SUBJECT: Onde deus entra na história?
FROM: "Eduardo Medeiros" <physics@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>, "Eduardo Medeiros" <physics@uol.com.br>
DATE: 21/06/1995 18:31

Olá colegas...
 
Me intrometendo na discussão que está ocorrendo sobre deus, tenho algo a dizer...
 
Desde eras paleolíticas é comum atribuir à intervenção divina tudo o que não se pode compreender. Se por um acaso a caça rareava, o deus da caça recebia os louros e se iniciava rapidamente a prática dos sacrifícios e oferendas em seu nome... Até que outro bando de animais em migração passasse por ali ou a tribo mudasse de moradia.
 
Deus é, para todos os religiosos, uma maneira confortável de encarar a vida e a morte; a vida sim, por que existem muitas dúvidas: de onde viemos? Para onde vamos? Quem pode nos responder todas essas perguntas? Deus, é claro; e a morte? É muito triste e deve ser muito difícil para um fiel encarar a morte como o simples fim da consciência e nada mais. Todos queremos ter o conforto da vida eterna, da alma que sempre continua, seja isso no paraíso, no inferno ou no entediante purgatório ou talvez em outra vida, ou seja lá como sua doutrina determina a pós-morte. De fato a religião é um ópio necessário, mas até que ponto?
 
Desde o surgimento da ciência, deus vem perdendo seus poderes. Nós estamos explicando que não há numinosidade na escassez de alimentos, no movimento do sol ou no surgimento e término da vida. E, (excetuando-se os mais fervorosos e teimosos religiosos), estamos mostrando, aos poucos como o universo e a vida surgiram (estes são os fenômenos naturais mais reservados à deus de todos os outros. E na realidade, vêm sendo o refúgio dos religiosos depois do iluminismo científico).
 
De um lado você tem um ser onisciente, onipotente e onipresente, que criou tudo e todos em seis dias, numa história contada por pessoas não confiáveis, pontilhada de contradições e absurdos científicos. Do outro, big bang, sopa primordial e evolucionismo têm o mesmo efeito, sem que necessitemos recorrer à magia e à sonhos românticos. A navalha Occam realmente predomina. Há quem diga que a navalha não possa ser aplicada nesse caso, o que chamam de problema epistemológico, afinal deus não é uma teoria da mecânica clássica nem uma experiência de laboratório. Mas o que é esse problema epistemológico afinal?
 
Carl Sagan foi um sonhador. Um astrofísico que sonhava com divindades! Assim como todos nós. Quem de nós não quer viver pra sempre? Quem de nós não quer ter uma resposta simples para tudo? E Stephen Hawking? "Deus existe e eu vou provar." Lembro que essa frase me arrepiava quando era criança. Esses grandes nomes da física mundial, pessoas de admirável e quase sobre-humana genialidade, pecaram num ponto. Será mesmo que podemos unir deus e ciência? Eu não tenho certeza. O problema epistemológico em se provar a existência de deus, o dragão na garagem de Sagan ou qualquer outra façanha do gênero são evidência disso. O racionalismo é a saída mais plausível na busca do conforto. Nada de E.T.s ou deuses sentimentais, mas com trabalho e ciência poderemos, um dia, sermos nós mesmos os deuses da criação.
 
Essa é apenas a opinião de um jovem estudante de física com a mente povoada por demônios e equações que exorcizam e constroem a verdadeira humanidade.
 
Abraços.
 
Eduardo Medeiros.
 
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
'"Magick is the Highest, most Absolute, and most Divine Knowledge of Natural
Philosophy, advanced in its works and wonderful, operations by a right      
understanding of the inward and occult virtue of things; so that true Agents
being applied to proper Patients, strange and admirable effects will thereby
be produced. Whence magicians are profound and diligent searchers into Nature;
they because or their skill, know how to anticipate an effect, the which to 
the vulgar shall seem to be a miracle." The Goetia of the Lemegeton of King 
Solomon.' Magick in Theory and Practice, Aleyster Crowley.                  
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                      //       |     _X_     |       \\
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_ _ _ _ _ _ _ _ _ _  ||       _/ \         / \_       ||  _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
In Nomine Dei Nostri ||   __/~   |         |   ~\__   ||
Satanas Luciferi     || /~        \       /        ~\ ||
Excelsi              \\-----------+-------+-----------//
                      \\           \     /           //
                       \\           |   |           //
                     /  \\_         \   /         _//  \
                  /       \\_        \ /        _//       \
               /            \\_       V      __//            \
            /                  \\__   |   __//                  \
         /                        ~~=====~~                        \
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SUBJECT: Auto-ajuda
FROM: Silvio Cordeiro Filho <scf@escelsa.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/01/1996 00:26

Edmilson e grupo:

acredito que os livros de auto-ajuda AUMENTAM o bloqueio das mentes pela
frustração de objetivos não alcançados... são muito úteis para os
editores e os autores!

silvio cordeiro


SUBJECT: TGBD
FROM: Silvio Cordeiro Filho <scf@escelsa.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/01/1996 00:27

Cláudio Abreu:

Novato na lista, onde encontro explicações sobre o TGBD para que me
possa situar nas argumentações?

sds,

silvio cordeiro



SUBJECT: Opus dei
FROM: Silvio Cordeiro Filho <scf@escelsa.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/01/1996 00:27

Watson Fernando:

Haverá algum site em português onde possamos pesquisar o opus dei?
Gostaria de conhecer os argumentos deste pessoal...

sds,

silvio cordeiro



SUBJECT: Criacionismo
FROM: Silvio Cordeiro Filho <scf@escelsa.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/01/1996 00:27

Atento leitor das msg dos listeiros onde procuro melhorar meus parcos
conhecimentos, fiquei impressionado pelo teor do texto do Luiz ferraz
Neto, vulgo "Leo" onde ele classifica de "ridícula "a teoria da
evolução.
Em um grupo de pessoas que procuram conhecimentos científicos, acho
simplesmente surrealista pessoas dogmáticas como os criacionistas...

Luiz: gostaria de conhecer os argumentos criacionistas ou os
anti-darwinianos.

sds,

silvio cordeiro



SUBJECT: Criacionismo
FROM: Silvio Cordeiro Filho <scf@escelsa.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/01/1996 00:28

Atento leitor das msg dos listeiros onde procuro melhorar meus parcos
conhecimentos, fiquei impressionado pelo teor do texto do Luiz ferraz
Neto, vulgo "Leo" onde ele classifica de "ridícula "a teoria da
evolução.
Em um grupo de pessoas que procuram conhecimentos científicos, acho
simplesmente surrealista pessoas dogmáticas como os criacionistas que
inclusive citam falas e textos de Deus...

Luiz: gostaria de conhecer os argumentos criacionistas ou os
anti-darwinianos.

sds,

silvio cordeiro



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fiz Droga!!!!!!
FROM: "Eduardo Medeiros" <physics@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 14/08/1998 14:14

Sheila, você por acaso é da UFPB (Física)?
 
Pra não incomodar os usuários da lista, por favor me responda em e-mail privado: physics@uol.com.br
 
Muito obrigado.
 
__________________________
Eduardo Rafael F. Medeiros
From: Sheila Franco.
To: ciencialist@eGroups.com
Sent: Thursday, April 06, 2000 8:32 AM
Subject: [ciencialist] Fiz Droga!!!!!!

Ai! pessoal........ foi péssima essa!
 
Desculpe-me, por favor....
 
[]s'
 
Sheila.

SUBJECT: Aceleradores de Partículas.
FROM: "Eduardo Medeiros" <physics@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/08/1998 09:24

Olá nobres colegas...

Poderia saber dos senhores onde conseguir informações detalhadas sobre a
composição de um acelerador de partículas ou como construir uma versão
rudimentar dele?

Agradecido...


Eduardo Medeiros.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ptolomeu X Copernico
FROM: Aline de Alvarenga Coelho <alinealvarenga@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/01/1999 18:32

Será que nossos dados dos sentidos são assim tão objetivos? Eu não acho
não.
Abraços,
Aline

> msbn@daterranet.com.br escreveu:
>
> Caros listeiros,
>
> Respondam-me, por favor:
>
> As leis da física são apenas uma maneira (dentre outras mais simples
> ou mais complicadas, um "constructo" entre outros) de se explicar a
> realidade, ou são as leis da física tão objetivas quanto os nossos
> dados do sentido?
>
> A explicação de Ptolomeu difere da explicação de Copérnico
> simplesmente por ser mais intrincada, incomensuravelmente mais
> complexa (merecendo, portanto, a intervenção da Navalha de Occam ou do
> Princípio da Parcimônia) ou, ao contrário, a concepção ptolomáica do
> universo é OBJETIVAMENTE equivocada, falsa?
>
> Pergunto isso porque há quem sustente a primeira tese, sobretudo entre
> filósofos pós-modernos e "positivistas" (que lindo encontro!). Para os
> primeiros, "nada existe além do texto". Para os segundos, somente os
> dados sensórios são reais, e os entes sensórios são invariavelmente
> entes singulares, jamais universais.
>
> Por enquanto, não vou tomar uma posição.
>
> Abraços,
> Manuel Bulcão
> ----------------------------------------------------------------------
>
> ----------------------------------------------------------------------
> *** --- ***
>
> >> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
> http://www.physlink.com/
>
> *** --- ***

--
Aline de Alvarenga Coelho
Psicóloga
alinealvarenga@uol.com.br
alinealvarenga@psiconet.com
freud-lacan@uol.com.br

Página Pessoal : http://www.psiconet.com/alvarenga

Visite http://www.argo.com.br/~honorato

e não deixe de prestigiar http://www.psiconet.com/brasil


SUBJECT: Re: [ciencialist] Psicologia
FROM: Aline de Alvarenga Coelho <alinealvarenga@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/01/1999 18:32

Concordo plenamente.
Aline

Joao Carlos Holland de Barcellos escreveu:
>
>
> Ola Emille,
> Vou dar minha opiniao pessoal totalmente cetica com relacao ao assunto.
> Eu nao acredito q nosso cerebro tenha tanta capacidade inexplorada de
> criatividade e saber quanto muitos propoe. E acredito menos ainda q
> estas
> fontes " inesgotaveis" de criatividade possam ser encontradas como se
> encontra
> uma mina de ouro nos subsolos da mente.
> Se vc ver o ser humano sob o ponto de vista evolutivo, vera que tudo que
> temos
> foi, em geral, construido aas duras penas por mutacoes e selecao.
> Nao ha razao para q a natureza tenha criado uma fonte de criatividade
> e a tenha escondido em nossa mente. A natureza costuma trilhar o caminho
> de
> minima energia, minima complexidade, minimo esforco. Quero dizer que
> toda complexidade de nosso cerebro foi evoluido aa medida q precisvamos
> dele.
> Seria muito dificil a natureza ter projetado um cerebro genial-escondido
> para ser
> aberto apenas com uma chave meditacional-tao-esoterica-mediunica.
> O q podemos conseguir a mais eh treinar o ja temos. Nenhuma magica nos
> fara
> ser mais geniais do q somos, INFELIZMENTE...
> Opiniao pessoal.
> Abraco
> jocax
>
>
>
> *** --- ***
>
> >> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
> http://www.physlink.com/
>
> *** --- ***

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Aline de Alvarenga Coelho
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SUBJECT: [ciencialist] Re: tempo
FROM: "Eduardo Vieira" <evieira@dba.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/03/1999 02:00

Uma pergunta que muitos pode ser idiota: a lista possui alguma página, faq,
algo do genero?
-----Mensagem original-----
De: Douglas <douglas.jpn@terra.com.br>
Para: ciencialist@egroups.com <ciencialist@egroups.com>
Data: Sábado, 25 de Março de 2000 00:37
Assunto: [ciencialist] Re: tempo


>
>PhiloX escreveu:
>
>>>>... Da mesma forma, a "gravidade" não existe como um
>cometa. Mas podemos observar um corpo de mulher envelhecer e cair,
>efeito do tempo e da gravidade (: <<<
>
>A "gravidade" pode ser verificada experimentalmente (é só vc dar um
>pulinho para cima). A "gravidade" existe na natureza, dentro do mesmo
>critério da existência dos cometas: verificação experimental.
>
>O corpo de uma pessoa pode mesmo "despencar" com o auxílio da
>gravidade (pq ela existe na natureza); mas é preciso deixar de lado,
>definitivamente, a crença de que o tempo envelhece pessoas, amadurece
>laranjas, etc.: ele não exerce qualquer efeito sobre a matéria (pq ele
>não existe na natureza).
>
>>>>Se eu digo "O tempo existe, olhe ali aquele relógio", estou falando
>algo com sentido.<<<
>
>Apenas com sentido popular.
>Quando se diz que fulano tem 50 anos, significa apenas que durante sua
>vida a terra girou 50 vezes. Fulano envelheceu devido a fenômenos
>bioquímicos e não devido à rotação do planeta nem ao movimento dos
>ponteiros do relógio.
>
>Amigos,
>Precisamos, urgentemente, criar um vocabulário ou um glossário
>contendo os principais conceitos e definições básicos das ciências,
>não só para evitar debates ou discussões desnecessários, mas tbém para
>contribuir para o conhecimento de todos, principalmente do meu, é
>claro.
>
>Contem comigo, abraços do
>
>Douglas
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>------------------------------------------------------------------------
>Use os recursos da Ciencialist em http://www.egroups.com/list/ciencialist/
> --- ... ---
>ciencialist-unsubscribe@egroups.com (sair da lista)
>
>------------------------------------------------------------------------
>You have a voice mail message waiting for you at iHello.com:
>http://click.egroups.com/1/2377/5/_/19424/_/953955525/
>
>
>eGroups.com home: http://www.egroups.com/group/ciencialist
>http://www.egroups.com - Simplifying group communications
>
>
>



SUBJECT: [ciencialist] Re: tempo
FROM: "Eduardo Vieira" <evieira@dba.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/03/1999 02:16

Me desculpe, mas esse negocio do tempo não existir é muito estranho: Se o
tempo não existe, se o que nos faz envelhecer são os processos bioógicos,
como explicar entao o fenomeno de, segundo a teoria da relatividade, se eu
estiver viajando na numa velocidade próxima da luz, o tempo vai passar pra
mim de maneira mais lenta do que em relacao para quem está na terra. Eu vou
envelhecer mais lentamente, o relógio vai bater mais lentamente, etc, etc...


Esse negócio de 'tempo não existe' é muito newtoniano pra mim. Não digo que
sejam possíveis viagens no tempo , ou outras doideiras, mas o tempo existe
sim cara. Se ele não existe, voce vai cair em dificuldades para explicar o
que aconteceu antes do 'big-bang', que é o 'inicio do tempo'.

Um abraço,

Eduardo



SUBJECT: [ciencialist] Tempo existe ou nao
FROM: "Eduardo Vieira" <evieira@dba.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/03/1999 00:59

Tenho lido os emails sobre a discussão da existencia ou não do tempo. Mas,
estou com dificuldades em responder la do trabalho..

Quando disse que esse negócio de o tempo não existir era muito 'newtoniano',
quis dizer que, como na física newtoniana, espaco e tempo são imutaveis, e
como nao temos nenhum controle sobre o tempo, realmente podemos passar a
imaginar que o tempo apenas é uma abstração nossa para compreendermos o
mundo.

Só que, com aparecimento de teorias mais complexas, como a da relatividade,
o tempo deixou de ser absoluto. Passou a ele tambem depender do referencial.
A unica coisa absoluta passou a ser a velocidade da luz.

Quero aproveitar para lembrar que ciencia nada mais é do que um 'mecanismo
de teste'. Não existem verdades absolutas. Uma teoria só é boa enquanto os
dados experimentais comprovam esta teoria. A física newtoniana foi tida como
perfeita enquanto os cientistas não encontraram fenomenos que ela não
conseguisse explicar. Quando estes fenomenos começaram a ser estudados,
ficou claro que eram necessários outras teorias, que a englobassem como um
'caso especial'.

Sobre a mecanica quantica. Embora não entenda muita coisa sobre ela, tendo a
concordar com Einstein, que dizia que "Deus não joga Dados". Uma teoria que
explica as coisas por probabilidades não me parece completa. Acredito que
ela seja um 'quebra-galho', como eram os epiciclos ptolomaicos (não era
possível que os planetas se movimentassem daquela maneira, mas os calculos
funcionavam, entao tinha que se engolir). Assim é a fisica quantica... Ela
funciona... Enquanto ela explicar a verdade, ela vai ser verdade :)

Posso estar sendo muito 'romantico' ou ingenuo pensando assim. Bem, fisicos
da lista, me mostrem que estou errado. Não é uma bravata... quero aprender
:)

Um abraço,

Eduardo



SUBJECT: [ciencialist] Re: Biologia e Complexidadee
FROM: "neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/02/2000 23:25


Mensagem Original --> De: Gustavo Mia Souza [ e R Takata]

> b - a segunda lei da termodinâmica fala em sistemas fechados - organismos
> não são sistemas fechados (se valesse a segunda lei da termodinâmica de
> modo estrito a nos, não poderíamos sequer ser concebidos
......................
Entretanto, existe sim produção de entropia nos sistemas biológicos, a
questão é que ela é dissipada e aumenta a entropia do meio externo (em
última análise do universo).
......................
Tenho um pequeno paper sobre isto, que se você tiver interesse está
publicado no último volume da Revista Brasileira de Biologia.
________________________________________________

Olá Gustavo !

Se você tiver condições de me enviar pela net o texto mencionado, eu lhe
agradeceria, pois tenho interesse no assunto.

Por outro lado, considero que o princípio do aumento de entropia é um
instrumento que não deve ser usado como pedra de toque sem outras
considerações.
Sendo ele, basicamente, um efeito estatístico, sua precisão é depende do
tamanho
do sistema e da liberdade evolutiva que este possua.

Assim, sistemas artificiais ou submetidos a constrangimentos não podem ser
submetidos aprioristicamente ao 2o. [ou 3o., conforme outros] princípio sem
risco de se obter falsas conclusões.

Geralmente, os modelos macroscópicos usados pela Física tem o propósito de
simplificar o trabalho intelectual e a nossa compreensão; entretanto, as
interações naturais ocorrem quase sempre em dimensões microscópica e de
forma elementar.

Considere uma jaca com 10 kg de massa dependurada no tronco de uma jaqueira
a 4 m de altura.
Se ela caísse na cabeça de algum Newton moderno, creio que ele não teria
condições de cogitar a respeito da energia original que levou aquela massa
aos 4 m de altura e, muito menos, se isso estaria violando o principio do
aumento da entropia.

Também, pouco importaria o que ocorreu com a entropia do universo a partir
do big-bang até a formação da jaca; o que me parece importante é considerar
que existem
mecanismos - tipo jaqueira - com propriedade de capturar uma energia
degradada ( a radiação eletro-magnética) e transforma-la em energia
potencial de vários tipos.

Que me perdoem o mau uso das palavras, mas diria que a jaqueira é um
mecanismo "endo-entrópico". Mais ainda, chamaria de sistemas "seletivos"
( ou "organizados", ou "artificiais") os entes biológicos - isto no sentido
se serem
sistemas complexamente organizados e com características endo-entrópicas
( sem prejuízo de considerar expontânea a origem da vida no nosso planeta).

Rescrevendo o parágrafo acima, definiria "naturais" os sistemas que não
apresentem restrições em processos probabilísticos ( onde é aplicável o 3o.
princípio) ; em oposição, seriam "seletivos", os sistemas que apresentem
processos com probabilidades restritas.

Sob o ponto de vista microscópico, a captura de energia radiante na
transição de um orbital eletrónico é claramente um processo endo-entrópico,
assim como o funcionamento de uma célula foto-elétrica ou outros sistemas
com capacidade ou potencial de hierarquização da energia.

Agora, o que dizer sobre termodinâmica da captura da energia radiante por um
buraco-negro ?
Considerando o universo como limitado, a longo prazo, fatalmente
os buracos-negros capturariam toda a energia radiante disponível, reduzindo
a entropia do universo -
(ainda mais se eles conseguirem gerar matéria a partir da energia
capturada).

Enfim, eu não apostaria todas as fichas na teoria mecanicista do aumento
irreversível da entropia do universo.

[s] \ neville





SUBJECT: [ciencialist] Antimatéria
FROM: "Antonio C. M. de Queiroz" <acmq@coe.ufrj.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 25/02/2000 15:01

Alô:

Segundo me consta, antimatéria (e tudo o mais que tem massa)
tem massa positiva, e não existe repulsão gravitacional.
Além disto, observável, medido, verificado e reverificado,
existe apenas especulação.

Acmq



SUBJECT: [ciencialist] Re: porque a anti-matéria tem massanegativa
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/02/2000 22:32


> > Pensei que a matéria era convertida em energia seguindo a formula E =
> > MC**2
>
> Hm, não pensei nesta fórmula. Mas uma alteração simples, E = Módulo(M)
> * C^2, já elimina este argumento.

Eu me referi a fórmula para justificar o sumiço da massa ... ela vira
energia !!!

> O meu problema é que não posso aceitar que duas massas positivas
> possam se anular. Isto poderia significar que quando um elétron colide
> com um próton que parte da massa deste se transforma em energia??

Se elas se anulassem, não restaria nada, nem energia !!

> > E qual seria o sentido teórico dos Taquions ??
> Não sei do que vc está falando.

Taquions foi a solução que os positivistas encontraram para driblar os
limites impostos pela teoria relativística. Seria uma párticula cuja
massa fosse um número imaginário, como consequencia disso eles teriam no
mínimo a velocidade da luz.


SUBJECT: [ciencialist] Re: Mecanismos Anti Gravidade
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/02/2000 08:37



> > O erro nao esta no mecanismo anti-gravidade (q nao deve existir
> mesmo )
> > Vc poderia fazer a experiencia com um ima de mesma polaridade.
> > Acho q o erro estaria no trabalho q vc teria para trazer o escudo
> antigravidade
> > para debaixo do peso.
> > Ele tambem seria repelido pelo peso pendurado e, para vc coloca-lo
> > embaixo deste peso vc teria q dispender + energia do q vc obteria.
> > []s
> > jocax
> >
>
> Mas é exatamente neste ponto que o tal "dispositivo anti-gravidade" é
> interessante. Ainda segundo seus criadores (papel aceita tudo mesmo), o
> dispositivo é uma "barreira" ou "escudo", e não um gerador de forças
> anti-gravidade. Portanto, pelo menos em teoria, não exigiria trabalho
> nenhum para colocá-lo debaixo do peso, como colocar uma barreira
> interrompendo um feixe de luz.
>
> Mas se isso fosse problema, ainda poderíamos deixar o tal "escudo anti
> gravidade" permanentemente debaixo do peso maior, e simplesmente ligar
> e desligar a corrente elétrica do dispositivo com o movimento da
> balança.

Aih , provavelmente, a energia necessaria para fazer funcionar o escudo deveria ser
maior q o trabalho realizado. Por exemplo trocando-se um ima por um eletroima.
[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Genismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/02/2000 08:59

>
> Toda esta discussão sobre o tal "genismo" é muito interessante.
> Pena que não possamos fazê-la pessoalmente, é sempre mais
> interessante.

Tambem gostaria, poderiamos combinar uma "mesa redonda" com os
interessados !


> Mas vamos colocar um pouco de lenha na fogueira. Lendo o texto abaixo,
> o genismo me parece mais uma doutrina pseudo- religiosa do que uma
> teoria científica.

De fato!
Eu o criei para ser uma religiao MESMO .




> Parece mais uma filosofia de conduta "científica" do que algo de onde
> possam ser extraídos modelos gerais para realmente interpretarmos o
> universo, já que conhecê-lo realmente é um "pouco" difícil. Genes são
> apenas fábricas de blocos de construção e poderosos hard-disks. Não
> pensam e não fazem nada sem a presença de um meio qq adequado.

Eu concordo, MAS eles codificam estruturas e comportamentos em nós
e nos animais que nos induzim, em geral, a agir no sentido de
preserva-los
e perpetua-los. Tudo se passa exatamente como se eles "quisessem" isso.
Mas, claro, genes nao pensam e nao sentem. Mas nós sim, e devemos estar
conscientes de que somos esta maquina projetada para a perpetuacao.




> Acho que na história da ciência a idéia de um deus qq pode gerar mais
> insights do que este reducionismo exagerado.

Eu nao acho q eh um reducionismo exagerado.
E sendo uma doutrina nova existem ainda muitos "insights" a serem
descobertos.



> Vejam Galileu, Descartes, Newton, Einstem (só para citar alguns),
> todos de uma certa forma imaginavam algum tipo de deus, e muitos
> avançaram tentando descobrir como funciona a mente de deus. Este
> ateísmo inquestionável tem o mesmo valor de uma religião ortodoxa,
> todos têm fé, uns em deus outros em não-deus.

A unica Fé que o genismo prega eh que devemos ter em nossos genes a
unica forma de transcendencia, de imortalidade. E isto eh um sentimento.

naturalmente vc pode nao aceitar e nem sentir isso. Nao estou obigando
ninguem
a se converter ao Genismo (e ser um gênico ou genista).
O q estou querendo mostrar eh q, se vc for um gênico, vc tm uma
probabilidade
maior de ser feliz do que se vc nao o for.


> E fé, isto sim não é lá muito científico. A ciência deve sempre estar
> revendo suas bases, deixando espaços para mudança. Sei que as
> tecnologias do DNA recombinante e coisas do gênero possam realmente
> induzir e encorajar algo como o genismo. Sem contar que interlocutores
> como o senhor Wilson e o senhor Dawkins são bastante convincentes. Mas
> as vezes tenho a impressão que um dia eles dirão: Hei pessoal, isto
> tudo é brincadeira, só querímos ver até onde o reducionismo na
> BIOLOGIA poderia ir. Esqueçam o que falamos!

Nao acredito ! :-)))))


>
> Agora, com respeito a psicologismos sociais.. pscologia nem ao
> menos tem status de ciência. Me digam alguma lei ou teoria geral
> universalmente aceita e corroborada experimentalmente.
>

A psicologia evolutiva esta apoiada na teoria da evolucao que eh uma
ciencia.





> Vamos continuar o papo, é divertido.
> Gustavo

Tambem gosto disso !!!


[]s
jocax

>
>
>>
>>
>> Desde a origem da vida os seres vivos seguiram o seguinte
>> "algoritmo" :
>>
>> Genes -> mutacao ou nao -> fenotipo -> ambiente -> selecao natural
>> -> ->
>>
>> sobrevivencia ou morte
>>
>> Este esquema existe desde q surgiu a vida ha alguns bilhoes de anos
>> atras.
>> Note que os seres que passam por esse processo SEMPRE morrem
>> mas nao necessariamente seus genes !!
>> Antes do individuo morrer ele pode , eventualmente,
>> passar seus genes para a proxima geracao.
>> O que temos entao depois de muitos bilhoes de geracoes ?
>> Depois dessa peneirada toda teremos genes ALTAMENTE especializados
>> em se perpetuar no tempo e atravessar estas peneiras.
>> Sao representados fenotipicamente por todos os seres vivos
>> que estao no mundo hoje.
>> Se estudarmos a vida animal ( fora o homem ) poderemos verificar o
>> incrivel poder e as artimanhas geneticamente codificadas para
>> conseguir
>> tal intento. É realmente impressionante.
>> O homem , contudo, tem um algo a mais : a cultura.
>> A cultura, inicialmente um fator que auxiliou a sobrevivencia da
>> especie,pode , as vezes, ir contra este proposito genetico de
>> perpetuacao.
>> Neste caso haverá sofrimento pois, dependendo da cultura , ela
>> podera agir contra todos os instintos ( no sentido amplo , nao so
>> os +
>> primitivos ) que querem que o individuo perpetue seus genes.
>> Note q os genes sao suficientemente especializados para que vc nao
>> se
>> reproduza pura e simplesmente, eles codificaram filtros para
>> que o homem junte seus genes com genes tambem qualificados
>> para a perpetuacao : O instinto basico no homem ,
>> para a perpetuacao genetica, é o AMOR pois é este o principal
>> mecanismo para fazer o controle de qualidade das pessoas
>> que poderemos juntar nossos genes para que estes
>> sigam pela eternidade.
>>
>> O Genismo vem para tentar alertar o homem contra culturas que vao
>> contra seu proposito fundamental : perpetuar genes. E isso tem um
>> significado amplo :
>> Perpetuar genes é ter filhos , é prepara-los para a vida, é cuidar
>> e ajudar os parentes e 99% das coisas que a cultura normal ja prega.
>>
>> O Genismo quer que ASSUMAMOS que somos uma máquina de perpetuaçao
>> genética, neste sentido AMPLO , e que ajamos neste sentido.
>> Desta maneira estaremos integrando nossa cultura com a nossa
>> natureza biologica mais profunda.
>> A crença de que a unica forma de perpetuacao é via genes, faz
>> reforçar
>> estas acoes.
>>
>> O genismo esta em formacao e estes sao seus principais mandamentos:
>> 1- "Os Genes te criaram e a eles vc deve servir"
>> 2-"A felicidade é trilhar o caminho da perpetuação genética"
>> 3-"Deus nao existe e o único modo de transcender a morte
>> é através de seus genes, principalmente em seus descendentes"
>> 4-"Seus genes sao seu bem mais precioso"
>> 5- "Vc deve respeitar os genes dos outros para que
>> os outros respeitem os seus."
>>
>> Consequencias do Genismo :
>>
>> 1-Abolindo Deus , as pessoas exigiriam justiça na terra e nao
>> esperariam,
>> EM VAO, pela justiça divina ==> O mundo seria + justo.
>>
>> 2-Louvando aos Genes as pessoas teriam + amor aa seus filhos E...
>>
>> 3-.... cuidariam + do mundo que deixariam aa eles, ao invés de
>> destrui-lo
>> pensando apenas em si mesmas !.
>>
>> 4-Sendo as pessoas + felizes, pois o Genismo faz a pessoa entrar em
>> harmonia
>> com sua natureza mais íntima, teriamos um mundo melhor..
>>
>> -------
>> Livros recomendados :
>> "O Gene Egoista" de Richard Dawkins
>> "Consiliencia" de E. O. Wilson
>> ==============================================
>> Joao Carlos Holland de Barcellos ( jocax@usp.br)
>>
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SUBJECT: [ciencialist] Re: Isto e...online_problema para o genismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/02/2000 10:33

> Capa Isto é Online
> O jogo da traição
> A infidelidade é aceita nos folhetins, discutida na sociedade e pelos
> casais. Mas na vida real continua a causar separações e muita dor
>

Ok Leo , vou tentar expor aqui como o Genismo aborda esta questao.

O Genismo prega a perpetuacao genética: Ele ensina que os homens
devam agir no sentido de maximizar a sobrevivencia de seus genes
através das gerações.

Existem basicamente duas abordagens de se conseguir isso, e entre estas
abordagens está o meio termo, a solução de compromisso.

A primeira abordagem esta no controle de qualidade.
O controle de qualidade que os genes nos codificaram ( nao no sentido finalista )
eh o instinto do AMOR. Assim, o amor eh um instinto que nos diz se uma pessoa
eh ou nao adequada a ter filhos conosco. Sendo um instinto nao podemos controla-lo.
Por isso as vezes amamos uma pessoa que achamos que nao deveriamos amar.
Podemos controlar nossas acoes mas nao nossas vontades. Alem do controle de
qualidade direto, via amor, existe o controle de qualidade cultural da prole.

A segunda abordagem está na quantidade de filhos que deveremos ter.
Uma prole muito numerosa apresentaria menos recursos (por indivíduo)
para ser preparada para as adversidades do mundo ( educacao , alimentacao, etc... ).
Essa eh uma questao complicada de se equacionar.

E onde entra a traição ?
Se vc ama seu/sua companheiro(a) e pretende ter filhos com ela ou ja os tem e
pretende conservar seu casamento, entao a traicao representa um alto risco
e vc nao deveria comete-la pois estaria pondo em risco a existência de seus futuros
filhos. Caso vc *nao ame* entao o risco nao eh grande e a traicao poderia ser
vista como algo quase que inevitável.

[]s
jocax





SUBJECT: [ciencialist] Pesquisa com papagaio beneficia autistas
FROM: "Daniel Sottomaior Pereira" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 28/02/2000 14:17

http://www.estado.com.br/edicao/pano/00/02/27/ger688.html

Segunda-feira,
28 de fevereiro de 2000


Pesquisa com papagaio beneficia autistas

Estudado por psicóloga americana, Alex é capaz de contar e inventa
palavras

LUIZ ROBERTO DE SOUZA QUEIROZ

Está fazendo sucesso nos meios científicos um livro recém-lançado pela
Universidade de Harvard com a história de Alex, um papagaio cinzento
africano de 23 anos. As experiências com esse papagaio mundialmente
famoso
comprovaram pela primeira vez a capacidade dos animais de expressar seu
raciocínio em palavras e até mesmo de criar novos vocábulos. Elas
mostraram
que, ao contrário do que se acreditava, os papagaios não se limitam a
repetir o que ouvem, mas entendem e elaboram o que vão dizer,
expressando
desejos reais e opiniões. Hoje, está provado que, em algumas áreas, as
habilidades cognitivas de Alex correspondem às de uma criança de cinco
anos.

A obra, The Alex Studies: Cognitive and Communicative Abilities of Grey
Parrots, não se limita à informação científica, mostrando também os
dissabores da psicóloga Irene Pepperberg, a qual, ao apresentar os
primeiros
resultados de suas pesquisas a uma banca de examinadores, teve de
engolir
uma pergunta sobre que tipo de drogas estava consumindo.

Pepperberg começou a trabalhar com Alex quando ele ainda era um filhote
e
conseguiu, de início, que o animal identificasse corretamente objetos
como
bolas, lápis, carrinhos, livros - o que poderia ser resultado de simples
memorização por treinamento. Após alguns anos, porém, o papagaio
começou a
responder com acerto a perguntas sobre as cores de objetos que lhe eram
apresentados. Em seguida, passou a identificar formas, entre objetos
redondos, quadrados e pontiagudos. Numa fase posterior reconheceu o
material
de que eram feitos objetos que via pela primeira vez, como madeira,
papel,
cortiça, etc.

Mais recentemente, o papagaio começou a criar palavras ao ser
apresentado a
novos objetos, o que mostra uma capacidade de raciocínio que não se
imaginava possível num animal, principalmente com um cérebro reduzido
como o
de uma ave. Depois de experimentar (e adorar) maçã, fruta que não fazia
parte de seu vocabulário, Alex passou a exigir o novo pitéu chamando-o
de
"banerry" - aparentemente, um neologismo criado a partir de duas
palavras
preexistentes em seu dicionário, "banana" e "cherry" (cereja, em
inglês). O
papagaio também está começando a contar, informando quantas bolas tem à
sua
frente, por exemplo.


Autistas - A obra sobre Alex mostra que as pesquisas com a ave já estão
beneficiando grupos de humanos, principalmente autistas. Professores de
crianças com esse problema estão obtendo ótimos resultados ao usar o
método
desenvolvido por Irene para ensinar Alex.

"Uso duas pessoas para mostrar ao Alex o que queremos que ele aprenda",
diz
a psicóloga. O "professor" mostra um objeto novo ao papagaio e então se
dirige a outra pessoa, que é o "estudante rival", dizendo várias vezes o
nome do objeto. Quando o "estudante rival" passa a repetir corretamente
esse
nome, o objeto lhe é entregue como recompensa. O "adversário" de Alex
pode
então brincar com o objeto ou (se for um alimento) comê-lo. A reação
normal
do papagaio - e agora das crianças autistas treinadas em Monterey, na
Califórnia - é tentar repetir a palavra, para obter também a recompensa.


Celular - Em São Paulo, um papagaio cinzento africano, do criador
Antonio
Eduardo Ometto de Moraes, não só reproduz o som do toque do telefone
celular, como atende dizendo o número corretamente. Mas até agora, pelo
menos, ele é incapaz de manter uma conversação.

Um tanto grosseiro, o papagaio grita com a pessoa do outro lado do
telefone,
perguntando repetidamente "o que foi?", e canta com voz esganiçada para
seu
interlocutor telefônico o "Atirei o pau no gato, tô".

Criador registrado no Ibama e único a reproduzir em São Paulo aves da
mesma
espécie de Alex, Ometto de Moraes tem seis desses pássaros. Ele
confirma a
grande inteligência dos "Jaccos", nome popular da espécie, mas diz que
eles
não são muito prolíficos e sua criação não é fácil. Por vezes um casal
demora cinco anos para começar a postura. Como outros papagaios, o
cinzento
é extremamente fiel; se um dos parceiros morre, o companheiro geralmente
morre poucos meses depois, de tristeza e solidão.

Copyright 2000 - O Estado de S. Paulo - Todos os direitos reservados




SUBJECT: [ciencialist] Pesquisa com papagaio beneficia autistas
FROM: "Daniel Sottomaior Pereira" <cetico@hotmail.com>
TO:
CC: recipient list not shown: ;
DATE: 28/02/2000 16:37

Segunda-feira,
28 de fevereiro de 2000


Pesquisa com papagaio beneficia autistas

Estudado por psic�loga americana, Alex � capaz de contar e inventa palavras

LUIZ ROBERTO DE SOUZA QUEIROZ

Est� fazendo sucesso nos meios cient�ficos um livro rec�m-lan�ado pela
Universidade de Harvard com a hist�ria de Alex, um papagaio cinzento
africano de 23 anos. As experi�ncias com esse papagaio mundialmente famoso
comprovaram pela primeira vez a capacidade dos animais de expressar seu
racioc�nio em palavras e at� mesmo de criar novos voc�bulos. Elas mostraram
que, ao contr�rio do que se acreditava, os papagaios n�o se limitam a
repetir o que ouvem, mas entendem e elaboram o que v�o dizer, expressando
desejos reais e opini�es. Hoje, est� provado que, em algumas �reas, as
habilidades cognitivas de Alex correspondem �s de uma crian�a de cinco anos.

A obra, The Alex Studies: Cognitive and Communicative Abilities of Grey
Parrots, n�o se limita � informa��o cient�fica, mostrando tamb�m os
dissabores da psic�loga Irene Pepperberg, a qual, ao apresentar os primeiros
resultados de suas pesquisas a uma banca de examinadores, teve de engolir
uma pergunta sobre que tipo de drogas estava consumindo.

Pepperberg come�ou a trabalhar com Alex quando ele ainda era um filhote e
conseguiu, de in�cio, que o animal identificasse corretamente objetos como
bolas, l�pis, carrinhos, livros - o que poderia ser resultado de simples
memoriza��o por treinamento. Ap�s alguns anos, por�m, o papagaio come�ou a
responder com acerto a perguntas sobre as cores de objetos que lhe eram
apresentados. Em seguida, passou a identificar formas, entre objetos
redondos, quadrados e pontiagudos. Numa fase posterior reconheceu o material
de que eram feitos objetos que via pela primeira vez, como madeira, papel,
corti�a, etc.

Mais recentemente, o papagaio come�ou a criar palavras ao ser apresentado a
novos objetos, o que mostra uma capacidade de racioc�nio que n�o se
imaginava poss�vel num animal, principalmente com um c�rebro reduzido como o
de uma ave. Depois de experimentar (e adorar) ma��, fruta que n�o fazia
parte de seu vocabul�rio, Alex passou a exigir o novo pit�u chamando-o de
"banerry" - aparentemente, um neologismo criado a partir de duas palavras
preexistentes em seu dicion�rio, "banana" e "cherry" (cereja, em ingl�s). O
papagaio tamb�m est� come�ando a contar, informando quantas bolas tem � sua
frente, por exemplo.


Autistas - A obra sobre Alex mostra que as pesquisas com a ave j� est�o
beneficiando grupos de humanos, principalmente autistas. Professores de
crian�as com esse problema est�o obtendo �timos resultados ao usar o m�todo
desenvolvido por Irene para ensinar Alex.

"Uso duas pessoas para mostrar ao Alex o que queremos que ele aprenda", diz
a psic�loga. O "professor" mostra um objeto novo ao papagaio e ent�o se
dirige a outra pessoa, que � o "estudante rival", dizendo v�rias vezes o
nome do objeto. Quando o "estudante rival" passa a repetir corretamente esse
nome, o objeto lhe � entregue como recompensa. O "advers�rio" de Alex pode
ent�o brincar com o objeto ou (se for um alimento) com�-lo. A rea��o normal
do papagaio - e agora das crian�as autistas treinadas em Monterey, na
Calif�rnia - � tentar repetir a palavra, para obter tamb�m a recompensa.


Celular - Em S�o Paulo, um papagaio cinzento africano, do criador Antonio
Eduardo Ometto de Moraes, n�o s� reproduz o som do toque do telefone
celular, como atende dizendo o n�mero corretamente. Mas at� agora, pelo
menos, ele � incapaz de manter uma conversa��o.

Um tanto grosseiro, o papagaio grita com a pessoa do outro lado do telefone,
perguntando repetidamente "o que foi?", e canta com voz esgani�ada para seu
interlocutor telef�nico o "Atirei o pau no gato, t�".

Criador registrado no Ibama e �nico a reproduzir em S�o Paulo aves da mesma
esp�cie de Alex, Ometto de Moraes tem seis desses p�ssaros. Ele confirma a
grande intelig�ncia dos "Jaccos", nome popular da esp�cie, mas diz que eles
n�o s�o muito prol�ficos e sua cria��o n�o � f�cil. Por vezes um casal
demora cinco anos para come�ar a postura. Como outros papagaios, o cinzento
� extremamente fiel; se um dos parceiros morre, o companheiro geralmente
morre poucos meses depois, de tristeza e solid�o.

Copyright 2000 - O Estado de S. Paulo - Todos os direitos reservados
=============================================
http://www.estado.com.br/edicao/pano/00/02/27/ger688.html



Ser� que � peer-reviewed? N�o me parece pouco s�rio nem absurdo mas sempre
conv�m... hmmm... ser c�tico!!!
LOL


Daniel
______________________________________________________


SUBJECT: [ciencialist] Re: Re: [ciencialist] Re: Falsa Polêmica: oculoseorelhas
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/02/2000 16:59

> ===========
> Voce esta editando e cortando trechos importantes da discussao.

eu estou tirando os excessos - q. estah registrado no historico da
lista...o problema maior eh vc q. ignora questoes levantadas.

> Para o processo de seleção natural eh detalhe. O processo evolutivo segue o
> ciclo que que eu escrevi e vc apagou: "A interacao do fenótipo com o
> ambiente". Este ambiente significa o ambiente nao qual o ser vivo
> interage e que pode mudar (e em geral muda mesmo). Soh que *em geral*
> o ambiente nao muda *toda hora* como um farol de rua.

vc define a seu bel-prazer q. selecao eh algo extremamente geral - aih
vira um truismo q. isso seja um detalhe...

entenda o seguinte: existem niveis de detalhamento adequados para cada
tipo de abordagem - se se vai falar em selecao num sentido generico tudo
oquei (na verdade mais ou menos, mas nao compliquemos) com aquele esquema
proposto, porem nao eh o caso q. estamos discutindo - aqui nao vale
transformar a selecao numa caixa preta. daih a anaologia q. fiz com a
resposta sobre refrigerantes e computadores feitos de atomos: se se estah
considerando a simples materialidade desses objetos basta considerah-los
um amontoado de atomos... mas se for considerar as suas propriedades
diferentes, entao eh preciso considerar q. sao compostos por arranjos
diferentes de atomos...

pra sua simulacao numerica, em q. nao se estah interessado nos processos,
mas apenas nos resultados finais, tratar os processos de selecao como uma
caixa preta eh perfeitamente embasado. mas se quer entender a evolucao de
um grupo em particular essa abordagem se esgota.

a comparacao com a montagem/desmontagem de um carro vale assim: vc diz q.
uma selecao q. leva a um aumento da frequencia de uma dada caracteristica
eh o mesmo processo q. leva a uma diminuicao dessa frequencia... eu digo
q. ambos sao sim processos, mas nao sao os mesmos...


> uma raposa nao eh diferente do coelho apenas por causa de seus genes, mas
> em funcao do gene e do ambiente...
> =======
> Eu sei, soh que 99,999999999999999999999% das diferenças sao devido aos
> genes.

tirar numeros da cartola nao validam argumentos... se levarmos ao peh da
letra esperariamos uma identidade dessa ordem entre os clones e irmaos
gemeos... sabemos q. nao se dah dessa maneira...

ou ainda mais radicalmente - um dna humano isolado em tubo de ensaio
deveria ser igual em mais de 99% com um humano realizado...

alias os organismos q. apresentam o sexo controlado por temperatura dah um
bom exemplo: um organismo com copias iguais de genes pode ter uma direnca
tao grande qto a uma sindrome sexual...

> Tudo bem , mas mesmo q o ambiente mude bastante 99,9999% das diferencas
> continuariam
> a ser devido aos genes.

nao... o grau de variacao depende da interacao entre gene e ambiente,
alem da propria variacao tto do ambiente qto do gene... se o ambinete para
o gene muda muito o seu funcionamento tbm muda

> Tanto os homens como raposas e coelhos seguem, em geral ,
> "instintiva-e-inconscientemente" a máxima : Aja de modo a perpetuar
> seus genes. O Genismo, entre outras coisas, pretende conscientizar o
> homem disso. ( Uma vez q raposa e lebres parecem seguir incoscientemente
> o genismo, e portanto nao precisam dele ! :-) )
> Contudo, modernamente, algumas culturas ou movimentos comportamentais
> esquecem isso penalizando o ser humano.

nao seguem nenhuma 'maxima'... vc cai numa circularidade - vc diz algo do
tipo: 'como todos os organismos seguem as ordens dos genes para
perpetuarem os proprios genes, provamos q. os organismos seguem ordens dos
genes para perpeturarem os proprios genes'...

> Naquela discussao eu disse q o MESMO gene ou conjunto e genes pode agir
> de maneira a pessoa a ir a um show de rock ou aa uma missa.
> O q eu queria dizer eh q o(s) gene(s) q leva(m) uma pessoa a querer e gostar
> de ir aa um jogo de futebol sao os mesmos q o fazem querer ir aa um
> culto religioso ou aa um show de rock.

e o q. efetivamente se farah ou deixarah de fazer depende do ambiente... e
nao da simples presencao ou nao de uma dada copia de um gene - q. eh
importante, mas nao eh tudo (nem tao proximo da totalidade como vc quer
fazer crer)...

> Eu posso responder. Se ela nao possuir tais genes ela NAO vai querer ir ao
> show de rock-missa-futebol ponto. O Genismo vai dizer a ela : Vc pode se
> dar a esse luxo ? Vc ja tem namorado(a) Quer achar um(a)? Entao vc
> NAO deve ficar em casa esperando o principe encantado bater aa sua
> porta : VA AO SHOW de rock e aumente a oportunidade de vc conhecer
> pessoas e, quem sabe, achar alguem q vc ame.

e o jah ter namorado eh um dado ambiental e nao genetico... os genes dela,
usando a sua linguagem antropomorfica, estao dizendo pra ela (ou ele) nao
ir ao show... estranho q. o 'genismo' vah extamente contra o gene e a
favor do ambiente...

> O Genismo preocupa-se com o conjunto dos genes. Isto eh a RESULTANTE
> das "forças" q agem sobre nós. O fato de alguns genes irem contra nao
> invalida a base do genismo. Mas existe casos q nao satisfazem todos os
> mandamentos do Genismo.
> Vou tocar num assunto polemico o homossexualismo.
> Se, como acredito, tal manifestacao tiver base genética, e se este(s) genes
> forem muito determinantes para a felicidade da pessoa, o 1. mandamento
> do Genismo dirá que vc devera manter sua condicao sexual (mesmo q isso
> signifique q vc nao venha a ter filhos).
> (1. mandamento : "Os genes te criaram e a eles vc deverá servir" )
> Se a manifestacao sexual nao for Genetica e sim cultural o genismo dirá :
> Nao seja homossexual.

vou tomar esse vc q. usou como um pronome generico e nao uma insinuacao
qto a minha condicao sexual... mas o estranho q. queira usar o 'gene
egoista' como justificativa pro 'genismo', o 'gene egoista' fala de um
gene (gene na definicao frouxa q. dawkins usou) agindo (novamente
usando a linguagem teleonomica q. vc gosta) por si mesmo segundo seus
proprios interesses, o 'genismo' fala em conjunto dos genes - coisa q. o
'gene egoista' nao admite: o conjunto eh apenas um resultado casual (por
parasitismo genetico, e.g.)

> Mas ateh la a humanidade poderá ter uma existencia mais feliz ou menos
> feliz.
> Isso dependerá de que modo ela usará sua vida.
> O Genismo pretende q seja feliz.

o 'genismo' *pretende* q. seja feliz segundo a *propria* definicao de
felicidade q. nao necessariamente - eu diria q. em boa partes dos casos -
se casa com os interesses pessoais de fulano, beltrano e cicrano...

> Atual e infelizmente nao eh possivel tirar uma prescricao detalhada e
> personalizada.
> Por isso os mandamentos do genismo sao de ampla abrangencia e devem ter
> válidade em
> uma ampla gama de casos.

no dia q. detalharem *todas* as interacoes possiveis entre os genes e o
ambiente e no dia em q. vc conseguir equacionar e desenvolver aquela tal
formula de felicidade eu considerarei o 'genismo'... (vou esperar sentado)

> alem de q. eh processo de evolucao *por selecao natural*,
> q. embora eu acredite ser a predominante nos processos adaptativos, nao
> deve ser a principal para os padroes evolutivos q. encontramos...
>
>
> =======
> Quais outros padroes evolutivos q sao seguidos?.
> Interessante o q me ocorreu agora ! , o Genismo eh um padrao de selecao NAO
> NATURAL
> uma vez que eh CONSCIENTE, eh teleonomico !

nao confunda padrao com processo...
mas o padrao de diversidade atual - num nivel de grandes grupos - eh
ditado por diversos eventos de extincoes em massa... tais eventos levam
principalmente aos processos aleatorios de sobrevivencia e extincao (em
menor grau existe vantagem para organismos com grande area de
distribuicao, por razoes obvias): a fauna burguess (descrita inicialmente
para os folhelhos cambrianos de burguess shale) apresentava uma
diversidade de tipos muito maior do q. a atual, todos precisamente
adaptados aas condicoes reinantes entao, o q. levou ao posterior dominio
de umas poucas formas? qq um q. arrisque uma previsao serah um
temerario... foi uma serie de contingencias q. levou aa sobrevivencia de
umas formas e nao de outras, contingencias ambientais q. poderiam ser
outras... a grande arvore da vida deve a sua forma aos eventos de extincao
aleatorias, tto qto ou mais do q. aos eventos de criacao por evolucao
(por selecao ou por neutralismo)...

o 'genismo' nao eh um padrao de selecao - o 'genismo' eh uma doutrina
etica e obvio q. como tal soh pode ser consciente, com um proposito... soh
agora descobriu isso?

> jah q. vc estah falando q. eh o mesmo processo... soh precisaria
> fundamentar mostrando q. sao de fato os mesmos processos... (abstraindo
> tudo um fusca eh um otimo meio de se chegar ao japao partindo da
> antartida - eh veiculo...)
>
>
> =======
> O processo eu ja descrevi na msg anterior e vc o apagou.

nao demonstra q. seja o mesmo processo - se fossem os mesmo processos nao
teriamos divergencias adaptativas, posto q. imaginamos q. os dados
iniciais eram os mesmos...

> No caso das regras epigeneticas o significado eh herdado geneticamente sim.

nao... o q. sao herdados geneticamente sao as informacoes geneticas -
novamente temos como exemplo mais drastico as teratogeneses - as regras
epigeneticas sao as regras de interacao entre as informacoes geneticas e
as informacoes ambientais e isso funciona como uma lei natural: nao eh
codificada pelos genes, mas depende da propria caracteristica da
materia...

> Nao eh como burlar uma lei de coulomb. As regras epigeneticas fornecem
> TENDENCIAS naturais de comportamento. Claro q isto pode ser burlado se
> vc adotar uma cultura qualquer. Soh q neste caso vc viverá em conflito (
> nao plenamente feliz )

ele pode viver feliz e nao ha conflito necessariamente... as regras
epigeneticas definirao q. com um dado conjunto de genes num dado ambiente
resultarah num dado fenotipo: soh isso...

> Os genes programaram SIM.
> Mas NAO no sentido CONSCIENTE de programacao q vc parece estar se referindo.
> Existem programas de computador que geram outros programas ( programas
> que programam) Mas nao significa q tenham a vontade-intencao de faze-lo.

os genes nao programam como um programa de computador - os genes sao como
os dados iniciais q. se entram em um programa (o ambiente entra com outra
parcela de dado)... se existe um programa, esse programa sao as regras de
interacao entre os genes e o ambiente.

> Engano, O Genismo diz que as *pessoas* devem se adaptar aos genes
> e nao o Genismo.

soh q. vc acaba pregando q. as pessoas se adaptem ao ambiente inicial com
q. os genes interagiram...

> As pessoas, como todos os sres vivos, estao *sempre* sugeitas ao ambiente.
> E a estratégia nao vai contra isso. Ja estou cansando de repetir

a estrategia vai contra se adaptas aos genes... (nao poderia ser
diferente)

> Estranho, a pura e simples consciencia de algo, eh mudança de ambiente?
> Onde mudaria o ambiente pelo simples fato de vc saber, por exemplo, que vc
> eh feito de átomos?

oras, vc acha q. a consciencia eh algo mistico, imaterial? nada disso,
zezinho, qdo se processa um pensamento ou qq coisa em nossa mente - a isso
corresponde uma alteracao eletro-quimica em nosso cerebro. isso eh
alteracao de um ambiente em q. os genes estao. certos genes sao mesmo
ativados por algumas experiencias sensoriais e/ou de aprendizagem -
passando a ser expresso e o seu produto altera a fisiologia do neuronio
envolvido no processamento da informacao q. eliciou o processo. a memoria
de longo prazo envolve isso.

> tendem a nos guiar para a sobrevivencia e reproducao? ou guiar os genes
> para a sobrevivencia e reproducao? novamente confunde causa e efeito...
>
> =========
> Eu ja expliquei q os seres ( fenotipos ) estao ligados numa sucessao ciclica
> de
> causa e efeito: A sobrevivencia e reproducao dos seres ( causa ) implica na
> sobrevivencia dos genes ( efeito ). Estes por sua vez decodificam um novo
> ser (causa)
> que tenderao a apresentar caracteristicas similares ( sobrevivencia e
> reproducao )
> em seus fenótipos (efeito).
> Eh + / - como a historia do ovo e da galinha.

nao existe circularidade... a evolucao eh uma cadeia aberta de eventos.

> vamos lah - vc teria dito, nos guiar para a nossa sobrevivencia para
> causar a sobrevivencia dos genes... nos atrapalhamos o espalhamento dos
> genes -
>
> ======
> Nem sempre ! Eu diria q no geral NAO, mas as vezes pode acontecer. O
> Genismo
> entra neste ponto : Para q nao atrapalhemos e MAIS DO QUE ISSO ajudemos
> os nossos genes em seu intento !

nos sempre atrapalhamos os genes em sua reproducao - para reproduzirem-se
os genes nao apenas sao duplicados, mas toda a maquinaria bioquimica em
volta... bacterias se duplicam a cada 20 minutos, uma geracao humana leva
20 anos...

> de qq gene tomado isoladamente - mais pratico, como jah disse,
> sequenciar nossos genes, transformar a informacao em pulsos
> eletromagneticos e espalhar pelo universo...
>
>
> ===========
> Eu ja disse q isso nao eh a mesma coisa. E , alem do mais
> quem disse q estes impulsos seriam transformados em genes de volta?
> O desenho de um carro nao eh um carro.

e daih? uma hora vc diz q. o importante eh a informacao em outra q. a
parte fisica eh importante... se a parte fisica eh importante entao nao ha
reproducao do gene - sao outros atomos, sao outras moleculas... soh faz
sentido falar em reproducao do gene como informacao...
e pra q. precisaria ser transformado em genes de volta? (jah q. vc gosta
de teleonomias nao haverah problemas em responder a uma pergunta
finalista)

> como etica, nao... etica nao se fundamenta em nenhum modelo de
> funcionamento... pergunta: preservar os genes pra q? e se morrermos todos
> q diferenca faz?
>
>
> ===============
> Pra que? Nao existe "pra que" . O Genismo age no sentido de aumentar
> a felicidade do individuo enquanto estiver VIVO.

primeiro diz q. o 'genismo' eh teleonomico (biduzao!), agora se nega a
pensar num proposito...

nos nao estaremos felizes se fizermos o q. nos der na telha? q. importa o
depois? se morrermos nao ha consequencia nenhuma para nos... depois de
mortos nao temos o q. pagar... vou deixar de fumar? pra q? pra viver dez
anos a mais privado do prazer de fumar? *se* eu prezar mais a longevidade
do q. o prazer momentaneo, entao eu deixarei de fumar; agora se meus
objetivos sao de curto prazo entao continuarei tragando tres macos por
dia...

se eh soh eqto eu estiver vivo por q. tenho q. pensar em deixar
descendencia? por q. devo pensar em preservar meus genes?

> sou eu quem confundo selecao com evolucao? causa e efeito? eu uso
> linguagem teleonomica? confundo 'como se' com 'assim eh'? 'por causa de'
> com 'pra isso'?

> ======
> Acho que deve ser, uma vez que nao sou eu.

ah! nao eh vc? qtas vezes vc usou uma coisa pela outra?

> bela tentativa de trocadilho, mas fora isso nao tem sentido nenhum,
> nonsense total: dizer 'nao eh assim' eh o mesmo q. dizer 'eh exatamente
> assim'?
>
> ========
> Eh exatamante assim que vc quer dizer que 'nao eh assim' ?

eu disse 'nao eh assim' salientando q. o 'genismo' ou eh inocuo: defender
seguirmos caracteristicas geneticas q. jah seguimos ou eh estritamente uma
questao etica e como tal nao depende de (e nao pode ter) um embasamento
dos fatos...

> Eu poderia fazer uma aposta com vc sobre isso.
> Que tal ?

oquei, eh soh encontrar um unico caso de uma pessoa casta q. se considera
feliz... vamos entrevistar as irmas carmelitas... se nenhuma delas se
considerar feliz, entao eu doo quinhentos reais para a aacd, do contrario
vc doa o qto quiser pra mesma instituicao...

> como a teoria da evolucao justifica o 'genismo'? vc apenas diz q. ela
> justifica, mas eh incapaz de estabelecer isso...
>
> soh pra efeito de discussao admitamos q. os genes tenham comportamento
> (como vc diz em sua linguagem finalista) e q. esse comportamento seja
> *pra* se perpetuarem...
>
> o q. isso diz sobre se devemos ou nao auxiliah-los em sua *tarefa*?
>
> Ja C-A-N-S-E-I de explicar isso a vc.

jah cansou de *dizer* q. justifica, mas nunca disse *como* isso
justifica...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Re: [ciencialist] Re: Falsa Polêmica: oculoseorelhas
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/02/2000 17:01

> > Voce esta editando e cortando trechos importantes da discussao.

fora q. vc ignorou completamente a questao da bacteria: imortalidade do
ser vs perpetuacao dos genes...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Pesado ... muito pesado
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 28/02/2000 17:55

3. "A escola publica vira sucata. A privada ganha BNDES", texto da coluna
de Elio Gaspari

Este texto e' reproduzido da coluna do jornalista Elio Gaspari, publicada
em inumeros jornais do pais:

O doutor Alcides Tapias ja' disse que "o BNDES nao e' hospital". Poderia
perguntar o que vem a ser o pomposo Programa de Recuperacao e Ampliacao de
Meios Fisicos das Instituicoes de Ensino Superior.

Na semana passada o ministro da Educacao, Paulo Renato, festejou-o por
conta da ampliacao de sua carteira de emprestimos, de R$ 500 milhoes para
R$ 750 milhoes. Trata-se do velho dinheiro camarada, a juros de 16% ao ano
para os afortunados, enquanto uma empresa daquela que so' serve para pagar
impostos nao consegue se financiar por menos de 30%.

Esse programa tem dois anos e e' um retrato da politica de gogologia do
Governo, associada ao desmanche da Universidade publica. No papel, ele se
destina a financiar a construcao e a reforma de escolas superiores publicas
e privadas.

Lorota. Ja' emprestou R$ 194 milhoes a 20 escolas superiores. Quantas
Universidades publicas? Zero. Ha' outros 20 pedidos, para mais R$ 181
milhoes. Quantas escolas publicas? So' a Escola Naval.

Ate' ai o BNDES e o MEC estao apenas iludindo a escumalha. Dizem que
criaram um programa para reequipar as faculdades publicas e privadas, mas o
dinheiro saiu so' para as instituicoes particulares.

Isso num cenario em que a participacao das instituicoes federais de ensino
superior nas despesas da Uniao caiu de 2,94% em 95 para provaveis 1,73% em
99. (Noves fora a despesa com inativos e precatorios.)

O dinheiro da patuleia foi para as escolas que cobram mensalidades e com
isso faturam R$ 5 bilhoes por ano. As gratuitas, que pertencem ao povo,
atendem cerca de meio milhao de pessoas (33% das matriculas) e sao
responsaveis por 90% da producao cientifica nacional, ficaram de fora.

De fora ficaram porque dentro nunca estiveram. Como as Universidades
publicas nao podem dar garantias patrimoniais, nunca passou pela ideia do
BNDES emprestar-lhes um so' tostao.

A coisa piora quando se ouve o que disse o ministro da Educacao. Ele
relacionou a linha de financiamento do BNDES ao interesse das escolas
privadas de livrar-se das mas avaliacoes que receberam do MEC.

Disse assim: "O ministerio nao so' aponta os problemas, mas tambem oferece
recursos."

Quando um aluno tira nota baixa e' reprovado. Quando sua familia nao tem
dinheiro para pagar a escola, ele corre o risco de ser posto para fora.
Quando e' a faculdade quem leva bomba, vem o MEC com o dinheiro do BNDES
para socorre-la.

A lista das 20 escolas privadas que ja' receberam dinheiro do banco nao
permite que se recrimine genericamente o programa.

Pelo contrario. Ha' as faculdades privadas pedagogicas, assim como ha' as
privadas hidraulicas. Oito financiamentos foram para Universidades
comunitarias do Sul do pais. Os R$ 27,5 milhoes emprestados 'a Unisinos,
bem como os R$ 24,9 milhoes da

Universidade de Santa Cruz do Sul indicam que o programa, mesmo sendo
discriminatorio, nao e' uma torrefadora de dinheiro publico.

O programa e' discriminatorio porque nenhuma das escolas financiadas tem o
seu campus em estado de miseria igual ao da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul.

Em dois casos, so' um exame dos processos podera' lancar luz sobre os
negocios. A Universidade Bras Cubas, de Mogi das Cruzes, levou R$ 7,2
milhoes, mas ja' foi pilhada fazendo vestibular de odontologia sem ter o
curso aprovado pelo MEC.

A Universidade Bandeirantes, de SP, conseguiu R$ 11,5 milhoes. Esteve
encrencada com o Conselho Nacional de Educacao (CNE), acusada de estar se
transformando numa rede de franquias.

Instalacoes nao lhe faltam, pois ate' shopping-center tem no campus. O CNE
solicitou, sem sucesso, a abertura de um inquerito para apurar
irregularidades de sua administracao. Assim, enquanto um ramo da
administracao publica quer regular a sua acao, outro entrega-lhe dinheiro
do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

O BNDES informou tambem que esta' estudando a possibilidade de vir a
financiar os compradores de imoveis das Universidades publicas. E' delirio.

Se a Universidade Federal do RJ esta' caindo aos pedacos porque nao pode
dar o seu patrimonio imobiliario como garantia ao BNDES, isso nada tem a
ver com emprestar dinheiro a juros baratos aos eventuais compradores de
seus terrenos. Maracutaia.

O cidadao que compra um terreno de Jack, o Estripador ou de uma
Universidade federal e' apenas um cidadao que compra um terreno, para
ganhar dinheiro.

O BNDES nao tem porque financia-lo. Nesse ritmo, o BNDES jamais chegara' a
hospital. Sera' um cabare' para quem lhe toma o dinheiro e necroterio para
o patrimonio da Viuva.

Vem ai o Carnaval e, com ele, sempre ha' quem pense em aproveitar o tempo
para ler um livro. Para quem tem interesse em saber o que estao fazendo com
o ensino superior brasileiro, vai aqui uma sugestao agreste.

Tente achar "Universidade em Ruinas - Na Republica dos Professores",
organizado pelo professor Helgio Trindade. Sao so' 222 paginas. Por
tristes, podem ser rapidamente compensadas pela batucada.

-------------
JCEmail
[]'s
Léo



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: Cores, motorizadas
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <philox@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/02/2000 18:21

Que tal uma vitrola em alta rotação? (:

PhiloX

-----Mensagem original-----
De: Roberto Mitsuo Takata [mailto:rmt@ib.usp.br]
Enviada em: Sábado, 26 de Fevereiro de 2000 18:17
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] Re: Cores, motorizadas


leo,

valeu pelas dicas, mas estava pensando em algo q. nem dependesse de muitas
gambiarras eletricas, nem me subtraisse economias importantes...

pensei num prosaico lapis, mas o efeito nao eh bom - nem a velocidade
muito alta... animacao em computador tbm nao deve prestar...

a centrifugadora do laboratorio (nao tenho culpa, o nome do aparelho eh
esse...) tbm nao dah pra ser usada - soh funciona com a tampa fechada
(fora q. se eu quebrar isso toj perdido...)

[se eu encanar demais aih eu arranjo um dimer pro liquidificador...]

valeu de novo,

[]s,

roberto takata


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SUBJECT: [ciencialist] RES: LEMBRETE 22 - Cama Macia
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <philox@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/02/2000 18:21

O problema é que nós nao dormimos sempre na mesma posiçao, hehe

PhiloX

-----Mensagem original-----
De: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
Enviada em: Domingo, 27 de Fevereiro de 2000 20:04
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] LEMBRETE 22 - Cama Macia


A cama mais macia de todas.

Qual é mais macio e cômodo, sentar numa cadeira moderna ou num banquinho de
assento reto?
O banquinho tem a superfície plana e, ao sentarmos nele, as áreas de apoio
são relativamente pequenas e disso deriva uma grande pressão nas regiões do
contato ...... desconfortante.
Nas cadeiras, de assento côncavo (ou estofadas) a área de contato com a
região sul aumenta acentuadamente, a pressão diminui ... e elas se mostram
mais confortáveis.

Para a maior comodidade, a maior maciez, o segredo todo está na distribuição
do peso do corpo na maior área possível. Sobre o leito macio fazemos
depressões que se ajustam à forma irregular do nosso corpo. Com essa boa
distribuição a pressão recai para apenas alguns gramas-força por centímetro
quadrado.

Haverá a cama mais macia? Vejamos:

A superfície externa do corpo humano adulto tem área de aproximadamente 2
m^2 ou 20 000 cm^2. No leito, cerca de um quarto dessa superfície --- 0,5
m^2 ou 5 000 cm^2 --- o sustenta. Pressumindo para o adulto um peso de 60
kgf ou 60 000 gf, teremos uma pressão média de 12 gf/cm^2.
Sobre tábuas nuas, a área de apoio cairia para apenas 100 cm^2, o que
levaria a uma pressão média de 500 gf/cm^2. Qualquer pessoa sentirá essa
diferença por 'grande desconforto' proporcionado pela cama.

Não é a rigidez do apoio que dá maior ou menor desconforto (maciez) e sim a
área segundo a qual o peso se distribui.
Vamos fazer nossa 'cama ideal'.
Suponha que vc deixe a forma de seu corpo 'impressa' em argila (vc se deita
sobre argila contida num cercado de madeira com braços e pernas ligeiramente
abertos). Quando ela endurece, ao secar, vc poderá deitar-se nela novamente
e pensar que se encontra num leito de plumas. Embora esteja deitado sobre o
que é, praticamente, rocha, vc achará esse leito 'o mais macio de todos'
porque nele o peso de seu corpo estará distribuído sobre uma superfície de
apoio a mais ampla possível; a pressão média cai para cerca de 6 gf/cm^2.
Nem o melhor ededron fornece tal maciez.
nota: não leve em conta a contração da argila (algo ao redor dos 10%) na
fase de secagem ... é uma cama teórica.

[]'s
Léo



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SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: RES: RES: Cores, curiosidades muitointeressantes.
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <philox@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/02/2000 18:21



-----Mensagem original-----
De: Roberto Mitsuo Takata [mailto:rmt@ib.usp.br]
Enviada em: Sábado, 26 de Fevereiro de 2000 14:13
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] Re: RES: RES: Cores, curiosidades
muitointeressantes.


> **Não , os cones não sao terminações nervosas. Refiro-me às terminações
> nervosas de neurônios, próximas aos cones. Não sou eu quem digo isso, está
> num site da Harvard University.

bem, em principio seria um tto qto estranho imaginar isso jah q. nao
existem pigmentos fotossensiveis nos neuronios ligados aos cones (q. por
sua vez nao deixa de ser um neuronio modificado)... mas nao eh
impossivel... (reproduzi a figura e adaptei aa base do liquidificador -
tto qto percebi nao cheguei a distinguir cores - ateh o papel se soltar e
sair voando como uma lamina circular assassina - vou ver se arranjo um
dispositivo em q. se dej para controlar melhor a velocidade...)


O fato é que a decomposição da substancia fotossensivel do cone desencadeia
um processo onde a terminação nervosa adjacente ao cone é estimulada por uma
das substâncias que é formada. Não lembro exatamente qual é a substancia.
Este processo dentro dos cones ainda nao eh muito conhecido, ao contrario
dos bastonetes, no entanto parece óbvio que cada substancia liberada por
cada tipo de pigmento do cone que excita os neuronios tenha um padrão
diferente de excitação para cada cor (e eh nisso que se baseia o processo da
figura).
Quanto à figura, sugiro que vc amplie na impressao e coloque numa vitrola
daquelas que tem alta rotaçao, eu mesmo vou tentar fazer isso.

> **Não é isso que diz o pessoal de harvard, inclusive o exemplo que usei eu
> tirei de la. Veja em:
>
> http://hcs.harvard.edu/~hsr/question/color.html
>
> ***aí está o seguinte texto:
>
> "The color we perceive derives solely from the response of the three types
> of cones. Thus, it seems reasonable that the response in the three cones
> elicited by any
> color can be mimicked by the right combination of red, green, and blue
> light. This is almost, but not quite true. The problem lies in the fact
that
> the response curves of
> the cones overlap, so a single frequency of light can stimulate more than
> one cone. For example, monochromatic yellow light, whose wavelength lies
> between that of
> red and green light, stimulates both red and green cones. Its color can
thus
> be almost reproduced with the red and green from an RGB monitor.
> Unfortunately, the
> green light from the monitor will also stimulate some blue cones, so our
> reproduced yellow is too blue"

qdo eles dizem q. esse 'amarelo eh tambem/muito azul' nao querem dizer q.
seja um amarelo-azulado, mas q. existe um componente azul naquele
amarelo... de qq forma a resposta era sobre o padrao rgb de monitores e
outros aparelhos e nao sobre o padrao de estimulacao dos tres tipos de
cones...

**Era sim sobre os cones tambem, como vc pode perceber se ler o texto na
integra. Quanto ao amarelo azulado, o que ele quer dizer eh exatamente o que
está escrito (:

> nao nega, nao. simplesmente estabelece q. outros componentes poderiam
> contrabalancar um dado efeito de intensidade. nao ha porq. um corpo
> maior parecer mais claro q. um menor se a taxa de fotons q. cada um emite
> por unidade de area for igual...
>
> ** Mas o que importa é a quantidade deles que chega ao olho, não? (:

pensemos assim, o tamanho de um objeto se reflete na area da retina em q.
a imagem desse objeto serah projetado - isso pelas leis da optica segue
uma proporcionalidade direta... digamos um objeto azul tres vezes maior q.
outro tambem azul refletira tres vezes mais luz, porem na retina essa luz
estarah espalhada em uma area tres vezes maior...

*** É verdade, meu exemplo realmente foi mau feito nesse aspecto de tamanho.

> bem, precisariamos ver qual a intensidade de iluminacao e isolarmos o
> fator intensidade adequadamente... lembre-se q. o reforco do
> azul estah condicionado aa resposta do bastonete - nao se diz tbm q.
> estah em condicoes de saturacao dos cones, parece-me q. nao...
>
> **Nada disso. Isto vale somente para o caso da diminuição da intensidade
da
> luz (efeito purkinje). No caso do aumento da intensidade da luz, o realce
é
> da propria cor e nao do brilho. Os bastonetes respondem pelas variaçoes de
> brilho, e os cones pelas de cor.

mas se estah falando em condicoes de saturacao dos cones?

*Nao entendi a tua pergunta.


> ** Concordo com o que disse, mas nao tenho conhecimento sobre se o que
afeta
> a retina eh o tipo de radiação ou a quantidade de radiação que chega até
ela
> , ou ambos.

eu chuto q. as duas coisas sejam importantes - q. reflete a quantidade
total de energia (uma reflete a quantidade de energia em cada foton, outra
a quantidade de fotons...)

**Sem dúvida, em teoria. O que me interessa é o que ocorreria na realidade,
i.e, se o mais significativo dentro das luzes que costumamos observar é o
tipo de raio (um UV, por exemplo), ou o tempo que ficamos expostos a luz. Em
uma luz azul, provavelmente o mais significativo seja a quantidade de
radiação e o tempo de exposiçao, que devem precisar ser grandes. Em luz
ultravioleta, talvez uma grande quantidade de radiaçao em poucos instantes
leve a retina a sofrer fortes danos.




> **O que eu questiono não é a lógica da sua explicação e sim a sua
> aplicabilidade. O que se observa é que num aumento de intensidade não

bem, eu nao faco questao da aplicabilidade... entao a questao morre
aqui... era apenas lancar uma consequencia de um modelo - declaradamente
simplificado - se as coisas nao correm exatamente de acordo com o modelo
significa q. algo nao estah correto nele... no caso bem pode ser a
simplificacao imposta...

**Beleza, então (:

PhiloX

[]s,

roberto takata


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SUBJECT: [ciencialist] Re: Falsa Polêmica: oculoseorelhas
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/02/2000 20:08

>
> vc define a seu bel-prazer q. selecao eh algo extremamente geral - aih
> vira um truismo q. isso seja um detalhe...
>

Era detalhe para o q estavamos discutindo : O carater cíclico da evolucao.


>
>
> a comparacao com a montagem/desmontagem de um carro vale assim: vc diz q.
> uma selecao q. leva a um aumento da frequencia de uma dada caracteristica
> eh o mesmo processo q. leva a uma diminuicao dessa frequencia... eu digo
> q. ambos sao sim processos, mas nao sao os mesmos...
>

A idéia de processo eh justamente para abstrair e se chegar numa formula genérica.
Se vc detalhar demais vc vai se perder nos detalhes e nao vai enxergar o processo
como um todo. Por exemplo : A falta de agua em uma regiao faz com que variantes
das plantas que precisem de pouca agua para sobreviver tenham uma vantagem evolutiva
sobre as outras. Agora, se ocorre o contrário e temos um excesso de água as variantes
de plantas, q consigam aproveitar melhor esta agua em abundancia, tenham uma vantagem
sobre as demais. O processo eh o mesmo embora os detalhes mudaram.



>
> > uma raposa nao eh diferente do coelho apenas por causa de seus genes, mas
> > em funcao do gene e do ambiente...
> > =======
> > Eu sei, soh que 99,999999999999999999999% das diferenças sao devido aos
> > genes.
>
> tirar numeros da cartola nao validam argumentos... se levarmos ao peh da
> letra esperariamos uma identidade dessa ordem entre os clones e irmaos
> gemeos... sabemos q. nao se dah dessa maneira...

Os gemeos univitelinos apresentam, que eu saiba, uma morfologia 100% igual,
ateh suas impressoes digitais sao identicas.
De quanto vc acha q eh o nível de semelhanca entre gemeos ?

>
> alias os organismos q. apresentam o sexo controlado por temperatura dah um
> bom exemplo: um organismo com copias iguais de genes pode ter uma direnca
> tao grande qto a uma sindrome sexual...
>

Mas com certeza vao ser BEM mais parecidos do que a diferenca da raposa e da lebre
que por mais q vc mude as condicoes vao continuar diferentes.



>
> > Tanto os homens como raposas e coelhos seguem, em geral ,
> > "instintiva-e-inconscientemente" a máxima : Aja de modo a perpetuar
> > seus genes. O Genismo, entre outras coisas, pretende conscientizar o
> > homem disso. ( Uma vez q raposa e lebres parecem seguir incoscientemente
> > o genismo, e portanto nao precisam dele ! :-) )
> > Contudo, modernamente, algumas culturas ou movimentos comportamentais
> > esquecem isso penalizando o ser humano.
>
> nao seguem nenhuma 'maxima'... vc cai numa circularidade - vc diz algo do
> tipo: 'como todos os organismos seguem as ordens dos genes para
> perpetuarem os proprios genes, provamos q. os organismos seguem ordens dos
> genes para perpeturarem os proprios genes'...
>

Seguem, em geral, esta máxima (claro que sempre existem casos particulares em que isso
nao ocorre). E aprova eh esta : os organismos que apresentam genes que os façam a
nao se preproduzir, este genes tenderam a nao passar aa proxima geracao.
Com o decorrer das geracoes estes genes tenderao a diminuir sua frequencia
e desaparecer da populacao.( esta eh a prova q vc mencionou acima )


>
> > Naquela discussao eu disse q o MESMO gene ou conjunto e genes pode agir
> > de maneira a pessoa a ir a um show de rock ou aa uma missa.
> > O q eu queria dizer eh q o(s) gene(s) q leva(m) uma pessoa a querer e gostar
> > de ir aa um jogo de futebol sao os mesmos q o fazem querer ir aa um
> > culto religioso ou aa um show de rock.
>
> e o q. efetivamente se farah ou deixarah de fazer depende do ambiente... e
> nao da simples presencao ou nao de uma dada copia de um gene - q. eh
> importante, mas nao eh tudo (nem tao proximo da totalidade como vc quer
> fazer crer)...
>

Estou falando de um comportamento geral MÉDIO, casos particulares sao irrelevantes.


>
> > Eu posso responder. Se ela nao possuir tais genes ela NAO vai querer ir ao
> > show de rock-missa-futebol ponto. O Genismo vai dizer a ela : Vc pode se
> > dar a esse luxo ? Vc ja tem namorado(a) Quer achar um(a)? Entao vc
> > NAO deve ficar em casa esperando o principe encantado bater aa sua
> > porta : VA AO SHOW de rock e aumente a oportunidade de vc conhecer
> > pessoas e, quem sabe, achar alguem q vc ame.
>
> e o jah ter namorado eh um dado ambiental e nao genetico... os genes dela,
> usando a sua linguagem antropomorfica, estao dizendo pra ela (ou ele) nao
> ir ao show...

Acho q vc pirou !, Onde eu disse q ja ter namorado eh um dado genetico ???
Leia com atencao o q eu escrevi e vc entenderá.

>
> > O Genismo preocupa-se com o conjunto dos genes. Isto eh a RESULTANTE
> > das "forças" q agem sobre nós. O fato de alguns genes irem contra nao
> > invalida a base do genismo. Mas existe casos q nao satisfazem todos os
> > mandamentos do Genismo.
> > Vou tocar num assunto polemico o homossexualismo.
> > Se, como acredito, tal manifestacao tiver base genética, e se este(s) genes
> > forem muito determinantes para a felicidade da pessoa, o 1. mandamento
> > do Genismo dirá que vc devera manter sua condicao sexual (mesmo q isso
> > signifique q vc nao venha a ter filhos).
> > (1. mandamento : "Os genes te criaram e a eles vc deverá servir" )
> > Se a manifestacao sexual nao for Genetica e sim cultural o genismo dirá :
> > Nao seja homossexual.
>
> vou tomar esse vc q. usou como um pronome generico e nao uma insinuacao
> qto a minha condicao sexual... mas o estranho q. queira usar o 'gene
> egoista' como justificativa pro 'genismo', o 'gene egoista' fala de um
> gene (gene na definicao frouxa q. dawkins usou) agindo (novamente
> usando a linguagem teleonomica q. vc gosta) por si mesmo segundo seus
> proprios interesses, o 'genismo' fala em conjunto dos genes - coisa q. o
> 'gene egoista' nao admite: o conjunto eh apenas um resultado casual (por
> parasitismo genetico, e.g.)

E quem disse que eu estou seguindo aa risca o "Gene Egoista" ???????????????????
Eu vou alem! , avanço!, inovo! abro fronteiras! :-))
Logo terão q dizer "De acordo com Barcellos os genes....." :-))


>
>
> > Mas ateh la a humanidade poderá ter uma existencia mais feliz ou menos
> > feliz.
> > Isso dependerá de que modo ela usará sua vida.
> > O Genismo pretende q seja feliz.
>
> o 'genismo' *pretende* q. seja feliz segundo a *propria* definicao de
> felicidade q. nao necessariamente - eu diria q. em boa partes dos casos -
> se casa com os interesses pessoais de fulano, beltrano e cicrano...
>

Sim, mas estes interesses pessoais poderao ser diferentes se a pessoa vier a ter
contacto com o Genismo.
A definicao de felicidade esta na formula que postei aqui ha muito.
Provar que o caminho eh o Genismo eh tarefa dura, e talvez eu tente fazer
isso em meu livro.


>
> > Atual e infelizmente nao eh possivel tirar uma prescricao detalhada e
> > personalizada.
> > Por isso os mandamentos do genismo sao de ampla abrangencia e devem ter
> > válidade em
> > uma ampla gama de casos.
>
> no dia q. detalharem *todas* as interacoes possiveis entre os genes e o
> ambiente e no dia em q. vc conseguir equacionar e desenvolver aquela tal
> formula de felicidade eu considerarei o 'genismo'... (vou esperar sentado)
>

Devo começar a escrever o livro assim q defender minha dissertacao.
E termina-lo em um ou dois anos.

>
> > alem de q. eh processo de evolucao *por selecao natural*,
> > q. embora eu acredite ser a predominante nos processos adaptativos, nao
> > deve ser a principal para os padroes evolutivos q. encontramos...
> >
> >
> > =======
> > Quais outros padroes evolutivos q sao seguidos?.
> > Interessante o q me ocorreu agora ! , o Genismo eh um padrao de selecao NAO
> > NATURAL
> > uma vez que eh CONSCIENTE, eh teleonomico !
>
> nao confunda padrao com processo...

Eh um padrão de seleção cultural que eh abarcado pelo processo de evolução.

>
> o 'genismo' nao eh um padrao de selecao - o 'genismo' eh uma doutrina
> etica e obvio q. como tal soh pode ser consciente, com um proposito... soh
> agora descobriu isso?
>

Vc NAO entendeu : O "Insight" que tive nas linhas acima eh que
o Genismo age TAMBEM no sentido de seleção. Os humanos que o adotarem,
tenderão provavelmente a ter maiores chances de passar seus genes para a
proxima geracao do que os que nao o fizerem. Eh uma cultura "mutante" que
tem a tendencia de se auto-preservar ! Interessante, muito interessante....



>
> > No caso das regras epigeneticas o significado eh herdado geneticamente sim.
>
> nao... o q. sao herdados geneticamente sao as informacoes geneticas -
> novamente temos como exemplo mais drastico as teratogeneses - as regras
> epigeneticas sao as regras de interacao entre as informacoes geneticas e
> as informacoes ambientais e isso funciona como uma lei natural: nao eh
> codificada pelos genes, mas depende da propria caracteristica da
> materia...
>

As regras epigeneticas sao tao herdadas qto os genes que codificam um
braco ou um coracao. Isto esta bem claro na definicao do livro do Wilson q vc apagou.
Será q vou ter q escrever de novo aqui ?

>
> > Nao eh como burlar uma lei de coulomb. As regras epigeneticas fornecem
> > TENDENCIAS naturais de comportamento. Claro q isto pode ser burlado se
> > vc adotar uma cultura qualquer. Soh q neste caso vc viverá em conflito (
> > nao plenamente feliz )
>
> ele pode viver feliz e nao ha conflito necessariamente... as regras
> epigeneticas definirao q. com um dado conjunto de genes num dado ambiente
> resultarah num dado fenotipo: soh isso...
>

Nao , vc nao entendeu, as regras epigeneticas tendem a selecionar determinadas
formas de comportamentos/ culturas mais do que outras. Se vc selecionar
" forcadamente" a adotar uma regra/ cultura , entao vc será um
"peixe fora dagua".



>
> > Os genes programaram SIM.
> > Mas NAO no sentido CONSCIENTE de programacao q vc parece estar se referindo.
> > Existem programas de computador que geram outros programas ( programas
> > que programam) Mas nao significa q tenham a vontade-intencao de faze-lo.
>
> os genes nao programam como um programa de computador - os genes sao como
> os dados iniciais q. se entram em um programa (o ambiente entra com outra
> parcela de dado)... se existe um programa, esse programa sao as regras de
> interacao entre os genes e o ambiente.
>

Os genes nos programaram para sentir e agir ( codificacao genetica ) .
Os genes foram programados pela selecao natural.


>
> > tendem a nos guiar para a sobrevivencia e reproducao? ou guiar os genes
> > para a sobrevivencia e reproducao? novamente confunde causa e efeito...
> >
> > =========
> > Eu ja expliquei q os seres ( fenotipos ) estao ligados numa sucessao ciclica
> > de
> > causa e efeito: A sobrevivencia e reproducao dos seres ( causa ) implica na
> > sobrevivencia dos genes ( efeito ). Estes por sua vez decodificam um novo
> > ser (causa)
> > que tenderao a apresentar caracteristicas similares ( sobrevivencia e
> > reproducao )
> > em seus fenótipos (efeito).
> > Eh + / - como a historia do ovo e da galinha.
>
> nao existe circularidade... a evolucao eh uma cadeia aberta de eventos.
>

Os eventos sao abertos mas o processo eh circular.

>
> > de qq gene tomado isoladamente - mais pratico, como jah disse,
> > sequenciar nossos genes, transformar a informacao em pulsos
> > eletromagneticos e espalhar pelo universo...
> >
> >
> > ===========
> > Eu ja disse q isso nao eh a mesma coisa. E , alem do mais
> > quem disse q estes impulsos seriam transformados em genes de volta?
> > O desenho de um carro nao eh um carro.
>
> e daih? uma hora vc diz q. o importante eh a informacao em outra q. a
> parte fisica eh importante...

Eu disse q o importante eh a felicidade , e o genismo prega q isso eh melhor
conseguido se vc seguir seus mandamentos.
Perpetuar GENES nao eh a mesma coisa q escrever a sequencia de nucleotideos
numa placa de titanio e mandar para o espaço.



> se a parte fisica eh importante entao nao ha
> reproducao do gene - sao outros atomos, sao outras moleculas... soh faz
> sentido falar em reproducao do gene como informacao...

Nao , eh perpetuar genes como genes.



>
> e pra q. precisaria ser transformado em genes de volta? (jah q. vc gosta
> de teleonomias nao haverah problemas em responder a uma pergunta
> finalista)
>

Se nao nao seriam genes.


>
> > como etica, nao... etica nao se fundamenta em nenhum modelo de
> > funcionamento... pergunta: preservar os genes pra q? e se morrermos todos
> > q diferenca faz?
> >
> >
> > ===============
> > Pra que? Nao existe "pra que" . O Genismo age no sentido de aumentar
> > a felicidade do individuo enquanto estiver VIVO.
>
> primeiro diz q. o 'genismo' eh teleonomico (biduzao!), agora se nega a
> pensar num proposito...
>

O Genismo eh um meio de ser feliz e nao um fim.
Por isso eh uma doutrina ainda + "sui-generis" !!



>
> nos nao estaremos felizes se fizermos o q. nos der na telha?

Nao.

> q. importa o
> depois? se morrermos nao ha consequencia nenhuma para nos...

Mas enquanto vivermos haverá.


> depois de
> mortos nao temos o q. pagar... vou deixar de fumar? pra q? pra viver dez
> anos a mais privado do prazer de fumar?

Vc em q estudar a equacao da felicidade q postei aqui.
Viver com saude nao eh nada ?



> *se* eu prezar mais a longevidade
> do q. o prazer momentaneo, entao eu deixarei de fumar; agora se meus
> objetivos sao de curto prazo entao continuarei tragando tres macos por
> dia...
>
> se eh soh eqto eu estiver vivo por q. tenho q. pensar em deixar
> descendencia? por q. devo pensar em preservar meus genes?
>

Pq asssim vc vive melhor em vida , com + prazer.

>
> eu disse 'nao eh assim' salientando q. o 'genismo' ou eh inocuo: defender
> seguirmos caracteristicas geneticas q. jah seguimos ou eh estritamente uma
> questao etica e como tal nao depende de (e nao pode ter) um embasamento
> dos fatos...
>
> > Eu poderia fazer uma aposta com vc sobre isso.
> > Que tal ?
>
> oquei, eh soh encontrar um unico caso de uma pessoa casta q. se considera
> feliz... vamos entrevistar as irmas carmelitas... se nenhuma delas se
> considerar feliz, entao eu doo quinhentos reais para a aacd, do contrario
> vc doa o qto quiser pra mesma instituicao...
>

NADA DISSO , tem q ser estatistico.

[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re: Falsa Polêmica: oculoseorelhas
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/02/2000 09:02

> > > Voce esta editando e cortando trechos importantes da discussao.
>
> fora q. vc ignorou completamente a questao da bacteria: imortalidade do
> ser vs perpetuacao dos genes...
>

Vc diz que bacterias nao morrem. Eu nao concordo com isso.
Para q serviriam os anti-bióticos se nao para mata-las?
Quando uma bacteria se duplica formam-se duas novas bactérias ( clones ).
A bactéria original acabou, chegou ao fim de seu ciclo dando lugar
a duas novas. ( Que podem ser diferentes da original , caso hajam mutacoes ).

Agora vamos ao seu ponto "Descartiano":
Quando eu disse q depois de muitas geracoes as bacterias poderiam nao ter
nenhum gene igual aos da primeira isso NAO invalida o principio
da perpetuacao genetica. O principio serve para todos os seres vivos.
Se nao vejamos:
A cada geracao os genes, em geral, "guiam" os organismos para sobreviverem e se
reproduzirem.
Existem mutacoes durante o processo e os genes podem ficar diferentes dos originais.
Os genes mutantes que por alguma razao impeçam o organismo de sobreviver
e reproduzir tendem a desaparecer.
Os genes mutantes que favoreçam estas caracteristicas
mais do que os originais tenderao a tomar o lugar dos primeiros.
Note que mesmo que TODOS os genes mudem, estes novos genes AINDA "guiarão"
o organismo para sobrevivencia e reprodução. Nao havendo conflito nenhum
com o Genismo.

[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re: Falsa Polêmica: oculoseorelhas
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/02/2000 12:28

> Era detalhe para o q estavamos discutindo : O carater cíclico da evolucao.

se a evolucao fosse ciclica, ela teria tendencias, seria direcionada...

> A idéia de processo eh justamente para abstrair e se chegar numa formula genérica.
> Se vc detalhar demais vc vai se perder nos detalhes e nao vai enxergar o processo
> como um todo. Por exemplo : A falta de agua em uma regiao faz com que variantes
> das plantas que precisem de pouca agua para sobreviver tenham uma vantagem evolutiva
> sobre as outras. Agora, se ocorre o contrário e temos um excesso de água as variantes
> de plantas, q consigam aproveitar melhor esta agua em abundancia, tenham uma vantagem
> sobre as demais. O processo eh o mesmo embora os detalhes mudaram.

o q. vc estah querendo chamar de detalhes, neste nivel, eh o proprio
processo... se a selecao para plantas esbanjadoras de agua tiver sido
muito efetiva - 100% das plantas altamente adapatadas a regioes alagadas -
uma seca vai exterminar a populacao... se os processos fossem sempre os
mesmos teriamos uma bidirecionalidade da evolucao...

> > tirar numeros da cartola nao validam argumentos... se levarmos ao peh da
> > letra esperariamos uma identidade dessa ordem entre os clones e irmaos
> > gemeos... sabemos q. nao se dah dessa maneira...
>
> Os gemeos univitelinos apresentam, que eu saiba, uma morfologia 100% igual,
> ateh suas impressoes digitais sao identicas.
> De quanto vc acha q eh o nível de semelhanca entre gemeos ?

nao 99,9999999999999999....%

dados:

carateristica indice de herdabilidade
- memoria 0,22
- neuroticismo 0,46
- interesses
vocacionais 0,42
(adolescentes)
- extroversao 0,51
- inteligencia
espacial 0,40
- sucesso escolar
(adolescentes) 0,38
- velocidade de
processamento 0,22
- inteligencia
verbal 0,50
- inteligencia
geral 0,52

(se tiver interesse: Plomin, R.; M.J. Owen & P. McGuffin. 1994 - The
genetic basis of complex human behaviours. Science 264: 1733-9.)

o q. significam esses indices de herdabilidade?

nesse experimento os autores coletaram dados de cada caracteristica para
pares de gemeos monozigoticos (MZ - univitelinos) e dizigoticos (DZ -
divitelinos). MZ partilham praticamente 100% dos genes, DZ 50%. ambos
partilham praticamente o mesmo ambiente. mede-se o indice de correlacao
(r) entre os MZ e entre os DZ para cada caracteristica (plotando-se os
valores de cada par de gemeos para cada caracteristica). o indice de
herdabilidade para cada caracteristica eh calculado como o dobro da
diferenca entre os indices de correlacao de MZ e DZ.

exemplo: se uma caracteristica eh tal q. todos os MZ a partilham (i.e.
r=1), mas tbm todos os DZ - as semelhancas soh podem ser devido ao
ambiente (os DZ soh partilham 50% dos genes) e o indice de herdabilidade
eh zero : 2*(r<MZ>-r<DZ>).
se uma caracteristica eh estritamente genetica, todos os MZ irao
partilha-las (r=1), mas somente 50% dos DZ o farao (r=0,5) - o indice de
herdabilidade eh 1.

obviamente q. todas as interpretacoes sobre esses numeros devem ser feitas
com a maior cautela (e nao com o oba-oba do 'genismo') - diversos fatores
nao estao sendo considerados: e.g. os MZ tendem a partilhar um ambiente
muito mais semelhante q. os DZ (os MZ muitas vezes partilham uma mesma
placenta ou um mesmo amnio; sao vestidos iguaizinhos pelos pais...)

as caracteristicas analisadas sao bem distintivas da personalidade e
bastante variadas qto aa etiologia. estao longe do 1. (isso quer dizer q.
os genes sao menos importantes q. o ambiente? nao.)

> > alias os organismos q. apresentam o sexo controlado por temperatura dah um
> > bom exemplo: um organismo com copias iguais de genes pode ter uma direnca
> > tao grande qto a uma sindrome sexual...
> >
>
> Mas com certeza vao ser BEM mais parecidos do que a diferenca da raposa e da lebre
> que por mais q vc mude as condicoes vao continuar diferentes.

bem longe do 99,999999999...% e, novamente, o 'genismo' pretende se
aplicar a humanos, nao? e nao regular a relacao entre raposas e coelhos...

> > nao seguem nenhuma 'maxima'... vc cai numa circularidade - vc diz algo do
> > tipo: 'como todos os organismos seguem as ordens dos genes para
> > perpetuarem os proprios genes, provamos q. os organismos seguem ordens dos
> > genes para perpeturarem os proprios genes'...
> >
>
> Seguem, em geral, esta máxima (claro que sempre existem casos particulares em que isso
> nao ocorre). E aprova eh esta : os organismos que apresentam genes que os façam a
> nao se preproduzir, este genes tenderam a nao passar aa proxima geracao.
> Com o decorrer das geracoes estes genes tenderao a diminuir sua frequencia
> e desaparecer da populacao.( esta eh a prova q vc mencionou acima )

isso nao prova q. os organismos seguem ordens dos genes...

> > e o q. efetivamente se farah ou deixarah de fazer depende do ambiente... e
> > nao da simples presencao ou nao de uma dada copia de um gene - q. eh
> > importante, mas nao eh tudo (nem tao proximo da totalidade como vc quer
> > fazer crer)...
> >
>
> Estou falando de um comportamento geral MÉDIO, casos particulares sao
> irrelevantes.

metade querem ir ao show de rock, metade quer ir na missa... qual a media
disso? assistem a metade do concerto e depois vao pra igreja?

bela doutrina pras pessoas adotarem - casos particulares nao tEm
importancia...

> > > Eu posso responder. Se ela nao possuir tais genes ela NAO vai querer ir ao
> > > show de rock-missa-futebol ponto. O Genismo vai dizer a ela : Vc pode se
> > > dar a esse luxo ? Vc ja tem namorado(a) Quer achar um(a)? Entao vc
> > > NAO deve ficar em casa esperando o principe encantado bater aa sua
> > > porta : VA AO SHOW de rock e aumente a oportunidade de vc conhecer
> > > pessoas e, quem sabe, achar alguem q vc ame.
> >
> > e o jah ter namorado eh um dado ambiental e nao genetico... os genes dela,
> > usando a sua linguagem antropomorfica, estao dizendo pra ela (ou ele) nao
> > ir ao show...
>
> Acho q vc pirou !, Onde eu disse q ja ter namorado eh um dado genetico ???
> Leia com atencao o q eu escrevi e vc entenderá.

vc diz q. o 'genismo' eh a doutrina para se cooperar com os genes - o q.
vc prescreveu foi algo pra se harmonizar com o meio - vc tem namorado? vc
quer achar um? (ah! me esqueci, existe um gene q. determina q. as pessoas
- dia 6 de marco de 2000 aas dez da noite de brasilia esteja sem
namorado(a) e outro q. no mesmo dia aas dez horas e 31 segundos
determina q. se esteja querendo arranjar cia.)

> > vou tomar esse vc q. usou como um pronome generico e nao uma insinuacao
> > qto a minha condicao sexual... mas o estranho q. queira usar o 'gene
> > egoista' como justificativa pro 'genismo', o 'gene egoista' fala de um
> > gene (gene na definicao frouxa q. dawkins usou) agindo (novamente
> > usando a linguagem teleonomica q. vc gosta) por si mesmo segundo seus
> > proprios interesses, o 'genismo' fala em conjunto dos genes - coisa q. o
> > 'gene egoista' nao admite: o conjunto eh apenas um resultado casual (por
> > parasitismo genetico, e.g.)
>
> E quem disse que eu estou seguindo aa risca o "Gene Egoista" ???????????????????
> Eu vou alem! , avanço!, inovo! abro fronteiras! :-))
> Logo terão q dizer "De acordo com Barcellos os genes....." :-))

... (primeiro vc vai ter q. saber o q. eh um gene)

> > o 'genismo' *pretende* q. seja feliz segundo a *propria* definicao de
> > felicidade q. nao necessariamente - eu diria q. em boa partes dos casos -
> > se casa com os interesses pessoais de fulano, beltrano e cicrano...
> >
>
> Sim, mas estes interesses pessoais poderao ser diferentes se a pessoa vier a ter
> contacto com o Genismo.
> A definicao de felicidade esta na formula que postei aqui ha muito.
> Provar que o caminho eh o Genismo eh tarefa dura, e talvez eu tente fazer
> isso em meu livro.

boa diversao... eu por mim ateh agora soh tive nauseas com o 'genismo'
('doutor, serah q. estou gravido?')

> > no dia q. detalharem *todas* as interacoes possiveis entre os genes e o
> > ambiente e no dia em q. vc conseguir equacionar e desenvolver aquela tal
> > formula de felicidade eu considerarei o 'genismo'... (vou esperar sentado)
> >
>
> Devo começar a escrever o livro assim q defender minha dissertacao.
> E termina-lo em um ou dois anos.

em tres horas vc ganha o nobel, a minha admiracao eterna (e fiel
escuderia) e certamente um beijo longo e sedento de angelina jolie (o
filme eh um soh meia boca, mas ela eh uma inteira e ainda sobra)... claro
isso se alem de publicar o livro, resolver essas questoes... do contrario
continua tudo na mesma (soh com um pouco mais de sarcasmo).

> > > Quais outros padroes evolutivos q sao seguidos?.
> > > Interessante o q me ocorreu agora ! , o Genismo eh um padrao de selecao NAO
> > > NATURAL
> > > uma vez que eh CONSCIENTE, eh teleonomico !
> >
> > nao confunda padrao com processo...
>
> Eh um padrão de seleção cultural que eh abarcado pelo processo de evolução.

ah! tah, isso dependendo do padrao das bandas diagonais endogenas com
flutuacao sazonal dependente da taxa internacional dos commodities...

> Vc NAO entendeu : O "Insight" que tive nas linhas acima eh que
> o Genismo age TAMBEM no sentido de seleção. Os humanos que o adotarem,
> tenderão provavelmente a ter maiores chances de passar seus genes para a
> proxima geracao do que os que nao o fizerem. Eh uma cultura "mutante" que
> tem a tendencia de se auto-preservar ! Interessante, muito interessante....

pronto! darwinismo social dah as caras!... e ainda tem a cara de pau de se
postar como inovador - ce tah atrasado pelo menos um seculo... mas nao
desanime q. terah um lugarzinho garantido no governo da austria como
ministro da ciencia, tecnologia e gerenciamento de recursos humanos...

alem de inri cristo, vc terah a cia de adolph hitler, bob fields, jorg
haider... belissima companhia.

> As regras epigeneticas sao tao herdadas qto os genes que codificam um
> braco ou um coracao. Isto esta bem claro na definicao do livro do Wilson q vc apagou.
> Será q vou ter q escrever de novo aqui ?

vamlah... epigenese eh uma teoria concorrente aa preformacao. pela
epigenese havia uma diferenciacao gradual do individuo a partir de uma
matriz indiferenciada, pela preformacao jah havia a forma do individuo q.
apenas crescia (vc deve se lembrar do homunculo do espermatozoide)...
atualmente sabemos q. nao existe uma forma previa, q. o desenvolvimento
dos organismos a partir do ovo se dah por um processo de epigenese... as
regras epigeneticas controlam esse processo de diferenciacao do individuo
- e apenas em parte a direcao dessa epigenese eh baseada nos genes, se
mudarmos o ambiente o resultado final serah diferente - e tto mais
diferente qto mais diferente o ambiente... da mesma forma qto mais
diferente o material genetico, mais diferente o resultado final... o q.
e.o.wilson deve ter se referido eh q. tendemos a herdar os genes e o
ambiente dos ancestrais...

> > ele pode viver feliz e nao ha conflito necessariamente... as regras
> > epigeneticas definirao q. com um dado conjunto de genes num dado ambiente
> > resultarah num dado fenotipo: soh isso...
> >
>
> Nao , vc nao entendeu, as regras epigeneticas tendem a selecionar determinadas
> formas de comportamentos/ culturas mais do que outras. Se vc selecionar
> " forcadamente" a adotar uma regra/ cultura , entao vc será um
> "peixe fora dagua".

as regras epigeneticas nao selecionam nada... elas vao moldar - no caso
em questao - um padrao 'basico' de comportamento xis - q. responderah a um
ambiente ipsolon. o padrao realizado de comportamento, vai depender desse
padrao 'basico' interagindo com os dados do ambiente... se vc quiser q.
esse padrao 'basico' (definido pela interacao entre os genes e o ambiente
de formacao do individuo) dej uma resposta dabliu, terah q. selecionar um
ambiente ve... vc nao estah se guiando pelos genes tao somente: primeiro
vc precisa definir a resposta dabliu, depois determinar o padrao xis e aih
interferir na variavel ambiente para q. tenha um valor ve... a resposta
dabliu eh determinado pelos padroes eticos q. eh a unica coisa q. o
'genismo' poderia fazer. a relacao entre xis e ve para dar dabliu eh dada
pela regra epigenetica. entao se o 'genismo' insistir em seguir a regra
epigenetica serah banal, se enfatizar o dabliu nao pode clamar ser baseado
em descricao do mundo (conhecimento cientifico), se atentar para o ve
pouco terah de adequacao aos 'imperativos' geneticos - serah em funcao dos
genes+ambiente: outra coisa banal...

> > os genes nao programam como um programa de computador - os genes sao como
> > os dados iniciais q. se entram em um programa (o ambiente entra com outra
> > parcela de dado)... se existe um programa, esse programa sao as regras de
> > interacao entre os genes e o ambiente.
> >
>
> Os genes nos programaram para sentir e agir ( codificacao genetica ) .
> Os genes foram programados pela selecao natural.

os genes nao programaram para nada... alias nem sequer programaram alguma
coisa... os sao e ponto. devido aas suas propriedades quimico-fisicas
interagem com um dado ambiente, produzindo um resultado - q. depende da
interacao entre a informacao nele contida e a informacao trazida pelo
ambiente.

> > nao existe circularidade... a evolucao eh uma cadeia aberta de eventos.
> >
>
> Os eventos sao abertos mas o processo eh circular.

o processo nao eh circular... temos pelo menos dois grandes processos
evolutivos - jah q. vc nao vai abrir mao da caixa preta: a selecao
natural/artificial e a deriva... a sequencia entre a atuacao da selecao e
da deriva nao obedece necessiamente um padrao circular, se reduzirmos isso
a uma representacao binaria pode assumir diversas configuracoes:

111111111111111111... - soh selecao: qdo caberia circularidade (neste
nivel)
000000000000000000... - soh deriva; tbm podendo ser visto como circular
(neste nivel)
100000000000000000... - selecao e deriva: quebra da circularidade
010101010101010101... - selecao e deriva: padrao circular...
000100000000111000... - selecao e deriva: padrao sem circularidade...

isto eh, soh seria circular (no nivel q. vc quer considerar) se houvesse
uma regularidade na apresentacao dos processos de deriva e selecao... mas
se houvesse tal regularidade teriamos uma evolucao essencialmente dirigida
e os padroes apresentados de evolucao nao poderiam ser aleatorias tais
como hj se nos apresentam...

> Eu disse q o importante eh a felicidade , e o genismo prega q isso eh melhor
> conseguido se vc seguir seus mandamentos.
> Perpetuar GENES nao eh a mesma coisa q escrever a sequencia de nucleotideos
> numa placa de titanio e mandar para o espaço.

parece q. vc jah nao sabe mais o q. eh importante no genismo - uma hora eh
a felicidade individual, noutra a perpetuacao dos genes, noutra a
felicidade media da populacao, noutra a informacao genetica...

o 'genismo' ainda nao conseguiu estabelecer q. a felicidade eh obtida
seguindo-se seus mandamentos...

eu nao disse gravar em placa de titanio - eu disse digitalizar e mandar em
ondas magneticas para varias direcoes... como vc refuta isso, quer dizer
q. nao eh a informacao apenas q. importa, eh preciso q. a parte fisica dos
genes seja preservado - oras, nao ha preservacao a longo prazo dessa
organizacao (sequencias geneticas identicas)...

> > se a parte fisica eh importante entao nao ha
> > reproducao do gene - sao outros atomos, sao outras moleculas... soh faz
> > sentido falar em reproducao do gene como informacao...
>
> Nao , eh perpetuar genes como genes.

como disse, nao ha perpetuacao da parte fisica dos genes... nem sequer o
padrao de semelhanca entre as sequencias (q. garante a homologia entre as
partes fisicas) eh mantido no decorrer do tempo.

> > e pra q. precisaria ser transformado em genes de volta? (jah q. vc gosta
> > de teleonomias nao haverah problemas em responder a uma pergunta
> > finalista)
> >
>
> Se nao nao seriam genes.

mas eh uma forma muito mais eficiente e garantida de preservar as
informacoes... jah q. vc estah tao certo tbm de inteligencias pululando
pelo universo, as informacoes logo deveriam ser transpostas a um meio
fisico - qdo a terra jah teria sumido do mapa, bem como a humanidade...

> > > como etica, nao... etica nao se fundamenta em nenhum modelo de
> > > funcionamento... pergunta: preservar os genes pra q? e se morrermos todos
> > > q diferenca faz?
> > >
> > >
> > > ===============
> > > Pra que? Nao existe "pra que" . O Genismo age no sentido de aumentar
> > > a felicidade do individuo enquanto estiver VIVO.
> >
> > primeiro diz q. o 'genismo' eh teleonomico (biduzao!), agora se nega a
> > pensar num proposito...
> >
>
> O Genismo eh um meio de ser feliz e nao um fim.
> Por isso eh uma doutrina ainda + "sui-generis" !!

o 'genismo' nao eh um meio... eh uma etica = principio e nao meio ou
fim... se fosse um meio seria uma descricao de mundo e nao poderia alegar
um carater prescritivo...

digamos q. o 'genismo' pretende ter um conjunto prescritivo e um conjunto
descritivo... o conjunto descritivo estah essencialmente errado - pretende
ser a teoria da evolucao, mas eh uma caricatura distorcida. pretende q. o
conjunto descritivo justifique o conjunto prescritivo, coisa q. eh
impossivel...

se o 'genismo' eh um conjunto prescritivo, mais um conjunto descritivo,
automaticamente deve ter um conjunto conscritivo (objetivo), eh a logica:
se temos duas premissas, temos uma conclusao... (a menos q. as premissas
nao sejam compativeis ou afins - situacao em q. ha um erro grosseiro de
raciocinio)

ex:
1 - devemos agir de acordo com o mundo
2 - o mundo eh assim
--------------------------
3 - devemos agir assim

vc pretende no entanto q. de 2, por si soh, infiramos 1... nao eh
possivel, pelo menos o 3 teria q. ser transformado em premissa (tornando
um fim um principio)...

alias eh o q. vc tem feito para tentar provar seu ponto. qdo pergunto pelo
1, vc pega 2 *e* 3 (este subentendido) pra derivar 1... qdo pergunto pelo
3, vc pega 2 *e* 1 pra derivar 3...

> > nos nao estaremos felizes se fizermos o q. nos der na telha?
>
> Nao.

por q. nao?

> > q. importa o
> > depois? se morrermos nao ha consequencia nenhuma para nos...
>
> Mas enquanto vivermos haverá.

e daih?

> > depois de
> > mortos nao temos o q. pagar... vou deixar de fumar? pra q? pra viver dez
> > anos a mais privado do prazer de fumar?
>
> Vc em q estudar a equacao da felicidade q postei aqui.
> Viver com saude nao eh nada ?

pode nao ser - se tiver como mais importante aproveitar o agora... alem de
q. vicio por nicotina vence qq argumento de saude...

> > *se* eu prezar mais a longevidade
> > do q. o prazer momentaneo, entao eu deixarei de fumar; agora se meus
> > objetivos sao de curto prazo entao continuarei tragando tres macos por
> > dia...
> >
> > se eh soh eqto eu estiver vivo por q. tenho q. pensar em deixar
> > descendencia? por q. devo pensar em preservar meus genes?
> >
>
> Pq asssim vc vive melhor em vida , com + prazer.

por q. viveria melhor a vida com filhos? por q isso me daria prazer?
filhos criam responsabilidades, filhos precisam de investimento financeiro
q. poderia aplicar pra mim mesmo, filhos dao dor de cabeca.

se quiser o prazer da criacao poderei adotar um... e daih q. nao vou
passar os meus genes?

> > oquei, eh soh encontrar um unico caso de uma pessoa casta q. se considera
> > feliz... vamos entrevistar as irmas carmelitas... se nenhuma delas se
> > considerar feliz, entao eu doo quinhentos reais para a aacd, do contrario
> > vc doa o qto quiser pra mesma instituicao...
> >
>
> NADA DISSO , tem q ser estatistico.

perfeitamente estatistico, minha Ho eh q. a probabilidade de ser casto(a)
E feliz eh *diferente* de zero... podemos usar um simples qui-quadrado:

qui-quadrado = (numero de observacoes esperado - numero de observacoes
efetivo)^2/numero de observacoes esperado

opa! dah divisao por zero? pois eh, a menos q. o numero de observacoes
efetivo seja zero, o qui-quadrado dah infinito (bem, maior q. qq
qui-quadrado critico)... se for igual a zero, o qui-quadrado eh indefinido
e nao consigo provar Ho - vc ganha...

ou alternativamente vc diz q. os genes determinam
99,999999999999999999999% das nossas caracteristicas... bem, como de
acordo com sua visao a castidade nao deve ser genetica - a selecao
rapidamente eliminaria os genes responsaveis por esse comportamento - e
sim estritamente ambiental (elemento cultural) - salvo eventuais mutacoes.

isso significa q. o seu numero de observacoes esperado para um
N=100.000.000.000.000.000.000.000 apenas 1 pessoa seja casta E feliz...
como o total da populacao na terra eh de 6.000.000.000; o numero esperado
de se encontrar alguem casto E feliz eh de 0,00000000000006...

se encontrarmos uma unica pessoa casta E feliz, o qui-quadrado serah de:

16.666.666.666.666 (considerando-se a populacao mundial total)

bem para v (graus de liberdade) bastante grande, vale a aproximacao do
qui-quadrado critico (X2crit) pela expressao:

X2crit(a,v) = v.(b)^3

em q. a eh o valor de alfa e b eh definido como se segue:

b = 1 - 2/9v + Za(1).(2/9v)^0,5

sendo v = k - 1 = 6.000.000.000 - 1 = 5.999.999.999
definido a = 0,05
e Z0,05(1)= 1,64485

temos q.

X2crit(0,05;5.999.999.999) = 6.000.060.059

como X2 = 16.666.666.666.666 > X2crit, com apenas um caso
observado rejeitaremos a sua hipotese...

facil assim,

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Falsa Polêmica: oculoseorelhas
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/02/2000 12:51

> Vc diz que bacterias nao morrem. Eu nao concordo com isso.
> Para q serviriam os anti-bióticos se nao para mata-las?
> Quando uma bacteria se duplica formam-se duas novas bactérias ( clones ).
> A bactéria original acabou, chegou ao fim de seu ciclo dando lugar
> a duas novas. ( Que podem ser diferentes da original , caso hajam mutacoes ).

eu nao disse nao morrem, eu disse q. as q. se reproduzem nao morrem - se
morrer nao se reproduz... memoria seletiva eh fogo, campo fertil para
distorcoes... mas sei bem o tipo de leitura q. vc faz...

qdo uma bacteria se reproduz ela produz duas copias praticamente
iguaizinhas a ela - e nesse processo ela nao morreu...

estranho o qdo vc quer se apoiar na corrente principal da ciencia,
contrariando-a ponto a ponto... depois quer inovar defendendo pontos
arcaicos... vc eh extremamente contraditorio por isso q. essa discussao
tem se alongado mais do q. eu queria...

vc tem todo o direito de achar o q. quiser... soh acho errado querer
passar - sem base q. o fundamente - isso adiante como se houvesse
evidencias comprovacionais...

primeiro - preciso repetir - nao existe evidencias comprovacionais para
etica, segundo q. vc distorce os conhecimentos sobre evolucao...

se vc nao insistisse em apoiar uma etica em fatos - dissesse tao somente:
eu acredito nesses principios, nao teria o q. se discutir em termos q. nao
a de uma contraposicao com outra etica...

se vc nao afirmasse q. suas afirmacoes distorcidas sobre os conhecimentos
de evolucao e trabalhos de terceiros sao do jeito q. vc descreve: dissesse
tao somente, a interpretacao q. tenho sobre isso eh assim, tambem a
discussao poderia ser muito mais proveitosa.

> Agora vamos ao seu ponto "Descartiano":
> Quando eu disse q depois de muitas geracoes as bacterias poderiam nao ter
> nenhum gene igual aos da primeira isso NAO invalida o principio
> da perpetuacao genetica. O principio serve para todos os seres vivos.
> Se nao vejamos:
> A cada geracao os genes, em geral, "guiam" os organismos para sobreviverem e se
> reproduzirem.
> Existem mutacoes durante o processo e os genes podem ficar diferentes dos originais.
> Os genes mutantes que por alguma razao impeçam o organismo de sobreviver
> e reproduzir tendem a desaparecer.
> Os genes mutantes que favoreçam estas caracteristicas
> mais do que os originais tenderao a tomar o lugar dos primeiros.
> Note que mesmo que TODOS os genes mudem, estes novos genes AINDA "guiarão"
> o organismo para sobrevivencia e reprodução. Nao havendo conflito nenhum
> com o Genismo.

claro q. ha - nao ha perpetuacao genetica... eles desaparecem, nao apenas
por mutacoes, mas tbm pelo fenomeno geral da coalescencia (q. vai
incluir deriva)... vc diz q. os nossos genes sao importantes, mas as
informacoes deles nao sobrevivem a longo prazo, teremos contribuido para a
perpetuacao de *outros* genes q. nao os nossos - por q. entao insistir na
reproducao de nossa propria prole? por q. nao cuidar de outra prole?

(e nao eh descartiano eh cartesiano o adjetivo corresponte de Descartes...
em dois anos para escrever o livro pensei q. vc teria q. estudar genetica,
evolucao, logica, filosofia e historia... mas creio q. vc vai ter q.
comecar do basico: portugues... alias projetar e sujeitar com g sao de
lascar... erros ocasionais de portugues sao admissiveis, mas barbaridades
gramaticas gritantes e recorrentes, e ainda para um academico, sao
inaceitaveis - infelizmente eh moeda corrente... seria argumento ad
hominem se quisesse usar isso para desmerecer os seus argumentos - mas
eles estao devidamente encaminhados - eu precisava eh soh dar uma aparada
nessas arestas megalomanas... sabe como eh, nao pega bem...)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Pesado ... muito pesado
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 29/02/2000 13:24

> Lorota. Ja' emprestou R$ 194 milhoes a 20 escolas superiores. Quantas
> Universidades publicas? Zero. Ha' outros 20 pedidos, para mais R$ 181
> milhoes. Quantas escolas publicas? So' a Escola Naval.

han, ao q. eu saiba o custo do programa bolsa-escola por aluno atendido eh
de 25 reais mensais... estao sendo atendidas cerca de 60 mil criancas - e
ainda ha muita demanda reprimida. o destino de verbas entao estah sendo de
cerca de 1.500.000 reais/mes para o programa.

com 194 pilas o programa poderia atender a um milhao de criancas em oito
anos...

mas prioridades de governo sao prioridades de governo... por isso q. os
estudantes universitarios de instituicoes publicas devem pagar
mensalidades para financiar o creduc...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Falsa Polêmica: oculoseorelhas
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/02/2000 18:00

> > Era detalhe para o q estavamos discutindo : O carater cíclico da evolucao.
>
> se a evolucao fosse ciclica, ela teria tendencias, seria direcionada...
>

Aqui vai de novo o cilco do processo evolutivo :
1-Os Genes podem sofrer mutacoes que poderão fazer com que o fenótipo (ser),
em interacao com o ambiente, aumente ou nao a chances do ser passar
estes genes aa proxima geracao.
2- Caso esta mutacao seja favorável temos uma vantagem evolutiva e estes
genes terao a tendencia de se espalhar pela populacao mais que os outros.
3- Depois de varias geracoes estes genes poderão fazer parte da maioria
ou mesmo de toda populacao. Temos um passo evolutivo.
O *ciclo* recomeca no passso 1.

O q vc tem contra esse ciclo?


>
> > A idéia de processo eh justamente para abstrair e se chegar numa formula genérica.
> > Se vc detalhar demais vc vai se perder nos detalhes e nao vai enxergar o processo
> > como um todo. Por exemplo : A falta de agua em uma regiao faz com que variantes
> > das plantas que precisem de pouca agua para sobreviver tenham uma vantagem evolutiva
> > sobre as outras. Agora, se ocorre o contrário e temos um excesso de água as variantes
> > de plantas, q consigam aproveitar melhor esta agua em abundancia, tenham uma vantagem
> > sobre as demais. O processo eh o mesmo embora os detalhes mudaram.
>
> o q. vc estah querendo chamar de detalhes, neste nivel, eh o proprio
> processo...

Nao mesmo , o processo a que me referi esta escrito no
paragrafo acima.


> se a selecao para plantas esbanjadoras de agua tiver sido
> muito efetiva - 100% das plantas altamente adapatadas a regioes alagadas -
> uma seca vai exterminar a populacao... se os processos fossem sempre os
> mesmos teriamos uma bidirecionalidade da evolucao...
>

Nao teriamos bidirecionalidade. Veja q a direcionabilidede eh em uma soh
direcao : No sentido de adaptacao do organismo ao meio ambiente para
sobrevivencia e reproducao. Esta direcao eh unica.


>
> > > tirar numeros da cartola nao validam argumentos... se levarmos ao peh da
> > > letra esperariamos uma identidade dessa ordem entre os clones e irmaos
> > > gemeos... sabemos q. nao se dah dessa maneira...
> >
> > Os gemeos univitelinos apresentam, que eu saiba, uma morfologia 100% igual,
> > ateh suas impressoes digitais sao identicas.
> > De quanto vc acha q eh o nível de semelhanca entre gemeos ?
>
> nao 99,9999999999999999....%
>

La vem vc de novo jogar palavras em minha boca :Eu disse diferenças entre
especies e NAO similaridades entre membros da mesma . Veja :

>>uma raposa nao eh diferente do coelho apenas por causa de seus genes, mas
>>em funcao do gene e do ambiente...

>=======
>Eu sei, soh que 99,999999999999999999999% das diferenças sao devido aos
>genes.
>-%-



>
> dados:
>
> carateristica indice de herdabilidade
> - memoria 0,22
> - neuroticismo 0,46
> - interesses
> vocacionais 0,42
> (adolescentes)
> - extroversao 0,51
> - inteligencia
> espacial 0,40
> - sucesso escolar
> (adolescentes) 0,38
> - velocidade de
> processamento 0,22
> - inteligencia
> verbal 0,50
> - inteligencia
> geral 0,52
>
> (se tiver interesse: Plomin, R.; M.J. Owen & P. McGuffin. 1994 - The
> genetic basis of complex human behaviours. Science 264: 1733-9.)
>
> o q. significam esses indices de herdabilidade?
>
> nesse experimento os autores coletaram dados de cada caracteristica para
> pares de gemeos monozigoticos (MZ - univitelinos) e dizigoticos (DZ -
> divitelinos). MZ partilham praticamente 100% dos genes, DZ 50%.

Nao concordo. Os DZ partilham *no mínimo* 50% dos genes e nao apenas
50%. Como ja disse que quaisquer duas pessoas compartilham quase 100%
de seus genes. Vale observar que o chipanzé compartilha com o homem
mais de 90% de genes.

> > > nao seguem nenhuma 'maxima'... vc cai numa circularidade - vc diz algo do
> > > tipo: 'como todos os organismos seguem as ordens dos genes para
> > > perpetuarem os proprios genes, provamos q. os organismos seguem ordens dos
> > > genes para perpeturarem os proprios genes'...
> > >
> >
> > Seguem, em geral, esta máxima (claro que sempre existem casos particulares em que isso
> > nao ocorre). E aprova eh esta : os organismos que apresentam genes que os façam a
> > nao se preproduzir, este genes tenderam a nao passar aa proxima geracao.
> > Com o decorrer das geracoes estes genes tenderao a diminuir sua frequencia
> > e desaparecer da populacao.( esta eh a prova q vc mencionou acima )
>
> isso nao prova q. os organismos seguem ordens dos genes...
>

Eles agem baseados nos instintos que estao codificados nos genes.
Repito uma lebre age como uma lebre pois em seu genoma esta
codificado este comportamento.
Vc acha entao q os animais fazem tudo aleatoriamente , ao acaso ?


>
> > > > Eu posso responder. Se ela nao possuir tais genes ela NAO vai querer ir ao
> > > > show de rock-missa-futebol ponto. O Genismo vai dizer a ela : Vc pode se
> > > > dar a esse luxo ? Vc ja tem namorado(a) Quer achar um(a)? Entao vc
> > > > NAO deve ficar em casa esperando o principe encantado bater aa sua
> > > > porta : VA AO SHOW de rock e aumente a oportunidade de vc conhecer
> > > > pessoas e, quem sabe, achar alguem q vc ame.
> > >
> > > e o jah ter namorado eh um dado ambiental e nao genetico... os genes dela,
> > > usando a sua linguagem antropomorfica, estao dizendo pra ela (ou ele) nao
> > > ir ao show...
> >
> > Acho q vc pirou !, Onde eu disse q ja ter namorado eh um dado genetico ???
> > Leia com atencao o q eu escrevi e vc entenderá.
>
> vc diz q. o 'genismo' eh a doutrina para se cooperar com os genes - o q.
> vc prescreveu foi algo pra se harmonizar com o meio - vc tem namorado? vc
> quer achar um? (ah! me esqueci, existe um gene q. determina q. as pessoas
> - dia 6 de marco de 2000 aas dez da noite de brasilia esteja sem
> namorado(a) e outro q. no mesmo dia aas dez horas e 31 segundos
> determina q. se esteja querendo arranjar cia.)
>

A "harmonizacao com o meio" tem exatemente este sentido :
"cooperaração com os genes". Harmonia supõe exatamente uma concordância
entre as partes q se harmonizam, no caso, as regras epigeneticas codificadas nos
genes e a nossa interacao consciente com o meio.


>
> > > vou tomar esse vc q. usou como um pronome generico e nao uma insinuacao
> > > qto a minha condicao sexual... mas o estranho q. queira usar o 'gene

Eu nao insinuei e nao sei nada sobre sua condicao sexual.

>
> > > egoista' como justificativa pro 'genismo', o 'gene egoista' fala de um
> > > gene (gene na definicao frouxa q. dawkins usou) agindo (novamente
> > > usando a linguagem teleonomica q. vc gosta) por si mesmo segundo seus
> > > proprios interesses, o 'genismo' fala em conjunto dos genes - coisa q. o
> > > 'gene egoista' nao admite: o conjunto eh apenas um resultado casual (por
> > > parasitismo genetico, e.g.)
> >
> > E quem disse que eu estou seguindo aa risca o "Gene Egoista" ???????????????????
> > Eu vou alem! , avanço!, inovo! abro fronteiras! :-))
> > Logo terão q dizer "De acordo com Barcellos os genes....." :-))
>
> ... (primeiro vc vai ter q. saber o q. eh um gene)

Estas frases provocativas nao trazem nada de útil ao debate.

>
>
> > > o 'genismo' *pretende* q. seja feliz segundo a *propria* definicao de
> > > felicidade q. nao necessariamente - eu diria q. em boa partes dos casos -
> > > se casa com os interesses pessoais de fulano, beltrano e cicrano...
> > >
> >
> > Sim, mas estes interesses pessoais poderao ser diferentes se a pessoa vier a ter
> > contacto com o Genismo.
> > A definicao de felicidade esta na formula que postei aqui ha muito.
> > Provar que o caminho eh o Genismo eh tarefa dura, e talvez eu tente fazer
> > isso em meu livro.
>
> boa diversao... eu por mim ateh agora soh tive nauseas com o 'genismo'
> ('doutor, serah q. estou gravido?')

( 'Nao sei ! Vc andou aprontando ?' )

>
>
> > > no dia q. detalharem *todas* as interacoes possiveis entre os genes e o
> > > ambiente e no dia em q. vc conseguir equacionar e desenvolver aquela tal
> > > formula de felicidade eu considerarei o 'genismo'... (vou esperar sentado)
> > >
> >
> > Devo começar a escrever o livro assim q defender minha dissertacao.
> > E termina-lo em um ou dois anos.
>
> em tres horas vc ganha o nobel, a minha admiracao eterna (e fiel
> escuderia) e certamente um beijo longo e sedento de angelina jolie (o
> filme eh um soh meia boca, mas ela eh uma inteira e ainda sobra)... claro
> isso se alem de publicar o livro, resolver essas questoes... do contrario
> continua tudo na mesma (soh com um pouco mais de sarcasmo).
>
> > > > Quais outros padroes evolutivos q sao seguidos?.
> > > > Interessante o q me ocorreu agora ! , o Genismo eh um padrao de selecao NAO
> > > > NATURAL
> > > > uma vez que eh CONSCIENTE, eh teleonomico !
> > >
> > > nao confunda padrao com processo...
> >
> > Eh um padrão de seleção cultural que eh abarcado pelo processo de evolução.
>
> ah! tah, isso dependendo do padrao das bandas diagonais endogenas com
> flutuacao sazonal dependente da taxa internacional dos commodities...
>
> > Vc NAO entendeu : O "Insight" que tive nas linhas acima eh que
> > o Genismo age TAMBEM no sentido de seleção. Os humanos que o adotarem,
> > tenderão provavelmente a ter maiores chances de passar seus genes para a
> > proxima geracao do que os que nao o fizerem. Eh uma cultura "mutante" que
> > tem a tendencia de se auto-preservar ! Interessante, muito interessante....
>
> pronto! darwinismo social dah as caras!... e ainda tem a cara de pau de se
> postar como inovador -

Se nao fosse inovador vc seria o primeiro a dedar que eu tinha copiado
de algum lugar e q essa doutrina ja estava esquecida e aposentada a anos.
Nao te conheço ?
Rotular simplesmente de darwinismo social nao traz nenhuma informacao nova.


> ce tah atrasado pelo menos um seculo... mas nao
> desanime q. terah um lugarzinho garantido no governo da austria como
> ministro da ciencia, tecnologia e gerenciamento de recursos humanos...
>
> alem de inri cristo, vc terah a cia de adolph hitler, bob fields, jorg
> haider... belissima companhia.

Agora parece que seu caráter eh que começa dar as caras!
Eu tive um "insight" cientifico-filosófico interessante e vc começa a caluniar !
Em vez de tentarmos aprofundar nestas novas idéias, vc debocha.
Eh uma pena, vivendo e aprendendo...


>
>
> > As regras epigeneticas sao tao herdadas qto os genes que codificam um
> > braco ou um coracao. Isto esta bem claro na definicao do livro do Wilson q vc apagou.
> > Será q vou ter q escrever de novo aqui ?
>
> vamlah... epigenese eh uma teoria concorrente aa preformacao. pela
> epigenese havia uma diferenciacao gradual do individuo a partir de uma
> matriz indiferenciada, pela preformacao jah havia a forma do individuo q.
> apenas crescia (vc deve se lembrar do homunculo do espermatozoide)...
> atualmente sabemos q. nao existe uma forma previa, q. o desenvolvimento
> dos organismos a partir do ovo se dah por um processo de epigenese... as
> regras epigeneticas controlam esse processo de diferenciacao do individuo
> - e apenas em parte a direcao dessa epigenese eh baseada nos genes, se
> mudarmos o ambiente o resultado final serah diferente - e tto mais
> diferente qto mais diferente o ambiente... da mesma forma qto mais
> diferente o material genetico, mais diferente o resultado final... o q.
> e.o.wilson deve ter se referido eh q. tendemos a herdar os genes e o
> ambiente dos ancestrais...
>

Pag. 237 ( Consiliencia ) : "... O TEMPO FOI MAIS DO QUE SUFICIENTE PARA
O DESENVOLVIMENTO DE REGRAS EPIGENÉTICAS - TENDÊNCIAS
HEREDITÁRIAS DO DESENVOLVIMENTO MENTAL -QUE GERAM
SENTIMENTOS MORAIS E RELIGIOSOS. A DOUTRINABILIDADE
TORNOU-SE UM INSTINTO. "
Pag 157 : "REGULARIDADES HEREDITÁRIAS DO DESENVOLVIMENTO
MENTAL QUE PREDISPÕE A EVOLUÇÃO CULTURAL EM UMA DIREÇÃO,
E NÃO EM OUTRA, LIGANDO ASSIM OS GENES Á CULTURA"


>
> > Eu disse q o importante eh a felicidade , e o genismo prega q isso eh melhor
> > conseguido se vc seguir seus mandamentos.
> > Perpetuar GENES nao eh a mesma coisa q escrever a sequencia de nucleotideos
> > numa placa de titanio e mandar para o espaço.
>
> parece q. vc jah nao sabe mais o q. eh importante no genismo - uma hora eh
> a felicidade individual, noutra a perpetuacao dos genes, noutra a
> felicidade media da populacao, noutra a informacao genetica...

Vc nao entendeu mesmo ou soh esta querendo zoar ?

1-O Genismo eh uma doutrina que prentende guia-lo para felicidade máxima.
2-Para tal ele prega q vc deve agir no sentido de perpetuar seus genes.
3-O sentido de transcendencia eh dado pela preservacao de seus genes.
(vc morre seus genes ficam )

Pergunta o q vc nao entendeu q eu posso explicar de novo.


>
>
> o 'genismo' ainda nao conseguiu estabelecer q. a felicidade eh obtida
> seguindo-se seus mandamentos...
>

O Genismo estabeleceu isto. O *dificil* eh provar isso.
Por hora eh uma intuição minha, sem provas. A prova seria usar a equacao
da felicidade que postei e mostrar q o genismo eh a solucao para ela.


>
> eu nao disse gravar em placa de titanio - eu disse digitalizar e mandar em
> ondas magneticas para varias direcoes... como vc refuta isso, quer dizer
> q. nao eh a informacao apenas q. importa, eh preciso q. a parte fisica dos
> genes seja preservado - oras, nao ha preservacao a longo prazo dessa
> organizacao (sequencias geneticas identicas)...
>

Perceba bem POR FAVOR:
A doutrina eh uma norma ética. Seus mandamentos sao claros e dizem que
se vc agir no sentido de perpetuar os genes vc vai ser mais feliz.
Os genes certamente vão se alterar com o passar das gerações e mesmo
a espécie humana evoluirá para uma outra.
Mas se em cada geração cada indivíduo agir de acordo com o Genismo ele
estará agindo no sentido de maximizar sua felicidade.
Isto é, *mesmo* q seus genes nao durem para "sempre" ( pois irao
sofrer mutacoes naturalmente ) as ações para máxima felicidade devem ser
tomadas neste sentido.



>
> > > se a parte fisica eh importante entao nao ha
> > > reproducao do gene - sao outros atomos, sao outras moleculas... soh faz
> > > sentido falar em reproducao do gene como informacao...
> >
> > Nao , eh perpetuar genes como genes.
>
> como disse, nao ha perpetuacao da parte fisica dos genes... nem sequer o
> padrao de semelhanca entre as sequencias (q. garante a homologia entre as
> partes fisicas) eh mantido no decorrer do tempo.
>

Os genes que nao sofrem mutacoes sao passados intactos aos descendentes.
Exatemente como um clone. Com todas as suas propriedades fisico-quimicas.



>
> > > e pra q. precisaria ser transformado em genes de volta? (jah q. vc gosta
> > > de teleonomias nao haverah problemas em responder a uma pergunta
> > > finalista)
> > >
> >
> > Se nao nao seriam genes.
>
> mas eh uma forma muito mais eficiente e garantida de preservar as
> informacoes... jah q. vc estah tao certo tbm de inteligencias pululando
> pelo universo, as informacoes logo deveriam ser transpostas a um meio
> fisico - qdo a terra jah teria sumido do mapa, bem como a humanidade...
>

Veja o custo beneficio disto : Não eh mais fácil vc usar o dinheiro para
ter e educar mais filhos do que se lancar numa empreitada com probabilidade
pequena.
Agora *SE* a terra e a humanidade ja estiverem sumindo do mapa
a idéia pode e deve ser usada para quem sabe coloniar outros planetas.
Eu sugeriria, neste caso extremo , lançamentos de naves com o material
genetico humano congelado ou algo assim.


>
> > > > como etica, nao... etica nao se fundamenta em nenhum modelo de
> > > > funcionamento... pergunta: preservar os genes pra q? e se morrermos todos
> > > > q diferenca faz?
> > > >
> > > >
> > > > ===============
> > > > Pra que? Nao existe "pra que" . O Genismo age no sentido de aumentar
> > > > a felicidade do individuo enquanto estiver VIVO.
> > >
> > > primeiro diz q. o 'genismo' eh teleonomico (biduzao!), agora se nega a
> > > pensar num proposito...
> > >
> >
> > O Genismo eh um meio de ser feliz e nao um fim.
> > Por isso eh uma doutrina ainda + "sui-generis" !!
>
> o 'genismo' nao eh um meio... eh uma etica = principio e nao meio ou
> fim... se fosse um meio seria uma descricao de mundo e nao poderia alegar
> um carater prescritivo...
>

O Genismo eh um meio , um modo, uma maneira, uma norma, uma ética,
uma doutrina, uma religiao, uma conscientização, um paradigma,
uma maneira de pensar que pretende melhorar a vida das pessoas.



>
> digamos q. o 'genismo' pretende ter um conjunto prescritivo e um conjunto
> descritivo... o conjunto descritivo estah essencialmente errado - pretende
> ser a teoria da evolucao, mas eh uma caricatura distorcida. pretende q. o
> conjunto descritivo justifique o conjunto prescritivo, coisa q. eh
> impossivel...

Isso na sua opiniao, nao na minha.


>
>
> se o 'genismo' eh um conjunto prescritivo, mais um conjunto descritivo,
> automaticamente deve ter um conjunto conscritivo (objetivo), eh a logica:
> se temos duas premissas, temos uma conclusao... (a menos q. as premissas
> nao sejam compativeis ou afins - situacao em q. ha um erro grosseiro de
> raciocinio)
>
>

Nao tem nada a ver. O descritivo( teoria da evolucao ) eh uma *explicacao* das
origens do prescritivo (genismo) e nao uma premissa.
*Se* fosse uma premissa teríamos :
Prescritivo : Mandamentos do Genismo
Descritivo : Teoria da evolucao
Conclusao : Felicidade




>
> > > nos nao estaremos felizes se fizermos o q. nos der na telha?
> >
> > Nao.
>
> por q. nao?
>
> > > q. importa o
> > > depois? se morrermos nao ha consequencia nenhuma para nos...
> >
> > Mas enquanto vivermos haverá.
>
> e daih?
>

Vc quer viver uma vida feliz ou infeliz?
As suas acoes determinaram sua felicidade ou nao ( em vida ) .


>
> > > depois de
> > > mortos nao temos o q. pagar... vou deixar de fumar? pra q? pra viver dez
> > > anos a mais privado do prazer de fumar?
> >
> > Vc em q estudar a equacao da felicidade q postei aqui.
> > Viver com saude nao eh nada ?
>
> pode nao ser - se tiver como mais importante aproveitar o agora... alem de
> q. vicio por nicotina vence qq argumento de saude...

A felicidade eh a integral de prazer com o tempo.
Se vc diminuir o tempo vc deve aumentar o prazer para ter a mesma felicidade.
Se vc acha q fumar vai te dar prazer suficiente para compensar a perda
no tempo e qualidade de vida, o problema eh seu, mas lembre-se vc pode
estar enganado, eh um risco.


>
>
> > > *se* eu prezar mais a longevidade
> > > do q. o prazer momentaneo, entao eu deixarei de fumar; agora se meus
> > > objetivos sao de curto prazo entao continuarei tragando tres macos por
> > > dia...
> > >
> > > se eh soh eqto eu estiver vivo por q. tenho q. pensar em deixar
> > > descendencia? por q. devo pensar em preservar meus genes?
> > >
> >
> > Pq asssim vc vive melhor em vida , com + prazer.
>
> por q. viveria melhor a vida com filhos? por q isso me daria prazer?
> filhos criam responsabilidades, filhos precisam de investimento financeiro
> q. poderia aplicar pra mim mesmo, filhos dao dor de cabeca.

Os filhos te dão dois tipos de prazer :
O primeiro está relacionado com as regras epigeneticas ( instintos ) :
Como as pessoas foram moldadas evolutivamente para te-los,
se vc os tiver vc irá ter o prazer instintivo de amá-los.
E amar os filhos dá muito prazer.( Pergunte a quem os tem )

O segundo prazer é o prazer de perpetuação, sentir que vc tem uma
sobrevida após sua morte : Metade de teus genes estarao em seu filho.
Ele eh quase como um meio-clone seu.

Estes prazeres compensam amplamente todos os eventuais percalços.


>
>
> se quiser o prazer da criacao poderei adotar um... e daih q. nao vou
> passar os meus genes?
>

As regras epigenéticas moldam as pessoas de maneira a amar mais seus
proprios filhos do que os filhos dos outros. E amar da prazer.
Alem do mais o segundo nivel de prazer ( transcendente ) ficaria faltando.
Contudo nao deixa de ser uma possibilidade e muitos a adotam.




>
> > > oquei, eh soh encontrar um unico caso de uma pessoa casta q. se considera
> > > feliz... vamos entrevistar as irmas carmelitas... se nenhuma delas se
> > > considerar feliz, entao eu doo quinhentos reais para a aacd, do contrario
> > > vc doa o qto quiser pra mesma instituicao...
> > >
> >
> > NADA DISSO , tem q ser estatistico.
>
> perfeitamente estatistico, minha Ho eh q. a probabilidade de ser casto(a)
> E feliz eh *diferente* de zero... podemos usar um simples qui-quadrado:
>
> qui-quadrado = (numero de observacoes esperado - numero de observacoes
> efetivo)^2/numero de observacoes esperado
>
> opa! dah divisao por zero? pois eh, a menos q. o numero de observacoes
> efetivo seja zero, o qui-quadrado dah infinito (bem, maior q. qq
> qui-quadrado critico)... se for igual a zero, o qui-quadrado eh indefinido
> e nao consigo provar Ho - vc ganha...
>
> ou alternativamente vc diz q. os genes determinam
> 99,999999999999999999999% das nossas caracteristicas... bem, como de
> acordo com sua visao a castidade nao deve ser genetica - a selecao
> rapidamente eliminaria os genes responsaveis por esse comportamento - e
> sim estritamente ambiental (elemento cultural) - salvo eventuais mutacoes.
>
> isso significa q. o seu numero de observacoes esperado para um
> N=100.000.000.000.000.000.000.000 apenas 1 pessoa seja casta E feliz...
> como o total da populacao na terra eh de 6.000.000.000; o numero esperado
> de se encontrar alguem casto E feliz eh de 0,00000000000006...
>
> se encontrarmos uma unica pessoa casta E feliz, o qui-quadrado serah de:
>
> 16.666.666.666.666 (considerando-se a populacao mundial total)
>
> bem para v (graus de liberdade) bastante grande, vale a aproximacao do
> qui-quadrado critico (X2crit) pela expressao:
>
> X2crit(a,v) = v.(b)^3
>
> em q. a eh o valor de alfa e b eh definido como se segue:
>
> b = 1 - 2/9v + Za(1).(2/9v)^0,5
>
> sendo v = k - 1 = 6.000.000.000 - 1 = 5.999.999.999
> definido a = 0,05
> e Z0,05(1)= 1,64485
>
> temos q.
>
> X2crit(0,05;5.999.999.999) = 6.000.060.059
>
> como X2 = 16.666.666.666.666 > X2crit, com apenas um caso
> observado rejeitaremos a sua hipotese...
>
> facil assim,

Nao embroma.
Pegamos uma pesquisa que faça isso , algo contra ?

[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Novos neuronios
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/02/2000 19:48

12. Fabrica de neuronios

Cientistas conseguiram pela primeira vez isolar celulas-tronco do cerebro e
demonstrar que elas podem dar origem a novas celulas especializadas desse
orgao.

Estudos recentes haviam comprovado que, ao contrario do que se pensava, o
cerebro produz neuronios constantemente. Agora, os pesquisadores do Centro
Medico Cornell, em Nova York, acharam uma area do cerebro onde ha'
celulas-tronco produtoras de neuronios.

A pesquisa, publicada na revista "Nature Medicine", podera' ter aplicacoes
no tratamento de doencas degenerativas do cerebro, como os males de
Parkinson e a de Alzheimer.

Os cientistas extrairam celulas de uma parte do hipocampo (estrutura
relacionada ao aprendizado e 'a memoria) de cinco homens. Depois,
cultivaram as amostras em laboratorio. Num mes, os neuronios quintuplicaram.

(O Globo, 29/2)

[]'s
Léo



SUBJECT: [ciencialist] SPI ... servico de protecao aos insetos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 29/02/2000 19:50

13. Insetos sao indicadores da qualidade dos rios

Cilene Guedes escreve para "O Globo":

A Fundacao Oswaldo Cruz esta colhendo dados para implantacao de um sistema
de monitoramento biologico dos rios do Estado do Rio, com base nos insetos
que vivem neles.

O trabalho, chamado de monitoramento biologico, leva em conta fatores como
a diversidade de especies animais, a quantidade em que elas estao presentes
e quais as especies mais abundantes.

Segundo os pesquisadores, quando se considera a vida animal nos rios, a
medicao da qualidade da agua e' muito mais precisa do que quando se
analisam apenas a presenca de bacterias e as caracteristicas fisicas e
quimicas da agua - procedimentos adotados no Estado do Rio atualmente.

- Se houver alteracao na bacia de um rio, seja assoreamento, despejo de
esgoto ou derrame de algum agrotoxico, a fauna que vive ali vai sentir
imediatamente. Ela pode ser um indicador do que acontece na bacia -
explicou o pesquisador Darcilio Baptista, do Laboratorio de Avaliacao e
Promocao da Saude Ambiental do Instituto Oswaldo Cruz, da Fiocruz.

Como as especies reagem de modo diferente a cada acontecimento, a presenca

ou ausencia de algumas delas revela exatamente o que ha com o rio.

Moscas-de-pedra, por exemplo, sao extremamente sensiveis 'a diminuicao do
oxigenio na agua. Ja insetos que se alimentam de algas tendem a
multiplicar-se quando ha despejo de fertilizantes.

O sistema de monitoramento biologico mais usado na Europa parte dessas
observacoes para dar notas 'a qualidade da agua. Especies mais sensiveis 'a
poluicao valem muitos pontos.

Mais de 50 familias de animais sao consideradas na avaliacao. O sistema
europeu vem sendo aplicado em Sao Paulo e Minas Gerais.

- Nos EUA, o metodo e' diferente. Medem-se a abundancia de especies, a
diversidade, a tolerancia 'a poluicao e os habitos alimentares - descreveu
o pesquisador.

Darcilio explicou, porem, que e' preciso conhecer bem a fauna de cada rio
para aplicar um ou outro sistema.

A empreitada inicial da Fiocruz vem sendo exatamente conhecer as especies
das bacias hidrograficas de todo o Estado do Rio, para fornecer parametros
de avaliacao. Os pesquisadores estao considerando apenas os insetos, porque
esta classe de animais oferece vantagens 'a analise.

A variedade de insetos em rios pode fornecer dados sobre numerosos tipos de
desequilibrio ambiental.

O trabalho da Fiocruz comecou pela bacia do Rio Macae'. Com 110 km de
extensao, ele abastece Friburgo, Casimiro de Abreu e Macae' e foi escolhido
porque ainda esta razoavelmente limpo.

A fauna de insetos foi avaliada de 94 a 98. Agora, os pesquisadores estao
comecando a criar um padrao de monitoramento para os rios Paraiba do Sul e
Guapimirim.

(O Globo, 28/2

[]'s
Léo



SUBJECT: [ciencialist] Re: Falsa Polêmica: oculoseorelhas
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/02/2000 21:50

> Aqui vai de novo o cilco do processo evolutivo :
> 1-Os Genes podem sofrer mutacoes que poderão fazer com que o fenótipo (ser),
> em interacao com o ambiente, aumente ou nao a chances do ser passar
> estes genes aa proxima geracao.
> 2- Caso esta mutacao seja favorável temos uma vantagem evolutiva e estes
> genes terao a tendencia de se espalhar pela populacao mais que os outros.
> 3- Depois de varias geracoes estes genes poderão fazer parte da maioria
> ou mesmo de toda populacao. Temos um passo evolutivo.
> O *ciclo* recomeca no passso 1.
>
> O q vc tem contra esse ciclo?

eu tenho contra chamar isso de ciclo... nao fica indo do passo 1 para o 3
passando pelo 2... vc nao considera os casos de migracao nem de deriva.
jah temos 4 processos de evolucao: mutacao, deriva, selecao (natural,
artificial e sexual) e migracao - esses processos (q. na verdade sao muito
mais detalhados e por isso tem seus sentidos e intensidades alterados
momento a momento) nao seguem um ciclo - primeiro vem a mutacao, depois a
selecao, depois etc... cada coisa acontece de modo independente...

vc continua confundindo evolucao (alteracao do pool genetico de uma
populacao) com selecao.

> > o q. vc estah querendo chamar de detalhes, neste nivel, eh o proprio
> > processo...
>
> Nao mesmo , o processo a que me referi esta escrito no
> paragrafo acima.

vc nao entendeu... faco o q? ainda bem q. o meu intento nao eh
convencej-lo...

> > se a selecao para plantas esbanjadoras de agua tiver sido
> > muito efetiva - 100% das plantas altamente adapatadas a regioes alagadas -
> > uma seca vai exterminar a populacao... se os processos fossem sempre os
> > mesmos teriamos uma bidirecionalidade da evolucao...
> >
>
> Nao teriamos bidirecionalidade. Veja q a direcionabilidede eh em uma soh
> direcao : No sentido de adaptacao do organismo ao meio ambiente para
> sobrevivencia e reproducao. Esta direcao eh unica.

nao tem sentido de adaptacao, a adaptacao nao eh para nada... tem
bidirecionalidade qdo se pode ir de um lugar e voltar ao mesmo ponto pelo
mesmo caminho - isso ocorre aas vezes (eh qdo justamente ocorre o mesmo
processo, mas em sentido inverso), mas a longo prazo nao.

> > > > tirar numeros da cartola nao validam argumentos... se levarmos ao peh da
> > > > letra esperariamos uma identidade dessa ordem entre os clones e irmaos
> > > > gemeos... sabemos q. nao se dah dessa maneira...
> > >
> > > Os gemeos univitelinos apresentam, que eu saiba, uma morfologia 100% igual,
> > > ateh suas impressoes digitais sao identicas.
> > > De quanto vc acha q eh o nível de semelhanca entre gemeos ?
> >
> > nao 99,9999999999999999....%
> >
>
> La vem vc de novo jogar palavras em minha boca :Eu disse diferenças entre
> especies e NAO similaridades entre membros da mesma . Veja :

eu joguei a morfologia 100%? se os genes determinam 99,999999...% das
caracteristicas e os gemeos compartilham 100% dos genes, segue-se q. eles
deveriam compartilhar 99,999...% das caracteristicas... mas isso eh logica
e parece q. vc nao entende bem dessas coisas... (ou vai dizer q. entende
se contradizendo o tempo todo?)

>
> >>uma raposa nao eh diferente do coelho apenas por causa de seus genes, mas
> >>em funcao do gene e do ambiente...
>
> >=======
> >Eu sei, soh que 99,999999999999999999999% das diferenças sao devido aos
> >genes.
> >-%-

estranho q. se 100% de compartilhamento de informacoes geneticas nao
resulta em 99,99999...% de semelhanca, i.e., o ambiente pode determinar
uma diferenca de mais de 0,0000...1%, no caso de especies distintas q.
apresentam um ambiente bastante distinto se restrinja a modificar apenas
0,0000..1%...

> > nesse experimento os autores coletaram dados de cada caracteristica para
> > pares de gemeos monozigoticos (MZ - univitelinos) e dizigoticos (DZ -
> > divitelinos). MZ partilham praticamente 100% dos genes, DZ 50%.
>
> Nao concordo. Os DZ partilham *no mínimo* 50% dos genes e nao apenas
> 50%. Como ja disse que quaisquer duas pessoas compartilham quase 100%
> de seus genes. Vale observar que o chipanzé compartilha com o homem
> mais de 90% de genes.

bem, jah q. soh argumento de autoridade funciona com vc - discorde de
todos os geneticistas q. entendem muito mais do q. vc do assunto...

lembra-se do processo de divisao por meiose? sabe o q. acontece de
especial? os cromossomos homologos se segregam e cada par se segrega
independentemente...

peguemos um organismo diploide com 2n=2 para nao complicar muito:
um organismo (1) tem o cromossomo A1 e A1', outro (2) tem um cromossomo
A2 e outro A2'... os gametas serao A1, A1', A2 e A2'... as combinacoes
possiveis sao:

A1A2; A1A2'; A1'A2 e A1'A2'...

A1A2 e A1'A2' nao compartilham nenhum cromossomo! o minimo eh de 0%! por
outro lado se um descentende for A1A2 e outro tbm terao 100% de
compartilhamento!

ha 50% de chance de se ter herdado um ou outro cromossomo de um par (e os
genes correspondentes)... pra 2n=2 as chances de se partilhar 100% (ou 0%)
eh de 1/2 x 1/2 = 1/4 = 25%...

os humanos tEm 2n=46 (sao 23 pares de cromossomos), para dois irmaos
compartilharem 100% dos genes (sem serem univitelinos) teremos (1/2)^46 =
0,000000000000014... (idem para nao partilharem nenhum gene). se os
eventos de segregacao se sao ao acaso se espera q. na *media* (e nao
minimo) partilhemos 50% dos genes com os nossos irmaos consanguineos...

(vai precisar estudar probabilidade e analise combinatoria tbm pra
escrever o livro... nao eh aa toa q. quase topou a aposta de daniel)

qdo se diz q. os chimpanzes apresentam uma semelhanca genetica de cerca de
98% significa q. 98% dos *padroes de bandeamento* dos cromossomos (qdo
corados com tecnicas especiais) apresentam a mesma caracteristica... isso
deve se refletir nas similaridades do *total* de sequencias... se esses 2%
estao distribuidos uniformemente pelo genoma, entao nenhum gene serah
igual - o q. importa aqui eh q. as sequencias sejam 100% iguais...

vc deve saber da importancia q. pode ter a mudanca de uma unica base na
sequencia de um gene. tbm estah por fora dos polimorfismos q. existe na
especie humana (e em todos os grupos de modo geral): vc nao estah
conseguindo distinguir os diferentes niveis em q. um gene deve ser
considerado semelhante ou diferente.

> > > Seguem, em geral, esta máxima (claro que sempre existem casos particulares em que isso
> > > nao ocorre). E aprova eh esta : os organismos que apresentam genes que os façam a
> > > nao se preproduzir, este genes tenderam a nao passar aa proxima geracao.
> > > Com o decorrer das geracoes estes genes tenderao a diminuir sua frequencia
> > > e desaparecer da populacao.( esta eh a prova q vc mencionou acima )
> >
> > isso nao prova q. os organismos seguem ordens dos genes...
> >
>
> Eles agem baseados nos instintos que estao codificados nos genes.
> Repito uma lebre age como uma lebre pois em seu genoma esta
> codificado este comportamento.
> Vc acha entao q os animais fazem tudo aleatoriamente , ao acaso ?

tsc, tsc... quando eu enfatizo q. depende da interacao entre os genes E o
ambiente e q. essa interacao segue uma regra exata (mas q. nao conhecemos
de todo) isso pra vc eh o mesmo q. dizer q. eh tudo aleatorio?

se seguissem ordens dos genes o ambiente nao importaria - em havendo o
mesmo gene sempre a resposta seria a mesma... alias ordens eh
antropomorfismo q. vc nao consegue largar...

> > vc diz q. o 'genismo' eh a doutrina para se cooperar com os genes - o q.
> > vc prescreveu foi algo pra se harmonizar com o meio - vc tem namorado? vc
> > quer achar um? (ah! me esqueci, existe um gene q. determina q. as pessoas
> > - dia 6 de marco de 2000 aas dez da noite de brasilia esteja sem
> > namorado(a) e outro q. no mesmo dia aas dez horas e 31 segundos
> > determina q. se esteja querendo arranjar cia.)
> >
>
> A "harmonizacao com o meio" tem exatemente este sentido :
> "cooperaração com os genes". Harmonia supõe exatamente uma concordância
> entre as partes q se harmonizam, no caso, as regras epigeneticas codificadas nos
> genes e a nossa interacao consciente com o meio.

meio = genes... ah! tah, entendi...

> > ... (primeiro vc vai ter q. saber o q. eh um gene)
>
> Estas frases provocativas nao trazem nada de útil ao debate.

tem, vc quer falar sobre coisas q. nao sabe... tudo bem, todos devem ter o
direito de se expressar, mas quer q. a sua palavra sobre o q. nao sabe
seja tomado como a versao certa... bem, nem q. vc soubesse sobre o q.
estah falando isso teria validade...

> Se nao fosse inovador vc seria o primeiro a dedar que eu tinha copiado
> de algum lugar e q essa doutrina ja estava esquecida e aposentada a anos.
> Nao te conheço ?
> Rotular simplesmente de darwinismo social nao traz nenhuma informacao nova.

nao eh questao de copiar - se bem q. vc faz isso direto: citando wilson
como a uma biblia (sem nem entender direito o q. estah escrito -
intepretando literalmente todas as passagens). mas se alguem jah pensou
nisso antes, nao importa q. outra pessoa chegue a isso de modo
independente - isso nao eh inovacao... (na verdade demonstra mais
ignorancia sobre o q. se sucede no mundo em volta, mas isso eh detalhe)...

e de qq forma nao seria uma inovacao a se louvar... alias sorte sua q. seu
nome nao serah associado a um tipo de pensamento extremamente tenebroso...

spencer passou a perna em vc em mais de cem anos - as ideias dele sao de
1896... e teve summer e bagehot tbm...

*rotular* de darwinismo social? palavras suas de q. o 'genismo' serah um
elemento de vantagem seletiva...

estou cozinhando-o... sabe como eh: dar corda pra se enforcar... e, nao,
vc nao me conhece, tto nao me conhece q. ha bastante tempo eu jah disse q
o 'genismo' era uma versao do darwinismo social (mas nao q. eu me
importe se vc me conhece ou nao)...

> Agora parece que seu caráter eh que começa dar as caras!
> Eu tive um "insight" cientifico-filosófico interessante e vc começa a caluniar !
> Em vez de tentarmos aprofundar nestas novas idéias, vc debocha.
> Eh uma pena, vivendo e aprendendo...

calunia? nao inventei nada... eu uso minha criatividade para coisas mais
proveitosas (pra mim)... qto ao deboche, eh a forma mais respeitosa - nao
soh aa vc, mas tbm aas damas da lista (se bem q. ninguem deve estar tendo
paciencia de ouvir ttas bobagens de lado a lado...)

se o mote vivendo e aprendendo fosse mais presente em sua vida, nao
insitiria em mesmos erros argumentativos sempre e sempre... mas isso nao
eh da minha conta - soh qdo vc espalhas erros conceituais sobre
evolucao e tenta atrelah-la a uma doutrina...

e sobre o 'insight', lamento (pois eh estou lamentoso hoje), mas muitas
pessoas jah o haviam alertado sobre a relacao entre genismo e eugenia...

> Pag. 237 ( Consiliencia ) : "... O TEMPO FOI MAIS DO QUE SUFICIENTE PARA
> O DESENVOLVIMENTO DE REGRAS EPIGENÉTICAS - TENDÊNCIAS
> HEREDITÁRIAS DO DESENVOLVIMENTO MENTAL -QUE GERAM
> SENTIMENTOS MORAIS E RELIGIOSOS. A DOUTRINABILIDADE
> TORNOU-SE UM INSTINTO. "
> Pag 157 : "REGULARIDADES HEREDITÁRIAS DO DESENVOLVIMENTO
> MENTAL QUE PREDISPÕE A EVOLUÇÃO CULTURAL EM UMA DIREÇÃO,
> E NÃO EM OUTRA, LIGANDO ASSIM OS GENES Á CULTURA"

citacao fora de contexto... mas pra vc nao importa...

> > parece q. vc jah nao sabe mais o q. eh importante no genismo - uma hora eh
> > a felicidade individual, noutra a perpetuacao dos genes, noutra a
> > felicidade media da populacao, noutra a informacao genetica...
>
> Vc nao entendeu mesmo ou soh esta querendo zoar ?
>
> 1-O Genismo eh uma doutrina que prentende guia-lo para felicidade máxima.
> 2-Para tal ele prega q vc deve agir no sentido de perpetuar seus genes.
> 3-O sentido de transcendencia eh dado pela preservacao de seus genes.
> (vc morre seus genes ficam )
>
> Pergunta o q vc nao entendeu q eu posso explicar de novo.

de 2 apreende-se q. felicidade eh perpetuar os genes... logo o 'genismo'
prega a perpetuacao dos genes...

a - 'A parte filosofica do Genismo diz que os genes eh nosso unico meio de
transcendencia. Isto significa q devemos pensar em nossos genes como a
UNICA forma de sobrevivencia pos morte. Desse modo nossa vida fisica nao
tem muita importancia , entende? O q realmente importa eh a sobrevivencia
genetica.' - http://www.eGroups.com/group/ciencialist/3960.html?

b - 'Lembra da equacao da felicidade que postei aqui? Pois eh , o tempo de
vida entra na equacao !' -
http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4004.html?

c - 'Uma bacteria ao se dividir pode sofrer mutacao , e assim
sucessivamente de modo q depois de muitas geracoes as bacterias restantes
nao tenham NENHUM gene igual aa bacteria original.' -
http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4004.html?

nao entendi como 'b' e 'c' se compatibilizam com 'a'

> > o 'genismo' ainda nao conseguiu estabelecer q. a felicidade eh obtida
> > seguindo-se seus mandamentos...
> >
>
> O Genismo estabeleceu isto. O *dificil* eh provar isso.
> Por hora eh uma intuição minha, sem provas. A prova seria usar a equacao
> da felicidade que postei e mostrar q o genismo eh a solucao para ela.

se nao provou nao estabeleceu nada...

> A doutrina eh uma norma ética. Seus mandamentos sao claros e dizem que
> se vc agir no sentido de perpetuar os genes vc vai ser mais feliz.
> Os genes certamente vão se alterar com o passar das gerações e mesmo
> a espécie humana evoluirá para uma outra.
> Mas se em cada geração cada indivíduo agir de acordo com o Genismo ele
> estará agindo no sentido de maximizar sua felicidade.
> Isto é, *mesmo* q seus genes nao durem para "sempre" ( pois irao
> sofrer mutacoes naturalmente ) as ações para máxima felicidade devem ser
> tomadas neste sentido.

eu posso ser mais feliz nao me reproduzindo... e se os genes nao duram,
nao ha transcendencia...

> > como disse, nao ha perpetuacao da parte fisica dos genes... nem sequer o
> > padrao de semelhanca entre as sequencias (q. garante a homologia entre as
> > partes fisicas) eh mantido no decorrer do tempo.
> >
>
> Os genes que nao sofrem mutacoes sao passados intactos aos descendentes.
> Exatemente como um clone. Com todas as suas propriedades fisico-quimicas.

os genes nao ficam sem mutar eternamente... soh metade dos genes sao
passados intactos (a replicacao eh semi-conservativa) e soh uma parte dos
genes, no caso dos organismos haploides, sao herdados pela descendencia.

> > mas eh uma forma muito mais eficiente e garantida de preservar as
> > informacoes... jah q. vc estah tao certo tbm de inteligencias pululando
> > pelo universo, as informacoes logo deveriam ser transpostas a um meio
> > fisico - qdo a terra jah teria sumido do mapa, bem como a humanidade...
> >
>
> Veja o custo beneficio disto : Não eh mais fácil vc usar o dinheiro para
> ter e educar mais filhos do que se lancar numa empreitada com probabilidade
> pequena.
> Agora *SE* a terra e a humanidade ja estiverem sumindo do mapa
> a idéia pode e deve ser usada para quem sabe coloniar outros planetas.
> Eu sugeriria, neste caso extremo , lançamentos de naves com o material
> genetico humano congelado ou algo assim.

o custo eh muito menor digitalizando as sequencias - vc gasta com um filho
em media de 40.000 mil reais soh com alimentacao e vestuario (fora
educacao e outros) desde o nascimento ateh o fim da adolescencia. no total
o custo medio eh de 120 mil a 200 mil reais por filho...

naves com material genetico sao muito mais custosas e tEm um alcance e
durabilidade muito menor...

> > o 'genismo' nao eh um meio... eh uma etica = principio e nao meio ou
> > fim... se fosse um meio seria uma descricao de mundo e nao poderia alegar
> > um carater prescritivo...
> >
>
> O Genismo eh um meio , um modo, uma maneira, uma norma, uma ética,
> uma doutrina, uma religiao, uma conscientização, um paradigma,
> uma maneira de pensar que pretende melhorar a vida das pessoas.

etica nao eh meio eh principio...

> > digamos q. o 'genismo' pretende ter um conjunto prescritivo e um conjunto
> > descritivo... o conjunto descritivo estah essencialmente errado - pretende
> > ser a teoria da evolucao, mas eh uma caricatura distorcida. pretende q. o
> > conjunto descritivo justifique o conjunto prescritivo, coisa q. eh
> > impossivel...
>
> Isso na sua opiniao, nao na minha.

nao eh opiniao... tente justificar entao por A mais B a parte etica do
'genismo' em funcao do q. vc entende por evolucao... aceitando - novamente
por questoes de argumentacao - as suas definicoes bisonhas sobre evolucao:

e daih q. os genes querem se perpetuar?

eu posso acabar com toda a vida, e daih? e daih q. nao tenha mais nada? eu
nao tenho como ser infeliz com isso se eu tbm estiver morto. morto nao
tenho por q. me lamentar de nao ter vivido mais... o 'genismo' nao tem
como justificar q. nao se pode fazer isso *apenas* com um dado qq do
mundo...

> Nao tem nada a ver. O descritivo( teoria da evolucao ) eh uma
> *explicacao* das origens do prescritivo (genismo) e nao uma premissa.
> *Se* fosse uma premissa teríamos :
> Prescritivo : Mandamentos do Genismo
> Descritivo : Teoria da evolucao
> Conclusao : Felicidade

teoria da evolucao nao explica nada sobre as origens do 'genismo'... um
modelo de funcionamento nao dah diretriz de comportamento...

essa esquematizacao eh exatamente o q. teria q. ser feito: repare q. o
descritivo nao fundamenta o prescritivo...

> > > > nos nao estaremos felizes se fizermos o q. nos der na telha?
> > >
> > > Nao.
> >
> > por q. nao?

vc nao respondeu!

> > > > q. importa o
> > > > depois? se morrermos nao ha consequencia nenhuma para nos...
> > >
> > > Mas enquanto vivermos haverá.
> >
> > e daih?

vc nao respondeu!

> Vc quer viver uma vida feliz ou infeliz?
> As suas acoes determinaram sua felicidade ou nao ( em vida ) .

eu posso ser feliz de outro modo... nada no 'genismo' me garante q. eu
serei feliz seguindo-o...

> > > > depois de
> > > > mortos nao temos o q. pagar... vou deixar de fumar? pra q? pra viver dez
> > > > anos a mais privado do prazer de fumar?
> > >
> > > Vc em q estudar a equacao da felicidade q postei aqui.
> > > Viver com saude nao eh nada ?
> >
> > pode nao ser - se tiver como mais importante aproveitar o agora... alem de
> > q. vicio por nicotina vence qq argumento de saude...
>
> A felicidade eh a integral de prazer com o tempo.
> Se vc diminuir o tempo vc deve aumentar o prazer para ter a mesma felicidade.
> Se vc acha q fumar vai te dar prazer suficiente para compensar a perda
> no tempo e qualidade de vida, o problema eh seu, mas lembre-se vc pode
> estar enganado, eh um risco.

nao preciso aumentar o prazer... acabou, acabou e daih?

> > por q. viveria melhor a vida com filhos? por q isso me daria prazer?
> > filhos criam responsabilidades, filhos precisam de investimento financeiro
> > q. poderia aplicar pra mim mesmo, filhos dao dor de cabeca.
>
> Os filhos te dão dois tipos de prazer :
> O primeiro está relacionado com as regras epigeneticas ( instintos ) :
> Como as pessoas foram moldadas evolutivamente para te-los,
> se vc os tiver vc irá ter o prazer instintivo de amá-los.
> E amar os filhos dá muito prazer.( Pergunte a quem os tem )
>
> O segundo prazer é o prazer de perpetuação, sentir que vc tem uma
> sobrevida após sua morte : Metade de teus genes estarao em seu filho.
> Ele eh quase como um meio-clone seu.
>
> Estes prazeres compensam amplamente todos os eventuais percalços.

regras epigeneticas nao sao instintos...

se alguem nao achar q. se perpetuar eh um prazer? vc teria q. provar
primeiro q. a perpetuacao eh um prazer... se apenas definir como sendo um
prazer soh tem valor etico e isso pode ser confrontado em peh de igualdade
com qq outro sistema etico...

conheco um bocado de gente q. tem desgosto dos filhos - virou traficante,
brigou feio...

> > se quiser o prazer da criacao poderei adotar um... e daih q. nao vou
> > passar os meus genes?
> >
>
> As regras epigenéticas moldam as pessoas de maneira a amar mais seus
> proprios filhos do que os filhos dos outros. E amar da prazer.
> Alem do mais o segundo nivel de prazer ( transcendente ) ficaria faltando.
> Contudo nao deixa de ser uma possibilidade e muitos a adotam.

q. prazer em transcendencia?

> Nao embroma.
> Pegamos uma pesquisa que faça isso , algo contra ?

'Uma pessoa q adota uma cultura celibataria ( totalmente anti-genetica)
fatalmente ira' sofrer'
http://www.eGroups.com/group/ciencialist/3977.html?

fatalmente implica em 100%, dei uma colher de cha e usei os 99,9999....%
mandrake q. vc tirou do nada... nao tem embromacao nenhuma nas minhas
consideracoes...

[esta eh a penultima mensagem desda linha q. vou enviar - como disse nossa
colega nair uma vez: o 'genismo' eh o papo mais cansado q. jah apareceu na
lista...]

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Novos neuronios
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/02/2000 22:33

Como são criadas as novas células neurais ???
Consiste num processo de mitose comum ??

Apresento essa dúvida pelo fato de que na época que estudei o assunto
diziam que o neurônio era uma célula muito especializada e por ser tão
especializada tinham perdido sua capacidade de gerar novos neurônios.

> Os cientistas extrairam celulas de uma parte do hipocampo (estrutura
> relacionada ao aprendizado e 'a memoria) de cinco homens. Depois,
> cultivaram as amostras em laboratorio. Num mes, os neuronios quintuplicaram.


SUBJECT: [ciencialist] Antes soh do que mal acompanhado
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/03/2000 00:34

3. Novas provas de que o homem esta' so' no Cosmo

William J. Broad escreve para "The New York Times" e "O Globo":

Nas ultimas decadas, um numero cada vez maior de astronomos tem se rendido
'a crenca de que existiriam civilizacoes alienigenas espalhadas pela
imensidao do Universo.

Apenas na propria galaxia da Terra, a Via Lactea, especialistas tem
estimado que haveria algo em torno de um milhao de sociedades avancadas.

Essa especie de credo extraterrestre alimentou incontaveis livros e filmes,
alem de buscas cientificas com radiotelescopios para procurar sinais de
alienigenas inteligentes.

Agora, dois proeminentes cientistas dizem que essa ideia esta' errada. A
procura por ETs, dizem, esta' condenada ao fracasso.

Baseados em descobertas nas areas de astronomia, geologia, paleontologia,
eles afirmam que os seres humanos estao sozinhos, no minimo em sua
vizinhanca interestelar, e talvez em todo o Cosmo.

Eles observam que a ciencia mostra que a composicao da Terra e sua
estabilidade climatica sao extraordinariamente raras.

Em qualquer outro lugar do Cosmo, os niveis de radiacao sao tao altos, os
elementos necessarios 'a vida tao raros, os planetas hospitaleiros tao
poucos e as chuvas de meteoritos mortais tao intensas que a vida nao
conseguiria evoluir ao ponto de chegar a sociedades avancadas.

Microbios alienigenas talvez conseguissem sobreviver em lugares inospitos,
explicam os pesquisadores. O livro lancado por eles mes passado, "Terra
rara", suscitou uma onda de elogios e criticas.

Os detratores dizem que eles fazem conclusoes superficiais sobre a
adaptabilidade da vida. Ja' outros cientistas dizem que o livro e'
brilhante e corajoso.

"O que fizemos foi dizer em voz alta que muita gente pensa ha' anos: a vida
complexa e', no minimo, muito rara", disse Peter D. Ward, da Universidade
de Washington, um paleontologo especializado em extincoes em massa.

O outro autor e' Donald C. Brownlee, da mesma Universidade. Brownlee e' um
astronomo conhecido nos EUA, membro da Academia Nacional de Ciencias e
diretor do programa Stardust, da Nasa, que investiu US$ 166 milhoes para
coletar poeira das estrelas.

"As pessoas dizem que o Sol e' uma estrela tipica. Isso nao e' verdade.
Quase todos os ambientes no Universo oferecem condicoes terriveis para a
vida. Ela so' poderia existir em jardins do Eden, como a Terra", disse
Brownlee.

Geoffrey W. Marcy, da Universidade da California, um proeminente
descobridor de planetas e estrelas, saudou "Terra rara" como uma revolucao
no pensamento sobre vida extraterrestre.

"E' brilhante e solidamente ancorado. Alem do mais, teve coragem de negar
uma coisa na qual as pessoas querem ardentemente acreditar", elogiou Marcy.

A ideia de que Cosmo poderia ser povoado por civilizacoes extraterrestres
se fortaleceu ha' quatro decadas e foi defendida por gente como Frank
Drake, criador de uma equacao para calcular a possibilidade de se encontrar
vida inteligente no espaco, e Carl Sagan.

Porem, segundo "Terra rara", dados recentes mostram que a Equacao de Drake
e' baseada em conclusoes otimistas sobre o Cosmo.

Ward e Brownlee disseram que a equacao nao levou em conta, por exemplo,
descobertas feitas com supertelescopios.

Ward disse que a taxa de queda de asteroides em Jupiter, por exemplo, e'
dez mil vezes maior do que a da Terra.

Estudos sobre planetas fora do Sistema Solar sao ainda mais desoladores e
mostram mundos caoticos.

Os cientistas listaram caracteristicas da Terra essenciais para o
desenvolvimento de vida complexa e que, ao que tudo indica, sao
extremamente raras no Universo.

Entre elas estao uma orbita capaz de manter o planeta na distancia certa de
sua estrela, de forma a permitir que a agua se mantenha em estado liquido;
e carbono suficiente para garantir o desenvolvimento de vida, mas que nao
chegue a causar um efeito estufa natural, como no superaquecido Venus.

Os pesquisadores disseram que a hipotese de "Terra rara" e' testavel. Os
dois cientistas tambem apostam na chance de existencia de microbios
extraterrestres em Marte, nas luas de Jupiter Europa e Ganimede e no
satelite de Saturno Tita.

Fonte:O Globo

[]'s
Léo



SUBJECT: [ciencialist] Biologia, Complexidade e o demonio
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/03/2000 06:53


De: neville <neville@catanduva.com.br>
Assunto: [ciencialist] Re: Biologia e Complexidadee



"Olá Gustavo !

Se você tiver condições de me enviar pela net o texto mencionado, eu lhe
agradeceria, pois tenho interesse no assunto.

Por outro lado, considero que o princípio do aumento de entropia é um
instrumento que não deve ser usado como pedra de toque sem outras
considerações."
--------------------------------
Apreciei notoriamente a síntese do Neville. Encaixa-se como luva em meu modo
de pensar. Já usei argumentos semelhantes em alguns debates, substituíndo o
termo 'endo-entrópico' por 'demônio de Maxwell'. Em substituição ao exemplo
da Jaca usei o próprio Corpo Humano, analisando a elevação de seu centro de
massa (ou centro de gravidade, num campo gravitacional de módulo constante,
na região em questão) e o consequente aumento de energia potencial.
A questão delicada da análise ficava por conta do 'mecanismo seletivo do
demônio' ou, pondo de outro modo, 'por que o demônio sabe organizar?'.
Nas suas palavras: "o que me parece importante é considerar que existem
mecanismos - tipo jaqueira - com propriedade de capturar uma energia
degradada ( a radiação eletro-magnética) e transforma-la em energia
potencial de vários tipos.", destaco, "com propriedades de" ... é onde
entra minha parte delicada da questão ' por que esse mecanismo sabe
organizar?'.
O buraco negro seria o 'demônio de Maxwell' do universo?

[]'s
Léo
----------------------------



SUBJECT: [ciencialist] Re: Novos neuronios
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/03/2000 08:30

> Como são criadas as novas células neurais ???
> Consiste num processo de mitose comum ??
>
> Apresento essa dúvida pelo fato de que na época que estudei o assunto
> diziam que o neurônio era uma célula muito especializada e por ser tão
> especializada tinham perdido sua capacidade de gerar novos neurônios.

bem, o artigo enviado falava em celulas-tronco, q. nao sao diferenciadas
ainda... mas artificialmente foi possivel fazer um neuronio dividir-se (se
nao me falha a memoria): o neuronio se desdiferencia, divide e diferencia
novamente...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Biologia e Complexidadee
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/03/2000 08:40

>
> Agora, o que dizer sobre termodinâmica da captura da energia radiante por um
> buraco-negro ?
> Considerando o universo como limitado, a longo prazo, fatalmente
> os buracos-negros capturariam toda a energia radiante disponível, reduzindo
> a entropia do universo -
> (ainda mais se eles conseguirem gerar matéria a partir da energia
> capturada).
>
> Enfim, eu não apostaria todas as fichas na teoria mecanicista do aumento
> irreversível da entropia do universo.

Neville,
Estou ha muito fora do campo da fisica, contudo,
lembro de ter lido que os buracros negros " evaporam " , isto eh
A enorme energia potencial em seu redor produziria partículas
ou seja, haveria transformação de energia em matéria aas custas
de sua massa interna.
Conjecturando: será q nao poderia ser essa a verdadeira " explosao" do big-bang ?
[]s
jocax




SUBJECT: [ciencialist] Re: Biologia, Complexidade e o demonio
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/03/2000 09:02

leo, neville...

acho q. nao precisamos ir tao longe assim...

peguemos como exemplo inicial um cristal q. cresce... como um cristal pode
crescer (e aumentar a sua propria organizacao)? isso nao violaria o
principio do aumento da entropia? ou poderemos pensar q. se trata de um
desvio estatistico? (a entropia tem, como lembrou neville, base
estatistica)

desvio estatistico tao somente nao pode ser o caso: o cristal apresenta um
numero suficientemente grande de componentes (atomos e suas subparticulas)
de modo a tornar sua ocorrencia - se fosse tao somente ao 'acaso' (acho
q. me alongaria demais se fosse explicar essas aspas) - pouco provavel...
e ainda assim se admitissemos q. pouco provavel nao implica em impossivel,
temos q. nao se observou um cristal crescendo uma unica vez, mas varias,
cristais de diferentes constituicoes...

o q. ha entao? o q. ha eh, novamente, o cristal nao eh um sistema fechado
- se medirmos a entropia do cristal *e* do meio de solucao (gasosa,
liquida ou solida) em q. ele cresce, notaremos um aumento de entropia - ha
uma diminuicao da organizacao de energia no sistema.
antes do cristal se formar, os atomos estao dispersos pela solucao e essa
dispersao cria um gradiente de energia potencial eletro-quimica, a
formacao do cristal segue esse gradiente - parte da energia eh convertida
em energia de ligacao entre os atomos e parte eh perdida em forma de
calor... assim q. esse gradiente se desfaz o cristal deixa de crescer e
a unica coisa q. pode lhe acontecer (estatisticamente) daih em diante eh
*perder* sua organizacao...

coisas semelhantes acontecem com reacoes quimicas menos espetaculares -
qdo dois reagentes se complexam e atingem a energia de ativacao estarao
com mais energia do antes - mas - no caso de reacoes espontaneas - a
seguir atingirao um estado de menor energia.

a analogia q. faco eh com um reservatorio e um fluxo de alguma coisa -
como agua - se conectarmos o reservatorio ao fluxo podemos administrar o
registro q. controla o fluxo desse reservatorio: se o registro de saida
der menos vazao do q. o de entrada a quantidade de agua desse reservatorio
aumenta, se for o contrario diminui... se a quantidade ultrapassa a
capacidade do reservatorio, ha um extravazamento... agora o q. controla
esses registros? pode ser outros fluxos (eh o q. ocorre no caso dos
pulmoes das aves q. apresenta um controle da direcao do ar em seu interior
dado pela passagem de outras massas de ar).

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Falsa Polêmica: oculoseorelhas
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/03/2000 09:10

> > Vc diz que bacterias nao morrem. Eu nao concordo com isso.
> > Para q serviriam os anti-bióticos se nao para mata-las?
> > Quando uma bacteria se duplica formam-se duas novas bactérias ( clones ).
> > A bactéria original acabou, chegou ao fim de seu ciclo dando lugar
> > a duas novas. ( Que podem ser diferentes da original , caso hajam mutacoes ).
>
> eu nao disse nao morrem, eu disse q. as q. se reproduzem nao morrem - se
> morrer nao se reproduz... memoria seletiva eh fogo, campo fertil para
> distorcoes... mas sei bem o tipo de leitura q. vc faz...
>
> qdo uma bacteria se reproduz ela produz duas copias praticamente
> iguaizinhas a ela - e nesse processo ela nao morreu...
>

Se ela nao morreu vc nao pode dizer q ela sobreviveu.
Ela gerou dois clones , mas nenhum dos clones eh a bactéria original.


>
> estranho o qdo vc quer se apoiar na corrente principal da ciencia,
> contrariando-a ponto a ponto... depois quer inovar defendendo pontos
> arcaicos... vc eh extremamente contraditorio por isso q. essa discussao
> tem se alongado mais do q. eu queria...

Vc acha isso pq ateh agora vc nao entendeu.


>
>
> vc tem todo o direito de achar o q. quiser... soh acho errado querer
> passar - sem base q. o fundamente - isso adiante como se houvesse
> evidencias comprovacionais...
>

A base existe , soh que vc nao percebe.



>
> primeiro - preciso repetir - nao existe evidencias comprovacionais para
> etica, segundo q. vc distorce os conhecimentos sobre evolucao...
>

Pag 242 ( Consiliencia ) : ".. A SOLUÇÃO APONTA PARA UMA COMPREENSÃO
OBJEIVA DA OIGEM DA ÉTICA.
ALGUNS INVESTIGADORES PARTIRAM PARA TAL INVESTIGAÇÃO DOS
FUNDAMENTOS. A MAIORIA CONCORDA QUE OS CÓDIGOS ÉTICOS
SURGIRAM POR EVOLUÇÃO ATRAVÉS DA INTERAÇÃO DA
BIOLOGIA E CULTURA......" " POR SENTIMENTOS MORAIS
ENTENDE-SE AGORA INSTINTOS MORAIS COMO DEFINIDOS
PELAS MODERNAS CIENCIAS COMPORTAMENTAIS, SUJEITOS A
JULGAMENTO DE ACORDO COM SUAS CONSEQUENCIAS.
OS SENTIMENTOS DERIVAM, ASSIM, DE REGRAS EPIGENETICAS
, TENDENCIAS HEREDITARIAS...."
Pag 243 :
Á HERITABILIDADE DA APTIDAO MORAL ACRESCENTEM-SE
OS FARTOS INDÍCIOS DA HISTORIA DE QUE OS INDIVIDUOS
COOPERADORES COSTUMAM SOBREVIVER MAIS TEMPO E DEIXAM
UMA PROLE MAIOR.
É DE SE ESPERAR QUE, NO DECORRER DA HISTORIA EVOLUTIVA,
OS GENES QUE PREDISPÕEM AS PESSOAS AO COMPORTAMENTO
COOPERATIVO TENHAM VINDO A PREDOMINAR NA POPULACAO
HMANA COMO UM TODO. TAL PROCESSO REPETIDO POR MILHARES
DE GERACOES INEVITAVELMENTE DEU ORIGEM AOS SENTIMENTOS
MORAIS"




>
> > Agora vamos ao seu ponto "Descartiano":
> > Quando eu disse q depois de muitas geracoes as bacterias poderiam nao ter
> > nenhum gene igual aos da primeira isso NAO invalida o principio
> > da perpetuacao genetica. O principio serve para todos os seres vivos.
> > Se nao vejamos:
> > A cada geracao os genes, em geral, "guiam" os organismos para sobreviverem e se
> > reproduzirem.
> > Existem mutacoes durante o processo e os genes podem ficar diferentes dos originais.
> > Os genes mutantes que por alguma razao impeçam o organismo de sobreviver
> > e reproduzir tendem a desaparecer.
> > Os genes mutantes que favoreçam estas caracteristicas
> > mais do que os originais tenderao a tomar o lugar dos primeiros.
> > Note que mesmo que TODOS os genes mudem, estes novos genes AINDA "guiarão"
> > o organismo para sobrevivencia e reprodução. Nao havendo conflito nenhum
> > com o Genismo.
>
> claro q. ha - nao ha perpetuacao genetica... eles desaparecem, nao apenas
> por mutacoes, mas tbm pelo fenomeno geral da coalescencia (q. vai
> incluir deriva)... vc diz q. os nossos genes sao importantes, mas as
> informacoes deles nao sobrevivem a longo prazo,

Como não ????
Qtas geracoes vc acha que deveriam se passar para que 50% dos 100mil
genes que temos desaparecessem (por mutacoes vantajosas) do
genoma humano ?
Provavelmente a Terra ja teria acabado antes q isso ocorresse.



> teremos contribuido para a
> perpetuacao de *outros* genes q. nao os nossos - por q. entao insistir na
> reproducao de nossa propria prole? por q. nao cuidar de outra prole?
>

Ja te expliquei q o prazer de amar os nossos filhos de sangue eh maior
do que de amar os filhos dos outros. Isto eh instintivo.



>
> (e nao eh descartiano eh cartesiano o adjetivo corresponte de Descartes...
> em dois anos para escrever o livro pensei q. vc teria q. estudar genetica,
> evolucao, logica, filosofia e historia... mas creio q. vc vai ter q.
> comecar do basico: portugues... alias projetar e sujeitar com g sao de
> lascar... erros ocasionais de portugues sao admissiveis, mas barbaridades
> gramaticas gritantes e recorrentes, e ainda para um academico, sao
> inaceitaveis - infelizmente eh moeda corrente... seria argumento ad
> hominem se quisesse usar isso para desmerecer os seus argumentos - mas
> eles estao devidamente encaminhados - eu precisava eh soh dar uma aparada
> nessas arestas megalomanas... sabe como eh, nao pega bem...)

Posso imaginar seu sorriso sádico e prazeiroso ao escrever estas linhas.

jocax



SUBJECT: [ciencialist] Citologia
FROM: Marcelo Falcão <bvbsa@bvbsa.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/03/2000 13:57

Gostaria de saber qual a organela responsável pela digestao celular nas
celulas vegetais pois nelas nao existem os lisossomos.


Obrigado,

Marcelo



SUBJECT: [ciencialist] Re: Citologia
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/03/2000 17:53

celulas autotroficas produzem seus proprios alimentos - na forma de
compostos organicos prontamente metabolizaveis (acucares basicamente),
elas nao fazem digestao celular (nao fagocitam... ateh porq. sua parede
celulosica impediria isso)...

(falando de um modo bem simplista... talvez ateh demais)

[]s,

roberto takata


On Wed, 1 Mar 2000, Marcelo Falcão wrote:

> Gostaria de saber qual a organela responsável pela digestao celular nas
> celulas vegetais pois nelas nao existem os lisossomos.
>
>
> Obrigado,
>
> Marcelo



SUBJECT: [ciencialist] Re: Falsa Polêmica: oculoseorelhas
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/03/2000 19:18

> > Aqui vai de novo o cilco do processo evolutivo :
> > 1-Os Genes podem sofrer mutacoes que poderão fazer com que o fenótipo (ser),
> > em interacao com o ambiente, aumente ou nao a chances do ser passar
> > estes genes aa proxima geracao.
> > 2- Caso esta mutacao seja favorável temos uma vantagem evolutiva e estes
> > genes terao a tendencia de se espalhar pela populacao mais que os outros.
> > 3- Depois de varias geracoes estes genes poderão fazer parte da maioria
> > ou mesmo de toda populacao. Temos um passo evolutivo.
> > O *ciclo* recomeca no passso 1.
> >
> > O q vc tem contra esse ciclo?
>
> eu tenho contra chamar isso de ciclo... nao fica indo do passo 1 para o 3
> passando pelo 2... vc nao considera os casos de migracao nem de deriva.
> jah temos 4 processos de evolucao: mutacao, deriva, selecao (natural,
> artificial e sexual) e migracao - esses processos (q. na verdade sao muito
> mais detalhados e por isso tem seus sentidos e intensidades alterados
> momento a momento) nao seguem um ciclo - primeiro vem a mutacao, depois a
> selecao, depois etc... cada coisa acontece de modo independente...

A essencia da evolução está na mutação e selecao. Eh a mutacao
que causa a variabilidade genética.
Se não fossem as mutações a vida nunca passaria de uma proto-bacteria.
A Deriva genetica age de modo oposto aas mutacoes, ela
elimina alelos da populacao fazendo com que esta tenha uma tendencia
a homozigotose.
Mas vc pode ateh colocar estes detallhes dentro do ciclo acima :

1-Os Genes podem sofrer mutacoes que poderão fazer com que o fenótipo (ser),
em interacao com o ambiente, aumente ou nao a chances do ser passar
estes genes aa proxima geracao.

2- A polulacao esta sujeita aa Deriva genetica que sao flutuacoes aleatorias
das frequencias genicas de modo que um dado gene se fixe ou seja
eliminado da populacao.

3- Caso esta mutacao seja favorável em sua interacao com o ambiente ( através
da seleção natural/artificial/sexual) teremos uma vantagem evolutiva e estes
genes terao a tendencia de se espalhar pela populacao mais que os outros.

4- Depois de varias geracoes estes genes poderão fazer parte da maioria
ou mesmo de toda populacao. Temos um passo evolutivo.

O *ciclo* recomeca no passso 1.


>
>
> vc continua confundindo evolucao (alteracao do pool genetico de uma
> populacao) com selecao.
>

A selecao faz parte do *processo* evolutivo, eu nao confundo isso.


>
> > > o q. vc estah querendo chamar de detalhes, neste nivel, eh o proprio
> > > processo...
> >
> > Nao mesmo , o processo a que me referi esta escrito no
> > paragrafo acima.
>
> vc nao entendeu... faco o q? ainda bem q. o meu intento nao eh
> convencej-lo...
>
> > > se a selecao para plantas esbanjadoras de agua tiver sido
> > > muito efetiva - 100% das plantas altamente adapatadas a regioes alagadas -
> > > uma seca vai exterminar a populacao... se os processos fossem sempre os
> > > mesmos teriamos uma bidirecionalidade da evolucao...
> > >
> >
> > Nao teriamos bidirecionalidade. Veja q a direcionabilidede eh em uma soh
> > direcao : No sentido de adaptacao do organismo ao meio ambiente para
> > sobrevivencia e reproducao. Esta direcao eh unica.
>
> nao tem sentido de adaptacao, a adaptacao nao eh para nada...

Vc sempre acha que o *para* que eu uso eh no sentido intecional/premeditado
nao eh. Eu ja expliquei no e-mail anterior qual o sentido do para:
Vc esta perto de um forno quente e encosta a perna nele.Eu te pergunto:
Porque vc retirou a perna repentinamente do forno quente?
Vc responde : *para* nao queimar.
Na linha q vc quer a explicacao a coisa complica muito:
Nao existia a intencao consciente de retirar a perna, foi um
arco-reflexo-involuntário ( nao consciente) que causou a reacao devido
a um impulso eletrico do tato de sua perna que se propagou ateh......
Este reflexo instintivo eh fruto de mutacoes geneticas que favoreceram os individuos
que eram portadores destes genes que codificaram estes arco-reflexos.
Eh muito + simples dizer : "Para nao queimar."

O mesmo acontece com a pergunta : Porque a lebre fugiu da raposa ?
Se eu dissesse : *para* salvar sua vida !
A resposta estaria errada:
A lebre nao sabe o q eh vida nem morte.
Ela apresenta instintos programados geneticamente que fazem com que
aa visao de um predador as faça temer e correr.
Esses instintos foram incorporados ao genoma das lebres porque lhes conferiam
vantagem evolutiva ( sobrevivencia ) sobre as lebres q nao as tinham.


> tem
> bidirecionalidade qdo se pode ir de um lugar e voltar ao mesmo ponto pelo
> mesmo caminho - isso ocorre aas vezes (eh qdo justamente ocorre o mesmo
> processo, mas em sentido inverso), mas a longo prazo nao.
>
> > > > > tirar numeros da cartola nao validam argumentos... se levarmos ao peh da
> > > > > letra esperariamos uma identidade dessa ordem entre os clones e irmaos
> > > > > gemeos... sabemos q. nao se dah dessa maneira...
> > > >
> > > > Os gemeos univitelinos apresentam, que eu saiba, uma morfologia 100% igual,
> > > > ateh suas impressoes digitais sao identicas.
> > > > De quanto vc acha q eh o nível de semelhanca entre gemeos ?
> > >
> > > nao 99,9999999999999999....%
> > >
> >
> > La vem vc de novo jogar palavras em minha boca :Eu disse diferenças entre
> > especies e NAO similaridades entre membros da mesma . Veja :
>
> eu joguei a morfologia 100%? se os genes determinam 99,999999...% das
> caracteristicas

Me mostra onde eu disse que os genes determinam 99,999..% das
caracteristicas? Morfologia nao sao todas as caracteristicas.


> > > nesse experimento os autores coletaram dados de cada caracteristica para
> > > pares de gemeos monozigoticos (MZ - univitelinos) e dizigoticos (DZ -
> > > divitelinos). MZ partilham praticamente 100% dos genes, DZ 50%.
> >
> > Nao concordo. Os DZ partilham *no mínimo* 50% dos genes e nao apenas
> > 50%. Como ja disse que quaisquer duas pessoas compartilham quase 100%
> > de seus genes. Vale observar que o chipanzé compartilha com o homem
> > mais de 90% de genes.
>
> bem, jah q. soh argumento de autoridade funciona com vc - discorde de
> todos os geneticistas q. entendem muito mais do q. vc do assunto...
>
> lembra-se do processo de divisao por meiose? sabe o q. acontece de
> especial? os cromossomos homologos se segregam e cada par se segrega
> independentemente...
>
> peguemos um organismo diploide com 2n=2 para nao complicar muito:
> um organismo (1) tem o cromossomo A1 e A1', outro (2) tem um cromossomo
> A2 e outro A2'... os gametas serao A1, A1', A2 e A2'... as combinacoes
> possiveis sao:
>
> A1A2; A1A2'; A1'A2 e A1'A2'...
>
> A1A2 e A1'A2' nao compartilham nenhum cromossomo! o minimo eh de 0%! por
> outro lado se um descentende for A1A2 e outro tbm terao 100% de
> compartilhamento!
>
> ha 50% de chance de se ter herdado um ou outro cromossomo de um par (e os
> genes correspondentes)... pra 2n=2 as chances de se partilhar 100% (ou 0%)
> eh de 1/2 x 1/2 = 1/4 = 25%...
>
> os humanos tEm 2n=46 (sao 23 pares de cromossomos), para dois irmaos
> compartilharem 100% dos genes (sem serem univitelinos) teremos (1/2)^46 =
> 0,000000000000014... (idem para nao partilharem nenhum gene). se os
> eventos de segregacao se sao ao acaso se espera q. na *media* (e nao
> minimo) partilhemos 50% dos genes com os nossos irmaos consanguineos...
>
> (vai precisar estudar probabilidade e analise combinatoria tbm pra
> escrever o livro... nao eh aa toa q. quase topou a aposta de daniel)
>

Eu *nao* estou falando de compartilhamento de cromossomos e sim dos genes !
Sao os genes que dao nossas caracteristicas e nao os cromossomos.
Um cromossomo pode ter dezenas de milhares de genes.
Se nao compartilhassemos a maioria dos *genes* ( nao cromossomos )
com outro ser humano qualquer, nao seríamos da mesma espécie.


>
> qdo se diz q. os chimpanzes apresentam uma semelhanca genetica de cerca de
> 98% significa q. 98% dos *padroes de bandeamento* dos cromossomos (qdo
> corados com tecnicas especiais) apresentam a mesma caracteristica... isso
> deve se refletir nas similaridades do *total* de sequencias... se esses 2%
> estao distribuidos uniformemente pelo genoma, entao nenhum gene serah
> igual - o q. importa aqui eh q. as sequencias sejam 100% iguais...
>
> vc deve saber da importancia q. pode ter a mudanca de uma unica base na
> sequencia de um gene. tbm estah por fora dos polimorfismos q. existe na
> especie humana (e em todos os grupos de modo geral): vc nao estah
> conseguindo distinguir os diferentes niveis em q. um gene deve ser
> considerado semelhante ou diferente.
>

Com relacao ao chipanzé eu vou verificar, mas tenho quase certeza de ter lido
q o compartilhamento eh a nivel genetico mesmo.


>
> > > > Seguem, em geral, esta máxima (claro que sempre existem casos particulares em que isso
> > > > nao ocorre). E aprova eh esta : os organismos que apresentam genes que os façam a
> > > > nao se preproduzir, este genes tenderam a nao passar aa proxima geracao.
> > > > Com o decorrer das geracoes estes genes tenderao a diminuir sua frequencia
> > > > e desaparecer da populacao.( esta eh a prova q vc mencionou acima )
> > >
> > > isso nao prova q. os organismos seguem ordens dos genes...
> > >
> >
> > Eles agem baseados nos instintos que estao codificados nos genes.
> > Repito uma lebre age como uma lebre pois em seu genoma esta
> > codificado este comportamento.
> > Vc acha entao q os animais fazem tudo aleatoriamente , ao acaso ?
>
> tsc, tsc... quando eu enfatizo q. depende da interacao entre os genes E o
> ambiente e q. essa interacao segue uma regra exata (mas q. nao conhecemos
> de todo) isso pra vc eh o mesmo q. dizer q. eh tudo aleatorio?
>
> se seguissem ordens dos genes o ambiente nao importaria - em havendo o
> mesmo gene sempre a resposta seria a mesma... alias ordens eh
> antropomorfismo q. vc nao consegue largar...
>

Eu nunca disse q o ambiente nao importaria. Disse que a norma de reacao dos genes
(faixa de variacao do fenotipo na interacao do genotipo com o ambiente)
eh parecida em ambientes normais. Se vc joga talidomida, compostos teratogenicos
etc... a coisa muda.

>
> > > vc diz q. o 'genismo' eh a doutrina para se cooperar com os genes - o q.

Nao eh uma doutrina *para* se cooperar com os genes : Eh uma doutrina
que leva a vc cooperar com os genes para ficar em sintonia com sua bagagem
genética. O genismo pretende q desse modo vc vai ter menos conflitos internos
e ser + feliz.



>
> > > vc prescreveu foi algo pra se harmonizar com o meio - vc tem namorado? vc
> > > quer achar um? (ah! me esqueci, existe um gene q. determina q. as pessoas
> > > - dia 6 de marco de 2000 aas dez da noite de brasilia esteja sem
> > > namorado(a) e outro q. no mesmo dia aas dez horas e 31 segundos
> > > determina q. se esteja querendo arranjar cia.)
> > >
> >
> > A "harmonizacao com o meio" tem exatemente este sentido :
> > "cooperaração com os genes". Harmonia supõe exatamente uma concordância
> > entre as partes q se harmonizam, no caso, as regras epigeneticas codificadas nos
> > genes e a nossa interacao consciente com o meio.
>
> meio = genes... ah! tah, entendi...
>
> > > ... (primeiro vc vai ter q. saber o q. eh um gene)
> >
> > Estas frases provocativas nao trazem nada de útil ao debate.
>
> tem, vc quer falar sobre coisas q. nao sabe... tudo bem, todos devem ter o
> direito de se expressar, mas quer q. a sua palavra sobre o q. nao sabe
> seja tomado como a versao certa... bem, nem q. vc soubesse sobre o q.
> estah falando isso teria validade...

Se eh assim entao pq vc se preocupa em argumentar e ler o q escrevo ?
Vc propõe que eu tenha *sua* palavra como a versao certa ? Pq deveria?


>
>
> > Se nao fosse inovador vc seria o primeiro a dedar que eu tinha copiado
> > de algum lugar e q essa doutrina ja estava esquecida e aposentada a anos.
> > Nao te conheço ?
> > Rotular simplesmente de darwinismo social nao traz nenhuma informacao nova.
>
> nao eh questao de copiar - se bem q. vc faz isso direto: citando wilson
> como a uma biblia (sem nem entender direito o q. estah escrito -
> intepretando literalmente todas as passagens).

Ah.. quer dizer q vc quer ler e interpretar a biblia para mim?

Ja que vc nao acredita no que eu falo nem no que o Wilson fala,
posso citar um trecho do Futuyama ( Biologia Evolutiva , pag 555 ) :
"É CLARO QUE NOSSO COMPORTAMENTO EH GENETICAMENTE
DETERMINADO NO SENTIDO COMUM, DE QUE O TAMANHO E A
COMLEXIDADE DE NOSSO SISTEMA NERVOSO SAO CODIFICADO
NO DNA..... AS DIFERENÇAS COMPORTAMENTAIS ENTRE HUMANOS
E O ORANGOTANGO. INCLUINDO AS DIFERNÇAS DE HABILIDADES
MENTAIS, SAO CONSEQUENCIAS DE DIFERENÇAS GENETICAS."



> mas se alguem jah pensou
> nisso antes, nao importa q. outra pessoa chegue a isso de modo
> independente - isso nao eh inovacao... (na verdade demonstra mais
> ignorancia sobre o q. se sucede no mundo em volta, mas isso eh detalhe)...
>
> e de qq forma nao seria uma inovacao a se louvar... alias sorte sua q. seu
> nome nao serah associado a um tipo de pensamento extremamente tenebroso...
>
> spencer passou a perna em vc em mais de cem anos - as ideias dele sao de
> 1896... e teve summer e bagehot tbm...
>
> *rotular* de darwinismo social? palavras suas de q. o 'genismo' serah um
> elemento de vantagem seletiva...
>

Sim palavras minhas !
O Genismo sera um elemeno de vantagem evolutiva, uma seleção artificial.
Os indivíduos que adotarem o Genismo procurarão sobreviver
e se reroduzir. Ao adotar essa doutrina eles terão mais chance de passar
seus genes aa próxima geracao do que outros que nao querem ter
filhos por uma razao ou outra.


>
> estou cozinhando-o... sabe como eh: dar corda pra se enforcar... e, nao,

Eh... vc gosta de cozinhar....
E depois de cozinhar o q vc gosta de fazer ?

> e sobre o 'insight', lamento (pois eh estou lamentoso hoje), mas muitas
> pessoas jah o haviam alertado sobre a relacao entre genismo e eugenia...
>

O que tem a ver genismo com eugenia ?



>
> > Pag. 237 ( Consiliencia ) : "... O TEMPO FOI MAIS DO QUE SUFICIENTE PARA
> > O DESENVOLVIMENTO DE REGRAS EPIGENÉTICAS - TENDÊNCIAS
> > HEREDITÁRIAS DO DESENVOLVIMENTO MENTAL -QUE GERAM
> > SENTIMENTOS MORAIS E RELIGIOSOS. A DOUTRINABILIDADE
> > TORNOU-SE UM INSTINTO. "
> > Pag 157 : "REGULARIDADES HEREDITÁRIAS DO DESENVOLVIMENTO
> > MENTAL QUE PREDISPÕE A EVOLUÇÃO CULTURAL EM UMA DIREÇÃO,
> > E NÃO EM OUTRA, LIGANDO ASSIM OS GENES Á CULTURA"
>
> citacao fora de contexto... mas pra vc nao importa...
>

Fora de contexto?! Aqui o Wilson esta falando das regras epigeneticas !


>
> > > parece q. vc jah nao sabe mais o q. eh importante no genismo - uma hora eh
> > > a felicidade individual, noutra a perpetuacao dos genes, noutra a
> > > felicidade media da populacao, noutra a informacao genetica...
> >
> > Vc nao entendeu mesmo ou soh esta querendo zoar ?
> >
> > 1-O Genismo eh uma doutrina que prentende guia-lo para felicidade máxima.
> > 2-Para tal ele prega q vc deve agir no sentido de perpetuar seus genes.
> > 3-O sentido de transcendencia eh dado pela preservacao de seus genes.
> > (vc morre seus genes ficam )
> >
> > Pergunta o q vc nao entendeu q eu posso explicar de novo.
>
> de 2 apreende-se q. felicidade eh perpetuar os genes... logo o 'genismo'
> prega a perpetuacao dos genes...
>
> a - 'A parte filosofica do Genismo diz que os genes eh nosso unico meio de
> transcendencia. Isto significa q devemos pensar em nossos genes como a
> UNICA forma de sobrevivencia pos morte. Desse modo nossa vida fisica nao
> tem muita importancia , entende? O q realmente importa eh a sobrevivencia
> genetica.' - http://www.eGroups.com/group/ciencialist/3960.html?
>
> b - 'Lembra da equacao da felicidade que postei aqui? Pois eh , o tempo de
> vida entra na equacao !' -
> http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4004.html?
>
> c - 'Uma bacteria ao se dividir pode sofrer mutacao , e assim
> sucessivamente de modo q depois de muitas geracoes as bacterias restantes
> nao tenham NENHUM gene igual aa bacteria original.' -
> http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4004.html?
>
> nao entendi como 'b' e 'c' se compatibilizam com 'a'
>

O item c que vc postou fala de bacterias e o Genismo trabalha com seres humanos.
Mas vamos trocar no item c bacterias por homens.
Os homens tem cerca de 100 mil genes.
Se vc tiver 2 filhos vc estará passando para a proxima geracao cerca de 100%
de seus genes ( vc ganha uma transcendencia genetica de uns 20 anos )
Se cada filho seu tiver 2 filhos vc ganha uma sobrevida genetica de + uma geracao
com cerca de 100% de seus genes preservados ( 1/4 em cada neto ).
Assim, se nao houver mutacao e cada descendente sempre tiver 2 filhos seus
genes estarao sempre 100% preservados.
Mas mutacoes podem ocorrer em algum gene. Neste caso um de seus genes
eh perdido e sua preservacao cai para um pouco menos de 100%.
O tempo que levaria para que todos os seus genes sejam mutados e vc
nao tenha + nenhum gene na populacao ( devido aas mutacoes ) eu
imagino que deva ser da mesma ordem da idade da terra.
Portanto, se vc adotar o genismo, alem da sua vida, vc terá um grande
número de gerações de perpetuacao genética. Claro, isso eh uma questao de
" fe´" no sentido de vc acreditar e sentir que seus genes são sua única forma de
perpetuação.


>
> > > o 'genismo' ainda nao conseguiu estabelecer q. a felicidade eh obtida
> > > seguindo-se seus mandamentos...
> > >
> >
> > O Genismo estabeleceu isto. O *dificil* eh provar isso.
> > Por hora eh uma intuição minha, sem provas. A prova seria usar a equacao
> > da felicidade que postei e mostrar q o genismo eh a solucao para ela.
>
> se nao provou nao estabeleceu nada...
>

Estabalecer nao eh provar :
Estabelecer : v. 1. Tr. dir. e pron. Dar estabilidade a, tornar estável ou firme. 2. Tr. dir. Dar

existência a; fundar, instituir. 3. Tr. ind. Assentar, determinar, prescrever, estipular, fixar.
4.
Tr. dir. Constituir, organizar. 5. Pron. Organizar-se. 6. Tr. dir. Conceder, instituir. 7. Tr.
dir. Impor. 8. Tr. dir. Iniciar, entabular.


>
> > A doutrina eh uma norma ética. Seus mandamentos sao claros e dizem que
> > se vc agir no sentido de perpetuar os genes vc vai ser mais feliz.
> > Os genes certamente vão se alterar com o passar das gerações e mesmo
> > a espécie humana evoluirá para uma outra.
> > Mas se em cada geração cada indivíduo agir de acordo com o Genismo ele
> > estará agindo no sentido de maximizar sua felicidade.
> > Isto é, *mesmo* q seus genes nao durem para "sempre" ( pois irao
> > sofrer mutacoes naturalmente ) as ações para máxima felicidade devem ser
> > tomadas neste sentido.
>
> eu posso ser mais feliz nao me reproduzindo... e se os genes nao duram,
> nao ha transcendencia...
>

Eu NAO disse q vc nao pode ser feliz. Eu disse q para vc conseguir a
felicidade MÁXIMA vc deve se reproduzir. Acredito que devam existir centros
especializados no cérebro que só são ativados ( gerando prazer ) quando vc
tem um filho ( as mulheres devem saber disso melhor q os homens ).
Enquanto os genes durarem vai durar sua transcendencia.

>
> > > mas eh uma forma muito mais eficiente e garantida de preservar as
> > > informacoes... jah q. vc estah tao certo tbm de inteligencias pululando
> > > pelo universo, as informacoes logo deveriam ser transpostas a um meio
> > > fisico - qdo a terra jah teria sumido do mapa, bem como a humanidade...
> > >
> >
> > Veja o custo beneficio disto : Não eh mais fácil vc usar o dinheiro para
> > ter e educar mais filhos do que se lancar numa empreitada com probabilidade
> > pequena.
> > Agora *SE* a terra e a humanidade ja estiverem sumindo do mapa
> > a idéia pode e deve ser usada para quem sabe coloniar outros planetas.
> > Eu sugeriria, neste caso extremo , lançamentos de naves com o material
> > genetico humano congelado ou algo assim.
>
> o custo eh muito menor digitalizando as sequencias - vc gasta com um filho
> em media de 40.000 mil reais soh com alimentacao e vestuario (fora
> educacao e outros) desde o nascimento ateh o fim da adolescencia. no total
> o custo medio eh de 120 mil a 200 mil reais por filho...
>

O custo vai depender do padrao de vida adotado. Existem muitas familias
com faixa de renda pequena q tem filhos e sao felizes.
Eu creio q o ser humano precisa dar um sentido transcendente para sua vida.
Viver apenas para gozar a vida com prazeres fúteis tornará a vida vazia.
Acho q se vc perguntar a uma mae quanto vale o filho dela saberá do que
estou falando.


>
> naves com material genetico sao muito mais custosas e tEm um alcance e
> durabilidade muito menor...
>

O problema eh q nao sabemos se a decodificacao dos sinais em genes será
executado. Existe um filme em que alienigenas mandam para a terra algo como
o projeto de um dna e depois nasce um ser alienigena que quer se procriar.
Nao lembro o nome...


>
> > > o 'genismo' nao eh um meio... eh uma etica = principio e nao meio ou
> > > fim... se fosse um meio seria uma descricao de mundo e nao poderia alegar
> > > um carater prescritivo...
> > >
> >
> > O Genismo eh um meio , um modo, uma maneira, uma norma, uma ética,
> > uma doutrina, uma religiao, uma conscientização, um paradigma,
> > uma maneira de pensar que pretende melhorar a vida das pessoas.
>
> etica nao eh meio eh principio...

> > > digamos q. o 'genismo' pretende ter um conjunto prescritivo e um conjunto
> > > descritivo... o conjunto descritivo estah essencialmente errado - pretende
> > > ser a teoria da evolucao, mas eh uma caricatura distorcida. pretende q. o
> > > conjunto descritivo justifique o conjunto prescritivo, coisa q. eh
> > > impossivel...
> >
> > Isso na sua opiniao, nao na minha.
>
> nao eh opiniao... tente justificar entao por A mais B a parte etica do
> 'genismo' em funcao do q. vc entende por evolucao... aceitando - novamente
> por questoes de argumentacao - as suas definicoes bisonhas sobre evolucao:
>
> e daih q. os genes querem se perpetuar?

Isso mostra q vc ainda nao entendeu mesmo.
Nós somos o progeto que esta escrito nos genes.
Os genes sobreviveram porque eles codificaram organismos com esta finalidade:
sobrevivencia genetica.
Nós somos organismos ( como outros ) cujo projeto genetico diz :
sobreviva e reproduza.
Se vc agir CONTRA estas instruções vc estara , *em geral* , em conflito
com o seu projeto. E isso poderá gerar tensões, psicoses etc..
Claro q seu projeto pode ser diferente do normal e a sua codificacao genetica
podera impeli-lo a nao ter filhos. Neste caso ele nao deverá lutar contra esta sua tendencia
inata.


>
>
> eu posso acabar com toda a vida, e daih? e daih q. nao tenha mais nada?

Olhando a equacao da felicidade vc verá que se vc der fim a sua vida,
seu prazer futuro tambem será cortado.
Nada contra desde q nao acabe com a *minha* vida :-)

> eu
> nao tenho como ser infeliz com isso se eu tbm estiver morto. morto nao
> tenho por q. me lamentar de nao ter vivido mais...

Com certeza vc nao sera infeliz se estiver morto. Mas antes de se matar vc
vai sofrer pois saberá q nao poderá + ser feliz.


> o 'genismo' nao tem
> como justificar q. nao se pode fazer isso *apenas* com um dado qq do
> mundo...
>

Nao entendi.


>
> > Nao tem nada a ver. O descritivo( teoria da evolucao ) eh uma
> > *explicacao* das origens do prescritivo (genismo) e nao uma premissa.
> > *Se* fosse uma premissa teríamos :
> > Prescritivo : Mandamentos do Genismo
> > Descritivo : Teoria da evolucao
> > Conclusao : Felicidade
>
> teoria da evolucao nao explica nada sobre as origens do 'genismo'... um
> modelo de funcionamento nao dah diretriz de comportamento...
>

A "origem" do genismo sou EU. A teoria da evolucao nao me explica?



>
> essa esquematizacao eh exatamente o q. teria q. ser feito: repare q. o
> descritivo nao fundamenta o prescritivo...
>
> > > > > nos nao estaremos felizes se fizermos o q. nos der na telha?
> > > >
> > > > Nao.
> > >
> > > por q. nao?
>
> vc nao respondeu!

Depende o q sua telha te der ! Se ela te der o Genismo melhor pro c.

>
>
> > > > > q. importa o
> > > > > depois? se morrermos nao ha consequencia nenhuma para nos...
> > > >
> > > > Mas enquanto vivermos haverá.
> > >
> > > e daih?
>
> vc nao respondeu!

E daih se quisermos ter uma vida feliz devemos lutar por isso.
A trancendencia genetica eh uma alternativa para almas/anjos e que tais.
O sentimento de alguma transcendencia nos torma + feliz em vida.


>
>
> > Vc quer viver uma vida feliz ou infeliz?
> > As suas acoes determinaram sua felicidade ou nao ( em vida ) .
>
> eu posso ser feliz de outro modo... nada no 'genismo' me garante q. eu
> serei feliz seguindo-o...
>

De fato, nao garante mesmo. Mas minha intuicao me diz que eh o melhor
caminho para ela ( felicidade ).



>
> > > > > depois de
> > > > > mortos nao temos o q. pagar... vou deixar de fumar? pra q? pra viver dez
> > > > > anos a mais privado do prazer de fumar?
> > > >
> > > > Vc em q estudar a equacao da felicidade q postei aqui.
> > > > Viver com saude nao eh nada ?
> > >
> > > pode nao ser - se tiver como mais importante aproveitar o agora... alem de
> > > q. vicio por nicotina vence qq argumento de saude...
> >
> > A felicidade eh a integral de prazer com o tempo.
> > Se vc diminuir o tempo vc deve aumentar o prazer para ter a mesma felicidade.
> > Se vc acha q fumar vai te dar prazer suficiente para compensar a perda
> > no tempo e qualidade de vida, o problema eh seu, mas lembre-se vc pode
> > estar enganado, eh um risco.
>
> nao preciso aumentar o prazer... acabou, acabou e daih?
>

Daih ? Por q as pessoas nao se matam agora ? Pq Elas querem gozar de uma
vida prazeirosa pelo máximo de tempo, por isso.

>

>
> > > por q. viveria melhor a vida com filhos? por q isso me daria prazer?
> > > filhos criam responsabilidades, filhos precisam de investimento financeiro
> > > q. poderia aplicar pra mim mesmo, filhos dao dor de cabeca.
> >
> > Os filhos te dão dois tipos de prazer :
> > O primeiro está relacionado com as regras epigeneticas ( instintos ) :
> > Como as pessoas foram moldadas evolutivamente para te-los,
> > se vc os tiver vc irá ter o prazer instintivo de amá-los.
> > E amar os filhos dá muito prazer.( Pergunte a quem os tem )
> >
> > O segundo prazer é o prazer de perpetuação, sentir que vc tem uma
> > sobrevida após sua morte : Metade de teus genes estarao em seu filho.
> > Ele eh quase como um meio-clone seu.
> >
> > Estes prazeres compensam amplamente todos os eventuais percalços.
>
> regras epigeneticas nao sao instintos...
>
> se alguem nao achar q. se perpetuar eh um prazer? vc teria q. provar
> primeiro q. a perpetuacao eh um prazer... se apenas definir como sendo um
> prazer soh tem valor etico e isso pode ser confrontado em peh de igualdade
> com qq outro sistema etico...
>
> conheco um bocado de gente q. tem desgosto dos filhos - virou traficante,
> brigou feio...
>

Mas pergunte a eles se eles prefeririam nao te-los.
Com certeza eles nao se arrependeram de te-los.


>
> > > se quiser o prazer da criacao poderei adotar um... e daih q. nao vou
> > > passar os meus genes?
> > >
> >
> > As regras epigenéticas moldam as pessoas de maneira a amar mais seus
> > proprios filhos do que os filhos dos outros. E amar da prazer.
> > Alem do mais o segundo nivel de prazer ( transcendente ) ficaria faltando.
> > Contudo nao deixa de ser uma possibilidade e muitos a adotam.
>
> q. prazer em transcendencia?
>

Toda religiao te da alguma forma de "sobrevida" pos morte.
Acho q o ser humano tem necessidade disso de algo deçle que dure alem
de sua morte. Se ele acreditar nesse algo ele irá ser + feliz.


>
> > Nao embroma.
> > Pegamos uma pesquisa que faça isso , algo contra ?
>
> 'Uma pessoa q adota uma cultura celibataria ( totalmente anti-genetica)
> fatalmente ira' sofrer'
> http://www.eGroups.com/group/ciencialist/3977.html?
>
> fatalmente implica em 100%, dei uma colher de cha e usei os 99,9999....%
> mandrake q. vc tirou do nada... nao tem embromacao nenhuma nas minhas
> consideracoes...
>
> [esta eh a penultima mensagem desda linha q. vou enviar - como disse nossa
> colega nair uma vez: o 'genismo' eh o papo mais cansado q. jah apareceu na
> lista...]

Eu gosto.
[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re: porque a anti-matéria temmassanegativa
FROM: Benjamin Hinrichs <hinsoft@sinos.net>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/03/2000 21:25

> > > Pensei que a matéria era convertida em energia seguindo a formula E =
> > > MC**2
> >
> > Hm, não pensei nesta fórmula. Mas uma alteração simples, E = Módulo(M)
> > * C^2, já elimina este argumento.
>
> Eu me referi a fórmula para justificar o sumiço da massa ... ela vira
> energia !!!

Ok, mas uma simples diferença de carga provoca o sumiço da mesma?? Não
faz sentido, por que o próton tem mais massa que um nêutron?? Este
mundo nuclear é sem sentido, é um mundo de loucos.

> > O meu problema é que não posso aceitar que duas massas positivas
> > possam se anular. Isto poderia significar que quando um elétron colide
> > com um próton que parte da massa deste se transforma em energia??
>
> Se elas se anulassem, não restaria nada, nem energia !!

Se anular, com isto quero dizer que a massa some. E não me venham com
essa história de que elétron pode ser tratado como onda-partícula que
essa não cola, pois seria fácil justificar a colisão de pósitron com
elétron, que resulta em uma onda eletromagnética e somente uma onda
eletromagnética. Ora, se isto justifica a história dos prótons e
anti-prótons podemos considerá-los onda-partícula!!

> Taquions foi a solução que os positivistas encontraram para driblar os
> limites impostos pela teoria relativística. Seria uma párticula cuja
> massa fosse um número imaginário, como consequencia disso eles teriam no
> mínimo a velocidade da luz.

Bem, a minha solução é mais viável, não conta com algo inexplicado
pela matemática, algo que não existe. Ora, ninguém sabe um valor exato
para i a não ser raiz(-1).
Ora, o Taquion é uma partícula teórica. Quero ver os caras produzindo
uma partícula dessas.

Outra coisa, se para nós algo alcança quase a velocidade da luz,
devemos lembrar que a Terra se move no universo e provavelmente o
corpo em questão pode estar bem acima ou bem abaixo da velocidade da
luz em relação ao centro do universo.

Chega, muita bobagem...

Abraço,

Benjamin Hinrichs





SUBJECT: [ciencialist] Re: Antes soh do que mal acompanhado
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 01/03/2000 21:33


-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
A ideia de que Cosmo poderia ser povoado por civilizacoes
extraterrestres
se fortaleceu ha' quatro decadas e foi defendida por gente como Frank
Drake, criador de uma equacao para calcular a possibilidade de se
encontrar
vida inteligente no espaco, e Carl Sagan.

Leo et alli.,
Carl Sagan nunca disse que: "acreditava na existência de
extraterrestres", ele afirmou que "acreditava na POSSIBILIDADE da
existência de extraterrestres"; coisas com significados muito
diferentes, pelo menos em ciência. Douglas





SUBJECT: [ciencialist] Re: Antes soh do que mal acompanhado
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/03/2000 22:25

Isso soa muito como a crença do geocentrismo na Idade Média

Creio que a hipótese de terra-rara ainda é muito precipitada pelo fato
de ainda conhecermos muito pouco do cosmo. Mal conhecemos o nosso
sistema solar, que base teriamos para afirmar com convicção que o
fenômeno da vida é tão raro a ponto de existirem possibilidades de não
haver vida em todo o cosmo ?

Isso me soa a um cientista querendo arrumar verba a custa de
expeculações com uma fundamentação teorica falha ou no mínimo
precipitada ... coisa que ultimamente vem acontecendo frequentemente e
tem contribuido para o descredito da ciência.

Lembrem-se que a Terra já foi um planeta inóspito .... (pulando aquela
parte dos coacervados) vieram as bactérias que produziram o gás
carbônico possibilitando a existencia de vegetais que por sua vez
produziram oxigenio (os menores, é claro) possibilitando a vida animal.
Ou será essa história mais um dos equívocos ensinados no 2º grau ?


SUBJECT: [ciencialist] Re: porque a anti-matéria temmassanegativa
FROM: Jairo Santos Vieira <JVIEIRA@vortex.ufrgs.br>
TO: Benjamin Hinrichs <hinsoft@sinos.net>
CC: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/03/2000 07:02

Heirichs.
A Fisica Teorica sempre se prestou para elocubracoes mentais deste tipo,
que nao rendem algo palatavel.
Os Tachyons ou Taquions, sao particulas, por enquanto, teoricas, que
teriam a velocidade superior a da luz, para existirem. Ora, alguem ja
dectetou-as?
Para se criar um novo paradigma, precisamos provas experimentais, Soh
equacoes nao bastam!
Como ciencia da natureza, a Fisica, precisa de comprovacao experimental,
ou a velha espada da experiencia, como queria Galileu. Fora disso teremos
esoterismo ou metafisica.
Eh muito facil dizer que a anti-materia tem massa negativa. Ponha essa
massa na Lei da Gravitacao Universal e olhe para o universo. Prove que um
corpo, estrela ou coisa que valha, expulsa toda a materia que se aproximar
dela. Encontrando isso, voce prova a existencia de massa negativa.
Eu te pergunto Heirichs: - Existe isso na natureza???
Ou a Lei da Gravitacao esta errada ou nao existe massa negativa!
Ou ainda, massas negativas, nao estariam sujeitas a Lei da Gravitacao?
Caso positivo, entao ela nao estaria tambem sujeita a E=m.C**2 . Por
que deveria estar?
Porque tentar validar ou privilegiar esta unica formula?
A partir desse raciocinio teriamos que criar uma nova Fisica.
Aniquilacao de materia eh uma reacao de particulas sub atomicas, que
devem estar sujeitas ao principio de conservacao da Fisica.
Num choque desses ha troca ou interacao de campos e nao simplesmente
sumisso de materia. Os campos se interagem durante toda a trajetoria da
particula ateh haver mudanca substancial de direcao e/ou aparecimento de
ondas.
Existe um fisico alemao, um cara novo, (uns 30 anos) que tenta
provar que, na experiencia de Young, a interferencia ocorre, porque a
luz nao interfere porque muda sua dimensao, passando para outra, desta
forma nao interferindo. Porem ele ainda nao conseguiu convencer ninguem.
Ateh.
Jota
On Wed, 1 Mar 2000, Benjamin Hinrichs wrote:

> > > > Pensei que a matiria era convertida em energia seguindo a formula E =
> > > > MC**2
> > >
> > > Hm, nco pensei nesta fsrmula. Mas uma alteragco simples, E = Msdulo(M)
> > > * C^2, ja elimina este argumento.
> >
> > Eu me referi a fsrmula para justificar o sumigo da massa ... ela vira
> > energia !!!
>
> Ok, mas uma simples diferenga de carga provoca o sumigo da mesma?? Nco
> faz sentido, por que o prston tem mais massa que um njutron?? Este
> mundo nuclear i sem sentido, i um mundo de loucos.
>
> > > O meu problema i que nco posso aceitar que duas massas positivas
> > > possam se anular. Isto poderia significar que quando um elitron colide
> > > com um prston que parte da massa deste se transforma em energia??
> >
> > Se elas se anulassem, nco restaria nada, nem energia !!
>
> Se anular, com isto quero dizer que a massa some. E nco me venham com
> essa histsria de que elitron pode ser tratado como onda-partmcula que
> essa nco cola, pois seria facil justificar a colisco de pssitron com
> elitron, que resulta em uma onda eletromagnitica e somente uma onda
> eletromagnitica. Ora, se isto justifica a histsria dos prstons e
> anti-prstons podemos considera-los onda-partmcula!!
>
> > Taquions foi a solugco que os positivistas encontraram para driblar os
> > limites impostos pela teoria relativmstica. Seria uma particula cuja
> > massa fosse um nzmero imaginario, como consequencia disso eles teriam no
> > mmnimo a velocidade da luz.
>
> Bem, a minha solugco i mais viavel, nco conta com algo inexplicado
> pela matematica, algo que nco existe. Ora, ninguim sabe um valor exato
> para i a nco ser raiz(-1).
> Ora, o Taquion i uma partmcula tesrica. Quero ver os caras produzindo
> uma partmcula dessas.
>
> Outra coisa, se para nss algo alcanga quase a velocidade da luz,
> devemos lembrar que a Terra se move no universo e provavelmente o
> corpo em questco pode estar bem acima ou bem abaixo da velocidade da
> luz em relagco ao centro do universo.
>
> Chega, muita bobagem...
>
> Abrago,
>
> Benjamin Hinrichs
>
>
>
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SUBJECT: [ciencialist] [Fwd: [ifusp-ex-alunos] Rutherford e o aluno...]
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/03/2000 11:16





SUBJECT: [ciencialist] Re: porque a anti-matéria temmassanegativa
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/03/2000 13:13

> > > Hm, não pensei nesta fórmula. Mas uma alteração simples, E = Módulo(M)
> > > * C^2, já elimina este argumento.
> >
> > Eu me referi a fórmula para justificar o sumiço da massa ... ela vira
> > energia !!!
>
> Ok, mas uma simples diferença de carga provoca o sumiço da mesma?? Não
> faz sentido, por que o próton tem mais massa que um nêutron?? Este
> mundo nuclear é sem sentido, é um mundo de loucos.

Não entendi essa sua justificativa.

> > Se elas se anulassem, não restaria nada, nem energia !!
>
> Se anular, com isto quero dizer que a massa some. E não me venham com
> essa história de que elétron pode ser tratado como onda-partícula que
> essa não cola, pois seria fácil justificar a colisão de pósitron com
> elétron, que resulta em uma onda eletromagnética e somente uma onda
> eletromagnética. Ora, se isto justifica a história dos prótons e
> anti-prótons podemos considerá-los onda-partícula!!

E então de onde vem a energia do sol ?

> Outra coisa, se para nós algo alcança quase a velocidade da luz,
> devemos lembrar que a Terra se move no universo e provavelmente o
> corpo em questão pode estar bem acima ou bem abaixo da velocidade da
> luz em relação ao centro do universo.

Isso se considerarmos o universo como sendo o universo newtoniano,
tridimensional. Se levarmos em conta um universo relativistico
quadridimendional a adição de velocidades não é tão simples assim

se tivermos uma velocidade do objeto observado como sendo O e a
velocidade da Terra (ambas velocidades em relaçào a um mesmo
referencial) for T, temos a velocidade resultante

T + O
R= ------
1 + TO
----
C^2

O grande problema dessa questão está em se a velocidade da luz pode ou
não ser ultrapassada, caso essa velocidade não for a velocidade limite,
a conceituação geométrica atual do universo está errada. Sem falar nas
transformações de Lorentz.
Ou seja, vou investigar isso melhor (existem inumeras referencias sérias
que afirmam que a velocidade da luz já foi ultrapassada tanto em
laboratório quanto na própria natureza), fazer umas perguntas por ai,
etc.


SUBJECT: [ciencialist] WHAT IS SUPERLUMINAL WAVE MOTION ?
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: "ciencialist@eGroups.com" <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 02/03/2000 13:30

Tirado de Science & Technology Magazine (http://www.cptec.br/stm)
Maiorino, J. E. and Rodrigues Jr., W. A.
WHAT IS SUPERLUMINAL WAVE MOTION?
em Inglês

Resumo

Nos últimos anos, dois tipos de movimento ondulatório superluminal
foram preditos teoricamente e verificados experimentalmente: (i)
velocidades de grupo superluminais, observadas na propagação de
ondas em meios dispersivos, no tunelamento de elétrons e de
microondas e na propagação superluminal de microndas no ar: (ii)
movimento superluminal de aproximações de abertura finita (AAF)
de soluções superluminais exatas das equações de Maxwell. Neste
trabalho tentamos esclarecer o significado de tais fenômenos e suas
implicações para os fundamentos da Teoria Quântica e da
Relatividade. No que concerne a Teoria Quântica, mostramos que
quando as principais equações de onda relativisticas (a equação de
onda homogenea, as equações de Maxwell, Dirac, Weyl e
Kein-Gordon) são expressas no formalismo do fibrado de Clifford
(que é desenvolvido com detalhes suficientes, para ser útil ao leitor),
aparecem relações antes insuspeitáveis entre, por exemplo, as
equações de Dirac e de Maxwell, um fato que sugere uma
interpretação à la de Broglie-Bohm da teoria. Tal interpretação
sugere uma origem e interpretação comum para o tunelamento
‘superlumial’ tanto de elétrons quanto de microondas em
experiências de tunelamento. Em ambos os casos, apesar de ser
fato que velocidades de grupo superluminas são observadas sob
certas condições, segue da teoria que a velocidade dos elétrons é
sempre subluminal e que a velocidade da energia associada a uma
dada microonda é também sempre subluminal ou no máximo luminal.
A origem das velocidades de grupo superluminais nestes dois casos
é um fenômeno chamado reformatamento de pulso, que é analisado
em detalhes neste trabalho, e que explica também, de maneira
natural, a maioria das velocidades de grupo superluminais
encontradas no movimento ondulatório em meios dispersivos.
Fundamental para a inteligibilidade das experiências que mostram
velocidades de grupo superluminais é entender o significado do
conceito de sinal. Mostramos, do ponto de vista teórico, que ondas
com espectro limitado de freqüências, não possuem um início ou
término no domínio temporal, sendo não causais em um sentido
bastante preciso. Para estas ondas, sob certas condições que
podem ocorrer quando propagam em certos meios dispersivos (ou
até no vacuo) é possível associar-se velocidades de grupo
superluminais genuínas, porque elas não possuem frontes,
contrariamente a ondas de banda larga (i.e., infinita) de freqüências.
Estas ondas são limitadas no domínio temporal (sinais de
Brillouin-Sommerfeld) e são tais que as frontes propagam-se com a
velocidade da luz no vacuo. Este trabalho apresenta também a teoria
matemática completa para a geração de soluções exatas de
velocidades arbitrárias (0 £ v < ¥ ) das equações de onda acima
mencionadas e também discute como gerar AAF para ondas
eletromagnéticas superluminais. O significado da superluminalidade
associado com AAF de ondas progressivas que não se distorcem
(chamadas UPWs, em inglês), como por exemplo, as ondas SEXWs
(superluminal electromagnetic X-waves) é também discutido e é
mostrado que é devido a um processo análogo (mas não idêntico)
ao fenômeno de reformatamento de pulso que ocorre, pôr exemplo,
no tunelamento de microondas sob certa condições. Uma
apresentação matemática rigorosa do Princípio de Relatividade
(PR) é dada. Mostramos que a existência de velocidades
genuinamente superluminais para movimentos ondulatórios
eletromagnéticos implica em uma violação do PR. Contudo
admitimos que todas as experiências que mostram algum tipo de
superluminalidade ( por nós analisadas ) não apresentam evidências
de que haja violação do PR.


SUBJECT: [ciencialist] Re: WHAT IS SUPERLUMINAL WAVE MOTION ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/03/2000 15:23

Leonardo ,
sem querer desmerecer os autores do trabalho e sua pesquisa
mas eu tenho algumas objecoes:

1- Este periodico - Science & Technology Magazine
pertence ao Centro Universitário Salesiano de São Paulo
e que eu saiba nao tem pretigio suficiente para se dizer que façam
publicacoes sérias.

2- As equacoes de Maxwell sao da idade da "pedra-lascada" e foram feitas
muito antes da teoria da relatividade. ( Mas nem por isso deixam de ser uteis )
Por isso velocidades superluminais sao plenamente possiveis a partir destas equacoes.

3- O próprio autor do artigo afirma que "a existência de velocidades
genuinamente superluminais para movimentos ondulatórios
eletromagnéticos implica em uma violação do Principio da Relatividade".
O q ja eh um forte argumento para se duvidar da seriedade do artigo.

4- Tudo q eu estou falando eh bobagem de ex-fisico falido sem nenhum valor
teórico ou experimental. :)

[]s
jocax


Leonardo Stern wrote:

> Tirado de Science & Technology Magazine (http://www.cptec.br/stm)
> Maiorino, J. E. and Rodrigues Jr., W. A.
> WHAT IS SUPERLUMINAL WAVE MOTION?
> em Inglês
>
> Resumo
>
> Nos últimos anos, dois tipos de movimento ondulatório superluminal
> foram preditos teoricamente e verificados experimentalmente: (i)
> velocidades de grupo superluminais, observadas na propagação de
> ondas em meios dispersivos, no tunelamento de elétrons e de
> microondas e na propagação superluminal de microndas no ar: (ii)
> movimento superluminal de aproximações de abertura finita (AAF)
> de soluções superluminais exatas das equações de Maxwell. Neste
> trabalho tentamos esclarecer o significado de tais fenômenos e suas
> implicações para os fundamentos da Teoria Quântica e da
> Relatividade. No que concerne a Teoria Quântica, mostramos que
> quando as principais equações de onda relativisticas (a equação de
> onda homogenea, as equações de Maxwell, Dirac, Weyl e
> Kein-Gordon) são expressas no formalismo do fibrado de Clifford
> (que é desenvolvido com detalhes suficientes, para ser útil ao leitor),
> aparecem relações antes insuspeitáveis entre, por exemplo, as
> equações de Dirac e de Maxwell, um fato que sugere uma
> interpretação à la de Broglie-Bohm da teoria. Tal interpretação
> sugere uma origem e interpretação comum para o tunelamento
> ‘superlumial’ tanto de elétrons quanto de microondas em
> experiências de tunelamento. Em ambos os casos, apesar de ser
> fato que velocidades de grupo superluminas são observadas sob
> certas condições, segue da teoria que a velocidade dos elétrons é
> sempre subluminal e que a velocidade da energia associada a uma
> dada microonda é também sempre subluminal ou no máximo luminal.
> A origem das velocidades de grupo superluminais nestes dois casos
> é um fenômeno chamado reformatamento de pulso, que é analisado
> em detalhes neste trabalho, e que explica também, de maneira
> natural, a maioria das velocidades de grupo superluminais
> encontradas no movimento ondulatório em meios dispersivos.
> Fundamental para a inteligibilidade das experiências que mostram
> velocidades de grupo superluminais é entender o significado do
> conceito de sinal. Mostramos, do ponto de vista teórico, que ondas
> com espectro limitado de freqüências, não possuem um início ou
> término no domínio temporal, sendo não causais em um sentido
> bastante preciso. Para estas ondas, sob certas condições que
> podem ocorrer quando propagam em certos meios dispersivos (ou
> até no vacuo) é possível associar-se velocidades de grupo
> superluminais genuínas, porque elas não possuem frontes,
> contrariamente a ondas de banda larga (i.e., infinita) de freqüências.
> Estas ondas são limitadas no domínio temporal (sinais de
> Brillouin-Sommerfeld) e são tais que as frontes propagam-se com a
> velocidade da luz no vacuo. Este trabalho apresenta também a teoria
> matemática completa para a geração de soluções exatas de
> velocidades arbitrárias (0 £ v < ¥ ) das equações de onda acima
> mencionadas e também discute como gerar AAF para ondas
> eletromagnéticas superluminais. O significado da superluminalidade
> associado com AAF de ondas progressivas que não se distorcem
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> (superluminal electromagnetic X-waves) é também discutido e é
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> eletromagnéticos implica em uma violação do PR. Contudo
> admitimos que todas as experiências que mostram algum tipo de
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SUBJECT: [ciencialist] Re: Citologia
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@cruzeironet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/03/2000 17:37

Amigos:

- Perdao pela pergunta aqui na lista:

- Alguem conhece um bom software para Estatistica ?
- Algumas funcoes estatisticas sei que posso encontrar no Excel,
mas estou procurando algo mais especifico. Se alguem conhecer
algum software para essa area, de preferencia shareware ou
freeware, agradeco muito se me enviarem algumas informacoes,
EM PRIVATE.

- Grato.

Paulo.
psdias@zaz.com.br



SUBJECT: [ciencialist] Mata, mata ...... mata
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/03/2000 19:52

5. Extincao em serie na Mata Atlantica nordestina

Cilene Guedes escreve para "O Globo":

O desaparecimento de animais que se alimentam de frutos ameaca de extincao
34% (145) das especies de arvores no que resta da Mata Atlantica brasileira
ao norte do Rio Sao Francisco.

Os calculos, feitos por pesquisadores da Universidade Federal de
Pernambuco, sao tema de uma artigo publicado na edicao desta semana da
revista cientifica britanica "Nature", uma das mais respeitadas do mundo.

Segundo o biologo Jose' Maria Cardoso da Silva, um dos autores da pesquisa,
em dez a 20 anos, essas especies de arvores terao desaparecido em
consequencia da caca indiscriminada de passaros e mamiferos e da destruicao
dos lugares onde esses animais vivem.

Varias plantas e animais, principalmente insetos, tambem poderao acabar
desaparecendo, por causa da extincao regional dessas arvores.

- Naturalmente ha' uma sinergia entre plantas e seus dispersores, mas
achamos que o desaparecimento dos frugivoros (animais que comem frutos)
sera ' o estopim para uma extincao em grande escala das arvores da floresta
ao Norte do Rio Sao Francisco - disse Jose' Maria.

De Alagoas ao Rio Grande do Norte ainda existem 427 especies endemicas de
arvores tipicas da Floresta Atlantica - apontada recentemente como um dos
25 ecossistemas mais ricos em biodiversidade do planeta. Trezentas e cinco
dependem de animais vertebrados (a maioria, passaros e mamiferos) para ter
suas sementes espalhadas.

Um terco dessas, porem, precisa justamente de um tipo de passaro altamente
vulneravel 'a interferencia humana na mata. Sao os passaros de bico largo
(com mais de 15 milimetros).

Eles podem se alimentar de frutos um pouco maiores, vivem nas areas mais
centrais das florestas e sao muito sensiveis a perturbacoes no ambiente.
Outros 16% dependem de mamiferos que comem frutas, normalmente primatas.

"As aves que estao desaparecendo sao tucanos, mutuns, jacus e cotingideos
(como a araponga). Elas precisam de grandes areas de floresta para manter
populacoes viaveis. O mesmo vale para grandes mamiferos frugivoros, como
macacos. Eles estao desaparecendo principalmente devido 'a reducao do
habitat e 'a caca. Caca-se muito nos fragmentos de florestas nordestinos",
alertou Jose' Maria.

As arvores que desaparecerao na falta dessas especies animais sao pouco
conhecidas - o que alarma ainda mais os pesquisadores.

"Muitas especies tem valor madeireiro, outras sao utilizadas como plantas
ornamentais ou mesmo como produtoras de frutos para consumo humano. Mas
muitas nao tiveram seu valor economico avaliado com precisao. Entre elas,
pode haver um numero alto de especies com valor farmacologico. Estariamos
perdendo um imenso capital natural com essas extincoes", disse Jose' Maria.

Mas o efeito-domino' nao pararia nas arvores. Com tantas especies a menos,
o solo perderia protecao, favorecendo a erosao. Alem disso, muitos outros
seres vivos - alem dos dispersores de sementes - dependem dessas arvores.

Entre eles, estao varios grupos de insetos e epifitos (vegetais que vivem
sobre outros, mas nao sao parasitas).

Como os epifitos tambem servem de habitat para algumas especies e os
insetos sao alimento de outras, e' ate' dificil, segundo os pesquisadores,
imaginar onde o ciclo de extincao se encerraria.

Apenas 2% da area originariamente coberta pela Mata Atlantica no Brasil
ainda estao preservados. A extincao de especies dispersoras e' apenas um
dos fatores que ameacam o que resta desse ecossistema.

Segundo Jose' Maria, com a expansao urbana e agricola e o desrespeito 'as
leis ambientais, o numero de especies de arvores da Mata Atlantica extintas
em 20 anos podera' ser ainda maior.

(O Globo, 2/3

[]'s
Léo ------ JCEmail - hoje.



SUBJECT: [ciencialist] Ataque ao genismo?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 02/03/2000 19:54

8. Metodo permite que genes sejam desativados

Engenheiros geneticos estao experimentando uma tecnologia para desativar
genes. Um artigo publicado ontem na revista New Scientist trata desse
assunto.

Os cientistas estao usando essa nova ferramenta para "revelar funcoes
geneticas ou desenvolver organismos geneticamente modificados livres de
toxinas e alergenios".

O processo ainda nao foi demonstrado em humanos ou animais vertebrados, mas
cientistas conseguiram usa-lo para desativar genes em fungos, plantas,
protozoarios e nematoides.

(O Estado de SP, 2/3)
[]'s
Léo ....... JCEmail - hoje




SUBJECT: [ciencialist] Monstro cosmico da lagoa limpa
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/03/2000 20:02

17. Observatorio Pierre Auger, na Argentina, registra seu primeiro raio
cosmico

O primeiro detector montado para o Observatorio PIerre Auger, em Malargue,
na Argentina, registrou a passagem de um raio cosmico, em 22 de fevereiro.

Este e' um marco na construcao do Observatorio, que cobrira' area igual a
tres vezes a do municipio do Rio de Janeiro.

O detector foi montado por equipe comandada pelo fisico Ademarlaudo
Barbosa, do CBPF, com o auxilio de Iuri Pepe, da Universidade Federal da
Bahia, e Germano Guedes, do CBPF, e da qual tambem faziam parte americanos,
mexicanos e argentinos.

A parte principal deste detector, um tanque com 12 toneladas de agua pura,
foi fabricado no Brasil, pela companhia Alpina Termoplasticos, de SP, sob a
supervisao da equipe de Carlos Escobar, da Unicamp.

O transporte de 3 destes tanques, de SP a Malargue, foi um periplo, que
durou quase tres semanas, enfrentando varios obstaculos, incluindo uma
complexa passagem pela alfandega, na fronteira entre os dois paises.

Ha ainda uma longa distancia ate ser completada a instalacao de 1600 destes
detectores. Na fase inicial, neste ano, o Observatorio pretende completar a
instalacao de 40 tanques, alem de um telescopio optico especial.

A equipe brasileira espera contribuir com parte substancial dos tanques,
pois com base no desempenho desta etapa e' que sera feita a decisao da
escolha dos 1560 tanques restantes.

O Observatorio Pierre Auger e' considerado um dos mais importantes
instrumentos a serem completados no futuro proximo.

A existencia de raios cosmicos com energias extremas nao pode ser explicada
por nenhum mecanismo convencional e tem causado perplexidade aos cientistas.

O Observatorio vai investigar a origem e natureza destes "monstros
cosmicos".

[]'s
Léo



SUBJECT: [ciencialist] Random Reality
FROM: "Daniel Sottomaior Pereira" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 02/03/2000 20:41

Bem ousado, mas com idéias interesantes.



Space and the material world could be created out of nothing but noise.
That's the startling conclusion of a new theory that attempts to
explain the stuff of reality, as Marcus Chown reports


IF YOU COULD LIFT A CORNER of the veil that shrouds reality, what would
you see beneath? Nothing but randomness, say two Australian physicists.
According to Reginald Cahill and Christopher Klinger of Flinders
University in Adelaide, space and time and all the objects around us
are no more than the froth on a deep sea of randomness.


SUBJECT: [ciencialist] Alguns topicos relacionados a superluminal (I)
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/03/2000 02:16

>
> 1- Este periodico - Science & Technology Magazine
> pertence ao Centro Universitário Salesiano de São Paulo
> e que eu saiba nao tem pretigio suficiente para se dizer que façam
> publicacoes sérias.

Ok ... vou dar mais algumas referencias

A - Los Alamos National Laboratory
Nota : "his archive is based upon activities supported by the U.S.
National Science Foundation under Agreement No. 9413208 (1 Mar 1995 thru
30 Sep 2000) with the Los Alamos National"

Laboratory, and by the U.S. Department of Energy

A0 - The geometry of spacetime with superluminal phenomena
T. Matolcsi, W. A. Rodrigues Jr
http://xxx.lanl.gov/abs/physics/9710024

A1 - Tunneling Times and "Superluminal" Tunneling: A brief Review
http://xxx.lanl.gov/abs/cond-mat/9802162

A2 -Tempi di Tunnelling (Tunneling Times
http://xxx.lanl.gov/abs/cond-mat/9802126

A3 - On Localized "X-shaped" Superluminal Solutions to
Maxwell Equations
Erasmo Recami
http://xxx.lanl.gov/abs/physics/9712051

A4 - Perturbative superluminal censorship and the null energy
condition
Matt Visser (Washington University), Bruce Bassett (Oxford), Stefano
Liberati (SISSA,Trieste))
http://xxx.lanl.gov/abs/gr-qc/9908023

A5 - Superluminality and Pair-Production
Eric Baird
http://xxx.lanl.gov/abs/physics/9807016

A6 - How to realize quantum superluminal communication?
Gao Shan
http://xxx.lanl.gov/abs/quant-ph/9906116

A7 - Noncausal Superluminal Nonlocal Signalling
R. Srikanth
http://xxx.lanl.gov/abs/quant-ph/9904075

A8 - Lorentz symmetry violation at Planck scale, cosmology
and superluminal particles
Luis Gonzalez-Mestres (LPC College de France and LAPP Annecy)
http://xxx.lanl.gov/abs/physics/9712056


SUBJECT: [ciencialist] problemas
FROM: gumaia@ig.com.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/03/2000 11:24

Caros colegas do ciencialist, em virtude de problemas técnicos no meu
servidor (coisas de internet grátis...) não consegui enviar minhas mensagens
resposta a alguns e.mails que recebi. Vou tentar enviá-los de uma vez.
Desculpem-me pelo transtorno que poderei causar com isso.
A maioria deles é sobre a polêmica gerada pelo tal genismo, que aliás acho
que chegou num ponte de desrespeito e falta de ética profissional entre os
dois principais envolvidos. Isto não deveria ocorrer neste tipo de ambiente.
Sei que certas coisas são extremamente irritantes e absurdas, mas o mínimo
de cortesia e respeito sempre deve ser mantido, ou simplesmente ignorar.
Até breve (espero),
Gustavo.

_________________________________________________________
Oi! Você quer um iG-mail gratuito?
Então clique aqui: http://www.ig.com.br/assineigmail.html



SUBJECT: [ciencialist] Re: Falsa Polêmica: oculoseorelhas
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/03/2000 12:24

bem, este email vai ser longo...

vc continua confundindo causa e efeito: qdo se pergunta 'por q. vc tirou a
perna?' - o 'por q' tem duas acepcoes: uma referente aa causa e outra
referente ao proposito...

no caso do ato reflexo q. nao tem um processamento consciente, a pergunta
com o sentido de proposito nao eh respondivel, a resposta 'pra alguma
coisa' nao vale... soh tem sentido a pergunta com o sentido de averiguar a
causa - 'o q. o levou a fazer isso?'... a causa imediata seria o ato
reflexo em si, mas a causa mais fundamental seria o estimulo de calor:
valeriam ambas as respostas de acordo com o nivel de causalidade q. se
deseja aprofundar (causas imediatas ou remotas?)...

a mesma elocubracao vale para o coelho fugindo da raposa (eh uma imagem
eurocentrica, mas vah lah)... supondo, claro q. nao envolva uma raciocinio
complexo de analise fria e calculista q. normalmente associamos a nos
humanos (e nao eh bem assim, mas vah lah tbm)...

enfim, confunde causa com efeito e pra justificar usa outra confusao de
causa e efeito - eh aquilo q. eu disse com o esquema das premissas e
conclusoes num raciocinio circular - pra afirmar a veracidade da conclusao
usa uma das premissas, pra afirmar a veracidade/legitimidade dessa
premissa usa a mesma conclusao...

----
evolucao nao eh um processo circular. processo pode ser entendido de duas
maneiras basicas: a) sequencia de eventos interligados ou b) sequencia de
operacoes...

por a) temos q. a evolucao nao eh circular - os eventos q. se sucedem nao
sao necessariamente iguais... ('os dados sao diferentes' segundo suas
palavras)

por b) temos q. a evolucao tbm nao eh circular - temos pelo menos tres
grandes operacoes: mutacao, selecao e deriva... pelo seu esquema deveria
primeiro ocorrer (ou nao) mutacao, depois deriva (ou nao) e depois selecao
(ou nao)... essa sequencia nao eh padrao: tto a mutacao pode ocorrer logo
apos a selecao e antes de uma deriva, qto antes da selecao e depois da
deriva ou depois de uma sem q. ocorra outra ou depois das duas ou antes
das duas, etc... nao existem passos: primeiro 1, depois 2, depois 3,
depois 1 de novo... (pode ser 1,2,3,1,2,3 como 1,2,2,3,2,1 ou 1,1,3,3,3,1
ou 2,1,3,2,1,1, etc...)

logo a causa nao pode ser tomado pelo efeito... nao existe finalidade,
tornando o uso de linguagem teleonomica totalmente inadequado - eh
possivel o seu uso desde q. se tenha a exata nocao de q. se usa estah
usando uma linguagem mais concisa, mas depois o resultado do uso dessa
linguagem precisa ser reconvertida para a linguagem descritiva sem
teleonomias. eh como converter numeros do sistema decimal em binario de
forma a facilitar a operacao por maquinas e se esquecer de reconverter o
valor dado para o sistema original: 1010 binario eh diferente de 1010
decimal... da mesma forma q. para quem nao estah acostumado a lidar com
binario nao se recomenda fazer essas transformacoes, nao eh bom usar de
teleonomias para falar com quem pode nao estar inteirado no assunto (inda
mais qdo quem estah falando tbm nao domina direito)...

-----------
confunde descricao/explicacao com prescricao/justificativa (como abaixo).
explicar *porq.* uma coisa ocorre nao eh dizer *pra que* isso acontece...


> Pag 242 ( Consiliencia ) : ".. A SOLUÇÃO APONTA PARA UMA COMPREENSÃO
> OBJEIVA DA OIGEM DA ÉTICA.
> ALGUNS INVESTIGADORES PARTIRAM PARA TAL INVESTIGAÇÃO DOS
> FUNDAMENTOS. A MAIORIA CONCORDA QUE OS CÓDIGOS ÉTICOS
> SURGIRAM POR EVOLUÇÃO ATRAVÉS DA INTERAÇÃO DA
> BIOLOGIA E CULTURA......" " POR SENTIMENTOS MORAIS
> ENTENDE-SE AGORA INSTINTOS MORAIS COMO DEFINIDOS
> PELAS MODERNAS CIENCIAS COMPORTAMENTAIS, SUJEITOS A
> JULGAMENTO DE ACORDO COM SUAS CONSEQUENCIAS.
> OS SENTIMENTOS DERIVAM, ASSIM, DE REGRAS EPIGENETICAS
> , TENDENCIAS HEREDITARIAS...."
> Pag 243 :
> Á HERITABILIDADE DA APTIDAO MORAL ACRESCENTEM-SE
> OS FARTOS INDÍCIOS DA HISTORIA DE QUE OS INDIVIDUOS
> COOPERADORES COSTUMAM SOBREVIVER MAIS TEMPO E DEIXAM
> UMA PROLE MAIOR.
> É DE SE ESPERAR QUE, NO DECORRER DA HISTORIA EVOLUTIVA,
> OS GENES QUE PREDISPÕEM AS PESSOAS AO COMPORTAMENTO
> COOPERATIVO TENHAM VINDO A PREDOMINAR NA POPULACAO
> HMANA COMO UM TODO. TAL PROCESSO REPETIDO POR MILHARES
> DE GERACOES INEVITAVELMENTE DEU ORIGEM AOS SENTIMENTOS
> MORAIS"


confunde conceito de regras epigeneticas:
regras epigeneticas sao regras de interacao gene/ambiente resultando num
fenotipo - fisiologico, morfologico, comportamental, etc...

como vc gosta de citacoes:

'*epigenetic* - Developmental; pertaining especially to interaction among
developmental processes above the level of primary gene action' - Douglas
J. Futuyma - Evolutionary Biology 1998 (Sinauer - 763 pag) - glossary.

'epigenetic rule - any regularity during epigenesis that channels the
development of anatomical, physiological, cognitive,or behavioral trait in
particular direction. Epigenetic rules are ultimately genetic in basis, in
the sense that their particular nature depends on the DNA developmental
blueprint. They occur at all stages of development, from protein assembly
through the complex events of organ construction to learning. Some
epigeneti rules are inflexible, with the final phenotype being buffered
from all but the most drastic environmental changes. Others permit a
flexible response to the environment; yet even these may be invariant, in
the sense that each possible response in the array is matched to one
environmental cue or a set of cues through the operation of special
control mechanisms. In cognitive development, the epigenetic rules are
expressed in any one of the many processes of perception and cognition to
influence the form of learning and transmission of culturgens.' - Charles
J. Lumsden & Edward O. Wilson - Genes, mind, and culture: the evolutionary
process 1981 (Harvard - 428 pag.) - pag. 370.

fazem-se necessarios alguns comentarios para a ultima definicao. os
autores consideram as regras como sendo em ultima instancia de natureza
genetica: isso eh valido uma vez q. eles fazem a ressalva da atuacao do
ambiente - mesmo os q. consideram como invariaveis, soh o sao pela
relativa invariancia tbm do ambiente (a ressalva das mudancas drasticas
do ambiente). (neste caso eles estao considerando entao a parte das
propriedades geneticas q. determinam as regras epigeneticas). como no
proprio livro de divulgacao de e.o. wilson, considera-se as regras
epigeneticas mentais como uma subclasse das regras epigeneticas.

as regras epigeneticas *mentais* nao sao o mesmo q. instinto.
na visao do proprio wilson - instinto pode ser visto como comportamentos
q. exibem um alto grau de estereotipizacao (Sociobiology: the new
synthesis - pag. 151.)

futuyma trabalha com a nocao de instinto com se segue:

'The dichotomy between instinct and learning or between nature and nurture
is oversimplified. It is more useful to think of the magnitude of
phenotypic variation (variance) and the proportions of its genetic and
nongenetic ("environmental") components.' - (Futuyma, op. cit., pag. 579).

tto de wilson como de futuyma se tem q. instinto eh um fenotipo mental -
mais claramente qdo da comparacao em termos de equivalencia entre
aprendizado e instinto por futuyma. wilson considera aprendizado como um
resultado sobre influencia das regras epigeneticas mentais - logo nao pode
ser a propria regra. se aprendizado nao eh a regra epigenetica (mental) e
instinto tem um mesmo 'status' de aprendizagem, segue-se q. instinto nao
eh a regra epigenetica (mental) tampouco - mas um produto da atuacao dessa
regra guiando a interacao entre um genotipo e um ambiente.

alias essa passagem acima de futuyma remete a uma citacao anterior q. foi
colocada fora de contexto... vejamos q. escreveu realmente o autor:

'A norma de reacao comportamental do genotipo humano e'
extraordinariamente ampla; devido 'a nossa capacidade sem paralelo para a
aprendizagem e para o pensamento e 'a historia exclusiva da experiencia
pessoal de cada um, cada ser humano experimenta um ambiente diferente e a
variacao no nosso comportamento e', correspondentemente, diversa. E' claro
que nosso comportamento e' geneticamente determinado no sentido comum, de
que tamanho e a complexidade do nosso sistema nervoso e' codificado no
DNA, e tambem no sentido trivial, de que nosso comportamento poderia ser
muito diferente se tivessemos 15 cm de altura, se nao tivessemos o pelagar
em oposicao aos outros dedos ou se fossemos aquaticos, ao inves de
terrestres. As diferencas comportamentais entre humanos e orangotango,
incluindo as diferencas nas habilidades mentais, sao consequencias de
diferencas geneticas. Por outro lado, tambem e' verdade que nosso
comportamento e' uma consequencia do ambiente; cada caracteristica
fenotipica e' determinada pela resposta do genotipo 'as condicoes
ambientais' (Douglas J. Futuyma - Biologia Evolutiva 2a. ed. 1993 - SBG -
pag. 555)

isto eh, nessa passagem ele fala - como qq biologo - q. uma caracteristica
eh o resultado de gene *e* ambiente (nao significando q. a participacao
seja meio a meio e nem q. se um predomina outro eh inconsequente)..
-------
> Como não ????
> Qtas geracoes vc acha que deveriam se passar para que 50% dos 100mil
> genes que temos desaparecessem (por mutacoes vantajosas) do
> genoma humano ?
> Provavelmente a Terra ja teria acabado antes q isso ocorresse.

q. diremos entao da /Amoeba dubia/ com um valor C (tamanho do genoma
haploide) de 670.000.000 quilobases, em comparacao com o humano
(3.400.000)... essa ameba se reproduz assexuadamente como a bacteria (e
ainda q. seu tempo de vida seja mais curto q. o humano, sua populacao eh
muito maior)

> > teremos contribuido para a
> > perpetuacao de *outros* genes q. nao os nossos - por q. entao insistir na
> > reproducao de nossa propria prole? por q. nao cuidar de outra prole?
>
> Ja te expliquei q o prazer de amar os nossos filhos de sangue eh maior
> do que de amar os filhos dos outros. Isto eh instintivo.

isso nao ocorre com todos... e assim: pra quem ocorre, o 'genismo' eh
inocuo - *independentemente* do 'genismo', a pessoa vai ter filhos e deles
cuidar... pra quem nao sente isso o 'genismo' nao tem sentido nenhum...
vai pregar pros convertidos, vai chover no molhado...

> Posso imaginar seu sorriso sádico e prazeiroso ao escrever estas linhas.

imagine o q. quiser... (diversas vezes, cheguei a comentar essas coisas no
reservado com vc, mas nao surtiu nenhum efeito... porem creio q. passei
dos limites tbm - ainda q. eu ache q. merecesse - sim, eh um pedido de
desculpas)

------------
"Admito que a propria expressao 'dos genes 'a cultura' como principio
conceitual da ponte entre ciencia e humanidades soa etereo. Como pode
alguem ousar falar de um gene que prescreve a cultura? A resposta e' que
nenhum cientista serio fez isso. A rede de eventos causais que compreende
a co-evolucao gene-cultura e' mais complicada - e imensamente mais
interessante. Milhares de genes prescrevem o cerebro, o sistema sensorial
e todos os processos fisiologicos que interagem com o ambiente fisico e
social para produzir as propriedades holisticas da mente e cultura.
Atraves da selecao natural, o ambiente em ultima analise seleciona que
genes farao a prescricao.
"Por suas implicacoes atraves da biologia e das ciencias sociais, nenhum
tema e' intelectualmente mais importante. Todos os biologos falam da
interacao entre hereditariedade e ambiente. Eles nao falam, a nao ser em
jargao simplificado de laboratorio, de um gene que 'causa' determinado
comportamento e nunca querem dizer isso literalmente. Isso faria tanto
sentido quanto seu inverso, a ideia do comportamento surgido da cultura
sem a intervencao da atividade cerebral. A explicacao aceita da causacao
dos genes 'a cultura, como dos genes a qualquer outro produto da vida, nao
e' a hereditariedade sozinha. Nao e' o ambiente sozinho. E' a interacao
entre ambos.
"Claro que e' a interacao. Mas precisamos de mais informacao sobre a
interacao para conter a co-evolucao gene-cultura. O conceito esclarecedor
central do interacionismo e' a norma de reacao. A ideia e' facilmente
captada da seguinte forma: escolha uma especie de organismo seja animal,
planta ou microorganismo. Selecione um gene ou um grupo de genes que ajam
em conjunto para afetar determinado traco. Depois liste todos os ambientes
em que a especie consegue sobreviver. Os diferentes ambientes podem ou nao
causar variacao no traco prescrito pelo gene ou grupo de genes
selecionado. A variacao total do traco em todos os ambientes que permitam
a sobrevivencia e' a norma de reacao daquele gene ou grupo de genes
naquela especie." [ibdem p.130-131]

q. jah havia reproduzido em:
http://www.eGroups.com/group/ciencialist/2606.html?

(obs: a mesma objecao qto a este tipo de argumento q. fiz aa epoca
continua valendo, mas enfim)
-------------------
'Me mostra onde eu disse que os genes determinam 99,999..% das
caracteristicas? Morfologia nao sao todas as caracteristicas.' -
barcellos: http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4079.html?

'Eu sei, soh que 99,999999999999999999999% das diferencas sao devido aos
genes.' - barcelos: http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4050.html?

ah! era entre raposas e coelhos? mas vc justificava q. a diferencas entre
eles explicava a diferenca entre os humanos...

claro q. morfologia nao sao todas as caracteristicas e nem sao 100%
identicas nos gemeos... altura eh um compenente morfologico basico: nao ha
coincidencia total nas alturas dos gemeos - jah q. - novamente - nao sao
apenas os genes q. determinam a altura da pessoa, peso - idem.

'Eu *nao* estou falando de compartilhamento de cromossomos e sim dos
genes ! Sao os genes que dao nossas caracteristicas e nao os
cromossomos. Um cromossomo pode ter dezenas de milhares de genes.
Se nao compartilhassemos a maioria dos *genes* ( nao cromossomos )
com outro ser humano qualquer, nao seríamos da mesma espécie.' - barcelos:
http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4079.html?

os genes ficam onde?

'Eu nunca disse q o ambiente nao importaria. Disse que a norma de reacao
dos gene (faixa de variacao do fenotipo na interacao do genotipo com o
ambiente) eh parecida em ambientes normais. Se vc joga talidomida,
compostos teratogenicos etc... a coisa muda.' - barcelos:
http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4079.html?

'Tudo bem , mas mesmo q o ambiente mude bastante 99,9999% das diferencas
continuariam a ser devido aos genes.' - barcelos:
http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4050.html?

ah! sim, vc nao disse q. o ambiente nao importaria, mas q. teria uma
participacao de 0,0001%...

>> tem, vc quer falar sobre coisas q. nao sabe... tudo bem, todos devem
>> ter o direito de se expressar, mas quer q. a sua palavra sobre o q. nao
>> sabe seja tomado como a versao certa... bem, nem q. vc soubesse sobre o
>> q. estah falando isso teria validade...

'Se eh assim entao pq vc se preocupa em argumentar e ler o q escrevo ?
Vc propõe que eu tenha *sua* palavra como a versao certa ? Pq deveria?' -
barcelos: http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4079.html?

porq. vc estah propalando erros conceituais sobre evolucao... (alias esse
'por q.' q. vc usou eh correspondente a 'qual a causa q. faz vc
contra-argumentar' ou 'com que fim vc contra-argumenta'?)

nao eh a minha palavra, mas se os argumentos sao consistentes ou nao...
nao eh porq. e.o.wilson escreveu q. se considera automaticamente correto,
isso seria cair no argumento da autoridade, o mesmo vale pra qq pessoa. da
mesma maneira q. nao eh porq. uma pessoa nao eh conhecida na area q.
necessariamente fala bobagens sobre o tema.

agora estranho o q. vc considera em relacao aos outros:

'1- Este periodico - Science & Technology Magazine pertence ao Centro
Universitario Salesiano de Sao Paulo e que eu saiba nao tem pretigio
suficiente para se dizer que facam publicacoes serias.' - barcelos:
http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4086.html?

como se vc tivesse formacao pra falar de modo autorizado sobre evolucao,
mas - como disse - considero direito seu falar as bobagens q. quiser, mas
nao eh direito seu exigir q. sejam tratadas seriamente...

-------
'O que tem a ver genismo com eugenia?'
- barcelos: http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4079.html?

'Sim palavras minhas ! O Genismo sera um elemeno de vantagem evolutiva,
uma seleção artificial. Os indivíduos que adotarem o Genismo procurarão
sobreviver e se reroduzir. Ao adotar essa doutrina eles terão mais chance
de passar seus genes aa próxima geracao do que outros que nao querem ter
filhos por uma razao ou outra.' - barcelos:
http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4079.html?

doutrina totalitaria supostamente baseada em principios de natureza
genetica.

o 'genismo' eh contraditorio - jah q. se baseia na suposicao da
importancia cabal dos genes pela sua predominancia na determinacao das
caracteristicas, principalmente nos aspectos mentais, morais e eticos. mas
se justifica porq. os genes estariam sob ameaca dos comportamentos q. nao
sao geneticamente determinados. oras, se os genes fossem *tao*
determinantes na moldagem dos comportamentos nao haveria de se ter
preocupacoes em q. os comportamentos fossem contra eles proprios. porem se
fatores q. nao sao geneticos podem influenciar profundamente os
comportamentos humanos, isso significa q. os genes nao sao *tao*
determinantes assim...

ou os genes sao importantes (conforme a definicao de importancia do
'genismo') e aih nao sao seriamente ameacados (restringindo seriamente uma
aplicacao do 'genismo');

ou os genes podem ser seriamente ameacados (conforme alerta do 'genismo'),
o q. caracteriza q. nao apresentam uma capacidade de determinacao das
caracteristicas comportamentais (e outras) por si mesmos...

em suma: ou os genes sao 'importantes' (conforme definicao do termo para o
'genismo') ou sao passiveis de 'ameaca' (conforme de definicao do termo
para o 'genismo')... (ou nenhuma das duas coisas)

--------
'E depois de cozinhar o q vc gosta de fazer ?' - barcelos:
http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4079.html?

xiii... sai fora q. eu me garanto. normalmente depois de cozinhar eu como,
mas realmente vc nao faz o meu tipo.

'Se vc tiver 2 filhos vc estará passando para a proxima geracao cerca de
100% de seus genes ( vc ganha uma transcendencia genetica de uns 20 anos
)' - barcelos: http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4079.html?

vc precisa estudar genetica e probabilidades... cada filho recebe 50% do
material genetico de um dos genitores, dois filhos nao perfazem 100%...

os genes estao organizados em cromossomos - de forma q. (sem considerar
permutacoes) ha 2x23 conjuntos basicos de genes (em cada conjunto os
genes vao juntos): os dois grupos de 23 sao separados de forma aleatoria
na formacao dos gametas. para um dado cromossomo (e os genes aih
presentes) ha uma chance de 50% de ser passado ou de nao ser passado. tto
na ocasiao do primeiro filho como na do segundo - dado q. sao eventos
independentes:

p(nao passar um dado cromossomo nas duas vezes): 0,5 x 0,5 = 0,25.

ou seja a probabilidade de passar pelo menos uma vez em duas ocasioes eh
de 1-0,25 = 0,75

em media nos dois filhos estarao presentes 75% do genoma de cada genitor.

nos quatro netos estarao presentes 75% do genoma dos dois filhos, 0,75 x
0,75 = 0,5625 do genoma original.

na vigesima setima geracao serao 0,04% do genoma original - teoricamente,
jah q. isso corresponde a 0,02 cromossomo - q. eh uma unidade discreta.

isso dah pouco mais do q. a historia oficial do brasil, 540 anos... os
escritos de aristoteles tEm uma duracao muito maior do q. seus (os
dele) genes...

se considerarmos recombinacoes e mutacoes e os desvios estatisticos a
coisa vai diminuir ainda mais... coalescencia eh o bicho!

chamar de transcendencia isso eh muuuuuuuuuuuita boa vontade... (uma
sequoia vive muito bem seus 1.000, 2.000 anos...)

se vamos acreditar em transcendencia genetica melhor comecarmos a tomar
remedios homeopaticos ultra-diluidos...

fora q. um individuo se caracteriza nao por seus genes tomados
isoladamente, mas pelo *conjunto* de genes (em interacao com o meio)...

> se nao provou nao estabeleceu nada...

'Estabalecer nao eh provar :
Estabelecer : v. 1. Tr. dir. e pron. Dar estabilidade a, tornar estável
ou firme. 2. Tr. dir. Dar existência a; fundar, instituir. 3. Tr. ind.
Assentar, determinar, prescrever, estipular, fixar. 4. Tr. dir.
Constituir, organizar. 5. Pron. Organizar-se. 6. Tr. dir. Conceder,
instituir. 7. Tr. dir. Impor. 8. Tr. dir. Iniciar, entabular.' -
barcelos: http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4079.html?

claro q. eh diferente, o q. nao tira a relacao de dependencia: se quer
tornar algo firme eh preciso de consistencia - eh preciso de provas...
eu disse:
p -> e (se provou, estabeleceu - deu base)
logo:
~p -> ~e (nao provou, nao estabeleceu)

e nao:
p <-> e
muito menos:
e -> p

'O custo vai depender do padrao de vida adotado. Existem muitas familias
com faixa de renda pequena q tem filhos e sao felizes.
Eu creio q o ser humano precisa dar um sentido transcendente para sua vida.
Viver apenas para gozar a vida com prazeres fúteis tornará a vida vazia.
Acho q se vc perguntar a uma mae quanto vale o filho dela saberá do que
estou falando.' - barcelos:
http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4079.html?

ou seja, tem a ver com interacao gene e ambiente *e* nao com o
condicionamento genetico... ou seja, eh banal...

'O problema eh q nao sabemos se a decodificacao dos sinais em genes será
executado. Existe um filme em que alienigenas mandam para a terra algo como
o projeto de um dna e depois nasce um ser alienigena que quer se procriar.
Nao lembro o nome...' - barcelos:
http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4079.html?

'Species' ou 'A experiencia'- ideia boa, realizacao ruim... se existem
ttas civilizacoes avancadas no espaco qto vc acha q. existem, fatalmente
pelo menos uma informacao serah transcodificada em genes... curiosidade eh
um dos parametros da inteligencia (um dentre centenas).

> e daih q. os genes querem se perpetuar?

'Isso mostra q vc ainda nao entendeu mesmo.
Nós somos o progeto que esta escrito nos genes.
Os genes sobreviveram porque eles codificaram organismos com esta finalidade:
sobrevivencia genetica.
Nós somos organismos ( como outros ) cujo projeto genetico diz :
sobreviva e reproduza.
Se vc agir CONTRA estas instruções vc estara , *em geral* , em conflito
com o seu projeto. E isso poderá gerar tensões, psicoses etc..
Claro q seu projeto pode ser diferente do normal e a sua codificacao genetica
podera impeli-lo a nao ter filhos. Neste caso ele nao deverá lutar contra esta sua tendencia
inata.' - barcelos: http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4079.html?

e daih? percebe q. sempre se poderah fazer essa pergunta? ela soh cessa se
se entra dentro de um quadro etico: nao existe argumentacao racional para
uma etica - logo nao se pode provar a justica de uma etica... a teoria
evolutiva eh portanto desvinculada do 'genismo': a teoria da evolucao nem
suporta nem deixa de suportar o 'genismo'.

> teoria da evolucao nao explica nada sobre as origens do 'genismo'... um
> modelo de funcionamento nao dah diretriz de comportamento...
>

'A "origem" do genismo sou EU. A teoria da evolucao nao me explica?' -
barcelos: http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4079.html?

argumentacao por desvio de significacao, jogos de palavras, argumentacao
lateral: uma das questoes continua sendo q. um modelo de funcionamento nao
eh diretriz de comportamento... dizer: 'as coisas sao assim', nao eh o
mesmo q. dizer: 'as coisas devem ser assim'...

esse erro eh por causa do seu uso de linguagem teleonomica: como vc
usa o 'para' no lugar de 'porq.' acaba tomando uma explicacao causativa -
dado pelo 'porq.', como uma explicacao finalista q. seria dado pelo
'para'.

(outra questao eh q. vc estah comentendo erro de caracterizacao sobre
como as coisas sao - ou como parecem ser de acordo com os conhecimentos
cientificos atuais)

bem, suas argumentacoes continuam eivadas de falacias, incorrecoes
conceituais e erros interpretativos (como confundir gene, loco genico e
alelo) - procurei explicitar as principais... nao pra vc, mas pro
ocasional incauto - seja um entusiasta da genetica, seja um detrator.

deixo agora livre - das minhas mensagens sobre o tema - as contas de email
dos nossos colegas.

[]s,

roberto takata





SUBJECT: [ciencialist] Re: Antes soh do que mal acompanhado
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/03/2000 12:31

> Creio que a hipótese de terra-rara ainda é muito precipitada pelo fato
> de ainda conhecermos muito pouco do cosmo. Mal conhecemos o nosso
> sistema solar, que base teriamos para afirmar com convicção que o
> fenômeno da vida é tão raro a ponto de existirem possibilidades de não
> haver vida em todo o cosmo ?

leonardo,

de fato os conhecimentos ainda sao escassos: tto para dizer q. *nao* ha
vida como para dizer q. *ha* vida inteligente em outros pontos de forma
cabal. (se bem q. nao eh o caso do livro, pelo q. eu entendi...)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Alguns topicos relacionados a superluminal (I)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/03/2000 15:01



Leonardo Stern wrote:

> >
> > 1- Este periodico - Science & Technology Magazine
> > pertence ao Centro Universitário Salesiano de São Paulo
> > e que eu saiba nao tem pretigio suficiente para se dizer que façam
> > publicacoes sérias.
>
> Ok ... vou dar mais algumas referencias
>

Eh... pelo jeito os fisicos sao quase mais loucos do que eu mesmo !
Estava dando uma olhada em alguns e realmente nao me parecem artigos serios.
Um deles ( Como realizar com. superlumim... ) fala :
"Desde que duas das pedras fundamentais da fisica ( mecanica quantica e
relatividade especial ) todas rejeitam comunicacao superluminal, assim, de modo
a conseguir comunicacao superluminal, precisaremos reve-las ..." ( !! )
E adiante : " De modo a admitir comunicacao quantica super luminal
a relatividade especial precisa ser mudada um pouco..." (?!!?)

Ou seja querem mudar as equacoes consagradas e testadas mundialmente
para obter a comunicacao superluminal.
PODEM ateh estar certos, mas eu sou um tanto conservador quando se trata
de mudar leis da fisica.
Artigos serios sao encontrados em periodicos de prestigio internacional.
Em geral , quando nao se consegue publica-los nestes periodicos, jogam-se
num site da internet.
Eu mesmo fiz isso por nao conseguir publicar o meu ( BCR ) !! :))
Veja em : www.cultvox.com.br
Tenho um artigo "nao sério" lá !
[]s
jocax

[]s
jocax
-

>
> A - Los Alamos National Laboratory
> Nota : "his archive is based upon activities supported by the U.S.
> National Science Foundation under Agreement No. 9413208 (1 Mar 1995 thru
> 30 Sep 2000) with the Los Alamos National"
>
> Laboratory, and by the U.S. Department of Energy
>
> A0 - The geometry of spacetime with superluminal phenomena
> T. Matolcsi, W. A. Rodrigues Jr
> http://xxx.lanl.gov/abs/physics/9710024
>
> A1 - Tunneling Times and "Superluminal" Tunneling: A brief Review
> http://xxx.lanl.gov/abs/cond-mat/9802162
>
> A2 -Tempi di Tunnelling (Tunneling Times
> http://xxx.lanl.gov/abs/cond-mat/9802126
>
> A3 - On Localized "X-shaped" Superluminal Solutions to
> Maxwell Equations
> Erasmo Recami
> http://xxx.lanl.gov/abs/physics/9712051
>
> A4 - Perturbative superluminal censorship and the null energy
> condition
> Matt Visser (Washington University), Bruce Bassett (Oxford), Stefano
> Liberati (SISSA,Trieste))
> http://xxx.lanl.gov/abs/gr-qc/9908023
>
> A5 - Superluminality and Pair-Production
> Eric Baird
> http://xxx.lanl.gov/abs/physics/9807016
>
> A6 - How to realize quantum superluminal communication?
> Gao Shan
> http://xxx.lanl.gov/abs/quant-ph/9906116
>
> A7 - Noncausal Superluminal Nonlocal Signalling
> R. Srikanth
> http://xxx.lanl.gov/abs/quant-ph/9904075
>
> A8 - Lorentz symmetry violation at Planck scale, cosmology
> and superluminal particles
> Luis Gonzalez-Mestres (LPC College de France and LAPP Annecy)
> http://xxx.lanl.gov/abs/physics/9712056
>
> ------------------------------------------------------------------------
> Envie links e textos para contrucao da pagina para o endereco material-pagina@usa.net
> --- ... ---
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com (sair da lista)
>
> ------------------------------------------------------------------------
> You have a voice mail message waiting for you at iHello.com:
> http://click.egroups.com/1/2130/4/_/19424/_/952060883/
>
> eGroups.com home: http://www.egroups.com/group/ciencialist
> http://www.egroups.com - Simplifying group communications



SUBJECT: [ciencialist] Re: Alguns topicos relacionados a superluminal (I)
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/03/2000 01:00

>
> Ou seja querem mudar as equacoes consagradas e testadas mundialmente
> para obter a comunicacao superluminal.
> PODEM ateh estar certos, mas eu sou um tanto conservador quando se trata
> de mudar leis da fisica.
> Artigos serios sao encontrados em periodicos de prestigio internacional.
> Em geral , quando nao se consegue publica-los nestes periodicos, jogam-se
> num site da internet.
> Eu mesmo fiz isso por nao conseguir publicar o meu ( BCR ) !! :))
> Veja em : www.cultvox.com.br
> Tenho um artigo "nao sério" lá !

Como você eu também estou cauteloso antes de aceitar a ideia da
velocidade superluminal pelas grandes conseqüências teóricas que isso
traz. Desde a geometria do universo até as transformações de Lorentz e a
Teoria Especial da Relatividade.

Contudo o tamanho das conseqüências me forçam a continuar procurando por
mais referencias sobre o assunto antes de tomar partido de alguma coisa.
Já obtive muitas referências apontando para revistas e periódicos
(alguns deles o autor afirma serem conceituados) como : "Physical Review
Letters", "Physic Letters", "Physics Reports" mas estes eu não disponho
de meios para checar a existência dessas referencias.

Hoje não procurei muito, só achei isso de relevante

B0 - Superluminal Motion: Fact or Fiction?
By Ryan Frewin,Renee George,Deborah Paulson
http://lal.cs.byu.edu/ketav/issue_3.2/Lumin/lumin.html

[Trecho - "About ten years ago, Steven Chu and Stephen Wong at AT&T Bell
Labs in New Jersey measured superluminal velocities for light pulses
traveling through an absorbing material (Brown 27). In 1991, Anedio
Ranfagni et al at the National Institute for Research into
Electromagnetic Waves in Florence, Italy measured the speed of
propagation for microwaves through a "forbidden zone" inside square
metal w aveguides. The reported values were initially less than the
speed of light, until the experiment was repeated in 1992 with thicker
barriers (Brown 27). Also in 1992, Gnnter Nimtz and colleagues at the
University of Cologne reported superluminal speeds for microwaves
traversing a similar forbidden region (Brown 27)."]


SUBJECT: [ciencialist] Tradução
FROM: "Daniel Sottomaior Pereira" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 04/03/2000 23:47

Minha vez de pedir ajuda... as expressões são


nose cones and rocket boosters
Há nomes específicos para isso? cones de nariz e propulsores de foguete
está bom?


ball lightning
Só sei que é um fenômeno atmosférico que poderia se crer ser um disco
voaador.


rape
n.
A European plant (Brassica napus) of the mustard family, cultivated as
fodder and for its seed that yields a valuable oil. Also called colza,
oil-seed rape.



The tabloid press had a field day.
Dia de campo não faz muito sentido... eles foram a campo mas acho que
não é isso.

E alguém tem boas sugestões para dowser e hoaxer?


Daniel



SUBJECT: [ciencialist] Re: Tradução
FROM: Wilson Baptista Junior <wilson@bis.com.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 05/03/2000 08:07

Olá Daniel,

At 18:47 04/03/00 -0800, you wrote:
>Minha vez de pedir ajuda... as expressões são
>
>
>nose cones and rocket boosters
>Há nomes específicos para isso? cones de nariz e propulsores de foguete
>está bom?

"nose cone" é cone de nariz mesmo.
"rocket booster" é foguete de propulsão auxiliar, diferente do motor principal.

>ball lightning
>Só sei que é um fenômeno atmosférico que poderia se crer ser um disco
>voaador.

"relâmpago globular" - é um tipo de relâmpago que parece uma bola de fogo.
É razoavelmente raro.

>rape
>n.
>A European plant (Brassica napus) of the mustard family, cultivated as
>fodder and for its seed that yields a valuable oil. Also called colza,
>oil-seed rape.

esta não sei... Não tenho um dicionário inglês/português aqui. Me parece
algo como "alfafa", mas não tenho certeza.

>The tabloid press had a field day.
>Dia de campo não faz muito sentido... eles foram a campo mas acho que
>não é isso.

"a field day" é gíria para um dia sensacional.
Você poderia traduzir a frase como "os tablóides se esbaldaram".

>E alguém tem boas sugestões para dowser e hoaxer?

dowser é "adivinho".
hoax poderia ser "mistificador".

Um abraço do
Wilson

============================================
Wilson Baptista Junior
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mailto:wilson@soempresar.com.br
mailto:wilson@bis.com.br
============================================



SUBJECT: [ciencialist] Re: Re: Tradução
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 05/03/2000 10:43

> >rape
> >n.
> >A European plant (Brassica napus) of the mustard family, cultivated as
> >fodder and for its seed that yields a valuable oil. Also called colza,
> >oil-seed rape.

eh colza mesmo, tbm conhecido como canola...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Tradução
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 05/03/2000 11:20

> E alguém tem boas sugestões para dowser e hoaxer?

'dowser' eh quem 'dowse' - q. eh procurar minas de agua ou minerios com
uma varinha. eh muito parecido com rabdomancia ou um tipo de radiestesia
ou bletonismo.
[http://www.ib.usp.br/~rmt/thesaurus/adivinhacao.html - tem uma listagem
dessas adivinhacoes - embora concebida de modo independente, pode ser
considerada meio como uma chupacao da lista do brudna, jah q. aproveitei
diversos termos q. tinha na lista dele e nao na minha... a pagina do luis
eh: http://www.geocities.com/CollegePark/Gym/7939/Humor/adivinhacao.html]

'hoax' eh peca, fraude, boato, hoaxer eh quem faz ou propaga 'hoax' - alem
de mistificador - sugerida pelo wilson -, poderia ser fraudador,
falsificador, boateiro, embromador (embromeiro), enrolador, enganador,
embusteiro, vigarista, loroteiro, mentiroso, peteiro, patranheiro,
trapaceiro (trapalhao, trapaceador, trapacento), 171, estelionatario,
intrujao, explorador [da boa feh alheia], trampolineiro, aproveitador,
etc... depende um pouco do contexto.

[]s,

roberto takata




SUBJECT: [ciencialist] Traducao
FROM: "Daniel Sottomaior Pereira" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 05/03/2000 15:00

> 'dowser' eh quem 'dowse' - q. eh procurar minas de agua ou minerios
com
> uma varinha. eh muito parecido com rabdomancia ou um tipo de
radiestesia
> ou bletonismo.

Eu tinha usado radietesia, que é mais geral, mas acho que rabdomancia é
mais adequado:

do Gr. rhábdos, vara + manteía, adivinhação
s. f., pretensa arte de adivinhação por meio de uma vara

dowse1 also douse (douz).
v. intr. dowsed, also doused, dows·ing, dous·ing, dows·es, dous·es. To
use a divining rod to search for underground water or minerals.





> [http://www.ib.usp.br/~rmt/thesaurus/adivinhacao.html - tem uma
listagem
> dessas adivinhacoes - embora concebida de modo independente, pode ser
> considerada meio como uma chupacao da lista do brudna, jah q.
aproveitei
> diversos termos q. tinha na lista dele e nao na minha... a pagina do
luis
> eh: http://www.geocities.com/CollegePark/Gym/7939/Humor/adivinhacao.h
tml]


> 'hoax' eh peca, fraude, boato, hoaxer eh quem faz ou propaga 'hoax' -
alem
> de mistificador - sugerida pelo wilson -, poderia ser fraudador,
> falsificador, boateiro, embromador (embromeiro), enrolador, enganador,
> embusteiro, vigarista, loroteiro, mentiroso, peteiro, patranheiro,
> trapaceiro (trapalhao, trapaceador, trapacento), 171, estelionatario,
> intrujao, explorador [da boa feh alheia], trampolineiro, aproveitador,
> etc... depende um pouco do contexto.


Puisé... é que hoax é tão adequado, natural e principalmente coloquial,
e essas palvras todas são mais sofisticadas, fraude tem mais cara de
171, etc... enfim, muito obrigado a você e ao Wilson, as dicas foram
bastante preciosas e certamente me custariam uma certa pesquisa - se é
que eu chegaria a resultados tão bons. Os resultados estarão brevemente
na minha seção da STR. Dividiremos o meu pagamento, ok?
lol



Daniel



SUBJECT: [ciencialist] Re: Traducao
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 05/03/2000 17:01

> na minha seção da STR. Dividiremos o meu pagamento, ok?

0/3 = ?

eqto isso os 'hoaxers' (J.J.Benitez, Walter Mercado, o proprio Quevedo e
afins) ganham a moh grana (por isso q. nao hesito em colocar 171 e
estelionatario como sinonimo de 'hoaxer')

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Traducao
FROM: "Daniel Sottomaior Pereira" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 06/03/2000 05:51

> > na minha seção da STR. Dividiremos o meu pagamento, ok?
>
> 0/3 = ?

Hehehe... ceis já notaram como é mis fácil enganar gente ue nao tem
formação científica? Ou só eu que percebi isso?
LOL
(Ok, nós também temos nossa parcela de ingenuidade, mas enfim...)




> eqto isso os 'hoaxers' (J.J.Benitez, Walter Mercado, o proprio
Quevedo e
> afins) ganham a moh grana (por isso q. nao hesito em colocar 171 e
> estelionatario como sinonimo de 'hoaxer')

É fato.


Daniel



SUBJECT: [ciencialist] Skeptical Inquirer Electronic Digest
FROM: "Daniel Sottomaior Pereira" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 06/03/2000 05:57

Se alguém uiser, é só pedir (ou assinar). Os tópicos são:


Who Wants to Be a Science-Savvy President?
http://abcnews.go.com/sections/science/WhosCounting/whoscounting.html

Some Science and Math Questions for the Candidates

Put the presidential candidates on a quiz show and maybe then we could
really find out what they know.

March 1 — During this presidential primary season the candidates have
been questioned in numerous forums by countless talking heads with
backgrounds in journalism, economics, and law, but seldom by anyone
knowledgeable in mathematics or science.
This is odd given the importance the candidates themselves ascribe
to education, particularly in science and mathematics.

Tem questões simples e interessantes...

======================================================

Getting to the Core of Mistakes in Medicine
http://www.nytimes.com/library/national/science/health/022900hth-doctor
s.html

Doctors have amputated the wrong leg, killed patients with overdoses of
medications and committed other serious errors for centuries. So why
only now is a United States president calling for the first national
plan to reduce such errors?
The reasons behind the new concern are as complex as medicine itself
and as varied as recent changes in society, including medical advances,
greater complexity of care, increasing challenge to medical authority
and new techniques to pinpoint sources of errors in the maze of systems
that doctors and hospital staffs use every day.
=====================================================

Global Warming: The Contrarian View
http://www.nytimes.com/library/national/science/022900sci-environ-clima
te.html

Over the years, skeptics have tried to cast doubt on the idea of global
warming by noting that measurements taken by earth satellites since
1979 have found little or no temperature rise in large parts of the
upper atmosphere.

The satellites' all-encompassing coverage yields more reliable results
than temperature samplings showing a century-long warming trend at the
earth's surface, they argued.

=====================================================



Daniel




SUBJECT: [ciencialist] espaco ou distancia
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/03/2000 19:01

Alguém poderia tirar uma dúvida que tenho sobre a equação v=e/t :
por que é usado "e" (espaço) em vez de "d" (distância)?

Obrigado, Douglas.




SUBJECT: [ciencialist] genismoxevolução
FROM: gumaia@ig.com.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/03/2000 11:34



>
> Sobre que modelo evolutivo vocês estão falando. Sobre este clássico
> neodarwnismo que
> agente aprende na escola?

> ======
> SIM, ateh onde eu sei eh o modelo mais aceito pela comunidade cientifica.

> Se vc tiver outras ideias , gostaria de saber !
> --%--

Na verdade são algumas idéias derivadas de conceitos sobre auto-
organização, os quais
foram melhor desenvolvidos por S. Kauffman, te confesso que precisaria
elaborar melhor
(tornar inteligível) para poder dizer algo. Este é um projeto que nunca
consigo levar a
cabo... mas um dia ainda conseguirei. Por enquanto é só conversa de butequim.
.

>
> Acho a idéia de sermos pacotes de luxo para moléculas
> replicantes estúpidas, muito pobre. Isto é coisa daquele senhor...o
Dawkins,
> não?
>
> =====
> As vezes os fatos nem sempre sao como gostariamos que fosse.
> O fato de sermos "pacotes de luxo" para moleculas replicantes nao implica
> que
> deixemos de ter sentimentos ou possamos progetar naves que vao aa lua.
> -%-
>

Sim, mais um motivo para este tipo de idéia ser "meio" absurda e
inconsistente. O que
torna um ser vivo são suas propriedade emergentes oriundas das relações
entre os níveis
de organização do sistema, não seus elementos constituintes isolados.

>
> Realmente ele é muito convincente. Mas não acho que a vida seja algo tão
> simples. Acho
> que ela merece um abordagem cientificamente mais complexa. Vocês
realmente
> acham que um
> planeta inteira foi moldado para preservar uma sequência de bases de
> nucleotídios ?
>
> ======
> Eu acho que sim. Qual sua opiniao aa respeito ?
> -%-
>

Realmente não acho isso, se fosse isto não seria nada razoável dipender
tanta energia
com pacotes tão elaborados quanto nós, bastariam bactérias e coisas do
gênero. Mas, ao
contrário, estamos aqui (eu espero) e é pouco provável que isto seja por
mero acaso,
assim me parece mais razoável pensar na vida como um processo de aumento de
complexidade
(organizacional e informacional) para otimizar a luta contra a entropia.

>
> Parafraseando Johon Horgan, isto seria o fim da ciência! (aliás, este
seria
> um livro
> interessante para todos nós discutirmos).
>
> =====
> Nao concordo, Pq seria ?
> -%-
>

Estou me referindo ao fim da ciência biológica, pois apenas nos
sobrariam notas de
rodapé e avanços na engenharia genética (que é tecnoligia pura). O grande
mistério da
vida (o que ela é) estaria resolvido: vida é o DNA. Que sem graça, não?

>
> Mesmo porque, este paradigma dominante da
> teoria da Evolução nem sequer alcançou ainda o status de lei!
>
> ======
> Mas eh o que temos de + verdadeiro ateh o momento. E, portanto, eh a
"lei"
> atual.
> -%-
>

Fazer o que...

>
> Podemos e devemos tentar
> questiná-la, afinal o cientista tem que buscar tentar falsear suas teorias,

> se não vira
> religião.
>
> =======
> CONCORDO !
> Muito embora o Genismo EH uma Religiao !!!! :)))
> -%s
>

Agora você me surpreendeu. O que você está fazendo aqui num grupo de
discussão
científica?! He, he.. brincadeirinha... Mas tenha paciência, você está
falando sério?

>
> O senhores poderiam dar uma olhada nas idéias de Stuart Kauffman sobre
> evolução, sei que na biblioteca do IB/USP, tem o livro Origins of Order,
e
> mesmo na
> internet existem muitos sites dele e Cia.
>
> ===============
> ADORARIA se vc pudesse resumir estas idéias,
> eh possível ?
> -%-
>

O que você está me pedindo não é muito fácil. Vou lhe enviar uma
transcrição de parte
de um texto meu onde falo algo a respeito. Como já disse um dos meus
projetos é estudar
os trabalhos dele, mas sozinho é muito difícil...

"Os modelos propostos pelo médico e biólogo do desenvolvimento Stuart
Kauffman baseiam-se
nas redes booleanas aleatórias. Este modelo, a príncipio, visa compreender
de que forma
genes ligados ao acaso, por exemplo, podem gerar estados de ordem dentro de
um mar de
possibilidades quase infinito (uma rede de apenas 1.000 genes possui cerca
de 1030.000
estados de atividades possíveis).
Redes booleanas são sistemas de variáveis binárias, cada qual com dois
estados possíveis
de atividade (ligado-desligado) ligados um ao outro, cuja atividade de cada
elemento é
governada pela atividade anterior de alguns elementos de acordo com a função
de comutação
booleana. As redes booleanas desenvolvidas por Kauffman são conhecidas como
modelos NK,
ou Redes Booleanas NK. N corresponde ao número de elementos de uma rede,
genes em um
genoma ou amino ácidos em uma proteína, e K corresponde ao número médio de
interações
entre cada elemento. Assim, em função de K a rede pode possuir um regime
ordenado
(congelado), complexo e caótico, onde não se encontram estados congelados.
(Kauffman,
1993).
Em determinadas circunstâncias, uma rede pode caminhar através de todos os
estados
possíveis do sistema antes de repetir cada um deles. Na prática, a rede
atinge uma série
de estados em torno dos quais ele gira repetidamente. Conhecida como um
ciclo de estado,
essa série repetida de estados é, na verdade um atrator no sistema. Cada
ciclo de estado
na rede pode ser considerado equivalente a diferentes tipos de células
biológicas,
seguindo, aproximadamente, a regra da raiz quadrada, onde o número de
atratores de uma
rede (tipos de células diferenciadas) é equivalente à raiz quadrada do
número de
elementos da rede. Assim, uma rede com 100.000 elementos (número próximo aos
de genes no
homem) geram cerca de 370 atratores (número próximo aos tipos celulares no
homem). Estas
redes possuem dois comportamentos com características biológicas: se este
for um modelo
razoável para a produção de tipos celulares, então todos os tipos de célula
deverão
expressar a maioria dos mesmos genes, com apenas uma pequena diferença; e a
outra
característica biológica refere-se à resistência dos atratores à perturbação,
as mutações
não se propagam para longe mas, quando realmente mudam, suas opções limitam-
se aos
atratores próximos (Kauffman, 1993, 1994)."

Uma leitura mais fácil de ser feita é o capítulo do Kauffman no livro "O que
é vida? 50
anos depois". realmente vale a pena ler este livro.
Abraços,
Gustavo.

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SUBJECT: [ciencialist] entropia
FROM: gumaia@ig.com.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/03/2000 11:35



Caro Neville, terei prazer em lhe enviar uma cópia do artigo, entretanto não
o tenho disponível em rede no momento,
se você mandar um endereço enviarei pelo correio. A idéia básica foi bem
simples, utilizei a equação de Carnot para
calcular a entropia contida em uma determinada massa vegetal, e atrelei os
resultados a uma estatística baseada no
modelo iformacional de Shannon. Coisa de biólogo, mas funcionou para o que
eu queria...

neville gravada:

Mensagem Original --> De: Gustavo Mia Souza [ e R Takata]

> b - a segunda lei da termodinâmica fala em sistemas fechados -
organismos
> não são sistemas fechados (se valesse a segunda lei da termodinâmica de

> modo estrito a nos, não poderíamos sequer ser concebidos
......................
Entretanto, existe sim produção de entropia nos sistemas biológicos, a
questão é que ela é dissipada e aumenta a entropia do meio externo (em
última análise do universo).
......................
Tenho um pequeno paper sobre isto, que se você tiver interesse está
publicado no último volume da Revista Brasileira de Biologia.
________________________________________________

Olá Gustavo !

Se você tiver condições de me enviar pela net o texto mencionado, eu lhe
agradeceria, pois tenho interesse no assunto.

_________________________________________________________
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SUBJECT: [ciencialist] Re: Falsa Polêmica: oculoseorelhas
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com, joao carlos <jocax@usp.br>
DATE: 08/03/2000 08:21

>

Bem, este email vai ser longo.
Primeiro gostaria de dar umas pinceladas em alguns pontos que considero importantes
para situar o leitor.
Eu selecionei alguns trechos interessantes que achei no livro do
Richard Dawkins ( O GENE EGOISTA ) :

Prólogo ( Robert Trivers ) (pag 15 ) :

"Dentro de cada espécie alguns indivíduos têm mais descendentes
sobrevivêntes que outros, de modo que as características herdáveis(genes)
daqueles reprodutivamente bem sucedidos tornam-se mais numerosos na geração
seguinte. A seleção natural é isto : a reprodução diferencial não aleatória
dos genes. ELA NOS FORMOU E É ELA QUE DEVEMOS ENTENDER SE QUISERMOS
COMPREENDER NOSSAS PROPRIAS IDENTIDADES. Embora a teoria da evolução
através da seleção natural de Darwin seja central ao estudo do comportamento
social( especialmente quando unida à genética de mendel), ela tem sido
amplamemte ignorada. Verdadeiras industrias se desenvolveram nas ciencias
sociais dedicadas aa construcao de uma visao pre-Darwiniana e pre-mendeliana
do mundo social e psicologico.... Sejam quais forem as razoes deste estranho
desenvolvimento, ha indicacoes de que ele esta terminando....
...Em resumo, a teoria social darwiniana nos da uma ideia de uma logica
e de uma simetria subjacentes nas relacoes sociais, as quais, quando forem
mais completamente compreendidas por nós, devem revitalizar nossa compreensão
política e fornecer o apoio intelectual a uma ciencia e medicina da
psicologia. Neste processo, ele deve dar-nos tambem UMA COMPREENSAO MAIS
PROFUNDA DAS MUITAS ORIGENS DE NOSSO SOFRIMENTO."

Agora do autor do mesmo livro :
Prefácio , Pag 17 :

"Este livro deveria ser lido quase como se fosse
ficcao cientifica. Ele destina-se a agradar a imaginacao. Mas nao e'
ficcao cientifica : É CIÊNCIA. Seja ou nao um lugar comum,
"mais estranho do que ficcao" exprime exatamente como me sinto com
relacao aa verdade. Somos máquinas de de sobrevivencia - veiculos
robo PROGRAMADOS CEGAMENTE PARA PRESERVAR as moleculas egoistas
conhecidas como GENES. Esta eh uma verdade que ainda me enche de surpresa.
Embora a conheça a anos, parece que nunca me acostumo completamente com
ela."

Capitulo 1 ('Por que sao as pessoas?' ), Pag 21:
"A vida inteligente em um planeta torna-se amadurecida quando pela
primeira vez compreende a razao de sua propria existencia.Se criaturas
superiores provindas do espaço algum dia visitarem a terra, a primeira
pergunta que farão, a fim de avaliar o nível de nossa civilizacao será :
'Eles ja descobriram a evolucao?'.... Darwin nos tornou possivel dar
uma resposta sensata à crianca curiosa cuja pergunta serve de titulo
a este capitulo. Nao mais teremos de recorrer aa supersticao quando
defrontados com problemas profundos : ha um sentido para a vida?
Para que existimos? O que eh o homem? Depois de formular a ultima destas
questoes, o eminente zoologo G.G.Simpson assim se expressa :'O que
quero esclarecer agora eh que todas as tentativas de responder
esta pergunta antes de 1859 sao inuteis e que sera melhor para nos
ignora-las completamente'. Hoje a teoria da evolucao está tao
sujeita aa duvida aa duvida quanto a teoria de que a terra gira ao
redor do sol, mas as IMPLICAÇÕES plenas da revolucao de Darwin
AINDA ESTÃO PARA SEREM AMPLAMENTE COMPREENDIDAS. A zoologia ainda é
uma materia minoritaria na universidades e ateh mesmo aqueles q a
escolhem frequentemente tomam esta decisao sem perceber seu significado
filosofico profundo. A filosofia e as materias conhecidas como Humanidades
ainda sao ensinadas como se Darwin nunca houvesse existido...."

Cap 2 Pg 40 :
Fala sobre a origem da vida algo que comecou com o que Dawlkins
chamou de 'replicadores' ( moleculas q conseguiam se replicar ):

".... Houve luta pela sobrevivencia entre as variedades de replicador.
Elas nao sabiam q estavam lutando nem se preocupavam com isto.
A luta foi conduzida sem quaisquer mal sentimentos, de fato, sem
sentimentos de quaisquer especie. Mas elas estavam lutando , no sentido
de que qualquer copia erronea que resultasse em um novo nivel de
estabilidade mais alto ou uma nova maneira de reduzir a estabilidade
dos rivais era automaticamente preservada e multiplicada.
O processo de melhoramento era cumulativo.As maneiras de aumentar
a estabilidade e diminuir aa dos rivais tornaram-se mais elaboradas
e mais eficientes.....Os replicadores começaram nao apenas a existir,
mas a costruir envoltórios para si, veícuos para sua existencia
ininterrupta. Os replicadores que sobreviveram foram aqueles que
construiram maquinas de sobrevivencia para aí morarem. As primeiras
maquinas de sobrevivencia consistiram em nada mais do que um revestimento
protetor.....Haveria um fim para o melhoramento gradual das tecnicas e
artificios utilizados pelos replicadores para garantir sua propria
permanencia no mundo? Que maquinas estranhas de auto-sobrevivencia
os milenios produziram ? Quatro bilhoes de anos mais tarde, qual
seria o destino dos antigos replicadores? Eles nao morreram pois
sao antigos mestres das artes de sobrevivência. Mas nao os procure
flutuando livremente no mar. Eles abandonaram esta liberdade nobre
ha muito tempo. Agora eles apinham-se em colonias imensas, em seguranca
dentro de robos desajeitados gigantescos, murados do mundo exterior,
comunicando-se com ele por meio de vias indiretas e tortuosas,
manipulando-o por controle remoto. Eles estao em mim e em você.
ELES NOS CRIARAM CORPO E MENTE. E SUA PRESERVAÇÃO EH A RAZÃO ULTIMA
DE NOSSA EXISTENCIA. Transformaram-se muito, esses replicadores.
AGORA ELES RECEBEM O NOME DE GENES E NÓS SOMOS SUAS
MÁQUINAS DE SOBREVIVÊNCIA.".


Outro livro que achei interessante eh "CONSILIÊNCIA" de E.O. Wilson.
Alguns trechos deste livro eu transcrevi abaixo:

"...'Foucault estava lutando com os mais profundos e espinhosos dilemas da
identidade moderna... Para quem nao acredita na existencia de Deus, da
lei natural ou da Razao transcendente e reconhece as formas variadas e
sutis pelas quais os interesse material - poder - corrompeu, ate'
constituiu, cada moralidade anterior, COMO VIVER, QUE VALORES OBSERVAR?'
Como e que valores realmente? Para solucionar esses perturbadores
problemas, comecemos nos afastando de Foucault e do desespero
existencilista.... Uma vez que nos recobremos do choque de descobrir
que o O UNIVERSO NAO FOI CONSTITUIDO TENDO NÓS EM MENTE, todo o sentido
que o cerebro consegue dominar, todas as emocoes que consegue suportar
e toda a aventura compartilhada que poderíamos querer desfrutar podem
ser encontradas decifrando-se a ordem hereditária que gerou nossa espécie
através do tempo geologico e marcou-a com os resíduos da historia
profunda. A razao será alçada a novos niveis e as emocoes serao
despertadas em padroes potencialmente infinitos..."

E na pag. 121 no Capitulo 'Dos genes à cultura' :

"Acredito que a maioria dos que contribuíram para a teoria nos
últimos 20 anos concordariam com o seguinte esboço de seus principios:
A cultura é criada pela mente coletiva, e cada mente por sua vez é o
produto do cerebro humano geneticamente estruturado. Genes e cultura estão
,portanto, inseparavelmente ligados.Mas a ligacao é flexivel, em um grau
ainda na maior parte ainda nao medido. A ligacao tambem é tortuosa:
OS GENES PRESCREVEM REGRAS EPIGENETICAS, que sao as vias e regularidades
neurais no desenvolvimento cognitivo pelas quais a mente individual se
constitui. A mente cresce do nascimento à morte absorvendo partes da
cultura existente disponíveis para ela, com seleções guiadas por
regras epigenéticas herdadas pelo cérebro individual....
Como parte da co-evolucao gene-cultura, a cultura é reconstruída a
cada geração coletivamente nas mentes dos indivíduos. Quando a tradição
oral é suplementada pela escrita e arte, a cultura consegue crescer
indefinidamente e pode até cobrir gerações. Mas a influência determinante
fundamental das regras epigenéticas, sendo genética e inextirpável,
permanece constante....Alguns indivíduos herdam regras epigenéticas
que lhes permitem sobreviver e se reproduzir melhor no ambiente
e cultura circundante do que indivíduos que carecem dessas regras,
ou pelo menos que as possuem em menor grau.
Mas isso significa, através de várias gerações que as
regras epigeneticas mais bem sucedidas se disseminaram pela populacao
junto com os genes que prescrevem estas regras. Em consequencia, a
espécie humana evoluiu geneticamente por selecao natural no comportamento,
tanto quanto na anatomia e fisiologia do cérebro....A natureza da
corrente genética e o papel da cultura podem agora ser melhor compreendido
nos seguintes termos. Certas normas culturais tambem sobrevivem e
se reproduzem melhor do que normas concorrentes, fazendo a cultura
evoluir em uma trilha paralela à evolucao genética e geralmente
muito mais rápida. QUANTO MAIS RÁPIDO o ritmo da evolucao cultural,
MAIS FRÁGIL a conexão entre gene e cultura, embora nunca se
rompa totalmente. A cultura permite um rápido ajuste a mudanças no
ambiente através de adaptações finamente sintonizadas, inventadas
e transmitidas sem uma prescrição genética precisa correspondente.
Nesse aspecto, os seres humanos diferem fundamentalmente de todas
as outras espécies animais."

Na pagina 150 :
"Os genes prescrevem regras epigenéticas, que são regularidades da
percepção sensorial e do desenvolvimento mental que animam e canalizam
a aquisição de cultura. A cultura ajuda a determinar quais genes
prescritivos sobrevivem e se multiplicam de uma geração aa proxima.
Novos genes bem sucedidos alteram as regras epigeneticas da populacao.
As regras epigenéticas alteradas alteram a direção e eficácia dos
canais de aquisição cultural.
O passo final nesta série é mais crucial e litigioso. Está corporificado
no problema da restrição genética. Através da pre-história em particular
até cem mil anos atrás, época em que o cerebro do moderno Homo sapiens
havia se desenvolvido, a evolução genética e cultural estavam estreitamente
acopladas. Com o advento das sociedades neolíticas e, em especial o
surgimento das civilizações, a evolução cultural saltou à frente em uma
velocidade que deixou a evolução genética marcando passo em comparação.
Assim, nesta ultima fase exponencial, em que grau as regras epigeneticas
permitiram que diferentes culturas divergissem? Quão rigorosa foi a
restrição genética? Essa é a pergunta chave e só é possível uma resposta
parcial. Em geral, as regras epigenéticas sao fortes o suficiente para
ser visivelmente coercitivas.. Mas em um grau que pode se mostrar
embaraçoso para um defensor empedernido da hereditariedade, as culturas
se dispersam amplamente em sua evolução sob as regras epigenéticas
até agora estudadas. ÀS VEZES, TEM EMERGIDO ASPECTOS CULTURAIS ESPECÍFICOS
QUE REDUZEM A APTIDAO DARWINIANA, PELO MENOS POR ALGUM TEMPO. A CULTURA
PODE DE FATO SE DESCONTROLAR POR UM PERÍODO E ATÉ DESTRUIR OS INDIVÍDUOS
QUE A PROMOVEM."

E na pagina 247 :
"A formidável do impulso religioso baseia-se em muito mais, porem, do que
a mera validação da moral. Grande rio subterraneo da mente ganha força de
um amplo espectro de emoções afluentes. Antes de mais nada vem o instinto
de sobrevivência...NOSSAS MENTES ANSEIAM POR UMA EXISTÊNCIA PERMANENTE.
SE NAO CONSEGUIMOS A VIDA ETERNA DO CORPO, A ABSORÇÃO EM ALGUM TODO IMORTAL
SERVIRÁ. QUALQUER COISA SERVIRÁ, CONTANTO QUE DÊ SENTIDO AO INDIVIDUO
E DE ALGUM MODO ESTENDA À ETERNIDADE AQUELA BREVE PASSAGEM DA MENTE
e espírito lamentada por Santo Agostinho como o curto dia do tempo."







> ----
> evolucao nao eh um processo circular. processo pode ser entendido de duas
> maneiras basicas: a) sequencia de eventos interligados ou b) sequencia de
> operacoes...
>
> por a) temos q. a evolucao nao eh circular - os eventos q. se sucedem nao
> sao necessariamente iguais... ('os dados sao diferentes' segundo suas
> palavras)
>
> por b) temos q. a evolucao tbm nao eh circular - temos pelo menos tres
> grandes operacoes: mutacao, selecao e deriva... pelo seu esquema deveria
> primeiro ocorrer (ou nao) mutacao, depois deriva (ou nao) e depois selecao
> (ou nao)... essa sequencia nao eh padrao: tto a mutacao pode ocorrer logo
> apos a selecao e antes de uma deriva, qto antes da selecao e depois da
> deriva ou depois de uma sem q. ocorra outra ou depois das duas ou antes
> das duas, etc... nao existem passos: primeiro 1, depois 2, depois 3,
> depois 1 de novo... (pode ser 1,2,3,1,2,3 como 1,2,2,3,2,1 ou 1,1,3,3,3,1
> ou 2,1,3,2,1,1, etc...)
>
> logo a causa nao pode ser tomado pelo efeito... nao existe finalidade,
> tornando o uso de linguagem teleonomica totalmente inadequado - eh
> possivel o seu uso desde q. se tenha a exata nocao de q. se usa estah
> usando uma linguagem mais concisa, mas depois o resultado do uso dessa
> linguagem precisa ser reconvertida para a linguagem descritiva sem
> teleonomias. eh como converter numeros do sistema decimal em binario de
> forma a facilitar a operacao por maquinas e se esquecer de reconverter o
> valor dado para o sistema original: 1010 binario eh diferente de 1010
> decimal... da mesma forma q. para quem nao estah acostumado a lidar com
> binario nao se recomenda fazer essas transformacoes, nao eh bom usar de
> teleonomias para falar com quem pode nao estar inteirado no assunto (inda
> mais qdo quem estah falando tbm nao domina direito)...
>

O fato de escrevermos uma serie de operacoes em serie nao significa que
elas necessariamente ocorram nessa ordem. Exemplo :
No dia-a-dia as pessoas normalmente repetem o seguinte ciclo :
- respiram
- tomam banho
- dormem
- alimentam-se
- conversam
- pensam
Nao necessariamente nesta ordem.



>
> -----------
> confunde descricao/explicacao com prescricao/justificativa (como abaixo).
> explicar *porq.* uma coisa ocorre nao eh dizer *pra que* isso acontece...
>
> > Pag 242 ( Consiliencia ) : ".. A SOLUÇÃO APONTA PARA UMA COMPREENSÃO
> > OBJEIVA DA OIGEM DA ÉTICA.
> > ALGUNS INVESTIGADORES PARTIRAM PARA TAL INVESTIGAÇÃO DOS
> > FUNDAMENTOS. A MAIORIA CONCORDA QUE OS CÓDIGOS ÉTICOS
> > SURGIRAM POR EVOLUÇÃO ATRAVÉS DA INTERAÇÃO DA
> > BIOLOGIA E CULTURA......" " POR SENTIMENTOS MORAIS
> > ENTENDE-SE AGORA INSTINTOS MORAIS COMO DEFINIDOS
> > PELAS MODERNAS CIENCIAS COMPORTAMENTAIS, SUJEITOS A
> > JULGAMENTO DE ACORDO COM SUAS CONSEQUENCIAS.
> > OS SENTIMENTOS DERIVAM, ASSIM, DE REGRAS EPIGENETICAS
> > , TENDENCIAS HEREDITARIAS...."
> > Pag 243 :
> > Á HERITABILIDADE DA APTIDAO MORAL ACRESCENTEM-SE
> > OS FARTOS INDÍCIOS DA HISTORIA DE QUE OS INDIVIDUOS
> > COOPERADORES COSTUMAM SOBREVIVER MAIS TEMPO E DEIXAM
> > UMA PROLE MAIOR.
> > É DE SE ESPERAR QUE, NO DECORRER DA HISTORIA EVOLUTIVA,
> > OS GENES QUE PREDISPÕEM AS PESSOAS AO COMPORTAMENTO
> > COOPERATIVO TENHAM VINDO A PREDOMINAR NA POPULACAO
> > HUMANA COMO UM TODO. TAL PROCESSO REPETIDO POR MILHARES
> > DE GERACOES INEVITAVELMENTE DEU ORIGEM AOS SENTIMENTOS
> > MORAIS"
>
> confunde conceito de regras epigeneticas:
> regras epigeneticas sao regras de interacao gene/ambiente resultando num
> fenotipo - fisiologico, morfologico, comportamental, etc...
>

Como vc pode ver abaixo dentro de um ambiente normal as regras sao
essencialmente genéticas. E algumas só sao alteradas com mudancas drásticas
do meio ambiente. O que normalmente nao ocorre.



>
> como vc gosta de citacoes:
>
> '*epigenetic* - Developmental; pertaining especially to interaction among
> developmental processes above the level of primary gene action' - Douglas
> J. Futuyma - Evolutionary Biology 1998 (Sinauer - 763 pag) - glossary.
>
> 'epigenetic rule - any regularity during epigenesis that channels the
> development of anatomical, physiological, cognitive,or behavioral trait in
> particular direction. Epigenetic rules are ultimately genetic in basis, in
> the sense that their particular nature depends on the DNA developmental
> blueprint. They occur at all stages of development, from protein assembly
> through the complex events of organ construction to learning. Some
> epigeneti rules are inflexible, with the final phenotype being buffered
> from all but the most drastic environmental changes. Others permit a
> flexible response to the environment; yet even these may be invariant, in
> the sense that each possible response in the array is matched to one
> environmental cue or a set of cues through the operation of special
> control mechanisms. In cognitive development, the epigenetic rules are
> expressed in any one of the many processes of perception and cognition to
> influence the form of learning and transmission of culturgens.' - Charles
> J. Lumsden & Edward O. Wilson - Genes, mind, and culture: the evolutionary
> process 1981 (Harvard - 428 pag.) - pag. 370.
>
> fazem-se necessarios alguns comentarios para a ultima definicao. os
> autores consideram as regras como sendo em ultima instancia de natureza
> genetica: isso eh valido uma vez q. eles fazem a ressalva da atuacao do
> ambiente - mesmo os q. consideram como invariaveis, soh o sao pela
> relativa invariancia tbm do ambiente (a ressalva das mudancas drasticas
> do ambiente). (neste caso eles estao considerando entao a parte das
> propriedades geneticas q. determinam as regras epigeneticas). como no
> proprio livro de divulgacao de e.o. wilson, considera-se as regras
> epigeneticas mentais como uma subclasse das regras epigeneticas.
>
> as regras epigeneticas *mentais* nao sao o mesmo q. instinto.
> na visao do proprio wilson - instinto pode ser visto como comportamentos
> q. exibem um alto grau de estereotipizacao (Sociobiology: the new
> synthesis - pag. 151.)
>
> futuyma trabalha com a nocao de instinto com se segue:
>
> 'The dichotomy between instinct and learning or between nature and nurture
> is oversimplified. It is more useful to think of the magnitude of
> phenotypic variation (variance) and the proportions of its genetic and
> nongenetic ("environmental") components.' - (Futuyma, op. cit., pag. 579).
>
> tto de wilson como de futuyma se tem q. instinto eh um fenotipo mental -
> mais claramente qdo da comparacao em termos de equivalencia entre
> aprendizado e instinto por futuyma. wilson considera aprendizado como um
> resultado sobre influencia das regras epigeneticas mentais - logo nao pode
> ser a propria regra. se aprendizado nao eh a regra epigenetica (mental) e
> instinto tem um mesmo 'status' de aprendizagem, segue-se q. instinto nao
> eh a regra epigenetica (mental) tampouco - mas um produto da atuacao dessa
> regra guiando a interacao entre um genotipo e um ambiente.
>

Nao concordo que "instinto" tem o mesmo status de aprendizagem, muito pelo contrario:
Ninguem ensina uma lebre fugir de uma raposa nem o gato temer a agua.
Sao comportamentos instintivos e nada tem a ver com aprendizagem.
Portanto o "segue-se que" nao se aplica.


>
> alias essa passagem acima de futuyma remete a uma citacao anterior q. foi
> colocada fora de contexto... vejamos q. escreveu realmente o autor:
>
> 'A norma de reacao comportamental do genotipo humano e'
> extraordinariamente ampla; devido 'a nossa capacidade sem paralelo para a
> aprendizagem e para o pensamento e 'a historia exclusiva da experiencia
> pessoal de cada um, cada ser humano experimenta um ambiente diferente e a
> variacao no nosso comportamento e', correspondentemente, diversa. E' claro
> que nosso comportamento e' geneticamente determinado no sentido comum, de
> que tamanho e a complexidade do nosso sistema nervoso e' codificado no
> DNA, e tambem no sentido trivial, de que nosso comportamento poderia ser
> muito diferente se tivessemos 15 cm de altura, se nao tivessemos o pelagar
> em oposicao aos outros dedos ou se fossemos aquaticos, ao inves de
> terrestres. As diferencas comportamentais entre humanos e orangotango,
> incluindo as diferencas nas habilidades mentais, sao consequencias de
> diferencas geneticas. Por outro lado, tambem e' verdade que nosso
> comportamento e' uma consequencia do ambiente; cada caracteristica
> fenotipica e' determinada pela resposta do genotipo 'as condicoes
> ambientais' (Douglas J. Futuyma - Biologia Evolutiva 2a. ed. 1993 - SBG -
> pag. 555)
>
> isto eh, nessa passagem ele fala - como qq biologo - q. uma caracteristica
> eh o resultado de gene *e* ambiente (nao significando q. a participacao
> seja meio a meio e nem q. se um predomina outro eh inconsequente)..
> -------
> > Como não ????
> > Qtas geracoes vc acha que deveriam se passar para que 50% dos 100mil
> > genes que temos desaparecessem (por mutacoes vantajosas) do
> > genoma humano ?
> > Provavelmente a Terra ja teria acabado antes q isso ocorresse.
>
> q. diremos entao da /Amoeba dubia/ com um valor C (tamanho do genoma
> haploide) de 670.000.000 quilobases, em comparacao com o humano
> (3.400.000)... essa ameba se reproduz assexuadamente como a bacteria (e
> ainda q. seu tempo de vida seja mais curto q. o humano, sua populacao eh
> muito maior)
>
> > > teremos contribuido para a
> > > perpetuacao de *outros* genes q. nao os nossos - por q. entao insistir na
> > > reproducao de nossa propria prole? por q. nao cuidar de outra prole?
> >
> > Ja te expliquei q o prazer de amar os nossos filhos de sangue eh maior
> > do que de amar os filhos dos outros. Isto eh instintivo.
>
> isso nao ocorre com todos... e assim: pra quem ocorre, o 'genismo' eh
> inocuo - *independentemente* do 'genismo', a pessoa vai ter filhos e deles
> cuidar... pra quem nao sente isso o 'genismo' nao tem sentido nenhum...
> vai pregar pros convertidos, vai chover no molhado...
>

Nao necessariamente, pode-se adotar uma cultura-de-moda que prega
por exemplo que "ter fiilhos eh perda de tempo " e , neste caso poderá
se deixar de ter os filhos. Eu considero q o feminismo radical eh uma forma de cultura
desse tipo: Algumas mulheres preferem dedicar-se exclusivamente ao trabalho relegando
a maternidade para segundo plano.( E ateh pondo em risco sua capacidade de ser
mae pois a fase mais propicia para a maternidade eh postergada ao maximo, e
quando se dao conta as vezes eh muito tarde e a gravidez eh de risco ).


> ------------
> "Admito que a propria expressao 'dos genes 'a cultura' como principio
> conceitual da ponte entre ciencia e humanidades soa etereo. Como pode
> alguem ousar falar de um gene que prescreve a cultura? A resposta e' que
> nenhum cientista serio fez isso. A rede de eventos causais que compreende
> a co-evolucao gene-cultura e' mais complicada - e imensamente mais
> interessante. Milhares de genes prescrevem o cerebro, o sistema sensorial
> e todos os processos fisiologicos que interagem com o ambiente fisico e
> social para produzir as propriedades holisticas da mente e cultura.
> Atraves da selecao natural, o ambiente em ultima analise seleciona que
> genes farao a prescricao.
> "Por suas implicacoes atraves da biologia e das ciencias sociais, nenhum
> tema e' intelectualmente mais importante. Todos os biologos falam da
> interacao entre hereditariedade e ambiente. Eles nao falam, a nao ser em
> jargao simplificado de laboratorio, de um gene que 'causa' determinado
> comportamento e nunca querem dizer isso literalmente. Isso faria tanto
> sentido quanto seu inverso, a ideia do comportamento surgido da cultura
> sem a intervencao da atividade cerebral. A explicacao aceita da causacao
> dos genes 'a cultura, como dos genes a qualquer outro produto da vida, nao
> e' a hereditariedade sozinha. Nao e' o ambiente sozinho. E' a interacao
> entre ambos.
> "Claro que e' a interacao. Mas precisamos de mais informacao sobre a
> interacao para conter a co-evolucao gene-cultura. O conceito esclarecedor
> central do interacionismo e' a norma de reacao. A ideia e' facilmente
> captada da seguinte forma: escolha uma especie de organismo seja animal,
> planta ou microorganismo. Selecione um gene ou um grupo de genes que ajam
> em conjunto para afetar determinado traco. Depois liste todos os ambientes
> em que a especie consegue sobreviver. Os diferentes ambientes podem ou nao
> causar variacao no traco prescrito pelo gene ou grupo de genes
> selecionado. A variacao total do traco em todos os ambientes que permitam
> a sobrevivencia e' a norma de reacao daquele gene ou grupo de genes
> naquela especie." [ibdem p.130-131]
>
> q. jah havia reproduzido em:
> http://www.eGroups.com/group/ciencialist/2606.html?
>
> (obs: a mesma objecao qto a este tipo de argumento q. fiz aa epoca
> continua valendo, mas enfim)
> -------------------
> 'Me mostra onde eu disse que os genes determinam 99,999..% das
> caracteristicas? Morfologia nao sao todas as caracteristicas.' -
> barcellos: http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4079.html?
>
> 'Eu sei, soh que 99,999999999999999999999% das diferencas sao devido aos
> genes.' - barcelos: http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4050.html?
>
> ah! era entre raposas e coelhos? mas vc justificava q. a diferencas entre
> eles explicava a diferenca entre os humanos...
>
> claro q. morfologia nao sao todas as caracteristicas e nem sao 100%
> identicas nos gemeos... altura eh um compenente morfologico basico: nao ha
> coincidencia total nas alturas dos gemeos - jah q. - novamente - nao sao
> apenas os genes q. determinam a altura da pessoa, peso - idem.
>
> 'Eu *nao* estou falando de compartilhamento de cromossomos e sim dos
> genes ! Sao os genes que dao nossas caracteristicas e nao os
> cromossomos. Um cromossomo pode ter dezenas de milhares de genes.
> Se nao compartilhassemos a maioria dos *genes* ( nao cromossomos )
> com outro ser humano qualquer, nao seríamos da mesma espécie.' - barcelos:
> http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4079.html?
>
> os genes ficam onde?

O fato de nao se partilhar cromossomos nao significa que nao
se compartilhe genes.

>
>
> 'Eu nunca disse q o ambiente nao importaria. Disse que a norma de reacao
> dos gene (faixa de variacao do fenotipo na interacao do genotipo com o
> ambiente) eh parecida em ambientes normais. Se vc joga talidomida,
> compostos teratogenicos etc... a coisa muda.' - barcelos:
> http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4079.html?
>
> 'Tudo bem , mas mesmo q o ambiente mude bastante 99,9999% das diferencas
> continuariam a ser devido aos genes.' - barcelos:
> http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4050.html?
>
> ah! sim, vc nao disse q. o ambiente nao importaria, mas q. teria uma
> participacao de 0,0001%...

Sim ! eu estava falando da diferenca entre raposas e coelhos
vá ateh a pagina e olhe.

> -------
> 'O que tem a ver genismo com eugenia?'
> - barcelos: http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4079.html?
>
> 'Sim palavras minhas ! O Genismo sera um elemeno de vantagem evolutiva,
> uma seleção artificial. Os indivíduos que adotarem o Genismo procurarão
> sobreviver e se reroduzir. Ao adotar essa doutrina eles terão mais chance
> de passar seus genes aa próxima geracao do que outros que nao querem ter
> filhos por uma razao ou outra.' - barcelos:
> http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4079.html?
>
> doutrina totalitaria supostamente baseada em principios de natureza
> genetica.
>

O Genismo nao tem NADA de totalitário. Eh uma doutrina que nao impõe nada a
minguem. Segue-a quem quiser.

>
> o 'genismo' eh contraditorio - jah q. se baseia na suposicao da
> importancia cabal dos genes pela sua predominancia na determinacao das
> caracteristicas, principalmente nos aspectos mentais, morais e eticos.

> mas
> se justifica porq. os genes estariam sob ameaca dos comportamentos q. nao
> sao geneticamente determinados. oras, se os genes fossem *tao*
> determinantes na moldagem dos comportamentos nao haveria de se ter
> preocupacoes em q. os comportamentos fossem contra eles proprios. porem se
> fatores q. nao sao geneticos podem influenciar profundamente os
> comportamentos humanos, isso significa q. os genes nao sao *tao*
> determinantes assim...

> ou os genes sao importantes (conforme a definicao de importancia do
> 'genismo') e aih nao sao seriamente ameacados (restringindo seriamente uma
> aplicacao do 'genismo');
>
> ou os genes podem ser seriamente ameacados (conforme alerta do 'genismo'),
> o q. caracteriza q. nao apresentam uma capacidade de determinacao das
> caracteristicas comportamentais (e outras) por si mesmos...
>
> em suma: ou os genes sao 'importantes' (conforme definicao do termo para o
> 'genismo') ou sao passiveis de 'ameaca' (conforme de definicao do termo
> para o 'genismo')... (ou nenhuma das duas coisas)
>

Os genes sao importantes o suficiente para que nos preocupemos com eles.
Eles nao nos dizem tudo o que fazer mas tudo o que fazemos tem um pouco de
sua presença. Embora vc possa fazer qualquer coisa com sua vida ( ateh se suicidar ),
o Genismo diz q as coisas que mais lhe trarão felicidade eh quando vc se comporta
levando-se em conta seus genes e nao esquecendo-os.

> 'Se vc tiver 2 filhos vc estará passando para a proxima geracao cerca de
> 100% de seus genes ( vc ganha uma transcendencia genetica de uns 20 anos
> )' - barcelos: http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4079.html?
>
> vc precisa estudar genetica e probabilidades... cada filho recebe 50% do
> material genetico de um dos genitores, dois filhos nao perfazem 100%...
>

Aih vc esta esquecendo que soh se faz filhos com seres da mesma espécie.
E como as espécies compartilham uma grande quantidade de genes, um filho
, na verdade, vai ter muito mais do que 50% de genes de um dos genitores.
Suponha que *por exemplo* duas pessoas quaisquer no
mundo compartilhem 90% de genes ( nao cromossomos ).
Entao um filho seu vai ter 50% de genes seus + 50%
de genes do outro genitor. Mas se 90% de genes do outro genitor sao iguais
aos seus (por serem da mesma espécie ) isso significa que ele tera 50% + 90%*50% =
95% de seus genes.

De qualquer modo mesmo que tenhamos muitos filhos dificilmente todos os
nossos genes seriam "salvos". O que ocorre eh que alguns genes comparecem
mais vezes do que outros. Quero dizer que se tivermos 2 filhos alguns de nossos
genes nao irao para nenhum dos 2 , em compensacao, outros irao em duplicidade
para os dois filhos. Isto quer dizer que a *quantidade* de genes que sao passados
aos seus dois filhos sao sempre iguais a quantidade total de genes que vc tem.( sem
considerar os genes iguais do outro genitor ).


>
> os genes estao organizados em cromossomos - de forma q. (sem considerar
> permutacoes) ha 2x23 conjuntos basicos de genes (em cada conjunto os
> genes vao juntos): os dois grupos de 23 sao separados de forma aleatoria
> na formacao dos gametas. para um dado cromossomo (e os genes aih
> presentes) ha uma chance de 50% de ser passado ou de nao ser passado. tto
> na ocasiao do primeiro filho como na do segundo - dado q. sao eventos
> independentes:
>
> p(nao passar um dado cromossomo nas duas vezes): 0,5 x 0,5 = 0,25.
>
> ou seja a probabilidade de passar pelo menos uma vez em duas ocasioes eh
> de 1-0,25 = 0,75
>
> em media nos dois filhos estarao presentes 75% do genoma de cada genitor.
>
> nos quatro netos estarao presentes 75% do genoma dos dois filhos, 0,75 x
> 0,75 = 0,5625 do genoma original.
>
> na vigesima setima geracao serao 0,04% do genoma original - teoricamente,
> jah q. isso corresponde a 0,02 cromossomo - q. eh uma unidade discreta.
>
> isso dah pouco mais do q. a historia oficial do brasil, 540 anos... os
> escritos de aristoteles tEm uma duracao muito maior do q. seus (os
> dele) genes...
>
> se considerarmos recombinacoes e mutacoes e os desvios estatisticos a
> coisa vai diminuir ainda mais... coalescencia eh o bicho!
>
> chamar de transcendencia isso eh muuuuuuuuuuuita boa vontade... (uma
> sequoia vive muito bem seus 1.000, 2.000 anos...)
>
> se vamos acreditar em transcendencia genetica melhor comecarmos a tomar
> remedios homeopaticos ultra-diluidos...
>
> fora q. um individuo se caracteriza nao por seus genes tomados
> isoladamente, mas pelo *conjunto* de genes (em interacao com o meio)...
>
> > se nao provou nao estabeleceu nada...
>
> 'Estabalecer nao eh provar :
> Estabelecer : v. 1. Tr. dir. e pron. Dar estabilidade a, tornar estável
> ou firme. 2. Tr. dir. Dar existência a; fundar, instituir. 3. Tr. ind.
> Assentar, determinar, prescrever, estipular, fixar. 4. Tr. dir.
> Constituir, organizar. 5. Pron. Organizar-se. 6. Tr. dir. Conceder,
> instituir. 7. Tr. dir. Impor. 8. Tr. dir. Iniciar, entabular.' -
> barcelos: http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4079.html?
>
> claro q. eh diferente, o q. nao tira a relacao de dependencia: se quer
> tornar algo firme eh preciso de consistencia - eh preciso de provas...
> eu disse:
> p -> e (se provou, estabeleceu - deu base)
> logo:
> ~p -> ~e (nao provou, nao estabeleceu)
>
> e nao:
> p <-> e
> muito menos:
> e -> p
>
> 'O custo vai depender do padrao de vida adotado. Existem muitas familias
> com faixa de renda pequena q tem filhos e sao felizes.
> Eu creio q o ser humano precisa dar um sentido transcendente para sua vida.
> Viver apenas para gozar a vida com prazeres fúteis tornará a vida vazia.
> Acho q se vc perguntar a uma mae quanto vale o filho dela saberá do que
> estou falando.' - barcelos:
> http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4079.html?
>
> ou seja, tem a ver com interacao gene e ambiente *e* nao com o
> condicionamento genetico... ou seja, eh banal...
>
> 'O problema eh q nao sabemos se a decodificacao dos sinais em genes será
> executado. Existe um filme em que alienigenas mandam para a terra algo como
> o projeto de um dna e depois nasce um ser alienigena que quer se procriar.
> Nao lembro o nome...' - barcelos:
> http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4079.html?
>
> 'Species' ou 'A experiencia'- ideia boa, realizacao ruim... se existem
> ttas civilizacoes avancadas no espaco qto vc acha q. existem, fatalmente
> pelo menos uma informacao serah transcodificada em genes... curiosidade eh
> um dos parametros da inteligencia (um dentre centenas).
>
> > e daih q. os genes querem se perpetuar?
>
> 'Isso mostra q vc ainda nao entendeu mesmo.
> Nós somos o progeto que esta escrito nos genes.
> Os genes sobreviveram porque eles codificaram organismos com esta finalidade:
> sobrevivencia genetica.
> Nós somos organismos ( como outros ) cujo projeto genetico diz :
> sobreviva e reproduza.
> Se vc agir CONTRA estas instruções vc estara , *em geral* , em conflito
> com o seu projeto. E isso poderá gerar tensões, psicoses etc..
> Claro q seu projeto pode ser diferente do normal e a sua codificacao genetica
> podera impeli-lo a nao ter filhos. Neste caso ele nao deverá lutar contra esta sua tendencia
> inata.' - barcelos: http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4079.html?
>
> e daih? percebe q. sempre se poderah fazer essa pergunta? ela soh cessa se
> se entra dentro de um quadro etico: nao existe argumentacao racional para
> uma etica - logo nao se pode provar a justica de uma etica... a teoria
> evolutiva eh portanto desvinculada do 'genismo': a teoria da evolucao nem
> suporta nem deixa de suportar o 'genismo'.
>

A teoria evolutiva eh desvinculada do Genismo, mas o Genismo NAO eh desvinculada
da teoria evolutiva conforme paragrafos transcritos no inicio deste e-mail.


>
> > teoria da evolucao nao explica nada sobre as origens do 'genismo'... um
> > modelo de funcionamento nao dah diretriz de comportamento...
> >
>
> 'A "origem" do genismo sou EU. A teoria da evolucao nao me explica?' -
> barcelos: http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4079.html?
>
> argumentacao por desvio de significacao, jogos de palavras, argumentacao
> lateral: uma das questoes continua sendo q. um modelo de funcionamento nao
> eh diretriz de comportamento... dizer: 'as coisas sao assim', nao eh o
> mesmo q. dizer: 'as coisas devem ser assim'...
>
> esse erro eh por causa do seu uso de linguagem teleonomica: como vc
> usa o 'para' no lugar de 'porq.' acaba tomando uma explicacao causativa -
> dado pelo 'porq.', como uma explicacao finalista q. seria dado pelo
> 'para'.
>
> (outra questao eh q. vc estah comentendo erro de caracterizacao sobre
> como as coisas sao - ou como parecem ser de acordo com os conhecimentos
> cientificos atuais)
>
> bem, suas argumentacoes continuam eivadas de falacias, incorrecoes
> conceituais e erros interpretativos (como confundir gene, loco genico e
> alelo) - procurei explicitar as principais... nao pra vc, mas pro
> ocasional incauto - seja um entusiasta da genetica, seja um detrator.
>
> deixo agora livre - das minhas mensagens sobre o tema - as contas de email
> dos nossos colegas.
>

[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re: Traducao
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 08/03/2000 10:50

> Hehehe... ceis já notaram como é mis fácil enganar gente ue nao tem
> formação científica? Ou só eu que percebi isso?
> LOL
> (Ok, nós também temos nossa parcela de ingenuidade, mas enfim...)

hmmmm... oia, eu toj pra achar q. nao faz muita diferenca...

tEm universitarios - incluindo das areas de ciencias 'puras' (bem, nao dah
pra ter um levantamento estatistico confiavel com os dados q. tenho) - q.
caem feito patinhos naquela conversa sobre assinaturas gratuitas de
revistas... dizem q. soh se tem q. pagar pelas despesas de envio - q.
coincidentemente eh o mesmo preco da assinatura!

contos-do-vigario pegam qq um... na verdade eh mais dificil enganar quem
eh vigarista mesmo - quem jah conhece os truques mais manjados. como
diz-se por aih: nasce um otario a cada minuto... e nao adianta pensarmos
q. nao somos nos... o lance eh ficar alerta (pois eh, os escoteiros tbm
caem em conversa mole).

pra se ver como sao as coisas: quem nunca deu uma esmolinha pro pobre
coitado q. veio lah do fim do mundo, foi assaltado e estah juntando um
dinheirinho pra voltar pra casa? quem jah reparou q. ele fica lah juntando
o dinheirinho da passagem por varios dias e depois surge noutro local?
(tem gente q. ganha ateh cem reais por dia nessa vida - tres mil reais por
mes!) - isso de pequenos golpes q. nos caimos... outros golpes menos
notados sao as pecas publicitarias: quem nunca pagou um mico numa sessao
de um filme estupido q. nao atende as minimas espetativas de diversao
descompromissada? quem nunca comprou um sabao em poh q. lava mais branco
q. o outro? nunca tomou um energetico pra detonar nas pistas de danca?

mas mudando de assunto: alguem quer comprar o viaduto do cha'? eu vendo
baratinho - eh lucro na certa, sabem qtas pessoas transitam pelo viaduto?
sabe qta grana vc pode arrecadar com pedagios e cobrando uma porcentagem
sobre as vendas dos camelos q. se instalam por lah? soh estou vendendo
essa galinha-morta porq. minha vovozinha estah doente em sao joao do
piraporinha e preciso levantar fundos pra operacao de fimose dela...

[]s,

roberto takata




SUBJECT: [ciencialist] Re: genismoxevolução
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/03/2000 11:27



gumaia@ig.com.br wrote:

> >
> > Sobre que modelo evolutivo vocês estão falando. Sobre este clássico
> > neodarwnismo que
> > agente aprende na escola?
>
> > ======
> > SIM, ateh onde eu sei eh o modelo mais aceito pela comunidade cientifica.
>
> > Se vc tiver outras ideias , gostaria de saber !
> > --%--
>
> Na verdade são algumas idéias derivadas de conceitos sobre auto-
> organização, os quais
> foram melhor desenvolvidos por S. Kauffman, te confesso que precisaria
> elaborar melhor
> (tornar inteligível) para poder dizer algo. Este é um projeto que nunca
> consigo levar a
> cabo... mas um dia ainda conseguirei. Por enquanto é só conversa de butequim.
> .
>
> >
> > Acho a idéia de sermos pacotes de luxo para moléculas
> > replicantes estúpidas, muito pobre. Isto é coisa daquele senhor...o
> Dawkins,
> > não?
> >
> > =====
> > As vezes os fatos nem sempre sao como gostariamos que fosse.
> > O fato de sermos "pacotes de luxo" para moleculas replicantes nao implica
> > que
> > deixemos de ter sentimentos ou possamos progetar naves que vao aa lua.
> > -%-
> >
>
> Sim, mais um motivo para este tipo de idéia ser "meio" absurda e
> inconsistente.

Nao acho q seja absurda nem inconsistente, muito pelo contrario, eh a ideia
mais "limpa" clara e simples sobre nossa origem que ja presenciei em minha vida.
Dawkins a partir de ideias aceitas sobre a origem da vida chega até nossas
próprias origens. Assim, para entender nosso surgimento nao eh necessaria a presença
de nenhum Deus ou algo mistico/exoterico.
Vou retranscrever aqui uma parte do capitulo que trata da origem da vida :

"O Gene Egoista", Cap 2 Pg 40 :
Fala sobre a origem da vida algo que comecou com o que Dawlkins
chamou de 'replicadores' ( moleculas q conseguiam se replicar ):

".... Houve luta pela sobrevivencia entre as variedades de replicador.
Elas nao sabiam q estavam lutando nem se preocupavam com isto.
A luta foi conduzida sem quaisquer mal sentimentos, de fato, sem
sentimentos de quaisquer especie. Mas elas estavam lutando , no sentido
de que qualquer copia erronea que resultasse em um novo nivel de
estabilidade mais alto ou uma nova maneira de reduzir a estabilidade
dos rivais era automaticamente preservada e multiplicada.
O processo de melhoramento era cumulativo.As maneiras de aumentar
a estabilidade e diminuir aa dos rivais tornaram-se mais elaboradas
e mais eficientes.....Os replicadores começaram nao apenas a existir,
mas a costruir envoltórios para si, veícuos para sua existencia
ininterrupta. Os replicadores que sobreviveram foram aqueles que
construiram maquinas de sobrevivencia para aí morarem. As primeiras
maquinas de sobrevivencia consistiram em nada mais do que um revestimento
protetor.....Haveria um fim para o melhoramento gradual das tecnicas e
artificios utilizados pelos replicadores para garantir sua propria
permanencia no mundo? Que maquinas estranhas de auto-sobrevivencia
os milenios produziram ? Quatro bilhoes de anos mais tarde, qual
seria o destino dos antigos replicadores? Eles nao morreram pois
sao antigos mestres das artes de sobrevivência. Mas nao os procure
flutuando livremente no mar. Eles abandonaram esta liberdade nobre
ha muito tempo. Agora eles apinham-se em colonias imensas, em seguranca
dentro de robos desajeitados gigantescos, murados do mundo exterior,
comunicando-se com ele por meio de vias indiretas e tortuosas,
manipulando-o por controle remoto. Eles estao em mim e em você.
ELES NOS CRIARAM CORPO E MENTE. E SUA PRESERVAÇÃO EH A RAZÃO ULTIMA DE NOSSA EXISTENCIA.
Transformaram-se muito, esses replicadores.
AGORA ELES RECEBEM O NOME DE GENES E NÓS SOMOS SUAS
MÁQUINAS DE SOBREVIVÊNCIA.".



> O que
> torna um ser vivo são suas propriedade emergentes oriundas das relações
> entre os níveis
> de organização do sistema, não seus elementos constituintes isolados.
>

Eu acho q neste caso uma coisa nao exclui a outra;
os genes estao intrinseca e inseparavelmente ligados
ao nosso corpo e mente. ( pois o corpo esta codificado nos genes ).
Os varios níveis de organizacao, desde a maquinaria bioquimica intracelular
ateh nossa interacao em sociedade tem, digamos assim, a 'mão dos genes' .


>
> >
> > Realmente ele é muito convincente. Mas não acho que a vida seja algo tão
> > simples. Acho
> > que ela merece um abordagem cientificamente mais complexa. Vocês
> realmente
> > acham que um
> > planeta inteira foi moldado para preservar uma sequência de bases de
> > nucleotídios ?
> >
> > ======
> > Eu acho que sim. Qual sua opiniao aa respeito ?
> > -%-
> >
>
> Realmente não acho isso, se fosse isto não seria nada razoável dipender
> tanta energia
> com pacotes tão elaborados quanto nós, bastariam bactérias e coisas do
> gênero.

Bom, do modo como o Dawkins explica, a complexidade eh uma consequencia inexoravel
da luta pela vida. Isto é , uma vez surgida a vida a complexidade crescente dos
organismos vivos é uma consequência.


> Mas, ao
> contrário, estamos aqui (eu espero) e é pouco provável que isto seja por
> mero acaso,
> assim me parece mais razoável pensar na vida como um processo de aumento de
> complexidade
> (organizacional e informacional) para otimizar a luta contra a entropia.
>

Se o Roberto ver vc escrevendo isso: "aumento de complexidade *para* otimizar
a luta contra a entropia", te trucida !!!! :))
Normalmente, os mais ceticos, olhamos a vida sem nenhum propósito premeditado,
isto quer dizer que vemos a crescente complexidade dos seres nao como tendo
o proposito de luta contra entropia, mas como uma decorrencia natural dos processos
vivos explicado pela teoria da evolucao ( basicamente mutacoes e selecao natural ) .



>
> >
> > Parafraseando Johon Horgan, isto seria o fim da ciência! (aliás, este
> seria
> > um livro
> > interessante para todos nós discutirmos).
> >
> > =====
> > Nao concordo, Pq seria ?
> > -%-
> >
>
> Estou me referindo ao fim da ciência biológica, pois apenas nos
> sobrariam notas de
> rodapé e avanços na engenharia genética (que é tecnoligia pura). O grande
> mistério da
> vida (o que ela é) estaria resolvido: vida é o DNA. Que sem graça, não?
>

Bom , eu acho q deve existir outros misterios a serem descobertos ! :)))
Por exemplo que tipos de comportamento humano sao guiados exclusivamente
pelos genes e que tipos nao sao ?
O que eu acho interessante eh estudar o comportamento humano-social
quando uma NOVA especie comecar a aparecer na terra.
Uma especie derivada do Homo sapiens. Como será o convivio entre duas
especies diferentes inteligentes?


>
> >
> > Mesmo porque, este paradigma dominante da
> > teoria da Evolução nem sequer alcançou ainda o status de lei!
> >
> > ======
> > Mas eh o que temos de + verdadeiro ateh o momento. E, portanto, eh a
> "lei"
> > atual.
> > -%-
> >
>
> Fazer o que...
>
> >
> > Podemos e devemos tentar
> > questiná-la, afinal o cientista tem que buscar tentar falsear suas teorias,
>
> > se não vira
> > religião.
> >
> > =======
> > CONCORDO !
> > Muito embora o Genismo EH uma Religiao !!!! :)))
> > -%s
> >
>
> Agora você me surpreendeu. O que você está fazendo aqui num grupo de
> discussão
> científica?! He, he.. brincadeirinha... Mas tenha paciência, você está
> falando sério?

Sim estou, O Genismo eh uma doutrina que encampa a teoria evolutiva como sua base
explicativa. Eu pretendo que seja a religiao dominante no mundo em algumas
decadas. Eh uma religiao atualmente voltada para céticos e ateus pois abole
qualquer forma de misticismo e exoterismo.
Eh uma doutrina materialista no sentido que assume que todos nossos sentimentos
provem de nossos cerebros-corpos que foram projetados por selecao natural.

>
>
> >
> > O senhores poderiam dar uma olhada nas idéias de Stuart Kauffman sobre
> > evolução, sei que na biblioteca do IB/USP, tem o livro Origins of Order,
> e
> > mesmo na
> > internet existem muitos sites dele e Cia.
> >
> > ===============
> > ADORARIA se vc pudesse resumir estas idéias,
> > eh possível ?
> > -%-
> >
>
> O que você está me pedindo não é muito fácil. Vou lhe enviar uma
> transcrição de parte
> de um texto meu onde falo algo a respeito. Como já disse um dos meus
> projetos é estudar
> os trabalhos dele, mas sozinho é muito difícil...
>
> "Os modelos propostos pelo médico e biólogo do desenvolvimento Stuart
> Kauffman baseiam-se
> nas redes booleanas aleatórias. Este modelo, a príncipio, visa compreender
> de que forma
> genes ligados ao acaso, por exemplo, podem gerar estados de ordem dentro de
> um mar de
> possibilidades quase infinito (uma rede de apenas 1.000 genes possui cerca
> de 1030.000
> estados de atividades possíveis).
> Redes booleanas são sistemas de variáveis binárias, cada qual com dois
> estados possíveis
> de atividade (ligado-desligado) ligados um ao outro, cuja atividade de cada
> elemento é
> governada pela atividade anterior de alguns elementos de acordo com a função
> de comutação
> booleana. As redes booleanas desenvolvidas por Kauffman são conhecidas como
> modelos NK,
> ou Redes Booleanas NK. N corresponde ao número de elementos de uma rede,
> genes em um
> genoma ou amino ácidos em uma proteína, e K corresponde ao número médio de
> interações
> entre cada elemento. Assim, em função de K a rede pode possuir um regime
> ordenado
> (congelado), complexo e caótico, onde não se encontram estados congelados.
> (Kauffman,
> 1993).
> Em determinadas circunstâncias, uma rede pode caminhar através de todos os
> estados
> possíveis do sistema antes de repetir cada um deles. Na prática, a rede
> atinge uma série
> de estados em torno dos quais ele gira repetidamente. Conhecida como um
> ciclo de estado,
> essa série repetida de estados é, na verdade um atrator no sistema. Cada
> ciclo de estado
> na rede pode ser considerado equivalente a diferentes tipos de células
> biológicas,
> seguindo, aproximadamente, a regra da raiz quadrada, onde o número de
> atratores de uma
> rede (tipos de células diferenciadas) é equivalente à raiz quadrada do
> número de
> elementos da rede. Assim, uma rede com 100.000 elementos (número próximo aos
> de genes no
> homem) geram cerca de 370 atratores (número próximo aos tipos celulares no
> homem). Estas
> redes possuem dois comportamentos com características biológicas: se este
> for um modelo
> razoável para a produção de tipos celulares, então todos os tipos de célula
> deverão
> expressar a maioria dos mesmos genes, com apenas uma pequena diferença; e a
> outra
> característica biológica refere-se à resistência dos atratores à perturbação,
> as mutações
> não se propagam para longe mas, quando realmente mudam, suas opções limitam-
> se aos
> atratores próximos (Kauffman, 1993, 1994)."
>
> Uma leitura mais fácil de ser feita é o capítulo do Kauffman no livro "O que
> é vida? 50
> anos depois". realmente vale a pena ler este livro.
> Abraços,
> Gustavo.
>

Eu tentei dar uma olhada em um site da Internet com um artigo do Kauffman e
achei interessante o q ele dizia :
Se tomarmos a rede como um processo de maximizacao global a partir
dos valores de estado de cada Nó, poderemos conseguir um estado bom
de maximizacao global, se cada Nó da rede se preocupar em maximizar seu
proprio estado sem se importar com o todo.
Isto eh mesmo q cada nó da rede se comporte "egoisticamente" tentando
maximizar seu proprio estado, o nivel global será conseguido.
Será q entendi a coisa corretamente ? ???
Mas se for isso mesmo a teoria do " gene egoista" faria ainda mais sentido !!!!!
[]s
jocax




SUBJECT: [ciencialist] Re: Tradução
FROM: Jairo Santos Vieira <JVIEIRA@vortex.ufrgs.br>
TO: Daniel Sottomaior Pereira <cetico@hotmail.com>
CC: ciencialist@eGroups.com
DATE: 09/03/2000 12:34

Daniel, acho que a primeira frase poderia ser cones de ponteira ou cone
de bico alem doque tu traduzisses.
A segunda frase seria traduzido por Cezar Lattes como bola de fogo e rape
eh traduzido aqui no Brasil como canola. Oleo de colza ou oleo de canola
it's the same.
Ateh
jota.

On Sat, 4 Mar 2000, Daniel Sottomaior Pereira wrote:

> Minha vez de pedir ajuda... as expressues sco
>
>
> nose cones and rocket boosters
> Ha nomes especmficos para isso? cones de nariz e propulsores de foguete
> esta bom?
>
>
> ball lightning
> Ss sei que i um fentmeno atmosfirico que poderia se crer ser um disco
> voaador.
>
>
> rape
> n.
> A European plant (Brassica napus) of the mustard family, cultivated as
> fodder and for its seed that yields a valuable oil. Also called colza,
> oil-seed rape.
>
>
>
> The tabloid press had a field day.
> Dia de campo nco faz muito sentido... eles foram a campo mas acho que
> nco i isso.
>
> E alguim tem boas sugestues para dowser e hoaxer?
>
>
> Daniel
>
>
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> Envie links e textos para contrucao da pagina para o endereco material-pagina@usa.net
> --- ... ---
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com (sair da lista)
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> http://www.egroups.com - Simplifying group communications
>
>
>
>
>


SUBJECT: [ciencialist] Re: espaco ou distancia
FROM: Jairo Santos Vieira <JVIEIRA@vortex.ufrgs.br>
TO: Douglas <douglas.jpn@terra.com.br>
CC: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/03/2000 12:56

Douglas.
Distancia eh sempre positiva. Jah imaginasse medir menos 2 metros?
Porem a velocidade pode ser positiva ou
negativa de acordo com o sentido convencionado. Espaco pode ser tanto
positivo como negativo pois depende do teu referencial.
Assim e/t eh mais coerente. Quando trabalhas com uma so direcao nao tem
problema usar d/t.
ateh.
jota.

On Mon, 6 Mar 2000, Douglas wrote:

> Alguim poderia tirar uma dzvida que tenho sobre a equagco v=e/t :
> por que i usado "e" (espago) em vez de "d" (distbncia)?
>
> Obrigado, Douglas.
>
>
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SUBJECT: [ciencialist] Voltei (administrativa)
FROM: "Luis Roberto Brudna" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 09/03/2000 13:10

Voltei das minhas ferias e peco desculpas por ter deixado a lista
meio abandonada. :/

Algumas mensagens estavam trancadas e serao liberadas agora.

Ainda nao tive tempo de ler o que passou pela lista enquanto eu
estive ausente.

Para os novos integrantes aviso que existe uma (tentativa de) pagina
para auxiliar a lista, no endereco http://ciencia.virtualave.net .

Por enquanto era isso.

Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist





SUBJECT: [ciencialist] Re: espaco ou distancia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/03/2000 16:56


De: Douglas <douglas.jpn@terra.com.br>
Assunto: [ciencialist] espaco ou distancia


>Alguém poderia tirar uma dúvida que tenho sobre a equação v=e/t :
>por que é usado "e" (espaço) em vez de "d" (distância)?

>Obrigado, Douglas.

Na 'batatolina' ambos ( e ou d) estão mal utilizados e, mesmo a 'fórmula' é
inadequada.
Vamos a la Jack:
1) O movimento do 'ponto material' é definido por uma lei vetorial, função
do tempo, segundo coordenadas cartesianas, paramétricas etc. Nessas
condições, quem define a posição do ponto no instante considerado é o vetor
posição r = r(t) (tudo vetorial). Claro que, em continuação, vem toda a
cinemática vetorial.
2) Se (importante, SE) a trajetória é previamente conhecida no sistema de
referência em questão (por exemplo, uma via férrea), a localização do ponto,
a cada instante, pode ser dada através de uma única coordenada abcissa ( s
ou e ) definida estabelecendo-se uma correspondência bi-unívoca entre os
pontos da trajetória e os números reais, contados a partir de uma origem
arbitrária (normalmente denominada origem das abcissas ou origem dos espaços
s). Feito isso, o movimento será descrito pela função 'horária' s = s(t) ou
e = e(t). A partir dai desenvolve-se a cinemática escalar. Nessas condições,
a velocidade média Dv no intervalo de tempo Dt (D= leia delta maiúsculo), no
qual o ponto varia sua abcissa (ou espaço) de Ds, será Vm = Ds/Dt e a
velocidade, no instante t, será v = ds/dt. ETC.
3) Em particular, muito particular mesmo, dentro do item (2), SE v
permanecer constante durante toda a extensão do intervalo de tempo Dt, a Vm
torna-se Vm = v = Ds/Dt.
Nesse extremo particular, com v constante durante todo o Dt, não poderá
ocorrer inversão no sentido do movimento (caso isso ocorresse, no instante
de inversão teríamos v=0) e, nesse caso e apenas nesse caso, Ds
identifica-se com a distância realmente percorrida pelo ponto. Nesse teórico
movimento uniforme e em trajetória não fechada Ds = d ........... e dai vem
a dita v = d/Dt ( mas nunca v = d/t ou mesmo v = s/t ou ainda v = e/t).
Principalmente se a origem dos tempos não é associada a nenhum evento que
caracterize estar o ponto sobre a origem dos espaços.

Em resumo: a expressão v = e/t ou v = d/t só terá validade após um romance
de condiçòes iniciais e particulares. Em seu lugar use: v = Ds/Dt. ( o s tem
origem no 'space' do amigo Newton ).

[]'s
Léo



SUBJECT: [ciencialist] Re: espaco ou distancia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/03/2000 17:09

Em tempo, as definições:

Distância (muito identificada nos textos como 'distância percorrida') =
medida aritmética do deslocamento realmente efetuado por um móvel durante
seu movimento. Se o móvel vai da cidade A para a cidade B (distância entre
elas de 100 km) e retorna a A, a distância percorrida é de 200 km.

Espaço (ou coordenada espacial) é a medida algébrica do arco OP (O é a
origem do sistema coordenado) na unidade OU, na trajetória orientada Os. O
espaço tem sinal. Se o móvel vai da cidade A para a cidade B e volta para A
seu espaço é 0 (zero), a posição final P coincide com a posição inicial O. O
arco OO tem medida zero.
--------------------|----|-------------------|---------------->s+
O U P

[]'s
Léo



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: RES: RES: Cores, curiosidades muitointeressantes.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/03/2000 19:17

> O fato é que a decomposição da substancia fotossensivel do cone desencadeia
> um processo onde a terminação nervosa adjacente ao cone é estimulada por uma
> das substâncias que é formada. Não lembro exatamente qual é a substancia.
> Este processo dentro dos cones ainda nao eh muito conhecido, ao contrario
> dos bastonetes, no entanto parece óbvio que cada substancia liberada por
> cada tipo de pigmento do cone que excita os neuronios tenha um padrão
> diferente de excitação para cada cor (e eh nisso que se baseia o processo da
> figura).
> Quanto à figura, sugiro que vc amplie na impressao e coloque numa vitrola
> daquelas que tem alta rotaçao, eu mesmo vou tentar fazer isso.

han, acho q. a unica diferenca - ou a principal - entre um axonio q. chega
a um dado cone ou a outro ou a um bastonete eh q. ele estarah ligado a um
ou outro circuito nervoso... qto aos processos fisiologicos apos os
receptores creio q. pouca coisa mude, se eh q. muda... entao creio q. a
questao nao eh de q. substancia excita qual axonio, mas somente de
ligacoes de circuito - ou ao menos isso deve ser o ponto principal na
diferenca de processamento das cores... quer dizer, se substituissemos os
cones l por cones s, nao enxergariamos tudo vermelho (ou tirante ao
vermelho) - mas objetos vermelhos devem ser vistos como arroxeados e os
azuis como enegrecidos...

> qdo eles dizem q. esse 'amarelo eh tambem/muito azul' nao querem dizer q.
> seja um amarelo-azulado, mas q. existe um componente azul naquele
> amarelo... de qq forma a resposta era sobre o padrao rgb de monitores e
> outros aparelhos e nao sobre o padrao de estimulacao dos tres tipos de
> cones...
>
> **Era sim sobre os cones tambem, como vc pode perceber se ler o texto na
> integra. Quanto ao amarelo azulado, o que ele quer dizer eh exatamente o que
> está escrito (:

o q. estah escrito nao eh q. temos uma cor amarelo-azulada... vc jah viu
alguma coisa amarelo-azulada?
nao era sobre o padrao de estimulacao dos cones: acabava falando sobre
isso - mas era sobre o monitor e cores reproduzidas artificialmente:
falava q. o verde emitido pelos pixels do monitor estimulava tbm os cones
azuis e nao q. sempre uma cor verde estimula os cones azuis...

> mas se estah falando em condicoes de saturacao dos cones?
>
> *Nao entendi a tua pergunta.

qdo falava em aumento do carater azul de um objeto azul com o aumento da
iluminacao, serah q. esse aumento de iluminacao corresponde a uma faixa de
intensidade acima do limite teorico de captacao pelos cones?

> **Sem dúvida, em teoria. O que me interessa é o que ocorreria na realidade,
> i.e, se o mais significativo dentro das luzes que costumamos observar é o
> tipo de raio (um UV, por exemplo), ou o tempo que ficamos expostos a luz. Em
> uma luz azul, provavelmente o mais significativo seja a quantidade de
> radiação e o tempo de exposiçao, que devem precisar ser grandes. Em luz
> ultravioleta, talvez uma grande quantidade de radiaçao em poucos instantes
> leve a retina a sofrer fortes danos.

eh soh multiplicar o numero de fotons pela quantidade unitaria de energia
em cada foton, se ultrapassar um dado limite comeca a causar danos
significativos... qto mais energetico cada foton, menos deles seriam
necessarios para se atingir a intensidade de dano... seria como pensar:
qtos cheques posso emitir sem cair no vermelho? a quantidade de cheques
vai depender do valor medio de cada cheque e vice-versa...

[]s,

roberto takata




SUBJECT: [ciencialist] Re: espaco ou distancia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/03/2000 20:05


De: Jairo Santos Vieira <JVIEIRA@vortex.ufrgs.br>
Assunto: [ciencialist] Re: espaco ou distancia


> Douglas.
> Distancia eh sempre positiva. Jah imaginasse medir menos 2 metros?

Não há imposição física alguma em adotar-se distâncias algébricas em
determinados processos. distâncias abaixo (profundidades) e acima
(altitudes) do nível do mar podem ser tomadas algebricamente; a distância do
zero do termômetro ao nível do mercúrio pode ser tomada algebricamente (e
com isso associar as temperaturas) etc.

> Porem a velocidade pode ser positiva ou
> negativa de acordo com o sentido convencionado.

E é esse sentido convencionado (para a trajetória e não para a velocidade)
que torna o espaço uma entidade algébrica. O sinal da velocidade não está
vinculado apenas ao seu sentido próprio e sim ao confronto de sentidos, dela
e da trajetória. Isso deriva do fato da velocidade ser grandeza vetorial,
assim como o deslocamento.

>Espaco pode ser tanto
> positivo como negativo pois depende do teu referencial.

Esse 'referencial' consiste em tornar a trajetória num eixo de coordenadas
abcissas.

> Assim e/t eh mais coerente. Quando trabalhas com uma so direcao nao tem
> problema usar d/t.
> ateh.
> jota.

e/t não é mais coerente com nada. E, quando se trabalha numa só direção há
enormes problemas em se usar d/t . Primeiro porque numa só direção há dois
sentidos de percurso e, principalmente, porque não está explicitado o tipo
de movimento. Tratando-se de um MHS (mesmo que se realize sobre uma só
direção), como poderemos usar essa d/t? que significado teria?
Será que d/t substitui "-a.sen(wt + @)" ?

Resumindo, novamente, nunca use e/t ou d/t a 'chance' de errar é 1.

[]'s
Léo



SUBJECT: [ciencialist] Proposta Indecorosa
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/03/2000 20:18

Para nosso estimado moderador e all,

Estou com 1260 mensagens em minha pasta Lista_Ciências desde 26/11/99 (há
como confirmar com demais colegas?). Não quero perder nenhuma, pois de cada
uma delas tirei um pouquinho de meu saber, de minha auto-crítica e de meu
modo de participar. Sei que meu pedido parecerá esdrúxulo, senão detestável,
MAS, haverá algum 'espírito' aventureiro, desbravador, capaz de reuní-las
por assunto, por resposta, por dia (cortando as propagandas e
endereçamentos), numa ordem razoavelmente lógica e nos re-enviar? Será que
estou pedindo muito?
Qual seria o custo disso? Haverão interessados nesse apanhado geral (e
arquibancada)?

Bem, aguardemos o que der e vier.

[]'s
Léo



SUBJECT: [ciencialist] Re: Proposta Indecorosa
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/03/2000 21:23

> Qual seria o custo disso?

eu toj cobrando 200 reais a hora de trabalho... mas faco um desconto e
por apenas 1000 reais a cada jornada de seis horas eu topo organizar
suas mensagens... (explorador eu? nao fui eu quem aprovou um teto de
11.500 reais para os servidores publicos, nem q. apoiou uma auxilio
moradia aos magistrados)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Antimatéria
FROM: Benjamin Hinrichs <hinsoft@sinos.net>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/03/2000 22:35

> Alô:
>
> Segundo me consta, antimatéria (e tudo o mais que tem massa)
> tem massa positiva, e não existe repulsão gravitacional.
> Além disto, observável, medido, verificado e reverificado,
> existe apenas especulação.
>
> Acmq

Alô Antonio C. M. de Queiroz

pelo que me consta é algo do gênero tb, no entanto sou defensor da
idéia de que a antimatéria possui massa negativa. Isto em si não
justifica porque não sofre repulsão da matéria. Ora, os opostos se
atraem e não interessa gravidade pois os prótons possuem carga oposta
ao anti-próton e segundo o que me consta a atração elétrica é 10^6
vezes maior que a gravitacional.

Abraço, Benjamin Hinrichs





SUBJECT: [ciencialist] Re: espaco ou distancia
FROM: Jeca Dobaldson <tutor56@yahoo.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/03/2000 01:04



--- Douglas <douglas.jpn@terra.com.br> wrote:
> Alguim poderia tirar uma dzvida que tenho sobre a
> equagco v=e/t :
> por que i usado "e" (espago) em vez de "d"
> (distbncia)?
>
> Obrigado, Douglas.

ja vi ambos os usos em diversas fontes. nco creio que
ha qquer motivo especial exceto gosto pessoal [ou
qquero coisa do tipo] de determinado autor. se me
perguntassem, preferiria v=d/t [nco sei porque]

john
__________________________________________________
Do You Yahoo!?
Talk to your friends online with Yahoo! Messenger.
http://im.yahoo.com


SUBJECT: [ciencialist] mais B.O.s
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: biologia@shark.ib.usp.br
DATE: 10/03/2000 11:03

http://www.epub.org.br/comciencia/reportagens/automed1.htm

seremos otarios assim?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Antimat�ria
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/03/2000 11:20

Benjamin Hinrichs wrote:

> pelo que me consta é algo do gênero tb, no entanto sou defensor da
> idéia de que a antimatéria possui massa negativa.

Porquê?

> Isto em si não
> justifica porque não sofre repulsão da matéria. Ora, os opostos se
> atraem e não interessa gravidade pois os prótons possuem carga oposta
> ao anti-próton e segundo o que me consta a atração elétrica é 10^6
> vezes maior que a gravitacional.

Isto depende das massas e das cargas.
Sobre massa negativa: Considere um corpo com "massa negativa"
próximo a um outro com "massa positiva". A força gravitacional
entre os dois seria negativa (força proporcional ao produto das massas),
repelindo um do outro.
Mas, o corpo com massa negativa seria acelerado na direção do corpo
com massa positiva, pois sua aceleração fica negativa (a=m/f), e o
corpo com massa positiva seria acelerado para longe do corpo com
massa negativa. O resultado seria o corpo com massa negativa correndo
atrás do corpo com massa positiva...

Estranho, não?

Antonio Carlos M. de Queiroz



SUBJECT: [ciencialist] moral e evolução
FROM: Milton Sonoda <mtsonoda@if.sc.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/03/2000 11:57


Gostaria de saber dos biologos (em especial os que se interessam por

comportamento) se existe algum modelo para o surgimento e a evolução

da moral e da ética nos humanos.

[]'s

Milton



SUBJECT: [ciencialist] "Jubileu dos cientistas"
FROM: "Daniel Sottomaior Pereira" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 10/03/2000 12:28

Cardeal Poupard apresentou Jubileu dos cientistas

O Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Cardeal Paul
Poupard,
apresentou no dia 29 de fevereiro de 2000 o Jubileu dos Cientistas, que
acontecerá de 23 a 25 de maio de 2000. O ato, que aconteceu na Sala de
Imprensa da Santa Sé, destacou que o Jubileu dos Cientistas servirá para
reunir homens da ciência de todo o mundo em um esforço por recuperar o
caráter transcendente da investigação científica. O Cardeal Poupard
recordou
em sua intervenção, durante a qual apresentou o programa de atividades,
que
no século XIV a harmonia entre ciência e fé "era algo natural".
Entretanto,
"esta harmonia entre ciência e fé se quebrou em uma época que
corresponde
mais ou menos ao início do Iluminismo", completou o Purpurado, que
advertiu
sobre "a necessidade de responder aos grandes problemas éticos que
propõem
as ciências da vida, como também encontrar respostas às perguntas
fundamentais da metafísica, que a ciência não é capaz de oferecer". A
respeito, disse que "a ciência tem necessidade de recuperar sua dimensão
sapiencial, como o recorda com freqüência João Paulo II, isto é, uma
ciência
aliada à consciência para que o trinômio ciência-tenologia-consciência
esteja a serviço do autêntico bem do homem, de todo homem e de todos os
homens". "O Jubileu dos Cientistas, uma novidade na história dos
jubileus,
constituirá sem dúvida em um grande passo adiante no diálogo com o
mundo da
ciência, para benefício recíproco, tanto da vida da Igreja como da
comunidade científica", afirmou o Cardeal. "Ver reunidos em Roma,
diante do
túmulo de São Pedro, a tantos cientistas provenientes de muitos países
e de
todas as disciplinas científicas será o melhor testemunho da
compatibilidade
entre ciência e fé". O encontro jubilar será antecedido por um congresso
internacional intitulado: "Filosofia-Ciência-Fé: Perspectiva para o III
Milênio", que acontecerá no Vaticano nos dias 23 e 24 de maio. A
celebração
jubilar para os cientistas se realizará no dia 25 de maio e convocará
não só
os participantes do congresso como a todos aqueles que tenham algum
vínculo
com qualquer campo científico investigativo ou acadêmico. Neste dia,
depois
de passar pela Porta Santa da Basílica de São Pedro e participar de uma
celebração Eucarística, os participantes serão recebidos em audiência
pelo
Papa João Paulo II.

Fonte:Eclesiais


Tremei, ó comunidade científica... tremei!

Daniel



SUBJECT: [ciencialist] Re: moral e evolução
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/03/2000 12:31

milton,

modelo pronto e acabado nao... mas dado q. o codigo de moral e etica em
parte estah condicionado (tto qto sabemos) aas caracteristicas biologicas
do sistema nervoso - primordialmente alguns orgaos do encefalo - nao
existiria um empecilho pra q. essas caracteristicas nao estivessem
sujeitas aa evolucao: incluindo (ou principalmente) via selecao natural...

mas note-se q. disso nao se depreende uma etica natural: *explicar* os
modos de surgimento de um sistema moral por processos estritamente
fisicos/materiais nao implica em *justificacao* desse sistema...

um sistema de crencas eticas e morais soh se *justifica* dentro dos
proprios preceitos desse sistema.

bem, temos alguns exemplos isolados q. podem ajudar a vislumbrar um todo:
alguns experimentos demonstram a ligacao do sistema limbico com o
imunologico - eh razoavelmente aceito q. o estresse, por exemplo, causa
uma baixa imunologica. bem, estudos conduzidos parecem indicar q. a feh
ajuda na recuperacao de tratamentos medicos - recebem altas mais
cedo apos cirurgias, respondem melhor a medicamentos, etc... o efeito
placebo tbm poderia em parte ser atribuido a essa ligacao.

agora a especulacao mais forte: nos primordios qdo a humanidade nao
detinha um modelo de explicacao dos fenomenos naturais como temos agora, a
crenca em alguma divindade poderia ajudar no enfrentamento de dificuldades
- incluindo enfermidades. isso poderia conferir uma vantagem adaptativa
aos q. tinham tendencias a crer em forcas transcendentes, essa vantagem
poderia ser selecionada e espalhar para uma dada populacao.

se aceitarmos - ainda q. com reservas - esse cenario, podemos tentar
extrapolar para diversos aspectos da psique humana: medo de escuro (aa
noite, os sentidos humanos nao ajudariam muito e quem se aventurasse por
aih na escuridao corria serios riscos de se dar mal), tendencias gregarias
(protecao pelo grupo), etc...

claro q. apenas imaginar um cenario evolutivo nao dah uma sustentacao
muito forte: podemos sempre imaginar uma cenario pra qq coisa... pra tto
eh preciso amealhar evidencias independentes: uma das possibilidades eh
encontrar um ou mais (geralmente sao varios) genes mais diretamente
relacionados (no final todos sao relacionados) a uma dada caracteristica.
um primeiro passo eh estudar a hereditabilidade dessa caracteristica ou,
melhor dizendo, de um carater e de seus estados e confirmada a
hereditabilidade os padroes de heranca, os marcadores geneticos, o
isolamento e clonagem do(s) gene(s) e por fim (etapa eticamente impossivel
em se tratando de seres humanos) a experimentacao (desligamento ou
alteracoes induzidas): para casos humanos soh nos resta estudar os
casos q. encotramos naturalmente...

(isso vale em principio para qq caracteristica psicologica e nao apenas o
carater moral e etico ou religioso)

tem varios livros q. versam sobre o tema:

um de divulgacao eh de edward wilson: consiliencia

e outro mais tecnico desenvolvido por wilson em conjunto com charles
lumsden:

charles j. lumsden & edward o. wilson 1981 - genes, mind, and culture: the
coevolutionary process. harvard university press, cambridge. 428 pags.

ha' outros livros de divulgacao como o de steve pinker q. falam de um modo
mais generico...

francis crick 1995 - the astonishing hypothesis :the scientific search for
the soul. touchstone, londres. 317 pags.

tem um link q. nao estah diretamente ligado ao assunto, mas me parece
oportuno:

http://www.ib.usp.br/~gfxavier/public/conscien.html

obviamente fala sobre a consciencia humana - o q. entao por vias indiretas
leva aa questao da moral e da etica...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: mais B.O.s
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/03/2000 12:36

É preciso ver o lado bom das coisas ... tais medicamentos (perfeitamente
seguros e sem efeitos colaterais algum, nem mesmo o efeito básico) iriam
para as casas de R$ 1,99 e as grandes redes de farmácias se veriam em palpas
de aranha. A economia popular seria preservada.
hehe
[]'s
Léo

-----Mensagem Original-----
De: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
Para: <biologia@shark.ib.usp.br>
Enviada em: sexta-feira, 10 de março de 2000 11:03
Assunto: [ciencialist] mais B.O.s


> http://www.epub.org.br/comciencia/reportagens/automed1.htm
>
> seremos otarios assim?
>
> []s,
>
> roberto takata
>
>




SUBJECT: [ciencialist] Re: Antimat�ria
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/03/2000 17:16

> > pelo que me consta i algo do gjnero tb, no entanto sou defensor da
> > idiia de que a antimatiria possui massa negativa.

> Porquj?

Porque eu nco posso aceitar que uma simples compensagco de cargas pode fazer massa desaparecer. Como defendo uma fsrmula minha, raiz(m*mod(m)/(1-v^2/c^2)), onde mod(m) i o msdulo de m.
Uma suspeita de um elitron, quando acelerado acima da velocidade da luz, ele passa a se comportar como pssitron vai fazer com que eu repense esta minha idiia. A idiia de antimatiria ter massa negativa surgiu enquanto tentava explicar o universo enquanto lia Retalhos Cssmicos (Marcelo Gleiser, Cia. das Letras, excelente livro) e minha mce e irmc faziam compras. A lista ja ouviu e ja me criticou bastante mas continuo com a idiia fixa na cabega. Quero ver quem me tira essa.

> > Isto em si nco justifica porque nco sofre repulsco da matiria. Ora,
> > os opostos se atraem e nco interessa gravidade pois os prstons
> > possuem carga oposta ao anti-prston e segundo o que me consta a
> > atragco elitrica i 10^6 vezes maior que a gravitacional.

> Isto depende das massas e das cargas.

OK, mas estamos falando de atomos, portanto de massas com ordem de grandeza ridmcula. Mas entre ser positiva ou negativa ainda ha uma grande diferenga.
Estes dias minha mce me perguntou se eu sequer sabia como se mede a massa de tal ordem de grandeza, mas nos desviamos do assunto e eu fiquei a ver navios - nco sei como se faz. Alguim da lista pode explicar?

> Estranho, nco?

Que tal ver isto experimentalmente?

Abrago, Benjamin Hinrichs



SUBJECT: [ciencialist] Re: [ciencialist] Re: Antimatéria
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/03/2000 19:33

-----Mensagem Original-----
De: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 10 de Março de 2000 17:16
Assunto: [ciencialist] Re: Antimatéria


> > > ...sou defensor da idéia de que a antimatéria possui massa negativa.

> > Porquê?

> A lista já ouviu e já me criticou bastante mas continuo com a idéia fixa
na cabeça. Quero ver quem me tira essa.

Caro Benjamin
(e demais membros da ciencialist - Voltei!)

Sua idéia não está totalmente fora de propósito, razão pela qual não será
fácil "tirar essa idéia fixa de sua cabeça". No entanto, se formos perseguir
os "cânones científicos" estabelecidos no decorrer do século XX e
axiomatizados por Thomas Khun eu diria que você está nadando contra a
correnteza e, portanto, correndo o risco de morrer afogado.
Conseqüentemente, será muito pouco provável que você encontre nesta, ou em
qualquer outra lista, alguém que esteja disposto a sequer considerar a sua
idéia, a menos que seja para negá-la, negá-la e negá-la sem justificativa
alguma e sem substituí-la por nada palpável.

Em minha modesta opinião, creio que o problema da massa, seja ela positiva
ou mesmo, se quiser, negativa, ainda não está resolvido. Einstein procurou
deixar claro o mistério que envolve o conceito massa ao mostrar que por uma
misteriosa coincidência, ainda hoje não explicada, massa gravitacional e
massa inercial se confundem numericamente: são coisas totalmente distintas e
totalmente indissociáveis. E a verdade é que sequer sabemos o que é massa e
muito menos o que é gravitação ou, mesmo, porque existe a inércia.

Jamais iremos responder a perguntas tão elementares enquanto adotarmos a
conduta arrogante abraçada pelos físicos (com raras exceções) do século XX.
Jamais explicaremos o porquê das coisas se continuarmos desprezando qualquer
tentativa de explicar este porquê. Como já disse no passado, e repito aqui,
gravitação é um nome que damos para acobertar nossa ignorância. Sabemos que
num campo gravitacional, um corpo cai; e dizemos que um campo gravitacional
é o local onde os corpos caem. Ou seja, estamos andando em círculo.

E eu pergunto: Um elétron atrai gravitacionalmente outro elétron? Alguém já
mediu este suposto campo gravitacional do elétron? Será que a matéria
realmente atrai a matéria? Não digo a matéria complexa, como essa que
enxergamos em nosso dia-a-dia, mas as partículas realmente elementares.
Quais são os segredos que existem entre o microcosmo e o macrocosmo, a
justificarem a existência de uma disciplina que diz muito e não explica
nada: a física quântica.

Não seria a gravitação algo relacionado à estrutura da matéria e não à
matéria em si? Essa idéia já foi questionada por Newton no século XVII e
deixada na gaveta desde então.

Outra pergunta: Um elétron repele elétricamente outro elétron? Um elétron é
realmente uma carga elétrica em miniatura? Não seria o eletromagnetismo algo
relacionado à estrutura da máteria e não à carga em si? Esta idéia já foi
questionada por mim no século XX (1983) e deixada na gaveta deste então.
Você poderá encontrar algo a respeito em meu web site, abaixo relacionado.

Continue com suas encucações e um conselho: Não dê bola para a torcida. Eles
só aplaudem os papagaios.

Abraços
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: [ciencialist] Re: mais B.O.s
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/03/2000 19:34

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Mitsuo Takata"
Enviada em: Sexta-feira, 10 de Março de 2000 11:03
Assunto: [ciencialist] mais B.O.s


> http://www.epub.org.br/comciencia/reportagens/automed1.htm
>
> seremos otarios assim?
>
> []s,
>
> roberto takata

Olá, Roberto

Sem entrar no mérito da questão, gostaria apenas de comentar a frase do
professor Elisaldo Carlini encontrada na web-page citada: "...não há
condições para que ocorra "automedicação responsável" porque a população não
conta com a orientação necessária."

Ou seja: o professor Carlini parece admitir que uma população "competente"
possa, em determinadas condições, se automedicar. Por outro lado afirma, o
que não é surpresa para ninguém, que a maioria da população brasileira não
atingiu este patamar, ou seja, seria "incompetente" para tal.

Em resumo: A elite brasileira parece estar subdividida em dois grandes
grupos: 1) os aproveitadores da ingenuidade popular e que, por motivos
óbvios, pretendem que tudo fique como está; 2) os paternalistas e
acomodados, como o professor Carlini que, supostamente, defendem o bem estar
das tribos primitivas bem como a manutenção de seu status cultural.

Abraços

Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: [ciencialist] Re: entropia
FROM: "neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/03/2000 22:42

Caro Gustavo

Moro no interior e tenho acesso a pouquíssimos periódicos; consultas
bibliográficas só na net ou quando tenho oportunidade de ir para S.Paulo.

Se não for muito incomodo para você, gostaria de receber o seu artigo.

Meu endereço:

Neville Martins
R. Belo Horizonte, 172
Catanduva - SP
15800-000

Grato pela atenção.

Neville



SUBJECT: [ciencialist] Re: Proposta Indecorosa
FROM: "Guilherme Landi" <landi@artefinal.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/03/2000 09:50

Luiz, de certa forma eu já faço isso, guardo as mensagens de maior
interesse num arquivo do Word, em documento mestre, as mensagens são
separadas por assunto, e de quando em quando leio um tópico retirando
o inútil e deixando o que me convém.
O problema é que o arquivo já está com mais de 700 páginas e quase
2Mb.

-----Mensagem original-----
De: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
Para: ciencialist@egroups.com <ciencialist@egroups.com>
Data: Quinta-feira, 9 de Março de 2000 21:23
Assunto: [ciencialist] Proposta Indecorosa


Para nosso estimado moderador e all,

Estou com 1260 mensagens em minha pasta Lista_Ciências desde 26/11/99
(há
como confirmar com demais colegas?). Não quero perder nenhuma, pois de
cada
uma delas tirei um pouquinho de meu saber, de minha auto-crítica e de
meu
modo de participar. Sei que meu pedido parecerá esdrúxulo, senão
detestável,
MAS, haverá algum 'espírito' aventureiro, desbravador, capaz de
reuní-las
por assunto, por resposta, por dia (cortando as propagandas e
endereçamentos), numa ordem razoavelmente lógica e nos re-enviar? Será
que
estou pedindo muito?
Qual seria o custo disso? Haverão interessados nesse apanhado geral (e
arquibancada)?

Bem, aguardemos o que der e vier.

[]'s
Léo


----------------------------------------------------------------------
--
Envie links e textos para contrucao da pagina para o endereco
material-pagina@usa.net
--- ... ---
ciencialist-unsubscribe@egroups.com (sair da lista)

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--
Planning a party? iParty.com is your complete source for party
planning and
supplies, with everything you need to throw the perfect party!
http://click.egroups.com/1/1635/4/_/19424/_/952643847/


eGroups.com home: http://www.egroups.com/group/ciencialist
http://www.egroups.com - Simplifying group communications







SUBJECT: [ciencialist] Re: Proposta Indecorosa
FROM: "Luis Roberto Brudna" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 12/03/2000 16:11

> Para nosso estimado moderador e all,
>
> Estou com 1260 mensagens em minha pasta Lista_Ciências desde 26/11/99
(há
> como confirmar com demais colegas?). Não quero perder nenhuma, pois
de cada
> uma delas tirei um pouquinho de meu saber, de minha auto-crítica e de
meu
> modo de participar. Sei que meu pedido parecerá esdrúxulo, senão
detestável,
> MAS, haverá algum 'espírito' aventureiro, desbravador, capaz de
reuní-las
> por assunto, por resposta, por dia (cortando as propagandas e
> endereçamentos), numa ordem razoavelmente lógica e nos re-enviar?
Será que
> estou pedindo muito?
> Qual seria o custo disso? Haverão interessados nesse apanhado geral (e
> arquibancada)?

Eu jah estava pensando em fazer uma revisao de toda (!) a lista e
retirar o material importante, mas isto serah uma tarefa ardua...
Um dos problemas que estou enfrentando eh o fato de eu nao ter acesso
a internet em casa, pois nao tenho telefone e assim fica dificil passar
horas na universidade revisando a lista.
Tentei dar um download da lista pelo Egroups, mas isto pareceu
interminavel... mas estou pensando em retornar com o procedimento.
Nao sei se conseguirei reunir de forma clara os debates, mas penso em
retirar os mails mais completos e as principais ideias e links que
apareceram na lista.
Por enquanto era isso.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.








SUBJECT: [ciencialist] Re: Antimatéria
FROM: Jairo Santos Vieira <JVIEIRA@vortex.ufrgs.br>
TO: Benjamin Hinrichs <hinsoft@sinos.net>
CC: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/03/2000 06:21

Hinrichs.
Pela tua teoria, como fica a interacao entre um neutron e um anti neutron?
Eles nao tem atracao eletrica entre si! Deveriam ter repulsao
gravitacional pois pela Teoria da Gravitacao tu vais obter uma forca (F)
negativa, contraria a F positiva da atracao. - Como explicas isso? - Isto
impede a existencia de estrelas de neutrons, ou nao?
E outras particulas cuja carga liquida eh nula?
Ateh.
Jota

On Thu, 9 Mar 2000, Benjamin Hinrichs wrote:

> > Alt:
> >
> > Segundo me consta, antimatiria (e tudo o mais que tem massa)
> > tem massa positiva, e nco existe repulsco gravitacional.
> > Alim disto, observavel, medido, verificado e reverificado,
> > existe apenas especulagco.
> >
> > Acmq
>
> Alt Antonio C. M. de Queiroz
>
> pelo que me consta i algo do gjnero tb, no entanto sou defensor da
> idiia de que a antimatiria possui massa negativa. Isto em si nco
> justifica porque nco sofre repulsco da matiria. Ora, os opostos se
> atraem e nco interessa gravidade pois os prstons possuem carga oposta
> ao anti-prston e segundo o que me consta a atragco elitrica i 10^6
> vezes maior que a gravitacional.
>
> Abrago, Benjamin Hinrichs
>
>
>
>
> ------------------------------------------------------------------------
> Envie links e textos para contrucao da pagina para o endereco material-pagina@usa.net
> --- ... ---
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>
> -- 20 megs of disk space in your group's Document Vault
> -- http://www.egroups.com/docvault/ciencialist/?m=1
>
>
>


SUBJECT: [ciencialist] Re: espaco ou distancia
FROM: Jairo Santos Vieira <JVIEIRA@vortex.ufrgs.br>
TO: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
CC: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/03/2000 06:38

Leo.
Pensei em facilitar a explicacao ao cara. Pelo que ele perguntou, achei
que usar notacao vetorial era perda de tempo. Obvio que estas com a razao
soh que acho que ele pouco entendeu!
Tambem nao sei se estou subestimando a inteligencia do cara e ele estaria
testando nosso conhecimento.
Quanto a funcao a.sen(wt+o) eh so pegares um ponto na mesma reta
distante de a do ponto medio do movimento, como pt de referencia.
Um abraco.
Ateh.
Jota.

On Thu, 9 Mar 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:

>
> De: Jairo Santos Vieira <JVIEIRA@vortex.ufrgs.br>
> Assunto: [ciencialist] Re: espaco ou distancia
>
>
> > Douglas.
> > Distancia eh sempre positiva. Jah imaginasse medir menos 2 metros?
>
> Nco ha imposigco fmsica alguma em adotar-se distbncias algibricas em
> determinados processos. distbncias abaixo (profundidades) e acima
> (altitudes) do nmvel do mar podem ser tomadas algebricamente; a distbncia do
> zero do termtmetro ao nmvel do merczrio pode ser tomada algebricamente (e
> com isso associar as temperaturas) etc.
>
> > Porem a velocidade pode ser positiva ou
> > negativa de acordo com o sentido convencionado.
>
> E i esse sentido convencionado (para a trajetsria e nco para a velocidade)
> que torna o espago uma entidade algibrica. O sinal da velocidade nco esta
> vinculado apenas ao seu sentido prsprio e sim ao confronto de sentidos, dela
> e da trajetsria. Isso deriva do fato da velocidade ser grandeza vetorial,
> assim como o deslocamento.
>
> >Espaco pode ser tanto
> > positivo como negativo pois depende do teu referencial.
>
> Esse 'referencial' consiste em tornar a trajetsria num eixo de coordenadas
> abcissas.
>
> > Assim e/t eh mais coerente. Quando trabalhas com uma so direcao nao tem
> > problema usar d/t.
> > ateh.
> > jota.
>
> e/t nco i mais coerente com nada. E, quando se trabalha numa ss diregco ha
> enormes problemas em se usar d/t . Primeiro porque numa ss diregco ha dois
> sentidos de percurso e, principalmente, porque nco esta explicitado o tipo
> de movimento. Tratando-se de um MHS (mesmo que se realize sobre uma ss
> diregco), como poderemos usar essa d/t? que significado teria?
> Sera que d/t substitui "-a.sen(wt + @)" ?
>
> Resumindo, novamente, nunca use e/t ou d/t a 'chance' de errar i 1.
>
> []'s
> Lio
>
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SUBJECT: [ciencialist] Re: "Jubileu dos cientistas"
FROM: Jairo Santos Vieira <JVIEIRA@vortex.ufrgs.br>
TO: Daniel Sottomaior Pereira <cetico@hotmail.com>
CC: ciencialist@eGroups.com
DATE: 13/03/2000 06:57

Prezado Daniel.
Este cardeal tem um proposito bem definido. -Colocar sob a sua capa
todos os ceintistas do mundo querendo nortea-los por um preceito fajuto
que eh o de que a feh e a ciencia precisam se unir. Isto eh a maior piada
que a Igreja Catolica poderia querer empulhar em todo o
mundo, neste ano 2000. Este congresso esta fadado a nascer morto.
Justamente o papel da ciencia e desmistificar a feh e mostrar a
realidade. Esta eh a tentativa da Igreja Catolica a instituir um novo
periodo de obscurantismo cientifico, volta dos Tribunais da Inquisicao.
Quem tem que se atualizar eh a Igreja e nao a ciencia que se atualiza a
cada dia que passa. Pois pasmem, foi este papa o Joao Paulo II que tirou
do Index o nome de Galileu que estava la desde +-1600. Imaginem voces,
quantos cientistas deve ter seus nomes no Index!!!
Um abraco
Jota


SUBJECT: [ciencialist] Re: moral e evolucao
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/03/2000 09:09

um adendo importante.

na minha resposta/opiniao acabei enfatizando apenas a especie humana (jah
q. a pergunta era sobre nos), mas nada impede tbm de extender isso - com
certos limites - para outros grupos. ha um certo padrao de comportamento
em outros primatas q. praticamente nao hesitariamos em classificar como de
dominio etico: nao fossem nosso preconceito e essa visao
antropocentrica inevitavel...

disso se depreende tbm q. a historia da evolucao dos componentes
biologicos da moral e da etica podem ser tracados (ao menos em tese) desde
a origem do primeiro ser vivo: claro q. estariamos falando da base da base
da base da base da base biologica da moral...

[]s,

roberto takata




SUBJECT: [ciencialist] Re: mais B.O.s
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/03/2000 09:46

> Em resumo: A elite brasileira parece estar subdividida em dois grandes
> grupos: 1) os aproveitadores da ingenuidade popular e que, por motivos
> óbvios, pretendem que tudo fique como está; 2) os paternalistas e
> acomodados, como o professor Carlini que, supostamente, defendem o bem estar
> das tribos primitivas bem como a manutenção de seu status cultural.

bem, tendo a ter essa visao bastante estereotipada das classes dominantes
(descontando essa sua rixa com o tal carlini); mas existe (espero q.
exista) um terceito grupo: o q. promove dialogos com outros setores da
populacao (num discurso mais piegas ainda, diria: promover uma troca de
conhecimento)...

no q. tange aa automedicacao, no entanto, eh fato q. somos todos
incompetentes (bem, vc eh medico - ou tem formacao medica -, entao posso
excluih-lo dessa generalizacao; claro, ha' medicos reconhecidamente
incompetentes, mas isso eh uma questao um pouco mais complicada); eh fato
q. existe um perigo embutido na pratica e eh fato q. boa parte da
populacao sem treinamento adequado segue essa pratica (estou me
restringindo aos remedios chamados de alopaticos)...

aih viria a pergunta: o q. fazer?

segundo a industria farmaceutica (em estando correta na informacao o link
q. passei), jah q. a populacao nao deixaria de se automedicar entao o
lance seria ensinah-la a fazer isso...

segundo o tom da materia referida, seria um risco muito grande confiar q.
a populacao de modo geral conseguiria aprender os detalhes dessa
'automedicacao responsavel'...

bem, as consideracoes q. faco sao as seguintes: eh tapar o sol com a
peneira confiar q. as industrias farmaceuticas, bem como a associacao de
farmacias e drogarias, teriam intencoes 'humanitarias' com essa campanha
(daih a alusao inevitavel aos b.o.s). por questao etica, eu vetaria. mas
mesmo q. desconsiderassemos a etica e, agindo mais maquiavelicamente,
pensassemos q. se acabasse fazendo o bem - esclarecendo efetivamente a
populacao - estaria a pratica justificada. pergunta: q. garantia temos q.
isso ocorra? ponderando assepticamente (jah q. estamos desconsiderando a
etica) qual o valor - monetariamente falando - da relacao
riscos*custo/beneficios neste caso?

tbm eh tapar o sol com a peneira ou ser demasiadamente utopico, pensar q.
simples campanhas, ainda q. permanentes, de informacao sobre os perigos da
automedicacao inibiriam a pratica para niveis tolaraveis (estabeleca cada
um esse nivel): resumindo numa maxima - informacao nao eh nada sem
formacao (ou publicitariamente, 'potencia nao eh nada sem controle')...
consultas q. vao de 60 a mais de 200 reais sao mais contundentes qto aa
decisao de se vai se aconselhar com um medico, correndo-se algum risco de
apenas confirmar o q. jah se sabia, ou ir direto ao balconista de farmacia
(nao estamos falando nem de farmaceuticos!) q. pode confirmar apenas, mas
neste caso nao vai cobrar a mais... temos tbm filas interminaveis nos
servicos publicos de saude... bem, temos q. lutar contra isso tudo - uma
tarefa, usando uma expressao batida, herculea - nao me surpreende q. haja
pessoas q. tomem o atalho do q. vc chamou de paternalismo ou mesmo de
apoio aa automedicacao ('o q. nao tem remedio, remediado estah') - nao me
surpreende, mas muito menos me parece justificar...

pode parecer utopico, brigas contra moinhos, mas - assim me parece no
momento - por um lado temos um caminho longo, arduo, trabalhoso, mas
eticamente correto e outro curto, eventualmente ateh mais eficiente,
rapido, pouco doloroso, porem eticamente condenavel... se essa dicotomia
for real, eu voto pelo primeiro plano de acao. o q. sao elas eh se existe
um outro meio termo: rapido, eficiente e etico - eu digo outro porq.
certamente existe um meio termo longo, ineficaz e anti-etico...

claro q. nao tenho formacao em politica sanitaria pra querer firmar o tto
de besteira q. acabei de dizer em bases mais firmes do q. achismos e
conviccoes pessoais (e ideologicas): e a despir-me desses penduricalhos,
eu apoiaria um estudo detalhado sobre custos, riscos e beneficios de uma
campanha pela 'automedicacao responsavel' (bem eh uma contradicao em
termos, mas...) - soh ficaria outra pergunta no ar: a quem encomendar tal
estudo?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: moral e evolucao
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/03/2000 10:22

Roberto,
Eu nao concordo com vc quando vc diz q :
"um sistema de crencas eticas e morais soh se *justifica* dentro dos
proprios preceitos desse sistema."

Quando alguem cria um sistema ético ou algum código de conduta moral ou religioso
ele sempre tem em mente uma justificativa para os seus dogmas.
Por exemplo, se alguma religiao cria o mandamento :
- "Eh proibido comer carne de porco"
Os seguidores podem obedecer ao mandamento sem questionar mas,
quem os criou certamente tinha uma justificativa para isso ( com ou sem razao cientifica
).
No caso, talvez fosse a alta probabilidade da carne de tais animais apresentarem
grande índice de contaminacao por microorganismos , que se verificaria nos altos indices
de doenças dos consumidores desta carne.

Outro exemplo deixa claro a intensão do preceito ético:
- "Nao matarás "
Tem uma justificativa clara : Se todos os seguissem, a vida seria mais segura e
pacífica.


Claro que existem vários níveis de justificativa para um preceito ético :
- A justificativa psicológica : baseada no historico de vida e das experiencias do
autor e que tenta explicar as razoes de ordem pessoal/emocional que levaram
o autor a criar determinado preceito.

- A justificativa do ponto de vista do autor : Que poderia explicar as razoes do
preceito
através de suas próprias crenças e conhecimentos.

- A justificativa "ciêntifica" que procuraria explicar o preceito, nao através da
origem ou histórico do autor, mas das consequências na vida dos que
poderiam seguir tal preceito.

Assim no Genismo eu criei os mandamentos :

1- "Os Genes te criaram e a eles vc deve servir"
2-"A felicidade é trilhar o caminho da perpetuação genética"
3-"Deus nao existe e o único modo de transcender a morte
é através de seus genes, principalmente em seus descendentes"
4-"Seus genes sao seu bem mais precioso"
5- "Vc deve respeitar os genes dos outros para que
os outros respeitem os seus."

Posso dar como justificativa suas possíveis consequências :

1-Abolindo Deus , as pessoas exigiriam justiça na terra e nao esperariam,
EM VAO, pela justiça divina ==> O mundo seria + justo.

2-Louvando aos Genes as pessoas teriam + amor aa seus filhos E...

3-.... cuidariam + do mundo que deixariam aa eles, ao invés de destrui-lo
pensando apenas em si mesmas !.

4-Sendo as pessoas + felizes, pois o Genismo faz a pessoa entrar em harmonia
com sua natureza mais íntima, teriamos um mundo melhor..

E como justificativa histórica :
A origem da vida, de seus primórdios ateh os seres humanos,
através da teoria da evolução.

[]s
jocax






Roberto Mitsuo Takata wrote:

> um adendo importante.
>
> na minha resposta/opiniao acabei enfatizando apenas a especie humana (jah
> q. a pergunta era sobre nos), mas nada impede tbm de extender isso - com
> certos limites - para outros grupos. ha um certo padrao de comportamento
> em outros primatas q. praticamente nao hesitariamos em classificar como de
> dominio etico: nao fossem nosso preconceito e essa visao
> antropocentrica inevitavel...
>
> disso se depreende tbm q. a historia da evolucao dos componentes
> biologicos da moral e da etica podem ser tracados (ao menos em tese) desde
> a origem do primeiro ser vivo: claro q. estariamos falando da base da base
> da base da base da base biologica da moral...
>
> []s,
>
> roberto takata
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SUBJECT: [ciencialist] Re: mais B.O.s
FROM: Wilson Baptista Junior <wilson@bis.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/03/2000 10:28

Olá Roberto,

At 09:46 13/03/00 -0300, you wrote:
> (...)
>tbm eh tapar o sol com a peneira ou ser demasiadamente utopico, pensar q.
>simples campanhas, ainda q. permanentes, de informacao sobre os perigos da
>automedicacao inibiriam a pratica para niveis tolaraveis (estabeleca cada
>um esse nivel): resumindo numa maxima - informacao nao eh nada sem
>formacao (ou publicitariamente, 'potencia nao eh nada sem controle')...
>consultas q. vao de 60 a mais de 200 reais sao mais contundentes qto aa
>decisao de se vai se aconselhar com um medico, correndo-se algum risco de
>apenas confirmar o q. jah se sabia, ou ir direto ao balconista de farmacia
>(nao estamos falando nem de farmaceuticos!) q. pode confirmar apenas, mas
>neste caso nao vai cobrar a mais... temos tbm filas interminaveis nos
>servicos publicos de saude... bem, temos q. lutar contra isso tudo - uma
>tarefa, usando uma expressao batida, herculea - nao me surpreende q. haja
>pessoas q. tomem o atalho do q. vc chamou de paternalismo ou mesmo de
>apoio aa automedicacao ('o q. nao tem remedio, remediado estah') - nao me
>surpreende, mas muito menos me parece justificar...
> (...)
>claro q. nao tenho formacao em politica sanitaria pra querer firmar o tto
>de besteira q. acabei de dizer em bases mais firmes do q. achismos e
>conviccoes pessoais (e ideologicas): e a despir-me desses penduricalhos,
>eu apoiaria um estudo detalhado sobre custos, riscos e beneficios de uma
>campanha pela 'automedicacao responsavel' (bem eh uma contradicao em
>termos, mas...) - soh ficaria outra pergunta no ar: a quem encomendar tal
>estudo?

Eu também não tenho formação médica, mas do alto da minha ignorância
pergunto: Porque não experimentar no Brasil algo como os "médicos de
quarteirão" ou "médicos de pés descalços" que existem na China, que são
pessoas com uma formação bem básica de sanitarismo e medicina de
emergência, selecionados pelo governo, e que atendem os seus vizinhos nos
casos mais simples (que são, acredito, a maioria, embora não a totalidade
dos casos de automedicação) remetendo então os casos fora de sua
competência para os médicos que poderíamos chamar de "formação completa"
(se é que isto existe :) ?
Na verdade esta função é um tanto realizada aqui, embora ilegalmente, por
muitos farmacêuticos que não se furtam de aconselhar os remédios mais
simples para os casos mais simples. A diferença é que seria realizada por
pessoas especificamente preparadas e deslifgadas dos interesses dos
fabricantes de remédios.
Porque com o nosso sistema oficial de saúde como está e o sistema
particular cobrando o que tem que cobrar, ou o brasileiro pobre (a grande
maioria nossa) arrisca a automedicação ou simplesmente não se medica...
[]'s
Wilson

============================================
Wilson Baptista Junior
Solucoes Empresariais Consultoria e Negocios
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mailto:wilson@soempresar.com.br
mailto:wilson@bis.com.br
============================================



SUBJECT: [ciencialist] Re: moral e evolucao
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/03/2000 10:42

> Roberto,
> Eu nao concordo com vc quando vc diz q :
> "um sistema de crencas eticas e morais soh se *justifica* dentro dos
> proprios preceitos desse sistema."

nao vou discutir 'genismo', joao.

mas vc continua confundindo *explicar* com *justificar*...

e daih q. carne de porco pode fazer mal? q. tenha altos indices de
infestacao por endoparasitas de nosso sistema digestivo? (embora seja mais
provavel q. o horror ao porco seja devido aa sua associacao com a sujeira
- como um animal de pele sensivel, chafurdam em lama como os elefantes
para se protegerem das picadas de insetos) podemos morrer com isso? e
daih?

se temos q. morrer eh mal - independentemente da fonte q. nos leve a
aceitar isso - entao se justifica. mas nao estah baseado em nehum modelo
descritivo de mundo - simplesmente pela opcao etica de q. devemos
preservar a nossa vida. pra qq preceito etico acaba-se chegando a este
ponto.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: moral e evolucao
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andreba@smacesso.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/03/2000 13:26

Olá pessoal,

Desculpe João, mas a exposição do Roberto Takata é irretocável. Senão,
vejamos:


> Roberto,
> Eu nao concordo com vc quando vc diz q :
> "um sistema de crencas eticas e morais soh se *justifica* dentro dos
> proprios preceitos desse sistema."
>
> Quando alguem cria um sistema ético ou algum código de conduta moral ou
religioso
> ele sempre tem em mente uma justificativa para os seus dogmas.
> Por exemplo, se alguma religiao cria o mandamento :
> - "Eh proibido comer carne de porco"
> Os seguidores podem obedecer ao mandamento sem questionar mas,
> quem os criou certamente tinha uma justificativa para isso ( com ou sem
razao cientifica
> ). > No caso, talvez fosse a alta probabilidade da carne de tais animais
apresentarem
> grande índice de contaminacao por microorganismos , que se verificaria nos
altos indices
> de doenças dos consumidores desta carne.

E daí João? Qual o problema "científico" em ser contaminado por
microorganismos? Essa preocupação só se justifica DENTRO de um sistema de
valores que prioriza a defesa da vida. Não se pode provar cientificamente,
ou apenas por argumentos lógicos, que estar vivo é melhor do que estar
morto. No caso você está tomando a defesa da vida como um valor
inquestionável, isto é, você está argumentando DENTRO do conjunto de valores
éticos geralmente aceitos.

>
> Outro exemplo deixa claro a intensão do preceito ético:
> - "Nao matarás "
> Tem uma justificativa clara : Se todos os seguissem, a vida seria mais
segura e
> pacífica.

Por outro lado, eu posso enriquecer matando pessoas para roubar, enriquecer
e aumentar minhas chances reprodutivas...

>
>
> Assim no Genismo eu criei os mandamentos :


Não, Não, de novo nããão......

>
> 1- "Os Genes te criaram e a eles vc deve servir"

Qual o critério para se saber se alguém está ou não servindo seus genes? Um
suicida está seguindo seus genes? E um molestador de crianças? Não está só
seguindo seus "impulsos"?

Bom não vou mais botar lenha na fogueira senão o incendio vai recomeçar...

[]´s

André RDB




SUBJECT: [ciencialist] Re: moral e evolucao
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/03/2000 14:26

> > Roberto,
> > Eu nao concordo com vc quando vc diz q :
> > "um sistema de crencas eticas e morais soh se *justifica* dentro dos
> > proprios preceitos desse sistema."
>
> nao vou discutir 'genismo', joao.
>
> mas vc continua confundindo *explicar* com *justificar*...

Veja o Item 6 do dicionário :
Justificar :
v. 1. Tr. dir. Declarar justo, demonstrar ou reconhecer a inocência de, descarregar da
culpa imputada. 2. Tr. dir. Teol. Reabilitar, declarar justo, inocente; absolver. 3.
Pron. Demonstrar a boa razão do seu procedimento, provar a sua inocência; reabilitar-se.
4. Tr. dir. Provar judicialmente por meio de justificação. 5. Tr. dir. Desculpar. 6. Tr.
dir. Explicar com razões plausíveis. 7. Pron. Provar que é.


>
>
> e daih q. carne de porco pode fazer mal? q. tenha altos indices de
> infestacao por endoparasitas de nosso sistema digestivo? (embora seja mais
> provavel q. o horror ao porco seja devido aa sua associacao com a sujeira
> - como um animal de pele sensivel, chafurdam em lama como os elefantes
> para se protegerem das picadas de insetos) podemos morrer com isso? e
> daih?
>

Daih que essas razoes sao uma justificativa para o suposto "mandamento" conforme eu
citei como *exemplo* .
Todo preceito ético DEVE ter uma justificativa ( no sentido explicativo ).



>
> se temos q. morrer eh mal - independentemente da fonte q. nos leve a
> aceitar isso - entao se justifica. mas nao estah baseado em nehum modelo
> descritivo de mundo - simplesmente pela opcao etica de q. devemos
> preservar a nossa vida. pra qq preceito etico acaba-se chegando a este
> ponto.
>

Se fosse assim ,bastaria um único preceito ético : - " preserve a vida". E mais nehum.
O fato eh que os preceitos éticos sao escritos tendo em mente nao soh a preservacao
da vida, mas tambem o relacionamento entre os homens e seu ambiente, isto eh ,
pretendem guiar o seguidor a uma melhor qualidade de vida (ou alguma recompensa
pós morte).

[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re: espaco ou distancia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/03/2000 14:34

Assunto: [ciencialist] Re: espaco ou distancia

Leo - comentário original:
>>Tratando-se de um MHS (mesmo que se realize sobre uma só
direção), como poderemos usar essa d/t? que significado teria?
Será que d/t substitui "-a.sen(wt + @)" ?<<

Jota observa:

> Leo.
> Quanto a funcao a.sen(wt+o) eh so pegares um ponto na mesma reta
> distante de a do ponto medio do movimento, como pt de referencia.
> Um abraco.
> Ateh.
> Jota.

Se vc tomar um ponto distinto daquele do ponto médio como pt de referência,
o movimento apenas passaria a ter um 'espaço inicial'.
A lei horária seria do tipo: s = C + a.cos(wt+@) (C nova coordenada = nova
origem dos espaços).
A lei de velocidade v= -a.sen(wt+@) continuaria a ser a mesma uma vez que
derivada de constante (em relaçao ao tempo) é nula. A d/t (ou mesmo s/t) não
tem significado algum!.

[]'s
Léo



SUBJECT: [ciencialist] Re: mais B.O.s
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/03/2000 14:39

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Mitsuo Takata
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 13 de Março de 2000 09:46
Assunto: [ciencialist] Re: mais B.O.s

> > Em resumo: A elite brasileira parece estar subdividida em dois grandes
> > grupos: 1) os aproveitadores da ingenuidade popular e que, por motivos
> > óbvios, pretendem que tudo fique como está; 2) os paternalistas e
> > acomodados, como o professor Carlini que, supostamente, defendem o bem
> > estar das tribos primitivas bem como a manutenção de seu status
> > cultural.
>
> bem, tendo a ter essa visao bastante estereotipada das classes dominantes
> (descontando essa sua rixa com o tal carlini); mas existe (espero q.
> exista) um terceito grupo: o q. promove dialogos com outros setores da
> populacao (num discurso mais piegas ainda, diria: promover uma troca de
> conhecimento)...

Sem dúvida alguma, existe, e esta lista serve como exemplo a corroborar o
seu argumento. Não obstante, não se trata de um "grande grupo" mas apenas a
exceção que confirma a regra. Não conheço o tal Carlini, apenas comentei a
respeito de seu paternalismo manifesto. Quanto ao resto da mensagem prefiro
não opinar. Como você parece ter demonstrado, existem altos e baixos em
quaisquer das condutas passíveis de serem adotadas. Diria apenas que
independentemente do que se possa fazer é fundamental que se eduque efetiva
e definitivamente as massas populares, pois somente assim estaremos em
condição de minimizar os efeitos dos aproveitadores da ingenuidade popular.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: [ciencialist] genismo
FROM: "Mario Sergio Simoes" <mssimoes@activenetpiraju.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/03/2000 15:04

                 Caro Holland,
                 Gostei muito da sua teoria, mas eu me preocupo tambem com a preservacao do corpo inteiro,e em especial a nossa mente que somos nos mesmos.
                  Voce tem algum material sobre a pesquisa cientifica de como retardar o envelhecimento humano atraves da genetica?
                  Um abraco,
                  Mario Sergio
                  mssimoes@activenetpiraju.com.br
 

SUBJECT: [ciencialist] Re: moral e evolucao
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/03/2000 15:26



André Roviralta Dias Baptista wrote:

> Olá pessoal,
>
> Desculpe João, mas a exposição do Roberto Takata é irretocável. Senão,
> vejamos:
>
> > Roberto,
> > Eu nao concordo com vc quando vc diz q :
> > "um sistema de crencas eticas e morais soh se *justifica* dentro dos
> > proprios preceitos desse sistema."
> >
> > Quando alguem cria um sistema ético ou algum código de conduta moral ou
> religioso
> > ele sempre tem em mente uma justificativa para os seus dogmas.
> > Por exemplo, se alguma religiao cria o mandamento :
> > - "Eh proibido comer carne de porco"
> > Os seguidores podem obedecer ao mandamento sem questionar mas,
> > quem os criou certamente tinha uma justificativa para isso ( com ou sem
> razao cientifica
> > ). > No caso, talvez fosse a alta probabilidade da carne de tais animais
> apresentarem
> > grande índice de contaminacao por microorganismos , que se verificaria nos
> altos indices
> > de doenças dos consumidores desta carne.
>
> E daí João? Qual o problema "científico" em ser contaminado por
> microorganismos?

Eu estava dando um *exemplo* de como um preceito ético pode ser justficado.
No caso ele servia para mostrar q atrás do preceito ético estava o desejo do
autor de poupar seus seguidores de doenças.


> Essa preocupação só se justifica DENTRO de um sistema de
> valores que prioriza a defesa da vida.

Nao necessariamente, existem religioes/eticas que se preocupam com o
pós morte e nao só com a defesa da vida. Claro que algumas das doutrinas éticas
priorizam a defesa da vida e portanto a *justificativa* para seus preceitos pode estar
*fora* da doutrina. No caso da carne de porco, a justificativa poderia estar nos danos
possiveis causados por este habito.


> Não se pode provar cientificamente,
> ou apenas por argumentos lógicos, que estar vivo é melhor do que estar
> morto.

Depende o q vc entende por "melhor". Se melhor eh estar "mais feliz do que"
ou "sentir mais prazer do que"
entao, dependendo da pessoa e das condicoes de vida dela, ela deverá estar
mais feliz viva do que morta. ( *Se* vc assumir q uma pessoa morta tem grau de
felicidade igual a zero , isto eh, nao sente nada ).




