deve ser publicado em breve).

Para quem tem dúvidas de como a teoria da relatividade poderia ser estendida a fim de descrever partículas superluminais, esse texto pode ser útil. Mesmo que falhas tenham sido reportadas referente à experiência OPERA do CERN, acredito que o tema seja bem interessante (embora não tão simples). Os resultados que obtive concordam com os resultados obtidos cerca de trinta anos atrás do Prof. Dr. Erasmo Recami, um dos principais pesquisadores no campo. Tive o conhecimento de seus trabalhos apenas recentemente, o motivo sendo, acredito eu, por seus trabalhos terem sidos publicados em uma revista italiana, mas que até pouco tempo atrás não dava para acessar pela internet (e nem sei se hoje em dia temos o acesso). O Prof. Recami lecionou por algum tempo aqui no Brasil, infelizmente quando eu tentei entrar em contato ele já tinha voltado para a Itália...

Segue o link: http://arxiv.org/abs/1112.4187

''An Introduction to the Theory of Tachyons'' - Ricardo S. Vieira

p.s. a versão em português vem logo após ao texto em inglês, no mesmo pdf.

Até mais, espero participar mais da lista assim que as coisas acalmarem por aqui,

Abraços!

Ricardo S. Vieira




SUBJECT: Re: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/05/2012 12:05

Oi Ricardo,

É um prazer ver você de volta aqui. E saber que participamos no início de sua caminhada "física".
Bom saber que existe mais um colega aqui entre nós.
Continuo te admirando muito. Você merece. Quando você vier no Rio para alguma palestra me avise.
Ou então nos encontraremos em algum destes eventos nacionais, qualquer dia.

Mas, não é por isto que vou aliviar minhas críticas à sua MSG.
Depois vou ler melhor o seu artigo para poder comentá-lo.

Com seu artigo, você se torna um fortíssimo candidato a ganhar o prêmio Nobel de física. Talvez vai dividi-lo com o  Alex Kehagias.
Para entender que a frase acima foi uma crítica, leia minha MSG:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/79345

:-)

Hélio


De: ricardo <rickrsv@yahoo.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 5 de Maio de 2012 0:45
Assunto: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos

 
Olá a todos da Ciencialist!

Faz tempo que não posto mensagens aqui, isso é devido ao escasso tempo que tive nesses últimos anos (estou começando o meu doutorado em física nesse ano). Mesmo assim, tive acompanhando um pouco a lista, embora sem participar das discussões. Essa é uma boa oportunidade para agradecer novamente à todos que me ajudaram aqui, mesmo antes de eu entrar no curso de física.

Estou escrevendo agora porque encontrei algumas discussões daqui à respeito das experiências realizadas no CERN (OPERA e ICARUS) sobre uma possível existência de neutrinos superluminais (e.g., http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81113).

A respeito disso, escrevi um texto há algum tempo e acho que talvez possa interessá-los. Deixe-me antes explicar como acabei por escrever o texto. Há uns dois anos atrás estava encucado com algumas coisas de mecânica quântica, principalmente à respeito do fato de a velocidade (de fase) das ondas de De Broglie se propagarem mais rápido que a luz (a velocidade é w = c^2/v, que é maior que c por que v é menor que c). Esse tema é bem discutido na própria tese de doutorado de De Broglie, um excelente texto, vale ressaltar.

Pois então, no meu entender, isso significava que a mecânica quântica
era relativística em sua essência, e que um bom entendimento dela só poderia ser alcançado se estudada a partir da relatividade. No entanto o fato de que w ser maior que c (vide acima) me fez pensar que era, mais que isso, necessário estender a teoria da relatividade à partículas e referenciais mais rápidos que c. Procurei então por trabalhos nesse sentido, mas não achei muita coisa na época, apenas achei alguns artigos da revista Ciência Hoje, de divulgação, e outros que introduziam hipóteses pouco satisfatórias). Desde então tentei encontrar uma tal extensão, dividindo o tempo com as matérias do meu curso...

No meio do ano passado, porém, me convidaram para apresentar algo na VII Semana da Física da UFSCar (onde eu estudo) e perguntei se eu poderia falar sobre táquions (nome geralmente dado à partículas mais velozes que a luz), que tinha trabalhado pouco tempo antes, e aceitaram. Então eu apresentei uma palestra sobre o assunto. Coincidentemente, cerca de uma ou duas semanas depois saiu a noticia desses neutrinos superluminais! Com isso várias pessoas se interessaram pelo tema que eu tinha discutido e pediram para que eu colocasse em forma de artigo as ideias lá apresentadas. Depois de algum tempo eu escrevi o artigo, e depois uma versão em inglês a pedido de meu orientador. Colocamos os textos no Arxiv (link abaixo) e a versão em português submetemos à Revista Brasileira de Ensino de Física (deve ser publicado em breve).

Para quem tem dúvidas de como a teoria da relatividade poderia ser estendida a fim de descrever partículas superluminais, esse texto pode ser útil. Mesmo que falhas tenham sido reportadas referente à experiência OPERA do CERN, acredito que o tema seja bem interessante (embora não tão simples). Os resultados que obtive concordam com os resultados obtidos cerca de trinta anos atrás do Prof. Dr. Erasmo Recami, um dos principais pesquisadores no campo. Tive o conhecimento de seus trabalhos apenas recentemente, o motivo sendo, acredito eu, por seus trabalhos terem sidos publicados em uma revista italiana, mas que até pouco tempo atrás não dava para acessar pela internet (e nem sei se hoje em dia temos o acesso). O Prof. Recami lecionou por algum tempo aqui no Brasil, infelizmente quando eu tentei entrar em contato ele já tinha voltado para a Itália...

Segue o link: http://arxiv.org/abs/1112.4187

''An Introduction to the Theory of Tachyons'' - Ricardo S. Vieira

p.s. a versão em português vem logo após ao texto em inglês, no mesmo pdf.

Até mais, espero participar mais da lista assim que as coisas acalmarem por aqui,

Abraços!

Ricardo S. Vieira




SUBJECT: RES: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/05/2012 15:16

 

Caro Ricardo,

 

Feliz  em saber que está fazendo pós em física.  Você revelou-se um físico genuíno, e, desde suas primeiras incursões por aqui, notei isso,  e está evoluindo nesse sentido. Tenho certeza de que trará grandes contribuições para a ciência.  Demonstrou potencial ainda quando estudante pré-universitário e demonstrou capacidade em expandir convenientemente esse potencial, o que ora se materializa.   O fato de partir para um pós-graduação e, já, produzindo resultados, é uma prova disso. Aliás, nunca tive dúvidas.  Tem idéias próprias e não se inibe ante o canônico científico, embora,  para mim, isto de “canônico”  científico esteja indo muito  bem.  

Em vista do exposto, digo-lhe que não estou surpreso, contudo, com a publicação de seu muito bom artigo.

Algo, desse nível para cima, já era esperado. Lí o seu trabalho pela madrugada. Vou reler, aliás, vou mesmo é estudar o seu conteúdo, pois há muitas idéias interessantes, todas muito bem descritas matematicamente.

Apesar de eu, particularmente, ter outras idéias  a respeito de velocidades superluminais, entendo que esses estudos são importantes.

Até onde vai minha concepção, a velocidade máxima, na natureza, é a da luz, no vácuo, e é um limite superior.  

Por que digo que esses estudos são importantes?  Uma das razões é que,  geralmente, quando feitos por pessoas competentes e que conhecem a matemática relevante descambam em novos conhecimentos. A matemática é danada para descortinar surpresas, coisas escondidas, que põem” as unhas” de fora quando você vai, por exemplo,  para simples expansões(Taylor) de segunda ordem, de terceira ordem(exemplo, quando consideramos a simples  radiação de um carga  e(elétron)  e seus resultados experimentais, que têm levado a controvérsias, as mais cabeludas.)

Cito como exemplo dessas “ousadias”, desse destemor em aprofundar o desconhecido, o próprio Dirac. Apenas usando a matemática foi capaz de revelações sobre a natureza que, outra maneira, teria sido muito difícil encontrar. Está certo que alguns de seus achados teóricos são controversos, mas outros deram frutos.

O importante, em tudo isso é, como sempre defendo, tratar os resultados matemáticos com o respeito que merecem. Descartando, ou pondo de lado provisoriamente aqueles que parecem não conduzir a representações de eventos físicos, e usufruindo daqueles que são validados sem sombra de dúvidas pelo rigor experimental, ensejado pelo método científico, que Popper “cassou”...(só para mexer com Mesquita).

A teoria que você apresenta, como uma extensão da RR, para dar conta do comportamento de partículas superluminiais é muito bonita, seu desenvolvimento matemático é coerente. É um belo exercício intelectual.  Considero isto como um aquecimento mental muito competente para vôos mais altos.

Gostaria de dizer o que, atualmente, penso sobre essas coisas que “deixariam a luz para trás”.   Realmente, e como fica claro no seu trabalho, se existir um táquion desses, isto não invalidaria a TR. Em nenhum de seus aspectos, em termo de estrutura teórica.  Como você mesmo lembrou, a física atual, isto é, a TR, mostra que o aumento de velocidade de uma partícula implica num aumento proporcional da energia a ser fornecida a ela, que pode ser tão grande quanto se imagine, e mesmo assim não chega lá. Isto é o que nos garante a TR e os experimentos que a validam.  Para os táquions, uma expressão para a energia seria, como você deduziu(e gostei da dedução):

E=Mo c² /sqrt[ (v/c)² - 1]. Assim, um táquion teria sua energia diminuída à medida que sua velocidade aumenta!    Ou seja, à medida que você lhe extrai energia, sua velocidade aumenta!... Neste caso esquesito, ainda, a TR indica que há uma velocidade limite, que é c, limite mínimo, mas limite. Isto é, c seria uma “velocidade de repouso”.   Assim, claramente, há um limite de convergência. Tanto num caso como no outro, a barreira seria precisamente a velocidade c. Há, ainda, outras implicações “esquesitas”(segundo meu ponto de vista) a respeito  da relação impulso x energia, para cada tipo de partícula.  Ou seja, teoricamente, sem problemas.  Problemas só com a realidade física!

E, você tem razão, realmente, nada pode garantir que realmente não existam.  É vero, é vero. O problema, e é um problemão, é encontrar, com os recursos de que dispomos, algum indício de que existam.  Os experimentos com neutrinos, como viu, e como era esperado, deram em nada. Só euforia, um sonho de uma noite de verão, serviço mal feito é o que foi.  E, se o experimento realmente comprovasse que o primeiro lugar no pódio seria do neutrino, teríamos aí um novo problema, precisamente com essa teoria que ora desenvolveu e publicou. A menos que um neutrino pudesse se transformar num táquion...Percebeu?  Pois, matematicamente, do ponto de vista da TR, vê-se que são partículas diferentes, que sobrevivem em “lados” diferentes, separados pela intransponível barreira, assintótica, às duas semi-hipérboles que caracterizam os movimentos de ambas, seja no aspecto  cinemático, ou dinâmico.  Outra coisa, o que foi bem assinalado por você: o paradoxo de Tolman, por exemplo, ao ser explicado pela conceituação de partícula/antipartícula(da Mec. Quântica), leva a que o princípio da causalidade(bastante caro aos nossos conceitos e conhecimentos atuais) realmente não é violado; e, durma com uma zoada dessas:  a reboque, causa e efeito passam a ser relativos!... Ou seja, parece tratar-se de um universo tresloucado, regido por uma física que, certinha do lado cá, arrepia do “lado de la´”, se é que haja há algo para que chamemos assim.  Você apontou:  fótons já nasceram com velocidade máxima, c;  táquions já nasceram com velocidade mínima, c, de repouso.  Isto elimina algumas dificuldades de conceituação, Ok. Mas, então, não parece que deveriam sobreviver em  mundos ou universos  diferentes, pelo exposto mais acima?  Sei não,  as conseqüências em termos de energia, momentum, conservação de energia, tudo relacionado à velocidade, vão é nos converter em saudáveis inquilinos de algum Pinel por  aí afora. Tudo ao contrário.Ou quase.

 

Resumindo: em termos do que conhecemos hoje(eu, especificamente) não tenho como não chiar ante os contraditórios apontados.

 

Mas o sábio Demócrito disse: “qq coisa que possa imaginada, desde que não seja de forma contraditória, deve existir em algum lugar do universo”.

 

Bem, imaginamos essas coisas, damos-lhe uma roupagem adequada e a munimos de uma linguagem igualmente adequada, de maneira até matematicamente consistente.  Este é o caso de sua bela exposição. Que poderá render frutos, no sentido enfocado no início deste post. 

Só temos que eliminar os contraditórios claros e cristalinos e...encontrar um táquion na Natureza! Fora isso...

 

Lerei seu artigo com mais vagar, posteriormente. Creio que outros artigos, de outros autores, deverão sair, já, já, motivados por esse impulso que deu.

 

Continue evoluindo, amigo, pois espero ter tempo físico para ler livros seus, ter notícias de seus êxitos científicos que, não tenho dúvidas, já são uma realidade.

 

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de ricardo
Enviada em: sábado, 5 de maio de 2012 00:46
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos

 

 

Olá a todos da Ciencialist!

Faz tempo que não posto mensagens aqui, isso é devido ao escasso tempo que tive nesses últimos anos (estou começando o meu doutorado em física nesse ano). Mesmo assim, tive acompanhando um pouco a lista, embora sem participar das discussões. Essa é uma boa oportunidade para agradecer novamente à todos que me ajudaram aqui, mesmo antes de eu entrar no curso de física.

Estou escrevendo agora porque encontrei algumas discussões daqui à respeito das experiências realizadas no CERN (OPERA e ICARUS) sobre uma possível existência de neutrinos superluminais (e.g., http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81113).

A respeito disso, escrevi um texto há algum tempo e acho que talvez possa interessá-los. Deixe-me antes explicar como acabei por escrever o texto. Há uns dois anos atrás estava encucado com algumas coisas de mecânica quântica, principalmente à respeito do fato de a velocidade (de fase) das ondas de De Broglie se propagarem mais rápido que a luz (a velocidade é w = c^2/v, que é maior que c por que v é menor que c). Esse tema é bem discutido na própria tese de doutorado de De Broglie, um excelente texto, vale ressaltar.

Pois então, no meu entender, isso significava que a mecânica quântica
era relativística em sua essência, e que um bom entendimento dela só poderia ser alcançado se estudada a partir da relatividade. No entanto o fato de que w ser maior que c (vide acima) me fez pensar que era, mais que isso, necessário estender a teoria da relatividade à partículas e referenciais mais rápidos que c. Procurei então por trabalhos nesse sentido, mas não achei muita coisa na época, apenas achei alguns artigos da revista Ciência Hoje, de divulgação, e outros que introduziam hipóteses pouco satisfatórias). Desde então tentei encontrar uma tal extensão, dividindo o tempo com as matérias do meu curso...

No meio do ano passado, porém, me convidaram para apresentar algo na VII Semana da Física da UFSCar (onde eu estudo) e perguntei se eu poderia falar sobre táquions (nome geralmente dado à partículas mais velozes que a luz), que tinha trabalhado pouco tempo antes, e aceitaram. Então eu apresentei uma palestra sobre o assunto. Coincidentemente, cerca de uma ou duas semanas depois saiu a noticia desses neutrinos superluminais! Com isso várias pessoas se interessaram pelo tema que eu tinha discutido e pediram para que eu colocasse em forma de artigo as ideias lá apresentadas. Depois de algum tempo eu escrevi o artigo, e depois uma versão em inglês a pedido de meu orientador. Colocamos os textos no Arxiv (link abaixo) e a versão em português submetemos à Revista Brasileira de Ensino de Física (deve ser publicado em breve).

Para quem tem dúvidas de como a teoria da relatividade poderia ser estendida a fim de descrever partículas superluminais, esse texto pode ser útil. Mesmo que falhas tenham sido reportadas referente à experiência OPERA do CERN, acredito que o tema seja bem interessante (embora não tão simples). Os resultados que obtive concordam com os resultados obtidos cerca de trinta anos atrás do Prof. Dr. Erasmo Recami, um dos principais pesquisadores no campo. Tive o conhecimento de seus trabalhos apenas recentemente, o motivo sendo, acredito eu, por seus trabalhos terem sidos publicados em uma revista italiana, mas que até pouco tempo atrás não dava para acessar pela internet (e nem sei se hoje em dia temos o acesso). O Prof. Recami lecionou por algum tempo aqui no Brasil, infelizmente quando eu tentei entrar em contato ele já tinha voltado para a Itália...

Segue o link: http://arxiv.org/abs/1112.4187

''An Introduction to the Theory of Tachyons'' - Ricardo S. Vieira

p.s. a versão em português vem logo após ao texto em inglês, no mesmo pdf.

Até mais, espero participar mais da lista assim que as coisas acalmarem por aqui,

Abraços!

Ricardo S. Vieira


SUBJECT: Re: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/05/2012 16:22

From: JVictor
Sent: Saturday, May 05, 2012 3:16 PM
Subject: RES: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
 
Olá Victor
 
Victor: [...] ensejado pelo método científico, que Popper “cassou”...(só para mexer com Mesquita).
 
Alberto: Só mesmo rindo.

Sob esse aspecto, e se o seu objetivo é mesmo mexer comigo, acho que antes disso você deveria ler Popper. Não sou um fã incondicional de Popper, mesmo porque se fosse não seria um digno seguidor do mestre (espero que você entenda o conteúdo dialético deste raciocínio). Não sendo um fâ incondicional, não sei o que você poderia dizer dele e que viesse a mexer comigo. Só se forem essas bobagens que anda dizendo por aí, mas isso não significa nada haja vista que você desconhece o que está supondo criticar.

Em outras palavras: Você não mexeu no sentido pretendido mas, exatamente em virtude disso, acabou mexendo  sob outros aspectos. Dentre eles realço o fato de ter provocado risos . Isto também é dialética.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: RES: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/05/2012 17:58

Alberto,

Desculpe-me, mas o “mexer” a que me referi foi só sentido de brincar mesmo.

Não de ofender, sob aspecto nenhum, que foi, parece,  o que aconteceu, em vista da resposta.

 

Victor.

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: sábado, 5 de maio de 2012 16:23
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos

 

 

From: JVictor

Sent: Saturday, May 05, 2012 3:16 PM

Subject: RES: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos

 

Olá Victor

 

Victor: [...] ensejado pelo método científico, que Popper “cassou”...(só para mexer com Mesquita).

 

Alberto: Só mesmo rindo.

Sob esse aspecto, e se o seu objetivo é mesmo mexer comigo, acho que antes disso você deveria ler Popper. Não sou um fã incondicional de Popper, mesmo porque se fosse não seria um digno seguidor do mestre (espero que você entenda o conteúdo dialético deste raciocínio). Não sendo um fâ incondicional, não sei o que você poderia dizer dele e que viesse a mexer comigo. Só se forem essas bobagens que anda dizendo por aí, mas isso não significa nada haja vista que você desconhece o que está supondo criticar.

Em outras palavras: Você não mexeu no sentido pretendido mas, exatamente em virtude disso, acabou mexendo  sob outros aspectos. Dentre eles realço o fato de ter provocado risos . Isto também é dialética.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Vídeos de aulas de várias universidades do mundo
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/05/2012 18:41

O site abaixo agrega vídeos de várias universidades do mundo.
Há vários vídeos (mas poucos, em relação ao total) com legendas
em português (são aqueles com a bandeirinha do Brasil, nas miniaturas
do vídeo):

http://www.veduca.com.br/universidade

Paulo





SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/05/2012 18:42

From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Tuesday, May 01, 2012 3:18 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
 

Continuando a explorar a ideia de energia pensada como algo inerente ao campo (msg 82029), vejamos agora como seria o que chamei visão 1b, qual seja: aether imaterial «em repouso no espaço» e a alojar este campo. Durante os debates surgiram algumas dúvidas e creio que valerá a pena gastarmos um pouco de tempo ou de energia de nossos neurônios para pelo menos esclarecer em que implicaria a aceitação desta visão 1b. Com isto irei fugir do tema do debate um pouco mais do que estava previsto.

A ideia tem origem na aceitação de luz como «onda» eletromagnética e acabou se propagando para a explicação da ação a distância não instantânea, ou seja, a como as cargas elétricas ou os imãs reconhecem estarem no campo.de outras cargas ou imãs; ou ainda, a como sentem as modificações destes campos originadas por seus possíveis movimentos. Este reconhecimento precede a emissão de «ondas» eletromagnéticas e nem sempre a emissão ocorre de fato. Haveria então algo que, a aceitarmos a visão 1b, poderia ser chamado «onda a assinalar acomodações do campo», porém sem irradiar energia. Pois bem, é esta «ondas» que está a nos interessar no momento.

Para que as coisas fiquem claras, vamos pensar inicialmente em algo bem mais simples como a onda sonora. O som propaga-se no ar como vibração de suas partículas. Uma buzina, por exemplo, transmite a vibração de um diafragma para as moléculas do ar e estas vão repassando este efeito para as suas vizinhas. O que está sendo transportado no ar não pertence mais à buzina, sendo agora propriedade do ar. Se a buzina (vamos chamá-la por fonte sonora e abreviar por F) estiver em repouso em relação ao ar, a propagação do som dar-se-á de maneira concêntrica (figura 14 à esquerda). Se F estiver em movimento retilíneo e uniforme a concentricidade se desfaz e as coisas se passam como esquematizado na figura 14 à direita (os pontos em vermelho mais claro mostram onde estava F quando emitiu cada uma das cascas esféricas e imaginárias). [Afim de aguçar a curiosidade do leitor, diria que esta não concentricidade coincide com a observação do que costuma ser chamado por efeito Doppler ondulatório]


Figura 14: Maneiras como o som se propaga através do ar:
com a fonte F em repouso (à esquerda) ou em MRU (à direita)


Aparentemente não existe aquela simetria relativística que estamos acostumados a observar quando mudarmos o referencial. Se F estiver encima de uma plataforma em movimento inercial, F estará em repouso em relação a esta plataforma. Não obstante, um observador situado também em cima da plataforma, e no mesmo referencial da fonte, poderá verificar que o som propaga-se de maneira semelhante àquela apresentada à direita da figura 14, como se a fonte estivesse em movimento. E de fato está, só que está em movimento não em relação ao observador, mas em relação ao ar que é o meio onde a onda se propaga. E é este o referencial que importa caso queiramos observar a concentricidade da propagação do som, qual seja, um referencial fixo ao meio onde a onda se propaga.

Imagine agora a fonte F no interior de um trem fechado e viajando em MRU em relação a um referencial inercial. Nestas condições o ar viaja juntamente com o trem. Se a fonte estiver em repouso ou em movimento em relação ao trem, a imagem que fazemos para a propagação do som será idêntica àquelas mostradas na figura 14 para um observador que esteja no interior do trem. Um observador em repouso em relação à Terra poderá não ouvir o som (trem fechado), mas se fosse possível a ele «enxergar» as ondas sonoras interiores ao trem, ele iria ver algo quase idêntico àquela imagem mostrada na figura 13(<-- clique aqui para ver a figura), no caso em que F está em repouso em relação ao trem, e portanto em MRU em relação ao observador externo.

Tentemos agora entender o que há de análogo entre as ondas sonoras propagando-se no ar e as «ondas» eletromagnéticas propagando-se em um aether imaterial. E vamos também aceitar a ideia de que as «ondas a assinalarem acomodações de campos eletromagnéticos» sejam do mesmo tipo, ainda que não transportem energia.

À primeira vista parece que a figura 14 se encaixaria bem com a ideia de «onda» eletromagnética. Pergunto então: Este aether está em repouso em relação a que referencial inercial? É importante saber pois as imagens das ondas seriam diferentes em cada caso. Ora serão concêntricas em relação à carga (figura à esquerda), ora não (figura à direita).

Um dos arranjos provavelmente especulado por Maxwell parece ter sido aquele em que o aether estaria em repouso em relação a algum referencial universal, quiçá absoluto a exemplo daquele correspondente às estrelas «fixas» de Newton. Em assim sendo a Terra, em seu movimento através do espaço sideral, poderia ser pensada como aquela plataforma móvel descrita acima. As «ondas» eletromagnéticas observadas aqui na Terra não poderiam então ser concêntricas, o que implicaria em que deveriam ter velocidades diferentes conforme a direção e sentido de propagação. Dois observadores situados em lados opostos da fonte desta «onda» e na direção do movimento da Terra, deveriam medir velocidades diferentes para a propagação destas «ondas». Para checar esta possibilidade Maxwell sugeriu esta medida, o que foi feito vários anos após, quando Maxwell não estava mais entre nós. Maxwell portanto não chegou a comentar os resultados da experiência a falsear esta sua ideia preferida. A experiência a que me refiro é à famosa experiência feita com o interferômetro de Michelson e Morley e a comprovar haver aqui na Terra a concentricidade da propagação da luz, em relação à fonte.

Por um lado, a luz exibe o efeito Doppler, característica da não concentricidade ondulatória para fontes em movimento; por outro exibe o efeito Michelson-Morley, a caracterizar esta concentricidade. Estaríamos frente a um novo paradoxo?

A primeira coisa que se pensou a respeito na época foi a de que o aether estaria fixo à Terra e, neste caso, estaríamos como que viajando no que poderíamos considerar «um trem fechado», para estabelecermos a analogia com o caso discutido acima para o som. Mas a coisa não era tão simples assim. Mesmo porque, se o aether está fixo em relação à Terra, que dizer de uma plataforma em MRU e viajando em cima de trilhos de  trem e, portanto, em movimento em relação a este referencial fixo à Terra? Não sei dizer se esta possibilidade chegou a ser aventada mas, ao que tudo indica, parece haver argumentos teóricos a nos permitirem concluir que a concentricidade seria mantida, mesmo nesta plataforma. Em resumo: «O aether, que foi criado para sustentar a teoria ondulatória da luz, estava atrapalhando-a tremendamente.»

Se é difícil aceitar esta «onda» eletromagnética como idealizada por Maxwell, que dizer daqueles componentes e que parecem existir (acomodações do campo) mesmo antes da «onda» se manifestar como tal? A ideia de hipotéticos agentes ondulatórios a viajarem por estes campos eletromagnéticos, e sob esta visão 1b, parece-me bastante complicada, senão impossível.

Esta mesma dúvida pode ser apresentada de outra maneira. O questionamento seria: A carga em repouso ou em MRU estaria emitindo alguma coisa para este meio etéreo de maneira análoga àquela efetuada por uma fonte sonora quando emite energia vibratória para o ar? [Obviamente esta alguma coisa não seria energia, pois a carga não está sendo acelerada.] Ou haveria emissão apenas quando ocorre a produção de «onda» eletromagnética, e neste caso com emissão de energia?

Bem, o problema está apresentado. Só não vejo a solução, seja por esta visão, seja pelas demais a assumirem um aether em repouso. Que dizer então da visão 1c (aether matemático)?

Vejo com muitíssimas ressalvas. Constatado o que acabou se transformando em óbvio, qual seja, o fato de que a «onda» eletromagnética não pode ser pensada como uma onda mecânica (a exemplo da onda sonora), uma das saídas seria abandonarmos a ideia de onda eletromagnética. E o mesmo poderia ser dito com relação a essas «ondas» de acomodação dos campos eletromagnéticos. Restar-nos-iam então as possibilidades 2a e 2b relatadas na msg 82029, a da existência de um aether a viajar pelo espaço e a se manifestar como campo. Haveria aí como compatibilizar o encontro do efeito Doppler associado ao encontro do efeito Michelson-Morley. Em dúvida vide msg 82050 [O efeito Doppler e as teorias de emissão].

A outra saída seria através de uma concepção ad hoc e a sacramentar, através de um postulado, a justificativa para a concentricidade observada na propagação dessas «ondas». Estou falando do postulado da constância absoluta da velocidade de propagação dessas «ondas», ou seja, algo a independer do referencial. Coisa jamais vista na física de todos os tempos, de Aristóteles até 1905, e jamais vista a partir de então, em outras condições que não esta.

A afirmação de que a teoria de Maxwell é inerentemente relativista (no sentido moderno do termo), apoia-se em meias verdades. Apoia-se na opção por esta saída a conservar a elegância matemática da teoria de Maxwell mas a se contrapor a quase todas as ideias que Maxwell procurou expressar em linguagem matemática e que só não chegou a concluir por obra do acaso: faleceu antes de conhecer o resultado de muitas dentre as experiências que sugeriu para que fossem feitas.

O problema é que a matemática inerente ao EM de Maxwell nos leva a certas situações aparentemente sem saídas, como as que tenho apresentado de maneira light [sem me aprofundar muito] no decorrer dessas discussões. O interessante é que Maxwell deixou implícito em seu trabalho ter plena consciência dessas dificuldades e em nenhum momento apelou para a matemágica. Simplesmente ficou, tal e qual suas «ondas», oscilando ora entre a aceitação de um aether mecanicista, ainda que imaterial, ora a procura por novas saídas. Aceitar o resultado da experiência de Michelson-Morley e pretender conservar a ideia de «onda» eletromagnética como definida por Maxwell (mecanicista em essência) seria, a meu ver, o mesmo que negar o principal legado de Maxwell.

O problema está apresentado e ficarei no aguardo das pedradas.
Vou apenas aproveitar a deixa para concluir a mensagem com mais duas dentre as citações de Maxwell, agora extraídas de seu livro «A Treatise on Electricity & Magnetism», Vol. 2.

********** início da citação **********


p. 432

In the theory of electricity and magnetism adopted in this treatise, two forms of energy are recognised, the electrostatic and the electrokinetic (see Arts. 630 and 636), and these are supposed to have their seat, not merely in the electrified or magnetized bodies, but in every part of the surrounding space, where electric or magnetic force is observed to act. Hence our theory agrees with the undulatory theory in assuming the existence of a medium which is capable of becoming a receptacle of two forms of energy.

Tradução:

Na teoria da eletricidade e magnetismo adotada neste tratado, duas formas de energia são reconhecidas, a eletrostática e a eletrocinética (vide Arts. 630 e 636), e estas são supostas se situarem não apenas nos corpos eletrificados ou magnetizados, mas em toda parte do espaço circunvizinho onde a força elétrica ou magnética está em ação. Consequentemente a nossa teoria concorda com a teoria ondulatória ao assumir a existência de um meio que é capaz de se tornar um recipiente para essas duas formas de energia.


Após discutir várias teorias contemporâneas, Maxwell conclui o último capítulo de seu Tratado (Action at a distance) com as seguintes palavras:

p. 493

Hence all these theories lead to the conception of a medium in which the propagation takes place, and if we admit this medium as an hypothesis, I think it ought to occupy a prominent place in our investigations, and that we ought to endeavour to construct a mental representation of all the details of its action, and this has been my constant aim in this treatise.

Tradução:

Consequentemente todas estas teorias nos levam à concepção de um meio no qual a propagação acontece e se nós aceitamos este meio como hipótese, eu acredito que ele deva ocupar um lugar de destaque em nossas investigações, e tal que nós deveríamos nos empenhar para construir uma representação mental de todos os detalhes de sua ação, e este objetivo foi perseguido de maneira constante neste tratado.


********** final da citação **********

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

PS: Esta msg segue um roteiro pré-estabelecido e portanto é uma continuação das msgs citadas abaixo. As demais msgs de minha autoria e postadas nesta thread relacionam-se aos questionamentos apresentados pelos demais participantes do debate. Clicando-se nas msgs abaixo chega-se à página web correspondente e as réplicas ou tréplicas estarão no rodapé destas páginas web.
1) msg 81845: Apresentando a versão do paradoxo da carga acelerada para o caso da carga estar em mhs.
2)
msg 81914
: Propostas de campos gravitacionais oscilantes (experiências de pensamento). Sugestão e ordenação temática.
3)
msg 81928
: O paradoxo no caso da queda livre (aceleração constante).
4)
msg 81974
: O paradoxo no caso mhs equivalente à queda livre (ou na oscilação livre).
5)
msg 81995
: Sobre as resoluções apresentadas pelos físicos «modernos».
6)
msg 81999:
Sobre a energia dos campos eletromagnéticos.
7)
msg 82029
: Sobre hipotéticos agentes do campo propagando-se pelo aether.
8) msg  atual: Sobre a visão ondulatório mecanicista da propagação de entidades eletromagnéticas através do aether.

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/05/2012 19:23

Esquenta não, Victor!!! Estou apenas me divertindo com os seus comentários zombeteiros.
 
 
Aproveito o ensejo para dizer que acho que descobri o porquê de muitas de minhas msgs acabarem indo parar na quarentena. É que eu tenho o hábito de limpar a msg do que acho supérfluo e acabo eliminando aquela parte debaixo e introduzida pelo Yahoo. Acho que aí está embutido algum código utilizado para uma liberação mais rápida, pois significa que a msg está sendo respondida por quem a recebeu e que, portanto, pertence ao quadro de associados.
 
Bem, esta é apenas uma ideia e estou na torcida para que a observância deste fato elimine os dissabores de ter uma mensagem considerada como Spam. Estou comentando pois poderá ser útil também para os demais, em especial aqueles que têm notado este inconveniente, como por ex. o Hélio chegou referir tempos atrás (piadas que chegam fora do tempo).

[ ]´s
Alberto
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Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

 
From: JVictor
Sent: Saturday, May 05, 2012 5:58 PM
Subject: RES: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
 
 

Alberto,

Desculpe-me, mas o “mexer” a que me referi foi só sentido de brincar mesmo.

Não de ofender, sob aspecto nenhum, que foi, parece,  o que aconteceu, em vista da resposta.

Victor.

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: sábado, 5 de maio de 2012 16:23
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos

 

From: JVictor

Sent: Saturday, May 05, 2012 3:16 PM

Subject: RES: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos

Olá Victor

Victor: [...] ensejado pelo método científico, que Popper “cassou”...(só para mexer com Mesquita).

Alberto: Só mesmo rindo.

Sob esse aspecto, e se o seu objetivo é mesmo mexer comigo, acho que antes disso você deveria ler Popper. Não sou um fã incondicional de Popper, mesmo porque se fosse não seria um digno seguidor do mestre (espero que você entenda o conteúdo dialético deste raciocínio). Não sendo um fâ incondicional, não sei o que você poderia dizer dele e que viesse a mexer comigo. Só se forem essas bobagens que anda dizendo por aí, mas isso não significa nada haja vista que você desconhece o que está supondo criticar.

Em outras palavras: Você não mexeu no sentido pretendido mas, exatamente em virtude disso, acabou mexendo  sob outros aspectos. Dentre eles realço o fato de ter provocado risos . Isto também é dialética.

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Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: O Universo Vermelho - Hipotese Gravitacional
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/05/2012 21:58

Here's a link to "5,G Redshift Causes.pdf" in my Dropbox:

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A Equação da Morte
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/05/2012 22:00

Qdo colocados na equacao,


De: marcelleandro2009 <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 5 de Maio de 2012 9:38
Assunto: [ciencialist] Re: A Equação da Morte

 
Sim?

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>
> Como ficam o homem, os simios e os tubarões?
>
>
>
> ________________________________
> De: marcelleandro2009 <marcelleandro2009@...>
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Sexta-feira, 4 de Maio de 2012 17:08
> Assunto: [ciencialist] A Equação da Morte
>
>
>  
>
> http://www.genismo.com/geneticatexto41.htm
> A "Equação da Morte"
>
> Com esta teoria podemos agora esboçar a "Equação da Morte". Esta equação seria uma avaliação do tempo de vida das espécies sexuadas â€"sua longevidade-, em função de algumas de suas características e a de seus predadores dentro de um ambiente estável.
>
> Vamos supor que exista um ambiente como, por exemplo, uma ilha, onde presas e predadores convivem não muito pacificamente, já que os predadores se alimentam de suas presas para sobreviverem. Um lema se aplica a todos os ambientes naturais:
>
> "Se existe um recurso em grande abundância que pode ser utilizado pela vida, e se surgir um `predador' que se beneficie deste recurso, sua população crescerá".
>
> A luz solar é um recurso em abundância que cobre nosso ambiente e pode ser utilizado pela vida. Então, pelo nosso lema, se surgir um `predador' desta luz, por exemplo, um vegetal, que utilize esta luz solar, e crescerá enquanto houver este recurso disponível. Agora, neste exemplo, temos outro recurso em abundância: os vegetais. Da mesma forma surgirão os herbívoros que crescerão utilizando esta vegetação como recurso alimentar. Depois surgirão os vários tipos de carnívoros, e assim se forma uma pirâmide de presas e predadores com a vegetação na base da pirâmide, seguido pelos herbívoros, e as diversas espécies de carnívoros. O nível mais alto desta pirâmide alimentar seria o predador que se alimenta de carnívoros, mas que não é presa de nenhum outro organismo. Seria, por exemplo, o caso da águia, ou do leão. Devemos notar que o ambiente humano atual não é estável, pois estamos num processo de crescimento populacional
> acelerado o que descaracteriza o equilíbrio. Entretanto, os genes dos organismos terrestres se adaptaram, na maior parte dos quatro bilhões de anos que existe vida na Terra, em períodos de tempo de relativo equilíbrio. As grandes transformações ocorrem, em geral, em curtos períodos de tempo.
>
> 11.1-Condições Iniciais
>
> Vamos supor que nosso ambiente seja relativamente estável, isto é, que esteja em equilíbrio dinâmico: organismos morrem e nascem, mas sua freqüência relativa permanece constante. Assim, o número total de organismos de qualquer espécie que habita nosso ambiente se mantém constante no tempo. É claro que a hipótese de um ecossistema estável não ocorre em tempos evolutivos. Na escala de milhões de anos, novas espécies costumam desaparecer e outras novas surgirem. Nossa escala de tempo é, portanto, menor. Assim, pela nossa hipótese inicial do ambiente estar em equilíbrio, temos para todas as espécies:
>
> Taxa de Nascimento = Taxa de Morte (I)
>
> Se a taxa de nascimento fosse maior que a de morte, a população cresceria continuamente até exaurir os recursos disponíveis. Se a taxa de nascimento fosse maior que a de morte, a população diminuiria até a sua extinção. Como estudamos anteriormente, podemos supor também que todas as espécies sexuadas tenham a morte programada, isto é, envelhecem e morrem. Se "X" é a espécie que queremis determinar a longevidade, podemos definir algumas variáveis, relativas a um instante de tempo qualquer deste ambiente:
>
> L = Longevidade de uma determinada espécie X, isto é, seu tempo médio de vida antes de morrer de velhice.
> Nt = O número total de organismos desta espécie X.
> Nu = Número de organismos de X que procriaram ou procriarão.
> Nn = Número de organismos de X que morrerão sem se reproduzir.
>
> Então:
>
> Nt = Nu+Nn (II)
>
> Se definirmos:
> G = Número médio de gestações por organismo que procriam (durante um período de tempo L). Isto é, G é o número total de gestações durante o período L dividida pela quantidade de organismos que procriam (G=Total de Gestações/Nu). Assim, num período L, os organismos que procriam irão gerar (G*F) filhos cada um, onde:
> F = Número médio de filhos por gestação por organismo que procriam.
>
> Devemos notar também que no período L (Longevidade =período de vida do organismo da espécie X), todos os organismos da espécie de um dado instante qualquer, são mortos (de velhice ou por predadores) e substituídos pelos seus descendentes. Por exemplo: um organismo da espécie X, que acaba de nascer agora, daqui a um tempo L, estará morto, se não por predadores, por envelhecimento. Assim, num período L todos os organismos de um determinado instante, estarão mortos e toda a população será trocada.
>
> No período L, toda a população é substituída pelos filhos dos organismos que procriam:
>
> Nt = Nu * (G * F) (III)
>
> 11.2- A Taxa Evolutiva
>
> Devido à constante troca de organismos em decorrência da morte, algumas mutações benéficas acontecem e as espécies evoluem. Se uma espécie não evolui, isto é, deixa de apresentar mutações benéficas, ela para no tempo, e pode ser extinta por predadores que continuem a evoluir, ou então é substituída por outra que consome os mesmos recursos que ela consumia. Então, para que o equilíbrio seja mantido a taxa de evolução de uma presa deve ser, pelo menos, equivalente à taxa de evolução de seus predadores. O inverso também é verdade: A taxa evolutiva de um predador deve, ao menos, acompanhar a taxa evolutiva das suas presas. Se, por exemplo, suas presas evoluírem adotando mecanismos de defesa contra o predador, e este não evoluir à altura, ele morrerá de fome.
>
> Mas a taxa evolutiva de uma espécie é proporcional à taxa de mutações benéficas que a espécie sofre, e a taxa de mutações benéficas é proporcional à taxa de mutações, e a taxa de mutações é proporcional à taxa de nascimento dos que procriam nesta espécie. Assim, a taxa evolutiva da espécie é proporcional à taxa de nascimentos úteis, ou seja, dos organismos que procriarão, pois os organismos que não procriam não podem passar suas mutações, e não contribuirão para a "evolutividade" da espécie.
>
> Então, para qualquer espécie, é válido:
>
> Taxa Evolutiva = k * Taxa de Nascimentos Úteis (IV)
>
> Onde k é a constante que converte a taxa de nascimento na taxa de mutações benéficas.
>
> Se definirmos:
>
> Tx= Taxa evolutiva da espécie X. Poderemos reescrever (IV) em termos de nossas variáveis:
>
> Tx = k * Nu/L (Va)
>
> Se definirmos ainda:
> Ti = Taxa evolutiva do i-ésimo predador
> Ni = Taxa de nascimentos úteis (que irão procriar) do i-ésimo predador
> Li = Longevidade (tempo de vida máxima) do i-ésimo predador
>
> Utilizando estas variáveis, a fórmula (IV) pode ser re-escrita agora também para os predadores de X:
>
> Taxa Evolutiva do i-ésimo Predador = k * Ni / Li (Vb)
>
> 11.3- A Base da Pirâmide
>
> Para se manter em equilíbrio, em relação aos seus predadores, a taxa evolutiva de uma espécie deve ser proporcional à soma das taxas evolutivas de seus predadores. Se Ki (um número que varia de 0% a 100%) denota o grau de importância da espécie X no cardápio do seu i-ésimo predador (=predador i), e se considerarmos a "Taxa Ambiental" como a variação física (climática, por exemplo) no ambiente que a espécie habita, teremos:
>
> Taxa Evolutiva de X = Soma{ Ki * Taxa Evolutiva do Predadori }+h*Taxa Ambiental (VI)
>
> Ki=Constante que define o grau de importância da espécie X para a dieta do seu i-ésimo predador. Isto é necessário porque a espécie X pode não ser o cardápio principal de um dado predador(a), mas pode ser a dieta principal do predador(b) de modo que a taxa evolutiva deste último contribua mais para a taxa evolutiva de X.
> TxA= Taxa Ambiental. Variação física média no ambiente da espécie como clima, umidade, temperatura etc..
>
> Colocando (VI) em termos de nossas variáveis, e utilizando as equações (Va) e (Vb), teremos:
>
> Nu/L = Soma{ Ki * Ni / Li } + TxA (VII)
>
> Se nós utilizarmos agora a equação (III), poderemos isolar a longevidade L, e teremos o tempo de vida por envelhecimento em função dos parâmetros dos predadores, do tamanho da população de X e do número médio de filhos por organismo:
>
> L = (Nt / (G*F)) / (Soma{ ki * Ni / Li }+TxA) (VIII)
>
> Esta fórmula serve apenas para os organismos da base da pirâmide alimentar, pois só contempla os predadores da espécie X, e não, ainda, o caso geral. Podemos simplificá-la um pouco para fazermos uma análise qualitativa.
>
> Vamos simplificar a equação (VIII), tomando como hipótese que os predadores tenham a mesma taxa de nascimento e longevidade, isto é, que ki*Ni/Li = k1*N1/L1. E o ambiente não muda muito, isto é TxA=0. Se tivermos "M" espécies de predadores de X, onde X é sua única dieta (ki=1), e sabendo que N1 = Nt1/(G1F1), a fórmula (VIII) ficará simplificada para:
>
> L = L1*(Nt /N1) / (G*F) / M (IX)
>
> Podemos inferir, neste caso, que a longevidade L das presas da base da pirâmide alimentar é:
>
> - inversamente proporcional ao número de filhos por organismo (G*F).
> - inversamente proporcional ao número de predadores (M).
> - proporcional à longevidade de seus predadores (L1).
> - proporcional ao tamanho da população relativa aos predadores(Nt/N1).
>
> 11.4- O Topo da Pirâmide
>
> Agora iremos calcular a fórmula da longevidade da espécie X, quando X é um predador do topo da cadeia alimentar, como, por exemplo, uma águia, ou um leão.
>
> Há uma assimetria entre estar na base da pirâmide ou estar em seu topo, pois o cardápio do predador que está no topo, sendo variado, ele não ficará a mercê de uma única espécie de presa, ao passo que do ponto de vista da presa, qualquer um de seus predadores, poderia, em princípio, exterminá-la. Ou seja, para uma presa, qualquer um dos seus predadores poderia, caso evoluísse mais rapidamente que X, levá-la à extinção. Assim, no caso em que X é um predador do topo da pirâmide, com vários tipos de presas disponíveis, a evolução rápida de uma destas presas pode não matar o predador de fome, já que este poderia se nutrir das outras presas de seu cardápio. De qualquer modo, se TxA é a taxa de variação ambiental:
>
> Tx do Predador = Soma da taxa evolutiva das Presas+TxA (X)
>
> Se Zi denota o fator de peso, um número entre 0 e 1, que indica o quão importante a i-ésima presa é para o cardápio do predador X. Então poderemos reescrever a equação (X) em termos destas variáveis:
>
> Tx = Soma{ Zi * Tx_da_Presai } + TxA (XI)
>
> Utilizando (Va e Vb) e (III) e (XI), teremos a fórmula para a Longevidade do predador do topo da cadeia alimentar em função dos parâmetros de suas presas:
>
> L = (Nt / (G*F)) / (Soma{Zi* Ni / Li}+TxA) (XII)
>
> Para efeito de análise, vamos simplificar um pouco a fórmula do predador, acima, e considerarmos que todas as suas presas têm a mesma importância no seu cardápio alimentar e que suas populações e tempo de vida são iguais, isto é: Ni = N1 e Li=L1, e o ambiente não muda(TxA=0), teremos então para a longevidade do predador do topo da pirâmide:
>
> L = (Nt/N1) * L1 / (G*F) (XIII)
>
> Ou seja, a longevidade do predador do topo cadeia alimentar é:
>
> - Inversamente proporcional ao número médio de filhos (G*F).
> - Proporcional à longevidade média de suas presas (L1).
> - Proporcional à sua população relativa (Nt/N1).
>
> 11.5- A Equação da Morte
>
> Vamos então calcular a longevidade no meio da cadeia alimentar, isto é, iremos considerar o caso geral, em que nossa espécie X pode ter várias presas e vários predadores.
>
> Neste caso a espécie está "espremida" entre a evolução de suas presas e também à de seus predadores. A taxa evolutiva da espécie deverá ser a combinação das equações (VI) e (XI), onde teremos:
>
> Taxa Evolutiva de X = Soma{ Taxa evolutiva dos predadores e Presas}+TxA (XIV)
>
> Utilizando (XI), (VII) e (V), (XIV), e denotando Predadores{} como a soma em relação aos predadores de X, e Presas{} como a soma em relação às suas presas, teremos:
>
> Nu/L = Predadores{ Ki*Ni / Li}+Presas{ Zi* Ni / Li }+TxA (XV)
>
> Isolando a variável de longevidade L, teremos, finalmente, a
>
> "Equação da Morte":
>
> L=(Nt/(G*F)) / [Predadores{Ki*Ni/Li}+Presas{Zi*Ni/Li}+TxA] (XVI)
>
> Onde:
> L = Longevidade da espécie X.
> Nt = Tamanho total da população da espécie X.
> G = Número médio de gestações, por organismo, da espécie X.
> F = Número médio de filhos por Gestação.
> Predadores{} = Soma sobre os predadores da espécie X.
> Ki = Número entre 0 e 1 indicando o grau de importância de X no cardápio do i-ésimo predador. A soma de Ki não precisa ser a unidade.
> Ni = Tamanho da População que se reproduz da i-ésima espécie. Se estiver dentro de Predador{} será uma espécie de predador de X, se estiver dentro de Presas{} será uma espécie de presa de X. Isto é: Ni=Nti/(Fi*Gi)
> Li = Longevidade da i-ésima espécie.
> Zi = Fator de peso na ponderação. Número entre 0 e 1 que indica o quanto importante é a i-ésima presa na alimentação de X.
> TxA=Taxa média de Variação Ambiental (Clima, condições físicas do ambiente)
>
> 11.6- Verificações Empíricas
>
> Podemos agora comparar nossa equação com os dados experimentais da longevidade dos animais [24]. Para um predador, a equação (XVI) pode ser simplificada na forma da equação (VIII). Nela verificamos que a longevidade é proporcional à idade média de suas presas, e proporcional ao tamanho de sua população em relação à de suas presas:
>
> Um Tigre vive, em média, 17 anos. E algumas de suas presas são: Porcos 12 anos; Cabras 17; Javali 17, Macaco 13. O que parece estar de acordo com a equação.
>
> Um Rato vive, em média, 4 anos mas há um número enorme de predadores que se alimentam dele. De acordo com a equação (IX) seu tempo de vida é inversamente proporcional ao número de predadores, que são muitos. Portanto isso explicaria sua baixa longevidade.
>




SUBJECT: Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: "ricardo" <rickrsv@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/05/2012 22:12

Oi Alberto,

Imagina, sempre gostei de suas ideias. Mas essa questão de Olimpo existe mesmo... Diversas vezes passei por dificuldades na faculdade porque alguns professores (ainda bem que não são muitos) só aceitavam a resolução de um dado problema da forma como eles ensinaram. Como se aquela fosse a verdade absoluta e o problema não pudesse ser resolvido de outras formas. Felizmente existe bastante gente também com a mente mais aberta, que pelo menos lê a resolução até o final quando ela está diferente do que de costume.

Abraço, e lembre-se, Galileu também foi considerado um herege pela igreja católica! ;)

Até,

Ricardo.


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@...> escreveu
>
> Olá Ricardo
>
> Feliz retorno à Ciencialist. Estávamos sentindo a sua falta.
>
> Ficaremos na torcida para que «as coisas se acalmem por aí» afim de que você possa voltar de vez para o convívio com os velhos net-amigos.
>
> Espero que o banho cultural que você tomou no Olimpo Acadêmico não o impeça de curtir as minhas heresias, nem que seja apenas para dar boas gargalhadas.
>
>
> Enquanto isso, e assim que sobrar um tempinho, eu irei ler e me divertir um bocado com o seu artigo no arxiv
>
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com.br
> Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
> coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
>
> --------------------------------------------------------------------------------
> From: ricardo
> Sent: Saturday, May 05, 2012 12:45 AM
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Subject: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
>
> Olá a todos da Ciencialist!
>
> Faz tempo que não posto mensagens aqui, isso é devido ao escasso tempo que tive nesses últimos anos (estou começando o meu doutorado em física nesse ano). Mesmo assim, tive acompanhando um pouco a lista, embora sem participar das discussões. Essa é uma boa oportunidade para agradecer novamente à todos que me ajudaram aqui, mesmo antes de eu entrar no curso de física.
>
> Estou escrevendo agora porque encontrei algumas discussões daqui à respeito das experiências realizadas no CERN (OPERA e ICARUS) sobre uma possível existência de neutrinos superluminais (e.g., http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81113).
>
> A respeito disso, escrevi um texto há algum tempo e acho que talvez possa interessá-los. Deixe-me antes explicar como acabei por escrever o texto. Há uns dois anos atrás estava encucado com algumas coisas de mecânica quântica, principalmente à respeito do fato de a velocidade (de fase) das ondas de De Broglie se propagarem mais rápido que a luz (a velocidade é w = c^2/v, que é maior que c por que v é menor que c). Esse tema é bem discutido na própria tese de doutorado de De Broglie, um excelente texto, vale ressaltar.
>
> Pois então, no meu entender, isso significava que a mecânica quântica
> era relativística em sua essência, e que um bom entendimento dela só poderia ser alcançado se estudada a partir da relatividade. No entanto o fato de que w ser maior que c (vide acima) me fez pensar que era, mais que isso, necessário estender a teoria da relatividade à partículas e referenciais mais rápidos que c. Procurei então por trabalhos nesse sentido, mas não achei muita coisa na época, apenas achei alguns artigos da revista Ciência Hoje, de divulgação, e outros que introduziam hipóteses pouco satisfatórias). Desde então tentei encontrar uma tal extensão, dividindo o tempo com as matérias do meu curso...
>
> No meio do ano passado, porém, me convidaram para apresentar algo na VII Semana da Física da UFSCar (onde eu estudo) e perguntei se eu poderia falar sobre táquions (nome geralmente dado à partículas mais velozes que a luz), que tinha trabalhado pouco tempo antes, e aceitaram. Então eu apresentei uma palestra sobre o assunto. Coincidentemente, cerca de uma ou duas semanas depois saiu a noticia desses neutrinos superluminais! Com isso várias pessoas se interessaram pelo tema que eu tinha discutido e pediram para que eu colocasse em forma de artigo as ideias lá apresentadas. Depois de algum tempo eu escrevi o artigo, e depois uma versão em inglês a pedido de meu orientador. Colocamos os textos no Arxiv (link abaixo) e a versão em português submetemos à Revista Brasileira de Ensino de Física (deve ser publicado em breve).
>
> Para quem tem dúvidas de como a teoria da relatividade poderia ser estendida a fim de descrever partículas superluminais, esse texto pode ser útil. Mesmo que falhas tenham sido reportadas referente à experiência OPERA do CERN, acredito que o tema seja bem interessante (embora não tão simples). Os resultados que obtive concordam com os resultados obtidos cerca de trinta anos atrás do Prof. Dr. Erasmo Recami, um dos principais pesquisadores no campo. Tive o conhecimento de seus trabalhos apenas recentemente, o motivo sendo, acredito eu, por seus trabalhos terem sidos publicados em uma revista italiana, mas que até pouco tempo atrás não dava para acessar pela internet (e nem sei se hoje em dia temos o acesso). O Prof. Recami lecionou por algum tempo aqui no Brasil, infelizmente quando eu tentei entrar em contato ele já tinha voltado para a Itália...
>
> Segue o link: http://arxiv.org/abs/1112.4187
>
> ''An Introduction to the Theory of Tachyons'' - Ricardo S. Vieira
>
> p.s. a versão em português vem logo após ao texto em inglês, no mesmo pdf.
>
> Até mais, espero participar mais da lista assim que as coisas acalmarem por aqui,
>
> Abraços!
>
> Ricardo S. Vieira
>




SUBJECT: Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: "ricardo" <rickrsv@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/05/2012 22:27

Oi Hélio,

Obrigado pelos comentários! Pois é né, ainda me lembro quando eu vinha à lista para discutir sobre os conceitos de gradiente e rotacional, e como todos vocês me ajudaram nisso. Você sabe que a minha admiração é recíproca. Gostei do sarcasmo referente ao prêmio Nobel -- eu deixo essa para o AlexKehagias mesmo rsrsrs.

Quanto a teoria de Ritz eu li a respeito no livro de relatividade do Pauli. Achei muito interessante mas lá o Pauli apresenta algumas críticas e comenta sobre algumas experiências que pareciam não concordar com a teoria do Ritz. Não sei como anda as coisas mais agora. Outra coisa interessante é que o Ritz era bem novo quando formulou sua teoria, e infelizmente faleceu bem novo também...

Muito bom conversar com você novamente,

Abraço

Ricardo.



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Hélio Carvalho <helicar_br@...> escreveu
>
> Oi Ricardo,
>
> É um prazer ver você de volta aqui. E saber que participamos no início de sua caminhada "física".
> Bom saber que existe mais um colega aqui entre nós.
> Continuo te admirando muito. Você merece. Quando você vier no Rio para alguma palestra me avise.
> Ou então nos encontraremos em algum destes eventos nacionais, qualquer dia.
>
> Mas, não é por isto que vou aliviar minhas críticas à sua MSG.
> Depois vou ler melhor o seu artigo para poder comentá-lo.
>
> Com seu artigo, você se torna um fortíssimo candidato a ganhar o prêmio Nobel de física. Talvez vai dividi-lo com o  AlexKehagias.
> Para entender que a frase acima foi uma crítica, leia minha MSG:
> http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/79345
>
> :-)
>
> Hélio
>
>
>
> ________________________________
> De: ricardo <rickrsv@...>
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Sábado, 5 de Maio de 2012 0:45
> Assunto: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
>
>
>
>  
> Olá a todos da Ciencialist!
>
> Faz tempo que não posto mensagens aqui, isso é devido ao escasso tempo que tive nesses últimos anos (estou começando o meu doutorado em física nesse ano). Mesmo assim, tive acompanhando um pouco a lista, embora sem participar das discussões. Essa é uma boa oportunidade para agradecer novamente à todos que me ajudaram aqui, mesmo antes de eu entrar no curso de física.
>
> Estou escrevendo agora porque encontrei algumas discussões daqui à respeito das experiências realizadas no CERN (OPERA e ICARUS) sobre uma possível existência de neutrinossuperluminais (e.g., http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81113).
>
> A respeito disso, escrevi um texto há algum tempo e acho que talvez possa interessá-los. Deixe-me antes explicar como acabei por escrever o texto. Há uns dois anos atrás estava encucado com algumas coisas de mecânica quântica, principalmente à respeito do fato de a velocidade (de fase) das ondas de De Broglie se propagarem mais rápido que a luz (a velocidade é w = c^2/v, que é maior que c por que v é menor que c). Esse tema é bem discutido na própria tese de doutorado de De Broglie, um excelente texto, vale ressaltar.
>
> Pois então, no meu entender, isso significava que a mecânica quântica
> era relativística em sua essência, e que um bom entendimento dela só poderia ser alcançado se estudada a partir da relatividade. No entanto o fato de que w ser maior que c (vide acima) me fez pensar que era, mais que isso, necessário estender a teoria da relatividade à partículas e referenciais mais rápidos que c. Procurei então por trabalhos nesse sentido, mas não achei muita coisa na época, apenas achei alguns artigos da revista Ciência Hoje, de divulgação, e outros que introduziam hipóteses pouco satisfatórias). Desde então tentei encontrar uma tal extensão, dividindo o tempo com as matérias do meu curso...
>
> No meio do ano passado, porém, me convidaram para apresentar algo na VII Semana da Física da UFSCar (onde eu estudo) e perguntei se eu poderia falar sobre táquions (nome geralmente dado à partículas mais velozes que a luz), que tinha trabalhado pouco tempo antes, e aceitaram. Então eu apresentei uma palestra sobre o assunto. Coincidentemente, cerca de uma ou duas semanas depois saiu a noticia desses neutrinossuperluminais! Com isso várias pessoas se interessaram pelo tema que eu tinha discutido e pediram para que eu colocasse em forma de artigo as ideias lá apresentadas. Depois de algum tempo eu escrevi o artigo, e depois uma versão em inglês a pedido de meu orientador. Colocamos os textos no Arxiv (link abaixo) e a versão em português submetemos à Revista Brasileira de Ensino de Física (deve ser publicado em breve).
>
> Para quem tem dúvidas de como a teoria da relatividade poderia ser estendida a fim de descrever partículas superluminais, esse texto pode ser útil. Mesmo que falhas tenham sido reportadas referente à experiência OPERA do CERN, acredito que o tema seja bem interessante (embora não tão simples). Os resultados que obtive concordam com os resultados obtidos cerca de trinta anos atrás do Prof. Dr. Erasmo Recami, um dos principais pesquisadores no campo. Tive o conhecimento de seus trabalhos apenas recentemente, o motivo sendo, acredito eu, por seus trabalhos terem sidos publicados em uma revista italiana, mas que até pouco tempo atrás não dava para acessar pela internet (e nem sei se hoje em dia temos o acesso). O Prof. Recami lecionou por algum tempo aqui no Brasil, infelizmente quando eu tentei entrar em contato ele já tinha voltado para a Itália...
>
> Segue o link: http://arxiv.org/abs/1112.4187
>
> ''AnIntroductiontotheTheoryofTachyons'' - Ricardo S. Vieira
>
> p.s. a versão em português vem logo após ao texto em inglês, no mesmo pdf.
>
> Até mais, espero participar mais da lista assim que as coisas acalmarem por aqui,
>
> Abraços!
>
> Ricardo S. Vieira
>




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: "ricardo" <rickrsv@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/05/2012 23:31

Oi Victor,

Obrigado pela mensagem, seguem os meus comentários...

Tenho a mesma opinião que você à respeito do Dirac: com
certeza, o Dirac foi um mestre em ver a física por trás da
matemática e vice-versa!

Tentei deduzir os resultados sem fazer muitas hipóteses, já que
estava em um terreno desconhecido. Opetei também por uma
matemática mais simples possível. Como já falei, muitos desses
resultados foram já obtidos por outros pesquisadores. Por exemplo, o
professor Recami tem um artigo de revisão sobre o assunto, nele,
Recami também deduz as transformações de Lorentz estendidas
(aliás esta é uma das poucas referências em que eu vi isso ser
feito), mas utiliza amplamente conceitos mais avançados como Teoria
de Grupos. O artigo de revisão do prof. Recami agora pode ser
encontrado em um site do próprio autor:

http://dinamico2.unibg.it/recami/erasmo%20docs/SomeRecentSCIENTIFICpaper\
s/ExtendedRelativity/RNC1986ReviewSIF.pdf

Lá também tem outros textos sobre o assunto:

http://dinamico2.unibg.it/recami/scientific.htm

Em sua mensagem você explica bem os assuntos que eu discuti no artigo
do Arxiv. É exatamente isso que penso também, se existirem
partículas mais rápidas que a luz, acredito que seja justamente
isso que deva ocorrer: a velocidade da luz deve continuar a ser um
limite, porém se é um limite superior ou inferior de velocidade,
isso depende de como se observa. Pelo menos é esse resultado que se
obtém quando se tenta descrever tais partículas fazendo-se o
mínimo possível de mudanças na teoria da relatividade usual. No
entanto, devo alertar que a teoria só está bem formulada em duas
dimensões (x,t). Em quatro dimensões as transformações de
Lorentz não podem ser estendidas, da forma como apresentada em meu
texto, sem que se abandone algum dos postulados da TR, a saber, que o
espaço-tempo é um continuum em 4 dimensões; que o
espaço-tempo, se visto como um todo, é isotrópico e
homogêneo, e que as grandezas físicas que podem ser medidas
são representadas por números reais. O problema parece ser de
natureza topológica mesmo, proveniente do número diferente de
dimensões espaciais e temporais.

Por esse motivo não discuti nada sobre a eletrodinâmica dessas
partículas, já que as possibilidades para o comportamento da luz
são muitas e, logo, também são muitas as possibilidades para o
comportamento dos campos elétricos e magnéticos. Do mesmo modo,
uma teoria quântica de tais partículas seria difícil de ser
elaborada no momento, já que são partículas relativísitca
por natureza e a teoria de Dirac está fundamentada em 4 dimensões.

Pensando sobre o problema, comecei a pensar em um hipotético universo
em 6 dimensões (que em vista dos universos de 26 ou 11 dimensões
da teoria das cordas até que não seria ruim). Quando comecei a
visualizar essa possibilidade eu tinha achado fantástico, mas isso
também já foi proposto anteriormente -- embora eu não saiba ao
certo se estas são propostas equivalentes. Isso, é claro, é
natural, já que as dificuldades comentadas acima levam justamente a
essa conclusão.

Também concordo quando diz que a detecção de tais partículas
seria fundamental. Aliás talvez elas nem mesmo existam. Talvez não
estejamos visualizando algo que as impeça de existir (em todo caso
isso revelaria que há, no universo, uma direção privilegiada, ou
pelo menos um sentido privilegiado para o tempo). Acredito que se for
esse o caso isso deve estar na termodinâmica, pois tudo funciona bem
microscópicamente, até que a entropia coloque ordem na casa.

No entanto, você afirma que se o experimento do OPERA tivesse de fato
correto, mesmo assim isso seria problemático, porque então
teríamos neutrinos normais se transformando em neutrinos
superluminais na experiência. Na minha opinião, acredito que esses
neutrinos poderiam ser criados já com uma velocidade v>c, através
de algum processo de decaimento quântico. Aliás, não sei
não, mas a forma como se registram a passagem de partículas
geralmente é feita pela análise do momentum e energia dessas
partículas (por exemplo, pelo seus rastros em fotografias), mas tanto
táquions como brádions podem apresentar esses mesmos valores.
Talvez possa ser que algumas dessas partículas fossem superluminais
(assim como partículas decaem em outras partículas e
antipartículas, elas deveria também decais em bradions e
táchyons). Contudo, enfatizo, não temos uma teoria quântica que
pudesse ser utilizada para quantificar tais probablidades...

A frase de Demócrito é bem colocada. Se não me engano outro
pesquisador da área, Surdashan, disse algo parecido: se eles não
existem é preciso explicar por que.

Forte abraço Victor, ainda lembro das discussões que tinhamos
sobre relatividade, junto ao Hélio, ao Mesquita, ao Takata ao
Álvaro e tantos outros. Espero que possamos discutir física ainda
por muito tempo,

Até mais,

Ricardo.

----



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...>
escreveu
>
>
>
> Caro Ricardo,
>
>
>
> Feliz em saber que está fazendo pós em física. Você
revelou-se um físico
> genuíno, e, desde suas primeiras incursões por aqui, notei isso,
e está
> evoluindo nesse sentido. Tenho certeza de que trará grandes
contribuições
> para a ciência. Demonstrou potencial ainda quando estudante
> pré-universitário e demonstrou capacidade em expandir
convenientemente esse
> potencial, o que ora se materializa. O fato de partir para um
> pós-graduação e, já, produzindo resultados, é uma prova
disso. Aliás, nunca
> tive dúvidas. Tem idéias próprias e não se inibe ante o
canônico
> científico, embora, para mim, isto de "canônico"
científico esteja indo
> muito bem.
>
> Em vista do exposto, digo-lhe que não estou surpreso, contudo, com
a
> publicação de seu muito bom artigo.
>
> Algo, desse nível para cima, já era esperado. Lí o seu
trabalho pela
> madrugada. Vou reler, aliás, vou mesmo é estudar o seu
conteúdo, pois há
> muitas idéias interessantes, todas muito bem descritas
matematicamente.
>
> Apesar de eu, particularmente, ter outras idéias a respeito de
velocidades
> superluminais, entendo que esses estudos são importantes.
>
> Até onde vai minha concepção, a velocidade máxima, na
natureza, é a da luz,
> no vácuo, e é um limite superior.
>
> Por que digo que esses estudos são importantes? Uma das razões
é que,
> geralmente, quando feitos por pessoas competentes e que conhecem a
> matemática relevante descambam em novos conhecimentos. A
matemática é danada
> para descortinar surpresas, coisas escondidas, que põem" as
unhas" de fora
> quando você vai, por exemplo, para simples expansões(Taylor) de
segunda
> ordem, de terceira ordem(exemplo, quando consideramos a simples
radiação de
> um carga e(elétron) e seus resultados experimentais, que têm
levado a
> controvérsias, as mais cabeludas.)
>
> Cito como exemplo dessas "ousadias", desse destemor em
aprofundar o
> desconhecido, o próprio Dirac. Apenas usando a matemática foi
capaz de
> revelações sobre a natureza que, outra maneira, teria sido muito
difícil
> encontrar. Está certo que alguns de seus achados teóricos são
controversos,
> mas outros deram frutos.
>
> O importante, em tudo isso é, como sempre defendo, tratar os
resultados
> matemáticos com o respeito que merecem. Descartando, ou pondo de
lado
> provisoriamente aqueles que parecem não conduzir a
representações de eventos
> físicos, e usufruindo daqueles que são validados sem sombra de
dúvidas pelo
> rigor experimental, ensejado pelo método científico, que Popper
> "cassou"...(só para mexer com Mesquita).
>
> A teoria que você apresenta, como uma extensão da RR, para dar
conta do
> comportamento de partículas superluminiais é muito bonita, seu
> desenvolvimento matemático é coerente. É um belo exercício
intelectual.
> Considero isto como um aquecimento mental muito competente para
vôos mais
> altos.
>
> Gostaria de dizer o que, atualmente, penso sobre essas coisas que
"deixariam
> a luz para trás". Realmente, e como fica claro no seu
trabalho, se existir
> um táquion desses, isto não invalidaria a TR. Em nenhum de seus
aspectos, em
> termo de estrutura teórica. Como você mesmo lembrou, a
física atual, isto
> é, a TR, mostra que o aumento de velocidade de uma partícula
implica num
> aumento proporcional da energia a ser fornecida a ela, que pode ser
tão
> grande quanto se imagine, e mesmo assim não chega lá. Isto é
o que nos
> garante a TR e os experimentos que a validam. Para os táquions,
uma
> expressão para a energia seria, como você deduziu(e gostei da
dedução):
>
> E=Mo c² /sqrt[ (v/c)² - 1]. Assim, um táquion teria sua
energia diminuída à
> medida que sua velocidade aumenta! Ou seja, à medida que você
lhe extrai
> energia, sua velocidade aumenta!... Neste caso esquesito, ainda, a TR
indica
> que há uma velocidade limite, que é c, limite mínimo, mas
limite. Isto é, c
> seria uma "velocidade de repouso". Assim, claramente, há
um limite de
> convergência. Tanto num caso como no outro, a barreira seria
precisamente a
> velocidade c. Há, ainda, outras implicações
"esquesitas"(segundo meu ponto
> de vista) a respeito da relação impulso x energia, para cada tipo
de
> partícula. Ou seja, teoricamente, sem problemas. Problemas só
com a
> realidade física!
>
> E, você tem razão, realmente, nada pode garantir que realmente
não existam.
> É vero, é vero. O problema, e é um problemão, é
encontrar, com os recursos
> de que dispomos, algum indício de que existam. Os experimentos com
> neutrinos, como viu, e como era esperado, deram em nada. Só
euforia, um
> sonho de uma noite de verão, serviço mal feito é o que foi.
E, se o
> experimento realmente comprovasse que o primeiro lugar no pódio
seria do
> neutrino, teríamos aí um novo problema, precisamente com essa
teoria que ora
> desenvolveu e publicou. A menos que um neutrino pudesse se transformar
num
> táquion...Percebeu? Pois, matematicamente, do ponto de vista da
TR, vê-se
> que são partículas diferentes, que sobrevivem em "lados"
diferentes,
> separados pela intransponível barreira, assintótica, às duas
semi-hipérboles
> que caracterizam os movimentos de ambas, seja no aspecto
cinemático, ou
> dinâmico. Outra coisa, o que foi bem assinalado por você: o
paradoxo de
> Tolman, por exemplo, ao ser explicado pela conceituação de
> partícula/antipartícula(da Mec. Quântica), leva a que o
princípio da
> causalidade(bastante caro aos nossos conceitos e conhecimentos atuais)
> realmente não é violado; e, durma com uma zoada dessas: a
reboque, causa e
> efeito passam a ser relativos!... Ou seja, parece tratar-se de um
universo
> tresloucado, regido por uma física que, certinha do lado cá,
arrepia do
> "lado de la´", se é que haja há algo para que chamemos
assim. Você apontou:
> fótons já nasceram com velocidade máxima, c; táquions
já nasceram com
> velocidade mínima, c, de repouso. Isto elimina algumas
dificuldades de
> conceituação, Ok. Mas, então, não parece que deveriam
sobreviver em mundos
> ou universos diferentes, pelo exposto mais acima? Sei não, as
> conseqüências em termos de energia, momentum, conservação de
energia, tudo
> relacionado à velocidade, vão é nos converter em saudáveis
inquilinos de
> algum Pinel por aí afora. Tudo ao contrário.Ou quase.
>
>
>
> Resumindo: em termos do que conhecemos hoje(eu, especificamente)
não tenho
> como não chiar ante os contraditórios apontados.
>
>
>
> Mas o sábio Demócrito disse: "qq coisa que possa imaginada,
desde que não
> seja de forma contraditória, deve existir em algum lugar do
universo".
>
>
>
> Bem, imaginamos essas coisas, damos-lhe uma roupagem adequada e a
munimos de
> uma linguagem igualmente adequada, de maneira até matematicamente
> consistente. Este é o caso de sua bela exposição. Que poderá
render frutos,
> no sentido enfocado no início deste post.
>
> Só temos que eliminar os contraditórios claros e cristalinos
e...encontrar
> um táquion na Natureza! Fora isso...
>
>
>
> Lerei seu artigo com mais vagar, posteriormente. Creio que outros
artigos,
> de outros autores, deverão sair, já, já, motivados por esse
impulso que deu.
>
>
>
> Continue evoluindo, amigo, pois espero ter tempo físico para ler
livros
> seus, ter notícias de seus êxitos científicos que, não
tenho dúvidas, já são
> uma realidade.
>
>
>
>
>
> Sds,
>
> Victor.
>
>
>
> De: ciencialist@yahoogrupos.com.br
[mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
> Em nome de ricardo
> Enviada em: sábado, 5 de maio de 2012 00:46
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz,
Relatividade e
> Neutrinos
>
>
>
>
>
> Olá a todos da Ciencialist!
>
> Faz tempo que não posto mensagens aqui, isso é devido ao escasso
tempo que
> tive nesses últimos anos (estou começando o meu doutorado em
física nesse
> ano). Mesmo assim, tive acompanhando um pouco a lista, embora sem
participar
> das discussões. Essa é uma boa oportunidade para agradecer
novamente à todos
> que me ajudaram aqui, mesmo antes de eu entrar no curso de física.
>
> Estou escrevendo agora porque encontrei algumas discussões daqui
à respeito
> das experiências realizadas no CERN (OPERA e ICARUS) sobre uma
possível
> existência de neutrinos superluminais (e.g.,
> http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81113).
>
> A respeito disso, escrevi um texto há algum tempo e acho que talvez
possa
> interessá-los. Deixe-me antes explicar como acabei por escrever o
texto. Há
> uns dois anos atrás estava encucado com algumas coisas de
mecânica quântica,
> principalmente à respeito do fato de a velocidade (de fase) das
ondas de De
> Broglie se propagarem mais rápido que a luz (a velocidade é w =
c^2/v, que é
> maior que c por que v é menor que c). Esse tema é bem discutido
na própria
> tese de doutorado de De Broglie, um excelente texto, vale ressaltar.
>
> Pois então, no meu entender, isso significava que a mecânica
quântica
> era relativística em sua essência, e que um bom entendimento
dela só poderia
> ser alcançado se estudada a partir da relatividade. No entanto o
fato de que
> w ser maior que c (vide acima) me fez pensar que era, mais que isso,
> necessário estender a teoria da relatividade à partículas e
referenciais
> mais rápidos que c. Procurei então por trabalhos nesse sentido,
mas não
> achei muita coisa na época, apenas achei alguns artigos da revista
Ciência
> Hoje, de divulgação, e outros que introduziam hipóteses pouco
> satisfatórias). Desde então tentei encontrar uma tal
extensão, dividindo o
> tempo com as matérias do meu curso...
>
> No meio do ano passado, porém, me convidaram para apresentar algo
na VII
> Semana da Física da UFSCar (onde eu estudo) e perguntei se eu
poderia falar
> sobre táquions (nome geralmente dado à partículas mais
velozes que a luz),
> que tinha trabalhado pouco tempo antes, e aceitaram. Então eu
apresentei uma
> palestra sobre o assunto. Coincidentemente, cerca de uma ou duas
semanas
> depois saiu a noticia desses neutrinos superluminais! Com isso
várias
> pessoas se interessaram pelo tema que eu tinha discutido e pediram
para que
> eu colocasse em forma de artigo as ideias lá apresentadas. Depois
de algum
> tempo eu escrevi o artigo, e depois uma versão em inglês a
pedido de meu
> orientador. Colocamos os textos no Arxiv (link abaixo) e a versão
em
> português submetemos à Revista Brasileira de Ensino de Física
(deve ser
> publicado em breve).
>
> Para quem tem dúvidas de como a teoria da relatividade poderia ser
estendida
> a fim de descrever partículas superluminais, esse texto pode ser
útil. Mesmo
> que falhas tenham sido reportadas referente à experiência OPERA
do CERN,
> acredito que o tema seja bem interessante (embora não tão
simples). Os
> resultados que obtive concordam com os resultados obtidos cerca de
trinta
> anos atrás do Prof. Dr. Erasmo Recami, um dos principais
pesquisadores no
> campo. Tive o conhecimento de seus trabalhos apenas recentemente, o
motivo
> sendo, acredito eu, por seus trabalhos terem sidos publicados em uma
revista
> italiana, mas que até pouco tempo atrás não dava para acessar
pela internet
> (e nem sei se hoje em dia temos o acesso). O Prof. Recami lecionou por
algum
> tempo aqui no Brasil, infelizmente quando eu tentei entrar em contato
ele já
> tinha voltado para a Itália...
>
> Segue o link: http://arxiv.org/abs/1112.4187
>
> ''An Introduction to the Theory of Tachyons'' - Ricardo S. Vieira
>
> p.s. a versão em português vem logo após ao texto em
inglês, no mesmo pdf.
>
> Até mais, espero participar mais da lista assim que as coisas
acalmarem por
> aqui,
>
> Abraços!
>
> Ricardo S. Vieira
>




SUBJECT: "O que é vida?", concorra ao livro
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/05/2012 01:04

Alguém aí a fim de concorrer a um exemplar de "O que é vida?" da Lynn Margulis e Dorion Sagan?

http://genereporter.blogspot.com.br/2012/05/concurso-cultural-gr-get-life.html

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Climatologista no programa do Jô
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/05/2012 02:07

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009"
> O que você quis dizer com "permanente" neste reduzido (6 anos)
> cenário apresentado? Não seria "crescente"?

Não são 6 anos, é a elevação em 100. O "permanente" é que não vai voltar para um nível menor - como seria o caso se fosse uma simples flutuação cíclica como a variação do El Niño.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: DiversosPet
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/05/2012 10:00

Olá a todos,


Abraços
Tipoalgo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Climatologista no programa do Jô
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/05/2012 19:10

Como estão as previsões feitas ha 10 anos atrás, com relação a realidade atual ?
 
Abs
Felipe

De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Domingo, 6 de Maio de 2012 2:07
Assunto: [ciencialist] Re: Climatologista no programa do Jô
 
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009"
> O que você quis dizer com "permanente" neste reduzido (6 anos)
> cenário apresentado? Não seria "crescente"?

Não são 6 anos, é a elevação em 100. O "permanente" é que não vai voltar para um nível menor - como seria o caso se fosse uma simples flutuação cíclica como a variação do El Niño.

[]s,

Roberto Takata


SUBJECT: Re: Climatologista no programa do Jô
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/05/2012 20:19

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> > > Como estão as previsões feitas ha 10 anos atrás, com relação a
> realidade atual ?

www.ipcc.ch

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Landau, gente assim não deveria morrer.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/05/2012 20:56

 

 

Olá,

Landau, como Einstein, Newton ou Feynman, vieram e marcaram a ciência, inexoravelmente.

Aquí, alguns aspectos de sua biografia científica, revelados pelo  Bassalo.

Contudo, algumas coisas como “... o relativo à Mecânica dos Fluidos, os cálculos envolvidos na teoria das ondas de choque foram todos feitos mentalmente por Landau, sem usar papel e lápis”, não sei se não passa de mito. Bem...

 

Quando tiver tempo, transcreverei para cá uns apontamentos que tenho sobre ele, coisas pessoais e científicas, não relatadas abaixo, bem interessantes.

Só mais  um comentário: em  A Teoria do Campo, ele exige que o freguês tenha um muito grande conhecimento de matemática básica; apresenta as fórmulas, e raramente,  as deduz com detalhes. Geralmente as passagens de uma parte para a seguinte requer um “caminhão” de trabalho. Não alivia mesmo. Contudo, suas exposições verbais são claras e extremamente didáticas, e todas cheias de conteúdo científico que, de pronto, associa à matemática usada.

Contudo, há uma coisa interessante: não exige que o leitor conheça cálculo tensorial. Mas o expõe, paulatina e didaticamente, ao longo do curso. Isto é, você aprende o formalismo quase que automaticamente.  Achei bacana essa técnica. Além disso, a obra ora comentada é apresentada toda à base de Mecânica Analítica, onde prevalecem as criações de Lagrange e Hamilton. Morder eu não sei se mordia, mas, além de suas criações, inventou também, um jeito eficiente de explodir bombas na cabeça de invasores nazistas, que eram “mordidas” que vacina nenhuma dava jeito. Quem fofoca é o Bassalo, abaixo. Meu herói, o Landau.

Sds,

Victor.

 

Por J.M. Bassalo.

A personalidade de Landau. .

 

O grande cientista russo Lev Davidovich Landau (1908-1968; PNF, 1962) era uma personalidade curiosa. Na porta da sala do Instituto Politécnico Ucraniano onde trabalhava, encontrava-se pendurada uma placa com os seguintes dizeres: L. Landau - Cuidado, ele morde. Por outro lado, este cientista não possuía muito apego ao dinheiro, pois, constantemente, dava ou emprestava certas quantidades às pessoas. Quando foi constituído um fundo para benefício mútuo dos que trabalhavam naquele Instituto, Landau foi quem deu o capital inicial. Ele sempre reagia em escrever, quer cartas, quer trabalhos científicos, e o mundialmente conhecido Curso de Física Teórica de sua autoria e do físico russo Evgeny Mikhaillovich Lifshitz (1915-1985), foi escrito por este, que também escreveu, desde a metade de 1930 até a morte do grande sábio russo, os artigos que apareceram apenas com o nome de Landau. Num dos volumes daquele Curso, o relativo à Mecânica dos Fluidos, os cálculos envolvidos na teoria das ondas de choque foram todos feitos mentalmente por Landau, sem usar papel e lápis. Como todos os grandes cientistas mundiais, Landau estudou fora de seu país. Em outubro de 1929, a Narkompros, Comissão do Povo para a Educação, concedeu-lhe uma bolsa de estudos para fazer pesquisas em Göttingen, na grande Escola de Física Teórica Alemã, liderada pelo físico alemão Max Born (1882-1970; PNF, 1954). No entanto, como essa bolsa era insuficiente, logo depois recebeu uma bolsa da Fundação Rockefeller, que, juntas, lhe permitiram pagar seus estudos e comprar material e equipamento didático para desenvolver suas pesquisas. O apelido de Dau, com o qual Landau ficou mundialmente conhecido, foi-lhe atribuído por Dmitry Ivanenko ("Dimus"), um dos seus três grandes amigos [os outros dois, eram George Gamow ("Johnny") (1904-1968) e Mitya (Matvey) Bronstein ("Abbat")]. Esses três jovens estudantes de Leningrado eram conhecidos como "Os Três Mosqueteiros de Leningrado". Landau tinha um modo todo especial de fazer e de estudar Física. Por exemplo, ele raramente lia um artigo ("paper") teórico até o fim, apenas dava uma olhadela para ver o caminho seguido pelo autor. A seguir, passava a fazer seus próprios cálculos e, se concordassem com os do autor, aprovava o trabalho em questão. Um de seus alunos, o físico russo Alexander S. Kompaneyets, durante 30 anos em que conheceu e conviveu com Landau, apenas uma vez viu este físico ler um livro de Física. Ele lia, e lia muito, porém, livros de história e de arte. Toda a Física que sabia e, diga-se de passagem, sabia bastante, aprendeu-a de "ouvido", nos seminários dados por seus alunos e sob a sua própria orientação. Tais seminários, que eram secretariados pelo físico russo e um dos alunos prediletos de Landau, Alexey A. Abrikosov (n.1928; PNF, 2003), realizavam-se, sempre às quintas-feiras e às 11 horas em ponto, já que Landau primava pela pontualidade, pois, segundo ele próprio dizia, a pontualidade é a polidez dos reis. Quando um de seus alunos se atrasava, ele o recebia com as seguintes palavras: Desconfio que você jamais será um rei, meu caro. Landau, à semelhança de outro brilhante físico, o norte-americano Richard Philips Feynman (1918-1988; PNF, 1965), gostava de fazer Física "a sua maneira" e isso pode ser observado no citado Curso de Física Teórica. A Física contida nos nove volumes que compõe esse Curso era, para Landau, o "mínimo teórico" que qualquer físico deveria saber para começar a fazer pesquisa. Qualquer aluno que quisesse trabalhar sob sua orientação, deveria fazer um exame sobre esse "mínimo". O primeiro a passar nesse exame, foi Kompaneyets, em 1933. O físico russo Isaak Yakovlevich Pomeranchuk (1913-1966), com 22 anos de idade, em 1935, fez o mesmo em menor tempo, entre todos os que fizeram, cerca de um mês. O mais jovem a passar nesse "quarto de torturas", como chamava a esposa de Landau, Concórdia Terentievna, foi Lifshitz, com 19 anos de idade. Durante 30 anos, apenas 43 físicos completaram esse "mínimo". Apesar de Landau ser um excelente matemático, era extremamente prático, gostava apenas do que chamava de "Matemática Técnica", isto é, aquela utilizada na solução de problemas concretos de matemática; os teoremas de existência em matemática constituíam para ele, uma "Matemática Lírica". Landau tinha uma grande admiração pelo físico germano-suíço-norte-americano Albert Einstein (1879-1955; PNF, 1921), tanto que, na escala por ele inventada para classificar os físicos teóricos que contribuíram para o desenvolvimento da Física, colocou Einstein na posição 0,5. Na posição 1, colocou o físico dinamarquês Niels Henrik David Bohr (1885-1962; PNF, 1922), seguido pelos físicos, o austríaco Erwin Schrödinger (1887-1961; PNF, 1933), alemão Werner Karl Heisenberg (1901-1976; PNF, 1932), o inglês Paul Adrien Maurice Dirac (1902-1984; PNF, 1933) e o italiano Enrico Fermi (1901-1954; PNF, 1938). Inicialmente, colocou a si próprio na posição 2,5, sendo que, anos depois, passou a situar-se na posição 2. Para Landau, o 0 não deveria ser ocupado nunca, para permitir que sempre houvesse físicos cada vez mais brilhantes. Landau publicou uma série de artigos de Física, com mais de 20 contribuições originais. Dentre estas, destacam-se a Teoria da Superfluidez do Hélio Líquido II, em 1941, e a Teoria do Líquido Quântico de Fermi, em 1956. No seu extenso currículo científico constam três trabalhos sobre detonação de explosivos, desenvolvidos por ele durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), e somente publicados em 1945, nos Anais da Academia Soviética de Ciências.

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/05/2012 10:02

Oi Ricardo,
 
Sobre o livro de Relatividade de Pauli e suas (dele) críticas a Ritz, gostaria que você desse uma olhada em
No princípio, não precisa ler tudo, é muito grande, mas somente a partir do último parágrafo da página 16 até quase o final da 19. 
 
Tentei não fazer o mesmo que Pauli fez com Ritz, e ler o teu artigo sem me deixar influenciar por preconceitos.
 
Farei comentários depois.
 
Mas vejo: métodos matemáticos, transformações de métrica e calibre etc.
Nada contra isto. Para mim a relatividade de Einstein surgiu para ser apenas isto, uma forma diferente de métrica (transformação de Lorentz) para poder manter a forma das equações de Maxwell (que estavam dando pau) intactas. Isto, na época economizava tempo, tinta e papel na hora de fazer contas. Ritz achava melhor mexer na forma das equações de Maxwell, e manter a realidade física explícita.
   
Aguarde meus comentários pontuais ao teu artigo. Creio que mais uns dois dias, já poderei colocar algo aqui.
 
Novamente, parabéns pelo teu progresso!
 
Hélio
 

De: ricardo <rickrsv@yahoo.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 5 de Maio de 2012 22:27
Assunto: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
 
Oi Hélio,

Obrigado pelos comentários! Pois é , ainda me lembro quando eu vinha à lista para discutir sobre os conceitos de gradiente e rotacional, e como todos vocês me ajudaram nisso. Você sabe que a minha admiração é recíproca. Gostei do sarcasmo referente ao prêmio Nobel -- eu deixo essa para o AlexKehagias mesmo rsrsrs.

Quanto a teoria de Ritz eu li a respeito no livro de relatividade do Pauli. Achei muito interessante mas lá o Pauli apresenta algumas críticas e comenta sobre algumas experiências que pareciam não concordar com a teoria do Ritz. Não sei como anda as coisas mais agora. Outra coisa interessante é que o Ritz era bem novo quando formulou sua teoria, e infelizmente faleceu bem novo também...

Muito bom conversar com você novamente,

Abraço

Ricardo.

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Hélio Carvalho <helicar_br@...> escreveu
>
> Oi Ricardo,
>
> É um prazer ver você de volta aqui. E saber que participamos no início de sua caminhada "física".
> Bom saber que existe mais um colega aqui entre nós.
> Continuo te admirando muito. Você merece. Quando você vier no Rio para alguma palestra me avise.
> Ou então nos encontraremos em algum destes eventos nacionais, qualquer dia.
>
> Mas, não é por isto que vou aliviar minhas críticas à sua MSG.
> Depois vou ler melhor o seu artigo para poder comentá-lo.
>
> Com seu artigo, você se torna um fortíssimo candidato a ganhar o prêmio Nobel de física. Talvez vai dividi-lo com o  AlexKehagias.
> Para entender que a frase acima foi uma crítica, leia minha MSG:
> http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/79345
>
> :-)
>
> Hélio
>
>
>
> ________________________________
> De: ricardo <rickrsv@...>
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Sábado, 5 de Maio de 2012 0:45
> Assunto: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
>
>
>
>  
> Olá a todos da Ciencialist!
>
> Faz tempo que não posto mensagens aqui, isso é devido ao escasso tempo que tive nesses últimos anos (estou começando o meu doutorado em física nesse ano). Mesmo assim, tive acompanhando um pouco a lista, embora sem participar das discussões. Essa é uma boa oportunidade para agradecer novamente à todos que me ajudaram aqui, mesmo antes de eu entrar no curso de física.
>
> Estou escrevendo agora porque encontrei algumas discussões daqui à respeito das experiências realizadas no CERN (OPERA e ICARUS) sobre uma possível existência de neutrinossuperluminais (e.g., http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81113).
>
> A respeito disso, escrevi um texto há algum tempo e acho que talvez possa interessá-los. Deixe-me antes explicar como acabei por escrever o texto. Há uns dois anos atrás estava encucado com algumas coisas de mecânica quântica, principalmente à respeito do fato de a velocidade (de fase) das ondas de De Broglie se propagarem mais rápido que a luz (a velocidade é w = c^2/v, que é maior que c por que v é menor que c). Esse tema é bem discutido na própria tese de doutorado de De Broglie, um excelente texto, vale ressaltar.
>
> Pois então, no meu entender, isso significava que a mecânica quântica
> era relativística em sua essência, e que um bom entendimento dela só poderia ser alcançado se estudada a partir da relatividade. No entanto o fato de que w ser maior que c (vide acima) me fez pensar que era, mais que isso, necessário estender a teoria da relatividade à partículas e referenciais mais rápidos que c. Procurei então por trabalhos nesse sentido, mas não achei muita coisa na época, apenas achei alguns artigos da revista Ciência Hoje, de divulgação, e outros que introduziam hipóteses pouco satisfatórias). Desde então tentei encontrar uma tal extensão, dividindo o tempo com as matérias do meu curso...
>
> No meio do ano passado, porém, me convidaram para apresentar algo na VII Semana da Física da UFSCar (onde eu estudo) e perguntei se eu poderia falar sobre táquions (nome geralmente dado à partículas mais velozes que a luz), que tinha trabalhado pouco tempo antes, e aceitaram. Então eu apresentei uma palestra sobre o assunto. Coincidentemente, cerca de uma ou duas semanas depois saiu a noticia desses neutrinossuperluminais! Com isso várias pessoas se interessaram pelo tema que eu tinha discutido e pediram para que eu colocasse em forma de artigo as ideias lá apresentadas. Depois de algum tempo eu escrevi o artigo, e depois uma versão em inglês a pedido de meu orientador. Colocamos os textos no Arxiv (link abaixo) e a versão em português submetemos à Revista Brasileira de Ensino de Física (deve ser publicado em breve).
>
> Para quem tem dúvidas de como a teoria da relatividade poderia ser estendida a fim de descrever partículas superluminais, esse texto pode ser útil. Mesmo que falhas tenham sido reportadas referente à experiência OPERA do CERN, acredito que o tema seja bem interessante (embora não tão simples). Os resultados que obtive concordam com os resultados obtidos cerca de trinta anos atrás do Prof. Dr. Erasmo Recami, um dos principais pesquisadores no campo. Tive o conhecimento de seus trabalhos apenas recentemente, o motivo sendo, acredito eu, por seus trabalhos terem sidos publicados em uma revista italiana, mas que até pouco tempo atrás não dava para acessar pela internet (e nem sei se hoje em dia temos o acesso). O Prof. Recami lecionou por algum tempo aqui no Brasil, infelizmente quando eu tentei entrar em contato ele já tinha voltado para a Itália...
>
> Segue o link: http://arxiv.org/abs/1112.4187
>
> ''AnIntroductiontotheTheoryofTachyons'' - Ricardo S. Vieira
>
> p.s. a versão em português vem logo após ao texto em inglês, no mesmo pdf.
>
> Até mais, espero participar mais da lista assim que as coisas acalmarem por aqui,
>
> Abraços!
>
> Ricardo S. Vieira
>


SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/05/2012 12:08

 

 

Hélio:Mas vejo: métodos matemáticos, transformações de métrica e calibre etc.

Nada contra isto. Para mim a relatividade de Einstein surgiu para ser apenas isto, uma forma diferente de métrica (transformação de Lorentz)

 

Victor: As Transformações de Lorentz não constituem uma métrica. Quanto mais um métrica diferente!...

 

Hélio:  para poder manter a forma das equações de Maxwell (que estavam dando pau) intactas. Isto, na época economizava tempo, tinta e papel na hora de fazer contas. Ritz achava melhor mexer na forma das equações de Maxwell, e manter a realidade física explícita.

 

Victor:   o que estava dando errado com as equações de Maxwell, que precisassem ser modificadas? Que só Ritz viu e ninguém mais?  Honestamente, isto me surpreende.  Olha, Hélio,  inegavelmente, Ritz foi um gênio.  Deu grandes contribuições à física, gerou novos conhecimentos, como é próprio das grandes mentes científicas.  Agora, no que tange a seus conceitos sobre a relatividade de Einstein e à sua teoria da emissão, paciência, errou feio.  E ainda:  Pauli não emitiu suas opiniões técnicas devido a meros preconceitos.

Aliás, com 20 anos de idade, nem os tinha tanto, não é?    Pauli emitiu seus conceitos sobre a teoria de Ritz em vista de seu denso conhecimento da TR e da física da época;   e, ainda, pela completa ausência de evidências. Que até hoje inexistem.

Há vários estudos experimentais que refutam, sem sobra de dúvidas, essas teorias de emissão.

 

Acho válida esse tipo de leitura.  Mas apenas do ponto de vista histórico. Nada mais.

 

Hélio: . Isto, na época economizava tempo, tinta e papel na hora de fazer contas. Ritz achava melhor mexer na forma das equações de Maxwell, e manter a realidade física explícita.

 

Victor: Não entendi. Na época, para economizar tinta e papel, era preferível deixar tudo como estava, “errrado e dando pau” ?  Puxa! Quantos cientistas irresponsáveis, aqueles!  E, ainda, Ritz  achava que a teoria eletromagnética não era  uma representação adequada da realidade física? É isso mesmo?  

Bem...sem mais words.

 

Desculpe-me a intervenção abusada.

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Hélio Carvalho
Enviada em: segunda-feira, 7 de maio de 2012 14:02
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos

 

 

Oi Ricardo,

 

Sobre o livro de Relatividade de Pauli e suas (dele) críticas a Ritz, gostaria que você desse uma olhada em

No princípio, não precisa ler tudo, é muito grande, mas somente a partir do último parágrafo da página 16 até quase o final da 19. 

 

Tentei não fazer o mesmo que Pauli fez com Ritz, e ler o teu artigo sem me deixar influenciar por preconceitos.

 

Farei comentários depois.

 

Mas vejo: métodos matemáticos, transformações de métrica e calibre etc.

Nada contra isto. Para mim a relatividade de Einstein surgiu para ser apenas isto, uma forma diferente de métrica (transformação de Lorentz) para poder manter a forma das equações de Maxwell (que estavam dando pau) intactas. Isto, na época economizava tempo, tinta e papel na hora de fazer contas. Ritz achava melhor mexer na forma das equações de Maxwell, e manter a realidade física explícita.

   

Aguarde meus comentários pontuais ao teu artigo. Creio que mais uns dois dias, já poderei colocar algo aqui.

 

Novamente, parabéns pelo teu progresso!

 

Hélio

 

 

De: ricardo <rickrsv@yahoo.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 5 de Maio de 2012 22:27
Assunto: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos

 

Oi Hélio,

Obrigado pelos comentários! Pois é , ainda me lembro quando eu vinha à lista para discutir sobre os conceitos de gradiente e rotacional, e como todos vocês me ajudaram nisso. Você sabe que a minha admiração é recíproca. Gostei do sarcasmo referente ao prêmio Nobel -- eu deixo essa para o AlexKehagias mesmo rsrsrs.

Quanto a teoria de Ritz eu li a respeito no livro de relatividade do Pauli. Achei muito interessante mas lá o Pauli apresenta algumas críticas e comenta sobre algumas experiências que pareciam não concordar com a teoria do Ritz. Não sei como anda as coisas mais agora. Outra coisa interessante é que o Ritz era bem novo quando formulou sua teoria, e infelizmente faleceu bem novo também...

Muito bom conversar com você novamente,

Abraço

Ricardo.

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Hélio Carvalho <helicar_br@...> escreveu
>
> Oi Ricardo,
>
> É um prazer ver você de volta aqui. E saber que participamos no início de sua caminhada "física".
> Bom saber que existe mais um colega aqui entre nós.
> Continuo te admirando muito. Você merece. Quando você vier no Rio para alguma palestra me avise.
> Ou então nos encontraremos em algum destes eventos nacionais, qualquer dia.
>
> Mas, não é por isto que vou aliviar minhas críticas à sua MSG.
> Depois vou ler melhor o seu artigo para poder comentá-lo.
>
> Com seu artigo, você se torna um fortíssimo candidato a ganhar o prêmio Nobel de física. Talvez vai dividi-lo com o  AlexKehagias.
> Para entender que a frase acima foi uma crítica, leia minha MSG:
> http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/79345
>
> :-)
>
> Hélio
>
>
>
> ________________________________
> De: ricardo <rickrsv@...>
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Sábado, 5 de Maio de 2012 0:45
> Assunto: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
>
>
>
>  
> Olá a todos da Ciencialist!
>
> Faz tempo que não posto mensagens aqui, isso é devido ao escasso tempo que tive nesses últimos anos (estou começando o meu doutorado em física nesse ano). Mesmo assim, tive acompanhando um pouco a lista, embora sem participar das discussões. Essa é uma boa oportunidade para agradecer novamente à todos que me ajudaram aqui, mesmo antes de eu entrar no curso de física.
>
> Estou escrevendo agora porque encontrei algumas discussões daqui à respeito das experiências realizadas no CERN (OPERA e ICARUS) sobre uma possível existência de neutrinossuperluminais (e.g., http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81113).
>
> A respeito disso, escrevi um texto há algum tempo e acho que talvez possa interessá-los. Deixe-me antes explicar como acabei por escrever o texto. Há uns dois anos atrás estava encucado com algumas coisas de mecânica quântica, principalmente à respeito do fato de a velocidade (de fase) das ondas de De Broglie se propagarem mais rápido que a luz (a velocidade é w = c^2/v, que é maior que c por que v é menor que c). Esse tema é bem discutido na própria tese de doutorado de De Broglie, um excelente texto, vale ressaltar.
>
> Pois então, no meu entender, isso significava que a mecânica quântica
> era relativística em sua essência, e que um bom entendimento dela só poderia ser alcançado se estudada a partir da relatividade. No entanto o fato de que w ser maior que c (vide acima) me fez pensar que era, mais que isso, necessário estender a teoria da relatividade à partículas e referenciais mais rápidos que c. Procurei então por trabalhos nesse sentido, mas não achei muita coisa na época, apenas achei alguns artigos da revista Ciência Hoje, de divulgação, e outros que introduziam hipóteses pouco satisfatórias). Desde então tentei encontrar uma tal extensão, dividindo o tempo com as matérias do meu curso...
>
> No meio do ano passado, porém, me convidaram para apresentar algo na VII Semana da Física da UFSCar (onde eu estudo) e perguntei se eu poderia falar sobre táquions (nome geralmente dado à partículas mais velozes que a luz), que tinha trabalhado pouco tempo antes, e aceitaram. Então eu apresentei uma palestra sobre o assunto. Coincidentemente, cerca de uma ou duas semanas depois saiu a noticia desses neutrinossuperluminais! Com isso várias pessoas se interessaram pelo tema que eu tinha discutido e pediram para que eu colocasse em forma de artigo as ideias lá apresentadas. Depois de algum tempo eu escrevi o artigo, e depois uma versão em inglês a pedido de meu orientador. Colocamos os textos no Arxiv (link abaixo) e a versão em português submetemos à Revista Brasileira de Ensino de Física (deve ser publicado em breve).
>
> Para quem tem dúvidas de como a teoria da relatividade poderia ser estendida a fim de descrever partículas superluminais, esse texto pode ser útil. Mesmo que falhas tenham sido reportadas referente à experiência OPERA do CERN, acredito que o tema seja bem interessante (embora não tão simples). Os resultados que obtive concordam com os resultados obtidos cerca de trinta anos atrás do Prof. Dr. Erasmo Recami, um dos principais pesquisadores no campo. Tive o conhecimento de seus trabalhos apenas recentemente, o motivo sendo, acredito eu, por seus trabalhos terem sidos publicados em uma revista italiana, mas que até pouco tempo atrás não dava para acessar pela internet (e nem sei se hoje em dia temos o acesso). O Prof. Recami lecionou por algum tempo aqui no Brasil, infelizmente quando eu tentei entrar em contato ele já tinha voltado para a Itália...
>
> Segue o link: http://arxiv.org/abs/1112.4187
>
> ''AnIntroductiontotheTheoryofTachyons'' - Ricardo S. Vieira
>
> p.s. a versão em português vem logo após ao texto em inglês, no mesmo pdf.
>
> Até mais, espero participar mais da lista assim que as coisas acalmarem por aqui,
>
> Abraços!
>
> Ricardo S. Vieira
>


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/05/2012 12:24

Oi Victor,
 
Numa coisa eu concordo contigo:
 
Victor falou:
Acho válida esse tipo de leitura.  Mas apenas do ponto de vista histórico. Nada mais.
 
Eu também acho que a leitura do livro de Pauli na parte em que ele fala sobre Ritz é válida apenas do ponto de vista histórico.
 
:-)
:-)
:-)
 
Hélio  

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 7 de Maio de 2012 12:08
Assunto: RES: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
 
 
 
Hélio:Mas vejo: métodos matemáticos, transformações de métrica e calibre etc.
Nada contra isto. Para mim a relatividade de Einstein surgiu para ser apenas isto, uma forma diferente de métrica (transformação de Lorentz)
 
Victor: As Transformações de Lorentz não constituem uma métrica. Quanto mais um métrica diferente!...
 
Hélio:  para poder manter a forma das equações de Maxwell (que estavam dando pau) intactas. Isto, na época economizava tempo, tinta e papel na hora de fazer contas. Ritz achava melhor mexer na forma das equações de Maxwell, e manter a realidade física explícita.
 
Victor:   o que estava dando errado com as equações de Maxwell, que precisassem ser modificadas? Que só Ritz viu e ninguém mais?  Honestamente, isto me surpreende.  Olha, Hélio,  inegavelmente, Ritz foi um gênio.  Deu grandes contribuições à física, gerou novos conhecimentos, como é próprio das grandes mentes científicas.  Agora, no que tange a seus conceitos sobre a relatividade de Einstein e à sua teoria da emissão, paciência, errou feio.  E ainda:  Pauli não emitiu suas opiniões técnicas devido a meros preconceitos.
Aliás, com 20 anos de idade, nem os tinha tanto, não é?    Pauli emitiu seus conceitos sobre a teoria de Ritz em vista de seu denso conhecimento da TR e da física da época;   e, ainda, pela completa ausência de evidências. Que até hoje inexistem.
Há vários estudos experimentais que refutam, sem sobra de dúvidas, essas teorias de emissão.
 
Acho válida esse tipo de leitura.  Mas apenas do ponto de vista histórico. Nada mais.
 
Hélio: . Isto, na época economizava tempo, tinta e papel na hora de fazer contas. Ritz achava melhor mexer na forma das equações de Maxwell, e manter a realidade física explícita.
 
Victor: Não entendi. Na época, para economizar tinta e papel, era preferível deixar tudo como estava, “errrado e dando pau” ?  Puxa! Quantos cientistas irresponsáveis, aqueles!  E, ainda, Ritz  achava que a teoria eletromagnética não era  uma representação adequada da realidade física? É isso mesmo?  
Bem...sem mais words.
 
Desculpe-me a intervenção abusada.
 
Sds,
Victor.
 
 
 
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Hélio Carvalho
Enviada em: segunda-feira, 7 de maio de 2012 14:02
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
 
 
Oi Ricardo,
 
Sobre o livro de Relatividade de Pauli e suas (dele) críticas a Ritz, gostaria que você desse uma olhada em
No princípio, não precisa ler tudo, é muito grande, mas somente a partir do último parágrafo da página 16 até quase o final da 19. 
 
Tentei não fazer o mesmo que Pauli fez com Ritz, e ler o teu artigo sem me deixar influenciar por preconceitos.
 
Farei comentários depois.
 
Mas vejo: métodos matemáticos, transformações de métrica e calibre etc.
Nada contra isto. Para mim a relatividade de Einstein surgiu para ser apenas isto, uma forma diferente de métrica (transformação de Lorentz) para poder manter a forma das equações de Maxwell (que estavam dando pau) intactas. Isto, na época economizava tempo, tinta e papel na hora de fazer contas. Ritz achava melhor mexer na forma das equações de Maxwell, e manter a realidade física explícita.
   
Aguarde meus comentários pontuais ao teu artigo. Creio que mais uns dois dias, já poderei colocar algo aqui.
 
Novamente, parabéns pelo teu progresso!
 
Hélio
 
 
De: ricardo <rickrsv@yahoo.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 5 de Maio de 2012 22:27
Assunto: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
 
Oi Hélio,

Obrigado pelos comentários! Pois é , ainda me lembro quando eu vinha à lista para discutir sobre os conceitos de gradiente e rotacional, e como todos vocês me ajudaram nisso. Você sabe que a minha admiração é recíproca. Gostei do sarcasmo referente ao prêmio Nobel -- eu deixo essa para o AlexKehagias mesmo rsrsrs.

Quanto a teoria de Ritz eu li a respeito no livro de relatividade do Pauli. Achei muito interessante mas lá o Pauli apresenta algumas críticas e comenta sobre algumas experiências que pareciam não concordar com a teoria do Ritz. Não sei como anda as coisas mais agora. Outra coisa interessante é que o Ritz era bem novo quando formulou sua teoria, e infelizmente faleceu bem novo também...

Muito bom conversar com você novamente,

Abraço

Ricardo.

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Hélio Carvalho <helicar_br@...> escreveu
>
> Oi Ricardo,
>
> É um prazer ver você de volta aqui. E saber que participamos no início de sua caminhada "física".
> Bom saber que existe mais um colega aqui entre nós.
> Continuo te admirando muito. Você merece. Quando você vier no Rio para alguma palestra me avise.
> Ou então nos encontraremos em algum destes eventos nacionais, qualquer dia.
>
> Mas, não é por isto que vou aliviar minhas críticas à sua MSG.
> Depois vou ler melhor o seu artigo para poder comentá-lo.
>
> Com seu artigo, você se torna um fortíssimo candidato a ganhar o prêmio Nobel de física. Talvez vai dividi-lo com o  AlexKehagias.
> Para entender que a frase acima foi uma crítica, leia minha MSG:
> http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/79345
>
> :-)
>
> Hélio
>
>
>
> ________________________________
> De: ricardo <rickrsv@...>
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Sábado, 5 de Maio de 2012 0:45
> Assunto: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
>
>
>
>  
> Olá a todos da Ciencialist!
>
> Faz tempo que não posto mensagens aqui, isso é devido ao escasso tempo que tive nesses últimos anos (estou começando o meu doutorado em física nesse ano). Mesmo assim, tive acompanhando um pouco a lista, embora sem participar das discussões. Essa é uma boa oportunidade para agradecer novamente à todos que me ajudaram aqui, mesmo antes de eu entrar no curso de física.
>
> Estou escrevendo agora porque encontrei algumas discussões daqui à respeito das experiências realizadas no CERN (OPERA e ICARUS) sobre uma possível existência de neutrinossuperluminais (e.g., http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81113).
>
> A respeito disso, escrevi um texto há algum tempo e acho que talvez possa interessá-los. Deixe-me antes explicar como acabei por escrever o texto. Há uns dois anos atrás estava encucado com algumas coisas de mecânica quântica, principalmente à respeito do fato de a velocidade (de fase) das ondas de De Broglie se propagarem mais rápido que a luz (a velocidade é w = c^2/v, que é maior que c por que v é menor que c). Esse tema é bem discutido na própria tese de doutorado de De Broglie, um excelente texto, vale ressaltar.
>
> Pois então, no meu entender, isso significava que a mecânica quântica
> era relativística em sua essência, e que um bom entendimento dela só poderia ser alcançado se estudada a partir da relatividade. No entanto o fato de que w ser maior que c (vide acima) me fez pensar que era, mais que isso, necessário estender a teoria da relatividade à partículas e referenciais mais rápidos que c. Procurei então por trabalhos nesse sentido, mas não achei muita coisa na época, apenas achei alguns artigos da revista Ciência Hoje, de divulgação, e outros que introduziam hipóteses pouco satisfatórias). Desde então tentei encontrar uma tal extensão, dividindo o tempo com as matérias do meu curso...
>
> No meio do ano passado, porém, me convidaram para apresentar algo na VII Semana da Física da UFSCar (onde eu estudo) e perguntei se eu poderia falar sobre táquions (nome geralmente dado à partículas mais velozes que a luz), que tinha trabalhado pouco tempo antes, e aceitaram. Então eu apresentei uma palestra sobre o assunto. Coincidentemente, cerca de uma ou duas semanas depois saiu a noticia desses neutrinossuperluminais! Com isso várias pessoas se interessaram pelo tema que eu tinha discutido e pediram para que eu colocasse em forma de artigo as ideias lá apresentadas. Depois de algum tempo eu escrevi o artigo, e depois uma versão em inglês a pedido de meu orientador. Colocamos os textos no Arxiv (link abaixo) e a versão em português submetemos à Revista Brasileira de Ensino de Física (deve ser publicado em breve).
>
> Para quem tem dúvidas de como a teoria da relatividade poderia ser estendida a fim de descrever partículas superluminais, esse texto pode ser útil. Mesmo que falhas tenham sido reportadas referente à experiência OPERA do CERN, acredito que o tema seja bem interessante (embora não tão simples). Os resultados que obtive concordam com os resultados obtidos cerca de trinta anos atrás do Prof. Dr. Erasmo Recami, um dos principais pesquisadores no campo. Tive o conhecimento de seus trabalhos apenas recentemente, o motivo sendo, acredito eu, por seus trabalhos terem sidos publicados em uma revista italiana, mas que até pouco tempo atrás não dava para acessar pela internet (e nem sei se hoje em dia temos o acesso). O Prof. Recami lecionou por algum tempo aqui no Brasil, infelizmente quando eu tentei entrar em contato ele já tinha voltado para a Itália...
>
> Segue o link: http://arxiv.org/abs/1112.4187
>
> ''AnIntroductiontotheTheoryofTachyons'' - Ricardo S. Vieira
>
> p.s. a versão em português vem logo após ao texto em inglês, no mesmo pdf.
>
> Até mais, espero participar mais da lista assim que as coisas acalmarem por aqui,
>
> Abraços!
>
> Ricardo S. Vieira
>

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/05/2012 13:45

Msg original:
From: JVictor
Sent: Monday, May 07, 2012 12:08 PM
Subject: RES: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
 
Olá Victor
 
Victor: o que estava dando errado com as equações de Maxwell, que precisassem ser modificadas?
 
Alberto: Pelo visto estou gastando o meu latim inutilmente na thread sobre o paradoxo das cargas aceleradas. Aliás, para os que estão seguindo essa thread, estou terminando mais uma das msgs sequenciais que devo postar hoje ou amanhã. A turma ficou um pouco calada após minha última msg (e também aquela referente ao efeito Doppler) e acabei ficando na dúvida sobre se o assunto não estaria ficando muito técnico para o gosto dos demais. Eu desviei do assunto, tentando perseguir as dúvidas que foram surgindo e acabei não conseguindo evitar esta evolução técnica. Enfim, não falta muito para que eu chegue aos finalmente então irei até o fim mesmo que seja apenas para satisfazer meu ego. Quiçá eu  faça uma revisão a transformar esta sequência de msgs em mais um artigo para o meu site.
 
Victor: Que só Ritz viu e ninguém mais?
 
Albertro: Não foi só Ritz quem viu. E ele não foi o primeiro e muito menos o último. O primeiro teria sido o próprio Maxwell, e o último ainda está por nascer. Aliás esta é uma das poucas verdades que o Olimpo Acadêmico, por mais que tente, não consegue colocar debaixo do tapete. Mesmo porque o tapete está em situação bem mais crítica do que a pedra onde se esconde o Pesky Bee . Não cabe mais nada.
 
Victor: Honestamente, isto me surpreende.  Olha, Hélio,  inegavelmente, Ritz foi um gênio.  Deu grandes contribuições à física, gerou novos conhecimentos, como é próprio das grandes mentes científicas.  Agora, no que tange a seus conceitos sobre a relatividade de Einstein e à sua teoria da emissão, paciência, errou feio.  E ainda:  Pauli não emitiu suas opiniões técnicas devido a meros preconceitos.
 
Alberto: Não conheço o trabalho de Ritz em profundidade, então fica difícil analisar essas críticas sem valorizar a paixão que parece se esconder por trás delas. Quanto a errar faz parte da ciência e de Aristóteles ao último prêmio Nobel ninguém chegou a fazer grandes contribuições à ciência sem cometer erros incríveis, muitas vezes somente descobertos séculos depois. O inverso também acontece, se bem que com menor frequência, ou seja, verdades chegarem a serem descobertas dezenas de anos ou séculos após terem sido admitidas por um cientista, via de regra isolado e/ou marginalizado pelos meio acadêmico.
 
Victor: Aliás, com 20 anos de idade, nem os tinha tanto, não é?
 
Alberto: Sim. Dizem que Einstein teve o insight, que o levou à TR, com 15 anos de idade. Newton também não está muito longe disso. Em 1966 tinha 24, e é bem provável que o insight tenha ter surgido antes disso.
 
Victor: Pauli emitiu seus conceitos sobre a teoria de Ritz em vista de seu denso conhecimento da TR e da física da época;...
 
Alberto: Isto também é a regra. Ideias novas surgem em mentes abertas e livres de preconceitos, daí serem frequentes na juventude (mas não só). Críticas já exigem um conhecimento profundo sobre o que está se pretendendo criticar. Só posso criticar Newton, Popper, Ritz, Einstein ou qualquer outro autor, após ter feito inúmeras leituras, bem como uma análise profunda de suas obras acompanhada de muita ponderação sobre o que os outros dizem ou disseram a respeito dessas obras.
 
Victor: ...e, ainda, pela completa ausência de evidências. Que até hoje inexistem.
 
Alberto: Esta é a sua opinião. Pelo visto, você sequer conhece o tapete para baixo do qual essas evidências foram lançadas.
 
Victor: Há vários estudos experimentais que refutam, sem sobra de dúvidas, essas teorias de emissão.
 
Alberto: Aponte-as então. Eu conheço algumas que tomei conhecimento ao conversar com meus botões. No meio acadêmico nunca ouvi nenhuma dessas fundamentada em provas concretas ou em dados experimentais conclusivos. Vejo nesta sua frase um mero papaguear sem consequências.
 
Victor: Acho válida esse tipo de leitura.  Mas apenas do ponto de vista histórico. Nada mais.
 
Alberto: A história às vezes é importante ao nos indicar o quanto podemos estar errados com nossos preconceitos e/ou no assumirmos que os outros estão errados. Leia, por exemplo, a história de Boltzmann (mas não só pois este é apenas um dentre centenas de exemplos semelhantes).
 
Hélio: Isto, na época economizava tempo, tinta e papel na hora de fazer contas. Ritz achava melhor mexer na forma das equações de Maxwell, e manter a realidade física explícita.
 
Victor: Não entendi. Na época, para economizar tinta e papel, era preferível deixar tudo como estava, “errrado e dando pau” ?  Puxa! Quantos cientistas irresponsáveis, aqueles!  E, ainda, Ritz  achava que a teoria eletromagnética não era  uma representação adequada da realidade física? É isso mesmo?  
 
Alberto: Concordo contigo Você não entendeu nada do que o Hélio pretendeu transmitir nestas duas frases. Além de não ter entendido, inverteu o questionamento.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos - ERRATA
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/05/2012 14:52

ERRATA 
 
 
ONDE SE LÊ:
 
Newton também não está muito longe disso. Em 1966 tinha 24, e é bem provável que o insight tenha ter surgido antes disso.
 
LEIA-SE:
 
Newton também não está muito longe disso. Em 1666 tinha 24, e é bem provável que o insight tenha surgido antes disso.
 
[ ]´s
Alberto
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/05/2012 15:28

Oi Alberto,
 
Eu em MSG anterior com o corte do Victor:
... Isto, na época economizava tempo, tinta e papel na hora de fazer contas. Ritz achava melhor mexer na forma das equações de Maxwell, e manter a realidade física explícita.
 
Victor:
Não entendi. ....
 
Alberto disse para Victor:
> Concordo contigo Você não entendeu nada
> do que o Hélio pretendeu transmitir nestas
> duas frases. Além de não ter entendido,
> inverteu o questionamento.
 
Ele realmente não entendeu.
Como sempre faz, separou e depois pegou só a parte final. E aí já não sabia o que o "isto" significava.
 
Eu não falei nada porque estes "não entendimentos" do Victor são muito cansativos.
 
Os "não entendimentos" dele seriam assunto para uma thread bem grande, que provavelmente ele não iria entender.
 
:-)
:-)
:-)
 
Hélio
 
PS.: O "isto" não se relacionava aos paus da EM de Maxwell. O "isto" era a forma da TRE de Einstein "resolver" os paus do EM de Maxwell. Esta forma economizava tinta e papel mas abria a mão do realismo.
 

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 7 de Maio de 2012 13:45
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
 
Msg original:
From: JVictor
Sent: Monday, May 07, 2012 12:08 PM
Subject: RES: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
 
Olá Victor
 
Victor: o que estava dando errado com as equações de Maxwell, que precisassem ser modificadas?
 
Alberto: Pelo visto estou gastando o meu latim inutilmente na thread sobre o paradoxo das cargas aceleradas. Aliás, para os que estão seguindo essa thread, estou terminando mais uma das msgs sequenciais que devo postar hoje ou amanhã. A turma ficou um pouco calada após minha última msg (e também aquela referente ao efeito Doppler) e acabei ficando na dúvida sobre se o assunto não estaria ficando muito técnico para o gosto dos demais. Eu desviei do assunto, tentando perseguir as dúvidas que foram surgindo e acabei não conseguindo evitar esta evolução técnica. Enfim, não falta muito para que eu chegue aos finalmente então irei até o fim mesmo que seja apenas para satisfazer meu ego. Quiçá eu  faça uma revisão a transformar esta sequência de msgs em mais um artigo para o meu site.
 
Victor: Que só Ritz viu e ninguém mais?
 
Albertro: Não foi só Ritz quem viu. E ele não foi o primeiro e muito menos o último. O primeiro teria sido o próprio Maxwell, e o último ainda está por nascer. Aliás esta é uma das poucas verdades que o Olimpo Acadêmico, por mais que tente, não consegue colocar debaixo do tapete. Mesmo porque o tapete está em situação bem mais crítica do que a pedra onde se esconde o Pesky Bee . Não cabe mais nada.
 
Victor: Honestamente, isto me surpreende.  Olha, Hélio,  inegavelmente, Ritz foi um gênio.  Deu grandes contribuições à física, gerou novos conhecimentos, como é próprio das grandes mentes científicas.  Agora, no que tange a seus conceitos sobre a relatividade de Einstein e à sua teoria da emissão, paciência, errou feio.  E ainda:  Pauli não emitiu suas opiniões técnicas devido a meros preconceitos.
 
Alberto: Não conheço o trabalho de Ritz em profundidade, então fica difícil analisar essas críticas sem valorizar a paixão que parece se esconder por trás delas. Quanto a errar faz parte da ciência e de Aristóteles ao último prêmio Nobel ninguém chegou a fazer grandes contribuições à ciência sem cometer erros incríveis, muitas vezes somente descobertos séculos depois. O inverso também acontece, se bem que com menor frequência, ou seja, verdades chegarem a serem descobertas dezenas de anos ou séculos após terem sido admitidas por um cientista, via de regra isolado e/ou marginalizado pelos meio acadêmico.
 
Victor: Aliás, com 20 anos de idade, nem os tinha tanto, não é?
 
Alberto: Sim. Dizem que Einstein teve o insight, que o levou à TR, com 15 anos de idade. Newton também não está muito longe disso. Em 1966 tinha 24, e é bem provável que o insight tenha ter surgido antes disso.
 
Victor: Pauli emitiu seus conceitos sobre a teoria de Ritz em vista de seu denso conhecimento da TR e da física da época;...
 
Alberto: Isto também é a regra. Ideias novas surgem em mentes abertas e livres de preconceitos, daí serem frequentes na juventude (mas não só). Críticas já exigem um conhecimento profundo sobre o que está se pretendendo criticar. Só posso criticar Newton, Popper, Ritz, Einstein ou qualquer outro autor, após ter feito inúmeras leituras, bem como uma análise profunda de suas obras acompanhada de muita ponderação sobre o que os outros dizem ou disseram a respeito dessas obras.
 
Victor: ...e, ainda, pela completa ausência de evidências. Que até hoje inexistem.
 
Alberto: Esta é a sua opinião. Pelo visto, você sequer conhece o tapete para baixo do qual essas evidências foram lançadas.
 
Victor: Há vários estudos experimentais que refutam, sem sobra de dúvidas, essas teorias de emissão.
 
Alberto: Aponte-as então. Eu conheço algumas que tomei conhecimento ao conversar com meus botões. No meio acadêmico nunca ouvi nenhuma dessas fundamentada em provas concretas ou em dados experimentais conclusivos. Vejo nesta sua frase um mero papaguear sem consequências.
 
Victor: Acho válida esse tipo de leitura.  Mas apenas do ponto de vista histórico. Nada mais.
 
Alberto: A história às vezes é importante ao nos indicar o quanto podemos estar errados com nossos preconceitos e/ou no assumirmos que os outros estão errados. Leia, por exemplo, a história de Boltzmann (mas não só pois este é apenas um dentre centenas de exemplos semelhantes).
 
Hélio: Isto, na época economizava tempo, tinta e papel na hora de fazer contas. Ritz achava melhor mexer na forma das equações de Maxwell, e manter a realidade física explícita.
 
Victor: Não entendi. Na época, para economizar tinta e papel, era preferível deixar tudo como estava, “errrado e dando pau” ?  Puxa! Quantos cientistas irresponsáveis, aqueles!  E, ainda, Ritz  achava que a teoria eletromagnética não era  uma representação adequada da realidade física? É isso mesmo?  
 
Alberto: Concordo contigo Você não entendeu nada do que o Hélio pretendeu transmitir nestas duas frases. Além de não ter entendido, inverteu o questionamento.
 
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.br Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
 

SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/05/2012 16:10

Olá, alberto

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: segunda-feira, 7 de maio de 2012 17:46
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos

 

 

Msg original:

From: JVictor

Sent: Monday, May 07, 2012 12:08 PM

Subject: RES: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos

 

Olá Victor

 

Victor: o que estava dando errado com as equações de Maxwell, que precisassem ser modificadas?

 

Alberto: Pelo visto estou gastando o meu latim inutilmente na thread sobre o paradoxo das cargas aceleradas. Aliás, para os que estão seguindo essa thread, estou terminando mais uma das msgs sequenciais que devo postar hoje ou amanhã.

 

Victor: Não acho que esteja gastando seu precioso latim. Infelizmente, não pude acompanhar os desenvolvimentos de vocês, nesse mister. Lí apenas as últimas mensagens.  Contudo, para mim, este assunto de cargas aceleradas está resolvido. Os artigos que foram postados,  incluindo-se os  de Mário Goto, esclarecem bem as questões.  Não vejo outra maneira de atacar esse problema difícil e importante. Acho mais fácil do que as tentativas que se fazem para os deslindes,  como estas vocês fazem.   

 

Alberto: A turma ficou um pouco calada após minha última msg (e também aquela referente ao efeito Doppler) e acabei ficando na dúvida sobre se o assunto não estaria ficando muito técnico para o gosto dos demais. Eu desviei do assunto, tentando perseguir as dúvidas que foram surgindo e acabei não conseguindo evitar esta evolução técnica. Enfim, não falta muito para que eu chegue aos finalmente então irei até o fim mesmo que seja apenas para satisfazer meu ego. Quiçá eu  faça uma revisão a transformar esta sequência de msgs em mais um artigo para o meu site.