> No caso você está tomando a defesa da vida como um valor
> inquestionável, isto é, você está argumentando DENTRO do conjunto de valores
> éticos geralmente aceitos.
>

Mas as justificativas *nao* precisam estar dentro dos preceitos.


>
> >
> > Outro exemplo deixa claro a intensão do preceito ético:
> > - "Nao matarás "
> > Tem uma justificativa clara : Se todos os seguissem, a vida seria mais
> segura e
> > pacífica.
>
> Por outro lado, eu posso enriquecer matando pessoas para roubar, enriquecer
> e aumentar minhas chances reprodutivas...
>

Sim, mas vc corre o risco de ficar 30 anos na prisao diminuindo sensivelmente suas
chances reprodutivas.



>
> >
> >
> > Assim no Genismo eu criei os mandamentos :
>
> Não, Não, de novo nããão......

:-))


>
>
> >
> > 1- "Os Genes te criaram e a eles vc deve servir"
>
> Qual o critério para se saber se alguém está ou não servindo seus genes?

De um modo *geral* normalmente as pessoas estao seguindo
seus genes se viverem com eles em mente no sentido de sua preservacao.
O q isto quer dizer ?
Isto quer dizer q , em geral, vc deve seguir sua vida normal:
- Buscar dinheiro ( pois ajuda a preservacao de seus genes )
- Buscar cultura ( pelas mesmas razoes )
- Buscar poder ( pelas mesmas razoes )
- Ter bons relacionamentos ( idem )
- Ter uma familia e filhos ( idem )
- amar seus filhos ( idem )

Eu quero dizer que *tudo* que fazemos está, em geral, DIRETAMENTE
relacionado aa preservacao genetica, MESMO QUE VC NAO SAIBA.


> Um
> suicida está seguindo seus genes? E um molestador de crianças? Não está só
> seguindo seus "impulsos"?
>

Geralmente um suicida está em conflito interno. Por que razoes:?
JUSTAMENTE POR NAO SEGUIR SEUS GENES.

O molestador no caso pode estar com alguma doença genética ou não
e por isso, sem ajuda médica, dificilmente vai ter condicoes de salvar seus genes:
ter uma familia etc...
Ou seja, quem sofre de patologias genetico-sociais graves nao conseguirá
se ajustar a todos os mandamentos do genismo.


>
> Bom não vou mais botar lenha na fogueira senão o incendio vai recomeçar...
>

Por mim tudo bem :-)

[]s
jocax




SUBJECT: [ciencialist] Re: mais B.O.s
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/03/2000 15:39

> independentemente do que se possa fazer é fundamental que se eduque efetiva
> e definitivamente as massas populares, pois somente assim estaremos em
> condição de minimizar os efeitos dos aproveitadores da ingenuidade popular.

bem, infelizmente entende-se por educar - ao q. parece - somente informar
as pessoas, sem se preocupar com a formacao... ingenuidade popular nos tbm
temos - a despeito dos anos de estudos, diplomas e titulos - falando de um
modo geral: cientistas, universitarios, academicos e afins tbm caem em
golpes... e como caem - ou os b.o.s soh servem pra quem usa o sus?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: moral e evolucao
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/03/2000 16:11


No caso, talvez fosse a alta probabilidade da carne de tais animais
apresentarem
grande índice de contaminacao por microorganismos , que se verificaria nos
altos indices
de doenças dos consumidores desta carne.

*** Pode ser que tenha havido esta justificativa no início (e isto nao teria
relevância alguma pro que vem a seguir), no entanto, a partir do momento em
que ela se enquadra em um sistema dogmático, ela não importa, já que alguém
vai deixar de comer o porco mesmo que a carne esteja 100% livre de
contaminação.

Outro exemplo deixa claro a intensão do preceito ético:
- "Nao matarás "
Tem uma justificativa clara : Se todos os seguissem, a vida seria mais
segura e
pacífica.


*** A intenção do preceito ético sempre deve se enquadrar dentro da própria
ética, já que toma como premissa o que é bom (no caso, viver pacificamente e
em segurança). Na natureza, não há valor. O valor é projetado nela pela
nossa cultura. Portanto, do ponto de vista lógico, a formulação seria a
seguinte:

- Morrer não é bom. (premissa)
- Paz é bom. (premissa)
- Sem mortes o mundo fica mais pacífico (nesse caso precisaríamos de uma
definição de pacífico, que poderia ser talvez "um mundo sem guerras, sem
mortes", o que transformaria a frase numa tautologia)

Com base nisso, podemos construir logicamente a sentença: Não matar implica
num mundo mais pacífico. Observe que para que esta construção seja possível,
devemos ter 2 premissas que concernem ao nosso próprio sistema ético, não à
natureza. Portanto, não há relação lógica externa ao sistema ético entre
"Não matarás" e a justificativa que deste.


Claro que existem vários níveis de justificativa para um preceito ético :
- A justificativa psicológica : baseada no historico de vida e das
experiencias do
autor e que tenta explicar as razoes de ordem pessoal/emocional que
levaram
o autor a criar determinado preceito.

- A justificativa do ponto de vista do autor : Que poderia explicar as
razoes do
preceito
através de suas próprias crenças e conhecimentos.

- A justificativa "ciêntifica" que procuraria explicar o preceito, nao
através da
origem ou histórico do autor, mas das consequências na vida dos que
poderiam seguir tal preceito.


*** Vc está envolto em uma confusão lógica, já que acredita que estas
justificativas são necessárias em qualquer mundo possível, o que é falso.
Qualquer que seja o preceito ético, há uma negação para tal. O mesmo vale
para a justificativa. Escolhemos a justificativa e o preceito que se adapta
a nossa noção do que é bom.



Assim no Genismo eu criei os mandamentos :

1- "Os Genes te criaram e a eles vc deve servir"
2-"A felicidade é trilhar o caminho da perpetuação genética"
3-"Deus nao existe e o único modo de transcender a morte
é através de seus genes, principalmente em seus descendentes"
4-"Seus genes sao seu bem mais precioso"
5- "Vc deve respeitar os genes dos outros para que
os outros respeitem os seus."

Posso dar como justificativa suas possíveis consequências :

1-Abolindo Deus , as pessoas exigiriam justiça na terra e nao esperariam,
EM VAO, pela justiça divina ==> O mundo seria + justo.

***A albânia é um dos maiores redutos de ateus do mundo atual e é um país
cheio de injustiças. Além disso, esta justificativa só vale se um mundo mais
justo for bom. Uma pergunta: como é a servidão aos genes?

2-Louvando aos Genes as pessoas teriam + amor aa seus filhos E...


3-.... cuidariam + do mundo que deixariam aa eles, ao invés de destrui-lo
pensando apenas em si mesmas !.

***Quase todo pai ama seus filhos, nem por isso deixa de modificar ou
destruir o mundo.

4-Sendo as pessoas + felizes, pois o Genismo faz a pessoa entrar em harmonia
com sua natureza mais íntima, teriamos um mundo melhor..

Bem, todas elas tem premissas inerentes ao sistema de crenças do que é bom
(que concerne à ética). Além disso, vc disse que matar é ruim. Se um
assassino tem parte do seu caráter creditado aos genes, e age com total
respeito aos seus (tomemos como exemplo o Alex, do laranja Mecânica), está
creditado a matar. Parece que aí temos uma contradição, não?

E como justificativa histórica :
A origem da vida, de seus primórdios ateh os seres humanos,
através da teoria da evolução.

***Por que vc acha que os seres humanos são o melhor da evolução? Baseado em
quê? Vc pode dizer inteligência, talvez, mas na natureza não há nenhum fato
que estabeleça que a inteligência é a melhor forma de evolução. Eu também
poderia dizer que os organismos em maior número, bactérias ou algas, são
mais evoluídos. Ou um ser que sobrevivesse em qualquer canto da superfície
terrestre, talvez um vírus. Não há critério para isso. Há uma certa confusão
em torno do termo evolução. Na natureza acontece a seleção natural, a
seleção do melhor em determinada situação, o que não implica que o ser
anterior seja inferior do ponto de vista evolutivo. É um aperfeiçoamento
relativo, não absoluto.


Me perdoe, mas os teus mandamentos são mais inconsistentes do ponto de vista
lógico que os da própria igreja católica :/


"Se houvesse um livro de ética definitivo, todos os outros livros já
escritos poderiam ser jogados no lixo"

Ludwig Wittgenstein


PhiloX


[]s
jocax







SUBJECT: [ciencialist] Re: moral e evolucao
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/03/2000 16:19

> > mas vc continua confundindo *explicar* com *justificar*...
>
> Veja o Item 6 do dicionário :
> Justificar :
> v. 1. Tr. dir. Declarar justo, demonstrar ou reconhecer a inocência de, descarregar da
> culpa imputada. 2. Tr. dir. Teol. Reabilitar, declarar justo, inocente; absolver. 3.
> Pron. Demonstrar a boa razão do seu procedimento, provar a sua inocência; reabilitar-se.
> 4. Tr. dir. Provar judicialmente por meio de justificação. 5. Tr. dir. Desculpar. 6. Tr.
> dir. Explicar com razões plausíveis. 7. Pron. Provar que é.

eh o argumento mais infantil q. jah ouvi... mas vamlah:
- dicionarios coletam as diversas variacoes semanticas de uma palavra, nao
eh a toa q. estao divididas em diversas acepcoes, jah q. a divisao em
acepcoes indica exatamente a variacao no campo semantico dos significados
dessa palavra.
- exatamente as palavras polissemicas sao as q. causam mais confusao e
ambiguidades.

qdo chamo a atencao para distinguir *explicar* de *justificar* eh
exatamente porq. seus campos semanticos se soproem parcialmente - ou seja,
estou propondo a eliminacao dessa sobreposicao, chamando a atencao para as
diferencas de matizes.

i.e. mostrar q. uma das acepcoes coincide nao prova nada - nao diz q.
*explicar* eh o mesmo q. *justificar* na medida em q. a proposta eh
exatamente delimitar as significacoes especificas de cada termo. qdo digo
para se separar os termos, qq entendedor mediano da lingua portuguesa
entende q. seria o mesmo q. eu dissesse: atente para as diferencas de
nuancas entre as acepcoes 1 e 2 da palavra (ou entre 1 e 6, etc...) ou
ainda "veja a diferenca entre: 'tornar algo eticamente justo' e 'tornar
algo fatualmente embasado'"

bem, vc nao especificou nem qual dicionario (suponho aurelio?) nem de q.
edicao se trata... mas nao tem problema, vejamos um exemplo (Aurelio 1a
edicao ed. Nova Fronteira):

roque-roque. [Voc. onom.] S.m. 1 Ato de roer. 2. Bras. Peixe teleosteo,
siluriforme, da familia dos doradideos (/Platydoras costatus/ (L.)), da
Amaz., PI, CE e Paraguai, de coloracao cinza-escura, corpo com uma linha
lateral de placas osseas fortes, e aculeos das nadadeiras dorsal e
peitorais muito desenvolvidos. [Pl. roques-roques e roque-roques.]

eu seria estupido se confundisse o ato de roer com um peixe. vc cai
exatamente na falacia do desvio da significacao:

ninguem eh perfeito
dizem q. eu sou um ninguem
---------------------------
logo eu sou perfeito!

vc tenta ajustar uma coisa a justificar(6) e daih depreender
justificar(1)... o mesmo ocorre com o seu uso de 'por q.' e 'porq.'
conforme jah salientei...

> Daih que essas razoes sao uma justificativa para o suposto "mandamento" conforme eu
> citei como *exemplo* .
> Todo preceito ético DEVE ter uma justificativa ( no sentido explicativo ).

eh impossivel... todo preceito etico recorre a algum fundamental. perdoes
as senhoras e senhoritas da lista, mas eh preciso dar um exemplo drastico:
toda serie de 'pra que?'s, acaba em 'porq. sim, porra!'

> > se temos q. morrer eh mal - independentemente da fonte q. nos leve a
> > aceitar isso - entao se justifica. mas nao estah baseado em nehum modelo
> > descritivo de mundo - simplesmente pela opcao etica de q. devemos
> > preservar a nossa vida. pra qq preceito etico acaba-se chegando a este
> > ponto.
>
> Se fosse assim ,bastaria um único preceito ético : - " preserve a vida". E mais nehum.

eh possivel, essa eh uma etica possivel... outra eh: 'sempre servir ao
proximo.' e tem tbm: 'gozar ao maximo a vida.' ou: 'atormentar os outros
sempre.' ou pode se fazer alguns conjuntos, hierarquizados ou nao: 'sempre
q. possivel ajudar os outros', 'combater o nazi-fascismo', 'apoiar meu
pai', etc...

> O fato eh que os preceitos éticos sao escritos tendo em mente nao soh a preservacao
> da vida, mas tambem o relacionamento entre os homens e seu ambiente, isto eh ,
> pretendem guiar o seguidor a uma melhor qualidade de vida (ou alguma recompensa
> pós morte).

preceitos eticos nao sao em geral escritos - raramente o sao. alias grande
parte dos preceitos eticos nem sequer sao enunciados. mas o
estabelecimento nao necessariamente tem a ver com melhor qualidade de
vida: 'autoflagelar-me eh bom' nao tem nada a ver com qualidade de vida;
'prefiro a morte 'a desonra' tbm nao...

mas chega desse bla-bla-bla, boa sorte aos q. continuarem...

[]s,

roberto takata




SUBJECT: [ciencialist] Pinball com superfície curva.
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <poplist@opensite.com.br>, <popkiss@onelist.com>, <filos-l@egroups.com>, <fishlips@onelist.com>, <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/03/2000 16:56

Imaginem o trabalho que deu pra isso. Muito massa!

http://www.geom.umn.edu/apps/pinball/about.html

PhiloX


SUBJECT: [ciencialist] banho.
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <fishlips@onelist.com>, <filos-l@egroups.com>, <ciencialist@egroups.com>, <poplist@opensite.com.br>, <aboutnothing@egroups.com>
DATE: 13/03/2000 17:28

Eu sempre saí do banho quente, direto para fora do banheiro pra me secar.
Isso sempre foi bastante automático. Quando era pequeno minha mãe costumava
me repreender por molhar o banheiro, pq me secava fora do box normalmente no
proprio quarto.
Ontem minha vida mudou. Eu costumava nao entender porque quando saímos do
banho parece mais fácil se secar fora do que dentro, apesar de nunca ter
parado pra analisar isto, já que pensava isso desde pequeno. Quando eu saí
do banho, percebi que fazia isso porque dentro do banheiro esfumaçado mesmo
durante o banho, o corpo está suando. Se eu fico no banheiro, começo a suar,
e então tenho a sensação de que quando passo a toalha no corpo a secagem
"rende menos". O mesmo vale se vc colocar a roupa dentro do banheiro, sempre
é pior.
É algo que parece óbvio, mas a força do hábito parece não questionar. Já
passei , é claro, por momentos de reflexão em situações semelhantes, mas
como isso não acontecia há muito tempo resolvi escrever. Acho que todos
devem ter alguma coisa automática que façam todo dia sem saber muito bem o
porquê. Não que isto seja uma razão de ação (i.e., do ponto de vista
intencional de pensar isto) mas é no mínimo um processo de condicionamento.

PhiloX



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: moral e evolucao
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/03/2000 17:28



"Rodrigo F. Viecilli" wrote:

> No caso, talvez fosse a alta probabilidade da carne de tais animais
> apresentarem
> grande índice de contaminacao por microorganismos , que se verificaria nos
> altos indices
> de doenças dos consumidores desta carne.
>
> *** Pode ser que tenha havido esta justificativa no início (e isto nao teria
> relevância alguma pro que vem a seguir), no entanto, a partir do momento em
> que ela se enquadra em um sistema dogmático, ela não importa, já que alguém
> vai deixar de comer o porco mesmo que a carne esteja 100% livre de
> contaminação.
>

Sim pois era justamente isso q eu estava exemplificando : A origem do preceito ético
pode ter uma justificativa ( explicacao ) fora dele.
No momento q ele nao mais se aplica ( carne livre de contaminacao ) nao *deveria*
haver necessidade de segui-lo.


>
> Outro exemplo deixa claro a intensão do preceito ético:
> - "Nao matarás "
> Tem uma justificativa clara : Se todos os seguissem, a vida seria mais
> segura e
> pacífica.
>
> *** A intenção do preceito ético sempre deve se enquadrar dentro da própria
> ética, já que toma como premissa o que é bom (no caso, viver pacificamente e
> em segurança).

A intenção do preceito ético é conduzir o seguidor ao que o(s) autor(es) dos preceitos
*consideram* bom. O preceito ético nao toma como premissa o que é bom.
Ele toma como premissa q se o " fiel" seguir os preceitos ele será recompensado.



> Na natureza, não há valor.

Depende. Nós somos parte de natureza e temos nossos valores.
Claro q uma rocha nao tem noção de valor. No entanto pode-se
argumentar que um pássaro tem os seus próprios valores.



> O valor é projetado nela pela
> nossa cultura. Portanto, do ponto de vista lógico, a formulação seria a
> seguinte:
>
> - Morrer não é bom. (premissa)
> - Paz é bom. (premissa)
> - Sem mortes o mundo fica mais pacífico (nesse caso precisaríamos de uma
> definição de pacífico, que poderia ser talvez "um mundo sem guerras, sem
> mortes", o que transformaria a frase numa tautologia)
>
> Com base nisso, podemos construir logicamente a sentença: Não matar implica
> num mundo mais pacífico. Observe que para que esta construção seja possível,
> devemos ter 2 premissas que concernem ao nosso próprio sistema ético, não à
> natureza. Portanto, não há relação lógica externa ao sistema ético entre
> "Não matarás" e a justificativa que deste.

Nao concordo. Se o proprio sistema ético já fosse intrinseco ao homem, nao
haveria necessidade do dogma. O preceito ético tenta trazer as nocoes de
"bondade" ou de "finalidade" do autor a um conjunto de dogmas. Assim,
o "morrer nao eh bom" nao faz parte do sistema ético "na mataras" mas o explica.


>
>
> Claro que existem vários níveis de justificativa para um preceito ético :
> - A justificativa psicológica : baseada no historico de vida e das
> experiencias do
> autor e que tenta explicar as razoes de ordem pessoal/emocional que
> levaram
> o autor a criar determinado preceito.
>
> - A justificativa do ponto de vista do autor : Que poderia explicar as
> razoes do
> preceito
> através de suas próprias crenças e conhecimentos.
>
> - A justificativa "ciêntifica" que procuraria explicar o preceito, nao
> através da
> origem ou histórico do autor, mas das consequências na vida dos que
> poderiam seguir tal preceito.
>
> *** Vc está envolto em uma confusão lógica,

Como dizia o Chaves " Aaiaiai, abusam de minha bondade ! "


> já que acredita que estas
> justificativas são necessárias em qualquer mundo possível, o que é falso.

Vc pode inventar preceitos que nao tem justificativas :
"- jogue um caroco de azeitona todos os dias sobre o telhado e vc vai ser feliz"
Mas um preceito ético sem justificativas intuitivas ou nao ,
nao será seguido por ninguem.

>
> Qualquer que seja o preceito ético, há uma negação para tal.

O Que ????

> O mesmo vale
> para a justificativa. Escolhemos a justificativa e o preceito que se adapta
> a nossa noção do que é bom.
>

Ai, eu ja concordo pois o preceito esta ligado aa justificativa !! :)

>
> Assim no Genismo eu criei os mandamentos :
>
> 1- "Os Genes te criaram e a eles vc deve servir"
> 2-"A felicidade é trilhar o caminho da perpetuação genética"
> 3-"Deus nao existe e o único modo de transcender a morte
> é através de seus genes, principalmente em seus descendentes"
> 4-"Seus genes sao seu bem mais precioso"
> 5- "Vc deve respeitar os genes dos outros para que
> os outros respeitem os seus."
>
> Posso dar como justificativa suas possíveis consequências :
>
> 1-Abolindo Deus , as pessoas exigiriam justiça na terra e nao esperariam,
> EM VAO, pela justiça divina ==> O mundo seria + justo.
>
> ***A albânia é um dos maiores redutos de ateus do mundo atual e é um país
> cheio de injustiças.

NAO acredito ! Em geral paises pobres sao os mais crentes.
O BRASIL eh o pais mais catolico do mundo e eh o que tem
a MAIOR desigualdade social e PIOR distribuicao de renda do planeta.



> Além disso, esta justificativa só vale se um mundo mais
> justo for bom.

Claro, um mundo + justo é MELHOR do que um mundo menos justo nas MESMAS
condicoes. Vc nao acha?


> Uma pergunta: como é a servidão aos genes?

Respondi esta pergunta hoje para o Andreba:
De um modo *geral* normalmente as pessoas estao seguindo
seus genes se viverem com eles em mente no sentido de sua preservacao.
O q isto quer dizer ?
Isto quer dizer q , em geral, vc deve seguir sua vida normal:
- Buscar dinheiro ( pois ajuda a preservacao de seus genes )
- Buscar cultura ( pelas mesmas razoes )
- Buscar poder ( pelas mesmas razoes )
- Ter bons relacionamentos ( idem )
- Ter uma familia e filhos ( idem )
- amar seus filhos ( idem )
- etc....

Eu quero dizer que tudo que fazemos está, *em geral*, DIRETAMENTE
relacionado aa preservacao genetica, MESMO QUE VC NAO SAIBA.


>
>
> 2-Louvando aos Genes as pessoas teriam + amor aa seus filhos E...
>
> 3-.... cuidariam + do mundo que deixariam aa eles, ao invés de destrui-lo
> pensando apenas em si mesmas !.
>
> ***Quase todo pai ama seus filhos, nem por isso deixa de modificar ou
> destruir o mundo.
>

Sim, mas se eles pensassem nos filhos DOS filhos dos filhos.... etc...
Eles teriam mais cuidado com o ambiente pois pensariam no futuro de seus genes
( netos , bisnetos etc.. ) e nao apenas no futuro de seus filhos.



>
> 4-Sendo as pessoas + felizes, pois o Genismo faz a pessoa entrar em harmonia
> com sua natureza mais íntima, teriamos um mundo melhor..
>
> Bem, todas elas tem premissas inerentes ao sistema de crenças do que é bom
> (que concerne à ética). Além disso, vc disse que matar é ruim. Se um
> assassino tem parte do seu caráter creditado aos genes, e age com total
> respeito aos seus (tomemos como exemplo o Alex, do laranja Mecânica), está
> creditado a matar. Parece que aí temos uma contradição, não?

Sim, pois quando se mata uma pessoa vc esta matando parte de seus genes
tambem. E alem do mais vc esta pondo em risco sua propria integridade
fisica e seu sucesso reprodutivo.


>
>
> E como justificativa histórica :
> A origem da vida, de seus primórdios ateh os seres humanos,
> através da teoria da evolução.
>
> ***Por que vc acha que os seres humanos são o melhor da evolução?

Quem disse q eu disse q os seres humanos sao os melhores ??


> Baseado em
> quê? Vc pode dizer inteligência, talvez, mas na natureza não há nenhum fato
> que estabeleça que a inteligência é a melhor forma de evolução. Eu também
> poderia dizer que os organismos em maior número, bactérias ou algas, são
> mais evoluídos. Ou um ser que sobrevivesse em qualquer canto da superfície
> terrestre, talvez um vírus. Não há critério para isso. Há uma certa confusão
> em torno do termo evolução. Na natureza acontece a seleção natural, a
> seleção do melhor em determinada situação, o que não implica que o ser
> anterior seja inferior do ponto de vista evolutivo. É um aperfeiçoamento
> relativo, não absoluto.
>

Sim concordo. Nunca disse que os humanos sao melhores.
Os animais parecem seguir o Genismo instintivamente. Os homens precisarao
dele por escrito, dogmatizado.


>
> Me perdoe, mas os teus mandamentos são mais inconsistentes do ponto de vista
> lógico que os da própria igreja católica :/
>

Acho q vc nao entendeu.. Onde ha contradicao ?


>
> "Se houvesse um livro de ética definitivo, todos os outros livros já
> escritos poderiam ser jogados no lixo"
>

E hq eu AINDA nao publiquei o meu !! :-)

[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: moral e evolucao
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/03/2000 18:11

> Vc pode inventar preceitos que nao tem justificativas :
> "- jogue um caroco de azeitona todos os dias sobre o telhado e vc vai ser feliz"
> Mas um preceito ético sem justificativas intuitivas ou nao ,
> nao será seguido por ninguem.

bem, nao ia comentar mais nada, mas diante desse abuso... barcellos, desde
qdo dizer q. jogar azeitonas sobre o telhado traz felicidade eh preceito
etico? isso eh descricao de mundo!

o caso eh mais grave ainda, nao sabe distinguir prescricao etica de
predicao de funcionamento...

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: moral e evolucao
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/03/2000 18:39



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> > Vc pode inventar preceitos que nao tem justificativas :
> > "- jogue um caroco de azeitona todos os dias sobre o telhado e vc vai ser feliz"
> > Mas um preceito ético sem justificativas intuitivas ou nao ,
> > nao será seguido por ninguem.
>
> bem, nao ia comentar mais nada, mas diante desse abuso... barcellos, desde
> qdo dizer q. jogar azeitonas sobre o telhado traz felicidade eh preceito
> etico? isso eh descricao de mundo!
>

Q descricao de mundo ??
Eh um preceito ético que eu inventei como EXEMPLO!
Uma norma de conduta da pessoa : "jogar carocos de azeitonas por cima do telhado."
Vc mesmo deu um exemplo maluco na sua missiva anterior :
'apoiar meu pai', etc...

>
> o caso eh mais grave ainda, nao sabe distinguir prescricao etica de
> predicao de funcionamento...
>

E voce nao sabe distinguir boas maneiras e normas de conduta de uma lata de lixo.
Agradeceria muito se vc me poupasse dessa sua ética de missivista.( se eh q se
pode chamar esse seu comportamento de "ética" )

jocax




SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: moral e evolucao
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/03/2000 19:07

um pouco mais de picuinha... (juro q. eh ultima, pessoal!)

> > > Vc pode inventar preceitos que nao tem justificativas :
> > > "- jogue um caroco de azeitona todos os dias sobre o telhado e vc vai ser feliz"
> > > Mas um preceito ético sem justificativas intuitivas ou nao ,
> > > nao será seguido por ninguem.
> >
> > bem, nao ia comentar mais nada, mas diante desse abuso... barcellos, desde
> > qdo dizer q. jogar azeitonas sobre o telhado traz felicidade eh preceito
> > etico? isso eh descricao de mundo!
> >
>
> Q descricao de mundo ??
> Eh um preceito ético que eu inventei como EXEMPLO!
> Uma norma de conduta da pessoa : "jogar carocos de azeitonas por cima do telhado."
> Vc mesmo deu um exemplo maluco na sua missiva anterior :
> 'apoiar meu pai', etc...

vc nao disse 'jogar carocos de azeitonas por cima do tenhado', vc disse
'jogar carocos de azeitonas por cima do telhado traz felicidade' - isso eh
uma descricao de mundo, uma proposicao - em principio - testavel: posso
jogar os carocos e ver se realmente me torno feliz... (claro nem toda
descricao de mundo eh testavel, mas nenhum preceito etico eh passivel de
testes - nao ha o q. se testar)

preceito etico com azeitonas seriam, por exemplo: 'devemos tratar bem as
oliveiras', 'devemos jogar carocos de azeitonas no telhado do vizinho',
'carocos de azeitona em cima do telhado sao uma coisa boa'... etica versa
sobre o q. eh justo e o q. eh injusto, o q. eh bom e o q. eh mal - grosso
modo, fala de como o mundo deve/deveria ser; descricao de mundo eh sobre
como o mundo eh... um sao juizos de valores; outro, juizos de economia...

conforme disse, nao consegue distinguir uma coisa de outra, falar isso nao
eh faltar com a etica... cacoar disso eh, mas realmente prefiro me
divertir com a ignorancia auto-imposta (inda mais qdo eh motivo de
jactancia e gasconadas) do q. continuar a me sujeitar a ulceras: fiz o
melhor de mim para manter a polidez, mas isso se perdeu lah pela vigesima
mensagem em q. tive q. repetir exatamente as mesmas palavras sem ser
ouvido - ocasiao em q. tbm perdi as esperancas de convencej-lo
racionalmente...

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: RES: moral e evolucao
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/03/2000 20:04



-----Mensagem original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@spider.uspnet.usp.br]
Enviada em: Segunda-feira, 13 de Março de 2000 17:29
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] Re: RES: moral e evolucao




"Rodrigo F. Viecilli" wrote:

> No caso, talvez fosse a alta probabilidade da carne de tais animais
> apresentarem
> grande índice de contaminacao por microorganismos , que se verificaria nos
> altos indices
> de doenças dos consumidores desta carne.
>
> *** Pode ser que tenha havido esta justificativa no início (e isto nao
teria
> relevância alguma pro que vem a seguir), no entanto, a partir do momento
em
> que ela se enquadra em um sistema dogmático, ela não importa, já que
alguém
> vai deixar de comer o porco mesmo que a carne esteja 100% livre de
> contaminação.
>

Sim pois era justamente isso q eu estava exemplificando : A origem do
preceito ético
pode ter uma justificativa ( explicacao ) fora dele.
No momento q ele nao mais se aplica ( carne livre de contaminacao ) nao
*deveria*
haver necessidade de segui-lo.


>
> Outro exemplo deixa claro a intensão do preceito ético:
> - "Nao matarás "
> Tem uma justificativa clara : Se todos os seguissem, a vida seria mais
> segura e
> pacífica.
>
> *** A intenção do preceito ético sempre deve se enquadrar dentro da
própria
> ética, já que toma como premissa o que é bom (no caso, viver pacificamente
e
> em segurança).

A intenção do preceito ético é conduzir o seguidor ao que o(s) autor(es) dos
preceitos
*consideram* bom. O preceito ético nao toma como premissa o que é bom.
Ele toma como premissa q se o " fiel" seguir os preceitos ele será
recompensado.

*** Não seja sofista. Para ele saber o que é recompensa, precisa ter a noção
do que é bom , ou seja, é uma premissa.


> Na natureza, não há valor.

Depende. Nós somos parte de natureza e temos nossos valores.
Claro q uma rocha nao tem noção de valor. No entanto pode-se
argumentar que um pássaro tem os seus próprios valores.

*** Um pássaro não possui valor simplesmente porque não tem esta noção em
sua linguagem. Ele não raciocina conforme o que é bom ou ruim, ele é
condicionado a agir desta ou daquela forma. Quem atribui valor de bom ou mau
*para ele* segundo sua atitude somos nós.



> O valor é projetado nela pela
> nossa cultura. Portanto, do ponto de vista lógico, a formulação seria a
> seguinte:
>
> - Morrer não é bom. (premissa)
> - Paz é bom. (premissa)
> - Sem mortes o mundo fica mais pacífico (nesse caso precisaríamos de uma
> definição de pacífico, que poderia ser talvez "um mundo sem guerras, sem
> mortes", o que transformaria a frase numa tautologia)
>
> Com base nisso, podemos construir logicamente a sentença: Não matar
implica
> num mundo mais pacífico. Observe que para que esta construção seja
possível,
> devemos ter 2 premissas que concernem ao nosso próprio sistema ético, não
à
> natureza. Portanto, não há relação lógica externa ao sistema ético entre
> "Não matarás" e a justificativa que deste.

Nao concordo. Se o proprio sistema ético já fosse intrinseco ao homem, nao
haveria necessidade do dogma. O preceito ético tenta trazer as nocoes de
"bondade" ou de "finalidade" do autor a um conjunto de dogmas. Assim,
o "morrer nao eh bom" nao faz parte do sistema ético "na mataras" mas o
explica.

*** O que vc diz, então, é o seguinte: morrer nao é bom explica o não
matarás. mas este "explica" é muito vago e não estabelece as relações
lógicas de conclusão entre não matar e morrer não é bom. Considerando que há
uma relação necessária entre não matar e que morrer não é bom, temos que
esta só pode ser uma relação lógica. Agora, se vc quer me contrariar,
utilize argumentos, não refúgio na linguagem obscura que vc se propõe a
utilizar, igualmente àqueles religiosos que vc tanto critica.
Quanto ao Dogma e preceito ético, vamos a algumas considerações:
1) Um dogma tem obrigatoriamente caráter religioso, i.e. deve ser seguido
sem questionamentos e tem valor em-si, referente à moral ou fé. Uma religião
acredita que um Dogma é ua verdade absoluta transmitida por Deus ao seu
emissário.
2) Estabelecer um preceito ético significa estabelecer um padrão de
comportamento bom ou ruim que pode ser individual ou coletivo.

Agora me explique o significado disto:

"O preceito ético tenta trazer as noções de "bondade" ou de "finalidade" do
autor a um conjunto de dogmas."

Porque até agora eu não consegui entender.
>
> Claro que existem vários níveis de justificativa para um preceito ético :
> - A justificativa psicológica : baseada no historico de vida e das
> experiencias do
> autor e que tenta explicar as razoes de ordem pessoal/emocional que
> levaram
> o autor a criar determinado preceito.
>
> - A justificativa do ponto de vista do autor : Que poderia explicar as
> razoes do
> preceito
> através de suas próprias crenças e conhecimentos.
>
> - A justificativa "ciêntifica" que procuraria explicar o preceito, nao
> através da
> origem ou histórico do autor, mas das consequências na vida dos que
> poderiam seguir tal preceito.
>
> *** Vc está envolto em uma confusão lógica,

Como dizia o Chaves " Aaiaiai, abusam de minha bondade ! "


> já que acredita que estas
> justificativas são necessárias em qualquer mundo possível, o que é falso.

Vc pode inventar preceitos que nao tem justificativas :
"- jogue um caroco de azeitona todos os dias sobre o telhado e vc vai ser
feliz"
Mas um preceito ético sem justificativas intuitivas ou nao ,
nao será seguido por ninguem.

***Jogar caroço de azeitona sobre o telhado não é bom pra mim, não me traz
nenhum benefício (a não ser que tenha isso como hobby, o que mesmo assim não
o faz uma verdade necessária em qquer mundo possível), por isto é
evidentemente falso, basta vc montar a estrutura lógica da implicação
idêntica a outra que te mostrei.
Além disso, o preceito ético corretamente formulado seria: Jogue caroços de
azeitona no telhado.
É possível que alguém acredite que isto seja bom, por alguma superstição.
Assim, teria a sua justificativa. Tem gente que joga o dente que cai no
telhado. E também jogam arroz nos noivos. O que faz disso um preceito ético
é o seu valor (bom ou ruim), não sua justificativa.



>
> Qualquer que seja o preceito ético, há uma negação para tal.

O Que ????

> O mesmo vale
> para a justificativa. Escolhemos a justificativa e o preceito que se
adapta
> a nossa noção do que é bom.
>

Ai, eu ja concordo pois o preceito esta ligado aa justificativa !! :)

***Não é verdade. Um princípio ou preceito ético não está ligado a
justificativa, ele não precisa ter uma, como eu já expliquei. Basta
acreditar que é bom ou ruim e ele se tornará um princípio ético. Podemos
bolar um outro exemplo: uam criança pode ter o hábito de banhar-se
desenvolvido pela mãe, simplesmente por hábito, sem saber de sua
justificativa.
Assim, o preceito ético imposto a criança: "Tome banho" nao tem
justificativa para a criança, mas ela o segue. Um outro exemplo: Apague a
luz quando sair do quarto. Se o preceito ético dependesse necessariamente da
justificativa (i.e, luz ligada o tempo todo consome dinheiro), você deveria
sempre fazer este raciocínio antes de apagar a luz. No entanto, se um dia vc
esquece, se sente mal e retorna para apagar a luz. De repente, sente um
alívio, isso tudo sem pensar que gastaria mais dinheiro. É perfeitamente
possível, eu mesmo já vivi esta situação várias vezes. Como você vê, está
ligado ao que é pra nós bom ou mal necessariamente, mas não necessariamente
a justificativa.

>
> Assim no Genismo eu criei os mandamentos :
>
> 1- "Os Genes te criaram e a eles vc deve servir"
> 2-"A felicidade é trilhar o caminho da perpetuação genética"
> 3-"Deus nao existe e o único modo de transcender a morte
> é através de seus genes, principalmente em seus descendentes"
> 4-"Seus genes sao seu bem mais precioso"
> 5- "Vc deve respeitar os genes dos outros para que
> os outros respeitem os seus."
>
> Posso dar como justificativa suas possíveis consequências :
>
> 1-Abolindo Deus , as pessoas exigiriam justiça na terra e nao esperariam,
> EM VAO, pela justiça divina ==> O mundo seria + justo.
>
> ***A albânia é um dos maiores redutos de ateus do mundo atual e é um país
> cheio de injustiças.

NAO acredito ! Em geral paises pobres sao os mais crentes.

***Não é verdade. Nos países nórdicos o protestantismo está bem assimilado,
assim como nos EUA e em outros países da europa. O mesmo vale para o
catolicismo. A União Soviética seguiu o materialismo dialético de lenin e
marx, onde Stalin matou mais do que Hitler.

O BRASIL eh o pais mais catolico do mundo e eh o que tem
a MAIOR desigualdade social e PIOR distribuicao de renda do planeta.

*** Isto não é verdade. Países como a Arábia Saudita e o Kuwait tem
distribuição de renda mais deficiente. A Inglaterra por exemplo é um país
religioso onde a justiça tem funcionado bem.

> Além disso, esta justificativa só vale se um mundo mais
> justo for bom.

Claro, um mundo + justo é MELHOR do que um mundo menos justo nas MESMAS
condicoes. Vc nao acha?

** Bem, você acaba de concordar que é necessário termos o que é bom como
premissa para um princípio de ética.


> Uma pergunta: como é a servidão aos genes?

Respondi esta pergunta hoje para o Andreba:
De um modo *geral* normalmente as pessoas estao seguindo
seus genes se viverem com eles em mente no sentido de sua preservacao.
O q isto quer dizer ?
Isto quer dizer q , em geral, vc deve seguir sua vida normal:
- Buscar dinheiro ( pois ajuda a preservacao de seus
genes )
- Buscar cultura ( pelas mesmas razoes )
- Buscar poder ( pelas mesmas razoes )
- Ter bons relacionamentos ( idem )
- Ter uma familia e filhos ( idem )
- amar seus filhos ( idem )
- etc....

Eu quero dizer que tudo que fazemos está, *em geral*, DIRETAMENTE
relacionado aa preservacao genetica, MESMO QUE VC NAO SAIBA.

*** Isto não me diz nada. Eu poderia justificar o mesmo em função das
ligações químicas das moléculas do meu corpo, ou das células, ou do meu
corpo inteiro, ou mesmo de um grupo de pessoas junto comigo. E o pior de
tudo: se tudo o que se fizesse fosse dogmático pela preservação genética
haveria milhares de hereges se masturbando e largando quilos de genes no
esgoto. No entanto todo mundo faz isso porque é bom, e fodam-se os genes dos
espermatozóides. Agora, se você é o papa do genismo deve se abster da
masturbação pro resto da vida!


>
>
> 2-Louvando aos Genes as pessoas teriam + amor aa seus filhos E...
>
> 3-.... cuidariam + do mundo que deixariam aa eles, ao invés de destrui-lo
> pensando apenas em si mesmas !.
>
> ***Quase todo pai ama seus filhos, nem por isso deixa de modificar ou
> destruir o mundo.
>

Sim, mas se eles pensassem nos filhos DOS filhos dos filhos.... etc...
Eles teriam mais cuidado com o ambiente pois pensariam no futuro de seus
genes
( netos , bisnetos etc.. ) e nao apenas no futuro de seus filhos.

*** Quem disse que não pensam? Talvez façam isto simplesmente porque é bom
para o momento, não acha? (:


>
> 4-Sendo as pessoas + felizes, pois o Genismo faz a pessoa entrar em
harmonia
> com sua natureza mais íntima, teriamos um mundo melhor..
>
> Bem, todas elas tem premissas inerentes ao sistema de crenças do que é bom
> (que concerne à ética). Além disso, vc disse que matar é ruim. Se um
> assassino tem parte do seu caráter creditado aos genes, e age com total
> respeito aos seus (tomemos como exemplo o Alex, do laranja Mecânica), está
> creditado a matar. Parece que aí temos uma contradição, não?

Sim, pois quando se mata uma pessoa vc esta matando parte de seus genes
tambem. E alem do mais vc esta pondo em risco sua propria integridade
fisica e seu sucesso reprodutivo.

*** Quando eu mato alguém eu mato parte dos meus genes? Como?


>
>
> E como justificativa histórica :
> A origem da vida, de seus primórdios ateh os seres humanos,
> através da teoria da evolução.
>
> ***Por que vc acha que os seres humanos são o melhor da evolução?

Quem disse q eu disse q os seres humanos sao os melhores ??

*** Está implícito, já que você aplica o genismo aos seres humanos apenas, e
não a todos os virus e bactérias do planeta.

(:


> Baseado em
> quê? Vc pode dizer inteligência, talvez, mas na natureza não há nenhum
fato
> que estabeleça que a inteligência é a melhor forma de evolução. Eu também
> poderia dizer que os organismos em maior número, bactérias ou algas, são
> mais evoluídos. Ou um ser que sobrevivesse em qualquer canto da superfície
> terrestre, talvez um vírus. Não há critério para isso. Há uma certa
confusão
> em torno do termo evolução. Na natureza acontece a seleção natural, a
> seleção do melhor em determinada situação, o que não implica que o ser
> anterior seja inferior do ponto de vista evolutivo. É um aperfeiçoamento
> relativo, não absoluto.
>

Sim concordo. Nunca disse que os humanos sao melhores.
Os animais parecem seguir o Genismo instintivamente. Os homens precisarao
dele por escrito, dogmatizado.

*** O que garante que podemos então comer carne e vegetais?Estamos
destruindo os genes deles. Por que os nossos genes são melhores que os
deles?


>
> Me perdoe, mas os teus mandamentos são mais inconsistentes do ponto de
vista
> lógico que os da própria igreja católica :/
>

Acho q vc nao entendeu.. Onde ha contradicao ?

*** Em quase tudo!


>
> "Se houvesse um livro de ética definitivo, todos os outros livros já
> escritos poderiam ser jogados no lixo"
>

E hq eu AINDA nao publiquei o meu !! :-)

*** Vá em frente e veremos o resultado.

PhiloX

[]s
jocax


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SUBJECT: [ciencialist] Re: Antimatéria (ao Jota)
FROM: Benjamin Hinrichs <hinsoft@sinos.net>
TO: Jairo Santos Vieira <JVIEIRA@vortex.ufrgs.br>
CC: Ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/03/2000 20:57

> Hinrichs.
> Pela tua teoria, como fica a interacao entre um neutron e um anti neutron?
> Eles nao tem atracao eletrica entre si! Deveriam ter repulsao
> gravitacional pois pela Teoria da Gravitacao tu vais obter uma forca (F)
> negativa, contraria a F positiva da atracao. - Como explicas isso? - Isto
> impede a existencia de estrelas de neutrons, ou nao?
> E outras particulas cuja carga liquida eh nula?
> Ateh.
> Jota

Hm, boa pergunta. Prometo que vou pensar a respeito; acho que uma
modificação nas leis de gravitação universal dará conta do recado.
Vejamos o que mais, a existência da estrelas de nêutros, pois é, não
vejo porque não deveria existir. É claro que existe uma atração entre
as partículas de carga neutra, Van der Waals se não me engano. Os
nêutrons me intrigam. Veja que se um nêutron tivesse massa maior que a
de um próton tudo bem, mas eles são mais pesados. O que estou pensando
no momento é se não é possível colidir um elétron com um nêutron e
disto obter um anti-próton. Desta forma vc carregaria o nêutron com
uma carga negativa, disto poderia se obter no mínimo um anti-H.
Não sei o quanto de besteira estou falando pois sei muito pouca coisa
a respeito de física nuclear, partículas subatômicas e anti-matéria,
no entanto vou continuar afirmando qua a anti-matéria possui massa
negativa e que se pode explicar onde foi parar toda a anti-matéria
existente no princípio e por que o universo está se expandindo em
ritmo acelerado e acelerante.
Só isso.

Abraço, Benjamin Hinrichs




SUBJECT: [ciencialist] Re: banho.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/03/2000 21:35

He he he...... a filosofia de cantor de banheiro eu já conhecia, essa
filosofia de psicologia de banheiro é nova!
Não há dúvida de que hoje, ele sabe que, com ambiente saturado de vapor, a
'evaporação' é reversível (vaporiza uma gota, liqüefaz outra). Nesse
ambiente quente e úmido, o suor é a defesa natural do organismo para se
refrescar (além do sangue ser 'bombeado' para mais próximo da superfície da
pele --- daí o vermelhão típico ---).... e não consegue.
O interessante da história é o banho em si: deve-se ensaboar sob a água, ou
fora dela? Vc fecha o chuveiro enquanto se ensaboa? Como funciona a
saponificação? Será que, realmente, sabemos tomar banho? Que diferença há
entre esse seu banho diário (onde vc sai 'pesado') com aquele banho na
sáuna, ensaboando-se naquela atmosfera de "vapor' (já sei, não é vapor -
princípio de Watt da parede fria), sem a água caindo por cima, e vc sai
'leve', 'flutuando', 'limpo que nem bundinha de bebê'?

[]'s
Léo ... pós sáuna.


-----Mensagem Original-----
De: Rodrigo F. Viecilli <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
Para: <fishlips@onelist.com>; <filos-l@egroups.com>;
<ciencialist@egroups.com>; <poplist@opensite.com.br>;
<aboutnothing@egroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 13 de março de 2000 17:28
Assunto: [ciencialist] banho.


Eu sempre saí do banho quente, direto para fora do banheiro pra me secar.
Isso sempre foi bastante automático. Quando era pequeno minha mãe costumava
me repreender por molhar o banheiro, pq me secava fora do box normalmente no
proprio quarto.
Ontem minha vida mudou. Eu costumava nao entender porque quando saímos do
banho parece mais fácil se secar fora do que dentro, apesar de nunca ter
parado pra analisar isto, já que pensava isso desde pequeno. Quando eu saí
do banho, percebi que fazia isso porque dentro do banheiro esfumaçado mesmo
durante o banho, o corpo está suando. Se eu fico no banheiro, começo a suar,
e então tenho a sensação de que quando passo a toalha no corpo a secagem
"rende menos". O mesmo vale se vc colocar a roupa dentro do banheiro, sempre
é pior.
É algo que parece óbvio, mas a força do hábito parece não questionar. Já
passei , é claro, por momentos de reflexão em situações semelhantes, mas
como isso não acontecia há muito tempo resolvi escrever. Acho que todos
devem ter alguma coisa automática que façam todo dia sem saber muito bem o
porquê. Não que isto seja uma razão de ação (i.e., do ponto de vista
intencional de pensar isto) mas é no mínimo um processo de condicionamento.

PhiloX






SUBJECT: [ciencialist] espaco ou distancia?
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/03/2000 22:34

Oi ciencialistas,
faz tempo que pertenço à lista, mas acho que esqueci de me apresentar,
desculpem!

Meu nome é Douglas Campos, engo. agrônomo, ex-prof. da ESALQ-USP e da
UNIMEP (Piracicaba). O título acadêmico que mais me caracteriza neste
fórum é Prof. Livre-Docente em Mineralogia (USP).

Mineralogia é a ciência natural muito próxima das ciências exatas, uma
vez que tem por base a Química e a Física.

Pertenço ao FCB e a outros sites de céticos, ateus, racionalistas,
etc. Sempre me interessei pelo estudo das religiões e de outros
misticismos. Também ao estudo dos conceitos e definições básicos das
ciências em geral.

Queria agradecer o interesse e a boa vontade com que responderam à
minha dúvida (e ou d). Pode ser mesmo que eu não tenha entendido
direito a questão do ponto de vista vetorial, mas entendi e gostei de
ver que vcs são "feras" no assunto.

Eu tinha essa dúvida pq sempre que se lida com a expressão v=e/t, "e"
é expresso em unidades de comprimento (...cm, m,...) e, na minha
concepção,
"e" deveria ser expresso em unidades de volume
(...cm3, m3, ...), por isso eu achava que talvez "d" fosse mais
adequado.

Agora percebo que o problema é mais complexo e mais antigo do que eu
imaginava.
Obrigado Léo, jota, john, ...todos...prazer em conhecê-los.
Douglas




SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: banho.
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/03/2000 22:41




O interessante da história é o banho em si: deve-se ensaboar sob a água, ou
fora dela? Vc fecha o chuveiro enquanto se ensaboa?


** Eu procuro sair de baixo do chuveiro pra isso. Assim, aproveito melhor o
sabonete que está na pele para a limpeza.

PhiloX



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: banho.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/03/2000 00:03


>>O interessante da história é o banho em si: deve-se ensaboar sob a água,
ou
fora dela? Vc fecha o chuveiro enquanto se ensaboa? Léo<<


** Eu procuro sair de baixo do chuveiro pra isso. Assim, aproveito melhor o
sabonete que está na pele para a limpeza. PhiloX **

Por quê? O sabonete é melhor aproveitado esfregando-o contra a pele, fora
d'água ou debaixo dela? Será que esfregando-o, fora da água, não estaremos
apenas espalhando-o pela pele como manteiga no pão e a seguir, sob a água, o
jogamos ralo a fora?
O chuveiro elétrico fica ligado durante essa operação de ensaboar-se fora
d'água?
Sob mesma quantidade de água, sob mesma temperatura, qual consome mais
($$$), banho de chuveiroelétrico ou de banheira aquecida?
E, finalmente, em igualdade das demais condições, "quem consome mais ($),
chuveiro de 110V ou de 220V?".

[]'s
Léo ... pós banho.


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SUBJECT: [ciencialist] Re: espaco ou distancia?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/03/2000 00:22

>>Meu nome é Douglas Campos, engo. agrônomo, ex-prof. da ESALQ-USP e da
UNIMEP (Piracicaba). O título acadêmico que mais me caracteriza neste
fórum é Prof. Livre-Docente em Mineralogia (USP)..........
Eu tinha essa dúvida pq sempre que se lida com a expressão v=e/t, "e"
é expresso em unidades de comprimento (...cm, m,...) e, na minha
concepção,
"e" deveria ser expresso em unidades de volume
(...cm3, m3, ...), por isso eu achava que talvez "d" fosse mais
adequado.
Agora percebo que o problema é mais complexo e mais antigo do que eu
imaginava.
Obrigado Léo, jota, john, ...todos...prazer em conhecê-los.
Douglas>>

V = e/t , com "e" em unidades de volume e "t" em unidades de tempo,
refere-se à 'vazão' e não à 'velocidade'. A vazão, em termos de massa por
unidade de tempo, seria v = m/t. Entretanto, em ambas as situações não se
deve usar "t" (notação para um instante do intervalo) e sim "delta t" (um
intervalo de tempo). Isso (notação delta) vale tb para o volume e para a
massa.

Falando em nome de todos, com certeza, o prazer é todo nosso. Outro
'mineralógo' vem bem a calhar (há uma companheira ciencialist vidrada no
assunto - a senhora hcaprini). Vidrada foi uma conotação proposital, agora
ambos poderão entrar num acordo se vidro é sólido ou líquido.

[]'s
Léo







SUBJECT: [ciencialist] Re: moral e evolucao
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/03/2000 08:42



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> > > mas vc continua confundindo *explicar* com *justificar*...
> >
> > Veja o Item 6 do dicionário :
> > Justificar :
> > v. 1. Tr. dir. Declarar justo, demonstrar ou reconhecer a inocência de, descarregar da
> > culpa imputada. 2. Tr. dir. Teol. Reabilitar, declarar justo, inocente; absolver. 3.
> > Pron. Demonstrar a boa razão do seu procedimento, provar a sua inocência; reabilitar-se.
> > 4. Tr. dir. Provar judicialmente por meio de justificação. 5. Tr. dir. Desculpar. 6. Tr.
> > dir. Explicar com razões plausíveis. 7. Pron. Provar que é.
>
> eh o argumento mais infantil q. jah ouvi...

Vc continua usando ao que chamarei, daqui em diante, de "ética-takata" , que procura
intencionalmente baixar o nivel da lista provocando seus debatedores.
É uma péssimo exemplo para os novatos de lista de discussoes públicas e vc deveria
pensar duas vezes antes de fazer tais ataques nao éticos.



> mas vamlah:
> - dicionarios coletam as diversas variacoes semanticas de uma palavra, nao
> eh a toa q. estao divididas em diversas acepcoes, jah q. a divisao em
> acepcoes indica exatamente a variacao no campo semantico dos significados
> dessa palavra.
> - exatamente as palavras polissemicas sao as q. causam mais confusao e
> ambiguidades.
>
> qdo chamo a atencao para distinguir *explicar* de *justificar* eh
> exatamente porq. seus campos semanticos se soproem parcialmente - ou seja,
> estou propondo a eliminacao dessa sobreposicao, chamando a atencao para as
> diferencas de matizes.
>

O que vc entende por "justificar" que nao seja "explicar" ?


>
> i.e. mostrar q. uma das acepcoes coincide nao prova nada - nao diz q.
> *explicar* eh o mesmo q. *justificar* na medida em q. a proposta eh
> exatamente delimitar as significacoes especificas de cada termo. qdo digo
> para se separar os termos, qq entendedor mediano da lingua portuguesa
> entende q. seria o mesmo q. eu dissesse: atente para as diferencas de
> nuancas entre as acepcoes 1 e 2 da palavra (ou entre 1 e 6, etc...) ou
> ainda "veja a diferenca entre: 'tornar algo eticamente justo' e 'tornar
> algo fatualmente embasado'"
>
> bem, vc nao especificou nem qual dicionario (suponho aurelio?) nem de q.
> edicao se trata... mas nao tem problema, vejamos um exemplo (Aurelio 1a
> edicao ed. Nova Fronteira):

O dicionario que usei foi o Michaellis.

>
>
> roque-roque. [Voc. onom.] S.m. 1 Ato de roer. 2. Bras. Peixe teleosteo,
> siluriforme, da familia dos doradideos (/Platydoras costatus/ (L.)), da
> Amaz., PI, CE e Paraguai, de coloracao cinza-escura, corpo com uma linha
> lateral de placas osseas fortes, e aculeos das nadadeiras dorsal e
> peitorais muito desenvolvidos. [Pl. roques-roques e roque-roques.]
>
> eu seria estupido se confundisse o ato de roer com um peixe. vc cai
> exatamente na falacia do desvio da significacao:
>
> ninguem eh perfeito
> dizem q. eu sou um ninguem
> ---------------------------
> logo eu sou perfeito!
>
> vc tenta ajustar uma coisa a justificar(6) e daih depreender
> justificar(1)... o mesmo ocorre com o seu uso de 'por q.' e 'porq.'
> conforme jah salientei...
>

justificar (1) = declarar justo .

Como vc vai declarar algo justo sem explicar os motivos que o levaram aa esta declaracao?


>
> > Daih que essas razoes sao uma justificativa para o suposto "mandamento" conforme eu
> > citei como *exemplo* .
> > Todo preceito ético DEVE ter uma justificativa ( no sentido explicativo ).
>
> eh impossivel... todo preceito etico recorre a algum fundamental. perdoes
> as senhoras e senhoritas da lista, mas eh preciso dar um exemplo drastico:
> toda serie de 'pra que?'s, acaba em 'porq. sim, porra!'
>

O preceito ético sao normas de condutas, em geral , para se obter determinado fim,
seja a felicidade, as boas relacoes entre os individuos etc...
A finalidade das normas está sempre implícita na mente do criador delas que pode ou
nao torna-las explicitas dentro das próprias normas.



>
> > > se temos q. morrer eh mal - independentemente da fonte q. nos leve a
> > > aceitar isso - entao se justifica. mas nao estah baseado em nehum modelo
> > > descritivo de mundo - simplesmente pela opcao etica de q. devemos
> > > preservar a nossa vida. pra qq preceito etico acaba-se chegando a este
> > > ponto.
> >
> > Se fosse assim ,bastaria um único preceito ético : - " preserve a vida". E mais nehum.
>
> eh possivel, essa eh uma etica possivel... outra eh: 'sempre servir ao
> proximo.' e tem tbm: 'gozar ao maximo a vida.' ou: 'atormentar os outros
> sempre.' ou pode se fazer alguns conjuntos, hierarquizados ou nao: 'sempre
> q. possivel ajudar os outros', 'combater o nazi-fascismo', 'apoiar meu
> pai', etc...
>
> > O fato eh que os preceitos éticos sao escritos tendo em mente nao soh a preservacao
> > da vida, mas tambem o relacionamento entre os homens e seu ambiente, isto eh ,
> > pretendem guiar o seguidor a uma melhor qualidade de vida (ou alguma recompensa
> > pós morte).
>
> preceitos eticos nao sao em geral escritos - raramente o sao. alias grande
> parte dos preceitos eticos nem sequer sao enunciados.

Todas as religioes sao , antes de mais nada, preceitos éticos. E foram escritos
em livros como a Bíbila, o Corão, o Torah etc..



> mas o
> estabelecimento nao necessariamente tem a ver com melhor qualidade de
> vida: 'autoflagelar-me eh bom' nao tem nada a ver com qualidade de vida;
> 'prefiro a morte 'a desonra' tbm nao...
>

Pode nao ter a ver com qualidade de vida mas sempre tem a ver com algo, por
exemplo , "a qualidade de vida da alma" após a morte etc...
Os preceitos éticos sempre tem uma finalidade.


>
> mas chega desse bla-bla-bla, boa sorte aos q. continuarem...

jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re:banho
FROM: Flávio Pandur <pandur@apec.unoeste.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/03/2000 09:51



Luiz Ferraz Netto wrote:

> Por quê? O sabonete é melhor aproveitado esfregando-o contra a pele, fora
> d'água ou debaixo dela? Será que esfregando-o, fora da água, não estaremos
> apenas espalhando-o pela pele como manteiga no pão e a seguir, sob a água, o
> jogamos ralo a fora?
> O chuveiro elétrico fica ligado durante essa operação de ensaboar-se fora
> d'água?
> Sob mesma quantidade de água, sob mesma temperatura, qual consome mais
> ($$$), banho de chuveiroelétrico ou de banheira aquecida?
> E, finalmente, em igualdade das demais condições, "quem consome mais ($),
> chuveiro de 110V ou de 220V?".
>

Quanto as outras questões eu não sei, mas um chuveiro em 110 ou 220 V tem o mesmo consumo
em termos de Watts, que é o que a companhia nos cobra (Kw/h). Assim, tanto faz (em termos
de $$$) ter um chuveiro 110 ou 220 V. O interessante de uma ligação 220 V, é que a
corrente elétrica será metade do valor de uma corrente de um chuverio em 110 V,
permitindo assim uma fiação mais fina (= mais barata), disjuntores de menor valor (= mais
baratos). Veja:

P=E.I

Como a potência (P) é a mesma para os 2 casos, mudando-se a tensão (E), muda-se a
corrente (I).


Abraços


Flávio Pandur
pandur@apec.unoeste.br



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: moral e evolucao
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/03/2000 09:53

> um pouco mais de picuinha... (juro q. eh ultima, pessoal!)
>
> > > > Vc pode inventar preceitos que nao tem justificativas :
> > > > "- jogue um caroco de azeitona todos os dias sobre o telhado e vc vai ser feliz"
> > > > Mas um preceito ético sem justificativas intuitivas ou nao ,
> > > > nao será seguido por ninguem.
> > >
> > > bem, nao ia comentar mais nada, mas diante desse abuso... barcellos, desde
> > > qdo dizer q. jogar azeitonas sobre o telhado traz felicidade eh preceito
> > > etico? isso eh descricao de mundo!
> > >
>

Desde quando o criador dos preceitos éticos está proibido de colocar explicitamente
em seus preceitos a finalidade dos mesmos ?
O fato de se colocar a finalidade dos preceitos na propria ética nao muda seu status,
e continua sendo uma ética (princípio de conduta humana).



> >
> > Q descricao de mundo ??
> > Eh um preceito ético que eu inventei como EXEMPLO!
> > Uma norma de conduta da pessoa : "jogar carocos de azeitonas por cima do telhado."
> > Vc mesmo deu um exemplo maluco na sua missiva anterior :
> > 'apoiar meu pai', etc...
>
> vc nao disse 'jogar carocos de azeitonas por cima do tenhado', vc disse
> 'jogar carocos de azeitonas por cima do telhado traz felicidade' - isso eh
> uma descricao de mundo, uma proposicao - em principio - testavel: posso
> jogar os carocos e ver se realmente me torno feliz... (claro nem toda
> descricao de mundo eh testavel, mas nenhum preceito etico eh passivel de
> testes - nao ha o q. se testar)
>

Claro que ha como testa-los, vc acha q os seguidores de um preceito ético
vao segui-los SEM saber por que ? Obviamente eles seguem os preceitos para
conseguir algum benefício ou recompensa.
Se tivessemos seguindo uma etica nesta lista do tipo :
- Respeite a opiniao do seu debatedor.
- Nao ofenda e nao provoque seu debatedor.
- Nao faca acusacoes sem provas
- Procure sempre que possivel ser gentil e/ ou amável
Uma estatistica com listas que seguem normas eticas e as que nao seguem poderia
ser usada para testar a validade das normas.


>
> preceito etico com azeitonas seriam, por exemplo: 'devemos tratar bem as
> oliveiras', 'devemos jogar carocos de azeitonas no telhado do vizinho',
> 'carocos de azeitona em cima do telhado sao uma coisa boa'... etica versa
> sobre o q. eh justo e o q. eh injusto, o q. eh bom e o q. eh mal - grosso
> modo, fala de como o mundo deve/deveria ser; descricao de mundo eh sobre
> como o mundo eh... um sao juizos de valores; outro, juizos de economia...
>
> conforme disse, nao consegue distinguir uma coisa de outra, falar isso nao
> eh faltar com a etica...

Claro que é, principalmente qdo a acusacao eh genérica como essa.


> cacoar disso eh, mas realmente prefiro me
> divertir com a ignorancia auto-imposta (inda mais qdo eh motivo de
> jactancia e gasconadas) do q. continuar a me sujeitar a ulceras: fiz o
> melhor de mim para manter a polidez, mas isso se perdeu

Ao que parece vc se sente melhor mesmo eh baixando o nível do debate.



> lah pela vigesima
> mensagem em q. tive q. repetir exatamente as mesmas palavras sem ser
> ouvido - ocasiao em q. tbm perdi as esperancas de convencej-lo
> racionalmente...

Eu eu estou perdendo as esperanças de poder dialogar c/ vc num nivel
de polidez e respeito.

jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re: Re:banho
FROM: Wilson Baptista Junior <wilson@bis.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/03/2000 10:19

Olá Flávio,

At 09:51 14/03/00 -0300, you wrote:
> (...)
>Quanto as outras questões eu não sei, mas um chuveiro em 110 ou 220 V tem
>o mesmo consumo
>em termos de Watts, que é o que a companhia nos cobra (Kw/h). Assim, tanto
>faz (em termos
>de $$$) ter um chuveiro 110 ou 220 V. O interessante de uma ligação 220 V,
>é que a
>corrente elétrica será metade do valor de uma corrente de um chuverio em
>110 V,
>permitindo assim uma fiação mais fina (= mais barata), disjuntores de
>menor valor (= mais
>baratos). Veja:
>
>P=E.I
>
>Como a potência (P) é a mesma para os 2 casos, mudando-se a tensão (E),
>muda-se a
>corrente (I).

Isso significa também que se a fiação da sua casa já está pronta, ou se o
vaslor máximo de corrente disponibilizado pela CEMIG não pode ser aumentada
em função da carga do seu prédio, você pode instalar mais eletrodomésticos
de 220V do que poderia instalar de 110V.
[]'s
Wilson
============================================
Wilson Baptista Junior
Solucoes Empresariais Consultoria e Negocios
http://www.soempresar.com.br
mailto:wilson@soempresar.com.br
mailto:wilson@bis.com.br
============================================



SUBJECT: [ciencialist] Re: Falsa Polêmica: oculoseorelhas (administrativa)
FROM: LRB@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/03/2000 12:08


Este topico de discussoes apresenta algumas agressoes entre
participantes da lista. Peco que evitem este tipo de comportamento, ou
entao serah melhor parar por aqui. OK?

Peco desculpas por ter estado ausente na lista durante um certo tempo.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist


SUBJECT: [ciencialist] Re: Re:banho
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/03/2000 12:19

Resposta perfeita. Mas, essa pergunta foi mais como uma brincadeira :) Eu
tava só 'infernizando' o pessoal. Claro, para chuveiros de mesma potência e
mesma vazão, tanto faz 110V ou 220V; a diferença é econômica na parte da
instalação. Interessante é que se vc fizer essa pergunta numa outra lista a
resposta será 220 V quase que na totalidade. Essa pergunta já caiu no
vestibular (enfeitada como lâmpada, chuveiro, ferro elétrico etc.) umas 10
vezes.

[]'s
Léo
E as outras perguntas? essas não são de brincadeira.

-----Mensagem Original-----
De: Flávio Pandur <pandur@apec.unoeste.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 14 de março de 2000 09:51
Assunto: [ciencialist] Re:banho




Luiz Ferraz Netto wrote:

> Por quê? O sabonete é melhor aproveitado esfregando-o contra a pele, fora
> d'água ou debaixo dela? Será que esfregando-o, fora da água, não estaremos
> apenas espalhando-o pela pele como manteiga no pão e a seguir, sob a água,
o
> jogamos ralo a fora?
> O chuveiro elétrico fica ligado durante essa operação de ensaboar-se fora
> d'água?
> Sob mesma quantidade de água, sob mesma temperatura, qual consome mais
> ($$$), banho de chuveiroelétrico ou de banheira aquecida?
> E, finalmente, em igualdade das demais condições, "quem consome mais ($),
> chuveiro de 110V ou de 220V?".
>

Quanto as outras questões eu não sei, mas um chuveiro em 110 ou 220 V tem o
mesmo consumo
em termos de Watts, que é o que a companhia nos cobra (Kw/h). Assim, tanto
faz (em termos
de $$$) ter um chuveiro 110 ou 220 V. O interessante de uma ligação 220 V, é
que a
corrente elétrica será metade do valor de uma corrente de um chuverio em 110
V,
permitindo assim uma fiação mais fina (= mais barata), disjuntores de menor
valor (= mais
baratos). Veja:

P=E.I

Como a potência (P) é a mesma para os 2 casos, mudando-se a tensão (E),
muda-se a
corrente (I).


Abraços


Flávio Pandur
pandur@apec.unoeste.br





SUBJECT: [ciencialist] Re: moral e evolucao
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/03/2000 12:39
ATTACHMENTS (20000314-123927-0000122): "evolucao.jpg" , "autoridade.jpg"

Em evolução, uma ligeira modificação pode alterar tudo profundamente. Não
resisti à tentação de inserir essas imagens darwinianas.
[]'s
Léo







SUBJECT: [ciencialist] Re: Re:banho
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/03/2000 14:42


De: Wilson Baptista Junior <wilson@bis.com.br>
>
> Isso significa também que se a fiação da sua casa já está pronta, ou se o
> vaslor máximo de corrente disponibilizado pela CEMIG não pode ser
aumentada
> em função da carga do seu prédio, você pode instalar mais eletrodomésticos
> de 220V do que poderia instalar de 110V.
> []'s
> Wilson

Nas instalações domiciliares não existem apenas fios. Deve-se considerar os
fusíveis, disjuntores, interruptores e o próprio medidor de energia. Mas, de
certo modo, pensando só em termos de fiação, sua proposta é valida. Em lugar
de uma furadeira elétrica de 110V, 440W poderá comprar duas furadeiras de
220V, 440W; em lugar de instalar uma lâmpada de 110V, 440W poderá comprar e
usar OITO de 220V, 110W.

[]'s
Léo



SUBJECT: [ciencialist] Re: Re:banho
FROM: Wilson Baptista Junior <wilson@bis.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/03/2000 14:54

Olá Leo,
Claro, onde disse "fiação" quis dizer "instalação", o conjunto da
instalação elétrica domiciliar. Me exprimi mal, desculpe. Mas é válido
justamente para o conjunto da instalação, e não apenas para a fiação. Em
meu apartamento mesmo não consegui da CEMIG (aqui também deveria ter dito
"da concessionária" :) mais do que 180KW, porque estourava a instalação do
prédio, então coloquei vários aparelhos em 220V para poder chegar até onde
queria.
[]'s
Wilson

At 14:42 14/03/00 -0300, you wrote:

>De: Wilson Baptista Junior <wilson@bis.com.br>
> >
> > Isso significa também que se a fiação da sua casa já está pronta, ou se o
> > vaslor máximo de corrente disponibilizado pela CEMIG não pode ser
>aumentada
> > em função da carga do seu prédio, você pode instalar mais eletrodomésticos
> > de 220V do que poderia instalar de 110V.
> > []'s
> > Wilson
>
>Nas instalações domiciliares não existem apenas fios. Deve-se considerar os
>fusíveis, disjuntores, interruptores e o próprio medidor de energia. Mas, de
>certo modo, pensando só em termos de fiação, sua proposta é valida. Em lugar
>de uma furadeira elétrica de 110V, 440W poderá comprar duas furadeiras de
>220V, 440W; em lugar de instalar uma lâmpada de 110V, 440W poderá comprar e
>usar OITO de 220V, 110W.
>
>[]'s
>Léo

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SUBJECT: [ciencialist] Re: genismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/03/2000 15:09



Mario Sergio Simoes wrote:

> Caro Holland, Gostei muito da sua
> teoria, mas eu me preocupo tambem com a preservacao do corpo inteiro,e
> em especial a nossa mente que somos nos mesmos.
> Voce tem algum material sobre a pesquisa cientifica
> de como retardar o envelhecimento humano atraves da genetica?
> ======
> Olá Mario,
> Eu tambem me preocupo com a saúde e a qualidade de vida ( fisica e
> mental ).
> Mas ... nao sou muito aficcionado nisso, eu acho q de qqr modo
> morreremos
> e nao adianta muito tentarmos postergar isso a todo custo.
>
> Por isso eu acho q devemos pensar q parte de nós ( nossos genes )
> poderao continuar a jornada após nossa breve vida. E acredito tambem
> que
> fomos feitos exatamente com esta finalidade : perpetuar nossos genes.
>
> Eu quero dizer que nossa codificacao genetica ( e de todos os seres
> vivos), programada por selecao natural, nos "empurra", em geral,
> nesta direcao e, para nao entrarmos
> em conflito interno, deveremos ter *sempre* isto em mente.
>
> Como relacao ao material para o retardamento do envelhecimento, li
> recentemente
> que um brasileiro, fazendo este tipo de pesquisa nos EUA, conseguiu
> aumentar a
> longevidade de ratos, se nao me engano , em mais de 50%. Mas nao tenho
>
> certeza. Acho q o pessoal da lista, deve ter mais informacoes do que
> eu, e poderao
> te ajudar nesta sua pesquisa.
>
> []s
> jocax



SUBJECT: [ciencialist] genetica e envelhecimento
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/03/2000 16:18

mario,

> Voce tem algum material sobre a pesquisa cientifica de como retardar o
> envelhecimento humano atraves da genetica?

algumas referencias:
Faragher, R.G.A. 2000 - Cell senescence and human aging: where's the link?
BIOCHEMICAL SOCIETY TRANSACTIONS 28: 221-6.

Matsui, M.; Miyasaka, J.; Hamada, K.; Ogawa, Y.; Hiramoto, M.; Fujimori,
R.; Aioi, A.; 2000 - Influence of aging and cell senescence on telomerase
activity in keratinocytes. JOURNAL OF DERMATOLOGICAL SCIENCE 22: (2)
80-7.

Hayflick L 1999 - A brief overview of the discovery of cell mortality and
immortality and of its influence on concepts about aging and cancer.
Pathologie Biologie 47: (10) 1094-104.

Viidik A 1999 - The biological aging is our inescapable fate - but can we
modify it? Zeitschrift fur Gerontologie und Geriatrie 32: (6) 384-9.

Vaziri H, Benchimol S 1999 - Alternative pathways for the extension of
cellular life span: inactivation of p53/pRb and expression of telomerase.
Oncogene 18: (53) 7676-80.

Liu JP 1999 - Studies of the molecular mechanisms in the regulation of
telomerase activity. Faseb Journal 13: (15) 2091-104.

esses sao os mais recentes... talvez seja mais acessivel/facil de
encontrar o seguinte:

Zakian VA 1995 - Telomeres - beginning to understand the end. SCIENCE 270:
(5242) 1601-7.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Qtos alelos em media por locus?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/03/2000 07:46

Roberto ou alguem q possa me ajudar,
Gostaria de saber quantos alelos *em media* existem para cada locus dos
cromossomos humanos.

Obrigado.
Joao Carlos



SUBJECT: [ciencialist] Re:banho
FROM: Flávio Pandur <pandur@apec.unoeste.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/03/2000 10:11

 

Wilson Baptista Junior wrote:

Olá Flávio,

Isso significa também que se a fiação da sua casa já está pronta, ou se o
vaslor máximo de corrente disponibilizado pela CEMIG não pode ser aumentada
em função da carga do seu prédio, você pode instalar mais eletrodomésticos
de 220V do que poderia instalar de 110V.
[]'s
Wilson
 

Olá Wilson

Acredito que o Léo já respondeu sua questão com bastante propriedade. Retribuindo a resposta dele a minha mensagem: Perfeito ! :-))

Abraços

Flávio Pandur
pandur@apec.unoeste.br


SUBJECT: [ciencialist] When Isaac Met Albert
FROM: "Daniel Sottomaior Pereira" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 15/03/2000 10:59

November 12, 1997: Antimatter is one of the most recognized and
attractive words in science fiction. It's the stuff that drives
fictional starships from one side of the universe to the other. Now
NASA is giving it serious consideration as a rocket propellant to get
around the solar system. A gram of antimatter would carry as much
potential energy as 1,000 Space Shuttle external tanks carry.

Don't expect to go zipping away at warp factor anything, though. While
antimatter may become the fuel of tomorrow, the rockets will employ the
ages old action-reaction principle in an interesting meeting of Albert
Einstein (E=mc2) and Isaac Newton (F=ma).

On Tuesday, Russian scientists were informally invited to join NASA in
this venture to produce, store, and use antimatter for medical and
construction purposes as well a for space propulsion.

http://wwwssl.msfc.nasa.gov/newhome/headlines/msad12nov97_1.htm




SUBJECT: [ciencialist] Site da Nasa bloqueia acesso de brasileiros
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/03/2000 14:39


Site da Nasa bloqueia acesso de brasileiros

O site do Jet Propulsion Laboratory (JPL), que
pertence à agência americana Nasa, está bloqueando
os acessos com origem no Brasil a seus servidores. O
problema surgiu há mais de dez dias. O acesso foi
barrado temporariamente em razão da onda de
ataques ao site no mês passado. Segundo Frank
O'Donnell, porta-voz do JPL, toda vez que a
segurança do JPL detecta atividades de hackers
vindas de um local específico, eles bloqueiam o
acesso até que a situação seja resolvida. Até às
12h30 de hoje, o site do JPL continuava inacessível.



SUBJECT: [ciencialist] Re: Qtos alelos em media por locus?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/03/2000 18:25

> Gostaria de saber quantos alelos *em media* existem para cada locus dos
> cromossomos humanos.

bem, desconheco - nao q. nao haja - um estudo mais amplo sobre isso. o q.
podemos fazer eh tentar fazer algumas consideracoes.

na 'human gene mutation database' encontramos (ateh 8/3/00), catalogados
21.115 mutacoes para 992 genes. *se* isso fosse uma amostra sem vies,
poderiamos tentar extrapolar a media de 21,3 variacoes por gene. mas nao
deve se tratar de uma amostragem aleatoria: os genes focados sao os q.
apresentam interesses medicos, as mutacoes consideradas provavelmente sao
as q. apresentam algum efeito fenotipico detectavel e por aih vai.

vou ver se encontro algum trabalho sobre o tema. (tem varios sobre
polimorfismos - e a se perceber a variedade dos genes envolvidos a
variabilidade genetica: nesse nivel - eh bastante alta)

outra extrapolacao q. poderiamos tentar fazer eh calcular o indice de
heterozigosidade H (q. indica qual a proporcao dos locos do genoma de uma
populacao q. se encontra em heterozigose).

H = 4Ne.u/(4Ne.u + 1), em q. Ne eh o tamanho efetivo da populacao (o
numero de individuos q. estao se reproduzindo)e u a taxa media de mutacao
por loco por geracao. (aqui assumindo o modelo neutro de evolucao)

sendo N humano = 6.000.000.000, se subestimativamente adotarmos a fracao
de 0,25 como a de humanos reprodutivamente ativos, 4Ne serah de
6.000.000.000.

u eh estimado em torno de 10^-6 - se me lembro dos valores corretos.

temos q. H ~ 99,9998% - isto indicaria (se os calculos fossem validos) q.
quase a totalidade (ou a totalidade) de nossos locos se apresentariam com
alelos diferentes em cada cromossomo homologo. bem, mas por um lado ocorre
a selecao em cima dos alelos deleterios, de outro boa parte nao serah
detectavel com as tecnicas usuais (por eletroforese, nem causarah uma
alteracao visivel em qq outro aspecto do fenotipo).

(obs: nao leve os calculos acima seriamente)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Qtos alelos em media por locus?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/03/2000 19:34

joao,

a eliana deve ter melhores informacoes.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Qtos alelos em media por locus?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/03/2000 07:37

Obrigado Roberto !
Ja deu para ter uma noção do processo !
[]s
jocax

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> > Gostaria de saber quantos alelos *em media* existem para cada locus dos
> > cromossomos humanos.
>
> bem, desconheco - nao q. nao haja - um estudo mais amplo sobre isso. o q.
> podemos fazer eh tentar fazer algumas consideracoes.
>
> na 'human gene mutation database' encontramos (ateh 8/3/00), catalogados
> 21.115 mutacoes para 992 genes. *se* isso fosse uma amostra sem vies,
> poderiamos tentar extrapolar a media de 21,3 variacoes por gene. mas nao
> deve se tratar de uma amostragem aleatoria: os genes focados sao os q.
> apresentam interesses medicos, as mutacoes consideradas provavelmente sao
> as q. apresentam algum efeito fenotipico detectavel e por aih vai.
>
> vou ver se encontro algum trabalho sobre o tema. (tem varios sobre
> polimorfismos - e a se perceber a variedade dos genes envolvidos a
> variabilidade genetica: nesse nivel - eh bastante alta)
>
> outra extrapolacao q. poderiamos tentar fazer eh calcular o indice de
> heterozigosidade H (q. indica qual a proporcao dos locos do genoma de uma
> populacao q. se encontra em heterozigose).
>
> H = 4Ne.u/(4Ne.u + 1), em q. Ne eh o tamanho efetivo da populacao (o
> numero de individuos q. estao se reproduzindo)e u a taxa media de mutacao
> por loco por geracao. (aqui assumindo o modelo neutro de evolucao)
>
> sendo N humano = 6.000.000.000, se subestimativamente adotarmos a fracao
> de 0,25 como a de humanos reprodutivamente ativos, 4Ne serah de
> 6.000.000.000.
>
> u eh estimado em torno de 10^-6 - se me lembro dos valores corretos.
>
> temos q. H ~ 99,9998% - isto indicaria (se os calculos fossem validos) q.
> quase a totalidade (ou a totalidade) de nossos locos se apresentariam com
> alelos diferentes em cada cromossomo homologo. bem, mas por um lado ocorre
> a selecao em cima dos alelos deleterios, de outro boa parte nao serah
> detectavel com as tecnicas usuais (por eletroforese, nem causarah uma
> alteracao visivel em qq outro aspecto do fenotipo).
>
> (obs: nao leve os calculos acima seriamente)
>
> []s,
>
> roberto takata
>
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SUBJECT: [ciencialist] Re: Qtos alelos em media por locus?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/03/2000 07:38

Quem eh a eliana ?
Ela eh pertence aa CineciaList?
[]s
jocax

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> joao,
>
> a eliana deve ter melhores informacoes.
>
> []s,
>
> roberto takata
>
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SUBJECT: [ciencialist] isto nao eh coincidencia.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/03/2000 12:03

edicao de dezembro do ano passado da scientific american faz uma analise
perspectiva para os proximos 50 anos da ciencia. adivinhem os topicos
debatidos:

- unificacao da fisica: relatividade quantica - q. entre outras coisas
pode levar a um modelo quantizado do espaco-tempo;'A unified physics by
2050?'

- vida em outros planetas e civilizacoes extraterrestres;'Is There Life
Elsewhere in the Universe? '

- gene mais ambiente na determinacao da personalidade: 'The End of Nature
versus Nurture' e 'How the Brain Creates the Mind '

- gene e envelhecimento - 'Can Human Aging Be Postponed? '

poderiamos dizer q. estamos 50 anos 'a frente em nossas discussoes?

[]s,

roberto takata




SUBJECT: [ciencialist] RES: isto nao eh coincidencia.
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/03/2000 13:52



- gene mais ambiente na determinacao da personalidade: 'The End of Nature
versus Nurture' e 'How the Brain Creates the Mind '


Recomendo a todos que se interessam por esse tópico um livro excelente, no
âmbito filosófico, que trata desse assunto.
"A Filosofia e o Espelho da Natureza", Richard Rorty.
É feita uma análise do problema da physis / mente do âmbito filosófico até o
científico. Outro bom livro sobre o assunto é o "Erro de Descartes" , de
antonio damasio.
Passei uns 2 anos envolvido com esse tema, antes de iniciar o estudo em
filosofia da linguagem.


PhiloX

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SUBJECT: [ciencialist] Filosofia dos antônimos.
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>, <poplist@opensite.com.br>, <fishlips@onelist.com>, <filos-l@egroups.com>, <aboutnothing@egroups.com>
DATE: 16/03/2000 20:28

Hoje enquanto colocava um pouco de limão no meu bife a milaneza e também
tomava suco de limão, pensei em algo peculiar, sobre os antônimos.
O que exatamente eu quero dizer, quando digo que doce é o oposto de
salgado?
Será que há uma relação comum entre doce ser o oposto de salgado e, por
exemplo, duro ser o oposto de mole? Ou seco o oposto de molhado? Ou amor o
oposto de ódio? E assim por diante?

Se eu aprendo, durante a minha infância, o que é duro e o que é mole, eu
poderia dizer que são um o oposto de outro, durante, por exemplo, uma
refeição.
Eu poderia dizer: essa bala é muito dura, prefiro uma mais mole. Nesse caso
é possível uma "linha física" de transição entre o duro e o mole.
Quando a seco e molhado: o mesmo ocorre.
Agora, quanto a doce e salgado? Parece não haver esta "linha" de transição
palpável. Eu poderia dizer "putz, este sorvete parece sem açucar". Mas
ficaria esquisito que o sorvete ficasse salgado sem a adição de sal. Nesse
caso, qual será o fenômeno , ou a seqüência de fenômenos, que nos leva a
desenvolver a noção de oposto entre "doce e salgado". Me parece que, neste
caso, é mal empregada a palavra "oposto". Pode ser que, pelo fato de a
maioria dos alimentos que consumimos ser doce ou salgada, tenha havido um
desenvolvimento dessa noção de pseudo-oposto a partir da alternativa "doce
ou salgado", mesmo que do ponto de vista lógico uma "alternativa" não
implica que uma característica seja o oposto da outra. Pense, por exemplo:
"amargo ou doce"? Porque não posso dizer que o oposto de doce é amargo? Em
certas situações, na linguagem, parece perfeitamente possível. Mesmo que não
haja nenhuma relação física ou biológica de oposiçao entre os fenomenos que
envolvem a sensação de amargo, azedo, doce e salgado. Posso imaginar uma
tribo onde parece "mais natural" que o oposto de doce seja azedo, porque
eles tem acesso praticamente só ao leite.
Outro exemplo de oposto complicado : "amor e ódio". Certamente não existe
uma base biológica ou física dentro da própria sensação que defina uma como
o oposto da outra. O que existe, certamente, é uma diferença de
manifestação, que pode ser de oposição. Por exemplo, amo esta pessoa,
portanto quero que ela fique bem (isto é uma conseqüência antropológica da
sensação). Odeio esta pessoa (isto implica necessariamente que eu quero o
seu mal? Posso odiar uma pessoa, mas não dar importância para o fato de ela
ficar bem ou não). São apenas exemplos. Mas, se não há base física ou
biológica para a dicotomia amor/ódio, e a antropológica é confusa, talvez
por serem sentimentos "básicos" assim como "doce e salgado" são sensações
básicas, pareçam ser opostas. O que me impede de dizer que "desprezo" é o
oposto de "amor"? Posso evidentemente inventar um argumento para que isso
seja possível. Por exemplo: Eu desprezo aquele cara, me traiu. Eu amo aquele
cara, sempre foi fiel a mim. Obviamente parece esquisito, mas na mesma
proporção em que "amor" e "ódio" também, de forma que eu posso querer o mal
de uma mulher que desprezo e o bem de uma mulher que eu amo.

Bem, a questão é: se uma professora de segunda série pede num certo dia
para que as crianças coloquem o antônimo de "amor" , ou de "doce", será que
não é natural que passe pela cabeça delas uma certa confusão, por elas ainda
não terem se acostumado muito bem com as complicações da nossa linguagem?
Será que ela realmente merece um errado se colocar amargo no oposto de doce,
ao invés de salgado? Acho que não.


PhiloX



SUBJECT: [ciencialist] solido ou liquido
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/03/2000 22:29

... ambos poderão entrar num acordo se vidro é sólido ou líquido.

[]'s
Léo

Oi ciencialistas, aproveito a "deixa" do Léo para participar das
discussões.

Para saber se um vidro é sólido ou líquido é preciso primeiro
diferenciar os 3 principais significados da palavra sólido:

1) sólido (popular): não oco; coisa ou pessoa maciça, consistente,
coesa, rígida, etc.

2) sólido (geometria): corpo com 3 dimensões e limitado por
superfícies planas.

3) sólido (física); substância que se encontra na "fase sólida", isto
é, que possui "estrutura cristalina".

Assim, de acordo com 1) um bloco de vidro será sólido; de acordo com
2) um bloco de vidro limitado (natural ou artificialmente) por faces
planas será um sólido e; de acordo com 3) os vidros não estão na "fase
sólida", pois carecem de estrutura cristalina.

Os vidros, portanto, mineralogicamente falando, não estão na "fase
sólida" e sim na "fase líquida" (não considerando as fases
intermediárias).

A maioria das confusões ou discussões em ciência ocorrem quando os
conceitos ou as definições básicos não são bem conhecidos ou não estão
bem estabelecidos, como o caso da expressão v=e/t, né Léo?

Espero que a senhora hcaprini esteja de acordo.

[]s

Douglas






SUBJECT: [ciencialist] En: Filosofia dos antônimos.
FROM: "Sheila Franco." <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 17/03/2000 04:56

Oi, Veicilli
 
Achei interessante sua colocação. No entanto, proponho o termo "contrastes" em substituição "opostos", sem saber ao certo quais novos dilemas poderiam vir a se estabelecer.
 
Abraços,
 
Sheila. 

SUBJECT: [ciencialist] solido ou liquido
FROM: "Sheila Franco." <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 17/03/2000 05:17

Oi, Léo... Oi, Douglas... um Olá! pra todos.
Êpa! Já ia me esquecendo: Benção, Neville!
 
Um amigo meu em tempos de curso de graduação, disse uma vez por estar chateado que queriam fazer de nós alunos cachorros adestrados que usariam códigos de ganidos para identificar de minerais e rochas, e nada mais do que isso.
Bem, a diferença entre mim e um cachorro adestrado é pouca.
 
Douglas, fiquei contentíssima com sua entrada na lista, e prometo me controlar para não aborrecê-lo tentando sugar o que puder dos seus conhecimentos.
 
A explicação para que vidro seja líquido não foi diferente do escrito por Douglas, apenas tendo sido acrescentado o exemplo de uma enorme lente do lab. do SEMPES que precisa ser "virada" de tempo em tempo para que não se deforme ao "fluir". Isso, crendo que estamos tratando do que se entende por vidro "comum", substância não natural, e portanto não sendo um mineral ou mineralóide.
Peço ajuda para saber qual o meu "engano" (sendo condescendente comigo ao usar esse último termo).
 
Gostaria de ver aplicado um conceito químico (ou físico-químico, não sei ao certo) de estados da matéria, no caso do vidro.
 
Mudando um pouco de assunto: um dos grandes problemas em geologia no campo de petrologia e gênese, é a aplicação da termodinâmica química ao trabalhar com um sistema aberto.
 
Abraços,
 
Sheila.
hcaprini@uol.com.br
PS_ não sei se ainda faz parte da lista o  João José Marques, agrônomo, cujo site sobre a região dos cerrados, continha estudo de análise composicional e econômica de argilas. Muito interessante tb nesse seu (dele) site, era o vocabulário de termos utilizados no corpo do texto.
 
 

SUBJECT: [ciencialist] Re: solido ou liquido
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/03/2000 11:11

>>>2) sólido (geometria): corpo com 3 dimensões e limitado por
superfícies planas.
Douglas<<<

Coitada da esfera, do cilindro, do cone, do toróide ....... terei que
retirá-los de minha coleção de sólidos geométricos, bem aqui à frente, na
prateleira. Vou abrir uma nova prateleira com título: 'pseudo-sólidos'.

Por outro lado, como dizer que vidro não é algo natural. Se uma chispa
elétrica (famoso raio) descarrega-se através da areia e deixa lá um
aglomerado vítreo isso é antinatural. Acender uma foqueira na areia
(história da descoberta do vidro(?)) e de lá tirar, junto às cinzas, um
negócio vítreo, tb é antinatural?

>>>Os vidros, portanto, mineralogicamente falando, não estão na "fase
sólida" e sim na "fase líquida" (não considerando as fases
intermediárias).<<<

Nas 3 "definições" postas como decisivas para julgarem o comportamento do
vidro não há a palavra ou citação da mineralogia (popular, geometria,
física). Logo, mineralogicamente falando, vidro não existe! A menos que,
mineralogia = popular :).

[]'s
Léo







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SUBJECT: [ciencialist] Re: Filosofia dos antônimos.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/03/2000 11:57

Bom eu tenho uma ideia de como definir antonimos/opostos em tais casos,
nao sei se eh a melhor:

Vamos analisar o caso + simples unidimensional de opostos :

O posto de seco eh molhado e vice versa . como poderiamos matematizar isso ?

Seja R a variavel do receptor que detecta o grau de umidade ( particulas de agua / cm3
ou cm2 ,por exemplo ) assim, poderiamos normalizar R de modo :

R=1 totalmente molhado ( imerso nagua )
R= 0 totalmente seco ( zero particulas de agua por cm3 ou cm2 )

Agora o q acontece para algo "meio molhado" ?

Eu definiria como o oposto/antonimo como
o grau que se *afasta o maximo* da medida normalizada R.

Assim o oposto de meio molhado para R=0,1 eh R= 1 ( totalmente molhado )
e o oposto de meio molhado para R=0,6 seria R=0 ( totalmente seco )
E no caso de R=0,5 ?
Neste caso tanto faz R=0 como R=1 ambos poderiao ser tomados como opostos de
meio molhado!

Agora poderemos generalizar para mais de uma dimensao.
Vamos tomar como exemplo a *sensacao* de cor.
Nao entendo muito de cores mas , como diz o Roberto : "Vamla !":

Digamos que tenhamos 3 receptores para cores R1 , R2 , R3 que poderiam corresponder
ao grau de estimulacao de cada tipo de bastonete da retina.

Digamos q normalizemos o grau de excitacao dos bastonetes entre 0 e 1 .
Qual entao seria a sensacao oposta a uma cor ( 0; 1; 0 ) = ( R1=0; R2=1; R3=0 )?
seria o oposto maximo de acordo com nosso estudo unidimensional , isto eh
o oposto/antonimo de ( 0;1;0 ) --> ( 1;0;1 ) , do mesmo modo :
antonimo( 0.1 ; 0.7 ; 0.3 ) --> ( 1; 0; 1 )
antonimo (0.6 ; 0.4 ; 0.9 ) --> (0; 1 ; 0 )
que sao os graus de excitacao dos resceptores que mais se afastam da medida original.

Poderiamos extrapolar para sabores e , neste caso, teriamos q saber quais
os receptores da lingua sao estimulados pela sensacao de sabor. Digamos que tenhamos
4 recepores para o sabor ( R1..R4) e a analise seria a mesma.

O caso complica um pouco qdo entra em jogo os sentimentos.

Neste caso quem faria o papel das variaveis receptoras ?
Poderiamos , neste caso, tomar o padrao de estimulo eletrico de partes
do cerebro responsaveis pelas emocoes (sistema limbico) e/ou a quantidade de
neurotransmissores liberados pelos neuronios como resposta a determinada emocao.

[]
jocax



"Rodrigo F. Viecilli" wrote:

> Hoje enquanto colocava um pouco de limão no meu bife a milaneza e também
> tomava suco de limão, pensei em algo peculiar, sobre os antônimos.
> O que exatamente eu quero dizer, quando digo que doce é o oposto de
> salgado?
> Será que há uma relação comum entre doce ser o oposto de salgado e, por
> exemplo, duro ser o oposto de mole? Ou seco o oposto de molhado? Ou amor o
> oposto de ódio? E assim por diante?
>
> Se eu aprendo, durante a minha infância, o que é duro e o que é mole, eu
> poderia dizer que são um o oposto de outro, durante, por exemplo, uma
> refeição.
> Eu poderia dizer: essa bala é muito dura, prefiro uma mais mole. Nesse caso
> é possível uma "linha física" de transição entre o duro e o mole.
> Quando a seco e molhado: o mesmo ocorre.
> Agora, quanto a doce e salgado? Parece não haver esta "linha" de transição
> palpável. Eu poderia dizer "putz, este sorvete parece sem açucar". Mas
> ficaria esquisito que o sorvete ficasse salgado sem a adição de sal. Nesse
> caso, qual será o fenômeno , ou a seqüência de fenômenos, que nos leva a
> desenvolver a noção de oposto entre "doce e salgado". Me parece que, neste
> caso, é mal empregada a palavra "oposto". Pode ser que, pelo fato de a
> maioria dos alimentos que consumimos ser doce ou salgada, tenha havido um
> desenvolvimento dessa noção de pseudo-oposto a partir da alternativa "doce
> ou salgado", mesmo que do ponto de vista lógico uma "alternativa" não
> implica que uma característica seja o oposto da outra. Pense, por exemplo:
> "amargo ou doce"? Porque não posso dizer que o oposto de doce é amargo? Em
> certas situações, na linguagem, parece perfeitamente possível. Mesmo que não
> haja nenhuma relação física ou biológica de oposiçao entre os fenomenos que
> envolvem a sensação de amargo, azedo, doce e salgado. Posso imaginar uma
> tribo onde parece "mais natural" que o oposto de doce seja azedo, porque
> eles tem acesso praticamente só ao leite.
> Outro exemplo de oposto complicado : "amor e ódio". Certamente não existe
> uma base biológica ou física dentro da própria sensação que defina uma como
> o oposto da outra. O que existe, certamente, é uma diferença de
> manifestação, que pode ser de oposição. Por exemplo, amo esta pessoa,
> portanto quero que ela fique bem (isto é uma conseqüência antropológica da
> sensação). Odeio esta pessoa (isto implica necessariamente que eu quero o
> seu mal? Posso odiar uma pessoa, mas não dar importância para o fato de ela
> ficar bem ou não). São apenas exemplos. Mas, se não há base física ou
> biológica para a dicotomia amor/ódio, e a antropológica é confusa, talvez
> por serem sentimentos "básicos" assim como "doce e salgado" são sensações
> básicas, pareçam ser opostas. O que me impede de dizer que "desprezo" é o
> oposto de "amor"? Posso evidentemente inventar um argumento para que isso
> seja possível. Por exemplo: Eu desprezo aquele cara, me traiu. Eu amo aquele
> cara, sempre foi fiel a mim. Obviamente parece esquisito, mas na mesma
> proporção em que "amor" e "ódio" também, de forma que eu posso querer o mal
> de uma mulher que desprezo e o bem de uma mulher que eu amo.
>
> Bem, a questão é: se uma professora de segunda série pede num certo dia
> para que as crianças coloquem o antônimo de "amor" , ou de "doce", será que
> não é natural que passe pela cabeça delas uma certa confusão, por elas ainda
> não terem se acostumado muito bem com as complicações da nossa linguagem?
> Será que ela realmente merece um errado se colocar amargo no oposto de doce,
> ao invés de salgado? Acho que não.
>
> PhiloX
>
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SUBJECT: [ciencialist] Re: [ciencialist] Re: Filosofia dos antônimos.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/03/2000 12:36

Coitada da Lei de Weber-Fechner. Todos os nossos estímulos são logarítmos.
Vou exemplificar para nosso 'cheirômetro' e 'paladarômetro' (experimentos
equivalentes):

Pegue 100 copinhos plásticos para refrigerante e preencha-os com água pura.
No copo 1 adicione uma gota de channel 5, no copo 2 duas gotas e assim
sucessivamente até 100 gotas no copo no. 100.

Pegue uma mulher M e peça para cheirar cada copo com a intenção de avaliar a
quantidade de perfume em cada um. Eis o resultado: copo 1 ... tem perfume (e
pode até identificar o channel 5); copo 2 idêntico ao copo 1, copo3 idêntico
aos dois anteriores,........, copo 10 dobrou a quantidade (dosagem) de
perfume, copo 11 idêntico ao 10, copo 12 idem ......... e assim vai até o
99; no copo 100 dirá triplicou a dose!

É por isso que os fabricantes de perfume não colocam essência mais que o
necessário em seus perfumes (maior quantidade é prejuízo, menor quantidade é
detetado como fraude). Duas gotas de essência fazem o mesmo efeito que uma,
duas,..... nove. Dez gotas de essência fazem o mesmo efeito de 11, 12, 13,
25, 45, 67, 88, 99.

Repita o procedimento com os 100 copos de água pura e acrescente 1 gota de
vinagre no copo 1, 2 gotas no copo 2 e assim sucessivamente...........100
gotas no copo 100.

Pegue alguém e mande provar copo a copo e tentar diferenciar a quantidade de
vinagre lá posto. O resultado será o mesmo do caso do perfume.

Isso vale para a audição. Vale tb para a absorção do alimento: pão puro,
absorção x ; pão com manteiga outra absorção etc.

Na idade média havia um suplício notório. Perguntava-se ao condenado "Que vc
mais gosta nas refeições". digamos ... "vitela e vinho". E era só isso que o
condenado passava a receber 2 vezes por dia, belíssimo prato de vitela com
vinho ............ morte por inanição em 1 mês?

[]'s
Leo

-----Mensagem Original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 17 de março de 2000 11:57
Assunto: [ciencialist] Re: Filosofia dos antônimos.


Bom eu tenho uma ideia de como definir antonimos/opostos em tais casos,
nao sei se eh a melhor:

>
> PhiloX




SUBJECT: [ciencialist] Re: Filosofia dos antonimos?=
FROM: "Daniel Sottomaior Pereira" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 17/03/2000 12:51

Sem dúvida a questão é interessante e já passou por muitas cabeças.
Quanto aos gostos, acho que só se efine oposição entre doce e salgado
porque *naa nossa cultura* (e até onde eu sei, na natureza também), os
alimentos que tenham as duas cracerístics fortes e simultâneas são
raros. No máximo se fazem misturas bastante heterogênes pelo gosto do
contraste (contraste de temperaturas em sorvertes com calda ou torta
quentes, ou de doce/salgado em queijo com goiabada, pizza ou pastel de
banana ou chocolate, etc).

Por sinal, cuidado com a acentuação no título. eu já removi no meu
subthread.


Daniel



SUBJECT: [ciencialist] Re: [ciencialist] Re: Filosofia dos antônimos.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/03/2000 12:53

Philox e pessoal,
proponho o experimento:
entrem no word e digitem:

= rand (200,99)

e teclem enter.
depois tirem a lei de formação raposa/cão
[]'s :-)
Léo




SUBJECT: [ciencialist] Re: Filosofia dos antonimos?
FROM: "Daniel Sottomaior Pereira" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 17/03/2000 13:18

"luiz ferraz netto" <le-@barretos.com.br> wrote:
original article:http://www.egroups.com/group/ciencialist/?start=4197
> Coitada da Lei de Weber-Fechner. Todos os nossos estímulos são
logarítmos.

Acho que você quis dizer 'sentidos de forma aproximadamente
logarítmica'.



> Vou exemplificar para nosso 'cheirômetro' e 'paladarômetro'
(experimentos
> equivalentes):
>
> Pegue 100 copinhos plásticos para refrigerante e preencha-os com água
pura.
> No copo 1 adicione uma gota de channel 5, no copo 2 duas gotas e assim
> sucessivamente até 100 gotas no copo no. 100.
>
> Pegue uma mulher M e peça para cheirar cada copo com a intenção de
avaliar a
> quantidade de perfume em cada um. Eis o resultado: copo 1 ... tem
perfume (e
> pode até identificar o channel 5); copo 2 idêntico ao copo 1, copo3
idêntico
> aos dois anteriores,........, copo 10 dobrou a quantidade (dosagem) de
> perfume, copo 11 idêntico ao 10, copo 12 idem ......... e assim vai
até o
> 99; no copo 100 dirá triplicou a dose!

Bem, taí um coisa que não posso aceitar a priori, por dois motivos:

1) Ela supõe que existe essa precisão na avaliação de qualquer sentido.
Como definir o que é uma sensação que é o 'dobro' da outra? Isso é
subjetivismo puro.
2) A minha limitada experiência sensorial e avaliação nao-metódica das
minhas próprias sensações e das sensações de outros indica que não
existem saltos como você aponta. Aliás, basta usar os controles de
volume, brilho, cor, equalizadores, etc dos seus aparelhos eletrônicos
que poderá confirmar isso. Muitos deles (todos?) funcionam linearmente,
e mesmo asim a transição é contínua.
3) Supondo que houvessem tais saltos, por que eles ocorrerim exatamente
de 9 para 10, 99 para 100, etc? Nosso sistema sensitivo e neurológico
funciona em base decimal? Será como Deus, que é misterioso, mas que
acabaria com o mundo no ano 2000 porque trabalha em base decimal e
gosta e números grandes e redondos? Certamente que não. Essa divisão é
arbitrária, e levaria ao absurdo porque teríamos um limiar de pulo
diferente de fato se o tamanho do copo fosse outro (para satisfazer a
restrição artificial das potências de dez). O que existe é uma gradação
que pode ser *aproximada* por uma escala logarítmica baseada em uma
sensação 'média', mas que ainda assim poderia ser muito debatida. Serve
apenas como modelo de referência para as pessoas *terem uma idéia*
sobre de que maneira uma certa medida nos afeta. Ou alguém escuta um
som de 30dB, depois outro de 60dB e diz 'puxa, a intensidade dobrou
exatamente!'? Nao, é só um referência em cima da uqal as pessos podem
até ser treinadas... causando um problema de circularidade do padrão.
Será que se diséssemos que a coisa funciona em logaritmos de base 9,9
ou mesmo 9 alguém iria notar a diferença? E isso mudaria a física em
algum aspeto? Certamente que não.



> É por isso que os fabricantes de perfume não colocam essência mais
que o
> necessário em seus perfumes (maior quantidade é prejuízo, menor
quantidade é
> detetado como fraude). Duas gotas de essência fazem o mesmo efeito
que uma,
> duas,..... nove. Dez gotas de essência fazem o mesmo efeito de 11,
12, 13,
> 25, 45, 67, 88, 99.
>
> Repita o procedimento com os 100 copos de água pura e acrescente 1
gota de
> vinagre no copo 1, 2 gotas no copo 2 e assim sucessivamente..........
.100
> gotas no copo 100.
>
> Pegue alguém e mande provar copo a copo e tentar diferenciar a
quantidade de
> vinagre lá posto. O resultado será o mesmo do caso do perfume.
>
> Isso vale para a audição.

Pelo acima exposto, acho que nenhuma dessas coisas é verdadeira.



Daniel



SUBJECT: [ciencialist] Re: Filosofia dos antônimos.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/03/2000 13:50

Ok Leo,
poderemos melhorar a formula usando uma funcao do Logaritmo do estimulo
do receptor :

O receptor R causa sensacao f(R) = A * log(B*R+C)

Onde R normalizado varia de 0 a 1 ( estimulo dos receptores )
e A, B , C sao constantes convenientes para cada receptor,
( C deve ser >0 para impedir log(0) )
e f(R) sera a sensacao causada por R.

Sejam Fmax e Fmin os valores de sensacao correspondentes aos estimulos
R=1 e R=0 . Assim, Fmax= f(1) e Fmin=f(0)
e Fmed ( talvez = (Fmax+Fmin)/2 )
a *sensacao media* que corresponderia aa f(Rmed).
Fmed = f(Rmed)

Assim o oposto de uma sensacao F = f(R) seria
Fmax caso R < Rmed
Fmin caso R > Rmed

O mesmo se aplicaria aas outras dimensoes dos receptores da sensacao.
Será que melhora ?
[]s
jocax



Luiz Ferraz Netto wrote:

> Coitada da Lei de Weber-Fechner. Todos os nossos estímulos são logarítmos.
> Vou exemplificar para nosso 'cheirômetro' e 'paladarômetro' (experimentos
> equivalentes):
>
> Pegue 100 copinhos plásticos para refrigerante e preencha-os com água pura.
> No copo 1 adicione uma gota de channel 5, no copo 2 duas gotas e assim
> sucessivamente até 100 gotas no copo no. 100.
>
> Pegue uma mulher M e peça para cheirar cada copo com a intenção de avaliar a
> quantidade de perfume em cada um. Eis o resultado: copo 1 ... tem perfume (e
> pode até identificar o channel 5); copo 2 idêntico ao copo 1, copo3 idêntico
> aos dois anteriores,........, copo 10 dobrou a quantidade (dosagem) de
> perfume, copo 11 idêntico ao 10, copo 12 idem ......... e assim vai até o
> 99; no copo 100 dirá triplicou a dose!
>
> É por isso que os fabricantes de perfume não colocam essência mais que o
> necessário em seus perfumes (maior quantidade é prejuízo, menor quantidade é
> detetado como fraude). Duas gotas de essência fazem o mesmo efeito que uma,
> duas,..... nove. Dez gotas de essência fazem o mesmo efeito de 11, 12, 13,
> 25, 45, 67, 88, 99.
>
> Repita o procedimento com os 100 copos de água pura e acrescente 1 gota de
> vinagre no copo 1, 2 gotas no copo 2 e assim sucessivamente...........100
> gotas no copo 100.
>
> Pegue alguém e mande provar copo a copo e tentar diferenciar a quantidade de
> vinagre lá posto. O resultado será o mesmo do caso do perfume.
>
> Isso vale para a audição. Vale tb para a absorção do alimento: pão puro,
> absorção x ; pão com manteiga outra absorção etc.
>
> Na idade média havia um suplício notório. Perguntava-se ao condenado "Que vc
> mais gosta nas refeições". digamos ... "vitela e vinho". E era só isso que o
> condenado passava a receber 2 vezes por dia, belíssimo prato de vitela com
> vinho ............ morte por inanição em 1 mês?
>
> []'s
> Leo
>
> -----Mensagem Original-----
> De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
> Para: <ciencialist@egroups.com>
> Enviada em: sexta-feira, 17 de março de 2000 11:57
> Assunto: [ciencialist] Re: Filosofia dos antônimos.
>
> Bom eu tenho uma ideia de como definir antonimos/opostos em tais casos,
> nao sei se eh a melhor:
>
> >
> > PhiloX
>
> ------------------------------------------------------------------------
> Envie links e textos para contrucao da pagina para o endereco material-pagina@usa.net
> --- ... ---
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com (sair da lista)
>
> ------------------------------------------------------------------------
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> http://www.egroups.com - Simplifying group communications



SUBJECT: [ciencialist] Re: Filosofia dos antonimos?
FROM: Cristiano Brudna <brudna@delet.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/03/2000 14:08

Ola pessoal!

On Fri, 17 Mar 2000, Daniel Sottomaior Pereira wrote:
> "luiz ferraz netto" <le-@barretos.com.br> wrote:
> original article:http://www.egroups.com/group/ciencialist/?start=4197
> > Coitada da Lei de Weber-Fechner. Todos os nossos est�mulos s�o
> logar�tmos.
>
> Acho que voc� quis dizer 'sentidos de forma aproximadamente
> logar�tmica'.
>
>
>
> > Vou exemplificar para nosso 'cheir�metro' e 'paladar�metro'
> (experimentos
> > equivalentes):
> >
> > Pegue 100 copinhos pl�sticos para refrigerante e preencha-os com �gua
> pura.
> > No copo 1 adicione uma gota de channel 5, no copo 2 duas gotas e assim
> > sucessivamente at� 100 gotas no copo no. 100.
> >
> > Pegue uma mulher M e pe�a para cheirar cada copo com a inten��o de
> avaliar a
> > quantidade de perfume em cada um. Eis o resultado: copo 1 ... tem
> perfume (e
> > pode at� identificar o channel 5); copo 2 id�ntico ao copo 1, copo3
> id�ntico
> > aos dois anteriores,........, copo 10 dobrou a quantidade (dosagem) de
> > perfume, copo 11 id�ntico ao 10, copo 12 idem ......... e assim vai
> at� o
> > 99; no copo 100 dir� triplicou a dose!
>
> Bem, ta� um coisa que n�o posso aceitar a priori, por dois motivos:
>
> 1) Ela sup�e que existe essa precis�o na avalia��o de qualquer sentido.
> Como definir o que � uma sensa��o que � o 'dobro' da outra? Isso �
> subjetivismo puro.
> 2) A minha limitada experi�ncia sensorial e avalia��o nao-met�dica das
> minhas pr�prias sensa��es e das sensa��es de outros indica que n�o
> existem saltos como voc� aponta. Ali�s, basta usar os controles de
> volume, brilho, cor, equalizadores, etc dos seus aparelhos eletr�nicos
> que poder� confirmar isso. Muitos deles (todos?) funcionam linearmente,
> e mesmo asim a transi��o � cont�nua.

Ate onde eu sei os controles de volume sao logaritmicos assim como os
equalizadores que estao graduados em dB. Os de brilho, cor e outros eu acredito
que sejam lineares. Isso levanta uma questao: ja que o controle de volume
varia menos em volumes baixos e mais em volumes altos parece que nossos ouvidos
fazem o oposto; sao mais sensiveis em volumes baixos e menos em volumes altos.
Parece-me que o proposito dos controles logaritmicos e fazer uma compensacao a
fim de linearizar a resposta dos ouvidos...

> 3) Supondo que houvessem tais saltos, por que eles ocorrerim exatamente
> de 9 para 10, 99 para 100, etc? Nosso sistema sensitivo e neurol�gico
> funciona em base decimal? Ser� como Deus, que � misterioso, mas que
> acabaria com o mundo no ano 2000 porque trabalha em base decimal e
> gosta e n�meros grandes e redondos? Certamente que n�o. Essa divis�o �
> arbitr�ria, e levaria ao absurdo porque ter�amos um limiar de pulo
> diferente de fato se o tamanho do copo fosse outro (para satisfazer a
> restri��o artificial das pot�ncias de dez). O que existe � uma grada��o
> que pode ser *aproximada* por uma escala logar�tmica baseada em uma
> sensa��o 'm�dia', mas que ainda assim poderia ser muito debatida. Serve
> apenas como modelo de refer�ncia para as pessoas *terem uma id�ia*
> sobre de que maneira uma certa medida nos afeta. Ou algu�m escuta um
> som de 30dB, depois outro de 60dB e diz 'puxa, a intensidade dobrou
> exatamente!'? Nao, � s� um refer�ncia em cima da uqal as pessos podem
> at� ser treinadas... causando um problema de circularidade do padr�o.
> Ser� que se dis�ssemos que a coisa funciona em logaritmos de base 9,9
> ou mesmo 9 algu�m iria notar a diferen�a? E isso mudaria a f�sica em
> algum aspeto? Certamente que n�o.
>
>
>
> > � por isso que os fabricantes de perfume n�o colocam ess�ncia mais
> que o
> > necess�rio em seus perfumes (maior quantidade � preju�zo, menor
> quantidade �
> > detetado como fraude). Duas gotas de ess�ncia fazem o mesmo efeito
> que uma,
> > duas,..... nove. Dez gotas de ess�ncia fazem o mesmo efeito de 11,
> 12, 13,
> > 25, 45, 67, 88, 99.
> >
> > Repita o procedimento com os 100 copos de �gua pura e acrescente 1
> gota de
> > vinagre no copo 1, 2 gotas no copo 2 e assim sucessivamente..........
> .100
> >> gotas no copo 100.
> >
> > Pegue algu�m e mande provar copo a copo e tentar diferenciar a
> quantidade de
> > vinagre l� posto. O resultado ser� o mesmo do caso do perfume.
> >
> > Isso vale para a audi��o.

Nao acredito nisso, pelo menos para a audicao. Apesar de aproximadamente
logaritmica a resposta e continua e sem saltos. Por outro lado nossa avaliacao
atraves dos sentidos e subjetiva. Para medir uma grandeza objetivamente
precisamos, obviamente, utilizar instrumentos devidamente calibrados.

>
> Pelo acima exposto, acho que nenhuma dessas coisas � verdadeira.
>
>
>
> Daniel

__________________________________________________________
Cristiano Brudna





SUBJECT: [ciencialist] bexiga natatoria
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/03/2000 14:23

bem, estava devendo esta -

como manter a flutuacao apenas com a forca muscular eh demasiadamente
custoso, alguns mecanismos para garantir uma flutuabilidade neutra (o
empuxo sendo praticamente igual ao peso do organismo - i.e. sua densidade
ser praticamente igual ao do meio) foram incorporados nos organismos
aquaticos - isolada ou conjuntamente:

1 - tecidos de baixa densidade
1a - bexiga natatoria
2 - geracao de lift por nadadeiras de formato e angulacao adequadas
durante a natacao
3 - diminuicao de tecidos de alta densidade

sao dois tipos de bexiga natatoria:
a fisostoma (com ligacao com o tubo digestivo) - ar engolido da superficie
altera a qtdade de gas da bexiga

fisoclista (sem ligacao com o tubo digestivo) - glandula de gas e 'rete
mirabilis' (uma rede capilar associada) transferem os gases dissolvidos no
sangue para a bexiga.

isso permite a alteracao da qtdade de gas da bexiga mantendo a densidade
do animal praticamente igual ao do meio - claro q. a densidade da agua nao
varia muito ao longo da coluna, mas a pressao sim: qto maior a
profundidade maior a pressao, o q. tenderia fazer com q. o volume da
bexiga diminuisse, aumentando a densidade do animal. considerando-se:

PV = nRT e d=m/V

como R eh uma constante e T nao varia muito (e em geral estah fora de
controle de um animal pecilotermico como os peixes), a manutencao de d cte
depende da manutencao de V cte (m eh praticamente cte), entao com um
aumento em P, deve ocorrer um aumento de n.

d = m.P/(nRT)

isso significa q. nao deve haver uma alteracao perceptivel nem no volume
da bexiga natatoria nem no do animal - o q. eh compativel com a informacao
previa de leo, porem existe uma participacao ativa da bexiga na manutencao
da flutuabilidade neutra do animal, q. implica em economia de energia.

-------------
bibliografia:
moyle, p. b. & cech, j. j., jr. 1996 - fishes: an introduction to
ichthyology, 3rd ed. upper saddles river, prentice hall - 590 pp.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Filosofia dos antônimos.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/03/2000 15:08

bem, qto ao gosto, podemos sim fazer uma escala do doce ao salgado:
variando-se a proporcao relativa de, digamos, cloreto de sodio e sacarose
- o soro caseiro eh doce ou salgado?

soh nao temos uma palavra pra designar como temos: dulcamara e
agridoce/acridoce... seria salidoce?

embora concorde q. chamar doce de contrario de salgado eh o mesmo q.
chamar uma cor de contrario de outra - temos q. culturalmente o eixo de
contraste se dah principalmente entre o salgado e o doce - o primeiro
indicando fontes primarias de sais minerais (fundamentais para o
equilibrio osmotico e ionico - nosso sistema nervoso funciona aa base
fluxo de ions) e o segundo de carboidratos (principal fonte de energia).

consideremos o esquema abaixo:

am---az o esquema estah mais do q. simplificado - nao considera
| \ / | uma quinta categoria de sabor: o umami (algo como saboro-
| X | sidade) - q. eh dado pelos receptores de glutamato -
| / \ | o aji-no-moto e congeneres, chamados de realcadores de
dc---sg sabor, sao sais de glutamato.

de um modo geral evitamos alimentos amargos (primariamente indicador de
venenos) e azedos (indicador de processo de fermentacao) - como bem notou,
nossos alimentos principais caem na categoria do salgado ou do doce, o q.
parece explicar a antonimizacao preferencial entre ambos. (eh patente a
nossa preferencia pelo doce, das quatro principais categorias de sabor eh
a unica q. tem uma conotacao figurada positiva - ao menos em portugues:
vida doce em oposicao a vida azeda e vida amarga; preco salgado e assim em
diante)

qto aos sentimentos a questao eh ainda mais complexa mesmo: o esquema para
usado para os sabores adquire um aspecto reticular intrincado se usado
para representar as relacoes entre as categorias de
sentimentos/comportamentos. mesmo q. reconhecamos duas grandes categorias:
bons sentimentos e maus sentimentos, ainda assim a ambiguidade pode
persistir. digamos q. a sovinice seja um atributo mal-visto, especialmente
contrastado com a generosidade; por outro lado a 'perdularice' tbm eh
mal-vista, em oposicao teriamos o comedimento.

administracao de financas
--------------------------
gasto economia
-------------------------------------------
perdulario sovina | mau juizo|
------------------------------------------- |atribuicao de valor
generoso comedido | bom juizo|
-------------------------------------------

existem tbm juizos neutros - q. faria a 'matriz' acima ter mais uma
linha e existe tbm balanco de gastos - q. acrescentaria mais uma coluna. o
q. define o antonimo nessa situacao? repare q. perdulario nao se opoem
normalmente nem a sovina, nem a generoso - mas a comedido, se fossemos
codificar binariamente teriamos: gasto 1, economia 0; mau 1, bom 0.
perdulario seria 1,1; generoso 1,0; sovina 0,1 e comedido 0,0. estamos
considerando como antonimos as duas 'dimensoes': administracao de financas
e atribuicao de valor - de forma q. o oposto de 1,1 eh 0,0; eqto q. de 1,0
eh 0,1. (claro q. essa falsa matematizacao pode parecer querer dar uma
formalizacao aa proposta, mas a ideia eh apenas ilustrativa). se
colocassemos uma gradacao nas duas dimensoes - teriamos uma gradacao na
antonimizacao? eu considero q. em principio sim, da mesma forma q.
consideramos como oposto de duro, tto macio qto mole: embora nao falemos
q. um eh mais antonimo de um q. o outro - o uso depende das circunstancias
como bem apontou.

enfim nao acrescentei nada aa sua mensagem original (nem retirei)...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Filosofia dos antonimos?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/03/2000 15:27

o processamento das informacoes recebidas por nossos receptores/sensores
apresentam uma resposta q corresponde ao (grosso modo) logaritmo da
intensidade do estimulo: vale pra audicao e pra visao tbm (em especial o
brilho: ha' algum tempo postei uma equacao q. descrevia exatamente isso).

um exemplo: se pegarmos um 'peso' de 100 g saberemos distinguir de um
outro de 200 g, mas nao conseguimos (de modo geral) perceber a diferenca
entre uma massa de 1000 g e outra de 1100 g. isso soh nao quer dizer q.
ocorra saltos: entre 1 e 2 vai existir o 1,5 e entre 2 e 3 o 2,5 - mas a
distancia em termos de intensidade do estimulo entre 1,5 unidade de
resposta e 2 unidades de resposta nao eh a mesma entre 2 unidades de
resposta e 2,5 unidades de resposta...

[]s,

roberto takata




SUBJECT: [ciencialist] Re: Filosofia dos antonimos?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 17/03/2000 17:01

Resposta número 1:

De: Daniel Sottomaior Pereira <cetico@hotmail.com>

> Bem, taí um coisa que não posso aceitar a priori, por dois motivos:
>
> 1) Ela supõe que existe essa precisão na avaliação de qualquer sentido.
> Como definir o que é uma sensação que é o 'dobro' da outra? Isso é
> subjetivismo puro.

Não é subjetivismo, é uma comparação com a experiência anterior.

> 2) A minha limitada experiência sensorial e avaliação nao-metódica das
> minhas próprias sensações e das sensações de outros indica que não
> existem saltos como você aponta. Aliás, basta usar os controles de
> volume, brilho, cor, equalizadores, etc dos seus aparelhos eletrônicos
> que poderá confirmar isso. Muitos deles (todos?) funcionam linearmente,
> e mesmo asim a transição é contínua.

Daniel parece-me afastado dos detalhes da eletrônica. Os potênciômetros para
volume etc. são todos logarítmos (basta vc abrir a caixa de qualquer
amplificador e ler no corpo do potenciômetro destinado ao ganho do
aparelho --- o tal de 'volume' é termo popular, não pertencente à Acústica).
Se colocar um pot ou trimpot linear vc mexerá no botão e não sentirá
qualquer variação na amplitude do som emitido pelo altofalante. A transição
só é contínua usando os tipos logarítmos.
Se o amigo ainda possue um dos bons modelos valvulados que tem na etapa
final a 6AV6 (detetora e pre-amplificadora) e a 6AQ5 (amplificadora de
potência) poderá verificar tal potencômetro de 470k-log. Nos rádios
transistorizados o valor típicos é 5k-log.

As demais respostas, juntas, alonga-se bastante.
[]'s
Léo




SUBJECT: [ciencialist] solido ou liquido
FROM: "Sheila Franco." <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 17/03/2000 17:08

Ganidos de Olá! para todos!
 
Tá aí, Léo... . Você pode ver pelo exemplo que recebi (certa lente de lab.) que pensei estarem se referindo ao "vidro" confeccionado pelo ser humano. Daí estranhar uma definição mineralógica para esse.
Pondo de lado substância vítrea gerada por fogueira, creio que caberia sim alguma definição dentro da mineralogia.
 
O que eu queria dizer, e não disse, é que não compreendo qual a natureza dos parâmetros usados qdo ouvi a explicação dentro da geologia para que o vidro é dentro das CNTP substância líquida.
Critérios físico-químicos? Bem, esses me são particularmente mais interessantes dentro da geologia. No entanto desconheço esses critérios.
 
Certamente dentro da petrologia, da geo-química, e mineralogia, investiga-se a gênese de vidros vulcânicos, tactitos, condritos, e demais substâncias vítreas geradas aquecimento e resfriamento brusco q impediram a formação de uma cela cristalina. Mas dentro dessa área é comum falarmos em solidificação da substância, sem atentarmos para estado físico da matéria.
Acredito q o motivo de não deixarmos de lado, em geologia, a discussão se o vidro é sólido ou líquido, está na falta de emprego de uma possível conclusão.
 
Dizem que o cachorro sorri pelo rabo. Qto a abraços, desconheço como fazem. Ninguém é perfeito...
 
Abraços,
 
Sheila.
PS_ "Tá-i-léo deve ser uma variedade de arte marcial ou religião oriental. 

SUBJECT: [ciencialist] Re: Filosofia dos antonimos?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/03/2000 17:19

Vou lendo na ordem que chega. O amigo Cristiano j� havia dito algo a
respeito do pot. logar�tmico.

De: Cristiano Brudna <brudna@delet.ufrgs.br>

>>Ate onde eu sei os controles de volume sao logaritmicos assim como os
equalizadores que estao graduados em dB. Os de brilho, cor e outros eu
acredito
que sejam lineares. Isso levanta uma questao: ja que o controle de volume
varia menos em volumes baixos e mais em volumes altos parece que nossos
ouvidos
fazem o oposto; sao mais sensiveis em volumes baixos e menos em volumes
altos.
Parece-me que o proposito dos controles logaritmicos e fazer uma compensacao
a
fim de linearizar a resposta dos ouvidos...<<

O problema com os tons baixos e altos est� relacionado � capacidade do
transdutor (altofalante) em reproduz�-los. A corre��o de tais tons � feira
de modo muito bem bolado pela t�cnica Baxandall (?verificar correto). Essa
t�cnica usa de potenci�metros duplos, em tandem (acionados pelo mesmo eixo)
e com 'taps' de corre��o. Uma rede R-C faz os devidos ajustes de passa-altas
e passa-baixas. Temos um mestre de eletr�nica da ciencialist Antonio Carlos
M. Queiroz. Sua opini�o seria bem vinda.


[]'s
Leo




SUBJECT: [ciencialist] Filosofia de antonimos
FROM: "Sheila Franco." <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 17/03/2000 17:27

Continuo achando que falar em opostos qto a salgado e doce, não seja adequado.
Talvez melhor seja usar: doce em contraposição ao amargo, salgado ao insosso.
Mas o significa exatamente "insosso"?
Pareceu-me que na proposição inicial, a questão de vernáculo é que era o dilema, o q não é exatamente "científico".
 
Abraços,
 
Sheila.

SUBJECT: [ciencialist] Re: Filosofia dos antonimos?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/03/2000 17:47

De: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>

> um exemplo: se pegarmos um 'peso' de 100 g saberemos distinguir de um
> outro de 200 g, mas nao conseguimos (de modo geral) perceber a diferenca
> entre uma massa de 1000 g e outra de 1100 g. isso soh nao quer dizer q.
> ocorra saltos: entre 1 e 2 vai existir o 1,5 e entre 2 e 3 o 2,5 - mas a
> distancia em termos de intensidade do estimulo entre 1,5 unidade de
> resposta e 2 unidades de resposta nao eh a mesma entre 2 unidades de
> resposta e 2,5 unidades de resposta...

Oi Roberto (e todos), quem sou eu para banhar-me em sua praia mas, (sempre
temos esse maravilhoso 'mas' --- creio que deveria ter uma lista com esse
nome 'MASlist') o exemplo dos 'pesos' mexeu em algo lá no fundo dos
conceitos. Vou tentar expressar-me.
O simples fato de mantermos nas mãos tais pesos não nos fornecerá indicação
alguma. É preciso sopesa-los (aquele balanço típico para cima e para baixo
que se dá às mãos). É aí que suas inércias se manifestam e os variações nas
tensões das fibras musculares permitem as avaliações.
Para sustentar pesos de 100 e 200, tais fibras devem ter uma distensão
inicial diferente daquelas para sustentar 1000 e 1100. como as fibras, no
segundo caso, já estão mais 'tensionadas' creio que, as variações no
sopesamento sejam menos evidentes. Não sei em que bobagem fisioterapêutica
me meti mas (a salvação) é assim que vejo a coisa.

[]'s
Léo
"Todos os cogumelos são comestíveis. Alguns só uma vez."




SUBJECT: [ciencialist] Mais tradução e ciência
FROM: "Daniel Sottomaior Pereira" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 17/03/2000 18:01

Outros encarecidos pedidos de ajuda:


"higher primates, especially great apes"
Não quis cair no erro básico que o Takata já apontou, mas parece que o
original o faz. E é do Sagan...


"We don't know very well what quasars are: and there is more than one
mutually exclusive explanation for them in the scientific literature."
Bem, isso já mudou, certo? A última teoria bem aceita de que me lembro
acho que era sobre um par e estrelas muito próximas orbitando no centro
comum. Enfim, vale a pena dar um update na informação do Sagan? É de
87...


"A pulsar is a star shrunk to the size of a city, held up as no other
stars are, not by gas pressure, not by electron degeneracy, but by
nuclear forces. It is in a certain sense an atomic nucleus the size of
Pasadena."
E isso, vale a pena atualizar? E o que é "electron degeneracy"?


"diathermy machine"
di·a·ther·my (d-thûrm)
n.
The therapeutic generation of local heat in body tissues by
high-frequency electromagnetic currents.


"at this frequency and bandpass and modulation"
"bandpass"? E modulation é cognato mesmo?


"baloney"
Ok, eu sei o significado, mas esperava alguma idéia ou eventualmente
até uma tradução consagrada. Acho que o legal dela é que lembra baloney
sandwich, e avacalha com o negócio... É por causa do artigo dele, 'The
Fine Art of Baloney Detection', se alguém souber de alguma tradução...



Daniel






SUBJECT: [ciencialist] Re: Filosofia dos antonimos?
FROM: "Daniel Sottomaior Pereira" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 17/03/2000 18:09

"luiz ferraz netto" <le-@barretos.com.br> wrote:
original article:http://www.egroups.com/group/ciencialist/?start=4206

> > Bem, taí um coisa que não posso aceitar a priori, por dois motivos:
> >
> > 1) Ela supõe que existe essa precisão na avaliação de qualquer
sentido.
> > Como definir o que é uma sensação que é o 'dobro' da outra? Isso é
> > subjetivismo puro.
>
> Não é subjetivismo, é uma comparação com a experiência anterior.

Mas como esa compração vai estabelecer graus quantitativos??
- Puxa, o meu orgasmo hoje foi 2 vezes mais intenso que o de ontem
(significando na verdade um estímulo 100 vezes maior...)



> > 2) A minha limitada experiência sensorial e avaliação nao-metódica
das
> > minhas próprias sensações e das sensações de outros indica que não
> > existem saltos como você aponta. Aliás, basta usar os controles de
> > volume, brilho, cor, equalizadores, etc dos seus aparelhos
eletrônicos
> > que poderá confirmar isso. Muitos deles (todos?) funcionam
linearmente,
> > e mesmo asim a transição é contínua.
>
> Daniel parece-me afastado dos detalhes da eletrônica. Os
potênciômetros para
> volume etc. são todos logarítmos

Não seria logarítmicos?


(basta vc abrir a caixa de qualquer
> amplificador e ler no corpo do potenciômetro destinado ao ganho do
> aparelho --- o tal de 'volume' é termo popular, não pertencente à
Acústica).
> Se colocar um pot ou trimpot linear vc mexerá no botão e não sentirá
> qualquer variação na amplitude do som emitido pelo altofalante. A
transição
> só é contínua usando os tipos logarítmos.
> Se o amigo ainda possue um dos bons modelos valvulados que tem na
etapa
> final a 6AV6 (detetora e pre-amplificadora) e a 6AQ5 (amplificadora de
> potência) poderá verificar tal potencômetro de 470k-log. Nos rádios
> transistorizados o valor típicos é 5k-log.

Ok, mea culpa. Mas enfim, e a continuidade? Se existe descontinuidade
em uma função, ou mesmo salto abrupto, ela também se mantém no
logaritmo da função, embora suavizada... e existe a questão de que o
salto gera contradição interna, mas imagino que você vá comentar isso
em outra mensagem.


Daniel



SUBJECT: [ciencialist] Re: bexiga natatoria
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/03/2000 18:10

Roberto, agradecimentos especiais à bexiga natatória. Agora tenho mais
lastro (e indicação bibliográfica --- interessante que o pessoal só acredita
quando algo está publicado em algum lugar). Realmente cai dentro de meu modo
de ver a coisa: a bexiga natatória mantém o peixe num equilíbrio neutro
(aliás um equilíbrio instável como citei originalmente) e só graças às
nadadeiras faz as suas excursões.
Muito bom.
[]'s
Léo
------------------------
De: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 17 de março de 2000 14:23
Assunto: [ciencialist] bexiga natatoria


> bem, estava devendo esta -
>
> como manter a flutuacao apenas com a forca muscular eh demasiadamente
> custoso, alguns mecanismos para garantir uma flutuabilidade neutra (o
-------------------------



SUBJECT: [ciencialist] Re: Mais tradução e ciência
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 17/03/2000 18:54

"daniel sottomaior pereira" <cetic-@hotmail.com> wrote:

> "at this frequency and bandpass and modulation"
> "bandpass"? E modulation é cognato mesmo?
>
Bandpass costuma aparecer em livros técnicos como "banda passante". Não
sei se é o caso do seu texto original, mas geralmente se aplica a
filtros, quando se ajusta qual a faixa de freqüências que vai passar
(que não vai ser rejeitada pelo filtro).

>
> "baloney"
> Ok, eu sei o significado, mas esperava alguma idéia ou eventualmente
> até uma tradução consagrada. Acho que o legal dela é que lembra
baloney
> sandwich, e avacalha com o negócio... É por causa do artigo dele, 'The
> Fine Art of Baloney Detection', se alguém souber de alguma tradução...
>
>
> Daniel
>

Como vc deve saber, os gringos usam "baloney" quando querem ser mais
educados e não dizer "bullshit". Na tradução brasileira do Carl Sagan,
traduziram como "mentiras", que no meu entender não transmite o sentido
de "bobagem" ou "besteira" da expressão original. Na tradução
portuguesa usaram "disparates", que por outro lado não transmite o
sentido de "intencional" ou "que tem o objetivo de enganar" da
expressão "baloney". Não sei se existe uma tradução consagrada, mas eu
constumo traduzir como "conversa fiada", que é igualmente gíria e
transmite os dois sentidos.

Ronaldo
Dicionário Céptico
http://www.dicceptico.cjb.net



SUBJECT: [ciencialist] solido ou liquido II
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/03/2000 19:09

Oi ciencialistas, Oi Sheila,

...queriam fazer de nós alunos cachorros adestrados que usariam
códigos de ganidos para identificar de minerais e rochas,...

Todo método de ensino de reconhecimento, seja de minerais, de animais,
de vegetais, etc., é baseado em adestramento, senão como ficaria?

...uma enorme lente do lab. do SEMPES que precisa ser "virada" de
tempo em tempo para que não se deforme ao "fluir"...

Tanto os vidros naturais qto os artificiais são considerados líquidos
de altíssima viscosidade e, conseqüentemente, estão sempre
"escorrendo". Verificável em peças de vidro muito grandes, volumosas
e pesadas, como essa lente. Tbém em vidros planos colocados
verticalmente em grandes vitrinas, os quais, depois de muitos anos,
têm suas bases ligeiramente mais grossas do que a espessura original.

"Gostaria de ver aplicado um conceito químico (ou físico-químico, não
sei ao certo) de estados da matéria, no caso do vidro."

Do ponto de vista mineralógico consideram-se, para efeito de estudo,
apenas dois dos principais estados da matéria: matéria cristalina
(fase sólida) e matéria amorfa (fase líquida).

Em Mineralogia: matéria amorfa, vidro e fase líquida são tomados,
convencionalmente, como sinônimos; só isso!

"Tendeu"? Pergunte e critique à vontade, será sempre um prazer,
aprenderemos os dois.

[]'s

Douglas



SUBJECT: [ciencialist] Re: Mais tradução e ciência
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 17/03/2000 19:32

> "higher primates, especially great apes"
> Não quis cair no erro básico que o Takata já apontou, mas parece que o
> original o faz. E é do Sagan...

vou alongar um pouco a resposta pra contextualizar melhor.

a ordem dos primatas inclui nao apenas a nos, chimpanzes, gorilas, micos e
outros macacos, mas tbm os prossimios (um grupamento artificial) q. inclui
os lemures e tarsos.

o esquema das relacoes sao como abaixo:

|---- platyrrhini (macacos do novo mundo)
|
|------- catarrhini (grandes macacos, humanos, gibao, macacos do
|----| velho mundo)
----| -------- tarsii (tarsos)
|
------------- strepsirhini (lemures, galagos, loris, etc)

os 'primatas superiores' (higher primates) se refere ao conjunto dos
catarrinos e platirrinos q. bem podemos chamar de macacos... a ideia de
'superior' vem da antiga escala da vida (e tbm o nome de primata reflete
uma ideia de perfeicao) e uma leitura ingenua dessa arvore evolutiva
poderia pensar em corroboracao do uso de 'superior' e 'inferior' - mas na
verdade indica apenas q. o grupo strepsirhini se diferenciou antes
dos demais grupos (mas notem q. a diferenciacao eh concomitante com o
grupo q. engloba tarsii+catarrhini+platyrrhini - de forma q. essa ideia de
diferenciacao progressiva eh apenas pela resolucao da arvore: no grupo bem
poderia estar representado um padrao de bifurcacao como no outro grupo),
mas possivelmente 'higher primates' se refere ao grupo mais restrito dos
primatas antropoides (catarrhini), a frase poderia ser traduzida como
'primatas antropoides, especialmente os grandes macacos (hominideos)'

confira em:
http://phylogeny.arizona.edu/tree/eukaryotes/animals/chordata/mammalia/primates/primates.html

> E isso, vale a pena atualizar? E o que é "electron degeneracy"?

http://www.britannica.com/bcom/eb/article/3/0,5716,117753+4,00.html
http://www.britannica.com/bcom/eb/article/idxref/3/0,5716,391874,00.html

sobre quasares:
http://www.britannica.com/bcom/eb/article/0/0,5716,63760+1,00.html

bem, nao sei quao bem a brittanica estah atualizada em astrofisica e
cosmologia (em evolucao pelo menos precisa dar uma burilada)

> "baloney"

acho q. se traduz bem com outro estrangeirismo: nonsense.

qto a atualizar, talvez vc pudesse traduzir como estah e apontar para uma
nota de rodapeh - se se tratar simplesmente de uma traducao e nao de uma
adaptacao.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] RES: [ciencialist] Re: Filosofia dos antônimos.
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/03/2000 19:33



Bem, a minha questão no caso não foi bem tentar estabelecer um padrão
científico para a definição de antônimo ou oposto de acordo com o caso, mas
podemos entrar nesse campo. (Mesmo assim não cessariam os problemas do tipo
"vidro sólido ou líquido" , já que o critério cultural seria um e o
científico outro).


-----Mensagem original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@spider.uspnet.usp.br]
Enviada em: Sexta-feira, 17 de Março de 2000 11:58
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] Re: Filosofia dos antônimos.


Bom eu tenho uma ideia de como definir antonimos/opostos em tais casos,
nao sei se eh a melhor:

Vamos analisar o caso + simples unidimensional de opostos :

O posto de seco eh molhado e vice versa . como poderiamos matematizar isso ?

Seja R a variavel do receptor que detecta o grau de umidade ( particulas de
agua / cm3
ou cm2 ,por exemplo ) assim, poderiamos normalizar R de modo :

R=1 totalmente molhado ( imerso nagua )
R= 0 totalmente seco ( zero particulas de agua por cm3 ou cm2 )

Agora o q acontece para algo "meio molhado" ?

Eu definiria como o oposto/antonimo como
o grau que se *afasta o maximo* da medida normalizada R.

Assim o oposto de meio molhado para R=0,1 eh R= 1 ( totalmente molhado )
e o oposto de meio molhado para R=0,6 seria R=0 ( totalmente seco )
E no caso de R=0,5 ?
Neste caso tanto faz R=0 como R=1 ambos poderiao ser tomados como opostos
de
meio molhado!

***Acho que fica mais sensato como o oposto de 1=0 , oposto de 0,4=0,6. O
oposto de meio molhado pode ser meio seco. Ou seja, se tenho meio molhado
(0,6) poderia ser meio seco, mais pro seco (0,4). No caso 0,5 teríamos
igualdade entre meio seco e meio molhado (o que é deveras lógico).


Agora poderemos generalizar para mais de uma dimensao.
Vamos tomar como exemplo a *sensacao* de cor.
Nao entendo muito de cores mas , como diz o Roberto : "Vamla !":

Digamos que tenhamos 3 receptores para cores R1 , R2 , R3 que poderiam
corresponder
ao grau de estimulacao de cada tipo de bastonete da retina.

Digamos q normalizemos o grau de excitacao dos bastonetes entre 0 e 1 .
Qual entao seria a sensacao oposta a uma cor ( 0; 1; 0 ) = ( R1=0; R2=1;
R3=0 )?
seria o oposto maximo de acordo com nosso estudo unidimensional , isto eh
o oposto/antonimo de ( 0;1;0 ) --> ( 1;0;1 ) , do mesmo modo :
antonimo( 0.1 ; 0.7 ; 0.3 ) --> ( 1; 0; 1 )
antonimo (0.6 ; 0.4 ; 0.9 ) --> (0; 1 ; 0 )
que sao os graus de excitacao dos resceptores que mais se afastam da medida
original.

*** Há uma definição de cor espectral oposta, segundo um diagrama padrão.
Não funciona desta forma. Eu vi o diagrama na pagina da brittanica, e ele
funciona de forma de o vermelho fica quase oposto ao verde azulado, algo
assim. Não estou bem lembrado agora.

Poderiamos extrapolar para sabores e , neste caso, teriamos q saber quais
os receptores da lingua sao estimulados pela sensacao de sabor. Digamos que
tenhamos
4 recepores para o sabor ( R1..R4) e a analise seria a mesma.

***Bem, as papilas gustativas se distribuem em regiões diferentes para cada
tipo de sabor. O doce está na parte anterior, o azedo nas bordas laterais, o
salgado mais ao centro e o amargo na região posterior, se me lembro bem.

O caso complica um pouco qdo entra em jogo os sentimentos.

*** Um pouco só? hehehe.


Neste caso quem faria o papel das variaveis receptoras ?

*** Esses sentimentos não são trabalhados na linguagem de acordo com certos
padrões mentais de estímulo. Ou seja, você não conclui que alguém está
amando por um evento mental particular, e sim por uma série de manifestações
comportamentais. Isto porque o amor pode surgir a partir de relações entre a
pessoa que vc conheceu e uma série de vivências da sua vida que estão
fisiologicamente registradas, o que explica porque as pessoas tem gostos
diferentes, podem gostar de mais gordinhas ou magrinhas e etc. Se não fosse
assim, poderíamos nos apaixonar facilmente, e por um padrão específico de
pessoa.

Poderiamos , neste caso, tomar o padrao de estimulo eletrico de partes
do cerebro responsaveis pelas emocoes (sistema limbico) e/ou a quantidade de
neurotransmissores liberados pelos neuronios como resposta a determinada
emocao.

*** No caso do amor, acho difícil. Em primeiro lugar, como vc identificaria
que uma pessoa ama seus pais, por exemplo? E como isso se diferencia de um
amor não fraternal? Você certamente pode analisar uma série de modificações
de padrão de estímulo cerebral em alguma região quando a pessoa está
apaixonada, ou sexualmente atraída, no entanto isso de forma alguma define
em relação direta o que é a paixão ou amor. O fato de isto ocorrer
concomitantemente, não indica que a relação seja de identidade. Por exemplo,
se você for analisar o problema da dor. Digamos que eu esteja com dor no meu
dedo do pé. Se você for analisar o cérebro, na região do córtex
correspondente ao dedo do pé você vai encontrar um estímulo maior, o que não
indica que aquilo seja a dor, e muito menos sua localização. Assim, é melhor
estarmos atentos ao processo inteiro e fugirmos do excesso de simplificação
científica, muito comum entre os cientistas mais empolgados envolvidos com
essa área.

PhiloX

[]
jocax



"Rodrigo F. Viecilli" wrote:

> Hoje enquanto colocava um pouco de limão no meu bife a milaneza e
também
> tomava suco de limão, pensei em algo peculiar, sobre os antônimos.
> O que exatamente eu quero dizer, quando digo que doce é o oposto
de
> salgado?
> Será que há uma relação comum entre doce ser o oposto de salgado
e, por
> exemplo, duro ser o oposto de mole? Ou seco o oposto de molhado? Ou amor o
> oposto de ódio? E assim por diante?
>
> Se eu aprendo, durante a minha infância, o que é duro e o que é
mole, eu
> poderia dizer que são um o oposto de outro, durante, por exemplo, uma
> refeição.
> Eu poderia dizer: essa bala é muito dura, prefiro uma mais mole.
Nesse caso
> é possível uma "linha física" de transição entre o duro e o mole.
> Quando a seco e molhado: o mesmo ocorre.
> Agora, quanto a doce e salgado? Parece não haver esta "linha" de
transição
> palpável. Eu poderia dizer "putz, este sorvete parece sem açucar". Mas
> ficaria esquisito que o sorvete ficasse salgado sem a adição de sal. Nesse
> caso, qual será o fenômeno , ou a seqüência de fenômenos, que nos leva a
> desenvolver a noção de oposto entre "doce e salgado". Me parece que, neste
> caso, é mal empregada a palavra "oposto". Pode ser que, pelo fato de a
> maioria dos alimentos que consumimos ser doce ou salgada, tenha havido um
> desenvolvimento dessa noção de pseudo-oposto a partir da alternativa "doce
> ou salgado", mesmo que do ponto de vista lógico uma "alternativa" não
> implica que uma característica seja o oposto da outra. Pense, por exemplo:
> "amargo ou doce"? Porque não posso dizer que o oposto de doce é amargo? Em
> certas situações, na linguagem, parece perfeitamente possível. Mesmo que
não
> haja nenhuma relação física ou biológica de oposiçao entre os fenomenos
que
> envolvem a sensação de amargo, azedo, doce e salgado. Posso imaginar uma
> tribo onde parece "mais natural" que o oposto de doce seja azedo, porque
> eles tem acesso praticamente só ao leite.
> Outro exemplo de oposto complicado : "amor e ódio". Certamente não
existe
> uma base biológica ou física dentro da própria sensação que defina uma
como
> o oposto da outra. O que existe, certamente, é uma diferença de
> manifestação, que pode ser de oposição. Por exemplo, amo esta pessoa,
> portanto quero que ela fique bem (isto é uma conseqüência antropológica da
> sensação). Odeio esta pessoa (isto implica necessariamente que eu quero o
> seu mal? Posso odiar uma pessoa, mas não dar importância para o fato de
ela
> ficar bem ou não). São apenas exemplos. Mas, se não há base física ou
> biológica para a dicotomia amor/ódio, e a antropológica é confusa, talvez
> por serem sentimentos "básicos" assim como "doce e salgado" são sensações
> básicas, pareçam ser opostas. O que me impede de dizer que "desprezo" é o
> oposto de "amor"? Posso evidentemente inventar um argumento para que isso
> seja possível. Por exemplo: Eu desprezo aquele cara, me traiu. Eu amo
aquele
> cara, sempre foi fiel a mim. Obviamente parece esquisito, mas na mesma
> proporção em que "amor" e "ódio" também, de forma que eu posso querer o
mal
> de uma mulher que desprezo e o bem de uma mulher que eu amo.
>
> Bem, a questão é: se uma professora de segunda série pede num
certo dia
> para que as crianças coloquem o antônimo de "amor" , ou de "doce", será
que
> não é natural que passe pela cabeça delas uma certa confusão, por elas
ainda
> não terem se acostumado muito bem com as complicações da nossa linguagem?
> Será que ela realmente merece um errado se colocar amargo no oposto de
doce,
> ao invés de salgado? Acho que não.
>
> PhiloX
>
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http://www.egroups.com - Simplifying group communications





SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: solido ou liquido II
FROM: LRB@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/03/2000 19:42



On Fri, 17 Mar 2000, Rodrigo F. Viecilli wrote:

> Isso me fez lembrar o enxofre amorfo, que tem um caso semelhante ao do
> vidro.
> E me fez pensar no seguinte: quais as propriedades fmsicas, mais
> especificamente moleculares, que levam um corpo a ser transparente ou
> translzcido? Alguim tem informagues sobre isso?
>
> PhiloX

Talvez voce encontre a resposta no link
http://www.if.usp.br/fisico/respostas/125.html , que trata da resposta a
pergunta: qual a caractermstica de um meio que permite ` luz
atravessa-lo?

Ateh mais
Luis Roberto Brudna.



SUBJECT: [ciencialist] traducao
FROM: "Daniel Sottomaior Pereira" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 17/03/2000 20:08

> mas possivelmente 'higher primates' se refere ao grupo mais restrito
dos
> primatas antropoides (catarrhini), a frase poderia ser traduzida como
> 'primatas antropoides, especialmente os grandes macacos (hominideos)'
>
> confira em:
> http://phylogeny.arizona.edu/tree/eukaryotes/animals/chordata/mammali
a/primates/primates.html

Muito obrigado.. vou adotar a sugestão.





> > E isso, vale a pena atualizar? E o que é "electron degeneracy"?
>
> http://www.britannica.com/bcom/eb/article/3/0,5716,117753+4,00.html
> http://www.britannica.com/bcom/eb/article/idxref/3/0,5716,391874,00.
html

Puisé, mas e como eu traduzo isso? Certamente que há um termo
específico...



>
> sobre quasares:
> http://www.britannica.com/bcom/eb/article/0/0,5716,63760+1,00.html
>
> bem, nao sei quao bem a brittanica estah atualizada em astrofisica e
> cosmologia (em evolucao pelo menos precisa dar uma burilada)

> qto a atualizar, talvez vc pudesse traduzir como estah e apontar para
uma
> nota de rodapeh - se se tratar simplesmente de uma traducao e nao de
uma
> adaptacao.

De fato, o que eu quis dizer foi uma NT. MAs eu prciso saber se as
descobertas *dos últimos 13 anos* justificam essa explicação.



> > "baloney"
>
> acho q. se traduz bem com outro estrangeirismo: nonsense.

Puisé... é uma decisão difícil... mas nonsense é muito apurado para o
caso, creio. Baloney é escrachado, tiração de sarro mesmo, e por isso
acho que vou acabar ficando com conversa fiada. É chato deixar tão
grande, mas 'a bela-arte de detectar uma (ou perceber) conversa fiada'
me parece que acentua a ironia.


Obrigado pelas sempre utilíssimas sugestões e se alguém tiver mais
dados sobre a questão de astronomia e os elétrons, por favor me avise.

[]s

Daniel



SUBJECT: [ciencialist] solido ou liquido III
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/03/2000 20:31

Oi ciencialistas, oi Léo:

>>>Coitada da esfera, do cilindro, do cone, do toróide ....... terei
que retirá-los de minha coleção de sólidos geométricos, bem aqui à
frente, na prateleira. Vou abrir uma nova prateleira com título:
'pseudo-sólidos'.<<<

Não faça isso! Mais fácil eu abrir melhor minha "prateleira" e
explicar que me referi aos sólidos geométricos considerados pela
Cristalografia; matéria básica e essencial para o estudo da
Mineralogia. Falha nossa, desculpe, a gente se acostuma a dialogar
dentro dos conceitos restritos de uma ciência.

>>>Nas 3 "definições" postas como decisivas para julgarem o
comportamento do vidro não há a palavra ou citação da mineralogia
(popular, geometria, física). Logo, mineralogicamente falando, vidro
não existe! A menos que, mineralogia = popular :).<<<

Abrindo a "prateleira" de novo: onde se lê "geometria" leia-se
"cristalografia" e onde se lê "física" leia-se "mineralogia". A
mineralogia tem seus conceitos básicos apoiados na física e na
química. (A cristalografia na física e na geometria).

Os vidros podem ser naturais ou artificiais: os originados pela
"faísca" e pela "fogueira" naturalmente são naturais.

Obrigado pelas críticas, é um estimulo para continuar participando,
quem lida com ciência tem mesmo é que ser exigente.

[]'s

Douglas





SUBJECT: [ciencialist] Re: traducao
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 17/03/2000 20:59

> > > E isso, vale a pena atualizar? E o que é "electron degeneracy"?
> >
> > http://www.britannica.com/bcom/eb/article/3/0,5716,117753+4,00.html
> > http://www.britannica.com/bcom/eb/article/idxref/3/0,5716,391874,00.
> html
>
> Puisé, mas e como eu traduzo isso? Certamente que há um termo
> específico...

degeneracao ou degenerescencia dos eletrons.

bem, sobre atualizar ou nao, acho q. dependeria de uma visita ao sito da
nasa e ver se as informacoes sao ainda validas...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: solido ou liquido II
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/03/2000 21:01

se chamarmos o vidro de amorfo nao se evita a discussao?

(metendo a colher em sopa alheia)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: traducao
FROM: "Daniel Sottomaior Pereira" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 17/03/2000 21:09

> > Puisé, mas e como eu traduzo isso? Certamente que há um termo
> > específico...
>
> degeneracao ou degenerescencia dos eletrons.

Thanx again...



> bem, sobre atualizar ou nao, acho q. dependeria de uma visita ao sito
da
> nasa e ver se as informacoes sao ainda validas...

Bom, com pesquisa eu sei que eu acho, eu quero é de mao beijada!!
lol

Além disso, o que li confirma as afirmações dele, mas a questão é que
ele reforça demais a igorância científica no assunto, e é isso que
gostaria de confirmar. Sua contribuição é certeira e valiosa, mas
também estou curioso sobre o feeling alguém da área, a respeito de
essa ignorância da comunidade ter mudado significativamente desde então
- a ponto de eu fazer um adendo e fazer uma NT com 'hoje já sabemos um
pouco mais', etc.


Daniel



SUBJECT: [ciencialist] Re: Filosofia dos antonimos?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/03/2000 21:11

> O simples fato de mantermos nas mãos tais pesos não nos fornecerá indicação
> alguma. É preciso sopesa-los (aquele balanço típico para cima e para baixo
> que se dá às mãos). É aí que suas inércias se manifestam e os variações nas
> tensões das fibras musculares permitem as avaliações.

hmmm... pra se estabelecer comparacoes nao eh necessario balancar os
bracos - eh soh manter o braco paralelo ao corpo e manter o peso suspenso
pelas maos com o antebraco em posicao perpendicular ao corpo - a diferenca
de esforco do biceps para manter o antebraco imovel dah uma nocao do
peso/massa do objeto - se colocarmos em uma das maos um objeto de 100 g e
na outra de 200 g detectaremos qual dos dois eh mais pesado/tem maior
massa, jah se em uma das maos houver um objeto de 1000 g e na outra um de
1100 g perceberemos mal (se eh q. perceberemos) a diferenca.

podemos fazer isso com objetos comuns de forma q. nao precisamos ficar em
discussoes 'teoricas' apenas... suspenda com um dos bracos (na posicao em
q. descrevi acima) um livro pesado: um dicionario de mesa, e.g. e com
outra mao um best seller padrao de ocasiao. fecha-se os olhos e pede-se
para alguem colocar aleatoriamente sobre um dos livros um caderno de
jornal.

[]s,

roberto takata




SUBJECT: [ciencialist] Re: Mais tradu��o e ci�ncia
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 17/03/2000 21:13

Daniel Sottomaior Pereira wrote:

> "higher primates, especially great apes"

Primatas mais evoluídos, especialmente os grandes macacos.

> "We don't know very well what quasars are: and there is more than one
> mutually exclusive explanation for them in the scientific literature."
> Bem, isso já mudou, certo? A última teoria bem aceita de que me lembro
> acho que era sobre um par e estrelas muito próximas orbitando no centro
> comum. Enfim, vale a pena dar um update na informação do Sagan? É de
> 87...

Quasar não é isto. Me parece que continuamos a não saber o que são.

> "A pulsar is a star shrunk to the size of a city, held up as no other
> stars are, not by gas pressure, not by electron degeneracy, but by
> nuclear forces. It is in a certain sense an atomic nucleus the size of
> Pasadena."
> E isso, vale a pena atualizar? E o que é "electron degeneracy"?

Se não me engano, "degeneração dos elétrons" é quando eles se fundem
com prótons, formando nêutrons. Parece acontecer em "estrelas de
nêutrons", se é que isto existe mesmo...

> "diathermy machine"
> di·a·ther·my (d-thûrm)
> n.
> The therapeutic generation of local heat in body tissues by
> high-frequency electromagnetic currents.

Esta eu conheço bem:
Máquina de diatermia. A geração terapêutica de calor localizado
em tecidos do corpo por correntes elétricas de alta freqüência.
(correntes eletromagnéticas fica meio estranho).

> "at this frequency and bandpass and modulation"
> "bandpass"? E modulation é cognato mesmo?

O original parece estranho. "Bandpass" é um termo que se usa
para designar algo que só deixa passar uma faixa (band) de freqüências,
como um filtro de f. i. de rádio ou coisa assim.

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: [ciencialist] Re: Mais tradu��o e ci�ncia
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 17/03/2000 21:17

Ronaldo Cordeiro wrote:

> Bandpass costuma aparecer em livros técnicos como "banda passante". Não
> sei se é o caso do seu texto original, mas geralmente se aplica a
> filtros, quando se ajusta qual a faixa de freqüências que vai passar
> (que não vai ser rejeitada pelo filtro).

Isto seria "passband". "Bandpass" é o próprio filtro. Mas parece ser
esta a intenção. O texto original é que parece errado.

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: solido ou liquido II
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/03/2000 21:18

Isso me fez lembrar o enxofre amorfo, que tem um caso semelhante ao do
vidro.
E me fez pensar no seguinte: quais as propriedades físicas, mais
especificamente moleculares, que levam um corpo a ser transparente ou
translúcido? Alguém tem informações sobre isso?

PhiloX

-----Mensagem original-----
De: Roberto Mitsuo Takata [mailto:rmt@ib.usp.br]
Enviada em: Sexta-feira, 17 de Março de 2000 21:02
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] Re: solido ou liquido II


se chamarmos o vidro de amorfo nao se evita a discussao?

(metendo a colher em sopa alheia)

[]s,

roberto takata


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SUBJECT: [ciencialist] solido ou liquido
FROM: "Sheila Franco." <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 17/03/2000 21:23

Oi, todos! Oi, Douglas!
 
Escute: quando eu citei a fala de meu amigo, não disse a situação na qual ocorreu. Ele era um mestrando, especialista em rochas alcalinas, e outras pessoas queriam que ele fosse pro campo "catar pedras" e saber o nome do mineral. Era considerado insulto responder a perguntas outras de alunos. Métodos de reconhecimento é necessário, vital. Mas qual seria o problema em responder algumas perguntas?
 
Agora entendi sim. Obrigada. Saber em qual linguagem está se usando um termo nem sempre é fácil.
Nem pensei que vc estivesse usando "líquido" no lugar de "amorfo". Tratar com critérios da física e da química ao mesmo tempo...
 
Como fica aquele um daqueles critérios antigos usado pra caracterizar um mineral que diz que ser necessário que ocorra naturalmente na natureza? Pode-se contar com a mão do homem como no caso da "fusão em fogueira"? Existem gemas sintéticas, tudo bem, me esqueci delas. Essas são consideradas minerais?
 
Tô me lembrando de um professor de geologia econômica, chateado pq os alunos dele não conseguiam responder se "água" era mineral.
 
Obrigada por me pôr à vontade, Douglas. Você é generoso.
 
Abraços,
 
Sheila.

SUBJECT: [ciencialist] Re: En: solido ou liquido II
FROM: "Sheila Franco." <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 17/03/2000 21:33

Foi só um ajuste de fala. No entanto, é interessando pra mim pq, quando não
mais, puxa outros tantos conceitos básicos esquecidos, modificados,
ignorados, ou mal compreendidos.

Peço só um pouquinho de paciência de todos, pensando que alguma coisa
escrita aqui possa vir a ser do interesse de outros que não eu.

Abraços,

Sheila.

----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Friday, March 17, 2000 9:01 PM
Subject: [ciencialist] Re: solido ou liquido II


se chamarmos o vidro de amorfo nao se evita a discussao?

(metendo a colher em sopa alheia)

[]s,

roberto takata




SUBJECT: [ciencialist] Re: En: solido ou liquido II
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 17/03/2000 21:44

ops! erro meu de expressao: nao eh q. nao era pra se discutir; eu
perguntava se chamar de amorfo nao resolveria o dilema de se chamar de
solido ou de liquido...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: [ciencialist] Re: Mais tradução e ciência
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 17/03/2000 21:50

> > "higher primates, especially great apes"
>
> Primatas mais evoluídos, especialmente os grandes macacos.

sendo um chato, diria q. 'mais evoluido' nao faz sentido para organismos
contemporaneos - todos tEm 4 bilhoes de anos de evolucao nas costas...
algumas vezes 'mais modificados' se aplica: mas em geral isso se refere
basicamente ao aspecto geral externo, outras caracteristicas
(fisiologicas, comportamentais, etc) certamente passaram por outras
modificacoes... em essencia somos tao evoluidos qto uma /Escherichia
colli/ (uma bacteria intestinal). [daih do zelo do daniel em nao fazer a
traducao direta.]

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] uRe: [ciencialist] Filosofia dos antônimos.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/03/2000 02:11

-----Mensagem Original-----
De: "Rodrigo F. Viecilli"
Para: <ciencialist@egroups.com>; <poplist@opensite.com.br>;
<fishlips@onelist.com>; <filos-l@egroups.com>; <aboutnothing@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 16 de Março de 2000 20:28
Assunto: [ciencialist] Filosofia dos antônimos.

> O que exatamente eu quero dizer, quando digo que doce é o oposto de
> salgado?

Muito interessante esta sua colocação como também o restante de sua
mensagem. Diria que você está adentrando no terreno do estudo dos
antagônicos complementares, um campo belíssimo porém via de regra desprezado
pela ciência ocidental. Fazem exceção à regra a física moderna e a
psicologia, ainda que estudem este tipo de antagonismo apenas na
superficialidade e quase sempre supervalorizando o seu sabor místico. Diria
também que a base da dialética (raramente estudada por um cientista das
chamadas áreas naturais, de onde derivam seus exemplos), apoia-se nestes
conceitos.

Com respeito a doce e salgado, diria que são antagônicos impróprios, bem
como amor e ódio. O antagônico próprio de amor ao próximo é o amor do
próximo e não o desamor e/ou o ódio. O antagônico próprio de um alimento
açucarado seria um alimento com baixo teor de açucar. Assim como o
antagônico próprio de alto é baixo, o de quente é frio, o de ácido é
alcalino, etc.

Há cerca de 5 mil anos atrás este problema preocupou os filósofos orientais
criadores da iniologia (ou o estudo do complexo yin-yang). Infelizmente os
seguidores desses filósofos não conseguiram erigir uma ciência tomando por
base os princípios iniológicos e o que se tem hoje é um taoísmo místico,
quando não religioso. Até mesmo na atualidade existem autores que pretendem
de maneira absurda justificar componentes misticos de nossa ciência apelando
para o taoísmo (é o caso de Fritjof Kapra com o Tao da Física).

> Será que há uma relação comum entre doce ser o oposto de salgado e, por
> exemplo, duro ser o oposto de mole? Ou seco o oposto de molhado? Ou amor o
> oposto de ódio? E assim por diante?

Perceba a necessidade de um referencial. O doce é oposto ao salgado em que
referencial? O movimento opõe-se ao repouso em que referencial? Hoje em dia,
quando se fala em relatividade, pensa-se apenas em relatividade de
movimento. Porém a relatividade é milenar. Existia tanto na Grécia de 2500
anos atrás quanto na China de 5000 anos atrás. O teorema de Thales é tão
relativístico quanto as transformações de Galileu e/ou Lorentz. A balança de
Arquimedes idem.

> é possível uma "linha física" de transição entre o duro e o mole.

Via de regra essa transição existe e, tanto mais, quanto mais próprios forem
os antagônicos considerados, como é o caso de duro e mole. Por exemplo,
pode-se construir uma escala de temperaturas tomando por base os conceitos
quente e frio. Perceba ainda um caráter do que chamo por antagônicos
próprios: Dentre dois corpos, o "mais" quente é sempre o "menos" frio.
Dificilmente eu poderia dizer com absoluta certeza que o "mais" doce
(com maior teor de açúcar) é o "menos" salgado (com menor teor de sal).

> Agora, quanto a doce e salgado? Parece não haver esta "linha" de transição
> palpável.
> Me parece que, neste
> caso, é mal empregada a palavra "oposto".

Concordo contigo e porisso introduzi o caráter impróprio desta "oposição".
Ou seja, ele é oposto apenas em relação (Veja a relatividade!) a um
referencial via de regra subjetivo (ainda que não obrigatoriamente, pois
que, se bem definido, poderá ser reproduzido laboratorialmente).

> Porque não posso dizer que o oposto de doce é amargo?

Pode. Simplesmente você promoveu uma mudança de referenciais. E conservou
a impropriedade na comparação.

> Outro exemplo de oposto complicado : "amor e ódio". Certamente não existe
> uma base biológica ou física dentro da própria sensação que defina uma
> como o oposto da outra.

Os orientais antigos consideram aqui o que chamavam por centripetalidade
e/ou centrifugalidade. Amor e ódio seriam antagônicos impróprios e
relativos, assim como doce e salgado. O antagônico próprio de "amor ao
próximo" seria o "amor do próximo". Percebe-se a importância deste detalhe
quando evoluimos para o estudo da "ciência oriental antiga". Ainda que
alguns não gostem deste termo, digo, afirmo, repito e assino em baixo que a
ciência é milenar e não algo criado por mentes arrogantes de nossa era.
Existia tanto na Grécia quanto na China antigas e, ainda que não dotada de
aparelhos de alta precisão, tão ou mais sofisticada do que a ciência atual.

A importância da centripetalidade e/ou centrifugalidade surge quando
tentamos impor o princípio de que antagônicos complementares próprios se
atraem (yin atrai yang). Perceba que duas pessoas que se amam se atraem pois
o amor ao próximo é o complementar absoluto do amor do próximo.

Percebe-se também que, pela filosofia oriental antiga, a matéria não poderia
atrair a matéria, a menos que em sua estrutura íntima houvesse alguma
característica antagônica e complementar entre os dois seres a serem
atraídos. Lendo-se Newton na fonte percebe-se que ele procurou, sem
encontrar, por esta característica. Em algum lugar de sua obra lembro-me
dele ter efetuado alguma crítica a movimentos relativos de partículas
elementares e que responderiam, na opinião de seus criticados, pela
gravitação (ou seja, a idéia em si parece não ser de Newton).

Costumo dizer que uma boa alternativa a esta centripetalidade e/ou
centrifugalidade (ou ao princípio "yin atrai yang") é o Princípio de Le
Chatelier, mas este é um outro assunto.

>Odeio esta pessoa (isto implica necessariamente que eu quero o
> seu mal? Posso odiar uma pessoa, mas não dar importância para o fato de
> ela ficar bem ou não).

Neste caso estão presentes dois ou mais fatores que podem ou não estarem
associados, cada um com seu complementar (próprio ou não). Via de regra os
fenômenos são complexos, o que dificulta uma análise. Lembro apenas que o
complementar de ódio ao próximo é ódio do próximo. Ou seja, duas pessoas que
se odeiam tendem a se atraírem por motivos vários, e é aí que surgem as
brigas. Graças a outros fatores concomitantes, essa briga poderá não surgir
nunca.

> Bem, a questão é: se uma professora de segunda série pede num certo dia
> para que as crianças coloquem o antônimo de "amor" , ou de "doce", será
> que não é natural que passe pela cabeça delas uma certa confusão, por elas
> ainda não terem se acostumado muito bem com as complicações da nossa
> linguagem?
> Será que ela realmente merece um errado se colocar amargo no oposto de
> doce, ao invés de salgado? Acho que não.

Também acho que não. Porém esse é um outro assunto. Como já disse em outras
mensagens, vivemos numa terra de papagaios. Conseqüentemente, se a
professora leu em sua cartilha que o oposto de doce é salgado, e ensinou
essa "verdade" ao aluno, este, "como bom papagaio que é" não pode ir contra
o sistema vigente, sob pena de ser censurado. Qualquer crítica ao sistema
vigente deve ser encaminhada ao Thomas Khun via criticas@SãoPedro.ceu

Em complemento à msg diria que em meus arquivos encontrei, dentre outros, os
seguintes complementares:

1) Complementares aditivos: aqueles que se completam, tal como melodia e
letra, homem e mulher, etc. Cada um pode existir isoladamente mas ao se
associarem a síntese resulta numa adição não aritmética, pois o resultado,
às vezes, é mais que uma simples soma. Falta aqui o caráter contraditório
próprio a entidades antagônicas, ainda que, se modificarmos a abordagem (o
referencial), um caráter contraditório impróprio poderá surgir.

2) Complementares antagônicos absolutos: aqueles em que um é a negação pura
e simples do outro, por exemplo, ser e não ser, luz e trevas, movimento e
repouso (no sentido newtoniano do termo).

3) Complementares antagônicos relativos: são aqueles que têm como negação o
mesmo complementar antagônico absoluto. Diferem entre si pela intensidade,
ou seja, a característica que os define como complementares primários ou
absolutos e antagônicos de seu par comum. Exemplo: alto e baixo, quente e
frio, grande e pequeno, ácido e alcalino, forte e fraco, etc. Note o caráter
relativo: o alto é alto em relação ao que estamos tomando como referência,
ou seja, o baixo; e este é baixo em relação ao outro.

4) Complementares antagônicos relativos à centripetalidade e/ou
centrifugalidade: amor ao próximo e amor do próximo e, talvez, gravitação e
campo elétrico.

5) Complementares quânticos: Complementares que estão em acordo com a
mecânica quântica e que não têm nada a ver com o que se chama lógica
dialética e, muito menos, lógica formal. Trata-se única e exclusivamente da
lógica quântica, uma lógica inventada para compensar os absurdos que vêm
sendo cometidos em física desde que engavetaram a lógica newtoniana.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: [ciencialist] Filosofia dos antônimos
FROM: "Sheila Franco." <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 18/03/2000 02:52

Oi todo mundo! Alberto!?..um Oi! pra vc
 
Interessantíssimo o que expos. Nunca antes havia ouvido falar nessa tipo de pensamento e gostaria de tentar conhecer um pouco. É possível? Como posso fazer? Acho que é muito difícil, pois me perece um elo entre uma "lógica do ser humano" e uma "lógica matemática". Não sei como me expressar para ser compreendida.
 
Haveria de ser algum campo que use a palavra, abstração que abre caminho entre sentidos, o imaginado, e concreto perceptível? Ou eu viajei nessa completamente sentido q há alguma coisa passando por minha cabeça a qual eu não identifico.
 
Devo ter ficado zureta. Desculpem qq coisa.
Vou enviar antes que me arrependa.
 
Abraços,
 
Sheila. 

SUBJECT: [ciencialist] Re: Filosofia dos antonimos?
FROM: "Alvaro Neiva" <aneiva2@zipmail.com.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 18/03/2000 03:43

"luiz ferraz netto" wrote: original article:http://www.egroups.com/group/ciencialist/?start=4208 > Vou lendo na ordem que chega. O amigo Cristiano já havia dito algo a > respeito do pot. logarítmico. > > De: Cristiano Brudna > > >>Ate onde eu sei os controles de volume sao logaritmicos assim como os > equalizadores que estao graduados em dB. Os de brilho, cor e outros eu > acredito > que sejam lineares. Isso levanta uma questao: ja que o controle de volume > varia menos em volumes baixos e mais em volumes altos parece que nossos > ouvidos > fazem o oposto; sao mais sensiveis em volumes baixos e menos em volumes > altos. > Parece-me que o proposito dos controles logaritmicos e fazer uma compensacao > a > fim de linearizar a resposta dos ouvidos...<< > > O problema com os tons baixos e altos está relacionado à capacidade do > transdutor (altofalante) em reproduzí-los. A correção de tais tons é feira > de modo muito bem bolado pela técnica Baxandall (?verificar correto) Temos um mestre de eletrônica da ciencialist Antonio Carlos > M. Queiroz. Sua opinião seria bem vinda. > Olá Léo, A sensibilidade do ouvido varia em função da freqüência e da amplitude de acordo com os gráficos levantados por Fletcher e outros pesquisadores que estudavam os sistemas telefônicos nas décadas de 20-30 depois atualizados por Robson e Dadson em 1956. Há uma redução de sensibilidade na região de baixas freqüências e acima de 5 kHz, em baixos níveis de pressão sonora. Por exemplo, a menor amplitude de pressão detectável de um som na frequencia de 2500Hz é de aproximadamente 2x10E-5 N/m2 (o zero em nossa escala em dB), já a menor amplitude detectável em 30 Hz é de aproximadamente 2x10E-2 N/m2 ou 60 dB acima. Ao aumentarmos o nível de pressão sonora, a diferença de pressão entre tons considerados com a mesma loudness (audibilidade?) vai-se reduzindo. conforme as curvas chamadas de isoaudíveis. Por isso costumamos usar os controles de tonalidade (graves e agudos)de nossos amplificadores ( que geralmente tem a configuração inventada por P.J. Baxandall) para reforçar os extremos da faixa de áudio ao ouvirmos em baixos níveis de volume, mesmo que as caixas tenham uma resposta ampla, já que os discos foram mixados em níveis de 95 - 100 dB na técnica do estúdio. O limiar da detecção de variações no nível de pressão sonora situa-se em 1 dB para freqüências médias, variando para 2 a 3 dB em baixas freqüências, na média das respostas dos indivíduos testados, e a avaliação subjetiva de dobro ou metade de volume corresponde a uma variação de 10 dB aproximadamente, também nas mesmas condições. []'s Álvaro Neiva

SUBJECT: [ciencialist] moral e evolução
FROM: gumaia@ig.com.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/03/2000 10:59

Caros colegas do ciencialist,

ultimamente não tenho tido tempo suficiente de participar mais efetivamente
das discussões, assim meus comentários virão um pouco atrasados. Talvez até
tenha que me desligar temporariamente da lista, a quantida de mensagens é
considerável e algumas, não muito científicas (tipo filosofia), torna lenta
a seleção das mensagens que me interessam.
De qualquer maneira, gostaria de fazer alguns comentários sobre a questão do
Milton. Li a resposta do Roberto, e como sempre foi bastante eloquente,
embora eu não goste e não concorde muito com seus referências teóricos e
filosóficos na biologia. Já os comentáros do "criador do genismo" poderiam
ser menos polêmicos, uma vez que nem propriamente de ciência ele estaja
falando, pois ele mesmo afirma que o tal genismo é um tipo de religião. Isto
não deveria ser discutido numa lista que se propõe a falar sobre ciência, o
problema é que o Roberto dá muita bola para o assunta e fica irritado, aí
comessa uma conversa de surdos (aqui no caso de cegos, já que lemos e não
ouvimos as mensagens).

Mas vamos ao problema:"existe algum modelo para o surgimento e a evolução da
moral e da ética nos humanos."

Primeiramente, gostaria de fazer uma distinção entre ética e moral, que
tenho a impressão não estar muito clara entre os debatedores.
No sentido próprio, ética é a disciplina filosófica cujo objeto são os
juízos de apreciação quando se aplicam à distinção do bem e do mal. Teorica
e geralmente vinculada a uma busca metafísica, distingue-se da moral
aplicada. Moral é o conjunto de regras de conduta próprias a uma época ou a
uma cultura (PORTANTO RELATIVAS), ou consideradas como universalmente
válidas.
Neste sentido a questão colocada, talvez não faça muito sentido, uma vez que
tais conceitos não pussuem uma relação causal com as teorias de evolução
biológica (se é que entendi a questão). O surgimento da ética exige o plano
metafísico, que, segundo Kant, é o inventário dos conhecimentos que dependem
apenas da razão indepedente da experiência. Assim, as bases para o
surgimento da ética estão mais relacionadas aos aspectos intelectuais e
psicológicos do que com aspectos da biologia básica sujeitos a evolução
darwiniana (a estrutura cerebral já era a mesma muito antes da filosofia
existir). Embora hajam algumas idéias sobre uma possível relação causal
direta entre genes (unidades de evolução)e aspectos psicológicos e mentais
(Wilson e Dawkins) considero isto uma linha extremamente reducionista e
desnecessária, uma vez que tais processos são propriedades emergentes do
sistema biológico humano, ou seja, propriedades que surgem em níveis de
organização superior não existindo, embora sofra enfluência, dos níveis de
organização mais elementares. Sendo assim, podem e devem ser utilizadas
linhas de investigação outras que a evolução darwiniana.
Em relação a moral, uma vez que inflencia e é inflenciada mais diretamente
pelo comportamento individual e social do ser humano, pode ter alguma
relação com os processos de seleção darwiniana. É possível que algumas
condutas morais colabore na seleção natural de alguma população. Talvez seja
um mal exemplo, mas uma sociedade que por questões morais preserve o meio
ambiente pode ser mais favorecida na manutenção de sua população do que
outra população que não possua esta conduta. Neste sentido, a conduta moral
"preservar o meio ambiente" pode ser um carácter evolucionário importante.
Entretanto, o surgimento e evolução da moral per se, não existe, pois é uma
construção mental, sua aplicação é que pode ou não influenciar a evolução de
uma população.
Estas são apenas algumas idéias que tive nos últimos dias, e certamente
precisam ser mais elaboradas. Mas, em suma, o que estou tentando dizer é que,
embora parece ser uma atitude científica contemporânea dominante, nem tudo
depende tão fortemente dos genes (que como já defini antes, não passam de
moldes ou HDs de informação, não fazem nada diretamente, é o sistema inteiro
com o ambiente que realizam o ser), existe o papel da auto-organização (POR
FAVOR LEIAM UM POUCO DE PRIGOGINE, OU KAUFMANN E CIA). Acho que os bólogos e
demais cientistas estão perdendo muito em não estudar um pouco sobre temas
como complexidade, auto-organização e afins. É uma pena pois muitas boas
idéias podem ser daí sem se prender a estas idéias chatas e pouco
inspiradoras da corrente wilsoniana e dawkiniana.
Quanto a manipulação genética da moral e da ética que o Roberto mencionou,
acho muito cedo para falar sobre isso, na verdae acho algo sem importância e
politicamente muito perigoso, sem dizer desnecessário para a evolução da
espécie humana.
Até qq outro dia,
Gustavo.

_________________________________________________________
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SUBJECT: [ciencialist] Re: [ciencialist] Filosofia dos antônimos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 18/03/2000 11:21

-----Mensagem Original-----
De: Sheila Franco.
Para: ciencialist@eGroups.com
Enviada em: Sábado, 18 de Março de 2000 02:52
Assunto: [ciencialist] Filosofia dos antônimos

> Oi todo mundo! Alberto!?..um Oi! pra vc

Olá Sheila! Oi pra vc tb.

> Interessantíssimo o que expos. Nunca antes havia ouvido falar nessa tipo
> de pensamento e gostaria de tentar conhecer um pouco.

O assunto realmente é muito interessante mas ao que parece ainda não foi
sistematizado e/ou axiomatizado. Trata-se, sem dúvida, de uma lacuna
lamentável encontrada na ciência moderna. Pudera! Toda a vez que se toca no
assunto, não dá outra: 1) se no âmbito das ciências naturais corremos o
risco de sermos considerados místicos e em decorrência, sem credibilidade
científica; 2) se no âmbito das ciências humanas qualquer um que fale em
dialética seria considerado, há dez anos atrás, comunista, e hoje,
saudosista. Mal se dão conta de que a autêntica dialética é milenar e
antecede o misticismo e/ou o marxismo.

Comecei a me interessar pelo assunto na década de 70 quando me especializei
em equilíbrio ácido básico do sangue humano. Em particular, fui adepto e,
aqui no Brasil, defensor ferrenho da escola dinamarquesa de equilíbrio ácido
básico, o que me despertou a curiosidade para o estudo dos complementares
antagônicos, tais como ácido e base, bem como pelo princípio de Le Chatelier
que, como afirmei, está bastante relacionado com este antagonismo. Aliás, os
dinamarqueses são feras em complementaridade. Como vê, minha repugnância
pela física quântica e, em especial, pela interpretação ortodoxa da mesma
(escola de Copenhagen), não é de cunho regional.

Nas décadas seguintes continuei me interessando pelo problema bem como pela
ausência de referências ao assunto em temas em que o antagonismo joga um
papel essencial como, por exemplo, o estudo dos campos de força (cargas de
mesmo sinal se atraem e cargas de sinal contrário se repelem, e por aí vai).

> É possível? Como posso fazer?

Não será fácil. Os conceitos da ciência oriental antiga, aqui no ocidente,
estão totalmente impregnados de misticismo. Digo, por experiência própria,
que não será fácil separar o jôio do trigo. Alguns poucos autores, dentre os
que considero respeitáveis (por ex. George Oshawa), não conhecem o
suficiente de nossa cultura para conseguirem utilizar uma linguagem
apropriada. Seus livros acabam sendo confundidos com aqueles pertencentes à
ciência marginal. E, embora saibam separar ciência de misticismo, seus
livros também estão infestados de conceitos místicos, o que nem sempre fica
evidente ao leitor. E os seguidores destes autores via de regra também não
entendem a mensagem e deturpam conteúdos sérios utilizando-os com
finalidades outras, quais sejam, justificar a astrologia, a ufologia, a
física quântica, a embromologia (com a permissão do Daniel e/ou Renato para
utilizar o termo que um deles criou), etc.

Dentre os gregos antigos, parece-me que os melhores trabalhos sobre a
dialética ficaram perdidos no tempo (talvez um filósofo especialista nos
pré-socráticos pudesse comentar melhor a respeito).

Há cerca de um ano eu dei uma de autodidata e escrevi vários artigos
seqûenciais a respeito para o news uol.ciencia, mas deixei as cópias dos
mesmos em disquetes Zip e hoje meu zip-drive está com defeito. Não obstante,
se alguém quiser prolongar o debate, estarei à disposição para dizer o que
penso sobre o que vier à tona.

>Acho que é muito difícil, pois me perece um elo entre uma "lógica do ser
> humano" e uma "lógica matemática". Não sei como me expressar para ser
> compreendida.

Realmente. E ao que tudo indica, trata-se de um elo perdido. De alguma forma
o homem já conseguiu, um dia, entrelaçar essas duas lógicas.

> Haveria de ser algum campo que use a palavra, abstração que abre caminho
> entre sentidos, o imaginado, e concreto perceptível? Ou eu viajei nessa
> completamente sentido q há alguma coisa passando por minha cabeça a qual
> eu não identifico.

Não digo que sim nem que não, muito pelo contrário: Viajar é preciso.

> Devo ter ficado zureta. Desculpem qq coisa.
> Vou enviar antes que me arrependa.

É por isso que eu gosto da Internet. Ela propicia o repentismo, ou seja, é
anti-parnasiana por excelência.

> Abraços,

> Sheila.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: [ciencialist] RES: [ciencialist] uRe: [ciencialist] Filosofia dos antônimos.
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/03/2000 12:50



-----Mensagem original-----
De: Alberto Mesquita Filho [mailto:albmesq@uol.com.br]
Enviada em: Sábado, 18 de Março de 2000 02:11
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] uRe: [ciencialist] Filosofia dos antônimos.


-----Mensagem Original-----
De: "Rodrigo F. Viecilli"
Para: <ciencialist@egroups.com>; <poplist@opensite.com.br>;
<fishlips@onelist.com>; <filos-l@egroups.com>; <aboutnothing@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 16 de Março de 2000 20:28
Assunto: [ciencialist] Filosofia dos antônimos.

> O que exatamente eu quero dizer, quando digo que doce é o oposto de
> salgado?

Muito interessante esta sua colocação como também o restante de sua
mensagem. Diria que você está adentrando no terreno do estudo dos
antagônicos complementares, um campo belíssimo porém via de regra desprezado
pela ciência ocidental. Fazem exceção à regra a física moderna e a
psicologia, ainda que estudem este tipo de antagonismo apenas na
superficialidade e quase sempre supervalorizando o seu sabor místico.

***Não é o caso da filosofia, especialmente a filosofia da linguagem
ocidental, com fortes bases wittgensteinianas.


Diria
também que a base da dialética (raramente estudada por um cientista das
chamadas áreas naturais, de onde derivam seus exemplos), apoia-se nestes
conceitos.

*** Com a base que eu possuo de filosofia da linguagem, posso dizer que a
dialética moderna, hegeliana, tem deficiências na própria análise da
linguagem. Você pode encontrar críticas muito válidas à dialética hegeliana
em Kuhn, Wittgenstein e Feyerabend.

Com respeito a doce e salgado, diria que são antagônicos impróprios, bem
como amor e ódio. O antagônico próprio de amor ao próximo é o amor do
próximo e não o desamor e/ou o ódio. O antagônico próprio de um alimento
açucarado seria um alimento com baixo teor de açucar. Assim como o
antagônico próprio de alto é baixo, o de quente é frio, o de ácido é
alcalino, etc.

*** É claro. Estes impróprios vêm das ciência, mas no caso de uma linguagem
corrente, salgado pode funcionar como antonimo de doce, assim como podemos
chamar vidro de sólido sem trazer grandes problemas, já que não vivemos o
suficiente para encarar, por exemplo, a liquidez do vidro.

Há cerca de 5 mil anos atrás este problema preocupou os filósofos orientais
criadores da iniologia (ou o estudo do complexo yin-yang). Infelizmente os
seguidores desses filósofos não conseguiram erigir uma ciência tomando por
base os princípios iniológicos e o que se tem hoje é um taoísmo místico,
quando não religioso. Até mesmo na atualidade existem autores que pretendem
de maneira absurda justificar componentes misticos de nossa ciência apelando
para o taoísmo (é o caso de Fritjof Kapra com o Tao da Física).


*** Não há nada de errado com o místico, mesmo na ciência, desde que não
tenha grande apelo metafísico. A manifestação mística não quer dizer que
seja metafísica. Uma manifestação mística pode ser associada ao mudno
físico, por exemplo, um totem. Um totem de urso representa em determinada
tribo grande força e isso está fisicamente correto, sem problemas.

> Será que há uma relação comum entre doce ser o oposto de salgado e, por
> exemplo, duro ser o oposto de mole? Ou seco o oposto de molhado? Ou amor o
> oposto de ódio? E assim por diante?

Perceba a necessidade de um referencial. O doce é oposto ao salgado em que
referencial? O movimento opõe-se ao repouso em que referencial? Hoje em dia,
quando se fala em relatividade, pensa-se apenas em relatividade de
movimento. Porém a relatividade é milenar. Existia tanto na Grécia de 2500
anos atrás quanto na China de 5000 anos atrás. O teorema de Thales é tão
relativístico quanto as transformações de Galileu e/ou Lorentz. A balança de
Arquimedes idem.

*** Os referenciais, no caso do nosso aprendizado da linguagem,
estabelecem-se durante a infância, através dos jogos de linguagem que
estamos aprendendo. São referenciais dinâmicos, i.e., eles se deslocam um
pouco conforme o contexto em que utilizamos a linguagem, pois assim fomos
treinados. A ciência age de uma forma diferente, fixando este referencial.
Pra mim a questão do referencial fixado não é particularmente importante
segundo o tópico que levantei, e sim estudar o processo de como trabalhamos
e modificamos este referencial.

> é possível uma "linha física" de transição entre o duro e o mole.

Via de regra essa transição existe e, tanto mais, quanto mais próprios forem
os antagônicos considerados, como é o caso de duro e mole. Por exemplo,
pode-se construir uma escala de temperaturas tomando por base os conceitos
quente e frio. Perceba ainda um caráter do que chamo por antagônicos
próprios: Dentre dois corpos, o "mais" quente é sempre o "menos" frio.
Dificilmente eu poderia dizer com absoluta certeza que o "mais" doce
(com maior teor de açúcar) é o "menos" salgado (com menor teor de sal).

> Agora, quanto a doce e salgado? Parece não haver esta "linha" de transição
> palpável.
> Me parece que, neste
> caso, é mal empregada a palavra "oposto".

Concordo contigo e porisso introduzi o caráter impróprio desta "oposição".
Ou seja, ele é oposto apenas em relação (Veja a relatividade!) a um
referencial via de regra subjetivo (ainda que não obrigatoriamente, pois
que, se bem definido, poderá ser reproduzido laboratorialmente).

> Porque não posso dizer que o oposto de doce é amargo?

Pode. Simplesmente você promoveu uma mudança de referenciais. E conservou
a impropriedade na comparação.

*** Estas duas frases foram retóricas, com o intuito de aproximar o leitor
ao pensamento, mas tudo bem que vc respondeu, hehe.

> Outro exemplo de oposto complicado : "amor e ódio". Certamente não existe
> uma base biológica ou física dentro da própria sensação que defina uma
> como o oposto da outra.

Os orientais antigos consideram aqui o que chamavam por centripetalidade
e/ou centrifugalidade. Amor e ódio seriam antagônicos impróprios e
relativos, assim como doce e salgado. O antagônico próprio de "amor ao
próximo" seria o "amor do próximo". Percebe-se a importância deste detalhe
quando evoluimos para o estudo da "ciência oriental antiga". Ainda que
alguns não gostem deste termo, digo, afirmo, repito e assino em baixo que a
ciência é milenar e não algo criado por mentes arrogantes de nossa era.
Existia tanto na Grécia quanto na China antigas e, ainda que não dotada de
aparelhos de alta precisão, tão ou mais sofisticada do que a ciência atual.

*** muito boa essa sua colocação. Ela mostra justamente a flexibilidade da
nossa linguagem quanto a esses referenciais, de acordo com o uso que somos
treinados a fazer dessas palavras. Não encare isto como relativismo, e sim
como uma característica natural da nossa linguagem. Posso dizer que é
relativismo se eu mesmo encarar dogmaticamente o referencial como fixo, mas
se eu observo que o referencial é efetivamente dinâmico, não existe
relativismo.

A importância da centripetalidade e/ou centrifugalidade surge quando
tentamos impor o princípio de que antagônicos complementares próprios se
atraem (yin atrai yang). Perceba que duas pessoas que se amam se atraem pois
o amor ao próximo é o complementar absoluto do amor do próximo.

Percebe-se também que, pela filosofia oriental antiga, a matéria não poderia
atrair a matéria, a menos que em sua estrutura íntima houvesse alguma
característica antagônica e complementar entre os dois seres a serem
atraídos. Lendo-se Newton na fonte percebe-se que ele procurou, sem
encontrar, por esta característica. Em algum lugar de sua obra lembro-me
dele ter efetuado alguma crítica a movimentos relativos de partículas
elementares e que responderiam, na opinião de seus criticados, pela
gravitação (ou seja, a idéia em si parece não ser de Newton).

*** Bem, esse é o problema dos filósofos orientais, e de muitos ocidentais.
A generalização. Você descobre um referencial possível de análise e então o
fixa. Daí começam a surgir os paradoxos, como os de zenão, por exemplo.

***Quanto ao restante de seu email, e a divisão de categorias de
complementares, achei interessante. No entanto, esta divisão de categorias
na linguagem não é completa. Arostóteles e Kant tentaram, e fracassaram, ao
tentar instituir em categorias as relações básicas de linguagem. Podemos
inventar exemplos de possíveis antônimos que não se encaixam em nenhuma
destas, ou mesmo em mais de uma. No entanto, pode ser uma boa guia de estudo
lingüístico, dependendo do tipo de uso que se faz desta linguagem. Todo
critério de análise da linguagem precisa, para se adequar, de
funcionalidade.


Abraço,

PhiloX


Costumo dizer que uma boa alternativa a esta centripetalidade e/ou
centrifugalidade (ou ao princípio "yin atrai yang") é o Princípio de Le
Chatelier, mas este é um outro assunto.

>Odeio esta pessoa (isto implica necessariamente que eu quero o
> seu mal? Posso odiar uma pessoa, mas não dar importância para o fato de
> ela ficar bem ou não).

Neste caso estão presentes dois ou mais fatores que podem ou não estarem
associados, cada um com seu complementar (próprio ou não). Via de regra os
fenômenos são complexos, o que dificulta uma análise. Lembro apenas que o
complementar de ódio ao próximo é ódio do próximo. Ou seja, duas pessoas que
se odeiam tendem a se atraírem por motivos vários, e é aí que surgem as
brigas. Graças a outros fatores concomitantes, essa briga poderá não surgir
nunca.

> Bem, a questão é: se uma professora de segunda série pede num certo dia
> para que as crianças coloquem o antônimo de "amor" , ou de "doce", será
> que não é natural que passe pela cabeça delas uma certa confusão, por elas
> ainda não terem se acostumado muito bem com as complicações da nossa
> linguagem?
> Será que ela realmente merece um errado se colocar amargo no oposto de
> doce, ao invés de salgado? Acho que não.

Também acho que não. Porém esse é um outro assunto. Como já disse em outras
mensagens, vivemos numa terra de papagaios. Conseqüentemente, se a
professora leu em sua cartilha que o oposto de doce é salgado, e ensinou
essa "verdade" ao aluno, este, "como bom papagaio que é" não pode ir contra
o sistema vigente, sob pena de ser censurado. Qualquer crítica ao sistema
vigente deve ser encaminhada ao Thomas Khun via criticas@SãoPedro.ceu

Em complemento à msg diria que em meus arquivos encontrei, dentre outros, os
seguintes complementares:

1) Complementares aditivos: aqueles que se completam, tal como melodia e
letra, homem e mulher, etc. Cada um pode existir isoladamente mas ao se
associarem a síntese resulta numa adição não aritmética, pois o resultado,
às vezes, é mais que uma simples soma. Falta aqui o caráter contraditório
próprio a entidades antagônicas, ainda que, se modificarmos a abordagem (o
referencial), um caráter contraditório impróprio poderá surgir.

2) Complementares antagônicos absolutos: aqueles em que um é a negação pura
e simples do outro, por exemplo, ser e não ser, luz e trevas, movimento e
repouso (no sentido newtoniano do termo).

3) Complementares antagônicos relativos: são aqueles que têm como negação o
mesmo complementar antagônico absoluto. Diferem entre si pela intensidade,
ou seja, a característica que os define como complementares primários ou
absolutos e antagônicos de seu par comum. Exemplo: alto e baixo, quente e
frio, grande e pequeno, ácido e alcalino, forte e fraco, etc. Note o caráter
relativo: o alto é alto em relação ao que estamos tomando como referência,
ou seja, o baixo; e este é baixo em relação ao outro.

4) Complementares antagônicos relativos à centripetalidade e/ou
centrifugalidade: amor ao próximo e amor do próximo e, talvez, gravitação e
campo elétrico.

5) Complementares quânticos: Complementares que estão em acordo com a
mecânica quântica e que não têm nada a ver com o que se chama lógica
dialética e, muito menos, lógica formal. Trata-se única e exclusivamente da
lógica quântica, uma lógica inventada para compensar os absurdos que vêm
sendo cometidos em física desde que engavetaram a lógica newtoniana.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm


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SUBJECT: [ciencialist] particulas elementares
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/03/2000 16:42

Alguem ai da lista poderia me informar sobre sites com boas informacoes
sobre particulas elementares?
Abradeco
Leandro
______________________________________________________


SUBJECT: [ciencialist] Re: solido ou liquido
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 18/03/2000 17:01

 
-----Mensagem Original-----
De: Sheila Franco.
 
>>>Como fica aquele um daqueles critérios antigos usado pra caracterizar um mineral que diz que ser necessário que ocorra naturalmente na natureza?  <<<
 
Para ser considerado um mineral ou, mais especificamente, uma espécie mineral, é preciso preencher 4 requisitos:
 
1) Ocorrência natural
 
2) Natureza inorgânica
 
3) Composição que possa ser expressa por uma
fórmula química bem definida
 
4) Estrutura cristalina (fase sólida)
 
>>>Pode-se contar com a mão do homem como no caso da "fusão em fogueira"?<<<
 
Se contar com a mão do homem infrigirá a condição 1); além disso minerais são formados por processo antônimo (tá na moda) à fusão: a solidificação ou, mais precisamente, a cristalização.
 
>>>Existem gemas sintéticas, tudo bem, me esqueci delas. Essas são consideradas minerais?<<< 
 
Não, elas infringem a condição 1).
 
>>>Tô me lembrando de um professor de geologia econômica, chateado pq os alunos dele não conseguiam responder se "água" era mineral.<<<
 
O gelo é uma espécie mineral. A água é um mineralóide ( não satisfaz a condição 4).
 
É muito comum se confundir mineral (espécie mineral) com "reino mineral" (lembra?); neste último contexto a água pertence ao reino mineral.
 E ainda existe a "tar" da água mineral Lindoya, para engarrafar mais ainda o entendimento da gente.
 
[]'s
 
Douglas

SUBJECT: [ciencialist] Filosofia dos antônimos.
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/03/2000 17:09


-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"

>>>Na idade média havia um suplício notório. Perguntava-se ao
condenado "Que vc mais gosta nas refeições". digamos ... "vitela e
vinho". E era só isso
que o condenado passava a receber 2 vezes por dia, belíssimo prato de
vitela com vinho ............ morte por inanição em 1 mês?<<<

[]'s
Leo

Em apenas 1 mês? Duvido! Já leram o livro ou assistiram o filme "OS
SOBREVIVENTES - A Tragédia dos Andes"? Dos 45 passageiros, 16
sobreviveram durante 72 dias alimentando-se exclusivamente de carne
humana, num frio de rachar. Os que morreram eram velhos, doentes,
feridos ou os que se negaram a comer devido a preceitos morais ou
religiosos.

[]'s

Douglas




SUBJECT: [ciencialist] Re: [ciencialist] RES: [ciencialist] uRe: [ciencialist] Filosofia dos antônimos.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/03/2000 17:14

-----Mensagem Original-----
De: "Rodrigo F. Viecilli"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 18 de Março de 2000 12:50
Assunto: [ciencialist] RES: [ciencialist] uRe: [ciencialist] Filosofia dos
antônimos.

>>....estudo dos
>> antagônicos complementares, um campo belíssimo porém via de regra
>> desprezado pela ciência ocidental. Fazem exceção à regra a física moderna
>> e a psicologia, ainda que estudem este tipo de antagonismo apenas na
>> superficialidade e quase sempre supervalorizando o seu sabor místico.
>
> ***Não é o caso da filosofia, especialmente a filosofia da linguagem
> ocidental, com fortes bases wittgensteinianas.

Folgo em saber. Conquanto admire a filosofia, não a conheço em profundidade.
No que diz respeito às ciências, noto uma certa aversão dos cientistas
atuais pelo tema.

> *** Com a base que eu possuo de filosofia da linguagem, posso dizer que a
> dialética moderna, hegeliana, tem deficiências na própria análise da
> linguagem. Você pode encontrar críticas muito válidas à dialética
> hegeliana em Kuhn, Wittgenstein e Feyerabend.

Com respeito à dialética moderna, como é estudada em filosofia, tenho pouco
a dizer e muito a aprender. Não obstante, e como cientista, noto que existe
uma lacuna enorme na ciência moderna a ser preenchida através da
exploração de princípios básicos de uma dialética elementar, tal como aquela
proposta na antiguidade grega ou oriental.

> *** Não há nada de errado com o místico, mesmo na ciência, desde que não
> tenha grande apelo metafísico. A manifestação mística não quer dizer que
> seja metafísica. Uma manifestação mística pode ser associada ao mudno
> físico, por exemplo, um totem. Um totem de urso representa em determinada
> tribo grande força e isso está fisicamente correto, sem problemas.

Talvez eu tenha empregado o termo misticismo de maneira errada, quase que
como sinônimo de ocultismo. Também não tenho nada contra o ocultismo,
esoterismo e outros ismos afins, apenas não entendo a tentativa de se
misturar coisas imiscíveis, e isso tem sido feito até mesmo por cientistas
"respeitáveis".

> *** Os referenciais, no caso do nosso aprendizado da linguagem,
> estabelecem-se durante a infância, através dos jogos de linguagem que
> estamos aprendendo. São referenciais dinâmicos, i.e., eles se deslocam um
> pouco conforme o contexto em que utilizamos a linguagem, pois assim fomos
> treinados. A ciência age de uma forma diferente, fixando este referencial.
> Pra mim a questão do referencial fixado não é particularmente importante
> segundo o tópico que levantei, e sim estudar o processo de como
> trabalhamos e modificamos este referencial.

Entendo a sua colocação e acho mesmo que a rigidez com que um físico se
apega a um referencial às vezes tende a um exagero. Com freqüência não dão
vazão à imaginação, pois o referencial não permite. Não obstante, lembro que
fixar um referencial é muitas vezes parte de um processo analítico bastante
útil.

> *** muito boa essa sua colocação. Ela mostra justamente a flexibilidade da
> nossa linguagem quanto a esses referenciais, de acordo com o uso que somos
> treinados a fazer dessas palavras. Não encare isto como relativismo, e sim
> como uma característica natural da nossa linguagem. Posso dizer que é
> relativismo se eu mesmo encarar dogmaticamente o referencial como fixo,
> mas se eu observo que o referencial é efetivamente dinâmico, não existe
> relativismo.

Não sei se entendi a sua colocação. A meu ver o que acontece é que para
efetuar uma determinada mensuração, durante o ato da medida eu fixo um
determinado referencial convenientemente escolhido. Na realidade, existem
infinitos referenciais que poderiam ser utilizados com propósitos
semelhantes. Por exemplo, digamos que eu queira medir o diâmetro da Lua. Eu
posso tomar um lápis, colocá-lo na minha linha de visão com a Lua, distando
por exemplo, 50 cm do globo ocular, e concluir que o diâmetro efetivo da
Lua, no meu referencial, é igual a 5 cm. Posteriormente, conhecendo a
distância Terra-Lua e aplicando o teorema de Thales eu posso calcular o
diâmetro real da Lua, obviamente com os erros inerentes ao método rudimentar
utilizado.

>> Percebe-se também que, pela filosofia oriental antiga, a matéria não
>> poderia atrair a matéria, a menos que em sua estrutura íntima houvesse
>> alguma característica antagônica e complementar entre os dois seres a
>> serem atraídos. Lendo-se Newton na fonte percebe-se que ele procurou, sem
>> encontrar, por esta característica. Em algum lugar de sua obra lembro-me
>> dele ter efetuado alguma crítica a movimentos relativos de partículas
>> elementares e que responderiam, na opinião de seus criticados, pela
>> gravitação (ou seja, a idéia em si parece não ser de Newton).
>
> *** Bem, esse é o problema dos filósofos orientais, e de muitos
> ocidentais. A generalização. Você descobre um referencial possível de
> análise e então o fixa. Daí começam a surgir os paradoxos, como os de
> zenão, por exemplo.

Visto por este ângulo começo a entender porque você referiu-se à fixação de
um referencial como aceitação de um dogma. Acima exemplifiquei um
referencial de medida, e é este o sentido que os físicos normalmente dão à
expressão referencial. Aqui já estamos encarando o referencial como uma
hipótese que, se aceita "a priori" e sem admitir contestações, realmente
será um dogma. Este tipo de dogmatismo realmente foi adotado passivamente
pelos físicos do século XX e está muito bem exposto e defendido no trabalho
de Thomas Khun.

> ***Quanto ao restante de seu email, e a divisão de categorias de
> complementares, achei interessante. No entanto, esta divisão de categorias
> na linguagem não é completa. Arostóteles e Kant tentaram, e fracassaram,
> ao tentar instituir em categorias as relações básicas de linguagem.

Não foi minha intenção esgotar o tema e, como expus acima, em termos de
filosofia, assim como de computação, sou um mero usuário ou, se quiser, um
palpiteiro.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: Filosofia dos antônimos.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/03/2000 08:59

> Bem, a minha questão no caso não foi bem tentar estabelecer um padrão
> científico para a definição de antônimo ou oposto de acordo com o caso, mas
> podemos entrar nesse campo. (Mesmo assim não cessariam os problemas do tipo
> "vidro sólido ou líquido" , já que o critério cultural seria um e o
> científico outro).
>
> -----Mensagem original-----
> De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@spider.uspnet.usp.br]
> Enviada em: Sexta-feira, 17 de Março de 2000 11:58
> Para: ciencialist@egroups.com
> Assunto: [ciencialist] Re: Filosofia dos antônimos.
>
> Bom eu tenho uma ideia de como definir antonimos/opostos em tais casos,
> nao sei se eh a melhor:
>
> Vamos analisar o caso + simples unidimensional de opostos :
>
> O posto de seco eh molhado e vice versa . como poderiamos matematizar isso ?
>
> Seja R a variavel do receptor que detecta o grau de umidade ( particulas de
> agua / cm3
> ou cm2 ,por exemplo ) assim, poderiamos normalizar R de modo :
>
> R=1 totalmente molhado ( imerso nagua )
> R= 0 totalmente seco ( zero particulas de agua por cm3 ou cm2 )
>
> Agora o q acontece para algo "meio molhado" ?
>
> Eu definiria como o oposto/antonimo como
> o grau que se *afasta o maximo* da medida normalizada R.
>
> Assim o oposto de meio molhado para R=0,1 eh R= 1 ( totalmente molhado )
> e o oposto de meio molhado para R=0,6 seria R=0 ( totalmente seco )
> E no caso de R=0,5 ?
> Neste caso tanto faz R=0 como R=1 ambos poderiao ser tomados como opostos
> de
> meio molhado!
>
> ***Acho que fica mais sensato como o oposto de 1=0 , oposto de 0,4=0,6. O
> oposto de meio molhado pode ser meio seco. Ou seja, se tenho meio molhado
> (0,6) poderia ser meio seco, mais pro seco (0,4). No caso 0,5 teríamos
> igualdade entre meio seco e meio molhado (o que é deveras lógico).
>

Poderia ser uma outra definicao de oposto, ou seja oposto(r) = 1- r
Mas, na minha opiniao, eu acho que nao fica mais logico , neste caso particular,
que o oposto de uma coisa seja ela mesma.
Um modo de escolher a melhor definicao seria fazer uma experiencia , por exemplo
gustativa, e verificar quais das definicoes as pessoas acham q se enquadra melhor
para
definir oposto.


>
> Agora poderemos generalizar para mais de uma dimensao.
> Vamos tomar como exemplo a *sensacao* de cor.
> Nao entendo muito de cores mas , como diz o Roberto : "Vamla !":
>
> Digamos que tenhamos 3 receptores para cores R1 , R2 , R3 que poderiam
> corresponder
> ao grau de estimulacao de cada tipo de bastonete da retina.
>
> Digamos q normalizemos o grau de excitacao dos bastonetes entre 0 e 1 .
> Qual entao seria a sensacao oposta a uma cor ( 0; 1; 0 ) = ( R1=0; R2=1;
> R3=0 )?
> seria o oposto maximo de acordo com nosso estudo unidimensional , isto eh
> o oposto/antonimo de ( 0;1;0 ) --> ( 1;0;1 ) , do mesmo modo :
> antonimo( 0.1 ; 0.7 ; 0.3 ) --> ( 1; 0; 1 )
> antonimo (0.6 ; 0.4 ; 0.9 ) --> (0; 1 ; 0 )
> que sao os graus de excitacao dos resceptores que mais se afastam da medida
> original.
>
> *** Há uma definição de cor espectral oposta, segundo um diagrama padrão.
> Não funciona desta forma. Eu vi o diagrama na pagina da brittanica, e ele
> funciona de forma de o vermelho fica quase oposto ao verde azulado, algo
> assim. Não estou bem lembrado agora.
>

Neste caso precisariamos verificar o grau de excitacao dos bastonetes e verificar
se eles se enquadram ou nao na formula proposta.
Mas pela sua deficicao de oposto existe uma cor tal que seu oposto eh ela mesma.
Essa cor seria ( 0,5 ; 0,5 ; 0,5 ).


>
> Poderiamos extrapolar para sabores e , neste caso, teriamos q saber quais
> os receptores da lingua sao estimulados pela sensacao de sabor. Digamos que
> tenhamos
> 4 recepores para o sabor ( R1..R4) e a analise seria a mesma.
>
> ***Bem, as papilas gustativas se distribuem em regiões diferentes para cada
> tipo de sabor. O doce está na parte anterior, o azedo nas bordas laterais, o
> salgado mais ao centro e o amargo na região posterior, se me lembro bem.
>
>

Assim teriamos R1=Doce parte anterior; R2=Azedo ,bordas lateraie ;
R3 = salgado , centro ; R4= Amargo , posterior.
Pela minha formula o oposto de doce ( 1,0,0,0) --> ( 0,1,1,1 ) = verificar sabor


> O caso complica um pouco qdo entra em jogo os sentimentos.
>
> *** Um pouco só? hehehe.
>
> Neste caso quem faria o papel das variaveis receptoras ?
>
> *** Esses sentimentos não são trabalhados na linguagem de acordo com certos
> padrões mentais de estímulo. Ou seja, você não conclui que alguém está
> amando por um evento mental particular, e sim por uma série de manifestações
> comportamentais.

Nao concordo. Um bom ator estaria amando por se comportar como um apaixonado?
Eu acredito q as manifesacoes comportamentais sao *reflexo* do estado mental de
quem ama e nao o oposto.



> Isto porque o amor pode surgir a partir de relações entre a
> pessoa que vc conheceu e uma série de vivências da sua vida que estão
> fisiologicamente registradas, o que explica porque as pessoas tem gostos
> diferentes, podem gostar de mais gordinhas ou magrinhas e etc.

Calma, estamos discutindo como "medir" o amor e *nao como* ele surge.


> Se não fosse
> assim, poderíamos nos apaixonar facilmente, e por um padrão específico de
> pessoa.
>
> Poderiamos , neste caso, tomar o padrao de estimulo eletrico de partes
> do cerebro responsaveis pelas emocoes (sistema limbico) e/ou a quantidade de
> neurotransmissores liberados pelos neuronios como resposta a determinada
> emocao.
>
> *** No caso do amor, acho difícil. Em primeiro lugar, como vc identificaria
> que uma pessoa ama seus pais, por exemplo?

Eh outro tipo de amor e por isso *outras* areas do cerebro seriam ativadas ,
*diferente*
de um amor apaixonado.



> E como isso se diferencia de um
> amor não fraternal?

Estimulos diferentes em regioes diferentes. Os neurotransmisores tambem poderiam
ser os mesmos ( ou nao ) mas ativando regioes diferentes do cerebro( ou as mesmas).



> Você certamente pode analisar uma série de modificações
> de padrão de estímulo cerebral em alguma região quando a pessoa está
> apaixonada, ou sexualmente atraída, no entanto isso de forma alguma define
> em relação direta o que é a paixão ou amor.

Acho que poderiamos sim. Nao sei se dispomos atualmente de uma tecnologia para
isso. Li tempos atras q toda dinamica de neurotransmissores no cerebro eh alterada
quando uma pessoa fica apaixonada. Acredito que poderemos , no futuro, fazer um teste
para saber se a pessoa esta ou nao apaixonada colhendo uma amostra de sangue !:)



> O fato de isto ocorrer
> concomitantemente, não indica que a relação seja de identidade. Por exemplo,
> se você for analisar o problema da dor. Digamos que eu esteja com dor no meu
> dedo do pé. Se você for analisar o cérebro, na região do córtex
> correspondente ao dedo do pé você vai encontrar um estímulo maior, o que não
> indica que aquilo seja a dor, e muito menos sua localização.

Calma, nao tome nossa atual e incipiente "tecnologia cortical" para negar a priori
a possibilidade de q possamos saber onde se localiza exatamente o dedo do pé e
qual o padrao de estimulo q podera ser tomado ou nao como dor.



> Assim, é melhor
> estarmos atentos ao processo inteiro e fugirmos do excesso de simplificação
> científica, muito comum entre os cientistas mais empolgados envolvidos com
> essa área.
>

Bom,
o fato e haver empolgacao nao necessariamente implica q estamos no caminho errado.

[]s
jocax




SUBJECT: [ciencialist] Re: moral e evolução
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/03/2000 13:01

gustavo,

> Primeiramente, gostaria de fazer uma distinção entre ética e moral, que
> tenho a impressão não estar muito clara entre os debatedores.

bem a proposito a sua intervencao, embora eu procure nao embolar, isso
frequentemente me escapa - poderiamos ter q. a etica eh a 'ciencia' da
moral (o mal uso seria como qdo se diz q. devemos defender a *ecologia* -
numa metonimia com o *meio ambiente*).

> aplicada. Moral é o conjunto de regras de conduta próprias a uma época ou a
> uma cultura (PORTANTO RELATIVAS), ou consideradas como universalmente
> válidas.
> Neste sentido a questão colocada, talvez não faça muito sentido, uma vez que
> tais conceitos não pussuem uma relação causal com as teorias de evolução
> biológica (se é que entendi a questão).

nao tem relacao em sua forma final: como dizer q. a evolucao eh a
responsavel por uma perna quebrada num dia especifico. mas numa conexao
bastante indireta existe a conexao: a moral pode ser encarada como -
usando a batida analogia computacional - uma programacao de nosso cerebro.
a evolucao afeta mais diretamente o proprio cerebro (vah lah: o hardware)
e, de forma analoga com q. a arquitetura dos circuitos impressos dos
processadores condicionam (eu disse condiciona, e nao, definem) o tipo de
programacao q. pode ser feita, os circuitos nervosos - em boa parte
influenciado pelo funcionamento dos produtos dos genes - limitarao os
tipos de 'programacao' q. se pode receber. (um chip padrao cisc nao roda
programas para chips risc - ou era o contrario?)
um estudo psicoevolutivo pode apreciar apenas essa ligacao mais remota,
mas nao pode pretender prever as caracteristicas efetivas em detalhamento
fino: mal comparando - como querer matar uma formiga (e soh ela) com uma
bazuca.

> Quanto a manipulação genética da moral e da ética que o Roberto mencionou,
> acho muito cedo para falar sobre isso, na verdae acho algo sem importância e
> politicamente muito perigoso, sem dizer desnecessário para a evolução da
> espécie humana.

eu disse manipulacao em outros organismos e nao em humanos (isso eh
totalitarismo... [seguem-se palavroes e mais palavroes para descrever o
carater espurio disso]) em ratos e camundongos eh perfeitamente factivel
desligar alguns genes q. como resultado tem-se o abandono dos cuidados
parentais em relacao aa ninhada e outros fenomenos associados aa
prolactina - eh desse tipo de experimentos q. eu estava falando. em
relacao aos humanos soh podemos (em termos eticos) estudar os casos de
ocorrencia natural ou acidental ou por extensao de modelos biologicos.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: moral e evolução
FROM: Bolsa de Valores Bahia Sergipe Alagoas <bvbsa@bvbsa.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/03/2000 14:12

 

Roberto Mitsuo Takata wrote:

gustavo,

> Primeiramente, gostaria de fazer uma distinção entre ética e moral, que
> tenho a impressão não estar muito clara entre os debatedores.

bem a proposito a sua intervencao, embora eu procure nao embolar, isso
frequentemente me escapa - poderiamos ter q. a etica eh a 'ciencia' da
moral (o mal uso seria como qdo se diz q. devemos defender a *ecologia* -
numa metonimia com o *meio ambiente*).

> aplicada. Moral é o conjunto de regras de conduta próprias a uma época ou a
> uma cultura (PORTANTO RELATIVAS), ou consideradas como universalmente
> válidas.
> Neste sentido a questão colocada, talvez não faça muito sentido, uma vez que
> tais conceitos não pussuem uma relação causal com as teorias de evolução
> biológica (se é que entendi a questão).

nao tem relacao em sua forma final: como dizer q. a evolucao eh a
responsavel por uma perna quebrada num dia especifico. mas numa conexao
bastante indireta existe a conexao: a moral pode ser encarada como -
usando a batida analogia computacional - uma programacao de nosso cerebro.
a evolucao afeta mais diretamente o proprio cerebro (vah lah: o hardware)
e, de forma analoga com q. a arquitetura dos circuitos impressos dos
processadores condicionam (eu disse condiciona, e nao, definem) o tipo de
programacao q. pode ser feita, os circuitos nervosos - em boa parte
influenciado pelo funcionamento dos produtos dos genes - limitarao os
tipos de 'programacao' q. se pode receber. (um chip padrao cisc nao roda
programas para chips risc - ou era o contrario?)
um estudo psicoevolutivo pode apreciar apenas essa ligacao mais remota,
mas nao pode pretender prever as caracteristicas efetivas em detalhamento
fino: mal comparando - como querer matar uma formiga (e soh ela) com uma
bazuca.

> Quanto a manipulação genética da moral e da ética que o Roberto mencionou,
> acho muito cedo para falar sobre isso, na verdae acho algo sem importância e
> politicamente muito perigoso, sem dizer desnecessário para a evolução da
> espécie humana.

eu disse manipulacao em outros organismos e nao em humanos (isso eh
totalitarismo... [seguem-se palavroes e mais palavroes para descrever o
carater espurio disso]) em ratos e camundongos eh perfeitamente factivel
desligar alguns genes q. como resultado tem-se o abandono dos cuidados
parentais em relacao aa ninhada e outros fenomenos associados aa
prolactina - eh desse tipo de experimentos q. eu estava falando. em
relacao aos humanos soh podemos (em termos eticos) estudar os casos de
ocorrencia natural ou acidental ou por extensao de modelos biologicos.

[]s,

roberto takata

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SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: Filosofia dos antônimos.
FROM: Bolsa de Valores Bahia Sergipe Alagoas <bvbsa@bvbsa.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/03/2000 14:13



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> > Bem, a minha questão no caso não foi bem tentar estabelecer um padrão
> > científico para a definição de antônimo ou oposto de acordo com o caso, mas
> > podemos entrar nesse campo. (Mesmo assim não cessariam os problemas do tipo
> > "vidro sólido ou líquido" , já que o critério cultural seria um e o
> > científico outro).
> >
> > -----Mensagem original-----
> > De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@spider.uspnet.usp.br]
> > Enviada em: Sexta-feira, 17 de Março de 2000 11:58
> > Para: ciencialist@egroups.com
> > Assunto: [ciencialist] Re: Filosofia dos antônimos.
> >
> > Bom eu tenho uma ideia de como definir antonimos/opostos em tais casos,
> > nao sei se eh a melhor:
> >
> > Vamos analisar o caso + simples unidimensional de opostos :
> >
> > O posto de seco eh molhado e vice versa . como poderiamos matematizar isso ?
> >
> > Seja R a variavel do receptor que detecta o grau de umidade ( particulas de
> > agua / cm3
> > ou cm2 ,por exemplo ) assim, poderiamos normalizar R de modo :
> >
> > R=1 totalmente molhado ( imerso nagua )
> > R= 0 totalmente seco ( zero particulas de agua por cm3 ou cm2 )
> >
> > Agora o q acontece para algo "meio molhado" ?
> >
> > Eu definiria como o oposto/antonimo como
> > o grau que se *afasta o maximo* da medida normalizada R.
> >
> > Assim o oposto de meio molhado para R=0,1 eh R= 1 ( totalmente molhado )
> > e o oposto de meio molhado para R=0,6 seria R=0 ( totalmente seco )
> > E no caso de R=0,5 ?
> > Neste caso tanto faz R=0 como R=1 ambos poderiao ser tomados como opostos
> > de
> > meio molhado!
> >
> > ***Acho que fica mais sensato como o oposto de 1=0 , oposto de 0,4=0,6. O
> > oposto de meio molhado pode ser meio seco. Ou seja, se tenho meio molhado
> > (0,6) poderia ser meio seco, mais pro seco (0,4). No caso 0,5 teríamos
> > igualdade entre meio seco e meio molhado (o que é deveras lógico).
> >
>
> Poderia ser uma outra definicao de oposto, ou seja oposto(r) = 1- r
> Mas, na minha opiniao, eu acho que nao fica mais logico , neste caso particular,
> que o oposto de uma coisa seja ela mesma.
> Um modo de escolher a melhor definicao seria fazer uma experiencia , por exemplo
> gustativa, e verificar quais das definicoes as pessoas acham q se enquadra melhor
> para
> definir oposto.
>
> >
> > Agora poderemos generalizar para mais de uma dimensao.
> > Vamos tomar como exemplo a *sensacao* de cor.
> > Nao entendo muito de cores mas , como diz o Roberto : "Vamla !":
> >
> > Digamos que tenhamos 3 receptores para cores R1 , R2 , R3 que poderiam
> > corresponder
> > ao grau de estimulacao de cada tipo de bastonete da retina.
> >
> > Digamos q normalizemos o grau de excitacao dos bastonetes entre 0 e 1 .
> > Qual entao seria a sensacao oposta a uma cor ( 0; 1; 0 ) = ( R1=0; R2=1;
> > R3=0 )?
> > seria o oposto maximo de acordo com nosso estudo unidimensional , isto eh
> > o oposto/antonimo de ( 0;1;0 ) --> ( 1;0;1 ) , do mesmo modo :
> > antonimo( 0.1 ; 0.7 ; 0.3 ) --> ( 1; 0; 1 )
> > antonimo (0.6 ; 0.4 ; 0.9 ) --> (0; 1 ; 0 )
> > que sao os graus de excitacao dos resceptores que mais se afastam da medida
> > original.
> >
> > *** Há uma definição de cor espectral oposta, segundo um diagrama padrão.
> > Não funciona desta forma. Eu vi o diagrama na pagina da brittanica, e ele
> > funciona de forma de o vermelho fica quase oposto ao verde azulado, algo
> > assim. Não estou bem lembrado agora.
> >
>
> Neste caso precisariamos verificar o grau de excitacao dos bastonetes e verificar
> se eles se enquadram ou nao na formula proposta.
> Mas pela sua deficicao de oposto existe uma cor tal que seu oposto eh ela mesma.
> Essa cor seria ( 0,5 ; 0,5 ; 0,5 ).
>
> >
> > Poderiamos extrapolar para sabores e , neste caso, teriamos q saber quais
> > os receptores da lingua sao estimulados pela sensacao de sabor. Digamos que
> > tenhamos
> > 4 recepores para o sabor ( R1..R4) e a analise seria a mesma.
> >
> > ***Bem, as papilas gustativas se distribuem em regiões diferentes para cada
> > tipo de sabor. O doce está na parte anterior, o azedo nas bordas laterais, o
> > salgado mais ao centro e o amargo na região posterior, se me lembro bem.
> >
> >
>
> Assim teriamos R1=Doce parte anterior; R2=Azedo ,bordas lateraie ;
> R3 = salgado , centro ; R4= Amargo , posterior.
> Pela minha formula o oposto de doce ( 1,0,0,0) --> ( 0,1,1,1 ) = verificar sabor
>
> > O caso complica um pouco qdo entra em jogo os sentimentos.
> >
> > *** Um pouco só? hehehe.
> >
> > Neste caso quem faria o papel das variaveis receptoras ?
> >
> > *** Esses sentimentos não são trabalhados na linguagem de acordo com certos
> > padrões mentais de estímulo. Ou seja, você não conclui que alguém está
> > amando por um evento mental particular, e sim por uma série de manifestações
> > comportamentais.
>
> Nao concordo. Um bom ator estaria amando por se comportar como um apaixonado?
> Eu acredito q as manifesacoes comportamentais sao *reflexo* do estado mental de
> quem ama e nao o oposto.
>
> > Isto porque o amor pode surgir a partir de relações entre a
> > pessoa que vc conheceu e uma série de vivências da sua vida que estão
> > fisiologicamente registradas, o que explica porque as pessoas tem gostos
> > diferentes, podem gostar de mais gordinhas ou magrinhas e etc.
>
> Calma, estamos discutindo como "medir" o amor e *nao como* ele surge.
>
> > Se não fosse
> > assim, poderíamos nos apaixonar facilmente, e por um padrão específico de
> > pessoa.
> >
> > Poderiamos , neste caso, tomar o padrao de estimulo eletrico de partes
> > do cerebro responsaveis pelas emocoes (sistema limbico) e/ou a quantidade de
> > neurotransmissores liberados pelos neuronios como resposta a determinada
> > emocao.
> >
> > *** No caso do amor, acho difícil. Em primeiro lugar, como vc identificaria
> > que uma pessoa ama seus pais, por exemplo?
>
> Eh outro tipo de amor e por isso *outras* areas do cerebro seriam ativadas ,
> *diferente*
> de um amor apaixonado.
>
> > E como isso se diferencia de um
> > amor não fraternal?
>
> Estimulos diferentes em regioes diferentes. Os neurotransmisores tambem poderiam
> ser os mesmos ( ou nao ) mas ativando regioes diferentes do cerebro( ou as mesmas).
>
> > Você certamente pode analisar uma série de modificações
> > de padrão de estímulo cerebral em alguma região quando a pessoa está
> > apaixonada, ou sexualmente atraída, no entanto isso de forma alguma define
> > em relação direta o que é a paixão ou amor.
>
> Acho que poderiamos sim. Nao sei se dispomos atualmente de uma tecnologia para
> isso. Li tempos atras q toda dinamica de neurotransmissores no cerebro eh alterada
> quando uma pessoa fica apaixonada. Acredito que poderemos , no futuro, fazer um teste
> para saber se a pessoa esta ou nao apaixonada colhendo uma amostra de sangue !:)
>
> > O fato de isto ocorrer
> > concomitantemente, não indica que a relação seja de identidade. Por exemplo,
> > se você for analisar o problema da dor. Digamos que eu esteja com dor no meu
> > dedo do pé. Se você for analisar o cérebro, na região do córtex
> > correspondente ao dedo do pé você vai encontrar um estímulo maior, o que não
> > indica que aquilo seja a dor, e muito menos sua localização.
>
> Calma, nao tome nossa atual e incipiente "tecnologia cortical" para negar a priori
> a possibilidade de q possamos saber onde se localiza exatamente o dedo do pé e
> qual o padrao de estimulo q podera ser tomado ou nao como dor.
>
> > Assim, é melhor
> > estarmos atentos ao processo inteiro e fugirmos do excesso de simplificação
> > científica, muito comum entre os cientistas mais empolgados envolvidos com
> > essa área.
> >
>
> Bom,
> o fato e haver empolgacao nao necessariamente implica q estamos no caminho errado.
>
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SUBJECT: [ciencialist] Re: UFRJ - cultura
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/03/2000 14:29

> Criatividade no vestibular.
>
> Questões tiradas das provas da UFRJ de 1999.
> As mais brilhantes respostas dadas pelos vestibulandos durante o exame.
> FONTE: Jornal do Brasil

estranho q. sao as mesmas respostas para Maua 1998 e FMU 1997... deve ser
culpa dos vestibulares q. se repetem... (ou do atualizador de piadas)
[alguem ainda precisa estudar a net como um fenomeno social de reciclagem
de piadas...]

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] UFRJ - cultura
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/03/2000 14:41

Criatividade no vestibular.

Questões tiradas das provas da UFRJ de 1999.
As mais brilhantes respostas dadas pelos vestibulandos durante o exame.
FONTE: Jornal do Brasil

* Lavoisier foi guilhotinado por ter inventado o oxigênio.
* O nervo ótico transmite idéias luminosas ao cérebro.
* O vento é uma imensa quantidade de ar.
* O terremoto é um pequeno movimento de terras não cultivadas.
* Os egípcios antigos desenvolveram a arte funerária para que os mortos
pudessem viver melhor.
* Pericles foi o principal ditador da democracia grega.
* O problema fundamental do terceiro mundo é a superabundância de
necessidades.
* O petróleo apareceu ha muitos séculos, numa época em que os peixes se
afogavam dentro d'água.
* A principal função da raiz é se enterrar.
* A igreja ultimamente vem perdendo muita clientela.
* O sol nos dá luz, calor e turistas.
* As aves tem na boca um dente chamado bico.
* A unidade de forca é o Newton, que significa a forca que se tem que
realizar em um metro da unidade de tempo, no sentido contrario.
* Lenda é toda narração em prosa de um tema confuso.
* A harpa é uma asa que toca.
* A febre amarela foi trazida da China por Marco Polo.
* Os ruminantes se distinguem dos outros animais porque o que comem, comem
por duas vezes.
* O coração é o único órgão que não deixa de funcionar 24 horas por> dia.
* Quando um animal irracional não tem água para beber, só sobrevive se for
empalhado.
* A ins6oia consiste em dormir ao contrário.
* A arquitetura gótica se notabilizou por fazer edifícios verticais.
* A diferença entre o Romantismo e o Realismo é que os românticos escrevem
romances e os realistas nos mostram como está a situação do pais.
* O Chile é um pais muito alto e magro.
* As múmias tinham um profundo conhecimento de anatomia.
* O batismo é uma espécie de detergente do pecado original.
* Na Grécia a democracia funcionava muito bem porque os que não estavam de
acordo se envenenavam.
* A prosopopéia é o começo de uma epopéia.
* Os crustáceos fora d'água respiram como podem.
* As plantas se distinguem dos animais por só respirarem a noite.
* Os hermafroditas humanos nascem unidos pelo corpo.
* As glândulas salivares só trabalham quando a gente tem vontade de cuspir.
* A fé é uma graça através da qual podemos ver o que não vemos

"Todos os cogumelos são comestíveis. Alguns, uma única vez"
[]'s
Léo



SUBJECT: [ciencialist] Re: moral e evolução
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/03/2000 14:48



gumaia@ig.com.br wrote:

> Caros colegas do ciencialist,
>
> ultimamente não tenho tido tempo suficiente de participar mais efetivamente
> das discussões, assim meus comentários virão um pouco atrasados. Talvez até
> tenha que me desligar temporariamente da lista,

Puxa Gustavo, espero que volte logo.

> a quantida de mensagens é
> considerável e algumas, não muito científicas (tipo filosofia), torna lenta
> a seleção das mensagens que me interessam.
> De qualquer maneira, gostaria de fazer alguns comentários sobre a questão do
> Milton. Li a resposta do Roberto, e como sempre foi bastante eloquente,
> embora eu não goste e não concorde muito com seus referências teóricos e
> filosóficos na biologia. Já os comentáros do "criador do genismo" poderiam
> ser menos polêmicos, uma vez que nem propriamente de ciência ele estaja
> falando, pois ele mesmo afirma que o tal genismo é um tipo de religião. Isto
> não deveria ser discutido numa lista que se propõe a falar sobre ciência, o
> problema é que o Roberto dá muita bola para o assunta e fica irritado, aí
> comessa uma conversa de surdos (aqui no caso de cegos, já que lemos e não
> ouvimos as mensagens).

Bom , em parte vc tem razao. O Genismo é um doutrina que esta baseada em
conceitos
e idéias provindas da ciência ( teoria da evolucao e genetica ).
Portanto o Genismo interfaceia com a ciencia e por isso está sujeito à
contestacoes e
criticas de uma lista de ciencias.
O proprio Genismo esta sujeito aa testes de válidade, por exemplo, se refutarem
aa teoria da evolucao ou da genetica o Genismo vai a pique :-( .

>
>
> Mas vamos ao problema:"existe algum modelo para o surgimento e a evolução da
> moral e da ética nos humanos."
>
> Primeiramente, gostaria de fazer uma distinção entre ética e moral, que
> tenho a impressão não estar muito clara entre os debatedores.
> No sentido próprio, ética é a disciplina filosófica cujo objeto são os
> juízos de apreciação quando se aplicam à distinção do bem e do mal. Teorica
> e geralmente vinculada a uma busca metafísica, distingue-se da moral
> aplicada. Moral é o conjunto de regras de conduta próprias a uma época ou a
> uma cultura (PORTANTO RELATIVAS), ou consideradas como universalmente
> válidas.
> Neste sentido a questão colocada, talvez não faça muito sentido, uma vez que
> tais conceitos não pussuem uma relação causal com as teorias de evolução
> biológica (se é que entendi a questão).

O capitulo 10 do livro "Consiliencia" tem o sugestivo titulo " Etica e religiao"
e
aborda a influencia genetico-evolutiva sobre o pensamento moral do homem.



> O surgimento da ética exige o plano
> metafísico, que, segundo Kant, é o inventário dos conhecimentos que dependem
> apenas da razão indepedente da experiência. Assim, as bases para o
> surgimento da ética estão mais relacionadas aos aspectos intelectuais e
> psicológicos do que com aspectos da biologia básica sujeitos a evolução
> darwiniana (a estrutura cerebral já era a mesma muito antes da filosofia
> existir). Embora hajam algumas idéias sobre uma possível relação causal
> direta entre genes (unidades de evolução)e aspectos psicológicos e mentais
> (Wilson e Dawkins) considero isto uma linha extremamente reducionista e
> desnecessária, uma vez que tais processos são propriedades emergentes do
> sistema biológico humano, ou seja, propriedades que surgem em níveis de
> organização superior não existindo, embora sofra enfluência, dos níveis de
> organização mais elementares. Sendo assim, podem e devem ser utilizadas
> linhas de investigação outras que a evolução darwiniana.

Tudo bem, respeito sua opiniao .
Mas eu acredito q a abordagem darwiniana é a + promissora em termos de
resultados
e previsoes da psique humana. ( conhecida como psicologia evolutiva ).

>
> Em relação a moral, uma vez que inflencia e é inflenciada mais diretamente
> pelo comportamento individual e social do ser humano, pode ter alguma
> relação com os processos de seleção darwiniana. É possível que algumas
> condutas morais colabore na seleção natural de alguma população. Talvez seja
> um mal exemplo, mas uma sociedade que por questões morais preserve o meio
> ambiente pode ser mais favorecida na manutenção de sua população do que
> outra população que não possua esta conduta. Neste sentido, a conduta moral
> "preservar o meio ambiente" pode ser um carácter evolucionário importante.

Concordo !, o Genismo poderia ser pensado da mesma maneira.


>
> Entretanto, o surgimento e evolução da moral per se, não existe, pois é uma
> construção mental, sua aplicação é que pode ou não influenciar a evolução de
> uma população.

Wilson diz q existe uma co-evolucao gene-cultura onde uma influencia a outra e
ambas evoluem juntas.



>
> Estas são apenas algumas idéias que tive nos últimos dias, e certamente
> precisam ser mais elaboradas. Mas, em suma, o que estou tentando dizer é que,
> embora parece ser uma atitude científica contemporânea dominante, nem tudo
> depende tão fortemente dos genes (que como já defini antes, não passam de
> moldes ou HDs de informação, não fazem nada diretamente, é o sistema inteiro
> com o ambiente que realizam o ser), existe o papel da auto-organização (POR
> FAVOR LEIAM UM POUCO DE PRIGOGINE, OU KAUFMANN E CIA).

OK OK OK OK OK !! :)) , assim q me cair algo em maos lerei ! ;-)


> Acho que os bólogos e
> demais cientistas estão perdendo muito em não estudar um pouco sobre temas
> como complexidade, auto-organização e afins. É uma pena pois muitas boas
> idéias podem ser daí sem se prender a estas idéias chatas e pouco
> inspiradoras da corrente wilsoniana e dawkiniana.

Sera q Kaufmann e Prigoggine leram Dawkins e Wilson ?


>
> Quanto a manipulação genética da moral e da ética que o Roberto mencionou,
> acho muito cedo para falar sobre isso, na verdae acho algo sem importância e
> politicamente muito perigoso, sem dizer desnecessário para a evolução da
> espécie humana.
> Até qq outro dia,
> Gustavo.
>

Volte breve !
[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] filosofia dos antonimos I
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/03/2000 17:15

Ciencialistas,

os antônimos referem -se apenas aos estados extremos de um fenômeno,
sem considerar as fases intermediárias; nem toda palavra tem seu
antônimo:

amorfo - cristalizado
vidro - cristal (mineralogia)
salgado - insosso (não salgado, sem sal)
doce - não doce
amargo - não amargo
alto - baixo (conceitos bem relativos)
razão - loucura (entre esses 2 extremos estamos nós)

Na natureza não existem compartimentos estanques, o homem, na sua
fúria de classificar as coisas, é que restringe o mundo a fenômenos
isolados no sentido de poder estudá-los e compreendê-los dentro dos
seus referenciais convencionais.

Mesmo na matemática, a mais artificial e exata das ciências, qual
seria o antônimo de 0, de 1, de oo, ...?
Pode-se sair do 1 e nunca se chegar ao 2, e que dizer das dízimas, que
loucura!

Entre quaisquer 2 extremos existe um universo!

[]'s

Douglas







SUBJECT: [ciencialist] filosofia do gostar
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/03/2000 18:47

Ciencialistas:

Será que o antônimo de amar é odiar? (PhiloX)

Isso me fez lembrar o caso no linguajar cotidiano qto à pergunta: "V.
gosta de fulano?", as alternativas mais freqüentes são: gosto - não
gosto. Se a resposta for "não gosto" pode significar que fulano lhe é
indiferente ou que nem o conhece, como pode significar que "não gosta
mesmo" (detesta).

Se V responde claramente: fulano me é indiferente ou, não o conheço
ou, nunca vi mais gordo ou, nunca ouvi falar desse cara ou, qquer
outra resposta, parece que sempre carrega uma conotação depreciativa.
Será que, intuitivamente, valorizamos as pessoas que conhecemos e
desvalorizamos as que não conhecemos.

Também acontece às refeições qdo a anfitriã lhe pergunta: -- V. gosta
de frango? Ai de V, se responder: --"Gosto, mas..."; ela não esperará
pelo resto da frase e lhe porá 2 ou 3 enormes pedaços da ave no prato
e ficará atenta para servir-lhe nova porção assim que termine. Mas se
V responder "não gosto" ou "não quero" ela ficará muito chateada com a
sua grosseria.

Extrapolem para outras situações; fica tudo na base do "gosto - não
gosto", equivalente às inteligentíssimas respostas das crianças:
"porque sim" e "porque não" aos tolos questionamentos dos adultos.

Inteligência emocional - ADOTEI.

[]'s

Douglas




SUBJECT: [ciencialist] filosofia
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/03/2000 19:19

gumaia@ig.com.br wrote:

>>>...e algumas, não muito científicas (tipo filosofia), torna lenta a
seleção das mensagens que me interessam.<<<

Desculpe discordar, mas as mensagens (tipo filosofia) são as que mais
me interessam. Filosofia, além de ser
"muito científica", é a base de todas as outras ciências.

[]'s

Douglas





SUBJECT: [ciencialist] RES: filosofia do gostar
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/03/2000 19:36


Inteligência emocional - ADOTEI.

`***Tbém não é pra tanto. Esse negócio de inteligência emocional provocou
uma perplexidade generalizada na população intelectual.
Em primeiro lugar, ao autor deste livro eu não daria crédito só por ter
colocado o título de PhD antes do nome, no livro. Nunca confie num livro de
alguém que coloque a titulação antes do nome.
Nós sempre utilizamos a palavra inteligência na linguagem aplicada a várias
situações, onde se incluem cultura, esperteza (capacidade de contornar bem
uma situação), resolução de problemas, etc. Agora, só porque um indivíduo
escreve um livro que serve de subterfúgio para os intelectualmente excluídos
tornarem-se subitamente "inteligentes", o pessoal acaba adotando essa
chamada inteligência emocional. A linguagem nunca funcionou assim. Esse
indivíduo me soa como um corrupto da filosofia e da psicologia séria.
Capacidade de relacionamento e estabilidade emocional pode ajudar um
indivíduo a resolver problemas, mas de forma alguma precisa ser uma forma de
inteligência para ter credibilidade. Isso é extrapolar os absurdos que fazem
à linguagem, colocando o que já é confuso no terreno da filosofia da mente
para mais confusão ainda. Se você fizer um mapeamento cerebral das regiões
envolvidas com o raciocínio, principalmente o córtex, e das regiões
envolvidas com as emoções (lobo frontal principalmente), já vai ver que na
origem as coisas já aparecem diferenciadas.
Você pode dizer, olha, esse indivíduo aqui é muitíssimo inteligente, mas é
totalmente deslocado da sociedade, tem sérios problemas emocionais. Imagine
vc dizendo, da mesma pessoa "esse cara é medianamente inteligente", o que
teoricamente daria no mesmo... se ambas fossem formas de inteligência. Mas
isso é apenas uma das formas de absurdo que isso pode gerar. Newton, por
exemplo, mal se relacionava com mulheres ou mesmo homens, mas todos devem
concordar que era muito inteligente, ponto. Há outros inúmeros exemplos.
As empresas sempre consideraram o problema de capacidade de relacionamento
e trabalhar em grupo, para selecionar os profissionais para determinada
situação.
A única utilidade deste conceito parece ser mesmo a de enriquecer o autor,
enriquecer o ego daqueles que sempre se sentiram inferiorizados quanto à
inteligência, ou completar a perplexidade psicológica e filosófica dos
intelectuais mal informados. Não é à toa que a igreja universal está cheia
de cientistas e intelectuais, assim como aquelas seitas apocalípticas
americanas. Hoje em dia se acredita em qualquer um , com ou sem argumentos,
desde que fale tudo com convicção.


PhiloX



[]'s

Douglas



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SUBJECT: [ciencialist] RES: filosofia dos antonimos I
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/03/2000 19:45




amorfo - cristalizado
vidro - cristal (mineralogia)
salgado - insosso (não salgado, sem sal)

Não salgado não é o mesmo que sem sal. Salgado= com sal, o oposto pode ser
sem sal, como propôs. Em lógica, quando vc nega alguma coisa, nega apenas
aquela e então se abrem as possibilidades. Ou seja, o antonimo de salgado
então poderia ser amargo, sujo, ou qquer outra palavra... mas, para manter
na mesma categoria, poderíamos a partir da negação colocar qquer outro sabor
como parte do grupo de antonimos de salgado. Isto é apenas pra dizer que a
negação não define de forma alguma o antônimo. Cada antônimo se define de
uma forma diferente. No caso de salgado, poderia até ser sem sal, se vc
quiser definir assim, mas não é assim que a comunidade define. E nada
garante que a sua definição de antônimo seja a mais correta. No caso de
homem, o antônimo é naturalmente mulher. Vc poderia definir homem: com
penis, mulher: sem penis. Ou de várias outras formas. Mulher: mais hormonio
tal. Homem: menos hormonio tal. Isso não importa, o que importa, no caso da
linguagem corrente, é o common sense. O meu questionamento foi somente para
atentar a esses fatos, como eu já ressaltei. De forma alguma eu quis definir
ou dar a entender que tenho em mente uma forma correta de antônimo e adianto
a vocês que qualquer tentativa de generalizar uma forma de realizar um
antônimo na linguagem está fadada ao fracasso.

PhiloX





SUBJECT: [ciencialist] RES: filosofia
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/03/2000 19:51

Embora eu discorde que a filosofia sirva, na prática, de base para a ciência
hoje em dia, filosofia e ciência andam juntas, lado a lado. Muitas vezes o
filósofo extrapola na teorização, e precisa do cientista para recolocá-lo no
caminho certo. E muitas vezes quem extrapola na teorização, de uma outra
forma, é o cientista, e de outra forma o filósofo pode interferir. O
filósofo domina a análise de conceitos e a linguagem, mas pode chegar a
conclusões errôneas sem certos dados experimentais. Já o cientista pode
através dos dados, extrapolar erroneamente para a linguagem os seus
resultados. A cooperação só vem a trazer benefícios para ambos no mesmo
objetivo: compreender a si mesmo e ao mundo (que talvez sejam a mesma
coisa).


PhiloX

-----Mensagem original-----
De: Douglas [mailto:douglas.jpn@terra.com.br]
Enviada em: Segunda-feira, 20 de Março de 2000 19:19
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] filosofia


gumaia@ig.com.br wrote:

>>>...e algumas, não muito científicas (tipo filosofia), torna lenta a
seleção das mensagens que me interessam.<<<

Desculpe discordar, mas as mensagens (tipo filosofia) são as que mais
me interessam. Filosofia, além de ser
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SUBJECT: [ciencialist] Re: filosofia do gostar
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andreba@smacesso.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/03/2000 19:57

Alô pessoal


> Ciencialistas:
>
> Será que o antônimo de amar é odiar? (PhiloX)
>

Não sei... mas isso não é ciência. Tá na hora de dar um puxão de orelha do
pessoal e colocar essa lista nos trilhos novamente...

abraços,

André



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: filosofia do gostar
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/03/2000 20:17

Ciência teórica, que pode ser feita nessa lista, é o que então? Falar só o
que já foi dito? Ou a melhor ciência teórica consiste em especular e agrupar
dados, relacionando-os em cima dos fundamentos em que se baseiam os aspectos
mais fundamentais da nossa vida? Fuja da alienação, meu amigo. :/ Tente
pensar um pouco fora do que vc lê nos livros. Tente ao menos, aqui vc é
livre porque ninguém tá fazendo prova ou competição de ego. Se o tema não te
agrada, proponha outro. Não precisa menosprezar o tema dos outros, talvez
porque vc não domine o assunto. Há espaço para todos.

PhiloX

-----Mensagem original-----
De: André Roviralta Dias Baptista [mailto:andreba@smacesso.com]
Enviada em: Segunda-feira, 20 de Março de 2000 19:57
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] Re: filosofia do gostar


Alô pessoal


> Ciencialistas:
>
> Será que o antônimo de amar é odiar? (PhiloX)
>

Não sei... mas isso não é ciência. Tá na hora de dar um puxão de orelha do
pessoal e colocar essa lista nos trilhos novamente...

abraços,

André


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SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: filosofia do gostar
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/03/2000 20:50


De: Rodrigo F. Viecilli <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
Assunto: [ciencialist] Re: RES: filosofia do gostar


>>Se o tema não te agrada, proponha outro. Não precisa menosprezar o tema
dos outros, talvez
porque vc não domine o assunto. Há espaço para todos.
PhiloX<<

Calma, PhiloX

"O mundo é bom, a felicidade até existe" ... Roberto Carlos
ou
"FÍSICO QUÂNTICO - É um homem cego em um quarto escuro, procurando por um
gato preto que não está lá."

Pronto! Acalmou?
[]'s
Léo





SUBJECT: [ciencialist] JCEmail
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/03/2000 20:57

Natureza e' a unica responsavel pelo surto de febre amarela, diz
pesquisador

Para o entomologista e pesquisador Nicolas Degallier, a natureza e' a
unica
responsavel pelo novo surto de febre amarela no pais. "E' um ciclo
natural,
envolvendo mosquitos e macacos", afirma. O problema e' sazonal e ocorre
a
cada periodo de 5 a 7 anos, segundo o cientista.

Esse intervalo corresponde ao tempo que os macacos levam para
reconstituir
seus bandos. Quando ha' virus da febre amarela em grande circulacao na
mata, quase todos os macacos - normalmente, guaribas e pregos - sao
dizimados.

'As vezes, na regiao sobram apenas um ou dois casais, que levam anos
para
refazer a populacao original. Os sobreviventes sao imunes 'a doenca e
nao
tem como transmitir o virus.

Mas os filhos acabam sendo contaminados, dando inicio a outro ciclo,
conhecido cientificamente como epizootia.

Para que ocorra um novo surto, e' necessario haver crescimento na
populacao
de macacos, ao lado do aumento do numero de mosquitos haemagogus. O
clima
umido e quente favorece a propagacao dos mosquitos, vetores de
transmissao
do virus para os humanos.

Degallier nao relaciona o surgimento da doenca 'a construcao da usina.
Em
sua experiencia com a Hidreletrica de Tucurui (PA), o alagamento de
areas
ate' contribuiu para reduzir o numero de haemagogus. Isso porque esses
mosquitos utilizam partes ocas dos troncos das arvores para depositar
seus
ovos. (S.S. e C.A.)

(O Estado de SP, 20/3)




SUBJECT: [ciencialist] falando de cobras
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/03/2000 20:59

Brasileiro desvenda misterio da cobra com patas

Herton Escobar escreve para "O Estado de SP":

Pesquisador brasileiro da USP conseguiu grande avanco no estudo da
origem
das serpentes: trouxe os cientistas de volta 'a estaca zero.

A partir do estudo de um rarissimo fossil de 95 milhoes de anos, o
carioca
Hussam Zaher, professor de zoologia e especialista em serpentes,
comprovou
que alguns desses animais exibiram pequenas patas posteriores ate' pelo
menos o fim do periodo Cretaceo.

Em uma pesquisa realizada em parceria com pesquisadores dos Estados
Unidos
e Israel, publicada ontem na conceituada revista americana "Science",
Zaher
classifica a nova especie de serpente com patas (batizada de Haasiophis
terrasanctus, por ter sido encontrada na Terra Santa) como um animal
derivado, tal como as pitons e jiboias de hoje.

Ate' agora, acreditava-se que as cobras com patas representavam um
ancestral comum a todas as serpentes. A ossada, de mais de 70
centimetros,
encontrada em Ein Yabrud, ao norte de Jerusalem, apresenta estruturas
completas de patas posteriores.

Com isso, fica novamente em aberto a questao de quando e onde as
serpentes
se originaram. Cientistas concluiram que elas sao descendentes dos
lagartos, mas nao sabem exatamente de que grupo.

"Voltamos 'a estaca zero", disse Zaher, de 38 anos, que agora se dedica
a
estudar a diversidade de cobras e lagartos para tentar posicionar as
serpentes na historia evolutiva das especies.

A tese de Zaher contradiz a teoria apresentada em 97 por uma dupla de
pesquisadores da Australia e do Canada', baseada no estudo de dois
fosseis
de serpentes com patas encontrados junto com o da Haasiophis na decada
de
70, pelo paleontologo George Haas.

Esses exemplares foram batizados de Pachyrhachis problematicus, por
serem
tao dificeis de estudar e apresentarem dados inconclusos, disse Zaher ao
Estado.

"A historia desse bicho e' longa", conta o pesquisador, doutor pelo
Museu
de Historia Natural de Paris, acrescentando que o fossil da Haasiophis
esta' em muito melhor estado de conservacao.

Os cientistas acreditavam que a Pachyrachis era o "elo perdido" entre as
serpentes e um grupo extinto de lagartos marinhos chamados mosasauros.
As
cobras, entao, teriam origem marinha, e suas patas desaparecido em um
ancestral comum na transicao para o meio terrestre.

"Em 1998, eu reanalisei a questao e mostrei que, na verdade, a
Pachyrhachis
tinha diversas caracteristicas de uma serpente evoluida", conta Zaher,
que
na epoca publicou um artigo sobre o assunto no jornal Fieldiana, do
Field
Museum, em Chicago, onde estava estudando.

"No meu entender, a Pachyrhachis nao era mais um intermediario, mas uma
cobra derivada com patas desenvolvidas."

"A ideia chave aqui e' que esses fosseis estao localizados mais acima na
cadeia evolutiva das cobras e nao nos dizem nada sobre suas origens",
ressaltou Olivier Rieppel, curador de fosseis de repteis do Field Museum
e
parceiro de Zaher no estudo, em entrevista telefonica.

Zaher e Rieppel entao foram convidados pelo curador de fosseis da
Universidade Hebraica de Jerusalem, Eitan Tchernov, para estudar o
fossil
da Haasiophis com dois outros especialistas do Texas, Michael Polcyn e
Louis Jacobs.

Apos um ano de estudos, eles concluiram que a Haasiophis e a
Pachyrhachis
nao sao relacionadas aos mosasauros, derrubando a teoria de origem
marinha
das serpentes.

"Nos chegamos meio que como os estraga-festas", brinca Zaher, filho de
um
egipcio com uma brasileira.

Ele acredita que as serpentes perderam suas patas varias vezes ao longo
da
evolucao das especies, e que a Haasiophis e a Pachyrhachis, hoje
extintas,
mantiveram essas estruturas por mais tempo.

Rieppel observa que muitas cobras atuais apresentam vestigios geneticos
e
anatomicos da presenca de patas. As pitons, por exemplo, possuem uma
unha
externa remanescente dessa estrutura.

Com tanta controversia envolvendo os estudos, Rieppel disse que so' o
tempo
podera' mostrar qual teoria sera' aceita pela comunidade cientifica.
"Estamos convencidos de que fizemos uma boa analise", conclui.

(O Estado de SP, 20/3)




SUBJECT: [ciencialist] Re: filosofia do gostar
FROM: Jairo Santos Vieira <JVIEIRA@vortex.ufrgs.br>
TO: André Roviralta Dias Baptista <andreba@smacesso.com>
CC: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/03/2000 03:28

Andre.
Permita-me discordar de vc.
Existe um filosofo Ortega Y Gasset que em seu livro sobre o amor diz que:
o amor eh um tema pouco estudado pela filosofia...
Na visao de Gasset amar, eh dar sem receber.
Fala-se tanto em amor. Amor eh um tema importante na Psicologia. Se
psicologia nao eh ciencia entao o que eh?
Ateh.
Jota.
On Mon, 20 Mar 2000, =?Windows-1252?Q?Andr=E9_Roviralta_Dias_Baptista?= wrote:

> Alt pessoal
>
>
> > Ciencialistas:
> >
> > Sera que o anttnimo de amar i odiar? (PhiloX)
> >
>
> Nco sei... mas isso nco i cijncia. Ta na hora de dar um puxco de orelha do
> pessoal e colocar essa lista nos trilhos novamente...
>
> abragos,
>
> Andri
>
>
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>
>
>


SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: filosofia do gostar
FROM: "Daniel Sottomaior Pereira" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 21/03/2000 04:16

"luiz ferraz netto" <le-@barretos.com.br> wrote:
original article:http://www.egroups.com/group/ciencialist/?start=4257
[...]
> "FÍSICO QUÂNTICO - É um homem cego em um quarto escuro, procurando
por um
> gato preto que não está lá."


Como curiosidde, essa é uma transformaçao da piada. O original diz que
essa é a definição de teólogo.



Daniel



SUBJECT: [ciencialist] O problema
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/03/2000 08:00


Havia um templo que o guardião da porta do salão principal
morreu.
Então o dirigente reuniu os "candidatos" e disse que quem resolvesse o
problema que ele proporia é que seria o novo guardião. Reuniram-se numa
sala
em que no centro havia uma mesa e nela um vaso com uma bela rosa de um
tom
champanhe, muito delicada.
__ Essa rosa, senhores, é o problema. -Disse o dirigente.
Os candidatos se entreolharam e aproximando-se da mesa
começaram
a admirar a rosa. De repente um dos candidatos puxou uma faca e cortou a

rosa, destruindo-a. Os candidatos se indgnaram e repreenderam aquele que

havia destruido tão bela flor. Mas, o dirigente anunciou que ele era o
vencedor.
__ Você é o novo guardião da porta do salão principal porque
você
sabe o que fazer com um problema. Problemas têm que ser eliminados.
Podem
ser como forem. Podem ser bonitos e perfumados, podem ser graciosos,
delicados. Sob qualquer forma, os problemas tem que ser eliminados de
nossas
vidas e de nossas memórias. Guardar problemas pra admirá-los faz com que

carreguemos o peso do que
foi o passado e ocupar o espaço que é importante para criar e gerar vida
em
nós.

(Transmitido pela rádio El Shadai.)





SUBJECT: [ciencialist] O Amor segundo o Genismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/03/2000 09:00

Como o Genismo "ve" o amor?
O Genismo entende o amor do ponto de vista genético:

1-Amor entre homens e mulheres
O amor é um instinto ( sentimento nao diretamente controlado pela razao ) que
faz o controle de qualidade das pessoas com quem poderemos vir a ter filhos.
Ou, de outro modo, o amor é um conjunto de regras epigeneticas ( tendencia de
comportamento herdado via material genetico ) que faz selecao/escolha do
parceito mais apto a ter filhos com voce. Este sentimento, que visa a uniao de
genes,
busca portanto, a conquista do ente querido. E para isso tudo eh feito.
Visando a uniao de genes isso explica tbem pq o desejo sexual eh enorme.
( E eh portanto uma forma do outro perceber se vc realmente o/a ama ).


2-Amor entre parentes
O amor entre parentes ( por exemplo filhos ) tambem eh um conjunto de regras
epigeneticas que visam a preservar genes semelhantes aos seus.
Assim, quanto mais geneticamente proximo a vc for um parente, maior o amor que vc

sentirá por ele. Por isso nao seria anormal os pais arriscarem a propria vida pela
dos
filhos ( caso a situacao o exija ).

3-Amor fraternal, entre seres da mesma especie ( "amai-vos uns aos outros" ).
Este tipo amor ainda esta em minha prancheta de estudos.
Basicamente se deve ao fato de que seres da mesma espécie compartilham
um grande conjunto de genes. Por isso devemos olhar nosso semelhante como
uma especie de "parente" distante. Falta-me dados quantitativos para que
eu analise melhor este sentimento.

[]s
jocax


Jairo Santos Vieira wrote:

> Andre.
> Permita-me discordar de vc.
> Existe um filosofo Ortega Y Gasset que em seu livro sobre o amor diz que:
> o amor eh um tema pouco estudado pela filosofia...
> Na visao de Gasset amar, eh dar sem receber.
> Fala-se tanto em amor. Amor eh um tema importante na Psicologia. Se
> psicologia nao eh ciencia entao o que eh?
> Ateh.
> Jota.
> On Mon, 20 Mar 2000, =?Windows-1252?Q?Andr=E9_Roviralta_Dias_Baptista?= wrote:
>
> > Alô pessoal
> >
> >
> > > Ciencialistas:
> > >
> > > Será que o antônimo de amar é odiar? (PhiloX)
> > >
> >
> > Não sei... mas isso não é ciência. Tá na hora de dar um puxão de orelha do
> > pessoal e colocar essa lista nos trilhos novamente...
> >
> > abraços,
> >
> > André
> >
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SUBJECT: [ciencialist] Re: O problema
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/03/2000 09:30

O 'chefe' dessa nação não é um problema? Ou só passará a ser problema quando
alguém coloca-lo dentro de um vaso e aspergi-lo com essência perfumada?
[]'s
Léo

Assunto: [ciencialist] O problema



>>Havia um templo que o guardião da porta do salão principal
morreu.
(Transmitido pela rádio El Shadai.)<<





SUBJECT: [ciencialist] Re: O problema
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/03/2000 09:38

Isso eu nao sei Leo. Mas acho q o problema poderia ser melhor resolvido,
entregando a rosa aa primeira dama que passasse pela janela ! :)
[]s
jocax

Luiz Ferraz Netto wrote:

> O 'chefe' dessa nação não é um problema? Ou só passará a ser problema quando
> alguém coloca-lo dentro de um vaso e aspergi-lo com essência perfumada?
> []'s
> Léo
>
> Assunto: [ciencialist] O problema
>
> >>Havia um templo que o guardião da porta do salão principal
> morreu.
> (Transmitido pela rádio El Shadai.)<<
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SUBJECT: [ciencialist] Re: O Amor segundo o Genismo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/03/2000 09:40

>>3-Amor fraternal, entre seres da mesma especie ( "amai-vos uns aos
outros" ).
Este tipo amor ainda esta em minha prancheta de estudos.
Basicamente se deve ao fato de que seres da mesma espécie compartilham
um grande conjunto de genes. Por isso devemos olhar nosso semelhante como
uma especie de "parente" distante. Falta-me dados quantitativos para que
eu analise melhor este sentimento.
[]s
jocax<<

Faço crer que esse é o tipo de amor dos mais desgastados. Na atualidade,
tem-se dedicado 'mais amor' às plantas e animais que aos seres humanos.
Denuncias sobre maus tratos a porcos, pássaros e árvores têm vencido de
longe, via mídia, as misérias de abandonados sob as pontes e as agruras nos
sertões.

[]'s
Léo




SUBJECT: [ciencialist] Re: filosofia do gostar
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/03/2000 11:25

jota,

o amor eh uma descarga de oxitocina ativando centros especificos do
sistema limbico...

[]s,

roberto takata




SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: filosofia do gostar
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/03/2000 11:38

> `***Tbém não é pra tanto. Esse negócio de inteligência emocional provocou
> uma perplexidade generalizada na população intelectual.

papo reacionario... toda a questao eh simplesmente porq. ainda nao se
definiu inteligencia (e muito menos se conceituou) de forma clara e
precisa: a mais promissora eh sobre o aspecto multifacetado da
inteligencia (processamento espacial, linguistico, social e assim por
diante - a chamada inteligencia emocional eh/parece ser apenas mais um
aspecto q. pode ser considerado)

[]s

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: filosofia do gostar
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/03/2000 12:22

rodrigo,

eu tendo a concordar com o andre' - a questao nao eh o tema, mas a forma
como se aborda... filosofadas nao se constitui numa discussao cientifica.
abordar questoes linguisticas do ponto de vista quase metafisico nao me
parece levar a solucoes de impasse (nem mesmo lancar alguma luz nova).

se enveredarmos por caminhos (bios)sociologico ou (neuro)psicologico
talvez seja mais produtivo - se eh q. algum de nos tem bagagem pra isso.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Evolucao na vida
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/03/2000 14:16

O site da revista veja disponibilizou (com uma animacao) as varias fases
da vida na terra:

http://www2.uol.com.br/veja/idade/exclusivo/150300/time_line/index.html

[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: RES: filosofia do gostar
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/03/2000 14:19

Na verdade o teólogo não sabe exatamente o que está procurando. Até isto é
objeto de discussão. hehe.


PhiloX

-----Mensagem original-----
De: Daniel Sottomaior Pereira [mailto:cetico@hotmail.com]
Enviada em: Terça-feira, 21 de Março de 2000 04:17
Para: ciencialist@eGroups.com
Assunto: [ciencialist] Re: RES: filosofia do gostar


"luiz ferraz netto" <le-@barretos.com.br> wrote:
original article:http://www.egroups.com/group/ciencialist/?start=4257
[...]
> "FÍSICO QUÂNTICO - É um homem cego em um quarto escuro, procurando
por um
> gato preto que não está lá."


Como curiosidde, essa é uma transformaçao da piada. O original diz que
essa é a definição de teólogo.



Daniel


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SUBJECT: [ciencialist] RES: O Amor segundo o Genismo
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/03/2000 14:19

Se o amor tivesse relação causa-conseqüência natural em cima da genética,
não existiriam guerras e conflitos. E como vc explica o amor por coisas
materiais e animais de estimação?

PhiloX

-----Mensagem original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@spider.uspnet.usp.br]
Enviada em: Terça-feira, 21 de Março de 2000 09:01
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] O Amor segundo o Genismo


Como o Genismo "ve" o amor?
O Genismo entende o amor do ponto de vista genético:

1-Amor entre homens e mulheres
O amor é um instinto ( sentimento nao diretamente controlado pela razao )
que
faz o controle de qualidade das pessoas com quem poderemos vir a ter filhos.
Ou, de outro modo, o amor é um conjunto de regras epigeneticas ( tendencia
de
comportamento herdado via material genetico ) que faz selecao/escolha do
parceito mais apto a ter filhos com voce. Este sentimento, que visa a uniao
de
genes,
busca portanto, a conquista do ente querido. E para isso tudo eh feito.
Visando a uniao de genes isso explica tbem pq o desejo sexual eh enorme.
( E eh portanto uma forma do outro perceber se vc realmente o/a ama ).


2-Amor entre parentes
O amor entre parentes ( por exemplo filhos ) tambem eh um conjunto de
regras
epigeneticas que visam a preservar genes semelhantes aos seus.
Assim, quanto mais geneticamente proximo a vc for um parente, maior o amor
que vc

sentirá por ele. Por isso nao seria anormal os pais arriscarem a propria
vida pela
dos
filhos ( caso a situacao o exija ).

3-Amor fraternal, entre seres da mesma especie ( "amai-vos uns aos
outros" ).
Este tipo amor ainda esta em minha prancheta de estudos.
Basicamente se deve ao fato de que seres da mesma espécie compartilham
um grande conjunto de genes. Por isso devemos olhar nosso semelhante como
uma especie de "parente" distante. Falta-me dados quantitativos para que
eu analise melhor este sentimento.

[]s
jocax


Jairo Santos Vieira wrote:

> Andre.
> Permita-me discordar de vc.
> Existe um filosofo Ortega Y Gasset que em seu livro sobre o amor diz que:
> o amor eh um tema pouco estudado pela filosofia...
> Na visao de Gasset amar, eh dar sem receber.
> Fala-se tanto em amor. Amor eh um tema importante na Psicologia. Se
> psicologia nao eh ciencia entao o que eh?
> Ateh.
> Jota.
> On Mon, 20 Mar 2000, =?Windows-1252?Q?Andr=E9_Roviralta_Dias_Baptista?=
wrote:
>
> > Alô pessoal
> >
> >
> > > Ciencialistas:
> > >
> > > Será que o antônimo de amar é odiar? (PhiloX)
> > >
> >
> > Não sei... mas isso não é ciência. Tá na hora de dar um puxão de orelha
do
> > pessoal e colocar essa lista nos trilhos novamente...
> >
> > abraços,
> >
> > André
> >
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SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: filosofia do gostar
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/03/2000 14:33

A definição de uma palavra deve ser sempre restrita à funcionalidade do
campo em que ela é abordada. Quando aprendemos a conversar, não é necessário
que saibamos a definição exata de uma palavra para que a entendamos em cada
frase que ela se encaixa. O mesmo vale para o amor, inteligência, etc, como
definições científicas ou filosóficas no maior contexto possível.
Sócrates, no início da filosofia, utilizou a forma mais básica de refutação
intelectual, para aqueles que julgavam dominar um certo assunto e
assintosamente declaravam saber isso ou aquilo. Este tipo de prova sobrevive
na lógica até hoje, chama-se reductia ad absurdum. Consiste em aproveitar a
hipótese argumentativa, ou definição, e através de suas propriedades levá-la
a conseqüências que são absurdos fáceis de aceitar. Quase toda definição de
palavra complicada, como amor e intelig6encia, nos permite que recorramos a
está técnica argumentativa para sua refutação, desde que não seja restrito o
campo da linguagem para esta palavra.
O fato de não haver ainda definição para o amor, ou inteligência, aliado ao
fato de que estamos utilizando estas palavras até hoje, é semelhante ao fato
de haver supostos problemas filosóficos ainda não resolvidos, por exemplo, a
resposta definitiva à pergunta "O que é o tempo?".
A partir do momento que uma palavra se insere em múltiplos jogos de
linguagem, ela não pode ser definida completamente a não ser que vc domine
as regras destes jogos. Um bom exemplo seria vc tomar peoes de um jogo de
xadrez e utilizá-los no jogo de dama e de xadrez. Metaforicamente é a mesma
coisa com certas palavras, tais como amor e inteligência. Se inserem em
diferentes jogos, e por mais que tentemos definir, sempre faltará alguma
coisa. Porque o importante é *sabermos jogar o jogo, jogar com as peças* e
não necessariamente fazermos uma definição. Se eu definir um peao, posso
dizer que ela realiza este e aquele movimento. Mas fora do restante dos
movimentos das outras peças eu não posso "entender" qual é realmente o seu
papel.
Pra finalizar, a necessidade científica e filosófica da definição vem dos
tempos de Santo Agostinho, com sua platônica tentativa de basear a linguagem
em formação ostensiva (para Santo Agostinha aprendia-se a linguagem através
de definição e ostensão- apontar objetos, por exemplo). A partir disso, há
uma espécie de necessidade inerente toda vez que estamos diante da formação
de um pensamento, de definirmos isto ou aquilo.
Há casos onde adotamos palavras complicadas para um modelo restrito, então
para que possamos nos comuinicar dentro deste modelo, é necessária uma
definição em termos simples. É o caso da noção de tempo dentro da física
newtoniana, por exemplo. Há outros inúmeros exemplos, como a noção de
energia, espaço, etc... mas isto de modo algum justifica o fato de tentarmos
generalizar esta necessidade para modelos abertos de abordagem, onde a
linguagem é dinâmica.



PhiloX

-----Mensagem original-----
De: Roberto Mitsuo Takata [mailto:rmt@ib.usp.br]
Enviada em: Terça-feira, 21 de Março de 2000 11:25
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] Re: filosofia do gostar


jota,

o amor eh uma descarga de oxitocina ativando centros especificos do
sistema limbico...

[]s,

roberto takata



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SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: RES: O Amor segundo o Genismo
FROM: LRB@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/03/2000 14:49

> O que vocj faz i colocar este processo sob uma linguagem, estabelecendo
> relagues de causa e conseq|jncia que nco sco "verdades necessarias". Se duas
> coisas ocorrem concomitantemente, para haver relagco causal, vc precisa
> provar que, a segunda nco ocorre sem a primeira. Como nco i o caso, eu posso
> te dar uma infinidade de exemplos onde eu posso querer preservar a vida sem
> "PENSAR" ou "ELABORAR A RELAGCO CAUSA-CONSEQ\JNCIA" entre preservar os genes
> da humanidade e decidir nco matar alguim. E todos sabem que, colocado um
> contra exemplo, uma hipstese i invalidada. O que voc6e tenta fazer para em
> cima disso re-justificar o seu genismo e justificar a sua primeira hipstese
> atravis de outra, tentando anular o contra-exemplo. Para qualquer nova
> hipstese sua, havera um novo contra-exemplo, e vc inventara uma nova
> hipstese. I mais ou menos o que fazem os teslogos.
> PhiloX

Isso nao teria o nome de hipotese AD HOC? Ou estou enganado?

Aproveitando o mail.
A pouco tempo acabei de ler "A caixa preta de
Darwin" de Michael Behe e achei ruim; o autor propoem um desafio a teoria
da evolucao atraves da bioquimica. Ele fala em uma
tal complexidade irredutivel e alega que ,por isso, a celula deveria ser
planejada por algo inteligente. Soh que em nenhum momento o autor deixa
claro ou tenta explicar o que seria este planejador inteligente.

Nao sei se fui claro, mas por enquanto era isso. :)
Ateh mais.
Luis Roberto Brudna.



SUBJECT: [ciencialist] pregunto
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/03/2000 15:11

Em alguns trabalhos da esposa,4o. ano direito, análises físicas do local do
crime, aparece um texto que usa luz (imagino que seja ultravioleta) para
tornar visível algumas marcas de sangue (que o assassino limpou antes de se
arrancar da cena).
Alguém pode dizer algo sobre isso? Que resíduos são esses do sangue que se
mostram iridescentes (luminescentes?) sob luz ultrovioleta?
[]'s
Léo



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: O Amor segundo o Genismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com, joao carlos <jocax@usp.br>
DATE: 21/03/2000 15:36

> Se o amor tivesse relação causa-conseqüência natural em cima da genética,
> não existiriam guerras e conflitos. E como vc explica o amor por coisas
> materiais e animais de estimação?
>

Ok,
vamos analisar primeiro o caso da guerra ou conflito tribal.
Ambos, no meu entender, tem a mesma origem embora a guerra nos nossos dias
seja tecnologicamente muito diferente de uma luta com tacapes e bordunas.

Para entendermos as guerras atuais devemos olhar o passado ou mesmo tribos
primitivas
ou especies animais-sociais onde este tipo de comportamento de grupo acontece.

A guerra pode ser explicada pelas vantagens que o grupo ganhador obtem
ao vencer a disputa : Ganho de territorio e outros (talvez escassos) recursos
que antes
estavam sob o dominio da tribo rival.

Isso permitiria que os genes da tribo ganhadora aumentassem seu dominio nao
regiao.

O Mesmo acontece com tribos de macacos que guerreiam e matam : controle
de territorio e recursos alimentares, favorecendo a preservacao genetica do
grupo
ganhador.

Note q tais conflitos nao teriam sentido se os recursos territoriais/alimentares
estivessem
em abundancia, neste caso seria um contra-senso matar membros da mesma especie.
Mas, a medida q a populacao cresce, fatalmente os recursos se escasseiam.
Entao, do ponto de vista genetico-evolutivo, pode ser vantajoso atacar tribos
rivais
para conquistar estes escassos recursos ( uma vez que existe maior
compartilhamento
de genes da mesma tribo do que de outras tribos).

As guerras atuais sao , bem no fundo, pelos mesmos motivos : preservacao
genetica.
Por isso eh interessante o ser humano saber o que, na verdade, os guia e,
através deste
conhecimento, tomar consciencia e controlar estes impulsos.

O 5. mandamento do Genismo diz : "Respeite os genes dos outros para ter os seus

respeitados" .
Assim *SE* todos respeitassem esse mandamento vc nao precisaria
se preocupar em que lado vc estaria ( se do lado perdedor ou vencedor ) pois
nunca seria atacado.

========
Com o genismo explica o amor aos animais e coisas materiais?
O amor aos objetos pode ser explicado pela utilidade que tem ou possam possuir:
Digamos, por hipotese, que existiam 2 tipos de alelos(genes) nas pessoas
alelo1 - faz com q pessoas nao tenham nenhum amor/ciume/apego aas coisas
materiais
alelo2- faz com q as pessoas tenham este amor/apego aas coisas materiais.

As pessoas q nao tem "amor" aos seus bens ( portadoras do alelo1),
acabam por perde-los , estraga-los ou desfazem-se deles muito mais facilmente
do que os que possuem o alelo2.
Um bem matrial eh , antes de tudo, um recurso que facilita a vida e
ajuda a sobrevivencia da pessoa. Uma pessoa q possui o bem , portanto, tem +
chances de
sobreviver (ou mesmo dar o bem ao seu filho) , do q a pessoa q nao possui.

Por consegunite pessoas com o alelo2 tem uma vantagem evolutiva em relacao as
pessoas com o alelo1 . Assim, com o decorrer das geracoes o alelo1
tenderá a diminuir da populacao em relacao ao alelo2 (selecao natural).
Isto explicaria, geneticamente ,o apego aas coisas materiais.

A explicacao com relacao aos animais de estimacao pode ser porque os encaremos
como um "bem-material" recaindo no caso estudado acima.

[]s
jocax







> -----Mensagem original-----
> De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@spider.uspnet.usp.br]
> Enviada em: Terça-feira, 21 de Março de 2000 09:01
> Para: ciencialist@egroups.com
> Assunto: [ciencialist] O Amor segundo o Genismo
>
> Como o Genismo "ve" o amor?
> O Genismo entende o amor do ponto de vista genético:
>
> 1-Amor entre homens e mulheres
> O amor é um instinto ( sentimento nao diretamente controlado pela razao )
> que
> faz o controle de qualidade das pessoas com quem poderemos vir a ter filhos.
> Ou, de outro modo, o amor é um conjunto de regras epigeneticas ( tendencia
> de
> comportamento herdado via material genetico ) que faz selecao/escolha do
> parceito mais apto a ter filhos com voce. Este sentimento, que visa a uniao
> de
> genes,
> busca portanto, a conquista do ente querido. E para isso tudo eh feito.
> Visando a uniao de genes isso explica tbem pq o desejo sexual eh enorme.
> ( E eh portanto uma forma do outro perceber se vc realmente o/a ama ).
>
> 2-Amor entre parentes
> O amor entre parentes ( por exemplo filhos ) tambem eh um conjunto de
> regras
> epigeneticas que visam a preservar genes semelhantes aos seus.
> Assim, quanto mais geneticamente proximo a vc for um parente, maior o amor
> que vc
>
> sentirá por ele. Por isso nao seria anormal os pais arriscarem a propria
> vida pela
> dos
> filhos ( caso a situacao o exija ).
>
> 3-Amor fraternal, entre seres da mesma especie ( "amai-vos uns aos
> outros" ).
> Este tipo amor ainda esta em minha prancheta de estudos.
> Basicamente se deve ao fato de que seres da mesma espécie compartilham
> um grande conjunto de genes. Por isso devemos olhar nosso semelhante como
> uma especie de "parente" distante. Falta-me dados quantitativos para que
> eu analise melhor este sentimento.
>
> []s
> jocax
>
> Jairo Santos Vieira wrote:
>
> > Andre.
> > Permita-me discordar de vc.
> > Existe um filosofo Ortega Y Gasset que em seu livro sobre o amor diz que:
> > o amor eh um tema pouco estudado pela filosofia...
> > Na visao de Gasset amar, eh dar sem receber.
> > Fala-se tanto em amor. Amor eh um tema importante na Psicologia. Se
> > psicologia nao eh ciencia entao o que eh?
> > Ateh.
> > Jota.
> > On Mon, 20 Mar 2000, =?Windows-1252?Q?Andr=E9_Roviralta_Dias_Baptista?=
> wrote:
> >
> > > Alô pessoal
> > >
> > >
> > > > Ciencialistas:
> > > >
> > > > Será que o antônimo de amar é odiar? (PhiloX)
> > > >
> > >
> > > Não sei... mas isso não é ciência. Tá na hora de dar um puxão de orelha
> do
> > > pessoal e colocar essa lista nos trilhos novamente...
> > >
> > > abraços,
> > >
> > > André
> > >



SUBJECT: [ciencialist] RES: pregunto
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/03/2000 16:38

Estranho vc perguntar. Há dois dias atrás eu pensei nisso quando vi o filme
"a filha do general", onde eles fazem detecção de esperma com luz
ultravioleta. Há esse esquema também no filme instinto selvagem.
No caso do esperma eu acredito que seja o mesmo princípio da luz negra, que
é refletida pelo branco e absorvida pelo restante, mas não tenho certeza
disso.
No caso do sangue, um professor meu, que era químico, no primeiro ano do
segundo grau me contou de uma substância que se joga por cima por exemplo
de um banco do carro, para ver se ali já teve sangue. Sei que mesmo com o
carro lavado o esquema ainda reage. Ele não disse qual era o químico... até
hoje não sei.

PhiloX

-----Mensagem original-----
De: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
Enviada em: Terça-feira, 21 de Março de 2000 15:11
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] pregunto


Em alguns trabalhos da esposa,4o. ano direito, análises físicas do local do
crime, aparece um texto que usa luz (imagino que seja ultravioleta) para
tornar visível algumas marcas de sangue (que o assassino limpou antes de se
arrancar da cena).
Alguém pode dizer algo sobre isso? Que resíduos são esses do sangue que se
mostram iridescentes (luminescentes?) sob luz ultrovioleta?
[]'s
Léo


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SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: RES: O Amor segundo o Genismo
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/03/2000 17:01


*** No decorrer da história o império romano sempre manteve a quantidade de
conquistas, pela simples vontade de unificar culturalmente o mundo (o mesmo
argumento de hitler, mas sem o racismo).
Hoje em dia os EUA fazem o mesmo, sendo o país com uma das menores taxas de
desemprego do mundo. E onde a população americana tem um grande poder
aquisitivo.
Quanto a sua explicação sobre os bens materiais e animais, a mesma pode
valer para um ser humano amar o outro, descartando a sua explicação por
intermédio do genismo. Ou seja, a introdução dos genes na análise
comportamental é totalmente supérflua, não passando de mero adorno.
A natureza não "raciocina" de acordo com os genes, como vc propõe. Na
evolução, tudo simplesmente aconteceu. As coisas não acontecem por causa da
preservação dos genes. O que aconteceu foi que, os genes preservados,
assumiram tal e tal conformidade de acordo com as diferentes situações pelas
quais a vida passou. Seu eu sou um assassino, vou lá e mato. Então sou preso
e condenado, à morte por exemplo. Com o tempo os assassinos, se tiverem
propensão genética, tenderão a ser eliminados. Isto não significa que a
natureza agiu desta forma por causa dos genes. Significa que os seres que
possuem tais genes, são os que sobreviveram por longo tempo, e obviamente os
genes não existiriam sem a sobrevivência, logo, se uma população sobreviveu,
é porque, de alguma forma, manteve-se viva. O que você propõe é que as
coisas acontecem por causa da preservação genética, o que é um raciocínio
distorcido em cima da evolução.
Se eu tenho a seguinte situação:

Ovelha A: joga uma bola e assovia.
Ovelha B: joga uma bola e fica calado.
Anima: como um coiote, que percebe pelo barulho a presa

Se o coiote, que representa a natureza, mata o indivíduo A, obviamente
sobra o indivíduo B. Neste caso, a natureza acaba selecionando os indivíduos
que não assoviam. Então, eu poderia dizer que há relação causal direta entre
morte e assoviar, sob qualquer circunstância? Eu poderia dizer que o
indivíduo que sobrevive quer preservar seus genes? Ele tem a escolha?
O indivíduo A tem escolha quanto a preservação dos próprios genes? Ou mesmo
a natureza preza pela preservação dos genes deste indivíduo?
Se vc for montar analogias em cima disso, vai perceber que o fato de eu
estar vivo, não tem nada a ver com a natureza ou o homem preservar os genes.
I.e. , se a vida existe, é porque um processo se desenvolveu de uma forma
desde o início, ele é assim (identidade) e não quer dizer que ele seja assim
por causa disso ou daquilo. Os fatores que levaram à seleção genética foram
muitos e a preservação genética é apenas um resultado geral, não a razão-mor
do processo.
O que você faz é colocar este processo sob uma linguagem, estabelecendo
relações de causa e conseqüência que não são "verdades necessárias". Se duas
coisas ocorrem concomitantemente, para haver relação causal, vc precisa
provar que, a segunda não ocorre sem a primeira. Como não é o caso, eu posso
te dar uma infinidade de exemplos onde eu posso querer preservar a vida sem
"PENSAR" ou "ELABORAR A RELAÇÃO CAUSA-CONSEQÜÊNCIA" entre preservar os genes
da humanidade e decidir não matar alguém. E todos sabem que, colocado um
contra exemplo, uma hipótese é invalidada. O que voc6e tenta fazer para em
cima disso re-justificar o seu genismo e justificar a sua primeira hipótese
através de outra, tentando anular o contra-exemplo. Para qualquer nova
hipótese sua, haverá um novo contra-exemplo, e vc inventará uma nova
hipótese. É mais ou menos o que fazem os teólogos.



PhiloX



A guerra pode ser explicada pelas vantagens que o grupo ganhador obtem
ao vencer a disputa : Ganho de territorio e outros (talvez escassos)
recursos
que antes
estavam sob o dominio da tribo rival.

Isso permitiria que os genes da tribo ganhadora aumentassem seu dominio nao
regiao.

O Mesmo acontece com tribos de macacos que guerreiam e matam : controle
de territorio e recursos alimentares, favorecendo a preservacao genetica do
grupo
ganhador.

Note q tais conflitos nao teriam sentido se os recursos
territoriais/alimentares
estivessem
em abundancia, neste caso seria um contra-senso matar membros da mesma
especie.
Mas, a medida q a populacao cresce, fatalmente os recursos se escasseiam.
Entao, do ponto de vista genetico-evolutivo, pode ser vantajoso atacar
tribos
rivais
para conquistar estes escassos recursos ( uma vez que existe maior
compartilhamento
de genes da mesma tribo do que de outras tribos).

As guerras atuais sao , bem no fundo, pelos mesmos motivos : preservacao
genetica.
Por isso eh interessante o ser humano saber o que, na verdade, os guia e,
através deste
conhecimento, tomar consciencia e controlar estes impulsos.

O 5. mandamento do Genismo diz : "Respeite os genes dos outros para ter os
seus

respeitados" .
Assim *SE* todos respeitassem esse mandamento vc nao precisaria
se preocupar em que lado vc estaria ( se do lado perdedor ou vencedor )
pois
nunca seria atacado.

========
Com o genismo explica o amor aos animais e coisas materiais?
O amor aos objetos pode ser explicado pela utilidade que tem ou possam
possuir:
Digamos, por hipotese, que existiam 2 tipos de alelos(genes) nas pessoas
alelo1 - faz com q pessoas nao tenham nenhum amor/ciume/apego aas coisas
materiais
alelo2- faz com q as pessoas tenham este amor/apego aas coisas materiais.

As pessoas q nao tem "amor" aos seus bens ( portadoras do alelo1),
acabam por perde-los , estraga-los ou desfazem-se deles muito mais
facilmente
do que os que possuem o alelo2.
Um bem matrial eh , antes de tudo, um recurso que facilita a vida e
ajuda a sobrevivencia da pessoa. Uma pessoa q possui o bem , portanto, tem +
chances de
sobreviver (ou mesmo dar o bem ao seu filho) , do q a pessoa q nao possui.

Por consegunite pessoas com o alelo2 tem uma vantagem evolutiva em relacao
as
pessoas com o alelo1 . Assim, com o decorrer das geracoes o alelo1
tenderá a diminuir da populacao em relacao ao alelo2 (selecao natural).
Isto explicaria, geneticamente ,o apego aas coisas materiais.

A explicacao com relacao aos animais de estimacao pode ser porque os
encaremos
como um "bem-material" recaindo no caso estudado acima.

[]s
jocax







> -----Mensagem original-----
> De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@spider.uspnet.usp.br]
> Enviada em: Terça-feira, 21 de Março de 2000 09:01
> Para: ciencialist@egroups.com
> Assunto: [ciencialist] O Amor segundo o Genismo
>
> Como o Genismo "ve" o amor?
> O Genismo entende o amor do ponto de vista genético:
>
> 1-Amor entre homens e mulheres
> O amor é um instinto ( sentimento nao diretamente controlado pela razao )
> que
> faz o controle de qualidade das pessoas com quem poderemos vir a ter
filhos.
> Ou, de outro modo, o amor é um conjunto de regras epigeneticas ( tendencia
> de
> comportamento herdado via material genetico ) que faz selecao/escolha do
> parceito mais apto a ter filhos com voce. Este sentimento, que visa a
uniao
> de
> genes,
> busca portanto, a conquista do ente querido. E para isso tudo eh feito.
> Visando a uniao de genes isso explica tbem pq o desejo sexual eh enorme.
> ( E eh portanto uma forma do outro perceber se vc realmente o/a ama ).
>
> 2-Amor entre parentes
> O amor entre parentes ( por exemplo filhos ) tambem eh um conjunto de
> regras
> epigeneticas que visam a preservar genes semelhantes aos seus.
> Assim, quanto mais geneticamente proximo a vc for um parente, maior o
amor
> que vc
>
> sentirá por ele. Por isso nao seria anormal os pais arriscarem a propria
> vida pela
> dos
> filhos ( caso a situacao o exija ).
>
> 3-Amor fraternal, entre seres da mesma especie ( "amai-vos uns aos
> outros" ).
> Este tipo amor ainda esta em minha prancheta de estudos.
> Basicamente se deve ao fato de que seres da mesma espécie compartilham
> um grande conjunto de genes. Por isso devemos olhar nosso semelhante como
> uma especie de "parente" distante. Falta-me dados quantitativos para que
> eu analise melhor este sentimento.
>
> []s
> jocax
>
> Jairo Santos Vieira wrote:
>
> > Andre.
> > Permita-me discordar de vc.
> > Existe um filosofo Ortega Y Gasset que em seu livro sobre o amor diz
que:
> > o amor eh um tema pouco estudado pela filosofia...
> > Na visao de Gasset amar, eh dar sem receber.
> > Fala-se tanto em amor. Amor eh um tema importante na Psicologia. Se
> > psicologia nao eh ciencia entao o que eh?
> > Ateh.
> > Jota.
> > On Mon, 20 Mar 2000, =?Windows-1252?Q?Andr=E9_Roviralta_Dias_Baptista?=
> wrote:
> >
> > > Alô pessoal
> > >
> > >
> > > > Ciencialistas:
> > > >
> > > > Será que o antônimo de amar é odiar? (PhiloX)
> > > >
> > >
> > > Não sei... mas isso não é ciência. Tá na hora de dar um puxão de
orelha
> do
> > > pessoal e colocar essa lista nos trilhos novamente...
> > >
> > > abraços,
> > >
> > > André
> > >


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SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: filosofia do gostar
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/03/2000 17:07

> A definição de uma palavra deve ser sempre restrita à funcionalidade do
> campo em que ela é abordada. Quando aprendemos a conversar, não é necessário
> que saibamos a definição exata de uma palavra para que a entendamos em cada
> frase que ela se encaixa. O mesmo vale para o amor, inteligência, etc, como
> definições científicas ou filosóficas no maior contexto possível.

uma coisa eh um papo sem compromissos - outra coisa eh filosofar
'seriamente' em cima. se nao se sabe sobre o q. estah se falando nao se
pode ter muito mais do q. a propria ignorancia como tema: nao ha
objetividade se se comeca a discutir xis sendo q. pra fulano xis quer
dizer uma coisa e pra sicrano esse xis quer dizer outra coisa - o primeiro
passo eh tentar acordar o q. significa xis pra cada um: se nao houver
consenso ao menos serah possivel elaborar (ou tentar elaborar) um esquema
de conversao dentro de cada conceito/definicao.

qdo vc chamou a atencao para a questao dos antonimos era exatamente a
explicitacao da nossa ignorancia.

aquela 'definicao' de amor q. postei eh obviamente uma provocacao apenas -
mas eqto nao se tiver uma base inicial a partir do qual trabalhar a
questao nao poderah ser respondida/trabalhada satisfatoriamente.

*se* o amor (ou o estado mental de amor) pudesse ser definido como naquela
provocacao: qtdade de uma substancia acima de um nivel basal, o oposto
poderia ser definido como uma qtdade abaixo desse nivel. mas eqto o amor
puder ser qq coisa, qq coisa tbm vai poder ser seu antonimo - no dominio
exclusivo da linguagem eh/me parece pouco provavel, no entanto, q. se
atinja uma definicao/conceituacao precisa.

[]s,

roberto takata




SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: RES: O Amor segundo o Genismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/03/2000 18:44

> *** No decorrer da história o império romano sempre manteve a quantidade de
> conquistas, pela simples vontade de unificar culturalmente o mundo (o mesmo
> argumento de hitler, mas sem o racismo).
> Hoje em dia os EUA fazem o mesmo, sendo o país com uma das menores taxas de
> desemprego do mundo. E onde a população americana tem um grande poder
> aquisitivo.
>

Note que, muito embora as necessidades iniciais podem nao mais existir, o
instinto permanece. Assim, antigos grupos de homideos que tinham uma tendencia
genetica para a conquista de outras tribos ( q nao tinham esta tendencia guerreira )
iam conquistando mais e mais territorios e poder.

Com o decorrer das geracoes estes "genes guerreiros e dominadores" acabaram se
proliferando e espalhando-se para toda a populacao e por isso todos nos devemos te-los.

Assim , quando um lider sente que seu povo tem uma forca superior em relacao aa
outros povos eh bem possivel que tais instintos geneticos exercam irresistivel
pressao para a dominacao do povo mais fraco.



> Quanto a sua explicação sobre os bens materiais e animais, a mesma pode
> valer para um ser humano amar o outro, descartando a sua explicação por
> intermédio do genismo.

Vc nao entendeu, o Genismo nao eh uma explicacao,eh uma doutrina.
A explicacao dos preceitos do Genismo eh o NeoDarwinismo ( a teoria da
evolucao+ genetica).
A explicacao dos bens materiais nao se adequa para o caso humano pq
o homem nao eh submetido aa outro para ser util a ele como uma ferramenta.
( na epoca da escravidao poderia ser diferente )
Pois neste caso o outro ser humano, subjugado, nao iria tolerar e assim nao seria util
ao primeiro ( como um bem material ) .


> Ou seja, a introdução dos genes na análise
> comportamental é totalmente supérflua, não passando de mero adorno.

Nao sei pq vc diz q eh superflua,
em ambos os casos eu usei os genes para explicar o comportamento,
sendo portanto essenciais em ambas analises.



>
> A natureza não "raciocina" de acordo com os genes, como vc propõe.

Vc percebe q vc usa a mesma tecnica "personificadora", q vc esta criticando, que eu ??
Vc escreve a natureza nao "raciocina" pq sabe q isso eh + facil de entender
do que se explicasse de um modo + formal.
Eu tambem qdo digo q os genes "querem" se perpetuar o faco da mesma maneira:
Eles agem no sentido de sua preservacao. Logico q eles nao pensam e nao sentem.
Os genes nao tem cerebro nem sistema nervoso !
MAS eles nos criaram com cerebro e sistema nervoso de modo que , como disse Dawkins,
eles de certo modo nos "controlam" COMO SE ELES TIVESSEM ESTA
INTENCAO. Por isso qdo digo q os genes querem alguma coisa fica subentendido
que querem = "querem" , isto eh, nossa codificacao genetica esta construida de modo
a maximizar a preservacao genetica.



> Na
> evolução, tudo simplesmente aconteceu. As coisas não acontecem por causa da
> preservação dos genes. O que aconteceu foi que, os genes preservados,
> assumiram tal e tal conformidade de acordo com as diferentes situações pelas
> quais a vida passou. Seu eu sou um assassino, vou lá e mato. Então sou preso
> e condenado, à morte por exemplo. Com o tempo os assassinos, se tiverem
> propensão genética, tenderão a ser eliminados. Isto não significa que a
> natureza agiu desta forma por causa dos genes. Significa que os seres que
> possuem tais genes, são os que sobreviveram por longo tempo, e obviamente os
> genes não existiriam sem a sobrevivência, logo, se uma população sobreviveu,
> é porque, de alguma forma, manteve-se viva. O que você propõe é que as
> coisas acontecem por causa da preservação genética, o que é um raciocínio
> distorcido em cima da evolução.

Eh o q eu estava explicando acima. Atualmente , depois de 4 bilhoes de anos de
evlucao, podemos dizer que os genes nos codificaram EXATAMENTE COMO
se eles quisessem sobreviver.
Para nos eh *isso* q eh importante ter em mente.


>
> Se eu tenho a seguinte situação:
>
> Ovelha A: joga uma bola e assovia.
> Ovelha B: joga uma bola e fica calado.
> Anima: como um coiote, que percebe pelo barulho a presa
>
> Se o coiote, que representa a natureza, mata o indivíduo A, obviamente
> sobra o indivíduo B. Neste caso, a natureza acaba selecionando os indivíduos
> que não assoviam. Então, eu poderia dizer que há relação causal direta entre
> morte e assoviar, sob qualquer circunstância? Eu poderia dizer que o
> indivíduo que sobrevive quer preservar seus genes?

Ele age exatemente como se quisesse. E *isto* q eh importante saber.
Ao longo do tempo os genes q ajudaram a preservar quem os possuissem sbreviveram
e agora somo tudo e todos um amontoado de genes que "QUEREM" se perpetuar.


> Ele tem a escolha?

> O indivíduo A tem escolha quanto a preservação dos próprios genes?

A Ovelha nao sei , mas NOS teremos escolha. O Genismo mostra isso.



> Ou mesmo
> a natureza preza pela preservação dos genes deste indivíduo?

Qual o sentido desta pergunta ?
VC NAO DEVERIA POR PREZA ENTRE ASPAS TAMBEM? ( como vc me acusa
de nao faze-lo qdo eu digo q os genes querem? )


>
> Se vc for montar analogias em cima disso, vai perceber que o fato de eu
> estar vivo, não tem nada a ver com a natureza ou o homem preservar os genes.

Tem SIM, pq vc AINDA NAO PERCEBEU q vc foi contruido com exatamente
esta "INTENÇÃO" ( propositadamente com aspas para vc entender )

>
> I.e. , se a vida existe, é porque um processo se desenvolveu de uma forma
> desde o início, ele é assim (identidade) e não quer dizer que ele seja assim
> por causa disso ou daquilo. Os fatores que levaram à seleção genética foram
> muitos e a preservação genética é apenas um resultado geral, não a razão-mor
> do processo.

EU diria que 99,9999999999% dos fatores filtraram os genes que passaram pelo crivo:
sobrevivencia e reproducao de genes . Os genes q prejudicassem ou nao satisfizessem
estes filtros foram eliminados ! Por isso vc eh um amontoado de genes que quer isso
sobreviver e reproduzir seus genes. Soh q vc nao sabe disso.



>
> O que você faz é colocar este processo sob uma linguagem, estabelecendo
> relações de causa e conseqüência que não são "verdades necessárias". Se duas
> coisas ocorrem concomitantemente, para haver relação causal, vc precisa
> provar que, a segunda não ocorre sem a primeira.

Engano , a segunda pode acontecer sem a primeira e nao necessariamente isso
impede de uma relacao causal da primeira com a segunda. Ex:
Se vc chuta a bola rola. Mas a bola pode rolar *sem* q vc chute.
Para estabelecer uma relacao causal vc precisa provar q ocorrendo uma
a outra ocorre como consequencia.


> Como não é o caso, eu posso
> te dar uma infinidade de exemplos onde eu posso querer preservar a vida sem
> "PENSAR" ou "ELABORAR A RELAÇÃO CAUSA-CONSEQÜÊNCIA" entre preservar os genes
> da humanidade e decidir não matar alguém.

Os genes "querem" ser preservados a nivel de individuo principalmente.
Ele nao agem a "pensando" nivel de humanidade. Nos sim deveremos faze-lo.



> E todos sabem que, colocado um
> contra exemplo, uma hipótese é invalidada. O que voc6e tenta fazer para em
> cima disso re-justificar o seu genismo e justificar a sua primeira hipótese
> através de outra, tentando anular o contra-exemplo. Para qualquer nova
> hipótese sua, haverá um novo contra-exemplo, e vc inventará uma nova
> hipótese. É mais ou menos o que fazem os teólogos.
>

O q eh um contra exemplo se eu digo que 60% dos paulistanos querem o
impeachment do Pitta?
Qdo eu digo q os genes "querem" se preservar estou falando de 99,99999%
da populacao. Obviamente podem existir algumas pessoas-mutantes
com genes que as levem ( instintivamente ) a nao querer faze-lo.
Note q nao estou falando de cultura!
Vc pode ter uma cultura que prega o suicidio coletivo e mata todos os teus genes.
O Genismo vem justamente para evitar q vc adote culturas q vao "contra"
os genes.

[]s
jocax



>
> PhiloX
>
> A guerra pode ser explicada pelas vantagens que o grupo ganhador obtem
> ao vencer a disputa : Ganho de territorio e outros (talvez escassos)
> recursos
> que antes
> estavam sob o dominio da tribo rival.
>
> Isso permitiria que os genes da tribo ganhadora aumentassem seu dominio nao
> regiao.
>
> O Mesmo acontece com tribos de macacos que guerreiam e matam : controle
> de territorio e recursos alimentares, favorecendo a preservacao genetica do
> grupo
> ganhador.
>
> Note q tais conflitos nao teriam sentido se os recursos
> territoriais/alimentares
> estivessem
> em abundancia, neste caso seria um contra-senso matar membros da mesma
> especie.
> Mas, a medida q a populacao cresce, fatalmente os recursos se escasseiam.
> Entao, do ponto de vista genetico-evolutivo, pode ser vantajoso atacar
> tribos
> rivais
> para conquistar estes escassos recursos ( uma vez que existe maior
> compartilhamento
> de genes da mesma tribo do que de outras tribos).
>
> As guerras atuais sao , bem no fundo, pelos mesmos motivos : preservacao
> genetica.
> Por isso eh interessante o ser humano saber o que, na verdade, os guia e,
> através deste
> conhecimento, tomar consciencia e controlar estes impulsos.
>
> O 5. mandamento do Genismo diz : "Respeite os genes dos outros para ter os
> seus
>
> respeitados" .
> Assim *SE* todos respeitassem esse mandamento vc nao precisaria
> se preocupar em que lado vc estaria ( se do lado perdedor ou vencedor )
> pois
> nunca seria atacado.
>
> ========
> Com o genismo explica o amor aos animais e coisas materiais?
> O amor aos objetos pode ser explicado pela utilidade que tem ou possam
> possuir:
> Digamos, por hipotese, que existiam 2 tipos de alelos(genes) nas pessoas
> alelo1 - faz com q pessoas nao tenham nenhum amor/ciume/apego aas coisas
> materiais
> alelo2- faz com q as pessoas tenham este amor/apego aas coisas materiais.
>
> As pessoas q nao tem "amor" aos seus bens ( portadoras do alelo1),
> acabam por perde-los , estraga-los ou desfazem-se deles muito mais
> facilmente
> do que os que possuem o alelo2.
> Um bem matrial eh , antes de tudo, um recurso que facilita a vida e
> ajuda a sobrevivencia da pessoa. Uma pessoa q possui o bem , portanto, tem +
> chances de
> sobreviver (ou mesmo dar o bem ao seu filho) , do q a pessoa q nao possui.
>
> Por consegunite pessoas com o alelo2 tem uma vantagem evolutiva em relacao
> as
> pessoas com o alelo1 . Assim, com o decorrer das geracoes o alelo1
> tenderá a diminuir da populacao em relacao ao alelo2 (selecao natural).
> Isto explicaria, geneticamente ,o apego aas coisas materiais.
>
> A explicacao com relacao aos animais de estimacao pode ser porque os
> encaremos
> como um "bem-material" recaindo no caso estudado acima.
>
> []s
> jocax
>
> > -----Mensagem original-----
> > De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@spider.uspnet.usp.br]
> > Enviada em: Terça-feira, 21 de Março de 2000 09:01
> > Para: ciencialist@egroups.com
> > Assunto: [ciencialist] O Amor segundo o Genismo
> >
> > Como o Genismo "ve" o amor?
> > O Genismo entende o amor do ponto de vista genético:
> >
> > 1-Amor entre homens e mulheres
> > O amor é um instinto ( sentimento nao diretamente controlado pela razao )
> > que
> > faz o controle de qualidade das pessoas com quem poderemos vir a ter
> filhos.
> > Ou, de outro modo, o amor é um conjunto de regras epigeneticas ( tendencia
> > de
> > comportamento herdado via material genetico ) que faz selecao/escolha do
> > parceito mais apto a ter filhos com voce. Este sentimento, que visa a
> uniao
> > de
> > genes,
> > busca portanto, a conquista do ente querido. E para isso tudo eh feito.
> > Visando a uniao de genes isso explica tbem pq o desejo sexual eh enorme.
> > ( E eh portanto uma forma do outro perceber se vc realmente o/a ama ).
> >
> > 2-Amor entre parentes
> > O amor entre parentes ( por exemplo filhos ) tambem eh um conjunto de
> > regras
> > epigeneticas que visam a preservar genes semelhantes aos seus.
> > Assim, quanto mais geneticamente proximo a vc for um parente, maior o
> amor
> > que vc
> >
> > sentirá por ele. Por isso nao seria anormal os pais arriscarem a propria
> > vida pela
> > dos
> > filhos ( caso a situacao o exija ).
> >
> > 3-Amor fraternal, entre seres da mesma especie ( "amai-vos uns aos
> > outros" ).
> > Este tipo amor ainda esta em minha prancheta de estudos.
> > Basicamente se deve ao fato de que seres da mesma espécie compartilham
> > um grande conjunto de genes. Por isso devemos olhar nosso semelhante como
> > uma especie de "parente" distante. Falta-me dados quantitativos para que
> > eu analise melhor este sentimento.
> >
> > []s
> > jocax
> >
> > Jairo Santos Vieira wrote:
> >
> > > Andre.
> > > Permita-me discordar de vc.
> > > Existe um filosofo Ortega Y Gasset que em seu livro sobre o amor diz
> que:
> > > o amor eh um tema pouco estudado pela filosofia...
> > > Na visao de Gasset amar, eh dar sem receber.
> > > Fala-se tanto em amor. Amor eh um tema importante na Psicologia. Se
> > > psicologia nao eh ciencia entao o que eh?
> > > Ateh.
> > > Jota.
> >



SUBJECT: [ciencialist] tempo
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/03/2000 19:26

Ciencialistas,
assim entendo o tempo:

Tempo e Medida do Tempo

Tempo é um conjunto de fenômenos considerados sucessivamente. Sempre
que se considera um fenômeno antes ou depois de outro, surge a noção
de tempo.

O tempo não existe na natureza: quando procuramos o tempo presente ele
já é passado (apenas memória) ou, então, ainda é futuro (mera
expectativa).

O tempo não existe por aí, como existem abóboras, caracóis e cometas;
ele é apenas um conceito dentro da mente humana, assim como a reta, o
número 2, os mitos, etc. Por isso é tolice falar em viagens através do
tempo: os "crononautas" nunca existirão!

A medida do tempo é função da observação de movimentos uniformes:
rotação da terra, fases da lua, ponteiros do relógio, etc. Medida do
tempo é a relação (comparação) entre o movimento uniforme tomado como
referência e os fatos observados.

[]'s

Douglas








SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: pregunto
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/03/2000 21:22

Marcia (esposa), como disse, está no 4o. ano de Direito e uma das matérias é
Medicina-Legal. O tema que está sendo estudado atualmente é Técnica de
Laboratório Médico - Legal de Hilário Veiga de Carvalho e Marco Segre -
Saraiva - 1978 - Capítulo VIII.
Como participo das labutas da esposa e vice-versa (ela já é Química-USP),
discutimos isso (e um monte de tranqueiras do Direito - não entendo como tem
gente que pode afirmar que Direito é Ciência). Os textos não são
suficientemente claros no aspecto físico e peca por falta de detalhes
importantes ou outras fontes de referência.
Sobre o comentário do filme, não o assisti, mas a esposa comentou outros
filmes nos quais o 'bandido' limpa direitinho a cena e, aparentemente, nada
dá a perceber mas, com a tal luz passa-se a perceber os locais onde o sangue
foi 'lavado'. Como coisa de filme não se pode acreditar muito, fiz a
pergunta via ciencialist.

Coisas de filmes são estranhas: Já vi 1/2 dúzia de filmes onde o 'bandidão'
joga um radinho, um ventilador, um relógio elétrico dentro da banheira onde
a mocinha acabou de entrar (água torneiral) e ela é facilmente eletrocutada.
A piscina de um dos clubes da cidade tem holofotes internos. Alguns
holofotes estão com o vidro quebrado, a lâmpada queimada e, interessante,
ninguém reclama (os demais holofotes continuam funcionando).

[]'s
Léo
-------------------------
-----Mensagem Original-----
De: Rodrigo F. Viecilli <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 21 de março de 2000 16:38
Assunto: [ciencialist] RES: pregunto


Estranho vc perguntar. Há dois dias atrás eu pensei nisso quando vi o filme
"a filha do general", onde eles fazem detecção de esperma com luz
ultravioleta. Há esse esquema também no filme instinto selvagem.
No caso do esperma eu acredito que seja o mesmo princípio da luz negra, que
é refletida pelo branco e absorvida pelo restante, mas não tenho certeza
disso.
No caso do sangue, um professor meu, que era químico, no primeiro ano do
segundo grau me contou de uma substância que se joga por cima por exemplo
de um banco do carro, para ver se ali já teve sangue. Sei que mesmo com o
carro lavado o esquema ainda reage. Ele não disse qual era o químico.. até
hoje não sei.

PhiloX





SUBJECT: [ciencialist] Re: pregunto
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/03/2000 21:59

grande parte das propriedades de absorcao de UV e fluorescencia das
proteinas sob essa faixa se dah pelo grupo fenol da tirosina e dos grupos
aromaticos da fenilalanina e do triptofano (os aminoacidos q. portam
derivados de anel benzenicos em sua estrutura).

[]s,

roberto takata

On Tue, 21 Mar 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:

> Alguém pode dizer algo sobre isso? Que resíduos são esses do sangue que se
> mostram iridescentes (luminescentes?) sob luz ultrovioleta?





SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: filosofia do gostar
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/03/2000 08:45

> Inteligência emocional - ADOTEI.
>
> `***Tbém não é pra tanto. Esse negócio de inteligência emocional provocou
> uma perplexidade generalizada na população intelectual.
> Em primeiro lugar, ao autor deste livro eu não daria crédito só por ter
> colocado o título de PhD antes do nome, no livro. Nunca confie num livro de
> alguém que coloque a titulação antes do nome.

Eu diria q isto eh o q se pode chamar, literalmente, de preconceito.
Alem do + quem disse q aideia nao foi do editor que convenceu o autor q
dessa maneira venderia mais ?


>
> Nós sempre utilizamos a palavra inteligência na linguagem aplicada a várias
> situações, onde se incluem cultura, esperteza (capacidade de contornar bem
> uma situação), resolução de problemas, etc. Agora, só porque um indivíduo
> escreve um livro que serve de subterfúgio para os intelectualmente excluídos
> tornarem-se subitamente "inteligentes", o pessoal acaba adotando essa
> chamada inteligência emocional.

Nao creio, e na verdade isto q vc disse me parece eh um contrasenso:
Quem adotou o conceito sao justamente os intelectuais e pesquisadores da area e por
isso uma comunidade que deve ter uma inteligencia acima da media normal da populacao.
O povo, em geral, nem sabe o q significa este conceito.
Eu acredito q o conceito se firmou pois aborda uma forma de inteligencia que
nao era muito reconhecida e mostra q ela pode ser determinante no sucesso
pessoal e/ou profissional do ser humano. O q por si eh um forte motivo para q seja
pesquisada + a fundo.


> A linguagem nunca funcionou assim. Esse
> indivíduo me soa como um corrupto da filosofia e da psicologia séria.

Eh natural, e ateh mesmo importante, que haja reacao quando se tenta abrir
um novo ramo ou ampliar conceitos ja existentes de um ramo do conhecimento.
Mas no caso eu acho q este conceito veio para ficar pois aborda um aspecto
importante da psicologia humana.


>
> Capacidade de relacionamento e estabilidade emocional pode ajudar um
> indivíduo a resolver problemas, mas de forma alguma precisa ser uma forma de
> inteligência para ter credibilidade.

Nao deixa de ser uma forma de inteligencia assim como outras : raciocinio logico,
capacidade de abstracao, memoria, criatividade, aprendizagem, raciocinio espacial,
racioconio verbal etc....


> Isso é extrapolar os absurdos que fazem
> à linguagem, colocando o que já é confuso no terreno da filosofia da mente
> para mais confusão ainda. Se você fizer um mapeamento cerebral das regiões
> envolvidas com o raciocínio, principalmente o córtex, e das regiões
> envolvidas com as emoções (lobo frontal principalmente), já vai ver que na
> origem as coisas já aparecem diferenciadas.

Sim, assim como o raciocinio verbal deve estar mapeado em lugar diferente
do raciocinio espacial q esta mapeado em lugar diferente do raciocinio numerico
que por sua vez esta....mapeado em lugar diferente da area da inteligencia emocional !

Qual o problema?

> Você pode dizer, olha, esse indivíduo aqui é muitíssimo inteligente, mas é
> totalmente deslocado da sociedade, tem sérios problemas emocionais. Imagine
> vc dizendo, da mesma pessoa "esse cara é medianamente inteligente", o que
> teoricamente daria no mesmo... se ambas fossem formas de inteligência.

Quando se diz/dizia q uma pessoa eh inteligente ( a nivel de QI ) isso significa/va
que a media de seu teste de aptidao nas varias modalidades de raciocinio era alta.
Contudo, nao se poderia extrapolar que o individuo fosse inteligente em todos os
testes.
Ele poderia ser um genio em raciocinio numerico e uma pessoa normal em raciocinio
verbal
por exemplo.
Assim qdo se diz q uma pessoa tem um QI elevado isso significa q ela tem um alto grau
de aptidao em um ou varios dos testes que sao feitos para medir estas aptidoes.
Se o QE vier a participar do QI deveremos ser cautelosos em extrapolar em q
tipo de raciocinio o individuo eh bom.
Eu acredito q o + provavel eh q irao existir duas medidas o QI ( tradicional ) e o QE
( inteligencia emocional ).



> Mas
> isso é apenas uma das formas de absurdo que isso pode gerar. Newton, por
> exemplo, mal se relacionava com mulheres ou mesmo homens, mas todos devem
> concordar que era muito inteligente, ponto.

Ele deveria ter altisssssimo QI e baixissimo QE.
Como hoje em dia genios sao muuuiitto raros o fator mais importante e
talvez determinante para o sucesso profissional e pessoal de uma pessoa esta muito
mais no
QE do que no QI.


> Há outros inúmeros exemplos.
> As empresas sempre consideraram o problema de capacidade de relacionamento
> e trabalhar em grupo, para selecionar os profissionais para determinada
> situação.

E isto esta diretamente relacionado ao QE, por isso eh importante:
Nao adianta para a empresa o cara ter alto QI se nao consegue se relacionar
com seu grupo de trabalho (baixo QE ).


>
> A única utilidade deste conceito parece ser mesmo a de enriquecer o autor,
> enriquecer o ego daqueles que sempre se sentiram inferiorizados quanto à
> inteligência, ou completar a perplexidade psicológica e filosófica dos
> intelectuais mal informados.

Nao creio pelas razoes expostas. Mas, de qqr modo , a comunidade cientifica
sabera separar o "joio de trigo" e avaliar o papel do QE dentro da psicologia humana.


> Não é à toa que a igreja universal está cheia
> de cientistas e intelectuais, assim como aquelas seitas apocalípticas
> americanas. Hoje em dia se acredita em qualquer um , com ou sem argumentos,
> desde que fale tudo com convicção.
>

Concordo, e isto esta relacionado aas regras epigeneticas do cerebro humano.

[]s
jocax





SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: filosofia do gostar
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/03/2000 10:10

> alguém que coloque a titulação antes do nome.

>>Eu diria q isto eh o q se pode chamar, literalmente, de preconceito.
Alem do + quem disse q aideia nao foi do editor que convenceu o autor q
dessa maneira venderia mais ?<<

Isso é uma verdade. Editores sabem que o público dá 'mais valor' quando há
algum título precedendo o nome. Já passei por essa fase nos meus livros. Até
os médicos, veterinários, oftalmos etc. sabem que na sala de espera deve
ficar aquele diplomão pendurado na parede. Se vc observar os textos
veiculados pelos JCEmail, jornais, revistas etc. verá que essa é uma praxe
comum; colocar o título para dar ao texto 'sinal de alta respeitabilidade'.
É de bom tom não usar dessa técnica em listas como a nossa (e eu,
inadivertidamente, já levei um tropeção nisso, em outra lista ... e não há
como desculpar-se).


[]'s
Léo




SUBJECT: [ciencialist] Mensagens do alem
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/03/2000 10:22

Se vcs querem ver como a 'titulação' entra prá valer, para o público que
gosta de conversar com as 'almas' ou coisas do gênero, via gravador de k7,
veja o site:

http://www.geocities.com/Athens/Acropolis/9045/index.html

A coisa tem toda a 'áura' científica.

[]'s
Léo



SUBJECT: [ciencialist] Re: pregunto
FROM: LRB@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/03/2000 12:22

On Tue, 21 Mar 2000, Roberto Mitsuo Takata wrote:
> grande parte das propriedades de absorcao de UV e fluorescencia das
> proteinas sob essa faixa se dah pelo grupo fenol da tirosina e dos grupos
> aromaticos da fenilalanina e do triptofano (os aminoacidos q. portam
> derivados de anel benzenicos em sua estrutura).
> []s,
> roberto takata

Com a analise da estrutura de um composto organico eh possivel prever
aproximadamente a regiao do espectro na qual haverah absorcao.
Nos compostos organicos o que indica que, provavelmente, este possua
cor (no caso, regiao do visivel) eh a presenca de varias ligacoes
duplas com possibilidade de ressonancia e tambem a presenca de grupos
chamados de cromoforos e auxocromos.

Em uma discussao de bar alguns amigos estavam se perguntando o porque
de ser proibido tirar fotos de interior de igrejas, e eu expliquei que
*provavelmente* seria devido ao fato de que a luz do flash poderia causar
degradacao dos pigmentos devido ao rompimento das ligacoes duplas.
Inventei esta explicacao porque associei o fato de que varios
objetos quando expostos demasiadamente ao sol acabam desbotando.

Lembro que pigmentos derivados de oxidos metalicos possuem outra
explicacao para a existencia da cor e estah ligada aos subniveis d e a
teoria dos campos cristalinos. Soh nao me peca pra explicar essa
doideira. :)

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna


SUBJECT: [ciencialist] Dica importante. (administrativa)
FROM: LRB@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/03/2000 12:42


Atraves da pagina do Egroups ( http://www.egroups.com/list/ciencialist/
) eh possivel se fazer uma procura em todas as mensagens que circularam
pela lista desde a sua criacao (+ de 4200).

Isto pode ser feito no item MESSAGES. No lado direito da tela existe um
campo para digitar e o botao SEARCH, portanto eh soh colocar qualquer
palavra e mandar o sistema procurar.


Ateh mais.
Qualquer duvida mande um mail para lrb@if.ufrgs.br .

Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: pregunto
FROM: "Daniel Sottomaior Pereira" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 22/03/2000 15:01

> Coisas de filmes são estranhas: Já vi 1/2 dúzia de filmes onde o
'bandidão'
> joga um radinho, um ventilador, um relógio elétrico dentro da
banheira onde
> a mocinha acabou de entrar (água torneiral) e ela é facilmente
eletrocutada.
> A piscina de um dos clubes da cidade tem holofotes internos. Alguns
> holofotes estão com o vidro quebrado, a lâmpada queimada e,
interessante,
> ninguém reclama (os demais holofotes continuam funcionando).


Já pensei bastante sobre ese assunto. O que me parece acontecer é que
evidentemente há corrente passando pelas pessoas, mas pequena demais,
posto que o corpo tem uma superfície relativamente isolante. Além
disso, estando a fase em contato com a água, como suponho, el
praticamente etaria em contato com a Terra, e imagino que o potencial
em volta do fio caísse rapidamente a zero na proximidades dele. O fato
de haver um fio terra logo ao lado colabora fortemente com isso, se nao
for o efeito predominante.


Daniel



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: RES: RES: O Amor segundo o Genismo
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/03/2000 15:26


>
> O que você faz é colocar este processo sob uma linguagem,
estabelecendo
> relações de causa e conseqüência que não são "verdades necessárias". Se
duas
> coisas ocorrem concomitantemente, para haver relação causal, vc precisa
> provar que, a segunda não ocorre sem a primeira.

Engano , a segunda pode acontecer sem a primeira e nao necessariamente isso
impede de uma relacao causal da primeira com a segunda. Ex:
Se vc chuta a bola rola. Mas a bola pode rolar *sem* q vc chute.
Para estabelecer uma relacao causal vc precisa provar q ocorrendo uma
a outra ocorre como consequencia.

*** Não. Você precisar estudar lógica. Não acontece sempre que seu eu chutar
uma bola, ela vai rolar. Por exemplo, se houver uma parede na frente, ela
não rola, logo, chutar a bola não é uma causa para que ela role. Isto
porque, justamente, o chute não é a causa da bola se movimentar e sim a
força resultante sobre ela. Isso é básico. :/
Eu posso dizer: para uma bola começar a rolar a partir do repouso, é
necessário que haja uma força resultante (causa).
E esta bola não pode sair do repouso sem haver força resultante diferente de
zero, exceto se já estiver em movimento uniforme num espaço sem atrito, mas
isso não vem ao caso neste exemplo do chute. Isto tudo está implícito na
dinâmica e cinemática newtoniana. Escreva numa prova de física que a causa
do movimento da bola é o chute. Daí veremos como o seu professor avalia esta
relação causal (:



> Como não é o caso, eu posso
> te dar uma infinidade de exemplos onde eu posso querer preservar a vida
sem
> "PENSAR" ou "ELABORAR A RELAÇÃO CAUSA-CONSEQÜÊNCIA" entre preservar os
genes
> da humanidade e decidir não matar alguém.

Os genes "querem" ser preservados a nivel de individuo principalmente.
Ele nao agem a "pensando" nivel de humanidade. Nos sim deveremos faze-lo.

***Como você estabelece a relação então entre estes genes simplesmente
estarem aí e nós agirmos desta forma? Porque vc diz que DEVEMOS agir assim
ou assado por causa dos nossos genes? Se isto já está codificado a acontecer
desta ou daquela forma, qual o papel que um gene tem, exceto o de comandar
tais e tais reações? Não são todas as minhas ações resultado dos genes, pois
eu interajo com o restante da natureza, não sou o seu mestre. Se eu
sobrevivo, é óbvio que os meus genes passam de uma pessoa para outra. Meus
genes podem determinar (no sentido de la mettrie), que meu corpo responde
desta forma ao sexo, isto é natural, não é planejado. A seleção natural não
atua logicamente e sim do modo como é DETERMINADO pelas circunstâncias.
Desta forma, se 1+1=2, não quer dizer que o 1 é causa do 2 existir.



> E todos sabem que, colocado um
> contra exemplo, uma hipótese é invalidada. O que voc6e tenta fazer para em
> cima disso re-justificar o seu genismo e justificar a sua primeira
hipótese
> através de outra, tentando anular o contra-exemplo. Para qualquer nova
> hipótese sua, haverá um novo contra-exemplo, e vc inventará uma nova
> hipótese. É mais ou menos o que fazem os teólogos.
>

O q eh um contra exemplo se eu digo que 60% dos paulistanos querem o
impeachment do Pitta?

*** Hipótese: 60% dos paulistanos querem o impeachment do PItta (digamos que
vc tenha entrevistado todos que morem em SP).
Então eu refaço a pesquisa e descubro que vc esqueceu de um paulistano, que
mora no Rio de Janeiro, e que não quer o impeachment do Pitta. Isto é um
contra exemplo, já que sua estatística se modifica. Mas o que isso tem a
ver?


Qdo eu digo q os genes "querem" se preservar estou falando de 99,99999%
da populacao. Obviamente podem existir algumas pessoas-mutantes
com genes que as levem ( instintivamente ) a nao querer faze-lo.

*** Olha, o que vc tem que entender, é que se por uma mutação que aconteceu,
por exemplo, um homem passou a sentir prazer na relação sexual por exemplo,
não quer dizer que esta mutação tenha ocorrido de propósito. Ela ocorreu, e
então estes genes deste homem foram passados pra frente, o que é uma
conseqüência natural para o fato, já que o fato de ter aparecido esta
mutação que determina está característica favorece a reprodução humana. No
entanto, podem ter havido por exemplo, mutações que provocam característica
de dor na relação sexual. E os genes não tem "preferência" por uma ou outra,
elas simplesmente acontecem e são selecionadas no ambiente. Logo, não há
relação causal entre preservação genética inerente aos genes, supondoq ue
isto exista, e o fato de o homem continuar se reproduzindo. Ou seja, não é
verdade que existindo o gene, tal indivíduo vai se auto-preservar. Um outro
exemplo é de animais como o louva-deus e certas espécies de aranha, que
devoram o parceiro após a cópula. Isto mostra que certas condições
ambientais são decisivas e não o seu fator ilusório de auto preservação
inerente ao seu genismo.


Note q nao estou falando de cultura!
Vc pode ter uma cultura que prega o suicidio coletivo e mata todos os teus
genes.
O Genismo vem justamente para evitar q vc adote culturas q vao "contra"
os genes.

*** Tudo bem, se vc quer tomar como uma religião. Mas não coloque isto como
tendo base científica ou lógica, porque não tem. Vc utiliza dados
científicos para seu dogma, mas não há relação causal entre o dado e o seu
dogma.

PhiloX


[]s
jocax





SUBJECT: [ciencialist] RES: tempo
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/03/2000 15:26

Concordo com a sua visão, mas com ressalvas. Mesmo assim, é complicado dizer
que "o tempo não existe na natureza" , como se nossa compreensão estivesse
exterior a ela.
Se eu digo "O tempo existe, olhe ali aquele relógio", estou falando algo com
sentido.
Mas, no âmbito da física, tendo a concordar que, no sentido que costumamos
utilizar para a palavra existir (que em alguns aspectos da física quântica é
duvidoso), é difícil aceitar a existência do tempo. Podemos aceitar a
existência do tempo como uma relação, da mesma forma que aceitamos , por
exemplo, o conceito de gravidade, que é uma relação entre estes dois corpos.
Seria obviamente um absurdo físico que eu dissesse que a gravidade não
existe. O mesmo valeria para o tempo, segundo esse ponto de vista, porque
ele pode ser deduzido conceitualmente de uma forma ou de outra, assim como
deduzimos a gravidade. Da mesma forma, a "gravidade" não existe como um
cometa. Mas podemos observar um corpo de mulher envelhecer e cair, efeito do
tempo e da gravidade (:

PhiloX

-----Mensagem original-----
De: Douglas [mailto:douglas.jpn@terra.com.br]
Enviada em: Terça-feira, 21 de Março de 2000 19:27
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] tempo


Ciencialistas,
assim entendo o tempo:

Tempo e Medida do Tempo

Tempo é um conjunto de fenômenos considerados sucessivamente. Sempre
que se considera um fenômeno antes ou depois de outro, surge a noção
de tempo.

O tempo não existe na natureza: quando procuramos o tempo presente ele
já é passado (apenas memória) ou, então, ainda é futuro (mera
expectativa).

O tempo não existe por aí, como existem abóboras, caracóis e cometas;
ele é apenas um conceito dentro da mente humana, assim como a reta, o
número 2, os mitos, etc. Por isso é tolice falar em viagens através do
tempo: os "crononautas" nunca existirão!

A medida do tempo é função da observação de movimentos uniformes:
rotação da terra, fases da lua, ponteiros do relógio, etc. Medida do
tempo é a relação (comparação) entre o movimento uniforme tomado como
referência e os fatos observados.

[]'s

Douglas







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SUBJECT: [ciencialist] Re: pregunto
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/03/2000 15:36

> Lembro que pigmentos derivados de oxidos metalicos possuem outra
> explicacao para a existencia da cor e estah ligada aos subniveis d e a
> teoria dos campos cristalinos. Soh nao me peca pra explicar essa
> doideira. :)
>

pedido negado: vc poderia nos explicar essa doideira? re re...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: O Amor segundo o Genismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/03/2000 16:25

> >
> > O que você faz é colocar este processo sob uma linguagem,
> estabelecendo
> > relações de causa e conseqüência que não são "verdades necessárias". Se
> duas
> > coisas ocorrem concomitantemente, para haver relação causal, vc precisa
> > provar que, a segunda não ocorre sem a primeira.
>
> Engano , a segunda pode acontecer sem a primeira e nao necessariamente isso
> impede de uma relacao causal da primeira com a segunda. Ex:
> Se vc chuta a bola rola. Mas a bola pode rolar *sem* q vc chute.
> Para estabelecer uma relacao causal vc precisa provar q ocorrendo uma
> a outra ocorre como consequencia.
>
> *** Não. Você precisar estudar lógica.

Interessante esse seu comentario.
Vc acha que ele poderia servir como um exemplo de etica em listas de discussoes
?


> Não acontece sempre que seu eu chutar
> uma bola, ela vai rolar. Por exemplo, se houver uma parede na frente, ela
> não rola, logo, chutar a bola não é uma causa para que ela role.

Aaiaiaia, nao sei se vc nao entendeu ou vc quer enrolar.
Vou supor q vc nao entendeu e te explicar de novo :
Se "A implica B" ( relacao causal ) entao, se ocorre B eu NAO necessariamente

tenho que ocorreu A.
O que podemos deduzir de "A implica B" eh que se NAO ocorre B entao
A nao ocorreu tambem. No caso da bola seria :
Se vc "chuta a bola , ela rola" .
Pode acontecer de a bola rolar *sem* que eu a tenha chutado. O q *nao* pode
ocorrer
eh : de a bola nao rolar e eu te-la chutado.


>
> > Como não é o caso, eu posso
> > te dar uma infinidade de exemplos onde eu posso querer preservar a vida
> sem
> > "PENSAR" ou "ELABORAR A RELAÇÃO CAUSA-CONSEQÜÊNCIA" entre preservar os
> genes
> > da humanidade e decidir não matar alguém.
>
> Os genes "querem" ser preservados a nivel de individuo principalmente.
> Ele nao agem a "pensando" nivel de humanidade. Nos sim deveremos faze-lo.
>
> ***Como você estabelece a relação então entre estes genes simplesmente
> estarem aí e nós agirmos desta forma?

> Porque vc diz que DEVEMOS agir assim
> ou assado por causa dos nossos genes? Se isto já está codificado a acontecer
> desta ou daquela forma, qual o papel que um gene tem, exceto o de comandar
> tais e tais reações?

Nao sei se entendi direito a pergunta mas...
Eu digo o seguinte : A maioria das acoes/comportamento das pessoas sao guiadas
pelos genes. Vc pode nao saber disso assim como os animais tambem nao sabem.

Contudo, o homem apresenta uma cultura e uma razao que sao flexiveis o bastante
para permitir formas de comportamento que *podem* ateh ser anti-naturais isto eh

que vao "contra" a totalidade de seu proprio codigo genetico.

Eu quero dizer que nossos cerca de cem mil genes, muitos deles conflitantes,
codificaram em nós comportamentos e instintos ou melhor regras epigeneticas
de modo que nos os perpetuemos.

Se adotarmos culturas q vao "contra" eles isso podera causar conflito e dor (
neuroses )
entao a melhor forma de viver eh NAO ir contra sua bagagem genetica.
Esta bagagem genetica soh "quer" uma coisa : Perpetuar os seus genes.


> Não são todas as minhas ações resultado dos genes, pois
> eu interajo com o restante da natureza, não sou o seu mestre. Se eu
> sobrevivo, é óbvio que os meus genes passam de uma pessoa para outra. Meus
> genes podem determinar (no sentido de la mettrie), que meu corpo responde
> desta forma ao sexo, isto é natural, não é planejado.

Calma, nao foi planejado conscientemente, mas foi "planejado" pela selecao
natural
assim como o olho, o cerebro, as maos etc... Tudo foi "planejado" pela selecao
natural via genes. E mais : com um unico "proposito" : preservacao genetica.
As aspas estao no sentido figurado, como ja te expliquei.



> A seleção natural não
> atua logicamente e sim do modo como é DETERMINADO pelas circunstâncias.
> Desta forma, se 1+1=2, não quer dizer que o 1 é causa do 2 existir.
>

As circunstancias, grosso modo, sao : sobrevivencia e reproducao.


> Qdo eu digo q os genes "querem" se preservar estou falando de 99,99999%
> da populacao. Obviamente podem existir algumas pessoas-mutantes
> com genes que as levem ( instintivamente ) a nao querer faze-lo.
>
> *** Olha, o que vc tem que entender, é que se por uma mutação que aconteceu,
> por exemplo, um homem passou a sentir prazer na relação sexual por exemplo,
> não quer dizer que esta mutação tenha ocorrido de propósito. Ela ocorreu, e
> então estes genes deste homem foram passados pra frente, o que é uma
> conseqüência natural para o fato, já que o fato de ter aparecido esta
> mutação que determina está característica favorece a reprodução humana. No
> entanto, podem ter havido por exemplo, mutações que provocam característica
> de dor na relação sexual. E os genes não tem "preferência" por uma ou outra,
> elas simplesmente acontecem e são selecionadas no ambiente.

Isso !! Perceba bem suas palavras : Note q todas as mutacoes desde a primeira
celula,
ha cerva de 4 bilhos de anos, foram selecionadas desta maneira. E o q aconteceu?

Somos um aglomerado de genes que passaram por 4 bilhoes de anos de selecao
e o que temos agora? Um conjunto de genes altamente especializados em sobreviver

e reproduzir ! Percebe ? Verdade ou mentira?


> Logo, não há
> relação causal entre preservação genética inerente aos genes,

Putz !! Nao acredito !, depois de tudo vc ainda diz isso ?
Leia o q vc mesmo escreveu no paragrafo acima.


> supondoq ue
> isto exista, e o fato de o homem continuar se reproduzindo. Ou seja, não é
> verdade que existindo o gene, tal indivíduo vai se auto-preservar.

Concordo !!! E por isso ele nao vai ser plenamente feliz !!!!
Aih eh q esta "sacada" do Genismo ! :)


> Um outro
> exemplo é de animais como o louva-deus e certas espécies de aranha, que
> devoram o parceiro após a cópula. Isto mostra que certas condições
> ambientais são decisivas e não o seu fator ilusório de auto preservação
> inerente ao seu genismo.
>

Aih vc esta redondamente enganado. Os etologos estudaram estas especies canibais

e tudos esta ligado EXCLUSIVAMENTE aos genes :
O fato de o louvadeus ou a aranha macho morrer depois da copula nao tem a
menor importancia DESDE QUE ele espalhe seus genes para cerca de mil filhotes !
Se "multiplicando" milhares de vezes.
Percebe q estes animais sao como q escravo de seus genes?


>
> Note q nao estou falando de cultura!
> Vc pode ter uma cultura que prega o suicidio coletivo e mata todos os teus
> genes.
> O Genismo vem justamente para evitar q vc adote culturas q vao "contra"
> os genes.
>
> *** Tudo bem, se vc quer tomar como uma religião. Mas não coloque isto como
> tendo base científica ou lógica, porque não tem.

Tem tem e tem !!



> Vc utiliza dados
> científicos para seu dogma, mas não há relação causal entre o dado e o seu
> dogma.
>

Leia o q escrevi atentamente e vc ira , talvez algum dia, perceber a relacao
causal..

[]s
jocax




SUBJECT: [ciencialist] De volta...
FROM: "Daniel Madsen" <mad@tba.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/03/2000 20:04

Olá a todos;
Participei da Ciencialist há alguns meses atrás mas tive que cancelar
por um período. Estou voltando agora, espero que as discussões continuem
sendo tão proveitosas quanto antes.
[]s
Daniel Madsen



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: RES: filosofia do gostar
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/03/2000 20:24

Hoje em dia não precisa de muita inteligência pra se conseguir um phd.
Precisa sim, de muito esforço. Não é a toa que a maioria dos livros de
autores que colocam o titulo antes do nome sao de auto ajuda.

PhiloX

-----Mensagem original-----
De: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
Enviada em: Quarta-feira, 22 de Março de 2000 10:10
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] Re: RES: filosofia do gostar


> alguém que coloque a titulação antes do nome.

>>Eu diria q isto eh o q se pode chamar, literalmente, de preconceito.
Alem do + quem disse q aideia nao foi do editor que convenceu o autor q
dessa maneira venderia mais ?<<

Isso é uma verdade. Editores sabem que o público dá 'mais valor' quando há
algum título precedendo o nome. Já passei por essa fase nos meus livros. Até
os médicos, veterinários, oftalmos etc. sabem que na sala de espera deve
ficar aquele diplomão pendurado na parede. Se vc observar os textos
veiculados pelos JCEmail, jornais, revistas etc. verá que essa é uma praxe
comum; colocar o título para dar ao texto 'sinal de alta respeitabilidade'.
É de bom tom não usar dessa técnica em listas como a nossa (e eu,
inadivertidamente, já levei um tropeção nisso, em outra lista ... e não há
como desculpar-se).


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Léo



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SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: RES: filosofia do gostar
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/03/2000 20:24



-----Mensagem original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@spider.uspnet.usp.br]
Enviada em: Quarta-feira, 22 de Março de 2000 08:45
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] Re: RES: filosofia do gostar


> Inteligência emocional - ADOTEI.
>
> `***Tbém não é pra tanto. Esse negócio de inteligência emocional provocou
> uma perplexidade generalizada na população intelectual.
> Em primeiro lugar, ao autor deste livro eu não daria crédito só
por ter
> colocado o título de PhD antes do nome, no livro. Nunca confie num livro
de
> alguém que coloque a titulação antes do nome.

Eu diria q isto eh o q se pode chamar, literalmente, de preconceito.
Alem do + quem disse q aideia nao foi do editor que convenceu o autor q
dessa maneira venderia mais ?


Claro que é preconceito. A maioria dos livros que se apresenta assim é de
auto ajuda, ou enrolação. Se você pegar livros sérios, de qualquer área,
seja filosofia, psicologia, odontologia, medicina, não vai ver autores com o
titulo na frente.

>
> Nós sempre utilizamos a palavra inteligência na linguagem aplicada
a várias
> situações, onde se incluem cultura, esperteza (capacidade de contornar bem
> uma situação), resolução de problemas, etc. Agora, só porque um indivíduo
> escreve um livro que serve de subterfúgio para os intelectualmente
excluídos
> tornarem-se subitamente "inteligentes", o pessoal acaba adotando essa
> chamada inteligência emocional.

Nao creio, e na verdade isto q vc disse me parece eh um contrasenso:
Quem adotou o conceito sao justamente os intelectuais e pesquisadores da
area e por
isso uma comunidade que deve ter uma inteligencia acima da media normal da
populacao.

*** Ao meu ver, estão ampliando desnecessariamente o uso da palavra. O fato
de alguns psicólogos (não conheço NENHUM filósofo que não tenha restrições a
chamada inteligência emocional) adotarem isto, ou mesmo cientistas, é
estritamente pessoal, porque do ponto de vista científico não há nenhum
embasamento para dizer que no cérebro a inteligência emocional é análoga a
intelig6encia como conhecemos. Eu já dei os argumentos pra isso. E estão
mais especificados no livro do neurologista Antonio Damasio "O Erro de
Descartes".

O povo, em geral, nem sabe o q significa este conceito.
Eu acredito q o conceito se firmou pois aborda uma forma de inteligencia que
nao era muito reconhecida e mostra q ela pode ser determinante no sucesso
pessoal e/ou profissional do ser humano. O q por si eh um forte motivo para
q seja
pesquisada + a fundo.

*** Justifique o porquê de você chamar estabilidade emocional e capacidade
de relacionamento de inteligência. Me dê indicadores biológicos que indicam
que estas habilidades estão relacionadas com as regiões do cérebro onde se
situa o que chamamos de inteligência.


> A linguagem nunca funcionou assim. Esse
> indivíduo me soa como um corrupto da filosofia e da psicologia séria.

Eh natural, e ateh mesmo importante, que haja reacao quando se tenta abrir
um novo ramo ou ampliar conceitos ja existentes de um ramo do conhecimento.
Mas no caso eu acho q este conceito veio para ficar pois aborda um aspecto
importante da psicologia humana.

*** Eu não acredito na necessidade de ampliação de conceitos no âmbito da
filosofia e psicologia, pois são estudos eminentemente teóricos. Para a
filosofia e a psicologia basta a análise de conceitos. Tudo o que pode ser
dito, pode ser dito claramente. Você pode abordar a estabilidade emocional e
a capacidade de relacionamento sem chamá-las de inteligência. Então, pra que
criar confusão? Já não bastam os problemas que já existem?


>
> Capacidade de relacionamento e estabilidade emocional pode ajudar um
> indivíduo a resolver problemas, mas de forma alguma precisa ser uma forma
de
> inteligência para ter credibilidade.

Nao deixa de ser uma forma de inteligencia assim como outras : raciocinio
logico,
capacidade de abstracao, memoria, criatividade, aprendizagem, raciocinio
espacial,
racioconio verbal etc....

*** Deixa, a partir do momento em que nós nunca utilizamos este tipo de
nomenclatura para estas habilidades. E além disso , do ponto de vista
científico, há amparo neurológico para chamarmos todas estas atividades de
inteligência, pois ocorrem basicamente todas na mesma região cerebral, o
córtex. Obviamente, relacionam-se com regiões circunvizinhas. No caso do
comportamento emocional, como vc pode consultar no primeiro capítulo do
livro que já citei, num relato experimental, os problemas de relacionamento
e estabilidade emocional, no que concerne ao social, estão normalmente
localizados no lobo frontal. No entanto, isto serve apenas como argumento
científico. Do ponto de vista filosófico, não é necessário utilizar este
argumento. O que acontece é que chamar este tipo de habilidade emocional de
inteligência leva a confusões, por exemplo , daqui a pouco você vai dizer
faz sentido que um down com capacidade de relacionamento, mas que não tem
capacidade de aprender aritmética básica, é inteligente. Que utilidade tem
esse tipo de definição de inteligência? Agora sempre que formos usar
inteligência temos que dizer "inteligência tal e tal"? Tsk. A linguagem
acaba ignorando tudo isso, vai passar lotado. Isto porque não há base
científica nem cultural nem social para que a linguagem mude desta forma
radical, quanto a essa palavra.

> Isso é extrapolar os absurdos que fazem
> à linguagem, colocando o que já é confuso no terreno da filosofia da mente
> para mais confusão ainda. Se você fizer um mapeamento cerebral das regiões
> envolvidas com o raciocínio, principalmente o córtex, e das regiões
> envolvidas com as emoções (lobo frontal principalmente), já vai ver que na
> origem as coisas já aparecem diferenciadas.

Sim, assim como o raciocinio verbal deve estar mapeado em lugar diferente
do raciocinio espacial q esta mapeado em lugar diferente do raciocinio
numerico
que por sua vez esta....mapeado em lugar diferente da area da inteligencia
emocional !

Qual o problema?


*** Não é verdade- por favor não fale de coisas que não sabe. A capacidade
de relacionar dados está praticamente toda na mesma região cerebral, a
saber, o córtex. E isto cabe a todos os "tipos de inteligência" que vc
citou, exceto a suposta intelig6encia emocional.

> Você pode dizer, olha, esse indivíduo aqui é muitíssimo
inteligente, mas é
> totalmente deslocado da sociedade, tem sérios problemas emocionais.
Imagine
> vc dizendo, da mesma pessoa "esse cara é medianamente inteligente", o que
> teoricamente daria no mesmo... se ambas fossem formas de inteligência.

Quando se diz/dizia q uma pessoa eh inteligente ( a nivel de QI ) isso
significa/va
que a media de seu teste de aptidao nas varias modalidades de raciocinio era
alta.
Contudo, nao se poderia extrapolar que o individuo fosse inteligente em
todos os
testes.
Ele poderia ser um genio em raciocinio numerico e uma pessoa normal em
raciocinio
verbal
por exemplo.
Assim qdo se diz q uma pessoa tem um QI elevado isso significa q ela tem um
alto grau
de aptidao em um ou varios dos testes que sao feitos para medir estas
aptidoes.
Se o QE vier a participar do QI deveremos ser cautelosos em extrapolar em q
tipo de raciocinio o individuo eh bom.
Eu acredito q o + provavel eh q irao existir duas medidas o QI
( tradicional ) e o QE
( inteligencia emocional ).

*** O teste de QI é uma tentativa de medição de inteligência, o que não
indica que inteligência é o resultado do teste de QI. Você questiona o
teste, e não a inteligência de quem o faz. O teste de QI procura abordar
vários ramos do conhecimento, sempre evoluindo na complicação do
estabelecimento de relações para os problemas que são colocados. É umt este
engenhoso, mas de modo algum indica a capacidade inata do indivíduo, já que
está comprovado que a inteligência pode ser "treinada".



> Mas
> isso é apenas uma das formas de absurdo que isso pode gerar. Newton, por
> exemplo, mal se relacionava com mulheres ou mesmo homens, mas todos devem
> concordar que era muito inteligente, ponto.

Ele deveria ter altisssssimo QI e baixissimo QE.
Como hoje em dia genios sao muuuiitto raros o fator mais importante e
talvez determinante para o sucesso profissional e pessoal de uma pessoa
esta muito
mais no
QE do que no QI.


*** Se vc quiser utilizar o tal de QE, tudo bem. Isso pouco importa. No
campo da ciência, são inumeros os cientistas com grandes descobertas e
teorizações que tem pouca capacidade de relacionamento, e isso nao os impede
de ter sucesso. Quanto aos genios, vc está sendo parcial, porque compara
milhares de anos de genios com a época atual, que mesmo assim tem dos seus.
Um homem muito inteligente, stephen hawking. Acredito que o seu QE seja bem
baixo, pelas suas limitações físicas (:

> Há outros inúmeros exemplos.
> As empresas sempre consideraram o problema de capacidade de
relacionamento
> e trabalhar em grupo, para selecionar os profissionais para determinada
> situação.

E isto esta diretamente relacionado ao QE, por isso eh importante:
Nao adianta para a empresa o cara ter alto QI se nao consegue se relacionar
com seu grupo de trabalho (baixo QE ).

*** Mas o que isto tem a ver com inteligência? As empresas já levavam isso
em conta antes. Vc acha que um banco contrata um engenheiro nerd que mal
consegue falar para ser gerente de banco? Talvez um engenheiro mais
dinamico, tudo bem. Mas o primeiro talvez continue sendo mais inteligente
que o ultimo. Qual o problema nisso? Pra que chamar o dinamismo do cara de
inteligencia? Pra quê?


>
> A única utilidade deste conceito parece ser mesmo a de enriquecer
o autor,
> enriquecer o ego daqueles que sempre se sentiram inferiorizados quanto à
> inteligência, ou completar a perplexidade psicológica e filosófica dos
> intelectuais mal informados.

Nao creio pelas razoes expostas. Mas, de qqr modo , a comunidade cientifica
sabera separar o "joio de trigo" e avaliar o papel do QE dentro da
psicologia humana.

*** Pode fazer o tal QE, mas pra mim isso nunca será cientificamente chamado
de inteligência! Podiam chamar também de destreza emocional, habilidade
emocional, ou sei la o que! Inventar coisas assim é fácil até pra minha irmã
de 12 anos. A capacidade de mexer as partes do corpo com habilidade,
incluindo a boca, para naturalmente estabelecer melhores relações ,
praticando esportes para evitar o stress. Eu não consigo acreditar em gente
que leva esse tipo de enrolação conceitual a sério.
Analisem, não tentem misturar, obscurecer e confundir, criando conceitos
desnecessários e relações desnecessárias!
Nada de novo surge na linguagem se não houver fato novo!
Analise! Investigue! Esse é o caminho do esclarecimento.


PhiloX





SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: RES: O Amor segundo o Genismo
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/03/2000 20:58



-----Mensagem original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@spider.uspnet.usp.br]
Enviada em: Quarta-feira, 22 de Março de 2000 16:25
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] Re: RES: O Amor segundo o Genismo


> >
> > O que você faz é colocar este processo sob uma linguagem,
> estabelecendo
> > relações de causa e conseqüência que não são "verdades necessárias". Se
> duas
> > coisas ocorrem concomitantemente, para haver relação causal, vc precisa
> > provar que, a segunda não ocorre sem a primeira.
>
> Engano , a segunda pode acontecer sem a primeira e nao necessariamente
isso
> impede de uma relacao causal da primeira com a segunda. Ex:
> Se vc chuta a bola rola. Mas a bola pode rolar *sem* q vc chute.
> Para estabelecer uma relacao causal vc precisa provar q ocorrendo uma
> a outra ocorre como consequencia.
>
> *** Não. Você precisar estudar lógica.

Interessante esse seu comentario.
Vc acha que ele poderia servir como um exemplo de etica em listas de
discussoes
?


> Não acontece sempre que seu eu chutar
> uma bola, ela vai rolar. Por exemplo, se houver uma parede na frente, ela
> não rola, logo, chutar a bola não é uma causa para que ela role.

Aaiaiaia, nao sei se vc nao entendeu ou vc quer enrolar.
Vou supor q vc nao entendeu e te explicar de novo :
Se "A implica B" ( relacao causal ) entao, se ocorre B eu NAO
necessariamente

tenho que ocorreu A.
O que podemos deduzir de "A implica B" eh que se NAO ocorre B entao
A nao ocorreu tambem. No caso da bola seria :
Se vc "chuta a bola , ela rola" .
Pode acontecer de a bola rolar *sem* que eu a tenha chutado. O q *nao* pode
ocorrer
eh : de a bola nao rolar e eu te-la chutado.



****** Isto que escreveste está perfeitamente correto, no entanto, vc não
observou o restante do problema. Seremos didáticos, então.

Eu tenho 2 fatos: fato A e fato B. Estou querendo saber se há relação causal
entre eles (exclusivamente entre eles)

Hipótese: A <=> B

Quero saber se A é causa necessária de B ( A ocorre se e somente se B
ocorre). (então teremos que A<=>B é uma verdade necessária.)
Se algum dia B ocorre sem que A esteja presente, então temos que A não é
causa necessária para B. O que vc diz é que é necessário que haja o genismo
(preservação dos genes) para que isso e aquilo ocorra na nossa evolução. O
que eu digo é que isto não é necessário, logo A<=>B é falso, já que B não é
necessário para que A ocorra (e vice-versa).

No exemplo da bola: Eu chuto a bola => a bola rola. (não é uma verdade
necessária, é contingente, pois ocorre sob determinadas condições somente,
por exemplo, pode ocorrer que eu chute a bola e haja uma parede na frente,
então ela não rola) . Para que isto fosse SEMPRE verdade, ou seja, uma
verdade necessária, eu teria que dizer que sempre que a bola rola é porque
ela foi chutada. Percebe?

Em cima disso eu posso dizer que o seu genismo pode ser, do ponto de vista
lógico, *eventualmente* causa de alguma coisa, logo não é uma verdade
necessária que ele seja sempre somente ele a causa de B (como vc propoe); já
que temos A=>B e também C=>B como possível, não havendo relação necessária
entre A e C.
Assim, se o gene determina em certa condição a perpetuação da espécie , e
em outra não, posso dizer com certeza absoluta que:

Não é verdade necessária que o gene determina a perpetuação da espécie.
(pois um indivíduo com genes pode se matar por exemplo.)

e posso dizer também que:

é verdade contingente (verdade sob determinadas condições) que o gene pode
determinar perpetuação da espécie (no caso da reprodução, por exemplo)


Logo a afirmação de que o genismo é necessário, que vc defende, é falsa,
pois Genes <=> perpetuação da espécie é Falso. Isso porque há o contra
exemplo: tenho genes e me mato. Ou seja, Genes=> perpetuação da espécie não
é sempre válido, no entanto, perpetuação da espécie => genes é perfeitamente
verdadeira.

Se quer mais esclarecimentos sobre verdades necessárias e contingentes,
consulte o lógico Saul Kripke em "Naming and Necessity".

PhiloX



SUBJECT: [ciencialist] Re: errata
FROM: x@com.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/03/2000 21:46

> Para reiniciar na lista já comecei fazendo uma tremenda
> falta com um colega, peguei a msg
> de inscrição do Jocax e dei um replay, isso ocasionou a
> retirada dele do grupo.

ois, tania!

ah! entao eh assim q. se faz eh? re re re...(risada diabolica!)

[]s,

roberto takata


SUBJECT: [ciencialist] Re: errata
FROM: LRB@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/03/2000 08:59

On Thu, 23 Mar 2000, dra_savat wrote:
> Bom dia a todos!
> Ja participei desta lista e tive que sair por alguns
> meses, estou de volta e com saudades de todos

Que bom que vc voltou!

> Para reiniciar na lista ja comecei fazendo uma tremenda
> falta com um colega, peguei a msg
> de inscrigco do Jocax e dei um replay, isso ocasionou a
> retirada dele do grupo.
> Pego ao administrador desta lista que me oriente como
> reparar este erro grotesco.
> Obrigada
> Tbnia

Nao se preocupe, acho que tudo jah foi resolvido. ;)

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.









SUBJECT: [ciencialist] errata
FROM: "dra_savat"<dra_savat@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/03/2000 09:50

Bom dia a todos!
J� participei desta lista e tive que sair por alguns
meses, estou de volta e com saudades de todos .
Para reiniciar na lista j� comecei fazendo uma tremenda
falta com um colega, peguei a msg
de inscri��o do Jocax e dei um replay, isso ocasionou a
retirada dele do grupo.
Pe�o ao administrador desta lista que me oriente como
reparar este erro grotesco.
Obrigada
T�nia



______________________________________________
BOL � Top 3 no Ibest
Contamos com voc� para chegar ao 1� lugar!
http://www.bol.com.br/ibest.html



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: RES: filosofia do gostar
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com, joao carlos <jocax@usp.br>
DATE: 23/03/2000 10:09

>
> > Inteligência emocional - ADOTEI.
> >
> > `***Tbém não é pra tanto. Esse negócio de inteligência emocional provocou
> > uma perplexidade generalizada na população intelectual.
> > Em primeiro lugar, ao autor deste livro eu não daria crédito só
> por ter
> > colocado o título de PhD antes do nome, no livro. Nunca confie num livro
> de
> > alguém que coloque a titulação antes do nome.
>
> Eu diria q isto eh o q se pode chamar, literalmente, de preconceito.
> Alem do + quem disse q aideia nao foi do editor que convenceu o autor q
> dessa maneira venderia mais ?
>
> Claro que é preconceito. A maioria dos livros que se apresenta assim é de
> auto ajuda, ou enrolação. Se você pegar livros sérios, de qualquer área,
> seja filosofia, psicologia, odontologia, medicina, não vai ver autores com o
> titulo na frente.
>

Toda generalizacao preconceituosa esta sujeita a erros, em principio
vc nao pode julgar o conteudo de um livro apenas pela grafia do nome
do autor.


>
> >
> > Nós sempre utilizamos a palavra inteligência na linguagem aplicada
> a várias
> > situações, onde se incluem cultura, esperteza (capacidade de contornar bem
> > uma situação), resolução de problemas, etc. Agora, só porque um indivíduo
> > escreve um livro que serve de subterfúgio para os intelectualmente
> excluídos
> > tornarem-se subitamente "inteligentes", o pessoal acaba adotando essa
> > chamada inteligência emocional.
>
> Nao creio, e na verdade isto q vc disse me parece eh um contrasenso:
> Quem adotou o conceito sao justamente os intelectuais e pesquisadores da
> area e por
> isso uma comunidade que deve ter uma inteligencia acima da media normal da
> populacao.
>
> *** Ao meu ver, estão ampliando desnecessariamente o uso da palavra. O fato
> de alguns psicólogos (não conheço NENHUM filósofo que não tenha restrições a
> chamada inteligência emocional) adotarem isto, ou mesmo cientistas, é
> estritamente pessoal, porque do ponto de vista científico não há nenhum
> embasamento para dizer que no cérebro a inteligência emocional é análoga a
> intelig6encia como conhecemos. Eu já dei os argumentos pra isso. E estão
> mais especificados no livro do neurologista Antonio Damasio "O Erro de
> Descartes".

Sua opiniao. A minha eh que as emocoes sao , via de regra, reflexos de estimulos
do ambiente. Assim como a inteligencia (normal ) coleta dados do ambiente
para resolver problemas , em geral, relacionados ao ambiente, a inteligencia
emocional pode ser pensada como uma generalizacao da inteligencia normal :
Os dados do ambiente sao coletados e processados ativando a area emocional do
cerebro que devera saber trata-los. O modo como o cerebro trata estes problemas
emocionais e os controla, inibindo certos impulsos, ativando outros de maneira
que o individuo se adeque da melhor forma ao grupo social, talvez seja um problema
, do ponto de vista de complexidade, bem mais dificil do que jogar uma partida
de xadrez !! Nao ha porque nao denomina-lo tambem de inteligencia.

Note que nossa opiniao pouco importara para o avanco da psicologia ou a fixacao de
conceitos de inteligencia neste campo. O tempo dirá quem está com a razao.


>
>
> O povo, em geral, nem sabe o q significa este conceito.
> Eu acredito q o conceito se firmou pois aborda uma forma de inteligencia que
> nao era muito reconhecida e mostra q ela pode ser determinante no sucesso
> pessoal e/ou profissional do ser humano. O q por si eh um forte motivo para
> q seja
> pesquisada + a fundo.
>
> *** Justifique o porquê de você chamar estabilidade emocional e capacidade
> de relacionamento de inteligência. Me dê indicadores biológicos que indicam
> que estas habilidades estão relacionadas com as regiões do cérebro onde se
> situa o que chamamos de inteligência.

Está justificado no paragrafo acima : Resolver problemas de relacionamentos
sociais eh uma forma de resolver problemas. Isto pode ser inato ou nao.
O grau de complexidade envolvida para ser bem aceito em um grupo ou saber
lidar e manipular os varios impulsos emocionais pode ser mais complexo do
que resolver um problema matematico.
O fato de que a inteligencia ativa regioes do cerebro que HOJE sao limitadas
a determinadas areas do cortex nao significa q estas regioes nao possam ser
ampliadas. Podemos encarar TODO o cerebro , inclusive o sistema reptilico,
como sendo um grande computador destinado a resolver problemas de
sobrevivencia. Cada uma especializada em determinados problemas.
No futuro o conceito de inteligencia podera abranger TODO o cerebro
e nao so determinadas areas.


>
>
> > A linguagem nunca funcionou assim. Esse
> > indivíduo me soa como um corrupto da filosofia e da psicologia séria.
>
> Eh natural, e ateh mesmo importante, que haja reacao quando se tenta abrir
> um novo ramo ou ampliar conceitos ja existentes de um ramo do conhecimento.
> Mas no caso eu acho q este conceito veio para ficar pois aborda um aspecto
> importante da psicologia humana.
>
> *** Eu não acredito na necessidade de ampliação de conceitos no âmbito da
> filosofia e psicologia, pois são estudos eminentemente teóricos. Para a
> filosofia e a psicologia basta a análise de conceitos.

Para a filosofia pode ser, nao para a psicologia que se pretende uma ciencia que
estuda aspectos do ser humano e para tanto precisa ir a campo investigar e elaborar
hipoteses, revendo alguns conceitos, elaborando novos, de acordo com a
coleta e analise dos dados colhidos.
Nao basta ficar em uma escrivaninha elocubrando, como a medicina, o trabalho
de campo eh essencial.

> Tudo o que pode ser
> dito, pode ser dito claramente. Você pode abordar a estabilidade emocional e
> a capacidade de relacionamento sem chamá-las de inteligência. Então, pra que
> criar confusão? Já não bastam os problemas que já existem?
>
> >
> > Capacidade de relacionamento e estabilidade emocional pode ajudar um
> > indivíduo a resolver problemas, mas de forma alguma precisa ser uma forma
> de
> > inteligência para ter credibilidade.
>
> Nao deixa de ser uma forma de inteligencia assim como outras : raciocinio
> logico,
> capacidade de abstracao, memoria, criatividade, aprendizagem, raciocinio
> espacial,
> racioconio verbal etc....
>
> *** Deixa, a partir do momento em que nós nunca utilizamos este tipo de
> nomenclatura para estas habilidades.

O q se esta tentando fazer nao eh usar a nova nomenclatura para velhas habilidades
e sim usar a nova nomenclatura para novas , agora reconhecidas, habilidades.


> E além disso , do ponto de vista
> científico, há amparo neurológico para chamarmos todas estas atividades de
> inteligência, pois ocorrem basicamente todas na mesma região cerebral, o
> córtex. Obviamente, relacionam-se com regiões circunvizinhas. No caso do
> comportamento emocional, como vc pode consultar no primeiro capítulo do
> livro que já citei, num relato experimental, os problemas de relacionamento
> e estabilidade emocional, no que concerne ao social, estão normalmente
> localizados no lobo frontal. No entanto, isto serve apenas como argumento
> científico.

Qual o problema de se incluir , neste caso , o lobo frontal , como vc diz, como
sendo
parte da area de inteligencia? Eh uma simples ampliacao do conceito.


> Do ponto de vista filosófico, não é necessário utilizar este
> argumento. O que acontece é que chamar este tipo de habilidade emocional de
> inteligência leva a confusões, por exemplo , daqui a pouco você vai dizer
> faz sentido que um down com capacidade de relacionamento, mas que não tem
> capacidade de aprender aritmética básica, é inteligente.

Mesmo utilizando-se do antigo conceito de inteligencia este tipo de caso pode
ocorrer : Pessoas com altissimos indices de habilidades um uma determinada area
da inteligencia ( por exemplo raciocinio espacial ) e baixissimos indices em outras
(por exemplo raciocinio logico ) . E vc vai dizer a a pessoa eh inteligente?


> esse tipo de definição de inteligência? Agora sempre que formos usar
> inteligência temos que dizer "inteligência tal e tal"? Tsk.

A rigor seria a melhor maneira e a q causaria menos confusao .
Mas eu creio q o termo inteligencia *emocional*
faz esta distincao que vc tanto procura.


> A linguagem
> acaba ignorando tudo isso, vai passar lotado. Isto porque não há base
> científica nem cultural nem social para que a linguagem mude desta forma
> radical, quanto a essa palavra.
>

Discordo, nao eh uma mudanca eh uma ampliacao de conceitos.

>
> > Isso é extrapolar os absurdos que fazem
> > à linguagem, colocando o que já é confuso no terreno da filosofia da mente
> > para mais confusão ainda. Se você fizer um mapeamento cerebral das regiões
> > envolvidas com o raciocínio, principalmente o córtex, e das regiões
> > envolvidas com as emoções (lobo frontal principalmente), já vai ver que na
> > origem as coisas já aparecem diferenciadas.
>
> Sim, assim como o raciocinio verbal deve estar mapeado em lugar diferente
> do raciocinio espacial q esta mapeado em lugar diferente do raciocinio
> numerico
> que por sua vez esta....mapeado em lugar diferente da area da inteligencia
> emocional !
>
> Qual o problema?
>
> *** Não é verdade- por favor não fale de coisas que não sabe. A capacidade
> de relacionar dados está praticamente toda na mesma região cerebral, a
> saber, o córtex. E isto cabe a todos os "tipos de inteligência" que vc
> citou, exceto a suposta intelig6encia emocional.

Por favor note bem, existem areas do cerebro (cortex) diferentes para cada tipo
de inteligencia , ok ? E portanto elas estao mapeadas em diferentes regioes do
cerebro, nao eh ? O fato de a inteligencia emocional nao estar na mesma regiao
cerebral definida como cortex NAO implica que nao seja um tipo de inteligencia.
Vc teria razao *SE* e somente *SE* a definicao de inteligencia definisse
que necessariamente o Cortex deveria ser a *unica* sede da inteligencia.

>
>
> > Você pode dizer, olha, esse indivíduo aqui é muitíssimo
> inteligente, mas é
> > totalmente deslocado da sociedade, tem sérios problemas emocionais.
> Imagine
> > vc dizendo, da mesma pessoa "esse cara é medianamente inteligente", o que
> > teoricamente daria no mesmo... se ambas fossem formas de inteligência.
>
> Quando se diz/dizia q uma pessoa eh inteligente ( a nivel de QI ) isso
> significa/va
> que a media de seu teste de aptidao nas varias modalidades de raciocinio era
> alta.
> Contudo, nao se poderia extrapolar que o individuo fosse inteligente em
> todos os
> testes.
> Ele poderia ser um genio em raciocinio numerico e uma pessoa normal em
> raciocinio
> verbal
> por exemplo.
> Assim qdo se diz q uma pessoa tem um QI elevado isso significa q ela tem um
> alto grau
> de aptidao em um ou varios dos testes que sao feitos para medir estas
> aptidoes.
> Se o QE vier a participar do QI deveremos ser cautelosos em extrapolar em q
> tipo de raciocinio o individuo eh bom.
> Eu acredito q o + provavel eh q irao existir duas medidas o QI
> ( tradicional ) e o QE
> ( inteligencia emocional ).
>
> *** O teste de QI é uma tentativa de medição de inteligência, o que não
> indica que inteligência é o resultado do teste de QI. Você questiona o
> teste, e não a inteligência de quem o faz. O teste de QI procura abordar
> vários ramos do conhecimento, sempre evoluindo na complicação do
> estabelecimento de relações para os problemas que são colocados. É umt este
> engenhoso, mas de modo algum indica a capacidade inata do indivíduo, já que
> está comprovado que a inteligência pode ser "treinada".
>

Se falarmos de mais ou menos inteligente *sem* um criterio + objetivo
( como testes de QI ) eh a mesma coisa q ficar discutindo sexo dos anjos.
Vc deve ter cuidado como usar o conceito de inteligencia :
Seria a capacidade inata de " inteligencia" ou a capacidade real de inteligencia.?
Dois individuos A e B ,que *se* tivessem as mesmas experiencias A seria
mais inteligente que B, MAS q por motivos, por exempol economicos, hoje
B em todos os testes eh mais inteligente que A.
Pergunta : Quem eh mais inteligente ? A ou B ?


>
> > Mas
> > isso é apenas uma das formas de absurdo que isso pode gerar. Newton, por
> > exemplo, mal se relacionava com mulheres ou mesmo homens, mas todos devem
> > concordar que era muito inteligente, ponto.
>
> Ele deveria ter altisssssimo QI e baixissimo QE.
> Como hoje em dia genios sao muuuiitto raros o fator mais importante e
> talvez determinante para o sucesso profissional e pessoal de uma pessoa
> esta muito
> mais no
> QE do que no QI.
>
> *** Se vc quiser utilizar o tal de QE, tudo bem. Isso pouco importa. No
> campo da ciência, são inumeros os cientistas com grandes descobertas e
> teorizações que tem pouca capacidade de relacionamento, e isso nao os impede
> de ter sucesso.

E por acaso eu disse q o QI nao importava ? Eu disse q atualmente
de um modo geral , para empresas e problemas corriqueiros de ,
digamos, 99% da populacao, o QE pode ser + relevante que o QI.
Isto, talvez, nao seja verdade para pesquisadores e cientistas.


> Quanto aos genios, vc está sendo parcial, porque compara
> milhares de anos de genios com a época atual, que mesmo assim tem dos seus.
> Um homem muito inteligente, stephen hawking. Acredito que o seu QE seja bem
> baixo, pelas suas limitações físicas (:
>

O cerebro humano eh bastante desconhecido , acho q pode haver ligacoes
q nao imaginamos entre todas as suas partes. Assim areas do cerebro
correspondetes ao QE podem sofrer influencia das areas doo QI e vice versa.


>
> > Há outros inúmeros exemplos.
> > As empresas sempre consideraram o problema de capacidade de
> relacionamento
> > e trabalhar em grupo, para selecionar os profissionais para determinada
> > situação.
>
> E isto esta diretamente relacionado ao QE, por isso eh importante:
> Nao adianta para a empresa o cara ter alto QI se nao consegue se relacionar
> com seu grupo de trabalho (baixo QE ).
>
> *** Mas o que isto tem a ver com inteligência? As empresas já levavam isso
> em conta antes. Vc acha que um banco contrata um engenheiro nerd que mal
> consegue falar para ser gerente de banco?

A partir de "agora" a psicologia ira trabalhar nestes novos conceitos e
provavelmente
elaborar testes especificos para a "medicao" do QE dos candidatos.
O q antes era feito de "orelhada" nao mais sera, coitado de no´s ! :)


> Talvez um engenheiro mais
> dinamico, tudo bem. Mas o primeiro talvez continue sendo mais inteligente
> que o ultimo. Qual o problema nisso? Pra que chamar o dinamismo do cara de
> inteligencia? Pra quê?
>

Pq do ponto de vista normal este fator passe a pesar + do q o QI.
O mais razoavel , em alguns anos, sera vc TROCAR A PERGUNTA :
Pra q chamar de inteligente um cara de alto QI PRAQUE ???? :))


>
> >
> > A única utilidade deste conceito parece ser mesmo a de enriquecer
> o autor,
> > enriquecer o ego daqueles que sempre se sentiram inferiorizados quanto à
> > inteligência, ou completar a perplexidade psicológica e filosófica dos
> > intelectuais mal informados.
>
> Nao creio pelas razoes expostas. Mas, de qqr modo , a comunidade cientifica
> sabera separar o "joio de trigo" e avaliar o papel do QE dentro da
> psicologia humana.
>
> *** Pode fazer o tal QE, mas pra mim isso nunca será cientificamente chamado
> de inteligência! Podiam chamar também de destreza emocional, habilidade
> emocional, ou sei la o que! Inventar coisas assim é fácil até pra minha irmã
> de 12 anos. A capacidade de mexer as partes do corpo com habilidade,
> incluindo a boca, para naturalmente estabelecer melhores relações ,
> praticando esportes para evitar o stress. Eu não consigo acreditar em gente
> que leva esse tipo de enrolação conceitual a sério.

Opiniao particular sua. Ja expus minhas razoes.


>
> Analisem, não tentem misturar, obscurecer e confundir, criando conceitos
> desnecessários e relações desnecessárias!
> Nada de novo surge na linguagem se não houver fato novo!
> Analise! Investigue! Esse é o caminho do esclarecimento.
>
> PhiloX
>

Ok, ok , ok
O fato novo eh a enfase e o grau de importancia para esta antiga forma de
inteligencia.
[]s
jocax






SUBJECT: [ciencialist] despedida
FROM: gumaia@ig.com.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/03/2000 10:22

Caros colegas do ciencialist, como eu havia pronunciado antes estou, a
partir desta mensagem, me afastando da ciencialist (talvez apenas
temporariamente). Como havia dito parece que houve uma invasão de filósofos,
embora eu mesmo utilize argumentos filosóficos em alguns momentos, que
tornaram esta lista muito difícil de seguir com o pouco tempo que disponho.
Mas o pior é ter que ler que filosofia é "ciência teórica" (sem querer citar
nomes), isto realmente foi demais para mim...
Se alguém achar que eu poderia ajudar em algo, meu e.mail é
gumaia@zaz.com.br ou gumaia@ig.com.br
Abraços a todos,
Gustavo.

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SUBJECT: [ciencialist] Re: despedida
FROM: Flávio Pandur <pandur@apec.unoeste.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/03/2000 10:43

Caro Gustavo

Respeito sua decisão, pois você tem o direito de entrar e sair da lista quando
bem entender. No entanto, há um recurso muito simples que utilizo quando o
assunto não me interessa: a tecla DEL !! Participo de algumas outras listas de
discussão (robótica, eletrônica, etc) e consigo acompanhá-las dessa forma, lendo
somente os assunsto que me interessa. Por exemplo, no caso específico que citou
da ciencialist: quando no subject aparece um Reply sobre um assunto filosófico,
eu aciono a citada tecla !! Nada contra os filósofos, mas não é minha área e não
tenho interesse no assunto e não considero isso como ofensa a ninguém (espero
que ninguém aqui considere :-)).

Alguns poderão me criticar, dizendo que o interessante é participar de todos os
assuntos, com todas as pessoas. Oras, mas se você não tem afinidade e/ou
interesse pelo assunto, qual o problema em não acompanhá-lo ?!! A lista é
democrática (essa pelo menos tem sido) e acho que há espaço para que todos os
assuntos sejam debatidos. Cabe a cada um a decisão de acompanhar/participar do
que julgar interessante.

Bem, essa é minha opinião. Espero não ter ofendido ninguém com essas colocações
:-)

Abraços


Flávio Pandur
pandur@apec.unoeste.br



gumaia@ig.com.br wrote:

> Caros colegas do ciencialist, como eu havia pronunciado antes estou, a
> partir desta mensagem, me afastando da ciencialist (talvez apenas
> temporariamente). Como havia dito parece que houve uma invasão de filósofos,
> embora eu mesmo utilize argumentos filosóficos em alguns momentos, que
> tornaram esta lista muito difícil de seguir com o pouco tempo que disponho.
> Mas o pior é ter que ler que filosofia é "ciência teórica" (sem querer citar
> nomes), isto realmente foi demais para mim...
> Se alguém achar que eu poderia ajudar em algo, meu e.mail é
> gumaia@zaz.com.br ou gumaia@ig.com.br
> Abraços a todos,
> Gustavo.
>



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: RES: O Amor segundo o Genismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>, joao carlos <jocax@usp.br>
DATE: 23/03/2000 10:43

> >
> > O que você faz é colocar este processo sob uma linguagem,
> estabelecendo
> > relações de causa e conseqüência que não são "verdades necessárias".
Se
> duas
> > coisas ocorrem concomitantemente, para haver relação causal, vc
precisa
> > provar que, a segunda não ocorre sem a primeira.
>
> Engano , a segunda pode acontecer sem a primeira e nao necessariamente

isso
> impede de uma relacao causal da primeira com a segunda. Ex:
> Se vc chuta a bola rola. Mas a bola pode rolar *sem* q vc chute.
> Para estabelecer uma relacao causal vc precisa provar q ocorrendo uma
> a outra ocorre como consequencia.
>
> *** Não. Você precisar estudar lógica.

Interessante esse seu comentario.
Vc acha que ele poderia servir como um exemplo de etica em listas de
discussoes
?


> Não acontece sempre que seu eu chutar
> uma bola, ela vai rolar. Por exemplo, se houver uma parede na frente,
ela
> não rola, logo, chutar a bola não é uma causa para que ela role.

Aaiaiaia, nao sei se vc nao entendeu ou vc quer enrolar.
Vou supor q vc nao entendeu e te explicar de novo :
Se "A implica B" ( relacao causal ) entao, se ocorre B eu NAO
necessariamente

tenho que ocorreu A.
O que podemos deduzir de "A implica B" eh que se NAO ocorre B entao
A nao ocorreu tambem. No caso da bola seria :
Se vc "chuta a bola , ela rola" .
Pode acontecer de a bola rolar *sem* que eu a tenha chutado. O q *nao*
pode
ocorrer
eh : de a bola nao rolar e eu te-la chutado.



****** Isto que escreveste está perfeitamente correto, no entanto, vc
não
observou o restante do problema. Seremos didáticos, então.

Eu tenho 2 fatos: fato A e fato B. Estou querendo saber se há relação
causal
entre eles (exclusivamente entre eles)

---------
Qual a causa e qual a consequencia? Vou supor q A seja a causa e B
consequencia..
---//----

Hipótese: A <=> B
---------
A notacao nao esta boa , esta notacao, visualmente, indica q A e B
estao
relacionados nao um como causa de outro. A melhor seria : A==> B
---//-----


Quero saber se A é causa necessária de B ( A ocorre se e somente
se B
ocorre).
---------
Vc esta dizendo que " A eh causa necessaria de B"
eh o mesmo que
"A ocorre se e somente se B ocorre"

Vamos ver . Se "A eh causa de B"
para ocorrer B eh necessario q A ocorra .
(B implica A) e ( Nao B implica Nao A )
o q e hequivalente a
( B=> A ) e ( A=> B )
ou
B <==>A
Ok, provado.
---//-----


(então teremos que A<=>B é uma verdade necessária.)
Se algum dia B ocorre sem que A esteja presente, então temos que
A não é
causa necessária para B. O que vc diz é que é necessário que haja o
genismo
(preservação dos genes) para que isso e aquilo ocorra na nossa evolução.

---------
Nao disse nada disso, vc parece q nao entendeu absolutamente nada.
Eu disse , resumidamente q, se adotarmos culturas q sao compativeis com
nossa
programacao genetica seremos + felizes do q se nao o fizermos.
---//-----

O
que eu digo é que isto não é necessário, logo A<=>B é falso, já que B
não é
necessário para que A ocorra (e vice-versa).

No exemplo da bola: Eu chuto a bola => a bola rola. (não é uma verdade
necessária, é contingente, pois ocorre sob determinadas condições
somente,
por exemplo, pode ocorrer que eu chute a bola e haja uma parede na
frente,
então ela não rola) . Para que isto fosse SEMPRE verdade, ou seja,
uma
verdade necessária, eu teria que dizer que sempre que a bola rola é
porque
ela foi chutada. Percebe?

Em cima disso eu posso dizer que o seu genismo pode ser, do
ponto de vista
lógico, *eventualmente* causa de alguma coisa, logo não é uma verdade
necessária que ele seja sempre somente ele a causa de B (como vc
propoe); já
que temos A=>B e também C=>B como possível, não havendo relação
necessária
entre A e C.
Assim, se o gene determina em certa condição a perpetuação da
espécie , e
em outra não, posso dizer com certeza absoluta que:

Não é verdade necessária que o gene determina a perpetuação da espécie.
(pois um indivíduo com genes pode se matar por exemplo.)


---------
Da uma olhada nos principios da teoria da evolucao.
Se o suicidio for genetico estes genes tenderao a desaparecer da
populcao.
E por isso soh irao sobrar os q favorecem a perpetuacao dos mesmos.
----//----


e posso dizer também que:

é verdade contingente (verdade sob determinadas condições) que o gene
pode
determinar perpetuação da espécie (no caso da reprodução, por exemplo)


Logo a afirmação de que o genismo é necessário, que vc defende,
é falsa,
pois Genes <=> perpetuação da espécie é Falso.

----------
Pra vc ver q vc esta errado e muito mal informado eh :
QUE ESPECIE HOJE EXISTE SEM GENES ?

----//----


Isso porque há o contra
exemplo: tenho genes e me mato. Ou seja, Genes=> perpetuação da espécie
não
é sempre válido, no entanto, perpetuação da espécie => genes é
perfeitamente
verdadeira.

Se quer mais esclarecimentos sobre verdades necessárias e contingentes,
consulte o lógico Saul Kripke em "Naming and Necessity".

PhiloX


----------
Leia o Livro do Dawkins aqui vai um trecho q ajudara vc a perceber o q
digo:
Agora do autor do mesmo livro :
Prefácio , Pag 17 :

"Este livro deveria ser lido quase como se fosse
ficcao cientifica. Ele destina-se a agradar a imaginacao. Mas nao e'
ficcao cientifica : É CIÊNCIA. Seja ou nao um lugar comum,
"mais estranho do que ficcao" exprime exatamente como me sinto com
relacao aa verdade. Somos máquinas de de sobrevivencia - veiculos
robo PROGRAMADOS CEGAMENTE PARA PRESERVAR as moleculas egoistas
conhecidas como GENES. Esta eh uma verdade que ainda me enche de
surpresa.
Embora a conheça a anos, parece que nunca me acostumo completamente com
ela."

Capitulo 1 ('Por que sao as pessoas?' ), Pag 21:
"A vida inteligente em um planeta torna-se amadurecida quando pela
primeira vez compreende a razao de sua propria existencia.Se criaturas
superiores provindas do espaço algum dia visitarem a terra, a primeira
pergunta que farão, a fim de avaliar o nível de nossa civilizacao será :

'Eles ja descobriram a evolucao?'.... Darwin nos tornou possivel dar
uma resposta sensata à crianca curiosa cuja pergunta serve de titulo
a este capitulo. Nao mais teremos de recorrer aa supersticao quando
defrontados com problemas profundos : ha um sentido para a vida?
Para que existimos? O que eh o homem? Depois de formular a ultima destas

questoes, o eminente zoologo G.G.Simpson assim se expressa :'O que
quero esclarecer agora eh que todas as tentativas de responder
esta pergunta antes de 1859 sao inuteis e que sera melhor para nos
ignora-las completamente'. Hoje a teoria da evolucao está tao
sujeita aa duvida aa duvida quanto a teoria de que a terra gira ao
redor do sol, mas as IMPLICAÇÕES plenas da revolucao de Darwin
AINDA ESTÃO PARA SEREM AMPLAMENTE COMPREENDIDAS. A zoologia ainda é
uma materia minoritaria na universidades e ateh mesmo aqueles q a
escolhem frequentemente tomam esta decisao sem perceber seu significado
filosofico profundo. A filosofia e as materias conhecidas como
Humanidades
ainda sao ensinadas como se Darwin nunca houvesse existido...."

Cap 2 Pg 40 :
Fala sobre a origem da vida algo que comecou com o que Dawlkins
chamou de 'replicadores' ( moleculas q conseguiam se replicar ):

".... Houve luta pela sobrevivencia entre as variedades de replicador.
Elas nao sabiam q estavam lutando nem se preocupavam com isto.
A luta foi conduzida sem quaisquer mal sentimentos, de fato, sem
sentimentos de quaisquer especie. Mas elas estavam lutando , no sentido
de que qualquer copia erronea que resultasse em um novo nivel de
estabilidade mais alto ou uma nova maneira de reduzir a estabilidade
dos rivais era automaticamente preservada e multiplicada.
O processo de melhoramento era cumulativo.As maneiras de aumentar
a estabilidade e diminuir aa dos rivais tornaram-se mais elaboradas
e mais eficientes.....Os replicadores começaram nao apenas a existir,
mas a costruir envoltórios para si, veícuos para sua existencia
ininterrupta. Os replicadores que sobreviveram foram aqueles que
construiram maquinas de sobrevivencia para aí morarem. As primeiras
maquinas de sobrevivencia consistiram em nada mais do que um
revestimento
protetor.....Haveria um fim para o melhoramento gradual das tecnicas e
artificios utilizados pelos replicadores para garantir sua propria
permanencia no mundo? Que maquinas estranhas de auto-sobrevivencia
os milenios produziram ? Quatro bilhoes de anos mais tarde, qual
seria o destino dos antigos replicadores? Eles nao morreram pois
sao antigos mestres das artes de sobrevivência. Mas nao os procure
flutuando livremente no mar. Eles abandonaram esta liberdade nobre
ha muito tempo. Agora eles apinham-se em colonias imensas, em seguranca
dentro de robos desajeitados gigantescos, murados do mundo exterior,
comunicando-se com ele por meio de vias indiretas e tortuosas,
manipulando-o por controle remoto. Eles estao em mim e em você.
ELES NOS CRIARAM CORPO E MENTE. E SUA PRESERVAÇÃO EH A RAZÃO ULTIMA
DE NOSSA EXISTENCIA. Transformaram-se muito, esses replicadores.
AGORA ELES RECEBEM O NOME DE GENES E NÓS SOMOS SUAS
MÁQUINAS DE SOBREVIVÊNCIA.".


----//----


[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re: errata
FROM: LRB@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/03/2000 12:04


Acho que tem alguem na lista bancando o engracadinho. Mandou um mail com
um endereco falso (x@com.br), eu deixei passar achando que era uma das
peripecias do Takata, mas ele avisou que nao tem nada a ver com o fato.
Portanto falta descobrir quem eh o "culpado" pela brincadeira.
Soh espero que atitudes como esta nao sejam frequentes.

OBS: enderecos estranhos a lista ficam trancados aguardando a minha
aprovacao, eu soh aprovei esse x@com.br porque achei que era o Takata.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.


On Wed, 22 Mar 2000 x@com.br wrote:

> > Para reiniciar na lista ja comecei fazendo uma tremenda
> > falta com um colega, peguei a msg
> > de inscrigco do Jocax e dei um replay, isso ocasionou a
> > retirada dele do grupo.
>
> ois, tania!
>
> ah! entao eh assim q. se faz eh? re re re...(risada diabolica!)
>
> []s,
>
> roberto takata
>
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>
>
>
>
>


SUBJECT: [ciencialist] Re: errata
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/03/2000 16:57

> OBS: enderecos estranhos a lista ficam trancados aguardando a minha
> aprovacao, eu soh aprovei esse x@com.br porque achei que era o Takata.

foi um erro de configuracao do navegador - normalmente uso um
outro programa para leitura de emails - soh percebi isso depois... o
problema jah foi sanado.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] gases extraterrestres
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/03/2000 17:14

http://www.cnnportugues.com/2000/tec/03/22/gasesextraterrestres/index.html

[]'s
Léo



SUBJECT: [ciencialist] Tempo de vida de uma estrela
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/03/2000 17:19

Alguem saberia me dizer qual o tempo de vida "util" de uma estrela (
em funcao,
talvez de sua massa ) ?

Obrigado
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re:despedida
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andreba@smacesso.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/03/2000 18:16

Caro Gustavo,

pena que você esteja saindo já. Sua mensagem sobre moral e evolução foi
interessante. Me interessa esse assunto. A um tempo atrás já discutimos
bastante sobre isso. Infelizmente ainda não tive tempo de sentar e elaborar
algum comentário útil, mas pretendia responder sua mensagem.

abraços,

André RDB

-----Mensagem Original-----
De: <gumaia@ig.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 23 de Março de 2000 10:22
Assunto: [ciencialist] despedida


> Caros colegas do ciencialist, como eu havia pronunciado antes estou, a
> partir desta mensagem, me afastando da ciencialist (talvez apenas
> temporariamente). Como havia dito parece que houve uma invasão de
filósofos,
> embora eu mesmo utilize argumentos filosóficos em alguns momentos, que
> tornaram esta lista muito difícil de seguir com o pouco tempo que
disponho.
> Mas o pior é ter que ler que filosofia é "ciência teórica" (sem querer
citar
> nomes), isto realmente foi demais para mim...
> Se alguém achar que eu poderia ajudar em algo, meu e.mail é
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> Abraços a todos,
> Gustavo.
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>
>



SUBJECT: [ciencialist] Ci�ncia Hoje online
FROM: "Andr� Roviralta Dias Baptista" <andreba@smacesso.com>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 23/03/2000 18:19

A Revista Hoje tem agora um edição online!
 
http://www.uol.com.br/cienciahoje/
 
abraços,
 
 
André Roviralta Dias Baptista
 
 

SUBJECT: [ciencialist] Re: gases extraterrestres
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
CC: mar@momentus.com.br
DATE: 23/03/2000 19:02


http://www.cnnportugues.com/2000/tec/03/22/gasesextraterrestres/index.html

onde lej-se:

'A camada de argila se formou há cerca de 65 milhões anos resultante de
uma cratera criada pelo grande impacto que muitos cientistas acreditam foi
o causador da extinção da vida humana na Terra, incluindo a dos
dinossauros.'

ou nos estamos extintos (e jah a coisa de 65 milhoes de anos atras) ou os
dinossauros sao humanos... (as duas coisas?)... eh mole?

e tem mais:

'O físico Robert Poreda da Universidade de Rochester em Nova York concorda
que as estruturas podem ser encontradas em nosso sistema solar e que se
originaram de uma estrela que orbita em torno do nosso sol.'

descobriram q. vivemos em um sistema estelar binario e nao nos avisaram?

[]s,

roberto takata




SUBJECT: [ciencialist] Re: Tempo de vida de uma estrela
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/03/2000 21:18

tempo de vida = qtdade de combustivel/taxa de consumo

qtdade de combustivel = k1.massa da estrela
taxa de consumo = k2.luminosidade

a luminosidade de uma estrela eh proporcional aa sua massa (qto maior a
massa maior a pressao interna -> maior a temperatura -> maior a taxa de
transformacao de H em He -> maior a producao de energia -> maior
luminosidade). a proporcionalidade se dah por um fator p entre 4
(estrelas maiores) e 3 (estrelas menores):

luminosidade = k3.(massa)^p

tempo de vida = (k1.massa)/(k2.k3.massa^p)
tempo de vida =k4.1/massa^(p-1)

p-1 fica entre 2 e 3, usa-se frequentemente o valor medio: 2,5 - se
normalizarmos para a massa solar, cujo tempo de vida eh de 10 bilhoes de
anos (10 G.a.)

tempo de vida = 10 G.a./M^2,5 - em q. M corresponde aa massa da estrela
em unidades de massas solares.

assim uma estrela 40 vezes maior do q. o sol, tem 40 vezes mais
combustivel, mas eh 2,5 milhoes de vezes mais luminosa (consome 2,5
milhoes de vezes mais rapido seu combustivel), no q. resulta em um tempo
de vida de cerca de 1 milhao de anos (ou pouco mais de 150 mil anos
dependendo do arredondamento de p)...

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Tempo de vida de uma estrela
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/03/2000 21:25

> tempo de vida = 10 G.a./M^2,5 - em q. M corresponde aa massa da estrela
> em unidades de massas solares.

falando-se apenas na sequencia principal: qdo a estrela transforma H em He
e mantem-se em equilibrio hidrostatico (a pressao interna da energia
termonuclear gerada contrabalanca a pressao de colapsamento da gravidade).

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: gases extraterrestres
FROM: "Daniel Sottomaior Pereira" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 24/03/2000 01:12

roberto mitsuo takata <rm-@ib.usp.br> wrote:
original article:http://www.egroups.com/group/ciencialist/?start=4311
>
> http://www.cnnportugues.com/2000/tec/03/22/gasesextraterrestres/index
.html
>
> onde lej-se:
>
> 'A camada de argila se formou há cerca de 65 milhões anos resultante
de
> uma cratera criada pelo grande impacto que muitos cientistas
acreditam foi
> o causador da extinção da vida humana na Terra, incluindo a dos
> dinossauros.'
>
> ou nos estamos extintos (e jah a coisa de 65 milhoes de anos atras)
ou os
> dinossauros sao humanos... (as duas coisas?)... eh mole?
>
> e tem mais:
>
> 'O físico Robert Poreda da Universidade de Rochester em Nova York
concorda
> que as estruturas podem ser encontradas em nosso sistema solar e que
se
> originaram de uma estrela que orbita em torno do nosso sol.'
>
> descobriram q. vivemos em um sistema estelar binario e nao nos
avisaram?

Geez... e eu que os achava confiáveis. Será um problema de tradução
psicografada? Ou do site como um todo? Ou da própria CNN? Quando eu
olhei este endereço (http://www.cnn.com/2000/TECH/space/03/22/buckyball
s/index.html) não tinha absolutamente nada de texto principal ali,
embora o título da página revelasse ser a matéria original:

<TITLE>CNN.com - Space - Outer space gas trapped on Earth in
'buckyballs' - March 22, 2000</TITLE>


Daniel



SUBJECT: [ciencialist] Re: Tempo de vida de uma estrela
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/03/2000 08:15

Obrigado pela explicacao Roberto , agora outra pergunta :
O Sol tem um tempo de vida de cerca de 10 bilhoes de anos.
Qual idade aproximada do Sol ?

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> tempo de vida = qtdade de combustivel/taxa de consumo
>
> qtdade de combustivel = k1.massa da estrela
> taxa de consumo = k2.luminosidade
>
> a luminosidade de uma estrela eh proporcional aa sua massa (qto maior a
> massa maior a pressao interna -> maior a temperatura -> maior a taxa de
> transformacao de H em He -> maior a producao de energia -> maior
> luminosidade). a proporcionalidade se dah por um fator p entre 4
> (estrelas maiores) e 3 (estrelas menores):
>
> luminosidade = k3.(massa)^p
>
> tempo de vida = (k1.massa)/(k2.k3.massa^p)
> tempo de vida =k4.1/massa^(p-1)
>
> p-1 fica entre 2 e 3, usa-se frequentemente o valor medio: 2,5 - se
> normalizarmos para a massa solar, cujo tempo de vida eh de 10 bilhoes de
> anos (10 G.a.)
>
> tempo de vida = 10 G.a./M^2,5 - em q. M corresponde aa massa da estrela
> em unidades de massas solares.
>
> assim uma estrela 40 vezes maior do q. o sol, tem 40 vezes mais
> combustivel, mas eh 2,5 milhoes de vezes mais luminosa (consome 2,5
> milhoes de vezes mais rapido seu combustivel), no q. resulta em um tempo
> de vida de cerca de 1 milhao de anos (ou pouco mais de 150 mil anos
> dependendo do arredondamento de p)...
>
> roberto takata
>
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>
> -- 20 megs of disk space in your group's Document Vault
> -- http://www.egroups.com/docvault/ciencialist/?m=1



SUBJECT: [ciencialist] Re: gases extraterrestres
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 24/03/2000 08:34

O que mais me estranhou foi a *essencia* da reportagem :
Os gases extraterrestres !!!
Eu pergunto entao : De onde surgiu todos os gases e materia do planeta terra ?

Toda a terra foi formada de gases e particulas interestelares que se
condensaram
formando-a !
Eu nao entendi , o proprio oxigenio que respiramos eh proveniente de gases
interestelares , mais precisamente, foi provavelmente formado no interior de
alguma estrela que explodiu espalhando estes gases pelo espaco.
Ou , como diz o Datena, eu estou enganado ?
Alguem poderia me explicar onde estaria a novidade de termos gases
interestelares
na terra se ela propria foi formada destes gases e particulas interestelares ?

[]s
jocax

Daniel Sottomaior Pereira wrote:

> roberto mitsuo takata <rm-@ib.usp.br> wrote:
> original article:http://www.egroups.com/group/ciencialist/?start=4311
> >
> > http://www.cnnportugues.com/2000/tec/03/22/gasesextraterrestres/index
> .html
> >
> > onde lej-se:
> >
> > 'A camada de argila se formou há cerca de 65 milhões anos resultante
> de
> > uma cratera criada pelo grande impacto que muitos cientistas
> acreditam foi
> > o causador da extinção da vida humana na Terra, incluindo a dos
> > dinossauros.'
> >
> > ou nos estamos extintos (e jah a coisa de 65 milhoes de anos atras)
> ou os
> > dinossauros sao humanos... (as duas coisas?)... eh mole?
> >
> > e tem mais:
> >
> > 'O físico Robert Poreda da Universidade de Rochester em Nova York
> concorda
> > que as estruturas podem ser encontradas em nosso sistema solar e que
> se
> > originaram de uma estrela que orbita em torno do nosso sol.'
> >
> > descobriram q. vivemos em um sistema estelar binario e nao nos
> avisaram?
>
> Geez... e eu que os achava confiáveis. Será um problema de tradução
> psicografada? Ou do site como um todo? Ou da própria CNN? Quando eu
> olhei este endereço (http://www.cnn.com/2000/TECH/space/03/22/buckyball
> s/index.html) não tinha absolutamente nada de texto principal ali,
> embora o título da página revelasse ser a matéria original:
>
> <TITLE>CNN.com - Space - Outer space gas trapped on Earth in
> 'buckyballs' - March 22, 2000</TITLE>
>
> Daniel
>
> ------------------------------------------------------------------------
> Use os recursos da Ciencialist em http://www.egroups.com/list/ciencialist/
>
> --- ... ---
>
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com (sair da lista)
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SUBJECT: [ciencialist] Re: gases extraterrestres
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 24/03/2000 09:54


>>O que mais me estranhou foi a *essencia* da reportagem :
Os gases extraterrestres !!!
Eu pergunto entao : De onde surgiu todos os gases e materia do planeta terra
?

Toda a terra foi formada de gases e particulas interestelares que se
condensaram
formando-a !
Eu nao entendi , o proprio oxigenio que respiramos eh proveniente de gases
interestelares , mais precisamente, foi provavelmente formado no interior de
alguma estrela que explodiu espalhando estes gases pelo espaco.
Ou , como diz o Datena, eu estou enganado ?
Alguem poderia me explicar onde estaria a novidade de termos gases
interestelares
na terra se ela propria foi formada destes gases e particulas interestelares
?

[]s
jocax<<

Creio que, o que eles estão querendo destacar é o 'aprisionamento de gases'
da etapa inicial da formação da Terra. Sob o mesmo ponto de vista, estuda-se
a 'água velha', aquela água que foi aprisionada em estruturas salinas nas
eras primitivas. Uma das (senão a maior) importâncias dessa 'agua velha', é
o estudo de se utilizar as minas de sal como depósitos de resíduos
nucleares. Esse estudo, assim como o aprisionamento de gases, foi gerado
pela pergunta (antiga): 'Será que uma mina de sal desativada é lugar seguro
para se depositar os resíduos que chamamos de lixo nuclear?'
Essa água velha é importante? Sim, água não muda com a idade, mas muda com a
evaporação. Em lugar de água 18 (peso molecular) vai-se obendo água 19, 20,
21, 22 conforme o número de átomos de H e O pesados que conseguem incorporar
nas moléculas. Uma conclusão final, sem mais delongas, é 'as minas de sal
são excelentes para guardar lixo atômico ... por causa da água velha.
[]'s
Léo





SUBJECT: [ciencialist] Re: Tempo de vida de uma estrela
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/03/2000 10:55

o sol como os demais corpos do sistema solar tem idade estimada entre 4,5
e 5 bilhoes de anos (4,5~5 G.a.) - o sol estah em sua meia-idade.

[essas consideracoes sobre o tempo de vida de uma estrela em relacao aa
sua luminosidade impoem alguns limites a um universo povoado e pululando
de vida por aih: uma producao de uma quantidade de energia a uma taxa
razoavel e por um tempo razoavel se limita a estrelas com massa muito
proximas aa do sol: algo em torno de 0,9 e 1,1 massa solar - continua
ainda a haver muitas estrelas nessas condicoes, mas diminui sensivelmente
frente aos 100 bilhoes de estrelas por galaxia postulados. nao justifica
um olhar totalmente cetico, mas clama por uma ponderacao das
especulacoes emotivas.]

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: gases extraterrestres
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 24/03/2000 11:26

> O que mais me estranhou foi a *essencia* da reportagem :
> Os gases extraterrestres !!!

ele se refere nao tto aos gases da terra, mas ao gas helio - helio e
hidrogenio sao leves demais para serem contidos pela gravidade terrestre:
os q. estiveram presentes na composicao original da quimica terrestre jah
se evaporaram completamente - apenas uma parte do hidrogenio se manteve
por reacao com outros elementos (agua, primordialmente), jah o helio como
gas nobre eh pouco reativo (apenas em condicoes muito especiais poderia
formar compostos com outros elementos).

o helio presente na terra entao atualmente seria quase todo constituido a
partir da fissao dos nucleos dos elementos mais pesados (suponho q. nao se
origine helio nas altas camadas da atmosfera pela irradiacao dos atomos
ordinarios do ar em fracao significativa, os q. eventualmente pudessem ser
formados - se eh o podem - seriam imediatamente peridos para o espaco).

de qq forma nao confundir elementos com gases - os elementos q. constituem
a atmosfera terrestre foram formados no nucleo de uma estrela antecessora
do sol (segundo teoria corrente), mas nao necessariamente na forma de
gases - o oxigenio atmosferico atual eh derivado da agua, e.g., o gas
carbonico eh derivado em ultima instancia do carbono e oxigenio produzidos
por essa estrela: mas nao veio na forma de gas carbonico (ao menos nao em
qtdade significativa).

-----
abaixo transcricao da versao original em ingles, onde nao se encontra
nenhuma das barbaridades apontadas na versao em portugues (nossos
tradutores continuam recebendo mais do q. valem)...

[pedindo desculpas para astrofisicos de plantao por estar metendo o meu
bedelho em terreno alheio.]


roberto takata
-----------
Outer space gas trapped on Earth in 'buckyballs'

By Richard Stenger
CNN Interactive Writer

HONOLULU, Hawaii (CNN) --
Extraterrestrial gases have been trapped on Earth for millions of years
by complex molecular structures known as buckyballs, scientists
reported this week.

The discovery offers a new method to trace geological and biological
events linked to colossal meteorite and comet strikes and strengthens the
theory that some terrestrial atmospheric gases and organic compounds
originated in space.

"This finding opens new possibilities in looking at the problem of how
planetary atmospheres evolved and maybe even how life evolved on Earth
and perhaps other moons and planets," University of Hawaii geochemist
Luann Becker said in a statement.

Becker and two colleagues found the trapped extraterrestrial gases in
samples from Denmark, New Zealand and North America taken from a
one-inch (2.5-cm) layer of sedimentary clay that divides the Cretaceous
and Tertiary periods.

The clay layer formed about 65 million years ago from the fallout of a
massive impact crater that many scientists think set off mass
extinctions, including that of the dinosaurs.

The gases and their unusual containers originated in space, the
scientists said in the March 28 Proceedings of the National Academy of
Sciences. An advanced version was posted on the Internet on Tuesday.

Space helium encased for eons

The trapped gases contain high concentrations of
helium 3, a type of helium with only three subatomic particles that's
found mostly in space. Helium created on Earth, in contrast, usually has
four sub-atomic particles in its nucleus.

Presumably the buckyballs -- microscopic cages composed of 60 carbon
molecules -- came from space as well, considering their helium
cargo did. But scientists remain unsure when and where they formed.

Formally known as fullerenes, buckeyballs form under dense pressures and
extreme temperatures like those in the pre-solar environment, Becker said.
Physicist Robert Poreda of the University of Rochester in Rochester, New
York, agrees that fullerenes predate our solar system. He adds that they
could have come from a star that predates our sun.

"They may have formed in a high energy plasma related to the early solar
nebula or they may have formed prior to the formation of our solar
system in the outflow from a 'carbon-rich' giant. Our solar nebula then
formed from the remnants of this giant star," he said.

Becker published her findings along with Poreda and Ted Bunch of NASA's
Ames Research Center in Moffett, California.

Becker and Bunch first identified naturally occurring fullerenes in a
meteorite last July. They detected large buckyballs, some composed of 400
carbon atoms, in pieces of the 4.6-billion-year-old Allende meteorite that
landed in Mexico decades ago.

Samples from Australia's Murchison meteorite offered additional evidence
of the extraterrestrial origin of fullerene helium
cages.

The Permian/Triassic divide

Becker has expanded the research to include the sedimentary layer that
divides the 250-million-year old Permian and Triassic periods. The layer
marks a time of much greater biological change than the
Cretaceous/Tertiary transition.

The investigation could help explain whether a killer comet or meteor
spurred the massive species shakeup. Becker also seeks to find out if
fullerenes delivered carbon compounds and other substances necessary for
life to emerge.

"We're working on that right now. There's more to come hopefully," she
said.

© 2000 Cable News Network. All Rights Reserved.
http://www.cnn.com/2000/TECH/space/03/22/buckyballs/index.html



SUBJECT: [ciencialist] Re: Tempo de vida de uma estrela
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/03/2000 11:52



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> o sol como os demais corpos do sistema solar tem idade estimada entre 4,5
> e 5 bilhoes de anos (4,5~5 G.a.) - o sol estah em sua meia-idade.
>
> [essas consideracoes sobre o tempo de vida de uma estrela em relacao aa
> sua luminosidade impoem alguns limites a um universo povoado e pululando
> de vida por aih: uma producao de uma quantidade de energia a uma taxa
> razoavel e por um tempo razoavel se limita a estrelas com massa muito
> proximas aa do sol: algo em torno de 0,9 e 1,1 massa solar

Porque uma estrela com por exemplo 0,5 da massa do sol , e que portanto
duraria cerca de 4 vezes mais nao poderia oferecer vida ?
Se existisse um planeta orbitando-a a uma distancia menor, (a taxa de radiacao
recebida
cai com o cubo da distancia), poderia se obter a mesma taxa de energia por m2
que a
Terra. E haveria + chances de vida inteligente q uma estrela igual ao sol pois
o tempo de
vida da estrela seria bem maior.
O mesmo vale para uma estrela com massa maior , contudo o tempo de vida da
estrela
seria menor.



> - continua
> ainda a haver muitas estrelas nessas condicoes, mas diminui sensivelmente
> frente aos 100 bilhoes de estrelas por galaxia postulados. nao justifica
> um olhar totalmente cetico, mas clama por uma ponderacao das
> especulacoes emotivas.]

[]´s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re: gases extraterrestres
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 24/03/2000 12:10

>
> o helio presente na terra entao atualmente seria quase todo constituido a
> partir da fissao dos nucleos dos elementos mais pesados (suponho q. nao se
> origine helio nas altas camadas da atmosfera pela irradiacao dos atomos
> ordinarios do ar em fracao significativa, os q. eventualmente pudessem ser
> formados - se eh o podem - seriam imediatamente peridos para o espaco).
>

Acho estranho essa abordagem da origem do helio na nossa atmosfera:
Reacao de fissao a parti de nucleos + pesados.
Acho q ateh deve fisicamente ocorrer , ma a uma taxa desprezivel.
Eu acho + provavel q o helio , juntamente com o hidrogenio, sendo os elementos

mais abundantes do universo, poderiam ser capturados pela gravidade, ou mesmo
mais provavelmente ainda sao restos nao " evaporados" da epoca da formacao da
terra.
( Estou apenas especulando, nao tenho dados materiais para quantificar isso )



>
> de qq forma nao confundir elementos com gases - os elementos q. constituem
> a atmosfera terrestre foram formados no nucleo de uma estrela antecessora
> do sol (segundo teoria corrente), mas nao necessariamente na forma de
> gases - o oxigenio atmosferico atual eh derivado da agua,

Isso deve ser verdade e eh uma coisa que me intriga !
Em todas as teorias da formacao da vida o oxigenio apareceu depois
na atmosfera devido a origem da vida. Pergunta : Qual eh a reacao biologica
que decompoe a agua em seus constituintes : H2 + O ?
(Chute : Fotossintese? )


[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re: gases extraterrestres
FROM: LRB@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 24/03/2000 12:13

On Fri, 24 Mar 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> O que mais me estranhou foi a *essencia* da reportagem :
> Os gases extraterrestres !!!
> Eu pergunto entao : De onde surgiu todos os gases e materia do planeta terra ?

Eu tambem estou no mesmo barco. Nao entendi a ideia... soh que eu ainda
nao li a materia, mas antecipadamente me parece um tanto equivocada.


> Toda a terra foi formada de gases e particulas interestelares que se
> condensaram
> formando-a !
> Eu nao entendi , o proprio oxigenio que respiramos eh proveniente de gases
> interestelares , mais precisamente, foi provavelmente formado no interior de
> alguma estrela que explodiu espalhando estes gases pelo espaco.

De um certo modo toda a Terra eh formada de materia extra-terrestre. :)

Pelo que eu lembro, o oxigenio que respiramos eh proveniente de
organismos primitivos... seria uma flatulencia primitiva. :) Ou estou
enganado?


> Ou , como diz o Datena, eu estou enganado ?
> Alguem poderia me explicar onde estaria a novidade de termos gases
> interestelares
> na terra se ela propria foi formada destes gases e particulas interestelares ?

O que me deixou na duvida tambem, seria o modo de diferenciacao entre
gas extraterrestre e terrestre. Acho que as buckybolas nao possuem
tamanho suficiente (com estabilidade) para armazenar materia suficiente
para poder caracterizar a origem da mesma.

Nao sei se nao estou sendo imprudente com esses comentarios... mas
azar.. :)

> []s
> jocax
>
> Daniel Sottomaior Pereira wrote:
>
> > roberto mitsuo takata <rm-@ib.usp.br> wrote:
> > original article:http://www.egroups.com/group/ciencialist/?start=4311
> > >
> > > http://www.cnnportugues.com/2000/tec/03/22/gasesextraterrestres/index
> > .html
> > >
> > > onde lej-se:
> > >
> > > 'A camada de argila se formou ha cerca de 65 milhues anos resultante
> > de
> > > uma cratera criada pelo grande impacto que muitos cientistas
> > acreditam foi
> > > o causador da extingco da vida humana na Terra, incluindo a dos
> > > dinossauros.'
> > >
> > > ou nos estamos extintos (e jah a coisa de 65 milhoes de anos atras)
> > ou os
> > > dinossauros sao humanos... (as duas coisas?)... eh mole?
> > >
> > > e tem mais:
> > >
> > > 'O fmsico Robert Poreda da Universidade de Rochester em Nova York
> > concorda
> > > que as estruturas podem ser encontradas em nosso sistema solar e que
> > se
> > > originaram de uma estrela que orbita em torno do nosso sol.'
> > >
> > > descobriram q. vivemos em um sistema estelar binario e nao nos
> > avisaram?
> >
> > Geez... e eu que os achava confiaveis. Sera um problema de tradugco
> > psicografada? Ou do site como um todo? Ou da prspria CNN? Quando eu
> > olhei este enderego (http://www.cnn.com/2000/TECH/space/03/22/buckyball
> > s/index.html) nco tinha absolutamente nada de texto principal ali,
> > embora o tmtulo da pagina revelasse ser a matiria original:
> >
> > <TITLE>CNN.com - Space - Outer space gas trapped on Earth in
> > 'buckyballs' - March 22, 2000</TITLE>
> >
> > Daniel
> >


SUBJECT: [ciencialist] Re: Tempo de vida de uma estrela
FROM: LRB@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/03/2000 12:35


> Esse exatamente nao precisa ser "tao exatamente" assim como vc propoe.
> Mesmo q o planeta nao recebesse energia IDENTICA aa da terra , por se
> situar digamos + perto ou + longe da estrela mesmo assim ainda poderia haver
> vida. A pergunta q fica eh : Em q extremos de temperatura a vida eh possivel?
> ( Ja ouvi dizer q ateh em boca de vulcao fumegante ha vida.).
> []s
> jocax

Temos que considerar nao soh a temperatura, mas tambem as condicoes de
pressao em que se encontra a vida; pois em altas pressoes os intervalos
em que as moleculas sao estaveis, variam... ou seja numa pressao maior,
temperaturas maiores sao suportadas pelos organismos.

Falei besteira? :)

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna.





SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: gases extraterrestres
FROM: LRB@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/03/2000 12:43

On Fri, 24 Mar 2000, Rodrigo F. Viecilli wrote:
> Nco. A decomposigco da agua em H2 e O2 foi inicialmente feita pela grande
> quantidade de descargas elitricas na atmosfera naqueles tempos. Depois, o H2
> por ser muito lve acabou indo pro espago e o oxigjnio permaneceu. Pra vc
> entender como o H2 escapa para o espago basta vc observar que um balao "foge
> da gravidade" dentro de uma piscina. Como nco ha nada mais leve para ser
> "deslocado" , e o restante dos gases i mais pesado (o oxigenio i 16 vezes
> mais pesado), ele tende a ocupar atravis do movimento molecular o lugar do
> hidrogenio, que vai embora. E isto i bom. Caso o hidrogjnio ficasse por aqui
> ninguim ia viver (ou pelo menos nao como i a vida aqui na terra) num mundo
> cheio de explosues.
> PhiloX

Eu ainda acho que a grande quantidade de oxigenio existente atualmente
eh devida a processos de microorganismos (fugindo da questao de qual
deles :) ).

Aproveitando o e-mail.
Esta questao de explosividade do hidrogenio.
Na penultima Superinteressante ha uma materia sobre um motor movido a
hidrogenio, onde este eh armazenado em metais. Em algum momento a materia
fala que o hidrogenio em contato com o ar eh altamente explosivo... ou
algo assim ( nao estou com a revista em maos). Mas isto eh uma meia
verdade, o hidrogenio e o oxigenio podem coexistir nas condicoes CNTP por
muito tempo sem haver qualquer explosao... para que aconteca algum tipo
de reacao explosiva eh necessario uma energia de ativacao, tal como uma
faisca, ou entao um catalisador (platina, se nao me engano).
Essa eh a velha questao da uniao entre as ideias da termodinamica e da
cinetica. A termodinamica eh condicao necessaria mas nao suficiente... e
por ai vai. :)

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna.



SUBJECT: [ciencialist] Re: Tempo de vida de uma estrela
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/03/2000 13:20

> Porque uma estrela com por exemplo 0,5 da massa do sol , e que portanto
> duraria cerca de 4 vezes mais nao poderia oferecer vida ?
> Se existisse um planeta orbitando-a a uma distancia menor, (a taxa de radiacao
> recebida cai com o cubo da distancia), poderia se obter a mesma taxa de
> energia por m2 que a Terra. E haveria + chances de vida inteligente q
> uma estrela igual ao sol pois o tempo de vida da estrela seria bem
> maior. O mesmo vale para uma estrela com massa maior , contudo o tempo
> de vida da estrela seria menor.

a taxa de energia recebida cai menos drasticamente - com o quadrado da
distancia. mas pensemos assim, uma estrela com 0,5 massa solar vai
irradiar a: 0,5^3 taxa solar = 0,125 energia solar. isso significa q. o
planeta deveria estar orbitando a uma distancia 8 vezes menor do q. a
terra em relacao ao sol. 150 milhoes de km vezes 0,125 = 18.750.000 km.

consideremos a gravidade:

F = kMs.Mp/d^2 , em q. Ms eh a massa da estrela, Mp do planeta, d a
distancia media entre eles e k cte gravitacional.

para Ms = 0,5 da do sol e d = 0,125 U.A.

F = 32 G, em q. G eh a forca gravitacional do sol sobre a terra... a
orbita seria muito instavel - acabaria caindo dentro da estrela.

mas antes mesmo de considerarmos a questao gravitacional, iremos nos bater
com uma questao mais fundamental ainda: os planetas nao migram como os
animais para um local mais propicio - em caso de uma estrela menor deveria
haver uma grande coincidencia do planeta se formar exatamente na faixa de
habitabilidade (jah nos esquecendo q. nessa faixa para essas estrelas a
orbita eh instavel).

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] RES: despedida
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/03/2000 13:23



Mas o pior é ter que ler que filosofia é "ciência teórica" (sem querer citar
nomes), isto realmente foi demais para mim...
Se alguém achar que eu poderia ajudar em algo, meu e.mail é
gumaia@zaz.com.br ou gumaia@ig.com.br



*** A sua mensagem sobre moral e evolução, em primeiro lugar, levanta uma
questão mais filosófica do que científica. Em segundo lugar, eu não li
nenhuma mensagem que diz que ciencia teórica é filosofia.
Acredito que vc saiba ler e entender, portanto se vc quis, de má fé, se
referir a algo que eu não disse ( e que eu sinceramente nunca diria), como
seu eu o tivesse dito, eu só venho a lamentar a tua atitude infantil, mas
louvo a tua decisão de sair da lista.
No entanto não é necessário fazer o papel de vítima- saia de fininho, sem
agir de má fé. Se te resta alguma dignidade.
Segue anexo o email que eu mandei, sem distorções.

Pra mim a filosofia e a ciência surgiram juntas e sempre vão andar juntas.


PhiloX



****************************************************************************
********************************************
Ciência teórica, que pode ser feita nessa lista, é o que então? Falar só o
que já foi dito? Ou a melhor ciência teórica consiste em especular e agrupar
dados, relacionando-os em cima dos fundamentos em que se baseiam os aspectos
mais fundamentais da nossa vida? Fuja da alienação, meu amigo. :/ Tente
pensar um pouco fora do que vc lê nos livros. Tente ao menos, aqui vc é
livre porque ninguém tá fazendo prova ou competição de ego. Se o tema não te
agrada, proponha outro. Não precisa menosprezar o tema dos outros, talvez
porque vc não domine o assunto. Há espaço para todos.

PhiloX



SUBJECT: [ciencialist] Re: gases extraterrestres
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 24/03/2000 13:41

> Acho estranho essa abordagem da origem do helio na nossa atmosfera:
> Reacao de fissao a parti de nucleos + pesados.
> Acho q ateh deve fisicamente ocorrer , ma a uma taxa desprezivel.
> Eu acho + provavel q o helio , juntamente com o hidrogenio, sendo os elementos

nao eh provavel exatamente porq. eles sendo leves escapam com facilidade
do campo gravitacional da terra - impedindo portanto uma captura
significativa por atracao gravitacional.

no caso do helio nao deve ser o componente originalmente encontrado na
terra exatamente em funcao de sua composicao nuclear: o isotopo q.
encontramos na atmosfera terrestre (em niveis-traco) eh He4, eqto o
presente nos nucleos estelares eh He3.

http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/aprendendo-superior/ufrgs/fis207/planetas/planetas.htm
item: retencao de atmosferas

> que decompoe a agua em seus constituintes : H2 + O ?
> (Chute : Fotossintese? )

exatamente. (embora nao seja correto dizer H2 + 0, a equacao simplificada
eh 2H2O -> 4[H] + 2O... nao ha liberacao de H em forma molecular - ele eh
incorporado em moleculas organicas, daih a equacao, tbm simplificada, da
fotossintese ser: nCO2 + 2nH2O -> n(CH2O) + nO2 + nH2O - lembrando
q. O2 vem da agua e nao do CO2)

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: gases extraterrestres
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/03/2000 13:41

Pelo que eu sei a maior parte do oxigênio da terra foi formado a partir da
fotossíntese. Segundo me informaram numa aula de biologia, as primeiras
algas foram as responsáveis por isto.