 

 

Victor:  Pois eu espero que continue assim. Mas continuando a descrever o q está pondo em símbolos mat. de  modo a que o “esquecidos” possam acompanhar o desenrolar do assunto. E agora principalmente, pois o Word tem os recursos para a escrita dos objetos matemáticos adequados(e, com alguma reza, ele acaba não bagunçando tudo).  Só uma opinião, só uma opinião.   É, qdo. estiver tudo no seu site ficará mais fácil de ir  lá e ler tudo de uma vez.

 

 Victor: Que só Ritz viu e ninguém mais?

 

Albertro: Não foi só Ritz quem viu. E ele não foi o primeiro e muito menos o último. O primeiro teria sido o próprio Maxwell, e o último ainda está por nascer. Aliás esta é uma das poucas verdades que o Olimpo Acadêmico, por mais que tente, não consegue colocar debaixo do tapete. Mesmo porque o tapete está em situação bem mais crítica do que a pedra onde se esconde o Pesky Bee . Não cabe mais nada.

 

Victor:   Ora, Alberto, é evidente que pontas soltas têm em quase toda teoria. Ou não? Tem na  TN, tem na RG, tem na própria mecânica. E tem no E.M, claro. Que continuam. A questão é se representam coisas tão sérias que ensejam a simples e bruta substituição da teoria. Nos casos das teorias acima, não.  Mas nada disso impediu a qq das teorias listadas  de se desenvolver  e ser aplicada com sucesso, em todas as áreas  do conhecimento. As engenharias elétrica e eletrônica são uma prova disso.  Algumas coisas, realmente, incomodaram, no E.M. Por exemplo, a história da massa eletromagnética e suas discrepâncias teóricas e práticas, a questão da resistência da radiação que, quando considerada uma antena tudo bem, fácil de explicar, mas quando essa “antena” radiadora fica muito pequena, tipo um elétron, a coisa complica.   Parecem  existir auto-interações, auto-forças, e outras coisas cabeludas. Que transformam esse pequeno desconhecido em algo mais desconhecido ainda, além de ficar colocando em cheque os princípios de conservação.  Embora saibamos extrair dele todas as incidências que interessam à tecnologia.  Sem problemas.  Questionamentos, e justos,  sobre a constituição interna do elétron sempre foram levantados(e esta parece ser uma das principais questões). Você mesmo tem uma teoria que tenta resolver essa querela. Não sei se consegue, mas está lá.   Mas sei que as teorias de Lorentz, Drude e Dirac, apenas tangenciam(a de Dirac faz um pouco mais que isso) a questão. Então, eu não acho que alguém quer enfiar essas “sujeiras” para debaixo do tapete, ou se quis alguma vez.  O que acontece mesmo é que não sabemos como justificar certos comportamentos do elétron.   Isso é o que é. Em minha opinião, não se trata de conspiração do Olimpo Acadêmico. Acho isso uma tremenda bobagem, queira me desculpar. Por mais que tente, não consigo ver esse quadro negro que você parece pintar.  Qualquer Olimpo irá se dobrar a coisas novas, desde que tenham sentido físico. Mais cedo ou mais tarde.

 

Victor: Honestamente, isto me surpreende.  Olha, Hélio,  inegavelmente, Ritz foi um gênio.  Deu grandes contribuições à física, gerou novos conhecimentos, como é próprio das grandes mentes científicas.  Agora, no que tange a seus conceitos sobre a relatividade de Einstein e à sua teoria da emissão, paciência, errou feio.  E ainda:  Pauli não emitiu suas opiniões técnicas devido a meros preconceitos.

 

Alberto: Não conheço o trabalho de Ritz em profundidade, então fica difícil analisar essas críticas sem valorizar a paixão que parece se esconder por trás delas. Quanto a errar faz parte da ciência e de Aristóteles ao último prêmio Nobel ninguém chegou a fazer grandes contribuições à ciência sem cometer erros incríveis, muitas vezes somente descobertos séculos depois. O inverso também acontece, se bem que com menor frequência, ou seja, verdades chegarem a serem descobertas dezenas de anos ou séculos após terem sido admitidas por um cientista, via de regra isolado e/ou marginalizado pelos meio acadêmico.

 

Victor:  Há alguns anos, uns dois ou três,postei  para o Hélio uma tabela comparativa entre todas as teorias  envolvendo espaço e tempo, relatividade, enfim, existentes,  onde se vê claramente os pontos onde elas funcionam e aqueles em que nem chegam perto.  A RR teve êxito em todos os pontos onde as demais falharam.  Tal estudo pode ser encontrado na obra de Eletromagnetismo Clássico de W.Panosfki(acho que é assim que se escreve, não estou com a obra em mãos, para conferir).  Esse mesmo estudo foi tomado com base para as discussões feitas por Resnick em seu famoso  livro Introdução à Relatividade.  Dados experimentais existem.  E prefiro firmar minhas postagens no que tenho de real, palpável e confiável.   

 

Victor: Aliás, com 20 anos de idade, nem os tinha tanto, não é?

 

Alberto: Sim. Dizem que Einstein teve o insight, que o levou à TR, com 15 anos de idade. Newton também não está muito longe disso. Em 1966 tinha 24, e é bem provável que o insight tenha ter surgido antes disso.

 

Victor: Pauli emitiu seus conceitos sobre a teoria de Ritz em vista de seu denso conhecimento da TR e da física da época;...

 

Alberto: Isto também é a regra. Ideias novas surgem em mentes abertas e livres de preconceitos, daí serem frequentes na juventude (mas não só). Críticas já exigem um conhecimento profundo sobre o que está se pretendendo criticar. Só posso criticar Newton, Popper, Ritz, Einstein ou qualquer outro autor, após ter feito inúmeras leituras, bem como uma análise profunda de suas obras acompanhada de muita ponderação sobre o que os outros dizem ou disseram a respeito dessas obras.

Victor:  É vero.

 

Victor: ...e, ainda, pela completa ausência de evidências. Que até hoje inexistem.

 

Alberto: Esta é a sua opinião. Pelo visto, você sequer conhece o tapete para baixo do qual essas evidências foram lançadas.

 

Victor:   Bem, se isso que pensa... 

 

Victor: Há vários estudos experimentais que refutam, sem sombra de dúvidas, essas teorias de emissão.

 

Alberto: Aponte-as então. Eu conheço algumas que tomei conhecimento ao conversar com meus botões. No meio acadêmico nunca ouvi nenhuma dessas fundamentada em provas concretas ou em dados experimentais conclusivos. Vejo nesta sua frase um mero papaguear sem consequências.

 

Victor:  Fonte indicada mais acima.  Como eu lhe pedi para postar o prefácio de Popper, aquele, aqueele, lembra?,  e o você gentilmente o fez, enviando-me em pvt, farei o mesmo a esse respeito. Mas o postarei aqui, novamente.

 

Victor: Acho válida esse tipo de leitura.  Mas apenas do ponto de vista histórico. Nada mais.

 

Alberto: A história às vezes é importante ao nos indicar o quanto podemos estar errados com nossos preconceitos e/ou no assumirmos que os outros estão errados. Leia, por exemplo, a história de Boltzmann (mas não só pois este é apenas um dentre centenas de exemplos semelhantes).

 

Hélio: Isto, na época economizava tempo, tinta e papel na hora de fazer contas. Ritz achava melhor mexer na forma das equações de Maxwell, e manter a realidade física explícita.

 

Victor: Não entendi. Na época, para economizar tinta e papel, era preferível deixar tudo como estava, “errrado e dando pau” ?  Puxa! Quantos cientistas irresponsáveis, aqueles!  E, ainda, Ritz  achava que a teoria eletromagnética não era  uma representação adequada da realidade física? É isso mesmo?  

 

Alberto: Concordo contigo Você não entendeu nada do que o Hélio pretendeu transmitir nestas duas frases. Além de não ter entendido, inverteu o questionamento.

 

Victor: Discordo, Alberto. Entendi exatamente o que foi escrito e não inverti coisa nenhuma. Até em razão de não haver, realmente, um argumento.  Se é para  ficar falando metáforas, com duplo sentido, esperando que o “burro” do outro lado entenda o real significado, não sei se este ó o local certo.   

 

Sds,

Victor.

 

 

 

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

 

 

 


SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/05/2012 16:31

 

Ok, ok.  “Eu não falei nada porque estes "não entendimentos" do Victor são muito cansativos”.

 

Particularmente, acho que não falou nada por outros motivos.

 

Mas, para não lhe “cansar” mais, não tecerei mais quaisquer comentários.

 

Infelizmente.

 

Chega.

 

Victor.

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Hélio Carvalho
Enviada em: segunda-feira, 7 de maio de 2012 19:29
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos

 

 

Oi Alberto,

 

Eu em MSG anterior com o corte do Victor:

... Isto, na época economizava tempo, tinta e papel na hora de fazer contas. Ritz achava melhor mexer na forma das equações de Maxwell, e manter a realidade física explícita.

 

Victor:

Não entendi. ....

 

Alberto disse para Victor:

> Concordo contigo Você não entendeu nada

> do que o Hélio pretendeu transmitir nestas

> duas frases. Além de não ter entendido,

> inverteu o questionamento.

 

Ele realmente não entendeu.

Como sempre faz, separou e depois pegou só a parte final. E aí já não sabia o que o "isto" significava.

 

Eu não falei nada porque estes "não entendimentos" do Victor são muito cansativos.

 

Os "não entendimentos" dele seriam assunto para uma thread bem grande, que provavelmente ele não iria entender.

 

:-)

:-)

:-)

 

Hélio

 

PS.: O "isto" não se relacionava aos paus da EM de Maxwell. O "isto" era a forma da TRE de Einstein "resolver" os paus do EM de Maxwell. Esta forma economizava tinta e papel mas abria a mão do realismo.

 

 

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 7 de Maio de 2012 13:45
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos

 

Msg original:

From: JVictor

Sent: Monday, May 07, 2012 12:08 PM

Subject: RES: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos

 

Olá Victor

 

Victor: o que estava dando errado com as equações de Maxwell, que precisassem ser modificadas?

 

Alberto: Pelo visto estou gastando o meu latim inutilmente na thread sobre o paradoxo das cargas aceleradas. Aliás, para os que estão seguindo essa thread, estou terminando mais uma das msgs sequenciais que devo postar hoje ou amanhã. A turma ficou um pouco calada após minha última msg (e também aquela referente ao efeito Doppler) e acabei ficando na dúvida sobre se o assunto não estaria ficando muito técnico para o gosto dos demais. Eu desviei do assunto, tentando perseguir as dúvidas que foram surgindo e acabei não conseguindo evitar esta evolução técnica. Enfim, não falta muito para que eu chegue aos finalmente então irei até o fim mesmo que seja apenas para satisfazer meu ego. Quiçá eu  faça uma revisão a transformar esta sequência de msgs em mais um artigo para o meu site.

 

Victor: Que só Ritz viu e ninguém mais?

 

Albertro: Não foi só Ritz quem viu. E ele não foi o primeiro e muito menos o último. O primeiro teria sido o próprio Maxwell, e o último ainda está por nascer. Aliás esta é uma das poucas verdades que o Olimpo Acadêmico, por mais que tente, não consegue colocar debaixo do tapete. Mesmo porque o tapete está em situação bem mais crítica do que a pedra onde se esconde o Pesky Bee . Não cabe mais nada.

 

Victor: Honestamente, isto me surpreende.  Olha, Hélio,  inegavelmente, Ritz foi um gênio.  Deu grandes contribuições à física, gerou novos conhecimentos, como é próprio das grandes mentes científicas.  Agora, no que tange a seus conceitos sobre a relatividade de Einstein e à sua teoria da emissão, paciência, errou feio.  E ainda:  Pauli não emitiu suas opiniões técnicas devido a meros preconceitos.

 

Alberto: Não conheço o trabalho de Ritz em profundidade, então fica difícil analisar essas críticas sem valorizar a paixão que parece se esconder por trás delas. Quanto a errar faz parte da ciência e de Aristóteles ao último prêmio Nobel ninguém chegou a fazer grandes contribuições à ciência sem cometer erros incríveis, muitas vezes somente descobertos séculos depois. O inverso também acontece, se bem que com menor frequência, ou seja, verdades chegarem a serem descobertas dezenas de anos ou séculos após terem sido admitidas por um cientista, via de regra isolado e/ou marginalizado pelos meio acadêmico.

 

Victor: Aliás, com 20 anos de idade, nem os tinha tanto, não é?

 

Alberto: Sim. Dizem que Einstein teve o insight, que o levou à TR, com 15 anos de idade. Newton também não está muito longe disso. Em 1966 tinha 24, e é bem provável que o insight tenha ter surgido antes disso.

 

Victor: Pauli emitiu seus conceitos sobre a teoria de Ritz em vista de seu denso conhecimento da TR e da física da época;...

 

Alberto: Isto também é a regra. Ideias novas surgem em mentes abertas e livres de preconceitos, daí serem frequentes na juventude (mas não só). Críticas já exigem um conhecimento profundo sobre o que está se pretendendo criticar. Só posso criticar Newton, Popper, Ritz, Einstein ou qualquer outro autor, após ter feito inúmeras leituras, bem como uma análise profunda de suas obras acompanhada de muita ponderação sobre o que os outros dizem ou disseram a respeito dessas obras.

 

Victor: ...e, ainda, pela completa ausência de evidências. Que até hoje inexistem.

 

Alberto: Esta é a sua opinião. Pelo visto, você sequer conhece o tapete para baixo do qual essas evidências foram lançadas.

 

Victor: Há vários estudos experimentais que refutam, sem sobra de dúvidas, essas teorias de emissão.

 

Alberto: Aponte-as então. Eu conheço algumas que tomei conhecimento ao conversar com meus botões. No meio acadêmico nunca ouvi nenhuma dessas fundamentada em provas concretas ou em dados experimentais conclusivos. Vejo nesta sua frase um mero papaguear sem consequências.

 

Victor: Acho válida esse tipo de leitura.  Mas apenas do ponto de vista histórico. Nada mais.

 

Alberto: A história às vezes é importante ao nos indicar o quanto podemos estar errados com nossos preconceitos e/ou no assumirmos que os outros estão errados. Leia, por exemplo, a história de Boltzmann (mas não só pois este é apenas um dentre centenas de exemplos semelhantes).

 

Hélio: Isto, na época economizava tempo, tinta e papel na hora de fazer contas. Ritz achava melhor mexer na forma das equações de Maxwell, e manter a realidade física explícita.

 

Victor: Não entendi. Na época, para economizar tinta e papel, era preferível deixar tudo como estava, “errrado e dando pau” ?  Puxa! Quantos cientistas irresponsáveis, aqueles!  E, ainda, Ritz  achava que a teoria eletromagnética não era  uma representação adequada da realidade física? É isso mesmo?  

 

Alberto: Concordo contigo Você não entendeu nada do que o Hélio pretendeu transmitir nestas duas frases. Além de não ter entendido, inverteu o questionamento.

 

[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.br Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

 

 

 


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/05/2012 20:02

Oi Victor.

 
Victor: Não acho que esteja gastando seu precioso latim. Infelizmente, não pude acompanhar os desenvolvimentos de vocês, nesse mister. Lí apenas as últimas mensagens.  Contudo, para mim, este assunto de cargas aceleradas está resolvido. Os artigos que foram postados,  incluindo-se os  de Mário Goto, esclarecem bem as questões.  Não vejo outra maneira de atacar esse problema difícil e importante. Acho mais fácil do que as tentativas que se fazem para os deslindes,  como estas vocês fazem.   
 
Está resolvido como? Qual é a solução? De minha parte também está resolvido. Não tenho mais nenhuma dúvida de que em queda livre, ou seja sob aceleração constante, não há geração de ondas eletromagnéticas. E de seu lado, qual é a solução?
 
[],s
 
Belmiro

SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/05/2012 20:09

Oi Victor,

, desculpa novamente se te ofendi.

Quando eu reclamo contigo sobre o teu "não entendimento" é, na verdade, um pedido para que você leia duas vezes, pelo menos, o que eu escrevi antes de responder precipitadamente.

Gostaria muito de continuar discutindo sobre a TR de Einstein, isto (a discussão sobre a TR de Einstein) não me cansa.

O que me cansa é discutir se eu falei isto (uma coisa) e não aquilo (uma outra coisa diferente).

Pronto, já fiz novamente uma leve piada, mas não leve isto (a piada) a mal.


Hélio
 

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 7 de Maio de 2012 16:31
Assunto: RES: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos

 
 
Ok, ok.  “Eu não falei nada porque estes "não entendimentos" do Victor são muito cansativos”.
 
Particularmente, acho que não falou nada por outros motivos.
 
Mas, para não lhe “cansar” mais, não tecerei mais quaisquer comentários.
 
Infelizmente.
 
Chega.
 
Victor.
 
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Hélio Carvalho
Enviada em: segunda-feira, 7 de maio de 2012 19:29
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
 
 
Oi Alberto,
 
Eu em MSG anterior com o corte do Victor:
... Isto, na época economizava tempo, tinta e papel na hora de fazer contas. Ritz achava melhor mexer na forma das equações de Maxwell, e manter a realidade física explícita.
 
Victor:
Não entendi. ....
 
Alberto disse para Victor:
> Concordo contigo Você não entendeu nada
> do que o Hélio pretendeu transmitir nestas
> duas frases. Além de não ter entendido,
> inverteu o questionamento.
 
Ele realmente não entendeu.
Como sempre faz, separou e depois pegou só a parte final. E aí já não sabia o que o "isto" significava.
 
Eu não falei nada porque estes "não entendimentos" do Victor são muito cansativos.
 
Os "não entendimentos" dele seriam assunto para uma thread bem grande, que provavelmente ele não iria entender.
 
:-)
:-)
:-)
 
Hélio
 
PS.: O "isto" não se relacionava aos paus da EM de Maxwell. O "isto" era a forma da TRE de Einstein "resolver" os paus do EM de Maxwell. Esta forma economizava tinta e papel mas abria a mão do realismo.
 
 
De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 7 de Maio de 2012 13:45
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
 
Msg original:
From: JVictor
Sent: Monday, May 07, 2012 12:08 PM
Subject: RES: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
 
Olá Victor
 
Victor: o que estava dando errado com as equações de Maxwell, que precisassem ser modificadas?
 
Alberto: Pelo visto estou gastando o meu latim inutilmente na thread sobre o paradoxo das cargas aceleradas. Aliás, para os que estão seguindo essa thread, estou terminando mais uma das msgs sequenciais que devo postar hoje ou amanhã. A turma ficou um pouco calada após minha última msg (e também aquela referente ao efeito Doppler) e acabei ficando na dúvida sobre se o assunto não estaria ficando muito técnico para o gosto dos demais. Eu desviei do assunto, tentando perseguir as dúvidas que foram surgindo e acabei não conseguindo evitar esta evolução técnica. Enfim, não falta muito para que eu chegue aos finalmente então irei até o fim mesmo que seja apenas para satisfazer meu ego. Quiçá eu  faça uma revisão a transformar esta sequência de msgs em mais um artigo para o meu site.
 
Victor: Que só Ritz viu e ninguém mais?
 
Albertro: Não foi só Ritz quem viu. E ele não foi o primeiro e muito menos o último. O primeiro teria sido o próprio Maxwell, e o último ainda está por nascer. Aliás esta é uma das poucas verdades que o Olimpo Acadêmico, por mais que tente, não consegue colocar debaixo do tapete. Mesmo porque o tapete está em situação bem mais crítica do que a pedra onde se esconde o Pesky Bee . Não cabe mais nada.
 
Victor: Honestamente, isto me surpreende.  Olha, Hélio,  inegavelmente, Ritz foi um gênio.  Deu grandes contribuições à física, gerou novos conhecimentos, como é próprio das grandes mentes científicas.  Agora, no que tange a seus conceitos sobre a relatividade de Einstein e à sua teoria da emissão, paciência, errou feio.  E ainda:  Pauli não emitiu suas opiniões técnicas devido a meros preconceitos.
 
Alberto: Não conheço o trabalho de Ritz em profundidade, então fica difícil analisar essas críticas sem valorizar a paixão que parece se esconder por trás delas. Quanto a errar faz parte da ciência e de Aristóteles ao último prêmio Nobel ninguém chegou a fazer grandes contribuições à ciência sem cometer erros incríveis, muitas vezes somente descobertos séculos depois. O inverso também acontece, se bem que com menor frequência, ou seja, verdades chegarem a serem descobertas dezenas de anos ou séculos após terem sido admitidas por um cientista, via de regra isolado e/ou marginalizado pelos meio acadêmico.
 
Victor: Aliás, com 20 anos de idade, nem os tinha tanto, não é?
 
Alberto: Sim. Dizem que Einstein teve o insight, que o levou à TR, com 15 anos de idade. Newton também não está muito longe disso. Em 1966 tinha 24, e é bem provável que o insight tenha ter surgido antes disso.
 
Victor: Pauli emitiu seus conceitos sobre a teoria de Ritz em vista de seu denso conhecimento da TR e da física da época;...
 
Alberto: Isto também é a regra. Ideias novas surgem em mentes abertas e livres de preconceitos, daí serem frequentes na juventude (mas não só). Críticas já exigem um conhecimento profundo sobre o que está se pretendendo criticar. Só posso criticar Newton, Popper, Ritz, Einstein ou qualquer outro autor, após ter feito inúmeras leituras, bem como uma análise profunda de suas obras acompanhada de muita ponderação sobre o que os outros dizem ou disseram a respeito dessas obras.
 
Victor: ...e, ainda, pela completa ausência de evidências. Que até hoje inexistem.
 
Alberto: Esta é a sua opinião. Pelo visto, você sequer conhece o tapete para baixo do qual essas evidências foram lançadas.
 
Victor: Há vários estudos experimentais que refutam, sem sobra de dúvidas, essas teorias de emissão.
 
Alberto: Aponte-as então. Eu conheço algumas que tomei conhecimento ao conversar com meus botões. No meio acadêmico nunca ouvi nenhuma dessas fundamentada em provas concretas ou em dados experimentais conclusivos. Vejo nesta sua frase um mero papaguear sem consequências.
 
Victor: Acho válida esse tipo de leitura.  Mas apenas do ponto de vista histórico. Nada mais.
 
Alberto: A história às vezes é importante ao nos indicar o quanto podemos estar errados com nossos preconceitos e/ou no assumirmos que os outros estão errados. Leia, por exemplo, a história de Boltzmann (mas não só pois este é apenas um dentre centenas de exemplos semelhantes).
 
Hélio: Isto, na época economizava tempo, tinta e papel na hora de fazer contas. Ritz achava melhor mexer na forma das equações de Maxwell, e manter a realidade física explícita.
 
Victor: Não entendi. Na época, para economizar tinta e papel, era preferível deixar tudo como estava, “errrado e dando pau” ?  Puxa! Quantos cientistas irresponsáveis, aqueles!  E, ainda, Ritz  achava que a teoria eletromagnética não era  uma representação adequada da realidade física? É isso mesmo?  
 
Alberto: Concordo contigo Você não entendeu nada do que o Hélio pretendeu transmitir nestas duas frases. Além de não ter entendido, inverteu o questionamento.
 
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.br Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/05/2012 00:17

Continuação da msg 82077:
From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Saturday, May 05, 2012 6:42 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 

 

Vejamos agora como ficaria o campo eletromagnético de uma carga elétrica inicialmente em repouso em um referencial inercial [ponto A (figura 15)] e tal que no tempo t = 0 a carga é acelerada por uma força constante e a agir numa dada direção e sentido (no caso da figura, na vertical e para cima) até o tempo t¢, quando ela passa pelo ponto A¢. No tempo t¢ a força cessa e a partícula persiste em movimento agora com velocidade constante v. A partícula continua sendo observada em MRU até um tempo t² quando ocupa a posição A².


Figura 15

Como se comporta o campo elétrico desta carga para um observador (1) que permanece em repouso no referencial inercial primitivo? E para o observador (2) que acompanha a carga em todo o seu percurso? Vejamos primeiramente este segundo caso [observador (2)].


Certos ou errados, a verdade é que a esse respeito já entramos em acordo aqui na Ciencialist [vide a minha msg 81914 e outras escritas pelo Belmiro e pelo Léo nesta mesma ocasião]. Ou seja, estamos supondo que o equipamento laboratorial utilizado pelo observador (2) não irá detectar diferenças no campo elétrico antes, durante ou após a aceleração. Esta suposição não é gratuita mas apoia-se na interpretação que fizemos da teoria de Maxwell.

O campo então aparecerá para o observador (2) situado no referencial da carga e no tempo t², como mostrado na figura 16 abaixo. As circunferências em verde delimitam anéis onde está representado, de fora para dentro: 1) o campo que teria sido gerado pela carga antes do tempo t = 0 (ANTES da aceleração); 2) entre os tempos t = 0 e t = t¢ (DURANTE a aceleração); e 3) entre os tempos t = t¢ e t = t² (APÓS a aceleração). Notar que não há diferenças significativas entre os campos dessas três regiões, e as linhas de campo são sempre retilíneas, contínuas  e sem quebras. O campo é idêntico àquele que seria observado se a carga tivesse permanecido em repouso.

 

Figura 16: Distribuição espacial do campo elétrico
no referencial fixo à carga e no tempo t'' referido no texto.
 

Para o observador (1), que permanece em repouso e que, portanto, constata a aceleração da carga, as coisas serão bem diferentes. O campo elétrico neste referencial não será o mesmo de quando a carga estava em repouso, a não ser naquela região a corresponder ao ANTES da aceleração (antes do tempo t = 0). Após o tempo t = 0 o campo elétrico aparecerá contorcido (linhas curvas) até mesmo na fase APÓS a aceleração cessar, pois neste referencial a carga estará em MRU. O Belmiro (msg 82034) descreveu em detalhes como este contorcionismo poderia ser imaginado, para o caso do MRU.

 

Não obstante o observador (1) poderia, num esforço de imaginação, tentar sobrepor aquela imagem do campo que ele tinha, quando a carga estava em repouso [e que era a mesma notada pelo observador (2)], com aquela que ele imagina estar sendo notada agora, no tempo t², pelo observador (2). Ciente de que após o tempo t¢ a carga está em MRU, assim permanecendo até o tempo t², será suficiente para ele delimitar, no gráfico, a área com centro em A¢ e a corresponder a este intervalo de tempo [vide o círculo central da figura 17 abaixo]. Nesta área o campo será o mesmo observado para uma carga em repouso, ainda que a área cresça no decorrer do tempo (para t > t²) e o centro (local da carga em t¢) também não esteja mais onde estava no início do processo (A). Falta estimar como seria o campo no anel intermediário (entre 0 e t¢). Aí está ocorrendo uma aceleração, logo a imagem do campo não chega a ser tão óbvia como nos casos precedentes. Não obstante, pode-se pensar em unir as linhas de campo da área a corresponder a carga em repouso (a mais externa) com aquela a representar agora a carga em MRU (a mais interna) através de uma reta. A reta se justifica pelo fato de a aceleração, neste caso, ter sido constante.

 

 

Figura 17: Imagem hipotética assumida pelo
observador (1) segundo as teorias ondulatórias.

Figura 18: Idem à figura anterior porém
segundo as teorias de emissão.

 

A figura 17 corresponde àquela que costumeiramente aparece nos livros didáticos [por exemplo, o de EISBERG e LERNER]. Raramente os autores comentam o fato de que o campo elétrico, visto desta maneira, não existe em momento algum para nenhum dos observadores que estamos levando em consideração. Cheguei a comentar isto para o caso do MRU na msg 82029. Apesar deste campo não existir desta forma, esta hipotética imagem chega a ser bastante útil do ponto de vista didático, ao retratar que alguma coisa deve estar se propagando para o espaço a partir da carga e em virtude da mesma ter entrado em movimento.

 

Na construção da figura 17 está implícita a suposição de que esta alguma coisa emitida pela carga se propaga através de um meio etéreo e, portanto, propaga-se concentricamente a partir do ponto em que foi emitida. Esta circunferência não acompanha a movimentação da carga e o seu centro permanece em repouso no referencial inicial [aquele onde está o observador (1)]. Note que a circunferência menor, na figura 17, tem seu centro no ponto A¢ [para reconhecer os pontos considerados vide a figura 15 acima].

 

A imagem correspondente para o caso das teorias de emissão é aquela apresentada na figura 18. Notar que esta alguma coisa que, no caso dessas teorias, pode ser denotada por agente do campo, propaga-se também em circunferências concêntricas, porém a acompanharem a carga. Na figura 18 a circunferência menor tem seu centro no ponto A². Mais detalhes a esse respeito foram apresentados na msg 82050 [O efeito Doppler e as teorias de emissão].
 
Em nenhum dos dois casos (figura 17 e 18) foram efetuadas correções relativísticas. No caso da figura 17 (onda eletromagnética) poderia se pensar nas famosas correções relativísticas da física «moderna»; no caso da figura 18 as correções passíveis de serem feitas dependem da teoria de emissão que estiver sendo levada em consideração (em especial no que diz respeito a c variar ou não com a velocidade v da fonte em relação a um possível referencial absoluto).
 

A área mais externa, a corresponder ao antes da aceleração, nada mais é senão um resquício do campo da carga em repouso e que ainda existe no tempo em que a imagem foi idealizada (tempo t²). No decorrer do tempo (t >> t¢) esta área tende a desaparecer.

 

Na área interna existe o campo que o observador (1) estima estar sendo visto pelo observador (2) após a carga deixar de ser acelerada (após t¢). Este campo é idêntico ao anterior, mas muda de posição à medida que a carga se move. O centro desta área varia conforme a teoria que está sendo levada em consideração. Nos dois casos, e no decorrer do tempo, esta área tende a ocupar todo o espaço a envolver a carga (t >> t²).

 

A área intermediária corresponde ao campo gerado pela carga durante o período em que ela esteve sendo acelerada (entre t = 0 e t = t¢). Como vimos acima, esta área é construída unindo-se retilineamente (no caso de aceleração uniforme) as linhas de campo das outras duas áreas, ficando nítida a quebra dessas linhas. Esta é a área onde podemos dizer estar situada a onda eletromagnética e cuja existência pode, pelo menos em teoria, ser assumida como constatável pelo equipamento laboratorial do observador (1).

 

Retornamos agora ao ponto de partida, ou seja, aquele do início de nossas discussões . Renovo então as perguntas: Poderia existir uma onda eletromagnética para um observador e não para o outro? Esta onda que estamos aceitando existir em virtude de se manifestar para pelo menos um dos observadores [o observador (1) no caso], contém energia?

 

Se a resposta for sim podemos pensar que esta energia está no espaço, a espera de ser capturada como tal pelo equipamento laboratorial do observador (1) e sem que ele retire nada do movimento da carga, que conservará o seu MRU embalada pela inércia. De onde surgiu esta energia? Sim, porque se a aceleração da carga deu-se às custas do fornecimento de energia mecânica pelo observador (1), esta mesma energia poderá retornar ao sistema pela desaceleração da carga. Ou não?

 

Se a resposta for não, que dizer de uma onda eletromagnética de conteúdo energético nulo? Seria isto possível? Bem, até prova em contrário parece ser esta a opção que nos resta aceitar. O Belmiro (msg 82025) parece já ter concordado, por razões que eu ainda não entendi muito bem, com a ideia de uma onda eletromagnética de conteúdo nulo. A literatura está repleta de explicações bem mais cabeludas do que essa, às vezes até mesmo paradoxais Já citei um artigo muito bom a discutir este assunto mas não custa nada repetir: Does A Uniformly Accelerating Charge Radiate?. Interessante a meu ver é constatarmos neste artigo o contraste dos posicionamentos assumidos por Feynman e Barut e a deixar patente que uma matemática mal fundamentada (ou a apoiar-se em uma teoria física com alicerces frágeis) seria capaz de demonstrar, e de maneira «inquestionável», até mesmo a existência de Papai Noel. Smiley piscando 

 

Parece-me ter ficado claro, através do que aqui já discutimos, que não é o PE quem está sendo colocado na berlinda pelo paradoxo da carga acelerada, mas sim o eletromagnetismo como um todo, a incluir as aberrações que gerou (TR e MQ). O PE, interpretado através de uma visão clássica, e até mesmo a incluir a chamada versão forte (a incorporar uma gravitação clássica) parece-me ter vindo para ficar. O mesmo não posso dizer de EM, TR e MQ. Alguma coisa deve ser modificada, e com urgência, no eletromagnetismo; e não tenho dúvidas de que nem a TR nem a MQ sobreviveriam a este impacto.

 

Espero agora ter justificado o fato de ter complicado o problema com a introdução de um mhs. Pois até prova em contrário, a onda eletromagnética produzida por uma carga em mhs deve transportar energia, e o Hertz que o diga.

 

Mas se um observador em mhs junto com a carga também não consegue detectar esta onda, como já foi assumido por muitos aqui na Ciencialist, isto por um lado significa a salvação do PE; mas, por outro, o problema parece persistir através de uma de suas facetas. Como justificar a existência de energia no espaço de um dos observadores, e a tornar-se independente da carga que a emitiu, se no espaço do outro observador não existe nada equivalente? Será que a única maneira seria apelarmos para a desconexão causal da relatividade «moderna» (apud Minkowski)?

 

Bem, essa é uma outra história e que deixarei para comentar na próxima msg.

 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
PS: Esta msg segue um roteiro pré-estabelecido e portanto é uma continuação das msgs citadas abaixo. As demais msgs de minha autoria e postadas nesta thread relacionam-se aos questionamentos apresentados pelos demais participantes do debate. Clicando-se nas msgs abaixo chega-se à página web correspondente e as réplicas ou tréplicas estarão no rodapé destas páginas web.

1) msg 81845: Apresentando a versão do paradoxo da carga acelerada para o caso da carga estar em mhs.
2) msg 81914: Propostas de campos gravitacionais oscilantes (experiências de pensamento). Sugestão e ordenação temática.
3) msg 81928: O paradoxo no caso da queda livre (aceleração constante).
4) msg 81974: O paradoxo no caso mhs equivalente à queda livre (ou na oscilação livre).
5) msg 81995: Sobre as resoluções apresentadas pelos físicos «modernos».
6) msg 81999: Sobre a energia dos campos eletromagnéticos.
7) msg 82029: Sobre hipotéticos agentes do campo propagando-se pelo aether.
8) msg  82077: Sobre a visão ondulatório mecanicista da propagação de entidades eletromagnéticas através do aether.
9) msg atual: Sobre a onda eletromagnética emitida por uma carga com aceleração constante.
Anexo: msg 82050: O efeito Doppler e as teorias de emissão
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/05/2012 03:53

From: Belmiro Wolski
Sent: Monday, May 07, 2012 8:02 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: RES: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
 
Olá Belmiro
 
Victor: Não acho que esteja gastando seu precioso latim. Infelizmente, não pude acompanhar os desenvolvimentos de vocês, nesse mister. Lí apenas as últimas mensagens.  Contudo, para mim, este assunto de cargas aceleradas está resolvido. Os artigos que foram postados,  incluindo-se os  de Mário Goto, esclarecem bem as questões.  Não vejo outra maneira de atacar esse problema difícil e importante. Acho mais fácil do que as tentativas que se fazem para os deslindes,  como estas vocês fazem.  
 
Belmiro: Está resolvido como? Qual é a solução?
 
Alberto: Elementar, meu caro Watson. Você não leu o artigo do Mário? Se não leu Goto http://cdsweb.cern.ch/record/494046/files/0104021.pdf e leia.
 
A solução é trivial e está no movimento hiperbólico, a caracterizar o que poderíamos chamar por um argumento putativo. Em outras palavras, num campo gravitacional uma carga esférica se transforma em uma hiper bola (para não dizer uma p... bola) e neste caso a massa gravitacional da partícula fica muito maior do que a sua massa inercial. Como o fulano que está dentro do elevador não sabe que existe um campo gravitacional externo, ele continua enxergando a carga como sendo apenas uma bolinha,  e daí o caráter putativo do argumento. [Aposto que muita gente pensou em outra coisa quando viu o p... bola .] Desta maneira o Mario conseguiu demonstrar que basta contrariar a essência do Princípio da Equivalência (identidade entre massa inercial e gravitacional) para comprovar que o que sobra do princípio dá para o gasto e não há mais porque questioná-lo.
 
Nada numa mão, nada na outra. O Goto apenas acrescentou uma pitada de matemágica, o suficiente para convencer o Victor; e creio que daria até mesmo para comprovar a existência dos unicórnios, coisa que o Homero afirma ser impossível.
 
PS: Conclui ontem mais uma msg mas ela acabou indo parar na pasta quarentena . Por outro lado isto é bom porque assim eu fico com mais tempo para concluir as seguintes . E assim, de paradoxo em paradoxo , nós vamos colaborando para que a Ciencialist se mantenha no ar.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
 

SUBJECT: ENC: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/05/2012 04:44

 

 

De: JVictor [mailto:j.victor.neto@uol.com.br]
Enviada em: terça-feira, 8 de maio de 2012 11:14
Para: 'JVictor'
Assunto: RES: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos

 

“Nada numa mão, nada na outra. O Goto apenas acrescentou uma pitada de matemágica, o suficiente para convencer o Victor; e creio que daria até mesmo para comprovar a existência dos unicórnios, coisa que o Homero afirma ser impossível.”

 

Victor: Negativo, meu caro, negativo.  Não foi o Mário ou a Camila que me convenceram de coisa alguma. Já estudo este problema há anos. Aliás, desde a Escola.   O artigo que citou, que citei também para o Belmiro, numa msg ainda na pasta de rascunhos, é apenas um dos muitos que tratam do assunto de maneira correta, dentro das leis da física.  Ninguém é violado, nem PE ou outro princípio físico conhecido. Isto também está claro no artigo da Camila. Você fala de movimentos hiperbólicos como algo não natural. Mas você aceita o movimento parabólico, que é natural. Parabólico, hiperbólico, ou o ólico que for, qual o problema? As equações de movimento de uma partícula acelerada, em altas velocidades, no espaçotempo, são essencialmente hiperbólicas, isto é,  obedecem a uma geometria hiperbólica. Os parâmetros da equação descrevem pontos alocados sobre hipérboles.  Só isso. As equações de movimento de uma partícula lançada horizontalmente, sob a ação do campo gravitacional são...parabólicas!  E então?  Tome as equações de um movimento acelerado(tem umas expostas por mim, com um exemplo simples de aplicação), com aceleração própria g e use os conceitos inerentes ao espaçotempo Minkowskiano. Pronto, tem as tais descrições hiperbólicas para especificar o movimento.  Agora, passe ao limite, para baixas velocidades. Pronto, voltou ao “normal”:   tem as parabólicas.  A palavra  “putativo”, que usou para especificar essa questão é simplesmente inadequada.  Sinto muito.

E mais: não tem nada de matemágica na exposição deles. Tem é matemática boa e aplicada corretamente. Não há nenhum formalismo novo aplicado, como tensores ou formas diferenciais, que, aliás, são os formalismo matemáticos por excelência. Mas há exposições onde isto é usado, de maneira legal e adequada, qual o problema? São apenas mais ferramentas de trabalho dos cientistas e pesquisadores. O que tem de mais “cabeludo” na exposição que citou  é o uso de umas coordenadas diferentes, chamadas de coordenadas de Rindler.  Embora não seja preciso lembrar a você, pois sabe disso melhor que eu, faço-o com vistas a outros eventuais leitores;  coordenadas servem para facilitar e simplificar cálculos e análises, um mesmo problema podendo ser resolvido usando-se diversos sistemas de referência. Escolhe-se aquele que é o mais simples e o mais adequado ao problema particular em exame. Neste caso, temos um sistema acelerado, com aceleração própria constante, que precisa ser analisado do ponto de vista de um referencial inercial. Se optar por um sistema de referência que use a geometria inerente ao movimento, no caso,  hiperbólico, as soluções podem ser mais simples e mais diretas. Além de revelarem aspectos físicos que, de outra maneira, não apareceriam.  Rindler descobriu um sistema de coordenadas capaz de conectar um sistema cartesiano, em geral adequado ao sistema inercial, a um sistema que estivesse “ligado” a um movimento hiperbólico, acelerado. As coordenadas  resultantes, obtidas das cartesianas pela transformação são devidas ao físico matemático Wolfgang Rindler, daí o nome coordenadas de Rindler.  Uma exposição simples, de como se pode passar da métrica cartesiana para uma métrica envolvendo as coordenadas de Rindler pode ser vista em http://es.wikipedia.org/wiki/Movimiento_rectil%C3%ADneo_uniformemente_acelerado. (Eu conheço uma maneira mais “light” de chegar lá).

 

 

Bem, você está errado e Homero também:  unicórnios e duendes existem, e são bíutifu !   Tenho um de cada, aqui em meu escritório.

 

Às vezes acho mesmo que sua implicância com a matemática relevante para tratar corretamente desses assuntos -e só ela pode fazer isso- de maneira tão objetiva, o quanto lhe é possível, é apenas brincadeira. Pois, sei que você não é de maneira alguma leigo nessa área. Você conhece o poder que têm os formalismos matemáticos, e não só para uso na física.  Lembro ao amigo, que o amigo Newton era doidinho por essas coisas. Se não tinha a matemática de que precisava para transar em seus vôos intelectuais científicos, sem problemas: inventava uma, que besta não era. Lagrange  não fundou uma nova teoria, quando desenvolveu processos matemáticos novos para descrever a mecânica Newtoniana, mas deu a esta uma poderosa ferramenta de trabalho, o que resultou na Mecânica Analítica.  Ao partir para outro tipo de coordenadas, chamadas coordenadas genéricas, sem referência a algum tipo específico de referencial, deu à mecânica um método de análise  muito mais genérico, muito mais extenso,  que, a reboque,  acabou revelando aspectos físicos que a  os métodos da TN nem sonhavam.  Em minha opinião, uma das maiores criações da físicamatemática de todos os tempos.  Simples enfoque na busca de coordenadas diferentes!  É para isso que os Rindler da vida servem(ainda é vivo, só que velhinho, simpático e ativo intelectualmente-deve estar aí pelos quase 90tinha). Particularmente, acho estes os caminhos corretos, e admiro muitíssimos as pessoas que ajudam a atapetá-los matemática e fisicamente, para que simples mortais como eu possam neles andar.  Ainda que tropece aqui, tropece acolá.

 

 Sds,

 

Victor.

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: terça-feira, 8 de maio de 2012 03:54
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos

 

 

From: Belmiro Wolski

Sent: Monday, May 07, 2012 8:02 PM

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br

Subject: Re: RES: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos

 

Olá Belmiro

 

Victor: Não acho que esteja gastando seu precioso latim. Infelizmente, não pude acompanhar os desenvolvimentos de vocês, nesse mister. Lí apenas as últimas mensagens.  Contudo, para mim, este assunto de cargas aceleradas está resolvido. Os artigos que foram postados,  incluindo-se os  de Mário Goto, esclarecem bem as questões.  Não vejo outra maneira de atacar esse problema difícil e importante. Acho mais fácil do que as tentativas que se fazem para os deslindes,  como estas vocês fazem.  

 

Belmiro: Está resolvido como? Qual é a solução?

 

Alberto: Elementar, meu caro Watson. Você não leu o artigo do Mário? Se não leu Goto http://cdsweb.cern.ch/record/494046/files/0104021.pdf e leia.

 

A solução é trivial e está no movimento hiperbólico, a caracterizar o que poderíamos chamar por um argumento putativo. Em outras palavras, num campo gravitacional uma carga esférica se transforma em uma hiper bola (para não dizer uma p... bola) e neste caso a massa gravitacional da partícula fica muito maior do que a sua massa inercial. Como o fulano que está dentro do elevador não sabe que existe um campo gravitacional externo, ele continua enxergando a carga como sendo apenas uma bolinha,  e daí o caráter putativo do argumento. [Aposto que muita gente pensou em outra coisa quando viu o p... bola .] Desta maneira o Mario conseguiu demonstrar que basta contrariar a essência do Princípio da Equivalência (identidade entre massa inercial e gravitacional) para comprovar que o que sobra do princípio dá para o gasto e não há mais porque questioná-lo.

 

Nada numa mão, nada na outra. O Goto apenas acrescentou uma pitada de matemágica, o suficiente para convencer o Victor; e creio que daria até mesmo para comprovar a existência dos unicórnios, coisa que o Homero afirma ser impossível.

 

PS: Conclui ontem mais uma msg mas ela acabou indo parar na pasta quarentena . Por outro lado isto é bom porque assim eu fico com mais tempo para concluir as seguintes . E assim, de paradoxo em paradoxo , nós vamos colaborando para que a Ciencialist se mantenha no ar.

 

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

 

 

 


SUBJECT: ENC: RES: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/05/2012 04:55

 

Olá, Belmiro.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Belmiro Wolski
Enviada em: segunda-feira, 7 de maio de 2012 20:03
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos

 

 

Oi Victor.

 

 

Victor: Não acho que esteja gastando seu precioso latim. Infelizmente, não pude acompanhar os desenvolvimentos de vocês, nesse mister. Lí apenas as últimas mensagens.  Contudo, para mim, este assunto de cargas aceleradas está resolvido. Os artigos que foram postados,  incluindo-se os  de Mário Goto, esclarecem bem as questões.  Não vejo outra maneira de atacar esse problema difícil e importante. Acho mais fácil do que as tentativas que se fazem para os deslindes,  como estas vocês fazem.   

 

Belmiro:Está resolvido como? Qual é a solução? De minha parte também está resolvido. Não tenho mais nenhuma dúvida de que em queda livre, ou seja sob aceleração constante, não há geração de ondas eletromagnéticas. E de seu lado, qual é a solução?

 

 

Victor:   Minha resposta seria a mesma daquela enfocada no artigo da Camila.

 

Mas, Você diz:   “...em queda livre, ou seja sob aceleração constante, não há geração de ondas eletromagnéticas. E de seu lado, qual é a solução?”

 

Ok, mas em relação a quê?

Para você, simplesmente não há emissão de radiação, em qq situação, para nenhum observador?

 

Desculpe, mas não li, ainda, a maioria de vossos posts a respeito. Daí a pergunta abusada.

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

[],s

 

Belmiro


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/05/2012 10:04

Olá, Alberto.

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 3:53
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Monday, May 07, 2012 8:02 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: RES: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
 
Olá Belmiro
 
Victor: Não acho que esteja gastando seu precioso latim. Infelizmente, não pude acompanhar os desenvolvimentos de vocês, nesse mister. Lí apenas as últimas mensagens.  Contudo, para mim, este assunto de cargas aceleradas está resolvido. Os artigos que foram postados,  incluindo-se os  de Mário Goto, esclarecem bem as questões.  Não vejo outra maneira de atacar esse problema difícil e importante. Acho mais fácil do que as tentativas que se fazem para os deslindes,  como estas vocês fazem.  
 
Belmiro: Está resolvido como? Qual é a solução?
 
Alberto: Elementar, meu caro Watson. Você não leu o artigo do Mário? Se não leu Goto http://cdsweb.cern.ch/record/494046/files/0104021.pdf e leia.
 
A solução é trivial e está no movimento hiperbólico, a caracterizar o que poderíamos chamar por um argumento putativo. Em outras palavras, num campo gravitacional uma carga esférica se transforma em uma hiper bola (para não dizer uma p... bola) e neste caso a massa gravitacional da partícula fica muito maior do que a sua massa inercial. Como o fulano que está dentro do elevador não sabe que existe um campo gravitacional externo, ele continua enxergando a carga como sendo apenas uma bolinha,  e daí o caráter putativo do argumento. [Aposto que muita gente pensou em outra coisa quando viu o p... bola .] Desta maneira o Mario conseguiu demonstrar que basta contrariar a essência do Princípio da Equivalência (identidade entre massa inercial e gravitacional) para comprovar que o que sobra do princípio dá para o gasto e não há mais porque questioná-lo.
 
       Mas não há o que sobrar. Estou plenamente convicto  que não há radiação no movimento com aceleração uniforme. É claro que não basta a minha convicção. Mas meus argumentos com base no princípio de geração da onda não deixam dúvidas para mim. E creio que estou respaldado matematicamente também por um tal de Feynman.
 
      [],s
 
      Belmiro
 
 
Nada numa mão, nada na outra. O Goto apenas acrescentou uma pitada de matemágica, o suficiente para convencer o Victor; e creio que daria até mesmo para comprovar a existência dos unicórnios, coisa que o Homero afirma ser impossível.
 
PS: Conclui ontem mais uma msg mas ela acabou indo parar na pasta quarentena . Por outro lado isto é bom porque assim eu fico com mais tempo para concluir as seguintes . E assim, de paradoxo em paradoxo , nós vamos colaborando para que a Ciencialist se mantenha no ar.
 
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.br Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
 

SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/05/2012 10:18

Oi Victor

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 4:55
Assunto: ENC: RES: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
 
 
Olá, Belmiro.
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Belmiro Wolski
Enviada em: segunda-feira, 7 de maio de 2012 20:03
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Re: Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
 
 
Oi Victor.
 
 
Victor: Não acho que esteja gastando seu precioso latim. Infelizmente, não pude acompanhar os desenvolvimentos de vocês, nesse mister. Lí apenas as últimas mensagens.  Contudo, para mim, este assunto de cargas aceleradas está resolvido. Os artigos que foram postados,  incluindo-se os  de Mário Goto, esclarecem bem as questões.  Não vejo outra maneira de atacar esse problema difícil e importante. Acho mais fácil do que as tentativas que se fazem para os deslindes,  como estas vocês fazem.   
 
Belmiro:Está resolvido como? Qual é a solução? De minha parte também está resolvido. Não tenho mais nenhuma dúvida de que em queda livre, ou seja sob aceleração constante, não há geração de ondas eletromagnéticas. E de seu lado, qual é a solução?
 
 
Victor:   Minha resposta seria a mesma daquela enfocada no artigo da Camila.
 
Mas, Você diz:   “...em queda livre, ou seja sob aceleração constante, não há geração de ondas eletromagnéticas. E de seu lado, qual é a solução?”
 
Ok, mas em relação a quê?
Para você, simplesmente não há emissão de radiação, em qq situação, para nenhum observador?
 
Não há emissão para o referencial do sujeito dentro do compartimento em queda livre e para o observador no chão, a esperar doidinho pelo espatifar do compartimento. É claro que em outros referenciais adotados, o movimento pode ser acelerado não constante e aí haverá radiação emitida. Mas aí o problema é outro. A contabilidade da energia é outra. O nosso problema específico era o compartimento em queda livre e se houvesse radiação emitida, coisa que eu imaginava a princípio que haveria, então o balanço energético nos instantes que precedem o baque com o solo não fecharia. Mas, graças ao God, digo, Léo, tudo fecha perfeitamente. And so on.
 
[],s
Belmiro
 
Desculpe, mas não li, ainda, a maioria de vossos posts a respeito. Daí a pergunta abusada.
 
Sds,
Victor.
 
 
 
 
[],s
 
Belmiro

SUBJECT: A seleção natural ainda está entre nós?
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/05/2012 10:32

http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2012/05/01/82787-selecao-natural-afeta-humanos-mesmo-com-vida-em-sociedade.html

Um estudo publicado nesta segunda-feira (30) pela revista científica "PNAS", da Academia Americana de Ciências, indica que o ser humano continua sendo influenciado pela evolução, mesmo com as mudanças culturais ocorridas nos últimos 10 mil anos, desde que a Revolução Agrícola levou ao surgimento das civilizações.

Mesmo em uma sociedade monógama, os humanos estão sujeitos à seleção sexual, um aspecto essencial na teoria da evolução de Charles Darwin. Por esse conceito, o sucesso de um indivíduo é medido pela quantidade de descendentes que ele deixa. Assim, suas características genéticas são deixadas para as gerações seguintes e tendem a se perpetuar na espécie.

"É como um livro. Se ele é bom, é reeditado várias e várias vezes", comparou Alexandre Courtiol, pesquisador do Instituto Wissenschaftskolleg de Berlim, na Alemanha, um dos autores do estudo.

Segundo ele, o estudo serve como uma evidência contra a suposição de que a vida em sociedade teria deixado os humanos "imunes" à evolução.

A pesquisa foi feita com base em dados de cerca de 6 mil finlandeses que viveram entre os anos de 1760 e 1849. As informações mantidas pela Igreja dizem respeito a mortes, nascimentos, casamentos e situação econômica de cada um.

Foi o suficiente para que a equipe internacional de pesquisadores investigasse o efeito da seleção sexual, analisando o número de filhos de cada indivíduo.

A equipe de Courtiol chegou à conclusão de que os principais fatores que levaram à variação no sucesso reprodutivo dos indivíduos foram a sobrevivência aos primeiros anos de vida e a fertilidade. A riqueza não provocou diferenças significativas neste aspecto.

De forma geral, a possibilidade de seleção detectada nesta população humana está de acordo com medições feitas em outras espécies.

Courtiol afirmou, no entanto, que ainda não é prever como evolução pode afetar o futuro dos seres humanos.






SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: > Sem palavras...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <Conversa_de_Botequim@yahoogrupos.com.br>, <clubengeletrica@yahoogrupos.com.br>, <eletronicabr@yahoogrupos.com.br>, <forum-prof@listas.if.ufrj.br>, <nova_eletronica@yahoogrupos.com.br>, <radiotecnico@yahoogrupos.com.br>, <Receptores_Experimentais@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/05/2012 10:36

Bem ... fiz minha parte como se fosse verdade. Valeu.
[]´
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Saturday, May 05, 2012 10:11 AM
Subject: RES: [ciencialist] Fw: > Sem palavras...

 

Fake/Hoax! http://www.quatrocantos.com/lendas/430_ovos_tartaruga_costa_rica_mst.htm

http://www.mst.org.br/Corrente-sobre-MSt-bota-Costa-Rica-no-Rio-Solimoes

 

Participe!

[]´

     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================


  

MARGEM DO RIO SOLIMOES!

MST "PRODUZINDO"?!


Vejam o que acontece na margem esquerda do Rio Solimoes,beira de um assentamento do MST. Esta deve ser a ideia de

produtividade do "movimento."
As tartarugas produzem, eles roubam e vendem os ovos. Deve ser a piscicultura auto-sustentável do INCRA.
sem palavras.....

Mais um pouco e adeus tartarugas!


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Roubam os ovos das tartarugas, para vender.

Por favor, repassem esta mensagem sem moderacao. O planeta agradece!


 


SUBJECT: Re: [ciencialist] A seleção natural ainda está entre nós?
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/05/2012 11:58

Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ?
 

De: marcelleandro2009 <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 10:32
Assunto: [ciencialist] A seleção natural ainda está entre nós?
 
http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2012/05/01/82787-selecao-natural-afeta-humanos-mesmo-com-vida-em-sociedade.html

Um estudo publicado nesta segunda-feira (30) pela revista científica "PNAS", da Academia Americana de Ciências, indica que o ser humano continua sendo influenciado pela evolução, mesmo com as mudanças culturais ocorridas nos últimos 10 mil anos, desde que a Revolução Agrícola levou ao surgimento das civilizações.

Mesmo em uma sociedade monógama, os humanos estão sujeitos à seleção sexual, um aspecto essencial na teoria da evolução de Charles Darwin. Por esse conceito, o sucesso de um indivíduo é medido pela quantidade de descendentes que ele deixa. Assim, suas características genéticas são deixadas para as gerações seguintes e tendem a se perpetuar na espécie.

"É como um livro. Se ele é bom, é reeditado várias e várias vezes", comparou Alexandre Courtiol, pesquisador do Instituto Wissenschaftskolleg de Berlim, na Alemanha, um dos autores do estudo.

Segundo ele, o estudo serve como uma evidência contra a suposição de que a vida em sociedade teria deixado os humanos "imunes" à evolução.

A pesquisa foi feita com base em dados de cerca de 6 mil finlandeses que viveram entre os anos de 1760 e 1849. As informações mantidas pela Igreja dizem respeito a mortes, nascimentos, casamentos e situação econômica de cada um.

Foi o suficiente para que a equipe internacional de pesquisadores investigasse o efeito da seleção sexual, analisando o número de filhos de cada indivíduo.

A equipe de Courtiol chegou à conclusão de que os principais fatores que levaram à variação no sucesso reprodutivo dos indivíduos foram a sobrevivência aos primeiros anos de vida e a fertilidade. A riqueza não provocou diferenças significativas neste aspecto.

De forma geral, a possibilidade de seleção detectada nesta população humana está de acordo com medições feitas em outras espécies.

Courtiol afirmou, no entanto, que ainda não é prever como evolução pode afetar o futuro dos seres humanos.


SUBJECT: Re: A Equação da Morte
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/05/2012 12:46

Luiz,

> > Como ficam o homem, os simios e os tubarões?
> Qdo colocados na equacao,

"Né não"! Para calcularmos nossa espécie, teremos que calcular primeiramente toda a taxa evolutiva das pizzas, hambúrgueres e chocolates. ;)

Luiz, não vou responder a sua pergunta, mas vou mostrar o tamanho desta trolha comentando um pouco o assunto. Nós humanos e tubarões (branco?) estamos no topo da pirâmide, assim sendo, somos mais suscetíveis às nossas presas (inúmeras) e não aos predadores esporádicos. Já os símios, vai depender da espécie (1), já que há grandes diferenças entre elas neste contexto.
  
1  - Veja um exemplo desta particularidade entre as espécies! O caso do tubarão baleia que pode viver até 130 anos. Sua existência pouco afeta suas presas, que são; plânctons, algas, etc. Um exemplo de espécie com altíssimo índice de recursos alimentares a sua disposição. Este tubarão, também não é caçado regularmente, por nenhuma outra espécie. A soma destes valores proporciona um longevidade muito maior ao de outros tubarões. Por isto, não tem como generalizar, como  na sua pergunta referente aos símios.

Entretanto, no nosso caso, em nosso processo evolutivo, tivemos diferenciadas espécies como presas, além de sermos onívoros, o que nos propiciou um longevidade acima da média de nossas potenciais presas. Em suma, não precisávamos de uma grande velocidade de evolução adaptativa (a cada gerações), devido a variação de nosso cardápio. Novamente, soma-se a isto, o fato de não sermos os petiscos prediletos de nenhuma espécie. Deixamos então, nós humanos, de ser tão suscetíveis à este "equilíbrio matemático" dos recursos naturais e espécies.

Para nos incluirmos nesta salada pseudo-matemática (in memoriam MCalil), teríamos que ter as informações abaixo das espécies em questão;

  • L = Longevidade da espécie X.
  • Nt = Tamanho total da população da espécie X.
  • G = Número médio de gestações, por organismo, da espécie X.
  • F = Número médio de filhos por Gestação.
  • Predadores{} = Soma sobre os predadores da espécie X.
  • Ki = Número entre 0 e 1 indicando o grau de importância de X no cardápio do i-ésimo predador. A soma de Ki não precisa ser a unidade.
  •  Ni = Tamanho da População que se reproduz da i-ésima espécie. Se estiver dentro de Predador{} será uma espécie de predador de X, se estiver dentro de Presas{} será uma espécie de presa de X. Isto é: Ni=Nti/(Fi*Gi)
  • Li = Longevidade da i-ésima espécie.
  • Zi = Fator de peso na ponderação. Número entre 0 e 1 que indica o quanto importante é a i-ésima presa na alimentação de X. 
  • TxA=Taxa média de Variação Ambiental (Clima, condições físicas do ambiente)
Eca!! Eu não...

Um ponto simplista mas de fácil propagação destas ideias, é o fato de nos tornarmos desnecessários para a propagação de nossos genes. A cada filho nosso, estatisticamente, nos tornamos cada vez menos representativos nesta árdua tarefa, até o ponto de nos tornarmos  quase que matematicamente insignificantes.  Soma-se a isto, o fato de a sequência de nossas vidas atrapalhar este trabalho de nossos filhos ou netos, com a disputa inevitável de recursos. Outro fator, uma grande longevidade de vida também torna a espécie com menor potencial adaptativo, já que proporciona menores índices de variações genéticas. 

Em suma, servimos apenas para dar sequência na propagação dos genes de nossa espécie. Por isto somos programados para morrer. ;o(


Marcel


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>
> Qdo colocados na equacao,
>
>
> ________________________________
> De: marcelleandro2009 marcelleandro2009@...
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Sábado, 5 de Maio de 2012 9:38
> Assunto: [ciencialist] Re: A Equação da Morte
>
>
>  
> Sim?
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva luizfelipecsrj@ escreveu
> >
> > Como ficam o homem, os simios e os tubarões?
> >
> >
> >
> > ________________________________
> > De: marcelleandro2009 marcelleandro2009@
> > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > Enviadas: Sexta-feira, 4 de Maio de 2012 17:08
> > Assunto: [ciencialist] A Equação da Morte
> >
> >
> >  
> >
> > http://www.genismo.com/geneticatexto41.htm
> > A "Equação da Morte"
> >
> > Com esta teoria podemos agora esboçar a "Equação da Morte". Esta equação seria uma avaliação do tempo de vida das espécies sexuadas â€"sua longevidade-, em função de algumas de suas características e a de seus predadores dentro de um ambiente estável.
> >
> > Vamos supor que exista um ambiente como, por exemplo, uma ilha, onde presas e predadores convivem não muito pacificamente, já que os predadores se alimentam de suas presas para sobreviverem. Um lema se aplica a todos os ambientes naturais:
> >
> > "Se existe um recurso em grande abundância que pode ser utilizado pela vida, e se surgir um `predador' que se beneficie deste recurso, sua população crescerá".
> >
> > A luz solar é um recurso em abundância que cobre nosso ambiente e pode ser utilizado pela vida. Então, pelo nosso lema, se surgir um `predador' desta luz, por exemplo, um vegetal, que utilize esta luz solar, e crescerá enquanto houver este recurso disponível. Agora, neste exemplo, temos outro recurso em abundância: os vegetais. Da mesma forma surgirão os herbívoros que crescerão utilizando esta vegetação como recurso alimentar. Depois surgirão os vários tipos de carnívoros, e assim se forma uma pirâmide de presas e predadores com a vegetação na base da pirâmide, seguido pelos herbívoros, e as diversas espécies de carnívoros. O nível mais alto desta pirâmide alimentar seria o predador que se alimenta de carnívoros, mas que não é presa de nenhum outro organismo. Seria, por exemplo, o caso da águia, ou do leão. Devemos notar que o ambiente humano atual não é estável, pois estamos num processo de crescimento populacional
> > acelerado o que descaracteriza o equilíbrio. Entretanto, os genes dos organismos terrestres se adaptaram, na maior parte dos quatro bilhões de anos que existe vida na Terra, em períodos de tempo de relativo equilíbrio. As grandes transformações ocorrem, em geral, em curtos períodos de tempo.
> >
> > 11.1-Condições Iniciais
> >
> > Vamos supor que nosso ambiente seja relativamente estável, isto é, que esteja em equilíbrio dinâmico: organismos morrem e nascem, mas sua freqüência relativa permanece constante. Assim, o número total de organismos de qualquer espécie que habita nosso ambiente se mantém constante no tempo. É claro que a hipótese de um ecossistema estável não ocorre em tempos evolutivos. Na escala de milhões de anos, novas espécies costumam desaparecer e outras novas surgirem. Nossa escala de tempo é, portanto, menor. Assim, pela nossa hipótese inicial do ambiente estar em equilíbrio, temos para todas as espécies:
> >
> > Taxa de Nascimento = Taxa de Morte (I)
> >
> > Se a taxa de nascimento fosse maior que a de morte, a população cresceria continuamente até exaurir os recursos disponíveis. Se a taxa de nascimento fosse maior que a de morte, a população diminuiria até a sua extinção. Como estudamos anteriormente, podemos supor também que todas as espécies sexuadas tenham a morte programada, isto é, envelhecem e morrem. Se "X" é a espécie que queremis determinar a longevidade, podemos definir algumas variáveis, relativas a um instante de tempo qualquer deste ambiente:
> >
> > L = Longevidade de uma determinada espécie X, isto é, seu tempo médio de vida antes de morrer de velhice.
> > Nt = O número total de organismos desta espécie X.
> > Nu = Número de organismos de X que procriaram ou procriarão.
> > Nn = Número de organismos de X que morrerão sem se reproduzir.
> >
> > Então:
> >
> > Nt = Nu+Nn (II)
> >
> > Se definirmos:
> > G = Número médio de gestações por organismo que procriam (durante um período de tempo L). Isto é, G é o número total de gestações durante o período L dividida pela quantidade de organismos que procriam (G=Total de Gestações/Nu). Assim, num período L, os organismos que procriam irão gerar (G*F) filhos cada um, onde:
> > F = Número médio de filhos por gestação por organismo que procriam.
> >
> > Devemos notar também que no período L (Longevidade =período de vida do organismo da espécie X), todos os organismos da espécie de um dado instante qualquer, são mortos (de velhice ou por predadores) e substituídos pelos seus descendentes. Por exemplo: um organismo da espécie X, que acaba de nascer agora, daqui a um tempo L, estará morto, se não por predadores, por envelhecimento. Assim, num período L todos os organismos de um determinado instante, estarão mortos e toda a população será trocada.
> >
> > No período L, toda a população é substituída pelos filhos dos organismos que procriam:
> >
> > Nt = Nu * (G * F) (III)
> >
> > 11.2- A Taxa Evolutiva
> >
> > Devido à constante troca de organismos em decorrência da morte, algumas mutações benéficas acontecem e as espécies evoluem. Se uma espécie não evolui, isto é, deixa de apresentar mutações benéficas, ela para no tempo, e pode ser extinta por predadores que continuem a evoluir, ou então é substituída por outra que consome os mesmos recursos que ela consumia. Então, para que o equilíbrio seja mantido a taxa de evolução de uma presa deve ser, pelo menos, equivalente à taxa de evolução de seus predadores. O inverso também é verdade: A taxa evolutiva de um predador deve, ao menos, acompanhar a taxa evolutiva das suas presas. Se, por exemplo, suas presas evoluírem adotando mecanismos de defesa contra o predador, e este não evoluir à altura, ele morrerá de fome.
> >
> > Mas a taxa evolutiva de uma espécie é proporcional à taxa de mutações benéficas que a espécie sofre, e a taxa de mutações benéficas é proporcional à taxa de mutações, e a taxa de mutações é proporcional à taxa de nascimento dos que procriam nesta espécie. Assim, a taxa evolutiva da espécie é proporcional à taxa de nascimentos úteis, ou seja, dos organismos que procriarão, pois os organismos que não procriam não podem passar suas mutações, e não contribuirão para a "evolutividade" da espécie.
> >
> > Então, para qualquer espécie, é válido:
> >
> > Taxa Evolutiva = k * Taxa de Nascimentos Úteis (IV)
> >
> > Onde k é a constante que converte a taxa de nascimento na taxa de mutações benéficas.
> >
> > Se definirmos:
> >
> > Tx= Taxa evolutiva da espécie X. Poderemos reescrever (IV) em termos de nossas variáveis:
> >
> > Tx = k * Nu/L (Va)
> >
> > Se definirmos ainda:
> > Ti = Taxa evolutiva do i-ésimo predador
> > Ni = Taxa de nascimentos úteis (que irão procriar) do i-ésimo predador
> > Li = Longevidade (tempo de vida máxima) do i-ésimo predador
> >
> > Utilizando estas variáveis, a fórmula (IV) pode ser re-escrita agora também para os predadores de X:
> >
> > Taxa Evolutiva do i-ésimo Predador = k * Ni / Li (Vb)
> >
> > 11.3- A Base da Pirâmide
> >
> > Para se manter em equilíbrio, em relação aos seus predadores, a taxa evolutiva de uma espécie deve ser proporcional à soma das taxas evolutivas de seus predadores. Se Ki (um número que varia de 0% a 100%) denota o grau de importância da espécie X no cardápio do seu i-ésimo predador (=predador i), e se considerarmos a "Taxa Ambiental" como a variação física (climática, por exemplo) no ambiente que a espécie habita, teremos:
> >
> > Taxa Evolutiva de X = Soma{ Ki * Taxa Evolutiva do Predadori }+h*Taxa Ambiental (VI)
> >
> > Ki=Constante que define o grau de importância da espécie X para a dieta do seu i-ésimo predador. Isto é necessário porque a espécie X pode não ser o cardápio principal de um dado predador(a), mas pode ser a dieta principal do predador(b) de modo que a taxa evolutiva deste último contribua mais para a taxa evolutiva de X.
> > TxA= Taxa Ambiental. Variação física média no ambiente da espécie como clima, umidade, temperatura etc..
> >
> > Colocando (VI) em termos de nossas variáveis, e utilizando as equações (Va) e (Vb), teremos:
> >
> > Nu/L = Soma{ Ki * Ni / Li } + TxA (VII)
> >
> > Se nós utilizarmos agora a equação (III), poderemos isolar a longevidade L, e teremos o tempo de vida por envelhecimento em função dos parâmetros dos predadores, do tamanho da população de X e do número médio de filhos por organismo:
> >
> > L = (Nt / (G*F)) / (Soma{ ki * Ni / Li }+TxA) (VIII)
> >
> > Esta fórmula serve apenas para os organismos da base da pirâmide alimentar, pois só contempla os predadores da espécie X, e não, ainda, o caso geral. Podemos simplificá-la um pouco para fazermos uma análise qualitativa.
> >
> > Vamos simplificar a equação (VIII), tomando como hipótese que os predadores tenham a mesma taxa de nascimento e longevidade, isto é, que ki*Ni/Li = k1*N1/L1. E o ambiente não muda muito, isto é TxA=0. Se tivermos "M" espécies de predadores de X, onde X é sua única dieta (ki=1), e sabendo que N1 = Nt1/(G1F1), a fórmula (VIII) ficará simplificada para:
> >
> > L = L1*(Nt /N1) / (G*F) / M (IX)
> >
> > Podemos inferir, neste caso, que a longevidade L das presas da base da pirâmide alimentar é:
> >
> > - inversamente proporcional ao número de filhos por organismo (G*F).
> > - inversamente proporcional ao número de predadores (M).
> > - proporcional à longevidade de seus predadores (L1).
> > - proporcional ao tamanho da população relativa aos predadores(Nt/N1).
> >
> > 11.4- O Topo da Pirâmide
> >
> > Agora iremos calcular a fórmula da longevidade da espécie X, quando X é um predador do topo da cadeia alimentar, como, por exemplo, uma águia, ou um leão.
> >
> > Há uma assimetria entre estar na base da pirâmide ou estar em seu topo, pois o cardápio do predador que está no topo, sendo variado, ele não ficará a mercê de uma única espécie de presa, ao passo que do ponto de vista da presa, qualquer um de seus predadores, poderia, em princípio, exterminá-la. Ou seja, para uma presa, qualquer um dos seus predadores poderia, caso evoluísse mais rapidamente que X, levá-la à extinção. Assim, no caso em que X é um predador do topo da pirâmide, com vários tipos de presas disponíveis, a evolução rápida de uma destas presas pode não matar o predador de fome, já que este poderia se nutrir das outras presas de seu cardápio. De qualquer modo, se TxA é a taxa de variação ambiental:
> >
> > Tx do Predador = Soma da taxa evolutiva das Presas+TxA (X)
> >
> > Se Zi denota o fator de peso, um número entre 0 e 1, que indica o quão importante a i-ésima presa é para o cardápio do predador X. Então poderemos reescrever a equação (X) em termos destas variáveis:
> >
> > Tx = Soma{ Zi * Tx_da_Presai } + TxA (XI)
> >
> > Utilizando (Va e Vb) e (III) e (XI), teremos a fórmula para a Longevidade do predador do topo da cadeia alimentar em função dos parâmetros de suas presas:
> >
> > L = (Nt / (G*F)) / (Soma{Zi* Ni / Li}+TxA) (XII)
> >
> > Para efeito de análise, vamos simplificar um pouco a fórmula do predador, acima, e considerarmos que todas as suas presas têm a mesma importância no seu cardápio alimentar e que suas populações e tempo de vida são iguais, isto é: Ni = N1 e Li=L1, e o ambiente não muda(TxA=0), teremos então para a longevidade do predador do topo da pirâmide:
> >
> > L = (Nt/N1) * L1 / (G*F) (XIII)
> >
> > Ou seja, a longevidade do predador do topo cadeia alimentar é:
> >
> > - Inversamente proporcional ao número médio de filhos (G*F).
> > - Proporcional à longevidade média de suas presas (L1).
> > - Proporcional à sua população relativa (Nt/N1).
> >
> > 11.5- A Equação da Morte
> >
> > Vamos então calcular a longevidade no meio da cadeia alimentar, isto é, iremos considerar o caso geral, em que nossa espécie X pode ter várias presas e vários predadores.
> >
> > Neste caso a espécie está "espremida" entre a evolução de suas presas e também à de seus predadores. A taxa evolutiva da espécie deverá ser a combinação das equações (VI) e (XI), onde teremos:
> >
> > Taxa Evolutiva de X = Soma{ Taxa evolutiva dos predadores e Presas}+TxA (XIV)
> >
> > Utilizando (XI), (VII) e (V), (XIV), e denotando Predadores{} como a soma em relação aos predadores de X, e Presas{} como a soma em relação às suas presas, teremos:
> >
> > Nu/L = Predadores{ Ki*Ni / Li}+Presas{ Zi* Ni / Li }+TxA (XV)
> >
> > Isolando a variável de longevidade L, teremos, finalmente, a
> >
> > "Equação da Morte":
> >
> > L=(Nt/(G*F)) / [Predadores{Ki*Ni/Li}+Presas{Zi*Ni/Li}+TxA] (XVI)
> >
> > Onde:
> > L = Longevidade da espécie X.
> > Nt = Tamanho total da população da espécie X.
> > G = Número médio de gestações, por organismo, da espécie X.
> > F = Número médio de filhos por Gestação.
> > Predadores{} = Soma sobre os predadores da espécie X.
> > Ki = Número entre 0 e 1 indicando o grau de importância de X no cardápio do i-ésimo predador. A soma de Ki não precisa ser a unidade.
> > Ni = Tamanho da População que se reproduz da i-ésima espécie. Se estiver dentro de Predador{} será uma espécie de predador de X, se estiver dentro de Presas{} será uma espécie de presa de X. Isto é: Ni=Nti/(Fi*Gi)
> > Li = Longevidade da i-ésima espécie.
> > Zi = Fator de peso na ponderação. Número entre 0 e 1 que indica o quanto importante é a i-ésima presa na alimentação de X.
> > TxA=Taxa média de Variação Ambiental (Clima, condições físicas do ambiente)
> >
> > 11.6- Verificações Empíricas
> >
> > Podemos agora comparar nossa equação com os dados experimentais da longevidade dos animais [24]. Para um predador, a equação (XVI) pode ser simplificada na forma da equação (VIII). Nela verificamos que a longevidade é proporcional à idade média de suas presas, e proporcional ao tamanho de sua população em relação à de suas presas:
> >
> > Um Tigre vive, em média, 17 anos. E algumas de suas presas são: Porcos 12 anos; Cabras 17; Javali 17, Macaco 13. O que parece estar de acordo com a equação.
> >
> > Um Rato vive, em média, 4 anos mas há um número enorme de predadores que se alimentam dele. De acordo com a equação (IX) seu tempo de vida é inversamente proporcional ao número de predadores, que são muitos. Portanto isso explicaria sua baixa longevidade.
> >
>

SUBJECT: Re: A seleção natural ainda está entre nós?
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/05/2012 13:14

Luiz,

> Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ?  

Temos que considerar toda a relevância estatística disto. O fato de um individuo, ter em seu dna pré disposições à doenças e ter condições de passar isto adiante, não significa, que ele não esteja colaborando com mudanças genéticas da espécie também com as outras de suas características. 

Homens podem ser atraentes sexualmente e ter filhos, devido à serem altos, inteligentes, olhos azuis, bonitos, comunicativos, etc. Dos solteirões que ficaram para titia (!), estas características são menos presentes. Alguns podem ter problemas cardíacos, pré disposição à tumores, ou outros fatores, proporcionado que a espécie humana evolua (em certos aspectos) mas que também leve consigo um índice alto de pré disposição a doenças. Assim como ocorre em cães de raças. Muitos são espécimes "bonitos" e selecionáveis pelos criadores, mas mal conseguem respirar devidamente, ou mesmo, acasalar e dar  a luz, sem uma ajudinha humana. 

Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é significativamente maior que nas outras.

Estamos evoluindo...ou melhor, mudando...!

Marcel



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>
> Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ?
>  
>
>
> ________________________________
> De: marcelleandro2009 marcelleandro2009@...
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 10:32
> Assunto: [ciencialist] A seleção natural ainda está entre nós?
>
>  
> http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2012/05/01/82787-selecao-natural-afeta-humanos-mesmo-com-vida-em-sociedade.html
>
> Um estudo publicado nesta segunda-feira (30) pela revista científica "PNAS", da Academia Americana de Ciências, indica que o ser humano continua sendo influenciado pela evolução, mesmo com as mudanças culturais ocorridas nos últimos 10 mil anos, desde que a Revolução Agrícola levou ao surgimento das civilizações.
>
> Mesmo em uma sociedade monógama, os humanos estão sujeitos à seleção sexual, um aspecto essencial na teoria da evolução de Charles Darwin. Por esse conceito, o sucesso de um indivíduo é medido pela quantidade de descendentes que ele deixa. Assim, suas características genéticas são deixadas para as gerações seguintes e tendem a se perpetuar na espécie.
>
> "É como um livro. Se ele é bom, é reeditado várias e várias vezes", comparou Alexandre Courtiol, pesquisador do Instituto Wissenschaftskolleg de Berlim, na Alemanha, um dos autores do estudo.
>
> Segundo ele, o estudo serve como uma evidência contra a suposição de que a vida em sociedade teria deixado os humanos "imunes" à evolução.
>
> A pesquisa foi feita com base em dados de cerca de 6 mil finlandeses que viveram entre os anos de 1760 e 1849. As informações mantidas pela Igreja dizem respeito a mortes, nascimentos, casamentos e situação econômica de cada um.
>
> Foi o suficiente para que a equipe internacional de pesquisadores investigasse o efeito da seleção sexual, analisando o número de filhos de cada indivíduo.
>
> A equipe de Courtiol chegou à conclusão de que os principais fatores que levaram à variação no sucesso reprodutivo dos indivíduos foram a sobrevivência aos primeiros anos de vida e a fertilidade. A riqueza não provocou diferenças significativas neste aspecto.
>
> De forma geral, a possibilidade de seleção detectada nesta população humana está de acordo com medições feitas em outras espécies.
>
> Courtiol afirmou, no entanto, que ainda não é prever como evolução pode afetar o futuro dos seres humanos.
>

SUBJECT: É possível morrer de dor nos testículos?
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/05/2012 14:20

Veja no link, pois é mais "engraçado".

http://hypescience.com/morrer-dor-testiculos-saco/


Por Cesar Grossmann em 27.04.2012 as 15:59
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Todo mundo que já jogou bola deve ter levado no mínimo uma bolada "lá", e sabe que a dor é intensa e não deixa você ver nem pensar nada, tudo que você quer fazer é se encolher e esperar uma passagem de volta para a vida. O que você talvez não sabia é que pode morrer por causa desta dor (talvez não sabia, mas com certeza desconfiava).

Uma notícia que circulou na Internet nesta sexta-feira dá conta de uma história inusitada: em uma discussão — por causa de vaga de estacionamento na frente de uma loja na China — um homem e uma mulher começaram a trocar golpes. Em seguida dois parentes dela se intrometeram e ela passou a agarrar as "jóias da família" do homem, e apertar com força por um bom tempo. O homem caiu no chão, desmaiou, e em seguida estava morto. A equipe de emergência que chegou no local pouco depois tentou ressuscitá-lo, sem sucesso.

Mas e aí, ele morreu de dor "no saco"?

Se as mulheres ainda tinham dúvidas do quão doloroso pode ser um golpe nas "partes baixas" masculinas agora já tem uma confirmação. Segundo o urologista de San Diego, EUA, o dr. Irwin Goldstein, é, sim, possível morrer se alguém apertar seus testículos com força suficiente. Segundo o doutor, os testículos são extremamente sensíveis ao toque e há uma liberação excessiva de adrenalina se for aplicada força excessiva nos mesmos.

A dor testicular é referida ao baixo abdômen, o plexo mesentérico, e faz com que o homem pare abruptamente tudo que ele estiver fazendo, deite no chão, feche os olhos e se encolha em posição fetal.

É bastante possível que um ataque cardíaco resulte da terrível dor nos testículos ao serem apertados.

No caso do chinês, ainda não dá para dizer com certeza do que exatamente ele morreu, é bem possível que ele fosse portador de alguma condição cardíaca e o choque da dor e da adrenalina dispararam um ataque cardíaco, mas enquanto não sai a certidão de óbito, metade da humanidade está nervosa enquanto a outra metade está treinando as mãos neste exato momento… [Gizmodo]










SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/05/2012 15:22

Ola Marcelo,
 
Depois comento o restante :
 
"
Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é significativamente maior que nas outras."
 
Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?

De: marcelleandro2009 <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 13:14
Assunto: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
 
Luiz,

> Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ?  

Temos que considerar toda a relevância estatística disto. O fato de um individuo, ter em seu dna pré disposições à doenças e ter condições de passar isto adiante, não significa, que ele não esteja colaborando com mudanças genéticas da espécie também com as outras de suas características. 

Homens podem ser atraentes sexualmente e ter filhos, devido à serem altos, inteligentes, olhos azuis, bonitos, comunicativos, etc. Dos solteirões que ficaram para titia (!), estas características são menos presentes. Alguns podem ter problemas cardíacos, pré disposição à tumores, ou outros fatores, proporcionado que a espécie humana evolua (em certos aspectos) mas que também leve consigo um índice alto de pré disposição a doenças. Assim como ocorre em cães de raças. Muitos são espécimes "bonitos" e selecionáveis pelos criadores, mas mal conseguem respirar devidamente, ou mesmo, acasalar e dar  a luz, sem uma ajudinha humana. 

Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é significativamente maior que nas outras.

Estamos evoluindo...ou melhor, mudando...!

Marcel


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu>> Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ? >  > > > ________________________________> De: marcelleandro2009 marcelleandro2009@...> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br > Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 10:32> Assunto: [ciencialist] A seleção natural ainda está entre nós?> >   > http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2012/05/01/82787-selecao-natural-afeta-humanos-mesmo-com-vida-em-sociedade.html> > Um estudo publicado nesta segunda-feira (30) pela revista científica "PNAS", da Academia Americana de Ciências, indica que o ser humano continua sendo influenciado pela evolução, mesmo com as mudanças culturais ocorridas nos últimos 10 mil anos, desde que a Revolução Agrícola levou ao surgimento das civilizações.> > Mesmo em uma sociedade monógama, os humanos estão sujeitos à seleção sexual, um aspecto essencial na teoria da evolução de Charles Darwin. Por esse conceito, o sucesso de um indivíduo é medido pela quantidade de descendentes que ele deixa. Assim, suas características genéticas são deixadas para as gerações seguintes e tendem a se perpetuar na espécie.> > "É como um livro. Se ele é bom, é reeditado várias e várias vezes", comparou Alexandre Courtiol, pesquisador do Instituto Wissenschaftskolleg de Berlim, na Alemanha, um dos autores do estudo.> > Segundo ele, o estudo serve como uma evidência contra a suposição de que a vida em sociedade teria deixado os humanos "imunes" à evolução.> > A pesquisa foi feita com base em dados de cerca de 6 mil finlandeses que viveram entre os anos de 1760 e 1849. As informações mantidas pela Igreja dizem respeito a mortes, nascimentos, casamentos e situação econômica de cada um.> > Foi o suficiente para que a equipe internacional de pesquisadores investigasse o efeito da seleção sexual, analisando o número de filhos de cada indivíduo.> > A equipe de Courtiol chegou à conclusão de que os principais fatores que levaram à variação no sucesso reprodutivo dos indivíduos foram a sobrevivência aos primeiros anos de vida e a fertilidade. A riqueza não provocou diferenças significativas neste aspecto.> > De forma geral, a possibilidade de seleção detectada nesta população humana está de acordo com medições feitas em outras espécies.> > Courtiol afirmou, no entanto, que ainda não é prever como evolução pode afetar o futuro dos seres humanos.>

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/05/2012 15:38

> Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
 
Essa é uma questão interessantíssima, realmente faz sentido
a incidência maior de pressão alta na pretaiada americana
e brasileira por causa desse efeito da sobrevivência dos
que tinham maior retenção de sódio. Fico curioso para realmente
saber se lá na África eles também tem pressão mais alta. Arrisco
a dizer (na verdade, chutar) que eles não devem ter pressão 
alta lá, pois em ambientes quentes como tipicamente se encontra
por lá a pressão arterial é mais baixa do que em lugares
mais temperados ou frios.
 
*PB*
 
 
 
From: luiz silva
Sent: Tuesday, May 08, 2012 3:22 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
 


Ola Marcelo,
 
Depois comento o restante :
 
"
Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é significativamente maior que nas outras."
 
Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
 
De: marcelleandro2009 <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 13:14
Assunto: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
 
Luiz,
 
> Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ? 
 
Temos que considerar toda a relevância estatística disto. O fato de um individuo, ter em seu dna pré disposições à doenças e ter condições de passar isto adiante, não significa, que ele não esteja colaborando com mudanças genéticas da espécie também com as outras de suas características.
 
Homens podem ser atraentes sexualmente e ter filhos, devido à serem altos, inteligentes, olhos azuis, bonitos, comunicativos, etc. Dos solteirões que ficaram para titia (!), estas características são menos presentes. Alguns podem ter problemas cardíacos, pré disposição à tumores, ou outros fatores, proporcionado que a espécie humana evolua (em certos aspectos) mas que também leve consigo um índice alto de pré disposição a doenças. Assim como ocorre em cães de raças. Muitos são espécimes "bonitos" e selecionáveis pelos criadores, mas mal conseguem respirar devidamente, ou mesmo, acasalar e dar  a luz, sem uma ajudinha humana.
 
Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é significativamente maior que nas outras.
 
Estamos evoluindo...ou melhor, mudando...!
 
Marcel
 
 
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu>> Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ? > > > ________________________________> De: marcelleandro2009 marcelleandro2009@...> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br > Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 10:32> Assunto: [ciencialist] A seleção natural ainda está entre nós?> >   > http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2012/05/01/82787-selecao-natural-afeta-humanos-mesmo-com-vida-em-sociedade.html> > Um estudo publicado nesta segunda-feira (30) pela revista científica "PNAS", da Academia Americana de Ciências, indica que o ser humano continua sendo influenciado pela evolução, mesmo com as mudanças culturais ocorridas nos últimos 10 mil anos, desde que a Revolução Agrícola levou ao surgimento das civilizações.> > Mesmo em uma sociedade monógama, os humanos estão sujeitos à seleção sexual, um aspecto essencial na teoria da evolução de Charles Darwin. Por esse conceito, o sucesso de um indivíduo é medido pela quantidade de descendentes que ele deixa. Assim, suas características genéticas são deixadas para as gerações seguintes e tendem a se perpetuar na espécie.> > "É como um livro. Se ele é bom, é reeditado várias e várias vezes", comparou Alexandre Courtiol, pesquisador do Instituto Wissenschaftskolleg de Berlim, na Alemanha, um dos autores do estudo.> > Segundo ele, o estudo serve como uma evidência contra a suposição de que a vida em sociedade teria deixado os humanos "imunes" à evolução.> > A pesquisa foi feita com base em dados de cerca de 6 mil finlandeses que viveram entre os anos de 1760 e 1849. As informações mantidas pela Igreja dizem respeito a mortes, nascimentos, casamentos e situação econômica de cada um.> > Foi o suficiente para que a equipe internacional de pesquisadores investigasse o efeito da seleção sexual, analisando o número de filhos de cada indivíduo.> > A equipe de Courtiol chegou à conclusão de que os principais fatores que levaram à variação no sucesso reprodutivo dos indivíduos foram a sobrevivência aos primeiros anos de vida e a fertilidade. A riqueza não provocou diferenças significativas neste aspecto.> > De forma geral, a possibilidade de seleção detectada nesta população humana está de acordo com medições feitas em outras espécies.> > Courtiol afirmou, no entanto, que ainda não é prever como evolução pode afetar o futuro dos seres humanos.>

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/05/2012 16:45


O que falta à ciência é uma agenda de prioridades.
Como os graves problemas que enfrenta hoje a humanidade, ao invés de fazermos dos próprios problemas um objeto para pesquisa e avanço cientifico
filósofos e cientistas se dispersam em assuntos não prioritários.
Alguém diria que problemas sociais dizem respeito às ciências humanas.
Ao que eu responderia.
Perfeitamente. Formemos então no Ciencialist um grupo de ciências humanas.
 
Abraços
Mtnos Calil
 
 
 
----- Original Message -----
From: Pesky Bee
Sent: Tuesday, May 08, 2012 3:38 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?

 

> Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
 
Essa é uma questão interessantíssima, realmente faz sentido
a incidência maior de pressão alta na pretaiada americana
e brasileira por causa desse efeito da sobrevivência dos
que tinham maior retenção de sódio. Fico curioso para realmente
saber se lá na África eles também tem pressão mais alta. Arrisco
a dizer (na verdade, chutar) que eles não devem ter pressão 
alta lá, pois em ambientes quentes como tipicamente se encontra
por lá a pressão arterial é mais baixa do que em lugares
mais temperados ou frios.
 
*PB*
 
 
 
From: luiz silva
Sent: Tuesday, May 08, 2012 3:22 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
 


Ola Marcelo,
 
Depois comento o restante :
 
"
Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é significativamente maior que nas outras."
 
Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
 
De: marcelleandro2009 <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 13:14
Assunto: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
 
Luiz,
 
> Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ? 
 
Temos que considerar toda a relevância estatística disto. O fato de um individuo, ter em seu dna pré disposições à doenças e ter condições de passar isto adiante, não significa, que ele não esteja colaborando com mudanças genéticas da espécie também com as outras de suas características.
 
Homens podem ser atraentes sexualmente e ter filhos, devido à serem altos, inteligentes, olhos azuis, bonitos, comunicativos, etc. Dos solteirões que ficaram para titia (!), estas características são menos presentes. Alguns podem ter problemas cardíacos, pré disposição à tumores, ou outros fatores, proporcionado que a espécie humana evolua (em certos aspectos) mas que também leve consigo um índice alto de pré disposição a doenças. Assim como ocorre em cães de raças. Muitos são espécimes "bonitos" e selecionáveis pelos criadores, mas mal conseguem respirar devidamente, ou mesmo, acasalar e dar  a luz, sem uma ajudinha humana.
 
Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é significativamente maior que nas outras.
 
Estamos evoluindo...ou melhor, mudando...!
 
Marcel
 
 
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu>> Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ? > > > ________________________________> De: marcelleandro2009 marcelleandro2009@...> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br > Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 10:32> Assunto: [ciencialist] A seleção natural ainda está entre nós?> >   > http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2012/05/01/82787-selecao-natural-afeta-humanos-mesmo-com-vida-em-sociedade.html> > Um estudo publicado nesta segunda-feira (30) pela revista científica "PNAS", da Academia Americana de Ciências, indica que o ser humano continua sendo influenciado pela evolução, mesmo com as mudanças culturais ocorridas nos últimos 10 mil anos, desde que a Revolução Agrícola levou ao surgimento das civilizações.> > Mesmo em uma sociedade monógama, os humanos estão sujeitos à seleção sexual, um aspecto essencial na teoria da evolução de Charles Darwin. Por esse conceito, o sucesso de um indivíduo é medido pela quantidade de descendentes que ele deixa. Assim, suas características genéticas são deixadas para as gerações seguintes e tendem a se perpetuar na espécie.> > "É como um livro. Se ele é bom, é reeditado várias e várias vezes", comparou Alexandre Courtiol, pesquisador do Instituto Wissenschaftskolleg de Berlim, na Alemanha, um dos autores do estudo.> > Segundo ele, o estudo serve como uma evidência contra a suposição de que a vida em sociedade teria deixado os humanos "imunes" à evolução.> > A pesquisa foi feita com base em dados de cerca de 6 mil finlandeses que viveram entre os anos de 1760 e 1849. As informações mantidas pela Igreja dizem respeito a mortes, nascimentos, casamentos e situação econômica de cada um.> > Foi o suficiente para que a equipe internacional de pesquisadores investigasse o efeito da seleção sexual, analisando o número de filhos de cada indivíduo.> > A equipe de Courtiol chegou à conclusão de que os principais fatores que levaram à variação no sucesso reprodutivo dos indivíduos foram a sobrevivência aos primeiros anos de vida e a fertilidade. A riqueza não provocou diferenças significativas neste aspecto.> > De forma geral, a possibilidade de seleção detectada nesta população humana está de acordo com medições feitas em outras espécies.> > Courtiol afirmou, no entanto, que ainda não é prever como evolução pode afetar o futuro dos seres humanos.>


SUBJECT: Re: A seleção natural ainda está entre nós?
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/05/2012 17:10

Luiz,
>> Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é significativamente maior que nas outras."
> Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
 
Sim! Bem salientado! Nesta etnia em nosso continente.
 
Marcel (sem o "O")

 

 

 


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>
> Ola Marcelo,
>  
> Depois comento o restante :
>  
> "
>
>
> ________________________________
> De: marcelleandro2009 marcelleandro2009@...
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 13:14
> Assunto: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
>
>  
> Luiz,
>
> > Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ?  
>
> Temos que considerar toda a relevância estatística disto. O fato de um individuo, ter em seu dna pré disposições à doenças e ter condições de passar isto adiante, não significa, que ele não esteja colaborando com mudanças genéticas da espécie também com as outras de suas características. 
>
> Homens podem ser atraentes sexualmente e ter filhos, devido à serem altos, inteligentes, olhos azuis, bonitos, comunicativos, etc. Dos solteirões que ficaram para titia (!), estas características são menos presentes. Alguns podem ter problemas cardíacos, pré disposição à tumores, ou outros fatores, proporcionado que a espécie humana evolua (em certos aspectos) mas que também leve consigo um índice alto de pré disposição a doenças. Assim como ocorre em cães de raças. Muitos são espécimes "bonitos" e selecionáveis pelos criadores, mas mal conseguem respirar devidamente, ou mesmo, acasalar e dar  a luz, sem uma ajudinha humana. 
>
> Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é significativamente maior que nas outras.
>
> Estamos evoluindo...ou melhor, mudando...!
>
> Marcel
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva luizfelipecsrj@ escreveu>> Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ? >  > > > ________________________________> De: marcelleandro2009 marcelleandro2009@ Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br > Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 10:32> Assunto: [ciencialist] A seleção natural ainda está entre nós?> >   > http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2012/05/01/82787-selecao-natural-afeta-humanos-mesmo-com-vida-em-sociedade.html> > Um estudo publicado nesta segunda-feira (30) pela revista científica "PNAS", da Academia Americana de Ciências, indica que o ser humano continua sendo influenciado pela evolução, mesmo com as mudanças culturais ocorridas nos últimos 10 mil anos, desde que a Revolução Agrícola levou ao surgimento das
> civilizações.> > Mesmo em uma sociedade monógama, os humanos estão sujeitos à seleção sexual, um aspecto essencial na teoria da evolução de Charles Darwin. Por esse conceito, o sucesso de um indivíduo é medido pela quantidade de descendentes que ele deixa. Assim, suas características genéticas são deixadas para as gerações seguintes e tendem a se perpetuar na espécie.> > "É como um livro. Se ele é bom, é reeditado várias e várias vezes", comparou Alexandre Courtiol, pesquisador do Instituto Wissenschaftskolleg de Berlim, na Alemanha, um dos autores do estudo.> > Segundo ele, o estudo serve como uma evidência contra a suposição de que a vida em sociedade teria deixado os humanos "imunes" à evolução.> > A pesquisa foi feita com base em dados de cerca de 6 mil finlandeses que viveram entre os anos de 1760 e 1849. As informações mantidas pela Igreja dizem respeito a mortes, nascimentos, casamentos e situação econômica de
> cada um.> > Foi o suficiente para que a equipe internacional de pesquisadores investigasse o efeito da seleção sexual, analisando o número de filhos de cada indivíduo.> > A equipe de Courtiol chegou à conclusão de que os principais fatores que levaram à variação no sucesso reprodutivo dos indivíduos foram a sobrevivência aos primeiros anos de vida e a fertilidade. A riqueza não provocou diferenças significativas neste aspecto.> > De forma geral, a possibilidade de seleção detectada nesta população humana está de acordo com medições feitas em outras espécies.> > Courtiol afirmou, no entanto, que ainda não é prever como evolução pode afetar o futuro dos seres humanos.>
>
> Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é significativamente maior que nas outras."
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> Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
>


SUBJECT: Re: A seleção natural ainda está entre nós?
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/05/2012 17:13

Peskão,

Chutou certo!
Outro assunto. Conhece algum grupo que esteja um pouco mais movimentado, e que seja nestes temas...? ;o)

Marcel

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Pesky Bee" <peskybee2@...> escreveu
>
> > Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
>
> Essa é uma questão interessantíssima, realmente faz sentido
> a incidência maior de pressão alta na pretaiada americana
> e brasileira por causa desse efeito da sobrevivência dos
> que tinham maior retenção de sódio. Fico curioso para realmente
> saber se lá na África eles também tem pressão mais alta. Arrisco
> a dizer (na verdade, chutar) que eles não devem ter pressão
> alta lá, pois em ambientes quentes como tipicamente se encontra
> por lá a pressão arterial é mais baixa do que em lugares
> mais temperados ou frios.
>
> *PB*
>
>
>
> From: luiz silva
> Sent: Tuesday, May 08, 2012 3:22 PM
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Subject: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
>
>
>
>
> Ola Marcelo,
>
> Depois comento o restante :
>
> "
> Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é significativamente maior que nas outras."
>
> Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
>
> De: marcelleandro2009 <marcelleandro2009@...>
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 13:14
> Assunto: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
>
>
> Luiz,
>
> > Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ?
>
> Temos que considerar toda a relevância estatística disto. O fato de um individuo, ter em seu dna pré disposições à doenças e ter condições de passar isto adiante, não significa, que ele não esteja colaborando com mudanças genéticas da espécie também com as outras de suas características.
>
> Homens podem ser atraentes sexualmente e ter filhos, devido à serem altos, inteligentes, olhos azuis, bonitos, comunicativos, etc. Dos solteirões que ficaram para titia (!), estas características são menos presentes. Alguns podem ter problemas cardíacos, pré disposição à tumores, ou outros fatores, proporcionado que a espécie humana evolua (em certos aspectos) mas que também leve consigo um índice alto de pré disposição a doenças. Assim como ocorre em cães de raças. Muitos são espécimes "bonitos" e selecionáveis pelos criadores, mas mal conseguem respirar devidamente, ou mesmo, acasalar e dar a luz, sem uma ajudinha humana.
>
> Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é significativamente maior que nas outras.
>
> Estamos evoluindo...ou melhor, mudando...!
>
> Marcel
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@> escreveu>> Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ? > > > > ________________________________> De: marcelleandro2009 marcelleandro2009@> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br > Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 10:32> Assunto: [ciencialist] A seleção natural ainda está entre nós?> > > http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2012/05/01/82787-selecao-natural-afeta-humanos-mesmo-com-vida-em-sociedade.html> > Um estudo publicado nesta segunda-feira (30) pela revista científica "PNAS", da Academia Americana de Ciências, indica que o ser humano continua sendo influenciado pela evolução, mesmo com as mudanças culturais ocorridas nos últimos 10 mil anos, desde que a Revolução Agrícola levou ao surgimento das civilizações.> > Mesmo em uma sociedade monógama, os humanos estão sujeitos à seleção sexual, um aspecto essencial na teoria da evolução de Charles Darwin. Por esse conceito, o sucesso de um indivíduo é medido pela quantidade de descendentes que ele deixa. Assim, suas características genéticas são deixadas para as gerações seguintes e tendem a se perpetuar na espécie.> > "É como um livro. Se ele é bom, é reeditado várias e várias vezes", comparou Alexandre Courtiol, pesquisador do Instituto Wissenschaftskolleg de Berlim, na Alemanha, um dos autores do estudo.> > Segundo ele, o estudo serve como uma evidência contra a suposição de que a vida em sociedade teria deixado os humanos "imunes" à evolução.> > A pesquisa foi feita com base em dados de cerca de 6 mil finlandeses que viveram entre os anos de 1760 e 1849. As informações mantidas pela Igreja dizem respeito a mortes, nascimentos, casamentos e situação econômica de cada um.> > Foi o suficiente para que a equipe internacional de pesquisadores investigasse o efeito da seleção sexual, analisando o número de filhos de cada indivíduo.> > A equipe de Courtiol chegou à conclusão de que os principais fatores que levaram à variação no sucesso reprodutivo dos indivíduos foram a sobrevivência aos primeiros anos de vida e a fertilidade. A riqueza não provocou diferenças significativas neste aspecto.> > De forma geral, a possibilidade de seleção detectada nesta população humana está de acordo com medições feitas em outras espécies.> > Courtiol afirmou, no entanto, que ainda não é prever como evolução pode afetar o futuro dos seres humanos.>
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A sele��o natural ainda est� entre n�s?
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/05/2012 18:29

Deve existir algum outro grupo mais orientado a essas
questões biológico/evolutivas, é coisa de procurar.
Se tu achares, posta aqui para nós.
 
Mas acredito que alguns desses grupos devem ter infiltrações
daqueles danados dos criacionistas. Isso retira o "peso
científico" das discussões, mas agrega muito na humorosidade,
porque poucas coisas são tão divertidas quanto descer o sarrafo
nessa cambada criacionista.
 
*PB*
 
 
 
-----Mensagem Original-----
From: marcelleandro2009
Sent: Tuesday, May 08, 2012 5:13 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
 
Peskão,
 
Chutou certo!
Outro assunto. Conhece algum grupo que esteja um pouco mais movimentado, e que seja nestes temas...? ;o)
 
Marcel
 
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Pesky Bee" <peskybee2@...> escreveu
>
> > Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
>
> Essa é uma questão interessantíssima, realmente faz sentido
> a incidência maior de pressão alta na pretaiada americana
> e brasileira por causa desse efeito da sobrevivência dos
> que tinham maior retenção de sódio. Fico curioso para realmente
> saber se lá na África eles também tem pressão mais alta. Arrisco
> a dizer (na verdade, chutar) que eles não devem ter pressão 
> alta lá, pois em ambientes quentes como tipicamente se encontra
> por lá a pressão arterial é mais baixa do que em lugares
> mais temperados ou frios.
>
> *PB*
>
>
>
> From: luiz silva
> Sent: Tuesday, May 08, 2012 3:22 PM
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Subject: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
>
>
>
>
> Ola Marcelo,
>
> Depois comento o restante :
>
> "
> Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é significativamente maior que nas outras."
>
> Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
>
> De: marcelleandro2009 <marcelleandro2009@...>
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 13:14
> Assunto: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
>
>  
> Luiz,
>
>     > Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ? 
>
> Temos que considerar toda a relevância estatística disto. O fato de um individuo, ter em seu dna pré disposições à doenças e ter condições de passar isto adiante, não significa, que ele não esteja colaborando com mudanças genéticas da espécie também com as outras de suas características.
>
> Homens podem ser atraentes sexualmente e ter filhos, devido à serem altos, inteligentes, olhos azuis, bonitos, comunicativos, etc. Dos solteirões que ficaram para titia (!), estas características são menos presentes. Alguns podem ter problemas cardíacos, pré disposição à tumores, ou outros fatores, proporcionado que a espécie humana evolua (em certos aspectos) mas que também leve consigo um índice alto de pré disposição a doenças. Assim como ocorre em cães de raças. Muitos são espécimes "bonitos" e selecionáveis pelos criadores, mas mal conseguem respirar devidamente, ou mesmo, acasalar e dar  a luz, sem uma ajudinha humana.
>
> Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é significativamente maior que nas outras.
>
> Estamos evoluindo...ou melhor, mudando...!
>
> Marcel
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@> escreveu>> Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ? >  > > > ________________________________> De: marcelleandro2009 marcelleandro2009@> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br > Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 10:32> Assunto: [ciencialist] A seleção natural ainda está entre nós?> >   > http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2012/05/01/82787-selecao-natural-afeta-humanos-mesmo-com-vida-em-sociedade.html> > Um estudo publicado nesta segunda-feira (30) pela revista científica "PNAS", da Academia Americana de Ciências, indica que o ser humano continua sendo influenciado pela evolução, mesmo com as mudanças culturais ocorridas nos últimos 10 mil anos, desde que a Revolução Agrícola levou ao surgimento das civilizações.> > Mesmo em uma sociedade monógama, os humanos estão sujeitos à seleção sexual, um aspecto essencial na teoria da evolução de Charles Darwin. Por esse conceito, o sucesso de um indivíduo é medido pela quantidade de descendentes que ele deixa. Assim, suas características genéticas são deixadas para as gerações seguintes e tendem a se perpetuar na espécie.> > "É como um livro. Se ele é bom, é reeditado várias e várias vezes", comparou Alexandre Courtiol, pesquisador do Instituto Wissenschaftskolleg de Berlim, na Alemanha, um dos autores do estudo.> > Segundo ele, o estudo serve como uma evidência contra a suposição de que a vida em sociedade teria deixado os humanos "imunes" à evolução.> > A pesquisa foi feita com base em dados de cerca de 6 mil finlandeses que viveram entre os anos de 1760 e 1849. As informações mantidas pela Igreja dizem respeito a mortes, nascimentos, casamentos e situação econômica de cada um.> > Foi o suficiente para que a equipe internacional de pesquisadores investigasse o efeito da seleção sexual, analisando o número de filhos de cada indivíduo.> > A equipe de Courtiol chegou à conclusão de que os principais fatores que levaram à variação no sucesso reprodutivo dos indivíduos foram a sobrevivência aos primeiros anos de vida e a fertilidade. A riqueza não provocou diferenças significativas neste aspecto.> > De forma geral, a possibilidade de seleção detectada nesta população humana está de acordo com medições feitas em outras espécies.> > Courtiol afirmou, no entanto, que ainda não é prever como evolução pode afetar o futuro dos seres humanos.>
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SUBJECT: Físico terrorista - 5 anos de cana, na França.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/05/2012 20:04

Se é culpado mesmo, deveria era pegar 5o anos de cadeia.

Tem gente de todo tipo em todas as profissões. Putz!

 

 

http://physicsworld.com/blog/2012/05/hicheur_sentenced_to_five_year.html

 

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/05/2012 20:37

Oi Alberto.

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 0:17
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Continuação da msg 82077:
From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Saturday, May 05, 2012 6:42 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
 
Vejamos agora como ficaria o campo eletromagnético de uma carga elétrica inicialmente em repouso em um referencial inercial [ponto A (figura 15)] e tal que no tempo t = 0 a carga é acelerada por uma força constante e a agir numa dada direção e sentido (no caso da figura, na vertical e para cima) até o tempo t¢, quando ela passa pelo ponto A¢. No tempo t¢ a força cessa e a partícula persiste em movimento agora com velocidade constante v. A partícula continua sendo observada em MRU até um tempo t² quando ocupa a posição A².

Figura 15
Como se comporta o campo elétrico desta carga para um observador (1) que permanece em repouso no referencial inercial primitivo? E para o observador (2) que acompanha a carga em todo o seu percurso? Vejamos primeiramente este segundo caso [observador (2)].

Certos ou errados, a verdade é que a esse respeito já entramos em acordo aqui na Ciencialist [vide a minha msg 81914 e outras escritas pelo Belmiro e pelo Léo nesta mesma ocasião]. Ou seja, estamos supondo que o equipamento laboratorial utilizado pelo observador (2) não irá detectar diferenças no campo elétrico antes, durante ou após a aceleração. Esta suposição não é gratuita mas apoia-se na interpretação que fizemos da teoria de Maxwell.

O campo então aparecerá para o observador (2) situado no referencial da carga e no tempo t², como mostrado na figura 16 abaixo. As circunferências em verde delimitam anéis onde está representado, de fora para dentro: 1) o campo que teria sido gerado pela carga antes do tempo t = 0 (ANTES da aceleração); 2) entre os tempos t = 0 e t = t¢ (DURANTE a aceleração); e 3) entre os tempos t = t¢ e t = t² (APÓS a aceleração). Notar que não há diferenças significativas entre os campos dessas três regiões, e as linhas de campo são sempre retilíneas, contínuas  e sem quebras. O campo é idêntico àquele que seria observado se a carga tivesse permanecido em repouso.
 
Figura 16: Distribuição espacial do campo elétrico
no referencial fixo à carga e no tempo t'' referido no texto.
 
Para o observador (1), que permanece em repouso e que, portanto, constata a aceleração da carga, as coisas serão bem diferentes. O campo elétrico neste referencial não será o mesmo de quando a carga estava em repouso, a não ser naquela região a corresponder ao ANTES da aceleração (antes do tempo t = 0). Após o tempo t = 0 o campo elétrico aparecerá contorcido (linhas curvas) até mesmo na fase APÓS a aceleração cessar, pois neste referencial a carga estará em MRU. O Belmiro (msg 82034) descreveu em detalhes como este contorcionismo poderia ser imaginado, para o caso do MRU.
 
Não obstante o observador (1) poderia, num esforço de imaginação, tentar sobrepor aquela imagem do campo que ele tinha, quando a carga estava em repouso [e que era a mesma notada pelo observador (2)], com aquela que ele imagina estar sendo notada agora, no tempo t², pelo observador (2). Ciente de que após o tempo t¢ a carga está em MRU, assim permanecendo até o tempo t², será suficiente para ele delimitar, no gráfico, a área com centro em A¢ e a corresponder a este intervalo de tempo [vide o círculo central da figura 17 abaixo]. Nesta área o campo será o mesmo observado para uma carga em repouso, ainda que a área cresça no decorrer do tempo (para t > t²) e o centro (local da carga em t¢) também não esteja mais onde estava no início do processo (A). Falta estimar como seria o campo no anel intermediário (entre 0 e t¢). Aí está ocorrendo uma aceleração, logo a imagem do campo não chega a ser tão óbvia como nos casos precedentes. Não obstante, pode-se pensar em unir as linhas de campo da área a corresponder a carga em repouso (a mais externa) com aquela a representar agora a carga em MRU (a mais interna) através de uma reta. A reta se justifica pelo fato de a aceleração, neste caso, ter sido constante.
 
 
Figura 17: Imagem hipotética assumida pelo
observador (1) segundo as teorias ondulatórias.
Figura 18: Idem à figura anterior porém
segundo as teorias de emissão.
 
A figura 17 corresponde àquela que costumeiramente aparece nos livros didáticos [por exemplo, o de EISBERG e LERNER]. Raramente os autores comentam o fato de que o campo elétrico, visto desta maneira, não existe em momento algum para nenhum dos observadores que estamos levando em consideração. Cheguei a comentar isto para o caso do MRU na msg 82029. Apesar deste campo não existir desta forma, esta hipotética imagem chega a ser bastante útil do ponto de vista didático, ao retratar que alguma coisa deve estar se propagando para o espaço a partir da carga e em virtude da mesma ter entrado em movimento.
 
Na construção da figura 17 está implícita a suposição de que esta alguma coisa emitida pela carga se propaga através de um meio etéreo e, portanto, propaga-se concentricamente a partir do ponto em que foi emitida. Esta circunferência não acompanha a movimentação da carga e o seu centro permanece em repouso no referencial inicial [aquele onde está o observador (1)]. Note que a circunferência menor, na figura 17, tem seu centro no ponto A¢ [para reconhecer os pontos considerados vide a figura 15 acima].
 
A imagem correspondente para o caso das teorias de emissão é aquela apresentada na figura 18. Notar que esta alguma coisa que, no caso dessas teorias, pode ser denotada por agente do campo, propaga-se também em circunferências concêntricas, porém a acompanharem a carga. Na figura 18 a circunferência menor tem seu centro no ponto A². Mais detalhes a esse respeito foram apresentados na msg 82050 [O efeito Doppler e as teorias de emissão].
 
Em nenhum dos dois casos (figura 17 e 18) foram efetuadas correções relativísticas. No caso da figura 17 (onda eletromagnética) poderia se pensar nas famosas correções relativísticas da física «moderna»; no caso da figura 18 as correções passíveis de serem feitas dependem da teoria de emissão que estiver sendo levada em consideração (em especial no que diz respeito a c variar ou não com a velocidade v da fonte em relação a um possível referencial absoluto).
 
A área mais externa, a corresponder ao antes da aceleração, nada mais é senão um resquício do campo da carga em repouso e que ainda existe no tempo em que a imagem foi idealizada (tempo t²). No decorrer do tempo (t >> t¢) esta área tende a desaparecer.
 
Na área interna existe o campo que o observador (1) estima estar sendo visto pelo observador (2) após a carga deixar de ser acelerada (após t¢). Este campo é idêntico ao anterior, mas muda de posição à medida que a carga se move. O centro desta área varia conforme a teoria que está sendo levada em consideração. Nos dois casos, e no decorrer do tempo, esta área tende a ocupar todo o espaço a envolver a carga (t >> t²).
 
A área intermediária corresponde ao campo gerado pela carga durante o período em que ela esteve sendo acelerada (entre t = 0 e t = t¢). Como vimos acima, esta área é construída unindo-se retilineamente (no caso de aceleração uniforme) as linhas de campo das outras duas áreas, ficando nítida a quebra dessas linhas. Esta é a área onde podemos dizer estar situada a onda eletromagnética e cuja existência pode, pelo menos em teoria, ser assumida como constatável pelo equipamento laboratorial do observador (1).
 
Retornamos agora ao ponto de partida, ou seja, aquele do início de nossas discussões . Renovo então as perguntas: Poderia existir uma onda eletromagnética para um observador e não para o outro? Esta onda que estamos aceitando existir em virtude de se manifestar para pelo menos um dos observadores [o observador (1) no caso], contém energia?
      Poderia. No mesmo exemplo do elevador em queda livre, onde não há emissão de onda eletromagnética, basta aplicar uma forcinha para ajudar na queda. Sendo a aceleração crescente, haverá emissão de radiação observada pelo cínico que aguarda a queda do elevador. Porém, a vítima em seu interior nada percebe. Apenas gruda no teto cada vez mais. A energia transportada pela onda provém da fonte que está impulsionando o elevador pirambeira abaixo.
Se a resposta for sim podemos pensar que esta energia está no espaço, a espera de ser capturada como tal pelo equipamento laboratorial do observador (1) e sem que ele retire nada do movimento da carga, que conservará o seu MRU embalada pela inércia. De onde surgiu esta energia? Sim, porque se a aceleração da carga deu-se às custas do fornecimento de energia mecânica pelo observador (1), esta mesma energia poderá retornar ao sistema pela desaceleração da carga. Ou não?
 Não há nada de mágico. Se desacelerar a carga, haverá emissão de radiação da mesma forma e cuja energia provirá da ação frenante. 
Se a resposta for não, que dizer de uma onda eletromagnética de conteúdo energético nulo? Seria isto possível? Bem, até prova em contrário parece ser esta a opção que nos resta aceitar. O Belmiro (msg 82025) parece já ter concordado, por razões que eu ainda não entendi muito bem, com a ideia de uma onda eletromagnética de conteúdo nulo. A literatura está repleta de explicações bem mais cabeludas do que essa, às vezes até mesmo paradoxais Já citei um artigo muito bom a discutir este assunto mas não custa nada repetir: Does A Uniformly Accelerating Charge Radiate?. Interessante a meu ver é constatarmos neste artigo o contraste dos posicionamentos assumidos por Feynman e Barut e a deixar patente que uma matemática mal fundamentada (ou a apoiar-se em uma teoria física com alicerces frágeis) seria capaz de demonstrar, e de maneira «inquestionável», até mesmo a existência de Papai Noel. Smiley piscando 
 Bem, eu não concordo com a emissão de uma onda com conteúdo energético nulo. Aí para mim é apelação. Ou tem radiação ou não tem. E se tem, tem energia transportada.
Parece-me ter ficado claro, através do que aqui já discutimos, que não é o PE quem está sendo colocado na berlinda pelo paradoxo da carga acelerada, mas sim o eletromagnetismo como um todo, a incluir as aberrações que gerou (TR e MQ). O PE, interpretado através de uma visão clássica, e até mesmo a incluir a chamada versão forte (a incorporar uma gravitação clássica) parece-me ter vindo para ficar. O mesmo não posso dizer de EM, TR e MQ. Alguma coisa deve ser modificada, e com urgência, no eletromagnetismo; e não tenho dúvidas de que nem a TR nem a MQ sobreviveriam a este impacto.
Não estou enxergando o problema que você está.
 
Espero agora ter justificado o fato de ter complicado o problema com a introdução de um mhs. Pois até prova em contrário, a onda eletromagnética produzida por uma carga em mhs deve transportar energia, e o Hertz que o diga.
Sim.
 
Mas se um observador em mhs junto com a carga também não consegue detectar esta onda, como já foi assumido por muitos aqui na Ciencialist, isto por um lado significa a salvação do PE; mas, por outro, o problema parece persistir através de uma de suas facetas. Como justificar a existência de energia no espaço de um dos observadores, e a tornar-se independente da carga que a emitiu, se no espaço do outro observador não existe nada equivalente? Será que a única maneira seria apelarmos para a desconexão causal da relatividade «moderna» (apud Minkowski)?
 Mas a energia existe nos dois referenciais. Apenas sob aspectos diferentes. Eletromagnética para o voyer e mecânica para o coitado que está empurrando o elevador para baixo.
Bem, essa é uma outra história e que deixarei para comentar na próxima msg.
[],s
Belmiro 
 
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.br Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
PS: Esta msg segue um roteiro pré-estabelecido e portanto é uma continuação das msgs citadas abaixo. As demais msgs de minha autoria e postadas nesta thread relacionam-se aos questionamentos apresentados pelos demais participantes do debate. Clicando-se nas msgs abaixo chega-se à página web correspondente e as réplicas ou tréplicas estarão no rodapé destas páginas web.

1) msg 81845: Apresentando a versão do paradoxo da carga acelerada para o caso da carga estar em mhs.
2) msg 81914: Propostas de campos gravitacionais oscilantes (experiências de pensamento). Sugestão e ordenação temática.
3) msg 81928: O paradoxo no caso da queda livre (aceleração constante).
4) msg 81974: O paradoxo no caso mhs equivalente à queda livre (ou na oscilação livre).
5) msg 81995: Sobre as resoluções apresentadas pelos físicos «modernos».
6) msg 81999: Sobre a energia dos campos eletromagnéticos.
7) msg 82029: Sobre hipotéticos agentes do campo propagando-se pelo aether.
8) msg  82077: Sobre a visão ondulatório mecanicista da propagação de entidades eletromagnéticas através do aether.
9) msg atual: Sobre a onda eletromagnética emitida por uma carga com aceleração constante.
Anexo: msg 82050: O efeito Doppler e as teorias de emissão
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/05/2012 23:38

From: Belmiro Wolski
Sent: Tuesday, May 08, 2012 8:37 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Oi Belmiro
 
Vou de verde oliva
 
Alberto (msg anterior): Retornamos agora ao ponto de partida, ou seja, aquele do início de nossas discussões . Renovo então as perguntas: Poderia existir uma onda eletromagnética para um observador e não para o outro? Esta onda que estamos aceitando existir em virtude de se manifestar para pelo menos um dos observadores [o observador (1) no caso], contém energia?
 
Belmiro: Poderia. No mesmo exemplo do elevador em queda livre, onde não há emissão de onda eletromagnética, basta aplicar uma forcinha para ajudar na queda. Sendo a aceleração crescente, haverá emissão de radiação observada pelo cínico que aguarda a queda do elevador. Porém, a vítima em seu interior nada percebe. Apenas gruda no teto cada vez mais. A energia transportada pela onda provém da fonte que está impulsionando o elevador pirambeira abaixo.
 
Alberto: Então deixe-me reformular a pergunta: No caso ora em discussão, ou seja, com o elevador em queda livre em um campo gravitacional e mais nenhuma força, poderia existir uma onda eletromagnética para o observador (1) em repouso em terra firme e não para o observador (2) dentro do elevador?
 
Notei que você não aceita a denominação onda eletromagnética quando não há energia, então a pergunta parece sem sentido. Não obstante, não fui eu quem inventoui essa idéia. Quase todos os físicos da atualidade assumem esta modificação no campo, e que se propaga na velocidade c, como sendo uma onda eletromagnética, independentemente de seu conteúdo energético ser nulo ou não. Eu estou apenas seguindo as regras do jogo. Existem coisas bem mais extravagantes do que isso, como aquela a dizer que o zero é um conjunto vazio. Mesmo porque neste caso o conjunto só será vazio em termos de energia. Alguma coisa está se propagando e tal que o observador (1) consegue identificar a passagem dessa alguma coisa pelo seu equipamento, logo este conjunto não é 100% vazio haja vista estar apto a passar uma informação.
 
Alberto (msg anterior): Se a resposta for sim podemos pensar que esta energia está no espaço, a espera de ser capturada como tal pelo equipamento laboratorial do observador (1) e sem que ele retire nada do movimento da carga, que conservará o seu MRU embalada pela inércia. De onde surgiu esta energia? Sim, porque se a aceleração da carga deu-se às custas do fornecimento de energia mecânica pelo observador (1), esta mesma energia poderá retornar ao sistema pela desaceleração da carga. Ou não?
 
Belmiro: Não há nada de mágico. Se desacelerar a carga, haverá emissão de radiação da mesma forma e cuja energia provirá da ação frenante.
 
Alberto: Creio que a resposta está prejudicada pois estamos considerando coisas diferentes. Veja bem: Eu estou indagando se uma determinada coisa (e que considero na categoria das ondas) poderia ou não conter energia, e você está partindo do pressuposto de que esta coisa não contém energia e, por não conter energia, para você não pode ser onda. Aí você interpreta esta coisa a que chamei de onda como sendo uma outra coisa que tanto para você quanto para mim seria uma onda e esta sim, para você pode conter energia. Ou seja, a confusão babélica está estabelecida Alegre.
 
Alberto (msg anterior): Se a resposta for não, que dizer de uma onda eletromagnética de conteúdo energético nulo? Seria isto possível? Bem, até prova em contrário parece ser esta a opção que nos resta aceitar. O Belmiro (msg 82025) parece já ter concordado, por razões que eu ainda não entendi muito bem, com a ideia de uma onda eletromagnética de conteúdo nulo. A literatura está repleta de explicações bem mais cabeludas do que essa, às vezes até mesmo paradoxais Já citei um artigo muito bom a discutir este assunto mas não custa nada repetir: Does A Uniformly Accelerating Charge Radiate?. Interessante a meu ver é constatarmos neste artigo o contraste dos posicionamentos assumidos por Feynman e Barut e a deixar patente que uma matemática mal fundamentada (ou a apoiar-se em uma teoria física com alicerces frágeis) seria capaz de demonstrar, e de maneira «inquestionável», até mesmo a existência de Papai Noel. 
 
Belmiro: Bem, eu não concordo com a emissão de uma onda com conteúdo energético nulo. Aí para mim é apelação. Ou tem radiação ou não tem. E se tem, tem energia transportada.
 
Alberto: E o que você me diz do observador (1) conseguir detectar esta coisa de conteúdo energético nulo? Que nome vamos dar para esta coisa? Chamemos então esta coisa de merreca, para não confundir com o que para você é onda. A primeira pergunta que fiz acima seria então: Poderia existir uma «merreca eletromagnética» para um observador e não para o outro?
 
Alberto (msg anterior): Parece-me ter ficado claro, através do que aqui já discutimos, que não é o PE quem está sendo colocado na berlinda pelo paradoxo da carga acelerada, mas sim o eletromagnetismo como um todo, a incluir as aberrações que gerou (TR e MQ). O PE, interpretado através de uma visão clássica, e até mesmo a incluir a chamada versão forte (a incorporar uma gravitação clássica) parece-me ter vindo para ficar. O mesmo não posso dizer de EM, TR e MQ. Alguma coisa deve ser modificada, e com urgência, no eletromagnetismo; e não tenho dúvidas de que nem a TR nem a MQ sobreviveriam a este impacto.
 
Belmiro: Não estou enxergando o problema que você está.
 
Alberto: Pense por ora apenas nas merrecas Smiley piscando. Se não achar nada estranho nesta assimetria entre os referenciais e relacionada à informação eletromagnética que a merreca transmite, tentarei, nas próximas msgs, evoluir esta idéia com coisas mais palpáveis do ponto de vista energético. Não garanto nada, apenas tentarei.
 
Alberto (msg anterior): Espero agora ter justificado o fato de ter complicado o problema com a introdução de um mhs. Pois até prova em contrário, a onda eletromagnética produzida por uma carga em mhs deve transportar energia, e o Hertz que o diga.
 
Belmiro: Sim.
 
Alberto (msg anterior): Mas se um observador em mhs junto com a carga também não consegue detectar esta onda, como já foi assumido por muitos aqui na Ciencialist, isto por um lado significa a salvação do PE; mas, por outro, o problema parece persistir através de uma de suas facetas. Como justificar a existência de energia no espaço de um dos observadores, e a tornar-se independente da carga que a emitiu, se no espaço do outro observador não existe nada equivalente? Será que a única maneira seria apelarmos para a desconexão causal da relatividade «moderna» (apud Minkowski)?
 
Belmiro: Mas a energia existe nos dois referenciais. Apenas sob aspectos diferentes. Eletromagnética para o voyer e mecânica para o coitado que está empurrando o elevador para baixo.
 