PhiloX
-----Mensagem original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@spider.uspnet.usp.br]
Enviada em: Sexta-feira, 24 de Março de 2000 08:35
Para: ciencialist@eGroups.com
Assunto: [ciencialist] Re: gases extraterrestres


O que mais me estranhou foi a *essencia* da reportagem :
Os gases extraterrestres !!!
Eu pergunto entao : De onde surgiu todos os gases e materia do planeta terra
?

Toda a terra foi formada de gases e particulas interestelares que se
condensaram
formando-a !
Eu nao entendi , o proprio oxigenio que respiramos eh proveniente de gases
interestelares , mais precisamente, foi provavelmente formado no interior de
alguma estrela que explodiu espalhando estes gases pelo espaco.
Ou , como diz o Datena, eu estou enganado ?
Alguem poderia me explicar onde estaria a novidade de termos gases
interestelares
na terra se ela propria foi formada destes gases e particulas interestelares
?

[]s
jocax

Daniel Sottomaior Pereira wrote:

> roberto mitsuo takata <rm-@ib.usp.br> wrote:
> original article:http://www.egroups.com/group/ciencialist/?start=4311
> >
> > http://www.cnnportugues.com/2000/tec/03/22/gasesextraterrestres/index
> .html
> >
> > onde lej-se:
> >
> > 'A camada de argila se formou há cerca de 65 milhões anos resultante
> de
> > uma cratera criada pelo grande impacto que muitos cientistas
> acreditam foi
> > o causador da extinção da vida humana na Terra, incluindo a dos
> > dinossauros.'
> >
> > ou nos estamos extintos (e jah a coisa de 65 milhoes de anos atras)
> ou os
> > dinossauros sao humanos... (as duas coisas?)... eh mole?
> >
> > e tem mais:
> >
> > 'O físico Robert Poreda da Universidade de Rochester em Nova York
> concorda
> > que as estruturas podem ser encontradas em nosso sistema solar e que
> se
> > originaram de uma estrela que orbita em torno do nosso sol.'
> >
> > descobriram q. vivemos em um sistema estelar binario e nao nos
> avisaram?
>
> Geez... e eu que os achava confiáveis. Será um problema de tradução
> psicografada? Ou do site como um todo? Ou da própria CNN? Quando eu
> olhei este endereço (http://www.cnn.com/2000/TECH/space/03/22/buckyball
> s/index.html) não tinha absolutamente nada de texto principal ali,
> embora o título da página revelasse ser a matéria original:
>
> <TITLE>CNN.com - Space - Outer space gas trapped on Earth in
> 'buckyballs' - March 22, 2000</TITLE>
>
> Daniel
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SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: gases extraterrestres
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/03/2000 13:45

> fotossíntese. Segundo me informaram numa aula de biologia, as primeiras
> algas foram as responsáveis por isto.

na verdade foram as primeiras *bacterias* fotossintezantes, as algas
apareceram depois... talvez a confusao seja porq. as cianobacterias eram
conhecidas como 'algas azuis'...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Tempo de vida de uma estrela
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/03/2000 13:49



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> > Porque uma estrela com por exemplo 0,5 da massa do sol , e que portanto
> > duraria cerca de 4 vezes mais nao poderia oferecer vida ?
> > Se existisse um planeta orbitando-a a uma distancia menor, (a taxa de radiacao
> > recebida cai com o cubo da distancia), poderia se obter a mesma taxa de
> > energia por m2 que a Terra. E haveria + chances de vida inteligente q
> > uma estrela igual ao sol pois o tempo de vida da estrela seria bem
> > maior. O mesmo vale para uma estrela com massa maior , contudo o tempo
> > de vida da estrela seria menor.
>
> a taxa de energia recebida cai menos drasticamente - com o quadrado da
> distancia. mas pensemos assim, uma estrela com 0,5 massa solar vai
> irradiar a: 0,5^3 taxa solar = 0,125 energia solar. isso significa q. o
> planeta deveria estar orbitando a uma distancia 8 vezes menor do q. a
> terra em relacao ao sol. 150 milhoes de km vezes 0,125 = 18.750.000 km.

Calma , ha um erro aih : vc deve lembrar q a energia cai com o quadrado da
distancia.
Assim teremos :
Emquad_T = energia por metro quadrado da Terra = K * E_SOL / D_T^2
Energ por metro quad eh prop a energia liberada do sol dividido pelo quadrado
da distancia.
Emquad_T = K * E_Estrela / D_P ^2 = K*0,125E_SOL/D_P^2

0,125/D_P^2 = 1/D_T^2 ==> D_P = 0,35 D_T ou seja
o planeta teria q ficar a uma distancia de cerca de 1/3 da distancia da terra =
53 milhoes de kilometros.


>
>
> consideremos a gravidade:
>
> F = kMs.Mp/d^2 , em q. Ms eh a massa da estrela, Mp do planeta, d a
> distancia media entre eles e k cte gravitacional.
>
> para Ms = 0,5 da do sol e d = 0,125 U.A.
>
> F = 32 G, em q. G eh a forca gravitacional do sol sobre a terra... a
> orbita seria muito instavel - acabaria caindo dentro da estrela.
>

F = 0,5/0,35^2 G = 4 G ( uma forca apenas 4 vezes maior )


>
> mas antes mesmo de considerarmos a questao gravitacional, iremos nos bater
> com uma questao mais fundamental ainda: os planetas nao migram como os
> animais para um local mais propicio - em caso de uma estrela menor deveria
> haver uma grande coincidencia do planeta se formar exatamente na faixa de
> habitabilidade (jah nos esquecendo q. nessa faixa para essas estrelas a
> orbita eh instavel).
>

Esse exatamente nao precisa ser "tao exatamente" assim como vc propoe.
Mesmo q o planeta nao recebesse energia IDENTICA aa da terra , por se
situar digamos + perto ou + longe da estrela mesmo assim ainda poderia haver
vida. A pergunta q fica eh : Em q extremos de temperatura a vida eh possivel?
( Ja ouvi dizer q ateh em boca de vulcao fumegante ha vida.).

[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re: Ci�ncia Hoje online
FROM: LRB@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 24/03/2000 13:50


A Ciencia Hoje jah tinha site na internet a um bom tempo no endereco
http://www.ciencia.org.br !
Nao entendi exatamente qual eh a novidade.

Luis R. Brudna


On Thu, 23 Mar 2000, =?UNKNOWN?Q?Andr=E9?= Roviralta Dias Baptista wrote:

> A Revista Hoje tem agora um edição online!
>
> http://www.uol.com.br/cienciahoje/
>
> abraços,
>
>
> André Roviralta Dias Baptista
>
>
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SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: gases extraterrestres
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/03/2000 13:58

Não. A decomposição da água em H2 e O2 foi inicialmente feita pela grande
quantidade de descargas elétricas na atmosfera naqueles tempos. Depois, o H2
por ser muito lve acabou indo pro espaço e o oxigênio permaneceu. Pra vc
entender como o H2 escapa para o espaço basta vc observar que um balao "foge
da gravidade" dentro de uma piscina. Como não há nada mais leve para ser
"deslocado" , e o restante dos gases é mais pesado (o oxigenio é 16 vezes
mais pesado), ele tende a ocupar através do movimento molecular o lugar do
hidrogenio, que vai embora. E isto é bom. Caso o hidrogênio ficasse por aqui
ninguém ia viver (ou pelo menos nao como é a vida aqui na terra) num mundo
cheio de explosões.


PhiloX

-----Mensagem original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@spider.uspnet.usp.br]
Enviada em: Sexta-feira, 24 de Março de 2000 12:10
Para: ciencialist@eGroups.com
Assunto: [ciencialist] Re: gases extraterrestres


>
> o helio presente na terra entao atualmente seria quase todo constituido a
> partir da fissao dos nucleos dos elementos mais pesados (suponho q. nao se
> origine helio nas altas camadas da atmosfera pela irradiacao dos atomos
> ordinarios do ar em fracao significativa, os q. eventualmente pudessem ser
> formados - se eh o podem - seriam imediatamente peridos para o espaco).
>

Acho estranho essa abordagem da origem do helio na nossa atmosfera:
Reacao de fissao a parti de nucleos + pesados.
Acho q ateh deve fisicamente ocorrer , ma a uma taxa desprezivel.
Eu acho + provavel q o helio , juntamente com o hidrogenio, sendo os
elementos

mais abundantes do universo, poderiam ser capturados pela gravidade, ou
mesmo
mais provavelmente ainda sao restos nao " evaporados" da epoca da formacao
da
terra.
( Estou apenas especulando, nao tenho dados materiais para quantificar
isso )



>
> de qq forma nao confundir elementos com gases - os elementos q. constituem
> a atmosfera terrestre foram formados no nucleo de uma estrela antecessora
> do sol (segundo teoria corrente), mas nao necessariamente na forma de
> gases - o oxigenio atmosferico atual eh derivado da agua,

Isso deve ser verdade e eh uma coisa que me intriga !
Em todas as teorias da formacao da vida o oxigenio apareceu depois
na atmosfera devido a origem da vida. Pergunta : Qual eh a reacao biologica
que decompoe a agua em seus constituintes : H2 + O ?
(Chute : Fotossintese? )


[]s
jocax


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SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: gases extraterrestres
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/03/2000 13:58

Isto.... o He4 vc pode encontrar nas proximidades da estratosfera, onde não
há tanta pressão dos outros gases para expulsá-lo do planeta. O mesmo vale
pra outros gases leves, incluindo o hidrogênio.
Aliás, o hélio que encontramos por aí armazenado vem especificamente de que
tipo de reação? Químicos, esclareçam.

PhiloX

-----Mensagem original-----
De: Roberto Mitsuo Takata [mailto:rmt@ib.usp.br]
Enviada em: Sexta-feira, 24 de Março de 2000 13:41
Para: ciencialist@eGroups.com
Assunto: [ciencialist] Re: gases extraterrestres


> Acho estranho essa abordagem da origem do helio na nossa atmosfera:
> Reacao de fissao a parti de nucleos + pesados.
> Acho q ateh deve fisicamente ocorrer , ma a uma taxa desprezivel.
> Eu acho + provavel q o helio , juntamente com o hidrogenio, sendo os
elementos

nao eh provavel exatamente porq. eles sendo leves escapam com facilidade
do campo gravitacional da terra - impedindo portanto uma captura
significativa por atracao gravitacional.

no caso do helio nao deve ser o componente originalmente encontrado na
terra exatamente em funcao de sua composicao nuclear: o isotopo q.
encontramos na atmosfera terrestre (em niveis-traco) eh He4, eqto o
presente nos nucleos estelares eh He3.

http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/aprendendo-superior/ufrgs/fis207/planetas/plan
etas.htm
item: retencao de atmosferas

> que decompoe a agua em seus constituintes : H2 + O ?
> (Chute : Fotossintese? )

exatamente. (embora nao seja correto dizer H2 + 0, a equacao simplificada
eh 2H2O -> 4[H] + 2O... nao ha liberacao de H em forma molecular - ele eh
incorporado em moleculas organicas, daih a equacao, tbm simplificada, da
fotossintese ser: nCO2 + 2nH2O -> n(CH2O) + nO2 + nH2O - lembrando
q. O2 vem da agua e nao do CO2)

roberto takata


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SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: Tempo de vida de uma estrela
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/03/2000 14:04

Posso dizer que , dependendo da pressão também, não há a possibilidade de
vida.
Em uma autoclave, a pressão chega a 20 atm, numa temperatura de 120 graus
celsius. Há esterilização de 100%. Não estou ciente do limite encontrado
somente em termos de temperatura para a pressão atmosférica. Mas sei também
que fervendo a água por algum tempo há a eliminação de pelo menos 98% dos
microorganismos.
Agora, se é pra viajar, se há formas do que podemos chamar "vida" sem
ácidos nucleicos, daí é outro papo....


PhiloX

-----Mensagem original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@spider.uspnet.usp.br]
Enviada em: Sexta-feira, 24 de Março de 2000 13:50
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] Re: Tempo de vida de uma estrela




Roberto Mitsuo Takata wrote:

> > Porque uma estrela com por exemplo 0,5 da massa do sol , e que portanto
> > duraria cerca de 4 vezes mais nao poderia oferecer vida ?
> > Se existisse um planeta orbitando-a a uma distancia menor, (a taxa de
radiacao
> > recebida cai com o cubo da distancia), poderia se obter a mesma taxa de
> > energia por m2 que a Terra. E haveria + chances de vida inteligente q
> > uma estrela igual ao sol pois o tempo de vida da estrela seria bem
> > maior. O mesmo vale para uma estrela com massa maior , contudo o tempo
> > de vida da estrela seria menor.
>
> a taxa de energia recebida cai menos drasticamente - com o quadrado da
> distancia. mas pensemos assim, uma estrela com 0,5 massa solar vai
> irradiar a: 0,5^3 taxa solar = 0,125 energia solar. isso significa q. o
> planeta deveria estar orbitando a uma distancia 8 vezes menor do q. a
> terra em relacao ao sol. 150 milhoes de km vezes 0,125 = 18.750.000 km.

Calma , ha um erro aih : vc deve lembrar q a energia cai com o quadrado da
distancia.
Assim teremos :
Emquad_T = energia por metro quadrado da Terra = K * E_SOL / D_T^2
Energ por metro quad eh prop a energia liberada do sol dividido pelo
quadrado
da distancia.
Emquad_T = K * E_Estrela / D_P ^2 = K*0,125E_SOL/D_P^2

0,125/D_P^2 = 1/D_T^2 ==> D_P = 0,35 D_T ou seja
o planeta teria q ficar a uma distancia de cerca de 1/3 da distancia da
terra =
53 milhoes de kilometros.


>
>
> consideremos a gravidade:
>
> F = kMs.Mp/d^2 , em q. Ms eh a massa da estrela, Mp do planeta, d a
> distancia media entre eles e k cte gravitacional.
>
> para Ms = 0,5 da do sol e d = 0,125 U.A.
>
> F = 32 G, em q. G eh a forca gravitacional do sol sobre a terra... a
> orbita seria muito instavel - acabaria caindo dentro da estrela.
>

F = 0,5/0,35^2 G = 4 G ( uma forca apenas 4 vezes maior )


>
> mas antes mesmo de considerarmos a questao gravitacional, iremos nos bater
> com uma questao mais fundamental ainda: os planetas nao migram como os
> animais para um local mais propicio - em caso de uma estrela menor deveria
> haver uma grande coincidencia do planeta se formar exatamente na faixa de
> habitabilidade (jah nos esquecendo q. nessa faixa para essas estrelas a
> orbita eh instavel).
>

Esse exatamente nao precisa ser "tao exatamente" assim como vc propoe.
Mesmo q o planeta nao recebesse energia IDENTICA aa da terra , por se
situar digamos + perto ou + longe da estrela mesmo assim ainda poderia haver
vida. A pergunta q fica eh : Em q extremos de temperatura a vida eh
possivel?
( Ja ouvi dizer q ateh em boca de vulcao fumegante ha vida.).

[]s
jocax


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SUBJECT: [ciencialist] Informacoes basicas (administrativa)
FROM: LRB@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/03/2000 14:16


Para sair da lista mande um mail TOTALMENTE em branco para
ciencialist-unsubscribe@egroups.com .

Para quem precisa de dicas de como paraticipar na lista entre em
http://ciencia.virtualave.net/Dicas.htm .

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.



SUBJECT: [ciencialist] Re: gases extraterrestres
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/03/2000 14:29

> > Acho estranho essa abordagem da origem do helio na nossa atmosfera:
> > Reacao de fissao a parti de nucleos + pesados.
> > Acho q ateh deve fisicamente ocorrer , ma a uma taxa desprezivel.
> > Eu acho + provavel q o helio , juntamente com o hidrogenio, sendo os elementos
>
> nao eh provavel exatamente porq. eles sendo leves escapam com facilidade
> do campo gravitacional da terra - impedindo portanto uma captura
> significativa por atracao gravitacional.

Note que estamos falando apenas de formas ou meios de abordagem da origem do helio
em nossa atmosfera. Nao temos ainda nenhum dado quantitativo para afirmarmos
de onde vem a maioria do helio ou hidrogenio na atmosfera.
Gostaria de lembrar que *mesmo* q o helio esteja sendo vaporizado para fora
da terra ele nao ira de uma vez , de uma hora para outra, isto quer dizer que
podemos pertencer a uma era onde este "helio" seja residual.

Quero lembrar q a orbita de uma particula pela forca G da terra nao depende de sua
massa, e portanto a rota de colisao com a terra nao vai depender da particula
ser leve ou pesada.
Isto eh , ela vai ser "tragada" pela terra independentemente de sua massa molecular.


>
>
> no caso do helio nao deve ser o componente originalmente encontrado na
> terra exatamente em funcao de sua composicao nuclear: o isotopo q.
> encontramos na atmosfera terrestre (em niveis-traco) eh He4, eqto o
> presente nos nucleos estelares eh He3.
>

Se estes dados estiverem corretos isso seria uma prova de que o helio da terra nao
provem de nucleos estelares A MENOS que "pouco" antes de a estrela explodir
ela comesse a converter parte de sua massa em helio4.


>
> http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/aprendendo-superior/ufrgs/fis207/planetas/planetas.htm
> item: retencao de atmosferas
>
> > que decompoe a agua em seus constituintes : H2 + O ?
> > (Chute : Fotossintese? )
>
> exatamente. (embora nao seja correto dizer H2 + 0, a equacao simplificada
> eh 2H2O -> 4[H] + 2O... nao ha liberacao de H em forma molecular - ele eh
> incorporado em moleculas organicas, daih a equacao, tbm simplificada, da
> fotossintese ser: nCO2 + 2nH2O -> n(CH2O) + nO2 + nH2O - lembrando
> q. O2 vem da agua e nao do CO2)
>

Interessante !

[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Falando em hidrogenio...
FROM: LRB@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/03/2000 14:35


Gas From Algae May Someday Fuel Cars

Researchers have found a "metabolic switch" that prompts algae to produce
hydrogen gas from sunlight and water. Hydrogen is potentially a renewable
and environmentally friendly replacement for fossil fuels. The scientists
believe that by experimenting with the type of algae and their growth
conditions, they can increase the yields enough to make the process
economically feasible.

MAIS INFORMACOES em http://chemweb.com/alchem/2000/field/fd_000225.html ,
observo que para acessar esta pagina eh necessario estar inscrito na
www.chemweb.com , mas a inscricao eh gratuita.


References:
1. Melis, Anastasios, Liping Zhang, Marc Forestier, Maria L. Ghirardi,
and Michael Siebert. (2000) Sustained Photobiological Hydrogen Gas
Production Upon Reversible Inactivation of Oxygen Evolution in the Green
Alga Chlamydomonas reinhardtii. Plant Physiology, 122: 127-135.
2. Gaffron, H. and J. Rubin. (1942) Fermentative and photochemical
production of hydrogen in algae. J. Gen. Physiol. 26: 219-240.





SUBJECT: [ciencialist] Re: Tempo de vida de uma estrela
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/03/2000 15:56

>o planeta teria q ficar a uma distancia de cerca de 1/3 da distancia da terra =
>53 milhoes de kilometros.

tem razao.

> F = 0,5/0,35^2 G = 4 G ( uma forca apenas 4 vezes maior )

ainda assim eh uma forca consideravel... esse 'apenas' soh pode ser usado
em relacao aos 32 G<st> inicialmente (e erroneamente) calculado, em
relacao aa G<lua-terra>, por exemplo, chega quase a uma unidade (cerca de
70% da forca).

> Esse exatamente nao precisa ser "tao exatamente" assim como vc propoe.
> Mesmo q o planeta nao recebesse energia IDENTICA aa da terra , por se
> situar digamos + perto ou + longe da estrela mesmo assim ainda poderia haver
> vida. A pergunta q fica eh : Em q extremos de temperatura a vida eh possivel?
> ( Ja ouvi dizer q ateh em boca de vulcao fumegante ha vida.).

eh tao 'exatamente' qto proponho (alias, eu nao, os astrofisicos e
astrobiologos), nao disse em nenhum momento 'identica', mas nao ha
possibilidades de uma variacao muito grande, jah q. eh necessaria a
presenca de agua em estado liquido (tto qto se sabe). nas fumarolas
submarinas (e nao vulcoes fumegantes) existe vida (nao na boca) a partir
de uma distancia tal q. a agua tem mais de 100oC, mas q. devida aa pressao
permanece liquida. se a temperatura media do planeta fosse igual a 100oC
nao existiria agua liquida - a temperatura media ao longo do tempo deve
ficar na ordem dos 10oC, o q. limita a largura da zona de habitabilidade
primaria para 5% do valor medio (considerando q. o planeta desenvolva uma
atmosfera como a terrestre) - nao confudir tbm o ambiente em q. a vida
terrestre atual vive com o ambiente em q. a vida primordial se originou
(numa atmosfera oxidante como a nossa, por exemplo, nao se espera q. possa
ocorrer os processos de formacao de vida a partir de elementos
inanimados).

quer dizer, como eu disse, nao impede, mas limita - eh preciso pensar em
condicoes especiais para compensar as caracteristicas desfavoraveis, o q.
diminui (ou eh razoavel supor q. dimiua) as probabilidades.

roberto takata






SUBJECT: [ciencialist] Re: Re:despedida
FROM: "marteu"<marteu@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/03/2000 15:58

> Caro Gustavo,
> eu gostaria de sair da lista como fa�o???
> pena que voc� esteja saindo j�. Sua mensagem sobre
moral e evolu��o foi
> interessante. Me interessa esse assunto. A um tempo
atr�s j� discutimos
> bastante sobre isso. Infelizmente ainda n�o tive tempo
de sentar e elaborar
> algum coment�rio �til, mas pretendia responder sua
mensagem.
>
> abra�os,
>
> Andr� RDB
>
> -----Mensagem Original-----
> De: <gumaia@ig.com.br>
> Para: <ciencialist@egroups.com>
> Enviada em: Quinta-feira, 23 de Mar�o de 2000 10:22
> Assunto: [ciencialist] despedida
>
>
> > Caros colegas do ciencialist, como eu havia
pronunciado antes estou, a
> > partir desta mensagem, me afastando da ciencialist
(talvez apenas
> > temporariamente). Como havia dito parece que houve
uma invas�o de
> fil�sofos,
> > embora eu mesmo utilize argumentos filos�ficos em
alguns momentos, que
> > tornaram esta lista muito dif�cil de seguir com o
pouco tempo que
> disponho.
> > Mas o pior � ter que ler que filosofia � "ci�ncia
te�rica" (sem querer
> citar
> > nomes), isto realmente foi demais para mim...
> > Se algu�m achar que eu poderia ajudar em algo, meu
e.mail �
> > gumaia@zaz.com.br ou gumaia@ig.com.br
> > Abra�os a todos,
> > Gustavo.
> >
> > __________________________________
> > Oi! Voc� quer um iG-mail gratuito?
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> >
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SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: gases extraterrestres
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/03/2000 16:01

> Não. A decomposição da água em H2 e O2 foi inicialmente feita pela grande
> quantidade de descargas elétricas na atmosfera naqueles tempos. Depois, o H2

esse processo nao deve ter ocorrido em intensidade apreciavel: o O2 atual
eh produto praticamente exclusivo da acao de organismos
fotossintetizantes.

> hidrogenio, que vai embora. E isto é bom. Caso o hidrogênio ficasse por aqui
> ninguém ia viver (ou pelo menos nao como é a vida aqui na terra) num mundo
> cheio de explosões.

teriamos uma atmosfera altamente redutora - e quase sem duvida nao
teriamos os organismos com o grau de complexidade q. temos hj - mas nao
haveria explosoes rotineiras: para tto seria necessario q. houvesse
compartimentos de H2 e de O2 q. de tempos em tempos se misturassem... para
gases, a atmosfera soh pode corresponder a um unico grande compartimento.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Dogma
FROM: "Lana" <lana_th@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/03/2000 16:33

Olá! :)
Por motivos de tempo ando meio desatualizada sobre o que vem rolando na
lista.. Infelizmente só tenho conseguido acompanhar os cabeçalhos.. :(

Mas bem rapidinho, e sabendo que há nesta lista uma grande discussão sobre
questões como o "genismo" e neo-darwinismo...

Enfim, num NG que participo, entramos numa discussão sobre o assunto. O
"outro lado" é um moço que se diz grande conhecedor do neo-darwinismo e
teorias de Dawkins. Mas ao mesmo tempo, diz que é um adepto entusiasta das
teorias dele. E de tão entusiasta, isto me assusta um pouco, apesar de eu
mesma ser outra entusiasta.

Por mails pvt já entrei no assunto com alguns dos próprios integrantes desta
lista. E o assunto se resume a: neo-darwinismo é justificativa para o que
fazemos ou apenas uma explicação do que somos?

O moço a quem me refiro (do tal NG) parece-me mais do primeiro time, dos que
justificam seus atos segundo o neo-darwinismo.
Agora, fazendo um paralelo:
supondo-se que um serial killer leia um livro sobre serial killers. Ele vê
que todo o histórico de vida segundo uma pesquisa feita por psicólogos,
detetives, etc sobre serial killers se encaixa perfeitamente no seu próprio
histórico (abuso sexual na infância, familiares alcoólatras ou drogados,
suicídio na família, matar gatos de rua quando criança, etc). E ele pensa:
"bingo!", mas continua matando. Então, para quê ele se informou sobre serial
killers? Apenas para fundamentar cientificamente seus atos, provavelmente (e
talvez se livrar de uma perpétua ou pena de morte, dependendo do país).
Agora retornando ao neo-darwinismo. Se alguém lê as teorias e continua
agindo como sempre agiu, só que agora "fundamentado por uma teoria
científica"... de quê adianta o conhecimento acumulado?
Tirando-se se é ou não uma teoria científica, não seria um "dogma"?
Afinal, particularmente, achava que o conhecimento era exatamente para se
saber ir além do óbvio, e não justificar e se estancar no óbvio...

O que todos acham sobre isso?
Abraços
Lana



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: gases extraterrestres
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/03/2000 16:46

> Aliás, o hélio que encontramos por aí armazenado vem especificamente de que
> tipo de reação? Químicos, esclareçam.

nao se trata de uma reacao quimica, mas reacao nuclear - de fissao de
nucleos de elementos grandes e instaveis, como uranio ou plutonio - ao
decairem eles eliminam particulas alfa: um agregado de dois protons e dois
neutrons, q. depois capturam alguns eletrons e se transforma em atomos de
He (daih o He terrestre ser He4)

jah no nucleo das estrelas ocorre a reacao de fusao entre um proton e um
deuterio (proton mais neutron), formando He3 - nao ha previsao nos modelos
de formacao de He4 em qtdade apreciavel (mesmo em momentos de explosao)
para estrelas originando outras do porte de nosso sol (pelo q. eu saiba).

atualmente o He e o H2 nao estao sendo evaporados (e muito menos
vaporizados, jah q. as unicas fontes de He e H2 liquidos sao artificiais
e produzidos em uma escala comparativamente muito pequena) em qtdades
sensiveis uma vez q. existem em pequena qtdade (somente em
proporcoes-traco). embora o processo nao seja instantaneo jah
decorreu tempo suficiente para se perder praticamente todo He e H2
original, principalmente He q. eh inerte e bem menos abundante q. o H2 (e
tem quase a mesma massa).

no caso das buckybolas nao estamos certamente falando de uma ou duas
moleculas com um ou dois atomos de He3, mas sim de uma certa qtdade bem
acima das proporcoes encontradas na atmosfera terrestre.

embora H e He sejam os elementos mais abundantes no espaco, nao significa
q. se encontrem em grande densidade no espaco afora: o espaco interestelar
eh praticamente um vacuo (se minha memoria nao me engana eh algo como uma
particula por km3). a quase totalidade de H e He se encontra concentrado
em estrelas. nao eh muito razoavel supor q. atualmente aportem aa terra
uma quantidade apreciavel de H ou He vindos do espaco, alem de q. a taxa
de perda de gases serah bem superior a de entrada (perderemos nossa
atmosfera numa janela de 2 bilhoes de anos).

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Dogma
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/03/2000 16:53



Lana wrote:

> Olá! :)
> Por motivos de tempo ando meio desatualizada sobre o que vem rolando na
> lista.. Infelizmente só tenho conseguido acompanhar os cabeçalhos.. :(
>
> Mas bem rapidinho, e sabendo que há nesta lista uma grande discussão sobre
> questões como o "genismo" e neo-darwinismo...
>
> Enfim, num NG que participo, entramos numa discussão sobre o assunto. O
> "outro lado" é um moço que se diz grande conhecedor do neo-darwinismo e
> teorias de Dawkins. Mas ao mesmo tempo, diz que é um adepto entusiasta das
> teorias dele. E de tão entusiasta, isto me assusta um pouco, apesar de eu
> mesma ser outra entusiasta.

Puxa !, ainda bem que nao estou sozinho nisso !! :-)))
(Aproveita e manda os principios do Genismo para ele ! :))

>
>
> Por mails pvt já entrei no assunto com alguns dos próprios integrantes desta
> lista. E o assunto se resume a: neo-darwinismo é justificativa para o que
> fazemos ou apenas uma explicação do que somos?
>

Eu diria que antes de tudo eh uma explicacao do que somos.
A rigor nao eh uma justificativa-etica para o q fazemos.
Mas podemos argumentar cientificamente q nossa propria etica usual esta
baseada na teoria neodarwinista.
E assim poderemos ter uma infindavel discussao sobre o assunto.



>
> O moço a quem me refiro (do tal NG) parece-me mais do primeiro time, dos que
> justificam seus atos segundo o neo-darwinismo.

O q pode acontecer eh de ele ter sua propria etica que nao "bate" com a etica
dos
outros. Sem problemas. (Eu tenho minha etica tambem baseada no Genismo.)
O q pode acontecer eh de haver conflito legal. Aih ele tera que arcar talvez com
as
consequencias de sua etica.



>
> Agora, fazendo um paralelo:
> supondo-se que um serial killer leia um livro sobre serial killers. Ele vê
> que todo o histórico de vida segundo uma pesquisa feita por psicólogos,
> detetives, etc sobre serial killers se encaixa perfeitamente no seu próprio
> histórico (abuso sexual na infância, familiares alcoólatras ou drogados,
> suicídio na família, matar gatos de rua quando criança, etc). E ele pensa:
> "bingo!", mas continua matando. Então, para quê ele se informou sobre serial
> killers? Apenas para fundamentar cientificamente seus atos, provavelmente (e
> talvez se livrar de uma perpétua ou pena de morte, dependendo do país).

As razoes eu nao sei . Acho q soh perguntando a ele :-)


>
> Agora retornando ao neo-darwinismo. Se alguém lê as teorias e continua
> agindo como sempre agiu, só que agora "fundamentado por uma teoria
> científica"... de quê adianta o conhecimento acumulado?

Essa pergunta poderia ser com relacao a um conhecimento qqr , nao
necessariamente
o neo-darwinismo : Pra que serve o conhecimento ?
Minha resposta eh a de Confucio :
"A essencia do conhecimento eh te-lo para usa-lo"
E "usar" tem um sentido AMPLO.


>
> Tirando-se se é ou não uma teoria científica, não seria um "dogma"?
> Afinal, particularmente, achava que o conhecimento era exatamente para se
> saber ir além do óbvio, e não justificar e se estancar no óbvio...
>

O conhecimento serve para q o usemos :
Para entender as coisas , nos mesmos etc..
Para mudar nossas atitudes , para mudar o ambiente, para nao mudar o ambiente,
para termos consciencia das consequencias do que fazemos e por aih vai.....

[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] organismos termofilicos
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/03/2000 16:54

> Temos que considerar nao soh a temperatura, mas tambem as condicoes de
> pressao em que se encontra a vida; pois em altas pressoes os intervalos
> em que as moleculas sao estaveis, variam... ou seja numa pressao maior,
> temperaturas maiores sao suportadas pelos organismos.

han, nao eh bem o caso... os organismos termofilicos soh estao lah porq.
existe agua liquida, a questao da pressao eh apenas porq. ela estah
justamente garantindo a presenca de agua liquida.

a estabilidade das proteinas no caso nao eh conferida pela pressao (alias,
grandes pressoes sao prejudiciais aas proteinas), o q. ocorre eh q. de
modo geral os organismos q. suportam melhor o calor apresentam proteinas
com maior qtdade de ligacoes intramoleculares (pontes de hidrogenio,
pontes de dissulfeto) q. permite uma maior estabilidade em temperaturas
maiores (em temperaturas menores essa caracteristica eh desvantajosa, uma
vez q. dah aa proteina uma rigidez muito grande prejudicando sua acao aa
temperaturas normais para nos)... qualitativamente, suponho q. os lipideos
tbm apresentem diferencas, apresentando maior saturacao e conferindo maior
rigidez aa molecula.

o material genetico tbm eh protegido pela presenca de substancias
estabilizantes: como as proteinas conhecidas como chaperonas.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Dogma
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/03/2000 17:13

> O que todos acham sobre isso?

lana,

eu diria pra nao ficar preocupada, o neo-darwinismo nao justifica nenhuma
moral, nenhum conjunto de preceitos morais. eventualmente ele pode
explicar alguns aspectos (basicos) da moralidade humana (ou mesmo de
alguns povos - e nao grupos recentes), mas nao vai explicar os aspectos
contingentes da moralidade.

alias, nenhuma doutrina moral pode se apoiar em modelos descritivos para
justificar-se: todo sistema moral soh se sustenta dentro de si mesmo.

o q. pode acontecer eh q., dado um preceito moral e um aspecto do mundo,
pode se derivar disso (da interacao de ambos) uma prescricao moral, mas
daih dizer q. esse aspecto do mundo fundamenta (ainda mais 'por si soh')
essa prescricao moral eh coisa de quem nao entendeu bem o q. estah
acontencendo (soh pra nao dizer q. eh burrice mesmo). se o preceito moral
fosse outro, mesmo mantendo-se o aspecto do mundo considerado, a
prescricao seria outra...

da mesma forma q. no caso do neo-darwinismo pode ocorrer q. dado um
conjunto de preceitos morais obtenha-se uma prescricao moral, mas eh
bobagem dizer q. o neo-darwinismo sustente essa prescricao... pode-se
tentar fazer o mesmo com os proprios preceitos, mas sempre se estarah
baseando em outros preceitos mais fundamentais - ateh se chegar a um ou
alguns q. sao tomados como bons em si.

podemos dizer q. uma atitude eh *justificada* se a igualarmos com alguma
prescricao, ela serah *explicada* se nos atermos apenas a relacoes de
causa e efeito.

esquematizando de modo bem capenga:

*preceito moral + circunstancias de mundo => prescricao moral
*(atitude = prescricao moral) -> justificacao

*modelo de funcionamento + circunstancias de mundo => previsao de
comportamento
*(atitude = previsao de comportamento) -> explicacao

quer dizer, soh teremos justificao = explicacao *se* tomarmos modelo de
funcionamento como preceito moral... eh uma alternativa valida em si
mesma, o q. a descaracteriza como uma moral natural, ou seja, eh uma moral
como as outras nos demais aspectos.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Tempo de vida de uma estrela
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/03/2000 17:21



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> >o planeta teria q ficar a uma distancia de cerca de 1/3 da distancia da terra =
> >53 milhoes de kilometros.
>
> tem razao.
>
> > F = 0,5/0,35^2 G = 4 G ( uma forca apenas 4 vezes maior )
>
> ainda assim eh uma forca consideravel... esse 'apenas' soh pode ser usado
> em relacao aos 32 G<st> inicialmente (e erroneamente) calculado, em
> relacao aa G<lua-terra>, por exemplo, chega quase a uma unidade (cerca de
> 70% da forca).
>
> > Esse exatamente nao precisa ser "tao exatamente" assim como vc propoe.
> > Mesmo q o planeta nao recebesse energia IDENTICA aa da terra , por se
> > situar digamos + perto ou + longe da estrela mesmo assim ainda poderia haver
> > vida. A pergunta q fica eh : Em q extremos de temperatura a vida eh possivel?
> > ( Ja ouvi dizer q ateh em boca de vulcao fumegante ha vida.).
>
> eh tao 'exatamente' qto proponho (alias, eu nao, os astrofisicos e
> astrobiologos), nao disse em nenhum momento 'identica', mas nao ha
> possibilidades de uma variacao muito grande, jah q. eh necessaria a
> presenca de agua em estado liquido (tto qto se sabe).

Do site q vc recomendou :
http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/aprendendo-superior/ufrgs/fis207/planetas/planetas.htm

Temperatura: como os planetas obtém a maior parte de sua energia da luz solar, suas
temperaturas dependem basicamente
de sua distância ao Sol. Existe uma relação simples entre a temperatura
característica, ou temperatura efetiva de um planeta,
e sua distância ao Sol: < a estranha formula nao saiu >
Assim, sabendo a temperatura efetiva da Terra (260 K, na ausência de atmosfera),
podemos estimar a temperatura efetiva dos
outros planetas simplesmente dividindo 260 pela raiz quadrada de sua distância ao
Sol em unidades astronômicas.

no caso da terra : T = k1 / raiz( d ) ==> t^2 = k2/d ==> d = k/t^2

Pergunta qual a variacao percentual da distancia do planeta ao sol para que
a temperatura varie no maximo 100 graus ?
( Isso nos daria a faixa maxima da orbita do planeta similar ao sol e a terra )
Para facilitar vou supor que 200K correspondam a zero graus C.
d1=k/40000
e 300 aa ebulicao da agua :
d2 = k/90000

Assim ( d2-d1)/d1 *100% = 50%

Ou seja , *se nao errei nada*, a terra poderia estar numa faixa de 50% ou seja
numa faixa de 70 milhoes de kilometros e ainda assim teriamos agua em estado
liquido.
( desprezando os outros fatores ).
O q eh uma faixa bastante grande.





> nas fumarolas
> submarinas (e nao vulcoes fumegantes) existe vida (nao na boca) a partir
> de uma distancia tal q. a agua tem mais de 100oC, mas q. devida aa pressao
> permanece liquida. se a temperatura media do planeta fosse igual a 100oC
> nao existiria agua liquida - a temperatura media ao longo do tempo deve
> ficar na ordem dos 10oC, o q. limita a largura da zona de habitabilidade
> primaria para 5% do valor medio (considerando q. o planeta desenvolva uma
> atmosfera como a terrestre) - nao confudir tbm o ambiente em q. a vida
> terrestre atual vive com o ambiente em q. a vida primordial se originou
> (numa atmosfera oxidante como a nossa, por exemplo, nao se espera q. possa
> ocorrer os processos de formacao de vida a partir de elementos
> inanimados).
>
> quer dizer, como eu disse, nao impede, mas limita - eh preciso pensar em
> condicoes especiais para compensar as caracteristicas desfavoraveis, o q.
> diminui (ou eh razoavel supor q. dimiua) as probabilidades.
>
> roberto takata

[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Vida fora da terra
FROM: "Eduardo Vieira" <evieira@dba.com.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 24/03/2000 17:30

Ola,

Essa é a minha primeira contribuição para a lista. Sendo apenas uma
pessoa interessada em ciência (sou formado em informática) não possuo e
mesmo embasamento que ja percebi que muitos que aqui escrevem tem.
Porem, gostaria de dar algumas opiniões sobre um dos assuntos em voga.
Se eu falar besteira, corrijam-me, mas não me humilhem por favor :)

1) Vida fora da terra: essa discussão apareceu como fruto de uma
discussão sobre tempo de vida das estrelas, não foi isso? Não sei se
voces leram, mas a Veja recentemente publicou uma entrevista com um
astronomo que lançou um livro com uma opinião muito cética em relação a
vida inteligente fora da terra. Ele alega que, embora seja muito fácil
encontrar planetas aonde existam formas de vida simples, ele acredita
ser muito improvável que em algum outro planeta tenham se repetido os
'felizes acasos' que propiciaram a vida na terra.

Minha opinião é a seguinte. 1) As informações que temos do universo não
são atuais, são de como ele era ha muito tempo atras, quando a luz que
chega até n'so foi emitida. A imagem que temos da maioria das galáxias
catalogadas é de um tempo em que ainda nem existia sistema solar. 2)
Imaginemos que existam outros planetas habitados, muito longe daqui.
Mesmo que eles tenham alcançado um nivel de tecnologia que permita a
eles rastrearem o universo e que eles tenham a feliz idéia de apontar
seus radiotelescopios para a Via Lactea, eles não ouvirão nada, pois o
sinal que eles recebem é do passado, não do presente.
3) Sendo o universo imenso (não vou cair na armadilha de dizer
infinito), basta a probabilidade de existir um planeta com condições
similares a da Terra exista para que acreditemos que não estamos
sózinhos. Infelizmente, pelas razões que coloquei nos dois primeiros
itens, certamente nunca os encontraremos.
4) Admitindo que exista vida extra-terrestre, e que ela seja mais
avançada tecnologicamente que nós, dificilmente eles chegariam até nós.
Eles precisariam estar muito perto para perceber nossos rastros. E, se
eles estivessem tão perto, certamente já teríamos percebido os rastros
deles.

Conclusão: Acreditar em vida inteligente fora da terra é uma questão de
fé. Existindo a probabilidade, só pode ser provada a não existência
através da 'força bruta' (percorrer-se todos os planetas existentes a
procura de vida), o que não pode ser feito e só pode ser provada
através de um contato, ou a descoberta de 'rastros' (o que, pelas
razoes que dei acima, é praticamente impossível).

Um abraço,

Eduardo



SUBJECT: [ciencialist] Re: Vida fora da terra
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/03/2000 17:47



Eduardo Vieira wrote:

Eu basicamente concordo com voce.
Li por cima a reportagem e nao concordei em muitos
topicos que o autor comentou.
Por isso fiz a pergunta do tempo de vida de uma estrela na lista.
Sabia q se o tempo fossse grande o "suficiente" haveria ainda muitas chances
de a vida
surgir.
Acredito tambem q existe um engano no raciocinio do autor:
Ele acredita q exista vida, mas nao vida inteligente.
Acho q uma vez q exista vida, ela fatalmente evoluira para uma vida cada vez
mais e
mais complexa ateh se tornar inteligente ( inexoravelmente ) , desde q haja
tempo
suficiente. ( Por isso minha pergunta do tempo de vida de uma estrela )

[]s
jocax


> Ola,
>
> Essa é a minha primeira contribuição para a lista. Sendo apenas uma
> pessoa interessada em ciência (sou formado em informática) não possuo e
> mesmo embasamento que ja percebi que muitos que aqui escrevem tem.
> Porem, gostaria de dar algumas opiniões sobre um dos assuntos em voga.
> Se eu falar besteira, corrijam-me, mas não me humilhem por favor :)
>
> 1) Vida fora da terra: essa discussão apareceu como fruto de uma
> discussão sobre tempo de vida das estrelas, não foi isso? Não sei se
> voces leram, mas a Veja recentemente publicou uma entrevista com um
> astronomo que lançou um livro com uma opinião muito cética em relação a
> vida inteligente fora da terra. Ele alega que, embora seja muito fácil
> encontrar planetas aonde existam formas de vida simples, ele acredita
> ser muito improvável que em algum outro planeta tenham se repetido os
> 'felizes acasos' que propiciaram a vida na terra.
>
> Minha opinião é a seguinte. 1) As informações que temos do universo não
> são atuais, são de como ele era ha muito tempo atras, quando a luz que
> chega até n'so foi emitida. A imagem que temos da maioria das galáxias
> catalogadas é de um tempo em que ainda nem existia sistema solar. 2)
> Imaginemos que existam outros planetas habitados, muito longe daqui.
> Mesmo que eles tenham alcançado um nivel de tecnologia que permita a
> eles rastrearem o universo e que eles tenham a feliz idéia de apontar
> seus radiotelescopios para a Via Lactea, eles não ouvirão nada, pois o
> sinal que eles recebem é do passado, não do presente.
> 3) Sendo o universo imenso (não vou cair na armadilha de dizer
> infinito), basta a probabilidade de existir um planeta com condições
> similares a da Terra exista para que acreditemos que não estamos
> sózinhos. Infelizmente, pelas razões que coloquei nos dois primeiros
> itens, certamente nunca os encontraremos.
> 4) Admitindo que exista vida extra-terrestre, e que ela seja mais
> avançada tecnologicamente que nós, dificilmente eles chegariam até nós.
> Eles precisariam estar muito perto para perceber nossos rastros. E, se
> eles estivessem tão perto, certamente já teríamos percebido os rastros
> deles.
>
> Conclusão: Acreditar em vida inteligente fora da terra é uma questão de
> fé. Existindo a probabilidade, só pode ser provada a não existência
> através da 'força bruta' (percorrer-se todos os planetas existentes a
> procura de vida), o que não pode ser feito e só pode ser provada
> através de um contato, ou a descoberta de 'rastros' (o que, pelas
> razoes que dei acima, é praticamente impossível).
>
> Um abraço,
>
> Eduardo
>
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SUBJECT: [ciencialist] Re: Tempo de vida de uma estrela
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/03/2000 18:02

> Pergunta qual a variacao percentual da distancia do planeta ao sol para que
> a temperatura varie no maximo 100 graus ?

os 50% q. vc calculou eh em relacao ao valor minimo, vc tem q. calcular em
relacao ao valor medio jah q. estaremos falando em faixa de variacao:
+/-...

temos q. a temperatuda da terra sem atmosfera seria de 260K (-13oC), a
temperatura media efetiva eh de cerca de 283K (10oC) - temos um ganho de
23oC pelo efeito estufa.

considerando q. a influencia do efeito estufa seja cte e independente de
outros fatores: a variacao proposta seria de (273-23)K a (373-23)K ou
250K~350K.

mas nao eh bem assim, como dito, nao podemos tomar o ambiente propicio aa
manutencao da vida com o ambiente propicio aa origem da vida. acima de
50oC os acidos nucleicos nao funcionam bem (desnudos), reacoes inorganicas
passam a ocorrer numa taxa tal q. suplantaria a eficiencia de um
metabolismo primitivo (os protos organismos perderiam a concorrencia com
reacoes comuns de oxido-reducao)... quer dizer, considerando,
exclusivamente o aspecto da agua liquida a zona de habitabilidade poderia
ser mais ampla (ainda q. 50% do menor raio medio nao seja muita coisa -
jupiter estah a 5 vezes a distancia da terra ao sol), porem outros fatores
diminuem a amplitude de temperatura (e a variacao de distancia suportada):
temperaturas maiores aumentariam a taxa de dissipacao da atmosfera (nao se
reteria por tempo muito longo), temperaturas baixas diminuiriam a taxa de
reacoes dos proto-organismos... uma variacao de nao muito mais q. 10 a 20K
de nossa temperatura media efetiva torna pouco viavel - novamente
necessitaria de aspectos contingentes em principio pouco provaveis para
contornar as situacoes desfavoraveis.

pra ter uma ideia (apenas uma ideia jah q. existem alguns fatores extras):
venus estah a 0,723 U.A. e marte estah a 1,524 U.A. do sol, com medias de
respectivas de 450oC (723K) e -63oC (210K).

[continua a existir problemas probabilisticos associados a surgir planetas
na zona de habitabilidade - 50% de variacao sobre o menor raio medio nao
significa nem de longe 50% de chance de formacao e estabilizacao de um
planeta nessa zona.]

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: gases extraterrestres
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/03/2000 18:07

> > Aliás, o hélio que encontramos por aí armazenado vem especificamente de que
> > tipo de reação? Químicos, esclareçam.
>
> nao se trata de uma reacao quimica, mas reacao nuclear - de fissao de
> nucleos de elementos grandes e instaveis, como uranio ou plutonio - ao
> decairem eles eliminam particulas alfa: um agregado de dois protons e dois
> neutrons, q. depois capturam alguns eletrons e se transforma em atomos de
> He (daih o He terrestre ser He4)
>
> jah no nucleo das estrelas ocorre a reacao de fusao entre um proton e um
> deuterio (proton mais neutron), formando He3 - nao ha previsao nos modelos
> de formacao de He4 em qtdade apreciavel (mesmo em momentos de explosao)
> para estrelas originando outras do porte de nosso sol (pelo q. eu saiba).
>
> atualmente o He e o H2 nao estao sendo evaporados (e muito menos
> vaporizados, jah q. as unicas fontes de He e H2 liquidos sao artificiais
> e produzidos em uma escala comparativamente muito pequena) em qtdades
> sensiveis uma vez q. existem em pequena qtdade (somente em
> proporcoes-traco). embora o processo nao seja instantaneo jah
> decorreu tempo suficiente para se perder praticamente todo He e H2
> original, principalmente He q. eh inerte e bem menos abundante q. o H2 (e
> tem quase a mesma massa).
>

Eu ainda nao sei se os calculos da taxa de evaporacao de gases + leves
levam em conta suas colisoes com moleculas de gas + pesados.
Devemos notar q a temperatura na estratosfera , onde se localizam
a maioria das as moleculas mais leves como He e H ehh muito inferior a
temperatura ao nivel do mar. E portanto a velocidade de escape
deve ser + dificil de se atingir. Elevando talvez o tempo teorico para sua
evaporacao.
Normalmente qdo se fazem tais calculos muitos fatores sao desconsiderados.



>
> no caso das buckybolas nao estamos certamente falando de uma ou duas
> moleculas com um ou dois atomos de He3, mas sim de uma certa qtdade bem
> acima das proporcoes encontradas na atmosfera terrestre.
>
> embora H e He sejam os elementos mais abundantes no espaco, nao significa
> q. se encontrem em grande densidade no espaco afora: o espaco interestelar
> eh praticamente um vacuo (se minha memoria nao me engana eh algo como uma
> particula por km3). a quase totalidade de H e He se encontra concentrado
> em estrelas. nao eh muito razoavel supor q. atualmente aportem aa terra
> uma quantidade apreciavel de H ou He vindos do espaco,

Poderemos fazer um calculo para estimar isso:
Suponha q a terra funcione como uma grande pá varredo o espaco em seu
movimento de translacao capturando uma particula de He por Km3.
Pergunta qts Km3 a terra cobre em seu movimento de translacao ?
Por aih poderiamos estimar qtas moleculas de He seriam capturadas por ano.
Alguem se candidta ao calculo?



> alem de q. a taxa
> de perda de gases serah bem superior a de entrada (perderemos nossa
> atmosfera numa janela de 2 bilhoes de anos).
>

Para isso teriamos q estimar a taxa de saida tambem.


[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: gases extraterrestres
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/03/2000 18:36

> Eu ainda nao sei se os calculos da taxa de evaporacao de gases + leves
> levam em conta suas colisoes com moleculas de gas + pesados.
> Devemos notar q a temperatura na estratosfera , onde se localizam
> a maioria das as moleculas mais leves como He e H ehh muito inferior a
> temperatura ao nivel do mar. E portanto a velocidade de escape
> deve ser + dificil de se atingir. Elevando talvez o tempo teorico para sua
> evaporacao.
> Normalmente qdo se fazem tais calculos muitos fatores sao desconsiderados.

nao precisa diferenciar os gases mais pesados dos mais leves em relacao
aos choques: em fisica vc deve ter estudado a dinamica dos gases, isso eh
algo q. nao importa. sim, eh uma simplificacao, mas a ordem de grandeza
nao vai variar muito.

> Poderemos fazer um calculo para estimar isso:
> Suponha q a terra funcione como uma grande pá varredo o espaco em seu
> movimento de translacao capturando uma particula de He por Km3.
> Pergunta qts Km3 a terra cobre em seu movimento de translacao ?
> Por aih poderiamos estimar qtas moleculas de He seriam capturadas por ano.
> Alguem se candidta ao calculo?

baba, raio medio da orbita terrestre eh de 150.000.000 km, raio medio da
terra eh de 6.000 km. a orbita eh aproximadamente circular, entao num ano
a terra percorre 2xPIx150.000.000 km ~ 942.477.796 km... a terra eh
aproximadamente esferica, a secao transversal da terra eh de PIx(6.000)^2
km2 ~ 113.097.336 km2... o volume varrido eh de ~ 1,07.10^17 km3... em 4,5
bilhoes de anos (4,5.10^9 anos), teriamos 4,8.10^26 moleculas... em torno
de 1000 mols entre He e H2, nas CNTP dah cerca de 22.400 litros,
corresponde a cerca de 4kg de He e H2 (na soma) acumulados em cerca de 4,5
bilhoes de anos (se os meus dados estiverem corretos), uma merreca na
escala considerada: soh pra ter uma ideia, um copo d'agua tem cerca de 10
mols de agua...

> > alem de q. a taxa
> > de perda de gases serah bem superior a de entrada (perderemos nossa
> > atmosfera numa janela de 2 bilhoes de anos).
> >
>
> Para isso teriamos q estimar a taxa de saida tambem.

temos nao, jah foi estimada... se quiser conferir vah em frente, eh ateh
bom...

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Tempo de vida de uma estrela
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/03/2000 18:44



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> > Pergunta qual a variacao percentual da distancia do planeta ao sol para que
> > a temperatura varie no maximo 100 graus ?
>
> os 50% q. vc calculou eh em relacao ao valor minimo, vc tem q. calcular em
> relacao ao valor medio jah q. estaremos falando em faixa de variacao:
> +/-...
>
>

Mas em termos de valores absolutos nao muda ( 70 milhoes de kilometros ).
Em termos percentuais nao deve mudar muito.



> temos q. a temperatuda da terra sem atmosfera seria de 260K (-13oC), a
> temperatura media efetiva eh de cerca de 283K (10oC) - temos um ganho de
> 23oC pelo efeito estufa.
>
> considerando q. a influencia do efeito estufa seja cte e independente de
> outros fatores: a variacao proposta seria de (273-23)K a (373-23)K ou
> 250K~350K.
>
> mas nao eh bem assim, como dito, nao podemos tomar o ambiente propicio aa
> manutencao da vida com o ambiente propicio aa origem da vida. acima de
> 50oC os acidos nucleicos nao funcionam bem (desnudos), reacoes inorganicas
> passam a ocorrer numa taxa tal q. suplantaria a eficiencia de um
> metabolismo primitivo (os protos organismos perderiam a concorrencia com
> reacoes comuns de oxido-reducao)... quer dizer, considerando,
> exclusivamente o aspecto da agua liquida a zona de habitabilidade poderia
> ser mais ampla (ainda q. 50% do menor raio medio nao seja muita coisa -
> jupiter estah a 5 vezes a distancia da terra ao sol), porem outros fatores
> diminuem a amplitude de temperatura (e a variacao de distancia suportada):
> temperaturas maiores aumentariam a taxa de dissipacao da atmosfera (nao se
> reteria por tempo muito longo), temperaturas baixas diminuiriam a taxa de
> reacoes dos proto-organismos... uma variacao de nao muito mais q. 10 a 20K
> de nossa temperatura media efetiva torna pouco viavel - novamente
> necessitaria de aspectos contingentes em principio pouco provaveis para
> contornar as situacoes desfavoraveis.
>
> pra ter uma ideia (apenas uma ideia jah q. existem alguns fatores extras):
> venus estah a 0,723 U.A. e marte estah a 1,524 U.A. do sol, com medias de
> respectivas de 450oC (723K) e -63oC (210K).
>
> [continua a existir problemas probabilisticos associados a surgir planetas
> na zona de habitabilidade - 50% de variacao sobre o menor raio medio nao
> significa nem de longe 50% de chance de formacao e estabilizacao de um
> planeta nessa zona.]
>

Ok ,
mas da para ter uma ideia q a zona de estabilizacao do planeta nao eh assim tao
restrita.
[]s
jocax




SUBJECT: [ciencialist] Re: Antimat�ria
FROM: Renato Martins Bezerra <cavalo@fortalnet.com.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 24/03/2000 20:34

Oi, pessoal da lista, estou enviando este mail a todos pois tenho duas dúvidas que a algum tempo estão me incomodando e eu gostaria de perguntá-las a vocês.
1: O que é antimatéria? E principalmente o que postula.
2: Todos nós já sabemos que o que permite aos peixes voltarem ao seu local de nascimento para poderem assim se reproduzir são suas bolsas olfativas, desta questão eu tirei mais uma dúvida. Qual o mecanismo de orientação utilizado pelos pombos que os levam sempre a voltarem ao local de criação?????
Tenham um bom dia e agradeço a atenção.

Antonio C. M. de Queiroz escreveu:

Alô:

Segundo me consta, antimatéria (e tudo o mais que tem massa)
tem massa positiva, e não existe repulsão gravitacional.
Além disto, observável, medido, verificado e reverificado,
existe apenas especulação.

Acmq

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SUBJECT: [ciencialist] Re: Vida fora da terra
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 24/03/2000 20:35

bem vindo eduardo,

vamos aas questoes:

1 - as informacoes coletadas servem como parametros para estudar o q.
ocorre atualmente (ou deve ocorrer) em outros pontos do universo: ao
estudar pessoas de diversas idades pode-se estimar como as pessoas de modo
geral se desenvolvem sem ter q. acompanhar cada uma durante todo o seu
desenvolvimento - se fizermos um levantamento das faixas etarias de uma
populacao em um dado momento, podemos entao tentar extrapolar e prever
como essa populacao estarah em outro momento.
no universo existem estrelas, galaxias, aglomerados em diversos estagios
de desenvolvimento, analogamente podemos criar modelos de como as
estrelas, galaxias, aglomerados se desenvolvem... fazendo-se um
levantamento dos estados desses corpos num dado momento podemos tentar
prever como estarao em outro: no caso entendendo como estavam no passado,
tentar entender como estao no presente e como estarao no futuro.

2) sim, isso eh verdade. mas como os corpos nao estao todos no mesmo
estagio de desenvolvimento espera-se q. em alguns locais poderiam ter
surgidos vida inteligente bem antes. os proprios pesquisadores do seti
reconhecem q. captar sinais eh uma coisa, comunicar eh algo totalmente
diferente. os sinais rastreados se concentram nas vizinhancas - em torno
de 1.000 anos-luz a partir daqui.

3) nao eh necessariamente verdadeiro - jah discutimos amplamente aqui na
lista: vc pode consultar no historico. basicamente nao dah pra dizer
com o atual conhecimento q. temos qual a probabilidade de haver outros
planetas habitados, menos ainda qual a probabilidade de haver vida
inteligente no universo. se nao sabemos a probabilidade nao dah pra
especular muito seriamente sobre se ha ou nao vida em outros cantos.

4) mais ou menos. embora soh possamos especular a partir do q. sabemos,
existem possibilidades inexploradas/inexploraveis: se eles estiverem
se comunicando atraves de ondas gravitacionais nao teremos como perceber,
mesmo usando de ondas eletromagneticas podemos nao detectah-los. os nossos
sinais soh estao a cerca de 50 anos-luz daqui.

de fato, acreditar q. exista (ou q. nao exista) ainda eh questao apenas de
emotividade...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: [Fwd: [ifusp-ex-alunos] Rutherford e o aluno...]
FROM: Renato Martins Bezerra <cavalo@fortalnet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com, jocax@spider.uspnet.usp.br
DATE: 24/03/2000 20:47

Você poderia mandar alg para mim que me introduzisse na física quântica>.

Joao Carlos Holland de Barcellos escreveu:

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Assunto: [ifusp-ex-alunos] Rutherford e o aluno...
Data: Thu, 02 Mar 2000 11:10:10 -0300
De: Guilherme Soares Zahn <gzahn@cnen.gov.br>
Responder para: ifusp-ex-alunos@egroups.com
Empresa: IEN/CNEN
Para: ifusp-ex-alunos@egroups.com, "Tânia" <schirn@zaz.com.br>
Referências: <38BAB7DB.32E8596E@spider.uspnet.usp.br>

Bom... isso pode ser só mais uma lenda urbana, mas vale o conceito... ;-)

Ernest Rutherford, Presidente da Academia Real de Ciências e ganhador do Premio Nobel de
Ftava a seguinte hist
"Tempos atras um colega me ligou. Ele estava para dar um zero a um aluno por sua
resposta a uma questão de física, mas o aluno insistia que ele merecia um dez. Ambos
então concordaram em pedir a opinibservador externo, e eu fui o escolhido.

Li a questia "Mostre como é possível determinar a altura de um prédio bem alto usando um
barômetro."

O estudante respondeu "Leve o barômetro até o topo do prédio, amarre-o a uma corda
extensa, desça-o até a rua e depois meça a corda."

O estudante realmente tinha um argumento forte, uma vez que seu método realmente
utilizava o barômetro e dava a altura do prédio. Por outro lado, um dez para aquela
questntribuir para uma nota alta no seu curso de física e avalizar um conhecimento que
ele não havia demonstrado pela sua resposta. Com isso, achei que o justo seria dar uma
segunda chance para ele, e dei-lhe 5 minutos para dar outra resposta, dessa vez usando
conceitos de f
Ao final dos 5 minutos ele ainda não havia escrito nada, de forma que fui perguntar-lhe
se ele de3sistia. Ele disse que não, que o problema tinha muitas idéias boas e não
conseguia se decidir por uma. Pedi então que ele me enunciasse uma.

"Leve o barômetro ato prédio, debruce-se sobre a amurada e deixe-o cair. medindo o tempo
da queda e usando a f.5*g*t² calcule a altura do pr
Nesse ponto eu perguntei a meu colega se ele desistia, e ele disse que sim. Essa ainda
não era a resposta esperada, mas servia...

Quando estava saindo da sala do meu colega, perguntei ao aluno quais eram as outras
idéias dele para medir a altura do prédio.

"Bem... há muitas, veja só... Você pode levar o barômetro ato prédio em um dia de sol,
medir o tamanho da sua sombra e o tamanho da sombra so prédio... assim com uma regra de
três você resolve o problema..."

"Verdade... outras?"

"Sim... tem um método bem básico que vocar... você sobe o prescada e vai medindo a
altura dos degraus em relaçmetro... ao final, você mede o "numero de barômetros" que o
prédio tem, multiplica isso pelo tamanho do barômero e pronto"

"Claro, se você quiser um método mais sofisticado você pode amarrae o barômetro a uma
extremidade de uma corda, balançá-lo como um pêndulo e determinar o valor de g
(gravidade) ao nível do solo e no topo do prédio. Pela diferença dos dois valores e
sabendo-se que g é inversamente proporcional ao quadrado da distância ao centro da Terra
voce em princípio pode resolver o problema..."

"Do mesmo jeito, vocar o barômetro até o topo do predio, amarrá-lo a uma corda de forma
que a corda toque levemente o ch um pêndulo. Pelo período da precessão é fácil calcular
a altura do pr
Nesse ponto eu lhe perguntei se ele realmente não sabia a resposta padrão para essa
resposta (calcular a altura do prédio pela diferença entre a presso térreo e no topo).
Ele disse que sim, descreveu-a rapidamente, mas disse que estava cansado de ter os
professores dizendo-lhe como ele tinha que pensar.

O nome desse aluno era Niels Bohr, ganhador do prêmio Nobel de Física em 1922, mais
conhecido por propor o primeiro modelo do átomo com prótons e nêutrons no núcleo e
elétrons orbitando em diversas camadas de energia ao seu redor - o ícone familiar do
átomo que se conhece hoje - mas, ainda mais importante, uma verdasdeira revoluica
quântica da época."

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SUBJECT: [ciencialist] Re: Tempo de vida de uma estrela
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/03/2000 20:48

> Mas em termos de valores absolutos nao muda ( 70 milhoes de kilometros ).
> Em termos percentuais nao deve mudar muito.

muda, estamos falando em relacao ao menor raio medio - qto menor a estrela
menor o raio, menor a faixa de habitabilidade... o porcentual de fato nao
vai mudar muito de um caso para outro.

> > [continua a existir problemas probabilisticos associados a surgir planetas
> > na zona de habitabilidade - 50% de variacao sobre o menor raio medio nao
> > significa nem de longe 50% de chance de formacao e estabilizacao de um
> > planeta nessa zona.]
> >
>
> Ok ,
> mas da para ter uma ideia q a zona de estabilizacao do planeta nao eh assim tao
> restrita.

pra mim, isso jah eh uma restricao bastante seria... diminui sensivelmente
a probabilidade de haver planetas habitaveis em estrelas muito diferentes
das do sol. no caso de uma estrela com 0,5 massa solar a faixa:
(considerando-se apenas a agua) serah em torno de 40 a 80 milhoes de km
da estrela, nao cabe mais do q. dois planetas do porte da terra (e isso
apenas se estiverem nas extremidades dessa faixa), usualmente terah espaco
para apenas um planeta (supondo condicoes ideais para as demais
caracteristicas).

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: [ciencialist] Re: Antimatéria
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 24/03/2000 20:50

renato,

quem melhor deve poder responder a sua pergunta eh um columbofilo - vc
pode pesquisar na net as associacoes de criadores de pombos.

sem me compromenter com a resposta, o q. ouvi dizer eh q. os pombos seriam
capazes de se orientar pelo campo magnetico da terra...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: RES: gases extraterrestres
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/03/2000 22:17


De fato, eu me referi às algas azuis ou cianofíceas, não poderia ser
diferente. Agora, Não sabia que as chamavam de bactérias agora, por
pertencerem ao reino monera.



PhiloX
-----Mensagem original-----
De: Roberto Mitsuo Takata [mailto:rmt@ib.usp.br]
Enviada em: Sexta-feira, 24 de Março de 2000 13:45
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] Re: RES: gases extraterrestres


> fotossíntese. Segundo me informaram numa aula de biologia, as primeiras
> algas foram as responsáveis por isto.

na verdade foram as primeiras *bacterias* fotossintezantes, as algas
apareceram depois... talvez a confusao seja porq. as cianobacterias eram
conhecidas como 'algas azuis'...

[]s,

roberto takata


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SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: RES: gases extraterrestres
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/03/2000 22:17



-----Mensagem original-----
De: Roberto Mitsuo Takata [mailto:rmt@ib.usp.br]
Enviada em: Sexta-feira, 24 de Março de 2000 16:02
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] Re: RES: gases extraterrestres


> Não. A decomposição da água em H2 e O2 foi inicialmente feita pela grande
> quantidade de descargas elétricas na atmosfera naqueles tempos. Depois, o
H2

esse processo nao deve ter ocorrido em intensidade apreciavel: o O2 atual
eh produto praticamente exclusivo da acao de organismos
fotossintetizantes.

***Mas deve ter havido alguma, já que as algas azuis também precisariam do
O2 para queimar glicose, não é? (:
É claro que não foi uma quantidade grande, mas foi suficiente para
sobreviver a primeira alga.

> hidrogenio, que vai embora. E isto é bom. Caso o hidrogênio ficasse por
aqui
> ninguém ia viver (ou pelo menos nao como é a vida aqui na terra) num mundo
> cheio de explosões.

teriamos uma atmosfera altamente redutora - e quase sem duvida nao
teriamos os organismos com o grau de complexidade q. temos hj - mas nao
haveria explosoes rotineiras: para tto seria necessario q. houvesse
compartimentos de H2 e de O2 q. de tempos em tempos se misturassem... para
gases, a atmosfera soh pode corresponder a um unico grande compartimento.


*** ë verdade, mas considerando que, se de alguma forma o H2 permanecesse
aqui, ele estaria isolado do O2 pela diferença de massa molecular, por isso
propus isto... no fundo nada disso tem sentido, mesmo, ja que o h2 vai
embora.

PhiloX



[]s,

roberto takata


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SUBJECT: [ciencialist] RES: Dogma
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/03/2000 22:17

O que eu acho sobre isso vc pode encontrar em todos os meus emails de
discussão em relação ao genismo. Mas , se vc leu, deve encontrar semelhanças
entre o meu e o sue modo de pensar.

PhiloX

-----Mensagem original-----
De: Lana [mailto:lana_th@uol.com.br]
Enviada em: Sexta-feira, 24 de Março de 2000 16:34
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] Dogma


Olá! :)
Por motivos de tempo ando meio desatualizada sobre o que vem rolando na
lista.. Infelizmente só tenho conseguido acompanhar os cabeçalhos.. :(

Mas bem rapidinho, e sabendo que há nesta lista uma grande discussão sobre
questões como o "genismo" e neo-darwinismo...

Enfim, num NG que participo, entramos numa discussão sobre o assunto. O
"outro lado" é um moço que se diz grande conhecedor do neo-darwinismo e
teorias de Dawkins. Mas ao mesmo tempo, diz que é um adepto entusiasta das
teorias dele. E de tão entusiasta, isto me assusta um pouco, apesar de eu
mesma ser outra entusiasta.

Por mails pvt já entrei no assunto com alguns dos próprios integrantes desta
lista. E o assunto se resume a: neo-darwinismo é justificativa para o que
fazemos ou apenas uma explicação do que somos?

O moço a quem me refiro (do tal NG) parece-me mais do primeiro time, dos que
justificam seus atos segundo o neo-darwinismo.
Agora, fazendo um paralelo:
supondo-se que um serial killer leia um livro sobre serial killers. Ele vê
que todo o histórico de vida segundo uma pesquisa feita por psicólogos,
detetives, etc sobre serial killers se encaixa perfeitamente no seu próprio
histórico (abuso sexual na infância, familiares alcoólatras ou drogados,
suicídio na família, matar gatos de rua quando criança, etc). E ele pensa:
"bingo!", mas continua matando. Então, para quê ele se informou sobre serial
killers? Apenas para fundamentar cientificamente seus atos, provavelmente (e
talvez se livrar de uma perpétua ou pena de morte, dependendo do país).
Agora retornando ao neo-darwinismo. Se alguém lê as teorias e continua
agindo como sempre agiu, só que agora "fundamentado por uma teoria
científica"... de quê adianta o conhecimento acumulado?
Tirando-se se é ou não uma teoria científica, não seria um "dogma"?
Afinal, particularmente, achava que o conhecimento era exatamente para se
saber ir além do óbvio, e não justificar e se estancar no óbvio...

O que todos acham sobre isso?
Abraços
Lana


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SUBJECT: [ciencialist] RES: [ciencialist] Re: Antimatéria
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/03/2000 22:17

 
-----Mensagem original-----
De: Renato Martins Bezerra [mailto:cavalo@fortalnet.com.br]
Enviada em: Sexta-feira, 24 de Março de 2000 20:34
Para: ciencialist@eGroups.com
Assunto: [ciencialist] Re: Antimatéria

Oi, pessoal da lista, estou enviando este mail a todos pois tenho duas dúvidas que a algum tempo estão me incomodando e eu gostaria de perguntá-las a vocês.
1: O que é antimatéria? E principalmente o que postula.
[Rodrigo F. Viecilli] 
Essa eu deixo pra outros responder, não tenho grandes informações sobre antimateria. 
2: Todos nós já sabemos que o que permite aos peixes voltarem ao seu local de nascimento para poderem assim se reproduzir são suas bolsas olfativas, desta questão eu tirei mais uma dúvida. Qual o mecanismo de orientação utilizado pelos pombos que os levam sempre a voltarem ao local de criação?????
[Rodrigo F. Viecilli] 
 
Sobre isto eu seiJá tive sua mesma dúvida. O mecanismo de orientação dos pombos é de memória em relação à :
1) Posição do sol no céu.
2) Intensidade/foco da luminosidade.
3) Referências secundárias.
Isto foi comprovado através de experiências com esses pombos. Pombos-correio foram interceptados em seu trajeto e colocados em uma caixa onde houve um deslocamento de 6 horas da lâmpada da caixa em relação ao horário do sol. Quando o pombo foi solto em um dia nublado, verificou-se um desvio de 90 graus no seu trajeto. 
Este é o mecanismo de orientação principal. Uma coisa interessante é que os pombos costumam chegar ao lugar de origem em um horario semelhante ao que sairam, o que indica que o referencial principal é mesmo a posição do sol, mas certamente deve haver alguma espécie de memória em relação a referenciais secundarios e sua interação com a luz.

Eu assisti na TV Educativa a um programa específico sobre isso. Deve haver mais informações, já que peguei no meio o documentário.
 
 
PhiloX 
Tenham um bom dia e agradeço a atenção.

Antonio C. M. de Queiroz escreveu:

Alô:

Segundo me consta, antimatéria (e tudo o mais que tem massa)
tem massa positiva, e não existe repulsão gravitacional.
Além disto, observável, medido, verificado e reverificado,
existe apenas especulação.

Acmq

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SUBJECT: [ciencialist] RES: [ciencialist] Re: [ciencialist] Re: Antimatéria
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/03/2000 22:17




sem me compromenter com a resposta, o q. ouvi dizer eh q. os pombos seriam
capazes de se orientar pelo campo magnetico da terra...

Pois é... . Na verdade o mecanismo é a posição do sol mesmo. Simples e
eficiente. Sei que este é comprovado, mas é possível que haja algum outro...
nao foi descartado. Assisti num programa de biologos alemaes.

PhiloX


[]s,

roberto takata


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SUBJECT: [ciencialist] Re: Antimat�ria
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 24/03/2000 22:57

Renato Martins Bezerra wrote:

> Oi, pessoal da lista, estou enviando este mail a todos pois tenho duas
> dúvidas que a algum tempo estão me incomodando e eu gostaria de
> perguntá-las a vocês.
> 1: O que é antimatéria? E principalmente o que postula.

Matéria com as cargas elétricas trocadas. Elétrons positivos
(positrons) e prótons negativos (anti-prótons). Antimatéria só
aparece na Natureza temporariamente pelo efeito de raios cósmicos
(partículas atômicas de alta energia vindas do espaço)
ou quando produzida artificialmente em aceleradores de partículas,
que simulam os mesmos efeitos. Ela se aniquila quando em contato
com matéria normal, liberando grande quantidade de energia.
É fato que existe, não apenas teoria. Positrons são gerados
rotineiramente
em grandes aceleradores de partículas, e usados em experimentos em
que são aniquilados contra elétrons, liberando energia que decai
transformando-se em partículas subatômicas das mais variadas. É
um processo padrão para a geração destas partículas, e para a busca
de outras que possam existir.
Uma explicação mais detalhada pode ser encontrada em livros de física
moderna, ou talvez aí pelo www. Tente o CERN, por exemplo.

> 2: Todos nós já sabemos que o que permite aos peixes voltarem ao seu
> local de nascimento para poderem assim se reproduzir são suas bolsas
> olfativas, desta questão eu tirei mais uma dúvida. Qual o mecanismo de
> orientação utilizado pelos pombos que os levam sempre a voltarem ao
> local de criação?????

Em ambos os casos, memória, além de sensores vários. Os animais não
são tão burros assim...
Parece que os pombos podem se orientar usando também o campo magnético
da Terra (?). E eles enxergam bem, do alto.

O fato fundamental é que não sabemos nada. Temos apenas modelos.

Antonio Carlos M. de Queiroz

Visitem meu sítio sobre máquinas eletrostáticas, em:
http://www.coe.ufrj.br/~acmq/eletrostatica.html




SUBJECT: [ciencialist] choque no carro
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/03/2000 23:31

Oi ciencialistas,

qdo entro ou saio do meu carro levo um choque elétrico, principalmente
durante a estação seca do ano. Alguns amigos não tem esse problema.

Sei que o uso de calçados com sola de borracha ou o uso de roupas de
fibras sintéticas favorem o fenômeno.

Já "aterrei" o carro usando um cabo de fios de cobre que se arrasta
pelo chão; tbém já usei desses aprelhinhos que vendem nas lojas de
auto-peças que também arrastam um fio pelo chão. Melhorou um pouco,
mas não resolveu o problema.

Alguém poderia me ajudar a solucinar esse problema que me incomoda a
muitos anos. Gostaria de poder continuar usando tênis e roupas de
"tactel".

Obrigado pela atenção que sempre dispensaram,

Douglas






SUBJECT: [ciencialist] Re: tempo
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/03/2000 00:37


PhiloX escreveu:

>>>... Da mesma forma, a "gravidade" não existe como um
cometa. Mas podemos observar um corpo de mulher envelhecer e cair,
efeito do tempo e da gravidade (: <<<

A "gravidade" pode ser verificada experimentalmente (é só vc dar um
pulinho para cima). A "gravidade" existe na natureza, dentro do mesmo
critério da existência dos cometas: verificação experimental.

O corpo de uma pessoa pode mesmo "despencar" com o auxílio da
gravidade (pq ela existe na natureza); mas é preciso deixar de lado,
definitivamente, a crença de que o tempo envelhece pessoas, amadurece
laranjas, etc.: ele não exerce qualquer efeito sobre a matéria (pq ele
não existe na natureza).

>>>Se eu digo "O tempo existe, olhe ali aquele relógio", estou falando
algo com sentido.<<<

Apenas com sentido popular.
Quando se diz que fulano tem 50 anos, significa apenas que durante sua
vida a terra girou 50 vezes. Fulano envelheceu devido a fenômenos
bioquímicos e não devido à rotação do planeta nem ao movimento dos
ponteiros do relógio.

Amigos,
Precisamos, urgentemente, criar um vocabulário ou um glossário
contendo os principais conceitos e definições básicos das ciências,
não só para evitar debates ou discussões desnecessários, mas tbém para
contribuir para o conhecimento de todos, principalmente do meu, é
claro.

Contem comigo, abraços do

Douglas














SUBJECT: [ciencialist] Re: tempo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/03/2000 04:06

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Vieira"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 26 de Março de 1999 02:16
Assunto: [ciencialist] Re: tempo


> Esse negócio de 'tempo não existe' é muito newtoniano pra mim.

Não entendi!!!

Pelo que sei, Isaac Newton, de quem acredito derivar a expressão
"newtoniano" utilizada, refere-se ao tempo como "algo absoluto", assim como
o espaço. Em alguns trechos de sua obra chega a deixar claro que "não sabe"
exatamente o que é o tempo mas jamais negou sua essência e, muito menos,
chegou a supor o tempo como algo imaginário ou, mesmo, não existente.

Antes de citar Newton, que você provavelmente conhece por citações feitas
por seus professores, saiba que a grande maioria dos físicos modernos jamais
leu Newton e vive repetindo cerrca de uma centena de asneiras jamais
proferidas por Newton.

> Se ele não existe, voce vai cair em dificuldades para explicar o
> que aconteceu antes do 'big-bang', que é o 'inicio do tempo'.

Taí uma coisa que realmente ainda não foi comprovada e não é impossível que
nunca tenha existido: o "big-bang".

Desculpe-me pela franqueza mas se você gosta de física moderna (eu,
francamente, considero-a um atraso de vida) não deixe de ler dois cientistas
que realmente conheciam bastante a física newtoniana, jamais a desprezaram e
tentaram, sem conseguir, alicerçar suas teorias: em algo realmente sólido:
Einstein e Bohr.

Pois Einstein chegou a escrever uma dedicatória que começa com: "A Newton,
para quem a natureza não tinha segredos."

Quanto à "existência" das coisas, Einstein (em "Como Vejo o Mundo"), ao
"fechar um balanço" sobre alguns absurdos da física moderna, teria dito:
"... creio ainda na possibilidade de um modelo da realidade, quer dizer, de
uma teoria que represente as coisas mesmas, e não apenas a probabilidade de
sua existência."

Ou seja, o que não existe é bom senso na cabeça da maioria
dos físicos modernos.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: [ciencialist] Re: choque no carro
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/03/2000 11:51

Douglas wrote:

> qdo entro ou saio do meu carro levo um choque elétrico, principalmente
> durante a estação seca do ano. Alguns amigos não tem esse problema.
>...
> Alguém poderia me ajudar a solucinar esse problema que me incomoda a
> muitos anos. Gostaria de poder continuar usando tênis e roupas de
> "tactel".

Parece que não é o carro que fica carregado, mas você mesmo. Roupas
de material altamente isolante podem adquirir cargas estáticas por
contato com outros isolantes, como certos materiais usados em cadeiras
e bancos (inclusive de carro). Sapatos com sola de plástico ou
certas borrachas, andando em certos carpetes, também são uma forma
certa de gerar cargas estáticas. Eu já trabalhei em um lugar em que
era essencial tocar maçanetas de portas com uma chave ou uma moeda
antes de tocar nelas, depois de passar por um corredor acarpetado, pois
o choque, e uma faísca de quase 1 cm, eram certos. Tocar na madeira
antes de tocar na maçaneta também ajudava, pois a descarga era mais
lenta.
Tente mudar de tipo de sapato. Alguns tênis tem solas
menos condutivas. Eu último caso, cole uma pequena tira de metal
entre a parte de pano, se tiver, do tênis e a sola, ou entre o interior
e a sola, para ir descarregando devagar enquanto anda. Duas tachinhas,
uma por dentro e outra por fora, fazendo uma conexão elétrica, são
outra possibilidade.

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: [ciencialist] Re: tempo
FROM: Eliane Evanovich Gallagher <eliane@cbio.ufpa.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/03/2000 18:55



On Sat, 25 Mar 2000, Alberto Mesquita Filho wrote:

> -----Mensagem Original-----
> De: "Eduardo Vieira"
> Para: <ciencialist@egroups.com>
> Enviada em: Sexta-feira, 26 de Mar�o de 1999 02:16
> Assunto: [ciencialist] Re: tempo
>
>
> > Esse neg�cio de 'tempo n�o existe' � muito newtoniano pra mim.
Biologicamente falando creio que o tempo existe sim!! E' verdade
que nem sempre os processos organicos obedecem o calendario que usamos,
mas nao existir ja' e' demais!! Nao penso que somente a gravidade atue no
"envenhecimento", pois, existe varios processos bioquimicos que so'
ocorrem em certas condicoes ambientais (ausencia ou presenca de luz por
exemplo)...as enzimas sao degradadas quando em condicoes inadequadas...e 1
segundo, 1 minuto ou 1 hora fazem muita diferenca nesta degradacao!!
Alem disso, se nao existe tempo, a datacao baseada na meia- vida
de certos elementos esta' totalmente equivocada...e pq as estrelas
morrem??...Houve um esgotamento da fonte de energia... pq, ja' que nao
existe tempo para essa energia ser gasta??!!
Pode ate' ser que realmente nao exista tempo, mas se isso for
verdade, entao nos nunca saimos do "tempo" das cavernas e tudo
cientificamente falando tem que ser redescoberto!!

> N�o entendi!!!
>
> Pelo que sei, Isaac Newton, de quem acredito derivar a express�o
> "newtoniano" utilizada, refere-se ao tempo como "algo absoluto", assim como
> o espa�o. Em alguns trechos de sua obra chega a deixar claro que "n�o sabe"
> exatamente o que � o tempo mas jamais negou sua ess�ncia e, muito menos,
> chegou a supor o tempo como algo imagin�rio ou, mesmo, n�o existente.
>
> Antes de citar Newton, que voc� provavelmente conhece por cita��es feitas
> por seus professores, saiba que a grande maioria dos f�sicos modernos jamais
> leu Newton e vive repetindo cerrca de uma centena de asneiras jamais
> proferidas por Newton.
>
> > Se ele n�o existe, voce vai cair em dificuldades para explicar o
> > que aconteceu antes do 'big-bang', que � o 'inicio do tempo'.
>
> Ta� uma coisa que realmente ainda n�o foi comprovada e n�o � imposs�vel que
> nunca tenha existido: o "big-bang".
>
> Desculpe-me pela franqueza mas se voc� gosta de f�sica moderna (eu,
> francamente, considero-a um atraso de vida) n�o deixe de ler dois cientistas
> que realmente conheciam bastante a f�sica newtoniana, jamais a desprezaram e
> tentaram, sem conseguir, alicer�ar suas teorias: em algo realmente s�lido:
> Einstein e Bohr.
>
> Pois Einstein chegou a escrever uma dedicat�ria que come�a com: "A Newton,
> para quem a natureza n�o tinha segredos."
>
> Quanto � "exist�ncia" das coisas, Einstein (em "Como Vejo o Mundo"), ao
> "fechar um balan�o" sobre alguns absurdos da f�sica moderna, teria dito:
> "... creio ainda na possibilidade de um modelo da realidade, quer dizer, de
> uma teoria que represente as coisas mesmas, e n�o apenas a probabilidade de
> sua exist�ncia."
>
> Ou seja, o que n�o existe � bom senso na cabe�a da maioria
> dos f�sicos modernos.
>
> [ ]'s
> Alberto
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SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: gases extraterrestres
FROM: Jairo Vieira <jvieira@ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/03/2000 10:07

Caro Joao.
Aqui esta a formula do volume do toroide.

(1/4)*pi^2*(a+b)*(a-b)^2 , onde a eh o raio menor do toroide e b eh o raio maior.
Ateh.


Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Jairo,
> eu estava pensando num numero aproximado , talvez saber a ordem de grandeza
> para isso acho q nao haveria necessidade de se levar em conta tantos detalhes.
>
> No comeco ateh sugeri desprezar a gravidade terrestre mas, posteriormente,
> achei
> isso um excesso de simplificacao. E achei razoavel extender a forca de
> gravidade da
> terra ateh a metade do caminho do planeta mais proximo ( Marte ).
> Assim, as particulas que estivessem neste cinturao gravitacional seriam
> capturadas
> pela terra e poderiamos ter uma ideia da taxa de particulas ( He+H) que
> entrariam
> no planeta. Isso *poderia* nos dar pistas da origem do gas He na atmosfera
> terrestre.
> []s
> jocax
>
> Jairo Santos Vieira wrote:
>
> > Jocax, este calculo pode se complicar mais, se vc., levar em conta que a
> > Terra, sofre uma oscilacao em sua orbita em torno de seu centro de massa,
> > pois o sistema a ser considerado eh o sistema Terra-Lua. Na realidade o
> > movimento da Terra eh de uma cicloide, dai o problema do calculo.
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SUBJECT: [ciencialist] FRIO do espaco
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/03/2000 17:49



>>Devemos notar q a temperatura na estratosfera , onde se localizam
a maioria das as moleculas mais leves como He e H ehh muito inferior a
temperatura ao nivel do mar. E portanto a velocidade de escape
deve ser + dificil de se atingir. <<

Essa frase despertou-me algo. De início, a 'temperatura' na estratosfera não
é inferior à temperatura ao nível do mar. E, quanto mais nos afastamos do
planeta maior será a temperatura.

Por que será, então, que se fala do 'frio do espaço'? É fato que,
colocando-se a mão nua para fora de uma nave (durante alguma operação de
conserto, por exemplo), ela congelará. Vejamos se explico bem:

Temperatura é medida do estado de vibração da partícula. Em linguagem
atômica é como alguém diminuto ir medir a amplitude de vibração da
partícula. Amplitude zero = zero absoluto.
(em paralelo, anote-se que a capacidade térmica de uma partícula é
miseravelmente pequena; função de sua pequeníssima massa)

Colocando-se a mão livre no espaço, ela será alvo de alguma dessas
partículas 'quentíssimas', mas de capacidade térmica desprezível. Não será
notada. (algo como colocar a mão perto das fagulhas de um esmeril; apesar
das fagulhas incandescentes, não queimarão a mão, devido sua baixa
capacidade térmica). O mesmo ocorre no espaço (se bem que o número de
partículas que se chocam com a mão seja bem menor que o caso das fagulhas.)

Por que a mão congela? É o efeito da radiação térmica. A mão quente irradia
calor numa taxa maior que na Terra e essa perda leva a mão ao congelamento.
A mão está numa atmosfera super rarefeita com partículas a mais de 2000K e,
apesar disso, congela pela energia irradiada. Isso leva à conotação de "frio
do espaço".

[]'s
Léo




SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: gases extraterrestres
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/03/2000 17:56

>>Pergunta qts Km3 a terra cobre em seu movimento de translacao ?
Por aih poderiamos estimar qtas moleculas de He seriam capturadas por ano.
Alguem se candidta ao calculo?<<

Sugestão ao calculista:
Pelo teorema de Pappus-Guldin calcular o volume do toroide obtido pelo
deslocamente de uma circunferência de área (pi)x(6000 km)^2 ao longo de uma
circunferência de raio 1 500 000 km. O número de km3 será o número de
moléculas capturadas.

[]'s
Léo






SUBJECT: [ciencialist] Re:despedida
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/03/2000 18:03

Caros ciencialistas,
por essas e por outras sugiro que o "lema" do grupo seja a famosa
frase de Voltaire (1694-1778):

"Não concordo com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a
morte o vosso direito de dizê-lo"

[]s

Douglas

-----Mensagem Original-----
De: <gumaia@ig.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 23 de Março de 2000 10:22
Assunto: [ciencialist] despedida

>>>Caros colegas do ciencialist, ...
... o pior é ter que ler que filosofia é "ciência teórica" (sem querer
citar nomes), isto realmente foi demais para mim...
Abraços a todos,
Gustavo.<<<




SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: RES: gases extraterrestres
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/03/2000 18:27

Roberto aponta:
>>esse processo nao deve ter ocorrido em intensidade apreciavel: o O2 atual
eh produto praticamente exclusivo da acao de organismos
fotossintetizantes.<<

Em média, a cada segundo, a terra e atingida por 100 raios. Cada raios
produz ao redor de mil trilhões de trilhões de moléculas de dióxido de
nitrogênio (pouco mais de 50 kg de material). Por segundo, os raios permitem
a formação de 5,5 toneladas-massa desse material. Os rabos fornecem 50% do
óxido de nitrogênio consumido pelas diversas formas de vida na Terra.
Espero que as observações e os cálculos dos cientistas do Instituto de Minas
e Tecnologia do Novo México estejam de acordo :)

[]'s
Léo



SUBJECT: [ciencialist] Re: tempo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/03/2000 18:53


PhiloX escreveu:

>>>... Da mesma forma, a "gravidade" não existe como um
cometa. Mas podemos observar um corpo de mulher envelhecer e cair,
efeito do tempo e da gravidade (: <<<

Douglas escreveu:
>>A "gravidade" pode ser verificada experimentalmente (é só vc dar um
pulinho para cima). A "gravidade" existe na natureza, dentro do mesmo
critério da existência dos cometas: verificação experimental.
O corpo de uma pessoa pode mesmo "despencar" com o auxílio da
gravidade (pq ela existe na natureza); mas é preciso deixar de lado,
definitivamente, a crença de que o tempo envelhece pessoas, amadurece
laranjas, etc.: ele não exerce qualquer efeito sobre a matéria (pq ele
não existe na natureza).<<

Descrever os acontecimentos como resultados da ação do tempo constitui um
determinado recurso para fazer-se abstração das causas concretas que atuam e
provocam os referidos acontecimentos. Semelhante recurso é perfeitamente
legítimo no que tange a determinado 'ponto material', tendo em conta que uma
descrição desse tipo completa-se com as características dos acontecimentos
noutros aspectos. Como caso mais simples cabe indicar duas partes da
mecânica.
A primeira delas -- a cinemática -- examina apenas o deslocamento dos corpos
em dependência do tempo; a segunda -- a dinâmica -- toma em consideração as
inter-reações dos corpos, inter-reações que produzem mudanças nos estados
dos referidos corpos.
Encontram-se na Ciência formulações que inferem as propriedades da matéria
partindo das propriedades do tempo e do espaço tomados na qualidade de algo
primário e inicial. Ora, para a compreensão filosófica de tais formulações é
preciso ter presente a natureza específica dos aspectos lógicos e ontológico
do fenômeno caracterizado.

>>>Amigos,
Precisamos, urgentemente, criar um vocabulário ou um glossário
contendo os principais conceitos e definições básicos das ciências,
não só para evitar debates ou discussões desnecessários, mas tbém para
contribuir para o conhecimento de todos, principalmente do meu, é
claro.

Contem comigo, abraços do

Douglas<<<

Apreciaria enormemente participar da elaboração desse glossário. Sem dúvida,
poderá tornar-se um alicerce não só para o Ciencialist como para os demais
interessados na Ciência. Creio mesmo, que cada conceito posto, se faça
acompanhar de um exemplo prático, real e aceito pela comunidade científica.
[]'s
Léo





SUBJECT: [ciencialist] Re: choque no carro
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/03/2000 19:04

As cargas 'estaticas' acumuladas em certas partes do carro não serão
descarregadas pelas técnicas adotadas (fio terra, borracha condutora
raspando no chão etc.).
Ouvi, não recordo de onde, ou mesmo se há qualquer lastro de verdade, que no
Japão é a mulher que deve subir primeiro no ônibus para descarrega-lo. Me
pareceu no momento mais uma piada sem graça do que uma realidade. Mas, a
técnica funciona. Antes de tocar no carro, tenha um mãos uma das
extremidades de um fio de cobre e a outra embaixo do sapato.
Boa parte da eletricidade armazenada no próprio corpo dentro do carro
origina-se do contato íntimo (atrito) com o material do banco do motorista.
Em conseqüência, cada vez que a mão tocar uma peça metálica ligada ao corpo
do carro (grande capacitância e efeito do balde de Franklin) haverá uma
descarga elétrica (essa carga irá para a superfície externa do carro --- e
lá ficará esperando a hora de descer do carro --- novo choque).
[]'s
Léo

-----Mensagem Original-----
De: Douglas <douglas.jpn@terra.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 24 de março de 2000 23:31
Assunto: [ciencialist] choque no carro


Oi ciencialistas,

qdo entro ou saio do meu carro levo um choque elétrico, principalmente
durante a estação seca do ano. Alguns amigos não tem esse problema.

Sei que o uso de calçados com sola de borracha ou o uso de roupas de
fibras sintéticas favorem o fenômeno.





SUBJECT: [ciencialist] sobressalto
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/03/2000 19:35

http://www.cnnportugues.com/2000/tec/03/23/astronomia/index.html

[]'s
Léo



SUBJECT: [ciencialist] Re: choque no carro
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/03/2000 21:25

Luiz Ferraz Netto wrote:

> As cargas 'estaticas' acumuladas em certas partes do carro não serão
> descarregadas pelas técnicas adotadas (fio terra, borracha condutora
> raspando no chão etc.).

Aliás, não vejo como um carro possa acumular grandes cargas estáticas.
A borracha dos pneus é um mau isolante, e qualquer carga significante
deve ser drenada em fração de segundo sem maiores problemas.

> Ouvi, não recordo de onde, ou mesmo se há qualquer lastro de verdade, que no
> Japão é a mulher que deve subir primeiro no ônibus para descarrega-lo. Me
> pareceu no momento mais uma piada sem graça do que uma realidade. Mas, a
> técnica funciona. Antes de tocar no carro, tenha um mãos uma das
> extremidades de um fio de cobre e a outra embaixo do sapato.

Complicado, não? Basta tocar o carro com a chave da porta antes de tocar
nele. As tensões serão equalizadas sem um choque violento. Difícil é
lembrar sempre disto, mas o "tratamento de choque" é muito efetivo
para isto...

> Boa parte da eletricidade armazenada no próprio corpo dentro do carro
> origina-se do contato íntimo (atrito) com o material do banco do motorista.
> Em conseqüência, cada vez que a mão tocar uma peça metálica ligada ao corpo
> do carro (grande capacitância e efeito do balde de Franklin) haverá uma
> descarga elétrica (essa carga irá para a superfície externa do carro --- e
> lá ficará esperando a hora de descer do carro --- novo choque).

Interessante possibilidade, mas para isto as cargas opostas geradas no
banco teriam que ficar bem isoladas do carro, pois tenderiam a
neutralizar
as cargas geradas no motorista. E os pneus teriam que isolar bem.
O balde é de Faraday, não Franklin.

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: [ciencialist] Quadrado magico
FROM: "Daniel Sottomaior P." <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/03/2000 04:25
ATTACHMENTS (20000327-042552-0000327): "Quadrado M�gico.zip"

Me perguntaram alguma coisa sobre isso, ent�o retomei o problema que j�
havia olhado com calma h� alguns anos: � o velho problema de criar uma
matriz quadrada m que a soma dos elementos de qualquer fileira (e em alguns
casos, incluindo as diagonais tamb�m) � a mesma. � um problema simples de
sistemas lineares indeterminados, por isso muitas vezes ~pode se lan�ar
condi��es suplementres que podem ser satisfeitas. Por eemplo, se for uma
matriz 4x4, pode-se acrescer a imposi�� de que o quadrado central (2x2)
tamb�m tenha a mesma soma, e ssim por diante. N�o pesquisei nada a respeito,
mas no conhe�o nenhum solu��o geral, especialmente porque o n�mero de grus
de liberdade varia para cada ordem.

Por exempo, se dmitirmos que as diagonais tamb�m t�m de ter a mesma soma, um
quadrado e ordem n tem 2n+2 equa��es, mas n� inc�gnitas. Como as inc�gnitas
crescem muito mais rapidamente que as equa��es, quanto maior o qudrado, ais
vari�veis livres n�s temos - ou seja, maior o n�mero de casas independentes
que determinam as demais. No caso de n=3, temos 9 vari�veis e 8 equa��es. S�
que duas delas s�o dependentes das demais (existir� uma maneira para saber
no caso geral quantas s�o dpendentes?), portanto ao inv�s de uma vari�vel
livre temos tr�s. Assim, o quadrado � inteiramente definido atrv�s de tr�s
valores (independentes), e os demais s�o consequ�ncia (dependentes).

Podemos determin�-lo a partir de tr�s posi��es do quadrado, desde que n�o
seja uma fileira ou diagonal inteira que contenham o elemento central (ou
seja: vale qualquer conjunto de 3 menos as duas diagonais, a coluna central
e a linha central). Ou podemos determin�-lo a partir do valor da soma das
fileiras e mais duas posi��es adicionais - desde que nenhuma seja a posi��o
central. Em anexo vai uma planilha que calcula automaticamente o quadrado a
partir de algumas dessas possibilidades (A menos dos casos sim�tricos,
existiriam Comb[9,3]-4=80 maneiras para o primeiro caso, e Comb[8,2]=28
maneiras para o segundo. Eu s� listei 3 maneiras de cada jeito.)

A segunda planilha foi o escalonamento do sistema original, mas como eu n�o
me dei ao trabalho de listar direitinho todos os passos, pode ser dif�cil
seguir alguns deles.


Daniel
______________________________________________________


SUBJECT: [ciencialist] Quadrado magico
FROM: "Daniel Sottomaior P." <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/03/2000 04:31
ATTACHMENTS (20000327-043107-0000328): "Quadrado M�gico.xls"

Presentinho proc�. Depois daquela conversa fiquei pensando... tem muitos
outros jeitos de fazer, esses s�o s� alguns. Espero que goste de brincar.

Baci

Daniel
______________________________________________________


SUBJECT: [ciencialist] Re: choque no carro
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/03/2000 08:13


>>O balde é de Faraday, não Franklin.

Antonio Carlos M. de Queiroz<<

OOOps! Sem dúvida. Pressa na digitação e, ....F x F.
O balde de Faraday está em www.feiradeciencias.com.br na Sala 03 na teoria
da cúpula do gerador de Van De Graaff.

[]'s
Léo



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SUBJECT: [ciencialist] Revista TRIP
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/03/2000 08:44

Nessas t�picas colet�neas do tipo 'Voc� sabia?' separei essas com algum
cunho de ci�ncia. Algu�m sabe se h� algum fundo de verdade nisso?

VOC� SABIA?

- O "quack" de um pato n�o produz eco, e ningu�m sabe porqu�. [ Essa, em
especial, parece-me curiosa. Se isso for um fato verdadeiro, ser� que o som
produzido � tal que a onda refletida e a incidente se anulam mutuamente. E
onde vai parar o princ�pio da independ�ncia? ]

- Pessoas inteligentes t�m mais cobre e zinco no cabelo.
- A biblioteca da Universidade de Indiana afunda 2 cm por ano porque, quando
foi construida, os engenheiros esqueceram de incluir o peso dos livros no
c�lculo das funda��es.
- O olho do avestruz � maior do que seu c�rebro.
- O transatl�ntico Rainha Elizabeth II avan�a apenas 4 cm para cada litro de
diesel queimado.
- A urina do gato brilha com luz ultravioleta.
- A noz-moscada � extremamente venenosa se injetada na veia.
- Peso por peso, um hamburguer custa mais caro que um carro novo.
- � possivel conduzir o gado para cima, mas n�o para baixo.
- Todos os animais podem pular, exceto o elefante.
- O cora��o bombeia o sangue com uma press�o suficiente para esguichar o
sangue a uma altura de 9 metros.
- Os humanos e os golfinhos s�o as �nicas esp�cies que praticam o sexo por
prazer.
- O m�sculo mais potente do corpo � a l�ngua.
- � imposs�vel espirrar com os olhos abertos.
- � imposs�vel se suicidar parando a respira��o.
- Os destros vivem em m�dia 9 anos mais que os canhotos.
- O orgasmo do porco dura 30 minutos.
- O crocodilo n�o consegue p�r sua lingua para fora.
- Uma barata vive 9 dias sem a cabe�a.
- Alguns le�es copulam 50 vezes em um dia.
- As borboletas sentem gosto com os p�s e n�o com a l�ngua.
- A estrela-do-mar n�o tem c�rebro.

( Revista TRIP - mar�o 2000 )

[]'s
L�o





SUBJECT: [ciencialist] Re: tempo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/03/2000 09:30

Eu tambem nao sou especialista em "tempo" mas tambem tenho minhas opinioes.
O rolo todo, ao meu ver, esta no conceito de "EXISTENCIA".

O que significa "existir"?
Todos tem claro que a materia existe, mas e a matemática ?
Se nao existisse vida no universo a matematica existiria ?
As leis da fisica existiriam?
O problema todo esta na abrangencia do conceito de existencia.

O tempo eh, antes de mais nada, um conceito util que serve para que possamos
relacionar eventos. Assim poderemos predizer eventos atraves de formulas etc...

Um conceito sempre existe em nossas cabeças. Os conceitos de "Bem" e "Mal"
tambem
existem. Mas o "bem" e o "mal" existem na "realidade" ?
O conceito faz parte do mundo das ideias. O Saci-perere eh uma idéia q existe
em nossas cabecas. O Saci existe? Como ideia sim, como entidade material, nao.

O tempo nao eh uma entidade material. Acho q para sabermos se o tempo existe
ALEM de existir como conceito em nossas cabecas, precisaremos saber exatamente
toda a abrangencia da palavra "existir".

[]s
jocax



O tempo eh algo imaterial

Eduardo Vieira wrote:

> Me desculpe, mas esse negocio do tempo não existir é muito estranho: Se o
> tempo não existe, se o que nos faz envelhecer são os processos bioógicos,
> como explicar entao o fenomeno de, segundo a teoria da relatividade, se eu
> estiver viajando na numa velocidade próxima da luz, o tempo vai passar pra
> mim de maneira mais lenta do que em relacao para quem está na terra. Eu vou
> envelhecer mais lentamente, o relógio vai bater mais lentamente, etc, etc...
>
> Esse negócio de 'tempo não existe' é muito newtoniano pra mim. Não digo que
> sejam possíveis viagens no tempo , ou outras doideiras, mas o tempo existe
> sim cara. Se ele não existe, voce vai cair em dificuldades para explicar o
> que aconteceu antes do 'big-bang', que é o 'inicio do tempo'.
>
> Um abraço,
>
> Eduardo
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SUBJECT: [ciencialist] Re: [Fwd: [ifusp-ex-alunos] Rutherford e o aluno...]
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: cavalo@fortalnet.com.br
CC: ciencialist@egroups.com, ifusp-ex-alunos <ifusp-ex-alunos@egroups.com>
DATE: 27/03/2000 09:41

Ola Renato .
Faz exatamente 20 anos q me formei em fisica e nao tenho tido contacto
muito intenso com "ela" alem do que tenho acompanhado em periodicos de
divulgacao geral. Acredito que deva haver livros simples e
introdutorios
que expliquem o basico. Vou encaminhar sua duvida aa uma lista de que
participo, dos ex-alunos formados pelo IF-USP. Alguem deve saber algum
texto
introdutorio ( que alia eu mesmo deveria aproveitar e le-lo ! )
[]s
jocax


Renato Martins Bezerra wrote:

> Você poderia mandar alg para mim que me introduzisse na física
> quântica>.



SUBJECT: [ciencialist] Re: Tempo de vida de uma estrela
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/03/2000 09:47

>
> > > [continua a existir problemas probabilisticos associados a surgir planetas
> > > na zona de habitabilidade - 50% de variacao sobre o menor raio medio nao
> > > significa nem de longe 50% de chance de formacao e estabilizacao de um
> > > planeta nessa zona.]
> > >
> >
> > Ok ,
> > mas da para ter uma ideia q a zona de estabilizacao do planeta nao eh assim tao
> > restrita.
>
> pra mim, isso jah eh uma restricao bastante seria... diminui sensivelmente
> a probabilidade de haver planetas habitaveis em estrelas muito diferentes
> das do sol. no caso de uma estrela com 0,5 massa solar a faixa:
> (considerando-se apenas a agua) serah em torno de 40 a 80 milhoes de km
> da estrela, nao cabe mais do q. dois planetas do porte da terra (e isso
> apenas se estiverem nas extremidades dessa faixa), usualmente terah espaco
> para apenas um planeta (supondo condicoes ideais para as demais
> caracteristicas).
>

Gostaria de saber como vc chegou aa conclusao sobre a *quantidade* de planetas
possiveis na faixa de 70 milhoes de Km de uma estrela com massa 0,5 Sol.

O problema da estabilidade 3 corpos ( 2 planetas e uma estrela por exemplo )
eh um dos problemas classicos da fisica dos mais dificeis de se resolver
e eu ainda nao sei se existe solucao matematica ( nao computacional ) .

[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re: FRIO do espaco
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/03/2000 10:09

> >>Devemos notar q a temperatura na estratosfera , onde se localizam
> a maioria das as moleculas mais leves como He e H ehh muito inferior a
> temperatura ao nivel do mar. E portanto a velocidade de escape
> deve ser + dificil de se atingir. <<
>
> Essa frase despertou-me algo. De início, a 'temperatura' na estratosfera não
> é inferior à temperatura ao nível do mar. E, quanto mais nos afastamos do
> planeta maior será a temperatura.
>

Leo, aih eu discordo de voce.
Se vc nao acredita no termometro, poderemos usar a formula PV= nRT
e verificarmos a real temperatura na estratosfera.

[]s
jocax




SUBJECT: [ciencialist] Re: Re:despedida
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/03/2000 10:10



Douglas wrote:

> Caros ciencialistas,
> por essas e por outras sugiro que o "lema" do grupo seja a famosa
> frase de Voltaire (1694-1778):
>
> "Não concordo com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a
> morte o vosso direito de dizê-lo"
>

CONCORDO !! :-))

[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: gases extraterrestres
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/03/2000 10:30



Luiz Ferraz Netto wrote:

> >>Pergunta qts Km3 a terra cobre em seu movimento de translacao ?
> Por aih poderiamos estimar qtas moleculas de He seriam capturadas por ano.
> Alguem se candidta ao calculo?<<
>
> Sugestão ao calculista:
> Pelo teorema de Pappus-Guldin calcular o volume do toroide obtido pelo
> deslocamente de uma circunferência de área (pi)x(6000 km)^2 ao longo de uma
> circunferência de raio 1 500 000 km. O número de km3 será o número de
> moléculas capturadas.
>

Lembrei de algo importante : O efeito da gravidade terrestre !.
Deveremos usar um raio medio maior que o raio da terra.
Acho q um bom *diametro* de captura desta circunferencia
seria a metade da distancia entre mercurio e marte.

[]s
jocax




SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: gases extraterrestres
FROM: Jairo Santos Vieira <JVIEIRA@vortex.ufrgs.br>
TO: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
CC: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/03/2000 10:51

Jocax, este calculo pode se complicar mais, se vc., levar em conta que a
Terra, sofre uma oscilacao em sua orbita em torno de seu centro de massa,
pois o sistema a ser considerado eh o sistema Terra-Lua. Na realidade o
movimento da Terra eh de uma cicloide, dai o problema do calculo.


SUBJECT: [ciencialist] Re: FRIO do espaco
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/03/2000 13:46


>
> Essa frase despertou-me algo. De início, a 'temperatura' na estratosfera
não
> é inferior à temperatura ao nível do mar. E, quanto mais nos afastamos do
> planeta maior será a temperatura.
>

>>>Leo, aih eu discordo de voce.
Se vc nao acredita no termometro, poderemos usar a formula PV= nRT
e verificarmos a real temperatura na estratosfera.

[]s
jocax<<<

Foi um equívoco de apenas cerca de 60 km, entre estratosfera e ionosfera. A
curva de variação de temperatura até a altitude de 80 km é bastante sinuosa.
Daí prá frente o aumento é permanentemente crescente. A estratosfera tem
'limites' ao redor dos 80km. A 140km de altitude a temperatura já chega aos
100 graus célsius.
Entretanto, chamenos a atenção para seu termômetro usado nessas altitudes
(80 km para cima). A porcentagem de ar existente abaixo dessa altitude é
99,999999% da atmosfera total. Logo, o número de moléculas por ai (atmosfera
altamente rarefeita) é de 0,000001% daquela da superfície da terra. O número
de choques no termômetro não dará indicações confiáveis. A radiação do
próprio termômetro dará indicação abaixo da temperatura real das moléculas.
Entretanto apreciaria ver a aplicação da equação de Clapeyron para verificar
a temperatura lá pelas altitudes dos 80 a 100 km.
[]'s
Léo







SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: RES: gases extraterrestres
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/03/2000 13:49

> ***Mas deve ter havido alguma, já que as algas azuis também precisariam do
> O2 para queimar glicose, não é? (:
> É claro que não foi uma quantidade grande, mas foi suficiente para
> sobreviver a primeira alga.

possivelmente os organismos fotossintetizantes primitivos nao tinham um
metabolismo oxidativo acoplado - eles apenas aproveitavam os atps
produzidos na reacao de fotolise de agua. nao estou certo, mas a fixacao
de carbono possivelmente foi um subproduto do processo: alias, derivado da
reacao de quimiossintese em q. em vez de agua se utilizava/utiliza de H2S.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: RES: gases extraterrestres
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/03/2000 13:57

> Em média, a cada segundo, a terra e atingida por 100 raios. Cada raios
> produz ao redor de mil trilhões de trilhões de moléculas de dióxido de
> nitrogênio (pouco mais de 50 kg de material). Por segundo, os raios permitem
> a formação de 5,5 toneladas-massa desse material. Os rabos fornecem 50% do
> óxido de nitrogênio consumido pelas diversas formas de vida na Terra.
> Espero que as observações e os cálculos dos cientistas do Instituto de Minas
> e Tecnologia do Novo México estejam de acordo :)

apenas pra ver como essa quantidade nao eh apreciavel na escala q.
comentamos: a proporcao de NO2 na atmosfera nao chega aos 0,03% do CO2.
embora 0,03% de CO2 seja o q. basta para as plantas o fixarem, nas escala
considerada jah nao eh muita coisa: o O2 corresponde a 21% da composicao
atmosferica, alem de q. os raios no caso do NO2 estah realizando uma
reacao de sintese e nao de lise - seria mais provavel q. os raios
contribuissem para formacao de agua a partir de H2 e O2 na atmosfera do q.
o contrario: a oxidacao tto do N2 qto do H2 eh um processo exergonico e
entropicamente favorecido nas condicoes atmosfericas - atuais e
pregressas...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: FRIO do espaco
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/03/2000 13:59

Léo,
a temperatura cai a medida que nos afastamos do nivel do mar pq quanto maior a
altura menor a energia energia cinetica media das moleculas.
Pense no modelo : As moleculas da atmosfera adquirem energia ( velocidade ) ao
serem aquecidas indiretamente pelo sol : Ao tocarem na superficie da terra por
exemplo.
A partir daih elas adquirem velocidade maxima ( maior temperatura ) e a medida
q se deslocam para cima vao perdendo energia cinetica e esfriando.
Por isso o cume das montanhas altas eh tao gelado (e tanto + frio qto mais nos
afastamos do nivel do mar).

[]s
jocax

Luiz Ferraz Netto wrote:

> >
> > Essa frase despertou-me algo. De início, a 'temperatura' na estratosfera
> não
> > é inferior à temperatura ao nível do mar. E, quanto mais nos afastamos do
> > planeta maior será a temperatura.
> >
>
> >>>Leo, aih eu discordo de voce.
> Se vc nao acredita no termometro, poderemos usar a formula PV= nRT
> e verificarmos a real temperatura na estratosfera.
>
> []s
> jocax<<<
>
> Foi um equívoco de apenas cerca de 60 km, entre estratosfera e ionosfera. A
> curva de variação de temperatura até a altitude de 80 km é bastante sinuosa.
> Daí prá frente o aumento é permanentemente crescente. A estratosfera tem
> 'limites' ao redor dos 80km. A 140km de altitude a temperatura já chega aos
> 100 graus célsius.
> Entretanto, chamenos a atenção para seu termômetro usado nessas altitudes
> (80 km para cima). A porcentagem de ar existente abaixo dessa altitude é
> 99,999999% da atmosfera total. Logo, o número de moléculas por ai (atmosfera
> altamente rarefeita) é de 0,000001% daquela da superfície da terra. O número
> de choques no termômetro não dará indicações confiáveis. A radiação do
> próprio termômetro dará indicação abaixo da temperatura real das moléculas.
> Entretanto apreciaria ver a aplicação da equação de Clapeyron para verificar
> a temperatura lá pelas altitudes dos 80 a 100 km.
> []'s
> Léo
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SUBJECT: [ciencialist] Re: Revista TRIP
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/03/2000 14:45

> - O "quack" de um pato não produz eco, e ninguém sabe porquê. [ Essa, em
> especial, parece-me curiosa. Se isso for um fato verdadeiro, será que o som
> produzido é tal que a onda refletida e a incidente se anulam mutuamente. E
> onde vai parar o princípio da independência? ]

podemos ir aa frente de uma caverna e verificar se pato faz eco ou nao...
(pra mim me parece estranha essa negacao acima, mas enfim...)

> - O olho do avestruz é maior do que seu cérebro.

verdadeiro. [mas pouca coisa ou nada se conclui sobre a inteligencia da
ave a partir disso.]

> - A noz-moscada é extremamente venenosa se injetada na veia.

dificil eh injetar uma noz-moscada na veia! se injetarmos uma boneca
barbie o prejuizo serah o mesmo...

> - Peso por peso, um hamburguer custa mais caro que um carro novo.

vejamos: massa media de um hamburguer (sanduiche) - 250 g; de um carro -
2.000 kg. preco de um hamburguer - r$ 1,00; de um carro, r$ 16.000,00.
preco de hamburguer: r$ 0,004/g, carro: r$ 0,008/g... o hamburguer (carne)
sai por r$ 5,00 (tem promocao por 2,80) a caixa com 640 g: cerca de r$
0,008/g... conclusao: depende do hamburguer e do carro (e principalmente
de onde se compra cada um...), outra conclusao: nao se pode comer um
carro, nem andar de hamburguer... (precos de alguns bairros de sao paulo)

> - Todos os animais podem pular, exceto o elefante.

nao ha registro de um coral saltitante, ou uma tartaruga de couro (ou um
jabuti) ou uma cascavel ou de uma lacraia/centopeia (ve-se q. nao eh por
sedentarismo ou falta de perna simplesmente)... esse 'animal'
possivelmente se refere a mamiferos: se considerarmos a projecao das
baleias sobre a superficie como um pulo... mas precisaria ver um
ourico-cacheiro, um tamandua-bandeira, uma preguica-de-tres-dedos, uma
touperira de nariz estrelado, um hipopotamo (falando apenas dos ainda
existentes) pulando pra acreditar nessa afirmacao (nao estou falando q.
eles nao pulem)... (mas elefantes me parecem q. realmente teriam serios
problemas se os fizessem pular: se sua musculatura assim o permitisse,
seus ossos seriam pulverizados ao voltar ao chao - eu acho)

> - Os humanos e os golfinhos são as únicas espécies que praticam o sexo por
> prazer.

chimpanzes-pigmeus (bonobos) tbm...

> - O músculo mais potente do corpo é a língua.

nao eh o gastrocnemio? (qual o criterio de potencia aqui? do musculo
integral? das fibras musculares?)

> - É impossível espirrar com os olhos abertos.

ha controversias...

> - É impossível se suicidar parando a respiração.

temos controle voluntario apenas parcial sobre os centros de
respiracao... ademais depois q. desmaiarmos nao conseguiriamos mais
prender voluntariamente a respiracao... mas antes mesmo disso eh bem
provavel (se os meus conhecimentos de fisiologia estiverem atualizados) q.
houvesse retomada do reflexo respiratorio pelos centros controladores da
respiracao.

> - O crocodilo não consegue pôr sua lingua para fora.

verdade.

> - As borboletas sentem gosto com os pés e não com a língua.

verdade, mas isso nao tem nada de estranho: nem os pes nem a lingua da
borboleta (e dos insetos) sao homologas (tEm a mesma origem) q. as nossas
linguas e pehs...

> - A estrela-do-mar não tem cérebro.

ateh porq. nao tEm cabeca... mas apresentam um sistema nervoso ganglionar:
forma-se um cordao nervoso em forma de um circulo no centro de simetria do
animal (q. afinal tbm na pula).

sobre as outras nao faco muita ideia... mas nao eh meio idiota essas
'informacoes' completamente descontextualizadas? nao me admira q. muitas
pessoas ignorem algumas informacoes basicas como: tamanho medio do raio
terrestre, distancia media da terra ao sol, da terra aa lua, composicao
media da atmosfera terrestre, massa da terra, sol e lua: ao menos em
termos de ordem de grandeza... (o pior eh nem saber onde procurar essas
informacoes)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Tempo de vida de uma estrela
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/03/2000 15:43

> Gostaria de saber como vc chegou aa conclusao sobre a *quantidade* de planetas
> possiveis na faixa de 70 milhoes de Km de uma estrela com massa 0,5 Sol.
>
> O problema da estabilidade 3 corpos ( 2 planetas e uma estrela por exemplo )
> eh um dos problemas classicos da fisica dos mais dificeis de se resolver
> e eu ainda nao sei se existe solucao matematica ( nao computacional ) .

no caso seria melhor vc provar q. o sistema poderia ser estavel...

tres planetas do tamanho da terra com orbitas distando nao mais de uns 10
milhoes de km me parece altamente improvavel q. permanecam estavelmente em
suas orbitas por longo termo... eles poderia causar uma influencia
gravitacional de ateh 10% (cada um) da q. existe entre a terra e a lua; e
ao contrario do sistema terra-lua, nao girariam em torno de um centro em
comum (alem do sol). o q. eh pouco previsivel eh qdo as forcas envolvidas
sao *bem* menores - qdo a influencia eh sensivel, embora nao se saiba
exatamente o q. vai ocorrer pode-se apostar q. eh instavel. eu nao costumo
sacar afirmacoes da minha propria manga, nao tenho competencia tecnica
para tto (nem cara de pau pra mentir descaradamente). mas se quer
referencia:

lissauer, jj 1999 - how commom are habitable planets? nature 402: c11-4.

mas isso nos atendo apenas aa questao gravitacional. como disse existem
outros fatores q. diminuem a habitabilidade ao redor de uma estrela
sensivelmente menor do q. o sol:

*uma estrela nao tem sua atividade constante ao longo de sua vida em
sequencia principal: nosso sol somente ha coisa de 2 bilhoes de anos
alcancou sua atividade atual, antes disso nao deveria passar de 75% do
potencia de hj, isso significa q. a faixa de habitabilidade primaria
migrou... uma estrela menor, tendo uma faixa mais estreita, teria uma
sobreposicao menor entre as faixas de habitabilidade primaria e secundaria
- qto menor a estrela menor a sobreposicao.
*uma estrela sensivelmente menor do q. o sol produzirah luz
primordialmente na faixa do infravermelho e sua luminosidade deve variar
na ordem de decimos do total devido aas 'manchas solares'.
*as orbitas dentro da zona de habitabilidade nessas estrelas - em funcao
da forte atracao gravitacional torna o periodo de rotacao sincronizado com
o translacao (sincronizacao por mare's): isto eh, um lado vai ficar
permanentemente exposto aa estrela e outro ao espaco: um lado serah
torrido e esteril e outro gelido e esteril (a menos q. encontremos
condicoes fortuitas - e portanto raras - q. garantam a habitabilidade
nessas condicoes)

quer dizer, a minha observacao: 'as caracteristicas associadas ao tamanho
- potencia vs duracao - diminuem sensivelmente a probabilidade a priori de
haver outros planetas habitados em outras partes do universo, mas nao a
preclui', parece-me valida. nao vejo muita razao pra vc implicar com ela.

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: choque no carro
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 27/03/2000 15:58

"douglas" <douglas.jp-@terra.com.br> wrote:
original article:http://www.egroups.com/group/ciencialist/?start=4364
> Oi ciencialistas,
>
> qdo entro ou saio do meu carro levo um choque elétrico, principalmente
> durante a estação seca do ano. Alguns amigos não tem esse problema.
>

Também já sofri muito com este problema. Parece ser mais relacionado
com a natureza do tecido dos bancos e seu atrito com as roupas. Carros
com bancos de couro parecem não apresentar o problema. A solução que
adotei foi a seguinte: após abrir a porta do carro, segurar na parte de
cima da porta, que é de metal, e continuar segurando até por os pés no
chão. Com isso, o contato se faz pelos pés através da sola do calçado,
ao invés de se fazer pelas mãos, e é imperceptível. Comigo funcionou
muito bem. Boa sorte.

Ronaldo.



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: gases extraterrestres
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/03/2000 16:39

Jairo,
eu estava pensando num numero aproximado , talvez saber a ordem de grandeza
para isso acho q nao haveria necessidade de se levar em conta tantos detalhes.

No comeco ateh sugeri desprezar a gravidade terrestre mas, posteriormente,
achei
isso um excesso de simplificacao. E achei razoavel extender a forca de
gravidade da
terra ateh a metade do caminho do planeta mais proximo ( Marte ).
Assim, as particulas que estivessem neste cinturao gravitacional seriam
capturadas
pela terra e poderiamos ter uma ideia da taxa de particulas ( He+H) que
entrariam
no planeta. Isso *poderia* nos dar pistas da origem do gas He na atmosfera
terrestre.
[]s
jocax

Jairo Santos Vieira wrote:

> Jocax, este calculo pode se complicar mais, se vc., levar em conta que a
> Terra, sofre uma oscilacao em sua orbita em torno de seu centro de massa,
> pois o sistema a ser considerado eh o sistema Terra-Lua. Na realidade o
> movimento da Terra eh de uma cicloide, dai o problema do calculo.
>
> ------------------------------------------------------------------------
> Use os recursos da Ciencialist em http://www.egroups.com/list/ciencialist/
> --- ... ---
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com (sair da lista)
>
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> Good friends, school spirit, hair-dos you'd like to forget.
> Classmates.com has them all. And with 4.4 million alumni already
> registered, there's a good chance you'll find your friends here:
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SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: gases extraterrestres
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/03/2000 16:50

uma correcao, acho q. acabei dando a entender q. o He presente no espaco
era produto da atividade estelar: na verdade eh quase todo produto
(segundo a teoria vigente) da propria origem do universo.

mas o He presente nos planetas, este sim primariamente deve ter origem da
atividade da estrela precursora do sol.

qto aa temperatura da atmosfera ela segue um regima um pouco mais
complicado do q. simplesmente resfriar com a altitude:

http://royal.okanagan.bc.ca/mpidwirn/atmosphereandclimate/atmslayers.html

de todo modo o gradiente termico eh mais um fator para q. o
hidrogenio e outros gases leves tendam a escapar para o espaco, existe o
gradiente de concentracao tbm... ambos superam o gradiente gravitacional -
e tbm qto mais distante do centro da terra menor a intensidade da atracao
gravitacional exercida pelo planeta.

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Tempo de vida de uma estrela
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/03/2000 17:21

> > Gostaria de saber como vc chegou aa conclusao sobre a *quantidade* de planetas
> > possiveis na faixa de 70 milhoes de Km de uma estrela com massa 0,5 Sol.
> >
> > O problema da estabilidade 3 corpos ( 2 planetas e uma estrela por exemplo )
> > eh um dos problemas classicos da fisica dos mais dificeis de se resolver
> > e eu ainda nao sei se existe solucao matematica ( nao computacional ) .
>
> no caso seria melhor vc provar q. o sistema poderia ser estavel...
>

Pq eu ? Eu soh estranhei vc afirmar que "nao mais q 2 planetas" poderiam estar
orbitando na faixa citada e *apenas gostaria de saber* se havia embasamento
cientifico
ou era simples chute. Veja :
> pra mim, isso jah eh uma restricao bastante seria... diminui sensivelmente
> a probabilidade de haver planetas habitaveis em estrelas muito diferentes
> das do sol. no caso de uma estrela com 0,5 massa solar a faixa:
> (considerando-se apenas a agua) serah em torno de 40 a 80 milhoes de km
> da estrela, nao cabe mais do q. dois planetas do porte da terra (e isso
> apenas se estiverem nas extremidades dessa faixa), usualmente terah espaco
> para apenas um planeta (supondo condicoes ideais para as demais
> caracteristicas).
>



>
> tres planetas do tamanho da terra com orbitas distando nao mais de uns 10
> milhoes de km me parece altamente improvavel q. permanecam estavelmente em
> suas orbitas por longo termo...

Note q vc esta diminuindo consideravelmente a faixa q estipulavamos de agua
liquida.
de 40E6 a 80E6 de km o q da uma media de 60E6 Km. Distribuindo esta faixa (60E6km)
de modo que dois planetas fiquem na extremidade e um no centro teremos uma
distancia de cerca de 30 milhoes de Km entre eles e nao 10milhoes !.
Com a distancia de 10milhoes km poderiamos colocar 7 (sete! ) planetas nesta faixa e

nao apenas 2.
Uma pegunta atitulo de comparacao qual a distancia entre os planetas
mercurio-venus-terra e marte?



> eles poderia causar uma influencia
> gravitacional de ateh 10% (cada um) da q. existe entre a terra e a lua; e
> ao contrario do sistema terra-lua, nao girariam em torno de um centro em
> comum (alem do sol). o q. eh pouco previsivel eh qdo as forcas envolvidas
> sao *bem* menores - qdo a influencia eh sensivel, embora nao se saiba
> exatamente o q. vai ocorrer pode-se apostar q. eh instavel. eu nao costumo
> sacar afirmacoes da minha propria manga, nao tenho competencia tecnica
> para tto (nem cara de pau pra mentir descaradamente). mas se quer
> referencia:
>
> lissauer, jj 1999 - how commom are habitable planets? nature 402: c11-4.
>
> mas isso nos atendo apenas aa questao gravitacional. como disse existem
> outros fatores q. diminuem a habitabilidade ao redor de uma estrela
> sensivelmente menor do q. o sol:
>
> *uma estrela nao tem sua atividade constante ao longo de sua vida em
> sequencia principal: nosso sol somente ha coisa de 2 bilhoes de anos
> alcancou sua atividade atual, antes disso nao deveria passar de 75% do
> potencia de hj, isso significa q. a faixa de habitabilidade primaria
> migrou... uma estrela menor, tendo uma faixa mais estreita, teria uma
> sobreposicao menor entre as faixas de habitabilidade primaria e secundaria
> - qto menor a estrela menor a sobreposicao.

Mesmo assim, ( desconsiderando 2bi anos do tempo de vida ) comparando o caso da
terra, sobraria bastante tempo para que a vida surgisse. ( O sol ainda tem + 5 bi
anos)


>
> *uma estrela sensivelmente menor do q. o sol produzirah luz
> primordialmente na faixa do infravermelho e sua luminosidade deve variar
> na ordem de decimos do total devido aas 'manchas solares'.

Sensivelmente quanto ? 0,001% da do sol? Estamos discutindo
estrelas na faixa de 0,5 da masssa solar.

>
> *as orbitas dentro da zona de habitabilidade nessas estrelas - em funcao
> da forte atracao gravitacional torna o periodo de rotacao sincronizado com
> o translacao (sincronizacao por mare's): isto eh, um lado vai ficar
> permanentemente exposto aa estrela e outro ao espaco: um lado serah
> torrido e esteril e outro gelido e esteril (a menos q. encontremos
> condicoes fortuitas - e portanto raras - q. garantam a habitabilidade
> nessas condicoes)
>

Calma, o tempo para esta sincronizacao pode ser talvez maior q o tempo de vida
da estrela, uma vez q o "efeito mare", devido aa estrela, ser sensivelmente menor
que o efeito provocado por um satelite.
Algum planeta do sistema solar tem sua rotacao sincronizada com sua translacao ?


>
> quer dizer, a minha observacao: 'as caracteristicas associadas ao tamanho
> - potencia vs duracao - diminuem sensivelmente a probabilidade a priori de
> haver outros planetas habitados em outras partes do universo, mas nao a
> preclui', parece-me valida. nao vejo muita razao pra vc implicar com ela.

O q eu estava discutindo originariamente eh sua afirmacao de que q apenas estrelas
na faixa de 0,9 a 1,1 da massa solar poçam ter possibilidades de vida.
E, como *ainda* nao me apresentaram argumentos cientificos convincentes,
acredito que estrelas na faixa de 0,5 massa do sol poçam apresentar
planetas habitaveis.

[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: gases extraterrestres
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/03/2000 17:40



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> uma correcao, acho q. acabei dando a entender q. o He presente no espaco
> era produto da atividade estelar: na verdade eh quase todo produto
> (segundo a teoria vigente) da propria origem do universo.
>
> mas o He presente nos planetas, este sim primariamente deve ter origem da
> atividade da estrela precursora do sol.

Soh para constar : era o ponto de vista q eu estava defendendo :
O helio ou ainda nao havia se dissipado todo para o espaco, e por isso
estavamos
vivendo uma "era" em que ainda existe resquicios dele ( da epoca da formacao
da terra ),
OU que este helio seria capturado do espaco pela terra.

[]s
jocax

>
>
> qto aa temperatura da atmosfera ela segue um regima um pouco mais
> complicado do q. simplesmente resfriar com a altitude:
>
> http://royal.okanagan.bc.ca/mpidwirn/atmosphereandclimate/atmslayers.html
>
> de todo modo o gradiente termico eh mais um fator para q. o
> hidrogenio e outros gases leves tendam a escapar para o espaco, existe o
> gradiente de concentracao tbm... ambos superam o gradiente gravitacional -
> e tbm qto mais distante do centro da terra menor a intensidade da atracao
> gravitacional exercida pelo planeta.
>
> roberto takata
>
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SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: gases extraterrestres
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/03/2000 17:55

> isso um excesso de simplificacao. E achei razoavel extender a forca de
> gravidade da terra ateh a metade do caminho do planeta mais proximo (

razoavel nao eh, jah q. a forca gravitacional da terra nao eh o suficiente
pra arrastar as particulas dispersas pelo espaco aa sua volta...

mas consideremos: venus estah a 0,7 u.a. do sol, marte a 1,5 u.a.

peguemos entao o tamanho de 0,5/2 u.a. como o raio efetivo da terra (um
absurdo tirado da manga, mas continuemos):

r<t>' = 37.500.000 km
r<o> = 150.000.000 km

A<t>' = PI*(37,5*10^6)^2 ~ 4,42*10^15 km2
P<o> ~ 942.477.796 km

V<v> ~ 4,16*10^24 km3

n ~ 1,87*10^31 particulas ~ 3,12*10^7 mols

massa da atmosfera:

3,05*10^19 kg

peso molecular medio:

28,97 g/mol

total de moleculas:

1,05*10^21 mols

concentracao de He: 5,24 ppm = 0,00000524

total de He: 1,05*10^21*0,00000524 = 5,51*10^15 mols...

fracao de He exogeno / He total = 0,000000006

isso porq. estamos aceitando por motivos de argumentacao a suposicao
absurda do campo gravitacional da terra atrair particulas a ateh 0,25 u.a.

e vc nao entendeu, joao, nao disse q. o He presente *atualmente* na terra
eh de origem estelar: o He atmosferico da terra atual eh de origem
endogena - por decaimento de elementos pesados... apenas nos planetas
gasosos deve ter sido retido o He original. por mais q. vc queira q. seja
do jeito q. vc quer, os dados nao corroboram o seu ponto de vista.

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: FRIO do espaco
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/03/2000 18:00


Assunto: [ciencialist] Re: FRIO do espaco


Léo,
a temperatura cai a medida que nos afastamos do nivel do mar pq quanto maior
a
altura menor a energia energia cinetica media das moleculas.
Pense no modelo : As moleculas da atmosfera adquirem energia ( velocidade )
ao
serem aquecidas indiretamente pelo sol : Ao tocarem na superficie da terra
por
exemplo.
A partir daih elas adquirem velocidade maxima ( maior temperatura ) e a
medida
q se deslocam para cima vao perdendo energia cinetica e esfriando.
Por isso o cume das montanhas altas eh tao gelado (e tanto + frio qto mais
nos
afastamos do nivel do mar).

[]s
jocax

Desculpe Jocax. Essa nem vou rebater. Tudo furado. Dê uma relembrada na
coisa. Quando vc concordar que a partir de 80km a temperatura aumenta sempre
ai voltamos. Na troposfera e parte da estratosfera há variações para cima e
para baixo, mas a partir de 60 e poucos km......... só aumenta e aumenta
sempre. No espaço não há zeros absolutos, só altíssimas temperaturas.
[]'s
Léo




SUBJECT: [ciencialist] estrelas: tamanho e habitabilidade
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/03/2000 20:00

>Pq eu ? Eu soh estranhei vc afirmar que "nao mais q 2 planetas" poderiam
>estar orbitando na faixa citada e *apenas gostaria de
>saber* se havia embasamento cientifico ou era simples chute. Veja :

qdo eu chuto, eu aviso. no caso foi uma *estimativa* (q. nem eh minha).
nao estava escrito: '*pra mim*, soh devem caber...', '*em minha
opiniao*...', '*chutando*...' - nao entrei em detalhes, jah q. os detalhes
em si eh um tto qto complicado, mas a ideia de q. nesse espaco nao cabem
tres planetas soh tendo muita mah vontade pra nao considerar razoavel sem
maiores demonstracoes...

>> tres planetas do tamanho da terra com orbitas distando nao mais de uns
>>10 milhoes de km me parece altamente improvavel
>> q. permanecam estavelmente em suas orbitas por longo termo...

>Note q vc esta diminuindo consideravelmente a faixa q estipulavamos de
>agua liquida. de 40E6 a 80E6 de km o q da uma
>media de 60E6 Km. Distribuindo esta faixa (60E6km) de modo que dois
>planetas fiquem na extremidade e um no centro
>teremos uma distancia de cerca de 30 milhoes de Km entre eles e nao
>10milhoes !. Com a distancia de 10milhoes km
>poderiamos colocar 7 (sete! ) planetas nesta faixa e nao apenas 2.
> Uma pegunta atitulo de comparacao qual a distancia entre os planetas
> mercurio-venus-terra e marte?

vc estah louco? a faixa de habitabilidade q. vai de 40 milhoes ateh 80
milhoes de km tem cerca de 40 milhoes de km... o q. dah uma distancia de
13,3 milhoes de km de orbita para tres planetas. 7 planetas em 10 milhoes
de km, isso sim eh tirar numeros das mangas: em q. vc baseia esse absurdo?
(planetas espremidos em pouco mais de 1,4 milhao km um do outro em orbita)

mas vamlah:

r<orbita mercurio> ~ 0,4 u.a.
r <orb. venus> ~ 0,7 u.a.
r <orb. terra> = 1 u.a. ~150.000.000 km
r <orb. marte> ~ 1,5 u.a.

>> *uma estrela nao tem sua atividade constante ao longo de sua vida em
>>sequencia principal: nosso sol somente ha coisa de 2
>> bilhoes de anos alcancou sua atividade atual, antes disso nao deveria

>Mesmo assim, ( desconsiderando 2bi anos do tempo de vida ) comparando o
>caso da terra, sobraria bastante tempo para que
>a vida surgisse. ( O sol ainda tem + 5 bi anos)

a questao era de qtos planetas cabiam num faixa de habitabilidade, por q.
muda de foco?

>> *uma estrela sensivelmente menor do q. o sol produzirah luz
>>primordialmente na faixa do infravermelho e sua luminosidade
>> deve variar na ordem de decimos do total devido aas 'manchas solares'.

>Sensivelmente quanto ? 0,001% da do sol? Estamos discutindo estrelas na
>faixa de 0,5 da masssa solar.

0,001% massa solar nao gera uma estrela - jupiter tem, por exemplo, um
milesimo (0,1%): 1,9*10^27 kg contra 1,99*10^30 kg. [pare de tirar numeros
aleatorios! vc quer ou nao ser levado com um certo grau de seriedade? a
massa critica para a formacao de uma estrela eh de cerca de 0,003 massa
solar] a questao eh q. numa estrela de menor porte a faixa de
habitabilidade primaria vai dancar - inicialmente se deslocando para mais
longe e depois indo e voltando por causa da variacao da intensidade devido
aas manchas, em sendo mais estreita a regiao de sobreposicao da faixa em
diferentes momentos serah ainda mais estreita, podendo nao garantir uma
continuidade de aporte estavel de energia para uma regiao: se eh q.
teremos um planeta por lah. (tipicamente a variacao da faixa serah o
equivalente aa metade da variacao da intensidade - em termos percentuais.)
claro q. eu sei q. estamos discutindo em torno de 0,5 massa solar. eu
seria estupido se considerasse como uma variacao sensivel apenas uma de
99,999%! se estou defendendo a posicao dos astrobiologos da faixa ser em
torno de 10%, obviamente o 'sensivel' se refere aa variacao na ordem dos
10%!

>Calma, o tempo para esta sincronizacao pode ser talvez maior q o tempo de
>vida da estrela, uma vez q o "efeito mare", devido
>aa estrela, ser sensivelmente menor que o efeito provocado por um
>satelite. Algum planeta do sistema solar tem sua rotacao
>sincronizada com sua translacao ?

a sincronizacao eh bastante rapida - nos termos considerados - depende da
distancia - qto mais perto da estrela ou do centro de massa mais rapido o
fenomeno - e das massas - qto maior, maior o efeito da mare.

mercurio tem um dia de cerca de 59 dias e ano de 88 dias terrestres. (e
uma massa de menos de 6% da terra).

venus tem um dia de -243 dias (eh retrogrado) e ano de 224 dias (massa de
80% da terra)

a lua tem um periodo de rotacao praticamente igual ao de translacao. uma
das luas de marte, deimos, tbm apresenta uma orbita quase sincronica aa
propria rotacao.

> O q eu estava discutindo originariamente eh sua afirmacao de que q
> apenas estrelas na faixa de 0,9 a 1,1 da massa solar
> poçam ter possibilidades de vida. E, como *ainda* nao me apresentaram
> argumentos cientificos convincentes, acredito que estrelas na faixa de
> 0,5 massa do sol poçam apresentar planetas habitaveis.

isso nao eh originalmente, isso foi secundariamente... e eu nao disse
q. *apenas* estrelas com 0,9 e 1,1 poderiam ter vida, eu disse q.
nessas condicoes as chances de encontrar vida nao seriam tao afetadas
pelo fator massa em relacao ao sol - estrelas fora dessa faixa
apresentarao uma probabilidade sensivelmente/drasticamente menor do q. um
valor referencial (q. ainda nao temos) [nao ia comentar mais essas coisas,
mas 'poçam' me doeu pacas...]

melhor vc ler:
http://www.seti.org/science/rare_earth.html
[uma defesa mais sensata da possibilidade de haver vida no universo.]

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] deitado, mas nem tanto
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: "Argumentos" <argumentos@listbot.com>, <filos-l@egroups.com>, <fishlips@onelist.com>, <poplist@opensite.com.br>, <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/03/2000 20:20

Tiro a roupa, coloco um pijama e deito na cama.
Começo a pensar sobre o que vou fazer no dia seguinte.
De repente, me dou conta que eu não estava efetivamente tocando a cama.
Isto é, até eu me dar conta da pressão do meu corpo sobre o colchão, eu não
estava consciente deste fato.
Poderia eu dizer que *efetivamente* estava sentindo meu corpo sobre o
colchão? Quando falo em sentir estou me referindo exclusivamente ao
sensorial? Não acredito. Não é assim o nosso jogo.
Pode parecer natural que eu diga: - Obviamente, é claro, eu estava sentindo
meu corpo sobre o colchão.
Mas *neste momento especial* isto não me parece nem um pouco claro. Faço o
seguinte experimento: pronuncio a palavra sentir, sem pensar em sentir nada.
Há algo de vazio, algum vácuo, entre eu *sentir* e pensar (ou estar
consciente, ou repetir a mim mesmo o que eu sinto). De modo que, parece
haver uma grande diferença epistemológica entre o sentir e declarar que se
está sentindo, no sentido de estar consciente do que eu estou sentindo
(odeio a palavra consciência, me parece confusa, mas é necessária para se
fazer entender). Ninguém pode me convencer de que eu pudesse saber que
estava sentindo meu corpo fazendo pressão sobre o colchão, sem eu *voltar a
atenção* para o meu corpo sobre o colchão. E de que forma ocorre este
estranho fenômeno que chamamos de *prestar atenção* nisso ou naquilo?
Me parece que este processo consiste em um estabelecimento de relações
lingüísticas e não sensoriais ou imagéticas a determinado fato. A partir do
momento em que eu declaro a mim mesmo, ou a um interlocutor inexistente no
momento (no caso não importa se a linguagem é privada ou não), que eu sinto
meu corpo sobre o colchão, o fato de eu sentir surge lampejante e totalmente
*natural* (pois o fato me é familiar).
Eu poderia chamar o momento em que eu não estava atento a sentir meu corpo
sobre o colchão de um momento irracional relativo a isto, analisado a
posteriori?

Rodrigo.








SUBJECT: [ciencialist] Re: Revista TRIP
FROM: "Daniel Sottomaior Pereira" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 28/03/2000 03:32

roberto mitsuo takata <rm-@ib.usp.br> wrote:
original article:http://www.egroups.com/group/ciencialist/?start=4391
> > - O "quack" de um pato não produz eco, e ninguém sabe porquê. [
Essa, em
> > especial, parece-me curiosa. Se isso for um fato verdadeiro, será
que o som
> > produzido é tal que a onda refletida e a incidente se anulam
mutuamente. E
> > onde vai parar o princípio da independência? ]
>
> podemos ir aa frente de uma caverna e verificar se pato faz eco ou
nao...
> (pra mim me parece estranha essa negacao acima, mas enfim...)


A Straight Dope Classic from Cecil's storehouse of human knowledge
http://www.straightdope.com/classics/a5_071.html


-----------------------------------------------------------------------
-------

Is it true a duck's quack won't echo?
22-May-1998


-----------------------------------------------------------------------
--------

Dear Cecil:

Recently I read the useless fact that the quack of a duck will not
echo. (1) Is this true? (I currently do not have access to either a
duck or a canyon, or I would find out myself.) (2) Why not? (Assuming
it is true.) (3) Are there other noises that will not echo? (4) Again,
why not? --G. J. Thelin, Fresno, California


Cecil replies:

Personally, I recognized this claim immediately for what it
was--quackery. Preliminary inquiries confirmed this. Sure, there's such
a thing as destructive interference, in which colliding waveforms
cancel each other out. But how this would cause 100 percent attenuation
of an echo 100 percent of the time in uncontrolled conditions was
beyond even me.

But never mind my opinion. What we need here is science. Knowing the
only way to settle the question for good was an experiment, I assigned
Jane to assemble the apparatus and conduct a test. Here is her report:

"I spoke with several friends about the duck's quack question, even
called the Michigan State University animal science department. No one
could confirm or deny the claim, and no one at MSU seemed eager to
stage a formal experiment, the wimps. I mentioned my dilemma to a
visiting friend, and he said his wife, Shareen, had an in with the
director of Mott Hashbarger Children's Farm and School in Flint. She
had, on occasion, borrowed farm animals for events, and she was willing
to get a duck and bring it down. After a quick phone call to the farm
director, who gave his blessing, she obtained a duck and put it in a
pet carrier.

"But where to find a good echo? I live in mid-Michigan, after all. I
called Glenn Brown, a sound engineer who has done work across the
country. As luck would have it, Glenn remembered one place where, as a
kid, he would go to produce great echoes. It's at the back of East
Lansing High School--a sort of courtyard between two classroom wings,
about 30 feet wide and 170 feet long. The hard surface of the buildings
and perhaps a low hill opposite are highly conducive to reflecting
sound.

"So, with friends, duck, and camera in tow, we drove to ELHS. In the
courtyard without the duck we easily produced some impressive echoes.
Next we got the bird and sat down in the middle of the courtyard. We
thought he would produce a big quack and the experiment would be over.
No such luck. He just wouldn't quack. Probably he was nervous. Who
wouldn't be? He was a sitting duck.

"The three of us certainly quacked, though, such that we thought we
might want to change the name of the experiment from 'does a duck's
quack echo' to 'how to make three humans quack like a duck.' We tried
to be inconspicuous, since school was in session and students could see
us. However, a duck and three quacking humans is not the sort of scene
that fades readily into the woodwork. The duck quacked in the cage,
which was useless for our purposes, but when we took him out he was
mute.

"Finally Shareen had an inspiration. She held the duck by his body so
that he could flap his wings, and ran up and down the length of the
courtyard hoping to replicate the experience of flying. So much for
being discreet. Incredibly enough, this wacky stratagem worked. The
duck loved it and quacked like crazy for a minute. Yes, the quacks
echoed. This was heard by the three of us and by an unidentified East
Lansing High School teacher who came out to make sure we weren't
engaging in duck torture. I was able to record the event but didn't get
a good sound recording of the echo itself. But I do have a dandy clip
of Shareen running up and down with the duck. I call it my 'duck tape.'

"I wanted to reward my friends somehow, and offered to buy them lunch.
They asked for roast duck. They're such comedians. They settled for
soup and quackers."

That Jane. What can I tell you? She quacks me up.

--CECIL ADAMS


Eu ia fazer alguns comentários engraçadinhos, mas acho que não vai mais
ser necessário. Valeu pelas gargalhadas.


Daniel
PS: uns vendem remédios homeopáticos e tratamentos com acupuntura,
outros jogam pôquer, e outros ainda fazem apostas sobre temas de
ciência. O que há em comum em todos esses casos? LLOL



SUBJECT: [ciencialist] Re: Revista TRIP
FROM: Jeca Dobaldson <tutor56@yahoo.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/03/2000 04:03


> - Os humanos e os golfinhos sco as znicas espicies
> que praticam o sexo por
> prazer.

ha uma espicie de macacos , ou coisa do tipo que
tambim o faz. ati agora eu pensava que seriam somente
os humanos e tais macacos...

> - O mzsculo mais potente do corpo i a lmngua.

nco era o que move a mandmbula [nco me recordo o nome]
ou os gjmeos?

john

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SUBJECT: [ciencialist] Re: FRIO do espaco
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/03/2000 08:43



Luiz Ferraz Netto wrote:

> Assunto: [ciencialist] Re: FRIO do espaco
>
>
> Desculpe Jocax. Essa nem vou rebater. Tudo furado. Dê uma relembrada na
> coisa. Quando vc concordar que a partir de 80km a temperatura aumenta sempre
> ai voltamos. Na troposfera e parte da estratosfera há variações para cima e
> para baixo, mas a partir de 60 e poucos km......... só aumenta e aumenta
> sempre. No espaço não há zeros absolutos, só altíssimas temperaturas.

Leo, Nao concordo com vc .
Segundo o grafico :
http://royal.okanagan.bc.ca/mpidwirn/atmosphereandclimate/atmslayers.html
A temperatura decai com a altitude ateh 10mil metros, depois devido a camada de
ozonio que aborve raios ultravioletas a temperatura aumenta de 20km a 50km.
Depois, entre 50 e 80km volta a cair com a altitude. E entre 90 e 100 km volta
a subir com a altitude pq as moleculas de oxigenio absorvem a radiacao solar.
No espaco onde o o gas eh muuuuito rarefeito, quase vacuo,
nao sei nem se tem sentido falar em temperatura que eh um conceito macroscopico
associado a energia cinetica media das moleculas.
[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re: FRIO do espaco
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/03/2000 09:26


Luiz Ferraz Netto wrote:

> Assunto: [ciencialist] Re: FRIO do espaco
>
>
> Desculpe Jocax. Essa nem vou rebater. Tudo furado. Dê uma relembrada na
> coisa. Quando vc concordar que a partir de 80km a temperatura aumenta
sempre
> ai voltamos. Na troposfera e parte da estratosfera há variações para cima
e
> para baixo, mas a partir de 60 e poucos km......... só aumenta e aumenta
> sempre. No espaço não há zeros absolutos, só altíssimas temperaturas.

>>Leo, Nao concordo com vc .
Segundo o grafico :
http://royal.okanagan.bc.ca/mpidwirn/atmosphereandclimate/atmslayers.html
A temperatura decai com a altitude ateh 10mil metros, depois devido a camada
de
ozonio que aborve raios ultravioletas a temperatura aumenta de 20km a 50km.
Depois, entre 50 e 80km volta a cair com a altitude. E entre 90 e 100 km
volta
a subir com a altitude pq as moleculas de oxigenio absorvem a radiacao
solar.
No espaco onde o o gas eh muuuuito rarefeito, quase vacuo,
nao sei nem se tem sentido falar em temperatura que eh um conceito
macroscopico
associado a energia cinetica media das moleculas.
[]s
jocax<<

Agora melhorou. A partir dos 60 e tantos km (há variações locais nesse dado)
a temperatura começa a aumentar e aumenta sempre, devido à radiação solar (e
a seguir, de outros 'sóis').
Temperatura é função de ponto. É conceito posto para a partícula, assim como
a energia cinética dela.
Lá, onde o gás é muito rarefeito continua valendo o conceito. Dada essa
extrema rarefação, à capacidade térmica da partícula individual e ao
fenômeno da radiação térmica dos corpos é que advém o conceito de 'frio do
espaço'. Espaço não é frio! É quentíssimo.

Nota1: A idéia macroscópica da temperatura, associada à energia cinética
média (nível de), é boa para o uso prático dos termômetros. O conceito é
para partícula ... medida da amplitude de vibração. A energia cinética de
cada partícula, obviamente, irá depender, tb, da massa.
Nota2: O Roberto, em alguma mensagem, concordou com vc que a temperatura ia
diminuindo conforme se 'sobe'. Lapso desculpável.

[]'s
Léo





SUBJECT: [ciencialist] Re: estrelas: tamanho e habitabilidade
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/03/2000 09:41

> >Pq eu ? Eu soh estranhei vc afirmar que "nao mais q 2 planetas" poderiam
> >estar orbitando na faixa citada e *apenas gostaria de
> >saber* se havia embasamento cientifico ou era simples chute. Veja :
>
> qdo eu chuto, eu aviso. no caso foi uma *estimativa* (q. nem eh minha).
> nao estava escrito: '*pra mim*, soh devem caber...', '*em minha
> opiniao*...', '*chutando*...' - nao entrei em detalhes, jah q. os detalhes
> em si eh um tto qto complicado, mas a ideia de q. nesse espaco nao cabem
> tres planetas soh tendo muita mah vontade pra nao considerar razoavel sem
> maiores demonstracoes...

Acho q isso eh opiniao pessoal sua. Veja o caso do sistema solar :
Distancia de mercurio : 0,4 UA
Distancia de venus : 0,7 UA
Distancia da terra : 1,00 UA ( 1 UA = 150E6 km )

Assim temos que com ( 1-0,4)= 0,6UA = 90 milhoes de Km temos 3 planetas.
Ou seja assim ,como exemplo, a distancia dos planetas no sistema solar
esta na mesma ordem de grandeza das distancias q estavamos discutindo.
E por isso *nao eh nenhuma ma vontade* nao considerar razoavel
supor que em 60milhoes de km nao possa haver 3 planetas.

>
>
> >> tres planetas do tamanho da terra com orbitas distando nao mais de uns
> >>10 milhoes de km me parece altamente improvavel
> >> q. permanecam estavelmente em suas orbitas por longo termo...
>
> >Note q vc esta diminuindo consideravelmente a faixa q estipulavamos de
> >agua liquida. de 40E6 a 80E6 de km o q da uma
> >media de 60E6 Km. Distribuindo esta faixa (60E6km) de modo que dois
> >planetas fiquem na extremidade e um no centro
> >teremos uma distancia de cerca de 30 milhoes de Km entre eles e nao
> >10milhoes !. Com a distancia de 10milhoes km
> >poderiamos colocar 7 (sete! ) planetas nesta faixa e nao apenas 2.
> > Uma pegunta atitulo de comparacao qual a distancia entre os planetas
> > mercurio-venus-terra e marte?
>
> vc estah louco?

Eu louco? vc nao lembra mais da origem da faixa de agua liquida ?
Vou colocar aqui de novo :
Sabendo a temperatura efetiva da Terra (260 K, na ausência de atmosfera),
podemos estimar a temperatura efetiva dos
outros planetas simplesmente dividindo 260 pela raiz quadrada de sua distância
ao
Sol em unidades astronômicas.

no caso da terra : T = k1 / raiz( d ) ==> t^2 = k2/d ==> d = k/t^2

Pergunta qual a variacao percentual da distancia do planeta ao sol para que
a temperatura varie no maximo 100 graus ?
( Isso nos daria a faixa maxima da orbita do planeta similar ao sol e a terra
)
Para facilitar vou supor que 200K correspondam a zero graus C.
d1=k/40000
e 300 aa ebulicao da agua :
d2 = k/90000

para o caso da terra 1UA = k/260^2 ==> k = 67mil
assim d1-d2 = FAIXA DE AGUA LIQUIDA = >

d2-d1 = 1,69UA - 0,75UA = 0,9UA =

= 140 milhoes de Km.

Ou seja se nao errei os calculos a faixa eh BEM MAIOR do que os 30 milhoes
de Km. Onde caberiam tranquilamente tres planetas.


> a faixa de habitabilidade q. vai de 40 milhoes ateh 80
> milhoes de km tem cerca de 40 milhoes de km... o q. dah uma distancia de
> 13,3 milhoes de km de orbita para tres planetas. 7 planetas em 10 milhoes
> de km, isso sim eh tirar numeros das mangas: em q. vc baseia esse absurdo?
> (planetas espremidos em pouco mais de 1,4 milhao km um do outro em orbita)
>
> mas vamlah:
>
> r<orbita mercurio> ~ 0,4 u.a.
> r <orb. venus> ~ 0,7 u.a.
> r <orb. terra> = 1 u.a. ~150.000.000 km
> r <orb. marte> ~ 1,5 u.a.
>
> >> *uma estrela nao tem sua atividade constante ao longo de sua vida em
> >>sequencia principal: nosso sol somente ha coisa de 2
> >> bilhoes de anos alcancou sua atividade atual, antes disso nao deveria
>
> >Mesmo assim, ( desconsiderando 2bi anos do tempo de vida ) comparando o
> >caso da terra, sobraria bastante tempo para que
> >a vida surgisse. ( O sol ainda tem + 5 bi anos)
>
> a questao era de qtos planetas cabiam num faixa de habitabilidade, por q.
> muda de foco?

Eu mudei o foco pq vc mudou o foco tambem.

>
>
> >> *uma estrela sensivelmente menor do q. o sol produzirah luz
> >>primordialmente na faixa do infravermelho e sua luminosidade
> >> deve variar na ordem de decimos do total devido aas 'manchas solares'.
>
> >Sensivelmente quanto ? 0,001% da do sol? Estamos discutindo estrelas na
> >faixa de 0,5 da masssa solar.
>
> 0,001% massa solar nao gera uma estrela - jupiter tem, por exemplo, um
> milesimo (0,1%): 1,9*10^27 kg contra 1,99*10^30 kg. [pare de tirar numeros
> aleatorios! vc quer ou nao ser levado com um certo grau de seriedade?

Eu estou tentando fazer c q vc de + precisao q do vc diz "sensivelmente" .



> a
> massa critica para a formacao de uma estrela eh de cerca de 0,003 massa
> solar] a questao eh q. numa estrela de menor porte a faixa de
> habitabilidade primaria vai dancar - inicialmente se deslocando para mais
> longe e depois indo e voltando por causa da variacao da intensidade devido
> aas manchas, em sendo mais estreita a regiao de sobreposicao da faixa em
> diferentes momentos serah ainda mais estreita, podendo nao garantir uma
> continuidade de aporte estavel de energia para uma regiao: se eh q.
> teremos um planeta por lah. (tipicamente a variacao da faixa serah o
> equivalente aa metade da variacao da intensidade - em termos percentuais.)
> claro q. eu sei q. estamos discutindo em torno de 0,5 massa solar. eu
> seria estupido se considerasse como uma variacao sensivel apenas uma de
> 99,999%! se estou defendendo a posicao dos astrobiologos da faixa ser em
> torno de 10%, obviamente o 'sensivel' se refere aa variacao na ordem dos
> 10%!
>
> >Calma, o tempo para esta sincronizacao pode ser talvez maior q o tempo de
> >vida da estrela, uma vez q o "efeito mare", devido
> >aa estrela, ser sensivelmente menor que o efeito provocado por um
> >satelite. Algum planeta do sistema solar tem sua rotacao
> >sincronizada com sua translacao ?
>
> a sincronizacao eh bastante rapida - nos termos considerados - depende da
> distancia - qto mais perto da estrela ou do centro de massa mais rapido o
> fenomeno - e das massas - qto maior, maior o efeito da mare.
>

O efeito mare vai depender mais da quantidade de substancia liquida no
planeta (agua )
e tambem do tamanho do planeta.

>
> mercurio tem um dia de cerca de 59 dias e ano de 88 dias terrestres. (e
> uma massa de menos de 6% da terra).

> venus tem um dia de -243 dias (eh retrogrado) e ano de 224 dias (massa de
> 80% da terra)
>

Ou seja nenhum planeta do sistema solar entrou em sincronia com seu movimento
de translacao.


>
> a lua tem um periodo de rotacao praticamente igual ao de translacao. uma
> das luas de marte, deimos, tbm apresenta uma orbita quase sincronica aa
> propria rotacao.
>

O efeito mare se da principalmente devido aos satelites e nao devido ao sol.
A lua e os planetas corroboram essa tese.

>
> > O q eu estava discutindo originariamente eh sua afirmacao de que q
> > apenas estrelas na faixa de 0,9 a 1,1 da massa solar
> > poçam ter possibilidades de vida. E, como *ainda* nao me apresentaram
> > argumentos cientificos convincentes, acredito que estrelas na faixa de
> > 0,5 massa do sol poçam apresentar planetas habitaveis.
>
> isso nao eh originalmente, isso foi secundariamente... e eu nao disse
> q. *apenas* estrelas com 0,9 e 1,1 poderiam ter vida, eu disse q.
> nessas condicoes as chances de encontrar vida nao seriam tao afetadas
> pelo fator massa em relacao ao sol - estrelas fora dessa faixa
> apresentarao uma probabilidade sensivelmente/drasticamente menor do q. um
> valor referencial (q. ainda nao temos)

Exatamente aih esta o ponto PQ as estrelas fora dessa faixa , p/ ex 0,5 Sol
apresentariam uma prob. drasticamente menor que um valor referencial ???



> [nao ia comentar mais essas coisas,
> mas 'poçam' me doeu pacas...]

tadinho.

>
>
> melhor vc ler:
> http://www.seti.org/science/rare_earth.html
> [uma defesa mais sensata da possibilidade de haver vida no universo.]
>

Parece interessante o site.
Assim q tiver + tempo tentarei le-lo.

[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: gases extraterrestres
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/03/2000 09:50

> isso porq. estamos aceitando por motivos de argumentacao a suposicao
> absurda do campo gravitacional da terra atrair particulas a ateh 0,25 u.a.

Pq absurda ? O campo gravitacional cai com o quadrado da distancia ateh
o "infinito" . O campo nao eh limitado a uma diatancia determinada como vc
parece acreditar.


>
>
> e vc nao entendeu, joao, nao disse q. o He presente *atualmente* na terra
> eh de origem estelar: o He atmosferico da terra atual eh de origem
> endogena - por decaimento de elementos pesados... apenas nos planetas
> gasosos deve ter sido retido o He original. por mais q. vc queira q. seja
> do jeito q. vc quer, os dados nao corroboram o seu ponto de vista.
>

Calma, eu ainda disse q a outra fonte poderia ser o He residual.
Agora mostra q o He atual eh explicado por decaimento radioativo.
Ou seja qual a quantidade de material fissil, na superficie da terra,
que produz He em sua fissao produziriam 5,51*10^15 mols ?


[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: RES: gases extraterrestres
FROM: LRB@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/03/2000 10:17

> Em midia, a cada segundo, a terra e atingida por 100 raios. Cada raios
> produz ao redor de mil trilhues de trilhues de moliculas de disxido de
> nitrogjnio (pouco mais de 50 kg de material). Por segundo, os raios permitem
> a formagco de 5,5 toneladas-massa desse material. Os rabos fornecem 50% do
> sxido de nitrogjnio consumido pelas diversas formas de vida na Terra.
> Espero que as observagues e os calculos dos cientistas do Instituto de Minas
> e Tecnologia do Novo Mixico estejam de acordo :)
> []'s
> Lio

Perai... nao sou bom em interpretar essa tal de mil trilhoes de
trilhoes, mas nao me parece o suficiente para gerar 50 (!) kg de dioxido
de nitrogenio...
Tipo.. em um mol temos 602000000000000000000000 moleculas, agora resta
dar um nome para esse numero e ver se fecha a conta.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - com preguica de raciocinar. :)





SUBJECT: [ciencialist] Re: Revista TRIP
FROM: LRB@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/03/2000 10:28


> - A urina do gato brilha com luz ultravioleta.

Lendo esta lembrei que algumas aves de rapina tem visao em uma faixa do
ultravioleta, o que possibilita a visualizacao da urina de alguns
roedores.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna



SUBJECT: [ciencialist] Pagina da lista (administrativa)
FROM: LRB@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/03/2000 10:39


Alguem na lista perguntou sobre a existencia de uma pagina dedicada a
lista. Lamento informar mas nao existe nada concetro ainda, este eh um
recurso que demanda muito tempo para ser implementado. Varias vezes
prometi por em pratica a pagina "oficial" da lista, mas o que eu consegui
ateh agora foi um ensaio... que estah disponivel no endereco
http://ciencia.virtualave.net . Observo que esta pagina no Virtualave nao
representa a opiniao dos integrantes da lista.

Sei que os antigos integrantes da lista jah devem estar cansados com esse
assunto, mas ... :)

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.




SUBJECT: [ciencialist] Re: estrelas: tamanho e habitabilidade
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/03/2000 10:45


>>>O efeito mare se da principalmente devido aos satelites e nao devido ao
sol.
A lua e os planetas corroboram essa tese.<<<

O efeito de maré sobre Mercúrio é devido ao Sol e, graças a isso sua rotação
já, praticamente, cessou. Mais um tempinho e a rotação e a translação
ficarão perfeitamente síncronos.

[]'s
Léo





SUBJECT: [ciencialist] Re: Revista TRIP
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andreba@smacesso.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/03/2000 14:18


> - Os humanos e os golfinhos são as únicas espécies que praticam o sexo por
> prazer.

>chimpanzes-pigmeus (bonobos) tbm...


E os outros animais fazem sexo porque? Por obrigação? Ou porque eles "sabem"
que tem que fazer sexo e querem ter filhos apenas?

Acho que a afirmação correta seria "Humanos e golfinhos, (e bonobos,
conforme dito) são as únicas espécies que praticam sexo fora do período
reprodutivo, mas também não sei é verdadeira essa afirmação. Os babuínos
dominantes permitiriam que os machos "inferiores" praticassem o ato fora do
periódo fértil, mas guardariam para si as fêmeas no cio, conforme li.

Agora, certamente a espécie humana é a única que eventualmente pratica sexo
por dinheiro, por obrigação, por sadismo, por exibicionismo, para ganhar o
marido, para prender o marido, para se vingar do marido ...

;-)

[]´s


André RDB





SUBJECT: [ciencialist] Re: FRIO do espaco
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/03/2000 14:48

> Nota2: O Roberto, em alguma mensagem, concordou com vc que a temperatura ia
> diminuindo conforme se 'sobe'. Lapso desculpável.

a energia (correspondente aa termica) associada eh menor - eh bem possivel
q. eu atropele a fisica ao falar em temperatura: mas eh mais ou menos no
mesmo sentido em q. fisicos falam em a temperatura ou melhor dizendo a
'temperatura' do universo eh de cerca de 3 decimos de kelvin (ou algo
assim - estou sem o valor real)...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: FRIO do espaco
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/03/2000 14:58

Leo,
Só para saber : a temperatura media no espaco eh altissima ou eh da ordem de
de menos de 4 graus Kelvin ? ( geladissimo )
[]s
jocax

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> > Nota2: O Roberto, em alguma mensagem, concordou com vc que a temperatura ia
> > diminuindo conforme se 'sobe'. Lapso desculpável.
>
> a energia (correspondente aa termica) associada eh menor - eh bem possivel
> q. eu atropele a fisica ao falar em temperatura: mas eh mais ou menos no
> mesmo sentido em q. fisicos falam em a temperatura ou melhor dizendo a
> 'temperatura' do universo eh de cerca de 3 decimos de kelvin (ou algo
> assim - estou sem o valor real)...
>
> []s,
>
> roberto takata
>
> ------------------------------------------------------------------------
> Use os recursos da Ciencialist em http://www.egroups.com/list/ciencialist/
>
> --- ... ---
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> ciencialist-unsubscribe@egroups.com (sair da lista)
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> You have a voice mail message waiting for you at iHello.com:
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> http://www.egroups.com - Simplifying group communications



SUBJECT: [ciencialist] Re: estrelas: tamanho e habitabilidade
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/03/2000 15:15

> >>>O efeito mare se da principalmente devido aos satelites e nao devido ao
> sol.
> A lua e os planetas corroboram essa tese.<<<
>
> O efeito de maré sobre Mercúrio é devido ao Sol e, graças a isso sua rotação
> já, praticamente, cessou. Mais um tempinho e a rotação e a translação
> ficarão perfeitamente síncronos.
>

Eh, talvez mais um tempinho de 5 bilhoes de anos e Mercurio pare :-)
Para avaliarmos o efeito mare-solar sobre mercurio precisariamos da
sua velocidade inicial de rotacao coisa q nao temos, pois o planeta poderia
entrar em orbita da estrela, em principio, com a rotacao sincronizada com sua
translacao.
Alem do + temos + 8 planetas, incluindo a terra, que ainda tem movimento
de rotacao.
Como nao temos uma formula que de com precisao a variacao
da rotacao de um planeta com a quantidade de agua , raio, massa e distancia da
estrela
nao podemos precisar o fenomeno + do que simples chutes.

[]s
jocax




SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: gases extraterrestres
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/03/2000 15:49



Jairo Vieira wrote:

> Caro Joao.
> Aqui esta a formula do volume do toroide.
>
> (1/4)*pi^2*(a+b)*(a-b)^2 , onde a eh o raio menor do toroide e b eh o raio maior.
> Ateh.
>

Ok, vamos ver se faco as contas direitinho: )

Distancia Sol - Venus = 0,7ua ( ua = 150E6Km )
Distancia Sol-Terra = 1 ua
Raio menor = 0,85 ua
Raio maior = 1,15 UA
Volume = 0,44 UA^3 = 1,5E24Km3
Idade da terra = 4E9 anos

Numero de particulas = 6E33 => 1E10 moles
Bom agora precisariamos da estimativa de particulas de He que deixam
a atmosfera por ano e a quantidade inicial de He na formacao da terra para termos
uma estimativa do helio na Terra hoje.
[]s
jocax


>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > Jairo,
> > eu estava pensando num numero aproximado , talvez saber a ordem de grandeza
> > para isso acho q nao haveria necessidade de se levar em conta tantos detalhes.
> >
> > No comeco ateh sugeri desprezar a gravidade terrestre mas, posteriormente,
> > achei
> > isso um excesso de simplificacao. E achei razoavel extender a forca de
> > gravidade da
> > terra ateh a metade do caminho do planeta mais proximo ( Marte ).
> > Assim, as particulas que estivessem neste cinturao gravitacional seriam
> > capturadas
> > pela terra e poderiamos ter uma ideia da taxa de particulas ( He+H) que
> > entrariam
> > no planeta. Isso *poderia* nos dar pistas da origem do gas He na atmosfera
> > terrestre.
> > []s
> > jocax
> >
> > Jairo Santos Vieira wrote:
> >
> > > Jocax, este calculo pode se complicar mais, se vc., levar em conta que a
> > > Terra, sofre uma oscilacao em sua orbita em torno de seu centro de massa,
> > > pois o sistema a ser considerado eh o sistema Terra-Lua. Na realidade o
> > > movimento da Terra eh de uma cicloide, dai o problema do calculo.
> > >
> > > ------------------------------------------------------------------------
> > > Use os recursos da Ciencialist em http://www.egroups.com/list/ciencialist/
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> > >
> > > ------------------------------------------------------------------------
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SUBJECT: [ciencialist] Re: deitado, mas nem tanto
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/03/2000 15:51

> Tiro a roupa, coloco um pijama e deito na cama.
> Começo a pensar sobre o que vou fazer no dia seguinte.
> De repente, me dou conta que eu não estava efetivamente tocando a cama.
> Isto é, até eu me dar conta da pressão do meu corpo sobre o colchão, eu não
> estava consciente deste fato.
> Poderia eu dizer que *efetivamente* estava sentindo meu corpo sobre o
> colchão?

Nao ! Era sobre o pijama !! :)

[]s
jocax




SUBJECT: [ciencialist] Ajude na Busca Por E.T.s
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/03/2000 16:00

Quem quiser colaborar com o SETI na analise de dados da busca por vidas
inteligentes fora da terra basta carregar o programa que funciona como
um screen-saver
e faz a busca por dados de ETS qdo seu computador nao esta ativo.
A pagina eh :

http://setiathome.ssl.berkeley.edu/

SETI@home is a scientific experiment that uses Internet-connected
computers in the Search for
Extraterrestrial Intelligence (SETI). You can participate by
running a free program that
downloads and analyzes radio telescope data.

[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re: FRIO do espaco
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/03/2000 16:01


>>Leo,
Só para saber : a temperatura media no espaco eh altissima ou eh da ordem de
de menos de 4 graus Kelvin ? ( geladissimo )
[]s
jocax<<

Para essa média no espaço, não sei, precisaria consultar um de meus dois
livros que tenho aqui em frente na prateleira, mas com relação às camadas
acima da superfície da Terra, alvo da questão, posso adiantar que já na
ionosfera (200 - 250km) a temperatura supera a do chumbo derretido. Lá pela
magnetosfera lembro de valores como 2000K (esse último preciso confirmar).

[]'s
Léo





SUBJECT: [ciencialist] Re: tempo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/03/2000 16:29

Eu estou de acordo com o Douglas q *nao* se pode viajar no tempo MAS
para ser imparcial achei isto :

Michael James Duff (1949-), da Texas A&M University, Chris M. Hull e Paul K.
Townsend, ambos da Universidade de
Cambridge, calculam que a teoria precisa de 11 dimensões, e não somente 10. Se uma
das dimensões enroladas é de fato uma
outra dimensão temporal, e não somente espacial, uma viagem no tempo pode ser
possível.

Da pagina :

http://pcastro7.if.ufrgs.br/univ/string/string.htm




Eliane Evanovich Gallagher wrote:

> On Sat, 25 Mar 2000, Alberto Mesquita Filho wrote:
>
> > -----Mensagem Original-----
> > De: "Eduardo Vieira"
> > Para: <ciencialist@egroups.com>
> > Enviada em: Sexta-feira, 26 de Março de 1999 02:16
> > Assunto: [ciencialist] Re: tempo
> >
> >
> > > Esse negócio de 'tempo não existe' é muito newtoniano pra mim.
> Biologicamente falando creio que o tempo existe sim!! E' verdade
> que nem sempre os processos organicos obedecem o calendario que usamos,
> mas nao existir ja' e' demais!! Nao penso que somente a gravidade atue no
> "envenhecimento", pois, existe varios processos bioquimicos que so'
> ocorrem em certas condicoes ambientais (ausencia ou presenca de luz por



SUBJECT: [ciencialist] RES: Ajude na Busca Por E.T.s
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/03/2000 16:30

esse esquema aí acabou com o processador de um amigo meu... :/
superaqueceu e puff...


PhiloX


-----Mensagem original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@spider.uspnet.usp.br]
Enviada em: Terça-feira, 28 de Março de 2000 16:01
Para: ciencialist
Assunto: [ciencialist] Ajude na Busca Por E.T.s


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SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: Ajude na Busca Por E.T.s
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/03/2000 16:33



"Rodrigo F. Viecilli" wrote:

> esse esquema aí acabou com o processador de um amigo meu... :/
> superaqueceu e puff...
>

Isso deve ser pq ele deve ter colocado o Pc num forno de microondas para a
judar na
transmissao, at home, via ondas curtas ! :)
[]s
jocax




SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: Revista TRIP
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/03/2000 16:34

Bem, que eu saiba o que vale é que as fêmeas humanas são as únicas capazes
de ter orgasmo. Mas isso eu vi num documentário, não sei se é 100% verdade.
Um biólogo deve saber sobre isso.

PhiloX

-----Mensagem original-----
De: André Roviralta Dias Baptista [mailto:andreba@smacesso.com]
Enviada em: Terça-feira, 28 de Março de 2000 14:19
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] Re: Revista TRIP



> - Os humanos e os golfinhos são as únicas espécies que praticam o sexo por
> prazer.

>chimpanzes-pigmeus (bonobos) tbm...


E os outros animais fazem sexo porque? Por obrigação? Ou porque eles "sabem"
que tem que fazer sexo e querem ter filhos apenas?

Acho que a afirmação correta seria "Humanos e golfinhos, (e bonobos,
conforme dito) são as únicas espécies que praticam sexo fora do período
reprodutivo, mas também não sei é verdadeira essa afirmação. Os babuínos
dominantes permitiriam que os machos "inferiores" praticassem o ato fora do
periódo fértil, mas guardariam para si as fêmeas no cio, conforme li.

Agora, certamente a espécie humana é a única que eventualmente pratica sexo
por dinheiro, por obrigação, por sadismo, por exibicionismo, para ganhar o
marido, para prender o marido, para se vingar do marido ...

;-)

[]´s


André RDB




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SUBJECT: [ciencialist] Re: Ajude na Busca Por E.T.s
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/03/2000 17:10

alguém pode me informar como esse programa (tipo screen-saver) funciona à
busca de ETs? Será que enquanto o PC está inativo ele entra na www e procura
vozes do além, ou procura sinais codificados na rede, ou o que? Ou ele
procura ET no meu micro? Que raio de sensor ele usa? Como esse sensor pode
diferenciar vida de vida inteligente?

[]'s
Léo

-----Mensagem Original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
Para: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 28 de março de 2000 16:00
Assunto: [ciencialist] Ajude na Busca Por E.T.s


> Quem quiser colaborar com o SETI na analise de dados da busca por vidas
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SUBJECT: [ciencialist] Re: Ajude na Busca Por E.T.s
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/03/2000 17:16



Luiz Ferraz Netto wrote:

> alguém pode me informar como esse programa (tipo screen-saver) funciona à
> busca de ETs? Será que enquanto o PC está inativo ele entra na www e procura
> vozes do além, ou procura sinais codificados na rede, ou o que? Ou ele
> procura ET no meu micro? Que raio de sensor ele usa? Como esse sensor pode
> diferenciar vida de vida inteligente?
>
>

Pelo q EU sei funciona assim :
Qdo seu computer esta ocioso ele pega via internet uma parte de dados dos
satelites
do SETI. E começa a analisa-los. Depois imagino q se o programa achar algo
peculiar
manda de volta para o SETI o resultado da analise.
EXEMPLO : Se ele encontra uma sequencia de numeros primos ( conforme o filme
CONTACTO ) eh sinal de vida inteligente.
Mas imagino q na pagina deve haver uma explicacao + detalhada.
[]s
jocax




SUBJECT: [ciencialist] Re: tempo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com, ifusp-ex-alunos <ifusp-ex-alunos@egroups.com>
DATE: 28/03/2000 17:42

Eh Douglas acho q ou estamos "ferrados" :-(
ou a teoria "vigente" esta errada !.

Eu acredito q a teoria esta errada em algum ponto pois, a Teoria da Relatividade
nao eh compativel com a Mecanica Quantica. Por isso novas teorias,
como a da super-cordas, estao sendo desenvolvidas.


Veja o q achei sobre "Viagem no Tempo" em

http://pcastro7.if.ufrgs.br/univ/index.htm#TUG

Viagem no Tempo

Na teoria da relatividade geral de Einstein, o tempo se acelera e desacerela quando
passa por corpos massivos,
como estrelas e galáxias. Um segundo na Terra não é um segundo em Marte. Relógios
espalhados pelo Universo se
movem com velocidades diferentes.

Em 1935, Einstein e Nathan Rosen (1909-1995) deduziram que as soluções das equações da
relatividade geral
permitiam a existência de pontes, originalmente chamadas de pontes de Einstein-Rosen,
mas agora chamadas de
redemoinhos . Estas pontes unem regiões do espaço-tempo distantes. Viajando pela
ponte, pode-se mover mais
rápido do que a luz viajando pelo espaço-tempo normal.


Antes da morte de Einstein, o matemático Kurt Gödel (1906-1978), trabalhando na
Universidade de Princeton,
como Einstein, encontrou uma solução para as equações da relatividade geral que
permitem a viagem no tempo. Esta
solução mostrava que o tempo poderia ser distorcido por rotação do Universo, gerando
redemoinhos que permitiam
que alguém, movendo-se na direção da rotação, chega-se ao mesmo ponto no espaço, mas
atrás no tempo. Einstein
concluiu que como o Universo não está em rotação, a solução de Gödel não se aplicava.

Em 1963, o matemático Roy Patrick Kerr (1934-), da Nova Zelândia, encontrou uma
solução das equações de
Einstein para um buraco negro em rotação. Nesta solução, o buraco negro não colapsa
para um ponto, ou
singularidade, como previsto pelas equações para um buraco negro não rotante, mas sim
em um anel de nêutrons em
rotação. Neste anel, a força centrífuga previne o colapso gravitacional. Este anel é
um wormhole que conecta não
somente regiões do espaço, mas também regiões do tempo, e poderia ser usado como
máquina do tempo. A maior
dificuldade á a energia: uma máquina do tempo necessita de uma quantidade fabulosa de
energia. Seria preciso
usar-se a energia nuclear de uma estrela, ou antimatéria. O segundo problema é de
estabilidade. Um buraco negro
em rotação pode ser instável, se acreta massa. Efeitos quânticos também podem
acumular-se e destruir o
redemoinho. Portanto, embora possível, uma viagem no tempo não é praticável.


[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Mais um
FROM: Roberto Belisario Diniz - pos <rbdiniz@ifi.unicamp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/03/2000 18:11




Ola', pessoal.

Acabo de entrar nesta lista.

Podem me chamar de Belisario (ja' vi que tem mais um
Roberto por ai'). Sou fisico (area de Fisica Atomica e
Molecular) e estou entrando na area
de jornalismo cientifico, no Ofjor, que faz parte do
Observatorio da Imprensa e do Laboratorio de Estudos
Avancados de Jornalismo da Unicamp.

Ate' a proxima,
Belisario



SUBJECT: [ciencialist] Re: deitado, mas nem tanto
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/03/2000 19:04


> Tiro a roupa, coloco um pijama e deito na cama.
> Começo a pensar sobre o que vou fazer no dia seguinte.
> De repente, me dou conta que eu não estava efetivamente tocando a
cama.
> Isto é, até eu me dar conta da pressão do meu corpo sobre o colchão, eu
não
> estava consciente deste fato.
> Poderia eu dizer que *efetivamente* estava sentindo meu corpo
sobre o
> colchão?

>>>>>Nao ! Era sobre o pijama !! :)

[]s
jocax<<<<

"efetivamente" não há contato algum ...... são forças eletromagnéticas de
campo. Se houvesse efetivamente contato haveria entrelaçamento orbitais e o
pijama passaria a fazer parte da epiderme ::))
[]'s
Léo




SUBJECT: [ciencialist] Re: estrelas: tamanho e habitabilidade
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/03/2000 20:02

> Assim temos que com ( 1-0,4)= 0,6UA = 90 milhoes de Km temos 3 planetas.
> Ou seja assim ,como exemplo, a distancia dos planetas no sistema solar
> esta na mesma ordem de grandeza das distancias q estavamos discutindo.
> E por isso *nao eh nenhuma ma vontade* nao considerar razoavel
> supor que em 60milhoes de km nao possa haver 3 planetas.

ah, claro! e com isso concluimos q. em 10 milhoes de km cabem 10 terras...
deviamos entao parar de ampliar as cidades e, em vez disso, *diminuir* o
espaco urbano porq. assim cabe *mais* gente dentro das cidades.
cartesianissimo! (inducao improcendente aliada aa arredondamentos
improprios - tecnica embromatologica relativamente primaria, mas q.
costuma funcionar para audiencias leigas ou jah cansadas: frequentemente
utilizado pelos 'estatisticos' do paranormal. aas vezes tem um efeito
comico muito interessante: jah postei em outra ocasiao como se 'prova' q.
qq reclamacao de excesso de trabalho nao eh legitima.)

[vc deu uma conferida nos tamanhos dos planetas? terra+venus+mercurio ~
1,8 terra...]

> Eu louco? vc nao lembra mais da origem da faixa de agua liquida ?
[...]
> para o caso da terra 1UA = k/260^2 ==> k = 67mil
> assim d1-d2 = FAIXA DE AGUA LIQUIDA = >
>
> d2-d1 = 1,69UA - 0,75UA = 0,9UA =
>
> = 140 milhoes de Km.
>
> Ou seja se nao errei os calculos a faixa eh BEM MAIOR do que os 30 milhoes
> de Km. Onde caberiam tranquilamente tres planetas.

bullshit... nao se pode usar o caso da terra, ou melhor, do nosso sol, vc
estava estipulando para uma estrela de 0,5 m.s. q. produz oito vezes menos
energia, o q. obrigaria a uma orbita tres vezes menor... na faixa de
habitabilidade do sol temos tres planetas: venus, terra e marte. numa
estrela menor nao caberiam esses tres planetas em sua faixa de
habitabilidade, tto menos 7 em equilibrio... bullshit. (essa eh uma
tecnica embromatologica muito corriqueira: a mudanca sorrateira de padroes
referenciais, a falacia do deslocamento de significado das palavras -
outra q. jah postei aqui - pode ser considerada uma subcategoria disso.)

[soh pra efeito de calculo: em sendo a emissao de uma estrela 0,5 m.s.
oito vezes menor do q. a de nosso sol:

d = (1/8)^0,5 ~ 0,35 u.a.

a temperatura do planeta nessa faixa serah entao de cerca de 260K (-13oC
- soh q. isso se torna igual a 10oC pelo efeito estufa), a faixa
(compensando o efeito estufa) serah a de uma temperatura entre 250K e
350K.

dmin = (260/250)^0,5 ~ 1,02*0,35 = 0,357 u.a.
dmax = (260/350)^0,5 ~ 0,86*0,35 = 0,301 u.a.

dmax - dmin ~ 0,06 u.a ~ 9.000.000 km <<<<< 140.000.000 km]

> > a questao era de qtos planetas cabiam num faixa de habitabilidade, por q.
> > muda de foco?
>
> Eu mudei o foco pq vc mudou o foco tambem.

tsc, tsc... nao tem argumentacao racional, entao parte pra esses
desvios... tsc, tsc... (jogos de palavras ad hominem, se bem realizado
pode causar um efeito bastante interessante embromatologicamente: como
naquela piada sobre marcas comerciais de camisinhas e de bebidas).

> > milesimo (0,1%): 1,9*10^27 kg contra 1,99*10^30 kg. [pare de tirar numeros
> > aleatorios! vc quer ou nao ser levado com um certo grau de seriedade?
>
> Eu estou tentando fazer c q vc de + precisao q do vc diz "sensivelmente" .

bem, depois daquela 'resposta' sobre o campo gravitacional tendo
influencia perceptivel sobre particulas minusculas a distancias absurdas
acho q. vc soh estah mesmo brincando... [embora a noticia sobre sua visita
a um professor de biologia para fundamentar o 'g*ismo', tenha me deixado
deveras preocupado...]. alias facamos um exercicio: um corpo vai acelarar
outro devido ao seu campo gravitacional no maximo ateh a velocidade de
escape - quer dizer, um corpo localizado no infinito seria atraido aa
terra, aumentando sua velocidade de zero ateh 11km/s (na ocasiao do
choque) - faca as contas do tempo q. um corpo aa 0,25 u.a. levaria pra
chegar aa terra sendo acelerado apenas pelo campo gravitacional dela -
(lembre-se q. a terra nao fica parada em um lugar)
(descontando todas as outras forcas q. o empurrariam pra outros lugares -
e.g. a pressao do vento solar, q. alias eh outro fator q. varre nossa
atmosfera)

vc estah delirando. inventa coisas soh pra poder 'provar' seu ponto de
vista... vah pelo caminho mais certo: diga assim, 'cientificamente eh um
tto qto complicado estabelecer probabilidades qto aa existencia de outros
planetas com vida em outras regioes do universo. nao tenho bases
cientificas, mas eu creio q. nao estamos sozinhos de todo modo.' nao
adianta tentar inventar historias, falar um monte de asneirices (o q.
alias pega mal pacas) sobre o q. nao sabe - quer dizer, direito seu falar,
mas tem q. suportar as criticas (faz parte do jogo, garoto).

> > a sincronizacao eh bastante rapida - nos termos considerados - depende da
> > distancia - qto mais perto da estrela ou do centro de massa mais rapido o
> > fenomeno - e das massas - qto maior, maior o efeito da mare.
> >
>
> O efeito mare vai depender mais da quantidade de substancia liquida no
> planeta (agua )
> e tambem do tamanho do planeta.

efeito de mare nao eh a mare q. vc estah pensando (apenas o sobe e desce
do nivel do mar) - no q. tange ao efeito de sincronizacao a parte liquida
tem pouco efeito (sua massa eh desprezivel em relacao ao resto do planeta)
- o principal envolvido eh a mare solida, qto ao tamanho do planeta eh
exatamente o q. eu falei: depende *das massas*... (temos aqui menos um
efeito embromatico do q. uma explicitacao de ignorancia - sem estar
chamando ninguem de ignorante - em parte eh como o episodio famoso em q.
o vice-presidenten americano (era o dan 'quail' ou o al gore?) expressou
preocupacao ao saber q. 50% dos americanos tinham qi abaixo da media...)

[se a observacao viesse na forma de pergunta explicita ou implicita: 'mas
esse efeito de mareh nao dependeria da massa liquida?' - em vez de uma
afirmacao categorica a coisa mudaria de figura... infelizmente o historico
nao me permite a interpretacao da observacao de modo diverso.]

> > mercurio tem um dia de cerca de 59 dias e ano de 88 dias terrestres. (e
> > uma massa de menos de 6% da terra).
>
> > venus tem um dia de -243 dias (eh retrogrado) e ano de 224 dias (massa de
> > 80% da terra)
> >
>
> Ou seja nenhum planeta do sistema solar entrou em sincronia com seu movimento
> de translacao.

59/88 ~ 0,67; 243/224 ~ 1,08... se se tem uma sincronia de 0,5 significa
q. praticamente a metade do tempo um hemisferio serah torrido e outra
metade serah gelido, nada hospitaleiro pras proto-vidas... estranho q. pro
q. vc defende eh toleravel uma variacao de 50%, mas pro q. vc ataca nao
pode variar mais do q. 0,0001%... isso eh tipica argumentacao (se eh q.
podemos chamar de argumentacao) emotiva, nao vejo, entao, mais razao pra
continuar esta discussao (sei lah porq. perco meu tempo nisso - tontice
minha? provavelmente...).

[sempre considerei prepotente a resposta do tipo: 'vc precisa estudar
mais', 'nao fale bobagens'... mas acho q. depende do grau de razoabilidade
da outra parte: certas pessoas nao sao nada razoaveis. eh dificil quebrar
auto-ilusoes, e tto mais dificil qto mais cara essa auto-ilusao para o
auto-iludido (podemos propor isso como o teorema da auto-ilusao?). como
esse dificil pra mim se configura como impossivel, eh inutil qq tentativa
ulterior de dialogo por minha parte (nao se pode dizer q. eu nao tentei -
talvez nao do jeito certo, talvez nao o suficiente).]

obs: as notas embromatologicas foram acrescidas posteriormente, depois
do indescritivel 'prazer' de ler a observacao em tom triunfal: 'ou seja
nenhum planeta do sistema...'

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Revista TRIP
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/03/2000 20:10

andre,

> Acho que a afirmação correta seria "Humanos e golfinhos, (e bonobos,
> conforme dito) são as únicas espécies que praticam sexo fora do período

bem, nao fiz uma interpretacao tao rigorosa: seria aproximadamente
equivalente a 'q. podem praticar sexo visando apenas o prazer' (atencao ao
*podem*). sobre golfinhos nao tenho tta certeza, mas em vista das notas
sobre achaques de machos contra mergulhadores humanos...

normalmente nao vejo tta necessidade de um rigor na fala, mas infelizmente
sempre tem alguns ou um tto qto coios ou um tto qto mal intencionados q.
interpretam essas coisas de forma distorsiva.

falamos: 'nao devemos fazer mal aos nossos amigos' e interpretam: 'nao
devemos fazer mal aos nossos *amigos*' ou 'nao devemos fazer mal aos
*nossos* amigos' e por aih vai... mas faz-se o q?

[]s,

roberto takata




SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: Revista TRIP
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/03/2000 20:15

> Bem, que eu saiba o que vale é que as fêmeas humanas são as únicas capazes
> de ter orgasmo. Mas isso eu vi num documentário, não sei se é 100% verdade.
> Um biólogo deve saber sobre isso.

estah insinuando q. os biologos praticam zoofilia??? (re re... soh
brincando... eu nao faco a minima. sei de artropodes - alguns aracnideos e
outros insetos q. sao devorados total ou parcialmente pelas femeas - sendo
esse canibalismo fazendo parte integrante/obrigatoria do processo de
acasalamento... sob o nosso ponto de vista antropocentrico parece pouco
prazeroso, mas...)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Mais um
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/03/2000 20:25

bem vindo, roberto,

vc participa do ofjor ciencia lah do observatorio de imprensa tbm?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: tempo
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/03/2000 21:07

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Eu estou de acordo com o Douglas q *nao* se pode viajar no tempo MAS
> para ser imparcial achei isto :
>
> Michael James Duff (1949-), da Texas A&M University, Chris M. Hull e Paul K.
> Townsend, ambos da Universidade de
> Cambridge, calculam que a teoria precisa de 11 dimensões, e não somente 10. Se uma
> das dimensões enroladas é de fato uma
> outra dimensão temporal, e não somente espacial, uma viagem no tempo pode ser
> possível.

Me desculpem os físicos, mas quando leio estas histórias sobre montes
de dimensões, algumas "enroladas", para permitir fenômenos totalmente
não
razoáveis, e sempre sem qualquer remota explicação de porquê tem que ser
assim, tenho saudades da física de Aristóteles.

Ou, mais diretamente: Isto é apenas para dar a jornalistas leigos algo o
que escrever para impressionar o povo. Castelos no ar.

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: [ciencialist] Bolas pretas
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/03/2000 01:09
ATTACHMENTS (20000329-010944-0000386): "bolas.jpg"

Um anexado, para variar. 'Quantas são as bolas pretas?'
[]'s
Léo



SUBJECT: [ciencialist] Re: Bolas pretas
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andreba@smacesso.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/03/2000 06:17

Bastante curioso... Até imprimi, para ver se continuava funcionando. E
continuou.

Quantas outras coisas que eu penso que vi na minha vida não terão sido uma
ilusão?

[]´s

André RDB

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 29 de Março de 2000 01:09
Assunto: [ciencialist] Bolas pretas


> Um anexado, para variar. 'Quantas são as bolas pretas?'
> []'s
> Léo
>
>
> ------------------------------------------------------------------------
> Use os recursos da Ciencialist em http://www.egroups.com/list/ciencialist/
> --- ... ---
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com (sair da lista)
>
> ------------------------------------------------------------------------
> You have a voice mail message waiting for you at iHello.com:
> http://click.egroups.com/1/2377/5/_/19424/_/954302799/
>
>
> eGroups.com home: http://www.egroups.com/group/ciencialist
> http://www.egroups.com - Simplifying group communications
>
>
>
>



SUBJECT: [ciencialist] Re: tempo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/03/2000 07:42



"Antonio Carlos M. de Queiroz" wrote:

> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > Eu estou de acordo com o Douglas q *nao* se pode viajar no tempo MAS
> > para ser imparcial achei isto :
> >
> > Michael James Duff (1949-), da Texas A&M University, Chris M. Hull e Paul K.
> > Townsend, ambos da Universidade de
> > Cambridge, calculam que a teoria precisa de 11 dimensões, e não somente 10. Se uma
> > das dimensões enroladas é de fato uma
> > outra dimensão temporal, e não somente espacial, uma viagem no tempo pode ser
> > possível.
>
> Me desculpem os físicos, mas quando leio estas histórias sobre montes
> de dimensões, algumas "enroladas", para permitir fenômenos totalmente
> não
> razoáveis, e sempre sem qualquer remota explicação de porquê tem que ser
> assim, tenho saudades da física de Aristóteles.
>
> Ou, mais diretamente: Isto é apenas para dar a jornalistas leigos algo o
> que escrever para impressionar o povo. Castelos no ar.
>

Eu acredito que a possibilidade de viajar no tempo poderia ser utilizado
como um criterio para a rejeicao de teorias fisicas :

"Teorias fisicas que tem como consequencia viagens no tempo deveriam ser rejeitadas
ou revistas."
Criterio "JOCAX" para teste de teorias fisicas ! :-))

[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re: FRIO do espaco
FROM: LRB@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/03/2000 12:08


> nao sei nem se tem sentido falar em temperatura que eh um conceito
macroscopico > associado a energia cinetica media das moleculas. > []s >
jocax > > >

Nao estou conseguindo acompanhar a discussao (Frio no espaco), mas esta
questao de temperatura sempre causa uma certa confusao.
Algumas vezes leio coisas do tipo... 'este eh um processo que resulta em
trilhoes de graus (celsisus)'... ??? ai eh que vem a duvida... qual a
diferenca disso? Acho que falar em calor (energia) eh mais importante.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna


SUBJECT: [ciencialist] Re: Ajude na Busca Por E.T.s
FROM: LRB@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/03/2000 12:22

On Tue, 28 Mar 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:
> alguim pode me informar como esse programa (tipo screen-saver) funciona `
> busca de ETs? Sera que enquanto o PC esta inativo ele entra na www e procura
> vozes do alim, ou procura sinais codificados na rede, ou o que? Ou ele
> procura ET no meu micro? Que raio de sensor ele usa? Como esse sensor pode
> diferenciar vida de vida inteligente?
> []'s
> Lio

Eu usei por algum tempo este programa (screensaver) da SETI. Pelo que
eu entendi ele funciona da saeguinte maneira.
Quando eh instalado, o programa solicita a conexao com o SETI e de lah
ele pega um pacote de imformacoes que devem ser processadas; a conexao eh
desligada e o programa comeca a analisar os sinais e depois de pronto
solicita nova conexao para devolver o pacote processado.
No site da SETI ha uma explicacao mais detalhada do que o programa faz
e pelo que ele procura. Mas alerto que o programa nao mostra para o
usuario se ele achou algo estranho. Alem disso nao tenho certeza se a
SETI darah algum credito ao computador que processou os dados, ou seja,
voce faz o trabalho e eles que ganham a fama.
Ouvi alguns comentarios de que o projeto tinha sofrido abalos devido ao
elevado numero de pacotes enviados e recebidos... o que gerou uma
confusao.
Outra coisa eh que eles mandam o mesmo pacote para varias pessoas, para
garantir o melhor processamento e o retorno (mais garantido) das informacoes.

Quanto ao computador que estragou com o uso do programa da SETI...
provavelmente devia ser um problema de resfriamento da CPU (cooler baleado).

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna




SUBJECT: [ciencialist] Re: estrelas: tamanho e habitabilidade
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/03/2000 14:33

>

As vezes eu acho q esta lista se parece com uma antiga arena romana ou ring de
luta.
Soh q as disputas se passam no ciberespaço !
E, ao inves dos degladiadores se debaterem fisicamente com luvas ou espadas, eles
trocam ideias. Os outros ficam assistindo. Alguns gostam de digladiar pois alem
de ampliar sua forca e experiencia ( conhecimento ) as vezes conseguem um toque de

emocao (e adrenalina). Outros preferem assistir e apenas torcer e aprender , claro.

Claro q nem sempre as disputas acontecem. Qdo nao existe disputa por um longo
periodo em que e todos concordam com tudo, a lista parece ficar menos ,
de certo modo, interessante e ateh mesmo monotona....
Vou responder simulando um fighting :)



> > Assim temos que com ( 1-0,4)= 0,6UA = 90 milhoes de Km temos 3 planetas.
> > Ou seja assim ,como exemplo, a distancia dos planetas no sistema solar
> > esta na mesma ordem de grandeza das distancias q estavamos discutindo.
> > E por isso *nao eh nenhuma ma vontade* nao considerar razoavel
> > supor que em 60milhoes de km nao possa haver 3 planetas.
>
> ah, claro! e com isso concluimos q. em 10 milhoes de km cabem 10 terras...
> deviamos entao parar de ampliar as cidades e, em vez disso, *diminuir* o
> espaco urbano porq. assim cabe *mais* gente dentro das cidades.
> cartesianissimo! (inducao improcendente aliada aa arredondamentos
> improprios - tecnica embromatologica relativamente primaria, mas q.

Puxa takata isso eh golpe baixo !!
Entao tome esta :
"O q vc diz dos outros diz mais sobre mesmo."
E mais esta :
"Sua etica-takata parece que volta com força total ! "


>
> costuma funcionar para audiencias leigas ou jah cansadas: frequentemente
> utilizado pelos 'estatisticos' do paranormal. aas vezes tem um efeito
> comico muito interessante: jah postei em outra ocasiao como se 'prova' q.
> qq reclamacao de excesso de trabalho nao eh legitima.)
>

Vou tentar um golpe de Judo usar sua forca contra vc mesmo:
"Vc esta dizendo q esta lista eh leiga? Eu nao acredito nisto!"


>
> [vc deu uma conferida nos tamanhos dos planetas? terra+venus+mercurio ~
> 1,8 terra...]
>

Um ultimo golpe para este round:
"Agora me diga o q se tira de util desta sua "ira-ironica" toda ?
Como ja disse o problema da estabilidade de 3 corpos em fisica q eu saiba nao
foi resolvido matematicamente. E portanto vc nao pode provar que em 60 milhoes
de Km nao caibam 3 planetas. O fato de termos 3 planetas em nosso sistema solar
orbitando na faixa dos 90 milhoes de km *nao* implica q esta distancia nao poderia
ser
menor *nem* que os planetas nao pudessem ser maiores."

---------- Fim do round 1 -------------

---------- Inicio do round 2 ------------

>
> > Eu louco? vc nao lembra mais da origem da faixa de agua liquida ?
> [...]
> > para o caso da terra 1UA = k/260^2 ==> k = 67mil
> > assim d1-d2 = FAIXA DE AGUA LIQUIDA = >
> >
> > d2-d1 = 1,69UA - 0,75UA = 0,9UA =
> >
> > = 140 milhoes de Km.
> >
> > Ou seja se nao errei os calculos a faixa eh BEM MAIOR do que os 30 milhoes
> > de Km. Onde caberiam tranquilamente tres planetas.
>
> bullshit... nao se pode usar o caso da terra, ou melhor, do nosso sol, vc
> estava estipulando para uma estrela de 0,5 m.s. q. produz oito vezes menos
> energia, o q. obrigaria a uma orbita tres vezes menor... na faixa de
> habitabilidade do sol temos tres planetas: venus, terra e marte. numa
> estrela menor nao caberiam esses tres planetas em sua faixa de
> habitabilidade, tto menos 7 em equilibrio... bullshit. (essa eh uma
> tecnica embromatologica muito corriqueira: a mudanca sorrateira de padroes
> referenciais, a falacia do deslocamento de significado das palavras -
> outra q. jah postei aqui - pode ser considerada uma subcategoria disso.)
>
> [soh pra efeito de calculo: em sendo a emissao de uma estrela 0,5 m.s.
> oito vezes menor do q. a de nosso sol:
>
> d = (1/8)^0,5 ~ 0,35 u.a.
>
> a temperatura do planeta nessa faixa serah entao de cerca de 260K (-13oC
> - soh q. isso se torna igual a 10oC pelo efeito estufa), a faixa
> (compensando o efeito estufa) serah a de uma temperatura entre 250K e
> 350K.
>
> dmin = (260/250)^0,5 ~ 1,02*0,35 = 0,357 u.a.
> dmax = (260/350)^0,5 ~ 0,86*0,35 = 0,301 u.a.
>
> dmax - dmin ~ 0,06 u.a ~ 9.000.000 km <<<<< 140.000.000 km]
>

Ahah ! Esta saraivada de golpes nao me atingirao :

"Nao concordo com seus calculos Veja :

Emquad_T = energia por metro quadrado da Terra = K * E_SOL / D_T^2
Energ por metro quad eh prop a energia liberada do sol dividido pelo quadrado
da distancia.
Emquad_T = K * E_Estrela / D_P ^2 = K*0,125E_SOL/D_P^2

0,125/D_P^2 = 1/D_T^2 ==> D_P = 0,35 D_T ou seja
o planeta teria q ficar a uma distancia de cerca de 0,35 da distancia da terra
para termos a MESMA energia recebida.

Assim se no sistema SOLAR tinhamos
d1=distancia minima (ebulicao ) = 0,9 UA
d2= distancia maxima(gelo) = 1,69 UA
A distancia equivalente na estrela de 0,5m.s. será :
D1 = 0,35*0,9 UA = 47 milhoes de Km
D2 = 0,35*1,69UA= 89milhoes de Km

Faixa de agua liquida = 41 milhoes de Km *muito maior* que os 9 milhoes q vc
calculou."


---------- Fim do round 2 Inicoo do 3. round ------------

>
> > > milesimo (0,1%): 1,9*10^27 kg contra 1,99*10^30 kg. [pare de tirar numeros
> > > aleatorios! vc quer ou nao ser levado com um certo grau de seriedade?
> >
> > Eu estou tentando fazer c q vc de + precisao q do vc diz "sensivelmente" .
>
> bem, depois daquela 'resposta' sobre o campo gravitacional tendo
> influencia perceptivel sobre particulas minusculas a distancias absurdas
> acho q. vc soh estah mesmo brincando... [embora a noticia sobre sua visita
> a um professor de biologia para fundamentar o 'g*ismo', tenha me deixado
> deveras preocupado...].

Vou tentar uma rasteira :
"Ahh... agora vejo de onde veio a sua ira : algum tipo de ciumes ?
O ciber-ringue na eh o palco ideal para crises de ciumes !

Gostaria de saber , a titulo de curiosidade :
COMO vc ficou sabendo q eu fui
visitar um prof. na Biologia para discutir genismo ?
(Eu tinha feito umas perguntas tecnicas por e-mail e ele me convidou a
discuti-las pessoalmente.)
Eu vi um japones num camputador ao lado da sala dele. Era vc ?
E pq sua preocupacao? "



> alias facamos um exercicio: um corpo vai acelarar
> outro devido ao seu campo gravitacional no maximo ateh a velocidade de
> escape - quer dizer, um corpo localizado no infinito seria atraido aa
> terra, aumentando sua velocidade de zero ateh 11km/s (na ocasiao do
> choque) - faca as contas do tempo q. um corpo aa 0,25 u.a. levaria pra
> chegar aa terra sendo acelerado apenas pelo campo gravitacional dela -
> (lembre-se q. a terra nao fica parada em um lugar)

Seu CORNER deve ter te dado instrucoes !!
Muito bom !, me pegou bem no figado !! :(
Vou tentar um contra-golpe salvador :

"Ok, a taxa de captura de particulas cairia com o quadrado de sua distancia aa
Terra.
Ou seja as moleculas seriam capturadas mas a uma taxa que depende de sua
distancia a terra um calculo deveras complexo o calculo inicial q fiz fou para
ter uma ORDEM DE GRANDEZA da taxa *maxima* possivel deste modelo."

(consegui me safar ? )

>
> (descontando todas as outras forcas q. o empurrariam pra outros lugares -
> e.g. a pressao do vento solar, q. alias eh outro fator q. varre nossa
> atmosfera)
>

Simples jab !
"De fato o vento solar afastara as particulas da terra a menos q este vento tambem
as traga".


>

>
> vc estah delirando. inventa coisas soh pra poder 'provar' seu ponto de
> vista... vah pelo caminho mais certo: diga assim, 'cientificamente eh um
> tto qto complicado estabelecer probabilidades qto aa existencia de outros
> planetas com vida em outras regioes do universo. nao tenho bases
> cientificas, mas eu creio q. nao estamos sozinhos de todo modo.' nao
> adianta tentar inventar historias, falar um monte de asneirices (o q.
> alias pega mal pacas) sobre o q. nao sabe - quer dizer, direito seu falar,
> mas tem q. suportar as criticas (faz parte do jogo, garoto).

Protesto !! Isso eh golpe baixo !!!
Mas tudo bem , eh a vida ! :)

"Esta critica eh mais adequada a vc q a mim.
Eu noto a cada 10 palavras suas 9 sao ironias e/ou criticas sem conteudo
cientifico.
acho q vc deveria pensar + nos leitores do que em satisfazer sua propria IRA. "

Que tal ? :-))

>
>
> > > a sincronizacao eh bastante rapida - nos termos considerados - depende da
> > > distancia - qto mais perto da estrela ou do centro de massa mais rapido o
> > > fenomeno - e das massas - qto maior, maior o efeito da mare.
> > >
> >
> > O efeito mare vai depender mais da quantidade de substancia liquida no
> > planeta (agua )
> > e tambem do tamanho do planeta.
>
> efeito de mare nao eh a mare q. vc estah pensando (apenas o sobe e desce
> do nivel do mar) -

Jogando baixo de novo , neh ?
"Quem disse q a mareh q estou pensando eh sobe desce de aguas?
mareh q pens oeh o deslocamento de massa com dissipacao de energia
devido a forca gravitacional de outro corpo."


> no q. tange ao efeito de sincronizacao a parte liquida
> tem pouco efeito (sua massa eh desprezivel em relacao ao resto do planeta)
> - o principal envolvido eh a mare solida,

Putz ! Essa vc me pegou desprevenido !! mareh -solida !?!
Vou tentar um contra golpe arriscadissimo :
"O q vc entende por mare-solida? se for solida mesmo nao havera movimento !
e portanto nao havera dissipacao de energia !"


> qto ao tamanho do planeta eh
> exatamente o q. eu falei: depende *das massas*... (temos aqui menos um

uhnnnn... tentando induzir um velho golpe sujo !
"Quem disse que eu falei q otamanho do planeta NAO depende da sua massa?"


>
> efeito embromatico do q. uma explicitacao de ignorancia - sem estar
> chamando ninguem de ignorante - em parte eh como o episodio famoso em q.
> o vice-presidenten americano (era o dan 'quail' ou o al gore?) expressou
> preocupacao ao saber q. 50% dos americanos tinham qi abaixo da media...)
>
> [se a observacao viesse na forma de pergunta explicita ou implicita: 'mas
> esse efeito de mareh nao dependeria da massa liquida?' - em vez de uma
> afirmacao categorica a coisa mudaria de figura... infelizmente o historico
> nao me permite a interpretacao da observacao de modo diverso.]

Ughhhh !! Este foi bem aplicado, acho q vou provocar um clinche !!
"Mare sem substancia liquida eu desconheco, me diga como isso ocorre"

>
>
> > > mercurio tem um dia de cerca de 59 dias e ano de 88 dias terrestres. (e
> > > uma massa de menos de 6% da terra).
> >
> > > venus tem um dia de -243 dias (eh retrogrado) e ano de 224 dias (massa de
> > > 80% da terra)
> > >
> >
> > Ou seja nenhum planeta do sistema solar entrou em sincronia com seu movimento
> > de translacao.
>
> 59/88 ~ 0,67; 243/224 ~ 1,08... se se tem uma sincronia de 0,5 significa
> q. praticamente a metade do tempo um hemisferio serah torrido e outra
> metade serah gelido, nada hospitaleiro pras proto-vidas... estranho q. pro
> q. vc defende eh toleravel uma variacao de 50%,

Essa vc me pegou de jeito ! Ma ainda consigo um contra-golpe potente :
"Eu disse q a variacao devido a mare soh poderia ser mencionada como prova se
SOUBESSEMOS a velocidade de rotacao INICIAL dos planetas !
COISA QUE NAO TEMOS e portanto nao podemos dizer q este movimento
de 0,67 eh devido a mare do sol "



> mas pro q. vc ataca nao
> pode variar mais do q. 0,0001%... isso eh tipica argumentacao (se eh q.
> podemos chamar de argumentacao) emotiva,

Isso eh um golpe sujo de memoria ! , nao acho q seja bom :
"Onde eu exigi uma variacao de 0,00001% ? "


> nao vejo, entao, mais razao pra
> continuar esta discussao (sei lah porq. perco meu tempo nisso - tontice
> minha? provavelmente...).
>

Parece q eh a contenda esta no fim !!
Parece q ficarei sem minhas respostas :-((

"Eu acho q vc sempre arranja motivo para me xingar e desprezar bastante
perante o publico vc Acredito piamente consegue enorme prazer com isso.!"


>
> [sempre considerei prepotente a resposta do tipo: 'vc precisa estudar
> mais', 'nao fale bobagens'...

Mas isso sempre fez parte da "etica-takata" de responder listas de mensagens !
A conclusao eh que....


> mas acho q. depende do grau de razoabilidade
> da outra parte: certas pessoas nao sao nada razoaveis.

Acho q sempre deveriamos tentar manter as boas maneiras...


> eh dificil quebrar
> auto-ilusoes, e tto mais dificil qto mais cara essa auto-ilusao para o
> auto-iludido (podemos propor isso como o teorema da auto-ilusao?).

Concordo plenamente !!!!



> como
> esse dificil pra mim se configura como impossivel, eh inutil qq tentativa
> ulterior de dialogo por minha parte (nao se pode dizer q. eu nao tentei -
> talvez nao do jeito certo, talvez nao o suficiente).]
>
> obs: as notas embromatologicas foram acrescidas posteriormente, depois
> do indescritivel 'prazer' de ler a observacao em tom triunfal: 'ou seja
> nenhum planeta do sistema...'
>

Eh... parece q a contenda chega ao fim....
Bom, a gente sempre aprende alguma coisa
menos de fisica e mais , principalmente sobre psicologia humana !

Espero q tenham se divertido !

[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re: FRIO do espaco
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/03/2000 15:33

Ola Luis , vou tentar te dar um apanhado geral segundo minha visao.

Estavamos discutindo a origem do He em nossa atmosfera.

O Roberto argumentou q o He todo que havia no periodo de formacao
da terra ha + de 4 bi anos ja deveria ter sido "evaporacao" e que a origem do
He
hoje eh devido a fissao de substancias pesadas ( talvez uranio/chumbo nao sei
).

A razao da evaporacao do He e de outros gases da atmosfera terrestre eh devido

aa flutuacao de velocidades dos gases e da velocidade de escape da terra.

O He assim como outros gases tendem a sair do campo gravitacional terrestre
quando atingem a velocidade de escape. No caso da terra esta velocidade
eh de 11km /seg.

Argumentei q esta evaporacao talvez nao tivesse sido total e que ainda
restasse
He remanescente da origem da terra. Foi dito q estes gases leves ficam em
altas
altitudes. Disse q a temperatura cai com a altitude e que portanto o He
poderia
nao ter tanta velocidade de escape uma vez q a temperatura cai aa medida
que a altitude aumenta. Mas isto acontece ateh 10mil metros depois a
temperatura
aumenta com a altitude e depois diminui de novo e assim vai conforme o grafico
que o roberto postou.

O Leo afirmou q no "espaco" a temperatura era altissima eu discordei pois
achava
que temperatura nao dependia de moleculas individuais e sim de uma medida
macroscopica q levava em conta a media da energia cinetica.

O roberto lembrou q a temperatura media do espaco eh baixissima ( menos de
4Kelvin)
e entao o Leo argumentou q ele falava do espaco nos limites da atmosfera
terrestre.

A origem por fissao me pareceu erronea em funcao da grande meia vida dos
materiais
fisseis da natureza. Por isso tentei achar outra explicacao e sugeri q a terra
pudesse
estar capturando He do espaco uma vez q H e He sao os elementos + abundantes
do universo. Fiz um calculo aproximado tomando por base q exista 1 atomo de He

por Km3 de volume. E parece q este calculo aproximado ainda nao explica a
grande
quantidade de He presente na atmosfera hoje.


Essa foi *minha* visao resumida do historico da coisa.
Ou seja , depois de tudo eu ainda nao sei ainda a origem do He na terra !!
:-))
[]s
jocax





LRB@if.ufrgs.br wrote:

> > nao sei nem se tem sentido falar em temperatura que eh um conceito
> macroscopico > associado a energia cinetica media das moleculas. > []s >
> jocax > > >
>
> Nao estou conseguindo acompanhar a discussao (Frio no espaco), mas esta
> questao de temperatura sempre causa uma certa confusao.
> Algumas vezes leio coisas do tipo... 'este eh um processo que resulta em
> trilhoes de graus (celsisus)'... ??? ai eh que vem a duvida... qual a
> diferenca disso? Acho que falar em calor (energia) eh mais importante.
>
> Ateh mais.
> Luis Roberto Brudna
>
> ------------------------------------------------------------------------
> Use os recursos da Ciencialist em http://www.egroups.com/list/ciencialist/
> --- ... ---
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com (sair da lista)
>
> ------------------------------------------------------------------------
> You have a voice mail message waiting for you at iHello.com:
> http://click.egroups.com/1/2377/5/_/19424/_/954353193/
>
> eGroups.com Home: http://www.egroups.com/group/ciencialist/
> http://www.egroups.com - Simplifying group communications



SUBJECT: [ciencialist] Re: Ajude na Busca Por E.T.s
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/03/2000 18:01


> > Léo
>
> Eu usei por algum tempo este programa (screensaver) da SETI. Pelo que
> eu entendi ele funciona da saeguinte maneira.
> Quando eh instalado, o programa solicita a conexao com o SETI e de lah
> ele pega um pacote de imformacoes que devem ser processadas; a conexao eh
> desligada e o programa comeca a analisar os sinais e depois de pronto
> solicita nova conexao para devolver o pacote processado.
> No site da SETI ha uma explicacao mais detalhada do que o programa faz
> e pelo que ele procura. Mas alerto que o programa nao mostra para o
> usuario se ele achou algo estranho. Alem disso nao tenho certeza se a
> SETI darah algum credito ao computador que processou os dados, ou seja,
> voce faz o trabalho e eles que ganham a fama.
> Ouvi alguns comentarios de que o projeto tinha sofrido abalos devido ao
> elevado numero de pacotes enviados e recebidos... o que gerou uma
> confusao.
> Outra coisa eh que eles mandam o mesmo pacote para varias pessoas, para
> garantir o melhor processamento e o retorno (mais garantido) das
informacoes.

agradeço as informações.

>
> Quanto ao computador que estragou com o uso do programa da SETI...
> provavelmente devia ser um problema de resfriamento da CPU (cooler
baleado).

(cooler baleado) resulta em 'aquecimento' e muito provavelmente na 'queima'
do processador. Esse foi o motivo porque meu micro número 2 AMD (o número 1
é um Pentium) foi para o conserto ... e me criou mais problemas que o
processador!
>
> Ateh mais.
> Luis Roberto Brudna

Em tempo:
O www.feiradeciencias.com.br/menu.htm está a todo vapor. Aprontamos até a
Sala 12. Contamos com sua visita e dos demais colegas do ciencialist.
Obviamente não irei agradecer qualquer comunicação de algum bug, link
errado, ortografia, gramática, legenda etc. ... isso é um mínimo a se
esperar desse grupo :-)
Particular agradecimentos ao A.C.M.Q (tb de nossa lista), assíduo leitor e
comentarista dos projetos científicos apresentados. O homem é um
especialista na História das Ciências.

[]'s
Léo




SUBJECT: [ciencialist] Testes Simples
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/03/2000 19:01

Coloquei esses testes numa outra lista de jovens estudantes. Não é nível
para essa lista ... mas, 'vamlá' como recordação:
----------------------------------------------------------------------------
-----------------------
Testes são excelentes treinamento do aprendizado. Vejamos esses:

A. "Os filmes do Homem Invisível são sem dúvida os de produção menos
dispendiosa; nem mesmo artista algum é necessário na fase de invisibilidade.
Qual o grave erro científico nesses filmes?"

B. "Um dos tais 'homens invisíveis' postos no cinema usava de um relógio de
pulso para, quando acionado, tornar-se invisível por até 24 horas. Além do
erro acima (A), acrescentaram mais outro. Qual é?"

C. "Qual a técnica e teoria para se fazer bolas de neve?"

D. "O que é a 'marca de Lloyd' ou 'linha Plinsoll'?"

E. "Por que água e sabão tiram a sujeira?"

[]'s
Léo




SUBJECT: [ciencialist] astronomia e astrofisica
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/03/2000 22:11

antes alguns dados incorretos:

*a massa critica para a formacao de uma estrela eh de 0,08 m.s. e nao
0,003 m.s.
*He4 eh o principal produto tbm das reacoes de fusoes nucleares. o He3 eh
produzido em menor proporcao: vindo em maior parte do processo de origem
do universo. (explicacao da confusao: originalmente, de fato eh produzido
He3 pela reacao de H1 com H2, mas posteriormente He3 + He3 -> He4 + 2H1)

isso dito -

pra quem se interessa pelo tema, algumas paginas *aparentemente*
(nota abaixo) muito boas:

http://www.bc.cc.ca.us/programs/sea/astronomy/index.htm
http://www.badastronomy.com/
http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/aprendendo-superior/ufrgs/fis207/ - em
portugues (jah foi citada aqui em outras ocasioes)
http://sciastro.astronomy.net/

sobre as mares (liquidas, gasosas e solidas)
http://www.bc.cc.ca.us/programs/sea/astronomy/gravappl/gravapplb.htm#A9
http://www.badastronomy.com/bad/misc/tides.html
http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/aprendendo-superior/ufrgs/fis207/fordif/node1.htm

sobre vida em outros pontos do universo e zona de habitabilidade:
http://sciastro.astronomy.net/sci.astro.6.FAQ
http://www.bc.cc.ca.us/programs/sea/astronomy/lifezone/lifezone.htm

[nota: o *aparentemente* eh porq. uma vez falei de um sitio sobre
ciencia q. me pareceu legal, mas depois percebi q. era uma furada - nem
sei se foi nesta lista, mas como gato escaldado...]

sobre 'temperatura' no espaco (se alguem quiser posso fazer uma tentativa
de traducao) - atencao pro copyright (copiado de
http://sciastro.astronomy.net/sci.astro.4.FAQ):
>>>
Subject: D.12 What is the temperature in space?
Author: Steve Willner <willner@cfa183.harvard.edu>

Empty space itself cannot have a temperature, unless you mean some
abstruse question about quantum vacuums.

However, if you put a physical object into space, it will reach a
temperature that depends on how efficiently it absorbs and emits
radiation and on what heating sources are nearby. For example, an
object that both absorbs and emits perfectly, put at the Earth's
distance from the Sun, will reach a temperature of about 280 K or 7 C.
If it is shielded from the Sun but exposed to interplanetary and
interstellar radiation, it reaches about 5 K. If it were far from all
stars and galaxies, it would come into equilibrium with the microwave
background at about 2.7 K.

Spacecraft (and spacewalking astronauts) often run a bit hotter than
280 K because they generate internal energy. Arranging for them to
run at the desired temperature is an important aspect of design.

Some people also consider the "temperature" of high energy particles
like the solar wind or cosmic rays or the outer parts of the Earth's
atmosphere. These particles are not in thermal equilibrium, so it's
not correct to speak of a single temperature for them, but their
energies correspond to temperatures of thousands of kelvins or higher.
Generally speaking, these particles are too tenuous to affect the
temperature of macroscopic objects. There simply aren't enough
particles around to transfer much energy. (It's the same on the
ground. There are cosmic rays going through your body all the time,
but there aren't enough to keep you warm if the air is cold. The air
at the Earth's surface is dense enough to transfer plenty of heat to
or from your body.)
>>>

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: RES: Revista TRIP
FROM: "Lana" <lana_th@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/03/2000 22:17

>Bem, que eu saiba o que vale é que as fêmeas humanas são as únicas capazes
>de ter orgasmo. Mas isso eu vi num documentário, não sei se é 100% verdade.
>Um biólogo deve saber sobre isso.
>
>PhiloX


Entre primatas como bonobos e chimpanzés as fêmeas tb são capazes de ter
orgasmo. Aliás, o orgasmo para estas fêmeas está mais associado a amizade
entre fêmeas do que sexo com machos (talvez no caso dos bonobos as chances
de uma fêmea ter orgasmo com um macho possa ser maior que na sociedade dos
chimpanzés, devido a estrutura social e costume da espécie). Enfim, é um
tipo de (?) lesbianismo.
Abraços
Lana



SUBJECT: [ciencialist] Re: Bolas pretas
FROM: "Lana" <lana_th@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/03/2000 22:19

Muito interessante! :)
Parece-me com algumas das imagens que a Gestalt usava.. :)
Abraços
Lana



SUBJECT: [ciencialist] helio
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/03/2000 22:26

foi levantada uma duvida qto a qtdade de He q. seria produzida pelos
processos de decaimento radioativo.

temos q. a abundancia de U238 na crosta da terra eh de 1800 ppb (em peso),
a crosta corresponde a 0,026 do total da massa da terra, q. eh de
6*10^24kg.

a massa total de U na crosta eh de aproximadamente 2,8*10^17 kg, o q. dah
cerca de 1,18*10^15 moles. a meia-vida do U eh de 4,5 bilhoes de anos,
isto eh, atualmente existe apenas a metade do U q. existia no momento de
formacao da terra - i.e. uma qtdade equivalente da q. encontramos hj jah
sofreu decaimento radiotivo liberando uma particula alfa q. se transforma
em He4. teriamos no minimo essa quantidade de He4 produzida pelo
decaimento de U da crosta - nao estamos considerando o manto onde se
concentra a maior parte dos elementos da terra, nem outros elementos.

numa conta anteriormente postada foi calculado como a quantidade total de
He na atmosfera como sendo de 1*10^21... (a qtdade maxima de He q.
*poderia* ser capturada pela acao da gravidade da terra correspondia a uma
fracao de 0,000000006 do total do He... temos uma qtade mais de 1000 vezes
maior apenas com o decaimento de U da crosta - sem considerar a serie
toda: correspondendo a uma fracao de 0,000001 do total de He estimado).

(infelizmente nao tenho os dados da quantidade de U no manto, no qual
suponho haver maior qtdade relativa desse elemento - nem o total
de particulas alfa produzida na serie toda)

sem efeito de calculo no momento, apenas como uma imagem ilustrativa - a
temperatura interna da terra eh mantida em boa parte gracas ao decaimento
radioativo q. lah ocorre - suspeito ser suficientemente intenso para
produzir uma quantidade apreciavel de He4)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: FRIO do espaco
FROM: "neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/03/2000 00:36

Bons Amigos

O conceito de temperatura parece ser diferente para cada um e assim,
dificilmente, será possível obter plena concordância na argumentação das
proposições.

Aproveitando a oportunidade, acho que seria uma boa idéia tentar criar um
glossário básico contendo a definição e limitação dos conceitos usados nas
discussões ( embora, na pratica, sua confecção encontre tremendas
dificuldades ).

Voltando à *temperatura* acho que uma forma simples de conceitua-a é a
partir de suas origens.
Historicamente, a medição da temperatura foi estabelecida através da
dilatação de um pequeno volume de mercúrio [ ou outras substâncias adequadas
ao propósito] , o que é conseqüência direta da variação do livre percurso
médio das partículas [átomos ou moléculas] da substância.

Embora esse "livre percurso médio" reflita a energia cinética das
partículas, a correspondência, alem de estatística, não é exatamente linear.
Por esta razão, em geral, quando se menciona "temperatura" em ambientes
rarefeitos está se referindo ao livre percurso médio das partículas e não
diretamente ao seu conteúdo cinético.

É bom lembrar também que não há qualquer sentido em medir a temperatura do
espaço sideral com termômetro de dilatação, pois um dos princípios da
termometria é que a perturbação produzida pelo termômetro no local da
medição seja desprezível ou ao menos mensurável.
Não há sentido em botar um termômetro ou a mão para fora de um satélite para
saber a temperatura ambiente !

[ Por absurdo, seria possível imaginar um hipotético termômetro de
hidrogênio rarefeito, compatível com o espaço sideral e em condições
semelhantes ao ambiente a ser medido, com centenas de quilômetros cúbicos e
centenas de anos para se obter o equilíbrio ???]

É importante cuidar para não raciocinar com conceitos comuns que temos junto
ao nosso ambiente para situações não usuais.

[s] \ neville



SUBJECT: [ciencialist] Re: FRIO do espaco
FROM: "neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/03/2000 01:16

Complementanto o mail anterior, é bom lembrar que há um outro conceito
chamado "temperatura de radiação" que é mais apropriado para descrever o
espaço sideral.
Este parâmetro mede a quantidade de energia radiante presente em um dado
local.
Quando dizem que a temperatura no espaço sideral é de 0,3 K , talves estejam
querendo significar que "a energia presente no local é equivalente a energia
irradiada por um corpo negro a 0,3 K".

Pelo menos é assim que eu entendo.

[s] \ neville



SUBJECT: [ciencialist] Re: astronomia e astrofisica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/03/2000 08:29



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> antes alguns dados incorretos:
>
> *a massa critica para a formacao de uma estrela eh de 0,08 m.s. e nao
> 0,003 m.s.
> *He4 eh o principal produto tbm das reacoes de fusoes nucleares. o He3 eh
> produzido em menor proporcao: vindo em maior parte do processo de origem
> do universo. (explicacao da confusao: originalmente, de fato eh produzido
> He3 pela reacao de H1 com H2, mas posteriormente He3 + He3 -> He4 + 2H1)
>

Hesitei muito antes de dar um clique no SEND. Mas pensei tambem se seria
justo apenas eu ser vitima de uma "tentativa de humilhacao em publico"
sem revidar. Ja aconteceu em outro e-mail de eu ser trucidado por vc (sem piedade )

devido aos meus erros frequentes de portugues.
E achei q nao seria boa politica soh ficar levando "bordoadas de graça".
Isso incentivaria outros a faze-lo tambem e eu acabaria virando um "saco de
pancadas".
Aqui vao algumas palavras *exclusivamente* *suas* :

"no caso do helio nao deve ser o componente originalmente encontrado na
terra exatamente em funcao de sua composicao nuclear: o isotopo q.
encontramos na atmosfera terrestre (em niveis-traco) eh He4, eqto o
presente nos nucleos estelares eh He3."

"jah no nucleo das estrelas ocorre a reacao de fusao entre um proton e um
deuterio (proton mais neutron), formando He3 - nao ha previsao nos modelos
de formacao de He4 em qtdade apreciavel (mesmo em momentos de explosao)
para estrelas originando outras do porte de nosso sol (pelo q. eu saiba)."

"qdo eu chuto, eu aviso. no caso foi uma *estimativa* (q. nem eh minha).
nao estava escrito: '*pra mim*, soh devem caber...', '*em minha
opiniao*...', '*chutando*...' - nao entrei em detalhes, jah q. os detalhes"

"como tenho lhe dito, tudo bem falar besteiras sobre coisas de q. nao se
tem nocao nenhuma, o problema eh querer ser levado seriamente com isso..."


"vc estah delirando. inventa coisas soh pra poder 'provar' seu ponto de
vista... vah pelo caminho mais certo: diga assim, 'cientificamente eh um
tto qto complicado estabelecer probabilidades qto aa existencia de outros
planetas com vida em outras regioes do universo. nao tenho bases
cientificas, mas eu creio q. nao estamos sozinhos de todo modo.' nao
adianta tentar inventar historias, falar um monte de asneirices (o q.
alias pega mal pacas) sobre o q. nao sabe - quer dizer, direito seu falar,
mas tem q. suportar as criticas (faz parte do jogo, garoto)."



"numa conta anteriormente postada foi calculado como a quantidade total de
He na atmosfera como sendo de 1*10^21... (a qtdade maxima de He q.
*poderia* ser capturada pela acao da gravidade da terra correspondia a uma
fracao de 0,000000006 do total do He... temos uma qtade mais de 1000 vezes
maior apenas com o decaimento de U da crosta - sem considerar a serie
toda: correspondendo a uma fracao de 0,000001 do total de He estimado)."

"e vc nao entendeu, joao, nao disse q. o He presente *atualmente* na terra
eh de origem estelar: o He atmosferico da terra atual eh de origem
endogena - por decaimento de elementos pesados... "

" por mais q. vc queira q. seja
do jeito q. vc quer, os dados nao corroboram o seu ponto de vista."

"(inducao improcendente aliada aa arredondamentos
improprios - tecnica embromatologica relativamente primaria, mas q.
costuma funcionar para audiencias leigas ou jah cansadas: frequentemente
utilizado pelos 'estatisticos' do paranormal. aas vezes tem um efeito
comico muito interessante"

jocax





SUBJECT: [ciencialist] Re: Tempo existe ou nao
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/03/2000 14:06



Eduardo Vieira wrote:


> Assim é a fisica quantica... Ela
> funciona... Enquanto ela explicar a verdade, ela vai ser verdade :)

Nesse ponto eu concordo com voce ! E mais :
Nao soh a fisica quantica mas todas as teorias cientificas sao assim.

[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re: Tempo existe ou nao
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/03/2000 15:22

> Quando disse que esse negócio de o tempo não existir era muito
> 'newtoniano', quis dizer que, como na física newtoniana, espaco e tempo
> são imutaveis, e como nao temos nenhum controle sobre o tempo, realmente
> podemos passar a imaginar que o tempo apenas é uma abstração nossa para
> compreendermos o mundo.

Olá, Eduardo.

Relendo a minha msg percebo que fui um tanto quanto azedo com você. A
verdade é que eu não aguento mais ouvir absurdos que jamais foram ditos
por Newton. Uma coisa que poucos sabem (e deveriam saber, pois foi
amplamente comentado por ele) é que Newton reconhecia que sua teoria era
incompleta. E quando digo que uma teoria é incompleta, estou me referindo a
seus alicerces e não a suas aplicações.

Nos séculos que se seguiram nada se fez para completar a teoria newtoniana.
O que se fez, então, foi a sua axiomatização, ou seja, deram por consumada
uma teoria incompleta em suas origens. Com o advento do eletromagnetismo,
"não deu outra": A teoria começou a se mostrar inconsistente exatamente onde
Newton, com sua visão de excelente teorizador que era, previu que tal
poderia acontecer. Assim, em sua Óptica III, legou-nos inúmeras perguntas,
afirmando "não dispor de tempo para verificar experimentalmente as
respostas". Mas respondeu quase todas e a evolução da física, "ao dar no que
deu" ao final do século passado (XIX), demonstrou que ele estava certo. Vale
a pena ler na Óptica III (e também nos Principia) coisas que jamais foram
comentadas nas escolas:

1) A ação dos corpos sobre a luz à distância, inclinando os raios (questão 1
original, Óptica III);

2) a curvatura da luz "antes" da refração, algo que jamais seria explicado
por uma teoria ondulatória da luz (questão 4);

3) a existência de "vibrações" propagadas entre a luz e os corpos (na
realidade campos de forças a orientarem os raios de luz) (questão 17) e a
demonstrar que Newton jamais admitiu uma propagação instantânea para a luz,
ou seja, com velocidade infinita e a demonstrar também que Newton jamais
supôs que a duração deste processo pudesse ser desprezada (e
conseqüentemente, para Newton o tempo existia, sim);

4) Nas questões 18 a 24 faz considerações sobre o meio em que se propagam as
"vibrações" descritas anteriormente (para alguns, o éter, para Newton, o
espaço absoluto, ainda que faça considerações a respeito desse suposto
éter);

5) Nas questões 25 a 28 faz considerações sobre propriedades estranhas
apresentadas pelos raios de luz e hoje chamadas polarização, dicroísmo e
dupla refração. Na questão 26 fala sobre os "lados" dos raios de luz, como
que a assumir a existência de algo muito semelhante ao que no século XX foi
incorporado às teorias que falam sobre "spin" (naturalmente estou me
referindo a "spin" de bósons, relacionado à polarização da luz).

6) Na questão 28 propõe possíveis explicações para o que hoje chamamos leis
da difração, assumindo que a curvatura dos raios de luz "não é em direção à
sombra, mas a partir da sombra". As interpretações das leis da difração,
como as concebemos hoje, e que foram fundamentais para a "construção" da
física quântica, não levam em conta esta direção da inflexão. Conclui a
questão 28 rejeitando o éter e reforçando a idéia (já comentada em outros de
seus escritos) de uma causa para a gravidade que não a existência pura e
simples da matéria. Obviamente, está tentando demonstrar a compatibilidade
entre as "vibrações" dos corpos, capazes de "curvar a luz" com os campos de
força conhecidos até então.

7) Na questão 29 não apenas reforça o comentado a respeito às "vibrações"
mas também deixa claro que não está a fazer "conjecturas" a respeito. Apoia
suas conclusões em experiências efetivamente realizadas. E conclui por um
parentesco entre a natureza destas "vibrações" com a "virtude magnética",
novamente referindo-se aos "lados da luz", conceito este intimamente
relacionado ao que chamamos hoje polarização e/ou "spin".

8) Na questão 30 deixa antever que acreditava na natureza material da luz
(luz corpuscular). É importante perceber que aquilo que hoje concebemos como
luz não retrata apenas esta natureza corpuscular mas também as "vibrações"
trocadas entre os corpos e a luz (aí reside, muito provavelmente, o mistério
da dualidade). Obviamente, esta dualidade newtoniana é totalmente diversa da
dualidade da física moderna.

9) Na questão 31 questiona a origem dos campos de força conhecidos na época,
relacionando-os com as propriedades inerentes aos raios de luz e comentadas
nas questões anteriores.

10) Newton conclui a questão 31 deixando claro que sua "mecânica" (notem que
trata-se de uma obra sobre Óptica) está incompleta: "E, portanto, não tenho
escrúpulos em propor os princípios de movimento acima mencionados, sendo
eles de uma extensão muito geral, e deixar suas causas serem descobertas."

Reproduzi acima pequenos detalhes relativos "à lógica suprema, apresentada
por todos aqueles que realmente fizeram contribuições importantes em
ciência; e, desgraçadamente, criticada, ou mesmo ridicularizada, por todos
aqueles que em nome da ciência e, com recursos advindos da ciência, de tudo
fazem para escravizar aqueles que não tiveram a felicidade de conhecer a
autêntica ciência" (esse trecho extraí de um trabalho que escrevi há tempos
atrás).
.
> Só que, com aparecimento de teorias mais complexas, como a da
> relatividade, o tempo deixou de ser absoluto. Passou a ele tambem depender
> do referencial. A unica coisa absoluta passou a ser a velocidade da luz.

Bem lembrado. É importante realçar que Einstein nada mais fez do que
substituir um absolutismo por outro. E tanto ele sabia disso que não gostava
de chamar sua teoria por "teoria da relatividade", posto ser uma teoria tão
absolutista, ou mais, do que aquela que, pretensamente, viria a substituir.

> Quero aproveitar para lembrar que ciencia nada mais é do que um 'mecanismo
> de teste'. Não existem verdades absolutas.

Com efeito. O cientista é aquele que procura pela verdade, mesmo sabendo
que, provavelmente, jamais irá encontrá-la. Alguns julgam-se donos da
verdade mas dificilmente consigo enxergá-los como cientistas.

> Uma teoria só é boa enquanto os
> dados experimentais comprovam esta teoria.

Concordo. E é por acreditar nessa idéia que defendo a física newtoniana e
refuto a física moderna.

> A física newtoniana foi tida como
> perfeita enquanto os cientistas não encontraram fenomenos que ela não
> conseguisse explicar.

Há controvérsias a respeito. No século passado os cientistas não conseguiram
explicar determinados desvios da órbita dos planetas utilizando a física
clássica. Não me consta que houvesse alguém na época disposto a refutar a
física clássica. Os mais ousados começaram a procurar por novos planetas no
sistema solar a explicarem os desvios encontrados. Obviamente, até que os
novos planetas fossem encontrados, os físicos estavam em apuros pois, até
então, tudo se passava como se estivessem aceitando hipóteses "ad hoc".

Hoje em dia a aceitação de hipóteses "ad hoc" não atormenta mais os
físicos, posto que cria-se uma ou mais hipóteses "ad hoc" para cada
experiência que vá contra a física quântica ou a teoria da relatividade, e
ninguém procura verificar se são hipóteses com ou sem fundamento lógico.
Lembro que a física quântica é aceita por seus defensores como uma teoria
completa. Logo, qualquer hipótese a ser acrescentada será, sem dúvida, uma
hipótese "ad hoc". Por outro lado, e como Bohr deixou claro, qualquer
tentativa de se acrescentar novas hipóteses fundamentais à teoria terá como
conseqûência sua despersonalização total. Isto não acontece com a física
newtoniana, o que também foi deixado claro pelo próprio Newton.

> Quando estes fenomenos começaram a ser estudados,
> ficou claro que eram necessários outras teorias, que a englobassem como um
> 'caso especial'.

Isto nem sempre é verdadeiro. Essa história de que uma teoria sempre engloba
a anterior é "papo furado" de físico medíocre. Aqueles que se julgam donos
da verdade não querem admitir que um dia poderão ser suplantados. Criam
então uma fantasia a dizer que as asneiras que hoje aceitam como verdades,
serão casos particulares de uma verdade maior.

Há dez anos existia, em biologia, cinco teorias a explicarem a fosforilação
oxidativa. Apenas uma, ou talvez nenhuma, poderia ser verdadeira, e nenhuma
destas era caso particular de qualquer das demais. Na década de 70, em
medicina, existiam 19 teorias destinadas a explicar a eclâmpsia (doença
hipertensiva relacionada com a gravidez) e sabia-se que pelo menos 18 eram
incorretas.

Ora, como pode uma física que tem por limite a velocidade da luz (absoluta,
no caso) reduzir-se a outra física que, em teoria, admite velocidades
superiores à da luz? Por outro lado, a física clássica "não newtoniana"
somente seria um caso particular da teoria da relatividade de Einstein em
condições de velocidade nula. Até chegarmos na velocidade nula haverá sempre
um fator de erro, por menor que seja; e ao chegarmos na velocidade nula o
que chamamos mecânica reduz-se à estática e o limite deixa de ter
importância teórica.

Poderíamos, quando muito, dizer que na PRÁTICA as duas teorias fazem
previsões e que, ao reduzirmos a velocidade de um hipotético objeto
considerado, estas previsões aproximam-se da identidade, tal e qual no
limite matemático. Mas isso não é o mesmo que dizer que uma TEORIA é um caso
especial da outra, mesmo porque os princípios em que se apoia a teoria da
relatividade são os mesmos independentemente da velocidade do objeto
considerado. Ou seja, os princípios em que se apoia a física clássica não
são casos limites dos princípios em que se apoia a física moderna, ainda que
as mensurações deles decorrentes possam, em alguns casos, se identificar. Em
resumo, uma TEORIA não é um caso limite da outra.

> Sobre a mecanica quantica. ...
> Enquanto ela explicar a verdade, ela vai ser verdade :)

Gostaria muito de saber qual(is) é(são) essa(s) verdade(s). Há dez anos
atrás o "teletransporte" teria sido considerado uma prova evidencial a
derrubar a física quântica; há dois anos começaram a chamá-lo por
"teletransporte quântico" e hoje já há quem diga que representa uma das
maravilhosas previsões da física quântica. Não existe na história das
ciências uma única teoria tão supreprotegida quanto a física quântica. Não
existe na história das ciências uma única teoria a comportar tantas
hipóteses "ad hoc" quanto a física quantica. Se isso é explicar a verdade,
então não sei o que seria essa verdade.

> Posso estar sendo muito 'romantico' ou ingenuo pensando assim.

O romantismo faz bem à ciência, desde que não se confunda alhos com bugalhos
e/ou saiba-se separar o jôio do trigo. Quanto à ingenuidade, todos nós somos
mais ou menos ingênuos e, para tal, o tempo é o melhor remédio.

> Bem, fisicos
> da lista, me mostrem que estou errado. Não é uma bravata... quero aprender
> :)

Como, no sentido estrito do termo, não sou físico, faço minhas as suas
palavras :)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: [ciencialist] Re: choque no carro
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/03/2000 15:45

>>... Duas tachinhas, uma por dentro e outra por fora, fazendo uma
conexão elétrica, são outra possibilidade.<<

Antonio Carlos M. de Queiroz

Genial esse recurso das tachinhas.

>>> ...Antes de tocar no carro, tenha um mãos uma das
extremidades de um fio de cobre e a outra embaixo do sapato.<<<

Léo

Vou tentar , aproveitando sua sugestão, utilizar um fio fininho de
cobre atravessando o solado, acho que poderia funcionar.


>>...segurar na parte de cima da porta, que é de metal, e continuar
segurando até por os pés no chão... Comigo funcionou muito bem. Boa
sorte.<<

Ronaldo.

Funciona bem para sair do carro. Para descarregar a eletricidade do
corpo da gente acho melhor ter sempre um contato com a "terra". Será
que essa eletricidade estática acumulada continuamente não faz mal à
saúde?

Obrigado a todos pela atenção,

[]s

Douglas

"Posso não concordar com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei
até a morte o vosso direito de dizê-lo" (Voltaire)







SUBJECT: [ciencialist] tempo encolhe
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/03/2000 16:47

Alberto e ciencialistas,

Sou apenas uma pessoa interessada nos conceitos básicos das ciências,
por isso pergunto a quem realmente entende e possa me explicar:

A física pós-einsteiniana, diz que o tempo "encolhe" quando se aumenta
a velocidade. Na antiga e simples expressão v=e/t
não acontece isso? Qual a diferença, ou qual a novidade?

Obrigado pela atenção,

[]'s

Douglas

"Posso não concordar com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei
até a morte o vosso direito de dizê-lo" (Voltaire)










SUBJECT: [ciencialist] Re: choque no carro
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/03/2000 16:51

Douglas wrote:

> >>... Duas tachinhas, uma por dentro e outra por fora, fazendo uma
> conexão elétrica, são outra possibilidade.<<

> Genial esse recurso das tachinhas.

Em alguns lugares muito secos, onde o problema é comum, vendem um
dispositivo que é essencialmente isto. Não gostei muito da idéia
das tachinhas depois que escreví. Podem se soltar e espetar, arranhar
assoalhos, ou podem causar vazamento no sapato. É necessário montar
o sistema com algum cuidado. Com cola para reforçar talvez, e
inspecionar sempre. Um furo preenchido com borracha condutiva, ou
com couro, seria mais seguro.

>...

> Funciona bem para sair do carro. Para descarregar a eletricidade do
> corpo da gente acho melhor ter sempre um contato com a "terra". Será
> que essa eletricidade estática acumulada continuamente não faz mal à
> saúde?

Não há evidências disto. Mal psicológico talvez, causando receio de
tocar coisas aterradas...

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: [ciencialist] mais helio...
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/03/2000 17:40

em http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4399.html?
e http://www.eGroups.com/group/ciencialist/4449.html?

fiz alguns calculos, mas revendo-os descobri alguns erros:

a)massa da atmosfera:
*0,0000051x10^24kg (eu usei o dado como valor relativo)
b)massa da crosta:
*0,026x10^24kg (o mesmo erro)
[http://seds.lpl.arizona.edu/nineplanets/nineplanets/earth.html]

c)massa molar de U-238: ~238 g/mol.
[http://www.webelements.com/webelements/elements/text/key/U.html]
d)concentracao de U na crosta: 1800 ppb (em massa)
[http://www.webelements.com/webelements/elements/text/geol/U.html]

e1)concentracao de He na atmosfera:
0,0005 (5 ppm) - (em mol)
[http://pollux.geog.ucsb.edu/~joel/g110_w00/lect02/table1_1.htm]
*e2)5,24 ppm - (em mol)
[http://www.indwes.edu/Faculty/bcupp/solarsys/Earth.htm]

f)massa molar media do ar:
28,97 g/mol
[http://www.indwes.edu/Faculty/bcupp/solarsys/Earth.htm]

*a1) 'a' em g - 0,0000051x10^27 g (massa da atmosfera) - (me esqueci dessa
transformacao)

g) n de particulas no ar: a1/f = 1,76*10^20 mols

h) n de He no ar:
h1) e1 x g = 8,80x10^14 mols
h2) e2 x g = 9,22x10^14 mols

*b1) 'b' em g - 0,026x10^27 g (massa da crosta) - (me esqueci dessa
transformacao)

i) massa de U na crosta: b1 x d = 4,68x10^19 g

j) n de U na crosta: i/c = 1,97x10^17 mols
j1) n de U-238 na crosta = j * 0,9927 = 1,95x10^17 mols
^
|
[http://www.webelements.com/webelements/elements/text/isot/U.html]

-----
k) meia-vida de U-238:
~4,5x10^9 anos
(decaimento: U-238 -> Th-234 + alfa)
[http://www.webelements.com/webelements/elements/text/radio/U.html]
---
l) quantidade de U-238 ha' 4,5x10^9 anos:
j1*2^(4,5x10^9/4,5x10^9) = 1,95x10^17

m) quantidade de particulas alfa produzidas = l = 1,95x10^17 mols
m1) quantidade de He produzido ~ l ~ 1,95x10^17 mols

n) fracao do He produzido pelo decaimento de U-238 em relacao ao He do ar:
n1) m1/h1 = 221,59
n2) m1/h2 = 211,50

[nota/retificacao: eu tinha chutado q. no manto a qtdade de U deveria ser
maior do q. na crosta - a informacao q. tenho eh q. quase todo o U do
manto jah teria sido transferido para a crosta (embora nao saiba se isso
eh apenas em termos relativos aa quantidade inicial no manto)]

de qq forma com esses novos calculos me parece q. a producao endogena de
He por decaimento radioativo de elementos mais pesados possa ser
reabilitada. (claro q. isso nao deve ser tomado a serio de todo modo -
mas alguem se candidata a ver se tem ainda alguma falha? - ainda nao
descarto algum erro...)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] serah q. ele eh?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/03/2000 17:44

http://www.newscientist.com/nl/0401/fingers.html

alguem compra essa hipotese?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: mais helio...
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/03/2000 17:48

> e1)concentracao de He na atmosfera:
> 0,0005 (5 ppm) - (em mol)

ups! 0,0005% - mas os calculos nao foram afetados.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: mais helio...
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/03/2000 18:27



Roberto Mitsuo Takata wrote:

>
> de qq forma com esses novos calculos me parece q. a producao endogena de
> He por decaimento radioativo de elementos mais pesados possa ser
> reabilitada. (claro q. isso nao deve ser tomado a serio de todo modo -
> mas alguem se candidata a ver se tem ainda alguma falha? - ainda nao
> descarto algum erro...)
>

Existe um pequeno erro estrutural, tanto no meu calculo do He via Gravidade
qto no seu por decaimento radioativo :
A comparacao com o He presente hoje nao tem muito sentido.
Nao estamos levando em consideracao que o He produzido tambem se
"evapora" para o espaco. Isto eh , se os calculos mostram q a qtdade
de He produzido por decaimento ou atracao gravitacional NAO sao
suficientes para explicar o He atual q diremos entao se levarmos em conta
sua taxa de evaporacao? Menos ainda.
Ou seja supondo q o He inicial ja tenha sido vaporizado o q eu ainda
nao me convenci, deveremos buscar novas "fontes" de He q explique o He
presente.

Tenho uma nova hipotese :

O He pode ser proveniente do SOL, trazido junto com o vento solar.
Para isso deveremos calcular a velocidade de escape no sol e a temperatura
de sua superficie e ainda dar uma colher de cha para a ajuda do vento solar.
Boa idéia?

[]s
jocax
.




SUBJECT: [ciencialist] Re: serah q. ele eh?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/03/2000 19:01

> http://www.newscientist.com/nl/0401/fingers.html
>
> alguem compra essa hipotese?

Eu tenho uma nova teoria sobre a origem dos Gays ( nada contra eles ).

Pelo fato de ser uma taxa grande da populacao , se nao me engano de cerca de
10%,
isso sugere que , se for uma tendencia genetica, como acredito, deve ser
explicada.
Ou seja se os gays tem origem (ao menos parcialmente) genetica,
entao o o alto indice de Gays na populacao tem q ser explicado por um
mecanismo
darwiniano.

O mecanismo eh semelhante ao q eu li certa vez a respeito de que eles
poderiam ajudar
"em casa" de algum modo aumentando as chances de sobrevivencia de seus
sobrinhos
(que tem seus genes).

Acho q em um ambiente muito competitivo onde o homem tem q se preocupar muito
com detalhes corriqueiros da familia nao sobra tempo para q ele proprio
desenvolva
aptidoes e/ou alcance posicoes de destaque politico dentro de seu ambiente
social
ou de trabalho. Assim se na familia houver um gay ele podera galgar estes
degraus
socio-economicos com + facilidade que um homem com familia e,
como uma "ponta de lança", abrir caminho para seus parentes proximos.

Isto poderia ser, do ponto de vista evolutivo, vantajoso para os genes da
familia
como um todo.

[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Poincarare' e o Caos
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/03/2000 21:39

Amigos:

- Estou lendo um livro chamado "Caos, Acaso e
Determinismo", editora UFRJ, com organizacao
de Antonio Maria da Silveira, dentre outros.

- Em um dos artigos, e' mencionado que, apesar
de Edward Lorenz ser conhecido como o precursor
da Teoria do Caos, Henri Poincare', no inicio
do seculo, ja' havia enfrentado um problema
"dependente das condicoes iniciais", quando
estudava "tres corpos interagindo gravitacionalmente",
como o Sol, a Terra e a Lua.

- Alguem pode me fornecer mais detalhes sobre esse
trabalho de Poincare' ? (numa linguagem bem
facil, por favor, pois estou me iniciando em
Ciencias)

- Grato.

Paulo Sergio Dias
psdias@zaz.com.br




SUBJECT: [ciencialist] Re: Testes Simples
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/03/2000 21:56

> significa que para ele ser totalmente invisível ele também teria que ser cego.

existiria alguma prova inequivoca no seriado de q. o homem invisivel
enxergava? ou melhor, via como nos? (assim, apenas em termos de divagacao
teorica - e nao fazendo ponto de defesa)

[]s,

roberto takata




SUBJECT: [ciencialist] Re: mais helio...
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/03/2000 22:14

> Existe um pequeno erro estrutural, tanto no meu calculo do He via Gravidade
> qto no seu por decaimento radioativo :
> A comparacao com o He presente hoje nao tem muito sentido.
> Nao estamos levando em consideracao que o He produzido tambem se
> "evapora" para o espaco. Isto eh , se os calculos mostram q a qtdade
> de He produzido por decaimento ou atracao gravitacional NAO sao
> suficientes para explicar o He atual q diremos entao se levarmos em conta
> sua taxa de evaporacao? Menos ainda.
> Ou seja supondo q o He inicial ja tenha sido vaporizado o q eu ainda
> nao me convenci, deveremos buscar novas "fontes" de He q explique o He
> presente.

bem, pra isso teriamos q. estabelecer q. a cinetica dos gases tenha contra
o He produzido por decaimento radioativo um preconceito ferrenho...

>
> Tenho uma nova hipotese :
>
> O He pode ser proveniente do SOL, trazido junto com o vento solar.
> Para isso deveremos calcular a velocidade de escape no sol e a temperatura
> de sua superficie e ainda dar uma colher de cha para a ajuda do vento solar.
> Boa idéia?

a velocidade media das particulas eh dada por:

v<media> = [(3*k*T)/m]^0,5, em q. k eh a cte de boltzman, T temperatura em
K e m a massa das particulas.

m<He> = 4g/mol = 4x10^-3kg/mol = 6,67x10^-27 kg/atomo
k = 1,3807x10^-23 J/K
T<sol> = 5800 K (superficie)

v<media-He-sol> = 6.003 m/s (6 km/s)

v<escape> = (2*G*M/R)^0,5 - em q. G eh a cte gravitacional, M a massa do
corpo e R o raio do centro de massa ao ponto considerado.

G = 6,67×10^-11 (N.m^2)/kg^2
M<sol> = 1,989x10^30 kg
R<sol> = 695.000.000 m

v<escape-sol> = 617.878 m/s (618 km/s)

proporcao de elementos no sol: 0,921 de H e 0,078 de He (em numero de
atomos)

quem duvidar q. integre a funcao abaixo da velocidade de escape ao
infinito:

P(x) = (1/(2*PI)^0,5)*e^-((m*v^2)/(2*k*T))

[pode botar T = 1.000.000 K]

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: tempo encolhe
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/03/2000 22:19

> A física pós-einsteiniana, diz que o tempo "encolhe" quando se aumenta
> a velocidade. Na antiga e simples expressão v=e/t
> não acontece isso? Qual a diferença, ou qual a novidade?

oia o biologo metendo o bedelho de novo...

na verdade o tempo expande, o q. encolhe eh o espaco com o aumento da
velicidade...

a equacao eh:

t = to/(1-v^2/c^2)^0,5
l = lo*(1-v^2/c^2)^0,5

eh uma relacao trigonometrica simples - questao de projecao...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Testes Simples
FROM: Renato Martins Bezerra <cavalo@fortalnet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/03/2000 22:38

Oi, Luiz, um dos graves erros desses filmes de homens invisíveis é apenas uma questão óbvia de óptica. Tudo o que nós vemos são reflexos de luz, melhor explicando, se eu estou vendo o prato de salada que está à minha frente agora, é porque a luz bate nele e reflete no meu olho, daí por esse motivo também ser óbvia a visão do meu olho já que a luz bate nele, sem querer me alongar, isso significa que para ele ser totalmente invisível ele também teria que ser cego. Espero com ânsia a resoluçao dos outros problemas.
Renato Martins Bezerra- Engenheiro de pesca da Universidade Federal do Ceará.

Luiz Ferraz Netto escreveu:

Coloquei esses testes numa outra lista de jovens estudantes. Não é nível
para essa lista ... mas, 'vamlá' como recordação:
----------------------------------------------------------------------------
-----------------------
Testes são excelentes treinamento do aprendizado. Vejamos esses:

A. "Os filmes do Homem Invisível são sem dúvida os de produção menos
dispendiosa; nem mesmo artista algum é necessário na fase de invisibilidade.
Qual o grave erro científico nesses filmes?"

B. "Um dos tais 'homens invisíveis' postos no cinema usava de um relógio de
pulso para, quando acionado, tornar-se invisível por até 24 horas. Além do
erro acima (A), acrescentaram mais outro. Qual é?"

C. "Qual a técnica e teoria para se fazer bolas de neve?"

D. "O que é a 'marca de Lloyd' ou 'linha Plinsoll'?"

E. "Por que água e sabão tiram a sujeira?"

[]'s
Léo

------------------------------------------------------------------------
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http://www.egroups.com - Simplifying group communications

 

SUBJECT: [ciencialist] Pombos voadores
FROM: Renato Martins Bezerra <cavalo@fortalnet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/03/2000 22:49

Oi pessoal da lista, espero que todos estejam bem,
estou mandando este mail para perguntar a todos qual é o mecnismo de
orientação que os pombos têm que os permite voltarem ao lugar de criação
mesmo estando a quilômetros de distância e tendo viajado com os olhos
totalmente vendados.



SUBJECT: [ciencialist] Re: Testes Simples
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/03/2000 00:12


Assunto: [ciencialist] Re: Testes Simples


> > significa que para ele ser totalmente invisível ele também teria que ser
cego.
>
> existiria alguma prova inequivoca no seriado de q. o homem invisivel
> enxergava? ou melhor, via como nos? (assim, apenas em termos de divagacao
> teorica - e nao fazendo ponto de defesa)
>
> []s,
>
> roberto takata
>

Se H. G. Wells tivesse parado para se fazer essa pergunta sobre a
possibilidade de um homem invisível enxergar, antes de escrever sua novela,
nós nunca teríamos tido o prazer de ler sua absorvente narrativa.
Realmente, para um ser invisível, a luz não pode sofrer qualquer refração ao
penetrar no 'olho' e, em conseqüência, seus raios não poderão se concentrar
em um único ponto para produzir imagens sobre a 'retina' (que sendo
invisível, tb, deixaria os raios passarem direto e não excitariam cones e
bastonetes).
Mas, se vc ficar na porta do cinema, após a exibição de tal filme, poderá
até 'ler a mente' dos jovens que de lá saem: "puxa como gostaria de ser
invisível ... iria entrar no quarto da vizinha.....". E fico eu matutando:
"só se ele usar uma bengala para ir batendo nas paredes até chegar ao quarto
da vizinha ... ceguinho da silva!".
No filme não há a mínima referência sobre o assunto ... nem poderia ter ...
acabaria com a graça do filme!
Um detalhe 'biólogo': todas as criaturas que são transparentes (ou quase),
para sua proteção, têm olhos que não são completamente transparentes ...
desde que tenham olhos. No mar, um tanto abaixo da superfície, suponho que a
maioria dos animalúnculos sejam transparentes e sem cor ... sendo visíveis
apenas por seus pequenos olhos pretos.
É bem provável que Wells tenha deliberadamente omitido o ponto fraco do
homem invisível. Isso é mais ou menos comum em suas obras de ficção
científica (obscurecendo deliberadamente o defeito básico por excesso de
detalhes realísticos).

[]'s
Léo



SUBJECT: [ciencialist] Re: serah q. ele eh?
FROM: "Daniel Sottomaior Pereira" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 31/03/2000 00:49

roberto mitsuo takata <rm-@ib.usp.br> wrote:
original article:http://www.egroups.com/group/ciencialist/?start=4457
> http://www.newscientist.com/nl/0401/fingers.html
>
> alguem compra essa hipotese?


Falaverdade, tem alguém que leu e não olhou pra mão a hora??
LOL

Olha, a idéia é interessante, mas as evidências ainda me parecem meio
esparsas. Chega a ter um cara de pseudociência com o preconceito que a
caracteriza, mas nao tenho elementos para substanciar isso.


Daniel



SUBJECT: [ciencialist] Re: tempo encolhe
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/03/2000 01:08

> Alberto e ciencialistas,
>
> A física pós-einsteiniana, diz que o tempo "encolhe" quando se aumenta
> a velocidade. Na antiga e simples expressão v=e/t
> não acontece isso? Qual a diferença, ou qual a novidade?
>

Olá Douglas

Eu não sou a pessoa mais indicada para responder suas dúvidas, mesmo porque
sou um "físico" newtoniano. Apenas acho que alguém precisa completar a
física newtoniana de maneira que ela venha por si só, e sem a apelação para
os absurdos aceitos pelos físicos modernos, a explicar algumas aberrações
encontradas ao final do século passado (em especial, após a aceitação da
teoria eletromagnética de Maxwell).

Não obstante, vou reproduzir algo que escrevi há algum tempo. Antes disso
vale a pena citar os postulados básicos da teoria da relatividade restrita
(ou especial). A teoria aceita como verdadeiras (e portanto sem
contestações) as seguintes afirmações:

1) A velocidade da luz no vácuo é a mesma em todos os sistemas coordenados
que se movem uniformemente uns em relação aos outros.

2) jTodas as leis da natureza são as mesmas em todos os sistemas coordenados
que se movem uniformemente uns em relação aos outros.

Vamos agora ao texto:

O Tempo Relativo:

Imagine que você está na extremidade traseira de um vagão de trem de
comprimento e = 1 km e emite, através de uma lanterna, um feixe de luz que
será captado por um observador situado na outra extremidade. Como c = e/t (c
= velocidade da luz), podemos dizer que o feixe de luz atingirá a
extremidade oposta após um intervalo de tempo igual a t = e/c = 1/300000 s
(isto em acordo com a teoria da relatividade, pois c = 300000 km/s).

Admita, ainda, que o trem se move, em relação à terra firme a uma velocidade
igual a 90% da velocidade da luz, ou seja, v = 270000 km/s. Um observador
externo ao trem verificará que, em relação ao seu referencial, a luz
percorre um espaço L superior ao comprimento do trem; isto porque, estando o
trem em movimento, a parede dianteira se afasta do raio de luz (isto seria
previsto até mesmo pela teoria clássica). Como pela teoria da relatividade c
independe do referencial, o observador externo calculará o tempo percorrido
pela luz como t = E/c, em que E é igual ao comprimento do trem mais um fator
clássico e dependente de sua velocidade, entrando aqui também um fator
relativístico a que alguns costumam chamar por "contração" do trem (isto
graças ao postulado 1 citado acima).

De qualquer forma, o efeito resultante será que o tempo calculado pelo
observador externo ao trem é diferente do tempo calculado pelo observador
passageiro do trem (e isto graças ao fator relativístico considerado bem
como à constância absoluta de c -- observar que após as correções
relativísticas, E continua diferente de e). E, no entanto, ambos mediram o
tempo decorrido pela mesma experiência, apenas que observada por
referenciais diferentes. A conclusão a que se chega é que, pela teoria da
relatividade de Einstein, o tempo é diferente para cada referencial. Ou que
os relógios deverão andar em ritmos diferentes.

A teoria é totalmente estranha e, eu diria mesmo, absurda, não fosse por uma
constatação experimental já praticamente comprovada. Por incrível que
pareça, relógios ultraprecisos atrasam-se quando sujeitos a grandes
velocidades.

Será que a única explicação para a relatividade do tempo é aquela dada pela
teoria da relatividade einsteiniana? Afinal, o que é um relógio?

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm

PS.: "Contração" e/ou "dilatação" do espaço/tempo são efeitos relativos. Ao
que tudo indica, ninguém iria se sentir esmagado ou, então, com a sensação
de que o tempo passa mais depressa ao embarcar numa nave relativística (pelo
menos após cessar o efeito devido à aceleração). As distorções ocorrem ao
compararmos medições efetuadas num referencial com medições efetuadas no
outro.



SUBJECT: [ciencialist] Re: Poincarare' e o Caos
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/03/2000 08:05



Paulo Sérgio Dias wrote:

> Amigos:
>
> - Estou lendo um livro chamado "Caos, Acaso e
> Determinismo", editora UFRJ, com organizacao
> de Antonio Maria da Silveira, dentre outros.
>
> - Em um dos artigos, e' mencionado que, apesar
> de Edward Lorenz ser conhecido como o precursor
> da Teoria do Caos, Henri Poincare', no inicio
> do seculo, ja' havia enfrentado um problema
> "dependente das condicoes iniciais", quando
> estudava "tres corpos interagindo gravitacionalmente",
> como o Sol, a Terra e a Lua.
>

Eh o q eu estava dizendo Paulo, o problema da estabilidade dos 3 corpos eh um
dos
problemas de fisica classica mais dificeis e, que eu saiba, ainda nao foi
resolvido
matematicamente.( Solucoes computacionais por simulacao sempre existem ).
Nao estou muito por dentro da teoria do caos, mas eu sei q esta teoria
estuda sistemas altamente instaveis e *extremamente* sensiveis aas condicoes
iniciais de modo que eh praticamente impossivel predicoes de seu estado
futuro.
Isto porque, embora o sistema siga as leis da fisica, a alta complexidade de
suas
partes integrantes e a sensibilidade das condicoes iniciais, tornam ineficazes
a
aplicacao da fisica classica. Um exemplo : Se o problema dos 3 corpos nao
eh ainda soluvel matematicamente o que dizer quando se leva em conta as
interacoes
de um numero enorme de particulas como a atmosfera? ( clima )
A abordagem deve ser outra.
Existe uma historia q mostra o quao dependente das condicoes iniciais pode ser

o sistema : " O bater de asas de uma borboleta na amazonia podera alterar o
clima de
sao paulo em um certo tempo".

[]s
jocax




SUBJECT: [ciencialist] Re: Testes Simples
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/03/2000 08:16



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> > significa que para ele ser totalmente invisível ele também teria que ser cego.
>
> existiria alguma prova inequivoca no seriado de q. o homem invisivel
> enxergava? ou melhor, via como nos? (assim, apenas em termos de divagacao
> teorica - e nao fazendo ponto de defesa)
>

Poderia se supor q a invisibilidade alteraria os bastonetes de modo a
*permitir* a visao de ondas fora da faixa do visivel : ultra violeta e/ou
infra-vermelho.

[]s
jocax



SUBJECT: [ciencialist] Re: mais helio...
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@spider.uspnet.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/03/2000 08:35



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> > Existe um pequeno erro estrutural, tanto no meu calculo do He via Gravidade
> > qto no seu por decaimento radioativo :
> > A comparacao com o He presente hoje nao tem muito sentido.
> > Nao estamos levando em consideracao que o He produzido tambem se
> > "evapora" para o espaco. Isto eh , se os calculos mostram q a qtdade
> > de He produzido por decaimento ou atracao gravitacional NAO sao
> > suficientes para explicar o He atual q diremos entao se levarmos em conta
> > sua taxa de evaporacao? Menos ainda.
> > Ou seja supondo q o He inicial ja tenha sido vaporizado o q eu ainda
> > nao me convenci, deveremos buscar novas "fontes" de He q explique o He
> > presente.
>
> bem, pra isso teriamos q. estabelecer q. a cinetica dos gases tenha contra
> o He produzido por decaimento radioativo um preconceito ferrenho...
>

Ok, vou supor q o He residual ja tenha ido e q a permanencia de He na terra
nao seja "muito" duradoura.


>
> >
> > Tenho uma nova hipotese :
> >
> > O He pode ser proveniente do SOL, trazido junto com o vento solar.
> > Para isso deveremos calcular a velocidade de escape no sol e a temperatura
> > de sua superficie e ainda dar uma colher de cha para a ajuda do vento solar.
> > Boa idéia?
>
> a velocidade media das particulas eh dada por:
>
> v<media> = [(3*k*T)/m]^0,5, em q. k eh a cte de boltzman, T temperatura em
> K e m a massa das particulas.
>
> m<He> = 4g/mol = 4x10^-3kg/mol = 6,67x10^-27 kg/atomo
> k = 1,3807x10^-23 J/K
> T<sol> = 5800 K (superficie)
>
> v<media-He-sol> = 6.003 m/s (6 km/s)
>
> v<escape> = (2*G*M/R)^0,5 - em q. G eh a cte gravitacional, M a massa do
> corpo e R o raio do centro de massa ao ponto considerado.
>
> G = 6,67×10^-11 (N.m^2)/kg^2
> M<sol> = 1,989x10^30 kg
> R<sol> = 695.000.000 m
>
> v<escape-sol> = 617.878 m/s (618 km/s)
>
> proporcao de elementos no sol: 0,921 de H e 0,078 de He (em numero de
> atomos)
>
> quem duvidar q. integre a funcao abaixo da velocidade de escape ao
> infinito:
>

Duvidar de que ?
Existe alguns "porens" que vc nao levou em conta :

1- Nao precisamos integrar da velocidade de escape ao infinito:
Precisamos da velocidade necessaria para o Helio cheque ateh o nivel da
orbita da terra ( que eh uma velocidade menor a a velocidade de escape).

2- Os fotins "carregam" momento de modo que o He sofreria um empurrao
constante e *nao* desprezivel deste vento solar em sua direcao aa terra,
diminuindo ainda mais a necesside de uma velocidade muito alta para nos atingir.

3- Se a teoria do He volatil na terra esta certa e a "minha?" teoria do He
proveniente
do sol tambem, entao a taxa de entrada e saida de He da terra ja deve ter atingido

um certo regime de modo q poderiamos testar a hipotese colhendo amostras de He
de varios periodos da terra ( numa faixa de menos de 1 bilhao de anos ).
Se a composicao do He permanecer estavel corroborara para a teoria do He
do Sol. Se a taxa de He estiver diminuindo da atmosfera, entao a hipotese do
He solar esta descartada.

[]s
jocax




SUBJECT: [ciencialist] Re: Tempo existe ou nao
FROM: LRB@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/03/2000 10:10

> Sobre a mecanica quantica. Embora nco entenda muita coisa sobre ela, tendo a
> concordar com Einstein, que dizia que "Deus nco joga Dados". Uma teoria que
> explica as coisas por probabilidades nco me parece completa. Acredito que
> ela seja um 'quebra-galho', como eram os epiciclos ptolomaicos (nco era
> possmvel que os planetas se movimentassem daquela maneira, mas os calculos
> funcionavam, entao tinha que se engolir). Assim i a fisica quantica... Ela
> funciona... Enquanto ela explicar a verdade, ela vai ser verdade :)
>
> Posso estar sendo muito 'romantico' ou ingenuo pensando assim. Bem, fisicos
> da lista, me mostrem que estou errado. Nco i uma bravata... quero aprender
> :)
> Um abrago,
> Eduardo

Tratando sobre esses assuntos ... fisica newtoniana, relativistica,
quantica, tempo... existe um livro muito bom que eh o "Fisica e
filosofia" do Werner Heisenberg.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna


SUBJECT: [ciencialist] Re: piadinhas
FROM: LRB@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/03/2000 13:00


Aproveitando o bonde.. vou fazer uma propaganda da minha pagina sobre
Humor na Ciencia, http://ciencia.jumpfun.com .

Quem tiver material eh soh me mandar.
Desculpe a repeticao.

Ateh mais. :)
Luis Roberto Brudna.



SUBJECT: [ciencialist] Re: mais helio...
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/03/2000 13:56

> > bem, pra isso teriamos q. estabelecer q. a cinetica dos gases tenha contra
> > o He produzido por decaimento radioativo um preconceito ferrenho...
> >
>
> Ok, vou supor q o He residual ja tenha ido e q a permanencia de He na terra
> nao seja "muito" duradoura.

a ideia basica eh assim: suponha q. se tenha um copo cheio de leite, de
tempos em tempos retiramos uma aliquota q. serah proporcional ao volume
restante no copo. a cada intervalo colocamos uma pequna gota de cafeh -
gotas sucessivamente menores - misturamos.

depois de um tempo sh restarah cafeh no copo...

o q. precisamos saber eh: a quantidade inicial de leite, a aliquota
retirada, os volumes das gotas de cafeh.com isso poderemos calcular qto
cafeh terah no copo (proporcionalmente ao volume) depois de um dado
intervalo.

como o He deveria compor ateh cerca de 10% da atmosfera primordial, eh
possivel/provavel q. o He gerado por decaimento nao seja tao significativo
como sugeri. o He original deve ainda ser o principal componente do He
atual.

> 1- Nao precisamos integrar da velocidade de escape ao infinito:
> Precisamos da velocidade necessaria para o Helio cheque ateh o nivel da
> orbita da terra ( que eh uma velocidade menor a a velocidade de escape).

desconsiderando q. nesse caso o sol vai entao puxar de volta muito desse
He... mas pode usar essa velocidade como limite inferior.

> 2- Os fotins "carregam" momento de modo que o He sofreria um empurrao
> constante e *nao* desprezivel deste vento solar em sua direcao aa terra,
> diminuindo ainda mais a necesside de uma velocidade muito alta para nos atingir.

desconsiderando q. o vento solar vai arrancar o He jah presente em nossa
atmosfera. mas tbm pode colocar isso no calculo.

> 3- Se a teoria do He volatil na terra esta certa e a "minha?" teoria do He
> proveniente
> do sol tambem, entao a taxa de entrada e saida de He da terra ja deve ter atingido
> um certo regime de modo q poderiamos testar a hipotese colhendo amostras de He
> de varios periodos da terra ( numa faixa de menos de 1 bilhao de anos ).
> Se a composicao do He permanecer estavel corroborara para a teoria do He
> do Sol. Se a taxa de He estiver diminuindo da atmosfera, entao a hipotese do
> He solar esta descartada.

por q. de menos de 1 bilhao de anos?(eh um valor chutado ou vc tem algum
calculo q. estabelece isso como um limite razoavel?)

http://search.eb.com/bol/topic?eu=118221&sctn=10#s_top
http://search.eb.com/bol/topic?eu=118221&sctn=11
http://search.eb.com/bol/topic?eu=118221&sctn=6
http://search.eb.com/bol/topic?eu=1721&sctn=1#s_top
http://search.eb.com/bol/topic?eu=118221&sctn=16
http://encarta.msn.com/index/conciseindex/2A/02ACF000.htm



roberto takata






SUBJECT: [ciencialist] piadinhas
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/03/2000 15:34

nao sao tao engracadas, mas...
----
Deseja publicar na IEEE?

Imagine que vc quer publicar algo bem simples como:

1+1=2 eq1

Isso nao eh lah muito impressionante. Se vc quer q. seu artigo seja aceito
pelo revisores da IEEE, vc deve ser mais *abstrato*. Assim, vc pode
rebuscar o termo 'a esquerda da expressao usando:

1 = ln(e) e sen2(x) + cos2(x)

O termo 'a direita pode ser definido como:

2 = (Somatorio para n=0 a n=infinito) 1/2n (um sobre dois elevado a ene)

Desse modo, eq1 pode ser expresso mais'cientificamente' como:

ln(e)+(sen2(x)+cos2(x)) = (somatorio)1/2n eq2

que eh muito mais impressionante. No entanto, nao eh necessario parar por
aqui. A expressao pode ser complementada usando:

1=consh(y)*(1-tan2(y))^0,5 e e=lim(1+1/z)^z
z->0

A eq2 pode assim ser reescrita como:

ln[lim(1+1/z)^z]+(sen2x+cos2x) = (somatorio)cosh(y(1-tanh2(y))^0,5)/2^n
z->0 eq 3

Nota: outros metodos similares podem ser usados para aumentar o seu
prestigio uma vez que tenha apreendido os principios basicos.
--------
Historia do ensino de matematica.

1950: Um capial vendeu um saco de batatas por $10,00. Os custos
correspondem a 4/5 do preco. De quanto foi o lucro?

1960: Um agricultor vendeu um saco de batatas por $10,00. Os
custos correspondem a 4/5 do preco. De quanto foi o lucro?

1970: Um agricultor vendeu um saco de batatas por $10,00. Os custos
correspondem a 4/5 do preco, isto eh, $8,00. De quanto foi o lucro?

1970 (a nova matematica): Um agricultor trocou um conjunto B de batatas
por um conjunto D de dinheiro com cardinalidade 10. O subconjunto C de
custos correspondem a 8 unidades do conjunto D. Delimite na figura o
subconjunto C e determine a cardinalidade do subconjunto L de lucro.

1980: Um agricultor vendeu um saco de batatas por $10,00. Os custos
correspondem a 4/5 do preco, restando $2,00 de lucro. Sublinhe o termo
'batatas' e discuta em classe.

1990: Uma/um proprietaria/o rural vendeu um saco de batatas - produzidas
em um sistema ecologicamente correto - pelo valor de $10,00. Rode o
programa 'Batata.exe' para avaliar o lucro obtido. Faca um relatorio
analisando a relacao do lucro com o impacto no preco medio das commodities
no mercado internacional.

-------------
[o segundo texto eu adaptei de uma copia afixada nos corredores da
matematica da usp. o primeiro eh de um texto anonimo q. recebi.]

falando em matematica, daniel, na biblioteca da matematica tem alguns (uns
tres ou quatro) livrinhos q. falam sober quadrados magicos...

[]s,

roberto takata































SUBJECT: [ciencialist] piadinhas ... logicas
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/03/2000 17:53

Três engenheiros da Apple e três da Microsoft iam viajar para uma
conferência, de trem.
Na estação, os três da Microsoft compraram uma passagem cada e observaram
que os da Apple compraram apenas uma para os três.
Como podem três pessoas viajar com apenas uma passagem ? Perguntaram os
engenheiros da Microsoft.
Observem e vocês verão. Respondem os da Apple.
Todos entram no trem. Os engenheiros da Microsoft tomam seus respectivos
assentos, enquanto que os da Apple vão para o banheiro e se trancam lá.
Após a partida do trem, o coletor de passagens bate na porta do banheiro e
pede a passagem.
Apenas uma mão se estende para fora e entrega a única passagem. O coletor a
apanha e vai embora.
Os engenheiros da Microsoft observam e ficam espantados com a idéia
inteligente dos outros para economizar no bilhete.

Na volta da conferência, os engenheiros da Microsoft decidem, como de
costume, copiar a idéia da Apple e compram apenas uma passagem para os três.
Eles observam espantados, que os engenheiros da Apple não compram nenhuma
passagem. Como vocês viajarão sem nenhuma passagem ? Perguntam.
Vocês verão. Respondem.
Após o trem partir, lá estão, dentro do banheiro, os engenheiros da
Microsoft.
Num outro estão os da Apple. Então, um dos engenheiros da Apple sai do
banheiro onde estava, bate na porta onde estão os da Microsoft e diz:

A passagem por favor...

[]'s
Léo
[aproveitando o ciclo de descanso do pessoal, para que o He assente em nossa
atmosfera].




SUBJECT: [ciencialist] Re: tempo encolhe
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/03/2000 20:18

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> na verdade o tempo expande, o q. encolhe eh o espaco com o aumento da
> velicidade...
>
> a equacao eh:
>
> t = to/(1-v^2/c^2)^0,5
> l = lo*(1-v^2/c^2)^0,5

Sobre estas relações, já que vocês gostam de fazer cálculos, gostaria
de fazer duas perguntas, que nunca ví respondidas em lugar algum:

1)Supondo um foguete de massa m que acelere com uma força constante f,
e ignorando que a massa do foguete muda enquanto ele consome seu
combustível, para simplificar, quanto tempo demora para ele viajar
uma distância d? Tempo real e tempo de bordo. Quem estiver à bordo
deve achar que o foguete está se movendo com aceleração uniforme,
simplesmente a=f/m, certo?

2)Quanta energia é gasta?

Eu, sem ter tentado calcular nada, penso que, como o tempo
de bordo tende a um limite (que pergunto qual é), e que o motor do
foguete fica ligado da mesma forma durante toda a viagem, a energia
gasta também tende a um limite. Seria?

Antonio Carlos M. de Queiroz



SUBJECT: [ciencialist] Re: tempo encolhe
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/03/2000 21:15

> 1)Supondo um foguete de massa m que acelere com uma força constante f,
> e ignorando que a massa do foguete muda enquanto ele consome seu
> combustível, para simplificar, quanto tempo demora para ele viajar
> uma distância d? Tempo real e tempo de bordo. Quem estiver à bordo
> deve achar que o foguete está se movendo com aceleração uniforme,
> simplesmente a=f/m, certo?
>
> 2)Quanta energia é gasta?
>
> Eu, sem ter tentado calcular nada, penso que, como o tempo
> de bordo tende a um limite (que pergunto qual é), e que o motor do
> foguete fica ligado da mesma forma durante toda a viagem, a energia
> gasta também tende a um limite. Seria?

qdo se introduz aceleracao, se complica q. eh uma doideira (pra um leigo
como eu: nem sei direito, pra nao falar q. nao entendo nada - o q.
estaria mais proximo da verdade - a relatividade restrita, a geral
entao... vixe!)

http://math.ucr.edu/home/baez/gr/gr.html
http://math.ucr.edu/home/baez/physics/relativity.html
http://www.astro.ucla.edu/~wright/relatvty.htm
http://www-groups.dcs.st-and.ac.uk/~history/HistTopics/General_relativity.html
http://www.theory.caltech.edu/people/patricia/st101.html

[]s,

roberto takata



SUBJECT: teste!!
FROM: Eliane Evanovich Gallagher <eliane@cbio.ufpa.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 01/04/2000 18:16

Preciso testar se a minha conta da ciencialist ainda funciona!!



SUBJECT: [ciencialist] Re: tempo encolhe
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/04/2000 11:04

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> qdo se introduz aceleracao, se complica q. eh uma doideira (pra um leigo
> como eu: nem sei direito, pra nao falar q. nao entendo nada - o q.
> estaria mais proximo da verdade - a relatividade restrita, a geral
> entao... vixe!)

Vou ver os links. O problema de sua explicação é o mesmo facilmente
observável em praticamente tudo na física moderna. Dizem sempre que
tudo fica complicado quando se sai dos casos elementares, e fazem o
maior drama quando não existe solução fechada. Parece até bruxaria.
Qual seria o equacionamento para resolver o problema numericamente?
Matemática eu sei.

Antonio Carlos M. de Queiroz



SUBJECT: Re: [ciencialist] teste!!
FROM: Eliane Evanovich Gallagher <eliane@cbio.ufpa.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 02/04/2000 18:49



On Tue, 4 Apr 2000, Oliver Lee wrote:

> Funciona sim, Eliane :)
>
> At 06:16 PM 4/1/00 -0300, you wrote:
> > Preciso testar se a minha conta da ciencialist ainda funciona!!
> >
> >
> >------------------------------------------------------------------------
> >@Backup- Protect and Access your data any time, any where on the net.
> >Try @Backup FREE and recieve 300 points from mypoints.com Install now:
> >http://click.egroups.com/1/2345/5/_/19424/_/954862865/
> >------------------------------------------------------------------------
> >
> >Use os recursos da Ciencialist em http://www.egroups.com/list/ciencialist/
> >
> > --- ... ---
> >
> >ciencialist-unsubscribe@egroups.com (sair da lista)
>
>
>
> ------------------------------------------------------------------------
> Special Offer-Earn 300 Points from MyPoints.com for trying @Backup
> Get automatic protection and access to your important computer files.
> Install today:
> http://click.egroups.com/1/2344/5/_/19424/_/954902044/
> ------------------------------------------------------------------------
>
> Use os recursos da Ciencialist em http://www.egroups.com/list/ciencialist/
>
> --- ... ---
>
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com (sair da lista)
>
Oliver! Depois de muito tempo vc se manifestou na ciencialist,
fico feliz em "ver" vc de novo!!



SUBJECT: Re: [ciencialist] valeu!
FROM: Eliane Evanovich Gallagher <eliane@cbio.ufpa.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/04/2000 18:52



On Tue, 4 Apr 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:

> Mas vai pr� onde?
> Abandonando o ciencialist?
> Nem pensar!
>
E' verdade, Leo, esta lista nao sera' a mesma sem o Roberto
Takata!!

> L�o
> -----Mensagem Original-----
> De: Roberto Mitsuo Takata <rmt@mosca.ib.usp.br>
> Para: <ciencialist@egroups.com>
> Enviada em: ter�a-feira, 4 de abril de 2000 18:47
> Assunto: [ciencialist] valeu!
>
>
> > valeu, gente boa!
> >
> > vou-me nessa, bom papo aos q. ficam!
> >
> > []s,
> >
> > roberto takata
> >
> >
> >
> >
> > ------------------------------------------------------------------------
> > 72% off on Name brand Watches!
> > Come and buy today and get free shipping!
> > http://click.egroups.com/1/2712/5/_/19424/_/954884972/
> > ------------------------------------------------------------------------
> >
> > Use os recursos da Ciencialist em http://www.egroups.com/list/ciencialist/
> >
> > --- ... ---
> >
> > ciencialist-unsubscribe@egroups.com (sair da lista)
> >
> >
> >
>
>
> ------------------------------------------------------------------------
> @Backup- Protect and Access your data any time, any where on the net.
> Try @Backup FREE and recieve 300 points from mypoints.com Install now:
> http://click.egroups.com/1/2345/5/_/19424/_/954894172/
> ------------------------------------------------------------------------
>
> Use os recursos da Ciencialist em http://www.egroups.com/list/ciencialist/
>
> --- ... ---
>
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com (sair da lista)
>



SUBJECT: [ciencialist] Frankenstein
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/04/2000 20:04

Oi ciencialistas,
jah conheciam o Stanislav?

Dr. Frankenstein - uma experiência de ensino para criar nossos
próprios monstros

"Enquanto a autoridade inspirar temor reverencial, a confusão e o
absurdo irão consolidar as tendências conservadoras da sociedade.
Primeiramente, porque o pensamento claro e lógico conduz à acumulação
de conhecimentos (cujo melhor exemplo é fornecido pelo progresso das
ciências naturais), e o avanço do conhecimento cedo ou tarde solapa a
ordem tradicional. Pensamento confuso, por outro lado, leva a lugar
nenhum e pode ser tolerado indefinidamente sem produzir nenhum impacto
no mundo."
Stanislav Andreski, Social Sciences as Sorcery (1972, p.90)

Saude e Vida On Line - http://www.saudevidaonline.com.br

[]'s

Douglas





SUBJECT: [ciencialist] Re: tempo encolhe
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/04/2000 20:22

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> http://math.ucr.edu/home/baez/gr/gr.html
> http://math.ucr.edu/home/baez/physics/relativity.html
> http://www.astro.ucla.edu/~wright/relatvty.htm
> http://www-groups.dcs.st-and.ac.uk/~history/HistTopics/General_relativity.html
> http://www.theory.caltech.edu/people/patricia/st101.html

Achei este link também, que parece muito interessante. Não tem
diretamente
o que eu quero, mas dá para chegar lá partindo do que tem, parece.
http://www.phys.virginia.edu/classes/252/home.html

Antonio Carlos M. de Queiroz



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: tempo encolhe
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@mosca.ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/04/2000 16:17

> Achei este link também, que parece muito interessante. Não tem
> diretamente
> o que eu quero, mas dá para chegar lá partindo do que tem, parece.
> http://www.phys.virginia.edu/classes/252/home.html

atencao q. a pagina eh sobre relatividade *especial*, i.e., numa situacao
*sem* aceleracao...

[a complicacao dos calculos da relatividade geral a q. me referi eh antes
pela ausencia de conhecimentos de fisica e matematica de minha parte do
q. um discurso 'esoterico' - no sentido estrito do termo.]

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Frango.
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/04/2000 13:16

Recebi essa hoje.
Comentarios no final.

----
>O TESTE DO FRANGO
>
> O srgco de aviagco americano (US Federal Aviation Administration)
>preparou uma
>interessantmssima Home Page, infelizmente ja desativada, descrevendo um
>de seus mais
>engenhosos dispositivos. O mesmo buscava testar a resistjncia do vidro
>dos para-brisas de
>suas aeronaves, e consistia em uma espicie de canhco que disparava um
>frango morto na
>diregco do vidro do avico sob teste. O disparo era exato, e reproduzia
>a velocidade com a
>qual uma ave se chocaria com um avico em vto.
>
> Teoricamente, se o para-brisas resistisse ` prova de impacto,
>entco, certamente,
>suportaria uma colisco com um passaro em vto. Na pratica, o
>dispositivo funcionou
>perfeitamente, com centenas de provas efetuadas nos EUA.
>
> Estudiosos portugueses, que estavam desenvolvendo uma locomotiva
>super veloz,
>encontraram essa Home Page e se interessaram pelo canhco de frangos,
>pensando em
>aplicar a idiia aos para-brisas de seu novo trem Hi-Tech, ja em fase
>final de projeto.
>Entraram em contato com a US-FAA, conseguiram um canhco emprestado, e
>comegaram
>a efetuar os testes.
>
> Ja no primeiro tiro, o frango estragalhou o vidro frontal do trem,
>quebrou o painel de
>instrumentos, arrebentou a cadeira do maquinista, feriu dois ticnicos e
>voou ati o fundo da
>locomotiva, estatelando-se na parede traseira, deixando uma profunda
>marca no metal.
>
> Os portugueses ficaram completamente perplexos com o surpreendente
>e violento
>resultado. Documentaram a cena em detalhes: produziram fotos digitais,
>gravaram
>declaragues de testemunhas oculares, elaboraram documentos ticnicos, e
>enviaram todas
>estas informagues em um arquivo zipado para a US-FAA, via e-mail,
>perguntando o que i
>que haviam feito de errado.
>
> Os ticnicos americanos estudaram cuidadosamente a documentagco
>recebida e
>responderam, em um e-mail seco e direto:
>
> DESCONGELEM O FRANGO.
>

Pelo que eu sei o teste do frango existe mesmo e eh realizado com aves
'vivas' que recebem altas doses de anestesicos. Se nao me engano eh para
garantir uma consistencia parecida com um organismo vivo.
Serah que essa minha colocacao 'bizarra' eh verdadeira ou eu estou
enganado? :)

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna.







SUBJECT: Re: [ciencialist] equação de Nernst
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/04/2000 13:21


Essa explicacao eh uma obrigacao minha!! :) Eu trabalho nessa area. Mas
agora sem nenhuma referencia na mao, nao vou conseguir dar uma resposta
adequada... nao sou como muitos na lista que conseguem explicar assuntos
pesados, soh de cabeca... :) .
Mas jah vou adiantando que a equacao de Nernst se aplica a sistemas
reversiveis. Mas aguarde que eu coloco mais coisas. :)

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna.


On Tue, 4 Apr 2000, dra_savat wrote:

> Ola!
> Alguim poderia me explicar a derivagco da equagco de
> NERNST, que calcula o potencial de equilibrio para os
> ions,
> V= RT/zF * In* Co/Ci ?
> obrigada
> Tbnia


SUBJECT: equação de Nernst
FROM: "dra_savat"<dra_savat@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/04/2000 13:39

Ol�!
Algu�m poderia me explicar a deriva��o da equa��o de
NERNST, que calcula o potencial de equilibrio para os
ions,
V= RT/zF * In* Co/Ci ?
obrigada
T�nia


______________________________________________
BOL � Top 3 no Ibest
Contamos com voc� para chegar ao 1� lugar!
http://www.bol.com.br/ibest.html



SUBJECT: convite
FROM: "dra_savat"<dra_savat@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/04/2000 14:01

O Jo�o esta sem conseguir enviar suas msg � lista, estou
transcrevendo nesta msg o convite que ele gostaria de
fazer a todos.


"Ola pessoal !
Estao todos convidados a assistir minha dissertacao de
mestrado ( com todos os erros de portugues q vcs ja
sabem e + alguns novos :-) )
A se realizar na Poli-Eletrica dia 7/4.
*Ateh la estarei meio ausente da lista*.
[]s
jocax"





______________________________________________
BOL � Top 3 no Ibest
Contamos com voc� para chegar ao 1� lugar!
http://www.bol.com.br/ibest.html



SUBJECT: Re: [ciencialist] convite
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/04/2000 16:50

BOA SORTE JOCAX. COM SEU POTENCIAL, VENCER ESSA 'DISSERTAÇÃO' SERÁ UMA BÁBA.
[]'S
Léo
-------------------------------
> "Ola pessoal !
> Estao todos convidados a assistir minha dissertacao de
> mestrado ( com todos os erros de portugues q vcs ja
> sabem e + alguns novos :-) )
> A se realizar na Poli-Eletrica dia 7/4.
> *Ateh la estarei meio ausente da lista*.
> []s
> jocax"




SUBJECT: Re: [ciencialist] equação de Nernst
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/04/2000 17:48

Oi Luiz (licença da turma),
Tenho uns artigos sobre Química (Acumulador chumbo/ácido - Foguete à H2/O2 -
Ácidos e Bases e Água dura) que colocarei on-line no site
www.feiradeciencias.com.br . Prontifica-se a uma leitura crítica?
[]'s
Léo
-----------------------------------------------
-----Mensagem Original-----
De: <lrb@if.ufrgs.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 4 de abril de 2000 13:21
Assunto: Re: [ciencialist] equação de Nernst


>
> Essa explicacao eh uma obrigacao minha!! :) Eu trabalho nessa area. Mas
> agora sem nenhuma referencia na mao, nao vou conseguir dar uma resposta
> adequada... nao sou como muitos na lista que conseguem explicar assuntos
> pesados, soh de cabeca... :) .
> Mas jah vou adiantando que a equacao de Nernst se aplica a sistemas
> reversiveis. Mas aguarde que eu coloco mais coisas. :)
>
> Ateh mais.
> Luis Roberto Brudna.
>
>
> On Tue, 4 Apr 2000, dra_savat wrote:
>
> > Olá!
> > Alguém poderia me explicar a derivação da equação de
> > NERNST, que calcula o potencial de equilibrio para os
> > ions,
> > V= RT/zF * In* Co/Ci ?
> > obrigada
> > Tânia




SUBJECT: Re: [ciencialist] Frango.
FROM: Wilson Baptista Junior <wilson@bis.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/04/2000 18:06

Olá Luís,

At 16:13 04/04/00 +00-03, you wrote:
> > Os técnicos americanos estudaram cuidadosamente a documentação
> >recebida e
> >responderam, em um e-mail seco e direto:
> >
> > DESCONGELEM O FRANGO.
> >
>
> Pelo que eu sei o teste do frango existe mesmo e eh realizado com aves
>'vivas' que recebem altas doses de anestesicos. Se nao me engano eh para
>garantir uma consistencia parecida com um organismo vivo.
> Serah que essa minha colocacao 'bizarra' eh verdadeira ou eu estou
>enganado? :)
>
>Ateh mais.
>Luis Roberto Brudna.


Esta "notícia" já circulou na Net diversas vezes mas em todas as que vi em
vez dos portugueses eram os técnicos da RAF que queriam testar também seus
parabrisas :)
O teste existe mesmo há bastante tempo, não só para testar parabrisas mas
para testar o efeito de uma ave ser "engolida" pela turbina do avião (o que
é relativamente comum acontecer e pode avariar seriamente o motor). Será
que nos tempos politicamente corretos de hoje a FAA continuaria utilizando
aves vivas?
[]'s
Wilson


============================================
Wilson Baptista Junior
Solucoes Empresariais Consultoria e Negocios
http://www.soempresar.com.br
mailto:wilson@soempresar.com.br
mailto:wilson@bis.com.br
============================================



SUBJECT: Re: [ciencialist] teste!!
FROM: "Barbieri" <nicar48@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 04/04/2000 18:06


-----Mensagem Original-----
De: Eliane Evanovich Gallagher <eliane@cbio.ufpa.br>
Para: <ciencialist@eGroups.com>
Enviada em: Sábado, 1 de Abril de 2000 18:16
Assunto: [ciencialist] teste!!


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Pelo jeito sim!




SUBJECT: Cientistas tentam desvendar mat�ria negra
FROM: "Daniel Sottomaior" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/04/2000 18:09


A menos da tradu��o porca, � isso a�:
http://www.estadao.com.br/agestado/internacional/2000/abr/04/88.htm


Se forem reais, 10 trilh�es das chamadas Part�culas Maci�as que
Interagem Fracamente podem estar movimentando-se rapidamente a cada
segundo atrav�s de cada quilo de mat�ria na Terra.

Nova York - A invis�vel e at� agora n�o identificada mat�ria negra,
respons�vel por 90% do universo, poderia vir a ser em breve
esclarecida, pois os cientistas est�o desenvolvendo detectores
sens�veis capazes de farejar min�sculas part�culas, previstas pela
teoria, mas cuja exist�ncia ainda n�o foi comprovada at� agora.

Equipes de pesquisadores est�o correndo para construir esses
detectores, embora possam estar ca�ando algo que existe apenas na
cabe�a de f�sicos te�ricos. Se for esse o caso, uma gera��o de
teorias poder� ser jogada fora.

Mas, se as chamadas Part�culas Maci�as que Interagem Fracamente
(conhecidas pela sigla em ingl�s WIMP, ou Weakly Interacting Massive
Particles) forem detectadas, esta descoberta poderia resolver
mist�rios fundamentais do universo: como ele se formou depois do Big
Bang, a natureza de sua estrutura e se ir� acabar num enorme
esmagamento, ou Big Crunch.

"Com certeza, ser� uma das grandes descobertas da hist�ria da
ci�ncia", disse o f�sico Joel Primack, da Universidade da Calif�rnia,
em Santa Cruz. "Ser� uma janela para um aspeto completamente
diferente do universo".

H� 70 anos, os astr�nomos sabem que a mat�ria vis�vel � apenas uma
pequena parte do universo. Algo que exerce um forte impulso
gravitacional, por exemplo, faz com que as estrelas exteriores de uma
gal�xia espiral girem mais rapidamente do que deveriam, levando-se em
considera��o o que � vis�vel.

Outras possibilidades de mat�ria negra foram descartadas. Estrelas
mortas, grandes planetas e buracos negros - que outrora eram
considerados os principais candidatos, s�o agora considerados
improv�veis. As WIMPs pesadas, mas misteriosas, s�o atualmente as
principais suspeitas.

Segundo a teoria de alguns f�sicos, essas min�sculas part�culas se
originaram durante o Big Bang, mas elas s� interagem fracamente com
os pr�tons e n�utrons do universo vis�vel. Se forem reais, 10
trilh�es de WIMPs podem estar movimentando-se rapidamente a cada
segundo atrav�s de cada quilo de mat�ria aqui na Terra. Dezenas de
experimentos feitos no mundo inteiro est�o baseados na suposi��o de
que, ocasionalmente um WIMP pode estar entrando numa mat�ria normal.
Mas o desafio consistiu em diferenci�-las de outras part�culas que
passam vertiginosamente pelo cosmos.

Alguns cientistas anunciaram no m�s passado os primeiros resultados
conseguidos com novos detectores ultra-frios, ironicamente quase
desmascarando como rid�culas as descobertas de pesquisadores
italianos, que afirmaram ter possivelmente encontrado essas ilus�rias
part�culas.

O chamado Italian Dark Matter Experiment (DAMA), usou detectores que
emitem reflexos de luz sempre que uma part�cula colide com �tomos de
iodeto de s�dio. Segundo esses pesquisadores, o n�mero de colis�es
aumentaria em junho e diminuiria em dezembro, pois a Terra se move
mais rapidamente ou mais lentamente atrav�s de uma nuvem te�rica
dessas hipot�ticas part�culas.

Com toda a certeza, os detectores, enterrados a 1.600 metros de
profundidade, registraram um pequeno aumento nos bombardeios.

Embora o experimento DAMA tenha podido diferenciar poss�veis WIMPs de
part�culas carregadas, n�o poderia distinguir a essa part�cula fugaz
e misteriosa de outros n�utrons comuns. O fato de o detector estar
sepultado a 1.600 metros de profundidade o protege da maior parte,
mas n�o de todos os n�utrons desgarrados.

"N�o existe nenhuma maneira de se dizer o que est� provocando isso",
disse Primack, co-autor de um documento que sugere pela primeira vez
que as WIMPs poderiam ser mat�ria negra. "� por isso que eu o chamo
de um detector n�o sofisticado".

Um detector mais discriminador, resfriado a uma temperatura de quase
zero absoluto e sepultado a 30 polegadas subsolo da Universidade
Stanford, registrou colis�es semelhantes � do experimento italiano,
mas suas descobertas mais detalhadas mostraram que os eventos foram
mais provavelmente causados por n�utrons comuns.

"O aspeto importante dos atuais resultados � que n�s empurramos esta
tecnologia ao primeiro plano do campo", disse Bias Cabrera, da
Universidade Stanford, um dos principais investigadores da Pesquisa
de Mat�ria Negra Criog�nica. "Em certo sentido, � meio infeliz
focalizar esta compara��o com os resultados do DAMA".

Em vez de registrar as colis�es, a equipe norte-americana conseguiu
fazer duas medi��es espec�ficas - a quantidade de calor liberado e a
quantidade de eletricidade descarregada.

"Para cada caso, a obten��o de dois tipos diferentes de informa��o
nos deixa ver um quadro mais claro a respeito do que est� causando
este evento", disse Primack.

Dez universidades dos Estados Unidos trabalharam para desenvolver,
testar e operar o aparelho que em breve ser� levado para uma mina de
ferro abandonada, no Norte de Minnesota, onde ficar� protegido por
4.300 p�s de rocha e terra. A sensibilidade dever� aumentar por um
fator de 100 quando o projeto, de US$ 12 milh�es e desenvolvido
durante seis anos, estiver em opera��o.

"Esta � uma medi��o muito dif�cil", disse Tony Spadafora, um dos
diretores do Centro de Astrof�sica de Part�culas da Universidade da
California em Berkeley. "A gente est� buscando um novo efeito
hipot�tico e precisa eliminar tudo o que se conhecia anteriormente".

Pelo menos cinco outros experimentos criog�nicos semelhantes est�o
sendo tentados ou planejados em todo o mundo. Outros pesquisadores
est�o se concentrando na cria��o de part�culas com aceleradores de
alta velocidade.

Se for descoberto o peso dos WIMPs - estimado em 50 vezes mais pesado
do que um pr�ton - ajudar� os f�sicos a determinar a massa do
universo, um n�mero que poderia significar a diferen�a entre um
cosmos que se expande para sempre ou que desmorona sobre si mesmo.

Mas a confirma��o tamb�m corroboraria uma teoria popular e elegante,
que prev� um s�cio - ainda a ser encontrado - para cada part�cula
conhecida. A WIMP podem ser a mais leve e a mais est�vel part�cula
supersim�trica, disse Katherine Freese, da Universidade de Michigan.

"Se descobrir a mat�ria negra, se ter� esclarecido n�o apenas uma
importante indaga��o astrof�sica - de que � feito o universo? - mas
tamb�m se ter� tentado entender a natureza da f�sica fundamental, a
natureza das part�culas", disse ela.

E como as WIMPs n�o s�o as part�culas comuns, que constituem as
pessoas, os planetas e as estrelas, tudo o que hoje se conhece se
tornaria um membro �nfimo e minorit�rio do cosmos.

"O que � fascinante, se estivermos certos, � que a maior parte da
mat�ria do universo � algo diferente dos pr�tons e n�utrons, com os
quais estamos acostumados", disse Spadafora. "A implica��o � que a
maior parte do universo � algo diferente. Esta � a mais significativa
Revolu��o de Cop�rnico".




SUBJECT: valeu!
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@mosca.ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/04/2000 18:47

valeu, gente boa!

vou-me nessa, bom papo aos q. ficam!

[]s,

roberto takata





SUBJECT: Re: [ciencialist] valeu!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/04/2000 21:26

Mas vai prá onde?
Abandonando o ciencialist?
Nem pensar!
[]'s
Léo
-----Mensagem Original-----
De: Roberto Mitsuo Takata <rmt@mosca.ib.usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 4 de abril de 2000 18:47
Assunto: [ciencialist] valeu!


> valeu, gente boa!
>
> vou-me nessa, bom papo aos q. ficam!
>
> []s,
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> roberto takata
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SUBJECT: Re: [ciencialist] teste!!
FROM: Oliver Lee <olee@ucla.edu>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 04/04/2000 23:32

Funciona sim, Eliane :)

At 06:16 PM 4/1/00 -0300, you wrote:
> Preciso testar se a minha conta da ciencialist ainda funciona!!
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SUBJECT: Saida do Takata.
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/04/2000 12:28


O Roberto Takata saiu da Ciencialist.

Conversei com ele em pvt sobre o fato. Ateh o momento ele nao
apresentou o motivo da decisao.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna


SUBJECT: Re: valeu!
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/04/2000 16:24

Roberto peço veementemente q vc NAO abandone a lista.
Com QUEM eu iria brigar tao agueridamente se VC se for ??
Para o bem da "verdade", precisamos , pelo menos eu,
de alguem que discorde de nosso/meu ponte de vista com argumentos
inteligentes : Esse eh o caminho do conhecimento.
Alem do +, quem + vai corrigir meus erros de portugues com criticas tao
acidas
de modo que eu JAMAIS erre outra vez :) ??
Por favor reconsidere sua demissao !!!!.
[]s
jocax





SUBJECT: Valeu mto, Anjão!
FROM: "Sheila Franco." <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 06/04/2000 08:20

Dia, Ciro!...ou seria melhor: Noite, Ciro!
 
Tô lhe escrevendo rapidinho pq sei precisar de resposta o qto antes.
 
Meu nego, eu não falei por falar qdo lhe disse q não iria mais pegar trab. nessa área. Eu o agradeço mto, mto, mto mesmo.
Mamma Sheila tá otiminha, não se preocupem vcs aí.
Olhe, se quiser q eu lhe explique o pq, marque em algum um lugar nesse mundão besta da net pra gente conversar, ok!?
Ainda não tá com ICQ, né!? Tome tento, gente Ciro... rs......
Os caroços de milho tão aqui no canto da sala! Minhas bolinhas-de-gude, nunca!! R*R*R*RRR..RR...!!!!
 
No mais, espero q esteja tudo legal aí com vcs.
Ah! Vc escreveu "até mto breve". Têm previsão pra voltar pra essa linda terra tropical??? Abaixo do equador sempre tem uma vaga pra vcs! ..E não falo da Antártica. Risos...
Comuniquem-se. Tenho saudades.
 
Beijoconas pra todos aí !!!!!!!
até mais...
...Sheila.

SUBJECT: Takata.
FROM: "Sheila Franco." <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>, "Roberto Mitsuo Takata" <rmt@mosca.ib.usp.br>
DATE: 06/04/2000 08:29

Respeito sua decisão, Takata. Vc deve ter seus motivos próprios para sair.
No entanto, queria lhe dizer q vc fará falta até mesmo a mim, q mto pouco participo e compreendo algo de ciências.
 
Sucesso em sua vida! Tenha bom ânimo!
 
Abraços,
 
Sheila. 

SUBJECT: Fiz Droga!!!!!!
FROM: "Sheila Franco." <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 06/04/2000 08:32

Ai! pessoal........ foi péssima essa!
 
Desculpe-me, por favor....
 
[]s'
 
Sheila.

SUBJECT: Re: [ciencialist] valeu!
FROM: "Alvaro Neiva" <aneiva@provide.psi.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/04/2000 08:50

Roberto,

Fico surpreso e lamento sua saida, ando um pouco afastado por motivos
profissionais e por problemas no provedor, mas espero que retorne.

[]'s

Alvaro Neiva

----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata <rmt@mosca.ib.usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Tuesday, April 04, 2000 6:47 PM
Subject: [ciencialist] valeu!


> valeu, gente boa!
>
> vou-me nessa, bom papo aos q. ficam!
>
> []s,
>
> roberto takata




SUBJECT: DNA e cloreto de magnesio!!
FROM: Eliane Evanovich Gallagher <eliane@cbio.ufpa.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 08/04/2000 17:29

Ola pessoal da lista!! Ha' um bom tempo eu e as pessoas daqui do
laboratorio temos uma pequena duvida, que talvez seja respondida por
algum dos membros desta lista!! E' a seguinte: O MgCl2, aumenta a
possibilidade do pareamento de um primer com regioes inexpecificas
(durante um PCR), como ele faz isso??
Se ninguem da lista tiver alguma sugestao (ja' observamos em
livros de genetica, bioquimica e manuais de biologia molecular, e nada
de resposta)...terei que apelar para a quimica mesmo...


t+!!





SUBJECT: Re: [ciencialist] valeu!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/04/2000 19:09

Não recebo mensagens desde o dia 6.
Essa abaixo foi a última.
Algum problema?

[]'s
Léo
-----Mensagem Original-----
De: Alvaro Neiva <aneiva@provide.psi.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 6 de abril de 2000 08:50
Assunto: Re: [ciencialist] valeu!


> Roberto,
>
> Fico surpreso e lamento sua saida, ando um pouco afastado por motivos
> profissionais e por problemas no provedor, mas espero que retorne.
>
> []'s
>
> Alvaro Neiva
>
> ----- Original Message -----
> From: Roberto Mitsuo Takata <rmt@mosca.ib.usp.br>
> To: <ciencialist@egroups.com>
> Sent: Tuesday, April 04, 2000 6:47 PM
> Subject: [ciencialist] valeu!
>
>
> > valeu, gente boa!
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> > vou-me nessa, bom papo aos q. ficam!
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> > []s,
> >
> > roberto takata
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SUBJECT: Ofjor Ciência
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/04/2000 20:08

OK, parece que é hora de animar a lista.

Como eu disse há tempos, trabalho no Ofjor Ciência, que é parte do
Observatório da Imprensa. Esse Observatório observa e faz críticas à
divulgação de informações pela mídia. Têm um programa na TV Cultura de São
Paulo com o mesmo nome, que passa todas as terças às 22:30. O Ofjor Ciência
é a parte do Observatório que cuida especificamente da divulgação e
jornalismo científicos. Trata-se de uma revista on-line com edições
quinzenais. Para acessá-la, basta entrar no site do Observatório da
Imprensa:

http://www2.uol.com.br/observatorio/

e clicar em "Ofjor Ciência".

Minha formação, entretanto, não é de jornalista, mas de físico.
Se alguém aí tiver alguma contribuição interessante, pode mandar.

Até a próxima,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ofjor Ciência
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/04/2000 07:16

Ola Belisário ... e demais em silépse de presença.
Dê uma navegada em www.feiradeciencias.com.br/menu.htm e retorne-me o que vc
achou de interessante para o Ofjor Ciências (críticas e comentários são bem
vindos). Trabalhei uns 6 anos na TV-Cultura-SP (Revistinha- Oficina de
Física com Lucienne Adami e Vestibulando - Física). sei o quanto é difícil a
divulgação científica séria.
[]'s
Léo
-------------------
-----Mensagem Original-----
De: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: domingo, 9 de abril de 2000 20:08
Assunto: [ciencialist] Ofjor Ciência


OK, parece que é hora de animar a lista.

Como eu disse há tempos, trabalho no Ofjor Ciência, que é parte do
Observatório da Imprensa. Esse Observatório observa e faz críticas à
divulgação de informações pela mídia. Têm um programa na TV Cultura de São
Paulo com o mesmo nome, que passa todas as terças às 22:30. O Ofjor Ciência
é a parte do Observatório que cuida especificamente da divulgação e
jornalismo científicos. Trata-se de uma revista on-line com edições
quinzenais. Para acessá-la, basta entrar no site do Observatório da
Imprensa:

http://www2.uol.com.br/observatorio/

e clicar em "Ofjor Ciência".

Minha formação, entretanto, não é de jornalista, mas de físico.
Se alguém aí tiver alguma contribuição interessante, pode mandar.

Até a próxima,
Belisário





SUBJECT: Re: [ciencialist] Ofjor Ciência
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/04/2000 09:13

Ou seria por elipse de presença?
[]'s
Léo

-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 10 de abril de 2000 07:16
Assunto: Re: [ciencialist] Ofjor Ciência


Ola Belisário ... e demais em silépse de presença.
Dê uma navegada em www.feiradeciencias.com.br/menu.htm e retorne-me o que vc
achou de interessante para o Ofjor Ciências (críticas e comentários são bem
vindos). Trabalhei uns 6 anos na TV-Cultura-SP (Revistinha- Oficina de
Física com Lucienne Adami e Vestibulando - Física). sei o quanto é difícil a
divulgação científica séria.
[]'s
Léo
-------------------
-----Mensagem Original-----
De: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: domingo, 9 de abril de 2000 20:08
Assunto: [ciencialist] Ofjor Ciência


OK, parece que é hora de animar a lista.

Como eu disse há tempos, trabalho no Ofjor Ciência, que é parte do
Observatório da Imprensa. Esse Observatório observa e faz críticas à
divulgação de informações pela mídia. Têm um programa na TV Cultura de São
Paulo com o mesmo nome, que passa todas as terças às 22:30. O Ofjor Ciência
é a parte do Observatório que cuida especificamente da divulgação e
jornalismo científicos. Trata-se de uma revista on-line com edições
quinzenais. Para acessá-la, basta entrar no site do Observatório da
Imprensa:

http://www2.uol.com.br/observatorio/

e clicar em "Ofjor Ciência".

Minha formação, entretanto, não é de jornalista, mas de físico.
Se alguém aí tiver alguma contribuição interessante, pode mandar.

Até a próxima,
Belisário




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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ofjor Ci�ncia
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/04/2000 21:51

Roberto Belisário wrote:
>
> Minha formação, entretanto, não é de jornalista, mas de físico.
> Se alguém aí tiver alguma contribuição interessante, pode mandar.

Vou mandar uma propagandazinha então, do meu sítio sobre máquinas
eletrostáticas:
http://www.coe.ufrj.br/~acmq/eletrostatica.html
É o mais completo no www com informações sobre geradores eletrostáticos,
aquelas máquinas esquisitas que fazem faíscas e arrepiam os cabelos.
A parte em inglês tem ainda mais informações, e referências completas,
inclusive com alguns artigos antigos inteiros.
O html usado lá é feito com VI, daí não espere grandes efeitos
visuais (inúteis), mas apenas tudo tão rápido quanto possível.

Antonio Carlos M. de Queiroz



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ofjor Ciência
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/04/2000 23:48

Olá, professor! Gostei da sua página! Dei uma olhada por cima, gostei
muito da experiência sobre o Princípio de Fermat. Por falta de tempo, até
agora só fiz a incrível experiência da vassoura (a do centro de massa).

A Física - e as ciências naturais em geral - é uma ciência empírica,
como você deixa bem claro no site. Não raras vezes professores, alunos e
leigos parecem esquecer-se disso. A gente encontra professores que apegam-se
à teoria e os seus alunos nada vêem, tanto nos colégios quanto em
universidades (e então saem por aí dizendo que Física é chato). Há livros de
Física que sugerem experimentos que simplesmente não funcionam. Por exemplo,
lembro-me neste momento de um livro de Ciências do Ensino Fundamental que,
ao explicar o movimento peristáltico do sistema digestivo, falava para o
estudante tentar engolir água plantando bananeira, para ver como a água
"desce" (ou sobe...) mesmo assim. Durante a aula, o professor tinha que
dizer a todos para não fazerem de modo algum aquilo, pois se engasgariam na
certa! O cara que escreveu fez um tipo de experimento mental, achou que era
plausível e para ele isso bastou, não foi fazer a experiência.

Acho que os professores de Física deveriam, ao longo do tempo, construir
um "acervo pessoal" de experimentos para usar em sala de aula. O seu site é
excelente para isso. Lá tem um ótimo acervo de experimentos científicos que
qualquer um pode usar. E mais: podem ser feitos por qualquer um a qualquer
hora, pois o material é muito comum. Há fontes que sugerem experiências tais
que o cara tem que gastar os tubos para conseguir o material, quando não tem
que visitar alguma oficina de metalurgia.

Assim como um artigo de divulgação científica deve conter referências
sobre suas afirmações, deve haver também as referências empíricas. Quero
dizer que uma coisa que falta nos textos de divulgação é remeter o leitor a
tentar ele mesmo fazer a experiência. O tipo de experiências descritas no
seu site é excelente para esse fim. Com relação a isso, ele torna-se muito
interessante para o Ofjor, porque nossos textos são essencialmente textos de
divulgação científica, e precisamos de referências empíricas como aquelas.

Até a próxima!
Belisário

> Ola Belisário ... e demais em silépse de presença.
> Dê uma navegada em www.feiradeciencias.com.br/menu.htm e retorne-me o que
vc
> achou de interessante para o Ofjor Ciências (críticas e comentários são
bem
> vindos). Trabalhei uns 6 anos na TV-Cultura-SP (Revistinha- Oficina de
> Física com Lucienne Adami e Vestibulando - Física). sei o quanto é difícil
a
> divulgação científica séria.
> []'s
> Léo




SUBJECT: Medicamentos genéricos e propaganda
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/04/2000 00:19

    Pessoal,
    Vi hoje um comercial onde o ator Raul Cortez fazia propaganda de medicamentos genéricos. Dizia algo como: "Quando o seu médico lhe receitar um remédio, verifique se é um genérico. Se não for, peça ao médico para incluir na receita também o genérico. É muito mais barato!" E quem era o responsável pela propaganda? O próprio Ministério da Saúde. Pergunto-lhes: será lícito fazer um comercial que tente cooptar a preferência do consumidor por determinado produto com base no preço, quando esse produto é um remédio?
 
    Belisário
 

SUBJECT: Novato
FROM: "Ricardo Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/04/2000 10:39


Ol� pessoal! Sou novato aqui no Ciencialist! Muito prazer!

Curti o site do Ofjor Ci�ncia e tamb�m o site das m�quinas
eletrost�ticas. Muito 10!

Permitam que me apresente e o motivo pelo qual estou aqui. Sou
um profissional em eletr�nica e inform�tica, minhas principais
atividades. Trabalho na pesquisa e desenvolvimento de software e
hardware para uma empresa de seguran�a eletr�nica do interior
de SP. S�o sistemas supervisionados e controlados remotamente por
sinais de r�dio, outro ramo envolvido que s�o as
telecomunica��es, wireless, etc... N�o tenho nenhuma forma��o
acad�mica, as atividade que citei s�o meu ganha p�o e estou
� disposi��o para ajudar no que for poss�vel nestas �reas
do conhecimento.

O motivo pelo qual estou aqui e que fez interessar-me pela
lista � poder discutir uma id�ia que venho estruturando a anos.
Principalmente saber dos colegas se esta id�ia pode ser
discutida aqui. Os objetivos da discuss�o que quero promover
s�o simples: esclarecer o conte�do da id�ia e compartilhar os
resultados se for algo �til.

A id�ia basicamente � uma interpreta��o de como vejo o
mecanismo da exist�ncia. Como, porque e para que prop�sito
existimos? O que mais existe al�m da nossa pr�pria exist�ncia
exatamente? Acredito que isso envolve principalmente t�picos
como F�sica, Cosmologia, Astronomia e muitos outros. Como
sou um leigo, tenho muitas dificuldades na express�o de tais
id�ias. Portanto, acho conveniente apresentar tamb�m alguns
caminhos que me levaram a pensar assim. Acho importante dizer
que estou ciente das implica��es filos�ficas que podem
decorrer, bem como das armadilhas ocasionalmente apresentadas
pelas suposi��es do senso comum.

Alguns assuntos a mim recentes s�o o top da discuss�o, como
a CBR, o desvio para o vermelho e a mec�nica relacional.
Alguns de vcs j� devem ter conhecido a obra Mec�nica
Relacional de Andre K. T. Assis, ele usa uma lei de Weber
para a gravita��o. Uma grande pessoa que tem me ajudado a
compreender a natureza do mecanismo, principalmente com a
suposi��o de que a for�a gravitacional pode ser uma deriva��o
da eletromagn�tica.

Algumas de minhas maiores d�vidas encontram-se nas defini��es
atuais e termos utilizados para descrever certos fen�menos
f�sicos. Um exemplo disso � a difini��o de carga. Sabemos que
existe a defini��o de carga positiva e negativa, mas qual
seria a terceira? Poder�amos ter 4 defini��es de carga:
Positiva, negativa,neutra e nula? Imagino que uma defini��o
mais aprimorada de carga seja a demonstra��o de que a carga
negativa seja o complemento da positiva e vice-versa. A
netralidade de cargas se d� com o equil�brio entre cargas,
n�o permitindo assim que chamemos uma �nica carga de carga
neutra. Mas o que � carga? Poder�amos considerar que a carga
pode ser nula, digo, completamente ausente? Deve haver algo
mais que ainda n�o tive conhecimento que evidencie se a carga
� uma intera��o inerente � massa ou vice-versa.

Conheci o Ciencialist no ICQ (21413836) e pe�o desculpas se
acaso estiver sendo inconveniente. Aceito qualquer tipo de
cr�ticas e sugest�es, como tamb�m dou as minhas. Todas as
quest�es aqui levantadas se referem a um �nico prop�sito,
Ci�ncia. A pr�tica da Ci�ncia para mim n�o � algo que
busca um resultado pr�tico, mas sim, buscar compreender o
mecanismo da exist�ncia. Alcan�ar uma interpreta��o que seja
a mais fiel poss�vel do universo, bem como os prop�sitos
maiores da vida. Um resultado pr�tico secund�rio pode ser a
divulga��o e repercuss�o desse trabalho.

Agrade�o profundamente a aten��o de todos...
Um abra�o forte do Ozelo!



SUBJECT: Re: Medicamentos gen�ricos e propaganda
FROM: "Ricardo Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/04/2000 10:43


Ol� Belis�rio!

De fato, acho que n�o � uma pr�tica muito agrad�vel
cooptar a prefer�ncia do consumidor por determinado produto
com base no pre�o. Eu pessoalmente decido a aquisi��o de um
produto geralmente em fun��o da qualidade, mas acho que a
inten��o dessa propaganda � demontrar que a varia��o de
pre�o n�o � proporcional � varia��o da qualidade. Pois,
n�o devem haver diferen�as na qualidade ou qualquer outra
caracter�stica na subst�ncia dos gen�ricos.

H� v�rios exemplos de propaganda que atingem o p�blico
alvo utilizando pr�ticas n�o muito tradicionais. Neste
caso, acredito que muitas vezes a propaganda pode
refletir-se com ambiguidade. Como no caso de propagandas
de cigarros. A estr�ia de uma propaganda mal elaborada,
pode, em alguns casos, comprometer indefinidamente o
contexto de propagandas do mesmo t�pico.

Quanto a ser l�cito ou n�o tais pr�ticas, eu n�o sei
dizer. Acho que mesmo n�o sendo para alguns, a
representa��o de certo e errado � sempre fundamentada na
opini�o da coletividade. Isso � o que eu tamb�m acho que
sustenta o paradigma da propaganda. O que vc acha?

Um abra�o forte do Ozelo! :o) t+



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ofjor Ciência
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/04/2000 10:59

Agradeço o estímulo na mensagem. Estou preparando o site para 'realmente ser
usado' pelos nossos jovens e professores de Física (que não tiveram a
oportunidade de fazer seu curso lastrado num laboratório digno desse nome).

Se e quando a Ofjor Ciência interessar, meu laboratório particular está à
disposição, com cerca de 200 experimentos montados (e 600 desmontados, por
falta de espaço).

Todos os aparelhos colocados no www.feiradeciencias.com.br/menu.htm foram
realmente montados pelo autor (dai a quantidade de detalhes que seguem os
projetos). Nesse último sábado recebi a visita de 17 formandos e 3 mestres
da Faculdade de Uberlândia. Realmente estimulante.

[]'s
Léo
----------------------------------------
-----Mensagem Original-----
De: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 10 de abril de 2000 23:48
Assunto: Re: [ciencialist] Ofjor Ciência


Olá, professor! Gostei da sua página! Dei uma olhada por cima, gostei
muito da experiência sobre o Princípio de Fermat. Por falta de tempo, até
agora só fiz a incrível experiência da vassoura (a do centro de massa).

A Física - e as ciências naturais em geral - é uma ciência empírica,
como você deixa bem claro no site. Não raras vezes professores, alunos e
leigos parecem esquecer-se disso. A gente encontra professores que apegam-se
à teoria e os seus alunos nada vêem, tanto nos colégios quanto em
universidades (e então saem por aí dizendo que Física é chato). Há livros de
Física que sugerem experimentos que simplesmente não funcionam. Por exemplo,
lembro-me neste momento de um livro de Ciências do Ensino Fundamental que,
ao explicar o movimento peristáltico do sistema digestivo, falava para o
estudante tentar engolir água plantando bananeira, para ver como a água
"desce" (ou sobe...) mesmo assim. Durante a aula, o professor tinha que
dizer a todos para não fazerem de modo algum aquilo, pois se engasgariam na
certa! O cara que escreveu fez um tipo de experimento mental, achou que era
plausível e para ele isso bastou, não foi fazer a experiência.

Acho que os professores de Física deveriam, ao longo do tempo, construir
um "acervo pessoal" de experimentos para usar em sala de aula. O seu site é
excelente para isso. Lá tem um ótimo acervo de experimentos científicos que
qualquer um pode usar. E mais: podem ser feitos por qualquer um a qualquer
hora, pois o material é muito comum. Há fontes que sugerem experiências tais
que o cara tem que gastar os tubos para conseguir o material, quando não tem
que visitar alguma oficina de metalurgia.

Assim como um artigo de divulgação científica deve conter referências
sobre suas afirmações, deve haver também as referências empíricas. Quero
dizer que uma coisa que falta nos textos de divulgação é remeter o leitor a
tentar ele mesmo fazer a experiência. O tipo de experiências descritas no
seu site é excelente para esse fim. Com relação a isso, ele torna-se muito
interessante para o Ofjor, porque nossos textos são essencialmente textos de
divulgação científica, e precisamos de referências empíricas como aquelas.

Até a próxima!
Belisário





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Medicamentos genéricos e propaganda
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/04/2000 11:17

----- Original Message -----
From: Ricardo Ozelo <ozelo@radioalarme.com.br>


>
> --- In ciencialist@egroups.com, Roberto Belisário <rbdiniz@t...>
> wrote:
> > Pessoal,
> > Vi hoje um comercial onde o ator Raul Cortez fazia propaganda
> de medicamentos genéricos. Dizia algo como: "Quando o seu
> médico lhe
> receitar um remédio, verifique se é um genérico. Se não
> for, peça ao
> médico para incluir na receita também o genérico. É muito
> mais
> barato!" E quem era o responsável pela propaganda? O próprio
> Ministério da Saúde. Pergunto-lhes: será lícito fazer um
> comercial
> que tente cooptar a preferência do consumidor por determinado
> produto
> com base no preço, quando esse produto é um remédio?
> >
> > Belisário
>
> Olá Belisário!
>
> De fato, acho que não é uma prática muito agradável cooptar a
> preferência do consumidor por determinado produto com base no
> preço. Eu pessoalmente decido a aquisição de um produto geralmente em
> função da qualidade, mas acho que a intenção dessa propaganda é
> demontrar que a variação de preço não é proporcional à
> variação da qualidade.
> Pois, não devem haver diferenças na qualidade ou qualquer outra
> característica na substância dos genéricos.
>
> Há vários exemplos de propaganda que atingem o público
> alvo utilizando práticas não muito tradicionais. Neste caso,
> acredito que muitas vezes a propaganda pode refletir-se com ambiguidade.
Como no
> caso de propagandas de cigarros. A estréia de uma propaganda mal
> elaborada, pode, em alguns casos, comprometer indefinidamente o
> contexto de propagandas do mesmo tópico.
>
> Quanto a ser lícito ou não tais práticas, eu não sei
> dizer. Acho que mesmo não sendo para alguns, a representação de certo e
> errado é sempre fundamentada na opinião da coletividade. Isso é o que eu
> também acho que sustenta o paradigma da propaganda. O que vc acha?
>
> Um abraço forte do Ozelo! :o) t+

Oi, Ozelo,

O aval da comunidade científica parece dizer que os genéricos são
equivalentes aos remédios comuns. Talvez a atitude do governo tenha sido
inspirada na necessidade de eliminar o medo da população com relação aos
genéricos, causado pela discussão "é-não-é" que testemunhamos ultimamente
entre os próprios cientistas. O governo então resolveu pegar no calo do
consumidor: genérico é mais barato. Mas o que os farmacêuticos não podiam
fazer até agora (teoricamente!) era justamente sair por aí convencendo o
consumidor a comprar tal remédio em vez de outro porque é mais barato e "é
tudo a mesma coisa". Ora, o brasileiro nunca respeitou muito essa regra. Há
uma enorme dificuldade para conscientizar as pessoas disso. De repente, o
próprio Ministério da Saúde chama um ator de grande sucesso no momento e faz
exatamente o que ele mesmo dizia que não se podia fazer! Tudo bem, com
genérico pode até ser diferente, mas parece-me que na prática essa diferença
será um mero detalhe.

A farmacologia, não estava até agora submetida às leis de mercado (pelo
menos depois que o remédio entra na farmácia), era um bastião. Então o que
estamos vendo é um avanço da prática de mercado à área da farmacologia...
Quer os envolvidos tenham consciência disso, quer não tenham.

No final das contas, o que é ilícito ou não acaba se fundamentando não
apenas na opinião da coletividade, mas também nas conseqüências da atitude.
Eu tenho umas opiniões meio adversas com relação a comerciais e a certas
características do Capitalismo (não a ponto de se poder me enquadrar como
esquerdista, entretanto). Mas isso é outra história, já são onze e treze e
preciso ir.

Abraços e até a próxima,
Belisário




SUBJECT: Uso do debate com o Diegez da Super.
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/04/2000 11:57


Gostaria de saber se algum integrante da Ciencialist usou os mails que
circularam pela lista, do meu debate com o Flavio Dieguez da
Superinteressante, para escrever uma carta para a revista Ciencia Hoje,
'atacando' a Superinteressante?

Para quem nao estava na lista nessa epoca eu explico.

Em uma Superinteressante saiu uma materia em que o nucleo do ouro
estava 'pintado' de dourado, por isso eu decidi conversar com o Flavio
Diegez (responsavel pela materia) sobre o assunto.
Para enriquecer o debate, decidi colocar os mails da nossa conversa na
Ciencialist. Mas fiquei sabendo atraves do Flavio Diegez (em nova
discussao) que ele estava desconfiado de alguem ter usado o que ele
escreveu, e que apareceu na Ciencialist, para 'atacar' a Super.

Espero ser isto um mal entendido.

OBS: vou reler as ultimas secoes de cartas da Ciencia Hoje para verificar
melhor a questao.
Ateh mais.
Luis Roberto Brudna.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Novato
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/04/2000 12:16



Ricardo Ozelo wrote:

> O motivo pelo qual estou aqui e que fez interessar-me pela
> lista é poder discutir uma idéia que venho estruturando a anos.
> Principalmente saber dos colegas se esta idéia pode ser
> discutida aqui. Os objetivos da discussão que quero promover
> são simples: esclarecer o conteúdo da idéia e compartilhar os
> resultados se for algo útil.
>
> A idéia basicamente é uma interpretação de como vejo o
> mecanismo da existência. Como, porque e para que propósito
> existimos? O que mais existe além da nossa própria existência
> exatamente? Acredito que isso envolve principalmente tópicos
> como Física, Cosmologia, Astronomia e muitos outros. Como

Bem vindo Ricardo,
Eu tambem TINHA estas duvidas e hoje , do meu ponto de vista, estao
respondidas.
Veja meu ponto de vista :
Eu selecionei alguns trechos interessantes que achei no livro do
Richard Dawkins ( O GENE EGOISTA ) :

Prólogo ( Robert Trivers ) (pag 15 ) :

"Dentro de cada espécie alguns indivíduos têm mais descendentes
sobrevivêntes que outros, de modo que as características
herdáveis(genes)
daqueles reprodutivamente bem sucedidos tornam-se mais numerosos na
geração
seguinte. A seleção natural é isto : a reprodução diferencial não
aleatória
dos genes. ELA NOS FORMOU E É ELA QUE DEVEMOS ENTENDER SE QUISERMOS
COMPREENDER NOSSAS PROPRIAS IDENTIDADES. Embora a teoria da evolução
através da seleção natural de Darwin seja central ao estudo do
comportamento
social( especialmente quando unida à genética de mendel), ela tem sido
amplamemte ignorada. Verdadeiras industrias se desenvolveram nas
ciencias
sociais dedicadas aa construcao de uma visao pre-Darwiniana e
pre-mendeliana
do mundo social e psicologico.... Sejam quais forem as razoes deste
estranho
desenvolvimento, ha indicacoes de que ele esta terminando....
...Em resumo, a teoria social darwiniana nos da uma ideia de uma logica
e de uma simetria subjacentes nas relacoes sociais, as quais, quando
forem
mais completamente compreendidas por nós, devem revitalizar nossa
compreensão
política e fornecer o apoio intelectual a uma ciencia e medicina da
psicologia. Neste processo, ele deve dar-nos tambem UMA COMPREENSAO MAIS

PROFUNDA DAS MUITAS ORIGENS DE NOSSO SOFRIMENTO."

Agora do autor do mesmo livro :
Prefácio , Pag 17 :

"Este livro deveria ser lido quase como se fosse
ficcao cientifica. Ele destina-se a agradar a imaginacao. Mas nao e'
ficcao cientifica : É CIÊNCIA. Seja ou nao um lugar comum,
"mais estranho do que ficcao" exprime exatamente como me sinto com
relacao aa verdade. Somos máquinas de de sobrevivencia - veiculos
robo PROGRAMADOS CEGAMENTE PARA PRESERVAR as moleculas egoistas
conhecidas como GENES. Esta eh uma verdade que ainda me enche de
surpresa.
Embora a conheça a anos, parece que nunca me acostumo completamente com
ela."

Capitulo 1 ('Por que sao as pessoas?' ), Pag 21:
"A vida inteligente em um planeta torna-se amadurecida quando pela
primeira vez compreende a razao de sua propria existencia.Se criaturas
superiores provindas do espaço algum dia visitarem a terra, a primeira
pergunta que farão, a fim de avaliar o nível de nossa civilizacao será :

'Eles ja descobriram a evolucao?'.... Darwin nos tornou possivel dar
uma resposta sensata à crianca curiosa cuja pergunta serve de titulo
a este capitulo. Nao mais teremos de recorrer aa supersticao quando
defrontados com problemas profundos : ha um sentido para a vida?
Para que existimos? O que eh o homem? Depois de formular a ultima destas

questoes, o eminente zoologo G.G.Simpson assim se expressa :'O que
quero esclarecer agora eh que todas as tentativas de responder
esta pergunta antes de 1859 sao inuteis e que sera melhor para nos
ignora-las completamente'. Hoje a teoria da evolucao está tao
sujeita aa duvida aa duvida quanto a teoria de que a terra gira ao
redor do sol, mas as IMPLICAÇÕES plenas da revolucao de Darwin
AINDA ESTÃO PARA SEREM AMPLAMENTE COMPREENDIDAS. A zoologia ainda é
uma materia minoritaria na universidades e ateh mesmo aqueles q a
escolhem frequentemente tomam esta decisao sem perceber seu significado
filosofico profundo. A filosofia e as materias conhecidas como
Humanidades
ainda sao ensinadas como se Darwin nunca houvesse existido...."

Cap 2 Pg 40 :
Fala sobre a origem da vida algo que comecou com o que Dawlkins
chamou de 'replicadores' ( moleculas q conseguiam se replicar ):

".... Houve luta pela sobrevivencia entre as variedades de replicador.
Elas nao sabiam q estavam lutando nem se preocupavam com isto.
A luta foi conduzida sem quaisquer mal sentimentos, de fato, sem
sentimentos de quaisquer especie. Mas elas estavam lutando , no sentido
de que qualquer copia erronea que resultasse em um novo nivel de
estabilidade mais alto ou uma nova maneira de reduzir a estabilidade
dos rivais era automaticamente preservada e multiplicada.
O processo de melhoramento era cumulativo.As maneiras de aumentar
a estabilidade e diminuir aa dos rivais tornaram-se mais elaboradas
e mais eficientes.....Os replicadores começaram nao apenas a existir,
mas a costruir envoltórios para si, veícuos para sua existencia
ininterrupta. Os replicadores que sobreviveram foram aqueles que
construiram maquinas de sobrevivencia para aí morarem. As primeiras
maquinas de sobrevivencia consistiram em nada mais do que um
revestimento
protetor.....Haveria um fim para o melhoramento gradual das tecnicas e
artificios utilizados pelos replicadores para garantir sua propria
permanencia no mundo? Que maquinas estranhas de auto-sobrevivencia
os milenios produziram ? Quatro bilhoes de anos mais tarde, qual
seria o destino dos antigos replicadores? Eles nao morreram pois
sao antigos mestres das artes de sobrevivência. Mas nao os procure
flutuando livremente no mar. Eles abandonaram esta liberdade nobre
ha muito tempo. Agora eles apinham-se em colonias imensas, em seguranca
dentro de robos desajeitados gigantescos, murados do mundo exterior,
comunicando-se com ele por meio de vias indiretas e tortuosas,
manipulando-o por controle remoto. Eles estao em mim e em você.
ELES NOS CRIARAM CORPO E MENTE. E SUA PRESERVAÇÃO EH A RAZÃO ULTIMA
DE NOSSA EXISTENCIA. Transformaram-se muito, esses replicadores.
AGORA ELES RECEBEM O NOME DE GENES E NÓS SOMOS SUAS
MÁQUINAS DE SOBREVIVÊNCIA.".


Outro livro que achei interessante eh "CONSILIÊNCIA" de E.O. Wilson.
Alguns trechos deste livro eu transcrevi abaixo:

"...'Foucault estava lutando com os mais profundos e espinhosos dilemas
da
identidade moderna... Para quem nao acredita na existencia de Deus, da
lei natural ou da Razao transcendente e reconhece as formas variadas e
sutis pelas quais os interesse material - poder - corrompeu, ate'
constituiu, cada moralidade anterior, COMO VIVER, QUE VALORES OBSERVAR?'

Como e que valores realmente? Para solucionar esses perturbadores
problemas, comecemos nos afastando de Foucault e do desespero
existencilista.... Uma vez que nos recobremos do choque de descobrir
que o O UNIVERSO NAO FOI CONSTITUIDO TENDO NÓS EM MENTE, todo o sentido
que o cerebro consegue dominar, todas as emocoes que consegue suportar
e toda a aventura compartilhada que poderíamos querer desfrutar podem
ser encontradas decifrando-se a ordem hereditária que gerou nossa
espécie
através do tempo geologico e marcou-a com os resíduos da historia
profunda. A razao será alçada a novos niveis e as emocoes serao
despertadas em padroes potencialmente infinitos..."

E na pag. 121 no Capitulo 'Dos genes à cultura' :

"Acredito que a maioria dos que contribuíram para a teoria nos
últimos 20 anos concordariam com o seguinte esboço de seus principios:
A cultura é criada pela mente coletiva, e cada mente por sua vez é o
produto do cerebro humano geneticamente estruturado. Genes e cultura
estão
,portanto, inseparavelmente ligados.Mas a ligacao é flexivel, em um grau

ainda na maior parte ainda nao medido. A ligacao tambem é tortuosa:
OS GENES PRESCREVEM REGRAS EPIGENETICAS, que sao as vias e regularidades

neurais no desenvolvimento cognitivo pelas quais a mente individual se
constitui. A mente cresce do nascimento à morte absorvendo partes da
cultura existente disponíveis para ela, com seleções guiadas por
regras epigenéticas herdadas pelo cérebro individual....
Como parte da co-evolucao gene-cultura, a cultura é reconstruída a
cada geração coletivamente nas mentes dos indivíduos. Quando a tradição
oral é suplementada pela escrita e arte, a cultura consegue crescer
indefinidamente e pode até cobrir gerações. Mas a influência
determinante
fundamental das regras epigenéticas, sendo genética e inextirpável,
permanece constante....Alguns indivíduos herdam regras epigenéticas
que lhes permitem sobreviver e se reproduzir melhor no ambiente
e cultura circundante do que indivíduos que carecem dessas regras,
ou pelo menos que as possuem em menor grau.
Mas isso significa, através de várias gerações que as
regras epigeneticas mais bem sucedidas se disseminaram pela populacao
junto com os genes que prescrevem estas regras. Em consequencia, a
espécie humana evoluiu geneticamente por selecao natural no
comportamento,
tanto quanto na anatomia e fisiologia do cérebro....A natureza da
corrente genética e o papel da cultura podem agora ser melhor
compreendido
nos seguintes termos. Certas normas culturais tambem sobrevivem e
se reproduzem melhor do que normas concorrentes, fazendo a cultura
evoluir em uma trilha paralela à evolucao genética e geralmente
muito mais rápida. QUANTO MAIS RÁPIDO o ritmo da evolucao cultural,
MAIS FRÁGIL a conexão entre gene e cultura, embora nunca se
rompa totalmente. A cultura permite um rápido ajuste a mudanças no
ambiente através de adaptações finamente sintonizadas, inventadas
e transmitidas sem uma prescrição genética precisa correspondente.
Nesse aspecto, os seres humanos diferem fundamentalmente de todas
as outras espécies animais."

Na pagina 150 :
"Os genes prescrevem regras epigenéticas, que são regularidades da
percepção sensorial e do desenvolvimento mental que animam e canalizam
a aquisição de cultura. A cultura ajuda a determinar quais genes
prescritivos sobrevivem e se multiplicam de uma geração aa proxima.
Novos genes bem sucedidos alteram as regras epigeneticas da populacao.
As regras epigenéticas alteradas alteram a direção e eficácia dos
canais de aquisição cultural.
O passo final nesta série é mais crucial e litigioso. Está corporificado

no problema da restrição genética. Através da pre-história em particular

até cem mil anos atrás, época em que o cerebro do moderno Homo sapiens
havia se desenvolvido, a evolução genética e cultural estavam
estreitamente
acopladas. Com o advento das sociedades neolíticas e, em especial o
surgimento das civilizações, a evolução cultural saltou à frente em uma
velocidade que deixou a evolução genética marcando passo em comparação.
Assim, nesta ultima fase exponencial, em que grau as regras epigeneticas

permitiram que diferentes culturas divergissem? Quão rigorosa foi a
restrição genética? Essa é a pergunta chave e só é possível uma resposta

parcial. Em geral, as regras epigenéticas sao fortes o suficiente para
ser visivelmente coercitivas.. Mas em um grau que pode se mostrar
embaraçoso para um defensor empedernido da hereditariedade, as culturas
se dispersam amplamente em sua evolução sob as regras epigenéticas
até agora estudadas. ÀS VEZES, TEM EMERGIDO ASPECTOS CULTURAIS
ESPECÍFICOS
QUE REDUZEM A APTIDAO DARWINIANA, PELO MENOS POR ALGUM TEMPO. A CULTURA
PODE DE FATO SE DESCONTROLAR POR UM PERÍODO E ATÉ DESTRUIR OS INDIVÍDUOS

QUE A PROMOVEM."

E na pagina 247 :
"A formidável do impulso religioso baseia-se em muito mais, porem, do
que
a mera validação da moral. Grande rio subterraneo da mente ganha força
de
um amplo espectro de emoções afluentes. Antes de mais nada vem o
instinto
de sobrevivência...NOSSAS MENTES ANSEIAM POR UMA EXISTÊNCIA PERMANENTE.
SE NAO CONSEGUIMOS A VIDA ETERNA DO CORPO, A ABSORÇÃO EM ALGUM TODO
IMORTAL
SERVIRÁ. QUALQUER COISA SERVIRÁ, CONTANTO QUE DÊ SENTIDO AO INDIVIDUO
E DE ALGUM MODO ESTENDA À ETERNIDADE AQUELA BREVE PASSAGEM DA MENTE
e espírito lamentada por Santo Agostinho como o curto dia do tempo."




GENISMO - Uma nova doutrina
Criado por: Joao Carlos Holland de Barcellos
Novembro 1999
=================================================

Desde a origem da vida os seres vivos seguiram o seguinte "algoritmo" :

Genes -> mutacao ou nao -> fenotipo -> ambiente -> selecao natural -> ->

sobrevivencia ou morte


Este esquema existe desde q surgiu a vida ha alguns bilhoes de anos
atras.
Note que os seres que passam por esse processo SEMPRE morrem
mas nao necessariamente seus genes !!
Antes do individuo morrer ele pode , eventualmente,
passar seus genes para a proxima geracao.
O que temos entao depois de muitos bilhoes de geracoes ?
Depois dessa peneirada toda teremos genes ALTAMENTE especializados
em se perpetuar no tempo e atravessar estas peneiras.
Sao representados fenotipicamente por todos os seres vivos
que estao no mundo hoje.
Se estudarmos a vida animal ( fora o homem ) poderemos verificar o
incrivel poder e as artimanhas geneticamente codificadas para conseguir

tal intento. É realmente impressionante.
O homem , contudo, tem um algo a mais : a cultura.
A cultura, inicialmente um fator que auxiliou a sobrevivencia da
especie,pode , as vezes, ir contra este proposito genetico de
perpetuacao.
Neste caso haverá sofrimento pois, dependendo da cultura , ela
podera agir contra todos os instintos ( no sentido amplo , nao so os +
primitivos ) que querem que o individuo perpetue seus genes.
Note q os genes sao suficientemente especializados para que vc nao se
reproduza pura e simplesmente, eles codificaram filtros para
que o homem junte seus genes com genes tambem qualificados
para a perpetuacao : O instinto basico no homem ,
para a perpetuacao genetica, é o AMOR pois é este o principal
mecanismo para fazer o controle de qualidade das pessoas
que poderemos juntar nossos genes para que estes
sigam pela eternidade.

O Genismo vem para tentar alertar o homem contra culturas que vao
contra seu proposito fundamental : perpetuar genes. E isso tem um
significado amplo :
Perpetuar genes é ter filhos , é prepara-los para a vida, é cuidar
e ajudar os parentes e 99% das coisas que a cultura normal ja prega.

O Genismo quer que ASSUMAMOS que somos uma máquina de perpetuaçao
genética, neste sentido AMPLO , e que ajamos neste sentido.
Desta maneira estaremos integrando nossa cultura com a nossa
natureza biologica mais profunda.
A crença de que a unica forma de perpetuacao é via genes, faz reforçar
estas acoes.

O genismo esta em formacao e estes sao seus principais mandamentos:
1- "Os Genes te criaram e a eles vc deve servir"
2-"A felicidade é trilhar o caminho da perpetuação genética"
3-"Deus nao existe e o único modo de transcender a morte
é através de seus genes, principalmente em seus descendentes"
4-"Seus genes sao seu bem mais precioso"
5- "Vc deve respeitar os genes dos outros para que
os outros respeitem os seus."

Consequencias do Genismo :

1-Abolindo Deus , as pessoas exigiriam justiça na terra e nao
esperariam,
EM VAO, pela justiça divina ==> O mundo seria + justo.

2-Louvando aos Genes as pessoas teriam + amor aa seus filhos E...

3-.... cuidariam + do mundo que deixariam aa eles, ao invés de
destrui-lo
pensando apenas em si mesmas !.

4-Sendo as pessoas + felizes, pois o Genismo faz a pessoa entrar em
harmonia
com sua natureza mais íntima, teriamos um mundo melhor..

-------
Livros recomendados :
"O Gene Egoista" de Richard Dawkins
"Consiliencia" de E. O. Wilson
==============================================
Joao Carlos Holland de Barcellos ( jocax@usp.br)





SUBJECT: Re: [ciencialist] Novato
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/04/2000 12:19


----- Original Message -----
From: Ricardo Ozelo <ozelo@radioalarme.com.br>

> Olá pessoal! Sou novato aqui no Ciencialist! Muito prazer!
(...)
> A idéia basicamente é uma interpretação de como vejo o
> mecanismo da existência. Como, porque e para que propósito
> existimos? O que mais existe além da nossa própria existência
> exatamente? Acredito que isso envolve principalmente tópicos
> como Física, Cosmologia, Astronomia e muitos outros.

Talvez possamos discutir esse tema com base em áreas da Ciência, mas
devo ressaltar que as questões de "como, por que e para que existimos" são
essencialmente metafísicas. A diferença entre as questões científicas e
metafísicas é que as científicas podem, em princípio, serem testadas
fazendo-se experimentos ou observações. Já as metafísicas, não. Por exemplo,
podemos responder a questão de para que existimos de várias formas, mas como
vamos decidir qual delas é a correta apenas observando a Natureza ou nós
mesmos? A resposta baseia-se mais na plausibilidade do que no fato de ser
verificável.

(Essa diferença entre questões científicas e metafísicas que expus é na
verdade uma simplificação. Há coisas na própria Ciência que não se pode
decidir pela observação. Por exemplo: para verificar a afirmação "todos os
corpos caem sob a ação da gravidade", teríamos que observar absolutamente
*todos* os corpos, o que é impossível de ser feito.)

> Alguns assuntos a mim recentes são o top da discussão, como
> a CBR, o desvio para o vermelho e a mecânica relacional.
> Alguns de vcs já devem ter conhecido a obra Mecânica
> Relacional de Andre K. T. Assis, ele usa uma lei de Weber
> para a gravitação. Uma grande pessoa que tem me ajudado a
> compreender a natureza do mecanismo, principalmente com a
> suposição de que a força gravitacional pode ser uma derivação
> da eletromagnética.

Essa Mecânica Relacional é realmente um espanto! Ainda quero discuti-la
aqui, mas depois. Estou terminando de ler um dos livros do Assis sobre isso,
a edição da Coleção CLE.

> Algumas de minhas maiores dúvidas encontram-se nas definições
> atuais e termos utilizados para descrever certos fenômenos
> físicos. Um exemplo disso é a difinição de carga. Sabemos que
> existe a definição de carga positiva e negativa, mas qual
> seria a terceira? Poderíamos ter 4 definições de carga:
> Positiva, negativa,neutra e nula? Imagino que uma definição
> mais aprimorada de carga seja a demonstração de que a carga
> negativa seja o complemento da positiva e vice-versa. A
> netralidade de cargas se dá com o equilíbrio entre cargas,
> não permitindo assim que chamemos uma única carga de carga
> neutra. Mas o que é carga? Poderíamos considerar que a carga
> pode ser nula, digo, completamente ausente? Deve haver algo
> mais que ainda não tive conhecimento que evidencie se a carga
> é uma interação inerente à massa ou vice-versa.

Vamos por partes. Existem dois tipos de carga: positiva e negativa. Há
corpos, entretanto, que têm carga elétrica nula. Isso pode se dar por duas
razões: (1) esse corpo têm número igual de cargas positivas e negativas, de
maneira que elas se cancelam e o resultado é carga nula. (2) Esse corpo não
tem carga alguma - exemplos são certas partículas elementares, como o
neutrino e o fóton.

Falemos do caso (2), corpos sem carga. Não interpretamos isto dizendo
que há um terceiro tipo de carga - a carga nula, que seria o mesmo que carga
neutra -, mas sim dizendo que esses corpos simplesmente não têm carga. Desta
forma, existem apenas dois tipos de carga elétrica, positiva e negativa. E
as partículas elementares podem possuir carga positiva, carga negativa, ou
então não ter carga nenhuma.

Claro que poderíamos redefinir as coisas de forma a introduzir o
conceito de carga nula, e assim teríamos três tipos de carga, mas as
parecem-me mais simples se adotarmos a interpretação corrente.

Posto isso, a questão "Poderíamos considerar que a carga pode ser nula,
digo, completamente ausente?" tem uma resposta clara: sim, a carga pode ser
completamente ausente. Das partículas elementares (estou falando das
realmente elementares: prótons e nêutrons não o são, eles são formados por
três quarks cada um), as que não têm carga são os três tipos de neutrino, o
fóton, o glúon e a partícula Z (e o gráviton, se existir mesmo).

Quando você diz: "Imagino que uma definição mais aprimorada de carga
seja a demonstração de que a carga negativa seja o complemento da positiva e
vice-versa.", o que você está fazendo é definindo um dos tipos de carga em
termos do outro, o que é uma coisa interessante. (Repare que não se trata de
uma demonstração, mas de uma definição.) Na verdade, isso já é feito na
Física: por exemplo, podemos definir "carga pontual negativa de 1 coulomb"
como a carga que provoca, numa carga-teste, uma força igual e de sentido
contrário à que uma "carga pontual postiva de 1 coulomb" provocaria na mesma
carga-teste, à mesma distância. E vice-versa. Isso é, portanto, uma
definição de carga negativa em termos da carga positiva. Agora, qual a
diferença fundamental entre nossas duas definições, a minha e a sua? É a
precisão. Até onde posso perceber, a "minha" definição não deixa margem a
interpretações, e é isso o que a gente deve tentar alcançar quando definimos
algo em Ciência.

> Deve haver algo
> mais que ainda não tive conhecimento que evidencie se a carga
> é uma interação inerente à massa ou vice-versa.

Antes de mais nada, um problema de "vocabulário técnico": não dá para
dizer que a carga ou a massa são "interações". Interação é uma influência
entre objetos físicos: atração de cargas, atração gravitacional, etc. Massa
e carga são "propriedades" desses objetos, e as interações podem se dar
entre massas, entre cargas, etc.

Esclarecido isso, poderíamos então perguntar se a carga é uma
"propriedade" inerente à massa ou vice-versa. Bem, certamente a resposta é
negativa, simplesmente porque existe massa sem carga: a partícula Z possui
massa 185 mil vezes maior que a do elétron e no entanto não tem carga. (A
partícula Z é uma partícula subatômica relacionada com a chamada "força
nuclear fraca".)

Repare que eu respondi essa questão com base numa observação da
Natureza: encontrei uma partícula com massa e sem carga, o que foi
suficiente para responder a pergunta. Jamais poderia respondê-la
exclusivamente com base na razão. Essa é a diferença entre Física e
Metafísica: em Física, consultamos a Natureza e ela nos dá a resposta. Claro
que muitas vezes fazemos elocubrações mentais, mas sempre com base em
premissas empíricas. Com a ressalva da "simplificação" que apontei acima.

Sendo assim, o que "é" a carga elétrica? A carga elétrica é uma
propriedade intríseca a certas partículas, como o elétron, os quarks, etc.
Essa propriedade de manifesta fisicamente através da atração ou da repulsão
entre as partículas. Não podemos dizer muito mais do que isso, sem sair da
Física e entrar na Metafísica. Pelo menos, no estágio atual da Física.

> Conheci o Ciencialist no ICQ (21413836) e peço desculpas se
> acaso estiver sendo inconveniente.

De modo algum! No que me concerne, questões como essas são fundamentais.
A Ciência só faz sentido se for divulgada além do círculo restrito da
comunidade científica.

Até a próxima,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Uso do debate com o Diegez da Super.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/04/2000 18:37

Luis,
Não posso precisar as datas mas, em meados de outubro de 99 (nem recordo se
já participava do ciencialist) mandei uma mensagem ao Sr. Monserrat sobre as
deficiências nas divulgações científicas e, entre elas, houve uma citação da
superinteressante, de livros didáticos etc. Essa mensagem saiu no
JornalEmail creio que lá pelos 18 ou 19 de outubro. Dois dias depois saiu o
comentário do (hoje do ciencia list) do Roberto de Andrade Martins ou do
Alberto Mesquita Filho (não recordo qual deles -- é o que enviou a crítica
da Dança do Universo do Marcelo G.). O assunto relacionava-se mais à
divulgação científica. Essa publicação de JornalEmail pode ser encontrada
(para quem arquivou tudo) lá pela primeira quinzena de outubro.
Depois dessa mensagem enviei outra para o JornalEmail sobre 'Ciência e
Religião'. O assunto ficou "no ar" por umas duas semanas.

Por gentileza consulte essas mensagens para verificar se o assunto é o mesmo
de sua mensagem de 11/04/2000. Uma sugestão é solicitar ao Sr. Monserrat os
originais das correspondências que enviei.

[]'s
Léo
PS> Algum tempo depois, na época dos debates da "morte encefálica" mandei
essa crítica do Marcelo G. a vários colegas do ciencialist.
---------------------------------------------------------
-----Mensagem Original-----
De: <lrb@if.ufrgs.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 11 de abril de 2000 11:57
Assunto: [ciencialist] Uso do debate com o Diegez da Super.


>
> Gostaria de saber se algum integrante da Ciencialist usou os mails que
> circularam pela lista, do meu debate com o Flavio Dieguez da
> Superinteressante, para escrever uma carta para a revista Ciencia Hoje,
> 'atacando' a Superinteressante?
>
> Para quem nao estava na lista nessa epoca eu explico.
>
> Em uma Superinteressante saiu uma materia em que o nucleo do ouro
> estava 'pintado' de dourado, por isso eu decidi conversar com o Flavio
> Diegez (responsavel pela materia) sobre o assunto.
> Para enriquecer o debate, decidi colocar os mails da nossa conversa na
> Ciencialist. Mas fiquei sabendo atraves do Flavio Diegez (em nova
> discussao) que ele estava desconfiado de alguem ter usado o que ele
> escreveu, e que apareceu na Ciencialist, para 'atacar' a Super.
>
> Espero ser isto um mal entendido.
>
> OBS: vou reler as ultimas secoes de cartas da Ciencia Hoje para verificar
> melhor a questao.
> Ateh mais.
> Luis Roberto Brudna.
>
>
>
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> ------------------------------------------------------------------------
>
> Use os recursos da Ciencialist em http://www.egroups.com/list/ciencialist/
>
> --- ... ---
>
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com (sair da lista)
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Novato
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/04/2000 21:15

-----Mensagem Original-----
De: "Ricardo Ozelo"
Enviada em: Terça-feira, 11 de Abril de 2000 10:39
Assunto: [ciencialist] Novato

> Algumas de minhas maiores dúvidas encontram-se nas definições
> atuais e termos utilizados para descrever certos fenômenos
> físicos. Um exemplo disso é a difinição de carga.
> ... Mas o que é carga? Poderíamos considerar que a carga
> pode ser nula, digo, completamente ausente? Deve haver algo
> mais que ainda não tive conhecimento que evidencie se a carga
> é uma interação inerente à massa ou vice-versa.

Que tal ler a "teoria do porco-espinho"?
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Usenet/dialogos11.htm
(a propaganda é a alma do negócio)

Se gostar, existem mais artigos relacionados à mesma em meu Web Site (vide
abaixo). Se surgirem dúvidas, estou aqui de antena ligada na ciencialist,
ainda que tenha participado pouco ultimamente. Para ser sincero, a turma
aqui não consegue "engolir" as minhas teorias :-) (acho que devo ter
exagerado nos condimentos).

> Aceito qualquer tipo de
> críticas e sugestões, como também dou as minhas.

Idem, ibidem. Sinta-se à vontade.

> A prática da Ciência para mim não é algo que
> busca um resultado prático, mas sim, buscar compreender o
> mecanismo da existência.

Estou contigo e não abro.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm

PS: Conheci o Andre K. T. Assis, e concordo contígo. Realmente é "Uma grande
pessoa".



SUBJECT: Roslin Institute Online
FROM: "Sheila Franco." <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 11/04/2000 22:58
ATTACHMENTS (20000411-225805-0000476): "Roslin Institute Online.url"

Achei q o site do Instituto Roslin poderia ser interessante a alguém da lista.
Nele existe uma página sobre mapeamento de genoma e bio-informática.
 
Abraços,
 
Sheila.

 http://www.ri.bbsrc.ac.uk/

SUBJECT: Aranhas
FROM: Bolsa de Valores Bahia Sergipe Alagoas <bvbsa@bvbsa.com.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 12/04/2000 14:38

Pessoal,


Gostaria de saber se vcs conhecem algum site, que tenha como conteúdo
principal aranhas, e que possua tb fotos, pois acho interessante o
estudo desses bichinhos incríveis.

Brigado/Marcelo Falcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Vida inteligente extraterrestre
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/04/2000 15:15


Tenho um texto muito interessante e bem resumido sobre esse assunto. O
texto saiu na extinta Isaac Asimov Magazine, apesar do nome aparentar o
contrario, a 'revista' de contos de ficcao-cientifica e fantasia era
editada aqui no Brasil (pela Editora Record).
O texto aborda o assunto de maneira ampla e praticamente sem
tendencialismos.
Eu tinha encontrado uma copia do artigo da revista na internet a MUITO
tempo atras, mas acho que nao existe mais... e se existir vai ser dificil
encontrar devido ao enorme ruido causado pelas abordagens de baixo valor.

Uma coisa... Belisario... Voce nao tem nada sobre o assunto? Pergunto
isto porque percebi que escreveu algo sobre o livro Rare Earth no
Observatorio de Imprensa. Ou estou enganado?

Quanto aos livros do Eric von Daniken, eu nao gosto da abordagem que
ele faz do assunto. Nao ha um tratamento global da ideia.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna.


On Wed, 12 Apr 2000, =?iso-8859-1?Q?Roberto_Belis=E1rio?= wrote:
> Pessoal, recebi esta mensagem de uma amiga:
>
> ------------------------------------------------------
> Estou precisando de sua ajuda. No meu curso de
> mestrado, preciso fazer uma matiria de 10 laudas sobre
> vida extraterrestre. Mas nco tenho tempo de ficar
> lendo livros imensos sobre isso. Sera que vocj pode me
> indicar artigos ou pesquenos livros autalizados para
> eu me basear?
> ------------------------------------------------------
>
> Nco conhego nenhuma referjncia assim sobre esse assunto. Sera que alguim
> am pode ajudar-me a ajuda-la?
>
> Obrigado,
> Belisario



SUBJECT: Vida inteligente extraterrestre
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/04/2000 16:02

Pessoal, recebi esta mensagem de uma amiga:

------------------------------------------------------
Estou precisando de sua ajuda. No meu curso de
mestrado, preciso fazer uma matéria de 10 laudas sobre
vida extraterrestre. Mas não tenho tempo de ficar
lendo livros imensos sobre isso. Será que você pode me
indicar artigos ou pesquenos livros autalizados para
eu me basear?
------------------------------------------------------

Não conheço nenhuma referência assim sobre esse assunto. Será que alguém
aí pode ajudar-me a ajudá-la?

Obrigado,
Belisário



SUBJECT: Re: [ciencialist] Vida inteligente extraterrestre
FROM: "Eduardo Vieira" <evieira@dba.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/04/2000 16:10

Ih, tem tanta coisa... ela pode procurar na internet sobre o caso rosswell,
ou entao pegar o famoso livro"Eram os deuses astronautas". Para uma
monografia de 10 paginas deve ser o suficiente.


----- Original Message -----
From: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
To: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, April 12, 2000 4:02 PM
Subject: [ciencialist] Vida inteligente extraterrestre


> Pessoal, recebi esta mensagem de uma amiga:
>
> ------------------------------------------------------
> Estou precisando de sua ajuda. No meu curso de
> mestrado, preciso fazer uma matéria de 10 laudas sobre
> vida extraterrestre. Mas não tenho tempo de ficar
> lendo livros imensos sobre isso. Será que você pode me
> indicar artigos ou pesquenos livros autalizados para
> eu me basear?
> ------------------------------------------------------
>
> Não conheço nenhuma referência assim sobre esse assunto. Será que
alguém
> aí pode ajudar-me a ajudá-la?
>
> Obrigado,
> Belisário
>
>
> ------------------------------------------------------------------------
> Here Bunny Bunny...
> Check it Out
> http://click.egroups.com/1/3123/5/_/19424/_/955566283/
> ------------------------------------------------------------------------
>
> Use os recursos da Ciencialist em http://www.egroups.com/list/ciencialist/
>
> --- ... ---
>
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com (sair da lista)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Vida inteligente extraterrestre
FROM: Cristiano Brudna <brudna@delet.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/04/2000 18:03
ATTACHMENTS (20000412-180334-0000483): "brudna.vcf"

Roberto Belisário wrote:
>
> Pessoal, recebi esta mensagem de uma amiga:
>
> ------------------------------------------------------
> Estou precisando de sua ajuda. No meu curso de
> mestrado, preciso fazer uma matéria de 10 laudas sobre
> vida extraterrestre. Mas não tenho tempo de ficar
> lendo livros imensos sobre isso. Será que você pode me
> indicar artigos ou pesquenos livros autalizados para
> eu me basear?
> ------------------------------------------------------
>
> Não conheço nenhuma referência assim sobre esse assunto. Será que alguém
> aí pode ajudar-me a ajudá-la?
>
> Obrigado,
> Belisário
>

Nào sei quase nada sobre o assunto e nem sou da área mas eu vi um site
na NASA sobre astrobiologia que pode ajudar:

http://astrobiology.arc.nasa.gov/roadmap/index.html

SUBJECT: Re: [ciencialist] Vida inteligente extraterrestre
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/04/2000 18:14



Roberto Belisário wrote:

> Pessoal, recebi esta mensagem de uma amiga:
>
> ------------------------------------------------------
> Estou precisando de sua ajuda. No meu curso de
> mestrado, preciso fazer uma matéria de 10 laudas sobre
> vida extraterrestre. Mas não tenho tempo de ficar
> lendo livros imensos sobre isso. Será que você pode me
> indicar artigos ou pesquenos livros autalizados para
> eu me basear?
> ------------------------------------------------------
>
> Não conheço nenhuma referência assim sobre esse assunto. Será que
> alguém
> aí pode ajudar-me a ajudá-la?
>

melhor vc ler:
http://www.seti.org/science/rare_earth.html
[uma defesa mais sensata da possibilidade de haver vida no universo.]

roberto takata

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Vida inteligente extraterrestre
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/04/2000 18:24


> Pessoal, recebi esta mensagem de uma amiga:
>
> ------------------------------------------------------
> Estou precisando de sua ajuda. No meu curso de
> mestrado, preciso fazer uma matéria de 10 laudas sobre
> vida extraterrestre. Mas não tenho tempo de ficar
> lendo livros imensos sobre isso. Será que você pode me
> indicar artigos ou pesquenos livros autalizados para
> eu me basear?
> ------------------------------------------------------

É possível que ela encontre algo em
http://www.thwww.com/mrwizard/wizardTOC.HTM

Lá tem de tudo, desde UFOs até citações de teorias excelentes, como as
minhas :-)

Tem também uma página de pesquisa do site. O único inconveniente é ser em
inglês, mas como trata-se de trabalho para curso de mestrado, creio que isso
não será problema.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm

Avanti Crackpotpoli!
Em novembro no Japão: Reunião de autores de teorias alternativas em física.
Informações em: http://home7.highway.ne.jp/max-1998/ap2000-e.html



SUBJECT: Uauuuuuu!!!!! que turma!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/04/2000 21:54

JCEmail
--------------------
15. Maquina recriara' formacao do universo

Em Long Island, no Estado de Nova York, fisicos preparam-se para voltar
'a
aurora do universo.

Em poucas semanas, uma especie de maquina do tempo -- o Relativistic
Heavy
Ion Collider (RHIC) --, enterrada debaixo do Laboratorio Nacional
Brookhaven, do Departamento de Energia, comeca a separar atomos de ouro
dos
seus eletrons e acelera'-los a 99,995% da velocidade da luz.

Depois, fara' pares de atomos chocarem-se entre si com tal violencia que
as
colisoes originarao temperaturas 10 mil vezes mais quentes que a do Sol.

Nao ha' perigo. Como os objetos envolvidos sao submicroscopicos, a
energia
total de cada colisao sera' comparavel 'aquela de um mosquito pousando
na
tela de uma porta. Mas essa energia sera' liberada no espaco de um
milionesimo de milimetro, suficientemente concentrada para desmontar um
nucleo atomico.

Nas ultimas decadas, fisicos descobriram que o atomo nao e' simplesmente
constituido de um nucleo de protons e neutrons circundado por um enxame
de
eletrons. Dentro de cada nucleo ha' particulas ainda menores chamadas
quarks e gluons, que se combinam para formar protons e neutrons.

O estudo dessas particulas pode ser a chave para entendermos como o
universo e' formado. A teoria atual indica que os primeiros atomos
surgiram
cerca de um segundo depois do proprio universo - assim, desintegra'-los
significa recriar o que veio antes.

Os fisicos pintam esse quadro, que se teria formado ha' 13 bilhoes de
anos
- microssegundos depois do big-bang - como um caldeirao de trilhoes de
graus conhecido como plasma quark-gluon: quarks e gluons nadando em um
caldo superquente.

No momento em que o termometro caiu para menos de 1 trilhao de graus -
antes que o universo tivesse um segundo de idade -, o plasma quark-gluon
congelou na forma dos protons e neutrons que compoem os nucleos atomicos
de
hoje.

Se a maquina de Brookhaven conseguir recriar essa substancia primordial,
os
fisicos talvez aprendam como ela se formou, quanto tempo durou e como se
reconstituiu em protons e eletrons, vislumbrado o primeiro milissegundo
da
criacao.

Como o universo atual e' muito frio comparado com o inicial, quarks e
gluons livres nao andam mais por ai. Eles "congelariam" instantaneamente
na
forma de particulas mais comuns.

Quem pretende analisar essas minusculas goticulas tera' primeiro de
captura'-las, e o RHIC tem quatro detectores para essa tarefa. Cada um
deles tem aparelhos eletronicos que registrarao tudo sobre as milhares
de
particulas criadas em cada colisao.

Os sinais que esperam encontrar como resultado da colisao em que o
plasma
quark-gluon for criado incluem raios gama, quarks "estranhos" e uma
outra
particula chamada upsilon.

(O Estado de SP, 8/4)

[]'s
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Vida inteligente extraterrestre
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/04/2000 23:17

Obrigado pelas respostas, turma! Ainda não navegamos nelas, mas com
certeza serão bem úteis.

Luís Roberto Brudna:
> Uma coisa... Belisario... Voce nao tem nada sobre o assunto? Pergunto
> isto porque percebi que escreveu algo sobre o livro Rare Earth no
> Observatorio de Imprensa. Ou estou enganado?

Eu escrevi, sim. Tenho algumas coisas aqui, quais sejam: o livro "Vida
Inteligente no Universo", de I. S. Chklovsii e Carl Sagan - mas este é muito
antigo, de antes da ida do homem à Lua em 1969. Também "O mundo assombrado
pelos demônios", do Carl Sagan; lá tem três capítulos dedicados a
desmistificar lendas sobre Ovnis, como o caso Roswell e outros. Quando fiz o
artigo, pesquisei mais no site do SETI (o pessoal que faz procuras de sinais
de rádio vindos do espaço que se pareçam com comunicações entre ETs
inteligentes). Lá tem coisas interessantes, inclusive sobre o livro Rare
Earth. Sob o link "The Drake Equation", há informações muito interessantes
sobre as condições necessárias aos planetas e às estrelas para haver vida
inteligente fora da Terra. Mas mesmo assim eu resolvi procurar uma
complementação aqui na lista.

> Quanto aos livros do Eric von Daniken, eu nao gosto da abordagem que
> ele faz do assunto. Nao ha um tratamento global da ideia.

É, na verdade o livro do Däniken não pode ser chamado de científico. Ele
enumera várias descobertas arqueológicas e dá interpretação de que elas
denunciam a presença de extraterrestres na Terra em tempos antigos. Mas o
tratamento que ele dá ao tema é muito pouco crítico.

Até a próxima,
Bélisário




SUBJECT: Mecanismo da existencia
FROM: "Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/04/2000 18:25

    Olá pessoal! (risos) :o)
 
    Bem, acho que aqui vou encontrar tudo que preciso para começar a formular minha idéia! Sou muito grato a todos! Gostaria de apresentar a discussão e as diferentes vias de relacionamento de cada contexto em uma só nova mensagem. A justificativa para esta preferência é que ela me ajuda a organizar as minhas dúvidas para apresentá-las de maneira adequada.
 
    Achei muito interessante o conteúdo da mensagem 4522 do João Carlos. (valeu JOCAX!) Já havia pensado nessas idéias e acredito que elas são a melhor explicação do que é a vida biológica. Não só fornecem conhecimento para compreender o que é um organismo, como também tem sido 50% da minha razão de viver. Nunca ouvi comentários ou vi algum trecho sobre os livros que recomendados, mas já obtive algum conhecimento do assunto e também cheguei nas mesmas conclusões. Gostaria de saber se o JOCAX fez algum trabalho sobre esses assuntos. ;o)
 
    O que nunca havia pensado é num método de divulgação ou conscientização social. É ótima sua idéia sobre religiosidade para com as colônias de genes que compõe nossa vida e consciência, mas acho que essa idéia deve ser aplicável somente aos indivíduos da civilização que ainda não atingiram a sua maioridade intelectual. A mensagem 4523 do Belisário reserva um pequeno detalhe que não entendi e apresenta uma observação muito interessante sobre alguns aspectos da consciência humana sobre esses assuntos. (10 Belisário, valeu!) :o)
 
"Talvez possamos discutir esse tema com base em áreas da Ciência, mas devo ressaltar que as questões de "como, por que e para que existimos" são essencialmente metafísicas. A diferença entre as questões científicas e metafísicas é que as científicas podem, em princípio, serem testadas fazendo-se experimentos ou observações. Já as metafísicas, não. Por exemplo, podemos responder a questão de para que existimos de várias formas, mas como vamos decidir qual delas é a correta apenas observando a Natureza ou nós mesmos? A resposta baseia-se mais na plausibilidade do que no fato de ser verificável. (Essa diferença entre questões científicas e metafísicas que expus é na verdade uma simplificação. Há coisas na própria Ciência que não se pode decidir pela observação. Por exemplo: para verificar a afirmação "todos os corpos caem sob a ação da gravidade", teríamos que observar absolutamente *todos* os corpos, o que é impossível de ser feito.)"
 
    Até o momento considero questões físicas e metafísicas como partes integrantes de questões científicas, isso está correto? Se este for o caso, de fato, concordo com a diferença numa explicação plausível e numa evidência empírica como a diferença entre questões metafísicas e físicas. Compreendo a natureza desse pensamento e acho importante que ambas se correlacionem. Ambas contribuintes científicos para compreensão do mecanismo da existência de uma forma geral, entretanto, ambas são interpretações da mente humana. A diferença que observo em princípio, é que questões físicas podem ser compartilhadas pela coletividade de uma forma única e questões metafísicas dependem não só de interpretações da mente individual, como das interpretações da coletividade através do dialeto e outros meios de expressão e comunicação.
 
    Antes de prosseguir-mos com a discussão, gostaria de esclarecer a natureza das questões apresentadas na mensagem 4519. Quando fiz as perguntas "Como, porque e para que propósito existimos?" e "O que mais existe além da nossa própria existência exatamente?" representando minhas dúvidas, quis me referir à nós como sendo o nosso Universo. :o) Acho que todos os seres inteligentes conscientes, além do que se espera de nós mesmos quando desprovidos do conforto que sentimos com nossas próprias ideologias de existir, desejam buscar compreender a natureza do mecanismo da existência do Universo. Não quis me referir a uma pergunta como "O que é o corpo humano?" sob uma perspectiva filosófica existencial de consciência.
 
    :o) Na verdade, estou reunindo dados, pensamentos, evidências, suposições e adequações para escrever um trabalho sobre o Mecanismo da Existência. A expectativa quando os círculos se fecharem é apresentar a obra discutindo os principais aspectos. Devidamente acompanhado com uma formulação completa, o paradigma deverá exibir uma teoria física unificadora talvez mais simples e eficiente que a Teoria das Super Cordas.
 
    Belisário, você disse estar lendo um dos livros do Assis. É a edição do Mecânica Relacional que saiu na Coleção CLE que você se refere? Eu li essa obra e de certo modo ela abriu minha mente diante um foco que não havia pensado antes na Cosmologia. Infelizmente, ainda não pude compreendê-lo totalmente devido a pobre matemática que possuo. Uma recomendação do Assis que só agora pude adquirir é A Estrutura das Revoluções Científicas de Thomas S. Kuhn. Estou nos primeiros capítulos e já a considero uma obra preciosa para praticantes de Ciência. As poucas obras que tive oportunidade de ler são O Nascimento e Morte do Sol de George Gamow, 100 Bilhões de Sóis de Rudolf Kippenhahn, A Dança do Universo de Marcelo Gleiser, Uma Breve História no Tempo de Stephen W. Hawking, Física de Jay Orear e dezenas de artigos de diferentes tópicos na Internet. Espero poder ler muitos outros livros, mas agora preciso apresentar a você alguns trechos na sua mensagem que não ficaram bem claros para mim.
 
    Entendi perfeitamente a interpretação corrente de carga que diz existir somente dois tipos: Positivas e negativas. Também entendi que parte dessa interpretação diz que um corpo pode ser eletricamente neutro por duas razões: (1)O corpo têm número igual de cargas positivas e negativas; (2)O corpo não tem carga alguma. Tenho certeza que discutiremos bastante sobre partículas elementares e tópicos que circundam o microcosmo, mas por hora quero esclarecer uma dúvida. Até onde sei, procura-se saber se o neutrino possui massa. Ou seja, não há evidências de que possua? Se o neutrino não possuir massa e também for ausente de cargas, que propriedades ele reserva? A física das partículas elementares diz que as mesmas são, de fato, diferentes tipos de partículas constituintes da matéria, ou diz que uma entidade física se comporta de maneiras diferentes de acordo com o que a teoria anuncia?
 
"Antes de mais nada, um problema de "vocabulário técnico": não dá para dizer que a carga ou a massa são "interações". Interação é uma influência entre objetos físicos: atração de cargas, atração gravitacional, etc. Massa e carga são "propriedades" desses objetos, e as interações podem se dar entre massas, entre cargas, etc."
 
    Neste caso, quis sugerir intencionalmente um pensamento tratando a carga ou a massa como interações inerentes à entidades físicas com o meio eletromagnético. Agradeço muito sua preocupação com a correção do vocabulário Belisário e isto é muito importante para mim. Disse interações e não propriedades para poder considerá-las apenas como forças e que atuam como mecanismo da existência dessa entidade física no meio eletromagnético.
 
"Repare que eu respondi essa questão com base numa observação da Natureza: encontrei uma partícula com massa e sem carga, o que foi suficiente para responder a pergunta. (...) Não podemos dizer muito mais do que isso, sem sair da Física e entrar na Metafísica. Pelo menos, no estágio atual da Física."
 
    Você encontrou uma partícula Z? Como é o processo para se encontrar uma partícula Z? :o) O que podemos dizer de uma simulação de computador onde centenas de partículas com massas idênticas se interagem gravitacionalmente?
 
    Achei muito interessante o link exibido na mensagem 4527 do Alberto Mesquita. (Muito 10 Alberto!! Principalmente a parte dos bitolados...) ;o) Muito interessante a Teoria do Porco Espinho e o diagrama de Takata. A um ano venho pensando sobre o Mecanismo da Existência e observando diversos padrões que ocorrem em todas as escalas do cosmo. Tudo começou tentando definir qual seria o ‘aspecto’ da menor partícula constituinte da matéria, mas eu não poderia definir esses aspectos arbitrariamente. Como poderia abstrair um ou um certo número de elementos mínimos para explicar a existência de tudo?
 
    Durante as minhas divagações, quis considerar a massa como sendo uma partícula isolada de massa com forma esférica de tamanho único. É um tanto lógico esperar que a partícula assuma uma ‘aparência esférica’ devido a interação gravitacional com a própria massa da partícula. Bem, essa partícula também teria que ser infinitamente sólida ou infinitamente densa. Desse modo, como seria se um número incontável de partículas como essa estivesse isotropicamente distribuída no espaço e interagindo-se entre elas com uma força que varia com o inverso do quadrado das distâncias?
 
    Estou desenvolvendo um programa de computador que simula este ensaio e ao contrário do que pensa, as partículas não devem se amontoar entre si ao acaso. Considerando apenas as leis do movimento de Newton, obtive três únicos e exclusivos tipos de aglomerados diferentes, sendo que um deles não mantém uma ligação gravitacional tão forte como os outros. Talvez isso seja apenas uma característica da geometria, mas é impressionante a analogia que esses aglomerados tem com alguns padrões observados na natureza. Aqueles que quiserem ver uma representação gráfica dos aglomerados, terei prazer em enviar por e-mail.
 
    Infelizmente, ainda não obtive relações plausíveis dessa interpretação com muitos acontecimentos observados na natureza. Nem mesmo definindo massa como sendo ausência de espaço e espaço como sendo ausência de massa ou caraterizando-os como uma espécie de carga. Uma propriedade interessante desses aglomerados é que possuem spin específico. Se a natureza de alguma forma obedece a esses princípios é algo que não tive oportunidade de formular e mesmo que nada disso seja algo verificável, já decidi, vou compreender o Mecanismo da Existência ou vou morrer tentando. Afinal, o que poderia se esperar de um jovem de 24 anos que só fez o segundo grau? ;o) (risos)
 
    Por hora é só pessoal! Um abraço forte do Ozelo! T+

SUBJECT: Brinquedo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/04/2000 20:55

Já fiz essa pergunta a vários colegas. Tentemos o ciencialist:

Estou preparando um projeto sobre conversão de energia para a Sala 05 -
Dinâmica do www.feiradeciencias.com.br/menu.htm . Gostaria de incluir, como
exemplo, um brinquedo antigo que é uma bola feita de papel (uma bolota com
diâmetro de cerca de 5 cm) e recheada com serragem; toda amarrada com
barbante. Um fio elástico está preso na bola e a outra extremidade do dedo
do garoto. O garoto arremessa a bola, ela vai e volta à mão do garoto. O
garoto lhe dá energia cinética, que é convertida em elástica e novamente em
cinética.

Qual o nome desse brinquedo?

[]'s
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecanismo da existencia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/04/2000 03:24

-----Mensagem Original-----
De: Ozelo
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: Quinta-feira, 13 de Abril de 2000 18:25
Assunto: [ciencialist] Mecanismo da existencia

> Até o momento considero questões físicas e metafísicas como partes
> integrantes de questões científicas, isso está correto?

Sob o meu ponto de vista, sim, embora acredite que haja quem discorde.

> Se este for o caso, de fato, concordo com a diferença numa explicação
> plausível e numa evidência empírica como a diferença entre questões
> metafísicas e físicas.

A esse respeito postei no grupo uol.educacao.ciencia um prefácio de Popper
intitulado "Acerca da Inexistência do Método Científico". Curto e grosso
mas, a meu ver, uma obra prima da filosofia da ciência, talvez a melhor
coisa escrita por Popper. Nunca li nada a se utilizar da dialética de
maneira mais elegante. Nunca li nada a tentar mostrar que é até mesmo
possível se aprender mais numa Lista de Discussão do que na própria
universidade. E isto foi escrito em 1956, quando não havia Internet. Nunca
li nada a demonstrar a importância do diálogo de forma tão calorosa. E
nunca li nada a denunciar o academicismo do século XX de forma tão
contundente e a me convencer de que vivenciamos realmente o que tenho com
freqüência chamado, a "Inquisição dos Tempos Modernos" a valorizar a tática
deliberada de proliferar a "formação de papagaios-cultos". (Se quiserem,
poderei postar aqui este prefácio, conquanto ainda esteja no news uol --
postado em 12/abril/2000)

Pois bem. Para Popper:

1) "Não há um método para descobrir uma teoria científica;

2) Não há um método para averiguar a verdade de uma hipótese científica, ou
seja, não há um método de verificação;

3) Não há um método para determinar se uma hipótese é «provável», ou
provavelmente verdadeira."

Segundo Popper, "as teorias científicas distinguem-se dos mitos unicamente
por serem criticáveis e por estarem abertas a modificações à luz da crítica.
Não podem ser verificadas nem probabilizadas."

> A diferença que observo em princípio, é que questões físicas podem ser
> compartilhadas pela coletividade de uma forma única e questões metafísicas
> dependem não só de interpretações da mente individual, como das
> interpretações da coletividade através do dialeto e outros meios de
> expressão e comunicação.

Creio que sua idéia, no que diz respeito às questões físicas, faz sentido.
Vejo, no entanto, um certo khunianismo (de Tomas Khun), ou consensualismo,
nessa idéia de compartilhamento (compartilhar opõe-se a dialogar, a menos
que compartilhemos nossas diferenças, o que parece-me não ser o caso). Não
vejo aí controvérsias entre Khun e Popper, diria apenas que estão tratando
de coisas diferentes. Popper procura mostrar que não há como verificar e/ou
probabilizar uma hipótese, e por cima dessa idéia propõe o critério de
falseabilidade; Khun já acha que, mesmo sem contrariar as idéias de Popper,
o consenso é mais do que suficiente para que a ciência possa evoluir, mesmo
acumulando erros incalculáveis. As duas linhas são evolucionistas porém para
Popper deve-se observar a revolução permanente, fortalecida pelo diálogo,
enquanto para Khun devemos aceitar hipóteses como dogmas, até que elas
fiquem exauridas de significado lógico (é a evolução baseada no conformismo
e no deixar como está para ver como é que fica; ou então na idéia de que "em
time que está ganhando não se mexe" e, o que se vê, é que um dia esse time
começa a perder e a perder feio, quase que sem mais se recuperar).

Quanto às questões metafísicas, fico em dúvida se seriam como você propõe ou
se seriam, tais como os mitos referidos por Popper, não sujeitas a
mutabilidade à luz da crítica.

> Uma recomendação do Assis
> que só agora pude adquirir é A Estrutura das Revoluções Científicas de
> Thomas S. Kuhn. Estou nos primeiros capítulos e já a considero uma obra
> preciosa para praticantes de Ciência.

Percebe-se, pelo estilo de seu texto, que você está lendo Khun. Quando
escrevi o que está acima, não havia me dado conta deste parágrafo. Via de
regra tenho o costume, quando o texto é longo, de ir respondendo a medida
que vou lendo. As vezes isso é bom, pois testamos ou falseamos nossa
percepção, como fiz agora. Não tenho nada contra o Khun a não ser pelo fato
de que a sua "filosofia" justifica a "Inquisição dos Tempos Modernos".
Analisado por um ângulo não filosófico, creio que trata-se de um livro de
elevado valor histórico (história das ciências) e a mostrar que a prática da
"Inquisição" é inerente ao academicismo.

> As poucas obras que tive oportunidade de ler são O Nascimento e Morte do
> Sol de George Gamow,...

Li esse livro há mais de 20 anos, mas lembro-me de que o considerei
excelente. Não sei como o veria hoje, mas creio que dentre os citados é o
melhor, ainda que antigo.

> Se o neutrino não possuir massa e também for ausente de cargas,
> que propriedades ele reserva?

Além das propriedades espirituais da física moderna ("spin", talvez
"estranheza", talvez "cor", talvez "sabor", talvez "fedor" :)) ) diria que o
"spin" tem momentos linear e angular.

Se você for pesquisar a "história do neutrino" perceberá que ele foi aceito
inicialmente como hipótese a justificar a conservação de momento em
determinadas situações anômalas.

Eu diria também (aliás, já disse em trabalho publicado em meu Web site -
"Variáveis escondidas e a termodinâmica"), sob pena de ir para a fogueira da
"Inquisição dos Tempos Modernos", que o neutrino é também o responsável pelo
"aparente" aumento da entropia do Universo.

> A física das partículas elementares diz que as mesmas são, de fato,
> diferentes tipos de partículas constituintes da matéria, ou diz que uma
> entidade física se comporta de maneiras diferentes de acordo com o que a
> teoria anuncia?

E eu diria que Papai Noel existe e comporta-se de maneiras diferentes,
conforme acreditemos nele ou não. :-))

> Achei muito interessante o link exibido na mensagem 4527 do Alberto
> Mesquita. (Muito 10 Alberto!!

Ulalááá!!! É o primeiro 10 que tiro na Internet. Muito "thankful".

> A um ano venho pensando sobre o Mecanismo da Existência e observando
> diversos padrões que ocorrem em todas as escalas do cosmo. Tudo começou
> tentando definir qual seria o 'aspecto' da menor partícula constituinte da
> matéria, mas eu não poderia definir esses aspectos arbitrariamente. Como
> poderia abstrair um ou um certo número de elementos mínimos para explicar
> a existência de tudo?

Cuidado!!! Você está prestes a ser mandado para a fogueira (Eu já havia
notado isso na sua msg anterior). Faça um teste: se você gostar do prefácio
do Popper, acima referido, eu diria que você não escapará da "Inquisição dos
Tempos Modernos".

> Durante as minhas divagações, quis considerar a massa como sendo uma
> partícula isolada de massa com forma esférica de tamanho único.
> É um tanto lógico esperar que a partícula assuma uma 'aparência esférica'
> devido a interação gravitacional com a própria massa da partícula. Bem,
> essa partícula também teria que ser infinitamente sólida ou infinitamente
> densa.

Newton começou quase assim! Só não disse que seriam esféricas e
indistinguíveis:

"... parece provável para mim que Deus no começo formou a matéria em
partículas movíveis, impenetráveis, duras, volumosas, sólidas, de tais
formas e figuras, e com tais outras propriedades e em tal proporção ao
espaço, e mais conduzidas ao fim para o qual Ele as formou; e que estas
partículas primitivas, sendo sólidas, são incomparavelmente mais duras do
que quaisquer corpos porosos compostos delas; mesmo tão duras que nunca se
consomem ou se quebram em pedaços; nenhum poder comum sendo capaz de dividir
o que Deus, Ele próprio, fez na primeira criação." (Newton, Óptica III)

> Desse modo, como seria se um número incontável de partículas como essa
> estivesse isotropicamente distribuída no espaço e interagindo-se entre
> elas com uma força que varia com o inverso do quadrado das distâncias?

Você já pensou no caso de essas partículas primitivas não exercerem campo
gravitacional algum? E agruparem-se por algum princípio outro? (Uma boa
escolha seria o princípio de Le Chatelier associado ao fenômeno
automobilístico "andar no vácuo", mas a coisa não é tão simples como pode
parecer à primeira vista.) Em outras palavras: em obediência a um outro
princípio estas partículas primitivas agrupar-se-iam, por exemplo, formando
um nêutron, e de maneira a, agora sim, gerarem a gravitação? Estou testando
o seu grau de heresia. Se entrar na minha, prepare-se para a fogueira.

> Estou desenvolvendo um programa de computador que simula este ensaio e ao
> contrário do que pensa, as partículas não devem se amontoar entre si ao
> acaso.

Pois eu já bolei um nêutron, como expus acima, em gif-animado. É lindo!!!
Ainda não tive coragem de botá-lo na Internet. Numa classificação de heresia
entre 0 a 10, diria que minha nota situa-se entre 8 e 9. (O critério não tem
nada a ver com a classificação de "crackpot", ou "cientista aloprado",
divulgada pela Internet. Meu critério é: quanto mais popperiano você for,
mais herege você será; isso até um certo limite; acima disso você perde
pontos pois um bom popperiano sempre contesta Popper).

> Considerando apenas as leis do movimento de Newton, obtive três
> únicos e exclusivos tipos de aglomerados diferentes, sendo que um deles
> não mantém uma ligação gravitacional tão forte como os outros. Talvez isso
> seja apenas uma característica da geometria, mas é impressionante a
> analogia que esses aglomerados tem com alguns padrões observados na
> natureza. Aqueles que quiserem ver uma representação gráfica dos
> aglomerados, terei prazer em enviar por e-mail.

Gostaria, desde que o arquivo abra no Ruindows 98 e/ou no Microsoft Office
97 e/ou no Internet Explorer 5 e/ou em outras tranqueiras do Bill Gates. Se
encontrar o gif-animado que falei (meu arquivo de disquetes, zip-disquetes e
CDs graváveis anda uma bagunça -- esta é outra característica popperiana)
retribuirei sua gentileza. Meu e-mail é albmesq@uol.com.br

> já decidi, vou compreender o Mecanismo da Existência ou vou morrer
> tentando. Afinal, o que poderia se esperar de um jovem de 24 anos que só
> fez o segundo grau?

Pois veja como Popper termina o prefácio que comentei acima:

"Para concluir, acho que só há um caminho para a ciência - ou para a
filosofia: encontrar um problema, ver a sua beleza e apaixonarmo-nos por
ele; casarmo-nos com ele, até que a morte nos separe - a não ser que
obtenhamos uma solução. Mas ainda que encontremos uma solução, poderemos
descobrir, para nossa satisfação, a existência de toda uma família de
encantadores, se bem que talvez difíceis, problemas-filhos, para cujo
bem-estar poderemos trabalhar, com uma finalidade em vista, até ao fim dos
nossos dias."

Quanto a sua idade (24 anos), vou repetir aqui um trecho de uma msg que
escrevi recentemente para o grupo uol.educacao.ciencia (5/abr/2000):

Newton praticamente concebeu toda a sua mecânica aos 24 anos de idade, ainda
que a tenha publicado apenas 20 anos mais tarde (e assim mesmo, graças a
Halley, caso contrário não teríamos os Principia); Einstein escreveu suas 3
principais obras aos 25 anos de idade (dizem que o insight sobre a TR ele
teria tido aos 15 anos). No primeiro caso (Newton) isso foi possível graças
à peste negra (a Universidade de Cambridge fechou e Newton foi para seu
sítio em Wooltshorpe, onde dizem que "a maçã teria caído em sua cabeça"). No
segundo caso (Einstein) o autor sequer pertencia a universidade alguma, era
um simples funcionário de um serviço de registro de patentes. Obviamente, o
curso universitário foi fundamental para que Newton ou Einstein chegassem
onde chegaram; não obstante, foi necessário afastarem-se do esquema para que
pudessem dar vazão ao livre pensar, e daí chegarem a suas obras monumentais.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecanismo da existencia
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/04/2000 07:41

 
----- Original Message -----
From: Ozelo
Subject: [ciencialist] Mecanismo da existencia

    Olá pessoal! (risos) :o)


 
 
    O que nunca havia pensado é num método de divulgação ou conscientização social. É ótima sua idéia sobre religiosidade para com as colônias de genes que compõe nossa vida e consciência, mas acho que essa idéia deve ser aplicável somente aos indivíduos da civilização que ainda não atingiram a sua maioridade intelectual. A mensagem 4523 do Belisário reserva um pequeno detalhe que não entendi e apresenta uma observação muito interessante sobre alguns aspectos da consciência humana sobre esses assuntos. (10 Belisário, valeu!) :o)
 
"Talvez possamos discutir esse tema com base em áreas da Ciência, mas devo ressaltar que as questões de "como, por que e para que existimos" são essencialmente metafísicas. A diferença entre as questões científicas e metafísicas é que as científicas podem, em princípio, serem testadas fazendo-se experimentos ou observações. Já as metafísicas, não. Por exemplo, podemos responder a questão de para que existimos de várias formas, mas como vamos decidir qual delas é a correta apenas observando a Natureza ou nós mesmos? A resposta baseia-se mais na plausibilidade do que no fato de ser verificável. (Essa diferença entre questões científicas e metafísicas que expus é na verdade uma simplificação. Há coisas na própria Ciência que não se pode decidir pela observação. Por exemplo: para verificar a afirmação "todos os corpos caem sob a ação da gravidade", teríamos que observar absolutamente *todos* os corpos, o que é impossível de ser feito.)"
 
    Até o momento considero questões físicas e metafísicas como partes integrantes de questões científicas, isso está correto? Se este for o caso, de fato, concordo com a diferença numa explicação plausível e numa evidência empírica como a diferença entre questões metafísicas e físicas. Compreendo a natureza desse pensamento e acho importante que ambas se correlacionem. Ambas contribuintes científicos para compreensão do mecanismo da existência de uma forma geral, entretanto, ambas são interpretações da mente humana. A diferença que observo em princípio, é que questões físicas podem ser compartilhadas pela coletividade de uma forma única e questões metafísicas dependem não só de interpretações da mente individual, como das interpretações da coletividade através do dialeto e outros meios de expressão e comunicação.
 
    Antes de prosseguir-mos com a discussão, gostaria de esclarecer a natureza das questões apresentadas na mensagem 4519. Quando fiz as perguntas "Como, porque e para que propósito existimos?" e "O que mais existe além da nossa própria existência exatamente?" representando minhas dúvidas, quis me referir à nós como sendo o nosso Universo. :o) Acho que todos os seres inteligentes conscientes, além do que se espera de nós mesmos quando desprovidos do conforto que sentimos com nossas próprias ideologias de existir, desejam buscar compreender a natureza do mecanismo da existência do Universo. Não quis me referir a uma pergunta como "O que é o corpo humano?" sob uma perspectiva filosófica existencial de consciência.
 
    :o) Na verdade, estou reunindo dados, pensamentos, evidências, suposições e adequações para escrever um trabalho sobre o Mecanismo da Existência. A expectativa quando os círculos se fecharem é apresentar a obra discutindo os principais aspectos. Devidamente acompanhado com uma formulação completa, o paradigma deverá exibir uma teoria física unificadora talvez mais simples e eficiente que a Teoria das Super Cordas.
 
    Belisário, você disse estar lendo um dos livros do Assis. É a edição do Mecânica Relacional que saiu na Coleção CLE que você se refere? Eu li essa obra e de certo modo ela abriu minha mente diante um foco que não havia pensado antes na Cosmologia. Infelizmente, ainda não pude compreendê-lo totalmente devido a pobre matemática que possuo. Uma recomendação do Assis que só agora pude adquirir é A Estrutura das Revoluções Científicas de Thomas S. Kuhn. Estou nos primeiros capítulos e já a considero uma obra preciosa para praticantes de Ciência. As poucas obras que tive oportunidade de ler são O Nascimento e Morte do Sol de George Gamow, 100 Bilhões de Sóis de Rudolf Kippenhahn, A Dança do Universo de Marcelo Gleiser, Uma Breve História no Tempo de Stephen W. Hawking, Física de Jay Orear e dezenas de artigos de diferentes tópicos na Internet. Espero poder ler muitos outros livros, mas agora preciso apresentar a você alguns trechos na sua mensagem que não ficaram bem claros para mim.
 
    Entendi perfeitamente a interpretação corrente de carga que diz existir somente dois tipos: Positivas e negativas. Também entendi que parte dessa interpretação diz que um corpo pode ser eletricamente neutro por duas razões: (1)O corpo têm número igual de cargas positivas e negativas; (2)O corpo não tem carga alguma. Tenho certeza que discutiremos bastante sobre partículas elementares e tópicos que circundam o microcosmo, mas por hora quero esclarecer uma dúvida. Até onde sei, procura-se saber se o neutrino possui massa. Ou seja, não há evidências de que possua? Se o neutrino não possuir massa e também for ausente de cargas, que propriedades ele reserva? A física das partículas elementares diz que as mesmas são, de fato, diferentes tipos de partículas constituintes da matéria, ou diz que uma entidade física se comporta de maneiras diferentes de acordo com o que a teoria anuncia?
 
"Antes de mais nada, um problema de "vocabulário técnico": não dá para dizer que a carga ou a massa são "interações". Interação é uma influência entre objetos físicos: atração de cargas, atração gravitacional, etc. Massa e carga são "propriedades" desses objetos, e as interações podem se dar entre massas, entre cargas, etc."
 
    Neste caso, quis sugerir intencionalmente um pensamento tratando a carga ou a massa como interações inerentes à entidades físicas com o meio eletromagnético. Agradeço muito sua preocupação com a correção do vocabulário Belisário e isto é muito importante para mim. Disse interações e não propriedades para poder considerá-las apenas como forças e que atuam como mecanismo da existência dessa entidade física no meio eletromagnético.
 
"Repare que eu respondi essa questão com base numa observação da Natureza: encontrei uma partícula com massa e sem carga, o que foi suficiente para responder a pergunta. (...) Não podemos dizer muito mais do que isso, sem sair da Física e entrar na Metafísica. Pelo menos, no estágio atual da Física."
 
    Você encontrou uma partícula Z? Como é o processo para se encontrar uma partícula Z? :o) O que podemos dizer de uma simulação de computador onde centenas de partículas com massas idênticas se interagem gravitacionalmente?
 
    Achei muito interessante o link exibido na mensagem 4527 do Alberto Mesquita. (Muito 10 Alberto!! Principalmente a parte dos bitolados...) ;o) Muito interessante a Teoria do Porco Espinho e o diagrama de Takata. A um ano venho pensando sobre o Mecanismo da Existência e observando diversos padrões que ocorrem em todas as escalas do cosmo. Tudo começou tentando definir qual seria o ‘aspecto’ da menor partícula constituinte da matéria, mas eu não poderia definir esses aspectos arbitrariamente. Como poderia abstrair um ou um certo número de elementos mínimos para explicar a existência de tudo?
 
    Durante as minhas divagações, quis considerar a massa como sendo uma partícula isolada de massa com forma esférica de tamanho único. É um tanto lógico esperar que a partícula assuma uma ‘aparência esférica’ devido a interação gravitacional com a própria massa da partícula. Bem, essa partícula também teria que ser infinitamente sólida ou infinitamente densa. Desse modo, como seria se um número incontável de partículas como essa estivesse isotropicamente distribuída no espaço e interagindo-se entre elas com uma força que varia com o inverso do quadrado das distâncias?
 
    Estou desenvolvendo um programa de computador que simula este ensaio e ao contrário do que pensa, as partículas não devem se amontoar entre si ao acaso. Considerando apenas as leis do movimento de Newton, obtive três únicos e exclusivos tipos de aglomerados diferentes, sendo que um deles não mantém uma ligação gravitacional tão forte como os outros. Talvez isso seja apenas uma característica da geometria, mas é impressionante a analogia que esses aglomerados tem com alguns padrões observados na natureza. Aqueles que quiserem ver uma representação gráfica dos aglomerados, terei prazer em enviar por e-mail.
 
    Infelizmente, ainda não obtive relações plausíveis dessa interpretação com muitos acontecimentos observados na natureza. Nem mesmo definindo massa como sendo ausência de espaço e espaço como sendo ausência de massa ou caraterizando-os como uma espécie de carga. Uma propriedade interessante desses aglomerados é que possuem spin específico. Se a natureza de alguma forma obedece a esses princípios é algo que não tive oportunidade de formular e mesmo que nada disso seja algo verificável, já decidi, vou compreender o Mecanismo da Existência ou vou morrer tentando. Afinal, o que poderia se esperar de um jovem de 24 anos que só fez o segundo grau? ;o) (risos)
 
    Por hora é só pessoal! Um abraço forte do Ozelo! T+

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ciencialist-unsubscribe@egroups.com (sair da lista)


SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecanismo da existencia
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/04/2000 07:46



> Achei muito interessante o conteúdo da mensagem 4522 do João
> Carlos. (valeu JOCAX!) Já havia pensado nessas idéias e acredito que
> elas são a melhor explicação do que é a vida biológica. Não só
> fornecem conhecimento para compreender o que é um organismo, como
> também tem sido 50% da minha razão de viver. Nunca ouvi comentários ou
> vi algum trecho sobre os livros que recomendados, mas já obtive algum
> conhecimento do assunto e também cheguei nas mesmas conclusões.
> Gostaria de saber se o JOCAX fez algum trabalho sobre esses assuntos.
> ;o)
> *------*
> Ola Ozelo, antes de + nada obrigado!, sobre estes assuntos eu fiz 2
> trabalhos :
> 1-Minha dissertacao de mestrado : Algoritmos Geneticos , que sao
> algoritmos
> que usa a teoria neo-darwiniana para resolver problemas de grande
> complexidade.
> 2-A doutrina que criei : O Genismo ( Que tenho muito orgulho e me
> sinto
> como um verdadeiro futuro 'Maomé' ! )
> 3-Pretendo escrever um livro sobre o Genismo , talvez seja meu proximo
>
> trabalho.
> *-----*
>
>
> O que nunca havia pensado é num método de divulgação ou
> conscientização social. É ótima sua idéia sobre religiosidade para com
> as colônias de genes que compõe nossa vida e consciência, mas acho que
> essa idéia deve ser aplicável somente aos indivíduos da civilização
> que ainda não atingiram a sua maioridade intelectual.
>
> *-------*
> Nao concordo. Porque ?
> Vc conhece a "navalha de occam" ? Eh um principio filosofico
> basico que estabelece que dentre varias teorias/hipoteses
> vc deve escolher a mais simples, ou a que possui menos hipoteses.
> Minha bussula eh uma lamina : a navalha de occam !.
> Acho q a maioridade intelectual se faz quando vc esta disposto
> a abrir mao de suas doces ilusoes e fantasias na busca da
> verdade. Eh duro isso , eh doído! Poucos conseguem se libertar
> de tantos anos de ilusoes e adquirir a maioridade intelectual.
> Mas , uma vez q vc a vislumbra vc esta livre , sem contradicoes
> de especie nenhuma, pronto para aceitar e viver a vida da
> maneira mais feliz : certo de q vc nao esta se enganando.
> -----

[]s
jocax



SUBJECT: Quackwatch em portugues
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/04/2000 08:31


Estou repassando uma mensagem que circulou na lista FCB (Forum Cetico
Brasileiro).
Ateh mais.
Luis Roberto Brudna

---------- Forwarded message ----------
Date: Thu, 13 Apr 2000 12:45:56 -0300 (EST)
From: Gilson Cirino Santos <arsmed@sabin.saude.ufpr.br>
To: fcb@egroups.com
Subject: [FCB] Quackwatch em portugues

Caros integrantes do FCB

Quero informar que estou lancando o Quackwatch em portugues
(http://www.geocities.com/quackwatch), apesar que a
minha ideia inicial era publicar quando fosse inteiramente traduzido, por
falta de tempo e como iria demorar muito lancei esta versao reduzida e a
medida que for traduzindo vou publicando.

Para quem nao conhece o Quackwatch, ele e' dirigido pelo Dr. Barrett,
psiquiatra e membro do CSICOP, que luta pela defesa do consumidor, contra
o charlatanismo e as fraudes na area da saude, desmascarando as
pseudociencias da area na optica cetica e embasado na cienca.

O Dr. Barrett tambem mantem o Chirobase (guia cetico da Quiropraxia),
MLMWatch e o NutriWatch. Ja existem versoes do Quackwatch em frances,
alemao, e agora esta em portugues.

Espero contar com ajuda de todos para a divulgacao, criticas, sugestoes,
etc. Pode haver problemas com a traducao, erros de portugues ou uso de
termos tecnicos, por favor nao deixem de comunicar-me a respeito.

Tambem espero colocar links para sites ceticos em portugues, a exemplo do
que aparece na pagina Fontes de Informacoes Ceticas
(http://www.geocities.com/quackwatch/ceticosites.html), por enquanto so
aparece o link para o Dicionario Cetico, porque ja constava na versao
original o Skeptic's Dictionary.

Quem possuir um site cetico e tiver o interesse de ve-lo nesta pagina,
mande um e-mail pra mim.

P.S. Mensagem sem acentos.


-->Gilson Cirino dos Santos
##Darwin Magazine
http://www.geocities.com/gilson_medufpr
##Quackwatch em portugues
http://www.geocities.com/quackwatch



SUBJECT: Espaco para arquivos (administrativa)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/04/2000 08:49


Estou vendo comentarios sobre troca de arquivos. Volto a lembrar que a
Ciencialist possui um espaco (total de 20 mega) para disponibilizacao de
arquivos para download.

Para isto vah ateh a area VAULT no endereco
http://www.egroups.com/list/ciencialist/ e de um UPLOAD no arquivo que
voce quer disponibilizar para o restante da lista... e pronto!

Se faltar espaco me avisem, que eu vejo o que posso fazer.

PS: se alguem quiser divulgar a lista em lugar adequado, faria um grande
favor.
Eu chamo de lugar adequado sites que tem alguma relacao com CIENCIA
(cuidado com as pseudo! :) )
Periodicamente, para manter o nivel de participantes (atualmente 100) na
lista, eu faco uma divulgacao na internet.


Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecanismo da existencia
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/04/2000 09:20

Primeiramente, quero desculpar-me por uma mensagem espúrea que apareceu
na lista porque apertei um botão errado. Bom, agora já se para que serve o
CTRL-Enter...

----- Original Message -----
From: Ozelo
Subject: [ciencialist] Mecanismo da existencia

A mensagem 4523 do Belisário reserva um pequeno detalhe que não entendi e
apresenta uma observação muito interessante sobre alguns aspectos da
consciência humana sobre esses assuntos. (10 Belisário, valeu!) :o)

"Talvez possamos discutir esse tema com base em áreas da Ciência, mas devo
ressaltar que as questões de "como, por que e para que existimos" são
essencialmente metafísicas. A diferença entre as questões científicas e
metafísicas é que as científicas podem, em princípio, serem testadas
fazendo-se experimentos ou observações. Já as metafísicas, não. Por exemplo,
podemos responder a questão de para que existimos de várias formas, mas como
vamos decidir qual delas é a correta apenas observando a Natureza ou nós
mesmos? A resposta baseia-se mais na plausibilidade do que no fato de ser
verificável. (Essa diferença entre questões científicas e metafísicas que
expus é na verdade uma simplificação. Há coisas na própria Ciência que não
se pode decidir pela observação. Por exemplo: para verificar a afirmação
"todos os corpos caem sob a ação da gravidade", teríamos que observar
absolutamente *todos* os corpos, o que é impossível de ser feito.)"

Até o momento considero questões físicas e metafísicas como partes
integrantes de questões científicas, isso está correto? Se este for o caso,
de fato, concordo com a diferença numa explicação plausível e numa evidência
empírica como a diferença entre questões metafísicas e físicas. Compreendo a
natureza desse pensamento e acho importante que ambas se correlacionem.
Ambas contribuintes científicos para compreensão do mecanismo da existência
de uma forma geral, entretanto, ambas são interpretações da mente humana. A
diferença que observo em princípio, é que questões físicas podem ser
compartilhadas pela coletividade de uma forma única e questões metafísicas
dependem não só de interpretações da mente individual, como das
interpretações da coletividade através do dialeto e outros meios de
expressão e comunicação.
----------------------------------------------

O Alberto também concorda que Metafísica pode fazer parte da Ciência.
Porém, citando Popper, ele diz que uma das características que distinguem a
Ciência das demais atividades intelectuais é a falseabilidade. Concordo
plenamente. Mas as teorias da Metafísica são falseáveis? Parece-me que não,
pelo menos grande parte delas não é.

De qualquer maneira, sejam quais forem as relações entre Metafísica e
Ciência, o importante é se conscientizar (e agir de acordo com essa
consciência) de que as teorias científicas são verificáveis
experimentalmente, e também criticáveis e falseáveis. Se encontrarmos algo
que não tem essas características, não é Ciência.

Talvez eu deva compreender melhor as citações popperianas do Alberto:

Alberto:
----------------------
Para Popper:

1) "Não há um método para descobrir uma teoria científica;

2) Não há um método para averiguar a verdade de uma hipótese científica, ou
seja, não há um método de verificação;

3) Não há um método para determinar se uma hipótese é «provável», ou
provavelmente verdadeira."

Segundo Popper, "as teorias científicas distinguem-se dos mitos unicamente
por serem criticáveis e por estarem abertas a modificações à luz da crítica.
Não podem ser verificadas nem probabilizadas."
----------------------

Confesso que nunca li Popper - mas já li o Estrutura das Revoluções
Científicas do Kuhn. Popper, pelo que diz, enfatiza, entre outras coisas, o
fato de que a Ciência é criticável e falseável, ao contrário dos mitos. Como
disse acima, gosto muito dessa idéia. Creio que as três idéias de Popper que
você colocou acima significam que não existe uma "receita de bolo" pronta
para a descoberta, a verificação e a confirmação de uma teoria científica,
não? A diferença entre Ciência e Mito estaria então não na receita de bolo -
daí a crítica de Popper ao "Método Científico" - mas na falseabilidade que a
Ciência tem e o Mito não tem. Interpretei correto? Aliás, se considerarmos
que a Ciência deve ser falseável, não estamos colocando a Metafísica fora da
Ciência?

Ozelo novamente:
------------------------
Belisário, você disse estar lendo um dos livros do Assis. É a edição do
Mecânica Relacional que saiu na Coleção CLE que você se refere?
------------------------

Sim, o próprio!

Ozelo:
-------------------------
Eu li essa obra e de certo modo ela abriu minha mente diante um foco que não
havia pensado antes na Cosmologia. Infelizmente, ainda não pude
compreendê-lo totalmente devido a pobre matemática que possuo. Uma
recomendação do Assis que só agora pude adquirir é A Estrutura das
Revoluções Científicas de Thomas S. Kuhn. Estou nos primeiros capítulos e já
a considero uma obra preciosa para praticantes de Ciência. As poucas obras
que tive oportunidade de ler são O Nascimento e Morte do Sol de George
Gamow, 100 Bilhões de Sóis de Rudolf Kippenhahn, A Dança do Universo de
Marcelo Gleiser, Uma Breve História no Tempo de Stephen W. Hawking, Física
de Jay Orear e dezenas de artigos de diferentes tópicos na Internet. Espero
poder ler muitos outros livros, mas agora preciso apresentar a você alguns
trechos na sua mensagem que não ficaram bem claros para mim.
-------------------------

Li esta obra do Kuhn, também, bem como a do Gleiser e a do Hawking. Devo
dizer que a obra do Marcelo Gleiser (assim como os artigos que ele escreve
na coluna "Marco/Micro" no Caderno Mais da Folha de S. Paulo, aos domingos)
contém vários erros e imprecisões, devidas provavelmente a uma falta de
cuidado na hora de simplificar os conceitos físicos e traduzi-los do
"fisiquês" para o português. O Roberto de Andrade Martins, historiador da
Física da Unicamp, tem dois sites com críticas a esse livro. Algumas coisas
que o Martins fala, entretanto, achei um pouco exageradas, mas a maior parte
revela erros e imprecisões reais e importantes do livro. Estão em:

http://www.ifi.unicamp.br/~ghtc/ram-r66.htm
http://www.ifi.unicamp.br/~ghtc/ram-r67.htm

Quanto à obra do Hawking, depende de que edição que você leu. Nunca li
as primeiras edições, mas os comentários unânimes na época eram de que elas
continham inúmeros erros de tradução, devido à falta de familiaridade do
tradutor com a Física. Nas últimas edições, esses erros desapareceram quase
todos.