Alberto: Neste caso o elevador não está sendo empurrado para baixo e sim oscilando (ora indo para baixo, ora indo para cima). Mas este é um caso que deixarei para discutir na próxima msg. Digo apenas que a energia que vai para o espaço deve-se ao freamento da carga (reação de radiação) e esta energia deve ser continuamente reposta na forma de energia mecânica ao sistema e pelo observador (1), aquele que está em repouso [ou então pelo campo gravitacional, no caso equivalente, mas que de qualquer forma deveria também ser reposta aos agentes do campo]. Esta energia que o observador (1) [ou o campo] está acrescentando continuamente ao sistema, pelo menos em teoria, é uma energia totalmente recuperável, pois está na forma de energia da «onda» eletromagnética. O observador (2) sequer percebe que esta reposição está acontecendo. Apenas a carga deve «sentir» alguma coisa, tanto é que transmite algo que é captável no referencial em repouso, mas sequer consegue transmitir esta «sensação» para o equipamento do observador (2), que oscila junto com a carga. Do ponto de vista energético o balanço se fecha nos dois referenciais. O problema está no balanço informacional. O espaço do observador (1) contém uma informação que não está presente no espaço do observador (2). Segundo a métrica do Minkowski isto se deve ao fato do observador (2) estar desconectado causalmente do efeito que está originando esta informação. Eu já gostaria de encontrar uma explicação menos estratosférica e mais clássica, e que não se apoiasse na constância absoluta (no sentido de independer do referencial) da velocidade da luz.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
 

SUBJECT: Re: O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/05/2012 23:53

From: Belmiro Wolski
Sent: Tuesday, May 08, 2012 8:37 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Oi Belmiro
Vou de verde
 
Alberto (msg anterior): Retornamos agora ao ponto de partida, ou seja, aquele do início de nossas discussões . Renovo então as perguntas: Poderia existir uma onda eletromagnética para um observador e não para o outro? Esta onda que estamos aceitando existir em virtude de se manifestar para pelo menos um dos observadores [o observador (1) no caso], contém energia?
 
Belmiro: Poderia. No mesmo exemplo do elevador em queda livre, onde não há emissão de onda eletromagnética, basta aplicar uma forcinha para ajudar na queda. Sendo a aceleração crescente, haverá emissão de radiação observada pelo cínico que aguarda a queda do elevador. Porém, a vítima em seu interior nada percebe. Apenas gruda no teto cada vez mais. A energia transportada pela onda provém da fonte que está impulsionando o elevador pirambeira abaixo.
 
Alberto: Então deixe-me reformular a pergunta: No caso ora em discussão, ou seja, com o elevador em queda livre em um campo gravitacional e mais nenhuma força, poderia existir uma onda eletromagnética para o observador (1) em repouso em terra firme e não para o observador (2) dentro do elevador?
 
Notei que você não aceita a denominação onda eletromagnética quando não há energia, então a pergunta parece sem sentido. Não obstante, não fui eu quem inventoui essa idéia. Quase todos os físicos da atualidade assumem esta modificação no campo, e que se propaga na velocidade c, como sendo uma onda eletromagnética, independentemente de seu conteúdo energético ser nulo ou não. Eu estou apenas seguindo as regras do jogo. Existem coisas bem mais extravagantes do que isso, como aquela a dizer que o zero é um conjunto vazio. Mesmo porque neste caso o conjunto só será vazio em termos de energia. Alguma coisa está se propagando e tal que o observador (1) consegue identificar a passagem dessa alguma coisa pelo seu equipamento, logo este conjunto não é 100% vazio haja vista estar apto a passar uma informação.
 
Alberto (msg anterior): Se a resposta for sim podemos pensar que esta energia está no espaço, a espera de ser capturada como tal pelo equipamento laboratorial do observador (1) e sem que ele retire nada do movimento da carga, que conservará o seu MRU embalada pela inércia. De onde surgiu esta energia? Sim, porque se a aceleração da carga deu-se às custas do fornecimento de energia mecânica pelo observador (1), esta mesma energia poderá retornar ao sistema pela desaceleração da carga. Ou não?
 
Belmiro: Não há nada de mágico. Se desacelerar a carga, haverá emissão de radiação da mesma forma e cuja energia provirá da ação frenante.
 
Alberto: Creio que a resposta está prejudicada pois estamos considerando coisas diferentes. Veja bem: Eu estou indagando se uma determinada coisa (e que considero na categoria das ondas) poderia ou não conter energia, e você está partindo do pressuposto de que esta coisa não contém energia e, por não conter energia, para você não pode ser onda. Aí você interpreta esta coisa a que chamei de onda como sendo uma outra coisa que tanto para você quanto para mim seria uma onda e esta sim, para você pode conter energia. Ou seja, a confusão babélica está estabelecida :)).
 
Alberto (msg anterior): Se a resposta for não, que dizer de uma onda eletromagnética de conteúdo energético nulo? Seria isto possível? Bem, até prova em contrário parece ser esta a opção que nos resta aceitar. O Belmiro (msg 82025) parece já ter concordado, por razões que eu ainda não entendi muito bem, com a ideia de uma onda eletromagnética de conteúdo nulo. A literatura está repleta de explicações bem mais cabeludas do que essa, às vezes até mesmo paradoxais Já citei um artigo muito bom a discutir este assunto mas não custa nada repetir: Does A Uniformly Accelerating Charge Radiate?. Interessante a meu ver é constatarmos neste artigo o contraste dos posicionamentos assumidos por Feynman e Barut e a deixar patente que uma matemática mal fundamentada (ou a apoiar-se em uma teoria física com alicerces frágeis) seria capaz de demonstrar, e de maneira «inquestionável», até mesmo a existência de Papai Noel.
 
Belmiro: Bem, eu não concordo com a emissão de uma onda com conteúdo energético nulo. Aí para mim é apelação. Ou tem radiação ou não tem. E se tem, tem energia transportada.
 
Alberto: E o que você me diz do observador (1) conseguir detectar esta coisa de conteúdo energético nulo? Que nome vamos dar para esta coisa? Chamemos então esta coisa de merreca, para não confundir com o que para você é onda. A primeira pergunta que fiz acima seria então: Poderia existir uma «merreca eletromagnética» para um observador e não para o outro?
 
Alberto (msg anterior): Parece-me ter ficado claro, através do que aqui já discutimos, que não é o PE quem está sendo colocado na berlinda pelo paradoxo da carga acelerada, mas sim o eletromagnetismo como um todo, a incluir as aberrações que gerou (TR e MQ). O PE, interpretado através de uma visão clássica, e até mesmo a incluir a chamada versão forte (a incorporar uma gravitação clássica) parece-me ter vindo para ficar. O mesmo não posso dizer de EM, TR e MQ. Alguma coisa deve ser modificada, e com urgência, no eletromagnetismo; e não tenho dúvidas de que nem a TR nem a MQ sobreviveriam a este impacto.
 
Belmiro: Não estou enxergando o problema que você está.
 
Alberto: Pense por ora apenas nas merrecas :p. Se não achar nada estranho nesta assimetria entre os referenciais e relacionada à informação eletromagnética que a merreca transmite, tentarei, nas próximas msgs, evoluir esta idéia com coisas mais palpáveis do ponto de vista energético. Não garanto nada, apenas tentarei.
 
Alberto (msg anterior): Espero agora ter justificado o fato de ter complicado o problema com a introdução de um mhs. Pois até prova em contrário, a onda eletromagnética produzida por uma carga em mhs deve transportar energia, e o Hertz que o diga.
 
Belmiro: Sim.
 
Alberto (msg anterior): Mas se um observador em mhs junto com a carga também não consegue detectar esta onda, como já foi assumido por muitos aqui na Ciencialist, isto por um lado significa a salvação do PE; mas, por outro, o problema parece persistir através de uma de suas facetas. Como justificar a existência de energia no espaço de um dos observadores, e a tornar-se independente da carga que a emitiu, se no espaço do outro observador não existe nada equivalente? Será que a única maneira seria apelarmos para a desconexão causal da relatividade «moderna» (apud Minkowski)?
 
Belmiro: Mas a energia existe nos dois referenciais. Apenas sob aspectos diferentes. Eletromagnética para o voyer e mecânica para o coitado que está empurrando o elevador para baixo.
 
Alberto: Neste caso o elevador não está sendo empurrado para baixo e sim oscilando (ora indo para baixo, ora indo para cima). Mas este é um caso que deixarei para discutir na próxima msg. Digo apenas que a energia que vai para o espaço deve-se ao freamento da carga (reação de radiação) e esta energia deve ser continuamente reposta na forma de energia mecânica ao sistema e pelo observador (1), aquele que está em repouso [ou então pelo campo gravitacional, no caso equivalente, mas que de qualquer forma deveria também ser reposta aos agentes do campo]. Esta energia que o observador (1) [ou o campo] está acrescentando continuamente ao sistema, pelo menos em teoria, é uma energia totalmente recuperável, pois está na forma de energia da «onda» eletromagnética. O observador (2) sequer percebe que esta reposição está acontecendo. Apenas a carga deve «sentir» alguma coisa, tanto é que transmite algo que é captável no referencial em repouso, mas sequer consegue transmitir esta «sensação» para o equipamento do observador (2), que oscila junto com a carga. Do ponto de vista energético o balanço se fecha nos dois referenciais. O problema está no balanço informacional. O espaço do observador (1) contém uma informação que não está presente no espaço do observador (2). Segundo a métrica do Minkowski isto se deve ao fato do observador (2) estar desconectado causalmente do efeito que está originando esta informação. Eu já gostaria de encontrar uma explicação menos estratosférica e mais clássica, e que não se apoiasse na constância absoluta (no sentido de independer do referencial) da velocidade da luz.
 
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Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/05/2012 02:17

From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Tuesday, May 08, 2012 11:53 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Re: O paradoxo da carga acelerada
 
Olá Belmiro 

Agora vou de azul Smiley piscando
Voltei para efetuar um reparo no que disse na msg anterior.
 
Alberto (msg anterior): [...] Esta energia que o observador (1) [ou o campo] está acrescentando continuamente ao sistema, pelo menos em teoria, é uma energia totalmente recuperável, pois está na forma de energia da «onda» eletromagnética. O observador (2) sequer percebe que esta reposição está acontecendo. Apenas a carga deve «sentir» alguma coisa, tanto é que transmite algo que é captável no referencial em repouso, mas sequer consegue transmitir esta «sensação» para o equipamento do observador (2), que oscila junto com a carga. Do ponto de vista energético o balanço se fecha nos dois referenciais. O problema está no balanço informacional. O espaço do observador (1) contém uma informação que não está presente no espaço do observador (2). Segundo a métrica do Minkowski isto se deve ao fato do observador (2) estar desconectado causalmente do efeito que está originando esta informação. Eu já gostaria de encontrar uma explicação menos estratosférica e mais clássica, e que não se apoiasse na constância absoluta (no sentido de independer do referencial) da velocidade da luz.
 
Alberto (now): Não, o trecho assinalado em negrito  (Ou seria verdito? Alegre) parece estar errado, e a conclusão que decorre disso fica a desejar. A energia somente seria totalmente recuperável se não houvesse liberação de calor no processo. Na prática eu acho que esta liberação ocorre e portanto o observador (2) terá como ser informado do que está acontecendo de fato. Falou em informação, a saída clássica tem que ser pela termodinâmica. O elevador irá se aquecendo no decorrer do tempo. O observador (2) só não saberá se a causa é mecânica ou gravitacional, e portanto o PE está a salvo.
 
De qualquer forma fica-me a dúvida sobre o que aconteceria se a carga fosse um elétron de Lorentz (obviamente não é o elétron da minha teoria Smiley piscando). Aí eu acredito que a estranheza se manteria e além do Minkowski teríamos que apelar também para a quântica Alegre. De qualquer forma, creio que a experiência com elétrons teria que ser outra. Essa com o elevador oscilante não dá nem para imaginar. Smiley piscando
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/05/2012 09:33

Alberto, vou responder só parte, pois agora não tenho muito tempo.

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 23:38
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Tuesday, May 08, 2012 8:37 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Oi Belmiro
 
Vou de verde oliva
 
Alberto (msg anterior): Retornamos agora ao ponto de partida, ou seja, aquele do início de nossas discussões . Renovo então as perguntas: Poderia existir uma onda eletromagnética para um observador e não para o outro? Esta onda que estamos aceitando existir em virtude de se manifestar para pelo menos um dos observadores [o observador (1) no caso], contém energia?
 
Belmiro: Poderia. No mesmo exemplo do elevador em queda livre, onde não há emissão de onda eletromagnética, basta aplicar uma forcinha para ajudar na queda. Sendo a aceleração crescente, haverá emissão de radiação observada pelo cínico que aguarda a queda do elevador. Porém, a vítima em seu interior nada percebe. Apenas gruda no teto cada vez mais. A energia transportada pela onda provém da fonte que está impulsionando o elevador pirambeira abaixo.
 
Alberto: Então deixe-me reformular a pergunta: No caso ora em discussão, ou seja, com o elevador em queda livre em um campo gravitacional e mais nenhuma força, poderia existir uma onda eletromagnética para o observador (1) em repouso em terra firme e não para o observador (2) dentro do elevador?
 
Notei que você não aceita a denominação onda eletromagnética quando não há energia, então a pergunta parece sem sentido. Não obstante, não fui eu quem inventoui essa idéia. Quase todos os físicos da atualidade assumem esta modificação no campo, e que se propaga na velocidade c, como sendo uma onda eletromagnética, independentemente de seu conteúdo energético ser nulo ou não. Eu estou apenas seguindo as regras do jogo. Existem coisas bem mais extravagantes do que isso, como aquela a dizer que o zero é um conjunto vazio. Mesmo porque neste caso o conjunto só será vazio em termos de energia. Alguma coisa está se propagando e tal que o observador (1) consegue identificar a passagem dessa alguma coisa pelo seu equipamento, logo este conjunto não é 100% vazio haja vista estar apto a passar uma informação.
 
      Reforço o que já disse. É apelação.
 
Alberto (msg anterior): Se a resposta for sim podemos pensar que esta energia está no espaço, a espera de ser capturada como tal pelo equipamento laboratorial do observador (1) e sem que ele retire nada do movimento da carga, que conservará o seu MRU embalada pela inércia. De onde surgiu esta energia? Sim, porque se a aceleração da carga deu-se às custas do fornecimento de energia mecânica pelo observador (1), esta mesma energia poderá retornar ao sistema pela desaceleração da carga. Ou não?
 
Belmiro: Não há nada de mágico. Se desacelerar a carga, haverá emissão de radiação da mesma forma e cuja energia provirá da ação frenante.
 
Alberto: Creio que a resposta está prejudicada pois estamos considerando coisas diferentes. Veja bem: Eu estou indagando se uma determinada coisa (e que considero na categoria das ondas) poderia ou não conter energia, e você está partindo do pressuposto de que esta coisa não contém energia e, por não conter energia, para você não pode ser onda. Aí você interpreta esta coisa a que chamei de onda como sendo uma outra coisa que tanto para você quanto para mim seria uma onda e esta sim, para você pode conter energia. Ou seja, a confusão babélica está estabelecida Alegre.
 
Alberto (msg anterior): Se a resposta for não, que dizer de uma onda eletromagnética de conteúdo energético nulo? Seria isto possível? Bem, até prova em contrário parece ser esta a opção que nos resta aceitar. O Belmiro (msg 82025) parece já ter concordado, por razões que eu ainda não entendi muito bem, com a ideia de uma onda eletromagnética de conteúdo nulo. A literatura está repleta de explicações bem mais cabeludas do que essa, às vezes até mesmo paradoxais Já citei um artigo muito bom a discutir este assunto mas não custa nada repetir: Does A Uniformly Accelerating Charge Radiate?. Interessante a meu ver é constatarmos neste artigo o contraste dos posicionamentos assumidos por Feynman e Barut e a deixar patente que uma matemática mal fundamentada (ou a apoiar-se em uma teoria física com alicerces frágeis) seria capaz de demonstrar, e de maneira «inquestionável», até mesmo a existência de Papai Noel. 
 
Belmiro: Bem, eu não concordo com a emissão de uma onda com conteúdo energético nulo. Aí para mim é apelação. Ou tem radiação ou não tem. E se tem, tem energia transportada.
 
Alberto: E o que você me diz do observador (1) conseguir detectar esta coisa de conteúdo energético nulo? Que nome vamos dar para esta coisa? Chamemos então esta coisa de merreca, para não confundir com o que para você é onda. A primeira pergunta que fiz acima seria então: Poderia existir uma «merreca eletromagnética» para um observador e não para o outro?
 
       Poderia existir merreca, mostopecir, clausivalência ou qualquer outra coisa que você inventar. O problema é que nada disso você iria detectar com instrumentos. Sou contra dizer que existe onda com conteúdo energético nulo, pois ela seria indetectável. Para mim, uma onda eletromagnética é composta de campos elétricos e magnéticos variáveis no tempo e que se propagam. E se são esses campos, eles são capazes de induzir correntes em meios condutores, e assim transferir energia. Se não são capazes disso, então não são esses campos. Aí são apenas mostopecires eletromagnéticos capazes de gerar jugulências apenas em meios jequitibianos que só podem ser percebidos com esdruxulências.
 
    [],s
 
    Belmiro
 
Alberto (msg anterior): Parece-me ter ficado claro, através do que aqui já discutimos, que não é o PE quem está sendo colocado na berlinda pelo paradoxo da carga acelerada, mas sim o eletromagnetismo como um todo, a incluir as aberrações que gerou (TR e MQ). O PE, interpretado através de uma visão clássica, e até mesmo a incluir a chamada versão forte (a incorporar uma gravitação clássica) parece-me ter vindo para ficar. O mesmo não posso dizer de EM, TR e MQ. Alguma coisa deve ser modificada, e com urgência, no eletromagnetismo; e não tenho dúvidas de que nem a TR nem a MQ sobreviveriam a este impacto.
 
Belmiro: Não estou enxergando o problema que você está.
 
Alberto: Pense por ora apenas nas merrecas Smiley piscando. Se não achar nada estranho nesta assimetria entre os referenciais e relacionada à informação eletromagnética que a merreca transmite, tentarei, nas próximas msgs, evoluir esta idéia com coisas mais palpáveis do ponto de vista energético. Não garanto nada, apenas tentarei.
 
Alberto (msg anterior): Espero agora ter justificado o fato de ter complicado o problema com a introdução de um mhs. Pois até prova em contrário, a onda eletromagnética produzida por uma carga em mhs deve transportar energia, e o Hertz que o diga.
 
Belmiro: Sim.
 
Alberto (msg anterior): Mas se um observador em mhs junto com a carga também não consegue detectar esta onda, como já foi assumido por muitos aqui na Ciencialist, isto por um lado significa a salvação do PE; mas, por outro, o problema parece persistir através de uma de suas facetas. Como justificar a existência de energia no espaço de um dos observadores, e a tornar-se independente da carga que a emitiu, se no espaço do outro observador não existe nada equivalente? Será que a única maneira seria apelarmos para a desconexão causal da relatividade «moderna» (apud Minkowski)?
 
Belmiro: Mas a energia existe nos dois referenciais. Apenas sob aspectos diferentes. Eletromagnética para o voyer e mecânica para o coitado que está empurrando o elevador para baixo.
 
Alberto: Neste caso o elevador não está sendo empurrado para baixo e sim oscilando (ora indo para baixo, ora indo para cima). Mas este é um caso que deixarei para discutir na próxima msg. Digo apenas que a energia que vai para o espaço deve-se ao freamento da carga (reação de radiação) e esta energia deve ser continuamente reposta na forma de energia mecânica ao sistema e pelo observador (1), aquele que está em repouso [ou então pelo campo gravitacional, no caso equivalente, mas que de qualquer forma deveria também ser reposta aos agentes do campo]. Esta energia que o observador (1) [ou o campo] está acrescentando continuamente ao sistema, pelo menos em teoria, é uma energia totalmente recuperável, pois está na forma de energia da «onda» eletromagnética. O observador (2) sequer percebe que esta reposição está acontecendo. Apenas a carga deve «sentir» alguma coisa, tanto é que transmite algo que é captável no referencial em repouso, mas sequer consegue transmitir esta «sensação» para o equipamento do observador (2), que oscila junto com a carga. Do ponto de vista energético o balanço se fecha nos dois referenciais. O problema está no balanço informacional. O espaço do observador (1) contém uma informação que não está presente no espaço do observador (2). Segundo a métrica do Minkowski isto se deve ao fato do observador (2) estar desconectado causalmente do efeito que está originando esta informação. Eu já gostaria de encontrar uma explicação menos estratosférica e mais clássica, e que não se apoiasse na constância absoluta (no sentido de independer do referencial) da velocidade da luz.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
 

SUBJECT: Re: A seleção natural ainda está entre nós?
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/05/2012 11:18

Qualquer grupo de assunto relacionado à ciência e tecnologia já tá valendo...!
Se souber me avise!

Abraços

Marcel

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Pesky Bee" <peskybee2@...> escreveu
>
> Deve existir algum outro grupo mais orientado a essas
> questões biológico/evolutivas, é coisa de procurar.
> Se tu achares, posta aqui para nós.
>
> Mas acredito que alguns desses grupos devem ter infiltrações
> daqueles danados dos criacionistas. Isso retira o "peso
> científico" das discussões, mas agrega muito na humorosidade,
> porque poucas coisas são tão divertidas quanto descer o sarrafo
> nessa cambada criacionista.
>
> *PB*
>
>
>
> -----Mensagem Original-----
> From: marcelleandro2009
> Sent: Tuesday, May 08, 2012 5:13 PM
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Subject: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
>
> Peskão,
>
> Chutou certo!
> Outro assunto. Conhece algum grupo que esteja um pouco mais movimentado, e que seja nestes temas...? ;o)
>
> Marcel
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Pesky Bee" <peskybee2@> escreveu
> >
> > > Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
> >
> > Essa é uma questão interessantíssima, realmente faz sentido
> > a incidência maior de pressão alta na pretaiada americana
> > e brasileira por causa desse efeito da sobrevivência dos
> > que tinham maior retenção de sódio. Fico curioso para realmente
> > saber se lá na África eles também tem pressão mais alta. Arrisco
> > a dizer (na verdade, chutar) que eles não devem ter pressão
> > alta lá, pois em ambientes quentes como tipicamente se encontra
> > por lá a pressão arterial é mais baixa do que em lugares
> > mais temperados ou frios.
> >
> > *PB*
> >
> >
> >
> > From: luiz silva
> > Sent: Tuesday, May 08, 2012 3:22 PM
> > To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > Subject: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
> >
> >
> >
> >
> > Ola Marcelo,
> >
> > Depois comento o restante :
> >
> > "
> > Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é significativamente maior que nas outras."
> >
> > Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
> >
> > De: marcelleandro2009 <marcelleandro2009@>
> > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 13:14
> > Assunto: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
> >
> >
> > Luiz,
> >
> > > Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ?
> >
> > Temos que considerar toda a relevância estatística disto. O fato de um individuo, ter em seu dna pré disposições à doenças e ter condições de passar isto adiante, não significa, que ele não esteja colaborando com mudanças genéticas da espécie também com as outras de suas características.
> >
> > Homens podem ser atraentes sexualmente e ter filhos, devido à serem altos, inteligentes, olhos azuis, bonitos, comunicativos, etc. Dos solteirões que ficaram para titia (!), estas características são menos presentes. Alguns podem ter problemas cardíacos, pré disposição à tumores, ou outros fatores, proporcionado que a espécie humana evolua (em certos aspectos) mas que também leve consigo um índice alto de pré disposição a doenças. Assim como ocorre em cães de raças. Muitos são espécimes "bonitos" e selecionáveis pelos criadores, mas mal conseguem respirar devidamente, ou mesmo, acasalar e dar a luz, sem uma ajudinha humana.
> >
> > Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é significativamente maior que nas outras.
> >
> > Estamos evoluindo...ou melhor, mudando...!
> >
> > Marcel
> >
> >
> > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@> escreveu>> Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ? > > > > ________________________________> De: marcelleandro2009 marcelleandro2009@> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br > Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 10:32> Assunto: [ciencialist] A seleção natural ainda está entre nós?> > > http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2012/05/01/82787-selecao-natural-afeta-humanos-mesmo-com-vida-em-sociedade.html> > Um estudo publicado nesta segunda-feira (30) pela revista científica "PNAS", da Academia Americana de Ciências, indica que o ser humano continua sendo influenciado pela evolução, mesmo com as mudanças culturais ocorridas nos últimos 10 mil anos, desde que a Revolução Agrícola levou ao surgimento das civilizações.> > Mesmo em uma sociedade monógama, os humanos estão sujeitos à seleção sexual, um aspecto essencial na teoria da evolução de Charles Darwin. Por esse conceito, o sucesso de um indivíduo é medido pela quantidade de descendentes que ele deixa. Assim, suas características genéticas são deixadas para as gerações seguintes e tendem a se perpetuar na espécie.> > "É como um livro. Se ele é bom, é reeditado várias e várias vezes", comparou Alexandre Courtiol, pesquisador do Instituto Wissenschaftskolleg de Berlim, na Alemanha, um dos autores do estudo.> > Segundo ele, o estudo serve como uma evidência contra a suposição de que a vida em sociedade teria deixado os humanos "imunes" à evolução.> > A pesquisa foi feita com base em dados de cerca de 6 mil finlandeses que viveram entre os anos de 1760 e 1849. As informações mantidas pela Igreja dizem respeito a mortes, nascimentos, casamentos e situação econômica de cada um.> > Foi o suficiente para que a equipe internacional de pesquisadores investigasse o efeito da seleção sexual, analisando o número de filhos de cada indivíduo.> > A equipe de Courtiol chegou à conclusão de que os principais fatores que levaram à variação no sucesso reprodutivo dos indivíduos foram a sobrevivência aos primeiros anos de vida e a fertilidade. A riqueza não provocou diferenças significativas neste aspecto.> > De forma geral, a possibilidade de seleção detectada nesta população humana está de acordo com medições feitas em outras espécies.> > Courtiol afirmou, no entanto, que ainda não é prever como evolução pode afetar o futuro dos seres humanos.>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/05/2012 13:35

Respondendo o resto...

De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 9 de Maio de 2012 9:33
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Alberto, vou responder só parte, pois agora não tenho muito tempo.

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 23:38
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Tuesday, May 08, 2012 8:37 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Oi Belmiro
 
Vou de verde oliva
 
Alberto (msg anterior): Retornamos agora ao ponto de partida, ou seja, aquele do início de nossas discussões . Renovo então as perguntas: Poderia existir uma onda eletromagnética para um observador e não para o outro? Esta onda que estamos aceitando existir em virtude de se manifestar para pelo menos um dos observadores [o observador (1) no caso], contém energia?
 
Belmiro: Poderia. No mesmo exemplo do elevador em queda livre, onde não há emissão de onda eletromagnética, basta aplicar uma forcinha para ajudar na queda. Sendo a aceleração crescente, haverá emissão de radiação observada pelo cínico que aguarda a queda do elevador. Porém, a vítima em seu interior nada percebe. Apenas gruda no teto cada vez mais. A energia transportada pela onda provém da fonte que está impulsionando o elevador pirambeira abaixo.
 
Alberto: Então deixe-me reformular a pergunta: No caso ora em discussão, ou seja, com o elevador em queda livre em um campo gravitacional e mais nenhuma força, poderia existir uma onda eletromagnética para o observador (1) em repouso em terra firme e não para o observador (2) dentro do elevador?
 
Notei que você não aceita a denominação onda eletromagnética quando não há energia, então a pergunta parece sem sentido. Não obstante, não fui eu quem inventoui essa idéia. Quase todos os físicos da atualidade assumem esta modificação no campo, e que se propaga na velocidade c, como sendo uma onda eletromagnética, independentemente de seu conteúdo energético ser nulo ou não. Eu estou apenas seguindo as regras do jogo. Existem coisas bem mais extravagantes do que isso, como aquela a dizer que o zero é um conjunto vazio. Mesmo porque neste caso o conjunto só será vazio em termos de energia. Alguma coisa está se propagando e tal que o observador (1) consegue identificar a passagem dessa alguma coisa pelo seu equipamento, logo este conjunto não é 100% vazio haja vista estar apto a passar uma informação.
 
      Reforço o que já disse. É apelação.
 
Alberto (msg anterior): Se a resposta for sim podemos pensar que esta energia está no espaço, a espera de ser capturada como tal pelo equipamento laboratorial do observador (1) e sem que ele retire nada do movimento da carga, que conservará o seu MRU embalada pela inércia. De onde surgiu esta energia? Sim, porque se a aceleração da carga deu-se às custas do fornecimento de energia mecânica pelo observador (1), esta mesma energia poderá retornar ao sistema pela desaceleração da carga. Ou não?
 
Belmiro: Não há nada de mágico. Se desacelerar a carga, haverá emissão de radiação da mesma forma e cuja energia provirá da ação frenante.
 
Alberto: Creio que a resposta está prejudicada pois estamos considerando coisas diferentes. Veja bem: Eu estou indagando se uma determinada coisa (e que considero na categoria das ondas) poderia ou não conter energia, e você está partindo do pressuposto de que esta coisa não contém energia e, por não conter energia, para você não pode ser onda. Aí você interpreta esta coisa a que chamei de onda como sendo uma outra coisa que tanto para você quanto para mim seria uma onda e esta sim, para você pode conter energia. Ou seja, a confusão babélica está estabelecida Alegre.
 
Alberto (msg anterior): Se a resposta for não, que dizer de uma onda eletromagnética de conteúdo energético nulo? Seria isto possível? Bem, até prova em contrário parece ser esta a opção que nos resta aceitar. O Belmiro (msg 82025) parece já ter concordado, por razões que eu ainda não entendi muito bem, com a ideia de uma onda eletromagnética de conteúdo nulo. A literatura está repleta de explicações bem mais cabeludas do que essa, às vezes até mesmo paradoxais Já citei um artigo muito bom a discutir este assunto mas não custa nada repetir: Does A Uniformly Accelerating Charge Radiate?. Interessante a meu ver é constatarmos neste artigo o contraste dos posicionamentos assumidos por Feynman e Barut e a deixar patente que uma matemática mal fundamentada (ou a apoiar-se em uma teoria física com alicerces frágeis) seria capaz de demonstrar, e de maneira «inquestionável», até mesmo a existência de Papai Noel. 
 
Belmiro: Bem, eu não concordo com a emissão de uma onda com conteúdo energético nulo. Aí para mim é apelação. Ou tem radiação ou não tem. E se tem, tem energia transportada.
 
Alberto: E o que você me diz do observador (1) conseguir detectar esta coisa de conteúdo energético nulo? Que nome vamos dar para esta coisa? Chamemos então esta coisa de merreca, para não confundir com o que para você é onda. A primeira pergunta que fiz acima seria então: Poderia existir uma «merreca eletromagnética» para um observador e não para o outro?
 
       Poderia existir merreca, mostopecir, clausivalência ou qualquer outra coisa que você inventar. O problema é que nada disso você iria detectar com instrumentos. Sou contra dizer que existe onda com conteúdo energético nulo, pois ela seria indetectável. Para mim, uma onda eletromagnética é composta de campos elétricos e magnéticos variáveis no tempo e que se propagam. E se são esses campos, eles são capazes de induzir correntes em meios condutores, e assim transferir energia. Se não são capazes disso, então não são esses campos. Aí são apenas mostopecires eletromagnéticos capazes de gerar jugulências apenas em meios jequitibianos que só podem ser percebidos com esdruxulências.
 
    [],s
 
    Belmiro
 
Alberto (msg anterior): Parece-me ter ficado claro, através do que aqui já discutimos, que não é o PE quem está sendo colocado na berlinda pelo paradoxo da carga acelerada, mas sim o eletromagnetismo como um todo, a incluir as aberrações que gerou (TR e MQ). O PE, interpretado através de uma visão clássica, e até mesmo a incluir a chamada versão forte (a incorporar uma gravitação clássica) parece-me ter vindo para ficar. O mesmo não posso dizer de EM, TR e MQ. Alguma coisa deve ser modificada, e com urgência, no eletromagnetismo; e não tenho dúvidas de que nem a TR nem a MQ sobreviveriam a este impacto.
 
Belmiro: Não estou enxergando o problema que você está.
 
Alberto: Pense por ora apenas nas merrecas Smiley piscando. Se não achar nada estranho nesta assimetria entre os referenciais e relacionada à informação eletromagnética que a merreca transmite, tentarei, nas próximas msgs, evoluir esta idéia com coisas mais palpáveis do ponto de vista energético. Não garanto nada, apenas tentarei.
 
Alberto (msg anterior): Espero agora ter justificado o fato de ter complicado o problema com a introdução de um mhs. Pois até prova em contrário, a onda eletromagnética produzida por uma carga em mhs deve transportar energia, e o Hertz que o diga.
 
Belmiro: Sim.
 
Alberto (msg anterior): Mas se um observador em mhs junto com a carga também não consegue detectar esta onda, como já foi assumido por muitos aqui na Ciencialist, isto por um lado significa a salvação do PE; mas, por outro, o problema parece persistir através de uma de suas facetas. Como justificar a existência de energia no espaço de um dos observadores, e a tornar-se independente da carga que a emitiu, se no espaço do outro observador não existe nada equivalente? Será que a única maneira seria apelarmos para a desconexão causal da relatividade «moderna» (apud Minkowski)?
 
Belmiro: Mas a energia existe nos dois referenciais. Apenas sob aspectos diferentes. Eletromagnética para o voyer e mecânica para o coitado que está empurrando o elevador para baixo.
 
Alberto: Neste caso o elevador não está sendo empurrado para baixo e sim oscilando (ora indo para baixo, ora indo para cima). Mas este é um caso que deixarei para discutir na próxima msg. Digo apenas que a energia que vai para o espaço deve-se ao freamento da carga (reação de radiação) e esta energia deve ser continuamente reposta na forma de energia mecânica ao sistema e pelo observador (1), aquele que está em repouso [ou então pelo campo gravitacional, no caso equivalente, mas que de qualquer forma deveria também ser reposta aos agentes do campo]. Esta energia que o observador (1) [ou o campo] está acrescentando continuamente ao sistema, pelo menos em teoria, é uma energia totalmente recuperável, pois está na forma de energia da «onda» eletromagnética. O observador (2) sequer percebe que esta reposição está acontecendo. Apenas a carga deve «sentir» alguma coisa, tanto é que transmite algo que é captável no referencial em repouso, mas sequer consegue transmitir esta «sensação» para o equipamento do observador (2), que oscila junto com a carga. Do ponto de vista energético o balanço se fecha nos dois referenciais. O problema está no balanço informacional. O espaço do observador (1) contém uma informação que não está presente no espaço do observador (2). Segundo a métrica do Minkowski isto se deve ao fato do observador (2) estar desconectado causalmente do efeito que está originando esta informação. Eu já gostaria de encontrar uma explicação menos estratosférica e mais clássica, e que não se apoiasse na constância absoluta (no sentido de independer do referencial) da velocidade da luz.
 
     Não vejo nenhum problema nisso. O campo elétrico, que permanece imutável para o observador 2, atua como um intermediador na transferência de energia do sistema em movimento para o sistema do observador 1. A carga não transfere energia nenhuma e tampouco recebe a reposição desta. Vou lhe passar um problema de eletromagnetismo para você desenferrujar e que lhe trará umm paralelo com o problema em questão. Imagine um campo magnético com linhas de força na vertical, intensidade B. Sobre esse campo dois trilhos paralelos distam "l" um do outro sendo que em uma das extremidade uma resistência de valor R é conectada. Na outra extremidade , um condutor desliza sobre os trilhos em direção à resistência. Provar que a energia dissipada na resistência em um trecho "x" é igual à energia despendida para mover o condutor deslizante. Se você conseguir provar, verá que o campo magnético B não sofreu nenhum desgaste. Ele apenas atuou como um intermediador na transferência de energia para a resistência.
      Agora, deixa eu ir averiguar que dívida é esta que fizeram em meu nome com meu CPF na Nextell no valor de R$ 10.115,00. Espero que meu nome ainda não esteja no Seproc e Serasa.
 
      Um abraço,
 
      Belmiro
 
    
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
 



SUBJECT: Bases experimentais da teoria da relatividade especial.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/05/2012 13:39

Alberto,

 

Conforme você pediu, e eu lhe prometi, em anexo, duas tabelas com os dados resultantes de experimentos em diversas teorias.

Disse que ia lhe em pvt. Mas como deu um trabalho danado para transcrever, e como você não é egoísta, mudo minha palavra: estou mandando para todos. Alguns têm interesse nisso. Certa ocasião, se não me falha a memória, já postei, para o Hélio, parte da primeira das tabelas.

Estas tabelas estão também transcritas e comentadas naquele livro Introdução à teoria da relatividade, do Resnick. O problema é que não tenho mais este livro*, daí usar o especificado no anexo.  Emprestei-o, uma vez.  A um professor de física,  que “esqueceu”  da competente e necessária devolução.

 

*Sobre esta obra, alerto aos menos preparados, que resolvam estudá-lo, o seguinte:  lá na parte  eletrodinâmica há diversas páginas com erros gráficos,  na grafia das equações, e até índices trocados.  Isto pode produzir confusão.  Se não conhece eletrodinâmica, então sugiro que nem vá por lá.  Você pode acabar nunca mais entendendo nada.  Contudo, não sei se foram feitas correções após aquela edição. Até parece que naquele tempo a editora não fazia revisões para corrigir eventuais erros gráficos... fora isso, é um livro de básico para mais, em relatividade especial, com alguns bons enxertos históricos, comentados,  e uma boa bibliografia para cada capítulo.  Notabiliza-se pela excelente exposição didática e pela grande quantidade de questões teóricas e problemas.

 

Sugestão: comentários sobre os resultados experimentais.

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/05/2012 16:09

Olá Belmiro
 
Vou responder a sua msg na ordem inversa.
 
Em primeiro, só tenho a lamentar a «dívida» que lhe impuseram e fico aqui na torcida para que tudo se esclareça da melhor maneira possível.
 
Quanto ao problema que você sugeriu, ele é bastante supimpa e tentarei resolvê-lo assim que concluir as minhas ideias atuais. De qualquer forma, segue aquela linha tão bem explorada por Maxwell quando concluiu os fundamentos de sua teoria. Creio que pouquíssimas vezes o homem chegou a ter insights tão relevantes quanto aquele que levou Maxwell a perceber a existência de correntes de deslocamento, chegando assim à generalização da lei de Ampère. Acho apenas que não deveríamos nos contentar com o brilhantismo da ideia em si, mas tentar ir além a ponto de procurar decifrar o que reside por trás disso. O próprio Maxwell gastou muitas páginas de sua obra procurando levantar problemas desse tipo e a associarem-se não apenas a esta mas a muitas outras de suas ideias.
 
Quanto a sua relutância em aceitar a existência de ondas eletromagnéticas de conteúdo nulo de energia, não há muito o que dizer a não ser que respeito o seu posicionamento, mas não concordo que isto seja uma apelação. Do contrário estaria considerando como apelação o próprio conceito matemático de limite. Pois se uma carga, com aceleração variável no tempo, emite onda eletromagnética de conteúdo energético não nulo, não vejo apelação nenhuma em considerar que no limite (quando a aceleração tende à constância), aquilo que ainda consigo enxergar seja uma onda eletromagnética, mesmo que o seu conteúdo energético seja nulo (e constatável pelo próprio limite). Mesmo porque, e como vimos, nesta situação limite conseguimos ainda captar alguma coisa referente à propagação das alterações do campo em todos os referenciais, exceto em um (e que não deixa de ser também um referencial limite).
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
 
Sent: Wednesday, May 09, 2012 1:35 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Respondendo o resto...
 
De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 9 de Maio de 2012 9:33
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Alberto, vou responder só parte, pois agora não tenho muito tempo.
 
De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 23:38
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Tuesday, May 08, 2012 8:37 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Oi Belmiro
 
Vou de verde oliva
 
Alberto (msg anterior): Retornamos agora ao ponto de partida, ou seja, aquele do início de nossas discussões . Renovo então as perguntas: Poderia existir uma onda eletromagnética para um observador e não para o outro? Esta onda que estamos aceitando existir em virtude de se manifestar para pelo menos um dos observadores [o observador (1) no caso], contém energia?
 
Belmiro: Poderia. No mesmo exemplo do elevador em queda livre, onde não há emissão de onda eletromagnética, basta aplicar uma forcinha para ajudar na queda. Sendo a aceleração crescente, haverá emissão de radiação observada pelo cínico que aguarda a queda do elevador. Porém, a vítima em seu interior nada percebe. Apenas gruda no teto cada vez mais. A energia transportada pela onda provém da fonte que está impulsionando o elevador pirambeira abaixo.
 
Alberto: Então deixe-me reformular a pergunta: No caso ora em discussão, ou seja, com o elevador em queda livre em um campo gravitacional e mais nenhuma força, poderia existir uma onda eletromagnética para o observador (1) em repouso em terra firme e não para o observador (2) dentro do elevador?
 
Notei que você não aceita a denominação onda eletromagnética quando não há energia, então a pergunta parece sem sentido. Não obstante, não fui eu quem inventoui essa idéia. Quase todos os físicos da atualidade assumem esta modificação no campo, e que se propaga na velocidade c, como sendo uma onda eletromagnética, independentemente de seu conteúdo energético ser nulo ou não. Eu estou apenas seguindo as regras do jogo. Existem coisas bem mais extravagantes do que isso, como aquela a dizer que o zero é um conjunto vazio. Mesmo porque neste caso o conjunto só será vazio em termos de energia. Alguma coisa está se propagando e tal que o observador (1) consegue identificar a passagem dessa alguma coisa pelo seu equipamento, logo este conjunto não é 100% vazio haja vista estar apto a passar uma informação.
 
      Reforço o que já disse. É apelação.
 
Alberto (msg anterior): Se a resposta for sim podemos pensar que esta energia está no espaço, a espera de ser capturada como tal pelo equipamento laboratorial do observador (1) e sem que ele retire nada do movimento da carga, que conservará o seu MRU embalada pela inércia. De onde surgiu esta energia? Sim, porque se a aceleração da carga deu-se às custas do fornecimento de energia mecânica pelo observador (1), esta mesma energia poderá retornar ao sistema pela desaceleração da carga. Ou não?
 
Belmiro: Não há nada de mágico. Se desacelerar a carga, haverá emissão de radiação da mesma forma e cuja energia provirá da ação frenante.
 
Alberto: Creio que a resposta está prejudicada pois estamos considerando coisas diferentes. Veja bem: Eu estou indagando se uma determinada coisa (e que considero na categoria das ondas) poderia ou não conter energia, e você está partindo do pressuposto de que esta coisa não contém energia e, por não conter energia, para você não pode ser onda. Aí você interpreta esta coisa a que chamei de onda como sendo uma outra coisa que tanto para você quanto para mim seria uma onda e esta sim, para você pode conter energia. Ou seja, a confusão babélica está estabelecida Alegre.
 
Alberto (msg anterior): Se a resposta for não, que dizer de uma onda eletromagnética de conteúdo energético nulo? Seria isto possível? Bem, até prova em contrário parece ser esta a opção que nos resta aceitar. O Belmiro (msg 82025) parece já ter concordado, por razões que eu ainda não entendi muito bem, com a ideia de uma onda eletromagnética de conteúdo nulo. A literatura está repleta de explicações bem mais cabeludas do que essa, às vezes até mesmo paradoxais Já citei um artigo muito bom a discutir este assunto mas não custa nada repetir: Does A Uniformly Accelerating Charge Radiate?. Interessante a meu ver é constatarmos neste artigo o contraste dos posicionamentos assumidos por Feynman e Barut e a deixar patente que uma matemática mal fundamentada (ou a apoiar-se em uma teoria física com alicerces frágeis) seria capaz de demonstrar, e de maneira «inquestionável», até mesmo a existência de Papai Noel. 
 
Belmiro: Bem, eu não concordo com a emissão de uma onda com conteúdo energético nulo. Aí para mim é apelação. Ou tem radiação ou não tem. E se tem, tem energia transportada.
 
Alberto: E o que você me diz do observador (1) conseguir detectar esta coisa de conteúdo energético nulo? Que nome vamos dar para esta coisa? Chamemos então esta coisa de merreca, para não confundir com o que para você é onda. A primeira pergunta que fiz acima seria então: Poderia existir uma «merreca eletromagnética» para um observador e não para o outro?
 
       Poderia existir merreca, mostopecir, clausivalência ou qualquer outra coisa que você inventar. O problema é que nada disso você iria detectar com instrumentos. Sou contra dizer que existe onda com conteúdo energético nulo, pois ela seria indetectável. Para mim, uma onda eletromagnética é composta de campos elétricos e magnéticos variáveis no tempo e que se propagam. E se são esses campos, eles são capazes de induzir correntes em meios condutores, e assim transferir energia. Se não são capazes disso, então não são esses campos. Aí são apenas mostopecires eletromagnéticos capazes de gerar jugulências apenas em meios jequitibianos que só podem ser percebidos com esdruxulências.
 
    [],s
 
    Belmiro
 
Alberto (msg anterior): Parece-me ter ficado claro, através do que aqui já discutimos, que não é o PE quem está sendo colocado na berlinda pelo paradoxo da carga acelerada, mas sim o eletromagnetismo como um todo, a incluir as aberrações que gerou (TR e MQ). O PE, interpretado através de uma visão clássica, e até mesmo a incluir a chamada versão forte (a incorporar uma gravitação clássica) parece-me ter vindo para ficar. O mesmo não posso dizer de EM, TR e MQ. Alguma coisa deve ser modificada, e com urgência, no eletromagnetismo; e não tenho dúvidas de que nem a TR nem a MQ sobreviveriam a este impacto.
 
Belmiro: Não estou enxergando o problema que você está.
 
Alberto: Pense por ora apenas nas merrecas Smiley piscando. Se não achar nada estranho nesta assimetria entre os referenciais e relacionada à informação eletromagnética que a merreca transmite, tentarei, nas próximas msgs, evoluir esta idéia com coisas mais palpáveis do ponto de vista energético. Não garanto nada, apenas tentarei.
 
Alberto (msg anterior): Espero agora ter justificado o fato de ter complicado o problema com a introdução de um mhs. Pois até prova em contrário, a onda eletromagnética produzida por uma carga em mhs deve transportar energia, e o Hertz que o diga.
 
Belmiro: Sim.
 
Alberto (msg anterior): Mas se um observador em mhs junto com a carga também não consegue detectar esta onda, como já foi assumido por muitos aqui na Ciencialist, isto por um lado significa a salvação do PE; mas, por outro, o problema parece persistir através de uma de suas facetas. Como justificar a existência de energia no espaço de um dos observadores, e a tornar-se independente da carga que a emitiu, se no espaço do outro observador não existe nada equivalente? Será que a única maneira seria apelarmos para a desconexão causal da relatividade «moderna» (apud Minkowski)?
 
Belmiro: Mas a energia existe nos dois referenciais. Apenas sob aspectos diferentes. Eletromagnética para o voyer e mecânica para o coitado que está empurrando o elevador para baixo.
 
Alberto: Neste caso o elevador não está sendo empurrado para baixo e sim oscilando (ora indo para baixo, ora indo para cima). Mas este é um caso que deixarei para discutir na próxima msg. Digo apenas que a energia que vai para o espaço deve-se ao freamento da carga (reação de radiação) e esta energia deve ser continuamente reposta na forma de energia mecânica ao sistema e pelo observador (1), aquele que está em repouso [ou então pelo campo gravitacional, no caso equivalente, mas que de qualquer forma deveria também ser reposta aos agentes do campo]. Esta energia que o observador (1) [ou o campo] está acrescentando continuamente ao sistema, pelo menos em teoria, é uma energia totalmente recuperável, pois está na forma de energia da «onda» eletromagnética. O observador (2) sequer percebe que esta reposição está acontecendo. Apenas a carga deve «sentir» alguma coisa, tanto é que transmite algo que é captável no referencial em repouso, mas sequer consegue transmitir esta «sensação» para o equipamento do observador (2), que oscila junto com a carga. Do ponto de vista energético o balanço se fecha nos dois referenciais. O problema está no balanço informacional. O espaço do observador (1) contém uma informação que não está presente no espaço do observador (2). Segundo a métrica do Minkowski isto se deve ao fato do observador (2) estar desconectado causalmente do efeito que está originando esta informação. Eu já gostaria de encontrar uma explicação menos estratosférica e mais clássica, e que não se apoiasse na constância absoluta (no sentido de independer do referencial) da velocidade da luz.
 
     Não vejo nenhum problema nisso. O campo elétrico, que permanece imutável para o observador 2, atua como um intermediador na transferência de energia do sistema em movimento para o sistema do observador 1. A carga não transfere energia nenhuma e tampouco recebe a reposição desta. Vou lhe passar um problema de eletromagnetismo para você desenferrujar e que lhe trará umm paralelo com o problema em questão. Imagine um campo magnético com linhas de força na vertical, intensidade B. Sobre esse campo dois trilhos paralelos distam "l" um do outro sendo que em uma das extremidade uma resistência de valor R é conectada. Na outra extremidade , um condutor desliza sobre os trilhos em direção à resistência. Provar que a energia dissipada na resistência em um trecho "x" é igual à energia despendida para mover o condutor deslizante. Se você conseguir provar, verá que o campo magnético B não sofreu nenhum desgaste. Ele apenas atuou como um intermediador na transferência de energia para a resistência.
      Agora, deixa eu ir averiguar que dívida é esta que fizeram em meu nome com meu CPF na Nextell no valor de R$ 10.115,00. Espero que meu nome ainda não esteja no Seproc e Serasa.
 
      Um abraço,
 
      Belmiro
 
    
 
[ ]´s
Alberto
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Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/05/2012 18:30

Continuação da msg 82113:
From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Tuesday, May 08, 2012 12:17 AM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 

AS ou Ante Scriptum: Três notas de rodapé [identificadas por (*)] foram colocadas não no rodapé da mensagem mas logo abaixo do parágrafo a que se referem.

Pelo menos sob o meu ponto de vista, o paradoxo da carga acelerada, para o caso da aceleração constante, deixou algumas dúvidas relacionadas à teoria eletromagnética que ora estamos aceitando como correta. Mas o princípio da equivalência (PE) resistiu com galhardia. Vejamos agora o caso de acelerações não constantes.

A carga em MHS parece-me ser o caso ideal, porque a «onda» eletromagnética que é aí produzida é exatamente igual àquela descrita nos livros didáticos. Corresponde à «onda» que, em teoria, é produzida nos «osciladores» de Planck (*); ou então, e na prática, no equipamento utilizado por Hertz (onda esta que acabou sendo conotada por hertziana).

(*) Osciladores de Planck seriam, por exemplo, os elétrons a oscilarem em MHS no modelo de átomo em pudim de passas de Thomson.


Espera-se neste caso a constatação de um freamento da carga, sendo necessário o fornecimento contínuo de energia mecânica se quisermos manter o MHS. Este freamento corresponde ao que é chamado por reação de radiação. Parece não haver dúvidas de que a carga converte parte da energia mecânica que está sendo fornecida continuamente a ela em energia eletromagnética. Esta energia é transmitida para o espaço na forma do que se convencionou chamar «onda» eletromagnética. Esta energia eletromagnética pode, em teoria, ser totalmente captada por equipamentos especiais situados no referencial do observador (1) em repouso.

O observador (2), que acompanha a oscilação da carga, «enxerga» o campo elétrico como se a carga estivesse em repouso. A disposição do campo é igual àquela observada na figura 16 da msg anterior, obviamente sem as circunferências temporais (verdes). Os equipamentos deste observador não conseguem identificar a «onda», logo não será possível captar esta energia que existe apenas em outros referenciais. Percebam, no entanto, que isto é o que seria de se esperar utilizando-se o princípio da equivalência. Este dado por si só não é paradoxal pois compatibiliza-se com a conservação de energia.

A onda eletromagnética transmite portanto uma informação que não se mostra para o observador (2), a exemplo do que acontecia no caso mais simples (carga em queda livre ou equivalente). Outra parte da energia mecânica fornecida para manter o MHS é transformada em calor (*) e esta sim, pode ser evidenciada nos dois referenciais. Isto não acrescenta muita coisa pois o observador (2) sente a oscilação, logo ele sabe o que está ocorrendo com ele, devendo saber também que uma onda eletromagnética está sendo emitida, podendo ser captada em outros referenciais. Este calor liberado serve apenas como uma informação adicional. O observador (2) somente não sabe a causa desta oscilação, ou seja, se é de natureza mecânica ou gravitacional.

(*) Em se tratando de uma experiência de pensamento, poderíamos pensar em uma carga assentada em material supercondutor. A emissão desta onda retrataria, neste caso, um processo ideal, ou seja, com irradiação zero de calor.


Restaria apenas explicar a questão relativística sob o ponto de vista do observador (2). Mas isto já foi comentado na msg 81974. O que foi dito lá é, a meu ver, mais do que suficiente para evidenciar a importância epistemológica da versão MHS do paradoxo da carga acelerada. Não só para o eletromagnetismo mas para toda a física. E, com efeito, a física «moderna» está fortemente enraizada na aceitação do EM de Maxwell. Coerentemente com esta aceitação e ao fato da física clássica não conseguir explicar determinadas experiências (Michelson-Morley e radiação do corpo negro), optou-se (*) pela negação do relativismo clássico.

(*) Esta opção está explícita no livro que Einstein escreveu em parceria com Infeld.


A versão MHS do paradoxo serve para, seguindo as regras estabelecidas por Maxwell, constatar-se a fragilidade do próprio conceito de referencial inercial, haja vista que ele acaba se mostrando para nós como um conceito relativo. Que dizer então da relatividade «moderna» que apoia-se fortemente neste conceito relativo? Conseguiria esta mesma relatividade associar-se à ideia de movimento absoluto? Pois, a meu ver, o estar em movimento absoluto é uma das poucas (senão a única) certezas que o observador (2) consegue extrair desta experiência [para mais detalhes vide a msg 81974]. É neste sentido que eu digo que alguma coisa deve ser modificada no EM de Maxwell, afim de que ele consiga se compatibilizar por um lado com as certezas que ele próprio nos impõe e decorrentes da aplicação de seus ensinamentos básicos (a teoria eletromagnética de Maxwell propriamente dita); e, por outro lado, com as dúvidas surgidas quando se expande este eletromagnetismo, no sentido de tentar explicar o que seriam essas ondas eletromagnéticas que temos discutido (ou seja, quando se leva em consideração também a teoria eletromagnética da luz de Maxwell). Sim, porque a primeira é uma teoria completa, no sentido epistemológico do termo, enquanto a segunda, para citar uma expressão popular, é uma teoria que «corre por fora» e que sequer chegou a ser concluída por Maxwell. Surge nos quatro últimos capítulos de seu Tratado quase como um Apêndice. E esta teoria não chegou a ser concluída justamente porque faltou a Maxwell dados experimentais que seriam exatamente aqueles observados por essas experiências citadas acima e a se incompatibilizarem com a física clássica.

Bem, dou por encerrada minhas argumentações no que diz respeito ao item 4 da proposta original (temas a serem discutidos - vide msg 81914). Resta apenas mais um item, qual seja: 5) Questões relacionadas ao agente emissor dessas ondas eletromagnéticas, qual seja, à carga elétrica em questão, bem como à reposição energética, quando for o caso (emissão de energia radiante). A rigor faltaria apenas a primeira parte (questões relacionadas ao agente emissor) pois o problema da reposição energética surge apenas como um assunto paralelo além do que já a ser aqui comentado. O que falta será então tema da próxima msg sequencial.

PS: Esta msg segue um roteiro pré-estabelecido e portanto é uma continuação das msgs citadas abaixo. As demais msgs de minha autoria e postadas nesta thread relacionam-se aos questionamentos apresentados pelos demais participantes do debate. Clicando-se nas msgs abaixo chega-se à página web correspondente e as réplicas ou tréplicas estarão no rodapé destas páginas web.

1) msg 81845: Apresentando a versão do paradoxo da carga acelerada para o caso da carga estar em mhs.
2)
msg 81914: Propostas de campos gravitacionais oscilantes (experiências de pensamento). Sugestão e ordenação temática.
3)
msg 81928: O paradoxo no caso da queda livre (aceleração constante).
4)
msg 81974: O paradoxo no caso mhs equivalente à queda livre (ou na oscilação livre).
5)
msg 81995: Sobre as resoluções apresentadas pelos físicos «modernos».
6)
msg 81999: Sobre a energia dos campos eletromagnéticos.
7)
msg 82029: Sobre hipotéticos agentes do campo propagando-se pelo aether.
8)
msg 82077: Sobre a visão ondulatório mecanicista da propagação de entidades eletromagnéticas através do aether.
9) msg 82113:
Sobre a onda eletromagnética emitida por uma carga com aceleração constante.
Anexo:
msg 82050
: O efeito Doppler e as teorias de emissão

 
 
 

SUBJECT: Como um olho enxerga a si mesmo?
FROM: Kentaro Mori <kentaro.mori@gmail.com>
TO: undisclosed-recipients:;
BCC: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 10/05/2012 13:50

Veja diretamente os vasos sanguíneos dentro de seus olhos – sem nenhum perigo, apenas balançando os dedos na frente do rosto. E descubra de quebra nesta coluna “Dúvida Razoável” como isso só é possível porque eles foram resultado de um projeto não muito inteligente.

Esta não é uma pegadinha, e pode ser feita em dois minutos. Aprenda e veja dentro de seus olhos na continuação!

Ver os vasos sanguíneos da retina, comofas?

Tudo de que você vai precisar são olhos, dedos e de preferência uma superfície branca luminosa uniforme – pode ser o monitor do computador à sua frente em uma página branca, ou mesmo uma parede branca bem iluminada.

visão curiosidades ciência  Como um olho enxerga a si mesmo?

Forme com seus dedos um pequeno buraco através do qual você irá observar a superfície branca. O buraco não pode ser muito grande, um diâmetro um pouco maior do que 5 milímetros é o ideal. Acima, um buraco triangular formado encostando o polegar no indicador, completado pelo dedo médio. Você também pode fazer um buraco quadrado, dobrando o indicador contra o dedo médio.

visão curiosidades ciência  Como um olho enxerga a si mesmo?

Agora observe a superfície branca através deste buraco, colocado em torno de 4 centímetros de seu olho. Seus dedos aparecerão desfocados – a distância é inferior à distância em que o olho consegue focar objetos – mas este ainda não é o segredo. O segredo é então balançar sua mão em movimentos pequenos – de 1 centímetro ou menos, com a mesma amplitude aproximada do próprio diâmetro – e rápidos. O objetivo é fazer com que o vão luminoso de seus dedos se alterne rapidamente entre claro e escuro.

visão curiosidades ciência  Como um olho enxerga a si mesmo?

Se você fizer tudo certo, verá algumas tênues linhas mais escuras no vão entre seus dedos, lembrando muitos galhos de árvores ou mesmo um vidro quebrado. Isso não é ilusão ou imaginação, você não está enxergando mal. Está enxergando bem, pois são os vasos sanguíneos distribuídos sobre a retina, no fundo de seu olho. Eles a alimentam e o padrão que lembra galhos é conhecido como árvore de Purkinje. Seu olho está enxergando dentro de si mesmo!

visão curiosidades ciência  Como um olho enxerga a si mesmo?

Note, por exemplo, que não há praticamente nenhum vaso sanguíneo bem no centro de seu campo visual, a fóvea, que tem a melhor acuidade visual. Depois que você pegar o jeito, conseguirá em segundos ver os vasos sanguíneos de qualquer de seus olhos.

Dentro de um olho ao avesso

Como é possível que o olho enxergue a si mesmo? A culpa é da Natureza. A bem da verdade o que você viu não foram diretamente os vasos sanguíneos no fundo de seu olho, foi a sombra que eles fazem sobre a retina. E aqui está a trollagem do mundo natural: os vasos sanguíneos de nossos olhos passam por cima da camada sensível à luz da retina, e estão constantemente fazendo sombra sobre ela. Eles estão ao avesso.

visão curiosidades ciência  Como um olho enxerga a si mesmo?

É como se o sensor de sua câmera digital tivesse todos os fios da bateria passando na parte da frente, bloqueando a luz, e não na parte de trás. Ou como se todo o encanamento e fiação das paredes de sua casa ficassem expostos, do lado de fora das paredes. Eles sempre estão bloqueando a luz, formando um padrão de sombra, e pode-se entender que toda foto tomada por uma câmera assim exiba o padrão dos fios.

Esta é uma das evidências do Design Estúpido – isto é, se fomos projetados por um Criador, ele tomou decisões de projeto definitivamente pouco inteligentes. A Evolução, ao invés, explica como mesmo um olho “mau projetado” em que as veias passam sobre a retina ainda é melhor do que nenhum olho, e fazer as camadas de tecido de um olho virar ao contrário, embora soe como algo simples a um ser inteligente, é um monte improvável muito alto para os pequenos passos da evolução. Todos nós vertebrados temos estes olhos que só estão “ao avesso” a um projetista inteligente, à natureza eles são simplesmente uma enorme variedade de olhos que funcionam.

Apenas não tão bem quanto os olhos das lulas, que surgiram em uma linhagem evolutiva diferente e tiveram a sorte de que em seus olhos a fiação passa do lado “certo”. Com isso, não têm pontos cegos.

visão curiosidades ciência  Como um olho enxerga a si mesmo?

Lulas não podem brincar de enxergar a sombra dos vasos sanguíneos dentro de seus olhos. Ou, pequeno detalhe, ver cores.

Isso non Purkinje

Talvez tudo isso deva parecer uma grande piada, afinal, se os vasos sanguíneos realmente passam sobre a retina e sempre estão projetando sombras, por que não os vemos… sempre? Por que é preciso balançar os dedos em frente aos olhos para conseguir enxergá-los?

A resposta, seu cérebro e como você poderá enxergar células dentro de seu olho, na próxima coluna!


SUBJECT: Entrevista com Leonard Mlodinow
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/05/2012 14:55

A quem possa interessar:

Entrevista com o físico Leonard Mlodinow (publicada na revista Ciência
Hoje - edição 289 - janeiro-fevereiro/2012):

http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2012/289/pdf_aberto/entrevista289.pdf


Paulo


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/05/2012 15:49

Oi Alberto.

De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 9 de Maio de 2012 16:09
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Olá Belmiro
 
Vou responder a sua msg na ordem inversa.
 
Em primeiro, só tenho a lamentar a «dívida» que lhe impuseram e fico aqui na torcida para que tudo se esclareça da melhor maneira possível.
 
       Tudo bem, meu nome está no Serasa, mas não deve ficar por muito tempo.
 