Ozelo:
-------------------------
Entendi perfeitamente a interpretação corrente de carga que diz existir
somente dois tipos: Positivas e negativas. Também entendi que parte dessa
interpretação diz que um corpo pode ser eletricamente neutro por duas
razões: (1)O corpo têm número igual de cargas positivas e negativas; (2)O
corpo não tem carga alguma. Tenho certeza que discutiremos bastante sobre
partículas elementares e tópicos que circundam o microcosmo, mas por hora
quero esclarecer uma dúvida. Até onde sei, procura-se saber se o neutrino
possui massa. Ou seja, não há evidências de que possua? Se o neutrino não
possuir massa e também for ausente de cargas, que propriedades ele reserva?
A física das partículas elementares diz que as mesmas são, de fato,
diferentes tipos de partículas constituintes da matéria, ou diz que uma
entidade física se comporta de maneiras diferentes de acordo com o que a
teoria anuncia?
--------------------------

O negócio do neutrino é o seguinte. A Física das Partículas é uma teoria
em expansão. Temos, então: (1) Uma teoria aceita, chamada "Modelo Standart",
que já foi verificada várias vezes pela experiências; e (2) Um conjunto de
teorias candidatas a melhorá-la ou substituí-la, dentre as quais eu cito as
Teorias da Grande Unificação (GUTs) e a Teoria das Supercordas (cuja versão
mais atual saiu na década de 90 e chama-se "Teoria M"). Essas teorias do
item 2 ainda não foram confirmadas experimentalmente, são apenas candidatas.
A Teoria M parece ser a mais forte candidata a substituir o Modelo Standart.

Ocorre que, segundo o Modelo Standart, a massa do neutrino é estritamene
zero. Segundo várias das candidatas a substitui-la, entretanto, o neutrino
tem alguma massa. A previsão da massa do neutrino é, então, ainda apenas
estritamente teórica, ainda não foi observada experimentalmente. Parece que
o Modelo Standart será substituido por alguma coisa, mas não dá para dizer
com 100% de certeza se, segundo a nova teoria, o neutrino terá massa ou não.
Nem qual seria essa massa.

Agora, se o neutrino não possuir massa e for ausente de cargas, que
propriedades ele reserva? Reserva a força nuclear fraca. Segundo o Modelo
Standart, existem três tipos de "interações fundamentais":

1) Interações gravitacionais
2) Interações nucleares fortes
3) Interações eletrofracas - que compreendem as elétricas, magnéticas e
nucleares fracas

O neutrino interage com as outras partículas através da força nuclear
fraca.

Sobre a questão: "A física das partículas elementares diz que as mesmas
são, de fato, diferentes tipos de partículas constituintes da matéria, ou
diz que uma entidade física se comporta de maneiras diferentes de acordo com
o que a teoria anuncia?" O Modelo Standart - a teoria aceita atualmente -
diz que as partículas ditas elementares são, de fato, diferentes tipos de
partículas. Já a Teoria das Supercordas, ainda apenas teórica, diz algo
próximo da idéia: "se comporta de maneiras diferentes de acordo com o que a
teoria anuncia". Entretanto, o que sei de Teoria das Supercordas vem de
leituras através da Internet; ela está um pouco fora da minha área (Física
Atômica e Molecular).

Alberto:
-------------------------------
Além das propriedades espirituais da física moderna ("spin", talvez
"estranheza", talvez "cor", talvez "sabor", talvez "fedor" :)) ) diria que o
"spin" tem momentos linear e angular.
-------------------------------

Vou considerar esse "espirituais" como uma brincadeira... :)) Eu não
diria que o spin "tem" momento linear ou angular, o spin é uma *propriedade*
de certas partículas. As partículas, elas sim, podem ter ou não momento
linear e angular. O spin, às vezes chamado "momento angular intrínseco", tem
caraceterísticas muito semelhantes às do momento angular; mas não consigo
ver a relação dele com momento linear (quantidade de movimento).

Ozelo:
-------------------------------
"Repare que eu respondi essa questão com base numa observação da Natureza:
encontrei uma partícula com massa e sem carga, o que foi suficiente para
responder a pergunta. (...) Não podemos dizer muito mais do que isso, sem
sair da Física e entrar na Metafísica. Pelo menos, no estágio atual da
Física."

Você encontrou uma partícula Z? Como é o processo para se encontrar uma
partícula Z? :o) O que podemos dizer de uma simulação de computador onde
centenas de partículas com massas idênticas se interagem gravitacionalmente?
-------------------------------

Está bem, eu não encontrei uma partícula Z... :)) Mas um bando de
cientistas já a viu, e sua descoberta está registrada nos artigos das
revistas científicas (G. Arnison et al., Physics Letters, 126B, 398 (1983)).
Sobre o que é e como encontrar uma partícula Z: Eu disse acima que as
interações eletrofracas englobam as forças elétricas, magnéticas e nucleares
fracas. A teoria que diz isso (Teoria das Interações Eletrofracas) apareceu
em 1968, feita por Seldom Glashow, Abdus Salam e Steven Weinberg. Antes,
considerava-se o Eletromagnetismo englobando apenas eletricidade e
magnetismo, e as forças nucleares fracas fora desse "esquema de unificação".
Bom, como confirmar experimentalmente esta teoria? A teoria eletrofraca
previa a existência de três partículas ainda desconhecidas, chamadas W+, W-
e Z, e também que elas poderiam aparecer em colisões muito energéticas entre
certos tipos de partículas. Os cientistas então partiram para procurá-las.
Para procurá-las, produziram as tais colisões muito energéticas nos
aparelhos chamados aceleradores de partículas. Foi necessário aperfeiçoar e
aumentar a potência do acelerador do CERN (fronteira entre França e Suíça)
para isso. Testaram, e as três partículas apareceram no detector do
acelerador em 1983. Há um artigo na revista Ciência Hoje sobre isso (Ciência
Hoje vol. 3, número 14, pág. 42 (1984)).

As GUTs e a Teoria das Supercordas que citei acima pretendem levar
adiante o que a Teoria das Interações Eletrofracas fez, e englobar no
"esquema de unificação" também as forças nucleares fortes e gravitacionais.

Ozelo:
-------------------------------
A um ano venho pensando sobre o Mecanismo da Existência e observando
diversos padrões que ocorrem em todas as escalas do cosmo. Tudo começou
tentando definir qual seria o 'aspecto' da menor partícula constituinte da
matéria, mas eu não poderia definir esses aspectos arbitrariamente. Como
poderia abstrair um ou um certo número de elementos mínimos para explicar a
existência de tudo?

Durante as minhas divagações, quis considerar a massa como sendo uma
partícula isolada de massa com forma esférica de tamanho único. É um tanto
lógico esperar que a partícula assuma uma 'aparência esférica' devido a
interação gravitacional com a própria massa da partícula. Bem, essa
partícula também teria que ser infinitamente sólida ou infinitamente densa.
Desse modo, como seria se um número incontável de partículas como essa
estivesse isotropicamente distribuída no espaço e interagindo-se entre elas
com uma força que varia com o inverso do quadrado das distâncias?

Estou desenvolvendo um programa de computador que simula este ensaio e
ao contrário do que pensa, as partículas não devem se amontoar entre si ao
acaso. Considerando apenas as leis do movimento de Newton, obtive três
únicos e exclusivos tipos de aglomerados diferentes, sendo que um deles não
mantém uma ligação gravitacional tão forte como os outros. Talvez isso seja
apenas uma característica da geometria, mas é impressionante a analogia que
esses aglomerados tem com alguns padrões observados na natureza. Aqueles que
quiserem ver uma representação gráfica dos aglomerados, terei prazer em
enviar por e-mail.
-----------------------------

Ozelo, pode mandar um para mim que estou curiosíssimo:
rbdiniz@terra.com.br

Ozelo:
-----------------------------
Infelizmente, ainda não obtive relações plausíveis dessa interpretação
com muitos acontecimentos observados na natureza.
-----------------------------

Esse seu modelo parece aplicar-se mais a aglomerados de corpos
macroscópicos do que de partículas elementares. Pela seguinte razão: nenhuma
partícula elementar interage apenas gravitacionalmente. Há forças elétricas,
magnéticas, nucleares fortes e nucleares fracas em jogo - e, dentre as
cinco, a gravitacional é a mais fraca delas. Pelo contrário, em corpos
macroscópicos, a gravitacional domina completamente. Estou curioso para ver
suas imagens, quem sabe não encontramos características comuns com
aglomerados de estrelas ou com galáxias?

Ozelo:
------------------------------
Afinal, o que poderia se esperar de um jovem de 24 anos que só fez o segundo
grau? ;o) (risos)
------------------------------

O Alberto deu uma resposta, e eu dou outra: O filósofo George Berkeley,
em seu "Tratado sobre os princípios do conhecimento humano", diz: "Bem
parece tarefa difícil e desanimadora, se pensar quantos homens grandes e
extraordinários me precederam nela; mas tenho alguma esperança considerando
que nem sempre as vistas largas são as mais claras, e que um míope, obrigado
a colocar o objeto mais perto, pode talvez por um exame próximo descobrir o
que não viram muito melhores olhos."

Até a próxima
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecanismo da existencia (correção)
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/04/2000 11:55

Devo corrigir a mim mesmo nesta parte da minha mensagem:

Belisário:
> De qualquer maneira, sejam quais forem as relações entre Metafísica e
> Ciência, o importante é se conscientizar (e agir de acordo com essa
> consciência) de que as teorias científicas são verificáveis
> experimentalmente, e também criticáveis e falseáveis. Se encontrarmos algo
> que não tem essas características, não é Ciência.

Melhor dizendo: Se encontrarmos algo que não tem *todas* essas
características, então não é Ciência.

(Pois afirmações como "todos os corpos caem sob a ação da gravidade" não
são verificáveis, pois não podemos testá-la para absolutamente todos os
corpos; entretanto são falseáveis - basta achar um corpo que não cai para
refutá-la.)

Até,
Belisário




SUBJECT: Eq. de Nernst.
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/04/2000 12:31


Alguem na lista perguntou sobre a equacao de Nernst. Vou indicar um link
para isto, poisa sao necessarias algumas equacoes para explicar, e aqui
fica dificil escreve-las.
http://learn.chem.vt.edu/tutorials/electrochem/nernst.html

A raiz dessa pagina eh o endereco
http://learn.chem.vt.edu/tutorials/electrochem/index.html

Se surgir alguma duvida eh soh perguntar. ... to me arriscando.. :)

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecanismo da existencia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/04/2000 17:49

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisário"
Enviada em: Sexta-feira, 14 de Abril de 2000 09:20
Assunto: Re: [ciencialist] Mecanismo da existencia

Olá, Belisário.

> Primeiramente, quero desculpar-me por uma mensagem espúrea que apareceu
> na lista porque apertei um botão errado.

Putz, nem me lembre! Uma vez apertei um botão errado e apaguei todo um CD
regravável. Perdi muitas msgs interessantes, além de outros artigos que
consegui recuperar, mas tive que redigitá-los. :-(

> O Alberto também concorda que Metafísica pode fazer parte da Ciência.

Não no sentido absoluto. Na realidade eu estava interpretando a seguinte
afirmação do Ozelo: "Até o momento considero questões físicas e metafísicas
como partes integrantes de questões científicas...". Por exemplo, o método
científico (vide o próximo parágrafo), em si, não é ciência, porém nós o
discutimos muito, pois ele é parte integrante da temática que interessa aos
cientistas. Muitas questões científicas, por exemplo, implicam a noção de
falseabilidade, cujo estudo em si não se situa no terreno da ciência. É
importante também lembrar que o tema não faz a ciência mas, sim, a maneira
como abordamos a temática (a esse respeito costumo discordar muito de
Popper, mas esse já é um tema um pouco mais complexo, e pode ser que seja
objeto de discussões futuras). Leonardo da Vinci, por exemplo, em sua
"Teoria do Conhecimento, demonstrou ser possível encarar a arte
cientificamente.

Por outro lado, há alguns anos comecei a desenvolver uma "teoria sobre o
método científico" (está um pouco parada, pois fui obrigado a me dedicar a
outros afazeres) e acredito ser possível submetê-la aos testes de
falseabilidade. Se conseguir atingir esse objetivo, que sei que não será
fácil, terei demonstrado que a ciência começa propriamente pelo método
científico. Deixo de lado (ainda que não os negue, pois podem eventualmente
surgir como corolários) os princípios metafísicos clássicos, como por
exemplo, o princípio da causalidade de Kant; e apoio-me unicamente na regra
científica fundamental, qual seja, a regra da repetitividade, que é aquela
que, realmente, dá consistência à experimentação (pois fenômenos que não se
repetem não podem ser verificados em laboratório). A partir daí proponho
hipóteses falseáveis (a regra, em si, não seria falseável, pois se o tentar,
o que é possível, estarei andando em círculo e cometendo um erro lógico
grave pois a falseabilidade decorre da regra). Publiquei a parte inicial
desta teoria na revista Integração (1996) e reproduzi há 1 ano no grupo
uol.ciencia (hoje uol.educacao.ciencia).

> Porém, citando Popper, ele diz que uma das características que distinguem
> a Ciência das demais atividades intelectuais é a falseabilidade. Concordo
> plenamente. Mas as teorias da Metafísica são falseáveis? Parece-me que
> não, pelo menos grande parte delas não é.

Espero ter respondido acima.

> Talvez eu deva compreender melhor as citações popperianas do Alberto

Popper é um filosofo da ciência mas, acima de tudo, é o filósofo da
dialética científica. Não é difícil aprender com quem se utiliza do método
dialético, visto que o debate, a crítica, o diálogo, etc, são objetos de sua
filosofia de vida. Não obstante, às vezes entramos num labirinto com uma
única saída e nem sempre é fácil encontrá-la; e ele, como bom filósofo
dialético, dificilmente irá nos apontá-la. É como ensinar a pescar ao invés
de dar o peixe. Se nos abstrairmos do misticismo ou mesmo esoterismo
encontrado na "filosofia" Zen, diria que a filosofia dialética tem muito a
ver com a "filosofia" Zen.

Também espero que não confundam o que estou chamando por filosofia dialética
com a chamada "filosofia da práxis" que, a meu ver, enxerga apenas um lado
da verdade e, conseqüentemente, é manca, não podendo nunca representar uma
dialética genuína. Parece-me estar faltando aí a sua complementar, qual
seja, a "filosofia da teorexis", entendendo-se por "teorexis", além de
outras coisas, "a prática da teorização". A filosofia dialética seria,
então, a "síntese" entre a "filosofia da práxis" e a "filosofia da
teorexis". Parece-me que Gramsci tentou propor essa linha, mas não sei se
teve seguidores à altura. Enfim, sou um cientista e não um filósofo da
ciência, logo, considere as afirmações deste parágrafo como um palpite de
leigo.

> Creio que as três idéias de Popper que você colocou acima significam que
> não existe uma "receita de bolo" pronta para a descoberta, a verificação e
> a confirmação de uma teoria científica, não?

Exatamente.

> A diferença entre Ciência e Mito estaria então não na receita de bolo -
> daí a crítica de Popper ao "Método Científico" - mas na falseabilidade que
> a Ciência tem e o Mito não tem. Interpretei correto? Aliás, se
> considerarmos que a Ciência deve ser falseável, não estamos colocando a
> Metafísica fora da Ciência?

Sim à primeira pergunta. Quanto à segunda diria: sim ou não, conforme o
sentido que se dê aos termos (veja os comentários feitos nas primeiras
afirmações desta mensagem).

> > Além das propriedades espirituais da física moderna ("spin", talvez
> > "estranheza", talvez "cor", talvez "sabor", talvez "fedor" :)) ) diria
> > que o "spin" tem momentos linear e angular.

Antes de discutir vou corrigir um erro cometido. A frase deveria terminar
com: "diria que o neutrino tem...". Na realidade estou respondendo a uma
questão do Ozelo que poderia ser enunciada como: Quais são as propriedades
do neutrino? E a resposta, realmente em tom de brincadeira, seria: spin e
talvez estranheza, cor, sabor, fedor, etc. Rigorosamente falando, as demais
propriedades (exceto a última, fedor) não são próprias ao neutrino mas sim
aos "quarks" da Cromodinâmica Quântica. O "talvez" repetido e o "fedor"
foram utilizados para enfatizar o tom de brincadeira. Creio que me esqueci
do "charme" e, talvez, da "fragrância". :-)

> Vou considerar esse "espirituais" como uma brincadeira... :)) Eu não
> diria que o spin "tem" momento linear ou angular, o spin é uma
> *propriedade* de certas partículas. As partículas, elas sim, podem ter ou
> não momento linear e angular. O spin, às vezes chamado "momento angular
> intrínseco", tem caraceterísticas muito semelhantes às do momento angular;
> mas não consigo ver a relação dele com momento linear (quantidade de
> movimento).

Entendo a sua estranheza [Nem só os "quarks" têm "estranheza" :-) ] e espero
que você tenha entendido o meu erro. Quanto ao "spin" ser ou não uma
entidade espiritual, escrevi algo ontem (13/abr/2000) para o
"uol.educacao.ciencia" relativo a interpretação errônea que têm-se dado às
desigualdades de Bell e a experiência de Aspect e que, segundo a grande
maioria dos físicos modernos, teria resolvido definitivamente o problema
apresentado por Einstein em 1935 e relativo ao paradoxo EPR. Espero ter
justificado plenamente a farsa que envolveu esta "resolução". O artigo
chama-se "Teorias Realistas Atuais" e apoia-se numa argumentação ainda não
descrita em nenhuma das grandes revistas de física [esta frase é para
aumentar o meu índice como "crackpot", que ultimamente anda em baixa :-) ].
Brevemente publicarei o artigo em meu Web Site. Aceito críticas, comentários
e sugestões. Se quiserem poderei reproduzi-lo aqui, pois não é tão extenso
(20 Kb no total) e pode ser postado em uma ou duas mensagens de tamanho
médio.

> > (Ozelo) Você encontrou uma partícula Z?

> Está bem, eu não encontrei uma partícula Z... :)) Mas um bando de
> cientistas já a viu, e sua descoberta está registrada nos artigos das
> revistas científicas (G. Arnison et al., Physics Letters, 126B, 398
> (1983)).

Não sei se vou ajudar na discussão mas parece-me que o Carlo Rubbia (físico
italiano) recebeu o prêmio Nobel por este achado. Descobriu as partículas
W+, W- e Z-zero. Saiu até mesmo uma reportagem no New York Times da época
intitulado: "Europa 3 x EUA nem Z-zero."

> "um míope, obrigado a colocar o objeto mais perto, pode talvez por um
> exame próximo descobrir o que não viram muito melhores olhos."

Gostei! Como costumo dizer: Todo nós trazemos um pouco da filosofia
popperiana em nosso interior e você não faz exceção.

Ao Ozelo: Estou examinando com carinho as figuras e o texto que você
encaminhou por e-mail. Creio que terei muito a comentar a respeito, aguarde.
Talvez demore. "Alguma coisa" me diz que você está no caminho certo,
conquanto ainda longe de enxergar a luz do fim do túnel. Obviamente,
trata-se de um palpite, pois creio estar em outro túnel, não sendo
impossível que seja paralelo ao seu. São muitos os caminhos a nos levarem à
verdade científica e a nossa existência é muito efêmera para que possamos
percorrê-los em sua totalidade, chegando assim ao fim do túnel. Não
obstante, sei que ele está lá, e isso me basta.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: pigmentos vegetais e de microrganismos
FROM: willamys cristiano <willamys@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/04/2000 19:33

Óla, eu gostaria de saber se vocês têm algo que fale
sobre pigmentos vegetais e de microrganismo num
contexto biológico e comercial.
Ajudem-me, por favor, estou precisando muito dessa
pesquisa.
obrigado!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


____________________________________________________________________________
YAHOO! BATE-PAPO
Conheça gente nova, faça amigos e divirta-se! - http://www.yahoo.com.br


SUBJECT: Re: [ciencialist] Filosofia da Ciência (era: Mecanismo da existencia)
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/04/2000 21:57


----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Subject: Re: [ciencialist] Mecanismo da existencia


> -----Mensagem Original-----
> De: "Roberto Belisário"
> Enviada em: Sexta-feira, 14 de Abril de 2000 09:20
> Assunto: Re: [ciencialist] Mecanismo da existencia
>
> Olá, Belisário.

Oi, Alberto. Creio que compreendi perfeitamente sua posição sobre as
relações entre Metafísica e Ciência. Sobre o que escreveu quero comentar o
seguinte:

> (...) e apoio-me unicamente na regra
> científica fundamental, qual seja, a regra da repetitividade, que é aquela
> que, realmente, dá consistência à experimentação (pois fenômenos que não
se
> repetem não podem ser verificados em laboratório).

Isto é interessante porque deixa alguns ramos do conhecimento fora do
alcance da Ciência, pelo menos "em primeira aproximação": grande parte da
Psicologia, praticamente toda a Parapsicologia (tenho razões empíricas para
crer na realidade de pelo menos parte do fenômeno da transmissão de
pensamento, mas, como não são reprodutíveis, o conhecimento fica
sendo só meu...). Porque essas partes tratam essencialmente de experiências
individuais. Pela mesma razão, talvez seja impossível abordar o problema da
natureza da consciência humana por vias científicas.

Outros ramos são mais problemáticos: por exemplo, Sociologia é Ciência?
Não há reprodutibilidade em grande parte da Sociologia. Se um sociólogo
montou uma comunidade anarquista e observou-a, e depois disse que ela tem
tais e tais características, ninguém poderá reproduzir o experimento para
verificar suas conclusões, porque não há duas sociedades iguais.

Tem gente que diz que História não é Ciência pelo mesmo motivo. Mas
creio que o caso da História é um pouco mais complexo. Se encontro um
documento e dele concluo que um fato aconteceu assim e assado, qualquer um
pode consultar o mesmo documento e tirar a mesma conclusão (ou outra). Nesse
sentido, as observações da História são reprodutíveis. Ou seja, a
"observação científica", no caso da História, refere-se não ao fato
histórico em si, mas à documentação que o comprova. Observa-se a
documentação, e isso é reprodutível; a conclusão sobre o fato histórico é
uma interpretação.

Aqui estou quase "pensando com os dedos", porque se tem uma coisa sobre
a qual não entendo nada é Ciências Humanas. Convido os sociólogos da lista a
se manifestarem.

A propósito, Alberto, você tem alguma recomendação para alguém que nunca
leu Popper, mas que quer conhecer as suas posições com respeito à filosofia
da Ciência? Quer dizer, estou procurando alguma obra em que ele exponha suas
idéias sobre assunto semelhante ao que Thomas Kuhn trata no seu A Estrutura
das Revoluções Científicas.

Quanto ao spin: legal, com "neutrino" no lugar de "spin" a frase fica
muito menos "herética"...

> (...) O artigo
> chama-se "Teorias Realistas Atuais" e apoia-se numa argumentação ainda não
> descrita em nenhuma das grandes revistas de física [esta frase é para
> aumentar o meu índice como "crackpot", que ultimamente anda em baixa
:-) ].
> Brevemente publicarei o artigo em meu Web Site. Aceito críticas,
comentários
> e sugestões. Se quiserem poderei reproduzi-lo aqui, pois não é tão extenso
> (20 Kb no total) e pode ser postado em uma ou duas mensagens de tamanho
> médio.

Se não rolar mandar para a lista, e se você puder mandá-lo por e-mail
para mim... creio que terei muito prazer em lê-la.

> > Está bem, eu não encontrei uma partícula Z... :)) Mas um bando de
> > cientistas já a viu, e sua descoberta está registrada nos artigos das
> > revistas científicas (G. Arnison et al., Physics Letters, 126B, 398
> > (1983)).
>
> Não sei se vou ajudar na discussão mas parece-me que o Carlo Rubbia
(físico
> italiano) recebeu o prêmio Nobel por este achado. Descobriu as partículas
> W+, W- e Z-zero. Saiu até mesmo uma reportagem no New York Times da época
> intitulado: "Europa 3 x EUA nem Z-zero."

É isso aí. Os artigos sobre experimentos com aceleradores de partículas
em geral são assinados por uma profusão de cientistas, cujos sobrenomes são
colocados em ordem alfabética. Então na referência só aparece o nome do cara
que começa com "A". O Carlo Rubbia, chefe da equipe e que ganhou o Nobel,
está no "et al." da referência acima.

Até a próxima,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Filosofia da Ciência (era: Mecanismo da existencia)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/04/2000 02:15

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario"
Enviada em: Sexta-feira, 14 de Abril de 2000 21:57
Assunto: Re: [ciencialist] Filosofia da Ciência

Olá, Belisário.

> > (...) e apoio-me unicamente na regra... da repetitividade

> Isto é interessante porque deixa alguns ramos do conhecimento fora do
> alcance da Ciência, pelo menos "em primeira aproximação": ...

Espero mostrar a seguir que isso ocorre apenas "em primeira aproximação".
Aliás foi muito boa a sua colocação pois é realmente o que acontece com o
critério de cientificidade de Popper, apoiado no "falsificacionismo como
delimitador da ciência". Graças a esse critério (e não ao falsificacionismo
por si só, que a meu ver é impecável) "Popper desagradou a muitos e
convenceu a poucos, ainda que sua idéia não fosse de todo má". "Não podemos
assumir que um campo do conhecimento seja não científico pelo simples fato
de não encontrarmos nele teorias científicas", ou seja, teorias não
falseáveis. A meu ver "não existem áreas não científicas, mas sim áreas onde
ainda não foram produzidos conhecimentos científicos". Lembra-se do que
falei sobre a arte e a visão científica da mesma efetuada por Leonardo da
Vinci?

> Porque essas partes tratam essencialmente de experiências individuais.
> (...) Outros ramos são mais problemáticos: por exemplo, Sociologia é
> Ciência? Não há reprodutibilidade em grande parte da Sociologia. Se um
> sociólogo montou uma comunidade anarquista e observou-a, e depois disse
> que ela tem tais e tais características, ninguém poderá reproduzir o
> experimento para verificar suas conclusões, porque não há duas sociedades
> iguais.

A individualidade não exclui a repetitividade se pensarmos na classificação
dos indivíduos por "classes" (estou me referindo a classe no sentido
estatístico do termo). Estas ciências, cujo objeto do estudo é o indivíduo,
apoiam-se na estatística não paramétrica e, conseqûentemente, utilizam-se da
repetitividade, com a sua ressalva relativa a "primeira aproximação" (vide
acima).

Por outro lado, a igualdade não é essencial para a aplicação do conceito
repetitividade. "Muitas vezes, o que se espera reproduzir é um dado
probabilístico. Por exemplo, se dissermos que 80% das moléculas de um gás
são do elemento químico oxigênio, isto não significa estarmos afirmando ser
oxigênio esta ou aquela molécula objeto de verificação experimental; o que a
regra nos preconiza é que, independente de qual cientista for tentar
reproduzir a medida, ou do local escolhido para que esta segunda medida seja
efetuada, observando-se as condições em que a mesma foi realizada
anteriormente, o valor obtido concordará com o valor precedente, dentro de
uma margem de erro também estimável por métodos experimentais."

Nos bastidores da medicina é comum os médicos dizerem que não existem dois
indivíduos com doenças iguais. Ainda que o diagnóstico seja o mesmo, a
sintomatologia pode ser diferente, os dados laboratoriais não são idênticos
e a resposta terapêutica nem sempre é a mesma. Nem por isso chegamos a
descaracterizar a medicina como ciência, pois ela apoia-se na regra da
repetitividade, se não absoluta, pelo menos do ponto de vista estatístico
e/ou probabilístico e/ou da teoria dos erros.

> Tem gente que diz que História não é Ciência pelo mesmo motivo. Mas
> creio que o caso da História é um pouco mais complexo. (...)

Com efeito, e a sua discussão a respeito procede. Lembro, no entanto, que
nem tudo o que se afirma ser ciência, realmente é. Ciência, a meu ver,
traduz-se muito mais por uma postura do que por uma delimitação em áreas.
Assim, o médico em seu consultório utiliza-se da ciência mas, via de regra,
não faz ciência. Utiliza-se até mesmo da regra da repetitividade, ao tentar
fazer um diagnóstico, mas não tenta aplicar essa regra na produção de
"novos" conhecimentos, sob pena de encarar seus pacientes como cobaias, o
que iria contra a ética médica (veja um ramo da filosofia controlando a
produção científica).

> Aqui estou quase "pensando com os dedos", porque se tem uma coisa sobre
> a qual não entendo nada é Ciências Humanas.

Eu também não e, em virtude disso, meus exemplos são pobres em conteúdo e
mais relacionados a analogias verificadas nas ciências naturais.

> Convido os sociólogos da lista a se manifestarem.

Sem dúvida alguma, isso iria enriquecer o diálogo.

> A propósito, Alberto, você tem alguma recomendação para alguém que nunca
> leu Popper, mas que quer conhecer as suas posições com respeito à
> filosofia da Ciência?

Posso lhe indicar um artigo meu, do qual aliás, retirei as frases acima que
estão entre aspas. Chego a comentar bastante sobre as idéias de Popper (mas
não só), em especial sobre o falsificacionismo. É um artigo didático pois
escrevi para alunos de iniciação científica. Este artigo está acessível no
formato zip e, se você estiver conectado na Internet, é suficiente clicar em
ftp://ftp.saojudas.br/pub/revint/R07/R07art12.zip para fazer o download (41
Kb) em poucos minutos (talvez nem um, dependendo de seu modem e do trânsito
na Internet). Se não tiver como descomprimir o arquivo poderei enviá-lo no
formato "doc" (cerca de 240 Kb, o que vai retardar sua recepção de
mensagens). O "convite" à leitura deste artigo é extensivo a todos e aguardo
comentários, críticas e/ou sugestões.

Se quiser conhecer Popper na fonte a obra mais conhecida, de Popper, no meio
científico é "A Lógica da Pesquisa Científica". Não digo que seja o melhor
pois, para mim, o melhor livro de Popper foi sempre o último que li, e a sua
obra é imensa. Parece-me ser o mais geral, e onde ele expõe a falseabilidade
desde sua origem. Em alguns trechos o livro é cansativo. Como você é físico,
lembro que ele é partidário da posição de Einstein no que diz respeito à
física quântica (aliás, Popper era graduado em física) e, em virtude disso,
muitos físicos quânticos não gostam de Popper, mas creio que isso é um
preconceito sem fundamento. Sua lógica tanto pode derrubar quanto fortalecer
a física quântica (lembre-se que Popper é dialético por excelência). Se você
gostar do tema realismo em física, Popper tem algo a respeito, "O realismo e
o objetivo da ciência", em três volumes, o terceiro dos quais dedicado quase
que exclusivamente a explorar o realismo einsteiniano e a teoria quântica
(li há muito tempo esses três, e não estou em condições de comentá-lo na
atualidade, mesmo porque não estou com os volumes em casa; aliás, nem sei se
o título indicado é esse mesmo ou se este seria o subtítulo do primeiro
volume).

> Se não rolar mandar para a lista, e se você puder mandá-lo por e-mail
> para mim... creio que terei muito prazer em lê-la.

Estou enviando em outra mensagem para a ciencialist sobre o título Teorias
Realistas Atuais. Afinal, trata-se de uma crítica que julgo séria e não
creio ter cometido nenhuma heresia e nem mesmo brincadeira em meio ao texto.
Se estou certo ou errado, o problema é outro. Procurei acertar e acho que o
tema está dentro dos padrões da ciencialist.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Teorias Realistas Atuais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/04/2000 02:15

Teorias Realistas Atuais
Alberto Mesquita Filho
© 1987
Atualizado em abril/2000

1) A experiência EPR

Muitos estudos surgiram, em física, na tentativa de explicar as propriedades
observáveis em dois sistemas A e B que se afastam de uma situação em que
interagiram. Em geral, pertencem a um de dois grupos conforme aceitem ou não
o critério de separabilidade proposto por Einstein a se apoiar na
experiência EPR de pensamento. Um desses grupos engloba as chamadas "teorias
realistas locais" e o outro as "teorias realistas não-locais".

Pensemos, a fim de clarificar o conceito, na seguinte situação
hipotético-analógica: Uma caixa envia bolas brancas ou pretas para a direita
D e para a esquerda E, concomitantemente. A caixa está dotada de um
mecanismo interno, não visualizável, responsável pela seguinte
peculiaridade: Quando a bola que sai à direita é branca, a que sai à
esquerda é preta, e vice-versa. Nunca saem ao mesmo tempo, e para cada
lado, duas bolas iguais. Existe o que se chama uma correlação negativa entre
os efeitos de cada lado.

As conclusões procuradas com este "experimento real" não implicam no
conhecimento intrínseco ou no mecanismo através do qual a caixa produz a
correlação negativa. Ainda que, para este caso analógico, não seja
impossível, não é necessário conhecer como a caixa efetua esta "mágica".
Conseqüentemente, o método de abordagem é fenomenológico.

A rigor, não estamos interessados na caixa, nem na coloração das bolas
emitidas, mas num análogo "imaginário" semelhante, qual seja, a "experiência
de pensamento" proposta por Einstein, Podolski e Rosen que, em 1935, chegou
a abalar a física moderna em seus alicerces. Einstein e al. admitiram a
possibilidade da determinação de propriedades relacionadas ao movimento de
uma partícula A que interagiu recentemente com outra B. Ambas estão se
afastando e a medida efetuada em uma delas "não deve" afetar o comportamento
da outra, pelo menos instantaneamente. As propriedades "medidas" nada mais
eram do que a velocidade e a posição, associados à massa através de relações
aceitas tanto pela física clássica quanto pela mecânica quântica, para o
tipo de interação. Com o resultado "medido" em A e sabendo-se da interação
recente com B, podemos estimar o valor da mesma propriedade em B e com o
mesmo grau de exatidão. E isto graças às leis de conservação relacionadas à
correlação negativa observada: quando A interagiu com B, B interagiu com A
em intensidade igual e oposta (ação e reação).

Seria então possível medir uma propriedade relacionada à posição em A e
outra relacionada ao movimento em B e, sendo verdadeiras as premissas,
poderíamos caracterizar tanto a posição quanto o momento de A e B, o que
iria contra o princípio da incerteza, um dos alicerces a apoiar a física
quântica e construído com hipóteses outras e não assumidas "a priori" quando
da construção do argumento descrito no parágrafo anterior (experiência de
pensamento).

A experiência EPR é um construto hipotético e imaginário. Seu caráter
hipotético é aceitável pois apoia-se em observações experimentais
(existência de interações e leis de conservação). O imaginário é admitir que
esta correlação realmente está sendo medida, ou seja, que existe uma
propriedade, e não um mero artefato de técnica, que está influenciando os
aparelhos de medida. No caso da caixa, emissora de bolas, poderíamos dizer
que este caráter imaginário é aceitável, pois estamos simplesmente assumindo
que a diferença de cores não é uma ilusão de óptica ou instrumental. No caso
do construto EPR podemos também concluir pela aceitação, pois temos no que
nos basear ao afirmarmos que a determinação da posição ou do momento não é
um artefato instrumental.

É importante enfatizar que todas as suposições efetuadas por EPR a
justificarem seu construto, são aceitas como verdadeiras tanto pela física
clássica quanto pela física moderna. Quem está sendo colocado em xeque é o
princípio da incerteza, a incorporar hipóteses contrárias à física clássica
e compatíveis com a física quântica. Dito de outra forma: Trata-se de uma
experiência de pensamento, e, portanto, a primeira vista irrealizável, a
demonstrar algumas das linhas de demarcação entre física clássica e física
moderna e a comprovar que uma das duas é insustentável, ainda que não se
possa dizer qual. A escolha entre uma e outra apoia-se única e
exclusivamente no "critério da opção" e, por que não dizer, no "critério do
bom senso". Sob esse aspecto, Einstein posicionou-se contrariamente ao
princípio da incerteza e favoravelmente às hipóteses assumidas como
verdadeiras na experiência EPR, nenhuma das quais contraria a física
clássica.

A experiência EPR está amparada em três premissas, as mesmas que apoiam as
ciências naturais: a) o realismo propriamente dito que, se negado,
aposentaria todos os cientistas experimentais; b) o método científico, que é
o que diferencia o cientista do filósofo; e c) os critérios de localidade e
separabilidade que, por terem sido apontados pelo pai da teoria da
relatividade, merecem alguma consideração.

As "medidas" assinaladas na experiência EPR são efetuadas enquanto as
partículas se afastam. Como são medidas da "memória" de um confronto
recente, estão correlacionadas. No entanto, nada impede que a medição em uma
das partículas modifique o comportamento da outra, após um curto intervalo
de tempo em que a modificação se propagou. Mas até que este intervalo
ocorra, o raciocínio de Einstein é perfeito; e após este intervalo, as
considerações teóricas que se possam fazer são irrelevantes, pois a
experiência já acabou. Não importa se este intervalo é igual a um século, um
segundo, ou um milésimo de segundo. O importante é a não dogmatização da
instantaneidade e isto nada tem a ver com o limite postulado na teoria da
relatividade. Conseqüentemente, pelo menos na análise desta experiência
imaginária, o realismo de Einstein não difere do realismo clássico ou,
mesmo, do realismo newtoniano; e, portanto, as críticas que se utilizam
desta abordagem nada mais fazem do que confundir o leitor, sem nada
acrescentar.

Por outro lado, Einstein jamais considerou o chamado comportamento
não-local, das chamadas teorias realistas não-locais, como uma solução mas,
sim, como a prova cabal de que a mecânica quântica, como estava formulada,
era absurda. E não foi por outro motivo que Bohr se levantou contra. Pois
este também não era tão ingênuo e, se o problema fosse tão simples assim,
entre optar por teorias locais ou não locais, os dois, ao invés de
discutirem, iriam festejar juntos o encontro de uma saída louvável para
ambos.

2) Teorias Realistas Locais e Não-Locais

As "teorias realistas locais" aceitam a seguinte afirmação: "os valores
reais dos observáveis de cada um dos dois sistemas A e B, mesmo quando
correlacionados, são independentes da escolha que se faz dos observáveis a
serem medidos no outro. Ou seja, o processo de medida em A não interfere em
nada com nenhuma das propriedades de B de maneira instantânea. Às vezes as
teorias realistas locais são confundidas com a física clássica, o que não
retrata a verdade pois pertencem à visão moderna da física embora não
aceitem algumas de suas hipóteses (o princípio da incerteza, por exemplo).

As "teorias realistas não-locais" são aquelas que aceitam o absurdo previsto
por Einstein, caso suas idéias, no que diz respeito à separabilidade, fossem
refutadas. Às vezes, as teorias realistas não-locais são confundidas com a
mecânica quântica ou com algumas de suas versões (por exemplo, a linha
ortodoxa ou de Copenhagen). Alguns autores deixam implícito tratarem-se de
coisas diferentes (teoria quântica e teorias não-locais), ainda que não
mostrem uma linha de demarcação nítida, pois as teorias não-locais têm sido
utilizadas para justificar a física quântica.

Talvez uma das diferenças seja a seguinte, ainda que não tenha notado um
consenso a respeito: Segundo as teorias não-locais, a medição das
propriedades de um dos sistemas (partícula A) poderia alterar
instantaneamente o valor das propriedades do outro sistema (partícula B). E,
assim sendo, a caixa de bolas não poderia ser utilizada como "experimento
hipotético-analógico". Como a expressão "propagação instantânea" não é muito
bem vista, desde os primórdios da física, os adeptos destas teorias preferem
considerar os sistemas A e B como não separados. Ou seja, embora A e B
estejam se afastando, o sistema continua sendo um só e, portanto, não há
porque se falar em propagação. As conseqüências destas postulações são
incríveis e, certamente, caso comprovadas em definitivo, abalarão todas as
teorias que lidam com sistemas físicos, ou seja, toda a física. Neste ponto
é mais cômodo aceitar a mecânica quântica como uma teoria que funciona e
pecar por omissão: Deixa-se o "realismo" de lado e adota-se, pura e
simplesmente, o anti-realismo de Bohr. A partir daí aceita-se o dogma da
correspondência e as dores de cabeça acabam sendo amenizadas e a
traduzirem-se por problemas menores como, por exemplo, a explicação da
entropia, da difração, das equações de Maxwell, do "spin", ...

3) Por falar em "spin"...

Em 1926 Uhlenbeck e Goudsmit tentaram explicar o espectro da luz emitida por
átomos contendo um único elétron admitindo que este girasse. A idéia era
genial. O elétron, em órbita em torno do núcleo do átomo, giraria em torno
de seu próprio eixo, tal e qual a Terra. A esta propriedade do elétron
deu-se o nome de "spin" que significa giro.

Em 1924, Stern e Gerlach já haviam observado que o elétron em órbita, ao ser
lançado num campo magnético, comporta-se de duas maneiras apenas: ou é
desviado no sentido do polo norte do campo, ou no sentido oposto. Não
demorou muito para que se relacionasse estes efeitos ao "spin", descrito
dois anos mais tarde. À primeira vista, a situação não é muito diferente
daquela observada com um pião num campo gravitacional: ou ele gira no
sentido horário, ou no antihorário; e o eixo de giro procura sempre a
situação de equilíbrio dinâmico, representada pela posição vertical.

Em se tratando de uma idéia genial, não demorou muito para que toda a física
moderna se encantasse com o "spin". Uma das primeiras teorias a incorporá-lo
foi a mecânica quântica. Porém, a comparação com o pião, ou mesmo com o giro
da Terra, não é muito bem vista pelos adeptos da teoria; a menos que como
método mnemônico e, assim mesmo, quando a matemática quântica permite. E não
é prá menos! Notem bem que se conhecermos o sentido de giro e a direção do
eixo de um elétron, pelo menos no referencial da partícula estaremos
definindo todo o movimento do elétron. E isso é "proibido" (princípio da
incerteza) pela mecânica quântica. Desta forma, aceita-se a idéia de "spin"
desde que não se adote uma conceituação absoluta. E a menos que retrate
única e exclusivamente o produto de duas variáveis que concorde com as
relações de Heisenberg. E a matemática quântica atingiu este sucesso de
forma que o "spin" hoje é meramente uma entidade matemática e não física.

Não é necessário dizer que a idéia de um giro bem definido para o elétron
também não concordaria com algumas das fabulosas equações da teoria
eletromagnética. E, portanto, o "spin" é uma entidade abstrata e que serve
exclusivamente para explicar determinados fenômenos, mas sem jamais derrubar
dogmas já "bem" estabelecidos.

Um conceito bastante relacionado ao "spin", porém de natureza um pouco
diferente, é o da polarização da luz. Este efeito foi primeiramente notado
por Newton que, muito sabiamente, relacionou-o aos "lados da luz". Se
aceitarmos os conceitos newtonianos, poderemos dizer que da mesma forma que
um elétron tem faces horária e antihorária, a luz tem "lados" que, de alguma
forma, originam o efeito macroscópico observado e chamado polarização.
Newton foi mais além achando que estas propriedades do raio de luz fossem
análogas, porém não idênticas, a propriedades magnéticas. E, como vimos
acima, o "spin" também está bastante relacionado ao magnetismo.

4) Uma Nova Luz

John S. Bell (1964) verificou que muitas das teorias locais e não-locais
relacionavam-se ao que chamamos "spin" de partículas ou à polarização da
luz. Notou também que, em condições especiais, as previsões das teorias
realistas locais diferiam das "previsões" da mecânica quântica ortodoxa. E
conquanto a mecânica quântica ortodoxa ignore o realismo, existiam também as
teorias não-locais a compatibilizarem-se com as "previsões" da mecânica
quântica.

É difícil saber, frente as inúmeras correntes divergentes, se existe algum
consenso entre a aceitação ou não do princípio da incerteza pelos defensores
das teorias locais. Não obstante, para sabermos se as idéias de Bell fazem
sentido, é fundamental que se esclareça este ponto de vista. Isto porque,
pelo menos em teoria, está se trabalhando com resultados experimentais
hipotéticos e interpretados com a suposição de que o "spin" é aquilo
afirmado pelos físicos quânticos, estando inerente nesta interpretação o
princípio da incerteza. Conseqüentemente, para uma teoria que não aceita o
princípio da incerteza, o "spin" não faz sentido e nada que possa resultar
da medição de algo que não faz sentido poderá abalar seus alicerces. Isto
não é o mesmo que desprezar a experimentação (que no caso é hipotética). O
problema é que devemos verificar o que é que a experiência realmente está
medindo no contexto da teoria que está sendo falseada. Se aceitarmos, de
antemão, e como premissa experimental, que o princípio da incerteza é
verdadeiro, jamais poderemos falsear uma teoria que, por suas hipóteses,
mostra-se incompatível com tal princípio. Resumindo: as idéias de Bell, no
que diz respeito ao "spin" fazem sentido, para o caso das teorias
não-locais, se, e somente se, tais teorias forem compatíveis com o princípio
da incerteza. Corolário: as idéias de Bell, no que diz respeito ao "spin",
não servem como argumento a contradizer nenhuma das teorias clássicas da
física.

5) Que dizer da polarização da luz?

A polarização da luz, sob alguns aspectos, tem sido interpretada, pelos
físicos modernos, de forma muito semelhante ao spin. Assume-se, por
critérios não clássicos, que a polarização, associada aos fótons, estaria
também comprometida com o princípio da incerteza. E, do ponto de vista
experimental, isso fica patente pelo exame do equipamento utilizado na
experiência de Aspect e col., a medir propriedades que em muito se
assemelham àquelas observadas no lançamento de uma moeda: cara ou coroa,
mais ou menos, up ou down, yin ou yang, etc. Ora, em física clássica não
existe o princípio da incerteza; em física clássica não existe este
dicotomismo na interpretação da polarização. Em física clássica existe a lei
de Malus observada pela primeira vez há 191 anos (1809) por Etienne Louis
Malus que pode ser enunciada como: "A intensidade da luz ao passar por dois
polarizadores inclinados de um ângulo alfa é proporcional ao quadrado do
cosseno de alfa." Da mesma forma que o "spin" quântico não pode ser
interpretado como giro, graças ao princípio da incerteza, a polarização
quântica não comporta a interpretação clássica que possa se dar à lei de
Malus (um dado sem dúvida alguma experimental e que, sob certos aspectos,
falseia a teoria quântica).

Concluindo: As idéias de Bell, em hipótese alguma, contradizem as teorias
clássicas da física e a experiência de Aspect, quando muito, serve como
critério para escolha entre o roto e o esfarrapado, qual seja, entre as
teorias locais e as não-locais.
__________________________________


Anexo: Considerações sobre experimentos de pensamento

A utilização de experimentos de pensamento, em ciência, é legítima, mas
impõe uma cautela extrema. Nem tudo é válido neste terreno e a lógica não
pode suplantar a razão. Um exemplo de raciocínio falacioso, e que se utiliza
de construtos hipotéticos, é aquele que diz que ao ultrapassarmos a
velocidade da luz inverteremos o tempo. Pode até ser verdadeira a afirmação,
mas tem sido utilizada como argumento a fortalecer a teoria da relatividade.
Ora, a teoria da relatividade afirma, aprioristicamente, que a velocidade da
luz é uma constante absoluta (para não dizer que seria impossível
ultrapassá-la, mas este é outro assunto) e a afirmação também apoia-se neste
"a priori"! É evidente que a não aceitação deste "a priori" desfaz toda a
argumentação. Eu poderia simplesmente dizer que ao ultrapassar a velocidade
da luz, a luz refletida estaria numa velocidade superior à da luz comum.
Logo, jamais me enxergaria chegando, não havendo necessidade de inverter o
tempo! Seria como ultrapassar o som: podemos ouvir um som do passado mas não
invertemos o tempo com esse artifício.

__________________________________

Este artigo, apresentado na Lista de Discussão "ciencialist" em
15/abril/2000 é uma versão atualizada de tópicos apresentados no livro
do mesmo autor: "Confesso Que Blefei! - Física Antiga x Moderna", editora da
Universidade São Judas Tadeu (na época Faculdades São Judas Tadeu), São
Paulo, © 1987 - Direitos autorais requeridos. Reprodução permitida nos meios
acadêmicos, listas de discussão da Internet relacionadas a ciência e/ou
filosofia e páginas Web de sites informacionais relativos a, ou
especializados em, ciência e/ou filosofia, desde que completa, com a citação
do autor e sem visar fins lucrativos. Reprodução proibida para fins
comerciais, a menos que com autorização expressa por escrito e assinada pelo
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[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: RES: O horizonte científico & O horizonte filosófico
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: "Argumentos" <argumentos@listbot.com>, <filos-l@egroups.com>, <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/04/2000 14:26

A ciência é aquilo que é feito e aceito pelos cientistas.
O mesmo vale pra filosofia em relação aos filósofos.
Pra concluir isto basta verificar com elas se desenvolveram no decorrer da
história.
Não há critérios para que uma determinada teoria seja científica ou
filosófica, exceto a aceitação cultural que atinge no determinado contexto
histórico- nisto eu concordo com Karl Popper.
Há uma certa discussão entre subjetividade e objetividade. Se você divide a
ciência entre modelos e experimentação, de modo simples, pode se confrontar
com esse questionamento. Se um certo indivíduo pratica, por exemplo, em sua
fazenda, experimentações para a irrigação da sua plantação, tirando
conclusões específicas sobre hidrostática, não é relevante que haja um
modelo amplo e bem embasado para o que ele está fazendo. Poderia eu chamar
isto de aplicação científica? Acho que sim. Neste caso está tudo de acordo
com o objetividade. Não há espaço para o relativismo, já que temos estes
dados e nenhum mais importa.
Se vc está montando um modelo científico, o faz baseado em um determinado
universo de dados. Adapta este modelo a estes dados sendo particularmente
interessante que, se aparecerem novos, este modelo possa continuar a sua
aplicação. No caso de não ser mais passível de aplicação, ele passa a ser
relativo àqueles dados, no entanto passa a se questionar o seu valor (e por
que não se fazia antes, quando ele estava bem aplicado?). Desta análise a
posteriori do modelo surge a idéia do relativismo em contraste com o
absoluto, que a meu ver é mais uma semente de confusão inútil, já que tudo é
feito relativamente, sendo isto o natural. A ciência é paradoxal porque ao
mesmo tempo que se procura a especificidade, procura também a
universalidade. Se vc considera os critérios pragmáticos de aplicação, como
a ci6encia costuma fazer, então não há porque acusar o relativismo como algo
pejorativo e critério de desconfiança para a ciência.
Os cientistas são todos, nesse contexto, caipiras em aperfeiçoamento, com
fazendas diferentes e procurando uma linguagem comum para comunicação. Ao
mesmo tempo em que surgem novas tecnologias, surgem novas culturas e novas
fazendas, cada coisa se inter-relacionando cada vez mais com o tempo. O que
me parece mais importante perguntar não é o resultado objetivo/subjetivo ou
relativo/absoluto disto, de acordo com as condições da fazenda e das
culturas ; é em que este todo ajuda cada fazendeiro. Afinal, não foi assim
que ele começou a pensar na técnica de irrigação? O fato de haver uma
possibilidade gramatical e sem6antica de questionamento não implica que este
seja realmente necessário na nossa linguagem. Isto deveria ser muito
observado pelos cientistas, ao menos, já que no caso da filosofia isto é
muito mais patológico.

Rodrigo


-----Mensagem original-----
De: nous@net.sapo.pt [mailto:nous@net.sapo.pt]
Enviada em: Sábado, 15 de Abril de 2000 13:28
Para: argumentos@listbot.com
Assunto: O horizonte científico & O horizonte filosófico


Argumentos - http://www.terravista.pt/Nazare/1339/

Caros listores,

'não é a filosofia uma ciência?'

Saltei da cadeira quando li tal pergunta.
Embrulhei-me bem no meu roupão, e tentei
aquecer-me depois de questão tão friorenta
questão.
Finalmente, estava aquecido, e pronto para
responder a pergunta tão pertinente.

"A ciência é uma actividade humana de
resolução de enigmas, orientada por um
determinado modo de ver ou paradigma, feita
numa comunidade científica". - segundo parece
esta é a definição actual de ciência. Eu
considero-a uma ilusão.

A ciência é um corpo que percorre o mundo,
andando, correndo, mas nunca voando. Pois tem
de seguir um conjunto de leis físicas e
científicas.

Expliquem-me onde a filosofia tem as suas
leis. Nem sequer um método universal tem. É
algo tão subjectivo como as vivências.
Como podemos, então, considerá-la como uma
ciência?
_____________________________________________________________________
netsapo, tudo por nada em http://webnet.sapo.pt. Internet Grátis da Telepac.


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Filosofia da Ciência (era: Mecanismo da existencia)
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/04/2000 14:38


----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Sent: Saturday, April 15, 2000 2:15 AM
Subject: Re: [ciencialist] Filosofia da Ciência (era: Mecanismo da
existencia)


> -----Mensagem Original-----
> De: "Roberto Belisario"
> Enviada em: Sexta-feira, 14 de Abril de 2000 21:57
> Assunto: Re: [ciencialist] Filosofia da Ciência
>
> > Porque essas partes tratam essencialmente de experiências individuais.
> > (...) Outros ramos são mais problemáticos: por exemplo, Sociologia é
> > Ciência? Não há reprodutibilidade em grande parte da Sociologia. Se um
> > sociólogo montou uma comunidade anarquista e observou-a, e depois disse
> > que ela tem tais e tais características, ninguém poderá reproduzir o
> > experimento para verificar suas conclusões, porque não há duas
sociedades
> > iguais.
>
> A individualidade não exclui a repetitividade se pensarmos na
classificação
> dos indivíduos por "classes" (estou me referindo a classe no sentido
> estatístico do termo). (...)

Pois é. No caso da Psicologia e Parapsicologia estava me referindo a
experiências individuais, e não à idéia de "não existem dois homens iguais".
Mas nos outros casos é isso, mesmo: driblamos a falta de repetitividade com
a Estatística. Mas aí a coisa depende do quanto se consegue definir essas
classes estatísticas. Por exemplo, uma coisa é estudar as partículas
constituintes de um gás - aí é fácil controlar as variáveis. Outra coisa é
estudar um sistema social - o número de variáveis que têm influência crucial
no sistema é grande demais, alterações minúsculas em certas variáveis pouco
controláveis podem mudar completamente a característica do sistema, e aí é
difícil tecer conclusões sobre as características que estamos estudando - a
não ser que não saiamos de uma abordagem meramente descritiva. Por exemplo,
houve aquela comunidade anarquista no Brasil, no fim do Império e início da
República. Ora, quando foi proclamada a República, os anarquistas foram
acusados de serem anti-republicanos e o governo boicotou a experiência
deles, que então gorou. Então quem é contra o anarquismo diz que a
experiência gorou porque não podia dar certo mesmo, mas os defensores dizem
que aquilo aconteceu por causa de uma contingência externa, uma investida do
governo contra eles.

Em muitos casos, dá para considerar a reprodutibilidade em sistemas
sociais, mas em muitos isso é impossível na prática.
No final das contas, eu vejo que a diferença que existe entre sistemas
sociais e físicos é o número de variáveis e o modo como elas se comportam.
Em sistemas sociais, as variáveis são incrivelmente numerosas, e se
relacionam de modo extremamente não-linear, gerando comportamentos caóticos
(alterações minúsculas provocando efeitos catastróficos).

De qualquer forma, independentemente de tudo isso, as frases "Não
podemos assumir que um campo do conhecimento seja não científico pelo
simples fato de não encontrarmos nele teorias científicas" e "Ciência, a meu
ver, traduz-se muito mais por uma postura do que por uma delimitação em
áreas" parecem-me explicar muito bem o que você quer dizer.

Existem muitas zonas cinzentas em qualquer definição do que seja
Ciência. Já tentei várias vezes reconhecer que características definem um
assunto científico ou um tratamento científico, e sempre encontrei exceções
dentro de atividades reconhecidamente científicas. Um experimento num grande
acelerador de partículas é reprodutível? Em princípio sim, mas deve-se
gastar milhões ou até bilhões de dólares para repeti-los... Na prática, eles
são praticamente irreprodutíveis. E por aí vai. Cosmologia: por definição só
existe um Universo, não podemos usar Estatística para estudar Universos,
etc...

Sem falar nas ressalvas (de Thomas Kuhn, por exemplo) sobre o
procedimento real dos cientistas no processo de descoberta. Por exemplo, já
vi em mais de um lugar que, com os dados obtidos por Coulomb sobre a força
elétrica, era impossível distinguir entre a força dependente do inverso do
quadrado da distância e outra forma qualquer que não fosse muitíssimo
diferente desta. Talvez ele tenha sido influencidado pela analogia com a
força gravitacional de Newton. Um cientista que age assim está dando um
tratamento científico ao assunto? Porém, "heresias metodológicas" como essas
são cometidas o tempo inteiro pelos cientistas...

Bem, obrigado pelas referências do Popper!
Até a próxima,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: O horizonte cient�fico & O horizonte filos�fico
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/04/2000 15:59

Rodrigo F. Viecilli wrote:

> A ciência é aquilo que é feito e aceito pelos cientistas.
> O mesmo vale pra filosofia em relação aos filósofos.

Não posso concordar com isto. Não há "achismo", na ciência.
Ao contrário do que ocorre em temas puramente filosóficos, na ciência
é sempre possível "perguntar à Natureza" o que é verdade, através
de experimentos. Não se pode "não aceitar" algo que pode ser
demonstrado experimentalmente, nem "acreditar" em algo que contradiz
a experiência prática. O "achismo" só entra aí nos campos em que
não é possível, ainda, a verificação experimental. E mesmo assim,
só é possível considerar possibilidades que não sejam incompatíveis
com o que é conhecido.
Ao contrário do que alguns ainda pensam, a ciência não fica mudando
de opinião a todo instante, baseada em opiniões pessoais de alguns
cientistas. Ela vai sim é criando uma base crescente de conhecimento
da natureza, baseada na acumulação de trabalhos sucessivos de muitos.
Mudanças importantes ocorrem de tempos em tempos, mas sempre por
se ter olhado algum outro aspecto não examinado anteriormente,
por falta de tecnologia ou por falta de aplicação.
Aristóteles não estava totalmente errado, nem Galileu, nem Newton,
nem Einstein. Todos construiram seus trabalhos sobre os de seus
antecessores.

Antonio Carlos M. de Queiroz



SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/04/2000 16:17

Olá, Alberto.

Li o seu artigo sobre o experimento EPR e os argumentos de Bell e
Aspect, e tenho algumas críticas. Na verdade, da maneira como entendi o seu
argumento, não posso concordar com suas conclusões. Senão, vejamos.

Pareceu-me que o seu argumento era essencialmente o seguinte, corrija-me
se eu estiver enganado. Os argumentos de John Bell embutiam a aceitação do
conceito de spin usual na Física Quântica. Dentro deste conceito de spin
estaria embutida a aceitação do Princípio da Incerteza. Desta forma, Bell,
ao tentar demonstrar se o Princípio da Incerteza era válido ou não, teria,
inconscientemente, partido da premissa de que esse Princípio era válido.
Isso é uma inconsistência lógica fatal na argumentação.

Para mostrar que o conceito de spin usual da Física Quântica embute o
Princípio da Incerteza, você dá o seguinte argumento:

> Notem bem que se conhecermos o sentido de giro e a direção do
> eixo de um elétron, pelo menos no referencial da partícula estaremos
> definindo todo o movimento do elétron. E isso é "proibido" (princípio da
> incerteza) pela mecânica quântica.

Por causa disso, os físicos quânticos se recusariam a identificar o spin
com momento angular - caso contrário teriam problemas com o Princípio da
Incerteza. Por isso, os físicos quânticos teriam escolhido o seu conceito de
spin de tal forma que não ferisse o Princípio da Incerteza. Se fosse assim,
de fato, a aceitação dessa concepção de spin teria embutida a aceitação
desse Princípio.

Ora, esse argumento, posto do jeito que está, parece-me errado. O
Princípio da Incerteza não nos proíbe simplesmente de definir completamente
o movimento de uma partícula. O que esse Princípio diz é que não podemos
conhecer, simuntaneamente e com precisão arbitrária, os valores de duas
variáveis que constituam o chamado "par canonicamente conjugado no sentido
hamiltoniano". Quantidade de movimento e posição é um exemplo de um desses
pares. Momento angular ao redor de um eixo e ângulo de rotação ao redor do
mesmo eixo é outro exemplo. Mas o seu argumento cita como par de variáveis o
momento angular ao redor de um eixo e a orientação deste eixo. Isso não
constitui um par de variáveis conjugadas! Podemos, portanto, determinar com
a precisão que quisermos essas duas variáveis simultaneamente, sem problema
nenhum com o Princípio da Incerteza. (A versão do Princípio da Incerteza
envolvendo momento angular e ângulo de rotação pode ser encontrada, por
exemplo, em L. I. Shiff, "Quantum Mechanics", McGraw-Hill, no capítulo 1,
item 3, da edição de 1968.)

Sendo assim, não vejo como a aceitação do conceito usual de spin na
Física Quântica possa ter dentro dele embutido a aceitação tácita do
Princípio da Incerteza. Por conseguinte, Bell não estava assumindo
inconscientemente a veracidade desse Princípio. Logo, podemos considerar o
argumento de Bell como válido.

Agora com relação à experiência de A. Aspect, que aparentemente
"desempatou" o embate entre Teoria Quântica e Teoria da Relatividade
Especial, dando aval à primeira (há quem discorde desta interpretação da
teoria de Aspect, mas creio que os argumentos nada têm a ver com os seus).

Pareceu-me que o seu argumento era essencialmente o seguinte: (1) Aspect
fundamentava-se nos argumentos de Bell, que seriam logicamente
inconsistentes. Quanto a esse ponto, já mostrei meu argumento acima. Além
disso, (2) Aspect, ao fazer a experiência envolvendo polarização da luz,
assumiu a dicotomia quântica (quantização) na polarização dos fótons. Por
analogia com a quantização do spin (analogia que os físicos quânticos sempre
fazem), esta aceitação teria embutida em si a aceitação do Princípio da
Incerteza. Cairíamos, então, na mesma inconsistência lógica do argumento de
Bell: Aspect, ao testar o Princípio da Incerteza, estaria tacitamente
assumindo como premissa a sua validade. Jamais poderia refutá-lo desta
forma, o resultado fatalmente teria que ser em seu favor.

De novo, não posso concordar em que a aceitação do conceito de
polarização do fóton usual na Física Quântica embuta o Princípio da
Incerteza. O argumento que contrapõe a teoria de Malus à Física Quântica
também me parece errado:

> Ora, em física clássica não
> existe o princípio da incerteza; em física clássica não existe este
> dicotomismo na interpretação da polarização. Em física clássica existe a
lei
> de Malus observada pela primeira vez há 191 anos (1809) por Etienne Louis
> Malus que pode ser enunciada como: "A intensidade da luz ao passar por
dois
> polarizadores inclinados de um ângulo alfa é proporcional ao quadrado do
> cosseno de alfa." Da mesma forma que o "spin" quântico não pode ser
> interpretado como giro, graças ao princípio da incerteza, a polarização
> quântica não comporta a interpretação clássica que possa se dar à lei de
> Malus (um dado sem dúvida alguma experimental e que, sob certos aspectos,
> falseia a teoria quântica).

A teoria quântica não invalida a lei de Malus, muito pelo contrário,
concorda com ela! Senão, vejamos: Quando a luz é submetida ao experimento
acima, a teoria quântica prevê que a probabilidade de um fóton ser
transmitido através dos dois polarizadores é proporcional ao quadrado do
cosseno do ângulo. Como a intensidade da luz é proporcional ao número de
fótons trafegando pelo espaço, o resultado é que a intensidade da luz que
sai do segundo polarizador é proporcional ao quadrado do cosseno do ângulo,
de acordo com a lei de Malus. No caso de spins, o resultado também é
semelhante à lei de Malus e pode ser encontrado, por exemplo, em C.
Cohen-Tannoudji et al., "Quantum Mechanics", capítulo 4, seção 2. Ali é
descrita uma experiência inteiramente análoga à de Malus, mas com spins, que
dá o mesmo resultado do quadrado do cosseno. A exposição, entretanto,
depende unicamente do fato de se tratar de um sistema de dois níveis (como a
polarização do fóton), e pode ser aplicada facilmente à experiência com
fótons.

Não vejo nenhuma maneira como o Princípio da Incerteza possa estar
embutido no conceito de polarização do fóton usual em Física Quântica. Desta
forma, Aspect não estava considerando tacitamente a validade do Princípio da
Incerteza ao montar sua experiência, e não há a inconsistência lógica no seu
procedimento.

Entretanto, a interpretação dos resultados de Aspect segundo a qual eles
teriam dado o prêmio à Física Quântica e invalidado a Relatividade Especial
está sendo revisto - parece que esta interpretação, sim, tem uma
inconsistência lógica, mas por argumentos diferentes aos seus. Entretanto,
não posso detalhar esta nova interpretação, sem estudá-la um pouco.

Há outras observações que gostaria de fazer, mas elas não têm a ver
diretamente com a validade ou não das suas conclusões e vou deixá-las para
um e-mail posterior.

Espero ter ajudado em algo com essas considerações,
Até a próxima
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Filosofia da Ciência (era: Mecanismo da existencia)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/04/2000 23:56

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario"
Enviada em: Sábado, 15 de Abril de 2000 14:38
Assunto: Re: [ciencialist] Filosofia da Ciência (era: Mecanismo da
existencia)

> Em muitos casos, dá para considerar a reprodutibilidade em sistemas
> sociais, mas em muitos isso é impossível na prática.
> No final das contas, eu vejo que a diferença que existe entre sistemas
> sociais e físicos é o número de variáveis e o modo como elas se comportam.
> Em sistemas sociais, as variáveis são incrivelmente numerosas, e se
> relacionam de modo extremamente não-linear, gerando comportamentos
> caóticos (alterações minúsculas provocando efeitos catastróficos).

Exatamente! Creio que você chegou ao "xis" da questão ao dizer que isto é
praticamente "impossível na prática"; e justificou muito bem o porquê.
Porém, o fato de uma disciplina possuir um objeto de estudo complexo, em
virtude de possuir um número de variáveis muito grande, não deveria, a meu
ver, servir como argumento a excluí-la da área do saber dotada de
cientificidade (ou seja, da ciência). Caso contrário eu seria obrigado a
pensar que a física é mais ciência do que a química que é mais ciência do
que a biologia que é mais ciência do que a psicologia que é mais... até
chegar no limite em que a cientificidade seria nula, e aí estaríamos fora da
ciência. Alguma coisa está errada nesta regressão, ou não? Mesmo porque,
após isso deveríamos chegar no terreno não científico (arte, teologia, etc)
e aí a regressão parece-me não continuar: o número de variáveis pode ser 1
ou pode ser 10 e a acientificidade é a mesma.

> De qualquer forma, independentemente de tudo isso, as frases "Não
> podemos assumir que um campo do conhecimento seja não científico pelo
> simples fato de não encontrarmos nele teorias científicas" e "Ciência, a
> meu ver, traduz-se muito mais por uma postura do que por uma delimitação
> em áreas" parecem-me explicar muito bem o que você quer dizer.

Sim, e parece-me que a idéia de ciência como "não-limite" (no sentido
matemático do termo) apresentada acima reforça esses argumentos.

> Existem muitas zonas cinzentas em qualquer definição do que seja
> Ciência. Já tentei várias vezes reconhecer que características definem um
> assunto científico ou um tratamento científico, e sempre encontrei
> exceções dentro de atividades reconhecidamente científicas.

Realmente. Um livro que trata desse assunto de maneira "light", a meu ver, é
"O que é ciência afinal?", de A. F. Chalmers, Editora Brasiliense
(tradução), 1993. Não obstante, ele não responderá suas dúvidas, pelo menos
de maneira definitiva.

> Um experimento num grande
> acelerador de partículas é reprodutível? Em princípio sim, mas deve-se
> gastar milhões ou até bilhões de dólares para repeti-los... Na prática,
> eles são praticamente irreprodutíveis.

Novamente, você colocou muito bem: "na prática". Conquanto a prática seja
importantíssima para a ciência, até mesmo sob o ponto de vista econômico e
político, para não dizer o tecnológico, devemos procurar por uma definição
científica dotada de lógica e apoiada na universalidade temporo-espacial.
Nem sempre o que hoje é impossível está condenado à impossibilidade eterna.
A esse respeito, costumo dizer também que não concordo com aqueles que dizem
que na antigüidade não se praticava ciência, idéia essa apoiada nessa
aparente impossibilidade prática. A ciência, como a vejo, é milenar. O que
ainda é apenas secular é a arrogância apresentada por alguns cientistas a
assumirem que são os pais da ciência. Os descendentes desses falsos
cientistas irão dizer, daqui a mil anos, que nós somos alquimistas. Não
estou aqui me referindo ao alquimismo esotérico e coisas afins, pois que
esoterismo não combina com ciência. O que quero dizer é que existiram na
antigüidade homens que foram tão ou mais cientistas do que nós: Arquimedes e
Zenão (práticos por excelência) e Demócrito (teorizador) para citar apenas
três exemplos que me ocorreram.

> Sem falar nas ressalvas (de Thomas Kuhn, por exemplo) sobre o
> procedimento real dos cientistas no processo de descoberta. Por exemplo,
> já vi em mais de um lugar que, com os dados obtidos por Coulomb sobre a
> força elétrica, era impossível distinguir entre a força dependente do
> inverso do quadrado da distância e outra forma qualquer que não fosse
> muitíssimo diferente desta.

Existem muitos exemplos como esses e também de outras naturezas e muitas
vezes associados ao acaso e, até mesmo ao erro. Já ouvi dizer que Planck só
chegou à quantização da luz porque cometeu um erro de cálculo elementar. Não
sei dizer se procede mas sei que a dedução somente foi aceita como
incontestável após Einstein, bem mais tarde, ter chegado à mesma equação por
método diverso.

> Talvez ele tenha sido influencidado pela analogia com a
> força gravitacional de Newton. Um cientista que age assim está dando um
> tratamento científico ao assunto?

Voltamos ao questionamento inicial: O que é ciência? E o que é postura
científica? E é por isso que costumo dizer que a ciência começa pela
intuição e que a intuição precede o método científico. Perceba então o
porquê da valorização da postura científica na minha caracterização do que
seja ciência. Pois todo progresso científico tem sua origem na intuição, mas
a recíproca não é verdadeira. A analogia citada é um dos procedimentos mais
rudimentares relacionados à intuição que, muitas vezes, é complexa demais
para ser compreendida. Sabe-se lá o que passou pela cabeça de Einstein ou
Bohr antes de chegarem a expor o resultado de seus trabalhos. Não obstante
não posso em sã consciência acreditar que a postura científica de Einstein
começou a se revelar apenas após ele ter equacionado suas "idéias malucas".

> Porém, "heresias metodológicas" como essas
> são cometidas o tempo inteiro pelos cientistas...

Seriam realmente heresias? Ou representariam a primeira etapa da atividade
científica e sem a qual estaríamos ainda na idade da pedra?

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm

PS: Responderei brevemente sua outra mensagem.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/04/2000 05:00

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 15 de Abril de 2000 16:17
Assunto: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais

Olá, Belisário. Grato pelas críticas. Tentarei respondê-las na ordem em que
foram escritas.

> Pareceu-me que o seu argumento era essencialmente o seguinte,
> corrija-me se eu estiver enganado. Os argumentos de John Bell embutiam a
> aceitação do conceito de spin usual na Física Quântica.

Até aí acho que você está certo e não vejo incoerência e/ou falha minha se
deixei implícito ou explícito este argumento.

> Dentro deste conceito de spin
> estaria embutida a aceitação do Princípio da Incerteza.

Sob esse aspecto e rememorando o que "devo ter escrito" em meu artigo, a luz
de sua estranheza percebo onde você quer chegar e admito fortemente a
possibilidade de ter cometido um erro conceitual.

Um parêntesis relacionado ao nosso outro tema (filosofia da ciência): Veja
como é importante o diálogo. Nem sei onde você pretende chegar mas pelo
simples fato de você ter estranhado algo que escrevi e que, posteriormente,
li e reli várias vezes, comecei a perceber que algo me passou desapercebido
e que pode ser importante (olha a intuição, o ato de ver sem saber o que foi
realmente visto). Se não para destruir minha argumentação, pelo menos para
reformulá-la. E nem sei se foi exatamente esse o ângulo abordado por sua
crítica, pois ainda estou lendo-a (é claro que depois vou "passar a limpo",
mas manterei as idéias como elas foram me aparecendo - trata-se de um
exercício dialético que gosto de fazer, ainda que seja "unilateral", pois
sua parte já está escrita). Vamos prosseguir.

> Desta forma, Bell,
> ao tentar demonstrar se o Princípio da Incerteza era válido ou não, teria,
> inconscientemente, partido da premissa de que esse Princípio era válido.
> Isso é uma inconsistência lógica fatal na argumentação.

Com efeito: Se e somente se Bell tivesse realmente partido dessa premissa
(inconscientemente ou não). Continuemos:

> Para mostrar que o conceito de spin usual da Física Quântica embute o
> Princípio da Incerteza, você dá o seguinte argumento:
>
> > Notem bem que se conhecermos o sentido de giro e a direção do
> > eixo de um elétron, pelo menos no referencial da partícula estaremos
> > definindo todo o movimento do elétron. E isso é "proibido" (princípio da
> > incerteza) pela mecânica quântica.

A primeira vista não consegui encontrar nenhum erro nesta argumentação.

> Por causa disso, os físicos quânticos se recusariam a identificar o spin
> com momento angular - caso contrário teriam problemas com o Princípio da
> Incerteza. Por isso, os físicos quânticos teriam escolhido o seu conceito
> de spin de tal forma que não ferisse o Princípio da Incerteza. Se fosse
> assim, de fato, a aceitação dessa concepção de spin teria embutida a
> aceitação desse Princípio.

Seu argumento procede e está de acordo com a interpretação do que escrevi.
Historicamente falando (história da física quântica, no caso), não sei se as
coisas aconteceram dessa maneira porém a meu ver, e do ponto de vista
prático, foi exatamente o que aconteceu (conscientemente ou
inconscientemente). Espero entender, no que se segue, o motivo de sua
estranheza, revelada pela utilização de termos condicionais.

> Ora, esse argumento, posto do jeito que está, parece-me errado. O
> Princípio da Incerteza não nos proíbe simplesmente de definir
> completamente o movimento de uma partícula.

Vamos primeiramente tentar entender a expressão "movimento" num mesmo
contexto. Eu poderia dizer que existe uma conceituação relativa para o
movimento e uma conceituação absoluta, não no sentido de um possível e
discutível "referencial absoluto" mas no sentido de que seria um movimento
fixo a um referencial inercial qualquer, como é praxe em física clássica.
Neste referencial, e enquanto conservá-lo, posso pensar em termos absolutos.
Corrija-me se estiver errado, mas creio que isto é válido tanto para a
física clássica quanto para a moderna, mesmo porque não estou pensando em
mudanças de referencial.

> O que esse Princípio diz é que não podemos
> conhecer, simuntaneamente e com precisão arbitrária, os valores de duas
> variáveis que constituam o chamado "par canonicamente conjugado no sentido
> hamiltoniano". Quantidade de movimento e posição é um exemplo de um desses
> pares. Momento angular ao redor de um eixo e ângulo de rotação ao redor do
> mesmo eixo é outro exemplo.

Concordo plenamente.

> Mas o seu argumento cita como par de variáveis
> o momento angular ao redor de um eixo e a orientação deste eixo.

Não. Eu disse que "se conhecermos o sentido de giro e a direção do eixo de
um elétron clássico (supondo que este gire), pelo menos no referencial da
partícula estaremos definindo todo o movimento do elétron". Sentido de giro
"mais" a direção do eixo "juntos" constituem apenas uma das variáveis.
Assumi como implícita a outra variável do par ao dizer "pelo menos no
referencial da partícula". Ao "fixar" o referencial na partícula defini sua
posição. Ou não? Onde estará esta partícula no decorrer do tempo? Se
inicialmente estava na origem, permanecerá na origem. Se inicialmente estava
em outro ponto qualquer, permanecerá em repouso nesse local. Assumi como par
conjugado posição e momento angular clássico (e aí talvez possa existir
algum erro do ponto de vista quântico - essa adenda estou acrescentando após
já ter respondido toda a msg).

> (A versão do Princípio da Incerteza
> envolvendo momento angular e ângulo de rotação pode ser encontrada,

Sim, mas parece-me que aqui estamos falando de coisas diferentes e, salvo
melhor juizo, classicamente sem sentido. Não sei que rotação clássica seria
essa que não comportasse o momento angular, a menos que estivéssemos
estudando movimentos relativos vistos por referenciais diferentes.
Corrija-me se estiver errado pois os meus conhecimentos em física não são lá
essas coisas. Simplesmente, eu sou um "enfrentador de problemas", mas erro
bastante e cometo erros incríveis. E, além do mais, quem vem de fora do
problema enxerga com a "terceira visão".

> Sendo assim, não vejo como a aceitação do conceito usual de spin na
> Física Quântica possa ter dentro dele embutido a aceitação tácita do
> Princípio da Incerteza.

Como deixei claro acima, ainda não estou convencido disso.

> Por conseguinte, Bell não estava assumindo
> inconscientemente a veracidade desse Princípio. Logo, podemos considerar o
> argumento de Bell como válido.

Bem, como disse inicialmente, admito fortemente a possibilidade de ter
cometido um erro conceitual. Deixe-me então fazer a autocrítica. Afirmei no
item 4 (Uma Nova Luz) o seguinte: "para sabermos se as idéias de Bell fazem
sentido, é fundamental que se esclareça este ponto de vista. Isto porque,
pelo menos em teoria, está se trabalhando com resultados experimentais
hipotéticos e interpretados com a suposição de que o "spin" é aquilo
afirmado pelos físicos quânticos, estando inerente nesta interpretação o
princípio da incerteza."

Realmente, eu nunca poderia ter afirmado "para sabermos se as idéias de Bell
fazem sentido", pois não li o artigo na fonte e não sei exatamente quais
eram as idéias de Bell, ainda que conheça suas conseqüências (para o qual
seria válido e, a meu ver, totalmente correto, o argumento que se segue no
texto). Com efeito, não é impossível que Bell tivesse proposto uma
interpretação para o "spin" diferente para cada caso e a adaptar-se à teoria
a ser falseada. Ou, talvez, que nem tenha se dado ao luxo de orientar os
cientistas experimentais deste fato por demais óbvio (pelo menos sob o meu
ponto de vista).

Visto por outro ângulo eu diria que qualquer experiência a medir o "spin"
quântico não serviria como modelo análogo ao exposto na experiência EPR. Na
experiência EPR mede-se, por exemplo, o momento de A e assume-se como
conhecido o momento de B. Isto seria válido para todas as físicas a
aspirarem a condição de "verdadeiras". Na experiência com "spin" mede-se
menos do que o equivalente ao momento de A, pelo menos classicamente falando
(estou aceitando que a sua frase --"momento angular ao redor de um eixo e
ângulo de rotação ao redor do mesmo eixo é outro exemplo"-- faça sentido em
física quântica e, deste modo, eu estaria medindo menos do que o momento
angular clássico que, para mim, seria a "soma" dos dois (como disse acima, é
possível que esteja errado a esse respeito, mas não vejo onde).

> Agora com relação à experiência de A. Aspect, que aparentemente
> "desempatou" o embate entre Teoria Quântica e Teoria da Relatividade
> Especial, dando aval à primeira (há quem discorde desta interpretação da
> teoria de Aspect, mas creio que os argumentos nada têm a ver com os seus).

A esse respeito lembro ter chamado a atenção para a originalidade da
crítica, incluindo mesmo uma brincadeira: "O artigo chama-se Teorias
Realistas Atuais e apoia-se numa argumentação ainda não descrita em nenhuma
das grandes revistas de física [esta frase é para aumentar o meu índice como
"crackpot", que ultimamente anda em baixa :-) ]."

> Pareceu-me que o seu argumento era essencialmente o seguinte: (1)
> Aspect fundamentava-se nos argumentos de Bell, que seriam logicamente
> inconsistentes. Quanto a esse ponto, já mostrei meu argumento acima. Além
> disso, (2) Aspect, ao fazer a experiência envolvendo polarização da luz,
> assumiu a dicotomia quântica (quantização) na polarização dos fótons.

Creio que isso Aspect realmente fez.

> Por analogia com a quantização do spin (analogia que os físicos quânticos
> sempre fazem), esta aceitação teria embutida em si a aceitação do
> Princípio da Incerteza.

Perfeito. Porém o que me levou a essa constatação não foi o conceito de
polarização quântica em si mas o equipamento laboratorial utilizado por
Aspect. Cada fóton passa por apenas um polarizador (e não dois como proposto
na experiência de Malus) onde, logo após, ocorre a dicotomização. Não sei
até que ponto essa dicotomização faz sentido para a física quântica se não
como algo a embutir em si o princípio da incerteza, mas não teria sentido
algum para a física clássica, onde seria de se esperar um leque de
possibilidades e não apenas duas (e esse leque é que poderia ser suspeitado
pela lei de Malus).

> Cairíamos, então, na mesma inconsistência lógica do argumento
> de Bell: Aspect, ao testar o Princípio da Incerteza, estaria tacitamente
> assumindo como premissa a sua validade.

A meu ver sim, com a ressalva exposta acima. Ou ele assumiu
(inconscientemente) essa premissa ou fez algo sem sentido, mesmo para a
física quântica.

> Jamais poderia refutá-lo desta
> forma, o resultado fatalmente teria que ser em seu favor.

Não obrigatoriamente. Ele, por essa experiência, jamais poderia falsear uma
teoria que não contivesse o princípio da Incerteza. Mas, popperianamente
falando, jamais poderia confirmar teoria alguma, conquanto pudesse
corroborar a teoria quântica. Em outras palavras: ele poderia falsear a
teoria quântica caso o resultado fosse diferente do que foi, mas em hipótese
alguma teria destruído a consistência do paradoxo EPR (posto que retrata
outra realidade) que, certo ou errado, tem sua lógica.

> De novo, não posso concordar em que a aceitação do conceito de
> polarização do fóton usual na Física Quântica embuta o Princípio da
> Incerteza. O argumento que contrapõe a teoria de Malus à Física Quântica
> também me parece errado:

Admito meu erro mesmo sem ter lido o que se segue. Com respeito à primeira
frase diria que a experiência de Aspect parece-me dicotomizar a polarização
da mesma forma que o "spin" dicotomizou (pelo que percebi acima ao responder
esta mensagem) o momento angular (momento angular + ângulo de rotação); se
dei a entender, e acredito que sim mas preciso reler com cuidado meu texto,
que "o conceito de polarização do fóton embute o princípio da incerteza",
confesso que errei. Não sei como os físicos quânticos vêem a lei de Malus.
Sempre que tentei estudar o assunto não consegui encontrar referências
satisfatórias (não vejo isso faz muito tempo) e sempre que perguntei para
alguém só captei sensações de espanto, como se dissessem: O que tem a lei de
Malus a ver com a física quântica?

> > a polarização
> > quântica não comporta a interpretação clássica que possa se dar à lei de
> > Malus (um dado sem dúvida alguma experimental e que, sob certos
> > aspectos, falseia a teoria quântica).

O trecho entre parêntesis, de minha mensagem anterior, está errado, e isso
surge como corolário do que expus no parágrafo anterior desta mensagem.
Quanto ao restante gostaria de ouvir sua opinião (abaixo) antes de opinar.

> A teoria quântica não invalida a lei de Malus, muito pelo contrário,
> concorda com ela! Senão, vejamos: Quando a luz é submetida ao experimento
> acima, a teoria quântica prevê que a probabilidade de um fóton ser
> transmitido através dos dois polarizadores é proporcional ao quadrado do
> cosseno do ângulo. Como a intensidade da luz é proporcional ao número de
> fótons trafegando pelo espaço, o resultado é que a intensidade da luz que
> sai do segundo polarizador é proporcional ao quadrado do cosseno do
> ângulo, de acordo com a lei de Malus.

Grato pelo esclarecimento. Nada como discutir com quem entende do assunto.
De qualquer forma, fica-me ainda a impressão de que a explicação certamente
seja conceitualmente diferente de qualquer tentativa clássica. Aliás,
classicamente falando, não é fácil explicar (o que significaria criar
teorias representacionais) a lei de Malus. Sob muitos aspectos ela favorece
as teorias corpusculares mas uma teoria corpuscular classica provavelmente
precisaria dotar seus corpúsculos de algum tipo de giro (ou algo
equivalente) -- Olha o "spin" aí!!!. A meu ver as teorias ondulatórias
somente começaram a entendê-la após a teoria eletromagnética de Maxwell e,
assim mesmo, de forma incompleta (veja a teoria quântica chegando!!!).

> No caso de spins, o resultado também é
> semelhante à lei de Malus e pode ser encontrado, por exemplo, em C.
> Cohen-Tannoudji et al., "Quantum Mechanics", capítulo 4, seção 2. Ali é
> descrita uma experiência inteiramente análoga à de Malus, mas com spins,
> que dá o mesmo resultado do quadrado do cosseno.

Folgo em saber e fico mesmo muito satisfeito com isso. Como vê, posso até
mesmo ter errado o alvo, ainda que não creia, mas em hipótese alguma estava
dando um tiro no escuro e você me confirmou essa esperança. Trago comigo
essas idéias desde 1986 e nunca encontrei alguém a me dar essa esperança,
por frágil que seja.

Cortei um trecho da msg pois acho que estava repetitivo e/ou já respondido.

> Entretanto, a interpretação dos resultados de Aspect segundo a qual
> eles teriam dado o prêmio à Física Quântica e invalidado a Relatividade
> Especial está sendo revisto - parece que esta interpretação, sim, tem uma
> inconsistência lógica, mas por argumentos diferentes aos seus. Entretanto,
> não posso detalhar esta nova interpretação, sem estudá-la um pouco.

Também folgo em saber. Afinal, defendo o lema "revolução permanente".

> Há outras observações que gostaria de fazer, mas elas não têm a ver
> diretamente com a validade ou não das suas conclusões e vou deixá-las para
> um e-mail posterior.
> Espero ter ajudado em algo com essas considerações,
> Até a próxima
> Belisário

Estarei aguardando. Até lá, nota 10 prá você. Ajudou muito, ainda que não
tenha conseguido me libertar de "minhas loucuras". A esse respeito vou
reproduzir um texto escrito para o Fábio Chalub no uol.ciencia, quando ele
se dispôs a criticar um de meus artigos que, como este, de alguma maneira
relaciona-se com minhas teorias. É um pouco longo mas vem a propósito:

Aqui começa o texto referido:

"Concordo que existe o personagem indicado (pelo Fabio), aquele que
"quer fazer teorias revolucionárias". Sinceramente, não foi essa a minha
intenção. Acho muito difícil que alguém dotado deste único trunfo (o de
querer passar por revolucionário) consiga construir alguma coisa de valor.
Via de regra esses indivíduos são profundamente inconvenientes ao meio
acadêmico científico e extremamente prejudiciais aos teorizadores bem
intencionados, posto que cultivam o desprezo dos demais para com idéias
novas e/ou revolucionárias."

"Como eu já me referi, não sei se nesta thread ou em outra, novas idéias
científicas surgem graças à intuição, através de um estalo ou "insight". Não
adianta "querer ter um insight"; ele vem e nos pega totalmente
desprevenidos. Quando eu tive o "insight", que me levou a raciocinar por um
lado totalmente avesso ao que é hoje aceito como o correto, eu era um grande
admirador da teoria da relatividade e pouco conhecia a respeito de física
quântica a não ser o suficiente para entender algo de físico-química bem
como as críticas do próprio Einstein, de natureza
heurístico-epistemológicas. Einstein combateu os fundamentos da
física-quântica, mas aceitava-a, se não totalmente, pelo menos como algo a
ser um dia substituído por alguma coisa melhor."

"A partir deste "insight", ocorrido em 1983, eu me senti na obrigação de
seguir a trilha que se me abriu, sem saber o que iria encontrar em meio a
esta selva. Eu teria sido um covarde caso adotasse qualquer outro tipo de
comportamento. Alguns anos após eu percebi que a melhor maneira de explorar
esta selva seria através do eletromagnetismo e, em particular, a partir da
minha "visão" do "elétron". Entre o "insight" inicial e esta idéia de
"elétron", outros "insights" secundários se sucederam mas, a menos que
provem que estou errado, algum dia terei de retornar ao ponto de partida
(1983). Alguns destes "insights" secundários levaram-me também a observar
algo que ainda não cheguei a utilizar na teoria, e está exposto em meu Web
como "Uma curiosa coincidência":"

"Procurei, em vão, por alguém que se dispusesse a me provar que estava
errado, pois somente assim eu conseguiria me libertar destas idéias
alucinantes. Hoje, após 15 anos, e graças à Internet, consegui encontrar
meia duzia de indivíduos, dentre os quais você, que se dispuseram a me
ajudar, seja tentando convencer-me de que estou errado, seja colocando-me
frente a situações a suscitarem profundas reflexões de minha parte."

"Curiosamente, tenho me defrontado com indivíduos outros, autores de teorias
várias. Alguns aparentando enfrentar problemas semelhantes aos meus, e
procurando muito mais uma aproximação amistosa do que propriamente uma
opinião sobre suas teorias; acreditam que, por estar num país de baixa
tradição científica, estou menos sujeito à dogmatização observada em seus
países. Outros procuram-me tentando me convencer de que estou certo nas
minhas críticas, mas totalmente errado em minhas outras convicções, posto
que eles já resolveram todos os problemas do Universo e, portanto, eu não
preciso mais me preocupar com qualquer outra teoria que não seja aquela
proposta por eles; acreditam que a aceitação de suas teorias é apenas uma
questão de tempo."

"Quanto aos seus questionamentos, achei-os bastante interessantes e
pertinentes, mas não creio que você tenha conseguido destruir os meus
argumentos fundamentais; de qualquer forma, necessitarei de novas leituras
para certificar-me do que estou afirmando. Algumas dessas críticas eu já
recebi, às vezes expostas num outro contexto; a maioria, ainda não."

"De uma coisa esteja certo: eu posso até mesmo ser um "cabeça dura", mas
aguardo ansiosamente por alguém que me liberte desta praga que me atormenta.
Para mim seria muito mais gratificante esta libertação do que a permanência
nesta selva, ainda que com minhas convicções renovadas e/ou fortalecidas."

Aqui termina o texto dirigido ao Fábio e escrito em 09/mar/98.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Filosofia da Ciência
FROM: "neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/04/2000 06:27

Embora freqüentemente não consiga, procuro ser pragmático.
Dentro da minha infantilidade, considero pragmatismo a visão adulta do mundo
... mas, para criar é preciso sonhar.

Muitas vezes, longas polemicas derivam de simples variações no entendimento
de palavras ou mesmo das variadas interpretações ou abrangencia de conceitos
que não ficaram devidamente explícitos no contexto da discussão.
(Intuitivamente, sempre considerei a retórica como uma ferramenta auxiliar
para se vencer uma disputa verbal e dificilmente como um instrumento útil
para chegar à "verdade").

Isto posto, vamos a alguns truismos:
O desenvolvimento da ciência se deve ao esforço intelectual de indivíduos,
mas, talvez devido a vastidão do seu escopo ou de sua aplicação, a ciência é
uma atividade social e, portanto, implica no envolvimento do instrumental de
comunicações como um de seus necessários complementos. [ Neste aspecto a
formação oficial de profissionais é profundamente relapsa, dando atenção
apenas a alguns aspectos formais da comunicação verbal ].

A meu ver, isso leva a conseqüências transcendentais aos próprios modelos
descritivos visados tais como a exigência protocolos de comunicação e por
fim a alguma burocracia. [ Mas há limitações, pois, a ciência perderia a
própria finalidade ou função à medida que se torna esotérica ].

Convém lembrar também que os modelos representativos ou descritivos
empregados nas ciências, pelo menos até este momento histórico da
humanidade, são adequados a "intelectos humanos" ; talvez, com o provável
advento dos sistemas de inteligência artificial, possam se tornar totalmente
incompreensíveis para nos.

Por outro lado, por definição, a realidade do mundo independe do consciência
que nos tenhamos ou não dela. Daqui também poderíamos definir ciência como
sendo a "parcela socialmente aceita do conhecimento da realidade". Outros
crivos descritivos poderiam [ou mesmo deveriam] ser associados a esta
definição. Ao longo da história, as sociedades tem sempre criados institutos
encarregados de homologar novos conhecimentos, punindo (com maior ou menor
rigor) os refratários a suas decisões.

Um ponto importante a salientar: que em nenhum momento a ciência seja
confundida com o conceito de "verdade absoluta" ; acho que, no máximo,
poderíamos considerar a ciência como uma verdade "local", "histórica" ou
mesmo aceitar a expressiva locução de " estado da arte".

Finalizando, lembro-me de um antigo professor que explicitava claramente:
"os conceitos devem ser entendidos; as definições, apenas decorar".

[s] \ neville



SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/04/2000 13:10


----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Sent: Sunday, April 16, 2000 5:00 AM
Subject: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais


> -----Mensagem Original-----
> De: "Roberto Belisario"
> Enviada em: Sábado, 15 de Abril de 2000 16:17
> Assunto: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
>
> > O que esse Princípio [da Incerteza] diz é que não podemos
> > conhecer, simuntaneamente e com precisão arbitrária, os valores de duas
> > variáveis que constituam o chamado "par canonicamente conjugado no
sentido
> > hamiltoniano". Quantidade de movimento e posição é um exemplo de um
desses
> > pares. Momento angular ao redor de um eixo e ângulo de rotação ao redor
do
> > mesmo eixo é outro exemplo.
> > Mas o seu argumento cita como par de variáveis
> > o momento angular ao redor de um eixo e a orientação deste eixo.
>
> Não. Eu disse que "se conhecermos o sentido de giro e a direção do eixo de
> um elétron clássico (supondo que este gire), pelo menos no referencial da
> partícula estaremos definindo todo o movimento do elétron". Sentido de
giro
> "mais" a direção do eixo "juntos" constituem apenas uma das variáveis.
> Assumi como implícita a outra variável do par ao dizer "pelo menos no
> referencial da partícula". Ao "fixar" o referencial na partícula defini
sua
> posição. Ou não? Onde estará esta partícula no decorrer do tempo? Se
> inicialmente estava na origem, permanecerá na origem. Se inicialmente
estava
> em outro ponto qualquer, permanecerá em repouso nesse local. Assumi como
par
> conjugado posição e momento angular clássico (e aí talvez possa existir
> algum erro do ponto de vista quântico - essa adenda estou acrescentando
após
> já ter respondido toda a msg).

OK, você está certo. Em nenhum momento você citou aquele par de
variáveis, desculpe-me pela "calúnia" :).

Mas analisemos de novo: "Assumi como par conjugado posição e momento
angular clássico." Mas a posição é conjugada ao momento linear, e o momento
angular é conjugado à posição angular (ângulo de rotação) - vide as relações
que citei do Schiff. Sobre a posição linear e o momento angular, podemos,
sim, determinar seus valores simultaneamente com a precisão que quisermos,
sem ferir o princípio da incerteza, porque essas duas variáveis não
constituem um par conjugado.

Desta forma, continuo com a dúvida:

> > Sendo assim, não vejo como a aceitação do conceito usual de spin na
> > Física Quântica possa ter dentro dele embutido a aceitação tácita do
> > Princípio da Incerteza.
> > Por conseguinte, Bell não estava assumindo
> > inconscientemente a veracidade desse Princípio. Logo, podemos considerar
o
> > argumento de Bell como válido.

Apesar disso, temo não ter compreendido completamente o seu parágrafo
original:

> Sentido de giro
> "mais" a direção do eixo "juntos" constituem apenas uma das variáveis.

Mas não é isso que você disse depois: "Assumi como par conjugado posição
e momento angular clássico." Sentido de giro+direção do eixo não constituem
nenhuma dessas duas variáveis (ou sim?). Além disso, sentido de giro+direção
do eixo não define completamente o movimento do elétron, mesmo no
referencial da partícula, porque falta a velocidade de rotação (ou,
alternativamente, o momento angular, que, no caso do elétron, é expresso
pelo número quântico 1/2, o que define um momento angular de spin de h/4pi.
Porém, no fim do parágrafo você citou o momento angular, do que decorre que
devo ter cometido algum erro de interpretação).

Além disso, devo tecer uma ressalva quanto à escolha do referencial da
partícula. O estado físico da partícula é descrito, em Física Quântica, por
uma função de onda. Esta função de onda relaciona-se com as probabilidades
de encontrarmos a partícula em determinado lugar do espaço em determinado
instante. Quando falamos, por exemplo, no referencial do centro de massa da
partícula, estamos nos colocando na verdade no referencial da função de
onda. Esta função se estende pelo espaço. Se ela se estende pelo espaço, as
probabilidades de a partícula ser encontrada também se estendem pelo espaço.
Assim, mesmo que estejamos no centro de massa de todo o sistema, se formos
medir a posição da partícula, existe uma probabilidade de ela aparecer fora
da origem deste referencial. Isso porque a origem do referencial do centro
de massa refere-se à função de onda, não à partícula em si. Na verdade, é
impossível definirmos um referencial do centro de massa relativo à partícula
em si, por causa justamente do Princípio da Incerteza - se o conseguíssemos,
estaríamos determinando completa e simultaneamente a posição (zero) e a
quantidade de movimento (zero), e estas são duas variáveis conjugadas. Isso
não significa que jamais possamos falar em referencial da partícula; podemos
e devemos, mas com essa ressalva em mente.

> Realmente, eu nunca poderia ter afirmado "para sabermos se as idéias de
Bell
> fazem sentido", pois não li o artigo na fonte e não sei exatamente quais
> eram as idéias de Bell, ainda que conheça suas conseqüências (para o qual
> seria válido e, a meu ver, totalmente correto, o argumento que se segue no
> texto). Com efeito, não é impossível que Bell tivesse proposto uma
> interpretação para o "spin" diferente para cada caso e a adaptar-se à
teoria
> a ser falseada. Ou, talvez, que nem tenha se dado ao luxo de orientar os
> cientistas experimentais deste fato por demais óbvio (pelo menos sob o meu
> ponto de vista).

Eu também não li o artigo do Bell na fonte. Nem o do Aspect. Mas eu
sugiro que leia - toda vez em que eu escrevo algo a ser publicado, procuro
ler todas os artigos que cito, mesmo que seja trechos do Principia de
Newton, porque, em geral, o que dizem em segunda mão é assaz diferente da
idéia original do cara. Mas eu acho improvável que o Bell tenha exposto um
conceito diferente de spin ali.

> > Pareceu-me que o seu argumento era essencialmente o seguinte: (1)
> > Aspect fundamentava-se nos argumentos de Bell, que seriam logicamente
> > inconsistentes. Quanto a esse ponto, já mostrei meu argumento acima.
Além
> > disso, (2) Aspect, ao fazer a experiência envolvendo polarização da luz,
> > assumiu a dicotomia quântica (quantização) na polarização dos fótons.
> > Por analogia com a quantização do spin (analogia que os físicos
quânticos
> > sempre fazem), esta aceitação teria embutida em si a aceitação do
> > Princípio da Incerteza.
>
> Perfeito. Porém o que me levou a essa constatação não foi o conceito de
> polarização quântica em si mas o equipamento laboratorial utilizado por
> Aspect. Cada fóton passa por apenas um polarizador (e não dois como
proposto
> na experiência de Malus) onde, logo após, ocorre a dicotomização. Não sei
> até que ponto essa dicotomização faz sentido para a física quântica se não
> como algo a embutir em si o princípio da incerteza, mas não teria sentido
> algum para a física clássica, onde seria de se esperar um leque de
> possibilidades e não apenas duas (e esse leque é que poderia ser
suspeitado
> pela lei de Malus).

Presumo que você diga que a dicotomização - que eu chamaria de
quantização - da polarização do fóton embuta o Princípio da Incerteza por
uma analogia com o caso do spin. Se assim for, meu contra-argumento é o
mesmo do caso do spin. (Essa analogia teria, porém, alguns problemas
conceituais, por exemplo, relativos ao que vem a ser o referencial do
fóton - já que não há sistemas inerciais em repouso em relação a um fóton no
vácuo).

>
> > Cairíamos, então, na mesma inconsistência lógica do argumento
> > de Bell: Aspect, ao testar o Princípio da Incerteza, estaria tacitamente
> > assumindo como premissa a sua validade.
> > Jamais poderia refutá-lo desta
> > forma, o resultado fatalmente teria que ser em seu favor.
>
> Não obrigatoriamente. Ele, por essa experiência, jamais poderia falsear
uma
> teoria que não contivesse o princípio da Incerteza. Mas, popperianamente
> falando, jamais poderia confirmar teoria alguma, conquanto pudesse
> corroborar a teoria quântica. Em outras palavras: ele poderia falsear a
> teoria quântica caso o resultado fosse diferente do que foi, mas em
hipótese
> alguma teria destruído a consistência do paradoxo EPR (posto que retrata
> outra realidade) que, certo ou errado, tem sua lógica.

Certo, trata-se de um experimento. Tem razão.

> > A teoria quântica não invalida a lei de Malus, muito pelo contrário,
> > concorda com ela! Senão, vejamos: Quando a luz é submetida ao
experimento
> > acima, a teoria quântica prevê que a probabilidade de um fóton ser
> > transmitido através dos dois polarizadores é proporcional ao quadrado do
> > cosseno do ângulo. Como a intensidade da luz é proporcional ao número de
> > fótons trafegando pelo espaço, o resultado é que a intensidade da luz
que
> > sai do segundo polarizador é proporcional ao quadrado do cosseno do
> > ângulo, de acordo com a lei de Malus.
>
> Grato pelo esclarecimento. Nada como discutir com quem entende do assunto.
> De qualquer forma, fica-me ainda a impressão de que a explicação
certamente
> seja conceitualmente diferente de qualquer tentativa clássica.

Sem dúvida! A explicação quântica envolve os conceitos quânticos -
quantização, por exemplo - que não aparecem na explicação clássica. Mas,
curiosamente, chegam ao mesmo resultado.

> Aliás,
> classicamente falando, não é fácil explicar (o que significaria criar
> teorias representacionais) a lei de Malus. Sob muitos aspectos ela
favorece
> as teorias corpusculares mas uma teoria corpuscular classica provavelmente
> precisaria dotar seus corpúsculos de algum tipo de giro (ou algo
> equivalente) -- Olha o "spin" aí!!!. A meu ver as teorias ondulatórias
> somente começaram a entendê-la após a teoria eletromagnética de Maxwell e,
> assim mesmo, de forma incompleta (veja a teoria quântica chegando!!!).

Pois é. Só se pode entender a lei de Malus se supusermos que a luz é uma
onda transversal, e que portanto possui estados de polarização. O que a
Física Clássica não explica é a interação entre a luz e o polarizador, que
envolveria a Física do Estado Sólido, só explicável através da Física
Quântica. Uma vez ignorada esta parte e suposto que um polarizador bloqueia
totalmente a componente do campo elétrico da luz perpendicular ao seu eixo
de polarização - e deixa passar inteiramente a outra componente, paralela -,
a lei de Malus fica explicada: a componente que ele deixa passar é
proporcional ao cosseno do ângulo (por geometria e aceitando-se o princípio
da superposição). A intensidade da luz é proporcional ao quadrado do campo
elétrico, e portanto proporcional ao quadrado do cosseno.

Quanto ao texto para o Fábio Chalub: é isso aí, quando a gente tem um
"insight", tem mesmo é que ir atrás. É o que se espera de um bom cientista.
Eu mesmo tenho idéias e dúvidas atrás das quais ainda não tive tempo de
correr - pois tenho corrido atrás de outras -, mas espero não esquecê-las. E
achei curiosa aquela menção dos cientistas te procurarem por partirem do
princípio que cientistas de países sem tradição científica estão menos
sujeitos ao dogmatismo...

Até a próxima...
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Filosofia da Ciência
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/04/2000 17:07

-----Mensagem Original-----
De: "neville"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 16 de Abril de 2000 06:27
Assunto: [ciencialist] Filosofia da Ciência

Olá, Neville

Vou entrar na sua e comentar algo a respeito mesmo porque relaciona-se ao
papo "filosófico-científico" que tenho travado com o Belisário (iniciada,
parece-me que, pelo Ozelo). Não sei se a sua msg está na mesma thread ou
não, mesmo porque os participantes ativos da ciencialist "elegeram" o mês de
abril/200 como o mês da discussão da Filosofia da Ciência e, então, fico
meio confuso frente às msgs embaralhadas em meu computador.

> Embora freqüentemente não consiga, procuro ser pragmático.

Sou um pouco avesso aos "ismos" mas acho que um pragmatismo "light" não faz
mal a ninguém. Gosto mais do realismo posto que ele é o que menos me exige
uma postura que não se apoie na observação. Aliás o realismo assume como
pressupostos básicos o observador e o observado e, a meu ver, esta é a base
da ciência empírica. Acho que até a física quântica, ao fundir, sob
certos aspectos, observador a observado, conserva uma realidade científica a
apoiar-se na experimentação e a traduzir-se pelos pares conjugados.

> Dentro da minha infantilidade, considero pragmatismo a visão adulta do
> mundo ... mas, para criar é preciso sonhar.

Faz sentido e é aí que vejo o caráter "light" de seu pragmatismo.

> Muitas vezes, longas polemicas derivam de simples variações no
> entendimento de palavras ou mesmo das variadas interpretações ou
> abrangencia de conceitos que não ficaram devidamente explícitos
> no contexto da discussão.

Concordo plenamente. E como venho defendendo amplamente a ciência apoiada no
diálogo, vou comentar dois exemplos máximos do que poderia ser chamado
diálogo científico e relacionados a suas colocações.

1) O primeiro deriva de minha experiência como médico especialista que fui
no estudo do equilíbrio ácido-básico, na década de 70. O diálogo a que me
refiro ocorreu entre as Escolas dinamarquesa e americana no que poderia
chamar Clínico-Química. A primeira propôs a definição de um conceito,
chamado "Base-Excess" que a meu ver representaria, para os especialistas da
área, o mesmo que a energia representou para a física do século passado. Em
outras palavras, criava o que chamei a "dinâmica" ácido-básica. A escola
americana se contrapôs ao conceito instalando-se o que chegou a ser chamado
"The Great Transatlantic Acid-Base Debate" (ocupando quase toda a década de
60 e propagando-se, de maneira não tão intensa, para as seguintes),
envolvendo inúmeros cientistas de todas as partes do mundo que, ora se
"associavam" a uma das Escolas, ora à outra.

Fiz um estudo completo deste debate, tendo publicado, em 1973, uma revisão
sobre o assunto. Percebi claramente que, por vezes, os artífices do debate
desentendiam-se por problema lingüístico e/ou semântico (significado das
palavras) mas também não via a preocupação, em especial na escola americana,
em deixar clara a conceituação dos termos que "não ficaram devidamente
explícitos no contexto da discussão". Por outra, notava o que me parecia uma
despersonalização de certos expoentes do assunto pertencentes à escola
americana. Explico melhor: alguns autores por quem apresentava grande
admiração, decorrente da leitura de escritos outros, de repente apareciam-me
como medíocres e a utilizarem-se de argumentos facilmente derrubáveis por
uma lógica elementar e até mesmo respeitada em seus outros trabalhos. Havia
como que um "emburrecimento" deliberado e cuja única explicação que me
ocorria na época seria a de combater o prestígio imenso que a outra Escola
estava adquirindo internacionalmente. Aqui no Brasil, para exemplificar,
todo especialista formado na década de 60 era fã incondicional da Escola
dinamarquesa.

Não demorou para que visse a questão sob outro ponto de vista. Percebi que a
Dinamarca, paralelamente, era fabricante de um equipamento destinado a medir
pH e outros parâmetros ácido-básicos, incluindo o "Base Excess". Os EUA, por
seu lado, também eram fabricantes de equipamentos equivalente ou até mesmo
melhores, porém não davam diretamente o "Base Excess", o que poderia ser
efetuado rapidamente pela utilização de um nomograma. Para o especialista da
área não haveria porque escolher um ou outro equipamento. Eu, se consultado
fosse, conquanto adepto da Escola dinamarquesa, escolheria o aparelho
americano. Porém, a realidade do terceiro mundo não é essa. Aqui no Brasil
quase sempre quem opina sobre assuntos desse tipo são políticos, generais,
administradores, etc. Num hospital, como o HC da USP, quem dá a palavra
final é o supervisor, que via de regra (refiro-me à época em que militei na
medicina) não ouve os especialistas. Conclusão: a decisão sobre o
equipamento a ser comprado é meramente administrativa e, admitindo-se não
haver corrupção, segue a mídia leiga no assunto. Ora, se os equipamentos são
tecnicamente equivalentes (ou seja, com pequenas diferenças), se um fornece
um componente mensurável a mais, e se o país que o fabrica possui a melhor
Escola sobre o assunto, "vamos comprar o produto desse país". E isto
realmente aconteceu na década de 60. Constatei, na década de 70, quando a
maioria dos laboratorios do HC utilizava-se já de equipamentos americanos,
que existia grande quantidade de aparelhos dinamarqueses fora de uso,
aparentemente em condições de funcionamento porém embolorados (com fungos).
Alguns equipamentos, chegaram a me afirmar, sequer foram utilizados uma
única vez, e eu vivia numa época (década de 70) em que muitos países
desenvolvidos ainda os utilizavam como equipamento de primeira linha.

Preciso dizer mais alguma coisa? A conclusão é óbvia: o debate, visto por um
dos lados, foi uma farsa a proteger a indústria de um país. Como diria o
Boris Casoy, "isto é uma vergonha!", e aconteceu no primeiro mundo. A
disputa do mercado dos países do terceiro mundo justificou a
despersonalização dos cientistas sérios de um dos países e favoreceu medidas
a desprestígiar cientistas sérios do outro, desprestígio este "fabricado em
laboratório. E quem sofreu com isso foi a ciência que sequer participou do
processo visto que aqueles que se despersonalizaram não estavam adotando uma
"postura científica" e os desprestigiados entraram no jogo sem se dar conta
de que nada do que dissessem iria fazer sentido, pois suas palavras seriam
de alguma maneira deturpadas afim de justificar argumentos não científicos.

2) O segundo ocorreu entre Einstein e Bohr e é amplamente conhecido. Ambos
se entenderam perfeitamente, utilizaram-se de uma linguagem universal,
traduziram suas aparentes loucuras para uma linguagem passível de ser
entendida pelo outro bem como por qualquer mortal interessado no assunto (a
linguagem científica também deve, de alguma maneira, respeitar a regra da
repetitividade, no sentido exposto -- e o que digo hoje deve ser
interpretado amanhã no contexto do "hoje"). Einstein e Bohr justificaram o
diálogo como um instrumental científico: respeitaram-se mutuamente e, não
obstante, travaram um duelo "mortal", cada um com seus truques, cada um com
suas crenças (explícitas em seu texto como variadas interpretações). E foi
através desses truques e dessas crenças que a física sobreviveu a um dos
maiores terremotos jamais registrados em sua história. Isto é fazer ciência.

Vou parar por aqui pois creio ter atingido o ponto alto de minha retórica.
Não obstante, o restante de sua msg também é muito interessante, retrata
muitas coisas importantes para a ciência. Talvez possamos discutí-las
oportunamente num outro contexto.

[ ]'s
Alberto
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/04/2000 21:56
ATTACHMENTS (20000416-215643-0000510): "luzpol01.gif"

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 16 de Abril de 2000 13:10
Assunto: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais

> OK, você está certo. Em nenhum momento você citou aquele par de
> variáveis, desculpe-me pela "calúnia" :).

Bem, também não foi assim :). Sua estranheza faz sentido. Nem sempre, em
meus textos, consigo deixar os receptores em sintonia comigo, o emissor.
Aliás, esta é uma das desvantagens daqueles que procuram colocar a
matemática num segundo plano pois o simbolismo matemático, conquanto limite
o número de receptores, axiomatiza conceitos de maneira a deixar-nos livres
de cometermos erros elementares. Costumo dizer que muitos físicos
(observação pessoal) efetuam uma integração sem saberem o que estão fazendo
e, não obstante, chegam ao resultado correto. Eu, muitas vezes, me vejo indo
à raiz do problema e acabo chegando, não raramente, a um resultado
incorreto. Talvez resida aqui uma das diferenças entre um artigo publicado e
um artigo oferecido como convite a um diálogo. O primeiro é apresentado como
uma idéia acabada, pelo menos num sentido temporo-espacial e a esgotar o que
neste tempo e neste espaço passa pela cabeça do autor; o segundo transmite
quase sempre uma idéia inacabada e sujeita a reformulações, até mesmo, e
quase sempre, pelo próprio autor.

> Mas analisemos de novo: "Assumi como par conjugado posição e momento
> angular clássico." Mas a posição é conjugada ao momento linear, e o
> momento angular é conjugado à posição angular (ângulo de rotação) - vide
> as relações que citei do Schiff. Sobre a posição linear e o momento
> angular, podemos, sim, determinar seus valores simultaneamente com a
> precisão que quisermos, sem ferir o princípio da incerteza, porque essas
> duas variáveis não constituem um par conjugado.

Creio que assumi simplificações conceituais apoiadas no critério analógico,
uma ferramenta útil quando conhecemos bem os objetos a serem comparados mas,
com freqüência, não se justifica por si só. Na realidade, relaciona-se ao
"raciocínio intuitivo", a ser complementado pela "compreensão física" do
fenömeno estudado. Não obstante, e como já me referi, essa intuição, quando
científica, via de regra tras uma lógica intrínseca. O que em hipótese
alguma justifica os erros cometidos por conta da confiança excessiva na
intuição. Mas a ciência é assim e ela também evolui a custa de erros. [Olhe
a seqüência de mudanças de posição a retratarem o diálogo "meu comigo mesmo"
:). Isto é dialética.]

No caso exposto confiei na analogia entre a mecânica translacional (em
particular do corpúsculo puntiforme) com a mecânica das rotações (do corpo
rígido). No primeiro caso temos posição (x, y, z) e momento mv, e foram
estes que assumi como básicos para o construto analógico. No segundo caso
temos o momento angular (a comportar a velocidade angular) e o eixo que
estou considerando como referencial desta medida, a retratar a posição
angular e que, na analogia indicada, pela semelhança de equações, ocuparia o
lugar da posição. Seria então uma analogia com embasamento matemático, porém
com menor conteúdo físico. Fisicamente falando o processo é um pouco mais
complexo pois num caso estou efetuando considerações válidas para um
corpúsculo puntiforme e, no outro, para um corpo rígido.

Começo a entender melhor, a partir de suas críticas, não a sua estranheza
para com minhas idéias, mas "a minha" estranheza para com os fenômenos que
temos discutido e pela forma como são costumeiramente interpretados, ou
então para com a mecânica quântica, ou para com a teoria de Maxwell. E até
mesmo a porquê, por mais que tente, não consigo ser entendido pela maioria
dos físicos num argumento que, conquanto possa estar errado, tem uma lógica
que considero perfeita. E começo a entender como e porquê cometi certos
erros em meu texto original (1986) bem como na atualização que fiz
recentemente (abr/2000) e na msg anterior desta thread.

O fulcro da questão, porém, permanece o mesmo. Diria, ao reformular meus
argumentos, que a experiência EPR supõe a simplificação "partícula
puntiforme". Mas um ponto não tem dimensão, podendo ser pensado como dotado
apenas de momento linear e posição. A versão de Bell assume como similar a
essa "partícula puntiforme", os férmions da mecânica quântica. Mas estes
somente podem ser pensados como "partículas puntiformes" (na física
clássica) se desprezarmos, como teria sido feito pela matemática quântica,
alguma coisa relativa a alguma possível dimensão que eventualmente possam
ter. Assim, se essas partículas forem essencialmente clássicas e dotadas de
giro, e portanto não puntiformes, algum artifício matemático deveria ser
construído para esconder esta característica sem, no entanto,
descaracterizar efeitos observáveis e decorrentes deste giro; e este
artifício nada mais foi do que dotá-la do "spin" quântico.

A coisa seria simples se eu estivesse meramente retratando uma possível
falácia na mecânica quântica. Porém, a idéia de que o elétron pode ser
pensado como uma "partícula puntiforme" está embutida no eletromagnetismo de
Maxwell!!! Com efeito, o elétromagnetismo assume como certa a característica
coulombiana de um elétron, como se o elétron fosse uma carga elétrica. Mas e
se não for? E se o elétron não gerar na realidade um campo coulombiano? E se
ele não se portar como uma carga coulombiana quando colocado num campo
elétrico, o que é assumido implicitamente no postulado 1 de Bohr da mecânica
quântica primitiva? E que certamente foi incorporado, por algum artifício
matemático, na física quântica atual?

Dirá você que as experiências de Thomson e Millikan confirmam o elétron como
uma partícula coulombiana mas eu diria que as experiências a retratarem o
"spin", por ex. Stern e Gerlach, analisadas classicamente, falseiam esta
idéia de elétron puntiforme e coulombiano. Mas aí você irá me dizer que
estas experiência falseiam, sim, a teoria de Maxwell mas não a física
quântica, e ficamos andando em círculo!!! Pois o que justifica a existência
da física quântica é o fato de, em seus primórdios, a teoria de Maxwell ter
se mostrado inconsistente com fenômenos relacionados ao microcosmo, qual
seja, o comportamento do elétron na constituição do átomo. Se a teoria de
Maxwell não tivesse sido falseada, a teoria quântica não teria sua razão de
existir. Porém se a física de Maxwell for colocada em seu devido
lugar (eletrodinãmica de fluidos ou de partículas puntiformes, supostos
elementos de volume sofisticados), a física quântica também perde o seu
caráter de única saída viável, restando-nos apenas o seu caráter ilógico a
apoiar-se no seu desafio ao senso comum e a fazer previsões que qualquer
algoritmo sofisticado poderia fazer com a mesma facilidade.

> Desta forma, continuo com a dúvida:

Sinto ter ampliado o questionamento e multiplicado os possíveis fatores a
gerarem dúvidas. Vou deixar de lado, à luz dos novos fatos apresentados,
algumas considerações sobre se Bell estava ou não assumindo o argumento
válido. Se quiser, poderei rediscutir o problema com a finalidade de
corrigir possíveis falácias que tenha cometido. Creio que no momento
trata-se de um questionamento secundário e que poderá ser revisto a qualquer
tempo sem prejudicar as demais conclusões.

> > Sentido de giro
> > "mais" a direção do eixo "juntos" constituem apenas uma das variáveis.
>
> Mas não é isso que você disse depois: "Assumi como par conjugado
> posição e momento angular clássico." Sentido de giro+direção do eixo não
> constituem nenhuma dessas duas variáveis (ou sim?). Além disso, sentido de
> giro+direção do eixo não define completamente o movimento do elétron,
> mesmo no referencial da partícula, porque falta a velocidade de rotação
> (ou, alternativamente, o momento angular, que, no caso do elétron, é
> expresso pelo número quântico 1/2, o que define um momento angular de spin
> de h/4pi. Porém, no fim do parágrafo você citou o momento angular, do que
> decorre que devo ter cometido algum erro de interpretação).

Realmente, cometi mais um erro que, conforme relatei acima, resultou da
confiança excessiva da intuição na comparação analógica de fenômenos
distintos. Não me dei conta de que estava assumindo um elétron clássico não
puntiforme e aceitando uma analogia com o movimento linear de uma partícula
puntiforme. Também cometi o erro de confiar excessivamente em meus conceitos
relativos a dinâmica dos corpos rígidos, já perdidos no tempo, e não me
preocupei em revisar a literatura básica a respeito (um livro didático seria
o suficiente), com o que facilmente teria me dado conta da situação e
apresentado o tema como estou tentando fazer agora.

> Além disso, devo tecer uma ressalva quanto à escolha do referencial da
> partícula. O estado físico da partícula é descrito, em Física Quântica,
> por uma função de onda. Esta função de onda relaciona-se com as
> probabilidades,,,

Tudo o que você afirma neste parágrafo cortado é verdadeiro do ponto de
vista quântico e faz sentido no sentido de contrapor-se ao que mencionei na
última msg. Creio que critiquei a física quântica sob um ponto de vista um
pouco ingênuo, porém apoiado em argumentos outros que não chegaram a ser
descritos.

> Eu também não li o artigo do Bell na fonte. Nem o do Aspect. Mas eu
> sugiro que leia - toda vez em que eu escrevo algo a ser publicado, procuro
> ler todas os artigos que cito, mesmo que seja trechos do Principia de
> Newton, porque, em geral, o que dizem em segunda mão é assaz diferente da
> idéia original do cara.

Concordo plenamente e, independentemente de publicar ou não o resultado de
minhas "meditações transcendentais", procuro quase sempre ir à fonte. Não
obstante, "na prática do dia-a-dia", um exagero nesta atitude iria contra o
meu popperianismo (aprender pelo diálogo). :), ainda que possa dizer que
estaria "dialogando" com os livros e artigos.

> > Não sei até que ponto essa dicotomização faz sentido para a física
> > quântica se não como algo a embutir em si o princípio da incerteza, mas
> > não teria sentido algum para a física clássica, onde seria de se esperar
> > um leque de possibilidades e não apenas duas (e esse leque é que poderia
> > ser suspeitado pela lei de Malus).

> Presumo que você diga que a dicotomização - que eu chamaria de
> quantização - da polarização do fóton embuta o Princípio da Incerteza por
> uma analogia com o caso do spin. Se assim for, meu contra-argumento é o
> mesmo do caso do spin.

E o meu é, agora, o mesmo do caso da consideração do elétron como uma
partícula puntiforme. Concordo que para o fóton a coisa complica-se mas
consigo enxergar também um caráter corpuscular para a luz e a me ajudar, se
não como fato real, como método mnemônico a ser utilizado na compreensão de
alguns dos aparentes absurdos relativos a sua natureza dual (dualidade esta
também compartilhada pelo elétron). Digo que complica-se pois posso dizer
classicamente que o elétron gera um campo mas o fóton parece fazer parte
deste campo ou, pelo menos, e talvez mais corretamente, de suas modificações
no decorrer do tempo. Enfim, a imagem analógica, relacionada à polarização,
está exposta na figura em anexo.

Perdoem-me se cometi algum pecado ao introduzir uma figura na msg, mas ela é
pequena e creio que se fazia necessária para o entendimento de minha
analogia, ainda que utilizada como método mnemônico.

> (Essa analogia teria, porém, alguns problemas
> conceituais, por exemplo, relativos ao que vem a ser o referencial do
> fóton - já que não há sistemas inerciais em repouso em relação a um fóton
> no vácuo).

Parece-me que aqui teríamos que considerar aspectos relativísticos. Não sei
se vale a pena adentrar por esse terreno agora mas, se o nosso diálogo
continuar, certamente esse momento chegará.

> Só se pode entender a lei de Malus se supusermos que a luz é
> uma onda transversal, e que portanto possui estados de polarização. O que
> a Física Clássica não explica é a interação entre a luz e o polarizador,
> que envolveria a Física do Estado Sólido, só explicável através da Física
> Quântica.

Eu diria a "luz ondulatória". Se pensarmos na luz não ondulatória mas
"alguma outra coisa" passível de ser explicada pela física clássica
(corpuscular "ou não"), talvez pudéssemos deixar a física quântica de lado
na
explicação da lei de Malus.

> Uma vez ignorada esta parte e suposto que um polarizador bloqueia
> totalmente a componente do campo elétrico da luz perpendicular ao seu eixo
> de polarização - e deixa passar inteiramente a outra componente,
> paralela -, a lei de Malus fica explicada: a componente que ele deixa
> passar é proporcional ao cosseno do ângulo (por geometria e aceitando-se o
> princípio da superposição). A intensidade da luz é proporcional ao
> quadrado do campo elétrico, e portanto proporcional ao quadrado do
> cosseno.

A explicação é, sem dúvida, bastante interessante.

> Quanto ao texto para o Fábio Chalub:
> (...) achei curiosa aquela menção dos cientistas te procurarem por
> partirem do princípio que cientistas de países sem tradição científica
> estão menos sujeitos ao dogmatismo...

Realmente é curiosa. Não me pareceu tratar-se de uma conduta preconceituosa
e não me lembro de que estivessem implicitamente se referindo ao nosso
subdesenvolvimento. Lembro-me, sim, de que eles estavam julgando-me um
privilegiado por ser um teorizador vivendo num país de menor tradição
científica do que os seus. Qualquer dia reverei estas msgs que são já
incontáveis.

Por outro lado, com respeito ao dogmatismo, recebi uma vez comentários de um
físico argentino a elogiar nossa postura na aceitação da teoria da
relatividade bem como na visão crítica dos físicos brasileiros. Não sei o
que ele estaria tentando dizer quanto a visão dos físicos argentinos e nem
sobre a aceitação ou não da teoria da relatividade em seu país. Enfim, a
galinha do vizinho sempre bota os maiores ovos.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm


SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/04/2000 13:56

Alberto,

Tentei entender seus argumentos, e, tentei dar uma olhada mais cuidadosa
na teoria EPR e na de Bell, nos livros: "The interpretation of Quantum
Mechanics", de Roland Omnès (Princeton University Press, 1994) e "David Bohm
e a controvérsia dos quanta", de Olival Freire Jr. (CLE, Unicamp, 1999).
Cheguei a algumas conclusões.

Primeiro, vamos ver o que opôs Einstein a Bohr com relação à Mecânica
Quântica. Sabemos que a Física Quântica prevê apenas valores estatísticos
para as grandezas físicas. A observação, entretanto, "colapsa a função de
onda" e produz um valor preciso, mas dentro das probabilidades previstas
pela teoria. Bohr dizia que as grandezas físicas não têm valores precisos
pré-determinados antes da observação. Já Einstein dizia que as grandezas
físicas têm valores precisos pré-determinados à observação, e que uma teoria
mais refinada do que a Teoria Quântica poderia prever com exatidão esses
valores e assim restituir o determinismo à Física. "Deus não joga dados",
dizia.

Pois bem, o que concluí de minha análise é que a teoria de Bell não
permite definir no laboratório se a interpretação einsteniana da Mecânica
Quântica é verdadeira ou não - em flagrante oposição à opinião de muitos.
Mas por argumentos inteiramente diferentes aos seus. Na verdade, a
argumentação de Bell sequer foi montada para esse fim.

Se percebi bem, os seus argumentos tentam encontrar uma inconsistência
lógica na argumentação de Bell, de forma que essa argumentação não pudesse
ser usada para definir se o Princípio da Incerteza estava correto ou não.
Para fazer isso, você tentou mostrar que as premissas de Bell continham
inadvertidamente a suposição de que o Princípio da Incerteza é válido. Mas,
para mostrar isso, você argumentou sobre detalhes que, na verdade, são
irrelevantes à situação. O experimento EPR e a desigualdade de Bell não
dizem respeito particularmente a pares de spins ou de polarizações de
fótons. Eles podem ser formulados de maneira muito mais geral, em termos de
pares de sistemas genéricos de dois níveis (estados). Não importa se temos
um elétron pontual, um elétron extenso girando, um spin quântico ou um fóton
polarizado. O que importa é que temos dois sistemas de dois níveis. Teríamos
então que mostrar que o Princípio da Incerteza está contido na própria
hipótese da existência de sistemas de dois níveis, o que me parece
impossível.

(Escrevi um pequeno texto expondo o paradoxo EPR, se quiserem posso
enviar à lista).

Por que eu digo então que a teoria de Bell não permite definir no
laboratório sobre a validade ou não da interpretação einsteniana?

Porque a desigualdade de Bell originalmente não contrapõe a
interpretação de Einstein à de Bohr. Ela contrapõe (1) a tentativa de
recuparar o determinismo na Física feito pela Teoria das Variáveis Ocultas
(de David Bohm), ao (2) indeterminismo quântico. E o resultado foi a
refutação em laboratório da Teoria das Variáveis Ocultas e a conseqüente
falha desta tentativa em recuperar o determinismo na Física.

Então aqui devo falar um pouco mais sobre a idéia de David Bohm. Como
Einstein, Bohm também queria recuperar o determinismo na Física. Mas por
outras vias: ele supunha a existência de "variáveis ocultas", independentes
das variáveis observadas, que teriam caráter determinístico. Essas variáveis
não são levadas em conta na Teoria Quântica. Uma teoria que levasse essas
variáveis em conta restituiria o determinismo na Física.

Ao contrário do que dizem alguns, a visão einsteniana não pode ser
identificada com a Teoria das Variáveis Ocultas. Einstein acreditava na
possibilidade de um refinamento da Teoria Quântica que permitisse recuperar
a possibilidade de previsão precisa dos valores das variáveis (grandezas)
que já conhecemos. Bohm postulava a existência de novas variáveis. No
desenvolvimento matemático de Bell exposto no livro de Omnès, está suposta
explicitamente a existência de variáveis determinísticas independentes das
variáveis observadas (ou seja, das variáveis ocultas), e essa suposição é
fundamental no desenvolvimento. O que Bell encontrou foi uma inequação, uma
desigualdade, que teria que ser satisfeita por qualquer Teoria de Variáveis
Ocultas. A Teoria Quântica, do jeito que está, pelo contrário, não satisfaz
a desigualdade. A desigualdade de Bell contrapunha não a Física Clássica e a
Física Moderna (Quântica), mas a Teoria das Variáveis Ocultas e a Física
Quântica.

A experiência de Aspect mostrou que essa desigualdade não é satisfeita.
Logo, foi uma refutação empírica da possibilidade de uma Teoria de Variáveis
Ocultas.

Se a desigualdade de Bell contrapunha a Teoria das Variáveis Ocultas à
Física Quântica, o que contrapunha o experimento EPR? O experimento
imaginário EPR contrapunha *aparentemente* o Princípio da Incerteza e as
teorias locais. Porque, se supuséssemos o Princípio da Incerteza válido,
teríamos que supor interações instantâneas, ou seja, não-locais (*). Mas eu
digo só aparentemente porque, de minha análise, também concluí que esse
efeito não-local da correlação quântica não é um efeito causal. É impossível
influenciar causalmente um ponto afastado do Universo através de um esquema
experimental tipo EPR. Logo, a aceitação do Princípio da Incerteza não fere
a Teoria da Relatividade. Eu não vou detalhar essas considerações aqui para
a mensagem não ficar muito longa e pesada; a gente pode discutir isso em
outros e-mails.

Então, do meu ponto de vista, a experiência de Aspect serve unicamente
para refutar a possibilidade de uma Teoria de Variáveis Ocultas, e dá
pouquíssima luz, ou luz nenhuma, sobre se os as variáveis já conhecidas têm
ou não valores pré-existentes à sua observação. E não podemos decidir por
ela se o Princípio da Incerteza é valido ou não.

A única coisa que temos a favor da completude da Física Quântica atual
ainda é o seu estrondoso sucesso na previsão de resultados experimentais.

É isso... Aguardo sua resposta,
Belisário

(*) No experimento EPR, quando medimos o estado de um dos dois sistemas de
dois níveis correlacionados, o estado do outro sistema passa
instantaneamente a ser conhecido, antes de qualquer observação direta.
Assim, aparentemente isso demonstraria que os valores das grandezas
pré-existem à observação. A visão de Bohr só poderia ser salva se supusermos
que uma medida num dos sistemas influencia instantaneamente o estado do
outro sistema, de maneira que o que observamos não é apenas um dos sistemas,
mas sempre os dois juntos. Essa é a interpretação que transparece nas
equações da Física Quântica - as expressões sobre mistura de estados. Isso
implicaria na existência de uma interação não-local entre os dois sistemas.
O Princípio da Incerteza pode ser facilmente introduzido no "fogo cruzado"
se considerarmos pares de medições uma em cada sistema.

P.S. - Tenho observações também com relação a outras coisas, mas não
influenciam o conteúdo acima, e vou guardar aqui para a mensagem não ficar
extensa demais.

Agora, algumas considerações extra-assunto:

----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Sent: Sunday, April 16, 2000 9:56 PM
Subject: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais

> Lembro-me, sim, de que eles estavam julgando-me um
> privilegiado por ser um teorizador vivendo num país de menor tradição
> científica do que os seus.

Mal sabem eles que os países mais pobres têm uma quantidade
desproporcional de teóricos justamente por serem mais pobres - equipamento
de laboratório é caro pra chuchu.

> Por outro lado, com respeito ao dogmatismo, recebi uma vez comentários de
um
> físico argentino a elogiar nossa postura na aceitação da teoria da
> relatividade bem como na visão crítica dos físicos brasileiros. Não sei o
> que ele estaria tentando dizer quanto a visão dos físicos argentinos e nem
> sobre a aceitação ou não da teoria da relatividade em seu país. Enfim, a
> galinha do vizinho sempre bota os maiores ovos.

Também achei curiosa essa observação do argentino. Talvez tenhamos de
fato alguma tradição de contestação em Física Teórica. Temos o André Assis
com sua Mecânica Relacional, temos o César Lattes que não se bica muito bem
com a Relatividade...

Até,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/04/2000 03:22

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario"
Enviada em: Segunda-feira, 17 de Abril de 2000 13:56
Assunto: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais

Olá, Belisário.

> Tentei entender seus argumentos,...

Como sempre, por sinal, e fico muito agradecido por isso. Sinto que nosso
diálogo está ganhando textura e as idéias estão se entrelaçando.
Conseqüentemente, terei que modificar o enfoque e responder ao todo e não as
partes, coisa que você já fez na msg anterior. Isso é muito bom pois revela
que estamos realmente dialogando e não simplesmente trocando e/ou
reformulando idéias vagas, o que também situa-se no terreno da dialética,
ainda que de forma rudimentar.

Vou iniciar reproduzindo um texto de Einstein que julgo fundamental para um
diálogo produtivo. Não no sentido de orientar o diálogo pois pela sua "meia
frase" citada acima percebe-se que você já está inserido no contexto deste
pensamento sábio. Mas para que eu possa justificar, não para você mas,
principalmente, para os demais participantes da ciencialist, a razão de meus
erros que venho admitindo tê-los cometido, o que continuarei a fazer tão
logo me convença de que a sua argumentação momentânea está me colocando, de
alguma forma, em xeque. Alguns julgam que aprender pelo diálogo é convencer
o "oponente" de que ele está errado. Não vou negar que trata-se de uma
condição a nos satisfazer, mas em nada supera a alegria de aprender. E
aprende-se muito mais com nossos erros do que com nossas virtudes. Alguns
preferem aprender com o erro dos outros, e julgam-se sábios por isso; pois
que é uma norma muito boa a ser observada no nosso dia-a-dia mas que nem
sempre relaciona-se a ser criativo. E eu digo que a atividade criadora
pressupõe o "aprender com seus próprios erros".

O pensamento de Einstein é o seguinte (creio já tê-lo destacado mais de uma
vez aqui na ciencialist):

"Se o senhor quer estudar em qualquer dos físicos teóricos os métodos que
emprega, sugiro-lhe firmar-se neste princípio básico: não dê crédito algum
ao que ele diz, mas julgue aquilo que produziu. Porque o criador tem esta
característica: as produções de sua imaginação se impõem a ele, tão
indispensáveis, tão naturais, que não pode considerá-las como imagem de
espírito, mas as conhece como realidades evidentes." (Einstein, "Como Vejo o
Mundo").

Como todo pensamento sábio, abre um leque de interpretações. Alguns acham
que estou tentando induzi-los a que leiam meus outros artigos. Os que assim
entenderam, também me ajudaram (parece-me ter sido o caso do Fábio Chalub)
mas não era essa a minha intenção original. O que está em jogo neste
diálogo, e de minha parte, são as afirmações que fiz na mensagem primeira e
nas seguintes. Se algumas destas msgs levam a alguma coisa nova, é isto que
espero seja levado em conta como "algo que produzi" e é isto que está em
"julgamento". Os "produtos de minha imaginação" poderão ser contestados e
admito que possam estar errados. Enquanto o diálogo durar, "o algo que
produzi" (ou então, aquilo que os demais participantes porventura tenham
produzido nas msgs resposta, pois com freqüência surgem produções novas)
ainda está implícito como hipótese aceitável, mesmo que não justificável
pelas "imagens de espírito" a serem reformuladas (não se trata da introdução
de hipóteses "ad hoc", pois sequer são hipóteses no sentido científico do
termo). Se para justificar minhas idéias tiver que recorrer a "produtos de
minha imaginação" expostos em outros artigos (e que, neste caso, podem ou
não assumir condições de hipóteses acessórias e previamente aceitas em
minha mente), cabe-me esclarecer o que estou pretendendo dizer, ainda que
nada me impeça de citar a fonte bem como nada impedirá os demais,
participantes ou leitores do debate, que a consultem.

Sua colocação sobre o diálogo Einstein e Bohr vem a calhar e creio que seria
interessante para todos os que estão acompanhando nosso diálogo o texto
referido sobre o paradoxo EPR.

Já estou convencido de que, se eu julgar que deva manter o texto numa
segunda edição, terei que promover algumas modificações. No que diz respeito
à teoria de Bell, uma das saídas, a meu ver, seria, quando muito, escrever
algo do tipo: "A teoria de Bell, como tem sido interpretada com freqüência
(e aqui fazer algumas citações)...etc "; e a seguir acrescentaria o que se
fizesse pertinente. Com efeito, a ênfase dada em meu texto à teoria de Bell
em si está muito mais dirigida a contrapor-me a essa interpretação errônea
que você aponta, o que viria a embotar qualquer raciocínio que viesse a
utilizar a seguir, do que propriamente à "necessidade" em observar um erro
de Bell para satisfazer meus argumentos. Por outro lado, se, como você
afirma, a teoria de Bell tem outras inconsistências, o que obviamente poderá
se propagar para a interpretação da experiência de Aspect, isto de alguma
maneira interferirá com meus argumentos como um dado acessório, mas não
creio que essencial.

O quarto parágrafo de sua msg é bastante esclarecedor, pelo menos para mim.
Aliás, acho que todo estudante de Mecânica Quântica deveria ler, num outro
contexto, todas as afirmações expostas em sua msg e relativas à física
quântica. A última frase deste parágrafo é bastante interessante: "Teríamos
então que mostrar que o Princípio da Incerteza está contido na própria
hipótese da existência de sistemas de dois níveis, o que me parece
impossível." Qualquer impossibilidade é sempre preocupante, em especial se
inerente a um princípio (a termodinâmica que o diga). E ainda mais se esta
impossibilidade relacionar-se a um princípio que, por si só, compromete-se
com outras impossibilidades. Mas esse é um outro assunto que pode ser
deixado para uma outra vez. O importante é que me comprometi com essa idéia,
talvez como uma "imagem de espírito" que teria se me mostrado como
"realidade evidente". E eu me pergunto, ainda que aceitando como verdadeira
a sua idéia de impossibilidade: O que sustentaria essa impossibilidade?
Seria ela inerente à natureza? Seria ela inerente à física clássica? Seria
ela inerente ao eletromagnetismo? Seria ela inerente à física moderna? Não
estaríamos nós, e refiro-me à comunidade científica, aceitando como
"realidade evidente" algo assimilado no passado e que nada mais seria que
não mais do que uma "imagem de espírito"? Afinal, não estou a procura de
erros porventura cometidos por Einstein, Bohr, Bell ou Aspect! Estou à
procura da verdade! A minha verdade, sim; ou seja, a verdade que me
satisfaz. Mas a verdade que me satisfaz não é realmente a minha verdade mas
a nossa verdade, que é minha, é nossa e não é de ninguém. Ops!!! Vou parar
um pouco senão isto aqui vira poesia. :-)). Até logo mais. Vou reler o meu
texto bem como sua msg.

Voltei!!! :-) Interessante a sua colocação sobre os diferentes
posicionamentos de Einstein e Bohm. Diferentes porém interelacionados.
Lembro-me de Bohm (ou, quem sabe, algum outro autor) ter escrito em algum
lugar que sua idéia teria surgido de uma conversa com Einstein. E, com
efeito, Einstein preocupava-se com uma explicação lógica para determinados
efeitos ou, como você se refere, um refinamento da Teoria Quântica. A
preocupação de Einstein, a meu ver, estava muito mais voltada à procura por
uma teoria de campo consistente (talvez a unificar fenômenos quânticos à sua
relatividade - a teoria do campo unificado) do que a explorar a existência
de "algo" que estivesse faltando, uma peça perdida de um quebra-cabeças. É
muito difícil saber o que se passava pela cabeça de Einstein, pois suas
"imagens de espírito", nesta fase de sua vida, eram muito sofisticadas, como
que, diria, de segunda ou terceira geração e relacionadas àquelas que teria
transformado em "realidades evidentes" (teoria da relatividade, explicação
do efeito fotoelétrico, etc). Não creio ser impossível que ele viesse a
aceitar a idéia das variáveis escondidas (talvez não no mesmo sentido de
Bohm), porém também não acredito que tenha julgado necessária. Seu método, a
esse respeito, sempre foi mais voltado a economizar variáveis através da
unificação (espaço-tempo, matéria-energia) ou da depuração (éter) do que a
acrescentar.

O termo variável escondida, a meu ver, popularizou-se num sentido mais
amplo. Muitos dentre os que confundem a visão einsteiniana com a idéia de
variáveis ocultas de Bohm, chegam também por vezes a recorrer-se a um
teorema de Von Newmann, da década de 30, se não me engano, a provar
matematicamente a inexistência de tais "variáveis". E tanto é abrangente o
conceito, na visão dos que assumem a generalização do termo variáveis
escondidas, que já li posícionamentos a estranhar ou mesmo criticar o
teorema de Von Newmann pois após sua publicação teriam surgido as
"variáveis escondidas" conhecidas por nêutron, neutrino e antimatéria. Ou
seja, popularizou-se demais o conceito a ponto de aceitar-se como
"escondido" tudo o que não é conhecido hoje e a ser descoberto amanhã.
Novamente volto a dizer que suas colocações são importantes e deveriam ser
lidas por um estudioso de física quântica, pois muitos dentre os que tenho
encontrado não aprenderam esses conceitos na universidade. De minha parte,
ainda que não saiba dizer se a idéia se confunde com a de Bohm, chego a
pensar em variáveis escondidas, que acredito existirem, como algo
fundamental, essencial e abrangente e não somente a permitirem como também a
mostrarem-se essenciais para a unificação de todos os ramos da física.

Sob esse aspecto vejo, ao examinar todas as físicas, algo como que a
mascarar uma "realidade evidente" e a manifestar-se como uma "imagem de
espírito", por vezes imediata, por outras como conseqüência ou corolário de
princípios fundamentais. Existem, na física genuinamente newtoniana, as
"vibrações emitidas pelos corpos e que, ao alcançarem a luz infletiriam seus
raios"; na física clássica pós-newtoniana existe a concepção de éter, a
justificar sua luz ondulatória clássica; para Einstein existiria "a falta de
um método sistemático a levar-nos a uma solução o que, dentro de sua maneira
sui-generis de enxergar a física, responderia por nossa incapacidade de
encontrarmos um conceito de campo independente do conceito de partícula; e
para a física quântica parece existir o que tem sido chamado por vácuo
quântico, o que não deixa de ser uma "variável escondida" a não contrariar
seus princípios básicos. Isto sem me referir à "minha física" onde defendo a
existência do que chamo "informação do movimento da matéria", algo imaterial
e que, ao se propagar pelo espaço, se confunde em muito com as "vibrações
emitidas pela matéria" ou o "espírito da matéria" citados esporadicamente
por Newton. E repito aqui o que já afirmei no uol.ciencia em 30/06/99: "Se
isto for loucura, somos todos loucos, cada um a sua maneira."

Mas o que tem tudo isso a ver com a experiência de Aspect? Aparentemente
nada se, conforme você afirma, e acredito que esteja correto, tal
experiência servir tão somente como critério a falsear ou a Fisica Quântica
ou a Teoria de Variáveis Ocultas de Bohm. A menos que possamos incluir,
entre essas (de Bohm) algumas das variáveis referidas acima para as outras
físicas que não a quântica. E é por isso que disse, e volto a repetir, que
seria interessante que todos estudantes de física quântica ficassem cientes
de suas afirmações, pois via de regra eles têem supervalorizado o resultado
da experiência de Aspect, postura que tenho observado até mesmo em
pós-graduandos que freqüentam a Usenet do Brasil e do exterior.

Muito interessante sua idéia sobre a contraposição "aparente" entre a
experiência EPR e o princípio da incerteza. Caso você esteja correto a
respeito, isso parece-me derrubar totalmente aquela idéia de
incompatibilidade entre FQ e TR e a que, com freqüência me refiro como que
dizendo que a teoria quântica e a teoria da relatividade falseiam-se entre
si. Isso não muda nada o "status" atual da física, pois ambas são aceitas,
mas não deixa de ser um avanço importante do ponto de vista epistemológico.
Deixo aos demais leitores da ciencialist [Será que ainda estão nos
prestigiando? - Silêncio total - Risos :-)) ] a opção de solicitarem ou não
sua oferta de expor o fato. Eu, em particular, gostaria muito.

Quanto a sua conclusão sobre a experiência de Aspect, aceito como um
brilhante desfecho de sua exposição. Fica-me a dúvida sobre aquela história
relativa à "impossibilidade em mostrar que o Princípio da Incerteza está
contido na hipótese da existência de sistemas de dois níveis". Não porque eu
pretenda demonstrar que o princípio da incerteza está errado ou "incerto" ou
que seja inconsistente; mas porque acredito na possibilidade de um
aperfeiçoamento da experiência de Aspect no sentido de demonstrar que os
valores encontrados são parcelas de uma gama de valores outros a
compatibilizarem-se com uma física a apoiar-se única e exclusivamente
nos conceitos: "espaço", "tempo", "matéria", "movimento da matéria" e
"informação do movimento da matéria". E esta, a meu ver, nada mais é do
que a física genuinamente newtoniana em seu formato final.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Mecanismo da Existência - Elementos
FROM: "Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/04/2000 17:14

Olá Pessoal! Demorei muito? ;o)

Fantástica a discussão sobre Horizonte Filosófico, Horizonte Científico,
Filosofia da Ciência e Teorias Realistas Atuais! São assuntos muito
interessantes, extensos e que exigem atenção em cada contexto. Creio que
esses tópicos ajudam muito na orientação e na identificação de como a falta
de critérios filosóficos podem distorcer o foco científico e vice-versa.
Achei muito útil toda a discussão como referências para uma boa colocação
e/ou divulgação científica, mesmo sendo um assunto tão vasto. :o)

Vamos aos comentários sobre os e-mails recebidos do Roberto Belisário e
do Alberto Mesquita referentes às imagens dos aglomerados citados na
mensagem 4539. Por gentileza do Alberto (Muito 10 Alberto! Valeu!), as
minhas imagens estão disponíveis nos links abaixo relacionados. Logo após os
comentários, exponho umas idéias sobre os elementos mínimos constituintes do
Mecanismo da Existência.

http://sites.uol.com.br/albmesq/AzarEnergtico.jpg
http://sites.uol.com.br/albmesq/AzarNegativo.jpg
http://sites.uol.com.br/albmesq/AzarPositivo.jpg

(Belisário)
"Vamos ver se entendi: de cada conjunto de duas figuras, a segunda é a
primeira vista após uma rotação de 90 graus. Interessante, você já estudou
empacotamento de cristais? Essas figuras se parecem muito com o modo como os
átomos se aglomeram em retículos cristalinos."

Exato, mas nunca ouvi sobre empacotamento de cristais. Apesar disso,
notei essa analogia com a formação de retículos cristalinos e com a teoria
dos fractais.

(Belisário)
"É muito difícil você conseguir figuras com um número diferente de bolinhas?
Ou com bolinhas de dois tipos, um com um raio e outro com outro (para
reproduzir cristais com dois tipos de átomos, como o cloreto de sódio)?"

De todas as formas possíveis de aglomerar esferas idênticas, somente
esses três aglomerados possuem uma característica onde todas as doze, e
somente doze esferas externas tocam a esfera central. As tentativas de
introduzir esferas de raios desiguais ocasionariam aglomerados de tipos
diferentes e em quantidades proporcionais às diferenças de raio
introduzidas.

Em princípio, não obtive qualquer razão para todos os raios serem
idênticos senão a própria Navalha de Occam. Mas pensando no assunto, talvez
esferas de raio maiores estariam num perímetro mais externo proporcional aos
seus raios no caso do interior de uma estrela. Dessa forma, a parte central
do corpo de uma estrela seria dotada de esferas idênticas a altas energias.
Como quando peneiramos areia e os grãos maiores ficam 'acima' dos menores.
Outra questão sobre isso é como a matéria primordial (se houve alguma) se
tornou inerentemente granulosa com átomos, prótons, nêutrons, elétrons e
etc.

(Belisário)
"Acho que você deveria entrar em contato com um especialista em
cristalografia. (...) Converse com algum para ver se você não está perdendo
tempo. Eventualmente você pode encontar algum programa que já reflita o seu
modelo e pode partir dali para a frente, ao invés de perder tempo chegando
até ali sozinho. (...) Às vezes é necessário ser prático. Existe gente
também na Matemática que estuda isso (...), talvez os elocubrantes
matemáticos tenham."

Estas têm sido minhas maiores dores de cabeça! Apoio todo este
comentário e de fato às vezes temos que ser práticos. Quando comecei a
escrever o programa, utilizei Delphi e os mais variados recursos em 3D
programming. Após muito ter explorado esses recursos, descobri que meus
problemas estavam apenas começando. Agradeço sua observação a respeito da
possibilidade de 'reinventar a roda'. :o)

Antes de tentar criar uma representação tridimensional em duas
dimensões, não havia considerado todos os aspectos. No meu programa o tempo
é relativo e o raio das esferas é arbitrário por serem todas idênticas. Como
se não bastasse, é pesado um programa desses para um computador calcular as
trajetórias e as colisões usando um sistema de coordenadas arbitrário. Outro
parâmetro interessante é o sentido da força que pode apontar para o centro
do complexo ou para a partícula mais próxima, assim como o caso da
aceleração individual ser constante. Talvez seja impossível representar esse
tipo de experimento no computador considerando todos os parâmetros
envolvidos com milhares de partículas, mas uma recomendação dos
'matemáticos' que pretendo averiguar em breve é o programa 'MathLab 8.0'.

(Belisário)
"Talvez seja interessante você verificar que configurações aparecem com
outros tipos de força. Por exemplo, com forças nucleares fortes."

Sim, sem dúvidas. De fato, arbitrariamente decidi considerar as esferas
como sendo partículas de massas idênticas. O que quero introduzir nessa
mensagem é justamente porque em princípio não usei outros tipos de interação
e porque é bem possível não haver nenhuma única, mas sim um conjunto cíclico
de algumas.

(Belisário)
"Você já experimentou dar um momento angular ao sistema de 13 bolinhas para
ver se aparecem novas configurações estáveis? Uma galáxia nada mais é do que
um conjunto de bilhões de corpos que interagem gravitacionalmente e que
possuem um momento angular total, que evita que o sistema todo colapse
("caia") em direção ao centro."

Em princípio, esses aglomerados só podem se formar girando, ou seja,
todas as doze esferas externas girando em torno da central. Se as esferas
externas estiverem eqüidistantes da esfera central e posicionadas de forma a
atingirem juntas a esfera central em seus devidos 'encaixes', devem todas
elas voltar às suas posições de origem no mesmo tempo que levaram para
'encaixar' após a colisão. Não há uma razão para as partículas estarem
eqüidistantes na natureza, então, a formação desses aglomerados deve ocorrer
ao acaso.

(Belisário)
"Outra coisa: você deu uma olhada para ver quais equilíbrios são instáveis e
quais são estáveis? Minha intuição diz que todos eles são estáveis, mas o
energético é mais fácil de desestabilizar. Você já calculou
a energia potencial gravitacional das três configurações? Acho que a
configuração energética deve ter energia bem maior, como você mesmo apontou.
E acho que a negativa tem energia menor, porque, veja, na figura da direita,
as esferas de um lado são mais distantes das esferas do outro lado do que no
caso da positiva."

Nunca calculei a energia potencial gravitacional desses aglomerados, mas
de todas as configurações, acredito que a mais estável seja a negativa e que
deve se formar com apenas um momento angular. Este se assemelha a uma roda
de bicicleta centralizada. O aglomerado positivo também deve ter apenas um
momento angular, entretanto, seu centro de massa também deve acompanhar esse
momento. Algo semelhante ao 'vibracall' dos aparelhos celulares. A
configuração energética já exibe momentos angulares compostos. Chamo de
momentos angulares compostos porque metade do aglomerado pode girar num
sentido enquanto que a outra metade pode girar no sentido oposto. Isso
proporcionaria, pela lógica, até quatro possíveis configurações ao
aglomerado energético e duas possíveis configurações aos outros aglomerados.

Mas, de acordo com a relatividade, não podemos distinguir todos esses
momentos e determinar 'a direita ou a esquerda' para cada um deles. Portanto
podemos considerar que, o Azar Negativo possuiria um momento angular
estável, o Azar Positivo possuiria um momento angular 'oscilatório' e o Azar
Energético possuiria um momento angular que pode ter dupla configuração.
Desta forma, como as configurações dos momentos angulares dos aglomerados só
se formam uma vez, acredito que podemos definir dois tipos momentos
angulares para cada aglomerado energético: Momento angular total estável e
momento angular total nulo.

(Belisário)
"Você já experimentou envolver o sistema com uma esfera e ver a porcentagem
do volume da esfera que as 13 bolinhas ocupam nos vários empacotamentos? Uma
das coisas pela qual o pessoal da Matemática que estuda teoria do
empacotamento se interessa é essa relação de volumes. Será que a
configuração mais estável é sempre aquela na qual as bolinhas ocupam a maior
fração do volume da esferona circunscrita?"

Se submetermos a cada aglomerado uma esfera circunscrita, todas as
circunscrições esféricas terão volumes idênticos. Entretanto, se não
considerarmos que as esferas sejam infinitamente sólidas e sim dotadas de
uma densidade apropriada, todos os aglomerados poderiam chegar a 'espremer'
os volumes de seus interstícios. Neste caso, cada aglomerado poderia
proporcionar circunscrições esféricas diferentes para uma mesma densidade.
No caso das esferas serem sólidas, o potencial de energia ou 'tendência a
espremer' também deve existir, mas como 'as cascas' esféricas não podem ser
'moles', o 'reflexo' dessa 'tendência a espremer' talvez seja uma 'tendência
a expandir'.

Essa 'tendência a expandir', assim como o resultado do 'deslocamento' do
espaço em função da redução do volume dos interstícios de cada aglomerado, é
o que proponho a definir como a origem de um novo fenômeno. Um fenômeno em
que talvez a sua variação também seja incondicionalmente proporcional ao
quadrado das distâncias entre mais de um aglomerado.

(Belisário)
"Bem, você ainda não explicou os detalhes do seu modelo, talvez minhas
considerações não sejam válidas. De qualquer modo, não resisti a
formulá-las."

Acredito que todas as considerações possíveis e impossíveis são válidas
neste momento, pois, mesmo que essas idéias nada representem em relação à
realidade existencial de um mecanismo universal, nada posso afirmar senão,
que me dedico a descobrir diariamente com este modelo como vejo o Mecanismo
da Existência. Sou extremamente grato a qualquer tipo de consideração e
acredito que talvez possamos encontrar algo que ainda não pensamos a
respeito. ;o)

(Belisário)
"A propósito, você diz que já conversou com o Assis. Você mora em Campinas?
Eu trabalho na Unicamp."

Um amigo meu, estudante de eng. Mecânica da UNESP de Bauru comentou na
época que eu estava à procura de trabalhos sobre a origem da gravidade a um
de seus professores. O professor dele (Humberto) é que lhe indicou a me
falar para procurar o Assis. Isso ocorreu a um ano, quando então liguei para
o Assis na Unicamp e comentei sobre essas idéias. Ele me indicou comprar o
Mecânica Relacional e indiretamente tem me ajudado a amadurecer a idéia.
Mandei um e-mail recentemente a ele informando a possibilidade de conhecer o
instituto e acredito que em breve poderemos conversar pessoalmente a
respeito. :o) Tenho uma prima que faz acho o quarto ano de física, o nome
dela é Helka. Aliás, se no fim do ano a vida me permitir e se for competente
o suficiente para passar nos exames vestibulares, pretendo ingressar no
curso de Física da Unicamp. :o)

(Belisário)
"Repare que as configurações estáveis que você falou parecem ser justamente
as mais simétricas. Isto indica que você pode economizar muito tempo e
esforço computacional se usar as técnicas da Teoria dos Grupos (a versão dos
físicos desta teoria!). Não sei se você já usa isso."

Não uso e não conheço a Teoria dos Grupos, mas vou procurar saber mais a
respeito. :o) Na verdade, com exceção de alguns indícios que os algoritmos
que já desenvolvi proporcionaram, todas as idéias que expus até o momento
são apenas considerações mentais. Agradeço muito todas as suas observações
Belisário! Valeu! :o)

(Alberto)
"Concordo plenamente contigo quando diz "essa geometria tem uma ligação
muito forte com pelo menos a formação dos átomos". Não sei se você leu em
meu Web Site o artigo "Uma curiosa coincidência"."

Eu vi e de fato é uma curiosa coincidência, mas será mesmo coincidência?
;o) Espero que não...

(Alberto)
"O esquema tridimensional, relaciona-se, de alguma forma, ao seu modelo de
13 bolas. E eu não tenho dúvidas de que esse esquema encerra muito mais
segredos do que eu possa ter imaginado, e certamente você deve estar de
posse de muitos desses segredos, mesmo que inconscientemente (você,
certamente, teve uma visão intuitiva e certamente já teve algum insight após
isso, mas não é impossível que não tenha decifrado ainda um décimo do que o
seu inconsciente realmente viu)."

Não sei se sei algo que não soube decifrar, mas sei que busco decifrar
se o que sei pode ser algo que ainda não sei se é. (risos) :o) Lembro-me de
que quando tive a visão dos aglomerados, senti uma facilidade tão grande
para entender os fenômenos mais simples da natureza que até mesmo a
dualidade parecia não oferecer muitos mistérios diante dos exemplos da dupla
fenda. Desde então, tenho pensado diariamente em várias questões que
envolvem o todo do Mecanismo da Existência.

(Alberto)
"As figuras que prometi estão em anexo e relacionam-se a como vejo hoje um
nêutron. Ele seria formado por três quarks clássicos (não tem nada a ver com
o quark da mecânica quântica). Cada quark seria formado (...) graças a isso
existiria uma estabilidade no plano, mas não espacial (...) agrupam-se num
átomo seguindo uma disposição semelhante àquela mostrada na sua figura."

Muito interessante suas imagens e a relação que você aponta com 'a
coincidência'! :o) Um dia pensei na menor definição de uma esfera como sendo
um ponto. Sei que um ponto é adimensional, mas se pudermos olhar mais de
perto para dois pontos 'encostados', talvez veríamos duas esferas. Num
plano, se traçarmos uma circunferência circunscrita em torno das duas
circunferências 'encostadas', a soma das áreas destas duas circunferências
'encostadas' é a metade da área da circunferência circunscrita. Desse modo,
a origem de alguma força de interação estaria relacionada com a separação
das circunferências.

Se considerarmos que massa é ausência de espaço e espaço é ausência de
massa, talvez pudéssemos considerar a massa e o espaço como duas espécies de
cargas diferentes. No esquema das circunferências juntas representando a
carga massa e da circunferência circunscrita representando a carga espaço,
haveria um equilíbrio de forças. Entretanto, se separarmos as
circunferências 'encostadas', a circunferência circunscrita aumenta seu raio
numa proporção bastante interessante. Diria que o resultado disso seja uma
variação do equilíbrio em forças sempre atrativas que partem de 0 para -1...

Da época que fiz essas considerações a um ano até hoje venho pensando
nos elementos mínimos que proporcionariam a existência de tudo. Vamos
considerar em princípio o nada. Definitivamente o nada aqui deve ser
caracterizado como a ausência de tudo e até mesmo, se existirem, a ausência
das chamadas forças sutis. Uma propriedade que podemos definir para o nada é
afirmar que ele seja infinito em todas as direções e neste caso, não estamos
definindo algo que ocupa o nada, mas apenas um nada absoluto. A menos que
partamos para a Cosmosofia, aparentemente não há nenhuma razão para existir
algo com origem do nada.

Agora podemos avaliar mentalmente se o nada absoluto poderia existir?
Não. Em princípio, estou verificando se podemos afirmar a existência de algo
simplesmente confirmando a sua inexistência e não podemos afirmar realmente
se o nada absoluto existe, pois, não podemos confirmar a sua inexistência.
Isso, ao meu ver, abre algumas observações sobre o que hoje consideramos ser
o espaço.

Com base nas idéias acima mencionadas, eu diria que o espaço pode ser
finito ou infinito. Se finito for o caso, incondicionalmente a matéria nele
contida também deverá ser finita. Não poderíamos, em princípio, ter uma
distribuição infinita de matéria em um espaço finito. Neste caso, a matéria
primordial não poderia estar concentrada, pois não haveria razão para a
origem do movimento. Mas se a matéria primordial estivesse homogeneamente
distribuída, de fato teríamos uma quantidade de movimento para o Universo
proporcional à essa distribuição e que obedeceria às leis de conservação. A
minhas dúvidas nessas questões sugerem avaliar com cuidado a radiação
cósmica de fundo isotrópica como talvez sendo um limite natural do nosso
universo.

Se infinito for o caso do espaço, já não podemos mais afirmar que em
algum lugar exista um nada absoluto senão afirmando ser o próprio espaço
esse nada. Neste caso, a matéria nele contida poderá talvez ser finita ou
infinita. Se finita for o caso, poderíamos dizer que se olharmos do mais
longínquo espaço completamente afastado da concentração de matéria do nosso
universo, veríamos um único ponto de propagação eletromagnética. Neste caso,
quando afirmamos que a velocidade de propagação é constante e que uma onda
eletromagnética transporta energia, poderíamos supor que a energia do nosso
Universo está se exaurindo para o espaço? Eu espero que não, dessa forma, se
infinita for o caso, consideremos a distribuição de matéria proposta pela
solução do paradoxo gravitacional adotada pelo Assis.

De alguma forma, acredito estarmos chegando perto de uma boa definição
para o Mecanismo da Existência. Mas o que vejo, é que estou arranhando a
casquinha do que aparenta exigir uma compreensão de magnitudes planetárias
ou tão simples que microscopicamente não podem ser notadas, mas estamos
arranhando! ;o)

Por hora é só pessoal!!! :o) Um abraço forte do Ozelo!!!




SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/04/2000 17:29


>Olá, Belisário.

>Deixo aos demais leitores da ciencialist [Será que ainda estão nos
>prestigiando? - Silêncio total - Risos :-)) ] a opção de solicitarem ou não
>sua oferta de expor o fato. Eu, em particular, gostaria muito.

Se vcs pararem agora mandarei sustar o cheque do pagamento dessa aula
espetacular. Continuo na 'moita quântica' e, pelo P.I. , vcs ficam sabendo o
que estou fazendo nesse instante, mas não onde estou :) :-)))
[]'s
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/04/2000 19:11

> Se vcs pararem agora mandarei sustar o cheque do pagamento dessa aula
> espetacular. Continuo na 'moita quântica' e, pelo P.I. , vcs ficam sabendo
o
> que estou fazendo nesse instante, mas não onde estou :) :-)))
> []'s
> Léo

Olá, Léo

Como eu não sei dizer exatemente o que você está fazendo nesse instante,
pois entre a emissão e recepção de sua msg ocorreu um delta-t, consegui
estimar algumas possibilidade do local onde você está sem ferir o Princípio
da Incerteza. Isso graças à teoria do "Bell" Gates associada ao equipamento
Outlook do "Axpressct" (essa doeu).

Diria que você está ou na "Festa do Peão", em Barretos, ou num "hiper-local
23", também em Barretos, ou então em "unknown", que não sei exatamente onde
fica.

Independentemente de onde você esteja, creio que a ciencialist pode, no
caso, ser considerada como um único sistema quântico, sem ferir o princípio
da causalidade. Neste caso, as teorias não-locais garantem-me que você
recebeu esta msg e solicitaria, então, que não descontasse minha ausência
durante a semana santa, pois irei viajar.

Respeitosamente,
[ ]'s
Alberto



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecanismo da Existência - Elementos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/04/2000 23:18

-----Mensagem Original-----
De: "Ozelo"
Enviada em: Terça-feira, 18 de Abril de 2000 17:14
Assunto: [ciencialist] Mecanismo da Existência - Elementos

> Olá Pessoal! Demorei muito? ;o)

Nem!! Demorou tanto que agora vai ter que esperar pela resposta. ;o) prá
você também.

Muito em breve (talvez a partir de amanhã a tarde) estarei curtindo a Semana
Santa, e a sua msg exige muitas reflexões. Levarei a msg comigo e, entre uma
caipiroska e outra irei dar uma lida na mesma. Também não é impossível que
"caia uma maçã em minha cabeça" e, desta forma, quem sabe consiga resolver
todos os seus problemas. Você já experimentou esse método? É infalível,
desde que a maçã atinja o crânio numa posição correspondente ao lobo
cerebral direito e um pouquinho prá frente da posição central. É necessário
também que você esteja distraído, não adianta simplesmente você jogar e/ou
cabecear a maçã. Outro ;o) prá você.

Não resisti a tentação de falar alguma coisa sobre...

> ... como a falta de critérios filosóficos podem distorcer o foco
> científico e vice-versa.

bem como ao trecho de sua msg que vai de:

> Da época que fiz essas considerações a um ano até hoje venho pensando

até o final do parágrafo que começa por:

> Se infinito for o caso do espaço, já não podemos mais afirmar que em...

Meu!!! Parabéns! Você me lembra muito os filósofos da idade da pedra! "Outro
;o) prá você". Bem, nem tanto. Você me lembra muito os cientistas do tempo
em que a filosofia ainda ocupava um lugar de respeito na face da Terra. Em
algum lugar do meu passado já li alguma coisa nesse estilo. Sei que não foi
Newton nem Galileu. Parece-me que era um famoso cientista, talvez de origem
francesa (Pô, não consigo lembrar o nome, será que alguém aí da ciencialist
não poderia ajudar?) e que dava aulas através de cartas para uma princesa de
outro país. Alguma coisa também me faz lembrar os diálogos entre Clark e
Leibnitz, se bem que não seja exatamente o gênero, ainda que parecido.
Também não é impossível que seja algum outro, pois eu tenho mania de ler
velharias.

> De alguma forma, acredito estarmos chegando perto de uma boa definição
> para o Mecanismo da Existência. Mas o que vejo, é que estou arranhando a
> casquinha do que aparenta exigir uma compreensão de magnitudes planetárias
> ou tão simples que microscopicamente não podem ser notadas, mas estamos
> arranhando! ;o)

Bem, aqui você já está apelando. Essa história de "arranhar" é pra gato. Ou
será que você levou a sério aquela comparação que fiz por e-mail entre o
cientista amador e o gato? Outro ;o) e mais um :)

Desculpe pelas brincadeiras e prometo responder com mais seriedade as suas
colocações, pois elas merecem.

Se não escrever mais nenhuma bobagem até amanhã, ficam aqui os meus votos de
um bom coelhinho da Páscoa para todos os amigos da ciencialist.

Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Uso do debate com o Diegez da Super.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/04/2000 15:31

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Enviada em: Terça-feira, 11 de Abril de 2000 18:37
Assunto: Re: [ciencialist] Uso do debate com o Diegez da Super.

> Luis, Não posso precisar as datas mas, em meados de outubro de 99 (nem
> recordo se já participava do ciencialist) mandei uma mensagem ao Sr.
> Monserrat sobre as deficiências nas divulgações científicas e, entre elas,
> houve uma citação da superinteressante, de livros didáticos etc. Essa
> mensagem saiu no JornalEmail creio que lá pelos 18 ou 19 de outubro.
> Dois dias depois saiu o comentário do (hoje do ciencia list) do Roberto
> de Andrade Martins ou do Alberto Mesquita Filho (não recordo qual
> deles -- é o que enviou a crítica da Dança do Universo do Marcelo G.).
> O assunto relacionava-se mais à divulgação científica. Essa publicação
> de JornalEmail pode ser encontrada (para quem arquivou tudo) lá pela
> primeira quinzena de outubro. Depois dessa mensagem enviei outra
> para o JornalEmail sobre 'Ciência e Religião'. O assunto ficou "no ar"
> por umas duas semanas.

Revirando meus arquivos de msgs antigas, encontrei uma referente à Dança do
Universo e pude, pela data, localizar as threads abaixo (não sei se
têm ou não alguma relação com o JCEmail e/ou superinteressante).

1) Marcelo Gleiser (de novo), 10/Nov/99, situada em
www.egroups.com/message/ciencialist/1961?&start=1957&threaded=1

2) Erros do Gleiser - parte 1 - fisica classica, 12/Nov/99, situada em
www.egroups.com/message/ciencialist/2014?&start=1996&threaded=1

3) Erros do Gleiser - parte II - fisica moderna, 12/Nov/99, situada em
www.egroups.com/message/ciencialist/2016?&start=1996&threaded=1

4) Re: Erros do Gleiser - parte 1 - fisica classica (Leo/Alberto] ,
16/Nov/99, situada em
www.egroups.com/message/ciencialist/2029?&threaded=1

Era o que tinha para informar

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/04/2000 18:17

Heheheh.....
A semana santa terá pagamento em forma de bônus; cada fornada de bacalhau, 1
bobos de 10,00R$ (nota: todas as unidades, mesmo as monetárias, devem ser
grafadas após o número de medida:-)

Eu (e o gato quântico) moramos aqui em Barretos City e, pelo P.I., já que
estou aqui, "não sei o que aqui faço!". A fama da cidade é sobre coisas de
peão de boiadeiro ... deve ser algo interessante ... gostaria de ver, algum
dia.Vou-me mudar-me para Passargada (nome de meu rancho à beira do rio
pardo) :-))))

Realmente, muito boa essa thread do momento (temporal). Gostaria de
participar mais ativamente, o problema é que, quando vou postar, já tem um
que diz exatamente aquilo que eu diria e, portanto, não há porque enviar uma
mensagem de puro reforço.

Quando saiu o assunto dos aglomerados e suas figuras, estava quase apostando
que a configuração iria ser algo parecido com aquilo mostrados nos desenhos
em 2D. O interessante da coisa é que essa idéia surgiu-me de um experimento
muito simples em magnetismo. Permitam-me uma breve descrição:

Material: 1 ímã cilíndrico longo, 13 pequenas bóias esféricas de pescaria e
13 agulhas de coser previamente magnetizadas (por esfregaço no pé do ímã).
Espeta-se cada agulha em sua bóia, deixando todas as 'cabeças' das agulhas
cerca de 1 cm fora de suas bóias.
N | | |
( | ) ( | ) ( | ) ...
| | |
S | | |

Monta-se o ímã verticalmente sobre o centro de uma bacia plástica contendo
água (sua altura pode ser ajustada)
N
|| |
|| |
|| | S
|___________________|
(___________________)

Joga-se uma bóia na água (e ela, por atração irá ficar exatamente sob a
extremidade S do ímã)
Joga-se mais uma bóia na água (haverá atração entre ímã e N das agulhas, mas
haverá repulsão entre NN e SS das próprias agulhas, elas ficam afastadas
entre si)
Com a entrada da terceira bóia, elas fazem um triângulo (eqüilátero se as im
antações forem iguais)
Etc. Afastando ou aproximando o ímã da superfície da água, as figuras que
se formam --- interessantíssimas --- se mantêm e têm o aspecto dos
aglomerados mostrados nas figuras postas no site.

Vale a pena fazer isso.
Já enviei esse experimento para meu site na
www.feiradeciencias.com.br/menu.htm mas, meu webmaster só consegue fazer um
erro de cada vez :-)

Bom descanso a todos nesses feriados onde se homenageiam os bacalhaus.

[]'s
Léo


-----Mensagem Original-----
De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 18 de abril de 2000 19:11
Assunto: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais


> Se vcs pararem agora mandarei sustar o cheque do pagamento dessa aula
> espetacular. Continuo na 'moita quântica' e, pelo P.I. , vcs ficam sabendo
o
> que estou fazendo nesse instante, mas não onde estou :) :-)))
> []'s
> Léo

Olá, Léo

Diria que você está ou na "Festa do Peão", em Barretos, ou num "hiper-local
23", também em Barretos, ou então em "unknown", que não sei exatamente onde
fica.

Independentemente de onde você esteja, creio que a ciencialist pode, no
caso, ser considerada como um único sistema quântico, sem ferir o princípio
da causalidade. Neste caso, as teorias não-locais garantem-me que você
recebeu esta msg e solicitaria, então, que não descontasse minha ausência
durante a semana santa, pois irei viajar.

Respeitosamente,
[ ]'s
Alberto





SUBJECT: Re: [ciencialist] Angra II
FROM: Eliane Evanovich Gallagher <eliane@cbio.ufpa.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/04/2000 01:17



On Mon, 24 Apr 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:

> Creio que ser� t�o logo descubram o que fazer com o lixo radioativo. J� h�
> tambores e mais tambores empilhados ... e o tempo de validade t� chegando ao
> fim.
> Ser� que ir�o deposit�-los em minas de sal (que � o mais recomend�vel)?
> []'s
> L�o
>
> -----Mensagem Original-----
> De: Fabiano Belis�rio Diniz <fbdiniz@inetone.com.br>
> Para: <ciencialist@egroups.com>
> Enviada em: segunda-feira, 24 de abril de 2000 12:12
> Assunto: [ciencialist] Angra II
>
>
> > Pessoal: algu�m a� sabe que dia exatamente a usina nuclear de Angra II vai
> > come�ar a funcionar? Deve ser neste m�s ou em maio...
> >
> > At�,
> > Roberto Belis�rio
>
Nao sei qdo vai comecar a funcionar, mas sendo um pais com tantos
rios (e que ninguem e' tao ecologico ao ponto nao utiliza-los para fins
financeiros), chega a ser um absurdo ter uma usina nuclear, certos paises
precisam de tal fonte de energia por nao ter outros meios (ou nao
descobriram novos modos). Essa grana poderia ser destinada a dar mais
educacao para os caras que implantaram essa ideia idiota e para ensinar um
pouco de geografia para os mesmos!!
Espero que esta droga nunca funcione, pois isso e' muita
responsabilidade para um pais tao infantil (puxa, ja' fez 500 anos, quem
sabe com 3000 anos se torne adulto)!!


> ------------------------------------------------------------------------
> Your high school sweetheart-where is he now? With 4.4 million alumni
> already registered at Classmates.com, there's a good chance you'll
> find her here. Visit your online high school class reunion at:
> http://click.egroups.com/1/3139/5/_/19424/_/956615996/
> ------------------------------------------------------------------------
>
> Use os recursos da Ciencialist em http://www.egroups.com/list/ciencialist/
>
> --- ... ---
>
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com (sair da lista)
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Angra II
FROM: Eliane Evanovich Gallagher <eliane@cbio.ufpa.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/04/2000 00:22



On Wed, 26 Apr 2000, Fabiano [iso-8859-1] Belis�rio Diniz wrote:

> Belis�rio:
> >> > Pessoal: algu�m a� sabe que dia exatamente a usina nuclear de Angra II vai
> >> > come�ar a funcionar? Deve ser neste m�s ou em maio...
> >> >
> >> > At�,
> >> > Roberto Belis�rio
>
> Eliane Evanovich Gallagher:
> > Nao sei qdo vai comecar a funcionar, mas sendo um pais com tantos
> >rios (e que ninguem e' tao ecologico ao ponto nao utiliza-los para fins
> >financeiros), chega a ser um absurdo ter uma usina nuclear, certos paises
> >precisam de tal fonte de energia por nao ter outros meios (ou nao
> >descobriram novos modos). Essa grana poderia ser destinada a dar mais
> >educacao para os caras que implantaram essa ideia idiota e para ensinar um
> >pouco de geografia para os mesmos!!
> > Espero que esta droga nunca funcione, pois isso e' muita
> >responsabilidade para um pais tao infantil (puxa, ja' fez 500 anos, quem
> >sabe com 3000 anos se torne adulto)!!
>
> Eliane: as usinas hidrel�tricas causam um impacto ambiental medonho,
> porque sempre alagam um vasto terreno, matando animais e plantas, alterando o
> clima local e expulsando fazendeiros e moradores de cidades. As usinas
> nucleares, por outro lado, ajudam a preservar o ambiente por v�rias raz�es. Por
> exemplo, elas ajudam muito a reduzir a emiss�o de di�xido de carbono na
> atmosfera. O texto abaixo mostra detalhes deste ponto e foi retirado do site da
> Eletronuclear, http://www.eletronuclear.gov.br/home.htm

E' claro que o impacto ambiental nao e' dos menores, eu como
biologa sei que a construcao de uma hidreletrica pode devastar uma grande
area, acabar com muitas especies e disseminar a reproducao de insetos
vetores de doencas...mas vc acha que o governo brasileiro se importa com
isso?? Para eles o mais importante e' mostrar que somos modernos. A gente
sabe que um projeto como esses precisa da revisao de varios profissionais
de diversas areas, mas como no Brasil sempre tem que sobrar uma graninha
para a cerveja, nem sempre todos os riscos sao analisados!!
Nao sou contra uma usina nuclear quando administrada por pessoas
cientes dos riscos....e neste caso, um acidente vai desencadear um impacto
bem maior do que uma usina hidreletrica!!





> se, teoricamente, se utilizasse centrais a carv�o modernas e eficientes para
> gerar os 16% do total de
> energia el�trica produzida por centrais nucleares em todo o mundo, seriam
> emitidos adicionalmente
> cerca de 2,3 bilh�es de toneladas de CO2 por ano (Tabela-XIV) ou 1,8 bilh�es de
> t CO2 por ano caso
> a energia nucleoel�trica fosse substituida por um �mix� de usinas a �leo,
> carv�o e g�s conforme as
> caracter�sticas pr�prias de cada pa�s (Tabela-XV). Para se dar uma perspectiva
> da import�ncia destas
> quantidades, basta dizer que a Confer�ncia de Toronto sobre Mudan�as
> Clim�ticas, de junho de
> 1988 recomendou uma redu��o das emiss�es anuais de 4-5 bilh�es de toneladas de
> CO2 at� 2005 a
> partir do nivel atual de 20-25 bilh�es de toneladas emitidas anualmente.
> A energia nuclear substituiu, no per�odo, 1973-1995, a n�vel mundial, 10,1
> bilh�es de barris de petr�leo,
> 55,7 trilh�es de p�s c�bicos (1,58 trilh�es de m3 ) de g�s natural e 8,9
> bilh�es de toneladas de carv�o
> (Tabela-XVI). Assim no per�odo 1973-1995 foram evitadas as emiss�es de 22,4
> bilh�es de toneladas de
> CO2, 218 milh�es de toneladas de di�xido de enxofre e 98 milh�es de
> toneladas de
> �xidos de nitrog�nio
>
> O grande problema dessas usinas � o lixo at�mico, que � radioativo,
> altamente t�xico e terrivelmente dif�cil de ser destru�do. Pergunto-me o que �
> prefer�vel, produzir e guardar esses materiais t�xicos, tendo a possibilidade
> de conseguirmos uma tecnologia para reduzir sua toxicidade e radioatividade no
> futuro, ou arcar com a vasta e irremedi�vel destrui��o causada por uma usina
> hidrel�trica.
>
> A prop�sito, sobre o lixo at�mico: h� 9 anos que a lei que determina os
> dep�sitos permanentes de lixo at�mico no Brasil est� tramitando no Congresso
> (sendo que de 1991 a 1995 n�o houve nenhum passo na tramita��o) e at� hoje n�o
> foi votada. Enquanto isso, o lixo at�mico de Angra � colocado num dep�sito
> provis�rio. Na semana retrasada uma comiss�o ligada � ONU vistoriou durante
> cinco dias os dep�sitos de lixo at�mico de Angra, e um de seus figur�es j� se
> pronunciou dizendo que considera necess�ria uma "solu��o final" para o
> problema. (O relat�rio final dessa comiss�o s� sair� em junho.) Acho que a
> imprensa (e o resto do pa�s) est� falhando fragorosamente na miss�o de
> pressionar o governo neste ponto.
>
> Pelo menos, acho eu.
> At� a pr�xima,
> Roberto Belis�rio
>
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>
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>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Angra II
FROM: Eliane Evanovich Gallagher <eliane@cbio.ufpa.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/04/2000 00:25



On Wed, 26 Apr 2000, Fabiano [iso-8859-1] Belis�rio Diniz wrote:

> Complementando o que me esqueci na mensagem anterior, nosso potencial
> hidrel�trico n�o � t�o grande assim. Temos muitos rios, mas a maior parte
> deles n�o tem desn�vel suficiente para serem usados para gerar energia. Os
> da Amazonia, por exemplo, t�m desn�vel baix�ssimo e s�o impr�prios para
> usinas hidrel�tricas. O custo da energia el�trica na Amaz�nia � mais alto
> do que no resto do pa�s, porque t�m que arcar com a despesa do transporte
> da energia por milhares de quil�metros desde o Sudeste. A solu��o para
> aquela regi�o � a energia nuclear (termoel�trica nem pensar, o efeito
> estufa est� a�). Mesmo no Sul e Sudeste, estamos rapidamente caminhando
> para uma situa��o onde a demanda de energia superar� a oferta, e, se n�o
> fizermos nada, teremos racionamento em poucos anos. N�o restam muitas
> alternativas nos rios daqui para constru��o de usinas, est�o todos
> abarrotados de barragens.
Ainda bem que os desniveis do Amazonas e' bem baixo,nao ia ser
nada interessante fazer qualquer coisa que comprometa a fauna de flora
desta area!


> Belis�rio
>
> Eliane:
> > Nao sei qdo vai comecar a funcionar, mas sendo um pais com tantos
> >rios (e que ninguem e' tao ecologico ao ponto nao utiliza-los para fins
> >financeiros), chega a ser um absurdo ter uma usina nuclear, certos paises
> >precisam de tal fonte de energia por nao ter outros meios (ou nao
> >descobriram novos modos). Essa grana poderia ser destinada a dar mais
> >educacao para os caras que implantaram essa ideia idiota e para ensinar um
> >pouco de geografia para os mesmos!!
> > Espero que esta droga nunca funcione, pois isso e' muita
> >responsabilidade para um pais tao infantil (puxa, ja' fez 500 anos, quem
> >sabe com 3000 anos se torne adulto)!!
>
>
> ------------------------------------------------------------------------
> High rates giving you headaches? The 0% APR Introductory Rate from
> Capital One. 9.9% Fixed thereafter!
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>
> Use os recursos da Ciencialist em http://www.egroups.com/list/ciencialist/
>
> --- ... ---
>
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com (sair da lista)
>



SUBJECT: Re: En: [ciencialist] Angra II
FROM: Eliane Evanovich Gallagher <eliane@cbio.ufpa.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 24/04/2000 00:01



On Wed, 26 Apr 2000, Sheila Franco. wrote:

>
> Ol� a todos!
>
> Sou uma das pessoas que teme usinas termoqu�micas, embora n�o embasamento
> concreto para tal.
> Ap�s not�cias jornal�sticas sobre poss�vel falha no sistema de Angra II,
> estive perguntando a ambientalistas sobre estudos de espalhamento de
> material radioativo assim como sobre plano evacua��o no caso de algum
> acidente nas usinas termoqu�micas (o termo correto � termoel�trica ou
> termoqu�mica?). Bem, existe um plano de evacua��o, por�m, comprovado como
> ineficaz.. Al�m disso a radioatividade atingiria boa parte do litoral
> paulista em 5min.
>
> Mudando um pouco de assunto, gostaria de saber se algum de voc�s poderiam
> tentar me explicar como funcionariam o sistema e�lico de gera��o de energia,
> que segundo Lester Brown, estaria sendo desenvolvido e j� utilizado pelas
> grandes empresas norte americanas de petr�leo.
Sheila, gostaria tb saber esta resposta, pois parece que as
energias eolica e solar sao as alternativas mais politicamente corretas.
Gostaria de saber se os custos destas fontes de energias sao maiores que
as demais!!

> Abra�os
>
> Sheila.
>
>
> ----- Original Message -----
> From: Antonio Carlos M. de Queiroz <acmq@compuland.com.br>
> To: <ciencialist@egroups.com>
> Sent: Wednesday, April 26, 2000 12:15 AM
> Subject: Re: [ciencialist] Angra II
>
>
> Fabiano Belis�rio Diniz wrote:
>
> Eliane: as usinas hidrel�tricas causam um impacto ambiental
> medonho,
> porque sempre alagam um vasto terreno, matando animais e plantas, alterando
> o
> clima local e expulsando fazendeiros e moradores de cidades. As usinas
> nucleares, por outro lado, ajudam a preservar o ambiente por v�rias raz�es.
> Por
> exemplo, elas ajudam muito a reduzir a emiss�o de di�xido de carbono na
> atmosfera. O texto abaixo mostra detalhes deste ponto e foi retirado do
> site da
> Eletronuclear, http://www.eletronuclear.gov.br/home.htm
>
> Existe impacto ambiental sim, como tamb�m existe impacto ambiental da
> minera��o de carv�o, de petr�leo, de g�s natural e de ur�nio, e de seu
> processamento e tratamento dos res�duos.
> Uma usina hidroel�trica tem custo ambiental zero depois de implantada, e
> um novo ecosistema, diferente do original, mas sem nada de errado, pode
> ser formado facilmente. N�o se pode gerar energia do nada, mas uma usina
> hidroel�trica gera t�o do nada quanto poss�vel, apenas adiando um pouco
> o processo natural do escoamento da �gua dos rios. A �gua armazenada
> pode ter muitos outros usos, como irriga��o, aspecto importante agora
> que aparecem amea�as de falta de �gua pot�vel.
> Muito desta hist�ria contra a constru��o de novas hidroel�tricas vem
> de grupos interessados na venda de usinas termoel�tricas prontas, com
> tecnologia desenvolvida em lugares com menor potencial hidroel�trico
> que o Brasil. Aqui, s� n�o temos -horror- a usinas termoel�tricas pois
> existem poucas, e a maioria nunca teve que viver com uma destas coisas
> nas vizinhan�as.
>
> Antonio Carlos M. de Queiroz
>
>
>
> ------------------------------------------------------------------------
> If you love your Mother...
> Click Here
> http://click.egroups.com/1/3653/5/_/19424/_/956776889/
> ------------------------------------------------------------------------
>
> Use os recursos da Ciencialist em http://www.egroups.com/list/ciencialist/
>
> --- ... ---
>
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com (sair da lista)
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Oswaldo Cruz e Cia.
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/04/2000 08:36

Douglas wrote:

> OSWALDO CRUZ: 83,09% (CAPA DA REVISTA)
> CARLOS CHAGAS : 82,35%
> VITAL BRASIL : 77,44%
> SANTOS DUMONT : 67,34%
> ADOLPHO LUTZ : 61,60%
> EURYCLIDES ZERBINI : 45,30%
> EMÍLIO RIBAS : 41,78%
> ADIB JATENE : 25,70%

Meio tendencioso para o lado da medicina, mas é o que se pode esperar
por aqui. Acho justo. A baixaria só torna o escolhido mais humano.
Mas fora daqui, acho que apenas Santos Dumont não seria um ilustre
desconhecido. Aliás, não conheço nenhuma boa página sobre Santos
Dumont na Internet. Provavelmente ainda menos existe sobre os outros.

Antonio Carlos M. de Queiroz



SUBJECT: Re: [ciencialist] Angra II
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/04/2000 09:02

Luiz Ferraz Netto wrote:

> Creio que será tão logo descubram o que fazer com o lixo radioativo. Já há
> tambores e mais tambores empilhados ... e o tempo de validade tá chegando ao
> fim.
> Será que irão depositá-los em minas de sal (que é o mais recomendável)?

Este é um problema ainda sem solução. O melhor seria arranjar um uso
para
este material, que acelerasse seu decaimento. Espero não ver por aqui
imensos pesadelos como os planos que se vê, especialmente nos EUA, de
construir depósitos feitos para durar 10000 anos para guardar lixo
nuclear. Os depósitos teriam que ser resistentes a calamidades naturais,
e ao colapso da civilização, que poderia gerar legiões de ignorantes
que logo achariam o lugar e achariam bonito aquele material que brilha
no escuro, como já aconteceu aqui...

Antonio Carlos M. de Queiroz



SUBJECT: Aranhas
FROM: Bolsa de Valores Bahia Sergipe Alagoas <bvbsa@bvbsa.com.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 24/04/2000 10:50

> Pessoal,
>
> Gostaria de saber se vcs conhecem algum site, que tenha como conteúdo
> principal aranhas, e que possua tb fotos, pois acho interessante o
> estudo desses bichinhos incríveis.
>
> Marcelo Falcão



SUBJECT: Angra II
FROM: Fabiano Belisário Diniz <fbdiniz@inetone.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/04/2000 12:12

Pessoal: alguém aí sabe que dia exatamente a usina nuclear de Angra II vai
começar a funcionar? Deve ser neste mês ou em maio...

Até,
Roberto Belisário



SUBJECT: Oswaldo Cruz e Cia.
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/04/2000 19:17

Oi só ciencialistas:
 
"ISTO É"  EDICÃO ESPECIAL nº 7 , 2.000 , ELEGEU OSWALDO CRUZ , COMO O CIENTISTA DO SÉCULO.
 
OS JURADOS : REITORES DA USP , UFMG , UFRJ , ETC ...
 
ESTE CÉREBRE  CIENTISTA ERRADICOU DO R.J. A FEBRE AMARELA , A PESTE BUBÔNICA E A VARÍOLA !!! 
 
"...E APESAR DE SEU TEMPERAMENTO RUDE , TINHA FAMA DE TARADO. NOS CARNAVAIS DO R.J.  VIRAVA UMA ATRAÇÃO A PARTE  E CAUSAVA FUROR ENTRE OS FOLIÕES . NÃO ERA RARO  ELE ENCHER O CARRO DE PROSTITUTAS E DESFILAR PELAS RUAS ACENANDO PARA OS PEDESTRES."
 
HOMENAGIADOS:
 
OSWALDO CRUZ:         83,09% (CAPA DA REVISTA) 
CARLOS CHAGAS :       82,35% 
VITAL BRASIL :              77,44%
SANTOS DUMONT :      67,34%
ADOLPHO LUTZ :           61,60%
EURYCLIDES ZERBINI : 45,30%
EMÍLIO RIBAS :               41,78%
ADIB JATENE :                25,70%
 
[]'s
 
Douglas

SUBJECT: Re: [ciencialist] Angra II
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/04/2000 19:45

Creio que será tão logo descubram o que fazer com o lixo radioativo. Já há
tambores e mais tambores empilhados ... e o tempo de validade tá chegando ao
fim.
Será que irão depositá-los em minas de sal (que é o mais recomendável)?
[]'s
Léo

-----Mensagem Original-----
De: Fabiano Belisário Diniz <fbdiniz@inetone.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 24 de abril de 2000 12:12
Assunto: [ciencialist] Angra II


> Pessoal: alguém aí sabe que dia exatamente a usina nuclear de Angra II vai
> começar a funcionar? Deve ser neste mês ou em maio...
>
> Até,
> Roberto Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecanismo da Existência - Elementos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/04/2000 00:36

-----Mensagem Original-----
De: "Ozelo"
Enviada em: Terça-feira, 18 de Abril de 2000 17:14
Assunto: [ciencialist] Mecanismo da Existência - Elementos

Voltei!!! :-))

> Eu vi e de fato é uma curiosa coincidência, mas será mesmo
> coincidência? ;o) Espero que não...

Certamente não é. "Deus não joga dados." :-)

> > "O esquema tridimensional, relaciona-se, de alguma forma, ao seu modelo
> > de 13 bolas. E eu não tenho dúvidas de que esse esquema encerra muito
> > mais segredos do que eu possa ter imaginado, e certamente você deve
> > estar de posse de muitos desses segredos...

> Não sei se sei algo que não soube decifrar, mas sei que busco decifrar
> se o que sei pode ser algo que ainda não sei se é. (risos) :o) Lembro-me
> de que quando tive a visão dos aglomerados, senti uma facilidade tão
> grande para entender os fenômenos mais simples da natureza que até mesmo a
> dualidade parecia não oferecer muitos mistérios diante dos exemplos da
> dupla fenda.

Esta sensação chama-se intuição e estas facilidades retratam "insights" em
cadeia. Confie na intuição mas tome cuidado com os "insights", pois as vezes
eles nos iludem. A intuição é o ato de ver, de perceber, de discernir, de
pressentir; é a contemplação pela qual se atinge a verdade por meio não
racional. O "insight" já contém um pré-raciocínio, ainda não elaborado e
apoia-se em conhecimentos outros, nem sempre de natureza científica. A
partir do "insight" começamos a criar as "imagens de espírito" a que me
referi em msg anterior (no parágrafo seguinte relato uma dessas que me
ocorreu com este modelo de 13 bolas). Às vezes conseguimos transformar essas
"imagens de espírito" em realidades evidentes (mas para o teorizador, as
imagens de espírito, por si só, já são vistas como realidades evidentes,
conforme afirmou Einstein).

Quanto ao modelo das 13 bolas, você já pensou em aumentar progressivamente o
número de bolas? Sempre mantendo a compactação, ou seja, com as bolas
ocupando o menor espaço possível para o número considerado? Se o fizer,
notará que existirão outros "números mágicos" além do 13. Notará também que,
nessa estrutura maior, o aglomerado de 13 bolas repetir-se-á (na realidade é
a base de uma estrutura cristalina) e você obterá também a coincidência
apontada para o esquema bidimensional (em que a base é o número 7 com uma
bola central e seis periféricas). Eu diria que a estrutura nuclear tem muito
dessa realidade e que os aglomerados de 13 bolas nada mais seriam do que
algo semelhante às partículas alfa. Cada conjunto de seis bolas num mesmo
plano seriam espaços disponíveis para serem ocupados por prótons ou nêutrons
numa trajetória circular em torno da bola central.

> Um dia pensei na menor definição de uma esfera como sendo
> um ponto.

Uma esfera pode ser pensada como um ponto em determinadas simplificações. É
o caso do ponto material assumido por Newton. Não obstante, as vezes esse
raciocínio, quando supervalorizado, nos leva a falácias. A meu ver, a
falácia principal apresentada pela mecânica dos maus seguidores de Newton
resultou na não explicação do desvio apresentado pelo perihélio de Mercúrio.
Trata-se de um efeito que creio ser possível ser explicado utilizando-se
única e exclusivamente a mecânica newtoniana, colocando-se o centro de massa
de Mercúrio no seu devido lugar (corrigidas as aberrações que se fizerem
necessárias).

Raciocinando em termos de limite, diria que uma esfera pode tender para um
ponto, mas não só. Outras figuras geométricas também podem. Se alguém me
disser que um ponto tem um formato piramidal creio que não seria difícil
demonstrar que essa pessoa está tão certa quanto aquela que afirma que o
ponto tem o formato de uma esfera.

> Sei que um ponto é adimensional, mas se pudermos olhar mais de
> perto para dois pontos 'encostados', talvez veríamos duas esferas. Num
> plano, se traçarmos uma circunferência circunscrita em torno das duas
> circunferências 'encostadas', a soma das áreas destas duas circunferências
> 'encostadas' é a metade da área da circunferência circunscrita. Desse
> modo, a origem de alguma força de interação estaria relacionada com a
> separação das circunferências.
>
> Se considerarmos que massa é ausência de espaço e espaço é ausência de
> massa, talvez pudéssemos considerar a massa e o espaço como duas espécies
> de cargas diferentes. No esquema das circunferências juntas representando
> a carga massa e da circunferência circunscrita representando a carga
> espaço, haveria um equilíbrio de forças. Entretanto, se separarmos as
> circunferências 'encostadas', a circunferência circunscrita aumenta seu
> raio numa proporção bastante interessante. Diria que o resultado disso
> seja uma variação do equilíbrio em forças sempre atrativas que partem de 0
> para -1...

Esses dois parágrafos são interessantes mas parece-me estarem mesclados com
"imagens de espírito" não facilmente visualizadas por terceiros, como é o
meu caso. De qualquer forma, isso faz parte do processo criativo, e cabe a
você transformá-las em "realidades evidentes", se é que ainda não o fez.

> Da época que fiz essas considerações a um ano até hoje venho pensando
> nos elementos mínimos que proporcionariam a existência de tudo. Vamos
> considerar em princípio o nada. Definitivamente o nada aqui deve ser
> caracterizado como a ausência de tudo e até mesmo, se existirem, a
> ausência das chamadas forças sutis. Uma propriedade que podemos definir
> para o nada é afirmar que ele seja infinito em todas as direções e neste
> caso, não estamos definindo algo que ocupa o nada, mas apenas um nada
> absoluto. A menos que partamos para a Cosmosofia, aparentemente não há
> nenhuma razão para existir algo com origem do nada.
>
> Agora podemos avaliar mentalmente se o nada absoluto poderia existir?
> Não. Em princípio, estou verificando se podemos afirmar a existência de
> algo simplesmente confirmando a sua inexistência e não podemos afirmar
> realmente se o nada absoluto existe, pois, não podemos confirmar a sua
> inexistência. Isso, ao meu ver, abre algumas observações sobre o que hoje
> consideramos ser o espaço.

Hoje em dia é difícil falar em espaço, especialmente após a relatividade
geral de Einstein. Em nossa mente primitiva o espaço tem uma natureza
euclidiana. Existiria esse espaço? Por outro lado, pela relatividade geral o
Universo é curvo e o espaço está inerente a esse Universo. Sob esse aspecto,
o espaço só existe em função do Universo. Do ponto de vista euclidiano, o
espaço existe independentemente do Universo. Por um lado (einsteiniano), o
espaço cresce em função do crescimento do Universo; por outro (euclidiano) o
Universo cresce num espaço infinito. Tanto o conceito de infinito quanto o
conceito de espaço curvo são absurdos para nossa mente restrita. Entre um
absurdo e outro, sou mais euclidiano, pois consigo entender as partes, ainda
que não tenha a visão do todo.

> Com base nas idéias acima mencionadas, eu diria que o espaço pode ser
> finito ou infinito. Se finito for o caso, incondicionalmente a matéria
> nele contida também deverá ser finita. Não poderíamos, em princípio, ter
> uma distribuição infinita de matéria em um espaço finito. Neste caso, a
> matéria primordial não poderia estar concentrada, pois não haveria razão
>para a origem do movimento. Mas se a matéria primordial estivesse
> homogeneamente distribuída, de fato teríamos uma quantidade de movimento
> para o Universo proporcional à essa distribuição e que obedeceria às leis
> de conservação. A minhas dúvidas nessas questões sugerem avaliar com
> cuidado a radiação cósmica de fundo isotrópica como talvez sendo um limite
> natural do nosso universo.

E se o Universo estivesse em explosão (Big-Bang) permanente? E se a matéria
em expansão tivesse tempo suficiente para se degradar, digamos, em neutrinos
(matéria escura) lançados para o espaço em todas as direções e produzidos
por qualquer reação do nosso dia-a-dia e a se acompanhar do que chamamos
atrito e/ou de "aumento" de entropia? E se esses neutrinos, componentes
últimos das transformações das galáxias em suas jornadas para a periferia do
Universo por fim, e em obediência a um campo gravitacional, retornassem ao
ponto de origem? E se, nesse ponto de origem, os neutrinos se recompusessem
a formar um novo caldo primitivo a explodir em novas galáxias a serem
relançadas para a periferia do Universo? E se... Não é de pirar? Um Universo
eterno? E sem a necessidade da alternância entre contração e expansão?

> Se infinito for o caso do espaço, já não podemos mais afirmar que em
> algum lugar exista um nada absoluto senão afirmando ser o próprio espaço
> esse nada. Neste caso, a matéria nele contida poderá talvez ser finita ou
> infinita. Se finita for o caso, poderíamos dizer que se olharmos do mais
> longínquo espaço completamente afastado da concentração de matéria do
> nosso universo, veríamos um único ponto de propagação eletromagnética.
> Neste caso, quando afirmamos que a velocidade de propagação é constante e
> que uma onda eletromagnética transporta energia, poderíamos supor que a
> energia do nosso Universo está se exaurindo para o espaço?

Talvez sim, talvez não. Prefiro considerar um Universo material finito
(formado de matéria e resíduo da matéria, qual seja, os neutrinos) contido
num Universo espacial infinito e vazio (mesmo porque, não consigo conceber a
existência de um "muro" a conter esse Universo espacial).

> Eu espero que não, dessa forma, se
> infinita for o caso, consideremos a distribuição de matéria proposta pela
> solução do paradoxo gravitacional adotada pelo Assis.

Não conheço o paradoxo apontado.

> De alguma forma, acredito estarmos chegando perto de uma boa definição
> para o Mecanismo da Existência. Mas o que vejo, é que estou arranhando a
> casquinha do que aparenta exigir uma compreensão de magnitudes planetárias
> ou tão simples que microscopicamente não podem ser notadas, mas estamos
> arranhando!

Isaac Newton, 1727:
"Não sei de que modo o mundo me vê; mas a mim mesmo pareço ter sido apenas
um menino brincando na praia, entretendo-me com encontrar de quando em
quando um seixo mais liso ou uma concha mais bela do que o ordinário
enquanto todo o vasto oceano da verdade jazia inexplorado diante de mim."

Albert Einstein:
"É uma ironia do destino eu mesmo ter sido alvo de admiração e reverência
excessivas de meus semelhantes, por [...] nenhum mérito próprio. A causa
disso pode muito bem ser o desejo [...] de compreender as poucas idéias que
eu, com minhas frágeis capacidades, alcancei [...].

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Oswaldo Cruz e Cia.
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/04/2000 10:14


> Meio tendencioso para o lado da medicina, mas i o que se pode esperar
> por aqui. Acho justo. A baixaria ss torna o escolhido mais humano.
> Mas fora daqui, acho que apenas Santos Dumont nco seria um ilustre
> desconhecido. Alias, nco conhego nenhuma boa pagina sobre Santos
> Dumont na Internet. Provavelmente ainda menos existe sobre os outros.
>
> Antonio Carlos M. de Queiroz

Sobre alguns deles, se nao me engano, existe algo no site do CNPq
(Prossiga), o endereco eh http://www.prossiga.cnpq.br .

Estou num terminal soh texto e portanto nao posso conferir a quantidade
e qualidade do material que estah na pagina.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Oswaldo Cruz e Cia.
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/04/2000 10:45

Completanto a informacao anterior...

http://www.prossiga.br/chagas/ eh o endereco da Biblioteca Virtual Carlos
Chagas.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna.



SUBJECT: -= NewsLetter 15 [25/04/2000] =-
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/04/2000 15:46

Estou dando um `forward` num interessante Newsletter sobre ciencia.
Agradeco a permicao de David Ramalho.
OBS: se alguem observar problemas com o tamanho das linhas me avise!
Ateh mais.
Luis Roberto Brudna

------
:: N O T I C I A S

-> ENTREVISTA COM GARY COMSTOCK
Os OGM segundo um filssofo
Filomena Naves
Para Gary Comstock, ss a analise dos efeitos dos produtos geneticamente
modificados i valida para uma decisco sobre eles

http://www.dn.pt/cie/30p88a.htm

-> Cientistas Identificam Duas Novas Espicies de Saguins no Brasil
Amazsnia Revela Dois Segredos
Por CLARA BARATA
A floresta da Amazsnia continua a ter surpresas para revelar. Desta vez,
sco duas novas espicies de pequenos macacos coloridos, que receberam o
nome das duas localidades mais prsximas do smtio em que foram
encontrados: Manicore e Rio Acari

http://jornal.publico.pt/publico/2000/04/25/Ciencias/H01.html

-> Estudo Publicado na "Science" Pode Fornecer Pistas Sobre a Evolugco da
Linguagem
Macacos e Bebis Distinguem Lmnguas
Por RITA VAZ DA SILVA
Os recim-nascidos e os macacos conseguem distinguir lmnguas diferentes,
apesar de nco perceberem o significado das palavras, concluiu um grupo de
cientistas franceses e norte-americanos, que publicou os seus resultados
na revista "Science".

http://jornal.publico.pt/publico/2000/04/25/Ciencias/H02.html


:: H U M O R

A secgco de humor de hoje apresenta textos que podem encontrar em
[ http://ciencia.jumpfun.com/ ] ( obrigado Luis )

-> Novas instrugues
Com o avango da fmsica as empresas terco que colocar novas instrugues nos
seus produtos. Abaixo seguem alguns exemplos:

--este produto causa deformagues no espago tempo.

--este produto atrai todas as coisas ao seu redor com uma forga
proporcional ao produto das massas e inversamenente proporcional com a
distancia entre eles.

--a massa deste produto contem energia correspondente a 85 milhues de
toneladas de dinamite.

-- por causa do "princmpio da incerteza" i impossmvel descobrir, ao mesmo
tempo, onde o produto esta e com que velocidade ele esta se movendo.

-- ha uma chance muito pequena, mas nco nula de que atravis do processo de
tunelamento este produto possa espontaneamente desaparecer deste local e
reaparecer em algum lugar do universo. Incluindo a a casa de seu vizinho.
O fabricante nco i responsavel por qualquer consequjncia deste fentmeno.

--este produto i feito de 100% de matiria, evite contato deste com
anti-matiria. Pois o resultado seria a liberagco de uma grande quantidade
de energia.

--o uso deste produto de alguma forma irreversivel causara sempre algum
aumento de entropia no universo.

-- este produto possui 99.9999999999% de espago vazio.

--ss garantimos este produto para comportamentos em espagos
tridimensionais, quaiser outras alteragues devido a outras dimensues nco
estco na garantia.

--algumas teorias da fmsica qubntica afirmam que quando o consumidor nco
esta observando diretamente o produto, este zltimo pode deixar de existir
ou entco passara a existir em um estado indeterminado.

-- tenha cuidado ao levantar este produto, pois sua massa e portanto seu
peso dependem da velocidade relativa do usuario.

-- o universo em que este produto esta inserido pode em algum momento
colapsar em um ponto singular e em seguida dar origem a um outro universo.
Apresenga deste produto no novo sistema nco i garantida.

:: F I M

David Ramalho signing off .....



SUBJECT: Re: [ciencialist] -= NewsLetter 15 [25/04/2000] =-
FROM: Wilson Baptista Junior <wilson@bis.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/04/2000 20:01

Oi Luís,

At 18:43 25/04/00 +00-03, you wrote:
>OBS: se alguem observar problemas com o tamanho das linhas me avise!

>Desta vez,
>são duas novas espécies de pequenos macacos
>coloridos, que receberam o
>nome das duas localidades mais próximas do sítio
>em que foram
>encontrados: Manicore e Rio Acari

Veio com alguns problemas, parece que onde havia quebra de linha
anteriormente ficaram um monte de espaços.
Nada, entretanto, que prejudique a leitura. Meu leitor é o Eudora 4.3.
[]'s
Wilson


============================================
Wilson Baptista Junior
Solucoes Empresariais Consultoria e Negocios
http://www.soempresar.com.br
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mailto:wilson@bis.com.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Angra II
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/04/2000 00:15

Fabiano Belisário Diniz wrote:

> Eliane: as usinas hidrelétricas causam um impacto ambiental medonho,
> porque sempre alagam um vasto terreno, matando animais e plantas, alterando o
> clima local e expulsando fazendeiros e moradores de cidades. As usinas
> nucleares, por outro lado, ajudam a preservar o ambiente por várias razões. Por
> exemplo, elas ajudam muito a reduzir a emissão de dióxido de carbono na
> atmosfera. O texto abaixo mostra detalhes deste ponto e foi retirado do site da
> Eletronuclear, http://www.eletronuclear.gov.br/home.htm

Existe impacto ambiental sim, como também existe impacto ambiental da
mineração de carvão, de petróleo, de gás natural e de urânio, e de seu
processamento e tratamento dos resíduos.
Uma usina hidroelétrica tem custo ambiental zero depois de implantada, e
um novo ecosistema, diferente do original, mas sem nada de errado, pode
ser formado facilmente. Não se pode gerar energia do nada, mas uma usina
hidroelétrica gera tão do nada quanto possível, apenas adiando um pouco
o processo natural do escoamento da água dos rios. A água armazenada
pode ter muitos outros usos, como irrigação, aspecto importante agora
que aparecem ameaças de falta de água potável.
Muito desta história contra a construção de novas hidroelétricas vem
de grupos interessados na venda de usinas termoelétricas prontas, com
tecnologia desenvolvida em lugares com menor potencial hidroelétrico
que o Brasil. Aqui, só não temos -horror- a usinas termoelétricas pois
existem poucas, e a maioria nunca teve que viver com uma destas coisas
nas vizinhanças.

Antonio Carlos M. de Queiroz



SUBJECT: Re: [ciencialist] Angra II
FROM: Fabiano Belisário Diniz <fbdiniz@inetone.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/04/2000 02:18

Belisário:
>> > Pessoal: alguém aí sabe que dia exatamente a usina nuclear de Angra II vai
>> > começar a funcionar? Deve ser neste mês ou em maio...
>> >
>> > Até,
>> > Roberto Belisário

Eliane Evanovich Gallagher:
> Nao sei qdo vai comecar a funcionar, mas sendo um pais com tantos
>rios (e que ninguem e' tao ecologico ao ponto nao utiliza-los para fins
>financeiros), chega a ser um absurdo ter uma usina nuclear, certos paises
>precisam de tal fonte de energia por nao ter outros meios (ou nao
>descobriram novos modos). Essa grana poderia ser destinada a dar mais
>educacao para os caras que implantaram essa ideia idiota e para ensinar um
>pouco de geografia para os mesmos!!
> Espero que esta droga nunca funcione, pois isso e' muita
>responsabilidade para um pais tao infantil (puxa, ja' fez 500 anos, quem
>sabe com 3000 anos se torne adulto)!!

Eliane: as usinas hidrelétricas causam um impacto ambiental medonho,
porque sempre alagam um vasto terreno, matando animais e plantas, alterando o
clima local e expulsando fazendeiros e moradores de cidades. As usinas
nucleares, por outro lado, ajudam a preservar o ambiente por várias razões. Por
exemplo, elas ajudam muito a reduzir a emissão de dióxido de carbono na
atmosfera. O texto abaixo mostra detalhes deste ponto e foi retirado do site da
Eletronuclear, http://www.eletronuclear.gov.br/home.htm

se, teoricamente, se utilizasse centrais a carvão modernas e eficientes para
gerar os 16% do total de
energia elétrica produzida por centrais nucleares em todo o mundo, seriam
emitidos adicionalmente
cerca de 2,3 bilhões de toneladas de CO2 por ano (Tabela-XIV) ou 1,8 bilhões de
t CO2 por ano caso
a energia nucleoelétrica fosse substituida por um “mix” de usinas a óleo,
carvão e gás conforme as
características próprias de cada país (Tabela-XV). Para se dar uma perspectiva
da importância destas
quantidades, basta dizer que a Conferência de Toronto sobre Mudanças
Climáticas, de junho de
1988 recomendou uma redução das emissões anuais de 4-5 bilhões de toneladas de
CO2 até 2005 a
partir do nivel atual de 20-25 bilhões de toneladas emitidas anualmente.
A energia nuclear substituiu, no período, 1973-1995, a nível mundial, 10,1
bilhões de barris de petróleo,
55,7 trilhões de pés cúbicos (1,58 trilhões de m3 ) de gás natural e 8,9
bilhões de toneladas de carvão
(Tabela-XVI). Assim no período 1973-1995 foram evitadas as emissões de 22,4
bilhões de toneladas de
CO2, 218 milhões de toneladas de dióxido de enxofre e 98 milhões de
toneladas de
óxidos de nitrogênio

O grande problema dessas usinas é o lixo atômico, que é radioativo,
altamente tóxico e terrivelmente difícil de ser destruído. Pergunto-me o que é
preferível, produzir e guardar esses materiais tóxicos, tendo a possibilidade
de conseguirmos uma tecnologia para reduzir sua toxicidade e radioatividade no
futuro, ou arcar com a vasta e irremediável destruição causada por uma usina
hidrelétrica.

A propósito, sobre o lixo atômico: há 9 anos que a lei que determina os
depósitos permanentes de lixo atômico no Brasil está tramitando no Congresso
(sendo que de 1991 a 1995 não houve nenhum passo na tramitação) e até hoje não
foi votada. Enquanto isso, o lixo atômico de Angra é colocado num depósito
provisório. Na semana retrasada uma comissão ligada à ONU vistoriou durante
cinco dias os depósitos de lixo atômico de Angra, e um de seus figurões já se
pronunciou dizendo que considera necessária uma "solução final" para o
problema. (O relatório final dessa comissão só sairá em junho.) Acho que a
imprensa (e o resto do país) está falhando fragorosamente na missão de
pressionar o governo neste ponto.

Pelo menos, acho eu.
Até a próxima,
Roberto Belisário



SUBJECT: Teorias Realistas Atuais
FROM: Fabiano Belisário Diniz <fbdiniz@inetone.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/04/2000 02:22

Estou preso em Curitiba até semana que vem por causa de um pequeno
problema de saúde e já consegui resolver o terrível problema de como
acessar os e-mails daqui; porém, estou meio sem tempo para manter aquela
discussão sobre os fundamentos da Física Quântica com o Alberto Mesquita
Filho. Mas no mais tardar na semana que vem a retomarei.

Até,
Roberto Belisário



SUBJECT: Re: [ciencialist] Angra II
FROM: Fabiano Belisário Diniz <fbdiniz@inetone.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/04/2000 02:34

Complementando o que me esqueci na mensagem anterior, nosso potencial
hidrelétrico não é tão grande assim. Temos muitos rios, mas a maior parte
deles não tem desnível suficiente para serem usados para gerar energia. Os
da Amazonia, por exemplo, têm desnível baixíssimo e são impróprios para
usinas hidrelétricas. O custo da energia elétrica na Amazônia é mais alto
do que no resto do país, porque têm que arcar com a despesa do transporte
da energia por milhares de quilômetros desde o Sudeste. A solução para
aquela região é a energia nuclear (termoelétrica nem pensar, o efeito
estufa está aí). Mesmo no Sul e Sudeste, estamos rapidamente caminhando
para uma situação onde a demanda de energia superará a oferta, e, se não
fizermos nada, teremos racionamento em poucos anos. Não restam muitas
alternativas nos rios daqui para construção de usinas, estão todos
abarrotados de barragens.

Belisário

Eliane:
> Nao sei qdo vai comecar a funcionar, mas sendo um pais com tantos
>rios (e que ninguem e' tao ecologico ao ponto nao utiliza-los para fins
>financeiros), chega a ser um absurdo ter uma usina nuclear, certos paises
>precisam de tal fonte de energia por nao ter outros meios (ou nao
>descobriram novos modos). Essa grana poderia ser destinada a dar mais
>educacao para os caras que implantaram essa ideia idiota e para ensinar um
>pouco de geografia para os mesmos!!
> Espero que esta droga nunca funcione, pois isso e' muita
>responsabilidade para um pais tao infantil (puxa, ja' fez 500 anos, quem
>sabe com 3000 anos se torne adulto)!!



SUBJECT: Re: [ciencialist] Lambedores de latinha
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/04/2000 06:29

Douglas wrote:

> CUIDADO COM OS REFRIGERANTES EM LATA
>...
> Como uma notícia tão importante não é divulgada pela mídia?
> Será que os fabricantes de latinha são tão poderosos quanto os da Coca
> Cola?

Esta notícia tem cara de "lenda urbana", mas pode ter fundo de verdade.
Lembro de quando apareceram bebidas em lata, e ninguém sequer pensaria
em beber aquilo sem lavar a lata primeiro. Agora tacam direto na boca
como estiver. Já repararam como a lingueta que fechava a abertura
entra direto no conteúdo quando a lata é aberta? Aí, se houver mesmo
contaminação, canudo não adianta.
Eu evito ao máximo tomar bebidas em lata. Não por esta paranóia
higiênica, mas por achar absurdo o sistema em que latas produzidas
com grande consumo de energia vão para o lixo, sendo coletadas por
legiões de miseráveis que não sabem fazer outra coisa, para serem
derretidas, com alto consumo de energia de novo, para serem
transformadas em latinhas outra vez. Incompatível com qualquer idéia
de desenvolvimento sustentável. Latas deviam ser reservadas para
alimentos de consumo mais lento, não bebidas.

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: En: [ciencialist] Angra II
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 26/04/2000 06:38

Sheila Franco. wrote:

> (o termo correto é termoelétrica ou
> termoquímica?).

Termoelétrica, pois a usina produz eletricidade a partir de uma fonte
de calor.

> Mudando um pouco de assunto, gostaria de saber se algum de vocês poderiam
> tentar me explicar como funcionariam o sistema eólico de geração de energia,
> que segundo Lester Brown, estaria sendo desenvolvido e já utilizado pelas
> grandes empresas norte americanas de petróleo.

Instalam conjuntos de grandes hélices montadas em altas torres,
acionando
geradores elétricos. Estas instalações são comuns nos EUA em lugares de
vento constante, e são conhecidas como "wind farms". O solo sob as
torres
pode ser usado para outros fins. São instalações algo caras, pois não
muita energia pode ser obtida por este meio, sofisticados sistemas de
conversão de energia são necessários, e tudo depende do vento,
não controlável.

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: [ciencialist] Lambedores de latinha
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/04/2000 12:26


Essa eu jah tinha recebido a muito tempo atras. Existe a possibilidade
de estar contaminada... mas eh assim, uns ganham na Mega Sena outros nao.
:) Ou seja, quando voce bebe refrigerante em lata estah apostando na Mega
Sena da morte. :)) ok.. ok brincadeira.
Mas pra assustar um pouco mais, alerto que eh possivel a trasmicao do
Hanta virus, um virus *muito* letal... tipo o Ebola. O Hanta virus eh
trasmitido por roedores, mas estes normalmente de origem silvestre.
Vou parar por aqui, se nao os paranoicos... OBS: a informacao acima nao
eh confirmada pelo Inmetro. :)) Alias... uma pergunta, o Inmetro faz
analises biologicas??
Aposto que jah existe algo contra esta mensagens nos sites contra lendas
urbanas. Em ingles existem varios sites que desmentem essas lendas... mas
em portugues nao lembro de nenhum.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna

On Wed, 26 Apr 2000, Douglas wrote:
> A revista da ABCFARMA publicou (data?) e encontrei o recorte fixado
> num quadro de avisos de um corredor obscuro de uma repartigco pzblica
> obscura (obscura: em termos de divulgagco), de Piracicaba-SP.
> ......................................................................
> CUIDADO COM OS REFRIGERANTES EM LATA
> "Toda vez que comprar uma lata de refrigerante, tome o cuidado de
> lavar a parte de cima com agua corrente e sabco e, se possmvel, use um
> canudo". A recomendagco i do dr. Fabio Lopes Olivares, do setor de
> Citologia Vegetal da Universidade Estadual do Norte Fluminense. "Uma
> amiga da fammlia morreu depois de beber uma soda em lata.
> Provavelmente ela nco limpou a parte superior antes de beber, e a lata
> estava suja com urina de rato seca, que contim substbncias tsxicas e
> letais, inclusive leptospiras, provocadoras da leptospirose". Bebidas
> em lata e outros alimentos enlatados ficam guardados em armazins que
> geralmente sco infestados de roedores e posteriormente sco
> transportados para as lojas de venda sem a devida limpeza. Segundo
> pesquisa do Inmetro, a tampa da latinha do refrigerante i mais polumda
> do que um banheiro pzblico.
> ......................................................................
> Como uma notmcia tco importante nco i divulgada pela mmdia?
> Sera que os fabricantes de latinha sco tco poderosos quanto os da Coca
> Cola?
> Ss dizendo como o macaco: "Por favor nco tentem me explicar, eu ss
> queria entender!"


SUBJECT: Sites.
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/04/2000 12:31


Um pouco de 'propaganda'.

>>Site da Sociedade da Terra Redonda - destinado ateismo, ceticismo, pela
separacao de igreja e estado, etc.
http://www.strbrasil.com.br
OBS:o site estah muito lento, eh preciso paciencia.

>>Quackwatch em portugues - traducao do site em ingles dedicado a
desmascarar fraudes (principalmente) na area da medicina. Ou seja, contra
charlatanismos e curandeirismos em geral.
http://www.geocities.com/quackwatch/

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna




SUBJECT: Lambedores de latinha
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/04/2000 13:13

A revista da ABCFARMA publicou (data?) e encontrei o recorte fixado
num quadro de avisos de um corredor obscuro de uma repartição pública
obscura (obscura: em termos de divulgação), de Piracicaba-SP.
......................................................................
...........................

CUIDADO COM OS REFRIGERANTES EM LATA

"Toda vez que comprar uma lata de refrigerante, tome o cuidado de
lavar a parte de cima com água corrente e sabão e, se possível, use um
canudo". A recomendação é do dr. Fabio Lopes Olivares, do setor de
Citologia Vegetal da Universidade Estadual do Norte Fluminense. "Uma
amiga da família morreu depois de beber uma soda em lata.
Provavelmente ela não limpou a parte superior antes de beber, e a lata
estava suja com urina de rato seca, que contém substâncias tóxicas e
letais, inclusive leptospiras, provocadoras da leptospirose". Bebidas
em lata e outros alimentos enlatados ficam guardados em armazéns que
geralmente são infestados de roedores e posteriormente são
transportados para as lojas de venda sem a devida limpeza. Segundo
pesquisa do Inmetro, a tampa da latinha do refrigerante é mais poluída
do que um banheiro público.
......................................................................
............................

Como uma notícia tão importante não é divulgada pela mídia?
Será que os fabricantes de latinha são tão poderosos quanto os da Coca
Cola?

Só dizendo como o macaco: "Por favor não tentem me explicar, eu só
queria entender!"




SUBJECT: Re: [ciencialist] Lambedores de latinha
FROM: "Prof. Antonio Godoy" <prof_godoy@teracom.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/04/2000 15:50

----- Original Message -----
From: <lrb@if.ufrgs.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, April 26, 2000 12:26 PM
Subject: Re: [ciencialist] Lambedores de latinha


> Aposto que jah existe algo contra esta mensagens nos sites contra >lendas
>urbanas. Em ingles existem varios sites que desmentem essas >lendas... mas
>em portugues nao lembro de nenhum.

Lendas urbanas!!
Esta é a melhor definição que já vi...!

Um abraço,--
Antonio A. J. Godoy
Amateur Physicist - Chemistry Student
High School teacher of Physics and Chemistry

+55 44 962 3455
ICQ #28370022

Maringá - Paraná
Brasil

"Deus deixa pistas para que o homem descubra a Verdade."
A. Einstein--



Ateh mais.
Luis Roberto Brudna

On Wed, 26 Apr 2000, Douglas wrote:
> A revista da ABCFARMA publicou (data?) e encontrei o recorte fixado
> num quadro de avisos de um corredor obscuro de uma repartição pública
> obscura (obscura: em termos de divulgação), de Piracicaba-SP.
> ......................................................................
> CUIDADO COM OS REFRIGERANTES EM LATA
> "Toda vez que comprar uma lata de refrigerante, tome o cuidado de
> lavar a parte de cima com água corrente e sabão e, se possível, use um
> canudo". A recomendação é do dr. Fabio Lopes Olivares, do setor de
> Citologia Vegetal da Universidade Estadual do Norte Fluminense. "Uma
> amiga da família morreu depois de beber uma soda em lata.
> Provavelmente ela não limpou a parte superior antes de beber, e a lata
> estava suja com urina de rato seca, que contém substâncias tóxicas e
> letais, inclusive leptospiras, provocadoras da leptospirose". Bebidas
> em lata e outros alimentos enlatados ficam guardados em armazéns que
> geralmente são infestados de roedores e posteriormente são
> transportados para as lojas de venda sem a devida limpeza. Segundo
> pesquisa do Inmetro, a tampa da latinha do refrigerante é mais poluída
> do que um banheiro público.
> ......................................................................
> Como uma notícia tão importante não é divulgada pela mídia?
> Será que os fabricantes de latinha são tão poderosos quanto os da Coca
> Cola?
> Só dizendo como o macaco: "Por favor não tentem me explicar, eu só
> queria entender!"

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SUBJECT: En: [ciencialist] Angra II
FROM: "Sheila Franco." <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 26/04/2000 16:21


Olá a todos!

Sou uma das pessoas que teme usinas termoquímicas, embora não embasamento
concreto para tal.
Após notícias jornalísticas sobre possível falha no sistema de Angra II,
estive perguntando a ambientalistas sobre estudos de espalhamento de
material radioativo assim como sobre plano evacuação no caso de algum
acidente nas usinas termoquímicas (o termo correto é termoelétrica ou
termoquímica?). Bem, existe um plano de evacuação, porém, comprovado como
ineficaz.. Além disso a radioatividade atingiria boa parte do litoral
paulista em 5min.

Mudando um pouco de assunto, gostaria de saber se algum de vocês poderiam
tentar me explicar como funcionariam o sistema eólico de geração de energia,
que segundo Lester Brown, estaria sendo desenvolvido e já utilizado pelas
grandes empresas norte americanas de petróleo.

Abraços

Sheila.


----- Original Message -----
From: Antonio Carlos M. de Queiroz <acmq@compuland.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, April 26, 2000 12:15 AM
Subject: Re: [ciencialist] Angra II


Fabiano Belisário Diniz wrote:

Eliane: as usinas hidrelétricas causam um impacto ambiental
medonho,
porque sempre alagam um vasto terreno, matando animais e plantas, alterando
o
clima local e expulsando fazendeiros e moradores de cidades. As usinas
nucleares, por outro lado, ajudam a preservar o ambiente por várias razões.
Por
exemplo, elas ajudam muito a reduzir a emissão de dióxido de carbono na
atmosfera. O texto abaixo mostra detalhes deste ponto e foi retirado do
site da
Eletronuclear, http://www.eletronuclear.gov.br/home.htm

Existe impacto ambiental sim, como também existe impacto ambiental da
mineração de carvão, de petróleo, de gás natural e de urânio, e de seu
processamento e tratamento dos resíduos.
Uma usina hidroelétrica tem custo ambiental zero depois de implantada, e
um novo ecosistema, diferente do original, mas sem nada de errado, pode
ser formado facilmente. Não se pode gerar energia do nada, mas uma usina
hidroelétrica gera tão do nada quanto possível, apenas adiando um pouco
o processo natural do escoamento da água dos rios. A água armazenada
pode ter muitos outros usos, como irrigação, aspecto importante agora
que aparecem ameaças de falta de água potável.
Muito desta história contra a construção de novas hidroelétricas vem
de grupos interessados na venda de usinas termoelétricas prontas, com
tecnologia desenvolvida em lugares com menor potencial hidroelétrico
que o Brasil. Aqui, só não temos -horror- a usinas termoelétricas pois
existem poucas, e a maioria nunca teve que viver com uma destas coisas
nas vizinhanças.

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Topologia
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/04/2000 23:54

Amigos:

- Alguem poderia me enviar indicacoes de sites ou
livros que falem sobre o tema TOPOLOGIA (Matematica)

- Grato pela atencao de todos.

Paulo Sergio Dias
psdias@zaz.com.br





SUBJECT: Criaturas e criador
FROM: "Sheila Franco." <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 27/04/2000 08:43

Se bem conheço a tchurma de geologia da UFRJ, creio que em piadas devem estar correndo soltas. O Prof. Candinho bem merecia ter seu nome homenageado na denominação de animal de fama popular bastante diferente.
 
Abraços,
 
Sheila.

JB Online - Ciência - 27/04/2000.

Crocodilo pré-histórico

Fóssil de réptil onívoro com 135 milhões
de anos foi achado no Maranhão

Foto de Estefan Radovicz
 

Pesquisadores da UFRJ divulgaram ontem o fóssil de um crocodilo de 135 milhões de anos, o mais antigo da família dos notossúquios e o primeiro de sua espécie encontrado. Descoberto em outubro do ano passado, no Maranhão, o fóssil pertence a uma espécie terrestre, batizada Candidodon itapecuruense. "É uma descoberta importantíssima porque vai fornecer as pistas de como e onde eles viveram", disse o coordenador geólogo Ismar de Souza Carvalho.

Pequeno - por volta de 80 centímetros - e de focinho curto, o crocodilo em nada lembra seus descendentes atuais. Em vez de nadar pelos pântanos, como os crocodilos anfíbios, o Candidodon itapecuruense circulava por terra. "Essa espécie não tem análogos vivos. Seus olhos ficavam nas laterais e não no topo do crânio", explicou Ismar. Nos crocodilos anfíbios, os olhos elevados servem para enxergar acima da superfície da água.

Outra particularidade da espécie é que eles eram onívoros, ou seja, comiam de tudo, e não exclusivamente carne, como os crocodilos atuais. Os pesquisadores chegaram a esta conclusão examinando os dentes do fóssil. "Primeiro pensamos que se tratava de um mamífero, pois ele tinha dentes especializados", afirmou o geólogo.

O crocodilo viveu durante o período cretáceo, época em que os mamíferos ainda eram escassos. Tinha patas mais compridas para percorrer as distâncias do enorme continente de Gondwanda, massa de terra formada pela América do Sul, África, Austrália e Índia e Antártica. O clima local era quente e seco

A extinção da espécie ainda é um mistério, mas acredita-se que eles tenham sido vítimas de transformações climáticas causadas pelo surgimento do oceano Atlântico. "O fóssil é da época da formação do oceano, que promoveu uma reviravolta no ecossistema", disse Ismar.

A equipe de pequisadores, financiada pela Faperj, encontrou o crânio do crocodilo nas margens do rio Itapecuru. Junto ao crânio, foram achadas vértebras, ossos das patas e placas dérmicas (ossos em forma de escamas que ficam por baixo da couraça) do mesmo animal. Notossúquios só haviam sido encontrados antes em São Paulo e em Malawi, na África. O nome da nova espécie foi uma homenagem ao professor titular do instituto de Geociências Cândido Simões Ferreira, pioneiro das explorações do sítio do Maranhão.

A descoberta do fóssil pode ainda indicar um rico manancial de outros achados. "Onde se encontra um fóssil, há outros por perto. Pode ser que haja até um de mamífero", disse a pesquisadora Líliam Paglarelli. Os cientistas supõem que o crocodilo convivesse com mamíferos nas margens dos rios.


SUBJECT: Re: En: [ciencialist] Angra II
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 27/04/2000 09:29

> Sou uma das pessoas que teme usinas termoqummicas, embora nco embasamento
> concreto para tal.
> Apss notmcias jornalmsticas sobre possmvel falha no sistema de Angra II,
> estive perguntando a ambientalistas sobre estudos de espalhamento de
> material radioativo assim como sobre plano evacuagco no caso de algum
> acidente nas usinas termoqummicas (o termo correto i termoelitrica ou
> termoqummica?). Bem, existe um plano de evacuagco, porim, comprovado como
> ineficaz.. Alim disso a radioatividade atingiria boa parte do litoral
> paulista em 5min.

O correto nao seria termonuclear?? :) Nao tenho certeza do que estou
falando.
..
Aproveitando o e-mail. Acho estranho quando falam em carro eletrico
como a solucao para o meio ambiente. Sei que nao sao todos que pensam
assim. Mas vale a pena lembrar que a origem da energia usada em carros
eletricos normalmente eh poluidora, ou seja, ha apenas um deslocamento do
problema.
No canal Discovery tinha uma propaganda da Shell sobre combustiveis
alternativos, que falava algo assim como "hidrogenio que se transforma em
agua que se transforma em hidrogenio". Dando a falsa ideia de um processo
fechado .. tipo um moto perpetuo.. sem nenhuma fonte de poluicao.


Ateh mais.
Luis Roberto Brudna.


SUBJECT: -= NewsLetter 16 [26/04/2000] =-
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/04/2000 09:36

:: N O T I C I A S

-> 3: Congresso Ibirico Sobre Contaminagco e Toxicologia Ambiental Comega
Hoje no Algarve
Bzzios Mudam de Sexo
Por IDALIO REVEZ
A poluigco que chega ao meio aquatico tem consequjncias catastrsficas para
a fauna. Poluentes, como os que sco utilizados nas tintas das embarcagues,
podem provocar mudangas de sexo nos animais, impedindo a sua reprodugco e
condenando-os ao desaparecimento. Assim aconteceu com as ostras no Sado
e no Tejo, assim acontece com os bzzios na costa algarvia.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/04/26/Ciencias/H01.html

-> Calor Nco Aumenta Decomposigco da Matiria Orgbnica
O Papel das Florestas no Aquecimento Global
Por ANA FERNANDES
Que as florestas tjm um importante papel como sumidouros do disxido de
carbono existente na atmosfera, ja se sabia. Mas, simultaneamente,
pensava-se que o aumento das temperaturas iria retirar importbncia a este
papel pois a respiragco da vegetagco (o oposto da fotossmntese) tambim
iria crescer, contribuindo para o aumento das emissues.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/04/26/Ciencias/H02.html

-> A Central Nuclear Permanece em Funcionamento 14 Anos Apss a Catastrofe
Uma Bomba-relsgio Chamada Tchernobil
Por ANA FERNANDES
O horror que um desastre atsmico pode provocar tem um nome: Tchernobil. Ha
14 anos que o reactor quatro explodiu mas a central continua activa, como
uma autjntica bomba-relsgio. A Ucrbnia comprometeu-se a fecha-la ati ao
fim do ano, mas poucos acreditam que este passo seja dado. Os mais ricos
do mundo prometeram disponibilizar fundos para a substituigco desta
central por outras duas mais modernas.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/04/26/Ciencias/H03.html

-> REDE NATURA 2000
Areias movedigas no Lima
Paula Ferreira
A extracgco de areias no estuario do rio esta a provocar erosco costeira e
extingco de espicies. Os protestos multiplicam-se

http://www.dn.pt/cie/26p25a.htm

-> Galileu faz imagens de luas de Jupiter
Lancada em 1989 e operando desde 1995, a Galileu enviou aa Nasa novas
imagens das luas internas de Jupiter.

http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2000/abr/25/80.htm
[25/04/2000]

-> Exclusivo: fisica alerta que reserva de uranio da cancer
http://www.terra.com.br/istoenoticias/2000/04/25/014.htm

:: P I A D I N H A S ( ou piada gigante para ocupar espago :) )

YOU MIGHT BE A PHYSICS MAJOR...

if you have no life - and you can PROVE it mathematically.

if you enjoy pain.

if you know vector calculus but you can't remember how to do long
division.

if you chuckle whenever anyone says "centrifugal force."

if you've actually used every single function on your graphing calculator.

if when you look in a mirror, you see a physics major.

if it is sunny and 70 degrees outside, and you are working on a computer.

if you frequently whistle the theme song to "MacGyver."

if you always do homework on Friday nights.

if you know how to integrate a chicken and can take the derivative of
water.

if you think in "math."

if you've calculated that the World Series actually diverges.

if you hesitate to look at something because you don't want to break down
its wave function.

if you have a pet named after a scientist.

if you laugh at jokes about mathematicians.

if the Humane society has you arrested because you actually performed the

if you can translate English into Binary.

if you can't remember what's behind the door in the science building
which says "Exit."

if you have to bring a jacket with you, in the middle of summer, because
there's a wind-chill factor in the lab.

If you are completely addicted to caffeine.

if you avoid doing anything because you don't want to contribute to the
eventual heat-death of the universe.

if you consider ANY non-science course "easy."

if when your professor asks you where your homework is, you claim to have
accidentally determined its momentum so precisely, that according to
Heisenberg it could be anywhere in the universe.

if the "fun" center of your brain has deteriorated from lack of use.

if you'll assume that a "horse" is a "sphere" in order to make the math
easier.

if you understood more than five of these indicators.

if you make a hard copy of this list, and post it on your door.

If these indicators apply to you, there is good reason to suspect that
you might be classified as a physics major. I hope this clears up any
confusion.

:: T H E E N D ( ou :: F I M )

Sou eu , David Ramalho....



SUBJECT: -= NewsLetter 17 [27/04/2000] =-
FROM: "David Ramalho" <mop12506@mail.telepac.pt>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 27/04/2000 12:26
ATTACHMENTS (20000427-122626-0000547): "cientistas1.gif"

:: N E W S L E T T E R

Fui avisado que poderão haver alguns problemas nos emails devido a quebras
de linhas , isto prende-se com o facto do email ser enviado em formato de
texto ( para maior compatibilidade ) , e de tentar dar espaços para
melhorar a legibilidade dos textos . O problema é que poderão estar a ver
os textos em janelas mais pequenas que a que eu escrevi o texto , e o vosso
programa estar a fazer word-wrap ( ou a meter tudo o que sairia fora da
janela na linha seguinte ) , assim , se tiverem a ter este problema ,
tentem ler os mails numa janela maximizada ( se o vosso programa deixar
:) ) .


:: N O T I C I A S

-> FERTILIDADE
Duas "mães" para um bebé

Um novo método permitirá a mulheres inférteis que recorrem a óvulos doados
terem filhos com o seu património genético

http://www.dn.pt/cie/27p23a.htm

-> BIODIVERSIDADE
Identificadas 25 zonas-chave na Terra
Humberto Vasconcelos

Conservação da biodiversidade é essencial para a existência do Homem e a
sua preservação será debatida em Nairobi

http://www.dn.pt/cie/27p23b.htm

-> Mapas de Grande Resolução do Universo Aos 300 Mil Anos
As Sementes das Galáxias
Por TERESA FIRMINO

O Universo é plano como uma panqueca e vai continuar a expandir-se
eternamente, mas cada vez mais devagar, defende hoje na revista "Nature"
uma equipa internacional de cientistas, na qual participa um astrofísico
português. Como chegaram a esta conclusão? Obtendo imagens de pormenor
da radiação cósmica produzida quando o Universo tinha 300 mil anos.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/04/27/Ciencias/H01.html

-> Big Bang Dentro da Televisão
            Por TERESA FIRMINO E ANA GERSCHENFELD

http://jornal.publico.pt/publico/2000/04/27/Ciencias/H01CX01.html

-> Cientistas Sul-africanos Apresentam Fósseis de Hominídeos com Cerca de
Dois Milhões de Anos
O Crânio de Eurídice e a Mandíbula de Orfeu

Cientistas sul-africanos anunciaram ontem a descoberta de um casal de
esqueletos da espécie de hominídeos "Paranthropus robustus", que
baptizaram como Orfeu e Eurídice, dois amantes da mitologia grega.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/04/27/Ciencias/H02.html

-> II Congresso Ibérico de Contaminação e Toxicologia Ambiental na
Universidade do Algarve
Sopa Ácida nas Minas de São Domingos

O complexo mineiro da Península Ibérica, abandonado há alguns anos,
fornece uma "sopa ácida de metais pesados" para as bacias hidrográficas e
constitui um perigo ecológico de proporções imprevisíveis. O caso do
Parque Doñana ainda permanece na memória e nas preocupações dos
ambientalistas e nada indica que não se possa repetir do lado de
Portugal.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/04/27/Ciencias/H03.html

:: H U M O R

-> "The number you have dialed is imaginary.
Please rotate your phone 90 degrees and try again."

-> And God said "Let there be numbers", and there were numbers.
Odd and even created he them, and he said unto them be fruitful and
multiply;
and he commanded them to keep the laws of induction.

[ E em anexo vão começar a aparecer imagens enviadas por Manuel Nina aka
Zorantus , a quem agradeço a colaboração . Não se preocupem que as imagens
são "pequenas" , de qualquer das maneiras se alguem estiver a ter problemas
com elas , informe :) ]

:: F I M

El Songo .....



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SUBJECT: Re: En: [ciencialist] Angra II
FROM: Fabiano Belisário Diniz <fbdiniz@inetone.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/04/2000 12:59

O que me espanta no caso de Angra II é a falta de informações sobre a
cronologia do início das operações da usina. Andei lendo uns jornais e as
informações divergem sobre abril, maio e junho. Isso porque originalmente o
fim dos testes deveria ter ocorrido em fevereiro. Estou com um recorte da
Folha de S. Paulo de 30/03/2000 aqui, e diz assim: "A coordenadora de
relações institucionais [da CNEN], Cláudia Souza, disse que não há previsão
de quando a usina de Angra-2 estará liberada para produzir energia. 'Vai
depender da duração da fase de testes', disse." Isso porque uma das função
da CNEN é justamente a fiscalização do negócio. E nem os caras sabem quando
vai começar. Será possível que eles não têm um cronograma para ser
divulgado à imprensa, com a usina prestes a começar a funcionar?

Belisário



SUBJECT: Mecanismo da Existencia
FROM: "Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/04/2000 13:16

Olá pessoal! Tudo bem durante a Páscoa?


Alberto - mensagem 4569:
"Não resisti a tentação de falar alguma coisa sobre..."


Que bom! E obrigado pelos parabéns! :o) risos...


"Bem, aqui você já está apelando. Essa história de "arranhar" é pra gato. Ou
será que você levou a sério aquela comparação que fiz por e-mail entre o
cientista amador e o gato?"


Não... Não levei a sério... risos... Quis dizer que sinto que o que está
oculto em tudo que estamos debatendo talvez esteja debaixo do nosso nariz
esse tempo todo ou talvez esteja tão distante quanto a mais longínqua
galáxia fotografada. Só o tempo, seja lá o que for, poderá dizer.


"Desculpe pelas brincadeiras e prometo responder com mais seriedade as suas
colocações, pois elas merecem."


No problem! Está ótimo! Eu é que não sei como agradecer a tanta atenção dada
por você, pelo Belisário e demais. :o)


Léo - mensagem 4571:
"Quando saiu o assunto dos aglomerados e suas figuras, estava quase
apostando que a configuração iria ser algo parecido com aquilo mostrados nos
desenhos em 2D. O interessante da coisa é que essa idéia surgiu-me de um
experimento muito simples em magnetismo. Permitam-me uma breve descrição:
(...) Afastando ou aproximando o ímã da superfície da água, as figuras que
se formam --- interessantíssimas --- se mantêm e têm o aspecto dos
aglomerados mostrados nas figuras postas no site. Vale a pena fazer isso."


Achei muito interessante esse experimento! Essas formações na superfície da
água devem ser bastante práticas com relação a representações em 2D. Eu
também pensei (mas nunca realizei) numa experiência parecida com bóias e
pesos, mas a atração entre elas pensei em fazer com a concavidade da água.
Como quando você mistura um copo de leite com nescau e algumas bolhas do
leite se concentram no centro.


Um outro experimento que vocês já devem ter ouvido é a experiência devido ao
físico belga J. Plateau. Ele derramou azeite numa mistura de água e álcool
com igual densidade (o azeite é mais leve que a água, porém mais pesado que
o álcool). Devido a atração entre as partículas de azeite, estas assumem uma
forma esférica no centro do recipiente enquanto permanecerem em repouso com
o auxílio de um palito. Ele imprimiu movimento à esfera de azeite explicando
o achatamento dos pólos da Terra. Muito interessante esse experimento
também, mas não sei se seria possível 'girar' gotículas independentes de
azeite no centro do recipiente.


Alberto - mensagem 4578:
"Voltei!!! :-))"


Seja bem vindo! ;o)


"Certamente não é. "Deus não joga dados." :-)"


Só não posso acreditar na liberdade de interferência divina no universo como
algo que provém se um ser inteligente, onipotente e etc. Como também não
posso acreditar que o destino de cada ser humano tenha vontade própria ou
que já esteja pré escrito em algum estado desconhecido ou inacessível da
natureza. Não vejo razões para acreditar ou desacreditar nessas questões
senão considerá-las apenas como referências relacionadas com a relatividade
da razão humana de ser durante a convivência em grupo.


Mas do ponto de vista da existência de coincidências, acredito sem dúvidas.
Quis dizer que não esperava que a 'curiosa coincidência' fosse realmente
apenas uma coincidência da geometria com o comportamento de alguns aspectos
da natureza, mas que essa 'curiosa coincidência' seja talvez uma
contribuição valiosa para uma definição cada vez mais 'íntima' e aprimorada
da realidade física que observamos hoje. :o)


"Esta sensação chama-se intuição e estas facilidades retratam "insights" em
cadeia. Confie na intuição mas tome cuidado com os "insights", pois as vezes
eles nos iludem. A intuição é o ato de ver, de perceber, de discernir, de
pressentir; é a contemplação pela qual se atinge a verdade por meio não
racional. O "insight" já contém um pré-raciocínio, ainda não elaborado e
apoia-se em conhecimentos outros, nem sempre de natureza científica. A
partir do "insight" começamos a criar as "imagens de espírito" (...) Às
vezes conseguimos transformar essas "imagens de espírito" em realidades
evidentes (mas para o teorizador, as imagens de espírito, por si só, já são
vistas como realidades evidentes, conforme afirmou Einstein)."


Perfeitamente compreensível. De fato me considero conduzido até aqui apenas
pelas 'imagens de espírito', agora é que pretendo eliminar o desconforto da
incerteza que as 'imagens de espírito' geram e partir para alcançar
realidades evidenciáveis para a coletividade ou, se for o caso, descobrir
refutações empíricas que modifiquem toda a linha de raciocínio envolvida
para o problema que se pretende atacar.


"Quanto ao modelo das 13 bolas, você já pensou em aumentar progressivamente
o número de bolas? Sempre mantendo a compactação, ou seja, com as bolas
ocupando o menor espaço possível para o número considerado? Se o fizer,
notará que existirão outros "números mágicos" além do 13. Notará também que,
nessa estrutura maior, o aglomerado de 13 bolas repetir-se-á (na realidade é
a base de uma estrutura cristalina) e você obterá também a coincidência
apontada para o esquema bidimensional (em que a base é o número 7 com uma
bola central e seis periféricas). Eu diria que a estrutura nuclear tem muito
dessa realidade e que os aglomerados de 13 bolas nada mais seriam do que
algo semelhante às partículas alfa. Cada conjunto de seis bolas num mesmo
plano seriam espaços disponíveis para serem ocupados por prótons ou nêutrons
numa trajetória circular em torno da bola central."


Sim, já pensei nisso, mas como disse na mensagem 4566 esses aglomerados não
podem coexistir com a gravitação sem um momento angular adequado. Muitas
partículas ocupando o menor espaço compondo um aglomerado maior do que 13
esferas realmente sugerem outros 'números mágicos', mas quando este é dotado
de um certo momento angular, as partículas se comportariam como o
achatamento dos pólos ou talvez como as galáxias.


Só podemos considerar a ausência de momento angular para um aglomerado
qualquer se as partículas deste se localizarem simetricamente eqüidistantes
da esfera central, supondo partículas idênticas infinitamente sólidas ou
infinitamente densas gravitando entre si. Na verdade, espero verificar se
esses aglomerados devam possuir um momento angular específico. O único
momento angular que permitiria a existência dos aglomerados ausentes de
colisões materiais entre as esferas, entretanto, com a distância entre seus
centros igual ao seus diâmetros.


A saber, apenas discutimos aqui os aspectos dessas partículas com a
gravitação, mas ainda não discutimos a origem desta e nem as concepções
cosmológicas adequadas. Acredito serem fatores determinantes para explicar o
Mecanismo da Existência e a sua suposta relação com este modelo.


"Uma esfera pode ser pensada como um ponto em determinadas simplificações. É
o caso do ponto material assumido por Newton. (..) Raciocinando em termos de
limite, diria que uma esfera pode tender para um ponto, mas não só. Outras
figuras geométricas também podem. Se alguém me disser que um ponto tem um
formato piramidal creio que não seria difícil demonstrar que essa pessoa
está tão certa quanto aquela que afirma que o ponto tem o formato de uma
esfera."


Concordo, mas consideremos os argumentos de Aristóteles que sugeriram que a
matéria fosse contínua e que nunca existiria uma porção de matéria que não
pudesse ser dividida ainda mais. Neste caso, podemos dizer que o 'espaço'
entre uma porção de matéria e outra é zero? Acredito que sim, entretanto,
não podemos assumir totalmente essa hipótese sendo a matéria observada
inerentemente granulosa como sugeria Demócrito. Assim como a distância entre
os centros de partículas esféricas nunca deve ser zero, mas o espaço sim.
Isso sugere que a matéria talvez seja inerentemente granulosa e cada grão de
matéria talvez também seja de constituição contínua. Se existe a gravitação
entre partículas de matéria, deve também existir uma força que está para
cada porção de matéria contínua de cada partícula. Se esta força for
definida como atrativa, a conclusão da 'forma' assumida pela menor partícula
de matéria deve ser supostamente esférica.


"Esses dois parágrafos são interessantes mas parece-me estarem mesclados com
"imagens de espírito" não facilmente visualizadas por terceiros, como é o
meu caso. De qualquer forma, isso faz parte do processo criativo, e cabe a
você transformá-las em "realidades evidentes", se é que ainda não o fez."


Ainda não o fiz, mas devo explicar melhor o caso das circunferências. Veja
que o suposto crescimento da circunferência circunscrita sugere uma força
que aumenta com o aumento da distância entre as circunferências encostadas.
Quando fiz essas considerações, estava também considerando que a massa e o
espaço pudessem ser definidos como alguma espécie de carga. A idéia é que,
se massa atrair massa e espaço atrair espaço, as forças entre estas
diferentes cargas seriam repulsivas. Subtraindo desta força repulsiva que
diminui com a distância a força atrativa que aumenta com a mesma distância,
pensei em explicar a origem da força da gravidade. Mas apenas considerei as
circunferências e não as esferas, como também não considerei a possível e
enorme discrepância entre as quantidades de massa e espaço observadas no
Universo.


"Hoje em dia é difícil falar em espaço, especialmente após a relatividade
geral de Einstein. Em nossa mente primitiva o espaço tem uma natureza
euclidiana. Existiria esse espaço? Por outro lado, pela relatividade geral o
Universo é curvo e o espaço está inerente a esse Universo. Sob esse aspecto,
o espaço só existe em função do Universo. Do ponto de vista euclidiano, o
espaço existe independentemente do Universo. Por um lado (einsteiniano), o
espaço cresce em função do crescimento do Universo; por outro (euclidiano) o
Universo cresce num espaço infinito. Tanto o conceito de infinito quanto o
conceito de espaço curvo são absurdos para nossa mente restrita. Entre um
absurdo e outro, sou mais euclidiano, pois consigo entender as partes, ainda
que não tenha a visão do todo."


Entendo, também sou mais euclidiano, mas não totalmente convicto. Devo dizer
que não conheço quais foram as convicções de Einstein para encontrar um
Universo curvo com o espaço-tempo, mas acho que elas são insatisfatórias.
Talvez a integração do tempo com a geometria do espaço sejam apenas
elucidações matemáticas de suas concepções cosmológicas, pois, o tempo
propriamente dito e o observador deveriam ser independentes da existência do
Universo e de como este se desenvolve. Einstein não parece ter conduzido
seus trabalhos sob um foco orientado pela aplicabilidade matemática?
Às vezes me questiono se a nossa matemática é suficiente ou adequada para
explicar o Universo e todos os seus fenômenos.


"E se o Universo estivesse em explosão (Big-Bang) permanente? E se a matéria
em expansão tivesse tempo suficiente para se degradar, digamos, em neutrinos
(matéria escura) lançados para o espaço em todas as direções e produzidos
por qualquer reação do nosso dia-a-dia e a se acompanhar do que chamamos
atrito e/ou de "aumento" de entropia?"


Só se considerarmos que a camada mais externa da grande massa aglomerada no
centro do Universo se solidifique proporcionando uma espécie de panela de
pressão gigante. De acordo com a solidificação da massa periférica para o
centro, aí proporcionando o aumento da entropia na massa central e
consequentemente explodindo como se fosse uma grande bomba. Talvez não tenha
entendido bem sua colocação. :o)


"E se esses neutrinos, componentes últimos das transformações das galáxias
em suas jornadas para a periferia do Universo por fim, e em obediência a um
campo gravitacional, retornassem ao ponto de origem? E se, nesse ponto de
origem, os neutrinos se recompusessem a formar um novo caldo primitivo a
explodir em novas galáxias a serem relançadas para a periferia do Universo?
E se... Não é de pirar? Um Universo eterno? E sem a necessidade da
alternância entre contração e expansão?


Se for o caso dos neutrinos realmente existirem e possuírem massa,
consequentemente, serão matéria e devem se atrair. Neste caso, sim. Mas não
sinto que seja de pirar porque há casos que algumas considerações são
refutadas por outras. (risos) ;o) Mas devo dizer que não creio na existência
da criação e sim somente num Universo que sempre existira e sempre existirá
indefinidamente no tempo. Entretanto, devemos observar alguns apontamentos
sobre as questões do finito e do infinito no Universo como o caso do
paradoxo gravitacional.


"Talvez sim, talvez não. Prefiro considerar um Universo material finito
(formado de matéria e resíduo da matéria, qual seja, os neutrinos) contido
num Universo espacial infinito e vazio (mesmo porque, não consigo conceber a
existência de um "muro" a conter esse Universo espacial)."


No Mecânica Relacional, o Assis discuti o paradoxo gravitacional no capítulo
4. Ele comenta um artigo sobre as concepções cosmológicas de Newton e
segundo este Newton acreditava que o espaço era infinito em todas as
direções e eterno em duração. Acreditava também que a matéria era finita e
ocupava um volume finito envolto por um espaço infinito vazio de matéria. Na
década de 1690 Newton haveria mudado sua concepção defendendo que a matéria
seria infinita e espalhada por um espaço infinito. O Assim mostra no seu
livro que tanto a matéria sendo finita como infinita existe uma situação
paradoxal.


Diz ele que existem três modos de resolver o paradoxo: (I) O Universo possui
uma quantidade finita de matéria; (II) Modificar a lei da gravitação
universal de Newton; (III) O universo possui dois tipos de massa, positiva e
negativa. Na primeira solução teríamos que supor um movimento de rotação
para o Universo. A segunda e a terceira soluções são as preferidas sendo a
segunda apresentada pelo Assis em seu livro. A terceira sugere que as massas
positivas atraem as positivas e repelem as negativas, ou seja, o oposta das
atuais cargas, mas o Assis não as trata da terceira solução no Mecânica
Relacional.


"Isaac Newton, 1727:
'Não sei de que modo o mundo me vê; mas a mim mesmo pareço ter sido apenas
um menino brincando na praia, entretendo-me com encontrar de quando em
quando um seixo mais liso ou uma concha mais bela do que o ordinário
enquanto todo o vasto oceano da verdade jazia inexplorado diante de mim.'
Albert Einstein:
'É uma ironia do destino eu mesmo ter sido alvo de admiração e reverência
excessivas de meus semelhantes, por [...] nenhum mérito próprio. A causa
disso pode muito bem ser o desejo [...] de compreender as poucas idéias que
eu, com minhas frágeis capacidades, alcancei [...].'"


Muito legal. :o) Uma coisa que me incomoda muito hoje e eu não sei como a
comunidade científica veria isso, mas, às vezes sinto como se todos nós em
algum momento comportasse-mos como a piada do cientista português e a
pesquisa da aranha. Neste caso, nós humanos somos esse cientista e a aranha
é o Universo. Vocês todos já devem tê-la conhecido: "Aranha, ande!" e a
aranha andava... Perna por perna extraída da pobre aranha o cientista
repetia "Aranha, ande!" e a aranha andava... Após o cientista ter extraído
todas as pernas da infeliz, ele repetiu várias vezes "Aranha, ande!..." e
aranha não se mexeu. Conclusão? Aranha sem perna é surda. :o))


Um abraço forte pessoal!!! T+
Ozelo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecanismo da Existencia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/04/2000 21:47

-----Mensagem Original-----
De: "Ozelo"
Enviada em: Quinta-feira, 27 de Abril de 2000 13:16
Assunto: [ciencialist] Mecanismo da Existencia

> Léo - mensagem 4571:
> > "O interessante da coisa é que essa idéia surgiu-me de um
> > experimento muito simples em magnetismo. Permitam-me uma breve
> > descrição: (...) Afastando ou aproximando o ímã da superfície da água,
> > as figuras que se formam --- interessantíssimas --- se mantêm e têm o
> > aspecto dos aglomerados mostrados nas figuras postas no site. Vale a
> > pena fazer isso."

> Achei muito interessante esse experimento!

Também achei! Não vejo a hora do webmaster do Léo parar de cometer erros
:-)) e botar os resultados do experimento "no ar". Oi, Léo, se estiver na
linha não deixe de dar um alô quando tal acontecer. Afinal, não é todo o dia
que entro no teu site. :-))

> > "Certamente não é. "Deus não joga dados." :-)"

> Só não posso acreditar na liberdade de interferência divina no universo
> como algo que provém se um ser inteligente, onipotente e etc.

Sob esse aspecto vou repetir algo do anedotário de Bohr e que já coloquei
aqui, nos primórdios da ciencialist: Nos meios acadêmicos, Bohr sempre
mostrou-se totalmente contra a superstição e/ou coisas do gênero. No
entanto, quando alguns de seus colegas foram visitá-lo , depararam com uma
ferradura na porta de sua casa. Questionado a respeito, Bohr respondeu: Eu
não acredito no poder da ferradura mas dizem que ela dá sorte até mesmo para
quem não acredita. :-)

A frase de Einstein deve ser interpretada num contexto semelhante: Ela faz
sentido mesmo para quem não acredita em Deus. É difícil saber o significado
de Deus para Einstein. Aliás, é difícil até mesmo saber qual o verdadeiro
significado da relatividade, para Einstein. Costumo dizer que ele foi o
principal, se não o único, crítico de suas próprias teorias. Sempre
procurou, apesar de sua humildade científica, estar um passo a frente de
seus colegas, mesmo seus seguidores. Em vão tentou substituir suas teorias
por algo mais consistente para a época, coisa que hoje quase ninguém mais
quer tentar fazer.

> Mas do ponto de vista da existência de coincidências, acredito sem
> dúvidas. Quis dizer que não esperava que a 'curiosa coincidência' fosse
> realmente apenas uma coincidência da geometria com o comportamento de
> alguns aspectos da natureza, mas que essa 'curiosa coincidência' seja
> talvez uma contribuição valiosa para uma definição cada vez mais 'íntima'
> e aprimorada da realidade física que observamos hoje. :o)

Digamos então que existem princípios naturais a orientarem os caprichos da
natureza como, por ex., os princípios de conservação. Sem dúvida, alguma
coisa está por trás da não aleatoriedade dos fatos. Não sei até que ponto
essa não aleatoriedade interferiria sobre o nosso livre-arbítrio mas imagino
que mesmo que exista algum princípio da incerteza consistente, ele deve
surgir com a complexidade, nunca em nível elementar como aquele representado
pelas partículas da física moderna ou, mesmo, da química (átomos e
moléculas). Neste nível sou mecanicista e materialista, ainda que defenda a
idéia da existência real do que chamo "informação do movimento da matéria",
algo imaterial a corresponder ao chamado "espírito da matéria" por Newton e
a participar da gênese dos campos de força, da luz, da propagação do som e
da propagação do momento linear em mecânica dos fluidos (campos de
velocidade).

> ...esses aglomerados não
> podem coexistir com a gravitação sem um momento angular adequado. Muitas
> partículas ocupando o menor espaço compondo um aglomerado maior do que 13
> esferas realmente sugerem outros 'números mágicos', mas quando este é
> dotado de um certo momento angular, as partículas se comportariam como o
> achatamento dos pólos ou talvez como as galáxias.

Entendo sua dúvida mas muitas vezes me questiono sobre o sentido de momento
para uma partícula elementar. Digo isso porque nossa idéia de momento está
aprisionada ao conceito de massa inercial e esta, por outro lado, está
parcialmente aprisionada ao conceito de massa gravitacional. Por outro lado,
creio que a gravitação não seja inata à matéria mas decorrente do movimento
da matéria elementar, movimento este acompanhado da emissão de "informações"
relativas à sua natureza (giro e/ou translação). Talvez resida aí o
aprisionamento entre as duas massas, algo aparentemente estranho e cuja
estranheza parece-me ter sido primeiramente apontada por Einstein, ao
justificar seu princípio da equivalência (a base da TRG), ainda que
amplamente aceita por séculos (a estranheza).

> Só podemos considerar a ausência de momento angular para um aglomerado
> qualquer se as partículas deste se localizarem simetricamente
> eqüidistantes da esfera central, supondo partículas idênticas
> infinitamente sólidas ou infinitamente densas gravitando entre si.

Pois é aí que as coisas se complicam. Até que ponto esta gravitação existe
neste nível e, admitindo-se que sim, que papel significativo ela jogaria em
meio a outras interações tais como as eletromagnéticas e a interação forte?
Neste terreno, ou procuramos por uma unificação das forças ou quase que
poderíamos ignorar a gravitação, se tomarmos a trilha seguida pelos físicos
modernos. Por outro lado, a partir de um certo nível, ainda bastante
elementar, creio que a gravitação joga um papel fundamental, mas para isso
precisaríamos entender perfeitamente o que realmente é a gravitação e o que
é o eletromagnetismo. E até que ponto as demais interações não seriam
artifícios relacionados a caprichos da natureza, em seu "aparente" jogo de
dados.

> A saber, apenas discutimos aqui os aspectos dessas partículas com a
> gravitação, mas ainda não discutimos a origem desta e nem as concepções
> cosmológicas adequadas. Acredito serem fatores determinantes para explicar
> o Mecanismo da Existência e a sua suposta relação com este modelo.

Falou e disse! Alguma coisa está faltando e, em meio a tantas incertezas,
quem acabou triunfando foi o princípio da incerteza.

> Se esta força for definida como atrativa, a conclusão da 'forma' assumida
> pela menor partícula de matéria deve ser supostamente esférica.

Concordo plenamente. E, se podemos simplificar, para que complicar?
Realmente você está coerente ao assumir uma geometria esférica para
partículas realmente elementares (se é que elas existem). Quis apenas chamar
a atenção para o fato de que "se é verdade que Deus joga dados", não é
impossível que ele esteja, além do princípio da incerteza, aprontando outras
peripécias com a finalidade de nos confundir. Ou não?

> Ainda não o fiz, mas devo explicar melhor o caso das circunferências. Veja
> que o suposto crescimento da circunferência circunscrita sugere uma força
> que aumenta com o aumento da distância entre as circunferências
> encostadas. Quando fiz essas considerações, estava também considerando que
> a massa e o espaço pudessem ser definidos como alguma espécie de carga. A
> idéia é que, se massa atrair massa e espaço atrair espaço, as forças entre
> estas diferentes cargas seriam repulsivas. Subtraindo desta força
> repulsiva que diminui com a distância a força atrativa que aumenta com a
> mesma distância, pensei em explicar a origem da força da gravidade. Mas
> apenas considerei as circunferências e não as esferas, como também não
> considerei a possível e enorme discrepância entre as quantidades de massa
> e espaço observadas no Universo.

Como já afirmei em msg anterior, estamos caminhando em túneis diversos,
porém paralelos e não muito distanciados. Se conseguir enxergar alguma luz
não deixe de me dar um alô e farei o mesmo. :-) Pelo visto, você, como eu,
também não acredita numa gravitação inata e inerente à matéria. Porém você
está trabalhando em cima de um esquema que eu tenho utilizado após já ter
concebido (ainda que não de maneira definitiva) o que chamo gravitação.
Quando utilizo o esquema das treze bolas, na minha visão a gravitação e o
eletromagnetismo já existem. Procuro então utilizar-me do esquema para
decifrar a estrutura dos orbitais protônicos, neutrônicos e eletrônicos.

> Entendo, também sou mais euclidiano, mas não totalmente convicto.

Isso é bom. Como já disse, o cientista é aquele que duvida para acreditar.

> Einstein não parece ter conduzido
> seus trabalhos sob um foco orientado pela aplicabilidade matemática?

Sim e não. A meu ver Einstein era muito mais físico do que matemático, coisa
rara de se encontrar hoje em dia. No entanto, suas idéias nos levam a
conceitos difíceis de serem entendidos, a não ser lançando mão de analogias
matemáticas. Nota-se que a sua intuição não foi dominada pela matemática.
Einstein chegou a afirmar que algumas de suas idéias não podiam ser
entendidas fisicamente mas apenas matematicamente. Não obstante, durante
toda a sua vida tentou decifrar o que havia de realmente físico nessa
matemática abstrata. Hoje aceita-se passivamente que física e matemática se
confundem o que, sem dúvida alguma, é um dos maiores absurdos que estão
impondo aos jovens que se dirigem aos cursos de física do país e do mundo.

> Às vezes me questiono se a nossa matemática é suficiente ou adequada para
> explicar o Universo e todos os seus fenômenos.

Adequada, sim. Mesmo porque, onde não for sempre haverá um jeito de
adequá-la às necessidades físicas. Aliás, Maxwell foi um perito em promover
tais adequações. Quanto à suficiência, creio ter comentado o que penso no
parágrafo anterior.

> Só se considerarmos que a camada mais externa da grande massa aglomerada
> no centro do Universo se solidifique proporcionando uma espécie de panela
> de pressão gigante. De acordo com a solidificação da massa periférica para
> o centro, aí proporcionando o aumento da entropia na massa central e
> consequentemente explodindo como se fosse uma grande bomba. Talvez não
> tenha entendido bem sua colocação. :o)

Com efeito, não. Aliás, eu também ainda não entendi direito. :-) Digamos que
o aumento da entropia seja algo aparente e próprio ao macrocosmo mas não ao
mundo das partículas elementares. Digamos que os neutrinos sejam as
partículas que faltam serem levadas em consideração quando diferenciamos um
processo reversível de um irreversível. Chamemo-los então por entropinos.
Desta forma, uma transformação irreversível qualquer, como aquelas em que
notamos a existência de atrito, por ex., seria acompanhada pela liberação de
entropinos. Estes transportariam uma certa quantidade de energia não
computada ao identificamos calor com trabalho (primeira lei da
termodinâmica). Este fator seria o responsável pelo "aparente" aumento da
entropia observado. Ora, mas estou dizendo que estes entropinos irão refazer
o Universo, após se reunirem no que você chamou por "panela de pressão
gigante". Então, aquela entropia que "aparentemente" desapareceu,
"aparentemente" reaparecerá ao dar nova luz ao aglomerado "inicial". Ou
melhor, este aglomerado sempre existiu e sempre existirá; e sempre emitirá
protogaláxias a se expandirem e a se desgastarem até se transformarem
novamente e totalmente em entropinos. As possíveis incompatibilidades entre
essa idéia e a primeira lei da termodinâmica são discutidas no artigo
"Variáveis Escondidas e a Termodinâmica", de meu Web site.

> Se for o caso dos neutrinos realmente existirem e possuírem massa,
> consequentemente, serão matéria e devem se atrair. Neste caso, sim. Mas
> não sinto que seja de pirar porque há casos que algumas considerações são
> refutadas por outras. (risos) ;o) Mas devo dizer que não creio na
> existência da criação e sim somente num Universo que sempre existira e
> sempre existirá indefinidamente no tempo.

Mas essa é exatamente a conclusão a que cheguei com o modelo apresentado.
Não existe início nem fim mas apenas a alternância temporal e espacial entre
o caos e a ordem.

> No Mecânica Relacional, o Assis discuti o paradoxo gravitacional no
> capítulo 4. Ele comenta um artigo sobre as concepções cosmológicas de
> Newton e segundo este Newton acreditava que o espaço era infinito em todas
> as direções e eterno em duração. Acreditava também que a matéria era
> finita e ocupava um volume finito envolto por um espaço infinito vazio de
> matéria. Na década de 1690 Newton haveria mudado sua concepção defendendo
> que a matéria seria infinita e espalhada por um espaço infinito.

Nesta década Newton transformou-se em político. Preciso dizer mais alguma
coisa? :-))

> O Assim mostra no seu livro que tanto a matéria sendo finita como infinita
> existe uma situação paradoxal.
> Diz ele que existem três modos de resolver o paradoxo:

Se existem três não é impossível que existam quatro, cinco ou seis...:-)
Afinal, sequer sabemos o que é gravitação, sequer sabemos o que é a luz,
sequer sabemos o que é um elétron, sequer sabemos o que é um neutrino...
Sabemos apenas que existem e que manifestam efeitos mensuráveis. Estamos
simplesmente "brincando na praia e entretendo-nos com o encontrar, de quando
em quando, um seixo mais liso ou uma concha mais bela do que o ordinário,
enquanto todo o vasto oceano da verdade jaz inexplorado diante de nós."

> Conclusão? Aranha sem perna é surda. :o))

E viva a ciência lusitana. :o))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: doutor
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/04/2000 23:18

-----Mensagem Original-----
De: "Mario Porto" <mporto@mail.iis.com.br>
.....................
>>Portanto, Doutor não significa NADA<<
....................
Pera aí Mario, não generalize, significa sim:

1) Título formal da carreira de pesquisador ou da carreira
universitária, obtido após defesa de tese.

2) Título social de quem se formou numa universidade.

3) Sinônimo social de médico.

4) Homem muito douto, sábio, erudito (Ex: ele é um doutor no assunto).

Para mais significados consulte o Aurélio.

Se existem doutores formais ou sociais que desmerecem o título não é
motivo para generalizações. Maus profissionais existem em todas as
áreas. Tenho certeza que não é o seu caso.

[]'s

Douglas




SUBJECT: lembrete atual (atmosfera de 7600m)
FROM: Benjamin Hinrichs <hinsoft@sinos.net>
TO: Ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/04/2000 23:19

Olá amigos.

Estou sofrendo nas mãos do meu atual professor de física. Segundo
afirmações dele, a cada 100 m que vamos subindo na atmosfera, a
pressão atmosférica cai em 1 cmHg, ou seja, a atmosfera tem 7600 m
apenas. É claro que ele não se referia a lugares tão altos e concordo
que exista uma linearidade pouco aproximada quando se trata de lugares
pertos do chão, mas ele não pode generalizar isto para a atmosfera.
Portanto pergunto para vcs, existe uma forma de calcular a pressão
atmosférica em certo ponto da terra, sabendo a gravidade no local,
temperatura e outras coisas que possam achar úteis?

Grande abraço,

Benjamin Hinrichs




SUBJECT: -= NewsLetter 18 [28/04/2000] =-
FROM: "David Ramalho" <mop12506@mail.telepac.pt>
TO: "#Ciencia" <cienciaPT@onelist.com>, <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 28/04/2000 14:36
ATTACHMENTS (20000428-143617-0000554): "cientistas2.gif"

:: N O T I C I A S

-> GENÉTICA
Células podem rejuvenescer

Experiência de clonagem abre caminho para tratamento de diversas doenças,
como as de Alzheimer e de Parkinson

http://www.dn.pt/cie/28p26a.htm

-> Identificado um factor genético da esquizofrenia

A descoberta poderá abrir caminho para melhorar os actuais tratamentos
desta doença, segundo os cientistas

http://www.dn.pt/cie/28p26b.htm

-> INICIATIVA
Seis cidades portuguesas "prescindem" de automóveis

Em 22 de Setembro, dia sem carros no centro de Lisboa, Porto, Aveiro,
Sintra, Leiria e Évora

http://www.dn.pt/cie/28p27a.htm

-> Utilizadores da bicicleta reúnem-se em congresso

Os reflexos do uso dos velocípedes na saúde urbana é um dos temas que
portugueses e espanhóis vão debater em Aveiro

http://www.dn.pt/cie/28p27b.htm

-> Cientistas Produzem Vacas Clonadas Que Parecem Não Envelhecer
O Sonho da Juventude Eterna

Por CLARA BARATA

Pode alguém ser mais velho que as suas células? Parece um paradoxo, mas
cientistas norte-americanos e canadianos produziram vacas clonadas que,
com um ano de idade, parecem ser recém-nascidas.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/04/28/Ciencias/H01.html

-> Técnica de Fusão Mecânica Aplicada pela Primeira Vez em Ovócitos Humanos
Reprodução Assistida Preserva Material Genético do Casal

Por ANA MACHADO

É possível tornar um ovócito fértil, pronto a conceber um embrião, usando
um ovócito de uma dadora mas mantendo o material genético da mãe? Sim, se
for transferido o núcleo do ovócito da mãe para dentro de um ovócito sem
núcleo da dadora, responde uma equipa de investigadores europeus, que
revela hoje, na revista "Human Reproduction", o resultado do estudo sobre
esta nova técnica de reprodução medicamente assistida

http://jornal.publico.pt/publico/2000/04/28/Ciencias/H02.html

-> élulas Cerebrais do Sono Identificadas em Laboratório
Os Neurónios Que nos Põem a Dormir

Por CLARA BARATA

Porque é que algumas pessoas dormem mal e a noite nunca parece ser
suficientemente grande para restabelecer a sua necessidade de sono e
outras se levantam radiantes e bem dispostas, aos primeiros raios da
manhã? A culpa é de umas determinadas células cerebrais, que uma equipa de
investigadores franceses e suíços identificou pela primeira vez, e cujos
resultados foram publicados na última edição da revista científica
"Nature".

http://jornal.publico.pt/publico/2000/04/28/Ciencias/H03.html

-> Teares Podem Ter Sido Inventados Há Mais de 27 Mil Anos
Tecelagem Remonta ao Paleolítico

Por RITA VAZ DA SILVA

A arte de tecer roupas e acessórios, como chapéus e cintos, pode ter sido
inventada há 27 mil anos, de acordo com vestígios arqueológicos deixados
por caçadores- recolectores na Europa central. Até agora, pensava-se que
a tecelagem tinha aparecido apenas há 5 mil ou 10 mil anos, quando os
primeiros agricultores se começaram a estabelecer em grandes quintas.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/04/28/Ciencias/H04.html

-> Estação Espacial Internacional Terá de Esperar Até Maio Pelos
Astronautas
Atlantis Ficou em Terra de Novo

Por ANA MACHADO

O vaivém norte-americano Atlantis ficou em terra mais uma vez, na
quarta-feira, devido a fortes ventos e chuvas nos locais previstos para
as aterragens de emergência, em Espanha e em Marrocos

http://jornal.publico.pt/publico/2000/04/28/Ciencias/H05.html


:: H U M O R ( pseudo )

-> Scientists and God One day a group of Darwinian scientists got together
and decided that man had come a long way and no longer needed God. So they
picked one Darwinian
to go and tell Him that they were done with Him.

The Darwinian walked up to God and said, "God, we've decided that we no
longer need you. We're to the point that we can clone people and do many
miraculous things, so why don't you just go on and get lost." God
listened very patiently and kindly to the man.

After the Darwinian was done talking, God said, "Very well, how about
this? Let's say we have a man-making contest." To which the Darwinian
happily agreed. God added, "Now, we're going to do this just like I did
back in the old days with Adam." The Darwinian said, "Sure, no problem"
and bent down and grabbed himself a handful of dirt. God looked at him
and said, "No, no, no. You go get your own dirt!!!!"


:: E L F I M

dAvId RaMaLhO --> sOnGo


SUBJECT: Re: Mecanismo da Existencia
FROM: "Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/04/2000 18:36


"Pois é aí que as coisas se complicam. (...) ...precisaríamos entender
perfeitamente o que realmente é a gravitação e o que é o eletromagnetismo. E
até que ponto as demais interações não seriam artifícios relacionados a
caprichos da natureza, em seu "aparente" jogo de dados."

Sim, eu entendo. Minha 'intuição' me diz que vou ver que a resposta está em
descobrir se há a possibilidade de explicar multiplas existências a partir
de uma única entidade física, de modo que seja possível visualizar o ciclo
do mecanismo responsável em função do tempo. Explorar cada uma das
possíveis, se possíveis, transformando-as em 'realidades evidentes' e
acredito que, tão logo seja encontrada uma 'relação evidenciável',
saberemos como será o processo e o resultado deste 'aparente' jogo de dados
no momento em que eles 'caírem' para o repouso.

Ou será que ainda talvez tenhamos a sensação da convicção do cientista
português? ;o)

"Falou e disse! Alguma coisa está faltando e, em meio a tantas incertezas,
quem acabou triunfando foi o princípio da incerteza."

Eco... Alguma coisa está faltando e, como não se pode ficar sem nada...

"Concordo... (...) Quis apenas chamar a atenção para o fato de que "se é
verdade que Deus joga dados", não é impossível que ele esteja, além do
princípio da incerteza, aprontando outras peripécias com a finalidade de nos
confundir. Ou não?"

Acredito que a humanidade é apenas um dos muitos dados que devem ter sido
jogados por Deus. Ainda somos os dados jogados e sempre seremos, e Deus
sempre irá jogar dados eternamente. O que ainda não sabemos (e acho que deve
ser do interesse de toda a humanidade) é que só alguns de nós procuram saber
como que se faz para que os dados sempre dêem o mesmo resultado eternamente.
O que não acredito que devamos fazer é procurar saber qual é a probabilidade
de quando os dados caem na mesa para saber qual é o resultado que vai dar.
:o)

"Como já afirmei em msg anterior, estamos caminhando em túneis diversos,
porém paralelos e não muito distanciados. Se conseguir enxergar alguma luz
não deixe de me dar um alô e farei o mesmo. :-)"

Será tão certo quanto cumprimentá-lo meu amigo. :o)

"Pelo visto, você, como eu, também não acredita numa gravitação inata e
inerente à matéria."

Estou dividido entre ser, não ser ou os dois serem um só desconhecido.

"Quando utilizo o esquema das treze bolas, na minha visão a gravitação e o
eletromagnetismo já existem. Procuro então utilizar-me do esquema para
decifrar a estrutura dos orbitais protônicos, neutrônicos e eletrônicos."

Neste caso, cada esfera é massa e carga e somente estas duas? Sua visão
sugere a origem de algo como sendo a interação entre dois algos ou dois
algos sugerem ser a interação da origem de um algo? :o)

"Mas essa é exatamente a conclusão a que cheguei com o modelo apresentado.
Não existe início nem fim mas apenas a alternância temporal e espacial entre
o caos e a ordem."

Se estamos na ordem, passaremos pelo caos enquanto caos fomos pela ordem
passamos. Eu pergunto à humanidade ou qualquer existência inteligente de
dentro e fora de todos os universos: Permitiremos ser nós mesmos conscientes
de que não passamos e jamais seremos algo além de um simples ping-pong
cósmico inevitável, sem maior significado e de cujo tal não restará a vida,
pois a vida nada mais é do que a formação da ordem e da consciência ou
pagaremos para ver, com esforço de conscientização coletiva construindo a
ordem nós mesmos distante do caos, uma justificativa eterna do significado
de viver?

Devemos acreditar em Deus? Então devemos surpreendê-lo, superando
eternamente as dificuldades oferecidas por ele demonstrando que nossas vidas
não merecem terminar em caos e juntos construiremos a ordem justificando
sermos eternamente felizes, pois vencemos. Não devemos acreditar em Deus?
Então devemos superar eternamente as dificuldades oferecidas, demonstrando
que nossas vidas não merecem terminar em caos e juntos construiremos a ordem
justificando sermos eternamente felizes, pois vencemos.

Se podemos distinguir isso e perceber que ambas levam ao mesmo caminho e
aqui dizendo 'nossas vidas' representando a existência da humanidade, porque
damos tanto valor às nossas existências individuais se já sabemos que
individualmente jamais seremos algo mais que um grão de pó? Acho importante
diante do sentimento de viver ter consciência de que nós individualmente
somos nada e esse nada só será algo se coexistir e não só participar do que
hoje chamamos de evolução do Universo. Não é um caso de se pensar no futuro
e sim um caso de pensar numa escala que cubra muito mais do que um simples
século.

Assim como o JOCAX exibiu o GENISMO e a representação do corpo humano como
uma colônia de genes que coexistem num corpo, porque as pessoas não
consideram-se uma colônia que coexiste para formar um outro corpo? Um corpo
que podemos talvez transformá-lo em eterno e a meu ver, se religiosamente
existe um paraíso eterno, além de criá-lo em nossa imaginação devemos também
construí-lo. Senão, eu pessoalmente não reconheço qualquer outra
justificativa para a vida de cada ser humano ou possíveis organismos
inteligentes espalhados pelo Universo, pois, tal justificativa seria
egocêntrica ou subjetivamente fundamentada.

Independente do que nós observadores consideramos a nós mesmos, acredito na
conclusão da alternância entre o caos e a ordem independente do Universo ser
finito ou infinito em distribuição de matéria. Só não posso acreditar que
existiu o instante t=0 absoluto e que na passagem de cada explosão dessa
alternância não escaparemos de ser pulverizados. Nem mesmo posso admitir que
não devamos nos preocupar com uma possível colisão da nossa galáxia com
outra no futuro, se é que nas atuais circunstâncias da crença coletiva
majoritária viveremos para presenciar este fato.

"Se existem três não é impossível que existam quatro, cinco ou seis..."

Sim, essas três diz ele serem as principais.

"E viva a ciência lusitana. :o))"

Viva!!! (risos) Acredito que muitas civilizações já tentaram... talvez até
já conseguiram e não sabemos... Mas não acredito que foram poucos indivíduos
os responsáveis por isso, mas se conseguiram, certamente foi um esforço da
coletividade mas nunca será da minoria.

De onde és Alberto? E onde anda o Belisário? :o)
[]*
Ozelo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mecanismo da Existencia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/04/2000 22:51

-----Mensagem Original-----
De: "Ozelo"
Enviada em: Sexta-feira, 28 de Abril de 2000 18:36
Assunto: [ciencialist] Re: Mecanismo da Existencia

> > "Pelo visto, você, como eu, também não acredita numa gravitação inata e
> > inerente à matéria."

> Estou dividido entre ser, não ser ou os dois serem um só desconhecido.

Pois eu não tenho a menor dúvida de que o que sei que ainda não sei, cresce,
no decorrer do tempo, segundo uma função diretamente proporcional ao que não
sei se um dia saberei. E o que não sei que sei, é inversamente proporcional
ao meu empenho em saber o que ainda não sei e diretamente proporcional ao
que sei que sei. Mas como sei que o que sei é um quase nada, fica o dito por
não dito. :-))

> > "Quando utilizo o esquema das treze bolas, na minha visão a gravitação e
> > o eletromagnetismo já existem.

> Neste caso, cada esfera é massa e carga e somente estas duas?

Na minha teoria do "porco-espinho", não existem cargas elementares. Elétrons
e prótons criam campos totalmente diferentes do campo coulombiano e portanto
não poderia dizer que seriam cargas no sentido rígido do termo. Não
obstante, como geram efeitos elétricos e magnéticos, vamos aceitar isso como
sendo uma "carga light" no sentido de que possa responder a pergunta da
maneira como foi formulada.

Na minha visão o elétron não gera um campo gravitacional, ainda que, ao
sofrer os efeitos de um campo gravitacional, reflete as "informações
gravitacionais" como que num mecanismo de ação e reação dinâmico, ou seja,
com uma certa defasagem temporal. Poderia então dizer que ele "gera" um
campo refletido, quando situado num campo gravitacional, e capaz de afetar o
agente primário do campo. Não obstante, dois elétrons não se atraem
gravitacionalmente. Qualquer tentativa em definir uma massa gravitacional
deve levar em conta esses efeitos, caso contrário obteríamos
incompatibilidades conforme interpretando-se segundo um ponto de vista ou
outro.

Quanto ao próton ainda estou procurando na literatura por efeitos
experimentais que possam dar alguma luz sob o ponto de vista da gravitação.
Com os dados que disponho, ainda que pouco trabalhados (no momento o
problema está na gaveta, pois surgiram coisas mais fundamentais e
prioritárias, até mesmo para que possa concluir por alguma coisa a respeito)
estou num impasse: 1) Ou eles também não geram campos gravitacionais, a
exemplo dos elétrons; ou 2) Além dos efeitos eletromagnéticos eles geram
também efeitos gravitacionais.

Os nêutrons geram campos gravitacionais (e, talvez, efeitos eletromagnéticos
de ordem diferente dos conhecidos em virtude de seu giro -- não é impossível
que isso tenha alguma relação com o que chamamos "interação forte").

Nêutrons e prótons seriam formados por um grande número de partículas
(férmions, provavelmente elétrons e, talvez, pósitrons) a oscilarem duas a
duas e dispostas segundo três planos a interceptarem um eixo comum e a
formarem (os planos) dois a dois um ângulo de 60 graus. Não tente utilizar
as leis do eletromagnetismo clássico para obter a estabilidade porque não
dará certo. Ou você utiliza a teoria do "porco-espinho" ou deixa o dito pelo
não dito.

Os conjuntos (partículas oscilando em cada plano) não são independentes
entre si, pois possuem partículas comuns (as duas pertencentes ao eixo onde
os planos se interceptam). Esses conjuntos não são, portanto, partículas
elementares, não sendo possível isolá-los; e se pensarmos numa construção
artificial destes conjuntos, eles seriam totalmente instáveis, a menos que
encarcerados num plano, o que me parece impossível do ponto de vista
prático. Cada um desses conjuntos seria o que costumo chamar por "quark
clássico". Esta "partícula" (rigorosamente falando, deveria dizer "este
conjunto de partículas situado em dois gomos opostos do nêutron") seria a
meu ver capaz de criar um campo tal que, após o nêutron adquirir um tipo
especial de giro, concentraria uma atividade gravitacional atrativa em um de
seus lados.

Ao perder um "elétron polar" o nêutron transformar-se-ia num próton e não
sei se a estrutura oscilante seria mantida, o que seria fundamental para a
gênese da gravitação, como a concebo.

Sua questão refere-se a massa (acredito que gravitacional) e carga. Como
procurei demonstrar, massa gravitacional e carga são coisas complexas e
portanto suas definições não podem ser tão simples quanto pretendem os
físicos modernos (ou seja, a partir da física clássica). Se partirmos de
princípios simples, chegamos em conceitos de massa e carga complexos; por
outro lado, se partirmos de conceitos de massa e cargas simples, chegamos em
princípios complexos como o princípio da relatividade e o princípio da
incerteza. A escolha é sua! :-))

Do ponto de vista macroscópico "cargas" e "massas gravitacionais"
simplificam-se graças a caprichos da natureza (obviamente obedecendo a
princípios simples). A teoria do "porco espinho" mostra como isso acontece
para cargas macroscópicas; não é impossível chegar-se também às "massas
gravitacionais macroscópicas" por mecanismo semelhante.

Respondendo finalmente à pergunta: uma partícula pode ter massa
gravitacional sem ter carga e vice-versa (encarando-se tanto a massa quanto
a carga no sentido "light" referido acima). Ufa!!! :-))

Outra pergunta dessas e a turma da ciencialist me "bota pra correr". Com
essa creio que meu "crackpot index" bateu o record. :-))). Não vou nem
postar as figuras (gifs animados) só pra ver se algum gaiato tem coragem de
as solicitar. :-)) e :-P

> Sua visão sugere a origem de algo como sendo a interação entre dois algos
> ou dois algos sugerem ser a interação da origem de um algo? :o)

Um "algo1" (partícula) em condições especiais gera outro "algo2" (campo); um
"algo1a" e um "algo1b" interagem entre si através dos seus "algo2", não
sendo impossível que o "algo2a" e/ou "algo2b" seja(m) nulos. Se um dos dois
algo2 for diferente de zero, haverá sempre uma interação graças à incidência
seguida de reflexão (ação e reação). Aliás, a experiência das duplas fendas
pode ser explicada por essa reflexão em que um "algo1" emite um "algo2" que,
ao refletir nas bordas de um dos orifícios, alcança o "algo1" que passou
pelo outro orifício, dando origem a famosa interferência cruzada. Se um dos
orifícios estiver fechado a imagem de interferência será simples, pois o
"algo2" não passa para o outro meio através do orifício fechado. :o))

> Permitiremos ser nós mesmos conscientes
> de que não passamos e jamais seremos algo além de um simples ping-pong
> cósmico inevitável,...

Se o universo for eterno da maneira proposta, sempre haverá uma galáxia mais
próxima do centro do Universo (ou da panela de pressão) do que a nossa.
Será então suficiente descermos de nossa galáxia e viajarmos numa
supervelocidade em direção a essa galáxia mais central (a velocidade poderia
ser superior à da luz, pois a teoria proposta não supõe como verdadeira a
relatividade -- aliás, ela se contrapõe à relatividade). Ora, quantos
bilhões de anos passarão até que nossa Galáxia torne-se inviável? Até lá a
nossa ciência não mais estará na idade da pedra e poderemos saltar de
galáxia para galáxia à vontade por "omnia saeculae saeculorum". :o)

> Devemos acreditar em Deus?

A fé é sempre uma questão de opção, e a fé religiosa não foge à regra.
Aqueles que necessitam da ciência para acreditar em Deus são os homens de
pouca fé. Aqueles que duvidam de Deus por argumentos científicos são os
homens de pouca ciência. Não há como misturar ciência e religião a não ser
através de frases soltas e de significado analógico como aquela proferida
por Einstein: "Deus não joga dados". Fora isso, faça a sua opção e seja
feliz, pois é isso o que importa.

> porque
> damos tanto valor às nossas existências individuais se já sabemos que
> individualmente jamais seremos algo mais que um grão de pó? Acho
> importante diante do sentimento de viver ter consciência de que nós
> individualmente somos nada e esse nada só será algo se coexistir e não só
> participar do que hoje chamamos de evolução do Universo. Não é um caso de
> se pensar no futuro e sim um caso de pensar numa escala que cubra muito
> mais do que um simples século.

Com efeito. Não obstante, acho que o socialismo só tem sentido à medida que
não despreza o individualismo.

> De onde és Alberto?

Nasci em São Carlos (SP), 1942, e moro em São Paulo (bairro da Mooca) desde
os 5 anos de idade.

> E onde anda o Belisário? :o)

Pelo que eu soube ele foi tirar uma unha encravada em Curitiba e ainda não
voltou. :o))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Popper e o conhecimento objectivo
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <poplist@egroups.com>, <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/04/2000 22:55




Moore: "I know this is a hand".

Esta frase, julgada como absurdo, dita por Moore numa conferência, motivou
Ludwig Wittgenstein a investigar este tipo de situação e de linguagem.
Quando dizemos "Eu sei que sinto uma dor de dentes" e dizemos "Eu sinto uma
dor de dentes", há uma diferença qualificada entre as duas sentenças? E
quando eu digo "Eu sei que isto é uma mão" e "Isto é uma mão" ?
Talvez a perplexidade deste tipo de situação venha do velho problema da
estrutura da nossa linguagem, toda ela recheada de analogias. De fato,
quando eu digo "estou batendo na porta" e quando eu digo "eu sei que isto é
uma porta", há diferentes coisas em jogo. O verbo saber não está se
referindo a nenhuma ação especial, enquanto o verbo bater sim. Quando
aprendemos o verbo saber, está em jogo o questionamento, isto é, põe-se em
dúvida a capacidade de declarar algo sobre algo. Portanto, o verbo saber,
basicamente, está vinculado à própria linguagem- é um acessório que dá
ciência ao interlocutor da capacidade de outro interlocutor de declarar isto
ou aquilo. Mesmo que a ciência descubra um padrão neuronal que acabe por
algum milagre por desvendar a seqüência de eventos que caracteriza o "saber
isto", está origem cultural da palavra continuará sendo a mesma.
Em que situação, excetuando-se um diálogo filosófico, vc viveria o seguinte
diálogo:

- Olá, eu sinto uma dor de dentes.
- Mas vc tem certeza? Vc sabe que vc tem uma dor de dentes?
- Claro! Eu sei que tenho uma dor de dentes.
- Ora, mas como você sabe?
- Porque eu sinto dor de dentes.

Isto ilustra como é supérfluo neste caso o verbo saber.

No caso de "Eu sei que isto é uma mão" eu poderia questionar se a
possibilidade de construção desta frase por mim, num discurso, já não deixa
claro o suficiente que eu realmente sei que aquilo é uma mão. Isto é, faria
sentido no jogo de linguagem a qual estamos acostumados, um diálogo do tipo:

Bebê: - Ei mamãe, isto é uma mão *apontando para uma mão de um manequim*
Mãe: - Meu filho, vc sabe que isto é uma mão!
Bebê: - Sei que isto é uma mão, hihihi.

Neste caso a capacidade de dizer tal coisa surpreende a mãe, que questiona
o filho sobre o fato. Poderíamos imaginar uma situação semelhante em alguém
aprendendo inglês: "do you know what this is?" "Oh, yes, this is a hand"
Quando eu, homem feito, digo que sei que isto é uma mão, estou sendo no
mínimo ridículo, dadas as circunstâncias. Parece ser supérfluo, já que a
minha bagagem cultural na minha linguagem que me permite dizer que isto é
uma mão já plenamente mostra o conhecimento sobre o que estou tentando
dizer.
No caso de eu dizer "sinto uma dor de dentes", acaba-se identificando o que
acontece por uma bagagem cultural de várias situações em que aprendemos a
utilizar a palavra dor (expressões faciais, machucados, etc etc ), de forma
que do ponto de vista da própria linguagem, não parece haver nada de
privado. Se eu associar o que eu estou vivendo na linguagem, como eu a
aprendo (os jogos de linguagem onde a palavra dor se insere em conjunto com
os fatos associados) com o que estou sentindo isto passa a ser um fato que
somente eu vivencio, mas não é o determinante para eu dizer que quando digo
que estou com dor há efetivamente uma linguagem privada, já que há uma outra
série de situações que *permite que haja um deciframento do código da
mensagem*.
Finalizando, não creio que haja nada de subjetivo envolvendo o verbo
*saber", do tipo linguagem privada.



Rodrigo



-----Mensagem original-----
De: robade [mailto:robade@infonie.fr]
Enviada em: Sexta-feira, 28 de Abril de 2000 08:22
Para: Argumentos
Assunto: Re: Popper e o conhecimento objectivo


Argumentos - http://www.terravista.pt/Nazare/1339/

Caro Desidério,

>Não podemos falar de conhecimento subjectivo porque o conhecimento, ao
>contrário das crenças e de outras atitudes, é factivo. Isto significa
>que se eu sei algo, isso tem de ser verdade. Se descobrirmos mais
>tarde que afinal isso era falso, então eu não podia saber disso;

Se eu digo :"eu estou com dor de dentes", estou a referir-me a uma
sensaçao que apenas pode ser sentida por mim. Isto é uma experiencia
subjectiva e é um facto. Sera isto um "conhecimento" subjectivo?
Como é que eu sei que estou com dor de dentes?O meu dentista pode
dizer-me cuais sao os sintomas da dor de dentes mas ele nao pode saber se
eu tenho ou nao uma dor de dentes. Em ultima instancia, apenas eu posso
saber se tenho ou nao uma dor de dentes.
Mas se apenas eu posso saber se tenho ou nao uma dor de dentes, nesse
caso nao se pode falar de "conhecimento objectivo". No entanto, eu sei
que estou com uma dor de dentes. Se a expressao "eu sei que estou com uma
dor de dentes" nao tem sentido, entao tenho de admitir que nunca vou
poder saber se tenho ou nao uma dor de dentes. O que seria
contra-intuitivo, ja que a experiencia da dor de dentes, apesar de ser
subjectiva, nao parece depender de uma crença ou ilusao. Para evitar esta
absurdidade, é necessario aceitar a ideia de um "conhecimento
subjectivo", que se distingue dum conhecimento objectivo por ser um facto
que apenas pode ser confirmado por mim.
Assim, neste tipo de experiencias, faz sentido usar da distinçao
conhecimento subjectivo/objectivo. Ou sera que nao?


Um abraço,
Roberto


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SUBJECT: Re: Re: Re: Mecanismo da Existencia
FROM: "Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/04/2000 11:21

"Se o universo for eterno (...) pois a teoria proposta não supõe como
verdadeira a relatividade -- aliás, ela se contrapõe à relatividade). (...)
por "omnia saeculae saeculorum"."

Quanto à relatividade, diria que ela não está totalmente certa, mas também
não é errada. Talvez possa ser modificada em partes. Mas, aí você sacou uma
do baú que eu ????????? por 'omnia saeculae saeculorum'?????? ;o)

"A fé é sempre uma questão de opção (...) seja feliz, pois é isso o que
importa."

Não foi bem esse o rumo que havia pensado, mas tudo bem. :o) Devo dizer que
a mim, como você citou em msg anterior, que me sinto como se minhas 'imagens
de espírito' realmente se comportassem como as 'realidades evidentes'. Pois
nelas eu acredito, mesmo que ainda não saiba como ou se existe um meio de
evidênciá-las e divulgá-las através do dialeto humano, do experimento ou
qualquer outra forma realizável no futuro.

Posso afirmar a você que existem dúvidas, mas essas dúvidas localizam-se
fora do alcance da fé para respondê-las. Minha convicção no que sinto, e que
nem mesmo eu posso explicar ainda a maneira como a visão propriamente dita
vislumbra tantos detalhes quando me concentro em observar o todo, é a única
fração da sabedoria que reconheço salvar-me da destruição com um propósito
nobre. Não sei como descrever, pois muitas vezes sinto que o dialeto é
incapaz de representar, mas seja lá o que for é a única coisa que me mantém
vivo, pois diante da realidade que obtive conhecimento em vida, posso prever
que verdadeiramente feliz jamais serei até o fim de meus dias.

As pessoas que se julgam felizes e têm seus motivos, eu concordo que isso é
muito bom. O sentimento de nascer, viver, constituir família, ver um filho
seu crescer e participar do seu desenvolvimento diário e poder enchergar no
final que tudo afinal caminhou é maravilhoso. Demonstra que os desejos e
desafios foram superados por tais pessoas e afinal talvez tenha sido assim
por quase cem milhões de anos. Mas quando me dedico a questões de
desenvolvimento, aprimoramento, segurança, educação, bem dizer civilização
como um todo, vejo algo que soa como entropia mesquinha pouco segura de seus
objetivos.

O outro lado da vida, bem dizer o majoritário que retrada a realidade nua e
crua, e que me faz crer que um dia, por mais que possa ser dotado de
inteligência e sabedoria, as circunstâncias da vida podem podem propiciar a
mim e qualquer um de nós algo tão terrível como: "Pai, se o senhor sabia de
tudo isso, porque eu nasci?" baseado na fração dos ensinamentos que
incondicionalmente meu filho poderá adquirir de mim dos quais são o conjunto
de princípios que fundamentam a minha personalidade e caráter.

Assim como deverei ter uma resposta no mínimo verdadeiramente fundamentada
para o meu filho, também deverei chegar ao fim de meus dias, olhar para trás
e ver que minha história pessoal reserva justiça, nobreza e que isto não é
como aceitar: "Eu sei que o mundo deveria ser diferente, mas não é." Pois
acredito mesmo que só que: "Penso que o mundo é nós que fazemos e não ele a
nós.". Mas muitas pessoas simplesmente respondem isso diariamente com um dar
de ombros ou apelando para conceitos religiosos vagamente relembrados.

E claro, talvez eu seja louco e infeliz por acreditar nisso. Mas sabemos que
lá fora não é um sonho, que as pessoas morrem, que há miséria se nem ao
menos deveria existir dinheiro. O pior de tudo isso é que desejo mudar o
mundo evidenciando isso, mas onde tudo é relativo, só posso mesmo é duvidar
da minha sanidade em tentar. Mas louco ou não, estou tentando promover um
paradigma. :o)

"Com efeito. Não obstante, acho que o socialismo só tem sentido à medida que
não despreza o individualismo."

Concordo, desde que vice-versa.

Bem, acredito que terei muito trabalho pela frente. O primeiro passo deverá
ser pesquisar e estudar minuciosamente se há e como seria um princípio
básico existencial para o Universo. Este princípio deve também dizer se o
Universo teve um começo ou se terá um fim, se é infinito e como talvez haja
mais Universos além do nosso compondo algo muito maior e além de nossas
expectativas. O maior problema que tenho deve ser devido ao fato de que
nunca pratiquei ciência ou sequer realizei experimentos científicos para um
propósito sério. E como nós já sabemos, isso tudo não é muito bem visto pelo
pessoal acadêmico. ;o) Como talvez tudo mude de figura quando ingressar na
faculdade. :o)

[]'s
Ozelo



SUBJECT: Jurassic Park e Teoria Fractal
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/04/2000 13:46

Amigos:

- Alguem da lista leu o livro "Jurassic Park" ?
- Estou desenvolvendo um trabalho de faculdade
sobre Fractais e soube que existe um pequeno
detalhe nesse livro que envolte fractais.

- Se alguem leu, solicito a gentileza de
entrar em contato comigo, EM PRIVATE

- Grato pela atencao de todos


Paulo Sergio Dias
psdias@zaz.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Re: Re: Mecanismo da Existencia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/04/2000 14:27

-----Mensagem Original-----
De: "Ozelo"
Enviada em: Sábado, 29 de Abril de 2000 11:21
Assunto: [ciencialist] Re: Re: Re: Mecanismo da Existencia

> aí você sacou uma
> do baú que eu ????????? por 'omnia saeculae saeculorum'?????? ;o)

Realmente, saiu do baú. ;o) No meu tempo de segundo grau estudava-se latim e
algumas expressões arquivaram-se em algum lugar de meu cérebro. Não sei se a
grafia está correta mas o sentido de "per omnia saeculae saeculorum" seria o
de "por todos os séculos dos séculos. A frase total, então, ficaria:
"...poderemos saltar de galáxia para galáxia à vontade, por todos os séculos
dos séculos." Quer me parecer que o significado de "século de século" seria
equivalente ao de 100 séculos = 10000 anos, ou seja, uma unidade de tempo
razoável para o problema em questão.

> Assim como deverei ter uma resposta no mínimo verdadeiramente fundamentada
> para o meu filho, também deverei chegar ao fim de meus dias, olhar para
> trás e ver que minha história pessoal reserva justiça, nobreza e que isto
> não é como aceitar: "Eu sei que o mundo deveria ser diferente, mas não é."
> Pois acredito mesmo que só que: "Penso que o mundo é nós que fazemos e não
> ele a nós.". Mas muitas pessoas simplesmente respondem isso diariamente
> com um dar de ombros ou apelando para conceitos religiosos vagamente
> relembrados.

Concordo contigo mas sinto que "na prática a teoria é outra", ou melhor, na
prática surgem teorias outras a complicarem e a tornarem o encontro de uma
solução mais difícil do que o previsto. Surgem então: 1) os aproveitadores,
a moldarem o mundo de acordo com suas conveniências (os donos do mundo); 2)
os acomodados, a se aproveitarem indiretamente das sobras que não são
poucas, pois o sistema capitalista exige um mecanismo de troca e, portanto,
de pessoas que tenham o que trocar (os inocentes úteis); e 3) o restante da
população, a sobreviver a custa de migalhas. Perceba então que aos primeiros
não interessa a modificação do mundo; e os terceiros não têm como lutar
contra o sistema, pois mal conseguem sobreviver. Restam então os acomodados
e o mundo terá, amanhã, o que estes plantarem hoje. E é por isso que costumo
dizer que não existe crise no mundo pois crise significa "o ponto de
transição entre uma época de prosperidade e outra de depressão, ou
vice-versa". O que existe chama-se marasmo. Em termos de Brasil costumo
dizer que precisamos acordar o "Gigante" ora "deitado em berço esplêndido".

Somos responsáveis, sim, porém nossa tarefa não é simples. Há alguns anos
cheguei a escrever: "Sou um privilegiado pois tenho o privilégio de conviver
com a miséria sem ser um miserável bem como tenho o privilégio de usufruir
da safadeza sem ser um salafrário". A meu ver a saída começa por aí, pelo
reconhecimento desse privilégio absurdo. Mas isso, por si só, não basta! E é
por isso que eu prego, não apenas em ciência mas também, o lema "revolução
permanente", que captei da filosofia da ciência de Popper; e é por isso que
combato veementemente o "comodismo" inerente à filosofia de Thomas Khun,
pois o que não é bom para o social não pode ser bom para a ciência. E é por
isso que eu me rebelo contra o academicismo do século XX a propalar por
todos os rincöes que "em time que está ganhando não se mexe". E, além do
mais, quem disse que estamos ganhando?

Bem, começamos discutindo "Mecanismo da Existência", divagamos muito pelo
terreno da ciência, cheguei mesmo a expor aspectos de minha ciência
marginal, e você da sua, e retornamos aos problemas existênciais. E é
importante que assim seja, como é importante que os acomodados percebam que
por detrás das fronteiras "do que é meu" existirá sempre um mundo melhor e
maior "e que é nosso".

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: A Necessidade do Jargão
FROM: "Antonio A. J. Godoy" <prof_godoy@teracom.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/04/2000 16:10

Olá, lista!
 
Todos sabemos a importância da precisão conceitual na boa definição dos conceitos científicos. Imprecisões devido a metáforas e comparações errôneas são extremamente freqüentes, gerando (especialmente no público leigo ou iniciante em ciência) problemas conceituais difíceis de serem resolvidos posteriormente.
 
Os alunos do ensino médio, especialmente, ressentem-se da necessidade do aprendizado de palavras novas para designar os conceitos científicos que aprendem no colégio. Talvez por falta de incentivo à leitura, que acarreta uma deficiência de vocabulário, os estudantes não conseguem obter boa compreensão dos termos utilizados em sala de aula no estudo das disciplinas como física, química e (talvez) biologia. Por minha própria experiência didática vejo que é cada vez mais difícil incutir nos alunos a necessidade de leitura e a conseqüente ampliação da capacidade interpretativa e do vocabulário. Para eles, o mínimo possível de palavras e expressões técnicas deve ser utilizado. O que se pode fazer?
 
Como simplificar o jargão científico sem perder a precisão conceitual? Muitos se propuseram a responder tal questão, e igualmente muitos falharam em seus métodos. Será realmente possível simplificar TODOS os conceitos científicos?
 
[ ]'s
 
--
Antonio A. J. Godoy
Amateur Physicist - Chemistry Student
High School teacher of Physics and Chemistry
 
+55 44 962 3455
ICQ #28370022
 
Maringá - Paraná
Brasil
 
"Deus deixa pistas para que o homem descubra a Verdade."
A. Einstein--

SUBJECT: Re: [ciencialist] A Necessidade do Jargão
FROM: Fabiano Belisário Diniz <fbdiniz@inetone.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/04/2000 21:51

Antônio de Godoy:
>
> Olá, lista!
>
> Todos sabemos a importância da precisão conceitual na boa definição dos
> conceitos científicos. Imprecisões devido a metáforas e comparações errôneas
> são extremamente freqüentes, gerando (especialmente no público leigo ou
> iniciante em ciência) problemas conceituais difíceis de serem resolvidos
> posteriormente.
>
> Os alunos do ensino médio, especialmente, ressentem-se da necessidade do
> aprendizado de palavras novas para designar os conceitos científicos que
> aprendem no colégio. Talvez por falta de incentivo à leitura, que acarreta
> uma deficiência de vocabulário, os estudantes não conseguem obter boa
> compreensão dos termos utilizados em sala de aula no estudo das disciplinas
> como física, química e (talvez) biologia. Por minha própria experiência
> didática vejo que é cada vez mais difícil incutir nos alunos a necessidade de
> leitura e a conseqüente ampliação da capacidade interpretativa e do
> vocabulário. Para eles, o mínimo possível de palavras e expressões técnicas
> deve ser utilizado. O que se pode fazer?
>
> Como simplificar o jargão científico sem perder a precisão conceitual? Muitos
> se propuseram a responder tal questão, e igualmente muitos falharam em seus
> métodos. Será realmente possível simplificar TODOS os conceitos científicos?


Não tenho experiência em lecionar, mas gosto muito de "traduzir" coisas
do "fisiquês" para o portuguës, de maneira só vou poder responder às últimas
questões. Primeiro, não creio que haja uma "receita de bolo" para a questão de
como simplificar o jargão científico. Cada caso é um caso, e há um pouco de
arte nesse processo. Mas eu creio que é possível, sim, simplificar, ou melhor,
traduzir adequadamente, todos os conceitos físicos para o leigo. Um conceito
difícil apenas exigirá mais tempo/texto para ser traduzido, mas ainda assim
será traduzível. Eu sempre tive a impressão de que, se não conseguimos explicar
algum conceito para o leigo, há algo errado com o nosso conhecimento sobre esse
conceito.

Acho que traduzir conceitos científicos tem algo em comum com
aprender a
escrever bem: a melhor (talvez única) maneira é 1) saber bem do que se está
falando; e 2) ler muitas obras (boas!) de popularização da ciência. Também deve
ser interessante ter contra-exemplos. Eu costumo ler as obras de divulgação com
um espírito crítico, para detectar tanto as boas idéias para traduzir conceitos
físicos como as simplificações exageradas, que levam o leitor a ter uma idéia
errada do conceito. E há tantas simplificações exageradas...!

Na área da Física, tenho ouvido falar muito bem das obras de divulgação
do George Gamow, do Fred Hoyle e do Richard Feynmann. Na da Biologia, tenho
ouvido falar do Stephen Jay Gould. Deve haver muitos outros. "A evolução da
Física", de Albert Einstein e Leopold Infeld, é uma excelente fonte para
divulgação. Por outro lado, um divulgador particularmente popular atualmente e
do qual não gosto muito é o Marcelo Gleiser. Ele costuma fazer muitas
simplificações exageradas nos seus livros e artigos. Também, acabei de ler um
livro chamado "As sete maiores descobertas científicas da História", de David
Eliot Brody e Arnold R. Brody. Um deles é advogado e sociólogo, o outro é
biólogo. Aparecem idéias ótimas para tradução de conceitos, mas, quando foram
escrever sobre Relatividade, se meteram num lamaçal lamentável.

Enfim, é isso.
Até a próxima,
Roberto Belisário



SUBJECT: Re: [ciencialist] Jurassic Park e Teoria Fractal
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/04/2000 16:01


Sobre fractais eu indico o excelente programa FRACTINT, que eh gratuito
e tem na internet. Endereco
http://spanky.triumf.ca/www/fractint/fractint.html

O resto eu nao sei. :)

On Sat, 29 Apr 2000, =?iso-8859-1?Q?Paulo_S=E9rgio_Dias?= wrote:

> Amigos:
>
> - Alguem da lista leu o livro "Jurassic Park" ?
> - Estou desenvolvendo um trabalho de faculdade
> sobre Fractais e soube que existe um pequeno
> detalhe nesse livro que envolte fractais.
>
> - Se alguem leu, solicito a gentileza de
> entrar em contato comigo, EM PRIVATE
>
> - Grato pela atencao de todos
> Paulo Sergio Dias
> psdias@zaz.com.br


SUBJECT: -= NewsLetter 19 [30/04/2000] =-
FROM: "David Ramalho" <mop12506@mail.telepac.pt>
TO: "#Ciencia" <cienciaPT@onelist.com>, <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/04/2000 18:00

:: N O T I C I A S

-> O Nosso Planeta Pesa Menos do Que Se Supunha, Afirmam Cientistas
Norte-americanos
A Leveza da Terra

Por TERESA FIRMINO

Se a famosa maçã que terá caído na cabeça de Isaac Newton o iluminou sobre
a gravidade e o inspirou a calcular um valor para a atracção mútua dos
corpos, dois cientistas norte-americanos recalcularam agora esse valor. O
trabalho acabou num novo número para a massa, ou peso, da Terra: afinal,
parece ter 5,972 quintiliões de toneladas de massa, um pouco menos que
antes.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/04/30/Ciencias/H01.html

-> Comissão Europeia Nomeia Comité de Peritos para Explicar
Desenvolvimentos da Ciência Aos Cidadãos
Europeus Confiam Cada Vez Menos na Biotecnologia

Os europeus mostram-se cada vez menos confiantes na biotecnologia, e
sobretudo nos alimentos transgénicos, revela o último Eurobarómetro. Se
na última sondagem feita na União Europeia sobre o assunto, em 1997, 55
por cento dos portugueses se mostravam favoráveis aos transgénicos, em
1999 apenas 23 por cento mantinham essa opinião.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/04/30/Ciencias/H02.html

-> Istambul Poderá Sofrer Um Sismo nos Próximos 30 Anos

http://jornal.publico.pt/publico/2000/04/30/Ciencias/H01CX01.html

-> AVEIRO
Mercúrio contamina a ria
Paula Ferreira

Metal pesado entrou na cadeia alimentar. Problema sem solução à vista,
denunciado num encontro sobre os rios nortenhos

http://www.dn.pt/cie/30p25a.htm

-> Planetas alinhados estimulam "profetas do sinistro"
António Magalhães

http://www.dn.pt/cie/30p25b.htm


:: F I M

...



SUBJECT: -= NewsLetter 20 [01/05/2000] =-
FROM: "David Ramalho" <mop12506@mail.telepac.pt>
TO: "#Ciencia" <cienciaPT@egroups.com>, <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/05/2000 07:46
ATTACHMENTS (20000501-074645-0000566): "cientistas3.gif"

:: N O T I C I A S

-> Hipersensibilidade da Pele Pode Fornecer Novas Pistas Sobre Os
Mecanismos da Enxaqueca
"Dói-me Até o Cabelo!"
Por CLARA BARATA

As fortes dores de cabeça das crises de enxaqueca são ainda muito mal
compreendidas, embora afectem muitos milhões de pessoas em todo o mundo.
No entanto, uma equipa de investigadores norte-americanos que se dedicou a
estudar um sintoma normalmente negligenciado encontrou pistas que podem
levar à concepção de novos medicamentos para a enxaqueca.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/05/01/Ciencias/H01.html

-> Investigadores Norte-americanos Propõem Nova Técnica para Repor Redes
Neuronais
Terapia Genética Contra a Doença de Alzheimer

A perda de memória é uma dos sintomas mais assustadores da doença de
Alzheimer, que afecta sobretudo as pessoas idosas. Ligações cruciais entre
neurónios, que nos permitem recordar um rosto ou um acontecimento,
perdem-se com esta doença neurodegenerativa.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/05/01/Ciencias/H02.html

-> DEFICIÊNCIAS
As tecnologias ao serviço de pessoas e necessidades
Elsa Costa e Silva

Programa europeu visa integração social com acções construtivas e não
esquece auto- estima

http://www.dn.pt/cie/1p79a.htm

-> Uma boa oportunidade para se mostrar o valor
Elsa Costa e Silva

A deficiência é um obstáculo que pode ser ultrapassado, como mostra uma
experiência empresarial a decorrer no Porto

http://www.dn.pt/cie/1p79b.htm

-> AVANÇO
Franceses anunciam sucesso de terapia génica

Dois bebés com grave deficiência imunitária apresentam, um ano depois da
intervenção, desenvolvimento normal para idade

http://www.dn.pt/cie/1p79c.htm

:: H U M O R

-> These two positive-strain E-Coli go into a bar. The first one says, "I'm
so
thirsty I could suck the cytoplasm off a Bacillis Anthrax' pilli!" and the
second one says, "Moooo!!!"

Nota pessoal : Esta sai mesmo fora do alcance dos meus conhecimentos , se
alguem quiser explicar , suponho que não seja o unico a agradecer :)

:: F I M

M I F ::


SUBJECT: Re: Jargão
FROM: "Prof. Antonio Godoy" <prof_godoy@teracom.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/05/2000 15:45

Olá, Roberto e demais membros

Bem, quanto a ler bons livros de divulgação científica, isto é o que se
espera como mínimo indispensável para a tradução dos "---quês" para o
português. Concordo que o Gamow é excelente, eu mesmo tenho em minha
biblioteca alguns livros dele. Para teorias matemáticas tais como a
topologia, temos o físico-matemático V.I. Arnold; o próprio Lev Landau
escreveu o excepcional "Física para todos".

O problema é que para entender os melhores livros de divulgação científica é
necessário um mínimo de interpretação, coisa que os alunos em geral têm cada
vez mais dificuldade em fazer. Simplificar de modo a que todos entendam? Aí
esbarramos no problema que aconteceu com o Gleiser, que apesar de ser um bom
escritor (o seu estilo literário particularmente me agrada) derrapou feio em
algumas metáforas e simplificações. A questão é complexa: simplificar a
ciência exige um domínio razoável da linguagem culta, que os estudantes (não
apenas no Brasil) raramente conhecem no nível necessário. Creio que o papel
do educador e divulgador científico de hoje envolve necessariamente um
resgate da linguagem culta em sala de aula, por quaisquer meios. A realidade
das salas de aula (mesmo das de nível superior) é cruel com a linguagem
culta e com a leitura. Se considerarmos, como Vygotsky o fez, o papel
preponderante da linguagem na construção do conhecimento, veremos que nosso
desafio é maior do que a maioria de nós a priori pode imaginar.

Um grande abraço,
--
Antonio A. J. Godoy
Amateur Physicist - Chemistry Student
High School teacher of Physics and Chemistry

+55 44 962 3455
ICQ #28370022

Maringá - Paraná
Brasil

"Deus deixa pistas para que o homem descubra a Verdade."
A. Einstein--

PS.: Cadê o Léo, com suas grandes idéias e vastíssimo conhecimento? Estou
sentindo falta de suas mensagens na lista!!

----- Original Message -----
From: "Fabiano Belisário Diniz" <fbdiniz@inetone.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Saturday, April 29, 2000 9:51 PM
Subject: Re: [ciencialist] A Necessidade do Jargão


Antônio de Godoy:
>
> Olá, lista!
>
> Todos sabemos a importância da precisão conceitual na boa definição dos
> conceitos científicos. Imprecisões devido a metáforas e comparações
errôneas
> são extremamente freqüentes, gerando (especialmente no público leigo ou
> iniciante em ciência) problemas conceituais difíceis de serem resolvidos
> posteriormente.
>
> Os alunos do ensino médio, especialmente, ressentem-se da necessidade do
> aprendizado de palavras novas para designar os conceitos científicos que
> aprendem no colégio. Talvez por falta de incentivo à leitura, que acarreta
> uma deficiência de vocabulário, os estudantes não conseguem obter boa
> compreensão dos termos utilizados em sala de aula no estudo das
disciplinas
> como física, química e (talvez) biologia. Por minha própria experiência
> didática vejo que é cada vez mais difícil incutir nos alunos a necessidade
de
> leitura e a conseqüente ampliação da capacidade interpretativa e do
> vocabulário. Para eles, o mínimo possível de palavras e expressões
técnicas
> deve ser utilizado. O que se pode fazer?
>
> Como simplificar o jargão científico sem perder a precisão conceitual?
Muitos
> se propuseram a responder tal questão, e igualmente muitos falharam em
seus
> métodos. Será realmente possível simplificar TODOS os conceitos
científicos?


        Não tenho experiência em lecionar, mas gosto muito de "traduzir"
coisas
do "fisiquês" para o portuguës, de maneira só vou poder responder às últimas
questões. Primeiro, não creio que haja uma "receita de bolo" para a questão
de
como simplificar o jargão científico. Cada caso é um caso, e há um pouco de
arte nesse processo. Mas eu creio que é possível, sim, simplificar, ou
melhor,
traduzir adequadamente, todos os conceitos físicos para o leigo. Um conceito
difícil apenas exigirá mais tempo/texto para ser traduzido, mas ainda assim
será traduzível. Eu sempre tive a impressão de que, se não conseguimos
explicar
algum conceito para o leigo, há algo errado com o nosso conhecimento sobre
esse
conceito.

        Acho que traduzir conceitos científicos tem algo em comum com
aprender a
escrever bem: a melhor (talvez única) maneira é 1) saber bem do que se está
falando; e 2) ler muitas obras (boas!) de popularização da ciência. Também
deve
ser interessante ter contra-exemplos. Eu costumo ler as obras de divulgação
com
um espírito crítico, para detectar tanto as boas idéias para traduzir
conceitos
físicos como as simplificações exageradas, que levam o leitor a ter uma
idéia
errada do conceito. E há tantas simplificações exageradas...!

        Na área da Física, tenho ouvido falar muito bem das obras de
divulgação
do George Gamow, do Fred Hoyle e do Richard Feynmann. Na da Biologia, tenho
ouvido falar do Stephen Jay Gould. Deve haver muitos outros. "A evolução da
Física", de Albert Einstein e Leopold Infeld, é uma excelente fonte para
divulgação. Por outro lado, um divulgador particularmente popular atualmente
e
do qual não gosto muito é o Marcelo Gleiser. Ele costuma fazer muitas
simplificações exageradas nos seus livros e artigos. Também, acabei de ler
um
livro chamado "As sete maiores descobertas científicas da História", de
David
Eliot Brody e Arnold R. Brody. Um deles é advogado e sociólogo, o outro é
biólogo. Aparecem idéias ótimas para tradução de conceitos, mas, quando
foram
escrever sobre Relatividade, se meteram num lamaçal lamentável.

        Enfim, é isso.
        Até a próxima,
        Roberto Belisário


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Accurate impartial advice on everything from laptops to table saws.
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SUBJECT: Re: Mecanismo da Existencia
FROM: "Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/05/2000 09:34

"Somos responsáveis, sim, (...) e é por isso que combato veementemente o
"comodismo" inerente à filosofia de Thomas Khun, pois o que não é bom para o
social não pode ser bom para a ciência. E é por isso que eu me rebelo contra
o academicismo do século XX a propalar por todos os rincöes que "em time que
está ganhando não se mexe". E, além do mais, quem disse que estamos
ganhando?"

Entendo, mas você acredita que um dia haverá de existir uma teoria
unificada que possa descrever todos os aspectos do Universo? Digo, se
encontrarmos um teoria que dite todas as regras do Mecanismo da Existência,
mesmo assim não poderíamos ficar acomodados, pois o desenvolvimento da
civilização seguiria com o aprimoramento das tecnologias existentes. Assim,
acredito que a intenção que está por trás de 'em time que está ganhando não
se mexe' é induzir as pessoas a alcançarem resultados práticos com o que já
temos em teoria. Mas a meu ver, a teoria e os resultados práticos devem
agora seguir um desenvolvimento paralelo.

A impressão que tenho é que tem um 'ar político' circulando pela prática
científica. É mais ou menos por aí? Tipo, como se os 'resultados práticos'
devessem ser de preocupação primária para o cientista em relação à
descoberta dos segredos da natureza. Ou algo mais vulgarmente falando: 'Para
que pensar mais se ainda não temos braços suficientes para executar?'

Do meu ponto de vista temos de mexer em todos e nunca alcançaremos uma
satisfação plena pelo desempenho de um ou de outro suposto time que está
ganhando. Pois, é da natureza da pesquisa e do desenvolvimento questionar o
suposto óbvio. Nesse sentido e diante da relatividade acredito que uma
determinada teoria sempre é tida como referência relativa e sua veracidade é
baseada no quanto esta é apropriadamente utilizada. Mas também devemos
considerar que um dia talvez possa ser descoberta uma referência absoluta e
sendo assim poderá ela sempre mudar de cara mas nunca de fundamento. Nesse
caso, acredito que será inútil evidenciar a relatividade na veracidade de
tal fundamento e não deveremos mais necessitar de uma referência
alternativa.

"Bem, começamos discutindo "Mecanismo da Existência", divagamos muito pelo
terreno da ciência, cheguei mesmo a expor aspectos de minha ciência
marginal, e você da sua, e retornamos aos problemas existênciais. E é
importante que assim seja, como é importante que os acomodados percebam que
por detrás das fronteiras "do que é meu" existirá sempre um mundo melhor e
maior "e que é nosso"."

Alberto, diante do seu cabedal científico é uma honra para mim poder
compartilhar de tal sabedoria. Nosso diálogo fortaleceu em mim a confiança
no aspecto científico que resolvi expor e agora devo me dedicar nos próximos
dias a escrever em detalhes sobre minhas concepções cosmológicas e seus
fundamentos. Em breve apresentarei alguns tópicos decisivos sobre a suposta
relação destas com o modêlo de 13 esferas, o qual dei o nome de 'Azar'
exibido aqui no Ciencialist. Sou muito grato pela sua atenção e dedicação
nesses assuntos sem qualquer preconceito, o qual destas extraio muita
motivação para a defesa de um pensamento livre.

Um abraço forte do Ozelo! :o)



SUBJECT: -= NewsLetter 21 [02/05/2000] =-
FROM: "David Ramalho" <mop12506@mail.telepac.pt>
TO: "#Ciencia" <cienciaPT@egroups.com>, <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/05/2000 15:51
ATTACHMENTS (20000502-155131-0000569): "cientistas4.gif"

:: N O T I C I A S

-> Astrónomos de Todo o Mundo Tentam Construir Observatórios Cada Vez
Maiores
Em Busca do Maior Telescópio
Por ANA MACHADO

A vontade de construir o maior telescópio óptico de sempre tornou-se numa
corrida louca à escala mundial. Todos querem apregoar que construíram o
maior aparelho de observação do Universo. Mas a luta não vai ser fácil: a
um anúncio espantoso, segue- se de imediato outro que o cobre. Telescópios
grandes, muito grandes e extraordinariamente grandes estão a caminho.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/05/02/Ciencias/H01.html

-> Genes da "Arabidopsis Thaliana" Ajudam a Revolucionar a Indústria de
Plantas Oleaginosas
Prender as Sementes Dentro dos Frutos
Por ANA MACHADO

Existem dois genes numa planta da família das crucíferas, a "Arabidopsis
thaliana", que regulam a maneira como os frutos amadurecidos dessas
plantas perdem as suas sementes.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/05/02/Ciencias/H02.html

-> REVES
. Arrife poderá integrar parque natural
. Escolha para onde olha o Hubble

http://jornal.publico.pt/publico/2000/05/02/Ciencias/HBREVES.html

-> EFEITO DE ESTUFA
Florestas podem ser travão
Estudos na revista "Nature" mostram que a floresta absorve mais anidrido
carbónico do que o que lança no ar, contrariando aquecimento global

http://www.dn.pt/cie/2p25b.htm

-> PREVENÇÃO
Soja e derivados ajudam a combater cancro da mama

Orientais correm menos riscos devido à alimentação

http://www.dn.pt/cie/2p25c.htm

:: H U M O R

-> Never lend a geologist money. They consider a million years ago
to be Recent.

-> OLD MATH TEACHERS never die, they just reduce to lowest terms
OLD MATHEMATICIANS never die, they just disintegrate
OLD MATHEMATICIANS never die, they just go off on a tangent
OLD NUMERICAL ANALYSTS never die, they just get disarrayed
OLD TRIGONOMETRY TEACHERS never die, they just lose their identities
Old mathematicians never die, they tend to zero.
Old mathematicians never die, they just lose their functions.
OLD ASTRONAUTS never die, they just go to another world
OLD ATOMS never die, they just decay
OLD LASER PHYSICISTS never die, they just become incoherent
OLD METEORS never die, they just burn up
OLD NUCLEAR POWER PLANTS never die, they just go off-line
OLD PLANETS never die, they just lose their attraction
OLD THERMODYNAMICISTS never die, they just achieve their state -
- of maximum entropy

:: F I M

O sindicato dos nomes pessoais declarou greve nacional pelo aumento real do
interesse do nome pessoal ...


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mecanismo da Existencia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/05/2000 06:09

-----Mensagem Original-----
De: "Ozelo"
Enviada em: Terça-feira, 2 de Maio de 2000 09:34
Assunto: [ciencialist] Re: Mecanismo da Existencia

> Entendo, mas você acredita que um dia haverá de existir uma teoria
> unificada que possa descrever todos os aspectos do Universo? Digo, se
> encontrarmos um teoria que dite todas as regras do Mecanismo da
> Existência,...

Acho muito difícil, nos dias atuais, pensar numa "teoria do tudo" com
essa abrangência e a ponto de esgotar possíveis futuras teorizações. Existem
algumas tentativas generalizantes, via de regra mal interpretadas pela mídia
que acabam gerando polêmicas que nada têm a ver com as teorias que pretendem
discutir. Dentre essas idéias generalizantes lembraria as que ocorrem nas
seguintes áreas:

1) Em física: poderia citar as tentativas de unificação da mecânica
newtoniana com a gravitação newtoniana (século XVII e XVIII) seguida da
unificação mecânica-campos e, posteriormente, às custas de um materialismo
mecanicista (algo procurado por Maxwell no século XIX, dentre outros), pela
unificação de todos os demais ramos da física. No século XX mudou-se o
enfoque mas persistiu a idéia de unificação da física, algo tentado tanto
pelos físicos relativistas (principalmente Einstein) quanto pelos quânticos,
ainda que através de abordagens diversas. Como a física é, dentre as
ciências naturais, a mais básica, espera-se que esta unificação possa um dia
gerar uma "teoria do tudo" mas, a meu ver, existe muito mais especulação do
que verdade nessa afirmação. Eu, em particular, acredito num retorno a uma
física clássica totalmente unificada, a explicar todos os fenômenos físicos
e a deixar boquiabertos todos os físicos modernos. Tenho trabalhado na
procura desta solução. Uma teoria dessas poderia ser muito útil para a
química ou biologia mas daí a dizer-se que a teoria em si iria resolver
todos os problemas da química ou biologia vai um pouco de arrogância,
apresentada por alguns físicos, mesclada com um certo grau de ignorância a
respeito da complexidade inerente à química ou biologia.

2) A Teoria Geral dos Sistemas (parece-me que o seu precursor teria sido von
Bertalanfy). Também pretende ser uma teoria do tudo mas restrita a
classificações e interações entre sistemas. Trata-se de uma temática
bastante interessante e, ao contrário do caso anterior, não está restrita,
em seus aspectos básicos, essenciais e iniciais, a uma única área do
conhecimento. Tanto pode ser desenvolvida por um físico quanto por um
biólogo quanto por alguém da área das ciências humanas.

3) As teorias baseadas na evolução da filosofia oriental a se apoiarem no
estudo dos complementares antagônicos (yin-yang). É possível por essa linha
evoluir para teorias de estados de equilíbrio e de transformações de estados
de equilíbrio bastante gerais (não apenas no âmbito da física). Uma boa
alternativa a essa linha reside na construção de teorias apoiadas no
Princípio de Le Chatelier que tem sido valorizado muito mais como regra
mnemônica do que como princípio (os químicos utilizam-no bastante em
equilíbrios químicos e, em eletromagnetismo, surge como uma lei que entrou
na física "pela porta dos fundos" --> lei de Lenz). Quem segue uma linha
paralela a essa, aqui no Brasil, é o Claudio Abreu [que já perambulou aqui
pela ciencialist e recebeu paulada de todos os lados - até de mim!!! :o)].
Pois o Claudio Abreu vem desenvolvendo o que chama Teoria Geral da
Bidualidade que considero bastante interessante. Também não tem a
característica de "teoria do tudo" acima apontada, pois trata-se de uma
teoria a orientar no desenvolvimento de, e/ou xecar, outras teorias mas não
me parece que pretenda atingir o status de teoria única, a partir da qual
nada mais tivesse sentido se fazer (o que seria de se esperar com uma teoria
que pretendesse explicar tudo).

> mesmo assim não poderíamos ficar acomodados, pois o desenvolvimento da
> civilização seguiria com o aprimoramento das tecnologias existentes.

É interessante essa colocação. Não acredito que cheguemos um dia a esgotar o
conhecimento científico porém, admitindo-se que isso aconteça, ainda assim
restará o desenvolvimento da tecnologia. Bem lembrado!

> Assim, acredito que a intenção que está por trás de 'em time que está
> ganhando não se mexe' é induzir as pessoas a alcançarem resultados
> práticos com o que já temos em teoria. Mas a meu ver, a teoria e os
> resultados práticos devem agora seguir um desenvolvimento paralelo.

Pois é. Vamos respeitar o time que está ganhando mas vamos também procurar
derrotá-lo. O que não podemos é admitir a existência do time único a ganhar
única e exclusivamente do seu "sparring" e que, no caso da física, seria a
física newtoniana (mesmo porque dia chegará em que esta cansará de apanhar).

> A impressão que tenho é que tem um 'ar político' circulando pela prática
> científica. É mais ou menos por aí?

Não é "mais ou menos por aí". É exatamente por aí! Infelizmente existem os
"donos da ciência" a propalarem que fazer ciência é como jogar xadrez. E
conseguem incutir nos meios universitários que seria absurda qualquer
manobra a ir contra as regras que "eles" criaram. E qualquer um que jogue
xadrez de maneira "errada" é taxado de subversivo, ou de criança ou, então,
não entende nada do assunto. E se de alguma forma este agente subversivo
conseguir, com a anuência dos "donos da ciência", modificar as regras, as
coisas começam novamente seguindo as mesmas trilhas, apenas que com novas
regras. E se você continuar aceitando as regras velhas, dirão que você está
esclerosado ou, então, que passou para a segunda infância. Com grande
freqüência, e em virtude de interesses próprios e relacionados ao momento
político, os "donos da jogo", ainda que nunca tenham jogado, pregam a boa
nova a dizer que está na hora de se mudar as regras do jogo. É mais ou menos
por aí.

> Nosso diálogo fortaleceu em mim a confiança
> no aspecto científico que resolvi expor e agora devo me dedicar nos
> próximos dias a escrever em detalhes sobre minhas concepções cosmológicas
> e seus fundamentos.

Fico muito feliz com isso e, ao mesmo tempo preocupado, pois em uma das msgs
anteriores você chegou a dizer que iria prestar vestibular esse ano. Digo
isso porque conheço a "paixão" que toma conta do cientista quando ele
resolve se dedicar a elucidar suas imagens de espírito. De qualquer forma,
confio na sua sabedoria.

> Em breve apresentarei alguns tópicos decisivos sobre a suposta
> relação destas com o modêlo de 13 esferas, o qual dei o nome de 'Azar'
> exibido aqui no Ciencialist.

Com a ressalva feita acima, aguardarei ansiosamente.

> Sou muito grato pela sua atenção e dedicação
> nesses assuntos sem qualquer preconceito, o qual destas extraio muita
> motivação para a defesa de um pensamento livre.

"O futuro do mundo está confiado à juventude. Mas onde os ideais não
inflamam o coração, e não firmam a vontade, começa a velhice e a
decrepitude." (João XXIII).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Cada uma que inventam.
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/05/2000 13:04

Polar Bear Hair Is Not a Fiber Optic
It is popularly understood that polar bear fur acts as a
pipeline transmitting ultraviolet energy from Arctic
sunlight to the skin of these animals. Their hair shafts are
indeed hollow, but are not fiber optic material.
http://chemistry.about.com/library/weekly/aa101899a.htm

---
Ateh mais.
Luis Roberto Brudna



SUBJECT: -= NewsLetter 22 [03/05/2000] =-
FROM: "David Ramalho" <mop12506@mail.telepac.pt>
TO: "#Ciencia" <cienciaPT@egroups.com>, <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/05/2000 17:12

:: N O T I C I A S

-> CONGRESSO IBÉRICO
Ciclistas querem via europeia

Proposta do encontro foi a ligação da Península ao resto do continente por
velocípede, para ajudar a despoluir as cidades

http://www.dn.pt/cie/3p24a.htm

-> APOIOS FINANCEIROS
Associações ambientais pretendem novas regras
Humberto Vasconcelos

As organizações ambientais açorianas levantaram o problema, mas no
continente o desejo de alterar a situação é o mesmo

http://www.dn.pt/cie/3p24b.htm

-> ESTADOS UNIDOS
Falha no Atlântico na origem de maremotos na costa leste

Descoberta uma fissura junto à placa continental

http://www.dn.pt/cie/3p24c.htm

:: P I A D A S

-> It is proven that the celebration of birthdays is healthy. Statistics
show
that those people who celebrate the most birthdays become the oldest.
-- S. den Hartog, Ph D. Thesis Universtity of Groningen.

-> Statistics is the art of never having to say you're wrong.

-> A statistician can have his head in an oven and his feet in ice, and
he will say that on the average he feels fine.


:: F I M

D@v!d R@m@1h0 @K@ 50n60



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Paradoxo EPR
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/05/2000 20:32

Roberto Belisario wrote:

> Olá, pessoal. Estive viajando, e os e-mails que deveria responder
> ficaram aqui. Só agora pude retomar a discussão sobre a interpretação da
> Teoria Quântica.
>...

Ok, mas não ví onde está o paradoxo. Porquê tem que existir interação
instantânea? Qual é o problema de um sistema "avisar" o outro, por
uma emissão eletromagnética ou coisa assim? Ninguém vai conseguir
chegar ao outro sistema e medi-lo mais depressa que na velocidade
da luz... E qual é o problema de as variáveis já estarem definidas?

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: [ciencialist] Magnetismo e cristaliza��o
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 03/05/2000 20:48

Sheila Franco. wrote:

> IPT descobre outros efeitos do magnetismo

Coloquei uma solução de água salgada para secar em um pote aberto com um
ímã do lado. Veremos o que acontece.

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: O Paradoxo EPR
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/05/2000 23:05

Olá, pessoal. Estive viajando, e os e-mails que deveria responder
ficaram aqui. Só agora pude retomar a discussão sobre a interpretação da
Teoria Quântica.

Alberto:
-----------------
"Sua colocação sobre o diálogo Einstein e Bohr vem a calhar e creio que
seria
interessante para todos os que estão acompanhando nosso diálogo o texto
referido sobre o paradoxo EPR."
-----------------

Aqui vai então o pequeno texto que escrevi, que expõe o paradoxo EPR
(Einstein-Podolski-Rosen) numa versão e termos apenas sistemas genéricos de
dois níveis, sem qualquer referência à natureza física desses sistemas.

Hipóteses: Tome-se dois sistemas físicos, A e B. Consideremos que exista
uma característica X comum a esses dois sistemas, que é a caraceterística
que queremos medir. Essa característica só pode assumir dois valores, + e -,
por hipótese. Além disso, por hipótese, os dois sistemas físicos estão
correlacionados de alguma forma (não necessariamente através da correlação
quântica). A correlação é de tal forma que, se efetuarmos uma medida da
grandeza X no sistema A, automaticamente saberemos que o valor de X no
sistema B é o seu inverso (isto é, se Xa der +, Xb tem que ser -, e
vice-versa).

Então suponhamos que tenhamos dois sistemas físicos A e B nessas
condições e os separemos por uma certa distância espacial. Efetuamos então
uma medida em A; essa medida dá +; inferimos então que, quando for feita a
medida em B, o resultado será necessariamente -.

Para descrever o processo de medida acima, existem duas hipóteses
alternativas principais: o conhecimento prévio do resultado da medida em B
ocorre (1) através de uma interação local - ou seja, com velocidade finita -
entre A e B, ou (2) através de uma interação não-local - ou seja,
instantânea - entre A e B.

Quando Einstein, Podolski e Rosen propuseram essa "experiência de
pensamento", estavam pensando na interpretação einsteniana do "Deus não joga
dados". Fazia parte de um debate de há longo entre Einstein e Bohr. A Física
Quântica, segundo Bohr, diz que a natureza é intrinsecamente indeterminista.
Ou seja, a Física Quântica só pode prever distribuições estatísticas dos
valores das grandezas físicas. E esse não só é o máximo de informação que
podemos ter sobre a Natureza, mas também é a única informação que existe
dentro da própria Natureza: os valores precisos das grandezas não
pré-existem à observação. Isso, segundo Bohr.

Einstein dizia o contrário: os valores precisos das grandezas
pré-existem à observação. Então a Teoria Quântica seria incompleta, porque
com ela não se pode prever esses valores precisos, apenas a distribuição
estatística deles.

Para demonstrar que estava certo, Einstein partiu para provar que a
interpretação de Bohr da Física Quântica era inconsistente, ou seja, levava
a uma contradição. Para isto, bolou, com Podolski e Rosen, o experimento de
pensamento EPR. Não o formulou de maneira tão abstrata e geral como acima,
mas o princípio é o mesmo.

Einsten, Podolski e Rosen tentaram evidenciar a tal contradição com o
seguinte argumento. Dizia Einstein: quando medimos a grandeza X em A,
automaticamente sabemos o resultado de uma futura medida em B. Isso poderia
ser explicado se supusermos que, quando fizemos uma medição em A, alteramos
o estado de A (como prevê a Física Quântica); aí A interagiu com B e alterou
o estado de B, e por isso passamos a poder prever com precisão o resultado
da medida em B. Porém, nesse caso, a velocidade interação teria que ser
infinita - porque, segundo a Física Quântica, a nossa capacidade de previsão
sobre o resultado em B ocorre instantaneamente assim que conhecemos o
resultado de A.

Se supusermos que nenhuma interação trafega com velocidade infinita, não
há como a medição em A alterar o estado em B instantaneamente, e então
seríamos obrigados a concluir que ou (1) a Física Quântica está certa e os
valores da grandeza X em B pré-existem à observação (para desespero de Bohr)
ou (2) a Física Quântica está errada, a correlação quântica não ocorre do
jeito como essa teoria diz e a transmissão da informação da medida de A para
B não é instantânea (também para desespero de Bohr).

A única solução para Bohr era acreditar interações instantâneas. Mas
tanto Bohr quanto Einstein acreditavam que nenhuma interação trafega com
velocidade infinita. Logo, Bohr entrou em apuros, pois ele não poderia
aceitar integralmente nem (1) nem (2). Ele jamais deu uma resposta
satisfatória ao desafio de EPR.

A grande questão então era se as interações instantâneas existem ou não.
É aí que entra John Bell. Ele mostrou, em 1964, um jeito de decidir a
questão no laboratório. (Na verdade, Bell argumentou em conexão com a Teoria
das Variáveis Ocultas de David Bohm, mas ele usou o experimento EPR para sua
argumentação, e por isso sua discussão se aplica a este experimento). Bell
encontrou uma fórmula, uma inequação, envolvendo as probabilidades de
encontrar os diversos valores da grandeza X. Ocorre que esta desigualdade é
satisfeita caso os valores das grandezas pré-existam à observação; porém,
ela não é satisfeita pela Física Quântica. E os argumentos de Bell são
puramente matemáticos, envolvendo cálculo de probabilidades. Uma vez suposto
o esquema do experimento EPR, dali para a frente não é feita suposição
nenhuma e o desenvolvimento é só cálculo de probabilidades.

Até a próxima,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/05/2000 00:36

Voltando à discussão. Ficaram três coisas pendentes da última mensagem
do Alberto:

(1) O meu texto sobre o paradoxo EPR. Mandei-o há pouco para a
Ciencialist;
(2) Por que eu acho impossível que o Princípio da Indeterminação de
Heinsenberg possa estar contido na mera hipótese da existência de sistemas
de dois níveis (detesto o nome "Princípio da Incerteza"; dá a impressão de
que os cientistas não têm certeza sobre as coisas, e já deu origem a
distorções conceituais demais);
(3) Por que eu acho que nem a teoria de Bell, nem o experimento de
Aspect e nem o paradoxo EPR implicam na existência de transmissão de
informação mais rapidamente que a luz, e portanto não incompatibilizam a
Teoria da Relatividade Especial e a Teoria Quântica.

Começando com uma pequena retrospectiva para refrescar a memória:

A conclusão do artigo original do Alberto ("Teorias realistas atuais")
era:

"As idéias de Bell, em hipótese alguma, contradizem as teorias clássicas
da física e a experiência de Aspect, quando muito, serve como critério para
escolha entre o roto e o esfarrapado, qual seja, entre as teorias locais e
as não-locais."

O Alberto tentava mostrar uma inconsistência nos argumentos de John Bell
dizendo que este tinha inadvertidamente incluído em suas premissas o próprio
Princípio da Indeterminação. Para tanto, o artigo argumentava em termos de
características intrínsecas de partículas como elétrons e fótons. Procurei
então mostrar que:

(I) Os argumentos de Bell e o paradoxo EPR podem ser formulados de forma
que independa das características particulares do sistema físico estudado; a
exigência seria apenas que o sistema fosse constituído de um par de sistemas
de dois níveis. Como os primeiros argumentos do Alberto centravam-se em
características intrínsecas de elétrons e fótons, isso os invalidaria. Há
pouco tempo para a lista um texto com o paradoxo EPR formulado em termos de
um par de sistemas de dois níveis.

Desta forma, se quiséssemos mostrar que Bell teria incluído
inadvertidamente o Princípio da Indeterminação nas suas premissas, teríamos
que mostrar que esse princípio está contido na própria hipótese da
existência de dois níveis. O Alberto perguntou-me por que eu acho isto
impossível (questão (2) acima). O argumento é que o Princípio da
Indeterminação e a existência de sistemas de dois níveis discretos são duas
hipóteses independentes. Podem não ser independentes em alguns casos (por
exemplo, tanto a quantização da energia quanto o princípio da indeterminação
vêm do mesmo formalismo, o formalismo da Teoria Quântica). Mas, no caso
geral, parece-me que podemos considerá-los independentes.

(II) Os argumentos de Bell e a experiência de Aspect não resultaram na
rejeição à interpretação de Einstein da Teoria Quântica, cuja formulação
mais clara foi com referência ao paradoxo EPR. Ela resultou foi na rejeição
à Teoria das Variáveis Ocultas de David Bohm. Mesmo assim, ela parece
contrapor, de um lado, a Teoria Quântica, e, de outro, a interpretação
estritamente local da Natureza. Ou seja, a Teoria Quântica necessariamente
deveria (e acredito que deva) implicar na existência de interações
não-locais (ou seja, com velocidade infinita).

Porém, o esquema "experimental" do paradoxo EPR não permite comprovar a
possibilidade de transmissão de informações em velocidades superioes à da
luz (= superluminais). As "interações" não-locais, cujas existências o
paradoxo exige, na verdade não podem ser usadas para *transmitir
informação*, ou seja, para provocar uma interação causal. E a Relatividade
só proíbe sinais superluminais que transmitam informação (pois só assim a
lei da causalidade seria violada). Por exemplo (vejam o parágrafo das
"hipóteses" do e-mail sobre o paradoxo EPR): "A" faz uma medida, obém um
resultado e automaticamente sabe que "B" obterá o mesmo resultado. Até aí
não houve transmissão de informação para lugar algum, pois toda informação
ficou em A. O observador B, que está do outro lado, continua não sabendo
qual será o resultado de sua medida! Se A tentar informá-lo disso, a
informação transmitida por A deverá necessariamente ter velocidade igual ou
menor que a da luz e não chegará a B a tempo de caraceterizar uma interção
não-local. Desafio (humildemente, é claro) qualquer um da lista (e de fora
dela) a inventar um jeito de realizar transmissão de informação a
velocidades superiores à da luz através do esquema do paradoxo EPR.

Assim, nem o teorema de Bell, nem o experimento de Aspect, nem o
paradoxo EPR vão contra a Teoria da Relatividade Especial. A Relatividade
(especial!) e a Teoria Quântica são compatíveis. Creio que isso responde à
questão (3) do início desta mensagem.

Posto tudo isso, há algo mais que quero comentar na última mensagem do
Alberto.

"De minha parte,
ainda que não saiba dizer se a idéia se confunde com a de Bohm, chego a
pensar em variáveis escondidas, que acredito existirem, como algo
fundamental, essencial e abrangente e não somente a permitirem como também a
mostrarem-se essenciais para a unificação de todos os ramos da física."

Bem, isto explica o título do seu artigo (Teorias realistas atuais), bem
como certas idéias presentes na sua discussão com o Ozelo. Mas espero que
suas idéias não se confundam com as de Bohm, porque o teorema de Bell foi de
tal forma destrutivo para a Teoria das Variáveis Ocultas, antes mesmo da
experiência de Aspect (o próprio Bohm propôs um teste experimental para o
seu modelo, que foi feito em 1967, refutando sua teoria), que o próprio Bohm
parou de lançar artigos sobre essa teoria e só voltou a mencioná-la no seu
livro "A totalidade e a ordem implicada", de 1980. Existe um interessante e
acessível livro sobre David Bohm e sua teoria das variáveis ocultas, bem
como sua conexão com o Teorema de Bell, o paradoxo EPR, a não-localidade, o
experimento de 1967, etc. O livro é "David Bohm e a controvérsia dos
quanta", de Olival Freire Jr., publicado pelo CLE (Centro de Lógica,
Epistemologia e História da Ciência da Unicamp) em 1999.

Aliás, von Neumann, que você mencionou, de fato tentou provar um teorema
que prova a inexistência das variáveis ocultas, mas este teorema estava
errado, e foi o próprio John Bell que provou isto. Esta deve ter sido a
grande motivação para ele descobrir sua famosa desigualdade, já que ele era
fã da teoria das variáveis ocultas.

A propósito, o que é exatamente a sua "informação do movimento da
matéria"?

Até a próxima,
Belisário




SUBJECT: ????
FROM: "Sheila Franco." <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 04/05/2000 10:50

 

Agência Brasil - C&T - Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente -  de 28 de abril a 05 de maio de 2000.

IPT descobre outros efeitos do magnetismo

 

Brasília, 28 (Agência Brasil - ABr) - Uma descoberta está intrigando os pesquisadores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo: os imãs também atuam sobre substâncias que nada possuem de magnéticas. Os cientistas, que ainda não conseguiram explicar a natureza do fenômeno, estudam o efeito do campo magnético nos processos industriais de cristalização, método utilizado para obtenção do sal de cozinha, do açúcar e para fabricação de antibióticos.

Se o fenômeno se confirmar, será possível empregá-lo no processo de cristalização tornando-o mais eficiente. Uma dessas aplicações já é testada no tratamento de água para uso industrial. "A água usada nas empresas para gerar o vapor não pode conter impurezas como o carbonato de cálcio, que se deposita nos equipamentos danificando-os. De acordo com nossos estudos, quando a água é submetida ao campo magnético, o carbonato produz partículas maiores, que em vez de se depositarem nas máquinas, formando incrustações, são arrastados pelo fluxo normal da água", informa o chefe do Agrupamento de Processos Químicos do IPT, Marcelo Seckler.

Na tentativa de conseguir um maior detalhamento dos efeitos do campo magnético na cristalização, os técnicos utilizaram dois sais - o sulfato de cobre e o sulfato de zinco - obtendo resultados diferentes. Enquanto na solução que continha o primeiro sal, o imã não alterava o comportamento das partículas, na solução com sulfato de zinco descobriu-se que ele afetava três propriedades dessas substâncias: sua solubilidade na água, a velocidade de formação dos cristais e as formas das partículas.

Mas a maior surpresa da equipe, entretanto, foi constatar que mesmo depois de retirada do ambiente magnetizado, as propriedades da solução mantinham-se alteradas. "A solução fica com uma "memória", que faz com que os efeitos do campo magnético persistam mesmo após a retirada do imã", explica Seckler.

A descoberta dos efeitos gerados pelos irmãs em certas substâncias pode ter outras aplicações práticas, prevenindo, por exemplo, doenças como a arteriosclerose, provocada pela deposição de colesterol nas artérias. Pode ainda ser utilizada para evitar o entupimento de dutos de extração de petróleo onde, devido à mudanças de temperatura e pressão, há uma deposição de resíduos causada por parafinas, tornando desnecessário a interrupção do trabalho para limpeza das tubulações. (AUN/USP)


SUBJECT: Re: [ciencialist] ????
FROM: "Alvaro Neiva" <aneiva@provide.psi.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/05/2000 12:26

Oi, Sheila, alo lista
 
Se não me engano, o zinco e o cobre são substâncias diamagnéticas, que criam um pequeno campo magnético que se opõe ao campo aplicado, geralmente desprezado para fins de engenharia, mas que talvez possa interferir em processos como a cristalização, conforme ai relatado.
 
Abraços,
 
Álvaro Neiva
----- Original Message -----
From: Sheila Franco.
To: ciencialist@eGroups.com
Sent: Thursday, May 04, 2000 10:50 AM
Subject: [ciencialist] ????

 

Agência Brasil - C&T - Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente -  de 28 de abril a 05 de maio de 2000.

IPT descobre outros efeitos do magnetismo

 

Brasília, 28 (Agência Brasil - ABr) - Uma descoberta está intrigando os pesquisadores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo: os imãs também atuam sobre substâncias que nada possuem de magnéticas. Na tentativa de conseguir um maior detalhamento dos efeitos do campo magnético na cristalização, os técnicos utilizaram dois sais - o sulfato de cobre e o sulfato de zinco - obtendo resultados diferentes. Enquanto na solução que continha o primeiro sal, o imã não alterava o comportamento das partículas, na solução com sulfato de zinco descobriu-se que ele afetava três propriedades dessas substâncias: sua solubilidade na água, a velocidade de formação dos cristais e as formas das partículas.

............................................................................................................................

Mas a maior surpresa da equipe, entretanto, foi constatar que mesmo depois de retirada do ambiente magnetizado, as propriedades da solução mantinham-se alteradas. "A solução fica com uma "memória", que faz com que os efeitos do campo magnético persistam mesmo após a retirada do imã", explica Seckler.


SUBJECT: Re: [ciencialist] ????
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 04/05/2000 12:34


---
substâncias: sua solubilidade na água, a velocidade de formação dos
cristais e as formas das partículas. > > Mas a maior surpresa da equipe,
entretanto, foi constatar que mesmo depois de retirada do ambiente
magnetizado, as propriedades da solução mantinham-se alteradas. "A solução
fica com uma "memória", que faz com que os efeitos do campo magnético
persistam mesmo após a retirada do imã", explica Seckler. > > A descoberta
---

Muuuuiiito estranho... Tah muito mistica essa noticia.. :)
Essa memoria da agua lembra homeopatia... hiii. vai ver que eles
estavam certos. :)

Estou com um peh atras nessa historia.

PS: peco que evite HTML.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/05/2000 11:35

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario"
Enviada em: Quinta-feira, 4 de Maio de 2000 00:36
Assunto: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais

Olá, Belisário.

Estávamos ansiosos a espera de seu retorno e, brincadeiras a
parte, na torcida para que, além da viagem, que espero tenha sido agradável,
o problema acusado fosse realmente de pequena importância. Fiquei com
algumas dúvidas relativas ao seu outro texto (paradoxo EPR) mas, se
necessário for, comentarei na thread conveniente. Vejamos então alguns
detalhes da msg acima citada:

> Os argumentos de Bell e o paradoxo EPR podem ser formulados de forma
> que independa das características particulares do sistema físico estudado;
> a exigência seria apenas que o sistema fosse constituído de um par de
> sistemas de dois níveis.

Realmente a sua observação procede e creio mesmo que tanto os "argumentos de
Bell" quanto o "paradoxo EPR" podem ser interpretados como teorias
auxiliares (no terreno do que considero pequenas teorias falseadoras). E,
com efeito, propus, em meu artigo inicial, uma situação hipotético-analógica
(caixa que envia bolas brancas e pretas), denotando uma interação artificial
seguida de uma separação em um par de sistemas. Existe ainda, em psicologia,
o estudo de comportamento de casais separados por ocasião da realização de
uma determinada medida a ser estudada e realizada individualmente e a
retratar por vezes uma correlação positiva e, por outras, uma correlação
negativa. A diferença talvez resida nos dois níveis (por ex., posição e
momento); nos casos analógicos estuda-se, via de regra, um nível (coloração
da bola). Mas nem seria necessário complicar a analogia pois o
interesse da mesma é apenas didático e no sentido de ilustrar o fenômeno da
separação. No prosseguimento, uma vez entendida a analogia, passa-se a
utilizar dados próprios ao experimento em si, com seu par de sistemas de
dois níveis.

Por outro lado, vejo essa história de dois níveis (não sei se é o caso mas
estou utilizando dois níveis como retratando as duas possíveis medidas, por
ex., posição e velocidade -- se não for o caso, ainda assim vale o argumento
que se segue) com certa desconfiança, do mesmo tipo daquela que sempre me
atormentou quando da idealização, em física clássica, a considerar um corpo
rígido como um ponto material. Não sou contra as idealizações. A lei da
inércia, as leis dos gases, a lei da gravitação, a ação e reação entre
corpos afastados, foram todas idealizações assumidas com critério; e
colaboraram enormemente para o progresso da ciência. Lembro, no entanto, que
em virtude de inúmeras idealizações que foi obrigado a fazer no
desenvolvimento de sua teoria, Newton esperou cerca de 20 anos para
encorajar-se a publicar seus Principia e só o fez após muita insistência de
Halley. Sabia Newton que sua teoria apoiava-se em dados à primeira vista
pouco consistentes, e deixou isso claro em vários de seus escritos, coisa
que infelizmente foi relegada a um segundo plano. Em menos de um século da
publicação dos Principia o conceito de ponto material deixou de ser uma
idealização para se transformar em algo "real" e aceito até hoje (!!!),
posto que foi incorporado tanto pelo eletromagnetismo quanto pela física
moderna.

Voltemos à dualidade +/-. Pensemos no seguinte: Vamos lançar um cilindro no
espaço e observar o resultado obtido, ao cair ao solo, comparando-o com o
lançamento de uma moeda. No caso do cilindro iremos obter os possíveis
resultados: a) cara; b) coroa; c) nem cara nem coroa, mas uma infinidade de
outras possíveis "faces" se admitirmos, como tais, cada um dos pontos de uma
de suas circunferências periféricas relacionadas a sua superfície curva.
Vamos agora reduzir a altura do cilindro de tal forma que tenda a zero. Ao
chegarmos à moeda poderemos dizer com razoável certeza que iremos obter
única e exclusivamente cara ou coroa, pois será muito pouco provável a
terceira opção. No limite, dentro de uma incerteza estatística, teremos 50%
de caras e 50% de coroas e a soma dos dois valores será sempre 100%.

O que estou tentando mostrar é que o paradoxo EPR, interpretado sob a visão
do argumento de Bell, está pressupondo uma idealidade equivalente àquela
assumida ao dizermos que a altura do cilindro tende a zero. Em que condições
essa idealidade pode me ser útil? No paradoxo EPR original? Provavelmente
sim, pois aí estamos interessados em apenas um dos componentes da velocidade
(na direção do afastamento das partículas A e B). Mas... e no caso do
"spin"? O que é realmente o "spin"? Não digo o "spin" matemático definido
por uma "teoria que dá certo", mas o "spin" que realmente foi encontrado na
experimentação efetuada na década de XX?

Ora, o "spin" foi determinado num local onde existia um campo e não
num espaço isotrópico. Se o "spin" for realmente um "giro" e se o campo
utilizado, de alguma maneira, orientar partículas dotadas de "giro",
digamos, de modo a que o eixo polar do "giro" oriente-se segundo as linhas
de campo, esse giro somente será captado segundo dois níveis (horário ou
antihorário, + ou -, yin ou yang, cara ou coroa, etc.). Em outras palavras:
a experiência que mede o "spin" despersonaliza o verdadeiro "giro" das
partículas de tal forma que, após passar pelo campo inerente ao equipamento
experimental, só existem duas possibilidades para o "giro" das partículas:
Seu momento angular irá se orientar da maneira "up" ou "down". Isto não
significa em hipótese alguma que a partícula somente tivesse duas
possibilidades de giro antes de entrar no equipamento. Significa apenas que
o equipamento é cego para a infinidade de giros possíveis, à exceção de duas
dessas possibilidades. Estaríamos então frente a uma indeterminação
diferente daquela descrita por Heisenberg mas também a retratar que a medida
do "spin" destrói a possibilidade de que se meça, a posteriori, quaisquer
propriedades relacionadas ao efetivo "giro" da partícula antes de entrar no
equipamento.

No que diz respeito à polarização, o fenômeno é um pouco diverso mas também
relacionado. O polarizador também interfere sob certos aspectos com os
feixes de luz a ponto de promover uma certa contorsão dos planos de
polarização (ou dos lados da luz, como se referia Newton) de magnitude
previsível pela observação da lei de Malus. E se pensarmos numa luz
corpuscular poderemos também imaginar que os fótons (bósons) estão
dotados de um giro modificado pelo campo existente nos polarizadores e a
promover um efeito semelhante, ainda que não igual, àquele apontado para os
férmions no parágrafo anterior.

> O argumento é que o Princípio da Indeterminação e a existência de
> sistemas de dois níveis discretos são duas hipóteses independentes. Podem
> não ser independentes em alguns casos (por exemplo, tanto a quantização da
> energia quanto o princípio da indeterminação vêm do mesmo formalismo, o
> formalismo da Teoria Quântica). Mas, no caso geral, parece-me que podemos
> considerá-los independentes.

Talvez no caso geral do paradoxo EPR original, em que um dos níveis é a
velocidade de afastamento. No caso do "spin" ou da "polarização" parece-me
existir uma outra "indeterminação", diferente daquela descrita por
Heisenberg, porém de natureza semelhante (no sentido em que o observador
modifica o observado) e inerente à conceituação do que se chama "existência
de sistemas de dois níveis discretos". Seriam essas duas "indeterminações"
independentes? Existiria um "segundo princípio da indeterminação" na teoria
quântica?

> Assim, nem o teorema de Bell, nem o experimento de Aspect, nem o
> paradoxo EPR vão contra a Teoria da Relatividade Especial. A Relatividade
> (especial!) e a Teoria Quântica são compatíveis. Creio que isso responde à
> questão (3) do início desta mensagem.

Não sei se cheguei a afirmar, em alguma das mensagens desta thread, que "as
duas teorias (relatividade e quântica) falseiam-se entre si" e, como tal,
seriam inconsistentes. Não é impossível que o tenha feito como também não é
impossível que se encontre essa frase em alguns de meus outros escritos. E,
com efeito, captei essa idéia, provavelmente importada de maneira
imperfeita, de minhas leituras relativas a autores que defendem a teoria
quântica. Lembro-me que Hawking, em seu livro a respeito do tempo, fala
alguma coisa sobre esta possível incompatibilidade, associando-a ao
princípio da indeterminação; já ouvi também, algo a respeito, de outros
físicos quânticos, embora nunca tenha ouvido isso de um físico
declaradamente relativista (e muitos destes aceitam o princípio da
indeterminação). O que cheguei a afirmar, com respeito ao paradoxo, foi:
"nada impede que a medição em uma das partículas modifique o comportamento
da outra, após um curto intervalo de tempo em que a modificação se propagou.
Mas até que este intervalo ocorra, o raciocínio de Einstein é perfeito; e
após este intervalo, as considerações teóricas que se possam fazer são
irrelevantes, pois a experiência já acabou." Logo, estou assumindo que, no
paradoxo EPR, a relatividade não está em jogo.

Por outro lado, conta-se também que durante o duelo entre Einstein e Bohr
(na década de 30) a cada vez que Einstein surgia com uma idéia a "destroçar"
com a teoria quântica de Bohr, este apoiava-se nos argumentos de Einstein e
construia novo argumento a demonstrar que, caso a idéia de Einstein fizesse
sentido estariam "destroçadas" não apenas a teoria quântica mas também a
relatividade geral (e, talvez, por tabela, a especial). Einstein então
calava-se e partia para a construção de novas "imagens de espírito". Visto
por esse ângulo, e a serem verdadeiros os construtos de Bohr, as teorias são
compatíveis pois ao falsearmos uma, falseamos a outra.

Com respeito ao paradoxo EPR, ele foi construído para falsear a teoria
quântica (em particular, o princípio da indeterminação) e não a
relatividade. Conseqüentemente, e por ter sido levantado por Einstein no
sentido de se constituir no que costumo chamar uma "teoria assassina", e
não meramente uma teoria falseadora, não creio que o paradoxo tivesse o
poder de falsear a relatividade, a menos que indiretamente, a exemplo das
situações comentadas no parágrafo anterior e supostamente levantadas por
Bohr.

> Mas espero que suas idéias não se confundam com as de Bohm, porque o
> teorema de Bell foi de tal forma destrutivo para a Teoria das Variáveis
> Ocultas,..

Eu acredito que não mesmo porque as idéias de Bohm, ao contrário das minhas,
tem muito pouco a ver com um retorno para uma física clássica genuinamente
newtoniana. Bohm, a meu ver, tentou evoluir no sentido de chegar à
proposição de uma nova teoria quântica. Algumas afinidades entre as minhas
idéias e as que conheço como devidas a Bohm, decorrem dele propor
modificações em alguns setores onde também proponho, ainda que sob uma visão
totalmente diferente, como por exemplo: a interferência da dupla fenda, o
fenômeno Aharonov-Bohm e a interpretação da não-localidade como um artefato
lógico-experimental (o que ele pareceu-me pretender substituir, em seus
últimos escritos, pelo que chamou de ordem superimplícita).

> A propósito, o que é exatamente a sua "informação do movimento da
> matéria"?

Pensemos, por exemplo, na propagação do som. Uma partícula vibra e
transmite essa vibração para uma partícula vizinha. O que exatamente, e de
que forma, esta partícula está transmitindo? Por acaso elas se tocam ao
trocarem momentos? Existe "trombada" entre partículas elementares? Pois eu
diria que uma partícula em vibração emite "alguma coisa imaterial" (essa
expressão foi utilizada primeiramente por Newton, num outro contexto) a
qual, viajando através do vácuo, de alguma forma alcança a segunda partícula
e a faz vibrar. A esta "alguma coisa" chamo "informação do movimento da
matéria".

Outro exemplo: A que se deve a viscosidade? Por que ao girarmos um cilindro
sólido, no centro de uma bacia com água, o líquido da bacia entra em
movimento circular? Como as moléculas de água captam esse giro e o
transmitem para as moléculas periféricas? Existiria "trombada" entre
as moléculas do líquido? De maneira semelhante ao assumido no parágrafo
anterior, diria que num campo de velocidades existe "alguma coisa imaterial"
propagando-se na direção em que os especialistas em mecânica dos fluidos
dizem existir uma propagação de momento. Pois eu digo que o que se propaga é
a "informação do movimento da matéria" pois, somente assim, consigo me
desvencilhar do éter, do vácuo quântico, do espaço curvo e de qualquer outra
"variável escondida" candidata a quintessência do Universo e que, de uma
maneira ou de outra, têm-se mostrado indispensável a qualquer teoria que
pretenda ser coerente com a realidade observacional.

Um terceiro exemplo: O que é o campo elétrico? E o que é o campo magnético?
Não poderiam ser o resultado de um efeito relacionado ao movimento dos
elétrons e relacionados a seu "giro". Digamos que uma partícula elementar ao
girar emita um campo de efeitos elétricos quando vista por seus pólos e
magnéticos quando vista por seu equador. Se essas partículas forem vistas na
superfície de um condutor, à semelhança de um pião numa superfície
horizontal, o conjunto adotará uma simetria esférica. Sob qualquer ângulo de
observação, "visualizaremos" os pólos dos elétrons (e daí a comparação entre
o formato de uma carga elétrica e aquele apresentado pelo "porco-espinho") e
os efeitos somados dão o campo elétrico de Maxwell (Essa integração eu já
fiz, para um hipotético e complexo campo eletromagnético de um elétron, e
cheguei na lei de Coulomb). Ao percorrerem um fio condutor os elétrons
mostram-nos o seu equador e, ao integrarmos seus efeitos magnéticos
originados por esse complexo campo chegamos na lei de Ampère (essa
integração também é relativamente fácil de ser feita). Ou seja, os elétrons
transmitem para o espaço informações de seu movimento, qual seja, de seu
"giro". Loucura? Talvez!

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Paradoxo EPR
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/05/2000 20:18

Essa é a primeira mensagem que recebo desde 27/04/2000. Que está havendo?
Alguém poderia enviar-me as trocas de correspondências ocorridas nesse delta
t ?

[]'
Léo


-----Mensagem Original-----
De: Antonio Carlos M. de Queiroz <acmq@compuland.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 3 de maio de 2000 20:32
Assunto: Re: [ciencialist] O Paradoxo EPR


Roberto Belisario wrote:

> Olá, pessoal. Estive viajando, e os e-mails que deveria responder
> ficaram aqui. Só agora pude retomar a discussão sobre a interpretação da
> Teoria Quântica.
>...

Ok, mas não ví onde está o paradoxo. Porquê tem que existir interação
instantânea? Qual é o problema de um sistema "avisar" o outro, por
uma emissão eletromagnética ou coisa assim? Ninguém vai conseguir
chegar ao outro sistema e medi-lo mais depressa que na velocidade
da luz... E qual é o problema de as variáveis já estarem definidas?

Antonio Carlos M. de Queiroz



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SUBJECT: Re: [ciencialist] ????
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 05/05/2000 20:56

Alberto Mesquita Filho wrote:

>...
> Com efeito. Por inúmeras vezes, como médico, eu já me perguntei: Porque
> colocaram a teoria de Piccardi na gaveta? Será que os resultados observados
> em suas experiências chegaram a ser negados uma única vez que fosse? Será
> que o cientista de hoje valoriza realmente um achado experimental? Que
> método científico é esse a valorizar apenas o que não contraria nossa
> maneira de pensar? Parece-me que o azar de Piccardi foi ter nascido num dos
> períodos que Kuhn denominou de ciência "normal". Ou não?
>...

Interessante mensagem.

Mas acho que aí a pergunta correta seria se os resultados observados em
suas experiências chegaram a ser -confirmados- uma única vez que
fosse...

Cristalização e sedimentação são processos delicados, que podem atuar
como
amplificadores de algum efeito sutil. Mas a teoria atual não prevê nada
como isto. Por outro lado, impurezas na água, cargas elétricas e até
vibrações mecânicas podem causar efeitos dos mais variados.

Minha experiência com água salgada e um ímã ainda não começou a
cristalizar, mas havia hoje um depósito (sal?) no centro do pote
com um curioso padrão, não claramente relacionado com a posição
do ímã. Misturei tudo de novo para ver se reaparece.

Antonio Carlos M. de Queiroz



SUBJECT: Re: [ciencialist] ????
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 06/05/2000 20:25

-----Mensagem Original-----
De: Sheila Franco.
Para: ciencialist@eGroups.com
Enviada em: Quinta-feira, 4 de Maio de 2000 10:50
Assunto: [ciencialist] ????

> Brasília, 28 (Agência Brasil - ABr) - Uma descoberta está intrigando os
> pesquisadores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo:
> os imãs também atuam sobre substâncias que nada possuem de magnéticas. Os
> cientistas, que ainda não conseguiram explicar a natureza do fenômeno,
> estudam o efeito do campo magnético nos processos industriais de
> cristalização, método utilizado para obtenção do sal de cozinha, do açúcar
> e para fabricação de antibióticos.

Não sei porque, assim que comecei a ler essa notícia lembrei-me dos
trabalhos de Piccardi, um físico-químico italiano que há cerca de 60 anos
descobriu algumas propriedades anômalas e provocadas por um equipamento
extremamente simples porém, sob certas formas, esquisito: era algo como que
uma gota de mercúrio colocada num pequeno frasco onde se produzia vácuo.

> Se o fenômeno se confirmar, será possível empregá-lo no processo de
> cristalização tornando-o mais eficiente. Uma dessas aplicações já é
> testada no tratamento de água para uso industrial.

Pois Piccardi, em suas experiências, produzia o que chamava "água ativada".
Ele simplesmente chacoalhava o seu esdrúxulo equipamento no interior da água
e notava que a água, assim preparada, adquiria propriedades estranhas.

> "A água usada nas empresas para
> gerar o vapor não pode conter impurezas como o carbonato de cálcio, que se
> deposita nos equipamentos danificando-os.

No caso de Piccardi ele também notou algo relacionado com o que poderíamos
chamar deposição ou precipitação, ainda que num sentido mais "light". Ou
seja, Piccardi observou que uma solução coloidal preparada com "água
ativada" apresentava uma "velocidade de sedimentação" diferente da mesma
solução preparada com água comum.

A "velocidade de sedimentação" de uma solução coloidal é uma propriedade
pouco conhecida para o leigo mas importante não apenas para a físico-química
como, também, para a medicina. As soluções encontradas nos seres vivos são,
via de regra, coloidais. E a velocidade de sedimentação do sangue, por
exemplo, é um índice importante a orientar o médico que está a procura de um
diagnóstico.

> na solução com sulfato de zinco descobriu-se que ele afetava
> três propriedades dessas substâncias: sua solubilidade na água, a
> velocidade de formação dos cristais e as formas das partículas.

Pois em 1987, ao comentar a experiência de Piccardi, cheguei a relatar o
seguinte:

"Uma propriedade intrínseca adquirida por um processo de "ativação" sugere
uma organização molecular diferente da primitiva. É mais uma propriedade de
uma população do que de um indivíduo, embora as características individuais
sejam importantes. Uma população "ativada" é uma população unida por algo
mais do que o acaso. Podemos dizer que trata-se de um acaso de nível
superior como, por exemplo, a entrada da população num campo de forças."

> Mas a maior surpresa da equipe, entretanto, foi constatar que mesmo depois
> de retirada do ambiente magnetizado, as propriedades da solução
> mantinham-se alteradas. "A solução fica com uma "memória", que faz com que
> os efeitos do campo magnético persistam mesmo após a retirada do imã",
> explica Seckler.

Pois o texto referido acima está situado num capítulo de um de meus livros
cujo título (do capítulo) é "Separabilidade" (escrito com a finalidade de
preparar o leitor para o entendimento da "localidade" referida às teorias
realistas locais e não-locais da física). E o sub-título de onde foi
retirado o texto é: "Memória Constitucional Complexa". Pois o efeito
Piccardi retratava exatamente isso: "a solução fica com uma memória". E o
mais interessante, como observou Piccardi, era que o efeito Piccardi
(modificação da velocidade de sedimentação) desaparecia ao se cobrir a
solução coloidal com uma placa horizontal de cobre!!!! Mas reaparecia com a
retirada da placa, sem a necessidade de que se a "ativasse" novamente (ou
seja, a solução "sabia" de alguma maneira, que tinha sido "ativada" no
passado).

> A descoberta dos efeitos gerados pelos irmãs em certas substâncias pode
> ter outras aplicações práticas, prevenindo, por exemplo, doenças como a
> arteriosclerose, provocada pela deposição de colesterol nas artérias.

Com efeito. Por inúmeras vezes, como médico, eu já me perguntei: Porque
colocaram a teoria de Piccardi na gaveta? Será que os resultados observados
em suas experiências chegaram a ser negados uma única vez que fosse? Será
que o cientista de hoje valoriza realmente um achado experimental? Que
método científico é esse a valorizar apenas o que não contraria nossa
maneira de pensar? Parece-me que o azar de Piccardi foi ter nascido num dos
períodos que Kuhn denominou de ciência "normal". Ou não?

Em tempo: Afirmei acima "Não sei porque [...] lembrei-me dos trabalhos de
Piccardi." Relendo um pequeno trecho do capítulo que escrevi, descobri o
porquê:

"Um exemplo mais convincente, pois que mais conhecido, é o da
imantação; em algumas circunstâncias, assemelha-se ao da ativação da água".

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] ????
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 07/05/2000 01:07

-----Mensagem Original-----
De: "Antonio Carlos M. de Queiroz"
Enviada em: Sexta-feira, 5 de Maio de 2000 20:56
Assunto: Re: [ciencialist] ????

> Alberto Mesquita Filho wrote:
> >...
> > Será que os resultados observados
> > em suas experiências chegaram a ser negados uma única vez que fosse?
>
> ...acho que aí a pergunta correta seria se os resultados observados em
> suas experiências chegaram a ser -confirmados- uma única vez que
> fosse...

Olá, Queiroz

Você está certo. A minha dúvida realmente seria essa, qual seja, se
tentou-se reproduzir experimentalmente os trabalhos de Piccardi. Obviamente,
uma tentativa frustrada poderia significar uma negação, e foi esse o sentido
que quis dar, ainda que o transmitisse de forma incorreta. Grato pela
correção. Quanto ao restante da msg, sou quase leigo no assunto para opinar
mas concordo que são afirmações fundamentais e a serem levadas em
consideração. Não obstante, parece-me que Piccardi foi um físico-químico
respeitável em sua época.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: GRAVITAÇÃO
FROM: "neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/05/2000 01:35

Olá Pessoal

Estive ausente nestas ultimas três semanas e estou tentando - sem muito
êxito - por a correspondência em dia.
As discussões da lista tomaram um rumo muito muito interessante; li dezenas
de frases iluminadas que mereceriam um aprofundamento ... , mas, a vida é
curta e temos que "passar batido" na maioria delas.

Particularmente, procurando entender a imagem sugerida pelo Alberto [Sent:
Friday, April 28, 2000 10:51 PM - Subject: Re: [ciencialist] Re: Mecanismo
da Existência ], a respeito da geração do campo gravitacional me veio a
seguinte cogitação:
- um dos aspectos mais intrigantes do efeito gravitacional é que
diferentemente das demais manifestações da natureza - com a honrosa exceção
do tempo - é o fato de não mostrar um efeito contrário equivalente.
Se é que eu entendi um pouco, o modelo proposto é de que as partículas que
apresentam campo gravitacional, na verdade, apresentam algum tipo de dipolo
[ elétrico, magnético, gravital (?) ou outro desconhecido ] que resultaria
sempre num efeito macroscópico de atração.
Esta parte seria fácil de entender através de uma analogia: se
considerarmos, por exemplo, duas pequenas barras imantadas livres no espaço,
a força resultante entre elas será sempre de atração, pois sendo livres elas
automaticamente se ajustariam de forma a ficar com os pólos opostos
alinhados ( se quiserem um exemplo mais simples ainda, pensem na agulha da
bússola, que sempre se alinha no sentido da atração do campo)
Como desconheço se existe uma nomenclatura estabelecida, vou chamar de
dipolo gravital esse modelo, (seja lá o que isso possa ser); então os
neutrons, protons e outras partículas seriam esses tais dipolos (tripolos e
quadripolos quando associados a cargas elétricas) que permitiriam a
existência de forças atrativas e repulsivas simultâneas no interior dos
núcleos atômicos.

A pergunta que fica é: como poderia se explicar o processo associativo
gravitacional neste modelo ? - ou então, se nada dele faz sentido?

Particularmente, gostaria de ver os gifs animados que o Alberto gentilmente
se propôs a enviar.

Grato pela atenção.
[s] / neville




SUBJECT: Re: [ciencialist] GRAVITAÇÃO
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/05/2000 08:39
ATTACHMENTS (20000507-083914-0000587): "dupla.gif" , "neutron.gif"

-----Mensagem Original-----
De: "neville"
Enviada em: Domingo, 7 de Maio de 2000 01:35
Assunto: [ciencialist] GRAVITAÇÃO

> - um dos aspectos mais intrigantes do efeito gravitacional é que
> diferentemente das demais manifestações da natureza - com a honrosa
> exceção do tempo - é o fato de não mostrar um efeito contrário
> equivalente.
> Se é que eu entendi um pouco, o modelo proposto é de que as partículas que
> apresentam campo gravitacional, na verdade, apresentam algum tipo de
> dipolo[ elétrico, magnético, gravital (?) ou outro desconhecido ] que
> resultaria sempre num efeito macroscópico de atração.
> Esta parte seria fácil de entender através de uma analogia: se
> considerarmos, por exemplo, duas pequenas barras imantadas livres no
> espaço, a força resultante entre elas será sempre de atração, pois sendo
> livres elas automaticamente se ajustariam de forma a ficar com os pólos
> opostos alinhados ( se quiserem um exemplo mais simples ainda, pensem na
> agulha da bússola, que sempre se alinha no sentido da atração do campo)
> Como desconheço se existe uma nomenclatura estabelecida, vou chamar de
> dipolo gravital esse modelo, (seja lá o que isso possa ser); então os
> neutrons, protons e outras partículas seriam esses tais dipolos (tripolos
> e quadripolos quando associados a cargas elétricas) que permitiriam a
> existência de forças atrativas e repulsivas simultâneas no interior dos
> núcleos atômicos.
>
> A pergunta que fica é: como poderia se explicar o processo associativo
> gravitacional neste modelo ? - ou então, se nada dele faz sentido?

Parece-me que você captou bem a msg e eu até estranhei pois quando a escrevi
não percebi que tinha exposto a idéia em detalhes. A minha preocupação de
momento era apenas mostrar que massa e carga podem ser mais complexas do que
se nos aparentam ser. Quanto a sua dúvida, se é que a entendi, ela não só
faz sentido como focaliza o ponto crucial do modelo. Se não houver como
explicar, o modelo vai por água abaixo. Vamos ver se entendi a dúvida.

Um nêutron "em repouso" (figura "neutron.gif"), ou seja, com todas as suas
partículas interiores oscilando em eixos a passarem pelo centro, gera, em
sua periferia, o que poderia ser chamado campo de um dipolo gravitacional
oscilante, ou seja, alternando temporalmente períodos de atração com
períodos de repulsão. O efeito pode ser melhor percebido com a figura
"dupla.gif", simulando uma dupla de "quarks clássicos" (o nêutron tem três
desses quarks). Para cada ponto P do espaço, o campo a se manifestar, num
dado instante, seria aquele previsto pelo exame das pequenas bolinhas
(férmions) situadas na reta a unir o ponto P ao centro do nêutron, segundo a
seguinte convenção: se o férmion correspondente estiver fugindo de P (em
direção ao centro do nêutron), o campo seria atrativo; caso contrário,
repulsivo (Justificativa: Princípio de Le Chatelier com uma interpretação
muito semelhante, mas não absolutamente igual, ao "andar no vácuo" do
automobilismo). Corrija-se, a essa imagem, o tempo em que a informação deve
levar para ir do nêutron ao ponto P pois, à semelhança de Newton, não
acredito numa ação à distância não mediada por nada (coisa que entrou na
física pela porta dos fundos, graças aos maus seguidores de Newton).

É de se notar que os férmions, de cada quark clássico descrevem um mhs
(devido a uma repulsão de natureza elétrica e uma aproximação de natureza
magnética) e o conjunto nada mais é do que uma onda propagando-se
circularmente, muito provavelmente auxiliada por interação de tipo magnético
entre férmions vizinhos, interação esta responsável pela aproximação de
férmions opostos.

Poderíamos ainda definir, para esse nêutron "em repouso", um eixo de atração
máxima e que, a cada momento, passaria por dois férmions de um dos quarks
que estivesse em seu ponto de maior energia cinética (centro do mhs) e
dirigindo-se para o centro (atração máxima). Como o nêutron está em repouso
e os férmions, em tais condições, alternam-se, o "eixo de atração máxima"
descreve um giro em torno do nêutron "em repouso". Podemos ainda pensar no
quark considerado para fixar o eixo como sendo aquele que é diferente dos
outros dois.

Pensemos agora no nêutron "girando" em torno deste eixo de atração máxima e
de tal maneira que o eixo fique em repouso no espaço (ou seja, o giro seria
acoplado com a oscilação dos férmions). Agora temos um quadripolo
gravitacional estático, com duas regiões opostas de atração e duas regiões
opostas de repulsão. Se este nêutron sofrer um segundo giro, agora em torno
do eixo de atração máxima, a atração se conservará espacialmente e a
repulsão se diluirá em 360 graus. Lembro que estes giros têm também um
efeito do tipo eletromagnético a complicar o entendimento; porém não é
impossível que este efeito facilite a estabilidade nuclear e/ou de
agrupamento de nêutrons.

Não é impossível se pensar, também, em micelas neutrônicas
unidas exatamente pelos polos repulsivos (graças aos efeitos
eletromagnéticos) e diferentemente do que você apresentou acima para os imãs
(aproximação pelos polos atrativos). A repulsão ficaria neste caso
totalmente escondida e a micela seria uma partícula a mostrar apenas um
campo gravitacional atrativo. Não me parece que o núcleo seja formado por
tais micelas mas não creio ser impossível imaginar-se uma estrela de
nêutrons constituída pelas mesmas.

A meu ver, o segredo do núcleo atômico estaria em se conseguir fazer estes
nêutrons e os prótons (cuja estrutura ainda não consegui imaginar por
inteiro) disporem-se em orbitais que teriam por base (ou seja, as órbitas) o
esquema das treze bolas apresentadas pelo Ozelo. E se cada próton acoplar-se
com cada elétron da eletrosfera (ou seja, a eletrosfera seria uma imagem
ampliada de uma protosfera nuclear), a disposição dos elétrons nas camadas
s, p, d e f estaria explicada pelo esquema mostrado em meu Web Site no link
"Uma curiosa coincidência". Perceba que a estrutura cristalina típica (as
treze bolas) seria nada mais, nada menos, que um núcleo de Helio. Ou seja,
não seria difícil imaginar um determinado átomo expulsando, por algum motivo
qualquer, uma de suas partículas alfa mais periféricas.

Como dá para perceber, existem muitos reparos a serem feitos, porém creio
que a saída é por aí: Uma saída genuinamente newtoniana e sem o apelo para
curvaturas do espaço, "spin" que não significa giro, materialização da
energia ou energização da matéria, incertezas ou indeterminações, órbitas
permitidas, luz ondulatória, efeito túnel, vácuo quântico, complementaridade
de Bohr, éter, etc., etc., etc.

> Particularmente, gostaria de ver os gifs animados que o Alberto
> gentilmente se propôs a enviar.

Ainda bem que você entrou na minha. Eu já estava ficando desanimado. Também,
pudera, do jeito que eu fiz a publicidade: "Não vou nem
postar as figuras (gifs animados) só pra ver se algum gaiato tem coragem de
as solicitar. :-)) e :-P"

> Grato pela atenção.

E grato pela coragem.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm

PS: As figuras estão em anexo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] GRAVITAÇÃO
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/05/2000 09:03

-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho
Enviada em: Domingo, 7 de Maio de 2000 08:39
Assunto: Re: [ciencialist] GRAVITAÇÃO


ERRATA


Onde se lê:

> Pensemos agora no nêutron "girando" em torno deste eixo de atração máxima
> e de tal maneira que o eixo fique em repouso no espaço.

Leia-se

Pensemos agora no nêutron "girando" no plano do quark considerado para
definir o eixo de atração máxima e de tal maneira que o eixo fique em
repouso no espaço.






SUBJECT: Re: [ciencialist] GRAVITAÇÃO
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/05/2000 11:57

Prezado Neville,
 
Não era minha intenção retornar a esta lista, onde já passei por muitas situações desagradáveis, quando coloquei na berlinda para debate a minha proposta denominada Teoria Geral da Bidualidade (TGBD).
 
Contudo, este seu email coloca uma questão que foi por mim abordada num artigo que escrevi em 06/08/99 sobre uma possível unificação das forças eletromagnética e de gravidade, através de um caminho apontado pela TGBD, o qual reproduzo abaixo, após o seu email.
 
Não pretendo retornar a esta lista, pois prefiro o debate científico numa relação direta com o interlocutor, ou seja, sem que a troca de idéias se dê em público, sendo acessada por todo grupo. Acho que inclusive que é uma falha estrutural das Listas do e-Groups, já que aparentemente não conta com esta alternativa, tal como a que existe nos chats do ZAZ ou do UOL. Pode ser até que tenha, mas a desconheço. Fica aqui uma sugestão para o coordenador da lista, que acredito continuar sendo LRB, que inclusive, através do nosso conhecimento na lista do Acrópolis do eGroups, foi quem me convidou a participar do Ciencialist, que se não me falha a memória, foi por ele criada.
 
Recentemente tomei esta rota de discussão científica direta com o Alberto Mesquita Filho, que tem sido altamente estimulante, gratificante, democrática, racional e científica, na qual, de parte a parte, temos conseguido conter as normais necessidades de brilho dos nossos egos, e assim, evitado comportamentos emocionais que, muitas vezes, acabam prejudicando a pura discussão racional das idéias. Acredito que também vou iniciar esta experiência com o Ozelo, que, juntamente com o Alberto, o Belisário e você, tem abordado questões no Ciencialist que despertam o meu interesse.
 
Caso queira começar este debate direto comigo, por favor envie uma mensagem para o meu email bidual@gbl.com.br.
 
Para saber um pouco mais sobre mim e sobre a minha TGBD, visite a minha home page:
 
http://ppessoa.zaz.com.br/paginas/poabidual00.htm
 
Um grande abraço,
 
Claudio Abreu
 
 
-----Mensagem Original-----
De: "neville" <neville@catanduva.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: domingo, 7 de maio de 2000 01:35
Assunto: [ciencialist] GRAVITAÇÃO

> Olá Pessoal
>
> Estive ausente nestas ultimas três semanas e estou tentando - sem muito
> êxito - por a correspondência em dia.
> As discussões da lista tomaram um rumo muito muito interessante; li dezenas
> de frases iluminadas que mereceriam um aprofundamento ... , mas, a vida é
> curta e temos que "passar batido" na maioria delas.
>
> Particularmente, procurando entender a imagem sugerida pelo Alberto [Sent:
> Friday, April 28, 2000 10:51 PM - Subject: Re: [ciencialist] Re: Mecanismo
> da Existência ], a respeito da geração do campo gravitacional me veio a
> seguinte cogitação:
>  - um dos aspectos mais intrigantes do efeito gravitacional é que
> diferentemente das demais manifestações da natureza - com a honrosa exceção
> do tempo - é o fato de não mostrar um efeito contrário equivalente.
> Se é que eu entendi um pouco, o modelo proposto é de que as partículas que
> apresentam campo gravitacional, na verdade, apresentam algum tipo de dipolo
> [ elétrico, magnético, gravital (?) ou outro desconhecido ] que resultaria
> sempre num efeito macroscópico de atração.
> Esta parte seria fácil de entender através de uma analogia:  se
> considerarmos, por exemplo, duas pequenas barras imantadas livres no espaço,
> a força resultante entre elas será sempre de atração, pois sendo livres elas
> automaticamente se ajustariam de forma a ficar com os pólos opostos
> alinhados ( se quiserem um exemplo mais simples ainda, pensem na agulha da
> bússola, que sempre se alinha no sentido da atração do campo)
> Como desconheço se existe uma nomenclatura estabelecida, vou chamar de
> dipolo gravital esse modelo, (seja lá o que isso possa ser); então os
> neutrons, protons e outras partículas seriam esses tais dipolos (tripolos e
> quadripolos quando associados a cargas elétricas) que permitiriam a
> existência de forças atrativas e repulsivas simultâneas no interior dos
> núcleos atômicos.
>
> A pergunta que fica é: como poderia se explicar o processo associativo
> gravitacional neste modelo ? - ou então, se nada dele faz sentido?
>
> Particularmente, gostaria de ver os gifs animados que o Alberto gentilmente
> se propôs a enviar.
>
> Grato pela atenção.
> [s] / neville
>
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A seguir o transcrição do meu artigo.
 
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Unificação das Forças Eletromagnética e da Gravidade:

uma nova abordagem sugerida pela TGBD

Por Claudio Abreu

Rio, 06/08/1999

Neste texto tentarei apontar um caminho apontado pela TGBD para que se tente alcançar a Unificação das Forças Eletromagnética e da Gravidade. Para tanto, basicamente, será feita a aplicação a 3a. Lei da TGBD (a do Terno, ou 3<=> 2+1) para uma melhor definição das direções das orbitais eletrônicas não circulares dos átomos em função da ação da Força de Gravidade, o que, pelo que sei, atualmente ainda não é levada em conta tanto pela Física quanto pela Química.

A Força Eletromagnética atua mais significativamente em quatro níveis:

  1. nos átomos, pois é responsável pela interação entre os elétrons e os prótons/neutrons;
  2. nas moléculas, pois é responsável pelas ligações químicas que unem os átomos das moléculas;
  3. nos corpos, pois é a responsável pela união das moléculas que formam os corpos;
  4. entre corpos, mediante transmissão de ondas eletromagnéticas entre eles, tal como a luz.

Vale recordar que a atuação da Força Eletromagnética no interior do núcleo dos átomos é atuante, porém não significativa, pois lá prevalece o muito mais elevado valor da Força Nuclear Forte, que só atua no interior dos núcleos atômicos, aglutinando os prótons e neutrons. Já a força fraca atua, com reduzido alcance, nas interações entre os neutrinos (que localizam em qualquer lugar), os elétrons (que se movem orbitais eletrônicas) e os prótons e neutrons (que formam o núcleo dos átomos). Já a Força de Gravidade atua nos corpos, nas moléculas, nos átomos e nas partículas elementares da matéria e da energia, de forma sempre atrativa, porém seu módulo é o menor de todos.

Acredito que o que poderá vir a unificar a força da gravidade com a força eletromagnética, que são justamente as duas de maior alcance, será a introdução de um novo conceito na definição das direções dos eixos X, Y, e Z das orbitais eletrônicas dos átomos, conforme será abordado mais adiante. Antes disso, contudo, é necessário analisar as implicações que a TGBD tem na definição da estrutura do Espaço-Tempo.

1) A nova estrutura do Espaço-Tempo proposta pela TGBD

A TGBD, caso seja verdadeira, obriga que, através da aplicação da sua 3a. Lei, a conceituação atual da estrutura do espaço-tempo em 3 +1 dimensões (três de espaço e uma de tempo), seja reformulada para uma nova, onde as três dimensões do espaço obedeçam a estrutura de um Terno, ou seja, 3 <=> 2+1, onde 3 é o Terno, 2 é o Dual Interno e 1 é o Terceiro Uno.

Notar que pela TGBD o Terno tem de ser composto por um Dual (dois Unos de mesma natureza e sentidos opostos) e um Terceiro Uno, de natureza oposta à do Dual. Ora isto nada mais é do que nós engenheiros adotamos para a definição das direções dos três eixos cartesianos X, Y, e Z, respectivamente, para direções de comprimento, largura e altura de uma edificação. Reparem que o Comprimento (X) e a Largura (Y) formam o plano que é perpendicular à direção da força de gravidade (e, portanto, tem algo em comum em sua natureza), a qual é a mesma da direção altura (Z). Lembrem-se que o fio-de-prumo é da maior utilidade para uma construção. Assim, parodiando Sherlock Holmes, diria "elementar, meus caros amigos" ...

Desta forma, pela TGBD a nova conceituação para a estrutura do Espaço-Tempo seria a de uma Quadra, ou seja, 4<=> 3+1<=>{(2)+1}+1. Assim, dentro de uma notação mais simplificada, a nova estrutura proposta pela TGBD para o Espaço-Tempo seria (2+1)+1 dimensões.

Não conheço muito bem a Teoria Geral da Relatividade (TGR) de Einsten, mas ela certamente deve utilizar deste conceito para poder deduzir que o espaço-tempo se curva em função da força de gravidade. Ou seja, para se determinar a curvatura do Espaço-Tempo, certamente, a TGR deve fazer uso do plano tangente que toca a superfície em cada um dos seus pontos, plano este que, por definição, deverá ser perpendicular à direção da força de gravidade que atua no Espaço-Tempo.

Vale aqui fazer um pedido. Necessito de que os físicos existentes nos nossos grupos Acropolis e Ciencialist (e também demais pessoas conhecedoras da TGR) me confirmem afirmação e suposição feita no parágrafo anterior, para que tudo o que será dito a seguir continue a ser consistente e verdadeiro.

2) A Estrutura das Camadas e Orbitais Eletrônicas dos Átomos

Os elétrons se movem em torno dos núcleos atômicos em orbitais, e para serem completamente definidos necessitam de ser especificados por 4 ( e aqui vem mais uma pergunta daquelas: e porque 4, e só 4?) números quânticos associados aos conceitos abaixo:

A) Níveis Energéticos: (Número Quântico Principal = n)

Num nível mais geral, as orbitais eletrônicas se agrupam em 7 Níveis Energéticos ou Camadas Eletrônicas, que são definidas em função do conteúdo de energia dos seus elétrons componentes. Tais camadas são denominadas alternativamente pelos números 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 ou pelas letras K, L, M, N, O, P e Q, que são chamados de Número Quântico Principal, que é representado por n.

Uma analogia interessante a fazer aqui é que as Camadas Eletrônicas seriam espécies de escadas, que conteriam diversos degraus, que seriam os Sub-Níveis Energéticos que são definidos a seguir

B) Sub-Níveis Energéticos: (Número Quântico Secundário ou Azimutal = l)

Numa mesma Camada ou Nível Eletrônico, que por analogia seria uma escada, existem diversos Sub-Níveis Energéticos, que seriam seus degraus. Tais Sub-Níveis Energéticos podem ser de até 4 tipos, e são representados pelo chamado Número Quântico Secundário ou Número Quântico Azimutal, que é representado pela letra l, que são alternativamente representados pelos números 0, 1, 2 e 3 ou pelas letras s, p, d e f .

C) Orbitais: (Número Quântico Magnético = m)

Cada Sub-Nível Energético comporta um número variável de Orbitais. Os Sub-Níveis Energéticos s, p, d e f contêm respectivamente 1, 3, 5 e 7 orbitais cada um. Tais Orbitais existe sob a influência de um forte campo magnético, e por isto são identificados pelo chamado Número Quântico Magnético, representado por m, que pode vir para assumir os seguintes valores, em função de pertencerem aos Sub-Níveis Energéticos s, p, d e f : -3, -2, -1, 0, 1, 2 e 3. Ressalte-se que se considera a orbital da posição central como sendo 0, e as à sua direita como sendo negativas, e as à sua direita como sendo positivas. As orbitais do tipo s tem forma de uma esfera e não são sensíveis ao campo magnético. As demais tem forma de elipses, e tem orientação definida no espaço. As do tipo p, que são três, têm as suas direções ortogonais entre si, nos moldes dos 3 eixos cartesianos X,Y e Z.

D) Spin: (Número Quântico de Spin = s)

As partículas elementares possuem movimentos de rotação em torno de si mesmas, que são denominados de spins. Todas as principais partículas de matéria possuem spin 1/2, significa que elas com meia rotação em torno de si mesmas podem ser "vistas" da mesma forma, tal como um carta de baralho de números ou figuras. Já as partículas de força das Forças Eletromagnética, Fraca e Nuclear Forte possuem spin 1, indicando que elas tem de dar uma rotação completa em torno de si mesma para que possam ser "vistas" da mesma forma, enquanto que o graviton da Força de Gravidade, possui spin 2, indicando que ele tem de dar duas voltas em torno de si mesmo para que possa ser "visto" da mesma forma.

Além disto, o movimento de rotação pode se dar em dois sentidos: horário e anti-horário. A isto se denomina helicidade, que por convenção pode ser à direita e à esquerda. Assim dois elétrons podem girar no mesmo sentido ou em sentido oposto, o que criará campos magnéticos repulsivos ou atrativos, respectivamente. Assim, embora possuindo carga elétrica -1, o que faria que dois elétrons tendessem a se repelir, eles podem ocupar um mesmo Orbital se tiverem spins de helacidade oposta. E isto é o diz o Princípio da Exclusão de Pauli: um Orbital comporta no máximo dois elétrons com spins contrários.

O Número Quântico de Spin, representado por s, pode assumir dois valores para os elétrons: -1/2 e +1/2.

 

 

3) Algumas Bidualidades na Estrutura da Camadas e Orbitais Eletrônicas

Apenas a título de curiosidade e de confirmação da veracidade da TGBD apresento a seguir alguns exemplos de Biduais contidos na estrutura da Camadas e Orbitais Eletrônicas.

Um primeiro Bidual é formado pelos 4 Números Quânticos, mostrado a seguir, ressaltando que o Dual Interno se relaciona à definição dos Níveis e Sub-Níveis Energéticos, que abrangem conjuntos de Orbitais, enquanto o Dual Externo se relaciona à definição das Orbitais:

Dual Interno : (1. Número Quântico Principal <=> 2. Número Quântico Secundário)

Dual Externo : [3. Número Quântico Magnético <=> 4. Número Quântico de Spin)

Notar que o Quarto Uno é o Número Quântico de Spin, porque é único que não se refere a estrutura de Orbitais e sim ao Spin dos elétrons dentro de uma Orbital.

Embora eu não tenha encontrado nada a respeito, me permito imaginar que as orbitais do Sub-Nível Energético d , que tem são cinco devam ter com direções: as três primeiras nas direções dos eixos cartesianos X, Y e Z, e as duas seguintes em direções as diagonais a estes eixos, passando pelo ponto de encontro dos eixos X,Y e Z. Por outro lado, as Orbitais do Sub-Nível Energético f , que são 7, teriam as mesmas 5 direções das do Sub-Nível Energético d , acrescidas de mais duas direções diagonais, semelhantes as anteriormente definidas.

Notar que se considerarmos um cubo, que é a expressão de um Bidual no espaço tridimensional, assim como o quadrado o é no espaço bidimensional, os eixos das sete orbitais dentro da forma que sugeri seriam os seguintes:

  • primeiro, haveriam os três eixos cartesianos X, Y e Z, que passariam pelo centro do cubo e pelos centros de cada um das suas seis faces, que são quadradas; tais eixos seriam os de Número Quântico Magnético -1, 0 e +1; e,
  • segundo, haveriam as quatro direções diagonais, que passariam pelo centro do cubo e pelos quatro pares de vértices opostos que existem num cubo; tais eixos seriam os de Número Quântico Magnético -3, -2, +2 e +3;.

Vale dizer que ainda existe o Orbital do tipo s, que é esférico, cujo Número Quântico Magnético é 0. Desta forma, existem 8 tipos de Orbitais, que podem ser divididos em dois grupos de 4 componentes:

o dos Orbitais Diagonais, ou de Número Magnético de módulo 2 e 3, que têm eixos nas 4 nas direções das diagonais do cubo (que se dividem nas 2 Orbitais de Número Quântico +2 e -2 dos tipos d e do tipo f e em 2 Orbitais de Número Quântico +3 e -3, que só existem no tipo f);

o dos Orbitais Não Diagonais, ou de Número Magnético de módulo 0 e 1, que têm eixos nas 4 direções não diagonais do cubo ( a esférica do tipo s, que não tem eixo, e ao três Orbitais do tipo p, que tem as direções ortogonais dos eixos cartesianos X, Y e Z).

4) As Direções das Orbitais Eletrônicas indicadas pela TGBD, e

a Interação entre as Forcas Eletromagnéticas e da Gravidade

Finalmente, agora vamos fazer a indicação que a TGBD faria para se tentar a unificação da Força Eletromagnética com a Força da Gravidade.

Vimos que os Orbitais do tipo s possuem forma esférica e que não sofrem influência dos campos magnéticos, enquanto que os dos tipo p, d e f tem forma de elipse e sofrem influência dos campos magnéticos na determinação das direções dos seus eixos. Assim, por exemplo, os do tipo p possuem as direções das suas 3 Orbitais, perpendiculares entre si, na forma dos eixos cartesianos X,Y e Z.

Importa observar que atuação dos campos magnéticos se dá de forma relativa, isto é, de um eixo em relação aos demais. Mas qual seria a direção do eixo dos Z em relação à direção da Força de Gravidade, que atua no corpo, e por conseguinte, nas suas moléculas, e nos seus átomos?

É certo que a intensidade da Força da Gravidade no interior de um átomo é ínfima, se comparada com as das demais 3 forças. Mas, por outro lado se considerarmos que todos os átomos e moléculas de um corpo, e, em decorrência disto, o próprio corpo, estejam em situação de equilíbrio no que se relaciona à interação das Forças Eletromagnética, Fraca e Nuclear Forte, todos eles irão sofrer a ação atrativa e geral da Força de Gravidade, e terão de reagir à ela, nos termos da 3ª lei de Newton. E como farão isto?.

No caso dos átomos, acredito que seria muito plausível supor que a Força de Gravidade seria capaz de definir a direção dos eixos das Orbitais Eletrônicas, se não totalmente, pelo menos parcialmente.

Vimos que pela TGBD a estrutura do Espaço-Tempo deveria ser uma Quadra, ou (2+1)+1. E que no caso do Espaço, o eixo dos Z deveria se posicionar na direção da Força de Gravidade para que ele pudesse ter a estrutura de um Terno, pois assim os eixos X e Y seriam perpendiculares à direção da Força de Gravidade, formando o Dual Interno.

Desta forma, a TGBD, conforme visto no parágrafo anterior, aponta no sentido de que a direção dos Orbitais de Número Magnético igual a 0, seja a mesma da Força de Gravidade que atua sobre o corpo, sobre suas moléculas e seus átomos. Assim, definida a direção dos Orbitais de Número Magnético igual a 0, as direções das demais Orbitais seriam definidas a partir da ação dos campos magnéticos.

Vale ainda ressaltar que se verdadeira esta suposição, ou seja, da direção de todos os Orbitais de Número Magnético igual a 0 faria com que a estrutura das direções dos eixos dos Orbitais Não Diagonais formassem um Bidual:

  • Dual Interno seria (1. Eixo X <=> 2. Eixo Y), ou das direções perpendiculares à Força da Gravidade,
  • Dual Externo [3. Eixo Z <=> 4. Esférico);
  • Quarto Uno seria o Orbital Esférico, que se diferencia dos 3 demais por não ter um eixo para suas direções como eles têm.

Quanto aos Orbitais Diagonais, também haveria dois Duais, se considerados os seus Números Quânticos Magnéticos (m):

  • Dual Interno : ( 1. Orbitais de m = +2 <=> 2. Orbitais de m = -2 )
  • Dual Externo : [ 3. Orbitais de m = +3 <=> 4. Orbitais de m = -3 ]
  • O Quarto Uno no caso foi considerado como sendo os Orbitais de m = -3, o que foi feito de forma arbitrária, pois não tenho informações suficientes sobre as características destes Orbitais, que me permitam diferenciá-los dos 3 demais. E para tanto solicito aos que detenham maiores conhecimentos no assunto, que me auxiliem a encontrar tal diferenciação, que certamente deve existir.

5) Considerações Finais

Vimos neste texto mais casos em que a estrutura da TGBD foi comprovada em teorias conhecidas, e duas indicações que ela aponta: uma nova concepção para o Espaço-Tempo e para a definição das Orbitais Eletrônicas dos Átomos, que juntos, a meu ver, mostram um caminho se tentar entender a interação entre as Forças Eletromagnética e da Gravidade. Quem sabe isto não ajude no equacionamento da Unificação destas duas forças e na da 4 Forças Fundamentais? Com a palavras os especialistas no assunto, pois o generalista que faz esta proposta não tem mais como contribuir no caso, pois lhe faltam os conhecimentos específicos necessários.

 

 

 

SUBJECT: Re: [ciencialist] O Paradoxo EPR
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/05/2000 15:21


----- Original Message -----
From: Antonio Carlos M. de Queiroz <acmq@compuland.com.br>
Sent: Wednesday, May 03, 2000 8:32 PM
Subject: Re: [ciencialist] O Paradoxo EPR


> Roberto Belisario wrote:
>
> > Olá, pessoal. Estive viajando, e os e-mails que deveria responder
> > ficaram aqui. Só agora pude retomar a discussão sobre a interpretação da
> > Teoria Quântica.
> >...
>
> Ok, mas não ví onde está o paradoxo. Porquê tem que existir interação
> instantânea? Qual é o problema de um sistema "avisar" o outro, por
> uma emissão eletromagnética ou coisa assim? Ninguém vai conseguir
> chegar ao outro sistema e medi-lo mais depressa que na velocidade
> da luz... E qual é o problema de as variáveis já estarem definidas?
>
> Antonio Carlos M. de Queiroz

Vamos ver se eu consigo explicar isso.

Por que tem que existir interação instantânea?

Porque a Mecânica Quântica assim o exige. Veja: O paradoxo EPR fala
sobre sistemas quanticamente correlacionados. Dizemos que dois sistemas
estão quanticamente correlacionados quando eles não podem ser descritos como
dois sistemas individuais separados. Para explicar melhor isso, pensemos
primeiro em sistemas que não estejam quanticamente correlacionados. Por
exemplo, consideremos dois elétrons, como sendo duas entidades físicas
distintas, separadas. Podemos observar um ou observar o outro. Falemos do
estado físico do sistema "total" constituído pelos dois elétrons em
conjunto. Este estado físico pode ser caracterizado pela descrição do estado
físico de um deles, seguida pela descrição do do outro. Porém, a Mecânica
Quântica permite uma novidade que não aparecia na Física Clássica: um estado
físico que não pode ser caracterizado pela descrição dos dois elétrons
separadamente! Nesta situação, só o estado do sistema como um todo faz
sentido. Diz-se, então, que as duas partículas estão quanticamente
correlacionadas. Observações em sistemas quanticamente correlacionados podem
produzir resultados diferentes que em sistemas "separados"; por isso,
considera-se que trata-se de um estado físico distinto.

O que isso tem a ver com a velocidade infinita? Ocorre que, quando
observamos um dos elétrons, a correlação quântica é imediatamente destruída.
(Nem poderia ser de outra forma, uma vez que, se observamos só um dos dois
elétrons, estamos obrigando o sistema a comportar-se como dois subsistemas
invidivuais "separados".) Repare então que a observação de um dos elétrons
altera o estado físico do sistema como um todo, altera o estado do sistema
constituído pelos dois elétrons. Isso, instantaneamente e independentemente
da distância que os separa. Uma alteração instantânea do estado físico de um
par de elétrons separados, causada pela observação de apenas um deles,
parece implicar na transmissão de sinais entre os dois elétrons com
velocidades superiores à da luz.

Para tentar mostrar que a Física Quântica estava errada, Einstein
demostrou, no seu paradoxo EPR, isso que eu disse acima: que a destruição da
correlação quântica causada pela observação implica na existência de
velocidades infinitas. E isso aparentemente ia contra a teoria da
Relatividade. Uma vez que Bohr cria na Relatividade, ele só tinha duas
saídas: ou acreditava que existiam velocidades infinitas, ou que a sua cara
Teoria Quântica estava errada. É aí que está o paradoxo: ele aparentemente
contrapunha a Física Quântica e a Teoria da Relatividade. Mas as duas
teorias tiveram muito sucesso na descrição dos experimentos. Como poderia
uma delas estar errada?

A resposta é: o que nenhum deles parece ter percebido é que, mesmo
aceitando a Física Quântica, as velocidades infinitas não ferem a teoria da
Relatividade, porque elas não implicam na transmissão de informações causais
mais rapidamente que a luz. E é só isso que a Relatividade proíbe. O
paradoxo, então, deixa de ser um paradoxo. Aliás, este é o destino da grande
maioria dos paradoxos...

Quanto ao problema de as variáveis já estarem pré-definidas. O problema
é que a Física Quântica é uma teoria estatística, ela fornece apenas
probabilidades para os resultados dos experimentos. A interpretação usual é
que isso acontece porque a Natureza é intrinsecamente indeterminista, de
maneira que os valores exatos das grandezas físicas não pré-existem à
observação. Antes de serem observados, os sistemas físicos são descritos, na
F. Q., pelo conjunto de valores possíveis, associados às suas
probabilidades correspondentes. A observação vai selecionar um (ou um
conjunto restrito) dentre esses valores. Claro que essa interpretação é
difícil de assimilar, e por isso Einstein acreditava que os valores das
grandezas pré-existiam à observação. Mas, posto desta maneira, a coisa
parece ser apenas uma questão de interpretação. Porém, existem situações em
que as duas visões produzem previsões diferentes para os resultados
experimentais, e, então, a escolha pode ser decidida no laboratório. Isso
fez com que os desenvolvimentos teóricos e experimentais que se seguiram
tornaram cada vez mais improvável a possibilidade de uma teoria que restaure
o determinismo na Física. O teorema de Bell e o experimento de Aspect
incluem-se entre esses desenvolvimentos.

Até a próxima...
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/05/2000 16:26


----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Sent: Friday, May 05, 2000 11:35 AM
Subject: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais

Belisário:
> > Os argumentos de Bell e o paradoxo EPR podem ser formulados de forma
> > que independa das características particulares do sistema físico
estudado;
> > a exigência seria apenas que o sistema fosse constituído de um par de
> > sistemas de dois níveis.

Alberto:
(...)
> A diferença talvez resida nos dois níveis (por ex., posição e
> momento); nos casos analógicos estuda-se, via de regra, um nível
(coloração
> da bola).

Xi. Essa minha terminologia técnica (sistemas de dois níveis) parece ter
causado problemas. Por "níveis", eu não quis dizer diferentes grandezas a
serem medidas, mas diferentes valores da mesma grandeza. Assim, o spin, por
exemplo, é um sistema de dois níveis porque admite só dois valores, "up" e
"down" (ou + e -, ou 1 e 0, ou...). Às vezes pareceu-me que você referiu-se
à interpretação correta dos "níveis", mas às vezes não, de forma que fiquei
um pouco confuso quanto a isso.

> Por outro lado, vejo essa história de dois níveis (não sei se é o caso mas
> estou utilizando dois níveis como retratando as duas possíveis medidas,
por
> ex., posição e velocidade -- se não for o caso, ainda assim vale o
argumento
> que se segue) com certa desconfiança, do mesmo tipo daquela que sempre me
> atormentou quando da idealização, em física clássica, a considerar um
corpo
> rígido como um ponto material. (...)

Eu tenho muita fé na Teoria das Supercordas (Teoria M), entre outras
coisas porque ela descarta essa história de ponto material e considera
apenas entidades físicas de uma dimensão ("cordas"). Não elimina de todo a
"singularidade" do conceito, mas é suficiente para eliminar dificuldades
incômodas do Modelo Standart da Física das Partículas, como a necessidade de
usar a renormalização para evitar que os resultados dos cálculos dêem
infinito.

Quanto aos sistemas de dois níveis. Se bem entendi, o porque da sua
desconfiança no conceito de sistemas de dois níveis está bem manifestada nos
parágrafos abaixo:

> O que estou tentando mostrar é que o paradoxo EPR, interpretado sob a
visão
> do argumento de Bell, está pressupondo uma idealidade equivalente àquela
> assumida ao dizermos que a altura do cilindro tende a zero.
(...)
> Ora, o "spin" foi determinado num local onde existia um campo e não
> num espaço isotrópico. Se o "spin" for realmente um "giro" e se o campo
> utilizado, de alguma maneira, orientar partículas dotadas de "giro",
> digamos, de modo a que o eixo polar do "giro" oriente-se segundo as linhas
> de campo, esse giro somente será captado segundo dois níveis (horário ou
> antihorário, + ou -, yin ou yang, cara ou coroa, etc.). Em outras
palavras:
> a experiência que mede o "spin" despersonaliza o verdadeiro "giro" das
> partículas de tal forma que, após passar pelo campo inerente ao
equipamento
> experimental, só existem duas possibilidades para o "giro" das partículas:
> Seu momento angular irá se orientar da maneira "up" ou "down". Isto não
> significa em hipótese alguma que a partícula somente tivesse duas
> possibilidades de giro antes de entrar no equipamento. Significa apenas
que
> o equipamento é cego para a infinidade de giros possíveis, à exceção de
duas
> dessas possibilidades. Estaríamos então frente a uma indeterminação
> diferente daquela descrita por Heisenberg mas também a retratar que a
medida
> do "spin" destrói a possibilidade de que se meça, a posteriori, quaisquer
> propriedades relacionadas ao efetivo "giro" da partícula antes de entrar
no
> equipamento.

[Segue-se uma exposição semelhante para o caso da polarização.]

Bem, primeiro, não vejo aqui nada diferente do Princípio da
Indeterminação original de Heisenberg, apenas um caso particular dele (como
é um caso particular aquela conhecida relação envolvendo velocidade e
quantidade de movimento). Creio que a essência do princípio da
Indeterminação é que, em qualquer medição, o observador interage com o
objeto observado alterando o seu estado físico (colapso da função de onda).
Alterando o estado físico, altera as probabilidades envolvidas. Assim,
medindo a posição, alteramos as probabilidades referentes não só à própria
posição, mas também à velocidade, de forma que não podemos medir as duas
simultaneamente com a mesma precisão. De forma semelhante, medindo o spin,
alteramos o estado quântico do sistema, de forma a colapsá-lo para spin "up"
ou spin "down", sendo "up" e "down" tomados com referência ao aparelho de
medida (mais exatamente, ao campo magnético que você mencionou). O fenômeno
é o mesmo que o descrito pelo princípio da Indeterminação tradicional.

Mas isso não prejudica em nada o conceito de sistema de dois níveis (no
caso, os níveis são "spin up" e "spin down"). Um sistema de dois níveis não
é o que pode ter apenas dois estados físicos: é aquele no qual o resultado
de um experimento pode resultar em apenas dois valores. Todo sistema de dois
níveis possui infinitos estados físicos (pois qualquer combinação linear de
dois estados é também um estado). Mas o colapso da função de onda causada
pela observação só produz dois resultados possíveis. Talvez isso resolva a
sua desconfiança com relação ao conceito, porque estamos falando da mesma
coisa: o "sistema de dois níveis" a que me refiro tem justamente o
comportamento que você menciona no parágrafo acima.

Bell, então, não está assumindo nenhuma idealidade além do que você
expôs no parágrafo acima sobre o spin. Ele assume que o comportamento do
spin é exatamente o que você descreveu.

Isso leva, aliás, ao cerne da questão no paradoxo EPR: é justamente por
causa do colapso da função de onda resultante da medição que alguns dizem
haver uma transmissão de sinal instantâneo entre os elétrons 1 e 2. O
paradoxo não foi feito para falsear a Relatividade, é certo, mas ele
indiretamente usou a Relatividade para tentar falsear a quântica.

> > O argumento é que o Princípio da Indeterminação e a existência de
> > sistemas de dois níveis discretos são duas hipóteses independentes.
Podem
> > não ser independentes em alguns casos (por exemplo, tanto a quantização
da
> > energia quanto o princípio da indeterminação vêm do mesmo formalismo, o
> > formalismo da Teoria Quântica). Mas, no caso geral, parece-me que
podemos
> > considerá-los independentes.
>
> Talvez no caso geral do paradoxo EPR original, em que um dos níveis é a
> velocidade de afastamento. No caso do "spin" ou da "polarização" parece-me
> existir uma outra "indeterminação", diferente daquela descrita por
> Heisenberg, porém de natureza semelhante (no sentido em que o observador
> modifica o observado) e inerente à conceituação do que se chama
"existência
> de sistemas de dois níveis discretos". Seriam essas duas "indeterminações"
> independentes? Existiria um "segundo princípio da indeterminação" na
teoria
> quântica?

Essa pergunta, creio, está respondida nos meus parágrafos anteriores.

Quanto às relações entre o paradoxo EPR, a Relatividade e a Quântica,
não tenho muito a comentar, exceto sobre o que se segue:

> Por outro lado, conta-se também que durante o duelo entre Einstein e Bohr
> (na década de 30) a cada vez que Einstein surgia com uma idéia a
"destroçar"
> com a teoria quântica de Bohr, este apoiava-se nos argumentos de Einstein
e
> construia novo argumento a demonstrar que, caso a idéia de Einstein
fizesse
> sentido estariam "destroçadas" não apenas a teoria quântica mas também a
> relatividade geral (e, talvez, por tabela, a especial). Einstein então
> calava-se e partia para a construção de novas "imagens de espírito". Visto
> por esse ângulo, e a serem verdadeiros os construtos de Bohr, as teorias
são
> compatíveis pois ao falsearmos uma, falseamos a outra.

Creio que a Relatividade e a Quântica são teorias independentes. Tanto
que foram desenvolvidas à revelia uma da outra. (Estou falando da teoria
quântica não-relativística.) De forma que podemos falsear uma sem grandes
conseqüências para a outra. De qualquer forma, é interessante como Bohr
usava a teoria da Relatividade para defender-se das investidas de Einstein,
e obtinha sucesso. Mas não creio que isso implique em que um falseamento da
Quântica leve a um falseamento da Relatividade. O que acontecia é que
Einstein inventava uma situação particular que, na sua visão, burlava o
princípio da indeterminação; Bohr então mostrava que não burlava coisa
nenhuma, e às vezes invocava a Relatividade no seu argumento.

Sobre o conceito de "informação do movimento da matéria", parece-me um
conceito muito interessante. Mas, dizendo assim:

> (...) Pois eu digo que o que se propaga é
> a "informação do movimento da matéria" pois, somente assim, consigo me
> desvencilhar do éter, do vácuo quântico, do espaço curvo e de qualquer
outra
> "variável escondida" candidata a quintessência do Universo e que, de uma
> maneira ou de outra, têm-se mostrado indispensável a qualquer teoria que
> pretenda ser coerente com a realidade observacional.

Fico pensando: Substituindo os conceitos de éter, vácuo quântico, espaço
curvo, etc., pela tal informação do movimento da matéria, não estará você
apenas substituindo um conjunto de "quintessências" por uma outra?

Acho que para entender mais sobre isso, em especial sobre a história do
campo elétrico, eu deva dar uma navegada nos artigos do seu site. Ainda não
tive tempo para ver muita coisa, mas vou dar uma olhada.

Até a próxima,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Doubletwist
FROM: Eliane Evanovich Gallagher <eliane@cbio.ufpa.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 08/05/2000 02:45



On Tue, 9 May 2000, Sheila Franco. wrote:

>
> BBC - Brasil - 08/05/2000
> http://www.bbc.co.uk/portuguese/omh00050809.htm
>
>
> Empresa Diz Ter Completado Mapa Gen�tico do Homem
>
> Uma empresa americana disse ter completado o mapeamento de todo o genoma humano.
> A Doubletwist, que entrou h� pouco tempo na corrida para decifrar o material gen�tico dos seres humanos, afirmou que j� obteve o primeiro "rascunho" do genoma completo.
>
> Os pesquisadores da empresa disseram que conseguiram completar e ordenar o mapa gen�tico usando computadores da empresa Sun. Eles afirmam que o rascunho apresenta 105 mil genes.
>
> "O Projeto Genoma Humano (financiado com dinheiro p�blico) fez um trabalho incr�vel ao fornecer a sequ�ncia prim�ria de mais de 80% do material gen�tico", disse John Couch, presidente da empresa.
>
> "N�s processamos esse material e conseguimos separar a sua parte mais relevante, os genes."
>
> Corrida gen�tica
>
> A entrada da empresa na corrida pelo mapeamento gen�tico do homem foi uma surpresa.
>
> Acreditava-se que o grupo privado Celera Genomics e o Projeto Genoma Humano fossem os �nicos concorrentes de peso nessa corrida.
>
> H� tr�s semanas, a Celera Genomics disse ter obtido a sequ�ncia gen�tica completa de um ser humano, mas a empresa afirmou que ainda n�o tinha conseguido orden�-la.
>
> A Celera Genomics disse ainda que essa tarefa n�o levaria mais do que algumas semanas.
>
Puxa, algumas semanas??!! Entao a organizacao que vai ser feita e'
saber em que cromossomos estao localizados certos genes, pq, saber a
funcao de todos esses genes, e' outra historia...que com certeza vai levar
muitos anos para ser realizada!!



SUBJECT: O guri que gosta de Física
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/05/2000 03:40

Quem fez o site abaixo tem 13 anos de idade (ou tinha na última vez em
que atualizou o site). Apesar de várias imprecisões nos conceitos, devidos à
falta de conhecimento técnico (e de um português verdadeiramente
reprovável), é impressionante o que esse guri já sabe de Física. Um
entusiasmo desses não pode ficar sem orientação.

http://orbita.starmedia.com/~quark5/quark5.htm

Até,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/05/2000 06:42

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario"
Enviada em: Domingo, 7 de Maio de 2000 16:26
Assunto: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais

> Xi. Essa minha terminologia técnica (sistemas de dois níveis) parece
> ter causado problemas. ... Às vezes pareceu-me que você referiu-se à
> interpretação correta dos "níveis", mas às vezes não, de forma que fiquei
> um pouco confuso quanto a isso.

:-)) Realmente eu "viajei". :-( Ao tentar entender o conceito fixei-me numa
idéia e, posteriormente, ao procurar expor uma aplicação do conceito, assumi
outra interpretação. Felizmente a segunda interpretação estava correta. Esta
dualidade interpretativa aparentemente foi, de modo intuitivo, estranhada
pelo meu inconsciente, o que ficou denunciado pela frase "...se não for o
caso, ainda assim vale o argumento que se segue".

Ora, como eu poderia saber que o argumento valeria, se estava utilizando-me
de uma premissa inadequada? :-)) Valeria em que condições? Obviamente no
caso exposto em que o meu "intelecto interior" consertou a premissa adotando
o conceito correto. O raciocínio dialético sempre nos leva a situações
perigosas mas é justamente aí que reside seu elevado poder pedagógico.
Perceba que 1) aprendi a distinguir, ou melhor, a notar a existência de,
dois conceitos relacionados porém distintos; 2) aprendi a terminologia
técnica utilizada para expressar um deles; e 3)aprendi um pouquinho mais de
dialética.

> > Estaríamos então frente a uma indeterminação diferente daquela descrita
> > por Heisenberg...

> Bem, primeiro, não vejo aqui nada diferente do Princípio da
> Indeterminação original de Heisenberg, apenas um caso particular dele
> (como é um caso particular aquela conhecida relação envolvendo velocidade
> e quantidade de movimento).

> ... medindo o spin, alteramos o estado quântico do sistema, de forma a
> colapsá-lo para spin "up" ou spin "down", sendo "up" e "down" tomados com
> referência ao aparelho de medida (mais exatamente, ao campo magnético que
> você mencionou). O fenômeno é o mesmo que o descrito pelo princípio da
> Indeterminação tradicional.

Bem, agora eu fiquei novamente em dúvida. O princípio de Heisenberg não
estaria relacionado aos pares conjugados "momento angular ao redor de um
eixo" e "orientação desse eixo"? Quero crer então que, pelo princípio de
Heisenberg, seria possível medir a orientação do eixo do spin, admitindo-se
que o spin fosse realmente um giro, em toda a sua gama de valores espaciais.
O que o princípio retrata é que, ao efetuar esta medida, estaríamos
descaracterizando um possível conhecimento do momento angular. Porém, no
caso em pauta, aquele relacionado aos sistemas de dois níveis, existe uma
indeterminação de outro tipo, ou seja: Não seria possível conhecer-se
qualquer orientação do eixo do spin que não aquela coincidente com as linhas
do campo inerente ao aparelho de medida e a serem dualizadas em "up" ou
"down".

A meu ver, o que o princípio de Heisenberg nos diz é que ao conhecermos
"exatamente" o eixo do giro da partícula, sequer poderíamos suspeitar que
ela realmente está girando. No entanto, na conceituação do spin da teoria
quântica, estamos criando um eixo fictício que, obviamente, não tem nada a
ver com o eixo do giro da partícula, e estamos constatando que o que este
construto experimental faz nada mais é do que projetar o verdadeiro eixo do
giro da partícula neste eixo fictício. E, obviamente, o resultado não pode
ser outro que não "up" ou "down", o que significa dizer que criou-se uma
incerteza angular de +- 90 graus. Assim, o spin "up" teria o sentido de (0
+- 90) graus e o spin "down" teria o sentido de (180 +- 90) graus.

> Creio que a essência do princípio da Indeterminação é que, em qualquer
> medição, o observador interage com o objeto observado alterando o seu
> estado físico (colapso da função de onda).

Sim, mas no caso genuíno e relativo às idéias de Heisenberg, a
indeterminação é acidental e aleatória, ainda que se possa fixar, por
exemplo, a posição. Ou seja, quando eu digo que uma determinada partícula
"ocupava" uma posição radial, haja vista que ela passou por dois orifícios
alinhados, eu não estou obrigando a que todas as partículas passem por estes
orifícios mas, simplesmente, estou estudando as que assim o fazem. No caso
do spin, não. Neste caso o observador não apenas interage com o observado
mas dita-lhe regras de comportamento futuro, tais como: Gire ou na direção
"up" ou na direção "down". A partícula fica sem outras opções.

> Mas isso não prejudica em nada o conceito de sistema de dois níveis (no
> caso, os níveis são "spin up" e "spin down"). Um sistema de dois níveis
> não é o que pode ter apenas dois estados físicos: é aquele no qual o
> resultado de um experimento pode resultar em apenas dois valores.

Sim, mas se for apenas isso, parece-me que trata-se de um sistema fabricado
e para ser utilizado com muito critério e em condições ultraespecíficas,
nunca como uma idéia fundamental a mascarar e/ou a comprometer um
conhecimento mais profundo e relativo à natureza íntima da matéria, coisa
que o principio de Heisenberg, por si só, já o faz.

> Talvez isso resolva a sua desconfiança com relação ao conceito, porque
> estamos falando da mesma coisa: o "sistema de dois níveis" a que me refiro
> tem justamente o comportamento que você menciona no parágrafo acima.

Pois eu diria que graças a sua intervenção o conceito ficou mais claro para
mim, mas a desconfiança aumentou em muito. Em particular, diria que vejo
hoje com mais clareza a distinção entre a física quântica primitiva e as
físicas quânticas atuais. Reconheço, no entanto, que o que sei a respeito
ainda é muito pouco.

> Isso leva, aliás, ao cerne da questão no paradoxo EPR: é justamente
> por causa do colapso da função de onda resultante da medição que alguns
> dizem haver uma transmissão de sinal instantâneo entre os elétrons 1 e 2.

Apenas aproveitando o "gancho", essa história da instantaneidade, a meu ver,
está embutida em outra idealidade assumida por Newton e que chegou a ser
aceita como "real" por seus falsos seguidores. Newton jamais assumiu a
instantaneidade da ação do campo gravitacional a não ser como algo útil e a
ser utilizado com muito critério. Não é de Newton a idéia de que ação e
reação, para corpos a distância, processa-se instantaneamente. Ele apenas
utilizou esta falácia em condições onde o desvio esperado poderia
efetivamente ser desprezado. Não obstante, é inerente à filosofia de Newton,
a idéia de "Universo interligado", provavelmente não no mesmo contexto
daquele apresentado, acredito que, por Bohm.

Para alguns, instantaneidade redundaria no conceito de velocidade infinita
(esta idéia foi importada da física clássica posterior a Newton). Para
outros, no conceito de sistemas quanticamente correlacionados, a
manifestarem o colapso da função de onda por ocasião da medição. Mas existe
ainda uma versão clássica newtoniana: Uma partícula que gera um campo está
sempre "emitindo" esse campo e, portanto, a extensão deste campo no espaço é
imensa, quase que, poderíamos dizer, do tamanho do Universo. Ora, por mais
que outra partícula esteja fugindo desta, ela sempre estará no campo da
primeira. Logo será sempre possível o campo da primeira afetar a segunda,
ainda que seja um campo emitido no passado; e esta, ao sofrer o campo da
primeira, modificará as características de seu próprio campo, o que irá se
propagar podendo até mesmo chegar a promover modificações no futuro da
primeira. E este é o sentido de "Universo interligado" compatível com a
genuína física newtoniana, onde ação e reação processam-se em tempos
diferentes, num efeito muito mais coerente com o princípio de Le Chatelier
do que propriamente com a terceira lei de Newton (ação e reação estáticas).
Perceba que esta idéia, por si só, não vai contra a teoria da relatividade.
O problema é que para chegarmos na mesma percebemos que a relatividade é
desnecessária; e ao explorarmos suas outras conseqüências, chegamos à
conclusão que a relatividade complica a teoria sem nada de útil acrescentar.

Esta idéia de "Universo clássico interligado" complica-se muito quando
evoluímos para a filosofia e procuramos raciocinar em termos de mecanicismo
e determinismo/indeterminismo. Por um lado, caímos na idéia de que somos
peças de um relógio, ficando uma lacuna a explicar se existe ou não um
livre-arbítrio; por outro, e também relacionado ao primeiro, na idéia de que
observador e observado estão inerentemente interligados, a meu ver sob um
ponto de vista diverso (no sentido de que é mais amplo) do que aquele
apontado por Heisenberg. Enfim, esse é um problema que nem a filosofia nem a
ciência moderna resolveram a contento.

> Creio que a Relatividade e a Quântica são teorias independentes.

Com efeito. Creio que a única dependência, se existir, deve-se ao fato de as
duas apoiarem-se em discordâncias que surgiram ao se interpretar a teoria
eletromagnética de Maxwell à luz da física newtoniana. A relatividade
apoiou-se na incompatibilidade dos referenciais propostos por essas duas
teorias, enquanto a quântica apoiou-se no comportamento anômalo observado
por partículas e/ou ondas (quantas de luz e não-emissão de radiação pelo
elétron em determinadas condições). Ambas privilegiaram, sob certos
aspectos, a teoria de Maxwell, em detrimento da teoria newtoniana.
Obviamente, produziram também adaptações à teoria de Maxwell sem, no
entanto, despersonalizá-la totalmente, o que fizeram com a física
newtoniana.

> Mas não creio que isso implique em que um falseamento da
> Quântica leve a um falseamento da Relatividade.

Realmente. Via de regra, a falseabilidade restringe-se a hipóteses e não a
teorias. Como existem aí várias hipótese, algumas entrelaçadas, outras não,
não é impossível que ao falsearmos uma hipótese relativa a uma das teorias
isto traga alguma repercussão para a outra. Não vejo isso como defeito mas
como virtude, pois são teorias fronteiriças e, portanto, passíveis de
unificação, coisa que é sempre bem vinda.

Por outro lado, ainda que a falseabilidade restrinja-se a uma hipótese, uma
boa teoria é aquela em que as hipóteses estão coerentemente interligadas.
Visto sob esse ângulo, é difícil, ainda que não impossível, conservar
qualquer boa teoria e, em especial, as teorias "fechadas" ou "completas",
após termos "negado" uma única de suas hipóteses (Ulilizei aqui o termo
"negação" como um falseamento que realmente convenceu a comunidade
científica, mesmo porque falsear uma teoria não é sinônimo de derrubá-la).

> Fico pensando: Substituindo os conceitos de éter, vácuo quântico, espaço
> curvo, etc., pela tal informação do movimento da matéria, não estará você
> apenas substituindo um conjunto de "quintessências" por uma outra?

Sem dúvida. O problema é que existe alguma coisa estranha em todas as
teorias. Procuro então guiar-me por um pensamento sábio de Mario Schenberg:
"Quando uma coisa começa a se complicar muito, é sinal de que é preciso
simplificá-la." A meu ver, a única teoria, dentre todas as aceitas e dentre
todas as teorias alternativas (que acabaram por ser relegadas, como aquelas
referentes a éter, não-localidade, etc), que não chegou a se complicar
muito, foi a física genuinamente newtoniana. Ela simplesmente mostrou-se
incompatível com a teoria de Maxwell, uma teoria que, a exemplo da mecânica
dos flúidos, foi construída para explicar efeitos observados pelos fluidos
elétricos descritos por Coulomb em suas hipóteses originais, quais sejam:

a) "Num corpo condutor eletrizado o fluido elétrico espalha-se à superfície
mas não penetra no interior do corpo; b) Os corpos eletrizados por um mesmo
fluido repelem-se, os eletrizados por fluidos diferentes, atraem-se; c)
Essas atrações ou repulsões produzem-se na razão direta das densidades ou
forças dos fluidos elétricos e na razão inversa do quadrado das distâncias."

Em que hipótese, da teoria de Maxwell, está prevista a existência do elétron
como partícula a gerar um campo coulombiano, algo que foi aceito por Bohr
quando construiu os pilares da teoria quântica primitiva (postulado 1) e
que, de alguma maneira sutil, acabou por incorporar-se na teoria quântica
atual:

Postulado 1 de Bohr: "Um elétron em um átomo move-se em uma órbita circular
em torno do núcleo sob a influência da atração coulombiana entre o elétron e
o núcleo, obedecendo às leis da mecânica clássica."

Que mecânica clássica é essa que aceita, como corpúsculo, algo inerente a
uma teoria de fluidos (lei de Coulomb) e que, portanto, nada mais é do que
um elemento de volume, jamais um verdadeiro corpúsculo? Seria o mesmo que
dizer que a molécula de água é amorfa, pois o elemento de volume
correspondente à mecânica de fluidos é, "efetivamente", amorfo.

Enfim, o que pretendo deixar claro é que a física clássica que foi negada,
falseada, derrubada, vilipendiada,... não tem nada a ver com a genuína
física newtoniana, que vem resistindo com galhardia às injúrias que no
século XX pretenderam lhe imputar e a mostrar que é a única capaz de
verdadeiramente nos orientar na busca pelos Princípios Matemáticos da
Filosofia Natural.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: O Paradoxo EPR
FROM: "André R. D. Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/05/2000 08:43

Ol� Roberto e pessoal,

A� v�o algumas d�vidas sobre o assunto:


>A resposta �: o que nenhum deles parece ter percebido � que, mesmo
>aceitando a F�sica Qu�ntica, as velocidades infinitas n�o ferem a
teoria da
>Relatividade, porque elas n�o implicam na transmiss�o de informa��es
causais
>mais rapidamente que a luz. E � s� isso que a Relatividade pro�be. O
>paradoxo, ent�o, deixa de ser um paradoxo. Ali�s, este � o destino da
grande
>maioria dos paradoxos...

1.N�o se conseguiu recentemente "teleportar" (transmitir
instantaneamente) o estado de polariza��o de um el�tron?
2.Esse fenomeno n�o pode ser usado para transmitir informa��o?
(segundo um artigo na "scientific american" de abril de 2000,
teoricamente pode).
3. Se n�o se consegue transmitir informa��o, a "intera��o
instantanea", embora v�lida teoricamente, n�o deixa de ter significado
f�sico?

>Quanto ao problema de as vari�veis j� estarem pr�-definidas. O
problema
>� que a F�sica Qu�ntica � uma teoria estat�stica, ela fornece apenas
>probabilidades para os resultados dos experimentos. A interpreta��o
usual �
>que isso acontece porque a Natureza � intrinsecamente indeterminista,
de
>maneira que os valores exatos das grandezas f�sicas n�o pr�-existem �
>observa��o.

4. O que significa dizer que "a Natureza � intrinsicamente
indeterminista"? Isso n�o soa um pouco arrogante? A Mec�nica Quantica
n�o � apenas um modelo da natureza? Como de resto todas as teorias
cientificas, suponho? Ou a Mec�nica Qu�ntica seria a descri��o �ltima
da realidade, "a verdadeira" natureza da coisas??

Essa �ltima quest�o � a que mais me intriga. Porque os f�sicos
qu�nticos n�o se contentam apenas em dizer que t�m um bom (excelente)
modelo da natureza? Por que se arriscam falando que a natureza �
"intrinsicamente" isto ou aquilo?

um abra�o,


Andr� R D Baptista



SUBJECT: Teorias Alternativas em Física
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/05/2000 12:28




Olá, gente!!!



As melhores teorias alternativas em física estão em
http://www.borderlands.de/linklist.php3?a=list&c=5&Section=physics



Faça um brasileiro sorrir :-)). Não deixe de clicar na primeira e aumente
meu índice de popularidade na Alemanha.



[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: doença rara
FROM: "André R. D. Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 08/05/2000 20:11
ATTACHMENTS (20000508-201151-0000596): "PROBLEMA! Se alguém puder ajudar! (1).txt"

Ol� pessoal,

Em anexo segue o relato de um casal em busca de alguma ajuda com
rela��o � rara enfermidade de seu filho.


Andr� Roviralta Dias Baptista




SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/05/2000 21:49

Luiz Ferraz Netto wrote:

> Dentro dessa construtora troca de idéias, da qual participo 'hidden',
> apreciaria um parecer sobre o comportamento dos elétrons de um feixe: por
> que não se repelem?
> Os elétrons obtidos, por exemplo, pelo efeito Edson num filamento aquecido e
> acelerados por um campo elétrico, permanecem em trajetórias retas caminhando
> lado a lado. Nessa situação o efeito de suas cargas não se manifestam.O
> feixe não deveria divergir, espontaneamente, pelo efeito das cargas
> transportadas pelos elétrons?

Sugiro o efeito Hall causado pelo campo magnético que envolve o próprio
feixe, interagindo com a corrente do feixe, que tende a puxar de volta
ao centro elétrons que se desviem para fora.
Um fenômeno similar deve ser responsável pelo canal estreito por
onde passam faíscas elétricas.
Há ainda um fenômeno recentemente observado, de que um condutor com
formato de fita operando em alta tensão quase não gera corona nas
bordas quando transporta uma corrente elevada. Algo puxa as cargas
para o centro da fita.

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: [ciencialist] feixes de el�trons
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/05/2000 00:02

Luiz Ferraz Netto wrote:

> Noutra, não sei que instinto meu diz que algo está ferindo o princípio da
> inércia (como podem os elétrons criarem campos magnéticos que agem sobre
> eles mesmos?). Se uma carga em movimento criar campo magnético e esse campo
> agir sobre essa própria carga ... sei lá o que poderá acontecer com ela ...
> acelerá-la indefinidamente?. No efeito Hall, é um campo externo (proveniente
> de outra fonte) quem determina a migração das cargas para os bordos do
> condutor.

Vou ter que detalhar mais então:
Pense em dois fios paralelos conduzindo corrente elétrica (positiva
mesmo), como no desenho abaixo (use uma fonte de largura fixa para ver).
Os dois fios conduzem uma corrente i para cima e tem um comprimento l.
Representei ao lado de cada fio o campo magnético gerado pelo -outro-
fio,
"." significando saindo da figura, e "x" representando entrando na
figura.
Considere B a intensidade do campo magnético causado pelos fios.
O fio da esquerda recebe uma força para a direita, e o da direita uma
força para a esquerda, ambas valendo F=B*i*l. B é facilmente calculado
tendo-se a distância d<<l entre os fios como u0*i/(2*pi*d).

^ ^
. | . x | x
. | . x | x
. | ->F F <- | x
. | . x | x
. | . x | x

Espiras paralelas se atraem (lembra da mola de Roget?). Fios paralelos
também. Feixes de elétrons paralelos também. Existe uma força
eletrostática de repulsão entre os fios, se existir uma distribuição
de carga nos fios, como existe em um feixe de elétrons. Esta força
também
decai com o inverso da distância (linhas paralelas, não pontos, que
causariam forças decaindo com o quadrado da distância). A distância
sai então das equações, e resulta uma certa corrente, que depende da
velocidade do feixe, que causa equilíbrio entre as forças. Além desta
corrente, os elétrons são puxados para o ao centro. Abaixo dela, tendem
a divergir.

> E, outra coincidência estranha, por que o efeito Hall iria anular justinho
> só os elétrons que tendem a se divergir, no feixe? Por que não os outros?
> Será que ainda há coisas tão esquisitas dentro da Física do Eletromagnetismo
> a serem estudadas (ou descobertas)? Coisas assim assustam: "Algo puxa as
> cargas para o centro da fita."

É o mesmo efeito. Deixo para outra ocasião uma avaliação quantitativa
para ver se os valores são razoáveis.

Antonio Carlos M. de Queiroz



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Paradoxo EPR
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/05/2000 01:40

----- Original Message -----
From: André R. D. Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
Sent: Monday, May 08, 2000 8:43 AM
Subject: [ciencialist] Re: O Paradoxo EPR

> Olá Roberto e pessoal,
>
> Aí vão algumas dúvidas sobre o assunto:
>
> >A resposta é: o que nenhum deles parece ter percebido é que, mesmo
> >aceitando a Física Quântica, as velocidades infinitas não ferem a teoria
da
> >Relatividade, porque elas não implicam na transmissão de informações
causais
> >mais rapidamente que a luz. E é só isso que a Relatividade proíbe. O
> >paradoxo, então, deixa de ser um paradoxo. Aliás, este é o destino da
grande
> >maioria dos paradoxos...
>
> 1.Não se conseguiu recentemente "teleportar" (transmitir
> instantaneamente) o estado de polarização de um elétron?
> 2.Esse fenomeno não pode ser usado para transmitir informação?
> (segundo um artigo na "scientific american" de abril de 2000,
> teoricamente pode).

Aqui temos que distinguir três coisas:

1) O que se chama de teleportação quântica é uma transmissão de
informação com velocidade inferior à da luz. Não é uma transmissão
instantânea. Ao contrário do que tende a ser divulgado na imprensa, essa
teleportação tem pouco em comum com a teleportação encontrada nas histórias
de ficção científica.

2) Alguns cientistas tentam transmitir fótons a velocidades superiores à
da luz aproveitando-se de uma fenônemo quântico chamado tunelamento. Não
posso dar muito detalhe porque não conheço muito esse tópico. Houve casos em
que se proclamou a transmissão de uma sinfonia de Mozart inteira a 4,7 vezes
a velocidade da luz, mas há controvérsias sobre se a interpretação do
pesquisador que fez isso está correta.

3) O paradoxo EPR. Aqui, não se transmite informação nenhuma, trata-se
apenas de uma aparência.

Quando falei que as velocidades instantâneas não implicam na
transmissão de informação causal, estava me restringindo ao que se pode
fazer com o paradoxo EPR. Com outras técnicas, como a descrita no item 2,
não é tão claro se não se pode transmitir informações com velocidade
superior à da luz.

Procurei no site da Scientific American, e na edição de abril de 2000
encontrei um pequeno artigo que falava de teleportação quântica, que tem
velocidade menor (ou igual) que a da luz.

Uma explicação talvez acessível sobre a teleportação e outros
desenvolvimentos recentes na área da à Física Quântica aparece num texto
especial da revista New Scientist. Está no link (ver o capítulo "From here
to there" para a teleportação):
http://www.newscientist.com/nsplus/insight/quantum/genious.html

> 3. Se não se consegue transmitir informação, a "interação
> instantanea", embora válida teoricamente, não deixa de ter significado
> físico?

Sim. O paradoxo EPR deixa de ser paradoxo justamente quando
compreendemos isso.

> >Quanto ao problema de as variáveis já estarem pré-definidas. O problema
> >é que a Física Quântica é uma teoria estatística, ela fornece apenas
> >probabilidades para os resultados dos experimentos. A interpretação usual
é
> >que isso acontece porque a Natureza é intrinsecamente indeterminista, de
> >maneira que os valores exatos das grandezas físicas não pré-existem à
> >observação.
>
> 4. O que significa dizer que "a Natureza é intrinsicamente
> indeterminista"? Isso não soa um pouco arrogante? A Mecânica Quantica
> não é apenas um modelo da natureza? Como de resto todas as teorias
> cientificas, suponho? Ou a Mecânica Quântica seria a descrição última
> da realidade, "a verdadeira" natureza da coisas??
>
> Essa última questão é a que mais me intriga. Porque os físicos
> quânticos não se contentam apenas em dizer que têm um bom (excelente)
> modelo da natureza? Por que se arriscam falando que a natureza é
> "intrinsicamente" isto ou aquilo?

Na Física, como você bem aponta, a gente tem que entender que uma teoria
é apenas uma teoria, que pode estar errada (ou certa), e os físicos sabem
muito bem disso. Mas não ficamos manifestando o tempo todo essa posição, e
deixando-a implícita. Talvez falhemos em manifestá-la com mais ênfase quando
nos dirigimos à sociedade. Essa é uma crítica válida.

Sobre essa questão específica do indeterminismo da Natureza, porém, há
algo mais a dizer. O que pode parecer uma interpretação um tanto temerosa na
verdade teve boas razões para ser abraçada. Por exemplo, quando foi proposta
a existência do fóton, em 1905, imediatamente apareceu a questão do
indeterminismo. Da seguinte forma. Imagine-se olhando seu reflexo na janela
de um automóvel. Nota-se que uma parte da luz passa e uma parte é refletida.
Ora, se todos os fótons (de mesma freqüência) são iguais, o que faz com que
alguns passem pelo vidro e outros não? Idéias semelhantes aparecem para
inúmeras situações referentes às partículas elementares, que são
presumivelmente idênticas, mas têm diferentes destinos diante de situações
também idênticas. Tudo isso reforça consideravelmente a idéia do
indeterminismo, a ponto de hoje ele ser aceito quase unanimemente.

Espero que tenha respondido satisfatoriamente às perguntas.
Até a próxima,
Belisário





SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/05/2000 01:58

----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Sent: Monday, May 08, 2000 6:42 AM
Subject: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais

Alberto:
> > > Estaríamos então frente a uma indeterminação diferente daquela
descrita
> > > por Heisenberg...

Belisário:
> > Bem, primeiro, não vejo aqui nada diferente do Princípio da
> > Indeterminação original de Heisenberg, apenas um caso particular dele
> > (como é um caso particular aquela conhecida relação envolvendo
velocidade
> > e quantidade de movimento).
>
> > ... medindo o spin, alteramos o estado quântico do sistema, de forma a
> > colapsá-lo para spin "up" ou spin "down", sendo "up" e "down" tomados
com
> > referência ao aparelho de medida (mais exatamente, ao campo magnético
que
> > você mencionou). O fenômeno é o mesmo que o descrito pelo princípio da
> > Indeterminação tradicional.

Alberto:
> Bem, agora eu fiquei novamente em dúvida. O princípio de Heisenberg não
> estaria relacionado aos pares conjugados "momento angular ao redor de um
> eixo" e "orientação desse eixo"?

Não: ele se relaciona ao par: "momento angular ao redor de um eixo" e
"posição angular (rotação) ao redor deste eixo". Desta forma, conhecendo-se
com 100% de precisão o valor do momento angular, conhece-se com 0% de
precisão a posição angular.

> > Creio que a essência do princípio da Indeterminação é que, em qualquer
> > medição, o observador interage com o objeto observado alterando o seu
> > estado físico (colapso da função de onda).
>
> Sim, mas no caso genuíno e relativo às idéias de Heisenberg, a
> indeterminação é acidental e aleatória, ainda que se possa fixar, por
> exemplo, a posição. Ou seja, quando eu digo que uma determinada partícula
> "ocupava" uma posição radial, haja vista que ela passou por dois orifícios
> alinhados, eu não estou obrigando a que todas as partículas passem por
estes
> orifícios mas, simplesmente, estou estudando as que assim o fazem. No caso
> do spin, não. Neste caso o observador não apenas interage com o observado
> mas dita-lhe regras de comportamento futuro, tais como: Gire ou na direção
> "up" ou na direção "down". A partícula fica sem outras opções.

A diferença entre as duas situações que você aponta parece-me ser apenas
aparente. Posso estabelecer uma analogia entre a situação "partículas
passando por orifícios para ter sua posição medida" e "elétrons passando por
campos magnéticos para ter seu spin determinado". Senão, vejamos:

A) No caso das partículas: faz-se-as incidir sobre os anteparos com
orifícios alinhados. Esse processo discrimina as partículas: umas passam
pelos orifícios, outras não. Se colocarmos um detector na frente dos
orifícios, estamos selecionando para estudo apenas as que passam por esses
orifícios.

B) Situação análoga para os elétrons: faz-se-os passar pelo campo
magnético. Esse processo discrimina os elétrons: uns são desviados para a
esquerda e outros para a direita. Se colocarmos um detector na frente dos
que vão para a esquerda, estamos selecionando para estudo apenas os que
tomam essa direção. Um aparato como esse pode ser usado na detecção dos
spins na experiência do paradoxo EPR.

Com esse esquema, posso construir para os elétrons frases análogas às
que você usou para as partículas no seu parágrafo. Por exemplo: Observando
os elétrons que aparecem no detector, não estamos obrigando a que todos os
elétrons passem por este detector, mas, simplesmente, estudando os que assim
o fazem.

Talvez as coisas fiquem mais claras se eu usar uma outra frase para
fazer a analogia contrária: Ao colocar orifícios na frente da trajetória das
partículas, estaríamos ditando as regras para seus comportamentos futuros,
como: passe pelo orifício ou não passe.

> > Mas isso não prejudica em nada o conceito de sistema de dois níveis (no
> > caso, os níveis são "spin up" e "spin down"). Um sistema de dois níveis
> > não é o que pode ter apenas dois estados físicos: é aquele no qual o
> > resultado de um experimento pode resultar em apenas dois valores.
>
> Sim, mas se for apenas isso, parece-me que trata-se de um sistema
fabricado
> e para ser utilizado com muito critério e em condições ultraespecíficas,
> nunca como uma idéia fundamental a mascarar e/ou a comprometer um
> conhecimento mais profundo e relativo à natureza íntima da matéria, coisa
> que o principio de Heisenberg, por si só, já o faz.

Creio que a discussão acima esclarece esse ponto, mas não tenho certeza.

Na verdade, nem precisaríamos de usar sistemas de dois níveis para o
experimento EPR. Podemos usar qualquer sistema onde as variáveis de
interesse sejam quantizadas. Já mencionamos o fóton e sua polarização. O
segredo da coisa é estabelecer uma correlação quântica entre os dois
sistemas (dois fótons, ou 2 elétrons, ou...).

Sobre as questões da instantaneidade e do holismo das teorias físicas,
concordo com quase tudo, mas causou-me estranheza o final do parágrafo
abaixo:

> Para alguns, instantaneidade redundaria no conceito de velocidade infinita
> (esta idéia foi importada da física clássica posterior a Newton). Para
> outros, no conceito de sistemas quanticamente correlacionados, a
> manifestarem o colapso da função de onda por ocasião da medição. Mas
existe
> ainda uma versão clássica newtoniana: Uma partícula que gera um campo está
> sempre "emitindo" esse campo e, portanto, a extensão deste campo no espaço
é
> imensa, quase que, poderíamos dizer, do tamanho do Universo. Ora, por mais
> que outra partícula esteja fugindo desta, ela sempre estará no campo da
> primeira. Logo será sempre possível o campo da primeira afetar a segunda,
> ainda que seja um campo emitido no passado; e esta, ao sofrer o campo da
> primeira, modificará as características de seu próprio campo, o que irá se
> propagar podendo até mesmo chegar a promover modificações no futuro da
> primeira. E este é o sentido de "Universo interligado" compatível com a
> genuína física newtoniana, onde ação e reação processam-se em tempos
> diferentes, num efeito muito mais coerente com o princípio de Le Chatelier
> do que propriamente com a terceira lei de Newton (ação e reação
estáticas).
> Perceba que esta idéia, por si só, não vai contra a teoria da
relatividade.
> O problema é que para chegarmos na mesma percebemos que a relatividade é
> desnecessária; e ao explorarmos suas outras conseqüências, chegamos à
> conclusão que a relatividade complica a teoria sem nada de útil
acrescentar.

Bem, ela acrescenta explicações para uma porção de observações
experimentais, como: o "fracasso" da experiência de Michelson-Morley; a
dilatação do tempo observada no decaimento de partículas elementares
velozes; a precessão do periélio da órbita de Mercúrio (no caso da
Relatividade Geral); a transformação entre massa e energia (eletromagnética
e cinética) nas reações entre partículas elementares, observadas o tempo
todo nos aceleradores; parte da estrutura fina nos espectros atômicos; além
de fazer com que as leis do Eletromagnetismo (também corroboradas por uma
secular quantidade de observações) sejam as mesmas em todo sistema inercial.
Se o preço de explicar essas coisas for a complicação, é um preço que temos
que pagar...

> > Fico pensando: Substituindo os conceitos de éter, vácuo quântico, espaço
> > curvo, etc., pela tal informação do movimento da matéria, não estará
você
> > apenas substituindo um conjunto de "quintessências" por uma outra?
>
> Sem dúvida. O problema é que existe alguma coisa estranha em todas as
> teorias. Procuro então guiar-me por um pensamento sábio de Mario
Schenberg:
> "Quando uma coisa começa a se complicar muito, é sinal de que é preciso
> simplificá-la." A meu ver, a única teoria, dentre todas as aceitas e
dentre
> todas as teorias alternativas (que acabaram por ser relegadas, como
aquelas
> referentes a éter, não-localidade, etc), que não chegou a se complicar
> muito, foi a física genuinamente newtoniana. Ela simplesmente mostrou-se
> incompatível com a teoria de Maxwell, uma teoria que, a exemplo da
mecânica
> dos flúidos, foi construída para explicar efeitos observados pelos fluidos
> elétricos descritos por Coulomb em suas hipóteses originais, quais sejam:
>
> a) "Num corpo condutor eletrizado o fluido elétrico espalha-se à
superfície
> mas não penetra no interior do corpo; b) Os corpos eletrizados por um
mesmo
> fluido repelem-se, os eletrizados por fluidos diferentes, atraem-se; c)
> Essas atrações ou repulsões produzem-se na razão direta das densidades ou
> forças dos fluidos elétricos e na razão inversa do quadrado das
distâncias."
>
> Em que hipótese, da teoria de Maxwell, está prevista a existência do
elétron
> como partícula a gerar um campo coulombiano, algo que foi aceito por Bohr
> quando construiu os pilares da teoria quântica primitiva (postulado 1) e
> que, de alguma maneira sutil, acabou por incorporar-se na teoria quântica
> atual:
(...)
> Que mecânica clássica é essa que aceita, como corpúsculo, algo inerente a
> uma teoria de fluidos (lei de Coulomb) e que, portanto, nada mais é do que
> um elemento de volume, jamais um verdadeiro corpúsculo? Seria o mesmo que
> dizer que a molécula de água é amorfa, pois o elemento de volume
> correspondente à mecânica de fluidos é, "efetivamente", amorfo.

Não vejo assim. Há muito tempo o Eletromagnetismo não aceita mais essa
teoria de fluidos e é completamente compatível com a idéia do elétron. Muito
antes da descoberta do elétron, achava-se que a eletricidade era um fluido,
ou melhor, dois, um positivo e um negativo. Pouco antes das equações de
Maxwell formulou-se o conceito de campo. As equações de Maxwell foram
construídas apenas em termos de campos, densidades de carga e densidades de
corrente elétrica. No fim do século passado, foi descoberto o elétron, e
então Lorentz fez a sua teoria do elétron, na qual o elétron era responsável
pela eletricidade, da maneira como entendemos hoje. Partiu-se então a tentar
compatibilizar as equações de Maxwell com essa nova visão.

E isso foi feito. Originalmente, as equações não se referiam às
partículas constituintes da matéria (o próprio Maxwell não acreditava em
átomos, muito menos em elétrons), e estavam escritas para um meio dielétrico
contínuo genérico. Mas é possível escrever as Equações de Maxwell para um
sistema composto de partículas carregadas no vácuo; a seguir, dar-lhes um
tratamento estatístico e com isso reproduzir as equações originais de
Maxwell para um meio dielétrico genérico. Vi um professor fazer todo esse
desenvolvimento em um par de aulas do curso de pós-graduação; ele pode ser
encontrado em livros-textos de Eletromagnetismo. Desta forma, apesar de o
Eletromagnetismo ter suas origens na idéia de fluidos elétricos, na virada
do século ele já estava perfeitamente adaptado à idéia da quantização da
carga elétrica. Não vejo nenhuma inconsistência.

> Enfim, o que pretendo deixar claro é que a física clássica que foi negada,
> falseada, derrubada, vilipendiada,... não tem nada a ver com a genuína
> física newtoniana, que vem resistindo com galhardia às injúrias que no
> século XX pretenderam lhe imputar e a mostrar que é a única capaz de
> verdadeiramente nos orientar na busca pelos Princípios Matemáticos da
> Filosofia Natural.

Hm... não posso concordar com isso. Por exemplo, considere as
observações experimentais que eu enunciei quando defendi a Relatividade,
logo acima. Essas observações não derrubam a Física Newtoniana?

Talvez não estejamos falando da mesma coisa. Física Newtoniana para mim
significa o conjunto Três Leis de Newton + Lei da Gravidade de Newton, tendo
como pano de fundo epistemológico conceitos como o de tempo absoluto, ação à
distância, lei da causalidade e redução de todos os corpos da Natureza a
conjuntos de partículas materiais clássicas. O que é a "genuína física
newtoniana" para você?

Vejo que estamos nos aproximando do cerne da questão...

Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Paradoxo EPR
FROM: "Andr� Baptista [AL]" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/05/2000 11:59

Olá Roberto

--- In ciencialist@egroups.com, "Roberto Belisario" <rbdiniz@t...>
wrote:
> Procurei no site da Scientific American, e na edição de
abril
de 2000
> encontrei um pequeno artigo que falava de teleportação
quântica,
que tem
> velocidade menor (ou igual) que a da luz.
>

De fato, no Artigo eles distinguem a "teleportação" do efeito
"EPR".
Faltou-me atenção na leitura. A transmissão instantânea de
informação
é descartada. A teleportação aparentemente é possível com
partículas
elementares, mas inviável com corpos macroscópicos. O artigo
discute
a possibilidade de se utilizar a "teleportação" na computação.

um abraço,

André






SUBJECT: Re: [ciencialist] Feixe de Eletrons_2
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/05/2000 13:06

Alberto Mesquita Filho wrote:

>...
> Ao pensarmos numa corrente elétrica de intensidade constante como sendo um
> feixe de partículas dotadas de "carga", as coisas complicam-se bastante para
> o lado da teoria eletromagnética clássica. Ou seja, se pensarmos apenas nos
> efeitos resultantes, como se as partículas estivessem livres, e sendo a
> corrente contínua, concluiremos que no referencial de uma das partículas
> todas as demais estarão em repouso. Mas esse repouso deve ser interpretado
> com muito cuidado pois as partículas estão num campo que, na idealização
> proposta, seria semelhante ao do estudo de um feixe de elétrons observado,
> por exemplo, ao saltarem do polo negativo de um condensador para o positivo.
> Caso contrário, no referencial considerado teríamos uma carga elétrica com
> as partículas dispostas na periferia do condutor, nunca em seu cerne. Como
> esperar disposições diversas em referenciais diversos?
>...

A princípio o argumento já mencionado de que para cada portador de carga
no feixe os demais parecem em repouso, e que portanto apenas as forças
eletrostáticas apareceriam me pareceu válido.
Mas, primeiramente, se isto acontecesse eu não estaria vendo o que estou
escrevendo, pois o tubo de raios catódicos do meu monitor não
funcionaria... E como campos magnéticos não interagem com cargas
elétricas,
mas com os campos magnéticos gerados pelo movimento destas, um feixe de
elétrons tem ao seu redor um campo magnético. Fato experimental.
O problema de se os elétrons percebem o campo magnético gerado pelos
outros elétrons pode ser explicado considerando que o campo gerado pelos
outros elétrons não anda com eles, mas permanece estático em relação
ao ambiente em volta do feixe. Todos os elétrons se percebem em
movimento
dentro de um campo estático, ou, se quiser, percebem um campo magnético
se movendo em relação a eles (Sendo um feixe contínuo, isto me parece
rezoável. Me pergunto o que aconteceria com dois elétrons, ou dois
feixes
curtos, se movendo em paralelo). Não me pergunte qual é a natureza
destas
interações. Acho que ninguém sabe. Sabemos apenas que elas seguem um
modelo bem descrito pelas equações de Maxwell (e similares).

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/05/2000 14:40

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario"
Enviada em: Terça-feira, 9 de Maio de 2000 01:58
Assunto: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais

> Alberto:
> > Bem, agora eu fiquei novamente em dúvida. O princípio de Heisenberg não
> > estaria relacionado aos pares conjugados "momento angular ao redor de um
> > eixo" e "orientação desse eixo"?

> Belisário
> Não: ele se relaciona ao par: "momento angular ao redor de um eixo" e
> "posição angular (rotação) ao redor deste eixo". Desta forma,
> conhecendo-se com 100% de precisão o valor do momento angular, conhece-se
> com 0% de precisão a posição angular.

Alberto:
Creio que utilizei a nomenclatura errada para um conceito correto. Aliás já
cometi essa mesma falha em msg anterior e creio ter justificado o conceito
na msg de 16/04/00. Enfim não é necessário reproduzir a justificativa pois
você prosseguiu aceitando o argumento com a devida correção. Citei a data
apenas por uma questão de ordem, no caso de alguém persistir com dúvidas.

Belisário:
> A diferença entre as duas situações que você aponta parece-me ser apenas
> aparente. Posso estabelecer uma analogia entre a situação "partículas
> passando por orifícios para ter sua posição medida" e "elétrons passando
> por campos magnéticos para ter seu spin determinado". Senão, vejamos:
>
> A) No caso das partículas: faz-se-as incidir sobre os anteparos com
> orifícios alinhados. Esse processo discrimina as partículas: umas passam
> pelos orifícios, outras não. Se colocarmos um detector na frente dos
> orifícios, estamos selecionando para estudo apenas as que passam por esses
> orifícios.
>
> B) Situação análoga para os elétrons: faz-se-os passar pelo campo
> magnético. Esse processo discrimina os elétrons: uns são desviados para a
> esquerda e outros para a direita. Se colocarmos um detector na frente dos
> que vão para a esquerda, estamos selecionando para estudo apenas os que
> tomam essa direção. Um aparato como esse pode ser usado na detecção dos
> spins na experiência do paradoxo EPR.

Alberto:
Eu pensei no experimento com dois orifícios apenas para promover uma
visualização radial, ou seja, para que pudesse mostrar uma trajetória nítida
e, ao mesmo tempo, ilustrar a discriminação do segundo orifício/anteparo.
Mas eu creio que na prática existe apenas um anteparo com orifício. Ou a
partícula passa pelo orifício ou não. Se passar, a posição estará
determinada dentro da incerteza dada pelo tamanho do orifício. Quanto maior
o tamanho do orifício, menor terá sido a influência deste sobre o movimento
da partícula (velocidade no caso) e, portanto, mais próximo o valor da
velocidade atual estará de seu valor primitivo (o valor que apresentava
antes de passar pelo orifício) e, conseqüentemente, menor será o erro
cometido ao estimarmos a velocidade primitiva como sendo a atual, a
satisfazer qualitativamente o princípio da indeterminação.
.
Qualquer contador que se coloque após o orifício tem como única função
denunciar a passagem da partícula sem destruir a medida da posição, pois
esta já foi feita, e o valor do par conjugado (no caso da exp. EPR) será
efetuado na outra partícula.

No caso dos elétrons a situação é diferente. O campo imediatamente "cria" o
conceito de "spin" que não tem nada a ver com um possível "giro" primitivo.
Perceba também que não existe o correspondente ao tamanho do orifício:
qualquer que seja a intensidade do campo, desde que o efeito se manifeste, o
resultado será praticamente o mesmo: 50% up e 50% down para uma população
aleatória. Somente após o efeito do campo se manifestar é que o "spin
fabricado" irá ser medido, ao passo que no caso anterior a medida é feita
exatamente graças à passagem pelo orifício e não após a entrada num campo.

Belisário:
> Creio que a discussão acima esclarece esse ponto, mas não tenho certeza.

Alberto:
Para ser sincero, eu também não tenho muita certeza. Sei apenas que estou
mexendo num ninho de marimbondos, pois estou denunciando "aparentes"
falácias infantis cometidas e/ou referendadas por uma legião de físicos de
renome. Faz-me lembrar um pensamento de Einstein:

"A história das descobertas científicas e técnicas revela-nos quanto o
espírito humano carece de idéias originais e de imaginação criadora. E mesmo
quando as condições exteriores e científicas para o aparecimento de uma
idéia já existem há muito, será preciso, na maioria dos casos, uma outra
causa exterior a fim de que se chegue a se concretizar. O homem tem, no
sentido literal da palavra, que se chocar contra o fato para que a solução
lhe apareça. Verdade bem comum e pouco exaltante para nosso orgulho..."

Pois eu acredito que o "spin" = giro poderia ter sido suspeitado a partir
da lei de Ampère (1820), se não como giro de uma partícula (Faraday pensou
em partícula, por volta de 1850), pelo menos como um fluxo
laminar-helicoidal do flúido elétrico, quando numa corrente elétrica.

Belisário:
> Sobre as questões da instantaneidade e do holismo das teorias físicas,
> concordo com quase tudo, mas causou-me estranheza o final do parágrafo
> abaixo:

Alberto:
> > Perceba que esta idéia, por si só, não vai contra a teoria da
> > relatividade. O problema é que para chegarmos na mesma percebemos que a
> > relatividade é desnecessária; e ao explorarmos suas outras
> > conseqüências, chegamos à conclusão que a relatividade complica a teoria
> > sem nada de útil acrescentar.

Belisário:
> Bem, ela acrescenta explicações para uma porção de observações
> experimentais, como: o "fracasso" da experiência de Michelson-Morley; a
> dilatação do tempo observada no decaimento de partículas elementares
> velozes; a precessão do periélio da órbita de Mercúrio (no caso da
> Relatividade Geral); a transformação entre massa e energia
> (eletromagnética e cinética) nas reações entre partículas elementares,
> observadas o tempo todo nos aceleradores; parte da estrutura fina nos
> espectros atômicos; além de fazer com que as leis do Eletromagnetismo
> (também corroboradas por uma secular quantidade de observações) sejam as
> mesmas em todo sistema inercial. Se o preço de explicar essas coisas for a
> complicação, é um preço que temos que pagar...

Alberto:
Posso pechinchar? :-)). Bem, vejamos. Já expus como vejo a evolução da
física newtoniana a ponto dela poder se defrontar de igual para igual com a
física moderna. Ou seja, está faltando algo previsto por Newton porém não
axiomatizado, qual seja, o que tenho chamado por "informação do movimento da
matéria", uma entidade imaterial, porém emitida pelas partículas geradoras
de todos os campos de força. Veja bem, trata-se de uma entidade "emitida" e
portanto relacionada às chamadas, no início do século, "teorias.de emissão
da luz" (ainda que se pense numa luz não corpuscular e imaterial).

Quanto à experiência de Michelson-Morley:
Se a luz é um campo em mutação (alternâncias eletromagnéticas), e se este
campo for constituído por "informações eletromagnéticas" emitidas, por
exemplo, por partículas aceleradas em determinadas condições, seus efeitos
mensuráveis deverão relacionar-se às "teorias de emissão". E o que seria de
se esperar nessas condições? Nada mais, nada menos do que o seguinte: caso
ela apresentasse um efeito Doppler, ela deveria apresentar também um efeito
Michelson-Morley exatamente do tipo que foi encontrado. Ou seja: efeito
Doppler + efeito Michelson-Morley = a luz ou é corpuscular (do tipo rajada
de metralhadora) ou tem uma natureza a caracterizá-la dentro das teorias de
emissão, estando experimentalmente falseada sua natureza ondulatória.
Conseqüentemente, não precisamos apelar nem para a existência de um
hipotético éter nem para a teoria da relatividade moderna. Algo referente a
isso poderá ser encontrado em
www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Relat/RelGali.htm e algo relativo à
natureza da luz em
www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Usenet/dialogos04.htm

Quanto ao periélio de Mercúrio:
Discuto alguma coisa a respeito da precessão do periélio da órbita
de Mercúrio em
www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Relat/espaco_curvo01.htm . Creio
que a saída está relacionada ao problema da localidade e da
não-instantâneidade vistas sob um prisma clássico, ainda que não tenha feito
cálculos elaborados a respeito. Trata-se, a meu ver, de problemas
relacionados ao que chamo "aberrações" não levadas em conta na determinação
do centro de massa. O modelo explica também a origem de um "aparente" espaço
curvo, como que a justificar a geometria euclidiana da física clássica e/ou
newtoniana.

Quanto à transformação de Massa em Energia:
Se as partículas forem dotadas de um giro real e não fictício (spin),
podemos admitir que um elétron ao ser acelerado num condensador, "enxerga"
os prótons que o atraem sob uma "ilusão de óptica", ou seja: à medida que
ele se aproxima dos prótons, aparentemente verá os prótons como se
estivessem girando mais rápido do que o normal. Como seu giro é acoplado com
o do próton, ele utiliza parte da energia para incrementar seu giro, em
detrimento de seu ganho em velocidade linear. Posteriormente, ao bater num
calorímetro, revela possuir toda a energia ganha em sua passagem pelo
condensador. Como desprezamos a energia do movimento de giro, julgamos que
essa energia, liberada quando o elétron se desacelera, estava "contida" na
massa do elétron. É possível demonstrar matematicamente que essa energia
adapta-se exatamente à quantidade "transformada" em massa pela teoria da
relatividade (isso já foi feito para modelos de elétrons diferentes e
semelhantes aos da teoria de Maxwell mas que, estranhamente, possuem um
"movimento circular de outra natureza" e tal que sua trajetória "real" seria
não retilínea mas helicoidal; no caso da minha teoria essa seria exatamente
a trajetória de qualquer partícula --e/ou elemento infinitesimal--
constitutiva da estrutura intrínseca do elétron).

Quanto a Modificações do Tempo:
O que é um relógio? O tempo seria o resultado de algo expresso por um
sistema em movimento periódico, vulgarmente chamado relógio? O elétron
acelerado da maneira descrita no parágrafo anterior poderia ser considerado
um relógio, graças a seu movimento interno de giro? Se sim, pergunto: O
tempo no referencial do elétron acelerado seria o mesmo tempo medido por um
elétron em repouso? Por outro lado: a vida média dos mésons não estaria
relacionada a propriedades estatísticas relacionadas a seus movimentos
internos? Quem, afinal, é relativo: o tempo ou o relógio? Pela física
newtoniana eu diria que o tempo é absoluto e o relógio relativo. Parece-me
que a relatividade meramente inverteu os papéis e considerou o
"relógio-meson" como absoluto. Onde está a relatividade do tempo, se não aí?

Quanto ao eletromagnetismo, já disse: É uma teoria feita para fluidos e que
foi inadequadamente aplicada para partículas. Aliás, o próprio Einstein
deixou claro que fez uma opção entre a física newtoniana e o
eletromagnetismo apoiado em argumentos outros, talvez os mesmos acima
apontados, e não para defender o eletromagnetismo em si. É muito melhor uma
física toda ela válida num sistema inercial do que outra onde apenas o
eletromagnetismo e as demais teorias construídas por cima de suas falácias,
apresentem este privilégio. Para os que acham impossível definir um
referencial a comportar toda a física, sugiro uma consulta à página
www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron/eletron7 de meu Web Site,
onde consigo chegar a uma definição de referencial inercial a partir do
conceito de um campo construído com idéias clássicas. Comento também alguma
coisa a respeito do potencial de Liénard e Wiechert (fundamental para a
visão relativista do eletromagnetismo) no item 6 do último link acima
apresentado (...espaço_curvo01.htm) e intitulado "6. Relatividade e
Eletromagnetismo".

Com respeito à "parte da estrutura fina nos espectros atômicos" creio que
seria necessário desenvolver melhor meus conceitos sobre a estrutura íntima
da matéria. Não obstante já tenho notado algumas coincidências fantásticas,
muitas das quais já expus recentemente aqui na ciencialist e/ou indiquei a
fonte ("Uma curiosa coincidência", em meu Web Site). Sem dúvida, não é um
tema elementar, mas também não conheço o quanto a teoria da relatividade é
importante para a explicação do problema apontado.

Belisário:
> Não vejo assim. Há muito tempo o Eletromagnetismo não aceita mais essa
> teoria de fluidos e é completamente compatível com a idéia do elétron.

Alberto:
Não obstante, o elétron da teoria de Maxwell é uma carga elétrica com todas
as características do fluido coulombiano. E dizer que um elétron é uma carga
elétrica, posto que uma carga elétrica é formada por elétrons, e tão absurdo
quanto dizer que o átomo tem o formato de um avião, pois o avião é formado
por átomos; ou então, que a molécula de água é amorfa, pois a água tem o
formato do recipiente.

Porque será que o elétron quando entra em determinados campos apresenta um
comportamento estranho, somente justificável pela miraculosa física
quântica? Simplesmente porque ele não é uma carga elétrica. Ele somente
comporta-se de maneira similar a uma carga elétrica quando em campos
uniformes, ocasiões em que consegue manifestar um efeito semelhante ao
apresentado por uma carga elétrica, graças à orientação peculiar de seu giro
segundo as linhas do campo. Pois foi em campos como esse (uniformes) que se
"comprovou" que o elétron tem carga (experiências de Thomson e Millikan). É
verdade o que você diz, sim, qual seja: "o Eletromagnetismo não aceita mais
essa teoria de fluidos e é completamente compatível com a idéia do elétron".
Não obstante, esse elétron é o próprio fluido, tanto que sua estrutura
íntima é, ainda hoje, aceita como que constituída por elementos de volume do
fluido Coulombiano. E, para efeitos da teoria de Maxwell, é totalmente
amorfo, tal e qual os elementos de volume da água.

Belisário
> As equações de Maxwell foram construídas apenas em termos de campos,
> densidades de carga e densidades de corrente elétrica.

Alberto:
Sim, porém campos gerados por fluidos elétricos (o próprio conceito
"densidade" denuncia isto). Ou seria o campo uma entidade autóctone e
independente de agentes geradores? Esta é uma idéia que alguns aceitam mas
parece-me muito mais uma "imagem de espírito" do que uma "realidade
evidente".

Belisário:
> No fim do século passado, foi descoberto o elétron, e
> então Lorentz fez a sua teoria do elétron, na qual o elétron era
> responsável pela eletricidade, da maneira como entendemos hoje. Partiu-se
> então a tentar compatibilizar as equações de Maxwell com essa nova visão.

Alberto:
Exatamente! Tentou-se compatibilizar uma teoria de fluidos com a visão de
um complexo composto por partículas fluidas. Seria como dizer que a água é
composta por bolinhas constituídas por água (no sentido macroscópico do
termo).

Belisário
> E isso foi feito. Originalmente, as equações não se referiam às
> partículas constituintes da matéria (o próprio Maxwell não acreditava em
> átomos, muito menos em elétrons), e estavam escritas para um meio
> dielétrico contínuo genérico. Mas é possível escrever as Equações de
> Maxwell para um sistema composto de partículas carregadas no vácuo; a
> seguir, dar-lhes um tratamento estatístico e com isso reproduzir as
> equações originais de Maxwell para um meio dielétrico genérico. Vi um
> professor fazer todo esse desenvolvimento em um par de aulas do curso de
> pós-graduação; ele pode ser encontrado em livros-textos de
> Eletromagnetismo. Desta forma, apesar de o Eletromagnetismo ter suas
> origens na idéia de fluidos elétricos, na virada do século ele já estava
> perfeitamente adaptado à idéia da quantização da carga elétrica. Não vejo
> nenhuma inconsistência.

Alberto:
A matemática aceita tudo, desde que tenha lógica. É perfeitamente possível
criar um modelo matemático de Universo centrado na Terra. Isto não significa
que ocupamos o Centro Físico do Universo. Matemática não é Física e elemento
de volume não é corpúsculo.

Alberto (citando Feynman):
"Chega a ser decepcionante, após tanto estudo, verificar que a teoria de
Maxwell, esta fabulosa construção, que constitui um grande êxito na
explicação de muitos fenômenos, em última instância se esfacela" [FEYNMAN,R.
e R.B.LEIGHTON: Fisica, vol II, Electromagnetismo y materia, Addison-Wesley
Iber. (1987)].

Ou seja, Feynman, após ministrar um curso brilhante de eletromagnetismo,
chega a conclusão que alguma coisa está errada. E a partir daí propõe o
estudo da física quântica, não por que seja a única saída mas, única e
exclusivamente, porque "quer conservar a beleza" de uma teoria que,
sabidamente, é incompatível com a realidade físico-experimental. Isto não é
ciência! Isto é paixão!

Alberto:
> > Enfim, o que pretendo deixar claro é que a física clássica que foi
> > negada, falseada, derrubada, vilipendiada,... não tem nada a ver com a
> > genuína física newtoniana, que vem resistindo com galhardia às injúrias
> > que no século XX pretenderam lhe imputar e a mostrar que é a única capaz
> > de verdadeiramente nos orientar na busca pelos Princípios Matemáticos da
> > Filosofia Natural.

Belisário:
> Hm... não posso concordar com isso. Por exemplo, considere as
> observações experimentais que eu enunciei quando defendi a Relatividade,
> logo acima. Essas observações não derrubam a Física Newtoniana?

Alberto:
Acredito que não, pelo que expus acima.

> Talvez não estejamos falando da mesma coisa. Física Newtoniana para mim
> significa o conjunto Três Leis de Newton + Lei da Gravidade de Newton,
> tendo como pano de fundo epistemológico conceitos como o de tempo
> absoluto, ação à distância, lei da causalidade e redução de todos os
> corpos da Natureza a conjuntos de partículas materiais clássicas. O que é
> a "genuína física newtoniana" para você?

Essa física que você chama de "newtoniana" eu chamo de "a física clássica
dos maus seguidores de Newton". Newton adotou três leis como provisórias e a
serem melhor compreendidas pela posteridade. Aceitou um tempo absoluto num
contexto lógico porém não passível de comprovação experimental. Por várias
vezes declarou "a ação à distância" como algo totalmente absurdo, chegando a
clamar para que não atribuíssem essa idéia a ele; e quase que chegou a
profetizar que "seus seguidores" iriam cair nesse engôdo, pois que era
bastante tentador, haja vista que a matemática da época encaixava-se como
uma luva nessa idéia. Sua física realmente é causal e apoia-se numa idéia de
matéria vista sob o ponto de vista de um "realismo" pitagórico, com alguma
influência de Heráclito: "O que é, é, e não pode não ser, enquanto for".

A física genuinamente newtoniana, a ser reconstruída nos dias atuais e a
adicionar três séculos de experimentação, pode tomar, como entidades
fundamentais o espaço, o tempo, a matéria, o movimento da matéria e a
informação do movimento da matéria. Tudo o mais é conseqüencia. As leis de
Newton apoiam-se no conceito de força. Ora, a força para Newton era um
construto de alto nível. Útil, sim, mas jamais fundamental. Nada mais
representou do que uma peça para que pudesse enunciar alguns princípios e
aproximar, dessa maneira, sua mecânica de sua gravitação, e a ser
substituída quando finalmente ocorresse uma unificação, coisa que até hoje
não aconteceu. Os princípios são provisórios e estão aí para serem
descobertos e mudados. A esse respeito, nada como recorrer à fonte:

Newton:
"...Dizer-nos que todas as espécies de coisas estão dotadas de uma qualidade
específica oculta, pela qual ela age e produz efeitos manifestos, não é
dizer nada; mas derivar dois ou três princípios gerais de movimento a partir
dos fenômenos, e depois disso nos dizer como as propriedades e ações de
todas as coisas corpóreas se seguem desses princípios manifestos, seria um
grande passo em filosofia, apesar de que as causas desses princípios não
foram ainda descobertas. E, portanto, não tenho escrúpulos em propor os
princípios de movimento acima mencionados, sendo eles de uma extensão muito
geral, e deixar suas causas serem descobertas."

Belisário:
> Vejo que estamos nos aproximando do cerne da questão...

Alberto:
Sem dúvida.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais - ERRATA
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/05/2000 15:13

-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 9 de Maio de 2000 14:40
Assunto: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais

ERRATA:

Num dos links apresentados na msg acima citada faltou um ".htm"

O URL correto é

www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron/eletron7.htm

podendo-se também utilizar o seguinte atalho:

www.geocities.com/ecientificocultural/Eletron/eletron7.htm


[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/05/2000 15:36


-----Mensagem Original-----
De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 9 de maio de 2000 14:40
Assunto: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais


-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario"
Enviada em: Terça-feira, 9 de Maio de 2000 01:58
Assunto: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais

Dentro dessa construtora troca de idéias, da qual participo 'hidden',
apreciaria um parecer sobre o comportamento dos elétrons de um feixe: por
que não se repelem?
Os elétrons obtidos, por exemplo, pelo efeito Edson num filamento aquecido e
acelerados por um campo elétrico, permanecem em trajetórias retas caminhando
lado a lado. Nessa situação o efeito de suas cargas não se manifestam.O
feixe não deveria divergir, espontaneamente, pelo efeito das cargas
transportadas pelos elétrons?

Retorno às leituras, torcendo para que Newton prevaleça, apoiado pela
experimentação (minha praia). No fundo a navalha de Occan prevalecerá.

Quem quiser nadar na minha praia, short, cafezinho e
www.feiradeciencias.com.br.


[]'
Léo



SUBJECT: -= NewsLetter 23 [09/05/2000] =-
FROM: "David Ramalho" <mop12506@mail.telepac.pt>
TO: "#Ciencia" <cienciaPT@egroups.com>, <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/05/2000 17:14

:: N O T I C I A S

-> Publicado o Segundo Mapa Completo de Um Cromossoma Humano
Genoma: Capítulo 21
Por CLARA BARATA

Mais um capítulo dos 23 que compõem o livro da vida para os seres humanos
foi descodificado: o cromossoma 21, aquele que está implicado numa
intrigante doença - conhecida como mongoloidismo ou síndrome de Down.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/05/09/Ciencias/H01.html

-> Museu de Ciência da Universidade de Lisboa Inaugura Hoje Exposição
Salvar o Planeta a Brincar com as Alterações Climáticas
Por ANA MACHADO

O que é o efeito de estufa? E o que é que podemos fazer, individualmente,
para o minimizar? O Museu de Ciência da Universidade de Lisboa tenta, a
partir de hoje, esclarecer algumas destas questões através de uma exposição
sobre Alterações Climáticas, onde todos podem aprender a salvar o planeta.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/05/09/Ciencias/H02.html

-> NUCLEAR
Fuga pára reactor chinês

Depois de estar avariado durante um ano, o Qinshan 1 voltou a registar uma
anomalia no circuito de refrigeração. Os responsáveis da central referem que
se tratou de um problema "clássico"

http://www.dn.pt/cie/9p25a.htm

-> CLONAGEM
Órgãos de porcos no homem

Investigadores de Melburne modificaram as enzimas no interior das células,
fazendo desaparecer a galactose, que está na origem da rejeição

http://www.dn.pt/cie/9p25d.htm

-> PORTUGUÊS PREMIADO
"Eu sabia que ia ganhar qualquer coisa no Lépine"

http://www.dn.pt/cie/9p25b.htm

-> ARQUIMEDES
Novas ideias científicas recebem prémios

http://www.dn.pt/cie/9p25c.htm

-> PROTOCOLO
Cartografia de cidades em arquivo virtual

http://www.dn.pt/cie/9p25e.htm

-> DESCOBERTA
Cromossoma 21 descodificado
Investigadores decifram estrutura do factor responsável pelo mongolismo

http://www.dn.pt/cie/9p56a.htm


:: F I M

(Não) patrocinado pela Telecom :|




SUBJECT: Doubletwist
FROM: "Sheila Franco." <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 09/05/2000 17:25

 
BBC - Brasil - 08/05/2000
http://www.bbc.co.uk/portuguese/omh00050809.htm
 
 
Empresa Diz Ter Completado Mapa Genético do Homem

Uma empresa americana disse ter completado o mapeamento de todo o genoma humano.

A Doubletwist, que entrou há pouco tempo na corrida para decifrar o material genético dos seres humanos, afirmou que já obteve o primeiro "rascunho" do genoma completo.

Os pesquisadores da empresa disseram que conseguiram completar e ordenar o mapa genético usando computadores da empresa Sun. Eles afirmam que o rascunho apresenta 105 mil genes.

"O Projeto Genoma Humano (financiado com dinheiro público) fez um trabalho incrível ao fornecer a sequência primária de mais de 80% do material genético", disse John Couch, presidente da empresa.

"Nós processamos esse material e conseguimos separar a sua parte mais relevante, os genes."

Corrida genética

A entrada da empresa na corrida pelo mapeamento genético do homem foi uma surpresa.

Acreditava-se que o grupo privado Celera Genomics e o Projeto Genoma Humano fossem os únicos concorrentes de peso nessa corrida.

Há três semanas, a Celera Genomics disse ter obtido a sequência genética completa de um ser humano, mas a empresa afirmou que ainda não tinha conseguido ordená-la.

A Celera Genomics disse ainda que essa tarefa não levaria mais do que algumas semanas.

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Feixe de Eletrons_2
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/05/2000 18:17

Alberto Mesquita Filho wrote:

> Acho que não entendi a dúvida apontada. O fato de que num referencial as
> cargas estão em repouso entre si não significa que elas não se chocarão com
> a tela do monitor. Simplesmente, neste referencial quem se move é o tubo de
> raios catódicos e não as cargas. Não obstante, pareceu-me que você está
> considerando algum outro efeito, que seria responsável pela visibilidade
> e/ou funcionamento do monitor, relacionado talvez com um possível campo
> magnético a gerar esse efeito. Como não conheço o funcionamento intrínseco
> de tubos de televisão e/ou monitor, mas apenas de tubos de raios catódicos
> elementares, caso exista esse efeito não sei o que dizer.

O feixe de elétrons é movido por um campo magnético variável, controlado
pelos circuitos do monitor. A TV usa o mesmo sistema.

> Também não entendi. Eu costumo aceitar que, pela teoria de Maxwell, uma
> carga elétrica em movimento sofre a ação de um campo magnético (gerado nas
> condições propostas pela teoria). Pareceu-me que você está considerando que
> um campo magnético gerado por uma carga em movimento age sobre o campo que
> outra carga gera por também estar em movimento; e este campo, talvez por
> estar "preso" à esta segunda carga, transmitiria esta ação à mesma,
> dando-nos a impressão de que o campo agiu sobre a carga.

Precisamente.

> Eu acredito que
> seguindo-se esta idéia à risca, e à luz dos dados experimentais, após
> estudarmos os efeitos magnéticos de duas cargas viajando lado a lado, e sob
> o ponto de vista do referencial das cargas, nós iremos reinventar o campo
> elétrico.

Há um problema aí. A força elétrica seria de repulsão, e a magnética
de atração.

> Não é impossível que esteja ocorrendo também um problema de
> natureza semântica ou de significado das palavras e que não consegui
> interpretar. Mesmo porque hoje em dia, e por motivos óbvios já apontados em
> outras mensagens, me é difícil enxergar uma partícula elementar como
> portadora de carga, como propõe a teoria de Maxwell.

Maxwell não sabia nada sobre elétrons. Não se sabia nada sobre
partículas
atômicas naquele tempo (1865). Em seu clássico livro, ele diz
mesmo que suas "leis" são fundamentadas mais em matemática do que em
observações experimentais. Mas partículas elementares, no caso elétrons,
tem mesmo carga elétrica, do contrário, de novo, os circuitos do meu
monitor não fariam sentido.

> Bem, aqui você já está colocando o problema de outra forma. O campo não está
> "preso" aos elétrons. Por outro lado, os elétrons percebem o campo e, ao
> contrário do dito acima, os "campos magnéticos interagem com os elétrons" e
> não com os campos gerados por estes últimos. Alguma coisa está esquisita.

O campo gerado por um elétron está "preso" ao elétron. Ocorre que em um
feixe, quando um elétron se move vem logo outro, e o campo observado a
alguma distância não parece se modificar.

> Neste caso, duas cargas elétricas em repouso no interior de um trem com
> velocidade constante deveriam perceber um campo magnético. Novamente
> pergunto: Não estaríamos reinventando o campo elétrico? Ou estamos falando
> de alguma outra teoria eletromagnética, que não a de Maxwell?

Eu disse que este caso era difícil de entender...
Piore um pouco a situação. Coloque um par de fios isolados pendurados
do teto do trem e carregue-os com cargas elétricas negativas iguais.
Observando de fora do trem, vê-se corrente elétrica nos fios, deve
aparecer campo magnético em torno deles, e eles deveriam se atrair caso
a força magnética exceda a repulsão eletrostática. Considerando a
relatividade, entretanto, observando de dentro do trem não poderia
aparecer campo magnético, nem atração. Apenas a repulsão eletrostática.
Tire agora o trem e os fios, deixando apenas o excesso de elétrons se
movendo. Mudou alguma coisa? Dois feixes de elétrons em paralelo de
novo,
se movendo muito devagar (Se existe algum efeito, seria minúsculo).
A questão aí é: O que realmente acontece? Feixes de elétrons paralelos
se atraem? Se repelem? Nada disto? Eu realmente não sei agora.
Sei que a teoria eletromagnética tem uma série de paradoxos, que se
resolvem (?) apelando para a relatividade. Este pode ser um deles.
Como a velocidade afeta a carga elétrica, segundo a relatividade?

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/05/2000 18:28

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Enviada em: Terça-feira, 9 de Maio de 2000 15:36
Assunto: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais

> Dentro dessa construtora troca de idéias, da qual participo 'hidden',
> apreciaria um parecer sobre o comportamento dos elétrons de um feixe: por
> que não se repelem?
> Os elétrons obtidos, por exemplo, pelo efeito Edson num filamento aquecido
> e acelerados por um campo elétrico, permanecem em trajetórias retas
> caminhando lado a lado. Nessa situação o efeito de suas cargas não se
> manifestam.O feixe não deveria divergir, espontaneamente, pelo efeito das
> cargas transportadas pelos elétrons?

Embora não conheça os detalhes da experiência, vou me arriscar a responder
as suas dúvidas que, a meu ver, são fundamentais.

Se os dois elétrons puderem ser considerados como duas bolinhas carregadas
de fluido elétrico, eu esperaria encontrar um resultado semelhante àquele
observado com duas cargas elétricas macroscópicas penduradas por um barbante
no teto de um trem viajando a velocidade constante. Nestas condições, os
elétrons certamente se afastariam.

Estaria, então, a experiência citada, apta a demonstrar que o elétron não
tem carga elétrica, como eu sugiro pela minha teoria? À primeira vista, sim
restando dizer que ele deve ter alguma outra coisa, digamos, algo do
"gênero" elétrico, pois em outras condições essa outra coisa se manifesta,
ainda que na experiência citada tenha ficado, de alguma maneira, escondida.

Digamos então que o elétron seja uma partícula dotada de giro e que, graças
a esse giro, dê origem a um campo com características elétricas em seus
polos e com características magnéticas em seu equador. Digamos mais: que na
experiência citada o elétron caminhe no espaço com seu eixo de giro paralelo
a sua trajetória. Ora, dois elétrons lado a lado serão confrontados apenas
pelo seu equador magnético. Como estão em repouso, um em relação ao outro,
pela teoria de Maxwell (supondo-se que ela se aplicasse nas condições
descritas, que obviamente não são maxwellianas) o campo magnético de ambos
seria igual a zero. Na minha teoria o campo é diferente de zero (um elétron
em repouso gera um campo magnético) porém esse campo somente agirá em
elétrons em movimento em relação à fonte do campo. Como ambos estão em
repouso, permanecerão em repouso pela minha teoria.

Mas aí você dirá: Como então dois condutores de correntes iguais e paralelas
se atraem? (lei de Ampère). Não seria de se esperar um efeito magnético
resultante nulo também para essa condição? À primeira vista, sim. Porém
pergunto: O que faz um elétron se orientar num campo magnético e/ou
elétrico, como por exemplo aquele utilizado para a determinação do spin
quântico? Não seria algo da natureza de um torque? O campo eletromagnético,
na realidade, não seria composto por três campos, e não dois?: Um elétrico,
um magnético e um de torque, ou campo de "indução"? Pois numa corrente
elétrica um elétron fica sujeito a um duplo torque, conforme esteja
obedecendo ao campo dos elétrons da outra corrente mas que estão à sua
frente (e que lhe mostram um giro num sentido) ou ao campo dos elétrons que
estão atrás (e que lhe mostram um giro no sentido oposto). Os elétrons
tendem a se orientar acoplando seus giros e a resultante deste duplo torque
manifesta-se como uma força atrativa e aparentemente magnética em origem,
ainda que os elétrons estejam, "em média", em repouso uns em relação aos
outros. Bem, o caso é mais complicado mas, em linhas gerais, é assim que eu
vejo uma explicação clássica, sem apelar para a relatividade moderna. Pela
teoria de Maxwell clássica não relativística não haveria como explicar essa
dualidade de comportamentos. Resta ver se a relatividade explica, mas não
sou expert no assunto e nem vejo a necessidade de complicar o que é
naturalmente simples.

Nos casos dos feixes, creio que seria também de se esperar um efeito
atrativo e a aproximar os feixes, caso fossemos estudar um feixe bastante
concentrado em elétrons (da ordem do estudado em correntes elétricas).
Aliás, há algum tempo, parece-me que em 1993, um engenheiro da Philipps
interessou-se pela minha teoria pois que seria possível, com a mesma,
explicar certos efeitos observados em tubos de raios catódicos e
responsáveis pelas imagens fantasmas vistas em televisão, e relacionadas a
um desvio dos feixes de elétrons (ou devidas a estes efeitos ou então a um
outro e relacionado ao comportamento de elétrons no que chamo campos não
maxwellianos -- parece-me que este último era o efeito mais importante).
Porém esse engenheiro acabou sendo enviado para a Alemanha e não tive mais
notícia dele.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Luz, Materia e Energia
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/05/2000 19:06

Ozelo wrote:

Vejamos:

> 1. A luz é uma propagação eletromagnética de velocidade constante em
> todos os sistemas de referência.

Desde que no mesmo meio, sim.

> 2. A propagação eletromagnética transporta energia.

Sim.

> 3. Uma estrela perde energia à uma razão finita para o espaço.

Óbvio.

> 4. Entre dois sistemas físicos fechados onde A emite luz e B não, A
> envia energia para B, mas as massas de A e B permanecem constantes.

A massa de A diminui e a de B aumenta. O efeito é insignificante, mas
a resolução de alguns paradoxos do Eletromagnetismo requer isto, e
implica na Relatividade.

> 5. Uma propagação eletromagnética é atraída pela força da gravidade.

Sim. Efeito relativístico.

> 6. Um fóton é uma definição para cotas de energia transportadas pela
> luz.

Pode ser. "Quantum" de energia.

> 7. A luz não é matéria, apenas a energia que esta transporta é.

Energia suficientemente concentrada pode ser convertida em matéria,
mas tal concentração só é obtida por aniquilação de matéria, por
decaimento radioativo, por exemplo. E há aqueles efeitos relativísticos
como o da questão 4.

> 8. Um buraco negro não é tão negro, pois há informação não gravitacional
> emitida por este.

Talvez.

> 9. Massa não é a energia que a luz trasporta.

Talvez, para os efeitos relativísticos.

> 10. A luz não transporta cargas elétricas, mas cargas elétricas em
> movimento geram luz.

Elétrons se recombinando com íons positivos podem emitir luz.

> 11. Na colisão de um elétron com um pósitron só restam dois fótons com
> energia proporcional à soma das energias do elétron mais a energia do
> pósitron.

Não sei.

> 12. Entre matéria e antimatéria existe respectivamente massa e
> antimassa.

Só existe massa.

> 13. Entre duas massas idênticas, A e B sempre se atraem pela força da
> gravidade não importando a distância entre eles.

Sim.

> 14. Entre duas cargas idênticas, A e B sempre se repelem pela força
> eletrostática não importando a distância entre eles.

Sim, se as cargas forem de mesma polaridade. Do contrário a força
é atrativa.

> 15. Todas as forças da natureza têm alcance ilimitado, embora algumas
> manifestações somente são significativas de perto.

Sim.

> 16. A radiação cósmica de fundo isotrópica é uma propagação
> eletromagnética.

Sim.

> 17. A radiação cósmica de fundo isotrópica não chega até nós vinda de
> uma distância maior do que a mais longínqua galáxia observada.

Sim.

> 18. Um raio de luz nunca terá uma trajetória reta caminhando para o
> infinito.

Talvez, pois há massas por todo o lado atraindo o raio.

> 19. Se o espaço for infinito e a matéria não, a luz que sai dessa
> matéria nunca mais volta.

Pode refletir. não?

> 20. O desvio para o vermelho na luz é um fenômeno atribuído somente para
> a luz incoerente.

Não.

> Ficarei extremamente grato se os objetivos dessa mensagem forem
> atingidos. Outro detalhe que gostaria de observar é se todos os
> participantes dessa mensagem concordarão com os resultados e quais as
> discrepâncias das afirmações acima. Pode ser?

Ok, comentemos os pontos onde houver discordância.

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: [ciencialist] feixes de el�trons
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/05/2000 21:32

Luiz Ferraz Netto wrote:

> Calma ... calma.
>...
> tem-se F = u.i.i'.L/2.pi.d.

Foi o que eu disse.

> De início, essas forças não correspondem ao par ação/reação da 3a. lei de
> Newton.

? É uma força apenas, a mesma dos dois lados, atrativa.

> Em particular, se ambos os fios são infinitos, i = i' , L = L' e ambos
> mergulhados no mesmo meio, resultam forças de mesmas intensidades dadas por
> F = F' = u.i^2.L/2.pi.d.
> Neste caso, todos os elétrons participantes da corrente em um dos fios
> colaboram na produção do campo magnético (é a fonte de campo) e esse campo
> age sobre parte dos elétrons do outro fio (não do próprio).

Sim.

> Na mola de Roget, o campo produzido pela corrente circulando por uma das
> espiras age sobre os elétrons participantes da corrente numa OUTRA espira,
> determinando a atração.

O fenômeno é análogo. Pense em duas espiras bem grandes em paralelo.

> Se a 'mola' tivesse uma única espira, poderia o
> campo gerado por ela agir sobre ela própria, fazendo a espira ficar mais
> apertada?

Hummm... Não tenho certeza se a força é no sentido de apertar ou
expandir. Considerando lados opostos da espira com a mesma corrente,
seria no sentido de alargar a espira.

> Agora a afirmação "Feixe de elétrons, paralelos, também" (se atraem) ...
> estou firmemente pensando nos feixes de raios catódicos no TRC. Esse efeito
> me escapa de qualquer experimentação que eu já tenha feito. Penso assim, se
> isso ocorre, um feixe de elétrons de geometria cilíndrica deverá tornar-se
> cônico ou ir afinando ... até formar 'um fio de elétrons em fila indiana'.
> Tomemos apenas 2 elétrons; um de cada feixe, em trajetórias paralelas, lado
> a lado. Com certeza, não se atraem, as trajetórias continuam paralelas. A
> menos que alguém me demonstre o contrário. (não disse que sou turrão?).

Pelo argumento das duas cargas viajando no trem, deveriam se repelir
pela repulsão eletrostática quando observados de dentro do trem, e
se repelir um pouco menos quando observados de fora do trem (???).

> Pelo que estou sentindo das posturas de idéias o elétron (pobre coitado, bem
> que poderia ser uma simples bolinha maciça com um pequeno parasita preso na
> sua superfície, conhecido pela alcunha de carga elétrica) tem comportamentos
> distintos quando em repouso (pertencendo a uma carga estática) ou quando em
> movimento (pertencendo a uma corrente elétrica). Ora gira, ora faz que gira,
> mas não gira ... é um giro virtual, ora tem pólos elétricos, ora tem pólos
> magnéticos, ora não.

Melhor "perguntar à Natureza" o que realmente acontece. Alguém já deve
ter feito as devidas experiências. As teorias pós-relativísticas são
muito teóricas para meu gosto.

> Vou dormir ... e sonhar com T. A. Edson pensando em como explicar o
> escurecimento do bulbo de sua lâmpada elétrica ... ele não conhecia o tal de
> elétron ... só fluidos.

Mas Maxwell já percebia que havia algo de estranho na sua teoria...

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/05/2000 22:53


Luiz Ferraz Netto wrote:

> Dentro dessa construtora troca de idéias, da qual participo 'hidden',
> apreciaria um parecer sobre o comportamento dos elétrons de um feixe: por
> que não se repelem?
> Os elétrons obtidos, por exemplo, pelo efeito Edson num filamento aquecido
e
> acelerados por um campo elétrico, permanecem em trajetórias retas
caminhando
> lado a lado. Nessa situação o efeito de suas cargas não se manifestam.O
> feixe não deveria divergir, espontaneamente, pelo efeito das cargas
> transportadas pelos elétrons?

Antonio Carlos wrote:

>>>>Sugiro o efeito Hall causado pelo campo magnético que envolve o próprio
feixe, interagindo com a corrente do feixe, que tende a puxar de volta
ao centro elétrons que se desviem para fora.
Um fenômeno similar deve ser responsável pelo canal estreito por
onde passam faíscas elétricas.
Há ainda um fenômeno recentemente observado, de que um condutor com
formato de fita operando em alta tensão quase não gera corona nas
bordas quando transporta uma corrente elevada. Algo puxa as cargas
para o centro da fita.<<<

Luiz Ferraz wrote:

Alberto e Antonio emitiram suas interpretações (ou irradiaram, se for
interpretar como ondas :-)).
Realmente, não me convenceram. O que não deve ser julgado como 'muito
estranho', graças à minha 'turronice' em Física.

Numa aparece a inclusão de um 'terceiro campo' associado às ondas
eletromagnéticas; além de uma divergência experimental:
"..... Nestas condições, os
elétrons certamente se afastariam.

Estaria, então, a experiência citada, apta a demonstrar que o elétron NÃO
tem carga elétrica, como eu sugiro pela minha teoria? À primeira vista, sim
restando dizer que ele deve ter alguma outra coisa, digamos, algo do
"gênero" elétrico, pois em outras condições essa outra coisa se manifesta,
ainda que na experiência citada tenha ficado, de alguma maneira, escondida."

Noutra, não sei que instinto meu diz que algo está ferindo o princípio da
inércia (como podem os elétrons criarem campos magnéticos que agem sobre
eles mesmos?). Se uma carga em movimento criar campo magnético e esse campo
agir sobre essa própria carga ... sei lá o que poderá acontecer com ela ...
acelerá-la indefinidamente?. No efeito Hall, é um campo externo (proveniente
de outra fonte) quem determina a migração das cargas para os bordos do
condutor.
E, outra coincidência estranha, por que o efeito Hall iria anular justinho
só os elétrons que tendem a se divergir, no feixe? Por que não os outros?
Será que ainda há coisas tão esquisitas dentro da Física do Eletromagnetismo
a serem estudadas (ou descobertas)? Coisas assim assustam: "Algo puxa as
cargas para o centro da fita."

Bem, espero que existam mesmo coisas a serem descobertas dentro das 'teorias
vigentes aceitas' ... esse é o sabor das pesquisas.

De bom tamanho,
[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/05/2000 01:16

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Enviada em: Terça-feira, 9 de Maio de 2000 22:53
Assunto: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais

> Luiz Ferraz wrote:
>
> Alberto e Antonio emitiram suas interpretações (ou irradiaram, se for
> interpretar como ondas :-)).
> Realmente, não me convenceram. O que não deve ser julgado como 'muito
> estranho', graças à minha 'turronice' em Física.
>
> Numa aparece a inclusão de um 'terceiro campo' associado às ondas
> eletromagnéticas; além de uma divergência experimental:
> "..... Nestas condições, os elétrons certamente se afastariam.

Alberto wrote now:
Esta não é a conclusão final mas simplesmente o que seria esperado se a
hipótese apresentada no parágrafo fosse verdadeira, qual seja, se o feixe de
elétrons pudesse ser pensado como um feixe de "cargas elétricas" em
movimento no interior de um trem a velocidade constante. A seguir, e a
partir da falácia deste argumento, eu procuro concluir, no parágrafo
seguinte, que o elétron não é semelhante a uma carga elétrica, embora gere
efeitos que por algum motivo não estão se manifestando.

Alberto wrote before:
> Estaria, então, a experiência citada, apta a demonstrar que o elétron NÃO
> tem carga elétrica, como eu sugiro pela minha teoria? À primeira vista,
> sim restando dizer que ele deve ter alguma outra coisa, digamos, algo do
> "gênero" elétrico, pois em outras condições essa outra coisa se manifesta,
> ainda que na experiência citada tenha ficado, de alguma maneira,
> escondida."

Alberto wrote now:
Nos demais parágrafos da msg citada, procurei mostrar porque o efeito não
está se manifestando no caso do feixe, e concordo com você que o afastamento
NÃO ocorre; mas, ao mesmo tempo, observo que, graças a explicação que dei,
não existe força alguma entre dois elétrons viajando no espaço lado a lado.
Ora, isto poderia levar o leitor do texto à conclusão que pela minha teoria
(que é clássica, e portanto não poderia apelar para efeitos relativísticos
de contração de espaço, ou algo equivalente) duas correntes paralelas e de
mesmo sentido não sofreriam força alguma. E isto não é o que a experiência
nos diz, pois a lei de Ampère retrata um resultado experimental (as
correntes se atraem).

A seguir falei, muito rapidamente, no terceiro campo (o campo de indução).
Se o tema lhe desagradou, então vou simplificar (Será?). Na realidade, pela
minha teoria existe apenas UM campo e não dois, e muito menos três. Este
campo é escalar e muito parecido com o potencial elétrico da teoria de
Maxwell, porém diferente em significado físico (não é uma grandeza "gauge"
ou de calibre, mas tem um valor bem determinado em cada ponto, pois não há
como escolher outro valor -- o que é possível com os potenciais). Este campo
escalar está associado ao que chamo "informação eletromagnética" ou
"informação de giro", ou seja: o fluxo de informações identifica-se com o
fluxo do gradiente deste campo escalar. Os efeitos elétrico, magnético ou de
indução, a que um corpo de prova fica sujeito ao entrar nesse campo,
relacionam-se a operações diferenciais relacionadas a como as informações
atingem a partícula elementar que sofre sua ação (pois a partícula não tem
simetria esférica, mas cilíndrica). Perceba então que esta "trindade" é
artificial e destinada apenas a classificar possíveis efeitos (os quais,
efetivamente, manifestam-se na natureza como eletricidade, magnetismo e
indução). É possível ainda, pela minha teoria, utilizar-se, logo de início,
a convenção vetorial. Neste caso, o campo vetorial está intimamente
relacionado com o campo escalar acima descrito e é muito parecido com o
vetor potencial magnético da teoria de Maxwell, também com significado
físico diferente pelo mesmo motivo apontado (não é um potencial no sentido
em que se possa escolher arbitrariamente um valor de referência).

Posteriormente procurei justificar a lei de Ampère observada em correntes
elétricas, através da minha teoria. E utilizei-me do efeito indução como
descrito em minha teoria.

E, finalmente, conclui que SE os feixes forem muito "concentrados", não só
NÃO haverá o afastamento, como você afirma baseado na experimentação com
feixes "diluídos", como provavelmente ocorrerá exatamente o oposto, ou seja,
os elétrons se aproximarão (parece-me que o Antonio chegou à mesma conclusão
por outro caminho).

> Luiz Ferraz wrote
> Noutra, não sei que instinto meu diz que algo está ferindo o princípio da
> inércia (como podem os elétrons criarem campos magnéticos que agem sobre
> eles mesmos?). Se uma carga em movimento criar campo magnético e esse
> campo agir sobre essa própria carga ... sei lá o que poderá acontecer com
> ela

> acelerá-la indefinidamente?. No efeito Hall, é um campo externo
> (proveniente de outra fonte) quem determina a migração das cargas para os
> bordos do condutor.
> E, outra coincidência estranha, por que o efeito Hall iria anular justinho
> só os elétrons que tendem a se divergir, no feixe? Por que não os outros?
> Será que ainda há coisas tão esquisitas dentro da Física do
> Eletromagnetismo a serem estudadas (ou descobertas)? Coisas assim
> assustam: "Algo puxa as cargas para o centro da fita."

Alberto wrote:
Também achei estranho este fato do ponto de vista eletromagnético. Se todos
os elétrons do feixe estiverem na mesma velocidade, eles estarão em repouso
entre si. Ora, pela teoria eletromagnética de Maxwell creio que, no
referencial das "partículas coulombianas", não existe outro campo que não o
elétrico (o campo magnético neste referencial é nulo). Parece-me estar
faltando aí alguma consideração relativística a se sobrepor ao
eletromagnetismo de Maxwell, e este, obviamente, não é o meu departamento.
Acho viável, no entanto, a conclusão final (pelo mecanismo que expliquei
acima), desde que a corrente seja realmente elevada, tanto para o feixe,
quanto para a fita condutora.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] feixe de elétrons
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/05/2000 01:26


----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Tuesday, May 09, 2000 3:36 PM
Subject: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais


> Dentro dessa construtora troca de idéias, da qual participo 'hidden',
> apreciaria um parecer sobre o comportamento dos elétrons de um feixe: por
> que não se repelem?
> Os elétrons obtidos, por exemplo, pelo efeito Edson num filamento aquecido
e
> acelerados por um campo elétrico, permanecem em trajetórias retas
caminhando
> lado a lado. Nessa situação o efeito de suas cargas não se manifestam.O
> feixe não deveria divergir, espontaneamente, pelo efeito das cargas
> transportadas pelos elétrons?

Interessantes e heterodoxas explicações foram dadas. Mas eu creio que a
resposta é muito mais prosaica: o feixe não diverge simplesmente porque,
nesse caso, a densidade de elétrons é baixa demais. Conseqüentemente a
distância entre eles é grande demais para que a repulsão possa fazer o feixe
divergir apreciavelmente no tempo minúsculo que decorre entre a emissão dos
velozes elétrons e sua chegada a algum destino (a tela de uma TV, por
exemplo).

Físicos experimentais que lidam com feixes de elétrons em diversas
pesquisas cuidam para que eles sejam suficientemente rarefeitos exatamente
para que a interação entre os elétrons possa ser considerada desprezível nos
cálculos.

Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] feixes de elétrons
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/05/2000 01:38


-----Mensagem Original-----
De: Antonio Carlos M. de Queiroz <acmq@compuland.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 9 de maio de 2000 00:02
Assunto: Re: [ciencialist] feixes de elétrons


Luiz Ferraz Netto wrote:

> Noutra, não sei que instinto meu diz que algo está ferindo o princípio da
> inércia (como podem os elétrons criarem campos magnéticos que agem sobre
> eles mesmos?). Se uma carga em movimento criar campo magnético e esse
campo
> agir sobre essa própria carga ... sei lá o que poderá acontecer com ela
...
> acelerá-la indefinidamente?. No efeito Hall, é um campo externo
(proveniente
> de outra fonte) quem determina a migração das cargas para os bordos do
> condutor.

Vou ter que detalhar mais então:
Pense em dois fios paralelos conduzindo corrente elétrica (positiva
mesmo), como no desenho abaixo (use uma fonte de largura fixa para ver).
Os dois fios conduzem uma corrente i para cima e tem um comprimento l.
Representei ao lado de cada fio o campo magnético gerado pelo -outro-
fio,
"." significando saindo da figura, e "x" representando entrando na
figura.
Considere B a intensidade do campo magnético causado pelos fios.
O fio da esquerda recebe uma força para a direita, e o da direita uma
força para a esquerda, ambas valendo F=B*i*l. B é facilmente calculado
tendo-se a distância d<<l entre os fios como u0*i/(2*pi*d).

^ ^
. | . x | x
. | . x | x
. | ->F F <- | x
. | . x | x
. | . x | x

Espiras paralelas se atraem (lembra da mola de Roget?). Fios paralelos
também. Feixes de elétrons paralelos também. Existe uma força
eletrostática de repulsão entre os fios, se existir uma distribuição
de carga nos fios, como existe em um feixe de elétrons. Esta força
também
decai com o inverso da distância (linhas paralelas, não pontos, que
causariam forças decaindo com o quadrado da distância). A distância
sai então das equações, e resulta uma certa corrente, que depende da
velocidade do feixe, que causa equilíbrio entre as forças. Além desta
corrente, os elétrons são puxados para o ao centro. Abaixo dela, tendem
a divergir.

> E, outra coincidência estranha, por que o efeito Hall iria anular justinho
> só os elétrons que tendem a se divergir, no feixe? Por que não os outros?
> Será que ainda há coisas tão esquisitas dentro da Física do
Eletromagnetismo
> a serem estudadas (ou descobertas)? Coisas assim assustam: "Algo puxa as
> cargas para o centro da fita."

É o mesmo efeito. Deixo para outra ocasião uma avaliação quantitativa
para ver se os valores são razoáveis.

Antonio Carlos M. de Queiroz


Calma ... calma.
No caso dos fios paralelos, o campo B produzido pela corrente i que circula
por um dos fios de comprimento 'infinito' age sobre o trecho de corrente i'
de extensão L' do outro fio aplicando nesse trecho força F' (B = ui/2.pi.d
; F' = B.i'.L' ou F'=u.i.i'.L'/2.pi.d). Por outro lado, o campo B' produzido
pela corrente i' que circula pelo segundo fio de extensão também infinita,
age sobre o trecho de extensão L do fio onde passa a corrente i aplicando
força F dada por F = B'.i.L e como B'= u.i'/2.pi.d tem-se F =
u.i.i'.L/2.pi.d.
De início, essas forças não correspondem ao par ação/reação da 3a. lei de
Newton.
Em particular, se ambos os fios são infinitos, i = i' , L = L' e ambos
mergulhados no mesmo meio, resultam forças de mesmas intensidades dadas por
F = F' = u.i^2.L/2.pi.d.
Neste caso, todos os elétrons participantes da corrente em um dos fios
colaboram na produção do campo magnético (é a fonte de campo) e esse campo
age sobre parte dos elétrons do outro fio (não do próprio).

Na mola de Roget, o campo produzido pela corrente circulando por uma das
espiras age sobre os elétrons participantes da corrente numa OUTRA espira,
determinando a atração. Se a 'mola' tivesse uma única espira, poderia o
campo gerado por ela agir sobre ela própria, fazendo a espira ficar mais
apertada?

Agora a afirmação "Feixe de elétrons, paralelos, também" (se atraem) ...
estou firmemente pensando nos feixes de raios catódicos no TRC. Esse efeito
me escapa de qualquer experimentação que eu já tenha feito. Penso assim, se
isso ocorre, um feixe de elétrons de geometria cilíndrica deverá tornar-se
cônico ou ir afinando ... até formar 'um fio de elétrons em fila indiana'.
Tomemos apenas 2 elétrons; um de cada feixe, em trajetórias paralelas, lado
a lado. Com certeza, não se atraem, as trajetórias continuam paralelas. A
menos que alguém me demonstre o contrário. (não disse que sou turrão?).

Pelo que estou sentindo das posturas de idéias o elétron (pobre coitado, bem
que poderia ser uma simples bolinha maciça com um pequeno parasita preso na
sua superfície, conhecido pela alcunha de carga elétrica) tem comportamentos
distintos quando em repouso (pertencendo a uma carga estática) ou quando em
movimento (pertencendo a uma corrente elétrica). Ora gira, ora faz que gira,
mas não gira ... é um giro virtual, ora tem pólos elétricos, ora tem pólos
magnéticos, ora não.

Vou dormir ... e sonhar com T. A. Edson pensando em como explicar o
escurecimento do bulbo de sua lâmpada elétrica ... ele não conhecia o tal de
elétron ... só fluidos.

Bons morfeus a todos .......
[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/05/2000 01:46

Assim que acabei de enviar minha mensagem chegaram, no processo, mais 3.
Agora vou ler e deixar o soninho para depois.
[]'
Léo



SUBJECT: Feixe de Eletrons_2
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/05/2000 11:50

Caros amigos físicos (mas não só) da ciencialist.

Recentemente o Léo surgiu, na thread "Teorias Realistas Atuais", ora
transformada na sub-thread "feixe de elétrons", com uma dúvida deveras
interessante, e que poderia ser resumido em: Como explicar o comportamento
observado por um feixe de elétrons?

Este problema não é trivial a não ser pelo fato muito bem colocado pelo
Belisário a lembrar que na prática muito pouco do que aqui estamos
discutindo deixa de ter sentido pois qualquer efeito que, em teoria, poderia
ser observado é praticamente desprezível. A colocação é importante pois
enfatiza o cuidado que um teorizador deve tomar quando refere-se a dados
observacionais. Em outras palavras: Não esperem encontrar na prática tudo
aquilo o que uma teoria propõe sem antes verificar qual a esperança real,
avaliada quantitativamente, do proposto acontecer. Por outro lado, não se
deve desprezar também uma condição teórica relacionada a efeitos que, por
este motivo, não acontecem naturalmente; principalmente se estiverem em jogo
conclusões antagônicas, e/ou previsões diversas, admitidas e/ou propostas
por teorias concorrentes; ou, ainda, se estiver em jogo, pura e
simplesmente, a possibilidade da corroboração ou falseamento de uma teoria
aceita como verdadeira.

Ipso facto :-), vejamos: Um feixe de elétrons aparenta ser uma corrente
elétrica, analisado sob o ponto de vista da teoria clássica de Maxwell. Digo
clássica no sentido em que precede qualquer interpretação relativista e digo
aparenta pois enxergo pelo menos duas diferenças fundamentais:

1) Uma de natureza constitutiva e independente do fator causa. Na corrente,
propriamente dita, parece-me que os elétrons efetuam saltos de uma molécula
a outra (creio que até mesmo em supercondutores, onde as possíveis "órbitas
permitidas" estariam interligadas), com todas as suas conseqüências como,
por exemplo, emissão de energia radiante. Por outro lado, a semelhança entre
esta e o feixe de elétrons relaciona-se ao efeito resultante: transporte de
elétrons (estou deixando de lado correntes de "cargas" positivas, para não
complicar o processo sem necessidade).

2) Outra de natureza causal. O que promove a corrente, propriamente dita, é
uma diferença de potencial. O que promove a existência do feixe é um
possível lançamento de partículas, como aquele apontado pelo Léo: "Os
elétrons obtidos, por exemplo, pelo efeito Edson num filamento aquecido e
acelerados por um campo elétrico..." O que mantém a corrente também é a
diferença potencial, dissipada sob a forma de energia radiante, ao passo
que, o que mantém o feixe é o lançamento contínuo, associado à inércia.

Não obstante tais diferenças, é tentadora a comparação entre os dois
fenômenos à luz das possíveis teorias eletromagnéticas. Ainda mais se
pensarmos no eletromagnetismo no sentido de teoria fenomenológica de campo.
E, sob esse aspecto, as semelhanças são muito grandes podendo-se, com
critério e ciente dos riscos associados à idealidade assumida, pensar-se na
corrente elétrica como um feixe de elétrons. Aliás, não foi por outro motivo
que, em mensagens anteriores, ao concluir por uma expectativa teórica
relativa ao comportamento do feixe de elétrons, preocupei-me em chamar a
atenção para os cuidados a serem tomados ao tentarmos generalizar a
expectativa para a corrente elétrica, onde a lei de Ampère é absoluta, posto
que verificada experimentalmente em inúmeras condições.

Ao pensarmos numa corrente elétrica de intensidade constante como sendo um
feixe de partículas dotadas de "carga", as coisas complicam-se bastante para
o lado da teoria eletromagnética clássica. Ou seja, se pensarmos apenas nos
efeitos resultantes, como se as partículas estivessem livres, e sendo a
corrente contínua, concluiremos que no referencial de uma das partículas
todas as demais estarão em repouso. Mas esse repouso deve ser interpretado
com muito cuidado pois as partículas estão num campo que, na idealização
proposta, seria semelhante ao do estudo de um feixe de elétrons observado,
por exemplo, ao saltarem do polo negativo de um condensador para o positivo.
Caso contrário, no referencial considerado teríamos uma carga elétrica com
as partículas dispostas na periferia do condutor, nunca em seu cerne. Como
esperar disposições diversas em referenciais diversos?

Neste referencial privilegiado, e o privilégio consiste em observarmos as
"cargas" em repouso, o campo responsável pela força eletromotriz deve ser
diferente. Ou seja, se tentarmos materializar o campo original através de,
por exemplo, suas linhas de força, perceberemos que neste referencial esta
imagem estará em movimento. Ou seja, o privilégio conquistado não é tão
grande pois trocamos um campo em "repouso" e bem conhecido por um "campo
em movimento" e a ser devidamente explorado e/ou definido. Esta imagem é
interressante pois demonstra que a relatividade, seja ela a clássica (de
Galileu), seja a moderna (de Einstein), não pode em absoluto ser "jogada
para escanteio", o que talvez pudesse ser feito no caso puro e simples de um
feixe de elétrons lançado ao sabor da inércia.

Este assunto, analisado sob o ângulo histórico-epistemológico, já foi
profusamente explorado. No momento estou quase sem livro algum de física em
casa e, portanto, sou obrigado a recorrer apenas a minha memória. Lembro-me
que o French, e este tenho a referência anotada (FRENCH, A. P.: Relatividad
Especial, MIT Physics Course, Editorial Reverté S.A., Barcelona, 1978) trata
do assunto muito bem. Se não me falha a memória ele comentava também a
respeito de feixes de elétrons. A verdade é que assume-se como líquido e
certo que o fenômeno somente pode ser explicado através de argumentos
relativísticos modernos e não, pura e simplesmente, pela teoria
eletromagnética clássica. Obviamente, estamos falando de teorias
(eletromagnetismo clássico e relatividade moderna) que assumem o elétron
como sendo uma carga elétrica, coisa com a qual já manifestei aqui minha
opinião contrária. Acredito que ao estudarmos uma corrente elétrica
constituída por elétrons não puntiformes, não-cargas elétricas tradicionais,
dotados de giro clássico e a orientarem-se num campo efetivamente produzido
por "informações eletromagnéticas em trânsito" e lançadas pelos agentes da
f.e.m, possamos, ao aplicar as correções relativísticas da física clássica,
chegarmos à explicação da realidade física experimental. E até mesmo (e por
que não?), evoluir no sentido de fazer previsões e/ou propor hipóteses
falseadoras a uma ou outra idéia (clássica e moderna), tais como os efeitos
descritos pelo Antonio Queiroz e estranhados pelo Léo. Ou até mesmo, quem
sabe, xecar as duas idéias através de experiências já efetuadas e com
resultados ainda não devidamente valorizados (e isto existe em profusão).

Se houver interesse, estou à disposição para a troca de idéias aqui na
ciencialist.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Astronomia e constante gravitacional
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/05/2000 14:30

Pessoal,

Soube há alguns dias que um grupo de cientistas conseguiu determinar
um novo valor para a constante gravitacional G com precisão de 0,0014%. O
valor é: G=6.67390 x 10^-11 . Com isso tem-se novos valores para as massas
do Sol,
da Terra e dos planetas e satélites.

Bem, é claro que a precisão das massas dos planetas e da força
gravitacional é fundamental para que se faça previsões sobre eventos
astronômicos, trajetórias de satélites e sondas, etc. A minha pergunta é: é
em que áreas da astronomia e da astrofísica esse aumento de precisão pode
trazer mais conseqüências?

Detalhes sobre essa história do G pode ser encontrado no site do AIP
Physics News:

http://newton.ex.ac.uk/aip/physnews.482.html

Aliás, essa foi a razão de a imprensa ter divulgado há uns poucos dias
que "cientistas descobrem que a Terra pesa menos do que se imaginava".

Até a próxima,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Feixe de Eletrons_2
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/05/2000 14:58

-----Mensagem Original-----
De: "Antonio Carlos M. de Queiroz"
Enviada em: Terça-feira, 9 de Maio de 2000 13:06
Assunto: Re: [ciencialist] Feixe de Eletrons_2


> A princípio o argumento já mencionado de que para cada portador de carga
> no feixe os demais parecem em repouso, e que portanto apenas as forças
> eletrostáticas apareceriam me pareceu válido.
> Mas, primeiramente, se isto acontecesse eu não estaria vendo o que estou
> escrevendo, pois o tubo de raios catódicos do meu monitor não
> funcionaria...

Acho que não entendi a dúvida apontada. O fato de que num referencial as
cargas estão em repouso entre si não significa que elas não se chocarão com
a tela do monitor. Simplesmente, neste referencial quem se move é o tubo de
raios catódicos e não as cargas. Não obstante, pareceu-me que você está
considerando algum outro efeito, que seria responsável pela visibilidade
e/ou funcionamento do monitor, relacionado talvez com um possível campo
magnético a gerar esse efeito. Como não conheço o funcionamento intrínseco
de tubos de televisão e/ou monitor, mas apenas de tubos de raios catódicos
elementares, caso exista esse efeito não sei o que dizer.

> E como campos magnéticos não interagem com cargas
> elétricas, mas com os campos magnéticos gerados pelo movimento destas, um
> feixe de elétrons tem ao seu redor um campo magnético.Fato experimental.

Também não entendi. Eu costumo aceitar que, pela teoria de Maxwell, uma
carga elétrica em movimento sofre a ação de um campo magnético (gerado nas
condições propostas pela teoria). Pareceu-me que você está considerando que
um campo magnético gerado por uma carga em movimento age sobre o campo que
outra carga gera por também estar em movimento; e este campo, talvez por
estar "preso" à esta segunda carga, transmitiria esta ação à mesma,
dando-nos a impressão de que o campo agiu sobre a carga. Eu acredito que
seguindo-se esta idéia à risca, e à luz dos dados experimentais, após
estudarmos os efeitos magnéticos de duas cargas viajando lado a lado, e sob
o ponto de vista do referencial das cargas, nós iremos reinventar o campo
elétrico. Não é impossível que esteja ocorrendo também um problema de
natureza semântica ou de significado das palavras e que não consegui
interpretar. Mesmo porque hoje em dia, e por motivos óbvios já apontados em
outras mensagens, me é difícil enxergar uma partícula elementar como
portadora de carga, como propõe a teoria de Maxwell.

> O problema de se os elétrons percebem o campo magnético gerado pelos
> outros elétrons pode ser explicado considerando que o campo gerado pelos
> outros elétrons não anda com eles, mas permanece estático em relação
> ao ambiente em volta do feixe.

Bem, aqui você já está colocando o problema de outra forma. O campo não está
"preso" aos elétrons. Por outro lado, os elétrons percebem o campo e, ao
contrário do dito acima, os "campos magnéticos interagem com os elétrons" e
não com os campos gerados por estes últimos. Alguma coisa está esquisita.

> Todos os elétrons se percebem em movimento
> dentro de um campo estático, ou, se quiser, percebem um campo magnético
> se movendo em relação a eles

Neste caso, duas cargas elétricas em repouso no interior de um trem com
velocidade constante deveriam perceber um campo magnético. Novamente
pergunto: Não estaríamos reinventando o campo elétrico? Ou estamos falando
de alguma outra teoria eletromagnética, que não a de Maxwell?

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: pH dos refrigerantes
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/05/2000 17:41

Pessoal, recebi uma mensagem que tem a seguinte informação:

O ph por meio de bebidas gasosas, por exemplo é de 3.4. Esta acidez é
tão forte que dissolve dentes e ossos.

Parece-me demais um pH de 3,4. Não só dissolveria dentes e ossos, mas
feriria gravemente o tubo digestivo assim que fosse ingerido. Ou não? Algum
químico é capaz de me esclarecer se esse número é compatível com a
realidade?

Belisário




SUBJECT: -= NewsLetter 24 [10/05/2000] =-
FROM: "David Ramalho" <mop12506@mail.telepac.pt>
TO: "#Ciencia" <cienciaPT@egroups.com>, <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/05/2000 18:07

:: N O T I C I A S

-> Bancário Filipino Suspeito de Ser o Autor do Vírus Informático "I Love
You" Libertado por Falta de Provas
Amor de Perdição
Por CLARA BARATA

Não é nada ridícula a carta de amor que envenenou a Internet. Na verdade, é
mais infame que amorosa, e continua a ser extremamente infecciosa. E, ainda
por cima, a polícia e os especialistas em segurança informática continuam
sem perceber bem quem é o remetente deste vírus que pode já ter causado
prejuízos no valor de dois mil milhões de contos.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/05/10/Ciencias/H01.html

-> Fundo Mundial para a Vida Selvagem Reúne-se com Indústria Turística
Ecoturismo Pode Beneficiar Espécies em Perigo de Extinção

A ideia feita de que os turistas são uma ameaça eminente para as espécies
em perigo de extinção pode ser incorrecta

http://jornal.publico.pt/publico/2000/05/10/Ciencias/H02.html

-> Breves

Patente modificada
Oito novos planetas

http://jornal.publico.pt/publico/2000/05/10/Ciencias/HBREVES.html

-> GENÉTICA
A grande guerra do genoma

Duas companhias da Califórnia anunciaram aliança e entraram no despique em
que se tornou a leitura do ADN humano

http://www.dn.pt/cie/10p25a.htm

-> Judeus e palestinianos são "irmãos genéticos"

Estudo revela que as populações do Médio Oriente partilham assinaturas
genéticas específicas contidas no cromossoma Y

http://www.dn.pt/cie/10p25b.htm

-> ARQUEOLOGIA
Portugueses em busca do palácio egípcio perdido

Humberto Vasconcelos

A expedição que está a escavar o palácio de Apries confirmou os indícios que
tinha acerca da riqueza do loca

http://www.dn.pt/cie/10p25c.htm


:: F I M

O humor regressará em breve :)

David Ramalho ..... Songo ....



SUBJECT: Luz, Materia e Energia
FROM: "Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/05/2000 18:16

Olá pessoal! :o)

Vejo que está muito interessante os tópicos mais recentes da lista.
Pequisa para esclarecimentos... Gostaria de saber das afirmações abaixo,
quais são as aceitas como reais e quais são as aceitas como verdadeiras.
Talvez o pessoal da lista possa me ajudar. Vejam...

1. A luz é uma propagação eletromagnética de velocidade constante em
todos os sistemas de referência.
2. A propagação eletromagnética transporta energia.
3. Uma estrela perde energia à uma razão finita para o espaço.
4. Entre dois sistemas físicos fechados onde A emite luz e B não, A
envia energia para B, mas as massas de A e B permanecem constantes.
5. Uma propagação eletromagnética é atraída pela força da gravidade.
6. Um fóton é uma definição para cotas de energia transportadas pela
luz.
7. A luz não é matéria, apenas a energia que esta transporta é.
8. Um buraco negro não é tão negro, pois há informação não gravitacional
emitida por este.
9. Massa não é a energia que a luz trasporta.
10. A luz não transporta cargas elétricas, mas cargas elétricas em
movimento geram luz.
11. Na colisão de um elétron com um pósitron só restam dois fótons com
energia proporcional à soma das energias do elétron mais a energia do
pósitron.
12. Entre matéria e antimatéria existe respectivamente massa e
antimassa.
13. Entre duas massas idênticas, A e B sempre se atraem pela força da
gravidade não importando a distância entre eles.
14. Entre duas cargas idênticas, A e B sempre se repelem pela força
eletrostática não importando a distância entre eles.
15. Todas as forças da natureza têm alcance ilimitado, embora algumas
manifestações somente são significativas de perto.
16. A radiação cósmica de fundo isotrópica é uma propagação
eletromagnética.
17. A radiação cósmica de fundo isotrópica não chega até nós vinda de
uma distância maior do que a mais longínqua galáxia observada.
18. Um raio de luz nunca terá uma trajetória reta caminhando para o
infinito.
19. Se o espaço for infinito e a matéria não, a luz que sai dessa
matéria nunca mais volta.
20. O desvio para o vermelho na luz é um fenômeno atribuído somente para
a luz incoerente.

Ficarei extremamente grato se os objetivos dessa mensagem forem
atingidos. Outro detalhe que gostaria de observar é se todos os
participantes dessa mensagem concordarão com os resultados e quais as
discrepâncias das afirmações acima. Pode ser?

Um abraço forte meus amigos!! :o) Conto com vcs...
Ricardo Ozelo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Links cientificos
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/05/2000 20:30

Alberto Mesquita Filho wrote:

> > O Mestre Antonio Carlos já participa dessa lista com seu belo site sobre
> > Máquinas eletrostáticas (ele é um fanático pela eletrostática, histórico e
> > restaurações).
>
> Gostaria de conhecer o URL.

http://www.coe.ufrj.br/~acmq/eletrostatica.html
Veja também o link com as páginas em inglês, que tem mais material e
referências.

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: [ciencialist] Feixe de Eletrons_2
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/05/2000 21:25

Alberto Mesquita Filho wrote:

> Quando respondi para o Léo cheguei a dizer que "pela minha teoria", que não
> é a clássica e não é aceita como verdadeira, a não ser para mim, chego a
> algumas conclusões semelhantes às que você chegou, "apenas que por outro
> caminho". Pensei na época que você estivesse utilizando a teoria de Maxwell
> e estivesse visualizando algum artifício que não enxerguei, pois a teoria de
> Maxwell leva-nos a uma conclusão totalmente oposta. Agora você parece
> concordar que não está seguindo a teoria de Maxwell e sim uma nova idéia
> relacionada a uma reinterpretação de efeitos de campos eletromagnéticos
> visto por cargas em repouso relativo. Seria isso?

Não, apenas velho eletromagnetismo Maxwelliano. Correntes com mesmo
sentido em fios paralelos provocam atração. Cargas elétricas de mesma
polaridade provocam repulsão.

> Repito o questionamento em outras palavras: Parece-me que você estranhou
> determinados efeitos experimentais citados em sua primeira mensagem como
> "canal estreito por onde passam faíscas elétricas" e "condutor com formato
> de fita operando em alta tensão". Estes efeitos, a sua maneira de ver, e
> como a estou interpretando, não seriam compatíveis com a teoria de Maxwell
> e, para explicá-los você estaria propondo uma nova versão de campo magnético
> a agir em cargas em movimento porém em repouso entre si. Seria isso?

Procurei dizer que estes efeitos são explicáveis pela teoria
convencional.

> Como eu tenho enfatizado muito essa história do elétron ter carga ou não, é
> possível que você esteja se referindo a algo que comentei. O que eu tenho
> dito é que a carga elétrica negativa não é meramente um fluido composto de
> bolinhas amorfas e que por sua vez seriam compostas por bolinhas amorfas
> chamadas elétrons, com todos estes elementos gerando campos do tipo de
> Coulomb. Da mesma forma que a molécula de água não é uma bolinha formada por
> água que se agrupa assumindo o formato de bolinhas maiores formadas por água
> até chegarem á água que visualizamos como amorfa para, a partir daí,
> definimos a primeira bolinha que dissemos ser constituída por aquilo que,
> até visualizarmos, não conhecíamos.

Isto eu sei. Há algum tempo um aluno me perguntou o que era um elétron.
Minha resposta: Ninguém sabe. Sabe-se apenas como ele se comporta.

> Pois bem, voltemos à carga. Certamente
> um elétron gera um campo e sofre o efeito de outros campos. O que eu digo é
> que esse campo gerado não é coulombiano e que o efeito que ele sofre não é o
> mesmo sofrido por uma carga elétrica coulombiana. Jamais disse que o elétron
> não gera campo algum e que não sofre o efeito de campo algum. Apenas disse
> que tanto o que gera quanto a maneira como reage a campos é incompatível com
> aquilo gerado ou sofrido por uma carga coulombiana. Como não fui eu quem
> definiu pela primeira vez o conceito de carga elétrica, simplesmente digo
> que o elétron não é nada disso e portanto, sob esse ponto de vista, não é
> uma carga elétrica. Mas certamente é alguma coisa compatível com o
> funcionamento do seu monitor :-)).

Porquê o elétron não sofreria forças Coulombianas? Há uma infinidade de
dispositivos usando feixes de elétrons interagindo com campos elétricos,
e todos funcionam de acordo com forças Coulombianas. Com correções
relativísticas em muitos casos.

> Mas se o elétron se move e o campo move-se preso a ele, o campo também se
> move; e o elétron que está atrás, e que também se move à mesma velocidade,
> jamais conseguirá enxergar o campo do primeiro em movimento!!! Por outro
> lado, o campo observado a alguma distância dependerá do observador estar ou
> não em movimento. Continuo sem entender.

Um campo é um campo. Tem apenas intensidade e direção, não é afetado se
o que o gera está em movimento, desde que o movimento não afete a
direção ou a intensidade. Por exemplo, o campo magnético gerado por
um ímã cilíndrico com polos nos centros das faces é o mesmo, não
importando se o ímã está parado ou girando em redor de seu eixo.

> E eu digo que você está realmente tentando criar uma nova teoria
> eletromagnética. O que eu não interpretaria como idéia absurda, apenas
> "ainda" não visualizei consistência.

Onde eu estaria criando uma nova teoria?

> Não sei se chamaria isso de corrente elétrica ou fluxo de cargas acopladas
> (presas ao fio). Onde está a f.e.m. do circuito? Onde está o circuito?
> Realmente, pela teoria de Maxwell existirá um campo magnético a ser
> interpretado como tal para quem está fora do trem. Porém, pela própria
> teoria de Maxwell estas cargas ainda estarão presentes e exercerão campos
> elétricos repulsivos pois serão interpretadas como em repouso relativo. A
> diferença entre uma corrente efetiva e este fluxo de cargas é que no caso da
> corrente o conjunto é neutro, ou seja, não tem carga resultante e portanto
> não há campo elétrico (pelo menos esta é a visão interpretativa mais comum
> da teoria de Maxwell).

O campo elétrico existirá em qualquer caso. O problema de referenciais
aí é apenas com o campo magnético.

> Precisaríamos saber a resposta, qual seja: Se atraem? Se repelem? Nada
> disto? Você chegou a apontar algumas evidências de que eles se atraem. Ou eu
> muito me engano ou, salvo maior juizo, isto iria contra as teorias
> tradicionais a respeito (teoria de Maxwell e/ou relatividade especial).

Por Maxwell, se atraem com força proporcional ao produto das correntes
e se repelem com força proporcional ao produto das cargas por unidade
de comprimento.

> > Como a velocidade afeta a carga elétrica, segundo a relatividade?
>
> Sinceramente, este não é o meu departamento e se eu fosse dizer realmente o
> que penso iria desagradar a muitos e convencer a poucos. Já fui fanático
> pela relatividade de Einstein, até o dia em que me convenci de que isto era
> paixão e não ciência. De qualquer forma, além da referência feita acima
> (French), sugiro que você estude o potencial Liénard-Wiechert, realçando
> apenas que relaciona-se a um efeito não trivial e não fácil de ser
> aprendido, a não ser que sob uma visão muito superficial.

É, já ví que vou ter que aprender relatividade direito (ou o que mais
for)
se quiser mesmo entender eletromagnetismo...

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: CNPq
FROM: "Sheila Franco." <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 10/05/2000 22:30

Gazeta Mercantil - Por Conta Própria - 10/05/2000.
 

Enter - Pesquisa na tela do comutador

10 de maio de 2000 - O site do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) oferece diversas informações sobre o mundo da pesquisa brasileira. Concessão de bolsas, prêmios e programas como o Padct, Pibic e Pronex estão entre os assuntos abordados. A página também tem um recurso de busca no qual é possível saber se existe alguma pesquisa em andamento sobre determinado assunto. O endereço é www.cnpq.br (Por Conta Própria/Página 11)


SUBJECT: Re: [ciencialist] Luz, Materia e Energia
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/05/2000 23:35

Vou comentar apenas as questões para as quais tenho algo a acrescentar:

> Ozelo wrote:
>
> Vejamos:
>
> > 1. A luz é uma propagação eletromagnética de velocidade constante em
> > todos os sistemas de referência.
>
> Desde que no mesmo meio, sim.

Na Relatividade Geral, a velocidade da luz não é constante. Depende da
curvatura do espaço-tempo. Isto significa que, em sistemas não-inerciais, a
velocidade da luz não é constante.

> > 7. A luz não é matéria, apenas a energia que esta transporta é.
>
> Energia suficientemente concentrada pode ser convertida em matéria,
> mas tal concentração só é obtida por aniquilação de matéria, por
> decaimento radioativo, por exemplo. E há aqueles efeitos relativísticos
> como o da questão 4.

Eu complementaria o seguinte. Energia não é matéria. Energia e matéria
podem ser convertidas uma na outra, mas isto não significa que sejam a mesma
coisa. Há propriedades que as distinguem bem.

> > 8. Um buraco negro não é tão negro, pois há informação não
gravitacional
> > emitida por este.
>
> Talvez.

Muito provavelmente isto é verdade. Foi Stephen Hawking quem aplicou a
Física Quântica no estudo dos buracos negros e, com isto, mostrou que
partículas (e conseqüentemente energia) saem muito lentamente do buraco
negro pelo chamado "efeito Hawking". Talvez possam sair até mesmo grávitons,
se é que essas partículas existem. Se for verdade, teremos informação
gravitacional saindo do buraco negro. O "efeito Hawking", entretanto, nunca
foi observado, por falta de precisão nos instrumentos.

> > 9. Massa não é a energia que a luz trasporta.
>
> Talvez, para os efeitos relativísticos.

Aqui cabe mais um comentário. O conceito moderno de "massa" é: "medida
da inércia". Assim, a massa é uma propriedade. Dizemos que matéria tem
massa, e também que energia tem massa.

> > 11. Na colisão de um elétron com um pósitron só restam dois fótons
com
> > energia proporcional à soma das energias do elétron mais a energia do
> > pósitron.

Sim, só que a energia não é proporcional, ela é igual à soma das
energias do elétron e do pósitron, entendendo por "energia" a soma da
energia cinética com a energia equivalente à massa das partículas. Isto é
válido se as partículas estiverem no vácuo. Se haver um campo ao redor, a
energia potencial das partículas vai também entrar na conta.

> > 17. A radiação cósmica de fundo isotrópica não chega até nós vinda
de
> > uma distância maior do que a mais longínqua galáxia observada.
>
> Sim.

Melhor dizendo, não chega até nós vinda de mais longe que a mais
longínqua galáxia "possível" de ser observada. De vez em quando os
cientistas conseguem observar galáxias mais longínquas que todas já
observadas até então.

> > 19. Se o espaço for infinito e a matéria não, a luz que sai dessa
> > matéria nunca mais volta.
>
> Pode refletir. não?

Refletir onde, se a luz por hipótese saiu da região onde há matéria? :)
Entretanto, penso que ela pode voltar, se o espaço tiver uma forma
fechada, como uma hiperesfera. A luz pode simplesmente "dar a volta" nessa
forma fechada e atingir de novo a região onde há matéria pelo outro lado.

Até...
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Feixe de Eletrons_2
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/05/2000 05:03

-----Mensagem Original-----
De: "Antonio Carlos M. de Queiroz"
Enviada em: Terça-feira, 9 de Maio de 2000 18:17
Assunto: Re: [ciencialist] Feixe de Eletrons_2

> > Eu acredito que
> > seguindo-se esta idéia à risca, e à luz dos dados experimentais, após
> > estudarmos os efeitos magnéticos de duas cargas viajando lado a lado, e
> > sob o ponto de vista do referencial das cargas, nós iremos reinventar o
> > campoelétrico.

> Há um problema aí. A força elétrica seria de repulsão, e a magnética
> de atração.

Eu imaginei que você estivesse interpretando a teoria de Maxwell, daí a
minha estranheza. Parece-me agora que você está tentando mostrar que a
experimentação opõe-se à teoria de Maxwell. Deixe-me então refazer o
argumento:

Quando respondi para o Léo cheguei a dizer que "pela minha teoria", que não
é a clássica e não é aceita como verdadeira, a não ser para mim, chego a
algumas conclusões semelhantes às que você chegou, "apenas que por outro
caminho". Pensei na época que você estivesse utilizando a teoria de Maxwell
e estivesse visualizando algum artifício que não enxerguei, pois a teoria de
Maxwell leva-nos a uma conclusão totalmente oposta. Agora você parece
concordar que não está seguindo a teoria de Maxwell e sim uma nova idéia
relacionada a uma reinterpretação de efeitos de campos eletromagnéticos
visto por cargas em repouso relativo. Seria isso?

Repito o questionamento em outras palavras: Parece-me que você estranhou
determinados efeitos experimentais citados em sua primeira mensagem como
"canal estreito por onde passam faíscas elétricas" e "condutor com formato
de fita operando em alta tensão". Estes efeitos, a sua maneira de ver, e
como a estou interpretando, não seriam compatíveis com a teoria de Maxwell
e, para explicá-los você estaria propondo uma nova versão de campo magnético
a agir em cargas em movimento porém em repouso entre si. Seria isso?

Concordo com algumas de suas conclusões, à luz da minha teoria, porém não
sei se as experiências (se é que realmente assim ocorrem) não têm
explicações outras dentro da teoria de Maxwell (algum efeito não levado em
consideração). Por outro lado, sinto algum artificialismo com relação à sua
interpretação do campo magnético e relacionado à relatividade, não apenas a
moderna mas também a clássica. Vou deixar isso pendente até analisar o
restante de sua msg.

> > ... me é difícil enxergar uma partícula elementar como
> > portadora de carga, como propõe a teoria de Maxwell.

> Maxwell não sabia nada sobre elétrons. Não se sabia nada sobre
> partículas atômicas naquele tempo (1865).

Realmente, bem lembrado. Pretendi dizer a teoria de Maxwell-Lorentz, o que
hoje em dia é "quase" sinônimo de teoria de Maxwell.

> Mas partículas elementares, no caso elétrons,
> tem mesmo carga elétrica, do contrário, de novo, os circuitos do meu
> monitor não fariam sentido.

Como eu tenho enfatizado muito essa história do elétron ter carga ou não, é
possível que você esteja se referindo a algo que comentei. O que eu tenho
dito é que a carga elétrica negativa não é meramente um fluido composto de
bolinhas amorfas e que por sua vez seriam compostas por bolinhas amorfas
chamadas elétrons, com todos estes elementos gerando campos do tipo de
Coulomb. Da mesma forma que a molécula de água não é uma bolinha formada por
água que se agrupa assumindo o formato de bolinhas maiores formadas por água
até chegarem á água que visualizamos como amorfa para, a partir daí,
definimos a primeira bolinha que dissemos ser constituída por aquilo que,
até visualizarmos, não conhecíamos. Pois bem, voltemos à carga. Certamente
um elétron gera um campo e sofre o efeito de outros campos. O que eu digo é
que esse campo gerado não é coulombiano e que o efeito que ele sofre não é o
mesmo sofrido por uma carga elétrica coulombiana. Jamais disse que o elétron
não gera campo algum e que não sofre o efeito de campo algum. Apenas disse
que tanto o que gera quanto a maneira como reage a campos é incompatível com
aquilo gerado ou sofrido por uma carga coulombiana. Como não fui eu quem
definiu pela primeira vez o conceito de carga elétrica, simplesmente digo
que o elétron não é nada disso e portanto, sob esse ponto de vista, não é
uma carga elétrica. Mas certamente é alguma coisa compatível com o
funcionamento do seu monitor :-)).

Como teria dito Poincaré: "A ciência é construída de fatos como uma casa é
de pedras. Mas uma coleção de fatos não é mais uma ciência do que um monte
de pedras é uma casa." E eu diria: uma carga elétrica é constituída de
elétrons mas uma coleção de elétrons pode não ser uma carga elétrica. O
absurdo está em se pretender que as partes reproduzam sempre o todo e este
foi o engôdo assumido pelos físicos modernos, tanto os quânticos quanto os
relativistas.

> > Bem, aqui você já está colocando o problema de outra forma. O campo não
> > está "preso" aos elétrons. Por outro lado, os elétrons percebem o campo
> > e, ao contrário do dito acima, os "campos magnéticos interagem com os
> > elétrons" e não com os campos gerados por estes últimos. Alguma coisa
> > está esquisita.
>
> O campo gerado por um elétron está "preso" ao elétron. Ocorre que em um
> feixe, quando um elétron se move vem logo outro, e o campo observado a
> alguma distância não parece se modificar.

Mas se o elétron se move e o campo move-se preso a ele, o campo também se
move; e o elétron que está atrás, e que também se move à mesma velocidade,
jamais conseguirá enxergar o campo do primeiro em movimento!!! Por outro
lado, o campo observado a alguma distância dependerá do observador estar ou
não em movimento. Continuo sem entender.

> > Neste caso, duas cargas elétricas em repouso no interior de um trem com
> > velocidade constante deveriam perceber um campo magnético. Novamente
> > pergunto: Não estaríamos reinventando o campo elétrico? Ou estamos
> > falando de alguma outra teoria eletromagnética, que não a de Maxwell?

> Eu disse que este caso era difícil de entender...

E eu digo que você está realmente tentando criar uma nova teoria
eletromagnética. O que eu não interpretaria como idéia absurda, apenas
"ainda" não visualizei consistência.

> Piore um pouco a situação. Coloque um par de fios isolados pendurados
> do teto do trem e carregue-os com cargas elétricas negativas iguais.
> Observando de fora do trem, vê-se corrente elétrica nos fios, deve
> aparecer campo magnético em torno deles, e eles deveriam se atrair caso
> a força magnética exceda a repulsão eletrostática.
> Considerando a relatividade, entretanto, observando de dentro do trem não
> poderia aparecer campo magnético, nem atração. Apenas a repulsão
> eletrostática.

Não sei se chamaria isso de corrente elétrica ou fluxo de cargas acopladas
(presas ao fio). Onde está a f.e.m. do circuito? Onde está o circuito?
Realmente, pela teoria de Maxwell existirá um campo magnético a ser
interpretado como tal para quem está fora do trem. Porém, pela própria
teoria de Maxwell estas cargas ainda estarão presentes e exercerão campos
elétricos repulsivos pois serão interpretadas como em repouso relativo. A
diferença entre uma corrente efetiva e este fluxo de cargas é que no caso da
corrente o conjunto é neutro, ou seja, não tem carga resultante e portanto
não há campo elétrico (pelo menos esta é a visão interpretativa mais comum
da teoria de Maxwell). Pela teoria de Maxwell não há transformação de cargas
elétricas em "cargas magnéticas" mas, sim de campos elétricos em campos
magnéticos ou vice-versa. Por outro lado, e para que este aspecto ganhe em
significado a se traduzir em realidade físico-experimental, a teoria de
Maxwell precisa da relatividade de Einstein e é aí que entra a história da
contração do espaço. A teoria de Maxwell por si só, vista sob o ponto de
vista da relatividade clássica, jamais explicaria alguns efeitos. Se você
acredita na teoria de Maxwell e gosta de relatividade procure ler a
interpretação que se dá à lei de Ampère sob o ponto de vista relativístico
e, talvez, suas dúvidas a respeito se dissipem. O livro do French que citei
na primeira msg desta thread trata muito bem desse assunto. Na minha opinião
a teoria de Maxwell, com ou sem a relatividade especial, não explica tudo e
creio mesmo que ela tem sido excessivamente valorizada. Porém não posso
criticá-la em situações em que ela dá certo, ou como dizem, funciona.

> Tire agora o trem e os fios, deixando apenas o excesso de elétrons se
> movendo. Mudou alguma coisa?

Do ponto de vista da teoria de Maxwell + relatividade especial não mudou
nada. Do meu ponto de vista mudou muito pois acima falávamos em fluxo de
carga e agora em feixe de elétrons.

> Dois feixes de elétrons em paralelo de novo,
> se movendo muito devagar (Se existe algum efeito, seria minúsculo).
> A questão aí é: O que realmente acontece? Feixes de elétrons paralelos
> se atraem? Se repelem? Nada disto? Eu realmente não sei agora.
> Sei que a teoria eletromagnética tem uma série de paradoxos, que se
> resolvem (?) apelando para a relatividade. Este pode ser um deles.

Precisaríamos saber a resposta, qual seja: Se atraem? Se repelem? Nada
disto? Você chegou a apontar algumas evidências de que eles se atraem. Ou eu
muito me engano ou, salvo maior juizo, isto iria contra as teorias
tradicionais a respeito (teoria de Maxwell e/ou relatividade especial).

> Como a velocidade afeta a carga elétrica, segundo a relatividade?

Sinceramente, este não é o meu departamento e se eu fosse dizer realmente o
que penso iria desagradar a muitos e convencer a poucos. Já fui fanático
pela relatividade de Einstein, até o dia em que me convenci de que isto era
paixão e não ciência. De qualquer forma, além da referência feita acima
(French), sugiro que você estude o potencial Liénard-Wiechert, realçando
apenas que relaciona-se a um efeito não trivial e não fácil de ser
aprendido, a não ser que sob uma visão muito superficial.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] pH dos refrigerantes
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/05/2000 05:13

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario"
Enviada em: Quarta-feira, 10 de Maio de 2000 17:41
Assunto: [ciencialist] pH dos refrigerantes

> Pessoal, recebi uma mensagem que tem a seguinte informação:
> O ph por meio de bebidas gasosas, por exemplo é de 3.4. Esta acidez é
> tão forte que dissolve dentes e ossos.
> Parece-me demais um pH de 3,4. Não só dissolveria dentes e ossos, mas
> feriria gravemente o tubo digestivo assim que fosse ingerido. Ou não?
> Algum químico é capaz de me esclarecer se esse número é compatível com a
> realidade?

Olá, Belisário. Ói nóis aqui trá veis! :-)

Existe um certo exagero nessa idéia e, também, um certo desconhecimento da
realidade ácido-básica (o que é comum entre a mídia científica). A acidez de
uma solução deve ser interpretada sob dois ângulos principais:

1) O pH propriamente dito. Uma solução bastante ácida (como também alcalina)
tem uma ação corrosiva a se manifestar até mesmo na pele a qual, para outros
efeitos que não o pH, é muito mais "rígida" do que a mucosa do tubo
digestivo. Mesmo assim não me parece que um pH de 3,4 tivesse esse poder.
Não estou bem certo mas o pH de um suco de laranja ou de uma limonada tem um
valor próximo a esse. O pK (pH no qual o ácido está 50% dissociado) da
maioria dos ácidos orgânicos encontrados nos seres vivos é da ordem de 3
(láctico, cítrico, oxaloacético, etc). Os químicos consideram todos esses
ácidos citados como ácidos fracos.

2) A capacidade tamponante da solução, a caracterizar se ela é ou não
resistente a modificações de pH. As mucosas do tubo digestivo (assim como
todo o meio interno) têm uma capacidade tamponante muito boa. Desta forma, a
ingestão de uma solução de baixo pH, porém com baixa capacidade tamponante,
como é a regra, rapidamente chega a ser neutralizada (vence a solução de
maior capacidade tamponante). Não sei qual seria o efeito sobre os dentes
(contato inicial e direto) mas dificilmente pensaria num compromentimento
ósseo em virtude do pH, pois até chegar lá, qualquer substância deve
prosseguir pelo tubo digestivo, ser absorvida e ganhar a corrente sanguínea
(fortemente tamponada não só do ponto de vista químico mas também pela
respiração e rins). Talvez o autor esteja se referindo a um efeito
cumulativo, ou seja, uma ingestão diária persistente de ácido a promover
pequenas corrosões diárias nos dentes e/ou produzindo uma discretíssima
acidose sanguínea, a competir com a eliminação renal de ácido, e em
condições de agir sobre os ossos. Não seria portanto o efeito de um pH de
3,4 mas pequenas alterações mantidas do pH sanguíneo (o pH normal é da ordem
de 7,40 +/- 0,05; assim, pH de 7,34 representaria uma acidose discretíssima,
7,20 uma acidose razoável, 7,00 uma acidose grave e 6,80 um nível encontrado
em casos gravíssimos de acidose e quase que exclusivamente em pronto-socorro
ou UTI.

Além disso poderia citar também:

3) O pH da mucosa gástrica é da ordem de 2,0 ás custas de ácido clorídrico
produzido pelas células da mucosa.

4) Uma solução de ácido láctico (fraco segundo os químicos) pode ser tão
fatal, e ter exatamente o mesmo efeito nocivo para o organismo (excetuando
um possível efeito corrosivo local) quanto uma solução equivalente em número
de moles de ácido clorídrico (extremamente forte, segundo os químicos). O
problema é que ambas terão que ser tamponadas pelo sangue, afim de que o pH
do organismo não caia muito abaixo de 7,40. E num pH próximo de 7,40, tanto
o ácido láctico quanto o ácido clorídrico dissociam-se totalmente, liberando
exatamente a mesma quantidade de H+ e, portanto, ambos promovem exatamente a
mesma queda do pH sanguíneo. Isto pode ser observado até mesmo com sangue
"in vitro".

Em resumo: a) No estudo de sistemas tamponantes o conceito de força de
ácidos (e também bases) deve ser revisado. Nestas condições, ácido fraco
seria aquele cujo pK está próximo do pH da solução invadida (para o caso do
sangue, 7,40). E ácido forte é aquele cujo pK está afastado do pH da solução
invadida por um valor, digamos, da ordem de 2. b) A capacidade tamponante da
solução invasora é mais importante do que o seu pH quando pensado a longo
prazo (deixando o efeito corrosivo imediato de lado). c) Acidoses
discretíssimas podem ter um efeito, a longo prazo, bastante prejudicial à
saude mas não sei se em condições normais, com o rim funcionando
perfeitamente, elas poderiam ser provocadas por uma ingestão diária de
refrigerantes. Se a notícia tiver procedencia, provavelmente o mecanismo
seria esse.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Luz, Materia e Energia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/05/2000 07:09

-----Mensagem Original-----
De: "Ozelo"
Enviada em: Quarta-feira, 10 de Maio de 2000 18:16
Assunto: [ciencialist] Luz, Materia e Energia

> 1. A luz é uma propagação eletromagnética de velocidade constante em
> todos os sistemas de referência.

Sim. Quer dizer, não. Quer dizer, talvez sim, talvez não. Ou talvez não sei.

> 2. A propagação eletromagnética transporta energia.

Sim e não. Comento alguma coisa a respeito em
www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron2/emissor01.htm

> 3. Uma estrela perde energia à uma razão finita para o espaço.

Acho que sim.

> 4. Entre dois sistemas físicos fechados onde A emite luz e B não, A
> envia energia para B, mas as massas de A e B permanecem constantes.

Qual é a pergunta? :-). O sistema é fechado para transporte de energia, tipo
garrafa térmica ideal? De qualquer forma, para saber se as massas permanecem
constantes ou não precisaríamos antes verificar quais teorias estão em jogo.
Se você aceita que E=m.c^2 e também que a resposta em 2 é sim, obviamente a
massa de A diminui; se a resposta em 2 for de outro tipo, a massa de A
poderá diminuir ou não, dependendo da emissão eletromagnética considerada
(se ela se acompanha ou não de reação de radiação), e acredito que nos dias
atuais isto não iria contra o que alguns dos físicos modernos pensa a
respeito. Enquanto eles não entrarem em acordo é só isso o que posso dizer
utilizando as teorias convencionais (é claro que existe muito a dizer, porém
esta não é a minha praia, como diria o Léo).

> 5. Uma propagação eletromagnética é atraída pela força da gravidade.

Talvez sim, talvez não, talvez talvez.

> 6. Um fóton é uma definição para cotas de energia transportadas pela
> luz.

Também não é a minha praia, mas acho que ele foi definido segundo essa
idéia.

> 7. A luz não é matéria, apenas a energia que esta transporta é.

Quanto à primeira afirmação: às vezes não e às vezes também. Quanto à
segunda: a meu ver, não.

> 8. Um buraco negro não é tão negro, pois há informação não
> gravitacional emitida por este.

Não sei. Pra mim isso é preconceito. Se fosse um buraco branco ninguém iria
dizer que não é tão branco só por esse motivo. :-)

> 9. Massa não é a energia que a luz trasporta.

Não, quer dizer, talvez, ou melhor, depende. Sobre o que é mesmo que
estávamos falando? Ah, sim, massa. O que é massa?

> 10. A luz não transporta cargas elétricas, mas cargas elétricas em
> movimento geram luz.

Em movimento, não. O que elas geram em movimento é o campo magnético (para
quem está em repouso). Quando são aceleradas, sim, a menos que em órbitas
permitidas, ou em supercondutores, ou na cadeia de transportes de elétrons
acoplada à fosforilação oxidativa, ou em determinadas reações de
oxidação/redução, ou nos anéis do benzeno, ou no transporte de prótons que
ocorre através das membranas mitocondriais... Tirante essas raríssimas
exceções, e algumas outras ainda a serem descritas, uma carga elétrica
acelerada sempre emite radiação eletromagnética (luz) acompanhada de reação
de radiação, como prevê a física moderna de maneira incontestável.

> 11. Na colisão de um elétron com um pósitron só restam dois fótons com
> energia proporcional à soma das energias do elétron mais a energia do
> pósitron.

É o que dizem.

> 12. Entre matéria e antimatéria existe respectivamente massa e
> antimassa.

Não. O pósitron tem a mesma massa do elétron.

> 13. Entre duas massas idênticas, A e B sempre se atraem pela força da
> gravidade não importando a distância entre eles.

Não entendi a pergunta. E a dependência em relação ao quadrado da distãncia?
Se você quer saber se, para cada caso, a força é a mesma e de sinais
contrários, a resposta é sim, admitindo-se que estejam em repouso entre si.
Se estiverem em movimento relativo creio que as coisas não serão assim tão
simples.

> 14. Entre duas cargas idênticas, A e B sempre se repelem pela força
> eletrostática não importando a distância entre eles.

Sim, observado o comentado na questão anterior quanto à distãncia e/ou
movimento.

> 15. Todas as forças da natureza têm alcance ilimitado, embora algumas
> manifestações somente são significativas de perto.

Todas as forças ou todos os campos? Parece-me que a força de contato somente
é significativa de perto. :-)

> 16. A radiação cósmica de fundo isotrópica é uma propagação
> eletromagnética.

Sim.

> 17. A radiação cósmica de fundo isotrópica não chega até nós vinda de
> uma distância maior do que a mais longínqua galáxia observada.

Não sei.

> 18. Um raio de luz nunca terá uma trajetória reta caminhando para o
> infinito.

Se estiver livre da ação de forças, talvez sim. Se estiver num campo
gravitacional, vide resposta à questão 5. Não obstante, mesmo que ele se
curve acho que ele vai para algum lugar, talvez para o infinito, talvez para
o centro do Universo, talvez retorne até nós, sei lá!

> 19. Se o espaço for infinito e a matéria não, a luz que sai dessa
> matéria nunca mais volta.

Depende.

> 20. O desvio para o vermelho na luz é um fenômeno atribuído somente
> para a luz incoerente.

Não. Aliás, existem muito mais coisas incoerentes na física e que me deixam
vermelho de raiva. :-)

> Ficarei extremamente grato se os objetivos dessa mensagem forem
> atingidos. Outro detalhe que gostaria de observar é se todos os
> participantes dessa mensagem concordarão com os resultados e quais as
> discrepâncias das afirmações acima. Pode ser?

Só isso? Pô, eu pensei que estava concorrendo a alguma coisa. :o) Da próxima
vez não vou caprichar tanto. :o)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Astronomia e constante gravitacional
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/05/2000 10:14

Oi pessoal, fiquei sem telefone ontem, vejamos .....

Belisário expõe:

*** Pessoal,

Soube há alguns dias que um grupo de cientistas conseguiu determinar
um novo valor para a constante gravitacional G com precisão de 0,0014%. O
valor é: G=6.67390 x 10^-11 . Com isso tem-se novos valores para as massas
do Sol,
da Terra e dos planetas e satélites.***

O argumento da nova precisão de G para justificar alterações nos valores das
'massas' desses corpos celestes soa estranho. Suponha que se conheça m e M,
massas 'reais' da Terra e Sol num sistema coerente de unidades (assim como a
'real' distância entre seus centros de massa). O novo valor mais preciso de
G afetaria o cálculo da força de atração gravitacional entre esses dois
corpos e não suas massas (grandeza escalar independente do campo
gravitacional). Talvez o processo se dê de forma inversa; conhecendo-se com
mais precisão a intensidade da força gravitacional entre duas massas (uma
delas padrão), se obtenha com mais acuidade o valor da outra massa. Mas,
pergunto, o valor da massa padrão também não deve sofrer alteração? Para a
determinação de massas, o melhor caminho é uma 'balança inercial' (creio que
o nome é Eotvos) e não o uso da força gravitacional.

***Aliás, essa foi a razão de a imprensa ter divulgado há uns poucos dias
que "cientistas descobrem que a Terra pesa menos do que se imaginava".***

Em relação a que? O peso da Terra em relação à Lua é um; em relação ao Sol é
outro; em relação à Lua e ao Sol, juntos, é ainda outro; em relação aos
demais corpos do Sistema Solar é outro outro. E, que interesse pode-se ter,
ao sabermos com novas casas decimais, o peso da Terra em relação a 12
estrelas, 21 planetas e 147 asteróides?

Cada vez que um astrônomo verifica o 'peso' de um corpo celeste em relação a
uns tantos outros, descobre que há uma anomalia ... e em função disso prevê
que há algum planeta oculto. Creio que no último mês anunciaram a descoberta
de uma pancada de planetas 'novos', por essa técnica. Devo declinar que o co
nhecimento de tal 'peso', foi útil.

[]'
Léo

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SUBJECT: Re: [ciencialist] pH dos refrigerantes
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/05/2000 10:17


-----Mensagem Original-----
De: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
Para: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 10 de maio de 2000 17:41
Assunto: [ciencialist] pH dos refrigerantes


Pessoal, recebi uma mensagem que tem a seguinte informação:

O ph por meio de bebidas gasosas, por exemplo é de 3.4. Esta acidez é
tão forte que dissolve dentes e ossos.

Parece-me demais um pH de 3,4. Não só dissolveria dentes e ossos, mas
feriria gravemente o tubo digestivo assim que fosse ingerido. Ou não? Algum
químico é capaz de me esclarecer se esse número é compatível com a
realidade?

Belisário

Já fiz a experiência de colocar um osso (costela de vaca) num litro de
coca-cola. O osso vira algo semelhante a um osso de borracha em uma semana!

[]'
Léo


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SUBJECT: pH dos refrigerantes
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/05/2000 10:54

On Thu, 11 May 2000, Rodrigo F. Viecilli wrote:
> Pelo que eu sei o pH do esttmago atinge nmveis menores e prsximos a 4, que
> eh o pH da Coca-Cola aproximadamente. Os dentes realmente sco lesionados por
> quem ingere coca-cola regularmente e em copos. O processo denomina-se erosco

O que tem os copos? :)

> e ss nco i mais agravado hoje em dia por causa do flzor na pasta de dente,
> que da aos dentes uma grande tolerbncia a meios acidos e conseq|entemente `
> carie.
> QUanto aos ossos, este lmquido nco chega a entrar em contato com eles,
> obviamente. Ao me misturar com o restante do bolo alimentar no resto do
> trato digestivo o pH se normaliza.
> PhiloX

Existe um acido na Coca-cola que dizem ser o responsavel pelo ataque
aos dentes, eh o acido fosforico.

Achei um site que fala especificamente da questao dentes X
Coca-cola. :) O endereco eh
http://snopes.simplenet.com/cokelore/tooth.htm

--


Um outro link interessante eh
http://chemistry.about.com/education/chemistry/msub73.htm

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna


SUBJECT: RES: [ciencialist] pH dos refrigerantes
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/05/2000 12:14

Pelo que eu sei o pH do estômago atinge níveis menores e próximos a 4, que
eh o pH da Coca-Cola aproximadamente. Os dentes realmente são lesionados por
quem ingere coca-cola regularmente e em copos. O processo denomina-se erosão
e só não é mais agravado hoje em dia por causa do flúor na pasta de dente,
que dá aos dentes uma grande tolerância a meios ácidos e conseqüentemente à
cárie.
QUanto aos ossos, este líquido não chega a entrar em contato com eles,
obviamente. Ao me misturar com o restante do bolo alimentar no resto do
trato digestivo o pH se normaliza.

PhiloX


-----Mensagem original-----
De: Roberto Belisario [mailto:rbdiniz@terra.com.br]
Enviada em: Quarta-feira, 10 de Maio de 2000 17:42
Para: Ciencialist - grupo de discussão
Assunto: [ciencialist] pH dos refrigerantes


Pessoal, recebi uma mensagem que tem a seguinte informação:

O ph por meio de bebidas gasosas, por exemplo é de 3.4. Esta acidez é
tão forte que dissolve dentes e ossos.

Parece-me demais um pH de 3,4. Não só dissolveria dentes e ossos, mas
feriria gravemente o tubo digestivo assim que fosse ingerido. Ou não? Algum
químico é capaz de me esclarecer se esse número é compatível com a
realidade?

Belisário



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Links cientificos
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/05/2000 13:58

> Um dia vou pedir autorizagco a todos, e isso inclui nosso moderador, para
> incluir na Sala 19 --Textos Selecionados -- uma das thread posta no
> ciencialist. Obviamente tal texto sera preparado na devida ordem, com nomes
> identificando cada trecho etc., lido e aprovado pelos companheiros da lista.
> E se alguim quiser fazer um favorzco, pode ir organizando a thread das
> 'Teoria realistas atuais' e a do 'Feixe de Elitrons'. Eu tenho um bom site
> (estou pensando em abrir, nele, uma Sala com o tmtulo Modistia) e sera uma
> satisfagco recebe-los (e 'utiliza-los' para transferir algo de bom a nossos
> depauperados culturais chamados Jovens).

Voce pode utilizar o material da Ciencialist para colocar em sua
pagina. Soh eh problema se alguem que participou do thread nao concordar
, mas acho que ninguem farah isso. :)

Soh uma coisa... se algum integrante da Ciencialist utilizar o material
que circula por aqui para algum proposito, eu gostaria de saber o
resultado final, soh por curiosidade.

Desde o inicio da lista sonho em selecionar o material, mas
cada dia o trabalho fica maior. Afinal revisar mais de 4600 e-mails eh
dose. :)

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist




SUBJECT: Colesterol.
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/05/2000 14:39


Uma duvida que eu tenho.

Normalmente em revistas nao cientificas (ex.
Veja numero 1647) vejo coisas do tipo colesterol bom (HDL) e colesterol ruim
(LDL).

Nao seria colesterol uma coisa e, HDL e LDL outra?

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna


SUBJECT: Links cientificos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/05/2000 14:52

Oi pessoal,
estamos preparando a Sala 22 de LINKS no site www.feiradeciencias.com.br
Os colegas que tiverem HP e quiserem participar dessa lista de sites
científicos recomendados (por esse turrão que vos escreve), favor enviar-me
os dados em pvt (leo@barretos.com.br ou leo@esquinas.com.br ).

O Mestre Antonio Carlos já participa dessa lista com seu belo site sobre
Máquinas eletrostáticas (ele é um fanático pela eletrostática, histórico e
restaurações).
Enviem-me os dados o mais breve possível (pode ser sites de outros amigos da
Física que vcs recomendem) para botar essa Sala on-line até sábado pp.

Por outro lado, quem quiser incluir em meu site algum projeto cientítico
(qualquer tema da grade curricular do ensino médio e primeiranista do curso
superior) ou artigo correlato, será bem vindo.

Um dia vou pedir autorização a todos, e isso inclui nosso moderador, para
incluir na Sala 19 --Textos Selecionados -- uma das thread posta no
ciencialist. Obviamente tal texto será preparado na devida ordem, com nomes
identificando cada trecho etc., lido e aprovado pelos companheiros da lista.
E se alguém quiser fazer um favorzão, pode ir organizando a thread das
'Teoria realistas atuais' e a do 'Feixe de Elétrons'. Eu tenho um bom site
(estou pensando em abrir, nele, uma Sala com o título Modéstia) e será uma
satisfação recebe-los (e 'utilizá-los' para transferir algo de bom a nossos
depauperados culturais chamados Jovens).

Comecei um projeto novo apresentando um 'modelo mecânico' para explicar a
relatividade especial; o modelo está pronto aqui em meu laboratório. O
problema é descrever as coisas envolvidas nesse projeto, uma vez que estou
fora de minha praia. Quem puder participar (ou a lista toda,
preferencialmente) basta avisar-me que enviarei os planos da máquina
infernal. Depois que o funcionamento geral da máquina estiver em ordem e as
nuances comentadas, creio que se poderá explicar relatividade até para mim!

Abração a todos

Léo




SUBJECT: pH do est�mago
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/05/2000 14:59

> Pelo que eu sei o pH do esttmago atinge nmveis menores e prsximos a 4, que

O pH i baixo, imaginava eu que fosse em torno de 1 mas ja me disseram aqui que nco. Contra a acidez alta, o alimento apss passar pelo esttmago i amplamente bombardeado com mons de bicarbonato. Tive duas aulas a respeito disto...

> eh o pH da Coca-Cola aproximadamente. Os dentes realmente sco lesionado s por
> quem ingere coca-cola regularmente e em copos. O processo denomina-se ero sco

Nco sei exatamente qual a relagco disto com os copos, mas os dentes tem uma camada de fluor-apatita (Ca10(PO4)6F2, se nco me falha a memsria) que ja i uma protegco contra acidos um pouco mais fortes.

> e ss nco i mais agravado hoje em dia por causa do flzor na pasta de dente,
> que da aos dentes uma grande tolerbncia a meios acidos e conseq|e ntemente `
> carie.

Confirmando o que afirmo acima. Trata-se de uma camada de fluor-apatita que recobre o dente (o esmalte ou malte, nem sei), composto principalmente de hidroxiapatita (Ca10(PO4)6(OH)2).

> QUanto aos ossos, este lmquido nco chega a entrar em contato com eles ,
> obviamente. Ao me misturar com o restante do bolo alimentar no resto do
> trato digestivo o pH se normaliza.

De fato, porim em muitos lugares, como na Alemanha ainda se faz o experimento de colocar um osso em coca-cola... algo sem sentido.
Nco sei por que este acido ataca os ossos mas vou ver se acho algo a respeito.

Mudando de assunto, existe alguma relagco entre viscosidade de fluidos e pressco? Como seria?

Abrago,

Benjamin Hinrichs



SUBJECT: Re: [ciencialist] Links cientificos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/05/2000 15:58

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Enviada em: Quinta-feira, 11 de Maio de 2000 14:52
Assunto: [ciencialist] Links cientificos

> Oi pessoal,
> estamos preparando a Sala 22 de LINKS no site www.feiradeciencias.com.br
> Os colegas que tiverem HP e quiserem participar dessa lista de sites
> científicos recomendados (por esse turrão que vos escreve), favor
> enviar-me os dados em pvt (leo@barretos.com.br ou leo@esquinas.com.br ).

Olá, Léo

Tenho uma HP mas não sei se seria recomendável para o segundo grau e/ou para
os vestibulandos que constituem a platéia para a qual o seu site é dirigido.
Já comentei algo à respeito da bitola a que o segundo grau está submetido
graças ao vestibular, lembra-se? Por outro lado, o que é pvt? (pergunta de
usuário leigo). Seria "por via telepática" ou "por via teletransporte
quântico"? :-)

> O Mestre Antonio Carlos já participa dessa lista com seu belo site sobre
> Máquinas eletrostáticas (ele é um fanático pela eletrostática, histórico e
> restaurações).

Gostaria de conhecer o URL.

> Um dia vou pedir autorização a todos, e isso inclui nosso moderador, para
> incluir na Sala 19 --Textos Selecionados -- uma das thread posta no
> ciencialist. Obviamente tal texto será preparado na devida ordem, com
> nomes identificando cada trecho etc., lido e aprovado pelos companheiros
> da lista. E se alguém quiser fazer um favorzão, pode ir organizando a
> thread das'Teoria realistas atuais' e a do 'Feixe de Elétrons'. Eu tenho
> um bom site (estou pensando em abrir, nele, uma Sala com o título
> Modéstia) e será uma satisfação recebe-los (e 'utilizá-los' para
> transferir algo de bom a nossos depauperados culturais chamados Jovens).

De minha parte sinta-se liberado, ainda que concorde, respeite e admire sua
ética. A esse respeito, cheguei, talvez de maneira errada, a reproduzir em
meu site alguns pequenos textos, comentados aqui na ciencialist, sem pedir
as devidas autorizações, ainda que tenha citado a fonte e os autores (e até
mesmo criei um link para a página original da ciencialist). Obviamente tomei
o cuidado de selecionar textos onde não cometemos aquelas gafes próprias ao
sistema vapt-vupt da Internet (Usenet e Listas). Deixei explícito também que
se alguns dos citados se sentir injuriado é só dar um alô que retiro a
página no mesmo dia. No futuro seguirei o seu exemplo e/ou então, se apenas
quiser me referir a algum comentário que fiz a algum assunto surgido aqui,
citarei o link da página da ciencialist.

Renovo a minha liberação e sinto, no momento, não ter tempo livre para
organizar as threads, mas estarei à disposição para pequenas ajudas
àquele(s) que aceitar(em) o encargo, c.s.n.

Quanto à relatividade especial diria que ainda estou brincando na praia
newtoniana, que parece-me também ser a sua, onde Newton teria dito: "Não sei
de que modo o mundo me vê; mas a mim mesmo pareço ter sido apenas um menino
brincando na praia, entretendo-me com encontrar de quando em quando um seixo
mais liso ou uma concha mais bela do que o ordinário enquanto todo o vasto
oceano da verdade jazia inexplorado diante de mim."

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Astronomia e constante gravitacional
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/05/2000 17:56


> Belisário expõe:
>
> *** Pessoal,
>
> Soube há alguns dias que um grupo de cientistas conseguiu
determinar
> um novo valor para a constante gravitacional G com precisão de 0,0014%. O
> valor é: G=6.67390 x 10^-11 . Com isso tem-se novos valores para as massas
> do Sol, da Terra e dos planetas e satélites.***

Luiz Ferraz Netto:
> O argumento da nova precisão de G para justificar alterações nos valores
das
> 'massas' desses corpos celestes soa estranho. (...)

E parece que é estranho, mesmo. Um astrofísico de Itajubá deu-me o
seguinte esclarecimento:

---------------------------------------
Curiosamente o G nao tem muita importancia direta em
Astronomia ou Astrofisica.

Em astrofisica, porque nossos erros em massa costumam
ser muito maiores. No caso de uma estrela dupla com
orbita determinada, uma coisa ate pouco comum, a
precisao na massa nao chega nunca a 0.1%, (Mas veja o
que vou escrever depois.) sendo mais comum estar pior que 1%.
Mas a comparacao entre massas e modelos astrofisicos ja
fica otimo quando a concordancia eh de ~10%! Isso em
astrofisica estelar, para galaxias eh bem pior.
Assim um bom valor de G tem resultados no aprimoramento
dos modelos computacionais, mas sem nenhuma relevancia
pratica.

Mas voce imagina que tem efeitos para astronomia.
Ledo engano. Nao se determimina realmente as massas em Astronomia.
Nao temos acesso a isso, mas somente o produto GM.
Assim, quando um astronomo fala em massa, esta simplificando
a linguagem. E os usamos para as estrelas, como unidade,
a massa do Sol.
Veja o que diz para voce, a meu pedido, o mecanico
celeste Sylvio Ferraz Mello, diretor do Observatorio Nacional:

"De fato, em Astronomia, nos nao sabemos determinar massas.
Todas as "massas" que determinamos sao, a rigor, G vezes a massa.
A melhoria do valor do G significa, portanto, que a massa em
gramas de uma estrela (em particular do Sol) passa a ser melhor
conhecida -- no sentido de que aumenta o numero de digitos
significativos. Mas a relac,ao massa de uma estrela/massa do Sol
nao se altera porque ela independe de G
(de fato o que sabemos e' [G x Mest]/[G X Msol]"
----------------------------------------

Bem,

Eu:
Aliás, essa foi a razão de a imprensa ter divulgado há uns poucos dias
que "cientistas descobrem que a Terra pesa menos do que se imaginava".***

Luiz:
Em relação a que? O peso da Terra em relação à Lua é um; em relação ao Sol é
outro; em relação à Lua e ao Sol, juntos, é ainda outro; em relação aos
demais corpos do Sistema Solar é outro outro. E, que interesse pode-se ter,
ao sabermos com novas casas decimais, o peso da Terra em relação a 12
estrelas, 21 planetas e 147 asteróides?

Na verdade os caras determinaram o novo G através de uma versão
aprimorada da velha e boa balança de torsão, sem nenhuma observação
astronômica. Conheciam os valores das massas-teste com bastante precisão, e
com isso inferiram o valor de G. Como, pelo dito na citação acima, o que se
mede em astronomia e astrofísica é o GM, com esse G pode-se inferir o valor
da massa M (parece haver algo de circular nesse raciocínio, não?). E assim
saíram com um novo valor para a massa da Terra em kg (a diferença está no
quarto dígito). Mas, em vista do que já foi discutido, parece que a
importância de se ter um valor exato, se existir, não está na Astronomia...

Mas então vem a questão: se a razão não está na Astronomia, para que
raios os caras gastaram tempo e dinheiro para medir G com tal precisão?

Até...
Belisário




SUBJECT: RES: [ciencialist] pH dos refrigerantes
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/05/2000 19:28



-----Mensagem original-----
De: lrb@if.ufrgs.br [mailto:lrb@if.ufrgs.br]
Enviada em: Quinta-feira, 11 de Maio de 2000 10:55
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] pH dos refrigerantes


On Thu, 11 May 2000, Rodrigo F. Viecilli wrote:
> Pelo que eu sei o pH do estômago atinge níveis menores e próximos a 4, que
> eh o pH da Coca-Cola aproximadamente. Os dentes realmente são lesionados
por
> quem ingere coca-cola regularmente e em copos. O processo denomina-se
erosão

O que tem os copos? :)

*** Bom vc perguntar. Com os copos o refrigerante entra em contato com os
dentes anteriores continuamente, estes bem mais frágeis porque tem uma cama
de esmalte um pouco menor e são menos espessos. Com o canudo isso não
acontece alcançando mais a região dos dentes posteriores, que tem uma maior
camada de esmalte (assim o processo desmineralização-remineralização fica
facilitado). Assim, o dentista deve recomendar que se tome coca-cola sempre
com canudinho.


PhiloX



SUBJECT: RES: [ciencialist] pH do estômago
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <ulbranet00643@ulbranet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/05/2000 19:40


Não sei exatamente qual a relação disto com os copos, mas os dentes tem uma
camada de fluor-apatita (Ca10(PO4)6F2, se não me falha a memória) que já é
uma proteção contra ácidos um pouco mais fortes.


*** A relação com os copos eu expliquei em outro mail.

> e só não é mais agravado hoje em dia por causa do flúor na pasta de dente,
> que dá aos dentes uma grande tolerância a meios ácidos e conseqüe ntemente
à
> cárie.

Confirmando o que afirmo acima. Trata-se de uma camada de fluor-apatita que
recobre o dente (o esmalte ou malte, nem sei), composto principalmente de
hidroxiapatita (Ca10(PO4)6(OH)2).

*** Sim, mas na verdade o nome do composto é fluor-hidroxi-apatita, sendo a
fluor-apatita na odontologia denominada quando há a substituição total dos
íons hidroxi. Na reação dos fluoretos (MFC ou NaF) com os dentes, pode haver
a formação de três compostos:
1) dluor-hidroxi-apatita
2) fluorapatita
3) Fluoreto de Cálcio


No caso de uma pasta de dente, temos a predominancia de 1). Já no caso de
uma aplicação de fluor-fosfato-acidulado, pelo cirurgião-dentista, temos a
formação de uma camada de CaF2. A formação de fluorapatita é pouca.
Em lesões de cárie iniciais, a formação de CaF2 impede a saída de íons
cálcio do tecido dentário, impedindo a desintegração da molécula de
hidroxiapatita, e favorecendo a entrada de íons cálcio no esmalte,
favorecendo a formação de hidroxiapatita. Enfim, o que uma aplicação de
fluoretos no dentista faz é desnaturar o dente levemente (a molécula de
hidroxiapatita perde OH-) através do pH ácido para que haja formação de CaF2
ao invés de fluor-hidroxi-apatita, para que o processo de desmineralização
no equilíbrio de entrada e saída de íons cálcio entre esmalte e saliva seja
impedido. Assim, ocorre apenas a remineralização e pode haver a recuperação
de uma lesão inicial.
No caso da formação de fluor-hidroxi-apatita (pasta de dente), ocorre uma
simples baixa do pH crítico para saída de grande quantidade de íons cálcio
do esmalte, assim aumentaria a resistência do dente ao meio ácido e o
equilíbrio da reação de entrada e saída de cálcio deslocaria-se um pouco
para a de entrada.

PhiloX



SUBJECT: Re: [ciencialist] Astronomia e constante gravitacional
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/05/2000 20:47


> Belisário expõe:
>
> *** Pessoal,
>
> Soube há alguns dias que um grupo de cientistas conseguiu
determinar
> um novo valor para a constante gravitacional G com precisão de 0,0014%. O
> valor é: G=6.67390 x 10^-11 . Com isso tem-se novos valores para as massas
> do Sol, da Terra e dos planetas e satélites.***

Luiz Ferraz Netto:
> O argumento da nova precisão de G para justificar alterações nos valores
das
> 'massas' desses corpos celestes soa estranho. (...)

E parece que é estranho, mesmo. Um astrofísico de Itajubá deu-me o
seguinte esclarecimento:

"Curiosamente o G nao tem muita importancia direta em
Astronomia ou Astrofisica.
..............................
Assim um bom valor de G tem resultados no aprimoramento
dos modelos computacionais, mas sem nenhuma relevancia
pratica."

Léo, em pauta:
Bem dentro do espírito de minha observação sobre a acuidade do G.

"Veja o que diz para voce, a meu pedido, o mecanico
celeste Sylvio Ferraz Mello, diretor do Observatorio Nacional:
"De fato, em Astronomia, nos nao sabemos determinar massas.
Todas as "massas" que determinamos sao, a rigor, G vezes a massa.
A melhoria do valor do G significa, portanto, que a massa em
gramas de uma estrela (em particular do Sol) passa a ser melhor
conhecida -- no sentido de que aumenta o numero de digitos
significativos. Mas a relac,ao massa de uma estrela/massa do Sol
nao se altera porque ela independe de G
(de fato o que sabemos e' [G x Mest]/[G X Msol]"

Exatamente como afirmei, reforçando o já dito pelo meu colega de carteira no
primário, Issac Newton :-)


Eu (Belisário)
Aliás, essa foi a razão de a imprensa ter divulgado há uns poucos dias
que "cientistas descobrem que a Terra pesa menos do que se imaginava".***

Luiz:
Em relação a que? O peso da Terra em relação à Lua é um; em relação ao Sol é
outro; em relação à Lua e ao Sol, juntos, é ainda outro; em relação aos
demais corpos do Sistema Solar é outro outro. E, que interesse pode-se ter,
ao sabermos com novas casas decimais, o peso da Terra em relação a 12
estrelas, 21 planetas e 147 asteróides?

Belisário
Na verdade os caras determinaram o novo G através de uma versão
aprimorada da velha e boa balança de torsão, sem nenhuma observação
astronômica. Conheciam os valores das massas-teste com bastante precisão, e
com isso inferiram o valor de G. Como, pelo dito na citação acima, o que se
mede em astronomia e astrofísica é o GM, com esse G pode-se inferir o valor
da massa M (parece haver algo de circular nesse raciocínio, não?). E assim
saíram com um novo valor para a massa da Terra em kg (a diferença está no
quarto dígito). Mas, em vista do que já foi discutido, parece que a
importância de se ter um valor exato, se existir, não está na Astronomia...

Mas então vem a questão: se a razão não está na Astronomia, para que
raios os caras gastaram tempo e dinheiro para medir G com tal precisão?

Luiz:
Sem dúvida o raciocínio está circular. E quanto à pergunta, como iriam
justificar o $$$ que recebem como pesquisadores? Na próxima semana, trocarão
o fio de quartzo da balança de torsão por um fio moderno, de fibra de
carbono, e acharão um outro valor, com meia casa decimal a mais que a
anterior ... nova festa. Novos $$$. E a mídia vai informar : "A massa da
Terra não é mais aqueeeeela, p.........dela"

[]'
Léo
Até...
Belisário



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Feixe de Eletrons_2
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/05/2000 21:07

Caros participantes desta discussão:

Em vez de procurar responder a todas as mensagens, deixe-me sumarizar
a história e deixar mais claro os problemas que vejo aí:

A história começou com a questão de porquê um feixe de elétrons
não se dispersa. Eu disse que poderia ser pela mesma razão que
faz com que dois fios paralelos conduzindo corrente se atraiam.

Aí surgiu uma questão esquisitíssima, que vou enunciar assim:
Em vez de dois fios transportando corrente, monte duas filas
paralelas de bolinhas condutoras suspensas em fios isolantes
e coloque cargas elétricas iguais em todas elas. Suponha pequena
a força de repulsão eletrostática entre as bolinhas. Coloque as
filas ao longo de um vagão de trem e faça o trem andar.

Perguntas (Observe o paradoxo. Não sei as respostas, e ninguém a
quem perguntei sabe):
As filas de bolinhas se atraem, como se atrairiam dois fios
conduzindo corrente?
Alguém fora do trem veria as filas de bolinhas se atraindo?
Alguém dentro do trem veria as filas de bolinhas se atraindo?
Existe campo magnético em redor das filas de bolinhas, como
existiria em redor de um fio conduzindo corrente?
Este campo seria observado por alguém fora do trem?
E por alguém dentro do trem?

Faça pior: Coloque uma bolinha carregada só para andar a alta
velocidade.
Ela gera campo magnético? Basta deixar a bolinha parada sobre a Terra
girando...

Existe obviamente um problema relativístico aí. Como tratá-lo?
Não adianta dizer que o efeito é pequeno ou que precisa-se revirar
a física para achar uma resposta, ou que elétrons não são bolinhas...

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: [ciencialist] Feixe de Eletrons_2
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/05/2000 08:47

-----Mensagem Original-----
De: "Antonio Carlos M. de Queiroz"
Enviada em: Quarta-feira, 10 de Maio de 2000 21:25
Assunto: Re: [ciencialist] Feixe de Eletrons_2

Caro Antonio Carlos

Andei "sapiando" seu Web Site em
http://www.coe.ufrj.br/~acmq/eletrostatica.html e o achei deveras
interessante. Voltarei a visitá-lo nas próximas semanas pois encontrei lá
muitas coisas que gostaria de aprender. Agradeço ao Léo pela dica e a você
pelo imediato atendimento a minha solicitação. Concordo com o Léo quando, na
msg 4686 (Links cientificos) afirma que você é "um fanático pela
eletrostática, histórico e restaurações". Também sou um apaixonado pela
história das ciências, a ponto mesmo de, vez ou outra, me dar conta de "a
quantas anda minha ignorância sobre o assunto".

Gosto, em especial, de "me colocar" no espaço e tempo vivido pelos gênios do
passado e isto, muitas vezes, leva-me com freqüência a ser mal interpretado.
Pois quando digo, por exemplo, que algo explica-se pela física de Newton,
meu inconsciente, não raramente, volta três séculos atrás e ignora
totalmente aquilo acrescentado a esta física nos séculos XVIII e XIX a
contrariar os fundamentos básicos, a rigidez de conceitos, a preocupação em
permanecer fiel a uma filosofia genuinamente natural, a se apoiar na
experimentação do que realmente se vê e não do que poderia ser visto em
condições especiais, a menos que realmente existam tais condições... E
flagro-me defendendo uma física que não mais existe, a não ser em minha
mente, pois muitas coisas que hoje dizem ser newtonianas são, na realidade
verdadeiras afrontas ao que de mais belo Newton nos legou; e, para utilizar
suas próprias palavras, diria que tratam-se de "absurdos tão grandes, que
acredito que homem algum que tenha em questões filosóficas competente
falculdade de pensar, possa cair nele" (Newton, citado por LACEY, H.M. em "A
Linguagem do Espaço e do Tempo, Ed. Perspectiva, São Paulo, 1972, p. 142).

Por outro lado, sou também tão "turrão" quanto o Léo afirma ser e se
persisto neste nosso diálogo, à primeira vista sem sentido (já cheguei a
afirmar que provavelmente estaria ocorrendo algo de natureza semãntica) é
por que acredito que ainda iremos nos entender e perceber que, de alguma
forma, tudo o que dissemos faz sentido, corrigidos pequenos erros que
porventura possamos ter cometido. E fico me perguntando: Será que o motivo
de nossas aparentes divergências não reside em você se referir a uma física
genuína de Maxwell, de Faraday, de Ampère... ao passo que eu estaria
interpretando esta física como aquela que surgiu após os trabalhos de
Lorentz e, posteriormente, de Einstein?

AMF
> > Pensei na época que você estivesse utilizando a teoria de Maxwell
> > e estivesse visualizando algum artifício que não enxerguei, pois a
> > teoria deMaxwell leva-nos a uma conclusão totalmente oposta. Agora você
> > parece concordar que não está seguindo a teoria de Maxwell e sim uma
> > nova idéia relacionada a uma reinterpretação de efeitos de campos
> > eletromagnéticos visto por cargas em repouso relativo. Seria isso?

ACMQ
> Não, apenas velho eletromagnetismo Maxwelliano.

AMF
Pois é, "velho" eletromagnetismo maxwelliano! Agora começo a entender as
peripécias que você utilizou ao explicar como duas cargas em repouso
relativo se interagem magneticamente. Não é impossível que você esteja
ressuscitando as idéias dos gênios do eletromagnetismo do século passado
pois, à luz do eletromagnetismo "clássico" como é interpretado neste século,
suas idéias realmente soam-me sem sentido. Porém talvez fizessem sentido
para Maxwell, que nào conheceu a relatividade. Pergunto, então, para mim
mesmo: O que ele teria utilizado para contornar as "aparentes" falácias
relativísticas? Sim, pois que hoje, frente ao meu modelo teórico, não tenho
dúvidas de que são falácias [Ói a minha megalomania se manifestando :-)].
Mas Maxwell não conhecia o meu modelo! :-)). E desculpe-me dizer, mas aquela
sua idéia de campo magnético agindo entre cargas em repouso relativo ainda
não me convenceu. Está aí faltando alguma coisa, provavelmente relacionada a
alguma propriedade do fluido elétrico como teria sido interpretado na época,
pois não me parece ser algo relacionado única e exclusivamente às linhas de
campo de Faraday.

ACMQ
>Correntes com mesmo sentido em fios paralelos provocam atração. Cargas
> elétricas de mesma polaridade provocam repulsão.

AMF
Sem dúvida. Estas leis ainda não foram revogadas. :-)

> > Repito o questionamento em outras palavras: Parece-me que você estranhou
> > determinados efeitos experimentais citados em sua primeira mensagem como
> > "canal estreito por onde passam faíscas elétricas" e "condutor com
> > formato de fita operando em alta tensão". Estes efeitos, a sua maneira
> > de ver, e como a estou interpretando, não seriam compatíveis com a
> > teoria de Maxwell e, para explicá-los você estaria propondo uma nova
> > versão de campo magnético a agir em cargas em movimento porém em repouso
> > entre si. Seria isso?

ACMQ
> Procurei dizer que estes efeitos são explicáveis pela teoria convencional.

AMF
Convencional talvez, se no sentido acima exposto (genuinamente maxwelliano).
Mas volto a dizer, estaria faltando alguma coisa além da idéia que você
propôs, e que estou assumindo como devida aos físicos do século passado.
Mesmo porque eles deviam ter alguma explicação clara para as leis que
enunciaram independentemente da relatividade moderna.

ACMQ
> Porquê o elétron não sofreria forças Coulombianas? Há uma infinidade de
> dispositivos usando feixes de elétrons interagindo com campos elétricos,
> e todos funcionam de acordo com forças Coulombianas. Com correções
> relativísticas em muitos casos.

AMF
Eu diria que há uma infinidade de dispositivos a demonstrarem que o elétron
sofre forças. A partir deste fato consumado, admite-se que tais forças são
coulombianas e, utilizando-se esta hipótese calcula-se o que chamamos "carga
do elétron". Verifica-se, no entanto, que em determinados campos o elétron,
representado por esta suposta "carga", apresenta comportamentos estranhos
(órbitas permitidas, efeito Aharonov-Bohm, experiência da dupla fenda, etc).
Para atender a estas condições em que o elétron não obedece a teoria
clássica, não porque seja uma partícula rebelde, mas porque a teoria não foi
feita para partículas e sim para fluidos elétricos, cria-se a teoria
quântica, que nada mais é do que um conjunto de algoritmos matemáticos
inventados para explicar o que o eletromagnetismo clássico não explica por
ter sido supervalorizado.

Pretender que o eletromagnetismo clássico explique o comportamento de
partículas é tão absurdo quanto pretender que a mecânica dos fluidos
explique o movimento dos planetas ao redor do Sol.

ACMQ
> Um campo é um campo. Tem apenas intensidade e direção, não é afetado se
> o que o gera está em movimento, desde que o movimento não afete a
> direção ou a intensidade. Por exemplo, o campo magnético gerado por
> um ímã cilíndrico com polos nos centros das faces é o mesmo, não
> importando se o ímã está parado ou girando em redor de seu eixo.

Eu não diria isso com tanta convicção, ainda que se comprovasse
laboratorialmente; a menos que as partículas constitutivas do imã fossem, em
decorrência disto, submetidas a giros da ordem daqueles responsáveis pelo
campo magnético que geram, e acredito não estarmos ainda dotados da
tecnologia necessária para tal.

AMF
> > A diferença entre uma corrente efetiva e este fluxo de cargas é que no
> > caso da corrente o conjunto é neutro, ou seja, não tem carga resultante
> > e portanto não há campo elétrico (pelo menos esta é a visão
> > interpretativa mais comum da teoria de Maxwell).

ACMQ
> O campo elétrico existirá em qualquer caso.

Não vou dizer que você está errado. Direi apenas que não é isso o que se lê
nos livros atuais.

> É, já ví que vou ter que aprender relatividade direito (ou o que mais for)
> se quiser mesmo entender eletromagnetismo...

Quanto a isso eu discordo. :-) Mas, quem sou eu para ir contra a
relatividade moderna?

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Feixe de Eletrons_2
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/05/2000 10:50

Roberto, Alberto, Leo, e demais leitores desta linha:

Parece que concordam que, como só pode acontecer uma coisa,
acontece o mais razoável, que é as filas de bolinhas não
gerarem campo magnético observável por elas mesmas e não
se atraírem. (Mas... ver abaixo.)

Realmente, uma corrente de cargas com só uma polaridade
não é exatamente uma corrente elétrica em um fio, que sempre
é vista como corrente elétrica para um observador se deslocando
ao longo do fio com qualquer velocidade. (Mas...)

Mas agora surgiu uma esquisitice de novo: Dois tipos de campos
magnéticos. Um depende da velocidade do observador ao longo
da "corrente de bolinhas", e outro não (o do fio).

Monte-se então a seguinte experiência: coloque-se uma fila de
bolinhas carregadas em um grande disco girante (isto parece
uma máquina eletrostática), e monte-se
neste mesmo disco um fio circular portando uma corrente contínua.
Coloque uma bateria, ou use um fio supercondutor.
Assim, pelos argumentos citados, o fio geraria um campo magnético
igualmente observável por quem esteja fora do disco ou girando
com ele, e a fila de bolinhas geraria um campo somente observável
por quem estivesse fora do disco. Com as bolinhas bem juntas,
ambos os campos seriam perfeitamente uniformes.
Como explicar a força observada entre o fio e as bolinhas,
que existiria só para o observador externo?
Repita a mesma experiência com o disco parado e correndo em volta
dele com um magnetômetro. Aparece uma força entre o fio e as
bolinhas quando você corre?
Como podem existir dois tipos de campo magnético, e uniformes
ainda por cima?
Ainda há algo errado.

Antonio Carlos M. de Queiroz



SUBJECT: Re:[ciencialist] Colesterol.
FROM: "dra_savat"<dra_savat@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/05/2000 14:12

Lip�deos sang��neos circulam em part�culas de prote�nas
em decorr�ncia da sua insolubilidade em solu��o aquosa.
As lipoprot�inas, em fun��o da densidade s�o
classificadas em:
VLDL � lipoprote�nas de densidade muito baixa (cont�m na
sua composi��o 12% de colesterol)
LDL _ lipoprote�nas de densidade baixa (cont�m na sua
composi��o 50% de colesterol)
HDL _ lipoprote�nas de densidade alta (cont�m na sua
composi��o 20% de colesterol).
abra�os
T�nia

>
> Uma duvida que eu tenho.
>
> Normalmente em revistas nao cientificas (ex.
> Veja numero 1647) vejo coisas do tipo colesterol bom
(HDL) e colesterol ruim
> (LDL).
>
> Nao seria colesterol uma coisa e, HDL e LDL outra?
>
> Ateh mais.
> Luis Roberto Brudna
>
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ofjor Ciência - Lixo radioativo: hora de cobrar
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/05/2000 15:02

> Recebi essa mensagem:
> "-----Mensagem Original-----
> De: Vera Regina Toledo Camargo <verartc@unicamp.br>
> Para: <leo@barretos.com.br>
> Enviada em: segunda-feira, 24 de abril de 2000 17:30
> Assunto: Newsletter labjor/Unicamp
> > Estimado professor Luis Ferraz Netto
> > Sou amiga do prof. Edgard Reboucas e ele disse, a um tempo, que vocj
> > tem um material para ser divulgado em nossa newsletter sobre a
> > divulgagco cientifica. O seu texto estava relacionado com as questues da
> > imprensa em confundir gas com vapor, representar elitrons como se fossem
> > bolinhas, trocar massa por peso, pintar nzcleos dos atomos de ouro e

Hiii.. senti cheiro de confusao no ar. :) Coitado do Flavio Dieguez (da
Super), foi crucificado pelo nucleo de atomo de ouro pintado de dourado.
Brincadeiras a parte... essa questao eh interessante de ser debatida.

> > amarelo, enfim coisas que me seduziram, entco pergunto: vocj nco
> > gostaria de escrever um artigo para a nossa revista? Entre em nosso site
> > (htpp://www.uniemp.br/labjor/newsletter) e veja nossos produtos. Aguardo
> > retorno,Atenciosamente, Vera "
>
> Enviei colaboragco (e minha opinico sobre o Newsletter da Labjor) e ja tive
> como resposta que meu artigo foi para a mesa de triagem. O tmtulo i O Jovem
> Novo Selvagem, a magia da cijncia, sua necessidade e um estmmulo aos nossos
> 'selvagens jovens'. Acredito que nco passara pela triagem, nco i
> suficientemente acadjmico.

Esse texto tem alguma relacao com o que apareceu no Jornal da Ciencia
(da SBPC) e que eu nao consegui mais recuperar?


> Critiquei (um pouquinho) o News por ser muito acadjmico em seus textos para
> melhorar a divulgagco cientmfica na mmdia em geram e nco dar exemplo nenhum
> de como tratar um determinado assunto.
> A Vera Regina (da mensagem acima), assim como o Roberto Belisario, sco
> colaboradores assmduos do newsletter. Pela leitura do news no. 14 -
> abril/2000, minha opinico de que esse informativo fala muito academicamente
> e ensina pouco continua de pi.
>
> Mas ...... i uma boa e valida tentativa e, como tal, merece toda a atengco.
>
> []'s
> Lio

Aproveitando o mail.

Em uma edicao do jornal Zero Hora li algo do tipo:
'Tal metralhadora atira a uma *velocidade* de 700 tiros por segundo'.
Ateh ai ... nada de muito grave.. mas logo apos eles falam algo como
'quanto maior a velocidade mais profundo eh o ferimento'.

Eh claro que a relacao entre as duas frases eh equivocada, mas a minha
duvida eh se seria adequado falar em *velocidade* de 700 tiros por
segundo, eu acho que neste caso se adapta melhor o termo *frequencia*. O
que vcs acham?

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - o chato de plantao.





SUBJECT: Organizacao (administrativa)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/05/2000 15:16


Soh um comentario. Seria interessante se tomar o maximo de cuidado para
preservar a origem de cada paragrafo, ou seja, quem escreveu e mais ou
menos em que ordem.
Sei que quem estah dentro da discussao tem um melhor entendimento da
sequencia do debate, mas quem estah soh acompanhando acaba perdendo o fio
da meada e desiste de acompanhar o thread.
Tambem sei que eh enfadonho fazer isso, mas chega a um ponto em que se
quer
ler o mail e nao se encontra o que tem de novo na mensagem e o
que eh da anterior.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.



OBS: todas as mensagens relativas a administracao tem o (administrativa)
no subject.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Feixe de Eletrons_2
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/05/2000 15:27

Luiz Ferraz Netto wrote:

> Se entendi a geometria da experiência, discordo do "ambos os campos seriam
> perfeitamente uniformes".

Eu quiz dizer "não variantes no tempo". Estáticos se medidos a uma certa
distância do centro do disco, ao longo de seu raio. (Com o observador
parado ou rodando com o disco...)

> Posso concordar que o valor do campo devido à corrente no fio, nos pontos
> onde se encontra a 'corrente de bolinhas eletrizadas' é constante (supondo
> ambas espiras concêntricas com centro no eixo do disco).
> Para o campo da corrente no fio, as cargas das bolinhas estão em permanente
> repouso. Isso justifica porque o campo magnético da corrente no fio não atua
> sobre as cargas das bolinhas.

Então, como visto pelo observador rodando, não há atração.

> Mas, para o observador externo, as cargas da corrente elétrica no fio
> (alguns milímetros por segundo) não estão em repouso (a menos de um caso
> muito especial do ajuste da rotação do disco) em relação ao campo produzido
> pelas bolinhas eletrizadas. Nessa situação o campo magnética dessa fila de
> cargas deveria agir sobre cada carga negativa da corrente no fio (sobre as
> positivas não, essas estão em repouso para o campo das bolinhas). E talvez
> ajam.

E como visto pelo observador externo, há atração...
O problema é que eu não vejo como um campo magnético constante possa
existir ou não existir, ou como uma força constante possa existir ou
não existir, dependendo do observador. E para complicar, ambos aparecem,
ou não, em direção perpendicular ao movimento.

> Creio que o magnetômetro funciona quando houver movimento relativo entre ele
> e o campo pesquisado (creio que é devido à indução sobre uma bobina do
> magnetômetro). Se vc correr sobre uma circunferência concêntrica com o disco
> e pertences, o fluxo magnético através dessa tal bobina será constante e,
> portanto, não acusará campo algum.

Use-se então um de efeito Hall, ou uma bobina rotativa. Ambos medem um
campo estático.

> Para a segunda pergunta: o segundo campo (o das bolinhas), pelo que ficou
> estabelecido é relativista (pertence a uma seita estranha) ... será que a
> força que ele aplica tb o é e seus efeitos não são observáveis nas nossas
> velocidades?

Fiz ainda há pouco um experimento. Peguei minha máquina eletrostática
mais
poderosa, e coloquei uma bússola sensível próxima aos discos girantes,
em uma região onde não há campos elétricos intensos, mas há quatro
discos
girando, dois carregados positivamente e dois negativamente, em sentidos
opostos. Isto daria uma "corrente" efetiva de uns 100 uA passando a uns
2 cm da bússola (outro tipo estranho de corrente, com elétrons indo para
um lado e íons positivos indo para o outro). Me pareceu observar um
pequeno desvio da agulha. Mas repeti a experiência com um fio conduzindo
corrente contínua na mesma posição, e notei que preciso de ao menos 5 mA
para ver um mínimo de desvio da agulha. A máquina produz 50 vezes menos
corrente e devo então atribuir o desvio observado a cargas elétricas,
vibração, etc. É difícil fazer o experimento das bolinhas, pois os
campos
e forças envolvidos são muito pequenos. Consistentes com possíveis
explicações relativísticas para o paradoxo, que ainda acho que existe.
Mais quais?

Antonio Carlos M. de Queiroz



SUBJECT: Ofjor Ciência - Lixo radioativo: hora de cobrar
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/05/2000 16:29

Por sugestão do Luís Brudna e com endosso do pessoal do Ofjor, vou
mandar às vezes alguns textos do Ofjor Ciência, que é a parte do
Observatório da Imprensa que analisa o tratamento qué a mídia dá aos temas
científicos. Comentem, critiquem, analisem, discutam, elogiem, xinguem,
acrescentem, etc...

O site do Observatório da Imprensa é:

http://www2.uol.com.br/observatorio/

O texto mais abaixo saiu na última edição. Na mesma edição vocês ainda
podem encontrar, além das outras seções do Observatório:

COSMOS
O universo não é chato
Roberto Belisário

LIXO RADIOATIVO
Hora de cobrar
Roberto Belisário

GENOMA HUMANO
Faltam muitas respostas
Roberto Takata

Lixo e desinformação
José Luiz Donato

R.B. comenta

CARTAS
Revista on line
Jornalismo científico

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LIXO RADIOATIVO
Hora de cobrar

Roberto Belisário (*)

A usina nuclear de Angra I está funcionando desde 1985 e até hoje o país não
possui um depósito permanente para os resíduos nucleares. A lei que deveria
definir esses depósitos tramita há nove anos no Congresso Nacional e ainda
não foi votada no plenário. A questão veio novamente à tona principalmente
por conta da visita ao Brasil de uma comissão da Agência Internacional de
Energia Atômica (AIEA), órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU),
para vistoriar os depósitos de Angra. Esses fatos coincidiram com a
proximidade do início do funcionamento de Angra II, cujo cronograma ainda
permanece um mistério. Entre 11 e 17 de abril, o jornal O Estado de S. Paulo
cobriu esses assuntos, particularmente a visita da comissão da AIEA.

Rejeitos radioativos incluem materiais contaminados por radiação - como
roupas, ferramentas etc. - e também resíduos inaproveitáveis (estes também
chamados "lixo atômico") produzidos pelo reator de toda usina nuclear. Os
componentes do lixo atômico caracterizam-se por serem muito radioativos e
tóxicos, e alguns são extremamente difíceis de ser destruídos. Devem,
portanto, ser armazenados em locais muito seguros. Atualmente, são colocados
em depósitos provisórios, situados na própria usina de Angra I. Em 29 de
março, a Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias da
Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei 189/91, que define os
depósitos permanentes para rejeitos radioativos. A lei deveria ser votada no
Plenário em regime de urgência, mas até hoje não o foi. Segundo informações
do site do Congresso Nacional, a lei tramita há 9 anos, sendo que entre 1991
e 1995 não houve nenhum passo na tramitação.

Os técnicos da AIEA vieram ao Brasil a convite do governo federal e de 11 a
14 de abril visitaram os depósitos provisórios de Angra. O relatório final
só aparecerá em junho, após pelo menos mais uma visita da Agência, que se
dará em maio. Mas a comissão já se pronunciou sobre a necessidade de uma
"solução final" para o problema dos depósitos de rejeitos radioativos.

O Estado de S. Paulo reconheceu a importância deste assunto ao dedicar a ele
um dos editoriais do dia 17/4. Expôs diversas posições e justificativas dos
vários envolvidos: a própria AIEA, a Comissão Nacional de Energia Nuclear
(CNEN), responsável pela fiscalização e controle do uso de energia nuclear
no país, a Eletronuclear, responsável pela construção e operação das usinas
de Angra I, II e III, a prefeitura do município de Angra dos Reis, o
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA) e uma entidade ambientalista chamada Inesc. Deu ainda um panorama
dos depósitos de rejeitos radioativos existentes no país (16/4/00),
alargando as bases para a formação de opinião pelo leitor.

Porém, poderia ter sido chamada mais atenção para a falta de informações
importantes por parte das próprias instituições envolvidas. Por exemplo, não
apareceu um cronograma claro do início das operações de Angra II. Quando a
usina entrará em operação comercial? Quando terminará o período de testes? A
própria CNEN - justamente a entidade fiscalizadora - parece não ter esses
dados: segundo a Folha de S. Paulo (31/3/00), "a coordenadora de relações
institucionais [da CNEN], Cláudia Souza, disse que não há previsão de quando
a usina de Angra II estará liberada para produzir energia". Dependerá da
duração da fase de testes. O início do funcionamento, porém, está próximo;
as previsões veiculadas na imprensa divergem entre abril, maio e junho.

Outro dado importante refere-se aos rejeitos nucleares. Com relação a
assuntos como esse, sempre é bom citar alguns números para dar uma base mais
sólida à discussão. O Estado de S. Paulo citou alguns dados, no editorial de
17/4, referentes a materiais contaminados, como "filtros, resinas,
ferramentas e roupas". Mas e quanto aos rejeitos vindos do próprio reator da
usina, que contêm os materiais mais tóxicos e os quase indestrutíveis?
Quanto de lixo atômico existe armazenado no país? Qual a sua periculosidade?
São dados que dizem respeito diretamente à vida da população do município de
Angra dos Reis e de todo o país. Porém, são muito pouco divulgados pelas
instituições envolvidas. Em geral, os rejeitos são incluídos sob o nome
genérico de "rejeitos de baixa e média atividade", que podem incluir tanto
alguns componentes do lixo atômico como roupas e utensílios contaminados.

A CNEN, a Eletronuclear, o governo federal e a própria mídia devem ser
pressionados para suprir essas informações. E será uma vergonha se a
sociedade brasileira deixar para uma comissão da ONU pressionar o Congresso
Nacional para votar a lei 189/91.

Notícias sobre os eventos recentes envolvendo o desenvolvimento nuclear
brasileiro podem ser encontrados no website da CNEN [veja remissão abaixo].
Outras informações sobre a usina de Angra dos Reis e sobre os rejeitos
nucleares podem ser acessadas navegando-se nos sites da CNEN, da
Eletronuclear e da Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN) [veja
abaixo], bem como nos artigos de David Simon na revista Ciência Hoje, número
8, pág. 50 (1983), e de Joaquim Francisco Carvalho ["Lixo atômico: o que
fazer?", em Ciência Hoje, número 12, pág. 18 (1984)].

(*) Físico

Site da Eletronuclear - http://www.eletronuclear.gov.br
Site da CNEN - http://www.cnen.gov.br
Site da ABEN - http://www.alternex.com.br/~aben
========================================





SUBJECT: Re: [ciencialist] Ofjor Ciência - Lixo radioativo: hora de cobrar
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/05/2000 17:21


De: Roberto Belisario

***** Por sugestão do Luís Brudna e com endosso do pessoal do Ofjor, vou
mandar às vezes alguns textos do Ofjor Ciência, que é a parte do
Observatório da Imprensa que analisa o tratamento qué a mídia dá aos temas
científicos. Comentem, critiquem, analisem, discutam, elogiem, xinguem,
acrescentem, etc...

O site do Observatório da Imprensa é:

http://www2.uol.com.br/observatorio/ **********

Recebi essa mensagem:

"-----Mensagem Original-----
De: Vera Regina Toledo Camargo <verartc@unicamp.br>
Para: <leo@barretos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 24 de abril de 2000 17:30
Assunto: Newsletter labjor/Unicamp


> Estimado professor Luis Ferraz Netto
>
> Sou amiga do prof. Edgard Reboucas e ele disse, a um tempo, que você
> tem um material para ser divulgado em nossa newsletter sobre a
> divulgação cientifica. O seu texto estava relacionado com as questões da
> imprensa em confundir gás com vapor, representar elétrons como se fossem
> bolinhas, trocar massa por peso, pintar núcleos dos átomos de ouro e
> amarelo, enfim coisas que me seduziram, então pergunto: você não
> gostaria de escrever um artigo para a nossa revista? Entre em nosso site
> (htpp://www.uniemp.br/labjor/newsletter) e veja nossos produtos. Aguardo
> retorno,Atenciosamente, Vera "

Enviei colaboração (e minha opinião sobre o Newsletter da Labjor) e já tive
como resposta que meu artigo foi para a mesa de triagem. O título é O Jovem
Novo Selvagem, a magia da ciência, sua necessidade e um estímulo aos nossos
'selvagens jovens'. Acredito que não passará pela triagem, não é
suficientemente acadêmico.
Critiquei (um pouquinho) o News por ser muito acadêmico em seus textos para
melhorar a divulgação científica na mídia em geram e não dar exemplo nenhum
de como tratar um determinado assunto.
A Vera Regina (da mensagem acima), assim como o Roberto Belisário, são
colaboradores assíduos do newsletter. Pela leitura do news no. 14 -
abril/2000, minha opinião de que esse informativo fala muito academicamente
e ensina pouco continua de pé.

Mas ...... é uma boa e válida tentativa e, como tal, merece toda a atenção.

[]'s
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] Feixe de Eletrons_2
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/05/2000 18:01

Alberto, Antonio Carlos, Belisário, Ozelo e demais participantes da
subthread Feixe de Elétrons, meus agradecimentos pelos ensinamentos.
A ponderação de cada um, o zelo pela retórica (sem trocadilho com Ozelo --
pronuncia-se Ozélo) e o respeito mútuo fazem da ciencialist mais do que uma
'dilatação de idéias'.

Acredito agora que, voltando ao tema, será bem difícil para alguém querer
justificar o comportamento dos elétrons num feixe 'real' (e não quando
comparado com a corrente elétrica), sem optar para as correções relativistas
(e a conseqüente contração do espaço) aplicadas ao eletromagnetismo
clássico. Fiquei convencido disso. Preciso priorizar mais a relatividade
(daí meu interesse em desenvolver um modelo mecânico para o assunto).
Entretanto, ainda tem mais coisa escondida do que na mera questão do feixe
de elétrons.
Creio que há um saco de gatos no problema dos sistemas de unidades. O
eletromagnetismo (já atualizado com as correções relativistas) estudado no
sistema gaussiano (cm, g, s ---carga definida a partir da lei de Coulomb)
apresenta a constante 'c' em praticamente todas as suas formuletas, enquanto
que, no MKS racionalizado, hoje Sistema Internacional de Unidades ( m , kg,
s --- corrente elétrica definida pela força entre condutores paralelos) não
comparece nenhum 'c' . Esse 'c' aparece apenas na correlação entre
permitividade e permissividade no vácuo (raiz quadrada do quociente delas
igual a c).

Em suma, o eletromagnetismo que se vê em livros didáticos para o Ensino
Médio e parte do 3o. grau é simplesmente o velho e tradicional
eletromagnetismo disfarçado. Coisas como "o campo magnético não age sobre
cargas cuja velocidade tenha a mesma direção do campo (ou em repouso)" é
realmente embaraçoso para explicar. F = q.v.B.sen& (proveniente do produto
escalar qv x B) fica intrigante frente à relatividade. Onde está ela?

Concordo que o atual ensino médio, como já o disse o Alberto, não passa de
uma deslavada decoreba (e agora tem professores especializando-se em
musiquinhas para decorar o 'conceito' e as fórmulas --- já há até CD e
cursos para professores aprenderem a cantar!) estimulada pelo vestibular de
'cruzinhas' de (a) até (e). Foi o Isaias Raw quem trouxe isso para cá na
época do CESCEA, CESCEM etc.

E, com a divulgação do jeito que está, presa a bancos acadêmicos, a chance
para nossos jovens está realmente debilitada, senão em fase final.

De bom tamanho .....

[]'
Léo
-----Mensagem Original-----
De: Antonio Carlos M. de Queiroz <acmq@compuland.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 10 de maio de 2000 21:25
Assunto: Re: [ciencialist] Feixe de Eletrons_2


Alberto Mesquita Filho wrote:

> Quando respondi para o Léo cheguei a dizer que "pela minha teoria", que
não
> é a clássica e não é aceita como verdadeira, a não ser para mim, chego a
> algumas conclusões semelhantes às que você chegou, "apenas que por outro
> caminho". Pensei na época que você estivesse utilizando a teoria de
Maxwell
> e estivesse visualizando algum artifício que não enxerguei, pois a teoria
de
> Maxwell leva-nos a uma conclusão totalmente oposta. Agora você parece
> concordar que não está seguindo a teoria de Maxwell e sim uma nova idéia
> relacionada a uma reinterpretação de efeitos de campos eletromagnéticos
> visto por cargas em repouso relativo. Seria isso?

Não, apenas velho eletromagnetismo Maxwelliano. Correntes com mesmo
sentido em fios paralelos provocam atração. Cargas elétricas de mesma
polaridade provocam repulsão.

> Repito o questionamento em outras palavras: Parece-me que você estranhou
> determinados efeitos experimentais citados em sua primeira mensagem como
> "canal estreito por onde passam faíscas elétricas" e "condutor com formato
> de fita operando em alta tensão". Estes efeitos, a sua maneira de ver, e
> como a estou interpretando, não seriam compatíveis com a teoria de Maxwell
> e, para explicá-los você estaria propondo uma nova versão de campo
magnético
> a agir em cargas em movimento porém em repouso entre si. Seria isso?

Procurei dizer que estes efeitos são explicáveis pela teoria
convencional.

> Como eu tenho enfatizado muito essa história do elétron ter carga ou não,
é
> possível que você esteja se referindo a algo que comentei. O que eu tenho
> dito é que a carga elétrica negativa não é meramente um fluido composto de
> bolinhas amorfas e que por sua vez seriam compostas por bolinhas amorfas
> chamadas elétrons, com todos estes elementos gerando campos do tipo de
> Coulomb. Da mesma forma que a molécula de água não é uma bolinha formada
por
> água que se agrupa assumindo o formato de bolinhas maiores formadas por
água
> até chegarem á água que visualizamos como amorfa para, a partir daí,
> definimos a primeira bolinha que dissemos ser constituída por aquilo que,
> até visualizarmos, não conhecíamos.

Isto eu sei. Há algum tempo um aluno me perguntou o que era um elétron.
Minha resposta: Ninguém sabe. Sabe-se apenas como ele se comporta.

> Pois bem, voltemos à carga. Certamente
> um elétron gera um campo e sofre o efeito de outros campos. O que eu digo
é
> que esse campo gerado não é coulombiano e que o efeito que ele sofre não é
o
> mesmo sofrido por uma carga elétrica coulombiana. Jamais disse que o
elétron
> não gera campo algum e que não sofre o efeito de campo algum. Apenas disse
> que tanto o que gera quanto a maneira como reage a campos é incompatível
com
> aquilo gerado ou sofrido por uma carga coulombiana. Como não fui eu quem
> definiu pela primeira vez o conceito de carga elétrica, simplesmente digo
> que o elétron não é nada disso e portanto, sob esse ponto de vista, não é
> uma carga elétrica. Mas certamente é alguma coisa compatível com o
> funcionamento do seu monitor :-)).

Porquê o elétron não sofreria forças Coulombianas? Há uma infinidade de
dispositivos usando feixes de elétrons interagindo com campos elétricos,
e todos funcionam de acordo com forças Coulombianas. Com correções
relativísticas em muitos casos.

> Mas se o elétron se move e o campo move-se preso a ele, o campo também se
> move; e o elétron que está atrás, e que também se move à mesma velocidade,
> jamais conseguirá enxergar o campo do primeiro em movimento!!! Por outro
> lado, o campo observado a alguma distância dependerá do observador estar
ou
> não em movimento. Continuo sem entender.

Um campo é um campo. Tem apenas intensidade e direção, não é afetado se
o que o gera está em movimento, desde que o movimento não afete a
direção ou a intensidade. Por exemplo, o campo magnético gerado por
um ímã cilíndrico com polos nos centros das faces é o mesmo, não
importando se o ímã está parado ou girando em redor de seu eixo.

> E eu digo que você está realmente tentando criar uma nova teoria
> eletromagnética. O que eu não interpretaria como idéia absurda, apenas
> "ainda" não visualizei consistência.

Onde eu estaria criando uma nova teoria?

> Não sei se chamaria isso de corrente elétrica ou fluxo de cargas acopladas
> (presas ao fio). Onde está a f.e.m. do circuito? Onde está o circuito?
> Realmente, pela teoria de Maxwell existirá um campo magnético a ser
> interpretado como tal para quem está fora do trem. Porém, pela própria
> teoria de Maxwell estas cargas ainda estarão presentes e exercerão campos
> elétricos repulsivos pois serão interpretadas como em repouso relativo. A
> diferença entre uma corrente efetiva e este fluxo de cargas é que no caso
da
> corrente o conjunto é neutro, ou seja, não tem carga resultante e portanto
> não há campo elétrico (pelo menos esta é a visão interpretativa mais comum
> da teoria de Maxwell).

O campo elétrico existirá em qualquer caso. O problema de referenciais
aí é apenas com o campo magnético.

> Precisaríamos saber a resposta, qual seja: Se atraem? Se repelem? Nada
> disto? Você chegou a apontar algumas evidências de que eles se atraem. Ou
eu
> muito me engano ou, salvo maior juizo, isto iria contra as teorias
> tradicionais a respeito (teoria de Maxwell e/ou relatividade especial).

Por Maxwell, se atraem com força proporcional ao produto das correntes
e se repelem com força proporcional ao produto das cargas por unidade
de comprimento.

> > Como a velocidade afeta a carga elétrica, segundo a relatividade?
>
> Sinceramente, este não é o meu departamento e se eu fosse dizer realmente
o
> que penso iria desagradar a muitos e convencer a poucos. Já fui fanático
> pela relatividade de Einstein, até o dia em que me convenci de que isto
era
> paixão e não ciência. De qualquer forma, além da referência feita acima
> (French), sugiro que você estude o potencial Liénard-Wiechert, realçando
> apenas que relaciona-se a um efeito não trivial e não fácil de ser
> aprendido, a não ser que sob uma visão muito superficial.

É, já ví que vou ter que aprender relatividade direito (ou o que mais
for)
se quiser mesmo entender eletromagnetismo...

Antonio Carlos M. de Queiroz



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SUBJECT: -= NewsLetter 25 [11/05/2000] =-
FROM: "David Ramalho" <mop12506@mail.telepac.pt>
TO: "#Ciencia" <cienciaPT@egroups.com>, <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/05/2000 18:22
ATTACHMENTS (20000512-182230-0000651): "cientistas5.gif"

:: N O T I C I A S

-> DESCOBERTA
Os crânios que vieram do calor

Helena Mendonça

A revista "Science" revela hoje achado na Geórgia, que poderá representar os
primeiros antepassados chegados de África

http://www.dn.pt/cie/12p29a.htm

-> IMPACTES AMBIENTAIS
GEOTA critica nova lei e aponta as insuficiências

Humberto Vasconcelos

Ambientalistas da associação que mais se notabilizou em impactes ambientais
acham que apenas se deu "um passinho"

http://www.dn.pt/cie/12p29c.htm

-> Encontrados Os Mais Antigos Fósseis de Hominídeos na Zona Euroasiática
Para Leste do Paraíso

Por CLARA BARATA

Numa colina da República da Geórgia foram encontrados fósseis do que se
pensa serem os primeiros hominídeos que saíram de África. Mas não são,
certamente, os mais antigos antepassados dos Europeus. O seu caminho de
nómadas tê-los-á levado sempre para o extremo Oriente.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/05/12/Ciencias/H01.html

-> Um Quarto dos Portugueses Tem Acesso à Internet

Vinte cinco por cento da população portuguesa com mais de 15 anos tem acesso
à Internet, revela um estudo da empresa Marktest para o primeiro trimestre
de 2000.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/05/12/Ciencias/H02.html

-> Milhares de Pessoas Foram Evacuadas para Escapar ao Fogo
Inferno em Los Alamos

Mais de 20 mil pessoas foram evacuadas ontem de três cidades
norte-americanas no estado do Novo México, no sul dos EUA. O devastador
incêndio que há uma semana consome a região de Los Alamos, Espanola e White
Rock destruiu desde quarta-feira, segundo informações avançadas pela CNN,
mais de cem casas em Los Alamos, muito próximo do laboratório nuclear mais
importante dos EUA

http://jornal.publico.pt/publico/2000/05/12/Ciencias/H03.html

-> Protocolo Foi Assinado Esta Semana
Cartografia Portuguesa Disponível "On Line"

Por RITA VAZ DA SILVA

Cerca de 500 plantas antigas de terras tão diferentes como Mombaça,
Estremoz, Rio de Janeiro e Chaves estão disponíveis gratuitamente na
Internet. Fazem parte do Arquivo Virtual de Cartografia Urbana Portuguesa -
uma base de dados informatizada de plantas de cidades de origem portuguesa,
recolhidas em inúmeros arquivos e bibliotecas de Portugal e do estrangeiro

http://jornal.publico.pt/publico/2000/05/12/Ciencias/H04.html

-> Parque Natural de Sintra-Cascais
Abano Pode Ser Embargado

Os ambientalistas entregaram ontem, no Tribunal Judicial de Cascais, uma
providência cautelar para embargar as obras de urbanização do Abano, neste
concelho. A Associação Salvar Sintra, responsável pela iniciativa, pretende
"que as seis empresas com interesses nas propriedades em causa cessem todas
as intervenções urbanísticas até que os tribunais decidam sobre a legalidade
da sua actuação".

http://jornal.publico.pt/publico/2000/05/12/Ciencias/H05.html


:: H U M O R

-> TEN REASONS TO DATE AN ENGINEER
10. Why not?
9. They are user friendly
8. No need to call a handy man
7. Learn how to use the other buttons on your calculator
6. Homework help without the guilt
5. They will make lots of money
4. Not all of them wear dark blue jeans
3. They know how to push the right buttons
2. They understand heat-transfer
1. They are used to pulling all nighters

-> A function and a differentiation operator meet somewhere in Hilbert
space.
The differentation operator: Make place or I differentiate you.
Function: Forget it buster, I am e^x.
The differentation operator: Well, I am d/dy.

-> Theorem: Consider the set of all sets that have never been considered.
Hey! They're all gone!! Oh, well, never mind...

-> The world is divided into two classes:
people who say "The world is divided into two classes",
and people who say
The world is divided into two classes:
people who say: "The world is divided into two classes",
and people who say:
The world is divided into two classes:
people who say ...

-> Some tourists in the Chicago Museum of Natural History are marveling
at
the dinosaur bones. One of them asks the guard, "Can you tell me how old
the dinosaur bones are?" The guard replies, "They are 73 million, four
years, and six months old." "That's an awfully exact number," says the
tourist. "How do you know
their age so precisely?" The guard answers, "Well, the dinosaur bones were
seventy three million years old when I started working here, and that was
four and a half years
ago."

:: T h e E n d

David Ramalho a.k.a. Songo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ofjor Ciência - Lixo radioativo: hora de cobrar
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/05/2000 18:26

> Em uma edicao do jornal Zero Hora li algo do tipo:
> 'Tal metralhadora atira a uma *velocidade* de 700 tiros por segundo'.
> Ateh ai ... nada de muito grave.. mas logo apos eles falam algo como
> 'quanto maior a velocidade mais profundo eh o ferimento'.
>
> Eh claro que a relacao entre as duas frases eh equivocada, mas a minha
> duvida eh se seria adequado falar em *velocidade* de 700 tiros por
> segundo, eu acho que neste caso se adapta melhor o termo *frequencia*. O
> que vcs acham?
>
> Ateh mais.
> Luis Roberto Brudna - o chato de plantao.

Tecnicamente, sim, mas não se tratava de um texto técnico. Ademais, não
vejo problema em dizer que a "velocidade" com que a metralhadora punha as
balas para fora é de 700 a cada segundo. Há horas em que a precisão pede o
termo técnico, mas há horas em que o não uso do termo técnico não implica em
nenhuma distorção conceitual.

Freqüentemente nós, os físicos, tiramos palavras do cotidiano,
damos-lhes novo significado e depois saímos por aí querendo que as pessoas
as usem com esse novo significado. Talvez isso origine uma parte das
confusões na Física (massa/peso, força/pressão/energia, etc.). Mas talvez
seja o preço a pagar por não ser complexo demais; enfim, sei lá. Os biólogos
são mais espertos: criam palavras novas. No elevador do prédio onde morava,
em Curitiba, está escrito assim: "Capacidade: 450 kgf (4500 N)". Tem
cabimento?

Eu encontro distorções conceituais a torto e a direito pela imprensa
científica. Haja visto o "universo chato como uma panqueca" publicado pelo
Estadão.

Até,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ofjor Ciência -
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/05/2000 19:25


De: <lrb@if.ufrgs.br>


> Hiii.. senti cheiro de confusao no ar. :) Coitado do Flavio Dieguez (da
> Super), foi crucificado pelo nucleo de atomo de ouro pintado de dourado.
> Brincadeiras a parte... essa questao eh interessante de ser debatida.
>

Léo:
Não conheço o Sr. Flávio da Super. Conheço a Super. Quem conhece as partes
nem sempre conhece o todo. Pintar o núcleo de ouro de dourado (amarelo
revista) pode até ser considerado um subterfúgio editorial para destacar a
figura brilhante do núcleo atômico, ampliada ... e sem sentido físico, mesmo
porque sei lá se há sentido em falar de cor para partículas subatômicas.
Para ter cor, como aquela que entendemos, a luz deve incidir (por exemplo no
elétron) e após selecionadas as radiações que interessam absorver, reenviar
as demais, as quais, devidamente captadas pela retina nos dão a sensação da
tal cor. Como poderia um elétron (no exemplo) selecionar as frequencias
contidas num feixe de luz visível? O menor comprimento de onda da radiação
incidente é um bocado maior que o elétron. É algo como uma onda na praia
encontrar um fino cabo de vassoura espetado no solo antes da rebentação.
Os erros mais comuns em tais revistas prende-se à máxima: uma figura mostra
mais que 1000 palavras. Será que isso funciona para a divulgação científica.
Um conceito, uma idéia, uma postura, podem ser substituídas por uma
figurinha colorida com uma breve caixa de texto roxo ao lado.
Será que as 'coisas' postas no ciencialist poderiam ser substituídas por
algumas poucas figurinhas? O erro é a revista ... independente da opinião do
Sr. (perá ai, deixa eu ler lá em cima) Flávio.


> > Enviei colaboração (e minha opinião sobre o Newsletter da Labjor) e já
tive
> > como resposta que meu artigo foi para a mesa de triagem. O título é O
Jovem
> > Novo Selvagem, a magia da ciência, sua necessidade e um estímulo aos
nossos
> > 'selvagens jovens'. Acredito que não passará pela triagem, não é
> > suficientemente acadêmico.
>
> Esse texto tem alguma relacao com o que apareceu no Jornal da Ciencia
> (da SBPC) e que eu nao consegui mais recuperar?
>

Léo:
Bi (duas vezes) sulutamente nada! O texto para o Jornal da Ciência era do
tipo desse apresentado ai em cima. Mais suave, talvez, e abrangendo textos
de divulgação em geral. A Super foi citada num universo de outras.
>
> > Critiquei (um pouquinho) o News por ser muito acadêmico em seus textos
para
> > melhorar a divulgação científica na mídia em geram e não dar exemplo
nenhum
> > de como tratar um determinado assunto.
> > A Vera Regina (da mensagem acima), assim como o Roberto Belisário, são
> > colaboradores assíduos do newsletter. Pela leitura do news no. 14 -
> > abril/2000, minha opinião de que esse informativo fala muito
academicamente
> > e ensina pouco continua de pé.
> >
> > Mas ...... é uma boa e válida tentativa e, como tal, merece toda a
atenção.
> > >

Léo:
Esse comentário prende-se ao Newsletter. Ainda não tive oportunidade de
saborear os textos do site do Labjor. Vou atrás deles. Ser acadêmico é
discutir o tema sentado numa mesa de reunião e colocar os resultados num
informativo. Ser 'mais acadêmico' é discutir o tema sentado numa mesa de
reunião, elaborar um texto com exemplos sobre como o tal tema deveria ser
abordado na mídia, criticá-lo e divulgá-lo para que os demais pudessem fazer
uso desse conhecimento, opinião, linha de trabalho etc.
Ao ler os textos do Labjor vou pesar o que aprendi com eles, que falhas eles
me apontam na minha maneira de divulgar, que exemplo concreto apresentam
discutindo um tema de 2 ou 3 maneiras. Se eu aprender algo lá, sem dúvida
passarei o recado para a frente, procurarei divulgar a fonte de informações.
Se os textos que ler forem os do tipo dos 'primeiros acadêmicos' abordando
"a linguagem no jornalismo e na mídia abrangendo as relações
histórico-discursivas da linguagem da mídia impressa englobando as pesquisas
sobre as tendências da produção e divulgação .........", farei o meu papel
'de culto e educado' ... muito lindo, ... continuem assim ....etc.

> Aproveitando o mail.
>
> Em uma edicao do jornal Zero Hora li algo do tipo:
> 'Tal metralhadora atira a uma *velocidade* de 700 tiros por segundo'.
> Ateh ai ... nada de muito grave.. mas logo apos eles falam algo como
> 'quanto maior a velocidade mais profundo eh o ferimento'.

Léo:
É porque as balas que vem atrás empurram aquelas que já estão no corpo,
fazendo uma fila indiana. O ferimento é mais profundo. Algumas podem até
cair do outro lado, com menor velocidade :-))))).
Uma rajada de 700 tiros por segundo, significa que os projéteis gastam 1/700
s para percorrerem a alma da arma. Supondo uma metralha com cano de 1m, tais
projéteis percorrem esse 1m em 1/700 s, o que lhes conferem a velocidade de
saída em 700 m/s (pouco mais de match 2). Pondo 0,1 kg para a massa do
projétil (?) sua quantidade de movimento será de 70 kg.m/s ou 70 N/s. Se o
projétil parar no corpo de 0,1s a força média de penetração será de 700 N
(cerca de 70 kgf). Realmente, vai ser bem profundo.
>
> Eh claro que a relacao entre as duas frases eh equivocada, mas a minha
> duvida eh se seria adequado falar em *velocidade* de 700 tiros por
> segundo, eu acho que neste caso se adapta melhor o termo *frequencia*. O
> que vcs acham?

Léo:
Rapidez de disparo ou rajada. A 'velocidade' ai citada tem o mesmo pecado do
'aumentar o volume do rádio', um problema de marcinaria confundido com
aumento de ganho ou da amplitude sonora.

[]'s (longo)
Léo

Léo:





SUBJECT: Re: [ciencialist] Feixe de Eletrons_2
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/05/2000 20:22

Roberto Belisario wrote:

> Cargas num disco girando são um negócio complicado, porque há aceleração
> em jogo, e um dos observadores não está em um sistema inercial. Acho que
> posso recuperar a simplicidade considerando um fio retilíneo sobre uma
> esteira rolante muito longa. A esteira faz o papel do disco. Então há um
> observador preso na esteira e um no chão, olhando.

Ok.

> Assim, se, para um observador em repouso em relação a um fio, existe um
> campo magnético ao seu redor, então, para um observador em movimento em
> relação ao fio, existe um campo magnético e também um campo elétrico.
>
> Logo, para o observador fora da esteira, existe um campo elétrico
> adicional! Feitas as contas, esse campo elétrico vai neutralizar a força
> exercida pelo campo magnético sobre as cargas em movimento, de maneira que a
> resultante é nula para os dois observadores.
>
> Note que, se as bolinhas estivessem se movendo em relação ao fio,
> haveria uma força, e essa força seria a mesma para os dois observadores, mas
> "causada" por campos de natureza diferentes - para um, só pelo campo
> magnético; para o outro, por um campo magnético e por um campo elétrico.
> Isto evidencia a íntima relação entre campos elétricos e magnéticos
> introduzida pela Relatividade.

Humm... Parece fazer sentido e resolver o paradoxo. Vou ainda pensar nas
implicações.
Uma delas parece ser que dois feixes de elétrons no vácuo -não- se
atraem, ao contrário do que eu inicialmente imaginei que fariam.
(Alguém já fez esta experiência? Já ví um dispositivo de demonstração
em um catálogo antigo que gerava justamente dois feixes de elétrons
paralelos, atingindo uma placa fluorescente disposta de modo a mostrar
a trajetória. Não encontrei maiores comentários sobre ele, entretanto.)
Dois fios se atraem porquê os elétrons se movendo em um fio observam
os elétrons no outro fio parados, mas com os átomos com carga positiva
se movendo para trás. A corrente percebida independe da velocidade
do observador. Continua sendo válida portanto a afirmação
de que a corrente em uma fita tende a se mover para o centro da fita.
Talvez isto explique também, pelo menos em parte, porquê faíscas
elétricas no ar, mesmo raios, seguem canais estreitos, enquanto isto
não acontece em ar rarefeito. Enquanto existirem íons se movendo para
trás, como percebido pelos elétrons em movimento, há tendência à
concentração de corrente no centro. Sem íons, não.

> Ex' = Ex
> Ey' = gama (Ey - beta Bz)
> Ez' = gama (Ez + beta By)
>
> Bx' = Bx
> By' = gama (By + beta Ez)
> Bz' = gama (Bz - beta Ey)
>
> onde gama é o fator de Lorentz = 1/raiz quadrada de [1 - beta**2], beta =
> v/c e c = velocidade da luz no vácuo. Repare que, se em S só existe um campo
> Bz na direção z, no sistema S' aparecerá um campo Bz' e também um campo
> elétrico Ey'.

Bem simples até. Obrigado por mostrar isto.

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: [ciencialist] Feixe de Eletrons_2
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/05/2000 23:08

Não participei deste assunto até agora porque as mesagens estavam muito
longas e eu tinha pouco tempo. Mas eis que surge uma oportunidade. Não li
grande parte das outras mensagens, mas talvez seja útil o que vou dizer
aqui.

> Caros participantes desta discussão:
>
> Em vez de procurar responder a todas as mensagens, deixe-me sumarizar
> a história e deixar mais claro os problemas que vejo aí:
>
> A história começou com a questão de porquê um feixe de elétrons
> não se dispersa. Eu disse que poderia ser pela mesma razão que
> faz com que dois fios paralelos conduzindo corrente se atraiam.

Primeiro: um par de feixes de elétrons se deslocando no espaço não é
equivalente a um par de fios conduzindo corrente. Simplesmente porque, além
dos elétrons negativamente carregados, os fios contém as cargas positivas
dos núcleos atômicos. Então, no caso dos fios, tem-se um conjunto de cargas
negativas de deslocando e um conjunto de cargas positivas paradas.

> Aí surgiu uma questão esquisitíssima, que vou enunciar assim:
> Em vez de dois fios transportando corrente, monte duas filas
> paralelas de bolinhas condutoras suspensas em fios isolantes
> e coloque cargas elétricas iguais em todas elas. Suponha pequena
> a força de repulsão eletrostática entre as bolinhas. Coloque as
> filas ao longo de um vagão de trem e faça o trem andar.
>
> Perguntas (Observe o paradoxo. Não sei as respostas, e ninguém a
> quem perguntei sabe):
> As filas de bolinhas se atraem, como se atrairiam dois fios
> conduzindo corrente?
> Alguém fora do trem veria as filas de bolinhas se atraindo?
> Alguém dentro do trem veria as filas de bolinhas se atraindo?

Não, as filas não se atraem. Para um observador no trem, as bolinhas
estão paradas e tendem a se afastar, porque têm cargas de mesmo sinal. Como
todos os sistemas de referência inerciais são equivalentes, o mesmíssimo
fenômeno deve ser observado para um observador no chão.

> Existe campo magnético em redor das filas de bolinhas, como
> existiria em redor de um fio conduzindo corrente?
> Este campo seria observado por alguém fora do trem?
> E por alguém dentro do trem?

O observador no chão vê um campo magnético, porque para ele as cargas
estão em movimento. O observador no trem não vê campo magnético algum,
porque as cargas estão em repouso.

> Faça pior: Coloque uma bolinha carregada só para andar a alta
> velocidade.
> Ela gera campo magnético? Basta deixar a bolinha parada sobre a Terra
> girando...

Qualquer carga em movimento gera campo magnético. Seja transladando ou
girando.

> Existe obviamente um problema relativístico aí. Como tratá-lo?
> Não adianta dizer que o efeito é pequeno ou que precisa-se revirar
> a física para achar uma resposta, ou que elétrons não são bolinhas...

Não há problema nem paradoxo algum. Nem precisamos invocar a teoria da
Relatividade para resolvê-lo. O aparente paradoxo surge por causa do fato de
que para um dos observadores exite um campo magnético, ao par que para o
outro não. Mas repare o seguinte: um campo magnético só age sobre cargas
elétricas em movimento em relação ao campo, não age sobre cargas paradas em
relação a ele. Desta forma, para o observador no chão existe um campo
magnético, porém as cargas estão em repouso em relação a esse campo (pois as
cargas estão em repouso umas em relação às outras). O campo então não exerce
força sobre as tais cargas! O movimento delas, portanto, será apenas devido
ao campo elétrico, reproduzindo assim o movimento visto pelo observador no
trem.

Outro paradoxo, com relação aos fios, pode ser resolvido quando
percebemos que a situação acima não é equivalente à dos fios. Como eu disse
no início desta mensagem, os fios têm cargas positivas. Para montar uma
situação equivalente, deveríamos incluir esferas condutoras carregadas
positivamente, em movimento em relação às esferas originais.

O problema original era o do feixe de elétrons. Pois os elétrons do
feixe tendem a se afastar. Não se vê os elétrons se afastarem porque, em
todas as situações experimentais, a densidade de elétrons é muito baixa e o
tempo que eles levam para chegar a seu destino pequeno demais para que
possamos observar qualquer divergência no feixe. Basta construir um feixe
mais denso ou mais longo, e observaremos o efeito.

Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Feixe de Eletrons_2
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/05/2000 00:22

-----Mensagem Original-----
De: "Antonio Carlos M. de Queiroz
Enviada em: Quinta-feira, 11 de Maio de 2000 21:07
Assunto: Re: [ciencialist] Feixe de Eletrons_2

> Aí surgiu uma questão esquisitíssima, que vou enunciar assim:
> Em vez de dois fios transportando corrente, monte duas filas
> paralelas de bolinhas condutoras suspensas em fios isolantes
> e coloque cargas elétricas iguais em todas elas. Suponha pequena
> a força de repulsão eletrostática entre as bolinhas. Coloque as
> filas ao longo de um vagão de trem e faça o trem andar.

Agora sim! Adoro a física de bolinhas. :-)

> Perguntas (Observe o paradoxo. Não sei as respostas, e ninguém a
> quem perguntei sabe):
> As filas de bolinhas se atraem, como se atrairiam dois fios
> conduzindo corrente?
> Alguém fora do trem veria as filas de bolinhas se atraindo?
> Alguém dentro do trem veria as filas de bolinhas se atraindo?
> Existe campo magnético em redor das filas de bolinhas, como
> existiria em redor de um fio conduzindo corrente?
> Este campo seria observado por alguém fora do trem?
> E por alguém dentro do trem?

Hmmmm!!! Vejamos... Se não chegar a nada pelo menos vou passear de trem. :-)
Vamos por partes. Inicialmente as bolinhas vão entrar num equilíbrio
repulsivo e como a repulsão foi assumida desprezível, podemos ignorá-la. O
fato delas estarem ou não no trem, assumindo este como um referencial tão
bom quanto aquele existente fora do trem, não modificará em nada a
experiência, qualquer que seja a relatividade considerada. Vamos então às
perguntas:

1) As filas de bolinhas se atraem, como se atrairiam dois fios conduzindo
corrente?

R.: Não. Elas se comportariam no trem exatamente da mesma maneira como se
comportam fora do trem. A única força presente, além do peso e reação à
tração no fio, é a força elétrica repulsiva de intensidade considerada
desprezível.

2) Alguém fora do trem veria as filas de bolinhas se atraindo?

R.: Não. Tanto o princípio da relatividade de Galileu quanto o postulado do
da relatividade especial de Einstein garantem-nos esta negativa. As leis
consideradas são as mesmas nos dois referenciais.

3) Alguém dentro do trem veria as filas de bolinhas se atraindo?

R.: Não, como já respondido em 1.

4) Existe campo magnético em redor das filas de bolinhas, como existiria em
redor de um fio conduzindo corrente?

R.: Antes de responder a pergunta deve-se observar o seguinte: Um observador
(ou uma carga de prova) situado no interior do trem não verá campo magnético
algum e um observador (ou uma carga de prova) situado fora do trem verá um
campo magnético previsto pela lei de Ampère. Portanto, para um observador
externo ao trem existe campo magnético em redor das filas de bolinhas, campo
este idêntico ao que seria observado em redor de um fio conduzindo corrente
de intensidade equivalente, em termos de transporte de carga, através de uma
superfície de corte fictícia. Isto não significa dizer que o sistema é
idêntico a uma corrente elétrica. Não é.

5) Este campo seria observado por alguém fora do trem?

R.: Este campo somente seria observado por observadores situados fora do
trem.

6) E por alguém dentro do trem?

R.: Somente se este alguém estiver correndo no interior do trem.

7) Faça pior: Coloque uma bolinha carregada só para andar a alta velocidade.
Ela gera campo magnético?

R.: Sim, se observada por alguém em repouso ou em movimento relativo em
relação à carga.

8) Basta deixar a bolinha parada sobre a Terra girando...

R.: Também, ainda que o campo seja um pouco mais complexo e parecido com o
de uma espira circular.

9) Existe obviamente um problema relativístico aí. Como tratá-lo?

R.: Até agora, não. Para os casos considerados a relatividade clássica é tão
boa quanto a relatividade de Einstein. A relatividade especial somente entra
em jogo quando tentamos explicar o porquê de dois fios condutores paralelos
se atrairem, condição em que, pelo exposto acima, seria de se esperar que
não acontecesse. Se houver interesse "poderei tentar" explicar este efeito,
sem entrar em muitas considerações relativisticas, em outra mensagem. Existe
um suposto efeito relativístico para o caso 7 e relacionado aos potenciais
retardados (carga se aproximando e/ou se afastando do observador), mas
acredito que no caso do trem pode ser deixado de lado, mesmo porque seria
desprezível em pequenas velocidades. Lembro ainda que existe uma outra
teoria eletromagnética de Weber e que difere em muitos aspectos da teoria de
Maxwell-Lorentz justamente nestes aspectos relativísticos. Quem "anda por
esta praia", aqui no Brasil, é o André Assis da Unicamp. Trata-se de uma
teoria bastante interessante mas não me arriscaria a dar palpites sobre a
mesma. Pelo que sei, parece-me que ela também se apoia na física de bolinhas
e em virtude disso não me interessei muito por ela, ainda que ela apresente
alguns aspectos coincidentes com previsões que faço com a minha teoria.

10) Não adianta dizer que o efeito é pequeno ou que precisa-se revirar a
física para achar uma resposta, ou que elétrons não são bolinhas...

R.: Não disse, mas que não são, não são. :-)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Relativo a mim
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/05/2000 09:47
ATTACHMENTS (20000513-094739-0000657): "Eisntrem.gif"

Agora que a sub thread da divergência do feixe está chegando a um consenso,
serviu, entre outros inúmeros fatores, para despertar minha ignorância
relativa e quântica.
Não farei a pergunta: Quem sabe mais Relatividade do que eu?, porque todos
levantariam a mão. Mas perguntarei, Quem sabe bem mais Relatividade do que
eu? e está disposto a ajudar-me no projeto: "Use o modelo Mecânico de Newton
para entender a Relatividade de Einstein" (título sujeito a alteração).
Creio que esse trabalho será útil para alunos e professores. Já iniciei, já
construí o protótipo do modelo mecânico, já fiz 2 ou 3 tentativas para
apresentar um texto claro, limpo, didático, mas, ainda não estou contente
com o resultado final. Como trata-se de um projeto inovador, nada melhor que
nossa ciencialist para colocá-lo no 'ponto de bala', para, em seguida,
colocá-lo à disposição, via www a todos os interessados.

O plano é o seguinte (sujeito a chuvas e trovoadas):

a) Mostrar a primeira dificuldade enfrentada ao iniciar o tema relatividade
: o senso comum;
b) Mostrar exemplos onde o senso comum fura;
c) apresentar o problema da 'soma das velocidades' para Galileu comparando-o
aos resultados de Einstein (com uma formuleta sem explicações prévias). Dar
vários exemplos, incluindo o da luz emitida por estrelas duplas;
d) Introduzir o modelo mecânico e mostrar a compatibilidade da simulação

etc......... (senão vai ficar longo demais)

Usarei de um anexo (desculpem-se por usar desse 'modernismo' não habitual na
lista) para mostrar a ilustração do modelo mecânico.

Explicação prévia do modelo:
AB é uma tábua que escorrega sobre uma guia fixa ao suporte todo. AB
representa o trem de Einstein, onde A e B são fontes de luz que lampejam. A
tábua é puxada pelo enrolamento do cordel no cilindro de raio r. Os lampejos
de luz são representados pelos bloquinhos (ou clipes de papel) M e N. Esses
lampejos caminham com velocidade maior que a do trem, pois os cordéis que os
puxam enrolam no cilindro de raio R > r. Com isso, a velocidade do trem é
"v" proporcional a r e a velocidade dos lampejos é "c" proporcional a R. D é
observador fixo ao meio do trem; E é um observador externo, fixo ao solo.
Repare que v/c = r/R (a relação v/c já está no papo). O movimento uniforme
do sarilho diferencial nos garantirá a constância de v e c (esse sarilho
pode ser acionado a manivela ou mediante pequeno motor elétrico com redutor
de velocidades). Com a redução adequado do motor pode-se, na prática, medir
o tempo que o lampejo leva para atingir D e E com excelentes resultados.
A perda da simultaneidade, os tempos distintos em relógios distintos, a
contração do espaço e outros derivados da relatividade, que não sei detalhar
(sua praia), passarão a ser observados diretamente na prática (minha praia).

Quem quiser preparar-me um gif animado para o caso do trem em repouso e
lampejos chegando em D (ou E), é só manifestar-se. As 6 figuras do gif
animado já estão prontas ... é só enviar.

Será útil esse trabalho?

[]'

Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Feixe de Eletrons_2
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/05/2000 13:34

Antonio apresenta:

***Monte-se então a seguinte experiência: coloque-se uma fila de
bolinhas carregadas em um grande disco girante (isto parece
uma máquina eletrostática), e monte-se
neste mesmo disco um fio circular portando uma corrente contínua.
Coloque uma bateria, ou use um fio supercondutor.
Assim, pelos argumentos citados, o fio geraria um campo magnético
igualmente observável por quem esteja fora do disco ou girando
com ele, e a fila de bolinhas geraria um campo somente observável
por quem estivesse fora do disco. Com as bolinhas bem juntas,
ambos os campos seriam perfeitamente uniformes.
Como explicar a força observada entre o fio e as bolinhas,
que existiria só para o observador externo? ***

Léo:
Se entendi a geometria da experiência, discordo do "ambos os campos seriam
perfeitamente uniformes". O vetor indução B (identificado como o campo
magnético, no vácuo) não é o mesmo para todos os pontos, em nenhum dos dois
casos. Utilizamos, habitualmente, apenas o valor do B no centro da espira,
no caso do fio, (B = u.i/2r), cujo cálculo é simplificado pela simetria. Se
a corrente de bolinhas for perfeitamente assemelhável à corrente no fio,
para o cálculo do campo, ele apresentará valores distintos para casa ponto.

Posso concordar que o valor do campo devido à corrente no fio, nos pontos
onde se encontra a 'corrente de bolinhas eletrizadas' é constante (supondo
ambas espiras concêntricas com centro no eixo do disco).
Para o campo da corrente no fio, as cargas das bolinhas estão em permanente
repouso. Isso justifica porque o campo magnético da corrente no fio não atua
sobre as cargas das bolinhas.

Mas, para o observador externo, as cargas da corrente elétrica no fio
(alguns milímetros por segundo) não estão em repouso (a menos de um caso
muito especial do ajuste da rotação do disco) em relação ao campo produzido
pelas bolinhas eletrizadas. Nessa situação o campo magnética dessa fila de
cargas deveria agir sobre cada carga negativa da corrente no fio (sobre as
positivas não, essas estão em repouso para o campo das bolinhas). E talvez
ajam. Repare que nessa situação as forças individuais seriam no sentido de
diminuir o raio da espira circular por onde circula corrente. Talvez a
rigidez do fio impeça essa ação de estrangulamento da espira e não seja
observado. Um detalhe: essa força que o campo das bolinhas aplica (?) nos
elétrons da corrente no fio não tem reação (pelo menos não a enxergo de modo
algum).

Antonio:
Repita a mesma experiência com o disco parado e correndo em volta
dele com um magnetômetro. Aparece uma força entre o fio e as
bolinhas quando você corre?
Como podem existir dois tipos de campo magnético, e uniformes
ainda por cima?
Ainda há algo errado.

Léo:
Creio que o magnetômetro funciona quando houver movimento relativo entre ele
e o campo pesquisado (creio que é devido à indução sobre uma bobina do
magnetômetro). Se vc correr sobre uma circunferência concêntrica com o disco
e pertences, o fluxo magnético através dessa tal bobina será constante e,
portanto, não acusará campo algum.
Para a segunda pergunta: o segundo campo (o das bolinhas), pelo que ficou
estabelecido é relativista (pertence a uma seita estranha) ... será que a
força que ele aplica tb o é e seus efeitos não são observáveis nas nossas
velocidades?




SUBJECT: Re: [ciencialist] Feixe de Eletrons_2
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/05/2000 15:20

> Antonio apresenta:
>
> ***Monte-se então a seguinte experiência: coloque-se uma fila de
> bolinhas carregadas em um grande disco girante (isto parece
> uma máquina eletrostática), e monte-se
> neste mesmo disco um fio circular portando uma corrente contínua.
> Coloque uma bateria, ou use um fio supercondutor.
> Assim, pelos argumentos citados, o fio geraria um campo magnético
> igualmente observável por quem esteja fora do disco ou girando
> com ele, e a fila de bolinhas geraria um campo somente observável
> por quem estivesse fora do disco. Com as bolinhas bem juntas,
> ambos os campos seriam perfeitamente uniformes.
> Como explicar a força observada entre o fio e as bolinhas,
> que existiria só para o observador externo? ***
>
> Léo:
(...)
> Para o campo da corrente no fio, as cargas das bolinhas estão em
permanente
> repouso. Isso justifica porque o campo magnético da corrente no fio não
atua
> sobre as cargas das bolinhas.

> Mas, para o observador externo, as cargas da corrente elétrica no fio
> (alguns milímetros por segundo) não estão em repouso (a menos de um caso
> muito especial do ajuste da rotação do disco) em relação ao campo
produzido
> pelas bolinhas eletrizadas.

Cargas num disco girando são um negócio complicado, porque há aceleração
em jogo, e um dos observadores não está em um sistema inercial. Acho que
posso recuperar a simplicidade considerando um fio retilíneo sobre uma
esteira rolante muito longa. A esteira faz o papel do disco. Então há um
observador preso na esteira e um no chão, olhando.

Após pensar um pouco mais, percebi que a abordagem que dei na mensagem
anterior é antiquada, creio que é o que se usava antes da Relatividade. Isso
porque o conceito de "velocidade em relação ao campo", que usei, em última
análise invoca o referencial absoluto do éter. Vou tentar mostrar como é que
isso é pensado hoje.

Suponha um sistema de referência inercial no qual existe um certo campo
magnético. O que acontece se trocarmos de sistema de referência inercial? Se
aplicarmos as transformações de Lorentz (da Relatividade) no campo,
encontramos não só um novo campo magnético, mas também um campo elétrico
(que não existe para o primeiro observador).

Assim, se, para um observador em repouso em relação a um fio, existe um
campo magnético ao seu redor, então, para um observador em movimento em
relação ao fio, existe um campo magnético e também um campo elétrico.

Logo, para o observador fora da esteira, existe um campo elétrico
adicional! Feitas as contas, esse campo elétrico vai neutralizar a força
exercida pelo campo magnético sobre as cargas em movimento, de maneira que a
resultante é nula para os dois observadores.

Note que, se as bolinhas estivessem se movendo em relação ao fio,
haveria uma força, e essa força seria a mesma para os dois observadores, mas
"causada" por campos de natureza diferentes - para um, só pelo campo
magnético; para o outro, por um campo magnético e por um campo elétrico.
Isto evidencia a íntima relação entre campos elétricos e magnéticos
introduzida pela Relatividade.

> Antonio:
> Repita a mesma experiência com o disco parado e correndo em volta
> dele com um magnetômetro. Aparece uma força entre o fio e as
> bolinhas quando você corre?

Pelo parágrafo acima, não aparece, porque os dois sistemas são
equivalentes. Qualquer alteração na força devida a uma alteração no campo
magnético será neutralizada pelo aparecimento de um campo elétrico.

> Como podem existir dois tipos de campo magnético, e uniformes
> ainda por cima?

Do posto acima, só há um tipo de campo. O campo magnético do fio também
é alterado pelo movimento do observador, como qualquer outro campo
magnético.

Apêndice 1 (fórmulas):
Seja S um sistema inercial e S' um outro movendo-se com velocidade
constante em relação a S, na direção do eixo x. As relações entre os campos
vistos por S e por S' são (J. D. Jackson, Classical Electrodynamics, John
Wiley & Sons, pág. 552):

Ex' = Ex
Ey' = gama (Ey - beta Bz)
Ez' = gama (Ez + beta By)

Bx' = Bx
By' = gama (By + beta Ez)
Bz' = gama (Bz - beta Ey)

onde gama é o fator de Lorentz = 1/raiz quadrada de [1 - beta**2], beta =
v/c e c = velocidade da luz no vácuo. Repare que, se em S só existe um campo
Bz na direção z, no sistema S' aparecerá um campo Bz' e também um campo
elétrico Ey'.

Apêndice 2:
Se eu for fiel à abordagem que fiz na mensagem anterior, diria o
seguinte. A força exercida sobre uma carga por um campo magnético depende da
velocidade desta carga em relação ao campo. Para o observador preso ao
disco, as bolinhas carregadas estão em repouso em relação ao campo. Mas,
para o observador fora do disco, também! Porque o campo é gerado pelo fio,
que está em repouso em relação às cargas. Assim, para o observador do lado
de fora também não haverá força exercida nas bolinhas pelo fio. Mas, como eu
disse, o conceito de "velocidade em relação ao campo" é um tanto pré-1905 e
tem problemas sérios. (Por exemplo, o que define o referencial em repouso em
relação a um campo magnético? As próprias fontes do campo magnético já são
cargas em movimento...).

Até...
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ofjor Ciência - Lixo radioativo: hora de cobrar
FROM: Wilson Baptista Junior <wilson@bis.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/05/2000 17:21

Olá Luiz,

At 17:59 12/05/00 +00-03, you wrote:
> Em uma edicao do jornal Zero Hora li algo do tipo:
> 'Tal metralhadora atira a uma *velocidade* de 700 tiros por segundo'.
>Ateh ai ... nada de muito grave.. mas logo apos eles falam algo como
>'quanto maior a velocidade mais profundo eh o ferimento'.
>
> Eh claro que a relacao entre as duas frases eh equivocada, mas a minha
>duvida eh se seria adequado falar em *velocidade* de 700 tiros por
>segundo, eu acho que neste caso se adapta melhor o termo *frequencia*. O
>que vcs acham?

Com certeza o termo "velocidade" está mal empregado na primeira frase. Na
verdade ele se refere à frequência de disparo, que em inglês inclusive se
denomina "firing rate" (taxa de disparo). Na segunda frase ele está se
referindo à velocidade do projétil. Agora, há também um erro de unidades na
notícia do jornal, a frequência de disparo é provavelmente de 700 tiros por
minuto; a metralhadora mais rápida que já foi construída, que é a Vulcan
americana baseada no sistema Gatling, usada em aviões de combate, que tem
um feixe de canos acionados por um motor elétrico, chega "apenas" a 6.000
tiros por minuto, ou 100 por segundo.
[]'s
Wilson

============================================
Wilson Baptista Junior
Solucoes Empresariais Consultoria e Negocios
http://www.soempresar.com.br
mailto:wilson@soempresar.com.br
mailto:wilson@bis.com.br
============================================



SUBJECT: -= NewsLetter 26 [13/05/2000] =-
FROM: "David Ramalho" <mop12506@mail.telepac.pt>
TO: "#Ciencia" <cienciaPT@egroups.com>, <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/05/2000 17:22
ATTACHMENTS (20000513-172242-0000662): "cientistas6.gif"

:: N O T I C I A S

-> COSMOLOGIA
Um universo menos "negro"
Uma equipa de astrónomos deu um decisivo passo em frente na identificação da
distribuição da matéria invisível do cosmo

http://www.dn.pt/cie/13p29a.htm

-> CONSERVAÇÃO
Austrália quer "ressuscitar" o tigre-da-tasmânia

A espécie está extinta, mas há esperança de a recuperar pela clonagem a
partir do ADN de um animal conservado em álcool

http://www.dn.pt/cie/13p29b.htm

-> CONVENÇÃO NACIONAL
Verdes preparam o futuro

Com uma área de actuação demarcada dos movimentos ecologistas, o partido
quer ver aumentada a sua área de actuação e influência

http://www.dn.pt/cie/13p29c.htm

miF ::

ognoS .a.k.a olhamaR divaD


SUBJECT: As Bolinhas Elementares
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/05/2000 17:31

O texto abaixo é parte do capítulo de um livro que escrevi em 1983 e
publiquei em 1984.

Cap. 7: AS BOLINHAS ELEMENTARES

7.1 Introdução

Há quem diga que o elétron é uma partícula; há quem diga que o
elétron é uma onda; e há quem diga que uma onda por vezes é uma partícula ou
que uma partícula por vezes é uma onda. Eu não digo nada. Pudera! Não sou
físico. Nem prestei juramento algum que me forçasse a acatar os dogmas de fé
da física moderna. Posso imaginar os elétrons como bem o quiser. E, volta e
meia, surpreendo-me imaginando-os a percorrer a cadeia de transporte de
elétrons responsável pela fosforilação oxidativa. Sim, aquele conjunto de
reações de oxidação e redução que nos fornece o ATP ou a energia necessária
para que possamos continuar utilizando o pensamento.

Outras vezes imagino um fóton penetrando num elétron de uma molécula
de clorofila e iniciando um processo que em nada me parece mais complexo do
que o trabalho executado por milhares de formigas, a transportar os "quanta"
verdes de energia para o seu lar; cada uma carregando não mais nem menos do
que o estritamente necessário, dentro de suas possibilidades físicas e
naturais.

Mas, por mais que tente, não consigo imaginar o elétron como uma
nuvem, nem tão pouco como uma "bolinha" carregada com "frações" da unidade
"indivisível" de carga elétrica; e muito menos transformar esta "bolinha"
numa nuvem. Mas creio ter conseguido suprir esta minha incapacidade
intelectiva criando uma imagem "concreta" para o elétron. E, às vezes, "meu
elétron" até mesmo coaduna-se com as maravilhosas equações da física
moderna; fato este que, não nego, quando constato chega a aumentar a
freqüência de meu pulso; até que, de volta ao estado normal de incredulidade
científica, opto pela aceitação de tratar-se de mais uma das curiosas
coincidências que ultimamente, e com tanta insistência, têm me aparecido. E
sinto-me na obrigação de relatá-las na esperança de que alguém melhor
preparado do que eu destrua esta imagem; sem, evidentemente, apoiar seus
argumentos na aceitação de suposições outras ainda não definitivamente
comprovadas; ou então, em erros decorrentes não da imagem criada em si mas
da incapacidade óbvia que posuo em "vender o peixe" num mercado para mim de
todo estranho.

Perdoe-me, o leitor, se ao relatar os frutos de minha imaginação
aparento um entusiasmo acima do normal, denunciando uma crendice exagerada
no que estiver pregando; bem como um descrédito acima do esperado em
suposições outras incompatíveis com a minha lógica. Se me excedo na crítica
a determinados argumentos é porque reconheço que é justamente neles que
poderão ser encontradas as falhas da minha teoria; e, sinceramente, não faço
com a finalidade de ferir ninguém mas sim de estimular um contragolpe capaz
de abalar de vez com todas as minhas pretensões em desvendar a natureza
íntima da matéria pela via que ora estou trilhando.

7.2 A Física de Partículas Elementares

Etimologicamente falando física significa natureza ou ciência das
coisas naturais. Se considerarmos a natureza constituída exclusivamente por
matéria em movimento, poderemos definir a física como a ciência que estuda a
matéria, o movimento da matéria e as conseqüências deste movimento. A
definição, ainda que materialista em sua forma, não é em sua essência. A
matéria não se movimenta ao acaso mas em obediência a rígidos princípios. A
procura destes princípios caracteriza o verdadeiro papel dos físicos. O
porquê da obediência a estes princípios, se não para contestá-los ou
unificá-los, escapa ao objetivo da física.

A física antiga preocupou-se com a busca por estes princípios; a
física clássica, embora não os relegasse ao total desprezo, preocupou-se
muito mais em explicar o movimento dos corpos materiais que impressionam
nossos órgãos dos sentidos. Criou a "física dos sistemas físicos",
entendendo-se por sistema físico "a parte do Universo cujos atributos
perceptíveis pelos sentidos ou tornados perceptíveis por métodos
experimentais, estão sob investigação". Foi mais além, admitindo a
miniaturalização total destes sistemas; não se contentou com a conceituação
relativa de ponto material de Newton mas extrapolou excessivamente este
conceito admitindo a existência de uma física de "bolinhas" elementares que,
tal e qual Terra e Lua, atraem-se mutuamente, obedecem a lei da inércia e
originam forças de interação semelhantes àquelas que observamos no nosso
dia-a-dia; com a única restrição de que não firam leis de conservação de
entidades criadas para explicar fenômenos macroscópicos. Quase sempre são
pontos materiais; como se um ponto ocupasse lugar no espaço!

Como as "bolinhas" recusaram-se a obedecer determinadas leis
macroscópicas, a física clássica evoluiu para a física moderna; e esta nada
mais é do que uma física de "bolinhas" com várias personalidades: ora
comportam-se tal e qual as "bolinhas" clássicas; ora atravessam o "túnel
espaço-tempo" evaporando-se aos olhos complascentes de um hipotético
observador; e ora se inflamam e, tal e qual os fogos de artifício, cobrem os
céus do submundo em que vivem, num espetáculo somente testemunhado por suas
semelhantes.

Não sou contra a física de bolinhas elementares. Pelo contrário!
Acho que é aí que residem os segredos da física macroscópica. Mas a
metodologia seguida pelos físicos, tanto clássicos como modernos, na minha
opinião está errada. Se nos guiarmos pela lógica suprema, concluiremos que
as partículas elementares, ao se agruparem, o fazem de forma a que as leis
macroscópicas experimentais sejam obedecidas. E, no entanto, o caminho que
se segue é geralmente o oposto: admite-se que as partículas elementares
obedecem às leis macroscópicas. Aceita-se "a priori" que um elétron repele
eletricamente outro elétron, como se ele fosse uma partícula composta por
micro-elétrons distribuídos por sua superfície (P. EKSTRON e D. WINELAND, El
electrón aislado, Investigation y Ciencia, n. 49, 1980, p.67); e por ter
massa, aceita-se que um elétron atraia gravitacionalmente outro elétron; e
se estiver em movimento, criará um campo magnético, pois como uma corrente
elétrica o faz, sua unidade elementar também fará. E, no entanto, nada se
sabe sobre a gênese da gravitação, da eletricidade e do magnetismo. E ainda
que alguns admitam uma origem comum para esses três fenômenos, não me lembro
de ninguém que, para explicá-los, mentalizasse uma partícula que somente os
originassem quando em conjunto com outras semelhantes.

Quando a regra mostra-se inadequada, aí sim, e somente aí,
procura-se explicações outras, em geral baseadas em equações matemáticas, e
não na natureza íntima da partícula, que justifiquem a aberração encontrada.
E não foi de outra maneira que chegou-se à conclusão de que a massa do fóton
em repouso é igual a zero, muito embora este repouso seja proibido pela
mesma física que o define. Não foi também de outra maneira que chegou-se à
conclusão de que o nêutron tem um momento magnético de "spin", muito embora
não tenha carga elétrica, o que em termos de física clássica é bastante
estranho; e em termos de física moderna é um efeito bastante incomodativo.

O "meu" elétron é uma bolinha. Mas não é uma bolinha entre aspas;
não é um ponto material; não é uma boinha simples. E por não ser simples,
para obedecer a determinadas equações não precisa se transformar num ente
complexo que ninguém sabe se é uma onda, uma nuvem, uma quimera; como também
não se sabe quando voltará a ser simplesmente uma "bolinha". Sim! O "meu"
elétron não é simples, mas não é tão nebuloso. É uma bolinha composta por
outras bolinhas, mas não por micro-elétrons. Como também composto por
bolinhas é o próton, o nêutron, o fóton, o neutrino, tudo enfim.


Até a próxima

Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm
"O que estamos realmente dizendo é que é muito difícil visualizar o que seja
um elétron, porque não há nada em nossa experiência que nos sirva de guia.
Portanto, o que a mecânica quântica nos diz é mais ou menos tão profundo
quanto isto: um elétron não é como um carro" (J. TREFIL, A Física
Desmistificada, Ciência Ilustrada, Edit.Abril, n.10, julho/83, p.79).



SUBJECT: Re: [ciencialist] Relativo a mim
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/05/2000 17:32


> Explicação prévia do modelo:
> AB é uma tábua que escorrega sobre uma guia fixa ao suporte todo. AB
> representa o trem de Einstein, onde A e B são fontes de luz que lampejam.
A
> tábua é puxada pelo enrolamento do cordel no cilindro de raio r. Os
lampejos
> de luz são representados pelos bloquinhos (ou clipes de papel) M e N.
Esses
> lampejos caminham com velocidade maior que a do trem, pois os cordéis que
os
> puxam enrolam no cilindro de raio R > r. Com isso, a velocidade do trem é
> "v" proporcional a r e a velocidade dos lampejos é "c" proporcional a R. D
é
> observador fixo ao meio do trem; E é um observador externo, fixo ao solo.
> Repare que v/c = r/R (a relação v/c já está no papo). O movimento uniforme
> do sarilho diferencial nos garantirá a constância de v e c (esse sarilho
> pode ser acionado a manivela ou mediante pequeno motor elétrico com
redutor
> de velocidades). Com a redução adequado do motor pode-se, na prática,
medir
> o tempo que o lampejo leva para atingir D e E com excelentes resultados.
> A perda da simultaneidade, os tempos distintos em relógios distintos, a
> contração do espaço e outros derivados da relatividade, que não sei
detalhar
> (sua praia), passarão a ser observados diretamente na prática (minha
praia).

Muito interessante esse instrumento. Vejamos se eu entendi: quando os
sinais luminosos saem de A e B, os bloquinhos M e N devem estar diretamente
debaixo de A e B. Então gira-se a manivela. O trem vai andar, e os
bloquinhos vão se aproximar. A coisa interessante é que a sala de aula está
no referencial fora do trem (E), e os bloquinhos andam ambos com velocidade
c em relação à sala. Ou seja, com isto está se afirmando: "apesar de a luz
ter sido emitida no trem em movimento, para nós ela tem velocidade c, porque
a velocidade da luz é constante em todos os referenciais." Também, como os
bloquinhos estavam sob A e B no início do experimento, isto está
representando a hipótese de que a emissão de M e N é simultânea em relação a
E (à sala). Mas, no decorrer do experimento, nós (no referencial da sala)
vemos que, apesar de M e N chegarem a E simultaneamente, eles não chegam a D
simultaneamente: M chega antes! Logo, se quisermos preservar o princípio da
constância da velocidade da luz (e afirmar que, para D, a velocidade de M e
N também é c), devemos supor que, para D, a emissão em A aconteceu antes da
emissão em B. Ou seja, a simultaneidade é relativa.

A contração do comprimento, dilatação do tempo, etc., não estão tão
diretamente contidas no experimento e exigem um grau mais alto de abstração.
Mas achei a idéia ótima.

Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Relativo a mim
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/05/2000 17:57


-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto
Enviada em: Sábado, 13 de Maio de 2000 09:47
Assunto: [ciencialist] Relativo a mim


> Quem quiser preparar-me um gif animado para o caso do trem em repouso e
> lampejos chegando em D (ou E), é só manifestar-se. As 6 figuras do gif
> animado já estão prontas ... é só enviar.

Se as figuras já estão prontas, trata-se de um trabalho para pouquíssimos
minutos. Se for só isso, posso fazê-lo com prazer. Pode acontecer que a
freqüência, ou melhor, o intervalo de tempo de exposição de cada imagem, não
corresponda ao desejado, mas isso apenas irá se traduzir em trocas de msgs e
outros pouquíssimos minutos para adaptação. O software que uso é dos mais
elementares (Gif-Animator) mas creio que não haverá necessidade de nada
superior. O segredo não está na animação em si, mas nas figuras estáticas.
Se for necessária alguma adaptação (em especial para economizar bits, o que
é importante, ainda que nem sempre valorizado) posso fazê-la no Corel sem
grandes dificuldades e nem piora de qualidade das figuras.

Parabéns pelo modelo. Se estiver ao meu alcance, ajudá-lo-ei como "advogado
do diabo" (não com relação à experiência em si, mas a respeito da
relatividade). Concordo que você precisará de alguém que entenda de
relatividade bem mais do que eu e, acima de tudo, que acredite na
relatividade. Pelo visto, o Belisário já está entrando na sua (bastante
interessante o comentário que ele fez).

Meu e-mail, caso não consiga tirar desta msg, é albmesq@uol.com.br

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] As Bolinhas Elementares
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/05/2000 00:15


Alberto Mesquita:
> Não sou contra a física de bolinhas elementares. Pelo contrário!
> Acho que é aí que residem os segredos da física macroscópica. Mas a
> metodologia seguida pelos físicos, tanto clássicos como modernos, na minha
> opinião está errada. Se nos guiarmos pela lógica suprema, concluiremos que
> as partículas elementares, ao se agruparem, o fazem de forma a que as leis
> macroscópicas experimentais sejam obedecidas. E, no entanto, o caminho que
> se segue é geralmente o oposto: admite-se que as partículas elementares
> obedecem às leis macroscópicas. Aceita-se "a priori" que um elétron repele
> eletricamente outro elétron, como se ele fosse uma partícula composta por
> micro-elétrons distribuídos por sua superfície (P. EKSTRON e D. WINELAND,
El
> electrón aislado, Investigation y Ciencia, n. 49, 1980, p.67); e por ter
> massa, aceita-se que um elétron atraia gravitacionalmente outro elétron; e
> se estiver em movimento, criará um campo magnético, pois como uma corrente
> elétrica o faz, sua unidade elementar também fará. E, no entanto, nada se
> sabe sobre a gênese da gravitação, da eletricidade e do magnetismo. E
ainda
> que alguns admitam uma origem comum para esses três fenômenos, não me
lembro
> de ninguém que, para explicá-los, mentalizasse uma partícula que somente
os
> originassem quando em conjunto com outras semelhantes.
>
> Quando a regra mostra-se inadequada, aí sim, e somente aí,
> procura-se explicações outras, em geral baseadas em equações matemáticas,
e
> não na natureza íntima da partícula, que justifiquem a aberração
encontrada.

Creio que é exatamente este o procedimento da Física atual: aceita-se as
teorias que temos até as últimas conseqüências; quando não dá mais, então
fazemos as alterações necessárias. É uma questão de método, ditada por uma,
digamos assim, necessidade de ordem e de "sistematicidade" nas pesquisas
científicas. Na verdade, é um tanto simplista dizer que a Física evolui
exclusivamente por esses meios, principalmente nos dias de hoje: atualmente
há muitas teorias com motivações "estéticas", principalmente na Física das
Partículas. Por exemplo, estão procurando uma teoria que reúna todas as
forças fundamentais, não porque haja uma exigência empírica para isso, mas
simplesmente porque não se consegue conceber uma Natureza que funcione de
uma forma diferente para cada espécie de interação.

> E não foi de outra maneira que chegou-se à conclusão de que a massa do
fóton
> em repouso é igual a zero, muito embora este repouso seja proibido pela
> mesma física que o define. Não foi também de outra maneira que chegou-se à
> conclusão de que o nêutron tem um momento magnético de "spin", muito
embora
> não tenha carga elétrica, o que em termos de física clássica é bastante
> estranho; e em termos de física moderna é um efeito bastante incomodativo.

As coisas da Física Moderna que te incomodam (e já vi que isto acima é
apenas uma pálida amostra) talvez o façam por falta de alguma explicação
consistente na literatura, a não ser dentro das profundezas pouco
perscrutáveis de livros muito especializados, aliado à falta de cuidado que
os físicos têm ao escolher certos termos e expressões técnicas. Vou ver se
consigo clarear isso.

No caso do fóton: dizer que a "massa de repouso" do fóton é igual a zero
não implica na aceitação tácita do conceito de "fóton parado". Esta
expressão denota simplesmente que, no conteúdo energético do fóton, não há
nenhuma contribuição análoga à contribuição da "massa de repouso" no caso
das partículas subluminais (velocidade menor que a da luz). Mas os físicos
adotaram essa expressão, "massa de repouso nula", que pode ser frutífera
para estabelecer analogias mnemônicas, mas é muito infeliz do ponto de vista
conceitual. Não me admira que te incomode. Aliás, os físicos adoram falar em
"gravidade nula" ao invés de dizer simplesmente que não há gravidade, em
falar de "curvatura nula" quando não há curvatura, etc. (isso me faz lembrar
uma das classificações dos lingüistas para os diversos tipos de sujeito:
"sujeito inexistente").

Sobre o momento magnético de spin do nêutron: não há nenhuma
inconsistência. Foi exatamente pelo fato de o nêutron ter um momento
magnético de spin que o pessoal inferiu que ele teria uma estrutura, muito
antes de serem descobertos os quarks. Um objeto eletricamente neutro pode
ter momento magnético, se as cargas não estiverem distribuídas uniformemente
em seu interior. Por causa disto, modelos para a estrutura do nêutron
chegaram a ser elaborados antes da teoria dos quarks. E a teoria dos quarks
veio inteiramente de encontro a essa suspeita.

> O "meu" elétron é uma bolinha. Mas não é uma bolinha entre aspas;
> não é um ponto material; não é uma boinha simples. E por não ser simples,
> para obedecer a determinadas equações não precisa se transformar num ente
> complexo que ninguém sabe se é uma onda, uma nuvem, uma quimera; como
também
> não se sabe quando voltará a ser simplesmente uma "bolinha". Sim! O "meu"
> elétron não é simples, mas não é tão nebuloso. É uma bolinha composta por
> outras bolinhas, mas não por micro-elétrons. Como também composto por
> bolinhas é o próton, o nêutron, o fóton, o neutrino, tudo enfim.

Talvez essa sua bolinha não seja tão diferente do conceito de elétron
que aparece na cabeça de muitos físicos, na minha inclusive. A idéia que me
parece mais correta é a de que o elétron não é uma onda nem tampouco uma
partícula, e muito menos uma nuvem. (Claro, nada pode ser essas três coisas
ao mesmo tempo). Ele é uma outra entidade, que eu poderia até chamar de
bolinha, mas continuo a chamar de partícula quântica por falta de termo
melhor. Ora, sob determinadas condições, este objeto responde através de
manifestações muito localizadas (caráter corpuscular), enquanto em outras
responde com manifestações de caráter delocalizado (caráter ondulatório). O
elétron tampouco se "torna" um corpúsculo quando é detectado, ele apenas se
manifesta de uma forma localizada. Sua natureza continua a mesma de antes
(natureza esta que não dá para abordar a não ser por modelos metafísicos; só
sabemos que não se trata de onda, corpúsculo ou nuvem). Isto não é uma idéia
minha, parece ser a imagem padrão que os físicos (quânticos?) fazem
normalmente de uma partícula quântica.

Muitas vezes aparece nos textos de divulgação científica que o elétron é
uma nuvem, ou que é uma partícula, ou uma onda, e idem para o fóton e outras
vítimas; ou que ele se "torna" uma partícula quando detectado, sendo que era
onda antes. Alguns associam ao elétron uma "tendência a existir". Porém,
trata-se de má divulgação científica, pois induz uma imagem errada do
conceito na mente do leitor. Simplificações excessivas com o objetivo de
tornar a idéia mais nítida ao leigo, mas que desembocam em resultados
infelizes. Conheço físicos que cometem esse pecado regularmente.

Obs.: Essas "bolinhas" de que seria composto o elétron, o fóton, etc...
São elas também compostas por outras bolinhas, e assim por diante ad
infinitum?

Inté
Belisário

P.S. - Alberto, ainda não dei uma resposta ao seu último e-mail sobre as
teorias realistas, porque o tempo não me permitiu fazer as reflexões
necessárias e as leituras dos links. Mas virá em seu tempo.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ofjor Ciência - Lixo radioativo: hora de cobrar
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/05/2000 10:45


Wilson esclarece:
> Com certeza o termo "velocidade" está mal empregado na primeira frase. Na
> verdade ele se refere à frequência de disparo, que em inglês inclusive se
> denomina "firing rate" (taxa de disparo). Na segunda frase ele está se
> referindo à velocidade do projétil. Agora, há também um erro de unidades
na
> notícia do jornal, a frequência de disparo é provavelmente de 700 tiros
por
> minuto; a metralhadora mais rápida que já foi construída, que é a Vulcan
> americana baseada no sistema Gatling, usada em aviões de combate, que tem
> um feixe de canos acionados por um motor elétrico, chega "apenas" a 6.000
> tiros por minuto, ou 100 por segundo.

Mais uma vez nossa mídia nos prega peças científicas. Como não sou
especialista em armas de fogo, não notei a discrepância (700 tiros/min em
lugar de 700 tiros/s). Agora, pensando bem, o tempo de permanência de um
projétil numa alma de 1m de comprimento (com o dado primitivo) de 1/700 s
(admitindo que um tiro é deflagrado cada vez que um projétil abandona o
cano --- para dar escape aos gases) parece-me extremamente reduzido (ordem
de 1 milisegundo).
Grato pela informação. Tomara que 'nossos marginais armados' não descubram
essa tal de Vulcan.

[]'
Léo



SUBJECT: Modelo didatico para relatividade
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/05/2000 11:54

Belisário:

>>>Muito interessante esse instrumento. Vejamos se eu entendi: quando os
sinais luminosos saem de A e B, os bloquinhos M e N devem estar diretamente
debaixo de A e B. Então gira-se a manivela. O trem vai andar, e os
bloquinhos vão se aproximar. A coisa interessante é que a sala de aula está
no referencial fora do trem (E), e os bloquinhos andam ambos com velocidade
c em relação à sala. Ou seja, com isto está se afirmando: "apesar de a luz
ter sido emitida no trem em movimento, para nós ela tem velocidade c, porque
a velocidade da luz é constante em todos os referenciais." Também, como os
bloquinhos estavam sob A e B no início do experimento, isto está
representando a hipótese de que a emissão de M e N é simultânea em relação a
E (à sala). Mas, no decorrer do experimento, nós (no referencial da sala)
vemos que, apesar de M e N chegarem a E simultaneamente, eles não chegam a D
simultaneamente: M chega antes! Logo, se quisermos preservar o princípio da
constância da velocidade da luz (e afirmar que, para D, a velocidade de M e
N também é c), devemos supor que, para D, a emissão em A aconteceu antes da
emissão em B. Ou seja, a simultaneidade é relativa.<<<

Léo:
Vc captou bem a idéia do aparelho. Grato pelo estímulo. Em especial, já
salientou-me um detalhe que, de tão evidente que pareça, não havia pensado
nele "o referencial da sala de aula coincide com o referencial fora do trem"
e, com isso, justificar a simultaneidade dos lampejos de luz dentro do trem
para os expectadores fora dele, assim como a constância de c.
Tal simultaneidade não ocorre para observador dentro do trem.
Veja que isso pode ser posto em prática pelo modelo; o observador D diz que
o lampejo de M é posterior ao de N. Para que os lampejos pareçam simultâneos
para D, basta, no início do experimento, deslocar o bloquinho M um pouco
para trás. Quanto para trás?: (t1-t2).c = v.L/[c.(1-(v^2/c^2))], calculado
pelos tempos que os lampejos chegam em D, vistos por E.
Isso não está correto e deveríamos encontrar: (t1-t2).c = v.L/c ... a
diferença é justamente a contração do trem.
Pretendo colocar no texto todas as explicações e equacionamentos (se
conseguir).

Belisário:
>>>A contração do comprimento, dilatação do tempo, etc., não estão tão
diretamente contidas no experimento e exigem um grau mais alto de
abstração.<<<

A contração do comprimento e a lentidão do relógio no interior do trem, que
a primeira vista parece implícito, não o é. Fica explícita aos fazer simples
cálculos cinemáticos e medidas diretas sobre o experimento. Vou lhe enviar
em pvt (já perguntou antes o que era isso: pvt = private) um esboço dos
cálculos que já fiz. Se os demais estiverem interessados, coloco no
ciencialist ... mas, o LRB, nosso estimado moderador químico (poderíamos
chamá-lo de 'solução tampão'?:-)), terá que desculpar-me por incluir um
anexo em html e gifs ou o próprio e.mail em html.

Belisário:
Mas achei a idéia ótima.

Léo:
Concorda que esse modelo, devidamente trabalhado, poderá ser útil para o
aprendizado da relatividade, tornando-a 'mais palpável' ?
Esse é o tipo do projeto que gostaria de ver publicado na Labjor, não para
afagar meu ego, já passei dessa fase faz bom tempo (se bem que, um pouquinho
não mata ninguém:-)), mas para mostrar (à mídia) um trabalho discutido,
escrito, comentado e publicado para divulgação científica, sem os disparates
que se nos apresentam diariamente. Posso estar enaltecendo demais as
possibilidades do projeto mas, em compensação, com certeza, será uma
divulgação melhor que a (permitam-me uma pixaçãozinha) "Explicando a Teoria
da Relatividade" pelo Dr. Ronaldo Rogério de Freitas Mourão (EDIOURO/11860 -
Editora Tecnoprint S.A. - 1987). Sem dúvida tal divulgação não retrata a
capacidade e conhecimento do referido mestre (com inúmeros artigos
publicados), mas é um exemplo daquilo que a mídia é capaz de levar ao
público. Pior que esse, apenas o Livro didático do Sr. Leonel Moro (Editora
do Brasil S.A.- 3a. Edição, exemplar no. 2835 - Curitiba - PR - novembro de
1970) que, tentando resumir o número de erros, conseguiu errar as três leis
de Newton (além de transformar a cinemática algo como alvo de pilhérias para
os físicos). Quem quiser um xerox ... cobro caro, é obra de inextimável
valor para cursos de pós-graduação. Basta dar, por exemplo, uma cópia do
capítulo de cinemática para o candidato e, quem descobrir menos 200 erros tá
reprovado.

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] As Bolinhas Elementares
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/05/2000 11:57

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario"
Enviada em: Domingo, 14 de Maio de 2000 00:15
Assunto: Re: [ciencialist] As Bolinhas Elementares

> Creio que é exatamente este o procedimento da Física atual: aceita-se as
> teorias que temos até as últimas conseqüências; quando não dá mais, então
> fazemos as alterações necessárias. É uma questão de método, ditada por
> uma, digamos assim, necessidade de ordem e de "sistematicidade" nas
> pesquisas científicas.

Não sei até que ponto isso possa ser bom para a ciência. Também não acredito
nesta "ordem superimplícita" a condenar a criatividade inerente aos jovens
"rebeldes" e a beneficiar uma política universitária em franca decadência;
pois a evolução da ciência depende da boa orientação destes jovens
"rebeldes". E quanto a isso, não preciso dizer mais nada pois que já foi
dito por alguém muito mais sábio do que eu, de alguma forma vítima desta
"ordem superimplícita", ainda que num contexto diferente:

"E como já estou no fim de minha carreira, há um conselho que dou a vocês:
não tenham medo, não só de levar pancada, mas também de expor suas idéias.
Porque se tiverem medo, nunca poderão criar nada de original. É preciso que
não tenham medo de dizer alguma coisa que possa ser considerada como erro.
Porque tudo que é novo, aparece aos olhos antigos como coisa errada. É
sempre nesta violação do que é considerado certo, que nasce o novo e há a
criação. E este espírito deve ser redescoberto pela juventude brasileira."
(Mário Schemberg, 1984).

> Na verdade, é um tanto simplista dizer que a Física evolui
> exclusivamente por esses meios, principalmente nos dias de hoje:
> atualmente há muitas teorias com motivações "estéticas", principalmente na
> Física das Partículas. Por exemplo, estão procurando uma teoria que reúna
> todas as forças fundamentais, não porque haja uma exigência empírica para
> isso, mas simplesmente porque não se consegue conceber uma Natureza que
> funcione de uma forma diferente para cada espécie de interação.

É verdade. Mas ainda assim predomina a sistemática cômoda de privilegiar
única e exclusivamente aquilo que funciona, em detrimento de uma infinidade
de idéias novas que poderiam também funcionar. E é este comodismo acadêmico
que me incomoda. Pois é graças a esse comodismo acadêmico que os
departamentos se locupletam com medíocres a propalarem regras que têm, por
única finalidade, a do preservação "status quo" a se justificar na
manutenção de suas intocabilidades.

A física é importante para satisfazer meu "ego". A rebeldia que manifesto na
física é importante como exemplo que procuro dar aos jovens universitários
que ano-a-ano submeto a um treinamento (iniciação científica) que tem por
finalidade nivelá-los aos privilegiados pelo sistema. E nem são estudantes
de física e muito menos de medicina, mas de cerca de 30 áreas outras
diferentes do conhecimento.

> Simplificações excessivas com o objetivo de
> tornar a idéia mais nítida ao leigo, mas que desembocam em resultados
> infelizes. Conheço físicos que cometem esse pecado regularmente.

Dentro do contexto em que essa idéia foi extraída, é possível que você
esteja certo. Lembro no entanto que existem condições outras. Conheço
cientistas médicos que cometem esse pecado conscientemente e por motivos
espúrios, conforme apresentei recentemente aqui na ciencialist (thread:
Filosofia da Ciencia; data: 16/04/00). E foram idéias publicadas inúmeras
vezes, durante cerca de uma década, em revistas conceituadas e aceitas no
mundo inteiro como dignas de crédito e a contar pontos para o que chamamos
produtividade acadêmica. Enfim, o mundo é o que é e não o que gostaríamos
que fosse.

> Obs.: Essas "bolinhas" de que seria composto o elétron, o fóton, etc...
> São elas também compostas por outras bolinhas, e assim por diante ad
> infinitum?

Não. Em minhas imagens de espírito existe também a idéia de átomo de
Demócrito, único, indivisível e sem partes. Não é impossível que as
"partículas que acompanham a luz" e os neutrinos sejam constituídas por um
único átomo de Demócrito. Porém, por motivos outros e ainda não muito bem
explorados, acho que não é impossível chegar à conclusão de que estas
partículas sejam formadas por dois átomos de Demócrito acoplados tais como
estrelas duplas. Dentre esses motivos residiria aquele de se o elétron
realmente reage a um campo ou se ele é uma partícula dotada de autopropulsão
e meramente orienta-se no campo a que está submetido. Não é fácil responder
a essa pergunta, ainda que a primeira vista possa parecer por vezes simples,
à luz da riqueza de experiências já efetuadas, por outras apoiada numa idéia
ingênua e/ou absurda. O elétron seria, por esta visão, um verdadeiro
aeroporto de fótons onde seria quase impossível ao neutrino aterrissar,
ainda que pudesse decolar, tal como um helicóptero, que decola de maneira
diferente do avião (90 graus de diferença). Lembro ainda que costumo chamar
o neutrino por entropino, pois sua existência estaria intimamente
relacionada ao que denominamos aumento de entropia do Universo.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ofjor Ciência - Lixo radioativo: hora de cobrar
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/05/2000 13:47


ERRATA.



Desculpe pessoal... era 700 tiros por MINUTO. Eu me enganei. :)

Obrigado Wilson.

Ateh mais
Luis Roberto Brudna.



SUBJECT: Bolinhas Elementares.
FROM: "Mikhalkov Beliaev" <Mikhalkov@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/05/2000 16:20

Quero deixar bem claro, que o que o Sr. Alberto Mesquita Filho, diz é
correto em essecia mas errado em postura. Pois os rebeldes, como ele
gosta de dizer, devem sempre contestar para que não haja estagnação da
ciência, mas essa rebeldia nunca deve ser cega a ponto de se desprezar
evidências experimentais. E quando essas discussões atingem pontos
falhos da teoria, isso se deve unicamente à evidências que deixam em
duvida o paradigma dominante, neste estágio qualquer nova proposta é
bem vinda, seja ela uma mudança sutil na teoria dominante ou uma idéia
completamente nova. O que jamais deve ser feito é dizer que um modelo
não é bem fundamentado só porque alguém imaginou algo alternativo, que
muitas vezes não faz sentido algum.

Marcello Antonio Alves Talarico





SUBJECT: As Bolinhas Elementares
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/05/2000 16:45

[Alberto Mesquita Filho]
Quando a regra mostra-se inadequada, a� sim, e somente a�, procura-se
explica��es outras, em geral baseadas em equa��es matem�ticas, e n�o na
natureza �ntima da part�cula, que justifiquem a aberra��o encontrada. E n�o
foi de outra maneira que chegou-se � conclus�o de que a massa do f�ton em
repouso � igual a zero, muito embora este repouso seja proibido pela mesma
f�sica que o define. N�o foi tamb�m de outra maneira que chegou-se �
conclus�o de que o n�utron tem um momento magn�tico de "spin", muito embora
n�o tenha carga el�trica, o que em termos de f�sica cl�ssica � bastante
estranho; e em termos de f�sica moderna � um efeito bastante
incomodativo.

[Leandro Batista Holanda]
Eis o ponto!!!
Na mec�nica cl�ssica al�m de estranho, � inexplic�vel; n�o se consegue
explicar o spin de maneira cl�ssica, eis um ponto em que a teoria falha.
Na mec�nica qu�ntica n�o � incomodativo: o spin pode ser explicado.
Um entre que possua massa de repouso nula, no caso o f�ton, � necess�rio e
explic�vel atrav�s de uma teoria, tal como a mec�nica relativ�stica. Se a
id�ia � vista como uma "aberra��o" � porque quem est� observando, quer
explicar por meios de mec�nica cl�ssica. Mas os resultados experimentais nos
mostram que para corpos com altas velocidades e/ou grandes massas a mec�nica
relativ�stica � a que melhor se ajusta aos resultados.

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SUBJECT:
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/05/2000 16:52

[Alberto Mesquita Filho]
N�o sei at� que ponto isso possa ser bom para a ci�ncia. Tamb�m n�o acredito
nesta "ordem superimpl�cita" a condenar a criatividade inerente aos jovens
"rebeldes" e a beneficiar uma pol�tica universit�ria em franca decad�ncia;
pois a evolu��o da ci�ncia depende da boa orienta��o destes
jovens "rebeldes".

[Leandro Batista Holanda]
Vale a pena lembrar que Bohr, Heisemberg, entre outros TAMB�M s�o
rebeldes... imagine ousar negar a mec�nica cl�ssica para explicar fen�menos
microsc�picos!!!
Agora imagine Einstein, Poincar�, entre outros, ousando negar a mec�nica
cl�ssica para explicar fen�menos macrosc�picos !!!!
Estes jovens foram os "rebeldes" de sua �poca que entraram em confronto com
id�ias cl�ssicas na mente de seus professores e ousaram enxergar mais
longe!!!
Vemos o porque seu nome ficar na hist�ria da ci�ncia: al�m de serem
"rebeldes", tiveram as experi�ncias confirmando suas id�ias!

________________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] (unknown)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/05/2000 20:25


> [Alberto Mesquita Filho]
> Não sei até que ponto isso possa ser bom para a ciência. Também não
> acredito nesta "ordem superimplícita" a condenar a criatividade inerente
> aos jovens "rebeldes" e a beneficiar uma política universitária em franca
> decadência; pois a evolução da ciência depende da boa orientação destes
> jovens "rebeldes".
>
> [Leandro Batista Holanda]
> Vale a pena lembrar que Bohr, Heisemberg, entre outros TAMBÉM são
> rebeldes... imagine ousar negar a mecânica clássica para explicar
> fenômenos microscópicos!!!

E quem disse que não foram?

> Agora imagine Einstein, Poincaré, entre outros, ousando negar a mecânica
> clássica para explicar fenômenos macroscópicos !!!!
> Estes jovens foram os "rebeldes" de sua época que entraram em confronto
> com idéias clássicas na mente de seus professores e ousaram enxergar mais
> longe!!!

E onde estão os jovens rebeldes nascidos após 1920?

> Vemos o porque seu nome ficar na história da ciência: além de serem
> "rebeldes", tiveram as experiências confirmando suas idéias!

Tanto quanto Galileu, Boltzmann, Carlos Chagas e uma infinidade de outros
cientistas que entraram para a história dos mártires da ciência. Descobriram
o que era certo na época errada, ou numa época em que os medíocres dominavam
a política universitária, coisa que acontece de tempos em tempos. É só ler
Thomas Khun para constatar. Modifique apenas seu vocabulário: chame os
"paradigmas" por dogmas, os "períodos de ciência normal" por períodos de
decadência ou de marasmo e os "períodos revolucionários" por períodos de
evolução da ciência. Agora pergunto: É certo isso? Se acha que sim, respeito
sua posição, mas não concordo.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bolinhas Elementares.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/05/2000 20:26


-----Mensagem Original-----
De: "Mikhalkov Beliaev"
Enviada em: Domingo, 14 de Maio de 2000 16:20
Assunto: [ciencialist] Bolinhas Elementares.

> Quero deixar bem claro, que o que o Sr. Alberto Mesquita Filho, diz é
> correto em essecia mas errado em postura.

Pelo menos não estou errado em tudo. :-)

> Pois os rebeldes, como ele
> gosta de dizer, devem sempre contestar para que não haja estagnação da
> ciência, mas essa rebeldia nunca deve ser cega a ponto de se desprezar
> evidências experimentais.

Nunca defendi a rebeldia cega. Não sou marxista [aliás, dizem que Marx
também não era :-)]. Sob esse aspecto sou mais popperiano.

> E quando essas discussões atingem pontos
> falhos da teoria, isso se deve unicamente à evidências que deixam em
> duvida o paradigma dominante,

Paradigma cheira-me a dogma e dogma não combina com ciência. Aliás, Thomas
Khun chegou a confessar, em trabalhos escritos posteriormente a seu livro
principal, que seus paradigmas tinham muito de dogma.

> neste estágio qualquer nova proposta é
> bem vinda, seja ela uma mudança sutil na teoria dominante ou uma idéia
> completamente nova.

Pois é justamente aí que não concordo. Nenhuma proposta revolucionária é bem
vinda. As teorias de Newton somente foram aceitas na Inglaterra bem após sua
aceitação na França (há quem diga que foram recusadas para a publicação, o
que teria sido feito a revelia com o financiamento de Halley); a equipe
Nobel recusou-se a dar o prêmio a Einstein pela teoria da relatividade (ele
foi premiado pelo efeito fotoelétrico graças a um empenho muito grande de
outros cientistas já laureados); Boltzmann suicidou-se por ter sido
ridicularizado por seus pares e até mesmo por seus alunos; Carlos Chagas
somente não recebeu o Nobel de medicina em 1921 porque após ter sido
indicado, foi alvo de uma maciça campanha de oposição e em um debate na
Academia de Medicina foi atacado publicamente por Afrânio Peixoto, Henrique
Aragão e Figueiredo de Vasconcelos (Em 1921, era o único indicado e ninguém
levou o prêmio). Se você acha que tudo isso está certo, que mais dizer?

> O que jamais deve ser feito é dizer que um modelo
> não é bem fundamentado só porque alguém imaginou algo alternativo, que
> muitas vezes não faz sentido algum.

Se não faz sentido algum, porque os acadêmicos têm tanto medo de se
manifestar a respeito? Ignorar não é o mesmo que negar. Negar, tanto quanto
afirmar, exige coragem. Mas os intocáveis que conheço não têm coragem
suficiente sequer para arriscar seu prestígio no combate a algo não faz
sentido algum, quanto mais para distinguir o certo do errado. Porque? Quer
exemplos?

Não sou o dono da verdade mas, tanto quanto você, não tenho medo de expor o
que penso. Erro, sim, mas não necessito de paradigmas para ocultar minha
mediocridade.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] As Bolinhas Elementares
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/05/2000 20:27

-----Mensagem Original-----
De: "Leandro Holanda"
Enviada em: Domingo, 14 de Maio de 2000 16:45
Assunto: [ciencialist] As Bolinhas Elementares

> Eis o ponto!!!

Ou seria ponto de vista?

> Na mecânica clássica além de estranho, é inexplicável; não se consegue
> explicar o spin de maneira clássica, eis um ponto em que a teoria falha.
> Na mecânica quântica não é incomodativo: o spin pode ser explicado.

Pois eu diria que não se consegue explicar o "giro" real de uma partícula
através de maneiras quânticas. Quanto ao "spin" o que se consegue é
construir um algoritmo que dizem que funciona. O "spin quântico" nada mais é
do que um artefato criado por um campo magnético ao agir sobre partículas
que giram (e esta é uma explicação clássica). Se não concorda, explique-o
quanticamente utilizando-se de argumentos físicos! Ou será que física =
matemática?

> Um entre que possua massa de repouso nula, no caso o fóton, é necessário e
> explicável através de uma teoria, tal como a mecânica relativística. Se a
> idéia é vista como uma "aberração" é porque quem está observando, quer
> explicar por meios de mecânica clássica. Mas os resultados experimentais
> nos mostram que para corpos com altas velocidades e/ou grandes massas a
> mecânica relativística é a que melhor se ajusta aos resultados.

E eu diria que Papai Noel existe e ajusta-se perfeitamente aos resultados
que observo e que repetem-se anualmente em qualquer shopping. Gosto não se
discute. Se você gosta da relatividade moderna, ótimo. Aceite-a. Mas não
diga o que não sabe sobre física clássica. Ou você pensa que a única física
clássica que existe é aquela que lhe foi ensinada por professores de física
moderna?

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Bolinhas elementares
FROM: "Marcello Antonio A. Talarico" <Mikhalkov@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/05/2000 22:05

[Alberto Mesquita Filho]
Pois é justamente aí que não concordo.
Nenhuma
proposta revolucionária é bem vinda. As teorias de Newton
somente
foram aceitas na Inglaterra bem após sua aceitação na França
(há quem
diga que foram recusadas para a publicação, o que teria sido feito
a
revelia com o financiamento de Halley); a equipe Nobel recusou-se a
dar o prêmio a Einstein pela teoria da relatividade (ele foi
premiado
peloefeito fotoelétrico graças a um empenho muito grande de
outros
cientistas já laureados); Boltzmann suicidou-se por ter sido
ridicularizado por seus pares e até mesmo por seus alunos; Carlos
Chagas somente não recebeu o Nobel de medicina em 1921 porque
após ter
sido indicado, foi alvo de uma maciça campanha de oposição e em
um
debate na Academia de Medicina foi atacado publicamente por Afrânio
Peixoto, Henrique Aragão e Figueiredo de Vasconcelos (Em 1921, era
o
único indicado e ninguém levou o prêmio). Se você acha
que tudo isso
está certo, que mais dizer?

[Marcello Antonio A. Talarico]

Desculpe mas o que disse não diz muita coisa, eu nunca fui
inocente
de dizer que os ciêntistas ( pessoas), são capazes de fazer o
extremo
da abnegação e abandonar as sua posições à toda teoria que
aparece,
afinal muitos foram educados para nem questionar muito a ciência em
si. Estranho vc citar Newton como um rebelde, se ele foi, após
propor
o Principa, um dos mais conservadores presidentes da Royal Academy of
Science, basta lembrar o que ele fez com Huygens(está correto a o
nome?) na discussão sobre a natureza da luz. Newton defendia a
idéia
corpuscular( por que será?) e Huygens a ondulatória, Newton
usou do
cargo dele para tentar rebater a teoria ondulatótia.
o caso de Boltzman, foi na verdade devido a derrota filosófica que
sofreu para Mach e não por propor revoluções( pois em vida
Boltzman já
gozava de prestígio pelo que fez para a Mecânica Estatistica.

[Alberto Mesquita Filho]

Se não faz sentido algum, porque os acadêmicos
têm
tanto medo de se manifestar a respeito? Ignorar não é o mesmo
que
negar. Negar, tanto quanto afirmar, exige coragem. Mas os
intocáveis
que conheço não têm coragem suficiente sequer para arriscar
seu
prestígio no combate a algo não faz sentido algum, quanto mais
para
distinguir o certo do errado. Porque? Quer exemplos? Não sou o
dono da
verdade mas, tanto quanto você, não tenho medo de expor o que
penso.
Erro, sim,mas não necessito de paradigmas para ocultar minha
mediocridade.

[Marcello Antonio A. Talarico]


Concordo que a discussão é o único caminho para a
ciência, mas
discordo que se deva conclamar a sociedade ciêntifica para cada
idéia
que aparece, pois com isso vc. pode dar crédito a coisas
absurdas.(A
exemplo do caso da matéria escura ao qual chegou-se ao ponto de em
uma época de se propor o axion; uma particula que tem massa mas
não
pode ser detectada por uma questão de princípio).

Talarico



SUBJECT: Re: [ciencialist] (unknown)
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/05/2000 22:26

> > Agora imagine Einstein, Poincaré, entre outros, ousando negar a mecânica
> > clássica para explicar fenômenos macroscópicos !!!!
> > Estes jovens foram os "rebeldes" de sua época que entraram em confronto
> > com idéias clássicas na mente de seus professores e ousaram enxergar
mais
> > longe!!!
>
> E onde estão os jovens rebeldes nascidos após 1920?

Se isso ajudar em algo:

São rebeldes todos os que acreditaram na Teoria de Kaluza-Klein, depois
das Cordas, depois Supercordas, e finalmente Teoria M, ao longo de quase
todo o século XX, e que culminou na década de 90 como talvez a mais
promissora teoria unificadora de todas as forças que jamais tivemos. Só que
ainda não há confirmação experimental para ela.

São rebeldes todos os que acreditam na Teoria do Universo Inflacionário,
entre os quais seu criador, Alan Guth. Esta teoria parece ter sido
confirmada pelas observações nas flutuações na radiação cósmica de fundo,
feitas desde o início da década de 90; no último mês houve um acúmulo de
confirmações dessa teoria (a história do "universo plano" alardeada pelos
jornais).

Foi rebelde o norte-americano Murray Gell-Mann e todos os que
acreditaram na sua teoria dos quarks (tão estranha na época que deram às
pobres partículas nomes folclóricos como "charm", "strange", etc.).
Incluindo os norte-americanos Steven Weinberg e Seldom Glashow e o
paquistanês Abdus Salam, que incluíram a teoria no formalismo da Física das
Partículas, o que só foi confirmado experimentalmente em 1983, no CERN.

O que eu vejo é que é muito mais fácil ser rebelde hoje do que antes de
1930. Pode não parecer, mas para mim é uma constatação preto-no-branco.

Além disso, rebeldia nem sempre implica em avanço. Eu tinha um colega no
curso de Física que acreditava no éter (chegou a chamar seu cachorro de
Éter!). Nunca conseguiu explicar satisfatoriamente como adequar o conceito
de éter aos experimentos pós-Michelson-Morley, mas mesmo assim cria no éter.
Sem dúvida era um rebelde. Mas um rebelde reacionário.

> > Vemos o porque seu nome ficar na história da ciência: além de serem
> > "rebeldes", tiveram as experiências confirmando suas idéias!
>
> Tanto quanto Galileu, Boltzmann, Carlos Chagas e uma infinidade de outros
> cientistas que entraram para a história dos mártires da ciência.
Descobriram
> o que era certo na época errada, ou numa época em que os medíocres
dominavam
> a política universitária, coisa que acontece de tempos em tempos. É só ler
> Thomas Khun para constatar. Modifique apenas seu vocabulário: chame os
> "paradigmas" por dogmas, os "períodos de ciência normal" por períodos de
> decadência ou de marasmo e os "períodos revolucionários" por períodos de
> evolução da ciência. Agora pergunto: É certo isso? Se acha que sim,
respeito
> sua posição, mas não concordo.

Paradigmas não são dogmas, não importa o que Kuhn tenha dito depois de
seu livro principal. Sem paradigmas, os conceitos científicos caem numa
situação anárquica. Caem no que Kuhn chamava de período pré-paradigmático,
que, apesar de também poder ser chamado de científico (dependendo da forma
como definimos Ciência), é bem diferente do que se entende por Ciência
modernamente. Mas maus pensadores podem transformar paradigmas em dogmas,
assim como podem transformar qualquer coisa em dogma.

Períodos de ciência normal não são períodos de decadência ou marasmo; e
nem todos os períodos de evolução correspondem aos períodos revolucionários.
Kuhn deve ter revirado no túmulo por causa disso. Aliás, excesso de teorias
revolucionárias indica justamente a existência de um período
pré-paradigmático. A Ciência não avança apenas com teorias revolucionárias,
e Kuhn enfatiza bem isso no seu livro. Ele enuncia diversas maneiras pelas
quais a ciência pode progredir nos períodos de ciência normal: determinação
de leis quantitativas usando o paradigma existente (ex.: leis empíricas
sobre escoamento de fluidos); uso do paradigma existente para realizar
pesquisa básica teórica ou experimental, ou mesmo novas tecnologias;
verificação experimental de previsões do paradigma existente;
estabelecimento de novas aplicações do paradigma; e o que Kuhn chama de
"articulação do paradigma" no nível teórico, que é a sua clarificação por
meio de diferentes formulações (ex.: as mecânica analítica de Lagrange e
outros). Todas essas coisas são exemplos de avanços científicos que ocorrem
tipicamente em períodos de ciência normal. O capítulo 2 de "A estrutura das
revoluções científicas" ("A natureza da ciência normal") detalha como a
ciência normal avança.

Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] (unknown) - errata
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/05/2000 22:36


Eu:
> Foi rebelde o norte-americano Murray Gell-Mann e todos os que
> acreditaram na sua teoria dos quarks (tão estranha na época que deram às
> pobres partículas nomes folclóricos como "charm", "strange", etc.).
> Incluindo os norte-americanos Steven Weinberg e Seldom Glashow e o
> paquistanês Abdus Salam, que incluíram a teoria no formalismo da Física
das
> Partículas, o que só foi confirmado experimentalmente em 1983, no CERN.

Isso está erradíssimo. Weinberg, Glashow e Salam unificaram o
Eletromagnetismo e as forças nucleares fracas. Quem meteu os quarks do
Gell-Mann na Física das Partículas foi a Cromodinâmica Quântica. Mas quem o
fez, seja lá quem for, foi revolucionário, de qualquer forma. Creu nos
quarks quando ainda não havia evidência experimental.

Inté
Belisário





SUBJECT: Re:Bolinhas Elementares
FROM: "Marcello Antonio A. Talarico" <Mikhalkov@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/05/2000 23:05

[Roberto Mesquita Filho]

Pois eu diria que não se consegue explicar o "giro"
real de uma partícula através de maneiras quânticas. Quanto
ao "spin" o que se consegue é construir um algoritmo que dizem que
funciona.O "spin quântico" nada mais é do que um artefato
criado por um campo magnético ao agir sobre partículas que
giram (e
esta é uma explicação clássica). Se não concorda,
explique-o
quanticamente utilizando-se de argumentos físicos!
Ou será que física = matemática?


[Marcello Antonio A. Talarico]

Pois eu diria que nem clássicamente se consegue explicar o
Spin,pois
se fosse uma bolinha como vc tanto gosta de falar ele precisaria girar
mais rápido do que a velicidade da luz,e a energia associada ao
elétron seria muito maior que o medido. Tenho a impressão de
estar
numa máquina do tempo, estamos discutindo( como no primeiro quarto
deste século) que o senso comum do homem, que já se ajustou
á mecânica
clássica, não consegue aceitar os efeitos
quânticos que não possuem análogo clássico.

Talarico



SUBJECT: Re: [ciencialist] As Bolinhas Elementares
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/05/2000 23:09


> > Na verdade, é um tanto simplista dizer que a Física evolui
> > exclusivamente por esses meios, principalmente nos dias de hoje:
> > atualmente há muitas teorias com motivações "estéticas", principalmente
na
> > Física das Partículas. Por exemplo, estão procurando uma teoria que
reúna
> > todas as forças fundamentais, não porque haja uma exigência empírica
para
> > isso, mas simplesmente porque não se consegue conceber uma Natureza que
> > funcione de uma forma diferente para cada espécie de interação.

Alberto Mesquita:
> É verdade. Mas ainda assim predomina a sistemática cômoda de privilegiar
> única e exclusivamente aquilo que funciona, em detrimento de uma
infinidade
> de idéias novas que poderiam também funcionar...

Não creio nisso. O número de cientistas no mundo hoje é tão grande que,
para qualquer maluquice teórica, por mais escalafobética que seja, tem algum
"doido" tentando testá-la experimentalmente. As idéias novas que também
podem funcionar estão sendo testadas o tempo todo. Há experimentais testando
a teoria de André Assis. Houve experimentais testando a Teoria das Variáveis
Ocultas de Bohm (até que os testes quase mandaram-na para o brejo). Há
experimentais procurando desvios na força gravitacional que evidenciem a
presença de novas dimensões além das 4 do espaço-tempo. Há experimentais
procurando desvios em diversos pontos pacíficos das teorias atuais. E muitos
deles conseguem publicar na Physical Review ou na Nature. O André Assis, por
exemplo, está com um bando de artigos publicados na Physical Review, uma das
mais imporantes revistas da Física, e na mesma revista há artigos de Bohm
sobre as variáveis ocultas.

As pessoas crêem no que funciona simplesmente porque funciona - como
poderia ser de outra forma? Aí de repente aparece uma teoria nova. O que
fazer? Tem-se que ver se ela funciona. Como ver isso? Vendo se suas
previsões são corroboradas pelos experimentos. Ninguém pode, nos dias de
hoje, acusar a ciência de se negar a confirmar experimentalmente teorias
alternativas consistentes. Isso está acontecendo o tempo todo. Aliás, a
comunidade científica hoje é notoriamente menos reacionária do que antes de
1930, a época das revoluções.

Agora, ninguém vai se interessar em confirmar experimentalmente teorias
que não sejam consistentes ou claras. A Natureza só pode ser descrita por
teorias consistentes.

>... E é este comodismo acadêmico
> que me incomoda. Pois é graças a esse comodismo acadêmico que os
> departamentos se locupletam com medíocres a propalarem regras que têm, por
> única finalidade, a do preservação "status quo" a se justificar na
> manutenção de suas intocabilidades.

Belisário




SUBJECT:
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/05/2000 01:45

[Mesquita]
Tanto quanto Galileu, Boltzmann, Carlos Chagas e uma infinidade de outros
cientistas que entraram para a hist�ria dos m�rtires da ci�ncia. Descobriram
o que era certo na �poca errada, ou numa �poca em que os MED�OCRES [grifo
meu] dominavam a pol�tica universit�ria, coisa que acontece de tempos em
tempos.

[Holanda]

Realmente: a comunidade cient�tica tem uma estranha m�-vontade em
jogar toda teoria bem-fundamentada para o alto e abra�ar novas id�ias por
mais absurdas e que possam parecer e laurear com o Nobel mesmo que n�o
confirmadas experimentalmente.
A ci�ncia n�o � feita s� de acertos. As boas teorias ficam. As que
n�o confirmam os dados experimentais n�o ficam.
Suponha agora que exista uma teoria que explique todos os fen�menos
como a sua rival exceto por algum(s) fen�meno(s) que a humanidade n�o possa
realizar: tais como o deslocamento para o infravermelho (Red Shift) na �poca
de Einstein.
Ora, sabemos que o ceticismo que acompanhava a relatividade nos
tempos de Einstein ou outra teoria qualquer que a hist�ria nos legue � por
causa da falta de respaldo por parte dos equipamentos.
Se algu�m conseguisse ver no Einstein cientista cujas teorias fossem
todas certas na �poca dele isso sim � que � ponto de vista.
Deve se lembrar de suas aulas de Hist�ria da F�sica que a deflex�o
da luz (cuja medida era ainda questionada na �poca, mediram 4 estrelas) e a
precess�o da �rbita de Merc�rio (existia a possibilidade de se supor outras
condi��es de contorno, tais como supor existir um corpo perturbando a �rbita
de Merc�rio - que mais tarde viu-se que n�o existia) eram os pontos mais
fortes em favor da Relatividade Geral (n�o confunda com a Relatividade
Restrita). Como v�, � muito pouco. A �ltima medida da qual ouvi falar sobre
medidas da deflex�o da luz foi em cima de 100 estrelas! E confirmaram as
id�ias da mec�nica relativ�stica e n�o da cl�ssica. Red Shift s� fora
confirmado mais tarde (bem depois de Einstein ser laureado com o pr�mio
Nobel).
Assim, n�o havia meios na �poca de se saber que Einstein estava
certo. Lamento, mas a decis�o da Funda��o Nobel de n�o premiar teorias
duvidosas penso ser a ideal.

[Mesquita] E eu diria que Papai Noel existe e ajusta-se perfeitamente aos
resultados que observo e que repetem-se anualmente em qualquer shopping.
Gosto n�o se discute.

[Holanda]Eu entendi que a sua revolta vem do fato de a humanidade n�o
conseguir advinhar qual teoria � a melhor antes mesmo de ir a um laborat�rio
confirm�-la!!! Se voc� consegue, parabens pelos seus poderes paranormais!!!!

[Mesquita]Se voc� gosta da relatividade moderna, �timo. Aceite-a.

[Holanda] Eu gosto e os equipamentos (que caso n�o saiba: n�o tem opni�es ou
gostos).
Eu, assim como voc�, tamb�m acho estranho que os equipamentos
confirmem tanto a mec�nica qu�ntica (no n�vel microsc�pico) quanto a
mec�nica relativ�sca (no n�vel macrosc�pico).

[Mesquita]Mas n�o diga o que n�o sabe sobre f�sica cl�ssica. Ou voc� pensa
que a �nica f�sica cl�ssica que existe � aquela que lhe foi ensinada por
professores de f�sica moderna?

[Leandro] Vou dizer s� mais uma vez: a Mec�nica Cl�ssica n�o explica
fen�menos tais como o spin, o Red Shift, a experi�ncia de Michelson-Morley,
a precess�o da �rbita de Merc�rio, o Efeito Compton, o Efeito Fotoel�trico,
o Tunelamento de Part�culas, ...
Se voc� conseguir explicar os resultados das experi�ncias
envolvidas para os casos que eu citei acima, voc� estar� usando at� uma
Mec�nica Mesquita mas n�o a Mec�nica Cl�ssica!!!
O ponto principal n�o deve ser perdido de vista: n�o importa quem
fez a teoria e sim se ela consegue explicar os fen�menos que a hist�ria vem
acumulando do passado at� hoje (uma teoria fundamental seria essa). Se voc�
puder explicar (ou algu�m que voc� conhe�a pode - nesse caso mudamos o nome
de Mec�nica Mesquita para outra) pode dizer.
Afinal eu e qualquer um sabe (ou devia saber) que

"A Natureza n�o � democr�tica"

Holanda
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SUBJECT: Bolinhas Elementares
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/05/2000 01:45

[Mesquita]
Tanto quanto Galileu, Boltzmann, Carlos Chagas e uma infinidade de outros
cientistas que entraram para a hist�ria dos m�rtires da ci�ncia. Descobriram
o que era certo na �poca errada, ou numa �poca em que os MED�OCRES [grifo
meu] dominavam a pol�tica universit�ria, coisa que acontece de tempos em
tempos.

[Holanda]

Realmente: a comunidade cient�tica tem uma estranha m�-vontade em
jogar toda teoria bem-fundamentada para o alto e abra�ar novas id�ias por
mais absurdas e que possam parecer e laurear com o Nobel mesmo que n�o
confirmadas experimentalmente.
A ci�ncia n�o � feita s� de acertos. As boas teorias ficam. As que
n�o confirmam os dados experimentais n�o ficam.
Suponha agora que exista uma teoria que explique todos os fen�menos
como a sua rival exceto por algum(s) fen�meno(s) que a humanidade n�o possa
realizar: tais como o deslocamento para o infravermelho (Red Shift) na �poca
de Einstein.
Ora, sabemos que o ceticismo que acompanhava a relatividade nos
tempos de Einstein ou outra teoria qualquer que a hist�ria nos legue � por
causa da falta de respaldo por parte dos equipamentos.
Se algu�m conseguisse ver no Einstein cientista cujas teorias fossem
todas certas na �poca dele isso sim � que � ponto de vista.
Deve se lembrar de suas aulas de Hist�ria da F�sica que a deflex�o
da luz (cuja medida era ainda questionada na �poca, mediram 4 estrelas) e a
precess�o da �rbita de Merc�rio (existia a possibilidade de se supor outras
condi��es de contorno, tais como supor existir um corpo perturbando a �rbita
de Merc�rio - que mais tarde viu-se que n�o existia) eram os pontos mais
fortes em favor da Relatividade Geral (n�o confunda com a Relatividade
Restrita). Como v�, � muito pouco. A �ltima medida da qual ouvi falar sobre
medidas da deflex�o da luz foi em cima de 100 estrelas! E confirmaram as
id�ias da mec�nica relativ�stica e n�o da cl�ssica. Red Shift s� fora
confirmado mais tarde (bem depois de Einstein ser laureado com o pr�mio
Nobel).
Assim, n�o havia meios na �poca de se saber que Einstein estava
certo. Lamento, mas a decis�o da Funda��o Nobel de n�o premiar teorias
duvidosas penso ser a ideal.

[Mesquita] E eu diria que Papai Noel existe e ajusta-se perfeitamente aos
resultados que observo e que repetem-se anualmente em qualquer shopping.
Gosto n�o se discute.

[Holanda]Eu entendi que a sua revolta vem do fato de a humanidade n�o
conseguir advinhar qual teoria � a melhor antes mesmo de ir a um laborat�rio
confirm�-la!!! Se voc� consegue, parabens pelos seus poderes paranormais!!!!

[Mesquita]Se voc� gosta da relatividade moderna, �timo. Aceite-a.

[Holanda] Eu gosto e os equipamentos (que caso n�o saiba: n�o tem opni�es ou
gostos).
Eu, assim como voc�, tamb�m acho estranho que os equipamentos
confirmem tanto a mec�nica qu�ntica (no n�vel microsc�pico) quanto a
mec�nica relativ�sca (no n�vel macrosc�pico).

[Mesquita]Mas n�o diga o que n�o sabe sobre f�sica cl�ssica. Ou voc� pensa
que a �nica f�sica cl�ssica que existe � aquela que lhe foi ensinada por
professores de f�sica moderna?

[Leandro] Vou dizer s� mais uma vez: a Mec�nica Cl�ssica n�o explica
fen�menos tais como o spin, o Red Shift, a experi�ncia de Michelson-Morley,
a precess�o da �rbita de Merc�rio, o Efeito Compton, o Efeito Fotoel�trico,
o Tunelamento de Part�culas, ...
Se voc� conseguir explicar os resultados das experi�ncias
envolvidas para os casos que eu citei acima, voc� estar� usando at� uma
Mec�nica Mesquita mas n�o a Mec�nica Cl�ssica!!!
O ponto principal n�o deve ser perdido de vista: n�o importa quem
fez a teoria e sim se ela consegue explicar os fen�menos que a hist�ria vem
acumulando do passado at� hoje (uma teoria fundamental seria essa). Se voc�
puder explicar (ou algu�m que voc� conhe�a pode - nesse caso mudamos o nome
de Mec�nica Mesquita para outra) pode dizer.
Afinal eu e qualquer um sabe (ou devia saber) que

"A Natureza n�o � democr�tica"

Holanda
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Bolinhas Elementares
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/05/2000 04:44

-----Mensagem Original-----
De: "Leandro Holanda"
Enviada em: Segunda-feira, 15 de Maio de 2000 01:45
Assunto: [ciencialist] Bolinhas Elementares

> A ciência não é feita só de acertos. As boas teorias ficam. As que
> não confirmam os dados experimentais não ficam.

Sem dúvida.

> Assim, não havia meios na época de se saber que Einstein estava
> certo. Lamento, mas a decisão da Fundação Nobel de não premiar teorias
> duvidosas penso ser a ideal.

Não há como discordar de seus argumentos. Mas tem muitos que não pensam
assim. Não só quanto à fragilidade da TRG, na época, mas também quanto à
rigidez da comissão Nobel, que consideraram excessiva no caso Einstein.
Enfim, o que quis dizer é que propostas revolucionárias via de regra não são
bem vindas e mantenho o argumento, independentemente do caso particular
Einstein, que pode ser explicado por motivos outros, até mesmo políticos.

> [Mesquita]Mas não diga o que não sabe sobre física clássica. Ou você pensa
> que a única física clássica que existe é aquela que lhe foi ensinada por
> professores de física moderna?
>
> [Leandro] Vou dizer só mais uma vez: a Mecânica Clássica não explica
> fenômenos tais como o spin, o Red Shift, a experiência de
> Michelson-Morley, a precessão da órbita de Mercúrio, o Efeito Compton, o
> Efeito Fotoelétrico, o Tunelamento de Partículas, ...
> Se você conseguir explicar os resultados das experiências
> envolvidas para os casos que eu citei acima, você estará usando até uma
> Mecânica Mesquita mas não a Mecânica Clássica!!!

Então vamos ensinar aos físicos o que é física clássica. O French, por
exemplo, diz que física clássica é aquela que não vai contra o senso comum e
estas, para ele, seriam a relatividade de Einstein e a teoria quântica, com
correspondentes árvores genealógicas. Já o Hawking diz que clássica é aquela
que não consegue incorporar o princípio da incerteza (e para ele a
relatividade de Einstein seria clássica). A grande maioria dos físicos de
renome parece aceitar a primeira destas idéias, mas já li alguns defendendo
a segunda. E há ainda os que acham que física clássica era a física aceita
no ano de 1900 (Esta é classificação utilizada por muitos dos professores
que ensinam física moderna, mas não conheço, dentre esses, nenhum de
renome). Você está propondo uma quarta classificação ou simplesmente aceita
essa última?

> "A Natureza não é democrática"

Eu poderia então dizer que Deus joga dados? Ou não tem nada a ver? :-)

[ }'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] As Bolinhas Elementares
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/05/2000 04:44

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario"
Enviada em: Domingo, 14 de Maio de 2000 23:09
Assunto: Re: [ciencialist] As Bolinhas Elementares


> Alberto Mesquita:
> > É verdade. Mas ainda assim predomina a sistemática cômoda de privilegiar
> > única e exclusivamente aquilo que funciona, em detrimento de uma
> > infinidade de idéias novas que poderiam também funcionar...

Belisário
> Ninguém pode, nos dias de
> hoje, acusar a ciência de se negar a confirmar experimentalmente teorias
> alternativas consistentes. Isso está acontecendo o tempo todo.

Seria bom que fosse assim. Mas não sou tão otimista. E nem falo por mim.
Muito antes de desenvolver teorias eu já era um crítico do academicismo
vigente. Não é impossível que, inconscientemente, eu faça teorias com a
finalidade de testar uma outra teoria. Enfim, eu sou um cientista amador e
minha função na universidade não tem nada a ver com fazer ou não teorias.
Sob certos aspectos, isso parece ser muito cômodo; sob outros...

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Bolinhas Elementares
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/05/2000 04:44

-----Mensagem Original-----
De: "Marcello Antonio A. Talarico"
Enviada em: Domingo, 14 de Maio de 2000 23:05
Assunto: [ciencialist] Re:Bolinhas Elementares


> Pois eu diria que nem clássicamente se consegue explicar o
> Spin,

Pelo menos você parece reconhecer que não se trata apenas de uma falha
clássica.

>pois se fosse uma bolinha como vc tanto gosta de falar ele precisaria
> girar mais rápido do que a velicidade da luz, e a energia associada ao
> elétron seria muito maior que o medido. Tenho a impressão de
> estar numa máquina do tempo, estamos discutindo( como no primeiro quarto
> deste século) que o senso comum do homem, que já se ajustou
> á mecânica clássica, não consegue aceitar os efeitos
> quânticos que não possuem análogo clássico.

Talvez você tenha razão.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] (unknown)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/05/2000 04:44

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario"
Enviada em: Domingo, 14 de Maio de 2000 22:26
Assunto: Re: [ciencialist] (unknown)

> > E onde estão os jovens rebeldes nascidos após 1920?
>
> Se isso ajudar em algo:
> São rebeldes todos os que acreditaram na Teoria de Kaluza-Klein, depois
> das Cordas, depois Supercordas, e finalmente Teoria M, ...
> São rebeldes todos os que acreditam na Teoria do Universo Inflacionário,
> entre os quais seu criador, Alan Guth. ...
> Foi rebelde o norte-americano Murray Gell-Mann e todos os que
> acreditaram na sua teoria dos quarks ...

Sim, mas são todas rebeldias moderadas ou, até mesmo, consentidas ou
permitidas, pois não ferem, e nem mesmo incomodam os paradigmas da moda. Não
me parecem caracterizar um período revolucionário da física, pelo menos não
no estilo daqueles provocados por:

1) Copérnico, Galileu, Newton, dentre outros;
2) Carnot, Mayer, Joule, dentre outros;
3) Ampère, Faraday, Maxwell, dentre outros;
4) Einstein, Lorentz, Poincaré, dentre outros;
5) Bohr, Heisenberg, Schrödinger, De Broglie, Einstein, dentre outros.

Esta é uma relação muito pequena de pessoas que realmente incomodaram os
acadêmicos de sua era (e é essa uma das condições a caracterizar a
rebeldia). E além desses, que perpetuaram seu nome na história, existe uma
infinidade de outros que propuseram idéias que também iam contra os
paradigmas da época e, como tais, foram criticadas, testadas e, por fim,
abandonadas. Pode ser que eu me engane, mesmo porque é difícil obter uma
visão temporal da era em que se vive, mas a esse respeito há uma frase de
Einstein que não me sai da cabeça: "Os físicos teóricos da nossa geração
estão esperando o surgimento de uma nova base teórica para a Física".

Quantas gerações já se passaram desde então? E no entanto, estamos
esperando, esperando, esperando... Até quando? Seria isso o período de
ciência normal? Um período de espera? Mas esperar o quê? Com efeito, os
paradigmas estão se acomodando mas... até quando? Será que os físicos não se
dão conta de que há 40 anos eles eram muito mais importantes para a
sociedade do que são hoje? Não vou recuar mais no tempo porque irão dizer
que o prestígio relacionava-se à guerra. Mas há 40 anos existia apenas a
guerra fria que não estava mais na mão dos físicos mas na dos políticos,
generais e engenheiros. Pois hoje o que vejo é uma tecnologia em evolução e
uma física estagnada e desprestigiada pela população. É possível que esteja
enganado, mas é como vejo.

> O que eu vejo é que é muito mais fácil ser rebelde hoje do que antes de
> 1930. Pode não parecer, mas para mim é uma constatação preto-no-branco.

Em termos de rebeldia moderada, consentida ou permitida, pode ser que você
tenha razão. Mas será que isso realmente pode ser chamado rebeldia?

> Além disso, rebeldia nem sempre implica em avanço. Eu tinha um colega no
> curso de Física que acreditava no éter (chegou a chamar seu cachorro de
> Éter!). Nunca conseguiu explicar satisfatoriamente como adequar o conceito
> de éter aos experimentos pós-Michelson-Morley, mas mesmo assim cria no
> éter. Sem dúvida era um rebelde. Mas um rebelde reacionário.

Pois esse é um preço que temos que pagar. Mas nem é tão caro assim! Estou
propondo uma atitude popperiana. Estes indivíduos sequer conseguem sustentar
um diálogo, quanto mais construir hipóteses falseáveis pela experimentação!
O que mais existem são teorias alternativas a ressuscitar o éter. Algumas
até interessantes. Por acaso fazem previsões falseáveis experimentalmente e
com equipamentos que dispomos na atualidade? Se fizerem, que pelo menos
sejam respeitados, ainda que afrontem os paradigmas vigentes.

> Paradigmas não são dogmas, não importa o que Kuhn tenha dito depois de
> seu livro principal. Sem paradigmas, os conceitos científicos caem numa
> situação anárquica. Caem no que Kuhn chamava de período pré-paradigmático,
> que, apesar de também poder ser chamado de científico (dependendo da forma
> como definimos Ciência), é bem diferente do que se entende por Ciência
> modernamente. Mas maus pensadores podem transformar paradigmas em dogmas,
> assim como podem transformar qualquer coisa em dogma.

Talvez precisássemos definir o que são bons ou maus pensadores. Ou vamos
aceitar esta definição como um consenso ou paradigma? Mas aí cairíamos num
raciocínio cíclico. Aliás, uma das críticas que se poderia fazer à teoria de
Kuhn é justamente essa: Ele admite uma sociedade perfeita a se ajustar a sua
filosofia.

> Períodos de ciência normal não são períodos de decadência ou marasmo; e
> nem todos os períodos de evolução correspondem aos períodos
> revolucionários. Kuhn deve ter revirado no túmulo por causa disso. Aliás,
> excesso de teorias revolucionárias indica justamente a existência de um
> período pré-paradigmático. A Ciência não avança apenas com teorias
> revolucionárias, e Kuhn enfatiza bem isso no seu livro.

Não obstante, ele chega a afirmar: "Somente quando os esforços de
articulação fracassam é que os cientistas encontram o terceiro tipo de
fenômeno: as anomalias reconhecidas, cujo traço característico é a sua
recusa obstinada a serem assimiladas aos paradigmas existentes. Apenas esse
último tipo de fenômeno faz surgir novas teorias." (cap. 8, p. 131 da edição
de 1975 da Ed. Perspectiva)

> Ele enuncia diversas maneiras pelas
> quais a ciência pode progredir nos períodos de ciência normal:
> determinação de leis quantitativas usando o paradigma existente (ex.: leis
> empíricas sobre escoamento de fluidos); uso do paradigma existente para
> realizar pesquisa básica teórica ou experimental, ou mesmo novas
> tecnologias; verificação experimental de previsões do paradigma existente;
> estabelecimento de novas aplicações do paradigma; e o que Kuhn chama de
> "articulação do paradigma" no nível teórico, que é a sua clarificação por
> meio de diferentes formulações (ex.: as mecânica analítica de Lagrange e
> outros). Todas essas coisas são exemplos de avanços científicos que
> ocorrem tipicamente em períodos de ciência normal. O capítulo 2 de "A
> estrutura das revoluções científicas" ("A natureza da ciência normal")
> detalha como a ciência normal avança.

Qualquer teoria passa por essas etapas, independentemente dela ser aceita
como teoria da moda ou não. O problema, a meu ver, não está na maneira como
uma idéia evolui mas se o progresso da ciência implica necessariamente na
adoção de modismos.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bolinhas elementares
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/05/2000 04:44

-----Mensagem Original-----
De: "Marcello Antonio A. Talarico"
Enviada em: Domingo, 14 de Maio de 2000 22:05
Assunto: [ciencialist] Bolinhas elementares

> Estranho vc citar Newton como um rebelde, se ele foi, após
> propor o Principa, um dos mais conservadores presidentes da Royal Academy
> ofScience,...

Tanto quanto Fidel Castro após a revolução cubana :-), Stalin após a
revolução russa, etc. Isto não os desqualifica como "jovem" rebelde. Já
Guevara foi rebelde a vida toda, assim como Einstein, Schrôdinger, David
Bohm e tantos outros que, conquanto reconhecidos, pagaram caro por sua
rebeldia.

> basta lembrar o que ele fez com Huygens(está correto a o
> nome?)...

Está. Alguns colocam um "h" entre o "g" e o "e" e a Enciclopédia Britânica
dá as duas formas.

>...na discussão sobre a natureza da luz. Newton defendia a
> idéia corpuscular( por que será?)...

Parece-me que Newton apoiou suas convicções em dados experimentais
(curvatura da luz precedendo a refração, refração incomum do cristal de
Islândia, difração "a partir da sombra", reflexão total de raios de luz
observada após a passagem pelo vidro em direção ao vácuo --seria uma
resistência de um vácuo absoluto?--, etc).

> ...e Huygens a ondulatória, Newton usou do
> cargo dele para tentar rebater a teoria ondulatótia.

Você está sugerindo que ele teria sido um mau caráter? E o que isso tem a
ver com a sua teoria? Tem gente que afirma que tudo de bom que Newton fez
ele teria "roubado" de Hooke. Será verdade? Se for eu passarei a defender a
física de Hooke. Não é o caráter de Newton que está em discussão mas as
idéias que ele nos deixou, roubadas ou não. E, roubadas ou não, elas somente
foram aceitas na Inglaterra anos após terem sido consagradas na França. Por
outro lado, se você julga que Huygens foi também um mártir da ciência, você
está apenas reforçando meu argumento.

> o caso de Boltzman, foi na verdade devido a derrota filosófica que
> sofreu para Mach e não por propor revoluções( pois em vida
> Boltzman já gozava de prestígio pelo que fez para a Mecânica Estatistica.

Eu não falei nada a respeito de Mecânica Estatística. Disse apenas que ele
foi ridicularizado por seus pares graças a seu espírito rebelde.

> Concordo que a discussão é o único caminho para a
> ciência, mas discordo que se deva conclamar a sociedade ciêntifica para
> cada idéia que aparece, pois com isso vc. pode dar crédito a coisas
> absurdas.

É verdade mas nem sempre é fácil separar o jôio do trigo. E também não creio
que fosse necessário "conclamar a sociedade científica" para isso. Você está
propondo que se jogue o trigo no lixo? Pois isto é feito com grande
freqûência. Há dez anos, ou pouco mais, uma cientista aos oitenta anos
recebeu o prêmio Nobel de medicina por um trabalho publicado aos quarenta
anos de idade. Este trabalho sequer chegou a receber uma critica decente na
época e só ressurgiu das cinzas porque os paradigmas começaram a se mostrar
inconsistentes, e estavam prestes a reinventar a roda. Onde estavam os
críticos de então? Tiveram medo de concordar com um erro? Tiveram medo de
emitir uma opinião contrária a algo que poderia estar certo? Ou alguma coisa
está errada com o sistema ou estamos frente a atitudes covardes encobertadas
por uma filosofia a protegê-las.

> (A exemplo do caso da matéria escura ao qual chegou-se ao ponto de em
> uma época de se propor o axion; uma particula que tem massa mas
> não pode ser detectada por uma questão de princípio).

Pois então que se diga, a respeito, pelo menos o que você disse. Isso já é
uma crítica. Pois se algo não pode ser detectado por uma questão de
princípio, que mais dizer? Mas eu dei um exemplo diferente (e existem
muitos) relativo a um estudo que após 40 anos de ignorância completa,
recebeu o prêmio Nobel de medicina. Um verdadeiro "salto quântico" do
fracasso para a glória, sem nada a intermediar entre um e outro.

Some-se ao absurdo citado, os táquions e o universo paralelo. São tão
absurdos quanto o que você citou e pelo mesmo motivo. Não obstante, estão
por aí, pois não ferem os paradigmas da moda. Graças a isso estão liberados
até mesmo para serem repetidos nas revistas "dignas de crédito", ainda que
em tom místico.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] (unknown)
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/05/2000 06:06


> > > E onde estão os jovens rebeldes nascidos após 1920?
> >
> > Se isso ajudar em algo:
> > São rebeldes todos os que acreditaram na Teoria de Kaluza-Klein, depois
> > das Cordas, depois Supercordas, e finalmente Teoria M, ...
> > São rebeldes todos os que acreditam na Teoria do Universo Inflacionário,
> > entre os quais seu criador, Alan Guth. ...
> > Foi rebelde o norte-americano Murray Gell-Mann e todos os que
> > acreditaram na sua teoria dos quarks ...
>
> Sim, mas são todas rebeldias moderadas ou, até mesmo, consentidas ou
> permitidas, pois não ferem, e nem mesmo incomodam os paradigmas da moda.
Não
> me parecem caracterizar um período revolucionário da física, pelo menos
não
> no estilo daqueles provocados por:
>
> 1) Copérnico, Galileu, Newton, dentre outros;
> 2) Carnot, Mayer, Joule, dentre outros;
> 3) Ampère, Faraday, Maxwell, dentre outros;
> 4) Einstein, Lorentz, Poincaré, dentre outros;
> 5) Bohr, Heisenberg, Schrödinger, De Broglie, Einstein, dentre outros.

Então você não encontra os seus rebeldes que nasceram depois do século
20 simplesmente porque não é isso que você está procurando - você está
procurando é mudanças de paradigma do porte da Revolução
Copernicana-Galileana ou das revoluções relativística e quântica. Esses
eventos não acontecem o tempo todo - e nem todos têm a sorte de topar com um
problemaço desses para colocar nos seu currículo. Os nossos rebeldes estão
aí; se você estiver procurando-os em grandes mudanças de paradigma você não
vai achar nunca.

E Gell-Mann, Guth e outros incomodaram e feriram, sim, os paradigmas da
moda. O próton e o nêutron eram tidos como partículas elementares, e isso
era um paradigma. As partículas elementares são tidas como pontuais, e isso
é também um paradigma. A teoria das supercordas supõe que elas sejam linhas
unidimensionais. E há reações contra as supercordas, como houve uma frieza
com relação aos quarks logo depois que foram propostos. Incomodaram.
Paradigmas não correspondem somente a grandes visões de mundo. Mudanças de
paradigma podem ocorrer de forma mais ou menos "localizada" na comunidade
científica - podem atingir apenas um setor restrito da comunidade se se
referirem a uma área muito especializada, por exemplo. Procure os rebeldes
abaixo das mudanças de visões de mundo e você os encontrará em pencas.

O fato de não termos grandes revoluções não significa que as pessoas se
tornaram menos criativas. Essas revoluções que você citou - todas elas -
ocorreram porque estavam caindo de maduras. Se não fosse Copérnico, outro o
faria, e o mesmo com Newton, Einstein, etc. Uma prova disso é que, por
exemplo, várias pessoas fizeram uma Teoria da Relatividade quase
simultaneamente a Einstein: Poincaré descobriu o E=mc2 antes de Einstein; e,
na TRG, David Hilbert encontrou exatamente a mesma equação que Einstein
poucos dias antes.

Mas nem tudo está perdido, porque há, sim, os que são rebeldes no seu
sentido - os que contestam a visão de mundo vigente. André Assis é um deles.
E esse homem está cheio de orientandos de iniciação científica e
pós-graduação - ou seja, jovens rebeldes que contestam o "grande" paradigma!
Eis aqui, no Departamento de Raios Cósmicos do Instituto de Físca da
Unicamp, debaixo de minhas barbas, alguns dos seus verdadeiros rebeldes dos
anos 90... Que tal? :)

Talvez então caiba a pergunta: mas por que então eles não causam a
revolução? Será porque o Sistema silencia suas vozes? Não silencia, não,
tanto é que o Assis tem um livro publicado pela própria Unicamp. Eles estão
é esperando a confirmação experimental...! São rebeldes, mas sabem como
pesquisar. Eles dizem que a força da gravidade não depende só do inverso do
quadrado, e tem gente por aí tentando medir isso. Quando conseguirem
precisão nos aparelhos, vamos ver no que dá... (eu, pessoalmente, acho a
teoria do Assis extraordinária).

> ...há uma frase de
> Einstein que não me sai da cabeça: "Os físicos teóricos da nossa geração
> estão esperando o surgimento de uma nova base teórica para a Física".

Em que contexto ele disse isso? Será que não estava apenas manifestando
sua proverbial descrença na Teoria Quântica?

> Quantas gerações já se passaram desde então? E no entanto, estamos
> esperando, esperando, esperando... Até quando? Seria isso o período de
> ciência normal? Um período de espera? Mas esperar o quê? Com efeito, os
> paradigmas estão se acomodando mas... até quando? Será que os físicos não
se
> dão conta de que há 40 anos eles eram muito mais importantes para a
> sociedade do que são hoje? Não vou recuar mais no tempo porque irão dizer
> que o prestígio relacionava-se à guerra. Mas há 40 anos existia apenas a
> guerra fria que não estava mais na mão dos físicos mas na dos políticos,
> generais e engenheiros. Pois hoje o que vejo é uma tecnologia em evolução
e
> uma física estagnada e desprestigiada pela população. É possível que
esteja
> enganado, mas é como vejo.

Então eu diria que o problema não está nos físicos, mas na divulgação ao
público. Eu afirmo que a Física está fervendo - a Física das Partículas está
absolutamente em ebulição, a Astrofísica observacional também, a Cosmologia
está borbulhando com o advento das (revolucinárias?) teorias inflacionárias,
a chamada "interpretação consistente da Mecânica Quântica" proclama que
resolve todas as inconsistências da Interpretação de Copenhague e causou um
rebu respeitável na área da epistemologia quântica, sem falar nas crescentes
aplicações da Teoria do Caos, etc... Decididamente, a Física não está
estagnada. Mas quem é que sabe disso? Não é divulgado. É por isso que eu
estou no Observatório da Imprensa...

E não me parece que a Física esteja desprestigiada pela população.
Pergunte a qualquer pessoa. O máximo que ela pode te dizer é que os físicos
vão acabar explodindo o mundo, e isso é bem diferente de um desprestígio
estagnante. Hoje o rótulo de "científico" é o passaporte para a aceitação
pelo público. Aparece uma propaganda de pasta de dentes que diz que esta
marca é melhor porque possui "petroplianina", ou o que seja. É o suficiente
para as pessoas se impressionarem. Os esotéricos estão cada vez mais
excitados com a Física Quântica. A quântica causou uma verdadeira revolução
no pensamento esotérico. O sonho deles é justamente obter respaldo de suas
teorias na Ciência estabelecida. E a população adora...! Claro que não fico
nem um pouco satisfeito com isso, preferiria que a divulgação fosse um pouco
mais racional - também por isso estou no Observatório da Imprensa -, mas
mostra que a Física goza de um prestígio e tanto.

> > O que eu vejo é que é muito mais fácil ser rebelde hoje do que antes de
> > 1930. Pode não parecer, mas para mim é uma constatação preto-no-branco.
>
> Em termos de rebeldia moderada, consentida ou permitida, pode ser que você
> tenha razão. Mas será que isso realmente pode ser chamado rebeldia?

Espero ter respondido a isso na discussão acima...

> > Períodos de ciência normal não são períodos de decadência ou marasmo; e
> > nem todos os períodos de evolução correspondem aos períodos
> > revolucionários. Kuhn deve ter revirado no túmulo por causa disso.
Aliás,
> > excesso de teorias revolucionárias indica justamente a existência de um
> > período pré-paradigmático. A Ciência não avança apenas com teorias
> > revolucionárias, e Kuhn enfatiza bem isso no seu livro.
>
> Não obstante, ele chega a afirmar: "Somente quando os esforços de
> articulação fracassam é que os cientistas encontram o terceiro tipo de
> fenômeno: as anomalias reconhecidas, cujo traço característico é a sua
> recusa obstinada a serem assimiladas aos paradigmas existentes. Apenas
esse
> último tipo de fenômeno faz surgir novas teorias." (cap. 8, p. 131 da
edição
> de 1975 da Ed. Perspectiva)

Mas em nenhum momento ele diz que somente o surgimento de novas teorias
é que caracteriza avanço na Ciência. Ciência é muito mais do que o
surgimento de novas teorias. É aquilo que Kuhn diz no tal capítulo 2 e que
eu disse no e-mail anterior.

> > Ele enuncia diversas maneiras pelas
> > quais a ciência pode progredir nos períodos de ciência normal:
> > determinação de leis quantitativas usando o paradigma existente (ex.:
leis
> > empíricas sobre escoamento de fluidos); uso do paradigma existente para
> > realizar pesquisa básica teórica ou experimental, ou mesmo novas
> > tecnologias; verificação experimental de previsões do paradigma
existente;
> > estabelecimento de novas aplicações do paradigma; e o que Kuhn chama de
> > "articulação do paradigma" no nível teórico, que é a sua clarificação
por
> > meio de diferentes formulações (ex.: as mecânica analítica de Lagrange e
> > outros). Todas essas coisas são exemplos de avanços científicos que
> > ocorrem tipicamente em períodos de ciência normal. O capítulo 2 de "A
> > estrutura das revoluções científicas" ("A natureza da ciência normal")
> > detalha como a ciência normal avança.
>
> Qualquer teoria passa por essas etapas, independentemente dela ser aceita
> como teoria da moda ou não. O problema, a meu ver, não está na maneira
como
> uma idéia evolui mas se o progresso da ciência implica necessariamente na
> adoção de modismos.

Você acha mesmo que uma Física que ressucita a constante cosmológica de
Einstein; que talvez esteja prestes a afirmar que as partículas elementares
têm uma dimensão; que sussurra que a velocidade de expansão do Unverso está
aumentando; que mostra que existe um terceiro tipo de indeterminação na
Natureza, além da estatística trivial e da quântica (o terceiro vem da
teoria do caos); que por muito pouco não meteu uma massa finita no neutrino,
se é que ainda não vai fazê-lo; que é capaz de arranjar evidências
experimentais da estrutura dos quarks; que procura desvios mínimos na lei da
gravidade para evidenciar a existência de quintas, sextas até
décimas-primeiras dimensões; e que acima de tudo funciona - será que é
possível chamar uma Física assim de presa a modismos e de estagnada?

Belisário

P.S. - Você não dorme, não, homem? :))




SUBJECT: Avisar quando sair da lista. (administrativa)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/05/2000 12:55


Gostaria que os integrantes da lista me avisassem antes de dar um
Unsubscribe na lista. Peco isso porque antigamente (antes da uniao
Onelist-Egroups), eu possuia um modo de visualizacao de quem havia saido
da lista. Atualmente soh consigo ter um controle atraves do numero total
de participantes e fica dificil saber quem realmente saiu.

Nao eh necessario dar uma explicacao do motivo da saida.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.



SUBJECT: [FCB] [RN] ENSINO REPROVADO (fwd)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/05/2000 13:14

Estou repassando uma noticia que recebi atraves da lista FCB.
Ateh mais.
Luis Roberto Brudna
OBS: a lista FCB eh o Forum Cetico Brasileiro. E peco descupas para quem
jah participa das duas listas e receberah 2 mails com o mesmo assunto.

---
ISTOI, 14-05-2000

ENSINO REPROVADO

Sem repetjncia, alunos de escolas pzblicas chegam ati a sexta sirie
sem saber ler, escrever nem fazer as quatro operagues aritmiticas

Gilberto Nascimento

Esta reportagem comega com uma frase absolutamente incompreensmvel:
No dina vit do de Abinu d doni come kicna do no ba Basinu terc mlazsa.
Esta aparentemente insslita jungco de letras i o resultado de uma
realidade triste. Foi a tentativa de Welton, 11 anos, aluno da quarta
sirie de uma escola municipal da zona leste de Sco Paulo, reproduzir
um ditado singelo, sugerido por uma professora na sala de aula. Ele
deveria ter escrito o seguinte: "No dia 22 de abril, comemoramos os
500 anos do nosso Brasil, que i uma terra maravilhosa." [e]

http://www.terra.com.br/istoe/1597/educacao/1597ensino.htm

O fracasso em debate
http://ww1.terra.com.br/istoe/1598/educacao/1598fracasso.htm



SUBJECT: Re: Re: Colesterol.
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/05/2000 14:34

Nossa colega Tbnia nco citou que existem as IDL, Intermediate Density Lipoprotein. Interessante i que a HDL pelo que me consta ss i aproveitada pelo fmgado enquanto a maioria (senco todas) as cilulas eucaristicas apresentam receptores em sua membrana plasmatica para a recepgco do LDL. Alias o "peso molecular" da LDL i aproximadamente 3 000 000. As cilulas sintetizam grande parte do colesterol por elas requerido ja que no caminho da smntese do mesmo ha um produto (Mevalonato) requerido para diversas fungues celulares, inclusive a divisco. O colesterol pode ser sintetizado pelas nossas cilulas mas o nzcleo esterol (trjs ciclohexanos e um ciclopentano) nco pode ser degradado... o maximo do colesterol que degradamos i um grupo isometil (acho que i assim que se chama) nos carbonos finas da molicula (carbonos 25, 26 e 27).
Chega pra vcs, outra hora escrevo.

Abrago, Benjamin Hinrichs



SUBJECT: Re: [ciencialist] (unknown)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/05/2000 14:47

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario"
Enviada em: Segunda-feira, 15 de Maio de 2000 06:06
Assunto: Re: [ciencialist] (unknown)

Sinceramente, eu gostaria muito que você estivesse certo e que tudo o que
penso a respeito, e disse nessa thread, fosse apenas um conjunto de imagens
de espírito, produto da minha imaginação e sem significado algum. Porém, num
espaço-tempo um pouco diferente do seu, não foi essa a imagem que fiz da
realidade da universidade brasileira e/ou internacional. Também não é
impossível que eu esteja a procurar erros em universidades do exterior na
tentativa de justificar para mim mesmo falácias aqui cometidas por colegas
acadêmicos e ex-professores. E, sob esse aspecto, percebo que é muito fácil
botar a culpa no Thomas Khun mesmo porque, e cá entre nós, a filosofia dele
não é lá essas coisas. Eu sei que você não vai concordar com essa última
colocação mas é o que penso.

É fácil adaptar-se ao sistema. Difícil é ser rebelde pois quem nada contra a
correnteza morre afogado. 'Felizmente sou um cientista amador e posso me dar
ao luxo de ser herege pois nada do que escrevo poderá voltar-se contra mim.
Luto por aqueles que não tiveram esse privilégio, e são tantos... Fico feliz
ao ouvir de você que a física da Unicamp adota posturas outras; parece-me
que você e o André não estão lá por puro acaso.

> P.S. - Você não dorme, não, homem? :))

Meu fuso horário é oriental, não sei se da Índia ou da China, ou quem sabe
de algum lugar do pacífico. Quando você enviou esta msg eu ainda estava
acordado. Respondi a msg, guardei-a na pasta rascunho e fui jantar. Creio
que adquiri esse vício nos 9 anos que trabalhei em terapia intensiva. Aliás,
foi nesses plantões que comecei a me interessar pela física tanto quanto a
refletir sob o nosso papel no Universo.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm
Tudo é relativo. A sensação de tempo correspondente a um minuto depende do
lado da porta do banheiro que você está.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Re: Colesterol.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/05/2000 16:09


Benjamin wrote:

>>Chega pra vcs, outra hora escrevo.<<<

Léo: Como interpreto isso?

[]'
Léo





SUBJECT: Espermacete
FROM: credcob@sharp.com.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/05/2000 16:16

Caros,

Gostaria de uma explicação.
Alguém saberia me dizer o que é o espermacete? do que é composto e qual sua
utilidade?

A única coisa que eu sei a respeito é que ele era (ou talvez ainda seja)
retirado das baleias e era o elemento mais valioso do cetáceo. Usava-se
para fazer velas, até onde sei. Mas tudo está muito vago e subjetivo,
alguém poderia me ajudar?

Abraços,


Menjol



SUBJECT: -= NewsLetter 27 [15/05/2000] =-
FROM: "David Ramalho" <mop12506@mail.telepac.pt>
TO: "#Ciencia" <cienciaPT@egroups.com>, <ciencialist@egroups.com>
CC: "Eliana de Souza Lima" <esouzalima@uol.com.br>
DATE: 15/05/2000 16:49
ATTACHMENTS (20000515-164946-0000698): "cientistas7.gif"

:: N O T I C I A S

-> CONFERÊNCIA
Planeta perde biodiversidade

Humberto Vasconcelos

Em Nairobi, discute-se a partir de hoje, uma vez mais, como conciliar o
desenvolvimento com a conservação da natureza

http://www.dn.pt/cie/15p34a.htm

-> MICROBIOLOGIA
Supermicróbio "abre" defesas

Genoma da "Enterococcus faecium" abre caminho para vacina e tratamento e
para ajudar a combater as infecções hospitalares

http://www.dn.pt/cie/15p34b.htm


:: H U M O R ( me )

-> Cause and effect.
There are only three laws of nature, and one exception.
1) F=ma; 2) E=m(c squared); 3) You can't push a rope
From these three laws all others can be derived.

-> NEWTON'S FOURTH LAW: Physicists get together regularly in unknown
European
towns to make a group picture and disperse afterwards.

-> Entropy isn't what it used to be...

:: F i N i T o

David Ramalho a.k.a. Songo ....


SUBJECT: Re: Re: Re: Colesterol.
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/05/2000 19:10

De "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>

Benjamin wrote:

>>Chega pra vcs, outra hora escrevo.<<<

Lio: Como interpreto isso?

[]'
Lio

========================
Oi Lio,

interprete como sendo: estou sem tempo agora mas prometo retomar o assunto quando estiver com menos coisas para fazer. Por exemplo, agora.
Am vai a continuagco:
em resumo, o colesterol do corpo pode ser obtido de duas maneiras:
a) da corrente sang|mnea (tirado de lipoprotemnas da circulagco via endocitose mediada por receptor [a hipercolesterolemia familiar entra am, varios defeitos, ausjncia do receptor ou parte dele, mudanga de um aminoacido essencial na regico que atravessa a membrana plasmatica...] e com uma passagem pelos lisossomos).
b) sintetizado a partir de acetil-CoA proveniente da cadeia respiratsria (onde a enzima limitante [HMG-CoA reductase do retmculo endoplasmatico] pode ser inibida com medicamentos como lovastatina, compactina e um monte de outros. Certos compostos, como o colesterol, o mevalonato [o produto que cuja formagco a enzima catalisa] e um produto ainda nco identificado tambim inibem parcialmente a atividade da enzima)

Chega por enquanto, se este e-mail tiver repercussco eu continuo escrevendo a respeito. Casualmente estou por dentro do assunto... apresento meu seminario sobre este assunto amanhc, por isto estou bem informado a respeito.

Gran abrago, Benjamin Hinrichs



SUBJECT: Espermacete
FROM: credcob@sharp.com.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/05/2000 08:06

Caros,

Gostaria de uma explicação.
Alguém saberia me dizer o que é o espermacete? do que é composto e qual sua
utilidade?

A única coisa que eu sei a respeito é que ele era (ou talvez ainda seja)
retirado das baleias e era o elemento mais valioso do cetáceo. Usava-se
para fazer velas, até onde sei. Mas tudo está muito vago e subjetivo,
alguém poderia me ajudar?

Abraços,


Menjol



SUBJECT: Paradoxo da geladeira(Takata)
FROM: "Holanda " <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/05/2000 02:57

Olá ciencialistas
Na mensagem n.o 1012 dessa lista, foi sugerida pelo sr. Takata o
paradoxo da geladeira. Gostaria de receber dele a resposta desse
paradoxo. Ou será um paradoxo aparente como no caso dos gêmeos?

Holanda



SUBJECT: CUIDADO COM UM NOVO VIRUS
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: "*Humancat*" <humancat@mandic.com.br>
DATE: 17/05/2000 14:29

Prezados amigos e amigas,

O Departamento de Utilidade Pública do Claudio Abreu informa a cerca de um
novo vírus na praça.

Para quem não sabe, é possível fazer um filtro no Explorer que não deixará
que ele infecte seu micro.
Para tanto tecle em:
1) Ferramentas
2) Regras para Mensagens
3) Correio
4) Nova

Digite A UOL TEM UM PRESENTE PRA VOCÊ E É EXCLUSIVO no assunto e depois
Excluir na opções, e o Explore irá deletar toda e qualquer mensagem que
venha a receber com o novo vírus.

Seguro morreu de velho...

Abraços,

Claudio Abreu






Assunto: CUIDADO VIRUS


CUIDADO

FIQUE ATENTO:
Se você receber um email dizendo: A UOL TEM UM PRESENTE PRA VOCÊ E É
EXCLUSIVO, não abra. Esta mensagem virá com um arquivo anexo contendo um
vírus fatal para o seu computador.
Envie essa mensagem para o maior número de pessoas possível!!!








SUBJECT: -= NewsLetter 28 [16/05/2000] =-
FROM: "David Ramalho" <mop12506@mail.telepac.pt>
TO: "#Ciencia" <cienciaPT@egroups.com>, <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/05/2000 14:47
ATTACHMENTS (20000517-144706-0000703): "cientistas8.gif"

:: N O T I C I A S

-> EURODEPUTADOS CRITICAM
Energias renováveis em baixa

Directiva agora aprovada não é ainda suficiente para implementar a aplicação
de energias alternativas, da solar à biomassa

http://www.dn.pt/cie/16p23a.htm

-> DESCOBERTA
Achado asteróide perdido

Albert, visto pela última vez em 1911, foi reencontrado por Jeff Larsen, da
Universidade do Arizona, especialista em objectos astrais próximos

http://www.dn.pt/cie/16p23c.htm

-> Países Signatários da Convenção de Biodiversidade Reunidos em Nairobi
A Crise dos Ecossistemas
Por ANA MACHADO

Mais de 1500 representantes de 177 países vão discutir nas próximas duas
semanas a crise da biodiversidade no nosso planeta. Com agenda cheia e temas
quentes na bagagem, os signatários da Convenção da Biodiversidade vão tentar
o consenso sobre organismos modificados e preservação dos ecossistemas.
Portugal representará também a posição da União Europeia.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/05/16/Ciencias/H01.html

-> Seminário em Ponta Delgada Junta Investigadores Europeus
Especialistas Debatem Biodiversidade das Ilhas

Por NUNO MENDES

As ilhas são dos locais do planeta onde as espécies endémicas se encontram
mais ameaçadas pela acção do Homem.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/05/16/Ciencias/H02.html

:: H U M O R ( em attachment :) )

:: F I M

DavidRamalho (Songo)



SUBJECT: -= NewsLetter 29 [17/05/2000] =-
FROM: "David Ramalho" <mop12506@mail.telepac.pt>
TO: "#Ciencia" <cienciaPT@egroups.com>, <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/05/2000 15:24
ATTACHMENTS (20000517-152416-0000704): "cientistas9.gif"

:: N O T I C I A S

-> Estados Unidos Queriam Fazer Um Cogumelo Nuclear Gigante no Satélite
Natural da Terra
Sagan e a Bomba na Lua

Por CLARA BARATA

Tal como a União Soviética, também os Estados Unidos pensaram em fazer um
grande golpe de relações públicas, demonstrando o seu poderio através da
explosão de uma bomba nuclear na Lua, na década de 50. O mais inédito é que
este segredo da Guerra Fria foi revelado através de uma biografia de Carl
Sagan, um cientista que se destacou como opositor das armas nucleares.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/05/17/Ciencias/H01.html

-> Seminário Sobre Biodiversidade nos Açores
Desenvolver o Turismo Sem Prejudicar o Ambiente

Por NUNO MENDES

O Homem é actualmente um dos maiores adversários da biodiversidade nas
ilhas, concluíram os especialistas que durante dois estiveram reunidos em
Ponta Delgada, num seminário sobre biodiversidade em ilhas e arquipélagos,
organizado pela presidência portuguesa da União Europeia.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/05/17/Ciencias/H02.html

-> NEUROCIÊNCIAS
Afásicos são bons a detectar mentirosos

Estudo revela que doentes com certos danos cerebrais são mais sensíveis a
expressões faciais

http://www.dn.pt/cie/17p24a.htm

-> BOTÂNICA
A chave das "flores duplas"

Três genes causam um fenómeno que em tempos foi considerado
"monstruosidade": uma flor dentro de uma flor dentro de uma flor...

http://www.dn.pt/cie/17p24b.htm

-> BIODIVERSIDADE
Portugal sem estratégia

A elaboração de um relatório sobre a biodiversidade, com as necessárias
medidas de protecção, tem estado "emperrada" no nosso país. Nem os
ambientalistas gostaram do documento

http://www.dn.pt/cie/17p25a.htm

-> Aproximação desejada UE-EUA

Mudança climática, organismos geneticamente modificados e comércio e
ambiente em causa

http://www.dn.pt/cie/17p25b.htm

-> . Educação ambiental em textos e em "site" na Internet
. Simpósio debate desenvolvimento sustentável
. Fauna marinha da costa sudoeste em livro
. Política da UE de Transportes e Ambiente

http://www.dn.pt/cie/17p25c.htm

:: F I M

David Ramalho



SUBJECT: En: Variante do ILOVEYOU
FROM: "Sheila Franco." <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 17/05/2000 17:41

----- Original Message -----
From: Marcos Machado <marcosm@anti-hackers.com.br>
To: Sheila Franco. <hcaprini@uol.com.br>
Sent: Wednesday, May 17, 2000 5:29 PM
Subject: Variante do ILOVEYOU
 
Cara Sheila,

Uma das variantes do vírus I LOVE YOU, que semana passada causou um grande
estrago, está circulando com este texto relativo a "um presente do UOL".
Este filtro serve para que a mensagem seja excluida assim que a receber, mas
você pode fazer isso manualmente.

O ideal é, ao receber a mensagem, NÃO EXECUTAR NENHUM ARQUIVO ANEXO, apagar
a mensagem e avisar ao remetente que ele está infectado com este vírus, pois
foi a partir do computador dele que vc recebeu esta mensagem.

Espero ter exclarecido sua dúvida!