Quanto ao problema que você sugeriu, ele é bastante supimpa e tentarei resolvê-lo assim que concluir as minhas ideias atuais. De qualquer forma, segue aquela linha tão bem explorada por Maxwell quando concluiu os fundamentos de sua teoria. Creio que pouquíssimas vezes o homem chegou a ter insights tão relevantes quanto aquele que levou Maxwell a perceber a existência de correntes de deslocamento, chegando assim à generalização da lei de Ampère. Acho apenas que não deveríamos nos contentar com o brilhantismo da ideia em si, mas tentar ir além a ponto de procurar decifrar o que reside por trás disso. O próprio Maxwell gastou muitas páginas de sua obra procurando levantar problemas desse tipo e a associarem-se não apenas a esta mas a muitas outras de suas ideias.
 
     De fato. Inicialmente ele tentou analogias mecânicas a explicar a corrente de deslocamento, o que eu acho fantástico e muito coerente. Os deslocamentos orbitais nas moléculas dos dielétricos sujeitos a um campo elétrico alternado realmente constituem uma corrente elétrica a atravessar uma seção transversal qualquer perpendicular ao campo aplicado. Essa explicação seria mais do que suficiente para explicar o incremento do campo magnético nesta situação. Infelizmente (ou felizmente) esse mesmo incremento é percebido no vácuo, onde não há deslocamento de coisa alguma. Aí o efeito observado não necessita de movimento real de cargas para se manifestar.
 
Quanto a sua relutância em aceitar a existência de ondas eletromagnéticas de conteúdo nulo de energia, não há muito o que dizer a não ser que respeito o seu posicionamento, mas não concordo que isto seja uma apelação. Do contrário estaria considerando como apelação o próprio conceito matemático de limite. Pois se uma carga, com aceleração variável no tempo, emite onda eletromagnética de conteúdo energético não nulo, não vejo apelação nenhuma em considerar que no limite (quando a aceleração tende à constância), aquilo que ainda consigo enxergar seja uma onda eletromagnética, mesmo que o seu conteúdo energético seja nulo (e constatável pelo próprio limite). Mesmo porque, e como vimos, nesta situação limite conseguimos ainda captar alguma coisa referente à propagação das alterações do campo em todos os referenciais, exceto em um (e que não deixa de ser também um referencial limite).
 
     Também respeito o seu posicionamento mas discordo com veemência. Não é uma situação onde passa-se ao limite. São situações distintas. Se você concorda com aquilo que eu chamo de Princípio do Equilíbrio, e que você já fez menção que sim, então deve também concordar com o meu raciocínio. Um campo magnético variável cria um campo elétrico induzido com a finalidade deste poder criar uma corrente que produza um campo magnético que se oponha às variações do campo magnético que lhe originou (Lei de Lenz). Dependendo do tipo de variação deste campo magnético inicial, o campo elétrico induzido poderá ou não ser variável no tempo. Por exemplo, se o campo magnético variar linearmente, o campo elétrico induzido será constante, pois a derivada de uma função linear é uma constante. Qualquer outro tipo de variação do campo magnético inicial acarretará campo elétrico induzido variável no tempo. E é aí que a porca torce o rabo. O campo elétrico induzido surgiu justamente para preservar o equilíbrio rompido pela variação do campo magnético. Não obstante, o próprio campo elétrico induzido é agora uma fonte de desequilíbrio, que "precisa" ser contornado com a criação de um outro campo magnético que crie outro campo elétrico para se opor às variações do anterior. E a coisa continua ad eternum. Já naquela situação de campo magnético inicial com variação linear, o campo elétrico induzido é constante. Não há desequilíbrio. A coisa morre por aí. Não é criada uma onda eletromagnética.
     Agora, talvez seja um problema de semântica. Se você chama de onda eletromagnética, a propagação de um campo elétrico *ou* magnético no espaço, aí eu concordo com onda com carga energética nula. No entanto, há uma grande diferença. Esses campos decaem rapidamente e zeram no infinito. Ao contrário, uma onda eletromagnética num meio sem perdas não sofre atenuação e mantém sempre a mesma intensidade dos campos.
 
     [],s
 
     Belmiro
 
     Mas, indiferentemente a tudo isso, o cara que usou o meu CPF é um grandíssimo filho de uma p*ta.
 
[ ]´sAlbertohttp://ecientificocultural.com.br Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétricacoulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
 
Sent: Wednesday, May 09, 2012 1:35 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Respondendo o resto...
 
De: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 9 de Maio de 2012 9:33
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Alberto, vou responder só parte, pois agora não tenho muito tempo.
 
De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 23:38
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Tuesday, May 08, 2012 8:37 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Oi Belmiro
 
Vou de verde oliva
 
Alberto (msg anterior): Retornamos agora ao ponto de partida, ou seja, aquele do início de nossas discussões . Renovo então as perguntas: Poderia existir uma onda eletromagnética para um observador e não para o outro? Esta onda que estamos aceitando existir em virtude de se manifestar para pelo menos um dos observadores [o observador (1) no caso], contém energia?
 
Belmiro: Poderia. No mesmo exemplo do elevador em queda livre, onde não há emissão de onda eletromagnética, basta aplicar uma forcinha para ajudar na queda. Sendo a aceleração crescente, haverá emissão de radiação observada pelo cínico que aguarda a queda do elevador. Porém, a vítima em seu interior nada percebe. Apenas gruda no teto cada vez mais. A energia transportada pela onda provém da fonte que está impulsionando o elevador pirambeira abaixo.
 
Alberto: Então deixe-me reformular a pergunta: No caso ora em discussão, ou seja, com o elevador em queda livre em um campo gravitacional e mais nenhuma força, poderia existir uma onda eletromagnética para o observador (1) em repouso em terra firme e não para o observador (2) dentro do elevador?
 
Notei que você não aceita a denominação onda eletromagnética quando não há energia, então a pergunta parece sem sentido. Não obstante, não fui eu quem inventoui essa idéia. Quase todos os físicos da atualidade assumem esta modificação no campo, e que se propaga na velocidade c, como sendo uma onda eletromagnética, independentemente de seu conteúdo energético ser nulo ou não. Eu estou apenas seguindo as regras do jogo. Existem coisas bem mais extravagantes do que isso, como aquela a dizer que o zero é um conjunto vazio. Mesmo porque neste caso o conjunto só será vazio em termos de energia. Alguma coisa está se propagando e tal que o observador (1) consegue identificar a passagem dessa alguma coisa pelo seu equipamento, logo este conjunto não é 100% vazio haja vista estar apto a passar uma informação.
 
      Reforço o que já disse. É apelação.
 
Alberto (msg anterior): Se a resposta for sim podemos pensar que esta energia está no espaço, a espera de ser capturada como tal pelo equipamento laboratorial do observador (1) e sem que ele retire nada do movimento da carga, que conservará o seu MRU embalada pela inércia. De onde surgiu esta energia? Sim, porque se a aceleração da carga deu-se às custas do fornecimento de energia mecânica pelo observador (1), esta mesma energia poderá retornar ao sistema pela desaceleração da carga. Ou não?
 
Belmiro: Não há nada de mágico. Se desacelerar a carga, haverá emissão de radiação da mesma forma e cuja energia provirá da ação frenante.
 
Alberto: Creio que a resposta está prejudicada pois estamos considerando coisas diferentes. Veja bem: Eu estou indagando se uma determinada coisa (e que considero na categoria das ondas) poderia ou não conter energia, e você está partindo do pressuposto de que esta coisa não contém energia e, por não conter energia, para você não pode ser onda. Aí você interpreta esta coisa a que chamei de onda como sendo uma outra coisa que tanto para você quanto para mim seria uma onda e esta sim, para você pode conter energia. Ou seja, a confusão babélica está estabelecida Alegre.
 
Alberto (msg anterior): Se a resposta for não, que dizer de uma onda eletromagnética de conteúdo energético nulo? Seria isto possível? Bem, até prova em contrário parece ser esta a opção que nos resta aceitar. O Belmiro (msg 82025) parece já ter concordado, por razões que eu ainda não entendi muito bem, com a ideia de uma onda eletromagnética de conteúdo nulo. A literatura está repleta de explicações bem mais cabeludas do que essa, às vezes até mesmo paradoxais Já citei um artigo muito bom a discutir este assunto mas não custa nada repetir: Does A Uniformly Accelerating Charge Radiate?. Interessante a meu ver é constatarmos neste artigo o contraste dos posicionamentos assumidos por Feynman e Barut e a deixar patente que uma matemática mal fundamentada (ou a apoiar-se em uma teoria física com alicerces frágeis) seria capaz de demonstrar, e de maneira «inquestionável», até mesmo a existência de Papai Noel. 
 
Belmiro: Bem, eu não concordo com a emissão de uma onda com conteúdo energético nulo. Aí para mim é apelação. Ou tem radiação ou não tem. E se tem, tem energia transportada.
 
Alberto: E o que você me diz do observador (1) conseguir detectar esta coisa de conteúdo energético nulo? Que nome vamos dar para esta coisa? Chamemos então esta coisa de merreca, para não confundir com o que para você é onda. A primeira pergunta que fiz acima seria então: Poderia existir uma «merreca eletromagnética» para um observador e não para o outro?
 
       Poderia existir merreca, mostopecir, clausivalência ou qualquer outra coisa que você inventar. O problema é que nada disso você iria detectar com instrumentos. Sou contra dizer que existe onda com conteúdo energético nulo, pois ela seria indetectável. Para mim, uma onda eletromagnética é composta de campos elétricos e magnéticos variáveis no tempo e que se propagam. E se são esses campos, eles são capazes de induzir correntes em meios condutores, e assim transferir energia. Se não são capazes disso, então não são esses campos. Aí são apenas mostopecires eletromagnéticos capazes de gerar jugulências apenas em meios jequitibianos que só podem ser percebidos com esdruxulências.
 
    [],s
 
    Belmiro
 
Alberto (msg anterior): Parece-me ter ficado claro, através do que aqui já discutimos, que não é o PE quem está sendo colocado na berlinda pelo paradoxo da carga acelerada, mas sim o eletromagnetismo como um todo, a incluir as aberrações que gerou (TR e MQ). O PE, interpretado através de uma visão clássica, e até mesmo a incluir a chamada versão forte (a incorporar uma gravitação clássica) parece-me ter vindo para ficar. O mesmo não posso dizer de EM, TR e MQ. Alguma coisa deve ser modificada, e com urgência, no eletromagnetismo; e não tenho dúvidas de que nem a TR nem a MQ sobreviveriam a este impacto.
 
Belmiro: Não estou enxergando o problema que você está.
 
Alberto: Pense por ora apenas nas merrecas Smiley piscando. Se não achar nada estranho nesta assimetria entre os referenciais e relacionada à informação eletromagnética que a merreca transmite, tentarei, nas próximas msgs, evoluir esta idéia com coisas mais palpáveis do ponto de vista energético. Não garanto nada, apenas tentarei.
 
Alberto (msg anterior): Espero agora ter justificado o fato de ter complicado o problema com a introdução de um mhs. Pois até prova em contrário, a onda eletromagnética produzida por uma carga em mhs deve transportar energia, e o Hertz que o diga.
 
Belmiro: Sim.
 
Alberto (msg anterior): Mas se um observador em mhs junto com a carga também não consegue detectar esta onda, como já foi assumido por muitos aqui na Ciencialist, isto por um lado significa a salvação do PE; mas, por outro, o problema parece persistir através de uma de suas facetas. Como justificar a existência de energia no espaço de um dos observadores, e a tornar-se independente da carga que a emitiu, se no espaço do outro observador não existe nada equivalente? Será que a única maneira seria apelarmos para a desconexão causal da relatividade «moderna» (apud Minkowski)?
 
Belmiro: Mas a energia existe nos dois referenciais. Apenas sob aspectos diferentes. Eletromagnética para o voyer e mecânica para o coitado que está empurrando o elevador para baixo.
 
Alberto: Neste caso o elevador não está sendo empurrado para baixo e sim oscilando (ora indo para baixo, ora indo para cima). Mas este é um caso que deixarei para discutir na próxima msg. Digo apenas que a energia que vai para o espaço deve-se ao freamento da carga (reação de radiação) e esta energia deve ser continuamente reposta na forma de energia mecânica ao sistema e pelo observador (1), aquele que está em repouso [ou então pelo campo gravitacional, no caso equivalente, mas que de qualquer forma deveria também ser reposta aos agentes do campo]. Esta energia que o observador (1) [ou o campo] está acrescentando continuamente ao sistema, pelo menos em teoria, é uma energia totalmente recuperável, pois está na forma de energia da «onda» eletromagnética. O observador (2) sequer percebe que esta reposição está acontecendo. Apenas a carga deve «sentir» alguma coisa, tanto é que transmite algo que é captável no referencial em repouso, mas sequer consegue transmitir esta «sensação» para o equipamento do observador (2), que oscila junto com a carga. Do ponto de vista energético o balanço se fecha nos dois referenciais. O problema está no balanço informacional. O espaço do observador (1) contém uma informação que não está presente no espaço do observador (2). Segundo a métrica do Minkowski isto se deve ao fato do observador (2) estar desconectado causalmente do efeito que está originando esta informação. Eu já gostaria de encontrar uma explicação menos estratosférica e mais clássica, e que não se apoiasse na constância absoluta (no sentido de independer do referencial) da velocidade da luz.
 
     Não vejo nenhum problema nisso. O campo elétrico, que permanece imutável para o observador 2, atua como um intermediador na transferência de energia do sistema em movimento para o sistema do observador 1. A carga não transfere energia nenhuma e tampouco recebe a reposição desta. Vou lhe passar um problema de eletromagnetismo para você desenferrujar e que lhe trará umm paralelo com o problema em questão. Imagine um campo magnético com linhas de força na vertical, intensidade B. Sobre esse campo dois trilhos paralelos distam "l" um do outro sendo que em uma das extremidade uma resistência de valor R é conectada. Na outra extremidade , um condutor desliza sobre os trilhos em direção à resistência. Provar que a energia dissipada na resistência em um trecho "x" é igual à energia despendida para mover o condutor deslizante. Se você conseguir provar, verá que o campo magnético B não sofreu nenhum desgaste. Ele apenas atuou como um intermediador na transferência de energia para a resistência.
      Agora, deixa eu ir averiguar que dívida é esta que fizeram em meu nome com meu CPF na Nextell no valor de R$ 10.115,00. Espero que meu nome ainda não esteja no Seproc e Serasa.
 
      Um abraço,
 
      Belmiro
 
    
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
 

SUBJECT: Re: O paradoxo da carga acelerada
FROM: "mesquitafilhoa" <mesquitafilhoa@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/05/2012 19:48

Olá Belmiro

OK, agora acho que entendi perfeitamente o seu posicionamento. Ainda bem que eu disse que respeitava o seu posicionamento B-). Por mais que você tenha gasto inúmeras palavras para me convencer, creio que o último parágrafo foi fundamental. Vou então comentá-lo.

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Belmiro Wolski <belmirow@...> escreveu

Agora, talvez seja um problema de semântica. Se você chama de onda eletromagnética, a propagação de um campo elétrico *ou* magnético no espaço, aí eu concordo com onda com carga energética nula. No entanto, há uma grande diferença. Esses campos decaem rapidamente e zeram no infinito. Ao contrário, uma onda eletromagnética num meio sem perdas não sofre atenuação e mantém sempre a mesma intensidade dos campos.

De fato. Sem perceber eu acabei fundamentando esta argumentação sob a visão da minha teoria eletromagnética, o que eu havia prometido não fazer.

Convenhamos no entanto que essa ideia, ainda que coerente com as equações de Maxwell, soa de maneira esquisita quando pensamos em energia localizada no espaço e a se propagar radialmente em direção ao infinito. Para que a intensidade energética (e neste caso estamos pensando mais em densidade energética, pois você se refere a constância na intensidade dos campos)  se mantenha, de alguma maneira esta "onda" teria que ser assumida como discreta (ou a se "discretizar" em raios de luz localizados espacialmente) e não contínua (a imagem seria muito semelhante às das linhas de campo). Perceba que com o som a atenuação acontece e a densidade de energia zera no infinito. Mas se a onda eletromagnética exibe este comportamente (manutenção da densidade energética), creio que só nos restariam três alternativas: 1) aceitar o fenômeno dentro das teorias de emissão, e portanto a energia estaria localizada ou em corpúsculos ou em elementos fluidos de um aether móvel e imaterial, e a se propagar em pequenos volumes; 2) aceitar a dualidade quântica, com todos os dissabores que isto possa representar (mesmo porque não é uma dualidade real e sim simplesmente acomodativa - assume como real a característica que se torna mais conveniente para o processo que está sendo analisado); 3) aceitar a dualidade inerente à minha teoria e que prometi não expor nesta thread :).

Alguém já disse aqui na Ciencialist que o EM de Maxwell é inerentemente relativista (no sentido "moderno" do termo) e eu discordei profundamente  e manterei esta discordância tantas vezes quantas necessário for. Os motivos desta discordância são vários e alguns chegaram a ser apresentados nesta thread. Poderiam dizer agora, e em concordância com este caráter supostamente discreto da onda maxwelliana, que o EM de Maxwell é inerentemente quântico e eu teria que gastar o meu latim para dizer que não. Mas nem preciso, pois já apontei acima as outras duas possíveis saídas.

Respondendo agora o fato de se a onda eletromagnética pode ou não ser assumida como dotada de energia zero, eu ficaria então com as seguintes saídas:

Frente às teorias de emissão parece-me que faz sentido esta não existência de onda com energia zero, quiçá pelos argumentos que você apresentou, mas ainda não estou totalmente convencido disso. Frente à dualidade quântica jà vi inúmeros autores, a começar por Planck, aceitarem a existência de fótons com energia zero, o que corresponderia a uma onda eletromagnética com frequência nula (E=hf). E frente à minha teoria não há problema algum, pois a onda eletromagnética não transporta energia, apenas informação (e o teor informacional decai segundo 1/r² quando expresso em termos de campo); a energia é transportada colateralmente e por outro agente, a caracterizar a dualidade.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

PS:. Estou testando esta nova associação que fiz na Ciencialist, por sugestão do Léo, para ver se a msg não vai para a quarentena.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/05/2012 20:16

From: mesquitafilhoa
Sent: Thursday, May 10, 2012 7:48 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Re: O paradoxo da carga acelerada
 
Na msg acima, escrevi:
 
> PS:. Estou testando esta nova associação que fiz na Ciencialist, por sugestão do Léo, para ver se a msg não vai para a quarentena.
 
Pelo visto não funcionou.  A mensagem não entrou imediatamente e no «código fonte» lê-se o seguinte:
 
From: "mesquitafilhoa" <mesquitafilhoa@yahoo.com>
X-Yahoo-Profile: mesquitafilhoa
X-eGroups-Approved-By: rmtakata <roberto.takata@...> via web; 10 May 2012 22:54:56 -0000
 
Por sorte o Takata estava on-line e a aprovação foi rápida e rasteira.
 
Paciência. O e-Groups Yahoo está mesmo bichado e teremos de conviver com este inconveniente. A verdade é que listas de discussão, nos dias atuais, não tem dado muito ibope e os provedores estão se lixando para o que convém ou não convém para nós. Estão mais preocupados em manter em funcionamento de ambientes destinados a fofocas, pois isto sai até no Jô Soares.
 
Sinto apenas por ficar aborrecendo os moderadores.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O paradoxo da carga acelerada
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/05/2012 20:32

   Oi Alberto.

De: mesquitafilhoa <mesquitafilhoa@yahoo.com>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 10 de Maio de 2012 19:48
Assunto: [ciencialist] Re: O paradoxo da carga acelerada
 
Olá Belmiro
OK, agora acho que entendi perfeitamente o seu posicionamento. Ainda bem que eu disse que respeitava o seu posicionamento B-). Por mais que você tenha gasto inúmeras palavras para me convencer, creio que o último parágrafo foi fundamental. Vou então comentá-lo.
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Belmiro Wolski <belmirow@...> escreveu
Agora, talvez seja um problema de semântica. Se você chama de onda eletromagnética, a propagação de um campo elétrico *ou* magnético no espaço, aí eu concordo com onda com carga energética nula. No entanto, há uma grande diferença. Esses campos decaem rapidamente e zeram no infinito. Ao contrário, uma onda eletromagnética num meio sem perdas não sofre atenuação e mantém sempre a mesma intensidade dos campos.
De fato. Sem perceber eu acabei fundamentando esta argumentação sob a visão da minha teoria eletromagnética, o que eu havia prometido não fazer.
Convenhamos no entanto que essa ideia, ainda que coerente com as equações de Maxwell, soa de maneira esquisita quando pensamos em energia localizada no espaço e a se propagar radialmente em direção ao infinito. Para que a intensidade energética (e neste caso estamos pensando mais em densidade energética, pois você se refere a constância na intensidade dos campos)  se mantenha, de alguma maneira esta "onda" teria que ser assumida como discreta (ou a se "discretizar" em raios de luz localizados espacialmente) e não contínua (a imagem seria muito semelhante às das linhas de campo). Perceba que com o som a atenuação acontece e a densidade de energia zera no infinito. Mas se a onda eletromagnética exibe este comportamente (manutenção da densidade energética), creio que só nos restariam três alternativas:
     Acho que não precisa dessas alternativas. É muito difícil senão impossível imaginar esses campos através de linhas. Isto porque são todas linhas concêntricas entre si mas ao mesmo tempo cada conjunto de linhas concêntricas representam campos que  decaem no espaço. Seria como imaginar para a componente magnética da onda a superposição de infinitos condutores conduzindo correntes. Dessa forma, há em todos os pontos do espaço subtração de intensidades de campo devido à sentidos contrários de campo. Sendo assim a densidade de energia deve também decair com a distância da fonte, mesmo que a intensidade da frente de onda se mantenha.
 
[],s
 
Belmiro
 
 1) aceitar o fenômeno dentro das teorias de emissão, e portanto a energia estaria localizada ou em corpúsculos ou em elementos fluidos de um aether móvel e imaterial, e a se propagar em pequenos volumes; 2) aceitar a dualidade quântica, com todos os dissabores que isto possa representar (mesmo porque não é uma dualidade real e sim simplesmente acomodativa - assume como real a característica que se torna mais conveniente para o processo que está sendo analisado); 3) aceitar a dualidade inerente à minha teoria e que prometi não expor nesta thread :).
Alguém já disse aqui na Ciencialist que o EM de Maxwell é inerentemente relativista (no sentido "moderno" do termo) e eu discordei profundamente  e manterei esta discordância tantas vezes quantas necessário for. Os motivos desta discordância são vários e alguns chegaram a ser apresentados nesta thread. Poderiam dizer agora, e em concordância com este caráter supostamente discreto da onda maxwelliana, que o EM de Maxwell é inerentemente quântico e eu teria que gastar o meu latim para dizer que não. Mas nem preciso, pois já apontei acima as outras duas possíveis saídas.
Respondendo agora o fato de se a onda eletromagnética pode ou não ser assumida como dotada de energia zero, eu ficaria então com as seguintes saídas:
Frente às teorias de emissão parece-me que faz sentido esta não existência de onda com energia zero, quiçá pelos argumentos que você apresentou, mas ainda não estou totalmente convencido disso. Frente à dualidade quântica jà vi inúmeros autores, a começar por Planck, aceitarem a existência de fótons com energia zero, o que corresponderia a uma onda eletromagnética com frequência nula (E=hf). E frente à minha teoria não há problema algum, pois a onda eletromagnética não transporta energia, apenas informação (e o teor informacional decai segundo 1/r² quando expresso em termos de campo); a energia é transportada colateralmente e por outro agente, a caracterizar a dualidade.
[ ]´s
Alberto
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Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
PS:. Estou testando esta nova associação que fiz na Ciencialist, por sugestão do Léo, para ver se a msg não vai para a quarentena.

SUBJECT: Treinar a Memória de Trabalho aumenta a Inteligência Fluida
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/05/2012 21:51

Um trabalho realizado pela Universidade do Michigan(EUA), em 2008, provou que o treinamento da memória de trabalho( imediata) , aumenta a capacidade de resolver problemas e aumenta a inteligência fluida.

A inteligência fluida é essencial na execução de tarefas cotidianas e resolução de problemas novos, sendo responsável pelo sucesso profissional. Muitos psicólogos dividem a inteligência em fluida e cristalizada. A inteligência fluida é importante na aprendizagem , aplicada a todos os problemas e a resolução deles de maneira original, enquanto a inteligência cristalizada relaciona-se com habilidades já aprendidas, importantes em tarefas específicas.
A memória de trabalho e a inteligência fluida utilizam as mesmas vias neuronais. Esforços para melhorar a memória de trabalho influenciam no desempenho da inteligência fluida. Antigamente os psicólogos pensavam que somente através da realização de testes e não através de treinamento era possível melhorar a Inteligência fluida. Os grupos foram dividos em tempo de treinamento: 12, 17 e 19 dias. A melhora na inteligência fluida foi proporcional ao tempo de treinamento.
Os pesquisadores sugerem que os exercícios de treinamento fortalecem múltiplos processos executivos no cérebro, envolvidos na resolução de problemas. A inteligência fluida possui um componente heredNegritoitário robusto, pouco influenciada pela socialização e educação.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/05/2012 23:36

Continuação da msg 82129
From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Wednesday, May 09, 2012 6:30 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
A teoria de Maxwell encara o eletromagnetismo como algo passível de ser descrito através do que foi chamado fluido elétrico, resquício da teoria de Coulomb. Sob esse aspecto assemelha-se à mecânica dos fluidos. Na época de Maxwell os autores estavam divididos entre aqueles a aceitarem a ideia de dois fluidos elétricos (positivo e negativo) e aqueles a aceitarem a ideia de um único fluido. Isto está exposto nos artigos 36 e 37 do capítulo I do Tratado de Maxwell. Esta dualidade não deve ter criado grandes empecilhos para o desenvolvimento da teoria pois como o próprio Maxwell afirmou, os aspectos básicos  seriam quase os mesmos, com apenas uma exceção: na teoria de um fluido, um dos caracteres (positivo ou negativo) seria inerente à matéria ordinária, enquanto  o outro consistiria no fluido propriamente dito. Isto é o que aceitamos nos dias atuais, embora cientes da existência de partículas elementares [no caso da mecânica dos fluidos sabemos também que o hipotético fluido está, na realidade, constituído por moléculas]. O caráter positivo, que hoje atribuímos como devido aos prótons, está quase sempre aprisionado à matéria que constitui o elemento portador da carga. O caráter negativo (devido aos elétrons), por outro lado, consegue se libertar da matéria e, quando em excesso, se distribui na periferia dos corpos, dando condições para que possamos considerá-los como elementos do fluido elétrico de Maxwell.
 

A carga elétrica negativa poderia então ser representada, em um corte bidimensional, como exposto na figura 19. As bolinhas vermelhas aí representadas estão em acordo com a ideia que os físicos modernos fazem de um elétron, qual seja, uma partícula dotada de uma estrutura semelhante à do fluido imaginário e que compõe a camada onde estaria alojado o fluido elétrico. Para o que será aqui discutido, vamos aceitar essa ideia.

Sabemos hoje que o fluido elétrico negativo está constituído por elétrons dotados de massa. Se este fluido não estiver colado na matéria sede da carga elétrica, e tudo indica que não está, é de se esperar que ele se sujeite à lei da inércia. Assim sendo, e da mesma maneira como a rotação da Terra produz o fenômeno denominado maré, é de se esperar que uma carga elétrica negativa, ao ser acelerada apresente algum efeito equivalente.


Figura 19

 


Figura 20

Se a carga estiver oscilando em mhs, como aquela encontrada no laboratório oscilante da msg 81845 (figuras 3 e 4), sua estrutura deverá se modificar no decorrer do tempo, e da maneira mostrada na figura 20 ao lado. O mesmo deverá ocorrer se o laboratório, com a carga fixa a ele, for colocado em campos gravitacionais oscilantes, como aqueles apresentados  nas msgs 81914 (figuras 5 e 6) e 81974 (figura 9).

Que dizer então das cargas positivas? Bem, do ponto de vista fenomenológico o processo é um pouco mais complicado. Pensemos antes em um corpo condutor e neutro, ou seja, aquele em que a quantidade de prótons é exatamente igual à quantidade de elétrons. O que aconteceria caso ele fosse colocado a oscilar em MHS?

 

Três anos após a descoberta dos elétrons Drude (1900) sugeriu que os elétrons de valência de um metal neutro estariam livres para circular pelo metal. Apesar da teoria de Drude ser bastante questionada nos dias atuais, a ideia de que os elétrons de valência se liberam com extrema facilidade permaneceu, haja vista ter sido verificada experimentalmente: experiência de Tolman e Stewart (1910). Uma experiência mais recente, também de Tolman e al. (1922),  está acessível para leitura dos internautas. Será suficiente clicar aqui.

Nestas condições, aquela imagem observada na figura 20 ocorre também em corpos neutros e o fluido a oscilar seria aquele correspondente aos elétrons de valência. Ou seja, um corpo metálico neutro e oscilante deve também produzir onda eletromagnética.

No caso de uma carga positiva, o excesso é de prótons e não de elétrons. Mas neste caso os elétrons de valência, ao entrarem nesta oscilação, vão neutralizando a região para onde se dirigem e vão acentuando a positividade da região de onde partem. Tudo se passaria então como se a oscilação eletromagnética fosse devida aos portadores de carga positiva (prótons), que na realidade estão fixos ao material condutor. Do ponto de vista eletromagnético a situação é semelhante àquela mostrada para os elétrons.

Consequentemente, e ao contrário do que vínhamos admitindo até agora, o observador (2) verá sempre uma onda eletromagnética, pois estando o observador em repouso em relação ao centro de massa da carga, o fluido elétrico estará em relação a ele oscilando como mostrado na figura 20. Mas isto ocorrerá em qualquer das situações assinaladas anteriormente e ele não terá como distinguir uma da outra. Logo fica mais uma vez assegurada a validade do princípio de equivalência de Einstein.

A conclusão a que cheguei é a de que o PE passou por todas as provas que levantamos com relação ao paradoxo da carga acelerada. Já a teoria eletromagnética de Maxwell mostra-se como um modelo fluidodinâmico extremamente útil dentro das condições para as quais foi criado (macrocosmo e condições em que o mecanismo de propagação de seus agentes efetores pode ser pensado como onda). Fora dessas condições ela deve dar lugar a teorias mais gerais e compatíveis com um microcosmo livres de incertezas e um macrocosmo livre de nos obrigar a considerarar a velocidade da luz como independente do referencial, algo ímpar no estudo da física. Isto é o que eu penso e ponto final.

Com esta mensagem encerro a sequência prometida e aguardo as pedradas dos raríssimos ciencialisteiros que conseguiram chegar até aqui. Se me sobrar um tempo resumirei o conteúdo destas 12 mensagens transformando o conjunto em um artigo.

[ ]´s
Alberto
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Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

 

PS: Esta msg segue um roteiro pré-estabelecido e portanto é uma continuação das msgs citadas abaixo. As demais msgs de minha autoria e postadas nesta thread relacionam-se aos questionamentos apresentados pelos demais participantes do debate. Clicando-se nas msgs abaixo chega-se à página web correspondente e as réplicas ou tréplicas estarão no rodapé destas páginas web.

1) msg 81845: Apresentando a versão do paradoxo da carga acelerada para o caso da carga estar em mhs.
2)
msg 81914: Propostas de campos gravitacionais oscilantes (experiências de pensamento). Sugestão e ordenação temática.
3)
msg 81928: O paradoxo no caso da queda livre (aceleração constante).
4)
msg 81974: O paradoxo no caso mhs equivalente à queda livre (ou na oscilação livre).
5)
msg 81995: Sobre as resoluções apresentadas pelos físicos «modernos».
6)
msg 81999: Sobre a energia dos campos eletromagnéticos.
7)
msg 82029: Sobre hipotéticos agentes do campo propagando-se pelo aether.
8)
msg 82077: Sobre a visão ondulatório mecanicista da propagação de entidades eletromagnéticas através do aether.
9)
msg 82113
: Sobre a onda eletromagnética emitida por uma carga com aceleração constante.

10) msg 82129: Sobre a onda eletromagnética emitida por uma carga em MHS.

11) msg atual: Questões relacionadas ao agente emissor das ondas eletromagnéticas
Apêndice:
msg 82050: O efeito Doppler e as teorias de emissão.

 

 
 

SUBJECT: Ciencias humanas no ciencialist? Why not?
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <Acropolis_@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/05/2012 15:51


 
(desculpe pelos erros de digitação da menagem agora corrigidos).



O que falta à ciência é uma agenda de prioridades.
Com os graves problemas que enfrenta hoje a humanidade, ao invés de fazerem  dos próprios problemas um objeto para pesquisa e avanço cientifico
filósofos e cientistas se dispersam em assuntos não prioritários.
Alguém diria que problemas sociais dizem respeito às ciências humanas.
Ao que eu responderia:
Perfeitamente. Formemos então no Ciencialist um grupo de ciências humanas.
 
Abraços
Mtnos Calil
 
 
 
----- Original Message -----
From: Pesky Bee
Sent: Tuesday, May 08, 2012 3:38 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?

 

> Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
 
Essa é uma questão interessantíssima, realmente faz sentido
a incidência maior de pressão alta na pretaiada americana
e brasileira por causa desse efeito da sobrevivência dos
que tinham maior retenção de sódio. Fico curioso para realmente
saber se lá na África eles também tem pressão mais alta. Arrisco
a dizer (na verdade, chutar) que eles não devem ter pressão 
alta lá, pois em ambientes quentes como tipicamente se encontra
por lá a pressão arterial é mais baixa do que em lugares
mais temperados ou frios.
 
*PB*
 
 
 
From: luiz silva
Sent: Tuesday, May 08, 2012 3:22 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
 


Ola Marcelo,
 
Depois comento o restante :
 
"
Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é significativamente maior que nas outras."
 
Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
 
De: marcelleandro2009 <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 13:14
Assunto: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
 
Luiz,
 
> Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ? 
 
Temos que considerar toda a relevância estatística disto. O fato de um individuo, ter em seu dna pré disposições à doenças e ter condições de passar isto adiante, não significa, que ele não esteja colaborando com mudanças genéticas da espécie também com as outras de suas características.
 
Homens podem ser atraentes sexualmente e ter filhos, devido à serem altos, inteligentes, olhos azuis, bonitos, comunicativos, etc. Dos solteirões que ficaram para titia (!), estas características são menos presentes. Alguns podem ter problemas cardíacos, pré disposição à tumores, ou outros fatores, proporcionado que a espécie humana evolua (em certos aspectos) mas que também leve consigo um índice alto de pré disposição a doenças. Assim como ocorre em cães de raças. Muitos são espécimes "bonitos" e selecionáveis pelos criadores, mas mal conseguem respirar devidamente, ou mesmo, acasalar e dar  a luz, sem uma ajudinha humana.
 
Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é significativamente maior que nas outras.
 
Estamos evoluindo...ou melhor, mudando...!
 
Marcel
 
 
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu>> Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ? > > > ________________________________> De: marcelleandro2009 marcelleandro2009@...> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br > Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 10:32> Assunto: [ciencialist] A seleção natural ainda está entre nós?> >   > http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2012/05/01/82787-selecao-natural-afeta-humanos-mesmo-com-vida-em-sociedade.html> > Um estudo publicado nesta segunda-feira (30) pela revista científica "PNAS", da Academia Americana de Ciências, indica que o ser humano continua sendo influenciado pela evolução, mesmo com as mudanças culturais ocorridas nos últimos 10 mil anos, desde que a Revolução Agrícola levou ao surgimento das civilizações.> > Mesmo em uma sociedade monógama, os humanos estão sujeitos à seleção sexual, um aspecto essencial na teoria da evolução de Charles Darwin. Por esse conceito, o sucesso de um indivíduo é medido pela quantidade de descendentes que ele deixa. Assim, suas características genéticas são deixadas para as gerações seguintes e tendem a se perpetuar na espécie.> > "É como um livro. Se ele é bom, é reeditado várias e várias vezes", comparou Alexandre Courtiol, pesquisador do Instituto Wissenschaftskolleg de Berlim, na Alemanha, um dos autores do estudo.> > Segundo ele, o estudo serve como uma evidência contra a suposição de que a vida em sociedade teria deixado os humanos "imunes" à evolução.> > A pesquisa foi feita com base em dados de cerca de 6 mil finlandeses que viveram entre os anos de 1760 e 1849. As informações mantidas pela Igreja dizem respeito a mortes, nascimentos, casamentos e situação econômica de cada um.> > Foi o suficiente para que a equipe internacional de pesquisadores investigasse o efeito da seleção sexual, analisando o número de filhos de cada indivíduo.> > A equipe de Courtiol chegou à conclusão de que os principais fatores que levaram à variação no sucesso reprodutivo dos indivíduos foram a sobrevivência aos primeiros anos de vida e a fertilidade. A riqueza não provocou diferenças significativas neste aspecto.> > De forma geral, a possibilidade de seleção detectada nesta população humana está de acordo com medições feitas em outras espécies.> > Courtiol afirmou, no entanto, que ainda não é prever como evolução pode afetar o futuro dos seres humanos.>


SUBJECT: O Empuxo de Newton e o Principio da Equivalencia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/05/2012 15:57

Olá Léo

Andei conversando com os meus botões a respeito do Empuxo de Newton, muito bem descrito e definido no Feira de Ciências [clique aqui para ler o artigo]. A dúvida surgida em 2000 era como compatibilizar o Empuxo de Newton com o Princípio da Equivalência de Einstein (PE). O debate acontecido em novembro de 2000 pode ser lido clicando-se aqui.

Pensei nas duas situações mais simples e a envolver ou acelerações constantes ou campos gravitacionais uniformes (ou então a aparente ausência do campo com a situação equivalente em termos de aceleração).  As situações são então:

1) Laboratório (elevador) em queda livre em um campo gravitacional uniforme (a) e o mesmo elevador em repouso no espaço sideral e na ausência de forças (b). Haveria como um observador interno distinguir uma situação (a) da outra (b)? O esquema seria aquele apresentado ao lado e o líquido em azul corresponde à figura encontrada no seu site. e este será o equipamento utilizado pelo observador para caracterizar o empuxo.

Na queda livre, e como você concluiu no site, não haverá nenhuma força envolvida. A bolinha não sofrerá nenhuma força e o cordel ficará relaxado. Com o sistema no espaço sideral acontecerá a mesma coisa. Logo não há como o observador distinguir uma situação da outra e o PE estará verificado.


2)
Laboratório em repouso em terra firme e tal que possamos considerar g como uniforme (a) e laboratório no espaço sideral e submetido a uma aceleração - g constante (b) [Para que haja simulação de um campo gravitacional é necessário que a aceleração seja de mesma direção porém de sinal trocado em relação a g].  A pergunta é a mesma: Haveria como um observador interno distinguir uma situação (a) da outra (b)?

No caso (a) teremos o empuxo de Arquimedes de tal forma que a bolinha suba e o cordel fique esticado. No caso (b) teremos o empuxo de Newton. Como o laboratório está sendo acelerado para cima, o resultado será qualitativamente o mesmo daquele observado no caso (a). Quantitativamente e utilizando as fórmulas de definição para ambos empuxos, eles terão valores iguais. Logo não há como o observador distinguir uma situação da outra e o PE também estará verificado.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Re: A seleção natural ainda está entre nós?
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/05/2012 16:27

Mtnos,

Quanto tempo! ;) Vi que você e o Peskão andam tendo altos debates no outro grupo...

> O que falta à ciência é uma agenda de prioridades.
Considerando que todo avanço científico precisa que uma socio-estrutura ( ® ) também progrida para lhe dar sustentação, isto que você segure, já não ocorre, de certa forma?

> Perfeitamente. Formemos então no Ciencialist um grupo de ciências humanas.
Ela, a Ciencialist, se mantendo ativa já seria bem rozoável...

Marcel


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Mtnos Calil" <mtnoscalil@...> escreveu
>
> O que falta à ciência é uma agenda de prioridades.
> Como os graves problemas que enfrenta hoje a humanidade, ao invés de fazermos dos próprios problemas um objeto para pesquisa e avanço cientifico
> filósofos e cientistas se dispersam em assuntos não prioritários.
> Alguém diria que problemas sociais dizem respeito às ciências humanas.
> Ao que eu responderia.
> Perfeitamente. Formemos então no Ciencialist um grupo de ciências humanas.
>
> Abraços
> Mtnos Calil
>
>
>
> ----- Original Message -----
> From: Pesky Bee
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, May 08, 2012 3:38 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
>
>
>
>
> > Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
>
> Essa é uma questão interessantíssima, realmente faz sentido
> a incidência maior de pressão alta na pretaiada americana
> e brasileira por causa desse efeito da sobrevivência dos
> que tinham maior retenção de sódio. Fico curioso para realmente
> saber se lá na África eles também tem pressão mais alta. Arrisco
> a dizer (na verdade, chutar) que eles não devem ter pressão
> alta lá, pois em ambientes quentes como tipicamente se encontra
> por lá a pressão arterial é mais baixa do que em lugares
> mais temperados ou frios.
>
> *PB*
>
>
>
> From: luiz silva
> Sent: Tuesday, May 08, 2012 3:22 PM
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Subject: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
>
>
>
>
> Ola Marcelo,
>
> Depois comento o restante :
>
> "
> Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é significativamente maior que nas outras."
>
> Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
>
> De: marcelleandro2009 marcelleandro2009@...
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 13:14
> Assunto: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
>
>
> Luiz,
>
> > Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ?
>
> Temos que considerar toda a relevância estatística disto. O fato de um individuo, ter em seu dna pré disposições à doenças e ter condições de passar isto adiante, não significa, que ele não esteja colaborando com mudanças genéticas da espécie também com as outras de suas características.
>
> Homens podem ser atraentes sexualmente e ter filhos, devido à serem altos, inteligentes, olhos azuis, bonitos, comunicativos, etc. Dos solteirões que ficaram para titia (!), estas características são menos presentes. Alguns podem ter problemas cardíacos, pré disposição à tumores, ou outros fatores, proporcionado que a espécie humana evolua (em certos aspectos) mas que também leve consigo um índice alto de pré disposição a doenças. Assim como ocorre em cães de raças. Muitos são espécimes "bonitos" e selecionáveis pelos criadores, mas mal conseguem respirar devidamente, ou mesmo, acasalar e dar a luz, sem uma ajudinha humana.
>
> Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é significativamente maior que nas outras.
>
> Estamos evoluindo...ou melhor, mudando...!
>
> Marcel
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva luizfelipecsrj@ escreveu>> Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ? > > > > ________________________________> De: marcelleandro2009 marcelleandro2009@ Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br > Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 10:32> Assunto: [ciencialist] A seleção natural ainda está entre nós?> > > http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2012/05/01/82787-selecao-natural-afeta-humanos-mesmo-com-vida-em-sociedade.html> > Um estudo publicado nesta segunda-feira (30) pela revista científica "PNAS", da Academia Americana de Ciências, indica que o ser humano continua sendo influenciado pela evolução, mesmo com as mudanças culturais ocorridas nos últimos 10 mil anos, desde que a Revolução Agrícola levou ao surgimento das civilizações.> > Mesmo em uma sociedade monógama, os humanos estão sujeitos à seleção sexual, um aspecto essencial na teoria da evolução de Charles Darwin. Por esse conceito, o sucesso de um indivíduo é medido pela quantidade de descendentes que ele deixa. Assim, suas características genéticas são deixadas para as gerações seguintes e tendem a se perpetuar na espécie.> > "É como um livro. Se ele é bom, é reeditado várias e várias vezes", comparou Alexandre Courtiol, pesquisador do Instituto Wissenschaftskolleg de Berlim, na Alemanha, um dos autores do estudo.> > Segundo ele, o estudo serve como uma evidência contra a suposição de que a vida em sociedade teria deixado os humanos "imunes" à evolução.> > A pesquisa foi feita com base em dados de cerca de 6 mil finlandeses que viveram entre os anos de 1760 e 1849. As informações mantidas pela Igreja dizem respeito a mortes, nascimentos, casamentos e situação econômica de cada um.> > Foi o suficiente para que a equipe internacional de pesquisadores investigasse o efeito da seleção sexual, analisando o número de filhos de cada indivíduo.> > A equipe de Courtiol chegou à conclusão de que os principais fatores que levaram à variação no sucesso reprodutivo dos indivíduos foram a sobrevivência aos primeiros anos de vida e a fertilidade. A riqueza não provocou diferenças significativas neste aspecto.> > De forma geral, a possibilidade de seleção detectada nesta população humana está de acordo com medições feitas em outras espécies.> > Courtiol afirmou, no entanto, que ainda não é prever como evolução pode afetar o futuro dos seres humanos.>
>

SUBJECT: Re: A seleção natural ainda está entre nós?
FROM: "Homero" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/05/2012 21:36

Mtnos: " O que falta à ciência é uma agenda de prioridades. 
> Como os graves problemas que enfrenta hoje a humanidade, ao invés de fazermos dos próprios problemas um objeto para pesquisa e avanço cientifico  filósofos e cientistas se dispersam em assuntos não prioritários.  "

Desculpe, mas isso é bobagem. Das grandes, robusta, vistosa bobagem.:-) Embora seja possível dar algum direcionamento a pesquisa, a ciência não funciona dessa forma, dirigida. Até porque não há como saber de antemão o que determinado conhecimento, ou área de pesquisa, vai produzir ou resultar, em termos de benefícios ou recursos.

Parece minha mãe quando me diz (e ela diz isso sempre), "porque você não inventa algo como o Facebook e fica rico"?..:-) 

Quem inventou o Facebook, ou qualquer outra "killer aplication" da era da informática, não sabia que estava inventando uma "killer aplication". Da mesma forma, o que vemos hoje como conhecimento útil, valioso, capaz de ajudar a resolver problemas da agenda social da humanidade, quando em seu início, pareciam apenas brincadeiras, estudos sem sentido, perda de tempo.

A humanidade tem graves problemas sim, mas são menores e menos graves que em outras eras. A fome, por exemplo, uma constante em nossa história, para todos nossos ancestrais, é hoje muito menor, estatisticamente, do que em qualquer outra época.

Para quem tem fome, claro, isso é irrelevante, e é preciso lutar para diminuir mesmo essa fome residual. Mas não dá para criar uma "agenda" científica e dizer, "porque não inventam algo para acabar com a fome e pronto?". Não funciona assim, mão.:-)

Um exemplo clássico, a pesquisa espacial. Ainda hoje há que reclame do "desperdício" de nosso esforço nesse sentido, sem entender que um dos desdobramentos mais importantes, para a diminuição da fome no planeta, foi o efeito dos satélites meteorológicos, que ajudam a produzir safras recordes a cada ano.

Não entende que o esforço em produzir computadores leves o suficiente para serem levados em módulos espaciais, nos levaram a microcomputadores, placas de circuito, etc.

Tentar determinar uma "agenda", que quase sempre será política mais que humanitária, a ciência, a pesquisa, ao esforço de entender melhor o universo em que vivemos é uma bobagem, e fadada ao desastre. Foi tentada na aniga União Soviética, e deu no que deu.

Mtnos, você não sabe o que é ou não prioritário. Sua agenda, ou a de outro, nada significam para a ciência. 

Mtnos: "Perfeitamente. Formemos então no Ciencialist um grupo de ciências humanas. "

Já criaram esse grupo, e colocaram você como moderador, fique à vontade para discutir as agendas que achar importante neles.:-)

Homero




--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Mtnos Calil" <mtnoscalil@...> escreveu
>
> O que falta à ciência é uma agenda de prioridades.
> Como os graves problemas que enfrenta hoje a humanidade, ao invés de fazermos dos próprios problemas um objeto para pesquisa e avanço cientifico
> filósofos e cientistas se dispersam em assuntos não prioritários.
> Alguém diria que problemas sociais dizem respeito às ciências humanas.
> Ao que eu responderia.
> Perfeitamente. Formemos então no Ciencialist um grupo de ciências humanas.
>
> Abraços
> Mtnos Calil
>
>
>
> ----- Original Message -----
> From: Pesky Bee
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, May 08, 2012 3:38 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
>
>
>
>
> > Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
>
> Essa é uma questão interessantíssima, realmente faz sentido
> a incidência maior de pressão alta na pretaiada americana
> e brasileira por causa desse efeito da sobrevivência dos
> que tinham maior retenção de sódio. Fico curioso para realmente
> saber se lá na África eles também tem pressão mais alta. Arrisco
> a dizer (na verdade, chutar) que eles não devem ter pressão
> alta lá, pois em ambientes quentes como tipicamente se encontra
> por lá a pressão arterial é mais baixa do que em lugares
> mais temperados ou frios.
>
> *PB*
>
>
>
> From: luiz silva
> Sent: Tuesday, May 08, 2012 3:22 PM
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Subject: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
>
>
>
>
> Ola Marcelo,
>
> Depois comento o restante :
>
> "
> Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é significativamente maior que nas outras."
>
> Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
>
> De: marcelleandro2009 marcelleandro2009@...
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 13:14
> Assunto: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
>
>
> Luiz,
>
> > Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ?
>
> Temos que considerar toda a relevância estatística disto. O fato de um individuo, ter em seu dna pré disposições à doenças e ter condições de passar isto adiante, não significa, que ele não esteja colaborando com mudanças genéticas da espécie também com as outras de suas características.
>
> Homens podem ser atraentes sexualmente e ter filhos, devido à serem altos, inteligentes, olhos azuis, bonitos, comunicativos, etc. Dos solteirões que ficaram para titia (!), estas características são menos presentes. Alguns podem ter problemas cardíacos, pré disposição à tumores, ou outros fatores, proporcionado que a espécie humana evolua (em certos aspectos) mas que também leve consigo um índice alto de pré disposição a doenças. Assim como ocorre em cães de raças. Muitos são espécimes "bonitos" e selecionáveis pelos criadores, mas mal conseguem respirar devidamente, ou mesmo, acasalar e dar a luz, sem uma ajudinha humana.
>
> Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é significativamente maior que nas outras.
>
> Estamos evoluindo...ou melhor, mudando...!
>
> Marcel
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva luizfelipecsrj@ escreveu>> Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ? > > > > ________________________________> De: marcelleandro2009 marcelleandro2009@ Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br > Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 10:32> Assunto: [ciencialist] A seleção natural ainda está entre nós?> > > http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2012/05/01/82787-selecao-natural-afeta-humanos-mesmo-com-vida-em-sociedade.html> > Um estudo publicado nesta segunda-feira (30) pela revista científica "PNAS", da Academia Americana de Ciências, indica que o ser humano continua sendo influenciado pela evolução, mesmo com as mudanças culturais ocorridas nos últimos 10 mil anos, desde que a Revolução Agrícola levou ao surgimento das civilizações.> > Mesmo em uma sociedade monógama, os humanos estão sujeitos à seleção sexual, um aspecto essencial na teoria da evolução de Charles Darwin. Por esse conceito, o sucesso de um indivíduo é medido pela quantidade de descendentes que ele deixa. Assim, suas características genéticas são deixadas para as gerações seguintes e tendem a se perpetuar na espécie.> > "É como um livro. Se ele é bom, é reeditado várias e várias vezes", comparou Alexandre Courtiol, pesquisador do Instituto Wissenschaftskolleg de Berlim, na Alemanha, um dos autores do estudo.> > Segundo ele, o estudo serve como uma evidência contra a suposição de que a vida em sociedade teria deixado os humanos "imunes" à evolução.> > A pesquisa foi feita com base em dados de cerca de 6 mil finlandeses que viveram entre os anos de 1760 e 1849. As informações mantidas pela Igreja dizem respeito a mortes, nascimentos, casamentos e situação econômica de cada um.> > Foi o suficiente para que a equipe internacional de pesquisadores investigasse o efeito da seleção sexual, analisando o número de filhos de cada indivíduo.> > A equipe de Courtiol chegou à conclusão de que os principais fatores que levaram à variação no sucesso reprodutivo dos indivíduos foram a sobrevivência aos primeiros anos de vida e a fertilidade. A riqueza não provocou diferenças significativas neste aspecto.> > De forma geral, a possibilidade de seleção detectada nesta população humana está de acordo com medições feitas em outras espécies.> > Courtiol afirmou, no entanto, que ainda não é prever como evolução pode afetar o futuro dos seres humanos.>
>

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/05/2012 21:52

É isso aí, Homero

Nota dez pra você e nota zero pro Mtnos.

É muito fácil botar a culpa de todos os problemas nos cientistas. O difícil é visualizar a solução para esses problemas, principalmente por aqueles que defendem a <idéia> de uma ideologia zero.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 

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From: Homero
Sent: Friday, May 11, 2012 9:36 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
 
 

Mtnos: " O que falta à ciência é uma agenda de prioridades.
> Como os graves problemas que enfrenta hoje a humanidade, ao invés de fazermos dos próprios problemas um objeto para pesquisa e avanço cientifico  filósofos e cientistas se dispersam em assuntos não prioritários.  "

 
Desculpe, mas isso é bobagem. Das grandes, robusta, vistosa bobagem.:-) Embora seja possível dar algum direcionamento a pesquisa, a ciência não funciona dessa forma, dirigida. Até porque não há como saber de antemão o que determinado conhecimento, ou área de pesquisa, vai produzir ou resultar, em termos de benefícios ou recursos.
 
Parece minha mãe quando me diz (e ela diz isso sempre), "porque você não inventa algo como o Facebook e fica rico"?..:-)
 
Quem inventou o Facebook, ou qualquer outra "killer aplication" da era da informática, não sabia que estava inventando uma "killer aplication". Da mesma forma, o que vemos hoje como conhecimento útil, valioso, capaz de ajudar a resolver problemas da agenda social da humanidade, quando em seu início, pareciam apenas brincadeiras, estudos sem sentido, perda de tempo.
 
A humanidade tem graves problemas sim, mas são menores e menos graves que em outras eras. A fome, por exemplo, uma constante em nossa história, para todos nossos ancestrais, é hoje muito menor, estatisticamente, do que em qualquer outra época.
 
Para quem tem fome, claro, isso é irrelevante, e é preciso lutar para diminuir mesmo essa fome residual. Mas não dá para criar uma "agenda" científica e dizer, "porque não inventam algo para acabar com a fome e pronto?". Não funciona assim, mão.:-)
 
Um exemplo clássico, a pesquisa espacial. Ainda hoje há que reclame do "desperdício" de nosso esforço nesse sentido, sem entender que um dos desdobramentos mais importantes, para a diminuição da fome no planeta, foi o efeito dos satélites meteorológicos, que ajudam a produzir safras recordes a cada ano.
 
Não entende que o esforço em produzir computadores leves o suficiente para serem levados em módulos espaciais, nos levaram a microcomputadores, placas de circuito, etc.
 
Tentar determinar uma "agenda", que quase sempre será política mais que humanitária, a ciência, a pesquisa, ao esforço de entender melhor o universo em que vivemos é uma bobagem, e fadada ao desastre. Foi tentada na aniga União Soviética, e deu no que deu.
 
Mtnos, você não sabe o que é ou não prioritário. Sua agenda, ou a de outro, nada significam para a ciência.
 
Mtnos: "Perfeitamente. Formemos então no Ciencialist um grupo de ciências humanas. "
 
Já criaram esse grupo, e colocaram você como moderador, fique à vontade para discutir as agendas que achar importante neles.:-)
 
Homero
 
 
 

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Mtnos Calil" <mtnoscalil@...> escreveu
>
> O que falta à ciência é uma agenda de prioridades.
> Como os graves problemas que enfrenta hoje a humanidade, ao invés de fazermos dos próprios problemas um objeto para pesquisa e avanço cientifico
> filósofos e cientistas se dispersam em assuntos não prioritários.
> Alguém diria que problemas sociais dizem respeito às ciências humanas.
> Ao que eu responderia.
> Perfeitamente. Formemos então no Ciencialist um grupo de ciências humanas.
>
> Abraços
> Mtnos Calil
>
>
>
> ----- Original Message -----
> From: Pesky Bee
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, May 08, 2012 3:38 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
>
>
>
>
> > Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
>
> Essa é uma questão interessantíssima, realmente faz sentido
> a incidência maior de pressão alta na pretaiada americana
> e brasileira por causa desse efeito da sobrevivência dos
> que tinham maior retenção de sódio. Fico curioso para realmente
> saber se lá na África eles também tem pressão mais alta. Arrisco
> a dizer (na verdade, chutar) que eles não devem ter pressão
> alta lá, pois em ambientes quentes como tipicamente se encontra
> por lá a pressão arterial é mais baixa do que em lugares
> mais temperados ou frios.
>
> *PB*
>
>
>
> From: luiz silva
> Sent: Tuesday, May 08, 2012 3:22 PM
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Subject: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
>
>
>
>
> Ola Marcelo,
>
> Depois comento o restante :
>
> "
> Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é significativamente maior que nas outras."
>
> Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
>
> De: marcelleandro2009 marcelleandro2009@...
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 13:14
> Assunto: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
>
>
> Luiz,
>
> > Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ?
>
> Temos que considerar toda a relevância estatística disto. O fato de um individuo, ter em seu dna pré disposições à doenças e ter condições de passar isto adiante, não significa, que ele não esteja colaborando com mudanças genéticas da espécie também com as outras de suas características.
>
> Homens podem ser atraentes sexualmente e ter filhos, devido à serem altos, inteligentes, olhos azuis, bonitos, comunicativos, etc. Dos solteirões que ficaram para titia (!), estas características são menos presentes. Alguns podem ter problemas cardíacos, pré disposição à tumores, ou outros fatores, proporcionado que a espécie humana evolua (em certos aspectos) mas que também leve consigo um índice alto de pré disposição a doenças. Assim como ocorre em cães de raças. Muitos são espécimes "bonitos" e selecionáveis pelos criadores, mas mal conseguem respirar devidamente, ou mesmo, acasalar e dar a luz, sem uma ajudinha humana.
>
> Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é significativamente maior que nas outras.
>
> Estamos evoluindo...ou melhor, mudando...!
>
> Marcel
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva luizfelipecsrj@ escreveu>> Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ? > > > > ________________________________> De: marcelleandro2009 marcelleandro2009@ Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br > Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 10:32> Assunto: [ciencialist] A seleção natural ainda está entre nós?> > > http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2012/05/01/82787-selecao-natural-afeta-humanos-mesmo-com-vida-em-sociedade.html> > Um estudo publicado nesta segunda-feira (30) pela revista científica "PNAS", da Academia Americana de Ciências, indica que o ser humano continua sendo influenciado pela evolução, mesmo com as mudanças culturais ocorridas nos últimos 10 mil anos, desde que a Revolução Agrícola levou ao surgimento das civilizações.> > Mesmo em uma sociedade monógama, os humanos estão sujeitos à seleção sexual, um aspecto essencial na teoria da evolução de Charles Darwin. Por esse conceito, o sucesso de um indivíduo é medido pela quantidade de descendentes que ele deixa. Assim, suas características genéticas são deixadas para as gerações seguintes e tendem a se perpetuar na espécie.> > "É como um livro. Se ele é bom, é reeditado várias e várias vezes", comparou Alexandre Courtiol, pesquisador do Instituto Wissenschaftskolleg de Berlim, na Alemanha, um dos autores do estudo.> > Segundo ele, o estudo serve como uma evidência contra a suposição de que a vida em sociedade teria deixado os humanos "imunes" à evolução.> > A pesquisa foi feita com base em dados de cerca de 6 mil finlandeses que viveram entre os anos de 1760 e 1849. As informações mantidas pela Igreja dizem respeito a mortes, nascimentos, casamentos e situação econômica de cada um.> > Foi o suficiente para que a equipe internacional de pesquisadores investigasse o efeito da seleção sexual, analisando o número de filhos de cada indivíduo.> > A equipe de Courtiol chegou à conclusão de que os principais fatores que levaram à variação no sucesso reprodutivo dos indivíduos foram a sobrevivência aos primeiros anos de vida e a fertilidade. A riqueza não provocou diferenças significativas neste aspecto.> > De forma geral, a possibilidade de seleção detectada nesta população humana está de acordo com medições feitas em outras espécies.> > Courtiol afirmou, no entanto, que ainda não é prever como evolução pode afetar o futuro dos seres humanos.>
>

SUBJECT: Assis, Gleiser, em Jô.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/05/2012 07:54

A seguir, um link para diversos vídeos sobre RG, Buracos Negros, livros de Gleiser, Matsas, e outros.  E também exposições e entrevista com o físico brasileiro, Assis.

 

http://www.youtube.com/watch?v=PZ2SHNQ0OB4

 

Sds,

Victor.

 

 


SUBJECT: Re: A seleção natural ainda está entre nós?
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/05/2012 13:22

Homero, 
Para te irritar um pouco... ;)

Até porque não há como saber de antemão o que determinado conhecimento, ou
> área de pesquisa, vai produzir ou resultar, em termos de
> benefícios ou recursos.

Não é bem assim! Talvez seja difícil ter uma completa visão de todos os desdobramentos possíveis com resultados de determinadas pesquisas, mas isto, é bem diferente de afirmar que não há como saber os possíveis benefícios de áreas de pesquisa.
Se um laboratório estuda meios de combater células cancerígenas a base de um tipo de ativador celular, é óbvio que sabe-se os benefícios disto, mas também, é bem possível que surja outros ganhos (inimagináveis) com estes mesmos estudos.  Mesmo, em determinados estudos, que os resultados sejam abaixo do esperado, o conhecimento agregado pode ser um impulsionador (ou ponto de partida) para novos estudos.
Não vejo este como o problema da questão em discussão.


> Parece minha mãe quando me diz (e ela diz isso sempre), "porque você não inventa algo como o 
> Facebook e fica rico"?..:-) Quem inventou o Facebook, ou qualquer outra "killer aplication" da era da 
> informática, não sabia que estava inventando uma "killer aplication".

Talvez sua mãe esteja certa em um certo grau! ;)
É claro que estas empresas Pontos Com surgem, muitas vezes, por mera questão de se fazer a coisa certa na hora certa, mesmo sem ter consciência disto. Entretanto, não podemos afirmar que esta seja uma regra rígida deste mercado. Você estaria desqualificando todos os marketeiros de plantão! Muitas empresas são criadas por pessoas que são privilegiadas, estas por terem em mãos informações extremamente relevantes para se darem bem neste mercado. O problema é que maioria das pessoas tem uma visão de mercado pouco flexível baseado no que elas já conhecem, o que dificulta, que boas idéias se iniciem ou sejam desenvolvidas na prática. Veja por exemplo, sempre aparecem novos e-commerces com a mesma receita da Amazon, Submarino, etc. Poucos realmente conhecem como ter relevância, e de se planejar e se moldar desde a primeira etapa, neste mercado dominado por motores de buscas e mídias sociais.

> Da mesma forma, o que vemos hoje como conhecimento útil,
> valioso, capaz de ajudar a resolver problemas da agenda social da
> humanidade, quando em seu início, pareciam apenas brincadeiras,
> estudos sem sentido, perda de tempo.

Sim acontece! Entretanto, isto não afeta em nada na questão de se tentar, através de incentivos, que se haja um foco em se resolver questões sociais. Se há forma de se incentivar isto, este mesmo incentivo pode ser mais ou menos intensificado, desenvolvido e melhor planejado.