Um grande abraço,

~~~ MARCOS MACHADO ||| Dir. Geral
~~~ http://www.anti-hackers.com.br/
~~~ marcosm@anti-hackers.com.br

____________________________________________________________
... Anti-Hackers Internet Informática Ltda.
... Fones: [21] 899.0175 ||| 9128.0753


----- Original Message -----
From: Sheila Franco. <hcaprini@uol.com.br>
To: <marcosm@hackers.com.br>
Sent: Wednesday, May 17, 2000 4:14 PM




Por favor, eu gostaria de saber se tem algum fundamento a msgm (abaixo) que
está circulando pelo correio eletrônico.

"... um
novo vírus na praça.

Para quem não sabe, é possível fazer um filtro no Explorer que não deixará
que ele infecte seu micro.
Para tanto tecle em:
1) Ferramentas
2) Regras para Mensagens
3) Correio
4) Nova

Digite A UOL TEM UM PRESENTE PRA VOCÊ E É EXCLUSIVO no assunto e depois
Excluir na opções, e o Explore irá deletar toda e qualquer mensagem que
venha a receber com o novo vírus."


Grata,

Sheila Franco.
hcaprini@uol.com.br

SUBJECT: Re:Bolinhas Elementares
FROM: "Holanda " <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/05/2000 17:56

Sr. Mesquita

Se souber me explicar, gostaria de saber como, sem usar os conceitos
básicos de mecânica quântica, usando apenas o conceito de
bolinhas
elementares "clássicas" pode-se explicar as figuras de
interferência
obtidas quando se realiza a experiência da dupla fenda usando-se um
feixe qualquer de partículas.

Agradeço,

Holanda.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Bolinhas Elementares
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/05/2000 19:14

-----Mensagem Original-----
De: "Holanda "
Enviada em: Quarta-feira, 17 de Maio de 2000 17:56
Assunto: [ciencialist] Re:Bolinhas Elementares


> Se souber me explicar, gostaria de saber como, sem usar os conceitos
> básicos de mecânica quântica, usando apenas o conceito de
> bolinhas elementares "clássicas" pode-se explicar as figuras de
> interferência obtidas quando se realiza a experiência da dupla fenda
> usando-se um feixe qualquer de partículas.

O que eu poderia dizer a respeito e em termos bem elementares, tanto para
fótons quanto para elétrons, está em
www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Usenet/dialogos05.htm . Algumas
dúvidas que poderão surgir e relativas à natureza da luz, poderão ser
encontradas em
www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Usenet/dialogos04.htm . Se surgirem
novas dúvidas estarei aqui para "segurar as pontas" e me defender das
malhações que se fizerem necessárias.


[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm
As leis da física moderna são como as salsichas: melhor não ver como foram
feitas.



SUBJECT: Re: Teorias Realistas Atuais
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/05/2000 02:25


A nossa discussão sobre o experimento de Aspect, a desigualdade de Bell
e o paradoxo EPR divergiu para uma porção de assuntos. Parece que a dúvida
do Alberto neste instante é sobre a adequação do conceito de "sistemas de
dois níveis" (o que parece implicar numa desconfiança sobre a adequação do
próprio conceito de quantização). Porém, depois de passar a vista por alguns
dos textos do site do Alberto, creio que é inútil continuar nesse assunto
sem antes esclarecer os conceitos mais básicos que parecem subjacer ao seu
pensamento, refletidos naqueles textos. Gostaria então de deslocar a
discussão sobre as "Teorias Realistas Atuais" para a discussão sobre alguns
dos textos do site do Alberto.

Com essa idéia, retomo as mensagens anteriores:

Alberto:
> > (...) chegamos à conclusão que a relatividade complica a teoria
> > sem nada de útil acrescentar.

Belisário:
> Bem, ela acrescenta explicações para uma porção de observações
> experimentais, como: o "fracasso" da experiência de Michelson-Morley

Alberto Mesquita:
Quanto à experiência de Michelson-Morley:
(...)
Algo referente a isso poderá ser encontrado em
www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Relat/RelGali.htm

Eu agora:
Se compreendi bem, nesse site mostra-se que propagações ondulatórias têm
velocidades constantes em relação ao meio, enquanto fenômenos corpusculares
têm velocidades constantes em relação à fonte. Ora, Michelson e Morley
pensavam que a luz era uma onda e portanto tinha velocidade dependente do
meio, ou seja, do éter. Puseram-se então a medir a velocidade da luz em
relação ao éter. Descobriram que a velocidade da luz não depende do éter. O
texto do site, então, argumenta que isso indica que a luz pode ser composta
de partículas, pois a velocidade das partículas não depende do meio. Não
seria necessária Teoria da Relatividade alguma.

Ora, existe um erro, ou pelo menos uma incompletude no raciocínio. A
Teoria da Relatividade afirma justamente que a velocidade da luz é
independente da fonte! É isso que Einstein afirmou em seu artigo original
(nos livros-textos atuais prefere-se o postulado "a velocidade da luz
independe do observador inercial", que leva aos mesmos resultados que o
postulado original de Einstein). Ora, a velocidade das partículas só depende
da fonte. Se a velocidade da luz independe da fonte, ela não pode ser
constituída de corpúsculos! Mesmo se adotarmos a visão atual, de que a
velocidade da luz independe do observador inercial, isto também não pode ser
interpretado lançando-se mão da interpretação corpuscular da luz.

Poder-se-ia argumentar: mas da experiência de Michelson-Morley não dá
para deduzir diretamente que a velocidade da luz independe do observador ou
da fonte. Mas esses fatos são corroborados pelas confirmações experimentais
de suas conseqüências: por exemplo, a dilatação do tempo, equivalência
massa-energia, etc., observada p. ex. nas experiências em aceleradores de
partículas. O Alberto deu uma resposta a essa questão da dilatação do tempo
com relação aos mésons cósmicos, que respondo no fim desta mensagem. Prefiro
deixar para depois a história da massa-energia para não dispersar de novo
por vários assuntos.

Além disso, há experiências corroborando a independência da velocidade
com relação à luz mais diretamente. Muito recentemente, uma experiência
mostrou que a velocidade da luz independe da fonte por uma parte em 10^20.
Tirei as frases seguintes do boletim informativo do American Institute of
Physics, datado de 11 de maio de 2000:
http://newton.ex.ac.uk/aip/physnews.484.html

"THE SPEED OF LIGHT IS INDEPENDENT of the speed of the light source to
within one part in 10^20. Kenneth Brecher of Boston University reaches this
conclusion by studying gamma radiation arriving from distant gamma ray
bursters (GRBs). Consider, he says, the gamma production at the GRB:
radiation will come to us from the near side of a presumed expanding object,
and from the receding far side. Because of expected explosive nature of the
GRB engine, its near and far sides might, at least in some cases, be moving
apart at a fair fraction of the speed of light. Any differential in the
speed of light arising from these two gamma-emitting locations would then
result (after a very long extragalactic journey) in a stretched-out gamma
pulse upon arriving at Earth. In addition, the emitted gamma rays would
scatter off of energetic thermal electrons on leaving the burst sources,
further broadening the pulses. From the observed sharpness of the arriving
pulses, one can deduce the independence of c from the source speed to be
less than a part in 10^20, an improvement by a factor of 100 billion, says
Brecher, over previous tests of this tenet of relativity theory. (...)"

Agora sobre a dilatação do tempo:

Belisário:
> (...) a
> dilatação do tempo observada no decaimento de partículas elementares
> velozes;

Alberto:
O que é um relógio? O tempo seria o resultado de algo expresso por um
sistema em movimento periódico, vulgarmente chamado relógio? O elétron
acelerado da maneira descrita no parágrafo anterior poderia ser considerado
um relógio, graças a seu movimento interno de giro? Se sim, pergunto: O
tempo no referencial do elétron acelerado seria o mesmo tempo medido por um
elétron em repouso? Por outro lado: a vida média dos mésons não estaria
relacionada a propriedades estatísticas relacionadas a seus movimentos
internos? Quem, afinal, é relativo: o tempo ou o relógio? Pela física
newtoniana eu diria que o tempo é absoluto e o relógio relativo. Parece-me
que a relatividade meramente inverteu os papéis e considerou o
"relógio-meson" como absoluto. Onde está a relatividade do tempo, se não aí?

Eu agora:
Ou muito me confundi ou essa resposta parece fugir à questão. A questão
não é sobre a mera adequação do conceito de "relatividade do tempo", mas
como explicar classicamente o fato experimental de que observadores em
movimento em relação a um "relógio" observam o relógio andar mais devagar
que os observadores em repouso em relação a ele. E mais: que a relação entre
as medidas dos dois observadores, não só para o relógio mas para qualquer
par de eventos que delimitem um intervalo no tempo (como um "tic" e um "tac"
do relógio), é descrita pela mesmíssima equação em todos os casos. Sendo
assim, qual o significado de dizer que é o relógio que é relativo e não o
tempo? Se assim fosse, parece que a fórmula deveria ser diferente para cada
sistema físico estudado, mas ela é sempre a mesma.

Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Bolinhas Elementares
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/05/2000 02:47


Holanda:
> > Se souber me explicar, gostaria de saber como, sem usar os conceitos
> > básicos de mecânica quântica, usando apenas o conceito de
> > bolinhas elementares "clássicas" pode-se explicar as figuras de
> > interferência obtidas quando se realiza a experiência da dupla fenda
> > usando-se um feixe qualquer de partículas.

Alberto:
> O que eu poderia dizer a respeito e em termos bem elementares, tanto para
> fótons quanto para elétrons, está em
> www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Usenet/dialogos05.htm . Algumas
> dúvidas que poderão surgir e relativas à natureza da luz, poderão ser
> encontradas em
> www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Usenet/dialogos04.htm . Se
surgirem
> novas dúvidas estarei aqui para "segurar as pontas" e me defender das
> malhações que se fizerem necessárias.

Eu:
Aí vão elas. Espero que o Alberto me permita reproduzir um pedaço de seu
site, para que eu possa comentar de acordo. Lá está escrito assim:

Alberto:
------------
> Imagino que você conheça o experimento das fendas, que exibe um paradoxo
da mecânica quântica. (Acho que é isso.)

Realmente, ainda que muitos não gostem do termo paradoxo para este efeito,
trata-se de mais um dentre os inúmeros fenômenos que os físicos quânticos
gostam de jogar para debaixo do tapete.
------------

Eu:
Me diga três fenômenos que os físicos quânticos joguem para baixo do
tapete e aí talvez eu acredite em você (há coisas que os físicos quânticos
jogam para baixo do tapete, como os "buracos espitemológicos" da
interpretação de Copenhague, mas são muito raros e não justificam a
expressão "inúmeros").

Alberto:
-------------
Digamos que uma partícula (por ex., um elétron ou mesmo um fóton) seja
lançada horizontalmente em direção a um anteparo vertical onde existem dois
orifícios A e B muito próximos entre si. Sabe-se que esta partícula vai
sofrer difração (ou seja, sua trajetória será curvada) e portanto a imagem
obtida após ser captada por uma placa fotografica situada atrás do anteparo,
não estará exatamente na altura de nenhum dos orifícios. Teria ela passado
por A ou por B? Teria sentido, baseado nesta imagem, dizer-se, por ex., que
a chance dela ter passado por A é de 80%? Ou seria isso uma especulação sem
sentido algum?

Mesmo para os que acreditam que a dupla difração deve-se a uma interferência
do tipo ondulatório, seria de se esperar um padrão simples de interferência,
ou seja, tudo se passaria como se existisse apenas um orifício, pois a
partícula passou apenas por um e o outro poderia ser ignorado. Na prática
isso não acontece. Como se sabe disso?

A experiência foi feita por Geoffrey Taylor, em 1909, com fótons. Taylor
reduziu a intensidade de um feixe de luz a ponto de podermos dizer que
estava trabalhando com apenas um fóton. Fez a experiência inúmeras vezes,
com os dois orifícios abertos e queimando a mesma placa fotográfica, e o
resultado que obteve era o mesmo obtido pela dupla difração com múltiplos
fótons e retratando o fenômeno da "interferência". Ora, mas se apenas uma
partícula está em jogo, ela está interferindo com quem? Quando Taylor, em
outra experiência, obstruia um dos orifícios, o padrão obtido era sempre o
da difração simples, ou seja, a "interferência" desaparecia, como era de se
esperar. Será que a partícula se desdobra em duas, uma real e outra
fantasma, e cada uma passa por um dos orifícios, sofre cada uma a difração
simples, e depois se interferem e, por final, a partícula fantasma
desaparece tão misteriosamente como quando surgiu? Aparentemente é isso o
que acontece.
----------------------------------------------

Eu:
Não. O que acontece é que o fóton não é partícula. Nem onda. Não tem
partícula nenhuma se desdobrando em duas, simplesmente porque o fóton não é
uma partícula.

O que então acontece? Ora, quando translada através das fendas, o fóton
comporta-se como um pulso de onda. E aí passa literalmente pelos dois
orifícios, mesmo sendo um fóton só, exatamente como faz uma onda (isto não é
uma suposição "ad hoc": basta fazer as contas com a equação de Schrödinger
para ver que é isso o que ela prevê). Quando atinge a placa, é absorvido por
um e somente um elétron (porque trata-se de um único fóton, que não pode ser
dividido entre os vários elétrons da placa). A probabilidade de qual elétron
o absorverá depende da função de onda do fóton, que perto da placa tem a
forma "de interferência" de uma onda que passou por dois orifícios. Por
isso, depois que vários fótons atingem a placa (mesmo que passem um por um
pelos orifícios), reproduz-se a figura de interferência: é porque a
distribuição das probabilidades tem a forma da figura de interferência.

O paradoxo só surge se a gente interpretar (erradamente) que o fóton tem
que passar por um orifício ou por outro, por supor que ele é uma partícula
clássica. Se considerarmo-lo como um pulso (pacote) de onda, o paradoxo
desaparece.

Uma inconsistência a menos debaixo do tapete dos físicos quânticos.

Alberto:
-----------------------------
> Estou curioso em saber o que você teria a dizer sobre essa experiência,
de acordo com suas idéias.

A minha idéia, sob certos aspectos, aproxima-se da tentativa de explicação
dada por David Bhom. Bhom dizia que existia uma partícula guiada por uma
onda piloto. Provavelmente a partícula passaria por um dos orifícios e a
onda pelos dois. A onda sofreria dupla difração e "guiaria" (posto que é o
piloto da "nave") a partícula segundo o efeito resultante. Um pouco
fantasioso, a meu ver. A idéia não agrada aos ortodoxos defensores da física
quântica que não gostam de encarar a dualidade partícula-onda como algo a
ser subdividido em duas entidades reais (vide o princípio da
complementaridade de Bohr). Ainda que não agrade, não deixa de ser uma idéia
que adapta-se a alguns dos dogmas da física moderna,...
--------------------------------------

Eu:
Permita-me interrompê-lo: não há dogmas em Física Moderna. Há afirmações
científicas falseáveis.

---------------------------------------
...ainda que não todos. Existem ainda explicações outras dignas de livros de
ficção, como a estória dos universos paralelos que recuso-me a comentar (a
menos que solicitado, e lembro que não domino o assunto) posto que foge
totalmente do âmbito do que poderíamos chamar ciência.

0Na minha idéia não existe nada de ondulatório nem de piloto. Toda
partícula, em virtude de seu movimento, gera um campo de informações
(informa o tipo de movimento próprio, por exemplo, giro ou translação). Este
campo é emitido continuamente e age quando captado por partículas similares,
gerando seu efeito, ou então é refletido, quando não captado. Este campo é
refletido nas bordas dos orifícios (tanto A quanto B) e, após a partícula
ter atravessado um dos dois orifícios, retorna em direção à mesma, exercendo
seu efeito. Para o caso do elétron este campo nada mais é do que o campo
gerador de efeitos eletromagnéticos e esta dado em meu Web site (A equação
do elétron e o eletromagnetismo) e, efetuando-se os cálculos necessários,
não tenho dúvidas que explicará definitivamente como devem se dar as
difrações simples e/ou duplas de elétrons.

> Pelo que eu consegui entender, a mecânica quântica não tem como explicar o
que acontece.

Não só não tem como também não quer. Todos os físicos que tentaram explicar
o fenômeno por um raciocínio não abstrato caíram em desgraça frente a seus
pares. Pudera! Chegam a conclusões que, a curto prazo, condenam a física
quântica à insolvência.
-------------------

Alberto, em qualquer livro-texto de Física Quântica básica você acha uma
explicação para a experiência de Young com um fóton de cada vez. A própria
equação de Schrödinger explica perfeitamente por que se dá a figura de
interferência. Que negócio é esse de "a mecânica quântica não tem como e não
quer explicar o que acontece"? Espero que a discussão que fiz mais acima
tenha sido uma explicação satisfatória.

Até,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Bolinhas Elementares
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/05/2000 11:21

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario"
Enviada em: Quinta-feira, 18 de Maio de 2000 02:47
Assunto: Re: [ciencialist] Re:Bolinhas Elementares

> > Holanda:
> > > Se souber me explicar, gostaria de saber como, sem usar os conceitos
> > > básicos de mecânica quântica, usando apenas o conceito de
> > > bolinhas elementares "clássicas" pode-se explicar as figuras de
> > > interferência obtidas quando se realiza a experiência da dupla fenda
> > > usando-se um feixe qualquer de partículas.
>
> Alberto:
> > O que eu poderia dizer a respeito e em termos bem elementares, tanto
> > para fótons quanto para elétrons, está em
> > www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Usenet/dialogos05.htm .
> > estarei aqui para "segurar as pontas" e me defender das
> > malhações que se fizerem necessárias.
>
> Belisário:
> Aí vão elas. ...

Alberto:
Lembro que a questão do Holanda, acima reproduzida, referia-se a "como eu
explico" a experiência da dupla fenda através de "minhas idéias". Indiquei
uma página Web para evitar repetir o que já comentei inúmeras vezes. Nesta
página, além daquilo em que fui questionado não apenas agora como também na
época, exponho também meu desagravo para com a física quântica. Porém isso
retrata uma opinião de uma época em que, dentro daquele egocentrismo que, em
maior ou menor intensidade, trazemos dentro de nós, julguei que os físicos
brasileiros estivessem interessados em conhecer "como eu vejo a física
moderna". Tratam-se de questionamentos paralelos e de pouquíssima
importância para o esclarecimento da dúvida inicial. E a dúvida inicial era
"O que você teria a dizer sobre essa experiência, de acordo com suas
idéias".

O que "eu penso" sobre a física moderna é, portanto, algo secundário e que
"hoje" procuro, sempre que possível, deixar de lado. Isto não significa
dizer que mudei de idéia a respeito. Não. São idéias que acumulei durante
cerca de 20 anos, idéias estas entrelaçadas umas nas outras, e portanto não
facilmente reproduzidas em pequenos textos. Por outro lado, e como já
disse, não me cabe derrubar a física moderna. O bom cientista é aquele que
propõe hipóteses falseáveis a suas próprias teorias, não às teorias dos
outros. Ora, se não me cabe derrubar a física moderna, também não me cabe
ficar exaustivamente e a todo momento justificando o que penso a respeito
dela. Estou convicto de que ela está errada, estou convicto que os físicos
quânticos colocam embaixo do tapete milhares de dúvidas cujas explicações
nào têm para com uma infinidade de dados experimentais que falseiam suas
idéias, estou convicto de que os físicos quânticos criam hipóteses ad hoc em
série e num número jamais verificado em nenhuma outra área do conhecimento,
estou convicto de que os físicos quânticos fogem do diálogo, estou convicto
de que os físicos quânticos não sabem a distinção entre física e matemática,
estou convicto de que os físicos modernos promovem a lavagem cerebral nos
jovens que entram nas universidades a cada ano e estou convicto de que os
físicos modernos refugiam-se nas idéias de Thomas Khun pois que lhe são
muito convenientes e a justificarem todos os absurdos apontados bem como
inúmeros outros no momento não lembrados e que acumulei (para mim) nos
últimos 20 anos. Isto, no entanto, não tem a mínima importância a não ser no
sentido de mostrar, para mim mesmo, o que penso a respeito; mesmo porque,
como tenho notado, o que penso a respeito não tem interessado a ninguém.

Porque então haveria de me dar ao luxo de justificar o que penso se quando
imagino ter conseguido atingir meu objetivo uma de duas coisas quase sempre
acontecem: 1) o diálogo é encerrado; ou 2) muda-se de assunto. Não digo isso
quanto ao nosso diálogo. Aliás, estou na Internet desde 1997 e você é uma
das poucas pessoas com quem realmente consegui dialogar, no verdadeiro
sentido do termo. É óbvio que, e isso todo popperiano sabe, um diálogo entre
dois acaba se esgotando, a medida em que as idéias se fortalecem
bilateralmente e atingem o clima de uma aparente infalseabilidade. Algumas
convicções persistem de forma inabalável e não há mais como um denunciar
falácias no argumento do outro. Às vezes, atingido esse clima, os oponentes
passam a se evitar: parece ter sido o caso de Einstein e Bohr. Outras vezes
persistem como grandes amigos, ainda que com idéias divergentes. Espero que
o nosso diálogo termine assim. Raramente tornam-se inimigos, a não ser
quando travam o que poderia ser chamado um falso diálogo. Voltemos à
temática.

Se estou convicto, para mim mesmo, de que a física moderna é uma
balela, não posso meramente ficar esperando que alguma coisa melhor seja
colocada no seu lugar. Simplesmente, procuro por essa alguma coisa. Faço
teorias apoiadas na experimentação de pelo menos 300 anos. E proponho fatos
passíveis de serem observados em laboratório experimental. Respondo por
minhas idéias e por meus escritos, mas não por minhas opiniões sobre aquilo
que estou convicto que está errado, pois que para isso seria necessário
escrever não menos do que um livro de pelo menos 500 páginas o que,
certamente, não me levaria a nada, pois contra dogma não há argumento que
vença.

> Belisário:
> Me diga três fenômenos que os físicos quânticos joguem para baixo do
> tapete

A última vez que me dei ao luxo de responder a questionamentos desse tipo,
minhas idéias foram jogadas para baixo do tapete. Enfim, não me interessa
julgar o comportamento dos físicos quânticos. Eles são maiores de idade,
vacinados, que façam o que julgarem conveniente que seja feito.

> Alberto:
> Será que a partícula se desdobra em duas, uma real e outra
> fantasma, e cada uma passa por um dos orifícios, sofre cada uma a difração
> simples, e depois se interferem e, por final, a partícula fantasma
> desaparece tão misteriosamente como quando surgiu? Aparentemente é isso o
> que acontece.

> Belisário:
> Não. O que acontece é que o fóton não é partícula. Nem onda. Não tem
> partícula nenhuma se desdobrando em duas, simplesmente porque o fóton não
> é uma partícula. O que então acontece? Ora, quando translada através das
> fendas, o fóton comporta-se como um pulso de onda. E aí passa literalmente
> pelos dois orifícios, mesmo sendo um fóton só, exatamente como faz uma
> onda (isto não é uma suposição "ad hoc": basta fazer as contas com a
> equação de Schrödinger para ver que é isso o que ela prevê).

Se o fóton não é o que não é, pergunto então: O que o fóton é? Se bem
entendi, você está jogando a dúvida para baixo do tapete, mas isso é minha
opinião. Aliás, de uma maneira bem mais sutil, Schrödinger teria chegado à
mesma conclusão: "Esperamos que a vacilação de conceitos e opiniões
signifique apenas um intenso processo de transformação, que conduzirá
finalmente a algo melhor do que as confusas séries de fórmulas que cercam o
nosso tema." Note que Schrödinger está se referindo a sua própria equação.

> Alberto:
> > não deixa de ser uma
> > idéia que adapta-se a alguns dos dogmas da física moderna,...

> Belisário:
> Permita-me interrompê-lo: não há dogmas em Física Moderna. Há
> afirmações científicas falseáveis.

E há "vacilação de conceitos e opiniões" que refugiam-se (ou são jogadas
para baixo do tapete) por trás de uma equação falseável mas que embute
inúmeros dogmas a explicarem como o "fóton" faz o que na realidade não faz
(passar literalmente pelos dois orifícios). Enfim, eu não concordo com esta
linha mas, ao que tudo indica, o conceito de dogma está se tornando algo
relativo entre os físicos.

Alberto:
> Pelo que eu consegui entender, a mecânica quântica não tem como explicar
> o que acontece.
> Não só não tem como também não quer. Todos os físicos que tentaram
> explicar o fenômeno por um raciocínio não abstrato caíram em desgraça
> frente a seus pares. Pudera! Chegam a conclusões que, a curto prazo,
> condenam a física quântica à insolvência.

Belisário:
> Alberto, em qualquer livro-texto de Física Quântica básica você acha
> uma explicação para a experiência de Young com um fóton de cada vez. A
> própria equação de Schrödinger explica perfeitamente por que se dá a
> figura de interferência. Que negócio é esse de "a mecânica quântica não
> tem como e não quer explicar o que acontece"?

É o que penso sobre a física quântica. Mas, volto a dizer: O que penso a
respeito da física quântica é muito pouco importante, até mesmo para mim.
Como posso valorizar o que penso sobre algo que, por motivos vários, estou
convicto de que está errado? O máximo que posso fazer é rebater argumentos.
Mas isso, por um lado é cansativo e sem levar a nada e, por outro, torna-me
antipático. O que me cabe fazer então é explorar minhas idéias, concatenar
minhas hipóteses segundo a lógica da teorização, desenvolver minhas teorias,
propor afirmações falseáveis e aguardar os acontecimentos. Quanto ao mais,
deixo a quântica para os quânticos.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Bolinhas Elementares
FROM: "mikhalkov"<Mikhalkov@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/05/2000 14:49

Me responda Sr. Alberto, O senhor j�
leu algum livro de mec�nica qu�ntica
al�m do b�sico? Ou o senhor baseia a
sua convic��o em "achologia". Pergunto
desta maneira pois me parece que o
sr. est� confundindo as coisas:
primeiro, o que o senhor quer dizer
com explica��o f�sica? Tenho a n�tida
impress�o de que o senhor tenta dizer
que qualquer explica��o para ser
f�sica
e tamb�m v�lida, deve ter
contrapartida cl�ssica. Desculpe mais
isso, � puramente opini�o pessoal e
isso n�o se discute. Segundo, pelo que
o senhor prega a qu�ntica j� deveria
ter se desmontado na pr�pria
fragilidade o que n�o ocorreu, muito
pelo contr�rio, talvez o sr. j� tenha
ouvido falar de estados comprimidos em
qu�ntica, pois bem, esses estados s�o
completamente qu�nticos,e por mais
estranho que pare�a ao senhor existem
experi�ncias que comprovam a
exist�ncia destes estados. Se o sr. me
dizer que as experi�ncias feitas em
f�sica qu�ntica n�o s�o v�lidas porque
elas s�o feitas para corroborar a
qu�ntica eu digo que o senhor est�
fantasiando pois pensando desse jeito
nunca foi feito ci�ncia no mundo
ent�o.
O que faz "Campo de informa��o" como
o senhor cita em " Di�logos Usenet A
Experi�ncia das Fendas " ser mais
f�sico do que a explica��o dada pela
qu�ntica?

Marcello A. Alves Talarico



_____________________________________________________
Quer linha desocupada nas Internets gratis?
Multidiscador BOL. Totalmente gratis! http://www.bol.com.br/multi/







SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Bolinhas Elementares
FROM: "mikhalkov"<Mikhalkov@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/05/2000 14:50

Me responda Sr. Alberto, O senhor j�
leu algum livro de mec�nica qu�ntica
al�m do b�sico? Ou o senhor baseia a
sua convic��o em "achologia". Pergunto
desta maneira pois me parece que o
sr. est� confundindo as coisas:
primeiro, o que o senhor quer dizer
com explica��o f�sica? Tenho a n�tida
impress�o de que o senhor tenta dizer
que qualquer explica��o para ser
f�sica
e tamb�m v�lida, deve ter
contrapartida cl�ssica. Desculpe mais
isso, � puramente opini�o pessoal e
isso n�o se discute. Segundo, pelo que
o senhor prega a qu�ntica j� deveria
ter se desmontado na pr�pria
fragilidade o que n�o ocorreu, muito
pelo contr�rio, talvez o sr. j� tenha
ouvido falar de estados comprimidos em
qu�ntica, pois bem, esses estados s�o
completamente qu�nticos,e por mais
estranho que pare�a ao senhor existem
experi�ncias que comprovam a
exist�ncia destes estados. Se o sr. me
dizer que as experi�ncias feitas em
f�sica qu�ntica n�o s�o v�lidas porque
elas s�o feitas para corroborar a
qu�ntica eu digo que o senhor est�
fantasiando pois pensando desse jeito
nunca foi feito ci�ncia no mundo
ent�o.
O que faz "Campo de informa��o" como
o senhor cita em " Di�logos Usenet A
Experi�ncia das Fendas " ser mais
f�sico do que a explica��o dada pela
qu�ntica?

Marcello A. Alves Talarico



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Bolinhas Elementares
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/05/2000 17:41

-----Mensagem Original-----
De: "mikhalkov
Enviada em: Quinta-feira, 18 de Maio de 2000 14:50
Assunto: Re: [ciencialist] Re:Bolinhas Elementares

> Me responda Sr. Alberto, O senhor já
> leu algum livro de mecânica quântica
> além do básico? Ou o senhor baseia a
> sua convicção em "achologia". Pergunto
> desta maneira pois me parece que o
> sr. está confundindo as coisas:
> primeiro, o que o senhor quer dizer
> com explicação física? Tenho a nítida
> impressão de que o senhor tenta dizer
> que qualquer explicação para ser
> física
> e também válida, deve ter
> contrapartida clássica.

Pois eu, caro Sr. Talarico, penso exatamente o contrário. Tenho a nítida
impressão de que os físicos quânticos tentam dizer que qualquer explicação
para ser física e também válida, deve ter contrapartida quântica.
Sinceramente, no âmbito destas "achologias", não sei quem está mais próximo
da verdade.

> Desculpe mais
> isso, é puramente opinião pessoal e
> isso não se discute. Segundo, pelo que
> o senhor prega a quântica já deveria
> ter se desmontado na própria
> fragilidade o que não ocorreu, muito
> pelo contrário, talvez o sr. já tenha
> ouvido falar de estados comprimidos em
> quântica, pois bem, esses estados são
> completamente quânticos,e por mais
> estranho que pareça ao senhor existem
> experiências que comprovam a
> existência destes estados. Se o sr. me
> dizer que as experiências feitas em
> física quântica não são válidas porque
> elas são feitas para corroborar a
> quântica eu digo que o senhor está
> fantasiando pois pensando desse jeito
> nunca foi feito ciência no mundo
> então.

Como já disse ao Belisário, deixemos a quântica para os quânticos. Quanto
aos critérios de validade diria que são importantes do ponto de vista
epistemológico. Poderia citar uma infinidade de cientistas que nunca leram
uma linha sequer de metodologia científica e no entanto durante toda a sua
vida seguiram rigidamente o método científico. O Sr., pela afirmação feita,
parece-me apoiar-se no indutivismo. Não tenho nada contra, apenas acho que
os indutivistas são também dedutivistas sem perceberem (Hipóteses são
deduzidas e leis são induzidas). Se pertencemos a linhas metodológicas
diversas fica difícil dialogar pois "se o Sr me disser que a finalidade
primordial da ciência é fazer experiências destinadas a corroborar alguma
coisa" isto me soará como estranho pois, assim como Popper, acredito que
"não há um método para determinar se uma hipótese é 'provável' ou
provavelmente verdadeira".

> O que faz "Campo de informação" como
> o senhor cita em " Diálogos Usenet A
> Experiência das Fendas " ser mais
> físico do que a explicação dada pela
> quãntica?

A física quântica não explica, ela simplesmente postula. Uma teoria física
que se apoia em hipóteses coerentemente interligadas e apoiadas na
experimentação (perceba aí o dedutivismo), revela possuir conteúdo físico;
outra teoria física que se apoia em postulados (não deduzidos através de
argumentos físicos, mas simplesmente montados como algoritmos a respeitar
determinadas leis básicas) parece-me ser pobre em física e rica em
matemática. E isto não me parece retratar uma opinião apoiada no "achismo".

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Teorias Realistas Atuais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/05/2000 17:53

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario"
Enviada em: Quinta-feira, 18 de Maio de 2000 02:25
Assunto: [ciencialist] Re: Teorias Realistas Atuais

> Alberto:
> > > (...) chegamos à conclusão que a relatividade complica a teoria
> > > sem nada de útil acrescentar.

> Belisário:
> > Bem, ela acrescenta explicações para uma porção de observações
> > experimentais, como: o "fracasso" da experiência de Michelson-Morley
>
> Alberto:
> Algo referente a isso poderá ser encontrado em
> www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Relat/RelGali.htm

Belisário
> Se compreendi bem, nesse site mostra-se que propagações ondulatórias
> têm velocidades constantes em relação ao meio, enquanto fenômenos
> corpusculares têm velocidades constantes em relação à fonte. Ora,
> Michelson e Morley pensavam que a luz era uma onda e portanto tinha
> velocidade dependente do meio, ou seja, do éter. Puseram-se então a medir
> a velocidade da luz em relação ao éter. Descobriram que a velocidade da
> luz não depende do éter. O texto do site, então, argumenta que isso indica
> que a luz pode ser composta de partículas, pois a velocidade das
> partículas não depende do meio. Não seria necessária Teoria da
> Relatividade alguma.

Alberto:
Conquanto não afirme que a luz seja corpuscular, não vejo incoerência
nenhuma na conclusão. Realmente, se pensarmos, como pensou-se na época,
(final do século XIX e início do século XX) nas "teorias de emissão", a
experiência de Michelson Morley retrata exatamente o que teria sido esperado
(não pela dupla MM mas pelos possíveis adeptos das teorias de emissão). Ou
seja, a experiência Michelson-Morley sem dúvida alguma representou o mais
brilhante falseamento da teoria ondulatória da luz efetuado após Young (que,
segundo alguns físicos afoitos, teria negado experimentalmente a teoria
corpuscular).

Repito, o problema não se reduz apenas às querelas entre luz ondulatória ou
luz corpuscular mas em luz explicável por teorias ondulatórias e luz
explicável por "teorias de emissão". Poderia também adotar um outro
questionamento: A luz necessita de um "meio imaterial" (éter) para se
propagar ou seria a luz esta "entidade imaterial" a se propagar sem
necessitar de meio algum? Em outras palavras: o "imaterial" é o conteúdo
(luz) ou o continente (éter).

Não há como valorizar a experiência de Michelson-Morley de outra maneira que
não seja nesse contexto ou, então, num retorno à luz corpuscular. A
relatividade, ao se apoiar na experiência Michelson-Morley (a bem da
verdade, Einstein não cometeu esta falácia), nada mais fez do que burlar a
realidade física que, queiram ou não, TEM que ser interpretada à luz da
evidência experimental.

Belisário:
> Ora, existe um erro, ou pelo menos uma incompletude no raciocínio. A
> Teoria da Relatividade afirma justamente que a velocidade da luz é
> independente da fonte! É isso que Einstein afirmou em seu artigo original
> (nos livros-textos atuais prefere-se o postulado "a velocidade da luz
> independe do observador inercial", que leva aos mesmos resultados que o
> postulado original de Einstein). Ora, a velocidade das partículas só
> depende da fonte. Se a velocidade da luz independe da fonte, ela não pode
> ser constituída de corpúsculos!

Alberto:
E qual é a experiência que garante essa independência? A de
Michelson-Morley, interpretada à luz da realidade física, mostra-nos
exatamente o contrário. Parece-me que você está andando em círculo. Aceita
os postulados de Einstein (que embutem o conceito de uma luz
matemático-ondulatória), a partir deles dá a sua explicação para a
experiência Michelson-Morley e, a partir daí, conclui que a única explicação
para a experiência é a relatividade de Einstein!!!

Belisário:
> Mesmo se adotarmos a visão atual, de que a
> velocidade da luz independe do observador inercial, isto também não pode
> ser interpretado lançando-se mão da interpretação corpuscular da luz.

Alberto:
É óbvio. Isto meramente retrata a coerência da relatividade especial. Seria
de se estranhar que uma teoria construída por cima do conceito de luz
matemático-ondulatória nos levasse à conclusão de que a luz é corpuscular
e/ou outra entidade emitida. Quando eu digo que não concordo com a teoria da
relatividade especial jamais estou querendo dar a entender que Einstein
teria sido um imbecil, pois suas idéias têm uma lógica fora de série. Pelo
contrário, apesar de não concordar com nada relativo a sua teoria da
relatividade, ainda assim acho que Einstein foi o maior físico do século XX,
e as homenagens póstumas que recebeu recentemente foram merecidas. A meu
ver, a postura do cientista está acima de suas teorias.

Belisário:
> Poder-se-ia argumentar: mas da experiência de Michelson-Morley não dá
> para deduzir diretamente que a velocidade da luz independe do observador
> ou da fonte.

Alberto:
Com efeito, como expus acima. A experiência de Michelson-Morley falseia
a luz ondulatória. Por si só, corrobora a dependência com relação à fonte.

Belisário:
> Mas esses fatos são corroborados pelas confirmações
> experimentais de suas conseqüências: por exemplo, a dilatação do tempo,
> equivalência massa-energia, etc., observada p. ex. nas experiências em
> aceleradores de partículas.

Alberto:
Então não se diga que a experiência de Michelson-Morley por si só corrobora
exatamente aquilo que falseia. Se as experiências citadas não são por si
sós, concludentes, que não se apele para outras que também não o são no
sentido esperado. Por outro lado, ao dizer que são "conseqüências", você
parece estar admitindo que a experiência de Michelson-Morley é necessária
para a relatividade, o que me parece não ser o caso (pelo menos Einstein não
considerou assim). Estaríamos andando em círculo?

Belisário:
> Muito recentemente, uma experiência
> mostrou que a velocidade da luz independe da fonte por uma parte em 10^20.
> Tirei as frases seguintes do boletim informativo do American Institute of
> Physics, datado de 11 de maio de 2000:
> http://newton.ex.ac.uk/aip/physnews.484.html

Alberto:
Vamos dar tempo ao tempo. Estamos comentando uma experiência efetuada há
mais de cem anos, com detalhes técnicos exaustivamente explorados, repetidos
e comprovados, e a corroborar que a velocidade da luz depende da fonte. Essa
outra, realizada há 7 dias, não deixa de ser interessante mas não me parece
estar livre de se apoiar em suposições um tanto quanto fantasiosas. Está me
parecendo aquela história da fusão fria, que até hoje ainda não foi muito
bem explicada.

> Agora sobre a dilatação do tempo:

> Belisário:
> > (...) a dilatação do tempo observada no decaimento de partículas
> > elementares velozes;

> Alberto:
> O que é um relógio? O tempo seria o resultado de algo expresso por um
> sistema em movimento periódico, vulgarmente chamado relógio? O elétron
> acelerado da maneira descrita no parágrafo anterior poderia ser
> considerado um relógio, graças a seu movimento interno de giro? Se sim,
> pergunto: O tempo no referencial do elétron acelerado seria o mesmo tempo
> medido por um elétron em repouso? Por outro lado: a vida média dos mésons
> não estaria relacionada a propriedades estatísticas relacionadas a seus
> movimentos internos? Quem, afinal, é relativo: o tempo ou o relógio? Pela
> física newtoniana eu diria que o tempo é absoluto e o relógio relativo.
> Parece-me que a relatividade meramente inverteu os papéis e considerou o
> "relógio-meson" como absoluto. Onde está a relatividade do tempo, se não
> aí?

> Belisário:
> Ou muito me confundi ou essa resposta parece fugir à questão. A
> questão não é sobre a mera adequação do conceito de "relatividade do
> tempo", mas como explicar classicamente o fato experimental de que
> observadores em movimento em relação a um "relógio" observam o relógio
> andar mais devagar que os observadores em repouso em relação a ele.

Alberto:
Mas qual foi o observador que acompanhou o movimento das "partículas
elementares velozes" citadas? Neste caso temos apenas dois relógios e um
único observador em repouso. O segundo observador é hipotético. E, sem
dúvida alguma, este hipotético observador deve ter um metabolismo interno
ditado por regras moleculares a obedecerem às mesmas restrições impostas aos
elétrons ou mésons. Não é impossível que seu metabolismo funcione num outro
ritmo e que ele envelheça de maneira diversa a um observador em repouso.
Ele, por si só, seria um relógio biológico. Tudo isso são conjecturas ou, no
máximo, hipóteses. O que estou mostrando é que é perfeitamente possível,
através de "conceitos clássicos", chegar-se a um tempo relativo. Porém
relativo a relógios e não a um tempo no sentido newtoniano do termo. O
problema é que quando me refiro a "conceitos clássicos" logo pensa-se na
física clássica para os quais esses conceitos seriam proibidos. Ora, a
física clássica não proibe nada que não contrarie o senso comum! Ela sequer
foi concluída! Parece-me que os físicos foram enfeitiçados pelas fantasias
quânticas e relativistas!

Não, não fugi da questão não! A relatividade meramente inverteu os papéis e
considerou o relógio absoluto. E acredito ser exatamente esta a falácia que
estamos discutindo, ainda que você não a aceite como falácia.

Belisário:
> E mais: que a relação
> entre as medidas dos dois observadores, não só para o relógio mas para
> qualquer par de eventos que delimitem um intervalo no tempo (como um "tic"
> e um "tac" do relógio), é descrita pela mesmíssima equação em todos os
> casos. Sendo assim, qual o significado de dizer que é o relógio que é
> relativo e não o tempo? Se assim fosse, parece que a fórmula deveria ser
> diferente para cada sistema físico estudado, mas ela é sempre a mesma.

Alberto:
Isso caso existisse aquele hipotético observador a não envelhecer de maneira
diferente. Mas o relógio considerado é inerente ao movimento da matéria e o
observador é constituído de matéria. Ou não? Esse observador seria Deus,
situado no referencial absoluto newtoniano, e segundo o qual "o espaço é o
sensório de Deus"? Bem, não é impossível que para Deus a física seja um
pouquinho diferente do que para nós. Afinal, ele é o dono da verdade. Para
observadores outros, as leis seriam as mesmas, porém com constantes diversas
(c, por exemplo, admitindo-se observadores a acreditarem na sua
constância -- ou seja, para esses observadores relativistas, c seria
constante, ainda que com outro valor; e não só as leis verdadeiras, mas
também as teorias, tanto as verdadeiras quanto as absurdas, seriam as
mesmas).

Por falar em tic-tac e para descontrair :-), vou repetir aqui uma poesia que
escrevi em 1986:


A RELATIVIDADE POÉTICA

Tic-Tac-Tic-Tac-Tic-...
Tac-Tic-Tac-Tic-Tac...
Será agora Tic? Ou será Tac?
O meu relógio diz: -- Agora é Tic!
Mas outro logo ali diz:
-- Não, é Tac.

Tac-Tic-Tac-Tic-Tac...
Tic-Tac-Tic-Tac-Tic-...
Será agora Tac? Ou será Tic?
Não posso crer que agora sendo Tac,
Agora também possa ser um Tic.

Tic-Tac-Tic-Tac-Tic-...
Tic-Tac-Tic-Tac-Tic-...
Agora sim! Um Tic é um Tic.
Mas não seria a vez de dizer Tac?
Quem mudou? O que diz Tic?
Ou terá sido aquele que diz Tac?

Tac-Tic-Tac-Tic-Tac...
Tic-Tac-Tic-Tac-Tic-...
Será que o que diz Tac não diz Tic
Porque viaja num Sputinik?
E sendo assim o meu só não diz Tac
Por culpa do meu velho Cadilac?

Tic-Tac-Tic-Tac-Tic-...
Tac-Tic-Tac-Tic-Tac...
Enquanto lá é Tic aqui é Tac,
E quando lá for Tac...
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Sabe de uma coisa?
Antes que eu tenha um xilique
Por não saber se é Tac ou se é Tic,
Vou tirar a média: agora é Tec.
Tec-Tec-Tec-Tec-Tec.


[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Problema
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/05/2000 18:01

Ser� que deu algum problema com o egroups. A coisa t� enroscada desde ontem!
[]'
L�o



SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade de Escape
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/05/2000 20:11

Caro Leo Vines:

Tenho certeza que alguém vai postar a demonstração completa,
mas essencialmente a velocidade de escape é a velocidade em
que a energia cinética fica itual à energia potencial
gravitacional. Você pode então -desligar- o motor e não vai
ser puxado de volta à Terra, ou entrar em órbita dela.
Nada de relativístico aí. Tudo Newtoniano.
Se você mantém o motor ligado o tempo todo, vai realmente
conseguir se afastar da Terra o quanto queira, mas se não
atingir a velocidade de escape, vai ser puxado de volta, não
importa o quanto longe esteja, assim que desligue o motor.
É claro, que, em termos práticos, se você se afastar demais
a atração gravitacional da Terra será pequena em relação à
do Sol e dos planetas maiores, e você poderá acabar em uma
outra órbita qualquer, que não em torno da Terra, ou poderá
cair em outro lugar, que não aqui. Para sair do sistema solar,
você precisaria atingir a velocidade de escape do Sol, que
é bem maior.

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Bolinhas Elementares
FROM: "Marcello Antonio A. Talarico" <Mikhalkov@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/05/2000 21:45

--- In ciencialist@egroups.com, "Alberto Mesquita Filho"
<albmesq@u...> wrote:

> Pois eu, caro Sr. Talarico, penso exatamente o contrário. Tenho a
>nítida impressão de que os físicos quânticos tentam
dizer que
>qualquer explicação para ser física e também válida,
deve ter
>contrapartida quântica. Sinceramente, no âmbito destas
"achologias",
>não sei quem está mais próximo da verdade.

Me desculpe Sr. Mesquita Filho, mas a sua resposta só confirma a
minha supeita que vc nunca procurou discutir sobre quântica com um
profissional, pois se o sr. houvesse discutido, o sr. saberia como
é
errõnea a sua resposta pois quando aprendemos quântica, a coisa
que
mais é reforçada pelos professores é que a mecânica
clássica deve ser
sempre o guia para o físico, quer ele seja "Quântico" ou
"Relativista". Eu nunca encontrei na literatura o contrário como o
sr.
afirma com tanta certeza. Mas esse guia nunca deve atrapalhar o
desenvolvimento de um estudo, pois pode tirar resultados interessantes
que por ventura possam aparecer.Mas o sr. não respondeu a minha
pergunta: Qualquer explicação para ser física , deve ter
contrapartida
clássica?


> Como já disse ao Belisário, deixemos a quântica para os
quânticos.
>Quanto aos critérios de validade diria que são importantes do
ponto
>de vista epistemológico. Poderia citar uma infinidade de
cientistas
>que nunca leram uma linha sequer de metodologia científica e no
>entanto durante toda a sua vida seguiram rigidamente o método
>científico. O Sr., pela afirmação feita,parece-me apoiar-se no
>indutivismo. Não tenho nada contra, apenas acho que os
indutivistas
>são também dedutivistas sem perceberem (Hipóteses são
deduzidas e
>leis são induzidas). Se pertencemos a linhas metodológicas
diversas
>fica difícil dialogar pois "se o Sr me disser que a finalidade
>primordial da ciência é fazer experiências destinadas a
corroborar
>alguma coisa" isto me soará como estranho pois, assim como Popper,
>acredito que "não há um método para determinar se uma
hipótese é
>'provável' ou provavelmente verdadeira".

Estranho o senhor distorceu o que eu disse. Mas disso veio algo
interessante: o Senhor afirma então que a ciência deve
desprezar os
resultados experimentais? Bem se for isso a nossa discussão termina
por aqui, pois isso torna a ciência apenas uma retórica cujo
uníca
válidade está apenas na opinião do interlocutor. A ciência
independente do contexto epistemológico em que foi montada, deve se
ater a uma coisa, descrever os fenomênos da natureza e fazer
previsôes
dos mesmos , independente do que Lakatos , Popper, Kuhn e qualquer
outro diga.

> > O que faz "Campo de informação" como
> > o senhor cita em " Diálogos Usenet A
> > Experiência das Fendas " ser mais
> > físico do que a explicação dada pela
> > quãntica?

O senhor não me respondeu. O que faz " campos de informação"
ser mais
físico do que a explicação da mecânica quântica? A sua
opinião sobre a
quântica já sabemos, gostaria agora que o senhor respondesse a
pergunta.

Marcello Antonio A. Talarico

"Deus não joga dados"
A. Einstein

"Não diga a Deus o que ele deve fazer"
Niels Bohr



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Bolinhas Elementares
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/05/2000 22:36

Talarico wrote:
>
> "Não diga a Deus o que ele deve fazer"
> Niels Bohr

Por que não? Voltamos à palavra da autoridade?

[]'
Léo


>
>
> ------------------------------------------------------------------------
> Make new friends, find the old at Classmates.com:
> http://click.egroups.com/1/4052/8/_/19424/_/958697130/
> ------------------------------------------------------------------------
>
> *** --- ***
>
> >>Laboratorio Didatico Virtual (Fisica)<<
> http://www.labvirt.if.usp.br/
>
> *** --- ***
>
>
>
>
>
>



SUBJECT: Re: Paradoxo da geladeira(Takata)
FROM: "Daniel Sottomaior [SP]" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/05/2000 23:07

--- In ciencialist@egroups.com, "Holanda " <lb_holanda@h...> wrote:
> Olá ciencialistas
> Na mensagem n.o 1012 dessa lista, foi sugerida pelo sr. Takata o
> paradoxo da geladeira. Gostaria de receber dele a resposta desse
> paradoxo. Ou será um paradoxo aparente como no caso dos gêmeos?


--- In ciencialist@egroups.com, Roberto Mitsuo Takata <rmt@i...>
wrote:
nao sei se mentes mais criativas jah se sairam com essa:

mais um paradoxo criado pela relatividade, agora com graves
consequencias
praticas em nossas vidas - e nao simples duvidas sobre que irmao eh
mais
velho q. qual, ateh porq. nao eh tao jah q. astronautas gemeos serao
lancados ao espaco em escala relativistica...

pois bem, sabemos q. qto maior a velocidade de um corpo em relacao a
um
referencial, maior a dilatacao temporal desse corpo em relacao ao
mesmo
referencial... sabemos q. a energia cinetica estah de acordo com a
teoria
relativistica - um objeto aquecido tem mais massa q. um com menor
temperatura, em funcao da movimentacao das particulas...

isso significa q. num objeto resfriado, em q. as particulas estao em
menores velocidades nao apenas a massa eh menor, como ocorre uma
contracao
do tempo... isso faz com q. o produto tenha uma taxa maior de
desintegracao entropica (apodrece mais rapidamente em jargao
tecnico)...
ou seja eh pura lenda botar alimentos no refrigerador na esperanca de
q.
ele seja melhor preservado... no freezer entao...

[]s,

roberto takata
--- End forwarded message ---


LLLLOL

Como o Takata, até onde eu sei, não está por aí (até onde eu sei), lá
vou eu...

Calma, Holanda... como qualquer paradoxo, o problema é apenas
aparente. As velocidades moleculares são pequensa demais em relação a
_c_ para causar qualquer efeito relativístico razoável, quanto mais
um que pudesse compensar os conhecidos efeitos de retardamento de
reações físico-químicas. É simples assim.


Daniel



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Bolinhas Elementares
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/05/2000 00:29


Alberto,

Compreendo e louvo sua atitude de tentar colocar algo no lugar de uma
teoria que você supõe estar errada. Nada mais científico. Mas devo ressaltar
que me é muito difícil tentar entender o que você vê de tão ruim na Física
Moderna (o que estão jogando para baixo do tapete, por que ela é feita de
dogmas, etc.). Pelo que compreendi até agora, você está profundamente
insatisfeito com a solução dada pela Física Moderna, em primeiro lugar
porque você supõe que os fatos experimentais que levaram ao rompimento com a
Física Clássica poderiam ser explicados sem esse rompimento. Em segundo
lugar, porque vê uma porção de inconsistências no corpo da Física Moderna.

Quanto às explicações alternativas dos fatos experimentais, são sempre
bem-vindas; jamais se poderá descartar a possibilidade de alguém conseguir
encontrá-las. (Não seria a primeira vez em que isso acontece; apenas a
História colocou ênfase apenas nos feitos dos "vencedores"). Porém, algumas
que vi em seus textos não me são satisfatórias; e outras não me parecem
conclusivas. Mas ainda não li tudo.

Quanto às inconsistências que você vê na Física Moderna - as que vi até
agora -, não me convenci sequer de que elas existem.

Logo, estamos dialogando de campos inteiramente opostos.

Pela sua própria generalidade, nossa conversa tende sempre a
dispersar-se por vários assuntos. Todos eles, porém, parecem poder ser
classificados em três tipos:
(1) Provas da inconsistência da Física Moderna
(2) Explicações alternativas para os fenômenos experimentais que levaram
ao rompimento com a Física Clássica
(3) Questões epistemológicas

Vejo que não te atrai a discussão sobre o item (1) ("deixo a quântica
para os quânticos"), e entendo que isso se deve à quantidade de diálogos
tensos que você já deve ter enfrentado por causa disso. Mas devo ressaltar
que, quando você diz que uma teoria é inconsistente, trata-se de uma
afirmação científica, e deve ser provada. Ora, basta uma única
inconsistência para mandar uma teoria inteira para o vinagre.

Por exemplo, a questão: "a experiência de Young com um fóton só falseia
a Teoria Quântica?" Parece-me que é sobre isto que estamos discutindo nos
parágrafos abaixo:

> > Belisário:
> > Não. O que acontece é que o fóton não é partícula. Nem onda. Não tem
> > partícula nenhuma se desdobrando em duas, simplesmente porque o fóton
não
> > é uma partícula. O que então acontece? Ora, quando translada através das
> > fendas, o fóton comporta-se como um pulso de onda. E aí passa
literalmente
> > pelos dois orifícios, mesmo sendo um fóton só, exatamente como faz uma
> > onda (isto não é uma suposição "ad hoc": basta fazer as contas com a
> > equação de Schrödinger para ver que é isso o que ela prevê).
>
> Se o fóton não é o que não é, pergunto então: O que o fóton é? Se bem
> entendi, você está jogando a dúvida para baixo do tapete, mas isso é minha
> opinião. Aliás, de uma maneira bem mais sutil, Schrödinger teria chegado à
> mesma conclusão: "Esperamos que a vacilação de conceitos e opiniões
> signifique apenas um intenso processo de transformação, que conduzirá
> finalmente a algo melhor do que as confusas séries de fórmulas que cercam
o
> nosso tema." Note que Schrödinger está se referindo a sua própria equação.

Você pergunta "o que o fóton é" ou "como ele se comporta"? A teoria diz
apenas como ele se comporta. A questão de "o que ele é" é outra história,
tem a ver é com modelos. E modelos são construtos independentes da teoria,
do ponto de vista lógico. Por isso, não haver consenso sobre "o que o fóton
é" não me parece suficiente para falsear a Física Quântica, simplesmente
porque ela não toca nesse assunto. Trata-se de uma falta de consenso
relativa apenas ao modelo.

A Teoria Quântica, como todas as teorias - quânticas ou clássicas -,
pretende descrever apenas comportamento dos sitemas, e, uma vez que descreve
bem o que acontece com o fóton na experiência de Young (como pretendi
mostrar na outra parte do parágrafo), então não podemos acusá-la de
inconsistência com base apenas nessa experiência.

Agora, o *modelo* que os físicos adotam é: o fóton comporta-se de
maneira delocalizada (como "onda") em certas circunstâncias bem definidas, e
de maneira localizada (como "partícula") em outras circunstâncias também bem
definidas. Esse modelo é abstraído do formalismo matemático da teoria.
Alguém pode contestar esse modelo e encontrar outro que seja mais plausível.

Até,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Bolinhas Elementares
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/05/2000 01:42

-----Mensagem Original-----
De: "Marcello Antonio A. Talarico"
Enviada em: Quinta-feira, 18 de Maio de 2000 21:45
Assunto: Re: [ciencialist] Re:Bolinhas Elementares

> Mas o sr. não respondeu a minha pergunta:

Em meio a tantas grosserias apresentadas na msg anterior, eu fiquei em
dúvida quanto a se o sr. realmente desejava alguma resposta ou se apenas
queria aparecer na ciencialist. Creio mesmo que respondi até mais do que o
sr. merecia.

> Qualquer explicação para ser física, deve ter contrapartida clássica?

Não.

> > Como já disse ao Belisário, deixemos a quântica para os
> > quânticos. Quanto aos critérios de validade diria que são importantes do
> > ponto de vista epistemológico. Poderia citar uma infinidade de
> > cientistas que nunca leram uma linha sequer de metodologia científica e
> > no entanto durante toda a sua vida seguiram rigidamente o método
> > científico. O Sr., pela afirmação feita, parece-me apoiar-se no
> > indutivismo. Não tenho nada contra, apenas acho que os
> > indutivistas são também dedutivistas sem perceberem (Hipóteses são
> > deduzidas e leis são induzidas). Se pertencemos a linhas metodológicas
> > diversas fica difícil dialogar pois "se o Sr me disser que a finalidade
> > primordial da ciência é fazer experiências destinadas a
> > corroborar alguma coisa" isto me soará como estranho pois, assim como
> > Popper, acredito que "não há um método para determinar se uma
> > hipótese é 'provável' ou provavelmente verdadeira".

> Estranho o senhor distorceu o que eu disse.

Não vejo onde, mesmo porque o que o sr. disse...

> > > " Se o sr. me dizer que as experiências feitas em física quântica não
> > > são válidas porque elas são feitas para corroborar a quântica eu digo
> > > que o senhor está fantasiando pois pensando desse jeito nunca foi
> > > feito ciência no mundo então."

...faz pouco sentido e, conseqüentemente, ainda que pretendesse distorcer,
não seria fácil. Aliás nota-se, pelo comentário a seguir, que o sr. não
entendeu minhas afirmações.

> Mas disso veio algo interessante: o Senhor afirma então que a ciência deve
> desprezar os resultados experimentais? Bem se for isso a nossa discussão
> termina por aqui, pois isso torna a ciência apenas uma retórica cujo
> uníca válidade está apenas na opinião do interlocutor.

Vou lhe devolver uma pergunta feita no estilo indelicado que lhe é peculiar:
"Me responda Sr. Talarico, O senhor já leu algum livro de metodologia
científica? Ou o senhor baseia a sua convicção em "achologia". Pergunto
desta maneira pois me parece que o sr. está confundindo as coisas."

> A ciência independente do contexto epistemológico em que foi montada, deve
> se ater a uma coisa, descrever os fenomênos da natureza e fazer previsôes
> dos mesmos, independente do que Lakatos, Popper, Kuhn e qualquer
> outro diga.

Realmente, o sr. não entendeu nada do que afirmei acima. Não o culpo por
isso. A universidade brasileira dos dias atuais não anda lá essas coisas.

> > > O que faz "Campo de informação" como
> > > o senhor cita em " Diálogos Usenet A
> > > Experiência das Fendas " ser mais
> > > físico do que a explicação dada pela
> > > quãntica?

> O senhor não me respondeu. O que faz " campos de informação"
> ser mais físico do que a explicação da mecânica quântica? A sua
> opinião sobre a quântica já sabemos, gostaria agora que o senhor
> respondesse a pergunta.

Pois então reformule a pergunta. Caso contrário a resposta será a mesma.
Como o sr. "não quer" que eu fale em física quântica se a pergunta em si
exige esta comparação. Já disse: "na minha opinião" a quântica não explica e
sim postula; qualquer teoria que explique alguma coisa apoiando-se em dados
físico-experimentais, na minha opinião é mais física do que outra que apenas
postula. Creio que o sr. está precisando tomar umas aulinhas de lógica, além
de metodologia científica.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Teorias Realistas Atuais
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/05/2000 02:20


> > Alberto:
> > > > (...) chegamos à conclusão que a relatividade complica a teoria
> > > > sem nada de útil acrescentar.
>
> > Belisário:
> > > Bem, ela acrescenta explicações para uma porção de observações
> > > experimentais, como: o "fracasso" da experiência de Michelson-Morley
> >
> > Alberto:
> > Algo referente a isso poderá ser encontrado em
> > www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Relat/RelGali.htm
>
> Belisário
> > Se compreendi bem, nesse site mostra-se que propagações ondulatórias
> > têm velocidades constantes em relação ao meio, enquanto fenômenos
> > corpusculares têm velocidades constantes em relação à fonte. Ora,
> > Michelson e Morley pensavam que a luz era uma onda e portanto tinha
> > velocidade dependente do meio, ou seja, do éter. Puseram-se então a
medir
> > a velocidade da luz em relação ao éter. Descobriram que a velocidade da
> > luz não depende do éter. O texto do site, então, argumenta que isso
indica
> > que a luz pode ser composta de partículas, pois a velocidade das
> > partículas não depende do meio. Não seria necessária Teoria da
> > Relatividade alguma.
> >
> > Ora, existe um erro, ou pelo menos uma incompletude no raciocínio. A
> > Teoria da Relatividade afirma justamente que a velocidade da luz é
> > independente da fonte! É isso que Einstein afirmou em seu artigo
original
> > (nos livros-textos atuais prefere-se o postulado "a velocidade da luz
> > independe do observador inercial", que leva aos mesmos resultados que o
> > postulado original de Einstein). Ora, a velocidade das partículas só
> > depende da fonte. Se a velocidade da luz independe da fonte, ela não
pode
> > ser constituída de corpúsculos!
>
> Alberto:
> E qual é a experiência que garante essa independência? A de
> Michelson-Morley, interpretada à luz da realidade física, mostra-nos
> exatamente o contrário. Parece-me que você está andando em círculo. Aceita
> os postulados de Einstein (que embutem o conceito de uma luz
> matemático-ondulatória), a partir deles dá a sua explicação para a
> experiência Michelson-Morley e, a partir daí, conclui que a única
explicação
> para a experiência é a relatividade de Einstein!!!

Sim, o raciocínio está errado (quero crer que tenha sido o sono...!).
Vejamos se consigo fazer melhor: Diante da afirmação de que "a relatividade
complica a teoria sem nada de útil acrescentar", argumentei que: "a teoria
da Relatividade explica a experiência de Michelson-Morley". Sobre isso foi
argumentado no seu texto que existe outra explicação alternativa para essa
experiência que dispensaria a Relatividade. Essa explicação alternativa tem
como conseqüência que a velocidade da luz depende da velocidade da fonte
luminosa.

Porém, a idéia contrária de que a velocidade da luz independe da fonte
leva a diversas conseqüências - dilatação do tempo, equivalência
massa-energia - que são corroboradas pelas experiências. Aparentemente,
então, as experiências vão contra a sua teoria alternativa - a não ser que
se consiga explicá-las a partir da idéia de que a velocidade da luz depende
da fonte.

Diante daquela afirmação sobre a "inutilidade" da relatividade,
argumentei também "a relatividade explica a dilatação do tempo". Aí
sobreveio a seguinte conversa:

> > Belisário:
> > > (...) a dilatação do tempo observada no decaimento de partículas
> > > elementares velozes;
>
> > Alberto:
> > O que é um relógio? O tempo seria o resultado de algo expresso por um
> > sistema em movimento periódico, vulgarmente chamado relógio? O elétron
> > acelerado da maneira descrita no parágrafo anterior poderia ser
> > considerado um relógio, graças a seu movimento interno de giro? Se sim,
> > pergunto: O tempo no referencial do elétron acelerado seria o mesmo
tempo
> > medido por um elétron em repouso? Por outro lado: a vida média dos
mésons
> > não estaria relacionada a propriedades estatísticas relacionadas a seus
> > movimentos internos? Quem, afinal, é relativo: o tempo ou o relógio?
Pela
> > física newtoniana eu diria que o tempo é absoluto e o relógio relativo.
> > Parece-me que a relatividade meramente inverteu os papéis e considerou o
> > "relógio-meson" como absoluto. Onde está a relatividade do tempo, se não
> > aí?
>
> > Belisário:
> > Ou muito me confundi ou essa resposta parece fugir à questão. A
> > questão não é sobre a mera adequação do conceito de "relatividade do
> > tempo", mas como explicar classicamente o fato experimental de que
> > observadores em movimento em relação a um "relógio" observam o relógio
> > andar mais devagar que os observadores em repouso em relação a ele.
>
> Alberto:
> Mas qual foi o observador que acompanhou o movimento das "partículas
> elementares velozes" citadas? Neste caso temos apenas dois relógios e um
> único observador em repouso. O segundo observador é hipotético. E, sem
> dúvida alguma, este hipotético observador deve ter um metabolismo interno
> ditado por regras moleculares a obedecerem às mesmas restrições impostas
aos
> elétrons ou mésons. Não é impossível que seu metabolismo funcione num
outro
> ritmo e que ele envelheça de maneira diversa a um observador em repouso.

OK, reformulemos então a mesma questão de modo a eliminar esse incômodo
observador hipotético.

Mede-se o tempo de vida de um méson a uma dada velocidade. Encontra-se
um valor. Mede-se o tempo de vida de outro méson a outra velocidade.
Encontra-se outro valor. A relação entre os dois valores é exatamente o
previsto pela teoria da relatividade. (A famosa observação da dilatação do
tempo na vida média dos mésons é equivalente a esse processo que descrevi.)

Agora, faz-se as mesmas observações com relação a outras partículas. De
novo, a relação entre os dois valores é exatamente o previsto pela teoria da
relatividade.

A questão reformulada então é: como explicar classicamente que fenômenos
idênticos envolvendo sistemas físicos idênticos levem tempos diferentes para
acontecerem, dependendo da velocidade do observador em relação a esses
sistemas?

A propósito, sobre aquele seu interessante poeminha: li, acho que foi no
"O Som e o Sentido", do José Miguel Wisnik, algo no mínimo curioso. Segundo
o Wisnik, os "tiques" e os "taques" dos relógios são precisamente idênticos.
Nós ouvimos tiques e taques porque o nosso cérebro tende a agrupar os sons.
Por isso abstraímos ritmos, por exemplo, de máquinas de lavar roupa (a da
casa de minha mãe põe-se a sambar toda vez que é ligada). Talvez o
personagem do seu poema gostasse muito de ouvir isso...

Belisário




SUBJECT: Pelo amor de deus, me ajudem. Estou enlouquecendo.
FROM: "Eduardo Medeiros" <physics@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/05/2000 03:47

É, eu sei que Galileo mostrou que massas diferentes sofrem a mesma aceleração da Terra.
 
Sei que m.g = G.m1.m2/r², e que Ep = m.g.h. E que essas equações mostram que a massa não vai influenciar na velocidade da queda do corpo.
 
Mas não me conformo que a lua não sofrerá aceleração maior pelo fato de também atrair a Terra.
 
Tive essa discussão hoje de manhã e trago essa dúvida pra vocês.
 
Estou com um sincero medo de ser um completo burro e ignorante.
 
Eu tenho certeza que a lua sofrerá uma aceleração maior que uma pedra, e não consigo acreditar na mecânica geral.
 
Se a aceleração em Júpiter é 10 vezes maior que a daqui, por que não é natural que a Lua exerça gravidade sobre a Terra e caia mais rápido que uma pedra?
 
Alguém me explique isso antes que eu saia do curso de Física...
 
Eduardo Medeiros, com conflito de consciência.
 
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In Nomine Dei Nostri ||   __/~   |         |   ~\__   ||
Satanas Luciferi     || /~        \       /        ~\ ||
Excelsi              \\-----------+-------+-----------//
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/05/2000 04:01

Hm... não achei uma boa idéia deslocar a discussão para os seus artigos,
Alberto, porque acabamos mudando completamente de assunto, inauguramos novos
"threads" simultâneos, e não vamos conseguir voltar ao assunto original por
ali. Então retomo a discussão original:

> Belisário:
> > A diferença entre as duas situações que você aponta parece-me ser apenas
> > aparente. Posso estabelecer uma analogia entre a situação "partículas
> > passando por orifícios para ter sua posição medida" e "elétrons passando
> > por campos magnéticos para ter seu spin determinado". Senão, vejamos:
> >
> > A) No caso das partículas: faz-se-as incidir sobre os anteparos com
> > orifícios alinhados. Esse processo discrimina as partículas: umas passam
> > pelos orifícios, outras não. Se colocarmos um detector na frente dos
> > orifícios, estamos selecionando para estudo apenas as que passam por
esses
> > orifícios.
> >
> > B) Situação análoga para os elétrons: faz-se-os passar pelo campo
> > magnético. Esse processo discrimina os elétrons: uns são desviados para
a
> > esquerda e outros para a direita. Se colocarmos um detector na frente
dos
> > que vão para a esquerda, estamos selecionando para estudo apenas os que
> > tomam essa direção. Um aparato como esse pode ser usado na detecção dos
> > spins na experiência do paradoxo EPR.
>
> Alberto:
> Eu pensei no experimento com dois orifícios apenas para promover uma
> visualização radial, ou seja, para que pudesse mostrar uma trajetória
nítida
> e, ao mesmo tempo, ilustrar a discriminação do segundo orifício/anteparo.
> Mas eu creio que na prática existe apenas um anteparo com orifício. Ou a
> partícula passa pelo orifício ou não. Se passar, a posição estará
> determinada dentro da incerteza dada pelo tamanho do orifício. Quanto
maior
> o tamanho do orifício, menor terá sido a influência deste sobre o
movimento
> da partícula (velocidade no caso) e, portanto, mais próximo o valor da
> velocidade atual estará de seu valor primitivo (o valor que apresentava
> antes de passar pelo orifício) e, conseqüentemente, menor será o erro
> cometido ao estimarmos a velocidade primitiva como sendo a atual, a
> satisfazer qualitativamente o princípio da indeterminação.
> .
> Qualquer contador que se coloque após o orifício tem como única função
> denunciar a passagem da partícula sem destruir a medida da posição, pois
> esta já foi feita, e o valor do par conjugado (no caso da exp. EPR) será
> efetuado na outra partícula.
>
> No caso dos elétrons a situação é diferente. O campo imediatamente "cria"
o
> conceito de "spin" que não tem nada a ver com um possível "giro"
primitivo.
> Perceba também que não existe o correspondente ao tamanho do orifício:
> qualquer que seja a intensidade do campo, desde que o efeito se manifeste,
o
> resultado será praticamente o mesmo: 50% up e 50% down para uma população
> aleatória. Somente após o efeito do campo se manifestar é que o "spin
> fabricado" irá ser medido, ao passo que no caso anterior a medida é feita
> exatamente graças à passagem pelo orifício e não após a entrada num campo.

Ainda me parece ser possível estabelecer uma analogia. Vejamos:

Antes de o elétron passar pelo campo magnético, ele está num estado
misto de spins. Da mesma forma, antes de passar pelo orifício, a partícula
está num estado misto de posição: a sua função de onda estende-se pelo
espaço.

A passagem do elétron pelo campo magnético e sua posterior detecção num
anteparo equivale a uma medida do spin, que colapsa a função de onda mista
para um dos dois estados "puros" de spin. Da mesma forma, a passagem da
partícula pelo orifício e a sua posterior detecção num anteparo equivale a
uma medida da posição, que colapsa a função de onda mista para um estado
ainda misto, mas com dispersão na posição muito menor.

É claro que os dois sistemas têm diferenças cruciais. Por exemplo, o
spin é quantizado, é uma variável discreta, enquanto a posição é uma
variável contínua. Por isso, uma medição do spin pode resultar num valor bem
determinado, enquanto que a da posição não. Mas isso não impede que, da
analogia posta acima, siga-se que é possível abordar os dois processos de
medida com o mesmo formalismo axiomático da Mecânica Quântica - incluindo o
princípio da indeterminação, que em ambos os casos é o mesmo velho princípio
de Heisenberg tradicional.

(Note que em ambos os casos a medição só é concretizada após a partícula
bater no anteparo.)

Para falar a verdade, não vejo muito bem como esse problema do spin pode
implicar em alguma inconsistência no desenvolvimento do teorema de Bell.

Sobre o resto do e-mail, prefiro centrar-me na questão mais próxima à
questão original EPR/Bell/Aspect, porque senão inauguraremos inúmeros
"threads" simultâneos na lista.

Inté,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Bolinhas Elementares
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/05/2000 04:09


Alberto, falando com o Talarico:
>Já disse: "na minha opinião" a quântica não explica e
> sim postula; qualquer teoria que explique alguma coisa apoiando-se em
dados
> físico-experimentais, na minha opinião é mais física do que outra que
apenas
> postula.

No entanto, a teoria quântica, além de postular adoidado, apóia-se
também em dados físico-experimentais: o espectro da radiação de corpo negro,
o efeito fotoelétrico, os espectros atômicos, a difração de elétrons, etc...
não?

Belisário




SUBJECT: [FCB] [RN] BOMBA ATOMICA NA LUA (fwd)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/05/2000 08:34

Estou repassando um maisl da lista FCB.
Ateh mais.
Luis Roberto Brudna
---------------
AGJNCIA ESTADO, 17-05-2000

EUA QUERIAM BOMBA ATTMICA NA LUA

Nova York -- Ha mais de 40 anos, os EUA consideraram a possibilidade
de detonar uma bomba attmica na Lua, como uma exibigco de poder para
intimidar os soviiticos, afirmou um cientista de Chicago. O projeto
(secreto) nunca foi executado, mas o planejamento incluiu calculos de
um entco jovem Carl Sagan, sobre o gas e a poeira que seriam gerados
pela explosco. O fmsico revela o plano em uma carta publicada pela
revista Nature, ao comentar duas biografias de Carl Sagan. [e]

http://www.estadao.com.br/agestado/internacional/2000/mai/17/182.htm

Scientist details Cold War plan for giant nuclear blast on moon
http://www.cnn.com/2000/TECH/space/05/17/bc.space.moon.reut/index.html

Carl Sagan: A Life in the Cosmos, by William Poundstone
http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/0805057668/

Carl Sagan: A Life, by Keay Davidson
http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/0471252867/



SUBJECT: Velocidade de Escape
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com, fcb@egroups.com
CC: rembold@strbrasil.com.br
DATE: 19/05/2000 08:48

Caros colegas leitores e f�sicos de plant�o,

aqui � Leo Vines da S.T.R.
pedindo ajuda aos f�sicos. Hoje me ocorreu um fato inusitado quando estava
numa daquelas rodas de conversa num barzinho de noite tomando uns copos de
chopp e olhando para as n�degas das meninas que passavam quando de repente
surgiu o assunto ci�ncia. Como a maioria dos presentes sabe da minha paix�o
pelo assunto, fui bombardeado por perguntas e tamb�m as fiz. O papo estava
correndo muito bem quando surgiu a quest�o de sair da Terra e ir a Lua. Bem,
pra resumir, eu fui tentar explicar as dificuldades de tal feito e empaquei
na hora de explicar sobre velocidade de escape, que se n�o me falha a
mem�ria, � de 11 quil�metros por segundo aqui na Terra.

Tentei explicar usando os velhos quadrados inversos Newtonianos, usando
relatividade, etc e etc, mas percebi que n�o somente n�o estavam entendendo
o que eu estava falando, percebi que n�o sei direito que raios causa a
famigerada velocidade de escape. Um dos meus colegas presentes citou um
experimento mental e vou descrev�-lo agora (com um toque pessoal):

Imagine que voc� construiu um foguete. Voc� quer sair das amarras da
gravidade da Terra. Voc� entra no foguete, ajusta o retrovisor, aperta os
cintos, p�e o CD do Plunkt Plakt Zum do Raul Seixas pra tocar no cd player e
o bendito foguete come�a a subir. Por�m, a velocidade dele em rela��o ao
solo � de apenas 1 metro por hora. Digamos que nesse foguete eu tenho uma
fonte de energia inesgot�vel (heh, parece papo de criacionista violando a
segunda lei da TD). Digamos que eu tenho um hamster que veio de Krypton que
fica incessantemente correndo numa rodinha dentro de um conversor ACME que
transforma a energia cin�tica do hamster-de-a�o em uma labareda de plasma no
fiof� do meu foguete.

Digamos tamb�m que meu foguete tem um girosc�pio Tabajara Never-Dizzy
Plus 2000, que sempre deixa o meu foguete alinhado a perfeitos 90 graus em
rela��o ao solo, com precis�o de trinta e nove casas decimais. Ao que tudo
indica, esse foguete subiria a lentos 1 m/h at� sair da atmosfera e se
livrar da gravidade da bola azul.

Ap�s descrever a saga do astronauta e seu hamster que tem medo de pedras
verdes que brilham, paira a pergunta na mesa do bar (e aqui tamb�m): Como
que a maldita velocidade de escape funciona? O que exatamente a causa? Por
que esse experimento (mental, claro!) n�o poderia ser realizado? (Al�m do
fato de ser quase que imposs�vel se achar hoje em dia o CD do Raul Seixas
cantando Plunkt Plakt Zum...)

Aguardo as respostas,
Leo Vines, Presidente
vines@strbrasil.com.br
Sociedade da Terra Redonda
http://www.strbrasil.com.br

P.S.: Se algu�m for apontar que a uma velocidade dessas o astronauta
morreria de fome bem antes de sair da atmosfera, j� adianto a explica��o que
foi usada na roda de conversa: ele levou um pacotinho de Miojo, uma panela,
uma garrafa de Minalba, um isqueiro Bic e uma B�blia pra usar como
combust�vel...

________________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade de Escape
FROM: acmq@compuland.com.br
TO: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>, ciencialist@egroups.com, fcb@egroups.com, rembold@strbrasil.com.br
DATE: 19/05/2000 12:53

Caro Leo Vines:

>pedindo ajuda aos físicos. Hoje me ocorreu um fato inusitado quando estava

>numa daquelas rodas de conversa num barzinho de noite tomando uns copos de

>chopp e olhando para as nádegas das meninas que passavam quando de repente

>surgiu o assunto ciência. Como a maioria dos presentes sabe da minha paixão

>pelo assunto, fui bombardeado por perguntas e também as fiz. O papo estava

>correndo muito bem quando surgiu a questão de sair da Terra e ir a Lua. Bem,

>pra resumir, eu fui tentar explicar as dificuldades de tal feito e empaquei

>na hora de explicar sobre velocidade de escape, que se não me falha a
>memória, é de 11 quilômetros por segundo aqui na Terra.
>...

Tenho certeza que alguém vai postar a demonstração completa,
mas essencialmente a velocidade de escape é a velocidade em
que a energia cinética fica maior que a energia potencial
gravitacional. Você pode então -desligar- o motor e não vai
ser puxado de volta à Terra, ou entrar em órbita dela.
Nada de relativístico aí. Tudo Newtoniano.
Se você mantém o motor ligado o tempo todo, vai realmente
conseguir se afastar da Terra o quanto queira, mas se não
atingir a velocidade de escape, vai ser puxado de volta, não
importa o quanto longe esteja, assim que desligue o motor.
É claro, que, em termos práticos, se você se afastar demais
a atração gravitacional da Terra será pequena em relação à
do Sol e dos planetas maiores, e você poderá acabar em uma
outra órbita qualquer, que não em torno da Terra, ou poderá
cair em outro lugar, que não aqui. Para sair do sistema solar,
você precisaria atingir a velocidade de escape do Sol, que
é bem maior.

Antonio Carlos M. de Queiroz
http://www.compuland.com.br


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Bolinhas Elementares
FROM: "Marcello Antonio A. Talarico" <Mikhalkov@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/05/2000 13:05

--- In ciencialist@egroups.com, "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:

> Por que não? Voltamos à palavra da autoridade?
>

Eu falei isso alguma vez? As duas frase tanto a de Einstein quanto a
de Bohr, tem este sentido se pegas fora do contexto( como vc fez). eu
coloquei simplesmente como uma ilustração da possibilidade em
ciência
de sermos confrontados com algo que pode estar certo mas foge ao
nosso senso comum. Só isso.

Talarico



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Bolinhas Elementares
FROM: "Marcello Antonio A. Talarico" <Mikhalkov@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/05/2000 13:45


>Já disse: "na minha opinião" a quântica não explica e
> sim postula; qualquer teoria que explique alguma coisa apoiando-se
>em dados
> físico-experimentais, na minha opinião é mais física do
que outra
>que apenas
> postula. Creio que o sr. está precisando tomar umas aulinhas de
lógica, além
> de metodologia científica.
>

O que eu acho estranho é o fato do sr. ignorar sistematicamente as
evidências experimetais que surgem em quãntica.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Bolinhas Elementares
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/05/2000 15:09

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario"
Enviada em: Sexta-feira, 19 de Maio de 2000 00:29
Assunto: Re: [ciencialist] Re:Bolinhas Elementares

Belisário:
> Alberto, Compreendo e louvo sua atitude de tentar colocar algo no lugar de
> uma teoria que você supõe estar errada. Nada mais científico. Mas devo
> ressaltar que me é muito difícil tentar entender o que você vê de tão ruim
> na Física Moderna (o que estão jogando para baixo do tapete, por que ela é
> feita de dogmas, etc.).

Alberto:
Às vezes fica difícil, para mim, distinguir Física Moderna de atitudes dos
"físicos" modernos. Excetuando os "papagaios cultos" que, em nome da física
moderna, e como que a ocultar uma ignorância, vivem alardeando, por todos os
rincões, um palavreado sem sentido, e a comprometer até mesmo o que julgam
estar defendendo, noto que a grande maioria dos demais como que têm medo de
um dia descobrir que apenas nadaram a favor da correnteza mas que, apesar
disso e por causa disso, afastaram-se cada vez mais de seus objetivos
nobres. Deixando a arrogância dos primeiros de lado, preocupa-me a natureza
deste medo apresentada pelos segundos, que não são poucos. Se, por um lado,
um pouco de cautela é essencial e inerente à postura científica, por outro
lado medo e covardia consubstanciam arrogância, estagnação, marasmo e
decrepitude. A ciência exige o discernimento mas também a coragem.

Belisário:
> Pelo que compreendi até agora, você está profundamente
> insatisfeito com a solução dada pela Física Moderna, em primeiro lugar
> porque você supõe que os fatos experimentais que levaram ao rompimento com
> a Física Clássica poderiam ser explicados sem esse rompimento.

Alberto:
Como disse acima, talvez tenha focalizado mal o motivo da insatisfação que,
admito, tenha revelado. Com efeito, julgo que o rompimento com a física
clássica deu-se de uma maneira abrupta e sem que se esgotassem suas
potenciais virtudes. A meu ver, em algum lugar do passado cometemos um erro
muito grave e este erro repercutiu-se por toda a física e por mais de um
século. Tento localizar este erro.

Belisário:
> Em segundo lugar, porque vê uma porção de inconsistências
> no corpo da Física Moderna.

Alberto:
A partir deste parágrafo você passa a focalizar sua atenção em sobre como
encaro essa possível inconsistência. Deixarei de lado então os comentários
paralelos, na tentativa de esclarecer bem, não só para você e para os demais
amigos da ciencialist, mas até mesmo para mim, o que penso sobre o assunto.
Suas afirmações a respeito são:

Belisário:
> Quanto às inconsistências que você vê na Física Moderna - as que vi
> até agora -, não me convenci sequer de que elas existem.

> Pela sua própria generalidade, nossa conversa tende sempre a
> dispersar-se por vários assuntos. Todos eles, porém, parecem poder ser
> classificados em três tipos:
> (1) Provas da inconsistência da Física Moderna...

> Vejo que não te atrai a discussão sobre o item (1) ("deixo a quântica
> para os quânticos"), e entendo que isso se deve à quantidade de diálogos
> tensos que você já deve ter enfrentado por causa disso. Mas devo ressaltar
> que, quando você diz que uma teoria é inconsistente, trata-se de uma
> afirmação científica, e deve ser provada. Ora, basta uma única
> inconsistência para mandar uma teoria inteira para o vinagre.

Alberto:
Talvez fosse o caso de repensar o termo inconsistência. As palavras muitas
vezes têm varios significados aparentados e muitas vezes empregamo-los de
uma forma a promover dúbia interpretação e/ou a valorizar um dos
significados em detrimento do outro que poderia ser o mais conveniente para
o caso. Por outro lado, ao dizer que algo é inconsistente devemos apontar em
relação a que refere-se essa inconsistência.

No caso das minhas críticas com relação à física moderna: Estaria eu
afirmando que as teorias são inconsistentes sob o ponto de vista da lógica
da teorização? Fosse esse o caso não teríamos o que discutir mas apenas
lamentar que tantos físicos pudessem ter caído nesse engôdo por tanto tempo.
Já cheguei a afirmar, não sei se nesta thread, mas em muitos de meus
escritos, minha admiração por todos os construtores da física moderna. Suas
lógicas, sob esse aspecto, sempre foram perfeitas.

Será então que estas teorias apoiam-se em dados inconsistentes? E, assim
sendo, a lógica seria perfeita mas o alicerce estaria condenado? Neste caso,
meu caro, não há como responder a questão a não ser se nos remetermos ao
passado; ou, quem sabe, ao futuro, quando certamente as inconsistências que
existirem virão à tona. Como não disponho da máquina do tempo, sobram-me as
bibliotecas de não-ficção a retratarem única e exclusivamente o passado,
pois o presente nada mais é do que uma singularidade observada como local.

São essas as inconsistências que tenho procurado. E perceba que em sua
grande maioria referem-se não à física moderna em si, mas à física que deu
origem à física moderna, vulgarmente conhecida, a meu ver erroneamente, como
"física clássica". E digo erroneamente pois afirmo que física clássica
incorpora tudo o que se sabia até então em termos de física, e nào apenas "a
física que nào deu certo".

Por outro lado, se hoje grande número de físicos modernos aceita como certo
que a física clássica seria aquela que "não vai contra o senso comum", em
que setor eu encaixaria uma teoria física dotada dessa propriedade e
"construída" após o advento da física moderna? Seria a "física do Mesquita",
ou a "física do Fulano", ou a "física do Beltrano", como alguém teria
proposto aqui nesta thread? Que história é essa! Onde está a lógica da
argumentação dessa juventude que hoje estuda física moderna? Como podem
pretender classificar partículas elementares se não sabem sequer classificar
a disciplina que estudam?

Acima apontei as inconsistências a se apoiarem no argumento que você
apontou: "Basta uma única inconsistência para mandar uma teoria inteira para
o vinagre". Existem ainda as inconsistências menores, muitas das quais já
discutimos aqui e que não têm esse poder de "destroçar" uma teoria. Muitas
vezes são apresentadas como paradoxos, a serem ou não explicados. Outras
vezes são efeitos que nos incomodam, mas não sabemos como evitar: é quando
costumo dizer que nos provocam "azia" a qual, se persistente, leva-nos a
"engolirmos um dogma" (e só assim a "azia" passa). Existem ainda as
interpretações experimentais, freqüentemente apoiadas em erros crassos e a
se propagarem pela mídia inculta, quando não por entre aqueles que defendem
a experimentação sem nunca terem efetuado uma medida livre de erros
evitáveis -- os "papagaios cultos" a que me referi acima. Poderia ainda
retratar inconsistências ainda mais "light", como aquelas apresentadas por
Einstein e Schrödinger à física quântica, e a enquadrarem-na no terreno das
teorias não realistas (hoje já se admite um certo realismo quântico). E
diria mesmo que o simples "ir contra o senso comum" não deixa de retratar
outra inconsistência "light" apresentada por muitas teorias, ou seja, a
física evoluiu (de clássica para moderna) por cima da idéia de que a física,
para explicar determinados fenômenos, deveria inerentemente ser
inconsistente.

Enfim, inconsistência pode significar meramente falta de solidez de uma
teoria. Ora, se reconhecidamente a ciência evolui e, nesse processo, as
teorias caem, enquanto não chegarmos à verdade absoluta poderemos
sossegadamente afirmar que todas as teorias científicas são, sob algum
aspecto, inconsistentes. E uma das funções do cientista é apontar o grau
dessas inconsistências, para que a comunidade reflita se deve ou não
persistir pelo caminho adotado. Se é verdade que a comunidade científica, no
intúito único e exclusivo de preservar a ordem, e não a política
universitária em si, deve se apoiar em paradigmas, não é menos verdade que
essa comunidade deve incentivar em larga escala a proliferação de cientistas
teorizadores a contestarem tais paradigmas. E parar de formar "papagaios
cultos".

> Por exemplo, a questão: "a experiência de Young com um fóton só
> falseia a Teoria Quântica?" Parece-me que é sobre isto que estamos
> discutindo

Não diria que a experiência citada falseia a teoria quântica. Talvez você
tenha me entendido mal, pois penso que ela corrobora a teoria quântica,
ainda que explicada de maneira fantasiosa. O que pretendi deixar claro é que
não é impossível explicarmos tais efeitos por métodos clássicos a se
apoiarem em argumentos não tão fantasiosos. Em outras palavras: a
experiência não falseia a física clássica e, pelo contrário, a física
clássica pode explicá-la através de argumentos mais simples e sem contrariar
o senso comum.

> Você pergunta "o que o fóton é" ou "como ele se comporta"? A teoria
> diz apenas como ele se comporta. A questão de "o que ele é" é outra
> história, tem a ver é com modelos. E modelos são construtos independentes
> da teoria, do ponto de vista lógico.

Concordo, mas veja que sobre o aspecto "light" comentado acima, modelos que
não se prestam a ir às causas são, a meu ver, pouco consistentes, ou pouco
sólidos. Nada contra modelos! Estou apenas retratando uma visão realista: "O
fim último da teorização científica é edificar teorias representacionais que
abarquem e expliquem as correspondentes teorias fenomenológicas" (Mario
Bunge). Não me parece que a teoria quântica esteja caminhando em direção às
causas últimas dos fenômenos que supõe explicar através de seus modelos.

> Por isso, não haver consenso sobre "o que o
> fóton é" não me parece suficiente para falsear a Física Quântica,
> simplesmente porque ela não toca nesse assunto. Trata-se de uma falta de
> consenso relativa apenas ao modelo.

Concordo.

> ... na experiência de Young...
> ...então não podemos acusá-la de inconsistência com base apenas nessa
> experiência.

Espero ter esclarecido essa dúvida acima.

> Agora, o *modelo* que os físicos adotam é: o fóton comporta-se de
> maneira delocalizada (como "onda") em certas circunstâncias bem definidas,
> e de maneira localizada (como "partícula") em outras circunstâncias também
> bem definidas. Esse modelo é abstraído do formalismo matemático da teoria.
> Alguém pode contestar esse modelo e encontrar outro que seja mais
> plausível.

Pois vejo aí inúmeras inconsistências "light", o que de maneira alguma
derruba, nega ou, nem mesmo, falseia a teoria quântica. Apenas estimulam-me
a postura crítica e, como disse acima, não vejo mal nisso. Acho apenas que
nossas universidades, e não me refiro apenas às brasileiras, deveriam
valorizar mais essa postura crítica. Com o que parece-me, pela análise de
msgs anteriores, que você concorda, ainda que admita já existir esta
postura.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade de Escape
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/05/2000 16:14

De L�o para L�o:
a) numa reuni�o cient�fica n�o se fala em chopp e sim de uma subst�ncia
composta, bis, essencialmente de Carbono, Hidrog�nio, Oxig�nio e 2 �tomos
de Phosforos (com alguma freq��ncia, inclu�mos o S�lfur).
b) velocidade de escape refere-se a corpos destitu�dos de propuls�o pr�pria.
� mais uma estilingada.
Se vc colocar uma pedra num estilingue e quiser que ela abandone a
barreira gravitacional terrestre (n�o vamos discutir as poss�veis �rbitas
que poder� descrever), o estilingue dever� dar � pedra uma velocidade
inicial de cerca de 11 km/s, numa dire��o pr�-determinada. Essa � a condi��o
para que tenha energia cin�tica zero no infinito (local onde se associa
energia potencial zero).
c) seu girosc�pio � um modelo ultrapassado; troque por deep space 0g.
d) para que o foguete mantenha-se sempre a 90 graus em rela��o � tangente na
superf�cie da Terra, dever� ter um foguete lateral para mant�-lo sempre com
a mesma velocidade angular da Terra. Para a manuten��o desse foguete pode
ser usado o lan�amento, para o espa�o, dos excrementos do hamster.
e) O �nibus espacial n�o atinge jamais os 11km/s para afastar-se da
superf�cie terrestre ... mas tem um motor que permanentemente aplica for�as
contra a atra��o gravitacional (que vai diminu�ndo conforme o �nibus sobe).
Ap�s certa velocidade adquirida (e j� bem afastado do par�metro 11km/s) o
motor � desligado e, a in�rcia e os demais campos gravitacionais (al�m do da
Terra) 'programam' sua viagem.
f) A terra perde muito H2 para o espa�o; basta que a mol�cula absorva
energia c�smica suficiente e tenha o azar de adquirir velocidade de escape
na dire��o certa.
g) Do Raul s� se aproveita, na discuss�o, os Seixos que ser�o lan�ados pelo
estilingue.
h) quanto ao Plunkt Plakt Zum desconhe�o o que vem a ser esse material.

[]'
L�o

-----Mensagem Original-----
De: Sociedade da Terra Redonda <strbrasil@hotmail.com>
Para: <ciencialist@egroups.com>; <fcb@egroups.com>
Cc: <rembold@strbrasil.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 19 de maio de 2000 08:48
Assunto: [ciencialist] Velocidade de Escape


Caros colegas leitores e f�sicos de plant�o,

aqui � Leo Vines da S.T.R.
pedindo ajuda aos f�sicos. Hoje me ocorreu um fato inusitado quando estava
numa daquelas rodas de conversa num barzinho de noite tomando uns copos de
chopp e olhando para as n�degas das meninas que passavam quando de repente
surgiu o assunto ci�ncia. Como a maioria dos presentes sabe da minha paix�o
pelo assunto, fui bombardeado por perguntas e tamb�m as fiz. O papo estava
correndo muito bem quando surgiu a quest�o de sair da Terra e ir a Lua. Bem,
pra resumir, eu fui tentar explicar as dificuldades de tal feito e empaquei
na hora de explicar sobre velocidade de escape, que se n�o me falha a
mem�ria, � de 11 quil�metros por segundo aqui na Terra.

Tentei explicar usando os velhos quadrados inversos Newtonianos, usando
relatividade, etc e etc, mas percebi que n�o somente n�o estavam entendendo
o que eu estava falando, percebi que n�o sei direito que raios causa a
famigerada velocidade de escape. Um dos meus colegas presentes citou um
experimento mental e vou descrev�-lo agora (com um toque pessoal):

Imagine que voc� construiu um foguete. Voc� quer sair das amarras da
gravidade da Terra. Voc� entra no foguete, ajusta o retrovisor, aperta os
cintos, p�e o CD do Plunkt Plakt Zum do Raul Seixas pra tocar no cd player e
o bendito foguete come�a a subir. Por�m, a velocidade dele em rela��o ao
solo � de apenas 1 metro por hora. Digamos que nesse foguete eu tenho uma
fonte de energia inesgot�vel (heh, parece papo de criacionista violando a
segunda lei da TD). Digamos que eu tenho um hamster que veio de Krypton que
fica incessantemente correndo numa rodinha dentro de um conversor ACME que
transforma a energia cin�tica do hamster-de-a�o em uma labareda de plasma no
fiof� do meu foguete.

Digamos tamb�m que meu foguete tem um girosc�pio Tabajara Never-Dizzy
Plus 2000, que sempre deixa o meu foguete alinhado a perfeitos 90 graus em
rela��o ao solo, com precis�o de trinta e nove casas decimais. Ao que tudo
indica, esse foguete subiria a lentos 1 m/h at� sair da atmosfera e se
livrar da gravidade da bola azul.

Ap�s descrever a saga do astronauta e seu hamster que tem medo de pedras
verdes que brilham, paira a pergunta na mesa do bar (e aqui tamb�m): Como
que a maldita velocidade de escape funciona? O que exatamente a causa? Por
que esse experimento (mental, claro!) n�o poderia ser realizado? (Al�m do
fato de ser quase que imposs�vel se achar hoje em dia o CD do Raul Seixas
cantando Plunkt Plakt Zum...)

Aguardo as respostas,
Leo Vines, Presidente
vines@strbrasil.com.br
Sociedade da Terra Redonda
http://www.strbrasil.com.br

P.S.: Se algu�m for apontar que a uma velocidade dessas o astronauta
morreria de fome bem antes de sair da atmosfera, j� adianto a explica��o que
foi usada na roda de conversa: ele levou um pacotinho de Miojo, uma panela,
uma garrafa de Minalba, um isqueiro Bic e uma B�blia pra usar como
combust�vel...

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Bolinhas Elementares
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/05/2000 16:30



> --- In ciencialist@egroups.com, "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
>
> > Por que não? Voltamos à palavra da autoridade?
> >
>
> Eu falei isso alguma vez? As duas frase tanto a de Einstein quanto a
> de Bohr, tem este sentido se pegas fora do contexto( como vc fez). eu
> coloquei simplesmente como uma ilustração da possibilidade em
> ciência
> de sermos confrontados com algo que pode estar certo mas foge ao
> nosso senso comum. Só isso.
>
> Talarico

Minha indignação dirigia-se ao formulador da frase original, "Niels Bohr".
Entretanto, tanto o "senso comum" como a "palavra da autoridade" foram
abolidos da Ciência ... em definitivo, ... espero.

Meu senso comum diz que se colocarmos na geladeira dois copos com água, uma
quente outra ambiente, a ambiente vai congelar primeiro. A experiência
mostra que meu senso comum foi pro brejo!
Meu senso comum diz que, se eu fechar uma tesoura com a velocidade da luz a
velocidade do ponto de cruzamento das lâminas deve ser maior que a da luz e,
mais uma vez o senso comum foi desligado.
Meu senso comum diz que é mais fácil equilibrar um cabo de vassoura na ponta
do dedo, do que um cabo de vassoura com uma lata de óleo amarrada na
extremidade superior, mas a experiência insiste em mostrar o contrário.

Minha intenção foi mostrar que em nossos argumentos humanos para tentar
explicar e prever a natureza não se deve embutir dogmas sobrenaturais; caso
contrário tudo será facilmente explicado ... porque ele quis assim (ponto).
Etc.

[]'
Léo






SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/05/2000 18:36

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario
Enviada em: Sexta-feira, 19 de Maio de 2000 04:01
Assunto: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais

> Hm... não achei uma boa idéia deslocar a discussão para os seus
> artigos, Alberto, porque acabamos mudando completamente de assunto,
> inauguramos novos "threads" simultâneos, e não vamos conseguir voltar ao
> assunto original por ali. Então retomo a discussão original

OK, eu somente citei os artigos porque o argumento apresentado em sua msg de
09/05/00 cobravam-me um grande número de comentários relativos a: Como a
física clássica explica determinados efeitos observados experimentalmente
e assumidos como explicáveis unicamente pela relatividade moderna? Procurei
expor em poucas palavras os argumentos essenciais a minha lógica e
encaminhei os leitores interessados no assunto para que visitassem meu site.
Voltemos então à discussão original. Vou apenas comentar ligeiramente a
questão que teria ficado pendente em sua última msg (responderei aqui para
não ramificar desnecessariamente a thread), qual seja:

> A questão reformulada então é: como explicar classicamente que fenômenos
> idênticos envolvendo sistemas físicos idênticos levem tempos diferentes
> para acontecerem, dependendo da velocidade do observador em relação a
> esses sistemas?

Simplesmente entendendo bem os princípios que estão por trás do
funcionamento do que chamamos relógio. E isto inclui os seguintes
questionamentos: 1) Os relógios seriam funcionalmente idênticos? 2) Relógios
a se apoiarem no conceito "giro" de partículas seriam idênticos a relógios a
se apoiarem em "vibrações" periódicas outras observadas pelas partículas? 3)
As células vivas seriam relógios biológicos, no sentido de apresentarem
metabolismos diferentes quando em velocidades diferentes? Percebe-se
nitidamente que tais considerações implicam em algo muito ao estilo do
espaço e tempo absolutos referidos por Newton. O que não é de se estranhar,
pois estou propondo uma explicação clássica. Quando digo que os físicos
estão enfeitiçados pela física moderna é porque dão-me a impressão de
quererem que eu explique uma coisa como clássica utilizando-me dos
princípios da física moderna. Isso, de duas uma, ou é ignorância ou má fé,
além de implicar no pressuposto de que eu deveria adotar um raciocínio
ingênuo.

Voltemos então à discussão original:

> > Alberto:
> > eu creio que na prática existe apenas um anteparo com orifício. Ou a
> > partícula passa pelo orifício ou não. Se passar, a posição estará
> > determinada dentro da incerteza dada pelo tamanho do orifício...

> > No caso dos elétrons a situação é diferente. O campo imediatamente
> > "cria" o conceito de "spin" que não tem nada a ver com um possível
> > "giro" primitivo. Perceba também que não existe o correspondente ao
> > tamanho do orifício: qualquer que seja a intensidade do campo, desde que
> > o efeito se manifeste, o resultado será praticamente o mesmo: 50% up e
> > 50% down para uma população aleatória. Somente após o efeito do campo se
> > manifestar é que o "spin fabricado" irá ser medido, ao passo que no caso
> > anterior a medida é feita exatamente graças à passagem pelo orifício e
> > não após a entrada num campo.

Belisário:
> Ainda me parece ser possível estabelecer uma analogia. Vejamos:
> Antes de o elétron passar pelo campo magnético, ele está num estado
> misto de spins. Da mesma forma, antes de passar pelo orifício, a partícula
> está num estado misto de posição: a sua função de onda estende-se pelo
> espaço.

> A passagem do elétron pelo campo magnético e sua posterior detecção
> num anteparo equivale a uma medida do spin, que colapsa a função de onda
> mista para um dos dois estados "puros" de spin. Da mesma forma, a passagem
> da partícula pelo orifício e a sua posterior detecção num anteparo
> equivale a uma medida da posição, que colapsa a função de onda mista para
> um estado ainda misto, mas com dispersão na posição muito menor.

Concordo plenamente, lembrando apenas que, com esta argumentação (estados
"puros" de spin), você está admitindo a possibilidade de que eu possa
interpretar o spin como um artefato devido à existência de um "giro
clássico". E é nesse sentido que digo "deixar a quântica para os quânticos",
desde que eles não pretendam, apoiando-se apenas em postulados, limitar
minha maneira de observar a realidade. Mesmo porque, não havendo atritos
desse tipo, porque haveria eu de desprezar "a matemática que funciona"? O
problema é que na história da física quântica, parece-me que existem
indivíduos que tentaram dar esse grau de liberdade aos clássicos e foram
considerados hereges. Ou eu muito me engano ou foi o caso de Schrödinger
(após seus feitos notáveis iniciais), David Bohm (não apenas por suas
teorias, mas também por sua complascência com teorias outras) e, segundo
ouvi, mas não tenho muita certeza, até mesmo Dirac. Lembro ainda que o
argumento diferencia formalmente a experiência EPR original da "experiência
EPR" com spin. Enfim, esses são apenas comentários paralelos. O importante,
para o que se segue, é que concordei com sua argumentação.

> É claro que os dois sistemas têm diferenças cruciais. Por exemplo, o
> spin é quantizado, é uma variável discreta, enquanto a posição é uma
> variável contínua. Por isso, uma medição do spin pode resultar num valor
> bem determinado, enquanto que a da posição não.

Mas ainda assim fica-me uma esquisitice por trás desse argumento. No caso da
posição, a outra variável do par conjugado é o momento. No caso do spin
parece-me que os físicos quânticos dão a entender que seria o próprio spin,
apenas que o da outra partícula e medido com o polarizador fixado em outro
ângulo. Não é esquisito isso? Estaríamos falando da mesma coisa? É como se,
no caso da posição, eu desprezasse o par conjugado momento e pretendesse
medir a posição duas vezes, em uma utilizando um orifício circular e, na
outra, utilizando um orifício quadrado, ou então com o anteparo formando um
ângulo com a vertical...!!? Enfim, quero acreditar também que, se "a medição
do spin resulta num valor bem determinado", parece-me que utilizando a
"lógica" de Heisenberg (não sei até que ponto poderia me referir ao
princípio em si) o spin na outra partícula (fosse esse um par conjugado do
primeiro) poderia tomar qualquer valor (estaria totalmente indeterminado),
mesmo que os polarizadores fossem paralelos. E não me parece ser essa a
conclusão do teorema de Bell, a fixar determinados limites à expectativa
experimental, conquanto meus conhecimentos a respeito tenham se esvaido no
tempo (estudei isso há mais de 10 anos). Parece-me então que, ou a física
quântica tem outra explicação para o fenômeno, que não o princípio de
Heisenberg, ou a desigualdade de Bell extrapola o que seria esperado pela
física quântica.

> Mas isso não impede que,
> da analogia posta acima, siga-se que é possível abordar os dois processos
> de medida com o mesmo formalismo axiomático da Mecânica Quântica -
> incluindo o princípio da indeterminação, que em ambos os casos é o mesmo
> velho princípio de Heisenberg tradicional.

Pois não consigo enxergar dessa forma. O grau de liberdade que você me deu
acima, ao permitir-me enxergar um spin clássico, além de outros fatores,
levaram-me a uma conclusão diversa.

> (Note que em ambos os casos a medição só é concretizada após a
> partícula bater no anteparo.)
> Para falar a verdade, não vejo muito bem como esse problema do spin
> pode implicar em alguma inconsistência no desenvolvimento do teorema de
> Bell.

Pois eu estou cada vez mais convencido de que o teorema de Bell não serve
como critério a justificar qualquer experiência que pretenda confrontar a
física clássica com a física quântica.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/05/2000 21:31

-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho"
Enviada em: Sexta-feira, 19 de Maio de 2000 18:36
Assunto: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais

Na msg anterior desta thread, e de minha autoria (Alberto) lê-se, a partir
de certo ponto:

Belisário:
> > É claro que os dois sistemas têm diferenças cruciais. Por exemplo, o
> > spin é quantizado, é uma variável discreta, enquanto a posição é uma
> > variável contínua. Por isso, uma medição do spin pode resultar num valor
> > bem determinado, enquanto que a da posição não.

Alberto:
A partir daí cometi alguns deslizes não intencionais. Vejamos a autocrítica:

> Mas ainda assim fica-me uma esquisitice por trás desse argumento.

Vejamos:

> No caso da
> posição, a outra variável do par conjugado é o momento. No caso do spin
> parece-me que os físicos quânticos dão a entender que seria o próprio
> spin, apenas que o da outra partícula e medido com o polarizador fixado em
> outro ângulo. Não é esquisito isso? Estaríamos falando da mesma coisa? É
> como se, no caso da posição, eu desprezasse o par conjugado momento e
> pretendesse medir a posição duas vezes, em uma utilizando um orifício
> circular e, na outra, utilizando um orifício quadrado, ou então com o
> anteparo formando um ângulo com a vertical...!!?

Tudo isso está errado. Realmente, mede-se a mesma coisa, mas com a
finalidade apenas de xecar se o argumento da experiência EPR faz sentido ou
não. Essa experiência (e não a experiência EPR em si) não mede pares
conjugados, um em cada lado do sistema, como de maneira errada expus.

> Enfim, quero acreditar também que, se "a medição
> do spin resulta num valor bem determinado", parece-me que utilizando a
> "lógica" de Heisenberg (não sei até que ponto poderia me referir ao
> princípio em si) o spin na outra partícula (fosse esse um par conjugado do
> primeiro) poderia tomar qualquer valor (estaria totalmente indeterminado),
> mesmo que os polarizadores fossem paralelos.

Em decorrência do erro acima cometido, a conclusão não faz sentido.
Realmente, e até aqui, o princípio de Heisenberg não está em jogo, pelo
menos da maneira apontada.

> E não me parece ser essa a
> conclusão do teorema de Bell, a fixar determinados limites à expectativa
> experimental, conquanto meus conhecimentos a respeito tenham se esvaido no
> tempo (estudei isso há mais de 10 anos). Parece-me então que, ou a física
> quântica tem outra explicação para o fenômeno, que não o princípio de
> Heisenberg, ou a desigualdade de Bell extrapola o que seria esperado pela
> física quântica.

Idem. Reformulando o pensamento, vejo como esquisitice apenas o que já havia
apontado em msgs anteriores, ou seja, o fato de compararmos uma experiência
derivada de EPR, em que um dos pares conjugados é apresentado na íntegra
(posição ou momento -- no exemplo dado foi escolhida a posição, mas poderia
ter sido o momento) com outra no qual, pelo menos sob o ponto de vista
clássico, despersonalizou-se um dos elementos do par (considerou-se-o pela
metade). Mas essa esquisitice foi também apontada pelo Belisário que se
referiu à mesma como comparação de variável discreta com contínua, e
portanto não estou acrescentando nada que não estivesse implícito em suas
considerações. Perdoem-me pela falha e pela leitura desnecessária de um
texto sem sentido.

Belisário:
> > Mas isso não impede que,
> > da analogia posta acima, siga-se que é possível abordar os dois
> > processos de medida com o mesmo formalismo axiomático da Mecânica
> > Quântica - incluindo o princípio da indeterminação, que em ambos os
> > casos é o mesmo velho princípio de Heisenberg tradicional.

Alberto:
> Pois não consigo enxergar dessa forma. O grau de liberdade que você me deu
> acima, ao permitir-me enxergar um spin clássico, além de outros fatores,
> levaram-me a uma conclusão diversa.

Sim, mas através de uma premissa falsa. Parece-me mesmo que neste caso o
princípio de Heisenberg nem está em jogo. Ressurge-me então aquela dúvida
antiga quanto a um "segundo princípio da indeterminação" e relacionado à
conceituação de "spin". Mas, para isso, preciso repensar bem como rever as
msgs anteriores, o que farei oportunamente.

Belisário:
> > (Note que em ambos os casos a medição só é concretizada após a
> > partícula bater no anteparo.)
> > Para falar a verdade, não vejo muito bem como esse problema do spin
> > pode implicar em alguma inconsistência no desenvolvimento do teorema de
> > Bell.

Alberto:
> Pois eu estou cada vez mais convencido de que o teorema de Bell não serve
> como critério a justificar qualquer experiência que pretenda confrontar a
> física clássica com a física quântica.

Mantenho esse trecho, ainda que com menos empolgação. :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: V�deo do debate na MTV
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com, fcb@egroups.com
DATE: 20/05/2000 17:01

Ol�,

algu�m do Rio de Janeiro gravou em v�deo o debate do Daniel e do Lair
'140 Trabalhos' Ribeiro na MTV? Quero uma c�pia em v�deo pra converter o
�udio para MP3 e tamb�m gerar arquivos MPG e RA para download via net.

Abra�os,
Leo Vines
vines@strbrasil.com.br
Sociedade da Terra Redonda
http://www.strbrasil.com.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Teorias Realistas Atuais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/05/2000 15:45
ATTACHMENTS (20000521-154507-0000737): "Bell01.GIF"

Caro Belisário e demais net-amigos da ciencialist.

Na mensagem anterior desta thread cheguei a afirmar: Parece-me mesmo que
neste caso o princípio de Heisenberg nem está em jogo. Ressurge-me então
aquela dúvida antiga quanto a um "segundo princípio da indeterminação" e
relacionado à conceituação de "spin". Mas, para isso, preciso repensar, bem
como rever as msgs anteriores, o que farei oportunamente.

Retorno agora com as idéias renovadas. Como o assunto estava muito
complicado, em virtude de motivos vários tais como:
1) a nossa dispersão por temas outros;
2) os erros que cometi as pencas;
3) e as dúvidas comuns levantadas;
julguei por bem ordenar o tema segundo a minha visão a respeito. Procurei
não ser redundante, repetindo apenas o que me pareceu necessário para que
aqueles que estão acompanhando a thread possam se situar dentro de minha
nova maneira de pensar.

1. O Argumento Básico da Experiência EPR:

Na experiência EPR supõe-se que a determinação do "momento linear" de uma
partícula A que interagiu com outra B, seguida da determinação da "posição"
da partícula B, permitiria o conhecimento tanto do momento de A (medido
diretamente), quanto de sua posição (pois a mesma estaria relacionada à
posição de B). Qualquer das duas medidas poderia ser efetuada antes que se
notasse a despersonalização de seu valor real em decorrência da realização
da outra medida, pois esta segunda medida estaria sendo efetuada em
condições afastadas e praticamente ao mesmo tempo que a primeira. Por
conseguinte, qualquer incerteza nas determinações seriam decorrentes dos
procedimentos experimentais em si, não havendo nenhuma limitação teórica à
redução destas incertezas a zero, como proposto pelo princípio da
indeterminação de Heisenberg. Em teoria, seria possível determinar tanto a
posição quanto o momento de A com precisão absoluta.

2. O Argumento Einsteiniano da Localidade Colocado em Xeque por Outra
Experiência (a ser chamada aqui por EPR2):

A experiência EPR propunha-se a contestar o princípio da indeterminação. Não
obstante poderíamos pensar numa outra experiência de pensamento a xecar a
validade de um dos argumentos assumidos pelos proponentes da experiência
EPR. Nesta outra experiência, a ser chamada aqui por experiência EPR2,
mede-se a mesma propriedade nas duas partículas A e B como, por exemplo, a
posição; e procura-se verificar se existe alguma correlação nas medidas. O
que a experiência EPR2 pretende verificar é se existe ou não a correlação
assumida por EPR na interpretação de sua experiência original. Em outras
palavras: Ao determinarmos a posição de B seria realmente possível afirmar
que a posição de A estaria determinada? Se a resposta for positiva seria de
se esperar uma coincidência nos valores, a menos de incertezas experimentais
passíveis, pelo menos em teoria, de eliminação total.

É importante verificar que, no que chamamos experiência EPR2, não estamos
trabalhando com pares conjugados e, portanto, não está em jogo, pelo menos
diretamente, o componente da incerteza descrito pelo princípio da
indeterminação de Heisenberg (incerteza relativa à determinação de pares
conjugados). Poder-se-ia dizer que, pela experiência EPR2, o que se está
efetivamente verificando é a consistência do argumento da localidade
proposto por Einstein. Ou seja, a determinação da posição de B afetaria ou
não, instantaneamente, as propriedades a serem medidas em A? E mede-se a
posição de A (e não o momento) pois é esta a única que poderíamos assumir
como conhecida em B (pela escolha efetuada). Em síntese, o que está sendo
xecado é o pressuposto assumido ao afirmarmos que "ao medirmos a posição de
B podemos conhecer a posição de A". E nada melhor, para isso, que medirmos
as posições de A e B simultaneamente, comparando-se os resultados.

3. Mas... e o Princípio da Indeterminação de Heisenberg?

Aparentemente, localidade e indeterminação são coisas distintas. Não
obstante, e supondo-se que a experiência EPR2, ao ser colocada em prática,
chegasse a destruir o argumento einsteiniano da localidade, ficaria a
dúvida: O que estaria por trás da despersonalização das propriedades de uma
das partículas (A) ao efetuarmos a medição de uma das propriedades de outra
(B), mas que poderia caracterizar a mesma propriedade desta (A)? Não seria o
mesmo "agente físico" a responder pelo princípio da indeterminação? Ao que
parece, sim. E tanto assim é que fica-nos aquela impressão de que, no caso
suposto, quanto maior for a precisão da medida da posição em uma das
partículas, maior deveria ser a discrepância entre os valores encontrados ao
compararmos as medidas feitas em A e B. E esta, parece-nos, seria uma
maneira sui-generis de enunciar o princípio da indeterminação de Heisenberg.
Ou seja, a não-localidade é inerente à indeterminação. Poderíamos então, por
este argumento, concluir que a experiência EPR2 é equivalente à experiência
EPR, no que diz respeito a poder ser utilizada para falsear ou corroborar o
princípio da indeterminação.

4. A Experiência com "Spins" (a ser chamada aqui por EPR3)

Utilizando a conclusão obtida no item 3 poderíamos supor que qualquer outra
propriedade física "clássica" relativa ao movimento de partículas A e B que
interagiram, poderia ser utilizada para falsear e/ou corroborar o princípio
da indeterminação, através de um procedimento similar ao efetuado em EPR2
(item 2). Ou seja, qualquer experiência apoiada neste argumento seria
equivalente à experiência EPR original.

Que dizer do spin? Ora, o spin não é uma propriedade física clássica e sim
quântica! Se admitirmos que as partículas elementares, dotadas de "spin
quântico", são também dotadas de um "giro clássico" (coisa que os físicos
quânticos, via de regra, acham absurdo), poderíamos utilizar qualquer um dos
pares conjugados, a caracterizarem esse giro e a experiência, agora a ser
chamada EPR3 seria equivalente a EPR2.

Mas o spin, por si só, não é nenhum desses pares conjugados clássicos. Para
essa partícula hipotética e "quântico-clássica" o spin quântico retrata
menos do que qualquer dos pares conjugados (momento angular e posição
angular). Retrata apenas a orientação "up" ou "down" do momento angular;
pois um físico clássico poderia dizer que o campo utilizado para
caracterizar o spin meramente orientou o "giro clássico" segundo as linhas
de campo e, conseqüentemente, destruiu as propriedades clássicas relativas
ao momento angular efetivo, conservando apenas uma de suas características
(o "sentido" da projeção do momento angular efetivo na "direção" das linhas
de campo). Conseqüentemente, podemos certamente dizer que a experiência EPR3
com spin não é equivalente à experiência EPR2 e, em decorrência disso, não é
equivalente à experiência EPR original.

Poderíamos, quando muito, aceitar que a indeterminação de Heisenberg se
propagasse para a medida de spin. Com efeito, se o spin contém uma fração,
por menor que seja, de uma propriedade clássica, ao medirmos essa fração na
partícula A de alguma forma estaríamos promovendo um colapso quântico a
retratar-se na medida de propriedades da partícula B, admitindo-se a
não-localidade como um fato real e inerente a um sistema de duas partículas
que interagiram.

5. Teorias Realistas Locais

Em virtude do exposto em 4, poderíamos pensar numa nova situação na qual o
princípio da indeterminação não fosse obedecido, consoante a esperança de
EPR mas que, ao mesmo tempo, mantivesse a característica quântica
relacionada ao spin. Estaríamos então propondo uma nova teoria quântica, a
negar o princípio da indeterminação mas a aceitar a quantização do spin.
Conforme visto no item 3, uma teoria destas seria compatível com o argumento
da localidade inerente ao realismo einsteiniano. Por outro lado, não seria,
em hipótese alguma, uma teoria clássica, haja vista aceitar a quantização
não como um artefato de medida, mas como uma propriedade efetiva da
partícula. Às teorias que foram criadas por cima deste argumento
(quantização do spin e localidade de Einstein) deu-se o nome de teorias
realistas locais, ao mesmo tempo que passou-se a aceitar as demais
variedades da física quântica (a aceitarem a quantização do spin e princípio
da indeterminação) como teorias realistas não-locais. Nunca é demais lembrar
que as teorias realistas da física clássica, por não aceitarem nem o
princípio da incerteza nem a não-localidade, são todas teorias realistas
locais, conquanto tenham sido deixadas de lado nesta classificação proposta
pelos físicos modernos.

6. As Desigualdades de Bell

Procurando analisar a possibilidade de um confronto experimental entre as
previsões das teorias "quânticas" não-locais com as das teorias "quânticas"
locais, Bell propôs suas desigualdades, a traduzirem-se em espectativas
diversas a serem observadas em experiências do tipo EPR3 e decorrentes da
observação dos princípios básicos dos dois tipos de teorias citados. Como o
modelo experimental ainda não era o ideal, evoluiu-se no sentido de adaptar
as idéias de Bell para experiências com a polarização de fótons, agora a
serem chamadas por EPR4.

A experiência de Aspect pertence portanto à versão EPR4 da EPR original, a
importar as idéias da EPR3. Resumidamente, poderíamos dizer que ela mede o
que pode ser chamado "spin" dos fótons A e B que interagiram recentemente,
sendo que os dois polarizadores utilizados a medir esse spin, a semelhança
dos campos magnéticos da EPR3, são dispostos de maneira a determinar um
ãngulo conveniente entre seus eixos principais. De maneira semelhante ao
comentado no item 4, a propriedade medida também é quantizada, o que
corresponderia a uma mensuração de apenas uma fração discreta (dois valores
apenas) da correspondente propriedade clássica (contínua), o que observa-se
pela versão clássica da interpretação da Lei de Malus (1809). Conclusão: A
experiência de Aspec (EPR4), tanto quanto as EPR3, são cruciais apenas no
sentido em que seus resultados, a respeitarem uma ou outra das desigualdades
de Bell, falseariam ou as teorias "quânticas" locais ou as teorias
"quânticas" não-locais.

Segundo um esquema que tomei de empréstimo de dados da literatura (no
momento não disponho da referência, apenas o esquema, mas não creio que seja
difícil localizá-lo), as desigualdades de Bell poderiam traduzir-se, para o
caso das EPR4, na espectativa gráfica observada na figura em anexo
(Bell01.gif), a confrontar a "correlação entre os spins" observados em A e B
com o "ângulo entre os analisadores". [Se alguém quiser xecar os dados
gráficos e possuir estômago para digerir a dedução das desigualdades de
Bell, existe um artigo muito bom do Joao Barata do IFUSP em
http://www.fma.if.usp.br/~jbarata/notas_de_aula_html/pr-inc/pr-inc.html .]

As teorias "quânticas" locais, pelo exame do gráfico (figura em anexo),
apresentam uma correlação esperada retilínea e a passar pelos extremos
0-100% e 90-0%. Ora, "não me parece" ser essa a espectativa para as
teorias clássicas, a ser verdadeira a lei de Malus (não fiz os cálculos, mas
não me parece ser difícil obter a curva esperada). Logo, não há como dizer
que a experiência de Aspect favorece qualquer teoria quântica em detrimento
de qualquer teoria clássica. Simplesmente o que ela parece ter comprovado é
que, assumindo-se que a quantização do giro observado em partículas
elementares não é um artefato experimental, as teorias "quânticas"
não-locais estão mais próximas da verdade do que as teorias "quânticas"
locais.

Volto então, sem pretender ofender a ninguém, a apresentar a conclusão
firmada no artigo primeiro desta thread: "As idéias de Bell, em hipótese
alguma, contradizem as teorias clássicas da física e a experiência de
Aspect, quando muito, serve como critério para escolha entre o roto e o
esfarrapado, qual seja, entre as teorias locais e as não-locais."

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm


SUBJECT: -= NewsLetter 30 [22/05/2000] =-
FROM: "David Ramalho" <mop12506@mail.telepac.pt>
TO: "#Ciencia" <cienciaPT@egroups.com>, <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/05/2000 16:49

:: N O T I C I A S

. ROBÓTICA
Uma forma para cada tarefa

Cientistas americanos estão a desenvolver protótipo de máquina capaz de se
alterar a si própria para diferentes funções

http://www.dn.pt/cie/22p33a.htm

. CLIMA
Acordo sobre efeito de estufa possível em Haia

União Europeia deu já um passo importante para diminuir as emissões de
dióxido de carbono dos automóveis

http://www.dn.pt/cie/22p33b.htm

. CO-INCINERAÇÃO
"Relatório é superficial"

Sociólogo Boaventura Sousa Santos "indignado" com os cientistas

http://www.dn.pt/cie/22p56a.htm

. "Eureka ao Encontro da Ásia 2000" Promove Desenvolvimento Sustentável em
Macau
Ponte para o Grande Continente

Por ANA MACHADO

Cumprir uma promessa, apresentar exemplos de cooperação, promover contactos
e manter os laços portugueses na Ásia. Por estas e outras razões o "Eureka
ao encontro da Ásia 2000" acontece a partir de hoje em Macau. E, para quem
pensa que os projectos de investigação e desenvolvimento são o ponto central
do encontro, a organização esclarece: "São apenas a cereja em cima do bolo"

http://jornal.publico.pt/publico/2000/05/22/Ciencias/H01.html

. Cabeço em Zona Protegida Destruído com a Ajuda do Governo dos Açores
Um Monte Feito em Brita

Por NUNO MENDES

A Liga de Protecção da Natureza vai apresentar queixa no Tribunal Europeu
contra o governo regional dos Açores por este estar a permitir a destruição
do Cabeço Verde, um monte situado na Zona de Protecção Ambiental Especial do
Capelo, na ilha do Faial. É dali que é retirada bagacina (espécie de brita
de rochas vulcânicas) para muitas das obras que se realizam na ilha do
Faial.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/05/22/Ciencias/H02.html

. Mariano Gago Presente na Inauguração Incita ao "Trabalho em Rede"
Mirandela Acolhe Centro de Tecnologia Alimentar

Por ANA FRAGOSO

José Mariano Gago, ministro da Ciência e da Tecnologia, inaugurou em
Mirandela um Centro de Estudos de Reologia e Tecnologia Alimentar (CERTA).
Trata-se uma unidade de investigação composta por 12 laboratórios que
representa um investimento de 200 mil contos, suportado integralmente por
capitais próprios do Instituto Jean Piaget.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/05/22/Ciencias/H03.html

. Robô Ambulante Ou Sonda Orbital
NASA Pondera Missões a Marte

Por CLARA BARATA

Depois do falhanço das duas mais recentes missões a Marte, a agência
espacial norte-americana tem de pensar muito bem quais os seus próximos
planos em relação ao planeta vermelho, até porque as perspectivas de
financiamento federal estão algo negras.

http://jornal.publico.pt/publico/2000/05/22/Ciencias/H04.html

:: theEND

davidRAMALHO




SUBJECT: Re: [ciencialist] Avisar quando sair da lista. (administrativa)
FROM: "FRANCISCO ASSIS DOS SANTOS" <fsantus@svn.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/05/2000 07:06

Solicitei a mais de 30 dd meu cancelamento da lista mas ainda continuo
recebendo as mensagens, por favor providencie o cancelamento da minha
inscrição.
Att Assis
----- Original Message -----
From: <lrb@if.ufrgs.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Monday, May 15, 2000 12:55 PM
Subject: [ciencialist] Avisar quando sair da lista. (administrativa)


>
> Gostaria que os integrantes da lista me avisassem antes de dar um
> Unsubscribe na lista. Peco isso porque antigamente (antes da uniao
> Onelist-Egroups), eu possuia um modo de visualizacao de quem havia saido
> da lista. Atualmente soh consigo ter um controle atraves do numero total
> de participantes e fica dificil saber quem realmente saiu.
>
> Nao eh necessario dar uma explicacao do motivo da saida.
>
> Ateh mais.
> Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.
>
>
> ------------------------------------------------------------------------
> Remember four years of good friends, bad clothes, explosive chemistry
> experiments.
> http://click.egroups.com/1/4051/8/_/19424/_/958416776/
> ------------------------------------------------------------------------
>
> Use os recursos da Ciencialist em http://www.egroups.com/list/ciencialist/
>
> --- ... ---
>
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com (sair da lista)
>



SUBJECT: tempo e eternidade
FROM: msbn@terra.daterranet.com.br
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 27/05/2000 00:03

Caros listeiros,
 
Seria o tempo uma especie de quarta dimensao do espaco?
 
Nietzsche resgastou da filosofia grega o mito do eterno
retorno. De acordo com este mito, o movimento universal
eh ciclico, e cada ciclo cosmico repete o ciclo anterior
em seus minimos detalhes. Quer isso dizer que a existencia
de cada um de nos, embora efemera, serah vivenciada um
numero infinito de vezes. Em sintese: apesar de mortais,
somos eternos.
 
Nietzsche reforçou esse mito com os dados da ciencia
da sua epoca. Presumiu ele que o universo seria espacialmente
limitado (isto eh, conteria em si um numero "finito"
de particulas) e temporalmente infinito. Caso contrario,
a recorrencia nao se verificaria.
 
O problema eh que a teoria geral da relatividade nao
permite um modelo de universo deste tipo. Ou seja: segundo
Einstein, se o espaço tiver uma extensao finita, igualmente
finita serah a sua dimensao temporal; e, caso seja infinito
no tempo, tambem infinito serah no espaço.
 
A teoria geral da relatividade impede, pois, a eterna
recorrencia. No entanto...
 
Sim, no entanto a teoria da relatividade, longe de sepultar
a estranha ideia de uma existencia ao mesmo tempo limitada
e eterna, deu-lhe uma base nova e muito mais solida.
Eh que, de acordo com essa teoria, a percepçao do tempo
(o tempo como um fluxo) nao se confunde com o tempo "real",
do mesmo modo que as cores nao sao ondulaçoes no campo
eletromagnetico, mas apenas o efeito destas em nossas
retinas. Ademais, essa teoria estabelece que o espaco
e o tempo formam um "continuum", e que esse continuum
espacio-temporal eh algo dado de uma vez para sempre
(o tempo seria, apenas, uma especie de quarta dimensao
do espaço).
 
Por exemplo: embora Immanuel Kant tenha falecido em 1804,
nao eh correto afirmar que ele nao existe mais. Decerto
que Kant nao existe nesta regiao do espaço-tempo em que
eu e os companheiros da lista vivemos. Não obstante,
ele continua existindo numa outra e bem delimitada região
do continuum espacio-temporal.
 
Einstein, quando soube da morte do seu amigo Michelangelo
Besso, enviou aos seus familiares uma carta. Nesta carta,
Einstein disse: "Para nos, fisicos convictos, a diferença
entre passado, presente e futuro eh soh uma ilusao, por
mais persistente que seja..." Ou seja, Einstein estava
convencido que o nascimento e a morte sao apenas as
extremidades temporais de algo que existe na eternidade.
 
Einstein estaria certo? Serah que, apesar de mortais,
somos eternos? Essa ideia bizarra me faz lembrar o titulo
de um romance de Milan Kundera: A Insustentavel Leveza
do Ser. Alias, nesse livro o autor especula sobre o
mito do eterno retorno.
 
Um abraço para todos,
Manuel Bulcao
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] tempo e eternidade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/05/2000 13:08

-----Mensagem Original-----
De: msbn@terra.daterranet.com.br
Para: ciencialist@eGroups.com
Enviada em: Sábado, 27 de Maio de 2000 00:03
Assunto: [ciencialist] tempo e eternidade

> Seria o tempo uma especie de quarta dimensao do espaco?

Raciocinando fisicamente e classicamente, a idéia de tempo como dimensão do
espaço surge como um construto matemático a nos facilitar a compreensão do
movimento. O que fazemos, na realidade, nada mais é do que tomar várias
imagens a representarem uma posição no espaço em tempos distintos. Daí a
chamar esta representação por dimensão espacial, vai muito de imaginação e,
por si só, nada de realidade física. As imagens, assim visualizadas, não
existem concomitantemente. A lógica e a matemática aceitam tudo que tenha
lógica e que não contenha erros de cálculo. Não obstante, física não é
matemática, ainda que a construção de modelos matemáticos, para a
interpretação da realidade física, seja algo muito ao sabor dos físicos
modernos, e até mesmo dos clássicos.

> O problema eh que a teoria geral da relatividade nao
> permite um modelo de universo deste tipo.

As teorias são feitas na tentativa de explicar e não de complicar. Na
história do Universo o que verificamos é que o tempo passa, as teorias caem,
e o Universo permanece como tal.

> A teoria geral da relatividade impede, pois, a eterna
> recorrencia.

Idem, ibidem.

> Sim, no entanto a teoria da relatividade, longe de sepultar
> a estranha ideia de uma existencia ao mesmo tempo limitada
> e eterna, deu-lhe uma base nova e muito mais solida.
> Eh que, de acordo com essa teoria, a percepçao do tempo
> (o tempo como um fluxo) nao se confunde com o tempo "real",

Em outras palavras, o tempo aí descrito, não é o verdadeiro tempo, mas um
mero construto matemático. E o que é o tempo então?

> do mesmo modo que as cores nao sao ondulaçoes no campo
> eletromagnetico, mas apenas o efeito destas em nossas
> retinas. Ademais, essa teoria estabelece que o espaco
> e o tempo formam um "continuum", e que esse continuum
> espacio-temporal eh algo dado de uma vez para sempre
> (o tempo seria, apenas, uma especie de quarta dimensao
> do espaço).

Sim, mas que tempo seria esse que não é nem representa o tempo "real"?

> Ou seja, Einstein estava
> convencido que o nascimento e a morte sao apenas as
> extremidades temporais de algo que existe na eternidade.

> Einstein estaria certo? Serah que, apesar de mortais,
> somos eternos? Essa ideia bizarra me faz lembrar o titulo
> de um romance de Milan Kundera: A Insustentavel Leveza
> do Ser. Alias, nesse livro o autor especula sobre o
> mito do eterno retorno.

Sim, mas o tempo "real" existe ou não? E qual o significado deste retorno?
Retornamos ao passado ou ao futuro? Se ao passado, estamos aprisionados no
tempo; se ao futuro, estamos livres no espaço.

[ }'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm
citado no site alemão "Bonderlands of Science" (Fronteiras da Ciência) em
http://www.borderlands.de/linklist.php3?a=list&c=5&Section=physics



SUBJECT: teste
FROM: msbn@terra.daterranet.com.br
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 27/05/2000 21:19

teste.

SUBJECT: frase superinteressante
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/05/2000 20:23

Olá pessoal,
esta frase é da Superinteressante deste mês (p. 54, se não me engano, na
capa aparece uma mulher e a edição comenta a péssima postura corporal...):
"O ar, como todos podem ver, é cristalino como o vidro". É o início da
reportagem. Acreditem se puder...

Abraço,
Benjamin Hinrichs




SUBJECT: Re: [ciencialist] teste
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 29/05/2000 21:47

testado. enviado e recebido.
[]'
Léo
-----Mensagem Original-----
De: msbn@terra.daterranet.com.br
Para: ciencialist@eGroups.com
Enviada em: sábado, 27 de maio de 2000 21:19
Assunto: [ciencialist] teste

teste.


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>>Laboratorio Didatico Virtual (Fisica)<<
http://www.labvirt.if.usp.br/

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SUBJECT: Debate
FROM: "Daniel Sottomaior [SP]" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/05/2000 11:47

Já acabou o debate evolução x criacionismo em
http://www.strbrasil.com.br/Debate/index.htm

Seus comentários, aqui e no próprio site, serão bem-vindos. E se
quiserem votar no site, os botoes dos TOP (Brasil e 35) estão na
página principal (http://www.strbrasil.com.br/principal.htm).


Daniel



SUBJECT: Debate - Evolucao X Criacionismo
FROM: "Luis Roberto Brudna" <brudna@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/05/2000 23:36

Na pagina da Sociedade da Terra Redonta ( http://www.strbrasil.com.br -
area DEBATES), ocorreu um debate entre um defensor da Evolucao das especies
e um defensor do Criacionismo.

Eh interessante visitar, ler, votar e deixar a sua opiniao.

Ateh mais
Luis Roberto Brudna
OBS: sou um dos editores da STR. :)





SUBJECT: Relatividade em duas dimensões
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/06/2000 14:44
ATTACHMENTS (20000601-144444-0000747): "Figura1.GIF" , "Figura2.GIF"

Olá a todos

Estou apresentando o que considero um "aparente" paradoxo, haja vista ter
sido originado graças ao que considero uma visão relativista ingênua. De
qualquer forma, relato esta visão ingênua como que a desafiar a perspicácia
dos relativistas da ciencialist. Vamos então ao "paradoxo":

Num corredor existe, num ponto A, uma fonte de luz fixa a uma de suas
paredes e emitindo um feixe de luz retilíneo e transversal e a atingir a
outra parede num ponto B. Dois observadores, um R em repouso e outro M em
velocidade relativística v no sentido longitudinal do corredor, observam o
feixe de luz (digamos que exista uma cortina de fumaça) e procuram
interpretar como o outro descreveria o comportamento de um dos fótons
emitidos pela fonte de luz.

O observador R construiria a figura 1, sendo AB a trajetória do fóton em seu
referencial e A'B a trajetória do fóton no referencial do observador M.
Estou supondo c = constante independente do referencial e/ou de mudanças
de referencial. Percebe-se daí que t2 > t1 e, como seria esperado, a chegada
do fóton em B não é simultânea para os observadores R e M, o que concorda
com o previsto pela relatividade especial.

O observador M construiria a figura 2, concordando também com a
não-simultaneidade. Não obstante, concluiria também que graças a esse
esquema a dilatação do tempo também ocorreria em seu referencial (t2>t1), o
que não corresponde com o esperado pela teoria da relatividade especial
(construída para uma dimensão, com c e v paralelas).

A conclusão a que se chega, com esta visão ingênua da relatividade, é a de
que o relógio utilizado (fóton percorrendo a distância AB) não pode ser
utilizado como tal, pois recairíamos num novo "paradoxo dos relógios".

A ingenuidade assumida, no caso, foi ter utilizado o "senso comum" ao
interpretar a relatividade bidimensionalmente, o que certamente não ocorreu
quando Einstein evoluiu da relatividade especial para a relatividade geral
(válida em três dimensões). A pergunta que fica, então, é a seguinte:

Qual foi o efeito bidimensional, e a contrariar o senso comum, que não levei
em consideração, ao interpretar a experiência de pensamento que gerou o
"paradoxo"?

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm


SUBJECT: Re: [ciencialist] Relatividade em duas dimensões - ERRATA
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/06/2000 14:55

-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 1 de Junho de 2000 14:44
Assunto: [ciencialist] Relatividade em duas dimensões


Na figura 1 onde se lê "v1t1" leia-se "vt1"


Na figura 2 onde se lê "v2t1" leia-se "vt2"


[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Relatividade em duas dimensões - ERRATA
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/06/2000 15:41
ATTACHMENTS (20000601-154130-0000749): "fig2b.jpg" , "fig1b.jpg"

O suposto paradoxo, ainda não pensei devidamente sobre ele, talvez não saiba
onde está o 'furo' , mas há um aspecto físico que me chamou a atenção. A
FUMAÇA.
Claro que a fumaça apareceu na festa no intuito de permitir aos observadores
a visualização de um feixe de luz que não atinge diretamente seus olhos.
Deve-se usar da difusão da luz nas partículas de fuligem.
Mas, ai surgiu-me a dúvida atroz (aliás minhas dúvidas estão uma atrós das
outras). A luz que atinge os observadores provém de fontes diferentes
(partículas de fuligem, supostamente em repouso em relação ao corredor) e
não de uma única fonte em movimento (como é o caso de se observar uma
estrela próxima, por exemplo). As partículas vão sendo iluminadas
sucessivamente pelos fótons do feixe original e relativisticamente haverá
encurtamento das distâncias entre elas, de modo que as emissões de luz
secundária (por difusão) serão diferentes daquela da estrela, no exemplo.
Desconfio que a linha de luz vista pelo observador em movimento e aquela que
o observador em repouso 'pensa' que o M está vendo, não são retas e sim
curvas, conforme desenhos anexo.
Nada tem a ver com o paradoxo ....... talvez haja incluído um novo paradoxo
dentro do paradoxo ... ou dito muita besteira.

[]'
Léo
-----Mensagem Original-----
De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 1 de junho de 2000 14:55
Assunto: Re: [ciencialist] Relatividade em duas dimensões - ERRATA


-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 1 de Junho de 2000 14:44
Assunto: [ciencialist] Relatividade em duas dimensões


Na figura 1 onde se lê "v1t1" leia-se "vt1"


Na figura 2 onde se lê "v2t1" leia-se "vt2"


[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Relatividade em duas dimensões
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/06/2000 22:13
ATTACHMENTS (20000601-221353-0000750): "figura3.gif"

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Enviada em: Quinta-feira, 1 de Junho de 2000 15:41
Assunto: Re: [ciencialist] Relatividade em duas dimensões

> O suposto paradoxo, ainda não pensei devidamente sobre ele, talvez não
> saiba onde está o 'furo' , mas há um aspecto físico que me chamou a
> atenção. A FUMAÇA.
> Claro que a fumaça apareceu na festa no intuito de permitir aos
> observadores a visualização de um feixe de luz que não atinge diretamente
> seus olhos.

Com efeito, a fumaça é pouco importante para a descrição do paradoxo em si,
ainda que retrate um efeito interessante: o feixe de luz pode ser pensado,
numa primeira aproximação, como transversal para os dois observadores, como
mostrado na figura 3 em anexo (gif-animado visto sob o ponto de vista do
observador M, ou seja, aquele em movimento, aí representado como observador
2). No entanto, a trajetória de qualquer dos fótons que viajam de A para B
dispõe-se, à primeira vista e para o observador M (ou 2 na figura atual),
segundo uma diagonal, como aquelas apresentadas nas figuras 1 ou 2 da msg
anterior.

Se eliminarmos a fumaça (aliás, podemos até mesmo eliminar o ar no corredor,
criando um vácuo perfeito, se quisermos para c o valor da constante
relativística), continuamos com os pontos A e B que serão visualizados pelo
observador M como alinhados numa transversal, sendo esta perpendicular às
paredes do corredor. Ou seja, a visualização ou não do feixe não interfere
com o paradoxo em si.

> Deve-se usar da difusão da luz nas partículas de fuligem.
> Mas, ai surgiu-me a dúvida atroz (aliás minhas dúvidas estão uma atrós das
> outras). A luz que atinge os observadores provém de fontes diferentes
> (partículas de fuligem, supostamente em repouso em relação ao corredor) e
> não de uma única fonte em movimento (como é o caso de se observar uma
> estrela próxima, por exemplo). As partículas vão sendo iluminadas
> sucessivamente pelos fótons do feixe original e relativisticamente haverá
> encurtamento das distâncias entre elas, de modo que as emissões de luz
> secundária (por difusão) serão diferentes daquela da estrela, no exemplo.
> Desconfio que a linha de luz vista pelo observador em movimento e aquela
> que o observador em repouso 'pensa' que o M está vendo, não são retas e
> sim curvas, conforme desenhos anexo.

Se ao invés do feixe de luz o objeto a ser observado fosse um cano maciço e
retilíneo, disposto entre A e B, CLASSICAMENTE eu esperaria que o observador
M o enxergasse com o formato de uma hipérbole, conforme exponho em
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Relat/espaco_curvo01.htm .
Do ponto de vista relativístico creio que o formato esperado para o cano em
tais condições seria mesmo o retilíneo, apenas que achatado no sentido de v.

No caso do feixe de luz, parece-me que você está considerando a frente de
onda, ao dizer que as partículas vão sendo iluminadas sucessivamente pelos
fótons. Não deixa de ser uma visão interessante, ainda que não possa dizer
se algum relativista endossaria sua afirmação e/ou a imagem dela decorrente.
Parece-me que até mesmo do ponto de vista clássico isto poderia afetar o
formato do feixe, mas no momento ainda não consegui enxergar o efeito
resultante, se é que há algum.

Pensando-se, no entanto, num feixe contínuo de luz, e não intermitente,
creio que as partículas iriam sendo iluminadas ao acaso e não
seqüencialmente e, portanto, eu esperaria que, por este único efeito, o
feixe sofresse as mesmas deformações descritas para o cano.

> talvez haja incluído um novo paradoxo dentro do paradoxo

Acho que não pois a fumaça tem por função apenas enfeitar a experiência de
pensamento (ou, até mesmo, atrapalhar).

Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm


SUBJECT: Re: [ciencialist] Relatividade em duas dimensões
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/06/2000 01:23


> Num corredor existe, num ponto A, uma fonte de luz fixa a uma de suas
> paredes e emitindo um feixe de luz retilíneo e transversal e a atingir a
> outra parede num ponto B. Dois observadores, um R em repouso e outro M em
> velocidade relativística v no sentido longitudinal do corredor, observam o
> feixe de luz (digamos que exista uma cortina de fumaça) e procuram
> interpretar como o outro descreveria o comportamento de um dos fótons
> emitidos pela fonte de luz.
>
> O observador R construiria a figura 1, sendo AB a trajetória do fóton em
seu
> referencial e A'B a trajetória do fóton no referencial do observador M.
> Estou supondo c = constante independente do referencial e/ou de mudanças
> de referencial. Percebe-se daí que t2 > t1 e, como seria esperado, a
chegada
> do fóton em B não é simultânea para os observadores R e M, o que concorda
> com o previsto pela relatividade especial.

O erro é que você está usando a lei da soma das velocidades para passar
de um sistema para outro. Os esquema das figuras 1 e 2 representam a "lei de
composição de velocidades" para calcular a velocidade de um objeto (a luz)
no sistema M, dadas a velocidade desse objeto (a luz) no sistema R e a
velocidade de M em relação a R (v). Essa lei da composição de velocidades
representa uma das velocidades como a soma vetorial das outras duas
velocidades. Ora, em Relatividade não somamos velocidades. A lei da
composição das velocidades simplesmente não funciona para relacionar
velocidades de um objeto em relação a dois sistemas diferentes.

O mesmo pode ser dito para a figura 2.

Belisário




SUBJECT: Bem vindo ... e pedido de ajuda
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/06/2000 11:42

Bem vindo aos listeiros Rafael. Faça-se presente.
[]'
Léo
-------------------
E, em continuação:
Recebi da Elika a seguinte mensagem, relativa ao projeto : "Usando e
Entendendo a Vassoura" que está em minha sala de Estática em
www.feiradeciencias.com.br . No final desse projeto comento a quebra de um
giz em 2 pedaços, 3 pedaços e 4 pedaços, função do modo como toca o solo
após sua queda,
______________________________
> Olá Luiz,
>
> Sou professora de física do Colégio Pentágono ( conhece? ) . Trabalho no
> laboratório basicamente e vivo procurando enriquecer minhas aulas com
> curiosidades.
>
> Eu não entendi o por quê di giz quebrar em 2, 3 ou 4 pedaços. A explicação
> que foi dada ( a forma que ele cai ) não me satisfez. Você poderia me
> explicar com mais detalhes???
>
> Obrigada
>
> Elika
________________________

Como resposta simplificada e independente de figuras respondi:

_________________________________________________
> Olá Elika,
> satisfação em receber sua mensagem. Esperamos sua visita freqüente em
> www.feiradeciencias.com.br
> Nota: As novidades de hoje está na Sala 09 - Óptica - Sistemas Refletores
>
> Vamos ao giz:
> a) dois pontos importantes do giz; seu CG (centro de gravidade ou de
massa)
> e CP (centro de percussão),
> b) ao tocar o solo surgem no giz a força de contato R e a força de inércia
> I, no CP (além do peso já existente em CG);
> c) caindo 'de chapa', toda sua extensão tocando o solo, a força R pode ser
> desdobrado em duas N1 e N2 nas extremidades do giz. Cada uma delas P, N1,
N2
> e I produzem seus torques e o giz quebra em 4;
> d) caindo de pé, P e I têm mesma direção e sentido; R tem sentido oposto,
> aparecem dois torques, o giz quebra em dois;
> e) caindo sobre uma das extremidades (o mais provável), aparece distintos
R,
> I e P; 3 torques, o giz quebra em 3 partes.
>
> Giz é material poroso e compactado, sua torção é regida por um tensor de
> tensões de 9 parâmetros com a diagonal diferente de zero. Girando as
> extremidades do giz em sentidos opostos ele deverá quebrar em dois pedaços
e
> a quebra se dá a 45 graus (verifique isso). Ao quebrar a 45 graus, sob
> torção, um cantinho do giz desprende-se (coisa de 2 mm de extensão) é a
> cúspide. Veja isso com cuidado torcendo as extremidades do giz. Recolha
essa
> cúspide (uma pequena casquinha de giz na parte baulada da ruptura).
>
> Abraço
> Léo
________________________________________

A Elika retornou essa mensagem dizendo que não conseguiu entender o motivo
da quebra nessas partes distintas e disse não conhecer o termo 'força de
inércia'.

Talvez eu não tenha sido feliz na explanação do assunto, ou minha explanação
está mal calocada ou errada!

Querem ajudar-me?

[]'
Léo




SUBJECT: Mudança de endereço
FROM: <rubroneg@ositemail.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/06/2000 12:28

Caros "listeiros".

Sou novato na lista, meu nome é Rafael e estou cursando
o 1º ano de Física (com enfase em Física Médica) na
Faculdade Souza Marques-RJ.

Os assuntos abordados na lista e a forma com que são debatidos, me
interessaram bastante.

Estou tendo problemas com este webmail e gostaria de
solicitar mudança do meu e-mail na lista.
Fiz uma conta a mais no meu provedor e adotei este endereço:

rafa-rbn@rio.matrix.com.br

Grato.

Rafael C. Lenine



SUBJECT: Pode ser util......
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/06/2000 14:02

Peço permissão, ao Luis, nosso sulino moderador, para um comentário.

Tenho observado que algumas mensagens que chegam, possuem caracteres de
deslocamento de texto, no canto esquerdo, também chamado de caractere de
"endentação".

Nos dias fervilhantes do calor das threads (agora não, com o frio,
esfriou!), as respostas acumulam boa quantidade desses caracteres.

Gostaria de sugerir aos usuários de correio eletrônico que,configurem seu
software para que ele não provoque este deslocamento. Isto torna o texto de
difícil leitura e cada vez que um listeiro re-envia um e-mail, o texto vai
sendo deslocado provocando um acúmulo de caracteres simbolizado pelo sinal
">", dificultando a leitura.

Imaginem se o texto for re-enviado por mais de 10 listeiros?? Haverá mais de
10 caracteres ">" no lado esquerdo do texto.
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> sim, concordo com essa opinião.

Para se configurar o software MS-Outlook 97 ou 2000, é simples, basta
desabilite essa função em:

(Ferramentas/Opções/Enviar/Formato para envio de Mensagens, Config. de texto
Sem formatação...)
e desabilite o "recuar texto original..." >.

Se for útil ...........

[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mudança de endereço
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/06/2000 14:44


> Estou tendo problemas com este webmail e gostaria de
> solicitar mudanga do meu e-mail na lista.
> Fiz uma conta a mais no meu provedor e adotei este enderego:
> rafa-rbn@rio.matrix.com.br
> Grato.
> Rafael C. Lenine

OK. Vou realizar a mudanca do seu e-mail. Acho que faco isso ainda hoje.

Ateh mais
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist





SUBJECT: Re: [ciencialist] Relatividade em duas dimensões
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/06/2000 15:16

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario"
Enviada em: Sexta-feira, 2 de Junho de 2000 01:23
Assunto: Re: [ciencialist] Relatividade em duas dimensões

> O erro é que você está usando a lei da soma das velocidades para
> passar de um sistema para outro.

Com efeito, e foi por isso que afirmei estar utilizando uma interpretação
ingênua para a relatividade. Este tipo de ingenuidade é comum e advém do
fato de os livros didáticos a respeito não darem muita ênfase a como ficaria
a relatividade em duas dimensões, o que somente vem a acontecer quando
passamos para a relatividade geral. Mas aí os fundamentos são aceitos sem
questionamentos, pois o espaço já foi entortado sem que o principiante
perceba como isto realmente aconteceu.

> Os esquema das figuras 1 e 2 representam
> a "lei de composição de velocidades" para calcular a velocidade de um
> objeto (a luz) no sistema M, dadas a velocidade desse objeto (a luz) no
> sistema R e a velocidade de M em relação a R (v). Essa lei da composição
> de velocidades representa uma das velocidades como a soma vetorial das
> outras duas velocidades. Ora, em Relatividade não somamos velocidades. A
> lei da composição das velocidades simplesmente não funciona para
> relacionar velocidades de um objeto em relação a dois sistemas diferentes.

Sim, mas na relatividade geral o fóton tem que percorrer alguma trajetória.
A abolição da trajetória parece-me ser exclusividade da física quântica. Não
creio que o fóton tenha efetuado um salto "quantum-relativista" entre A e B.

Pensando relativisticamente, só não haverá paradoxo se admitirmos que a
"trajetória" do fóton não sofrerá deflexão nenhuma quando observada no
sistema M que se move com velocidade v constante num referencial
supostamente inercial em relação àquele onde está localizada a fonte de luz.

Se ao invés de um v constante, tivéssemos um movimento acelerado de M, a
relatividade geral iria prever uma trajetória curva para a luz (vide
elevador de Einstein). Pergunto então: Qual seria o formato limite da
trajetória quando a aceleração tendesse a zero? Seria uma reta na direção do
feixe ou seria uma reta em outra direção? Afim de evitar o paradoxo a
resposta somente poderia ser uma: a reta estaria na direção do feixe e este
feixe não deveria sofrer deflexão alguma em mudanças de referenciais
inerciais.

E é exatamente graças a essa não-deflexão da trajetória do fóton que o
fenômeno bidimensional revela contrariar o senso comum. Ou seja: Os fótons
viajam na velocidade c no sentido longitudinal do feixe e "não existe nada
concreto", e a ser aceito pela teoria da relatividade especial ou, se
quiser, pela geral, a viajar em outra direção qualquer. Percebe-se, desta
maneira, como a teoria da relatividade contraria o senso comum, quando
estudada em duas dimensões espaciais. Se pensássemos num elemento de volume
de um fluido, por exemplo água, a caminhar por um cano ôco, e em velocidades
outras que nào c, haveria uma soma de velocidades vetoriais e este elemento
de volume estaria realmente viajando segundo uma trajetória A'B não
coincidente com a transversal AB. Percebe-se nitidamente que esta maneira da
relatividade contrariar o senso comum difere bastante da contrariedade
normalmente propalada, qual seja, aquela observada em uma dimensão, ainda
que o motivo seja o mesmo (soma de velocidades, aqui interpretada sob o
ponto de vista vetorial).

A meu ver, a coisa complica-se um pouco, para a relatividade, se o corredor
for, na realidade, um trem viajando na velocidade v em relação a um
referencial situado em terra firme e a "fonte" for um orifício situado na
parede do trem e a deixar passar, sem difração perceptível, uma luz
proveniente de uma "fonte externa e em repouso". Neste caso R seria o
referencial do trem em movimento e M um referencial em repouso em relação a
terra firme. Esta "brincadeira" relativística eu acabei de postar (ontem à
noite, 01/06/00) em meu Web Site sob o título "O fenômeno luz e as falácias
relativas às relatividades", em
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Relat/luz01.htm (itens 1 e
2). Ou eu estou muito enganado, ou trata-se de algo novo e do tipo "paradoxo
do relógio". E neste caso parece-me que não há como apelar para a
gravitação, pois ela não entra em jogo (não estou confrontando a idade dos
observadores R e M). Enfim, o "paradoxo" está lançado e se alguém conseguir
destruir minha argumentação ficarei bastante agradecido.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: David Blaine
FROM: "Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/06/2000 21:46

Olá Pessoal! :o)

Acredito que todos devem ter visto as atuações desta personalidade,
David Blaine. Diante do que pude ver, não posso concordar que esta pessoa
seja um ilusionista. Certamente é um fato aquela torção do seu próprio
braço, assim como deverá ser o episódio do congelamento por 3 dias e o
episódio de para um bala no peito.

Estou cheio de dúvidas, mas estes fenômenos devem pertencer à uma
natureza lúcida. Ou será que tudo que sabemos não é bem como sabemos ou
dizemos ser? A Ciência explica estes fenômenos? Que explicações podemos dar
a este evento? Nossas teorias científicas não deveriam incorporar fatos
dessa natureza? Não tenho conhecimento de explicações plausíveis a esse
respeito. O que o pessoal da Ciencialist pode dizer disso tudo?

[]* Ozelo t+ :o)



SUBJECT: Ao Ozelo.
FROM: Jairo Santos Vieira <JVIEIRA@vortex.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/06/2000 09:01

Ozelo???
Tu ainda perdes tempo com estes caras!!!
A maioria dos programas da Rede Globo sao besteira para alguem que
pretende fazer nada, achar tempo para passar a vida.
Estes ilusionismos vivem a base de falcatruas visuais, como espelhos
cabos pouco viziveis e coisas do genero. Alguns batem palmas e enquanto
tu olhas para as maos dele eles fazem as trampas com os pes e vice-versa.
Assim que te pergunto: - Porque este David, quando quer levitar tem que
virar de costas para a plateia?
Imaginas se os cientistas ficarem perdendo tempo com estas coisas boa
parte deste tempo eh perdida. - Tu lembras o cara que fazia umas folhas
de papel mexerem, dentro de um aquario emborcado sobre uma mesa plana.
Ao lacrarem a base do aquario, o artista, ficou enfurecido e foi embora.
Ele soprava com a boca levemente entreaberta por baixo do aquario.
Eh so falcatrua. Caso contrario quero contratar David Blane para erguer
blocos de granito, para fazer um grande monumento contra a burrice da
ciencia.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: David Blaine
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/06/2000 13:19

Alô:

Não é possível que alguém considere atos de ilusionismo como
manifestações de fenômenos físicos desconhecidos.
Mágica sempre existiu, e sempre foi pura ilusão. Não há um
único caso registrado em que fosse usado algum "fenômeno
físico desconhecido".
O único desconhecimento é dos observadores de como o mágico
fez aquilo, e aí fica o valor do mágico.
A ciência jamais pesquisou truques de mágicos, pois sempre foi
completamente evidente para qualquer não leigo que eram truques.
Nenhum mágico usa truques tecnológicos sofisticados ou
fenômenos físicos raros em suas atuações. Não é preciso tanto para
enganar.

Compre uma fita do Mr. "M"...

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: [ciencialist] David Blaine
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/06/2000 15:30


-----Mensagem Original-----
De: "Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>

...>David Blaine. Diante do que pude ver, não posso concordar que esta
pessoa seja um ilusionista....<

Caro Ozelo e todos,

Claro que se trate de puro ilusionismo para conseguir maior audiencia
na TV. As magicas sao realizadas sempre diante uma meia duzia de
pessoas adredemente contratadas para atuar como atores e mostrar toda
aquela surpresa e admiracao. Depois eh soh utilizar efeitos especiais
e consegue-se até fazer o Superman voar.

O apogeu de audiencia na TV serah daqui a alguns dias qdo anunciarem
que o David irah mostrar para o publico como consegue suas magicas,
ateh eu estarei assistindo. ;-)

[]'ss

douglas



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: David Blaine
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/06/2000 10:30


Eu nao vi esse tal de David Blaine e nem sei quem eh, portanto nao
posso opinar sobre os seus truques.

Mas gostaria de lembrar que existe um premio de 1 milhao de dolares
para quem provar algum fenomeno paranormal. Soh que para isso deve passar
por testes feitos por James Randi, um dos grandes ilusionistas
americanos. :) Quem tiver interesse e acha que pode ganhar ... entre em
www.randi.org .

Nao sei se o pessoal da Ciencialist conhece a lista FCB (Forum Cetico
Brasileiro)? Bem... estah lista eh dedicada a discutir esses assuntos
(alem de outros). Soh aviso que a FCB tem o fluxo de mensagens bastante
controlado para evitar abusos, jah que estah tem objetivos maiores alem
da simples discussao.

Para fazer a inscricao na FCB mande um mail TOTALMENTE em branco para
fcb-subscribe@egroups.com .

Ainda... indico a pagina
http://www.strbrasil.com.br
,da qual sou editor da area de links.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna




SUBJECT: Re: David Blaine
FROM: "Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/06/2000 11:50

Olá Jairo, Douglas e demais integrantes. :o)

Jairo:
"Ozelo??? Tu ainda perdes tempo com estes caras!!!"

Não é bem uma questão de perder tempo meu amigo. :o) Já vi várias
apresentações de ilusionistas e já vi várias reportagens sobre
paranormalidade e fenômenos associados, como telepatia, telecinergia, etc. A
questão está nos detalhes. Dentre as peripécias dos ilusionistas, há aquelas
em que (dependendo da perspicácia do telespectador) é possível imaginar como
o indivíduo a fez e outras não. Independente de ser ou não ser uma ilusão,
aquelas que imaginamos como são feitas simplesmente são postuladas como
'truques', assim como muitos fenômenos já estudados pela ciência.

Quem viu a contra-apresentação do Ratinho? ;o) Ontem, dia 06/06/2000, eu
mesmo vi um outro sujeito fazendo um ilusionismo com cartas parecido com o
que David Blaine fez. Mas foi possível ver que havia troca de cartas durante
o processo. (o truque deixava margem para essa dedução). Até achei uma
palhaçada, pois o Ratinho queria mesmo é denegrir a imagem do Davis Blaine.
Pode ter convencido a muitos, mas há detalhes que não foram copiados.

:o| Quanto a mim, deixo claro que não creio totalmente no que creio em
relação a tudo, assim como não generalizo um ato individual ao ponto de
desacreditar de todo o resto em função de uma fração de descrença. :o) Então
caros amigos, me parece sensato não ser totalmente cético e não ser
totalmente convicto, pois é aí que reside a insegurança pessoal que muitos
querem se ver livres, ou seja, o limiar entre o tolo e o sábio.

A razão de ter mencionado isso no Ciencialist era saber se alguém mais
viu o que eu vi e saber se alguém tem uma boa explicação para o fato.
Sabendo-se que o programa do Faustão é ao vivo e que em alguns feitos a
câmera nem mudou para outra, de todos os supostos 'truques' que pude
observar, alguns eu ainda não tenho explicações convincentes nem para
falseá-los, nem para corroborá-los, a saber:

- O giro de 360º do antebraço, punho e mão direita. Fiquei olhando
diretamente para o punho direito até que então, David coloca-o por trás do
Fausto. (Nesse momento pensei: 'A menos que esse cara seja aleijado ou
desmembrado pra poder 'regirar' o punho no sentido oposto, não imagino outra
forma para aquilo acontecer, ou uma ilusão que permita aquilo.

- A carta rasgada que volta a ser uma carta normal. Fiquei olhando
atentamente, embora a câmera tenha passado de uma para outra, foi possível
ver que a mão da garota não abriu ou se movimentantou para uma possível
troca de cartas. Ficou bem longe de ter tempo para isso.

- O relógio que adiantou 54 minutos. Essa foi muito boa! A câmera
mostrou os dois relógios com as mesmas horas e logo após o Caçulinha fechou
a mão com o seu. Sem nenhum contato manual, o relógio adiantou 54 minutos.
???? Teria adiantado o relógio antes do Caçula fechar a mão? Não havia tempo
pra isso.

Acredito nas leis da física... Acredito em fenômenos físicos ainda não
explicados... Os fenômenos apresentados por David Blaine, vistos até agora
por mim e pela maioria das pessoas, sim, são de fato possíveis ilusões, ou
seja, possíveis 'truques'. Mas também são de fato possíveis fenômenos
físicos ainda não explicados e é esse ponto de vista que quero considerar na
lista. :o) Portanto Jairo, assim como muitos já me disseram que estava
perdendo tempo questionando o suposto óbvio, lhe digo amigavelmente que essa
é a maneira que conheço para não me sentir um tolo com relação ao que penso,
para não me sentir um cético com relação ao que observo e assim
confortavelmente me sentir seguro com relação ao que falo. Ou seja, posso
sem sombra de dúvidas estar equivocado quanto a tudo que disse, mas você não
me convenceu de que perdi meu tempo com isso. ;o)

Jairo:
"A maioria dos programas da Rede Globo sao besteira para alguem que pretende
fazer nada, achar tempo para passar a vida."

Eu não entendi muito bem essa colocação meu amigo, me perdoe. Que tem
muita besteira, eu concordo. Para quem pretende fazer nada, não sei se
seriam besteiras... bem, meu filhinho se diverte. :o) Mas sobre o tempo eu
acho que as pessoas não estão preocupadas e sim com 'o que' consome ou
consumirá tempo da vida delas.

Jairo:
"Estes ilusionismos vivem a base de falcatruas visuais, como espelhos cabos
pouco viziveis e coisas do genero. Alguns batem palmas e enquanto tu olhas
para as maos dele eles fazem as trampas com os pes e vice-versa."

Douglas:
"Claro que se trate de puro ilusionismo para conseguir maior audiencia na
TV. As magicas sao realizadas sempre diante uma meia duzia de pessoas
adredemente contratadas para atuar como atores e mostrar toda aquela
surpresa e admiracao. Depois eh soh utilizar efeitos especiais e consegue-se
até fazer o Superman voar."

Sim, concordo, assim como 'nem todos os cisnes são brancos'. :o) Mas não
posso concordar que seja correto dizer que 'não existem cisnes pardos'. Pois
é possível um dia existir diferentes plumagens de cisnes.

Jairo:
"Assim que te pergunto: - Porque este David, quando quer levitar tem que
virar de costas para a plateia?"

Há duas principais explicações: (1) Quando ele provavelmente dá as
costas para os espectadores atentos, se prende a alguns fios de aço muito
finos ou se apoia em algum pedestal escondido em suas roupas. (2) Quando ele
realiza esse feito, necessita de uma certa concentração de energia
localizada, pois, ele tem que conseguir romper a gravidade de alguma forma.

Supondo que o Jairo não viu David Blaine levitar de vários ângulos e só
de costas, assim como não deve ter observado a altura da levitação, que
ultrapassou pelo menos mais que 30cm, a segunda explicação deve ser a
verdadeira, ou melhor, deve ser uma explicação apropriada até o momento. :o)

Jairo:
"Imaginas se os cientistas ficarem perdendo tempo com estas coisas boa parte
deste tempo eh perdida. - Tu lembras o cara que fazia umas folhas de papel
mexerem, dentro de um aquario emborcado sobre uma mesa plana. Ao lacrarem a
base do aquario, o artista, ficou enfurecido e foi embora. Ele soprava com a
boca levemente entreaberta por baixo do aquario. Eh so falcatrua."

Cientistas nunca perdem tempo, o tempo é que perde os cientistas. Não
presenciei o acontecimento, mas como o Jairo relata, é evidente que além de
falcatrua, o sujeito também se revela um péssimo profissional.

Jairo:
"Caso contrario quero contratar David Blane para erguer blocos de granito,
para fazer um grande monumento contra a burrice da ciencia."

Douglas:
"O apogeu de audiencia na TV serah daqui a alguns dias qdo anunciarem que o
David irah mostrar para o publico como consegue suas magicas, ateh eu
estarei assistindo. ;-)"

Não acho que seja o caso. Se forem 'realmente' ilusões, David Blaine e
outros (como o caso da garotinha e o pai dela que têm laços telepáticos, mas
os dois manipulam os acontecimentos de forma a interpretá-los como
adivinhações) não passarão de fazedores de fenômenos conhecidos. Por outro
lado, se 'realmente' não forem ilusões, a ciência não precisa ser taxada de
burra ou de inadequada para explicar os fenômenos da natureza, mas teremos
que adimitir pelo menos que ela ainda não explica tudo, como acredito ser o
caso.

É claro que não podemos permanecer na dúvida, e assim aqui exponho mais
uma razão para o papel do cientista. Obter ciência de como se comporta e
compreender como existe. Quem não gostaria de estar frente a frente com
acontecimentos que não acredita dentro de si mesmos? Eu adoraria que alguém
me convencesse de que estou perdendo tempo, de que estou equivocado e de que
Deus e a vida eterna eterna além da morte física existe, pois só assim eu
poderia ser menos ignorante, mas não significa que fui burro. Ignorante no
sentido de não saber o que sabemos e como sabemos, e não no sentido de saber
o que sabemos e como sabemos apenas pelo entendimento e persistir em não
querer saber. Portanto, dentre todos nós humanos, temos aqueles mais
ignorantes e aqueles menos ignorantes, mas definitivamente, ainda nenhum de
nós humanos sabe de tudo que existe no Universo para ser chamado de sábio.

O que mais quero é ver mais, pois como o Douglas disse, quando este cara
revelar suas 'mágicas' eu tb quero ver. Assim como quero 'ver' ele por 3
dias no meio de um bloco de 125 metros cúbicos de gelo... parar uma bala de
38 no peito, sem camisa... etc... Independente de tudo o que pensamos a
respeito desses eventos, 'ele faz' e eu não. Nem mesmo sei começar a fazer o
que ele fez ou fará, e jamais entraria na reta de um 38! :oD Isso tudo já é
suficiente para obter a minha admiração e respeito. Embora seja um evento
orientado ao lazer, enquanto permanecer na dúvida de como ele faz tais
ilusões ou se ele é dotado de manifestações controláveis da matéria nesse
ponto, ao meu ver, essa dúvida é de conteúdo científico, assim como muitos
'truques' desmascarados pela Ciência no passado.

Vai ser um verdadeiro 'buraco negro' a atração que vai gerar nas pessoas
esses eventos e eu digo: Vai ser massa!! :oD

[]* forte pessoal!! t+
Ozelo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: David Blaine
FROM: Emilson Pereira Leite <emilson@iag.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/06/2000 12:22


Segue algumas perguntas pra fazer vc refletir...

On Wed, 7 Jun 2000, Ozelo wrote:

> Ol� Jairo, Douglas e demais integrantes. :o)
>
> A raz�o de ter mencionado isso no Ciencialist era saber se algu�m mais
> viu o que eu vi e saber se algu�m tem uma boa explica��o para o fato.
> Sabendo-se que o programa do Faust�o � ao vivo e que em alguns feitos a
> c�mera nem mudou para outra, de todos os supostos 'truques' que pude
> observar, alguns eu ainda n�o tenho explica��es convincentes nem para
> false�-los, nem para corrobor�-los, a saber:
>
> - O giro de 360� do antebra�o, punho e m�o direita. Fiquei olhando
> diretamente para o punho direito at� que ent�o, David coloca-o por tr�s do
> Fausto. (Nesse momento pensei: 'A menos que esse cara seja aleijado ou
> desmembrado pra poder 'regirar' o punho no sentido oposto, n�o imagino outra
> forma para aquilo acontecer, ou uma ilus�o que permita aquilo.



Se ele quisesse realmente mostrar que aquilo nao foi um truque,
ele arregacaria as mangas da sua blusa, concorda? Deixaria claro para
todos que nao havia truque e que o braco dele realmente girou 360 graus.



>
> - A carta rasgada que volta a ser uma carta normal. Fiquei olhando
> atentamente, embora a c�mera tenha passado de uma para outra, foi poss�vel
> ver que a m�o da garota n�o abriu ou se movimentantou para uma poss�vel
> troca de cartas. Ficou bem longe de ter tempo para isso.
>


Houve troca de cartas sutilmente, sim. Ele tem uma habilidade
incrivel com as maos, como muitos magicos tem. Pq ele segurou a mao da
moca entao? A toa?



> - O rel�gio que adiantou 54 minutos. Essa foi muito boa! A c�mera
> mostrou os dois rel�gios com as mesmas horas e logo ap�s o Ca�ulinha fechou
> a m�o com o seu. Sem nenhum contato manual, o rel�gio adiantou 54 minutos.
> ???? Teria adiantado o rel�gio antes do Ca�ula fechar a m�o? N�o havia tempo
> pra isso.


Por que uma outra pessoa precisa cobrir o relogio com as maos
enquanto os ponteiros supostamente se mexem sozinhos? Ele nao poderia
simplesmente mostrar os ponteiros andando? Nao me diga que a energia da
mao fechada do caculinha fez os ponteiros andarem...


>
> Acredito nas leis da f�sica... Acredito em fen�menos f�sicos ainda n�o
> explicados... Os fen�menos apresentados por David Blaine, vistos at� agora
> por mim e pela maioria das pessoas, sim, s�o de fato poss�veis ilus�es, ou
> seja, poss�veis 'truques'. Mas tamb�m s�o de fato poss�veis fen�menos
> f�sicos ainda n�o explicados e � esse ponto de vista que quero considerar na
> lista. :o) Portanto Jairo, assim como muitos j� me disseram que estava
> perdendo tempo questionando o suposto �bvio, lhe digo amigavelmente que essa
> � a maneira que conhe�o para n�o me sentir um tolo com rela��o ao que penso,
> para n�o me sentir um c�tico com rela��o ao que observo e assim
> confortavelmente me sentir seguro com rela��o ao que falo. Ou seja, posso
> sem sombra de d�vidas estar equivocado quanto a tudo que disse, mas voc� n�o
> me convenceu de que perdi meu tempo com isso. ;o)
>


Concordo com vc em partes. Eu tambem gosto de discutir supostos
paranormais e esse tipo de coisa. Mas veja, se tudo o que ele faz nao eh
truque, ele teria como deixar isso bem claro pra nos certo?

Quanto a levitacao, se ele levita de costas deveria levitar de
frente. Isso nao tem nada a ver com concentracao de energia.

Abracos,

Emilson




SUBJECT: Re: David Blaine
FROM: "Ego " <ego_sun@brasilmail.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/06/2000 20:22

Olá Ozelo,

Não vi todas as demonstrações que vc mencionou, mas apenas
aquela em
que ele levitava. Confesso que achei impressionante. Mas gostaria de
vê-la com calma, para ver se o impacto e a surpresa iniciais
não
desaparecem com o tempo, permitindo que precebamos detalhes de um
suposto truque. Tive a impressão, por exemplo, da segunda
experiência
feita, que havie um esforço feitos nos braços, quando ele se
virava.
A impressão que tive foi a de que um truque nesse caso dependeria
de
recursos tecnológicos razoavelmente avançados, e, a esse
respeito,
podemos lembrar a própria observação do Mister M, de que os
truques
revelados por ele já não eram usados por ilusionistas
internacionais,
estando já ultrapassados.

De um ponto de vista científico, acho que existe um motivo muito
simples para que não seja possível considerar o Blaine um
paranormal.
Pelo que sei, ele não se assume assim, e diz que seus fenômenos
são
truques. Poderíamos, em uma hipótese conspiratória, imaginar
um
paranormal que se passa por mágico vai viver muito melhor do que
um
paranormal que se passa por paranormal, ou um mágico que se passa
por
paranormal. Talvez fosse a escolha mais astuta, para alguém
realmente
capaz de levitar. Entretanto, para fins científicos, essa
posição
inviabiliza a pesquisa científica, pois como levá-lo ao
laboratório??

[]´s

Marcelo

--- In ciencialist@egroups.com, "Ozelo" <ozelo@r...> wrote:
> Olá Jairo, Douglas e demais integrantes. :o)
>
> Jairo:
> "Ozelo??? Tu ainda perdes tempo com estes caras!!!"
>
> Não é bem uma questão de perder tempo meu amigo. :o)
Já vi
várias
> apresentações de ilusionistas e já vi várias reportagens
sobre
> paranormalidade e fenômenos associados, como telepatia,
telecinergia, etc. A
> questão está nos detalhes. Dentre as peripécias dos
ilusionistas,
há aquelas
> em que (dependendo da perspicácia do telespectador) é
possível
imaginar como
> o indivíduo a fez e outras não. Independente de ser ou não
ser uma
ilusão,
> aquelas que imaginamos como são feitas simplesmente são
postuladas
como
> 'truques', assim como muitos fenômenos já estudados pela
ciência.
>




SUBJECT: meio tijolo
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/06/2000 23:08

Oi todos,

esse probleminha eh dos antigos, mas sempre interessante.

Nas vezes que apresentei para meus alunos (jah lecionei no 2o. grau),
alguns resolviam de imediato, outros soh apos explicacao e poucos
nunca entenderam.

Nao vale usar algebra, seria covardia.

"Um tijolo pesa 2kg mais meio tijolo. Qto. pesa 1 tijolo mais meio
tijolo?"

[]'ss

Douglas





SUBJECT: Re: [ciencialist] meio tijolo
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/06/2000 23:39


>
> "Um tijolo pesa 2kg mais meio tijolo. Qto. pesa 1 tijolo mais meio
> tijolo?"
>
Se um tijolo (que é constituído por 2 meios tijolos) pesa 2 kg mais meio
tijolo, é óbvio que meio tijolo pesa 2 kg. Portanto, 1 tijolo pesa 4 kg. E 1
tijolo mais meio tijolo pesam 6 kg.

Creio que a dificuldade deste tipo de problema vem é da cacofonia
resultante da repetição da palavra "tijolo" através da frase. É assim um
exercício de isolamento de problemas: vemos que existe um problema lá no
meio de uma grande confusão; para resolvê-lo, o estudante deve estar
preparado para identificar o verdadeiro problema em meio às informações
irrelevantes ou que distraem a atenção.

Belisário




SUBJECT: hipoteses aparentemente absurdas
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/06/2000 11:12

Caros listeiros,

Muitas hipóteses levantadas pelos físicos são rejeitadas "instintivamente"
pelas pessoas (inclusive cientistas), sob a alegação de que são idéias
"absurdas".

Na lista de filosofia da UOL, discutindo com um colega sobre o fluxo do
tempo (estava eu a defender a hipótese, sustentada por Roger Penrose, de que
o
fluxo temporal é apenas uma sensação, que o tempo, como uma quarta
coordenada do espaço, na verdade não flui), meu interlocutor argumentou que
o cientista deve, em algumas situações, considerar o que lhe diz a intuição,
para não ficar postulando disparates, absurdos, bobagens sem limites.

A minha contra-argumentação foi a seguinte:

<<A intuição é muito útil para nos orientar neste mundo mediano em que
vivemos, situado entre o muito pequeno e o extremamente grande. A propósito,
é bom lembrar que o nosso aparelho mental é, antes de tudo, um instrumento
de sobrevivência, e que esse conhecimento antepredicativo que temos da
realidade – o conhecimento dito "intuitivo" – não é outra coisa que o
momento subjetivo da mais imediata forma de atividade que o indivíduo
desenvolve na natureza e na sociedade e com vista à mera reprodução da sua
existência.

<<Ora, não é no mundo subatômico que o indivíduo humano labora,e nem
necessita
ele, para manter-se vivo, de se deslocar mais de algumas centenas de
milhares de quilômetros durante toda a sua vida -- uma vida que dura, em
média, 70 anos --. De sorte que o que se passa no mundo dos quarks, léptons
e fótons, bem como naquele outro mundo cuja unidade de medida é o
megaparsec, ou, dito em outros termos, o que se passa além das fronteiras
desse nosso mundo medíocre em que os objetos se movem a uma velocidade muito
inferior a da luz é, realmente, de desorientar os sentidos e dar
curto-circuito em neurônios.

<<Nosso cérebro não foi projetado para "compreender" a realidade dos
"quanta"
ou a macroestrutura do espaço-tempo. Querer que este mundo que não é o mundo
da nossa atividade do dia-a-dia condiga com a nossa intuição é querer o
impossível.

<<Einstein, graças à sua imaginação e criatividade, teve grandes "insights"
acerca da natureza do espaço, do tempo, da matéria e da energia. No entanto,
sua intuição o fez aferrar-se à crença de que, nos fenômenos quânticos,
existem parâmetros ocultos, isto é, o conhecimento "intuitivo" de que tudo
tem uma causa e que a cada causa corresponde um único efeito o fez defender
a idéia de que existem determinadas variáveis ainda não acessíveis ao
conhecimento humano, e que é precisamente o desconhecimento desta
causalidade subjacente que faz com que a realidade quântica nos pareça
indeterminista. Vale dizer, Einstein, por causa da sua intuição acerca da
relação causa-efeito, não aceitou a incerteza como algo intrínseco ao mundo
dos "quanta". Bohr, ao contrário, não só aceitou como demonstrou que os
fenômenos subatômicos podem ser "explicados" satisfatoriamente sem que seja
necessário recorrer ao determinismo laplaceano.

<<Mas é bom que se ressalve que o termo "incompreensível" não é sinônimo de
"inexplicável". O mundo do infinitamente pequeno e o do incomensuravelmente
grande pode ser explicado, sim, porém não com os meios que dispõe a
linguagem ou mesmo (talvez) a lógica aristotélica. Sempre que um fenômeno
subatômico é comunicado na linguagem corrente, deparamo-nos com paradoxos do
tipo "uma partícula está e não está em vários lugares ao mesmo tempo". Isso
é um disparate, porém um disparate que a matemática "explica" e a
experiência comprova.>>

Para mim, o que tem coerência matemática e não foi refutado pela experiência
encerra uma possibilidade de verdade.

Gostaria de ler alguns comentários de vocês sobre este assunto, se possível.

Um Abraço,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [[ciencialist] Ao Ozelo.]
FROM: <rubroneg@ositemail.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/06/2000 12:56

Bom, já que estamos falando de "globais", creio eu
que este David seja um caso para o tal Padre Quevedo!!!
Nao creio mesmo, como disse o Jairo, que cientistas
desperdicem seu tempo (sendo ou nao este tempo uma quarta dimen
dimensão do espaço) nestes seres Globais.
Ninguém é mágico. Isso nao existe. As mãos podem ser muito mais rápidas
do que os olhos... ainda mais na TV.

[]´s

Rafael C. Lenine


Jairo Santos Vieira <JVIEIRA@vortex.ufrgs.br> wrote:
Ozelo???
Tu ainda perdes tempo com estes caras!!!
A maioria dos programas da Rede Globo sao besteira para alguem que
pretende fazer nada, achar tempo para passar a vida.
Estes ilusionismos vivem a base de falcatruas visuais, como espelhos
cabos pouco viziveis e coisas do genero. Alguns batem palmas e enquanto
tu olhas para as maos dele eles fazem as trampas com os pes e vice-versa.
Assim que te pergunto: - Porque este David, quando quer levitar tem que
virar de costas para a plateia?
Imaginas se os cientistas ficarem perdendo tempo com estas coisas boa
parte deste tempo eh perdida. - Tu lembras o cara que fazia umas folhas
de papel mexerem, dentro de um aquario emborcado sobre uma mesa plana.
Ao lacrarem a base do aquario, o artista, ficou enfurecido e foi embora.
Ele soprava com a boca levemente entreaberta por baixo do aquario.
Eh so falcatrua. Caso contrario quero contratar David Blane para erguer
blocos de granito, para fazer um grande monumento contra a burrice da
ciencia.

------------------------------------------------------------------------
Old school buds here:
http://click.egroups.com/1/4057/8/_/19424/_/960310905/
------------------------------------------------------------------------

*** --- ***

>> Página sobre Albert Einstein <<
http://www.aip.org/history/einstein/

*** --- ***







SUBJECT: Re: David Blaine
FROM: "Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/06/2000 14:05

Olá pessoal! :o)

Emilson:
"Se ele quisesse realmente mostrar que aquilo nao foi um truque, ele
arregacaria as mangas da sua blusa, concorda? Deixaria claro para todos que
nao havia truque e que o braco dele realmente girou 360 graus."

Concordo. Há um boato de ele já fez isso para um bombeiro, mas ainda é
apenas um boato. Segundo consta, o bombeiro ficou perplexo por ver uma certa
descontinuidade na forma do braço onde supostamente estaria torcido o membro
como se fosse borracha.

Emilson:
"Houve troca de cartas sutilmente, sim. Ele tem uma habilidade incrivel com
as maos, como muitos magicos tem. Pq ele segurou a mao da moca entao? A
toa?"

Após a moça ter observado que a carta rasgada não era a carta rasgada,
ela fechou a mão e não abriu até que a carta se revelou reconstituída. Não
imagino o porque senão este ser parte de seu número e se houve troca, a moça
teria que ajudá-lo de alguma forma, não?

Emilson:
"Por que uma outra pessoa precisa cobrir o relogio com as maos enquanto os
ponteiros supostamente se mexem sozinhos? Ele nao poderia simplesmente
mostrar os ponteiros andando? Nao me diga que a energia da mao fechada do
caculinha fez os ponteiros andarem..."

(Risos) Não digo... ;o) Mas esse David Blaine me parece estar agindo com
o pé atrás. Ele quer, sem dúvidas, promover o mistério. Sendo ou não sendo
um indivíduo dotado de alguma propriedade rara.

Emilson:
"Concordo com vc em partes. Eu tambem gosto de discutir supostos paranormais
e esse tipo de coisa. Mas veja, se tudo o que ele faz nao eh truque, ele
teria como deixar isso bem claro pra nos certo?"

Certamente, a menos que a intenção dele seja realmente abafar o título
de paranormal por questões pessoais.

Emilson:
"Quanto a levitacao, se ele levita de costas deveria levitar de frente. Isso
nao tem nada a ver com concentracao de energia."

Concentração no sentido mental. Atenção. Talvez para que não veja a
reação das pessoas e comece a rir. ;o)

Luis Roberto:
"Mas gostaria de lembrar que existe um premio de 1 milhao de dolares para
quem provar algum fenomeno paranormal. Soh que para isso deve passar por
testes feitos por James Randi, um dos grandes ilusionistas americanos. :)
Quem tiver interesse e acha que pode ganhar ... entre em
www.randi.org ."

Isso é interessante. Será que uma rede de TV não promoveria um desafio?
Ou talvez um esclarecimento à população? :o)

Ego:
"De um ponto de vista científico, acho que existe um motivo muito simples
para que não seja possível considerar o Blaine um paranormal. Pelo que sei,
ele não se assume assim, e diz que seus fenômenos são truques. Poderíamos,
em uma hipótese conspiratória, imaginar um paranormal que se passa por
mágico vai viver muito melhor do que um paranormal que se passa por
paranormal, ou um mágico que se passa por paranormal. Talvez fosse a escolha
mais astuta, para alguém realmente capaz de levitar. Entretanto, para fins
científicos, essa posição inviabiliza a pesquisa científica, pois como
levá-lo ao laboratório??"

Eco... Muito bem colocado caro colega Ego. :o) Como levá-lo ao
laboratório? Como seria a vida de David Blaine se fosse considerado apenas
um paranormal? Explicável, talvez... Em comparação com uma promissora
carreira de ilusionista, como... ;o) David Coperfield?

Antonio Carlos:
"Não é possível que alguém considere atos de ilusionismo como manifestações
de fenômenos físicos desconhecidos."

Não é bem esse o caso, me perdoe. A questão é se o nosso suposto
ilusionista é um ilusionista ou não, ok? ;o)

Antonio Carlos:
"A ciência jamais pesquisou truques de mágicos, pois sempre foi
completamente evidente para qualquer não leigo que eram truques. Nenhum
mágico usa truques tecnológicos sofisticados ou
fenômenos físicos raros em suas atuações. Não é preciso tanto para enganar.
Compre uma fita do Mr. "M"..."

Certamente este talvez não usaria técnicas sofisticadas vindo de um
bairro humilde como é o caso, mas é uma boa idéia. Será que o Mr. "M" pode
demonstrar com fidelidade, que ele pode revelar como David Blaine atua? Mr.
"M" versus David Blaine!!! Quem vencerá??? :oD

[]* Valeu pessoal!!
Ozelo





SUBJECT: Microondas mais rápidas que a luz
FROM: <rubroneg@ositemail.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/06/2000 17:18

Caros listeiros.

Deixando de lado um pouco o polêmico (e sem dúvida, talentoso) David,
mando-lhes uma reportagem que li no Jornal do Brasil
desta sexta, dia 9.
Achei interessante e intrigante, gostaria de receber comentários
dos Srs.

-------- ** -------

MICROONDAS MAIS RÁPIDAS QUE A LUZ

LONDRES - A Física ensina que nada pode se mover mais rápido do que a
velocidade da luz (aproximadamente 300 mil km/s). Alguns pesquisadores
demonstraram, no entanto, que em certas circunstâncias a informação pode
viajar um pouco mais rápido.
Em experimento feito pelo Instituto de Pesquisa de Princeton, nos EUA, um
raio de luz penetrou numa câmara transparente cheia de gás césio a uma
velocidade 300 vezes maior que a da luz. Segundo os cientistas, a parte
principal do feixe de luz saiu pelo lado mais distante da câmara antes mesmo
de entrar nela.
Lijun Wang, que coordenou a equipe americana, disse que o objetivo é aplicar
os efeitos obtidos no experimento na aceleração de circuitos elétricos. O
resultado do estudo ainda está sendo revisado por especialistas, antes de ser
publicado na revista Nature.
Em outro experimento, o pesquisador Anedio Ranfagni, do Conselho Nacional de
Pesquisa da Itália, fez com que microondas fossem emitidas através de uma
estreita abertura em direção a um grande espelho, que as refletiu de volta e
para além da fonte de emissão. O tempo de chegada das ondas refletidas
mostraram que elas viajaram a uma velocidade 5% superior à da luz.
O físico Albert Einstein levaria um susto com as descobertas. De acordo com
a teoria da relatividade, desenvolvida por ele, nada pode superar a velocidade
da luz, pois se isso acontecesse, o princípio da causalidade seria violado.
Este princípio estabelece que a causa sempre precede o efeito.
Muitos cientistas concordam com Einstein e dizem que o efeito produzido nos
experimentos podem ter sido uma ilusão de ótica. Eles argumentam que
experimentos deste tipo são difíceis e sujeitos a erros desconhecidos.

----- ** ------

Fiquei intrigado, principalmente, quando, no segundo parágrafo,
o texto nos diz: "...um raio de luz penetrou numa câmara transparente cheia
de gás césio a uma velocidade 300 vezes maior que a da luz"
Ora, se foi um raio de luz, como foi mais rápido que a luz?? Definitivamente
isso está estranho na minha humilde mente, por isso peço comentários dos
Srs.

PS.: Peço, mais uma vez, que, se possível, o administrador da lista meyude
meu endereço. Nao aguento mais esse webmail. Gostaria de receber os e-mails
da lista pelo: rafa-rbn@rio.matrix.com.br

[]´s a todos!

Rafael Lenine



SUBJECT: Re: [ciencialist] Microondas mais rápidas que a luz
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/06/2000 19:51


Rafael:
> Fiquei intrigado, principalmente, quando, no segundo parágrafo,
> o texto nos diz: "...um raio de luz penetrou numa câmara transparente
cheia
> de gás césio a uma velocidade 300 vezes maior que a da luz"
> Ora, se foi um raio de luz, como foi mais rápido que a luz??
Definitivamente
> isso está estranho na minha humilde mente, por isso peço comentários dos
> Srs.

É que o texto da reportagem foi impreciso. Eles deveriam dizer "300
vezes maior que a velociade da luz no vácuo". No vácuo a luz se propaga a
300.000 km/s.

Já foram realizados vários experimentos que parecem transmitir sinais
mais rápidos que a velocidade da luz no vácuo (o que seria proibido pela
Relatividade); porém ainda não há um consenso na comunidade científica sobre
se esses resultados são conclusivos - em geral dependem de interpretações
sobre as quais não há consenso (por exemplo, em vários deles não há consenso
se o que é transmitido é um sinal causal - sinais não-causais são permitidos
pela Relatividade a qualquer velocidade). Se realmente for possível
transmitir sinais causais mais rapidamente que a luz, provavelmente o avanço
na técnica de realização desses experimentos vai acabar produzindo um
resultado conclusivo em breve.

Inté,
Belisário




SUBJECT: Re: hipoteses aparentemente absurdas
FROM: "Andre R. D. Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/06/2000 20:39

Concordo com você, Manuel. A intuição funciona razoavelmente bem na mecânica clássica, funciona um pouco na termodinâmica, muito pouco no eletromagnetismo e nada na física moderna. Graças a "intuição" , dá pra resolver alguns problemas simples em Mecanica "na raça" - sem ser estritamente formal. Na mecânica clássica, muitas vezes a gente em geral diz que "entendeu" uma teoria, quando além de conseguir resolver os problemas, sentimos ela (a teoria) bate com nossa intuição. Isso não ocorre na física moderna. É perda de tempo tentar visualizar um "espaço curvo quadri-dimensional", imagino eu. Quando se diz que o elétron é ao mesmo tempo onda e partícula, entenda-se apenas que o seu comportamento é descrito por equações que ora são equações também aplicáveis a particulas, ora equações aplicáveis a ondas. Nossa intuição falha miseravelmente na física moderna. Aliás, existe uma situação até na mecânica clássica em que pelo menos minha intuição vai pro brejo: O resultado de torques enviesados sobre corpos em rotação. p. e., a força da gravidade faz com que o pião continue de pé, com o eixo de rotação girando numa direção perpendicular ao proprio eixo e à força da gravidade - nuca "captei" esse resultado intuitivamente, talvez porque nossos antepassados hominídeos não costumavam brincar com piões ou andar de bicicleta... :-)
 
abraços,
 
André Baptista
 
 
Caros listeiros,

Muitas hipóteses levantadas pelos físicos são rejeitadas "instintivamente"
pelas pessoas (inclusive cientistas), sob a alegação de que são idéias
"absurdas".
(................................)
Para mim, o que tem coerência matemática e não foi refutado pela experiência
encerra uma possibilidade de verdade.

Gostaria de ler alguns comentários de vocês sobre este assunto, se possível.

Um Abraço,
Manuel Bulcão



SUBJECT: O tempo realmente flui?
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/06/2000 23:51

Caros listeiros,

O tempo realmente flui? Ou será o fluxo do tempo apenas o que o tempo é para nós, isto é, uma sensação?

Alguns dirão que o fluxo do tempo é uma obviedade, uma verdade que salta à vista e que sequer precisa ser demonstrada; que o tempo como uma quarta coordenada do espaço da teoria da relatividade é apenas um constructo matemático que o cientista lança mão para melhor entender a realidade.

Pois bem, então vejamos:

O fluxo temporal implica a divisão do tempo em passado, presente e futuro.

O passado é o que existiu e o futuro é o que existirá.

Significa dizer que somente o presente existe, pois "o que existiu" (passado) e "o que existirá" (futuro) não tem existência factual. Óbvio, não é?

Mas será que o presente existe mesmo?

Vejamos o raciocínio do físico brasileiro Marcelo Gleiser sobre e existência ou não do tempo presente: "É comum dividirmos o tempo em passado, presente e futuro: o passado é o que vem antes do presente, e o futuro é o que vem depois. Já o presente é o agora, o instante atual. Isso tudo parece bastante óbvio, mas não é. Para definir passado e futuro, precisamos definir o presente. Mas segundo nossa separação estrutural, o presente não pode ter duração no tempo, pois nesse caso sempre poderíamos definir um período no seu passado e no seu futuro. Portanto, para sermos coerentes em nossas definições, o presente não pode ter duração no tempo. Ou seja, o presente não existe!" (Marcelo Gleiser; Retalhos Cósmicos; Companhia das Letras; 1999; pág. 187)

Como se pode facilmente constatar, esse movimento contínuo que todos nós percebemos e que nos faz dividir o tempo em passado, presente e futuro implica na não existência do passado, do presente e do futuro; por conseguinte, na não existência do próprio tempo.

O fluxo do tempo importa, pois, uma contradição lógica.

Por isso, plausível e razoável é a idéia de que os eventos no tempo estão dispostos "todos juntos", a hipótese segundo a qual o que passou ainda existe e que o porvir já existe. Significa dizer que, muito provavelmente, o tempo como uma quarta dimensão (ou coordenada) do espaço, longe de ser um mero artifício matemático, é um fato, uma realidade.

Enfim, não existem corpos (no espaço) em transformação (no tempo), mas eventos (no espaço-tempo), eventos eternos!

Ou, como escreveu T. S. Eliot, "E o fim e o princípio estiveram sempre ali / Antes do princípio e após o fim / E tudo é sempre agora."

Moral da história: Para os racionalistas: cuidado, muito cuidado com as certezas "sensíveis" e não se aferre tanto à sua intuição; para o irracionalista: cuidado, muito cuidado com a lógica e desconfie sempre do óbvio matemático.

Abraço a todos,

Manuel Bulcão

PS: Segue abaixo meu texto "Tempo e Eternidade", que em outras listas causou-me muitas contrariedades, como, por exemplo, a fama de místico (eu, um céptico quase nihilista, censurado por arroubos de misticismo, era só o que me faltava!)

 

TEMPO E ETERNIDADE

Caros listeiros,

Seria o tempo uma espécie de quarta dimensao do espaco?

Nietzsche resgatou da filosofia grega o mito do eterno retorno. De acordo com este mito, o movimento universal é cíclico, e cada ciclo cósmico repete o ciclo anterior em seus mínimos detalhes. Quer isso dizer que a existência de cada um de nós, embora efêmera, será vivenciada um número infinito de vezes. Em síntese: apesar de mortais, somos eternos.

Nietzsche reforçou esse mito com os dados da ciência da sua época. Presumiu ele que o universo seria espacialmente limitado (isto é, conteria em si um numero "finito" de partículas) e temporalmente infinito. Caso contrário, a recorrência não e verificaria.

O problema é que a teoria geral da relatividade não permite um modelo de universo deste tipo. Ou seja: segundo Einstein, se o universo tiver uma extensão finita, igualmente finita será a sua dimensão temporal; e, caso seja infinito no tempo, também infinito será no espaço.

A teoria geral da relatividade impede, pois, a eterna recorrência. No entanto...

Sim, no entanto a teoria da relatividade, longe de sepultar a estranha idéia de uma existência ao mesmo tempo limitada e eterna, deu-lhe uma base nova e muito mais sólida. É que, de acordo com essa teoria, a percepção do tempo (o tempo como um fluxo) não se confunde com o tempo "real", do mesmo modo que as cores não são ondulações no campo eletromagnético, mas apenas o efeito destas em nossas retinas. Ademais, essa teoria estabelece que o espaço e o tempo formam um "continuum", e que esse continuum espácio-temporal é algo dado de uma vez para sempre (o tempo seria, apenas, uma espécie de quarta dimensão do espaço).

Por exemplo: embora Immanuel Kant tenha falecido em 1804, não é correto afirmar que ele não existe mais. Decerto que Kant não existe nesta região do espaço-tempo em que eu e os companheiros da lista vivemos. Não obstante, ele continua existindo numa outra e bem delimitada região do continuum espácio-temporal.

Einstein, quando soube da morte do seu amigo Michelangelo Besso, enviou aos seus familiares uma carta. Nesta carta, Einstein disse: "Para nós, físicos convictos, a diferença entre passado, presente e futuro é só uma ilusão, por mais persistente que seja..." Ou seja, Einstein estava convencido que o nascimento e a morte são apenas as extremidades temporais de algo que existe na eternidade.

Einstein estaria certo? Será que, apesar de mortais, somos eternos? Essa idéia bizarra me faz lembrar o titulo de um romance de Milan Kundera: A Insustentável Leveza do Ser. Alias, nesse livro o autor especula sobre o mito do eterno retorno.


Um abraço para todos,

Manuel Bulcão


SUBJECT: Re:[ciencialist] Retorno do R.Takata
FROM: Eliane Evanovich Gallagher <eliane@cbio.ufpa.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/06/2000 03:02



On Wed, 14 Jun 2000, dra_savat wrote:

> Voc� fez falta...
> � muito bom ter vc por aqui!
> []'s
> T�nia
Puxa...digo o mesmo...nao sabe a falta que faz aqui...nem me
atrevo em fazer algum comentario sobre a minha area, pois nunca
respondem!!

seja bem vindo, novamente!!

> > Que bom ver que est� de volta ao Ciencialist, Takata.
> > Ou ser� que sou eu quem anda sem olhar direito as
> msgns, e vc j� havia retornado a mais tempo?
> >
> > Um bom dia pra vc.
> >
> > []'s a todos
> >
> > Sheila.
> >
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: hipoteses aparentemente absurdas
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/06/2000 14:41


Conheço gente que diz que conseguiu, através dos anos, desenvolver uma
intuição em Mecânica Quântica. Seja como for, parece que ainda não se
passaram anos suficientes para mim...

Mas há que se notar que nossa intuição é essencialmente empírica.
Achamos intuitivo o que é comum, o que faz parte do cotidiano. Quando
começamos a destrinchar os fundamentos de coisas que nos são bem intuitivas,
vemos que elas são na verdade muito esquisitas. Por exemplo: a lei da
inércia nos parece bastante intuitiva. Mas essa mesma lei implica em que a
aceleração é um conceito absoluto, ao contrário da velocidade, que é sempre
relativa. Um objeto com uma aceleração "a", na Física Clássica, tem uma
aceleração "a" e ponto, sem ser necessário especificar um referencial. Por
exemplo, um carro faz uma curva na estrada. Podemos dizer que, no
referencial do carro, é o mundo que está fazendo uma curva no sentido
contrário? Não, porque só no carro aparece a força centrífuga; no resto do
mundo, não. Entretanto, como pode existir um movimento absoluto? Movimentos
não deveriam ser sempre relativos a um referencial, acelerados ou não? Esta
é a parte não-intuitiva da lei da inércia.

Exemplos piores: o giroscópio nos parece anti-intuitivo porque parece
desafiar a gravidade. Parece intuitivo que os corpos devam cair sob a ação
da gravidade. Mas o que é a gravidade? Como podem dois corpos se atraírem
tendo espaço vazio entre eles? Por que raios eles se atraem? Quando começo a
pensar assim, a gravidade torna-se algo estranhamente bizarro, mais ainda
que o próprio giroscópio...

Talvez nossa intuição clássica seja apenas uma aparência, talvez ela se
resuma simplesmente à sensação confortante de que o que estamos
vendo/estudando não contradiz tudo o que vimos até agora. Porém, analisando
as coisas intuitivas mais profundamente, elas começam a deixar de parecer
tão intuitivas assim.

Inté,
Belisário

------------------------------------
----- Original Message -----
From: Andre R. D. Baptista

Concordo com você, Manuel. A intuição funciona razoavelmente bem na mecânica
clássica, funciona um pouco na termodinâmica, muito pouco no
eletromagnetismo e nada na física moderna. Graças a "intuição" , dá pra
resolver alguns problemas simples em Mecanica "na raça" - sem ser
estritamente formal. Na mecânica clássica, muitas vezes a gente em geral diz
que "entendeu" uma teoria, quando além de conseguir resolver os problemas,
sentimos ela (a teoria) bate com nossa intuição. Isso não ocorre na física
moderna. É perda de tempo tentar visualizar um "espaço curvo
quadri-dimensional", imagino eu. Quando se diz que o elétron é ao mesmo
tempo onda e partícula, entenda-se apenas que o seu comportamento é descrito
por equações que ora são equações também aplicáveis a particulas, ora
equações aplicáveis a ondas.
--------------------------------------------

Eu:
Ou então que ele não é onda nem partícula, é uma outra entidade que em
certas circunstâncias comporta-se de maneira delocalizada ("onda") e, em
outras, de maneira localizada ("partícula").

-------------------------------------------
Nossa intuição falha miseravelmente na física moderna. Aliás, existe uma
situação até na mecânica clássica em que pelo menos minha intuição vai pro
brejo: O resultado de torques enviesados sobre corpos em rotação. p. e., a
força da gravidade faz com que o pião continue de pé, com o eixo de rotação
girando numa direção perpendicular ao proprio eixo e à força da gravidade -
nuca "captei" esse resultado intuitivamente, talvez porque nossos
antepassados hominídeos não costumavam brincar com piões ou andar de
bicicleta... :-)

abraços,

André Baptista
------------------------------------------





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: hipoteses aparentemente absurdas
FROM: "FRANCISCO ASSIS DOS SANTOS" <fsantus@svn.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/06/2000 17:37

Por favor cancelem meu e-mail desta lista.
Grato
Assis
----- Original Message -----
From: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Sunday, June 11, 2000 2:41 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: hipoteses aparentemente absurdas


>
> Conheço gente que diz que conseguiu, através dos anos, desenvolver uma
> intuição em Mecânica Quântica. Seja como for, parece que ainda não se
> passaram anos suficientes para mim...
>
> Mas há que se notar que nossa intuição é essencialmente empírica.
> Achamos intuitivo o que é comum, o que faz parte do cotidiano. Quando
> começamos a destrinchar os fundamentos de coisas que nos são bem
intuitivas,
> vemos que elas são na verdade muito esquisitas. Por exemplo: a lei da
> inércia nos parece bastante intuitiva. Mas essa mesma lei implica em que a
> aceleração é um conceito absoluto, ao contrário da velocidade, que é
sempre
> relativa. Um objeto com uma aceleração "a", na Física Clássica, tem uma
> aceleração "a" e ponto, sem ser necessário especificar um referencial. Por
> exemplo, um carro faz uma curva na estrada. Podemos dizer que, no
> referencial do carro, é o mundo que está fazendo uma curva no sentido
> contrário? Não, porque só no carro aparece a força centrífuga; no resto do
> mundo, não. Entretanto, como pode existir um movimento absoluto?
Movimentos
> não deveriam ser sempre relativos a um referencial, acelerados ou não?
Esta
> é a parte não-intuitiva da lei da inércia.
>
> Exemplos piores: o giroscópio nos parece anti-intuitivo porque parece
> desafiar a gravidade. Parece intuitivo que os corpos devam cair sob a ação
> da gravidade. Mas o que é a gravidade? Como podem dois corpos se atraírem
> tendo espaço vazio entre eles? Por que raios eles se atraem? Quando começo
a
> pensar assim, a gravidade torna-se algo estranhamente bizarro, mais ainda
> que o próprio giroscópio...
>
> Talvez nossa intuição clássica seja apenas uma aparência, talvez ela
se
> resuma simplesmente à sensação confortante de que o que estamos
> vendo/estudando não contradiz tudo o que vimos até agora. Porém,
analisando
> as coisas intuitivas mais profundamente, elas começam a deixar de parecer
> tão intuitivas assim.
>
> Inté,
> Belisário
>
> ------------------------------------
> ----- Original Message -----
> From: Andre R. D. Baptista
>
> Concordo com você, Manuel. A intuição funciona razoavelmente bem na
mecânica
> clássica, funciona um pouco na termodinâmica, muito pouco no
> eletromagnetismo e nada na física moderna. Graças a "intuição" , dá pra
> resolver alguns problemas simples em Mecanica "na raça" - sem ser
> estritamente formal. Na mecânica clássica, muitas vezes a gente em geral
diz
> que "entendeu" uma teoria, quando além de conseguir resolver os problemas,
> sentimos ela (a teoria) bate com nossa intuição. Isso não ocorre na física
> moderna. É perda de tempo tentar visualizar um "espaço curvo
> quadri-dimensional", imagino eu. Quando se diz que o elétron é ao mesmo
> tempo onda e partícula, entenda-se apenas que o seu comportamento é
descrito
> por equações que ora são equações também aplicáveis a particulas, ora
> equações aplicáveis a ondas.
> --------------------------------------------
>
> Eu:
> Ou então que ele não é onda nem partícula, é uma outra entidade que em
> certas circunstâncias comporta-se de maneira delocalizada ("onda") e, em
> outras, de maneira localizada ("partícula").
>
> -------------------------------------------
> Nossa intuição falha miseravelmente na física moderna. Aliás, existe uma
> situação até na mecânica clássica em que pelo menos minha intuição vai pro
> brejo: O resultado de torques enviesados sobre corpos em rotação. p. e., a
> força da gravidade faz com que o pião continue de pé, com o eixo de
rotação
> girando numa direção perpendicular ao proprio eixo e à força da
gravidade -
> nuca "captei" esse resultado intuitivamente, talvez porque nossos
> antepassados hominídeos não costumavam brincar com piões ou andar de
> bicicleta... :-)
>
> abraços,
>
> André Baptista
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Organizacao (administrativa)
FROM: Eliane Evanovich Gallagher <eliane@cbio.ufpa.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/06/2000 23:02



On Thu, 15 Jun 2000, Oliver Lee wrote:

> At 04:21 PM 6/15/00 +0000, you wrote:
> >
> >
> >> -----------------------------------------------------------------
> >> Participantes do Ciencialist:
> >> 1) Luis Roberto Brudna Holzle :) ... lrb@if.ufrgs.br ... luis@ufrgs.br ...
> >> lrb@dalton.iq.ufrgs.br ...brudna@terra.com.br
> >> 2) Luiz Ferraz Netto (L�o) ............ leo@barretos.com.br
> >> 3) Wilson Baptista ......................... wilson@bis.com.br
> >> 4) Rafael Cisneiros Lenine ............. rafa-bn@rio.matrix.com.br
> >> 5) T�nia A.V.A. Secches............... dra_savat@bol.com.br
> >> 6) Roberto Belis�rio....................... rbdiniz@terra.com.br
> >> 7) Manuel Bulc�o........................msbn@daterranet.com.br
> >> 8) Oliver T.S. Lee .......................... olee@ucla.edu
> >> 9)
> >> 10) Eliane
Evanovich..........................eliane@cuxiu.cbio.ufpa.br
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SUBJECT: Novo Membro
FROM: <rubroneg@ositemail.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/06/2000 12:31

Bom Dia listeiros!

Tenho um amigo, Fabio B. Beig, estudante de Física da Unesp,
que está querendo participar da lista. Seria possivel
adicioná-lo?

O mail dele é: beiguinho@guiautil.com.br
Pra quem é usuário do mIRC, ele conecta com o nick CASILLAS e é OPerador
do canal #fisica da brasnet.

[]´s e ainda aguardando a mudança do meu e-mail...

Rafael C. Lenine



SUBJECT: anticoncepcional masculino
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/06/2000 23:48

Oi pessoal,
será que logo as mulheres poderao se ver livres da pilula?

. PRVW News - PrimeiraPagina Especial

Anticoncepcional desenvolvido no Brasil chega às farmácias no 2º
semestre
O Laboratório Hebron, de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, encaminha
este mês ao Ministério da Saúde pedido de registro do Nofertil --a
primeira pílula anticoncepcional não hormonal e masculina do mundo. O
feito poderá ser conhecido pelos brasileiros já a partir do início do
2º semestre. O Nofertil foi criado a partir do gossipol, substância
natural extraída da semente do algodão, que desativa a enzima
responsável pelo amadurecimento dos espermatozóides.

A primeira apresentação pública da pílula do homem será feita para a
comunidade científica internacional, em maio, no 10º Congresso Mundial
de Reprodução Humana, em Salvador (BA). O laboratório estima que, 2
meses depois, o Nofertil estará comercialmenete disponível no Brasil e
na Europa com preço estimado por frasco de 30 pílulas de R$ 10.

O responsável pela descoberta dos efeitos contraceptivos do gossipol é
o professor Elsimar Coutinho, do Centro de Reprodução Humana da
Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia. Coutinho
estuda a substância há 20 anos. A produção do Nofertil foi viabilizada
por um convênio entre a Hebron, a Fundação South to South (ligada a
Organização Mundial de Saude e presidida pelo próprio Elsimar
Coutinho) e a Fundação Rockfeller.

Segundo a Hebron, a maior vantagem do Nofertil é que, por não ser
fabricado à base de hormônio a exemplo dos anticoncepcionais femininos
e masculinos injetáveis, não apresenta efeitos colaterais. Para se
tornar infértil, o homem deve tomar a pílula diariamente durante 2
meses. O processo é revertido com a suspensão do comprimido por 6
meses.

CIENCIA E TECNOLOGIA
www.preview.com.br/prvw/l1/ct100199.htm

[]'s

Douglas





SUBJECT: Crítica Leitura Carl Sagan A Life
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 14/06/2000 04:03
ATTACHMENTS (20000614-040311-0000778): "Crítica Leitura Carl Sagan A Life.url"

Talvez seja do interesse de um de vocês ler a crítica dessa bibliografia de Carl Sagan.

 http://www.terravista.pt/nazare/1339/lds_sagan1.html
 
[]'s
 
Sheila.

SUBJECT: Re: [ciencialist] Duas Vidas - Crônica de Arnaldo Jabor
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/06/2000 12:11

On Wed, 14 Jun 2000, Leandro Holanda wrote:
> Recebi este email e gostei... passando para frente...

ao q. me consta embora o artigo seja real, a autoria atribuida eh falsa: o
autor original eh fritz utzeri do jornal do brasil.

http://www2.uol.com.br/observatorio/aspas/ent05062000a.htm
(sob o topico 'torpedos a beira mar' bem ao final da pagina mais facil
dar um 'ctrl+f')

parece ser uma nova moda pra semear discordias:

pega-se um texto de um autor e atribui-se a outro com estilo totalmente
diverso. circula-se por correntes pela internet, o q. causa contrangimento
ao suposto autor q. vai falar mal do texto atribuido. aih o autor original
fica sabendo q. criticaram de piegas a sua pequena obra e comeca o
bate-boca. jah fizeram isso tbm com gabriel garcia marquez e um poeta de
cujo nome nao me lembro. (criancas nao facam isso em casa!)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: En: [ciencialist] Duas Vidas - Crônica de Arnaldo Jabor
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 14/06/2000 12:17

Tb gostei dessa crônica, porém assistindo a um tele-jornal um dia desses,
vi Arnaldo Jabor desmentindo ser dele a autoria da crônica que no mínimo há
mais de um mês encontra-se rodando os correios eletrônicos.
O verdadeiro autor, se não me engano um antigo jornalista, tb apareceu na
mesma matéria de TV, e dentre outras coisas disse que iria processar Arnaldo
Jabor por roubo de autoria..

Não sei qual foi o desenlace dessa questão, porém acho conveniente que o
"povo da net" procure desfazer esse mal, ou pelo menos não a continuar
repassando como se ela fosse do Jabor.

[]'s

Sheila.

----- Original Message -----
From: Leandro Holanda <lb_holanda@hotmail.com>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, June 14, 2000 1:17 PM
Subject: [ciencialist] Duas Vidas - Crônica de Arnaldo Jabor


Recebi este email e gostei... passando para frente...


Duas Vidas - Crônica de Arnaldo Jabordo




SUBJECT: Retorno do R.Takata
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 14/06/2000 12:27

Que bom ver que está de volta ao Ciencialist, Takata.
Ou será que sou eu quem anda sem olhar direito as msgns, e vc já havia retornado a mais tempo?
 
Um bom dia pra vc.
 
[]'s a todos
 
Sheila.

SUBJECT: Duas Vidas - Cr�nica de Arnaldo Jabor
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/06/2000 13:15

Recebi este email e gostei... passando para frente...


Duas Vidas - Cr�nica de Arnaldo Jabordo

" Ser� que a opini�o p�blica est� t�o interessada assim na vis�o que
Narcisa Tamborindeguy ou Adriane Galisteu t�m da vida? A julgar pelo
espa�o que a m�dia dedica a esse tipo de formador(?????) de opini�o, o
Brasil virou um imenso Castelo de Caras. Adriane Galisteu, ap�s o seu
casamento rel�mpago, falou �s p�ginas amarelas de Veja e deu aula magna de
insensibilidade, ego�smo e sinceridade! Estranha mistura, mas a mo�a tem
raz�o quando se diz sincera. Ela n�o engana, revela-se de corpo (e que
corpo!) inteiro, e o retrato que aparece � assustador!

Adriane teve uma inf�ncia atribulada, perdeu o pai aos 15 anos, ainda
pobre, e um irm�o com AIDS quando j� n�o era t�o pobre. "Eu n�o tinha um
tost�o, n�o tinha dinheiro para comprar um pastel. Meu irm�o estava doente.
Minha m�e ganhava 190 reais do INSS, meu pai j� tinha morrido.
"Eu sustentava todo o mundo e n�o tinha poupan�a alguma."

Pe�o licen�a a Adriane, mas vou falar de outra inf�ncia triste de
mulher, a de Rosa C�lia Barbosa. Seu perfil - admir�vel - surgiu em
reportagem recente da Vejinha sobre os melhores m�dicos do Rio.
Alagoana, pequena, 1m50cm, come�ou a sua odiss�ia aos sete anos, largada num
orfanato em Botafogo. Rosa chorou durante meses. "Toda a mulher de saia eu
achava que era a minha m�e que vinha me buscar, depois de um tempo
desisti...".

Voltemos a Adriane. Ela � rica, bem sucedida, e "nem na metade da
escada ainda". A escada, boa imagem para algu�m que - como uma Scarlet
O'Hara de tempos neoliberais - resolveu que nunca mais vai passar fome.
At� a�, tudo bem; mas � desconcertante ver como o sofrimento pode levar �
total insensibilidade. Pergunta a rep�rter a Adriane se ela faria algo para
o bem do outro: "Para o bem do outro? N�o, s� fa�o pelo meu bem. Essa coisa
de dar sem cobrar, dar sem pedir n�o existe. Depois, voc� acaba jogando
isso na cara do outro. ? Voc� nunca cede ent�o? Cedo, claro que cedo. J�
cedi em coisas que n�o afetam a minha vida. Ele gosta de dormir em len�ol
de linho e eu gosto de dormir em len�ol de seda. A� d� pra ceder...

Rosa C�lia fez vestibular de medicina, morava de favor num quartinho e
trabalhava para manter-se. Formou-se e resolveu dedicar-se � cardiologia
neonatal e infantil, quando trabalhava no Hospital da Lagoa. Sem saber
ingl�s, meteu na cabe�a que teria que estudar no National Heart Hospital,
em Londres, com Jane Sommerville, a maior especialista mundial na �rea.
Estudou ingl�s e conseguiu uma bolsa e uma carta da Dra. Sommerville. Em
Londres era gozada pelos colegas ingleses por causa de seu ingl�s jeca.
Ganhou o respeito geral quando acertou um diagn�stico dif�cil numa escocesa,
ap�s examin�-la por oito horas seguidas. "Ela falava um ingl�s ainda pior
do que o meu", lembra divertida.

Adriane est� rica mas n�o confia em ningu�m, salvo na m�e. Nem nos
amigos. Vejam: "Eu n�o posso sair confiando nas pessoas. N�o tenho
motorista nem seguran�a, por isso mesmo. � mais gente para te trair. Eu
confio mais nos bichos do que nas pessoas. Ainda existem pessoas que acham
que eu tenho amn�sia. Muitas das que convivem comigo hoje j� me viraram a
cara quando estava por baixo. Mas voc� pensa que eu as trato mal? Trato com
a maior naturalidade. Porque elas podem at� me usar, mas eu vou us�-las
tamb�m. � uma troca."

De Londres, Rosa C�lia ia direto para Houston, nos Estados Unidos.
Escolhida para a Meca da cardiologia mundial. Futuro brilhante a
aguardava. Uma gravidez inesperada atrapalhou o sonho. Pediu 24 horas
para pensar e optou pelo filho, voltando ao Rio. Reassumiu seu cargo
no Hospital da Lagoa e abriu consult�rio, mas todos os anos viaja para
estudar. Passa pelo menos um m�s no Children's Hospital em Boston,
trabalhando 12 horas por dia. "Voc� gosta de dinheiro (Adriane) ??"
"Adoro dinheiro e detesto hipocrisia. Gasto, gosto de gastar, gosto de n�o
fazer conta, de viajar de primeira classe. Tem gente que fala: esse
dinheiro que ganhei eu vou doar. O meu eu n�o d�o n�o. O meu eu d�o � para
a minha conta. Eu adoro fazer O bem, mas tamb�m tenho minhas prioridades:
minha casa, minha fam�lia. Primeiro vou ajudar quem est� mais pr�ximo. Mas
fa�o minhas campanhas beneficentes."

Rosa chefia um centro sofisticad�ssimo, a cardiologia pedi�trica do Pr�
Card�aco. L� s�o tratados casos limite, hist�rias tristes. O hospital �
privado e car�ssimo, mas ela achou um jeito de operar ali crian�as sem
posses. Criou uma ONG, passa o chap�u, fala com amigos, empres�rios. O
Projeto Pr�-Crian�a j� atendeu mais de 500, e 120 foram operadas.
"Sonhei a vida inteira e fiz. N�o importou ser pobre, mulher, baixinha e
alagoana. Eu fiz."

Voltemos a Adriane e esbarraremos, brutalmente, na frustra��o: "J�
tive vontade de viajar e n�o podia. Queria ter carro e n�o tinha. Eu
queria ter feito faculdade e n�o tive dinheiro. N�o que eu sinta falta de
livros, porque livro a gente compra na esquina, e conhecimento a gente
adquire na vida. Eu sinto falta de contar para os amigos essas hist�rias
que todo mundo tem, do tempo da faculdade". Duas vidas, dois perfis fora da
normalidade, mat�ria-prima dos �rg�os de imprensa. Mas qual � o mais
valorizado pela m�dia hoje em dia? � f�cil constatar e chegar � conclus�o
de que h� algo muito errado com a nossa sociedade. Pode ser at� que o
leitor tenha interesse m�rbido em saber o que as louras e morenas burras ou
muito espertas andem fazendo, mas a m�dia n�o deve limitar-se a refletir e a
conformar-se com a mediocridade, o vazio, o oportunismo e a falta de �tica.
Os �rg�os de imprensa devem ter um papel transformador na sociedade e,
nesse sentido, estar�amos melhor servidos se houvesse mais Rosa C�lias nos
jornais, nas revistas e TVs que nos cercam.

Voltando ao Castelo de Caras, as belas Adrianes, Narcisas, Lucianas,
Suzanas ou Carlas, certamente encontrar�o l� um espelho m�gico... Se
for mesmo m�gico dir� que Rosa C�lia � mais bela do que todas voc�s."

ARNALDO JABOR

Abra�os
Leandro
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SUBJECT: Duas Vidas - Cr�nica de Arnaldo Jabor
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/06/2000 13:17

Recebi este email e gostei... passando para frente...


Duas Vidas - Cr�nica de Arnaldo Jabordo

" Ser� que a opini�o p�blica est� t�o interessada assim na vis�o que
Narcisa Tamborindeguy ou Adriane Galisteu t�m da vida? A julgar pelo
espa�o que a m�dia dedica a esse tipo de formador(?????) de opini�o, o
Brasil virou um imenso Castelo de Caras. Adriane Galisteu, ap�s o seu
casamento rel�mpago, falou �s p�ginas amarelas de Veja e deu aula magna de
insensibilidade, ego�smo e sinceridade! Estranha mistura, mas a mo�a tem
raz�o quando se diz sincera. Ela n�o engana, revela-se de corpo (e que
corpo!) inteiro, e o retrato que aparece � assustador!

Adriane teve uma inf�ncia atribulada, perdeu o pai aos 15 anos, ainda
pobre, e um irm�o com AIDS quando j� n�o era t�o pobre. "Eu n�o tinha um
tost�o, n�o tinha dinheiro para comprar um pastel. Meu irm�o estava doente.
Minha m�e ganhava 190 reais do INSS, meu pai j� tinha morrido.
"Eu sustentava todo o mundo e n�o tinha poupan�a alguma."

Pe�o licen�a a Adriane, mas vou falar de outra inf�ncia triste de
mulher, a de Rosa C�lia Barbosa. Seu perfil - admir�vel - surgiu em
reportagem recente da Vejinha sobre os melhores m�dicos do Rio.
Alagoana, pequena, 1m50cm, come�ou a sua odiss�ia aos sete anos, largada num
orfanato em Botafogo. Rosa chorou durante meses. "Toda a mulher de saia eu
achava que era a minha m�e que vinha me buscar, depois de um tempo
desisti...".

Voltemos a Adriane. Ela � rica, bem sucedida, e "nem na metade da
escada ainda". A escada, boa imagem para algu�m que - como uma Scarlet
O'Hara de tempos neoliberais - resolveu que nunca mais vai passar fome.
At� a�, tudo bem; mas � desconcertante ver como o sofrimento pode levar �
total insensibilidade. Pergunta a rep�rter a Adriane se ela faria algo para
o bem do outro: "Para o bem do outro? N�o, s� fa�o pelo meu bem. Essa coisa
de dar sem cobrar, dar sem pedir n�o existe. Depois, voc� acaba jogando
isso na cara do outro. ? Voc� nunca cede ent�o? Cedo, claro que cedo. J�
cedi em coisas que n�o afetam a minha vida. Ele gosta de dormir em len�ol
de linho e eu gosto de dormir em len�ol de seda. A� d� pra ceder...

Rosa C�lia fez vestibular de medicina, morava de favor num quartinho e
trabalhava para manter-se. Formou-se e resolveu dedicar-se � cardiologia
neonatal e infantil, quando trabalhava no Hospital da Lagoa. Sem saber
ingl�s, meteu na cabe�a que teria que estudar no National Heart Hospital,
em Londres, com Jane Sommerville, a maior especialista mundial na �rea.
Estudou ingl�s e conseguiu uma bolsa e uma carta da Dra. Sommerville. Em
Londres era gozada pelos colegas ingleses por causa de seu ingl�s jeca.
Ganhou o respeito geral quando acertou um diagn�stico dif�cil numa escocesa,
ap�s examin�-la por oito horas seguidas. "Ela falava um ingl�s ainda pior
do que o meu", lembra divertida.

Adriane est� rica mas n�o confia em ningu�m, salvo na m�e. Nem nos
amigos. Vejam: "Eu n�o posso sair confiando nas pessoas. N�o tenho
motorista nem seguran�a, por isso mesmo. � mais gente para te trair. Eu
confio mais nos bichos do que nas pessoas. Ainda existem pessoas que acham
que eu tenho amn�sia. Muitas das que convivem comigo hoje j� me viraram a
cara quando estava por baixo. Mas voc� pensa que eu as trato mal? Trato com
a maior naturalidade. Porque elas podem at� me usar, mas eu vou us�-las
tamb�m. � uma troca."

De Londres, Rosa C�lia ia direto para Houston, nos Estados Unidos.
Escolhida para a Meca da cardiologia mundial. Futuro brilhante a
aguardava. Uma gravidez inesperada atrapalhou o sonho. Pediu 24 horas
para pensar e optou pelo filho, voltando ao Rio. Reassumiu seu cargo
no Hospital da Lagoa e abriu consult�rio, mas todos os anos viaja para
estudar. Passa pelo menos um m�s no Children's Hospital em Boston,
trabalhando 12 horas por dia. "Voc� gosta de dinheiro (Adriane) ??"
"Adoro dinheiro e detesto hipocrisia. Gasto, gosto de gastar, gosto de n�o
fazer conta, de viajar de primeira classe. Tem gente que fala: esse
dinheiro que ganhei eu vou doar. O meu eu n�o d�o n�o. O meu eu d�o � para
a minha conta. Eu adoro fazer O bem, mas tamb�m tenho minhas prioridades:
minha casa, minha fam�lia. Primeiro vou ajudar quem est� mais pr�ximo. Mas
fa�o minhas campanhas beneficentes."

Rosa chefia um centro sofisticad�ssimo, a cardiologia pedi�trica do Pr�
Card�aco. L� s�o tratados casos limite, hist�rias tristes. O hospital �
privado e car�ssimo, mas ela achou um jeito de operar ali crian�as sem
posses. Criou uma ONG, passa o chap�u, fala com amigos, empres�rios. O
Projeto Pr�-Crian�a j� atendeu mais de 500, e 120 foram operadas.
"Sonhei a vida inteira e fiz. N�o importou ser pobre, mulher, baixinha e
alagoana. Eu fiz."

Voltemos a Adriane e esbarraremos, brutalmente, na frustra��o: "J�
tive vontade de viajar e n�o podia. Queria ter carro e n�o tinha. Eu
queria ter feito faculdade e n�o tive dinheiro. N�o que eu sinta falta de
livros, porque livro a gente compra na esquina, e conhecimento a gente
adquire na vida. Eu sinto falta de contar para os amigos essas hist�rias
que todo mundo tem, do tempo da faculdade". Duas vidas, dois perfis fora da
normalidade, mat�ria-prima dos �rg�os de imprensa. Mas qual � o mais
valorizado pela m�dia hoje em dia? � f�cil constatar e chegar � conclus�o
de que h� algo muito errado com a nossa sociedade. Pode ser at� que o
leitor tenha interesse m�rbido em saber o que as louras e morenas burras ou
muito espertas andem fazendo, mas a m�dia n�o deve limitar-se a refletir e a
conformar-se com a mediocridade, o vazio, o oportunismo e a falta de �tica.
Os �rg�os de imprensa devem ter um papel transformador na sociedade e,
nesse sentido, estar�amos melhor servidos se houvesse mais Rosa C�lias nos
jornais, nas revistas e TVs que nos cercam.

Voltando ao Castelo de Caras, as belas Adrianes, Narcisas, Lucianas,
Suzanas ou Carlas, certamente encontrar�o l� um espelho m�gico... Se
for mesmo m�gico dir� que Rosa C�lia � mais bela do que todas voc�s."

ARNALDO JABOR

Abra�os
Leandro
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SUBJECT: Re:[ciencialist] Retorno do R.Takata
FROM: "dra_savat"<dra_savat@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/06/2000 13:19

Voc� fez falta...
� muito bom ter vc por aqui!
[]'s
T�nia


> Que bom ver que est� de volta ao Ciencialist, Takata.
> Ou ser� que sou eu quem anda sem olhar direito as
msgns, e vc j� havia retornado a mais tempo?
>
> Um bom dia pra vc.
>
> []'s a todos
>
> Sheila.
>

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SUBJECT: Organizacao (administrativa)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/06/2000 13:40


A lista enfrentou um periodo de desorganizacao e foi por minha culpa.
Instalei internet em casa e enfrentei problemas com a leitura direta dos
e-mails da conta com que administro a lista (lrb@if.ufrgs.br). Por isso
varios pedidos de mudanca de e-mail e descadastramento ficaram atrasados
ou foram perdidos.

Peco entao que todos que ainda precisam de alguma coisa em relacao a
administracao da lista, que retornem com o pedido. Ou leiam o proximo
e-mail que conterah dicas de utilizacao do Egroups.

Atualmente estamos com 110 pessoas inscritas na lista. Mas este numero
nao significa muita coisa, pois a grande maioria pode nem estar lendo as
mensagens. Nao tenho como controlar a atividade de cada membro da lista e
portanto nao sei qual eh o numero exato de pessoas ativas na lista.

Vou tentar fazer uma nova divulgacao da lista pela internet e se nao der
resultados vou ter que pedir a ajuda de voces.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist





SUBJECT: Dicas (administrativa)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/06/2000 13:51


Algumas coisas que voce mesmo pode fazer sem precisar do administrador
(que estah desorganizado :) ).

1-##Para sair da lista mande um e-mail TOTALMENTE em branco (inclusive
subject) para:
ciencialist-unsubscribe@egroups.com

Observacao: voce deve mandar esta mensagem com a conta que estah inscrita
na lista, se voce estah inscrito pelo Hotmail nao adianta enviar essa
mensagem pelo seu endereco de mail do provedor.

2-##Para se inscrever na lista mande um e-mail TOTALMENTE em branco
(inclusive subject) para:
ciencialist-subscribe@egroups.com

Observacao: Voce pode dar essa instrucao acima para alguem que tem
interesse em entrar na lista.

-> Resumindo, para quem precisa trocar de e-mail com o qual recebe as
mensagens da Ciencialist eh soh realizar a acao 1 com a conta antiga e
depois a acao 2 com a conta nova.

Por enquanto era isso. Qualquer duvida eh soh perguntar.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.



SUBJECT: Re:[ciencialist] Retorno do R.Takata
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/06/2000 14:55

olah, eliane,

obrigado pelas boas vindas.

bem, conforme prometi ao luis procurarei nao polemizar tto, evitando assim
abarrotar de mensgens inuteis as caixas-postais dos demais membros... vou
tentar ficar mais na minha.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Fw: Re:[ciencialist] Retorno do R.Takata
FROM: "Antonio A. J. Godoy" <prof_godoy@teracom.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/06/2000 15:30

Olá, Takata!

É bom tê-lo novamente entre nós, contribuindo para as discussões com suas
opiniões de alto nível.

Um abraço,
--
Antonio A. J. Godoy
Amateur Physicist - Chemistry Student
High School teacher of Physics and Chemistry

+55 44 962 3455
ICQ #28370022

Maringá - Paraná
Brasil

"Deus deixa pistas para que o homem descubra a Verdade."
A. Einstein--
> ----- Original Message -----
> From: "Eliane Evanovich Gallagher" <eliane@cbio.ufpa.br>
> To: <ciencialist@egroups.com>
> Sent: Sunday, June 11, 2000 3:02 AM
> Subject: Re:[ciencialist] Retorno do R.Takata
>
>
>
>
> On Wed, 14 Jun 2000, dra_savat wrote:
>
> > Você fez falta...
> > É muito bom ter vc por aqui!
> > []'s
> > Tânia
> Puxa...digo o mesmo...nao sabe a falta que faz aqui...nem me
> atrevo em fazer algum comentario sobre a minha area, pois nunca
> respondem!!
>
> seja bem vindo, novamente!!
>
> > > Que bom ver que está de volta ao Ciencialist, Takata.
> > > Ou será que sou eu quem anda sem olhar direito as
> > msgns, e vc já havia retornado a mais tempo?
> > >
> > > Um bom dia pra vc.
> > >
> > > []'s a todos
> > >
> > > Sheila.
> > >
> >
> > _____________________________________________________
> > Quer linha desocupada nas Internets gratis?
> > Multidiscador BOL. Totalmente gratis! http://www.bol.com.br/multi/
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SUBJECT: Pode o universo ser infinito?
FROM: "Andre Baptista [AL]" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/06/2000 16:33

Olá pessoal

A Geometria do universo (corrijam se estiver errado) em larga escala
pode ser esférica, plana ou em forma de sela, dependendo da
densidade
ser maior, igual ou menor à um valor crítico. A primeira
hipótese
(universo esférico) elimina a preocupação quanto aos limites do
universo - ele seria finito porém ilimitado (sem fronteiras), o
equivalente tridimensional à superfície de uma esfera. Porém
parece
que medidadas recentes da densidade do universo praticamente eliminam
essa hipótese. Neste caso o Universo é plano ou em forma de
sela, o
que traz de volta o problema dos limites (fronteiras).

Se o universo for infinito, a massa total também deve ser
infinita,
senão a densidade será nula.

Uma possibilidade é que o universo seja interconectado,
ou "topologicamente fechado". Por exemplo, a superfície de um
"toro"
(uma rosquinha) e´equivalente a uma superficie plana
interconectada.
Nesse caso também elimina-se o problema do infinito.

Mas parece que não há consenso sobre isso.

Minhas dúvidas são:

existe alguma alternativa?
Pode o universo ser aberto e não interconectado?
Neste caso a quantidade de matéria é infinita, ou ela termina
em
algum ponto, dando lugar a um vazio infinito?
A relatividade não proibe a existência do "espaço vazio"?

se alguém se interessar por esse assunto, pode dar uma olhada
neste
link:

http://www.britannica.com/bcom/magazine/article/0,5744,90414,00.html

Esse texto não resolve minhas dúvidas porém. De acordo com
ele não há
consenso se um Universo geometricamente aberto seria interconectado
ou não. O problema é o "infinito". Tem sentido atribuir algum
significado físico a esse palavra?

abraços,

André Baptista





SUBJECT: Re: [ciencialist] Pode o universo ser infinito?
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/06/2000 18:40



> Olá pessoal
>
> A Geometria do universo (corrijam se estiver errado) em larga escala
> pode ser esférica, plana ou em forma de sela, dependendo da
> densidade
> ser maior, igual ou menor à um valor crítico. A primeira
> hipótese
> (universo esférico) elimina a preocupação quanto aos limites do
> universo - ele seria finito porém ilimitado (sem fronteiras), o
> equivalente tridimensional à superfície de uma esfera. Porém
> parece
> que medidadas recentes da densidade do universo praticamente eliminam
> essa hipótese. Neste caso o Universo é plano ou em forma de
> sela, o
> que traz de volta o problema dos limites (fronteiras).
(...)

Oi, André.

Ainda não tive tempo de ler o conteúdo do link que você mandou, mas por
ora posso comentar algo sobre essas medidas recentes que você mencionou. Um
grupo de pesquisadores europeus e norte-americanos de um experimento chamado
Boomerang conseguiu reduzir bastante o erro na medição da densidade média de
matéria do Universo. Usa-se normalmente uma quantidade denotada por ômega e
definida como a divisão da densidade do Universo pela densidade crítica.
Assim, ômega=1 significa densidade igual à crítica e um espaço-tempo plano.
Em 1992, por exemplo, estimava-se que ômega estaria entre 0,3 e 2. O
Boomerang publicou em abril deste ano um trabalho na revista Nature (Nature,
404, 953-959 (2000)) dando ômega entre 0,88 e 1,12. Ou seja, o que eles
mostraram foi que o espaço-tempo é muito próximo de ser "plano" (não
confundir com uma distribuição de matéria achatada, como fizeram alguns
jornais na época; estou falando do continuum espaço-tempo
quadridimensional). Mas ainda pode ser que ele seja levemente curvo, em
forma de esfera ou de sela.

Talvez seja realmente plano. Existe uma teoria de refinamento da teoria
do Big-Bang, chamada Teoria do Universo Inflacionário, que tem como
conseqüência que o espaço-tempo seja necessariamente plano (ômega = 1),
entre outras coisas. Os teóricos inflacionários devem ter ficado
felicíssimos com as medidas do Boomerang. Eu fiz inclusive um comentário
sobre essas medidas no Observatório da Imprensa:
http://www2.uol.com.br/observatorio/ofjor/ofc05052000.htm

Até a próxima,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Organizacao (administrativa)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/06/2000 19:03

Posso não concordar com a culpa do Luis sobre a desorganização da lista?
Acredito mais num período de calmarias. Afinal, nem a Caravela dos 500 anos
conseguiu sair do lugar!

Realmente fiquei um tempo sem receber notícias do ciencialist (do dia 7/6/00
até 13/6/00), e, o que mais senti (além da 'inexplicável' sumida takatiana e
mensagens dos demais listeiros) foi a falta do desfecho final da thread
'Teorias Realistas' . Não sei se parou ou continuou.

Faço uma sub-proposta, aderindo às preocupações do Luis, coloque abaixo, na
lista, seu nome de participante, seguido de seu e.mail para trocas de
mensagens em pvt. Com isso, teremos uma boa estimativa das participações. Se
alguém tem alguma mensagem para o nosso moderador, acrescente à frente do
e.mail.

Participantes do Ciencialist:
1) Luis R. Bradna ................ ?
2) Luiz Ferraz Netto (Léo) .... leo@barretos.com.br
3)
4)

No intúito de colaborar,
[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Organizacao (administrativa)
FROM: Wilson Baptista Junior <wilson@bis.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/06/2000 20:59

At 19:03 14/06/00 -0300, you wrote:
>Posso não concordar com a culpa do Luis sobre a desorganização da lista?
>Acredito mais num período de calmarias. Afinal, nem a Caravela dos 500 anos
>conseguiu sair do lugar!
>
>Realmente fiquei um tempo sem receber notícias do ciencialist (do dia 7/6/00
>até 13/6/00), e, o que mais senti (além da 'inexplicável' sumida takatiana e
>mensagens dos demais listeiros) foi a falta do desfecho final da thread
>'Teorias Realistas' . Não sei se parou ou continuou.
>
>Faço uma sub-proposta, aderindo às preocupações do Luis, coloque abaixo, na
>lista, seu nome de participante, seguido de seu e.mail para trocas de
>mensagens em pvt. Com isso, teremos uma boa estimativa das participações. Se
>alguém tem alguma mensagem para o nosso moderador, acrescente à frente do
>e.mail.
>
>Participantes do Ciencialist:
>1) Luis R. Bradna ................ ?
>2) Luiz Ferraz Netto (Léo) .... leo@barretos.com.br
>3) Wilson Baptista Junior.......wilson@bis.com.br
>4)
>
>No intúito de colaborar,
>[]'
>Léo
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SUBJECT: Errata: Duas Vidas - Cr�nica de Arnaldo Jabor
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/06/2000 22:54

Para quem leu, o conte�do � o mesmo embora o autor a quem atribu� a reda��o
estava incorreto!
Agrade�o ao TAKATA!

TORPEDOS A BEIRA MAR
Fritz Utzeri

"Duas Vidas", copyright Jornal do Brasil, 1999

"Ser� que a opini�o p�blica est� t�o interessada assim na
vis�o que Narcisa Tamborindeguy ou Adriane Galisteu tem
da vida?

A julgar pelo espa�o que a m�dia dedica a esse tipo de
formador (?????) de opini�o, o Brasil virou um imenso
Castelo de Caras. Adriane Galisteu, ap�s o seu casamento
rel�mpago, falou �s p�ginas amarelas de Veja e deu aula
magna de insensibilidade, ego�smo e sinceridade!

Estranha mistura, mas a mo�a tem raz�o quando se diz
sincera. Ela n�o engana, revela-se de corpo (e que corpo!)
inteiro, e o retrato que aparece � assustador!

Adriane teve uma inf�ncia atribulada, perdeu o pai aos 15
anos, ainda pobre, e um irm�o com AIDS quando j� n�o era
t�o pobre.

?Eu n�o tinha um tost�o, n�o tinha dinheiro para comprar
um pastel. Meu irm�o estava doente. Minha m�e ganhava
190 reais do INSS, meu pai j� tinha morrido. Eu sustentava
todo o mundo e n�o tinha poupan�a alguma.?

Pe�o licen�a a Adriane, mas vou falar de outra inf�ncia triste
de mulher, a de Rosa C�lia Barbosa. Seu perfil - admir�vel -
surgiu em reportagem recente da Vejinha sobre os melhores
m�dicos do Rio.

Alagoana, pequena, 1m50cm, come�ou a sua odiss�ia aos sete
anos, largada num orfanato em Botafogo.

Rosa chorou durante meses. ?Toda a mulher de saia eu
achava que era a minha m�e que vinha me buscar, depois de
um tempo desisti...?.

Voltemos a Adriane. Ela � rica, bem sucedida, e ?nem na
metade da escada ainda?. A escada, boa imagem para algu�m
que - como uma Scarlet O'Hara de tempos neoliberais -
resolveu que nunca mais vai passar fome. At� a�, tudo bem;
mas � desconcertante ver como o sofrimento pode
levar � total insensibilidade.

Pergunta a rep�rter a Adriane se ela faria algo para o bem do
outro: *Para o bem do outro? N�o, s� fa�o pelo meu bem.
Essa coisa de dar sem cobrar, dar sem pedir n�o existe.
Depois, voc� acaba jogando isso na cara do outro.

Voc� nunca cede ent�o? Cedo, claro que cedo. J� cedi em
coisas que n�o afetam a minha vida. Ele gosta de dormir em
len�ol de linho e eu gosto de dormir em len�ol de seda. A� d�
pra ceder...

Rosa C�lia fez vestibular de medicina, morava de favor num
quartinho e trabalhava para manter-se. Formou-se e
resolveu dedicar-se � cardiologia neonatal e infantil, quando
trabalhava no Hospital da Lagoa. Sem saber ingl�s, meteu na
cabe�a que teria que estudar no National
Heart Hospital, em Londres, com Jane Sommerville, a maior
especialista mundial na �rea.
Estudou ingl�s e conseguiu uma bolsa e uma carta da Dra.
Sommerville. Em Londres era gozada pelos colegas ingleses
por causa de seu ingl�s jeca.

Ganhou o respeito geral quando acertou um diagn�stico
dif�cil numa escocesa, ap�s examin�-la por oito horas
seguidas. ?Ela falava um ingl�s ainda pior do que o meu?,
lembra divertida.

Adriane est� rica mas n�o confia em ningu�m, salvo na m�e.
Nem nos amigos. Vejam: ?Eu n�o posso sair confiando nas
pessoas. N�o tenho motorista, nem seguran�a, por isso
mesmo. � mais gente para te trair. Eu confio mais nos bichos
do que nas pessoas. Ainda existem pessoas que acham que eu
tenho amn�sia. Muitas das que convivem comigo hoje j� me
viraram a cara quando estava por baixo. Mas voc� pensa que
eu as trato mal? Trato com a maior naturalidade. Porque elas
podem at� me usar, mas eu vou us�-las tamb�m. � uma
troca.?

De Londres, Rosa C�lia ia direto para Houston, nos Estados
Unidos. For a escolhida para a Meca da cardiologia mundial.
Futuro brilhante a aguardava. Uma gravidez inesperada
atrapalhou o sonho. Pediu 24 horas para pensar e optou pelo
filho, voltando ao Rio. Reassumiu seu cargo no Hospital da
Lagoa e abriu consult�rio, mas todos os anos viaja para
estudar.

Passa pelo menos um m�s no Children's Hospital em Boston,
trabalhando 12 horas por dia.
?Voc� gosta de dinheiro (Adriane) ??? ?Adoro dinheiro e
detesto hipocrisia. Gasto, gosto de gastar, gosto de n�o fazer
conta, de viajar de primeira classe. Tem gente que fala: esse
dinheiro que ganhei eu vou doar. O meu eu n�o d�o n�o. O
meu eu d�o � para a minha conta. Eu
adoro fazer o bem, mas tamb�m tenho minhas prioridades:
minha casa, minha fam�lia. Primeiro vou ajudar quem est�
mais pr�ximo. Mas fa�o minhas campanhas beneficentes.?

Rosa chefia um centro sofisticad�ssimo, a cardiologia
pedi�trica do Pr� Card�aco. L� s�o tratados casos limite,
hist�rias tristes. O hospital � privado e car�ssimo, mas ela
achou um jeito de operar ali crian�as sem posses. Criou uma
ONG, passa o chap�u, fala com amigos, empres�rios. O
Projeto Pr�-Crian�a j� atendeu mais de 500, e 120 foram
operadas. ?Sonhei a vida inteira e fiz. N�o importou ser
pobre, mulher, baixinha e alagoana. Eu fiz.?

Voltemos a Adriane e esbarraremos, brutalmente, na
frustra��o: ?J� tive vontade de viajar e n�o podia. Queria ter
carro e n�o tinha. Eu queria ter feito faculdade e n�o tive
dinheiro. N�o que eu sinta falta de livros, porque livro a
gente compra na esquina, e conhecimento a gente adquire na
vida. Eu sinto falta de contar para os amigos essas hist�rias
que todo o mundo tem, do tempo da faculdade?.

Duas vidas, dois perfis fora da normalidade, mat�ria-prima
dos �rg�os de imprensa. Mas qual � o mais valorizado pela
m�dia hoje em dia? � f�cil constatar e chegar � conclus�o de
que h� algo muito errado com a nossa sociedade.

Pode ser at� que o leitor tenha interesse m�rbido em saber o
que as louras e morenas burras ou muito espertas andem
fazendo, mas a m�dia n�o deve limitar-se a refletir e a
conformar-se com a mediocridade, o vazio, o oportunismo e
a falta de �tica.

Os �rg�os de imprensa devem ter um papel transformador
na sociedade e, nesse sentido, estar�amos melhor servidos se
houvesse mais Rosa C�lias nos jornais, nas revistas e TVs
que nos cercam.

Voltando ao Castelo de Caras, as belas Adrianes, Narcisas,
Lucianas, Suzanas ou Carlas, certamente encontrar�o l� um
espelho m�gico? Se for mesmo m�gico dir� que Rosa C�lia �
mais bela do que todas voc�s?."

Abra�os
Leandro
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SUBJECT: Re: Teorias Realistas Atuais (era: Organizacao (administrativa))
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/06/2000 23:29


Luiz Ferraz Netto:
> Realmente fiquei um tempo sem receber notícias do ciencialist (do dia
7/6/00
> até 13/6/00), e, o que mais senti (além da 'inexplicável' sumida takatiana
e
> mensagens dos demais listeiros) foi a falta do desfecho final da thread
> 'Teorias Realistas' . Não sei se parou ou continuou.

Na verdade, fui eu quem parei. Passei um tempo sem ter tempo para
reservar um tempo à discussão. Eu levo um tempo respeitável para redigir
cada mensagem daquelas. Mas vou ver se dou um jeito de comentar as últimas
mensagens do Alberto Mesquita.

Na verdade, esta discussão muito dificilmente terá um desfecho. Os
assuntos são muito variados e relacionados, e pula-se de um para o outro com
facilidade; o que está em discussão não é um ou outro fenômeno físico em
particular, mas duas visões de mundo: uma afeita à Física Clássica e uma
afeita à Física Moderna. Então qualquer aparente desfecho em uma discussão
sobre um fenômeno em particular será seguido por contra-argumentos
envolvendo outro fenômeno, e assim vai ad aeternum. Na verdade, deu-me um
certo desânimo quando percebi que a dinâmica da discussão fatalmente seria
esta. (Talvez Popper tenha razão, qualquer discussão que não descambe em
xingamentos mútuos acaba morrendo por desinteresse de uma das partes. De
qualquer forma, discussões como esta não têm valor apenas pelo seu desfecho,
mas pelo que ocorre no caminho.)

Devo também mencionar - desculpe, Alberto, mas é impossível evitar este
comentário - um certo despreparo por parte do Alberto: para reformular as
explicações sobre os fenômenos físicos de modo a dispensar as grandes
mudanças conceituais da Física Moderna, há que se conhecer muito bem a
Física Moderna. Todas as pessoas que tiveram sucesso em substituir uma
teoria por outra só o conseguiram porque eram exímios conhecedores das
teorias que rebateram. Mas vários argumentos do nosso interlocutor puderam
ser rebatidos com conhecimentos básicos presentes nas primeiras páginas de
livros-textos básicos de Mecânica Quântica usados nos cursos de graduação.
Isso também me desanimou bastante, pois não é possível manter uma
argumentação deste nível tendo que explicar todos os tijolos da Física
Moderna a cada passo - isso teria que ser conhecido de antemão pelas duas
partes. Não estou chamando ninguém de ignorante, até porque não é
absolutamente trivial alguém de outra área conhecer a parte epistemológica
da Física Quântica. Muitas dúvidas do Alberto são compartilhadas por físicos
profissionais. Mas, como eu disse, o primeiro passo é compreender as
teorias, para só depois tentar formular teorias alternativas. O Alberto
freqüentemente diz ao pessoal para que rebatam suas teses, quando as
apresenta - mas creio que o mais produtivo é ele mesmo procurar rebatê-las,
tentando achar na literatura disponível as respostas para suas perguntas.
Muitas delas são facilmente encontráveis.

De qualquer forma, esta discussão não terá fim, enquanto nós dois
existirmos. Assim que o Alberto se manifestar outra vez com sua visão
realista, fatalmente responderei, e se seguirá outro surto de argumentos;
isso só não aconteceu com aquela história do paradoxo da Relatividade porque
eu estava realmente sem tempo no dia. Então... até a próxima...!

Belisário




SUBJECT: Re: [Re: [ciencialist] Organizacao (administrativa)]
FROM: <rubroneg@ositemail.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/06/2000 03:14

Olá Léo.

Também estou por aqui...

4) Rafael Cisneiros Lenine - rafa-rbn@rio.matrix.com.br

[]´s



"Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br> wrote:
Posso não concordar com a culpa do Luis sobre a desorganização da lista?
Acredito mais num período de calmarias. Afinal, nem a Caravela dos 500 anos
conseguiu sair do lugar!

Realmente fiquei um tempo sem receber notícias do ciencialist (do dia 7/6/00
até 13/6/00), e, o que mais senti (além da 'inexplicável' sumida takatiana
e
mensagens dos demais listeiros) foi a falta do desfecho final da thread
'Teorias Realistas' . Não sei se parou ou continuou.

Faço uma sub-proposta, aderindo às preocupações do Luis, coloque abaixo,
na
lista, seu nome de participante, seguido de seu e.mail para trocas de
mensagens em pvt. Com isso, teremos uma boa estimativa das participações.
Se
alguém tem alguma mensagem para o nosso moderador, acrescente à frente do
e.mail.

Participantes do Ciencialist:
1) Luis R. Bradna ................ ?
2) Luiz Ferraz Netto (Léo) .... leo@barretos.com.br
3)
4)

No intúito de colaborar,
[]'
Léo


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Organizacao (administrativa)
FROM: "dra_savat"<dra_savat@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/06/2000 09:36


> >Fa�o uma sub-proposta, aderindo �s preocupa��es do
Luis, coloque abaixo, na
> >lista, seu nome de participante, seguido de seu
e.mail para trocas de
> >mensagens em pvt. Com isso, teremos uma boa
estimativa das participa��es. Se
> >algu�m tem alguma mensagem para o nosso moderador,
acrescente � frente do
> >e.mail.
> >
> >Participantes do Ciencialist:
1) Luis R. Bradna ................ ?
2) Luiz Ferraz Netto (L�o) ....leo@barretos.com.br
3) Wilson Baptista Junior......wilson@bis.com.br
4) Rafael Cisneiros Lenine ....rafa-bn@rio.matrix.com.br
5) T�nia A.V.A. Secches....... dra_savat@bol.com.br


> >
> >No int�ito de colaborar,
> >[]'
> >L�o
> >
> >
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Organizacao (administrativa)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/06/2000 10:25

Estamos progredindo. Para facilitar ao Luis, preencha seu nome e e.mail e
recorte a tabela abaixo (atualizada) e re-envie.

Belis�rio, apreciei seu texto e concordo que 'o melhor da thread' � seu
desenvolvimento e n�o a conclus�o final em si (o que provavelmente n�o
existir�) e, se terminar em xingamentos, isso apenas acentuar� o aspecto
humano dos participantes. Mas, releva-se o prop�sito, � honesto. Veja-se,
como exemplo, o 'm�todo Takata', do nosso bom amigo que retorna � luta,
nunca xingou ningu�m (pena, na fase 'morte encef�lica' bem que seria
merecido), mas sabe polemizar brilhantemente e cutucar 'o nervo dolorido'
como um profissional do bisturi. Esse seu aspecto humano e incisivo fez
falta na lista. Dai seu retorno com efusivos arroubos dos companheiros ... e
meu, em particular.

Vamos em frente ......
[]'
L�o


-----------------------------------------------------------------
Participantes do Ciencialist:
1) Luis Roberto Brudna Holzle :) ... lrb@if.ufrgs.br ... luis@ufrgs.br ...
lrb@dalton.iq.ufrgs.br ...brudna@terra.com.br
2) Luiz Ferraz Netto (L�o) ............ leo@barretos.com.br
3) Wilson Baptista ......................... wilson@bis.com.br
4) Rafael Cisneiros Lenine ............. rafa-bn@rio.matrix.com.br
5) T�nia A.V.A. Secches............... dra_savat@bol.com.br
6) Roberto Belis�rio....................... rbdiniz@terra.com.br
7)
8)
9)
10)
--------------------------------------------------------------------





SUBJECT: Re: [ciencialist] Organizacao (administrativa)
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/06/2000 12:09

Participantes do Ciencialist:
1) Luis Roberto Brudna Holzle :) ... lrb@if.ufrgs.br ... luis@ufrgs.br ...
lrb@dalton.iq.ufrgs.br ...brudna@terra.com.br
2) Luiz Ferraz Netto (L�o) ............ leo@barretos.com.br
3) Wilson Baptista ......................... wilson@bis.com.br
4) Rafael Cisneiros Lenine ............. rafa-bn@rio.matrix.com.br
5) T�nia A.V.A. Secches............... dra_savat@bol.com.br
6) Roberto Belis�rio....................... rbdiniz@terra.com.br
7) Benjamin Hinrichs..................... hinsoft@sinos.net
8)
9)
10)

Daqui a pouco ningu�m mai vai querer ver estas mensagens... heheh,
Abra�os, Benjamin Hinrichs




SUBJECT: Re: [ciencialist] Organizacao (administrativa)
FROM: Oliver Lee <olee@ucla.edu>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/06/2000 13:15

At 04:21 PM 6/15/00 +0000, you wrote:
>
>
>> -----------------------------------------------------------------
>> Participantes do Ciencialist:
>> 1) Luis Roberto Brudna Holzle :) ... lrb@if.ufrgs.br ... luis@ufrgs.br ...
>> lrb@dalton.iq.ufrgs.br ...brudna@terra.com.br
>> 2) Luiz Ferraz Netto (Léo) ............ leo@barretos.com.br
>> 3) Wilson Baptista ......................... wilson@bis.com.br
>> 4) Rafael Cisneiros Lenine ............. rafa-bn@rio.matrix.com.br
>> 5) Tânia A.V.A. Secches............... dra_savat@bol.com.br
>> 6) Roberto Belisário....................... rbdiniz@terra.com.br
>> 7) Manuel Bulcão........................msbn@daterranet.com.br
>> 8) Oliver T.S. Lee .......................... olee@ucla.edu
>> 9)
>> 10)
>> --------------------------------------------------------------------
>
>
>
>
>
>
>
>*** --- ***
>
>>> Página sobre Albert Einstein <<
>http://www.aip.org/history/einstein/
>
>*** --- ***
>
>
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Organizacao (administrativa)
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/06/2000 13:21



> -----------------------------------------------------------------
> Participantes do Ciencialist:
> 1) Luis Roberto Brudna Holzle :) ... lrb@if.ufrgs.br ... luis@ufrgs.br ...
> lrb@dalton.iq.ufrgs.br ...brudna@terra.com.br
> 2) Luiz Ferraz Netto (L�o) ............ leo@barretos.com.br
> 3) Wilson Baptista ......................... wilson@bis.com.br
> 4) Rafael Cisneiros Lenine ............. rafa-bn@rio.matrix.com.br
> 5) T�nia A.V.A. Secches............... dra_savat@bol.com.br
> 6) Roberto Belis�rio....................... rbdiniz@terra.com.br
> 7) Manuel Bulc�o........................msbn@daterranet.com.br
> 8)
> 9)
> 10)
> --------------------------------------------------------------------






SUBJECT: En: Organizacao (administrativa)
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 15/06/2000 13:31

-----------------------------------------------------------------
Participantes do Ciencialist:
 1) Luis Roberto Brudna Holzle :) ... lrb@if.ufrgs.br ... luis@ufrgs.br ...
 lrb@dalton.iq.ufrgs.br ...brudna@terra.com.br
 2) Luiz Ferraz Netto (Léo) ............ leo@barretos.com.br
 3) Wilson Baptista ....................... wilson@bis.com.br
 4) Rafael Cisneiros Lenine ........... rafa-bn@rio.matrix.com.br
 5) Tânia A.V.A. Secches.............. dra_savat@bol.com.br
 6) Roberto Belisário...................... rbdiniz@terra.com.br
 7) Manuel Bulcão ........................ msbn@daterranet.com.br
 8) Sheila Franco.......................... hcaprini@uol.com.br
 9)
10)
 --------------------------------------------------------------------

SUBJECT: Organizacao (administrativa)
FROM: "Antonio A. J. Godoy" <prof_godoy@teracom.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/06/2000 14:35

 
----- Original Message -----
From: Antonio Godoy
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Thursday, June 15, 2000 2:34 PM
Subject: Re: [ciencialist] En: Organizacao (administrativa)

Participantes do Ciencialist:
 1) Luis Roberto Brudna Holzle :) ... lrb@if.ufrgs.br ... luis@ufrgs.br ...
 lrb@dalton.iq.ufrgs.br ...brudna@terra.com.br
 2) Luiz Ferraz Netto (Léo) ............ leo@barretos.com.br
 3) Wilson Baptista ....................... wilson@bis.com.br
 4) Rafael Cisneiros Lenine ........... rafa-bn@rio.matrix.com.br
 5) Tânia A.V.A. Secches.............. dra_savat@bol.com.br
 6) Roberto Belisário...................... rbdiniz@terra.com.br
 7) Manuel Bulcão ........................ msbn@daterranet.com.br
 8) Sheila Franco.......................... hcaprini@uol.com.br
 9) Antonio A. J. Godoy................prof_godoy@teracom.com.br
10)
 --------------------------------------------------------------------

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>> Página sobre Albert Einstein <<
http://www.aip.org/history/einstein/

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SUBJECT: Mudando de estrategia *IMPORTANTE* (administrativa)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/06/2000 15:14


Agradeco muito a iniciativa do Leo em solicitar aos integrantes da
lista para que se manifestem.

Mas o fluxo das mensagens nao foi linear e gerou
uma quantidade de e-mails que nao eh interessante para os integrantes da
lista, mas soh para o administrador.

Entao vou fazer uma chamada um a um. Para isso vou utilizar a lista dos
integrantes que tenho no Egroups.

Ou seja, cada integrante da lista receberah um e-mail meu e terah que
responder para a *minha* conta. OK? Farei isto neste final de semana.

Sei que isto eh um pouco chato, mas devido ao fato de a lista jah ter
passado por varias fases... eu preciso de uma ideia de como anda a
saude da lista.


Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.




SUBJECT: Esclarecimentos. (administrativa)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/06/2000 15:27


O Egroups tem um sistema de alerta que indica quando uma conta estah
com problemas, e na maioria das vezes este problema eh decorrente de um
abandono da conta de e-mail.

Existem diferentes modos de recebimento de e-mail pelo Egroups e um
deles eh o de leitura somente na WEB e neste caso a conta nunca vai
estourar e o integrante sempre estarah inscrito mesmo nunca tendo
participado ou lido qquer mensagem.

Eu mesmo participei de listas que lia menos de 10% das mensagens :). A
minha preocupacao era mais em relacao ao grau de interesse dos
integrantes da lista, para nao ficar aquela coisa... 'hii.. essa lista
tah ficando chata... soh recebo esses mails sobre tal assunto... mas como
eu saio da lista? humm amanha eu vejo.. .. hoje vou soh deletar esses
mails. ' :)

Entao fica assim, no final de semana vou realizar uma varredura na
lista. Acho que ateh vou enviar um questionario para vcs responderem. :)
Soh para eu ter uma ideia de quem participa da lista e do que gosta nela.

Mas tudo isso serah feito fora da lista. Ou seja, as mensagens
circularao entre eu e vcs em particular.

Certo?
Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist - agitando o pessoal.




SUBJECT: Re: Organizacao (administrativa)
FROM: Flávio Pandur <pandur@apec.unoeste.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/06/2000 16:08


Participantes do Ciencialist:
1) Luis Roberto Brudna Holzle :) ... lrb@if.ufrgs.br ... luis@ufrgs.br ...
lrb@dalton.iq.ufrgs.br ...brudna@terra.com.br
2) Luiz Ferraz Netto (Léo) ............ leo@barretos.com.br
3) Wilson Baptista ......................... wilson@bis.com.br
4) Rafael Cisneiros Lenine ............. rafa-bn@rio.matrix.com.br
5) Tânia A.V.A. Secches............... dra_savat@bol.com.br
6) Roberto Belisário....................... rbdiniz@terra.com.br
7) Benjamin Hinrichs..................... hinsoft@sinos.net
8) Flávio Pandur A. Cabral ............. pandur@apec.unoeste.br
9)
10)



SUBJECT: Hidrogena��o catal�tica
FROM: "Michelle S. De Marco" <misdm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/06/2000 16:36

Lendo sobre esse assunto , surgiu-me uma d�vida: A hidrogena��o
catal�tica � utilizada para converter �leos vegetais l�quidos em gorduras
semi-s�lidas (fabrica��o de margarina e gorduras dom�sticas). Um problema
que aparece nessa hidrogena��o � a isomeriza��o de parte das duplas
liga��es dos ac. graxos (algumas que n�o absorvem hidrog�nio) provocada pelo
catalisador de hidrogena��o. Em todas as gorduras e �leos naturais , as
duplas liga��es dos ac. graxos t�m a configura��o cis. O catalisador
utilizado na hidrogena��o converte parte dessas duplas liga��es cis em
duplas liga��es com a configura��o trans , n�o natural. Essa configura��o
pode ser nociva ao organismo.

Gostaria de saber se algum de vcs poderia me dizer quais as evid�ncias
dessa nocividade e , se por acaso , essa isomeriza��o � respons�vel pelo que
ouvimos sobre a margarina: faz mais mal do que a manteiga e � cancer�gena.

[]�s

Michelle



SUBJECT: STOP ...........
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/06/2000 17:10

E mais uma vez a lei de Murphy atacou e arrasou.
Cometemos um erro de logística. Cada um respondeu a um e.mail diferente e
como conclusão temos, por exemplo, 4 companheiros distintos na posição 8 da
lista! E, de modo algum, UMA LISTA.
O ideal seria pegar o 'último e.mail' e acrescentar nele seu próprio e.mail,
de modo a ter continuidade. Ainda assim restaria o problema 'último e.mail
para quem?'.
Não estou achando uma solução imediata para a lógica dessas informações, via
ciencialist. Se cada um mandasse um e.mail (pvt) para nosso moderador, isso
sim resolveria o problema.
Mas, não deixou de resultar em duas experiências proveitosas:
(a) "Como não preencher uma tabela em ambiente de lista".
(b) "Léo, não se meta onde não é chamado."
[]'
Léo



Participantes do Ciencialist:
1) Luis Roberto Brudna Holzle :) ... lrb@if.ufrgs.br ... luis@ufrgs.br ..
lrb@dalton.iq.ufrgs.br ...brudna@terra.com.br
2) Luiz Ferraz Netto (Léo) ............ leo@barretos.com.br
3) Wilson Baptista ......................... wilson@bis.com.br
4) Rafael Cisneiros Lenine ............. rafa-bn@rio.matrix.com.br
5) Tânia A.V.A. Secches............... dra_savat@bol.com.br
6) Roberto Belisário....................... rbdiniz@terra.com.br
7) Benjamin Hinrichs..................... hinsoft@sinos.net
8) Flávio Pandur A. Cabral ............. pandur@apec.unoeste.br e, e, e
9)
10)dificilmente chegariamos ao 10! Todos preencheriam casas de 3 a 8!
---------------------------------------------------





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Organizacao (administrativa)
FROM: "Claudio Abreu \(Bidual\)" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/06/2000 17:20




Participantes do Ciencialist:
1) Luis Roberto Brudna Holzle :) ... lrb@if.ufrgs.br ... luis@ufrgs.br ...
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2) Luiz Ferraz Netto (Léo) ............ leo@barretos.com.br
3) Wilson Baptista ......................... wilson@bis.com.br
4) Rafael Cisneiros Lenine ............. rafa-bn@rio.matrix.com.br
5) Tânia A.V.A. Secches............... dra_savat@bol.com.br
6) Roberto Belisário....................... rbdiniz@terra.com.br
7) Benjamin Hinrichs..................... hinsoft@sinos.net
8) Flávio Pandur A. Cabral ............. pandur@apec.unoeste.br
9) Claudio Abreu.............................bidual@gbl.com.br

10)


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Organizacao (administrativa)
FROM: "Claudio Abreu \(Bidual\)" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/06/2000 17:24


-----Mensagem Original-----
De: "Claudio Abreu (Bidual)" <bidual@gbl.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 15 de Junho de 2000 17:20
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Organizacao (administrativa)





Participantes do Ciencialist:
1) Luis Roberto Brudna Holzle :) ... lrb@if.ufrgs.br ... luis@ufrgs.br ...
lrb@dalton.iq.ufrgs.br ...brudna@terra.com.br
2) Luiz Ferraz Netto (Léo) ............ leo@barretos.com.br
3) Wilson Baptista ......................... wilson@bis.com.br
4) Rafael Cisneiros Lenine ............. rafa-bn@rio.matrix.com.br
5) Tânia A.V.A. Secches............... dra_savat@bol.com.br
6) Roberto Belisário....................... rbdiniz@terra.com.br
7) Benjamin Hinrichs..................... hinsoft@sinos.net
8) Flávio Pandur A. Cabral ............. pandur@apec.unoeste.br
9) Claudio Abreu............................. bidual@gbl.com.br

10)


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SUBJECT: Re: [Re: [ciencialist] Organizacao (administrativa)]
FROM: <rubroneg@ositemail.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/06/2000 17:47

Léo

Retificando meu e-mail....

Rafael C. Lenine


msbn@daterranet.com.br wrote:


> -----------------------------------------------------------------
> Participantes do Ciencialist:
> 1) Luis Roberto Brudna Holzle :) ... lrb@if.ufrgs.br ... luis@ufrgs.br ...
> lrb@dalton.iq.ufrgs.br ...brudna@terra.com.br
> 2) Luiz Ferraz Netto (Léo) ............ leo@barretos.com.br
> 3) Wilson Baptista ......................... wilson@bis.com.br
>>>> 4) Rafael Cisneiros Lenine ............. rafa-rbn@rio.matrix.com.br
> 5) Tânia A.V.A. Secches............... dra_savat@bol.com.br
> 6) Roberto Belisário....................... rbdiniz@terra.com.br
> 7) Manuel Bulcão........................msbn@daterranet.com.br
> 8)
> 9)
> 10)
> --------------------------------------------------------------------







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SUBJECT: Re: Organizacao (administrativa)
FROM: "Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/06/2000 17:57

Olá pessoal! :o)

(risos) Que confusão! ;o) Quando resolvi acompanhar a listinha de
participantes já estava furada a sequência... mas tudo bem, a falha está na
impossibilidade de saber quem está mandando a msg e quando.

Eu não sei quais são os critérios da lista, mas na medida do possível
estou nela, ok? :o)

A intenção é saber quem anda ocioso dos 109 participantes? Estranho, eu
pensei que a lista tinha uma espécie de reciclador de usuários... algo
semelhante aos webmails por aí. Necessariamente cada participarte tem que
periodicamente acessar o seu login, caso contrário, a conta é
automaticamente excluída. Eu p. e. acompanho o que rola na lista recebendo
emails diários contendo todas as mensagens do dia e periodicamente entro no
login com meu endereço e senha... Aqui não é assim?

[]* Ozelo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Organizacao (administrativa)
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/06/2000 18:28

Gentes...
Não seria mais interessante verificar quem mandou mensagens nos últimos
meses? Por exemplo, alguém poderia entrar no site da lista no Egroups, onde
há um arquivo com todas as mensagens já enviadas desde o início da
Ciencialist, e verificar os endereços e os nomes das pessoas que enviaram
e-mails nos últimos meses, e então fazer uma lista. Aí manda uma mensagem
para a Ciencialist com a lista.

Até,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] STOP ...........
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/06/2000 18:34

Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> E mais uma vez a lei de Murphy atacou e arrasou.
> Cometemos um erro de logística. Cada um respondeu a um e.mail diferente e
> como conclusão temos, por exemplo, 4 companheiros distintos na posição 8 da
> lista! E, de modo algum, UMA LISTA.

Gostaria de lembrar que esta lista facilita o trabalho de "spammers"
que minam estas listas por endereços de e-mail e outras informações
pessoais. Depois vendem as informações a outros "spammers" que ficam
a lhes mandar propaganda de tudo, inclusive da China, em chinês...

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Organizacao (administrativa)
FROM: Débora Brudna <debora@ez-poa.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/06/2000 18:48

Isso é um pouco injusto, Ozelo, com pessoas como eu, que nunca escrevem para
a lista mas lêem as mensagens.
Aliás, acho que alguns devem ter levado um susto ao ver um nome novo na
lista. Por isso, vou me apresentar: eu, Débora Brudna, sou publicitária e me
associei por simples vontade de aprender um pouco mais sobre ciência. Como a
maior parte do tempo tenho apenas uma idéia do assunto, prefiro só
acompanhar a evolução da discussão sem meter o bedelho no que não domino.
Portanto, pessoal, embora pareça que o grupo de debatedores é muito
restrito, lembrem-se que pode haver muitas pessoas que, como eu, se
interessam em apenas ler as mensagens.
Por favor, Luís, não me tira da lista!
Abraços para todos

Débora
(já voltando ao posto de observadora)

----- Original Message -----
From: Ozelo <ozelo@radioalarme.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Thursday, June 15, 2000 5:57 PM
Subject: [ciencialist] Re: Organizacao (administrativa)


Olá pessoal! :o)

(risos) Que confusão! ;o) Quando resolvi acompanhar a listinha de
participantes já estava furada a sequência... mas tudo bem, a falha está na
impossibilidade de saber quem está mandando a msg e quando.

Eu não sei quais são os critérios da lista, mas na medida do possível
estou nela, ok? :o)

A intenção é saber quem anda ocioso dos 109 participantes? Estranho, eu
pensei que a lista tinha uma espécie de reciclador de usuários... algo
semelhante aos webmails por aí. Necessariamente cada participarte tem que
periodicamente acessar o seu login, caso contrário, a conta é
automaticamente excluída. Eu p. e. acompanho o que rola na lista recebendo
emails diários contendo todas as mensagens do dia e periodicamente entro no
login com meu endereço e senha... Aqui não é assim?

[]* Ozelo




*** --- ***

>> Página sobre Albert Einstein <<
http://www.aip.org/history/einstein/

*** --- ***








SUBJECT: Re: [ciencialist] Organizacao (administrativa)
FROM: "Guilherme Landi" <landi@artefinal.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/06/2000 20:46


-----Mensagem original-----
De: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
Para: ciencialist@egroups.com <ciencialist@egroups.com>
Data: Quinta-feira, 15 de Junho de 2000 10:16
Assunto: Re: [ciencialist] Organizacao (administrativa)


>Estamos progredindo. Para facilitar ao Luis, preencha seu nome e e.mail e
>recorte a tabela abaixo (atualizada) e re-envie.
>
>Belis�rio, apreciei seu texto e concordo que 'o melhor da thread' � seu
>desenvolvimento e n�o a conclus�o final em si (o que provavelmente n�o
>existir�) e, se terminar em xingamentos, isso apenas acentuar� o aspecto
>humano dos participantes. Mas, releva-se o prop�sito, � honesto. Veja-se,
>como exemplo, o 'm�todo Takata', do nosso bom amigo que retorna � luta,
>nunca xingou ningu�m (pena, na fase 'morte encef�lica' bem que seria
>merecido), mas sabe polemizar brilhantemente e cutucar 'o nervo dolorido'
>como um profissional do bisturi. Esse seu aspecto humano e incisivo fez
>falta na lista. Dai seu retorno com efusivos arroubos dos companheiros ...
e
>meu, em particular.
>
>Vamos em frente ......
>[]'
>L�o
>
>
>-----------------------------------------------------------------
>Participantes do Ciencialist:
>1) Luis Roberto Brudna Holzle :) ... lrb@if.ufrgs.br ... luis@ufrgs.br ...
>lrb@dalton.iq.ufrgs.br ...brudna@terra.com.br
>2) Luiz Ferraz Netto (L�o) ............ leo@barretos.com.br
>3) Wilson Baptista ......................... wilson@bis.com.br
>4) Rafael Cisneiros Lenine ............. rafa-bn@rio.matrix.com.br
>5) T�nia A.V.A. Secches............... dra_savat@bol.com.br
>6) Roberto Belis�rio....................... rbdiniz@terra.com.br
>7) Guilherme Landi Peres Pereira...landi@artefinal.com.br
>8)
>9)
>10)
>--------------------------------------------------------------------
>
>
>
>
>------------------------------------------------------------------------
>Best friends, most artistic, class clown Find 'em here:
>http://click.egroups.com/1/5533/8/_/19424/_/961074612/
>------------------------------------------------------------------------
>
>*** --- ***
>
>>> P�gina sobre Albert Einstein <<
>http://www.aip.org/history/einstein/
>
>*** --- ***
>
>
>
>



SUBJECT:
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/06/2000 06:25

Aos amigos da ciencialist

Convido-os a conhecerem a mais nova página de meu Web Site onde exponho o
artigo intitulado "Física e Teorização". Trata-se de um texto introdutório
relativo à teorização em física com ênfases ao significado de hipótese e à
importância da intuição. O artigo está em
http://www.geocities.com/ecientificocultural/Materia/cap01.htm

Aguardo críticas e sugestões.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] (unknown)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/06/2000 09:17

Ola pessoal,
Aproveitando a deixa para as teorizações, convido-os a visitarem meu Web
Site, na Sala 09, onde mostro o lado matemático do arco-íris, culminando com
um experimento ultra simples.

www.feiradeciencias.com.br ........... Sala 09 ........... O arco-íris

Quem quiser passear pela dinâmica das rotações, na Sala 05, tem até
esculturas com parabolóides.
Não esperem nada tão 'acadêmico' como as páginas do Alberto, que requerem
cultura científica bem mais dilatada que a minha, mas ... na minha Terra de
cego......

[]'
Léo
****************************************************************************
***********
De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>

Aos amigos da ciencialist

Convido-os a conhecerem a mais nova página de meu Web Site onde exponho o
artigo intitulado "Física e Teorização". Trata-se de um texto introdutório
relativo à teorização em física com ênfases ao significado de hipótese e à
importância da intuição. O artigo está em
http://www.geocities.com/ecientificocultural/Materia/cap01.htm

Aguardo críticas e sugestões.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm

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******




SUBJECT: a intuição no processo do conhecimento
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/06/2000 11:45

Olá, lista.

Lendo o artigo do Alberto Mesquita "Física e Teorização" (um texto
excelente, diga-se de passagem), mormente a parte que fala do papel da
intuição, lembrei-me de um texto meu enviado a uma outra lista em que também
comento sobre o papel positivo da intuição NAS CIÊNCIAS SOCIAIS -- sobre o
papel negativo da intuição nas ciências naturais, ver meu texto "hipóteses
aparentemente absurdas". Transcrevi meu texto abaixo.

Mas, antes de apresentar meu texto, uma pergunta ao Mesquita: -- Mesquita, o
que você chama de intuição não seria aqueles processos de pensamento que se
dão grosso modo no subconsciente (falei subconsciente, e não inconsciente
freudiano) e cujos produtos finais irrompem na consciência sob a forma de
insights?

Segue o texto:


RAZÃO E INTUIÇÃO


Na minha mensagem anterior, "razão e experiência sob a luz de Darwin" (o
texto segue depois deste, para quem quiser dar uma olhada), argumentei que o
processo do conhecimento é análogo ao processo de trabalho, sendo a
matéria-bruta os dados sensórios; os instrumentos "de trabalho" — no caso,
instrumentos de cognição — as formas inatas do pensamento e da linguagem; e
o produto final o conhecimento. Disse também que o que forjou a "identidade"
entre a estrutura da mente humana, isto é, os universais formais do
pensamento e da linguagem, e a estrutura da realidade objetiva (sem essa
identidade não haveria como o juízo se adequar ao fato, isto é, não
existiria a "verdade", essa poderosa arma de sobrevivência) foi o mesmo
mecanismo responsável pela adaptação dos organismos vivos ao meio ambiente,
a saber: a seleção natural.


O problema agora é saber se existe algum modo alternativo de conhecimento;
se, além da combinação "experiência/raciocínio lógico-matemático", há uma
outra maneira de se aceder à verdade.


Penso que sim, e acho que tal alternativa — a intuição — tem um papel
importante naquelas ciências cujo objeto de investigação é precisamente os
"universais formais" do pensamento e da linguagem. Por quê? Ora, se há em
nossas mentes formas e princípios inatos e a priori, então o conhecimento de
tais princípios é, em larga medida, um RECONHECIMENTO. Os matemáticos e os
lógicos, cientistas que se distinguem pelo acentuado pendor ao catesianismo,
são também, via de regra, homens altamente intuitivos.


A bem da verdade, a intuição é essencial em todas as ciências "humanas",
DADO QUE, NESSAS CIÊNCIAS, O SER HUMANO É AO MESMO TEMPO SUJEITO E OBJETO DO
CONHECIMENTO. Ou seja, o que distingue a metodologia das ciências naturais
da metodologia das ciências humanas é, precisamente, a função de destaque
que a intuição desempenha nesta última. Com efeito, um físico, ao olhar para
o céu, NÃO SABE o que lá vai encontrar: aquele ponto luminoso pode ser uma
estrela, um planeta, uma galáxia distante, um longínquo quasar ou algo
ABSOLUTAMENTE DESCONHECIDO. Somente após um laborioso processo de confronto
com uma profusão de dados já registrado é que o físico começará a ter uma
idéia do que seja tal ponto de luz. Já um cientista da sociedade, um
economista, por exemplo, ao debruçar-se sobre o objeto de estudo
"mercadoria", já sabe de antemão do que se trata; ou seja, antes mesmo de
uma análise minuciosa, tem ele uma idéia — vaga, sem contornos,
"intuitiva" — do que seja uma mercadoria. Dito em outros termos, nas
ciências humanas o ponto de partida do processo cognitivo é sempre uma idéia
vaga e imprecisa, uma verdade meramente esboçada, aquilo que Kant denominou
de conhecimento "antepredicativo" da realidade — em oposição ao conhecimento
"teórico-predicativo", que advém após os procedimentos da análise.


No plano epistemológico, o que distingue um racionalista de um
irracionalista não é o fato de os racionalistas menosprezarem a intuição
como "momento" do processo cognitivo. Todos os "bons" racionalistas conhecem
a função da intuição em tal processo. Para eles, a antítese intuição/razão é
uma falácia. Aliás, quem busca a verdade sabe, POR INTUIÇÃO, que a verdade
existe, não é mesmo?

Marx, que, sem sombra de dúvida, foi um grande pensador racionalista do
século XIX, quer concorde com ele ou não, disse certa vez que "TUDO QUE É
HUMANO NÃO ME É ESTRANHO". Significa dizer que, ao menos nas ciências da
sociedade e do espírito, o cientista jamais parte do absolutamente zero.


Realmente, o que distingue o racionalista do irracionalista é que este
último tende a exagerar o papel da intuição no processo do conhecimento, às
vezes negligenciando por completo os rigores da análise. Para essa turma,
todo conhecimento "profundo" da realidade é sempre fruto de uma grande
"sacação". E como as sacações geniais pressupõem gênios, os irracionalistas
estão sempre idolatrando "grandes homens", sendo Nietzsche, atualmente, o
dileto guru. Diante de um Nietzsche, o irracionalista queda-se hipnotizado,
absolutamente desprovido de senso-crítico, que é o que distingue o filósofo
verdadeiro do seu arremedo.


Abraço, Manuel Bulcão



RAZÃO E EXPERIÊNCIA
SOB A LUZ DE DARWIN

A dicotomia empirismo-racionalismo é um problema epistemológico, consistindo
nas duas respostas possíveis à seguinte pergunta: - "o homem obtém
conhecimento da realidade a partir dos dados que lhe são fornecidos pelos
órgãos dos sentidos ou, ao contrário, o ponto de partida do 'verdadeiro'
conhecimento são princípios a priori e evidentes?" - Entendo que tanto o
empirismo quanto o racionalismo (nesta acepção, prefiro chamá-lo de
"inatismo") são visões unilaterais e, portanto, falsas. Creio firmemente na
"terceira via" kantiana, segundo a qual o conhecimento realmente provém da
experiência, sendo que "a experiência só é possível para um espírito que
disponha de um sistema de princípios universais e necessários que organizem
os dados empíricos."

Tais princípios universais e necessários seriam as categorias da lógica, os
axiomas da matemática e aquilo que Chomsky denominou de "os universais
formais" da linguagem. Decerto que esses princípios são "inatos", isto é,
são eles imanentes à estrutura do cérebro humano. Mas isso não encerra
nenhum grande mistério; ao contrário, a explicação para esse fenômeno (a
existência de elementos inatos no pensamento), desconcertantemente prosaica,
nos é dada pela teoria darwiniana da evolução das espécies.
Com efeito, o aparelho psíquico humano foi forjado mediante o mesmo processo
que deu origem aos outros órgãos da nossa anatomia. Quer isso dizer que ele
não surgiu já pronto, obra de um miraculoso acaso, nem foi criado
deliberadamente por uma consciência cósmica, tal como supôs Descartes. Ao
invés disso, a mente do Homo sapiens, com sua estrutura e formas
"apriorísticas", é o resultado de milhões de anos de evolução do sistema
nervoso dos primatas superiores. Essa evolução tomou o caminho que a
conduziu até nós quando surgiram sobre a face da Terra os primeiros
hominídeos. De lá para cá esses hominídeos foram se dividindo em vários
ramos, tendo a seleção natural favorecido aquele cujo equipamento mental
apresentava uma melhor performance na luta pela sobrevivência; isto é,
aquele ramo — o gênero Homo — em que a estrutura inata do pensamento
correspondia em maior grau à estrutura do mundo. Sabemos atualmente que,
outrora, o gênero Homo compreendia várias espécies (as mais conhecidas são o
Homo habilis, o Homo erectus e o Homo sapiens neanderthalensis). É de se
supôr que todas essas espécies apresentavam estruturas mentais diferentes da
nossa, ou seja, sua "lógica" era de um outro tipo bem distinto. Por
conseguinte, a causa da inaptidão e, conseqüentemente, da extinção desses
homens primitivos talvez esteja na precariedade do seu aparelho mental em
cujas formas congênitas o mundo não cabia.

Dito em outros termos, nosso programa mental é o produto de uma infinidade
de pequenos e felizes acasos, que se foram acumulando em nosso patrimônio
genético durante o curso da evolução e graças ao mecanismo da seleção
natural. Resultou, pois, não da graça divina, mas da experiência acumulada
por todos os nossos antepassados. É este também o ponto de vista do biólogo
francês J. Monod. Em seu livro "O Acaso e a Necessidade", Monod escreveu:
"(...) num sentido muito importante, os grandes empiristas do século XVIII
não se enganaram. É perfeitamente verdade que tudo, nos seres vivos, vem da
experiência, inclusive o caráter inato genético, quer seja o comportamento
estereotipado das abelhas, quer os quadros inatos do conhecimento humano".

Abraços, Manuel Bulcão.








SUBJECT: Esclarecimentos gerais. (administrativa)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/06/2000 15:18


Que confusao. :)

O pessoal que nao participa ativamente da lista pode ficar tranquilo pq
NAO serah excluido. Em momento algum mencionei isto. A minha intencao
inicial era dar uma sacudida na lista, mas acho que o pessoal se assustou
com a tentativa. :)

Como jah mencionei em mail anterior, neste final de semana vou enviar um
e-mail para cada um dos integrantes da lista... quem sabe ateh com um
pequeno questionario... responde quem quiser. O unico objetivo eh eu ter
uma melhor ideia do perfil dos integrantes da lista.

Nao eh muito facil conseguir novos integrantes na lista e manter um
numero adequado de pessoas. Pois sempre tem alguem que sai da lista e eh
necessario manter um equilibrio. Nao eh viavel ter uma
lista com 3000 pessoas e nem com 10. Precisamos encontrar um meio termo.
Admito que em muitos momentos estavamos neste patamar e a lista ia muito
bem, mas atualmente noto que falta algo e talvez a entrada de
novos integrante poderia modificar isto.

Eh muito dificil conseguir alguem interessado em participar de uma lista
de discussao em ciencia. Quando convido, algumas pessoas dao alguma
desculpa, outras prometem entrar e nunca aparecem, e por ai vai. :) Teve
ateh uma ocasiao em que consegui anunciar a existencia da Ciencialist
atraves do Jornal da Ciencia da SBCP (por e-mail). Isto resultou em umas
10 inscricoes e a maioria das pessoas que entraram naquela ocasiao
reclamaram que a lista nao era seria, que a lista soh queria saber de
piadinha e cairam fora. :/

Qualquer tipo de exigencia para selecao dos integrantes iria
desestimular o pessoal. A unica coisa que faco eh ter o cuidado de
divulgar a lista nos lugares adequados, ou seja, nos lugares frequentados
por pessoas que realmente se interessam por ciencia... tipo newsgroups de
ciencia, foruns de ciencia pela internet, mail para webmaster de
paginas pessoais sobre ciencia, conversas com pessoas interessados em
ciencia no IRC...

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist - tentando arrumar a casa.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Organizacao (administrativa)
FROM: "Barbieri" <nicar48@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/06/2000 15:31

Por que razão não se pode ler somente as mensagens, sem ter que participar
das discussões?Deveria haver restrições à entrada para a lista dos que nau
fossem a área ou a condição de obrigatoriedade às decepções deveria ser
colocada no momento da inscrição.
nau sou da abria de física, na qual as decepções acontecem, mas acompanho
as decepções do modo como posso e acho interessante, portanto protesto
contra a exclusão da lista daqueles que nau participam ativamente!

Carmen


-----Mensagem Original-----
De: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 15 de Junho de 2000 18:28
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Organizacao (administrativa)


> Gentes...
> Não seria mais interessante verificar quem mandou mensagens nos
últimos
> meses? Por exemplo, alguém poderia entrar no site da lista no Egroups,
onde
> há um arquivo com todas as mensagens já enviadas desde o início da
> Ciencialist, e verificar os endereços e os nomes das pessoas que enviaram
> e-mails nos últimos meses, e então fazer uma lista. Aí manda uma mensagem
> para a Ciencialist com a lista.
>
> Até,
> Belisário
>
>
>
> ------------------------------------------------------------------------
> Old school buds here:
> http://click.egroups.com/1/5536/8/_/19424/_/961115002/
> ------------------------------------------------------------------------
>
> *** --- ***
>
> >> Página sobre Albert Einstein <<
> http://www.aip.org/history/einstein/
>
> *** --- ***
>
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Organizacao (administrativa)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/06/2000 16:44

OOOOOooooooooooopppppppps!
Quando, em algum lugar, alguém escreveu que haveria exclusão da lista
daqueles que não 'participam ativamente'?
Isso foi alguma falha de leitura e acredito que o Luis, em momento algum,
sugeriu isso.
Sem dúvida, se uma ou outra thread não for de minha alçada, simplesmente
leio e não emito opiniões (e quando o faço, inicio desculpando-me pela
acentuada ignorância).
Numa lista inscreve-se quem quiser (mesmo alguém cuja área de atuação seja
alheia a da lista) e participa ativamente 'quem puder'.
Posso entrar num estádio para assistir a um jogo, mas não me perguntem nomes
de times ou de jogadores e, muito menos regras do jogo, ... fui lá apenas
para ver as boas jogadas (e, se tiver boas chances, xingar o Juiz de
ladrão).
Oi Carmem ..... há boas jogadas no time da Ciência, vale a pena ver e
participar. Só não pode xingar nosso Juiz (moderador).

[]'
Léo
------------------------------------------------------------------------
-----Mensagem Original-----
De: Barbieri <nicar48@uol.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 16 de junho de 2000 15:31
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Organizacao (administrativa)


Por que razão não se pode ler somente as mensagens, sem ter que participar
das discussões?Deveria haver restrições à entrada para a lista dos que nau
fossem a área ou a condição de obrigatoriedade às decepções deveria ser
colocada no momento da inscrição.
nau sou da abria de física, na qual as decepções acontecem, mas acompanho
as decepções do modo como posso e acho interessante, portanto protesto
contra a exclusão da lista daqueles que nau participam ativamente!

Carmen






SUBJECT: AIDS
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/06/2000 18:30

Oi ciencialists,

gostaria que comentassem as críticas que fiz à entrevista:

http://www.uol.com.br/sexoteen/entrevista.htm

[]'s

Douglas

-----Mensagem Original-----
De: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
Para: <roselysayao@uol.com.br>
Enviada em: Terça-feira, 6 de Junho de 2000 20:08
Assunto: AIDS


Cara Rosely,

o Prof. Tapajós, entrevistado por você,
em vez de apenas alertar e
informar sobre o assunto, foi muito além, colocando opiniões pessoais
dele sem o menor valor científico e, pior, suas declarações soam de
maneira a causar pânico e até terrorismo na população, coisa altamente
indesejável e inadequada no meio científico.

Ele faz afirmações como:

"...você pode pegar o HIV chupando e sendo chupado. E também não
interessa o que você está chupando ou o que está sendo chupado, quer
dizer, o sexo das pessoas envolvidas..."

Pergunte ao Prof. Tapajós onde estão os resultados das pesquisas
científicas que lhe autorizam fazer tais afirmações.

Pergunte se ele conhece um único caso comprovado cientificamente de
transmissão da AIDS através de relação homossexual feminina.

Pergunte se ele conhece um único caso comprovado cientificamente de
transmissão da AIDS através do beijo ou da felação.

Ele continua afirmando:

"...se o vírus entrar em contato com a mucosa da sua BOCA, eu NÃO
POSSO GARANTIR que você vá se infectar..."

Lógico, ninguém pode garantir que se um vírus entrar em contato com
qualquer região do seu corpo, este vá se contaminar.

Continua:

"...Se você quer fazer sexo oral sem camisinha, ... Você precisa ter
um parceiro fixo, em quem você confia, e mesmo assim ainda está
correndo risco..."

Observe que ele generaliza para causar sucesso (ou pânico?).

Continua:

"...alguns livros até colocam as relações orais junto com penetrar, no
mesmo grau de hierarquia..."

Quais livros? São livros embasados em resultados de pesquisa
científica ou apenas baseados na narração de casos isolados, como nas
pseudociências?

Continua:

"...É mais seguro fazer sexo com penetração e com camisinha, do que
fazer sexo oral sem proteção..."

A comparação é cientificamente inadequada. Mera frase de efeito.

Continua:

"...Já apareceram provas cabais de que a mulher em período menstrual
aumenta a transmissão de doenças como o HIV, e já apareceram trabalhos
dizendo que não aumenta ... toda vez que uma informação é controversa,
a gente é obrigado a achar o pior. Ou seja, é obrigado a achar que
aumenta. É preciso se proteger para fazer sexo nesse período."

Em todos os períodos, em todos os locais, com todos os
parceiros...Observe a expressão pessimista!

Continua:

"...O HIV está ocupando a raça humana como o ar ocupa os espaços de
uma sala. Onde tem espaço, o HIV entra, e ele não tem moral..."

Comparação exagerada, assustadora, desinformativa.

Observe como ele inicia a resposta à sua pergunta:
'Tem gente que diz que o homem heterossexual não corre o risco de ser
infectado por uma mulher. É verdade?'

"Isso é uma grande besteira..."

Tal radicalismo é incompatível com o espírito científico.

Continua:

"Eu penso que pode chegar um dia em que alguém vai dizer: Nossa,
pai! Você transava sem camisinha? Que nojo!"

Pergunte a ele se não seria muito mais científico e animador dizer:
Vai chegar o dia em que haverá vacina e cura para a AIDS.

Recomendo a leitura do artigo: EFICÁCIA DA IMUNIDADE NATURALMENTE
ADQUIRIDA (INA) NA PROTEÇÃO CONTRA A AIDS E OUTRAS RETROVIROSES do Dr.
Ricardo Veronesi, Professor emérito de Doenças Infecciosas da FMUSP,
Consultor da OMS, Presidente honorário da Sociedade Brasileira de
Infectologia. Publicado na RBM-GINECOLOGIA E
OBSTETRÍCIA-VOL.VI-Nº2-ABRIL DE 1955.

Eu também acho que se deve usar a camisinha nas relações sexuais, mas
para tudo há exceções e comedimentos.

Abraços

Douglas











SUBJECT: Re: [ciencialist] Esclarecimentos gerais. (administrativa)
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/06/2000 00:26

Obrigado LRB.

Abraços do

Claudio Abreu

-----Mensagem Original-----
De: <lrb@if.ufrgs.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 16 de junho de 2000 15:18
Assunto: [ciencialist] Esclarecimentos gerais. (administrativa)


>
> Que confusao. :)
>
> O pessoal que nao participa ativamente da lista pode ficar tranquilo pq
> NAO serah excluido. Em momento algum mencionei isto. A minha intencao
> inicial era dar uma sacudida na lista, mas acho que o pessoal se assustou
> com a tentativa. :)
>
> Como jah mencionei em mail anterior, neste final de semana vou enviar um
> e-mail para cada um dos integrantes da lista... quem sabe ateh com um
> pequeno questionario... responde quem quiser. O unico objetivo eh eu ter
> uma melhor ideia do perfil dos integrantes da lista.
>
> Nao eh muito facil conseguir novos integrantes na lista e manter um
> numero adequado de pessoas. Pois sempre tem alguem que sai da lista e eh
> necessario manter um equilibrio. Nao eh viavel ter uma
> lista com 3000 pessoas e nem com 10. Precisamos encontrar um meio termo.
> Admito que em muitos momentos estavamos neste patamar e a lista ia muito
> bem, mas atualmente noto que falta algo e talvez a entrada de
> novos integrante poderia modificar isto.
>
> Eh muito dificil conseguir alguem interessado em participar de uma lista
> de discussao em ciencia. Quando convido, algumas pessoas dao alguma
> desculpa, outras prometem entrar e nunca aparecem, e por ai vai. :) Teve
> ateh uma ocasiao em que consegui anunciar a existencia da Ciencialist
> atraves do Jornal da Ciencia da SBCP (por e-mail). Isto resultou em umas
> 10 inscricoes e a maioria das pessoas que entraram naquela ocasiao
> reclamaram que a lista nao era seria, que a lista soh queria saber de
> piadinha e cairam fora. :/
>
> Qualquer tipo de exigencia para selecao dos integrantes iria
> desestimular o pessoal. A unica coisa que faco eh ter o cuidado de
> divulgar a lista nos lugares adequados, ou seja, nos lugares frequentados
> por pessoas que realmente se interessam por ciencia... tipo newsgroups de
> ciencia, foruns de ciencia pela internet, mail para webmaster de
> paginas pessoais sobre ciencia, conversas com pessoas interessados em
> ciencia no IRC...
>
> Ateh mais.
> Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist - tentando arrumar a
casa.
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] a intuição no processo do conhecimento
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/06/2000 01:55

-----Mensagem Original-----
De: Manuel Bulcão
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 16 de Junho de 2000 11:45
Assunto: [ciencialist] a intuição no processo do conhecimento


> Mesquita, o que você chama de intuição não seria aqueles processos de
> pensamento que se dão grosso modo no subconsciente (falei subconsciente, e
> não inconsciente freudiano) e cujos produtos finais irrompem na
> consciência sob a forma de insights?

Olá, Manuel

Meus conhecimentos em Psicologia não são nulos mas são bastante elementares.
Vejo a intuição como um processo, imagino mesmo etapas neste processo, mas
não saberia localizá-lo nem anatomicamente e, muito menos, psicologicamente.
Nesta minha visão a intuição seria mais do que o insight. Ela começaria,
digamos, pelo estranhamento, ou seja, pela percepção de alguma coisa
diferente e que jamais tínhamos notado. Entre esta percepção e o insight
podem-se passar segundos, horas, dias ou mesmo anos. Que nome dar ao
processo que vai da percepção ao insight? Creio que a intuição compreenderia
a percepção, o insight e o processo intermediário entre os dois. Por outro
lado, qual o papel da consciência quando a duração desse processo
(percepção --> insight) é, digamos, um ano? Neste caso, certamente tomamos
consciência do fato, mas não temos a resposta e sequer sabemos a causa exata
do nosso estranhamento. Acho que aí o subconsciente e o consciente devem
entrar em comunicação mesmo antes do insight. Mesmo que, e acredito que
assim seja, o processo que irrompe na consciência sob a forma de insight se
dê no subconsciente. Por outro lado, quando o processo dura segundos ou
minutos, é possível que ele passe do subconsciente para o consciente já sob
a forma de insight. Também não sei até que ponto, e após o insight, poderia
dizer que o processo intuitivo está concluído. Às vezes parece-me que não! O
insight nem sempre é uma resposta definitiva (aliás, com grande freqüência
não é) e necessita de um processo racional para ganhar forma. O que
caracteriza o insight é aquela certeza de que chegamos ao problema mas não à
solução. E, como eu digo, só existe problema quando existe solução. Ou seja,
o insight é a certeza de que chegaremos à solução, agora por uma via
racional. Então, e neste caso, o que caracterizaria o insight seria a
descoberta da via de raciocínio a ser seguida para chegarmos à solução. E é
por isso que essa etapa final tem que se passar no nível consciente.

Devo ter dito muita asneira, mas é como vejo ou como sinto o processo.
Sinto-me como um paciente que foi se queixar ao médico de suas dores de
cabeça e durante a entrevista contou toda a história de sua doença ao
médico. Espero que meu depoimento possa ser útil para algum especialista no
assunto.

Grato pelo elogio e, quanto aos seus dois textos, faço minhas as suas
palavras: excelentes.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Ressonância
FROM: "Rafael Cisneiros Lenine" <rafa-rbn@rio.matrix.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/06/2000 21:12

Listeiros.

Boa Noite

Certa vez, vi uma questao (caiu no vestibular da UFMG) que me deixou sem
muitas alternativas de resposta. A pergunta era: O QUE É RESSONÂNCIA?
Bom, eu imagino que, uma Impadância zero gere uma ressonância. Eu nao sei
bem responder a esta questao, nao sei se isso que falei (da impedancia 0)
está correto, mas sei que, por exemplo, quando um ônibus está parado, com o
motor em funcionamento e há aquela "trepidação" dos vidros, isto é uma
ressonância, correto?
Bom, gostaria de obter uma resposta correta para esta questão, já que meus
companheiros de turma (estou no 1º do curso de física-médica, na Faculdade
Souza Marques-RJ) nao souberam me explicar claramente.
Se alguém souber e puder me dar uma ajuda, agradeço!!!

[]´s a todos

Rafael C. Lenine


SUBJECT: Re: [ciencialist] Resson�ncia
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/06/2000 22:56

Rafael Cisneiros Lenine wrote:

> Certa vez, vi uma questao (caiu no vestibular da UFMG) que me deixou sem
> muitas alternativas de resposta. A pergunta era: O QUE É RESSONÂNCIA?
> Bom, eu imagino que, uma Impadância zero gere uma ressonância. Eu nao sei
> bem responder a esta questao, nao sei se isso que falei (da impedancia 0)

Nada a ver, diretamente, com impedâncias sendo zero ou não zero.

> está correto, mas sei que, por exemplo, quando um ônibus está parado, com o
> motor em funcionamento e há aquela "trepidação" dos vidros, isto é uma
> ressonância, correto?

É sim. Eu diria o seguinte, sem nada de técnico ou específico:
Muitos sistemas naturais apresentam certas "freqüências naturais", em
que tendem a oscilar se excitados por um estímulo externo.
Eles oscilam nestas freqüências, mantendo a oscilação por algum tempo,
mesmo depois de cessado o estímulo.
Exemplos mecânicos usuais são instrumentos musicais, como um sino, uma
corda em um piano ou um violão, um tambor, etc.
Se estes sistemas forem excitados por uma excitação periódica com
freqüência próxima a uma freqüência natural, eles tendem a gerar uma
cópia
amplificada da excitação. Isto é "ressonância".
O vidro do ônibus treme pois a estrutura tem uma freqüência natural
próxima a alguma vibração gerada pelo motor. Note que a vibração somente
ocorre com o motor em uma (ou mais de uma) faixa estreita de
velocidades.
Cole um peso no vidro e a vibração para, pois a freqüência de
ressonância
muda. Coloque algo para amortecer a vibração e ela se reduz, por ter
sido reduzido o fator de amplificação, ou "fator de qualidade" do
sistema ressonante.
A idéia da "impedância baixa", sem referências à eletricidade, onde o
têrmo se aplica, aparece quando se considera que pouco
esfôrço é aparentemente requerido para fazer um sistema destes oscilar
em uma freqüência natural. Um exemplo é que é fácil mover um pêndulo
pesado em sua freqüência natural, fazendo-o amplificar um movimento
periódico aplicado a ele por entrar em ressonância, mas difícil
fazê-lo se mover em outras freqüências, onde o análogo mecânico de
sua impedância é maior.

Antonio Carlos M. de Queiroz



SUBJECT: perimetro de um setor de parabola
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <philox@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/06/2000 03:40

Alguem pode me ajudar com este problema?

Rodrigo


SUBJECT: Uauuuuuuuu ......
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/06/2000 05:54


Vcs estarão recebendo essa mensagem antes que eu a envie.
[]
'Léo

Jornal O Estado de S Paulo - 30/05/00
http://www.estado.com.br/editorias/2000/05/30/ger738.html

Terça-feira, 30 de maio de 2000

Raio supera limite da velocidade da luz
Físicos conseguem criar pulso luminoso 300 vezes mais veloz que os 300 mil
km por segundo
JAMES GLANZ

The New York Times

NOVA YORK - Duas experiências estão mostrando como é enganosa a visão de que
nada pode viajar a uma velocidade superior à da luz (300 mil quilômetros por
segundo) e que, se algo superar esse limite, a teoria de Einstein cairá por
terra. Usando efeitos atômicos e eletromagnéticos, pesquisadores produziram
raios de luz que parecem superar em muito a velocidade da luz. A teoria de
Einstein sobrevive, mas os efeitos da experiência são perturbadores.

O físico Lijun Wang, do NEC Research Institute, de Princeton, fez com que um
pulso de luz atravessasse uma câmara transparente cheia de césio gasoso a
uma velocidade 300 vezes maior que os 300 mil km/s. Isso é tão rápido, que a
maior parte do pulso sai da câmara antes mesmo de entrar nela. É como se
alguém em casa, espiando pela janela, visse um homem escorregar e cair na
rua muito antes que as pessoas na calçada observassem o mesmo evento - é uma
prévia do futuro. Mas a teoria de Einstein sobrevive porque o efeito jamais
poderia ser utilizado a tempo de impedir um evento - o escorregão do homem
na rua.

O trabalho de Wang, que está sendo avaliado para publicação pela revista
Nature, é apenas o mais espetacular de uma série de experimentos que
produziram velocidades superiores à da luz em vários materiais. O principal
objetivo é encontrar uma brecha na teoria de Einstein e utilizar o efeito em
aplicações práticas, como aumentar a rapidez de circuitos elétricos.

No Conselho Nacional de Pesquisa da Itália, Daniela Mugnai, Anedio Ranfagni
e Rocco Ruggeri descreveram a propagação de microondas pelo ar a velocidades
levemente superiores a 'c', a velocidade da luz, de acordo com trabalho
publicado na edição de maio da Physical Review Letters.




SUBJECT: Re: [ciencialist] a intuição no processo do conhec imento
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/06/2000 12:57

Olá, Mesquita e lista

O Mesquita falou: <<Newton contemplou a natureza com conhecimentos
adquiridos em seus estudos, o que é diferente de "observar" um fenômeno sem
conhecimento algum>>

Com certeza observamos o mundo não apenas com nossos sentidos, mas também
com a memória. Percepção = sensação + memória.

Sabe-se, no entanto, que temos dois tipos de memória: uma memória que se
forma no transcurso da vida individual, mediante a interação do indivíduo
com o meio e através do processo de aprendizado; e uma outra memória, mais
primitiva, que se transmite de uma geração a outra por meio da herança
genética.

Trata-se esta última de uma memória "arquetípica", que começou a se formar
no exato momento em que o primeiro organismo vivo surgiu sobre a face da
Terra (logo, uma memória que, em larga medida, é anterior ao gênero humano),
e por meio daqueles mecanismos mais gerais: a mutação genética e a seleção
natural.

Essas informações arquetípicas do meio ambiente que, antes de constarem no
cérebro, já estavam presentes nos genes, constituem aquele conhecimento "a
priori" da realidade ("a priori" com relação ao indivíduo, frise-se) que,
para a imensa maioria das pessoas, é inquestionável.

Quando falo em intuição, refiro-me àquela percepção do mundo intimamente
associada à esse conhecimento inato: um conhecimento cuja função é orientar
o indivíduo "dentro das fronteiras do seu habitat" e que é, portanto, "um
instrumento de sobrevivência".

Essas informações genéticas são, para nós, "evidências" (para Descartes, a
intuição é a visão da evidência). Mas tais evidências, tais verdades
"apriorísticas" são, em larga medida, verdades "regionais", isto é, verdades
atinentes aos fatos do nosso mundo mediano (alguns diriam, newtoneano),
situado entre o mundo dos quanta e o dos aglomerados de galáxias. É por isso
que os físicos, ao estudarem o mundo subatômico ou a macroestrutura do
espaço-tempo, devem ter o máximo cuidado com sua intuição "primária".

Claro que podemos falar de uma intuição "secundária", associada aos
conhecimentos "culturais" que obtemos graças à nossa interação com o mundo
ou que nos são transmitidos pela sociedade através da linguagem.

A intuição "secundária", ao meu ver, e neste ponto também concordo com o
Mesquita, não é um ato, mas um "processo" perceptivo subconsciente (nada a
ver com "inconsciente") em que o sujeito se vale mais da imagem e menos do
conceito. Ademais, a intuição é um raciocínio não tanto por indução ou por
dedução, mas por "abdução".

A "abdução" é um raciocínio por analogia. Foi o semioticista Peirce quem
primeiro utilizou o termo "abdução" para designar esse tipo de raciocínio,
que em inglês significa "rapto", "rapinagem". Umberto Eco, em seu ensaio A
Abdução em Uqbar, explica essa modalidade de operação mental do seguinte
modo: "Se tenho um resultado curioso num campo de fenômenos ainda não
estudado, não posso procurar uma Lei daquele campo (…). Preciso ‘raptar’ ou
‘tomar emprestada’ uma lei noutro lugar. Como vêem, devo raciocinar por
analogia."

Em um ensaio que escrevi há uns sete anos (e que jaz incompleto e a criar
bolor em algum lugar do meu disco rígido), tem um trecho em que falo das
"abduções de Darwin". Sabe-se que o grande "insight" de Darwin adveio após
ter ele lido o livro de Malthus sobre população. Segue o texto:

<<Darwin, ao regressar da sua viagem a bordo do Beagle, e tendo em mãos uma
riquíssima coletânea de dados a respeito da fauna e da flora de várias
regiões do mundo, pôs-se então a refletir mais acuradamente sobre aquilo
tudo. Mas, diante de tão rico catálogo, seu cérebro reagia não como uma
tábula rasa; ao contrário, por trás da rigorosa análise científica dos fatos
operava, também, a sua intuição, ou seja, aquilo que Edmond Husserl chamou
de consciência antepredicativa, esta muito mais sintética do que analítica,
e que, segundo as palavras de André Dartigues, define-se como "o liame que
liga a ciência ao mundo da vida, isto é, ao mundo cotidiano em que vivemos,
agimos, fazemos projetos, entre outros, o da ciência, em que somos felizes
ou infelizes." Pois bem, o mundo cotidiano de Darwin — que, com toda
certeza, funcionou como pano de fundo da sua pesquisa — não era outro que a
industriosa Inglaterra do Século XIX; um mundo caracterizado por um
dinamisno jamais visto, dinamismo este fundado em leis tão objetivas quanto
as que presidem o movimento dos astros, o que equivale a dizer que não foram
criadas "deliberadamente" pelo homem (ou seja, não foram outorgadas à
sociedade pelas suas instituições de estado). Em outros termos, o mundo de
Darwin é este nosso mundo capitalista regido pelas "férreas" e impiedosas
leis da oferta e da procura; leis que, como as regras de qualquer jogo de
azar, dividem os homens em vencedores e perdedores (estes a grande maioria);
que transformam a sociedade humana num cruel campo de batalha, mas que,
graças aos antagonismos que criam, reproduzem sempre de uma forma ampliada a
riqueza dos homens, conferindo deste modo à história um sentido que ela
antes não tinha: o sentido do progresso.

<<A abdução de Darwin consistiu, pois, em atribuir à vida em geral o modus
vivendi dos seus compatriotas; ele entreviu no mundo tumultuoso das
criaturas vivas a mesma luta encarniçada pela existência e a "sobrevivência
dos mais aptos" que então imperava em sua Inglaterra vitoriana. Aquela
ilação de Adam Smith que, em resumo, traduz-se na máxima "cada um por si e o
mercado por todos" foi reelaborada muito criativamente por Darwin, que
passou a enunciá-la mais ou menos nos seguintes termos: na natureza, cada
organismo vivo age "egoisticamente", isto é, unicamente em benefício próprio
e tendo por meta otimizar a propagação do seu plasma germinativo — tal como
o homo oeconomicus que subordina a sua vida à consecução de um único
objetivo: a maximização do lucro da sua atividade empresarial —. Quanto à
harmonia do Todo, a ordem que jaz sob a desordem aparente da biosfera, o que
a garante é um mecanismo denominado "seleção natural" — o equivalente
biológico das leis do mercado —, que, como a própria expressão sugere,
consiste em que, nesse conflito que envolve todos os viventes, somente os
mais aptos sobrevivem e conseguem disseminar seus genes, ao passo que os
inaptos ou são mortos e comidos ou então são transformados em objeto de
exploração (uma analogia aos resultados da concorrência intercapitalista, a
saber: a quebra e subseqüente proletarização dos ineficientes, a
distribuição desigual da riqueza, etc.).>> (Manuel Bulcão; A Gênese do
Sentido)

Abraços,
Manuel Bulcão





SUBJECT: Re: [ciencialist] a intuição no processo do conhec imento
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/06/2000 14:31

Olá Manuel e listeiros,
com a palavra, Léo, um tributo à ignorância.

Apreciei seu texto e esmerado desempenho final. Permita-me um relance.

O amigo e professor T.N.O.Folmer-Johnson, em seus ensinamentos, insistia:
"Quando um conceito não lhe é absorvido totalmente, decore-o. Uma vez
decorado estará permanentemente à disposição para, a cada minuto, retornar a
ele.". Muitas vezes segui isso e não posso reclamar de alguma ineficiência
da técnica.
Associado a isso vejo a intuição mais ligada ao empenho, à dedicação e, o
insight uma decorrência imediata. Na onda das loiras-burras diria, imagine a
loira num shopping, examinando alças de bolsas que combinem com as tiras de
seu sapato e num dado momento diz "céus, ao passar a vista de uma cor para
outra tive um vislumbre de uma nova imagem, será algum padrão relacionado ao
tempo de saturação de um dos sensores ópticos?". A chance disso acontecer é
remota.
Ao lado dela um físico, no balcão das calças jeans: "espertinhos, para
realçar o azul do jeans usam lâmpadas fluorescentes e para realçar o tom das
carnes usam lâmpadas incandescentes; deve ter um especialista nisso a soldo
do shopping.". Isso é plausível de acontecer.

Quando entro no laboratório, desligo-me daquele outro mundo, minha atenção
fica completamente voltada ao que faço, um empenho total nas observações,
cada manifestação, cada ruído, cada alteração disso ou daquilo ... uma
atenção deveras cansativa. Todos meus sentidos estão voltados para a coisa.
Os acontecimentos vão se desenrolando e, a cada passo, uma explicação é
associada. Minha intuição diz que algo que fiz não vai funcionar, ainda não
sei exatamente o porque. Paro, acomodo-me, sigo mentalmente cada passo dado
e ..... ahhhhhh! aquele brilho interno salta de relance. É a polaridade da
luz! Eta Brewster bom de tangente!

Intuição vejo como sinônimo de dedicação ao tema.
O brilho interno, o despertar do porque é sua conseqüência imediata, função
de um lastro adquirido (que pode simplesmente não ocorrer).

[Ninguém intui nada no campo do outro. O dia que tiver alguma intuição e
posterior insight sobre bolsas de valores, podem ter certeza ... o Léo
pirou!]

Como eu iniciei, termino ignorante no assunto.

[]'
Léo

De: <msbn@daterranet.com.br>
Assunto: Re: [ciencialist] a intuição no processo do conhec imento


Olá, Mesquita e lista

O Mesquita falou: <<Newton contemplou a natureza com conhecimentos
adquiridos em seus estudos, o que é diferente de "observar" um fenômeno sem
conhecimento algum>>

Com certeza observamos o mundo não apenas com nossos sentidos, mas também
com a memória. Percepção = sensação + memória.

.....................................





SUBJECT: Re: [ciencialist] a intuição no processo do conhec imento
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/06/2000 14:46

Olá,

O paleontólogo Stephen Jay Gould tem um excelente ensaio sobre o
indutivismo, o eurekaísmo, o raciocínio por analogia e a teoria da evolução
de Darwin. O ensaio intitula-se "A Trajetória Mediana de Darwin" (O Polegar
do Panda; Gradiva; págs. 65/76). Aliás, o meu texto sobre as abduções de
Darwin baseia-se neste brilhante ensaio do Gould.

Destaco aqui uma sentença de Gould, extraída do ensaio "supra": -- "Se o
gênio tem algum denominador comum, eu proporia grande abertura de interesses
e capacidade de construir frutuosas analogias entre campos diferentes."
(idem, ibidem, p. 73)

Abraços,
Manuel Bulcão





SUBJECT: Pérolas sobre os florais
FROM: "Michelle S. De Marco" <misdm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/06/2000 17:26


Sei que já houve muita discussão sobre o tema aqui (principalmente por
parte do Daniel) mas , ao ler essa reportagem não resisti...

O poder está na essência
Juliane Zaché

(...)
A mais nova evidência acaba de chegar às livrarias: Florais, uma Alternativa
Saudável, obra que reúne oito estudos comprovando seu sucesso em diversas
doenças — todos realizados em instituições científicas consagradas.
“É uma vitória”, comemora Maria Júlia Paes da Silva, professora de
Enfermagem na Universidade de São Paulo (USP) e uma das coordenadoras da
publicação. “Não dá mais para separar corpo e mente”, desabafa. E quem
entende de florais diz que eles funcionam porque não fazem essa divisão

(...)
Um dos trabalhos avaliou 22 mulheres entre 45 e 55 anos que já estavam em
plena menopausa ou sentiam a chegada dos seus sintomas, como depressão e
fogachos, as ondas de calor. Elas tinham de escolher, entre 32 fotos de
flores, as três que mais lhes agradavam.

Os especialistas em florais explicam que a decisão sobre as imagens
preferidas é feita pelo lado emocional do indivíduo. Pura crendice ou forte
intuição? Parece que a resposta é a segunda opção. “A maioria das
voluntárias escolheu uma flor chamada crab apple”, conta a assistente-social
Marise Patané, do Hospital Geral Vila Penteado, em São Paulo. “Ela é tida
como capaz de preparar a pessoa para uma nova fase da vida.”

(...) A teoria dos florais se baseia na idéia de que as essências têm a
capacidade de vibrar dentro do corpo e resgatar o que há de melhor nas
pessoas, buscando o equilíbrio interior delas

Outro estudo realizado em São Paulo verificou a capacidade dos florais de
estimular a criatividade infantil. Primeiro, 14 garotos, entre 7 e 14 anos,
fizeram um auto-retrato. “Os desenhos saíram sem muito conteúdo”, conta a
terapeuta paulista Diva Vieira dos Santos.

Os meninos passaram um mês tomando florais com essências, digamos, para dar
asas à imaginação. Então, seus rabiscos ganharam outro tom: eram bem mais
coloridos e expressavam como cada um dos autores se via no mundo.

(...) Os terapeutas costumam recomendar 4 gotas dos florais cinco vezes ao
dia — “Quem aumenta essa dose por conta própria ou por indicação errada não
vai se prejudicar”, explica Alexandre Milion. “Mas as gotas extras não fazem
efeito.”

Após algum tempo pingando as gotinhas na boca — um ano aproximadamente —
costuma surgir o que os especialistas denominam crise da cura.

“Os florais despertam um processo de autoconhecimento no qual as emoções
ficam à flor da pele”, diz Thais Delboni. “O paciente tem acessos de choro e
até fica deprimido.” As emoções extravazadas assustam. Mas soltá-las
consolida os resultados da terapia.

Quando o indivíduo começa o tratamento é muito comum passar a sonhar mais
nos primeiros meses. “Isso porque os florais atuam no inconsciente,
resgatando as lembranças e liberando tudo o que estava travado”, explica
Olympia Vieira Gimenes

Em alguns casos, as essências causam efeitos colaterais. “É raro, mas há
mulheres que tomam a essência de crab apple e ficam com a pele empipocada”,
diz Maria Julia. Infelizmente, o que mais acontece é a perda do efeito das
gotinhas. Um floral precisa de certos cuidados especiais. Nunca se deve
guardar o seu vidrinho perto de produtos com cânfora nem próximo a aparelhos
que emitam campos eletromagnéticos, como os telefones celulares. Se isso
acontecer, a energia do medicamento é anulada.

(...)

Existem vários sistemas de florais — da Califórnia, do Alasca, de Saint
Germain... Este, apesar do nome francês, nasceu em São Bernardo do Campo, na
grande São Paulo. Todos eles guardam uma característica em comum: usam
flores típicas da região de origem. Os florais de Minas são feitos de
espécies mineiras e assim por diante. “Acho importante que as pessoas se
tratem com as essências da sua região, porque elas acabam tendo mais a ver
com a sua personalidade”.

[]´s

Michelle









SUBJECT: revisando e-mails... o que é espermacete
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/06/2000 15:34

Salve amigos,
no livro de bioquímica do Lehninger está escrito que o espermacete é um
órgão que contém uns ácidos graxos insaturados e que pesa uns 18000 kg. No
mais, é o mecanismo de certas baleias (cachalotes) para ficar no fundo do
oceano (abaixo de 1 km) esperando paradas por um cardume de lulas... pelo
que me parece o ácido graxo (longa cadeia de carbonos) solidifica aumentando
a densidade do bicho... bem, é por aí. É vendido como lubrificante.

É o que achei.
Abraço,
Benjamin Hinrichs




SUBJECT: Noticias Geologicas
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/06/2000 19:25

1. Pesquisadores acham açúcar no espaço

A busca por vida no espaço pode ficar mais doce, com a descoberta da
primeira molécula de açúcar no espaço.

O açúcar, identificado como um glicolaldeido, foi encontrado numa nuvem
gigante de gás e poeira, próxima ao centro da Via Láctea, com a ajuda de um
radiotelescópio da Fundação Nacional de Ciência dos EUA.

"A descoberta desse açúcar em uma nuvem precursora de estrelas indica que
substâncias químicas que dão origem à vida podem ter sido formadas antes do
surgimentos dos planetas", disse Jan Hollis, da Nasa, agência espacial
norte-americana.

Fonte: Folha de SP
--------------------------------------------------------------------
2. Sal revela água no início do Sistema Solar, dizem cientistas

WASHINGTON -- Cristais de sal retirados de um meteorito revelaram que os
planetas começaram a formar-se no Sistema Solar muito antes do que se
pensava e que eram muitas vezes locais quentes e úmidos, segundo afirmaram
cientistas da Universidade de Manchester e do Museu de História Natural de
Londres.

Os cristais do meteorito Zag, encontrado em Marrocos em 1998, podem ser a
matéria mais antiga até agora descoberta.

Os cientistas britânicos calculam que o sal se originou dentro de um
período de dois milhões de anos após o nascimento do Sistema Solar, formado
pela poeira cósmica há 4,6 bilhões de anos.

No estudo publicado pela revista Science, o elemento crucial dos cálculos
realizados por James Andrew Whitby, Jamie Gilmour e sua equipe para datar o
fragmento de rocha, que provavelmente soltou o meteorito, foram pequenos
traços deixados por gases.

"O sal é muito provavelmente resultado de uma evaporação, que significa que
a água passou pela rocha e era água salgada," disse Gilmour em entrevista.

"Isso nos revela que havia água no asteróide de onde veio nos primeiros
milhões de anos do Sistema Solar.

Isso sugere que havia as condições consideradas propícias à vida, pelo
menos em alguns lugares no Sistema Solar, logo depois de que começou a se
condensar no Sol, planetas e asteróides 4,57 bilhões de anos atrás.

"A temperatura na qual pode haver vida é essencialmente a temperatura na
qual a água pode se tornar líquida," explicou Gilmour. "A halita (sal gema)
revela que a água era líquida."

Mas isso não significa que provavelmente existiu vida, afirmou o cientista,
acentuando que há uma grande diferença entre condições favoráveis para
vida e a vida surgir de fato.

Fonte: CNN
http://www.cnnemportugues.com/2000/tec/06/09/sal/index.html
=============================================
3. As Vidas secretas dos vulcões de Io

A análise detalhada das últimas imagens da lua de Júpiter, Io, revelaram um
mundo colorido e activo, cheio de surpresas, de acordo com cinco relatórios
publicados recentemente na revista Science, relatórios esses que se baseiam
nos mais recentes dados enviados pela nave Galileu e obtidos pelo
telescópio espacial Hubble.

Os relatórios descrevem plumas eruptivas gigantes em migração com os fluxos
de lava, depósitos verdes e vermelhos que se alteram à medida que os
compostos instáveis de enxofre se condensam a partir de enormes plumas e
ainda montanhas que podem dividir-se, afastando-se centenas de quilómetros.

As observações efectuadas pela nave Galileu ao vulcão Prometeu revelam um
campo vulcânico similar aos vulcões do Havai, mas mais activo e muito
maior. Prometeu apresenta uma pluma de gás e partículas com 80 quilómetros
de altura, em erupção a partir do extremo final do fluxo de lava, mais ou
menos num ponto que corresponderia a onde os fluxos de lava do Havai entram
no oceano.

Esta é a pluma mais activa de Io. O seu tamanho e a sua forma têm-se
mantido constantes, pelo menos desde 1979, embora a localização da pluma se
tenha deslocado cerca de 85 quilómetros para ocidente entre 1979 e 1996.

"A chaminé principal do vulcão não se moveu, mas a pluma sim" afirmou a
Dra. Rosaly Lopes-Gautier do Laboratório de Propulsão a Jacto da NASA, em
Pasadena, na Califórnia, Estados Unidos, co-autora de um dos relatórios.

"Este tipo de comportamento nunca foi observado na Terra", disse a Dra.
Susan Kieffer, da Kieffer Science Consulting, Inc., do Ontário, Canadá,
primeira autora de outro dos relatórios apresentados na Science. Kieffer e
os seus colegas sugerem que a pluma do vulcão Prometeu é alimentada quando
um "campo de neve" de dióxido de enxofre e/ou enxofre se vaporiza debaixo
do fluxo de lava e o material irrompe através de uma conduta do fluxo de
lava.

Os cientistas têm especulado que o material vermelho brilhante presente em
Io tem origem na condensação de formas instáveis de enxofre a partir do
próprio enxofre na forma gasosa. Ao combinarem os resultados da nave
Galileu com os do telescópio espacial Hubble, os cientistas aprenderam mais
sobre o papel do enxofre nos vulcões de Io.

Enquanto a nave Galileu efectuava o primeiro dos seus três recentes
sobrevoos sobre Io, em Outubro de 1999, o Hubble explorava a lua de Júpiter
com o seu espectrógrafo de ultravioletas, de forma a medir a composição dos
gases que se escapavam dos vulcões de Io.

O Hubble detectou assim uma surpresa - uma nuvem de gases sulfúricos com
350 quilómetros de altura, na pluma ejectada pelo vulcão Pele.

O gás de enxofre é de um tipo específico, com os átomos de enxofre reunidos
aos pares, composição que nunca antes tinha sido observada em Io; estas
moléculas apenas são estáveis nas altas temperaturas encontradas no
interior das gargantas dos vulcões de Io.

Quando estas moléculas caem na superfície gelada de Io, a cerca de -160
graus Celsius, longe dos vulcões, provavelmente recombinam-se em moléculas
maiores com três ou quatro átomos de enxofre.

Os últimos tipos de enxofre são vermelhos, por isso, os resultados
deduzidos a partir das observações do Hubble explicam o anel de 1.200
quilómetros de diâmetro de detritos vermelhos que rodeia Pele.

"Estas descobertas do Hubble deverão ajudar os cientistas a compreender a
química do interior de Io" disse o Dr. John Spencer, do Observatório de
Lowell, em Flagstaff, no Arizona, Estados Unidos, líder da equipa que
publicou dois dos artigos da Science.

A Galileu encontrou muitas outras manchas vermelhas mais pequenas perto dos
vulcões activos de Io, onde este processo de conversão do enxofre também
terá, provavelmente, lugar.

Os depósitos vermelhos encontram-se junto de caldeiras ou vulcões, onde a
lava surge primeiro à superfície, frequentemente distantes das plumas como
a de Prometeu, onde os fluxos de lava aparentemente vaporizam os materiais
da superfície.

A composição dos materiais verdes brilhantes de Io tem constituído um
quebra-cabeças para os investigadores. Em alguns locais parece que quando
os materiais vermelhos são depositados sobre fluxos de lava recentes,
especialmente na base das caldeiras, se transformam em material verde.

É possível que as superfícies estejam ainda quentes, o que acelera a
transformação dos tipos vermelhos de enxofre e a sublimação do dióxido de
enxofre. Ambos os materiais, verdes e vermelhos, adquirirão finalmente a
cor amarelo pálido característica do enxofre vulgar, composto de anéis de
oito átomos de enxofre.

Apesar de Io ser o corpo vulcanicamente mais activo do Sistema Solar, as
suas montanhas, que chegam a atingir 16 quilómetros de altura, não são
vulcões. Não têm chaminés vulcânicas ou fluxos de lava; em vez disso,
aparentam ser pedaços gigantescos de crosta empurrados para cima.

As depressões gigantes presentes em Io têm sido interpretadas como
caldeiras formadas pelo colapso da superfície sobre câmaras de magma
vazias. Ao contrário das caldeiras terrestres, muitas das depressões de Io
têm margens extremamente rectilíneas, cantos aguçados e situam-se junto a
montanhas.

Novas imagens da depressão de Hi'iaka Patera e das montanhas adjacentes
parecem mostrar duas montanhas que se separaram e afastaram cerca de 145
quilómetros, formando uma bacia semelhante ao Vale da Morte existente na
Califórnia, Estados Unidos.

Isto é surpreendente, visto que este tipo de movimentos laterais de tão
grande escala são causados, na Terra, pela tectónica de placas, mas não
existem sinais de que ocorra um processo similar em Io.

"Consideramos mais provável que os movimentos laterais sejam causados por
"plumas" de manto rochoso, muito quente, que se movimentam em sentido
ascendente no interior profundo de Io", disse o Dr. Alfred McEwen da
Universidade do Arizona, em Tucson, Estados Unidos, co-autor de um dos
artigos agora publicados.

As imagens e gráficos explicativos que acompanham a notícia original podem
ser vistos em:
http://science.nasa.gov/headlines/y2000/ast19may_2.htm?list


Os pais e educadores poderão também consultar a página da NASA "Aula das
Quintas-Feiras" com planos e actividades sobre este tema. Esta página, em
inglês, encontra-se em:
http://www.thursdaysclassroom.com/index_07oct99.html

Fonte: Jornal do Observatório Astronómico de Lisboa
=============================================
[]'
Léo



SUBJECT: que está sendo feito?
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/06/2000 21:00

Aos entusiasmados pela pesquisa chega esta pergunta:
o que vem sendo feito para esclarecer o mecanismo da formação da ferrugem?
qual a dificuldade em explicar o fenômeno e o que já se sabe a respeito?

Abraço,
Benjamin Hinrichs




SUBJECT: Re: [ciencialist] que está sendo feito?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/06/2000 08:51

Nosso Mestre Oxidante é o LRB. Com a palavra.
[]'
Léo

-----Mensagem Original-----
De: Benjamin Hinrichs <hinsoft@sinos.net>
Para: Ciencialist <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 20 de junho de 2000 21:00
Assunto: [ciencialist] que está sendo feito?


Aos entusiasmados pela pesquisa chega esta pergunta:
o que vem sendo feito para esclarecer o mecanismo da formação da ferrugem?
qual a dificuldade em explicar o fenômeno e o que já se sabe a respeito?

Abraço,
Benjamin Hinrichs





SUBJECT: Re: [ciencialist] revisando e-mails... o que é espermacete
FROM: Wilson Baptista Junior <wilson@bis.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/06/2000 08:53

Olá Benjamin,

At 15:34 20/06/00 -0300, you wrote:
>Salve amigos,
>no livro de bioquímica do Lehninger está escrito que o espermacete é um
>órgão que contém uns ácidos graxos insaturados e que pesa uns 18000 kg. No
>mais, é o mecanismo de certas baleias (cachalotes) para ficar no fundo do
>oceano (abaixo de 1 km) esperando paradas por um cardume de lulas... pelo
>que me parece o ácido graxo (longa cadeia de carbonos) solidifica aumentando
>a densidade do bicho... bem, é por aí. É vendido como lubrificante.

18.000 Kg não está um pouco exagerado? Um cachalote inteiro não deve pesar
muito mais do que isso...
Se não me engano o espermacete fica numa cavidade do crânio do cachalote.
Um abraço.
Wilson


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Wilson Baptista Junior
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SUBJECT: Re: [ciencialist] que está sendo feito?
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/06/2000 11:21

> Aos entusiasmados pela pesquisa chega esta pergunta:
> o que vem sendo feito para esclarecer o mecanismo da formagco da ferrugem?

Nao sei se entendi direito o sentido do questionamento. Mas vou
responder assim mesmo. :)

Pelo que entendi a pergunta estah se referindo a corrosao do ferro
(ligas e outros metais). Bem... sao varias as causas de corrosao do ferro e
ligas, e que modificam *muito* em relacao ao meio e as condicoes do metal.

Se o metal estah sob tensao o processo de corrosao se darah de forma
diferente, tanto eh que na area de corrosao ha todo um estudo a parte
chamado de corrosao sob tensao. Tambem ha corrosao causada por
microorganismos, jah nessa area eu nao tenho muitos conhecimentos. :)

Soh dentro da 'classe' do ferro temos grandes diferencas quando
consideramos ferro puro ou aco inoxidavel. As variacoes de intervalo de
estabilidade sao muito grandes e, por exemplo, pequenas variacoes de
outros compostos adicionados ao metal variam muito as propriedades
quimicas e mecanicas.

Um grande vilao, principalmente para o ferro, eh o cloreto (normalmente
na forma da NaCl), pois este causa corrosao por pites. Pites sao os
'buraquinhos' que aparecem na superficie do metal, e que sao originados
da corrosao localizada no metal. Soh em estudos de pites a gama de
conhecimento eh enorme, podendo ser identificada a sua gravidade e origem
pela forma com que esse pit se apresenta, por exemplo, se ele eh
generalizado pela superficie mas pouco profundo, ou eh em poucas partes
dometal mas de 'grande' profundidade podendo assim gerar problemas de
fragilidade.

Uma importante ferramenta no estudo da corrosao sao os diagramas de
POURBAIX, que apresentam zonas de estabilidade (passividade), dissolucao,
formacao de oxidos,... para varios metais em condicoes basicas... tipo
agua a temperatura ambiente. Esse diagrama eh representado como um
grafico de pH X potencial. Mas eh importante lembrar que este diagrama
apenas dah uma ideia da termodinamica do processo, ficando de fora a
cinetica do mesmo. Assim este serve apenas como um ponto de
partida na analise de uma situacao problema.

Acho que vou parar por aqui... Se alguem tiver mais alguma pergunta eh
soh mandar. :) Desculpe pela enrolacao... acho que confundi mais do que
expliquei, mas eh que a area eh muito ampla para se explicar em um
simples e-mail.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna.






SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] que está sendo feito?
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/06/2000 14:17

On Wed, 21 Jun 2000, Benjamin Hinrichs wrote:
> Ola Luis,
> reformulando minha pergunta, imagine uma liga metalica de apenas Ferro.
> Digamos que seja totalmente pura, purificada por sabe-se la que mitodo do
> qual nco dispomos.

Eh possivel ter ferro bastante puro, se nao me engano o ferro que
utilizei em minhas pesquisas era 99,999% puro. Soh que quanto maior a
pureza, mais caro. A empresa mais conhecida e especializada em metais com
composicoes especificas e adequados para pesquisas eh a Goodfellow.

>A minha pergunta i, qual a grande dificuldade de se
> estabelecer como ocorre (qual a cinitica molecular envolvida) se conseguimos
> com outros elementos, isto i, o que o Fe tem que os outros nco tjm... espero
> ter sido um pouco mais claro.
> Onde posso conseguir os diagramas de POURBAIX?
> Abrago,
> Benjamin Hinrichs

Vou tentar responder... se eu ainda nao consegui achar a sua duvida me
avise.

Nao eh soh o ferro que sofre processos corrosivos, um bom exemplo eh o
cobre que em contato com meios agressivos ou ateh mesmo a humidade
ambiente, pode apresentar corrosao.

Um outro exemplo interessante sao os latoes, que sao ligas de cobre e
zinco. Nestes casos quando o latao sofre processos de ataque, o primeiro
componente a 'ir embora' eh o zinco, pois se trata de um metal menos
nobre e mais sucetivel ao ataque de agentes agressivos. Esta
caracteristica de um metal se corroer no lugar do outro eh muito
utilizada na tecnica de anodo de sacrificio, onde um metal menos nobre eh
colocado em contato eletrico com o mais nobre para que a corrosao
aconteca toda no menos nobre. Se nao me falha a memoria esta tecnica eh
utilizada em tanques de combustivel enterrados no solo. Tambem se utiliza
esta ideia no caso de pinturas anti-corrosao, que possuem uma certa
quantidade de zinco na sua composicao, justamente com esse proposito.
Devo ressaltar que nao eh soh o zinco que pode ser usado, mas eh o que me
veio a memoria agora. :)

Nao sei qual eh o seu nivel de interesse no assunto? Se eh apenas
curiosidade ou voce precisa do assunto para alguma coisa. Se precisar eu
posso indicar bibliografia adequada para isto.

Um exemplo interessante de metal, eh o aluminio que se
encontra em
sua zona passiva nas condicoes ambientais. Isto eh, a sua corrosao eh
dificultada pela presenca de uma camada de oxido que eh formada ao ar.
Toda vez que se retira essa camada de oxido da superficie do aluminio, ha
formacao de uma nova camada. Soh que quando o aluminio eh submetido a
condicoes diferentes da ambiente, ou seja, quando eh posto em contato com
meios em temperaturas altas, meios agressivos ou condicoes de stress, a
coisa muda de figura e estudos devem ser feitos para ver se o metal nao
sofre corrosao naquelas condicoes. O intervalo dessa zona de passividade
pode ser conferido tambem no diagrama de Pourbaix.

Falei tanto em passividade, agora preciso explicar um pouco. Passividade
seria uma caracteristica de protecao do metal, normalmente essa
passividade pode ser conferida pela propria camada de oxido formada pelo
metal devido a uma pequena reacao com o meio. EM
alguns casos podemos usar inibidores de corrosao para forcar a
formacao de uma camada barreira (fisica) sobre a superficie do metal.
Alias, existem varios tipos de inibidores, nao soh formadores de camada
barreira.



SUBJECT: Re: Re: revisando e-mails... o que é espermacete
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/06/2000 14:23

Olá Wilson,
de fato 18000 kg é no mínimo exagerado. Como estamos falando de uma tradução
meio incorreta às vezes devemos pensar que o espermacete pesa 18000 lbs
(pounds) e que isto representa 9000 kgf (já que pounds é unidade de força
para quem, não sabe; eu até pouco não sabia). No mais a explicação a
respeito dos ácidos graxos e tal me pareceu bastante convincente. Bem,
espero ter ajudado em alguma coisa.
Um abraço,
Benjamin Hinrichs

----- Original Message -----
From: Wilson Baptista Junior <wilson@bis.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, June 21, 2000 8:53 AM
Subject: Re: [ciencialist] revisando e-mails... o que é espermacete


Olá Benjamin,

At 15:34 20/06/00 -0300, you wrote:
>Salve amigos,
>no livro de bioquímica do Lehninger está escrito que o espermacete é um
>órgão que contém uns ácidos graxos insaturados e que pesa uns 18000 kg. No
>mais, é o mecanismo de certas baleias (cachalotes) para ficar no fundo do
>oceano (abaixo de 1 km) esperando paradas por um cardume de lulas... pelo
>que me parece o ácido graxo (longa cadeia de carbonos) solidifica
aumentando
>a densidade do bicho... bem, é por aí. É vendido como lubrificante.

18.000 Kg não está um pouco exagerado? Um cachalote inteiro não deve pesar
muito mais do que isso...
Se não me engano o espermacete fica numa cavidade do crânio do cachalote.
Um abraço.
Wilson


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SUBJECT: Re: [ciencialist] que está sendo feito?
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/06/2000 14:33

Olá Luis,
reformulando minha pergunta, imagine uma liga metálica de apenas Ferro.
Digamos que seja totalmente pura, purificada por sabe-se lá que método do
qual não dispomos. A minha pergunta é, qual a grande dificuldade de se
estabelecer como ocorre (qual a cinética molecular envolvida) se conseguimos
com outros elementos, isto é, o que o Fe tem que os outros não têm... espero
ter sido um pouco mais claro.
Onde posso conseguir os diagramas de POURBAIX?

Abraço,
Benjamin Hinrichs




SUBJECT: lrb, me perdoe... o link da corrosão
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/06/2000 16:21

Olá pessoal,
aí vai um link que parece ter bastante material sobre eletroquímica...
espero que gostem. Aí vai:
http://corrosion-doctors.org/Contents.htm
Um abraço,
Benjamin Hinrichs




SUBJECT: revisando e-mails... pH do estômago
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/06/2000 16:46

Pessoal, queria lembrá-los que o pH do estômago fica perto de 1 e não 4 como
alguns colocaram (sendo perto do pH da coca-cola). Interessantes são os
mecanismos das células para se defender contra o ácido concentrado (perto de
0,1 M diria [brincando, é claro])... aí tem mais as enzimas que degradam as
proteínas (proteases) e mais um monte de outras que eu não sei porque não
sou desta área :->.

Exercício: dê o nome para a molécula que inventei e não consegui dar nome
para a mesma. É simples (/ é ligação simples, // dupla, /// tripla.):
HC /// C / CH / CH2

Abraços,
Benjamin Hinrichs

PS: acho que vou escrever um e-mail ao longo da tarde e mandar tudo ao final
do dia.




SUBJECT: Boicote aos Transgênicos
FROM: "FRANCISCO ASSIS DOS SANTOS" <fsantus@svn.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/06/2000 16:41

Colegas listeiros!!
Segue abaixo campanha do greenpeace contra os produtos transgênicos no
Brasil. Divulgue esta campanha somente a duas pessoas DEUS E O MUNDO.
Em tempo por que não discutirmos sobre as implicações das tecnologias
gênicas na pós-modernidade?
Att Assis

Boicote aos supermercados que vendem produtos que contém milho e soja
transgênica no Brasil
Encontrando os produtos listados abaixo em qualquer Supermercado, não tenha
dúvida, dirija-se à gerência: avise que enquanto tais produtos estiverem à
venda você boicotará aquela loja, pois ela não está respeitando o seu
direito de consumidor@ ao vender produtos sem rótulos ou com rotúlos que
omitem a verdadeira naureza dos ingredientes
CUIDADO COM ESTES PRODUTOS!

Foto: Greenpeace

Produtos com resultado positivo no teste de transgenia
O IDEC Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor e o Greenpeace
realizaram uma pesquisa onde foram analisados, em laboratório suíço, 31
produtos presentes no mercado brasileiro.
Em 10 destes produtos foram encontrados materiais transgênicos em diferentes
níveis de ocorrência.
São eles:
Produto - BAC´OS cobertura salada sabor bacon Lote/FAB/VAL - validade
12/Oct/00, 116 g % de soja RoundupReady - 8,7% Empresa Responsável -
Gourmand alimentos Ltda.
Produto - CEREAL SHAKE DIET - alimento para dietas de ingestão controlada de
açúcares, cereais, fibras e frutas sabor morango Lote/FAB/VAL - 300 g F
03/12/99 % de soja RoundupReady - 1,5% Empresa Responsável - Olvebra
Industrial SA

Produto - CUP NODDLES - Macarrão instantâneo sabor galinha Lote/FAB/VAL -
Validade 10/08/00, 64 g % de soja RoundupReady - 4,5% Empresa Responsável -
Nissin Ajinomoto al. Ltda

Produto - KNORR - Mistura para o preparo de sopa sabor Creme de Milho Verde
Lote/FAB/VAL - validade 14/01/2001 H21, 86 g % de soja RoundupReady - 4,7%
Empresa Responsável - Refinações de Milho Brasil Ltda.

Produto - PROSOBEE - Fórmula não láctea, à base de proteína isolada de soja,
isenta de lactose e sacarose Lote/FAB/VAL - validade DEZ2001/14:02/ lote
55480, 400 g % de soja RoundupReady - 1,9% Empresa Responsável -
Bristol-Myers Squibb Brasil S.A.

Produto - SALSICHAS VIENA SWIFT Lote/FAB/VAL - fabricação 14/02/00 C, 180 g
% de soja RoundupReady - 3,9% Empresa Responsável - Swift Armour S.A. Ind. E
Com.

Produto - SUPRA SOY INTEGRAL - Alimento à base de soro de leite e proteína
isolada de soja com ferro Lote/FAB/VAL - fabricação 24/09/99 10:08, 350 g %
de soja RoundupReady - 0,7% Empresa Responsável - Josapar-Joaquim Oliveira
S.A Participações

Produto - NESTOGENO COM SOJA - Fórmula infantil de seguimento à base de
leite e soja, com ferro, para a lactentes, a partir 6º mês Lote/FAB/VAL -
FAB: 16/02/2000-10:27H, 454 g, S2PF11 VAL: 15/05/2001 % de soja
RoundupReady - menos de 0,1 % Empresa Responsável - Nestlé do Brasil LTDA

Produto - SOY MILKE - alimentos à base de soja Lote/FAB/VAL...........-
fabricação 30/01/00,300 g % de soja RoundupReady - menos de 0,1 % Empresa
Responsável - Olvebra Industrial SA

Produto - PRINGLES - Batata frita "Original" Lote/FAB/VAL - Val: 10/00 lote
9203EAO Resultado - Milho Bt 176, Novartis Empresa Responsável - Procter And
Gamble Interamericas Inc.

A Comercialização de produtos com insumos geneticamente modificados é
ILEGAL!

Não atende às exigências previstas na Lei de Biossegurança nº 8974 de 1995.
Viola o Código de Defesa do Consumidor por omitir informação sobre a
composição do produto no rótulo da embalagem.

RISCOS DOS TRANSGÊNICOS PARA A SAÚDE DO CONSUMIDOR:
M AUMENTO DE ALERGIAS
M DESENVOLVIMENTO DE RESISTÊNCIA BACTERIANA À ANTIBIÓTICOS
M POTENCIALIZAÇÃO DOS EFEITOS DE SUBSTÂNCIAS TÓXICAS NATURAIS DAS PLANTAS
M AUMENTO DE RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS NOS ALIMENTOS, NOS RIOS E NO SOLO.
____________________________________________________________________
http://www.greenpeace.org.br/

Resultado da análise
Alimentos transgênicos - cronologia no Brasil
Por que o Greenpeace é contra os transgênicos?
Outras informações - Campanha Transgênicos
Análise 20/06/2000
Press releases
Cyberactions
Greendicas
Outras ações
Carta aos supermercados
Banners/stickers

Alimentos transgênicos no meu prato não!
O Greenpeace e o Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC) denunciaram hoje
(20/06/200) a presença de componentes transgênicos em alguns produtos
comercializados nas redes de supermercados do país. A comercialização de
alimentos com insumos geneticamente modificados é ilegal, por não atender às
exigências previstas na Lei de Biossegurança nr.8974 de 1995 e viola o
Código de Defesa do Consumidor, que garante a clara informação da composição
do produto no rótulo da embalagem.

O Greenpeace vem denunciando e tem conseguido embargar a importação de
matéria-prima transgênica ao país como milho, soja, farinhas e proteínas.
Entretanto, esta é a primeira vez que produtos ilegais para venda direta ao
consumidor foram encontrados nas prateleiras de supermercados do país.

Veja o resultado da pesquisa Greenpeace-IDEC sobre existência de
transgênicos em produtos alimentícios vendidos no Brasil
Alimentos transgênicos - cronologia no Brasil
Por que o Greenpeace é contra os transgênicos?
O que você pode fazer
Greendicas
____________________________________________________________________________
_____
Lembre-se: qualquer produto que tenha como ingredientes:
SOJA, MILHO ou BATATA
proveniente dos Estados Unidos ou da Argentina, provavelmente contém soja,
milho ou batata transgênica!




SUBJECT: O tempo realmente flui?
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/06/2000 19:17

From: Manuel Bulcão
Date: Sun Jun 11, 2000 2:49am

>...O tempo realmente flui? Ou será o fluxo do tempo apenas o que o
tempo é para nós, isto é, uma sensação?...<

Caro Manuel e todos,

"tempo" é apenas um conceito basico da física, assim como os numeros
sao conceitos da aritmetica, a reta e o plano são conceitos da
geometria, etc.

Não adianta a pessoa sair por aí procurando uma reta, ou um numero, ou
o tempo,...esses e muitos outros conceitos basicos só tem existencia
dentro da mente humana.

Para entender bem o que é "tempo" é preciso, em primeiro lugar,
divorciar em definitivo o conceito de TEMPO do conceito de MEDIDA DO
TEMPO, os quais sao utilizados intuitivamente, porem
inconvenientemente, como sinonimos.

A simples observacao de que um fenomeno A ocorreu antes ou apos um
fenomeno B, resulta no conceito de tempo.

Porem quando dois fenomenos A e C ocorrem antes de B, pode ser util
discriminar se primeiro ocorreu A ou C. Com a evolucao do pensamento
humano tornou-se necessario organizar cronologicamente uma enormidade
de fenomenos e, para isso, estabelecer um referencial comum. Dentre os
primitivos referenciais, naturalmente observados, um deles foi o do
movimento de rotacao da Terra, adequadamente transferido para os
relogios da atualidade.

Assim:

"TEMPO é a observacao dos fenomenos considerados na sua sucessão." (um
antes ou depois do outro)

e

"MEDIDA DO TEMPO é a observacao da sucessao de um conjunto de
fenomenos em relacao a um movimento uniforme adredemente
selecionado."

O tempo pode ser medido em relacao a qualquer movimento uniforme.
Dependendo das conveniencias pode-se usar o movimento: de rotacao da
Terra, de translacao da Lua, do pendulo, do pulsar...etc.

Assim, o tempo nao flui nem escoa, nao se esgota nem se finda, nao
amadurece laranjas nem choca ovos, nao favorece reacoes quimicas nem
envelhece mulheres...é apenas um referencial util para as atividades
humanas.

[]'s

Douglas

"Nenhum homem consegue entrar duas vezes no mesmo rio. Da segunda vez,
nao eh mais o mesmo homem nem o mesmo rio"
Heraclito de Efeso (540-480 a.C.)












SUBJECT: De outro planeta
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 23/06/2000 22:20

Globo On - Plantão Ciência e Saúde - 23/06/2000.
 
17h13m
Oceanos de Marte eram como os da Terra

Cilene Guedes

RIO, 23 (Agência O GLOBO) - Os oceanos de Marte tinham composição química quase idêntica à encontrada atualmente nos oceanos da Terra. A descoberta foi feita a partir da análise de sais encontrados num meteorito marciano. O meteorito Nakhla tem 1,2 bilhão de anos e foi encontrado no Egito, em 1911. No interior dele, cientistas da Universidade do Estado do Arizona e do Laboratório Nacional de Los Alamos, nos Estados Unidos, acharam grandes concentrações de sais que chegaram ali dissolvidos em água. A análise revelou abundância de íons de cloreto e sódio, exatamente como nos oceanos da Terra. A certeza de que Marte já teve oceanos vem de imagens obtidas pelas sondas espaciais da Nasa nos últimos anos.


SUBJECT: Criação de Universos em Laboratório
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/06/2000 14:30

Caros listeiros,


Em outro e-mail afirmei que a existência de Deus é uma hipótese, isto é,
pode ser que Ele exista realmente. (eu não creio, mas, sei lá...)


Neste e-mail vou mais longe: digo que aquela história bíblica de um deus
antropomórfico — um deus com forma e paixões humanas criador do Universo —
não é um mito infundado, mas igualmente uma hipótese, ou seja, uma
conjectura aceitável pela ciência.

(Antes, um aviso aos realistas de bitola: odeio misticismo!)


Com efeito, a física moderna não descarta a possibilidade de que o Universo
foi "criado" por uma inteligência de carne e osso. O renomado cientista
norte-americano Alan Guth, professor de Física do Massachusetts Institute of
Technology (MIT), em seu livro "O Universo Inflacionário" (Editora Campus),
argumenta exaustivamente, durante todo um capítulo (capítulo 16 — Os Buracos
de Verme e a Criação de Universos em Laboratório; pp. 210/222), que não é
impossível que, num futuro distante, uma civilização superavançada venha a
criar um novo sistema matéria-gravitação — isto é, um "novo" universo —
independente do nosso.


Bastaria, para tanto, 25 gramas de matéria e tecnologia para comprimir essa
massa até que se atinja a densidade de 10 elevado à octogétima potência
positiva gramas por centímetro cúbico. O que teremos, então, é o que Guth
denomina de uma bolha de falso vácuo .


Com essa bolha de falso vácuo criada num laboratório pode acontecer duas
coisas: a) o seu imediato colapso e surgimento de um "micro-buraco negro", o
qual se evaporaria em menos de um milionésimo de segundo, ou então; b) o
falso vácuo "tunela", começa a se expandir exponencialmente, originando
desta forma um outro universo isolado, isto é, separado do nosso (um outro
espaço-tempo), e que evoluirá do mesmo modo que o nosso evoluiu.


O grau de probabilidade do "colapso" é muito superior ao do "tunelamento".
No entanto, repetindo-se a experiência um número X de vezes, o tunelamento
necessariamente ocorre.


Ademais, quanto maior a densidade alcançada, maior é o grau de probabilidade
do tunelamento. Não se sabe se é possível densidades de falso vácuo
superiores a 10X10 oitenta vezes gramas por centímetro cúbico. Mas, segundo
Alan Guth, "se existir um estado de falso vácuo (...) de aproximadamente
10X10 noventa e três vezes gramas por centímetro cúbico (...) Para essa
densidade, a resposta de nosso cálculo de probabilidade seria de
aproximadamente um — um novo universo seria criado praticamente a cada
tentativa!" (ibidem, p. 222)


Duas observações importantes: a) o surgimento do "universo-filho" em nada
afeta o "universo-mãe"; b) embora a bolha inicial de falso vácuo tenha sido
originada pela compressão de apenas 25 gramas de matéria, após alguns
bilionésimos de segundo de expansão exponencial a quantidade de massa no
novo universo é tão grande quanto a que existe no "nosso" universo
observável. (No livro mencionado, Guth explica direitinho como isso é
possível. )


É, pode ser que o universo em que vivemos seja um produto deliberado de
criaturas inteligentes e inventivas como nós, seres humanos. Também é
possível (porém pouco provável) que a humanidade evolua para uma
supercivilização com tecnologia que a permita produzir bolhas de falso vácuo
em série e, por conseguinte, universos a granel.


Talvez o universo seja necessariamente o produto de uma inteligência
"mundana", isto é, talvez não exista outro meio de um sistema
matéria-gravitação surgir a não ser desta forma, deliberadamente. Se assim
for, então o homem em particular e a vida inteligente em geral não é, como
afirmou Sartre, uma "paixão inútil" — se a Natureza, que produz seres
inteligentes (conscientes), é por sua vez produto desta mesma inteligência,
então a vida tem um propósito, uma razão-de-ser.


É Matéria evoluindo para Espírito e Espírito criando Matéria "ad aeternum"!


Mas é só conjectura, uma mera conjectura delirante. Só um leigo autodidata
com veleidades filosóficas como eu para levá-la a sério, além do maluco do
Guth :-)


Abraços,

Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Cria��o de Universos em Laborat�rio
FROM: "Luis Johansson" <TOMMYHOUSE@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/06/2000 15:37

Boas ppl!!!

A meu ver, um deus antropom�rfico � totalmente....... surealista nem sequer
pode ser considerada hipotese, visto que, logo, daria um caracter
suprahumano a uma criatura, que na realidade � omnipresente, logo � humano
sendo assim e por defeito deus teria que ser visto que maneira imparcial, e
logo irrealizavel...visto que a unica maneira de o observar era por parte de
um ser que n�o fosse subordinado a ele, visto que o influ�nciaria de
subremaneira, tudo isto pra dizer que deus sendo criatura suprema no
universo(pra quem acredite......) teria logicamente de ser visto de maneira
abetracta, sendo qualquer intreperta��o baseada em termos culturais a
partida um sofisma
Desculpme-me, mas como cientifico e amante do realismo, s� vendo pra
querer....

abra�o: Luis Johansson



>Caros listeiros,
>
>
>Em outro e-mail afirmei que a exist�ncia de Deus � uma hip�tese, isto �,
>pode ser que Ele exista realmente. (eu n�o creio, mas, sei l�...)
>
>
>Neste e-mail vou mais longe: digo que aquela hist�ria b�blica de um deus
>antropom�rfico � um deus com forma e paix�es humanas criador do Universo �
>n�o � um mito infundado, mas igualmente uma hip�tese, ou seja, uma
>conjectura aceit�vel pela ci�ncia.
>
>(Antes, um aviso aos realistas de bitola: odeio misticismo!)
>
>
>Com efeito, a f�sica moderna n�o descarta a possibilidade de que o Universo
>foi "criado" por uma intelig�ncia de carne e osso. O renomado cientista
>norte-americano Alan Guth, professor de F�sica do Massachusetts Institute
>of
>Technology (MIT), em seu livro "O Universo Inflacion�rio" (Editora Campus),
>argumenta exaustivamente, durante todo um cap�tulo (cap�tulo 16 � Os
>Buracos
>de Verme e a Cria��o de Universos em Laborat�rio; pp. 210/222), que n�o �
>imposs�vel que, num futuro distante, uma civiliza��o superavan�ada venha a
>criar um novo sistema mat�ria-gravita��o � isto �, um "novo" universo �
>independente do nosso.
>
>
>Bastaria, para tanto, 25 gramas de mat�ria e tecnologia para comprimir essa
>massa at� que se atinja a densidade de 10 elevado � octog�tima pot�ncia
>positiva gramas por cent�metro c�bico. O que teremos, ent�o, � o que Guth
>denomina de uma bolha de falso v�cuo .
>
>
>Com essa bolha de falso v�cuo criada num laborat�rio pode acontecer duas
>coisas: a) o seu imediato colapso e surgimento de um "micro-buraco negro",
>o
>qual se evaporaria em menos de um milion�simo de segundo, ou ent�o; b) o
>falso v�cuo "tunela", come�a a se expandir exponencialmente, originando
>desta forma um outro universo isolado, isto �, separado do nosso (um outro
>espa�o-tempo), e que evoluir� do mesmo modo que o nosso evoluiu.
>
>
>O grau de probabilidade do "colapso" � muito superior ao do "tunelamento".
>No entanto, repetindo-se a experi�ncia um n�mero X de vezes, o tunelamento
>necessariamente ocorre.
>
>
>Ademais, quanto maior a densidade alcan�ada, maior � o grau de
>probabilidade
>do tunelamento. N�o se sabe se � poss�vel densidades de falso v�cuo
>superiores a 10X10 oitenta vezes gramas por cent�metro c�bico. Mas, segundo
>Alan Guth, "se existir um estado de falso v�cuo (...) de aproximadamente
>10X10 noventa e tr�s vezes gramas por cent�metro c�bico (...) Para essa
>densidade, a resposta de nosso c�lculo de probabilidade seria de
>aproximadamente um � um novo universo seria criado praticamente a cada
>tentativa!" (ibidem, p. 222)
>
>
>Duas observa��es importantes: a) o surgimento do "universo-filho" em nada
>afeta o "universo-m�e"; b) embora a bolha inicial de falso v�cuo tenha sido
>originada pela compress�o de apenas 25 gramas de mat�ria, ap�s alguns
>bilion�simos de segundo de expans�o exponencial a quantidade de massa no
>novo universo � t�o grande quanto a que existe no "nosso" universo
>observ�vel. (No livro mencionado, Guth explica direitinho como isso �
>poss�vel. )
>
>
>�, pode ser que o universo em que vivemos seja um produto deliberado de
>criaturas inteligentes e inventivas como n�s, seres humanos. Tamb�m �
>poss�vel (por�m pouco prov�vel) que a humanidade evolua para uma
>superciviliza��o com tecnologia que a permita produzir bolhas de falso
>v�cuo
>em s�rie e, por conseguinte, universos a granel.
>
>
>Talvez o universo seja necessariamente o produto de uma intelig�ncia
>"mundana", isto �, talvez n�o exista outro meio de um sistema
>mat�ria-gravita��o surgir a n�o ser desta forma, deliberadamente. Se assim
>for, ent�o o homem em particular e a vida inteligente em geral n�o �, como
>afirmou Sartre, uma "paix�o in�til" � se a Natureza, que produz seres
>inteligentes (conscientes), � por sua vez produto desta mesma intelig�ncia,
>ent�o a vida tem um prop�sito, uma raz�o-de-ser.
>
>
>� Mat�ria evoluindo para Esp�rito e Esp�rito criando Mat�ria "ad aeternum"!
>
>
>Mas � s� conjectura, uma mera conjectura delirante. S� um leigo autodidata
>com veleidades filos�ficas como eu para lev�-la a s�rio, al�m do maluco do
>Guth :-)
>
>
>Abra�os,
>
>Manuel Bulc�o
>
>

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SUBJECT: (RN) esterograma
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/06/2000 16:03
ATTACHMENTS (20000624-160326-0000850): "estereograma.bmp"

Folha de Sao Paulo, 1994, 08, 14 - CIENCIA

"UMA JANELA DE PAPEL: Imagem gerada por computador engana visao humana
e cria ilusao tridimensional (Helio Gurovitz).

...umas dez linhas de programa de computador podem gerar imagens
tridimensionais que deixam qualquer um sem palavras.
Nome da magica: estereogramas. Eles estao no livro: Olho Magico - Uma
nova maneira de ver o mundo, ilusoes 3D, (da N.E. Thing Enterprises),
Tom Baccei, 32 pg, Livraria Martins Fontes Editora...(traduzido para
18 linguas).

...Para começar a enxergar é preciso paciencia ... Primeiro eh preciso
relaxar os olhos e faze-los divergir, como se estivessem olhando
atraves da pagina, nao para ela...

...Um modo de conseguir eh colar o nariz no estereograma e ir
afastando-o aos poucos, sem forçar o foco, mas esperando que a imagem
se focalize sozinha...

...a prova de que nao ha grande segredo nos estereogramas eh a
bandeira do Brasil desta pagina, feita pelo estudante de computacao da
USP..."

------------------------------------

Oi ciencialistas,

Para os que ainda nao conhecem envio um anexo que pode ser visto
estereoscopicamente no proprio monitor do PC, pelo menos eu vi, boa
sorte,

[]'s

Douglas









SUBJECT: Re: [ciencialist] Criação de Universos em Laboratório
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/06/2000 16:38

Caro Luís,

Há duas formas de se definir Deus. Podemos defini-lo como a) um Ser
omnipotente, omnisciente e imnipresente; ou então, simplesmente, como b) o
Espírito que "criou" o Universo.

O Deus ao qual me refiro é o do item b), uma mediocridade em relação ao
primeiro.

Leia meu texto com atenção, é só o que peço.

Um abraço,
Manuel Bulcão


>Boas ppl!!!
>
>A meu ver, um deus antropomórfico é totalmente....... surealista nem sequer
>pode ser considerada hipotese, visto que, logo, daria um caracter
>suprahumano a uma criatura, que na realidade é omnipresente, logo ñ humano
>sendo assim e por defeito deus teria que ser visto que maneira imparcial, e
>logo irrealizavel...visto que a unica maneira de o observar era por parte
de
>um ser que não fosse subordinado a ele, visto que o influênciaria de
>subremaneira, tudo isto pra dizer que deus sendo criatura suprema no
>universo(pra quem acredite......) teria logicamente de ser visto de maneira
>abetracta, sendo qualquer intrepertação baseada em termos culturais a
>partida um sofisma
> Desculpme-me, mas como cientifico e amante do realismo, só vendo pra
>querer....
>
> abraço: Luis Johansson
>
>
>
>>Caros listeiros,
>>
>>
>>Em outro e-mail afirmei que a existência de Deus é uma hipótese, isto é,
>>pode ser que Ele exista realmente. (eu não creio, mas, sei lá...)
>>
>>
>>Neste e-mail vou mais longe: digo que aquela história bíblica de um deus
>>antropomórfico — um deus com forma e paixões humanas criador do Universo —
>>não é um mito infundado, mas igualmente uma hipótese, ou seja, uma
>>conjectura aceitável pela ciência.
>>
>>(Antes, um aviso aos realistas de bitola: odeio misticismo!)
>>
>>
>>Com efeito, a física moderna não descarta a possibilidade de que o
Universo
>>foi "criado" por uma inteligência de carne e osso. O renomado cientista
>>norte-americano Alan Guth, professor de Física do Massachusetts Institute
>>of
>>Technology (MIT), em seu livro "O Universo Inflacionário" (Editora
Campus),
>>argumenta exaustivamente, durante todo um capítulo (capítulo 16 — Os
>>Buracos
>>de Verme e a Criação de Universos em Laboratório; pp. 210/222), que não é
>>impossível que, num futuro distante, uma civilização superavançada venha a
>>criar um novo sistema matéria-gravitação — isto é, um "novo" universo —
>>independente do nosso.
>>
>>
>>Bastaria, para tanto, 25 gramas de matéria e tecnologia para comprimir
essa
>>massa até que se atinja a densidade de 10 elevado à octogétima potência
>>positiva gramas por centímetro cúbico. O que teremos, então, é o que Guth
>>denomina de uma bolha de falso vácuo .
>>
>>
>>Com essa bolha de falso vácuo criada num laboratório pode acontecer duas
>>coisas: a) o seu imediato colapso e surgimento de um "micro-buraco negro",
>>o
>>qual se evaporaria em menos de um milionésimo de segundo, ou então; b) o
>>falso vácuo "tunela", começa a se expandir exponencialmente, originando
>>desta forma um outro universo isolado, isto é, separado do nosso (um outro
>>espaço-tempo), e que evoluirá do mesmo modo que o nosso evoluiu.
>>
>>
>>O grau de probabilidade do "colapso" é muito superior ao do "tunelamento".
>>No entanto, repetindo-se a experiência um número X de vezes, o tunelamento
>>necessariamente ocorre.
>>
>>
>>Ademais, quanto maior a densidade alcançada, maior é o grau de
>>probabilidade
>>do tunelamento. Não se sabe se é possível densidades de falso vácuo
>>superiores a 10X10 oitenta vezes gramas por centímetro cúbico. Mas,
segundo
>>Alan Guth, "se existir um estado de falso vácuo (...) de aproximadamente
>>10X10 noventa e três vezes gramas por centímetro cúbico (...) Para essa
>>densidade, a resposta de nosso cálculo de probabilidade seria de
>>aproximadamente um — um novo universo seria criado praticamente a cada
>>tentativa!" (ibidem, p. 222)
>>
>>
>>Duas observações importantes: a) o surgimento do "universo-filho" em nada
>>afeta o "universo-mãe"; b) embora a bolha inicial de falso vácuo tenha
sido
>>originada pela compressão de apenas 25 gramas de matéria, após alguns
>>bilionésimos de segundo de expansão exponencial a quantidade de massa no
>>novo universo é tão grande quanto a que existe no "nosso" universo
>>observável. (No livro mencionado, Guth explica direitinho como isso é
>>possível. )
>>
>>
>>É, pode ser que o universo em que vivemos seja um produto deliberado de
>>criaturas inteligentes e inventivas como nós, seres humanos. Também é
>>possível (porém pouco provável) que a humanidade evolua para uma
>>supercivilização com tecnologia que a permita produzir bolhas de falso
>>vácuo
>>em série e, por conseguinte, universos a granel.
>>
>>
>>Talvez o universo seja necessariamente o produto de uma inteligência
>>"mundana", isto é, talvez não exista outro meio de um sistema
>>matéria-gravitação surgir a não ser desta forma, deliberadamente. Se assim
>>for, então o homem em particular e a vida inteligente em geral não é, como
>>afirmou Sartre, uma "paixão inútil" — se a Natureza, que produz seres
>>inteligentes (conscientes), é por sua vez produto desta mesma
inteligência,
>>então a vida tem um propósito, uma razão-de-ser.
>>
>>
>>É Matéria evoluindo para Espírito e Espírito criando Matéria "ad
aeternum"!
>>
>>
>>Mas é só conjectura, uma mera conjectura delirante. Só um leigo autodidata
>>com veleidades filosóficas como eu para levá-la a sério, além do maluco do
>>Guth :-)
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>>Abraços,
>>
>>Manuel Bulcão
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Criação de Universos em Laboratório
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/06/2000 16:42

Que é possivel criar universos a partir da matéria prima existente (virtual e
realmente) no nosso universo não é novidade nenhuma... mas não resolve problema
metafisico nenhum. Então e quem criou o primeiro desses universos? Então e quem
criou as leis fisicas e lógicas que o permitem, etc etc, ad eternum...

--
email (same address): rnbc@rnbc.pt.eu.org or rnbc@rnl.ist.utl.pt
homepage: http://rnbc.pt.eu.org/~rnbc or http://www.poboxes.com/rnbc
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Criação de Universos em Laboratório
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/06/2000 17:42



Olá.

Rodrigo - Que é possivel criar universos a partir da matéria prima existente
(virtual e
realmente) no nosso universo não é novidade nenhuma... mas não resolve
problema
metafisico nenhum. Então e quem criou o primeiro desses universos? Então e
quem
criou as leis fisicas e lógicas que o permitem, etc etc, ad eternum...

Manuel - Inteligentes observações!:-)

- Quem criou o primeiro desses universos?
Tentativa de resposta: talvez não haja um primeiro universo. Talvez a
seqüência "...>espírito>matéria> espírito>matéria>..." seja infinita nas
duas direções, passado e futuro... infinita ou então "circular", mas aí a
coisa complica um pouco. Não consideremos por enquanto a hipótese
"circular".

- Quem criou as leis físicas e lógicas que o permitem?
Tentativa de resposta: Talvez todas as leis físicas e lógicas sejam
derivadas de uma lei primeira, muito simples e incriada. Incriada porque
Nada a determina, isto é, antes dela é o Nada: -- "0 = +X - X." , eis a
Lei -- A propósito, há uma hipótese segundo a qual a quantidade de energia
do Universo é zero. Isto é, no universo existem dois tipos de energia:
energia "positiva" (que é a energia-de-massa, ou seja, a energia "congelada"
sob a forma de matéria, somada às energias mecânica, térmica, química,
nuclear e à do campo eletromagnético) e energia "negativa" representada pelo
campo gravitacional. A quantidade de energia positiva, de acordo com essa
hipótese, é + X, e a de energia negativa, - X, de sorte que a quantidade
total de energia no universo é zero: + X - X = 0.

Essa é a Lei: "0 =+X -X ". Não há juízo mais simples que a explique.

Um abraço,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Criação de Universos em Labor atório
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/06/2000 20:25

msbn@daterranet.com.br wrote:
> - Quem criou as leis físicas e lógicas que o permitem?
> Tentativa de resposta: Talvez todas as leis físicas e lógicas sejam
> derivadas de uma lei primeira, muito simples e incriada. Incriada porque
> Nada a determina, isto é, antes dela é o Nada: -- "0 = +X - X." , eis a
> Lei -- A propósito, há uma hipótese segundo a qual a quantidade de energia
> do Universo é zero. Isto é, no universo existem dois tipos de energia:
> energia "positiva" (que é a energia-de-massa, ou seja, a energia "congelada"
> sob a forma de matéria, somada às energias mecânica, térmica, química,
> nuclear e à do campo eletromagnético) e energia "negativa" representada pelo
> campo gravitacional. A quantidade de energia positiva, de acordo com essa
> hipótese, é + X, e a de energia negativa, - X, de sorte que a quantidade
> total de energia no universo é zero: + X - X = 0.

Talvez faça mais sentido considerar que não faz sentido dizer "antes do
universo" visto que o tempo é uma propriedade do universo. Visto que "antes" se
refere ao conceito de tempo não faz sentido aplicá-lo neste caso, pois seria o
mesmo que dizer "antes do tempo em si".

Francamente acho que muitas destas questões não passam de esparrelas sem
resposta intrinseca existente dentro da lógica normalmente usada para
raciocinar. Talvez esteja aí uma falha no nosso método de raciocinio. Se o
método fosse realmente bom nem permitiria a formalização de questões deste tipo.
Mas infelizmente temos que conviver com esses problemas, como provou o senhor
Gödel. A menos que alguém invente um método novo de pensar.

Intés!

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SUBJECT: Re: [ciencialist] (RN) esterograma
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/06/2000 23:16
ATTACHMENTS (20000624-231611-0000855): "replenst.jpg"

Douglas wrote:
>
> "UMA JANELA DE PAPEL: Imagem gerada por computador engana visao humana
> e cria ilusao tridimensional (Helio Gurovitz).
>
>...

Isto é fácil de fazer com um programa de "ray tracing". E não é nada de
novo. Veja este que eu fiz. É uma pequena máquina eletrostática.
Para ver, coloque-se a 0.5 a 1 metro de distância, envesgue os olhos
até colocar uma imagem sobre a outra, e deixe o foco se ajustar.
Dizem que algumas pessoas não conseguem fazer isto. Será mesmo?

(Quando mandarem imagens para a lista, por favor vejam o tamanho e não
mandem em formato bmp, mas jpg. Minha imagem tem uns 20 kbytes. A
anterior tinha mais de 700, o equivalente a 140 páginas de texto...)

Antonio Carlos M. de Queiroz


SUBJECT: Re: [ciencialist] Onde deus entra na história?
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/06/2000 15:51

Eduardo Medeiros wrote:

>...
> De um lado você tem um ser onisciente, onipotente e onipresente, que
> criou tudo e todos em seis dias, numa história contada por pessoas não
> confiáveis, pontilhada de contradições e absurdos científicos. Do
> outro, big bang, sopa primordial e evolucionismo têm o mesmo efeito,
> sem que necessitemos recorrer à magia e à sonhos românticos.
>...

Será mesmo? Muitas destas teorias são em muitos detalhes incompatíveis
com o que se observa no mundo atual, requerendo que se assuma muita
coisa nunca observada e até não observável... Não estaríamos apenas
mudando de crenças?
Em evolucionismo sem intervenção inteligente dá a princípio para
acreditar, já que vemos o princípio funcionando, e efetivamente
existiu tempo suficiente para que um elefante e uma pulga tenham
evoluído a partir de um antepassado comum. Mas que isto tudo parece
bastante absurdo parece. Examine-se algum detalhe de qualquer ser
vivo, qualquer detalhe, e tudo parece ter sido deliberadamente
projetado. A única pista que se tem de que não foi assim é que
variações próximas são sempre encontradas. Os arquitetos de "Deus"
tinham bastante imaginação, mas os engenheiros copiavam tudo...

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Lavrador � preso por raspar �rvore para fazer ch�
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: anderson@if.sc.usp.br, ciencialist@egroups.com, dholanda@netx.com.br, dholanda@sna.com.br, dholanda@usa.net, fdogeval@hotmal.com, dos_mano@eGroups.com, panshito@bol.com.br, rubensbf@sna.com.br, talarico@ift.unesp.br, mikhalkov@bol.com.br, majucalazans@bol.com.br, rafael.cunha@uol.com.br, rocunha@nin.ufms.br, neowolf@terra.com.br, samira@fma.if.usp.br, wpaniago@ift.unesp.br
DATE: 25/06/2000 21:25

>
>S�bado/24 de junho/ 2000
>Lavrador � preso por raspar �rvore para fazer ch�
>Bras�lia - O ministro do Meio Ambiente, Jos� Sarney Filho, e as entidades
>ambientalistas Greenpeace e Instituto Socioambiental (ISA) criticaram a
>pris�o, em flagrante, do lavrador Josias Francisco dos Anjos, 58 anos, que,
>durante dois anos, raspou a casca de uma �rvore para fazer ch� para sua
>mulher, que est� doente. Josias raspava a casca de uma �rvore chamada
>almesca, em uma �rea de preserva��o permanente que fica �s margens do
>C�rrego Pinda�ba, em Planaltina (a 44 quil�metros de Bras�lia). O lavrador
>disse que usava a casca para fazer ch� para a mulher, Erotildes Guimar�es.
>Ela tem Doen�a de Chagas. Com a interfer�ncia do ministro Jos� Sarney
>Filho,
>Josias foi solto ontem � noite e responder� processo em liberdade.
>Josias conta que soube que o ch� melhorava as condi��es dos acometidos pela
>doen�a. Segunda-feira, Ele foi surpreendido com um tiro para o alto, dado
>por soldados da Pol�cia Florestal, quando raspava a almesca. Preso em
>flagrante delito, algemado e levado para a delegacia, o lavrador foi
>enquadrado na Lei do Meio Ambiente (9.605, de 98).
>Solidariedade
>Segundo o delegado Ivanilson Severino de Melo, Josias provocou ?danos
>diretos ao patrim�nio ambiental?, crime previsto no artigo 40 da lei. O
>delito, inafian��vel, � punido com um a cinco anos de pris�o. Josias foi
>colocado numa cela com outros cinco presos, acusados de homic�dio e roubo.
>O ministro Sarney Filho foi visitar o preso e prestar-lhe solidariedade.
>Esteve na Coordena��o de Pol�cia Especializada (CPE) anteontem � tarde e
>mandou, depois, uma equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
>Recursos Naturais Renov�veis (Ibama) para estudar as provid�ncias jur�dicas
>a favor de Josias.
>?No Brasil, ladr�o de galinha vai preso, mas os grandes criminosos do
>colarinho branco est�o soltos?, disse. Josias disse que nunca roubou nada.
>?Eu n�o sei ler, nem escrever , afirmou. ?C� na minha ignor�ncia, eu n�o
>sabia que era crime tirar raspa de �rvore, que foi Deus que fez, para dar
>ch� para minha mulher. O lavrador chorou v�rias vezes. ?Estou com vergonha
>at� da minha mulher, por ela ser casada com um homem que j� foi preso.?
>Para
>Josias, a honra � um patrim�nio que a pris�o lhe tirou. Os ambientalistas
>tamb�m protestaram. Desta vez, a favor do acusado. ?A gente tem coisa muito
>mais relevante como as madeireiras dilapidando o patrim�nio ambiental
>dentro
>de �reas ind�genas?, disse D�lcio Rodrigues, do Greenpeace. (Ag�ncia Folha)

Que absurdo!


Leandro.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Organizacao (administrativa)
FROM: "FRANCISCO ASSIS DOS SANTOS" <fsantus@svn.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/06/2000 22:29

Saudações galera do ciencialist!!!!!!

A idéia de restrições numa lista foge ao contexto de uma lista uma vez que
não tenha-se acordado na inscrição da mesma. Censurar aos que gostam de
observar seja por qualquer motivo é uma atitude condenável.
Se há um desejo de maior participação das discussões caberia ao moderador
direcionar os temas para que sejam generalistas ou seja universais. Mesmo a
maioria dos listeiros sendo físicos o enfoque dos temas poderiam ser menos
acadêmicos e mais voltados para aplicabilidade dos conceitos físicos no
quotidiano; assim como direcioná-los para uma linha multidisciplinar.
Como sugestão para uma próxima discussão qual( is ) ponto ( s ) de
intersecção entre as ciências naturais?
E em qual ( is ) ponto ( s ) se separam?

Atenciosamente
Francisco Assis


----- Original Message -----
From: Débora Brudna <debora@ez-poa.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Thursday, June 15, 2000 6:48 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Organizacao (administrativa)


> Isso é um pouco injusto, Ozelo, com pessoas como eu, que nunca escrevem
para
> a lista mas lêem as mensagens.
> Aliás, acho que alguns devem ter levado um susto ao ver um nome novo na
> lista. Por isso, vou me apresentar: eu, Débora Brudna, sou publicitária e
me
> associei por simples vontade de aprender um pouco mais sobre ciência. Como
a
> maior parte do tempo tenho apenas uma idéia do assunto, prefiro só
> acompanhar a evolução da discussão sem meter o bedelho no que não domino.
> Portanto, pessoal, embora pareça que o grupo de debatedores é muito
> restrito, lembrem-se que pode haver muitas pessoas que, como eu, se
> interessam em apenas ler as mensagens.
> Por favor, Luís, não me tira da lista!
> Abraços para todos
>
> Débora
> (já voltando ao posto de observadora)
>
> ----- Original Message -----
> From: Ozelo <ozelo@radioalarme.com.br>
> To: <ciencialist@egroups.com>
> Sent: Thursday, June 15, 2000 5:57 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Organizacao (administrativa)
>
>
> Olá pessoal! :o)
>
> (risos) Que confusão! ;o) Quando resolvi acompanhar a listinha de
> participantes já estava furada a sequência... mas tudo bem, a falha está
na
> impossibilidade de saber quem está mandando a msg e quando.
>
> Eu não sei quais são os critérios da lista, mas na medida do possível
> estou nela, ok? :o)
>
> A intenção é saber quem anda ocioso dos 109 participantes? Estranho,
eu
> pensei que a lista tinha uma espécie de reciclador de usuários... algo
> semelhante aos webmails por aí. Necessariamente cada participarte tem que
> periodicamente acessar o seu login, caso contrário, a conta é
> automaticamente excluída. Eu p. e. acompanho o que rola na lista recebendo
> emails diários contendo todas as mensagens do dia e periodicamente entro
no
> login com meu endereço e senha... Aqui não é assim?
>
> []* Ozelo
>
>
>
>
> *** --- ***
>
> >> Página sobre Albert Einstein <<
> http://www.aip.org/history/einstein/
>
> *** --- ***
>
>
>
>
>
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>
> *** --- ***
>
> >> Página sobre Albert Einstein <<
> http://www.aip.org/history/einstein/
>
> *** --- ***
>
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Onde deus entra na história?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/06/2000 08:32



"Antonio Carlos M. de Queiroz" wrote:

> Eduardo Medeiros wrote:
>
> >...
> > De um lado você tem um ser onisciente, onipotente e onipresente, que
>
> > criou tudo e todos em seis dias, numa história contada por pessoas
> não
> > confiáveis, pontilhada de contradições e absurdos científicos. Do
> > outro, big bang, sopa primordial e evolucionismo têm o mesmo efeito,
>
> > sem que necessitemos recorrer à magia e à sonhos românticos.
> >...
>
> Será mesmo? Muitas destas teorias são em muitos detalhes incompatíveis
>
> com o que se observa no mundo atual, requerendo que se assuma muita
> coisa nunca observada e até não observável... Não estaríamos apenas
> mudando de crenças?
> Em evolucionismo sem intervenção inteligente dá a princípio para
> acreditar, já que vemos o princípio funcionando, e efetivamente
> existiu tempo suficiente para que um elefante e uma pulga tenham
> evoluído a partir de um antepassado comum. Mas que isto tudo parece
> bastante absurdo parece. Examine-se algum detalhe de qualquer ser
> vivo, qualquer detalhe, e tudo parece ter sido deliberadamente
> projetado. A única pista que se tem de que não foi assim é que
> variações próximas são sempre encontradas. Os arquitetos de "Deus"
> tinham bastante imaginação, mas os engenheiros copiavam tudo...

Desculpem, mas nao pude resistir e re-postar um texto q escrevi ha
alguns anos
e que ja foi (exaustivamente?) debatido aqui na lista.
Contudo, aos novos integrantes, gostaria de repassar algumas ideias que
estao contidas neste antigo debate :

Sobre a (in)existência de Deus
==============================
By : Joao Carlos Holland de Barcellos

Esta série de diálogos foi travada, no Fórum da
revista Super-Interessante ( julho /1998 ), sobre o tema :
"Os homens criaram Deus ou Deus criou os Homens? ".

Este fórum, sobre este tema, existia ha pelo menos um
ano ( aberto aa todos os internautas ) quando, "misteriosamente",
cerca de três dias após eu começar a argumentar contra
a existência divina, retiraram a permissão aos não assinantes ,
(excluindo-me da discussão) e por isso
eu não consegui salvar minha última mensagem.

Eu, ateu, basicamente usei dois argumentos filosóficos
para defender a minha ( não ) crença :

1-O principio filosófico conhecido como a NAVALHA de OCAM
que eu usei neste primeiro diálogo ( talvez, quem sabe,
o primeiro a usa-lo com este propósito ) e

2-A prova usada por HUME ( filósofo inglês ),
que se baseou na contradição de teoria ( propriedades de Deus )
e os fatos .

O debate estava empolgante e duro, por isso eu não
fui muito , digamos assim, "delicado" parecendo até mesmo
rude de vez enquando.


A seguir os principais trechos do debate :


Enviada por João Carlos Holland de Barcellos em July 27, 1998
Cara Márcia,
Vc ainda não entendeu o cerne da questão, mas eu
vou te explicar :
Você esta tentando resolver um problema criando
outro mais complicado !
Voce diz que a solução para o problema do surgimento
de tudo pode ser resolvido com Deus: algo que
cria , magicamente, tudo e pronto !
Simples não é ?
Parabéns !
Com isso qualquer pergunta voce pode
responder "-foi Deus ! "
e tem a solução para todos os problemas !
Se voce tivesse razão, talvez merecesse o premio
Nobel em todos os ramos da ciência !
Mas, como vc não recebeu, é pq alguma coisa
tem de errado não é ?

Pois bem, colocando-se o problema do surgimento
de tudo numa 'caixa preta' chamada Deus, vc
está simplesmente criando um problema pior :
"Como Deus apareceu?"

Note que Deus é algo muito complexo, pois
ele tem o poder e energia para criar TUDO
e se vc pensar bem verá que
isso é algo realmente espantoso!

Então Deus é algo muito mais complexo do que
o próprio Universo ( que vc diz ele criou) !

Percebe que vc esta trocando um problema mais
simples, o do Surgimento do Universo,
por um outro : O do surgimento de Deus
que é mais complicado ???

Então, ao invés de simplificar
você esta complicando!

Vc pode tentar escapar desta questão, do
surgimento de Deus, dizendo que as pessoas
"não podem entende-lo" ou que "Ele sempre existiu"

Bom , a primeira resposta ( que nao podemos entende-lo )
é um modo de fugir do problema levantado , é o
mesmo que dizer : Esqueça, Não pense sobre isso !
E fazendo isso apenas trocamos um problema
complicado ( da origem do Universo ) por um outro
muito mais complicado e agora insolúvel ( da origem
de Deus ) !

Dizer que ele sempre existiu tambem não refresca:
Se precisamos de algo,( mais complicado e complexo que o Universo),
que precise que sempre tenha existido ,
para explicarmos a origem do universo,
então é mais fácil supormos que o próprio Universo
sempre tenha existido ! ( não é? )
Pois ele é mais simples do que Deus !!

Ai, vc ja percebe que para explicar as coisas,
a idéia de Deus atrapalha mais do que ajuda ,
percebe ?

Isto é apenas uma introdução das contradições
que aparecem quando se coloca Deus para explicar
as coisas ( leia meu artigo abaixo para a Sandra )

Agora, se partirmos de um universo simples
que começou apenas com partículas simples
então a ciência ja da conta de explicar como
apareceram o Sol a vida etc...

Tudo fica mais fácil de entender SEM Deus,
tenta ! não dói nada !
Beijos
João Carlos





Enviada por Joao Carlos Holland de Barcellos em July 22, 1998 at
10:45:17:

Respondendo a: Deus Criou o Homem, e o Homem Criou Deus posted by Julio
Cesar Castro
Figueiredo em July 22, 1998 at 03:51:50:


1-Pq as pessoas rezam à Deus ?
Se Deus nao ajuda uma criança que esta morrendo
de fome na rua e que chora ( e vai morrer! ) se Deus nao
escuta uma criança inocente e indefesa
pq ele iria escutar a SUA reza ?
Não é estranho ? E se fosse vc que fosse morrer de fome
nas ruas ??

2-Pq as pessoas só dizem 'Graças a Deus' qdo ocorre
algo bom e nao dizem a mesma coisa qdo ocorre
algo ruim ?????
Se ele e' todo-poderoso e e' responsavel pelas
coisas boas, tambem o é pelas coisas Más !!

Portanto, da próxima vez que uma desgraça acontecer
digam também 'Graças a Deus', so' para manter
a coerencia !!!


=============





Cara Sandra, se o q nos diferencia dos animais é
a razão então se quisermos realmente sermos
seres humanos racionais devemos PENSAR.
E os pensamentos, mais que os sentimentos,
podem se manifestar por palavras !

O fato de sentirmos não quer dizer que tenhamos
razão !
Os hospícios, no mundo inteiro, estão CHEIOS
de pessoas que ACHAM que são Napoleão ou
que são o messias ou que isso oi que aquilo...
Não é só porque eles acham ( E SENTEM )isso é
pq estão com a razão ! ( Por isso estao internados)

É claro que não precisamos sempre estar com a razão
para não ermos internados, muitos de nós pensam ( e sentem !)
muita coisa que não é verdadeira e nem por isso
vão p/ o manicômio...
A sociedade é tolerante às pessoas que acreditam
em saci-perere, papai-noel , mula-sem-cabeça,
lobisomem, vampiro, fantasmas, Deus, Chupa-Cabras
etc...
Agora, se quisermos dialogar, ponderar, pensar
temos que usar + a cabeça e menos as emoções,
se bem que nem sempre é fácil separar isso,
mas nem por isso não devemos tentar...

1-O fato de ninguem responder quem criou Deus
não justifica o fato de Deus ter criado o Homem.
Se vc Diz que Deus sempre existiu ou que não
se pode entende-lo , isso é um meio de dizer
que não se pode discutir é um meio de FUGIR
da razão ( um dos caminhos que levam ao
manicomio ).
Neste caso é mais simples e fácil acreditar
que o universo sempre tenha existido, ou
ATË MESMO que o homem sempre tenha existido !!!
É claro que isso ( de o homem sempre ter
existido ) é falso ! o homem descende , na verdade
de homídios primitivos ( um tipo de macaco ).
A ciência está farta de mostrar isso:
TODOS os seres vivos vieram de uma proto-célula
primitiva e EVOLUIRAM por mutações E seleção
natural até aqui !

2-NADA justifica o sofrimento e morte de MILHÕES
de crianças TODOS os anos no mundo inteiro de fome
SENDO que existe um Deus BOM e todo poderoso e que
a tudo vê !
Os fatos GRITAM ( junto com os gritos das crianças)
que tal ser magnífico NÃO existe !
Se existisse ele não permitiria este tipo
de bárbarie sem NADA fazer !!!

3-Como vc pode achar que mudando de religião
toda uma estrutura de universo mude tambem ????
Não é estranho q mudando de religião tudo que
a antiga religião dizia , derepente ja nao vale
MAIS NADA e, o q vale agora, são os preceitos da
nova religião ???
Isso não seria sinal patente de uma ILUSÃO ?
E se vc mudar de religião OUTRA VEZ ??

4-Muitos invocam a Bíblia para justificar suas
crenças, veja bem : A bíblia nada mais é do que
um livro antigo e obsoleto !
O fato de ter sido escrito ha tanto tempo
ja é sinal que deve ser atualizado, o mundo
e as idéias evoluiram e se aperfeiçoaram,
NÃO há razão para se ficar pregado em algo
tão arcaico !!

5-Se vc quiser se iludir e continuar pensando
que Deus existe , não esqueça que se ele
é responsável por tudo então
diga "Graças a Deus " qdo ocorrer :
Um terremoto,
Um maremoto
Um furacão,
Um atropelamento,
Um assassinato,
e todas as desgraças que assolam nosso mundo
do contrário também NÃO digam graças a Deus
quando ocorre uma coisa boa !

Desculpa pela minha sinceridade sei
que faço muita gente pensar, mas....




Enviada por João Carlos Holland de Barcellos em July 27, 1998 at
19:21:19:

Respondendo a: Uma outra visão. posted by Jocel Fechine em July 22, 1998
at 19:49:18:

: Basta fazer a simples pergunta: se Deus criou os homens, quem criou
Deus? ....

: Não existe relação de tempo para Deus.Ele simplesmente é.
: O homem já tentou colocar esta mesma relação eterna ao
: universo,porém para surpresa de muitos,temos que admitir
: que o universo assim como a natureza em algum momento
: não existiu,dando-nos a conclusão de consequentemente ter
: havido uma causa para tudo isso.
: Não existe causa pra Deus pois Ele já é a causa em si.
: Já o universo é fruto comprovado de uma causa a qual a
: própria ciência corrobora nesse sentido.

Caro Jocel, ao invés de tentar responder de maneira
lógica as quesões levantadas vc coloca tudo
com a resposta 'Deus é assim mesmo: infinito,
atemporal, onipresente , onipotente etc.. etc...'
Mas tal tipo de resposta evasiva do tipo
'Os homens não conseguem compreende-lo ',
ou 'Ele e' assim mesmo : Qqr dúvida ELE sabe
a resposta ou foi ele quem fez'
Este tipo de resposta infantil não leva a nada
e simplesmente joga no lixo qualquer tentativa
de chegar a alguma conclusão lógica!

Digo Mais : NÃO EXISTE ser que seja BOM e PODEROSO
e AINDA ASSIM deixe
crianças indefesas morrendo de fome !!
e SOFRENDO MUITO !
~Se houvesse realmente bondade ( um pouquinho só )
e poder ( pra quem se diz criou o universo é
mixaria! )
Não deixaria este tipo de coisa acontecer :
ESTA É A PROVA MAIS CABAL DA INEXISTÊNCIA DE DEUS!
Qqr pessoa q finja não enxergar isto usa Deus
para esconder suas próprias inseguranças e temores!


:
: : Concordo com a Isadora e faço mais algumas indagações:

: : Pq as pessoas rezam à Deus ?
: : Se Deus nao ajuda uma criança que esta morrendo
: : de fome na rua e que chora ( e vai morrer! ) se Deus nao
: : encherga isso pq iria escutar a SUA reza ?
: : Não é estranho ? E se fosse vc a morrer de fome
: : nas ruas ??

: Tenho outra visão parar este pensamento.
: Pelo que é citado,o que aconteceria com essa tamanha
: injustiça cometida de caráter irrevogável a tantos que
: de uma forma ou de outra já perderam a consciência e
: não têm mais o que fazer.
: E quanto a injustiça maior de todos serem mortos(inclusive
: a nós) independente do que tenhamos feito ou deixado
: de fazer?
: Apenas com estas simples injustiças,o próprio universo
: já perderia sua harmonia e sentido de existência.

: Jesus nos fala sobre um julgamento para uma vida eterna.
: A possibilidade da real imortalidade é o dom mais sublime
: que se pode imaginar.Este julgamento que será feito por
: Ele já é fundamental para todo funcionamento harmônico
: de tamanha energia.


Mostrar que crianças morrendo de fome é desgraça
'pequena' diante de todas as outras desgraças
NÃO EXPLICA e sim pelo contrário : mostra
que realmente COm deus ou sem deus a terra e
todos os seus seres estão RELEGADOS AA PRÓPRIA SORTE
não adiantando nada rezar ou deixar disso !
Vida após a morte ?? Qta ingenuidade, se fosse
para se castigar alguem ja se faria aqui mesmo,
pior : NEM DEIXARIA ACONTECER
( Vc deixaria seu filho de 3 anos de idade
brincar com um 38 carregado?)
Se existisse alguem todo poderoso ele poderia PREVER
as CONSEQUÊNCIAS de seus atos , e tudo o que acorre
aqui , ( para quem acredita ) , e'consequencia
de Deus pois ele previu tudo o q iria acontecer
e mesmo assim não evitou !


:
: : Pq as pessoas só dizem 'Graças a Deus' qdo ocorre
: : algo bom e nao dizem a mesma coisa qdo ocorre
: : algo ruim ?????
: : Se ele e' todo-poderoso e e' responsavel pelas
: : coisas boas, tambem o é pelas coisas Más !!

: : Portanto, da próxima vez que uma desgraça acontecer
: : digam também 'Graças a Deus', so' para manter
: : a coerencia !!!

: É dever do cristão dar graças a Deus por toda e qualquer
: existência.O simples fato de respirarmos já é um dom
: de Deus.
: O sofrimento é único e exclusivamente reflexo de nossas
: transgressões à lei de Deus,bem como uma forma de reco-
: nhecermos isto.
: O maior de todos os sofrimentos em todos os graus,foi
: vivenciado pelo próprio Deus,Jesus Cristo.E por isso
: mesmo ele prova ser Deus.
: Jesus foi traído,humilhado,ofendido e crucificado sem
: a mínima culpa e/ou pecado.
: Agora,antes de alguém ter pena de qualquer tipo de so-
: frimento existente em qualquer lugar ou época neste nos-
: so planeta,tenha pena de Jesus Cristo e antes mesmo de
: ter pena de Jesus Cristo tenha pena de voce mesmo pelo
: perdão de seus pecados.A partir de então voce poderá
: realmente ajudar ao seu próximo.

Bobagem, o sofrimento de um homem NÃO justifica
o sofrimento de centenas de gerações que agonizam
e veem seus parentes e filhos morrer: COISA MUITO
PIOR do que morrer numa cruz !

SE vc tentar pensar como um ateu como eu
verá que as coisas são MUITO mais simples
e fáceis de entender, não existem contradiçoes
num mundo sem Deus!




Infelizmente Deus é uma Ilusão ( um
auto-engano )


[ Respostas ] [ Responder ] [ Aids ]


Enviada por Joao Carlos Holland de Barcellos em July 15, 1998 at
07:19:04:

Respondendo a: Deus Criou o homem posted by Roberta Selingardi em August
18, 1997 at
18:00:18:

: Deus criou o homem e o homem criou vários deuses. Ainda bem que Deus
não desistiu de nós,
dessa humanidade tão ruim !!!!!!!


Quem acredita em Deus ainda nao analisou as contradições
deste fato, se nao, nao acreditaria..:

Quem criou Deus ?
( pergunta recursiva e sem resposta )

Deus sempre existiu ?
Neste caso e' + simples
crer que um universo simples sempre tenha existido
e nao algo tao complexo qto Deus...

Se Deus e' bom pq tantas crianças inocentes e indefesas
sofrem e morrem de fome ?
Se existisse um Deus realmente bom e poderoso
conseguiria ver e impedir tanto sofrimento...
Os fatos gritam e quem acredita fecha os olhos !

Ha necessidade de sofrimento para "purificacao" ?
Se houvesse alguem realmente poderoso , nao
hesitaria em "purificar" a quem precisa sem
tanto sofrimento ( questao de poder )

Pq as pessoas tem medo de assumir que Deus nao existe?
Fraqueza humana, o medo da morte?
Mas eu que sou ateu lhes digo : E' muito
melhor se libertar da mentira e viver a verdade em
vida, mesmo que esta nao lhe traga o paraiso
apos a morte, pois assim vc estara vivendo sua
vida muito + plenamente do que acobertado
na falsidade.

Se as pessoas nao acreditassem em Deus haveria
muito menos guerras e as pessoas lutariam
muito mais pelos seus direitos EM VIDA, fazendo
a vida + justa e menos submissa.

Deus caiu do céu para os poderosos e politicos :
Lembro de ter lido no jornal sobre as maes
que perdem filhos por desnutricao no nordeste Dizem:
"Deus quis levar o meu filho"
Se nao acreditassem em Deus com certeza cabecas
de poderosos rolariam !
O povo nao seria tao passivo e nao enguliria
tantas desfeitas !




Re: Se Ele existe, é um FDP!


[ Respostas ] [ Responder ] [ Aids ]


Enviada por Lindenberg Munroe em November 09, 1997 at 13:31:44:

Respondendo a: Se Ele existe, é um FDP! posted by Fabio em May 30, 1997
at 00:16:57:

Eu te achei muito agressivo, mas entendo completamente o seu sentimento.
Se Deus existe do jeito
que nos ensinaram, pode ter certeza que nos faz de cobaia, é um
maniulador de fantoches, sádico.
A idéia de livre arbítrio entra em contradição com aquela afirmaçao da
predeterminação divina. Se
nos deu livre arbítrio, ele não tem o direito de intervir no que acha
que é melhor para nos, pois foi o
único responsável por ter nos dado esta escolha.
Dizem que não devemos colocar culpa no todo poderoso. Que toda a maldade
existente, injustiça e
crueldade vem dos homens. Quem foi que criou o homem, não foi Deus. Quem
nos deu vontade
própria não foi ele? Se acontece tantas coisas erradas hoje em dia é
unicamente e exclusivamente
do nosso criador. Nos seres humanos não temos culpa de ter existido, foi
Deus que nos fez a seu
bel-prazer.
E estamos só falando do deus monoteísta. E os vários deuses que pessoas
acreditavam durante
dodos os séculos. Porque esses católicos acham que só o seu Deus é
válido. Eles estão então
sujeitos ao castigos de outros deuses por não acreditaram neles.


=================

camila 05/10/99 14:15 não mudei de idéia! acho que o responsável
pela
desgraça humana é o próprio egoísmo dos
homens........

Jocax 05/10/99 14:15 Eu sei
estamos realmente sos sem deus

camila 05/10/99 14:16 mas não estamos sós!

Jocax 05/10/99 14:16 Se nao estamos
ele é omisso , nao é bom

camila 05/10/99 14:16 não concordo!

Jocax 05/10/99 14:17 Um ser q fosse realmente bom e todo poderoso
nao
permitiria q uma crianca
indefesa e inocente morresse com dor de
fome e
frio !

Jocax 05/10/99 14:20 Até eu que nao tenho tanto poder assim ajudo
as
vezes....

Imagina quem tem o poder de criar o
universo !!

camila 05/10/99 14:21 eu acho que vc disse tudo: Deus nos deu o
poder
de fazer isso o que vc faz: ajuda os
outros.....
se todos não fazem , isso não é culpa de
Deus!!!!!!

Jocax 05/10/99 14:22 Mas ele esta vendo e mesmo sabendo que PODERIA

AJUDAR
prefere DEIXAR a criança MORRER de fome e
dor !!!
Vc acha isso certo ?

Jocax 05/10/99 14:23 Ele é cumplice da morte da criança indefesa !
Ele tem poder e poderia ajudar mas se
OMITE
deixando-a abandonada aa propria sorte :
ELE NAO
É BOM ou NAO EXISTE

camila 05/10/99 14:23 e nós?não estamos vendo??????????

Jocax 05/10/99 14:24 Nem sempre , e as vezes nao podemos ajudar
mas ele MESMO SABENDO que a crianca esta
DEfinhando e que VAI morrer
SE OMITE

Jocax 05/10/99 14:25 Essa omissao é MUITO CRUEL
é + facil encarar a realidade : ELE NAO
EXISTE

camila 05/10/99 14:25 definitivamente não concordo.......... acho
que
nesta questão não vamos chegar a lugar
nenhum............

Jocax 05/10/99 14:25 Entende pq Deus é contradicao ?

Jocax 05/10/99 14:25 Nao tem o q nao concordar
os FATOS PROVAM a OMISSAO ASSASSINA de
Deus !!!

Jocax 05/10/99 14:26 Acreditar em deus é um auto-engano
vc pode ficar se iludindo , mas se vc
quiser ser
libertada eu te ajudo

camila 05/10/99 14:26 não queria mas falr nisso! se não se importa?



======================================
Acredito que embora a Fé possa as vezes ser psicologicamente benefica
aa saude, nao acredito que a crenca em Deus o seja para a sociedade
em geral.
Do meu ponto de vista acreditar em um Deus ( Cristao ) traz maleficios
a longo prazo :

1-O ponto principal eh que posterga a JUSTIÇA , relegando-a a um Ente
que nao existe.
Isto leva as pessoas aa nao procurar justica em vida acreditando q
esta sera feita apos a morte.
Como consequencia, deixa as pessoas quase completamente inertes,
amorfas, inoperantes, inofensicas diante dos "predadores" da
sociedade que, por sua vez, explorarao at nauseum esta crenca.
Uma sociedade REALMENTE ateia buscaria a justica em vida com +
empenho e rigor.

2- A crenca q apos a morte a "alma" vai para o "Ceu" , outra dimensao,
etc...
faz as pessoas nao valorizarem , como deveriam, o planeta e seus
escassos recursos naturais.
Isso poderia levar a um pensamento do tipo :
"Para que ? se apos esta vida eu irei para melhor ??
Que se lixem os q ficarem" .
Com este pensamento o planeta fica relegado a um plano perigosamente
secundario.

3- Quais as consequencias de acreditar em uma mentira ????
As contradicoes intrinsecas de uma crenca em Deus, acredito, leva a
uma continua aceitacao das contradicoes dos fatos que podera
contaminar a propria logica humana na observacao de outras
evidencias da vida. Isto eh :
Viver na mentira prejudica a percepcao da realidade que devera
certamente influenciar a vida da pessoa.

4- Claro q eh sempre bom para as classes dominantes que o povo seja
"refem de Deus" e aceite as agruras que lhe sao impostas em vida
como um "bilhete para o Ceu", mantendo o povo como cordeirinhos
sempre "dando a outra face para bater" e pensando se vingando
em pensamento *somente* :

"-eles nao passarao pelo buraco da agulha !".

5- Claro q nao vejo a crenca Deus apenas como um remedio
que traria beneficios e maleficios e onde deveriamos crer ou nao
olhando apenas estas consequencias.
Acredito que a busca pela verdade eh o principal motivo,
ao menos para mim, em ser ateu:
Alguem gostaria de viver na mentira apenas para se sentir melhor ?


Basicamente eh isso.


[]s
jocax






SUBJECT: Re: [ciencialist] Criação de Universos em Laboratório
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/06/2000 08:55



msbn@daterranet.com.br wrote:

> Caros listeiros,
>
>
> Em outro e-mail afirmei que a existência de Deus é uma hipótese, isto
> é,
> pode ser que Ele exista realmente. (eu não creio, mas, sei lá...)
>
>
> Neste e-mail vou mais longe: digo que aquela história bíblica de um
> deus
> antropomórfico — um deus com forma e paixões humanas criador do
> Universo —
> não é um mito infundado, mas igualmente uma hipótese, ou seja, uma
> conjectura aceitável pela ciência.
>
> (Antes, um aviso aos realistas de bitola: odeio misticismo!)
>
>
> Com efeito, a física moderna não descarta a possibilidade de que o
> Universo
> foi "criado" por uma inteligência de carne e osso. O renomado
> cientista
> norte-americano Alan Guth, professor de Física do Massachusetts
> Institute of
> Technology (MIT), em seu livro "O Universo Inflacionário" (Editora
> Campus),
> argumenta exaustivamente, durante todo um capítulo (capítulo 16 — Os
> Buracos
> de Verme e a Criação de Universos em Laboratório; pp. 210/222), que
> não é
> impossível que, num futuro distante, uma civilização superavançada
> venha a
> criar um novo sistema matéria-gravitação — isto é, um "novo" universo
> —
> independente do nosso.
>
>
> Bastaria, para tanto, 25 gramas de matéria e tecnologia para comprimir
> essa
> massa até que se atinja a densidade de 10 elevado à octogétima
> potência
> positiva gramas por centímetro cúbico. O que teremos, então, é o que
> Guth
> denomina de uma bolha de falso vácuo .
>
>

Interessante o artigo mas eu tenho alguns comentarios a fazer :
1- Parece-me que Guth usa a fisica atual ateh os seus limites.
Mas ao que eu saiba, as leis fisicas ainda nao estao bem definidas ou
melhor
nao estao entrosadas principalmente nos limites de sua aplicabilidade ou
seja : A uniao da mec. quantica com a teoria da relatividade.
Os fisicos ainda lutam por integrar a mecanica quantica aa teoria da
relatividade
talvez o consigam na teoria M ( das super cordas ?).

Sera que Guth fez bem ao aplicar as leis fisicas justamente num limite
em que
a fisica (QUE EU SAIBA) nao esta bem definida : distancias quanticas e
altissima
gravidade ?

Bom, de qqr modo nao eh necessario tais arroubos para termos um universo
e
sermos "deuses" desses universos. Aqui vai um texto q escrevi em 1997 e
que
explica isso ( tambem ja foi postado nesta lista ).



=====================
“O Simulador "


Na mesa de um Bar professor e aluno divagam :

Aluno :- A Historia da computacao tem cerca de uns 300 anos, e vista do
seus primordios, o que temos hoje pareceria ficcao cientifica.

Prof : - De fato, principalmente no campo da simulacao.
Vc poderia imaginar entao daqui ha uns 3 milhoes de anos, como
seria o
poder computacional ?!

Aluno: - Acho que e’ quase impossivel , mesmo imaginar !

Prof : - De fato, provavelmente, nao sera nem mesmo o homo-sapiens que
habitara a terra, se e’ que ela ainda existira.

Aluno : - Com esses computadores imagine a qualidade e o poder de
simulacao, acho que poderiam simular quase tudo.

Prof : - Sim , creio que ate’ mesmo um universo virtual poderia ser
simulado em tais maquinas, talvez, por exemplo, com cada atomo desse
universo sendo representado por um objeto...

Aluno: - Nesta simulacao, talvez ate’ mesmo algum tipo de ‘vida’
poderia aparecer, nao ?

Prof : - Perfeitamente, seria um otimo laboratorio para o estudo da
evolucao! Creio que ate’ formas de vida inteligentes poderiam aparecer
de um tal simulador.

Aluno: - Poderiam estas formas de vida inteligente descobrir que estao
sendo ‘simuladas’ dentro de um computador? e que na verdade sao
criaturas virtuais?

Prof: - Creio que elas poderiam ter indicios de que sao objetos virtuais

desde que tenham alcancado um nivel cultural e tecnologico avancado.

Aluno : - Como assim ?

Prof : - Mesmo um computador avancadissimo teria certas limitacoes : sua

precisao de calculo continuaria finita e o tempo de processamento nao
poderia ser instantaneo.

Aluno : E Dai?

Prof :- Neste caso estes seres virtuais poderiam perceber que nao
conseguiriam medir a posicao de uma particula com precisao infinita,
uma vez que o computador que simula a particula tem precisao finita.
Um outro indicio seria perceber que as leis fisicas de seu mundo, como
que por magica, obedecem a formulas matematicas simples,
fruto do modelo matematico que o simulador segue.

Aluno : -Interessante ! A propria velocidade maxima de propagacao de
informacao neste mundo deveria estar limitada a um valor maximo.

Prof. : - Sim , decorrente das proprias limitacoes de precisao e
velocidade do simulador. Haveria um efeito de tunelamento na qual uma
particula atravessa uma barreira, que poderia ser facilmente explicado
pela imprecisao computacional.

Aluno : - Sera que tais seres aceitariam uma tal constatacao,
a de que sao, na realidade, 'seres virtuais' ?

Prof : - Nao creio , seria algo muito duro de se aceitar. Como se todo
seu universo fizesse parte de um ‘sonho’ que poderia se apagar a
qualquer momento.

Aluno : - E os responsaveis pelo experimento ? Teriam coragem de
desligar o simulador desse universo virtual?

Prof : - Nao sei , o jeito e’ esperar para ver. De qualquer modo,
quando nos desligarem nao sentiremos nada mesmo !

------------------------------------------------
Joao Carlos Holland de
Barcellos Set/1997





SUBJECT: Re: [ciencialist] Criação de Universos em Labor atório
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/06/2000 09:09



msbn@daterranet.com.br wrote:

> Nada a determina, isto é, antes dela é o Nada: -- "0 = +X - X." , eis
> a
> Lei -- A propósito, há uma hipótese segundo a qual a quantidade de
> energia
> do Universo é zero. Isto é, no universo existem dois tipos de energia:
>
> energia "positiva" (que é a energia-de-massa, ou seja, a energia
> "congelada"
> sob a forma de matéria, somada às energias mecânica, térmica, química,
>
> nuclear e à do campo eletromagnético) e energia "negativa"
> representada pelo
> campo gravitacional. A quantidade de energia positiva, de acordo com
> essa
> hipótese, é + X, e a de energia negativa, - X, de sorte que a
> quantidade
> total de energia no universo é zero: + X - X = 0.
>
> Essa é a Lei: "0 =+X -X ". Não há juízo mais simples que a explique.

Embora tenha me formado em fisica a "milenios" nunca ouvi falar q o
campo gravitacional
pudesse ser considerada uma energia negativa.
Muito pelo contrario, li que um dos modos de os buracos negros perderem
massa ,
evaporando-se, seria devido ao seu enorme
campo gravitacional que induziria geracao de particulas aas custas de
sua massa interna.
Ou seja o campo gravitacional pode gerar materia ( energia positiva ).

Com relacao aa conjectura sobre o inicio destes universos eu acho q
sua explicacao de um universo inicialmente + simples poderia ser
realmente
a resposta para a serie infinita de universos.
Se nao fosse + simples a navalha de Ocam podaria esta complicacao toda e

seria + plausivel ficarmos com um unico universo.


Deixo uma pergunta filosofica :
A matematica existiria se nao houvesse nada ?


[]s
jocax



SUBJECT: Deus e Universo...
FROM: "Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/06/2000 10:25

Olá pessoal, Manuel, Rodrigo e demais...

Eu venho observando todas essas colocações sobre Deus e Universo e quem
criou quem, mas devo dizer que ultimamente tenho me sentido bastante
satisfeito em definir a existência de Deus como a expectativa do futuro do
Universo de um ponto de vista ideológico. Há tanta personificação com
relação a Deus, sendo que de acordo com as mesmas idéias Deus existiria
mesmo antes de nós existirmos (o Universo).

Não seria simples essa definição? Deus e Universo são a mesma entidade.
Seria onisciente, onipotente e onipresente, que criou e é tudo e todos. A
diferença que percebo perante a humanidade e com ênfase é que não conhecemos
nem Deus e nem o Universo, mas com relação à ciência e religião, que
meramente nada mais são do que nossas atitudes perante o conceito que temos
de Deus e Universo, respectivamente apenas dizemos como o Universo se
comporta e acreditamos nisso. Assim como criamos a expectativa de Deus ser e
tb acreditamos.

Ao meu ver, o Universo é a única entidade ponderável que existe
indefinidamente no tempo e no espaço. E há fortes indícios de ser algo
próximo ou análogo de 0=-x+x, sendo que a matemática natural coexiste com o
mesmo e nós apenas a interpretamos assim como personificamos Deus.
Naturalmente, há apenas um problema interpretativo com relação a estas
idéias, mas o que mais me chateia é que a maioria das pessoas não se dão
conta de tantos paradigmas diferentes ao mesmo tempo, pelo contrário, quando
assumem uma posição perante um paradigma, rejeitam qualquer outro. Isso é
perfeitamente compreensível, vindo da raça humana, onde a certeza é a origem
da segurança. Embora seja óbvio que as pessoas estão pouco seguras de suas
existências e consequências em sua intimidade. Não existe um certo ou errado
absoluto, mas existem meios de tomarmos ciência cada vez mais de parâmetros
do conhecimento para definir em que pontos de vista as causas e efeitos
podem se tornar relativamente certas ou erradas.

O que vamos fazer com relação a isso tudo? Quem dentre os caros
listeiros sabe que está certo ou errado com relação às nossas atitudes para
o futuro da humanidade e consequentemente o futuro da nossa fatia
existencial no Universo? É triste saber que a maioria das pessoas não se
importam com essas questões sob uma ótica restrita a pouco mais de suas
próprias existências. Entretanto, preferem viver... ganhar mais... perder
menos... sendo que nada disso valerá quando os recursos forem escassos para
uma superpopulação da nossa já considerada bola fedorenta chamada Terra.
Pior, se entregam a fé. É exatamente a mesma coisa que acreditar que vou
atravessar uma parede. A sociedade em si está se separando em dois grupos
básicos: os acomodados e os cegos. Os acomodados se cansaram de tentar
atravessar a parede e os cegos batem de cara com ela! Mas a parede sempre
está lá... e sempre estará... Nós vamos aprender como fazer ou destruir
paredes ou vamos encarar os fatos e adimitir que não só somo as próprias
paredes como tb os próprios autores das peredes. Cabe a nós decidirmos se
vamos realmente existir até uma possível extinção como espécie humana ou
como pessoa humana. Eu prefiro encarar a minha vida como uma fração de uma
espécie e não como como um ser humano, pois um ser humano morre sozinho.

Por enquanto é só o que eu tenho a dizer... muito grato pela atenção a
todos.
[]* Ozelo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Criação de Universos em Labor atório
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/06/2000 12:07


<< Embora tenha me formado em fisica a "milenios" nunca ouvi falar q ocampo
gravitacional pudesse ser considerada uma energia negativa.>>


Manuel - Vão alguns livros que falam sobre a gravidade como energia
"Negativa:
a) Superforça; Paul Davies; gradiva.
b) Uma breve História do Tempo; Sthephen Hawking; Rocco.
c) O Universo Inflacionário;cap. 1: O Universo que Surgiu do Nada; Alan
Guth; Ed. Campus.

Tem outros, mas não estou me lembrando agora. Depois, quando eu tiver tempo,
posso enviar trechos desses livros onde o assunto é tratado.

Um abraço,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: do Re: re-stricao; re-ligiao; re-organizacao e receio
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/06/2000 13:40


De: FRANCISCO ASSIS DOS SANTOS <fsantus@svn.com.br>
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Organizacao (administrativa)


>>Saudações galera(??) do ciencialist!!!!!!

Galera ?

>>Como sugestão para uma próxima discussão qual( is ) ponto ( s ) de
intersecção entre as ciências naturais?
>>E em qual ( is ) ponto ( s ) se separam?

Há as ciências físicas ... as demais são notas de rodapé. Como os rodapés
começaram a ficam muito extensos, foram colecionados em separatas com
títulos sugestivos como "Engenharia" (notas que contam como fazer
maquininhas e construções seguindo um manual; todos os 'porques' estão na
Física), "Química" (notas ou fórmuletas que indicam as ligações de baixa
energia que ocorrem com os elétrons periféricos do átomo;distinguem-se pelos
cheiros e coloridos; todos os 'porques' estão na Física), "Biologia" (notas
sobre os nomes dos bichinhos e alguma classificação; todas as explicações
dos 'porques' estão na Física), "Medicina" (notas avançadas dos antigos
açougueiros que, com ajuda dos engenheiros e suas maquininhas já conseguem
emendar um osso e, com ajuda do laser queimar partes selecionadas por outras
maquininhas; toda e qualquer explicação dos 'porques' estão na Física;
adendo --vestem-se de branco (para lembrar os antigos açougueiros) ou de
verde planta (para falar que tem algo a ver com a biologia) etc., cada qual
com menor uso da Matemática.

Como Ciência, a Matemática é a mais simples de todas as conquistas, uma vez
que não depende de ninguém (nem mesmo da natureza). A Física é a próxima no
grau de simplicidade, usando a Natureza e a Matemática mediante um Método
... e depois vem as demais, cada qual com extrema dependência das outras.

Qual o ponto de ligação entre elas todas? O nervo central, sem dúvida, é a
Física.
Retirando a Física a Astronomia vira Astrologia, a Química vira Alquimia, a
Medicina vira Matadouro e Derivados, a Engenharia vira arco, flexa e taba.
Só uma sobrevive com galhardia, pois não depende de ninguém, a Matemática.

No que peca a Matemática? Em nada, absolutamente nada, desliga-se inclusive
da Natureza, mostrando que o Universo é apenas um sonho ... possivelmente de
um matemático ... não muito sério.

Ah ah ah! Léo ataca novamente :-)

"Os trilhos dilatam-se com o calor, por isso, as fabricantes de trilhos já
os fazem de menor tamanho."
"Os melhores embrulhos são amarrados com cordão de força"
"As mulheres cobrem os espelhos durante as tempestades ... sei lá porque!"
"As mulheres colocam aneis e adornos pelo braço todo e apontam o dedo médio
dizendo: é um solitário."

[]'
Léo








SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e Universo...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/06/2000 15:00

Olá Eduardo, Antonio Carlos, Jocax, Ozelo e demais listeiros

Pela n-ésima vez cá estamos nós entrando no terreno da metafísica. Não vejo
mal algum desde que nos lembremos que, por opção nossa, entramos num grupo
destinado a discussão de temas científicos. Espera-se pois que o assunto
seja tratado sob o ponto de vista do cientista mesmo porque a maioria dos
elementos do grupo, e este é o meu caso, não possui embasamento suficiente
em metafísica para tratar o assunto de outra forma. Feita essa ressalva,
lembro ainda de uma divisão sábia de assuntos correlatos, devida ao
brasileiro Newton Freire-Maia, e a subdividir a filosofia em "filosofia
propriamente dita", "filosofia da ciência" e "filosofia científica" (em A
Ciência por Dentro, Ed.Vozes, 1995, p.34). Nada tenho a dizer sobre a
primeira a não ser lembrar que é estudada por filósofos e que metafísica e
epistemologia são dois dos seus capítulos que se entrelaçam com a ciência; a
segunda é estudada pelos filósofos da ciência e a terceira em geral pelos
próprios cientistas. Exemplos: Kant (filósofo), Popper (filósofo da ciência)
e Einstein (cientista e estudioso da filosofia científica).

O Eduardo escreveu em 21/06/00: "...de onde viemos? Para onde vamos? Quem
pode nos responder todas essas perguntas? Deus, é claro;" e, logo a seguir:
"Desde o surgimento da ciência, deus vem perdendo seus poderes."

A primeira observação pertence ao âmbito da metafísica, destinada a estudar
o "mundo do Ser" em seu sentido absoluto. A observação a seguir é algo que
interessa aos teólogos e, pelo que sei, muitos teólogos sérios sentiram-se
aliviados com os progressos da ciência pois grande parte das dúvidas
lançadas, e que no passado recaiam sobre os seus ombros, foram "resolvidas"
pela ciência. Há no entanto que se entender o seguinte: a metafísica
apoia-se na razão para estudar o mundo em seu sentido absoluto, enquanto a
teologia apoia-se na fé. A ciência, por seu turno, não pretende estudar o
absoluto pois estuda apenas parte do complexo "mundo do ser", qual seja, os
fatos e/ou fenômenos que aí ocorrem. Enquanto fenômeno, o cientista consegue
penetrar cada vez mais em sua profundidade; enquanto natureza íntima dos
seres que geram os fenômenos já ficou muito bem demonstrado por Kant que a
ciência não consegue avançar por pura questão metodológica; e a metafísica
apenas consegue fazer suposições a respeito e de ordem tal a freqüentemente
cair em contradições. Exemplificando: em termos de matéria poderíamos, em
teoria, chegar até o átomo de Demócrito, admitindo que ele exista e a
constituir todas as partículas que hoje chamamos elementares (deixemos, por
ora, a impossibilidade quântica de lado). A partir de então a ciência não
poderia conhecer mais nada, pois não há mais o que relacionar, pois o átomo
de Demócrito não interage com ele mesmo, não gerando pois fenômenos ou fatos
a serem notados e estudados pela ciência. Jamais poderíamos dizer,
utilizando o método científico, de que material seria constituído esse átomo
realmente elementar como também não poderíamos, pela ciência, dizer quem o
criou, de onde ele veio (no sentido de criação, ou o que era antes de ser o
que é) e para onde ele vai (no sentido de se será ou não um dia destruído,
ou deixar de ser o que é). Este limite do conhecimento é inatingível tanto
pela ciência quanto pela metafísica. Resta apenas a teologia a apoiar-se na
fé ou na opção por uma possível origem e a não explicar mais nada a partir
dessa possível origem.

Em resumo: o racionalismo metafísico apoia-se no princípio da contradição:
"O que é, é e não pode não ser, enquanto for"; e as ciências naturais
apoiam-se na hipótese metafísica da universalidade dos fenômenos: "Os
princípios fundamentais são universais".

> E Stephen Hawking? "Deus existe e eu vou provar."

Se disse como cientista, foi a maior asneira que um cientista poderia
ter dito. Se disse como crente, devemos respeitar sua maneira de pensar,
mesmo porque não temos nada mais consistente e racional a substituir esta
maneira de pensar.

> Esses grandes nomes da física mundial, pessoas de admirável e quase
> sobre-humana genialidade, pecaram num ponto. Será mesmo que podemos
> unir deus e ciência? Eu não tenho certeza.

Não diria que não, mas jamais poderemos fazê-lo única e exclusivamente com a
ciência. A parte não pode conter o todo, admitindo-se que a ciência seja
parte de um todo mais geral. E sem dúvida a ciência é parte desse todo,
ainda que não saibamos até que ponto seria um todo metafísico e
incompreensível ou simplesmente algo extra-natural e não compreensível na
atualidade.

O Antonio Carlos, em 25/06/00, escreveu:

> Examine-se algum detalhe de qualquer ser vivo, qualquer detalhe, e tudo
> parece ter sido deliberadamente projetado.

Com efeito. Este é o grande argumento utilizado não apenas pelos teólogos
mas também por muitos cientistas, dentre os quais Einstein, a acreditarem
num poder sobrenatural. Acima deste argumento somente a fé poderá ser
utilizada para justificar qualquer coisa.

O Jocax, em 26/06/00, às 8:33, escreveu:

> Agora, se partirmos de um universo simples que começou apenas com
> partículas simples então a ciência já da conta de explicar como apareceram
> o Sol a vida etc...

Simplesmente você está aceitando a impossibilidade como algo absoluto. Não
posso criticá-lo mas não posso também criticar os que procuram por uma
resposta para o que à primeira vista parece sem resposta ou inatingível. Do
contrário iria condenar todos os estudiosos de metafísica à fogueira.

O Ozelo, em 26/06/00, escreveu:

> Os acomodados se cansaram de tentar atravessar a parede e os cegos batem
> de cara com ela! Mas a parede sempre está lá... e sempre estará... Nós
> vamos aprender como fazer ou destruir paredes ou vamos encarar os fatos e
> adimitir que não só somo as próprias paredes como tb os próprios autores
> das paredes.

Embora você tenha colocado num outro contexto, com o qual concordo e assino
embaixo, vou aproveitar o gancho para justificar o acima discutido. Os
cegos, nesse contexto, seriam os que confiam excessivamente na metafísica e
os acomodados seriam os cientistas que rejeitam a metafísica. Pois se a
metafísica é uma terra de ninguém, onde imperam as contradições, não é menos
verdade que os princípios básicos a apoiarem a ciência são metafísicos. Não
podemos entender, em toda a profundidade, o "ser" enquanto "ser"
(metafísica) mas graças a estudos nessa direção conseguimos hoje entender
como os seres se relacionam (ciência), através do que seria chamado por Kant
transcendentalismo, a abrir as portas para a epistemologia.

A todos:

Quanto à fé em Deus ou no Universo, repito pela enésima vez o seguinte
parágrafo:

A fé é sempre uma questão de opção, e a fé religiosa não foge à regra.
Aqueles que necessitam da ciência para acreditar em Deus são os homens de
pouca fé. Aqueles que duvidam de Deus por argumentos científicos são os
homens de pouca ciência. Não há como misturar ciência e religião a não ser
através de frases soltas e de significados analógicos como aquela proferida
por Einstein: "Deus não joga dados". Fora isso, façam suas opções e sejam
felizes, pois é isso o que importa.

E, se possível, procurem aprender a destruir paredes, como propõe o Ozelo
pois, a meu ver, a felicidade começa por aí.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e Universo...
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/06/2000 17:31

Alberto Mesquita Filho wrote:

".... Aqueles que duvidam de Deus por argumentos científicos são os
homens de pouca ciência. "..


Caro Alberto eu nao concordo com tudo q vc diz :
Vamos a um exemplo.
Existe uma caixa de papelao fechada na calcada.
Se eu te perguntar o que vc acha mais provavel das opcoes
abaixo que existe na caixa :
1- A caixa esta vazia
2- Um elefante cor de rosa
3- A coroa de ouro da rainha Elizabeth
4- Um milhao de dolares

Provavelmente , como todos, escolheriam a opcao 1
( nao obstante ela poder estar errada )
Isso se baseia na navalha de ocam : Hipoteses simples sao preferidas.
Quando vc coloca Deus ( com todas as propriedades q Ele costuma ter )
num Universo, vc esta fazendo uma escolha do tipo 2-4 do item anterior :

Pois com ele , como ja disse , o leque de problemas que surge eh muito
maior :
Como surgiu Deus?
Que leis regeriam Deus ?
Sendo Deus + complexo do que o universo q ele criou vc esta fazendo uma
opcao
por uma hipotese + complexa do que uma + simples( Um universo inicial
SEM consciencia e sem vida ).

A pergunta eh : Pq precisamos de Deus para explicar ( para q + ? ) se
sua existencia soh traz + complicacoes logicas????????

Nao existe razao logica para crer em Deus. E portanto eh + sensato
admitirmos q ele nao existe.

Eh o q penso.
[]s
jocax






SUBJECT: Deus, Universo e Raz�o
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/06/2000 18:24


> Carlos -<< Nao existe razao logica para crer em Deus. E portanto eh + sensato
> admitirmos q ele nao existe.>>
>
> Manuel - Carlos, me responda: h� alguma raz�o l�gica que explique a
exist�ncia de um Universo? Diga-me: POR QUE existe um Universo ao inv�s de
nada? POR QUE o Ser de prefer�ncia ao N�o-Ser?

Voc� acha que existe uma resposta para essa pergunta? E se existe essa Raz�o-de-
ser (a resposta da pergunta), qual a diferen�a entre essa Raz�o-de-Ser e Deus?

Acho que nenhuma.

Para que n�o exista uma raz�o l�gica para crer em Deus, � necess�rio provarmos
que pode haver Ser sem Raz�o-de-ser.

Espero ter sido claro :-)

Um abra�o,
Manuel Bulc�o
>






SUBJECT: Re: [ciencialist] Criação de Universos em Labor atório
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/06/2000 19:29

Isso é uma lista para discutir ciência?
É por demais metafísica! um desavisado acharia que a discussão é sobre a
existência de Deus ou, então, sobre o "ser em sí", ou seja, metafísica pura!

Respondendo a uma pergunta feita aqui, ou tentando responde-la, a
matemática, por mais incrível que pareça, é invenção puramente humana. A
matemática não existe por sí mesma, não é um "Ser em si". Portanto, se nada
mais existisse a matemática não existiria, pela simples razão de que não
haveria ninguém para inventá-la.
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----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Monday, June 26, 2000 9:09 AM
Subject: Re: [ciencialist] Criação de Universos em Labor atório


>
>
> msbn@daterranet.com.br wrote:
>
> > Nada a determina, isto é, antes dela é o Nada: -- "0 = +X - X." , eis
> > a
> > Lei -- A propósito, há uma hipótese segundo a qual a quantidade de
> > energia
> > do Universo é zero. Isto é, no universo existem dois tipos de energia:
> >
> > energia "positiva" (que é a energia-de-massa, ou seja, a energia
> > "congelada"
> > sob a forma de matéria, somada às energias mecânica, térmica, química,
> >
> > nuclear e à do campo eletromagnético) e energia "negativa"
> > representada pelo
> > campo gravitacional. A quantidade de energia positiva, de acordo com
> > essa
> > hipótese, é + X, e a de energia negativa, - X, de sorte que a
> > quantidade
> > total de energia no universo é zero: + X - X = 0.
> >
> > Essa é a Lei: "0 =+X -X ". Não há juízo mais simples que a explique.
>
> Embora tenha me formado em fisica a "milenios" nunca ouvi falar q o
> campo gravitacional
> pudesse ser considerada uma energia negativa.
> Muito pelo contrario, li que um dos modos de os buracos negros perderem
> massa ,
> evaporando-se, seria devido ao seu enorme