Abraços,

Marcel




--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Homero" <oraculo@...> escreveu
>
> Mtnos: " O que falta à ciência é uma agenda de prioridades.
> > Como os graves problemas que enfrenta hoje a humanidade, ao invés
> de fazermos dos próprios problemas um objeto para pesquisa e
> avanço cientifico filósofos e cientistas se dispersam em assuntos
> não prioritários. "
> Desculpe, mas isso é bobagem. Das grandes, robusta, vistosa
> bobagem.:-) Embora seja possível dar algum direcionamento a pesquisa,
> a ciência não funciona dessa forma, dirigida. Até porque não
> há como saber de antemão o que determinado conhecimento, ou
> área de pesquisa, vai produzir ou resultar, em termos de
> benefícios ou recursos.
> Parece minha mãe quando me diz (e ela diz isso sempre), "porque
> você não inventa algo como o Facebook e fica rico"?..:-)
> Quem inventou o Facebook, ou qualquer outra "killer aplication" da era
> da informática, não sabia que estava inventando uma "killer
> aplication". Da mesma forma, o que vemos hoje como conhecimento útil,
> valioso, capaz de ajudar a resolver problemas da agenda social da
> humanidade, quando em seu início, pareciam apenas brincadeiras,
> estudos sem sentido, perda de tempo.
> A humanidade tem graves problemas sim, mas são menores e menos graves
> que em outras eras. A fome, por exemplo, uma constante em nossa
> história, para todos nossos ancestrais, é hoje muito menor,
> estatisticamente, do que em qualquer outra época.
> Para quem tem fome, claro, isso é irrelevante, e é preciso lutar
> para diminuir mesmo essa fome residual. Mas não dá para criar uma
> "agenda" científica e dizer, "porque não inventam algo para acabar
> com a fome e pronto?". Não funciona assim, mão.:-)
> Um exemplo clássico, a pesquisa espacial. Ainda hoje há que
> reclame do "desperdício" de nosso esforço nesse sentido, sem
> entender que um dos desdobramentos mais importantes, para a
> diminuição da fome no planeta, foi o efeito dos satélites
> meteorológicos, que ajudam a produzir safras recordes a cada ano.
> Não entende que o esforço em produzir computadores leves o
> suficiente para serem levados em módulos espaciais, nos levaram a
> microcomputadores, placas de circuito, etc.
> Tentar determinar uma "agenda", que quase sempre será política
> mais que humanitária, a ciência, a pesquisa, ao esforço de
> entender melhor o universo em que vivemos é uma bobagem, e fadada ao
> desastre. Foi tentada na aniga União Soviética, e deu no que deu.
> Mtnos, você não sabe o que é ou não prioritário. Sua
> agenda, ou a de outro, nada significam para a ciência.
> Mtnos: "Perfeitamente. Formemos então no Ciencialist um grupo de
> ciências humanas. "
> Já criaram esse grupo, e colocaram você como moderador, fique à
> vontade para discutir as agendas que achar importante neles.:-)
> Homero
>
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Mtnos Calil" mtnoscalil@
> escreveu
> >
> > O que falta à ciência é uma agenda de prioridades.
> > Como os graves problemas que enfrenta hoje a humanidade, ao invés
> de fazermos dos próprios problemas um objeto para pesquisa e
> avanço cientifico
> > filósofos e cientistas se dispersam em assuntos não
> prioritários.
> > Alguém diria que problemas sociais dizem respeito às ciências
> humanas.
> > Ao que eu responderia.
> > Perfeitamente. Formemos então no Ciencialist um grupo de
> ciências humanas.
> >
> > Abraços
> > Mtnos Calil
> >
> >
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: Pesky Bee
> > To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > Sent: Tuesday, May 08, 2012 3:38 PM
> > Subject: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está
> entre nós?
> >
> >
> >
> >
> > > Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
> >
> > Essa é uma questão interessantíssima, realmente faz sentido
> > a incidência maior de pressão alta na pretaiada americana
> > e brasileira por causa desse efeito da sobrevivência dos
> > que tinham maior retenção de sódio. Fico curioso para
> realmente
> > saber se lá na África eles também tem pressão mais alta.
> Arrisco
> > a dizer (na verdade, chutar) que eles não devem ter pressão
> > alta lá, pois em ambientes quentes como tipicamente se encontra
> > por lá a pressão arterial é mais baixa do que em lugares
> > mais temperados ou frios.
> >
> > *PB*
> >
> >
> >
> > From: luiz silva
> > Sent: Tuesday, May 08, 2012 3:22 PM
> > To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > Subject: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está
> entre nós?
> >
> >
> >
> >
> > Ola Marcelo,
> >
> > Depois comento o restante :
> >
> > "
> > Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na
> espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso
> continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a
> esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em
> reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio
> no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é
> significativamente maior que nas outras."
> >
> > Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
> >
> > De: marcelleandro2009 marcelleandro2009@
> > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 13:14
> > Assunto: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre
> nós?
> >
> >
> > Luiz,
> >
> > > Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem
> chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem
> deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ?
> >
> > Temos que considerar toda a relevância estatística disto. O
> fato de um individuo, ter em seu dna pré disposições à
> doenças e ter condições de passar isto adiante, não significa,
> que ele não esteja colaborando com mudanças genéticas da
> espécie também com as outras de suas características.
> >
> > Homens podem ser atraentes sexualmente e ter filhos, devido à
> serem altos, inteligentes, olhos azuis, bonitos, comunicativos, etc. Dos
> solteirões que ficaram para titia (!), estas características
> são menos presentes. Alguns podem ter problemas cardíacos, pré
> disposição à tumores, ou outros fatores, proporcionado que a
> espécie humana evolua (em certos aspectos) mas que também leve
> consigo um índice alto de pré disposição a doenças. Assim
> como ocorre em cães de raças. Muitos são espécimes "bonitos"
> e selecionáveis pelos criadores, mas mal conseguem respirar
> devidamente, ou mesmo, acasalar e dar a luz, sem uma ajudinha humana.
> >
> > Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na
> espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso
> continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a
> esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em
> reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio
> no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é
> significativamente maior que nas outras.
> >
> > Estamos evoluindo...ou melhor, mudando...!
> >
> > Marcel
> >
> >
> > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva luizfelipecsrj@
> escreveu>> Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem
> chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem
> deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ?
> > > > > ________________________________> De: marcelleandro2009
> marcelleandro2009@ Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br > Enviadas:
> Terça-feira, 8 de Maio de 2012 10:32> Assunto: [ciencialist] A
> seleção natural ainda está entre nós?> > >
> http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2012/05/01/82787-selecao-\
> natural-afeta-humanos-mesmo-com-vida-em-sociedade.html> > Um estudo
> publicado nesta segunda-feira (30) pela revista científica "PNAS", da
> Academia Americana de Ciências, indica que o ser humano continua
> sendo influenciado pela evolução, mesmo com as mudanças culturais
> ocorridas nos últimos 10 mil anos, desde que a Revolução
> Agrícola levou ao surgimento das civilizações.> > Mesmo em uma
> sociedade monógama, os humanos estão sujeitos à seleção
> sexual, um aspecto essencial na teoria da evolução de Charles Darwin.
> Por esse conceito, o sucesso de um indivíduo é medido pela
> quantidade de descendentes que ele deixa. Assim, suas características
> genéticas são deixadas para as gerações seguintes e tendem a se
> perpetuar na espécie.> > "É como um livro. Se ele é bom, é
> reeditado várias e várias vezes", comparou Alexandre Courtiol,
> pesquisador do Instituto Wissenschaftskolleg de Berlim, na Alemanha, um
> dos autores do estudo.> > Segundo ele, o estudo serve como uma
> evidência contra a suposição de que a vida em sociedade teria
> deixado os humanos "imunes" à evolução.> > A pesquisa foi feita
> com base em dados de cerca de 6 mil finlandeses que viveram entre os
> anos de 1760 e 1849. As informações mantidas pela Igreja dizem
> respeito a mortes, nascimentos, casamentos e situação econômica de
> cada um.> > Foi o suficiente para que a equipe internacional de
> pesquisadores investigasse o efeito da seleção sexual, analisando o
> número de filhos de cada indivíduo.> > A equipe de Courtiol chegou
> à conclusão de que os principais fatores que levaram à
> variação no sucesso reprodutivo dos indivíduos foram a
> sobrevivência aos primeiros anos de vida e a fertilidade. A riqueza
> não provocou diferenças significativas neste aspecto.> > De forma
> geral, a possibilidade de seleção detectada nesta população humana
> está de acordo com medições feitas em outras espécies.> >
> Courtiol afirmou, no entanto, que ainda não é prever como
> evolução pode afetar o futuro dos seres humanos.>
> >
>

SUBJECT: Antikythera Desvendado
FROM: Marcelo C Pinto <mpinto2009@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/05/2012 16:00

"O mecanismo Antikythera, como é conhecido, tem cerca de 2 mil anos e
foi encontrado em 1901 quando um grupo de mergulhadores chegou a um
antigo navio romano naufragado na costa da Grécia."

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/05/cientistas-desvendam-segredos-de-computador-de-2-mil-anos.html

Marcelo C Pinto


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/05/2012 16:15

Olá Marcel
 
Concordo em termos com o que você diz mas quando chegamos à conclusão do processo como um todo estou com o Homero e não abro. Chego a expor isso em <A ciência como um bem social>, em especial no item 5.2: 

Quanto aos incentivos:
1) Engana-se o político que tenta incentivar a produção científica através de premiações em dinheiro.
2) O bom cientista não vai atrás de dinheiro mas sim da satisfação pessoal inerente à busca pela verdade.
3) O incentivo via de regra atrai os maus cientistas, os carreiristas, enfim aqueles que dificilmente produzirão algo de valor a não ser no terreno do <papagaísmo>. Papaguear pode ser bom no sentido de levar à divulgação da ciência, mas não no sentido de levar à produção de novos conhecimentos, e ciência é produção. Divulgação é outro departamento.
 
O Brasil tem muitos divulgadores e pouquíssimos cientistas de fato. E pelo visto o Mtnos quer reduzir ainda mais este número, quiçá chegando a zero, já que ele tem uma admiração patológica por este número.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
From: marcelleandro2009
Sent: Saturday, May 12, 2012 1:22 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
 
 

Homero,
Para te irritar um pouco... ;)
 
> Até porque não há como saber de antemão o que determinado conhecimento, ou
> área de pesquisa, vai produzir ou resultar, em termos de
> benefícios ou recursos.
 
Não é bem assim! Talvez seja difícil ter uma completa visão de todos os desdobramentos possíveis com resultados de determinadas pesquisas, mas isto, é bem diferente de afirmar que não há como saber os possíveis benefícios de áreas de pesquisa.
Se um laboratório estuda meios de combater células cancerígenas a base de um tipo de ativador celular, é óbvio que sabe-se os benefícios disto, mas também, é bem possível que surja outros ganhos (inimagináveis) com estes mesmos estudos.  Mesmo, em determinados estudos, que os resultados sejam abaixo do esperado, o conhecimento agregado pode ser um impulsionador (ou ponto de partida) para novos estudos.
Não vejo este como o problema da questão em discussão.
 
 
> Parece minha mãe quando me diz (e ela diz isso sempre), "porque você não inventa algo como o
> Facebook e fica rico"?..:-) Quem inventou o Facebook, ou qualquer outra "killer aplication" da era da
> informática, não sabia que estava inventando uma "killer aplication".
 
Talvez sua mãe esteja certa em um certo grau! ;)
É claro que estas empresas Pontos Com surgem, muitas vezes, por mera questão de se fazer a coisa certa na hora certa, mesmo sem ter consciência disto. Entretanto, não podemos afirmar que esta seja uma regra rígida deste mercado. Você estaria desqualificando todos os marketeiros de plantão! Muitas empresas são criadas por pessoas que são privilegiadas, estas por terem em mãos informações extremamente relevantes para se darem bem neste mercado. O problema é que maioria das pessoas tem uma visão de mercado pouco flexível baseado no que elas já conhecem, o que dificulta, que boas idéias se iniciem ou sejam desenvolvidas na prática. Veja por exemplo, sempre aparecem novos e-commerces com a mesma receita da Amazon, Submarino, etc. Poucos realmente conhecem como ter relevância, e de se planejar e se moldar desde a primeira etapa, neste mercado dominado por motores de buscas e mídias sociais.
 
> Da mesma forma, o que vemos hoje como conhecimento útil,
> valioso, capaz de ajudar a resolver problemas da agenda social da
> humanidade, quando em seu início, pareciam apenas brincadeiras,
> estudos sem sentido, perda de tempo.
 
Sim acontece! Entretanto, isto não afeta em nada na questão de se tentar, através de incentivos, que se haja um foco em se resolver questões sociais. Se há forma de se incentivar isto, este mesmo incentivo pode ser mais ou menos intensificado, desenvolvido e melhor planejado.
 
Abraços,
 
Marcel
 

 

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Homero" <oraculo@...> escreveu
>
> Mtnos: " O que falta à ciência é uma agenda de prioridades.
> > Como os graves problemas que enfrenta hoje a humanidade, ao invés
> de fazermos dos próprios problemas um objeto para pesquisa e
> avanço cientifico filósofos e cientistas se dispersam em assuntos
> não prioritários. "
> Desculpe, mas isso é bobagem. Das grandes, robusta, vistosa
> bobagem.:-) Embora seja possível dar algum direcionamento a pesquisa,
> a ciência não funciona dessa forma, dirigida. Até porque não
> há como saber de antemão o que determinado conhecimento, ou
> área de pesquisa, vai produzir ou resultar, em termos de
> benefícios ou recursos.
> Parece minha mãe quando me diz (e ela diz isso sempre), "porque
> você não inventa algo como o Facebook e fica rico"?..:-)
> Quem inventou o Facebook, ou qualquer outra "killer aplication" da era
> da informática, não sabia que estava inventando uma "killer
> aplication". Da mesma forma, o que vemos hoje como conhecimento útil,
> valioso, capaz de ajudar a resolver problemas da agenda social da
> humanidade, quando em seu início, pareciam apenas brincadeiras,
> estudos sem sentido, perda de tempo.
> A humanidade tem graves problemas sim, mas são menores e menos graves
> que em outras eras. A fome, por exemplo, uma constante em nossa
> história, para todos nossos ancestrais, é hoje muito menor,
> estatisticamente, do que em qualquer outra época.
> Para quem tem fome, claro, isso é irrelevante, e é preciso lutar
> para diminuir mesmo essa fome residual. Mas não dá para criar uma
> "agenda" científica e dizer, "porque não inventam algo para acabar
> com a fome e pronto?". Não funciona assim, mão.:-)
> Um exemplo clássico, a pesquisa espacial. Ainda hoje há que
> reclame do "desperdício" de nosso esforço nesse sentido, sem
> entender que um dos desdobramentos mais importantes, para a
> diminuição da fome no planeta, foi o efeito dos satélites
> meteorológicos, que ajudam a produzir safras recordes a cada ano.
> Não entende que o esforço em produzir computadores leves o
> suficiente para serem levados em módulos espaciais, nos levaram a
> microcomputadores, placas de circuito, etc.
> Tentar determinar uma "agenda", que quase sempre será política
> mais que humanitária, a ciência, a pesquisa, ao esforço de
> entender melhor o universo em que vivemos é uma bobagem, e fadada ao
> desastre. Foi tentada na aniga União Soviética, e deu no que deu.
> Mtnos, você não sabe o que é ou não prioritário. Sua
> agenda, ou a de outro, nada significam para a ciência.
> Mtnos: "Perfeitamente. Formemos então no Ciencialist um grupo de
> ciências humanas. "
> Já criaram esse grupo, e colocaram você como moderador, fique à
> vontade para discutir as agendas que achar importante neles.:-)
> Homero
>
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Mtnos Calil" mtnoscalil@
> escreveu
> >
> > O que falta à ciência é uma agenda de prioridades.
> > Como os graves problemas que enfrenta hoje a humanidade, ao invés
> de fazermos dos próprios problemas um objeto para pesquisa e
> avanço cientifico
> > filósofos e cientistas se dispersam em assuntos não
> prioritários.
> > Alguém diria que problemas sociais dizem respeito às ciências
> humanas.
> > Ao que eu responderia.
> > Perfeitamente. Formemos então no Ciencialist um grupo de
> ciências humanas.
> >
> > Abraços
> > Mtnos Calil
> >
> >
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: Pesky Bee
> > To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > Sent: Tuesday, May 08, 2012 3:38 PM
> > Subject: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está
> entre nós?
> >
> >
> >
> >
> > > Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
> >
> > Essa é uma questão interessantíssima, realmente faz sentido
> > a incidência maior de pressão alta na pretaiada americana
> > e brasileira por causa desse efeito da sobrevivência dos
> > que tinham maior retenção de sódio. Fico curioso para
> realmente
> > saber se lá na África eles também tem pressão mais alta.
> Arrisco
> > a dizer (na verdade, chutar) que eles não devem ter pressão
> > alta lá, pois em ambientes quentes como tipicamente se encontra
> > por lá a pressão arterial é mais baixa do que em lugares
> > mais temperados ou frios.
> >
> > *PB*
> >
> >
> >
> > From: luiz silva
> > Sent: Tuesday, May 08, 2012 3:22 PM
> > To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > Subject: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está
> entre nós?
> >
> >
> >
> >
> > Ola Marcelo,
> >
> > Depois comento o restante :
> >
> > "
> > Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na
> espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso
> continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a
> esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em
> reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio
> no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é
> significativamente maior que nas outras."
> >
> > Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
> >
> > De: marcelleandro2009 marcelleandro2009@
> > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 13:14
> > Assunto: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre
> nós?
> >
> >
> > Luiz,
> >
> > > Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem
> chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem
> deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ?
> >
> > Temos que considerar toda a relevância estatística disto. O
> fato de um individuo, ter em seu dna pré disposições à
> doenças e ter condições de passar isto adiante, não significa,
> que ele não esteja colaborando com mudanças genéticas da
> espécie também com as outras de suas características.
> >
> > Homens podem ser atraentes sexualmente e ter filhos, devido à
> serem altos, inteligentes, olhos azuis, bonitos, comunicativos, etc. Dos
> solteirões que ficaram para titia (!), estas características
> são menos presentes. Alguns podem ter problemas cardíacos, pré
> disposição à tumores, ou outros fatores, proporcionado que a
> espécie humana evolua (em certos aspectos) mas que também leve
> consigo um índice alto de pré disposição a doenças. Assim
> como ocorre em cães de raças. Muitos são espécimes "bonitos"
> e selecionáveis pelos criadores, mas mal conseguem respirar
> devidamente, ou mesmo, acasalar e dar a luz, sem uma ajudinha humana.
> >
> > Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na
> espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso
> continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a
> esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em
> reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio
> no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é
> significativamente maior que nas outras.
> >
> > Estamos evoluindo...ou melhor, mudando...!
> >
> > Marcel
> >
> >
> > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva luizfelipecsrj@
> escreveu>> Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem
> chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem
> deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ?
> > > > > ________________________________> De: marcelleandro2009
> marcelleandro2009@ Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br > Enviadas:
> Terça-feira, 8 de Maio de 2012 10:32> Assunto: [ciencialist] A
> seleção natural ainda está entre nós?> > >
> http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2012/05/01/82787-selecao-\
> natural-afeta-humanos-mesmo-com-vida-em-sociedade.html> > Um estudo
> publicado nesta segunda-feira (30) pela revista científica "PNAS", da
> Academia Americana de Ciências, indica que o ser humano continua
> sendo influenciado pela evolução, mesmo com as mudanças culturais
> ocorridas nos últimos 10 mil anos, desde que a Revolução
> Agrícola levou ao surgimento das civilizações.> > Mesmo em uma
> sociedade monógama, os humanos estão sujeitos à seleção
> sexual, um aspecto essencial na teoria da evolução de Charles Darwin.
> Por esse conceito, o sucesso de um indivíduo é medido pela
> quantidade de descendentes que ele deixa. Assim, suas características
> genéticas são deixadas para as gerações seguintes e tendem a se
> perpetuar na espécie.> > "É como um livro. Se ele é bom, é
> reeditado várias e várias vezes", comparou Alexandre Courtiol,
> pesquisador do Instituto Wissenschaftskolleg de Berlim, na Alemanha, um
> dos autores do estudo.> > Segundo ele, o estudo serve como uma
> evidência contra a suposição de que a vida em sociedade teria
> deixado os humanos "imunes" à evolução.> > A pesquisa foi feita
> com base em dados de cerca de 6 mil finlandeses que viveram entre os
> anos de 1760 e 1849. As informações mantidas pela Igreja dizem
> respeito a mortes, nascimentos, casamentos e situação econômica de
> cada um.> > Foi o suficiente para que a equipe internacional de
> pesquisadores investigasse o efeito da seleção sexual, analisando o
> número de filhos de cada indivíduo.> > A equipe de Courtiol chegou
> à conclusão de que os principais fatores que levaram à
> variação no sucesso reprodutivo dos indivíduos foram a
> sobrevivência aos primeiros anos de vida e a fertilidade. A riqueza
> não provocou diferenças significativas neste aspecto.> > De forma
> geral, a possibilidade de seleção detectada nesta população humana
> está de acordo com medições feitas em outras espécies.> >
> Courtiol afirmou, no entanto, que ainda não é prever como
> evolução pode afetar o futuro dos seres humanos.>
> >
>

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
CC: <Acropolis_@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/05/2012 16:41


QUE FOI ISSO ALBERTO?
ISSO NÃO É ASSUNTO PARA AS CIÊNCIAS HUMANAS?
ME DISSERAM QUE NÃO HÁ NENHUM CIENTISTA HUMANO AQUI.
ARRUMA PELO MENOS UM VAI....
OBRIGADO....
M.CALIL
----- Original Message -----
Sent: Saturday, May 12, 2012 4:15 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?

 

Olá Marcel
 
Concordo em termos com o que você diz mas quando chegamos à conclusão do processo como um todo estou com o Homero e não abro. Chego a expor isso em <A ciência como um bem social>, em especial no item 5.2: 

Quanto aos incentivos:
1) Engana-se o político que tenta incentivar a produção científica através de premiações em dinheiro.
2) O bom cientista não vai atrás de dinheiro mas sim da satisfação pessoal inerente à busca pela verdade.
3) O incentivo via de regra atrai os maus cientistas, os carreiristas, enfim aqueles que dificilmente produzirão algo de valor a não ser no terreno do <papagaísmo>. Papaguear pode ser bom no sentido de levar à divulgação da ciência, mas não no sentido de levar à produção de novos conhecimentos, e ciência é produção. Divulgação é outro departamento.
 
O Brasil tem muitos divulgadores e pouquíssimos cientistas de fato. E pelo visto o Mtnos quer reduzir ainda mais este número, quiçá chegando a zero, já que ele tem uma admiração patológica por este número.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
From: marcelleandro2009
Sent: Saturday, May 12, 2012 1:22 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?
 
 

Homero,
Para te irritar um pouco... ;)
 
> Até porque não há como saber de antemão o que determinado conhecimento, ou
> área de pesquisa, vai produzir ou resultar, em termos de
> benefícios ou recursos.
 
Não é bem assim! Talvez seja difícil ter uma completa visão de todos os desdobramentos possíveis com resultados de determinadas pesquisas, mas isto, é bem diferente de afirmar que não há como saber os possíveis benefícios de áreas de pesquisa.
Se um laboratório estuda meios de combater células cancerígenas a base de um tipo de ativador celular, é óbvio que sabe-se os benefícios disto, mas também, é bem possível que surja outros ganhos (inimagináveis) com estes mesmos estudos.  Mesmo, em determinados estudos, que os resultados sejam abaixo do esperado, o conhecimento agregado pode ser um impulsionador (ou ponto de partida) para novos estudos.
Não vejo este como o problema da questão em discussão.
 
 
> Parece minha mãe quando me diz (e ela diz isso sempre), "porque você não inventa algo como o
> Facebook e fica rico"?..:-) Quem inventou o Facebook, ou qualquer outra "killer aplication" da era da
> informática, não sabia que estava inventando uma "killer aplication".
 
Talvez sua mãe esteja certa em um certo grau! ;)
É claro que estas empresas Pontos Com surgem, muitas vezes, por mera questão de se fazer a coisa certa na hora certa, mesmo sem ter consciência disto. Entretanto, não podemos afirmar que esta seja uma regra rígida deste mercado. Você estaria desqualificando todos os marketeiros de plantão! Muitas empresas são criadas por pessoas que são privilegiadas, estas por terem em mãos informações extremamente relevantes para se darem bem neste mercado. O problema é que maioria das pessoas tem uma visão de mercado pouco flexível baseado no que elas já conhecem, o que dificulta, que boas idéias se iniciem ou sejam desenvolvidas na prática. Veja por exemplo, sempre aparecem novos e-commerces com a mesma receita da Amazon, Submarino, etc. Poucos realmente conhecem como ter relevância, e de se planejar e se moldar desde a primeira etapa, neste mercado dominado por motores de buscas e mídias sociais.
 
> Da mesma forma, o que vemos hoje como conhecimento útil,
> valioso, capaz de ajudar a resolver problemas da agenda social da
> humanidade, quando em seu início, pareciam apenas brincadeiras,
> estudos sem sentido, perda de tempo.
 
Sim acontece! Entretanto, isto não afeta em nada na questão de se tentar, através de incentivos, que se haja um foco em se resolver questões sociais. Se há forma de se incentivar isto, este mesmo incentivo pode ser mais ou menos intensificado, desenvolvido e melhor planejado.
 
Abraços,
 
Marcel
 

 

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Homero" <oraculo@...> escreveu
>
> Mtnos: " O que falta à ciência é uma agenda de prioridades.
> > Como os graves problemas que enfrenta hoje a humanidade, ao invés
> de fazermos dos próprios problemas um objeto para pesquisa e
> avanço cientifico filósofos e cientistas se dispersam em assuntos
> não prioritários. "
> Desculpe, mas isso é bobagem. Das grandes, robusta, vistosa
> bobagem.:-) Embora seja possível dar algum direcionamento a pesquisa,
> a ciência não funciona dessa forma, dirigida. Até porque não
> há como saber de antemão o que determinado conhecimento, ou
> área de pesquisa, vai produzir ou resultar, em termos de
> benefícios ou recursos.
> Parece minha mãe quando me diz (e ela diz isso sempre), "porque
> você não inventa algo como o Facebook e fica rico"?..:-)
> Quem inventou o Facebook, ou qualquer outra "killer aplication" da era
> da informática, não sabia que estava inventando uma "killer
> aplication". Da mesma forma, o que vemos hoje como conhecimento útil,
> valioso, capaz de ajudar a resolver problemas da agenda social da
> humanidade, quando em seu início, pareciam apenas brincadeiras,
> estudos sem sentido, perda de tempo.
> A humanidade tem graves problemas sim, mas são menores e menos graves
> que em outras eras. A fome, por exemplo, uma constante em nossa
> história, para todos nossos ancestrais, é hoje muito menor,
> estatisticamente, do que em qualquer outra época.
> Para quem tem fome, claro, isso é irrelevante, e é preciso lutar
> para diminuir mesmo essa fome residual. Mas não dá para criar uma
> "agenda" científica e dizer, "porque não inventam algo para acabar
> com a fome e pronto?". Não funciona assim, mão.:-)
> Um exemplo clássico, a pesquisa espacial. Ainda hoje há que
> reclame do "desperdício" de nosso esforço nesse sentido, sem
> entender que um dos desdobramentos mais importantes, para a
> diminuição da fome no planeta, foi o efeito dos satélites
> meteorológicos, que ajudam a produzir safras recordes a cada ano.
> Não entende que o esforço em produzir computadores leves o
> suficiente para serem levados em módulos espaciais, nos levaram a
> microcomputadores, placas de circuito, etc.
> Tentar determinar uma "agenda", que quase sempre será política
> mais que humanitária, a ciência, a pesquisa, ao esforço de
> entender melhor o universo em que vivemos é uma bobagem, e fadada ao
> desastre. Foi tentada na aniga União Soviética, e deu no que deu.
> Mtnos, você não sabe o que é ou não prioritário. Sua
> agenda, ou a de outro, nada significam para a ciência.
> Mtnos: "Perfeitamente. Formemos então no Ciencialist um grupo de
> ciências humanas. "
> Já criaram esse grupo, e colocaram você como moderador, fique à
> vontade para discutir as agendas que achar importante neles.:-)
> Homero
>
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Mtnos Calil" mtnoscalil@
> escreveu
> >
> > O que falta à ciência é uma agenda de prioridades.
> > Como os graves problemas que enfrenta hoje a humanidade, ao invés
> de fazermos dos próprios problemas um objeto para pesquisa e
> avanço cientifico
> > filósofos e cientistas se dispersam em assuntos não
> prioritários.
> > Alguém diria que problemas sociais dizem respeito às ciências
> humanas.
> > Ao que eu responderia.
> > Perfeitamente. Formemos então no Ciencialist um grupo de
> ciências humanas.
> >
> > Abraços
> > Mtnos Calil
> >
> >
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: Pesky Bee
> > To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > Sent: Tuesday, May 08, 2012 3:38 PM
> > Subject: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está
> entre nós?
> >
> >
> >
> >
> > > Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
> >
> > Essa é uma questão interessantíssima, realmente faz sentido
> > a incidência maior de pressão alta na pretaiada americana
> > e brasileira por causa desse efeito da sobrevivência dos
> > que tinham maior retenção de sódio. Fico curioso para
> realmente
> > saber se lá na África eles também tem pressão mais alta.
> Arrisco
> > a dizer (na verdade, chutar) que eles não devem ter pressão
> > alta lá, pois em ambientes quentes como tipicamente se encontra
> > por lá a pressão arterial é mais baixa do que em lugares
> > mais temperados ou frios.
> >
> > *PB*
> >
> >
> >
> > From: luiz silva
> > Sent: Tuesday, May 08, 2012 3:22 PM
> > To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > Subject: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está
> entre nós?
> >
> >
> >
> >
> > Ola Marcelo,
> >
> > Depois comento o restante :
> >
> > "
> > Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na
> espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso
> continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a
> esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em
> reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio
> no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é
> significativamente maior que nas outras."
> >
> > Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
> >
> > De: marcelleandro2009 marcelleandro2009@
> > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 13:14
> > Assunto: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre
> nós?
> >
> >
> > Luiz,
> >
> > > Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem
> chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem
> deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ?
> >
> > Temos que considerar toda a relevância estatística disto. O
> fato de um individuo, ter em seu dna pré disposições à
> doenças e ter condições de passar isto adiante, não significa,
> que ele não esteja colaborando com mudanças genéticas da
> espécie também com as outras de suas características.
> >
> > Homens podem ser atraentes sexualmente e ter filhos, devido à
> serem altos, inteligentes, olhos azuis, bonitos, comunicativos, etc. Dos
> solteirões que ficaram para titia (!), estas características
> são menos presentes. Alguns podem ter problemas cardíacos, pré
> disposição à tumores, ou outros fatores, proporcionado que a
> espécie humana evolua (em certos aspectos) mas que também leve
> consigo um índice alto de pré disposição a doenças. Assim
> como ocorre em cães de raças. Muitos são espécimes "bonitos"
> e selecionáveis pelos criadores, mas mal conseguem respirar
> devidamente, ou mesmo, acasalar e dar a luz, sem uma ajudinha humana.
> >
> > Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na
> espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso
> continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver a
> esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em
> reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de sódio
> no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia é
> significativamente maior que nas outras.
> >
> > Estamos evoluindo...ou melhor, mudando...!
> >
> > Marcel
> >
> >
> > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva luizfelipecsrj@
> escreveu>> Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem
> chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem
> deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina ?
> > > > > ________________________________> De: marcelleandro2009
> marcelleandro2009@ Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br > Enviadas:
> Terça-feira, 8 de Maio de 2012 10:32> Assunto: [ciencialist] A
> seleção natural ainda está entre nós?> > >
> http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2012/05/01/82787-selecao-\
> natural-afeta-humanos-mesmo-com-vida-em-sociedade.html> > Um estudo
> publicado nesta segunda-feira (30) pela revista científica "PNAS", da
> Academia Americana de Ciências, indica que o ser humano continua
> sendo influenciado pela evolução, mesmo com as mudanças culturais
> ocorridas nos últimos 10 mil anos, desde que a Revolução
> Agrícola levou ao surgimento das civilizações.> > Mesmo em uma
> sociedade monógama, os humanos estão sujeitos à seleção
> sexual, um aspecto essencial na teoria da evolução de Charles Darwin.
> Por esse conceito, o sucesso de um indivíduo é medido pela
> quantidade de descendentes que ele deixa. Assim, suas características
> genéticas são deixadas para as gerações seguintes e tendem a se
> perpetuar na espécie.> > "É como um livro. Se ele é bom, é
> reeditado várias e várias vezes", comparou Alexandre Courtiol,
> pesquisador do Instituto Wissenschaftskolleg de Berlim, na Alemanha, um
> dos autores do estudo.> > Segundo ele, o estudo serve como uma
> evidência contra a suposição de que a vida em sociedade teria
> deixado os humanos "imunes" à evolução.> > A pesquisa foi feita
> com base em dados de cerca de 6 mil finlandeses que viveram entre os
> anos de 1760 e 1849. As informações mantidas pela Igreja dizem
> respeito a mortes, nascimentos, casamentos e situação econômica de
> cada um.> > Foi o suficiente para que a equipe internacional de
> pesquisadores investigasse o efeito da seleção sexual, analisando o
> número de filhos de cada indivíduo.> > A equipe de Courtiol chegou
> à conclusão de que os principais fatores que levaram à
> variação no sucesso reprodutivo dos indivíduos foram a
> sobrevivência aos primeiros anos de vida e a fertilidade. A riqueza
> não provocou diferenças significativas neste aspecto.> > De forma
> geral, a possibilidade de seleção detectada nesta população humana
> está de acordo com medições feitas em outras espécies.> >
> Courtiol afirmou, no entanto, que ainda não é prever como
> evolução pode afetar o futuro dos seres humanos.>
> >
>


SUBJECT: Re: A seleção natural ainda está entre nós?
FROM: "Homero" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/05/2012 18:41

Marcell: " Para te irritar um pouco... ;) "

He, he, fique tranquilo, se nem o Mtnos e aparentados me irrita, você não corre o risco nem de longe.:-)

Marcell: "Não é bem assim! Talvez seja difícil ter uma completa visão
> de todos os desdobramentos possíveis com resultados de determinadas
> pesquisas, mas isto, é bem diferente de afirmar que não há como
> saber os possíveis benefícios de áreas de pesquisa."

Sim, claro, entendo perfeitamente que devemos decidir, entre muitas coisas, quais devem ser prioritárias, quais recebem mais recursos, onde colocar dinheiro. Mas não definir "agendas" para a ciência, e cientistas, com objetivos "sociai"s, pois seria improdutivo e pouco eficiente. Como na antiga União Soviética, tentar fazer a ciência, a pesquisa, um "elemento de progresso do estado" não funciona. Acabamos sempre em Lysenkos da vida.

Como bem colocado pelo Alberto, isso atrai mais pilantras e "cientistas" com vista em grana, que os que realmente, movidos pela curiosidade natural do ser humano, buscam respostas, onde elas estiverem. Sem saber de antemão que "benefícios sociais" ou econômicos serão produzidos.

O que eu defendo é que, não que não se possa saber que determinados benefícios surgirão, digamos, do estudo da malária, mas sim que não se pode saber que benefícios surgirão de pesquisas sobre algo que não parece ter benefício algum.

O exemplo clássico, a eletricidade, se tivesse sido tomada como era encarada no seu início, uma tola brincadeira de salão, e ninguém tivesse dado valor, ou feito pesquisas mais profundas com isso, imagino o quanto de atraso nosso mundo atual teria sofrido.

Marcell: "Mesmo, em determinados estudos, que os resultados sejam abaixo do esperado, o conhecimento agregado pode ser um impulsionador (ou ponto de partida) para novos estudos.
Não vejo este como o problema da questão em discussão."

Nem eu, e é exatamente o que estou defendendo, um estudo que "parece não dar em nada", pode ser a base futura de algo de seja revolucionário e importante mais a frente.

Marcell: "Talvez sua mãe esteja certa em um certo grau! ;)
É claro que estas empresas Pontos Com surgem, muitas vezes, por mera questão de se fazer a coisa certa na hora certa, mesmo sem ter consciência disto. Entretanto, não podemos afirmar que esta seja uma regra rígida deste mercado. Você estaria desqualificando todos os marketeiros de plantão! "

Eu nunca uso absolutos, me incomodam, coisas como "nunca, sempre, jamais, todos, etc".:-) Então, claro que não é uma regra rígida, algumas vezes é possível 'construir" um sucesso. Mas isso é raro, e quase sempre são sucessos passageiros, artificiais, impulsionados pelo marketing e $$$, como "boys bands", substituidas de tempos em tempos por novos "super-sucessos".

Se eu tiver muito dinheiro, posso criar um evento empurrado por divulgação massiva, e fazer um sucesso. Mas seu eu tiver muito dinheiro, não preciso fazer isso, me basta a gana.:-)

Os exemplos que usei são de acidentes, a coisa certa na hora certa. Bil Gates teve visão, arriscou muito ao "vender" um sistema operacional que ele não tinha a IBM, e ao deixar a faculdade para montar a empresa que entregaria esse sistema. Mas ele não estava apenas na hora certa, com o IBM procurando um sistema operacional (sem acreditar que valia a pena gastar dinheiro criando o seu, pois achava que era uma "moda passageira" esse negócio de computador pessoal), mas também em seu momento certo, no primeiro ano da faculdade.

Se ele estivesse no último, talvez pensasse melhor antes de largar tudo para correr atras de uma maluquice dessas. Se fosse casado, tivesse filhos, etc, tudo mudaria.

Marcell: "Muitas empresas são criadas por pessoas que são privilegiadas, estas por terem em mãos informações extremamente relevantes para se darem bem neste mercado. "

Sim, mas estas informações privilegiadas também são parte da equação "estar no lugar certo na hora certa". Alguns a tem, outros não. A questão é, sem nada disso, dar certo é mais sorte que esforço, pelo menos em nível "milionário". Viver bem, é outra coisa. Um trabalho, uma família, algumas dificuldades e alguns sucessos, isso pode ser esperado a partir apenas de esforço e competência. Mas um Facebook, uma Microsoft,  exige mais, exige sorte e acidentes de percurso.

O mesmo para descobertas revolucionárias em ciência. Com grana e esforço e tempo, é possível fazer muita coisa. Mas não dá para '"prometer" um Premio Nobel ou uma descoberta revolucionária apenas com isso. 

Marcell: "Sim acontece! Entretanto, isto não afeta em nada na questão de se tentar, através de incentivos, que se haja um foco em se resolver questões sociais. Se há forma de se incentivar isto, este mesmo incentivo pode ser mais ou menos intensificado, desenvolvido e melhor planejado."

Mas essa é uma função, tarefa, de outras organizações humanas, que não a ciência propriamente dita. A diatribe do Mtnos é "conclamar a ciência a se engajar nos objetivos sociais, e na agenda de benefícios e prioridades real (a dele, é claro.:-)". É isso que é bobagem, não funciona, e resulta sempre em desperdício, atraso e péssimos resultados.

Um governo, uma empresa, uma sociedade pode escolher onde colocar mais ou menos recursos, como é feito pelo Congresso americano ao decidir a verba da NASA. Mas o cientista deve escolher o que vai investigar por outros motivos que não econômicos ou "sociais".

Como o Alberto, eu até concordo com você, em termos, mas o que propõe o Mtnos, é bobagem pura como ideia  e ineficaz como agenda política.

Um abraço.

Homero














--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@...> escreveu
>
> Homero,
> Para te irritar um pouco... ;)
> > Até porque não há como saber de antemão o que determinado
> conhecimento, ou> área de pesquisa, vai produzir ou resultar, em
> termos de> benefícios ou recursos.
> Não é bem assim! Talvez seja difícil ter uma completa visão
> de todos os desdobramentos possíveis com resultados de determinadas
> pesquisas, mas isto, é bem diferente de afirmar que não há como
> saber os possíveis benefícios de áreas de pesquisa.Se um
> laboratório estuda meios de combater células cancerígenas a
> base de um tipo de ativador celular, é óbvio que sabe-se os
> benefícios disto, mas também, é bem possível que surja
> outros ganhos (inimagináveis) com estes mesmos estudos. Mesmo, em
> determinados estudos, que os resultados sejam abaixo do esperado, o
> conhecimento agregado pode ser um impulsionador (ou ponto de partida)
> para novos estudos.Não vejo este como o problema da questão em
> discussão.
>
> > Parece minha mãe quando me diz (e ela diz isso sempre), "porque
> você não inventa algo como o > Facebook e fica rico"?..:-) Quem
> inventou o Facebook, ou qualquer outra "killer aplication" da era da >
> informática, não sabia que estava inventando uma "killer
> aplication".
> Talvez sua mãe esteja certa em um certo grau! ;)É claro que estas
> empresas Pontos Com surgem, muitas vezes, por mera questão de se
> fazer a coisa certa na hora certa, mesmo sem ter consciência disto.
> Entretanto, não podemos afirmar que esta seja uma regra rígida
> deste mercado. Você estaria desqualificando todos os marketeiros de
> plantão! Muitas empresas são criadas por pessoas que são
> privilegiadas, estas por terem em mãos informações extremamente
> relevantes para se darem bem neste mercado. O problema é que maioria
> das pessoas tem uma visão de mercado pouco flexível baseado no que
> elas já conhecem, o que dificulta, que boas idéias se iniciem ou
> sejam desenvolvidas na prática. Veja por exemplo, sempre aparecem
> novos e-commerces com a mesma receita da Amazon, Submarino, etc. Poucos
> realmente conhecem como ter relevância, e de se planejar e se moldar
> desde a primeira etapa, neste mercado dominado por motores de buscas e
> mídias sociais.
> > Da mesma forma, o que vemos hoje como conhecimento útil,> valioso,
> capaz de ajudar a resolver problemas da agenda social da> humanidade,
> quando em seu início, pareciam apenas brincadeiras,> estudos sem
> sentido, perda de tempo.
> Sim acontece! Entretanto, isto não afeta em nada na questão de se
> tentar, através de incentivos, que se haja um foco em se resolver
> questões sociais. Se há forma de se incentivar isto, este mesmo
> incentivo pode ser mais ou menos intensificado, desenvolvido e melhor
> planejado.
> Abraços,
> Marcel
>
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Homero" oraculo@ escreveu
> >
> > Mtnos: " O que falta à ciência é uma agenda de prioridades.
> > > Como os graves problemas que enfrenta hoje a humanidade, ao invés
> > de fazermos dos próprios problemas um objeto para pesquisa e
> > avanço cientifico filósofos e cientistas se dispersam em
> assuntos
> > não prioritários. "
> > Desculpe, mas isso é bobagem. Das grandes, robusta, vistosa
> > bobagem.:-) Embora seja possível dar algum direcionamento a
> pesquisa,
> > a ciência não funciona dessa forma, dirigida. Até porque
> não
> > há como saber de antemão o que determinado conhecimento, ou
> > área de pesquisa, vai produzir ou resultar, em termos de
> > benefícios ou recursos.
> > Parece minha mãe quando me diz (e ela diz isso sempre), "porque
> > você não inventa algo como o Facebook e fica rico"?..:-)
> > Quem inventou o Facebook, ou qualquer outra "killer aplication" da era
> > da informática, não sabia que estava inventando uma "killer
> > aplication". Da mesma forma, o que vemos hoje como conhecimento
> útil,
> > valioso, capaz de ajudar a resolver problemas da agenda social da
> > humanidade, quando em seu início, pareciam apenas brincadeiras,
> > estudos sem sentido, perda de tempo.
> > A humanidade tem graves problemas sim, mas são menores e menos
> graves
> > que em outras eras. A fome, por exemplo, uma constante em nossa
> > história, para todos nossos ancestrais, é hoje muito menor,
> > estatisticamente, do que em qualquer outra época.
> > Para quem tem fome, claro, isso é irrelevante, e é preciso lutar
> > para diminuir mesmo essa fome residual. Mas não dá para criar
> uma
> > "agenda" científica e dizer, "porque não inventam algo para
> acabar
> > com a fome e pronto?". Não funciona assim, mão.:-)
> > Um exemplo clássico, a pesquisa espacial. Ainda hoje há que
> > reclame do "desperdício" de nosso esforço nesse sentido, sem
> > entender que um dos desdobramentos mais importantes, para a
> > diminuição da fome no planeta, foi o efeito dos satélites
> > meteorológicos, que ajudam a produzir safras recordes a cada ano.
> > Não entende que o esforço em produzir computadores leves o
> > suficiente para serem levados em módulos espaciais, nos levaram a
> > microcomputadores, placas de circuito, etc.
> > Tentar determinar uma "agenda", que quase sempre será política
> > mais que humanitária, a ciência, a pesquisa, ao esforço de
> > entender melhor o universo em que vivemos é uma bobagem, e fadada
> ao
> > desastre. Foi tentada na aniga União Soviética, e deu no que
> deu.
> > Mtnos, você não sabe o que é ou não prioritário. Sua
> > agenda, ou a de outro, nada significam para a ciência.
> > Mtnos: "Perfeitamente. Formemos então no Ciencialist um grupo de
> > ciências humanas. "
> > Já criaram esse grupo, e colocaram você como moderador, fique
> à
> > vontade para discutir as agendas que achar importante neles.:-)
> > Homero
> >
> >
> >
> > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Mtnos Calil" mtnoscalil@
> > escreveu
> > >
> > > O que falta à ciência é uma agenda de prioridades.
> > > Como os graves problemas que enfrenta hoje a humanidade, ao invés
> > de fazermos dos próprios problemas um objeto para pesquisa e
> > avanço cientifico
> > > filósofos e cientistas se dispersam em assuntos não
> > prioritários.
> > > Alguém diria que problemas sociais dizem respeito às
> ciências
> > humanas.
> > > Ao que eu responderia.
> > > Perfeitamente. Formemos então no Ciencialist um grupo de
> > ciências humanas.
> > >
> > > Abraços
> > > Mtnos Calil
> > >
> > >
> > >
> > > ----- Original Message -----
> > > From: Pesky Bee
> > > To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > > Sent: Tuesday, May 08, 2012 3:38 PM
> > > Subject: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está
> > entre nós?
> > >
> > >
> > >
> > >
> > > > Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
> > >
> > > Essa é uma questão interessantíssima, realmente faz
> sentido
> > > a incidência maior de pressão alta na pretaiada americana
> > > e brasileira por causa desse efeito da sobrevivência dos
> > > que tinham maior retenção de sódio. Fico curioso para
> > realmente
> > > saber se lá na África eles também tem pressão mais
> alta.
> > Arrisco
> > > a dizer (na verdade, chutar) que eles não devem ter pressão
> > > alta lá, pois em ambientes quentes como tipicamente se encontra
> > > por lá a pressão arterial é mais baixa do que em lugares
> > > mais temperados ou frios.
> > >
> > > *PB*
> > >
> > >
> > >
> > > From: luiz silva
> > > Sent: Tuesday, May 08, 2012 3:22 PM
> > > To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > > Subject: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está
> > entre nós?
> > >
> > >
> > >
> > >
> > > Ola Marcelo,
> > >
> > > Depois comento o restante :
> > >
> > > "
> > > Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na
> > espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso
> > continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver
> a
> > esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em
> > reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de
> sódio
> > no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia
> é
> > significativamente maior que nas outras."
> > >
> > > Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
> > >
> > > De: marcelleandro2009 marcelleandro2009@
> > > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > > Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 13:14
> > > Assunto: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está
> entre
> > nós?
> > >
> > >
> > > Luiz,
> > >
> > > > Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem
> > chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem
> > deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina
> ?
> > >
> > > Temos que considerar toda a relevância estatística disto. O
> > fato de um individuo, ter em seu dna pré disposições à
> > doenças e ter condições de passar isto adiante, não
> significa,
> > que ele não esteja colaborando com mudanças genéticas da
> > espécie também com as outras de suas características.
> > >
> > > Homens podem ser atraentes sexualmente e ter filhos, devido à
> > serem altos, inteligentes, olhos azuis, bonitos, comunicativos, etc.
> Dos
> > solteirões que ficaram para titia (!), estas características
> > são menos presentes. Alguns podem ter problemas cardíacos,
> pré
> > disposição à tumores, ou outros fatores, proporcionado que a
> > espécie humana evolua (em certos aspectos) mas que também leve
> > consigo um índice alto de pré disposição a doenças. Assim
> > como ocorre em cães de raças. Muitos são espécimes
> "bonitos"
> > e selecionáveis pelos criadores, mas mal conseguem respirar
> > devidamente, ou mesmo, acasalar e dar a luz, sem uma ajudinha humana.
> > >
> > > Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na
> > espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso
> > continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver
> a
> > esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em
> > reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de
> sódio
> > no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia
> é
> > significativamente maior que nas outras.
> > >
> > > Estamos evoluindo...ou melhor, mudando...!
> > >
> > > Marcel
> > >
> > >
> > > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva luizfelipecsrj@
> > escreveu>> Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem
> > chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem
> > deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina
> ?
> > > > > > ________________________________> De: marcelleandro2009
> > marcelleandro2009@ Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br > Enviadas:
> > Terça-feira, 8 de Maio de 2012 10:32> Assunto: [ciencialist] A
> > seleção natural ainda está entre nós?> > >
> >
> http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2012/05/01/82787-selecao-\
> \
> > natural-afeta-humanos-mesmo-com-vida-em-sociedade.html> > Um estudo
> > publicado nesta segunda-feira (30) pela revista científica "PNAS",
> da
> > Academia Americana de Ciências, indica que o ser humano continua
> > sendo influenciado pela evolução, mesmo com as mudanças
> culturais
> > ocorridas nos últimos 10 mil anos, desde que a Revolução
> > Agrícola levou ao surgimento das civilizações.> > Mesmo em uma
> > sociedade monógama, os humanos estão sujeitos à seleção
> > sexual, um aspecto essencial na teoria da evolução de Charles
> Darwin.
> > Por esse conceito, o sucesso de um indivíduo é medido pela
> > quantidade de descendentes que ele deixa. Assim, suas
> características
> > genéticas são deixadas para as gerações seguintes e tendem a
> se
> > perpetuar na espécie.> > "É como um livro. Se ele é bom, é
> > reeditado várias e várias vezes", comparou Alexandre Courtiol,
> > pesquisador do Instituto Wissenschaftskolleg de Berlim, na Alemanha,
> um
> > dos autores do estudo.> > Segundo ele, o estudo serve como uma
> > evidência contra a suposição de que a vida em sociedade teria
> > deixado os humanos "imunes" à evolução.> > A pesquisa foi feita
> > com base em dados de cerca de 6 mil finlandeses que viveram entre os
> > anos de 1760 e 1849. As informações mantidas pela Igreja dizem
> > respeito a mortes, nascimentos, casamentos e situação econômica
> de
> > cada um.> > Foi o suficiente para que a equipe internacional de
> > pesquisadores investigasse o efeito da seleção sexual, analisando o
> > número de filhos de cada indivíduo.> > A equipe de Courtiol
> chegou
> > à conclusão de que os principais fatores que levaram à
> > variação no sucesso reprodutivo dos indivíduos foram a
> > sobrevivência aos primeiros anos de vida e a fertilidade. A riqueza
> > não provocou diferenças significativas neste aspecto.> > De
> forma
> > geral, a possibilidade de seleção detectada nesta população
> humana
> > está de acordo com medições feitas em outras espécies.> >
> > Courtiol afirmou, no entanto, que ainda não é prever como
> > evolução pode afetar o futuro dos seres humanos.>
> > >
> >
>

SUBJECT: Homero, você é das ciências humanas?
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/05/2012 20:22

 
----- Original Message -----
From: Homero
Sent: Saturday, May 12, 2012 6:41 PM
Subject: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está entre nós?

 

Marcell: " Para te irritar um pouco... ;) "


He, he, fique tranquilo, se nem o Mtnos e aparentados me irrita, você não corre o risco nem de longe.:-)

Marcell: "Não é bem assim! Talvez seja difícil ter uma completa visão
> de todos os desdobramentos possíveis com resultados de determinadas
> pesquisas, mas isto, é bem diferente de afirmar que não há como
> saber os possíveis benefícios de áreas de pesquisa."

Sim, claro, entendo perfeitamente que devemos decidir, entre muitas coisas, quais devem ser prioritárias, quais recebem mais recursos, onde colocar dinheiro. Mas não definir "agendas" para a ciência, e cientistas, com objetivos "sociai"s, pois seria improdutivo e pouco eficiente. Como na antiga União Soviética, tentar fazer a ciência, a pesquisa, um "elemento de progresso do estado" não funciona. Acabamos sempre em Lysenkos da vida.

Como bem colocado pelo Alberto, isso atrai mais pilantras e "cientistas" com vista em grana, que os que realmente, movidos pela curiosidade natural do ser humano, buscam respostas, onde elas estiverem. Sem saber de antemão que "benefícios sociais" ou econômicos serão produzidos.

O que eu defendo é que, não que não se possa saber que determinados benefícios surgirão, digamos, do estudo da malária, mas sim que não se pode saber que benefícios surgirão de pesquisas sobre algo que não parece ter benefício algum.

O exemplo clássico, a eletricidade, se tivesse sido tomada como era encarada no seu início, uma tola brincadeira de salão, e ninguém tivesse dado valor, ou feito pesquisas mais profundas com isso, imagino o quanto de atraso nosso mundo atual teria sofrido.

Marcell: "Mesmo, em determinados estudos, que os resultados sejam abaixo do esperado, o conhecimento agregado pode ser um impulsionador (ou ponto de partida) para novos estudos.
Não vejo este como o problema da questão em discussão."

Nem eu, e é exatamente o que estou defendendo, um estudo que "parece não dar em nada", pode ser a base futura de algo de seja revolucionário e importante mais a frente.

Marcell: "Talvez sua mãe esteja certa em um certo grau! ;)
É claro que estas empresas Pontos Com surgem, muitas vezes, por mera questão de se fazer a coisa certa na hora certa, mesmo sem ter consciência disto. Entretanto, não podemos afirmar que esta seja uma regra rígida deste mercado. Você estaria desqualificando todos os marketeiros de plantão! "

Eu nunca uso absolutos, me incomodam, coisas como "nunca, sempre, jamais, todos, etc".:-) Então, claro que não é uma regra rígida, algumas vezes é possível 'construir" um sucesso. Mas isso é raro, e quase sempre são sucessos passageiros, artificiais, impulsionados pelo marketing e $$$, como "boys bands", substituidas de tempos em tempos por novos "super-sucessos".

Se eu tiver muito dinheiro, posso criar um evento empurrado por divulgação massiva, e fazer um sucesso. Mas seu eu tiver muito dinheiro, não preciso fazer isso, me basta a gana.:-)

Os exemplos que usei são de acidentes, a coisa certa na hora certa. Bil Gates teve visão, arriscou muito ao "vender" um sistema operacional que ele não tinha a IBM, e ao deixar a faculdade para montar a empresa que entregaria esse sistema. Mas ele não estava apenas na hora certa, com o IBM procurando um sistema operacional (sem acreditar que valia a pena gastar dinheiro criando o seu, pois achava que era uma "moda passageira" esse negócio de computador pessoal), mas também em seu momento certo, no primeiro ano da faculdade.

Se ele estivesse no último, talvez pensasse melhor antes de largar tudo para correr atras de uma maluquice dessas. Se fosse casado, tivesse filhos, etc, tudo mudaria.

Marcell: "Muitas empresas são criadas por pessoas que são privilegiadas, estas por terem em mãos informações extremamente relevantes para se darem bem neste mercado. "

Sim, mas estas informações privilegiadas também são parte da equação "estar no lugar certo na hora certa". Alguns a tem, outros não. A questão é, sem nada disso, dar certo é mais sorte que esforço, pelo menos em nível "milionário". Viver bem, é outra coisa. Um trabalho, uma família, algumas dificuldades e alguns sucessos, isso pode ser esperado a partir apenas de esforço e competência. Mas um Facebook, uma Microsoft,  exige mais, exige sorte e acidentes de percurso.

O mesmo para descobertas revolucionárias em ciência. Com grana e esforço e tempo, é possível fazer muita coisa. Mas não dá para '"prometer" um Premio Nobel ou uma descoberta revolucionária apenas com isso. 

Marcell: "Sim acontece! Entretanto, isto não afeta em nada na questão de se tentar, através de incentivos, que se haja um foco em se resolver questões sociais. Se há forma de se incentivar isto, este mesmo incentivo pode ser mais ou menos intensificado, desenvolvido e melhor planejado."

Mas essa é uma função, tarefa, de outras organizações humanas, que não a ciência propriamente dita. A diatribe do Mtnos é "conclamar a ciência a se engajar nos objetivos sociais, e na agenda de benefícios e prioridades real (a dele, é claro.:-)". É isso que é bobagem, não funciona, e resulta sempre em desperdício, atraso e péssimos resultados.

Um governo, uma empresa, uma sociedade pode escolher onde colocar mais ou menos recursos, como é feito pelo Congresso americano ao decidir a verba da NASA. Mas o cientista deve escolher o que vai investigar por outros motivos que não econômicos ou "sociais".

Como o Alberto, eu até concordo com você, em termos, mas o que propõe o Mtnos, é bobagem pura como ideia  e ineficaz como agenda política.

Um abraço.