> campo gravitacional que induziria geracao de particulas aas custas de
> sua massa interna.
> Ou seja o campo gravitacional pode gerar materia ( energia positiva ).
>
> Com relacao aa conjectura sobre o inicio destes universos eu acho q
> sua explicacao de um universo inicialmente + simples poderia ser
> realmente
> a resposta para a serie infinita de universos.
> Se nao fosse + simples a navalha de Ocam podaria esta complicacao toda e
>
> seria + plausivel ficarmos com um unico universo.
>
>
> Deixo uma pergunta filosofica :
> A matematica existiria se nao houvesse nada ?
>
>
> []s
> jocax
>
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e Universo...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/06/2000 00:48

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Caro Alberto eu não concordo com tudo q vc diz :

Ainda bem! Viva a discordância, sem a qual não haveria diálogo.

> Se eu te perguntar o que vc acha mais provável das opções
> abaixo que existe na caixa :
> 1- A caixa esta vazia
> 2- Um elefante cor de rosa
> 3- A coroa de ouro da rainha Elizabeth
> 4- Um milhão de dólares

Desde que eu não vá dar um chute na caixa, a opção 1 seria a escolhida como
mais provável. Caso contrário eu diria nenhuma das anteriores pois
certamente haveria uma pedra na caixa (lei de Murphy). Você já chutou uma
pedra em condições semelhantes? E dóóóiiiii!!!! :-)

> Isso se baseia na navalha de ocam : Hipóteses simples sao preferidas.

Como bom Popperiano, desconfio de hipóteses simples (vide o capítulo VII -
Simplicidade, de seu livro A Lógica da Pesquisa Científica). Parece-me que a
navalha de Ocam entrou na ciência com Mach, Kirchhoff e Avenarius, dentre
outros, como algo a ocupar o lugar do causalismo. Também não creio que o
causalismo desempenhe papel de regra fundamental na ciência, mas vejo coisa
melhor do que a navalha de Ocam, tal como o princípio da universalidade
(espaço-temporal) das leis físicas, a que chamo regra científica
fundamental. Através dessa regra chego na falseabilidade e através da
falseabilidade retorno a Popper concluindo que as teorias de dimensão mais
baixa, e portanto mais simples, são mais facilmente falseáveis do que as de
dimensão mais elevada (p.153 da versão em português, Ed. Cultrix, 1975).
Vejo então a navalha de Ocam como um caso especial da falseabilidade pois as
teorias mais falseáveis são as mais confiáveis, pois se prestam mais a
testes experimentais. Fora disso, não vejo raciocínio lógico científico na
navalha de Ocam e, para citar Schlick (apud Popper) diria: "A simplicidade é
... um conceito indicativo de preferências de caráter em parte prático e em
parte estético". E em outro trecho, Popper diz: "a simplicidade não se
coloca dentro do campo da lógica, indicando meramente uma preferência de
caráter estético ou pragmático".

> Quando vc coloca Deus ( com todas as propriedades q Ele costuma ter )
> num Universo, vc esta fazendo uma escolha do tipo 2-4 do item anterior :

Como disse, vejo a simplicidade como uma regra a ser utilizada em ciência e
a complementar a falseabilidade. Não há como falsear argumentos metafísicos
e/ou teológicos aceitos ou negados "a priori".

> Pois com ele , como ja disse , o leque de problemas que surge eh muito
> maior :
> Como surgiu Deus?
> Que leis regeriam Deus ?
> Sendo Deus + complexo do que o universo q ele criou vc esta fazendo uma
> opcao
> por uma hipotese + complexa do que uma + simples( Um universo inicial
> SEM consciencia e sem vida ).

A opção nem sempre é racional. A opção por um teoria científica em
detrimento de outra "deveria ser" feita com muito critério (nem sempre é).
Não sei qual o caminho seguido por um filósofo ou um teólogo (estudioso de
teologia e nem sempre religioso) ao fazer opções, porém creio que devem
seguir algumas normas. Ao passarmos para o âmbito da religiosidade a coisa
complica-se bastante e intervêm inúmeros fatores, nem sempre racionais
(medo, experiência de vida, sucesso, doença, conflitos, satisfações, etc.)

> A pergunta eh : Pq precisamos de Deus para explicar ( para q + ? ) se
> sua existencia soh traz + complicacoes logicas????????

Complicações lógicas existirão independentemente da opção que possamos
fazer. Costumo dizer que só existe problema quando existe solução. Neste
caso, não existe solução, logo... Faça a sua opção e seja feliz.

> Nao existe razao logica para crer em Deus. E portanto eh + sensato
> admitirmos q ele nao existe.

Segundo Kant "algo é necessário quando sua negação é impossível ou implica
contradição". É impossível negar que um triângulo tenha três lados, pois
definimos o triângulo como algo que tem três lados. Logo, a negação
implicaria em contradição e o ter três lados é necessário para o triângulo.
Por outro lado, assim como a existência de Deus não é uma necessidade lógica
(posso negá-lo sem entrar em contradição lógica), a sua inexistência também
não é necessária. Consequentemente, é tão lógico acreditar em Deus como não
acreditar. A lógica, como a matemática, a ciência, a metafísica, etc., foi
construída pelo homem e, consequentemente, não é de se esperar que
justifique coisas a situarem-se num plano acima daquele habitado pelo seu
arquiteto.

É o que penso.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: Lavrador é preso por raspar árvore para fazer chá
FROM: "Ego " <ego_sun@brasilmail.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/06/2000 01:06

E, enquanto isso, os donos de madeireiras organizam protestos...

--- In ciencialist@egroups.com, "Leandro Holanda" <lb_holanda@h...>
wrote:
> >
> >Sábado/24 de junho/ 2000
> >Lavrador é preso por raspar árvore para fazer chá




SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus, Universo e Razão
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/06/2000 07:47



msbn@daterranet.com.br wrote:

> > Carlos -<< Nao existe razao logica para crer em Deus. E portanto eh + sensato
> > admitirmos q ele nao existe.>>
> >
> > Manuel - Carlos, me responda: há alguma razão lógica que explique a
> existência de um Universo? Diga-me: POR QUE existe um Universo ao invés de
> nada? POR QUE o Ser de preferência ao Não-Ser?
>

A resposta esta no principio dado pela NAVALHA DE OCAM :
Eh mais simples um universo SEM Deus do que um Universo Com Deus
uma vez que Deus ( por hipotese criador do Universo ) deve ser + complexo
do que o mesmo. Considere as opcoes :
1- Um universo simples e sem Deus
2- O mesmo universo e + Um Deus.
Como NAO ha evidencias de um Deus segue, por ocam, que a opcao 1 deve ser
a + logica.

Com relacao aa segunda pergunta obviamente o NADA seria + simples mas acontece
que ha evidencias obvias que o NADA nao ocorreu ( ja que estou escrevendo estas
linhas :-) ) e portanto na poderiamos invocar ocam para escolher o NADA.

Agora a pergunta de POR QUE existe o universo e nao o NADA, nao pode
ser respondida invocando Deus.

>
> Você acha que existe uma resposta para essa pergunta? E se existe essa Razão-de-
> ser (a resposta da pergunta), qual a diferença entre essa Razão-de-Ser e Deus?
>

Nao sei se existe a resposta para esta pergunta, mas se existir a razao-de-ser e
Deus
no meu ponto de vista NAO TEM NADA A VER, pois toda definicao de Deus
que eu saiba , assume ser um ser com pensamento bondade e poderes.

>
> Acho que nenhuma.

Acho que toda.

>
>
> Para que não exista uma razão lógica para crer em Deus, é necessário provarmos
> que pode haver Ser sem Razão-de-ser.
>

Claro que existe SER sem Razao de ser : Todos os seres nao tem razao de ser no
sentido
de que precisavam existir por uma razao predeterminada. Os seres existem por uma
sucessao de ACASOS e por EVOLUCAO. Assim como nao existem seres , que eu saiba
na Lua ,poderia nao existir ser nenhum na terra ou em qualquer outro ugar no
universo.
Nao ha razao logica para que PRECISE haver ser vivo em algum lugar do universo.




>
> Espero ter sido claro :-)
>

Eu tambem :-)
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e Universo...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/06/2000 12:19

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Caro Alberto eu não concordo com tudo q vc diz :

Ainda bem! Viva a discordância, sem a qual não haveria diálogo.

> Se eu te perguntar o que vc acha mais provável das opções
> abaixo que existe na caixa :
> 1- A caixa esta vazia
> 2- Um elefante cor de rosa
> 3- A coroa de ouro da rainha Elizabeth
> 4- Um milhão de dólares

Desde que eu não vá dar um chute na caixa, a opção 1 seria a escolhida como
mais provável. Caso contrário eu diria nenhuma das anteriores pois
certamente haveria uma pedra na caixa (lei de Murphy). Você já chutou uma
pedra em condições semelhantes? E dóóóiiiii!!!! :-)

> Isso se baseia na navalha de ocam : Hipóteses simples sao preferidas.

Como bom Popperiano, desconfio de hipóteses simples (vide o capítulo VII -
Simplicidade, de seu livro A Lógica da Pesquisa Científica). Parece-me que a
navalha de Ocam entrou na ciência com Mach, Kirchhoff e Avenarius, dentre
outros, como algo a ocupar o lugar do causalismo. Também não creio que o
causalismo desempenhe papel de regra fundamental na ciência, mas vejo coisa
melhor do que a navalha de Ocam, tal como o princípio da universalidade
(espaço-temporal) das leis físicas, a que chamo regra científica
fundamental. Através dessa regra chego na falseabilidade e através da
falseabilidade retorno a Popper concluindo que as teorias de dimensão mais
baixa, e portanto mais simples, são mais facilmente falseáveis do que as de
dimensão mais elevada (p.153 da versão em português, Ed. Cultrix, 1975).
Vejo então a navalha de Ocam como um caso especial da falseabilidade pois as
teorias mais falseáveis são as mais confiáveis, pois se prestam mais a
testes experimentais. Fora disso, não vejo raciocínio lógico científico na
navalha de Ocam e, para citar Schlick (apud Popper) diria: "A simplicidade é
... um conceito indicativo de preferências de caráter em parte prático e em
parte estético". E em outro trecho, Popper diz: "a simplicidade não se
coloca dentro do campo da lógica, indicando meramente uma preferência de
caráter estético ou pragmático".

> Quando vc coloca Deus ( com todas as propriedades q Ele costuma ter )
> num Universo, vc esta fazendo uma escolha do tipo 2-4 do item anterior :

Como disse, vejo a simplicidade como uma regra a ser utilizada em ciência e
a complementar a falseabilidade. Não há como falsear argumentos metafísicos
e/ou teológicos aceitos ou negados "a priori".

> Pois com ele , como ja disse , o leque de problemas que surge eh muito
> maior :
> Como surgiu Deus?
> Que leis regeriam Deus ?
> Sendo Deus + complexo do que o universo q ele criou vc esta fazendo uma
> opcao
> por uma hipotese + complexa do que uma + simples( Um universo inicial
> SEM consciencia e sem vida ).

A opção nem sempre é racional. A opção por um teoria científica em
detrimento de outra "deveria ser" feita com muito critério (nem sempre é).
Não sei qual o caminho seguido por um filósofo ou um teólogo (estudioso de
teologia e nem sempre religioso) ao fazer opções, porém creio que devem
seguir algumas normas. Ao passarmos para o âmbito da religiosidade a coisa
complica-se bastante e intervêm inúmeros fatores, nem sempre racionais
(medo, experiência de vida, sucesso, doença, conflitos, satisfações, etc.)

> A pergunta eh : Pq precisamos de Deus para explicar ( para q + ? ) se
> sua existencia soh traz + complicacoes logicas????????

Complicações lógicas existirão independentemente da opção que possamos
fazer. Costumo dizer que só existe problema quando existe solução. Neste
caso, não existe solução, logo... Faça a sua opção e seja feliz.

> Nao existe razao logica para crer em Deus. E portanto eh + sensato
> admitirmos q ele nao existe.

Segundo Kant "algo é necessário quando sua negação é impossível ou implica
contradição". É impossível negar que um triângulo tenha três lados, pois
definimos o triângulo como algo que tem três lados. Logo, a negação
implicaria em contradição e o ter três lados é necessário para o triângulo.
Por outro lado, assim como a existência de Deus não é uma necessidade lógica
(posso negá-lo sem entrar em contradição lógica), a sua inexistência também
não é necessária. Consequentemente, é tão lógico acreditar em Deus como não
acreditar. A lógica, como a matemática, a ciência, a metafísica, etc., foi
construída pelo homem e, consequentemente, não é de se esperar que
justifique coisas a situarem-se num plano acima daquele habitado por quem a
arquitetou.

É o que penso.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Lavrador é preso por raspar árvore para fazer chá
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/06/2000 14:02

acho q. vou polemizar um pouco...

creio q. a enfase dos meios de comunicacao acabou dando um outro tom 'a
historia. contrastando com o clima de impunidade -- a vereanca paulistana,
o rodizio de prefeitos da capital paulista, a volta de collor, o juiz
lalau, os policiais na operacao desastrada do sequetro de onibus no rio e
afins -- o episodio pareceu (e nao deixa de ser) a velha historia do
ladrao de galinhas.

soh q. o contraste leva ao seguinte pensamento: "oras, se crimes mais
graves nao sao punidos, porq. devemos ser implacaveis com um delito tao
pequeno?" e somando a recorrencia desses episodios: "lavradores pobres
passando fome sao presos por comer um misero tatu", "agentes do ibama
assassinam cachorros de cacadores", pode levar 'a impressao de q. a
legislacao de crime ambiental eh desnecessariamente exagerada. cria-se um
clima para lobbies q. procuram 'afrouxar' as penas.

bem, digamos q. nao ocorra isso - q. ninguem pensarah em mudar e abrandar
as punicoes por agressoes contra o ambiente. desconsideremos tbm q. eh
pouco provavel q. o agricultor tenha feito isso apenas pra fazer cha pra
sua mulher - em vez de usar a casca pra comercializar como incenso - e
consideremos q. nao sabia ser ilegal a pratica (ainda que juridicamente
seja irrelevante, jah q. o criterio eh a publicacao da lei no diario
oficial - presumindo-se assim q. todos tomam ciencia por esse meio). ainda
fica o contraste entre o pobre agricultor e os bandidos ("os verdadeiros
bandidos"). "oras, por q. punir o mais fraco, entao?" - eh a ideia q. vem
'a cabeca. mas isso eh exatamente a extensao da impunidade. se foi
constatado delito, entao q. se cumpra as determinacoes legais. a comocao
deveria ser mais no sentido de eliminar-se *tambem* as impunidades do lado
mais forte. doce ilusao? pois q. seja - ainda nao eh melhor q. a
hipocrisia? (ou estou sendo eu o hipocrita?)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e Universo...
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/06/2000 14:46



Alberto Mesquita Filho wrote:

>
> > Isso se baseia na navalha de ocam : Hipóteses simples sao
> preferidas.
>
> Como bom Popperiano, desconfio de hipóteses simples (vide o capítulo
> VII -
> Simplicidade, de seu livro A Lógica da Pesquisa Científica).

Bom, o principio conhecido como a "navalha de occam" eh uma regra na
qual
todos os cientistas tentam seguir (as vezes sem mesmo ter consciencia
disso ).
Eh portanto regra de ouro para todo bom cientista.

Consegui um site que fala sobre a navalha de occam :
http://pespmc1.vub.ac.be/:/OCCAMRAZ.html

Do qual extrai o trecho :
Occam's Razor

one should not increase, beyond what is
necessary, the number of entities required to
explain anything


Occam's razor is a logical principle attributed to the
mediaeval
philosopher William of Occam (or Ockham). The principle
states that
one should not make more assumptions than the minimum
needed. This
principle is often called the principle of parsimony.
*It underlies all scientific modelling and theory
building*.
It admonishes us to choose
from a set of otherwise equivalent models of a given
phenomenon the
simplest one. In any given model, Occam's razor helps us to
"shave off"
those concepts, variables or constructs that are not really
needed to
explain the phenomenon. By doing that, developing the model
will
become much easier, and there is less chance of introducing

inconsistencies, ambiguities and redundancies.

Though the principle may seem rather trivial, it is
essential for model
building because of what is known as the
"underdetermination of
theories by data". For a given set of observations or data,
there is
always an infinite number of possible models explaining
those same
data. This is because a model normally represents an
infinite number of
possible cases, of which the observed cases are only a
finite subset.
The non-observed cases are inferred by postulating general
rules
covering both actual and potential observations.



> Parece-me que a
> navalha de Ocam entrou na ciência com Mach, Kirchhoff e Avenarius,
> dentre
> outros, como algo a ocupar o lugar do causalismo. Também não creio que
> o
> causalismo desempenhe papel de regra fundamental na ciência, mas vejo
> coisa
> melhor do que a navalha de Ocam, tal como o princípio da
> universalidade
> (espaço-temporal) das leis físicas, a que chamo regra científica
> fundamental.

A navalha de occam nao entra em oposicao com o principio da
universabilidade e
nem ocupa , que eu saiba, o lugar do causalismo. Sao coisas distintas.


> Através dessa regra chego na falseabilidade e através da
> falseabilidade retorno a Popper concluindo que as teorias de dimensão
> mais
> baixa, e portanto mais simples, são mais facilmente falseáveis do que
> as de
> dimensão mais elevada (p.153 da versão em português, Ed. Cultrix,
> 1975).

Acredito q esta sua observacao seja um *efeito colateral* do principio
de occam,
A navalha de occam eh um principio logico e foi desenvolvido antes da
ciencia
desabrochar ( seculo XIV ).


> Vejo então a navalha de Ocam como um caso especial da falseabilidade

Mas nao eh , eh um principio logico independente e que pode , deve e eh
utilizado
pelos cientistas.


> pois as
> teorias mais falseáveis são as mais confiáveis, pois se prestam mais a
>
> testes experimentais. Fora disso, não vejo raciocínio lógico
> científico na
> navalha de Ocam e, para citar Schlick (apud Popper) diria: "A
> simplicidade é
> ... um conceito indicativo de preferências de caráter em parte prático
> e em
> parte estético". E em outro trecho, Popper diz: "a simplicidade não se
>
> coloca dentro do campo da lógica, indicando meramente uma preferência
> de
> caráter estético ou pragmático".
>

Note que o principio *nao* serve para falseabilizar teorias , ele
serve para escolher entre
varias rivais onde todas explicam a mesma massa de dados observaveis:
A mais simples eh a preferida ou a que tenha menos hipoteses.
Assim quando eu aplico a navalha de occam para escolher entre 2 teorias
:
1-O Universo sem Deus
2-O Universo com Deus
E escolho a teoria numero 1 eu estou sendo bastante cientifico.
( Isso na hipotese q as 2 teorias expliquem os mesmos dados )



>
> > Quando vc coloca Deus ( com todas as propriedades q Ele costuma ter
> )
> > num Universo, vc esta fazendo uma escolha do tipo 2-4 do item
> anterior :
>
> Como disse, vejo a simplicidade como uma regra a ser utilizada em
> ciência e
> a complementar a falseabilidade. Não há como falsear argumentos
> metafísicos
> e/ou teológicos aceitos ou negados "a priori".
>

Ok concordo , mas se vc ler meu texto ( Dialogos sobre a inexistencia
divina )
vera q ele esta recheado de provas contra a teoria 2.


>
> > Pois com ele , como ja disse , o leque de problemas que surge eh
> muito
> > maior :
> > Como surgiu Deus?
> > Que leis regeriam Deus ?
> > Sendo Deus + complexo do que o universo q ele criou vc esta fazendo
> uma
> > opcao
> > por uma hipotese + complexa do que uma + simples( Um universo
> inicial
> > SEM consciencia e sem vida ).
>
> A opção nem sempre é racional. A opção por um teoria científica em
> detrimento de outra "deveria ser" feita com muito critério (nem sempre
> é).
> Não sei qual o caminho seguido por um filósofo ou um teólogo
> (estudioso de
> teologia e nem sempre religioso) ao fazer opções, porém creio que
> devem
> seguir algumas normas. Ao passarmos para o âmbito da religiosidade a
> coisa
> complica-se bastante e intervêm inúmeros fatores, nem sempre racionais
>
> (medo, experiência de vida, sucesso, doença, conflitos, satisfações,
> etc.)
>

Eu diria que aih o problema eh dele ! :-))


>
> > A pergunta eh : Pq precisamos de Deus para explicar ( para q + ? )
> se
> > sua existencia soh traz + complicacoes logicas????????
>
> Complicações lógicas existirão independentemente da opção que possamos
>
> fazer.

Mas, naturalmente, dependendo da opcao as complicacoes sao maiores ou
menores
infinitas ou quase nulas :-))



> Costumo dizer que só existe problema quando existe solução.

Nao concordo, o problema de fermat durou decadas ateh q uma solucao
fosse
encontrada. Antes nao havia solucao mas existia o problema.


> Neste
> caso, não existe solução, logo... Faça a sua opção e seja feliz.
>
> > Nao existe razao logica para crer em Deus. E portanto eh + sensato
> > admitirmos q ele nao existe.
>
> Segundo Kant "algo é necessário quando sua negação é impossível ou
> implica
> contradição". É impossível negar que um triângulo tenha três lados,
> pois
> definimos o triângulo como algo que tem três lados. Logo, a negação
> implicaria em contradição e o ter três lados é necessário para o
> triângulo.
> Por outro lado, assim como a existência de Deus não é uma necessidade
> lógica
> (posso negá-lo sem entrar em contradição lógica), a sua inexistência
> também
> não é necessária.

EU ACHO QUE EH !! :-)))
Uma vez que Deus Implica contradicao ( ver os dialogos ) sua negacao se
fara necessaria !:))

> Consequentemente, é tão lógico acreditar em Deus como não
> acreditar.

Consequentemente nao eh nao :))


[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Criação de Universos em Labor atório
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/06/2000 16:41



Olá,

<<Isso é uma lista para discutir ciência?
É por demais metafísica! um desavisado acharia que a discussão é sobre a
existência de Deus ou, então, sobre o "ser em sí", ou seja, metafísica
pura!>>

Manuel - a ciência, assim como a metafísica, é também feita com imaginação,
criatividade e senso de humor. Einstein falava que Deus não joga dados,
Hawking diz querer conhecer a mente de Deus (o Deus de ambos é o mesmo de
Spinoza, "Natura Naturans", isto é, as leis que regem a Natureza) e Alan
Guth, que revolucionou a cosmologia com sua teoria cosmogônica da inflação
cósmica, afirma ser possível criar universos em laboratório.

Ademais, a cosmologia lida mais com puras conjecturas do que com hipóteses
verificáveis. É a ciência mais próxima da metafísica. Não acha?

Por isso, alguns positivistas que só crêem no método indutivo podem pensar
mesmo que essa lista não é de ciência, mas de metafísica.

<<Respondendo a uma pergunta feita aqui, ou tentando responde-la, a
matemática, por mais incrível que pareça, é invenção puramente humana. A
matemática não existe por sí mesma, não é um "Ser em si". Portanto, se nada
mais existisse a matemática não existiria, pela simples razão de que não
haveria ninguém para inventá-la.>>

Manuel - Se Nada existisse, e uma vez que Nada = 0, e uma vez que 0 (zero)
é igual a +1-1, 7x2 - 14, raiz quadrada de nove menos três, etc., etc.,
etc., então se Nada existisse, ao menos as leis lógico-matemáticas já
existiriam. :-)

Sobre a anterioridade das leis lógico-matemáticas, leiam "Misticismo e
Lógica", de Bertrand Russell, e "A Mente Nova do Rei", de Roger Penrose.

Aliás, tem até um físico russo, um tal de Alex Vilenkin, que afirma que o
Universo pode muito bem ter surgido do "absolutamente nada", e que não há
nenhuma mágica nisso. :-)

Um abraço,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus, Universo e Razão
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/06/2000 17:32

Olá,


Carlos<< Nao existe razao logica para crer em Deus. E portanto eh + sensato
admitirmos q ele nao existe.>>

Manuel - Carlos, me responda: há alguma razão lógica que explique a
existência de um Universo? Diga-me: POR QUE existe um Universo ao invés de
nada? POR QUE o Ser de preferência ao Não-Ser?


Carlos<<A resposta esta no principio dado pela NAVALHA DE OCAM : Eh mais
simples um universo SEM Deus do que um Universo Com Deus uma vez que Deus
(por hipotese criador do Universo) deve ser + complexo Com relacao aa
segunda pergunta obviamente o NADA seria + simples mas acontece que ha
evidencias obvias que o NADA nao ocorreu ( ja que estou escrevendo estas
linhas :-) ) e portanto na poderiamos invocar ocam para escolher o NADA.


Manuel - Se a velha Navalha de Ocan não explica por que existe o Ser, que é
mais complexo que o Nada, por que então vou me basear unicamente nela para
dizer que Deus não existe, porque um universo com Deus é mais complexo que
um universo sem Deus? Estás a usar pesos e medidas diferentes para avaliar
situações idênticas. Concordo com o Mesquita: o simples não descarta o
complexo: ele é apenas mais provável.


Carlos<<Nao sei se existe a resposta para esta pergunta, mas se existir a
razao-de-ser e Deus no meu ponto de vista NAO TEM NADA A VER, pois toda
definicao de Deus que eu saiba , assume ser um ser com pensamento bondade e
poderes.>>

Manuel - Carlos, os físicos, pelo menos os maiores (Steven Weinberg, por
exemplo) hoje só falam na superunificação de todas as forças da natureza,
numa teoria final, numa teoria de Tudo, isto é, num princípio que explicaria
porque existe algo e não nada. Essa teoria final, essa razão-de-ser, é o que
Hawking denomina "a mente de Deus". Aliás, Hawking e Einstein têm uma
concepção de Deus semelhante, se não igual, ao do filósofo racionalista
Spinoza. Para eles a palavra Deus é uma metáfora que serve para designar a
Natureza ou a Lei que a determina. E essa Lei tem muito mais a ver com o
Deus judaico-cristão do que você pode imaginar. O Deus judaico-cristão certa
vez definiu-se a si mesmo nestes termos: EU SOU O QUE SOU (Êxodus;3;14).
Dito em outros termos, Deus, ao menos o Deus judaico-cristãos (e,
especificamente, a versão dos teólogos), Deus é a substância, isto é, a
essência do Ser, Princípio que tudo determina.


Manuel - Para que não exista uma razão lógica para crer em Deus, é
necessário provarmos que pode haver Ser sem Razão-de-ser.

Carlos <<Claro que existe SER sem Razao de ser : Todos os seres nao tem
razao de ser no sentido de que precisavam existir por uma razao
predeterminada.>>

Manuel - Eu não me reportei a entes singulares, mas ao Universo como um
todo. Pode haver um Universo sem uma lei, um princípio geral que o
determine? Eu acho que sim. Mas essa hipótese de um Universo gratuito é
apenas mais provável que a outra hipótese de um universo presidido por uma
Lei eterna.

Um abraço,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: Criação de Universos em Laboratório
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/06/2000 17:42

Olá,

<<Isso é uma lista para discutir ciência?
É por demais metafísica! um desavisado acharia que a discussão é sobre a
existência de Deus ou, então, sobre o "ser em sí", ou seja, metafísica
pura!>>

Manuel - a ciência, assim como a metafísica, é também feita com imaginação,
criatividade e senso de humor. Einstein falava que Deus não joga dados,
Hawking diz querer conhecer a mente de Deus (o Deus de ambos é o mesmo de
Spinoza, "Natura Naturans", isto é, as leis que regem a Natureza) e Alan
Guth, que revolucionou a cosmologia com sua teoria cosmogônica da inflação
cósmica, afirma ser possível criar universos em laboratório.

Ademais, a cosmologia lida mais com puras conjecturas do que com hipóteses
verificáveis. É a ciência mais próxima da metafísica. Não acha?

Por isso, alguns positivistas que só crêem no método indutivo podem pensar
mesmo que essa lista não é de ciência, mas de metafísica.

<<Respondendo a uma pergunta feita aqui, ou tentando responde-la, a
matemática, por mais incrível que pareça, é invenção puramente humana. A
matemática não existe por sí mesma, não é um "Ser em si". Portanto, se nada
mais existisse a matemática não existiria, pela simples razão de que não
haveria ninguém para inventá-la.>>

Manuel - Se Nada existisse, e uma vez que Nada = 0, e uma vez que  0 (zero)
é igual a +1-1, 7x2 - 14, raiz quadrada de nove menos três, etc., etc.,
etc., então se Nada existisse, ao menos as leis lógico-matemáticas já
existiriam. :-)

Sobre a anterioridade das leis lógico-matemáticas, leiam "Misticismo e
Lógica", de Bertrand Russell, e "A Mente Nova do Rei", de Roger Penrose.

Aliás, tem até um físico russo, um tal de Alex Vilenkin, que afirma que o
Universo pode muito bem ter surgido do "absolutamente nada", e  que não há
nenhuma mágica nisso. :-)

Um abraço,
Manuel Bulcão

SUBJECT: Re: Deus, Universo e razão
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/06/2000 17:46

Olá,


Carlos<< Nao existe razao logica para crer em Deus. E portanto eh + sensato
admitirmos  q ele nao existe.>>

Manuel - Carlos, me responda: há alguma razão lógica que explique a
existência de um Universo? Diga-me: POR QUE existe um Universo ao invés de
nada? POR QUE o Ser de preferência ao Não-Ser?


Carlos<<A resposta esta no principio dado pela NAVALHA DE OCAM : Eh mais
simples um universo SEM Deus do que um Universo Com Deus uma vez que Deus
(por hipotese criador do Universo) deve ser + complexo Com relacao aa
segunda pergunta obviamente o NADA seria + simples mas acontece que ha
evidencias obvias que o NADA nao ocorreu ( ja que estou escrevendo estas
linhas :-) ) e portanto na poderiamos invocar ocam para escolher o NADA.


Manuel - Se a velha Navalha de Ocan não explica por que existe o Ser, que é
mais complexo que o Nada, por que então vou me basear unicamente nela para
dizer que Deus não existe, porque um universo com Deus é mais complexo que
um universo sem Deus? Estás a usar pesos e medidas diferentes para avaliar
situações idênticas. Concordo com o Mesquita: o simples não descarta o
complexo: ele é apenas mais provável.


Carlos<<Nao sei se existe a resposta para esta pergunta, mas se existir a
razao-de-ser e Deus no meu ponto de vista NAO TEM NADA A VER, pois toda
definicao de Deus que eu saiba , assume ser um ser com pensamento bondade e
poderes.>>

Manuel - Carlos, os físicos, pelo menos os maiores (Steven Weinberg, por
exemplo) hoje só falam na superunificação de todas as forças da natureza,
numa teoria final, numa teoria de Tudo, isto é, num princípio que explicaria
porque existe algo e não nada. Essa teoria final, essa razão-de-ser, é o que
Hawking denomina "a mente de Deus". Aliás, Hawking e Einstein têm uma
concepção de Deus semelhante, se não igual, ao do filósofo racionalista
Spinoza. Para eles a palavra Deus é uma metáfora que serve para designar a
Natureza ou a Lei que a determina. E essa Lei tem muito mais a ver com o
Deus judaico-cristão do que você pode imaginar. O Deus judaico-cristão certa
vez definiu-se a si mesmo nestes termos: EU SOU O QUE SOU (Êxodus;3;14).
Dito em outros termos, Deus, ao menos o Deus judaico-cristãos (e,
especificamente, a versão dos teólogos), Deus é a substância, isto é, a
essência do Ser, Princípio que tudo determina.


Manuel - Para que não exista uma razão lógica para crer em Deus, é
necessário provarmos que pode haver Ser sem Razão-de-ser.

Carlos <<Claro que existe SER sem Razao de ser : Todos os seres nao tem
razao de ser no sentido de que precisavam existir por uma razao
predeterminada.>>

Manuel - Eu não me reportei a entes singulares, mas ao Universo como um
todo. Pode haver um Universo sem uma lei, um princípio geral que o
determine? Eu acho que sim. Mas essa hipótese de um Universo gratuito é
apenas mais provável que a outra hipótese de um universo presidido por uma
Lei eterna.

Um abraço,
Manuel Bulcão

SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus, Universo e Razão
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/06/2000 21:30

Razão de ser?
Procurar uma razão de ser para o SER, não é tão religioso quanto afirmar que
Deus criou o Universo?
Porque deve existir um motivo para algo existir?
Não basta o fato de existir?
Qual a razão de ser de uma pedra? Qual a sua finalidade? Porque ela existe?
Tem ela uma razão de ser?
-----------------------------------------------------
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----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Tuesday, June 27, 2000 7:47 AM
Subject: Re: [ciencialist] Deus, Universo e Razão


>
>
> msbn@daterranet.com.br wrote:
>
> > > Carlos -<< Nao existe razao logica para crer em Deus. E portanto eh +
sensato
> > > admitirmos q ele nao existe.>>
> > >
> > > Manuel - Carlos, me responda: há alguma razão lógica que explique a
> > existência de um Universo? Diga-me: POR QUE existe um Universo ao invés
de
> > nada? POR QUE o Ser de preferência ao Não-Ser?
> >
>
> A resposta esta no principio dado pela NAVALHA DE OCAM :
> Eh mais simples um universo SEM Deus do que um Universo Com Deus
> uma vez que Deus ( por hipotese criador do Universo ) deve ser + complexo
> do que o mesmo. Considere as opcoes :
> 1- Um universo simples e sem Deus
> 2- O mesmo universo e + Um Deus.
> Como NAO ha evidencias de um Deus segue, por ocam, que a opcao 1 deve ser
> a + logica.
>
> Com relacao aa segunda pergunta obviamente o NADA seria + simples mas
acontece
> que ha evidencias obvias que o NADA nao ocorreu ( ja que estou escrevendo
estas
> linhas :-) ) e portanto na poderiamos invocar ocam para escolher o NADA.
>
> Agora a pergunta de POR QUE existe o universo e nao o NADA, nao pode
> ser respondida invocando Deus.
>
> >
> > Você acha que existe uma resposta para essa pergunta? E se existe essa
Razão-de-
> > ser (a resposta da pergunta), qual a diferença entre essa Razão-de-Ser e
Deus?
> >
>
> Nao sei se existe a resposta para esta pergunta, mas se existir a
razao-de-ser e
> Deus
> no meu ponto de vista NAO TEM NADA A VER, pois toda definicao de Deus
> que eu saiba , assume ser um ser com pensamento bondade e poderes.
>
> >
> > Acho que nenhuma.
>
> Acho que toda.
>
> >
> >
> > Para que não exista uma razão lógica para crer em Deus, é necessário
provarmos
> > que pode haver Ser sem Razão-de-ser.
> >
>
> Claro que existe SER sem Razao de ser : Todos os seres nao tem razao de
ser no
> sentido
> de que precisavam existir por uma razao predeterminada. Os seres existem
por uma
> sucessao de ACASOS e por EVOLUCAO. Assim como nao existem seres , que eu
saiba
> na Lua ,poderia nao existir ser nenhum na terra ou em qualquer outro ugar
no
> universo.
> Nao ha razao logica para que PRECISE haver ser vivo em algum lugar do
universo.
>
>
>
>
> >
> > Espero ter sido claro :-)
> >
>
> Eu tambem :-)
> jocax
>
>
>
> ------------------------------------------------------------------------
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> *** --- ***
>
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus, Universo e Razão
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/06/2000 23:13

Olá,


Francisco disse : Razão de ser?
Procurar uma razão de ser para o SER, não é tão religioso quanto afirmar que
Deus criou o Universo?
Porque deve existir um motivo para algo existir?
Não basta o fato de existir?
Qual a razão de ser de uma pedra? Qual a sua finalidade? Porque ela existe?
Tem ela uma razão de ser?

Manuel - Não estou a falar de causas finais, motivos, finalidades,
teleologia, meu amigo. Só quero saber por que raios existe alguma coisa no
lugar de absolutamente nada. Não seria mais lógico se nada existisse?
Afinal, o Nada não é mais simples que o Ser, digo, o Universo? Por que,
então, o complexo no lugar do simples? Não é preciso ser religioso para
ficar grilado com isso, Francisco. Basta não ter matado dentro de si aquele
menino curioso e perguntão que um dia fomos.

Antigamente eram os filósofos que se preocupavam com essa pergunta infantil
(infantil, porém extremamente intrigante). Atualmente, são os cosmólogos as
crianças que estão a brincar com essa questão: -- Por que o Ser ao invés do
Nada?

Mais uma vez falarei de Alan Guth, um físico que, embora tenha crescido,
continuou sendo aquele menino curioso, uma criança para a qual perguntar e
pesquisar não é coisa séria, mas uma atividade lúdica. (Se não fosse esse
menino -- que você prefere chamar de religioso --, talvez ele não tivesse
conseguido realizar o que realizou: revolucionar a cosmologia com sua teoria
do universo inflacionário.)

Alan Guth, um cientista, físico teórico, escreveu: "Embora as tentativas de
descrever a materialização do universo do nada continuem muito
especulativas, elas representam uma ampliação empolgante dos limites da
ciência. Se algum dia esse programa puder ser concluído, isso significaria
que a existência e a história do universo poderiam ser explicadas pelas leis
fundamentais da natureza. Ou seja, as leis da física implicariam a
existência do universo. HAVERÍAMOS ALCANÇADO O OBJETIVO ESPETACULAR DE
SABER POR QUE EXISTE ALGO E NÃO NADA -- por que, se esse enfoque estiver
certo, o "nada" perpétuo é impossível. Se a criação do universo pudesse ser
descrita como um processo quântico, restar-no-ia decifrar um mistério
profundo da existência: o que determinou as leis da física? (Alan Guth; O
Universo Inflacionário; Campus; pág. 227)

Outra coisa: os mais criativos cientistas foram considerados
"mistificadores" pelos seus pares, e as vezes os pares não estavam tão
enganados. Keynes refere-se a Isaac Newton como o último dos magos. Einstein
usava a palavra "Deus" como uma metáfora do Universo (uma influência de
Spinoza), e Hawking diz querer compreender a mente de Deus. E a atitude
deles era esta PORQUE ELES, ALÉM DE NÃO SEREM RELIGIOSOS, NÃO TINHAM MEDO
DA REGILIÃO.

Mais outra coisa: somente objetos singulares, como uma pedra, são gratuitos,
contingentes. Ora, a ciência lida com o estável, com o contínuo, com o que
permanece, com o que se repete; vale dizer, o objeto da ciência é o geral, e
não o singular. O cientista abstrai das coisas o que ela tem de geral, e a
esta generalização dar o nome de "lei". Sendo assim, para que o universo
como um todo continue sendo um objeto da ciência, não pode o universo ser
considerado um acontecimento singular (portanto, gratuito, contigente).
Para que permaneça objeto da ciência, o universo tem que visto como
determinado por algo mais geral, a lei das leis, o princípio de tudo.

Em miúdos, dizer que não precisa haver uma razão-de-ser (uma lei das leis,
um princípio) para o universo, que basta o fato dele existir, essa asserção
SOBRE O UNIVERSO não me afigura nada científica. Parece-me até metafísica
existencialista ou, no mínimo, uma rendição ao Mistério.

Obs.: razão-de-ser = o ser é racional = o ser é regido por leis.

Um abraço,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e Universo...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/06/2000 03:02

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Bom, o principio conhecido como a "navalha de occam" eh uma regra na
> qual todos os cientistas tentam seguir (as vezes sem mesmo ter consciencia
> disso ).
> Eh portanto regra de ouro para todo bom cientista.

Eu não sou contra regras, desde que aplicadas com propriedade e dentro dos
limites para os quais foram criadas. Não obstante, por acreditar num método
científico completo, vejo a falseabilidade como algo inerente ao método
científico, da mesma forma que um estudioso de estatística vê a hipótese da
nulidade como algo inerente ao método estatístico. Não é necessário incluir
a falseabilidade na ciência: ela entra graças a seu caráter essencial e
inerente ao método científico.

Ora, se a falseabilidade me dá um critério de simplicidade lógico e a
aplicar-se em ciência; e se sou um cientista e não filósofo, teólogo,
místico, esotérico, etc. (a não ser nas horas vagas e com um copo de cerveja
ao lado), acabo por concluir que o princípio da parcimônia de Occam é
redundante, pois não fornece nada de científico que não seja fornecido pelas
aplicações das regras lógicas formais e inerentes ao método científico. E
como ele propõe a eliminação das redundâncias, creio que ele se auto-exclui
da ciência. Ou seja, o próprio princípio me garante que em ciência ele só
tem a função de complicar e portanto deve ser rejeitado. Por outro lado,
assim como a existência do princípio não é uma necessidade lógica (posso
negá-lo sem entrar em contradição lógica), a sua inexistência também não é
necessária. Consequentemente, é tão lógico acreditar no princípio da
parcimônia de Occam como não acreditar. Por simplicidade, e já que aceito a
falseabilidade, opto por não utilizá-lo mas não critico os que se dão bem
com o mesmo. Quanto a ser ou não uma regra de ouro, creio que como toda
regra deve ser utilizado com cautela.

> > Parece-me que a
> > navalha de Ocam entrou na ciência com Mach, Kirchhoff e Avenarius,
> > dentre outros, como algo a ocupar o lugar do causalismo. Também não
> > creio que o
> > causalismo desempenhe papel de regra fundamental na ciência, mas vejo
> > coisa
> > melhor do que a navalha de Ocam, tal como o princípio da
> > universalidade
> > (espaço-temporal) das leis físicas, a que chamo regra científica
> > fundamental.
>
> A navalha de occam nao entra em oposicao com o principio da
> universabilidade e
> nem ocupa , que eu saiba, o lugar do causalismo. Sao coisas distintas.

Talvez eu tenha me expressado mal. Quis dizer que o princípio da
universalidade e o princípio da causalidade são aceitos "a priori" por
facções diversas. Eles são coisas distintas mas, pelo menos em teoria, posso
aceitar apenas um como fundamental, sem precisar apelar para o outro. O que
não significaria negar nenhum dos dois, mesmo porque nenhum deles é
"logicamente necessário", no sentido utilizado por Kant para a expressão.
Obs.: não ser logicamente necessário não significa "não ser necessário", no
sentido usual utilizado pelo termo necessário, mesmo porque um ou outro ou,
quem sabe, um terceiro, são sob esse aspecto necessários para a ciência.

Ipso facto, o que eu quis dizer é que parece haver uma certa tendência em
Mach em utilizar um outro princípio fundamental que não nenhum dos dois
acima citados. Lembro que a filosofia científica adotada por Mach é bastante
polêmica, controvertida e não segue os cânones clássicos. Mesmo sem
conhecê-la suficientemente, não creio fosse impossível que de alguma
forma a regra de Occam estivesse envolvida com a lógica de Mach e embutida
em algo mais complexo a substituir os princípios fundamentais.

> Acredito q esta sua observacao seja um *efeito colateral* do principio
> de occam,
> A navalha de occam eh um principio logico e foi desenvolvido antes da
> ciencia desabrochar ( seculo XIV ).

Eu diria que a "ciência moderna" desabrochou no final da idade média. Dizer
que não existe ciência antiga é parte do egocentrismo que acometeu o homem
moderno. Teorizadores existiam às pencas na antigüidade; experimentalistas,
lembro-me de três, mas existiam muito mais: Arquimedes, Eratóstenes e Heron.
Eratóstenes, por exemplo, ao determinar o raio da Terra encontrou um valor
que, em unidades atuais, estaria próximo a 6500 km, ou seja, com uma
diferença inferior a 3% do aceito na atualidade (e a um custo inferior a
0,00000001% do atual).

Quanto à lógica do princípio, diria que é a mesma daquela utilizada há mais
de 2000 anos pelos cientistas teorizadores da época que enunciaram o
princípio da universalidade das leis naturais (fundamental para que Galileu
chegasse à lei da inércia). Ou seja, eles chegaram ao princípio justamente
para economizarem leis. Você já pensou o que seria da física se as leis aqui
na Terra fossem diferentes das leis na Lua ou em Júpiter? Ou seja, o Occam
nada mais fez senão "reinventar a roda"; e uma roda totalmente
desnecessária, diga-se de passagem. E logicamente desnecessária, pois como
disse acima, e para quem gosta, até concordo que a regra possa ser
necessária. Tal como uma infinidade de métodos mnemônicos que são utilizados
como auxiliares no desencadeamento de determinadas linhas de raciocínio. Mas
isso não tem nada a ver com a lógica acadêmica e sim com a praticidade
lógica. Sob esse aspecto não nego que já me utilizei da regra de Occam.

> Note que o principio *nao* serve para falseabilizar teorias , ele
> serve para escolher entre
> varias rivais onde todas explicam a mesma massa de dados observaveis:
> A mais simples eh a preferida ou a que tenha menos hipoteses.
> Assim quando eu aplico a navalha de occam para escolher entre 2 teorias
> :
> 1-O Universo sem Deus
> 2-O Universo com Deus
> E escolho a teoria numero 1 eu estou sendo bastante cientifico.
> ( Isso na hipotese q as 2 teorias expliquem os mesmos dados )

Pois eu aplico a navalha de occam para escolher entre 2 teorias
1-O Universo sem a navalha de occam
2-O Universo com a navalha de occam
E escolho a teoria número 1 sem utilizar o método científico, pois não vejo
ciência nessa aplicação.

> Ok concordo , mas se vc ler meu texto ( Dialogos sobre a inexistencia
> divina) vera q ele esta recheado de provas contra a teoria 2.

Eu até posso ler, mas de preferência com um copo de cerveja do lado. :-)
Veja bem, não sou contra o seu trabalho e não é impossível que ao lê-lo
considere-o de valor. Não obstante, parece-me não ser um trabalho científico
pois independentemente do que possa pensar sobre Deus, não consigo
visualizar uma interação homem-Deus de natureza científica e a comportar a
experimentação. Não havendo interação sensível e/ou mensurável não há
ciência empírica e não havendo ciência empírica o assunto me cheira como
algo a se situar no terreno da metafísica pura ou além; e como meus
conhecimentos em metafísica pura são precários, minha opinião a respeito
será de muito pouco valor. De qualquer forma, como procuro não ser
preconceituoso, poderei ler o trabalho se souber onde encontrá-lo (você já
deve ter indicado em msg anterior mas como nem sempre tenho cerveja em casa,
costumo deixar temas que me aparentam ser de natureza extracientífica de
lado). Eu apenas entrei nessa discussão porque há tempos que o Ozelo não
entrava numa discussão e fui ler o que ele tinha a dizer, para ver se ele
falava alguma coisa sobre suas teorias malucas :-). Percebi então que o
assunto já estava a termo e fui lei as demais mensagens, e conclui que ao
respondê-las poderia talvez aprender alguma coisa da parte da metafísica que
apoia a ciência (aquela que se relaciona aos princípios científicos
fundamentais) e, sob esse aspecto, não me enganei.

> > Ao passarmos para o âmbito da religiosidade a coisa
> > complica-se bastante e intervêm inúmeros fatores, nem sempre racionais
> > (medo, experiência de vida, sucesso, doença, conflitos, satisfações,
> > etc.)

> Eu diria que aih o problema eh dele ! :-))

Sim, mas o problema existe. Não sou psicólogo e nem político mas aprendi, em
ciência, que não se derruba uma teoria sem se colocar nada no lugar. Se a
solução para os problemas fosse eliminá-los simplesmente (redução de
variáveis), poderíamos também eliminar muitas teorias físicas com o que a
física ficaria bem mais simples (também explicaria muito menos coisas, mas
isso também seria uma simplificação).

> > Costumo dizer que só existe problema quando existe solução.
>
> Nao concordo, o problema de fermat durou decadas ateh q uma solucao
> fosse encontrada. Antes nao havia solucao mas existia o problema.

Não! A solução sempre existiu, apenas não era conhecida. Aliás, se pensarmos
no teorema de fermat como o "problema" de fermat, diria que a solução já era
conhecida. O que não se conhecia era a "demonstração" do teorema de fermat e
não a solução do problema de fermat.

Aliás, e sob esse aspecto, o que expus acima parece-me estar em acordo com a
regra de Occam. Vejamos.

Você afirma que Deus não existe. Esta seria "a sua solução" para um problema
que "você" criou. Eu afirmo que o seu problema não existe, pois não existe
solução. Logo, o meu Universo tem um problema a menos que o seu. Isso está
me cheirando a sofisma mas não resisti em apresentá-lo.:-)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus, Universo e Razão
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/06/2000 06:35


De: <msbn@daterranet.com.br>
Assunto: Re: [ciencialist] Deus, Universo e Razão


Olá,


>>Manuel: ............................................................O Deus
judaico-cristão certa
vez definiu-se a si mesmo nestes termos: EU SOU O QUE SOU (Êxodus;3;14).
Dito em outros termos, Deus, ao menos o Deus judaico-cristãos (e,
especificamente, a versão dos teólogos), Deus é a substância, isto é, a
essência do Ser, Princípio que tudo determina.<<


São essas interpretações do que possa estar escrito que acho muito estranho
na religião. Tudo que vem a seguir ao "dito em outros termos" muda de local
a outro e a coisa continua. Com 'eu sou o que sou', dito em outros termos,
deus queria salientar que era pobre, filho de marceneiro, não ajudava muito
o pai, preferia viver nas andanças pelas terras de nazaré do que pegar no
pesado. Apesar de lhe dizerem que era o escolhido ele não via nada disso ...
não conseguia nem levantar uma árvore com a mente.
Dessa interpretação até a outra proposta acima há um bocado de
imaginação......... e quantas outras não haverão por ai? Será que quem
escreveu o 'êxodo;3;14' sabia algo de metafísica, substância, essência do
Ser, Princípio do princípio, parábola, hipérbole, elipse, teologia avançada
etc.? Será que realmente sabia escrever? ou foi um escriba contratado?

[]'
Léo



SUBJECT: Yahoo! comprou o Egroups.
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/06/2000 08:40


Segue a mensagem que recebi do sistema.

----

Dear eGroups Moderator:

eGroups is very pleased to announce that we are joining the Yahoo! family of
services! To learn more about the announcement, you can read the press
release at http://biz.yahoo.com/bw/000628/ca_yahoo.html

As a group moderator, you can assure your group members that eGroups and
Yahoo! will continue to provide the same level of service and commitment
that you have come to expect from both companies. We are very excited
about extending the opportunities and new offerings that will emerge
from this relationship to you and your group. We're just beginning to
explore the possibilities and new features that we'll be able to offer
as a combined company. As we go through this process, we pledge to
solicit your feedback on any proposed changes and keep you up-to-date on
any changes to the eGroups service.

We are committed to sharing accurate and timely information with you
about the service and the merger as it becomes available, but at this
time, we don't have any specific details beyond what's included in the
press release. We will keep you posted, but in the meantime, please
continue to use the service as normal.

Thank you,

The folks at eGroups and Yahoo! Customer Care





SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: "Emilson Pereira Leite" <emilson@iag.usp.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/06/2000 09:39

Olá Francisco,

Mas você nunca sentiu que algumas vezes você
agiu por instinto, sem pensar?
Por exemplo, quando realizamos uma atividade
seguidas vezes da mesma maneira, chega um momento
no qual você não precisa mais pensar pra fazê-la.
É como se o conhecimento tivesse sido embutido
em você. Isso não é instinto?

Emilson

----- Original Message -----
From: Francisco <fbrito@globo.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Tuesday, July 25, 2000 9:36 PM
Subject: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?


>
>
> > Nao sou medico mas gostaria de dar minha opiniao :
> > Resposta : GENES !
> > O homem, como todo animal, eh dotado de muitos instintos e
comportamentos
> de
> >
> > origem genetica. A "sabedoria interior" de q o entrevistado falou nada
+
> > seria
> > do q a manifestacao fenotipica destes genes.
> > Assim, de algum modo, talvez deixando menos cicatrizes, a selecao
natural
> > preservou os
> > alelos que " arrancam cascas de ferida" em detrimento dos q nao o
fazem.
> >
> > []s
> > jocax
>
> Desculpem se mantenho parte da mensagem anterior, é apenas para ilustrar
um
> ponto.
> Instinto é um imperativo biológico da espécie, ou de um grupo definido de
> animais de determinada espécie.
> Desta forma o animal age da forma que age por que tem que agir assim, por
> força do instinto, este "selecionado" pela seleção natural. No caso do
> homem, não existem comportamentos do tipo imperativo biológico, uma vez
que
> somos capazes de questionar qualquer comportamento e agir contrário a ele.
> Nossos comportamentos sofrem influência do grupo social a que pertencemos,
o
> que nem sempre é muito natural ou favorável a reprodução do indivíduo.
> Portanto, o homem não tem instintos.
>
>
>
>
> *** --- ***
>
> >> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
> http://www.physlink.com/
>
> *** --- ***
>
>
>
>
>



SUBJECT: Re: Deus e Universo...
FROM: "Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/06/2000 10:20

Olá pessoal! :o)

AMF:
"Eu até posso ler, mas de preferência com um copo de cerveja do lado. :-)
(...) *não havendo ciência empírica o assunto me cheira como algo a se
situar no terreno da metafísica pura ou além; e como meus conhecimentos em
metafísica pura são precários, minha opinião a respeito será de muito pouco
valor.* De qualquer forma, como procuro não ser preconceituoso, poderei ler
o trabalho se souber onde encontrá-lo (você já deve ter indicado em msg
anterior mas como nem sempre tenho cerveja em casa, costumo deixar temas que
me aparentam ser de natureza extracientífica de lado). Eu apenas entrei
nessa discussão porque há tempos que o Ozelo não entrava numa discussão e
fui ler o que ele tinha a dizer, para ver se ele falava alguma coisa sobre
suas teorias malucas :-). Percebi então que o assunto já estava a termo e
fui lei as demais mensagens, e conclui que ao *respondê-las poderia talvez
aprender alguma coisa da parte da metafísica que apoia a ciência (aquela que
se relaciona aos princípios científicos fundamentais) e, sob esse aspecto,
não me enganei.*"



Precisamente, a idéia da cerveja é ótima! :o) Se tratando do campo da
metafísica também posso afirmar que me sinto magro, mas acredito ser
predominante mais a imaginação e a ideologia do que o conhecimento e a
lógica respectivamente. Como não tem nada de muito lógico em ser um 'cansado
acomodado' ou ficar 'batendo de cara com paredes', essa boa peça de 'Deus e
Universo' grelhada cheira muito bem! Faça sua escolha e seja feliz. ;o) Eu
adoro um churrasquinho metafísico...



Haham... Aprendemos muito com a nossa imaginação, tanto quanto com
nossos erros. Toda forma de pensamento individualista deve ser sempre bem
vinda, embora nem sempre aceitável como peça decorativa permanente.
Entretanto, eu tb quero proferir uma: "Paredes científicas são tão duras
quanto rapaduras, doces e definitivamente comestíveis."



Um abraço forte pessoal!!! :oD
Ozelo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus, Universo e Razão
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/06/2000 12:44



msbn@daterranet.com.br wrote:

> Olá,
>
>
> Manuel - Se a velha Navalha de Ocan não explica por que existe o Ser,
> que é
> mais complexo que o Nada, por que então vou me basear unicamente nela
> para
> dizer que Deus não existe, porque um universo com Deus é mais complexo
> que
> um universo sem Deus?

Como disse, a navalha nao explica nada, ela eh apenas um criterio logico
para
escolha de teorias/opcoes quando estas opcoes nao sao falseaveis, isto
eh
todas elas podem , em principio , serem verdadeiras.
O principio da falseabilidade esta acima da navalha de ocam, sempre.

Com relacao ao 'Nada' e o 'Ser' *nao* podemos aplicar ocam
simplesmente porque
o criterio de falseabilidade ja negou o Nada ( uma vez que temos o
'Ser') .
Quero dizer que, como o universo existe comigo dentro :-) o ' nada'
nao podera
ser escolhido.

Um Universo com Deus eh + complexo do que um sem Deus pois quando se
une um novo sistema em outro a complexidade do novo sistema unido
aumenta
devido aa complexidade do novo sistema entrante. Grosso modo eu diria :
Complexidade( Universo ) < Complexidade( Universo) + Complexidade( Deus
)

Vc poderia dizer q como Deus criou o universo nao podemos somar
a complexidade de Deus + a complexidade do Universo. Neste caso eu
responderia
que a entidade criada deve ser menos complexa que a entidade criadora.
Isto eh :
Complexidade( Universo ) < Complexidade( Deus ).


> Estás a usar pesos e medidas diferentes para avaliar
> situações idênticas. Concordo com o Mesquita: o simples não descarta o
>
> complexo: ele é apenas mais provável.
>
>

A ideia eh esta mesma ! se duas teorias *nao* sao falseaveis devemos
ficar com a mais
simples , a que apresenta menos hipoteses .
as teorias :
1- Universo sem Deus
2-O mesmo Universo + Deus
A teoria 2 eh + complexa pois vc ficara com o problema da Origem de Deus

e tambem com as leis que o regem ( seriam as mesmas das do Universo ?).

>
> Carlos<<Nao sei se existe a resposta para esta pergunta, mas se
> existir a
> razao-de-ser e Deus no meu ponto de vista NAO TEM NADA A VER, pois
> toda
> definicao de Deus que eu saiba , assume ser um ser com pensamento
> bondade e
> poderes.>>
>
> Manuel - Carlos, os físicos, pelo menos os maiores (Steven Weinberg,
> por
> exemplo) hoje só falam na superunificação de todas as forças da
> natureza,
> numa teoria final, numa teoria de Tudo, isto é, num princípio que
> explicaria
> porque existe algo e não nada. Essa teoria final, essa razão-de-ser, é
> o que
> Hawking denomina "a mente de Deus". Aliás, Hawking e Einstein têm uma
> concepção de Deus semelhante, se não igual, ao do filósofo
> racionalista
> Spinoza. Para eles a palavra Deus é uma metáfora que serve para
> designar a
> Natureza ou a Lei que a determina.

Note bem : se nao tivermos um minimo de definicao sobre Deus estaremos
discutindo
o "sexo dos deuses" , isto eh "o sexo dos anjos" :-)))
O q estou descartando eh a existencia de um Deus com as propriedades :
1- Um Ser Com inteligencia.
2- Um Ser Com poderes.
3- Um Ser bom.
4- Um ser que criou o Universo

Se vc me disser que Deus eh o proprio Universo neste caso a discussao
perde o sentido.


>
> Manuel - Para que não exista uma razão lógica para crer em Deus, é
> necessário provarmos que pode haver Ser sem Razão-de-ser.
>
> Carlos <<Claro que existe SER sem Razao de ser : Todos os seres nao
> tem
> razao de ser no sentido de que precisavam existir por uma razao
> predeterminada.>>
>
> Manuel - Eu não me reportei a entes singulares, mas ao Universo como
> um
> todo. Pode haver um Universo sem uma lei, um princípio geral que o
> determine? Eu acho que sim. Mas essa hipótese de um Universo gratuito
> é
> apenas mais provável que a outra hipótese de um universo presidido por
> uma
> Lei eterna.
>

E o que tem a ver uma lei eterna? Vc esta me dizendo q Deus eh uma lei
eterna?
Poderemos ter um lei eterna SEM ter Deus.
Nao ha necessidade de Deus.

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Criação de Universos em Laboratório
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/06/2000 12:51



msbn@daterranet.com.br wrote:

> Manuel - a ciência, assim como a metafísica, é também feita com
> imaginação,
> criatividade e senso de humor. Einstein falava que Deus não joga
> dados,
> Hawking diz querer conhecer a mente de Deus (o Deus de ambos é o mesmo
> de
> Spinoza, "Natura Naturans", isto é, as leis que regem a Natureza)
>
>
> JOCAX :
> Se Deus eh as leis que regem a natureza entao : Deus nao eh bom,
> Deus Nao eh inteligente, Deus ao eh poderoso.
> ( Pois as leis da natureza nao tem bondade nem consciencia, sao
> simples leis . )
> Se Deus eh as leis porque chama-lo de Deus e nao de Leis ???
> A ideia de Deus que 99.99999999% (chute) das pessoas tem nao eh essa.
>
> Aliás, tem até um físico russo, um tal de Alex Vilenkin, que afirma
> que o
> Universo pode muito bem ter surgido do "absolutamente nada", e que
> não há
> nenhuma mágica nisso. :-)
>
> Neste caso , como ficaria a lei fisica da conservacao da energia ?
> Ou seja : da energia zero pode surgir energia positiva?
> []s
> jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deus, Universo e razão
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/06/2000 13:05



msbn@daterranet.com.br wrote:

> Olá,
>
>
> Carlos<< Nao existe razao logica para crer em Deus. E portanto eh +
> sensato
> admitirmos q ele nao existe.>>
>
> Manuel - Carlos, me responda: há alguma razão lógica que explique a
> existência de um Universo? Diga-me: POR QUE existe um Universo ao
> invés de
> nada? POR QUE o Ser de preferência ao Não-Ser?
>
>
> Carlos<<A resposta esta no principio dado pela NAVALHA DE OCAM : Eh
> mais
> simples um universo SEM Deus do que um Universo Com Deus uma vez que
> Deus
> (por hipotese criador do Universo) deve ser + complexo Com relacao aa
> segunda pergunta obviamente o NADA seria + simples mas acontece que ha
>
> evidencias obvias que o NADA nao ocorreu ( ja que estou escrevendo
> estas
> linhas :-) ) e portanto na poderiamos invocar ocam para escolher o
> NADA.
>
>
> Manuel - Se a velha Navalha de Ocan não explica por que existe o Ser,
> que é
> mais complexo que o Nada, por que então vou me basear unicamente nela
> para
> dizer que Deus não existe,
>
> JOCAX -
> A navalha nao serve para explicar serve para escolher , fazer opcoes
> como
> ja expliquei no e-mail anterior.
> E como ela serve para fazer opcoes eh de boa ciencia usa-la para
> escolher
> teorias + simples, ou com menos hipoteses.
>
>
>
> porque um universo com Deus é mais complexo que
> um universo sem Deus? Estás a usar pesos e medidas diferentes para
> avaliar
> situações idênticas.
>
> A pergunta eh boa e nao posso prova-la matematicamente ! :(
> Grosso modo eu diria que a complexidade de 2 sistemas eh superior
> que a complexidade de um deles, isto eh :
> Sistema 1 : Universo simples (sem Deus)
> Sistema 2 : Sistema 1 + Deus
>
> Deve haver alguma teoria de sistemas que diga que :
> complexidade( Sistema 1 ) < complexidade( Sistema 1 ) +
> complexidade( Deus )
>
> ( nao leve muito a serio estas inequacoes :-))
>
>
> Carlos<<Nao sei se existe a resposta para esta pergunta, mas se
> existir a
> razao-de-ser e Deus no meu ponto de vista NAO TEM NADA A VER, pois
> toda
> definicao de Deus que eu saiba , assume ser um ser com pensamento
> bondade e
> poderes.>>
>
> Manuel - Carlos, os físicos, pelo menos os maiores (Steven Weinberg,
> por
> exemplo) hoje só falam na superunificação de todas as forças da
> natureza,
> numa teoria final, numa teoria de Tudo, isto é, num princípio que
> explicaria
> porque existe algo e não nada. Essa teoria final, essa razão-de-ser, é
> o que
> Hawking denomina "a mente de Deus". Aliás, Hawking e Einstein têm uma
> concepção de Deus semelhante, se não igual, ao do filósofo
> racionalista
> Spinoza. Para eles a palavra Deus é uma metáfora que serve para
> designar a
> Natureza ou a Lei que a determina.
>
>
> SE for uma metafora eu na otenho nada contra , mas nao eh isso que
> pensa
> a maioria das pessoas.
>
> E essa Lei tem muito mais a ver com o
> Deus judaico-cristão do que você pode imaginar. O Deus judaico-cristão
> certa
> vez definiu-se a si mesmo nestes termos: EU SOU O QUE SOU
> (Êxodus;3;14).
>
> O que entao por acaso "EH O QUE NAO EH " ????? ( brincadeirinha )
>
>
> Dito em outros termos, Deus, ao menos o Deus judaico-cristãos (e,
> especificamente, a versão dos teólogos), Deus é a substância, isto é,
> a
> essência do Ser, Princípio que tudo determina.
>
>
> Um principio nao tem consciencia, eh uma regra, nao eh um ser.
>

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus, Universo e Razão
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/06/2000 13:25



msbn@daterranet.com.br wrote:

> Olá,
>
>
> Francisco disse : Razão de ser?
> Procurar uma razão de ser para o SER, não é tão religioso quanto
> afirmar que
> Deus criou o Universo?
> Porque deve existir um motivo para algo existir?
> Não basta o fato de existir?
> Qual a razão de ser de uma pedra? Qual a sua finalidade? Porque ela
> existe?
> Tem ela uma razão de ser?
>
> Manuel - Não estou a falar de causas finais, motivos, finalidades,
> teleologia, meu amigo. Só quero saber por que raios existe alguma
> coisa no
> lugar de absolutamente nada. Não seria mais lógico se nada existisse?

Desculpe me meter mas gostaria de opinar :
Seria mais logico SIM, mas nao eh (felizmente) o que ocorre uma vez que
existimos.


>
> Afinal, o Nada não é mais simples que o Ser, digo, o Universo? Por
> que,
> então, o complexo no lugar do simples? Não é preciso ser religioso
> para
> ficar grilado com isso,

Eu quero dizer que NAO EH colocando Deus na questao que iremos resolver
o problema:
Eu poderia dizer : Pq existe Deus no Lugar do NADA ???
Nao eh + logico existir o Nada??
Como surgiu Deus?
Ele eh regido por alguma lei ? Que leis regeriam Deus?
Para Deus criar o universo ele nao teria que ter + energia que o
Universo
que ele criou ??


> (infantil, porém extremamente intrigante). Atualmente, são os
> cosmólogos as
> crianças que estão a brincar com essa questão: -- Por que o Ser ao
> invés do
> Nada?
>

Poderemos deixar a coisa + interessante :
Por que o Ser ao inves do :
1- Um eletron apenas
2-Um foton apenas
3-Uma bolinha de gude apenas
Temos muitas opcoes alem do nada :-)) ( nao leve muito a serio )

> fundamentais da natureza. Ou seja, as leis da física implicariam a
> existência do universo. HAVERÍAMOS ALCANÇADO O OBJETIVO ESPETACULAR DE
>
> SABER POR QUE EXISTE ALGO E NÃO NADA -- por que, se esse enfoque
> estiver
> certo, o "nada" perpétuo é impossível. Se a criação do universo
> pudesse ser
> descrita como um processo quântico, restar-no-ia decifrar um mistério
> profundo da existência: o que determinou as leis da física? (Alan
> Guth; O
> Universo Inflacionário; Campus; pág. 227)
>

Note que podemos ir com a pergunta AD INFINITUUMM :
Digamos que X determinou as leis da fisica, entao : O QUE DETERMINOU X
??
Foi X1 !!
O que determinou X1 ?
Foi X2 !!
:-))
Ou seja a pergunta sempre poderia ser feiita e nunca descobririamos a
resposta
primordial ! Ou (como diria o Datena ) Eu estou errado ??? :-)))

>
> Outra coisa: os mais criativos cientistas foram considerados
> "mistificadores" pelos seus pares, e as vezes os pares não estavam tão
>
> enganados. Keynes refere-se a Isaac Newton como o último dos magos.
> Einstein
> usava a palavra "Deus" como uma metáfora do Universo (uma influência
> de
> Spinoza), e Hawking diz querer compreender a mente de Deus. E a
> atitude
> deles era esta PORQUE ELES, ALÉM DE NÃO SEREM RELIGIOSOS, NÃO TINHAM
> MEDO
> DA REGILIÃO.
>

Eu tenho medo de algumas religioes : Elas sao perigosas , costumam
detonar o senso critico das pessoas e ateh colocar pessoas na fogueira !
:-((

> Para que permaneça objeto da ciência, o universo tem que visto como
> determinado por algo mais geral, a lei das leis, o princípio de tudo.

A lei das leis ?? Eu votaria que a lei das leis eh a logica.

>
>
> Em miúdos, dizer que não precisa haver uma razão-de-ser (uma lei das
> leis,
> um princípio) para o universo, que basta o fato dele existir, essa
> asserção
> SOBRE O UNIVERSO não me afigura nada científica. Parece-me até
> metafísica
> existencialista ou, no mínimo, uma rendição ao Mistério.
>

Interessante !! Um universo sem leis que o regem !! Nunca meditei sobre
o tema
mas acho deveras interessante. Sera que um universo com lei eh + simples
do que
um sem lei ?????


>
> Obs.: razão-de-ser = o ser é racional = o ser é regido por leis.
>

Nao entendi essa equacao: Pq o ser tem q ser racional ?
Nao poderia haver um universo sem vida e portanto sem seres racionais ?



[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: "Emilson Pereira Leite" <emilson@iag.usp.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/06/2000 13:26

Acho que você tem razão. Não tinha pensado
na diferença entre essas coisas.

Emilson

----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, July 26, 2000 11:21 AM
Subject: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?


>
>
> Emilson Pereira Leite wrote:
>
> > Olá Francisco,
> >
> > Mas você nunca sentiu que algumas vezes você
> > agiu por instinto, sem pensar?
>
> Por exemplo gritar ( ou xingar ) quando te pisam no calo ! :-))
>
> >
> > Por exemplo, quando realizamos uma atividade
> > seguidas vezes da mesma maneira, chega um momento
> > no qual você não precisa mais pensar pra fazê-la.
> > É como se o conhecimento tivesse sido embutido
> > em você. Isso não é instinto?
>
> Acho q nao , neste caso eu chamaria de reflexo condicionado.
> Instintos nascem com a gente, sao hereditarios : Normas de respostas a
> estimulos
> que estao escritas nos genes.
>
> []s
> jocax
>
>
>
>
> *** --- ***
>
> >> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
> http://www.physlink.com/
>
> *** --- ***
>
>
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: "Emilson Pereira Leite" <emilson@iag.usp.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/06/2000 13:30

Não sei não...isso me parece muito vago.
Já concordei que meu exemplo foi infeliz
e certamente não é um exemplo de instinto.

Vou tentar de novo: vc põe a mão em algum
local muito quente. Rapidamete você tira a
mão, pois começa a doer. O ato de tirar a
mão não é instintivo?

Emilson

----- Original Message -----
From: Antonio Carlos M. de Queiroz <acmq@compuland.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, July 26, 2000 10:01 AM
Subject: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?


> Emilson Pereira Leite wrote:
>
> > Mas você nunca sentiu que algumas vezes você
> > agiu por instinto, sem pensar?
> > Por exemplo, quando realizamos uma atividade
> > seguidas vezes da mesma maneira, chega um momento
> > no qual você não precisa mais pensar pra fazê-la.
> > É como se o conhecimento tivesse sido embutido
> > em você. Isso não é instinto?
>
> Os antigos gregos explicavam isto dizendo que,
> como todos tem uma alma imortal, a alma sempre
> existiu, e portanto sabe tudo. Ninguém aprende nada,
> mas sim se recorda do que sempre soube.
>
> Mas o que você descreve é treinamento. Coisas
> feitas de forma repetitiva se tornam automáticas.
> Você nota isto bem quando tem que trocar uma rotina...
>
> Antonio Carlos M. de Queiroz
>
>
>
>
> *** --- ***
>
> >> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
> http://www.physlink.com/
>
> *** --- ***
>
>
>
>
>



SUBJECT: Re: Lavrador é preso por raspar árvore para fazer chá
FROM: "Ego " <ego_sun@brasilmail.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/06/2000 13:37

Ola´ pessoal, ola´ Takata,

A lei deveser para todos, sem duvida. Mas me pareceu que o grande
peso na reportagem colada pelo Leandro foram as criticas feitas,
segundo o texto, pelo "ministro do Meio Ambiente, José Sarney
Filho,
e as entidades ambientalistas Greenpeace e Instituto Socioambiental
(ISA)". O que nos faz perguntar... Criticas a quem?? Somente `a
policia?? Sera´ que estamos seguindo o fluxo da moda em acusar
policias, mesmo especializadas, de ineptas??

De qualquer modo, a menos que tentemos questionar a competencia
dessas entidades governamentais e ecologicas, (E isso nao e´ nada
dificil, pois o greenpeace, por exemplo, tem em certos momentos acoes
que com um que de teatral que interpreto mais como marketing do que
fiscalizacao propriamente dita, se e´ que essa instituticao se
propoe
a isso) essas criticas sao evidencia de que alguma coisa funcionou
mal nesse caso. Por outro lado o fato, se esse criminoso foi posto
junto, conforme dito, com "outros cinco presos, acusados de
homicídio
e roubo", pode-se falar desde uma atitude desmedida da policia local
ate´ uma possivel categorizacao dos crimes em termos de
acomodacao, e
isso antes de falarmos a respeito da lotacao das cadeias etc. De
qualquer modo, casos particulares, a serem examinados em termos de
seus atenuantes, justamente por se reconhecer que um conjunto de leis
gerais nao podem abarcar todas as nuances dos fatos, sao previstos no
direito.

Bem, chegou gente para atender.

[]´s

Ego

--- In ciencialist@egroups.com, Roberto Mitsuo Takata <rmt@i...>
wrote:
> acho q. vou polemizar um pouco...
>
> creio q. a enfase dos meios de comunicacao acabou dando um outro
tom 'a
> historia. contrastando com o clima de impunidade -- a vereanca
paulistana,
> o rodizio de prefeitos da capital paulista, a volta de collor, o
juiz
> lalau, os policiais na operacao desastrada do sequetro de onibus no
rio e
> afins -- o episodio pareceu (e nao deixa de ser) a velha historia do
> ladrao de galinhas.
>
> soh q. o contraste leva ao seguinte pensamento: "oras, se crimes
mais
> graves nao sao punidos, porq. devemos ser implacaveis com um delito
tao
> pequeno?" e somando a recorrencia desses episodios: "lavradores
pobres
> passando fome sao presos por comer um misero tatu", "agentes do
ibama
> assassinam cachorros de cacadores", pode levar 'a impressao de q. a
> legislacao de crime ambiental eh desnecessariamente exagerada. cria-
se um
> clima para lobbies q. procuram 'afrouxar' as penas.
>
> bem, digamos q. nao ocorra isso - q. ninguem pensarah em mudar e
abrandar
> as punicoes por agressoes contra o ambiente. desconsideremos tbm q.
eh
> pouco provavel q. o agricultor tenha feito isso apenas pra fazer
cha pra
> sua mulher - em vez de usar a casca pra comercializar como incenso -
e
> consideremos q. nao sabia ser ilegal a pratica (ainda que
juridicamente
> seja irrelevante, jah q. o criterio eh a publicacao da lei no diario
> oficial - presumindo-se assim q. todos tomam ciencia por esse
meio). ainda
> fica o contraste entre o pobre agricultor e os bandidos ("os
verdadeiros
> bandidos"). "oras, por q. punir o mais fraco, entao?" - eh a ideia
q. vem
> 'a cabeca. mas isso eh exatamente a extensao da impunidade. se foi
> constatado delito, entao q. se cumpra as determinacoes legais. a
comocao
> deveria ser mais no sentido de eliminar-se *tambem* as impunidades
do lado
> mais forte. doce ilusao? pois q. seja - ainda nao eh melhor q. a
> hipocrisia? (ou estou sendo eu o hipocrita?)
>
> []s,
>
> roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus, Universo e Razão
FROM: "Rafael Cisneiros Lenine" <rafa-rbn@rio.matrix.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/06/2000 13:50

Há um pensamento do Einstein que trata de maneira muito interessante a
Religiosidade x Ciência

" A mais profunda emoção que podemos experimentar é inspirada pelo senso do
mistério. Quem despreza essa fato, e nao é mais capaz de se questionar ou de
se maravilhar, está mais morto do que vivo, sua visão comprometida. Foi o
senso do mistério - mesmo se misturando com o medo - que gerou a religião. A
existência de algo que nós não podemos penetrar, a percepção da mais
profunda razão e da beleza mais radiante no mundo a nossa volta, que apenas
em suas formas mais primitivas são acessíveis às nossas mentes - e esse
conhecimento e emoção que constituem a verdadeira religiosidade; neste
sentido, e nesse sentido apenas, eu sou um homem profundamente religioso."

[]´s

Rafael Lenine


----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, June 28, 2000 1:25 PM
Subject: Re: [ciencialist] Deus, Universo e Razão


>
>
> msbn@daterranet.com.br wrote:
>
> > Olá,
> >
> >
> > Francisco disse : Razão de ser?
> > Procurar uma razão de ser para o SER, não é tão religioso quanto
> > afirmar que
> > Deus criou o Universo?
> > Porque deve existir um motivo para algo existir?
> > Não basta o fato de existir?
> > Qual a razão de ser de uma pedra? Qual a sua finalidade? Porque ela
> > existe?
> > Tem ela uma razão de ser?
> >
> > Manuel - Não estou a falar de causas finais, motivos, finalidades,
> > teleologia, meu amigo. Só quero saber por que raios existe alguma
> > coisa no
> > lugar de absolutamente nada. Não seria mais lógico se nada existisse?
>
> Desculpe me meter mas gostaria de opinar :
> Seria mais logico SIM, mas nao eh (felizmente) o que ocorre uma vez que
> existimos.
>
>
> >
> > Afinal, o Nada não é mais simples que o Ser, digo, o Universo? Por
> > que,
> > então, o complexo no lugar do simples? Não é preciso ser religioso
> > para
> > ficar grilado com isso,
>
> Eu quero dizer que NAO EH colocando Deus na questao que iremos resolver
> o problema:
> Eu poderia dizer : Pq existe Deus no Lugar do NADA ???
> Nao eh + logico existir o Nada??
> Como surgiu Deus?
> Ele eh regido por alguma lei ? Que leis regeriam Deus?
> Para Deus criar o universo ele nao teria que ter + energia que o
> Universo
> que ele criou ??
>
>
> > (infantil, porém extremamente intrigante). Atualmente, são os
> > cosmólogos as
> > crianças que estão a brincar com essa questão: -- Por que o Ser ao
> > invés do
> > Nada?
> >
>
> Poderemos deixar a coisa + interessante :
> Por que o Ser ao inves do :
> 1- Um eletron apenas
> 2-Um foton apenas
> 3-Uma bolinha de gude apenas
> Temos muitas opcoes alem do nada :-)) ( nao leve muito a serio )
>
> > fundamentais da natureza. Ou seja, as leis da física implicariam a
> > existência do universo. HAVERÍAMOS ALCANÇADO O OBJETIVO ESPETACULAR DE
> >
> > SABER POR QUE EXISTE ALGO E NÃO NADA -- por que, se esse enfoque
> > estiver
> > certo, o "nada" perpétuo é impossível. Se a criação do universo
> > pudesse ser
> > descrita como um processo quântico, restar-no-ia decifrar um mistério
> > profundo da existência: o que determinou as leis da física? (Alan
> > Guth; O
> > Universo Inflacionário; Campus; pág. 227)
> >
>
> Note que podemos ir com a pergunta AD INFINITUUMM :
> Digamos que X determinou as leis da fisica, entao : O QUE DETERMINOU X
> ??
> Foi X1 !!
> O que determinou X1 ?
> Foi X2 !!
> :-))
> Ou seja a pergunta sempre poderia ser feiita e nunca descobririamos a
> resposta
> primordial ! Ou (como diria o Datena ) Eu estou errado ??? :-)))
>
> >
> > Outra coisa: os mais criativos cientistas foram considerados
> > "mistificadores" pelos seus pares, e as vezes os pares não estavam tão
> >
> > enganados. Keynes refere-se a Isaac Newton como o último dos magos.
> > Einstein
> > usava a palavra "Deus" como uma metáfora do Universo (uma influência
> > de
> > Spinoza), e Hawking diz querer compreender a mente de Deus. E a
> > atitude
> > deles era esta PORQUE ELES, ALÉM DE NÃO SEREM RELIGIOSOS, NÃO TINHAM
> > MEDO
> > DA REGILIÃO.
> >
>
> Eu tenho medo de algumas religioes : Elas sao perigosas , costumam
> detonar o senso critico das pessoas e ateh colocar pessoas na fogueira !
> :-((
>
> > Para que permaneça objeto da ciência, o universo tem que visto como
> > determinado por algo mais geral, a lei das leis, o princípio de tudo.
>
> A lei das leis ?? Eu votaria que a lei das leis eh a logica.
>
> >
> >
> > Em miúdos, dizer que não precisa haver uma razão-de-ser (uma lei das
> > leis,
> > um princípio) para o universo, que basta o fato dele existir, essa
> > asserção
> > SOBRE O UNIVERSO não me afigura nada científica. Parece-me até
> > metafísica
> > existencialista ou, no mínimo, uma rendição ao Mistério.
> >
>
> Interessante !! Um universo sem leis que o regem !! Nunca meditei sobre
> o tema
> mas acho deveras interessante. Sera que um universo com lei eh + simples
> do que
> um sem lei ?????
>
>
> >
> > Obs.: razão-de-ser = o ser é racional = o ser é regido por leis.
> >
>
> Nao entendi essa equacao: Pq o ser tem q ser racional ?
> Nao poderia haver um universo sem vida e portanto sem seres racionais ?
>
>
>
> []s
> jocax
>
>
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> *** --- ***
>
>
>
>



SUBJECT: Navalha na carne
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/06/2000 13:54

Estava pensando um pouco + sobre a navalha e resolvi apresentar um
exemplo :

Newton estava sob uma macieira na Inglaterra quando uma maca vermelha
desaba em sua cabeca.
Surgem as teorias :
1-Macas vermelhas sao atraidas na direcao do solo sempre que Newton
senta embaixo.
2-Macas vermelhas sao sempre atraidas na direcao do solo.

Enquanto nenhuma teoria puder ser provada FALSA poderemos usar occam
para
escolhe-las:
A teoria 2 eh + simples, apresenta menos hipoteses e , por ocam,
deve ser preferivel aa 1. Surge a teoria 3 :
3-Macas sao sempre atraidas na direcao do solo
Pela mesma razao elegemos agora a teoria 3.

E assim as teorias vao se sucedendo ..
....
20-Objetos sao atraidos na direcao do solo
...
100- Materia atrai materia na razao direta de suas massa e na razao
inversa do
quadrado de sua distancia.

Claro q se uma das teorias se provar falsa nao poderemos aceita-la MESMO
sendo
mais simples.

Ou seja a aplicacao da navalha de occam leva-nos as leis da natureza :
Regras as mais simples possiveis, que apresentem o menor numero de
hipoteses
para a sua aplicabilidade e as mais gerais possiveis.

A LEI DA UNIVERSALIDADE COMO COROLARIO DA NAVALHA DE OCAM
Vou tentar deduzir a Lei da universalidade das leis fisicas como uma
decorrencia
do principio da navalha de ocam :
Considere 2 teorias :
Teoria 1-As leis fisicas sao validas em todas as regioes do Universo
Teoria 2-As leis fisicas podem ser diferentes em diferentes regioes do
Universo.

Enquanto nenhuma delas puder ser falseavel ( regra que tem privilegio
sobre a navalha
de ocam) deveremos escolher a mais simples :
Se as leis da fisica nao sao validas em diferentes regioes do universo,
entao um conjunto
diferente de leis devera reger a natureza nestas regioes.

Neste caso teriamos para as leis do Universo:
Na Hipotese da Regiao do Universo U1 seriam valida as Leis L1
Na Hipotese da Regiao do Universo U2 seriam valida as Leis L2
Na Hipotese da Regiao do Universo U3 seriam valida as Leis L3
...............
Na Hipotese da Regiao do Universo Un seriam valida as Leis Ln

Como podemos observar existiriam um consideravel numero de hipoteses
extras e portanto a teoria 1 seria a mais simples e deveremos
escolhe-la.
Portanto o principio da universabilidade das leis fisicas surge como
decorrencia
da navalha de ocam.

Eh obvio q a navalha de ocam nao prova nada e, se for observado
experimentalmente
que de fato as leis sao diferentes em diferentes partes do universo, a
teoria 1 cai.
Mas enquanto isso nao ocorre, por ocam, deveremos aceitar a teoria 1.


Assim vemos q esta navalha eh muito poderosa e deveria
ser necessaria e basico para todo bom cientista.
[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:ao Jocax
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/06/2000 14:48

Olá,

jocax -Neste caso , como ficaria a lei fisica da conservacao da energia ?
Ou seja : da energia zero pode surgir energia positiva?

Manuel - se surgir, ao mesmo tempo, a mesma quantidade de energia "negativa"
(gravitação), de modo que a soma de ambas seja zero. Aliás, aconselho você a
ler os livros que indiquei, em que se fala da gravitação como energia
negativa.

Outra coisa, saiba que o principio da incerteza ou da indeterminação permite
que o princípio da conservação de energia seja "violado".

Olha, jocax, essa teoria cosmogônica do universo ex-nihillo é banal. Eu
pensei que vocês, bacharéis em física, já soubessem disso.

E, para deixar claro, eu não SEI se Deus existe ou não: eu apenas CREIO que
ele não existe. A minha relação com Deus é de DESCRENÇA apenas, e não de
SUPOSTO SABER.

Se em algum momento aqui tomei partido dos crentes, foi só para te mostrar
que não tem como se SABER com certeza matemática que Deus não existe.

Outra coisa: em outra mensagem, você falou que pode muito bem haver uma
natureza sem razão, isto é, sem seres racionais. Concordo. Mas não me referi
à razão como faculdade cognitiva de alguns seres vivos, ou seja, "razão
subjetiva". Reportei-me à RAZÃO OBJETIVA, isto é, o conjunto de leis que
regem a natureza. E mesmo uma natureza inóspita é regida por leis, não?
Mesmo que se trate de leis meramente probabilísticas.

Um abraço,
Manuel Bulcão



SUBJECT: A Razão é Divina!
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/06/2000 14:56

(aviso aos incomodados: esta é a última vez que falo de deuses.)

Caros listeiros,


Estive observando que quando alguém nega a existência de Deus, está se
referindo a um Ser onipotente, onisciente e onipresente criador do Universo.
Mas será esta a correta definição de Deus?


Se pararmos para pensar, verificaremos que "deus" sempre foi um grande
problema semântico. Realmente, não há muita coisa em comum entre um
paleolítico urubu-totem, a divindade de uma tribo agropastoril metade gente
metade gato que faz chover e ventar, os antepassados dos árias também tidos
como deuses (os manes e os lares) e o omnipresente Deus judaico-cristão (que
Maomé, mais tarde, transformou em Alá), o qual se autodefiniu desta forma:
"Eu sou o que sou". (Êxodo; 3;14)


Se existe algo em comum que possa valer como definição da palavra deus, este
só pode ser o fato de que todos os deuses são objeto de adoração e temor; e,
também, fonte de uma ética.


Sendo assim, muitas outras coisas podem ser incluídas no conjunto-universo
dos deuses, de modo que aquele ateu que conhecemos, longe de ser um ateu, é
na verdade um crente como qualquer outro.


Sabe-se que os iluministas combateram o Deus católico — que se valia da
ignorância e do terror para manter a população européia serva do estamento
sacerdotal — por meio da Razão. Se antes, na época de Descartes, Spinoza e
Leibniz, a Razão era uma dádiva de Deus aos homens, com Diderot, Condorcet e
outros enciclopedistas Deus e Razão se transformaram em termos mutuamente
excludentes, ou seja, segundo estes que inspiraram a Revolução Francesa, no
mundo descortinado pela Razão não há lugar para deuses.


Mas será que existe uma diferença de qualidade entre a Razão iluminista e o
Deus judaico-cristão?


Acredito que não. Creio firmemente que muito mais diferenças há entre o
animal totem dos povos paleolíticos e o Deus judaico-cristão do que entre
este e a Razão iluminista. Senão vejamos:


Conforme a sua própria definição, Deus "é o que é", vale dizer, Deus é o Ser
Genérico, o Ser cujo predicado é ele mesmo, um ser que se basta a si mesmo,
portanto um ser "indeterminado". Deus seria, então, aquela Lei fundamental
(fundamental no sentido de que não há nenhuma antes que a determine), aquele
Princípio que determina todas as coisas; em síntese: a Razão que explica por
que existe algo ao invés de nada — a Razão-de-Ser.


Em filosofia, todos os seres particulares têm uma essência. A essência do
Ser Genérico denomina-se Substância. Ora, se Deus é o Princípio
indeterminado que tudo determina, a Lei fundamental que tudo fundamenta,
então Deus é a Razão como Substância.


Spinoza, um filósofo judeu racionalista que certa vez disse "Deus, ou seja,
a Natureza", denominou Substância e Ser de, respectivamente, "Natura
Naturans" e "Natura Naturata". A "Natura Naturans" é a Ordem Eterna e a
"Natura Naturata" é a Natureza gerada conforme esta Ordem.


Ora, a corrente filosófica denominada Naturalismo (ou Materialismo) foi
amplamente influenciada tanto pela metafísica do panteísta Spinoza (e outros
racionalistas, como Descartes e Leibniz) como pelas grandes descobertas da
ciência moderna, realizadas por Copérnico, Galileu, Kepler e Newton. A
dicotomia Spinozeana, natura naturans/natura naturata, foi abandonada (dado
que, para os revolucionários, o latim era a língua utilizada pelos
intelectuais ligados ao clero e com o intuito de esconder das massas o
conhecimento) e, em seu lugar empregadas as seguintes expressões "laicas" ou
"seculares": Natura Naturans > as Leis, a Razão Objetiva; Natura Naturata >
a Natureza, o Mundo Material.


Não obstante isso, a Razão, do mesmo modo que o deposto Deus católico,
permaneceu um objeto de culto, de adoração e de temor. E assim como o Deus
judaico-cristão era, no passado, a única e exclusive fonte ético-moral, a
Razão passou também a deter o monopólio da moral e da ética. Isto é, além de
um instrumento para explorar o mundo, a razão também é vista como uma norma
para "julgar" pensamentos e ações.

Realmente, os filósofos naturalistas e os cientistas que professam essa
corrente de pensamento consideram como éticas as "leis" da natureza e da
história: os economistas liberais entendem que as leis do mercado são justas
e boas; os social-darwinistas afirmam que o Estado não deve suprimir da
sociedade a lei da seleção natural (a sobrevivência dos mais aptos e o
perecimento dos inaptos), caso contrário a humanidade se extinguirá devido
ao acúmulo de "males"; os materialistas históricos propugnam que as leis que
regem a História da sociedade Humana a conduzirá inelutavelmente do Reino
das Necessidades para o Reino da Liberdade; os sociobiologistas dizem que as
normas éticas e morais jazem em nosso patrimônio genético, etc.


Em suma, há uma racionalidade na Natureza, e essa razão é ética.


Falei, em outra mensagem, que o tempo linear dos judeus está na raiz da
ideologia "científica" do progresso. Se a civilização ocidental tivesse se
aferrado ao tempo circular dos gregos, estaríamos até hoje presos num
"círculo" vicioso de estagnação.


E agora, acho que deu para demonstrar a identidade que subjaz entre o Deus
judaico-cristão e a Razão objeto de crença dos seculares e dos cientistas.
Sem a crença nesta Razão, a humanidade não teria conhecido o desenvolvimento
do pensamento científico, a transformação da ciência em força produtiva e,
consequentemente, as sucessivas revoluções científico-tecnológicas que nos
deram o motor a explosão, a estrada-de-ferro, a máquina-ferramenta, a luz
elétrica, o automóvel, o avião, o televisor, o computador e outras
maravilhas.


É, Weber estava certo: a consciência determina mais o ser do que vice-versa.


Abraços,

Manuel Bulcão







SUBJECT: Re: [ciencialist] Navalha na carne
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/06/2000 17:05

Joao Carlos Holland de Barcellos escreveu

> Vou tentar deduzir a Lei da universalidade das leis fisicas como uma
> decorrencia do principio da navalha de ocam :

e após uma série de raciocínios lógico-formais (vide msg 4947), conclui

> Portanto o principio da universabilidade das leis fisicas surge como
> decorrencia da navalha de ocam.

Vejo a idéia com simpatia mas parece-me estar faltando algo a dar
consistência à ciência e que não reside apenas na simplicidade. E foi por
isso que afirmei em outra msg "não creio fosse impossível que de alguma
forma a regra de Occam estivesse envolvida com a lógica de Mach e embutida
em algo mais complexo a substituir os princípios fundamentais." Ou seja,
Mach não se utilizou apenas e tão somente da navalha de Occam mas de alguma
outra coisa que ainda não consegui captar.

Vejo a consistência do princípio da universalidade, a que chamo por Regra
Científica Fundamental, da seguinte forma (isso é parte de um texto que
estou escrevendo):

"O caráter universal da ciência empírica está explícito na regra científica
fundamental. Por paradoxal que possa parecer, universalidade implica em
apriorismo e conhecimento "a priori" é aquele que não pode ser
suficientemente fundamentado pela experiência. Logo, a regra científica
fundamental não é justificável pela experimentação e nem passível de
falseabilidade. Não obstante, o paradoxo se desfaz pela própria regra, pois
ao afirmar que os demais princípios "também" são universais, a regra
garante-nos que tais princípios possam ser enunciados em decorrência de
observações particulares. Ou seja, a regra científica fundamental assume
todo o apriorismo inerente à ciência. Por exemplo, Galileu ao reduzir o
atrito chegou à conclusão que o movimento dos corpos terrestres se conserva
(inércia), falseando o argumento de Aristóteles. Longe de ir contra a
experimentação, a regra científica fundamental dá suporte à experimentação,
como que a garantir a evolução de um idealismo transcendental (teorização)
para um realismo experimental (prática)." (o texto citado termina aqui)

Se eliminarmos o princípio da universalidade da ciência, sem substituí-lo
por algo equivalente, chegaremos à conclusão que a experiência tem valor
apenas para as condições específicas em que foi conduzida, jamais podendo
ser generalizada, a menos que sob o risco assumido pelo argumento indutivo.
O argumento da indução é "aquele que me garante" que todas as maçãs são
vermelhas, pelo menos até o dia em que eu me deparar com um maçã verde.
Assim que encontrar uma maçã verde poderei jogar no lixo quase todos os
requisitos que me fizeram acreditar que todas as maçãs eram vermelhas.
Parece-me, mas não tenho muita certeza, que Mach era um indutivista.

Aliás, o bonito da ciência é que ela pode apoiar-se em princípios
fundamentais diversos, pelo menos enquanto não penetrarmos em sua intimidade
última, coisa que não sei se será possível um dia (não sei se existe aí um
problema ou apenas um sonho). De qualquer forma, gosto mais do método
científico a iniciar-se após a intuição e constituído pela cadeia
dedução-análise-indução-síntese, vulgarmente citada como argumento dedutivo,
por iniciar-se pela dedução. A intuição, conquanto importante, não faz parte
do método em si, pois considera-se o método como composto apenas pelas
operações reconhecidamente racionais e desenvolvidas no consciente. Sob esta
visão dedutivista, vejo a Regra Científica Fundamental como essencial para a
ciência empírica.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:ao Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/06/2000 19:02



msbn@daterranet.com.br wrote:

> Olá,
>
> jocax -Neste caso , como ficaria a lei fisica da conservacao da
> energia ?
> Ou seja : da energia zero pode surgir energia positiva?
>
> Manuel - se surgir, ao mesmo tempo, a mesma quantidade de energia
> "negativa"
> (gravitação), de modo que a soma de ambas seja zero. Aliás, aconselho
> você a
> ler os livros que indiquei, em que se fala da gravitação como energia
> negativa.

Vc falou q talvez vc transcrevesse parte destas ideias nesta lista.(
Espero q poste
a mensagem a respeito).

Mas, de qqr modo, surgiu-me uma experiencia :
Considere 2 corpos : Um de materia e outro de anti-materia.
Ambos tem massa e portanto campo gravitacional .
Ao entrarem em contacto a materia se transformara em energia
eletromagnetica
e o campo gravitacional desaparecera. A energia liberada eh dada pela
famosa
equacao : E=mc2
Pergunta : Onde foi parar a energia negativa devido ao campo de
gravidade dos corpos ?


>
>
> Outra coisa, saiba que o principio da incerteza ou da indeterminação
> permite
> que o princípio da conservação de energia seja "violado".
>
> Olha, jocax, essa teoria cosmogônica do universo ex-nihillo é banal.
> Eu
> pensei que vocês, bacharéis em física, já soubessem disso.

Cosmog... O QUE ??? :)) nihil... O que ??? Nao entendi.

>
>
> E, para deixar claro, eu não SEI se Deus existe ou não: eu apenas
> CREIO que
> ele não existe. A minha relação com Deus é de DESCRENÇA apenas, e não
> de
> SUPOSTO SABER.
>
> Se em algum momento aqui tomei partido dos crentes, foi só para te
> mostrar
> que não tem como se SABER com certeza matemática que Deus não existe.
>

Depende da definicao de Deus. Eu acredito que HUME ja provou que Deus
nao existe
e eu usei esta ideia para discutir isto nos "Dialogos sobre a
(in)existencia divina"
que eu postei aqui. Para mim esta bem provado a sua inexistencia.



>
> Outra coisa: em outra mensagem, você falou que pode muito bem haver
> uma
> natureza sem razão, isto é, sem seres racionais. Concordo. Mas não me
> referi
> à razão como faculdade cognitiva de alguns seres vivos, ou seja,
> "razão
> subjetiva". Reportei-me à RAZÃO OBJETIVA, isto é, o conjunto de leis
> que
> regem a natureza. E mesmo uma natureza inóspita é regida por leis,
> não?
> Mesmo que se trate de leis meramente probabilísticas.
>

Interessante esta ideia de um universo sem leis fisicas, muito
interessante.
Um modo de conseguir isto seria um universo que muda suas leis fisicas
continuamente e aleatoriamente com o tempo. Isto eh ,a cada momento
um conjunto de leis fisicas diferentes atuariam neste universo.
Bom, mas felizmente ( eu acho ) nao eh o q acontece no nosso universo (
espero ) :)

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e Universo...
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/06/2000 19:44

Alberto Mesquita Filho wrote:
Ora, se a falseabilidade me dá um critério de
simplicidade lógico e a aplicar-se em ciência; e se sou um
cientista e não filósofo, teólogo, místico, esotérico,
etc. (a não ser nas horas vagas e com um copo de
cerveja ao lado), acabo por concluir que o princípio da
parcimônia de Occam é redundante, pois não
fornece nada de científico que não seja fornecido pelas
aplicações das regras lógicas formais e inerentes
ao método científico. E como ele propõe a eliminação
das redundâncias, creio que ele se auto-exclui da
ciência. Ou seja, o próprio princípio me garante que em
ciência ele só tem a função de complicar e
portanto deve ser rejeitado.

JOCAX :
Discordo , como postei antes a essencia do cientista eh descobrir leis
gerais
que possam ser utilizadas na maior gama de casos possiveis.
Isto nao eh nada mais se nao a navalha de ocam aplicada ao seu extremo.
(Veja o exemplo q construi da maca e Newton
Ver o email : <navalha na carne> .).
A continua aplicacao da navalha leva aas leis cientificas.

Alberto :
Por outro lado, assim como a existência do princípio não é uma
necessidade lógica (posso negá-lo sem entrar em
contradição lógica), a sua inexistência também não é
necessária.

JOCAX:
Sem a navalha nao teriamos as leis da natureza, teriamos um conjunto
infindavel de
regras especificas para cada caso em particular. Portanto a navalha eh
essencial
para se condensar o comportamento da natureza em leis simples e gerais.

Alberto :
mas vejo coisa melhor do que a navalha de
Ocam, tal como o princípio da universalidade
(espaço-temporal) das leis físicas, a que chamo
regra científica fundamental.

JOCAX:
No e-mail que postei hoje eu mostro que este principio da
universabilidade
PODE SER DEDUZIDO isto eh : Eh uma CONSEQUENCIA da navalha de ocam.
Ver o email : <navalha na carne>

Alberto:
Pois eu aplico a navalha de occam para escolher entre 2
teorias
1-O Universo sem a navalha de occam
2-O Universo com a navalha de occam E escolho a teoria
número 1 sem utilizar o método científico,
pois não vejo ciência nessa aplicação.

JOCAX:
Vc NAO pode escolher a opcao 1 pois ela ja foi FALSEADA : A navalha de
ocam
existe e portanto o universo ja a contem .

Alberto :
Veja bem, não sou contra o
seu trabalho e não é impossível que ao lê-lo
considere-o de valor. Não obstante, parece-me não ser um
trabalho científico pois independentemente do que possa
pensar sobre Deus, não consigo visualizar uma
interação homem-Deus de natureza científica e a
comportar a experimentação.

JOCAX:
De fato , nao existe uma interacao Homem-Deus pq simplesmente Deus nao
existe :))
Agora existe a prova de Hume que demonstra q um deus bom e todo poderoso
nao
existe simplesmente prque vai CONTRA os fatos observados.

Alberto :
De qualquer forma, como
procuro não ser preconceituoso, poderei ler o trabalho
se souber onde encontrá-lo.

JOCAX :
Veja em :
http://www.egroups.com/message/ciencialist/2077?&start=2050

Alberto :
Costumo dizer que só existe problema quando existe
solução.
jocax:
Nao concordo, o problema de fermat durou decadas ateh
q uma solucao fosse encontrada. Antes
nao havia solucao mas existia o problema.

Albrto:
Não! A solução sempre existiu, apenas não era
conhecida. Aliás, se pensarmos no teorema de fermat

JOCAX :
Como saber se existe ou nao uma solucao se ainda nao se provou que nao
existe
a solucao ou se ainda nao se encontrou a solucao?
Antes de descobrirem a solucao para o teorema de fermat ( demonstrando q
era
verdadeiro ou falso ) Eu te pergunto : O Problema nao existia ou existia
ou estava
no limbo?
Acho que sua definicao de existencia de problemas nao esta bem definida
:-))

Alberto :
Você afirma que Deus não existe. Esta seria "a sua
solução" para um problema que "você" criou.

JOCAX:
Eu nao criei o problema !
Quem criou o problema foi quem inventou a existencia de Deus ! :-)
Antes do homem nao havia problema pois Deus ainda nao havia sido
inventado ! :-)))

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Navalha na carne
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/06/2000 19:50



Alberto Mesquita Filho wrote:

> científica
> fundamental. Por paradoxal que possa parecer, universalidade implica
> em
> apriorismo e conhecimento "a priori" é aquele que não pode ser
> suficientemente fundamentado pela experiência. Logo, a regra
> científica
> fundamental não é justificável pela experimentação e nem passível de
> falseabilidade.

Nao Concordo.
Basta que se mostre q as leis fisica nao sao as mesmas em algum ponto do
universo
por exemplo em alguma galaxia distante e o principio da
universabilidade
estaria acabado. E isto , em principio, realmente pode acontecer.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus, Universo e Razão
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/06/2000 21:22

Peço desculpas se uso uma forma de linguagem mais próxima do coloquial, eu à
prefiro aos jargões técnicos. Quando usei a pedra é claro que estava apenas
a usa-la como objeto figurativo, como ilustração para uma idéia e não como a
pedra mesma.

Não quis dizer com isso que a ciencia trata do contingente no lugar do
necessário. Entendo que a ciência parte da observação do particular para
determinar o geral.

O que me parece (ou me parecia até agora) é que a discussão a respeito da
existência ou não de Deus é infrutífera, e com relação finalidade das
coisas, eu só estava querendo dizer é que não vejo necessidade de uma
inteligência exterior ou imanente para entender a existencia do Universo
seja essa inteligência Deus ou Razão, mesmo porque o pensamento racional é
invenção humana).

Por que não crer em um universo que sempre existiu? Talvéz não da mesma
forma que existe hoje, mas que tenha sempre existido e se modificado durante
sua existência.

Se admitirmos que esse universo comoçou com a grande expanção, conhecida
como big bang, temos que admitir que havia algo para se expandir e que esse
algo já era alguma coisa e não nada.

Quanto as leis gerais que determinam esse nosso universo, essas leis não
passam de descrição das interações que ocorrem entre as coisas que existem e
que compõem o universo. Não são leis determinantes, são gerais, devem mesmo
ser universais, mas são descrições, ou tentam descrever, o que é e como é.
Não consigo entender essas leis como coisa pré-existente, mas apenas como
resultantes da existência do que é.

Seria existencialista se afirmasse que a essência do universo e as leis que
o regem já existiam antes da existência do universo e que, então, o universo
existe por causa delas. Mas o que eu penso é exatamente o contrário. O
universo começou a existir e então as coisas passaram a se comportar de tal
e tal maneira.
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----- Original Message -----
From: <msbn@daterranet.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Tuesday, June 27, 2000 11:13 PM
Subject: Re: [ciencialist] Deus, Universo e Razão


> Olá,
>
>
> Francisco disse : Razão de ser?
> Procurar uma razão de ser para o SER, não é tão religioso quanto afirmar
que
> Deus criou o Universo?
> Porque deve existir um motivo para algo existir?
> Não basta o fato de existir?
> Qual a razão de ser de uma pedra? Qual a sua finalidade? Porque ela
existe?
> Tem ela uma razão de ser?
>
> Manuel - Não estou a falar de causas finais, motivos, finalidades,
> teleologia, meu amigo. Só quero saber por que raios existe alguma coisa no
> lugar de absolutamente nada. Não seria mais lógico se nada existisse?
> Afinal, o Nada não é mais simples que o Ser, digo, o Universo? Por que,
> então, o complexo no lugar do simples? Não é preciso ser religioso para
> ficar grilado com isso, Francisco. Basta não ter matado dentro de si
aquele
> menino curioso e perguntão que um dia fomos.
>
> Antigamente eram os filósofos que se preocupavam com essa pergunta
infantil
> (infantil, porém extremamente intrigante). Atualmente, são os cosmólogos
as
> crianças que estão a brincar com essa questão: -- Por que o Ser ao invés
do
> Nada?
>
> Mais uma vez falarei de Alan Guth, um físico que, embora tenha crescido,
> continuou sendo aquele menino curioso, uma criança para a qual perguntar e
> pesquisar não é coisa séria, mas uma atividade lúdica. (Se não fosse esse
> menino -- que você prefere chamar de religioso --, talvez ele não tivesse
> conseguido realizar o que realizou: revolucionar a cosmologia com sua
teoria
> do universo inflacionário.)
>
> Alan Guth, um cientista, físico teórico, escreveu: "Embora as tentativas
de
> descrever a materialização do universo do nada continuem muito
> especulativas, elas representam uma ampliação empolgante dos limites da
> ciência. Se algum dia esse programa puder ser concluído, isso significaria
> que a existência e a história do universo poderiam ser explicadas pelas
leis
> fundamentais da natureza. Ou seja, as leis da física implicariam a
> existência do universo. HAVERÍAMOS ALCANÇADO O OBJETIVO ESPETACULAR DE
> SABER POR QUE EXISTE ALGO E NÃO NADA -- por que, se esse enfoque estiver
> certo, o "nada" perpétuo é impossível. Se a criação do universo pudesse
ser
> descrita como um processo quântico, restar-no-ia decifrar um mistério
> profundo da existência: o que determinou as leis da física? (Alan Guth; O
> Universo Inflacionário; Campus; pág. 227)
>
> Outra coisa: os mais criativos cientistas foram considerados
> "mistificadores" pelos seus pares, e as vezes os pares não estavam tão
> enganados. Keynes refere-se a Isaac Newton como o último dos magos.
Einstein
> usava a palavra "Deus" como uma metáfora do Universo (uma influência de
> Spinoza), e Hawking diz querer compreender a mente de Deus. E a atitude
> deles era esta PORQUE ELES, ALÉM DE NÃO SEREM RELIGIOSOS, NÃO TINHAM MEDO
> DA REGILIÃO.
>
> Mais outra coisa: somente objetos singulares, como uma pedra, são
gratuitos,
> contingentes. Ora, a ciência lida com o estável, com o contínuo, com o que
> permanece, com o que se repete; vale dizer, o objeto da ciência é o geral,
e
> não o singular. O cientista abstrai das coisas o que ela tem de geral, e a
> esta generalização dar o nome de "lei". Sendo assim, para que o universo
> como um todo continue sendo um objeto da ciência, não pode o universo ser
> considerado um acontecimento singular (portanto, gratuito, contigente).
> Para que permaneça objeto da ciência, o universo tem que visto como
> determinado por algo mais geral, a lei das leis, o princípio de tudo.
>
> Em miúdos, dizer que não precisa haver uma razão-de-ser (uma lei das leis,
> um princípio) para o universo, que basta o fato dele existir, essa
asserção
> SOBRE O UNIVERSO não me afigura nada científica. Parece-me até metafísica
> existencialista ou, no mínimo, uma rendição ao Mistério.
>
> Obs.: razão-de-ser = o ser é racional = o ser é regido por leis.
>
> Um abraço,
> Manuel Bulcão
>
>
>
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>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Criação de Universos em Laboratório
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/06/2000 21:27

Ora, se as leis lógico matemáticas existissem, independente da existência de qualquer outra coisa, então alguma coisa existiria, as próprias leis, então o universo existiria e seria composto por essas leis! Não seria nada. Mas acho difícil conceber tal universo e tal matemática pré-existente independente da existência de qualquer outra coisa.
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----- Original Message -----
From: msbn@daterranet.com.br
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Tuesday, June 27, 2000 5:42 PM
Subject: [ciencialist] Re: Criação de Universos em Laboratório

Olá,

<<Isso é uma lista para discutir ciência?
É por demais metafísica! um desavisado acharia que a discussão é sobre a
existência de Deus ou, então, sobre o "ser em sí", ou seja, metafísica
pura!>>

Manuel - a ciência, assim como a metafísica, é também feita com imaginação,
criatividade e senso de humor. Einstein falava que Deus não joga dados,
Hawking diz querer conhecer a mente de Deus (o Deus de ambos é o mesmo de
Spinoza, "Natura Naturans", isto é, as leis que regem a Natureza) e Alan
Guth, que revolucionou a cosmologia com sua teoria cosmogônica da inflação
cósmica, afirma ser possível criar universos em laboratório.

Ademais, a cosmologia lida mais com puras conjecturas do que com hipóteses
verificáveis. É a ciência mais próxima da metafísica. Não acha?

Por isso, alguns positivistas que só crêem no método indutivo podem pensar
mesmo que essa lista não é de ciência, mas de metafísica.

<<Respondendo a uma pergunta feita aqui, ou tentando responde-la, a
matemática, por mais incrível que pareça, é invenção puramente humana. A
matemática não existe por sí mesma, não é um "Ser em si". Portanto, se nada
mais existisse a matemática não existiria, pela simples razão de que não
haveria ninguém para inventá-la.>>

Manuel - Se Nada existisse, e uma vez que Nada = 0, e uma vez que  0 (zero)
é igual a +1-1, 7x2 - 14, raiz quadrada de nove menos três, etc., etc.,
etc., então se Nada existisse, ao menos as leis lógico-matemáticas já
existiriam. :-)

Sobre a anterioridade das leis lógico-matemáticas, leiam "Misticismo e
Lógica", de Bertrand Russell, e "A Mente Nova do Rei", de Roger Penrose.

Aliás, tem até um físico russo, um tal de Alex Vilenkin, que afirma que o
Universo pode muito bem ter surgido do "absolutamente nada", e  que não há
nenhuma mágica nisso. :-)

Um abraço,
Manuel Bulcão
*** --- ***

>> Aventura das Particulas <<
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*** --- ***




SUBJECT: Re: [ciencialist] Navalha na carne
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/06/2000 02:12

Joao Carlos Holland de Barcellos escreveu

> Alberto Mesquita Filho wrote:
> > fundamental. Por paradoxal que possa parecer, universalidade implica
> > em apriorismo e conhecimento "a priori" é aquele que não pode ser
> > suficientemente fundamentado pela experiência. Logo, a regra
> > científica fundamental não é justificável pela experimentação e nem
> > passível de falseabilidade.
>
> Nao Concordo.
> Basta que se mostre q as leis fisica nao sao as mesmas em algum ponto do
> universo por exemplo em alguma galaxia distante e o principio da
> universabilidade estaria acabado. E isto , em principio, realmente pode
> acontecer.

Sim, mas neste dia você ficaria frente a três opções:

1) Procuraria exaustivamente por "variáveis escondidas". Exemplos de
condutas desse tipo:

Aristóteles definiu os "motores divinos" principais para não falsear a
universalidade quando notou que a "legislação" celeste parecia diferir da
"legislação" terrestre (há outras versões menos metafísicas mas de mesmo
teor científico). Durante mais de dois mil anos aceitou-se esta afirmação
absurda para não despersonalizar a ciência. Após mais de dois mil anos
Galileu conseguiu demonstrar que a universalidade não estava falseada (e
realmente isso seria um absurdo do ponto de vista científico, principalmente
da maneira como a ciência era então encarada). Galileu substituiu os
"motores divinos", a existirem nos "céus", pelo "atrito" a existir na
atmosfera terrestre, ou então pelo contato.

Newton, ao perceber que a Lua não obedecia a lei de Aristóteles (os corpos
tendem para seu lugar natural, que para os corpos terrestres seria o centro
da Terra) e ao perceber que Galileu havia já destroçado parte do lugar
natural dos corpos celestes (o local natural dos corpos celestes para
Aristóteles seria a manutenção em movimento circular ou o contato com os
deuses, a empurrarem-nos eternamente), "inventou" a atração entre os corpos
ou, como diz o leigo, "descobriu a gravitação".

Bohr ao verificar que uma das leis fundamentais do eletromagnetismo poderia
não ser universal (a da emissão de energia por cargas aceleradas) graças ao
observado no domínio do microcosmo, conservou a universalidade das leis e
modificou toda a física do microcosmo através da concepção das "órbitas
divinas principais", esteio da física quântica primitiva. A física quântica
atual substituiu as "órbitas divinas" pelas "ondas divinas", conservando a
divindade aristotélica.

Einstein, na tentativa de manter, sob certos aspectos, a universalidade das
leis do eletromagnetismo, modificou todas as leis da mecânica, mantendo-as
universais, incluindo um conceito de luz que, por si só, é uma lei. Nenhum
corpúsculo, a não ser o fóton, tem como lei sua própria velocidade: "Sua
Majestade a Luz é, por ela mesma, uma lei, uma constante universal que sem
cessar singra o espaço a uma velocidade de 300 mil quilômetros por segundo,
velocidade à qual nenhuma força conhecida pelo homem pode fazer a mínima
oposição." (Garbedian, Einstein o Criador de Universos, Liv. José Olympio,
Ed. Rio de Janeiro, 1942, p. 77). Aliás, para que a Relatividade Geral tenha
consistência, não basta que a velocidade da luz independa do referencial
(Relatividade Restrita). É preciso que a velocidade da luz seja uma lei a
satisfazer o princípio da equivalência de Einstein.

Perceba que sob esse aspecto não há como falsear a universalidade. Ela é
aceita "a priori" e ponto final. Certos ou errados, é isso o que os
cientistas vêm fazendo a milênios em suas buscas por verdades científicas.
Certo ou errado, passam-se séculos e encontra-se uma justificativa melhor do
que a anterior a justificar o que, para salvar a universalidade das leis,
foi aceito, apesar de aparentemente absurdo. Aliás é graças a esse tipo de
conduta que aceita-se em física que uma teoria seja sempre algo a conter a
anterior como caso especial, uma regra que dificilmente é aplicável em
outras ciências mais complexas. Isto acontece não porque seja algo inerente
à ciência, ou à física, mas porque os físicos quase sempre orientam-se por
um princípio básico e procuram lapidar as teorias com novos conceitos. A
conseqüência é óbvia: um diamante lapidado é o mesmo diamante, apenas que
visto de maneira diferente. A regra, por si só, não é lógica e nada impede
que uma teoria venha a substituir outra sem deixar rastros da teoria
anterior.

A termodinâmica, por exemplo, substituiu totalmente a teoria do calórico,
pois esta apoiava-se em algo que simplesmente não existia. A física moderna,
por seu turno, apoia-se na teoria dos fluidos elétricos e, consequentemente,
dia chegará em que ela será substituída "totalmente" por uma teoria melhor,
ou seja, sem deixar vestígio algum. E muito provavelmente será substituída
por algo oriundo de pessoas que não conhecem muito bem a física moderna,
pois é absolutamente desmecessário conhecer em profundidade o que
simplesmente não existe, como os fluidos elétricos. A revolução do calórico
para a termodinâmica, por exemplo, começou com um engenheiro (Carnot -
segundo princípio) e terminou com um médico (Mayer - primeiro princípio) e
só então começou a influenciar os físicos (Joule, Kelvin, Maxwell,
Boltzmann, etc) e até mesmo a mostrar para estes que em termos de atomismo
os químicos (e até alguns físicos "pouco importantes", como Daniel
Bernoulli, dentre outros) estavam mais de 200 anos a sua frente.

2) Substitua a universalidade por algo consistente. Alguns tentam justificar
toda a ciência através do princípio da causalidade. Esta era a visão dos
físicos clássicos (supostamente newtonianos) e bastante enfatizada por Kant.
Aliás, parece-me que Einstein leu bastante Kant e as incompatibilidades que
ele possuía com respeito a alguns "probleminhas" quânticos parecem provir
destas leituras, ainda que tenha optado por apoiar sua física na
universalidade, ainda que aceitasse a causalidade. A Crítica da Razão Pura
de Kant apoia-se fortemente na física newtoniana, "supondo-a" comprometida
com o princípio da causalidade. Hoje tenta-se apoiar a física moderna em
conceitos outros como, por exemplo, a localidade (ou a não-localidade), o
indeterminismo, etc. Mas a universalidade, ainda que possa vir a deixar de
ser essencial ou "logicamente necessária" para a física moderna, conserva
sua aceitação como verdadeira. De qualquer forma, se ela for aceita como
"logicamente necessária" ela será "logicamente não-falseável"; se for apenas
aceita como verdadeira, ela poderá se sujeitar à falseabilidade mas outro
princípio consistente e não-falseável deverá ocupar o seu lugar.

3) A terceira opção seria: desista da experimentação e transforme-se num
filósofo. Talvez seja a opção mais simples (Heisenberg, em período crítico,
quase chegou a fazer isso, meses antes de descobrir o princípio da
indeterminação -- parece-me que essa história é contada por Pauli, mas não
tenho certeza). Curiosamente, são poucos os cientistas que, nestes períodos
críticos lembram-se da navalha de Occam, a mostrar que ela não serve nem
mesmo para auxiliá-los em suas crises existenciais.

Em defesa da navalha de Occam, não como princípio mas como tendência
simplificadora, encontrei essa citação interessante de Newton: "Não se hão
de admitir mais causas das coisas naturais do que as que sejam verdadeiras
e, ao mesmo tempo, bastem para explicar os fenômenos de tudo" (Princípia,
livro III).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e Universo...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 29/06/2000 03:48

Joao Carlos Holland de Barcellos" escreveu

> A continua aplicacao da navalha leva aas leis cientificas.

Percebe-se que você é um indutivista e adepto de Hume. Tudo bem, os
indutivistas fizeram importantes contribuições à ciência, ainda que na
prática revelassem-se dedutivistas, pois o método científico é um só e é
dedutivo em princípio. Os indutivistas, como os positivistas, os pragmáticos
e outros "istas" afins simplesmente amputaram partes da ciência, mas
utilizam-nas muito bem, até mesmo as partes que amputaram. Se a metafísica
existe ou não isso não faz importância nenhuma para a ciência, desde que o
método científico (explicável pela metafísica) seja respeitado.

> Sem a navalha nao teriamos as leis da natureza, teriamos um conjunto
> infindavel de
> regras especificas para cada caso em particular. Portanto a navalha eh
> essencial
> para se condensar o comportamento da natureza em leis simples e gerais.

Se para você, assim como para os indutivistas, as maçãs são todas vermelhas
até o dia em que se deparar com uma maçã verde, e se é esse o princípio que
utiliza, tudo bem. Não gosto do princípio, não o utilizo, acho que você está
indo pelo lado mais complicado da metodologia, ainda que enganado pela
aparente simplicidade da navalha de occam, mas respeito seu posicionamento,
pois como disse, a ciência também evolui às custas do método de tentativa e
erro (extremamente complicado e economicamente inviável por sinal, além de
desprezar o raciocínio lógico-dedutivo). Só não faça medicina, pois eu
jamais iria me consultar com um médico a adotar, como norma primária e
essencial, o método da tentativa e erro em seus pacientes.

> No e-mail que postei hoje eu mostro que este principio da
> universabilidade
> PODE SER DEDUZIDO isto eh : Eh uma CONSEQUENCIA da navalha de ocam.
> Ver o email : <navalha na carne>

Pois é uma conseqüencia inconsistente, a retratar uma dedução efetuada por
um indutivista.

> Alberto:
> Pois eu aplico a navalha de occam para escolher entre 2
> teorias
> 1-O Universo sem a navalha de occam
> 2-O Universo com a navalha de occam E escolho a teoria
> número 1 sem utilizar o método científico,
> pois não vejo ciência nessa aplicação.
>
> JOCAX:
> Vc NAO pode escolher a opcao 1 pois ela ja foi FALSEADA : A navalha de
> ocam existe e portanto o universo ja a contem.

E foi por isso que disse que não via ciência (entenda-se, também, lógica, ou
seja, ciência no amplo sentido) nessa aplicação. E ao final da msg, em
processo idêntico, confessei estar sofismando. Realmente, a simplicidade me
atrai. Mas jamais usaria a navalha de occam como uma ferramenta de valor
científico (entre zero e dez, daria nota zero, o que significa que
cientificamente, para mim, a navalha de occam simplesmente não existe, o que
não implica em sua inexistência universal). Com um copo de cerveja na mão,
viva a navalha de occam, a metafísica, a divindade, o esoterismo, a
homeopatia, etc., e, principalmente, viva a cerveja! :-)

> JOCAX:
> De fato , nao existe uma interacao Homem-Deus pq simplesmente Deus nao
> existe :))
> Agora existe a prova de Hume que demonstra q um deus bom e todo poderoso
> nao existe simplesmente prque vai CONTRA os fatos observados.

E quem disse que Deus é bom? Eu sequer levantei a hipótese da existência de
Deus! Você é que anda por aí levantando essa hipótese com a pretensão de
negá-la por vias indutivas. Por vias indutivas eu nego tudo que ainda não
vi. Isso não é ciência! Eu posso até admitir que o Sol amanhã irá nascer,
mas como dedutivista resta-me sempre uma possibilidade, ainda praticamente
nula, de que tal não aconteça. O indutivista, não! Ele acredita numa
RELIGIÃO, chamada indutivismo, a garantir-lhe que amanhã o Sol nascerá. Isso
é dogma, jamais ciência. Deixe a sua religião de lado ou, pelo menos, passe
a respeitar, senão as outras religiões, pelo menos os seus semelhantes que
as professam. Milhões de brasileiros acreditam em baboselas. Pois vamos
respeitá-los. E vamos fazer alguma coisa para que o governo dê uma educação
decente a esses pobres coitados que jamais tiveram a chance de conhecer
Hume ou Occam, mas que conhecem efetivamente um Deus que lhes dá muito mais
do que qualquer pragmático jamais lhes ofereceu.

> JOCAX :
> Veja em :
> http://www.egroups.com/message/ciencialist/2077?&start=2050

Lerei, assim que providenciar a cerveja que, por ora, está em falta. :-)

> Não! A solução sempre existiu, apenas não era
> conhecida. Aliás, se pensarmos no teorema de fermat
>
> JOCAX :
> Como saber se existe ou nao uma solucao se ainda nao se provou que nao
> existe a solucao ou se ainda nao se encontrou a solucao?
> Antes de descobrirem a solucao para o teorema de fermat ( demonstrando q
> era verdadeiro ou falso ) Eu te pergunto : O Problema nao existia ou
> existia ou estava no limbo?

Do ponto de vista prático, a solução já existia, com uma possibilidade de
acerto maior do que aquele estimado ao dizer que o Sol irá nascer amanhã.
Com efeito, os melhores computadores não conseguiram constatar exceções à
regra de Fermat. Rigorosamente falando, você está certo, porém está indo
contra o indutivismo e creio que até mesmo contra a navalha de occam. Será
que a navalha só lhe é útil quando lhe satisfaz? Isto caracteriza a
religiosidade de sua conduta. Seu Deus chama-se Occam?

Por outro lado, e dentro da minha posição de pensar, e a defender minha
tese, um problema que se mostra com grande chance de possuir solução, ainda
que, e somente pelo, pelo método indutivo, pode ser caracterizado como
problema até prova em contrário. Por outro lado, se percebo claramente que a
solução nào existe, utilizando ou não a navalha de occam, opto por
considerar o problema como inexistente. Reafirmo então: Não há como
comprovar a inexistência de Deus e portanto você está perdendo tempo em
procurar por uma solução que não existe. A rigor, você está chamando Deus de
Occam e, ao contrário do Hume que utiliza em suas argumentações,
comportando-se como um crente ingênuo.

> Você afirma que Deus não existe. Esta seria "a sua
> solução" para um problema que "você" criou.
>
> JOCAX:
> Eu nao criei o problema !

Perceba que coloquei "você" entre aspas, dando uma conotação genérica.
Enfim, como você se traiu, é possível que o tenha ofendido. Desculpe-me,
pois não havia pensado em sua religiosidade a respeito de Occam. A partir de
agora respeitarei o seu Occam assim como respeito os Deuses de todos os
meus semelhantes.

> Quem criou o problema foi quem inventou a existencia de Deus ! :-)

A meu ver, não existe problema nenhum na existência de Deus. Se Deus for um
artifício, ele tem se mostrado útil para milhões de infelizes, ainda que
tenha também se mostrado útil para alguns milhares de vigaristas. Lute então
contra a vigarice e contra as manobras destinadas a manter a população na
miséria, jamais contra um dos poucos remédios que eles possuem para
continuar sobrevivendo junto a uma infinidade de acomodados com o, e/ou
privilegiados pelo, sistema.

> Antes do homem nao havia problema pois Deus ainda nao havia sido
> inventado ! :-)))

E após a invenção do homem Deus passou a ser uma necessidade, graças aos
vigaristas e aos acomodados com o sistema.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus, Universo e Razão
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/06/2000 07:29



Francisco wrote:

>
> O que me parece (ou me parecia até agora) é que a discussão a respeito
> da
> existência ou não de Deus é infrutífera,.....

Nao creio q seja infrutifera. Se nao tomarmos cuidado voltaremos ao
estado
da igreja-poder como ocorria na epoca medieval onde todos eram
subordinados
a opapado e a inquisicao imperava.
Desmascarar Deus eh um modo de minimizar a influencia das religioes
sobre as pessoas.
Veja o que postei no FCB :

-------------------------------------------------------------
Acredito que embora a Fé possa as vezes ser psicologicamente benefica
aa saude, nao acredito que a crenca em Deus o seja para a sociedade
em geral.
Do meu ponto de vista acreditar em um Deus ( Cristao ) traz maleficios
a longo prazo :

1-O ponto principal eh que posterga a JUSTIÇA , relegando-a a um Ente
que nao existe.
Isto leva as pessoas aa nao procurar justica em vida acreditando q
esta sera feita apos a morte.
Como consequencia, deixa as pessoas quase completamente inertes,
amorfas, inoperantes, inofensicas diante dos "predadores" da
sociedade que, por sua vez, explorarao at nauseum esta crenca.
Uma sociedade REALMENTE ateia buscaria a justica em vida com +
empenho e rigor.

2- A crenca q apos a morte a "alma" vai para o "Ceu" , outra dimensao,
etc...
faz as pessoas nao valorizarem , como deveriam, o planeta e seus
escassos recursos naturais.
Isso poderia levar a um pensamento do tipo :
"Para que ? se apos esta vida eu irei para melhor ??
Que se lixem os q ficarem" .
Com este pensamento o planeta fica relegado a um plano perigosamente
secundario.

3- Quais as consequencias de acreditar em uma mentira ????
As contradicoes intrinsecas de uma crenca em Deus, acredito, leva a
uma continua aceitacao das contradicoes dos fatos que podera
contaminar a propria logica humana na observacao de outras
evidencias da vida. Isto eh :
Viver na mentira prejudica a percepcao da realidade que devera
certamente influenciar a vida da pessoa.

4- Claro q eh sempre bom para as classes dominantes que o povo seja
"refem de Deus" e aceite as agruras que lhe sao impostas em vida
como um "bilhete para o Ceu", mantendo o povo como cordeirinhos
sempre "dando a outra face para bater" e pensando se vingando
em pensamento *somente* :

"-eles nao passarao pelo buraco da agulha !".

5- Claro q nao vejo a crenca Deus apenas como um remedio
que traria beneficios e maleficios e onde deveriamos crer ou nao
olhando apenas estas consequencias.
Acredito que a busca pela verdade eh o principal motivo,
ao menos para mim, em ser ateu:
Alguem gostaria de viver na mentira apenas para se sentir melhor ?


Basicamente eh isso.


[]s
jocax






SUBJECT: Projecto Filadelfia
FROM: "Luis Johansson" <TOMMYHOUSE@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/06/2000 10:14


Ol� ppl!!!

A cerca de uma semana passou um filme na TVI sobre o Projecto
Filadelfia..... supostamente pensava que era tudo uma farsa ou pelo menos
baseado em facto ficticios..... mas at� ao momento que um colega meu me
disse que grande parte dakilo era verdade e que existiu realmente um
projecto com esse nome que decorreu durante o ano de 1943, de onde foi mais
tarde inspirado o programa stealth..... mas basicamente este programa ao que
me pareceu... deve ser algo com a ver com a teoria de Einstein do
espa�o/tempo..... mas infelizmente na me encontro sufecientemente informado
a cerca deste assunto se por acasso alguem souber de alguma coisa digam!!!


Um abra�o: Luis Johansson aka TOMMMY



>

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SUBJECT: Projecto Filadelfia
FROM: "Luis Johansson" <TOMMYHOUSE@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/06/2000 10:16


Ol� ppl!!!

A cerca de uma semana passou um filme na TVI sobre o Projecto
Filadelfia..... supostamente pensava que era tudo uma farsa ou pelo menos
baseado em facto ficticios..... mas at� ao momento que um colega meu me
disse que grande parte dakilo era verdade e que existiu realmente um
projecto com esse nome que decorreu durante o ano de 1943, de onde foi mais
tarde inspirado o programa stealth..... mas basicamente este programa ao que
me pareceu... deve ser algo com a ver com a teoria de Einstein do
espa�o/tempo..... mas infelizmente na me encontro sufecientemente informado
a cerca deste assunto se por acasso alguem souber de alguma coisa digam!!!


Um abra�o: Luis Johansson aka TOMMMY



>

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SUBJECT: Teste
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/06/2000 13:11

4 mensagens minhas n�o apareceram na lista. Esse � um teste. Desculpem-me.
[]'
L�o

Luiz Ferraz Netto [L�o]
UIN#: 31028111
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Teste
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/06/2000 14:17

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 29 de Junho de 2000 13:11
Assunto: [ciencialist] Teste


> 4 mensagens minhas n�o apareceram na lista. Esse � um teste. Desculpem-me.
> []'
> L�o

Idem, ibidem. Tamb�m estou testando por cima do teste do L�o, pois as outras
msgs que enviei n�o apareceram. Parece que a Yahoo est� tendo algum problema
na manuten��o do servi�o como era.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: navalha de occam (era - Deus e Universo...)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 29/06/2000 20:21

On Thu, 29 Jun 2000, Alberto Mesquita Filho wrote:
> aparente simplicidade da navalha de occam, mas respeito seu posicionamento,
> pois como disse, a ciência também evolui às custas do método de tentativa e

Alberto,

eu acho q. a navalha de occam pode ser um criterio de *escolha* -- se
assim for entendida e utilizada (eh uma opcao) nao vejo maiores problemas
(pode ser q. haja, mas por ora me passam despercebidos).

creio q. o problema real eh qdo se usa a navalha como criterio de *prova*
-- o q. tem muita gente boa fazendo por aih...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: jocax (um graviton para cada foton)
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/06/2000 22:15

Olá,

jocax -Neste caso , como ficaria a lei fisica da conservacao da energia ? Ou seja : da energia zero pode surgir energia positiva?

Manuel - se surgir, ao mesmo tempo, a mesma quantidade de energia "negativa" (gravitação), de modo que a soma de ambas seja zero. Aliás, aconselho você a ler os livros que indiquei, em que se fala da gravitação como energia negativa.

Carlos - Vc falou q talvez vc transcrevesse parte destas ideias nesta lista.( Espero q poste a mensagem a respeito).

Manuel - Vai lá, só uma, extraída do clássico do Hawking, "Uma Breve História do Tempo (págs. 181/182): "A idéia de inflação também justificaria a quantidade de matéria que existe no universo: alguma coisa em torno de 10 milhões de milhões de milhões de milhões (...) de milhões (um seguido de oitenta zeros) de partículas só na região que podemos observar. De onde teriam vindo? A resposta é que, na teoria quântica, as partículas provém da energia em forma de pares de partículas/antipartículas, o que apenas levanta a questão que procura a origem da energia. A RESPOSTA É QUE A ENERGIA TOTAL DO UNIVERSO É EXATAMENTE ZERO. A matéria no universo se forma de ENERGIA POSITIVA. Entretanto, toda a matéria se atrai pela gravidade. Duas porções de matéria próximas uma da outra têm menos energia do que duas porções iguais da mesma matéria afastadas entre si, porque despendem energia para se separarem contra a força da gravidade que as está empurrando uma para a outra. ASSIM, NUM CERTO SENTIDO, O CAMPO GRAVITACIONAL TEM ENERGIA NEGATIVA. No caso de um universo que seja razoavelmente uniforme no espaço, pode-se demonstrar que sua energia gravitacional negativa anula completamente a energia positiva representada pela matéria. PORTANTO, A ENERGIA TOTAL DO UNIVERSO É ZERO." 

Carlos -Mas, de qqr modo,  surgiu-me uma experiencia :
Considere  2 corpos : Um de materia e outro de anti-materia. Ambos tem massa e portanto campo gravitacional . Ao entrarem em contacto a materia se transformara em energia eletromagnetica e o campo gravitacional desaparecera. A energia liberada eh dada pela famosa equacao : E=mc2 Pergunta :  Onde foi parar a energia negativa devido ao campo de gravidade dos corpos ?

Manuel - Errado, Carlos, errado. Para cada mísero fóton sempre haverá um ridículo gráviton (gráviton = quantum de energia negativa, isto é, gravitação) 


Carlos - Eu acredito que HUME ja provou que Deus nao existe e eu usei esta ideia para discutir isto nos "Dialogos sobre a (in)existencia divina" que eu postei aqui. Para mim esta bem provado a sua inexistencia.

Manuel - Sabe aquele bispo da Igreja Universal do Reino de Deus que chutou a estátua da Virgem Maria? Você, com seu ateísmo religioso, lembra-me ele. Chuta uma divindade em nome de outra, a Ciência ou a Razão. No seu caso, o deus que está a negar nem sequer é o deus dos teólogos, mas o da massa ignorante (muito fácil negá-lo).

Carlos - Interessante esta ideia de um universo sem leis fisicas, muito interessante. Um modo de conseguir isto seria  um universo que muda suas leis fisicas continuamente e aleatoriamente com o tempo. Isto eh ,a cada momento um conjunto de leis fisicas diferentes atuariam neste universo. Bom, mas felizmente ( eu acho ) nao eh o q acontece no nosso universo ( espero ) :)

Manuel - a mudança também tem as suas leis.:-)

Abraços,

Manuel Bulcão


SUBJECT: Problemas na ciencialist-Yahoo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/06/2000 02:09

Tenho notado problemas com a ciencialist há três dias. Creio que outros
também estão tendo o mesmo problema pelo que relato abaixo:

1) Não recebi, por e-mail, as seguintes msgs que estão em páginas Web:
4954 - 4955 - 4956 - 4957 - 4958 - 4959 - 4962
(Não são as únicas, apenas alguns exemplos)

2) Algumas msgs estão sendo repetidas, o que mostra que outros estão
enfrentando problemas no envio de msgs e estão reenviando-as. (Isso
aconteceu comigo creio que dia 27 ou 28; a segunda msg entrou quase
imediatamente; a primeira entrou só no dia seguinte).

3) O Léo certamente está tendo problemas, acusado pelo teste enviado.
Curiosamente, respondi ao teste do Léo e a msg resposta entrou imediatamente
(ou em alguns minutos após enviada, pois ainda não adaptaram o efeito túnel
à Internet). Algumas horas antes de responder ao Léo havia enviado duas
mensagens que somente entraram recentemente, com mais de 24 horas de atraso,
e apenas em páginas Web.

4) A msg resposta ao teste, que entrou imediatamente por e-mail, somente
apareceu em página Web com um atraso de várias horas (normalmente tenho
observado que ela aparece em página Web minutos antes de ser remetida por
e-mail). Ou seja, o processo está caótico pois tanto pode falhar no e-mail
quanto em página Web e aparentemente não há relação entre qual dois
funciona primeiro, se é que funciona.

5) Sinto se, aparentemente, deixei de responder a alguém, mas ainda não
consegui burlar o princípio da causalidade.

6) Tentei responder ao Luis Johansson, sobre o projeto filadélfia, saído em
página Web (e que ainda não recebi por e-mail) mas o sistema também não
funcionou (reply da página Web). De qualquer forma, se esta msg sair, o URL
que encontrei a respeito é http://soteria.com/brown/ . Não sei se é
confiável mas a partir de lá pode-se obter outras informações a respeito.
O projeto realmente existiu, ao que tudo indica Einstein realmente teve
alguma participação, pelo menos como observador e/ou a dar palpites, Thomas
Townsend Brown parece ter sido um cientista respeitável mas,
misteriosamente, o projeto foi arquivado.

Não acredito em discos voadores e o que sei do projeto não tem nada a ver
com discos voadores. As experiências fundamentais relacionadas ao projeto
foram efetuadas mais de 20 anos antes dos UFOS ganharem importância na mídia
mundial. Parece existir um protótipo de um dos discos de Brown em um museu,
não sei se nos EUA ou no Canadá. O protótipo foi patenteado.
Dizem que Einstein chegou a visualizar o protótipo em ação e dizem que teria
dado alguma explicação em concordância com suas teorias. Parece-me que os
UFOS desempenharam o papel estratégico de mistificar algo que aparentemente
não tem nada de místico, pois Brown teria inventado um pequeno disco voador,
a desafiar a gravitação por meios eletromagnéticos, muito antes da Terra ter
sido invadida pelos extraterrestres :-). O projeto de Brown, ao que parece,
não foi efetuado com a intenção de antecipar viagens espaciais mas tão
somente de constatar efeitos antigravitacionais, se é que posso dar esse
nome ao efeito, pois parece ser algo de natureza eletromagnética, à primeira
vista bastante simples mas ainda não muito bem conhecido.

De qualquer forma o que afirmo não tem nenhum valor científico, pois ainda
não consegui inventar a bola de cristal a ponto de saber o que se passa pela
cabeça dos financiadores dos projetos ultra-secretos. Apenas serviu para mim
no sentido de fornecer o nome de mais um dos cientistas aparentemente sérios
(Brown) a entrarem para a galeria dos indesejáveis pela ciência, ao lado de
Piccardi, Kervran, etc. Aliás, não seriam indesejáveis pela ciência ou pelos
cientistas, mas pelo sistema que não quer que se invente o que não convém
aos donos da ciência que seja inventado (assim como, nos países
subdesenvolvidos, não convém dar mais do que o mínimo necessário em
alimentação à população carente - neste caso os responsáveis são os donos da
política subdesenvolvimentista). A ciência, como a política, tem muitos
donos. Poucos são realmente cientistas e/ou políticos de fato. E dentre os
que são, o número de ingênuos é enorme, a se preocupar com baboselas como a
navalha de Occam, a existência de Deus, etc.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: En: Problemas na ciencialist-Yahoo
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 30/06/2000 02:30

Tenho tido problemas como esse tb com outros grupos dos quais faço parte.
Minha correspondência pessoal tb tem apresentado problema.
 
Parece que meu problema é entre mim e meu provedor, que é o mesmo que o do Alberto.
 
[]'s
 
Sheila.
 
Alberto wrote:
 
Tenho notado problemas com a ciencialist há três dias. Creio que outros
também estão tendo o mesmo problema pelo que relato abaixo:

1) Não recebi, por e-mail, as seguintes msgs que estão em páginas Web:
4954 - 4955 - 4956 - 4957 - 4958 - 4959 - 4962
(Não são as únicas, apenas alguns exemplos)

2) Algumas msgs estão sendo repetidas, o que mostra que outros estão
enfrentando problemas no envio de msgs e estão reenviando-as. (Isso
aconteceu comigo creio que dia 27 ou 28; a segunda msg entrou quase
imediatamente; a primeira entrou só no dia seguinte).

3) O Léo certamente está tendo problemas, acusado pelo teste enviado.
Curiosamente, respondi ao teste do Léo e a msg resposta entrou imediatamente
(ou em alguns minutos após enviada, pois ainda não adaptaram o efeito túnel
à Internet). Algumas horas antes de responder ao Léo havia enviado duas
mensagens que somente entraram recentemente, com mais de 24 horas de atraso,
e apenas em páginas Web.

4) A msg resposta ao teste, que entrou imediatamente por e-mail, somente
apareceu em página Web com um atraso de várias horas (normalmente tenho
observado que ela aparece em página Web minutos antes de ser remetida por
e-mail). Ou seja, o processo está caótico pois tanto pode falhar no e-mail
quanto em página Web e aparentemente não há relação entre qual dois
funciona primeiro, se é que funciona.
.......
............

SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e Universo...
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/06/2000 08:14



Alberto Mesquita Filho wrote:

> Joao Carlos Holland de Barcellos" escreveu
>
> > A continua aplicacao da navalha leva aas leis cientificas.
>
> Percebe-se que você é um indutivista e adepto de Hume.

Eu nao sou um indutivista !
Eu como todo os cientistas usam todas as suas formas de percepcao e
intuicao
para buscar principios gerais ( leis ) que expliquem o comportamento da
natureza.
O metodo indutivo assim como a intuicao ou qualquer outra forma de
percepcao eh apenas o comeco da cricao de leis ( ou principios ) que
poderao
ou nao ser verdadeiras. A partir da criacao destas leis , utilizando-se
o metodo
indutivo OU NAO, poder-se-a utilizar-se do metodo dedutivo para
falsea-las
atraves das consequencias inferidas a partir destas leis. Grosso modo :

( Indutivismo /Intuicao ) --> Occam ou bao --> Leis --> Dedutivismo -->
novas leis / consequencias --> Falseabilidade ou nao .

Ou seja NAO IMPORTA de onde vc "acha" as leis se utiulizando
ocam+inditivismo
ou por simples intuicao ou jogando buzios. O q importa eh q estas leis
possam ser
testadas (falseabilizadas) por algum experimento ( verificadas ).

>
> > Sem a navalha nao teriamos as leis da natureza, teriamos um conjunto
>
> > infindavel de
> > regras especificas para cada caso em particular. Portanto a navalha
> eh
> > essencial
> > para se condensar o comportamento da natureza em leis simples e
> gerais.
>
> Se para você, assim como para os indutivistas, as maçãs são todas
> vermelhas
> até o dia em que se deparar com uma maçã verde, e se é esse o
> princípio que
> utiliza, tudo bem.

Nao disse que sou indutivista mas nao vejo nenhuma razao para nao
utiliza-lo.
Se vc pensar bem vera que a maioria das leis da mecanica foram feitas
por indutivismos.
Isto eh , a experiencia e a observacao + ocam levaram aa generalizacao
do comportamento
isto eh aas leis. Como disse o metodo indutivo NAO faz parte da ciencia
eh apenas
uma forma de se tentar chegar aa resultados ( leis ) .


> Só não faça medicina, pois eu
> jamais iria me consultar com um médico a adotar, como norma primária e
>
> essencial, o método da tentativa e erro em seus pacientes.
>

Parece q vc esta negando que TODA a ciencia eh feita por este metodo e
esta
em sua **essência** :
NUNCA SE PODE DIZER QUE UMA LEI FISICA ESTA CORRETA
PODEMOS APENAS FALSEA-LA.
Ou seja ateh q se prove o contrario a lei eh tida como verdadeira.
Se ela for FALSEADA entao ela se mostrara falsa.
ISSO EH TENTATIVA E ERRO E A CIENCIA AVANCA APENAS ASSIM.

>
> > No e-mail que postei hoje eu mostro que este principio da
> > universabilidade
> > PODE SER DEDUZIDO isto eh : Eh uma CONSEQUENCIA da navalha de ocam.
>
> > Ver o email : <navalha na carne>
>
> Pois é uma conseqüencia inconsistente, a retratar uma dedução efetuada
> por
> um indutivista.
>

Acho q vc nao entendeu ou nega minha demonstracao de MA FE.
Enquanto vc nao mostrar onde minha demonstracao esta errada
ela permanece verdadeira.
Rotular o criador da demonstracao de indutivista e usar apenas este
argumento ofensivo
para negar sua demonstracao eh sinal de pouca ciencia e pouca logica.

> ... Deixe a sua religião de lado ou, pelo menos, passe
> a respeitar, senão as outras religiões, pelo menos os seus semelhantes
> que
> as professam. Milhões de brasileiros acreditam em baboselas. Pois
> vamos
> respeitá-los.

O que significa respeitar para voce?
Se uma pessoa passa a dizer por exemplo que "ciencia nao existe e eh
coisa do demonio"
o que significa respeitar essa opiniao ??
Por acaso vc nao pode colocar a sua opiniao e dizer o contrario ?
E tentar provar o contrario ??
Quando os pregadores tentam te convencer pela TV ou nao de seu Deus eles

estao te respeitando?
Quando eu Nego Deus e tento provar sua inexistencia eu estou deixando de

respeitar alguem ??
Faca-me o favor.


> E vamos fazer alguma coisa para que o governo dê uma educação
> decente a esses pobres coitados que jamais tiveram a chance de
> conhecer
> Hume ou Occam, mas que conhecem efetivamente um Deus que lhes dá muito
> mais
> do que qualquer pragmático jamais lhes ofereceu.
>

O q este Deus lhes da eh a *PASSIVIDADE* para nao lutar contra os males
que os
afligem. Vc eh a favor de dar o "OPIO" ao povo como uma forma de
mante-los
passivos e inofensivos????


>
> > JOCAX :
> > Veja em :
> > http://www.egroups.com/message/ciencialist/2077?&start=2050
>
> Lerei, assim que providenciar a cerveja que, por ora, está em falta.
> :-)
>
> > Não! A solução sempre existiu, apenas não era
> > conhecida. Aliás, se pensarmos no teorema de fermat
> >
> > JOCAX :
> > Como saber se existe ou nao uma solucao se ainda nao se provou que
> nao
> > existe a solucao ou se ainda nao se encontrou a solucao?
> > Antes de descobrirem a solucao para o teorema de fermat (
> demonstrando q
> > era verdadeiro ou falso ) Eu te pergunto : O Problema nao existia ou
>
> > existia ou estava no limbo?
>
> Do ponto de vista prático, a solução já existia, com uma possibilidade
> de
> acerto maior do que aquele estimado ao dizer que o Sol irá nascer
> amanhã.

Vc NAO poderia dizer que a solucao ja existia se ninguem tinha provado
q ela
nao existia ou provado sua existencia.
Atualmente existe varios "problemas" matematicos ainda nao solucionados
em que ha premios milionarios para quem os resolver. Eles sao ou nao
problemas?

> Reafirmo então: Não há como
> comprovar a inexistência de Deus e portanto você está perdendo tempo
> em
> procurar por uma solução que não existe.

Dependendo das propriedades q vc atribui a Deus vc pode provar SIM que
ele nao existe.
Foi o q Hume fez e foi a ogica q utilizei nos "dialogos"



> A rigor, você está chamando Deus de
> Occam e, ao contrário do Hume que utiliza em suas argumentações,
> comportando-se como um crente ingênuo.
>

Ridiculo, sem comentarios.


>
> pois não havia pensado em sua religiosidade a respeito de Occam. A
> partir de
> agora respeitarei o seu Occam assim como respeito os Deuses de todos
> os
> meus semelhantes.
>

Parece-me q vc esta deixando argumentacoes logico-cientificas para
entrar
no lado "bate-boca" emocional.
Ocam nao eh deus eh um principio logico-filosofico, respeitar ou nao,
nao tem nada
a ver com um debate cientifico. O q significa respeitar ? Que vc NAO
pode atgumentar
contra a opiniao de seu oponente??????

> ..Lute então
> contra a vigarice e contra as manobras destinadas a manter a população
> na
> miséria, ....

A VIGARICE EH EXATAMENTE ESSA : manter um povo religioso e CREDULO.
Esta eh a manobra mais sutil e eficaz para este intento.
De modo que se remover Deus do povo ele fatalmente ira lutar por
melhores condicoes
de SUA UNICA VIDA.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: jocax (um graviton para cada foton)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/06/2000 08:44



msbn@daterranet.com.br wrote:

> A RESPOSTA É QUE A ENERGIA TOTAL DO UNIVERSO É EXATAMENTE ZERO. A
> matéria no universo se forma de ENERGIA POSITIVA. Entretanto, toda a
> matéria se atrai pela gravidade. Duas porções de matéria próximas uma
> da outra têm menos energia do que duas porções iguais da mesma matéria
> afastadas entre si, porque despendem energia para se separarem contra
> a força da gravidade que as está empurrando uma para a outra. ASSIM,
> NUM CERTO SENTIDO, O CAMPO GRAVITACIONAL TEM ENERGIA NEGATIVA. No caso
> de um universo que seja razoavelmente uniforme no espaço, pode-se
> demonstrar que sua energia gravitacional negativa anula completamente
> a energia positiva representada pela matéria. PORTANTO, A ENERGIA
> TOTAL DO UNIVERSO É ZERO."
>
> JOCAX:
> Quem sou eu para discordar do Hawking....
> CONTUDO, gostaria de saber como eh feita esta demonstracao pois
> nao me parece q a energia gravitacional negativa seja suficiente para
> contrabalancar
> a enorme energia condensada na materia ( E=mc2 ).
>
>
> Carlos -Mas, de qqr modo, surgiu-me uma experiencia :
> Considere 2 corpos : Um de materia e outro de anti-materia. Ambos tem
> massa e portanto campo gravitacional . Ao entrarem em contacto a
> materia se transformara em energia eletromagnetica e o campo
> gravitacional desaparecera. A energia liberada eh dada pela famosa
> equacao : E=mc2 Pergunta : Onde foi parar a energia negativa devido
> ao campo de gravidade dos corpos ?
>
> Manuel - Errado, Carlos, errado.
>
> Para cada mísero fóton sempre haverá um ridículo gráviton (gráviton =
> quantum de energia negativa, isto é, gravitação)
>
> JOCAX:
> Vc esta me dizendo que a energia de um foton eh exatemente a mesma
> com sinal contrario aa de um graviton ? Isso ja foi demnsotrado?
> .
>
>
>
>
> Carlos - Eu acredito que HUME ja provou que Deus nao existe e eu usei
> esta ideia para discutir isto nos "Dialogos sobre a (in)existencia
> divina" que eu postei aqui. Para mim esta bem provado a sua
> inexistencia.
>
> Manuel - Sabe aquele bispo da Igreja Universal do Reino de Deus que
> chutou a estátua da Virgem Maria? Você, com seu ateísmo religioso,
> lembra-me ele. Chuta uma divindade em nome de outra, a Ciência ou a
> Razão. No seu caso, o deus que está a negar nem sequer é o deus dos
> teólogos, mas o da massa ignorante (muito fácil negá-lo).
>
> JOCAX:
> E qual eh o Deus dos teólogos entao?? ADORO NEGAR DEUSES !! :-))
> ( Vou afiar bem minha navalha para Ele hehehhe :)
>

[]s
jocax



SUBJECT: Ciência e Filosofia
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/06/2000 10:18

Olá,
 
Alberto <<A ciência, como a política, tem muitos donos. Poucos são realmente cientistas e/ou políticos de fato. E dentre os que são, o número de ingênuos é enorme, a se preocupar com baboselas como a navalha de Occam, a existência de Deus, etc.>>
 
Manuel - Alberto, gosto dos seus textos, e estou começando a ter bastante consideração por você. Mas acho que você exagera um pouco em suas manifestações anti-metafísicas. O que não pode ser refutado pela experiência não tem importância, de sorte que conversar sobre questões metafísicas (diga-se, filosóficas) é falar abobrinhas, coisas para mesa de bar.
 
Questões tais como o sentido (ou falta de sentido) da existência, a existência ou não de uma razão por que existe algo ao invés do pôrra nenhuma, etc. não são questões apenas interessantes, como uma boa piada: são, também, questões intrigantes e atormentadoras, inclusive para sérios, respeitáveis e carrancudos cientistas titulares das melhores cátedras universitárias do hemisfério norte do Planeta..
 
Claro que essa lista é de ciência, e não de filosofia. Mas, assim como nas listas de filosofia escreve-se muito sobre ciência (eu, como candidato a filósofo, escrevo demais sobre ciência, pois tento basear minha filosofia em conceitos científicos), nada impede que, nesta lista científica, fale-se de filosofia, e não só de filosofia da ciência ou epistemologia, mas também de ontologia, que você chama de metafísica.
 
Pois é no campo da "Metafísica" (ou da religião) que os homens buscam uma razão para viver -- sim, o homem é o único animal que não vive por puro instinto --. De modo que um cientista não se preocupar (isto é, não se ocupar "seriamente") com essas "baboselas" é temerário. Pois pode se transformar facilmente num passivo, fiel e feliz funcionário de um Estado beligerante que também não se preocupa com essas "baboselas", e que se vale da ciência não como força produtiva, mas como meio de produzir a tecnologia da morte.
 
Um abraço,
Manuel Bulcão
 
 

SUBJECT: Problemas e dicas (administrativa)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/06/2000 10:37


Sobre os problemas:

O Egroups estah enfrentando alguns problemas devido a precessos de
reestruturacao para a venda ao Yahoo. Nao sei em que peh andam as
negociacoes entre os grupos. Tambem nao sei se jah estao adaptando o
sistema para integracao com o Yahoo. Quando eu receber alguma notificacao
do Egroups referente a mudancas no sistema , eu repasso para a lista. A
proposito, vcs receberam a mensagem sobre a uniao Egroups/Yahoo que eu
repassei para a lista?

Alguns integrantes da lista estao com problemas de contato com o
Egroups. Normalmente estes problemas sao devido a pessoas que abandonaram
a conta de e-mail ou contas que apresentam problemas temporarios. Neste
segundo caso, normalmente eu consigo resolver o problema solicitando a
reativacao da conta no Egroups, mas isto pode demorar de 12 a 36 horas,
dependendo do tempo que eu disponho para administrar a lista.

---
Algumas dicas:

- NAO utilize acentuacao no campo Subject. O e-mail pode conter
acentuacao normal, mas no Subject (Assunto) isso deve ser evitado.

- EVITE e-mails em HTML.

- no mail de resposta, APAGUE tudo aquilo que nao eh relevante para o
entendimento do seu comentario.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist - observando a
confusao Yahoo/Egroups.




SUBJECT: Ciência ópio do povo
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/06/2000 11:07

Olá,

O João Carlos referiu-se, em uma de suas mensagens, à religião como ópio do
povo, uma expressão de Marx, se não me engano.

Aí eu me lembrei do Estado Soviético e outros do Leste Europeu, Estados
Ateus confessos e que professavam o socialismo "científico".

Esses Estados "Ateus", como todo mundo sabe, eram dominados por castas
"sacerdotais", organizadas em partidos comunistas, os quais professavam uma
ideologia escatológica e milenarista muito semelhante ao pior catolicismo.

Diziam-se materialistas, mas a Matéria, segundo eles, movimentava-se
"necessariamente", malgrado alguns ocasionais recuos, do mais simples ao
mais complexo até culminar no Homem integral do Comunismo, o verdadeiro
"Reino da Liberdade". Ou seja, as leis que regem a matéria são teleológicas,
isto é, visam a um propósito moral: a Liberdade.

Para esses "ateus" amantes da ciência e inimigos do obscurantismo religioso
(eheheh!) o verdadeiro sujeito da História não são os homens, mas as leis
que a presidem, tão férreas e "naturais" quanto a lei da inércia, da
gravitação, etc. (Qualquer semelhança entre a Lei e Deus não é mera
coincidência.) À casta sacerdotal dos comunistas de carteirinha cabia a
tarefa de salvaguardar essas "Leis", protege-las dos loucos e ignorantes, da
mesma forma que o clero católico zela pela palavra de Deus e a protege dos
ímpios e hereges.

Como, para esses homens de ciência, a liberdade é o conhecimento da
necessidade (isto é, das Leis Objetivas que regem o movimento material e o
social), aqueles que não a conhecem -- a massa ignara e os "loucos"
dissidentes -- não são livres, isto é, são por definição escravos. Logo, não
há problema nenhum em trancafiá-los em campos de concentração ou hospícios
ou fazê-los trabalhar na marra, debaixo do acicate.

Como se vê, a ciência pode também se transformar em religião-ópio-do-povo,
isto é, em instrumento de dominação e de legitimação de um status quo
injusto.

É preciso ter muito cuidado com o ateísmo intolerante. Estado Laico não tem
que ser ateu: tem que ser agnóstico.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Energia positiva e negativa
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/06/2000 13:18

Olá, João Carlos,
 
Segue outro texto:
 
"Para aqueles a quem a idéia de algo provir do nada causa desconforto existe uma forma alternativa de abordar a criação da energia pelo universo em expansão. Uma vez que as forças gravitacionais são habitualmente atrativas, é necessário realizar trabalho para afastar os corpos uns dos outros. Logo, a energia gravitacional de um sistema de corpos é negativa; se juntarmos mais corpos ao sistema, liberta-se energia, enquanto a energia do sistema se torna mais negativa, de modo a conservar a energia total. No contexto do universo inflacionário, a energia gravitacional negativa da matéria recém-criada compensaria o calor e a matéria criados, conservando nula a energia total do universo -- isto é, não se teria dado afinal a criação de qualquer energia!" (Paul Davies; Superforça: Em Busca de Uma Teoria Unificada da Natureza; Gradiva; 1988; pág. 286)
 
M.B.

SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência ópio do povo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/06/2000 16:55



msbn@daterranet.com.br wrote:

> Olá,
>
> O João Carlos referiu-se, em uma de suas mensagens, à religião como
> ópio do
> povo, uma expressão de Marx, se não me engano.
>

Acho que a feliz frase eh dele mesmo :)


>
> Aí eu me lembrei do Estado Soviético e outros do Leste Europeu,
> Estados
> Ateus confessos e que professavam o socialismo "científico".

Devemos lembrar que a adocao oficial de uma religiao NAO IMPLICA que
seu povo ira segui-la. Principalmente pq a cultura religiosa vem de
milenios
e muitas vezes passa de pai para filho.

>
>
> Esses Estados "Ateus", como todo mundo sabe, eram dominados por castas
>
> "sacerdotais", organizadas em partidos comunistas, os quais
> professavam uma
> ideologia escatológica e milenarista muito semelhante ao pior
> catolicismo.
>

Devemos lembrar tambem que a politica de repressao adotada nao tem nada
a ver
com o ateismo e sim com a manutencao do poder. Quero dizer que o ateismo

nao implica em repressao de nenhuma especie , implica APENAS que nao se
acredita em Deus. Dizer q a adocao do ateismo pelos paises do leste
europeu
causou a represao politica e cerceamento das liberdades la, SERIA O
MESMO
QUE DIZER QUE A CIENCIA JOGOU A BOMBA EM HIROSHIMA.


> Diziam-se materialistas, mas a Matéria, segundo eles, movimentava-se
> "necessariamente", malgrado alguns ocasionais recuos, do mais simples
> ao
> mais complexo até culminar no Homem integral do Comunismo, o
> verdadeiro
> "Reino da Liberdade". Ou seja, as leis que regem a matéria são
> teleológicas,
> isto é, visam a um propósito moral: a Liberdade.
>

Acredito que um verdadeiro CETICO nao acreditaria em nenhum tipo de
teleologia
deste tipo. Outra vez : ser ateu nao implica em ser teleologico.


>
> Para esses "ateus" amantes da ciência e inimigos do obscurantismo
> religioso
> (eheheh!) o verdadeiro sujeito da História não são os homens, mas as
> leis
> que a presidem, tão férreas e "naturais" quanto a lei da inércia, da
> gravitação, etc. (Qualquer semelhança entre a Lei e Deus não é mera
> coincidência.) À casta sacerdotal dos comunistas de carteirinha cabia
> a
> tarefa de salvaguardar essas "Leis", protege-las dos loucos e
> ignorantes, da
> mesma forma que o clero católico zela pela palavra de Deus e a protege
> dos
> ímpios e hereges.
>

Parece-me que vc quer colocar todos os problemas do Estado Comunista
numa unica vitima : a adocao do ateismo pelo estado. Devo lembrar que
um estado eh composto de mmmmuuuuiiittooooo mais leis do que a que
estabelece
apenas qual sera a religiao oficial.

> Como, para esses homens de ciência, a liberdade é o conhecimento da
> necessidade (isto é, das Leis Objetivas que regem o movimento material
> e o
> social), aqueles que não a conhecem -- a massa ignara e os "loucos"
> dissidentes -- não são livres, isto é, são por definição escravos.

Novamento repudio esta ligacao do ateismo aa escravidao.
Nao ha NENHUMA relacao de causa e efeito entre o ateismo e a
escravidao.

> Logo, não
> há problema nenhum em trancafiá-los em campos de concentração ou
> hospícios
> ou fazê-los trabalhar na marra, debaixo do acicate.
>
> Como se vê, a ciência pode também se transformar em
> religião-ópio-do-povo,
> isto é, em instrumento de dominação e de legitimação de um status quo
> injusto.
>

Tudo pode se transformar em objeto de dominacao desde que vc tenha o
poder para
isso Por exemplo De agora em diante os corinthianos serao escravos pois
ser
corinthiano eh ser inferior. Esta revogado todas as disposicoes em
contrario.
Pronto, basta vc ter o controle politico das instituicoes policiais e
militares
que vc consegue subjugar o povo.


>
> É preciso ter muito cuidado com o ateísmo intolerante. Estado Laico
> não tem
> que ser ateu: tem que ser agnóstico.
>

O fato de eu estar defendendo meu ponto de vista nao significa que eu
seja intolerante
com pessoas crentes. Por que vc acha isso?

Acho que Estado nao tem que ser laico nem deslaico :) deve apenas
deixar cada um escolher o credo que quiser alem de disponibilizar
INFORMACOES aas pessoas para que facam suas escolhas
com algum conhecimento.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e Filosofia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/06/2000 16:56

-----Mensagem Original-----
De: msbn
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: Sexta-feira, 30 de Junho de 2000 10:18
Assunto: [ciencialist] Ciência e Filosofia

> Alberto, gosto dos seus textos, e estou começando a ter bastante
> consideração por você. Mas acho que você exagera um pouco em suas
> manifestações anti-metafísicas. O que não pode ser refutado pela
> experiência não tem importância, de sorte que conversar sobre questões
> metafísicas (diga-se, filosóficas) é falar abobrinhas, coisas para mesa de
> bar.

Talvez tenha dado essa impressão, mas isso não reflete o que penso a
respeito da metafísica. Gosto de impor um certo estilo dialético no que
escrevo (influência popperiana) e sob esse aspecto as vezes passo a idéia de
desvalorizar exatamente o que mais valorizo. Por outro lado, tenho lido
bastante sobre Kant nos tempos atuais (estou repondo algo que me faltava,
pois por ser um newtoniano de carteirinha, parecia-me um absurdo não
conhecer Kant). Pois Kant também aparenta desvalorizar a metafísica em sua
Crítica da Razão Pura. Na realidade, parece-me que ele quer colocar a
metafísica em seu devido lugar, pois ela chega a ser mal valorizada
justamente por ter sido mal interpretada. É possível que minhas últimas
mensagens tenham refletido aspectos de minha má leitura de Kant, pois como
não sou filósofo, não consigo captar tudo o que ele realmente pretendeu
passar e, com efeito, não é uma leitura fácil.

> Claro que essa lista é de ciência, e não de filosofia. Mas, assim como nas
> listas de filosofia escreve-se muito sobre ciência (eu, como candidato a
> filósofo, escrevo demais sobre ciência, pois tento basear minha filosofia
> em conceitos científicos), nada impede que, nesta lista científica,
> fale-se de filosofia, e não só de filosofia da ciência ou epistemologia,
> mas também de ontologia, que você chama de metafísica.

Concordo contigo e folgo em saber que existe pelo menos um filósofo entre
nós. Porém não posso responder pelos outros. Por outro lado, ainda que não
seja contra a discussão de temas puramente filosóficos num grupo de ciência,
observo que a maioria dos cientistas não conhecem bem as linhas de
demarcação entre ciência e filosofia e outros ramos do saber. Isso acaba
trazendo problemas pois eles acabam pretendendo explicar tudo pela ciência
sem se darem conta do terreno em que estão pisando, e em decorrência assumem
alhos por bugalhos. Não sou filósofo mas gosto muito de penetrar na terra de
ninguém, ou seja, no que chamam fronteiras do conhecimento, ainda que
costume dizer que o conhecimento não tem fronteiras, pelo menos não no
sentido alfandegário do termo, se bem que tenhamos que pagar um certo preço
para discutirmos algo que não conhecemos com alguém que conhece, mas isso é
próprio à dialética.

> Pois é no campo da "Metafísica" (ou da religião) que os homens buscam uma
> razão para viver -- sim, o homem é o único animal que não vive por puro
> instinto --. De modo que um cientista não se preocupar (isto é, não se
> ocupar "seriamente") com essas "baboselas" é temerário. Pois pode se
> transformar facilmente num passivo, fiel e feliz funcionário de um Estado
> beligerante que também não se preocupa com essas "baboselas", e que se
> vale da ciência não como força produtiva, mas como meio de produzir a
> tecnologia da morte.

Interprete as minhas "baboselas" e/ou "copos de cerveja" sob o ponto de
vista dialético. Na realidade, é um artifício que uso no sentido de
despertar a atenção para coisas que considero sérias mas que a maioria
parece não valorizar o suficiente, talvez por estar contaminada pelo
cientificismo. Trata-se de uma aplicação sutil do princípio oriental da
não-ação, cujo exemplo típico diz: "quem nada contra a correnteza morre
afogado". Não me parece ser uma enganação, pois deixo o leitor frente a
sensações de espanto, como que convidando-o a reflexão. E o verdadeiro
aprendizado é aquele que vem de dentro de nós e não de fora. O que vem de
fora são informações, cabendo a cada um perceber quais seriam ou não
baboselas, independentemente do sentido com que elas chegaram até nós.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Energia positiva e negativa
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/06/2000 17:09



msbn@daterranet.com.br wrote:

> Olá, João Carlos, Segue outro texto:
>
> JOCAX:
> Obrigado , textos cientificos sao sempre interessantes.
>
> "Para aqueles a quem a idéia de algo provir do nada causa
> desconforto existe uma forma alternativa de abordar a criação da
> energia pelo universo em expansão.
>
> JOCAX:
> Estava pensando e achei interessante achar que o NADA seria + simples
> do que alguma coisa. Essa ideia de achar qu o Nada eh + provavel que
> algo
> REVELA o quanto a navalha de ocam esta embutida em nossos pensamentos
> mais
> primitivos.
>
>
> Uma vez que as forças gravitacionais são habitualmente atrativas, é
> necessário realizar trabalho para afastar os corpos uns dos outros.
> Logo, a energia gravitacional de um sistema de corpos é negativa; se
> juntarmos mais corpos ao sistema, liberta-se energia, enquanto a
> energia do sistema se torna mais negativa, de modo a conservar a
> energia total.
>
>
> JOCAX:
> Mas note bem que se vc entrar com a formula da energia embutida na
> materia ( E=mc2 )
> me parece que a energia gravitacional negativa nao representa uma
> quantidade comparavel
> e que possa fazer frente a isso. Bom mas como o Hawking falou ele deve
> ter suas razoes....
>
>
> No contexto do universo inflacionário, a energia gravitacional
> negativa da matéria recém-criada compensaria o calor e a matéria
> criados, conservando nula a energia total do universo -- isto é, não
> se teria dado afinal a criação de qualquer energia!" (Paul Davies;
> Superforça: Em Busca de Uma Teoria Unificada da Natureza; Gradiva;
> 1988; pág. 286)
> Eu naosei se eles fizeram realmente estes calculos sobre a energia
> total do universo
> mas tenho razoes para crer que NAO: As leis de nossa fisica atual NAO
> se aplicam
> ao momento do Big-Bang para dizermos se a energia do universo era zero
> mesmo.
>
> A CONVICCAO de um universo inicial com energia zero esta me parecendo
> um
> aferroado e EMOCIONAL apego aa FAMIGERADA navalha de ocam !!! :-)))))

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e Universo...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/06/2000 17:14

Joao Carlos Holland de Barcellos escreveu

> Eu nao sou um indutivista !
> Eu como todo os cientistas usam todas as suas formas de percepcao e
> intuicao para buscar principios gerais ( leis ) que expliquem o
> comportamento da natureza. O metodo indutivo assim como a intuicao ou
> qualquer outra forma de percepcao eh apenas o comeco da cricao de leis
> ou principios ) que poderao ou nao ser verdadeiras. A partir da criacao
> destas leis, utilizando-se o metodo indutivo OU NAO, poder-se-a
> utilizar-se do metodo dedutivo para falsea-las atraves das consequencias
> inferidas a partir destas leis. Grosso modo:
> ( Indutivismo /Intuicao ) --> Occam ou bao --> Leis --> Dedutivismo -->
> novas leis / consequencias --> Falseabilidade ou nao .

Você começa dizendo que não é indutivista e a seguir, pelo que entendi,
expõe sua maneira de encarar a ciência. Neste momento, creio que com alguns
pequenos erros (por ex., onde você usa a palavra método eu usaria
argumento), descreve exatamente o comportamento do indutivista. A diferença
fundamental, porém não a única, entre o argumento indutivista e o
dedutivista é que o primeiro chega a leis sem hipóteses e o segundo "deduz
hipóteses" antes de chegar a leis. Para o dedutivista, a "dedução de
hipóteses" precede a "indução de leis particulares" seguindo-se ou não a
"síntese de leis universais". O indutivista aceita leis universais "a
priori" e "induz" o que chama de leis particulares, acreditando ser esta a
via correta para a corroboração do que aceitou "a priori". A partir daí
"deduz" o que você chamou "novas leis / conseqüências" e acredito que seja o
que os livros chamam de previsões da teoria". O dedutivista aceita um
pequeníssimo número de "princípios universais" (ou seja, este é o único
apriorismo do dedutivista). Para o indutivista não há diferença entre leis
universais e princípios, pois as primeiras são aceitas "a priori", ou seja,
são "universais necessários".

> Ou seja NAO IMPORTA de onde vc "acha" as leis se utiulizando
> ocam+inditivismo

Exatamente: O indutivista "acha" as leis vagando pelo espaço (e creio,
talvez que seja aí onde precisa do "ocamnismo" ou algo equivalente) enquanto
o dedutivista "procura" por hipóteses (seguindo a razão, que utiliza após a
intuição -- a intuição, por si só, não comporta outros ismos que não o
intuitivismo, pois é um procedimento irracional) a levá-lo às leis, expondo
suas idéias à experimentação.

> ou por simples intuicao ou jogando buzios. O q importa eh q estas leis
> possam ser testadas (falseabilizadas) por algum experimento
> (verificadas).

O indutivista não falseia leis pois, como você disse acertadamente acima,
ele "cria leis utilizando o 'argumento' indutivo". Esse criar leis, para o
caso de leis universais, é equivalente a aceitá-las "a priori" e o que se
aceita "a priori" não comporta falseamento. O indutivista acredita estar
"corroborando" o que aceita "a priori" e falseia apenas as previsões. Como
existe um certo antagonismo complementar entre falseamento e corroboração,
entende-se a confusão entre os termos. Não se falseia o que se aceita "a
priori". Por exemplo, você aceita "a priori" que Deus não existe e ao
procurá-lo e não encontrá-lo estará corroborando a sua lei (não se trata de
uma hipótese, pois o verdadeiro indutivista não faz hipóteses). Já o
dedutivista ingênuo construiria uma hipótese a respeito da existência de
Deus e tentaria falseá-la. Digo ingênuo pois não se faz hipóteses sobre o
que não interage com o que existe (a ciência estuda fenômenos e/ou fatos e
não o absoluto -- isto é objeto da metafísica pura) e se existe alguma
interação entre o homem e Deus essa interação não é de natureza a obedecer
os princípios que o dedutivista utiliza (pelo menos é o que se constata).

> Nao disse que sou indutivista mas nao vejo nenhuma razao para nao
> utiliza-lo.

Uma coisa é utilizar a indução (um dos tipos de operação mental que parte do
particular para o geral -- o outro tipo seria a síntese), outra coisa é ser
indutivista (induzir leis a partir da observação pura e simples).

> Se vc pensar bem vera que a maioria das leis da mecanica foram feitas
> por indutivismos.

Isso é conversa de quem leu Newton e não entendeu. Quando Newton diz que não
fazia hipóteses entenda-se o conceito de hipótese como aquele aceito no
século correspondente (XVII). O que Newton quis dizer é que não fazia
conjecturas infundadas. O termo hipótese ganhou o significado atual através
dos estatísticos, percebendo-se então uma enorme analogia entre o conceito
de hipótese estatística e o que Newton chamava por princípios (uma
nomenclatura sem dúvida inadequada no contexto atual, mas significando que a
sua teoria "principiava" por aí, e daí o nome Principia a sua obra). Newton
é um dos precursores do método dedutivo e nota-se também esta tendência em
Galileu. A ciência moderna começou quando o método dedutivo foi
redescoberto. O método indutivo na mecânica primitiva existe única e
exclusivamente na cabeça dos filósofos indutivistas da época de Newton e
que, de posse de uma nova sistemática do conhecimento, enxergaram o que
estava nascendo pela metade, o que é muito natural em tais circunstâncias.

> Isto eh , a experiencia e a observacao + ocam levaram aa generalizacao
> do comportamento isto eh aas leis. Como disse o metodo indutivo NAO faz
> parte da ciencia eh apenas uma forma de se tentar chegar aa resultados
> leis ) .

Se você tinha dúvidas sobre se era ou não indutivista, pode sossegadamente
assumir: Você certamente é um indutivista.

> > Só não faça medicina, pois eu
> > jamais iria me consultar com um médico a adotar, como norma primária e
> > essencial, o método da tentativa e erro em seus pacientes.
> Parece q vc esta negando que TODA a ciencia eh feita por este metodo e
> esta em sua **essência** :
> NUNCA SE PODE DIZER QUE UMA LEI FISICA ESTA CORRETA
> PODEMOS APENAS FALSEA-LA.
> Ou seja ateh q se prove o contrario a lei eh tida como verdadeira.
> Se ela for FALSEADA entao ela se mostrara falsa.
> ISSO EH TENTATIVA E ERRO E A CIENCIA AVANCA APENAS ASSIM.

Pois então, quando você tiver uma dor de cabeça (espero que não tenha) abra
seu armário de remédios e comece a ingerir aleatoriamente um por vez até a
dor de cabeça passar. Sua ciência, a meu ver, é por demais primitiva.
Existem meios mais racionais de se fazer ciência; e conhecer o método
científico seria um bom começo.

> Acho q vc nao entendeu ou nega minha demonstracao de MA FE.
> Enquanto vc nao mostrar onde minha demonstracao esta errada
> ela permanece verdadeira.

Pois eu já disse e você já corroborou a minha interpretação. E a cada frase,
incluindo essa última, continua corroborando. Você é um indutivista não
confesso e utiliza apenas a metade da ciência que lhe interessa. Quanto a má
fé, vou deixar barato e atribuí-la a sua cegueira.

> Rotular o criador da demonstracao de indutivista e usar apenas este
> argumento ofensivo
> para negar sua demonstracao eh sinal de pouca ciencia e pouca logica.

Quando eu digo que o indutivista enxerga a ciência pela metade, é possível
que esteja, de certa forma, e sem procurar levar as coisas para o terreno
pessoal, "ofendendo" os indutivistas. Porém quando você diz que chamar
alguém de indutivista seria utilizar um argumento ofensivo, parece-me que é
você quem está realmente ofendendo a todos os indutivistas e, até mesmo, se
auto-ofendendo. Hume deve estar se corroendo em seu túmulo!

> O que significa respeitar para voce?
> Se uma pessoa passa a dizer por exemplo que "ciencia nao existe e eh
> coisa do demonio"

"Deixa que digam, que pensem, que falem, deixa isso prá lá, vem prá cá, o
que é que tem?..." Não! Não vem não! :-).

Eu acho que você está valorizando demais a opinião do leigo. Entendo que
isso às vezes chateia mas... e daí? Certa vez, para tirar o sarro desses
idiotas, fiz uma "teoria" segundo a qual o anticristo principal era Newton e
todos os cientistas seriam anticristos secundários, inclusive eu!!! Perceba
que as grandes idéias de Newton ele teve em 1666. Newton nasceu no dia de
Natal, em 25 de dezembro de 1642. Suas grandes idéias surgiram quando a
maçã, a árvore do fruto proibido, caiu em sua cabeça. A ciência moderna
começou aproximadamente em 1333, Newton teve suas idéias em 1666, e esta
fase estava prevista para terminar em 1999. Ora, de 1333 a 1999 decorrem 666
anos, o número da fera apocaliptica e o tempo que o demônio iria imperar
sobre a face da Terra e que também é 1/3 de 1000, o tempo em que o
cristianismo, uma vez oficializado (Concílio de Trento, aproximadamente 333
dC), iria durar sem conflitos (o cristianismo começou a se dividir em várias
crenças ou seitas a partir da idade média, algo próximo a 1333). Dizem ainda
alguns tratados de história da ciência que a idade média corresponde
aproximadamente aos "1000 anos em que a ciência parou". E por aí vai. A
partir dessa "teoria" fiz um romance e o publiquei (chama-se Chamberland e o
Paraíso Perdido). Só não foi um sucesso, modéstia a parte, porque não
consegui atingir a mídia. Porém todos que o leram, inclusive os idiotas a
que me referi (acho que não entenderam a brincadeira), gostaram do romance.
Ou seja, assumindo a posição de um dos possíveis anticristos, desmistifiquei
o conceito, mostrando que a coisa não é bem pelo lado que eles acreditam. Ou
seja, eles acham que o anticristo é Hitler e de repente mostro que podem ser
homens bons como Einstein, Newton, Bohr, e tantos outros que somente têm
trazido coisas boas para os seus semelhantes.

Bem, isso foi apenas para descontrair. Voltemos ao contra-ataque. :-)

> o que significa respeitar essa opiniao ??
> Por acaso vc nao pode colocar a sua opiniao e dizer o contrario ?
> E tentar provar o contrario ??
> Quando os pregadores tentam te convencer pela TV ou nao de seu Deus eles
> estao te respeitando?

Eu não vou dizer que todos os pregadores são vigaristas pois estaria
ofendendo pessoas humildes que os seguem. Não obstante, você sabe que
existem vigaristas entre os pregadores e provavelmente eles te tiram do
sério o que, não nego, acontece também comigo. Não tendo o poder da mídia, a
denunciar estes vigaristas, resta-me ofender os humildes que os seguem, mas
isso eu me recuso a fazer. Do contrário eu estaria assumindo a função de um
pastor. Ou seja, estaria criando uma religião "minha", na qual eu acredito,
e estaria tentando evangelizar a população para que me seguisse. Por
incrível que pareça, muitas religiões, entre essas que você critica,
começaram assim. Vou citar um exemplo oriental, pois está bem afastado de
nós e com isso não corro o risco de ofender a ninguém. O taoismo é uma
religião oriental que tem por origem os pensamentos de um dos maiores
filósofos da antigüidade oriental, Lao-Tse. A obra de Lao-Tse é fantástica e
ele jamais pensou em criar religião alguma. Seus seguidores, que não
entenderam nada do que ele propôs, criaram uma religião cuja lógica é
totalmente contrária às idéias filosóficas centrais do "taoismo" de Lao-Tse.
Quase todas as religiões começaram assim e parece-me que você está tentando
criar outra nos mesmos moldes. Entre os seus seguidores virão a existir
pastores que serão tão vigaristas quanto aqueles que hoje você critica.

Não se rebele contra a religião. Rebele-se contra a ignorância e contra a
política a manter os humildes na ignorância. Lute contra o governo para que
ele dê educação ao povo e deixe que cada um perceba o que lhe convém. Esse é
outro ensinamento de Kant: o povo precisa atingir a maioridade. Assim como o
cientista deve ser maior de idade, e rebelar-se contra a pretensa avaliação
pelos pares, própria à absurda filosofia científico-histórica de Thomas
Khun, o povo também deve ser maior de idade. Caso contrário, você fará com
que estas crianças deixem de seguir os possíveis vigaristas para seguirem o
"pastor Jocax". É isso o que você pretende? Certamente não.

> Quando eu Nego Deus e tento provar sua inexistência eu estou deixando de
> respeitar alguem ??

Não. Você apenas está propondo uma teoria teológica e assumindo-a como
científica. O desrespeito surge quando você tenta convencer os outros que
eles estão errados e que você é o único certo. A partir daí você passa a
adotar uma atitude evangelizadora, tentando impor aos demais a sua religião.

Ou seja, você se nivela àqueles que pretende criticar, e desrespeita os
inocentes seguidores daqueles que, na sua opinião, estariam a se aproveitar
da ingenuidade desses últimos.

> O q este Deus lhes da eh a *PASSIVIDADE* para nao lutar contra os males
> que os afligem. Vc eh a favor de dar o "OPIO" ao povo como uma forma de
> mante-los passivos e inofensivos????

Não. Você está confundindo vigaristas com seguidores de vigaristas. O povo
já está indefeso e sem condições de se rebelar. Existe, no entanto, uma
minoria de seres privilegiados e ainda pensantes, como nós. Não adianta dar
ópio para quem já o utiliza por não ter outra saída. Você está propondo
eliminar o ópio e não lhes dar nada em troca ou, quem sabe, dar-lhes a
"religião do Jocax". De nada adianta substituir um ópio por outro.

> Atualmente existe varios "problemas" matematicos ainda nao solucionados
> em que ha premios milionarios para quem os resolver. Eles sao ou nao
> problemas?

Depende. Se você pretender por exemplo conhecer o terceiro ângulo C de um
"triângulo" cujos ângulos A e B são respectivamente A = 100 graus e B = 120
graus, eu diria que não existe solução geométrica possível, pois definimos o
triângulo e os ângulos tais que sua soma não possa exceder 180 graus. É em
casos como esse que digo não haver problema quando não existe solução a
menos que modifiquemos as premissas básicas, criando uma nova geometria. Por
outro lado, a ciência estuda fatos e fenômenos. Fatos e fenômenos retratam
interações entre os objetos que nos cercam e com os quais conseguimos
interagir. Ainda que essa não seja a definição de ciência (não é fácil
definir ciência), trata-se de uma conceituação com a qual a comunidade
científica concorda amplamente. Logo, assim como com a geometria, posso
inferir que alguns questionamentos jamais poderão ser solucionados pela
ciência, pois não são em hipótese alguma estudados pela ciência aceita como
tal. Posso perfeitamente dizer que não se constituem problemas científicos
e, ao verificar que não existe solução científica para o questionamento,
concluir que não existe problema científico. Ou seja, você prova que Deus
não existe após ter "definido" a sua religião e que, em hipótese alguma,
retrata a ciência. Seguindo a lógica do Jocax, Deus não existe.
Cientificamente falando, o problema do Jocax não existe. E
"CIENCIALISTicamente" falando Deus existe e de vez em quando aparece por
aqui e nada mais é do que o Léo. :-). Pô, o Léo existe, sim!!! :-))

> > Reafirmo então: Não há como
> > comprovar a inexistência de Deus e portanto você está perdendo tempo
> > em procurar por uma solução que não existe.
> Dependendo das propriedades q vc atribui a Deus vc pode provar SIM que
> ele nao existe.
> Foi o q Hume fez e foi a ogica q utilizei nos "dialogos"

Muito estranho. Atribuir propriedades a algo que não existe. Como piada,
achei muito boa.
Propriedade = Qualidade de próprio.
Próprio = Verdadeiro, autêntico.
Teoria do Jocax (interpretada por mim): Aquilo que é verdadeiro, pois tem
propriedades, pode não existir.
Princípio do Jocax (enunciado por mim): O que é pode não ser, dependendo das
conveniências.
Estou começando a entender a sua religião.

> > A rigor, você está chamando Deus de
> > Occam e, ao contrário do Hume que utiliza em suas argumentações,
> > comportando-se como um crente ingênuo.

> Ridiculo, sem comentarios.

Assino embaixo. Ridículo e sem comentários.

> Parece-me q vc esta deixando argumentacoes logico-cientificas para
> entrar no lado "bate-boca" emocional.
> Ocam nao eh deus eh um principio logico-filosofico, respeitar ou nao,
> nao tem nada
> a ver com um debate cientifico. O q significa respeitar ? Que vc NAO
> pode atgumentar contra a opiniao de seu oponente??????

Pelo que entendi, até agora você não argumentou nada, apenas vem tentando
impor suas idéias, pouquíssimas por sinal e mal colocadas. E sequer quer
assumir que é o que defende ser: indutivista. Que argumento você utilizou
até agora? A história de Occam? Isso não é argumento, isso é história. Hume?
Você já leu Hume? Se sim exponha-nos a sua sabedoria, não conclusões
relativas à pré-história da ciência. Deixe o critério de autoridade de lado
(Hume, Occam, Deus ou seja lá quem for) e exponha argumentos realmente
sólidos e a justificarem sua posição. Até agora você simplesmente vem
defendendo a sua religião. Não espere que eu encontre argumentos científicos
para combater o que cientificamente não existe. Não posso ir contra um
oponente inexistente, pois do ponto de vista científico você até agora
inexistiu e do ponto de vista teológico ou filosófico (filosofia pura) eu já
disse não estar preparado para contra-argumentar.

> > ..Lute então
> > contra a vigarice e contra as manobras destinadas a manter a população
> > na miséria, ....
>
> A VIGARICE EH EXATAMENTE ESSA : manter um povo religioso e CREDULO.
> Esta eh a manobra mais sutil e eficaz para este intento.
> De modo que se remover Deus do povo ele fatalmente ira lutar por
> melhores condicoes de SUA UNICA VIDA.

Falou o pastor Jocax, o evangelista do terceiro milênio. :-)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência ópio do povo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/06/2000 17:19

-----Mensagem Original-----
De: msbn
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 30 de Junho de 2000 11:07
Assunto: [ciencialist] Ciência ópio do povo


> O João Carlos referiu-se, em uma de suas mensagens, à religião como ópio
> do povo, uma expressão de Marx, se não me engano.

Realmente. Aliás, Marx foi, sem dúvida alguma, um grande cientista social.
Não obstante, nos seus últimos anos de vida, percebeu, ao observar seus
seguidores, o quanto havia errado. Foi quando disse uma de suas máximas: "Eu
não sou um marxista". Isto porque percebeu, na época, que o marxismo havia
se transformado numa religião da conveniência. Ou seja, seus seguidores
estavam adotando exatamente a postura criticada em suas teorias. Hoje em dia
utiliza-se o termo "marxiano" para se referir aos que seguem o cientista
Marx, a diferenciar dos "marxistas" que seguem a religião criada pelos
seguidores de Marx.

Obs.: Conheço pouco a teoria de Marx e deste pouco não concordo com tudo.
Acho que ela privilegia o continente (sociedade) em detrimento do conteúdo
(indivíduo). Um socialismo que despreza o indivíduo soa-me como algo absurdo
e em suas conseqüencias não difere em nada do capitalismo selvagem. Não
obstante, percebo que ele realmente foi um cientista de valor, apesar de a
religião de seus seguidores ter representado um dos maiores atrasos de vida
pelos quais a humanidade já passou, mas não o considero culpado por isso. O
cientista é aquele que procura pela verdade, e foi isso exatamente o que ele
fez.

> Como se vê, a ciência pode também se transformar em religião-ópio-do-povo,
> isto é, em instrumento de dominação e de legitimação de um status quo
> injusto.

Não só pode como se transformou. E pior que isso: o cientificismo está nas
mãos de péssimos cientistas, se é que podemos considerá-los como cientistas.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm






SUBJECT: Cerveja ... o opio do povo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/06/2000 18:38
ATTACHMENTS (20000630-183807-0000925): "glassday (2).jpg"

"Vira" e mexe está aparecendo a citação do copo de cerveja durante as
elucubrações científicas. Eu próprio já passei por essa fase etílica
cervejal. Numa outra fase, para tentar contornar os efeitos, passei para uma
solução composta de C, H, O, P(dois átomos) e muitos S. Ainda assim não me
senti bem.
Nessas alturas decidi aderir ao método conhecido internacionalmente por sua
eficácia: GlassDay. Esse método aplica conceitos que levam a diminuir o
consumo da 'mardita' para, apenas, um copo por dia.
Numa das reuniões dessa pseudo-sociedade, aqui em minha cidade, fotografei
nosso 'guru'. Espero poder incentiva-los a fazer o mesmo.

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e Universo...
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/06/2000 18:55



Alberto Mesquita Filho wrote:

> Joao Carlos Holland de Barcellos escreveu
>
> > Eu nao sou um indutivista !
> > Eu como todo os cientistas usam todas as suas formas de percepcao e
> > intuicao para buscar principios gerais ( leis ) que expliquem o
> > comportamento da natureza. O metodo indutivo assim como a intuicao
> ou
> > qualquer outra forma de percepcao eh apenas o comeco da cricao de
> leis
> > ou principios ) que poderao ou nao ser verdadeiras. A partir da
> criacao
> > destas leis, utilizando-se o metodo indutivo OU NAO, poder-se-a
> > utilizar-se do metodo dedutivo para falsea-las atraves das
> consequencias
> > inferidas a partir destas leis. Grosso modo:
> > ( Indutivismo /Intuicao ) --> Occam ou bao --> Leis --> Dedutivismo
> -->
> > novas leis / consequencias --> Falseabilidade ou nao .
>
> Você começa dizendo que não é indutivista e a seguir, pelo que
> entendi,
> expõe sua maneira de encarar a ciência. Neste momento, creio que com
> alguns
> pequenos erros (por ex., onde você usa a palavra método eu usaria
> argumento), descreve exatamente o comportamento do indutivista. A
> diferença
> fundamental, porém não a única, entre o argumento indutivista e o
> dedutivista é que o primeiro chega a leis sem hipóteses e o segundo
> "deduz
> hipóteses" antes de chegar a leis. Para o dedutivista, a "dedução de
> hipóteses" precede a "indução de leis particulares" seguindo-se ou não
> a
> "síntese de leis universais".

Parece-me que vc gosta de rotulos e rotulacoes.
Nao consigo faze-lo entender , nao consigo.... :(
MAS VOU TENTAR MAIS UMA VEZ :))
O q eu quero dizer eh que para o metodo cientifico nao importa realmente
nem
de ONDE nem de COMO as leis foram obtidas. Isto significa que elas podem

ter sido sonhadas, imaginadas, chutadas , induzidas pela observacao
etc...
O importante eh que estas leis possam ser testadas e verificadas e desse
modo
poderao ser rejeitadas como falsas ou nao ( o que nao implica q sao
verdadeiras).
Assim nunca se pode dizer que uma lei eh verdadeira pois , em principio,

sempre podera haver um caso onde ela nao se aplica.

>
> > Ou seja NAO IMPORTA de onde vc "acha" as leis se utiulizando
> > ocam+inditivismo
>
> Exatamente: O indutivista "acha" as leis vagando pelo espaço (e creio,
>
> talvez que seja aí onde precisa do "ocamnismo" ou algo equivalente)
> enquanto
> o dedutivista "procura" por hipóteses (seguindo a razão, que utiliza
> após a
> intuição -- a intuição, por si só, não comporta outros ismos que não o
>
> intuitivismo, pois é um procedimento irracional) a levá-lo às leis,
> expondo
> suas idéias à experimentação.
>

Como ja disse , eh TOTALMENTE IRRELEVANTE o caminho para a obtencao das
leis, o importante sao as leis em si mesmas : Sua abrangencia, suas
implicacoes
e maneiras de testa-las.


>
> > ou por simples intuicao ou jogando buzios. O q importa eh q estas
> leis
> > possam ser testadas (falseabilizadas) por algum experimento
> > (verificadas).
>
> O indutivista não falseia leis pois, como você disse acertadamente
> acima,
> ele "cria leis utilizando o 'argumento' indutivo". Esse criar leis,
> para o
> caso de leis universais, é equivalente a aceitá-las "a priori" e o que
> se
> aceita "a priori" não comporta falseamento.

Criar leis e nao aceitar o falseamento das mesmas eh totalmente
anti-cientifico.
Como vc INSISTE em me rotular de indutivista se eu estou dizendo desde o
comeco
que o falseamento das leis eh essencial para o metodo cientifico?
Leis que nao se permitem o falseamento nao sao leis cientificas.

> O indutivista acredita estar
> "corroborando" o que aceita "a priori" e falseia apenas as previsões.
> Como
> existe um certo antagonismo complementar entre falseamento e
> corroboração,
> entende-se a confusão entre os termos. Não se falseia o que se aceita
> "a
> priori". Por exemplo, você aceita "a priori" que Deus não existe e ao
> procurá-lo e não encontrá-lo estará corroborando a sua lei (não se
> trata de
> uma hipótese, pois o verdadeiro indutivista não faz hipóteses). Já o
> dedutivista ingênuo construiria uma hipótese a respeito da existência
> de
> Deus e tentaria falseá-la.

Exatamente o que eu fiz. Pq entao vc insiste em me rotular de
dedutivista?

> Digo ingênuo pois não se faz hipóteses sobre o
> que não interage com o que existe

Interessante! se Deus NAO interage com o q existe porque as pessoas
rezam a Deus?
Pq dizer que Deus criou o universo ? Pq dizer que Deus existe ?????


> (a ciência estuda fenômenos e/ou fatos e
> não o absoluto -- isto é objeto da metafísica pura) e se existe alguma
>
> interação entre o homem e Deus essa interação não é de natureza a
> obedecer
> os princípios que o dedutivista utiliza (pelo menos é o que se
> constata).
>
> > Nao disse que sou indutivista mas nao vejo nenhuma razao para nao
> > utiliza-lo.
>
> Uma coisa é utilizar a indução (um dos tipos de operação mental que
> parte do
> particular para o geral -- o outro tipo seria a síntese), outra coisa
> é ser
> indutivista (induzir leis a partir da observação pura e simples).
>

Como ja disse nao importa realmente como se chega aas leis, importa sim
aa qualidade das leis : Sua abrangencia, suas consequencias e sua
falseabilidade.


>
> > Se vc pensar bem vera que a maioria das leis da mecanica foram
> feitas
> > por indutivismos.
>
> Isso é conversa de quem leu Newton e não entendeu. Quando Newton diz
> que não
> fazia hipóteses entenda-se o conceito de hipótese como aquele aceito
> no
> século correspondente (XVII). O que Newton quis dizer é que não fazia
> conjecturas infundadas.

Seria muito ingenuidade pensar que Newton derivou suas leis sem ter
experiencia
como real. A continua observacao de que a mesma CAUSA implica no mesmo
EFEITO eh um metodo indutivo.
Se as leis da fisica ,por exemplo, mudassem suficientemente rapido com
o tempo
Newton nao poderia ter bolado suas leis. Mas como disse isso realmente
nao importa.


>
> > Isto eh , a experiencia e a observacao + ocam levaram aa
> generalizacao
> > do comportamento isto eh aas leis. Como disse o metodo indutivo NAO
> faz
> > parte da ciencia eh apenas uma forma de se tentar chegar aa
> resultados
> > leis ) .
>
> Se você tinha dúvidas sobre se era ou não indutivista, pode
> sossegadamente
> assumir: Você certamente é um indutivista.
>

PutzGrila ! Entao vc certamente eh um ROTULARISTA !! :-))
(Quando eu digo *uma forma* nao significa q seja a unica , isto eh o
mesmo que dizer
uma das formas , novamente , nao estou dizendo q eh a unica).

>
> > > Só não faça medicina, pois eu
> > > jamais iria me consultar com um médico a adotar, como norma
> primária e
> > > essencial, o método da tentativa e erro em seus pacientes.
> > Parece q vc esta negando que TODA a ciencia eh feita por este metodo
> e
> > esta em sua **essência** :
> > NUNCA SE PODE DIZER QUE UMA LEI FISICA ESTA CORRETA
> > PODEMOS APENAS FALSEA-LA.
> > Ou seja ateh q se prove o contrario a lei eh tida como verdadeira.
> > Se ela for FALSEADA entao ela se mostrara falsa.
> > ISSO EH TENTATIVA E ERRO E A CIENCIA AVANCA APENAS ASSIM.
>
> Pois então, quando você tiver uma dor de cabeça (espero que não tenha)
> abra
> seu armário de remédios e comece a ingerir aleatoriamente um por vez
> até a
> dor de cabeça passar. Sua ciência, a meu ver, é por demais primitiva.

Parece-me q quem nao conhece NADA de ciencia eh voce.
Vc soh conhece , e muito bem , diga-se de passagem, a HISTORIA da
Ciencia
e apenas isso. A ciencia eh exatamente como descrevi acima.
As leis sao aprimoradas continuamente por TENTATIVA E ERRO.
Claro q as tentativas sao feitas de forma a tentar minimizar as chances
de erro.
Mas nunca se podera garantir, em ciencia, que uma lei eh perfeita. Ela
SEMPRE
estara sujeita aa refutacao.

>
> Existem meios mais racionais de se fazer ciência; e conhecer o método
> científico seria um bom começo.

Vc nao entendeu o q eh o metodo cientifico ainda. Acredito q vc deu
valor demais
aas intrigas palacianas dos livros que leu e nao aprendeu o suficiente
sobre o
metodo cientifico em si.

>

Bom ,aqui apaguei algumas intrigas sem valor cientifico do texto.
(Eram simples rotulacoes do tipo : vc eh isso e vc eh aquilo ! :-)) )



>
> > O que significa respeitar para voce?
> > Se uma pessoa passa a dizer por exemplo que "ciencia nao existe e eh
>
> > coisa do demonio"
>
> "Deixa que digam, que pensem, que falem, deixa isso prá lá, vem prá
> cá, o
> que é que tem?..." Não! Não vem não! :-).
>
> Eu acho que você está valorizando demais a opinião do leigo.

Note que 99.999999% da populacao eh de alguma forma leiga, e qualquer
coisa que mexa com a crenca desta massa de pessoas pode mudar o mundo!
E portanto nao estou valorizando demais e sim , talvez, de menos.

> ....Ou seja, assumindo a posição de um dos possíveis anticristos,
> desmistifiquei
> o conceito, mostrando que a coisa não é bem pelo lado que eles
> acreditam. Ou
> seja, eles acham que o anticristo é Hitler e de repente mostro que
> podem ser
> homens bons como Einstein, Newton, Bohr, e tantos outros que somente
> têm
> trazido coisas boas para os seus semelhantes.
>

Acho q o anti-cristo SOU EU !! :-))


>
> Bem, isso foi apenas para descontrair. Voltemos ao contra-ataque. :-)
>
> > o que significa respeitar essa opiniao ??
> > Por acaso vc nao pode colocar a sua opiniao e dizer o contrario ?
> > E tentar provar o contrario ??
> > Quando os pregadores tentam te convencer pela TV ou nao de seu Deus
> eles
> > estao te respeitando?
>
> Eu não vou dizer que todos os pregadores são vigaristas pois estaria
> ofendendo pessoas humildes que os seguem. Não obstante, você sabe que
> existem vigaristas entre os pregadores e provavelmente eles te tiram
> do
> sério o que, não nego, acontece também comigo. Não tendo o poder da
> mídia, a
> denunciar estes vigaristas, resta-me ofender os humildes que os
> seguem, mas
> isso eu me recuso a fazer. Do contrário eu estaria assumindo a função
> de um
> pastor. Ou seja, estaria criando uma religião "minha", na qual eu
> acredito,
> e estaria tentando evangelizar a população para que me seguisse. Por
> incrível que pareça, muitas religiões, entre essas que você critica,
> começaram assim. Vou citar um exemplo oriental, pois está bem afastado
> de
> nós e com isso não corro o risco de ofender a ninguém. O taoismo é uma
>
> religião oriental que tem por origem os pensamentos de um dos maiores
> filósofos da antigüidade oriental, Lao-Tse. A obra de Lao-Tse é
> fantástica e
> ele jamais pensou em criar religião alguma. Seus seguidores, que não
> entenderam nada do que ele propôs, criaram uma religião cuja lógica é
> totalmente contrária às idéias filosóficas centrais do "taoismo" de
> Lao-Tse.
> Quase todas as religiões começaram assim e parece-me que você está
> tentando
> criar outra nos mesmos moldes. Entre os seus seguidores virão a
> existir
> pastores que serão tão vigaristas quanto aqueles que hoje você
> critica.
>
> Não se rebele contra a religião. Rebele-se contra a ignorância e
> contra a
> política a manter os humildes na ignorância. Lute contra o governo
> para que
> ele dê educação ao povo e deixe que cada um perceba o que lhe convém.
> Esse é
> outro ensinamento de Kant: o povo precisa atingir a maioridade. Assim
> como o
> cientista deve ser maior de idade, e rebelar-se contra a pretensa
> avaliação
> pelos pares, própria à absurda filosofia científico-histórica de
> Thomas
> Khun, o povo também deve ser maior de idade. Caso contrário, você fará
> com
> que estas crianças deixem de seguir os possíveis vigaristas para
> seguirem o
> "pastor Jocax". É isso o que você pretende? Certamente não.
>

CERTAMENTE que adoraria que me seguissem !!!!
( Desde que nao ficassem no meu peh , logico :-))


>
> > Quando eu Nego Deus e tento provar sua inexistência eu estou
> deixando de
> > respeitar alguem ??
>
> Não. Você apenas está propondo uma teoria teológica e assumindo-a como
>
> científica.

Uma vez que supostamente Deus interage/interagiu com as coisas
existentes
neste universo ele pode ser estudado cientificamente. E portanto sendo
passivel
de refutacao.


> O desrespeito surge quando você tenta convencer os outros que
> eles estão errados e que você é o único certo.

Nao concordo ! Muitos cientistas ( vc pode me dizer quais ) tentaram
convencer
as pessoas de suas teorias e foram rechacados, nao obstante suas teorias
estivessem
corretas !!. ( Se nao me engano Boltzman por exemplo )
Quando vc coloca uma teoria na Internet ou publica num paper
vc esta tentando convencer as pessoas de que vc esta certo. Se esta
teoria
for revolucionaria vc tambem estara convencendo as pessoas de q a teoria

que elas acreditavam estva errda , isto eh elas estavam enganadas.
Nada de mal nisso.


> A partir daí você passa a
> adotar uma atitude evangelizadora, tentando impor aos demais a sua
> religião.
>

Acho q o termo IMPOR eh muito forte ,tenho tentado DEMONSTRAR
com argumentos logicos cientificos a minha religiao.
Impor foi o q fizeram com Galileu para q ele refutasse suas crenncas sob
a pena
de ir aa fogueira.


>
> Ou seja, você se nivela àqueles que pretende criticar, e desrespeita
> os
> inocentes seguidores daqueles que, na sua opinião, estariam a se
> aproveitar
> da ingenuidade desses últimos.
>

Estou querendo retirar a inocencia/ingenuidade dos seguidores e
desse modo eles nao estarao mais refens dos aproveitadores.
Estou fazendo um bom servico aa populacao ! :-))


>
> > O q este Deus lhes da eh a *PASSIVIDADE* para nao lutar contra os
> males
> > que os afligem. Vc eh a favor de dar o "OPIO" ao povo como uma forma
> de
> > mante-los passivos e inofensivos????
>
> Não. Você está confundindo vigaristas com seguidores de vigaristas. O
> povo
> já está indefeso e sem condições de se rebelar.

Nao concordo com isso. A passividade vem pelo fato de estarem
dopados com a esperanca de "uma vida melhor no ceu ".


> Existe, no entanto, uma
> minoria de seres privilegiados e ainda pensantes, como nós. Não
> adianta dar
> ópio para quem já o utiliza por não ter outra saída.

EU ACREDITO EM OUTRA SAIDA.


> Você está propondo
> eliminar o ópio e não lhes dar nada em troca ou, quem sabe, dar-lhes a
>
> "religião do Jocax". De nada adianta substituir um ópio por outro.

A primeira coisa que eles procurariam, na ausencia de Deus, seria a
JUSTICA.
Depois viria a religiao do jocax ! :-))


> .... Posso perfeitamente dizer que não se constituem problemas
> científicos
> e, ao verificar que não existe solução científica para o
> questionamento,

AHA !! Aih eh q esta o ponto !!
A verificacao de que NAO HA solucao para o problema constitui uma
demonstracao
para o problema : Ele nao eh soluvel.
Mas existem problemas que esta demonstracao ainda nao foi deita e nao se
sabe
se o problema tem ou nao solucao.


>
> concluir que não existe problema científico. Ou seja, você prova que
> Deus
> não existe após ter "definido" a sua religião e que, em hipótese
> alguma,
> retrata a ciência. Seguindo a lógica do Jocax, Deus não existe.
> Cientificamente falando, o problema do Jocax não existe. E
> "CIENCIALISTicamente" falando Deus existe e de vez em quando aparece
> por
> aqui e nada mais é do que o Léo. :-). Pô, o Léo existe, sim!!! :-))
>
> > > Reafirmo então: Não há como
> > > comprovar a inexistência de Deus e portanto você está perdendo
> tempo
> > > em procurar por uma solução que não existe.
> > Dependendo das propriedades q vc atribui a Deus vc pode provar SIM
> que
> > ele nao existe.
> > Foi o q Hume fez e foi a ogica q utilizei nos "dialogos"
>
> Muito estranho. Atribuir propriedades a algo que não existe. Como
> piada,
> achei muito boa.

Parece que vc nao conhece nada do metodo cientifico MESMO !!
Uma das tecnicas utilizadas na ciencia e Logica eh a chamada "Prova por
absurdo"
Ela consiste de vc TOMAR uma lei/Hipotese como verdadeira e verificar
as CONSEQUENCIAS. Se estas se mostrarem absurdas a lei/hipotese eh
REJEITADA.
Desse modo podemos POR ABSURDO SUPOR que Deus existe e tem tais e quais
propriedades, a partir daih deduzimos as CONSEQUENCIAS e notamos varias
CONTRADICOES com a realidade.
Dessa maneira a hipotese "Deus Existe com estas propriedades" esta
DESCARTADA.
Foi o que fiz.

>
> Propriedade = Qualidade de próprio.
> Próprio = Verdadeiro, autêntico.
> Teoria do Jocax (interpretada por mim): Aquilo que é verdadeiro, pois
> tem
> propriedades, pode não existir.
> Princípio do Jocax (enunciado por mim): O que é pode não ser,
> dependendo das
> conveniências.
> Estou começando a entender a sua religião.
>

> disse não estar preparado para contra-argumentar.
>
> > > ..Lute então
> > > contra a vigarice e contra as manobras destinadas a manter a
> população
> > > na miséria, ....
> >
> > A VIGARICE EH EXATAMENTE ESSA : manter um povo religioso e CREDULO.
>
> > Esta eh a manobra mais sutil e eficaz para este intento.
> > De modo que se remover Deus do povo ele fatalmente ira lutar por
> > melhores condicoes de SUA UNICA VIDA.
>
> Falou o pastor Jocax, o evangelista do terceiro milênio. :-)
>

Obrigado !!!!
[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Energia positiva e negativa
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/06/2000 19:30


De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
Assunto: Re: [ciencialist] Energia positiva e negativa




> Uma vez que as forças gravitacionais são habitualmente atrativas, é
> necessário realizar trabalho para afastar os corpos uns dos outros.
> Logo, a energia gravitacional de um sistema de corpos é negativa; se
> juntarmos mais corpos ao sistema, liberta-se energia, enquanto a
> energia do sistema se torna mais negativa, de modo a conservar a
> energia total.

Primeiro, tiremos a palavra 'habitualmente' da primeira linha do texto
acima, uma vez que forças gravitacionais repulsivas ainda não foram
constatadas.

Segundo, acrescentemos a palavra 'potencial', qualificando a energia
gravitacional citada na terceira linha do texto acima. Caso contrário ficará
a dúvida sobre de que parcela da energia mecânica total estamos falando.

Terceiro, o argumento para chegar à conclusão de que 'a energia potencial
gravitacional é negativa', conforme exposto, não é correto. Ao tentarmos
esticar uma mola, as forças também são atrativas e, nem por isso, sua
energia potencial é negativa.

No caso da gravitação ocorre que:
lançando-se um corpo para cima, a partir da superfície da Terra, sua
velocidade vai gradativamente diminuíndo. Dando-lhe uma velocidade inicial
adequada (e sem ajuda de propulsão própria) admitamos que escape do campo
gravitacional terrestre, situação em que, no infinito, sua velocidade (e
portanto sua energia cinética) será mínima.

Dada a conservação da energia mecânica total, se a energia cinética vai
diminuíndo (a medida que se afasta da Terra), tornando-se mínima no
infinito, podemos afirmar que 'a energia potencial aumenta, tornando-se
máxima no infinito'.
Como é aceito 'comumente', ADOTAR-SE ENERGIA POTENCIAL NULA NO INFINITO,
decorre que "A ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL, EM QUALQUER OUTRO PONTO DO
CAMPO, SERÁ NEGATIVA".

Observe que esse sinal é decorrência de mera convenção para o valor da
energia potencial num dado ponto. A troca dessa convenção não pode afetar as
leis decorrentes e nem ser motivo para explicar qualquer efeito externo.

Do mesmo modo, convencionou-se para o elétron 'carga elétrica negativa' e
para o próton 'carga elétrica positiva'. Obviamente essas convenções não
afetam em nada os resultados experimentais ou as próprias leis da Física. Se
vcs quiserem pegar o livro de eletricidade e trocar todos os locais onde se
lê 'carga negativa' por 'carga positiva' e carga positiva por 'carga
negativa' nada, absolutamente nada será afetado por isso. Aliás, não há
qualquer experimento ou argumento para dizer que elétron tem carga negativa
... é mera convenção. Aliás, será um bobagem total entrar num laboratória
para tentar verificar isso!


> No contexto do universo inflacionário, a energia gravitacional
> negativa da matéria recém-criada compensaria o calor e a matéria
> criados, conservando nula a energia total do universo -- isto é, não
> se teria dado afinal a criação de qualquer energia!" (Paul Davies;
> Superforça: Em Busca de Uma Teoria Unificada da Natureza; Gradiva;
> 1988; pág. 286

Parece que o sinal da energia potencial gravitacional foi utilizado como
justificativa para alguma coisa. Na fase da formação do universo não havia
ninguém para convencionar potencial zero no infinito!

[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e Universo...
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/06/2000 19:50

Ora! lendo este, e outros e-mails, me veio a mente uma frase de alguém que
não era cientista mas conhecia um pouco o espírito (espírito???? você está
louco, isso não existe!!!!!) humano:
"Não me contradigas, por que sabes, como eu, que nenhum de nós tem razão." -
Carlos Drummond de Andrade.
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----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Friday, June 30, 2000 6:55 PM
Subject: Re: [ciencialist] Deus e Universo...


>
>
> Alberto Mesquita Filho wrote:
>
> > Joao Carlos Holland de Barcellos escreveu
> >
> > > Eu nao sou um indutivista !
> > > Eu como todo os cientistas usam todas as suas formas de percepcao e
> > > intuicao para buscar principios gerais ( leis ) que expliquem o
> > > comportamento da natureza. O metodo indutivo assim como a intuicao
> > ou
> > > qualquer outra forma de percepcao eh apenas o comeco da cricao de
> > leis
> > > ou principios ) que poderao ou nao ser verdadeiras. A partir da
> > criacao
> > > destas leis, utilizando-se o metodo indutivo OU NAO, poder-se-a
> > > utilizar-se do metodo dedutivo para falsea-las atraves das
> > consequencias
> > > inferidas a partir destas leis. Grosso modo:
> > > ( Indutivismo /Intuicao ) --> Occam ou bao --> Leis --> Dedutivismo
> > -->
> > > novas leis / consequencias --> Falseabilidade ou nao .
> >
> > Você começa dizendo que não é indutivista e a seguir, pelo que
> > entendi,
> > expõe sua maneira de encarar a ciência. Neste momento, creio que com
> > alguns
> > pequenos erros (por ex., onde você usa a palavra método eu usaria
> > argumento), descreve exatamente o comportamento do indutivista. A
> > diferença
> > fundamental, porém não a única, entre o argumento indutivista e o
> > dedutivista é que o primeiro chega a leis sem hipóteses e o segundo
> > "deduz
> > hipóteses" antes de chegar a leis. Para o dedutivista, a "dedução de
> > hipóteses" precede a "indução de leis particulares" seguindo-se ou não
> > a
> > "síntese de leis universais".
>
> Parece-me que vc gosta de rotulos e rotulacoes.
> Nao consigo faze-lo entender , nao consigo.... :(
> MAS VOU TENTAR MAIS UMA VEZ :))
> O q eu quero dizer eh que para o metodo cientifico nao importa realmente
> nem
> de ONDE nem de COMO as leis foram obtidas. Isto significa que elas podem
>
> ter sido sonhadas, imaginadas, chutadas , induzidas pela observacao
> etc...
> O importante eh que estas leis possam ser testadas e verificadas e desse
> modo
> poderao ser rejeitadas como falsas ou nao ( o que nao implica q sao
> verdadeiras).
> Assim nunca se pode dizer que uma lei eh verdadeira pois , em principio,
>
> sempre podera haver um caso onde ela nao se aplica.
>
> >
> > > Ou seja NAO IMPORTA de onde vc "acha" as leis se utiulizando
> > > ocam+inditivismo
> >
> > Exatamente: O indutivista "acha" as leis vagando pelo espaço (e creio,
> >
> > talvez que seja aí onde precisa do "ocamnismo" ou algo equivalente)
> > enquanto
> > o dedutivista "procura" por hipóteses (seguindo a razão, que utiliza
> > após a
> > intuição -- a intuição, por si só, não comporta outros ismos que não o
> >
> > intuitivismo, pois é um procedimento irracional) a levá-lo às leis,
> > expondo
> > suas idéias à experimentação.
> >
>
> Como ja disse , eh TOTALMENTE IRRELEVANTE o caminho para a obtencao das
> leis, o importante sao as leis em si mesmas : Sua abrangencia, suas
> implicacoes
> e maneiras de testa-las.
>
>
> >
> > > ou por simples intuicao ou jogando buzios. O q importa eh q estas
> > leis
> > > possam ser testadas (falseabilizadas) por algum experimento
> > > (verificadas).
> >
> > O indutivista não falseia leis pois, como você disse acertadamente
> > acima,
> > ele "cria leis utilizando o 'argumento' indutivo". Esse criar leis,
> > para o
> > caso de leis universais, é equivalente a aceitá-las "a priori" e o que
> > se
> > aceita "a priori" não comporta falseamento.
>
> Criar leis e nao aceitar o falseamento das mesmas eh totalmente
> anti-cientifico.
> Como vc INSISTE em me rotular de indutivista se eu estou dizendo desde o
> comeco
> que o falseamento das leis eh essencial para o metodo cientifico?
> Leis que nao se permitem o falseamento nao sao leis cientificas.
>
> > O indutivista acredita estar
> > "corroborando" o que aceita "a priori" e falseia apenas as previsões.
> > Como
> > existe um certo antagonismo complementar entre falseamento e
> > corroboração,
> > entende-se a confusão entre os termos. Não se falseia o que se aceita
> > "a
> > priori". Por exemplo, você aceita "a priori" que Deus não existe e ao
> > procurá-lo e não encontrá-lo estará corroborando a sua lei (não se
> > trata de
> > uma hipótese, pois o verdadeiro indutivista não faz hipóteses). Já o
> > dedutivista ingênuo construiria uma hipótese a respeito da existência
> > de
> > Deus e tentaria falseá-la.
>
> Exatamente o que eu fiz. Pq entao vc insiste em me rotular de
> dedutivista?
>
> > Digo ingênuo pois não se faz hipóteses sobre o
> > que não interage com o que existe
>
> Interessante! se Deus NAO interage com o q existe porque as pessoas
> rezam a Deus?
> Pq dizer que Deus criou o universo ? Pq dizer que Deus existe ?????
>
>
> > (a ciência estuda fenômenos e/ou fatos e
> > não o absoluto -- isto é objeto da metafísica pura) e se existe alguma
> >
> > interação entre o homem e Deus essa interação não é de natureza a
> > obedecer
> > os princípios que o dedutivista utiliza (pelo menos é o que se
> > constata).
> >
> > > Nao disse que sou indutivista mas nao vejo nenhuma razao para nao
> > > utiliza-lo.
> >
> > Uma coisa é utilizar a indução (um dos tipos de operação mental que
> > parte do
> > particular para o geral -- o outro tipo seria a síntese), outra coisa
> > é ser
> > indutivista (induzir leis a partir da observação pura e simples).
> >
>
> Como ja disse nao importa realmente como se chega aas leis, importa sim
> aa qualidade das leis : Sua abrangencia, suas consequencias e sua
> falseabilidade.
>
>
> >
> > > Se vc pensar bem vera que a maioria das leis da mecanica foram
> > feitas
> > > por indutivismos.
> >
> > Isso é conversa de quem leu Newton e não entendeu. Quando Newton diz
> > que não
> > fazia hipóteses entenda-se o conceito de hipótese como aquele aceito
> > no
> > século correspondente (XVII). O que Newton quis dizer é que não fazia
> > conjecturas infundadas.
>
> Seria muito ingenuidade pensar que Newton derivou suas leis sem ter
> experiencia
> como real. A continua observacao de que a mesma CAUSA implica no mesmo
> EFEITO eh um metodo indutivo.
> Se as leis da fisica ,por exemplo, mudassem suficientemente rapido com
> o tempo
> Newton nao poderia ter bolado suas leis. Mas como disse isso realmente
> nao importa.
>
>
> >
> > > Isto eh , a experiencia e a observacao + ocam levaram aa
> > generalizacao
> > > do comportamento isto eh aas leis. Como disse o metodo indutivo NAO
> > faz
> > > parte da ciencia eh apenas uma forma de se tentar chegar aa
> > resultados
> > > leis ) .
> >
> > Se você tinha dúvidas sobre se era ou não indutivista, pode
> > sossegadamente
> > assumir: Você certamente é um indutivista.
> >
>
> PutzGrila ! Entao vc certamente eh um ROTULARISTA !! :-))
> (Quando eu digo *uma forma* nao significa q seja a unica , isto eh o
> mesmo que dizer
> uma das formas , novamente , nao estou dizendo q eh a unica).
>
> >
> > > > Só não faça medicina, pois eu
> > > > jamais iria me consultar com um médico a adotar, como norma
> > primária e
> > > > essencial, o método da tentativa e erro em seus pacientes.
> > > Parece q vc esta negando que TODA a ciencia eh feita por este metodo
> > e
> > > esta em sua **essência** :
> > > NUNCA SE PODE DIZER QUE UMA LEI FISICA ESTA CORRETA
> > > PODEMOS APENAS FALSEA-LA.
> > > Ou seja ateh q se prove o contrario a lei eh tida como verdadeira.
> > > Se ela for FALSEADA entao ela se mostrara falsa.
> > > ISSO EH TENTATIVA E ERRO E A CIENCIA AVANCA APENAS ASSIM.
> >
> > Pois então, quando você tiver uma dor de cabeça (espero que não tenha)
> > abra
> > seu armário de remédios e comece a ingerir aleatoriamente um por vez
> > até a
> > dor de cabeça passar. Sua ciência, a meu ver, é por demais primitiva.
>
> Parece-me q quem nao conhece NADA de ciencia eh voce.
> Vc soh conhece , e muito bem , diga-se de passagem, a HISTORIA da
> Ciencia
> e apenas isso. A ciencia eh exatamente como descrevi acima.
> As leis sao aprimoradas continuamente por TENTATIVA E ERRO.
> Claro q as tentativas sao feitas de forma a tentar minimizar as chances
> de erro.
> Mas nunca se podera garantir, em ciencia, que uma lei eh perfeita. Ela
> SEMPRE
> estara sujeita aa refutacao.
>
> >
> > Existem meios mais racionais de se fazer ciência; e conhecer o método
> > científico seria um bom começo.
>
> Vc nao entendeu o q eh o metodo cientifico ainda. Acredito q vc deu
> valor demais
> aas intrigas palacianas dos livros que leu e nao aprendeu o suficiente
> sobre o
> metodo cientifico em si.
>
> >
>
> Bom ,aqui apaguei algumas intrigas sem valor cientifico do texto.
> (Eram simples rotulacoes do tipo : vc eh isso e vc eh aquilo ! :-)) )
>
>
>
> >
> > > O que significa respeitar para voce?
> > > Se uma pessoa passa a dizer por exemplo que "ciencia nao existe e eh
> >
> > > coisa do demonio"
> >
> > "Deixa que digam, que pensem, que falem, deixa isso prá lá, vem prá
> > cá, o
> > que é que tem?..." Não! Não vem não! :-).
> >
> > Eu acho que você está valorizando demais a opinião do leigo.
>
> Note que 99.999999% da populacao eh de alguma forma leiga, e qualquer
> coisa que mexa com a crenca desta massa de pessoas pode mudar o mundo!
> E portanto nao estou valorizando demais e sim , talvez, de menos.
>
> > ....Ou seja, assumindo a posição de um dos possíveis anticristos,
> > desmistifiquei
> > o conceito, mostrando que a coisa não é bem pelo lado que eles
> > acreditam. Ou
> > seja, eles acham que o anticristo é Hitler e de repente mostro que
> > podem ser
> > homens bons como Einstein, Newton, Bohr, e tantos outros que somente
> > têm
> > trazido coisas boas para os seus semelhantes.
> >
>
> Acho q o anti-cristo SOU EU !! :-))
>
>
> >
> > Bem, isso foi apenas para descontrair. Voltemos ao contra-ataque. :-)
> >
> > > o que significa respeitar essa opiniao ??
> > > Por acaso vc nao pode colocar a sua opiniao e dizer o contrario ?
> > > E tentar provar o contrario ??
> > > Quando os pregadores tentam te convencer pela TV ou nao de seu Deus
> > eles
> > > estao te respeitando?
> >
> > Eu não vou dizer que todos os pregadores são vigaristas pois estaria
> > ofendendo pessoas humildes que os seguem. Não obstante, você sabe que
> > existem vigaristas entre os pregadores e provavelmente eles te tiram
> > do
> > sério o que, não nego, acontece também comigo. Não tendo o poder da
> > mídia, a
> > denunciar estes vigaristas, resta-me ofender os humildes que os
> > seguem, mas
> > isso eu me recuso a fazer. Do contrário eu estaria assumindo a função
> > de um
> > pastor. Ou seja, estaria criando uma religião "minha", na qual eu
> > acredito,
> > e estaria tentando evangelizar a população para que me seguisse. Por
> > incrível que pareça, muitas religiões, entre essas que você critica,
> > começaram assim. Vou citar um exemplo oriental, pois está bem afastado
> > de
> > nós e com isso não corro o risco de ofender a ninguém. O taoismo é uma
> >
> > religião oriental que tem por origem os pensamentos de um dos maiores
> > filósofos da antigüidade oriental, Lao-Tse. A obra de Lao-Tse é
> > fantástica e
> > ele jamais pensou em criar religião alguma. Seus seguidores, que não
> > entenderam nada do que ele propôs, criaram uma religião cuja lógica é
> > totalmente contrária às idéias filosóficas centrais do "taoismo" de
> > Lao-Tse.
> > Quase todas as religiões começaram assim e parece-me que você está
> > tentando
> > criar outra nos mesmos moldes. Entre os seus seguidores virão a
> > existir
> > pastores que serão tão vigaristas quanto aqueles que hoje você
> > critica.
> >
> > Não se rebele contra a religião. Rebele-se contra a ignorância e
> > contra a
> > política a manter os humildes na ignorância. Lute contra o governo
> > para que
> > ele dê educação ao povo e deixe que cada um perceba o que lhe convém.
> > Esse é
> > outro ensinamento de Kant: o povo precisa atingir a maioridade. Assim
> > como o
> > cientista deve ser maior de idade, e rebelar-se contra a pretensa
> > avaliação
> > pelos pares, própria à absurda filosofia científico-histórica de
> > Thomas
> > Khun, o povo também deve ser maior de idade. Caso contrário, você fará
> > com
> > que estas crianças deixem de seguir os possíveis vigaristas para
> > seguirem o
> > "pastor Jocax". É isso o que você pretende? Certamente não.
> >
>
> CERTAMENTE que adoraria que me seguissem !!!!
> ( Desde que nao ficassem no meu peh , logico :-))
>
>
> >
> > > Quando eu Nego Deus e tento provar sua inexistência eu estou
> > deixando de
> > > respeitar alguem ??
> >
> > Não. Você apenas está propondo uma teoria teológica e assumindo-a como
> >
> > científica.
>
> Uma vez que supostamente Deus interage/interagiu com as coisas
> existentes
> neste universo ele pode ser estudado cientificamente. E portanto sendo
> passivel
> de refutacao.
>
>
> > O desrespeito surge quando você tenta convencer os outros que
> > eles estão errados e que você é o único certo.
>
> Nao concordo ! Muitos cientistas ( vc pode me dizer quais ) tentaram
> convencer
> as pessoas de suas teorias e foram rechacados, nao obstante suas teorias
> estivessem
> corretas !!. ( Se nao me engano Boltzman por exemplo )
> Quando vc coloca uma teoria na Internet ou publica num paper
> vc esta tentando convencer as pessoas de que vc esta certo. Se esta
> teoria
> for revolucionaria vc tambem estara convencendo as pessoas de q a teoria
>
> que elas acreditavam estva errda , isto eh elas estavam enganadas.
> Nada de mal nisso.
>
>
> > A partir daí você passa a
> > adotar uma atitude evangelizadora, tentando impor aos demais a sua
> > religião.
> >
>
> Acho q o termo IMPOR eh muito forte ,tenho tentado DEMONSTRAR
> com argumentos logicos cientificos a minha religiao.
> Impor foi o q fizeram com Galileu para q ele refutasse suas crenncas sob
> a pena
> de ir aa fogueira.
>
>
> >
> > Ou seja, você se nivela àqueles que pretende criticar, e desrespeita
> > os
> > inocentes seguidores daqueles que, na sua opinião, estariam a se
> > aproveitar
> > da ingenuidade desses últimos.
> >
>
> Estou querendo retirar a inocencia/ingenuidade dos seguidores e
> desse modo eles nao estarao mais refens dos aproveitadores.
> Estou fazendo um bom servico aa populacao ! :-))
>
>
> >
> > > O q este Deus lhes da eh a *PASSIVIDADE* para nao lutar contra os
> > males
> > > que os afligem. Vc eh a favor de dar o "OPIO" ao povo como uma forma
> > de
> > > mante-los passivos e inofensivos????
> >
> > Não. Você está confundindo vigaristas com seguidores de vigaristas. O
> > povo
> > já está indefeso e sem condições de se rebelar.
>
> Nao concordo com isso. A passividade vem pelo fato de estarem
> dopados com a esperanca de "uma vida melhor no ceu ".
>
>
> > Existe, no entanto, uma
> > minoria de seres privilegiados e ainda pensantes, como nós. Não
> > adianta dar
> > ópio para quem já o utiliza por não ter outra saída.
>
> EU ACREDITO EM OUTRA SAIDA.
>
>
> > Você está propondo
> > eliminar o ópio e não lhes dar nada em troca ou, quem sabe, dar-lhes a
> >
> > "religião do Jocax". De nada adianta substituir um ópio por outro.
>
> A primeira coisa que eles procurariam, na ausencia de Deus, seria a
> JUSTICA.
> Depois viria a religiao do jocax ! :-))
>
>
> > .... Posso perfeitamente dizer que não se constituem problemas
> > científicos
> > e, ao verificar que não existe solução científica para o
> > questionamento,
>
> AHA !! Aih eh q esta o ponto !!
> A verificacao de que NAO HA solucao para o problema constitui uma
> demonstracao
> para o problema : Ele nao eh soluvel.
> Mas existem problemas que esta demonstracao ainda nao foi deita e nao se
> sabe
> se o problema tem ou nao solucao.
>
>
> >
> > concluir que não existe problema científico. Ou seja, você prova que
> > Deus
> > não existe após ter "definido" a sua religião e que, em hipótese
> > alguma,
> > retrata a ciência. Seguindo a lógica do Jocax, Deus não existe.
> > Cientificamente falando, o problema do Jocax não existe. E
> > "CIENCIALISTicamente" falando Deus existe e de vez em quando aparece
> > por
> > aqui e nada mais é do que o Léo. :-). Pô, o Léo existe, sim!!! :-))
> >
> > > > Reafirmo então: Não há como
> > > > comprovar a inexistência de Deus e portanto você está perdendo
> > tempo
> > > > em procurar por uma solução que não existe.
> > > Dependendo das propriedades q vc atribui a Deus vc pode provar SIM
> > que
> > > ele nao existe.
> > > Foi o q Hume fez e foi a ogica q utilizei nos "dialogos"
> >
> > Muito estranho. Atribuir propriedades a algo que não existe. Como
> > piada,
> > achei muito boa.
>
> Parece que vc nao conhece nada do metodo cientifico MESMO !!
> Uma das tecnicas utilizadas na ciencia e Logica eh a chamada "Prova por
> absurdo"
> Ela consiste de vc TOMAR uma lei/Hipotese como verdadeira e verificar
> as CONSEQUENCIAS. Se estas se mostrarem absurdas a lei/hipotese eh
> REJEITADA.
> Desse modo podemos POR ABSURDO SUPOR que Deus existe e tem tais e quais
> propriedades, a partir daih deduzimos as CONSEQUENCIAS e notamos varias
> CONTRADICOES com a realidade.
> Dessa maneira a hipotese "Deus Existe com estas propriedades" esta
> DESCARTADA.
> Foi o que fiz.
>
> >
> > Propriedade = Qualidade de próprio.
> > Próprio = Verdadeiro, autêntico.
> > Teoria do Jocax (interpretada por mim): Aquilo que é verdadeiro, pois
> > tem
> > propriedades, pode não existir.
> > Princípio do Jocax (enunciado por mim): O que é pode não ser,
> > dependendo das
> > conveniências.
> > Estou começando a entender a sua religião.
> >
>
> > disse não estar preparado para contra-argumentar.
> >
> > > > ..Lute então
> > > > contra a vigarice e contra as manobras destinadas a manter a
> > população
> > > > na miséria, ....
> > >
> > > A VIGARICE EH EXATAMENTE ESSA : manter um povo religioso e CREDULO.
> >
> > > Esta eh a manobra mais sutil e eficaz para este intento.
> > > De modo que se remover Deus do povo ele fatalmente ira lutar por
> > > melhores condicoes de SUA UNICA VIDA.
> >
> > Falou o pastor Jocax, o evangelista do terceiro milênio. :-)
> >
>
> Obrigado !!!!
> []s
> jocax
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>
> *** --- ***
>
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e Universo...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/06/2000 20:41


De: Francisco <fbrito@globo.com.br>
Assunto: Re: [ciencialist] Deus e Universo...


>>Ora! lendo este, e outros e-mails, me veio a mente uma frase de alguém que
não era cientista mas conhecia um pouco o espírito (espírito???? você está
louco, isso não existe!!!!!) humano:
"Não me contradigas, por que sabes, como eu, que nenhum de nós tem razão." -
Carlos Drummond de Andrade.<<

Esse cidadão espirituoso não é DrummondO igual ao nosso. Se nenhum dos dois
participantes têm razão, e sabem disso, é ilógico continuarem um diálogo na
base da contradição. Se ambos não soubessem que não têm razão alguma, diria
que se trata de conversa de duas loiras e uma morena (a morena para servir
de intérprete entre as outras duas).

Por outro lado (incrível, sempre existe o outro lado ... exceto para
Moebius), para que deixar na mensagem todas as demais mensagens? Uma curta
contradição quilométrica.

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Discos voadores el�tricos?
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/06/2000 22:40

Alberto Mesquita Filho wrote:

> 6) Tentei responder ao Luis Johansson, sobre o projeto filadélfia, saído em
> página Web (e que ainda não recebi por e-mail) mas o sistema também não
> funcionou (reply da página Web). De qualquer forma, se esta msg sair, o URL
> que encontrei a respeito é http://soteria.com/brown/ . Não sei se é
> confiável mas a partir de lá pode-se obter outras informações a respeito.
> O projeto realmente existiu, ao que tudo indica Einstein realmente teve
> alguma participação, pelo menos como observador e/ou a dar palpites, Thomas
> Townsend Brown parece ter sido um cientista respeitável mas,
> misteriosamente, o projeto foi arquivado.
>
> Não acredito em discos voadores e o que sei do projeto não tem nada a ver
> com discos voadores. As experiências fundamentais relacionadas ao projeto
> foram efetuadas mais de 20 anos antes dos UFOS ganharem importância na mídia
> mundial. Parece existir um protótipo de um dos discos de Brown em um museu,
> não sei se nos EUA ou no Canadá. O protótipo foi patenteado.

Os dispositivos de Brown são bastante populares nas páginas, digamos,
"não muito de acôrdo com a ciência aceita", no www. A explicação usual é
que tudo não passa de "vento iônico". O movimento de íons positivos do
pólo positivo para o negativo dos capacitores de alta tensão de Brown
é o que provoca o movimento observado. Inclusive, se se procurar os
textos
de Brown, e não de seus "adoradores", vê-se claramente que é isto mesmo.
Os textos sobre "eletrogravitação" são aparentemente fantasiosos.
O que não impede de ser possível obter alguns efeitos impressionantes.
Há descritos no www um "disco voador" que voa, suspenso, em redor de
um apoio fixo, e um outro, mais sofisticado, que realmente decola do
chão por suas próprias forças, diz-se. O problema é que nenhum tem
potência suficiente para carregar sua fonte de energia, sendo feitos
de material ultra leve, e ligados a uma fonte de alta tensão e alta
corrente por finos fios.
(Meu site de eletrostática é bastante citado nas páginas que descrevem
estas coisas. Devo ser considerado um especialista em motores para
discos voadores...)

Antonio Carlos M. de Queiroz



SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e Universo...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/07/2000 03:03

Joao Carlos Holland de Barcellos escreveu

> Nao consigo faze-lo entender , nao consigo.... :(
> MAS VOU TENTAR MAIS UMA VEZ :))

Interessantíssima a sua explicação. Não sei se entendi tudo mas assim mesmo
fico extremamente agradecido pelo alto conteúdo didático-pedagógico de seu
texto.

> Como ja disse , eh TOTALMENTE IRRELEVANTE o caminho para a obtencao das
> leis,

Quem diria! Agora começo a entender porque o ACM é tão popular na Bahia e
até mesmo no Brasil. Por acaso ele foi seu aluno?

> Como vc INSISTE em me rotular de indutivista

Eu pensei que fosse um elogio. De qualquer forma vou procurar saber o que é
ser indutivista e até lá chamá-lo-ei apenas por metodista, certo? Não,
metodista parece coisa ligada a religião. Vou chamá-lo apenas por Jocax, OK?

> Exatamente o que eu fiz. Pq entao vc insiste em me rotular de
> dedutivista?

Ué!! Não era indutivista? Sinceramente, eu não consigo me colocar a altura
de dialogar com você. Uma hora você diz que eu digo que você induziu que eu
estava deduzindo que você era um indutor de deduções. Depois acha ruim
porque eu digo que você induziu que eu estava deduzindo que você é
indutivista. E por fim deduz que na realidade eu induzi que você era um
dedutivista. É muita areia pro meu caminhãozinho, como diria o Léo.

> Interessante! se Deus NAO interage com o q existe porque as pessoas
> rezam a Deus?
> Pq dizer que Deus criou o universo ? Pq dizer que Deus existe ?????

E eu lá sei? A única coisa que eu sei a respeito de Deus é que está
cientificamentre comprovado que ele (ou seria Ele?) não joga dados. O resto
foi você quem disse e não estou a altura de contestá-lo.

> Como ja disse nao importa realmente como se chega aas leis,

Realmente, já disse! Mas é sempre bom repetir, assim eu fixo mais a questão.
Grato pela sua paciência.

> Se as leis da fisica, por exemplo, mudassem suficientemente rapido com
> o tempo Newton nao poderia ter bolado suas leis. Mas como disse isso
> realmente nao importa.

Supimpa esse Newton, né? Ele bolou cada coisa legal. Em todo caso, concordo:
isso realmente não importa. O importante é não rotular ninguém de
indutivista nem dedutivista? Acertei? Tô captando o método científico? Tô
doido para que chegue o dia em que eu consiga entendê-lo.

> PutzGrila ! Entao vc certamente eh um ROTULARISTA !! :-))

E eu sei lá???!!! O que é PutzGrila? Rotularista eu acho que você já
ensinou: é aquele que rotula o Jocax de indutivista, certo? Ou seria de
dedutivista? Pô, vc tá complicando demais. Não dá prá baixar um pouquinho
mais o nível?

> (Quando eu digo *uma forma* nao significa q seja a unica , isto eh o
> mesmo que dizer
> uma das formas , novamente , nao estou dizendo q eh a unica).

Peraí. É quando você diz que é, ou é quando você não está dizendo que é?

> Parece-me q quem nao conhece NADA de ciencia eh voce.

Até que enfim uma frase que entendi 100% e com a qual concordo plenamente.
Acho que estou melhorando. Algum dia ainda hei de saber alguma coisa a
respeito dessa tal de ciência.

> Vc soh conhece , e muito bem , diga-se de passagem, a HISTORIA da
> Ciencia

Obrigado. Então já conheço alguma coisa dessa tal de ciência.

> e apenas isso. A ciencia eh exatamente como descrevi acima.

Então vamos ver se entendi. Fazer ciencia é não rotular o Jocax de
indodedutivista nem ser totalmente irrelevante ao escolher o caminho para a
obtenção das leis. Acertei?

> As leis sao aprimoradas continuamente por TENTATIVA E ERRO.
> Claro q as tentativas sao feitas de forma a tentar minimizar as chances
> de erro.

Bom, muito bom!!! Vivendo e aprendendo!

> Mas nunca se podera garantir, em ciencia, que uma lei eh perfeita. Ela
> SEMPRE estara sujeita aa refutacao.

Pois eu acho que a falha do ex-senador Luis Estevão foi exatamente esta. Ele
não soube refutar adequadamente as leis.

> Vc nao entendeu o q eh o metodo cientifico ainda.

Realmente, ainda não. Mas eu chego lá.

> Acredito q vc deu valor demais aas intrigas palacianas

Putz, agora fiquei preocupado. Será que eu corro o risco de ser cassado?

> Bom ,aqui apaguei algumas intrigas sem valor cientifico do texto.

Jura! Você viu alguma coisa de valor científico no meu texto? Quem diria!!!
Grato pelo elogio.

> (Eram simples rotulacoes do tipo : vc eh isso e vc eh aquilo ! :-)) )

Realmente, se eu rotulei você de isso ou de aquilo o melhor que vc poderia
ter feito era realmente apagar. Vou procurar rotular menos.

> qualquer
> coisa que mexa com a crenca desta massa de pessoas pode mudar o mundo!

Isso tem alguma coisa a ver com a lei da ação das massas estudada em
química? Ou seria um efeito puramente newtoniano? E neste caso seria massa
inercial ou gravitacional?

> Acho q o anti-cristo SOU EU !! :-))

Pois não seria isso uma auto-rotulação? Afinal, rotular é bom ou é mau?

> CERTAMENTE que adoraria que me seguissem !!!!

Eu também. Quando viajo em grupo gosto sempre de ir na frente.

> Uma vez que supostamente Deus interage/interagiu com as coisas
> existentes neste universo ele pode ser estudado cientificamente. E
> portanto sendo passivel de refutacao.

Muito interessante. Acho que é por isso que dizem que ele é onipotente. Pode
até mesmo ser refutado. É isso? Ou ele pode ser refutado por ser
onipresente? Pô, essa tá difícil, acho que vou precisar da tua ajuda.

> Muitos cientistas ( vc pode me dizer quais ) tentaram convencer
> as pessoas de suas teorias e foram rechacados,

Mas que maldade!!! Que gente mais sem educação.

( Se nao me engano Boltzman por exemplo )

Parece-me que o Boltzman se suicidou por ter sido rotulado disso ou daquilo,
não sei bem ao certo.

> Quando vc coloca uma teoria na Internet ou publica num paper
> vc esta tentando convencer as pessoas de que vc esta certo.

Não, quem sou eu! Eu apenas fico esperando para que apareça uma luz, como
você, a me ensinar a diferença entre o certo e o errado. Acho que estou
usando aquela sua brilhante teoria da tentativa e erro, mas não estou muito
bem certo disso. Mas não importa, algum dia eu aprendo convenientemente tudo
isso.

> Se esta teoria
> for revolucionaria vc tambem estara convencendo as pessoas de q a teoria
> que elas acreditavam estva errda , isto eh elas estavam enganadas.
> Nada de mal nisso.

Ainda bem. Eu já estava ficando com medo dos palacianos que vc falou acima.

> Acho q o termo IMPOR eh muito forte, tenho tentado DEMONSTRAR
> com argumentos logicos cientificos a minha religiao.

Pois eu gostaria de ter o discernimento científico elevado que você possui
para conseguir misturar a ciência com a religião. Até hoje não consegui, por
mais que tentasse. Mas algum dia eu chego lá, como já afirmei. Tenho me
esforçado muito para atingir esse objetivo.

> Impor foi o q fizeram com Galileu para q ele refutasse suas crenncas sob
> a pena de ir aa fogueira.

Algum dia me ensina melhor essa história de refutar que estou começando a
achar que deve ser algo interessante. Até o Galileu refutou?

> Estou querendo retirar a inocencia/ingenuidade dos seguidores e
> desse modo eles nao estarao mais refens dos aproveitadores.
> Estou fazendo um bom servico aa populacao ! :-))

Pois é, você está se revelando um bom cristão. Ops, desculpe, eu disse que
não ia mais rotular, mas essa escapou.

> A passividade vem pelo fato de estarem
> dopados com a esperanca de "uma vida melhor no ceu ".

Vivendo e aprendento novamente. Eu nunca imaginei que os astronautas iam
para o céu para se livrarem das drogas. Mas não deixa de ser uma boa. Onde é
que eles iriam encontrar drogas lá em cima?

> EU ACREDITO EM OUTRA SAIDA.

Eu também, mas convém não espalhar. Afinal, não fica bem subornar o
preparador da aeronave para colocar drogas no lugar dos mantimentos.

> A primeira coisa que eles procurariam, na ausencia de Deus, seria a
> JUSTICA.

O Luis Estevão também se saiu com essa. Primeiro ele disse que vai rezar e
se não der certo ele vai apelar para a justiça. Supimpa.

> Depois viria a religiao do jocax ! :-))

Acho que não será necessário. A justiça tarda mas não falha.

> AHA !! Aih eh q esta o ponto !!

Não seriam "os pontos". Afinal, você colocou dois pontos de exclamação. Essa
era prá me pegar, né?

> A verificacao de que NAO HA solucao para o problema constitui uma
> demonstracao para o problema : Ele nao eh soluvel.

Ainda bem. Se fosse solúvel e a folha caísse na água não sobraria nada. Aí,
sim, não haveria mais problema.

> Mas existem problemas que esta demonstracao ainda nao foi deita e nao se
> sabe se o problema tem ou nao solucao.

Peraí. Se a demonstração for feita e o problema se mostrar solúvel, assim
que ele entrar na água ele se dissolverá e daí prá frente o problema não
terá mais solução, pois foi desmanchado. É isso? Legal, já estou conseguindo
construir frases com sentido, acho.

> Parece que vc nao conhece nada do metodo cientifico MESMO !!

Porque estranhar? Eu não conheço mesmo!

> Uma das tecnicas utilizadas na ciencia e Logica eh a chamada "Prova por
> absurdo"
> Ela consiste de vc TOMAR uma lei/Hipotese como verdadeira e verificar
> as CONSEQUENCIAS. Se estas se mostrarem absurdas a lei/hipotese eh
> REJEITADA.

Mas se são as conseqüências que são absurdas? Porque não rejeitar apenas as
conseqüências. Afinal, se eu tomar a lei/hipótese como verdadeira ela será
verdadeira, bolas. Ou não? Afinal, eu vou tomar ou não uma lei/hipótese
verdadeira? Se ela é verdadeira, porque rejeitá-la? Acho que você está
testando minha sagacidade, certo?

> Desse modo podemos POR ABSURDO SUPOR que Deus existe e tem tais e quais
> propriedades, a partir daih deduzimos as CONSEQUENCIAS e notamos varias
> CONTRADICOES com a realidade.

Pois é, eu sempre achei a realidade muito contraditória. Explico melhor: no
caso anterior você supôs uma verdade, chegou a uma conseqüência absurda e
rejeitou a verdade conservando a conseqüência absurda. Agora você supõe um
absurdo que existe e tem propriedades e deduz conseqüências contraditórias e
não rejeita nada. Concordo que essa realidade está cheia de contradições,
mas não consegui captar onde você quer chegar. Você quer dizer que graças às
contradições com a realidade a suposição absurda passa a ser verdadeira?
Seria esse o mistério da fé?

> Dessa maneira a hipotese "Deus Existe com estas propriedades" esta
> DESCARTADA.
> Foi o que fiz.

Então, com quais propriedades Deus existe? Pô, agora vc está me deixando
cada vez mais confuso. Você descarta as propriedades supostas verdadeiras
para um Deus suposto por absurdo e depois descarta as propriedades e
conserva o Deus e dá a entender que ele deixa de ser absurdo?

> > Falou o pastor Jocax, o evangelista do terceiro milênio. :-)

> Obrigado !!!!

De nada. Até que enfim agradei com um rótulo. De qualquer forma, ainda que
concorde que você é um profundo conhecedor de ciência, parece-me que a sua
religião ainda está um pouquinho confusa. Através dela ainda não consegui
entender muito bem o mistério da fé. Quem sabe algum dia você possa nos dar
uma colher de chá e explicá-lo com a mesma clareza com que você explicou a
ciência.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Deus nao joga dados?
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/07/2000 10:25

Olá,
 
O Mesquita escreveu:<< A única coisa que eu sei a respeito de Deus é que está
cientificamentre comprovado que ele (ou seria Ele?) não joga dados.>>
 
O quê? A polêmica entre a Escola de Copenhague e a Escola Realista já foi resolvida em favor desta última? Quer dizer que não existe um acaso objetivo nem mesmo no mundo subatômico?
 
até,
Manuel Bulcão

SUBJECT: Re: Projecto Filadelfia
FROM: "Ronaldo Cordeiro [MG]" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/07/2000 10:25

--- In ciencialist@egroups.com, "Luis Johansson" <TOMMYHOUSE@h...>
wrote:
>
> Olá ppl!!!
>
> A cerca de uma semana passou um filme na TVI sobre o Projecto
> Filadelfia.....

Dê uma olhada em
http://paginas.teleweb.pt/~ceptico/entradas/filadelfia.html

O verbete do dicionário original em inglês está bem mais completo
http://skepdic.com/philadel.html
e contém vários links.

Parece que a experiência original era para confundir os sistemas de
orientação magnética dos torpedos, tornando o navio "invisível" a
eles. Daí para as especulações absurdas foi um pulinho.

[]s
Ronaldo Cordeiro
Dicionário Céptico: http://www.dicceptico.cjb.net




SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus nao joga dados ... porque nao tem parceiro para as apostas.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/07/2000 11:54


De: msbn@daterranet.com.br
Assunto: [ciencialist] Deus nao joga dados?


****Olá,
O Mesquita escreveu:<< A única coisa que eu sei a respeito de Deus é que
está
cientificamentre comprovado que ele (ou seria Ele?) não joga dados.>>

O quê? A polêmica entre a Escola de Copenhague e a Escola Realista já foi
resolvida em favor desta última? Quer dizer que não existe um acaso objetivo
nem mesmo no mundo subatômico?
até,
Manuel Bulcão****

No mundo atômico certamente não, Eu o fiz com precisão. Para os adoradores
da seita quântica ... tudo é acaso objetivo. Graças a ela é que dizem que
Posso estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Folclore.

E eu? Sou o que sou!

Deus
........... e por favor, quando se referirem a Mim usem MAIÚSCULAS.

Em tempo:
Raramente a probabilidade Me leva à Terra. Esse planetinha-teste tá uma
anarquia. Tentei uma
organização bastante simples baseada num ser pensante chamado Homem. Vi que
lhe faltava companhia e Criei, a partir de uma de suas costelas, uma Mulher,
deixando os homens com uma costela a menos. Apoito aqui (Gostei daquela
história que inventaram sobre como Eu fiz um peixe virar um montão) e Vejo
uma tal de emancipação feminina, comandada por loiras, que lutam por um
único ideal ...
querem ter também uma costela a menos para ficarem como os Homens! Vá
entender esse livre-arbítrio de que Eu os dotei. Há alguma falha conceitual
nele.

Deus ... o mesmo .... primeiro e único.





SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus nao joga dados?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/07/2000 15:48

-----Mensagem Original-----
De: msbn
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: Sábado, 1 de Julho de 2000 10:25
Assunto: [ciencialist] Deus nao joga dados?

> O Mesquita escreveu:<< A única coisa que eu sei a respeito de Deus é que
> está cientificamentre comprovado que ele (ou seria Ele?) não joga dados.>>

Renovo minhas considerações a respeito. Em uma de suas últimas aparições o
Léo demonstrou cientificamente (o que pode ser comprovado pela leitura da
msg ciencialist número 4979) que, além de não jogar dados (o que demonstro
"cientificamente" abaixo), também não toma mais cerveja, pelo menos não mais
do que um copo/dia.

> O quê? A polêmica entre a Escola de Copenhague e a Escola Realista já foi
resolvida em favor desta última?

Ainda não. Eles apenas concordaram, utilizando a navalha de Occam, que seria
muito mais simples para o Léo tirar essas diferenças no cara ou coroa. Por
que usar um equipamento tão sofisticado, com seis opções, se é possível
utilizar algo baseado no algoritmo booleano? Persiste, no entanto, a dúvida
sobre se o Léo lança ou não moedas para o espaço.

> Quer dizer que não existe um acaso objetivo nem mesmo no mundo subatômico?

Pelo que disse o Léo, "para os adoradores da seita quântica... tudo é acaso
objetivo". Eu pensei em questionar o Léo sobre o significado dos três
pontinhos mas eu ainda não consigo conversar com Deus em público. E
conversar em particular não tem valor científico. De qualquer forma, como
sou adepto da seita newtoniana, creio que para o mundo subatômico deve haver
um subacaso subobjetivo. A dúvida então subdivide-se em duas: Usaria o Léo
uma moeda ou uma submoeda? E no caso da submoeda, a cara representaria o
spin +1/2 ou -1/2? Ao que tudo indica este será o grande problema
epistemológico a ser resolvido no primeiro século do terceiro milênio.
Parece-me que a chave para a resolução do problema está contida na msg
celestial número 4958, mas não se pode interpretá-la ao pé da letra pois o
Léo escreve direito por linhas tortas.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: re-volta
FROM: "neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/07/2000 20:04

Olá pessoal !!!
Estive ausente por uns tempos ( talvez algum projeto Phyladelfia tenha me
pego de raspão ) mas, estou re-voltado, com a ultima versão que achei do
ig-nóbel.

O início de um novo século mereceria uma premiação especial para os
mais-mais do século que finda e, neste sentido, peço aos nobres companheiros
de lista que indiquem reais merecedores de tal honraria.
Tendo em vista que o conhecimento humano está crescendo exponencialmente,
porem a ignorância cresce em alef2 peço que se limitem ao máximo de 10
indicações cada ( se não, entope a rede).

Hors-concour, o prêmio "revelação" do século caberá Papa J.P. II pelo
anúncio do 3o. milagre de Fátima (nem os portugueses acreditaram !)

Um forte candidato na área de matemática financeira é nosso ilustre ministro
Malan, por sua demonstração de que o salário mínimo é suficiente e ainda
sobra um pouco para aplicar na poupança. Outro candidato nacional é um
almirante (não cito o nome para não influir na indicação) com a invenção de
caravelas submersíveis.

Para recordar:
Prêmios Ig-Nóbel 98 (não encontrei os de 99, mas, certamente existem):
São atribuídos anualmente em Harvard a pessoas cujos feitos "não podem ou
não devem ser jamais repetidos."

- Um dos premiados foi o investigador, que apresentou um dado científico
novo: os moluscos aumentam a sua atividade sexual em 10 vezes se colocarmos
Prozac na água onde se encontram.

- Uma das laureadas foi Dolores Krieger, nossa conhecida. A pesquisa de
Krieger sobre o poder do Toque Terapêutico foi demonstrado por Emily Rosa,
de 11
anos, num estudo publicado no Journal of the American Medical Association.
( Não foi possível contata-la para a entrega do prêmio. Emily esteve em
Cambridge para receber o prêmio em seu nome.)

Outros vencedores deste ano incluem pessoas e idéias que teem merecido a
honra de constarem deste site:

-- O Prêmio Ig-Nóbel da Paz:
Primeiro Ministro Indiano Atal Bihari Vajpayee e Primeiro Ministro
Paquistanês Nawaz Sharif pelas "suas pacificas explosões de bombas
atômicas."

-- Literatura:
Dr. Mara Sidoli de Washington, D.C., pelo seu relatório numa revista de
psicologia intitulado "Farting as a Defense Against Unspeakable Dread," em
que estuda um rapaz de 11 anos que solta gases quando enfrenta uma situação
desagradável.

-- Química:
Jacques Benveniste de Clamart, França, pela sua "descoberta" de que a água
tem memória e que essa informação pode ser transmitida por linha telefônica
e pela Internet.

-- Estatística:
Jenevillerald Bain do Hospital de Mt. Sinai em Toronto e Kerry Siminoski da
Universidade de Alberta pelo artigo publicado no Annals of Sex Research
sobre a relação pé-pênis.

-- Física:
Guru Deepak Chopra pela sua interpretação da física quântica e como "se
aplica à vida, liberdade e busca da felicidade econômica."

[s] - neville






SUBJECT: Re: pregunto
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/07/2000 04:19

"Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Em alguns trabalhos da esposa,4o. ano direito, análises
físicas do
local do
> crime, aparece um texto que usa luz (imagino que seja ultravioleta)
para
> tornar visível algumas marcas de sangue (que o assassino limpou
antes de se
> arrancar da cena).
> Alguém pode dizer algo sobre isso? Que resíduos são esses
do sangue
que se
> mostram iridescentes (luminescentes?) sob luz ultrovioleta?
> []'s
> Léo

Encontre a possivel resposta. A substancia utilizada eh o luminol.
Vi isso no Discovery Channel, num daqueles programas... Detetives
Medicos.. eu acho.

Encontrei alguma coisa na internet:
http://www.sirchie.com/luminol1.htm
A very useful test for searching large areas for blood especially if
the area has been cleaned up. Invisible blood stains react with with
the luminol reagent by luminescing-darkness is essential.
Sensitivity:1,5,000,000

---
http://www.msnbc.com/local/kshb/188633.asp
Police use luminol to search for blood evidence
Luminol is a chemical mixture that crime scene investigators use
to find blood splatters. They spray in a low light area. Luminol then
causes bloodstains to glow. Investigators use it only when they
can't
see blood with the naked eye. It depends on environmental conditions,
and it can be used for a long time after a crime has happened. Once
blood is detected, investigators will take pictures for evidence or
send it to the lab for DNA testing.
In fact, a crime scene technician could use it in your kitchen
and detect traces of blood. Preparing food like chicken will leave
blood marks. That's why testing evidence is so important. To
determine where the blood came from.
The process is simple. Authorities spray the chemical mixture in
an area, flick the switch, and suddenly investigators can see in the
darkness what's undetectable in bright light. A glowing area
would
determine that blood had been present. Once they find it,
investigators can photograph it, or ship it to a lab to be tested for
DNA.
The darkness surrounding luminal sheds light on a lot of
questions, like what happened at the crime scene? Police then try to
reconstruct what may have happened at the scene.
It's been used to collect evidence against the famous, and
the
not-so-famous.

---

Ateh mais.
Caso encerrado. :)
Luis Roberto Brudna



















SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: pregunto
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/07/2000 10:19

Agradecemos à informação.
Luminol para ela, como advogada, é suficiente (em advocacia basta o nome
como justificativa total). Caso encerrado.
Como química (após se formar pela USP, começou até um mestrado em química
fina ... e parou para ser advogada ... vai entender!), quer saber que
propriedades notáveis tem essa substância frente
à incidência da específica luz e qual o comportamento do sangue na presença
dela.

Químicos e Biólogos listeiros, mãos à obra. (oh frasezinha esdrúxula! Essa
'obra' pode ter um monte de conotações.).
****Nota: Se ela houvesse perguntado a Mim, em Meus horários divinos, teria
respondido: "Porque Eu quis assim e Achei que era bom". Caso não tenham
percebido Sou o primeiro Achista do universo. Sou o que Sou. Deus****

[]'
Léo


-----Mensagem Original-----
De: Luis Roberto Brudna [RS] <lrb@if.ufrgs.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: domingo, 2 de julho de 2000 04:19
Assunto: [ciencialist] Re: pregunto


"Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Em alguns trabalhos da esposa,4o. ano direito, análises
físicas do
local do
> crime, aparece um texto que usa luz (imagino que seja ultravioleta)
para
> tornar visível algumas marcas de sangue (que o assassino limpou
antes de se
> arrancar da cena).
> Alguém pode dizer algo sobre isso? Que resíduos são esses
do sangue
que se
> mostram iridescentes (luminescentes?) sob luz ultrovioleta?
> []'s
> Léo

Encontre a possivel resposta. A substancia utilizada eh o luminol.
Vi isso no Discovery Channel, num daqueles programas... Detetives
Medicos.. eu acho.

Encontrei alguma coisa na internet:
http://www.sirchie.com/luminol1.htm
A very useful test for searching large areas for blood especially if
the area has been cleaned up. Invisible blood stains react with with
the luminol reagent by luminescing-darkness is essential.
Sensitivity:1,5,000,000

---
http://www.msnbc.com/local/kshb/188633.asp
Police use luminol to search for blood evidence
Luminol is a chemical mixture that crime scene investigators use
to find blood splatters. They spray in a low light area. Luminol then
causes bloodstains to glow. Investigators use it only when they
can't
see blood with the naked eye. It depends on environmental conditions,
and it can be used for a long time after a crime has happened. Once
blood is detected, investigators will take pictures for evidence or
send it to the lab for DNA testing.
In fact, a crime scene technician could use it in your kitchen
and detect traces of blood. Preparing food like chicken will leave
blood marks. That's why testing evidence is so important. To
determine where the blood came from.
The process is simple. Authorities spray the chemical mixture in
an area, flick the switch, and suddenly investigators can see in the
darkness what's undetectable in bright light. A glowing area
would
determine that blood had been present. Once they find it,
investigators can photograph it, or ship it to a lab to be tested for
DNA.
The darkness surrounding luminal sheds light on a lot of
questions, like what happened at the crime scene? Police then try to
reconstruct what may have happened at the scene.
It's been used to collect evidence against the famous, and
the
not-so-famous.

---

Ateh mais.
Caso encerrado. :)
Luis Roberto Brudna


















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Life's too short to send boring email. Let SuperSig come to the rescue.
http://click.egroups.com/1/6137/11/_/19424/_/962522368/
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>> Revista Ciencia Hoje <<
http://www.ciencia.org.br

*** --- ***









SUBJECT: Ainda batendo a testa ... ou testando
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/07/2000 20:43

Essa mensagem eu enviei em 30/06 ... e eu mesmo não a recebi via lista. Vcs
a receberam? Serei um deus discriminado ou um Léo com discriminante
negativo, apresentando só soluções complexas, anti-occan?
[]'
Léo
----------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------
De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
Assunto: Re: [ciencialist] Energia positiva e negativa




> Uma vez que as forças gravitacionais são habitualmente atrativas, é
> necessário realizar trabalho para afastar os corpos uns dos outros.
> Logo, a energia gravitacional de um sistema de corpos é negativa; se
> juntarmos mais corpos ao sistema, liberta-se energia, enquanto a
> energia do sistema se torna mais negativa, de modo a conservar a
> energia total.

Primeiro, tiremos a palavra 'habitualmente' da primeira linha do texto
acima, uma vez que forças gravitacionais repulsivas ainda não foram
constatadas.

Segundo, acrescentemos a palavra 'potencial', qualificando a energia
gravitacional citada na terceira linha do texto acima. Caso contrário ficará
a dúvida sobre de que parcela da energia mecânica total estamos falando.

Terceiro, o argumento para chegar à conclusão de que 'a energia potencial
gravitacional é negativa', conforme exposto, não é correto. Ao tentarmos
esticar uma mola, as forças também são atrativas e, nem por isso, sua
energia potencial é negativa.

No caso da gravitação ocorre que:
lançando-se um corpo para cima, a partir da superfície da Terra, sua
velocidade vai gradativamente diminuíndo. Dando-lhe uma velocidade inicial
adequada (e sem ajuda de propulsão própria) admitamos que escape do campo
gravitacional terrestre, situação em que, no infinito, sua velocidade (e
portanto sua energia cinética) será mínima.

Dada a conservação da energia mecânica total, se a energia cinética vai
diminuíndo (a medida que se afasta da Terra), tornando-se mínima no
infinito, podemos afirmar que 'a energia potencial aumenta, tornando-se
máxima no infinito'.
Como é aceito 'comumente', ADOTAR-SE ENERGIA POTENCIAL NULA NO INFINITO,
decorre que "A ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL, EM QUALQUER OUTRO PONTO DO
CAMPO, SERÁ NEGATIVA".

Observe que esse sinal é decorrência de mera convenção para o valor da
energia potencial num dado ponto. A troca dessa convenção não pode afetar as
leis decorrentes e nem ser motivo para explicar qualquer efeito externo.

Do mesmo modo, convencionou-se para o elétron 'carga elétrica negativa' e
para o próton 'carga elétrica positiva'. Obviamente essas convenções não
afetam em nada os resultados experimentais ou as próprias leis da Física. Se
vcs quiserem pegar o livro de eletricidade e trocar todos os locais onde se
lê 'carga negativa' por 'carga positiva' e carga positiva por 'carga
negativa' nada, absolutamente nada será afetado por isso. Aliás, não há
qualquer experimento ou argumento para dizer que elétron tem carga negativa
... é mera convenção. Aliás, será um bobagem total entrar num laboratória
para tentar verificar isso!


> No contexto do universo inflacionário, a energia gravitacional
> negativa da matéria recém-criada compensaria o calor e a matéria
> criados, conservando nula a energia total do universo -- isto é, não
> se teria dado afinal a criação de qualquer energia!" (Paul Davies;
> Superforça: Em Busca de Uma Teoria Unificada da Natureza; Gradiva;
> 1988; pág. 286

Parece que o sinal da energia potencial gravitacional foi utilizado como
justificativa para alguma coisa. Na fase da formação do universo não havia
ninguém para convencionar potencial zero no infinito!

[]'
Léo




SUBJECT: filosofia
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/07/2000 22:47

"Por vezes os cientistas deixam-se iludir, sendo levados a pensar que as ideias filosóficas não passam, na melhor das hipóteses, de decoração ou de comentários parasitas aos triunfos árduos e objectivos da ciência e que eles próprios são imunes à confusão a cujo desenredar os filósofos dedicam a sua vida. Mas ciência livre de filosofia é coisa que não existe; só existe ciência cuja bagagem filosófica é levada para bordo sem ser examinada."

Daniel C. Dennett


SUBJECT: Re: [ciencialist] filosofia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/07/2000 03:16

-----Mensagem Original-----
De: msbn
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: Domingo, 2 de Julho de 2000 22:47
Assunto: [ciencialist] filosofia

> "Por vezes os cientistas deixam-se iludir, sendo levados a pensar que as
> ideias filosóficas não passam, na melhor das hipóteses, de decoração ou de
> comentários parasitas aos triunfos árduos e objectivos da ciência e que
eles
> próprios são imunes à confusão a cujo desenredar os filósofos dedicam a
sua
> vida. Mas ciência livre de filosofia é coisa que não existe; só existe
> ciência cuja bagagem filosófica é levada para bordo sem ser examinada."
> Daniel C. Dennett

Quando dizemos que a filosofia não nos interessa, o que provavelmente
fazemos é substituir uma filosofia explícita por outra implícita, isto é,
imatura e incontrolada. [...] Esta filosofia caseira [...] supõe que um
símbolo, tal como uma equação, possui significado físico somente à medida
que diga respeito a alguma possível operação humana. Isto equivale a se
considerar a totalidade da física como se referindo a operações,
principalmente medições e cálculos, e não à natureza, o que implica num
retorno ao antropocentrismo prevalecente antes do nascimento da ciência.
Mario Bunge

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e Universo...
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/07/2000 08:25



Alberto Mesquita Filho wrote:

> Joao Carlos Holland de Barcellos escreveu
>
> > Nao consigo faze-lo entender , nao consigo.... :(
> > MAS VOU TENTAR MAIS UMA VEZ :))
>
> Interessantíssima a sua explicação. Não sei se entendi tudo mas assim
> mesmo
> fico extremamente agradecido pelo alto conteúdo didático-pedagógico de
> seu
> texto.
>

Obrigado !


>
> > Como ja disse , eh TOTALMENTE IRRELEVANTE o caminho para a obtencao
> das
> > leis,
>
> Quem diria! Agora começo a entender porque o ACM é tão popular na
> Bahia e
> até mesmo no Brasil. Por acaso ele foi seu aluno?
>

Quem me dera ! , Se tivesse sido eu iria cobrar "Royalts" e nao iria
ter que
ficar contando trocados no fim do mes ! :-))


>
> > Como vc INSISTE em me rotular de indutivista
>
> Eu pensei que fosse um elogio. De qualquer forma vou procurar saber o
> que é
> ser indutivista e até lá chamá-lo-ei apenas por metodista, certo? Não,
>
> metodista parece coisa ligada a religião. Vou chamá-lo apenas por
> Jocax, OK?
>

Ok, agradeço.


>
> > Exatamente o que eu fiz. Pq entao vc insiste em me rotular de
> > dedutivista?
>
> Ué!! Não era indutivista? Sinceramente, eu não consigo me colocar a
> altura
> de dialogar com você. Uma hora você diz que eu digo que você induziu
> que eu
> estava deduzindo que você era um indutor de deduções. Depois acha ruim
>
> porque eu digo que você induziu que eu estava deduzindo que você é
> indutivista. E por fim deduz que na realidade eu induzi que você era
> um
> dedutivista. É muita areia pro meu caminhãozinho, como diria o Léo.
>

Desculpa !!! , aih foi um erro de digitacao meu. Eu ia escrever
indutivista e acabei
escrevendo dedutivista.


>
> > Interessante! se Deus NAO interage com o q existe porque as pessoas
> > rezam a Deus?
> > Pq dizer que Deus criou o universo ? Pq dizer que Deus existe ?????
>
> E eu lá sei? A única coisa que eu sei a respeito de Deus é que está
> cientificamentre comprovado que ele (ou seria Ele?) não joga dados. O
> resto
> foi você quem disse e não estou a altura de contestá-lo.
>
> > Como ja disse nao importa realmente como se chega aas leis,
>
> Realmente, já disse! Mas é sempre bom repetir, assim eu fixo mais a
> questão.
> Grato pela sua paciência.
>
> > Se as leis da fisica, por exemplo, mudassem suficientemente rapido
> com
> > o tempo Newton nao poderia ter bolado suas leis. Mas como disse isso
>
> > realmente nao importa.
>
> Supimpa esse Newton, né? Ele bolou cada coisa legal. Em todo caso,
> concordo:
> isso realmente não importa. O importante é não rotular ninguém de
> indutivista nem dedutivista? Acertei? Tô captando o método científico?
> Tô
> doido para que chegue o dia em que eu consiga entendê-lo.
>
> > PutzGrila ! Entao vc certamente eh um ROTULARISTA !! :-))
>
> E eu sei lá???!!! O que é PutzGrila? Rotularista eu acho que você já
> ensinou: é aquele que rotula o Jocax de indutivista, certo?

CERTISSIMO !!! :-))


> Ou seria de
> dedutivista? Pô, vc tá complicando demais. Não dá prá baixar um
> pouquinho
> mais o nível?
>

Sorry ! ( mas como diria uma crianca : Foi vc quem comecou !! :)

>
> > (Quando eu digo *uma forma* nao significa q seja a unica , isto eh
> o
> > mesmo que dizer
> > uma das formas , novamente , nao estou dizendo q eh a unica).
>
> Peraí. É quando você diz que é, ou é quando você não está dizendo que
> é?
>
> > Parece-me q quem nao conhece NADA de ciencia eh voce.
>
> Até que enfim uma frase que entendi 100% e com a qual concordo
> plenamente.
> Acho que estou melhorando. Algum dia ainda hei de saber alguma coisa a
>
> respeito dessa tal de ciência.
>
> > Vc soh conhece , e muito bem , diga-se de passagem, a HISTORIA da
> > Ciencia
>
> Obrigado. Então já conheço alguma coisa dessa tal de ciência.
>
> > e apenas isso. A ciencia eh exatamente como descrevi acima.
>
> Então vamos ver se entendi. Fazer ciencia é não rotular o Jocax de
> indodedutivista nem ser totalmente irrelevante ao escolher o caminho
> para a
> obtenção das leis. Acertei?

Quase ! , Ja eh um bom comeco ! :-)

>
>
> > As leis sao aprimoradas continuamente por TENTATIVA E ERRO.
> > Claro q as tentativas sao feitas de forma a tentar minimizar as
> chances
> > de erro.
>
> Bom, muito bom!!! Vivendo e aprendendo!
>
> > Mas nunca se podera garantir, em ciencia, que uma lei eh perfeita.
> Ela
> > SEMPRE estara sujeita aa refutacao.
>
> Pois eu acho que a falha do ex-senador Luis Estevão foi exatamente
> esta. Ele
> não soube refutar adequadamente as leis.
>
> > Vc nao entendeu o q eh o metodo cientifico ainda.
>
> Realmente, ainda não. Mas eu chego lá.
>
> > Acredito q vc deu valor demais aas intrigas palacianas
>
> Putz, agora fiquei preocupado. Será que eu corro o risco de ser
> cassado?
>
> > Bom ,aqui apaguei algumas intrigas sem valor cientifico do texto.
>
> Jura! Você viu alguma coisa de valor científico no meu texto? Quem
> diria!!!
> Grato pelo elogio.
>
> > (Eram simples rotulacoes do tipo : vc eh isso e vc eh aquilo !
> :-)) )
>
> Realmente, se eu rotulei você de isso ou de aquilo o melhor que vc
> poderia
> ter feito era realmente apagar. Vou procurar rotular menos.
>
> > qualquer
> > coisa que mexa com a crenca desta massa de pessoas pode mudar o
> mundo!
>
> Isso tem alguma coisa a ver com a lei da ação das massas estudada em
> química? Ou seria um efeito puramente newtoniano? E neste caso seria
> massa
> inercial ou gravitacional?
>
> > Acho q o anti-cristo SOU EU !! :-))
>
> Pois não seria isso uma auto-rotulação? Afinal, rotular é bom ou é
> mau?
>

Pode ser bom se a rotulacao for adequada.
Mas para ter certeza eh sempre bom perguntar antes principalmente se
este
alguem for o Jocax !! :-))


>
> > CERTAMENTE que adoraria que me seguissem !!!!
>
> Eu também. Quando viajo em grupo gosto sempre de ir na frente.
>
> > Uma vez que supostamente Deus interage/interagiu com as coisas
> > existentes neste universo ele pode ser estudado cientificamente. E
> > portanto sendo passivel de refutacao.
>
> Muito interessante. Acho que é por isso que dizem que ele é
> onipotente. Pode
> até mesmo ser refutado. É isso? Ou ele pode ser refutado por ser
> onipresente? Pô, essa tá difícil, acho que vou precisar da tua ajuda.
>

Grosso usei as ideias de Hume para provar que :
Onipotencia+Onipresenca+Bondade ==> contradicao.

>
> > Muitos cientistas ( vc pode me dizer quais ) tentaram convencer
> > as pessoas de suas teorias e foram rechacados,
>
> Mas que maldade!!! Que gente mais sem educação.
>
> ( Se nao me engano Boltzman por exemplo )
>
> Parece-me que o Boltzman se suicidou por ter sido rotulado disso ou
> daquilo,
> não sei bem ao certo.
>
> > Quando vc coloca uma teoria na Internet ou publica num paper
> > vc esta tentando convencer as pessoas de que vc esta certo.
>
> Não, quem sou eu! Eu apenas fico esperando para que apareça uma luz,
> como
> você, a me ensinar a diferença entre o certo e o errado. Acho que
> estou
> usando aquela sua brilhante teoria da tentativa e erro, mas não estou
> muito
> bem certo disso. Mas não importa, algum dia eu aprendo
> convenientemente tudo
> isso.
>
> > Se esta teoria
> > for revolucionaria vc tambem estara convencendo as pessoas de q a
> teoria
> > que elas acreditavam estva errda , isto eh elas estavam enganadas.
> > Nada de mal nisso.
>
> Ainda bem. Eu já estava ficando com medo dos palacianos que vc falou
> acima.
>
> > Acho q o termo IMPOR eh muito forte, tenho tentado DEMONSTRAR
> > com argumentos logicos cientificos a minha religiao.
>
> Pois eu gostaria de ter o discernimento científico elevado que você
> possui
> para conseguir misturar a ciência com a religião. Até hoje não
> consegui, por
> mais que tentasse. Mas algum dia eu chego lá, como já afirmei. Tenho
> me
> esforçado muito para atingir esse objetivo.
>
> > Impor foi o q fizeram com Galileu para q ele refutasse suas crenncas
> sob
> > a pena de ir aa fogueira.
>
> Algum dia me ensina melhor essa história de refutar que estou
> começando a
> achar que deve ser algo interessante. Até o Galileu refutou?
>

Parece-me q ele foi obrigado a dizer que suas ideias nao
estavam certas ( para nao morrer queimado) . Isto sim q eu chamo de
imposicao.


>
> > Estou querendo retirar a inocencia/ingenuidade dos seguidores e
> > desse modo eles nao estarao mais refens dos aproveitadores.
> > Estou fazendo um bom servico aa populacao ! :-))
>
> Pois é, você está se revelando um bom cristão. Ops, desculpe, eu disse
> que
> não ia mais rotular, mas essa escapou.
>
> > A passividade vem pelo fato de estarem
> > dopados com a esperanca de "uma vida melhor no ceu ".
>
> Vivendo e aprendento novamente. Eu nunca imaginei que os astronautas
> iam
> para o céu para se livrarem das drogas. Mas não deixa de ser uma boa.
> Onde é
> que eles iriam encontrar drogas lá em cima?
>

Parece que, nao ausencia de gravidade, a serotonina sobe ao cerebro
causando
um hiper-prazeroso torpor ! :-))

>
> > EU ACREDITO EM OUTRA SAIDA.
>
> Eu também, mas convém não espalhar. Afinal, não fica bem subornar o
> preparador da aeronave para colocar drogas no lugar dos mantimentos.
>
> > A primeira coisa que eles procurariam, na ausencia de Deus, seria a
> > JUSTICA.
>
> O Luis Estevão também se saiu com essa. Primeiro ele disse que vai
> rezar e
> se não der certo ele vai apelar para a justiça. Supimpa.
>
> > Depois viria a religiao do jocax ! :-))
>
> Acho que não será necessário. A justiça tarda mas não falha.
>
> > AHA !! Aih eh q esta o ponto !!
>
> Não seriam "os pontos". Afinal, você colocou dois pontos de
> exclamação. Essa
> era prá me pegar, né?
>
> > A verificacao de que NAO HA solucao para o problema constitui uma
> > demonstracao para o problema : Ele nao eh soluvel.
>
> Ainda bem. Se fosse solúvel e a folha caísse na água não sobraria
> nada. Aí,
> sim, não haveria mais problema.
>
> > Mas existem problemas que esta demonstracao ainda nao foi deita e
> nao se
> > sabe se o problema tem ou nao solucao.
>
> Peraí. Se a demonstração for feita e o problema se mostrar solúvel,
> assim
> que ele entrar na água ele se dissolverá e daí prá frente o problema
> não
> terá mais solução, pois foi desmanchado. É isso? Legal, já estou
> conseguindo
> construir frases com sentido, acho.
>
> > Parece que vc nao conhece nada do metodo cientifico MESMO !!
>
> Porque estranhar? Eu não conheço mesmo!
>
> > Uma das tecnicas utilizadas na ciencia e Logica eh a chamada "Prova
> por
> > absurdo"
> > Ela consiste de vc TOMAR uma lei/Hipotese como verdadeira e
> verificar
> > as CONSEQUENCIAS. Se estas se mostrarem absurdas a lei/hipotese eh
> > REJEITADA.
>
> Mas se são as conseqüências que são absurdas? Porque não rejeitar
> apenas as
> conseqüências.

Pq as consequencias sao deduzidas de forma Logica das premissas.
Assim da tautologia ( principio verdadeiro da logica ) :
( A ==> Falso ) ==> ( Nao A eh verdadeiro )
Espero nao ter errado as flechas mas explico :
Se a hipotese A gera , atraves de deducoes logicas uma contradicao (
falsidade )
segue que a hipotese A nao eh verdadeira.


> Afinal, se eu tomar a lei/hipótese como verdadeira ela será
> verdadeira, bolas. Ou não? Afinal, eu vou tomar ou não uma
> lei/hipótese
> verdadeira?

Note q ela eh considerada verdadeira *temporariamente* para efeito de
TESTE.
Uma vez q suas consequencias se mostraram erroneas isso significa
que ela NAO passou no teste de verificacao. E a hipotese de ser
verdadeira
ter q ser descartado.
Por exemplo : Considere a hipotese : dentro da caixa tem um peso de
1Kg.
Vamos considerar a hipotese temporariamente verdadeira.
Se ela for verdadeira se colocarmos a caixa em iuma balanca ela devera
pesar
ao menos 1kg. Ao se fazer o experimento chega-se ao peo de 0,250 Kg
entao a hipotese original eh rejeitada.


> Se ela é verdadeira, porque rejeitá-la?

Ela era temporariamente verdadeira para efeitos de testes apenas.
Ao ser refutada pelos testes ela nao eh + verdadeira.
Exatamente como as leis naturais que fazemos : elas sao consideradas
verdadeiras
ateh q um experimento as refute. Neste caso elas nao sao + consideradas
verdadeiras e um rebulicopara obtencao de novas eh instaurado. ( Isso vc
deve
saber melhor q eu sobre as quebras de paradigmas em ciencia ).


> Acho que você está
> testando minha sagacidade, certo?
>
> > Desse modo podemos POR ABSURDO SUPOR que Deus existe e tem tais e
> quais
> > propriedades, a partir daih deduzimos as CONSEQUENCIAS e notamos
> varias
> > CONTRADICOES com a realidade.
>
> Pois é, eu sempre achei a realidade muito contraditória. Explico
> melhor: no
> caso anterior você supôs uma verdade, chegou a uma conseqüência
> absurda e
> rejeitou a verdade conservando a conseqüência absurda.

CALMA !
Eu explico : Primeiro eu tome temporariamente como verdade, para fins de
teste apenas,
que Deus existisse e era bom etc... A partir daih verificamos que isso
iria contra
os fatos observados ( crianca agonizando de fome, por exemplo ). E
portanto
iria contra as propriedades assumidas verdadeiras de Deus.
No nosso caso as consequencias NAO PODEM ser rejeitadas pois sao reais.

Quero dizer que a "crianca agonizando de fome" eh absurda se tivermos um
Deus
bom e poderoso. MAS SE NAO TIVERMOS DEUS o fato NAO se torna
absurdo ( pois a natureza nao eh boa nem mah ) .


> Agora você supõe um
> absurdo que existe e tem propriedades e deduz conseqüências
> contraditórias e
> não rejeita nada.

REJEITO A HIPOTESE ( Deus existe ) pois os fatos nao podem
ser rejeitados( infelizmente ) .


> Concordo que essa realidade está cheia de contradições,
> mas não consegui captar onde você quer chegar. Você quer dizer que
> graças às
> contradições com a realidade a suposição absurda passa a ser
> verdadeira?

Nao, a realidade NAO esta cheia de contradicoes se vc assumir que Deus
NAO existe.
SE vc assumir que Deus existe a realidade passa a ter uma serie de
contradicoes.
Por isso q a hipotese : Deus existe eh descartada pois ela implica
contradicoes.


>
> Seria esse o mistério da fé?
>

O misterio da fe eh justamente explicar o porque da feh :-))


>
> > Dessa maneira a hipotese "Deus Existe com estas propriedades" esta
> > DESCARTADA.
> > Foi o que fiz.
>
> Então, com quais propriedades Deus existe? Pô, agora vc está me
> deixando
> cada vez mais confuso. Você descarta as propriedades supostas
> verdadeiras
> para um Deus suposto por absurdo e depois descarta as propriedades e
> conserva o Deus e dá a entender que ele deixa de ser absurdo?

CALMA, se vc definir um Deus com outras propriedades por exemplo :
"Deus eh o Leo", entao eu NAO posso provar q Deus nao existe.
EM GERAL, soh se pode provar a existencia ou nao de algo atraves
das propriedades que ele tem.


>
>
> > > Falou o pastor Jocax, o evangelista do terceiro milênio. :-)
>
> > Obrigado !!!!
>
> De nada. Até que enfim agradei com um rótulo. De qualquer forma, ainda
> que
> concorde que você é um profundo conhecedor de ciência, parece-me que a
> sua
> religião ainda está um pouquinho confusa. Através dela ainda não
> consegui
> entender muito bem o mistério da fé.

Pelo q eu entenda a Fe nao tem misterios : Ela eh uma crenca irracional
em algo.
Nada demais ateh aih !
O problema todo eh quando esta Feh PERDURA mesmo quando as evidencias
mostram q ela nao se aplica.


> Quem sabe algum dia você possa nos dar
> uma colher de chá e explicá-lo com a mesma clareza com que você
> explicou a
> ciência.
>

Se vc me definir melhor o q eh a Feh TALVEZ eu possa dar a minha opiniao
a
respeito.
( PS:Desculpa se fui muito agressivo na minha carta anterior
,infelizmente nem sempre
consigo controlar com polidez minha maldita adrenalina )

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus e Universo...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/07/2000 12:13

Joao Carlos Holland de Barcellos

> CALMA, se vc definir um Deus com outras propriedades por exemplo :
> "Deus eh o Leo", entao eu NAO posso provar q Deus nao existe.
> EM GERAL, soh se pode provar a existencia ou nao de algo atraves
> das propriedades que ele tem.

Se assim é, creio não haver contradição entre nossa maneira de pensar, ainda
que elas sejam bastante divergentes. Ou seja, o Deus que você afirma não
existir é aquele cujas propriedades você julga acreditar que ele deveria
possuir para garantir sua existência. E a Lei que você nega não é uma lei
universal, mas um pensamento localizado na mente de um grupo particular de
pessoas, entre as quais você se inclui (que Deus deveria ser bondoso, etc).

O Deus que eu afirmo não ser possível negar uma existência, seja ela real ou
virtual, não tem propriedades pré-definidas por nós, pobres mortais. E assim
como o Léo existe, e está tirando o sarro de nossa discussão, chamando-nos
de loiras alopradas, conforme lê-se em uma de suas msgs celestiais de
30/06/00, também não é impossível que exista um Deus teológico-filosófico,
como tem dado a entender o Manoel Bulcão em suas msgs. Ora, se algo não se
manifesta quando eu quero que se manifeste, ou seja, não segue a regra da
repetitividade, básica para a experimentação, e tão pouco tem propriedades
conhecidas e/ou mensuráveis, fica tão impossível demonstrar sua inexistência
quanto sua existência. Corrrigindo, a prova de sua existência até que seria
possível: eu, por exemplo, acreditarei na existência do Léo assim que ele
aparecer (não apenas através de mensagens, pois isso todos os deuses têm
feito) e provar que de fato existe (espero que ele não venha apenas para
julgar os vivos e os mortos), o que não me parece ser uma impossibilidade
tautológica; por outro lado, jamais poderei dizer que o Léo não existe, a
não ser assumindo tautologicamente sua inexistência.

> Se vc me definir melhor o q eh a Feh TALVEZ eu possa dar a minha opiniao
> a respeito.

Fé, para mim, relaciona-se fortemente com a opção. Ao chegarmos em uma
estrada com apenas duas saídas ficamos frente às seguintes possibilidades:

1) Escolhemos uma das saídas e admitimos que a outra não existe;
2) Escolhemos uma das saídas cientes de que poderíamos ter escolhido a
outra, mas assim mesmo prosseguimos em frente pelo caminho escolhido;
eventualmente podemos ser influenciados, por algum motivo, para a escolha
(por ex., a estrada é mais bonita, mais simples, mais povoada, etc.)
3) Ficamos parados na espera de alguma informação a surgir "a posteriori",
ainda que saibamos (por hipótese) que em condições como essas dificilmente
encontraremos algo melhor a nos orientar e que ainda não tenha se mostrado;
4) Nenhuma das anteriores. Sempre existe essa opção, em casos como esse,
ainda que via de regra, não nos leve ao destino. Por ex., a solução adotada
por Boltzmann (suicídio).

Em casos como esse, faço a minha opção, e a partir de então acredito (fé)
estar no caminho correto. E esta opção estará tanto mais próximo da fé,
aceita como tal, quanto mais desconhecermos o nosso destino. Ou seja, se
estou indo para Barretos (a terra do Léo), após um certo tempo saberei se
escolhi a estrada certa ou a errada (ainda que todos os caminhos levem a
Barretos, pois o Léo está lá). Neste caso, cedo ou tarde saberemos se
efetuamos a escolha certa ou a errada. Mas o nosso destino é um pouco
diferente. Temos uma estrada a seguir e nem sempre as saídas são apenas
duas; não obstante, alguma opção tem de ser feita. Haverá meio de saber se
a escolha que fiz foi a certa ou a errada?

O que digo vale tanto para a fé religiosa quanto para a fé na ciência ou
outra qualquer. Quanto a última pergunta, e no caso da fé religiosa, os
religiosos fanáticos responderão que sim. Os ateus dirão que não. Eu não
digo nada. E é nesse sentido que digo que o meu Universo tem um problema a
menos do que o Universo dos religiosos fanáticos ou o dos ateus fanáticos
(não estou pretendendo rotular ninguém). Assumo a minha estrada como a certa
sem tentar convencer a ninguém de que eu sou o único dono da verdade. A
outra estrada existe e está a disposição dos demais, para que façam a sua
opção.

> ( PS:Desculpa se fui muito agressivo na minha carta anterior
> ,infelizmente nem sempre
> consigo controlar com polidez minha maldita adrenalina )

Isso não é bom (refiro-me à adrenalina). Quanto à agressividade, não há
porque se desculpar. Não havendo opiniões divergentes, não há diálogo. Não
havendo diálogo, não há aprendizado. A divergência às vezes leva à
agressividade. Mas esse nem sempre é um caminho sem retorno. De qualquer
forma, é bom não tergiversarmos demais pois no domingo, dia 9, sairei de
férias, e estarei sem computador. Não pretendo deixá-lo falando sozinho no
calor de uma discussão.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Re: pregunto
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/07/2000 13:50

Sem adicionar maiores informações a respeito do produto, afirmo do nada
(como qualquer informação minha) que é bem possível que o funcionamento seja
segredo industrial (ou até mesmo não esclarcido). Nunca tinha ouvido falar
em tal Luminol antes... uma colega minha informa que serve também para
detectar impressões digitais.
Abraços,
Benjamin Hinrichs




SUBJECT: Re: [ciencialist] Leo e Universo...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/07/2000 15:13


Jocax (>), Alberto (*), Léo (#) e demais ............

> CALMA, se vc definir um Deus com outras propriedades por exemplo :
> "Deus eh o Leo", entao eu NAO posso provar q Deus nao existe.
> EM GERAL, soh se pode provar a existencia ou nao de algo atraves
> das propriedades que ele tem.<

* Se assim é, creio não haver contradição entre nossa maneira de pensar,
ainda
que elas sejam bastante divergentes. Ou seja, o Deus que você afirma não
existir é aquele cujas propriedades você julga acreditar que ele deveria
possuir para garantir sua existência. E a Lei que você nega não é uma lei
universal, mas um pensamento localizado na mente de um grupo particular de
pessoas, entre as quais você se inclui (que Deus deveria ser bondoso, etc).*

# Apesar dos 'unis' (unipotente, unipresente, unibanco, uniforme) que me
impedem de julgar a mim mesmo, gostei da sequencia de idéias posta pelo
Jocax. Têm lógica. Tomem como exemplo a Física newtoniano e a quantica.#

* O Deus que eu afirmo não ser possível negar uma existência, seja ela real
ou
virtual, não tem propriedades pré-definidas por nós, pobres mortais E assim
como o Léo existe, e está tirando o sarro de nossa discussão, chamando-nos
de loiras alopradas, conforme lê-se em uma de suas msgs celestiais de
30/06/00, também não é impossível que exista um Deus teológico-filosófico,
como tem dado a entender o Manoel Bulcão em suas msgs. Ora, se algo não se
manifesta quando eu quero que se manifeste, ou seja, não segue a regra da
repetitividade, básica para a experimentação, e tão pouco tem propriedades
conhecidas e/ou mensuráveis, fica tão impossível demonstrar sua inexistência
quanto sua existência. Corrrigindo, a prova de sua existência até que seria
possível: eu, por exemplo, acreditarei na existência do Léo assim que ele
aparecer (não apenas através de mensagens, pois isso todos os deuses têm
feito) e provar que de fato existe (espero que ele não venha apenas para
julgar os vivos e os mortos), o que não me parece ser uma impossibilidade
tautológica; por outro lado, jamais poderei dizer que o Léo não existe, a
não ser assumindo tautologicamente sua inexistência.*

# Um sarro, mas, mais que isso, um aprendizado. Essa thread tem sido
especialmente boa. Acredito que, quanto à minha existência, mesmo no campo
virtual, pode ser constatada pela simples razão de "quando chamarem,
atenderei no ato". O simples fato de responder a essa mensagem é prova de
minha existência para vcs (pode não trazer muitos detalhes quanto às minhas
propriedades, as quais podem ser facilmente colhidas perguntando,
consultando cartórios, tabeliões ou telefonando para meu vizinho). Eu estou
on-line e Aquele outro está permanentemente off-line. Eu tenho endereço
eletrônico e físico, recebo mensagens por e.mail, carta, telefone, fax e
sinais de fumaça de meu vizinho; e respondo de imediato. O outro tem
endereço celestial (céu) e recebe mensagens via orações (que em geral partem
de um local, nada Von Neumann, chamado igreja). Nenhuma dessas mensagens são
atendidas no ato, nem em 2000 anos. Acredito que o sistema utilizado seja
mais rudimentar que sinais de fumaça. Me parece mais teratológico do que
tautológico.#

> Se vc me definir melhor o q eh a Feh TALVEZ eu possa dar a minha opiniao
> a respeito.

* Fé, para mim, relaciona-se fortemente com a opção. Ao chegarmos em uma
estrada com apenas duas saídas ficamos frente às seguintes possibilidades:

1) Escolhemos uma das saídas e admitimos que a outra não existe;
2) Escolhemos uma das saídas cientes de que poderíamos ter escolhido a
outra, mas assim mesmo prosseguimos em frente pelo caminho escolhido;
eventualmente podemos ser influenciados, por algum motivo, para a escolha
(por ex., a estrada é mais bonita, mais simples, mais povoada, etc.)
3) Ficamos parados na espera de alguma informação a surgir "a posteriori",
ainda que saibamos (por hipótese) que em condições como essas dificilmente
encontraremos algo melhor a nos orientar e que ainda não tenha se mostrado;
4) Nenhuma das anteriores. Sempre existe essa opção, em casos como esse,
ainda que via de regra, não nos leve ao destino. Por ex., a solução adotada
por Boltzmann (suicídio).

Em casos como esse, faço a minha opção, e a partir de então acredito (fé)
estar no caminho correto. E esta opção estará tanto mais próximo da fé,
aceita como tal, quanto mais desconhecermos o nosso destino. Ou seja, se
estou indo para Barretos (a terra do Léo), após um certo tempo saberei se
escolhi a estrada certa ou a errada (ainda que todos os caminhos levem a
Barretos, pois o Léo está lá). Neste caso, cedo ou tarde saberemos se
efetuamos a escolha certa ou a errada. Mas o nosso destino é um pouco
diferente. Temos uma estrada a seguir e nem sempre as saídas são apenas
duas; não obstante, alguma opção tem de ser feita. Haverá meio de saber se
a escolha que fiz foi a certa ou a errada?*

# Em agosto teremos aqui em Barretos a Festa do Peão de Boiadeiro (a maior
do Brasil). É, também, a maior exposição de decadência cerebral da espécie
humana, no Brasil. Dos 100 000 habitantes passamos durante 10 dias para 2
600 000 indivíduos. Dos peões, a maioria reza para não serem derrubados do
animal. Todos rezam contra os animais ... e a maioria acaba com a bunda no
chão. Apesar disso tudo, tem-se muita alegria (e loiras sumariamente
vestidas de gente) alimentada a cerveja (a teoria do copo-único não funciona
aqui). Convido-os a participarem dessa euforia toda. Serão bem vindos em
minha casa (tem bastante lugar ... se esvaziar a piscina e colocar uma lona
em cima, cabem mais 20). Nem todos os caminhos vevam à Barretos; sugiro
tomarem a rodovia certa.#

* O que digo vale tanto para a fé religiosa quanto para a fé na ciência ou
outra qualquer. Quanto a última pergunta, e no caso da fé religiosa, os
religiosos fanáticos responderão que sim. Os ateus dirão que não. Eu não
digo nada. E é nesse sentido que digo que o meu Universo tem um problema a
menos do que o Universo dos religiosos fanáticos ou o dos ateus fanáticos
(não estou pretendendo rotular ninguém). Assumo a minha estrada como a certa
sem tentar convencer a ninguém de que eu sou o único dono da verdade. A
outra estrada existe e está a disposição dos demais, para que façam a sua
opção.*


> ( PS:Desculpa se fui muito agressivo na minha carta anterior
> ,infelizmente nem sempre
> consigo controlar com polidez minha maldita adrenalina )

# Lá vem o papo de loiras novamente.......#

* Isso não é bom (refiro-me à adrenalina). Quanto à agressividade, não há
porque se desculpar. Não havendo opiniões divergentes, não há diálogo. Não
havendo diálogo, não há aprendizado. A divergência às vezes leva à
agressividade. Mas esse nem sempre é um caminho sem retorno. De qualquer
forma, é bom não tergiversarmos demais pois no domingo, dia 9, sairei de
férias, e estarei sem computador. Não pretendo deixá-lo falando sozinho no
calor de uma discussão.

# Loirando temos ........# ... e também tem férias! #

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm

[]'s
Léo ... que se sentiria bem com suas chegadas aqui em Barretos. Há um
ranchinho à beira do Rio Pardo para descansos relativos.
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Life's too short to send boring email. Let SuperSig come to the rescue.
http://click.egroups.com/1/6137/11/_/19424/_/962638081/
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*** --- ***

>> Revista Ciencia Hoje <<
http://www.ciencia.org.br

*** --- ***









SUBJECT: Como respondo?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/07/2000 17:16

Ontem, o Sr. Luiz Gregório enviou-me uma mensagem contendo uma lista de
salmos para que eu 'meditasse' sobre eles (se interessar envio uma cópia).
Respondi mostrando os limites de meu posicionamento religioso e, com todo
cuidado (para não ferir melíndres) apresentei minha postura científica em
desacordo com tais dogmas (e salmos) misteriosos. Não sei de onde ele
'cavou' meu endereço. Hoje recebo essa mensagem do mesmo.
Que respondo? Como respondo? Vejam o estilo e estrutura da mensagem. Será
que a descrição do que acontece em um cadaver bastaria? Qual será sua (dele)
concepção de 'morto'? Se um dia a teoria do Gamow cair por terra as
divindades também cairão?
[]'s
Léo

PS: E por falar em mensagens, permitam-me um arroubo de envaidecimento,
ontem também recebi uma do Prof. Dr. Ernst W. Hamburg, responsável pela
Cadeira de Física na IFUSP (lá da minha escolinha), elogiando o site
www.feiradeciencias.com.br . Trabalhei com ele no IFUSP e na Estação Ciência
(boa parte das montagens que lá estão são 'obras' minhas). Ao fim e ao cabo,
alguns elogios não matam ninguém e sacaroseiam um bocado nossos egos. Até os
deuses precisam ser reconhecidos.
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São Paulo, 3 de julho de 2000

Prezado Professor LUIZ FERRAZ NETTO


1. Minha afirmação: "A Teoria do Big-Bang é uma violação do 2o Princípio da
Termodinâmica ."
1.1 Argumentos:
1.1.1 De acordo com o 2o Princípio da Termodinâmica, a entropia total do
Universo está e continuará aumentando.
1.1.2 No futuro ocorrerá "A morte térmica do Universo." (Estado de entropia
total máxima).
1.1.3 Num Universo morto nada acontece.
1.1.4 Um Universo morto não tem o poder de se transformar num ponto, depois
explodir e gerar um outro Universo conforme diz a Teoria do Big-Bang.

2) Eu afirmo categoricamente que, de acordo com o 2o Princípio da
Termodinâmica, não haverá um outro Universo.

3) A citação de Vieira: "A meta é a morte, a carreira é a vida." também se
aplica ao Universo porque o futuro do Universo é a morte.

Por favor professor, medite neste assunto.

Cumprimentos,

LUIZ GREGÓRIO QUINTAL DE FREITAS
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SUBJECT: Parabens (ex-) integrantes da Ciencialist.
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/07/2000 18:54

Conseguimos atingir a expressiva marca de 5000 e-mails circulados
pela lista, e isso soh foi conseguido com a ajuda de voces e de todos
que algum dia participaram dos debates.

MUITO OBRIGADO.


Luis Roberto Brudna
OBS: TODOS e-mails estao disponiveis para a leitura e pesquisa(search
engine interna) pelo endereco
http://www.egroups.com/list/ciencialist/ . Este endereco tambem eh
util para aqueles que estao enfrentando problemas de perda de
mensagens.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Como respondo?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Roberto Mitsuo Takata" <rmt@ib.usp.br>, <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/07/2000 21:46

Quando deus precisa de respaldo só há um recurso, humanos do ciencialist.
Não pode nem contar com os demais deuses de outras seitas. Agradeço a
retórica acadêmica e a base para a resposta ao nosso amigo desconhecido.
[]'s
Léo


-----Mensagem Original-----
De: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
Para: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 3 de julho de 2000 18:11
Assunto: Re: [ciencialist] Como respondo?


olah, luiz.

se permite pitacos de biologo (sem registro no crb) sobre fisica...

eu diria pra responder ao luiz gregorio q. ele estah confundindo as
estacoes: o Big-Bang nao diz q. um Universo se forma a partir de outro
pre-existente q. entrou em colapso.

o proprio colapso do Universo eh apenas uma das possibilidades - uma eh q.
o universo se expandirah pra sempre e outra eh q. o universo vai deixar de
se expandir, mas sem se contrair. isso depende da densidade de materia no
Universo. as medicoes atuais apontam para uma expansao continua do
Universo.

..... etc. (mensagem recebida em 03/07/2000, 18:20) Não sei como vcs
conseguem o número da mensagem.


roberto takata
-------------------------------------





SUBJECT: En: Coquetel no MAST
FROM: "Daniel Leal Freire" <daniellf@highway.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/07/2000 23:12

Desculpe o foward mas talvez interesse a alguém da lista.

--------------------------------
| Daniel Leal Freire
| daniellf@highway.com.br
| "Imagination is more important than knowledge" Albert Einstein

----- Original Message -----
From: Vera Pinheiro
To: vera@omega.lncc.br
Sent: Monday, July 03, 2000 6:41 AM
Subject: Coquetel no MAST


Dia 5 de julho, quarta-feira, a partir das 17h no
Salão Nobre do Museu de Astronomia


Como parte da comemoração dos seus 15 anos, o Museu de Astronomia convida
para o coquetel de lançamento do CD Rom ACERVO MUSELÓGICO DO MAST, dia 5 de
julho, quarta-feira, às 17h.

Para a abertura do evento, o MAST convidou a Dra. MARA MINIATI
(Vice-Diretora do Istituto e Museo di Storia della Scienza - Florença -
Itália), que fará uma palestra intitulada "Emprego de tecnologias modernas
para a valorização do patrimônio e difusão da cultura científica".

No mesmo dia também serão inaugurados três terminais de acesso ao público,
patrocinados pela Fundação Vitae, contendo um catálogo eletrônico que
permite ao visitante conhecer a história da institutição, o acervo
museológico e as suas coleções.

Para a realização deste evento, o MAST conta com a colaboração do Istituto
Italiano di Cultura do Rio de Janeiro.

Agradecemos a divulgação.

_________________________________________

VERA PINHEIRO
Assessoria de Comunicação
Museu de Astronomia e Ciências Afins - MAST/MCT
Rua General Bruce, 586 - São Cristóvão
Telefax: 589-4965



SUBJECT: Re: [ciencialist] Como respondo?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/07/2000 01:18

O Sr. Luiz Gregório, apud Léo, diz:

> Eu afirmo categoricamente que, de acordo com o 2o Princípio da
> Termodinâmica, não haverá um outro Universo.

Não há como criticar, termodinamicamente, a afirmação do Sr. Luiz Gregório,
a não ser pela expressão "categoricamente" que ele utiliza como se ciência
fosse religião. Ou, quem sabe, ele está tentando apoiar-se na ciência com a
finalidade de sustentar sua fé religiosa, que parece ser bastante frágil. Se
a fé, como disse em outra msg, é produto de uma opção, até certo ponto
racional, não me parece muito lógico necessitarmos de um critério de
autoridade (fé em Carnot ou Clausius) para justificar outro (fé em Vieira) e
deste um terceiro (fé em Deus).

Já comentei aqui na ciencialist o caso de um amigo, também de pouca fé
religiosa, a contestar minhas teorias, pois ela ia contra a física quântica
e ele estava plenamente convicto de que através da física quântica já se
chegou à conclusão de que Deus existe. Há pouco tempo alguém (não me lembro
quem) afirmou aqui na ciencialist que o Hawking estaria tentando promover
esta fusão entre ciência e religião, e quero crer, caso a notícia tenha
fundamento, a tentativa dar-se-ia através da física quântica, especialidade
do Hawking.

O que esses homens de pouca fé (o Sr. Luiz Gregório, o meu amigo e talvez o
Hawking, e até mesmo os crentes no ateísmo) não percebem é que a ciência não
só "não" estuda o absoluto (e Deus, exista ou não, é um absoluto), como
também não se propõe a estabelecer uma verdade absoluta mas tão somente
evoluir nesta direção. A verdade seria, por assim dizer, um limite a ser
alcançado pela ciência e não sei se algum dia poderemos constatar, pela
própria ciência, termos alcançado esse limite. O que sei é que hoje estamos
muito longe deste limite.

A segunda lei da termodinâmica é o que é: uma verdade emprestada da natureza
da forma como ela se aparenta para nós, através do relacionamento entre
fatos ou fenômenos. Tem se mostrado absoluta para sistemas restritos e até
hoje qualquer tentativa em se aplicá-la ao Universo como um todo nada mais é
do que um sonho. E até mesmo sua regionalidade é contestável, como tenho
demonstrado em meu Web Site (Variáveis escondidas e a Termodinâmica).

Se pensarmos em termos de física moderna (e o Big-Bang é uma teoria da
física moderna) os problemas de natureza epistemológica complicam-se muito.
Como disse Schenberg, "Nenhuma teoria, clássica ou moderna, conseguiu
deduzir o crescimento da entropia a partir de equações puramente dinâmicas.
Há aí alguma coisa de fundamental que ainda não compreendemos. Quando uma
coisa começa a se complicar muito, é sinal que é preciso simplificá-la".
Schenberg parece estar propondo, "a posteriori", uma aplicação da navalha de
Occam, embora não se saiba ainda quais seriam as opções. Ou seja, teríamos
de deduzir novas hipóteses a partir do que já conhecemos, e interpreto isso
como um convite à revolução, pois a ciência que aí está não nos satisfaz.

Mas o que é que de fato não compreendemos? A física moderna? O conceito de
entropia? A teoria do Big-Bang? Como ficará a fé do Sr. Luiz Gregório no dia
em que um ou todos estes conceitos forem derrubados? No passado outros já
cairam no mesmo engodo. A teoria geocêntrica, com a Terra em repouso no
Centro do Universo, "confirmava" a existência de Deus pois lê-se nas
Escrituras que Deus parou o Sol e não a Terra. A darmos ouvidos ao Sr. Luiz
Gregório, muito em breve iremos mandar para a fogueira os autores de
quaisquer teorias que forem de encontro à física moderna, o conceito atual
de entropia, a teoria do Big-Bang... E o que justificaria essa postura? Os
Sermões de Vieira? Sem dúvida, a obra de Vieira é magnífica e trata-se de um
convite a profundas reflexões. Nada mais do que isso. Não me parece que
tenham sido escritos ou proferidos com a finalidade de dar respaldo à
Inquisição dos Tempos Modernos. E, apesar de tudo, creio que já estamos bem
próximos disso.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Leo e Universo...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/07/2000 02:50

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Enviada em: Segunda-feira, 3 de Julho de 2000 15:13
Assunto: Re: [ciencialist] Leo e Universo...


> Acredito que, quanto à minha existência, mesmo no campo
> virtual, pode ser constatada pela simples razão de "quando chamarem,
> atenderei no ato".

Concordo ConTigo (fiquei em dúvida quanto à maiúscula, se seria no C ou no
T) e cheguei a pensar nessa possibilidade, porém não quis encompridar a msg.
Lembro também que a Sua presença através de msgs é captada por todos
(inclusive fica arquivada no Web ciencialist) e não apenas por médiuns
dotados de qualidades paranormais. De qualquer forma, a virtualidade
persiste, não apenas para Você como para todos os demais pobres mortais da
ciencialist.

> Convido-os a participarem dessa euforia toda. Serão bem vindos em
> minha casa (tem bastante lugar ... se esvaziar a piscina e colocar uma
> lona em cima, cabem mais 20).

12 são suficientes. Não deixe de convidar o Leonardo para pintar a Santa
Ceia ao vivo. De qualquer forma, creio em Ti independentemente de qualquer
prova mais concreta e/ou de pequenos milagres (multiplicação dos locais, das
cervejas, etc.)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Radar da Ciência
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/07/2000 19:44

Povaréu,
Que tal isto?

http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/baserad.htm

Inté,
Belisário

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
-----------------------------------------------------




SUBJECT: Ciencialist, Ciencia Hoje e morte encefalica
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/07/2000 02:33

Na ultima Ciencia Hoje tem uma materia com o titulo de "Morte
cerebral - falhas nos critérios de diagnóstico".

A algum tempo atras houve uma longa e polemica discussao entre os
integrantes da Ciencialist com a participacao de Celso Galli Coimbra
(irmao do autor da materia na CH).

Quem quiser ver a longa discussao (mais de 70 mails) eh soh colocar
a palavra ENCEFALICA no campo de procura da pagina
http://www.egroups.com/messages/ciencialist .

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna







SUBJECT: Re: [ciencialist] dane-se o genoma
FROM: Eliane Evanovich Gallagher <eliane@cbio.ufpa.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/07/2000 07:07



On Tue, 11 Jul 2000, Benjamin Hinrichs wrote:

> Segundo a Nature (que faz uma imensa revis�o do grande assunto em quest�o no
> momento na medicina), ou melhor, o autor do artigo que estou lendo, mais
> importante do que ter toda a seq��ncia � saber interpret�-la. Fazer
> previs�es a partir dos genes n�o � moleza. Dizer qual a cara de uma prote�na
> sintetizada n�o � nem um pouco f�cil pelas in�meras estruturas
> tridimensionais que podem assumir. Ter o genoma sequenciado n�o � o mesmo
> que dizer que agora podemos tratar de doen�as antes que elas surjam nos
> indiv�duos.
Muita gente ta' imaginando que simplesmente ter em maos as bases
do genoma vai ser o bastante para se salvar a humanidade!! Uma professora
minha fez uma pergunta absurda numa prova: Em que a definicao do genoma
humano vai interferir no avanco da evolucao (evolucao mesmo, e nao e'
estudo e' avanco mesmo)? Minha vontade e' responder que em nada. Que eu
saiba, nenhum organismo vai decidir evoluir por causa disso!!
Por incrivel que pareca, o genoma de um microorganimo,
Mycobacterium tuberculosis (4411529 bp) , foi concluido ha' 2 anos
exatamente, mas 50% dele codifica proteinas hipoteticas, isso e' meio
estranho, mas e' verdade!!:) Com base nisso, imagina o tempo para vericar
todos os genes funcionais do homem!!


Para maiores informacoes sobre o genoma humano, verificar o site
http://www.nhgri.nih.gov/Data/

t+!

Bem, volto com mais informa��es quando avan�ar no artigo.

> Abra�o,
>
> Benjamin Hinrichs
>
>
>
> ------------------------------------------------------------------------
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> as low as 2.9% Intro or 9.9% Fixed APR and no hidden fees.
> http://click.egroups.com/1/6632/11/_/19424/_/963341116/
> ------------------------------------------------------------------------
>
> *** --- ***
>
> >> Revista de quimica (na Web) <<
> http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/
>
> *** --- ***
>
>
>
>



SUBJECT: Regiao do amor
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/07/2000 07:20


Do :
http://www.bbc.co.uk/portuguese/omh00070515.htm

GMT


Cientistas dizem ter achado
região do cérebro que "ama"

Imagens virtuais podem revelar como reage o
cérebro que ama

Cientistas britânicos acreditam ter descoberto
as partes do cérebro que estão relacionadas
ao sentimento do verdadeiro amor.

Eles dizem que a descoberta pode ajudar a
desenvolver testes capazes de determinar se
a pessoa está amando mesmo ou está
fingindo.

Os pesquisadores da University College of
London analisaram imagens virtuais dos
cérebros de 17 voluntários de ambos os
sexos.

Eles obtiveram as imagens em dois momentos
diferentes: quando o voluntário estava
olhando uma foto do parceiro por quem dizia
estar loucamente apaixonado, e quando
estava olhando a foto de uma outra pessoa
qualquer.

Segundo Andreas Bartels, um dos cientistas
que participaram do estudo, quando viam a
pessoa amada, os cérebros dos voluntários
apresentaram atividade diferenciada em duas
regiões que não se alteraram nas outras
situações.

Mal-estar intestinal

Uma dessas regiões, segundo os
pesquisadores, é a mesma que comumente os
cientistas associam às sensações de
mal-estar intestinal.

A outra é a mesma que se relaciona com a
euforia.

"Não chega a ser uma surpresa que
teanhamos encontrado as respostas nesta
região do cérebro", disse Bartels.

"Acho que, a partir de nossas experiências,
será possível elaborar um ‘teste do amor’ –
mas seria um teste bem caro".

Leia também

A situação no
Brasil


Desvendando o DNA
http://www.bbc.co.uk/portuguese/static/especial/dna/default.htm






SUBJECT: A ética da genética
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/07/2000 08:23

Fonte :
http://www.bbc.co.uk/portuguese/static/especial/dna/dna00614moral.htm


A ética da genética


Dr. Damian Carrington, da BBC News Online

Se a decodificação do genoma humano anuncia
uma nova era para a medicina, ela também
traz a necessidade de um novo código ético e
moral para a pesquisa.

Muitos acreditam, no entanto, que a pesquisa
científica avança em uma velocidade muito
maior do que as necessárias discussões de
como explorar essa nova e potente tecnologia.

Tomemos como exemplo a gravidez.

Como proceder no caso de um suposto teste
genético realizado no feto identifique a criança
irá morrer por problemas futuros logo na
adolescência?

Nesse caso, como coloca Sheila McLean,
professora de Direito e Ética Médica na
Universidade de Glasgow, na Escócia, se os
pais optam opr continuar com a gravidez, eles
poderão ser vistos como irresponsáveis.

Isso poderia levar a pressões incômodas,
segundo Donald Bruce, do Projeto Sociedade,
Religião e Tecnologia, na Escócia.

"Poderia haver pressão para a realização do
aborto, por razões de bem-estar e até
econômicas", diz Bruce.

Temores éticos

Pessoas cujas famílias sofreram por causa de
doenças herdadas têm uma diferente
perspectiva.

John Gillot, do Genetic Interest Group, que
reúne 120 organizações não-governamentais
de apoio a portadores de deficiência genética
no Reino Unido, diz que há uma ansiedade
desnecessária sobre o assunto.

"Não acho que haja muita pressão cultural em
relação ao aborto no Reino Unido", diz Gillot.

"Os testes podem ser benéficos. Eles podem
clarificar a situação para as pessoas e, mesmo
se o resultado de um teste sobre anomalia
genética for positivo, é o gene, e não o teste,
que dá esse parecer", diz Gillot.

O professor McLean, no entanto, acredita que
acreditar que as pessoas vão agir eticamente
não é o suficiente.

"É muito otimismo sobre a condição humana
imaginar que esse tipo de pressão não vai
ocorrer. Podemos abrir precedentes perigosos.
Inicialmente, poderíamos eliminar todos os
fetos e embriões com fibrose cística, por
exemplo. Mas o próximo passo poderia ser
eliminar fetos que apresentassem sinais de
doenças tardias, como o mal de Huntingdon,
que só afeta as pessoas após 40 anos de
idade".

Política social

Outra preocupação diz respeito à possibilidade
de discriminação contra pessoas com base na
sua herança genética.

Os considerados menos inteligentes, por
exemplo, poderiam ser descartados para
ocupar certos empregos.

O professor Robert Plomin, do Instituto de
Psiquiatria do Kings´s College, em Londres,
conduziu uma pesquisa polêmica que sugere
uma base genética para a inteligência.

Ele não se preocupa, no entanto, com a
possibilidade de discriminação no caso dessa
base genética ser identificada.

"Isso não quer dizer que nós vamos dar o
melhor da nossa sociedade para crianças que
tenham determinados genes. De fato,
poderíamos ter uma perspectiva inversa, a de
nos determos sobre as crianças que estão na
outra extremidade, e que estão cada vez
deixadas mais para trás".

"Quanto mais discutimos esses assuntos,
menos assustador ele se torna", diz Plomin.

Para cima









Principais
matérias:

Genoma humano: o

Livro da Vida

O que o genoma
pode
fazer por você

A ética da
genética


Links na Internet:

(Em Inglês)
Human Genome
Project
Celera Genomics
DNA desde o início

A BBC não se
responsabiliza
pelo conteúdo dos
links
indicados.




SUBJECT: Re: dane-se o genoma (desta vez pessoal...)
FROM: Eliane Evanovich Gallagher <eliane@cbio.ufpa.br>
TO: ciencialist@eGroups.com, Benjamin Hinrichs <hinsoft@sinos.net>
DATE: 07/07/2000 01:34



On Fri, 7 Jul 2000, Eliane Evanovich Gallagher wrote:

>
>
> On Tue, 11 Jul 2000, Benjamin Hinrichs wrote:
>
> > Ol� Eliane,
> > estou escrevendo para saber mais ou menos o que vc faz... seu endere�o de
> > e-mail j� me d� id�ia de biologia na universidade de Par�... bem, s� queria
> > alguns detalhes a mais...em que n�vel vc est�, quais seus principais
> > interesses, etc.
> > Bem, sou Benjamin Hinrichs, sou estudante do ensino m�dio (2� ano do segundo
> > grau) e no meu tempo livre trabalho na pesquisa (fa�o inicia��o cient�fica)
> > na Fisiologia/UFRGS. Meus principais interesses s�o biologia estrutural,
> > gen�tica, colesterol e tumores.
> > Isto sobre mim,
> > um abra�o,
> >
> > Benjamin Hinrichs
> Benjamin, Estou concluindo meu mestrado. Trabalho com genetica e
> evolucao, mais especificamente com a evolucao do sistema ABO em primatas
> do Novo Mundo! Pretendo trabalhar no meu doutorado, nao apenas com esse
> gene, mas outros genes homologos a este, como o alfa-1,3
> galactosiltransferase! Vou explicar resumidamente o objetivo do meu
> trabalho: certos alelos so ocorrem am algumas especies de primatas, mas
> nao aparecem em outras, como exemplo, o chimpanze que apresenta somente o
> alelo A e O, e o gorila que apresenta somente o alelo B! O objetivo e
> descobrir que tipo de mecanismo evolutivo aconteceu na evolucao deste gene
> dentro dos primatas!!
> Esse trabalho nao vai salvar em nada a vida da humanidade, e
> apenas pesquisa basica, alias, estudos evolutivos nao tem esse objetivo!
> Mas e bom lembrar que a pesquisa aplicada, e dependente da pesquisa
> basica!
meu endereco de e-mail e este mesmo eliane@cuxiu.cbio.ufpa.br
> t+!!
>
>



SUBJECT: Convite para XX Encontro Nacional de Estudantes de Química -
FROM: Comissão Organizadora do XX ENEQUI <enequi2001@bol.com.br>
TO: <mackquimica@egroups.com>, <licenciaturaintegrada@egroups.com>, <daequfba@egroups.com>, <ciencialist@egroups.com>, <Engenharia_quimica@egroups.com>, <fcul-quimica_98@egroups.com>, <projetoeducacional@egroups.com>, <quimica_em_geral@egroups.com>, <droga@egroups.com>, <formandos_enq_99@egroups.com>, <COCEQ9398@egroups.com>, <formatura2002-ufscar@egroups.com>, <zona-rural@egroups.com>, <quimica_aplicada@egroups.com>
CC: <quimica-qaw@egroups.com>
DATE: 07/07/2000 01:41

Convite aos Estudantes e Profissionais de Química
 
                     A comissão organizadora do XX Encontro Nacional de Estudantes de Química – XX ENEQUI – vem por meio desta nota, convidar os Estudantes e Profissionais de Química do Brasil para participar do evento acima mencionado, o qual terá como escola-sede a Universidade Estadual do Ceará – campus do Itaperi.
 
                    O Encontro acontecerá no período de 28 de janeiro a 03 de fevereiro de 2001, com o tema “O Papel e os desafios do Químico para o novo século”, abrangendo os campos de pesquisa, da industria e da educação.
 
                   As inscrições para XX ENEQUI já estão abertas,  podendo a ficha de inscrição e outras informações serem  encontradas na Home Page do XX Encontro Nacional dos Estudantes de Química pelo seguinte endereço http://www.uece.br/FrmXXEncQui.htm , ou pelo endereço abaixo:
Comissão Organizadora do XX ENEQUI
Universidade Estadual do Ceará – UECE
Departamento de Física e Química
Av. Paranjana, 1.700  - Bairro: Itaperi
Fortaleza-Ceará    CEP.: 60.740-000
                    Certos da participação em massa de todos os estudantes e profissionais químicos agradece deste já a atenção e apoio de todos,
 
Comissão Organizadora do XX ENEQUI
Robério Andrade de Sousa     
Coordenador Geral         
                                        E-mail: eneq2001@uece.br
                                            enequi2001@bol.com.br
                                       Fax: (85) 299-2580
                                        Junho – 2000
 

SUBJECT: Convite para XX Encontro Nacional de Estudantes de Química
FROM: Comissão Organizadora do XX ENEQUI <enequi2001@bol.com.br>
TO: <mackquimica@egroups.com>, <licenciaturaintegrada@egroups.com>, <daequfba@egroups.com>, <ciencialist@egroups.com>, <Engenharia_quimica@egroups.com>, <fcul-quimica_98@egroups.com>, <projetoeducacional@egroups.com>, <quimica_em_geral@egroups.com>, <droga@egroups.com>, <formandos_enq_99@egroups.com>, <COCEQ9398@egroups.com>, <formatura2002-ufscar@egroups.com>, <zona-rural@egroups.com>, <quimica_aplicada@egroups.com>
DATE: 07/07/2000 01:56

Convite aos Estudantes e Profissionais de Química
 
                     A comissão organizadora do XX Encontro Nacional de Estudantes de Química – XX ENEQUI – vem por meio desta nota, convidar os Estudantes e Profissionais de Química do Brasil para participar do evento acima mencionado, o qual terá como escola-sede a Universidade Estadual do Ceará – campus do Itaperi.
 
                    O Encontro acontecerá no período de 28 de janeiro a 03 de fevereiro de 2001, com o tema “O Papel e os desafios do Químico para o novo século”, abrangendo os campos de pesquisa, da industria e da educação.
 
                   As inscrições para XX ENEQUI já estão abertas,  podendo a ficha de inscrição e outras informações serem  encontradas na Home Page do XX Encontro Nacional dos Estudantes de Química pelo seguinte endereço http://www.uece.br/FrmXXEncQui.htm , ou pelo endereço abaixo:
Comissão Organizadora do XX ENEQUI
Universidade Estadual do Ceará – UECE
Departamento de Física e Química
Av. Paranjana, 1.700  - Bairro: Itaperi
Fortaleza-Ceará    CEP.: 60.740-000
                    Certos da participação em massa de todos os estudantes e profissionais químicos agradece deste já a atenção e apoio de todos,
 
Comissão Organizadora do XX ENEQUI
Robério Andrade de Sousa     
Coordenador Geral         
                                        E-mail: eneq2001@uece.br
                                            enequi2001@bol.com.br
                                       Fax: (85) 299-2580
                                        Junho – 2000
 

SUBJECT: Reunião da SBPC
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 09/07/2000 23:36

JB On-line - Especial - 09/07/2000.
 
Reunião da SBPC começa nesse domingo

ANTÔNIA MÁRCIA VALE

BRASÍLIA - As mais novas descobertas científicas sobre os gens humanos, os perigos dos alimentos transgênicos e os índices de desemprego no Brasil estarão sendo debatidos lado-a-lado, com igual importância, durante a 52ª reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que acontece de 9 a 14 de julho, em Brasília. A abertura oficial acontece neste domingo, no Teatro Nacional de Brasília. Artistas da própria Universidade de Brasília vão dar o tom cultural da festa. O Reitor da UnB, Lauro Mohry, e a presidente da SBPC, Glacy Zancan, coordenam o encontro.

Com o tema "O Brasil na Sociedade do Conhecimento - Desafio para o Século XXI", a reunião foi organizada de forma a fazer com que pessoas de todas as idades possam participar. A programação científica "Senior", que vai mostrar pesquisas tradicionais, recebeu inscrições de aproximadamente cinco mil trabalhos. Os resultados da dedicação dos cientistas brasileiros na busca de soluções para os nossos problemas serão apresentadas em conferências, simpósios, debates, mesas redondas depoimentos e oficinas espalhados por todo o campus universitário.

Empresas, universidades e centros de pesquisa vão expor seus projetos e os produtos gerados pelo trabalho dos cientistas na oitava Expociência, feira científica e tecnológica destinada ao grande público. Equipamentos de ensino das ciências e materiais didáticos serão apresentados na Expoeducação. E uma Feira do livro vai abastecer os que quiserem ampliar seus conhecimentos teóricos.

Os pesquisadores em início de carreira terão um bom espaço para mostrar seus trabalhos, a Sétima Jornada Nacional de Iniciação Científica e a Oitava SBPC Jovem. Os dois encontros contam com atividades como exposições, conferências, mini-cursos e mostras. Alunos e professores dos ensinos fundamental, médio e técnico podem participar.

Pela primeira vez, os pesquisadores vão dedicar um espaço especial para analisar os problemas da velhice. A Política Nacional do Idoso, a saúde, a sexualidade, a integração social e financeira e a capacidade produtiva dos idosos serão debatidas no encontro que está sendo chamado de SBPC na Terceira Idade.

E a comunidade que não integra o mundo universitário terá oportunidade de entrar no espaço do conhecimento formal. Os organizadores montaram a SBPC na Comunidade, uma série de palestras, mostras e cursos que serão desenvolvidos em escolas, salões paroquiais, associações de moradores, centros culturais e de trabalhadores espalhados por toda a cidade.

A diversão e o lazer não foram esquecidos. A SBPC Cultural vai agitar o campus universitário. São apresentações de orquestras, coros, bandas e grupos teatrais. A expectativa dos organizadores é de que mais de 20 mil pessoas participem das atividades em Brasília.

As inscrições começam na manhã de segunda-feira, primeiro dia oficial do encontro, na Secretaria da SBPC, montada no Instituto Central de Ciências, o chamado "Minhocão da UnB". 


SUBJECT: En: Transgênicos
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/07/2000 19:16

Pessoal,

Achei esta mensagem tão interessante que resolvi veiculá-la aqui também.
Recebi-a através de uma lista de discussão do Egroups chamada
"Cidadaniabrasil", recentemente fundada. A mensagem é uma resposta a um
manifesto contra os transgênicos distribuído aos participantes da reunião da
SBPC em Brasília, reproduzida mais abaixo.

Divirtam-se,
Belisário

----- Original Message -----
From: Ady Raul da Silva

> Informações sobre transgênicos.
>
> O documento "basta de transgênicos" é típico de uma histeria que
tem
> tido larga difusão, com alto grau de emocionalidade e quase nenhuma
> racionalidade, mais um item de um fanatismo que está dominando um
> ambientalismo da área negativista da civilização, e que tem se difundido
> porque tem havido uma tolerância por parte daqueles que conhecem a
> realidade.
> Considerando os males que a omissão da divulgação da verdade é que
> estou respondendo e contestando as informações do " Basta de
Transgênicos".
> Dois importantes fatores estão contribuindo para a difusão e
> aceitação de idéias e princípios ilógicos, incoerentes, negativistas da
> civilização: a característica da atual sociedade brasileira de
> permissividade e o desenvolvimento extraordinário dos meios de divulgação.
> Analisamos a seguir alguns fatos.
> Apesar de todo o empenho dos negativistas até agora não foi
> apresentado nenhum caso comprovado de dano à saúde ou ao meio ambiente
pelo
> uso de alimentos transgênicos. Estes têm sido usados há mais de 5 anos
por,
> pelos menos, 250 milhões de pessoas dos países mais adiantados do mundo
onde
> há os maiores cuidados com a saúde humana. Só este fato anula quase toda a
> argumentação contra os transgênicos.
> Porquê só são criticados os alimentos transgênicos e não fazem o
> mesmo contra os remédios transgênicos ?
> O risco dos remédios, não só os criados pela biotecnologia
genética,
> usados diariamente, por toda a população, é real reconhecido como
causador
> de danos à saúde humana, o que é confessado, em todos os remédios com
tarja
> vermelha, e naqueles em que é exigida a retenção de receita porque viciam,
> pelas bulas em que explicam todos os danos à saúde causados por eles nas
> doses normais e nas superdosagens, nas gestantes e nas crianças.
> Ultimamente, em muitos dos remédios muito usados encontra-se ainda a
> advertência que embora tenham sido realizadas pesquisas com os resultados
> descritos nas bulas, elas não foram exaustivas e por conseguinte podem
> ocorrer outros efeitos maléficos não descritos e imprevisíveis .
> Se fosse aplicado a idéia defendida pelos que são contra os
> transgênicos que só fossem utilizados após haverem pesquisas completas,
> moratória ) esses remédios não poderiam estarem sendo receitados e a
> humanidade não teria os seus benefícios, o que por certo o autor de "Basta
> de transgênicos" não concordaria e possivelmente esteja usando remédios
com
> numerosa contra-indicações inclusive as vagas, não identificadas como a
> reação aos produtos da formulação.
> Há risco em todas as atividades resultantes da civilização que
nada
> mais é do que o uso do raciocínio e da inteligência para resolver os
> problemas da humanidade, permitir o seu aumento em número e na qualidade
de
> vida.
> A humanidade cresceu em número, na duração e na qualidade de vida
> quando se passou a resolver os seus problemas com racionalidade em vez de
> tentar resolve-los pela emocionalidade, pelas crenças religiosas, por
> apelos a sacrifícios a deuses.
> Os transgênicos são obtidos apenas por uma tecnologia que permite
> em curto espaço de tempo, realizar modificações genéticas que a
natureza,
> as vezes faz, por acaso, levando milhares de anos para acontecer. Só
para
> dar dois exemplos, conhecidos, demonstrados, com alimentos largamente
> utilizados. O trigo usado para fazer pão é composto dos genomas de três
> gêneros diferentes o mesmo ocorrendo com o milho. No principio do século
> passado foi criado um novo cereal que está sendo cultivado e usado pelo
> homem e em ração para animais o triticale, resultando do cruzamento de
trigo
> com centeio e pelo uso de uma substancia química e orgânica, a
colchicina,
> que dobra o numero dos cromossomas.
> Em se falando de riscos imaginários como a possibilidade de danos
à
> saúde pelos transgênicos podemos levantar um outro: a dos telefones
> celulares por liberarem irradiações próximas ao cérebro. Pesquisadores
> ingleses ,conforme foi noticiado na televisão, não encontraram evidência
de
> danos, mas advertiram que há risco e recomendaram que os jovens não
> deveriam usa-los porque os seus cérebros em desenvolvimento são
> possivelmente mais sujeitos a possíveis danos.
> Naturalmente os que são contra os possíveis riscos dos
transgênicos
> não são contra o uso dos celulares, por uma simples razão eles têm
celulares
> e não querem se privar dos seus benefícios. Os transgênicos barateiam os
> alimentos mas a diferença é sensível para os pobres mas não para os da
> classe média. Os pobres serão muito beneficiados com o transgênico no
arroz
> que vai fornecer vitamina essencial sem nenhum custo para o consumidor.
Para
> os ricos e a classe média urbana isto não tem importância eles compram
> vitaminas e sais minerais e por isso a deficiência no arroz alimento
básico
> dos pobre não os afeta.
> A condenação por parte de Europa, que tem sido exageradamente
> difundida, dos produtos transgênicos é mais comercial e promovida pelas
suas
> forças econômicas, do que temor ao efeito dos transgênicos, porque eles
> estão atrasados no seu desenvolvimento e porque os transgênicos são mais
> baratos e eles estão interessados em encarecer os produtos agrícolas
> importados para diminuir a necessidade deles subsidiarem à sua agricultura
> em mais de US$180 bilhões. É por isso que também estão fazendo propaganda
> dos produtos orgânicos dos seus fornecedores, mas que eles não produzem em
> larga escala.
> Os europeus não admitem importar carne bovina dos Estados
Unidos
> porque os animais são tratados com hormônios apesar de ter ficado provado
e
> comprovado que não há danos no consumo dessa carne e por isso a
Organização
> Mundial do Comércio condenou a Uniâo Européia a sofrer retaliações
> comerciais dos Estados Unidos. É um caso semelhante a dos transgênicos a
> razão é econômica e não de saúde.
> A Europa não paga mais pela soja não transgênica do Brasil, mas
os
> produtores brasileiros têm custo mais elevado, em cerca de 20 % do que os
> seus concorrentes. Nós brasileiros que somos pobres ganhamos menos que os
> norte-americanos e argentinos que são mais ricos do que nós. Desejo saber
a
> origem dos dados que menciona que os europeus estão comprando mais soja do
> Brasil do que dos Estados Unidos e da Argentina que produzem e exportam
soja
> transgênica. É diferente do que estou informado.
> A condenação dos transgênicos pelo risco de criarem entes
> prejudiciais porque o gene incorporado pode se transmitir a outras
espécies
> não cultivadas é de pouca importância. Compare-se com a criação de
> antibióticos que por sua ação provocam a criação de estirpes mais
> resistentes a eles fazendo perder o seu efeito e ainda selecionam
espécies
> de patógenos mais virulentos. Ninguém aceita que se estabeleçam moratórias
> para o uso de novos antibióticos ou que se impeça o seu uso porque
> provocarão a criação de espécies mais resistentes.
> Esses fatos que cito são tão conhecidos que não precisariam
> serem mencionados mas a campanha contra os transgênicos e pelos
> ambientalistas fanáticos tem sido tão intensa que muita gente acredita
> porque não raciocina sobre as acusações e passa a acreditar pela
intensidade
> da propaganda.
> Não há racionalidade e não é ecologicamente correto no fato da
> Coca Cola ser o refrigerante mais consumido no Brasil, onde a população
tem
> a seu dispor sucos naturais, sem preservantes químicos, em todas as
regiões
> como o mate, o suco de uva, o suco de maça, o suco de laranja, o
chocolate,
> o suco de caju, o açaí, o cupuaçú, além do café. A nossa população, esmo a
> mais culta e bem informada, não resiste à propaganda que manda beber Coca
> Cola e similares, e ela obedece. Assim a uma propaganda contra os
> transgênicos, contra o uso de nossos recursos naturais a população passa a
> acreditar neles e atende o interesse de outros povos, quando o
> ecologicamente correto é uma população dar preferência aos produtos do seu
> meio ambiente, a ser patriota. É uma questão de vida e morte para os
pobres.
> A pobreza é o fator que mais mata, que diminui a duração da vida e que
cria
> as piores condições de vida.
> Concordar e fazer com que a nossa população não utilize os
seus
> recursos naturais, como querem os ambientalistas fanáticos, e pouco
produza
> para criar riqueza fará com que haja menos netos de seus netos.
> Ady Raul da Silva
> e-mail adyr@solar.com.br
>
>
>
>
> ----- Original Message -----
> From: Paula <paula9758397@ceub.br>
> To: herilckmans belnis tonha moreira <heril@unb.br>;
> <listageografia@egroups.com>; <dtoambiental@egroups.com>;
> <cidadaniabrasil@egroups.com>
> Cc: <ap_fernandes@yahoo.com.br>; <dlouzada@brnet.com.br>;
> <framos@tba.com.br>; <lnasser@unb.br>; <Maria051219@ceub.br>;
> <marilia032273@ceub.br>; <miguelvs@tcu.gov.br>
> Sent: Monday, July 10, 2000 8:04 AM
> Subject: [cidadaniabrasil] >> BASTA! de transgênicos!
>
>
>
> Aos interessados no polêmico assunto sobre trangênicos, repasso o texto
> escrito
> pelo meu pai.
> Paula C. L. Moura Lelis
> Brasília - DF
> >To: vivario@vivario.org.br, noblat@cbdata.com.br, atenidec@uol.com.br,
> paula9758397@ceub.br
>
> >From: Joaquim Moura <joaquim.moura@persocom.com.br>
> >Date: Mon, 10 Jul 2000 09:04:36 -0300
> >
> >Basta! de Transgênicos
> >ou
> >"Pensando com amor nos netos de nossos netos"
> >
> >Manifesto distribuído aos participantes
> >do encontro da SBPC em Brasilia
> >e enviado eletronicamente a congressistas e jornalistas
> >********************************
> > A violência não está só nas ruas (e dentro de muitos lares). Que
> >violência será maior que sermos obrigados a consumir alimentos
> >adulterados geneticamente? Alterar a constituição genética de nossos
> >alimentos é afetar nossa saúde, a médio e longo prazos. Quem quererá se
> >alterar comendo arroz que não é bem arroz, feijão que não é bem feijão?
> > Em meio a tantos problemas sociais e ambientais, de tanta
> >decadência cultural e econômica, vamos passar a comer alimentos não mais
> >os mesmos que alimentaram nossos ancestrais, só por que reduzem custos
> >de quem só busca o lucro, ao se envolver com a alimentação dos povos.
> > Quinta-feira (6/7/2000) seis ministros do governo FHC emitiram
> >nota oficial conjunta (eu nunca tinha visto isso antes!) para defender a
> >urgente introdução dos alimentos transgênicos na alimentação dos
> >brasileiros, e para elogiar a atuação do Conselho Técnico Nacional de
> >Bio(in)segurança, sempre aprovando qualquer proposta de alterar nossos
> >alimentos. Com ministros assim um povo não precisa mesmo de inimigos...
> > Eis os ministros da Monsant... oops, do governo federal: da Casa
> >Civil (Pedro Parente), da Justiça (José Gregori), da Agricultura
> >(Pratini de Moraes), da Ciência e Tecnologia (Ronaldo Sardenberg), do
> >Meio Ambiente (Sarney Filho), e da Saúde interino (Barjas Negri). Notem
> >a presença até dos ministros da Saúde (interino), do Meio Ambiente, e da
> >Justiça, que deviam ser os primeiros a ficarem do lado da população. (Em
> >nosso sistema, espera-se que os ministros da Agricultura e da Ciência e
> >Tecnologia estejam sempre do lado dos produtores rurais, científicos e
> >industriais que utilizem as tecnologias mais lucrativas, ainda que
> >prejudiciais às pessoas e ao meio ambiente).
> > Mesmo do ponto de vista econômico, ao adulterarmos geneticamente
> >nossos produtos agrícolas, começaremos imediatamente a perder nosso
> >principal mercado externo, a Europa, cuja população sabida e
> >crescentemente já optou pelos alimentos tradicionais. Desde a introdução
> >de sua soja transgênica, os EUA tiveram sua exportação reduzida em 33% e
> >o Brasil teve a sua aumentada em 116%... O Brasil quer aumentar a
> >exportação de frango? Então garanta que eles não foram alimentados com
> >milho transgênico (nem com hormônios, antibióticos etc.). Quem
> >desconhece que o mercado para produtos cultivados organicamente está
> >explodindo na Europa e nos EUA?
> > O assunto é longo, mas fundamental. Uma das principais razões da
> >decadência social generalizada que assistimos (a violência é um aspecto
> >intrínseco) é a decadência da qualidade de nossa alimentação, ocorrida
> >nos últimos 50 anos, desnaturada por produtos quíimicos desde adubos
> >sintéticos e agrotóxicos até corantes, conservantes e outros aditivos
> >para viabilizar sua estocagem e comercialização. Alimentar animais
> >herbívoros (como bois, porcos e frangos) com ração contendo carne moída
> >já é considerado normal. Irradiar nossos alimentos para aumentar seu
> >prazo de estoque também já conta com forte lobby "científico" bancado
> >pelas indústrias de equipamentos ionizantes. Quem fará o lobby da
> >Agricultura Urbana (para reduzir a fome e melhorar a saúde e o
> >ambiente)? Quem fará o lobby do broto de feijão e do arroz integral
> >orgânico?
> > E, afinal, cadê a ética dos produtores, "cientistas", ministros e
> >jornalistas ao não exigirem, ao menos, que os alimentos transgênicos
> >sejam rotulados? Que produto é esse que precisa se esconder de seus
> >consumidores?
> >
> >Para ler artigos em jornais sobre o assunto, que lhe ajudarão a formar
> >sua própria opinião, por favor visite;
> >http://www.geocities.com/jmbmoura/transgen.html
> >No caso de querer fazer algo pelos netos de seus netos, comunique-se:
> >joaquim.moura@persocom.com.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Transgênicos
FROM: Jairo Santos Vieira <JVIEIRA@vortex.ufrgs.br>
TO: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
CC: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/07/2000 04:35

A mensagem desse tal de Edi, a favor dos trangenicos bem mostra que ele
esta a favor dos grandes burgueses internacionais. Essa soja round up
ready tem parte de cromossomas de quem? talvez de minhoca ou de
lagartixa. Quem sabe nao, mas sim de alguma planta venenosa da Malasia?
Palhaco esse defensor dos transgenicos...
Como uma mutacao genetica pode ser detectada em apenas uma geracao?
Podemos estar sendo mutado para que? Nao se sabe...
Ter prudencia eh o melhor caminho. Este cara quer que a gente saia
comendo tudo o que os caras fazem... Este cara deveria ir trabalhar na
Monsanto e usar sua boca como lata de lixo dos laboratorios de biologia
de lah...
Uma doenca eh uma coisa. Se alguem toma um remedio que ainda nao foi
experimentado em humanos eh porque nao tem outra saida!!!


SUBJECT: dane-se o genoma
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/07/2000 15:29

Segundo a Nature (que faz uma imensa revisão do grande assunto em questão no
momento na medicina), ou melhor, o autor do artigo que estou lendo, mais
importante do que ter toda a seqüência é saber interpretá-la. Fazer
previsões a partir dos genes não é moleza. Dizer qual a cara de uma proteína
sintetizada não é nem um pouco fácil pelas inúmeras estruturas
tridimensionais que podem assumir. Ter o genoma sequenciado não é o mesmo
que dizer que agora podemos tratar de doenças antes que elas surjam nos
indivíduos.
Bem, volto com mais informações quando avançar no artigo.

Abraço,

Benjamin Hinrichs




SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Transgênicos
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/07/2000 20:14

> > Apesar de todo o empenho dos negativistas até agora não foi
> > apresentado nenhum caso comprovado de dano à saúde ou ao meio ambiente
> pelo
> > uso de alimentos transgênicos

Só li a mensagem até aqui. Vou citar os que me lembro que faz muito tempo
qye dei uma palestra a respeito do tema, seguindo o exemplo do meu amigo
José A. Lutzenberger que defendeu suas idéias na Unisinos há um bocado de
tempo.
Exemplos citados por ele:
- no Rio Grande do Sul onde os trangênicos são "proibidos" foi importada uma
leva de sementes e essas não puderam ser plantadas. Resultado: as sementes
foram despejadas num terreno baldio que ficava no caminho de uma escola.
Toda criança quando vê um morrinho de pedras, sobe. Num de areia, sobe. Num
de sementes (por indução) também subirá. Várias (se não me engano 200) foram
parar no hospital por causa do excesso de agrotóxicos embebidos nas sementes
(inclusive algumas acabaram cegas).
- algumas pessoas são alérgicas à castanha do Pará. Bem, não sei onde foram
pegos alguns genes da castanha e pessoas que tinham alergia à castanha
passaram a ter alergia contra o alimento em questão que eu não sei qual era.

Bem, acho que esses dois exemplos contrariam a afirmação do início da
mensagem. Meu trabalho portanto está feito.




SUBJECT: Gelo
FROM: "Rafael Cisneiros Lenine" <rafa-rbn@rio.matrix.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/07/2000 21:53

Boa Noite Listeiros.
 
Vi a pergunta que segue abaixo no tópico do canal #fisica, da brasnet (IRC), nao sei explicar, será que alguém aí pode me ajudar?
 
Quando vc botar uma pedra de gelo na agua [ambos H2O puro], o gelo boia e uma parte do gelo fica a cima do nivel da agua. Essa parte do gelo sempre segue a mesma proporcao?? Qual e essa proporcao?? E os outros materiais, segue sempre uma proporcao??
 
[]´s
 
Rafael Lenine

SUBJECT: Re: [ciencialist] Gelo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/07/2000 23:03

A razão (volume emerso/volume imerso) para o gelo em água é constante e igual à razão (diferença das densidades da água e gelo/ densidade da água), ou
 
(Vtotal-Vimerso)/Vimerso = (Dágua-Dgelo)/Dágua = constante
 
[]'
Léo
-----Mensagem Original-----
De: Rafael Cisneiros Lenine
Para: ciencialist
Enviada em: terça-feira, 11 de julho de 2000 21:53
Assunto: [ciencialist] Gelo

Boa Noite Listeiros.
 
Vi a pergunta que segue abaixo no tópico do canal #fisica, da brasnet (IRC), nao sei explicar, será que alguém aí pode me ajudar?
 
Quando vc botar uma pedra de gelo na agua [ambos H2O puro], o gelo boia e uma parte do gelo fica a cima do nivel da agua. Essa parte do gelo sempre segue a mesma proporcao?? Qual e essa proporcao?? E os outros materiais, segue sempre uma proporcao??
 
[]´s
 
Rafael Lenine
*** --- ***

>> Revista de quimica (na Web) <<
http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/

*** --- ***




SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Transgênicos
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/07/2000 00:27


----- Original Message -----
From: Benjamin Hinrichs


> > > Apesar de todo o empenho dos negativistas até agora não foi
> > > apresentado nenhum caso comprovado de dano à saúde ou ao meio ambiente
> > pelo
> > > uso de alimentos transgênicos
>
> Só li a mensagem até aqui. Vou citar os que me lembro que faz muito tempo
> qye dei uma palestra a respeito do tema, seguindo o exemplo do meu amigo
> José A. Lutzenberger que defendeu suas idéias na Unisinos há um bocado de
> tempo.
> Exemplos citados por ele:
> - no Rio Grande do Sul onde os trangênicos são "proibidos" foi importada
uma
> leva de sementes e essas não puderam ser plantadas. Resultado: as sementes
> foram despejadas num terreno baldio que ficava no caminho de uma escola.
> Toda criança quando vê um morrinho de pedras, sobe. Num de areia, sobe.
Num
> de sementes (por indução) também subirá. Várias (se não me engano 200)
foram
> parar no hospital por causa do excesso de agrotóxicos embebidos nas
sementes
> (inclusive algumas acabaram cegas).

Mas espere um pouco: os caras foram para o hospital por causa do excesso
de agrotóxicos? Então não foi por causa dos transgênicos, foi por causa dos
agrotóxicos.

> - algumas pessoas são alérgicas à castanha do Pará. Bem, não sei onde
foram
> pegos alguns genes da castanha e pessoas que tinham alergia à castanha
> passaram a ter alergia contra o alimento em questão que eu não sei qual
era.

Não sei se entendi muito bem essa. O que você quis dizer por "foram
pegos alguns genes da castanha"? Talvez você tenha querido dizer que alguns
genes da castanha foram passados para um outro alimento, e a pessoa que
tinha alergia à castanha passou a ter alergia contra esse alimento. Se for
esse o caso, há uma explicação muito simples: pessoas têm alergia por
substâncias químicas; quando um alimento contém essa substância, ela é
alérgica ao alimento. Então, provavelmente os genes transferidos eram os
responsáveis pela produção da tal substância na castanha-do-pará; assim, a
substância passou a ser produzida também pelo novo alimento transgênico.
Ora, o caráter prejudicial nesse caso é completamente previsível e trivial.
Se você transladar o gen de um cogumelo venenoso que produz o veneno para um
tomate, então talvez o tomate fique venenoso. Não é sobre isso que estamos
falando quando questionamos se os transgênicos são prejudiciais. Falamos
sobre efeitos imprevisíveis, e não sobre os previsíveis - estes são
controláveis.

> Bem, acho que esses dois exemplos contrariam a afirmação do início da
> mensagem. Meu trabalho portanto está feito.

Ainda não foi desta vez... :))

Inté,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Gelo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/07/2000 06:49

Vou tentar desencavar alguns velhos conhecimentos de fisica para tentar
responder
sua questao :

Seja DL = densidade do liquido ( Kilos por metro cubico por exemplo )
DS = densidade do solido ( gelo )
VS = volume do solido
VL = volume de liquido deslocado
Vamos supor que DS < DL :
Ao se colocar o solido boiando no liquido ( pelo principio de
arqumedes se nao me
engano ) ele ira deslocar o memo volume de liquido que seu peso total :


VL*DL = VS*DS ==> VL/VS = DS/DL

O volume deslocado eh VD = VS-VL = VS - VS*DS/DL = VS(1-DS/DL )
Finalmente :
==> VD/VS = 1 - DS/DL = constante
Ou seja a razao Volume deslocado sobre Volume Total eh sempre constante;

Me corrija se eu estiver errado Leo.
[]s
jocax

Rafael Cisneiros Lenine wrote:

> Boa Noite Listeiros. Vi a pergunta que segue abaixo no tópico do canal
> #fisica, da brasnet (IRC), nao sei explicar, será que alguém aí pode
> me ajudar? Quando vc botar uma pedra de gelo na agua [ambos H2O puro],
> o gelo boia e uma parte do gelo fica a cima do nivel da agua. Essa
> parte do gelo sempre segue a mesma proporcao?? Qual e essa proporcao??
> E os outros materiais, segue sempre uma proporcao?? []´s Rafael Lenine
> -----------------------------------------------------------------------
>
> -----------------------------------------------------------------------
> *** --- ***
>
> >> Revista de quimica (na Web) <<
> http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/
>
> *** --- ***
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist]
FROM: "Nanam" <nanam@directnet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/07/2000 10:02

Querido amigos
É a primeira vez que vejo tanta discussão em torno de um assunto só.
Os trangênicos como todos sabem é algo novo.
Lembrando algumas épocas remotas sou obrigada a lembrá-los que nem sempre as
teorias "revolucionárias" foram bem aceitas. Giordano Bruno, Galileu
Galilei, Copérnico e Kleper defendiam de certa forma o panteísmo ("Deus está
em tudo, Deus é a Naturureza..não somos o centro do Universo"). Isso foi
contra a concepção da Igreja Católica do teocentrismo. O que aconteceu com
todos? Foram perseguidos. Galileu que era muito religiosos teve de pedir
perdão e retirar as suas idéias...até ele que era católico!
Assim ocorreu, o próprio cientista Alexandre Fleming que descobriu uma
maneira de matar o estafilococos através da penicilina nào foi bem recebido.
Oswaldo Cruz teve o mesmo problema com sua vacina no Brasil. Ninguém
acreditava que poderia dar certo.
Muitos cinetistas renomados duvidaram ( e satirizaram) Darwin, consideram
Einstein um louco além de excêntrico (infelizemente só foi reconhecido
através daquilo que ele pedira para o presidente dos EUA não produzir: A
bomba de H)
Voltando ao fato inicial, sei que muitos criticam os transgênicos. Eu também
critíco pois eles podem ser muito bem um bom joguete para quem está
investindo nessa propaganda toda. De repente estaremos comprando por um
preço mais elevado um produto que não oferece tantas vantagens.
Por um outro lado o aumento da qualidade na produção pode trazer uma safra
com menos desperdícios. Estou desconsiderando que o problema no Brasil seja
a má estocagem de produtos ag'ricolas. O problema da fome não ir';a cessar
apenas pelas plantas serem mais resistentes ou terem um período de
crescimento menor.
Os trangênicos oferecem os mesmos riscos que as sementes comuns. Que também
vem embebidas de agrotóxicos
E um fato interessante: a própria batata inglesa que comemos frita hoje era
venenosa. Mudamos as suas características para que ela se tornasse
comestível.
E é assim: ao longo do tempo o ser humano precisa evoluir, não se deve
aceitar tudo mas também devemos tomar cuidado com as informações "soltas"
Devemos pensar olhando o todo, analisando bem o que se fala

Beijinhos para todos
Lu




SUBJECT: Re: [ciencialist] Gelo
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/07/2000 13:22

Oi, pessoal. Há um pequeno erro na conta abaixo: se VL é o volume de
líquido deslocado (ou seja, o volume do sólido que ficou embaixo da
superfície da água) e VS é o volume do sólido, então VS-VL é o volume do
sólido que ficou fora da água. Então as últimas linhas do cálculo devem ser
substituídas por:

> O volume do sólido fora d'água eh VD = VS-VL = VS - VS*DS/DL =
VS(1-DS/DL )
> Finalmente :
> ==> VD/VS = 1 - DS/DL = constante
> Ou seja a razao "Volume do sólido fora d'água" sobre "Volume Total" eh
sempre constante;

Essa razão é de cerca de 1/9 no caso do gelo, porque a densidade do gelo
é de cerca de 9/10 da da água. Um nono do gelo fica para fora d'água quando
colocamos uma pedra de gelo na água (o que quer dizer que debaixo da ponta
de um iceberg existe uma montanha 9 vezes maior do que a que vemos de cima
da água).

Há outra curiosidade interessante a respeito disso. Se enchermos um copo
até a borda, e nele colocarmos delicadamente um bloquinho de gelo, a água
transbordará? Deixo a resposta aos listeiros...

Até a próxima,
Belisário

----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos

> Vou tentar desencavar alguns velhos conhecimentos de fisica para tentar
> responder
> sua questao :
>
> Seja DL = densidade do liquido ( Kilos por metro cubico por exemplo )
> DS = densidade do solido ( gelo )
> VS = volume do solido
> VL = volume de liquido deslocado
> Vamos supor que DS < DL :
> Ao se colocar o solido boiando no liquido ( pelo principio de
> arqumedes se nao me
> engano ) ele ira deslocar o memo volume de liquido que seu peso total :
>
>
> VL*DL = VS*DS ==> VL/VS = DS/DL
>
> O volume deslocado eh VD = VS-VL = VS - VS*DS/DL = VS(1-DS/DL )
> Finalmente :
> ==> VD/VS = 1 - DS/DL = constante
> Ou seja a razao Volume deslocado sobre Volume Total eh sempre constante;
>
> Me corrija se eu estiver errado Leo.
> []s
> jocax
>
> Rafael Cisneiros Lenine wrote:
>
> > Boa Noite Listeiros. Vi a pergunta que segue abaixo no tópico do canal
> > #fisica, da brasnet (IRC), nao sei explicar, será que alguém aí pode
> > me ajudar? Quando vc botar uma pedra de gelo na agua [ambos H2O puro],
> > o gelo boia e uma parte do gelo fica a cima do nivel da agua. Essa
> > parte do gelo sempre segue a mesma proporcao?? Qual e essa proporcao??
> > E os outros materiais, segue sempre uma proporcao?? []´s Rafael Lenine
> > -----------------------------------------------------------------------




SUBJECT: Re: [ciencialist]
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/07/2000 13:22

lu,

On Wed, 12 Jul 2000, Nanam wrote:
> Os trangênicos como todos sabem é algo novo.

mezzo, mezzo... a tecnologia de criacao de transgenicos eh relativamenet
nova, mas os transgenicos nao. ao q. tudo indica, *nos* somos transgenicos
-- em nosso genoma nuclear estao acoplados pedacos de infeccoes viroticas
antigas.

> Lembrando algumas épocas remotas sou obrigada a lembrá-los que nem sempre as
> teorias "revolucionárias" foram bem aceitas. Giordano Bruno, Galileu

qdo sao revolucionarias *nunca* sao amplamente aceitas de imediato --
justamente por seres revolucionarias (eh dificil ter q. remodelar toda uma
visao de mundo). mas o fato de uma ideia ser rejeitada e ateh
ridicularizada nao reflete na genialidade e muito menos na veracidade
dessa ideia -- diria ateh q. a maioria das ideias rejeitadas apos uma
analise superficial sao mesmo descartaveis. porem como medias nao servem
para individuos (ou pra cair em lugar comum 'cada caso eh um caso'):
digamos q. a tecnologia transgenica nao deve ser demonizada nem
santificada sem consideracoes mais detalhadas (acho q. eh mais ou menos o
seu ponto de vista).

> E é assim: ao longo do tempo o ser humano precisa evoluir, não se deve
> aceitar tudo mas também devemos tomar cuidado com as informações "soltas"
> Devemos pensar olhando o todo, analisando bem o que se fala

certamente. em outra lista da qual participo tbm estah correndo solta a
discussao em cima dos transgenicos (suponho q. isso tudo se deve aas
manifestacoes realizadas durante a reuniao da sbpc -- contra e a favor).
repito aqui o q. lah defendi: sejamos um tanto cinicos nessa historia,
porq. contra e favor disso estao interesses comerciais bastante
fortes, eh serio o risco de sermos manipulados (a famosa massa de manobra)
por discursos sentimentaloides de lado a lado.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Gelo
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/07/2000 13:30

> Há outra curiosidade interessante a respeito disso. Se enchermos um copo
> até a borda, e nele colocarmos delicadamente um bloquinho de gelo, a água
> transbordará? Deixo a resposta aos listeiros...

bem, certamente esse gelo irah deslocar uma certa massa de agua --
dependendo do tamanho do gelo (q. vai afetar o volume de agua deslocado) e
da interacao entre as moleculas de agua e a parede do copo, o volume
deslocado pode nao ser contido pela tensao superficial da agua e serah
derramada uma certa quantidade.

agora, uma vez o gelo no copo e com a agua ateh o limite do
transbordamento, qdo o gelo derreter nao vai derramar nem uma gota sequer.
a agua formada pelo gelo derretido vai ocupar exatamente o volume da agua
deslocada pelo gelo.

daih q. a intensificacao do efeito estufa (eu acredito nos estudos q.
mostram a sua ocorrencia atual) deve elevar os niveis dos oceanos nao pelo
derretimento dos icebergs - mas do gelo q. se encontra fora do mar, nas
calotas polares.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Gelo
FROM: Oliver Lee <olee@ucla.edu>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/07/2000 15:50


>agora, uma vez o gelo no copo e com a agua ateh o limite do
>transbordamento, qdo o gelo derreter nao vai derramar nem uma gota sequer.
>a agua formada pelo gelo derretido vai ocupar exatamente o volume da agua
>deslocada pelo gelo.

Roberto,

Se 1/9 do gelo fica fora da agua... quando o gelo derrete, o 1/9 nao ira
derramar esse volume?

OLee



SUBJECT: Re: [ciencialist] Gelo
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/07/2000 17:38

On Wed, 12 Jul 2000, Oliver Lee wrote:
> Se 1/9 do gelo fica fora da agua... quando o gelo derrete, o 1/9 nao ira
> derramar esse volume?

OLee,

qdo o gelo derreter, a massa q. ocupava um volume v, vai ocupar apenas
0,9v - a densidade da agua em estado solido corresponde a apenas 90% da
agua em estado liquido - a agua e umas poucas substancias mais tem essa
propriedade de ser mais densa em estado liquido.

o processo de derretimento do gelo -- sob o ponto de vista apenas da
densidade -- poderia ser visualizado como ocorrendo a compactacao de uma
massa de gelo ateh ocupar apenas 90% de seu volume original (mesma massa
em volume menor dah uma densidade maior). claro q. nao devemos levar essa
ideia de compactacao do gelo muito longe, o processo real de fusao do gelo
eh bem diferente de uma simples compactacao.

de qq maneira:

- o volume deslocado de agua corresponde ao volume submerso;
- o volume submerso qdo derreter vai se contrair;
- o volume emerso tbm se contrai;
- o volume final da porcao emersa depois de derretida corresponde ao
'espaco' deixado pela contracao da parte submersa;
- o volume total do gelo depois de derreter serah igual ao volume inicial
da parte submersa antes de derreter;
- assim nao haverah um aumento no volume de agua deslocada no copo, a agua
nao transborda com o derretimento do gelo.

esse experimento pode ser feito em casa, bastam um copo comum (de vidro,
plastico, etc), um pouco de agua de torneira e alguns cubos de gelo.

encha o copo ateh transbordar. espere a agua parar de se agitar e ponha
alguns cubos de gelo de modo q. ele fique flutuando na agua (esse detalhe
eh importante -- nao se deve encher tto de gelo a ponto dos cubos de baixo
tocarem no fundo). vai transbordar agua num primeiro momento. agora eh soh
deixar 'a temperatura ambiente e esperar o gelo derreter.

poderia se suspeitar q. a agua nao transborda por causa da evaporacao q.
eliminaria o excesso de agua formada pelo derretimento do gelo. um
procedimento pra eliminar essa duvida eh deixar um outro copo cheio de
agua por perto e verificar o volume q. se evapora no periodo (em geral vai
ser imperceptivel a olho desarmado). outro procedimento eh instalar o
experimento dentro de uma redoma de vidro com o ar saturado de umidade -
tipo um vidrao de azeitona selado na boca com um pedaco daqueles filmes
transparentes de pvc pra embalar alimentos -- antes de selar vc pode dar
umas baforadas ateh embacar o vidro.

pra verificar q. nao ocorre mesmo transbordamento de agua, vc pode colar
um pedaco de papel filtro (pode ser filtro de cafeh) debaixo do copo,
depois q. a agua com gelo parar de sacudir e tiver secado o copo por fora.
bem, como o gelo vai esfriar o copo, deve formar goticulas de umidade
condensada do lado de fora, q. pode escorrer e umedecer o filtro. como
ninguem vai ter tto tempo livre nem paciencia pra acompanhar todo o
processo de derretimento do gelo, poderia ficar na duvida se um eventual
umedecimento do papel teria se dado pela condensacao ou pelo
transbordamento.

um modo de refinar o experimento sem tornah-lo economicamente inviavel
como procedimento caseiro eh fazer gelos coloridos -- algumas gotas de seu
corante alimenticio preferido na agua usada pra fazer os cubos de gelo
(pode ser tbm sucos instantaneos -- os melhores sao os de uva, framboesa.
amora e de morango, nao pelo sabor, mas pela capacidade de corar... qq
um q. jah teve o desprazer de tentar remover manchas desses sucos de uma
camisa branquinha entende bem o q. digo). core tbm a agua do copo (pode
ser da mesma cor do gelo ou uma diferente). pronto. se houver
transbordamento de agua do copo, o papel deve ficar ligeiramente tingido.

e como precaucao final, instale o experimento em um local q. ninguem irah
mexer, mas q. possa ser diretamente observavel, sem necessidade de
manipulacao posterior do experimentador.

podemos provar isso matematicamente tbm.

a densidade da agua liquida (d<agua>) eh de cerca de 1g/ml (1kg/l), a do
gelo (d<gelo>) eh de cerca de 0,9g/ml. massa m e volume v se relacionam
pela densidade d como se segue:

d = m/v (equacao q. jah postaram aqui) eq1.

o empuxo E corresponde ao peso P<agu> da massa de volume de agua deslocado
pelo corpo. o volume de agua deslocado corresponde ao volume do corpo
imerso na agua. por essa relacao jah demonstraram aqui q. um bloco de gelo
flutuando na agua (situacao em q. E = P do objeto), apresenta 90% de seu
volume submerso.

bem, entao, pra q. haja um transbordamento de agua eh preciso q. uma certa
qq de agua seja deslocada, essa quantidade de agua deslocada corresponde
'a variacao de volume de um corpo submerso nessa agua. por exemplo, se
colocarmos um outro corpo de volume v<1> com densidade igual 'a da agua,
um volume igual a v<1> de agua irah transbordar. efetivamente se
colocarmos mais agua (q. afinal tem a mesma densidade da agua!),
idealmente essa mesma qtdade de agua (nao necessariamente as mesmas
moleculas de agua) irah sair. como nao estamos colocando nenhum objeto, a
variacao de volume submerso vai se dar pela variacao no volume submerso do
gelo ou do produto de seu derretimento.

<volume submerso de 'gelo' depois do derretimento> - <volume submerso de
gelo antes do derretimento> = <volume de agua q. transborda> eq 2

o <volume submerso de 'gelo' depois do derretimento> eh o <volume de agua
submersa formada pelo derretimento do gelo>. uma massa m<gelo> vai formar
uma massa m<agua> = m<gelo>. o volume de agua formado pode ser obtido da
eq1.

d<agua do gelo> = m<agua do gelo>/v<agua do gelo>

v<agua do gelo> = m<agua do gelo>/d<agua do gelo>

m<agua do gelo> = m<gelo>

v<agua do gelo> = m<gelo>/d<agua do gelo>

d<gelo> = 0,9 d <agua do gelo>

v<agua do gelo> = 0,9 m<gelo>/d<gelo>

v<agua do gelo> = 0,9 v<gelo>

como d<agua do gelo> = d<agua>, a razao entre o volume do corpo e o volume
submerso eh 1.

v<agua do gelo> = v<agua do gelo submerso>

assim a eq 2 fica

<volume da agua do gelo submerso> - <volume do gelo submerso> = 0

isto eh, nao ha variacao na quantidade de agua deslocada, logo nao ha
transbordamento. como eh confirmado pelo experimento dos gelos (coloridos
ou nao) em um copo d'agua.

(bem, a explicacao nao foi lah muito didatica, mas creio q. os passos q.
pulei sao facilmente dedutiveis)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Para Roberto
FROM: "Nanam" <nanam@directnet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/07/2000 17:50

Roberto,
"Água" ano passado foi tema da redação da Unicamp.
Tive em uma aula sobre o "Ciclo da água e a nova humanidade" e lá levantaram
a tese de que antigamente o eixo da Terra não era inclinado e devido ás
ações da força de gravidade da Lua e do Sol ela havia se inclinado.
E hoje a situação de antigamente ( e bota tempo nisso) deverá colocar o eixo
da Terra novamente em ângulo normal o que faria muitas ilhas desaparecerem e
novos lugares reeaparecerem.... 'Devido também ao derretimento das regiões
polares.
Gostaria de saber se é correto afirmar que a Terra tinha esse eixo de
inclinação
Obs: Obrigada pelas dicas , mas qdo me referi a trangênicos me referi ás
sementes trangênicas (é como se eu dissesse li Machado, ao invés de li um
livro de Machado...é metonímia) ; -)

Beijinhos
Lu



SUBJECT: [ciencialist]
FROM: "Nanam" <nanam@directnet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/07/2000 18:00

Queridos Amigos
Todos já devem ter escutado essas expressões:
"" Coloque o pé em salmoura para tirar inchaço dos pés"
"Tome agua com açucar, para acalmar"
"Certas pessoas tem Sinusite (e isso é sério pq eu tenho) qdo o tempo muda bruscamente."
... até que ponto fatores tão externos e que, muitas vezes, não estão nada relacioandos podem influenciar no comportamento do metabolismo humano?
Beijinhos
Lu 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Gelo
FROM: "Nanam" <nanam@directnet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/07/2000 18:06

Qual é a teoria de Kleper?
Se alguém souber por favor responda

SUBJECT: Re: [ciencialist] Para Roberto
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/07/2000 18:09

Lu,

On Wed, 12 Jul 2000, Nanam wrote:
> "Água" ano passado foi tema da redação da Unicamp.
> Tive em uma aula sobre o "Ciclo da água e a nova humanidade" e lá levantaram
> a tese de que antigamente o eixo da Terra não era inclinado e devido ás
> ações da força de gravidade da Lua e do Sol ela havia se inclinado.

hmmm. nao sou especialista na area. mas do q. entendo de planetologia
(quase nada, ressalte-se) a hipotese mais comumente aceita eh q. as
inclinacoes dos planetas se devem 'as colisoes com meteoros e entulhos
espaciais no periodo final da acrescao (nao sei se traduzo bem o termo, q.
se refere ao ajuntamento de materiais por atracao gravitacional formando
os planetas) -- um corpo de massa consideravel teria se chocado causando a
inclinacao (nao sei se eh o mesmo corpo q. teria provocado a ejecao do
material q. formaria a Lua).

vc pode ler um pouco sobre isso em:

http://www.on.br/portuguese/pergastron/Miscelanea.html#p10

sobre astronomia uma boa pagina eh:

http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/aprendendo-superior/ufrgs/fis207/

(lah vc deve encontrar explicacoes sobre as leis de Kepler)

> Obs: Obrigada pelas dicas , mas qdo me referi a trangênicos me referi ás
> sementes trangênicas (é como se eu dissesse li Machado, ao invés de li um
> livro de Machado...é metonímia) ; -)

hmmm... nao se metonimia seria uma boa desculpa: acho seria mais pra falar
'li Machado' em lugar de 'li Memorias Postumas de Bras Cubas'... (mas nao
liga pressa chatice minha)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Gelo
FROM: Oliver Lee <olee@ucla.edu>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/07/2000 19:09

Wow! Muito obrigado pela sua resposta, Roberto. Soh estava esperando por
uma resposta curta :)
A resposta que estava proucurando estava em um soh paragrafo, mas o resto
tambem eh bem vindo.

OLee

At 05:38 PM 7/12/00 -0300, you wrote:
>On Wed, 12 Jul 2000, Oliver Lee wrote:
>> Se 1/9 do gelo fica fora da agua... quando o gelo derrete, o 1/9 nao ira
>> derramar esse volume?
>
>OLee,
>
>qdo o gelo derreter, a massa q. ocupava um volume v, vai ocupar apenas
>0,9v - a densidade da agua em estado solido corresponde a apenas 90% da
>agua em estado liquido - a agua e umas poucas substancias mais tem essa
>propriedade de ser mais densa em estado liquido.
>
>o processo de derretimento do gelo -- sob o ponto de vista apenas da
>densidade -- poderia ser visualizado como ocorrendo a compactacao de uma
>massa de gelo ateh ocupar apenas 90% de seu volume original (mesma massa
>em volume menor dah uma densidade maior). claro q. nao devemos levar essa
>ideia de compactacao do gelo muito longe, o processo real de fusao do gelo
>eh bem diferente de uma simples compactacao.
>
>de qq maneira:
>
>- o volume deslocado de agua corresponde ao volume submerso;
>- o volume submerso qdo derreter vai se contrair;
>- o volume emerso tbm se contrai;
>- o volume final da porcao emersa depois de derretida corresponde ao
>'espaco' deixado pela contracao da parte submersa;
>- o volume total do gelo depois de derreter serah igual ao volume inicial
>da parte submersa antes de derreter;
>- assim nao haverah um aumento no volume de agua deslocada no copo, a agua
>nao transborda com o derretimento do gelo.
>
>esse experimento pode ser feito em casa, bastam um copo comum (de vidro,
>plastico, etc), um pouco de agua de torneira e alguns cubos de gelo.
>
>encha o copo ateh transbordar. espere a agua parar de se agitar e ponha
>alguns cubos de gelo de modo q. ele fique flutuando na agua (esse detalhe
>eh importante -- nao se deve encher tto de gelo a ponto dos cubos de baixo
>tocarem no fundo). vai transbordar agua num primeiro momento. agora eh soh
>deixar 'a temperatura ambiente e esperar o gelo derreter.
>
>poderia se suspeitar q. a agua nao transborda por causa da evaporacao q.
>eliminaria o excesso de agua formada pelo derretimento do gelo. um
>procedimento pra eliminar essa duvida eh deixar um outro copo cheio de
>agua por perto e verificar o volume q. se evapora no periodo (em geral vai
>ser imperceptivel a olho desarmado). outro procedimento eh instalar o
>experimento dentro de uma redoma de vidro com o ar saturado de umidade -
>tipo um vidrao de azeitona selado na boca com um pedaco daqueles filmes
>transparentes de pvc pra embalar alimentos -- antes de selar vc pode dar
>umas baforadas ateh embacar o vidro.
>
>pra verificar q. nao ocorre mesmo transbordamento de agua, vc pode colar
>um pedaco de papel filtro (pode ser filtro de cafeh) debaixo do copo,
>depois q. a agua com gelo parar de sacudir e tiver secado o copo por fora.
>bem, como o gelo vai esfriar o copo, deve formar goticulas de umidade
>condensada do lado de fora, q. pode escorrer e umedecer o filtro. como
>ninguem vai ter tto tempo livre nem paciencia pra acompanhar todo o
>processo de derretimento do gelo, poderia ficar na duvida se um eventual
>umedecimento do papel teria se dado pela condensacao ou pelo
>transbordamento.
>
>um modo de refinar o experimento sem tornah-lo economicamente inviavel
>como procedimento caseiro eh fazer gelos coloridos -- algumas gotas de seu
>corante alimenticio preferido na agua usada pra fazer os cubos de gelo
>(pode ser tbm sucos instantaneos -- os melhores sao os de uva, framboesa.
>amora e de morango, nao pelo sabor, mas pela capacidade de corar... qq
>um q. jah teve o desprazer de tentar remover manchas desses sucos de uma
>camisa branquinha entende bem o q. digo). core tbm a agua do copo (pode
>ser da mesma cor do gelo ou uma diferente). pronto. se houver
>transbordamento de agua do copo, o papel deve ficar ligeiramente tingido.
>
>e como precaucao final, instale o experimento em um local q. ninguem irah
>mexer, mas q. possa ser diretamente observavel, sem necessidade de
>manipulacao posterior do experimentador.
>
>podemos provar isso matematicamente tbm.
>
>a densidade da agua liquida (d<agua>) eh de cerca de 1g/ml (1kg/l), a do
>gelo (d<gelo>) eh de cerca de 0,9g/ml. massa m e volume v se relacionam
>pela densidade d como se segue:
>
>d = m/v (equacao q. jah postaram aqui) eq1.
>
>o empuxo E corresponde ao peso P<agu> da massa de volume de agua deslocado
>pelo corpo. o volume de agua deslocado corresponde ao volume do corpo
>imerso na agua. por essa relacao jah demonstraram aqui q. um bloco de gelo
>flutuando na agua (situacao em q. E = P do objeto), apresenta 90% de seu
>volume submerso.
>
>bem, entao, pra q. haja um transbordamento de agua eh preciso q. uma certa
>qq de agua seja deslocada, essa quantidade de agua deslocada corresponde
>'a variacao de volume de um corpo submerso nessa agua. por exemplo, se
>colocarmos um outro corpo de volume v<1> com densidade igual 'a da agua,
>um volume igual a v<1> de agua irah transbordar. efetivamente se
>colocarmos mais agua (q. afinal tem a mesma densidade da agua!),
>idealmente essa mesma qtdade de agua (nao necessariamente as mesmas
>moleculas de agua) irah sair. como nao estamos colocando nenhum objeto, a
>variacao de volume submerso vai se dar pela variacao no volume submerso do
>gelo ou do produto de seu derretimento.
>
><volume submerso de 'gelo' depois do derretimento> - <volume submerso de
>gelo antes do derretimento> = <volume de agua q. transborda> eq 2
>
>o <volume submerso de 'gelo' depois do derretimento> eh o <volume de agua
>submersa formada pelo derretimento do gelo>. uma massa m<gelo> vai formar
>uma massa m<agua> = m<gelo>. o volume de agua formado pode ser obtido da
>eq1.
>
>d<agua do gelo> = m<agua do gelo>/v<agua do gelo>
>
>v<agua do gelo> = m<agua do gelo>/d<agua do gelo>
>
>m<agua do gelo> = m<gelo>
>
>v<agua do gelo> = m<gelo>/d<agua do gelo>
>
>d<gelo> = 0,9 d <agua do gelo>
>
>v<agua do gelo> = 0,9 m<gelo>/d<gelo>
>
>v<agua do gelo> = 0,9 v<gelo>
>
>como d<agua do gelo> = d<agua>, a razao entre o volume do corpo e o volume
>submerso eh 1.
>
>v<agua do gelo> = v<agua do gelo submerso>
>
>assim a eq 2 fica
>
><volume da agua do gelo submerso> - <volume do gelo submerso> = 0
>
>isto eh, nao ha variacao na quantidade de agua deslocada, logo nao ha
>transbordamento. como eh confirmado pelo experimento dos gelos (coloridos
>ou nao) em um copo d'agua.
>
>(bem, a explicacao nao foi lah muito didatica, mas creio q. os passos q.
>pulei sao facilmente dedutiveis)
>
>[]s,
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>roberto takata
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>
>




SUBJECT: Re: transg�nicos
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/07/2000 21:11

Nanam (Lu) escreveu:

> Os trangênicos oferecem os mesmos riscos que as sementes comuns. Que também
> vem embebidas de agrotóxicos
> E um fato interessante: a própria batata inglesa que comemos frita hoje era
> venenosa. Mudamos as suas características para que ela se tornasse
> comestível.

O grande problema dos chamados trangênicos, a meu ver, é que estão
introduzindo modificações como:
Fazer a planta gerar seus próprios agrotóxicos, o que a torna não
comestível para suas pragas usuais. Isto pode torná-la venenosa também
para outras espécies que não são pragas (já comprovado), e até para nós
também, se for omitido algum tratamento especial no seu processamento.
Tornar a planta estéril, de forma que o agricultor tenha que comprar
novas sementes do fornecedor a cada safra. Isto é simplesmente abjeto,
sem mais comentários.
As facilidades inicialmente geradas pelos trangênicos pode gerar graves
problemas em pouco tempo, como o surgimento de pragas inesperadas que
eliminam rapidamente uma safra inteira, deixando populações sem ter
o que comer.
Isto já aconteceu no passado, exatamente no caso da batata, provocando
uma gravíssima fome.

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Transgênicos e poder político
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/07/2000 22:37


Olá,

Uma pergunta sobre os alimentos transgênicos:

Um produtor brasileiro compra sementes de transgênicos de uma empresa que
detêm seu monopólio. Planta-as. As plantas nascem. Essas plantas são
férteis? Suas sementes são férteis ou não?

Pois, se não forem férteis, surge um problema no horizonte: num futuro
hipotético em que a dieta básica da população é composta de alimentos
transgênicos, um punhado de corporações biotecnológicas terão um poder
enorme: por razões políticas, podem decidir se uma população inteira de um
país deva ou não sucumba a uma "grande fome".

Manuel Bulcão



SUBJECT: Revista Nature
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 13/07/2000 01:05

JB On-line - Ciência - 13/07/2000.


Pesquisa brasileira é marco científico

Pela primeira vez em 130 anos, o resultado de uma pesquisa brasileira é capa da revista britânica Nature. O feito é de cientistas de institutos de pesquisa de São Paulo que completaram, no início deste ano, o seqüenciamento do genoma da Xylella fastidiosa, bactéria que causa a praga do amarelinho. Por ser o primeiro fitopatógeno - microorganismo que provoca doenças em plantas - a ser seqüenciado, o editorial da revista classifica a descoberta como um marco científico.

O genoma da Xylella é bem mais simples que o do homem, com pouco mais de 2,6 milhões de pares de bases. O DNA humano tem 3,2 bilhões de pares. Os pesquisadores já identificaram a função de metade dos genes da bactéria, o que os permitiu concluir que a Xylella não fabrica carboidratos. Para poder se alimentar, ela se aloja nos tubos da planta que transportam a seiva.

No artigo publicado na Nature, que circula hoje, os cientistas revelam a localização de genes que codificam moléculas que promovem a adesão. Até então, genes com esta função só haviam sido identificados em bactérias que infectam humanos e animais. Isso sugere que os mecanismos de infecção humana e vegetal são semelhantes.

O artigo é assinado por mais de 100 pesquisadores brasileiros, entre eles Andrew Simpson, do Instituto Ludwig, e João Setúbal, da Unicamp. O Projeto Xylella foi lançado em 1997, com financiamento da Fapesp.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Gelo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/07/2000 07:02

Nao tem erro propriamente e sim um descuido na interpretacao.
VL= Volume de liquido deslocado
VD= Volume deslocado ( volume do solido fora da agua ) = VS-VL


Aproveitando eu tenho um problema q ninguem acertou ateh hoje :
Um homem vai a uma farmacia e manda pesar um kilo de algodao
com uma balanca de ALTISSIMA precisao.
O mesmo homem vai a um deposito e manda pesar um kilo de chumbo.
Pergunta : Qual dos 2 tem + massa ?

[]s
jocax

Roberto Belisario wrote:

> Oi, pessoal. Há um pequeno erro na conta abaixo: se VL é o volume
> de
> líquido deslocado (ou seja, o volume do sólido que ficou embaixo da
> superfície da água) e VS é o volume do sólido, então VS-VL é o volume
> do
> sólido que ficou fora da água. Então as últimas linhas do cálculo
> devem ser
> substituídas por:
>
> > O volume do sólido fora d'água eh VD = VS-VL = VS - VS*DS/DL =
> VS(1-DS/DL )
> > Finalmente :
> > ==> VD/VS = 1 - DS/DL = constante
> > Ou seja a razao "Volume do sólido fora d'água" sobre "Volume Total"
> eh
> sempre constante;
>
> Essa razão é de cerca de 1/9 no caso do gelo, porque a densidade
> do gelo
> é de cerca de 9/10 da da água. Um nono do gelo fica para fora d'água
> quando
> colocamos uma pedra de gelo na água (o que quer dizer que debaixo da
> ponta
> de um iceberg existe uma montanha 9 vezes maior do que a que vemos de
> cima
> da água).
>
> Há outra curiosidade interessante a respeito disso. Se enchermos
> um copo
> até a borda, e nele colocarmos delicadamente um bloquinho de gelo, a
> água
> transbordará? Deixo a resposta aos listeiros...
>
> Até a próxima,
> Belisário
>
> ----- Original Message -----
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos
>
> > Vou tentar desencavar alguns velhos conhecimentos de fisica para
> tentar
> > responder
> > sua questao :
> >
> > Seja DL = densidade do liquido ( Kilos por metro cubico por exemplo
> )
> > DS = densidade do solido ( gelo )
> > VS = volume do solido
> > VL = volume de liquido deslocado
> > Vamos supor que DS < DL :
> > Ao se colocar o solido boiando no liquido ( pelo principio de
> > arqumedes se nao me
> > engano ) ele ira deslocar o memo volume de liquido que seu peso
> total :
> >
> >
> > VL*DL = VS*DS ==> VL/VS = DS/DL
> >
> > O volume deslocado eh VD = VS-VL = VS - VS*DS/DL = VS(1-DS/DL )
> > Finalmente :
> > ==> VD/VS = 1 - DS/DL = constante
> > Ou seja a razao Volume deslocado sobre Volume Total eh sempre
> constante;
> >
> > Me corrija se eu estiver errado Leo.
> > []s
> > jocax
> >
> > Rafael Cisneiros Lenine wrote:
> >
> > > Boa Noite Listeiros. Vi a pergunta que segue abaixo no tópico do
> canal
> > > #fisica, da brasnet (IRC), nao sei explicar, será que alguém aí
> pode
> > > me ajudar? Quando vc botar uma pedra de gelo na agua [ambos H2O
> puro],
> > > o gelo boia e uma parte do gelo fica a cima do nivel da agua. Essa
>
> > > parte do gelo sempre segue a mesma proporcao?? Qual e essa
> proporcao??
> > > E os outros materiais, segue sempre uma proporcao?? []´s Rafael
> Lenine
> > >
> -----------------------------------------------------------------------
>
>
>
> -----------------------------------------------------------------------
>
> -----------------------------------------------------------------------
> *** --- ***
>
> >> Revista de quimica (na Web) <<
> http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/
>
> *** --- ***
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: transg�nicos
FROM: "Thelonious Monk" <gilgamesh@zipmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/07/2000 10:02

Ola colega listeiros,

Esta e minha primeira participacao na lista e meu
conhecimento
em ciencia eh limitrofe com a ignorancia, mas arrisco alguns
comentarios sobre transgenicos/genoma:

1) Na primeira metade deste seculo vimos o desenvolvimento
da
tecnologia de fissao nuclear (e o seu estigma: a bomba), e,
como
hoje, a imprensa noticiou as maravilhas vindouras daquela
energia
'infinita' e 'limpa'. Eu at� vi um documentario onde a
propaganda
americana alardeava na �poca, por exemplo, um fog�o
residencial
que funcionaria com energia nuclear.

Os "Globo Reporter" atuais propagam otimismo similar quanto
a
ciencia atual(1), com enfase quanto ao projeto genoma e
alimentos
trangenicos, quanto as suas maravilhas, e talvez ocorra uma
frusta��o quanto a suas reais benesses.

A esterilidade das sementes dos transgenicos, as pragas que
podem
vir a aparecer, as vari�veis gen�ticas n�o totalmente
desconhecidas,
entre outros prov�veis problemas bem lembrados por voc�s,
acredito
que podem realmente acontecer.

Mas por uma �tica da estrat�gia empresarial nenhum
laborat�rio/empresa
investiria algumas cifras de d�lares em tecnologia para anos
depois
abandon�-la. Foi o que aconteceu com o CFC (Bilh�es e
Bilh�es, Carl
Sagan) onde a ind�stria qu�mica (principalmente a Du Pont)
j� tinha
a solu��o muito antes de come�ar as restri��es do seu uso.
Neste exemplo a mudan�a do novo g�s n�o significou perda de
lucros, pois
a ind�stria tinha a solu��o paliativa (2).

Quem pode afirmar que para estes poss�veis problemas
vindouros
j� n�o exista a tecnologia solu��o, mas por raz�es
economicas, n�o
disponibilizem agora? A ci�ncia � sobrepujada, neste
contexto, pela
economia?

Abra�os...

:P


(1) Entenda-se todas as area do conhecimento cientifico.
(2) Paliativa porque o problema continua.
________________________________________________
Don't E-Mail, ZipMail! http://www.zipmail.com/


SUBJECT: Re: [ciencialist] Gelo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/07/2000 11:14

Oi Oliver,
vc postou sua pergunta a 11/07 às 21:59 e eu coloquei a resposta às 22:45 do
mesmo dia:

>A razão (volume emerso/volume imerso) para o gelo em água é constante e
igual à razão (diferença das densidades da água e gelo/ densidade da água),
ou
(Vtotal-Vimerso)/Vimerso = (Dágua-Dgelo)/Dágua = 1-Dgelo/Dágua =
constante <

rápido e curto. Não aprovou?

[]'
Léo

-----Mensagem Original-----
De: Oliver Lee <olee@ucla.edu>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 12 de julho de 2000 19:09
Assunto: Re: [ciencialist] Gelo


Wow! Muito obrigado pela sua resposta, Roberto. Soh estava esperando por
uma resposta curta :)
A resposta que estava proucurando estava em um soh paragrafo, mas o resto
tambem eh bem vindo.

OLee




SUBJECT: Re: [ciencialist] Gelo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/07/2000 11:36

Aproveitando eu tenho um problema q ninguem acertou ateh hoje :
Um homem vai a uma farmacia e manda pesar um kilo de algodao
com uma balanca de ALTISSIMA precisao.
O mesmo homem vai a um deposito e manda pesar um kilo de chumbo.
Pergunta : Qual dos 2 tem + massa ?

[]s
jocax

Assunto: Correção das 'pesagens' no ar

O volume de algodão é bem maior que o volume de chumbo. Assim sendo, o
empuxo de Arquimedes no algodão, devido ao ar, não é negligenciável (no caso
do chumbo sim). Como a balança registra é apenas o 'peso aparente' que vem a
ser a diferença entre o peso real do algodão e o empuxo. Se a balança deve
indicar (com boa precisão) '1 quilo', nessa pesagem deverá haver excesso de
massa de algodão para compensar o empuxo.
O fardo de "1quilo" de algodão tem mais massa que o bloco de "1 quilo" de
chumbo.

Tubo isso pode, facilmente, ser colocado no equacionamento : Paparente =
Preal - Empuxo = 1kg, então
Preal = Paparente + Empuxo = 1kg + extra > 1kg

[]'
Léo
PS: se me indicarem qual a densidade do algodão no fardo poderei dizer
quanto será esse extra na massa do algodão, na pesagem no ar.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Triângulos não pitagóricos
FROM: "Emilson Pereira Leite" <emilson@iag.usp.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/07/2000 11:38

A hipotenusa não é curva. O que acontece é que a hipotenusa
do triângulo vermelho não é uma continuação da hipotenusa do
triângulo verde. Ou seja, o triângulo maior está "quebrado".

Com a troca de posições, em cada coluna (pegue uma coluna
e repare na parte próxima à hipotenusa. Depois compare com
a figura original) há uma pequena diferença com relação a figura
original. A soma de todos esse pedacinhos da um quadradinho,
que fica faltando.

Emilson

----- Original Message -----
From: "Bidual - Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Thursday, August 10, 2000 11:03 AM
Subject: Re: [ciencialist] Triângulos não pitagóricos


> Prezado Alberto Mesquita,
>
> Essa história do triângulo fundiu a minha cuca. Procede a explicação do
> Jocax? Apesar dele estar certo quanto a questão da hipotenusa curva, acho
> que ela não decifra a questão. Qual é a sua opinião? Pode adiantar a
> solução?
>
> Claudio Abreu
>
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
> Para: <ciencialist@egroups.com>
> Enviada em: quarta-feira, 9 de agosto de 2000 08:08
> Assunto: Re: [ciencialist] Triângulos não pitagóricos
>
>
> >
> >
> > Alberto Mesquita Filho wrote:
> >
> > > A figura em anexo foi postada por Alexandre Garcia Barbeito no grupo
> > > de
> > > discussão "Física e Filosofia", um grupo em extinção e que funcionou
> > > há
> > > alguns anos. O título da msg era "Qual é a solução???" Como o texto
> >
> > O problema eh q no triangulo abaixo sua hiponetusa nao eh uma reta: eh
> > uma curva
> > e ela eh ligeiramente mais alta do que no triangulo de cima.
> > Vc pode observar isso pelos pontos que a hipotenusa passa em diversos
> > pontos
> > de sua altura, assim, no meio do triangulo, ela sempre passa por pontos
> > superiores (
> > ordenadas) aos do triangulo superior.
> > []s
> > jocax
> >
> >
> >
> >
> > *** --- ***
> >
> > >> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
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> >
> >
> >
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> *** --- ***
>
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>
> *** --- ***
>
>



SUBJECT: Perguntinhas
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/07/2000 12:32

a) Na garrafa térmica, o café quente fica do lado de fora ou do lado de
dentro da garrafa?

b) A água ferve e não derrama; o leite ferve e derrama. Uai? because? por
quê?

c) Vc inspira o ar que expira? Por que numa nave em órbita (gravidade
aparente zero) deve-se usar de ventiladores durante o período de sono?

d) Quanto mais se desce nas minas, maior o valor da pressão atmosférica. Que
profundidade deveria ter uma mina para que lá a densidade do ar tenha valor
1 kg/l (igual à da água)?

e) Para que serve o vidro do lampião a querosene (ou gás)?

f) Por que ninguém leva gelo seco para manter a cerveja geladinha nas
praias, camping, pescaria etc.?

g) Numa pescaria, esqueceram de levar gelo para refrescar as latas de
cerveja. Que fazer para toma-las bem mais fria que a água do próprio rio?

h) Como se determina o coeficiente de atrito da areia sobre areia?

i) Por que as dunas de um determinado deserto têm todas mesma inclinação?

j) Por que é impossível obter-se uma superfície perfeitamente lisa?

k) Densidade é grandeza escalar função de ponto?

l) Se todas as pessoas da Terra, num dado momento, andarem todas numa mesma
direção e sentido (leste para oeste), isso afetará o período de rotação da
Terra?

m) É mais fácil equilibrar na ponta do dedo um cabo de vassoura longo ou um
curto?

n) Por que os amigos para os quais enviei o empuxo de Newton para suas
críticas e comentários ainda não se manifestaram?

o) Ao cair, um giz pode quebrar de três modos: caindo de pé (|) quebra em
dois pedaços; caindo inclinado (/) - caso mais provável - quebra em três e
caindo de 'chapa" (----) quebra em quatro partes. Por quê?

p) Espero que essas perguntinhas proliferem pelas listas afora!

[]'
Léo

PS: só faltou ao Takata relatar, para o gelo, três coisas:
a) a técnica da formação das bolas de neve (essa que a garotada faz para
jogar um nos outros);
b) porque o gelo é liso e
c) a técnica segunda a qual as geleiras descem morro abaixo.





SUBJECT: Re: [ciencialist] Gelo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/07/2000 13:01

Parabens Leo!
Vc eh o primeiro q acertou !
:-))
[]s
jocax

Luiz Ferraz Netto wrote:

> Aproveitando eu tenho um problema q ninguem acertou ateh hoje :
> Um homem vai a uma farmacia e manda pesar um kilo de algodao
> com uma balanca de ALTISSIMA precisao.
> O mesmo homem vai a um deposito e manda pesar um kilo de chumbo.
> Pergunta : Qual dos 2 tem + massa ?
>
> []s
> jocax
>
> Assunto: Correção das 'pesagens' no ar
>
> O volume de algodão é bem maior que o volume de chumbo. Assim sendo, o
>
> empuxo de Arquimedes no algodão, devido ao ar, não é negligenciável
> (no caso
> do chumbo sim). Como a balança registra é apenas o 'peso aparente' que
> vem a
> ser a diferença entre o peso real do algodão e o empuxo. Se a balança
> deve
> indicar (com boa precisão) '1 quilo', nessa pesagem deverá haver
> excesso de
> massa de algodão para compensar o empuxo.
> O fardo de "1quilo" de algodão tem mais massa que o bloco de "1 quilo"
> de
> chumbo.
>
> Tubo isso pode, facilmente, ser colocado no equacionamento : Paparente
> =
> Preal - Empuxo = 1kg, então
> Preal = Paparente + Empuxo = 1kg + extra > 1kg
>
> []'
> Léo
> PS: se me indicarem qual a densidade do algodão no fardo poderei dizer
>
> quanto será esse extra na massa do algodão, na pesagem no ar.
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Gelo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/07/2000 14:22

Se não me falha a cuca, essa foi a pergunta que a parteira me fez quando
nasci :-))))
Ou será que foi: Gelo seco flutua em água?

[]'
Léo

-----Mensagem Original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 13 de julho de 2000 13:01
Assunto: Re: [ciencialist] Gelo


Parabens Leo!
Vc eh o primeiro q acertou !
:-))
[]s
jocax

Luiz Ferraz Netto wrote:

> Aproveitando eu tenho um problema q ninguem acertou ateh hoje :
> Um homem vai a uma farmacia e manda pesar um kilo de algodao
> com uma balanca de ALTISSIMA precisao.
> O mesmo homem vai a um deposito e manda pesar um kilo de chumbo.
> Pergunta : Qual dos 2 tem + massa ?
>
> []s
> jocax
>
> Assunto: Correção das 'pesagens' no ar
>
> O volume de algodão é bem maior que o volume de chumbo. Assim sendo, o
>
> empuxo de Arquimedes no algodão, devido ao ar, não é negligenciável
> (no caso
> do chumbo sim). Como a balança registra é apenas o 'peso aparente' que
> vem a
> ser a diferença entre o peso real do algodão e o empuxo. Se a balança
> deve
> indicar (com boa precisão) '1 quilo', nessa pesagem deverá haver
> excesso de
> massa de algodão para compensar o empuxo.
> O fardo de "1quilo" de algodão tem mais massa que o bloco de "1 quilo"
> de
> chumbo.
>
> Tubo isso pode, facilmente, ser colocado no equacionamento : Paparente
> =
> Preal - Empuxo = 1kg, então
> Preal = Paparente + Empuxo = 1kg + extra > 1kg
>
> []'
> Léo
> PS: se me indicarem qual a densidade do algodão no fardo poderei dizer
>
> quanto será esse extra na massa do algodão, na pesagem no ar.
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Perguntinhas
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/07/2000 14:51

On Thu, 13 Jul 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:
> n) Por que os amigos para os quais enviei o empuxo de Newton para suas
> críticas e comentários ainda não se manifestaram?

perdoes, leo, mas eu ainda nao pude ler com mais cuidado (da passada
rapida q. dei pareceu interessante). o q. vc poderia fazer eh bolar algum
experimento caseiro pra observar o empuxo em situacoes dinamicas.

(serah q. em livros sobre hidrodinamica nao se fala nada sobre isso?)

> PS: só faltou ao Takata relatar, para o gelo, três coisas:

ok, ok, ok. abusei. era pra fazer uma troca (leia-se trossa), mas ficou
longa demais. perdoes, novamente a todos. (e nao eh q. tem gente com
paciencia pra ler abobrinhas tao longas?)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Perguntinhas
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/07/2000 15:47

Bom, vou tentar responder (chutando umpouco : ) ..

Luiz Ferraz Netto wrote:

> a) Na garrafa térmica, o café quente fica do lado de fora ou do lado
> de
> dentro da garrafa?

ele fica de fora da parte que contem o "vacuo" .


>
>
> b) A água ferve e não derrama; o leite ferve e derrama. Uai? because?
> por
> quê?
>

Acho q a tensao superficial da agua a 100graus eh bem menor do que a
tensao
superficial do leite no seu pontode fervura aprisionando as bolhas de
vapor de agua
em finas peliculas de gordura.


>
> c) Vc inspira o ar que expira? Por que numa nave em órbita (gravidade
> aparente zero) deve-se usar de ventiladores durante o período de sono?
>
>

Como o ar normalmente sai mais quente do nosso corpo sua densidade eh
maior e ele eh empurado para cima pelo ar + frio. Outro fator a
considerar
seria a densidade do CO2 que expiramos ( se nao me falha a memoria ).
Se a densidade do CO2 for menor que a do ar ( N2 + O2) ele devera subir.

Os ventiladores seriam usados para afastar o Co2 q expiramos.

>
> d) Quanto mais se desce nas minas, maior o valor da pressão
> atmosférica. Que
> profundidade deveria ter uma mina para que lá a densidade do ar tenha
> valor
> 1 kg/l (igual à da água)?
>

Essa vc me pegou !



>
> e) Para que serve o vidro do lampião a querosene (ou gás)?
>

Chute: Para q o Gas nao se apague devido a algum vento que poderia
empurrar o
gas quente(fogo) impedindo a reignicao e apagando o lampiao.


>
> f) Por que ninguém leva gelo seco para manter a cerveja geladinha nas
> praias, camping, pescaria etc.?
>

Poderia congelar a cerveja, q contem agua, e, pelo aumento de volume ,

estouraria a garrafa/lata.

>
> g) Numa pescaria, esqueceram de levar gelo para refrescar as latas de
> cerveja. Que fazer para toma-las bem mais fria que a água do próprio
> rio?

Deixe-as sempre umidas ao vento. A evaporacao as esfriara.


>
>
> h) Como se determina o coeficiente de atrito da areia sobre areia?

Cole areia em duas superficies e meça o coeficiente de atrito entre elas
.

>
>
> i) Por que as dunas de um determinado deserto têm todas mesma
> inclinação?
>

Pq o vento sopra com a mesma intensidade ?


>
> j) Por que é impossível obter-se uma superfície perfeitamente lisa?

Pq sempre existe espaco vazio entre as moleculas

>
> k) Densidade é grandeza escalar função de ponto?
>

Eh grandeza escalar e funcao do ponto.

>
> l) Se todas as pessoas da Terra, num dado momento, andarem todas numa
> mesma
> direção e sentido (leste para oeste), isso afetará o período de
> rotação da
> Terra?
>

Sim, mas quando elas pararem de andar o periodo voltara ao normal.

>
> m) É mais fácil equilibrar na ponta do dedo um cabo de vassoura longo
> ou um
> curto?
>

O Longo, por que o periodo de "rotacao" de seu centro de massa em
relacao ao
dedo eh maior..


>
> n) Por que os amigos para os quais enviei o empuxo de Newton para suas
>
> críticas e comentários ainda não se manifestaram?
>

Pq a Falta de tempo leva a uma selecao de prioridades.

>
> o) Ao cair, um giz pode quebrar de três modos: caindo de pé (|) quebra
> em
> dois pedaços; caindo inclinado (/) - caso mais provável - quebra em
> três e
> caindo de 'chapa" (----) quebra em quatro partes. Por quê?
>

Porque SIM ! :-))

[]s
jocax



SUBJECT: corte diagonal de Cantor
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/07/2000 16:51

acho q. pelo menos alguns daqui jah ouviram falar dos trabalhos de Cantor
q. o levou a concluir q. existem conjuntos de tamanho infinito com numeros
diferentes de elementos -- distinguidos pelo criterio de pareamento um a
um.

ao parear os numeros naturais com os decimais entre 0 e 1, ele notou q.
alterando-se o primeiro digito do primeiro decimal, o segundo do segundo,
o terceiro do terceiro e assim sucessivamente obteria um novo decimal
entre 0 e 1 q. nao estava pareado com nenhum natural. concluiu q. o
conjunto dos numeros entre 0 e 1 com infinitos elementos tinha mais
elementos do q. o conjunto dos naturais tbm com infinitos elementos. ao q.
sei dessa historia ele atribuiu a isso *cardinalidades* diferentes.

bem, aqui pergunto aos inteirados no tema se essa prova da existencia de
numeros 'transinfinitos' eh valida e/ou amplamente aceita pela comunidade
matematica.

preu q. sou de fora da area, nao fica muito claro -- eu tenho
particularmente a duvida de se isso nao seria apenas mais um paradoxo q.
surge qdo se lida com numeros infinitos.

se pareassemos os numeros naturais com eles mesmos (simplesmente colocando
0s 'a esquerda do numero da segunda lista) e aplicassemos o procedimento
de Cantor, nao obteriamos um resultado semelhante?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Perguntinhas
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/07/2000 18:10

E eu vou dar a nota, sem chutar!
 
------------------------------------
Bom,  vou tentar responder (chutando umpouco : )  ..

Luiz Ferraz Netto wrote:

> a) Na garrafa térmica, o café quente fica do lado de fora ou do lado
> de
> dentro da garrafa?

ele fica de fora da parte que contem o "vacuo" .


>
>
> b) A água ferve e não derrama; o leite ferve e derrama. Uai? because?
> por
> quê?
>

Acho q a tensao superficial da agua a 100graus eh bem menor do que a
tensao
superficial do leite no seu pontode fervura aprisionando as bolhas de
vapor de agua
em  finas peliculas de gordura.


>
> c) Vc inspira o ar que expira? Por que numa nave em órbita (gravidade
> aparente zero) deve-se usar de ventiladores durante o período de sono?
>
>

Como o ar normalmente sai mais quente do nosso corpo sua densidade eh
maior e ele eh empurado para cima pelo ar + frio. Outro fator a
considerar
seria a densidade do CO2 que expiramos ( se nao me falha a memoria ).
Se a densidade do CO2 for menor que a do ar ( N2 + O2) ele devera subir.

Os ventiladores seriam usados para afastar o Co2 q expiramos.

>
> d) Quanto mais se desce nas minas, maior o valor da pressão
> atmosférica. Que
> profundidade deveria ter uma mina para que lá a densidade do ar tenha
> valor
> 1 kg/l (igual à da água)?
>

Essa vc me pegou !



>
> e) Para que serve o vidro do lampião a querosene (ou gás)?
>

Chute: Para q o Gas nao se apague devido a algum vento que poderia
empurrar  o
gas quente(fogo)  impedindo a reignicao e apagando o lampiao.


>
> f) Por que ninguém leva gelo seco para manter a cerveja geladinha nas
> praias, camping, pescaria etc.?
>

Poderia congelar a cerveja, q contem agua,  e, pelo aumento de  volume ,

 estouraria a  garrafa/lata.

>
> g) Numa pescaria, esqueceram de levar gelo para refrescar as latas de
> cerveja. Que fazer para toma-las bem mais fria que a água do próprio
> rio?

Deixe-as sempre umidas  ao vento. A evaporacao as esfriara.


>
>
> h) Como se determina o coeficiente de atrito da areia sobre areia?

Cole areia em duas superficies e meça o coeficiente de atrito entre elas
.

>
>
> i) Por que as dunas de um determinado deserto têm todas mesma
> inclinação?
>

Pq o vento sopra com a mesma intensidade ?


>
> j) Por que é impossível obter-se uma superfície perfeitamente lisa?

Pq sempre existe espaco vazio entre as moleculas

>
> k) Densidade é grandeza escalar função de ponto?
>

Eh grandeza escalar e funcao do ponto.

>
> l) Se todas as pessoas da Terra, num dado momento, andarem todas numa
> mesma
> direção e sentido (leste para oeste), isso afetará o período de
> rotação da
> Terra?
>

Sim, mas quando elas pararem de andar o periodo voltara ao normal.

>
> m) É mais fácil equilibrar na ponta do dedo um cabo de vassoura longo
> ou um
> curto?
>

O Longo, por que o periodo de "rotacao" de seu centro de massa em
relacao ao
dedo eh maior..


>
> n) Por que os amigos para os quais enviei o empuxo de Newton para suas
>
> críticas e comentários ainda não se manifestaram?
>

Pq a Falta de tempo leva a uma selecao de prioridades.

>
> o) Ao cair, um giz pode quebrar de três modos: caindo de pé (|) quebra
> em
> dois pedaços; caindo inclinado (/) - caso mais provável - quebra em
> três e
> caindo de 'chapa" (----) quebra em quatro partes. Por quê?
>

Porque SIM ! :-))

[]s
jocax


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Perguntinhas
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/07/2000 18:33


R.Takata escreve:

>perdoes, leo, mas eu ainda nao pude ler com mais cuidado (da passada
rapida q. dei pareceu interessante). o q. vc poderia fazer eh bolar algum
experimento caseiro pra observar o empuxo em situacoes dinamicas.
(serah q. em livros sobre hidrodinamica nao se fala nada sobre isso?)<

Além do texto base Empuxo de Newton, enviei em seguida, os Detalhes e
Aplicações desse empuxo 'novo'. Recebeu?

Não tenho nenhum livro de hidrodinâmica (Hidráulica) que fale algo que pelo
menos raspe perto disso!
Resolvi algumas questões de livros tradicionais (e mesmo de curso
universitários) usando esse 'novo' conceito e funcionou perfeitamente (além
de que as soluções ficaram bem mais curtas que as originais que usavam o tal
de 'gravidade aparente').

Esses probleminhas tipicos de balão dentro do trem acelerado, boia dentro de
reservatório em rotação ou em translação acelerada, boia dentro dágua em
elevador acelerado ou queda livre, resolve-se em 1 ou 2 linhas, usando-se o
empuxo de Newton!

[]'
Léo





SUBJECT: Proposta Perpetua
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/07/2000 19:02

Oi pessoal,
vamos fazer uma coletânea de engenhocas de motos-contínuo?
Apreciaria abrir uma Sala em meu site e colocar essa coletânea. Umas 10
delas eu já tenho e seria o início da coletânea. Cada colega que enviar uma
nova, com o 'texto explicativo' de seu funcionamento e qual o princípio
físico que tal máquina (ou engenhoca) fura, será acrescentado ao site com os
devidos créditos.

1) Nome da engenhoca: (figura)
2) Apresentação e Texto de:
3) Funcionamento:
4) Causa da impossibilidade:

Exemplos:
1) Roda de movimento perpétuo, da idade média
1) Moto perpétuo com bolas rolando em divisões separadas
1) A tabuleta perpétua de Los Angeles
1) O acumulador de Ufimtsev
1) A corrente de bolas no plano inclinado
1) A corrente nas rodas empilhadas
1) A roda de Orffyreus
1) O ímã no plano inclinado
1) A meia roda dentro d'água
etc.

Que acham? seria um bom local pra meninada consultar sobre os motos
perpétuos!

[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] Perguntinhas
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/07/2000 19:26

Desconsiderem a minha mensagem anterior. Mandei-a em html com gifs indicando
as respostas erradas .... e não apareceu nada disso! Vá entender!

Vou colocar aqui as respostas ERRADAS:


Bom, vou tentar responder (chutando umpouco : ) ..

Luiz Ferraz Netto wrote:

> a) Na garrafa térmica, o café quente fica do lado de fora ou do lado
> de
> dentro da garrafa?

ele fica de fora da parte que contem o "vacuo" .
ERRADA !

>
>
> b) A água ferve e não derrama; o leite ferve e derrama. Uai? because?
> por
> quê?
>

Acho q a tensao superficial da agua a 100graus eh bem menor do que a
tensao
ERRADA !
superficial do leite no seu pontode fervura aprisionando as bolhas de
vapor de agua
em finas peliculas de gordura.


>
> c) Vc inspira o ar que expira? Por que numa nave em órbita (gravidade
> aparente zero) deve-se usar de ventiladores durante o período de sono?
>
>

Como o ar normalmente sai mais quente do nosso corpo sua densidade eh
maior e ele eh empurado para cima pelo ar + frio. Outro fator a
considerar ERRADA !

seria a densidade do CO2 que expiramos ( se nao me falha a memoria ).
Se a densidade do CO2 for menor que a do ar ( N2 + O2) ele devera subir.

Os ventiladores seriam usados para afastar o Co2 q expiramos.

>
> d) Quanto mais se desce nas minas, maior o valor da pressão
> atmosférica. Que
> profundidade deveria ter uma mina para que lá a densidade do ar tenha
> valor
> 1 kg/l (igual à da água)?
>

Essa vc me pegou !



>
> e) Para que serve o vidro do lampião a querosene (ou gás)?
>

Chute: Para q o Gas nao se apague devido a algum vento que poderia
empurrar o ERRADA !

gas quente(fogo) impedindo a reignicao e apagando o lampiao.


>
> f) Por que ninguém leva gelo seco para manter a cerveja geladinha nas
> praias, camping, pescaria etc.?
>

Poderia congelar a cerveja, q contem agua, e, pelo aumento de volume ,

estouraria a garrafa/lata.ERRADA !


>
> g) Numa pescaria, esqueceram de levar gelo para refrescar as latas de
> cerveja. Que fazer para toma-las bem mais fria que a água do próprio
> rio?

Deixe-as sempre umidas ao vento. A evaporacao as esfriara.
RAZOÁVEL ...

>
>
> h) Como se determina o coeficiente de atrito da areia sobre areia?

Cole areia em duas superficies e meça o coeficiente de atrito entre elas
.ERRADA !


>
>
> i) Por que as dunas de um determinado deserto têm todas mesma
> inclinação?
>

Pq o vento sopra com a mesma intensidade ?
ERRADA !


>
> j) Por que é impossível obter-se uma superfície perfeitamente lisa?

Pq sempre existe espaco vazio entre as moleculas RAZOÁVEL

>
> k) Densidade é grandeza escalar função de ponto?
>

Eh grandeza escalar e funcao do ponto.
ERRADA !

>
> l) Se todas as pessoas da Terra, num dado momento, andarem todas numa
> mesma
> direção e sentido (leste para oeste), isso afetará o período de
> rotação da
> Terra?
>

Sim, mas quando elas pararem de andar o periodo voltara ao normal.
ERRADA !

>
> m) É mais fácil equilibrar na ponta do dedo um cabo de vassoura longo
> ou um
> curto?
>

O Longo, por que o periodo de "rotacao" de seu centro de massa em
relacao ao
dedo eh maior..
INCOMPLETA ....... MAS ACEITÁVEL

>
> n) Por que os amigos para os quais enviei o empuxo de Newton para suas
>
> críticas e comentários ainda não se manifestaram?
>

Pq a Falta de tempo leva a uma selecao de prioridades.ERRADA !


>
> o) Ao cair, um giz pode quebrar de três modos: caindo de pé (|) quebra
> em
> dois pedaços; caindo inclinado (/) - caso mais provável - quebra em
> três e
> caindo de 'chapa" (----) quebra em quatro partes. Por quê?
>

Porque SIM ! :-)) ERRADA !


[]s
jocax


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SUBJECT: Hoje estou com pilha nova
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/07/2000 20:17

Que tipo de cola mantém as partes dos bonecos grudadas?
Aproveito para mostrar como seria o Rio de Janeiro caso nevasse lá.
 
 
E, rembrando da cerveja que tanto já rolou por aqui, vamos a um quebra-cabeça:
 
Em uma certa cidade da fronteira do México com os EUA, ocorre uma situação cambial peculiar. No México, o dolar americano vale somente noventa centavos da moeda de lá, enquanto, nos EUA, o valor do dolar mexicano é de apenas noventa centavos americanos.
Um dia, um vaqueiro entra em um bar mexicano e pede dez centavos de cerveja. Paga com um dolar mexicano, recebendo de troco um dolar americano, que valia exatamente noventa centavos, lá. Depois de beber, o vaqueiro cruza a fronteira e, num bar americano, pede outra cerveja de dez centavos. Ele paga com o dolar americano, recebendo um mexicano como troco.
Ele o leva de volta para o outro lado da fronteira e fica repetindo o processo, bebendo cerveja, alegremente, o dia inteiro e acabando tão rico como no princípio, com um dolar.
Pergunta-se: Quem pagou pelas cervejas todas?
 
[]'
Léo
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] corte diagonal de Cantor
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/07/2000 20:39

Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> acho q. pelo menos alguns daqui jah ouviram falar dos trabalhos de Cantor
> q. o levou a concluir q. existem conjuntos de tamanho infinito com numeros
> diferentes de elementos -- distinguidos pelo criterio de pareamento um a
> um.
>
> ao parear os numeros naturais com os decimais entre 0 e 1, ele notou q.
> alterando-se o primeiro digito do primeiro decimal, o segundo do segundo,
> o terceiro do terceiro e assim sucessivamente obteria um novo decimal
> entre 0 e 1 q. nao estava pareado com nenhum natural. concluiu q. o
> conjunto dos numeros entre 0 e 1 com infinitos elementos tinha mais
> elementos do q. o conjunto dos naturais tbm com infinitos elementos. ao q.
> sei dessa historia ele atribuiu a isso *cardinalidades* diferentes.
>
> bem, aqui pergunto aos inteirados no tema se essa prova da existencia de
> numeros 'transinfinitos' eh valida e/ou amplamente aceita pela comunidade
> matematica.
>
> preu q. sou de fora da area, nao fica muito claro -- eu tenho
> particularmente a duvida de se isso nao seria apenas mais um paradoxo q.
> surge qdo se lida com numeros infinitos.
>
> se pareassemos os numeros naturais com eles mesmos (simplesmente colocando
> 0s 'a esquerda do numero da segunda lista) e aplicassemos o procedimento
> de Cantor, nao obteriamos um resultado semelhante?
>
> []s,
>
> roberto takata

Deixo aqui como resposta/comenntário uma resposta que em tempos dei no
pt.ciencia.geral a outra questão no género.

A primeira frase não faz muito sentido neste contexto, mas o resto enquadra-se
bem no espirito, creio eu, e não me apetece reescrever tudo isto.. Só lhe dei
uns toques para ficar mais dentro do contexto.

=========================================================================
=========================================================================


As coisas não são assim tão simples, porque por exemplo qualquer sistema assente
na fisica quântica é computável e redutivel a um autómato finito (frizo bem o
finito) probabilista, e tu és um sistema desses, e portanto és limitado à
lógica... finita e sujeita aos problemas descritos e comprovados por Gödel.

Mas o problema dos "infinitozinhos", como eu lhes chamo, é mais giro e
resolve-se com facilidade deixando de falar em infinitos e passando a falar
em algo que eu chamo "representatibilidade numa linguagem":

Quando falamos dum conjunto usamos uma linguagem, que pode ser por exemplo o
português, e dizemos: "Chamemos a este conjunto R, ele tem as propriedades X, Y,
Z, etc...". "Chamemos K a outro conjunto, etc etc...".

Agora pegamos nos mesmos conjuntos, muito bem definidinhos e aparentemente nada
infinitos nesta linguagem e tentamos usar outra linguagem para o expressar:
K=(1,2,3) e tentamos expressar R na mesma linguagem... e dá barraca, nunca mais
chegamos a lado nenhum... e então dizemos que R é infinito, quando de facto não
é nada... apenas não é expressável nesta linguagem, mas é noutras.

Nessas outras, R tem determinadas propriedades que podem ser analizadas, e das
quais podemos inferir outras propriedades, derivar outros conjuntos, etc...

Idem para o conjunto R2, etc...

O conjunto de todas as funções pelo contrário é um objecto exótico que
aparentemente não é apreensivel pela lógica, nem pelo espirito humano, diga-se
de passagem, pela simples razão que mesmo os homens não podem conceber todas as
trasformações possiveis nem exprimi-las, visto que por exemplo o teorema de
Gödel prova que não é possivel construir uma função que prova que 2 outras
funções arbitrárias são equivalentes em determinado dominio arbitrário.

Entretanto... deixem-me falar do conceito de infinito em si (e não de
infinitizinho): O conceito é estranho porque pressupõe a ausência de limites, e
se lhe damos propriedades estamos a impôr limites... e se dizemos que não tem
limites de espécie alguma estamos a falar numa propriedade e a impor limites, e
se dizemos que não podemos falar disso duma forma correcta estamos a impor
novamente propriedades... e como o nosso cérebro trabalha com conceitos
(definidos à custa de propriedades), de facto parece-me que o conceito de
infinito não faz sentido... e é uma coisa que exprime mais a nossa ignorância do
que algo de compreensivel, quanto mais matematizável...

Intés!

PS: Infelizmente nunca encontrei muito escrito sobre este assunto... de modo que
quase tudo o que escrevi aqui foi pensado por mim, e discutido com alguns amigos
e é provavel que esteja errado nalguns pontos, mas agradecia imenso eventuais
correcções.

--
email (same address): rnbc@rnbc.pt.eu.org or rnbc@rnl.ist.utl.pt
homepage: http://rnbc.pt.eu.org/~rnbc or http://www.poboxes.com/rnbc
IRC: r0 (PT-Net and IRC-Net and sometimes UnderNet)
Guaranteed not to change but a bit unreliable: rnbc@poboxes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] corte diagonal de Cantor
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/07/2000 00:08

Peço sinceras desculpas pela minha tradicional e radical ignorância, mas,
alguém poderia passar esse texto para a língua pátria? Não consegui atinar
ou organizar o mínimo raciocínio sobre o comentário dado.

[]'
Léo

De: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
Assunto: Re: [ciencialist] corte diagonal de Cantor


Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> acho q. pelo menos alguns daqui jah ouviram falar dos trabalhos de Cantor
.......................................
=========================================================================
=========================================================================


As coisas não são assim tão simples, porque por exemplo qualquer sistema
assente
na fisica quântica é computável e redutivel a um autómato finito (frizo bem
o
finito) probabilista, e tu és um sistema desses, e portanto és limitado à
lógica... finita e sujeita aos problemas descritos e comprovados por Gödel.

Mas o problema dos "infinitozinhos", como eu lhes chamo, é mais giro e
............................................



SUBJECT: Re: [ciencialist] Hoje estou com pilha nova
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/07/2000 10:16



Luiz Ferraz Netto wrote:

> Em uma certa cidade da fronteira do México com os EUA, ocorre uma
> situação cambial peculiar. No México, o dolar americano vale somente
> noventa centavos da moeda de lá, enquanto, nos EUA, o valor do dolar
> mexicano é de apenas noventa centavos americanos.Um dia, um vaqueiro
> entra em um bar mexicano e pede dez centavos de cerveja. Paga com um
> dolar mexicano, recebendo de troco um dolar americano, que valia
> exatamente noventa centavos, lá. Depois de beber, o vaqueiro cruza a
> fronteira e, num bar americano, pede outra cerveja de dez centavos.
> Ele paga com o dolar americano, recebendo um mexicano como troco.Ele o
> leva de volta para o outro lado da fronteira e fica repetindo o
> processo, bebendo cerveja, alegremente, o dia inteiro e acabando tão
> rico como no princípio, com um dolar.Pergunta-se: Quem pagou pelas
> cervejas todas?

O contribuinte ( povo )de um dos paises que tem sua moeda
artificialmente
SUPERVALORIZADA. E isso nao eh piada nao . Por acaso
alguem se esqueceu do que aconteceu com o Plano Real ??
Para garantir a reeleicao FFHH supervalorizou o real as custas de uma
incalculavel divida externa.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Proposta Perpetua
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/07/2000 11:27

Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Oi pessoal,
> vamos fazer uma coletânea de engenhocas de motos-contínuo?
> Apreciaria abrir uma Sala em meu site e colocar essa coletânea. Umas 10
> delas eu já tenho e seria o início da coletânea. Cada colega que enviar uma
> nova, com o 'texto explicativo' de seu funcionamento e qual o princípio
> físico que tal máquina (ou engenhoca) fura, será acrescentado ao site com os
> devidos créditos.
>
> 1) Nome da engenhoca: (figura)
> 2) Apresentação e Texto de:
> 3) Funcionamento:
> 4) Causa da impossibilidade:

Cuidado que o pessoal pode acreditar... Pelo que se vê pelo www, tem
muita gente que acredita...
Tem uma bonitinha (tem no www), que é um trilho inclinado com ímãs
posicionados de forma a gerar um campo magnético crescente ao longo
da subida. Uma bola de aço rolando no trilho é puxada para cima no
plano inclinado (até aí tudo bem).
Termine-se a subida em uma descida rápida, sem ímãs, e diz-se que a
bola desce em boa velocidade. Complete-se então o trilho, fazendo uma
volta até o início da subida, e a bola iria circular eternamente...

Antonio Carlos M. de Queiroz



SUBJECT: Re: [ciencialist] Proposta Perpetua
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/07/2000 12:03

ACMQ escreve:
**Cuidado que o pessoal pode acreditar... Pelo que se vê pelo www, tem
muita gente que acredita...
Tem uma bonitinha (tem no www), que é um trilho inclinado com ímãs
posicionados de forma a gerar um campo magnético crescente ao longo
da subida. Uma bola de aço rolando no trilho é puxada para cima no
plano inclinado (até aí tudo bem).
Termine-se a subida em uma descida rápida, sem ímãs, e diz-se que a
bola desce em boa velocidade. Complete-se então o trilho, fazendo uma
volta até o início da subida, e a bola iria circular eternamente...
Antonio Carlos M. de Queiroz***

Se tem gente que pode acreditar ...... então ai está a graça da coisa. Numa
página faremos a descrição da engenhoca .... sem o furo e em outra página os
comentários.

Quanto ao moto do ímã, ele já está citado na minha lista da mensagem
inicial:

Exemplos:
1) Roda de movimento perpétuo, da idade média
1) Moto perpétuo com bolas rolando em divisões separadas
1) A tabuleta perpétua de Los Angeles
1) O acumulador de Ufimtsev
1) A corrente de bolas no plano inclinado
1) A corrente nas rodas empilhadas
1) A roda de Orffyreus
1) O ímã no plano inclinado <===================
1) A meia roda dentro d'água

Esse do ímã no alto da plataforma e a esfera de aço (que lá no alto cai num
buraco e volta à posição inicial, iniciando nova subida, realmente é
'genial'. O Prof. Nicolau, autor dos Fundamentos da Física, telefonou-me
pedindo o 'porque' da falha!
Mas, o mais dificil de achar o 'bug' é o da meia roda dentro da água.

[]'
Léo


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Gelo
FROM: "Rafael Cisneiros Lenine" <rafa-rbn@rio.matrix.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/07/2000 14:16

Também agradeço ao Roberto e a todos os outros pelas respostas.

[]´s

Rafael C. Lenine
----- Original Message -----
From: "Oliver Lee" <olee@ucla.edu>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, July 12, 2000 7:09 PM
Subject: Re: [ciencialist] Gelo


> Wow! Muito obrigado pela sua resposta, Roberto. Soh estava esperando por
> uma resposta curta :)
> A resposta que estava proucurando estava em um soh paragrafo, mas o resto
> tambem eh bem vindo.
>
> OLee
>
> At 05:38 PM 7/12/00 -0300, you wrote:
> >On Wed, 12 Jul 2000, Oliver Lee wrote:
> >> Se 1/9 do gelo fica fora da agua... quando o gelo derrete, o 1/9 nao
ira
> >> derramar esse volume?
> >
> >OLee,
> >
> >qdo o gelo derreter, a massa q. ocupava um volume v, vai ocupar apenas
> >0,9v - a densidade da agua em estado solido corresponde a apenas 90% da
> >agua em estado liquido - a agua e umas poucas substancias mais tem essa
> >propriedade de ser mais densa em estado liquido.
> >
> >o processo de derretimento do gelo -- sob o ponto de vista apenas da
> >densidade -- poderia ser visualizado como ocorrendo a compactacao de uma
> >massa de gelo ateh ocupar apenas 90% de seu volume original (mesma massa
> >em volume menor dah uma densidade maior). claro q. nao devemos levar essa
> >ideia de compactacao do gelo muito longe, o processo real de fusao do
gelo
> >eh bem diferente de uma simples compactacao.
> >
> >de qq maneira:
> >
> >- o volume deslocado de agua corresponde ao volume submerso;
> >- o volume submerso qdo derreter vai se contrair;
> >- o volume emerso tbm se contrai;
> >- o volume final da porcao emersa depois de derretida corresponde ao
> >'espaco' deixado pela contracao da parte submersa;
> >- o volume total do gelo depois de derreter serah igual ao volume inicial
> >da parte submersa antes de derreter;
> >- assim nao haverah um aumento no volume de agua deslocada no copo, a
agua
> >nao transborda com o derretimento do gelo.
> >
> >esse experimento pode ser feito em casa, bastam um copo comum (de vidro,
> >plastico, etc), um pouco de agua de torneira e alguns cubos de gelo.
> >
> >encha o copo ateh transbordar. espere a agua parar de se agitar e ponha
> >alguns cubos de gelo de modo q. ele fique flutuando na agua (esse detalhe
> >eh importante -- nao se deve encher tto de gelo a ponto dos cubos de
baixo
> >tocarem no fundo). vai transbordar agua num primeiro momento. agora eh
soh
> >deixar 'a temperatura ambiente e esperar o gelo derreter.
> >
> >poderia se suspeitar q. a agua nao transborda por causa da evaporacao q.
> >eliminaria o excesso de agua formada pelo derretimento do gelo. um
> >procedimento pra eliminar essa duvida eh deixar um outro copo cheio de
> >agua por perto e verificar o volume q. se evapora no periodo (em geral
vai
> >ser imperceptivel a olho desarmado). outro procedimento eh instalar o
> >experimento dentro de uma redoma de vidro com o ar saturado de umidade -
> >tipo um vidrao de azeitona selado na boca com um pedaco daqueles filmes
> >transparentes de pvc pra embalar alimentos -- antes de selar vc pode dar
> >umas baforadas ateh embacar o vidro.
> >
> >pra verificar q. nao ocorre mesmo transbordamento de agua, vc pode colar
> >um pedaco de papel filtro (pode ser filtro de cafeh) debaixo do copo,
> >depois q. a agua com gelo parar de sacudir e tiver secado o copo por
fora.
> >bem, como o gelo vai esfriar o copo, deve formar goticulas de umidade
> >condensada do lado de fora, q. pode escorrer e umedecer o filtro. como
> >ninguem vai ter tto tempo livre nem paciencia pra acompanhar todo o
> >processo de derretimento do gelo, poderia ficar na duvida se um eventual
> >umedecimento do papel teria se dado pela condensacao ou pelo
> >transbordamento.
> >
> >um modo de refinar o experimento sem tornah-lo economicamente inviavel
> >como procedimento caseiro eh fazer gelos coloridos -- algumas gotas de
seu
> >corante alimenticio preferido na agua usada pra fazer os cubos de gelo
> >(pode ser tbm sucos instantaneos -- os melhores sao os de uva, framboesa.
> >amora e de morango, nao pelo sabor, mas pela capacidade de corar... qq
> >um q. jah teve o desprazer de tentar remover manchas desses sucos de uma
> >camisa branquinha entende bem o q. digo). core tbm a agua do copo (pode
> >ser da mesma cor do gelo ou uma diferente). pronto. se houver
> >transbordamento de agua do copo, o papel deve ficar ligeiramente tingido.
> >
> >e como precaucao final, instale o experimento em um local q. ninguem irah
> >mexer, mas q. possa ser diretamente observavel, sem necessidade de
> >manipulacao posterior do experimentador.
> >
> >podemos provar isso matematicamente tbm.
> >
> >a densidade da agua liquida (d<agua>) eh de cerca de 1g/ml (1kg/l), a do
> >gelo (d<gelo>) eh de cerca de 0,9g/ml. massa m e volume v se relacionam
> >pela densidade d como se segue:
> >
> >d = m/v (equacao q. jah postaram aqui) eq1.
> >
> >o empuxo E corresponde ao peso P<agu> da massa de volume de agua
deslocado
> >pelo corpo. o volume de agua deslocado corresponde ao volume do corpo
> >imerso na agua. por essa relacao jah demonstraram aqui q. um bloco de
gelo
> >flutuando na agua (situacao em q. E = P do objeto), apresenta 90% de seu
> >volume submerso.
> >
> >bem, entao, pra q. haja um transbordamento de agua eh preciso q. uma
certa
> >qq de agua seja deslocada, essa quantidade de agua deslocada corresponde
> >'a variacao de volume de um corpo submerso nessa agua. por exemplo, se
> >colocarmos um outro corpo de volume v<1> com densidade igual 'a da agua,
> >um volume igual a v<1> de agua irah transbordar. efetivamente se
> >colocarmos mais agua (q. afinal tem a mesma densidade da agua!),
> >idealmente essa mesma qtdade de agua (nao necessariamente as mesmas
> >moleculas de agua) irah sair. como nao estamos colocando nenhum objeto, a
> >variacao de volume submerso vai se dar pela variacao no volume submerso
do
> >gelo ou do produto de seu derretimento.
> >
> ><volume submerso de 'gelo' depois do derretimento> - <volume submerso de
> >gelo antes do derretimento> = <volume de agua q. transborda> eq 2
> >
> >o <volume submerso de 'gelo' depois do derretimento> eh o <volume de agua
> >submersa formada pelo derretimento do gelo>. uma massa m<gelo> vai formar
> >uma massa m<agua> = m<gelo>. o volume de agua formado pode ser obtido da
> >eq1.
> >
> >d<agua do gelo> = m<agua do gelo>/v<agua do gelo>
> >
> >v<agua do gelo> = m<agua do gelo>/d<agua do gelo>
> >
> >m<agua do gelo> = m<gelo>
> >
> >v<agua do gelo> = m<gelo>/d<agua do gelo>
> >
> >d<gelo> = 0,9 d <agua do gelo>
> >
> >v<agua do gelo> = 0,9 m<gelo>/d<gelo>
> >
> >v<agua do gelo> = 0,9 v<gelo>
> >
> >como d<agua do gelo> = d<agua>, a razao entre o volume do corpo e o
volume
> >submerso eh 1.
> >
> >v<agua do gelo> = v<agua do gelo submerso>
> >
> >assim a eq 2 fica
> >
> ><volume da agua do gelo submerso> - <volume do gelo submerso> = 0
> >
> >isto eh, nao ha variacao na quantidade de agua deslocada, logo nao ha
> >transbordamento. como eh confirmado pelo experimento dos gelos (coloridos
> >ou nao) em um copo d'agua.
> >
> >(bem, a explicacao nao foi lah muito didatica, mas creio q. os passos q.
> >pulei sao facilmente dedutiveis)
> >
> >[]s,
> >
> >roberto takata
> >
> >
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>
>



SUBJECT: Jornalismo cient�fico brasileiro
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/07/2000 18:56

Alô:

Alguém precisava mesmo dizer isto. Espero que alguém escute...

Do "UFRJ Online" #25, de hoje.

Jornalismo científico é sensacionalista
A cobertura de Ciência e Tecnologia por parte da imprensa
brasileira é imprecisa, sem rigor e, quase sempre,
sensacionalista. A opinião é da jornalista Mônica Teixeira, da
TV Cultura de São Paulo, responsável pela produção de uma
série de documentários sobre o Genoma, financiada pela
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

A jornalista, que participou do debate "Popularização da
Ciência no Brasil - Papel da Imprensa" da 52ª reunião Anual da
SBPC, acredita que os meios de comunicação sempre se utilizam
da Ciência de modo a generalizar e exaltar descobertas sobre
temas específicos. "Toda a imprensa sofre do problema da
imprecisão. Mas no caso científico, essa imprecisão é aquém do
desejável. Pior, pega-se um tema básico e específico e o
transforma na maior descoberta do mundo. Não há contraste de
opinião e, na maioria das vezes, o jornalista tende a se
postar diante do cientista como se ele fosse um deus. Não
demonstra sequer se tem alguma dúvida", afirmou.

Mônica também acredita que a imprensa é hipocondríaca, por
priorizar temas relacionados a medicina. Além disso, ele
afirmou que o jornalismo brasileiro sofre de falta de memória.
"Anuncia-se determinada descoberta e, posteriormente, não se
verifica se ela efetivamente se concretizou", disse. A
jornalista também criticou a tendência de se considerar
"verdade absoluta" todas as pesquisas nas quais estão
envolvidos cientistas norte-americanos, o que, para ela, pauta
a maioria dos meio de comunicação na cobertura de Ciência.

Outra participante do debate, a jornalista Fabiane Cavalcanti,
em contraste à posição de Mônica, apresentou o projeto de
jornalismo científico do Jornal do Comércio de Pernambuco,
que, desde 1990, mantém um espaço de terça a domingo voltado
para Ciência e Tecnologia, sobretudo a produção regional.
"Conseguimos ter pautas diárias só com a produção científica
de Pernambuco", disse.

Como possíveis soluções para otimização da cobertura de
Ciência, propõe-se a criação de cursos de pós-graduação,
strictu ou latu sensu, que tratem do jornalismo científico,
bem como a inclusão dessa disciplina no currículo do curso de
graduação. "Acho que os cursos são uma ótima idéia. Mas, para
mim, o bom jornalista consegue fazer uma cobertura eficiente
em qualquer área", disse Mônica Teixeira.

Antonio Carlos M. de Queiroz



SUBJECT: Re: [ciencialist] Jornalismo cient�fico brasileiro
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/07/2000 23:43

ACMQ enviou:

**Alguém precisava mesmo dizer isto. Espero que alguém escute...

Léo- Crítica equivalente eu enviei em set/out/1999 para JCMail, falando das
grosserias científicas postas em jornais e revistas, no tema 'divulgação
científica'. Esse ano, uma das colaboradoras do Newsletter (Labjor) --- se
não me falha a caixa-prego, de nome Vera --- enviou-me um e.mail pedindo um
texto baseado naquela mensagem, ou algo assim. Respondi, criticando o
Newsletter, ... não houve retorno.
A mensagem publicada pelo JCMail em 1999 (não recordo o número da
publicação) só teve alguma repercussão pelo fato de que, de passagem, citei
algo a respeito da superinteressante. Isso foi mais ou menos na época que
entrei para o ciencialist.