Homero














--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@...> escreveu
>
> Homero,
> Para te irritar um pouco... ;)
> > Até porque não há como saber de antemão o que determinado
> conhecimento, ou> área de pesquisa, vai produzir ou resultar, em
> termos de> benefícios ou recursos.
> Não é bem assim! Talvez seja difícil ter uma completa visão
> de todos os desdobramentos possíveis com resultados de determinadas
> pesquisas, mas isto, é bem diferente de afirmar que não há como
> saber os possíveis benefícios de áreas de pesquisa.Se um
> laboratório estuda meios de combater células cancerígenas a
> base de um tipo de ativador celular, é óbvio que sabe-se os
> benefícios disto, mas também, é bem possível que surja
> outros ganhos (inimagináveis) com estes mesmos estudos. Mesmo, em
> determinados estudos, que os resultados sejam abaixo do esperado, o
> conhecimento agregado pode ser um impulsionador (ou ponto de partida)
> para novos estudos.Não vejo este como o problema da questão em
> discussão.
>
> > Parece minha mãe quando me diz (e ela diz isso sempre), "porque
> você não inventa algo como o > Facebook e fica rico"?..:-) Quem
> inventou o Facebook, ou qualquer outra "killer aplication" da era da >
> informática, não sabia que estava inventando uma "killer
> aplication".
> Talvez sua mãe esteja certa em um certo grau! ;)É claro que estas
> empresas Pontos Com surgem, muitas vezes, por mera questão de se
> fazer a coisa certa na hora certa, mesmo sem ter consciência disto.
> Entretanto, não podemos afirmar que esta seja uma regra rígida
> deste mercado. Você estaria desqualificando todos os marketeiros de
> plantão! Muitas empresas são criadas por pessoas que são
> privilegiadas, estas por terem em mãos informações extremamente
> relevantes para se darem bem neste mercado. O problema é que maioria
> das pessoas tem uma visão de mercado pouco flexível baseado no que
> elas já conhecem, o que dificulta, que boas idéias se iniciem ou
> sejam desenvolvidas na prática. Veja por exemplo, sempre aparecem
> novos e-commerces com a mesma receita da Amazon, Submarino, etc. Poucos
> realmente conhecem como ter relevância, e de se planejar e se moldar
> desde a primeira etapa, neste mercado dominado por motores de buscas e
> mídias sociais.
> > Da mesma forma, o que vemos hoje como conhecimento útil,> valioso,
> capaz de ajudar a resolver problemas da agenda social da> humanidade,
> quando em seu início, pareciam apenas brincadeiras,> estudos sem
> sentido, perda de tempo.
> Sim acontece! Entretanto, isto não afeta em nada na questão de se
> tentar, através de incentivos, que se haja um foco em se resolver
> questões sociais. Se há forma de se incentivar isto, este mesmo
> incentivo pode ser mais ou menos intensificado, desenvolvido e melhor
> planejado.
> Abraços,
> Marcel
>
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Homero" oraculo@ escreveu
> >
> > Mtnos: " O que falta à ciência é uma agenda de prioridades.
> > > Como os graves problemas que enfrenta hoje a humanidade, ao invés
> > de fazermos dos próprios problemas um objeto para pesquisa e
> > avanço cientifico filósofos e cientistas se dispersam em
> assuntos
> > não prioritários. "
> > Desculpe, mas isso é bobagem. Das grandes, robusta, vistosa
> > bobagem.:-) Embora seja possível dar algum direcionamento a
> pesquisa,
> > a ciência não funciona dessa forma, dirigida. Até porque
> não
> > há como saber de antemão o que determinado conhecimento, ou
> > área de pesquisa, vai produzir ou resultar, em termos de
> > benefícios ou recursos.
> > Parece minha mãe quando me diz (e ela diz isso sempre), "porque
> > você não inventa algo como o Facebook e fica rico"?..:-)
> > Quem inventou o Facebook, ou qualquer outra "killer aplication" da era
> > da informática, não sabia que estava inventando uma "killer
> > aplication". Da mesma forma, o que vemos hoje como conhecimento
> útil,
> > valioso, capaz de ajudar a resolver problemas da agenda social da
> > humanidade, quando em seu início, pareciam apenas brincadeiras,
> > estudos sem sentido, perda de tempo.
> > A humanidade tem graves problemas sim, mas são menores e menos
> graves
> > que em outras eras. A fome, por exemplo, uma constante em nossa
> > história, para todos nossos ancestrais, é hoje muito menor,
> > estatisticamente, do que em qualquer outra época.
> > Para quem tem fome, claro, isso é irrelevante, e é preciso lutar
> > para diminuir mesmo essa fome residual. Mas não dá para criar
> uma
> > "agenda" científica e dizer, "porque não inventam algo para
> acabar
> > com a fome e pronto?". Não funciona assim, mão.:-)
> > Um exemplo clássico, a pesquisa espacial. Ainda hoje há que
> > reclame do "desperdício" de nosso esforço nesse sentido, sem
> > entender que um dos desdobramentos mais importantes, para a
> > diminuição da fome no planeta, foi o efeito dos satélites
> > meteorológicos, que ajudam a produzir safras recordes a cada ano.
> > Não entende que o esforço em produzir computadores leves o
> > suficiente para serem levados em módulos espaciais, nos levaram a
> > microcomputadores, placas de circuito, etc.
> > Tentar determinar uma "agenda", que quase sempre será política
> > mais que humanitária, a ciência, a pesquisa, ao esforço de
> > entender melhor o universo em que vivemos é uma bobagem, e fadada
> ao
> > desastre. Foi tentada na aniga União Soviética, e deu no que
> deu.
> > Mtnos, você não sabe o que é ou não prioritário. Sua
> > agenda, ou a de outro, nada significam para a ciência.
> > Mtnos: "Perfeitamente. Formemos então no Ciencialist um grupo de
> > ciências humanas. "
> > Já criaram esse grupo, e colocaram você como moderador, fique
> à
> > vontade para discutir as agendas que achar importante neles.:-)
> > Homero
> >
> >
> >
> > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Mtnos Calil" mtnoscalil@
> > escreveu
> > >
> > > O que falta à ciência é uma agenda de prioridades.
> > > Como os graves problemas que enfrenta hoje a humanidade, ao invés
> > de fazermos dos próprios problemas um objeto para pesquisa e
> > avanço cientifico
> > > filósofos e cientistas se dispersam em assuntos não
> > prioritários.
> > > Alguém diria que problemas sociais dizem respeito às
> ciências
> > humanas.
> > > Ao que eu responderia.
> > > Perfeitamente. Formemos então no Ciencialist um grupo de
> > ciências humanas.
> > >
> > > Abraços
> > > Mtnos Calil
> > >
> > >
> > >
> > > ----- Original Message -----
> > > From: Pesky Bee
> > > To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > > Sent: Tuesday, May 08, 2012 3:38 PM
> > > Subject: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está
> > entre nós?
> > >
> > >
> > >
> > >
> > > > Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
> > >
> > > Essa é uma questão interessantíssima, realmente faz
> sentido
> > > a incidência maior de pressão alta na pretaiada americana
> > > e brasileira por causa desse efeito da sobrevivência dos
> > > que tinham maior retenção de sódio. Fico curioso para
> > realmente
> > > saber se lá na África eles também tem pressão mais
> alta.
> > Arrisco
> > > a dizer (na verdade, chutar) que eles não devem ter pressão
> > > alta lá, pois em ambientes quentes como tipicamente se encontra
> > > por lá a pressão arterial é mais baixa do que em lugares
> > > mais temperados ou frios.
> > >
> > > *PB*
> > >
> > >
> > >
> > > From: luiz silva
> > > Sent: Tuesday, May 08, 2012 3:22 PM
> > > To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > > Subject: Re: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está
> > entre nós?
> > >
> > >
> > >
> > >
> > > Ola Marcelo,
> > >
> > > Depois comento o restante :
> > >
> > > "
> > > Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na
> > espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso
> > continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver
> a
> > esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em
> > reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de
> sódio
> > no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia
> é
> > significativamente maior que nas outras."
> > >
> > > Aqui e nos EUA sim, na Àfrica não, não é ?
> > >
> > > De: marcelleandro2009 marcelleandro2009@
> > > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > > Enviadas: Terça-feira, 8 de Maio de 2012 13:14
> > > Assunto: [ciencialist] Re: A seleção natural ainda está
> entre
> > nós?
> > >
> > >
> > > Luiz,
> > >
> > > > Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem
> > chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem
> > deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina
> ?
> > >
> > > Temos que considerar toda a relevância estatística disto. O
> > fato de um individuo, ter em seu dna pré disposições à
> > doenças e ter condições de passar isto adiante, não
> significa,
> > que ele não esteja colaborando com mudanças genéticas da
> > espécie também com as outras de suas características.
> > >
> > > Homens podem ser atraentes sexualmente e ter filhos, devido à
> > serem altos, inteligentes, olhos azuis, bonitos, comunicativos, etc.
> Dos
> > solteirões que ficaram para titia (!), estas características
> > são menos presentes. Alguns podem ter problemas cardíacos,
> pré
> > disposição à tumores, ou outros fatores, proporcionado que a
> > espécie humana evolua (em certos aspectos) mas que também leve
> > consigo um índice alto de pré disposição a doenças. Assim
> > como ocorre em cães de raças. Muitos são espécimes
> "bonitos"
> > e selecionáveis pelos criadores, mas mal conseguem respirar
> > devidamente, ou mesmo, acasalar e dar a luz, sem uma ajudinha humana.
> > >
> > > Um insight sobre um processo seletivo recente e radical na
> > espécie humana. Os negros, quando eram transportados ao nosso
> > continente em viagens de mais de 3 meses, só conseguiam sobreviver
> a
> > esta precária situação, se tivessem um pré-disposição em
> > reter aguá em seu corpo, devido à uma maior índice de
> sódio
> > no organismo. Hoje, a incidência de pressão alta nesta etnia
> é
> > significativamente maior que nas outras.
> > >
> > > Estamos evoluindo...ou melhor, mudando...!
> > >
> > > Marcel
> > >
> > >
> > > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva luizfelipecsrj@
> > escreveu>> Mas e qto a (possíveis) individuos que anteriormente nem
> > chegariam a ter a oportunidade de procriar e que, atualmente, podem
> > deixar vários descendentes, em função dos avanços da medicina
> ?
> > > > > > ________________________________> De: marcelleandro2009
> > marcelleandro2009@ Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br > Enviadas:
> > Terça-feira, 8 de Maio de 2012 10:32> Assunto: [ciencialist] A
> > seleção natural ainda está entre nós?> > >
> >
> http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2012/05/01/82787-selecao-\
> \
> > natural-afeta-humanos-mesmo-com-vida-em-sociedade.html> > Um estudo
> > publicado nesta segunda-feira (30) pela revista científica "PNAS",
> da
> > Academia Americana de Ciências, indica que o ser humano continua
> > sendo influenciado pela evolução, mesmo com as mudanças
> culturais
> > ocorridas nos últimos 10 mil anos, desde que a Revolução
> > Agrícola levou ao surgimento das civilizações.> > Mesmo em uma
> > sociedade monógama, os humanos estão sujeitos à seleção
> > sexual, um aspecto essencial na teoria da evolução de Charles
> Darwin.
> > Por esse conceito, o sucesso de um indivíduo é medido pela
> > quantidade de descendentes que ele deixa. Assim, suas
> características
> > genéticas são deixadas para as gerações seguintes e tendem a
> se
> > perpetuar na espécie.> > "É como um livro. Se ele é bom, é
> > reeditado várias e várias vezes", comparou Alexandre Courtiol,
> > pesquisador do Instituto Wissenschaftskolleg de Berlim, na Alemanha,
> um
> > dos autores do estudo.> > Segundo ele, o estudo serve como uma
> > evidência contra a suposição de que a vida em sociedade teria
> > deixado os humanos "imunes" à evolução.> > A pesquisa foi feita
> > com base em dados de cerca de 6 mil finlandeses que viveram entre os
> > anos de 1760 e 1849. As informações mantidas pela Igreja dizem
> > respeito a mortes, nascimentos, casamentos e situação econômica
> de
> > cada um.> > Foi o suficiente para que a equipe internacional de
> > pesquisadores investigasse o efeito da seleção sexual, analisando o
> > número de filhos de cada indivíduo.> > A equipe de Courtiol
> chegou
> > à conclusão de que os principais fatores que levaram à
> > variação no sucesso reprodutivo dos indivíduos foram a
> > sobrevivência aos primeiros anos de vida e a fertilidade. A riqueza
> > não provocou diferenças significativas neste aspecto.> > De
> forma
> > geral, a possibilidade de seleção detectada nesta população
> humana
> > está de acordo com medições feitas em outras espécies.> >
> > Courtiol afirmou, no entanto, que ainda não é prever como
> > evolução pode afetar o futuro dos seres humanos.>
> > >
> >
>


SUBJECT: Exposição à violência durante a infância é associada com a erosão dos telômeros
FROM: "marcelleandro2009" <marcelleandro2009@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/05/2012 11:37

Estudo que constatou uma significativa diminuição no comprimento dos telômeros, e consequentemente os futuros males (expectativa de vida e doenças da velhice) resultantes disto, em crianças que sofreram violência.


http://www.nature.com/mp/journal/vaop/ncurrent/full/mp201232a.html



SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
DATE: 13/05/2012 11:47



PS: Esta msg segue um roteiro pré-estabelecido e portanto é uma continuação das msgs citadas abaixo. As demais msgs de minha autoria e postadas nesta thread relacionam-se aos questionamentos apresentados pelos demais participantes do debate. Clicando-se nas msgs abaixo chega-se à página web correspondente e as réplicas ou tréplicas estarão no rodapé destas páginas web.

1) msg 81845: Apresentando a versão do paradoxo da carga acelerada para o caso da carga estar em mhs.
2)
msg 81914: Propostas de campos gravitacionais oscilantes (experiências de pensamento). Sugestão e ordenação temática.
3)
msg 81928: O paradoxo no caso da queda livre (aceleração constante).
4)
msg 81974: O paradoxo no caso mhs equivalente à queda livre (ou na oscilação livre).
5)
msg 81995: Sobre as resoluções apresentadas pelos físicos «modernos».
6)
msg 81999: Sobre a energia dos campos eletromagnéticos.
7)
msg 82029: Sobre hipotéticos agentes do campo propagando-se pelo aether.
8)
msg 82077: Sobre a visão ondulatório mecanicista da propagação de entidades eletromagnéticas através do aether.
9)
msg 82113
: Sobre a onda eletromagnética emitida por uma carga com aceleração constante.

10) msg 82129: Sobre a onda eletromagnética emitida por uma carga em MHS.

11) msg atual: Questões relacionadas ao agente emissor das ondas eletromagnéticas
Apêndice:
msg 82050: O efeito Doppler e as teorias de emissão.
 
Será assaz interessante acrescentar a este roteiro as amarguras porque passou a r.m.d.:
aquele abraço,
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Thursday, May 10, 2012 11:36 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 

Continuação da msg 82129
From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Wednesday, May 09, 2012 6:30 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
A teoria de Maxwell encara o eletromagnetismo como algo passível de ser descrito através do que foi chamado fluido elétrico, resquício da teoria de Coulomb. Sob esse aspecto assemelha-se à mecânica

SUBJECT: Bipolaridade
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/05/2012 19:05

Pessoal,
 
 
Me parece um grande saco sem fundo, sem forma e mal definido.......
 
Abs
Felipe
 

SUBJECT: RE: [ciencialist] Bipolaridade
FROM: Joaquim Santos <Joaquim_Santos_8@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/05/2012 19:56

Aqui, não sei, mas na comunidade médica, toda a gente.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de luiz silva
Enviada: domingo, 13 de Maio de 2012 23:05
Para: ListadeCiência
Assunto: [ciencialist] Bipolaridade

 

 

Pessoal,

 

 

Me parece um grande saco sem fundo, sem forma e mal definido.......

 

Abs

Felipe

 


Não foram detectados vírus nesta mensagem.
Verificado por AVG - www.avg.com
Versão: 2012.0.1913 / Base de dados de Vírus: 2425/4996 - Data de Lançamento: 05/13/12


SUBJECT: RE: [ciencialist] Bipolaridade
FROM: Ivan Carlos <icarlos@icarlos.net>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/05/2012 20:31

Você está brincando, né? Imagina uma pessoa que alterna periodicamente entre um estado depressivo e um eufórico.

 

O pior é que tem psiquiatra que não consegue diferenciar bipolar com depressivo, tratando pontualmente o paciente somente nos casos de depressão, sendo que os estados altos também são prejudicam potencialmente a qualidade de vida do paciente.

 

Ivan Carlos

CISO, Consultant

+55 (11) 8112-0666

www.icarlos.net

 

From: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] On Behalf Of luiz silva
Sent: domingo, 13 de maio de 2012 19:05
To: ListadeCiência
Subject: [ciencialist] Bipolaridade

 




Pessoal,

 

 

Me parece um grande saco sem fundo, sem forma e mal definido.......

 

Abs

Felipe

 





SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciencias humanas no ciencialist? Why not?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@feiradeciencias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <Acropolis_@yahoogrupos.com.br>, Léo <leo@feiradeciencias.com.br>
DATE: 13/05/2012 21:01


Disseram isto por ai:
"Perfeitamente. Formemos então no Ciencialist um grupo de ciências humanas."
  
O dia em que essa tal de "ciências humanas" se tornar Ciência, os humanos do C-List já estarão todos falecidos. Então, não vejo porque começarmos uma nova bobagem. A que discutimos já dá o devido pano para mangas! Além disso, a matemática dessa tal 'ciências humanas' deve ser estressante!
 
   ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================

SUBJECT: Biblioteca Digital Mundial
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/05/2012 09:16

 
      Para quem ainda não conhece.
 
 
      [],s
 
      Belmiro
 

SUBJECT: RES: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/05/2012 09:40

Alberto/Belmiro,

 

Estou, aos poucos, lendo os posts de vocês. Puxa, dá uma boa coletânea para um livro.

Vocês, escritores natos, deveriam  transformar tudo isto em algo assim. (De minha parte, minhas pretensões de um dia completar um livro-sobre RG – foram por água abaixo. Desistí, simplesmente. Por diversos motivos, um  deles sendo o fato de:  não apresentar nada de novo e haver, hoje, à disposição na internet e no mercado, obras sobre o assunto extremante modernas e didáticas, escritas por verdadeiros especialistas, como Hartle(este tem o dom Feynmaniano de transformar em extremamente fácil aquilo que parece diíficil e cabeludo), Eric Poisson, Shutz(o primeiro e o terceiro, nota 15, numa escala de 0 a 10) e Sean Carrol.  Teria que apresentar algo melhor. Logo...

O que fiz servirá apenas para algum neto ou seguinte, que resolva continuar pobre, só tratando dessas coisas...).   

 

Interferí, apenas em duas ocasiões, no post abaixo.  Espero não ter saído muito fora dos temas.

 

Estou particularmente surpreso com a constatação,  do Alberto, sobre o PE. Eu sabia, eu sabia...

 

Sds,

Victor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: terça-feira, 8 de maio de 2012 23:38
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 

 

From: Belmiro Wolski

Sent: Tuesday, May 08, 2012 8:37 PM

Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 

Oi Belmiro

 

Vou de verde oliva

 

Alberto (msg anterior): Retornamos agora ao ponto de partida, ou seja, aquele do início de nossas discussões . Renovo então as perguntas: Poderia existir uma onda eletromagnética para um observador e não para o outro? Esta onda que estamos aceitando existir em virtude de se manifestar para pelo menos um dos observadores [o observador (1) no caso], contém energia?

 

Belmiro: Poderia. No mesmo exemplo do elevador em queda livre, onde não há emissão de onda eletromagnética, basta aplicar uma forcinha para ajudar na queda. Sendo a aceleração crescente, haverá emissão de radiação observada pelo cínico que aguarda a queda do elevador. Porém, a vítima em seu interior nada percebe. Apenas gruda no teto cada vez mais. A energia transportada pela onda provém da fonte que está impulsionando o elevador pirambeira abaixo.

 

Alberto: Então deixe-me reformular a pergunta: No caso ora em discussão, ou seja, com o elevador em queda livre em um campo gravitacional e mais nenhuma força, poderia existir uma onda eletromagnética para o observador (1) em repouso em terra firme e não para o observador (2) dentro do elevador?

 

Notei que você não aceita a denominação onda eletromagnética quando não há energia, então a pergunta parece sem sentido. Não obstante, não fui eu quem inventoui essa idéia. Quase todos os físicos da atualidade assumem esta modificação no campo, e que se propaga na velocidade c, como sendo uma onda eletromagnética, independentemente de seu conteúdo energético ser nulo ou não. Eu estou apenas seguindo as regras do jogo. Existem coisas bem mais extravagantes do que isso, como aquela a dizer que o zero é um conjunto vazio. Mesmo porque neste caso o conjunto só será vazio em termos de energia. Alguma coisa está se propagando e tal que o observador (1) consegue identificar a passagem dessa alguma coisa pelo seu equipamento, logo este conjunto não é 100% vazio haja vista estar apto a passar uma informação.

 

Alberto (msg anterior): Se a resposta for sim podemos pensar que esta energia está no espaço, a espera de ser capturada como tal pelo equipamento laboratorial do observador (1) e sem que ele retire nada do movimento da carga, que conservará o seu MRU embalada pela inércia. De onde surgiu esta energia? Sim, porque se a aceleração da carga deu-se às custas do fornecimento de energia mecânica pelo observador (1), esta mesma energia poderá retornar ao sistema pela desaceleração da carga. Ou não?

 

Belmiro: Não há nada de mágico. Se desacelerar a carga, haverá emissão de radiação da mesma forma e cuja energia provirá da ação frenante.

 

Alberto: Creio que a resposta está prejudicada pois estamos considerando coisas diferentes. Veja bem: Eu estou indagando se uma determinada coisa (e que considero na categoria das ondas) poderia ou não conter energia, e você está partindo do pressuposto de que esta coisa não contém energia e, por não conter energia, para você não pode ser onda. Aí você interpreta esta coisa a que chamei de onda como sendo uma outra coisa que tanto para você quanto para mim seria uma onda e esta sim, para você pode conter energia. Ou seja, a confusão babélica está estabelecida Alegre.

 

Alberto (msg anterior): Se a resposta for não, que dizer de uma onda eletromagnética de conteúdo energético nulo? Seria isto possível? Bem, até prova em contrário parece ser esta a opção que nos resta aceitar. O Belmiro (msg 82025) parece já ter concordado, por razões que eu ainda não entendi muito bem, com a ideia de uma onda eletromagnética de conteúdo nulo. A literatura está repleta de explicações bem mais cabeludas do que essa, às vezes até mesmo paradoxais Já citei um artigo muito bom a discutir este assunto mas não custa nada repetir: Does A Uniformly Accelerating Charge Radiate?. Interessante a meu ver é constatarmos neste artigo o contraste dos posicionamentos assumidos por Feynman e Barut e a deixar patente que uma matemática mal fundamentada (ou a apoiar-se em uma teoria física com alicerces frágeis) seria capaz de demonstrar, e de maneira «inquestionável», até mesmo a existência de Papai Noel. 

 

Belmiro: Bem, eu não concordo com a emissão de uma onda com conteúdo energético nulo. Aí para mim é apelação. Ou tem radiação ou não tem. E se tem, tem energia transportada.

 

Victor: Belmiro está certo. Alberto afirmou, num e-mail mais adiante, que a onda transporta só informação, sem energia. Ora, mas informação implica energia!  Do contrário não precisaríamos gastar um vintém furado para manter estas comunicações. Seria um moto contínuo mais perfeito. Em E=hf, h é uma constante da natureza. Então, se E=0, isto implica que f = 0. E isto dá uma onda de  comprimento de onda infinito, ou seja, uma “onda contínua”...  Não concordo com esse pensamento de que “...o contraste dos posicionamentos assumidos por Feynman e Barut e a deixar patente que uma matemática mal fundamentada” seja apoiada   “...em uma teoria física com alicerces frágeis”. Em minha opinião, não é a teoria em si, mas nossa incapacidade de vermos mais fundo, de interpretamos de maneira correta coisas como reação da reação, e seu “efeito” bootstraping, massa eletromagnética, entre outras coisas,  e as conseqüências disso tudo...Não espero que alguém concorde comigo, mas são questões que não tangenciam nosso grau de compreensão, ao menos não num grau tipo “como era antes do big bang”. Creio seja mais simples, mas ainda longe de babarmos de admiração e felicidade com o deslinde completo dessas questões. Mas grandes mentes têm tentado resolver tudo isso. Para a questão do nó górdio de tudo isso, que é a estrutura interna desse senhor ilustre e desconhecido, que é o elétron, muitas teorias já foram propostas: Lorenz, Drude, Dirac, você. Mas nenhuma delas, das que conheço  e não conheço a sua, resolveram por completo a questão. Infelizmente. E não vislumbro que possam aparecer, a nível da física atual, coisas melhores que, por exemplo a teoria de Dirac.  

 

Alberto: E o que você me diz do observador (1) conseguir detectar esta coisa de conteúdo energético nulo? Que nome vamos dar para esta coisa? Chamemos então esta coisa de merreca, para não confundir com o que para você é onda. A primeira pergunta que fiz acima seria então: Poderia existir uma «merreca eletromagnética» para um observador e não para o outro?

 

Alberto (msg anterior): Parece-me ter ficado claro, através do que aqui já discutimos, que não é o PE quem está sendo colocado na berlinda pelo paradoxo da carga acelerada, mas sim o eletromagnetismo como um todo, a incluir as aberrações que gerou (TR e MQ). O PE, interpretado através de uma visão clássica, e até mesmo a incluir a chamada versão forte (a incorporar uma gravitação clássica) parece-me ter vindo para ficar. O mesmo não posso dizer de EM, TR e MQ. Alguma coisa deve ser modificada, e com urgência, no eletromagnetismo; e não tenho dúvidas de que nem a TR nem a MQ sobreviveriam a este impacto.

 

Victor:  O PE nunca esteve na berlinda, neste ou noutros aparentes paradoxos.   

Como Feynman e o lúcido e aprumado autor(cujo nome não foi explicitado) de Does A Uniformly Accelerating Charge Radiate?  comentam, a T.E.M não é, mesmo, internamente consistente. Mas isto não se constitue, em si, numa novidade.   Ela, como qualquer teoria clássica, falha nos domínios em que R”(raio” da partícula)  é da ordem da h. A questão básica e inquietante, e sempre revelou-se inquietante, mesmo antes de Feynman, e muito bem apontada por ele, está centrada na questão  da “massa própria “ eletromagnética. Para o caso de uma carga unitária em movimento num campo H, externo, há a famosa e esquesita reação de frenamento, cuja expressão de força é dada por  f= (-2e²/3c³)( dx² / dt²). O sinal negativo indica que a força f é inversa da força de reação no referencial próprio da carga em movimento(isto é, referencial no qual a carga está em repouso). A aplicação desta fórmula está restrita aos casos em que o comprimento de onda da radiação é muito maior que o comprimento do raio da carga, ou seja, e²/mc².  Abaixo disso, também, a eletrodinâmica nossa de cada Maxwell vai para o brejo. Objetivamente, a tal da reação de freiamento aponta para o seguinte: que o campo da carga age sobre ela própria!...  (Em eletrônica, é possível termos um efeito que lembra algo assim: um sistema amplificador, que “eleva”  todo o sistema, numa ação designada por bootstrap, geralmente feito pela inclusão de um capacitor em pontos adequados do circuito. (Uma analogia é: elevar-se a si próprio puxando para cima a alça da própria bota). Na ação da reação de frenamento parece ocorrer algo do tipo descrito. (Particularmente, repudio essa idéia.  A verdade mesmo  é que não temos recursos teóricos para dar conta dessa “inconsistência teórica e...lógica”, nem a nível da mec.quântica, ainda.

Esses, sim, são os problemas realmente insolúveis da TEM. Até este momento sem qualquer vislumbre de solução.

Nenhuma tentativa até agora surtiu qualquer efeito, no sentido de solucionar isso. Talvez uma cura completa do câncer ou do Alzheimer ocorra primeiro....

 

Mas como a TEM dá conta muito bem de nosso mundo elétrico macroscópico, o que se tem mesmo que fazer é investir no desenvolvimento da mec.quântica. (Espero que esta não tenha doído muito...).  A segundo opção é:  nihil.

 

E mais: só o fato de a TEM haver “parido” uma teoria como a RR, já lhe confere a absolvição de todos os pecados....

 

Mas está além de meus conhecimentos do assunto tratar, com propriedade, dessas coisas.  Ao menos nesta minha fase de vida. O pouco que conheço está limitado ao Landau, sobretudo às secções 37 e 75  de sua Teoria do Campo, mesmo assim sem conseguir esclarecer algumas passagens matemáticas, que julgo importantes.  Infelizmente, para mim, as  dúvidas que adquiri com aquele estudo, há muitos anos, permanecem ainda hoje, ao refazer aquelas leituras. Mas vocês, que são os experts no assunto, podem tirar melhor proveito. E esclarecer melhor, certamente.

 

 

Belmiro: Não estou enxergando o problema que você está.

 

Alberto: Pense por ora apenas nas merrecas Smiley piscando. Se não achar nada estranho nesta assimetria entre os referenciais e relacionada à informação eletromagnética que a merreca transmite, tentarei, nas próximas msgs, evoluir esta idéia com coisas mais palpáveis do ponto de vista energético. Não garanto nada, apenas tentarei.

 

Alberto (msg anterior): Espero agora ter justificado o fato de ter complicado o problema com a introdução de um mhs. Pois até prova em contrário, a onda eletromagnética produzida por uma carga em mhs deve transportar energia, e o Hertz que o diga.

 

Belmiro: Sim.

 

Alberto (msg anterior): Mas se um observador em mhs junto com a carga também não consegue detectar esta onda, como já foi assumido por muitos aqui na Ciencialist, isto por um lado significa a salvação do PE; mas, por outro, o problema parece persistir através de uma de suas facetas. Como justificar a existência de energia no espaço de um dos observadores, e a tornar-se independente da carga que a emitiu, se no espaço do outro observador não existe nada equivalente? Será que a única maneira seria apelarmos para a desconexão causal da relatividade «moderna» (apud Minkowski)?

 

Belmiro: Mas a energia existe nos dois referenciais. Apenas sob aspectos diferentes. Eletromagnética para o voyer e mecânica para o coitado que está empurrando o elevador para baixo.

 

Alberto: Neste caso o elevador não está sendo empurrado para baixo e sim oscilando (ora indo para baixo, ora indo para cima). Mas este é um caso que deixarei para discutir na próxima msg. Digo apenas que a energia que vai para o espaço deve-se ao freamento da carga (reação de radiação) e esta energia deve ser continuamente reposta na forma de energia mecânica ao sistema e pelo observador (1), aquele que está em repouso [ou então pelo campo gravitacional, no caso equivalente, mas que de qualquer forma deveria também ser reposta aos agentes do campo]. Esta energia que o observador (1) [ou o campo] está acrescentando continuamente ao sistema, pelo menos em teoria, é uma energia totalmente recuperável, pois está na forma de energia da «onda» eletromagnética. O observador (2) sequer percebe que esta reposição está acontecendo. Apenas a carga deve «sentir» alguma coisa, tanto é que transmite algo que é captável no referencial em repouso, mas sequer consegue transmitir esta «sensação» para o equipamento do observador (2), que oscila junto com a carga. Do ponto de vista energético o balanço se fecha nos dois referenciais. O problema está no balanço informacional. O espaço do observador (1) contém uma informação que não está presente no espaço do observador (2). Segundo a métrica do Minkowski isto se deve ao fato do observador (2) estar desconectado causalmente do efeito que está originando esta informação. Eu já gostaria de encontrar uma explicação menos estratosférica e mais clássica, e que não se apoiasse na constância absoluta (no sentido de independer do referencial) da velocidade da luz.

 

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

 

 

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/05/2012 10:52

Óh meu gizuis, que sorte que vocês tem de eu me
segurar e não postar aqui as barbaridades que me
vieram à mente ao observar o diagrama da mãozinha
aí embaixo. Só digo que tem a ver com um sujeito
dando muita satisfação à sua mulher...
 
Pedra, aqui vou eu!
 
*PB*
 
 
 
Sent: Sunday, May 13, 2012 11:47 AM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 


PS: Esta msg segue um roteiro pré-estabelecido e portanto é uma continuação das msgs citadas abaixo. As demais msgs de minha autoria e postadas nesta thread relacionam-se aos questionamentos apresentados pelos demais participantes do debate. Clicando-se nas msgs abaixo chega-se à página web correspondente e as réplicas ou tréplicas estarão no rodapé destas páginas web.

1) msg 81845: Apresentando a versão do paradoxo da carga acelerada para o caso da carga estar em mhs.
2)
msg 81914: Propostas de campos gravitacionais oscilantes (experiências de pensamento). Sugestão e ordenação temática.
3)
msg 81928: O paradoxo no caso da queda livre (aceleração constante).
4)
msg 81974: O paradoxo no caso mhs equivalente à queda livre (ou na oscilação livre).
5)
msg 81995: Sobre as resoluções apresentadas pelos físicos «modernos».
6)
msg 81999: Sobre a energia dos campos eletromagnéticos.
7)
msg 82029: Sobre hipotéticos agentes do campo propagando-se pelo aether.
8)
msg 82077: Sobre a visão ondulatório mecanicista da propagação de entidades eletromagnéticas através do aether.
9)
msg 82113
: Sobre a onda eletromagnética emitida por uma carga com aceleração constante.

10) msg 82129: Sobre a onda eletromagnética emitida por uma carga em MHS.

11) msg atual: Questões relacionadas ao agente emissor das ondas eletromagnéticas
Apêndice:
msg 82050: O efeito Doppler e as teorias de emissão.
 
Será assaz interessante acrescentar a este roteiro as amarguras porque passou a r.m.d.:
aquele abraço,
     ===========================
            Luiz Ferraz Netto [Léo] 
        leo@feiradeciencias.com.br
         luizferraz.netto@gmail.com
     http://www.feiradeciencias.com.br
     ===========================
----- Original Message -----
Sent: Thursday, May 10, 2012 11:36 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
 

Continuação da msg 82129
From: Alberto Mesquita Filho
Sent: Wednesday, May 09, 2012 6:30 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
A teoria de Maxwell encara o eletromagnetismo como algo passível de ser descrito através do que foi chamado fluido elétrico, resquício da teoria de Coulomb. Sob esse aspecto assemelha-se à mecânica

SUBJECT: RES: [ciencialist] Bipolaridade
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/05/2012 11:48

Caro Ivan,

 

O que, potencialmente, dispararia esses processos bipolares?

Parece que não escolhe o freguês. Dizem que o falecido brasileiro César Lattes era portador desse mal.

Dizem que é muito difícil a convivência com pessoas assim.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Ivan Carlos
Enviada em: domingo, 13 de maio de 2012 20:31
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: RE: [ciencialist] Bipolaridade

 

 

Você está brincando, né? Imagina uma pessoa que alterna periodicamente entre um estado depressivo e um eufórico.

 

O pior é que tem psiquiatra que não consegue diferenciar bipolar com depressivo, tratando pontualmente o paciente somente nos casos de depressão, sendo que os estados altos também são prejudicam potencialmente a qualidade de vida do paciente.

 

Ivan Carlos

CISO, Consultant

+55 (11) 8112-0666

www.icarlos.net

 

From: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] On Behalf Of luiz silva
Sent: domingo, 13 de maio de 2012 19:05
To: ListadeCiência
Subject: [ciencialist] Bipolaridade

 





Pessoal,

 

 

Me parece um grande saco sem fundo, sem forma e mal definido.......

 

Abs

Felipe

 






SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/05/2012 14:20

Victor: Estou particularmente surpreso com a constatação, do Alberto, sobre o PE. Eu sabia, eu sabia...
 
Alberto: Eu já disse milhões de vezes e repetirei tantas vezes quanto necessário for: o PE foi o maior legado de Einstein e isso não tem nada a ver com a TR. O PE pode e DEVE ser interpretado como um princípio da física clássica. Adapta-se perfeitamente com a mecânica newtoniana. O absurdo da relatividade «moderna» está na consideração do absolutismo da velocidade da luz e não na veracidade do PE.
 
[ ]´s
Alberto
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
From: JVictor
Sent: Monday, May 14, 2012 9:40 AM
Subject: RES: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 

Alberto/Belmiro,

Estou, aos poucos, lendo os posts de vocês. Puxa, dá uma boa coletânea para um livro.

Vocês, escritores natos, deveriam  transformar tudo isto em algo assim. (De minha parte, minhas pretensões de um dia completar um livro-sobre RG – foram por água abaixo. Desistí, simplesmente. Por diversos motivos, um  deles sendo o fato de:  não apresentar nada de novo e haver, hoje, à disposição na internet e no mercado, obras sobre o assunto extremante modernas e didáticas, escritas por verdadeiros especialistas, como Hartle(este tem o dom Feynmaniano de transformar em extremamente fácil aquilo que parece diíficil e cabeludo), Eric Poisson, Shutz(o primeiro e o terceiro, nota 15, numa escala de 0 a 10) e Sean Carrol.  Teria que apresentar algo melhor. Logo...

O que fiz servirá apenas para algum neto ou seguinte, que resolva continuar pobre, só tratando dessas coisas...).  

Interferí, apenas em duas ocasiões, no post abaixo.  Espero não ter saído muito fora dos temas.

Estou particularmente surpreso com a constatação,  do Alberto, sobre o PE. Eu sabia, eu sabia...

Sds,

Victor.

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: terça-feira, 8 de maio de 2012 23:38
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 

From: Belmiro Wolski

Sent: Tuesday, May 08, 2012 8:37 PM

Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

Oi Belmiro

Vou de verde oliva

Alberto (msg anterior): Retornamos agora ao ponto de partida, ou seja, aquele do início de nossas discussões . Renovo então as perguntas: Poderia existir uma onda eletromagnética para um observador e não para o outro? Esta onda que estamos aceitando existir em virtude de se manifestar para pelo menos um dos observadores [o observador (1) no caso], contém energia?

Belmiro: Poderia. No mesmo exemplo do elevador em queda livre, onde não há emissão de onda eletromagnética, basta aplicar uma forcinha para ajudar na queda. Sendo a aceleração crescente, haverá emissão de radiação observada pelo cínico que aguarda a queda do elevador. Porém, a vítima em seu interior nada percebe. Apenas gruda no teto cada vez mais. A energia transportada pela onda provém da fonte que está impulsionando o elevador pirambeira abaixo.

Alberto: Então deixe-me reformular a pergunta: No caso ora em discussão, ou seja, com o elevador em queda livre em um campo gravitacional e mais nenhuma força, poderia existir uma onda eletromagnética para o observador (1) em repouso em terra firme e não para o observador (2) dentro do elevador?

Notei que você não aceita a denominação onda eletromagnética quando não há energia, então a pergunta parece sem sentido. Não obstante, não fui eu quem inventoui essa idéia. Quase todos os físicos da atualidade assumem esta modificação no campo, e que se propaga na velocidade c, como sendo uma onda eletromagnética, independentemente de seu conteúdo energético ser nulo ou não. Eu estou apenas seguindo as regras do jogo. Existem coisas bem mais extravagantes do que isso, como aquela a dizer que o zero é um conjunto vazio. Mesmo porque neste caso o conjunto só será vazio em termos de energia. Alguma coisa está se propagando e tal que o observador (1) consegue identificar a passagem dessa alguma coisa pelo seu equipamento, logo este conjunto não é 100% vazio haja vista estar apto a passar uma informação.

Alberto (msg anterior): Se a resposta for sim podemos pensar que esta energia está no espaço, a espera de ser capturada como tal pelo equipamento laboratorial do observador (1) e sem que ele retire nada do movimento da carga, que conservará o seu MRU embalada pela inércia. De onde surgiu esta energia? Sim, porque se a aceleração da carga deu-se às custas do fornecimento de energia mecânica pelo observador (1), esta mesma energia poderá retornar ao sistema pela desaceleração da carga. Ou não?

Belmiro: Não há nada de mágico. Se desacelerar a carga, haverá emissão de radiação da mesma forma e cuja energia provirá da ação frenante.

Alberto: Creio que a resposta está prejudicada pois estamos considerando coisas diferentes. Veja bem: Eu estou indagando se uma determinada coisa (e que considero na categoria das ondas) poderia ou não conter energia, e você está partindo do pressuposto de que esta coisa não contém energia e, por não conter energia, para você não pode ser onda. Aí você interpreta esta coisa a que chamei de onda como sendo uma outra coisa que tanto para você quanto para mim seria uma onda e esta sim, para você pode conter energia. Ou seja, a confusão babélica está estabelecida Alegre.

Alberto (msg anterior): Se a resposta for não, que dizer de uma onda eletromagnética de conteúdo energético nulo? Seria isto possível? Bem, até prova em contrário parece ser esta a opção que nos resta aceitar. O Belmiro (msg 82025) parece já ter concordado, por razões que eu ainda não entendi muito bem, com a ideia de uma onda eletromagnética de conteúdo nulo. A literatura está repleta de explicações bem mais cabeludas do que essa, às vezes até mesmo paradoxais Já citei um artigo muito bom a discutir este assunto mas não custa nada repetir: Does A Uniformly Accelerating Charge Radiate?. Interessante a meu ver é constatarmos neste artigo o contraste dos posicionamentos assumidos por Feynman e Barut e a deixar patente que uma matemática mal fundamentada (ou a apoiar-se em uma teoria física com alicerces frágeis) seria capaz de demonstrar, e de maneira «inquestionável», até mesmo a existência de Papai Noel. 

Belmiro: Bem, eu não concordo com a emissão de uma onda com conteúdo energético nulo. Aí para mim é apelação. Ou tem radiação ou não tem. E se tem, tem energia transportada.

Victor: Belmiro está certo. Alberto afirmou, num e-mail mais adiante, que a onda transporta só informação, sem energia. Ora, mas informação implica energia!  Do contrário não precisaríamos gastar um vintém furado para manter estas comunicações. Seria um moto contínuo mais perfeito. Em E=hf, h é uma constante da natureza. Então, se E=0, isto implica que f = 0. E isto dá uma onda de  comprimento de onda infinito, ou seja, uma “onda contínua”...  Não concordo com esse pensamento de que “...o contraste dos posicionamentos assumidos por Feynman e Barut e a deixar patente que uma matemática mal fundamentada” seja apoiada   “...em uma teoria física com alicerces frágeis”. Em minha opinião, não é a teoria em si, mas nossa incapacidade de vermos mais fundo, de interpretamos de maneira correta coisas como reação da reação, e seu “efeito” bootstraping, massa eletromagnética, entre outras coisas,  e as conseqüências disso tudo...Não espero que alguém concorde comigo, mas são questões que não tangenciam nosso grau de compreensão, ao menos não num grau tipo “como era antes do big bang”. Creio seja mais simples, mas ainda longe de babarmos de admiração e felicidade com o deslinde completo dessas questões. Mas grandes mentes têm tentado resolver tudo isso. Para a questão do nó górdio de tudo isso, que é a estrutura interna desse senhor ilustre e desconhecido, que é o elétron, muitas teorias já foram propostas: Lorenz, Drude, Dirac, você. Mas nenhuma delas, das que conheço  e não conheço a sua, resolveram por completo a questão. Infelizmente. E não vislumbro que possam aparecer, a nível da física atual, coisas melhores que, por exemplo a teoria de Dirac. 

Alberto: E o que você me diz do observador (1) conseguir detectar esta coisa de conteúdo energético nulo? Que nome vamos dar para esta coisa? Chamemos então esta coisa de merreca, para não confundir com o que para você é onda. A primeira pergunta que fiz acima seria então: Poderia existir uma «merreca eletromagnética» para um observador e não para o outro?

Alberto (msg anterior): Parece-me ter ficado claro, através do que aqui já discutimos, que não é o PE quem está sendo colocado na berlinda pelo paradoxo da carga acelerada, mas sim o eletromagnetismo como um todo, a incluir as aberrações que gerou (TR e MQ). O PE, interpretado através de uma visão clássica, e até mesmo a incluir a chamada versão forte (a incorporar uma gravitação clássica) parece-me ter vindo para ficar. O mesmo não posso dizer de EM, TR e MQ. Alguma coisa deve ser modificada, e com urgência, no eletromagnetismo; e não tenho dúvidas de que nem a TR nem a MQ sobreviveriam a este impacto.

Victor:  O PE nunca esteve na berlinda, neste ou noutros aparentes paradoxos.  

Como Feynman e o lúcido e aprumado autor(cujo nome não foi explicitado) de Does A Uniformly Accelerating Charge Radiate?  comentam, a T.E.M não é, mesmo, internamente consistente. Mas isto não se constitue, em si, numa novidade.   Ela, como qualquer teoria clássica, falha nos domínios em que R”(raio” da partícula)  é da ordem da h. A questão básica e inquietante, e sempre revelou-se inquietante, mesmo antes de Feynman, e muito bem apontada por ele, está centrada na questão  da “massa própria “ eletromagnética. Para o caso de uma carga unitária em movimento num campo H, externo, há a famosa e esquesita reação de frenamento, cuja expressão de força é dada por  f= (-2e²/3c³)( dx² / dt²). O sinal negativo indica que a força f é inversa da força de reação no referencial próprio da carga em movimento(isto é, referencial no qual a carga está em repouso). A aplicação desta fórmula está restrita aos casos em que o comprimento de onda da radiação é muito maior que o comprimento do raio da carga, ou seja, e²/mc².  Abaixo disso, também, a eletrodinâmica nossa de cada Maxwell vai para o brejo. Objetivamente, a tal da reação de freiamento aponta para o seguinte: que o campo da carga age sobre ela própria!...  (Em eletrônica, é possível termos um efeito que lembra algo assim: um sistema amplificador, que “eleva”  todo o sistema, numa ação designada por bootstrap, geralmente feito pela inclusão de um capacitor em pontos adequados do circuito. (Uma analogia é: elevar-se a si próprio puxando para cima a alça da própria bota). Na ação da reação de frenamento parece ocorrer algo do tipo descrito. (Particularmente, repudio essa idéia.  A verdade mesmo  é que não temos recursos teóricos para dar conta dessa “inconsistência teórica e...lógica”, nem a nível da mec.quântica, ainda.

Esses, sim, são os problemas realmente insolúveis da TEM. Até este momento sem qualquer vislumbre de solução.

Nenhuma tentativa até agora surtiu qualquer efeito, no sentido de solucionar isso. Talvez uma cura completa do câncer ou do Alzheimer ocorra primeiro....

Mas como a TEM dá conta muito bem de nosso mundo elétrico macroscópico, o que se tem mesmo que fazer é investir no desenvolvimento da mec.quântica. (Espero que esta não tenha doído muito...).  A segundo opção é:  nihil.

E mais: só o fato de a TEM haver “parido” uma teoria como a RR, já lhe confere a absolvição de todos os pecados....

Mas está além de meus conhecimentos do assunto tratar, com propriedade, dessas coisas.  Ao menos nesta minha fase de vida. O pouco que conheço está limitado ao Landau, sobretudo às secções 37 e 75  de sua Teoria do Campo, mesmo assim sem conseguir esclarecer algumas passagens matemáticas, que julgo importantes.  Infelizmente, para mim, as  dúvidas que adquiri com aquele estudo, há muitos anos, permanecem ainda hoje, ao refazer aquelas leituras. Mas vocês, que são os experts no assunto, podem tirar melhor proveito. E esclarecer melhor, certamente.

Belmiro: Não estou enxergando o problema que você está.

Alberto: Pense por ora apenas nas merrecas Smiley piscando. Se não achar nada estranho nesta assimetria entre os referenciais e relacionada à informação eletromagnética que a merreca transmite, tentarei, nas próximas msgs, evoluir esta idéia com coisas mais palpáveis do ponto de vista energético. Não garanto nada, apenas tentarei.

Alberto (msg anterior): Espero agora ter justificado o fato de ter complicado o problema com a introdução de um mhs. Pois até prova em contrário, a onda eletromagnética produzida por uma carga em mhs deve transportar energia, e o Hertz que o diga.

Belmiro: Sim.

Alberto (msg anterior): Mas se um observador em mhs junto com a carga também não consegue detectar esta onda, como já foi assumido por muitos aqui na Ciencialist, isto por um lado significa a salvação do PE; mas, por outro, o problema parece persistir através de uma de suas facetas. Como justificar a existência de energia no espaço de um dos observadores, e a tornar-se independente da carga que a emitiu, se no espaço do outro observador não existe nada equivalente? Será que a única maneira seria apelarmos para a desconexão causal da relatividade «moderna» (apud Minkowski)?

Belmiro: Mas a energia existe nos dois referenciais. Apenas sob aspectos diferentes. Eletromagnética para o voyer e mecânica para o coitado que está empurrando o elevador para baixo.

Alberto: Neste caso o elevador não está sendo empurrado para baixo e sim oscilando (ora indo para baixo, ora indo para cima). Mas este é um caso que deixarei para discutir na próxima msg. Digo apenas que a energia que vai para o espaço deve-se ao freamento da carga (reação de radiação) e esta energia deve ser continuamente reposta na forma de energia mecânica ao sistema e pelo observador (1), aquele que está em repouso [ou então pelo campo gravitacional, no caso equivalente, mas que de qualquer forma deveria também ser reposta aos agentes do campo]. Esta energia que o observador (1) [ou o campo] está acrescentando continuamente ao sistema, pelo menos em teoria, é uma energia totalmente recuperável, pois está na forma de energia da «onda» eletromagnética. O observador (2) sequer percebe que esta reposição está acontecendo. Apenas a carga deve «sentir» alguma coisa, tanto é que transmite algo que é captável no referencial em repouso, mas sequer consegue transmitir esta «sensação» para o equipamento do observador (2), que oscila junto com a carga. Do ponto de vista energético o balanço se fecha nos dois referenciais. O problema está no balanço informacional. O espaço do observador (1) contém uma informação que não está presente no espaço do observador (2). Segundo a métrica do Minkowski isto se deve ao fato do observador (2) estar desconectado causalmente do efeito que está originando esta informação. Eu já gostaria de encontrar uma explicação menos estratosférica e mais clássica, e que não se apoiasse na constância absoluta (no sentido de independer do referencial) da velocidade da luz.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Bipolaridade
FROM: Neville Martins <villem99@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/05/2012 17:17

Dizem que se deve a oscilação hormonal. As mulheres sofrem disso intensamente.  

#NM
===================

Em 14 de maio de 2012 11:48, JVictor <j.victor.neto@uol.com.br> escreveu:


Caro Ivan,

 

O que, potencialmente, dispararia esses processos bipolares?

Parece que não escolhe o freguês. Dizem que o falecido brasileiro César Lattes era portador desse mal.

Dizem que é muito difícil a convivência com pessoas assim.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Ivan Carlos
Enviada em: domingo, 13 de maio de 2012 20:31
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: RE: [ciencialist] Bipolaridade

 

 

Você está brincando, né? Imagina uma pessoa que alterna periodicamente entre um estado depressivo e um eufórico.

 

O pior é que tem psiquiatra que não consegue diferenciar bipolar com depressivo, tratando pontualmente o paciente somente nos casos de depressão, sendo que os estados altos também são prejudicam potencialmente a qualidade de vida do paciente.

 

Ivan Carlos

CISO, Consultant

+55 (11) 8112-0666

www.icarlos.net

 

From: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] On Behalf Of luiz silva
Sent: domingo, 13 de maio de 2012 19:05
To: ListadeCiência
Subject: [ciencialist] Bipolaridade

 





Pessoal,

 

 

Me parece um grande saco sem fundo, sem forma e mal definido.......

 

Abs

Felipe

 









SUBJECT: Balde de Newton
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/05/2012 19:44

 
    Olá a todos.
 
    Gostaria de colocar em discussão a experiência do balde de Newton. Tenho cá minhas convicções que a superfície da água no balde em rotação não ficaria curva caso não houvesse atrito intermolecular (Ah vá!!). A água sobe nas bordas do balde em virtude do empuxo. Para conseguir me inteirar do fenômeno gostaria que alguém me respondesse uma pergunta com relação à figurinha da wikipedia:
 
A pergunta é: A bolinha da figura seria deslocada mesmo estando exatamente no centro do disco e numa superfície com atrito zero?
 
    [],s
 
    Belmiro

SUBJECT: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/05/2012 20:38

Oi Victor, Alberto e Albert,

Estou completamente sem tempo para interagir aqui, mas não posso deixar de protestar perante esta confusão. Confusão esta que é usada como mais um artifício para favorecer a TR do Albert Einstein.

A parte mecânica do PE do Albert está correta pois esta coisa de massa com nomes diferente foi um problema artificialmente criado. Massa é massa e pronto, nunca foi diferente. É uma propriedade intrínseca do corpo.

Logo está errado dizer que "massa inercial" é igual a "massa gravitacional". Não é igual. É a mesma coisa!!
:-)

O nosso Alberto falou:
> O PE pode e DEVE ser interpretado como
> um princípio da física clássica.

Acho que é mais do que isto. Em física clássica, não tem sentido dizer "princípio de equivalência" pois não são equivalentes, são a mesma coisa.

Mas, não pode ser extrapolado para coisas que não interagem com a força gravitacional como os agentes de campo elétrico, por exemplo.

Resumindo:
Alguém dentro do elevador experimenta um perfil de campo elétrico para "queda livre" e outro diferente para "flutuando no espaço".
Ou um perfil para "parado no solo da Terra" e outro para "acelerado para cima com aceleração g".

Em meados de Junho, terei mais tempo para a c-list

Ricardo, os meus comentários sobre teu artigo fica para este tempo então.

Hélio



De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 14 de Maio de 2012 14:20
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada

 
Victor: Estou particularmente surpreso com a constatação, do Alberto, sobre o PE. Eu sabia, eu sabia...
 
Alberto: Eu já disse milhões de vezes e repetirei tantas vezes quanto necessário for: o PE foi o maior legado de Einstein e isso não tem nada a ver com a TR. O PE pode e DEVE ser interpretado como um princípio da física clássica. Adapta-se perfeitamente com a mecânica newtoniana. O absurdo da relatividade «moderna» está na consideração do absolutismo da velocidade da luz e não na veracidade do PE.
 
[ ]´s
Alberto
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
From: JVictor
Sent: Monday, May 14, 2012 9:40 AM
Subject: RES: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
Alberto/Belmiro,
Estou, aos poucos, lendo os posts de vocês. Puxa, dá uma boa coletânea para um livro.
Vocês, escritores natos, deveriam  transformar tudo isto em algo assim. (De minha parte, minhas pretensões de um dia completar um livro-sobre RG – foram por água abaixo. Desistí, simplesmente. Por diversos motivos, um  deles sendo o fato de:  não apresentar nada de novo e haver, hoje, à disposição na internet e no mercado, obras sobre o assunto extremante modernas e didáticas, escritas por verdadeiros especialistas, como Hartle(este tem o dom Feynmaniano de transformar em extremamente fácil aquilo que parece diíficil e cabeludo), Eric Poisson, Shutz(o primeiro e o terceiro, nota 15, numa escala de 0 a 10) e Sean Carrol.  Teria que apresentar algo melhor. Logo...
O que fiz servirá apenas para algum neto ou seguinte, que resolva continuar pobre, só tratando dessas coisas...).  
Interferí, apenas em duas ocasiões, no post abaixo.  Espero não ter saído muito fora dos temas.
Estou particularmente surpreso com a constatação,  do Alberto, sobre o PE. Eu sabia, eu sabia...
Sds,
Victor.
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: terça-feira, 8 de maio de 2012 23:38
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
 
From: Belmiro Wolski
Sent: Tuesday, May 08, 2012 8:37 PM
Subject: Re: [ciencialist] O paradoxo da carga acelerada
Oi Belmiro
Vou de verde oliva
Alberto (msg anterior): Retornamos agora ao ponto de partida, ou seja, aquele do início de nossas discussões . Renovo então as perguntas: Poderia existir uma onda eletromagnética para um observador e não para o outro? Esta onda que estamos aceitando existir em virtude de se manifestar para pelo menos um dos observadores [o observador (1) no caso], contém energia?
Belmiro: Poderia. No mesmo exemplo do elevador em queda livre, onde não há emissão de onda eletromagnética, basta aplicar uma forcinha para ajudar na queda. Sendo a aceleração crescente, haverá emissão de radiação observada pelo cínico que aguarda a queda do elevador. Porém, a vítima em seu interior nada percebe. Apenas gruda no teto cada vez mais. A energia transportada pela onda provém da fonte que está impulsionando o elevador pirambeira abaixo.
Alberto: Então deixe-me reformular a pergunta: No caso ora em discussão, ou seja, com o elevador em queda livre em um campo gravitacional e mais nenhuma força, poderia existir uma onda eletromagnética para o observador (1) em repouso em terra firme e não para o observador (2) dentro do elevador?
Notei que você não aceita a denominação onda eletromagnética quando não há energia, então a pergunta parece sem sentido. Não obstante, não fui eu quem inventoui essa idéia. Quase todos os físicos da atualidade assumem esta modificação no campo, e que se propaga na velocidade c, como sendo uma onda eletromagnética, independentemente de seu conteúdo energético ser nulo ou não. Eu estou apenas seguindo as regras do jogo. Existem coisas bem mais extravagantes do que isso, como aquela a dizer que o zero é um conjunto vazio. Mesmo porque neste caso o conjunto só será vazio em termos de energia. Alguma coisa está se propagando e tal que o observador (1) consegue identificar a passagem dessa alguma coisa pelo seu equipamento, logo este conjunto não é 100% vazio haja vista estar apto a passar uma informação.
Alberto (msg anterior): Se a resposta for sim podemos pensar que esta energia está no espaço, a espera de ser capturada como tal pelo equipamento laboratorial do observador (1) e sem que ele retire nada do movimento da carga, que conservará o seu MRU embalada pela inércia. De onde surgiu esta energia? Sim, porque se a aceleração da carga deu-se às custas do fornecimento de energia mecânica pelo observador (1), esta mesma energia poderá retornar ao sistema pela desaceleração da carga. Ou não?
Belmiro: Não há nada de mágico. Se desacelerar a carga, haverá emissão de radiação da mesma forma e cuja energia provirá da ação frenante.
Alberto: Creio que a resposta está prejudicada pois estamos considerando coisas diferentes. Veja bem: Eu estou indagando se uma determinada coisa (e que considero na categoria das ondas) poderia ou não conter energia, e você está partindo do pressuposto de que esta coisa não contém energia e, por não conter energia, para você não pode ser onda. Aí você interpreta esta coisa a que chamei de onda como sendo uma outra coisa que tanto para você quanto para mim seria uma onda e esta sim, para você pode conter energia. Ou seja, a confusão babélica está estabelecida Alegre.
Alberto (msg anterior): Se a resposta for não, que dizer de uma onda eletromagnética de conteúdo energético nulo? Seria isto possível? Bem, até prova em contrário parece ser esta a opção que nos resta aceitar. O Belmiro (msg 82025) parece já ter concordado, por razões que eu ainda não entendi muito bem, com a ideia de uma onda eletromagnética de conteúdo nulo. A literatura está repleta de explicações bem mais cabeludas do que essa, às vezes até mesmo paradoxais Já citei um artigo muito bom a discutir este assunto mas não custa nada repetir: Does A Uniformly Accelerating Charge Radiate?. Interessante a meu ver é constatarmos neste artigo o contraste dos posicionamentos assumidos por Feynman e Barut e a deixar patente que uma matemática mal fundamentada (ou a apoiar-se em uma teoria física com alicerces frágeis) seria capaz de demonstrar, e de maneira «inquestionável», até mesmo a existência de Papai Noel. 
Belmiro: Bem, eu não concordo com a emissão de uma onda com conteúdo energético nulo. Aí para mim é apelação. Ou tem radiação ou não tem. E se tem, tem energia transportada.
Victor: Belmiro está certo. Alberto afirmou, num e-mail mais adiante, que a onda transporta só informação, sem energia. Ora, mas informação implica energia!  Do contrário não precisaríamos gastar um vintém furado para manter estas comunicações. Seria um moto contínuo mais perfeito. Em E=hf, h é uma constante da natureza. Então, se E=0, isto implica que f = 0. E isto dá uma onda de  comprimento de onda infinito, ou seja, uma “onda contínua”...  Não concordo com esse pensamento de que “...o contraste dos posicionamentos assumidos por Feynman e Barut e a deixar patente que uma matemática mal fundamentada” seja apoiada   “...em uma teoria física com alicerces frágeis”. Em minha opinião, não é a teoria em si, mas nossa incapacidade de vermos mais fundo, de interpretamos de maneira correta coisas como reação da reação, e seu “efeito” bootstraping, massa eletromagnética, entre outras coisas,  e as conseqüências disso tudo...Não espero que alguém concorde comigo, mas são questões que não tangenciam nosso grau de compreensão, ao menos não num grau tipo “como era antes do big bang”. Creio seja mais simples, mas ainda longe de babarmos de admiração e felicidade com o deslinde completo dessas questões. Mas grandes mentes têm tentado resolver tudo isso. Para a questão do nó górdio de tudo isso, que é a estrutura interna desse senhor ilustre e desconhecido, que é o elétron, muitas teorias já foram propostas: Lorenz, Drude, Dirac, você. Mas nenhuma delas, das que conheço  e não conheço a sua, resolveram por completo a questão. Infelizmente. E não vislumbro que possam aparecer, a nível da física atual, coisas melhores que, por exemplo a teoria de Dirac
Alberto: E o que você me diz do observador (1) conseguir detectar esta coisa de conteúdo energético nulo? Que nome vamos dar para esta coisa? Chamemos então esta coisa de merreca, para não confundir com o que para você é onda. A primeira pergunta que fiz acima seria então: Poderia existir uma «merreca eletromagnética» para um observador e não para o outro?
Alberto (msg anterior): Parece-me ter ficado claro, através do que aqui já discutimos, que não é o PE quem está sendo colocado na berlinda pelo paradoxo da carga acelerada, mas sim o eletromagnetismo como um todo, a incluir as aberrações que gerou (TR e MQ). O PE, interpretado através de uma visão clássica, e até mesmo a incluir a chamada versão forte (a incorporar uma gravitação clássica) parece-me ter vindo para ficar. O mesmo não posso dizer de EM, TR e MQ. Alguma coisa deve ser modificada, e com urgência, no eletromagnetismo; e não tenho dúvidas de que nem a TR nem a MQ sobreviveriam a este impacto.
Victor:  O PE nunca esteve na berlinda, neste ou noutros aparentes paradoxos.  
Como Feynman e o lúcido e aprumado autor(cujo nome não foi explicitado) de Does A Uniformly Accelerating Charge Radiate?  comentam, a T.E.M não é, mesmo, internamente consistente. Mas isto não se constitue, em si, numa novidade.   Ela, como qualquer teoria clássica, falha nos domínios em que R”(raio” da partícula)  é da ordem da h. A questão básica e inquietante, e sempre revelou-se inquietante, mesmo antes de Feynman, e muito bem apontada por ele, está centrada na questão  da “massa própria “ eletromagnética. Para o caso de uma carga unitária em movimento num campo H, externo, há a famosa e esquesita reação de frenamento, cuja expressão de força é dada por  f= (-2e²/3c³)( dx² / dt²). O sinal negativo indica que a força f é inversa da força de reação no referencial próprio da carga em movimento(isto é, referencial no qual a carga está em repouso). A aplicação desta fórmula está restrita aos casos em que o comprimento de onda da radiação é muito maior que o comprimento do raio da carga, ou seja, e²/mc².  Abaixo disso, também, a eletrodinâmica nossa de cada Maxwell vai para o brejo. Objetivamente, a tal da reação de freiamento aponta para o seguinte: que o campo da carga age sobre ela própria!...  (Em eletrônica, é possível termos um efeito que lembra algo assim: um sistema amplificador, que “eleva”  todo o sistema, numa ação designada por bootstrap, geralmente feito pela inclusão de um capacitor em pontos adequados do circuito. (Uma analogia é: elevar-se a si próprio puxando para cima a alça da própria bota). Na ação da reação de frenamento parece ocorrer algo do tipo descrito. (Particularmente, repudio essa idéia.  A verdade mesmo  é que não temos recursos teóricos para dar conta dessa “inconsistência teórica e...lógica”, nem a nível da mec.quântica, ainda.
Esses, sim, são os problemas realmente insolúveis da TEM. Até este momento sem qualquer vislumbre de solução.
Nenhuma tentativa até agora surtiu qualquer efeito, no sentido de solucionar isso. Talvez uma cura completa do câncer ou do Alzheimer ocorra primeiro....
Mas como a TEM dá conta muito bem de nosso mundo elétrico macroscópico, o que se tem mesmo que fazer é investir no desenvolvimento da mec.quântica. (Espero que esta não tenha doído muito...).  A segundo opção é:  nihil.
E mais: só o fato de a TEM haver “parido” uma teoria como a RR, já lhe confere a absolvição de todos os pecados....
Mas está além de meus conhecimentos do assunto tratar, com propriedade, dessas coisas.  Ao menos nesta minha fase de vida. O pouco que conheço está limitado ao Landau, sobretudo às secções 37 e 75  de sua Teoria do Campo, mesmo assim sem conseguir esclarecer algumas passagens matemáticas, que julgo importantes.  Infelizmente, para mim, as  dúvidas que adquiri com aquele estudo, há muitos anos, permanecem ainda hoje, ao refazer aquelas leituras. Mas vocês, que são os experts no assunto, podem tirar melhor proveito. E esclarecer melhor, certamente.
Belmiro: Não estou enxergando o problema que você está.
Alberto: Pense por ora apenas nas merrecas Smiley piscando. Se não achar nada estranho nesta assimetria entre os referenciais e relacionada à informação eletromagnética que a merreca transmite, tentarei, nas próximas msgs, evoluir esta idéia com coisas mais palpáveis do ponto de vista energético. Não garanto nada, apenas tentarei.
Alberto (msg anterior): Espero agora ter justificado o fato de ter complicado o problema com a introdução de um mhs. Pois até prova em contrário, a onda eletromagnética produzida por uma carga em mhs deve transportar energia, e o Hertz que o diga.
Belmiro: Sim.
Alberto (msg anterior): Mas se um observador em mhs junto com a carga também não consegue detectar esta onda, como já foi assumido por muitos aqui na Ciencialist, isto por um lado significa a salvação do PE; mas, por outro, o problema parece persistir através de uma de suas facetas. Como justificar a existência de energia no espaço de um dos observadores, e a tornar-se independente da carga que a emitiu, se no espaço do outro observador não existe nada equivalente? Será que a única maneira seria apelarmos para a desconexão causal da relatividade «moderna» (apud Minkowski)?
Belmiro: Mas a energia existe nos dois referenciais. Apenas sob aspectos diferentes. Eletromagnética para o voyer e mecânica para o coitado que está empurrando o elevador para baixo.
Alberto: Neste caso o elevador não está sendo empurrado para baixo e sim oscilando (ora indo para baixo, ora indo para cima). Mas este é um caso que deixarei para discutir na próxima msg. Digo apenas que a energia que vai para o espaço deve-se ao freamento da carga (reação de radiação) e esta energia deve ser continuamente reposta na forma de energia mecânica ao sistema e pelo observador (1), aquele que está em repouso [ou então pelo campo gravitacional, no caso equivalente, mas que de qualquer forma deveria também ser reposta aos agentes do campo]. Esta energia que o observador (1) [ou o campo] está acrescentando continuamente ao sistema, pelo menos em teoria, é uma energia totalmente recuperável, pois está na forma de energia da «onda» eletromagnética. O observador (2) sequer percebe que esta reposição está acontecendo. Apenas a carga deve «sentir» alguma coisa, tanto é que transmite algo que é captável no referencial em repouso, mas sequer consegue transmitir esta «sensação» para o equipamento do observador (2), que oscila junto com a carga. Do ponto de vista energético o balanço se fecha nos dois referenciais. O problema está no balanço informacional. O espaço do observador (1) contém uma informação que não está presente no espaço do observador (2). Segundo a métrica do Minkowski isto se deve ao fato do observador (2) estar desconectado causalmente do efeito que está originando esta informação. Eu já gostaria de encontrar uma explicação menos estratosférica e mais clássica, e que não se apoiasse na constância absoluta (no sentido de independer do referencial) da velocidade da luz.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.