Do "UFRJ Online" #25, de hoje
.........................................
Mônica- "Toda a imprensa sofre do problema da
imprecisão. Mas no caso científico, essa imprecisão é aquém do
desejável. Pior, pega-se um tema básico e específico e o
transforma na maior descoberta do mundo. Não há contraste de
opinião e, na maioria das vezes, o jornalista tende a se
postar diante do cientista como se ele fosse um deus. Não
demonstra sequer se tem alguma dúvida", afirmou.

Léo- Pelo fato do jornalista (típico) não ter mínima cultura científica, o
cientista entrevistado (sabendo disso) só dá pinceladas sobre o
'filé-mignon' do assunto e o jornalista --- cuja entrevista foi, perhaps por
telefone ---, quando escreve coloca 'carne-de-pescoço'. Ai, na sequencia,
vem o leitor (que um dia vai descobrir o que é ensino médio) e, da
carne-de-pescoço entende só o 'de' e vai transmitir o que entendeu para o
vizinho. O vizinho recebe algo equivalente ao 'casco do boi'.
Enquanto isso, os jornalistas científicos, na mais elevada postura
acadêmica, participam do Congresso Brasileiro de Jornalismo Científico ---
onde ocorre sérias 'reflexões em torno de questões polêmicas' ---, Fórum
Permanente, mesa redonda etc., e chegam à conclusão que são os pesquisadores
que estão mal preparados para transmitirem informações aos jornalistas!

Fabiane- Outra participante do debate, a jornalista Fabiane Cavalcanti,
em contraste à posição de Mônica, apresentou o projeto de
jornalismo científico do Jornal do Comércio de Pernambuco,
que, desde 1990, mantém um espaço de terça a domingo voltado
para Ciência e Tecnologia, sobretudo a produção regional.
"Conseguimos ter pautas diárias só com a produção científica
de Pernambuco", disse.

Léo- Pernambuco está de parabéns, diariamente há novidades sobre produções
científicas. São apenas 365 por ano! Coisas mixuruca para o MIT. Nào foi lá
em Pernambuco que apareceu a última novidade de móto perpétuo? Um negócio
com rodas de tamanhos diferentes ligadas por correias ... algo assim.
Pernambuco- Urgente- Pesquisador desenvolve novo som para o
'boi-bumbá', as compassadas batidas, no rítmo do coração, leva a um estado
de sonolência e ........................:-) Brincadeira para salientar a
estonteante produção científica.

Mônica- "Acho que os cursos são uma ótima idéia. Mas, para
mim, o bom jornalista consegue fazer uma cobertura eficiente
em qualquer área", disse Mônica Teixeira.

Léo- No que entendi, o bom jornalista não precisa fazer curso algum, basta
ser bom. Um dom divino (devo tê-lo transmitido e não me lembro, ... são
tantos!) o fato de nascer bom jornalista. Os bois (de onde sairam as carnes
acima) também fazem boas 'coberturas'.

Antonio Carlos M. de Queiroz

[]'
Léo


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Jornalismo cient�fico brasileiro
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/07/2000 23:56

JCMail, 1583 de 14/07/00

7. CNPq pensa criar ainda este ano um programa de educacao para a
ciencia, alfabetizacao cientifica e populatizacao da ciencia

O CNPq escolheu a reuniao da SBPC para dar uma noticia ha' muito esperada
pelos que trabalham com a divulgacao cientifica no Brasil: a formulacao de
um programa de apoio 'a popularizacao da ciencia.

A boa nova foi anunciada pela vice-presidente do CNPq, Alice Abreu, como
expositora na mesa da reuniao da SBPC sobre "Por um Plano Nacionalde
Popularizacao das Ciencias", coordenado por Ernest Hamburger, da Associacao
Brasileira dos Centros e Museu de Ciencia (ABCMC) e tendo como segundo
debatedor Ennio Candotti, ex-presidente da SBPC e fundador e ex-editor geral
das revistas "Ciencia Hoje" e "Ciencia Hoje das Criancas".

[]''
Léo
Viram o bafafá na reunião do SBPC em Brasília ...... mais ovos no Ministro!



SUBJECT: RES: [ciencialist] falando de homeopatia
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <philox@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/07/2000 09:57

Estudos médicos confiáveis de eficácia de medicamentos devem ser duplo-cego
controlado por placebo(nem o paciente nem o pesquisador sabem se o
"medicamento" envolvido é o placebo ou o medicamento propriamente dito, a
ser testado.

Rodrigo
-----Mensagem original-----
De: Benjamin Hinrichs [mailto:hinsoft@sinos.net]
Enviada em: Segunda-feira, 24 de Julho de 2000 16:10
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] falando de homeopatia


Oi gente,
numa dessas conversas de homeopatia entrou uma pergunta que envolvia o duplo
cego. Eu que sempre fujo dos assuntos imagino o que seria um triplo cego, um
cara faz digamos uma entrevista com alguém que não sabe pelo qual é
entrevistado e quem olha os dados também não sabe o que procura. Que
utilidade tem isso ou isso não existe mesmo?
Uns caras aqui do meu ladoestão discutindo a constante de dissociação
conforme a diluição que se faz da solução... não que eu esteja entendendo
alguma coisa, mas parece interessante. Se a quantidade de prótons liberados
pela substância altamente diluida muda, será que isso não tem importância no
organismo? Claro que não pois os nossos pHs bem tamponados devolvem todos os
H+ liberados pela substância. Mas a conversa parece interessante... aquela
incompleta:
"não me lembro a equação, mas acho que quando tu faz isso da naquilo". "não,
peraí, isso é bobagem, se mudar a pressão e tu colocar naquela equação, bem,
não me lembro qual era, mas muda tudo"... aquela conversa de quem se julga
doutor em química analítica... se é que existe isso.
Quem fazia tratamento por homeopatia era Napoleão. Esse tomou a vida inteira
pelo que me parece algo com Selênio. Curioso é que ele morreu com uma
injeção em grande quantidade do que ele sempre tomou em pequenas...

Abraço,

Benjamin Hinrichs



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SUBJECT: Re: [ciencialist] corte diagonal de Cantor
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/07/2000 11:09

Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Peço sinceras desculpas pela minha tradicional e radical ignorância, mas,
> alguém poderia passar esse texto para a língua pátria? Não consegui atinar
> ou organizar o mínimo raciocínio sobre o comentário dado.

Boas tardes!

O que você não percebeu?... Talvez eu pudesse explicar melhor uma coisa ou
outra. Tentei escrever isso o mais linearmente possível, mas está visto que não
consegui :-)

--
email (same address): rnbc@rnbc.pt.eu.org or rnbc@rnl.ist.utl.pt
homepage: http://rnbc.pt.eu.org/~rnbc or http://www.poboxes.com/rnbc
IRC: r0 (PT-Net and IRC-Net and sometimes UnderNet)
Guaranteed not to change but a bit unreliable: rnbc@poboxes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus, Universo e Razão
FROM: "FRANCISCO ASSIS DOS SANTOS" <fsantus@svn.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/07/2000 00:13


----- Original Message -----
From: <msbn@daterranet.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Monday, June 26, 2000 6:24 PM
Subject: [ciencialist] Deus, Universo e Razão


>
> > Carlos -<< Nao existe razao logica para crer em Deus. E portanto eh +
sensato
> > admitirmos q ele nao existe.>>
> >
> > Manuel - Carlos, me responda: há alguma razão lógica que explique a
> existência de um Universo? Diga-me: POR QUE existe um Universo ao invés de
> nada? POR QUE o Ser de preferência ao Não-Ser?
>
> Você acha que existe uma resposta para essa pergunta? E se existe essa
Razão-de-
> ser (a resposta da pergunta), qual a diferença entre essa Razão-de-Ser e
Deus?
>
> Acho que nenhuma.
>
> Para que não exista uma razão lógica para crer em Deus, é necessário
provarmos
> que pode haver Ser sem Razão-de-ser.
>
> Espero ter sido claro :-)
>
> Um abraço,
> Manuel Bulcão
> >
>
>
>
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> *** --- ***
>
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciencialist, Ciencia Hoje e morte encefalica
FROM: "FRANCISCO ASSIS DOS SANTOS" <fsantus@svn.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/07/2000 00:48


----- Original Message -----
From: Luis Roberto Brudna [RS] <lrb@if.ufrgs.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Thursday, July 06, 2000 2:33 AM
Subject: [ciencialist] Ciencialist, Ciencia Hoje e morte encefalica


> Na ultima Ciencia Hoje tem uma materia com o titulo de "Morte
> cerebral - falhas nos critérios de diagnóstico".
>
> A algum tempo atras houve uma longa e polemica discussao entre os
> integrantes da Ciencialist com a participacao de Celso Galli Coimbra
> (irmao do autor da materia na CH).
>
> Quem quiser ver a longa discussao (mais de 70 mails) eh soh colocar
> a palavra ENCEFALICA no campo de procura da pagina
> http://www.egroups.com/messages/ciencialist .
>
> Ateh mais.
> Luis Roberto Brudna
>
>
>
>
>
>
> ------------------------------------------------------------------------
> Who invented Gatorade -- and what part did it play in
> winning the1967 Orange Bowl? Find out the true facts at
> http://click.egroups.com/1/6212/11/_/19424/_/962861639/
> ------------------------------------------------------------------------
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> >> Revista Ciencia Hoje <<
> http://www.ciencia.org.br
>
> *** --- ***
>
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Proposta Perpetua
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/07/2000 00:56

 
ACMQ escreve:
**Tem uma bonitinha (tem no www), que é um trilho inclinado com ímãs
posicionados de forma a gerar um campo magnético crescente ao longo
da subida. Uma bola de aço rolando no trilho é puxada para cima no
plano inclinado (até aí tudo bem).
Termine-se a subida em uma descida rápida, sem ímãs, e diz-se que a
bola desce em boa velocidade. Complete-se então o trilho, fazendo uma
volta até o início da subida, e a bola iria circular eternamente...
Antonio Carlos M. de Queiroz***

É essa a belezinha?
 
[]''
Léo

SUBJECT: Diabo de teste
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/07/2000 01:02

Uma mensagem que enviei como resposta ao Jocax (Assunto: Perguntinhas), que
deveria ter umas figuras gifs indicando as erradas (e que não funcionou),
continua retornando à minha pasta do ciencialist a cada vez que abro o
Outlook. Já é a décima vez que deleto tal mensagem. Hoje veio
triplicada!!!!!!
Isso está acontecendo com vcs? Ou é problema com meu provedor?
[]'
Léo ........ I AM THAT I AM ...... um chato.



SUBJECT: Pergunta sobre ondas
FROM: "Nanam" <nanam@directnet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/07/2000 13:43

Pergunta sobre ondas
A atração gravitacional da Lua e a força centrífugado movimento conjunto  de rotação da Lua e da Terra são as principais causa dos fenomenos da marés. Essas forças fazem com que a água dos oceanos ,em uma analogia exagerada, formem elipses que em seus pontos extremos culminantes sejam bem grandes.
Ainfluência do sol no fenomeno das marés é bem menor mas não desprezível, porque quando a tração do sol e da Lua se conjugaram a mar''e torna-se mais intensa:
a) Quantas marés altas ocorrem em um dia em um mesmo local? Por que?
b)Como estará a maré no Brasil quando a Lua estiver bem acima do Japão? Por que?
c)quando que a maré é mais intensa?
qual é a fase da lua nessa situaçào?
 
Abraços
Lu  

SUBJECT: Re: [ciencialist] Proposta Perpetua
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/07/2000 16:03

Luiz Ferraz Netto wrote:

> É essa a belezinha?

Não. Nesta é óbvio demais que não funciona... Em vez do ímã encima do
poste, coloque dos lados da rampa de subida uma série e ímãs, todos
com a mesma orientação, formando um "corredor" que se torma mais
estreito à medida em que sobe. Isto causa uma força que cresce mais
ou menos uniformemente ao longo da subida, e efetivamente transporta
a bola até o fim da rampa por uma distância arbitrária, mesmo com
ímãs não muito fortes:

(a), (b) são séries de ímãs chatos , todos na orientação N-S,
horizontal.
(c) é o trilho de subida. (o) seria o buraco por onde a bola cai.

/|o|\
a / | | \ b
/ | | \
c

Procure na rede por SMOT. Tem fotos, diagramas e tudo A idéia seria
colocar vários destes formando um anel horizontal fechado, mas a sua
estrutura também seria possível.
Interessante brinquedo. Que a bola sobe, sobe. Quero ver é se desce,
e se sobe de novo...

Se você for atrás destas "maluquices" de tirar energia do nada, vai
achar aos montes no www. Alguns até funcionam mesmo, e fazendo todas
as medidas erradamente os "pesquisadores" concluem que sai mais energia
do que entra.
Um que é intrigante e fácil de fazer (eu fiz, funciona):
Procure por "Avramenko plug". Como acender uma lâmpada com um fio só...

Antonio Carlos M. de Queiroz



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pergunta sobre ondas
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/07/2000 19:51

Olá, Lu. Bem, primeiro um esclarecimento: o mecanismo das marés tem a
ver com a atração da Lua e do Sol, sim, e com a rotação da Terra também, mas
não exatamente por causa da força centrífuga. Como uns 99% das pessoas faz
confusão com relação a isso, vou explicar em detalhes.

Primeiro, imagine-se num avião em queda livre. O que você sente? Além do
pavor, você perceberá uma ausência absoluta da gravidade. Os objetos
flutuarão no ar como se não houvesse gravitação. Ou seja, para um observador
no referencial de um corpo em queda livre, a gravidade é subtraída. Alías, é
exatamente com um avião em queda livre que os astronautas fazem simulações
da ausência de gravidade (claro que depois de alguns minutos o piloto
conserta a rota do avião).

Agora, pense no seguinte: A Lua exerce sua força de atração
gravitacional sobre a Terra. E a força da gravidade diminui com a distância.
Ora, a Terra é extensa. Suponha que o Rio de Janeiro esteja diretamente
abaixo da Lua, e, do outro lado do mundo, esteja Tóquio. A força de atração
da Lua sobre o Rio será maior que sobre Tóquio, porque uns 12.800 km (o
diâmetro da Terra) separam as duas cidades. A força da Lua sobre o centro da
Terra terá um valor intermediário.

Nós estamos sobre a Terra, portanto nós somos observadores no
referencial da Terra. A força de gravidade da Lua, para nós, deverá ser
subtraída, tal e qual foi subtraída para o observador no avião em queda
livre. Porém cada ponto da Terra sofre uma atração gravitacional diferente
da Lua! O que vai ser subtraído, nesse caso, é a força de gravidade da Lua
sobre o centro de massa da Terra (que corresponde aproximadamente ao seu
centro geométrico).

Ora, vimos que sobre o Rio a força da Lua é maior que no centro da
Terra. Então, após a subtração, sobrará uma força para cima na cidade do
Rio. Vimos também que a força da Lua sobre Tóquio é menor que a no centro da
Terra. Assim, após a subtração, em Tóquio haverá uma força residual em
sentido contrário que no Rio - ou seja, os japoneses também dirão que ela
está para cima.

Tudo se passa, então, como se a Terra estivesse sendo tracionada por
duas forças iguais e de sentido contrário. Desta forma, o que acontece com o
mar? A maré é puxada com forças iguais dos dois lados, e sobe
simultaneamente tanto de um lado quando do lado oposto. Quando a maré atinge
a altura máxima no Rio de Janeiro, estará atingindo a altura máxima também
no Japão.

E, por isso, a maré deve subir duas vezes por dia. Mas isso depende
também do Sol. Como eu não costumo ir à praia, não sei dizer exatamente como
a maré do Sol se conjuga com a Lua e em quais horários a maré está na máxima
ou na mínima extensão.

Posto isso, vamos às suas perguntas.

----- Original Message -----
From: Nanam

Pergunta sobre ondas
A atração gravitacional da Lua e a força centrífugado movimento conjunto de
rotação da Lua e da Terra são as principais causa dos fenomenos da marés.
Essas forças fazem com que a água dos oceanos ,em uma analogia exagerada,
formem elipses que em seus pontos extremos culminantes sejam bem grandes.
Ainfluência do sol no fenomeno das marés é bem menor mas não desprezível,
porque quando a tração do sol e da Lua se conjugaram a mar''e torna-se mais
intensa:
a) Quantas marés altas ocorrem em um dia em um mesmo local? Por que?

-- Duas vezes, porque a maré está alta sempre de dois lados opostos da
Terra.

b)Como estará a maré no Brasil quando a Lua estiver bem acima do Japão? Por
que?

-- Estará tão alta quanto no Japão (se esquecermos da influência do
Sol), pelo mesmo motivo.

c)quando que a maré é mais intensa?
qual é a fase da lua nessa situaçào?

-- A maré é mais intensa quando as forças do Sol e da Lua se somam. Isso
pode acontecer quando a Lua está entre o Sol e a Terra ou quando a Terra
está entre o Sol e a Lua (novamente, a atração gravitacional provoca maré
dos dois lados opostos do planeta). No primeiro caso, temos Lua Nova; no
segundo, um eclipse da Lua - a não ser que o alinhamento não seja perfeito,
quando então teremos Lua Cheia.

Abraços
Lu

-- A propósito, a maré é a causa do fato de a Lua sempre mostrar a mesma
face para nós. A força da gravidade da Terra induz marés na Lua - como a Lua
não tem água, o efeito de maré resume-se a um ligeiro "esticamento" da Lua -
ela fica ligeiramente elíptica, sendo os "pontos altos" da elipse na direção
da Terra. Ora, houve um dia em que a Lua girava em torno de seu eixo
independentemente da Terra. Mas, fazendo assim, ela seria "esticada" e
"desesticada" o tempo todo, porque o "esticamento" é sempre na direção da
Terra. A Lua é sólida; a resistência de seu material à deformação foi
freiando seu movimento de rotação com o tempo, até que ele se estabilizou de
forma que a Lua mostre sempre a mesma face para nós - agora, seu movimento
de rotação não provoca mais esticamentos e desesticamentos.

Isso também está acontecendo com a Terra, em menor grau - nosso planeta
está freando sua rotação - não só por causa da Lua, mas também do Sol e dos
outros astros.

Até,
Belisário




SUBJECT: XX Encontro Nacional de Estudantes de Química - Informativo
FROM: Comissão Organizadora do XX ENEQUI <enequi2001@bol.com.br>
TO: <crq17@crq17.al.org.br>, <crq@crqmg.org.br>, <cpd@ufs.br>, <concefet@rudah.com.br>, <concefet@etfce.br>, <cinfo@ulbra.br>, <ciencialist@egroups.com>, <choje@omega.lncc.br>, <cefet@etfal.g12.br>, Carlos André <andre_rosseau@uol.com.br>, <caluias@cefetonline.com.br>, <callegari@mackenzie.br>, <barral@cefetba.br>, "banco" <roberioas@banconordeste.gov.br>
DATE: 17/07/2000 01:01

Já estão abertas as inscrições para o XX Encontro Nacional de Estudantes de Química e a data-limite para o envio dos trabalhos de Iniciação Cientifica é 30/10/2000.
 
O Encontro acontecerá no período de 28 de janeiro a 03 de fevereiro de 2001, o qual terá como escola-sede a Universidade Estadual do Ceará – campus do Itaperi.
 
O tema será “O Papel e os desafios do Químico para o novo século”, abrangendo os campos de pesquisa, da indústria e da educação.
 
 O público alvo do XX Enequi são os estudantes: do CEFET, de graduação, pós-graduação, professores e profissionais da área de Química e de ciências afins.
 
Outras informações através da Home Page do XX Encontro Nacional dos Estudantes de Química pelos seguintes endereços: www.uece.br/FrmXXEncQui.htm ou www.enequi.hpg.com.br , ou pelo endereço abaixo: 
 
Comissão Organizadora do XX ENEQUI
Universidade Estadual do Ceará – UECE
Departamento de Física e Química
Av. Paranjana, 1.700  - Bairro: Itaperi
Fortaleza-Ceará    CEP.: 60.740-000
 
Comissão Organizadora do XX ENEQUI
Robério Andrade de Sousa     
Coordenador Geral         
                                        E-mail: eneq2001@uece.br
                                            enequi2001@bol.com.br
                                      

SUBJECT: Re: [ciencialist] Pergunta sobre ondas
FROM: "Nanam" <nanam@directnet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/07/2000 08:35

\Sr. Roberto

Obrigada pela resposta. \
Não havia achado a explicação sobre ondas em nenhum livro de física aqui em
casa , essa questão caiu na Unicamp
Abraços
Lu



SUBJECT: Re: [ciencialist] corte diagonal de Cantor
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/07/2000 09:16

Ola Roberto,
vou tentar responder de memoria. Tive um curso disso, ha milenios,
qdo fiz meu bacharelado em computacao.( Tudo q eu escrever a seguir pode
ter
estado sujeito aa corrosao do tempo e PORTANTO INCORRETO )

Quando comparamos o numero de elementos de conjuntos ( A e B ) e estes
possuem infinitos elementos nao podemos, a rigor, dizer q um tem o
mesmo
numero de elementos q o outro , pois infinito eh numero.
Mas existe um conceito que nos da uma ideia de "DENSIDADE" do numero de
elementos
de um conjunto : A cardinalidade.
Se ambos conjuntos apresentam a mesma cardinalidade eles possuem a mesma

"densidade" de numeros. A rigor, um conjunto tem a mesma
cardinalidade de outro
se e somente se existe uma correspondencia BIUNIVOCA entre os elementos
dos 2 conjuntos.
Isto quer dizer que existe uma funcao (F) injetora e sobrejetora de um
conjunto sobre
o outro ( e vice versa ).
Injetora : para quaisquer elementos de A : (a1 e a2 ) se a1 eh
diferente de a2
entao : b1=F(a1) eh diferente de b2=F(a2)
Sobrejetora : todos os elementos de B sao mapeados pela funcao. Ou seja

para qqr bi existe ai tal que bi=F(ai).

Quando se ACHA uma correspondencia biunivoca entre 2 conjuntos dizemos
q eles tem o mesmo "numero de elementos", ou seja mesma cardinalidade.

Para provar q um conjunto B tem "mais elementos" que o outro A , ou
seja
q a cardinalidade de B eh maior q a cardinalidade de A devemos provar
que existe uma funcao F injetora de A--> B e que NAO seja sobrejetora
sobre B
isto eh sobra elementos de B q nao sao atingidos pela funcao Muito
embora
todos os elementos de A sejam pareados por algum elemento de B.

Um modo mais facil e utilizado para provar q as cardinalidades de A e B
sao iguais
eh mostrar q Cardinalidade(A) esta contida na Cardinalidade( B ) e
vice-versa.
Ou seja para provar q a Cardinalidade( B ) esta contida ( "menor" ) que
a
cardinalidade(A) devemos provar ( achar uma relacao ) que,
para todo elemento de B existe um correspondente de A
Ou seja qualquer Bi existe Ai tal que Bi = F(Ai).

Assim,
Para provar que os Racionais Q tem o "mesmo numero de elementos"
( cardinalidade ) que os naturais N deveremos provar que cardinalidade
de N
esta contida na Cardinalidade de Q e vice-versa.

Um dos lados eh facil ( provar q a cardinalidade de N eh menor igual aa
de Q ) :
para qualquer N1 existe (P1/Q1 ) tal que N1 = P1/Q1
Prova : basta tomar P1 = N1 e Q1 = 1
Agora, para provar q a cardinalidade de Q eh menor ou igual aa
cardinalidade de N
a coisa eh mais complicada e Cantor provou isso usando a triangulacao
de
P/Q de modo que qualquer x =(p1/q1) pertencendo a Q pudesse ser
mapeado por ao menos um numero Natural N, onde N era funcao de p1,q1 ou
seja
p1/q1=x=F(N)=f(p1,q1)
Ou seja para todo x pertencente a Q (x=p/q) existia um natural N =f(p,q
) tal que
x=F(N).
Dessa maneira ele provou q ambos conjuntos tem a mesma cardinalidade

Para provar que a cardinalidade dos reais entre 0 e 1 (R01)eh maior q a
dos naturais
basta provar q eh impossivel existir uma relacao que para todo x em R01
exista um "n" em N tal que x=f(n).
Para isso podemos *supor* (por absurdo ) q existe a relacao e entao
ordenamos
todos os numeros entre 0 e 1 . AGORA
Se pegarmos o elemento da diagonal onde todos os valores estao
trocados
veremos q este numero nao pertence ao conjunto ordenado. O q gera uma
contradicao e portanto R01 nao pode ser ordenado ( colocado em uma
relacao
correspondente com os naturais ).

Pode parecer nao intuitivo mas a cardinalidade dos numeros pares
eh a mesma dos numeros naturais ( fica como exercicio ) :-)


Roberto Mitsuo Takata wrote:

> acho q. pelo menos alguns daqui jah ouviram falar dos trabalhos de
> Cantor
> q. o levou a concluir q. existem conjuntos de tamanho infinito com
> numeros
> diferentes de elementos -- distinguidos pelo criterio de pareamento um
> a
> um.
>
> ao parear os numeros naturais com os decimais entre 0 e 1, ele notou
> q.
> alterando-se o primeiro digito do primeiro decimal, o segundo do
> segundo,
> o terceiro do terceiro e assim sucessivamente obteria um novo decimal
> entre 0 e 1 q. nao estava pareado com nenhum natural. concluiu q. o
> conjunto dos numeros entre 0 e 1 com infinitos elementos tinha mais
> elementos do q. o conjunto dos naturais tbm com infinitos elementos.
> ao q.
> sei dessa historia ele atribuiu a isso *cardinalidades* diferentes.
>
> bem, aqui pergunto aos inteirados no tema se essa prova da existencia
> de
> numeros 'transinfinitos' eh valida e/ou amplamente aceita pela
> comunidade
> matematica.
>
> preu q. sou de fora da area, nao fica muito claro -- eu tenho
> particularmente a duvida de se isso nao seria apenas mais um paradoxo
> q.
> surge qdo se lida com numeros infinitos.
>
> se pareassemos os numeros naturais com eles mesmos (simplesmente
> colocando
> 0s 'a esquerda do numero da segunda lista) e aplicassemos o
> procedimento
> de Cantor, nao obteriamos um resultado semelhante?
>
> []s,
>
> roberto takata
>
> -----------------------------------------------------------------------
>
> -----------------------------------------------------------------------
> *** --- ***
>
> >> Revista de quimica (na Web) <<
> http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/
>
> *** --- ***
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] corte diagonal de Cantor
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/07/2000 09:22



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> numero de elementos q o outro , pois infinito eh numero.

Quis dizer infinito NAO eh numero.
[]s
ojcax



SUBJECT: Re: [ciencialist] corte diagonal de Cantor
FROM: "Alvaro Neiva" <aneiva@provide.psi.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/07/2000 09:36

Oi pessoal,

Talvez eu me engane, mas uma forma de visualizar o problema seria imaginar
tres "trenas de comprimento infinito", uma marcada em metros, outra em
centimetros e a outra em milimetros e verificar que a milimetrica tem muito
mais marcas (elementos do conjunto) que a metrica.

Abs.

Alvaro Neiva

----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Monday, July 17, 2000 9:16 AM
Subject: Re: [ciencialist] corte diagonal de Cantor


> Ola Roberto,
> vou tentar responder de memoria. Tive um curso disso, ha milenios,
> qdo fiz meu bacharelado em computacao.( Tudo q eu escrever a seguir pode
> ter
> estado sujeito aa corrosao do tempo e PORTANTO INCORRETO )
> Quando comparamos o numero de elementos de conjuntos ( A e B ) e estes
> possuem infinitos elementos nao podemos, a rigor, dizer q um tem o
> mesmo
> numero de elementos q o outro , pois infinito eh numero.
> Mas existe um conceito que nos da uma ideia de "DENSIDADE" do numero de
> elementos
> de um conjunto : A cardinalidade.
> Se ambos conjuntos apresentam a mesma cardinalidade eles possuem a mesma
> "densidade" de numeros. A rigor, um conjunto tem a mesma
> cardinalidade de outro
> se e somente se existe uma correspondencia BIUNIVOCA entre os elementos
> dos 2 conjuntos.




SUBJECT: Re: [ciencialist] corte diagonal de Cantor
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/07/2000 09:41




> Oi pessoal,
>
> Talvez eu me engane, mas uma forma de visualizar o problema seria
> imaginar
> tres "trenas de comprimento infinito", uma marcada em metros, outra em
>
> centimetros e a outra em milimetros e verificar que a milimetrica tem
> muito
> mais marcas (elementos do conjunto) que a metrica.
>

Este exemplo serve para dar uma ideia INTUITIVA
MAS a RIGOR NAO esta correto pois eh possivel provar q estas duas
'trenas' tem a
mesma cardinalidade.
[]s
jocax



SUBJECT: Piada - Macacos
FROM: Golbery Gomes Capistrano <golbery@secrel.com.br>
TO: behaviorismo@egroups.com,Lista Bsb-Comportamental <Bsb-Comportamental@egroups.com>,Lista PsicologiaNET <psicologianet@egroups.com>,COMPORT@egroups.com, "Lisra Ciência" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/07/2000 11:43

Oi pessoal,

Recebi a seguinte mensagem numa lista de piadas. Achei interessante dividir com vocês esse conto.


        Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula. No meio, uma escada e sobre ela um cacho de bananas. Quando um macaco subia na escada para pegar as bananas, jogavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada os outro opegavam e enchiam de pancada. Com mais algum tempo, nenhum macaco subiu mais a escada, apesar da tentação das bananas.
        Então substituíram um dos macacos por um novo. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo retirado pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada. Um segundo foi substituído e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado com entusiasmo na surra ao novato. Um terceiro foi trocado e o mesmo ocorreu. Um quarto e afinal o último dos veteranos foi substituído.
        Os cientistas então ficaram com um grupo de cinco macacos que mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse pegar as bananas. Se possível fosse perguntar a algum deles porque eles batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: "não sei, mas as coisas sempre foram assim por aqui".


Até mais!

Golbery Gomes Capistrano
Fortaleza - Ceará - Brasil


SUBJECT: Re: [ciencialist] corte diagonal de Cantor
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/07/2000 21:27

On Mon, 17 Jul 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> "densidade" de numeros. A rigor, um conjunto tem a mesma
> cardinalidade de outro
> se e somente se existe uma correspondencia BIUNIVOCA entre os elementos
> dos 2 conjuntos.

certo...

> Para provar que a cardinalidade dos reais entre 0 e 1 (R01)eh maior q a
> dos naturais
> basta provar q eh impossivel existir uma relacao que para todo x em R01
> exista um "n" em N tal que x=f(n).
> Para isso podemos *supor* (por absurdo ) q existe a relacao e entao
> ordenamos
> todos os numeros entre 0 e 1 . AGORA
> Se pegarmos o elemento da diagonal onde todos os valores estao
> trocados
> veremos q este numero nao pertence ao conjunto ordenado. O q gera uma
> contradicao e portanto R01 nao pode ser ordenado ( colocado em uma
> relacao
> correspondente com os naturais ).

pois eh, aqui estah o problema para o meu entendimento da validade do uso
da diagonal.

pareie os elementos de N consigo mesmo completando a segunda lista com
infinitos zeros 'a esquerda.

1 - 000000000......0000001
2 - 000000000......0000002
3 - 000000000......0000003
.
.
.
999....9 - 999999999......9999999

proceda do mesmo modo como feito em relacao aos numeros R (0< R < 1) e
teremos o mesmo paradoxo. ou nao? se o paradoxo realmente ocorre nao
podemos resolvej-lo afirmando q. ambos os conjuntos apresentam
cardinalidades diferentes - jah q. criaria outro paradoxo: a cardinalidade
de N certamente eh igual 'a de N (ou nao?). se nao for um paradoxo como
resolvej-lo? se eh soluvel isso nao afetaria a sua validade como prova do
argumento de Cantor?

1 - 20000000.......0000001
2 - 03000000.......0000002
3 - 00400000.......0000003
.
.
.
999...9 - 99999999.......9999991

[]s,

roberto takata

---------------

> Pode parecer nao intuitivo mas a cardinalidade dos numeros pares
> eh a mesma dos numeros naturais ( fica como exercicio ) :-)

sendo um numero par P qq dado pela formula 2n, temos q. pra todo natural n
ha um P=2n e pra todo P ha' um n=P/2.



SUBJECT: Mais humor.
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/07/2000 03:09

Aproveitando novamente a oportunidade. Tenho um site sobre humor na
ciencia. Quem quiser dar uma olhada, o endereco eh

http://www.humornaciencia.cjb.net

Para os que jah conheciam, aviso que eu reformulei bastante o site.
Aceito contribuicao de material, criticas, sugestoes, etc.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna






SUBJECT: Re: [ciencialist] corte diagonal de Cantor
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/07/2000 08:21



Roberto Mitsuo Takata wrote:

>
> > Para provar que a cardinalidade dos reais entre 0 e 1 (R01)eh maior
> q a
> > dos naturais
> > basta provar q eh impossivel existir uma relacao que para todo x em
> R01
> > exista um "n" em N tal que x=f(n).
> > Para isso podemos *supor* (por absurdo ) q existe a relacao e entao
>
> > ordenamos
> > todos os numeros entre 0 e 1 . AGORA
> > Se pegarmos o elemento da diagonal onde todos os valores estao
> > trocados
> > veremos q este numero nao pertence ao conjunto ordenado. O q gera
> uma
> > contradicao e portanto R01 nao pode ser ordenado ( colocado em uma
> > relacao
> > correspondente com os naturais ).
>
> pois eh, aqui estah o problema para o meu entendimento da validade do
> uso
> da diagonal.
>
> pareie os elementos de N consigo mesmo completando a segunda lista com
>
> infinitos zeros 'a esquerda.

Eu acho q aih esta o erro desta contraprova.
"Colocando-se" infinitos zeros a esquerda parece-me surgir alguns
problemas :
1- zeros aa esquerda de um numero nao muda o numero e neste caso nao
estaremos
trabalhando com numeros mas com strings ( em principio sem +
problemas )

2- Infinitos zeros a esquerda eh um numero INDETERMINADO de zeros e
isto *nao* esta bem definido, pois se estamos trabalhando com
strings
e nao com numeros "01" eh diferente de "001". E por iso precisamos
saber
quantos zeros realmente ha antes do digito.

3- Note q o mesmo *nao* ocorre com a representacao decimal (p ex.
0,1000) pois,
como estamos trabalhando com numeros ocorre que : 0,10 = 0,100 =
0,10000
ou seja ao concatenarmos um numero arbitrario de zeros aa direita nao
muda
o valor do numero.

Por isso eu *ACHO* que vc nao pode construir este conjunto de strings
com infinitos zeros aa direita pois ele nao esta bem definido.
Caso contrario, a ideia q vc teve seria valida.

[]s
jocax

>
>
> 1 - 000000000......0000001
> 2 - 000000000......0000002
> 3 - 000000000......0000003
> .
> .
> .
> 999....9 - 999999999......9999999
>
> proceda do mesmo modo como feito em relacao aos numeros R (0< R < 1) e
>
> teremos o mesmo paradoxo. ou nao? se o paradoxo realmente ocorre nao
> podemos resolvej-lo afirmando q. ambos os conjuntos apresentam
> cardinalidades diferentes - jah q. criaria outro paradoxo: a
> cardinalidade
> de N certamente eh igual 'a de N (ou nao?). se nao for um paradoxo
> como
> resolvej-lo? se eh soluvel isso nao afetaria a sua validade como prova
> do
> argumento de Cantor?
>
> 1 - 20000000.......0000001
> 2 - 03000000.......0000002
> 3 - 00400000.......0000003
> .
> .
> .
> 999...9 - 99999999.......9999991
>
> []s,
>
> roberto takata
>
> ---------------
>
> > Pode parecer nao intuitivo mas a cardinalidade dos numeros pares
> > eh a mesma dos numeros naturais ( fica como exercicio ) :-)
>
> sendo um numero par P qq dado pela formula 2n, temos q. pra todo
> natural n
> ha um P=2n e pra todo P ha' um n=P/2.
>
> -----------------------------------------------------------------------
>
> -----------------------------------------------------------------------
> *** --- ***
>
> >> Site de Quimica - USP <<
> http://allchemy.iq.usp.br
>
> *** --- ***
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Precisao dos calculos cientificos
FROM: "Emilson Pereira Leite" <emilson@iag.usp.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/07/2000 13:00

Na Geofísica, e acredito que na Física também, não altera
praticamente nada utilizar o valor de pi com 3 casas ou com 100 casas
decimais, visto que o resultado final da maioria dos cálculos
que fazemos depende de muitas variáveis, em geral menos precisas
e que devem ser determinadas experimentalmente.

Emilson

----- Original Message -----
From: "Roberto Mitsuo Takata" <rmt@ib.usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Tuesday, August 15, 2000 11:53 AM
Subject: Re: [ciencialist] Precisao dos calculos cientificos


paulo,

On Tue, 15 Aug 2000, Paulo Sérgio Dias wrote:
> - Para simplificar a abordagem, gostaria de eliminar da questao
> os casos da Teoria do Caos, que com poucas casas decimais de
> variacao podem gerar resultados bastante diferentes. Sei tambem
> que ha' constantes na Fisica e Quimica que sao tao pequenas
> numericamente, que sao representadas por potencias de 10:
> (por exemplo, a constante de Planck: 6,626176 x 10^-34). Nesses
> casos em que ha' grandezas que ja' contem
> dezenas de casas decimais, parece-me (como leigo) que e' natural
> utilizar todas elas. Minha pergunta se refere mais a numeros
> mais "comuns", como o pi ou o "e", por exemplo.

ha uma pequena confusao aqui. a constante de Planck, a de Avogadro e
similares sao medidas empiricas e definidas experimentalmente - sua medida
estah sujeita a limitacoes instrumentais para o alcance de precisao e
acuracia.

pi, o numero de Euler e similares sao constantes matematicas. nao ha
limitacao instrumental para o calculo da enesima casa decimal -- a unica
limitacao eh de tempo para se atingir qq casa decimal.

(e nao estou muito certo se para valores empiricos 0,01 significa
exatamente a mesma coisa q. 1.10^-2, i.e, se as potencias de dez fazem
parte da medida de acuracia ou das unidades de medida...)

> - Enfim, ha' algum campo na Fisica ou na Genetica (por exemplo)
> em que seja necessario usar 30 casas (por exemplo) decimais para o pi ?

nao... alias em Biologia quase nunca se usa mais do q. dois algarismos
significativos - i.e., uma medida com mais de uma casa decimal... muito
raramente se veem duas casas depois da virgula. as constantes matematicas
utilizadas nao tem mais casas do q. as programadas nas calculadores e
programas estatisticos utilizados (entre 8 e 14 digitos - o q. eh muito
mais do q. o necessario)...

particularmente em Biologia, as variaveis sao ttas q. nao se ganha maior
acuracia com aumento de casas decimais em umas poucas variaveis e
constantes q. sao consideradas nos experimentos...

[]s,

roberto takata




*** --- ***

>> Lista de VARIOS sites com noticias direcionadas a ciencia (FREE!)<<
http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html

*** --- ***






SUBJECT: Re: [ciencialist] corte diagonal de Cantor
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/07/2000 13:32

On Tue, 18 Jul 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Eu acho q aih esta o erro desta contraprova.
> "Colocando-se" infinitos zeros a esquerda parece-me surgir alguns
> problemas :

bem, nao entendi direito o 'privilegio' q. os r (0<r<1) teria em relacao
aos n (pertencentes a N) no caso de ser um 'string'.

se o *valor* de 0,1 eh igual ao de 0,10 q. eh igual ao de 0,100 etc o
mesmo se pode dizer do *valor* de 1, 01 e 001...

como *string* 0,1 parece ser tao diferente de 0,10 como 1 de 01 - ha
diferencas nos numeros de caracteres envolvidos nos dois casos, ainda q. o
valor seja igual. podemos fazer uma operacao de string com 0,10 pedindo q.
se mude o estado do terceiro algarismo/carater para, digamos, 2 (poderia
ser A, % ou qq outro estado), mas com 0,1 essa operacao nao tem sentido --
precisariamos primeiro adicionar uma nova posicao (fazer adicao de
strings) e atribuir-lhe um estado. consideracoes semelhantes com 1 e 01.
agora, para realizar operacoes algebricas tto com os valores dos strings
0,1/0,10 como 1/01 precisariamos primeiro transformah-los em numeros -- e
se aplicarmos a mesma operacao algebrica, digamos, mutiplicar por dois, os
dois membros de cada par terao resultados concordantes. [a terminologia
deve estar errada, pois eh apenas uma descricao leiga baseada na minha --
pouca -- experiencia com programacao. eh possivel q. eu erre em alguns
conceitos tbm...]

e poderiamos entao completar com zeros 'a esquerda as duas listagens -
de forma q. deveriam ser identicas entre si e certamente teriam
correspondecia biunivoca com o conjunto N. nao persistiria o 'problema'?

['problema' entre aspas porq. tenho ciencia q. as minhas cogitacoes nao
sao uma 'ameaca' 'a validade ou nao da prova de Cantor -- certamente
outros jah pensaram o q. destaco aqui. soh queria saber qual a resposta
para isso. enfim, nao estou refutando nada, nem querendo ser original.]

[]s,

roberto takata



SUBJECT: ajuda... livros são cópias e são chãozinho.
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/07/2000 15:58

Olá pessoal, tenho um trabalho para apresentar amanhã, portanto é bom
começar a pesquisar. Trata-se da digestão nos cnidários. Eu levantei a
pergunta em sala de aula (afinal estou no ensino médio) se a digestão neles
é semelhante à nossa já que a boca por estar próxima ao estômago devia
permitir a passagem de prótons de um meio ácido (caso fosse ácido),
obrigando o pobre animal a ligar suas bombas de prótons ATP-dependentes. Não
consigo achar a resposta na rede, caso contrário não estaria molestando
vcs...
Abraço,
Benjamin Hinrichs




SUBJECT: Re: [ciencialist] corte diagonal de Cantor
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/07/2000 17:04



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Tue, 18 Jul 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Eu acho q aih esta o erro desta contraprova.
> > "Colocando-se" infinitos zeros a esquerda parece-me surgir alguns
> > problemas :
>
> bem, nao entendi direito o 'privilegio' q. os r (0<r<1) teria em
> relacao
> aos n (pertencentes a N) no caso de ser um 'string'.
>
> se o *valor* de 0,1 eh igual ao de 0,10 q. eh igual ao de 0,100 etc o
> mesmo se pode dizer do *valor* de 1, 01 e 001...

Mas nao eh a mesma coisa pois os elementos da diagonal sao *diferentes*
aa medida
que vc coloca zeros aa esquerda. Quero dizer que "01" tem um zero na
primeira
posicao e "1" na segunda. "001" representa uma string diferente pois ela
esta deslocada
de uma posicao *na diagonal* e o numero "1" caira na terceira posicao.
O mesmonao acontece na representacao decimal pois zeros aa direita nao
alteram os valores uteis q esta ona diagonal : 0,1 tem "1" na primeira
posicao
e 0,10 tambem tem ( representando o mesmo numero )

Assim "00000....1" nao esta bem definido pois representa uma string
diferente de
"01" em termos de comparacao usando a diagonal de Cantor ( a posicao dos
elementos
UTEIS na diagonal eh importante ).



>
> como *string* 0,1 parece ser tao diferente de 0,10 como 1 de 01 - ha
> diferencas nos numeros de caracteres envolvidos nos dois casos, ainda
> q. o
> valor seja igual.

> podemos fazer uma operacao de string com 0,10 pedindo q.
> se mude o estado do terceiro algarismo/carater para, digamos, 2
> (poderia

> ser A, % ou qq outro estado), mas com 0,1 essa operacao nao tem
> sentido --
> precisariamos primeiro adicionar uma nova posicao (fazer adicao de
> strings) e atribuir-lhe um estado. consideracoes semelhantes com 1 e
> 01.
> agora, para realizar operacoes algebricas tto com os valores dos
> strings
> 0,1/0,10 como 1/01 precisariamos primeiro transformah-los em numeros
> -- e
> se aplicarmos a mesma operacao algebrica, digamos, mutiplicar por
> dois, os
> dois membros de cada par terao resultados concordantes. [a
> terminologia
> deve estar errada, pois eh apenas uma descricao leiga baseada na minha
> --
> pouca -- experiencia com programacao. eh possivel q. eu erre em alguns
>
> conceitos tbm...]
>
> e poderiamos entao completar com zeros 'a esquerda as duas listagens -
>
>

O problema, AO MEU VER, eh q vc precisa completar com infinitos zeros a
esquerda
e isso desloca os valores uteis para uma posicao indeterminada.


> de forma q. deveriam ser identicas entre si e certamente teriam
> correspondecia biunivoca com o conjunto N. nao persistiria o
> 'problema'?
>

Se vc fizesse uma correspondencia biunivoca eles , eles teriam a mesma
cardinalidade.
Para ter cardinalidades diferentes
vc tem q provar q existe um elemento de um conjunto que NAO pode ser
representado
( ter uma relacao ) com o outro conjunto.


>

[]s
jocax



SUBJECT: Observatorio da UNICAMP
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/07/2000 17:18

Amigos:

- Ouvi dizer que a UNICAMP
mantem um observatorio astronomico,
aberto para visitacao publica

- No site da UNICAMP, procurei informacoes
sobre o observatorio, mas nao encontrei
nada.

- Alguem poderia me enviar um telefone para contato
com os responsaveis pela area de Astronomia, ou
o endereco de uma home page onde possa obter
informacoes ?

- Grato pela atencao de todos

Paulo Sergio Dias
psdias@globo.com.br





SUBJECT: acho que não entendi (forma do universo)
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/07/2000 17:23

Olá pessoal,
queria perguntar a respeito de um artigo que li na superinteressante (que
não me esclareceu nada). Começam o artigo afirmando que o universo é chato
como uma tábua. Me pergunto então, estão eles falando de um universo
bi-dimensional? Bem, meu braço ainda consegue se mexer nos três eixos,
portanto isto eu devo ter interpretado erroneamente. Por favor me esclareçam
como a partir da densidade média do universo conseguimos deduzir o formato
do universo. Minha mãe disse que não é nada fácil e se ela diz que não é
fácil... ou porque ela queria me preservar de algumas informações às quais
não estou preparado ou por não saber o que considero improvável.
Abraço,
Benjamin Hinrichs




SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Transgênicos
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/07/2000 19:42

From: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
> Mas espere um pouco: os caras foram para o hospital por causa do
excesso
> de agrotóxicos? Então não foi por causa dos transgênicos, foi por causa
dos
> agrotóxicos.

Querido, a semente round-up ready vem recheada de agrotóxicos, não sei quem
espalhou a história que transgênicos não necessitam de agrotóxicos por
possuírem resistência a tudo que é tipo de inseto e praga... a produção
familiar é mais eficiente pois a plantação de várias espécies na mesma área
é o sistema mais produtivo (leia Nature Review Insight: Biodiversity).
Sempre que devastamos a área de alimentação de um certo inseto para o
plantio de qualquer coisa, nem que seja transgênico, irão surgir mudanças no
inseto tal que possa viver na mesma área com alimentação agora radicalmente
diferente.
Resumindo o comentário do Roberto, sim, o problema foram os agrotóxicos.
Agora, só conheço sementes transgênicas que usam agrotóxicos. Bem, não sou
nenhum engenheiro agrônomo para saber disso. Aliás, se algum estiver lendo,
favor entre em contato comigo (hinsoft@sinos.net) que quero conversar com
tal pessoa.


> Não sei se entendi muito bem essa. O que você quis dizer por "foram
> pegos alguns genes da castanha"? Talvez você tenha querido dizer que
alguns
> genes da castanha foram passados para um outro alimento, e a pessoa que

Taí, vc pegou minha idéia. Não sei se me expressei muito mal, mas estou com
preguiça para verificar se fui pouco claro.

> tinha alergia à castanha passou a ter alergia contra esse alimento. Se for
> esse o caso, há uma explicação muito simples: pessoas têm alergia por
> substâncias químicas; quando um alimento contém essa substância, ela é
> alérgica ao alimento. Então, provavelmente os genes transferidos eram os
> responsáveis pela produção da tal substância na castanha-do-pará; assim, a
> substância passou a ser produzida também pelo novo alimento transgênico.
> Ora, o caráter prejudicial nesse caso é completamente previsível e
trivial.
> Se você transladar o gen de um cogumelo venenoso que produz o veneno para
um
> tomate, então talvez o tomate fique venenoso. Não é sobre isso que estamos
> falando quando questionamos se os transgênicos são prejudiciais. Falamos
> sobre efeitos imprevisíveis, e não sobre os previsíveis - estes são
> controláveis.

Perfeito. A questão era que nunca houve problema nenhum com transgênico
nenhum. Bem, eu dei os exemplos dos quais me lembrava. Acho que esses
envolvem o meio ambiente e tem relação fortíssima com transgênicos.
Aliás, mais uma. Temos percebido que fortes companhias americanas (não me
refiro à Monsanto, é claro) comprando fazendas falidas para o plantio de
sementes transgênicas, inclusive a semente suicida (com o gene terminator).
Bem, essas empresas estão criando um monopólio e em breve estaremos nas mãos
delas, tal como acontece com a patenteação de genes. Ainda bem que a
previsão estrutural de proteínas ab initio (leia isto em latim, do início)
não está muito desenvolvida. Acho que vai demorar alguns anos para começarem
a produzir "medicamentos genéticos". Enfim, vamos cada vez ficando mais
presos às empresas americanas detentoras das patentes da coisas que não
foram descobertas mas sim determinadas. Patentear algo que é da natureza é
uma prostituição da ciência.

> > Bem, acho que esses dois exemplos contrariam a afirmação do início da
> > mensagem. Meu trabalho portanto está feito.
>
> Ainda não foi desta vez... :))

Sei não... continuo com meu ponto de vista.

> Inté,
> Belisário

Abraço prucê e pra todos,
Benjamin Hinrichs




SUBJECT: Re: [ciencialist] Revista Nature
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/07/2000 20:01

Vi o resumo de artigo e se eu sei contar direito o artigo foi assinado por
nada mais nada menos que 117 cientistas o que é raríssimo (pelo que vi por
enquanto). É uma porrada de cientistas.

Abraço,
Benjamin Hinrichs




SUBJECT: Re: [ciencialist] acho que não entendi (forma do universo)
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/07/2000 22:07

Benjamin, o negócio é o seguinte.

O pessoal da Superinteressante não quis dizer que o Universo é
bidimensional. O termo "universo plano" é na verdade um termo técnico,
matemático, que se refere, entre outras coisas, ao comportamento do Universo
como um todo ao longo do tempo. Os cientistas usamo os termos "Universo
aberto", "Universo fechado" e "Universo plano para denotar três situações
possíveis: A primeira é que o Universo vai se expandir para sempre. A
segunda é que a gravitação dos astros vai acabar um dia revertendo o
movimento de expansão, levando a um "Big-Bang ao contrário" conhecido como
"Big Crunch". O terceiro é o caso intermediário. (Parece estranho que eles
usem termos geométricos para descrever isso, mas "geometrizar" a Natureza é
um costume dos físicos desde o advento da teoria da Relatividade, depois de
1916). Se tudo isso lhe parece obscuro, explico em detalhes abaixo - ou
então você pode ler um artigo meu no site do Observatório da Imprensa,
chamado "O Universo não é chato". Está no endereço:
http://www2.uol.com.br/observatorio/ofjor/ofc05052000.htm#ofjor1

1. UNIVERSO ABERTO, FECHADO E PLANO

Sabemos que o Universo está em expansão. Isso significa que as galáxias
(ou melhor, os grupos de galáxias) estão se afastando entre si; as
distâncias entre elas estão aumentando cada vez mais e o Universo está
ficando cada vez mais "ralo". Isso é um dos grandes argumentos dos
defensores da teoria do Big-Bang: se as galáxias estão se afastando umas das
outras, provavelmente é porque um dia ocorreu um grande evento cósmico, que
deu origem a essa situação.

Ocorre que os astros atraem-se através da força da gravidade. Pode ser
então que essa gravidade seja suficiente para frear e reverter o movimento
de expansão das galáxias, de forma que elas passem a se aproximar cada vez
mais até se chocarem num grande cataclisma cósmico conhecido como "Big
Crunch". A essa hipótese dá-se o nome de teoria do Universo "fechado".

Mas pode ser também que a gravidade não seja suficiente para isso e que
o Universo vá se expandindo para sempre. A essa hipótese dá-se o nome de
teoria do Universo "aberto".

O caso intermediário, quando a densidade do Universo é exatamente igual
à densidade crítica, é chamado "Universo plano". Assim, o termo Universo
plano não tem nada a ver com a forma geométrica do Cosmo, mas com o modo
como ele vai evoluir através do tempo. A expressão "plano como uma tábua",
usado pela Superinteressante, não faz o menor sentido. Então eles pisaram na
bola? Sim, pisaram. E feio.

Os termos "aberto", "fechado" e "plano" devem parecer bem estranhos e
sugestivos para alguém não-especializado. Coloquei um "apêndice" no fim
desta mensagem explicando mais ou menos por que os físicos escolheram essas
palavras.

2. COMO DECIDIR SE O UNIVERSO É ABERTO OU FECHADO?

O que determina se o Universo é aberto ou fechado é a densidade média de
matéria do Universo. Se ela for maior que um certo valor, chamado "densidade
crítica", a gravidade é suficiente para reverter o movimento de expansão. Se
não for, o Universo se expandirá para sempre.

Mas medir a densidade de matéria do Universo é muito difícil. Os
pesquisadores do grupo Boomerang, que a Superinteressante citou, usaram um
método indireto mas eficiente. Eles observaram a chamada "radiação cósmica
de fundo". Essa é uma radiação que foi emitida pela matéria do Universo uns
300 mil anos após o Big-Bang. Cientistas como George Gamow previram há
tempos, a partir das teorias existentes, que um fenômeno assim deveria ter
ocorrido nessa época. Na década de 1960, a radiação cósmica de fundo foi
descoberta com radiotelescópios e a teoria de Gamow et al. ganhou grande
credibilidade na comunidade científica.

A radiação cósmica de fundo é interessante porque possui informação
sobre a distribuição da matéria no Universo. Se não fosse a matéria
existente, ela seria completamente homogênea. Com a matéria existe, parte da
radiação é absorvida ou sofre influência gravitacional, e a distribuição da
radiação cósmica observada com radiotelescópios nos diversos pontos do céu
dão indicações sobre a distribuição da matéria, e sobre a densidade de
matéria do Universo. Os pesquisadores do Boomerang conseguiram determinar
com uma precisão razoável a densidade de matéria do Universo a partir dessas
observações.

O resultado é interessante. A densidade de matéria inferida por eles é
muito próxima da densidade crítica, ou seja, no limiar entre os Universos
aberto e fechado! Ou seja, descobriram que o Universo é "plano", no sentido
matemático descrito acima. Em números, eles encontraram que a densidade do
Universo está entre 88% e 112% da densidade crítica.

Então o termo "Universo plano" não significa que ele seja chato como uma
tábua. Significa é que o Universo vai se expandir para sempre, e que a
densidade de matéria do Cosmo é a mínima necessária para garantir essa
expansão e evitar a reversão da expansão e o "Big Crunch".

3. O QUE APARECEU NA SUPERINTERESSANTE E NOS JORNAIS - E A TEORIA DE
ALAN GUTH

O artigo relatando essa observação foi publicado na Nature em 27 de
abril - a referência completa é Nature, 4040, 955-959 (2000). Na época,
saíram várias notícias nos jornais com a mesma expressão distorcida, como
"chato como uma panqueca". O artigo do Observatório da Imprensa que
mencionei faz uma crítica à reação da imprensa à publicação da descoberta.

Ali tem algumas referências, incluindo sites na Internet, onde há
informações mais detalhadas sobre esse assunto.

Devo dizer algo mais sobre as implicações dessa observação, que não
estão ditas na Superinteressante. É estranho que a densidade do Universo
seja quase igual à densidade crítica. Muito estranho. Isso exige uma
explicação. A explicação pode estar numa nova teoria sobre a origem e
evolução do Universo, criada por Alan Guth, chamada "Teoria do Universo
Inflacionário". Não sei muitos detalhes sobre isso, mas uma das
conseqüências naturais dessa teoria é que o Universo deve necessariamente
ter uma densidade praticamente igual à densidade crítica. Com a descoberta
do Boomerang, essa teoria subitamente emergiu do limbo do desconhecimento
para uma posição muito mais próxima da aceitação. Mas eu não vou ousar dar
uma explicação do que seja a teoria antes de recordar um pouco sobre ela nos
meus "alfarrábios".

APÊNDICE: por que "aberto", "fechado" e "plano"?

Os curiosos termos "aberto" e "fechado" vêm do modo como os astrofísicos
costumam encarar a física atualmente. Quando se trata de teoria da
relatividade (a teoria usada em tudo isso que venho falando aqui), eles
lidam com o espaço e o tempo de maneira unificada, e inventam uma entidade
matemática a que chamam "contínuo espaço-tempo". Matematicamente esse
contínuo é um espaço de quatro dimensões: três de espaço "de verdade" e uma
de tempo. Nesse contexto, eles descrevem a força da gravidade como uma
curvatura do espaço-tempo. Assim como uma superfície plana pode ser
entortada e tornar-se curva, apesar de manter sua característica
bidimensional, o seu equivalente tri- ou mesmo tetradimensional pode ser
também curvo, mas evidentemente num sentido matemático mais abstrato. Com
essa abordagem "geometrizada" da natureza, um Universo "fechado" corresponde
a um espaço-tempo limitado (por exemplo o equivalente a uma esfera); um
Universo "aberto" corresponde a um espaço-tempo ilimitado (por exemplo, o
equivalente a um plano, ou qualquer outra superfície que não se feche como
uma esfera faz). O caso intermediário é chamado Universo "plano", e
corresponde a uma forma do espaço-tempo justamente equivalente a um plano,
no caso de duas dimensões. Na Superinteressante tem uns diagramas excelentes
sobre essas três possibilidades.

É isso aí...
Espero que tudo isso esteja razoavelmente inteligível. Qualquer dúvida,
pode perguntar que tento explicar até onde eu puder.
Até a próxima,
Belisário

----- Original Message -----
From: Benjamin Hinrichs

> Olá pessoal,
> queria perguntar a respeito de um artigo que li na superinteressante (que
> não me esclareceu nada). Começam o artigo afirmando que o universo é chato
> como uma tábua. Me pergunto então, estão eles falando de um universo
> bi-dimensional? Bem, meu braço ainda consegue se mexer nos três eixos,
> portanto isto eu devo ter interpretado erroneamente. Por favor me
esclareçam
> como a partir da densidade média do universo conseguimos deduzir o formato
> do universo. Minha mãe disse que não é nada fácil e se ela diz que não é
> fácil... ou porque ela queria me preservar de algumas informações às quais
> não estou preparado ou por não saber o que considero improvável.
> Abraço,
> Benjamin Hinrichs




SUBJECT: Re: En: Transgênicos
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/07/2000 01:54

> Querido, a semente round-up ready vem recheada de agrotóxicos,
não
sei quem
> espalhou a história que transgênicos não necessitam de
agrotóxicos
por
> possuírem resistência a tudo que é tipo de inseto e
praga... a
produção
> familiar é mais eficiente pois a plantação de várias
espécies na
mesma área
> é o sistema mais produtivo (leia Nature Review Insight:
Biodiversity).
> Sempre que devastamos a área de alimentação de um certo
inseto para
o
> plantio de qualquer coisa, nem que seja transgênico, irão
surgir
mudanças no
> inseto tal que possa viver na mesma área com alimentação
agora
radicalmente
> diferente.
> Resumindo o comentário do Roberto, sim, o problema foram os
agrotóxicos.
> Agora, só conheço sementes transgênicas que usam
agrotóxicos. Bem,
não sou
> nenhum engenheiro agrônomo para saber disso. Aliás, se algum
estiver lendo,
> favor entre em contato comigo (hinsoft@s...) que quero conversar com
> tal pessoa.

Nao sei muita coisa sobre transgenicos. Mas ouvi meu tio que eh
agricultor falar que a soja transgenica eh interessante pois eh
possivel se utilizar somente um herbicida, o Roundup Ready (
http://www.roundupready.com/soybeans/ ).

Portanto usando a soja transgenica da Monsanto nao ha mais
necessidade de ficar fazendo varias aplicacoes de herbicidas, tipo
herbicida para folha estreita, para folha larga e tal. Faz uma
aplicacao, soh reforca se necessario, e pronto! Isso barateia
bastante os custos de operacao, como combustivel e maquinario, por
exemplo. Tambem questionei sobre o custo por litro de veneno e pelo
que lembro, o plantio de soja transgenica compensa mesmo assim.

http://www.roundupready.com/soybeans/rrtechnology.htm

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna

Humor na ciencia - http://www.humornaciencia.cjb.net




SUBJECT: Re: David Blaine
FROM: "cipher" <cipher@netrio.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/07/2000 03:15

peço desculpas ao atraso para responder, mas é q eu não recebi nenhuma das mensagens com esse assunto e vi a discussão no site da lista... :P
De qualquer forma, eu esclarecerei sem sombra de dúvida dois dos truques do famigerado David Blaine... Com isso pode-se supor q todas as outras mágicas, são na verdade truques...
 
A torção do braço é ridiculamente simples... Ao colocar a mão no chão, as pessoas giram a mão 90 graus no sentido anti-horário, para então tentar girar totalmente a mão no mesmo sentido. É claro q nenhum ser humano é capaz de fazer isso... Em vez disso, David gira a mão 270 graus no sentido horário, portanto tudo q ele faz é girar novamente a mão (daí a necessidade de fazer isso no chão)...
 
A levitação tb é boba... ela pode ser feita em qualquer hora, em qualquer lugar, sem nenhum equipamento... vc só precisa ficar na ponta de UM pé, mantendo o outro na posição normal... as pessoas, em pé, não vão perceber a sola do seu calçado inclinado, o truque é realmente convincente...
 
falou pessoal, por hoje é só...
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] acho que não entendi (forma do u niverso)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/07/2000 08:27




> O resultado é interessante. A densidade de matéria inferida por
> eles é
> muito próxima da densidade crítica, ou seja, no limiar entre os
> Universos
> aberto e fechado! Ou seja, descobriram que o Universo é "plano", no
> sentido
> matemático descrito acima. Em números, eles encontraram que a
> densidade do
> Universo está entre 88% e 112% da densidade crítica.
>

Agora eu pergunto : se a denidade real for de 90% da densidade critica
ele nao seria
um universo fechado ?
Como dizer q ele eh plano se a densidade nao esta determinada
com precisao suficiente?


>
> Então o termo "Universo plano" não significa que ele seja chato
> como uma
> tábua. Significa é que o Universo vai se expandir para sempre, e que a
>
> densidade de matéria do Cosmo é a mínima necessária para garantir essa
>
> expansão e evitar a reversão da expansão e o "Big Crunch".

Devo ponderar A MEU VER que NUNCA poderemos determinar q o universo tem
exatamente a densidade critica (e portanto ser plano).
Um unico atomo a mais no universo , mudaria a densidade do universo
e passariamos de um universo plano para fechado !.
Ou estou errado?


Outro ponto q considero interessante ponderar eh :
Se toda a energia/massa do universo estava concentrada num "ponto"
deveriamos
ter uma gravidade muito maior do que qqr buraco negro existente hoje.
COMO entao poderia acontecer a exposao com as particulas conseguindo
sair desta estupenda gravidade inicial ?????????

Gostei do artigo Belisario,
[]s
jocax



SUBJECT: En: Pergunta.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/07/2000 08:33

Cada mensagem-pergunta que recebo! Que será que devo responder?
[]'
Léo

-----Mensagem Original-----
De: Super11
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: sexta-feira, 7 de julho de 2000 14:11
Assunto: Pergunta.


Sou estudante e tenho uma feira de Ciências para fazer. Meu tema é "A Lógica
da Atração Física ".
Gostaria que o senhor me informasse sobre este assunto.
Meu e-mail é: bruno_2001@super11.net

Obrigado pela ajuda.

Bruno Corrêa Hercolin




SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Pergunta.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/07/2000 09:17



Luiz Ferraz Netto wrote:

> Cada mensagem-pergunta que recebo! Que será que devo responder?
> []'
> Léo
>
> -----Mensagem Original-----
> De: Super11
> Para: leo@barretos.com.br
> Enviada em: sexta-feira, 7 de julho de 2000 14:11
> Assunto: Pergunta.
>
>
> Sou estudante e tenho uma feira de Ciências para fazer. Meu tema é "A
> Lógica
> da Atração Física ".

Eu responderia :
A leis fisicas nao tem necessariamente que ter uma logica ( no sentido
matematico-filosofico).
Uma das grandes indagacoes filosoficas de TODOS OS TEMPOS eh :
"Porque a matematica se adequa tao perfeitamente aa fisica ???"
Esta pergunta ainda nao tem resposta.
Isto significa q nao existe necessidade de as leis fisicas serem como
sao,
EM PRINCIPIO, poderiam ser diferentes e o universo ser diferente.
A matematica PODERIA nao se adequar as leis da natureza por exemplo.
Poderia tambem nao haver atracao gravitacional ou mesmo nao ter univrso
nenhum : teriamos o nada.
Claro q estas questoes em aberto podem um dia ter uma resposta
e entao sua pergunta teria uma resposta logica.
[]s
jocax






SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Pergunta.
FROM: FILO SOFIA <instruir_se@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/07/2000 11:07

Caros companheiros,

A meu ver a matemática sempre se adequará
perfeitamente a física. Por que?
Por que o universo por sí só SEMPRE EXISTIU E SEMPRE
EXISTIRÁ. Nós como seres humanos, muitas veses ditos
como seres racionais, apenas aplicamos nossa razão
para descrever os fenomenos aos quais estamos
inevitávelmente sujeitos. Dessa forma devemos
considerar que a verdadeira lógica de qualquer
conceito físco é que impreterivelmente ele sempre foi
assim... nós demos a ele um nome e uma grandeza. A
matematica por sua vez foi moldada ao universo, e nao
o universo foi a ela moldado.

--- Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
escreveu: >
>
> Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> > Cada mensagem-pergunta que recebo! Que será que
> devo responder?
> > []'
> > Léo
> >
> > -----Mensagem Original-----
> > De: Super11
> > Para: leo@barretos.com.br
> > Enviada em: sexta-feira, 7 de julho de 2000 14:11
> > Assunto: Pergunta.
> >
> >
> > Sou estudante e tenho uma feira de Ciências para
> fazer. Meu tema é "A
> > Lógica
> > da Atração Física ".
>
> Eu responderia :
> A leis fisicas nao tem necessariamente que ter uma
> logica ( no sentido
> matematico-filosofico).
> Uma das grandes indagacoes filosoficas de TODOS OS
> TEMPOS eh :
> "Porque a matematica se adequa tao perfeitamente aa
> fisica ???"
> Esta pergunta ainda nao tem resposta.
> Isto significa q nao existe necessidade de as leis
> fisicas serem como
> sao,
> EM PRINCIPIO, poderiam ser diferentes e o universo
> ser diferente.
> A matematica PODERIA nao se adequar as leis da
> natureza por exemplo.
> Poderia tambem nao haver atracao gravitacional ou
> mesmo nao ter univrso
> nenhum : teriamos o nada.
> Claro q estas questoes em aberto podem um dia ter
> uma resposta
> e entao sua pergunta teria uma resposta logica.
> []s
> jocax
>
>
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SUBJECT: hoje
FROM: FILO SOFIA <instruir_se@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/07/2000 11:39
ATTACHMENTS (20000719-113933-0001036): "Hoje.doc"


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funcionam quando abertas."





Leia essa mensagem. Nao aceite, nem repudie. Passe-a
adiante e mande suas ideias para:
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SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Pergunta.
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/07/2000 12:01

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Eu responderia :
> A leis fisicas nao tem necessariamente que ter uma logica ( no sentido
> matematico-filosofico).
> Uma das grandes indagacoes filosoficas de TODOS OS TEMPOS eh :
> "Porque a matematica se adequa tao perfeitamente aa fisica ???"
> Esta pergunta ainda nao tem resposta.

Tem sim. Gosto desta afirmação: "Se as leis físicas não fossem como
são, nós não estaríamos aqui para discutir isto".

> Isto significa q nao existe necessidade de as leis fisicas serem como
> sao,
> EM PRINCIPIO, poderiam ser diferentes e o universo ser diferente.
> A matematica PODERIA nao se adequar as leis da natureza por exemplo.

Não creio. Note que muitas das "leis físicas" foram deduzidas apenas se
pensando no assunto, não através de medidas experimentais. Tinha que ser
daquele jeito, do contrário coisas muito esquisitas aconteceriam.
Veja-se
os raciocínios por baixo das teorias de Galileu, Newton, Maxwell,
Einstein, etc. Em todos os casos resultam teorias fechadas (ou quase),
que não poderiam ser de outra forma.

> Poderia tambem nao haver atracao gravitacional ou mesmo nao ter univrso
> nenhum : teriamos o nada.

Inclusive quanto a nós...

> Claro q estas questoes em aberto podem um dia ter uma resposta
> e entao sua pergunta teria uma resposta logica.

Será que a "atração física" mencionada é mesmo relacionada com a
"Física"? ;-)

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Pergunta.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/07/2000 12:12



FILO SOFIA wrote:

> Caros companheiros,
>
> A meu ver a matemática sempre se adequará
> perfeitamente a física. Por que?
> Por que o universo por sí só SEMPRE EXISTIU E SEMPRE
> EXISTIRÁ.

Nao entendi a relacao de consequencia.
Como o fato de o universo sempre ter existido IMPLICA que a matematica
possa descrever os fenomenos fisicos. Se o universo nao tivesse sempre
existido essa consequencia nao mais seria valida?
Eu poderia usar a mesma explicacao "por si soh SEMPRE EXISTIU..." para
inferir que as leis fisicas sao dessa maneira e nao daquelas outras ?
Ou seja se eu te perguntar : "Pq a forca gravitacional cai com o
quadrado
da distancia ?" Vc acha q seria valida a resposta :
"- Pq o universo sempre existiu e sempre existira !" ????????


a

> Nós como seres humanos, muitas veses ditos
> como seres racionais, apenas aplicamos nossa razão
> para descrever os fenomenos aos quais estamos
> inevitávelmente sujeitos.

Lembre-se q nossa razao criou a matematica atraves de axiomas, e da
logica.
Eh uma criacao mental e poderia nao se adequar aa nada real.
Se mudarmos algum axioma da matematica ou regra da logica teremos OUTRA
matematica que nao necessariamente nos seria util.
Acabo de ter uma ideia : O fato de usarmos a matematica nao poderia ser
a nossa
limitacao (INTRINSECA ) ao descrever as leis do universo??.Quero dizer
que
ao utilzarmos a matematica poderemos estar limitando a compreensao e a
descricao
do universo e POR ISSO nossas leis fisicas NUNCA conseguem explicar
completamente os processos naturais .
(Bom melhor parar com estas elocubracoes ultra-filosoficas se nao serei
linchado
virtualmente! :-). )




> Dessa forma devemos
> considerar que a verdadeira lógica de qualquer
> conceito físco é que impreterivelmente ele sempre foi
> assim...

Hmmm... muito profundo isso , deixa tentar entender....
A logica da atracao gravitacional eh : "Ela sempre foi assim !!"
Muito logico isso!!


> nós demos a ele um nome e uma grandeza. A
> matematica por sua vez foi moldada ao universo, e nao
> o universo foi a ela moldado.
>

Eu diria q a matematica NAO foi moldada ao universo. Nao se pode provar
isso.
Pode-se dizer q ESPERA-SE q a matematica esteja moldado ao universo e
ASSUME-SE isso. Mas eh uma assuncao nao provada e existem estudos para
medir um valor fisico com muitas casas decimais e verificar se isso
ainda eh
valido. ( Nao lembro o nome da experiencia )
Bom com relacao se o universo foi moldado a ela VC TAMBEM NAO
PODE DIZER ISSO. Se vc ler meu texto "O SIMULADOR" vai verificar que
podemos estar em um UNIVERSO VIRTUAL MOLDADO MATEMATICAMENTE.
E neste caso nosso universo FOI SIM moldado matematicamente.

(PS: desculpas algumas ironias, nao resisti )
[]s
jocax



>
> --- Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
> escreveu: >
> >
> > Luiz Ferraz Netto wrote:
> >
> > > Cada mensagem-pergunta que recebo! Que será que
> > devo responder?
> > > []'
> > > Léo
> > >
> > > -----Mensagem Original-----
> > > De: Super11
> > > Para: leo@barretos.com.br
> > > Enviada em: sexta-feira, 7 de julho de 2000 14:11
> > > Assunto: Pergunta.
> > >
> > >
> > > Sou estudante e tenho uma feira de Ciências para
> > fazer. Meu tema é "A
> > > Lógica
> > > da Atração Física ".
> >
> > Eu responderia :
> > A leis fisicas nao tem necessariamente que ter uma
> > logica ( no sentido
> > matematico-filosofico).
> > Uma das grandes indagacoes filosoficas de TODOS OS
> > TEMPOS eh :
> > "Porque a matematica se adequa tao perfeitamente aa
> > fisica ???"
> > Esta pergunta ainda nao tem resposta.
> > Isto significa q nao existe necessidade de as leis
> > fisicas serem como
> > sao,
> > EM PRINCIPIO, poderiam ser diferentes e o universo
> > ser diferente.
> > A matematica PODERIA nao se adequar as leis da
> > natureza por exemplo.
> > Poderia tambem nao haver atracao gravitacional ou
> > mesmo nao ter univrso
> > nenhum : teriamos o nada.
> > Claro q estas questoes em aberto podem um dia ter
> > uma resposta
> > e entao sua pergunta teria uma resposta logica.
> > []s
> > jocax
> >
> >
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SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Pergunta.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/07/2000 13:02



"Antonio Carlos M. de Queiroz" wrote:

> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > Eu responderia :
> > A leis fisicas nao tem necessariamente que ter uma logica ( no
> sentido
> > matematico-filosofico).
> > Uma das grandes indagacoes filosoficas de TODOS OS TEMPOS eh :
> > "Porque a matematica se adequa tao perfeitamente aa fisica ???"
> > Esta pergunta ainda nao tem resposta.
>
> Tem sim. Gosto desta afirmação: "Se as leis físicas não fossem como
> são, nós não estaríamos aqui para discutir isto".
>

Discordo em varios aspectos.
1-Primeiro problema : "Como elas sao?"
Pode existir uma discrepancia das leis fisicas q nos fazemos para
representar o
comportamento da natureza e a realidade. Ou seja da mesma forma q as
leis de
Newton foram aproximacoes das leis tidas atualmente como corretas ( T.
da relatividade )
Estas MESMAS leis ATUAIS podem AINDA nao ser exatas e nos NUNCA
poderemos provar q elas sao. Faz parte da teoria cientifica o postulado
de que
"uma lei fisica nunca pode ser provada apenas falseada".

2-Digamos q NAO estamos falado da representacao das leis e sim q DEVE
existir
alguma lei que descreva EXATAMENTE os fenomenos naturais. ( E q os
cientistas
buscam-na icessantemente ) Agora eu pergunto como vc prova q se estas
leis
fisicas nao fossem como sao nos nao estariamos aqui???
Se nao fossem NOS poderia haver outro universo estavel com seres
inteligentes.
Alguem ja provou q a nossa fisica EH A UNICA que permite vida
inteligente???
Portanto vc NAO pode afirmar que se a fisica nao fosse comno eh nos nao
estariamos
aqui.( Ok poderia nao ser exatamente NOS mas algum outro ser pensante
fazendo
a mesma indagacao)



> > Isto significa q nao existe necessidade de as leis fisicas serem
> como
> > sao,
> > EM PRINCIPIO, poderiam ser diferentes e o universo ser diferente.
> > A matematica PODERIA nao se adequar as leis da natureza por
> exemplo.
>
> Não creio. Note que muitas das "leis físicas" foram deduzidas apenas
> se
> pensando no assunto, não através de medidas experimentais. Tinha que
> ser
> daquele jeito, do contrário coisas muito esquisitas aconteceriam.
> Veja-se
> os raciocínios por baixo das teorias de Galileu, Newton, Maxwell,
> Einstein, etc. Em todos os casos resultam teorias fechadas (ou quase),
>
> que não poderiam ser de outra forma.
>

Note q seu exemplo PROVA JUSTAMENTE O CONTRARIO :
Todas as teorias de Galileu , Newton, Maxwell foram APENAS aproximacoes

das "verdadeiras" leis da fisica. Pois foram SUBSTITUIDAS por teorias
mais modernas. Isso quer dizer q suas deducoes estavam, A RIGOR,
erradas.
A propria teoria da relatividade talvez esteja prestes a cair pois (q eu
saba)
eh incompativel com fenomenos microscopicos ( mecanica quantica ).



>
> > Poderia tambem nao haver atracao gravitacional ou mesmo nao ter
> univrso
> > nenhum : teriamos o nada.
>
> Inclusive quanto a nós...
>
> > Claro q estas questoes em aberto podem um dia ter uma resposta
> > e entao sua pergunta teria uma resposta logica.
>
> Será que a "atração física" mencionada é mesmo relacionada com a
> "Física"? ;-)
>

Espero q nao ! assim este assunto chato-filosofico passa a um outro
com certeza + agradavel :-))

[]s
jocax





SUBJECT: Erros de Vestibulandos
FROM: "Nanam" <nanam@directnet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/07/2000 13:37

Para todos darem uma boa relaxada
   

Vestiburradas

Aqui estão algumas pérolas que já foram escritas em
redações e questões dissertativas por alguns estudantes.


- Lavoisier foi guilhotinado por ter inventado o oxigênio.
- O nervo ótico transmite idéias luminosas ao cérebro.
- O vento é uma imensa quantidade de ar.
- O terremoto é um pequeno movimento de terras não cultivadas.
- Os egípcios antigos desenvolveram a arte funerária para que os mortos
pudessem viver melhor.
- Pericles foi o principal ditador da democracia grega.
- O problema fundamental do terceiro mundo é a superabundância de
necessidades.
- O petróleo apareceu há muitos séculos, numa época em que os peixes se
afogavam dentro d'água.
- A principal função da raiz é se enterrar.
- A igreja ultimamente vem perdendo muita clientela.
- O sol nos dá luz, calor e turistas.
- As aves têm na boca um dente chamado bico.
- A unidade de força é o Newton, que significa a força que se tem que
realizar em um metro da unidade de tempo, no sentido contrário.
- Lenda é toda narração em prosa de um tema confuso.
- A harpa é uma asa que toca.
- A febre amarela foi trazida da China por Marco Polo.
- Os ruminantes se distinguem dos outros animais porque o que comem,
comem por duas vezes.
- O coração é o único órgão que não deixa de funcionar 24 horas por
dia.
- Quando um animal irracional não tem água para beber, só sobrevive se
for empalhado.
- A insônia consiste em dormir ao contrário.
- A arquitetura gótica se notabilizou por fazer edifícios verticais.
- A diferença entre o Romantismo e o Realismo é que os românticos
escrevem romances e os realistas nos mostram como está a situação do
país.
- O Chile é um país muito alto e magro.
- As múmias tinham um profundo conhecimento de anatomia.
- O batismo é uma espécie de detergente do pecado original.
- Na Grécia a democracia funcionava muito bem porque os que não estavam
de acordo se envenenavam.
- A prosopopéia é o começo de uma epopéia.
- Os crustáceos fora d'água respiram como podem.
- As plantas se distinguem dos animais por só respirarem a noite.
- Os hermafroditas humanos nascem unidos pelo corpo.
- As glândulas salivares só trabalham quando a gente tem vontade de
cuspir.
- A fé é uma graça através da qual podemos ver o que não vemos.
- Os estuários e os deltas foram os primitivos habitantes da
Mesopotamia.
- O objetivo da Sociedade Anônima é ter muitas fábricas desconhecidas.
- A Previdência Social assegura o direito à enfermidade coletiva.
- O Ateísmo é uma religião anônima.
- A respiração anaeróbia é a respiração sem ar que não deve passar de
três minutos.
- O calor é a quantidade de calorias armazenadas numa unidade de tempo.
- Antes de ser criada a Justiça, todo mundo era injusto.
- Caracter sexual secundário são as modificações morfológicas sofridas por
um indivíduo após manter relações sexuais

 

 

(fonte: Glaucia Fleckner (fleckner@uol.com.br))


SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Pergunta.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/07/2000 14:06

mais filosofada do q. qq outra coisa, mas:

num universo em q. ao juntarmos duas macas com outras duas tivessemos
tres, zero ou cinco macas, ainda escreveriamos: 2+2=4?

como dito, a matematica se baseia em axiomas e deducoes logicas a partir
desses axiomas.

parece q. a matematica descreve relativamente bem o universo porq. os
axiomas q. ela usa -- verdades auto-evidentes -- se baseiam na observacao
do comportamento do universo. como notado, se mudamos os axiomas ainda
assim teremos deducoes logicas a partir desses axiomas, mas o resultado
nao estarah em concordancia com o q. observamos -- embora nao deixe de ser
matematica.

se o universo tivesse leis diversas ainda assim poderiamos utilizar a
matematica para descreve-lo, apenas teriamos axiomas diferentes.

de forma q. para mim a pergunta basica seria: por q. o universo eh
logico, inteligivel? antes mesmo de 'por q. o universo eh
matematizavel?' -- jah q. a inteligibilidade do universo eh questao
sine qua non para a sua matematizacao. e aih caimos entre outras coisas no
principio antropico.

costumava brincar nessas especulacoes com um tal de 'evolucionismo
expandido' -- q. jah postei aqui certa vez -- teria havido uma selecao em
termos de configuracao das propriedades do universo que lhe permitisse
longevidade/estabilidade suficiente. mas muitas pessoas acabavam achando a
ideia ateh plausivel e eu perdia mais tempo tentando demonstrar q. isso
nao era viavel como explicacao.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Pergunta.
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/07/2000 14:08

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:


> Estas MESMAS leis ATUAIS podem AINDA nao ser exatas e nos NUNCA
> poderemos provar q elas sao. Faz parte da teoria cientifica o postulado
> de que
> "uma lei fisica nunca pode ser provada apenas falseada".

É claro que leis físicas podem ser verificadas. Para isto vivemos
medindo tudo, e o que não se encaixa na realidade é descartado
ou corrigido. Mas note que coisas como campos gravitacionais que
decaem com o quadrado da distância nem precisam ser verificados.
Se assim não fosse nada do que conhecemos existiria. E o mesmo
pode ser dito sobre praticamente todas as outras "leis". Se não
fossem como são sempre eventualmente alguém acha um caso que
daria em um absurdo. Note-se que a noção do que é absurdo também
evolui com o avanço do conhecimento, o que faz com que não se veja
alguns até que alguém os aponte, e faça a devida correção nas
"leis". A experiência apenas confirma que é assim mesmo.

> 2-Digamos q NAO estamos falado da representacao das leis e sim q DEVE
> existir
> alguma lei que descreva EXATAMENTE os fenomenos naturais. ( E q os
> cientistas
> buscam-na icessantemente ) Agora eu pergunto como vc prova q se estas
> leis
> fisicas nao fossem como sao nos nao estariamos aqui???
> Se nao fossem NOS poderia haver outro universo estavel com seres
> inteligentes.
> Alguem ja provou q a nossa fisica EH A UNICA que permite vida
> inteligente???

E alguém já derivou outro conjunto consistente de leis que resulte
em um universo viável em todos os níveis? Acho que não. Já deu
bastante trabalho, e ainda dá, entender como este aqui funciona.

> Portanto vc NAO pode afirmar que se a fisica nao fosse comno eh nos nao
> estariamos
> aqui.( Ok poderia nao ser exatamente NOS mas algum outro ser pensante
> fazendo
> a mesma indagacao)
>
> > > Isto significa q nao existe necessidade de as leis fisicas serem
> > como
> > > sao,
> > > EM PRINCIPIO, poderiam ser diferentes e o universo ser diferente.
> > > A matematica PODERIA nao se adequar as leis da natureza por
> > exemplo.

A matemática permite modelar seja lá o que for.

> Note q seu exemplo PROVA JUSTAMENTE O CONTRARIO :
> Todas as teorias de Galileu , Newton, Maxwell foram APENAS aproximacoes
>
> das "verdadeiras" leis da fisica. Pois foram SUBSTITUIDAS por teorias
> mais modernas. Isso quer dizer q suas deducoes estavam, A RIGOR,
> erradas.
> A propria teoria da relatividade talvez esteja prestes a cair pois (q eu
> saba)
> eh incompativel com fenomenos microscopicos ( mecanica quantica ).

Nenhuma destas teorias estava errada, dentro do que propôs descrever,
e dentro do que seus desenvolvedores podiam observar. Qualquer delas,
se ligeiramente diferente, resultaria em absurdos gritantes. Todas
foram desenvolvidas com base em raciocínio, e não em bases
experimentais.
Seus proponentes tinham certeza de que suas predições -teriam- que
corresponder à realidade, dentro das condições assumidas, ou tudo seria
irreconhecivelmente diferente do que se observa.

> Espero q nao ! assim este assunto chato-filosofico passa a um outro
> com certeza + agradavel :-))

Eu sei lá. Os colégios hoje em dia estão ensinando coisas tão "modernas"
para os alunos...

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Pergunta.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/07/2000 14:52

Vou fazer algumas consideraces, espero q nao entremos em um de nossos
INTERMINAVEIS quebra-paus !! :-)))

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> mais filosofada do q. qq outra coisa, mas:
>
> num universo em q. ao juntarmos duas macas com outras duas tivessemos
> tres, zero ou cinco macas, ainda escreveriamos: 2+2=4?
>

Sim se a matematica fosse a mesma.
Claro q o universo poderia nao corresponder aa matematica e as macas
poderiam
ao ser juntadas DUPLICAR ou desaparecer uma. ( Lembre-se q a principio
nao sabemos as leis fisicas desse universo )

>
> como dito, a matematica se baseia em axiomas e deducoes logicas a
> partir
> desses axiomas.
>
> parece q. a matematica descreve relativamente bem o universo porq. os
> axiomas q. ela usa -- verdades auto-evidentes -- se baseiam na
> observacao
> do comportamento do universo. como notado, se mudamos os axiomas ainda
>
> assim teremos deducoes logicas a partir desses axiomas, mas o
> resultado
> nao estarah em concordancia com o q. observamos -- embora nao deixe de
> ser
> matematica.
>
> se o universo tivesse leis diversas ainda assim poderiamos utilizar a
> matematica para descreve-lo, apenas teriamos axiomas diferentes.
>

Ainda nao estou tao certo disso. Lembre-se q estamos tratando de
universos
com propriedades quaisquer. Pode ser que ele nao possa ser descrito com
nenhuma matematica. Por exemplo um universo cujas leis fisicas muda
continua
e ALEATORIAMENTE com o tempo. Haveria mode de descobrir suas leis
fisicas ?



>
> de forma q. para mim a pergunta basica seria: por q. o universo eh
> logico, inteligivel?

NOTE : Nosso universo pode NA VERDADE NAO SER. Quero dizer, nosssas
leis fisico-matematicas serao SEMPRE aproximacoes da descricao da
natureza.
Quero assim dizer q as leis fisicas de nosso universo nao poderao jamais
ser
descobertas pois a matematica pode nao ser a linguagem adequada para
trata-los.
( Como hipotese nao acredito nisto na verdade )


> antes mesmo de 'por q. o universo eh
> matematizavel?' -- jah q. a inteligibilidade do universo eh questao
> sine qua non para a sua matematizacao. e aih caimos entre outras
> coisas no
> principio antropico.
>
> costumava brincar nessas especulacoes com um tal de 'evolucionismo
> expandido' -- q. jah postei aqui certa vez -- teria havido uma selecao
> em
> termos de configuracao das propriedades do universo que lhe permitisse
>
> longevidade/estabilidade suficiente. mas muitas pessoas acabavam
> achando a
> ideia ateh plausivel e eu perdia mais tempo tentando demonstrar q.
> isso
> nao era viavel como explicacao.
>

Bom,
na verdade se ficarmos especulando demais nao chegaremos a nada "util"
:-)


[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Pergunta.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/07/2000 16:08

> > num universo em q. ao juntarmos duas macas com outras duas tivessemos
> > tres, zero ou cinco macas, ainda escreveriamos: 2+2=4?
> >
>
> Sim se a matematica fosse a mesma.
> Claro q o universo poderia nao corresponder aa matematica e as macas
> poderiam
> ao ser juntadas DUPLICAR ou desaparecer uma. ( Lembre-se q a principio
> nao sabemos as leis fisicas desse universo )

a pergunta eh se a matematica seria a mesma... existem mudancas
cosmeticas, como se tivessemos dezesseis dedos (oito dedos em cada
extremidade parece ser a condicao inicial dos tetrapodes) em vez de dez
certamente o nosso sistema usual seria o hexadecimal -- mas isso sao
alteracoes q. podem ser rapidamente convertidas para outros sistemas.

mas a matematica -- e nao apenas a sua estruturacao -- nao seria
diferente? o q. nos garante q. num universo como aquele nao escreveriamos:

2 + 2 = 5; 2 + 3 = 7; 2 + x = 2*x (para qq x)?

a crenca na universalidade da matematica (universalidade nao eh um bom
termo, em verdade, jah q. estamos falando em outros universos... talvez
transuniversalidade fosse melhor, mas isso cria uma conotacao um tto
mistica) nao seria um pouco o resquicio do mundo platonico das ideias? uma
separacao entre ideia e forma? uma distincao mantida por descartes entre
mente e corpo?

em termos axiomaticos, usando o exemplo da 'aparencia' do universo -- se
era aberto ou fechado (bem, certamente nao entendo nada de matematica --
nem deveria tentar sustentar essa discussao -- nem de cosmologia de forma
q. deve se encarar a exposicao seguinte como um questionamento sobre a
correcao ou nao do ponto de vista):

temos a geometria de euclides q. descreve bem um universo 'plano', mas
para um universo aberto analogo 3d da superficie de uma sela de cavalo ou
um analogo 3d da superficie de uma esfera (os textos q. li dizem q. eh
inutil tentar visualizar essa imagem), os axiomas sobre retas paralelas se
encontrando no infinito precisam ser mudados.

daih pra mim q. nao eh surpresa q. a matematica possa descrever o universo
com razoavel acuracia -- ela pode assumir diferentes coisas, uma delas
deve mesmo acabar descrevendo algo.

claro, isso desde q. haja um componente logico no funcionamento do
universo - daih de eu pensar q. a pergunta basica eh sobre
inteligibilidade do universo. mais abaixo desenvolvo isso.

> nenhuma matematica. Por exemplo um universo cujas leis fisicas muda
> continua
> e ALEATORIAMENTE com o tempo. Haveria mode de descobrir suas leis
> fisicas ?

poderia haver. temos alguns eventos q. com os conhecimentos q. possuimos
eh imprevisivel -- tal como o decaimento radioativo. nao podemos prever em
q. exato instante um dado atomo vai sofrer fissao. mas num intervalo mais
amplo esse comportamento eh matematizavel: eventos aleatorios nos fornece
uma curva logaritmica. (ha' inclusive especulacoes sobre a natureza
aleatoria da realidade... moh viagem).

> NOTE : Nosso universo pode NA VERDADE NAO SER. Quero dizer, nosssas
> leis fisico-matematicas serao SEMPRE aproximacoes da descricao da
> natureza.
> Quero assim dizer q as leis fisicas de nosso universo nao poderao jamais
> ser
> descobertas pois a matematica pode nao ser a linguagem adequada para
> trata-los.
> ( Como hipotese nao acredito nisto na verdade )

podemos nao descobrir as verdadeiras leis ou as leis fundamentais -- mas
dentro de nosso campo de observacao as coisas se comportam de um modo
regrado. a pergunta se refere a isso (e tbm a extrapolacao disso).

> na verdade se ficarmos especulando demais nao chegaremos a nada "util"

nao ha muito o q. fazer a esse respeito. estamos no campo da metafisica...

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Pergunta.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/07/2000 16:51

> > > num universo em q. ao juntarmos duas macas com outras duas
> tivessemos
> > > tres, zero ou cinco macas, ainda escreveriamos: 2+2=4?
> > >
> >
> > Sim se a matematica fosse a mesma.
> > Claro q o universo poderia nao corresponder aa matematica e as macas
>
> > poderiam
> > ao ser juntadas DUPLICAR ou desaparecer uma. ( Lembre-se q a
> principio
> > nao sabemos as leis fisicas desse universo )
>
> a pergunta eh se a matematica seria a mesma...

A matematia seria a mesma q utilizamos se e somente se seus axiomas e
logica
fossem os mesmos que a nossa. Claro, q esta matematica ( igual aa nossa
) poderia
nao ter utilidade ndeste universo. Mas ainda assim seria identica aa
nossa.

> mas a matematica -- e nao apenas a sua estruturacao -- nao seria
> diferente? o q. nos garante q. num universo como aquele nao
> escreveriamos:
>
> 2 + 2 = 5; 2 + 3 = 7; 2 + x = 2*x (para qq x)?
>

Note q se poderia criar neste universo uma outra matematica que se
adequasse
a ele , por exemplo , como vc escreveu acima. Devemos lembrar q ( acho )
o
q define a matematica eh o conjuno de axiomas e aa logica utilizada.
Se a matematica se presta ou nao aa realidade eh outra historia.
Assim poderiamos ter neste universo maluco uma matematica-teste que
seria
identica aa nossa mas nao seria utilizada por sesu habitantes por nao
ser util aa eles.

>
> a crenca na universalidade da matematica (universalidade nao eh um bom
>
> termo, em verdade, jah q. estamos falando em outros universos...
> talvez
> transuniversalidade fosse melhor, mas isso cria uma conotacao um tto
> mistica) nao seria um pouco o resquicio do mundo platonico das ideias?

Note q eu estou definindo matematica como um conjunto de regras *nao*
como algo
unico e exclusivo de um dado universo ( como suas leis fisicas ).
Acho q eh assim q devemos encara-la:como um conjunto de regras
( axiomas+logica etc.. ).

> uma
> separacao entre ideia e forma? uma distincao mantida por descartes
> entre
> mente e corpo?
>

Aih eu nao sei responder....

>
> em termos axiomaticos, usando o exemplo da 'aparencia' do universo --
> se
> era aberto ou fechado (bem, certamente nao entendo nada de matematica
> --
> nem deveria tentar sustentar essa discussao -- nem de cosmologia de
> forma
> q. deve se encarar a exposicao seguinte como um questionamento sobre a
>
> correcao ou nao do ponto de vista):
>
> temos a geometria de euclides q. descreve bem um universo 'plano', mas
>
> para um universo aberto analogo 3d da superficie de uma sela de cavalo
> ou
> um analogo 3d da superficie de uma esfera (os textos q. li dizem q. eh
>
> inutil tentar visualizar essa imagem), os axiomas sobre retas
> paralelas se
> encontrando no infinito precisam ser mudados.
>
> daih pra mim q. nao eh surpresa q. a matematica possa descrever o
> universo
> com razoavel acuracia -- ela pode assumir diferentes coisas, uma delas
>
> deve mesmo acabar descrevendo algo.
>

Eu entendo mas continuo acreditando q *a priori* nao existe razao
*nenhuma* para
que o universo *deva* seguir alguma regra matematica.
NOTA: Esta opiniao nao eh soh minha e sim tambem de renomados cientistas

e filosofos. Eu tinha um artigo a respeito e se encontra-lo postarei
aqui.


>
> claro, isso desde q. haja um componente logico no funcionamento do
> universo - daih de eu pensar q. a pergunta basica eh sobre
> inteligibilidade do universo. mais abaixo desenvolvo isso.
>

Agora vc esta pegando a ideia ! : Nao existe razao , em principio, para
q o universo
tenha um componente logico.
Possa ser, ( e acredito nisso ) que ele tenha, MAS poderia nao ter
( ou talvez , especulando, ateh possa nao ter ).
Outra Ideia *bem* Maluca : imagine q as leis fisicas no tempo de Newton
eram descritas
por suas equacoes e, posteriormente a fisica mudou e a teoria da
reatividade passou
a ser valida e a mecanica de Newton nao. Ou seja nosso universo estaria
mudando
de leis fisicas continuamente e os fisicos tentando adequar suas
teorias a realidade
,correndo atras do prejuizo. NAO DIGAM Q EU DISSE ISSO ! :-))
Mas, em principio, poderiamos estar num universo assim e nunca
chegaremos
aas leis que o governam.


>
> > nenhuma matematica. Por exemplo um universo cujas leis fisicas muda
> > continua
> > e ALEATORIAMENTE com o tempo. Haveria mode de descobrir suas leis
> > fisicas ?
>
> poderia haver. temos alguns eventos q. com os conhecimentos q.
> possuimos
> eh imprevisivel -- tal como o decaimento radioativo. nao podemos
> prever em
> q. exato instante um dado atomo vai sofrer fissao. mas num intervalo
> mais
> amplo esse comportamento eh matematizavel: eventos aleatorios nos
> fornece
> uma curva logaritmica. (ha' inclusive especulacoes sobre a natureza
> aleatoria da realidade... moh viagem).
>

Sim poderiamos ter como poderiamos nao ter : Por exemplo se o
comportamento
do decaimento radioativo mudasse de exponencial para linear por exemplo.

Ou seja,a cada instante poderiamos ter uma curva diferente para o
decaimento.


>
> > NOTE : Nosso universo pode NA VERDADE NAO SER. Quero dizer, nosssas
>
> > leis fisico-matematicas serao SEMPRE aproximacoes da descricao da
> > natureza.
> > Quero assim dizer q as leis fisicas de nosso universo nao poderao
> jamais
> > ser
> > descobertas pois a matematica pode nao ser a linguagem adequada para
>
> > trata-los.
> > ( Como hipotese nao acredito nisto na verdade )
>
> podemos nao descobrir as verdadeiras leis ou as leis fundamentais --
> mas
> dentro de nosso campo de observacao as coisas se comportam de um modo
> regrado. a pergunta se refere a isso (e tbm a extrapolacao disso).

Sim e POR ENQUANTO ! :-))
Nem essa "localidade" , em principio, poderemos *garantir* .
Pode acontecer de AMANHA as leis fisica mudem completamente de modo
q estaremos todos mortos.
Quem pode provar q isso nao acontecera? :-)

>
>
> > na verdade se ficarmos especulando demais nao chegaremos a nada
> "util"
>
> nao ha muito o q. fazer a esse respeito. estamos no campo da
> metafisica...
>

Pode crer !
[]s
ojcax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Transgênicos e poder político
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/07/2000 17:20

Olá Manuel,

sim, quando se compra a semente round-up ready você está pagando a Monsanto
pela semente. Vamos hipoteticamente imaginar a seguinte suposição (não que
eu tenha repetido idéias nessa frase): num futuro próximo as grandes
empresas (como a Monsanto) apenas permitem a sobrevivência dos que compram a
semente deles (eles podem levar vários agricultores à falência pelas dívidas
que eles compraram no passado com agrotóxicos) e em breve todos estariam
usando e comendo sementes transgênicas. Há um porém, o agricultor vai poder
vender muito mais sementes do que ele vende hoje. Claro, ele já sabe que as
sementes (ou melhor, o fruto. é que estou pensando na soja) ou ele vende ou
toca fora pois essas possuem o gene terminator (que já foi identificado,
descrito e mostrado seu mecanismo de ação, tudo pela Monsanto, grande
empresa que também faz pesquisa pelo que se vê... esse último fato do gene
terminator é real, já existe, não estou hipotizando essa parte, digo,
reafirmo e reforço) e este gene mata a semente quando ela tenta germinar.
Legal, então o agricultor vai na Monsanto e compra novas sementes para o
plantio (as que irão adquirir o gene na próxima geração). Pronto, todos
estamos na mão dos que ainda possuem sementes que não tenham o gene
terminator. Quando eles quiserem mais grana vão aumentar o preço da semente,
o agricultor vai vender mais caro e quem pagará a diferença seremos nós, é
claro. Eles também terão poder para definir quem pode receber o alimento e
quem terá de lutar pelo mesmo... estaremos nas mãos deles... sem chances de
defesa.

Abraço,

Benjamin Hinrichs




SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Pergunta.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/07/2000 17:33



"Antonio Carlos M. de Queiroz" wrote:

> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
>
> > Estas MESMAS leis ATUAIS podem AINDA nao ser exatas e nos NUNCA
> > poderemos provar q elas sao. Faz parte da teoria cientifica o
> postulado
> > de que
> > "uma lei fisica nunca pode ser provada apenas falseada".
>
> É claro que leis físicas podem ser verificadas.

Falo com conhecimento de causa ( sugiro ler Popper ).
Verificar uma lei fisica NAO eh provar q ela eh verdadeira,
como ja disse, nao se pode fazer isso. Quando testamos uma lei *apenas*
verificamos
se ela nao falha onde ela se aplica. Quanto + testes ela passar +
credibilidade ela
tera sem *nunca* podermos dizer q ela eh realmente verdadeira.
Eh a metodologia cientifica.


> Para isto vivemos
> medindo tudo, e o que não se encaixa na realidade é descartado
> ou corrigido.

Por isso q, a cada correcao, novas medicoes sao necessarias. Vc nunca
pode afirmar
q sua lei vai passar em todos os testes ( Se nao nao seria necessario
testes ).
E as correcoes, nada mais sao, do que a aceitacaode q a lei anterior
estava errada (inadequada). Tambem nao se pode garantir q a nova lei
seja perfeita. Nunca.


> Mas note que coisas como campos gravitacionais que
> decaem com o quadrado da distância nem precisam ser verificados.
> Se assim não fosse nada do que conhecemos existiria.

Será ? e se ao inves de cairem com o quadrado da distancia caissem com
1,99999999999999999999999999999999999999999999 da distancia ?


> E o mesmo
> pode ser dito sobre praticamente todas as outras "leis".

Claro q nao, se fosse assim tao perfeito, os cientistas q estao
desenvolvendo a
teoria M (das super-cordas ? ) parariam seu trabalho agora.



> Se não
> fossem como são sempre eventualmente alguém acha um caso que
> daria em um absurdo. Note-se que a noção do que é absurdo também
> evolui com o avanço do conhecimento, o que faz com que não se veja
> alguns até que alguém os aponte, e faça a devida correção nas
> "leis". A experiência apenas confirma que é assim mesmo.

Essas correcoes indicam q as leis anteriores estavam erradas , e ,
repito
nunca podemos garantir q estas leis "corrigidas" nao serao
"recorrigidas" no futuro.
Vc nunca pode bater o martelo e dizer : Esta lei eh perfeita, nao existe
isso em ciencia.


>
>
> > 2-Digamos q NAO estamos falado da representacao das leis e sim q
> DEVE
> > existir
> > alguma lei que descreva EXATAMENTE os fenomenos naturais. ( E q os
> > cientistas
> > buscam-na icessantemente ) Agora eu pergunto como vc prova q se
> estas
> > leis
> > fisicas nao fossem como sao nos nao estariamos aqui???
> > Se nao fossem NOS poderia haver outro universo estavel com seres
> > inteligentes.
> > Alguem ja provou q a nossa fisica EH A UNICA que permite vida
> > inteligente???
>
> E alguém já derivou outro conjunto consistente de leis que resulte
> em um universo viável em todos os níveis? Acho que não.

Se vc nao provou q o unico conjunto de leis q permite um universo
estavel com
vida eh o nosso, entao NAO PODEMOS usar a afirmacao : "Por que estamos
aqui"
para "provar" que estas sejam as unicas leis em q isso se verifica.

O fato de ninguem ter derivado um conjunto de leis que prove q outro
universo
estavel eh possivel NAO IMPLICA que esse conjunto nao exista, certo?


> Já deu
> bastante trabalho, e ainda dá, entender como este aqui funciona.
>
> > Portanto vc NAO pode afirmar que se a fisica nao fosse comno eh nos
> nao
> > estariamos
> > aqui.( Ok poderia nao ser exatamente NOS mas algum outro ser
> pensante
> > fazendo
> > a mesma indagacao)
> >
> > > > Isto significa q nao existe necessidade de as leis fisicas serem
>
> > > como
> > > > sao,
> > > > EM PRINCIPIO, poderiam ser diferentes e o universo ser
> diferente.
> > > > A matematica PODERIA nao se adequar as leis da natureza por
> > > exemplo.
>
> A matemática permite modelar seja lá o que for.
>

Nao tenho tanta certeza disso. ( soh para nao te pedir para provar sua
afirmacao :).
Como vc modelaria as leis fisicas de um universo cujas leis mudam
continua e
aleatoriamente com o tempo (por exemplo ) ?


>
> > Note q seu exemplo PROVA JUSTAMENTE O CONTRARIO :
> > Todas as teorias de Galileu , Newton, Maxwell foram APENAS
> aproximacoes
> >
> > das "verdadeiras" leis da fisica. Pois foram SUBSTITUIDAS por
> teorias
> > mais modernas. Isso quer dizer q suas deducoes estavam, A RIGOR,
> > erradas.
> > A propria teoria da relatividade talvez esteja prestes a cair pois
> (q eu
> > saba)
> > eh incompativel com fenomenos microscopicos ( mecanica quantica ).
>
> Nenhuma destas teorias estava errada, dentro do que propôs descrever,
> e dentro do que seus desenvolvedores podiam observar.

Qual o sentido de : "As leis estavam corretas dentro do que seus
desenvolvedores
podiam observar ?"
Isso significa q as leis fisicas dependem do observador ?!?!?.
Claro q nao, elas foram feitas justamente para serem universais.
Se vc perguntasse , por exemplo ,aa Newton se ele tinha restricao aa
velocidade
maxima q um corpo poderia alcancar, com certeza ele negaria. E estaria
errado.
Hoje sabemos aas restricoes dada pela relatividade. Realmente estas leis
estavam
erradas nao obstante pudessem ( e sao ) ser uteis.


> Qualquer delas,
> se ligeiramente diferente, resultaria em absurdos gritantes. Todas
> foram desenvolvidas com base em raciocínio, e não em bases
> experimentais.
> Seus proponentes tinham certeza de que suas predições -teriam- que
> corresponder à realidade, dentro das condições assumidas, ou tudo
> seria
> irreconhecivelmente diferente do que se observa.

A certeza deles nao implica na verdade de suas leis.

[]s
jocax



SUBJECT: Caixa Preta ... ou o que entendo dessas coisas que vcs discutem
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/07/2000 18:36

Esse texto irá (após exame e sugestões) para a Sala de sugestões didáticas de meu site. Particularmente, quase mandei esse texto como resposta à pergunta do aluno daquela mensagem que originou essa thread.

Apreciaria a leitura e vejam se meu ponto de vista ... é uma caixa preta.

PS: O R. Takata poderá, por gentileza, comentar as linhas sobre a biologia. Os matemáticos também têm sua chance.

[]'

Léo

 

A caixa preta

Prof. Luiz Ferraz Netto
leo@esquinas.com.br

 

O problema da Caixa Preta surgiu na eletrotécnica. É dada ao engenheiro uma caixa lacrada, com terminais de entrada, aos quais se podem aplicar quaisquer tensões elétricas, choques ou outras perturbações e, terminais de saída, a partir dos quais efetua observações. O experimentador deve deduzir o que puder a respeito de seu conteúdo.

Por vezes o problema surgiu literalmente, quando um visor de bombeiro lacrado e secreto apresentou defeitos e foi preciso decidir, sem que se abrisse a caixa, se valia a pena voltar para consertá-lo ou se devia ser abandonado.
Outras vezes o problema surgiu na prática, como quando um técnico de telefonia considerava um conjunto complicado de relações entre testes aplicados e resultados observados, no meio de uma massa de máquinas em funcionamento que não deviam ser desmontadas por razões insuficientes.

Embora o problema tenha surgido em forma puramente elétrica, seu âmbito de aplicação é muito amplo. Um clínico que examina um paciente com lesão cerebral e afasia pode estar tentando, por meio de certos testes e observação da fala, deduzir algo dos mecanismos envolvidos. E o psicólogo, que observa um rato em um labirinto, pode agir sobre o rato com vários estímulos e pode constatar os vários comportamentos do rato; juntando os fatos pode tentar deduzir algo acerca do mecanismo neurônico que não pode observar. Exemplos são os mais variados.

A teoria da Caixa Preta é, no entanto, ainda mais ampla na aplicação do que estes estudos profissionais. A criança que tenta abrir uma porta deve manipular a maçaneta (a entrada) de modo a produzir o desejado movimento na lingüeta (a saída) ; e deve aprender como controlar uma pela outra sem estar capacitada a ver o mecanismo interno que as liga. Na nossa vida cotidiana confrontamo-nos, a cada instante, com sistemas cujos mecanismos internos não estão completamente abertos à inspeção, e que devem ser tratados por métodos apropriados à Caixa Preta.

O experimentador não interessado na Teoria da Caixa Preta comumente encara qualquer invólucro como mero aborrecimento, pois atrasa a sua resposta à pergunta: "o que há dentro desta Caixa?". Assim a "vida" separa o joio do trigo. 
O problema da Caixa Preta é uma das armas pesadas da Cibernética. Vencer a Caixa é o porque de seu estudo. Sem tal assunto jamais teríamos, por exemplo, o modelo atômico de Thomsom, ou o de Rutherford, ou da emissão termiônica, ou o dos semicondutores. É a Caixa Preta que norteia a concepção dos modelos em todos os ramos do conhecimento humano. Que belos modelos o do Quantum de Energia, o do Calor, o das Ondas de De Broglie, só para citarmos alguns.

Ao defrontarmos com uma Caixa, não devemos fazer qualquer suposição, "a priori", acerca da natureza da Caixa e seu conteúdo. Essa caixa 'misteriosa' poderia ser algo, digamos, que tivesse acabado de cair de um disco voador. Admitiremos, todavia, que o experimentador possua certos recursos para atuar sobre ela (por exemplo, incitando-a, incidindo uma luz sobre ela), e certos recursos para observar seu comportamento (por exemplo, fotografando -a, registrando sua temperatura). 
Agindo sobre a Caixa, permitindo que ela o afete e a seu aparelho registrador, o experimentador está, por sua vez, acoplado á Caixa, de modo que ambos formam junto um sistema com realimentação:

Caixa   <==> Experimentador
|______________________|
'feedback'

A fim de que o acoplamento seja efetuado, de algum modo definido e reprodutível, a "entrada" da Caixa deve ser especificada (mesmo que seja arbitrária e provisoriamente) ; de mesmo modo deve-se proceder com a "saída". Afinal de contas, daquilo que caiu do disco, não se sabe qual é 'o lado da frente' ou o 'lado de trás'!

A Investigação

Um homem não pode entrar duas vezes no mesmo rio; e tampouco realizar duas vezes a mesma experiência. O que lhe é dado fazer é executar outro experimento que difira do primeiro apenas em algum aspecto que se julga desprezível. Os dados básicos são geralmente da forma:

Tempo
----------
----------
Estados de entrada e saída
----------------   -------------------
----------------   -------------------

onde, em cada seqüência de tempos, os estados das várias partes da Caixa, entrada e saída, são registrados.
Assim, a Caixa que caiu do disco voador pode conduzir ao protocolo (protocolo, no sentido que o usa a Computação -- comunicação de dados) seguinte :

Tempo Estado
11h 18min não fiz nada --- a Caixa emitiu um "hum" constante a 240 Hz;
11h 19min levantei o comutador com um sinal 'K' e a nota subiu até 480 Hz e permaneceu constante;
11h 20min acidentalmente puxei o botão assinalado com '!' --- a Caixa incrementou 20oC na sua temperatura; etc.

Assim, todo sistema, fundamentalmente, é investigado pela coleta de um longo protocolo, traçado no tempo, mostrando a seqüência de estados de entrada e saída.

Desse modo, se um sistema possui estados possíveis de entrada * e # e possíveis estados de saída f, g, h e j um protocolo típico pode ser:

Tempo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Estado *g *j *f *f *f #f #h #h *h *j #j *h

Esta forma, embora possa parecer artificial, é de fato típica e geral. Representará qualquer coisa, desde a investigação de uma rede elétrica pela introdução de uma tensão senoidal e observação da saída, até uma entrevista psiquiátrica onde são colocadas as questões * e # e provocadas as respostas g, f, h e j. Assim, os dados primários de qualquer investigação de uma Caixa Preta consistem de uma seqüência de vetores com duas componentes:

estado entrada ....... estado saída

O próximo passo consiste na análise acurada desse protocolo (um generoso comprimento de registros), tendo-se como perspectiva deduzir sua representação canônica.
Muitos detalhes são considerados nessa etapa, observando, por exemplo, a consistência dos vetores. Nada foi aventado sobre a perícia do experimentador em manipular a entrada.

Os modelos ... e o isomorfismo

Feito o levantamento, obtida a representação canônica, em geral seguida de um gráfico (e depois de muitas peripécias!), constrói-se um modelo esquemático do conteúdo da Caixa. O modelo especifica ou identifica o "mecanismo interno", a menos de um isomorfismo.

"lsomorfo" significa, grosseiramente, "similar no modelo". Trata-se de um conceito do mais amplo alcance e de máxima importância para todos os que desejam abordar acuradamente assuntos onde o "modelo" desempenha uma parte. Eis uns exemplos:

(a) Um negativo fotográfico e a sua cópia, no que se refere ao molde da foto, são isomorfos. Os quadrados do negativo aparecem como quadrados na cópia; os círculos aparecem como círculos; as linhas paralelas em uma permanecem como linhas paralelas no outro. Assim, certas relações entre as partes dentro do negativo aparecem com as mesmas relações na cópia, embora as aparências, no que se refere à luminosidade, sejam diferentes, na verdade exatamente opostas.
(b) Um mapa e a região que ele representa são isomorfos (se o mapa for preciso!). Os relacionamentos na região, tais como formarem as cidades A, B e C um triângulo eqüilátero, ocorrem inalterados sobre o mapa, onde os pontos representativos para A, B e C formam também um triângulo eqüilátero.

Importante, os modelos não precisam ser visuais. Se uma pedra é lançada verticalmente para cima com uma velocidade inicial de 15m/s, há um isomorfismo entre o conjunto de pontos no ar tal que no instante t a pedra esteja h metros acima do solo, e o conjunto dos pontos do gráfico que satisfazem à lei:

h = 15.t - 5.t2  (h em m, t em s)

As linhas ao longo das quais o ar flui (em velocidades subsônicas) através de um aerofólio formam um padrão idêntico às linhas ao longo das quais passa uma corrente elétrica num líquido condutor através de um não condutor do mesmo formato que o aerofólio. Os dois modelos são iguais, embora as bases físicas sejam diferentes.
Um estudo bem mais aprofundado sobre tratamentos em isomorfismo pertence ao campo da Cibernética.

Homomorfismo ... Caixa simplificada

Falamos em "homomorfismo" quando pudermos (necessariamente com perdas de detalhes!) substituir uma Caixa, por outra que seja isomorfa de outra mais simples. Desse modo diz-se: a Caixa N equivale a uma versão simplificada da Caixa M. Esse homomorfismo é acentuadamente comum em biologia.

Nenhum sistema biológico foi por enquanto estudado em sua plena complexidade, e nem o será, provavelmente, por muito tempo ainda. Na prática, o biólogo sempre impõe tremenda simplificação antes de encetar o trabalho: se estiver observando um pássaro a construir seu ninho, não vê o intrincado padrão de pormenorizadas atividades neurônicas no cérebro do pássaro; se estiver estudando como o lagarto escapa de seus inimigos, não repara nas mudanças iônicas e moleculares particulares em seus músculos; se, em particular, dedicar-se ao estudo de uma tribo em conselho, não nota os numerosos processos pormenorizados que se desenvolvem nos indivíduos.
O biólogo assim, estuda costumeiramente apenas fração do sistema com que se defronta. Qualquer afirmação que faça é somente meia "verdade" : simplificação. Em que medida podem ser justificadamente simplificados os sistemas? Podem os cientistas trabalhar devidamente com meias "verdades"?

O homem prático, por certo, jamais duvidou disso.

Vejamos se é possível tornar clara e exata a posição.

O conhecimento pode sem dúvida ser parcial e no entanto completo em si mesmo. O exemplo mais contundente talvez ocorra em conexão com a multiplicação ordinária. A verdade completa acerca da multiplicação é, por certo, muito extensa, pois incluem os fatos relativos a todo par possível, inclusive itens tais como:

14 792 x 4,183584 = 61 883,574528

Há, no entanto, uma porção bem menor do todo que consiste simplesmente nos seguintes fatos:

    par x par = par 
par x ímpar = par 
ímpar x par = par 
ímpar x ímpar = ímpar

O importante aqui é que, embora este conhecimento seja apenas uma minúscula fração do todo, é completo em si próprio (trata-se, de fato, do primeiro homomorfismo considerado em matemática). Creio que tal exemplo preenche a finalidade proposta.

O assunto Caixa Preta não encerra aqui, há tratados de centenas de páginas sobre ele. Pretendemos apenas alerta-lo de sua importância e decidimos por sua inclusão aqui na Sala de Sugestões Didáticas.

Em exposições, mostre uma Caixa Preta com apenas um componente em seu interior, como por exemplo um imã. Externamente monte um carrinho ou um vagão de trem de brinquedo, com um ímã preso nesse vagão. Apenas com elementos externos o expectador deve inferir ou que há dentro da caixa-preta.

Essa informação, tipo "só há um componente dentro da caixa", ou outras mais simplórias ainda, você não encontrará nas Caixas de sua vida!

 


SUBJECT: E levo para a termodinâmica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/07/2000 18:49

Em uma de nossas threads apareceu aquele problema de abatecer o nordeste com a água do amazônia. Tão lembrados?  Até fiz uns cálculos para mostrar que apenas 1/5 da água seria aproveitada do total 'desperdiçado'.
Baseado nessa tema escrevi uma "Sugestão para a introdução da termodinâmica" para os professores do nível médio.
Aqui falo dos modelos da física, como os entendo. É texto curto. Apreciaria comentários.
[]'
Léo
 

Introdução à Termodinâmica

Prof. Luiz Ferraz Netto
leo@esquinas.com.br

Nosso Universo vive não ao capricho daqueles que nele "habitam", mas sim através de leis naturais inexoráveis.
Na Terra, esse fato é até ‘providencial’, sendo como são os seres humanos. O homem prega a democracia contra a ditadura das leis naturais. 
A Ciência pode ser definida como o estudo da natureza e, pretensiosamente, o estabelecimento das leis que governam o universo.

Ciência é conhecimento --- conhecimento nas mentes humanas. O conhecimento científico não afirma que o universo seja do modo como é descrito, tudo que aprendemos são apenas modelos - que, no geral, funcionam.

As águas de um rio fazem aquilo que observamos. Fim! Não fique tentado a dizer "correm", "escoam", "movimentam-se" etc, pois esses nomes são modelos postos pelo homem, assim como "velocidade", "aceleração", "massa", "densidade" etc. As águas nada têm a ver com isso! 
Independentemente do que as águas realmente fazem (não tente descrever, pois irá colocar apenas novos modelos humanos), os modelos postos cientificamente exploram tudo daquilo que as águas fazem (como um "parasitismo natural") e podemos até reproduzir tais comportamentos, pois tais modelos são "matematicamente" (outra bela coletânea de modelos humanos) estruturados.

Para compreendermos bem isso que apresento, considere o problema a seguir. Atente que as águas nem terão "conhecimento" daquilo que faremos com elas, pois elas apenas "fazem aquilo que fazem".

Suponha uma casa sobre certa elevação, e um ribeiro correndo por uma ravina, quatro metros abaixo.

Podemos dar um jeito tal que o ribeiro forneça água de que a casa precisa, utilizando a 'força' do próprio curso d'água?

Resposta: Sim. Se construirmos uma represa (A) e instalarmos uma roda hidráulica (B), que com a rotação produzida aciona a bomba (C), essa levará a água morro acima, até a casa. Muito simples, usamos modelos científicos.

Mas, se os donos da casa se tornarem muito ambiciosos e experimentarem bombear toda a água do ribeiro, irão ter aborrecimentos. A quantidade de água que eles estão captando é elevada a 4 metros pelo resto da água que, na roda hidráulica, cai 1 metro. Se toda a torrente fosse levada para a casa, nada sobraria para acionar a roda e fazer funcionar a bomba!

Qual a máxima parcela das águas do ribeiro que pode ser levada á casa? 

A natureza não permite 'parasitismo' total! Vejamos o que dizem nossos modelos científicos. Segundo eles,
o máximo que podemos fazer é conciliar as coisas de tal modo que a energia potencial, liberada pelas águas que giram a roda, seja igual à energia potencial necessária para elevar a água até a casa.
Observe, até o momento, quantos modelos físicos já foram usados; e tem mais, pois ainda nem usamos dos modelos matemáticos! Vamos a eles!

Chamemos de X à porção de água que se pode retirar do ribeiro, sendo toda água deste igual a 1 (X é uma fração). Devemos ter:

X . 4 = (1 - X). 1

ou

X = 1/5

Deste modo, o máximo de água que podemos levar á casa, por sua própria 'força', é um quinto da torrente.
Qualquer exigência superior a esta, contraria os modelos físicos (que se adaptaram ao que as águas podem fazer!). Percebe, não é a água que obedece aos modelos; esses é que são consistentes com o que as águas fazem ou podem fazer.
A situação é extremamente conforme com os engenhos a vapor.

Que é uma máquina térmica (ou máquina de calor) e qual é sua importância em nossa vida cotidiana? 

Sem máquinas térmicas não teríamos nenhuma força motriz para os automóveis, caminhões etc, pois motores a gasolina, álcool e Diesel são máquinas térmicas. Todos os motores de combustão interna são máquinas que liberam calor. Aviões a jato são máquinas de calor. A potência nuclear é simplesmente usada como fonte de calor em turbinas a vapor, a fim de produzirem eletricidade. Examinando-se, cuidadosamente, a imensa maioria dos engenhos de que utilizamos, percebemos que são máquinas de calor.
Vivemos, primordialmente, às custas da mais "vagabunda" das castas das energias do universo --- a energia térmica.

Assim como nossa roda e bomba hidráulica, da exposição inicial, não podem levar toda a água do ribeiro para a casa, as máquinas térmicas não permitem o uso integral do calor, convertendo-o em energia mecânica útil.

 Rendimento de Carnot = (T1 - T2) / T1

"A maior fração do calor inicial, 'baixando-o' da temperatura T1 para a temperatura T2, que pode ser transformada em energia mecânica é, no máximo, igual à razão entre a diferença das temperaturas e a temperatura mais elevada, tomando-se como origem o zero absoluto de temperaturas."

 



SUBJECT: Re: [ciencialist] hoje
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/07/2000 19:26

Nem abri esse anexo. Não o faço para 'fontes desconhecidas'. Se alguém o
abriu e for dessas mensagens melosas e emocionais onde, aparecem várias
vezes as palavras 'coração', 'emoção' e 'sentimento' deem o destino que
aprouver. Eu as encaminho para um arquivo especial, com a mesma letra
inicial de meu nome terrestre.
Mas, se for sobre a teoria do para-quedas, a consciência do pessoal que os
embrulha e as diversas fases cinemáticas de sua queda, favor re-enviar-me o
arquivo.

Filosoficamente
I am that I am
deus

-----Mensagem Original-----
De: FILO SOFIA <instruir_se@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 19 de julho de 2000 11:39
Assunto: [ciencialist] hoje



"As consciencias se assemelham as para-quedas: Só
funcionam quando abertas."





Leia essa mensagem. Nao aceite, nem repudie. Passe-a
adiante e mande suas ideias para:
instruir_se@yahoo.com.br

Que a VIDA lhe seja uma benção!



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SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Pergunta.
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/07/2000 19:29

Poxa, gente quanto papo furado... O Takaka foi e voltou o mesmo...

Desculpem a minha volta um tanto quanto agressiva, mas esse papo de vocês
está pra lá de Marrakesh, do outro universo...

Claudio Abreu

-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 19 de Julho de 2000 16:51
Assunto: Re: [ciencialist] En: Pergunta.


> > > num universo em q. ao juntarmos duas macas com outras duas
> tivessemos
> > > tres, zero ou cinco macas, ainda escreveriamos: 2+2=4?
> > >
> >
> > Sim se a matematica fosse a mesma.
> > Claro q o universo poderia nao corresponder aa matematica e as macas
>
> > poderiam
> > ao ser juntadas DUPLICAR ou desaparecer uma. ( Lembre-se q a
> principio
> > nao sabemos as leis fisicas desse universo )
>
> a pergunta eh se a matematica seria a mesma...

A matematia seria a mesma q utilizamos se e somente se seus axiomas e
logica
fossem os mesmos que a nossa. Claro, q esta matematica ( igual aa nossa
) poderia
nao ter utilidade ndeste universo. Mas ainda assim seria identica aa
nossa.

> mas a matematica -- e nao apenas a sua estruturacao -- nao seria
> diferente? o q. nos garante q. num universo como aquele nao
> escreveriamos:
>
> 2 + 2 = 5; 2 + 3 = 7; 2 + x = 2*x (para qq x)?
>

Note q se poderia criar neste universo uma outra matematica que se
adequasse
a ele , por exemplo , como vc escreveu acima. Devemos lembrar q ( acho )
o
q define a matematica eh o conjuno de axiomas e aa logica utilizada.
Se a matematica se presta ou nao aa realidade eh outra historia.
Assim poderiamos ter neste universo maluco uma matematica-teste que
seria
identica aa nossa mas nao seria utilizada por sesu habitantes por nao
ser util aa eles.

>
> a crenca na universalidade da matematica (universalidade nao eh um bom
>
> termo, em verdade, jah q. estamos falando em outros universos...
> talvez
> transuniversalidade fosse melhor, mas isso cria uma conotacao um tto
> mistica) nao seria um pouco o resquicio do mundo platonico das ideias?

Note q eu estou definindo matematica como um conjunto de regras *nao*
como algo
unico e exclusivo de um dado universo ( como suas leis fisicas ).
Acho q eh assim q devemos encara-la:como um conjunto de regras
( axiomas+logica etc.. ).

> uma
> separacao entre ideia e forma? uma distincao mantida por descartes
> entre
> mente e corpo?
>

Aih eu nao sei responder....

>
> em termos axiomaticos, usando o exemplo da 'aparencia' do universo --
> se
> era aberto ou fechado (bem, certamente nao entendo nada de matematica
> --
> nem deveria tentar sustentar essa discussao -- nem de cosmologia de
> forma
> q. deve se encarar a exposicao seguinte como um questionamento sobre a
>
> correcao ou nao do ponto de vista):
>
> temos a geometria de euclides q. descreve bem um universo 'plano', mas
>
> para um universo aberto analogo 3d da superficie de uma sela de cavalo
> ou
> um analogo 3d da superficie de uma esfera (os textos q. li dizem q. eh
>
> inutil tentar visualizar essa imagem), os axiomas sobre retas
> paralelas se
> encontrando no infinito precisam ser mudados.
>
> daih pra mim q. nao eh surpresa q. a matematica possa descrever o
> universo
> com razoavel acuracia -- ela pode assumir diferentes coisas, uma delas
>
> deve mesmo acabar descrevendo algo.
>

Eu entendo mas continuo acreditando q *a priori* nao existe razao
*nenhuma* para
que o universo *deva* seguir alguma regra matematica.
NOTA: Esta opiniao nao eh soh minha e sim tambem de renomados cientistas

e filosofos. Eu tinha um artigo a respeito e se encontra-lo postarei
aqui.


>
> claro, isso desde q. haja um componente logico no funcionamento do
> universo - daih de eu pensar q. a pergunta basica eh sobre
> inteligibilidade do universo. mais abaixo desenvolvo isso.
>

Agora vc esta pegando a ideia ! : Nao existe razao , em principio, para
q o universo
tenha um componente logico.
Possa ser, ( e acredito nisso ) que ele tenha, MAS poderia nao ter
( ou talvez , especulando, ateh possa nao ter ).
Outra Ideia *bem* Maluca : imagine q as leis fisicas no tempo de Newton
eram descritas
por suas equacoes e, posteriormente a fisica mudou e a teoria da
reatividade passou
a ser valida e a mecanica de Newton nao. Ou seja nosso universo estaria
mudando
de leis fisicas continuamente e os fisicos tentando adequar suas
teorias a realidade
,correndo atras do prejuizo. NAO DIGAM Q EU DISSE ISSO ! :-))
Mas, em principio, poderiamos estar num universo assim e nunca
chegaremos
aas leis que o governam.


>
> > nenhuma matematica. Por exemplo um universo cujas leis fisicas muda
> > continua
> > e ALEATORIAMENTE com o tempo. Haveria mode de descobrir suas leis
> > fisicas ?
>
> poderia haver. temos alguns eventos q. com os conhecimentos q.
> possuimos
> eh imprevisivel -- tal como o decaimento radioativo. nao podemos
> prever em
> q. exato instante um dado atomo vai sofrer fissao. mas num intervalo
> mais
> amplo esse comportamento eh matematizavel: eventos aleatorios nos
> fornece
> uma curva logaritmica. (ha' inclusive especulacoes sobre a natureza
> aleatoria da realidade... moh viagem).
>

Sim poderiamos ter como poderiamos nao ter : Por exemplo se o
comportamento
do decaimento radioativo mudasse de exponencial para linear por exemplo.

Ou seja,a cada instante poderiamos ter uma curva diferente para o
decaimento.


>
> > NOTE : Nosso universo pode NA VERDADE NAO SER. Quero dizer, nosssas
>
> > leis fisico-matematicas serao SEMPRE aproximacoes da descricao da
> > natureza.
> > Quero assim dizer q as leis fisicas de nosso universo nao poderao
> jamais
> > ser
> > descobertas pois a matematica pode nao ser a linguagem adequada para
>
> > trata-los.
> > ( Como hipotese nao acredito nisto na verdade )
>
> podemos nao descobrir as verdadeiras leis ou as leis fundamentais --
> mas
> dentro de nosso campo de observacao as coisas se comportam de um modo
> regrado. a pergunta se refere a isso (e tbm a extrapolacao disso).

Sim e POR ENQUANTO ! :-))
Nem essa "localidade" , em principio, poderemos *garantir* .
Pode acontecer de AMANHA as leis fisica mudem completamente de modo
q estaremos todos mortos.
Quem pode provar q isso nao acontecera? :-)

>
>
> > na verdade se ficarmos especulando demais nao chegaremos a nada
> "util"
>
> nao ha muito o q. fazer a esse respeito. estamos no campo da
> metafisica...
>

Pode crer !
[]s
ojcax


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SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Pergunta.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/07/2000 20:44

Acredito ser o primeiro a ler essa mensagem, função do horário de sua
postagem e de minhas propriedades divinas.
Não recrimino a 'volta um tanto agressiva', própria do livre arbítrio do ser
humano. Recrimino a postura de tomar assento de Juiz e sentenciar a volta do
Takata como 'o mesmo', numa alusão explícita de 'errado' ou do 'dono do papo
furado'.
Se observarmos o ciencialist (apenas desse ano, como exemplo), veremos
apenas 1 'aparecimento' do Sr. Cláudio, comentando sobre a Gravitação; os
demais 4 'aparecimentos' o foram por assuntos alheios à ciência.
Quanto ao 'papo-furado', discordo. Temos tido belas e frutíferas threads .
Se houvesse participado, talvez, não tivéssemos tido 'início, meio e fim',
função de seu agudo livre arbítrio, propenso ao agressivo.

O afastamento temporário (felizmente) do R. Takata deu-se devido a uma
auto-crítica. Felizmente uma nova auto-auto-crítica nos deu a satisfação de
sua presença nessa lista.
[]'
Léo


-----Mensagem Original-----
De: Claudio Abreu - Bidual <bidual@gbl.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 19 de julho de 2000 19:29
Assunto: Re: [ciencialist] En: Pergunta.


Poxa, gente quanto papo furado... O Takaka foi e voltou o mesmo...

Desculpem a minha volta um tanto quanto agressiva, mas esse papo de vocês
está pra lá de Marrakesh, do outro universo...

Claudio Abreu

-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 19 de Julho de 2000 16:51
Assunto: Re: [ciencialist] En: Pergunta.


> > > num universo em q. ao juntarmos duas macas com outras duas
> tivessemos
> > > tres, zero ou cinco macas, ainda escreveriamos: 2+2=4?
> > >
> >
> > Sim se a matematica fosse a mesma.
> > Claro q o universo poderia nao corresponder aa matematica e as macas
>
> > poderiam
> > ao ser juntadas DUPLICAR ou desaparecer uma. ( Lembre-se q a
> principio
> > nao sabemos as leis fisicas desse universo )
>
> a pergunta eh se a matematica seria a mesma...

A matematia seria a mesma q utilizamos se e somente se seus axiomas e
logica
fossem os mesmos que a nossa. Claro, q esta matematica ( igual aa nossa
) poderia
nao ter utilidade ndeste universo. Mas ainda assim seria identica aa
nossa.

> mas a matematica -- e nao apenas a sua estruturacao -- nao seria
> diferente? o q. nos garante q. num universo como aquele nao
> escreveriamos:
>
> 2 + 2 = 5; 2 + 3 = 7; 2 + x = 2*x (para qq x)?
>

Note q se poderia criar neste universo uma outra matematica que se
adequasse
a ele , por exemplo , como vc escreveu acima. Devemos lembrar q ( acho )
o
q define a matematica eh o conjuno de axiomas e aa logica utilizada.
Se a matematica se presta ou nao aa realidade eh outra historia.
Assim poderiamos ter neste universo maluco uma matematica-teste que
seria
identica aa nossa mas nao seria utilizada por sesu habitantes por nao
ser util aa eles.

>
> a crenca na universalidade da matematica (universalidade nao eh um bom
>
> termo, em verdade, jah q. estamos falando em outros universos...
> talvez
> transuniversalidade fosse melhor, mas isso cria uma conotacao um tto
> mistica) nao seria um pouco o resquicio do mundo platonico das ideias?

Note q eu estou definindo matematica como um conjunto de regras *nao*
como algo
unico e exclusivo de um dado universo ( como suas leis fisicas ).
Acho q eh assim q devemos encara-la:como um conjunto de regras
( axiomas+logica etc.. ).

> uma
> separacao entre ideia e forma? uma distincao mantida por descartes
> entre
> mente e corpo?
>

Aih eu nao sei responder....

>
> em termos axiomaticos, usando o exemplo da 'aparencia' do universo --
> se
> era aberto ou fechado (bem, certamente nao entendo nada de matematica
> --
> nem deveria tentar sustentar essa discussao -- nem de cosmologia de
> forma
> q. deve se encarar a exposicao seguinte como um questionamento sobre a
>
> correcao ou nao do ponto de vista):
>
> temos a geometria de euclides q. descreve bem um universo 'plano', mas
>
> para um universo aberto analogo 3d da superficie de uma sela de cavalo
> ou
> um analogo 3d da superficie de uma esfera (os textos q. li dizem q. eh
>
> inutil tentar visualizar essa imagem), os axiomas sobre retas
> paralelas se
> encontrando no infinito precisam ser mudados.
>
> daih pra mim q. nao eh surpresa q. a matematica possa descrever o
> universo
> com razoavel acuracia -- ela pode assumir diferentes coisas, uma delas
>
> deve mesmo acabar descrevendo algo.
>

Eu entendo mas continuo acreditando q *a priori* nao existe razao
*nenhuma* para
que o universo *deva* seguir alguma regra matematica.
NOTA: Esta opiniao nao eh soh minha e sim tambem de renomados cientistas

e filosofos. Eu tinha um artigo a respeito e se encontra-lo postarei
aqui.


>
> claro, isso desde q. haja um componente logico no funcionamento do
> universo - daih de eu pensar q. a pergunta basica eh sobre
> inteligibilidade do universo. mais abaixo desenvolvo isso.
>

Agora vc esta pegando a ideia ! : Nao existe razao , em principio, para
q o universo
tenha um componente logico.
Possa ser, ( e acredito nisso ) que ele tenha, MAS poderia nao ter
( ou talvez , especulando, ateh possa nao ter ).
Outra Ideia *bem* Maluca : imagine q as leis fisicas no tempo de Newton
eram descritas
por suas equacoes e, posteriormente a fisica mudou e a teoria da
reatividade passou
a ser valida e a mecanica de Newton nao. Ou seja nosso universo estaria
mudando
de leis fisicas continuamente e os fisicos tentando adequar suas
teorias a realidade
,correndo atras do prejuizo. NAO DIGAM Q EU DISSE ISSO ! :-))
Mas, em principio, poderiamos estar num universo assim e nunca
chegaremos
aas leis que o governam.


>
> > nenhuma matematica. Por exemplo um universo cujas leis fisicas muda
> > continua
> > e ALEATORIAMENTE com o tempo. Haveria mode de descobrir suas leis
> > fisicas ?
>
> poderia haver. temos alguns eventos q. com os conhecimentos q.
> possuimos
> eh imprevisivel -- tal como o decaimento radioativo. nao podemos
> prever em
> q. exato instante um dado atomo vai sofrer fissao. mas num intervalo
> mais
> amplo esse comportamento eh matematizavel: eventos aleatorios nos
> fornece
> uma curva logaritmica. (ha' inclusive especulacoes sobre a natureza
> aleatoria da realidade... moh viagem).
>

Sim poderiamos ter como poderiamos nao ter : Por exemplo se o
comportamento
do decaimento radioativo mudasse de exponencial para linear por exemplo.

Ou seja,a cada instante poderiamos ter uma curva diferente para o
decaimento.


>
> > NOTE : Nosso universo pode NA VERDADE NAO SER. Quero dizer, nosssas
>
> > leis fisico-matematicas serao SEMPRE aproximacoes da descricao da
> > natureza.
> > Quero assim dizer q as leis fisicas de nosso universo nao poderao
> jamais
> > ser
> > descobertas pois a matematica pode nao ser a linguagem adequada para
>
> > trata-los.
> > ( Como hipotese nao acredito nisto na verdade )
>
> podemos nao descobrir as verdadeiras leis ou as leis fundamentais --
> mas
> dentro de nosso campo de observacao as coisas se comportam de um modo
> regrado. a pergunta se refere a isso (e tbm a extrapolacao disso).

Sim e POR ENQUANTO ! :-))
Nem essa "localidade" , em principio, poderemos *garantir* .
Pode acontecer de AMANHA as leis fisica mudem completamente de modo
q estaremos todos mortos.
Quem pode provar q isso nao acontecera? :-)

>
>
> > na verdade se ficarmos especulando demais nao chegaremos a nada
> "util"
>
> nao ha muito o q. fazer a esse respeito. estamos no campo da
> metafisica...
>

Pode crer !
[]s
ojcax


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SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Pergunta.
FROM: "Bidual - Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/07/2000 01:04

Prezado Luiz Ferreira Neto ou Léo,
 
Tentarei me explicar abaixo quanto ao seu email:
 
-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 19 de julho de 2000 20:44
Assunto: Re: [ciencialist] En: Pergunta.

> Acredito ser o primeiro a ler essa mensagem, função do horário de sua
> postagem e de minhas propriedades divinas.
> Não recrimino a 'volta um tanto agressiva', própria do livre arbítrio do ser
> humano. Recrimino a postura de tomar assento de Juiz e sentenciar a volta do
> Takata como 'o mesmo', numa alusão explícita de 'errado' ou do 'dono do papo
> furado'.
 
Não sei se você estava na época, em meados de 1999: na primeira vez que o Takaka falhou comigo, me convidou para ir no Bar, digamos, do Silva, pois lá haveria um papo ou seminário sobre embrologia... É a vida, e esta foi apenas uma pequena volta...3ª lei de Newton...
 
Quanto ao Takaka ser o mesmo, não é uma agressão, é uma constatação. Ruim se ele tivesse alterado totalmente seu jeito de ser. É uma questão de estilo.

> Se observarmos o ciencialist (apenas desse ano, como exemplo), veremos
> apenas 1 'aparecimento' do Sr. Cláudio, comentando sobre a Gravitação; os
> demais 4 'aparecimentos' o foram por assuntos alheios à  ciência.
Durante uns três meses em meados de 1999 fui uns dos mais ativos no Ciencialist. Depois de tanto juizamento negativo para a minha Teoria Geral da Bidualidade, e tanta pancada, indo para a emoção, me afastei... Mas foi só uma tática... Tenho certeza que vocês da Lista ainda vão me levar a sério....É apenas uma questão de tempo e prioridade, pois prefiro ir avançando no livro da TGBD do que ficar me dedicando aos diálogos do grupo. Mas ler, eu leio na diagonal, e pego uns papos muito indefinidos.
 
O Takaka é muito inteligente, mas também muito anarquista e cético. Mas é um bom advogado do diabo. Não acompanhei a sua saída Lista. Naquele tempo não entrava muito por aqui. Ele deve ter tido as suas razões. Acho que isto não tem nada a ver comigo.
 
> Quanto ao 'papo-furado', discordo. Temos tido belas e frutíferas threads .
> Se houvesse participado, talvez, não tivéssemos tido 'início, meio e fim',
> função de seu agudo livre arbítrio, propenso ao agressivo.
 
Para tudo que eu li - e não li tudo! -, o que vinha do Takaka, não tinha solução ou referência fixa.. Ele é um cético por natureza, mas acho que andou exagerando. A TGBD já me permitiu ter uma boa opinião sobre tudo o que foi dito, e de maneira, clara e consiste. Mas aí são outros departamentos... Não vou me alongar...
 
 
> O afastamento temporário (felizmente) do R. Takata deu-se devido a uma
> auto-crítica. Felizmente uma nova auto-auto-crítica nos deu a satisfação de
> sua presença nessa lista.
> []'
> Léo
Prezado Luiz, ou Léo. E quem falou que eu não gosto do Takaka? Nós temos nossa diferenças, mas nada que me leve a não considerar suas idéias. O Ciencialist resgatou uma grande pessoa, produtiva, incansável...Por enquanto vou ficando de fora do papo da Lista, me colocando a na posição de observador, mas não de juiz. Afinal, dá pra dar punir alguem pelo seu livre arbrítio e por pensar?
 
Um grande abraço, e desculpas por qualquer coisa.
 
Claudio Abreu  
 

>
> -----Mensagem Original-----
> De: Claudio Abreu - Bidual <
bidual@gbl.com.br>
> Para: <
ciencialist@egroups.com>
> Enviada em: quarta-feira, 19 de julho de 2000 19:29
> Assunto: Re: [ciencialist] En: Pergunta.
>
>
> Poxa, gente quanto papo furado... O Takaka foi e voltou o mesmo...
>
> Desculpem a minha volta um tanto quanto agressiva, mas esse papo de vocês
> está pra lá de Marrakesh, do outro universo...
>
> Claudio Abreu
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <
jocax@usp.br>
> Para: <
ciencialist@egroups.com>
> Enviada em: Quarta-feira, 19 de Julho de 2000 16:51
> Assunto: Re: [ciencialist] En: Pergunta.
>
>
> > > > num universo em q. ao juntarmos duas macas com outras duas
> > tivessemos
> > > > tres, zero ou cinco macas, ainda escreveriamos: 2+2=4?
> > > >
> > >
> > > Sim se a matematica fosse a mesma.
> > > Claro q o universo poderia nao corresponder aa matematica e as macas
> >
> > > poderiam
> > > ao ser juntadas DUPLICAR ou desaparecer uma. ( Lembre-se q a
> > principio
> > > nao sabemos as leis fisicas desse universo )
> >
> > a pergunta eh se a matematica seria a mesma...
>
> A matematia seria a mesma q utilizamos se e somente se seus axiomas e
> logica
> fossem os mesmos que a nossa. Claro, q esta matematica ( igual aa nossa
> ) poderia
> nao ter utilidade ndeste universo. Mas ainda assim seria identica aa
> nossa.
>
> > mas a matematica -- e nao apenas a sua estruturacao -- nao seria
> > diferente? o q. nos garante q. num universo como aquele nao
> > escreveriamos:
> >
> > 2 + 2 = 5; 2 + 3 = 7; 2 + x = 2*x (para qq x)?
> >
>
> Note q se poderia criar  neste universo uma outra  matematica que se
> adequasse
> a ele , por exemplo , como vc escreveu acima. Devemos lembrar q ( acho )
> o
> q define a matematica eh o conjuno de axiomas e aa logica utilizada.
> Se a matematica se presta ou nao aa realidade eh outra historia.
> Assim poderiamos ter neste universo maluco uma matematica-teste que
> seria
> identica aa nossa mas nao seria utilizada por sesu habitantes por nao
> ser util aa eles.
>
> >
> > a crenca na universalidade da matematica (universalidade nao eh um bom
> >
> > termo, em verdade, jah q. estamos falando em outros universos...
> > talvez
> > transuniversalidade fosse melhor, mas isso cria uma conotacao um tto
> > mistica) nao seria um pouco o resquicio do mundo platonico das ideias?
>
> Note q eu estou definindo matematica como um conjunto de regras *nao*
> como algo
> unico e exclusivo de um dado  universo ( como suas leis fisicas ).
> Acho q eh assim q devemos encara-la:como um conjunto de regras
> ( axiomas+logica  etc.. ).
>
> > uma
> > separacao entre ideia e forma? uma distincao mantida por descartes
> > entre
> > mente e corpo?
> >
>
> Aih eu nao sei responder....
>
> >
> > em termos axiomaticos, usando o exemplo da 'aparencia' do universo --
> > se
> > era aberto ou fechado (bem, certamente nao entendo nada de matematica
> > --
> > nem deveria tentar sustentar essa discussao -- nem de cosmologia de
> > forma
> > q. deve se encarar a exposicao seguinte como um questionamento sobre a
> >
> > correcao ou nao do ponto de vista):
> >
> > temos a geometria de euclides q. descreve bem um universo 'plano', mas
> >
> > para um universo aberto analogo 3d da superficie de uma sela de cavalo
> > ou
> > um analogo 3d da superficie de uma esfera (os textos q. li dizem q. eh
> >
> > inutil tentar visualizar essa imagem), os axiomas sobre retas
> > paralelas se
> > encontrando no infinito precisam ser mudados.
> >
> > daih pra mim q. nao eh surpresa q. a matematica possa descrever o
> > universo
> > com razoavel acuracia -- ela pode assumir diferentes coisas, uma delas
> >
> > deve mesmo acabar descrevendo algo.
> >
>
> Eu entendo mas continuo acreditando q *a priori* nao existe razao
> *nenhuma* para
> que o universo *deva* seguir alguma regra matematica.
> NOTA: Esta opiniao nao eh soh minha e sim tambem de renomados cientistas
>
> e filosofos. Eu tinha um artigo a respeito e se encontra-lo postarei
> aqui.
>
>
> >
> > claro, isso desde q. haja um componente logico no funcionamento do
> > universo - daih de eu pensar q. a pergunta basica eh sobre
> > inteligibilidade do universo. mais abaixo desenvolvo isso.
> >
>
> Agora vc esta pegando a ideia ! : Nao existe razao , em principio, para
> q o universo
> tenha um componente logico.
> Possa ser, ( e acredito nisso ) que ele tenha,  MAS poderia nao ter
> ( ou talvez , especulando, ateh possa nao ter ).
> Outra Ideia *bem* Maluca : imagine q as leis fisicas no tempo de Newton
> eram descritas
> por suas equacoes e, posteriormente a fisica mudou e a teoria da
> reatividade passou
> a ser valida e a mecanica de Newton nao. Ou seja nosso universo estaria
> mudando
> de leis fisicas continuamente e os fisicos  tentando adequar suas
> teorias a realidade
> ,correndo atras do prejuizo. NAO DIGAM Q EU DISSE ISSO ! :-))
> Mas, em principio, poderiamos estar num universo assim e nunca
> chegaremos
> aas leis que o governam.
>
>
> >
> > > nenhuma matematica. Por exemplo um universo cujas leis fisicas muda
> > > continua
> > > e ALEATORIAMENTE com o tempo. Haveria mode de descobrir suas leis
> > > fisicas ?
> >
> > poderia haver. temos alguns eventos q. com os conhecimentos q.
> > possuimos
> > eh imprevisivel -- tal como o decaimento radioativo. nao podemos
> > prever em
> > q. exato instante um dado atomo vai sofrer fissao. mas num intervalo
> > mais
> > amplo esse comportamento eh matematizavel: eventos aleatorios nos
> > fornece
> > uma curva logaritmica. (ha' inclusive especulacoes sobre a natureza
> > aleatoria da realidade... moh viagem).
> >
>
> Sim poderiamos ter como poderiamos nao ter : Por exemplo se o
> comportamento
> do decaimento radioativo mudasse de exponencial para linear por exemplo.
>
> Ou seja,a cada instante poderiamos  ter uma curva diferente para o
> decaimento.
>
>
> >
> > > NOTE : Nosso universo pode NA VERDADE NAO SER. Quero dizer,  nosssas
> >
> > > leis fisico-matematicas serao SEMPRE aproximacoes da descricao da
> > > natureza.
> > > Quero assim dizer q as leis fisicas de nosso universo nao poderao
> > jamais
> > > ser
> > > descobertas pois a matematica pode nao ser a linguagem adequada para
> >
> > > trata-los.
> > > ( Como hipotese nao acredito nisto na verdade )
> >
> > podemos nao descobrir as verdadeiras leis ou as leis fundamentais --
> > mas
> > dentro de nosso campo de observacao as coisas se comportam de um modo
> > regrado. a pergunta se refere a isso (e tbm a extrapolacao disso).
>
> Sim e POR ENQUANTO ! :-))
> Nem essa "localidade" ,  em principio, poderemos *garantir* .
> Pode acontecer de AMANHA as leis fisica mudem completamente de modo
> q estaremos todos mortos.
> Quem pode provar q isso nao acontecera?  :-)
>
> >
> >
> > > na verdade se ficarmos especulando demais nao chegaremos a nada
> > "util"
> >
> > nao ha muito o q. fazer a esse respeito. estamos no campo da
> > metafisica...
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> Pode crer !
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SUBJECT: 300 x + rapido que a luz!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/07/2000 01:11

http://news.bbc.co.uk/hi/english/sci/tech/newsid_841000/841690.stm

By BBC News Online science editor Dr David Whitehouse
Scientists have seen a pulse of light emerge from a cloud of gas before it
even entered.

This astonishing and baffling observation was made by researchers from the
NEC Research Institute in Princeton, US.

They conducted an experiment that involved lasers, a chamber containing cold
caesium atoms and a super-fast stopwatch.

The end result was a beam of light that moved at 300 times the theoretical
limit for the speed of light.

It was Einstein who said nothing physical could break this barrier because,
among other things, to do so would also mean travelling back in time.

Dramatic demonstration

But the NEC scientists believe their work does not violate Einstein's
theory.

Writing in the journal Nature, Dr Lijun Wang and colleagues say their light
beam raced through the atom trap so quickly that the leading edge of the
pulse's peak actually exited before it had entered.

If this sounds confusing, then do not worry. Many physicists are
uncomfortable with it too despite their explanations that it is a natural
consequence of the wave nature of light.

Although the work of Dr Wang's team is remarkable, it is not the first time
that this sort of "trick" has been performed - but it is certainly the most
dramatic demonstration.

Earlier this year, a team of physicists made a microwave beam travel at 7%
faster than light speed. Last year, they announced that they had even slowed
light down to almost a crawl.

Anomalous refractive index

To achieve their peculiar effect, Dr Wang's group fired laser beams through
a trap of caesium atoms.

By adjusting the frequency of the laser beams to match those of the energy
levels in the atoms, the researchers were able to achieve an effect called
"anomalous refractive index." This boosts the pulses' so-called "group
velocity" to a speed faster than what we understand to be the speed of
light - just short of 300 million metres per second.

The group velocity of a light pulse depends upon the mixture of frequencies
within the pulse and the medium through which it travels. It need not be the
speed of the pulse itself.

The important thing, however, is that whilst the group velocity can be
manipulated to be faster than the speed of light, it is not possible to use
this effect to send information faster than the speed of light.

Because of the fast group velocity, the leading edge of the pulse appears to
leave the caesium-filled chamber 62 billionths of a second before it
arrives.

Causality principle

And according to Dr Wang, this strange result does not threaten Einstein's
theories or violate the causality principle, which states that a cause must
precede its effect.

Or so almost all physicists think - for now. Privately, some admit that
experiments such as Dr Wang's may force them to reassess some of their most
cherished ideas.

According to Dr Guenter Nimtz, of the University of Cologne, who has carried
out similar experiments, the NEC work is very exciting.

He told BBC News Online: "The effect cannot be used to go back in time, only
to reduce the time between cause and effect a little bit.

"The reason for this," he said, "is because the light pulse has a finite
length of time, much longer than any gain obtained by a faster-than-light
speed."

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BBC ONE TV NEWS

WORLD NEWS SUMMARY

PROGRAMMES GUIDE

See also:


07 Jun 00 | Sci/Tech
Faster than a speeding light wave
24 Feb 00 | Sci/Tech
Putting the brakes on light
Internet links:


NEC Research Institute
Dr Lijun Wang
Nature
Faster than light experiments

The BBC is not responsible for the content of external internet sites

[]''
Léo









SUBJECT: Re: [ciencialist] Proposta Perpetua
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/07/2000 03:06

ACMQ wrote:

>>Um que é intrigante e fácil de fazer (eu fiz, funciona):
Procure por "Avramenko plug". Como acender uma lâmpada com um fio só..<<

Já cacei o dito cujo. Estou montando o circuito eletrônico com o 555 e 3055.
Assim que estiver prontinho envio resultados. Agradeço a dica.
[]'
Léo



SUBJECT: TGBD
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/07/2000 08:29



Bidual - Claudio Abreu wrote:

> Durante uns três meses em meados de 1999 fui uns dos mais ativos no
> Ciencialist. Depois de tanto juizamento negativo para a minha Teoria
> Geral da Bidualidade, e tanta pancada, indo para a emoção, me
> afastei... Mas foi só uma tática... Tenho certeza que vocês da Lista
> ainda vão me levar a sério....É apenas uma questão de tempo e
> prioridade, pois prefiro ir avançando no livro da TGBD do que ficar me
> dedicando aos diálogos do grupo. Mas ler, eu leio na diagonal, e pego
> uns papos muito indefinidos.

Seria pedir muito se vc resumisse sua teoria?
( Fiquei curioso !)
[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Proposta Perpetua
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/07/2000 11:02

Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> ACMQ wrote:
>
> >>Um que é intrigante e fácil de fazer (eu fiz, funciona):
> Procure por "Avramenko plug". Como acender uma lâmpada com um fio só..<<
>
> Já cacei o dito cujo. Estou montando o circuito eletrônico com o 555 e 3055.
> Assim que estiver prontinho envio resultados. Agradeço a dica.

Tente antes apenas isto:

Uma lâmpada neon en paralelo com um capacitor de 15 nF. Em paralelo com
isto, dois diodos em série, na mesma direção. Ligue a conexão entre os
dois diodos a uma fase da rede.

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: [ciencialist] acho que não entendi (forma do u niverso)
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/07/2000 12:45

João, suas ressalvas são perfeitamente cabíveis. Evidentemente, não se
provou que o Universo é perfeitamente "plano", nem jamais se provará. É
apenas aproximadamente "plano". Mas a dúvida ainda persiste: como pode ser a
densidade média de matéria tão próxima da densidade crítica? Os físicos
acreditam em coincidências, mas não crêem que elas aconteçam por acaso :).
Quanto à história do buraco negro: não sei responder de pronto, mas tenho
umas idéias e preciso tempo para organizá-las, e neste instante estou
atrasadíssimo. Hoje à noite falo algo.

Até,
Belisário

----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
>
>
>
> > O resultado é interessante. A densidade de matéria inferida por
> > eles é
> > muito próxima da densidade crítica, ou seja, no limiar entre os
> > Universos
> > aberto e fechado! Ou seja, descobriram que o Universo é "plano", no
> > sentido
> > matemático descrito acima. Em números, eles encontraram que a
> > densidade do
> > Universo está entre 88% e 112% da densidade crítica.
> >
>
> Agora eu pergunto : se a denidade real for de 90% da densidade critica
> ele nao seria
> um universo fechado ?
> Como dizer q ele eh plano se a densidade nao esta determinada
> com precisao suficiente?
>
>
> >
> > Então o termo "Universo plano" não significa que ele seja chato
> > como uma
> > tábua. Significa é que o Universo vai se expandir para sempre, e que a
> >
> > densidade de matéria do Cosmo é a mínima necessária para garantir essa
> >
> > expansão e evitar a reversão da expansão e o "Big Crunch".
>
> Devo ponderar A MEU VER que NUNCA poderemos determinar q o universo tem
> exatamente a densidade critica (e portanto ser plano).
> Um unico atomo a mais no universo , mudaria a densidade do universo
> e passariamos de um universo plano para fechado !.
> Ou estou errado?
>
>
> Outro ponto q considero interessante ponderar eh :
> Se toda a energia/massa do universo estava concentrada num "ponto"
> deveriamos
> ter uma gravidade muito maior do que qqr buraco negro existente hoje.
> COMO entao poderia acontecer a exposao com as particulas conseguindo
> sair desta estupenda gravidade inicial ?????????
>
> Gostei do artigo Belisario,
> []s
> jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] 300 x + rapido que a luz!
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/07/2000 12:59

O artigo original de Wang et al., publicado na Nature, pode ser
encontrado em:
http://www.nature.com/nlink/v406/n6793/abs/406277a0_fs.html

Até,
Belisário

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto

> http://news.bbc.co.uk/hi/english/sci/tech/newsid_841000/841690.stm
>
> By BBC News Online science editor Dr David Whitehouse
> Scientists have seen a pulse of light emerge from a cloud of gas before it
> even entered.
>
> This astonishing and baffling observation was made by researchers from the
> NEC Research Institute in Princeton, US.
>
> They conducted an experiment that involved lasers, a chamber containing
cold
> caesium atoms and a super-fast stopwatch.
>
> The end result was a beam of light that moved at 300 times the theoretical
> limit for the speed of light.
(...)




SUBJECT: Re: [ciencialist] TGBD
FROM: "Bidual - Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/07/2000 13:17

Prezado João Carlos e demais da Lista,

Quanto à Teoria Geral da Bidualidade (TGBD), encontra-se um resumo dela no
endereço:
http://ppessoa.zaz.com.br/paginas/poafefarah2200.htm

Para conhecer outros trabalhos meus, visitem a minha home page:
http://ppessoa.zaz.com.br/paginas/poabidual00.htm

Um grande abraço.

Claudio Abreu

-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 20 de julho de 2000 08:29
Assunto: [ciencialist] TGBD


>
>
> Bidual - Claudio Abreu wrote:
>
> > Durante uns três meses em meados de 1999 fui uns dos mais ativos no
> > Ciencialist. Depois de tanto juizamento negativo para a minha Teoria
> > Geral da Bidualidade, e tanta pancada, indo para a emoção, me
> > afastei... Mas foi só uma tática... Tenho certeza que vocês da Lista
> > ainda vão me levar a sério....É apenas uma questão de tempo e
> > prioridade, pois prefiro ir avançando no livro da TGBD do que ficar me
> > dedicando aos diálogos do grupo. Mas ler, eu leio na diagonal, e pego
> > uns papos muito indefinidos.
>
> Seria pedir muito se vc resumisse sua teoria?
> ( Fiquei curioso !)
> []s
> jocax
>
>
>
> ------------------------------------------------------------------------
> Best friends, most artistic, class clown Find 'em here:
> http://click.egroups.com/1/7078/11/_/19424/_/964092676/
> ------------------------------------------------------------------------
>
> *** --- ***
>
> >> Site de Quimica - USP <<
> http://allchemy.iq.usp.br
>
> *** --- ***
>
>
>
>



SUBJECT: Homeopatia
FROM: "Daniel Sottomaior [SP]" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/07/2000 15:03

Abaixo vai a mensagem que enviei recentemente a outra lista da
egroups, o FCB (Fórum Cético Brasileiro). Acredito que o
ativismo
seja offtopic aqui, mas como a questão é também
científica, e de
representação e divulgação científica, acho que é
adequada.


==========================================================
Com mil bolinhas de açúcar, Batman! Como não imaginamos isso?
Depois
que os homeopatas conseguiram o reconhecimento do CFM e da
Associação Médica Brasileira (AMB), qual o próximo passo?
Conseguir
o mesmo com os veterinários e dentistas -- e quiçá
farmacêuticos e
enfermeiros, por que não?

Pois uma coincidência significativa me fez chegar até as
mãos o
último número do jornal do Conselho Regional de Odontologia de
SP, o
CROSP. Nesse número a matéria de capa é o lançamento da
campanha 'O
dente pode matar', em que um cardiologista fala sobre endocardite
infecciosa e o papel do dentista em sua prevenção. Veja o que diz
um
artigo logo adiante, _A homeopatia no consultório
odontológico_:


"Há ainda quem classifique a Homeopatia [notem a maiúscula]
como
parte integrante das inúmeras terapias alternativas, sendo
desconhecido da maior parte da população que ela é uma
ciência, uma
especialidade médica".


"Num futuro muito próximo, também poderá ser reconhecida
como
especialidade odontológica".


"Alguns a vinculam também a tratamentos feitos
com 'chás', 'remedinhos de plantas', esoterismo, sem tomar
consciência de sua filosofia, sua real proposta de cura".


"Isso significa que, para o cirurgião-dentista homeopata, o seu
paciente não se resume em uma boca. É levado [sic] em
consideração a
sua totalidade, quer através de seus sintomas psíquicos
(mentais),
gerais e locais".


"Importante, também, mencionar o grande êxito da homeopatia na
veterinária, derrubando inapelavelmente o mito de que o remédio

homeopático atua por efeito psicológico".


"E, para a decepção dos céticos, não existe nada de
mágico nas dina-
mizações homeopáticas. [...] Sabe-se que existe uma
informação que é
transmitida e reconhecida pelo organismo, provavelmente de ordem
freqüencial [!], ainda não mensurável por meio de
instrumental
disponível".


Consta do texto também a alegação de eficácia em "processos
inflamatórios agudos e crônicos" (como aquele que o médico
no artigo
anterior nos lembra que pode matar), além de "periodontites,
nevralgias faciais, retardamento da cicatrização, consolidação
das
fraturas, tendências a hemorragias, distúrbios da ATM,
bruxismo,
tratamento do tabagismo, transtornos desenvolvidos pelos pacientes
respiradores bucais e por crianças que não foram amamentadas no
seio
materno [!]".


A autora? Eliana Pirolo, "coordenadora de Homeopatia na Comissão
de
Normatização e Novos Procedimentos e Biomateriais do Crosp":


"Eliana Pirolo" <elianapirolo#bol.com.br>


Só para constar, faz parte do código de ética
odontológica o
seguinte:


Art. 31. Constitui infração ética:


III - anunciar técnicas e/ou tratamentos que não tenham
comprovação
científica; IV - criticar técnicas utilizadas por outros
profissionais como sendo inadequadas ou ultrapassadas; X - divulgar
ou permitir que sejam divulgadas publicamente observações
desabonadoras sobre a atuação clínica ou qualquer
manifestação
relativa à atuação de outro profissional.


Art. 34. Constitui infração ética:


V - falsear dados estatísticos ou deturpar sua interpretação.


Código de Ética Odontológica 1998, Capítulo 13
http://www.crosp.org.br/frame_arquivos/codetica.htm#cap13


Acho que é caso de agirmos já, e para isso já contatei o
Sabbatini,
o antigo NCAHF (agora NCRHI), o CSICOP e o Stephen Barrett, criador
do Quackwatch. Como exatamente, ainda não sei. Acho que
poderíamos
no mínimo escrever uma carta aberta, um press-release ou algo
assim,
além de entrarmos em contato com o CROSP. Os termos em que se
daria
esse contato é que são críticos, e dependem de como vamos
abordar o
problema. Mas o debate sobre homeopatia deve estar prestes a
acontecer na STR. É claro que postaremos artigos lá, e
aceitamos
contribuições. Espero suas considerações.


Comissão de Normatização de Novos Procedimentos e Biomateriais
em
Odontologia do CROSP
http://www.crosp.org.br/frame_arquivos/comnormatizacao.htm


NCRHI
http://www.ncrhi.org/


Para acrescentar a quem não esteja suficientemente alarmado, um
dado
recente: uma pesquisa de janeiro no _Archives of Pediatrics and
Adolescent Medicine_ mostra que naturopatas e homeopatas não
reconhecem doenças sérias ou tardam em reconhecê-las, não
as enviam
para serviços de urgência quando necessário, etc.


Homeopaths & naturopaths may miss serious illnesses in children
http://www.ncahf.org/Newsletters/Oldletter/Vol23/NI23-1.htm


Homeopathy and Naturopathy (abstract e texto integral do artigo
comentado acima) http://archpedi.ama-
assn.org/issues/v154n1/abs/poa9145.html


Outro estudo mostrando que mais da metade dos pediatras usa em si e
recomenda as Terapias Alternativas:


Pediatricians' Experience With and Attitudes Toward Complementary/
Alternative Medicine http://archpedi.ama-
assn.org/issues/v152n11/abs/poa8060.html


[]s


Daniel



SUBJECT: Genoma: vantagens vs desvantagens (era: dane-se o genoma)
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/07/2000 16:57

Bem, vou começar a discussão de uma forma um pouco mais cizilizada. Um
exemplo: há vários anos atrás se isolou e sequenciou o cDNA (DNA
complementar) do receptor de LDL (proteína de membrana responsável pela
endocitose mediada por receptor da LDL [colesterol ruim], presente em todas
as células, mais freqüente no fígado e córtex celebral). Uma seqüência de
ca. 16 pares de bases (pb) era responsável pelo estímulo da transcrição do
gene quando havia poucos esteróides na célula e não alterava a transcrição
na sua presença. Enfim, só a determinação, descrição, descrição de mutações,
revisão e tudo mais foram um bocvado de trabalhos publicados em revistas
importantes (há uma revisão parcial do assunto numa Nature de 1990, dos
autores Brown MS e Goldstein JL). O que quero dizer é que uma mísera
seqüência de 16 pb levou anos para ser totalmente descrita. O que está
acontecendo atualmente é que estamos sequenciando todos os genes do corpo
humano, de bactérias, animais (pois é, aí se inclui o homem), vegetais,.
etc. Parece-me que estamos fazendo algo sem saber o que depois fazer com
tudo isso, creio estarmos no momento errado para todo este monte de
informações, seqüências repetidas onde apenas conseguimos verificar
semelhanças entre genes, creio isto ser a única coisa que conseguimos fazer
com todo o riquíssimo material que é um gene. Toda a parte de previsão de
proteínas está atrasadíssima (e esta parte é a complicação maior na
genética, não a do sequenciamento que é uma questão de tempo), podemos ter o
código completo e ainda não saber fazer previsões ab initio (como se diz tão
bonito) de proteínas.
Enfim, acho também que a sociedade não está preparada para absorver de
repente o fato que seremos capaz de mexer nos detalhes mais íntimos do corpo
e que é possível que daqui há pouco todos viverão com o mesmo problema
genético. Poderemos morrer de stress genético, a humanidade poderá decair
fortemente e a espécie então dominante do planeta, imagino, seriam os ratos,
devorariam nossas reservas e nossas carcaças, cresceriam e dominariam o
planeta... cada ratão que já se vê por aí são indícios de que eles são
fortes.

Bem, vou parando por aqui. Aguardo comentários.

Abraço,

Benjamin Hinrichs




SUBJECT: Re: [ciencialist] Genoma: vantagens vs desvantagens (era: dane-se o genoma)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/07/2000 19:42

On Thu, 20 Jul 2000, Benjamin Hinrichs wrote:
> Bem, vou parando por aqui. Aguardo comentários.

http://www2.uol.com.br/observatorio/ofjor/ofc18072000.htm#ofjor02

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Genoma: vantagens vs desvantagens (era: dane-se o genoma)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/07/2000 20:01

outro link:

http://www.sbpcnet.org.br/vera/noticias/ogm.html

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Bidual????
FROM: "Vinicius Junqueira Filho"<techones@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/07/2000 05:44

sou novo na lista, gostaria de saber essa teoria do
Cl�udio. Bidual?????????[]s
VINICIUS
>
> ---------- In�cio da mensagem original -----------
> De: Joao Carlos Holland de Barcellos
<jocax@usp.br>
> Para: ciencialist@egroups.com
> Cc:
> Data: Thu, 20 Jul 2000 08:29:57 -0300
> Assunto: [ciencialist] TGBD
> Assunto: [ciencialist] TGBD
>
>
> Bidual - Claudio Abreu wrote:
>
> > Durante uns tr�s meses em meados de 1999 fui uns dos
mais ativos no
> > Ciencialist. Depois de tanto juizamento negativo
para a minha Teoria
> > Geral da Bidualidade, e tanta pancada, indo para a
emo��o, me
> > afastei... Mas foi s� uma t�tica... Tenho certeza
que voc�s da Lista
> > ainda v�o me levar a s�rio....� apenas uma quest�o
de tempo e
> > prioridade, pois prefiro ir avan�ando no livro da
TGBD do que ficar me
> > dedicando aos di�logos do grupo. Mas ler, eu leio na
diagonal, e pego
> > uns papos muito indefinidos.
>
> Seria pedir muito se vc resumisse sua teoria?
> ( Fiquei curioso !)
> []s
> jocax
>
>
>
>
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>
>
>
>


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SUBJECT: Re: [ciencialist] TGBD
FROM: "Vinicius Junqueira Filho"<techones@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/07/2000 05:49

OK !!! Estou lendo sobre a tal da Bidualidade!!!
VINICIUS

>
> ---------- In�cio da mensagem original -----------
> De: "Bidual - Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
> Para: <ciencialist@egroups.com>
> Cc:
> Data: Thu, 20 Jul 2000 13:17:42 -0300
> Assunto: Re: [ciencialist] TGBD
> Assunto: Re: [ciencialist] TGBD
> Prezado Jo�o Carlos e demais da Lista,
>
> Quanto � Teoria Geral da Bidualidade (TGBD), encontra-
se um resumo dela no
> endere�o:
> http://ppessoa.zaz.com.br/paginas/poafefarah2200.htm
>
> Para conhecer outros trabalhos meus, visitem a minha
home page:
> http://ppessoa.zaz.com.br/paginas/poabidual00.htm
>
> Um grande abra�o.
>
> Claudio Abreu
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
> Para: <ciencialist@egroups.com>
> Enviada em: quinta-feira, 20 de julho de 2000 08:29
> Assunto: [ciencialist] TGBD
>
>
> >
> >
> > Bidual - Claudio Abreu wrote:
> >
> > > Durante uns tr�s meses em meados de 1999 fui uns
dos mais ativos no
> > > Ciencialist. Depois de tanto juizamento negativo
para a minha Teoria
> > > Geral da Bidualidade, e tanta pancada, indo para a
emo��o, me
> > > afastei... Mas foi s� uma t�tica... Tenho certeza
que voc�s da Lista
> > > ainda v�o me levar a s�rio....� apenas uma quest�o
de tempo e
> > > prioridade, pois prefiro ir avan�ando no livro da
TGBD do que ficar me
> > > dedicando aos di�logos do grupo. Mas ler, eu leio
na diagonal, e pego
> > > uns papos muito indefinidos.
> >
> > Seria pedir muito se vc resumisse sua teoria?
> > ( Fiquei curioso !)
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> > jocax
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SUBJECT: Densidade do universo e imortalidade
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/07/2000 06:53



Roberto Belisario wrote:

> João, suas ressalvas são perfeitamente cabíveis. Evidentemente,
> não se
> provou que o Universo é perfeitamente "plano", nem jamais se provará.
> É
> apenas aproximadamente "plano".

Mas aih eh q esta o cerne da questao. Do meu ponto de vista :
"aproximadamente plano"
eh o mesmo q "aproximadamente gravida" :-)
Ou seja, se ele nao pode ser plano ele sera aberto ou fechado e isso
determinara
o futuro do universo pela eternidade.
Eu acredito q seja fechado ( opiniao pessoal ).

Veja o q escrevi AQUI sobre este tema ha um tempo atras :
O Universo e o Teorema do Macaco
==================================
Joao Carlos Holland de Barcellos
Dezembro - 1999


Idos de 1979.....
Estava na fisica 3. ano quando um "bafafa" do pessoal do 4. ano chegou
aa nossa turma:

Era o "Teorema do Macaco" :
Se pusermos um macaco imortal em frente a uma máquina de escrever
inquebrável que fique teclando aleatoriamente e indefinidamente.
O que poderemos esperar que ele escreva?

Resposta :

Tudo o q vc imaginar ! ( basta esperar ).

Ele irá escrever todas as obras de Shakespeare, todos os contos da
Agatha Christie e até mesmo as obras de Monteiro Lobato,
virgula por virgula ponto por ponto !!
E nao é brincadeira !
Essa conclusão baseada na Teoria das probabilidades :
Se existe uma probabilidade P de um evento ocorrer periodicamente e, se
essa probabilidade nao diminui com o tempo,
se esperarmos um tempo suficiente este evento irá ocorrer.

Assim, a probabilidade p de o macaco bater todas as N teclas
necessárias
para termos todas as obras de Shakepeare ( exatamente como sao ) será :
p = (1/256)^N
e, se ele demora um tempo t para digitar N teclas teremos que esperar
em *média* : um tempo T dado por
T = t / p
para termos as obras exatamente como Shakespeare as escreveu .


Vamos aplicar agora , o Teorema do Macaco ao nosso Universo .

Os Cientistas preveem dois possiveis destinos para o nosso Universo :
Um universo em eterna expansao, (de modo que a entropia por fim
o liquidará ) ou um universo que nao se expanda indefinidamente e, neste

caso, uma fase de contração estará por vir.
( O destino dependerá da densidade média de massa no universo ).

Vamos supor a hipótese de um Universo pulsante isto é, o universo
explode e implode indefinidamente ( Big-Bang--Big-Crunch ) .
Lembre-se : indefinidamente é muito tempo :- )
Esse modelo de universo é plausivel e pode ser que vivamos num universo
assim.

Agora temos 2 possibilidades :

1-Cada Big-Bang é independente dos demais :

Nesse caso, pelo teorema do macaco, tudo o q vc pensar q pode
acontecer, vai acontecer ( se fisicamente possivel ) :
Pense que vc vai ganhar na Megasena sozinho e alem disso descobrir a
cura da Aids e do Cancer e ser o Cientista mais importante do milenio.
Vc quer ? Pois bem : É só esperar, Vai acontecer !

2- Cada Big-Bang eh influenciado pelo anterior.

Nesse caso, poderemos ter um Loop-infinito com as mesmas
causas isto é ,após um certo ciclo de pulsações do universo,
o mesmo universo se repetirá e,
o q esta acontecendo agora vai se repetir ,ciclicamente,
para sempre .... ( Nesse caso é bom cuidarmos para termos uma vida
feliz, ja q ela vai se repetir ad eternuumm :-) ).


Feliz Vida Eterna !

Joao Carlos H. Barcellos ( Jocax@usp.br )



SUBJECT: Re: [ciencialist] Homeopatia
FROM: Golbery Gomes Capistrano <golbery@secrel.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/07/2000 08:01

Oi pessoal, oi Daniel,

Peço correção se eu estiver errado. Vi um dia desses um documentário a respeito da "Homeopatia" num canal de TV -- não lembro se Discovery Channel ou GNT. E eles falavam que a água é passível de alterações em sua estrutura molecular. A substância diluída mudaria a oganização intermolecular... Também diziam que já existiam experiências que mostravam que a água se comportava de modo diferente de acordo com a substância diluída.

Não sei se essa conversa é verdade....

Até mais,

Golbery Gomes Capistrano
Fortaleza - Ceará - Brasil

"Daniel Sottomaior [SP]" wrote:

Abaixo vai a mensagem que enviei recentemente a outra lista da
egroups, o FCB (Fórum Cético Brasileiro). Acredito que o
ativismo
seja offtopic aqui, mas como a questão é também
científica, e de
representação e divulgação científica, acho que é
adequada.
(...)
[]s
 

Daniel


SUBJECT: Re: [ciencialist] Homeopatia
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/07/2000 09:42

Golbery Gomes Capistrano wrote:
>
> Oi pessoal, oi Daniel,
>
> Peço correção se eu estiver errado. Vi um dia desses um documentário a
> respeito da "Homeopatia" num canal de TV -- não lembro se Discovery
> Channel ou GNT. E eles falavam que a água é passível de alterações em
> sua estrutura molecular. A substância diluída mudaria a oganização
> intermolecular... Também diziam que já existiam experiências que
> mostravam que a água se comportava de modo diferente de acordo com a
> substância diluída.
>
> Não sei se essa conversa é verdade....

Diretamente: -Não- é verdade. Água é água, nada mais. Lenda.

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: probabilidade P (exercício)
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/07/2000 10:02

Qual a probabilidade de um elétron estar localizado a mais de um centímetro
do seu núcleo? Zero absolutamente zero ou existe uma probabilidade menor que
10^(-83) onde isso se leia dez elevado na menos 83 que seria a chance de um
átomo no universo ter seu elétron a 1 cm do núcleo. Enfim, a minha pergunta
se podemos dizer que a probabilidade é zero totalmente zero?

Abraço,

Benjamin Hinrichs




SUBJECT: Re: [ciencialist] probabilidade P (exercício)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/07/2000 10:24



Benjamin Hinrichs wrote:

> Qual a probabilidade de um elétron estar localizado a mais de um
> centímetro
> do seu núcleo?

O que significa "SEU NUCLEO" ?
Note q um eletron HOJE a 1000000000 km de distancia de um atomo ,
um dia podera fazer parte do nucleo deste mesmo atomo.
( Nao sei se entendi certo sua pergunta )
[]s
jocax

> Zero absolutamente zero ou existe uma probabilidade menor que
> 10^(-83) onde isso se leia dez elevado na menos 83 que seria a chance
> de um
> átomo no universo ter seu elétron a 1 cm do núcleo. Enfim, a minha
> pergunta
> se podemos dizer que a probabilidade é zero totalmente zero?
>
> Abraço,
>
> Benjamin Hinrichs
>
>
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SUBJECT: probabilidade P (exercício) [reformulando]
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/07/2000 12:51

Claro, me expressei mal. Quando se fala de R^2 falamos da probabilidade P
bonito (aquele P meio estranho, meio com linhas em torno e tudo, diria
meio... sei lá, enfim...) do elétron se encontrar em determinada região.
Bem, quero chegar ao seguinte ponto: perguntei ao meu prof. de física o que
ele achava, quando um elétron passa de 2s para um estado excitado (acho que
é 2s também). Numa ilustração da orbital 2s vemos duas regiões, uma central
esférica e outra periférica, um anel falando em duas dimensões. Entre essas
regiões a probabilidade do elétron se encontrar é pequena mas ela existe
(isso segundo o meu prof.). Ele ainda acrescenta que as probabilidades
podem ser pequenas mas jamais nulas. Daí a pergunta, um elétron localizado a
1 cm do núcleo do seu átomo (ou seja, de quem sofre atração elétrica
principalmente, sei lá), digo, qual o probabilidade P bonito de um elétron
se localizar a 1 cm do núcleo do átomo ao qual pertence? Ela é menor que
10^(-83)?

Seria isso. Abraço,

Benjamin Hinrichs




SUBJECT: Homeopatia
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/07/2000 13:05

esta mensagem vai ser longa.

On Fri, 21 Jul 2000, Golbery Gomes Capistrano wrote:
> Channel ou GNT. E eles falavam que a água é passível de alterações em
> sua estrutura molecular. A substância diluída mudaria a oganização
> intermolecular... Também diziam que já existiam experiências que
> mostravam que a água se comportava de modo diferente de acordo com a
> substância diluída.

eqto houver moleculas dessa substancia diluida na agua podemos sim ter
alteradas as propriedades da solucao (e nao propriamente da agua): se
colocamos uma certa qtdade de sal de cozinha em uma panela de agua, a
temperatura para se atingir a ebulicao serah maior do q. os 100oC (a 1
atm). se tirarmos o sal q. tem nessa agua -- por destilacao, osmose
reversa ou ultra-destilacao (esta ultima tecnica eh o q. a dinamizacao
homeopatica faz) -- o ponto de ebulicao da 'solucao' voltarah a ser 100oC
(a 1 atm).

bem, a questao da ultra-diluicao eh realmente embaracosa. a tecnica de
dinamizacao corresponde a mais ou menos o seguinte. inicialmente temos uma
certa qtdade de principio ativo em uma solucao com uma dada concentracao.
uma aliquota dessa solucao inicial eh entao diluida (seguindo um certo
ritual ou procedimento ou protocolo) em agua deionizada (agua 'pura'). o
processo pode continuar pegando-se uma aliquota da nova solucao e
diluindo-se em mais agua.

eh legal trabalhar com alguns numeros pra termos uma ideia da dimensao do
q. estah sendo dito.

segundo dados postados na lista fcb (nao sei se a fonte gostaria de ser
citada nominalmente, mas nao pretendo amealhar autoria de informacao de
outros), as diluicoes dos remedios homeopaticos sao codificados como Cx,
de tal modo q. a concentracao da solucao eh: 1/10^2x. i.e., para C1 o
principio ativo estah diluido na proporcao de 1:100. existem, ainda
segundo esses dado, C10.000. o q. dah uma diluicao de 1:10^20.000.

soh pra comparacao, o numero de particulas estimadas no universo visivel
eh de 10^180.

bem, jah postei os valores q. menciono a seguir numa mensagem enviada ao
fcb, peco desculpas aos q. sao membros de ambas as listas (e tbm aos
membros desta q. acham numeros aborrecedores). os calculos q. fiz
considera um frasco de 15 ml 'a base de alcool.

O numero de moleculas de agua na Terra e' de cerca de 3.10^47.

O numero de Avogadro e' mais ou menos igual a 6.10^23. Um mol corresponde
a esse numero de especie quimica (atomos, ions e moleculas).

No caso de C30 (10^-60) significa que um mol da substancia ativa estaria
diluida em uma solucao com 10^60 mols ou (10^60 - 1) mols de veiculo
inerte.

O peso molar do alcool etilico (C2H5OH) e' 46 g/mol, a densidade do alcool
e' de 790g/l. 15 ml de etanol correspondem, entao, a 11,85 g ou 0,26 mol
ou 1,54.10^23 moleculas.

Para se manter uma concentracao C30 (10^-60) deveria haver 1,54.10^-37
moleculas de principio ativo por frasco -- o que naturalmente e' um
contra-senso (moleculas e elementos quimicos so' podem existir como
unidades discretas: fracoes de moleculas e elementos quimicos nao
apresentam as propriedades de moleculas e elementos quimicos). E como o
processo certamente nao envolve fissao de moleculas e/ou atomos -- temos
que na verdade isso significa que, em media, a cada 1,54.10^37 frascos C30
vendidos, apenas um frasco contem o principio ativo (e apenas uma molecula
dele) -- algo como uma molecula para

230.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 litros de alcool,

o q corresponde a 230 mil nonilhoes de litros de alcool (ou 1,85.10^35 kg
-- lembrando que a massa da Terra e' de cerca de 6.10^24 kg).

A producao brasileira e' de cerca de 15 bilhoes de litros de alcool por
ano.

Eu fiz conta com alcool, mas eh possivel pensar nos 'remedios'
homeopaticos 'a base de agua (d=1.000 g/l e P.M.=18 g/mol) ou acucar
(P.M.=180 g/mol) ou outro veiculo qq.

bem, pra tentar contornar essa situacao ridicula, aventaram a hipotese da
memoria da agua. seria algo mais ou menos assim: qdo se coloca uma
substancia na agua, ela atua sobre as moleculas de agua por meio de uma
interacao eletromagnetica de tal forma q. imprime 'as moleculas de agua um
padrao semelhante de propriedades eletromagneticas. isso seria mais ou
menos analogo 'a gravacao de informacoes em disquete por meio de
magnetismo.

ha um certo probleminha aqui -- isso eh uma hipotese ad hoc (inventada
para explicar uma situacao em particular). bem, nao q. uma hipotese assim
nao tenha seu merito, mas ela soh pode ser considerada para explicar um
conjunto real de dados -- i.e. qdo temos efetivamente uma observacao q.
parece anomala em relacao a outros dados previamente obtidos. seria como,
por exemplo, vc tem um amigo q. sempre lhe eh extremamente cordial, mas um
certo dia lhe trata de modo rispido. vc poderia aventar como hipotese ad
hoc para explicar esse comportamento q. ele teve um dia ruim, q. dormiu
mal a noite, etc. posteriormente podemos verificar se essa hipotese tem
alguma sustentacao: vc pode perguntar pro seu amigo depois o q. aconteceu
pra ele ter ficado nervoso, p.e.

mas se deve levar menos a serio ainda uma hipotese ad hoc criada para
explicar fenomenos apenas supostos, ou seja, nao observados. isso tem um
carater bem pratico, jah q. do contrario poderiamos tentar explicar
hipoteses e teorias absurdas (eh uma das marcas das chamadas
pseudociencias). por exemplo, eu poderia dizer q. sou o elvis presley
disfarcado -- pra justificar o fato de eu nao me lembrar de fatos
importantes da epoca em q. eu era elvis presley posso dizer q. minha
memoria foi de alguma forma afetada; eu nao me pareco com elvis porq. me
submeti a um tratamento de alteracao de fisionomia, etc.

isso eh a base da jah discutida navalha de occam (ou ockham).

bem, se houvesse dados concretos mostrando a eficiencia da homeopatia (num
nivel acima do q. se poderia atribuir ao efeito placebo e similares) a
hipotese ad hoc da memoria da agua poderia ser considerada (mas ainda
assim precisaria passar por testes posteriores para se verificar se eh ou
nao uma boa explicacao).

presentemente nao existem tais dados q. firmem o tratamento homeopatico em
bases solidas. de modo q. a hipotese da memoria da agua fica bastante
solta no ar.

de qq forma vamos por um momento relevar essa dificuldade. o processo
de dinamizacao entao seria de certa maneira similar, por exemplo, ao
processo de fotocopia (xerox) - temos um modelo inicial a partir do qual
fazemos copias. mas diluicoes sucessivas implica em producao de copias a
partir de copias: nas diluicoes finais as moleculas de agua formarao sua
memoria nao a partir das moleculas de principio ativo, mas a partir da
memoria de outras moleculas de agua, q. por sua vez formaram sua memoria a
partir de outras moleculas de agua -- e se fazemos isso numa maquina
fotocopiadora, rapidamente passamos a ter apenas um borrao sendo produzido
em lugar de um texto legivel, pois as copias nunca sao exatamente iguais
aos originais. isso acontece, por exemplo, tbm com o nosso material
genetico -- mesmo com todo o complexo sistema de reparos q. temos em nosso
corpo o surgimento de mutacoes eh inevitavel. e nao ha nada conhecido no
processo de dinamizacao/diluicao homeopatica q. se assemelhe ao processo
de reparos de erros.

outro problema na dinamizacao/memoria eh q. jamais poderemos garantir a
pureza do principio ativo -- sempre ha contamicao. qdo a concentracao eh
maior, a contaminacao nao eh um grande problema, mas nas diluicoes
posteriores em alguns frascos nao teremos moleculas dos principio ativo,
mas de contaminantes -- e a memoria formada deverah ser desses
contaminantes.

e a contaminacao nao se apresenta apenas na solucao original do principio
ativo, mas tbm na agua deionizada utilizada -- eh tbm impossivel se obter
agua 100% pura. essa fonte de contaminacao pode ser ainda mais seria, jah
q. ela nao vai se diluindo ao longo do processo de dinamizacao, mas se
mantem relativamente constante 'a medida em q. mais agua eh adicionada.

e outro problema da questao da memoria eh q. sendo ela uma interacao
eletromagnetica, ela eh reciproca -- qual seja, 'a medida em q. as
moleculas de principio ativo afetarem a memoria das moleculas de agua,
elas devem afetar tbm a memoria (a suposta 'assinatura' do padrao de campo
eletromagnetico da molecula) do principio ativo.

mais uma dificuldade, se a memoria eh tao sensivel a padroes tao sutis
como os campos eletromagneticos de um punhado de moleculas (ou de
moleculas individuais), qq outro campo eletromagnetico poderia
influenciah-la fortemente -- em cidades com poluicao eletromagnetica tao
intensa como as metropoles (sao paulo, nova iorque, toquio, cidade do
mexico, etc) os remedios homeopaticos seriam constantemente alterados
em suas propriedades curativas.

e finalmente (na verdade nao tao finalmente assim) qdo ingerimos o
remedio homeopatico, as moleculas de agua entrarao em contato com centenas
ou milhares de outras substancias -- enzimas, produtos da digestao de
alimentos, excretas de bacterias, restos de celulas mortas, etc. e tto
qto, ou mais, ateh se distribuir pelo organismo todo (a homeopatia
sustenta uma visao holistica -- as disfuncoes organicas nao se devem a
malfuncionamento localizados, mas em todo o organismo).

(nao eh tao finalmente assim, porq. certamente existem outras objecoes 'a
hipotese da memoria da agua... alem disso, existe um problema muito grave
de ausencia de demonstracao da validade do principio basico da homeopatia
da cura pelos semelhantes, expresso na divisa em latim: simila similibus
curantur.)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] probabilidade P (exercício) [reformulando]
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/07/2000 13:45



Benjamin Hinrichs wrote:

> principalmente, sei lá), digo, qual o probabilidade P bonito de um
> elétron
> se localizar a 1 cm do núcleo do átomo ao qual pertence? Ela é menor
> que
> 10^(-83)?
>

A probabilidade "P bonito" eu nao sei , eu sei a probabilidade P :-)) (
brincadeirinha )
Na verdade eh zero, pois um centimetro eh um intervalo bastante estreito
! :)
(brincadeira-seria outra vez :)
Mas agora falando serio :
A probabilidade deve ser calculada dentro de um volume que vc deve
estipular ,
por exemplo : entre 1 cm e 2 cm de raio . Ou entre um centimetro e o
"infinito".
Existe uma equacao que diz isso , ( pelo menos para o atomo de
hidrogenio )
acho q o Belisario talvez tenha a formula.
[]s
jocax








SUBJECT: 300 x 300 000 000 ... e assim caminha a humanidade.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/07/2000 19:27

Novamente o assunto (fora de seu original, como reportou o Belisário), desta
vez comentado por: R. Bonalume.

Interessante a citação da 'velocidade de grupo' da onda. Tais tipos de
propagação podem sofrer dispersão ao atravessarem meios nos quais a
velocidade (de fase) é função da frequencia. Dito assim, perguntaria: Será
que dentro do feixe de luz comum ('misturado' entre as demais frequencias),
não existiria uma especial que, quando dipersada, apresente velocidade maior
que c? Uma espécie de 'onda de De Broglie' que serve apenas para orientar o
trajeto das demais, sem transportar informações? :-) (divagação científica).

A limitação para a velocidade de propagação de sinais e partículas, em
relação a um referencial, imposta pela velocidade da luz c não implica que
'coisas' que não sejam sinais se propaguem com velocidades maiores do que c.
Assim, se movimentarmos uma lanterna rapidamente, seu foco, projetado num
anteparo suficientemente distante, poderá varrê-la com velcidades superiores
a c. além disso, se dois móveis se dirigem um em sentido ao outro com
velocidade 0,9c, medida no referencial de um deles, podemos dizer que a
distância entre eles (no mesmo referencial anterior) decresce à razão de
1,8c (5,4x10^8 m/s) e isso NÃO QUER DIZER que a velocidade de um em relação
ao outro seja de 5,4x10^8 m/s. A identidade desses dois conceitos só valeria
para a transformação de Galileu que, nas velocidades consideradas, é
inaplicável.

[]'
Léo
-----------------------------------------------------------

Assunto Cm Editoria
C & T - Ciência - 20/07/00

Cientistas aumentam velocidade da luz

Em experimento realizado nos EUA com feixe luminoso e uma câmara de césio,
raio chegou antes mesmo de ter saído

RICARDO BONALUME NETO ESPECIAL PARA A FOLHA

Em um exótico experimento de laboratório, pesquisadores nos Estados Unidos
conseguiram fazer com que um feixe luminoso não apenas viajasse muito mais
rápido que a velocidade da luz, como também que ele parecesse chegar ao seu
destino final antes mesmo de ter entrado.

A luz tem uma velocidade de 300 mil quilômetros por segundo. Os
pesquisadores conseguiram aumentar essa velocidade em 300 vezes. O pulso de
luz pareceu sair da câmara repleta de gás césio onde se fez a experiência
exatos 62 bilionésimos de segundo antes de entrar nela.

Os resultados do experimento violam não só o senso comum, mas também parecem
ir contra uma das bases da física moderna, a teoria da relatividade de
Albert Einstein. Mas os autores garantem que, apesar do resultado, a física
não foi abalada.

"A teoria da relatividade especial de Einstein e o princípio da causalidade
implicam que a velocidade de qualquer objeto em movimento não pode exceder a
velocidade da luz no vácuo", dizem os autores do estudo, Lijun Wang e dois
colegas do Instituto de Pesquisa da NEC, em Princeton, Nova Jersey. O estudo
está publicado na revista científica "Nature" de hoje.

Einstein propôs em 1905 a chamada teoria da relatividade restrita (ou
especial), segundo a qual, se dois sistemas se movem de modo uniforme em
relação um ao outro, é impossível determinar algo sobre seu movimento, a não
ser que ele é relativo.

O motivo é o fato de a velocidade da luz no vácuo ser constante, sem
depender da velocidade de sua fonte ou de quem observa. Para a relatividade
restrita, um relógio em movimento parece andar mais devagar do que um
relógio estacionário, para um observador parado.

A física moderna também estabelece que a luz pode ser entendida de duas
maneiras. A radiação é emitida na forma de partículas chamadas fótons, mas
também tem propriedades ondulatórias. A teoria da causalidade está mais
próxima do senso comum: as causas devem sempre preceder seus efeitos.

A explicação para o experimento de Wang estaria nas características das
ondas luminosas. Um pulso de luz é constituído de um conjunto de ondas com
frequências diferentes; todas elas juntas têm uma "velocidade de grupo".

Ao passar por qualquer material -o ar, a água-, essas ondas luminosas têm
uma velocidade de grupo menor do que se estivessem no vácuo.

Para fazer o pulso de luz viajar mais rápido é preciso criar um meio de
propagação -como uma câmara com gás césio resfriado- capaz de amplificar
frequências das ondas por meio de interações com os átomos.

Mas, apesar de conseguir um fenômeno exótico, o experimento não quer dizer
que se possa um dia criar alguma máquina capaz de viajar mais rápido que a
luz.

O feixe luminoso rapidinho é incapaz de transmitir algum tipo de informação,
afirmam os pesquisadores.

[Alto] [Índice]





SUBJECT: En: A Mec�nica Qu�ntica est� completa
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/07/2000 09:11

A todos............
[]'
L�o
-----Mensagem Original-----
De: TERRA <terradireto@terra.com.br>
Para: <leo@barretos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 21 de julho de 2000 23:53
Assunto: A Mec�nica Qu�ntica est� completa


F�sicos encontram a primeira evid�ncia direta da exist�ncia do Tau Neutrino,
o �ltimo dos L�ptons.

Veja mais na F�SICA.net - http://www.terra.com.br/fisicanet










SUBJECT: Agua - in memmoriun
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/07/2000 13:12

Ontem, em troca de correspondência com um amigo, médico cardiologista,
comentamos o tema da homeopatia. Na oportunidade abordei, entre outras, as
idéias e cálculos elaboradas pelo Takata e, para nós do ciencialist, postada
em 21/07.

Hoje recebo, em troca, a seguinte correspondência que, por referir-se ao
tema, apreciaria postar:

>"Memória da Água: Um atributo de Deus"
"Science without religion is lame, religion without science is blind - A.
einstein"
"Science, Philosophy and Religion: a Symposium (1941) ch.13"<

>"Estimado Prof. Léo,
gostei de suas idéias e do modo como seu amigo Takata trabalhou as questões
pertinentes á 'memória da água', inicialmente ionizando-a e posteriormente
deionizando-a, chegando ao conceito de 'água pura'. Realmente foi uma
estripulia digna de Elvis Presley, colocar na solução de nosso homeopata uma
gota de poluição de uma grande cidade (metrópole); mas evocando as 'Leis de
Murphy' temos que reconhecer que um relógio quebrado poderá encontrar-se
pelo menos duas vezes correto, no decurso de 24 h.
Assim sendo sou obrigado logicamente concluir que em pelos menos dois
momentos é perfeitamente distinguível e reproduzível um padrão de memória na
'água pura'. Senão vejamos, o que será que lembra às moléculas de água pura
que no ponto de congelamento 0oC elas devam, de forma genérica e universal,
a forma de um prato hexagonal, formas estas de rara beleza (um atributo de
nosso bom Deus - a incersão desta citação dependerá de uma prévia consulta
ao próprio).
E quem é que lembrará estas mesmas moléculas que no ponto de ebulição a
velocidade de ebulição das mesmas seja diretamente proporcional ao diâmetro
do recipiente que as contém. Assim sendo, de uma forma até que um tanto
intuitiva, estou seriamente propenso a acreditar que devido as propriedades
magnéticas quando a essa água adicionarmos um sal, mesmo que em diminutas e
infinitesimais proporções, por uma capacidade de 'reprodutibilidade
mimética' (Quimioestereotaxia), ou pela Lei da Impenetrabilidade da matéria,
que ela adote um padrão organizacional de forma tal a que possamos definir
esta condição como 'memória da água', que seria específica e proporcional a
cada temperatura e a cada concentração da solução sal/água.
Alias, estas mesmas conclusões já foram verbalizadas por A. Einstein, quando
disse: "Em qualquer proporção, eu estou convencido de que Ele (Deus) não
joga dados".
Tomara que nossas trocas de idéias com o Prof. Léo não nos tire de nossos
orbitais. Grande é a força que tais idéias exercem sobre nós, mas creio que
elas não serão mais forte que a força dos amarelos átomos de nossos
arraigados preconceitos. Sei não, acho que os magos podem ter razão.
"A verdade é fruto do tempo (Francis Bacon)"
"Nada é verdade Nem mentira Tudo tem a cor do cristal com que se mira
(Ramon de Campoamor)"

Dr.E.G.de A., F.R.C. O+ S.I. - Ordem Rosacruz - Ordem Martinista

PS: "In medio virtus", evocada a Lei da navalha de Ocam ("Na diversidade,
escolher a simplicidade") aproveitemos para reforçar humildemente a idéia de
Deus, afinal esta é apesar de complexa a fantasia mais simples. "Creio
porque é absurdo". <
-------------

Ufa! É isso. Comentários à vontade.
[]'
Léo
Aos químicos, cristalógrafos, energistas mínimos, ai está um 'prato raso'
cheio.



SUBJECT: Noticias cientificas
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/07/2000 13:21

Oceano faz a Terra cambalear

Mudanças de pressão no fundo do mar provocam o deslocamento do eixo de
rotação da Terra, afirma pesquisador da Nasa (agencia espacial dos EUA).

A chamada oscilação de Chandler é um dos diversos bamboleios que o planeta
sofre enquanto gira.

Ela provoca um deslocamento no seu eixo que chega a cerca de seis metros no
Polo Norte. É como se, em vez de rodar de uma maneira uniforme, a Terra
cambaleasse como um peão.

O geofísico Richard Gross, do Laboratório de Jatopropulsão da Nasa,
descobriu que a causa dessa oscilação está no fundo do mar.

Com modelos matemáticos, Gross descobriu que variações de pressão que
ocorrem ali, causadas por diferenças de salinidade e de temperatura e pelas
correntes oceânicas, desbalanceiam o eixo terrestre.

A descoberta põe fim a um mistério de mais de um século. Desde 1891, quando
o astrônomo Seth Chandler observou a oscilação pela primeira vez, os
cientistas tem rebolado para descobrir a sua causa.

Muitos estudiosos relacionavam a oscilação de Chandler a fenômenos
atmosféricos.

Fonte: Folha de SP
-------------------------------------------------------------------

Lua poderá fornecer energia para a Terra

Salvador Nogueira escreve para a "Folha de SP":

Captar a energia da Lua pode deixar de ser clichê de esotéricos. Um
cientista da Universidade de Houston, EUA, elaborou um sistema para
absorver a energia solar a partir do satélite da Terra e então transmiti-la
ao nosso planeta.

Em um trabalho que foi apresentado em maio durante a "Energy Resource 2000"
(www.energyresource2000.com), conferencia virtual patrocinada pelo Conselho
Mundial de Energia, David Criswell apresentou sua solução para a iminente
escassez de recursos energéticos e o desgaste ambiental ocasionado pelo uso
desses recursos: produzir energia a partir da Lua.

A maior dificuldade do projeto, chamado de Energia Solar Lunar (LSP, na
sigla em inglês), não é tecnológica, segundo Criswell. "O sistema poderia
ter sido iniciado em 1980, se os EUA tivessem permanecido na Lua durante os
anos 70.

A maior dificuldade para a implantação é retornar ao satélite - fazer com
que as pessoas percebam o quanto o mundo seria mais rico e limpo com esse
recurso", disse à Folha.

"Produzir energia a baixo custo no espaço pode, de fato, ser possível
usando os recursos disponíveis na Lua", disse Michael Duke, pesquisador do
Instituto Lunar e Planetário, em Houston, que também trabalha no estudo de
aproveitamento de recursos lunares.

Criswell, um físico que começou a estudar o satélite em 1970, ao trabalhar
no projeto Apolo - missão que levou o homem à Lua -, não hesita em criticar
os rumos da exploração espacial feita pela Nasa (agencia espacial dos EUA)
após as missões tripuladas ao satélite.

A idéia do pesquisador consiste em construir bases lunares a partir de
fabricas moveis. Essas unidades seriam capazes de montar a maior parte dos
elementos da base usando rochas do satélite.

A partir da montagem dos painéis fotovoltaicos (que convertem luz em
eletricidade), do transmissor e do refletor, três etapas comporiam a
captação, conversão e envio da energia na forma de microondas à Terra.

O feixe de microondas seria recebido por uma antena receptora da ordem de
1km de diâmetro e então convertido em energia elétrica, para ser
distribuído.

Segundo o pesquisador, ao contrario da Terra, a Lua tem o ambiente ideal
para a instalação de conversores de energia solar de grande extensão, pois
não tem atmosfera nem microrganismos que desgastam os componentes e tem
pouca atividade sísmica.

O sistema, segundo Criswell, é mais seguro para os habitantes da Terra do
que qualquer outra forma de produção de energia. "Os feixes podem ser
projetados para operar a menos de 20% da intensidade da luz solar e podem
ser interrompidos em três segundos, caso haja algum problema. Fora do
centro do feixe, a energia dispersada é menor do que a emitida por um
telefone celular", disse.

O método também seria mais barato. Para produzir mil trilhões de watts por
ano (calcula-se que essa seja a quantidade de energia necessária por ano
entre 2000 e 2070), o SLP consumiria US$ 40 trilhões.

Para produzir essa energia, um moderno sistema de fissão nuclear gastaria
US$ 3.300 trilhões. Um sistema de queima de carvão, US$ 1.500 trilhões.

O cientista afirma que as atuais formas de produção de energia, alem de
poluentes, não seriam suficientes para atender à demanda a partir de 2050.

Para ele, a produção de energia na Lua é a única alternativa viável, com a
tecnologia atual, para solucionar o problema.

De acordo com os cálculos do pesquisador, utilizando 0,15% da superfície
lunar seria possível gerar eletricidade suficiente para abastecer todo o
planeta em 2050, calculando a população global em 10 bilhões de habitantes.

Fonte: Folha de SP
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[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Noticias cientificas
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/07/2000 14:41

Luiz Ferraz Netto wrote:

> O método também seria mais barato. Para produzir mil trilhões de watts por
> ano (calcula-se que essa seja a quantidade de energia necessária por ano
> entre 2000 e 2070), o SLP consumiria US$ 40 trilhões.

As unidades estão erradas, e os números parecem fora por ordens de
grandeza, como em todo jornalismo científico nacional...

Aliás, a idéia toda parece uma maluquice... A solução óbvia para a
energia na Terra é o uso direto da energia solar, através do
desenvolvimento de painéis solares mais eficientes, ou ao menos que
consumam menos energia em sua construção do que geram.
Mas mais importante que isto, é otimizar o gasto de energia, eliminando
ineficiências e desperdícios. Do contrário, não haverá desenvolvimento
sustentado, e tudo o que já foi conseguido irá se perder. E logo.

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: [ciencialist] Agua - in memmoriun
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/07/2000 14:47

Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Ontem, em troca de correspondência com um amigo, médico cardiologista,
> comentamos o tema da homeopatia. Na oportunidade abordei, entre outras, as
> idéias e cálculos elaboradas pelo Takata e, para nós do ciencialist, postada
> em 21/07.
>...

As propriedades mencionadas não são de memória, mas apenas propriedades
físicas. É como comparar software com hardware. O primeiro pode ser
mudado, ou programado. O segundo é característica física inalterável.

E sobre os interessantes cálculos mostrados, eu acrescentaria a pergunta
de onde se obtém a água puríssima, onde a "memória" tão tênue não é
perdida em meio ao "ruído" gerado pelas inúmeras substâncias que -toda-
água apresenta como impurezas. A água é, em maior ou menor grau, um
solvente universal, sempre dissolvendo um pouco dos vasos que a
contém, sem falar na sua capacidade de absorver grandes quantidades
de ar, o que permite até que classes de animais -respirem- dentro dela.

Antonio Carlos M. de Queiroz



SUBJECT: Citacao de Einstein
FROM: "Ego " <ego_sun@brasilmail.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/07/2000 17:18

Ola´ todos,

Alguem poderia me dar as referencias exatas daquela citacao de Albert
Einstein onde ele fala a respeito dos seus processos cognitivos e
mentais?? Me recordo que menciona o fato de pensar basicamente em
termos de imagens, e que as palavras nao tinham grande peso. Gostaria
de referencias bibliograficas sobre essa frase, se possivel, para
consultar o livro.

[]´s

Ego



SUBJECT: Re: Citacao de Einstein
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/07/2000 19:59

Caro Ego,

Existe um livro muito bom que � uma verdadeira cole��o de cita��es
de Einstein. Comprei por 30 reais na Sodiler (www.sodiler.com.br) via
internet. Segue abaixo os dados do mesmo:

Assim Falou Einstein
Calaprice, Alice Ed. Dyson, Freeman Pref.
Editora Civiliza��o Brasileira, 1998, 272p.
ISBN 85-200-0465-2

Procurando aqui por alto, n�o creio que seja essa a que voc� procura, mas
o mais pr�ximo que encontrei foi:

"Aprender fatos n�o � importante para uma pessoa. N�o � para isso que ela
precisa de educa��o. Os fatos, ela pode obter nos livros. O valor da
educa��o num col�gio de artes liberais n�o � ensinar muitos fatos, mas
treinar a mente para pensar algo que n�o pode ser aprendido nos livros."
P�g. 63 - Frase de 1921 sobre a opini�o de Thomas Edison de que a educa��o
n�o tem serventia.

Abra�os,
Leo Vines, Presidente
vines@strbrasil.com.br
Sociedade da Terra Redonda
http://www.strbrasil.com.br
________________________________________________________________________
Get Your Private, Free E-mail from MSN Hotmail at http://www.hotmail.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Noticias cientificas
FROM: "Vinicius Junqueira Filho"<techones@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/07/2000 05:24

Acho que primeiro devia-se ter uma pol�tica mundial de
controle ambiental e vegetativo.

Tamb�m acho que deviamos fazer uma avalia��o do que � o
planeta Terra hoje para termos uma base sobre as
consequencias de politicas generalizadas de degradamento
natural etc.

Temos que nos revisar! E nos desenvolver
tecnologicamente com "seguran�a".
[]
VINICIUS
>
> ---------- In�cio da mensagem original -----------
> De: "Antonio Carlos M. de Queiroz"
<acmq@compuland.com.br>
> Para: ciencialist@egroups.com
> Cc:
> Data: Sat, 22 Jul 2000 14:41:23 -0300
> Assunto: Re: [ciencialist] Noticias cientificas
> Assunto: Re: [ciencialist] Noticias cientificas
> Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> > O m�todo tamb�m seria mais barato. Para produzir mil
trilh�es de watts por
> > ano (calcula-se que essa seja a quantidade de
energia necess�ria por ano
> > entre 2000 e 2070), o SLP consumiria US$ 40 trilh�es.
>
> As unidades est�o erradas, e os n�meros parecem fora
por ordens de
> grandeza, como em todo jornalismo cient�fico
nacional...
>
> Ali�s, a id�ia toda parece uma maluquice... A solu��o
�bvia para a
> energia na Terra � o uso direto da energia solar,
atrav�s do
> desenvolvimento de pain�is solares mais eficientes, ou
ao menos que
> consumam menos energia em sua constru��o do que geram.
> Mas mais importante que isto, � otimizar o gasto de
energia, eliminando
> inefici�ncias e desperd�cios. Do contr�rio, n�o haver�
desenvolvimento
> sustentado, e tudo o que j� foi conseguido ir� se
perder. E logo.
>
> Antonio Carlos M. de Queiroz
>
>
>
>
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> Find long lost high school friends:
> http://click.egroups.com/1/7080/11/_/19424/_/964288275/
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ingles)<<
> http://www.netsurf.com/nss/
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>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Agua - in memmoriun
FROM: "Vinicius Junqueira Filho"<techones@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/07/2000 05:32

� GRAVE O PROBLEMA DA EMINENTE ESCASSEZ DE �GUA NO
MUNDO! Bastante triste! S� quando sentimos sede, uma
sede violenta, � que daremos valor nesse "solvente" t�o
importante!!! Temos que fazer alguma coisa a respeito!!
Viva a globaliza��o!!!
VINICIUS

>
> ---------- In�cio da mensagem original -----------
> De: "Antonio Carlos M. de Queiroz"
<acmq@compuland.com.br>
> Para: ciencialist@egroups.com
> Cc:
> Data: Sat, 22 Jul 2000 14:47:28 -0300
> Assunto: Re: [ciencialist] Agua - in memmoriun
> Assunto: Re: [ciencialist] Agua - in memmoriun
> Luiz Ferraz Netto wrote:
> >
> > Ontem, em troca de correspond�ncia com um amigo,
m�dico cardiologista,
> > comentamos o tema da homeopatia. Na oportunidade
abordei, entre outras, as
> > id�ias e c�lculos elaboradas pelo Takata e, para n�s
do ciencialist, postada
> > em 21/07.
> >...
>
> As propriedades mencionadas n�o s�o de mem�ria, mas
apenas propriedades
> f�sicas. � como comparar software com hardware. O
primeiro pode ser
> mudado, ou programado. O segundo � caracter�stica
f�sica inalter�vel.
>
> E sobre os interessantes c�lculos mostrados, eu
acrescentaria a pergunta
> de onde se obt�m a �gua pur�ssima, onde a "mem�ria"
t�o t�nue n�o �
> perdida em meio ao "ru�do" gerado pelas in�meras
subst�ncias que -toda-
> �gua apresenta como impurezas. A �gua �, em maior ou
menor grau, um
> solvente universal, sempre dissolvendo um pouco dos
vasos que a
> cont�m, sem falar na sua capacidade de absorver
grandes quantidades
> de ar, o que permite at� que classes de animais -
respirem- dentro dela.
>
> Antonio Carlos M. de Queiroz
>
>
>
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> BTW: Did you buy that new car yet?
> If not, check this site out.
> They're called CarsDirect.com and it's a pretty sweet
way to buy a car.
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>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Agua - in memmoriun
FROM: "Neville Martins" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/07/2000 10:30

>>>É GRAVE O PROBLEMA DA EMINENTE ESCASSEZ DE ÁGUA NO
MUNDO! Bastante triste! Só quando sentimos sede, uma
sede violenta, é que daremos valor nesse "solvente" tão
importante!!! Temos que fazer alguma coisa a respeito!!
Viva a globalização!!!
VINÍCIUS
==============================================

Caro Vinícius
Não se preocupe, pois o governo já está tomando providências.
Veja abaixo as declarações do nosso governador:

“Não estamos mais discutindo entre cobrar ou não cobrar pelo uso da água, e
sim entre QUEM vai cobrar”, afirmou Covas. O governador foi recebido pelo
presidente do Instituto de Engenharia de SP, Cláudio Dall'Acqua e colocou em
debate o Projeto de Lei Estadual que implanta a cobrança. [Leia mais em
http://www.uol.com.br/engenharia/ ]

Alias, eu sempre disse que no futuro iríamos ter que pagar até para
respirar.

Abraços
Neville




SUBJECT: Iodestone
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/07/2000 21:07

Pesquisando sobre magnetismo (hist�rico), encontrei a palavra "Iodestone" ou
"Lodestone" (n�o sei se a letra inicial � um 'I' ou um 'L'.
Qual a melhor tradu��o para essa jabiraca: pedra �m�, calamita, magneto, �m�
natural ...... ?
[]'
L�o



SUBJECT: Re: [ciencialist] Iodestone
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/07/2000 21:43

Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Pesquisando sobre magnetismo (histórico), encontrei a palavra "Iodestone" ou
> "Lodestone" (não sei se a letra inicial é um 'I' ou um 'L'.
> Qual a melhor tradução para essa jabiraca: pedra ímã, calamita, magneto, ímã
> natural ...... ?

É "Lodestone", pedra magnética, pedra ímã. Acho que deve ter "pedra" no
nome para ser certamente natural. O mineral é geralmente magnetita.
Calamita é ímã em italiano, que eu saiba.
Tem alguma outra palavra em português, além de ímã, com dois acentos?

Aliás, um livro interessante para ler é o "De Magnete" de Gilbert, 1600.
Cheio de lodestones.

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: [ciencialist] Iodestone
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/07/2000 22:57

Segundo a ABL, dos imortais, com suas explicações altamente racionais para a
língua, ímã tem dois acentos porque tem dois pólos! Todas as outras palavras
tem um pólo só.:-)

Grato pelo lodestone. Já li o De Magnete do amigo Gilbert, traduzido. Aliás,
coisa puxa a outra, foi na época paleolítica, na qual fui atrás do tal de
'âmbar' (o que era, de onde vem, de que é feito etc.) e do 'pó de licopódio'
que vira e mexe aparecia pelos textos. Hoje, no lugar dessa resina natural
uso sintéticos e no lugar desse pó uso fubá. Se quer saber, outra coisa que
me enchia o saco, era a tal 'medula de sabugueiro'!
[]'
Léo


-----Mensagem Original-----
De: Antonio Carlos M. de Queiroz <acmq@compuland.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: domingo, 23 de julho de 2000 21:43
Assunto: Re: [ciencialist] Iodestone


Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Pesquisando sobre magnetismo (histórico), encontrei a palavra "Iodestone"
ou
> "Lodestone" (não sei se a letra inicial é um 'I' ou um 'L'.
> Qual a melhor tradução para essa jabiraca: pedra ímã, calamita, magneto,
ímã
> natural ...... ?

É "Lodestone", pedra magnética, pedra ímã. Acho que deve ter "pedra" no
nome para ser certamente natural. O mineral é geralmente magnetita.
Calamita é ímã em italiano, que eu saiba.
Tem alguma outra palavra em português, além de ímã, com dois acentos?

Aliás, um livro interessante para ler é o "De Magnete" de Gilbert, 1600.
Cheio de lodestones.

Antonio Carlos M. de Queiroz



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Iodestone
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/07/2000 23:14

Curiosidade. Dentro desse jabiraca do lodestone, lembrei-me de duas coisas
(puxei lá do fundo do baú cerebral): uma, é que estudei física no
'científico' pelo livro do Mario Faccini (3 volumes); outra é que o ímã,
'nascido' lá no oriente, envolto em todo o misticismo da época, só conseguiu
entrar na velha europa fazendo parte do segundo brinquedo mais antigo da
história --- a múmia --- (o primeiro é o bibloquê). Essa múmia (que
atualmente tem versões até em plástico de 1,99), tinha o formato de um
sarcófago esculpido em marfim e um escavado interior onde se alojava a
múmia, também de marfim. Devido aos dois ímãs (um dentro da múmia - fixo - e
outro dentro do sarcófago, móvel mediante uma disfarçada alavanca), o
mistério era fazer a múmia ficar dentro do sarcófago.
Nota: esse brinquedinho só era conhecido (e adquirido) por celebridades tipo
Napoleão; e o filme Napoleão (Marlon Brando), numa das cenas mostra
perfeitamente isso; num dos bolsos da jaquetinha ele tinha a caixinha de
rapé e no outro a tal múmia (aliás ele foi surpreendido brincando com a
múmia pelo 'general' Bernadotti (?) ou algo do gênero.

[]'
Léo ......... reminiscências.
"O mundo é bom, a felicidade até existe. Roberto Carlos"
ou
"Que Gracinha!. Hebe"
ou
"Eu sento no meu carro e a SOLIDÃO me dói. Roberto Carlos"




-----Mensagem Original-----
De: Antonio Carlos M. de Queiroz <acmq@compuland.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: domingo, 23 de julho de 2000 21:43
Assunto: Re: [ciencialist] Iodestone


Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Pesquisando sobre magnetismo (histórico), encontrei a palavra "Iodestone"
ou
> "Lodestone" (não sei se a letra inicial é um 'I' ou um 'L'.
> Qual a melhor tradução para essa jabiraca: pedra ímã, calamita, magneto,
ímã
> natural ...... ?

É "Lodestone", pedra magnética, pedra ímã. Acho que deve ter "pedra" no
nome para ser certamente natural. O mineral é geralmente magnetita.
Calamita é ímã em italiano, que eu saiba.
Tem alguma outra palavra em português, além de ímã, com dois acentos?

Aliás, um livro interessante para ler é o "De Magnete" de Gilbert, 1600.
Cheio de lodestones.

Antonio Carlos M. de Queiroz



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SUBJECT: Re: probabilidade P (exercício)
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/07/2000 01:23

--- In ciencialist@egroups.com, "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@s...>
wrote:
> Qual a probabilidade de um elétron estar localizado a mais de um
centímetro
> do seu núcleo? Zero absolutamente zero ou existe uma
probabilidade
menor que
> 10^(-83) onde isso se leia dez elevado na menos 83 que seria a
chance de um
> átomo no universo ter seu elétron a 1 cm do núcleo. Enfim,
a minha
pergunta
> se podemos dizer que a probabilidade é zero totalmente zero?
Benjamin Hinrichs

A probabilidade nunca eh TOTALMENTE zero, nao importa a distancia do
nucleo. Mas isto eh somente uma coisa matematica, na pratica nao sei
se funciona . Tipo o pendulo amortecido, pela matematica nunca para
de oscilar (eu acho :) ) .

Eh tipo... Na teoria, nao existe diferenca entre a teoria e a
pratica. Mas, na pratica ha muita diferenca. :)

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna

Humor na ciencia - http://www.humornaciencia.cjb.net



SUBJECT: Re: Homeopatia
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/07/2000 03:03

Sobre a possibilidade de se obter agua 100% pura tenho um texto. Nao
vou colocar o link aqui pois o site precisa de username e senha, que
eh gratis, mas dah um trabalhao. Estao vou colar o texto na integra
aqui.

(Resumindo, o texto diz que nao eh possivel se obter agua 100% pura
por destilacao e deionizacao.)

O site de origem eh
http://www.chemweb.com

Ateh mais
Luis Roberto Brudna
Segue o texto.
----inicio

Where's the Water from?
O.S. Belokoneva
17 March 2000


Is it possible to obtain perfectly pure water by distillation and/or
de-ionisation? No, say scientists from the Novosibirsk Institute of
the Chemical Kinetics and Combustion of the Siberian Department of
the Russian Academy of Sciences. The researchers discovered that the
luminescence of distilled and several times de-ionised water at
wavelength of 400-420 nanometre (nm) correspond to a dark blue
colour. This phenomenon can't be explained by the luminescence of the
molecules of water itself because the water absorbs at shorter
wavelengths.
The scientists found that the sources of dark blue light were humic
substances. These compounds are the organic components of soils and
some minerals — these are the organic mass of peat and bovey
coals.
Humic substances are large organic complexes composed of benzene
derivatives, short protein molecules and hydrocarbons. They can be
found everywhere: in water, in air, in the ground, and they form
around us a, so called, 'humic background'.

Humic compounds can be removed only by passing water through some
powerful oxidant or by treating it with UV light. The Siberian
scientists showed that the absorption and luminescence spectra of
different fractions of humic compounds are similar to the spectra of
water at different degrees of purification. That's why they concluded
that the dark blue eradiation of purified water is caused by the
presence of humic compound molecules. Water probes from different
territories exhibit different spectra of luminescence — depending
on
the soil composition. Currently, these scientists have taken 12,000
samples from different regions of Russia. Using these results, the
researchers plan to construct a database of the spectral parameters
of water. This could become an integral part of monitoring the region
where the sample is taken from, and also to estimate soil composition
within the region.

For the additional information contact: Lavrik Nikolai e-mail:
lavrik@ns.kinetics.nsk.ru

---fim





SUBJECT: Re: [ciencialist] 300 x 300 000 000 ... e assim caminha a humanidade.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/07/2000 07:11



Luiz Ferraz Netto wrote:
>......
>Mas, apesar de conseguir um fenômeno exótico, o experimento não quer
dizer
>que se possa um dia criar alguma máquina capaz de viajar mais rápido
que a
>luz...........

Como nao?
O proprio sinal de luz ja eh uma informacao.
Poderia se utilizar de um codigo morse (liga desliga ) e transmitir
informacoes pelo meio.
Tem alguma coisa errada nesta historia (ou a T.relatividade ja foi pro
beleleu !) :-))
( Devemos ser cautelosos.. vcs lembram da fusao a frio ? )
[]s
jocax




SUBJECT: Re: Re: probabilidade P (exercício)
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/07/2000 09:43

Luis Roberto Brudna wrote:
> A probabilidade nunca eh TOTALMENTE zero, nao importa a distancia do
> nucleo. Mas isto eh somente uma coisa matematica, na pratica nao sei
> se funciona . Tipo o pendulo amortecido, pela matematica nunca para
> de oscilar (eu acho :) ) .
>
> Eh tipo... Na teoria, nao existe diferenca entre a teoria e a
> pratica. Mas, na pratica ha muita diferenca. :)
>
> Ateh mais.
> Luis Roberto Brudna
>
> Humor na ciencia - http://www.humornaciencia.cjb.net

Eu posso imaginar (na minha imaginação ingênua, sem definições nem
regras) que quando o vácuo "aumenta" (no espaço, me foi informado, que a
pressão é de 10 na -15 bars, me pareceu 10 vezes mais "intenso" que o
melhor vácuo de laboratório. [Aliás, podem imaginar para que se usa N2
líquido na coluna de um microscópio eletrônico. Vai uma dica, o
N2 "ferve", então para da ferver e depois de uns 10 min volta a ferver.
Quebrem a cabeça, é um problema bonzinho]). Tipo o raio atômico aumenta
se ele estiver num vácuo... pura bobagem, é a minha cabeça sendo
desenhada pelos cristalógrafos, veja bem, o raio iônico de metais varia,
sem que esses mudem de nox, conforme o cristal em que eles estiverem.
Minha próxima pergunta, seria essa probabilidade maior, menor ou igual a
10 na -83 pois se não me engano existem 10 na 83 átomos no universo, mas
isto é uma noção chãozinha, como a maioria das noções de física que
tenho, mal sei derivar; enfim, também apenas estou na segunda série do
ensino médio e nem devia estar onde estou agora - gabinete de uma
professora de técnicas analíticas em geologia, pertinho do autor da carta
acima... eps, fugi do assunto.

Abraço,

Benjamin Hinrichs




SUBJECT: Re: [ciencialist] Agua - in memmoriun
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/07/2000 12:27

bem, creio q. seu amigo nao entendeu o significado de agua deionizada...
agua deionizada nao significa q. as moleculas de agua nao se encontram
ionizadas (parcialmente q. seja), mas sim q. se passou por um processo q.
retira os ions de sais dissolvidos nela...

no mais, palavras ao nosso colega antonio queiroz...

(eu ia perguntar o q. homeopatia tinha a ver com o deus cristao, a citacao
de einstein -- totalmente fora de contexto e mal-interpretado -- de bacon
(com ovos), a referencia a elvis presley e ao titio murphy... mas fiquei
com medo da resposta, entao fica o dito pelo nao dito...)

[]s,

roberto takata







SUBJECT: Re: [ciencialist] Agua - in memmoriun
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/07/2000 12:41

Eu nao entendo quase nada de homeopatia mas gostaria de fazer uma
pergunta :

Agum centro de pesquisa serio ja fez testes com homeopatia com
DUPLO-CEGO ?
( Nem o paciente nem o medico sabem se o q estao dando eh placebo ou nao
).

Na minha leiga opiniao sobre o tema, acredito q a homeopatia nada + eh
do que explorar o que o proprio corpo ja faz : Se auto-curar.
Claro q a crenca-ilusao de q se esta tomando algum remedio tambem pode
ajudar o processo de cura.( mas neste caso nao tem nada a ver com a "
substancia" ).
Mas isso eh opiniao pessoal minha.

Acredito q apenas testes com duplo cego realmente acabarao com a celeuma
sobre
a homeopatia. ( Uma vez li q ela tinha sido proibida na alemanha ).
[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Agua - in memmoriun
FROM: "dra_savat"<dra_savat@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/07/2000 15:24

> Eu nao entendo quase nada de homeopatia mas gostaria
de fazer uma
> pergunta :
>
> Agum centro de pesquisa serio ja fez testes com
homeopatia com
> DUPLO-CEGO ?
> ( Nem o paciente nem o medico sabem se o q estao dando
eh placebo ou nao
> ).

O teste duplo cego deve ser visto com restri��es depois
que se observou que a resposta imune tamb�m pode ser
condicionada.
Experimentos com a ciclofosfamida (
imunodepressor) demonstram que se esta droga for usada
associada a solu��o glicosada num intervalo de tempo, ao
suspendermos apenas a ciclofosfamida o sistema
imunol�gico continuara deprimido e s� se restabelecer�
com a suspens�o da solu��o glicosada. Passado algum
tempo se administrarmos s� a solu��o glicosada a este
indiv�duo, o sistema imune se deprime, demonstrando o
condicionamento imunol�gico.
Com estes dados fica dif�cil assegurar que o
grupo placebo n�o esta tendo resposta pela mem�ria
imunol�gica.
Para quem quiser ler o artigo original: The
neuroendocrine - immune axis
Fran�oise Homo - Delarche and Mireilie Dardeane
(CNRS URA 1461, H�pital Necker, 161, rue de S�vres, F-
75730 Paris Cedex 15, France


> Na minha leiga opiniao sobre o tema, acredito q a
homeopatia nada + eh
> do que explorar o que o proprio corpo ja faz : Se auto-
curar.

� quase isso...
Homeopatia, palavra grega que traduz uma linha de
tratamento de pacientes, pela semelhan�a entre o adoecer
e o comportamento do mesmo.

> Claro q a crenca-ilusao de q se esta tomando algum
remedio tambem pode
> ajudar o processo de cura.( mas neste caso nao tem
nada a ver com a "
> substancia" ).
> Mas isso eh opiniao pessoal minha.
>
> Acredito q apenas testes com duplo cego realmente
acabarao com a celeuma
> sobre
> a homeopatia. ( Uma vez li q ela tinha sido proibida
na alemanha ).

N�o sei dizer se ela foi proibida na Alemanha, mas
nasceu h� dois s�culos, no interior da Alemanha, atrav�s
do m�dico Samuel Hahnemann.
No Brasil � considerada uma especialidade m�dica desde
1980.





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SUBJECT: Re: [ciencialist] Iodestone
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/07/2000 15:48

> Tem alguma outra palavra em português, além de ímã, com dois acentos?

hum, atendo-nos a filigranas, nao se trata de dois acentos propriamente
dito.

o acento grafico (agudo, grave e circunflexo) eh um sinal para indicar os
acentos foneticos (a vogal da silaba tonica) em casos especiais - qdo sua
omissao mudaria a acentuacao da palavra.

o til (~) eh um sinal grafico q. indica a anasalacao de uma vogal --
falando-se em portugues -- mas nao se trata de um acento.

orfao, orgao, Balcas (acento agudo no primeiro 'a' e til no segundo),
sotao sao alguns exemplos de palavras com vogais anasaladas cuja silaba
tonica nao coincidem com as dessas vogais -- daih de se ter um acento
grafico e um til.

bem, mas isso nao tem nada a ver com o assunto... ao q. encontrei a
palavra em questao pode ser grafada tto como Lodestone como Loadstone e eh
um tipo de magnetita conforme disseram (nao sei qual a palavra
correspondente em portugues).

soh uma questao: eh calamita ou calamina?

[]s,

roberto takata




SUBJECT: falando de homeopatia
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/07/2000 16:10

Oi gente,
numa dessas conversas de homeopatia entrou uma pergunta que envolvia o duplo
cego. Eu que sempre fujo dos assuntos imagino o que seria um triplo cego, um
cara faz digamos uma entrevista com alguém que não sabe pelo qual é
entrevistado e quem olha os dados também não sabe o que procura. Que
utilidade tem isso ou isso não existe mesmo?
Uns caras aqui do meu ladoestão discutindo a constante de dissociação
conforme a diluição que se faz da solução... não que eu esteja entendendo
alguma coisa, mas parece interessante. Se a quantidade de prótons liberados
pela substância altamente diluida muda, será que isso não tem importância no
organismo? Claro que não pois os nossos pHs bem tamponados devolvem todos os
H+ liberados pela substância. Mas a conversa parece interessante... aquela
incompleta:
"não me lembro a equação, mas acho que quando tu faz isso da naquilo". "não,
peraí, isso é bobagem, se mudar a pressão e tu colocar naquela equação, bem,
não me lembro qual era, mas muda tudo"... aquela conversa de quem se julga
doutor em química analítica... se é que existe isso.
Quem fazia tratamento por homeopatia era Napoleão. Esse tomou a vida inteira
pelo que me parece algo com Selênio. Curioso é que ele morreu com uma
injeção em grande quantidade do que ele sempre tomou em pequenas...

Abraço,

Benjamin Hinrichs




SUBJECT: Re: [ciencialist] Agua - in memmoriun
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/07/2000 17:16



dra_savat wrote:

> > Eu nao entendo quase nada de homeopatia mas gostaria
> de fazer uma
> > pergunta :
> >
> > Agum centro de pesquisa serio ja fez testes com
> homeopatia com
> > DUPLO-CEGO ?
> > ( Nem o paciente nem o medico sabem se o q estao dando
> eh placebo ou nao
> > ).
>
> O teste duplo cego deve ser visto com restrições depois
> que se observou que a resposta imune também pode ser
> condicionada.
> Experimentos com a ciclofosfamida (
> imunodepressor) demonstram que se esta droga for usada
> associada a solução glicosada num intervalo de tempo, ao
> suspendermos apenas a ciclofosfamida o sistema
> imunológico continuara deprimido e só se restabelecerá
> com a suspensão da solução glicosada. Passado algum
> tempo se administrarmos só a solução glicosada a este
> indivíduo, o sistema imune se deprime, demonstrando o
> condicionamento imunológico.

Note q o mesmo resultado , a meu ver, nao deveria acontecer se
fosse usado o criterio de duplo-cego *desde o inicio*.
Ou seja, para fazermos um paralelo com a homeopatia, deveriamos ter testes
de duplo-cego soh com solucao acucarada ( desde o comeco ) e outros com
o suposto medicamento.
A experiencia q vc descreve acima seria o equivalente a se ministrar um
medicamento
alopatico e, depois, continuarmos o tratamento com homeopaticos/placebo e
verificarmos que eles tambem respondem favoravelmente.

O q gostaria de saber eh se existe alguma pesquisa séria neste sentido.
(Do meu ptp de vista (leigo) homeopatia e placebo eh a mesma coisa a menos
q um destes testes de duplo-cego fosse executado e falhasse.)

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Iodestone
FROM: "dra_savat"<dra_savat@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/07/2000 18:59

> bem, mas isso nao tem nada a ver com o assunto... ao
q. encontrei a
> palavra em questao pode ser grafada tto como Lodestone
como Loadstone e eh
> um tipo de magnetita conforme disseram (nao sei qual a
palavra
> correspondente em portugues).
>
> soh uma questao: eh calamita ou calamina?
>
> []s,
>
> roberto takata

Se � mineral � CALAMINA
CALAMITA � uma esp�cie de estoraque , arbusto
ornamental, de origem asi�tica, da fam�lia das
estirac�ceas (Styrax benjoin), que produz o benjoim (
resina odor�fera empregada em farm�cia).

T�nia



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Iodestone
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/07/2000 19:10

Luiz Ferraz Netto wrote:

> Grato pelo lodestone. Já li o De Magnete do amigo Gilbert, traduzido. Aliás,
> coisa puxa a outra, foi na época paleolítica, na qual fui atrás do tal de
> 'âmbar' (o que era, de onde vem, de que é feito etc.) e do 'pó de licopódio'
> que vira e mexe aparecia pelos textos. Hoje, no lugar dessa resina natural
> uso sintéticos e no lugar desse pó uso fubá. Se quer saber, outra coisa que
> me enchia o saco, era a tal 'medula de sabugueiro'!

Este misterioso pó, e a tal medula de sabugueiro eu nunca descobri o que
eram. Aliás, ando atrás de umas bolinhas adequadas para experimentos com
eletrostática. Tenho usado bolinhas de isopor, mas elas são altamente
isolantes, quando o que preciso é de algo parcialmente condutivo. Tenho
pintado as bolinhas com nanquim, mas elas ainda retém alguma carga.
(E vou ter que achar uso para um saco cheio destas bolinhas, que é só
o que achei para comprar...)
Outros materiais antigos difíceis de se achar são ebonite (uma mal-
cheirosa borracha endurecida com enxôfre) e um material vermelho chamado
em inglês de "sealing wax", que me parece ser "lacre", difícil de
encontrar do mesmo jeito.

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: [ciencialist] Agua - in memmoriun
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/07/2000 19:26

On Mon, 24 Jul 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> O q gostaria de saber eh se existe alguma pesquisa séria neste sentido.
> (Do meu ptp de vista (leigo) homeopatia e placebo eh a mesma coisa a menos
> q um destes testes de duplo-cego fosse executado e falhasse.)

depende do q. se chama de seria... ha varios trabalhos, incluindo de
meta-analise demonstrando a ineficacia de tratamentos homeopaticos.

os dados abaixo se referem a uma pesquisa no Science Citation Index online
(em 24/07/00 'as 19h00 com as palavras-chave: 'homeopathy and double
blind' -- foram recuperados 20 artigos. desconsiderei os q. nao tinham
resumo e q. nao falavam de homeopatia diretamente -- mesmo q. nao
exclusivamente.)

Vickers AJ, Fisher P, Smith C, Wyllie SE, Rees R 1998 - Homeopathic Arnica
30X is ineffective for muscle soreness after long-distance running: A
randomized, double-blind, placebo-controlled trial. CLINICAL JOURNAL OF
PAIN 14: (3) 227-231. - o primeiro autor eh da universidade de oxford (se
eh q. isso significa alguma coisa. 400 corredores analisados)

Smolle J, Prause G, Kerl H 1998 - A double-blind, controlled clinical
trial of homeopathy and an analysis of lunar phases and postoperative
outcome. ARCHIVES OF DERMATOLOGY 134: (11) 1368-1370. (o primeiro autor eh
da universidade de graz - 60 pacientes para o estudo sobre a homeopatia e
quase 15.000 para o estudo sobre a possivel influencia da lua)

Simpson JJ, Donaldson I, Davies WE 1998 - Use of homeopathy in the
treatment of tinnitus. BRITISH JOURNAL OF AUDIOLOGY 32: (4) 227-233. (o
primeiro autor eh da univer. de birmingham. 28 pessoas analisadas - 14
teste e 14 controle.)

Bittinger M, Barnert J, Wienbeck M 1998 - "Alternative" forms of treatment
in functional disorders of the gastrointestinal tract. ZEITSCHRIFT FUR
GASTROENTEROLOGIE 36: (6) 519-524. (primeiro autor da central clinica de
augsburg - nao ha referencias a valores no resumo.)

Friese KH, Feuchter U, Moeller H 1997 - Homeopathic management adenoid
vegetations. Results of a prospective, randomized double-blind study. HNO
45: (8) 618-624. (primeiro autor da propria hno -- nao sei o q. isso
significa -- 82 criancas analisadas.)

Walach H, Haeusler W, Lowes T, Mussbach D, Schamell U, Springer W,
Stritzel G, Gaus W, Haag G 1997 - Classical homeopathic treatment of
chronic headaches. CEPHALALGIA 17: (2) 119-126. (primeiro autor da univer.
de freiburg - 98 pacientes, 37 receberam placebo e o restante o
tratamento homeopatico.)

LOKKEN P, STRAUMSHEIM PA, TVEITEN D, SKJELBRED P, BORCHGREVINK CF 1995 -
EFFECT OF HOMEOPATHY ON PAIN AND OTHER EVENTS AFTER ACUTE TRAUMA -
PLACEBO-CONTROLLED TRIAL WITH BILATERAL ORAL-SURGERY. BRITISH MEDICAL
JOURNAL 310: (6992) 1439-1442. (univ. de oslo - 34 pacientes)

ANDRADE LEC, FERRAZ MB, ATRA E, CASTRO A, SILVA MSM 1991 - A RANDOMIZED
CONTROLLED TRIAL TO EVALUATE THE EFFECTIVENESS OF HOMEOPATHY IN
RHEUMATOID-ARTHRITIS. SCANDINAVIAN JOURNAL OF RHEUMATOLOGY 20: (3)
204-208. (primeiro autor da escola paulista de medicina. estudo com 42
pacientes)

Linde K, Scholz M, Ramirez G, Clausius N, Melchart D, Jonas WB 1999 -
Impact of study quality on outcome in placebo-controlled trials of
homeopathy. JOURNAL OF CLINICAL EPIDEMIOLOGY 52: (7) 631-636. (o primeiro
autor eh da univer. de munique -- eh uma meta-analise de 89 outros estudos
-- conclui q. qto melhor a metodologia empregada menor eh a tendencia de
gerar resultados positivos para a homeopatia.)


mas claro q. ha' as visoes contrarias:

Weiser M, Gegenheimer LH, Klein P 1999 - A randomized equivalence trial
comparing the efficacy and safety of Luffa comp.-Heel Nasal Spray with
cromolyn sodium spray in the treatment of seasonal allergic
rhinitis. FORSCHENDE KOMPLEMENTARMEDIZIN 6: (3) 142-148. (primeiro autor
do Inst Antihomotox Med & Grundregulat Forsch. estudo com 146 pacientes)

Hill N, Stam C, vanHaselen RA 1996 - The efficacy of Prrrikweg(TM) gel in
the treatment of insect bites: A double-blind, placebo-controlled clinical
trial. PHARMACY WORLD & SCIENCE 18: (1) 35-41. (um dos autores eh da univ.
de londres -- os testes forma feitos com 100 pacientes saudaveis.)

JACOBS J, JIMENEZ LM, GLOYD SS, GALE JL, CROTHERS D 1994 - TREATMENT OF
ACUTE CHILDHOOD DIARRHEA WITH HOMEOPATHIC MEDICINE - A RANDOMIZED
CLINICAL-TRIAL IN NICARAGUA. PEDIATRICS 93: (5) 719-725. (primeiro autor
da univ. de washington. estudo realizado com 81 criancas nicaraguenses.)

Gordon JS 1996 - Alternative medicine and the family physician. AMERICAN
FAMILY PHYSICIAN 54: (7) 2205-2212. (autor da CTR MIND BODY MED - ? - e
pelo menos no resumo nao indica nenhum resultado...)

Schwartz GER, Russek LGS, Bell IR, Riley D 2000 - Plausibility of
homeopathy and conventional chemical therapy: the systemic memory
resonance hypothesis. MEDICAL HYPOTHESES 54: (4) 634-637. (o primeiro
autor eh da universidade do arizona -- o artigo trata da plausibilidade
teorica da homeopatia)

---
ha alguns comentarios a serem feitos.

o teste duplo-cego eh realmente bastante poderoso (desde q. algumas
condicoes sejam satisfeitas), mas ha um forte dilema etico -- os pacientes
devem ou nao receber sempre o melhor tratamento possivel? nesse caso, os
q. recebem placebo nao estao sendo privados de um tratamento q. poderia
ajudah-lo de forma mais eficaz?

mas como saber se realmente o tratamento alternativo eh mais eficaz sem a
realizacao de testes? o acompanhamento de medias historicas tem seus
problemas -- pode ser enviesado por outros fatores como melhoria no
sistema de seneamento basico no local, programas de eliminacao de pestes
vetores, recrudescimento sazonal ou epidemico da molestia no local,
imigracao e emigracao, etc... modelos animais sao os mais recomendados
para testes iniciais, mas e nas etapas posteriores? de uma forma ou de
outra serah aplicada em humanos. nao seria melhor entao q. houvesse testes
em menor escala antes de aplicacao geral do novo tratamento?

tecnicas 'alternativas' e tradicionais como a homeopatia apresentam menos
problemas eticos qto a esse aspecto -- em varios locais sao toleradas e
utilizadas com regularidade. mas nao eh de se estranhar q. grupos
estrangeiros patrocinem os testes em paises pobres (do terceiro mundo)
como o brasil, nicaragua, angola e outros -- especialmente qdo se lida com
criancas (evita-se qq problema juridico no pais de origem e aproveita o
amplo uso de tecnicas 'alternativas' nos paises-teste... nos eua 3 em 10
pessoas usam por ano algum tratamento a base de ervas, esse numero
certamente eh sensivelmente maior por aqui... nao tenho numeros, mas essa
minha especulacao tem algumas bases em outros estudos -- o q. nao a
torna muito mais confiavel, eh verdade...)

os testes estatisticos sao realizadas usando-se geralmente um nivel de
significancia alfa=0,05 -- o q. significa q. mesmo q. a homeopatia nao
funcione, 5 em cada 100 testes realizados com amostras aleatorias
indicarao um resultado significativo. daih a importancia das
meta-analises. alem disso, ha um certo vies na publicacao de resultados:
os negativos tEm uma probabilidade menor de ser aceito. daih a limitacao
das meta-analises.

nao podemos perder de vista tbm os interesses economicos q. estao em jogo
-- sim a industria farmaceutica nao costuma ser muito etica, pra dizer o
minimo, qdo se trata de lucros. mas isso significa q. a balanca economica
pende contra a homeopatia? nao tao facil: embora seja mais modesta em
escala, a industria homeopatica eh vigorosa e tem seu nicho bem
estabelecido. alem disso nao se deve esperar prejuizos para as grandes
farmaceuticas numa eventual comprovacao da eficacia de remedios
homeopaticos -- seu estabelecimento nao elimina a validade ou falsificacao
dos remedios alopaticos -- e como em media os remedios homeopaticos usam
menos principios ativos ainda seu custo de producao serah
incomparavelmente menor (sem uma queda concomitante no preco), i.e., dah
um lucro sarado. e a implantacao de uma linha de producao de remedios
homeopaticos, ao lado dos alopaticos, nao representaria um custo tao alto
para as glaxos, novartis e roches da vida.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Agua - in memmoriun
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/07/2000 19:27

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> no mais, palavras ao nosso colega antonio queiroz...
>
> (eu ia perguntar o q. homeopatia tinha a ver com o deus cristao, a citacao
> de einstein -- totalmente fora de contexto e mal-interpretado -- de bacon
> (com ovos), a referencia a elvis presley e ao titio murphy... mas fiquei
> com medo da resposta, entao fica o dito pelo nao dito...)

Eu não escrevi absolutamente nada sobre estes assuntos.

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: En: [ciencialist] Iodestone
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 24/07/2000 19:38

Não tô com nenhum manual de mineralogia aqui, e tô mto afastada da geologia
faz algum tempo.
Que eu me recorde, calamina, é um outro nome do mineral hemimorfita, que é
um silicato hidratado de Zn, mineral de origem secundária. É normal que Fe
esteja presente na hemimorfita em baixa quantidade. Al tb... .
Em especial, minerais que contém Fe podem ser atraídos por um forte campo
elétrico-magnético, mas daí a dizer que a hemimorfita é um mineral
magnético... sei não...

Melhor pode dizer o Douglas.

[]'s

Sheila.

----- Original Message -----
From: dra_savat



> soh uma questao: eh calamita ou calamina?
>
> []s,
>
> roberto takata

Se é mineral é CALAMINA
CALAMITA é uma espécie de estoraque , arbusto
ornamental, de origem asiática, da família das
estiracáceas (Styrax benjoin), que produz o benjoim

resina odorífera empregada em farmácia).

Tânia



SUBJECT: Houve outros antes de Colombo
FROM: {O-Grande-Mentecapto} <mentecapto@technologist.com>
TO: lmaciel@rol.com.br
CC: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/07/2000 20:06
ATTACHMENTS (20000724-200649-0001103): "Houve outros antes de Colombo.rtf"


D� uma olhada nesse texto que digitei - creio que pode ajudar a explicar
algumas "coincid�ncias" entre as culturas Asi�ticas/Europ�ias e as do Novo
Mundo.
� f�cil enxergar que a Am�rica vinha sendo povoada h� tempos e com mais
freq��ncia do que esperavamos em nossa mentalidade Europ�ia. � simples, o
homem l� n�o surgiu simplesmente do nada. A teoria mais aceita � que as
primeiras levas chegaram l� pelo extremo norte, num �stimo com a �sia ou
mesmo pela Groel�ndia (alias, nada a ver com o objetivo deste e-mail, mas
interessante de qualquer forma, o nome da Groel�ndia vem de Greenland
(terra verdejante?) nome dado pelos primeiros exploradores daquela �rea,
para incentivar a imigra��o de novos colonos - apesar de em contraste, a
'terra verdejante' ser coberta de neve a maior parte do ano e com clima
terr�vel para cria��o de qualquer cultura vegetal). E porque essas levas
humanas parariam?
Creio eu que eles vinham vindo mesmo antes da �poca da gl�ria de Roma, de
lugares como a Fen�cia, Gr�cia, Oriente M�dio e provavelmente de outras
partes da �sia.. talvez at� Nova Zel�ndia. O motivo de n�o haver
conhecimento 'amplo' disso na Europa, � por falta de interesse e
comunica��o mesmo. Eles tinham alguma no��o de haverem terras doutro lado,
mas n�o estavam preparados at� por volta da Expans�o Mar�tima, a
empreender-se em tais jornadas. Imagine que eles resolvessem explorar o
Novo Mundo antes.. certo.. como diviriam ele entre si, e - principalmente -
como iriam assegurar as suas posses? Desse modo a id�ia ficou dormente at�
que tivessem condi��es para o emprendimento.
Indiferentes a Europa entretanto, outros povos vinham e iam daqui,
deixando rastros (ie."Nas tradi��es das popula��es amer�ndias, quase todas
as tribos e na��es preservam reminisc�ncias de homens brancos que
aportaram, ensinaram a tribo e depois partiram.") ling��sticos, culturais,
talvez at� cient�ficos. Outras culturas, como a �rabe ou a chinesa, j�
tinham grandes conhecimentos em astronomia, muito antes dos Europeus
pensarem nisso - talvez foi por influ�ncia deles que os maias herdaram tais
interesses.
Ainda referente ao trecho citado, e voc� deve ter lido algo a respeito no
"Eram os Deuses Astronautas?" vale observar que essa imigra��o e
coloniza��o pulverizada do velho-mundo � plaus�vel como explica��o �s
v�rias hist�rias de deuses brancos, que vinham ter com os amer�ndios.
Bem, leia ele e tire suas pr�prias conclus�es. H� uma regra de l�gica que
se refere a isso, em resumo diz: "entre duas explica��es escolha a mais
simples"; continuo c�tico em rela��o �s visitas de alien�genas a terra
(sim, acredito que exista vida alien�gena, mas que dificilmente nos
encontrariamos - mas isso � outra discuss�o) e escolho atribuir as
paridades encontradas como fruto do pr�prio homem (n�o-Europeu
provavelmente), que andou visitando o Novo Mundo com alguma freq��ncia.




"Against stupidity, the Gods themselves contend in vain",
Friedrich von Schiller's
-
[]'s
{O-Grande-Mentecapto}
Fernando H. Ferraz
ICQ: 20885052
mentecapto@technologist.com
http://ogm.n3.net

SUBJECT: Re: [ciencialist] Houve outros antes de Colombo
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
CC: lmaciel@rol.com.br
DATE: 24/07/2000 20:36

ha' um certo eurocentrismo acentuado nessa visao... quais coincidencias
culturais vc encontra para justificar uma suposta visitacao tao intensa?
como isso nao se refletiu no patrimonio genetico da populacao amerindia
(q. apresenta uma consistencia tao forte de uma ou mais migracao pelo
estreito de bering cerca de 50-70 mil anos atras)?

a explicacao mais simples -- tendo em vista os indicios disponiveis -- eh
q. a populacao americana pre-colombiana eh descendente dos asiaticos q.
fizeram a passagem durante o ultimo glacial, sem qq influencia cultural
de outros povos q. se diferenciaram posteriormente antes da colonizacao
pelos europeus.

a observacao astronomica eh algo bastante antigo na humanidade -- ha
registros nas cavernas q. mostram alguma percepcao de eventos astronomicos
relevantes.

creio q. vc se esquece completamente do observatorio de stonehenge ao
afirmar q. povos europeus desconheciam a astronomia em essencia. ademais
os conhecimentos astronomicos dos maias e chineses sao bastante
diferenciados para se supor uma base comum exclusiva -- eh como falar q.
peixes e golfinhos devem pertencer a um mesmo grupo (excluindo os demais)
pelas semelhancas morfologicas superficiais...

qdo se aventa a navalha de occam -- ou o principio da parcimonia -- ela
deve agir sobre o conjunto completo de indicios disponiveis no momento. a
hipotese da influencia euro-asiatica pos-migratoria e pre-colombiana nao
abarca todos os indicios, na verdade eh bastante seletiva...

o seu exercicio de todo modo eh salutar, soh calha de nao estar de acordo
com os conhecimentos disponiveis.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Iodestone
FROM: ls <tutor56@yahoo.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/07/2000 22:04


--- "Antonio Carlos M. de Queiroz"
<acmq@compuland.com.br> wrote:
> Tem alguma outra palavra em portugujs, alim de mmc,
> com dois acentos?

http://www.geocities.com/xxx3m/rimas/doisacen.html tem
alguns [todos?] exe,plos de palavras com 2 acentos
John

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SUBJECT: Re: [ciencialist] En: A Mec�nica Qu�ntica est� completa
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/07/2000 23:49

Essa observa��o do neutrino � muito interessante, mas o t�tulo dado pela
mensagem � um tanto afoito: primeiro porque a observa��o do neutrino n�o
completaria a Mec�nica Qu�ntica, mas t�o somente a F�sica das Part�culas,
ou, melhor ainda, o chamado "Modelo Standart", que � a teoria "ortodoxa"
mais atual sobre o assunto (de c. 1978). A Mec�nica Qu�ntica � a
"super-teoria" que subjaz � F�sica das Part�culas, e continuaria valendo
mesmo que n�o existissem neutrinos e as part�culas fossem outras quaisquer.
Segundo, porque o neutrino-tau n�o completa o Modelo Standart, pois ainda
falta descobrir o b�son de Higgs, agora a �nica part�cula prevista pelo
Modelo Standart que ainda n�o foi observada.

Int�,
Belis�rio

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
To: Ciencia_Lista <ciencialist@egroups.com>
Sent: Saturday, July 22, 2000 9:11 AM
Subject: [ciencialist] En: A Mec�nica Qu�ntica est� completa


> A todos............
> []'
> L�o
> -----Mensagem Original-----
> De: TERRA <terradireto@terra.com.br>
> Para: <leo@barretos.com.br>
> Enviada em: sexta-feira, 21 de julho de 2000 23:53
> Assunto: A Mec�nica Qu�ntica est� completa
>
>
> F�sicos encontram a primeira evid�ncia direta da exist�ncia do Tau
Neutrino,
> o �ltimo dos L�ptons.
>
> Veja mais na F�SICA.net - http://www.terra.com.br/fisicanet




SUBJECT: Re: [ciencialist] probabilidade P (exercício) [reformulando]
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/07/2000 01:32


----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
>
> Benjamin Hinrichs wrote:
>
> > principalmente, sei lá), digo, qual o probabilidade P bonito de um
> > elétron
> > se localizar a 1 cm do núcleo do átomo ao qual pertence? Ela é menor
> > que
> > 10^(-83)?
> >
Joao C. H. Barcellos:
> Existe uma equacao que diz isso , ( pelo menos para o atomo de
> hidrogenio )
> acho q o Belisario talvez tenha a formula.

Eu tenho... he he. A fórmula aparece em livros de Mecânica Quântica
usados nos cursos universitários de Física.

Benjamin, a probabilidade é INSANAMENTE menor do que os 10^(-83). Para
facilitar, calculemos a probabilidade de o elétron estar em qualquer lugar a
uma distância maior do que 1 cm. Vou por passos, para elevar o suspense.

Consideremos um elétron num átomo de hidrogênio no estado 1s, que é o
estado fundamental, ou seja, de mais baixa energia (em geral o que se
encontra na Natureza). Qual a probabilidade de o elétron ser encontrado a
qualquer distância maior do que R do núcleo? Pelos meus cálculos, a fórmula
dos livros leva ao seguinte:

P = 2exp(-2R/a0) [(R/a0)^2 + (R/a0) + 1/2]

onde a0 = 0,52 angstroms (A) (é o chamado "raio de Bohr"), e R é a distância
do elétron ao núcleo (ver nota no fim da mensagem).

Escrevamos R como um múltiplo da quantidade a0, para facilitar: R = n.a0
A fórmula fica:

P = 2exp(-2n) [n^2 + n + 1/2]

Com essa fórmula vocês podem se divertir calculando o P para o n que
quiserem. Reparem que a probabilidade depende exponencialmente com a
distância.

Por exemplo, se minhas contas estiverem certas:
n = 1 (0,52 A) => P(1) = 67,7%
n = 2 (1,04 A) => P(2) = 23,8%
n = 3 (1,56 A) => P(3) = 6,20%
n = 4 (2,08 A) => P(4) = 1,38%
n = 5 (2,60 A) => P(5) = 2,77x10^(-1) %
n = 6 (3,12 A) => P(6) = 5,22x10^(-2) %
n = 10 (5,2 A) => P(10) = 4,56x10^(-5) %

Para distâncias muito grandes, podemos aproximar a fórmula por:

P = 2exp(-2n) . n^2

Ou, então, usando logaritmos, aproximadamente por (e já multiplicando
por 100 para ter o %):

P = 2n^2 .10^(-2n/3 + 2)

Assim:

n = 100 (52 A = 5,2 nm) => P(100) = 2x10^(-60) %
n = 1000 (520 A = 52 nm) => P(1000) = 2x10^(-658) %

Reparem que o expoente do 10 está aumentando brutalmente. Aquele
10^(-83) que o Benjamin falou já ficou para trás há séculos!

Se n for realmente grande, podemos simplificar ainda mais (partindo do
princípio de que não há lá muita diferença entre falar em 10^(-1000) e falar
em 2.10^(-1000) - formalmente, a gente embute todos os fatores dentro do
expoente do 10 usando logaritmos, e então vê que 2n/3 é muito maior do que
os logaritmos):

P = 10^(-2n/3)

Desta forma:

n = 10^4 (520 nm = o comprimento de onda da luz verde) => P = 10^(-6667)
%
n = 10^5 (5200 nm = 5,2 micra) => P = 10^(-66667) %
n = 10^6 (52 micra) => P = 10^(-666667) %

Vemos que, à medida que o expoente de n aumenta, aumenta também o número
de dígitos do expoente do 10.

n = 10^8 (5200 micra = 5,2 mm = 0,52 cm) => P = 10^(-66666667) %

Eis então a probabilidade de o elétron ser encontrado a meio centímetro
de distância do núcleo. Como você vê, Benjamin, a coisa é bestialmente menor
do que os 10^(-83) que você citou...

Nota:
Esse tal a0 na verdade é o seguinte:
a0 = (h/2pi)^2 / me^2
onde:
h = constante de Planck = 6,626 x 10^(-34) J.s
m = massa do elétron = 9,110 x 10^(-31) kg
e = carga do elétron = 1,602 x 10^(-19) C

A equação que eu pus no início da mensagem pode ser derivada a partir da
Equação de Schrödinger, que é a equação fundamental da Mecânica Quântica
(tão fundamental quanto a Segunda Lei de Newton é fundamental para a
Mecânica Clássica). Esta equação fornece a chamada "função de onda",
usualmente representada por "psi" e em geral envolvendo números complexos.
Para o átomo de hidrogênio, dá para resolvê-la com a mão (para outros
átomos, só com computador). Uma vez encontrada a função de onda, a
probabilidade de a partícula ser encontrada (detectada) em uma certa região
do espaço é calculada assim:

P = integral na tal região do espaço de (o módulo ao quadrado de psi)

É com esse procedimento que se calcula a forma dos orbitais s, p, d,
etc. A forma dos orbitais corresponde justamente às regiões do espaço onde a
probabilidade de encontrar o elétron é substancial.

Inté,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Re: probabilidade P (exercício)
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/07/2000 01:52


----- Original Message -----
From: Benjamin Hinrichs

> ...se não me engano existem 10 na 83 átomos no universo, mas
> isto é uma noção chãozinha, como a maioria das noções de física que
> tenho, mal sei derivar;

Nem é tão difícil. A densidade média do vácuo depende do lugar: no
sistema solar, o vento solar faz com que ela seja muito maior do que no
espaço interestelar. E no espaço interestelar é muito maior do que no espaço
intergaláctico. E as galáxias, segundo tem se observado através do Hubble
nos anos 90, distribuem-se em "cascas", formando imensas "bolhas", fazendo o
Universo parecer-se mais como uma "espuma", onde as paredes das bolhas são
onde estão as galáxias. Então a densidade no interior dessas "bolhas" é
menor do que entre galáxias vizinhas.

Mas, se o Universo realmente tiver densidade próxima da densidade
crítica, como viemos discutindo aqui, então ele deve ter uns 10^-29 gramas
por centímetro cúbico, que é mais ou menos a densidade crítica. Como cada
próton tem 1,673.10^-24 gramas, isso dá cerca de 10^-5 prótons por
centímetro cúbico, ou 10 prótons por metro cúbico - ou 10 átomos de
hidrogênio por metro cúbico. Isso concorda com a informação que tenho, de
que a densidade média do Universo é de uns poucos átomos de hidrogênio por
metro cúbico - o erro deve vir dos meus arrendondamentos temerários.

Vejamos onde isso leva: o raio do Universo visível é de cerca de 20
bilhões de anos-luz, ou 2.10^10 anos-luz. Cada ano-luz tem uns 9 trilhões de
quilômetros (ponhamos 10) = 10^13 km = 10^16 m. Então o raio do Universo
visível é de 2.10^26 m, e seu volume é de uns 4/3 . pi.8.10^78 m3, ou uns
10^80 m3. Com 10 átomo de hidrogênio por metro cúbico, isso dá 10^81 átomos.
Não está tão longe de 10^83...

Até,
Belisário




SUBJECT: Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Paulo S�rgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/07/2000 11:36

Amigos,

Desculpem se a minha pergunta estiver fora
do escopo da lista, mas nao encontrei resposta
em outro local.

No radio, ouvi o final de uma entrevista de um individuo (que acredito
nao ser um medico) que disse o seguinte, ao comentar alguns dos
comportamentos das criancas:

"As criancas arrancam as cascas de suas feridas porque t^em uma
'sabedoria interior' atraves da qual elas sabem que, assim agindo, a
ferida e' curada mais rapidamente e nao deixa marcas na pele. Se a
casca da ferida nao for arrancada, ela acaba deixando uma cicatriz
mais aparente na pele".

Ha' algum medico na lista que poderia comentar algo a respeito disso ?

Paulo Sergio Dias
psdias@globo.com.br





SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/07/2000 12:10



Paulo Sérgio Dias wrote:

> Amigos,
>
> Desculpem se a minha pergunta estiver fora
> do escopo da lista, mas nao encontrei resposta
> em outro local.
>
> No radio, ouvi o final de uma entrevista de um individuo (que acredito
> nao ser um medico) que disse o seguinte, ao comentar alguns dos
> comportamentos das criancas:
>
> "As criancas arrancam as cascas de suas feridas porque t^em uma
> 'sabedoria interior' atraves da qual elas sabem que, assim agindo, a
> ferida e' curada mais rapidamente e nao deixa marcas na pele. Se a
> casca da ferida nao for arrancada, ela acaba deixando uma cicatriz
> mais aparente na pele".
>
> Ha' algum medico na lista que poderia comentar algo a respeito disso ?

Nao sou medico mas gostaria de dar minha opiniao :
Resposta : GENES !
O homem, como todo animal, eh dotado de muitos instintos e comportamentos de

origem genetica. A "sabedoria interior" de q o entrevistado falou nada +
seria
do q a manifestacao fenotipica destes genes.
Assim, de algum modo, talvez deixando menos cicatrizes, a selecao natural
preservou os
alelos que " arrancam cascas de ferida" em detrimento dos q nao o fazem.

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/07/2000 12:55

On Tue, 25 Jul 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> > "As criancas arrancam as cascas de suas feridas porque t^em uma
> > 'sabedoria interior' atraves da qual elas sabem que, assim agindo, a
> > ferida e' curada mais rapidamente e nao deixa marcas na pele. Se a
> > casca da ferida nao for arrancada, ela acaba deixando uma cicatriz
> > mais aparente na pele".

> Nao sou medico mas gostaria de dar minha opiniao :
> Resposta : GENES !
> O homem, como todo animal, eh dotado de muitos instintos e comportamentos de

sem querer comecar nada de novo,

soh se forem genes burros -- estupidos alias -- ao arrancar o tampo
dos ferimentos expoem-se o organismo novamente ao contato direto com o
ambiente, sem a barreira protetora da pele -- aih, infeccao, inflamacao,
purulencia, abscesso (fungos, bacterias, virus e agentes patogenicos em
geral, fazei vossa festa).

eh preciso tomar cuidado ao se referir aos genes em relacao ao
comportamento. os genes devem condicionar de forma mais premente os
comportamentos mais basicos, os demais sao construcoes da interacao com o
ambiente aproveitando-se das bases fornecidas pelas interacoes
gene-ambiente primordiais (durante a fase intra-uterina e perinatal).

nao eh preciso aventar um gene q. induza o descamamento por auto-raspagem
de ferimentos -- a curiosidade infantil eh prodigia e prodiga nessas
coisas (senao estaremos inventando um gene para as criancas enfiarem o
dedo na tomada...), fora q. alguns tampos cocam e incomodam pacas (ou
teria a minha sobrinha um gene para retirar metodicamente a
maria-chiquinha do cabelo dela, tao diligentemente colocada pela minha
cunhada?).

embora seja basicamente correta a afirmacao de q. temos bastante de
comportamento instintivo e q. tais comportamentos sao grandemente
condicionados por genes -- notar o condicionado, jah q. os instintos podem
ser modificados com interacoes mais profundas com o ambiente e
frequentemente o sao com efeito.

a 'sabedoria interior' -- q. duvido se aplicar nesse caso -- pode sim ter
a ver com instintos, mas tbm pode ter a ver com condicionamentos culturais
adquiridos. (tenho serias duvidas qto a marcas menos pronunciadas de
cicatrizacao em ferimentos constantemente fucados pelos dedos sujos --
imundos na visao das maes -- das criancas.)

[infelizmente nao podemos dar ouvidos a 'dicas de saude' e afins
propalados pelos meios de comunicacao -- com especialistas de origem
duvidosa ou mesmo de comprovada formacao -- nao q. com isso devamos fazer
o inverso do q. foi dito -- acho q. simplesmente devemos ignorar as
bobagens q. sao faladas (eventualmente se diz algo importante, mas como
isso eh ocasional e muitas vezes nao temos condicao de avaliar isso, acho
mais prudente ouvir o medico lah no posto de saude).]

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Debate sobre auto-ajuda na MTV.
FROM: "Emilson Pereira Leite" <emilson@iag.usp.br>
TO: "Ciencialist@Egroups.Com" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/07/2000 15:14

Alguém assistiu ontem na MTV um debate sobre auto-ajuda?
O Daniel Sottomaior, participante do fórum cético, estava presente.

Infelizmente não houve muito espaço para ele falar, mesmo porque
é difícil competir com alguém tão bom de conversa como o Lair Ribeiro...
mas gostei da sua participação.

Aproveitando a deixa, gostaria de saber se o que o Lair falou sobre
ele mesmo é verdade. Disse que publicou 149 trabalhos científicos
versando sobre o efeito placebo. Tenho minhas dúvidas sobre isso...

Gostaria de ler comentários do próprio Daniel a respeito do debate.

Abraços à todos,

Emilson

SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/07/2000 17:58

Há uma outra versão.
É a 'memória da água' + 'homeopatia'. Toda criança tem moléculas de água
proveniente da mãe. Vá fazendo uma regressão até os primórdios da espécie
humana. Nessa época arrancavam cascas de árvores para se protegerem das
chuvas (mas sempre recebiam alguma água que escorreu pela casca da árvore) e
o frio (que utilizando dessa memória aqüífera fazia os flocos de neve). E
viram que arrancar cascas era bom! Isso ficou na memória da água desde então
e, apesar da progressiva diluição chegou, em doses homeopática à criança
atual. Hoje a criança arranca casca da ferida pela 'imagem de algo preso num
tronco', que é sua perna.
Essa teoria foi proposta pela PHD Dr. Shyrley da Universidade de Minesotta,
a qual, infelizmente, não pode publicar devido à falta de papel naquela
cidade. Essa falta de papel, decorrência da constante arrancada de cascas
das árvores, é outro de seus trabalhos incompletos.

[]'
Léo


-----Mensagem Original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 25 de julho de 2000 12:10
Assunto: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?




Paulo Sérgio Dias wrote:

> Amigos,
>
> Desculpem se a minha pergunta estiver fora
> do escopo da lista, mas nao encontrei resposta
> em outro local.
>
> No radio, ouvi o final de uma entrevista de um individuo (que acredito
> nao ser um medico) que disse o seguinte, ao comentar alguns dos
> comportamentos das criancas:
>
> "As criancas arrancam as cascas de suas feridas porque t^em uma
> 'sabedoria interior' atraves da qual elas sabem que, assim agindo, a
> ferida e' curada mais rapidamente e nao deixa marcas na pele. Se a
> casca da ferida nao for arrancada, ela acaba deixando uma cicatriz
> mais aparente na pele".
>
> Ha' algum medico na lista que poderia comentar algo a respeito disso ?

Nao sou medico mas gostaria de dar minha opiniao :
Resposta : GENES !
O homem, como todo animal, eh dotado de muitos instintos e comportamentos de

origem genetica. A "sabedoria interior" de q o entrevistado falou nada +
seria
do q a manifestacao fenotipica destes genes.
Assim, de algum modo, talvez deixando menos cicatrizes, a selecao natural
preservou os
alelos que " arrancam cascas de ferida" em detrimento dos q nao o fazem.

[]s
jocax



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Remember four years of good friends, bad clothes, explosive chemistry
experiments.
http://click.egroups.com/1/7077/11/_/19424/_/964537943/
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>> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
http://www.physlink.com/

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Iodestone
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 25/07/2000 20:17

Oi Sheila, oi listeiros,

li as mensagens e achei tratar-se mais de um caso de semantica do que
de mineralogia.

Calamita eh o nome de um vegetal (como bem descreveu a Tania), mas foi
tbem o antigo nome de uma pedra de iman, iclusive foi tbem nome da
bussola, daih a confusao.

Calamina eh o antigo nome da hemimorfita, a qual foi muito bem
descrita pela Sheila.

Eu soh teria a acrescentar que a quantidade de Fe que pode ocorrer na
composicao quimica da hemimorfita (substituindo o Zn) eh insuficiente
para lhe conferir qquer magnetismo.

[]'s

Douglas

>-----Mensagem Original-----
>De: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
>Para: <ciencialist@eGroups.com>
>Enviada em: Segunda-feira, 24 de Julho de 2000 19:38
>Assunto: En: [ciencialist] Iodestone


>Não tô com nenhum manual de mineralogia aqui, e tô mto >afastada da
geologia
>faz algum tempo.
>Que eu me recorde, calamina, é um outro nome do mineral >hemimorfita,
que é
>um silicato hidratado de Zn, mineral de origem secundária. É >normal
que Fe
>esteja presente na hemimorfita em baixa quantidade. Al tb... .
>Em especial, minerais que contém Fe podem ser atraídos por >um forte
campo
>elétrico-magnético, mas daí a dizer que a hemimorfita é um >mineral
>magnético... sei não...

>Melhor pode dizer o Douglas.

>[]'s

>Sheila.

----- Original Message -----
From: dra_savat

--------------------------------------------

> soh uma questao: eh calamita ou calamina?
>
> []s,
>
> roberto takata
----------------------------------------------

>Se é mineral é CALAMINA
>CALAMITA é uma espécie de estoraque , arbusto
>ornamental, de origem asiática, da família das
>estiracáceas (Styrax benjoin), que produz o benjoim

>resina odorífera empregada em farmácia).

>Tânia






SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/07/2000 21:36



> Nao sou medico mas gostaria de dar minha opiniao :
> Resposta : GENES !
> O homem, como todo animal, eh dotado de muitos instintos e comportamentos
de
>
> origem genetica. A "sabedoria interior" de q o entrevistado falou nada +
> seria
> do q a manifestacao fenotipica destes genes.
> Assim, de algum modo, talvez deixando menos cicatrizes, a selecao natural
> preservou os
> alelos que " arrancam cascas de ferida" em detrimento dos q nao o fazem.
>
> []s
> jocax

Desculpem se mantenho parte da mensagem anterior, é apenas para ilustrar um
ponto.
Instinto é um imperativo biológico da espécie, ou de um grupo definido de
animais de determinada espécie.
Desta forma o animal age da forma que age por que tem que agir assim, por
força do instinto, este "selecionado" pela seleção natural. No caso do
homem, não existem comportamentos do tipo imperativo biológico, uma vez que
somos capazes de questionar qualquer comportamento e agir contrário a ele.
Nossos comportamentos sofrem influência do grupo social a que pertencemos, o
que nem sempre é muito natural ou favorável a reprodução do indivíduo.
Portanto, o homem não tem instintos.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/07/2000 22:06

francisco,

> Nossos comportamentos sofrem influência do grupo social a que pertencemos, o
> que nem sempre é muito natural ou favorável a reprodução do indivíduo.
> Portanto, o homem não tem instintos.

sim, nos sofremos influencias culturais, mas isso nao significa que todo o
nosso comportamento seja moldado culturalmente -- o ato mecanico de se
respirar nao eh condicionado culturalmente (ainda q. possamos prender a
respiracao por vontade propria, nao conseguiremos retej-la por longos
periodos -- os sistemas automaticos suplantam a acao voluntaria qdo o
nivel de gas carbonico no sangue passar de um certo nivel), bebes sugam qq
objeto q. lhe for posto 'a boca -- esse ato eh instintivo e nao aprendido
culturalmente. levamos sustos por natureza -- e nosso coracao dispara,
nossos olhos se arregalam, ficamos palidos e agitados: essa reacao nao eh
ensinada.

e mesmo as nossas construcoes culturais posteriores sao alicercadas nas
bases inatas preexistentes -- o q. inclui os instintos. muitos instintos
podem ser modificados pela acao ambiente: podemos nos acostumar a nao ter
medo de lugares altos, por exemplo (claro q. nem todos conseguem e com
igual eficiencia).

eh verdade q. a cultura perfaz uma parte importante do comportamento
humano, mas daih a dizer q. nao existe comportamento instintivo nos seres
humanos vai um passo muito grande.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Eliane Evanovich Gallagher <eliane@cbio.ufpa.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/07/2000 00:57



On Tue, 25 Jul 2000, Francisco wrote:

Ola pessoal da lista!! Esse papo creio que gerou muita polemica,
eu como futura geneticista, nao poderia deixar de participar, embora
tardiamente, mas vendo os absurdos que estao aparecendo por aqui, tive que
me manifestar!!

> > Nao sou medico mas gostaria de dar minha opiniao :
> > Resposta : GENES !
> > O homem, como todo animal, eh dotado de muitos instintos e comportamentos
> de
> >
> > origem genetica. A "sabedoria interior" de q o entrevistado falou nada +
> > seria
> > do q a manifestacao fenotipica destes genes.
> > Assim, de algum modo, talvez deixando menos cicatrizes, a selecao natural
> > preservou os
> > alelos que " arrancam cascas de ferida" em detrimento dos q nao o fazem.
>
Em geral, um gene so vai ser selecionado negativamente se nao
puder ser passado para descendentes pela ausencia de fertilidade causada
por ele ou em decorrencia, ou se esse gene causar alguma desvantagem
genetica. Em geral, pq, no mundo moderno, essa selecao negativa nem sempre
eh encontrada na especie humana (como alguns dizem, embora eu nao
concorde, raca humana), exemplos disso podem ser observados no caso da
miopia ou pessoas com alergias a determinados produtos (assunto ja' citado
na lista em discussoes anteriores)!! Serah que uma uma simples cicatriz
(eh bom lembrar que hj temos otimos cicatrizantes) vai impedir um ser
humano de propagar seus genes??!! Acho isso meio absurdo, mas tudo bem,
tah dado o recado!!!

> > []s
> > jocax
>
> Desculpem se mantenho parte da mensagem anterior, � apenas para ilustrar um
> ponto.
> Instinto � um imperativo biol�gico da esp�cie, ou de um grupo definido de
> animais de determinada esp�cie.
> Desta forma o animal age da forma que age por que tem que agir assim, por
> for�a do instinto, este "selecionado" pela sele��o natural. No caso do
> homem, n�o existem comportamentos do tipo imperativo biol�gico, uma vez que
> somos capazes de questionar qualquer comportamento e agir contr�rio a ele.
> Nossos comportamentos sofrem influ�ncia do grupo social a que pertencemos, o
> que nem sempre � muito natural ou favor�vel a reprodu��o do indiv�duo.
> Portanto, o homem n�o tem instintos.

Creio que o homem, embora muitas vezes nao concorde, ainda tem
instintos, a propria organizacao social, pode ter surgido por instinto.
Nao precisa muita coisa pra se observar isso, e' bem mais simples que
ficar na espera pra observar o comportamanento de outras especies. Eh soh
ir a uma festa pra ver como as pessoas se comportam instintivamente, com
direito ateh a estrategias observadas em animais, jah existe ateh algumas
denominacoes usadas por biologos pra descrever esse comportamento: Vc usa
a estrategia, senta e espera (aquele tipo de predador que fica na moita)
ou eh do tipo que ataca (nem precisa falar)!!?? Jah observei bastante
isso, chega a ser ridiculo, as mulheres dancando pra se deixar perceber
pelos caras, mas de uma forma meio que irracional, e os homens rondando,
como predadores, isso mais me parece instinto. Mas eh soh um
exemplo neste aspecto...existem outros, que nao lembro, e que nao observei
muito bem (isso merece um trabalho!!)!!
Outro instinto, seria o fato dos bebes sempre levarem tudo a boca.
Esse eh bem claro!! A sociedade por mais radical que seja ainda nao
conseguiu eliminar isso dos bebes!!:)

t+




>
>
> *** --- ***
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> >> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
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>
> *** --- ***
>
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Eliane Evanovich Gallagher <eliane@cbio.ufpa.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/07/2000 01:04



On Tue, 25 Jul 2000, Roberto Mitsuo Takata wrote:

> francisco,
>
> > Nossos comportamentos sofrem influ�ncia do grupo social a que pertencemos, o
> > que nem sempre � muito natural ou favor�vel a reprodu��o do indiv�duo.
> > Portanto, o homem n�o tem instintos. Desta vez concordo com tudo que
vc escreveu!!!:)

Takata, obrigada por ter dado a resposta coerente e no tempo
certo!!:) Fiquei meio preocupada qdo uma amiga no irc me passou algumas
dessas mgs e eu nem pude me manifestar!! Obrigada pelos seus ultimos
e-mails, mais uma vez vc mostrou ser muito importante pra lista!!


> sim, nos sofremos influencias culturais, mas isso nao significa que todo o
> nosso comportamento seja moldado culturalmente -- o ato mecanico de se
> respirar nao eh condicionado culturalmente (ainda q. possamos prender a
> respiracao por vontade propria, nao conseguiremos retej-la por longos
> periodos -- os sistemas automaticos suplantam a acao voluntaria qdo o
> nivel de gas carbonico no sangue passar de um certo nivel), bebes sugam qq
> objeto q. lhe for posto 'a boca -- esse ato eh instintivo e nao aprendido
> culturalmente. levamos sustos por natureza -- e nosso coracao dispara,
> nossos olhos se arregalam, ficamos palidos e agitados: essa reacao nao eh
> ensinada.
>
> e mesmo as nossas construcoes culturais posteriores sao alicercadas nas
> bases inatas preexistentes -- o q. inclui os instintos. muitos instintos
> podem ser modificados pela acao ambiente: podemos nos acostumar a nao ter
> medo de lugares altos, por exemplo (claro q. nem todos conseguem e com
> igual eficiencia).
>
> eh verdade q. a cultura perfaz uma parte importante do comportamento
> humano, mas daih a dizer q. nao existe comportamento instintivo nos seres
> humanos vai um passo muito grande.
>
> []s,
>
> roberto takata
>
>
>
>
> *** --- ***
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Eliane Evanovich Gallagher <eliane@cbio.ufpa.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/07/2000 01:06



On Tue, 25 Jul 2000, Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Tue, 25 Jul 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > > "As criancas arrancam as cascas de suas feridas porque t^em uma
> > > 'sabedoria interior' atraves da qual elas sabem que, assim agindo, a
> > > ferida e' curada mais rapidamente e nao deixa marcas na pele. Se a
> > > casca da ferida nao for arrancada, ela acaba deixando uma cicatriz
> > > mais aparente na pele".
>
> > Nao sou medico mas gostaria de dar minha opiniao :
> > Resposta : GENES !
> > O homem, como todo animal, eh dotado de muitos instintos e comportamentos de
>
> sem querer comecar nada de novo,


Sou obrigada a concordar com vc novamente, espero que isso nao se
repita muitas vezes!!:)


> soh se forem genes burros -- estupidos alias -- ao arrancar o tampo
> dos ferimentos expoem-se o organismo novamente ao contato direto com o
> ambiente, sem a barreira protetora da pele -- aih, infeccao, inflamacao,
> purulencia, abscesso (fungos, bacterias, virus e agentes patogenicos em
> geral, fazei vossa festa).
>
> eh preciso tomar cuidado ao se referir aos genes em relacao ao
> comportamento. os genes devem condicionar de forma mais premente os
> comportamentos mais basicos, os demais sao construcoes da interacao com o
> ambiente aproveitando-se das bases fornecidas pelas interacoes
> gene-ambiente primordiais (durante a fase intra-uterina e perinatal).
>
> nao eh preciso aventar um gene q. induza o descamamento por auto-raspagem
> de ferimentos -- a curiosidade infantil eh prodigia e prodiga nessas
> coisas (senao estaremos inventando um gene para as criancas enfiarem o
> dedo na tomada...), fora q. alguns tampos cocam e incomodam pacas (ou
> teria a minha sobrinha um gene para retirar metodicamente a
> maria-chiquinha do cabelo dela, tao diligentemente colocada pela minha
> cunhada?).
>
> embora seja basicamente correta a afirmacao de q. temos bastante de
> comportamento instintivo e q. tais comportamentos sao grandemente
> condicionados por genes -- notar o condicionado, jah q. os instintos podem
> ser modificados com interacoes mais profundas com o ambiente e
> frequentemente o sao com efeito.
>
> a 'sabedoria interior' -- q. duvido se aplicar nesse caso -- pode sim ter
> a ver com instintos, mas tbm pode ter a ver com condicionamentos culturais
> adquiridos. (tenho serias duvidas qto a marcas menos pronunciadas de
> cicatrizacao em ferimentos constantemente fucados pelos dedos sujos --
> imundos na visao das maes -- das criancas.)
>
> [infelizmente nao podemos dar ouvidos a 'dicas de saude' e afins
> propalados pelos meios de comunicacao -- com especialistas de origem
> duvidosa ou mesmo de comprovada formacao -- nao q. com isso devamos fazer
> o inverso do q. foi dito -- acho q. simplesmente devemos ignorar as
> bobagens q. sao faladas (eventualmente se diz algo importante, mas como
> isso eh ocasional e muitas vezes nao temos condicao de avaliar isso, acho
> mais prudente ouvir o medico lah no posto de saude).]
>
> []s,
>
> roberto takata
>
>
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> *** --- ***
>
> >> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
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>
>
>



SUBJECT: . Re: Houve outros antes de Colombo
FROM: {O-Grande-Mentecapto} <mentecapto@technologist.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/07/2000 01:33

At 09:00 25/07/2000 +0000, you wrote:
Mensagem: 13
   Data: Mon, 24 Jul 2000 20:36:16 -0300 (EST)
   De: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
Assunto: Re: Houve outros antes de Colombo

ha' um certo eurocentrismo acentuado nessa visao... quais coincidencias
culturais vc encontra para justificar uma suposta visitacao tao intensa?
como isso nao se refletiu no patrimonio genetico da populacao amerindia
(q. apresenta uma consistencia tao forte de uma ou mais migracao pelo
estreito de bering cerca de 50-70 mil anos atras)?

é... me refiro a coincidências culturais e científicas usadas por alguns defendores de teorias mirabolantes de ETs visitando o homem...
um argumento comum é o dos Maias terem calculado o ano solar com uma precisão enorme, apenas alguns décimos diferente da usada atualmente. (364.22 dias) - e de por serem eles de uma 'cultura primitiva', não puderem ter chegado a esse resultado sozinhos, por observação do céu e avanços independentes na astronomia.
de fato elas não são tão grandes, e eu as superestimei um pouco


a explicacao mais simples -- tendo em vista os indicios disponiveis -- eh
q. a populacao americana pre-colombiana eh descendente dos asiaticos q.
fizeram a passagem durante o ultimo glacial, sem qq influencia cultural
de outros povos q. se diferenciaram posteriormente antes da colonizacao
pelos europeus.

hum... entendo.. é bem mais plausível o que você propôs.. pelo menos continua argumento valido contra os alienigenas...



"Against stupidity, the Gods themselves contend in vain",
    Friedrich von Schiller's
-
[]'s
{O-Grande-Mentecapto}
Fernando H. Ferraz
ICQ: 20885052
mentecapto@technologist.com
http://ogm.n3.net

SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/07/2000 07:10



Francisco wrote:

>
> Desculpem se mantenho parte da mensagem anterior, é apenas para
> ilustrar um
> ponto.
> Instinto é um imperativo biológico da espécie, ou de um grupo definido
> de
> animais de determinada espécie.
> Desta forma o animal age da forma que age por que tem que agir assim,
> por
> força do instinto, este "selecionado" pela seleção natural. No caso do
>
> homem, não existem comportamentos do tipo imperativo biológico, uma
> vez que
> somos capazes de questionar qualquer comportamento e agir contrário a
> ele.
> Nossos comportamentos sofrem influência do grupo social a que
> pertencemos, o
> que nem sempre é muito natural ou favorável a reprodução do indivíduo.
>
> Portanto, o homem não tem instintos.
>

----------------------------------------------------------
Do dicionario Michaellis :
Instinto
s. m. 1. Estímulo ou impulso natural, involuntário, pelo qual homens e
animais executam certos atos sem conhecer o fim ou o porquê desses atos.
2. Aptidão inata.
-----------------------------------------------------------
Agora vamos analisar suas sentencas :

"No caso do
homem, não existem comportamentos do tipo imperativo biológico..."

Ledo engano, observe estes comportamentos humanos ( sem que
nunca ninguem os tenha ensinado ):
1-Desde o nascimento a crianca ja procura o seio para sugar.
2-A crianca chora qdo tem fome / sede /frio etc...
Sao comportamentos instintivos.

Agora, com o decorrer da idade, temos todos, alguns sentimentos
que normalmente geram impulsos ( ACOES ) :
Todos os sentimentos : Raiva, Amor, Vergonha, Paixao , Medo etc..
Estes sentimentos tambem tem origem genetica e atraves deles
muitas de nossas sao disparadas.

Aqui entra o segundo ponto :

"..., uma vez que
somos capazes de questionar qualquer comportamento e agir contrário a
ele."

Nem sempre !
Dependendo da idade e de sua capacidade de lidar com suas emocoes isso
pode nao
ser verdade. *Do contrario nao teriamos tantos crimes passionais*.
Nossa razao as vezes tenta nos ajudar mas nem sempre conseguimos reagir
aos sentimentos mais fortes e nestes casos ficamos submissos a eles.

O q eu costumo, talvez erroneamente, generalizar como instinto sao as
"regras epigeneticas" que sao "algoritmos cerebrais" ( comportamentos )

ja codificados em nossos cerebros para tratar de determinados problemas.

Temos uma porcao de regras-epigeneticas que nos levam a agir desta ou
daquela maneira
sem ter q pensar: como uma resposta-reacao rapida a determinados
estimulos do ambiente.
Costumo chamarde instinto pq tambem sao normas comportamentais que estao

programadas geneticamente em nossos cerebros sem o envolvimento da
"razao".


[]s
jocax



SUBJECT: Hitler (pergunta)
FROM: "Nanam" <nanam@directnet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/07/2000 09:32

Uma vez ouvi falar que Hitler teria estudado algumas fontes de energia
humana.
De alguma forma ele descobriu que poderia referenciar a sua energia sexual
para catalisar em uma energia de liderança .
É um fato que já tenatram explicar e que não dexa de ser no mínimo
interessante pois como iriam exaltar um homem pequeno, de rosto comum e
diferente do povo alemão ( a raça ariana)?
Se alguém souber de alguma coisa
Abraços
Lu




SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/07/2000 10:01

Emilson Pereira Leite wrote:

> Mas você nunca sentiu que algumas vezes você
> agiu por instinto, sem pensar?
> Por exemplo, quando realizamos uma atividade
> seguidas vezes da mesma maneira, chega um momento
> no qual você não precisa mais pensar pra fazê-la.
> É como se o conhecimento tivesse sido embutido
> em você. Isso não é instinto?

Os antigos gregos explicavam isto dizendo que,
como todos tem uma alma imortal, a alma sempre
existiu, e portanto sabe tudo. Ninguém aprende nada,
mas sim se recorda do que sempre soube.

Mas o que você descreve é treinamento. Coisas
feitas de forma repetitiva se tornam automáticas.
Você nota isto bem quando tem que trocar uma rotina...

Antonio Carlos M. de Queiroz



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Debate sobre auto-ajuda na MTV
FROM: "Emilson Pereira Leite" <emilson@iag.usp.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/07/2000 10:15

Acho o tema auto-ajuda interessante porque sempre me
pergunto o que leva tantas pessoas se interessarem por ele,
como minha mãe por exemplo...eheheheh.

Livros do tipo: "Como aprender melhor" ou "Como passar
no vestibular". Já pecam pela prepotência do título.
Parece que o autor lhe garante que seus problemas
estarão resolvidos ao comprar o livro.

Apesar disso acho válido livros sobre esses assuntos.
Afinal muitas pessoas não sabem estudar, não tem visão
crítica, ou não sabem pensar de maneira livre.
Como o ensino primário e secundário não é voltado para
ensinar as crianças a pensarem, o resultado é um bando
de adultos com a mente "bloqueada" e modelada.

[],s
Emilson

----- Original Message -----
From: "Daniel Sottomaior [SP]" <cetico@hotmail.com>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, August 23, 2000 1:16 AM
Subject: [ciencialist] Re: Debate sobre auto-ajuda na MTV


"Emilson Pereira Leite" wrote:
> Infelizmente não houve muito espaço para ele falar, mesmo porque
> é difícil competir com alguém tão bom de conversa como o Lair
> Ribeiro...
> mas gostei da sua participação.

Obrigado... De fato, o cara tem técnica, mas uma técnica que creio
que fica evidente e pra lá de enjoativa depois dos primeiros cinco
minutos, e na minha nada modesta opinião, acaba sendo
contraproducente para o público que não se deixa levar tão
facilmente. Mas como o alvo dele é o público que se deixa levar
facilmente, ergo...


> Aproveitando a deixa, gostaria de saber se o que o Lair falou sobre
> ele mesmo é verdade. Disse que publicou 149 trabalhos científicos
> versando sobre o efeito placebo. Tenho minhas dúvidas sobre isso...

Escutando novamente, também fiquei com a impressão de que ele teria
dito isso mesmo, mas se não me engano o que ele falou é que esse é o
número de trabalhos, não de trabalhos sobre placebo. Infelizmente,
não tenho a fita aqui.

Eu tinha dúvida até sobre a autenticidade do título dele, mas o CRF
confirmou que ele tem registro. No entanto, vocês podem conferir a
ponta do iceberg que o Ronaldo Cordeiro descobriu a respeito dessas
citações: http://www.egroups.com/message/fcb/1912


> Gostaria de ler comentários do próprio Daniel a respeito do debate.

Lembra de um personagem humorístico, não sei de que extinto programa
da tevê, que só se lembrava de uma boa resposta para dar muito depois
que a situação acontecia? Pois é, essa foi a minha maior sensação ao
rever o debate pela primeira vez. Os argumentos do Lair foram pífios,
mas o que vale ao vivo é se impor, e isso ele faz de monte. Se ao
menos houvese direito de resposta garantido, a coisa seria bem
diferente. A história dos trabalhos científicos, por exemplo, é um
pretenso argumento de autoridade em resposta à minha acusação de que
os livros dele são placebos. O exemplo que ele dá sobre visualização
é furadíssimo, porque envolve uma atividade motora, para a qual o
ensaio/movimento é evidentemente importante. Qundo ele fala sobre
critérios pra se distinguir bons livros dos ruins, ele afirma que
deve-se olhar para o autor como critério de decisão, o que em si já é
furado. Mas *ainda* que eu seguisse o conselho dele, a única coisa
que eu sei que ele definitivamente sabe fazer muito bem é se uto-
promover e escrever livros de auto-juda enganando as pessoas, mas
essas coisas ele não ensina a fazer. E mais -- além desse belíssimo
conselho, ele dá a regra geral: você tem que pagar pra ver, comprando
o livro. Puxa, isso que é critério útil... como ele ajuda as pessoas,
não?

E assim por diante.


[]s


Daniel




*** --- ***

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http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html

*** --- ***





SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/07/2000 11:21



Emilson Pereira Leite wrote:

> Olá Francisco,
>
> Mas você nunca sentiu que algumas vezes você
> agiu por instinto, sem pensar?

Por exemplo gritar ( ou xingar ) quando te pisam no calo ! :-))

>
> Por exemplo, quando realizamos uma atividade
> seguidas vezes da mesma maneira, chega um momento
> no qual você não precisa mais pensar pra fazê-la.
> É como se o conhecimento tivesse sido embutido
> em você. Isso não é instinto?

Acho q nao , neste caso eu chamaria de reflexo condicionado.
Instintos nascem com a gente, sao hereditarios : Normas de respostas a
estimulos
que estao escritas nos genes.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/07/2000 14:03



Emilson Pereira Leite wrote:

> Não sei não...isso me parece muito vago.
> Já concordei que meu exemplo foi infeliz
> e certamente não é um exemplo de instinto.
>
> Vou tentar de novo: vc põe a mão em algum
> local muito quente. Rapidamete você tira a
> mão, pois começa a doer. O ato de tirar a
> mão não é instintivo?
>

Acho q poderia ser chamado de "pre-instinto", pois eh uma norma de
reacao BEM
primitiva, quase como o ato de respirar ( respirar eh um instinto? ).
Instinto costuma ser mais elaborado e complexo , este ARCO-REFLEXO
ocorre,
*se nao me engano*, com os estimulos passando pelo bulbo, e acho q ,
provoca
a reacao ANTES MESMO do estimulo atingir areas do cerebro + " evoluidas"
como
o sistema limbico e o cortex.
Como exemplo claro podemos citar a atracao sexual.
[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Hitler (pergunta)
FROM: "Daniel Leal Freire" <daniellf@highway.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/07/2000 14:45

Se Hitler estudou fontes de energia humana eu nao sei, mas há explicações
mais simples e menos "fantasiadas" a meu modo de ver. Uma vez vi que ele era
bem "fresco" com comida, e tinha um cozinheiro particular que o acompanhava
em todas suas viagens. Vou dar a minha opinião:

"... energia sexual para catalisar em uma energia de liderança." Talvez,
mas acho pouco provável.

" ... homem pequeno, de rosto comum ..." Procure reparar nos vídeos em que
Hitler aparece. Ele está sempre em palanques e mais alto que o povo, quando
está no chão quase sempre é visto com crianças (o que o deixa "mais alto").
Não acho o rosto dele tão comum assim, aquele corte em forma de cuia e o
bigode não vemos muito hoje e creio que nao veríamos na época. É muito fácil
"dizer verdades" a alguém que nao irá contestar, o povo alemão era um tanto
quanto frustrado na Europa, a derrota na I Guerra e disputas principalmente
com a França. Hitler tinha um discurso muito bom e inspirava confiança nos
jovens alemães.
Heisenberg, em seu livro A Parte e o Todo (ed. Contraponto), fala sobre
Hitler e a situação alemã na década de 30, fala desde a primeira guerra, mas
acho que o que nos interessa é só isso. Quem tiver a oportunidade leia, é um
bom livro.

[ ]'s
--------------------------------
| Daniel Leal Freire
| daniellf@highway.com.br
| "Imagination is more important than knowledge" Albert Einstein


----- Original Message -----
From: Nanam <nanam@directnet.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, July 26, 2000 9:32 AM
Subject: [ciencialist] Hitler (pergunta)


> Uma vez ouvi falar que Hitler teria estudado algumas fontes de energia
> humana.
> De alguma forma ele descobriu que poderia referenciar a sua energia sexual
> para catalisar em uma energia de liderança .
> É um fato que já tenatram explicar e que não dexa de ser no mínimo
> interessante pois como iriam exaltar um homem pequeno, de rosto comum e
> diferente do povo alemão ( a raça ariana)?
> Se alguém souber de alguma coisa
> Abraços
> Lu
>
>
>
>
>
> *** --- ***
>
> >> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
> http://www.physlink.com/
>
> *** --- ***
>
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Hitler (pergunta)
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 26/07/2000 14:59

Oi, Lu!

Esse comentário eu ouvia muito entre a segunda metade dos anos 60 e primeira
dos 70, vindo de pessoas que de alguma forma cultivavam a "transcendência"
seja por práticas esotéricas, seja por uso de drogas.

Creio que teosofistas e/ou pessoas ligadas a Yoga (de preferência procure
mestres) poderão lhe dar alguma informação ou indicação de leitura.

De alguns ouvi falas de que o próprio símbolo nazista fosse um algum tipo de
símbolo cabalístico. Outra história partiam dos que se diziam engajados no
tantrismo. Desses era comum ouvir a fábula de que Hitler tivesse se
entregado a práticas "do despertar da kundalini" e enlouquecido, o que pra
mim não passa de mais uma fábula.

Abraços,

Sheila.

----- Original Message -----
From: Nanam <nanam@directnet.com.br>

Uma vez ouvi falar que Hitler teria estudado algumas fontes de energia
humana.
De alguma forma ele descobriu que poderia referenciar a sua energia sexual
para catalisar em uma energia de liderança .
É um fato que já tenatram explicar e que não dexa de ser no mínimo
interessante pois como iriam exaltar um homem pequeno, de rosto comum e
diferente do povo alemão ( a raça ariana)?
Se alguém souber de alguma coisa
Abraços
Lu



SUBJECT: Re: [ciencialist] Hitler (pergunta)
FROM: "Nanam" <nanam@directnet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/07/2000 18:13

Sheila,
É justamente isso que eu queria saber de fato.
Como as pessoas usam forças além daquilo estudado e mais aceito para os
ocidentais?
É bem interessante que ele (Hitler) tivesse se interessado em aprofundar sua
força de comando de massas, afinal , se bastasse um senhor de fala eloqüente
(e inteligencia suficiente para perceber que o povo quer mudanças)
certamente qualquer desses caras que ficam tentando falar de igualdade e
prosperidade no Brasil, poderiam movimentar as pessoas para uma verdadeira
catastrofe e reviravolta na polítca brasileira. Isso não acontece pois tal
liderança precisa de mais energia internas do que um ser humano comum
possui. Não estou me referindo a super poderes, mas a idéia de que
transformar alguma energia específica em outra faz de vc totalmente
incapacitado em uma área, em compensação haverá um outro lado em que vc se
tornará muito bom.
[]s
Lu



SUBJECT: superacido que nao corroi
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/07/2000 18:31

Quimicos da Universidade da California conseguiram sintetizar um
superacido -- um milhao de vezes mais forte do que o acido sulfurico (o q.
isso quer dizer? que ele doa protons mais facilmente?) -- que nao quebra a
molecula para a qual ele transfere o proton.

O acido eh obtido pela protonacao do ion CB11H6X6- (em q. X designa um
haleto, Cl ou Br).

http://www.britannica.com/bcom/original/article/0,5744,8418,00.html

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/07/2000 20:06


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----- Original Message -----
From: "Roberto Mitsuo Takata" <rmt@ib.usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Tuesday, July 25, 2000 10:06 PM
Subject: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?


francisco,

> Nossos comportamentos sofrem influência do grupo social a que pertencemos,
o
> que nem sempre é muito natural ou favorável a reprodução do indivíduo.
> Portanto, o homem não tem instintos.

sim, nos sofremos influencias culturais, mas isso nao significa que todo o
nosso comportamento seja moldado culturalmente -- o ato mecanico de se
respirar nao eh condicionado culturalmente (ainda q. possamos prender a
respiracao por vontade propria, nao conseguiremos retej-la por longos
periodos -- os sistemas automaticos suplantam a acao voluntaria qdo o
nivel de gas carbonico no sangue passar de um certo nivel), --- com certeza
a respiração é uma função biologica, não é instinto, de outra forma,
deveremos acreditar que nosso coração bate por instinto? ---- bebes sugam
qq
objeto q. lhe for posto 'a boca -- esse ato eh instintivo --- não, esse ato
é um reflexo e não um instinto, exustem diferenças --- e nao aprendido
culturalmente.
levamos sustos por natureza -- e nosso coracao dispara,
nossos olhos se arregalam, ficamos palidos e agitados: essa reacao nao eh
ensinada. ---- tudo isso é reflexo e não instinto.

[]s,

Francisco



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/07/2000 20:25


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----- Original Message -----
From: "Emilson Pereira Leite" <emilson@iag.usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, June 28, 2000 1:26 PM
Subject: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?


> Acho que você tem razão. Não tinha pensado
> na diferença entre essas coisas.
>
> Emilson
>
> ----- Original Message -----
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
> To: <ciencialist@egroups.com>
> Sent: Wednesday, July 26, 2000 11:21 AM
> Subject: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular
?
>
>
> >
> >
> > Emilson Pereira Leite wrote:
> >
> > > Olá Francisco,
> > >
> > > Mas você nunca sentiu que algumas vezes você
> > > agiu por instinto, sem pensar?
> >
> > Por exemplo gritar ( ou xingar ) quando te pisam no calo ! :-))
> >
> > >
> > > Por exemplo, quando realizamos uma atividade
> > > seguidas vezes da mesma maneira, chega um momento
> > > no qual você não precisa mais pensar pra fazê-la.
> > > É como se o conhecimento tivesse sido embutido
> > > em você. Isso não é instinto?
> >
> > Acho q nao , neste caso eu chamaria de reflexo condicionado.
> > Instintos nascem com a gente, sao hereditarios : Normas de respostas a
> > estimulos
> > que estao escritas nos genes.
> >
> > []s
> > jocax

Na verdade existe grande confusão entre instinto e reflexos. Instintos são
como comportamentos programados pela seleção natural visando a sobrevivencia
da espécie. Ou melhor, seriam comportamentos selecionados pela evolução que
conferem vantagens para a perpetuação da espécie. A atração sexual, na
maioria dos animais por exemplo, ela ocorre somente quando a femea está
pronta para engravidar, tem o único objetivo da reprodução e os machos da
espécie não conseguem resistir a uma femea no cio. Ele tem que disputa-la,
não há opção para ele. Ele não aprendeu isso de forma alguma, e não é um
reflexo como a contração de um musculo que afasta o orgão da origem da dor.
E todos os machos do mesmo grupo terão a mesma punção de copular com a
femea.

No caso do homem a atração sexual nem sempre visa a reprodução, nossa
capacidade de criticar o nosso próprio comportamento destroi qualquer
comportamento instintivo. Você pode escolher ou não dar em cima de uma femea
muito gostosa, independente de ela estar ou não no cio. Voce pode até
escolher não ter femea alguma. É uma questão de escolha individual,
influenciada ou não pelo grupo social ao qual se pertence. Portanto instinto
é imperativo da espécie.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/07/2000 20:37

----------------------------------------------------------
> Do dicionario Michaellis :
> Instinto
> s. m. 1. Estímulo ou impulso natural, involuntário, pelo qual homens e
> animais executam certos atos sem conhecer o fim ou o porquê desses atos.
> 2. Aptidão inata.
> -----------------------------------------------------------
> Agora vamos analisar suas sentencas :
>
> "No caso do
> homem, não existem comportamentos do tipo imperativo biológico..."
>
> Ledo engano, observe estes comportamentos humanos ( sem que
> nunca ninguem os tenha ensinado ):
> 1-Desde o nascimento a crianca ja procura o seio para sugar.
> 2-A crianca chora qdo tem fome / sede /frio etc...
> Sao comportamentos instintivos.
>
> Agora, com o decorrer da idade, temos todos, alguns sentimentos
> que normalmente geram impulsos ( ACOES ) :
> Todos os sentimentos : Raiva, Amor, Vergonha, Paixao , Medo etc..
> Estes sentimentos tambem tem origem genetica e atraves deles
> muitas de nossas sao disparadas.
>
> Aqui entra o segundo ponto :
>
> "..., uma vez que
> somos capazes de questionar qualquer comportamento e agir contrário a
> ele."
>
> Nem sempre !
> Dependendo da idade e de sua capacidade de lidar com suas emocoes isso
> pode nao
> ser verdade. *Do contrario nao teriamos tantos crimes passionais*.
> Nossa razao as vezes tenta nos ajudar mas nem sempre conseguimos reagir
> aos sentimentos mais fortes e nestes casos ficamos submissos a eles.
>
> O q eu costumo, talvez erroneamente, generalizar como instinto sao as
> "regras epigeneticas" que sao "algoritmos cerebrais" ( comportamentos )
>
> ja codificados em nossos cerebros para tratar de determinados problemas.
>
> Temos uma porcao de regras-epigeneticas que nos levam a agir desta ou
> daquela maneira
> sem ter q pensar: como uma resposta-reacao rapida a determinados
> estimulos do ambiente.
> Costumo chamarde instinto pq tambem sao normas comportamentais que estao
>
> programadas geneticamente em nossos cerebros sem o envolvimento da
> "razao".
>
>
Bem, o que seu dicionário define como instinto, na verdade são reflexos, uma
confusão bastante comum da qual o lexicógrafo não está livre. Quanto aos
atos involuntários dos bebês, estes são reconhecidamente reflexos e não
instintos.
Raiva, ódio e outros sentimentos intensos são emoções básicas, não são
instintos. Se um homem perde a razão e sai matando outros homens, devemos
dizer que o assassinato faz parte do instinto humano? Então não sou humano,
pois nunca matei ninguém. O instinto é da espécie, não tem sentido falar de
instinto de um indivíduo da espécie.



SUBJECT: En: [ciencialist] Hitler (pergunta)
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 26/07/2000 21:28

Lu,

Concordo que não seria qualquer pessoa com falas sobre prosperidade e
igualdade, por mais eloquente e inteligente que fosse, que seria capaz de
comandar nº tão elevado de pessoas ao movimento nazista.
À figura de Hitler atribuímos o caráter carismático. Do mesmo jeito, penso,
ser possível atribuir esse caráter a figura de Jesus.
No meu modo de ver, sem nenhuma paixão ou credo, são essas duas figuras de
líderes carismáticos. Carisma, que eu saiba, não tem significado explicável
pela física, química ou matemática (creio tb que não exista dentro da
biologia).
Não creio que carisma seja a única explicação (se é que existe) para o
fenômeno Jesus ou Hitler. A condição da população envolvida nos movimentos,
assim como outras cabeças pensantes organizadoras de táticas e estratégias,
os tornaram eficientemente possíveis.

Embora eu tenha minhas crenças, tomo como concreto que: caso Hitler tenha se
engendrado pelo caminho dos "mistérios das ciências orientais", isso deve
ter servido a ele no sentido de fortalecer sua auto-confiança como pessoa e
líder.

Tempos atrás andou sendo exibido em salas de cinema, um documentário sobre
arte e nazismo no qual mostra a condição de vida do povo alemão, não judeu,
antes e durante e logo posteriormente a II Guerra. Não me lembro qual o
título dado, mas era bem interessante.

Outro dia recebi de u'a amiga o endereço de um site sobre Tantra Yoga. Ainda
não olhei direito mas tem sido bastante visitado pelas pessoas que se
interessam pelo assunto, e a dona(o) da HP parece ser "séria(o)" e se
oferece para responder perguntas.

http://www.tantrayoga.pro.br/Tantra.htm


Abraços,

Sheila.
PS_ Já sei... já sei... esse papo tá um papo de comadres...rrsss...... .
Daqui pra frente vou tentar poupá-los desse meu papo-cansado.
Abraços a todos!

----- Original Message -----
From: Nanam <nanam@directnet.com.br>

Sheila,
É justamente isso que eu queria saber de fato.
Como as pessoas usam forças além daquilo estudado e mais aceito para os
ocidentais?
É bem interessante que ele (Hitler) tivesse se interessado em aprofundar sua
força de comando de massas, afinal , se bastasse um senhor de fala eloqüente
(e inteligencia suficiente para perceber que o povo quer mudanças)
certamente qualquer desses caras que ficam tentando falar de igualdade e
prosperidade no Brasil, poderiam movimentar as pessoas para uma verdadeira
catastrofe e reviravolta na polítca brasileira. Isso não acontece pois tal
liderança precisa de mais energia internas do que um ser humano comum
possui. Não estou me referindo a super poderes, mas a idéia de que
transformar alguma energia específica em outra faz de vc totalmente
incapacitado em uma área, em compensação haverá um outro lado em que vc se
tornará muito bom.
[]s
Lu



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/07/2000 22:15

francisco,

a sua definicao de instinto e reflexos (e ateh mesmo comportamento
aprendido) eh um tto estranha. na verdade nao ha um distincao clara entre
elas -- nao existe uma delimitacao exata em termos de resposta
neurologica.

comparar o controle respiratorio com batimentos cardiacos eh um tto
despropositado -- grande parte do ritmo cardiaco eh estabelecido por
atividades eletricas do proprio coracao (ha alguma influencia do sistema
nervoso central, mas eh em um grau bem menor), jah o controle respiratorio
estah completamente subordinado 'as estruturas encefalicas.

vc pode ateh chamar de reflexo, jah q. nao ha uma separacao exata, mas
isso eh simplesmente tirar a discussao de foco: a questao apresentada era
q. todo o comportamento humano era determinado culturalmente - nao eh.

mas se quer um exemplo de um comportamento mais complexo q. nao eh
determinado culturalmente de modo exclusivo -- eh a curiosidade humana (o
ambiente pode estimular ou inibir parcialmente essa caracteristica, mas
nao a determina). bebes inevitavelmente destrocam seus brinquedos
sistematicamente procurando saber o q. ha dentro dele (na verdade os pais
tem q. ensinah-los a *nao* destruir o objeto), talvez vc queira desafiar a
interpretacao atribuindo a quebra como acidental devido 'a impericia da
crianca -- certamente se ela soubesse como abrir o brinquedo sem
destruih-lo eh possivel q. ela o fizesse assim, mas continuaria a abri-lo
para saber o q. tem dentro.

certamente engatinhar nao eh um ato reflexo no sentido q. vc imagina -- se
nao por qq outra coisa (p.e. a complexidade q. envolve o movimento
coordenado dos membros no ato), as criancas nao engatinham a esmo, em
geral tem um alvo fixo para o qual se dirigem (um brinquedo, a mae ou
outra coisa). os pais nao ensinam a engatinhar.

o comportamento agressivo tbm seguramente tem um componente instintivo --
mas pode ser modulado pelo ambiente. alias a maioria dos comportamentos
humanos apresenta uma base inata -- o grande problema da maioria dos
cientistas sociais, antropologos e congeneres eh serem incapazes de
reconhecer a participacao genetica no comportamento humano (mesmo em
comportamentos mais complexos). qdo se diz q. ha participacao genetica,
normalmente entendem q. nao ha participacao ambiental -- mas pra biologia
nao ha dissociacao desses dois fatores.

um livro interessante eh:

Ridley, M. - The origins of virtue: Human instinct and the evolution of
cooperation. (tem jah traducao para o portugues... tenho uma certa
ressalva pela visao um tto [neo]liberal, mas eh instigante -- na verdade
nao tem tto a ver com o assunto, mas achei oportuno citar)

outro eh:

Damasio, A. - O erro de Descartes - Cia. das Letras. 1996 (tbm nao estah
diretamente ligado ao q. estamos falando)

e um artigo (q. eu nao li, mas) q. seguramente estah relacionado ao q.
discutimos aqui:

GSCHWEND J 1977 - COMPARISON OF HUMAN REFLEX AND INSTINCT
BEHAVIOR. FORTSCHRITTE DER NEUROLOGIE PSYCHIATRIE 45: (2) 128-140.

EISENBER.L 1973 - HUMAN BEHAVIOR, INSTINCT AND AGGRESSION. SCIENCE 179:
(4072) 429-430. (tbm nao li - e tem uma serie de cartas comentando esse
artigo).

(e tem sim sentido em falar de instintos individuais -- pense em instinto
como um tipo de pre-programacao basica de nosso sistema nervoso, um
conjunto de comportamentos inatos q. auxiliam na interacao do individuo
com o ambiente... certamente entre individuos da mesma especie tais
comportamentos tendem a ser mais semelhantes do q. com os de especies
diferentes, mas como qq caracteristica biologica ele pode ter variacoes de
individuo para individuo.)

[]s,

roberto takata




SUBJECT: 4o. Paradoxo de Zenon
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/07/2000 23:27

Amigos:

- Desculpem se este assunto ja' foi tratado
na lista, mas aqui vai:

- No link abaixo, ha' uma explicacao
sobre o 4o. Paradoxo de Zenon:

http://www.led.ufba.br/algebra1a/trab4/links/Estadio.htm


- Na verdade, o texto desse site e' uma transcricao
do livro Historia da matematica, de
Carl B. Boyer, Editora Edgard Blucher.
Na minha edicao (12a. reimpressao, 1996),
o texto esta' na pagina 55 e 56.


- Nao consegui entender o 4o Paradoxo. Na verdade,
nao vi paradoxo algum. A meu ver, parece-me que
o texto fala sobre dois corpos que estao se
movendo em sentidos opostos, e esta' um tanto
confuso.

- Se alguem puder comentar algo a respeito,
fico muito agradecido.

- P.S.: Os paradoxos 1, 2 e 3, que tambem constam
no referido livro, sao mais faceis de compreender.

Paulo Sergio Dias
psdias@globo.com.br









SUBJECT: Mais uma sobre o infinito: Hotel de Hilbert
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/07/2000 23:43

Amigos:

- Alguem conhece a historia "Hotel de Hilbert",
enunciada pelo grande matematico David
Hilbert, para explicar o infinito ?

- Ha' um hotel (imaginario) que possui
infinitos quartos, e todos estao
ocupados por um hospede. Logo, ha'
infinitos hospedes no hotel.

- Chega ao hotel mais uma pessoa desejando
se hospedar. O gerente e' Hilbert, que
depois de pensar um pouco tem a seguinte
ideia, para encontrar um quarto vago
para o novo hospede:

- Hilbert pede ao hospede do 1o. quarto
para que se mude para o 2o. quarto;
ao hospede que estava no 2o. quarto,
pede que se mude para o 3o. quarto,
e assim por diante.

- Em suma, cada hospede se para o quarto
seguinte, de modo que o primeiro quarto
fica vago, e entao o novo hospede
pode ser alojado no hotel.

- Depois, chegam dois novos hospedes,
e Hilbert procede de modo analogo:
cada hospede e' movido dois quartos
`a frente, ficando os dois primeiros
quartos vagos, e os novos hospedes
sao alojados ali.

- Pergunta:

- Ora, se inicialmente o hotel, que e'
composto por infinitos quartos, esta'
ocupado por infinitos hospedes, como
e' possivel passar cada hospede
para o quarto seguinte ? Agindo
assim, penso eu que cada hospede
(ate' o infinito) sempre encontrara'
um hospede no quarto seguinte, jamais
ocorrendo um quarto vago.

- Ou sera' que a ideia e' exatemente essa ?
Ou seja, se o hospede 1 vai ate' o quarto 2
e diz ao hospede que ali esta':

"Hei, o gerente solicitou que voce va' para
o quarto 3, e me deixe ficar aqui, no seu lugar"

- Entao, o hospede 2 vai ate' o quarto 3 e
diz ao hospede 3: "Eu ficarei no seu lugar,
e voce deve ir ate' o quarto 4"

- Se a ideia e' essa, significa que, quando o
primeiro hospede chegou, todos os hospedes
comecaram a fazer o maior "fuzu^e" no hotel,
cada um levando suas malas para o proximo
quarto, E NUNCA MAIS A MUDANCA PAROU...

- Se minha interpretacao esta' correta,
desde que o Hilbert inventou esta historia,
ate' hoje, ainda ha' hospedes dos "enesimos"
quartos se mudando para o quarto seguinte,
e nunca mais a mudanca ira' terminar, ate'
o fim dos tempos !


- Alguem tem uma explicacao melhor para
esse conceito do Hilbert ? `As vezes,
os matematicos (e cientistas em geral) inventam
um modo muito criativo e interessante
de explicar conceitos "nao triviais" (como
o infinito, neste caso) e acabam, na minha
visao de leigo, caindo em situacoes jocosas.


- Agradeco se alguem puder esclarecer melhor
a ideia do Hilbert.

[]'s
Paulo Sergio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: Re: [ciencialist] Hitler (pergunta)
FROM: Aline de Alvarenga Coelho <alinealvarenga@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/07/2000 00:01

Não sei se ajudo, mas como sou psicanalista, posso falar um pouco sobre
este assunto, embora não conheça a pesquisa sobre Hitler.
Lidamos, em psicanálise, com a energia psíquica sexual ou libido. Mas a
libido pode ser voltada para outras finalidades não-sexuais e este é o
caso da sublimação.
Além disso, Hitler usou a estratégia de supervalorizar as qualidades da
raça ariana, exarcebando o orgulho e ufanismos alemães. O que acontece
neste caso é um fenômeno semelhante ao da hipnose, guardando as devidas
proporções. O povo alemão se identificou com a superioridade que Hitler
lhes atribuiu, sendo assim, foi fácil manejá-los.
Para saber mais sobre o assunto do líder, há o interessantíssimo texto
de Freud "Psicologia das massas e análise do eu".
Caso eu tenha tocado num assunto que não faz parte do interesse da
lista, peço desculpas aos membros.
Atenciosamente,
Aline

Nanam escreveu:
>
> Uma vez ouvi falar que Hitler teria estudado algumas fontes de energia
> humana.
> De alguma forma ele descobriu que poderia referenciar a sua energia sexual
> para catalisar em uma energia de liderança .
> É um fato que já tenatram explicar e que não dexa de ser no mínimo
> interessante pois como iriam exaltar um homem pequeno, de rosto comum e
> diferente do povo alemão ( a raça ariana)?
> Se alguém souber de alguma coisa
> Abraços
> Lu
>
>
>
> *** --- ***
>
> >> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
> http://www.physlink.com/
>
> *** --- ***

--
Aline de Alvarenga Coelho
Psicóloga
alinealvarenga@uol.com.br
alinealvarenga@psiconet.com
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Página Pessoal : http://www.psiconet.com/alvarenga

Visite http://www.terravista.pt/FerNoronha/4928

e não deixe de prestigiar http://www.psiconet.com/brasil


SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Eliane Evanovich Gallagher <eliane@cbio.ufpa.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/07/2000 05:47



On Tue, 1 Aug 2000, Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Mon, 31 Jul 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Hmmm ...acabei de bolar uma teoria :
> > Se uma gene-caracteristica ruim eh apresentada na especie ( p ex miopia ) eh pq
> > seguramente este mesmo gene participa de uma caracteristica boa de modo a
> > compensar esta ma caracteristica. ( Primeiro teorema da doenca genetica do jocax
> > :)
>
> teoria ou teorema?
>
> de qq forma a possibilidade de um alelo conferir uma caracteristica boa
> por um lado e uma ruim jah foi ha muito aventada (embora nao em sua
> formulacao genetica, isso estah jah na raiz do modelo de darwin para a
> evolucao por selecao: n'a origem das especies', titio darwin fala sobre as
> ligacoes de uma caracteristica desvantajosa ou irrelevante com outras
> vantajosas) -- e tbm q. uma mesma caracteristica pode conferir uma
> vantagem ou desvantagem dependendo do ambiente... (cuidado pra nao ser
> acusado de plagio... re re re)
Essa teoria parece ser aplicada a alelos que sofrem constante
pressao seletiva, mas essa pressao pode ser mascarada quando ocorre
crossing-over...neste caso o que fazer se esse gene nao estiver envolvido
com caracteristicas basicas para a reproducao e propagacao do mesmo?? E o
atavismo genetico onde entra nessa historia??
So agora...lendo esse e-mail me perguntei, que a pressao seletiva,
nao depende so de fatores ambientais, que podem determinar fitness ou
selecao negativa ou genes, mas de como esses genes se comportam no genoma
(ligacao, crossing)+ fatores ambientais. Ou seja, a selecao nao depende
somente de ambiente e alelos vantajosos e desvantajosos, isso seria um
processo mais micro que macro. Me parece que existem menos variaveis do
que realmente deveriam existir nessa analise sobre selecao, posso esta'
errada nesse ponto de vista, mas e' a minha ideia no momento. Gostaria de
ver a opiniao de algumas pessoas da lista sobre isso!!


> eh o caso da anemia falciforme e os alelos envolvidos na producao de
> hemoglobina. um alelo defeituoso faz com q. a hemoglobina se polimerize no
> interior das hemacias, o q. confere o formato de foice a essas celulas e
> causa todo o quadro de anemia.
>
> qq em dose dupla -- os dois alelos no individuo sao defeituosos, o quadro
> eh extremamente grave e em geral o individuo eh inviavel biologicamente.
>
> em heterozigose ocorre um quadro bem menos severo, a polimerizacao das
> hemoglobinas ocorre apenas em situacoes de tensoes de oxigenio
> relativamente baixas. de qq forma em media eh menos viavel q. um individuo
> sem a doenca e q. nao seja portador do alelo defeituoso.
>
> ocorre q. esse mesmo alelo causa uma resistencia 'a infeccao por malaria.
> em ambientes em q. nao ocorre a molestia, os individuos sem o alelo da
> anemia apresentam maior vantagem. mas em ambientes em q. ocorre malaria,
> os individuos q. apresentam um dos alelos mutantes tem uma vantagem de
> resistencia q. supera a desvantagem do quadro leve de anemia. (os
> individuos homozigotos para o alelo mutante sao fortemente selecionados
> contra em ambos os casos.)

> eh um caso de selecao estabilizadora -- os individuos heterozigoticos
> apresentam um maior fitness, o q. faz com q. o alelo mutante permaneca
> presente na populacao (a despeito de sua constante perda em homozigose).
> mas a incidencia de um alelo causador de doencas ou redutor de fitness tbm
> pode ser explicado (depende de um estudo detalhado pra se saber se eh
> valido ou nao em um dado caso) em termos de taxa de mutacao: o loco pode
> ser um ponto do dna q. sofre bastante mutacoes e como sao maiores as
> possibilidades de ocorrencia de mutacoes deleterias do q. vantajosas, ha
> frequente producao de alelos mutantes defeituosos (lembrando q. o carater
> defeituoso se refere ao ambiente em q. se desenvolve o individuo)... entao
> embora por selecao, um dado alelo tenda sempre a desaparecer, a mutacao
> cria sempre novos alelos - uma situacao de equilibrio entre a pressao
> seletiva e a pressao de mutacao pode ser alcancada de tal maneira q. a
> caracteristica desvantajosa acabe se constituindo em uma variacao
> ateh frequente na populacao (depende da intensidade de cada fator).
>
> outra possibilidade eh o q. chamamos de efeito fundador: uma area
> previamente despovoada pode receber um grupo de organismos q. portem uma
> caracteristica nao muito vantajosa, mas por falta de competidores
> conseguem florescer -- os alelos ligados a essa caracteristicas se
> espalham desse modo nessa regiao. eh um tipo de deriva genetica q. comento
> mais adiante.
>
> ha tbm a possibilidade de efeito carona: um alelo em um loco proximo a
> outro loco com um alelo q. confira uma vantagem adaptativa pode ser
> selecionado em conjunto, mesmo q. cause uma pequena desvantagem.

Assim como ocorre isso, pode haver o contrario, um gene vantajoso
ser eliminado pegando carona na "eliminacao" do gene desvantajo.

> a deriva genetica pode tbm levar a um aumento de um alelo desvantajoso por
> simples desvio causado por amostragem. essa possibilidade eh tto maior qto
> mais restrito for a populacao considerada. a situacao depende tbm da
> relacao entre a pressao seletiva e o grau de deriva.
>
> de modo q. ha varios processos q. podem levar a um aumento da frequencia
> de um alelo deleterio, nao podemos entao dizer q. seguramente se deveu a
> um ou outro fator sem q. realizemos alguns estudos ou facamos outras
> inferencias a partir de dados disponiveis


> o pan-selecionismo eh uma doutrina um tto antiquada na biologia moderna...
> um otimo artigo pra se ler eh:
>
> GOULD SJ, LEWONTIN RC 1979 - SPANDRELS OF SAN-MARCO AND THE PANGLOSSIAN
> PARADIGM - A CRITIQUE OF THE ADAPTATIONIST PROGRAM. PROCEEDINGS OF THE
> ROYAL SOCIETY OF LONDON SERIES B-BIOLOGICAL SCIENCES 205: (1161) 581-598.
>
> eh um artigo seminal... outros tbm interessantes:
>
> Gould SJ 1997 - The exaptive excellence of spandrels as a term and
> prototype. PROCEEDINGS OF THE NATIONAL ACADEMY OF SCIENCES OF THE UNITED
> STATES OF AMERICA 94: (20) 10750-10755.
>
> Pigliucci M, Kaplan J 2000 - The fall and rise of Dr Pangloss:
> adaptationism and the Spandrels paper 20 years later. TRENDS IN ECOLOGY &
> EVOLUTION 15: (2) 66-70.
>
> []s,
>
> roberto takata
>
>
>
>
> *** --- ***
>
> >> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
> http://www.physlink.com/
>
> *** --- ***
>
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/07/2000 07:20



Francisco wrote:

> Na verdade existe grande confusão entre instinto e reflexos. Instintos
> são
> como comportamentos programados pela seleção natural visando a
> sobrevivencia
> da espécie. Ou melhor, seriam comportamentos selecionados pela
> evolução que
> conferem vantagens para a perpetuação da espécie.

Os reflexos tambem. Como vc acha entao q apareceram os reflexos?
Eles (reflexos) tambem foram programados por selecao natural.


> A atração sexual, na
> maioria dos animais por exemplo, ela ocorre somente quando a femea
> está
> pronta para engravidar, tem o único objetivo da reprodução

NA PARA O ANIMAL. Para o animal o sexo NAO tem como unico objetivo
a reproducao , ele nam sabe q copulando ira gerar filhos !!
Para o animal o objetivo eh satisfazer seu DESEJO sexual, aliviar o
impulso
que lhe dara grande prazer. Exatamente como um sedento vai atras da
agua.
OS HOMENS tem o mesmissimo impulso e desejo , apenas tem o cortex
(razao)
que pode refrear , ou melhor segurar seu impulso instintivo que. de
qualquer modo
NAO DEIXARA DE EXISTIR. ( Alguns nao resistem e estupram )



> e os machos da
> espécie não conseguem resistir a uma femea no cio.

Nem alguns homens. Nem os apaixonados q ficam ANOS atras de sua femea
tentando conquista-la com flores, poesias etc.. Mudam apenas os meios de

conseguir o bjetivo.


> Ele tem que disputa-la,
> não há opção para ele. Ele não aprendeu isso de forma alguma, e não é
> um
> reflexo como a contração de um musculo que afasta o orgão da origem da
> dor.

Os homens tambem NAO aprenderam q devem ter desejos por femeas, nunca
ensinam aos meninos q eles devem desejar as meninas ! :-))

>
> E todos os machos do mesmo grupo terão a mesma punção de copular com a
>
> femea.
>

Assim como todos ( pelo menos 90% ) os homens da especie Homo sapiens.

>
> No caso do homem a atração sexual nem sempre visa a reprodução,

Nem para os animais visa a reproducao: Visa satisfazer o impulso.


> nossa
> capacidade de criticar o nosso próprio comportamento destroi qualquer
> comportamento instintivo.

NAO DESTROI simplesmente o REPRIME ( Freudianos estudam este
dilema ha mais de seculo :) )


> Você pode escolher ou não dar em cima de uma femea
> muito gostosa, independente de ela estar ou não no cio. Voce pode até
> escolher não ter femea alguma.

Vc pode escolher mas o impulso existira !
Vc pode escolher e mesmo assim NAO resistir !
( Muitos padres fazem esta escolha e nao resistem, acabam se casando por
exemplo )


> É uma questão de escolha individual,
> influenciada ou não pelo grupo social ao qual se pertence. Portanto
> instinto
> é imperativo da espécie.

E por isso TODA especie os possui.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/07/2000 07:29



Francisco wrote:

> ----------------------------------------------------------
> > Do dicionario Michaellis :
> > Instinto
> > s. m. 1. Estímulo ou impulso natural, involuntário, pelo qual homens
> e
> > animais executam certos atos sem conhecer o fim ou o porquê desses
> atos.
> > 2. Aptidão inata.
> > -----------------------------------------------------------
> > Agora vamos analisar suas sentencas :
> >
> > "No caso do
> > homem, não existem comportamentos do tipo imperativo biológico..."
> >
> > Ledo engano, observe estes comportamentos humanos ( sem que
> > nunca ninguem os tenha ensinado ):
> > 1-Desde o nascimento a crianca ja procura o seio para sugar.
> > 2-A crianca chora qdo tem fome / sede /frio etc...
> > Sao comportamentos instintivos.
> >
> > Agora, com o decorrer da idade, temos todos, alguns sentimentos
> > que normalmente geram impulsos ( ACOES ) :
> > Todos os sentimentos : Raiva, Amor, Vergonha, Paixao , Medo etc..
> > Estes sentimentos tambem tem origem genetica e atraves deles
> > muitas de nossas sao disparadas.
> >
> > Aqui entra o segundo ponto :
> >
> > "..., uma vez que
> > somos capazes de questionar qualquer comportamento e agir contrário
> a
> > ele."
> >
> > Nem sempre !
> > Dependendo da idade e de sua capacidade de lidar com suas emocoes
> isso
> > pode nao
> > ser verdade. *Do contrario nao teriamos tantos crimes passionais*.
> > Nossa razao as vezes tenta nos ajudar mas nem sempre conseguimos
> reagir
> > aos sentimentos mais fortes e nestes casos ficamos submissos a eles.
>
> >
> > O q eu costumo, talvez erroneamente, generalizar como instinto sao
> as
> > "regras epigeneticas" que sao "algoritmos cerebrais" (
> comportamentos )
> >
> > ja codificados em nossos cerebros para tratar de determinados
> problemas.
> >
> > Temos uma porcao de regras-epigeneticas que nos levam a agir desta
> ou
> > daquela maneira
> > sem ter q pensar: como uma resposta-reacao rapida a determinados
> > estimulos do ambiente.
> > Costumo chamarde instinto pq tambem sao normas comportamentais que
> estao
> >
> > programadas geneticamente em nossos cerebros sem o envolvimento da
> > "razao".
> >
> >
> Bem, o que seu dicionário define como instinto, na verdade são
> reflexos, uma
> confusão bastante comum da qual o lexicógrafo não está livre. Quanto
> aos
> atos involuntários dos bebês, estes são reconhecidamente reflexos e
> não
> instintos.
> Raiva, ódio e outros sentimentos intensos são emoções básicas, não são
>
> instintos.

Essas emocoes basicas levam a impulsos de comportamentos basicos tambem.

Estes impulsos de comportamentos basicos ( inatos ) podem ser chamados
de
instinto.


> Se um homem perde a razão e sai matando outros homens, devemos
> dizer que o assassinato faz parte do instinto humano?

Eu diria que a resposta eh SIM.
Dependendo do grau de pressao a q o individuo eh submetido ele tera
o impulso de matar. Mas a razao podera impedi-lo neste intento. ( em
sempre consegue ).
Se vc ( com uma arma na mao ) ve um estuprador estuprar sua filha na sua
frente
o q vc faria ? ( nao atirar NAO seria humano )
Quero salientar q o ato dependera da pressao psicologica q o individuo
eh submetido.


> Então não sou humano,
> pois nunca matei ninguém.

Vc AINDA nao matou simplesmente pq vc nao foi pressionado o suficiente
para q este impulso se manifestasse.( Espero q isso nao ocorra )


> O instinto é da espécie, não tem sentido falar de
> instinto de um indivíduo da espécie.

Sim, concordo em parte. Pois lembre-se : sempre existira e existiu um
UNICO
individuo mutante q portava os genes do primeiro instinto que DEPOIS se
propagou
para toda a especie.


[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mais uma sobre o infinito: Hotel de Hilbert
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/07/2000 07:54



Paulo Sérgio Dias wrote:

> - Chega ao hotel mais uma pessoa desejando
> se hospedar. O gerente e' Hilbert, que
> depois de pensar um pouco tem a seguinte
> ideia, para encontrar um quarto vago
> para o novo hospede:
>
>
> - Se a ideia e' essa, significa que, quando o
> primeiro hospede chegou, todos os hospedes
> comecaram a fazer o maior "fuzu^e" no hotel,
> cada um levando suas malas para o proximo
> quarto, E NUNCA MAIS A MUDANCA PAROU...
>
> - Se minha interpretacao esta' correta,
> desde que o Hilbert inventou esta historia,
> ate' hoje, ainda ha' hospedes dos "enesimos"
> quartos se mudando para o quarto seguinte,
> e nunca mais a mudanca ira' terminar, ate'
> o fim dos tempos !
>
> - Alguem tem uma explicacao melhor para
> esse conceito do Hilbert ?

Acho q sua interpretacao esta correta, mas eu tenho uma outra solucao
para q a "mudanca" seja feita uma *unica vez* liberando infinitos
quartos
para todos os novos hospedes que entrarem !!
( e sem mandar nenhum hospede para a rua)

Pensem anntes de ver minha resposta (abaixo ) .....

.
.
.
.
.
.

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.
.
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.
Pense antes de ver a resposta do Jocax depois nao vai dizer : "Assim
ateh eu !!"

.
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.
.

..
Solucao do JOCAX:
Com uma unica ordem Hilbert poderia liberar infinitos quartos.: A ordem
eh :
Todos os hospedes dos quartos de numero N por favor mudem-se para os
quartos de numero 2N.
Assim o hospede do quarto 1 passaria a morar no 2
O hospede do quarto 2 passaria a morar no quarto 4 etc..
Note q, fazendo assim, sobrariam TODOS os infinitos quartos IMPARES !!
E nenhuma outra mudanca teria q ser pedida incomodando todos os hospedes

a medida q chegassem novos ! :-))
[]s
jocax




SUBJECT: [Fwd: [Dicas-L]EUA aprovam projeto de lei contra spam]
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/07/2000 07:55




SUBJECT: Re: [ciencialist] 4o. Paradoxo de Zenon
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/07/2000 08:16



Paulo Sérgio Dias wrote:

>
> http://www.led.ufba.br/algebra1a/trab4/links/Estadio.htm
>
> - Nao consegui entender o 4o Paradoxo. Na verdade,
> nao vi paradoxo algum. A meu ver, parece-me que
> o texto fala sobre dois corpos que estao se
> movendo em sentidos opostos, e esta' um tanto
> confuso.
>
> - Se alguem puder comentar algo a respeito,
> fico muito agradecido.

Na verdade eu acredito q a figura 1 esta errada.
A Carreira C na figura 1 deveria estar deslocada uma posica para a
direita:
A1A2A3A4
B1B2B3B4
C1C2C3C4
Depois de um instante minimo teriamos a posicao da figura 2.
O paradoxo aparente eh : se o instante minimo permite o deslocamento de
uma posicao
como ficaria um observador sentado em C observando 2 Letras B passando
sobre ele no mesmo intervalo?
Usando a T. da relatividade haveriaa uma explicacao : Nao podemos somar
as velocidades algebricamente.
[]s
jocax





SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/07/2000 13:39

On Thu, 27 Jul 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Os homens tambem NAO aprenderam q devem ter desejos por femeas, nunca
> ensinam aos meninos q eles devem desejar as meninas ! :-))

podemos ser um tto mais explicitos em relacao ao componente instintivo do
comportamento sexual humano.

em termos de comportamento de corte, certamente o fator cultural atua de
modo bastante decisivo, o q. realmente mascara a porcao inata desse
comportamento.

mas depois da fase de cortejamento, estou falando do ato sexual em si, a
copula, poucas culturas se referenciam em detalhes sobre como proceder.
nao ha um codigo de instrucoes cultural com o protocolo do intercurso --
embora possa haver modulacoes culturais controlando esse ato. (resisto 'a
tentacao de detalhar descricoes pormenorizadas e suas variacoes.)

facamos inicialmente um experimento imaginario -- isole qq componente
cultural q. possa influenciar o individuo (no caso, os individuos -- o
numero minimo eh dois, obviamente) e deixe-os por conta propria: um
cenario de lagoa azul - um garoto e uma garota saudaveis e normais. em
tempo de maturidade sexual, certamente haverah atracao reciproca. mas nao
nos concentremos na atracao. imaginemos -- sem malicia (eu sei q eh
dificil assim, mas sejamos fortes) --, entao, se os dois nao saberao como
proceder para satisfazer o (na falta de uma palavra melhor) impulso q.
certamente sentirao.

bem, dificilmente teremos um caso assim, de individuos separados de um
contexto cultural (como sobreviveriam os garotos por conta propria em uma
ilha deserta?). mas o estudo comparativo de diferentes culturas pode nos
ajudar a ver o q. estah sendo mais culturalmente condicionado e o q tem
a ver com comportamentos inatos. se, a despeito de elementos culturais
diversos, tracos do comportamento sao praticamente identicos, entao ha um
componente inato atuando de forma mais pronunciada. ou se, diferentemente,
um comportamento varia em concordancia com a cultura entao esse fator tem
grande importancia nesse traco.

claro q. precisariamos isolar a porcao genetica tbm para termos um
precisao maior. embora bastante dificultoso isso eh possivel -- qdo
criancas cujos pais sao originarios de uma dada populacao, sao criadas em
meio a outra com uma cultura diversa. ou mais dificil, mas mais revelador,
qdo gemeos univitelinos sao separados ao nascimento e crescem em ambientes
culturais diferentes. (eh dificultoso nao apenas em termos operacionais,
mas principalmente porq. eh algo q. nao pode ser induzido
experimentalmente, por razoes eticas obvias.)

claro q., mais uma vez, nao estamos falando unicamente de instinto no
sentido em q. vc entende a expressao -- diversos outros modos de
comportamento tbm estao sendo considerados. mas seguramente, uma vez q. vc
deve estar propenso a aceitar q. se dado tipo de comportamento for
demonstrado nao estar indelevelmente (qual termo eh menos pedante:
indelevel, indissoluvel ou inextricavel?) ligado 'a cultura, entao deve
ser instintivo, um dos sem numero de comportamentos estudados deverah
satisfazer a sua conceituacao de instinto.

- sexualidade;
- preferencia alimentar;
- dotes artisticos (competencia para musica,e.g.);
- habilidade esportiva (nao apenas no q. se refere 'a parte motora, mas,
entre outras coisas, tbm ao desenvolvimento de estrategias durante o
jogo sem recorrencia a aprendizados previos ou raciocinio explicito);
- desempenho social (capacidade de se fazer bem aceito em um grupo, por
exemplo);

e outras coisas mais.

repito q. nao estou dizendo q. os genes sao os unicos responsaveis por
isso -- todas as caracteristicas de um organismo sao fruto da acao
conjunta de seu material genetico e do ambiente em q. se expressa esse
material -- apenas frisando q. nao somos 100% determinado pelo ambiente e
q. nosso comportamento nao eh determinado *exclusivamente* pelo ambiente
cultural.

e corrigindo um dado bibliografico q. passei, o livro de antonio damasio
'o erro de descartes' eh de 1998 (o original eh de 1994... eh um dos casos
em q. a media - 1996 - nao quer dizer muita coisa...)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular?
FROM: "Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/07/2000 13:54


    Olá pessoal! :o)
 
Paulo Sergio Dias:
"No rádio, ouvi o final de uma entrevista de um indivíduo (que acredito nao ser um médico) que disse o seguinte, ao comentar alguns dos comportamentos das crianças: As criancas arrancam as cascas de suas feridas porque têm uma 'sabedoria interior' através da qual elas sabem que, assim agindo, a ferida é curada mais rapidamente e não deixa marcas na pele. Se a casca da ferida nao for arrancada, ela acaba deixando uma cicatriz mais aparente na pele."
    Voltando à questão original, refletindo no tempo em que éramos felizes crianças e pesquisando em campo com meu filho concluí que o depoimento do citado 'indivíduo' acima nada mais se refere a um suposto conhecimento de estética corporal embutido nas crianças.
 
    Observem os depoimentos que consegui de algumas pessoas, inclusive meu filho:
 
"Eu tirava as casquinhas pra comer... algo similar à 'mania de ficar tirando rolinhos de tecido felpudo'." (Tiago, 19 anos)
 
"Eu tiro por que coça! Quando fica sem casquinha para de coçar." (Meu filho, 4 anos)
 
"Tiro a casquinha para a pele ficar lisa... não gosto de deixá-las cair!" (Minha ex, 23 anos)
 
    Podemos observar que esses comportamentos são similares para todas as pessoas. Isso, para mim, é resposta a estímulos. "Coçar, ficar saliente na pele... comer! ;o)" É conhecido por todos que quando há uma cicatrização na pele sentimos como se ela estivesse sendo esticada. Ou seja, os depoimentos de cada um dos entrevistados possui um fundamento lógico. Mas quando uma resposta a estímulos deve ser caracterizada como instinto?
 
    Ao meu ver instinto é (muito bem apresentado nas msgs como o imperativo da espécie) o conjunto de respostas a estímulos baseadas apenas nas percepções sensoriais de cada organismo. Instinto assemelha-se a uma espécie de sugestão de atitude do cérebro para um determinado organismo em uma determinada circunstância. É a oportunidade cedida ao organismo de determinar 'como' agir com relação ao que 'sente'. Entretanto, no caso do reflexo parece ser algo similar, mas não é. Quando estamos dormindo e alguém tampa nosso nariz, passamos a respirar pela boca. Isso é reflexo ou instinto? Digo que é instinto. Reflexo são instintos condicionados.
 
    Um xadrista imortal de 80 milhões de anos executaria uma jogada por reflexo ou instinto?
 
    Abraços pessoal! t+
    Ozelo

SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Aline de Alvarenga Coelho <alinealvarenga@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/07/2000 15:47

Oi, Francisco
É interessante o que você diz. O ser humano é bem diferente dos animais
neste aspecto, pois ele não funciona segundo instintos, pelo menos não
sempre. Nossos instintos estão desvirtuados porque somos uma espécie
submetida a linguagem e a uma ordem simbólica que nos antecede e
permeia. É por isso que o homem deseja coisas que não são da ordem do
mundo natural, mas do mundo cultural. E é por causa disso também que
existe escolha, ao contrário do comportamento instintivo.
Abraços,
Aline


>
> Na verdade existe grande confusão entre instinto e reflexos. Instintos são
> como comportamentos programados pela seleção natural visando a sobrevivencia
> da espécie. Ou melhor, seriam comportamentos selecionados pela evolução que
> conferem vantagens para a perpetuação da espécie. A atração sexual, na
> maioria dos animais por exemplo, ela ocorre somente quando a femea está
> pronta para engravidar, tem o único objetivo da reprodução e os machos da
> espécie não conseguem resistir a uma femea no cio. Ele tem que disputa-la,
> não há opção para ele. Ele não aprendeu isso de forma alguma, e não é um
> reflexo como a contração de um musculo que afasta o orgão da origem da dor.
> E todos os machos do mesmo grupo terão a mesma punção de copular com a
> femea.
>
> No caso do homem a atração sexual nem sempre visa a reprodução, nossa
> capacidade de criticar o nosso próprio comportamento destroi qualquer
> comportamento instintivo. Você pode escolher ou não dar em cima de uma femea
> muito gostosa, independente de ela estar ou não no cio. Voce pode até
> escolher não ter femea alguma. É uma questão de escolha individual,
> influenciada ou não pelo grupo social ao qual se pertence. Portanto instinto
> é imperativo da espécie.
>
>
>
> *** --- ***
>
> >> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
> http://www.physlink.com/
>
> *** --- ***

--
Aline de Alvarenga Coelho
Psicóloga
alinealvarenga@uol.com.br
alinealvarenga@psiconet.com
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/07/2000 16:47



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Thu, 27 Jul 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Os homens tambem NAO aprenderam q devem ter desejos por femeas,
> nunca
> > ensinam aos meninos q eles devem desejar as meninas ! :-))
>
> podemos ser um tto mais explicitos em relacao ao componente instintivo
> do
> comportamento sexual humano.
>

Minha(?) teoria a respeito de comportamenos instintivo-geneticos X
culturais eh :
Um comportamento deve ter forte traco genetico quando a maioria das
pessoas
do planeta (pex. 90%) os possui.
Assim, se grande parte das pessoas tem impulso sexual, eh pq esse
impulso eh genetico.
( Comportamentos geneticos eu chamo de "instintos" - impulsos sem
intervencao ou
conhecimento da razao ) .
Claro q nem todo impulso-instintivo precisa ser compartilhado pela
maioria.
Meu filho (adolescente ) tem um impulso quase doentio em arrancar cascas
de feridas
e por isso elas demoram muitissimo a cicatrizar. Faz isso desde crianca
e apesar
das apreensoes e broncas q levou pelo ato. quero dizer q apesar da
cultura ( minha
educacao ) dizer para ele NAO arrancar as cascas ele simplesmente NAO
resistia e
as arrancava. :-(
Por isso eu acho q eh um impulso instintivo.
Eu tenho o impulso irresistivel de apertar as bochechas dos meus filhos
pequenos.
Acho q herdei da minha mae que tinha um impulso de apertar as orelhas.!!
:-))
Bom eu nao estou dizendo q existe UM gene para cada caravcteristica do
ser
vivo. Acredito que um mesmo gene pode ter funcoes ( em conjunto com
outros )
para diversas caracteristicas : P exemplo. Um gene q da a forma as
orelhas pode influenciar
o instinto de provocar choro em decorrencia de um sofrimento qualquer.
Dessa maneira nao precisariamos de um gene para cada caracteristica
pois, o mesmo
gene, pode participar de varias caracteristicas. Ateh mesmo um q arranca
cascas de ferida.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: ls <tutor56@yahoo.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/07/2000 17:11


--- Aline de Alvarenga Coelho
<alinealvarenga@uol.com.br> wrote:
> Oi, Francisco
> I interessante o que vocj diz. O ser humano i bem
> diferente dos animais
> neste aspecto, pois ele nco funciona segundo
> instintos, pelo menos nco
> sempre. Nossos instintos estco desvirtuados porque
> somos uma espicie
> submetida a linguagem e a uma ordem simbslica que
> nos antecede e
> permeia. I por isso que o homem deseja coisas que
> nco sco da ordem do
> mundo natural, mas do mundo cultural. E i por causa
> disso tambim que
> existe escolha, ao contrario do comportamento
> instintivo.
> Abragos,
> Aline
>
>

Ola,
mais uma vez eu, do alto do meu estado de leigo venho
*atrapalhar* a discussao.
ao meu ver, desejarmos coisas do mundo cultural em
nada vai contra instintos: valoramos o mundo cultural
pois [como alguem disse aqui na lista] o instinto tbm
i aceitacao social [takata?]. ao procurarmos aceitacao
social, encontramos como meio a 'aquisigao'[nao me
refiro somente a bens]de coisas do meio social.

John

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SUBJECT: En: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 27/07/2000 17:16

Mesmo desvirtuados, variando em forma de expressão em cada indivíduo, o
instinto estaria presente, não?

Aline, existe ou não uma "lógica humana" unificadora de nossa espécie?
A psicanálise se basea em instintos humanos? Talvez a palavra seja outra,
mas não há "tendência" que é comum à espécie humana?

Abraços,

Sheila.


----- Original Message -----
From: Aline de Alvarenga Coelho

Oi, Francisco
É interessante o que você diz. O ser humano é bem diferente dos animais
neste aspecto, pois ele não funciona segundo instintos, pelo menos não
sempre. Nossos instintos estão desvirtuados porque somos uma espécie
submetida a linguagem e a uma ordem simbólica que nos antecede e
permeia. É por isso que o homem deseja coisas que não são da ordem do
mundo natural, mas do mundo cultural. E é por causa disso também que
existe escolha, ao contrário do comportamento instintivo.
Abraços,
Aline


>
> Na verdade existe grande confusão entre instinto e reflexos. Instintos são
> como comportamentos programados pela seleção natural visando a
sobrevivencia
> da espécie. Ou melhor, seriam comportamentos selecionados pela evolução
que
> conferem vantagens para a perpetuação da espécie. A atração sexual, na
> maioria dos animais por exemplo, ela ocorre somente quando a femea está
> pronta para engravidar, tem o único objetivo da reprodução e os machos da
> espécie não conseguem resistir a uma femea no cio. Ele tem que disputa-la,
> não há opção para ele. Ele não aprendeu isso de forma alguma, e não é um
> reflexo como a contração de um musculo que afasta o orgão da origem da
dor.
> E todos os machos do mesmo grupo terão a mesma punção de copular com a
> femea.
>
> No caso do homem a atração sexual nem sempre visa a reprodução, nossa
> capacidade de criticar o nosso próprio comportamento destroi qualquer
> comportamento instintivo. Você pode escolher ou não dar em cima de uma
femea
> muito gostosa, independente de ela estar ou não no cio. Voce pode até
> escolher não ter femea alguma. É uma questão de escolha individual,
> influenciada ou não pelo grupo social ao qual se pertence. Portanto
instinto
> é imperativo da espécie.




SUBJECT: En: Genética
FROM: "Valenca" <valenca@espcex.unicamp.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/07/2000 18:37

 
-----Mensagem original-----
De: Valenca <valenca@espcex.unicamp.br>
Para: ciencialist@egroups.com <ciencialist@egroups.com>
Data: Sábado, 15 de Julho de 2000 15:47
Assunto: En: Genética

 
-----Mensagem original-----
De: Valenca <valenca@espcex.unicamp.br>
Para: ciencialist@egroups.com <ciencialist@egroups.com>
Data: Sábado, 15 de Julho de 2000 15:35
Assunto: Genética

    Campinas, 15 de julho de 2000.
    Prezados amigos,
 
     Gostaria de saber se podem me indicar pessoas, matérias, links, publicações ou qualquer outra fonte de consulta onde se possa achar comentários de genética relacionados com cães. Ou seja, que apresente algum estudo já realizado sobre dominância genética ou melhoramento genético de raças de cães.
    Caso alguém possa me ajudar, por gentileza envie a informação para capvalença@aol.com ou para valenca@espcex.unicamp.br .
    Um abraço!
    PAULO VALENÇA

SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/07/2000 18:40

On Thu, 27 Jul 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Minha(?) teoria a respeito de comportamenos instintivo-geneticos X
> culturais eh :
> Um comportamento deve ter forte traco genetico quando a maioria das
> pessoas
> do planeta (pex. 90%) os possui.

nao eh assim... claro q. em ultima instancia todos os comportamentos estao
ligados aos genes (eles participam da criacao da arquitetura neural
basica).

a questao eh se os genes ou a cultura estao atuando de forma mais premente
em um nivel mais imediato para um dado comportamento: e.g. comer eh um
comportamento basico, mas ser vegetariano em grande medida eh determinado
culturalmente.

facamos um outro experimento mental (com todas as limitacoes q.
consideracoes dessa natureza possui) - a cultura hindu prega q. as vacas
sao sagradas. digamos q., em lugar do cristianismo, a cultura europeia se
baseasse no hinduismo e digamos q. sua expansao foi mais severa do q. a q.
temos atualmente: toda a populacao mundial deixaria de se alimentar de
carne de vaca por questao primariamente cultural.

outra idealizacao, essa mais tenebrosa, digamos q. haja um holocausto
nuclear e certamente apenas os q. tiverem acesso a um bunker sobreviverao
- a cultura da populacao descendente dependerah da cultura da populacao
sobrevivente. ela estarah nessa situacao inicial ligada aos genes da
populacao descendente por questoes simplesmente casuais e nao causais.

assim, atribuamos a genotipos hipoteticos numeros; a culturas hipoteticas,
letras e a tracos comportamentais, outra marcacao. poderiamos ter:

1a&@ 2a#@ 1b&% 2b#%

(estou simplificando as coisas alem da conta - assumindo q. uma
caracteristica seria determinada 100% ou por genes ou pelo ambiente)

nessa situacao hipotetica o gene 1 estaria determinando o comportamento &;
o gene 2, # e a cultura a, @ e a b, %. & e # seriam comportamentos
geneticos e @ e %, culturais. pois bem, digamos q. apenas a populacao 2b#%
sobreviva. nao poderemos saber se # eh determinado pelo gene 2 ou pela
cultura b, o mesmo com %.

bem, essa situacao eh artificial sem duvida. mas isso ilustra q. se um
elemento cultural estiver igualmente espalhado nao poderiamos saber apenas
pelo censo se um dado comportamento eh devido aos genes espalhados ou 'a
cultura espalhada.

a sua suposicao nao deixa de ser uma variacao da etologia comparada, mas
estah assumindo a priori q. nenhum elemento cultural estah espalhado pela
populacao. a realidade eh um pouco diferente.

se analisamos, por exemplo, as cosmogonias de diversos povos,
encontraremos muitos elementos em comum - eh o q suscita a bobagem noveval
de q. uma verdade transcendente se prova. ha narracoes de diluvio em
diferentes culturas - qq cenario evolutivo pensado em termos
primordialmente geneticos para explicar isso dependeria de uma boa dose de
forcacao de barra. a maioria das narracoes se fixam tbm na finitude do
universo - com comeco e fim - eh um tto qto forcado querer atribuir isso a
uma limitacao biologica, por exemplo, a dificuldade de se lidar com a
questao da infinitude (por um lado por q. temos dificuldades de lidar com
a nocao de transcendencia, o q. nao impediu de muitas culturas
religiosas terem evoluido para essa configuracao; por outro, temos
indicios de q. a nocao de infinito estah mais ligado 'a questoes
culturais). e ha' outras semelhancas basicas - a maioria soh muito
remotamente correlacionavel com questoes geneticas e mais prontamente
ligada a aspectos culturais.

bem, aquela situacao hipotetica da selecao de uma combinacao unica de
caracteristicas genetico-culturais eh, repito, forcada - mas algo nao
muito distante eh modelado para o passado nao muito remoto da humanidade.
alguns bio-antropologos apoiam q. houve um forte gargalo evolutivo ha'
cerca de uns 150 mil anos, em q. apenas cerca de 10.000 individuos
restaram (a questao eh bastante controversa). se tal coisa ocorreu entao
uma ligacao gene-comportamento espuria pode ter acontecido.

e ha outros fatores historicos: ateh algum tempo mais de 90% das pessoas
viviam no campo, daqui a alguns anos mais da metade da populacao
mundial viverao em cidades. isso tem pouco a ver com genetica. se quiser
pensar em termos mais diretamente comportamentais -- seguramente os modos
de vida urbano eh diferente do rural, o comportamento medio da populacao
passarah do rural para urbano sem q. tenha muito a ver com genes. (no
sentido usual poderemos dizer q. nao terah nada a ver com genetica.)

> gene, pode participar de varias caracteristicas. Ateh mesmo um q arranca
> cascas de ferida.

seria o mesmo q. afirmar q. santos dummond (ou os irmaos wright - pra
quem nao eh brasileiro nem frances) teve culpa pela bomba atomica
em hiroxima... em ultima instancia todos os genes participam de tudo no
ser vivo. o q. se estah levando em consideracoes sao relacoes causais
imediatas.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] [Fwd: [Dicas-L]EUA aprovam projeto de lei contra spam]
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/07/2000 19:20

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Pela lei, as mensagens comerciais devem ter um endereço de retorno preciso
> e seu envio será considerado uma prática ilegal caso o usuário solicite o
> cancelamento uma vez apenas e a companhia continuar disparando-as para o
> internauta.

Errado. Não adianta nada. Todo mundo vai receber mensagens de -todas-
as "companhias" spammers do mundo, e vai ter que reclamar de cada uma.
É exatamente o que acontece agora, com a diferença de que os spammers
continuarão com suas contas para aborrecer outros. Tolice.
Uso comercial de e-mail sem expressa e -prévia- autorização tem que
ser rigorosamente combatido.

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/07/2000 21:28

> Olá,
> mais uma vez eu, do alto do meu estado de leigo venho
> *atrapalhar* a discussao.
> ao meu ver, desejarmos coisas do mundo cultural em
> nada vai contra instintos: valoramos o mundo cultural
> pois [como alguem disse aqui na lista] o instinto tbm
> é aceitacao social [takata?]. ao procurarmos aceitacao
> social, encontramos como meio a 'aquisiçao'[nao me
> refiro somente a bens]de coisas do meio social.
>
> John

Ora, se a busca de aceitação social fosse instintiva, não haveiram tantos
que buscam o isolamento e as empresas não pregariam o individualismo que
está tão em moda hoje em dia (fala-se em cooperação, mas a prática é
individualizadora).
Como disse antes não se pode falar de instintos de algumas pessoas, instinto
é da espécie. Quando se fala em indivíduos ou de pequenos grupos, o
comportamento é de ordem social, como já foi bem explicado por outros
colegas da lista!



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/07/2000 21:35

On Thu, 27 Jul 2000, Francisco wrote:

> > Olá,
> > mais uma vez eu, do alto do meu estado de leigo venho
> > *atrapalhar* a discussao.
> > ao meu ver, desejarmos coisas do mundo cultural em
> > nada vai contra instintos: valoramos o mundo cultural
> > pois [como alguem disse aqui na lista] o instinto tbm
> > é aceitacao social [takata?]. ao procurarmos aceitacao
> > social, encontramos como meio a 'aquisiçao'[nao me
> > refiro somente a bens]de coisas do meio social.
> >
> > John
>
> Ora, se a busca de aceitação social fosse instintiva, não haveiram tantos
> que buscam o isolamento e as empresas não pregariam o individualismo que
> está tão em moda hoje em dia (fala-se em cooperação, mas a prática é
> individualizadora).
> Como disse antes não se pode falar de instintos de algumas pessoas, instinto
> é da espécie. Quando se fala em indivíduos ou de pequenos grupos, o
> comportamento é de ordem social, como já foi bem explicado por outros
> colegas da lista!

francisco,

vc estah imaginando instintos como algo insuperavel, incontrolavel -- nao
eh isso o instinto. ele pode ser modulado e sua acao pode ser
eventualmente mitigada por outros fatores, como a intervencao consciente
racional.

vc ha de considerar q. a migracao eh um instinto presente em diversos
animais -- mas eh possivel condicionar animais de cativeiro com habitos
migratorios naturais a nao migrarem. eh por essa possibilidade q.
alguns passaros migratorios exoticos podem ser mantidos em espacos abertos
em zoologicos sem q fujam (algumas especies de fato transitam para fora o
zoo, usando-o como escala em sua rota migratoria -- mas isso para especies
q. normalmente passam pela regiao em q. se situa o zoo.)

qdo se fala q. o instinto eh da especie, deve se entender simplesmente q.
os individuos daquela especie normalmente o apresentam -- em muitos casos
pode ser na totalidade dos individuos, mas nao quer dizer q. nao possa
haver eventualmente variacao individual.

pense assim, o instinto eh um fator comportamental e como tal estah sendo
gerido pelo sistema nervoso. ocorre um instinto porque o sistema nervoso
de um organismo estah 'programado' inatamente a responder de um certo modo
mais ou menos estereotipado a certos estimulos ambientais (sendo q. o
ambiente pode ser tbm interno ao organismo - i.e., os estimulos podem ser
modificacoes da fisiologia do individuo).

bem essa 'pre-programacao' estah representada na forma dos circuitos
neuronais, ou seja, no modo como os neuronios desse organismo estao
organizados e se comunicam entre si e com os terminais efetores (musculos
e glandular, p.e.). essa arquitetura depende do gene e do ambiente de
desenvolvimento desse organismo.

consideremos q. o ambiente em q. se desenvolve o embriao de um animal seja
mais ou menos invariavel (nao eh bem assim, mas para muitos aspectos isso
nao faz muita diferenca), entao o q. estarah influenciando no modo como o
sistema nervoso estarah configurado ao nascer sao os genes q. produzem
enzimas e polipeptideos q participam da formacao do s. nervoso. isso
significa q. se copias diferentes dos genes participantes produzirem
enzimas e polipeptideos com funcionamento diferentes o resultado pode ser
diferente. com uma arquitetura neuronal diferente, o comportamento
tenderah a ser diferente: podemos caricaturizar isso com situacoes
extremas - um feto anencefalico nao terah comportamento algum ou um com
sindrome de down terah um comportamento bastante diferenciado.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/07/2000 21:36


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----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Thursday, July 27, 2000 4:47 PM
Subject: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?


>
>
> Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> > On Thu, 27 Jul 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > > Os homens tambem NAO aprenderam q devem ter desejos por femeas,
> > nunca
> > > ensinam aos meninos q eles devem desejar as meninas ! :-))
> >
> > podemos ser um tto mais explicitos em relacao ao componente instintivo
> > do
> > comportamento sexual humano.
> >
>
> Minha(?) teoria a respeito de comportamenos instintivo-geneticos X
> culturais eh :
> Um comportamento deve ter forte traco genetico quando a maioria das
> pessoas
> do planeta (pex. 90%) os possui.
> Assim, se grande parte das pessoas tem impulso sexual, eh pq esse
> impulso eh genetico.
> ( Comportamentos geneticos eu chamo de "instintos" - impulsos sem
> intervencao ou
> conhecimento da razao ) .
> Claro q nem todo impulso-instintivo precisa ser compartilhado pela
> maioria.
> Meu filho (adolescente ) tem um impulso quase doentio em arrancar cascas
> de feridas
> e por isso elas demoram muitissimo a cicatrizar. Faz isso desde crianca
> e apesar
> das apreensoes e broncas q levou pelo ato. quero dizer q apesar da
> cultura ( minha
> educacao ) dizer para ele NAO arrancar as cascas ele simplesmente NAO
> resistia e
> as arrancava. :-(
> Por isso eu acho q eh um impulso instintivo.
> Eu tenho o impulso irresistivel de apertar as bochechas dos meus filhos
> pequenos.
> Acho q herdei da minha mae que tinha um impulso de apertar as orelhas.!!
> :-))
> Bom eu nao estou dizendo q existe UM gene para cada caravcteristica do
> ser
> vivo. Acredito que um mesmo gene pode ter funcoes ( em conjunto com
> outros )
> para diversas caracteristicas : P exemplo. Um gene q da a forma as
> orelhas pode influenciar
> o instinto de provocar choro em decorrencia de um sofrimento qualquer.
> Dessa maneira nao precisariamos de um gene para cada caracteristica
> pois, o mesmo
> gene, pode participar de varias caracteristicas. Ateh mesmo um q arranca
> cascas de ferida.
>
> []s
> jocax
>
Quanto a desejar sexualmente as fêmeas, se estudarmos a história veremos
que em um grande numero de culturas (grega, romana, etc.) havia um nitido
desejo por membros do mesmo sexo, o que hoje chamariamos de homossexualismo
(boiolice), os homens que demonstravam desejos por mulheres mais intensos
que por seus companheiros eram considerados afeminados, questão cultural.
Essa prática se perde quando a cultura judaico-cristã e judaico-islamica
passam a predominar e influenciar grande parte do mundo. O sexo com mulheres
era apenas para reprodução. Mesmo muitos pensadores do inicio da era cristã
consideravam a mulher um mal necessário. Então, na nossa espécie, mesmo o
desejo por uma femea, quando se é macho, é um fator cultural.

Agora, se retirar cascas de feridas ou apertar bochechas fosse instintivo no
homem, então, todos estariamos fazendo isso. Ou seja, instinto é da espécie,
não tem sentido falar de instinto do indivíduo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/07/2000 21:47

Ora Roberto, a maioria das culturas primitivas tem manuais de sexo, os
chineses, japoneses, indianos e até árabes os tem por escrito. Gregos e
romanos também os tem. Outras culturas os tem em esculturas e pinturas.
Já foi observado até mesmo entre babuínos que as femeas mais experientes
sempre tem que orientar um macho menos experiênte no ato. Quanto aos outros
comportamentos citados, é fácil perceber que são mais influenciados pela
cultura e pelo aprendizado. É fato bastante notável que filhosde pais
acostumados a ler terão maior interesse pela leitura e facilidade no
aprendizado. Claro que existem excessões, mas a ciência não é feita pelas
excessões.
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----- Original Message -----
From: "Roberto Mitsuo Takata" <rmt@ib.usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Thursday, July 27, 2000 1:39 PM
Subject: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?


> On Thu, 27 Jul 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Os homens tambem NAO aprenderam q devem ter desejos por femeas, nunca
> > ensinam aos meninos q eles devem desejar as meninas ! :-))
>
> podemos ser um tto mais explicitos em relacao ao componente instintivo do
> comportamento sexual humano.
>
> em termos de comportamento de corte, certamente o fator cultural atua de
> modo bastante decisivo, o q. realmente mascara a porcao inata desse
> comportamento.
>
> mas depois da fase de cortejamento, estou falando do ato sexual em si, a
> copula, poucas culturas se referenciam em detalhes sobre como proceder.
> nao ha um codigo de instrucoes cultural com o protocolo do intercurso --
> embora possa haver modulacoes culturais controlando esse ato. (resisto 'a
> tentacao de detalhar descricoes pormenorizadas e suas variacoes.)
>
> facamos inicialmente um experimento imaginario -- isole qq componente
> cultural q. possa influenciar o individuo (no caso, os individuos -- o
> numero minimo eh dois, obviamente) e deixe-os por conta propria: um
> cenario de lagoa azul - um garoto e uma garota saudaveis e normais. em
> tempo de maturidade sexual, certamente haverah atracao reciproca. mas nao
> nos concentremos na atracao. imaginemos -- sem malicia (eu sei q eh
> dificil assim, mas sejamos fortes) --, entao, se os dois nao saberao como
> proceder para satisfazer o (na falta de uma palavra melhor) impulso q.
> certamente sentirao.
>
> bem, dificilmente teremos um caso assim, de individuos separados de um
> contexto cultural (como sobreviveriam os garotos por conta propria em uma
> ilha deserta?). mas o estudo comparativo de diferentes culturas pode nos
> ajudar a ver o q. estah sendo mais culturalmente condicionado e o q tem
> a ver com comportamentos inatos. se, a despeito de elementos culturais
> diversos, tracos do comportamento sao praticamente identicos, entao ha um
> componente inato atuando de forma mais pronunciada. ou se, diferentemente,
> um comportamento varia em concordancia com a cultura entao esse fator tem
> grande importancia nesse traco.
>
> claro q. precisariamos isolar a porcao genetica tbm para termos um
> precisao maior. embora bastante dificultoso isso eh possivel -- qdo
> criancas cujos pais sao originarios de uma dada populacao, sao criadas em
> meio a outra com uma cultura diversa. ou mais dificil, mas mais revelador,
> qdo gemeos univitelinos sao separados ao nascimento e crescem em ambientes
> culturais diferentes. (eh dificultoso nao apenas em termos operacionais,
> mas principalmente porq. eh algo q. nao pode ser induzido
> experimentalmente, por razoes eticas obvias.)
>
> claro q., mais uma vez, nao estamos falando unicamente de instinto no
> sentido em q. vc entende a expressao -- diversos outros modos de
> comportamento tbm estao sendo considerados. mas seguramente, uma vez q. vc
> deve estar propenso a aceitar q. se dado tipo de comportamento for
> demonstrado nao estar indelevelmente (qual termo eh menos pedante:
> indelevel, indissoluvel ou inextricavel?) ligado 'a cultura, entao deve
> ser instintivo, um dos sem numero de comportamentos estudados deverah
> satisfazer a sua conceituacao de instinto.
>
> - sexualidade;
> - preferencia alimentar;
> - dotes artisticos (competencia para musica,e.g.);
> - habilidade esportiva (nao apenas no q. se refere 'a parte motora, mas,
> entre outras coisas, tbm ao desenvolvimento de estrategias durante o
> jogo sem recorrencia a aprendizados previos ou raciocinio explicito);
> - desempenho social (capacidade de se fazer bem aceito em um grupo, por
> exemplo);
>
> e outras coisas mais.
>
> repito q. nao estou dizendo q. os genes sao os unicos responsaveis por
> isso -- todas as caracteristicas de um organismo sao fruto da acao
> conjunta de seu material genetico e do ambiente em q. se expressa esse
> material -- apenas frisando q. nao somos 100% determinado pelo ambiente e
> q. nosso comportamento nao eh determinado *exclusivamente* pelo ambiente
> cultural.
>
> e corrigindo um dado bibliografico q. passei, o livro de antonio damasio
> 'o erro de descartes' eh de 1998 (o original eh de 1994... eh um dos casos
> em q. a media - 1996 - nao quer dizer muita coisa...)
>
> []s,
>
> roberto takata
>
>
>
>
> *** --- ***
>
> >> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
> http://www.physlink.com/
>
> *** --- ***
>
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/07/2000 21:56

se a tração do macho pela femea fosse intintiva, o homossexualismo seria a
coisa mais rara do mundo na espécie humana, quanto a pessoas que cedem a
pressão e matam ou estupram, atribuir isso erroneamente aos instintos seria
tentar justificar um crime que é de origem social ou psicológica e não
instintiva.
-----------------------------------------------------
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----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Thursday, July 27, 2000 7:20 AM
Subject: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?


>
>
> Francisco wrote:
>
> > Na verdade existe grande confusão entre instinto e reflexos. Instintos
> > são
> > como comportamentos programados pela seleção natural visando a
> > sobrevivencia
> > da espécie. Ou melhor, seriam comportamentos selecionados pela
> > evolução que
> > conferem vantagens para a perpetuação da espécie.
>
> Os reflexos tambem. Como vc acha entao q apareceram os reflexos?
> Eles (reflexos) tambem foram programados por selecao natural.
>
>
> > A atração sexual, na
> > maioria dos animais por exemplo, ela ocorre somente quando a femea
> > está
> > pronta para engravidar, tem o único objetivo da reprodução
>
> NA PARA O ANIMAL. Para o animal o sexo NAO tem como unico objetivo
> a reproducao , ele nam sabe q copulando ira gerar filhos !!
> Para o animal o objetivo eh satisfazer seu DESEJO sexual, aliviar o
> impulso
> que lhe dara grande prazer. Exatamente como um sedento vai atras da
> agua.
> OS HOMENS tem o mesmissimo impulso e desejo , apenas tem o cortex
> (razao)
> que pode refrear , ou melhor segurar seu impulso instintivo que. de
> qualquer modo
> NAO DEIXARA DE EXISTIR. ( Alguns nao resistem e estupram )
>
>
>
> > e os machos da
> > espécie não conseguem resistir a uma femea no cio.
>
> Nem alguns homens. Nem os apaixonados q ficam ANOS atras de sua femea
> tentando conquista-la com flores, poesias etc.. Mudam apenas os meios de
>
> conseguir o bjetivo.
>
>
> > Ele tem que disputa-la,
> > não há opção para ele. Ele não aprendeu isso de forma alguma, e não é
> > um
> > reflexo como a contração de um musculo que afasta o orgão da origem da
> > dor.
>
> Os homens tambem NAO aprenderam q devem ter desejos por femeas, nunca
> ensinam aos meninos q eles devem desejar as meninas ! :-))
>
> >
> > E todos os machos do mesmo grupo terão a mesma punção de copular com a
> >
> > femea.
> >
>
> Assim como todos ( pelo menos 90% ) os homens da especie Homo sapiens.
>
> >
> > No caso do homem a atração sexual nem sempre visa a reprodução,
>
> Nem para os animais visa a reproducao: Visa satisfazer o impulso.
>
>
> > nossa
> > capacidade de criticar o nosso próprio comportamento destroi qualquer
> > comportamento instintivo.
>
> NAO DESTROI simplesmente o REPRIME ( Freudianos estudam este
> dilema ha mais de seculo :) )
>
>
> > Você pode escolher ou não dar em cima de uma femea
> > muito gostosa, independente de ela estar ou não no cio. Voce pode até
> > escolher não ter femea alguma.
>
> Vc pode escolher mas o impulso existira !
> Vc pode escolher e mesmo assim NAO resistir !
> ( Muitos padres fazem esta escolha e nao resistem, acabam se casando por
> exemplo )
>
>
> > É uma questão de escolha individual,
> > influenciada ou não pelo grupo social ao qual se pertence. Portanto
> > instinto
> > é imperativo da espécie.
>
> E por isso TODA especie os possui.
>
> []s
> jocax
>
>
>
>
> *** --- ***
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> *** --- ***
>
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/07/2000 21:58

bem, os manuais de sexo nao sao detalhados o suficiente de modo q. alguem
q. o leia tenha exata nocao do q. acontece (ao menos dos q. conheco --
tipo kama sutra -- q. nao eh exatamente um manual -- e coisas do genero).

normalmente sao apenas normas de conduta genericas e atualmente nem sao
amplamente divulgados (pelo contrario).

mas independentemente disso, os manuais poderiam ateh ser protocolos passo
a passo do sexo, o fato eh q. esse conhecimento eh absolutamente
desnecessario para a pratica sexual, pois fato eh tbm q. adolescentes (e
ateh criancas) q. nao tiveram nocao alguma sobre comportamento sexual o
fazem - sem orientacao alguma.

preciso frisar, nao estou dizendo q. a cultura nao importa, nao possa
influir. mas ela nao eh a determinante exclusiva no comportamento de
copula basico dos humanos.

outro problema de mal entendidos eh q. vc estah querendo generalizar para
todos os comportamentos. o q. ocorre eh q. alguns sao geridos mais
diretamente pelos genes, outros pelo aspecto cultural, outros por fatores
diversos do ambiente -- ha uma boa gradacao do q. ocorre.

o simples fato de pais q leem mais fazem com q. os filhos tenham maiores
propensao a ler nao vai contra a participacao dos genes no comportamento.
primeiramente: pais partilham com os filhos nao apenas o ambiente
cultural, mas tbm os genes. segundo: o q. se diz eh q. genes E ambiente
participam na formacao de um comportamento e terceiro: ler eh um
comportamento diferente de fazer sexo.

os estudos q. isolam os fatores geneticos e ambientais para medir a
importancia relativa de cada um em um dado tipo de comportamento indicam
q. ha *tbm* componentes geneticos no habito da leitura (nao com genes para
ler, mas genes q. influenciam, por exemplo, a curiosidade, a habilidade
verbal, etc -- ainda nao estah determinado ao q. eu saiba). tais estudos
sao assim, comparam-se pares de gemeos univitelinos com pares de
bivitelinos.

os gemeos univitelinos compartilham 100% de seu material genetico, os
bivitelinos 50% em media. nos dois casos partilham um ambiente muito
parecido. se tto entre os univitelinos como entre os bivitelinos um dado
traco comportamental eh sempre (ou quase sempre) partilhado entao a
participacao do ambiente deve ser majoritaria na determinacao dele. se
esse traco fosse determinado exclusivamente pelos genes, entao nos
univitelinos seria sempre partilhado e nos bivitelinos seria partilhado em
50% dos pares. os estudos para a maioria dos comportamentos mostram
situacoes intermediarias, o q. demonstra a participacao de ambos os
fatores - geneticos e ambientais/culturais - na determinacao de uma
caracteristica.

sobre a ciencia nao ser feita pelas excessoes, eh uma visao q. nao
corresponde necessariamente ao q. ocorre -- boa parte da genetica se
desenvolveu em cima de excessoes: as mutacoes -- q. permitiam investigar
os processos normais a partir dos desvios.

a medicina tbm baseia-se em grande parte nos casos em q. o organismo
funciona mal, para entender como funciona um organismo sadio.

[]s,

roberto takata

On Thu, 27 Jul 2000, Francisco wrote:

> Ora Roberto, a maioria das culturas primitivas tem manuais de sexo, os
> chineses, japoneses, indianos e até árabes os tem por escrito. Gregos e
> romanos também os tem. Outras culturas os tem em esculturas e pinturas.
> Já foi observado até mesmo entre babuínos que as femeas mais experientes
> sempre tem que orientar um macho menos experiênte no ato. Quanto aos outros
> comportamentos citados, é fácil perceber que são mais influenciados pela
> cultura e pelo aprendizado. É fato bastante notável que filhosde pais
> acostumados a ler terão maior interesse pela leitura e facilidade no
> aprendizado. Claro que existem excessões, mas a ciência não é feita pelas
> excessões.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/07/2000 22:18

On Thu, 27 Jul 2000, Francisco wrote:
> se a tração do macho pela femea fosse intintiva, o homossexualismo seria a
> coisa mais rara do mundo na espécie humana, quanto a pessoas que cedem a

repetindo, nao necessariamente um comportamento instintivo deve ser
manifestar sempre q. o estimulo se fizer presente -- ha no ser humano o
fator ambiental q. tbm influencia, dependendo da intensidade. outro engano
ao qual jah me referi q. leva vc a considerar assim eh q. vc pensa q. um
comportamento instintivo nao pode apresentar variacao entre individuos da
mesma especie... pode sim.

> pressão e matam ou estupram, atribuir isso erroneamente aos instintos seria
> tentar justificar um crime que é de origem social ou psicológica e não
> instintiva.

aqui ha outro engano comum. dizer q. o assassinato ou estupro ocorrem por
determinadas causas (seja neurologicas ou sociais) nao eh justificar, eh
tao somente explicar. nao q. necessariamente a explicacao neurologica
esteja correta, ela pode estar errada. mas certamente nao porque ela
justifica atos q. repudiamos (ela nao justifica).

agora, estranho q lute tao ferrenhamente contra explicacoes biologicas
acusando-a de determinista (coisa q. elas nao sao), defendendo como visao
alternativa uma explicacao socio-cultural bastante radical. eh tao somente
substituir um determinismo pelo outro...

por acaso se explicassemos um homicidio com uma abordagem sociologica: o
individuo foi criado em um ambiente desregrado, foi submetido a abusos
durante a infancia -- isso poderia justificah-lo? certamente nao. idem se
a explicacao apropriada fosse a neurobiologica.

reafirmo, nao ha dicotomia entre biologia e sociologia -- elas se imbricam
fortemente, sobretudo em seres humanos.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: curiosidade biologica
FROM: Leandro Maciel <lm@brasnet.org>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/07/2000 00:40


ola,

gostaria de saber se alguém poderia esclarecer uma curiosidade minha.

porque quando temos um corte ou machucado na pele e molhamos esse corte,
sentimos uma ardência no local, o que ocorre pra gerar essa ardência?



Leandro Maciel
lm@brasnet.org



SUBJECT: Re: [ciencialist] [Fwd: [Dicas-L]EUA aprovam projeto de lei contra spam]
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/07/2000 06:53



"Antonio Carlos M. de Queiroz" wrote:

> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > Pela lei, as mensagens comerciais devem ter um endereço de retorno
> preciso
> > e seu envio será considerado uma prática ilegal caso o usuário
> solicite o
> > cancelamento uma vez apenas e a companhia continuar disparando-as
> para o
> > internauta.
>
> Errado. Não adianta nada.

Quem fez a lei nao fui eu.
Uma lei nao eh errada nem certa : eh uma lei.
Se a lei vai ser util ou "pegar" oo ser respeitada eh outra historia (
as multas
estao aih para isso. ( se o rigor da punicao for alto e a multa tambem
com certeza a lei funcionara )
[]s
jocax


> Todo mundo vai receber mensagens de -todas-
> as "companhias" spammers do mundo, e vai ter que reclamar de cada uma.
>
> É exatamente o que acontece agora, com a diferença de que os spammers
> continuarão com suas contas para aborrecer outros. Tolice.
> Uso comercial de e-mail sem expressa e -prévia- autorização tem que
> ser rigorosamente combatido.
>
> Antonio Carlos M. de Queiroz
>
>
> -----------------------------------------------------------------------
>
> -----------------------------------------------------------------------
> *** --- ***
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> >> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
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>
> *** --- ***
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/07/2000 08:03



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Thu, 27 Jul 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Minha(?) teoria a respeito de comportamenos instintivo-geneticos X
> > culturais eh :
> > Um comportamento deve ter forte traco genetico quando a maioria das
> > pessoas
> > do planeta (pex. 90%) os possui.
>
> nao eh assim... claro q. em ultima instancia todos os comportamentos
> estao
> ligados aos genes (eles participam da criacao da arquitetura neural
> basica).
>
> a questao eh se os genes ou a cultura estao atuando de forma mais
> premente
> em um nivel mais imediato para um dado comportamento: e.g. comer eh um
>
> comportamento basico, mas ser vegetariano em grande medida eh
> determinado
> culturalmente.
>
> facamos um outro experimento mental (com todas as limitacoes q.
> consideracoes dessa natureza possui) - a cultura hindu prega q. as
> vacas
> sao sagradas. digamos q., em lugar do cristianismo, a cultura europeia
> se
> baseasse no hinduismo e digamos q. sua expansao foi mais severa do q.
> a q.
> temos atualmente: toda a populacao mundial deixaria de se alimentar de
>
> carne de vaca por questao primariamente cultural.
>

Ok, mas como esta experiencia *nao* se realizou na pratica, a regra
basica ( "se 90%
apresentam o traco isto indica predominancia genetica" ) ainda nao foi
invalidada por uma
contra prova e, portanto, como teoria ainda pode ser valida.


>
> outra idealizacao, essa mais tenebrosa, digamos q. haja um holocausto
> nuclear e certamente apenas os q. tiverem acesso a um bunker
> sobreviverao
> - a cultura da populacao descendente dependerah da cultura da
> populacao
> sobrevivente.

Inicialmente sim, mas *depois* de alguns anos podera se restabelecer a
"cultura-genetica"
ou seja, a cultura dos habitantes antigos, q estavam fora do bunker.


> ela estarah nessa situacao inicial ligada aos genes da
> populacao descendente por questoes simplesmente casuais e nao causais.
>
> assim, atribuamos a genotipos hipoteticos numeros; a culturas
> hipoteticas,
> letras e a tracos comportamentais, outra marcacao. poderiamos ter:
>
> 1a&@ 2a#@ 1b&% 2b#%
>
> (estou simplificando as coisas alem da conta - assumindo q. uma
> caracteristica seria determinada 100% ou por genes ou pelo ambiente)
>
> nessa situacao hipotetica o gene 1 estaria determinando o
> comportamento &;
> o gene 2, # e a cultura a, @ e a b, %. & e # seriam comportamentos
> geneticos e @ e %, culturais. pois bem, digamos q. apenas a populacao
> 2b#%
> sobreviva. nao poderemos saber se # eh determinado pelo gene 2 ou pela
>
> cultura b, o mesmo com %.
>

Calma, "nao poderemos" eh muito forte !
Se o nivel tecnologico for *alto o suficiente* poderia-se verificar no
genoma que tracos
sao predominantemente genetico e q tracos nao seriam.
Um outro modo , nao etico, seria isolar algumas criancas da cultura "b"
dominante
e verificar se o traco # se manifesta e em que grau. Outro modo seria
experiencias
com univitelinos em culturas diferentes....

>
> bem, essa situacao eh artificial sem duvida. mas isso ilustra q. se um
>
> elemento cultural estiver igualmente espalhado nao poderiamos saber
> apenas
> pelo censo se um dado comportamento eh devido aos genes espalhados ou
> 'a
> cultura espalhada.
>

Acredito q um elemento cultural nao se espalha em 90% da populacao
mundial
sem que haja um componente fortemente genetico associado.
Se vc apresentar uma contra-prova real convincente certamente esta minha
regrinha perde
a "força". O q eu quero dizer eh q talvez seja impossivel um elemento
comportamental-cultural se estabeleça nesse nivel sem um respaldo
genetico.
Ou de outro modo : apenas culturas alicerçadas em bases geneticas
sobrevivem por
muito tempo e se alastram pela populacao nesse nivel.


>
> a sua suposicao nao deixa de ser uma variacao da etologia comparada,
> mas
> estah assumindo a priori q. nenhum elemento cultural estah espalhado
> pela
> populacao. a realidade eh um pouco diferente.

Calma, eu nao disse isso. Eu disse q se o elemento cultural esta
espalhado pela
populacao num nivel de 90% eh pq ela tem base fortemente genetica, ou
seja
o elemento cultural se *moldou* a uma "norma" genetica e por isso se
estabeleceu.

>
>
> se analisamos, por exemplo, as cosmogonias de diversos povos,
> encontraremos muitos elementos em comum - eh o q suscita a bobagem
> noveval
> de q. uma verdade transcendente se prova. ha narracoes de diluvio em
> diferentes culturas -

Note q estou falando de tracos comportamentais e ou fisicos e nao de
elementos
culturais puros como a historia de "papai noel" ou uma lenda qqr q todo
mundo conhece
por fator puramente cultural. Quero dizer q nao eh pq todo o planeta
conhece a
hostoria do "papai-noel" que esta historia esta impregnada em nossos
genes.
Eu quero dizer q se 90% da populacao : come carne, eh monogamica , tem
religiao,
sabem falar, tem QI medio acima de 50 ptos, tem cinco dedos nas maos,tem
QI medio
abaixo de 200 pts, aprecia jogos esportivos, gosta de musica, faz sexo,
tem sede,
tem fome, usam vestes, abominam incesto, amam aos filhos, brincam,
trabalham etc..
Eh pq tais fatores teriam uma influenci genetica crucial.


> qq cenario evolutivo pensado em termos
> primordialmente geneticos para explicar isso dependeria de uma boa
> dose de
> forcacao de barra. a maioria das narracoes se fixam tbm na finitude do
>
> universo - com comeco e fim - eh um tto qto forcado querer atribuir
> isso a
> uma limitacao biologica, por exemplo, a dificuldade de se lidar com a
> questao da infinitude

Aih eu discordo radicalmente. Acredito no oposto nossa dificuldade com a
infinitude
esta intrinsicamente ligado aa nossa evolucao-genetica q nao
necessitava, para
sobreviver, de lidar com tais conceitos. De qqr modo seria muito dificil
provar isso.


> (por um lado por q. temos dificuldades de lidar com
> a nocao de transcendencia, o q. nao impediu de muitas culturas
> religiosas terem evoluido para essa configuracao; por outro, temos
> indicios de q. a nocao de infinito estah mais ligado 'a questoes
> culturais). e ha' outras semelhancas basicas - a maioria soh muito
> remotamente correlacionavel com questoes geneticas e mais prontamente
> ligada a aspectos culturais.
>
> bem, aquela situacao hipotetica da selecao de uma combinacao unica de
> caracteristicas genetico-culturais eh, repito, forcada - mas algo nao
> muito distante eh modelado para o passado nao muito remoto da
> humanidade.
> alguns bio-antropologos apoiam q. houve um forte gargalo evolutivo ha'
>
> cerca de uns 150 mil anos, em q. apenas cerca de 10.000 individuos
> restaram (a questao eh bastante controversa). se tal coisa ocorreu
> entao
> uma ligacao gene-comportamento espuria pode ter acontecido.
>
> e ha outros fatores historicos: ateh algum tempo mais de 90% das
> pessoas
> viviam no campo, daqui a alguns anos mais da metade da populacao
> mundial viverao em cidades. isso tem pouco a ver com genetica. se
> quiser
> pensar em termos mais diretamente comportamentais -- seguramente os
> modos
> de vida urbano eh diferente do rural, o comportamento medio da
> populacao
> passarah do rural para urbano sem q. tenha muito a ver com genes.

O comportamento talvez nao mude o que muda seriam as condicoes de
sobrevivencia o
seus afazeres.
Note bem : Se pegarmos um elemento que sempre viveu no meio rural e o
pusermos
na cidade ele se adaptara facilmente ( isso ocorre todos os dias ).
Para esclarecermos melhor : Se pegarmos um animal com comportamento 99%
genetico
e o pusermos sm uma gaiola ou zoo, ele mudara seu comportamento?
Eu diria q ele simlesmente nao pode fazer o q fazia pois o ambiente
mudou,
mas seu comportamento inato-instintivo eh o mesmo.
Assim qdo o homem passa do rural para o urbano ele nao muda seu
comportamento
basico ele muda o ambiente onde tal comportamento nao pode se
manifestar.
Mas eu diria esta mudanca de ambiente traz suas desvantagens :
Isso explicaria a mania de se colocar "verde" dentro das casas, do
ambiente de trabalho,
nas ruas e etc...As viagens a lugares arborizados, campo etc.
Eh um meio de trazer um pouco do rural para o urbano: resgatar um pouco
de
nossas origens.


> (no
> sentido usual poderemos dizer q. nao terah nada a ver com genetica.)
>
> > gene, pode participar de varias caracteristicas. Ateh mesmo um q
> arranca
> > cascas de ferida.
>
> seria o mesmo q. afirmar q. santos dummond (ou os irmaos wright - pra
> quem nao eh brasileiro nem frances) teve culpa pela bomba atomica
> em hiroxima... em ultima instancia todos os genes participam de tudo
> no
> ser vivo. o q. se estah levando em consideracoes sao relacoes causais
> imediatas.
>
>

O q estou querendo dizer e exatamente isso : Acredito q exista um gene
ou mais
q impulsiona *algumas criancas* a arrancarem cascas de ferida. acho q
isso poderia ser
verificado por estudos como qdo se faz o mapeamento de doencas
hereditarias. Claro q nao ha interesse nisso. Por ora fica minha crenca
contra sua
descrenca.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/07/2000 08:26



Francisco wrote:

> >
> Quanto a desejar sexualmente as fêmeas, se estudarmos a história
> veremos
> que em um grande numero de culturas (grega, romana, etc.) havia um
> nitido
> desejo por membros do mesmo sexo, o que hoje chamariamos de
> homossexualismo
> (boiolice),

Isso eh historia (verdadeira) que virou lenda justamente pelo grau de
espanto que causa.
Para que esse comportamento tivesse valor cientifico como prova
deveriamos ter
uma evidencia cientifica de NUMEROS estatisticos: Quanto da populacao
Greco/Romana
tinha comportamento homossexual? Quanto tempo durou este comportamento ?

Se ateh 10% da eleite possuia este comportamento isso seria talvez
estatisticamente
normal pois este eh o numero estimado de gays na populacao.
Claro q numa sociedade sem preconceitos deste tipo , como na epoca, tal
nivel
de homosexualismo ( 10%) eh razao suficiente para q a lenda se
espalhasse pelo
globo todo (devidamente aumentada, claro ) .



> os homens que demonstravam desejos por mulheres mais intensos
> que por seus companheiros eram considerados afeminados, questão
> cultural.

Faltam numeros, vc nao pode dizer q por causa de 10% da populacao de um
pais
ter desejos homossexuais isso implica q o RESTANTE DO PLANETA nao
apresente
desejo sexual peo sexo oposto. O que acontece eh justamente o oposto: em
todas as
eras de todos os tempos o desejo do homem pela mulher sempre foi
predominante
e nao excessao.Lembre-se q os homes descendem de ancestrais primitivos
os homideos
que nem possuiam a fala e tinham uma cultura reduzida. vc acha mesmo q o
homem
eh o *unico* animal do planeta q nao tem desejos instintivos pelo sexo
oposto?

>
> Essa prática se perde quando a cultura judaico-cristã e
> judaico-islamica
> passam a predominar e influenciar grande parte do mundo.

Vc nao pode dizer , dessa pratica, q ela existia antes ( numa taxa maior
q 10% ).
Na verdade, este periodo eh relatado como um periodo de excecao aa
regra
e por isso eh salientado tanto.

> O sexo com mulheres
> era apenas para reprodução.

Vc nao pode generalizar dessa maneira. Como ja disse QUASE NINGUEM em
todas
as eras faz sexo para ter filhos apenas. O sexo eh feito *antes de
tudo*, eu diria,
quase q exclusivamente para o prazer, para saciar o desejo sexual.


> Mesmo muitos pensadores do inicio da era cristã
> consideravam a mulher um mal necessário.

Qual a representatividade destes pensadores na populacao? 0,00000001%?


> Então, na nossa espécie, mesmo o
> desejo por uma femea, quando se é macho, é um fator cultural.
>

Logo, o entao nao se aplica.


>
> Agora, se retirar cascas de feridas ou apertar bochechas fosse
> instintivo no
> homem, então, todos estariamos fazendo isso. Ou seja, instinto é da
> espécie,
> não tem sentido falar de instinto do indivíduo.

Falso, o instinto eh uma caracteristica do individuo que pode ou nao
estar presente
na maioria da populacao. Por exemplo olhos azuis eh um traco genetico
que nem
todos possuem. Claro q alguns instintos sao basicos e compartilhados
por todos
os membros da especie como a vontade de bater em alguem muito tapado
que nao entende o q vc diz ! ( brincadeirinha :) )

[]s
jocax





SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/07/2000 08:37



Francisco wrote:

> se a tração do macho pela femea fosse intintiva, o homossexualismo
> seria a
> coisa mais rara do mundo na espécie humana,

A sua contra prova parece boa e merece uma explicacao.
Eu tenho uma explicacao propria para este comportamento APARENTEMENTE
contraditorio e ja o postei aqui na lista. Vou procura-lo..... Ei-lo :
---------------------------------------------
[ciencialist] Re: serah q. ele eh?
Date:
Thu, 30 Mar 2000 19:01:37 -0300

Eu tenho uma nova teoria sobre a origem dos Gays ( nada contra eles ).

Pelo fato de ser uma taxa grande da populacao , se nao me engano de
cerca de
10%,
isso sugere que , se for uma tendencia genetica, como acredito, deve ser

explicada.
Ou seja se os gays tem origem (ao menos parcialmente) genetica,
entao o o alto indice de Gays na populacao tem q ser explicado por um
mecanismo
darwiniano.

O mecanismo eh semelhante ao q eu li certa vez a respeito de que eles
poderiam ajudar
"em casa" de algum modo aumentando as chances de sobrevivencia de seus
sobrinhos
(que tem seus genes).

Acho q em um ambiente muito competitivo onde o homem tem q se preocupar
muito
com detalhes corriqueiros da familia nao sobra tempo para q ele proprio
desenvolva
aptidoes e/ou alcance posicoes de destaque politico dentro de seu
ambiente
social
ou de trabalho. Assim se na familia houver um gay ele podera galgar
estes
degraus
socio-economicos com + facilidade que um homem com familia e,
como uma "ponta de lança", abrir caminho para seus parentes proximos.

Isto poderia ser, do ponto de vista evolutivo, vantajoso para os genes
da
familia
como um todo.
---------------------------------------------------------------------

( acho q eu mereco um nobel por esta explicacao : )


> quanto a pessoas que cedem a
> pressão e matam ou estupram, atribuir isso erroneamente aos instintos
> seria
> tentar justificar um crime que é de origem social ou psicológica e
> não
> instintiva.

Nao estou justificando o crime estou dando as explicacoes para ele.
Se as pessoas fossem puramente culturais, como ja disse e saliento,
nao haveria crimes passionais.

[]s
jocax



SUBJECT: Guerra de hemisférios cerebrais
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <philox@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>, <filos-l@egroups.com>
DATE: 28/07/2000 11:08

Observe o painel abaixo

 
Observe o painel abaixo. Diga, em voz alta, o nome da cor, não da palavra:

LARANJA   ROSA   CINZA   VERDE   BRANCO   AZUL   MARROM PRETO   VERMELHO   AZUL   PRETO   ROSA   AMARELO   CINZA LARANJA   PRETO   VERDE   MARROM   BRANCO  

O hemisfério direito do seu cérebro tenta dizer a cor, mas o hemisfério esquerdo insiste em ler a palavra.


SUBJECT: Re: [ciencialist] curiosidade biologica
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/07/2000 11:13

On Fri, 28 Jul 2000, Leandro Maciel wrote:
> porque quando temos um corte ou machucado na pele e molhamos esse corte,
> sentimos uma ardência no local, o que ocorre pra gerar essa ardência?

nao explica tudo, mas eh uma resposta parcial:

a nossa pele intacta confere impermeabilidade 'a agua para o nosso corpo.
a agua eh uma solucao hipotonica em relacao 'as nossas celulas, qdo
colocamos uma celula animal em uma solucao de agua comum, a celula incha -
por causa do afluxo de moleculas de agua por osmose - e sofre
lise ('estoura').
bem, qdo estamos ferido a barreira de protecao estah rompida, a agua entra
em contato com as celulas subjacentes e a ela eh lisada. qdo ocorre isso
ha liberacao de substancias q. ativarao os terminais nervosos adjacentes
q. provoca a dor, sinalizando q. houve ferimento maior no proprio
ferimento. esse mecanismo eh basicamente o mesmo q. provocou a dor no
momento em q. nos ferimos inicialmente -- o agente agressor (uma faca, o
chao em q. raspamos ou outra coisa) causa o rompimento de algumas celulas
q. liberam esse sinais quimicos, ativando o mecanismo da dor, sinalizando
ao sistema nervoso q. passamos por uma situacao de ameaca 'a integridade
do organismo.

(a agua pode tbm agir diretamente nos terminais nervosos proximos 'a
ferida - causando seu disparo)

bem, como temos um medico na lista, ele pode nos esclarecer melhor.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/07/2000 12:56

On Fri, 28 Jul 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Ok, mas como esta experiencia *nao* se realizou na pratica, a regra
> basica ( "se 90%
> apresentam o traco isto indica predominancia genetica" ) ainda nao foi
> invalidada por uma
> contra prova e, portanto, como teoria ainda pode ser valida.

nao eh o fato desse experimento especifico nao ter ocorrido q. faz com q.
possamos descartar a possibilidade de uma analise simplesmente pela
contagem censitaria. o q. estah em questao sao -- como todos os
experimentos mentais -- os principios gerais.

nao sabemos se algo analogo ocorreu no passado -- lembre-se temos q.
assumir menos coisas a priori, entao precisamos desenvolver um sistema de
analise q. nao dependa dessa possibilidade, q. nos diga q. um dado traco
comportamental seja ou nao ligado mais diretamente aos genes.

> Inicialmente sim, mas *depois* de alguns anos podera se restabelecer a
> "cultura-genetica"
> ou seja, a cultura dos habitantes antigos, q estavam fora do bunker.

depois de qto tempo? nao sabemos... e a questao apresentada nao eh a
cultura sao os comportamentos q. se basearao nessa cultura ou serao
independente dela.

> Calma, "nao poderemos" eh muito forte !
> Se o nivel tecnologico for *alto o suficiente* poderia-se verificar no
> genoma que tracos
> sao predominantemente genetico e q tracos nao seriam.
> Um outro modo , nao etico, seria isolar algumas criancas da cultura "b"
> dominante
> e verificar se o traco # se manifesta e em que grau. Outro modo seria
> experiencias
> com univitelinos em culturas diferentes....

nao poderemos, independentemente da tecnologia -- nesse caso extremo nem
mesmo os estudos comparativos a q. me aludi anteriormente nao serah capaz
de diferenciar um comportamento 'cultural' do 'genetico' -- jah q. ambos
os fatores estao co-ocorrendo sem dissociacao.

bem, eh o mesmo caso anterior do suposto holocausto nuclear: depois de
algum tempo (q, nao sabemos qual) poderah haver uma dissociacao pela
evolucao independente dos comportamentos 'cultural' e 'genetico'. mas nao
podemos fazer uma simples contagem censitaria pra diferenciar um do outro
nesse estagio de re-dissociacao: tanto comportamentos culturais como
geneticos estarao amplamente espalhados pela populacao. e como dito acima,
conquanto saibamos q nao houve um holocausto nuclear, nao sabemos se nao
houve um gargalo evolutivo. e quase certamente a especie humana (ou seus
ancestrais) se originou a partir de uma populacao relativamente isolada
(ha, sim algumas teorias sobre a origem dos humanos q. sao contrarias a
essa visao, mas nao vamos nos ater a elas por eqto) - nao dah pra assumir
a priori q. nenhum componente cultural nao tenha se espalhado pela
populacao humana por origem em comum.

vc pode falar q. esse componente cultural serah genetico e, embora possa
nao ser, mesmo q. seja, estamos falando eh do comportamento q. poderia ser
gerado por esse componente cultural. se se defende q. de qq maneira esse
comportamento estaria ligado aos genes, apenas indiretamente por meio da
cultura q supostamente seria condicionado por esses genes, entao essa
discussao toda perde o sentido - jah q. nao eh o q. estah originalmente em
questao (todos os comportamentos em ultima instancia estao ligados aos
genes, todos os comportamentos em ultima instancia estao ligados ao
ambiente - inclusive cultural - mas nao estamos falando em ultima
instancia, estamos falando em instancias iniciais... ou eh o q. acho q.
deveria ser essa discussao)


> Acredito q um elemento cultural nao se espalha em 90% da populacao
> mundial
> sem que haja um componente fortemente genetico associado.
> Se vc apresentar uma contra-prova real convincente certamente esta minha
> regrinha perde
> a "força". O q eu quero dizer eh q talvez seja impossivel um elemento
> comportamental-cultural se estabeleça nesse nivel sem um respaldo
> genetico.
> Ou de outro modo : apenas culturas alicerçadas em bases geneticas
> sobrevivem por
> muito tempo e se alastram pela populacao nesse nivel.

nao eh verdade a sua suposicao. agricultura teve origens independentes em
diversos pontos do planeta a partir de diferentes populacoes com
diferentes constituicoes geneticas -- ela eh um traco marcante da
humanidade em geral. a propria cultura americana, q., embora nao perfaca
os 90% q. vc estipulou arbitrariamente, encontra-se amplamente espalhada
pelo globo, sem q. haja espalhamento dos genes dos gringos.

mas comentemos um pouco sobre esses 90% arbitrarios -- ainda q. a sua
suposicao fosse defensavel, essa tecnica seria, digamos, pouco poderosa:
ela seria incapaz de detectar qq traco comportamental associado a genes ou
culturas q. ficasse abaixo desse limiar sacado da manga.

> > a sua suposicao nao deixa de ser uma variacao da etologia comparada,
> > mas
> > estah assumindo a priori q. nenhum elemento cultural estah espalhado
> > pela
> > populacao. a realidade eh um pouco diferente.
>
> Calma, eu nao disse isso. Eu disse q se o elemento cultural esta
> espalhado pela
> populacao num nivel de 90% eh pq ela tem base fortemente genetica, ou
> seja
> o elemento cultural se *moldou* a uma "norma" genetica e por isso se
> estabeleceu.

vamos diferenciar o fator cultural do fator genetico e cultura de
comportamento. vc nao disse q. se 90% da populacao tiver um elemento
cultural esse elemento serah genetico, vc disse isso em relacao a
comportamentos.

-----
Message 5202
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
Date: Fri Jul 28, 2000 3:48am

'Minha(?) teoria a respeito de comportamenos instintivo-geneticos X
culturais eh : Um comportamento deve ter forte traco genetico quando a
maioria das pessoas do planeta (pex. 90%) os possui.'
----

e claramente opondo os fatores geneticos em relacao aos culturais.

os fatores geneticos para um dado comportamento serao os q. constituirao
mais diretamente a sua base genetica. os fatores culturais constituem-se
em fatores ambientais para esse comportamento -- por mais q. tais fatores
culturais por sua vez tenham suas proprias bases geneticas -- pra um gene
ou seu produto, outros genes ou seus produtos fazem parte do ambiente.

e se quiser transferir essa questao mais diretamente para o fator
cultural, novamente nao se poderia fazer a distincao simplesmente pelo
levantamento censitario -- agora em vez da questao ser a possibilidade de
compartilhamento de aspectos culturais, ha' a questao sobre o
compartilhamento de aspectos ambientais q. poderiam participar na formacao
dessa cultura.


> Note q estou falando de tracos comportamentais e ou fisicos e nao de
> elementos
> culturais puros como a historia de "papai noel" ou uma lenda qqr q todo
> mundo conhece
> por fator puramente cultural. Quero dizer q nao eh pq todo o planeta
> conhece a
> hostoria do "papai-noel" que esta historia esta impregnada em nossos
> genes.
> Eu quero dizer q se 90% da populacao : come carne, eh monogamica , tem
> religiao,
> sabem falar, tem QI medio acima de 50 ptos, tem cinco dedos nas maos,tem
> QI medio
> abaixo de 200 pts, aprecia jogos esportivos, gosta de musica, faz sexo,
> tem sede,
> tem fome, usam vestes, abominam incesto, amam aos filhos, brincam,
> trabalham etc..
> Eh pq tais fatores teriam uma influenci genetica crucial.

se vc estah se restringindo aos componentes sabidamente influenciados
pelos genes de forma mais decisiva entao eh um truismo afirmar q. dada uma
certa uniformidade genetica na populacao esses componentes comportamentais
estarao espalhados por essa populacao de forma correlata.

se sabemos a priori q. algo eh genetico ou cultural entao nao precisamos
sequer fazer a contabilidade. se vc estah descartando a priori os
elementos q. sao culturalmente influenciados, entao nao faz sentido
nenhum procurar saber se uma caracteristica eh ou nao culturalmente
influenciada.

> > qq cenario evolutivo pensado em termos
> > primordialmente geneticos para explicar isso dependeria de uma boa
> > dose de
> > forcacao de barra. a maioria das narracoes se fixam tbm na finitude do
> > universo - com comeco e fim - eh um tto qto forcado querer atribuir
> > isso a
> > uma limitacao biologica, por exemplo, a dificuldade de se lidar com a
> > questao da infinitude
>
> Aih eu discordo radicalmente. Acredito no oposto nossa dificuldade com a
> infinitude
> esta intrinsicamente ligado aa nossa evolucao-genetica q nao
> necessitava, para
> sobreviver, de lidar com tais conceitos. De qqr modo seria muito dificil
> provar isso.

hmmm. discordando de que? vc estah afirmando exatamente uma limitacao
biologica nossa para lidar com o conceito de infinito, coisa q. eu disse
parecer forcado atribuir como causa primaria para a coincidencia do
conceito de finitude do universo em diversas culturas.

realmente nao entendi o 'discordo radicalmente'... nao tem nada de
discordancia (e nem de concordancia) em relacao 'as afirmacoes feitas...
bem, nao sei se eu q. fui obscuro.

> O comportamento talvez nao mude o que muda seriam as condicoes de
> sobrevivencia o
> seus afazeres.

o comportamento obviamente muda. o q. poderia nao mudar eh o mecanismo
basico q. elicia ou nao esse comportamento. vamos tentar esquematizar para
ficar claro:

arquitetura neural + condicoes ambientais --> comportamento

vamos simplicar e dizer q. a arquitetura neural seja exclusivo dos genes,
podemos reescrever o esquema acima no formato mais familiar:

gene + ambiente --> fenotipo

o exemplo da urbanizacao do comportamento se refere exatamente 'as
mudancas sem alteracoes nas bases geneticas, ora se o fenotipo
(comportamento, neste caso) estah mudando, se o ambiente estah mudando
(cultura rural para urbana, neste caso), mas os genes nao, entao a mudanca
fenotipica deve estar associada 'as modificacoes ambientais...

vc estah confundindo os conceitos nessa historia, estah usando fenotipo e
gene de modo indistinto, aih fica truismo afirmar q. um dado fenotipo
estah correlacionado aos genes, vc simplesmete estah igualando as duas
coisas...

> O q estou querendo dizer e exatamente isso : Acredito q exista um gene
> ou mais
> q impulsiona *algumas criancas* a arrancarem cascas de ferida. acho q
> isso poderia ser
> verificado por estudos como qdo se faz o mapeamento de doencas
> hereditarias. Claro q nao ha interesse nisso. Por ora fica minha crenca
> contra sua
> descrenca.

nao eh simplesmente uma palavra contra outra. eh q. vc estah tendo uma
abordagem q. em termos de genetica do comportamento eh inadequada:
simplesmente seria incapaz de esclarecer qq coisa -- em sentido popperiano
eh infalseavel. repetindo, em ultima instancia todos os comportamentos sao
geneticamente moldados e em ultima instacia todos os comportamentos sao
ambientalmente moldados (isso eh extensivo para qq caracteristica
biologica): mas nao eh nessa ultima instancia q. se foca qdo se fala em
comportamentos humanos.

apesar de eu ter basicamente restringido a falar de um gene e um fator
ambiental, isso eh reducionismo puro. os comportamentos de modo geral sao
multifatoriais: sao diversas causas ambientais (incluindo as interacoes
sociais e culturais) e diversos genes atuando. raramente temos um unico
fator q. se destaque de forma quase exclusiva - nao q. todos os fatores
contribuam equitativamente, mas ha uma diluicao das influencias.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mais uma sobre o infinito: Hotel de Hilbert
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/07/2000 15:15

Oi Jocax,
vc vai ter que mexer mais uma vez ou repetir o processo ou sei lá fazer o
que se resolverem entrar [infinito] + 1 hóspedes. Repetir o processo seria
uma. Mas se tu queres outra solução melhor ainda que a tua, tente essa:
Todos os hóspedes dos quartos de número N por favor mudem-se para o quarto
de número 3N. Assim o hospede do quarto 1 passaria a morar no 3. O hospede
do quarto 2 passaria a morar no quarto 6 etc.. Note q, fazendo assim,
sobrariam TODOS os infinitos quartos cujo número não é divisível por 3. É
trivial a partir disso tirar uma nova forma tal que a pessoa do quarto N
mude para o 4N ou para o 5N e sempre aumentando a quantidade de quartos
vagos no intervalo.
Acho que o interessante não é ficar discutindo qual seria o método mais
prático para alocar as pessoas de modo que não sejam necessárias mais
mudanças (até porque não consigo imaginar uma solução onde não seja preciso
que as pessoas mudem de lugar [a não ser preencher os quartos de trás pra
frente]). Mais interessante seria analisar o que levou um matemático a se
imaginar uma história impossível de ser realizada e por que necessariamente
essa pessoa tinha de ser um matemático e não um físico (por exemplo, não me
caiam sobre a cabeça por causa dessa).

Abraço,

Benjamin Hinrichs

> ..
> Solucao do JOCAX:
> Com uma unica ordem Hilbert poderia liberar infinitos quartos.: A ordem
> eh :
> Todos os hospedes dos quartos de numero N por favor mudem-se para os
> quartos de numero 2N.
> Assim o hospede do quarto 1 passaria a morar no 2
> O hospede do quarto 2 passaria a morar no quarto 4 etc..
> Note q, fazendo assim, sobrariam TODOS os infinitos quartos IMPARES !!
> E nenhuma outra mudanca teria q ser pedida incomodando todos os hospedes
>
> a medida q chegassem novos ! :-))
> []s
> jocax
>





SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/07/2000 15:45

On Fri, 28 Jul 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Se ateh 10% da eleite possuia este comportamento isso seria talvez
> estatisticamente
> normal pois este eh o numero estimado de gays na populacao.

10% eh um numero q. pode ser bastante alto...

de qq modo -- sem qq implicacao etica -- o homossexualismo ou praticas
homossexuais estah bem espalhado entre os metazoarios: peixes, aves,
mamiferos e repteis... muitos casos nao se constituem habitos esporadicos,
mas quase q. como uma caracteristica da propria especie.

e sao decerto fenomenos com causas diversas e portanto explicacoes
diversas -- apesar de ter em comum relacoes envolvendo sexo e/ou
comportamentos associados entre individuos do mesmo sexo.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/07/2000 15:59



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Fri, 28 Jul 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Ok, mas como esta experiencia *nao* se realizou na pratica, a regra
> > basica ( "se 90%
> > apresentam o traco isto indica predominancia genetica" ) ainda nao
> foi
> > invalidada por uma
> > contra prova e, portanto, como teoria ainda pode ser valida.
>
> nao eh o fato desse experimento especifico nao ter ocorrido q. faz com
> q.
> possamos descartar a possibilidade de uma analise simplesmente pela
> contagem censitaria. o q. estah em questao sao -- como todos os
> experimentos mentais -- os principios gerais.
>

Sim mas soh poderemos descartar a influencia a predominancia da
influencia genetica
se dermos tempo para q ela aja. Por exemplo, tome o tempo de agora e
daqui 1 minuto,
nesse tempo mais de 90% da populacao nao fez sexo, nao se alimentou, nao
bebeu agua
e nem por isso podemos dizer q 90% da populacao nao tem sede ou nao
come etc...
Precisamos dar tempo para q a tendencia genetica se manifeste. Qdo vc
fala em seu
experimento mental que os 100% dos habitantes da terra, vegetarianos,
que
sobreviveram ao holocausto nuclear nao comem carne e que, portanto,
minha regra falha,
eu diria que temos um caso parecido com o experimento do um minuto q
falei
isto eh, existe um tempo necessario para q a cultura carnivora-nao
vegetariana se
re-instalasse nos sobreviventes. Quanto tempo ? Dificil precisar, e isso
vai depender
da "forca genetica" deste comportamento, vai depender da politica de
repressao
cultural que os vegetarianos imporao ao seu povo, o grau de espalhamento
da
populacao sobrevivente etc...

>
> nao sabemos se algo analogo ocorreu no passado -- lembre-se temos q.
> assumir menos coisas a priori, entao precisamos desenvolver um sistema
> de
> analise q. nao dependa dessa possibilidade, q. nos diga q. um dado
> traco
> comportamental seja ou nao ligado mais diretamente aos genes.

Acho q se nao definirmos bem o q significa "ligado + diretamente aos
genes"
ja que nao temos o mapa genotipo -> fenotipo, fica dificil precisar o
quao diretamente
um comportamento esta ligado aos genes, ja q como vc observou todo
comportamento
esta de uma forma ou de outra ligado aos genes.


>
> > Inicialmente sim, mas *depois* de alguns anos podera se restabelecer
> a
> > "cultura-genetica"
> > ou seja, a cultura dos habitantes antigos, q estavam fora do bunker.
>
> depois de qto tempo? nao sabemos... e a questao apresentada nao eh a
> cultura sao os comportamentos q. se basearao nessa cultura ou serao
> independente dela.
>

Note q os comportamentos fazem parte da cultura e vice-versa : Uma coisa
induz outra.
Uma cultura induz a um comportamento e comportamentos induzem a uma
cultura.
O q vem primeiro? Vem o comportamento , ja q por evolucao "comecamos"
como
animais nao culturais apenas comportamentais. A medida q a sociedade foi

se estabelecendo a cultura comecou a surgir, inicialmente padronizando
habitos
comportamentais ja arraigados. Depois, com evolucao do cortex, a cultura
passou a
ter + liberdade de acao. ( mas sempre de algum modo associado aos
instintos (genes)).


>
> > Calma, "nao poderemos" eh muito forte !
> > Se o nivel tecnologico for *alto o suficiente* poderia-se verificar
> no
> > genoma que tracos
> > sao predominantemente genetico e q tracos nao seriam.
> > Um outro modo , nao etico, seria isolar algumas criancas da cultura
> "b"
> > dominante
> > e verificar se o traco # se manifesta e em que grau. Outro modo
> seria
> > experiencias
> > com univitelinos em culturas diferentes....
>
> nao poderemos, independentemente da tecnologia --

Como vc pode dizer isso?
Veja o seguinte experimento mental : Constroi-se uma populacao enorme de
CLONES.
Por engenharia genetica alteram-se genes e observa-se a influencia no
comportamento.
Isso seria uma maneira rudimentar de provar a influencia de determinados
genes
no comportamento.


> nesse caso extremo nem
> mesmo os estudos comparativos a q. me aludi anteriormente nao serah
> capaz
> de diferenciar um comportamento 'cultural' do 'genetico' -- jah q.
> ambos
> os fatores estao co-ocorrendo sem dissociacao.

Continuemos com a populacao de clones. Force-as a adotar uma dada
cultura
sob pena de morte. Teriamos varias sub-populacoes identicas com culturas
diferentes.
Espere alguns seculos e veja se as culturas convergem para um padrao
comum.
Mas eu acho a experiencia de alteracao genetica de clones + rapida.

>
> bem, eh o mesmo caso anterior do suposto holocausto nuclear: depois de
>
> algum tempo (q, nao sabemos qual) poderah haver uma dissociacao pela
> evolucao independente dos comportamentos 'cultural' e 'genetico'. mas
> nao
> podemos fazer uma simples contagem censitaria pra diferenciar um do
> outro
> nesse estagio de re-dissociacao: tanto comportamentos culturais como
> geneticos estarao amplamente espalhados pela populacao. e como dito
> acima,
> conquanto saibamos q nao houve um holocausto nuclear, nao sabemos se
> nao
> houve um gargalo evolutivo. e quase certamente a especie humana (ou
> seus
> ancestrais) se originou a partir de uma populacao relativamente
> isolada
> (ha, sim algumas teorias sobre a origem dos humanos q. sao contrarias
> a
> essa visao, mas nao vamos nos ater a elas por eqto) - nao dah pra
> assumir
> a priori q. nenhum componente cultural nao tenha se espalhado pela
> populacao humana por origem em comum.
>
> vc pode falar q. esse componente cultural serah genetico e, embora
> possa
> nao ser, mesmo q. seja, estamos falando eh do comportamento q. poderia
> ser
> gerado por esse componente cultural. se se defende q. de qq maneira
> esse
> comportamento estaria ligado aos genes, apenas indiretamente por meio
> da
> cultura q supostamente seria condicionado por esses genes, entao essa
> discussao toda perde o sentido - jah q. nao eh o q. estah
> originalmente em
> questao (todos os comportamentos em ultima instancia estao ligados aos
>
> genes, todos os comportamentos em ultima instancia estao ligados ao
> ambiente - inclusive cultural - mas nao estamos falando em ultima
> instancia, estamos falando em instancias iniciais... ou eh o q. acho
> q.
> deveria ser essa discussao)
>

Agora quem nao entendeu fui eu heheheh.


>
>
> > Acredito q um elemento cultural nao se espalha em 90% da populacao
> > mundial
> > sem que haja um componente fortemente genetico associado.
> > Se vc apresentar uma contra-prova real convincente certamente esta
> minha
> > regrinha perde
> > a "força". O q eu quero dizer eh q talvez seja impossivel um
> elemento
> > comportamental-cultural se estabeleça nesse nivel sem um respaldo
> > genetico.
> > Ou de outro modo : apenas culturas alicerçadas em bases geneticas
> > sobrevivem por
> > muito tempo e se alastram pela populacao nesse nivel.
>
> nao eh verdade a sua suposicao. agricultura teve origens independentes
> em
> diversos pontos do planeta a partir de diferentes populacoes com
> diferentes constituicoes geneticas --

Vc mesmo disse :
:>...- nao dah pra assumir
:>a priori q. nenhum componente cultural nao tenha se espalhado pela
:>populacao humana por origem em comum.

Ou seja, mesmo os ancestrais do homem poderiam ter algum componente
cultural-gricultural rudimentar que se espalhou junto com sua migracao.

> ela eh um traco marcante da
> humanidade em geral. a propria cultura americana, q., embora nao
> perfaca
> os 90% q. vc estipulou arbitrariamente, encontra-se amplamente
> espalhada
> pelo globo, sem q. haja espalhamento dos genes dos gringos.

Aih vc esta forcando a barra. Explicite q tipo explicito de traco
cultural eh esse.
E nao podemos esquece q a semelhenca genetica entre duas pessoas
quaisquer do
globo eh altissima ( qual era mesmo? 99,99% ? ) Essa semelhanca
invalidaria sua
contraprova dos gringos. ( temos ACHO pelo menos 99% dos genes iguais )

>
>
> mas comentemos um pouco sobre esses 90% arbitrarios -- ainda q. a sua
> suposicao fosse defensavel, essa tecnica seria, digamos, pouco
> poderosa:
> ela seria incapaz de detectar qq traco comportamental associado a
> genes ou
> culturas q. ficasse abaixo desse limiar sacado da manga.
>

Os 90% foram um exemplo, eu diria q a correlacao comportamento-genes
cresce a medida q cresce esta percentagem.


>
> > > a sua suposicao nao deixa de ser uma variacao da etologia
> comparada,
> > > mas
> > > estah assumindo a priori q. nenhum elemento cultural estah
> espalhado
> > > pela
> > > populacao. a realidade eh um pouco diferente.
> >
> > Calma, eu nao disse isso. Eu disse q se o elemento cultural esta
> > espalhado pela
> > populacao num nivel de 90% eh pq ela tem base fortemente genetica,
> ou
> > seja
> > o elemento cultural se *moldou* a uma "norma" genetica e por isso
> se
> > estabeleceu.
>
> vamos diferenciar o fator cultural do fator genetico e cultura de
> comportamento. vc nao disse q. se 90% da populacao tiver um elemento
> cultural esse elemento serah genetico, vc disse isso em relacao a
> comportamentos.
>
> -----
> Message 5202
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos
> Date: Fri Jul 28, 2000 3:48am
>
> 'Minha(?) teoria a respeito de comportamenos instintivo-geneticos X
> culturais eh : Um comportamento deve ter forte traco genetico quando a
>
> maioria das pessoas do planeta (pex. 90%) os possui.'
> ----
>

Comportamento e cultura estao associados.
Uma cultura pode induzir um comportamento assim como os comportamentos
primordiais induziram aa cultura. Uma cultura bem estabelecida esta
associada
a comportamentos bem estabelecidos. Claro q ha excessoes. Sub-grupos
gangues e etc... estao aih para mostrar isso.



>
> e claramente opondo os fatores geneticos em relacao aos culturais.
>
> os fatores geneticos para um dado comportamento serao os q.
> constituirao
> mais diretamente a sua base genetica. os fatores culturais
> constituem-se
> em fatores ambientais para esse comportamento -- por mais q. tais
> fatores
> culturais por sua vez tenham suas proprias bases geneticas -- pra um
> gene
> ou seu produto, outros genes ou seus produtos fazem parte do ambiente.
>
> e se quiser transferir essa questao mais diretamente para o fator
> cultural, novamente nao se poderia fazer a distincao simplesmente pelo
>
> levantamento censitario

Acho q nao se pode provar o fator genetico-comportamental pelo
levantamento
censitario assim como nao se pode provar q o sol va nascer amanha.
Mas da mesma maneira q o sol nasce a manha podemos crer q se por exemplo

o levantemento censitario nos informa que 100% dos individuos do globo
apresentam o mesmo comportamento, isso provavelmente eh uma influencia
predominatemente genetica.



> -- agora em vez da questao ser a possibilidade de
> compartilhamento de aspectos culturais, ha' a questao sobre o
> compartilhamento de aspectos ambientais q. poderiam participar na
> formacao
> dessa cultura.
>
>
> > Note q estou falando de tracos comportamentais e ou fisicos e nao de
>
> > elementos
> > culturais puros como a historia de "papai noel" ou uma lenda qqr q
> todo
> > mundo conhece
> > por fator puramente cultural. Quero dizer q nao eh pq todo o
> planeta
> > conhece a
> > hostoria do "papai-noel" que esta historia esta impregnada em nossos
>
> > genes.
> > Eu quero dizer q se 90% da populacao : come carne, eh monogamica ,
> tem
> > religiao,
> > sabem falar, tem QI medio acima de 50 ptos, tem cinco dedos nas
> maos,tem
> > QI medio
> > abaixo de 200 pts, aprecia jogos esportivos, gosta de musica, faz
> sexo,
> > tem sede,
> > tem fome, usam vestes, abominam incesto, amam aos filhos, brincam,
> > trabalham etc..
> > Eh pq tais fatores teriam uma influenci genetica crucial.
>
> se vc estah se restringindo aos componentes sabidamente influenciados
> pelos genes

Dei apenas um exemplo para se difenrenciar elementos culturais puros e
os
associados a comportamentos.


> de forma mais decisiva entao eh um truismo afirmar q. dada uma
> certa uniformidade genetica na populacao esses componentes
> comportamentais
> estarao espalhados por essa populacao de forma correlata.
>
> se sabemos a priori q. algo eh genetico ou cultural entao nao
> precisamos
> sequer fazer a contabilidade. se vc estah descartando a priori os
> elementos q. sao culturalmente influenciados, entao nao faz sentido
> nenhum procurar saber se uma caracteristica eh ou nao culturalmente
> influenciada.
>

Nao sabemos a priori se algo eh genetico ou cultural.
O q estavamos discutindo desde o inicio eh a validade de minha regra dos
90%
nos tracos comportamentais.

>
> > > qq cenario evolutivo pensado em termos
> > > primordialmente geneticos para explicar isso dependeria de uma boa
>
> > > dose de
> > > forcacao de barra. a maioria das narracoes se fixam tbm na
> finitude do
> > > universo - com comeco e fim - eh um tto qto forcado querer
> atribuir
> > > isso a
> > > uma limitacao biologica, por exemplo, a dificuldade de se lidar
> com a
> > > questao da infinitude
> >
> > Aih eu discordo radicalmente. Acredito no oposto nossa dificuldade
> com a
> > infinitude
> > esta intrinsicamente ligado aa nossa evolucao-genetica q nao
> > necessitava, para
> > sobreviver, de lidar com tais conceitos. De qqr modo seria muito
> dificil
> > provar isso.
>
> hmmm. discordando de que?

:>eh um tto qto forcado querer atribuir
:>isso a uma limitacao biologica, por exemplo, a dificuldade de se
:>lidar com a questao da infinitude

Discordei de q nao eh uma limitacao biologica a dificuldade
de se lidar com a infinitude. Eu acho q eh.

> vc estah afirmando exatamente uma limitacao
> biologica nossa para lidar com o conceito de infinito, coisa q. eu
> disse
> parecer forcado atribuir como causa primaria para a coincidencia do
> conceito de finitude do universo em diversas culturas.

Nao levantei nenhum pensamento qto a esse assunto. Mas me parece
possivel isso.

>
> realmente nao entendi o 'discordo radicalmente'... nao tem nada de
> discordancia (e nem de concordancia) em relacao 'as afirmacoes
> feitas...
> bem, nao sei se eu q. fui obscuro.
>
> > O comportamento talvez nao mude o que muda seriam as condicoes de
> > sobrevivencia o
> > seus afazeres.
>
> o comportamento obviamente muda. o q. poderia nao mudar eh o mecanismo
>
> basico q. elicia ou nao esse comportamento. vamos tentar esquematizar
> para
> ficar claro:
>
> arquitetura neural + condicoes ambientais --> comportamento
>
> vamos simplicar e dizer q. a arquitetura neural seja exclusivo dos
> genes,
> podemos reescrever o esquema acima no formato mais familiar:
>
> gene + ambiente --> fenotipo
>

Aqui temos um ponto central de discordancia.
O fenotipo que estou discutindo seriam os impulsos inatos , determinado
geneticamente,
para um dado comportamento. O fato de o individuo estar numa camisa de
forca nao
muda isso. Quero dizer q mesmo numa camisa de forca ele teria o impulso
sexual
o de fome , o de sede etc... Assim um individuo q muda de ambiente
carrega com ele
os instintos para determinados comportamentos , mesmo q nunca os use.
Lembre-se do leao enjaulado, nao faz sentido dizer q a jaula faz o leao
mudar de
comportamento : ele ainda eh um predador sanguinario, simplesmente o
ambiente
impede-o de ajir. Eh esse tipo de comportamento q estou discutindo e nao
o
comportamento *circunstancial* este nao faz muito sentido discutir.

>
> o exemplo da urbanizacao do comportamento se refere exatamente 'as
> mudancas sem alteracoes nas bases geneticas, ora se o fenotipo
> (comportamento, neste caso) estah mudando, se o ambiente estah mudando

O fenotipo comportamental nao esta mudando. O q esta mudando eh a
externizacao
comportamental. Podemos pensar nisso como o caracter da pessoa. Se ela
esta sendo
vigiada ela aparenta um comportamento, mas uma vez q sabe-se livre de
qqr vigia
delacao ou acusacao ela passa a ajir de acordo com seu verdadeiro
caracter.


> (cultura rural para urbana, neste caso), mas os genes nao, entao a
> mudanca
> fenotipica deve estar associada 'as modificacoes ambientais...
>
> vc estah confundindo os conceitos nessa historia,

Eu acho q vc q esta confundindo as coisas.
Vamos supor um fenotipo com influencia genetica, neste caso
o fenotipo nao eh a exteriorizacao das acoes do individuo devido a uma
cituacao
circunstancial particular e sim o impulso ou algoritmo mental que levam
o individuo
a se comportar de uma determinada maneira. Exemplo : Vc nao pode dizer q

um individuo numa camisa de forca ou na prisao nao tenha instinto sexual

pq nao pode ajir sexualmente, assim como um individuo q veio do rural
nao tenha os
mesmos instintos intactos. Eh uma cituacao circusntancial apenas.
O fenotipo nao muda. O fenotipo do leao enjaulado nao muda, ele nao mata

por questoes circunstanciais do mesmo modo q o campones nao "campina" na
cidade.



> estah usando fenotipo e
> gene de modo indistinto,

Estou usando o fenotipo como um atributo do individuo formado.
Vc esta usando fenotipo como uma reacao do individuo formado ao ambiente

parece confundir fenotipo com comportamento.
Para mim o fenotipo nao pode ser mudado depois do individuo adulto
claro q a gama de reacao do individuo ao ambiente , isto eh , as
variedades de
seu comportamento eh devido ao fenotipo. Mas para mim o fenotipo nao eh
a reacao
do individuo a determinado ambiente. Esquematicamente :

Genes + ambiente -> Fenotipo
Fenotipo + ambiente -> comportamento
A gama de comportamentos possiveis para um mesmo fenotipo eh imensa nao
obstante
estar limitado ao proprio fenotipo.


> aih fica truismo afirmar q. um dado fenotipo
> estah correlacionado aos genes, vc simplesmete estah igualando as duas
>
> coisas...
>

Podemos ter diferentes comportamentos para o mesmo fenotipo dependendo
do ambiente.

>
> > O q estou querendo dizer e exatamente isso : Acredito q exista um
> gene
> > ou mais
> > q impulsiona *algumas criancas* a arrancarem cascas de ferida. acho
> q
> > isso poderia ser
> > verificado por estudos como qdo se faz o mapeamento de doencas
> > hereditarias. Claro q nao ha interesse nisso. Por ora fica minha
> crenca
> > contra sua
> > descrenca.
>
> nao eh simplesmente uma palavra contra outra. eh q. vc estah tendo uma
>
> abordagem q. em termos de genetica do comportamento eh inadequada:
> simplesmente seria incapaz de esclarecer qq coisa -- em sentido
> popperiano
> eh infalseavel.

Nao senhor. Como os geneticistas caçam genes do nanismo por exemplo ?
A partir do mapa genetico e da arvore genealogica da familia eles
conseguem
rastrear os genes responsaveis pela doenca. Afirmo q o mesmo trabalho
poderia ser feito para as criancas descascadoras de feridas. Se for um
traco
genetico estes genes sao passiveis de determinacao.

> repetindo, em ultima instancia todos os comportamentos sao
> geneticamente moldados e em ultima instacia todos os comportamentos
> sao
> ambientalmente moldados (isso eh extensivo para qq caracteristica
> biologica): mas nao eh nessa ultima instancia q. se foca qdo se fala
> em
> comportamentos humanos.
>
> apesar de eu ter basicamente restringido a falar de um gene e um fator
>
> ambiental, isso eh reducionismo puro. os comportamentos de modo geral
> sao
> multifatoriais: sao diversas causas ambientais (incluindo as
> interacoes
> sociais e culturais) e diversos genes atuando. raramente temos um
> unico
> fator q. se destaque de forma quase exclusiva - nao q. todos os
> fatores
> contribuam equitativamente, mas ha uma diluicao das influencias.
>

E tenho dito
[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mais uma sobre o infinito: Hotel de Hilbert
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/07/2000 16:02



Benjamin Hinrichs wrote:

> Oi Jocax,
> vc vai ter que mexer mais uma vez ou repetir o processo ou sei lá
> fazer o
> que se resolverem entrar [infinito] + 1 hóspedes.

Nao se precisaria fazer nada uma vez que
Infinito+1 = Infinito !!
:-))

[]s
jocax



SUBJECT: Re: En: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Aline de Alvarenga Coelho <alinealvarenga@uol.com.br>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 28/07/2000 16:38

Oi, Sheila
Existe outra palavra sim, pulsão. Mas eu não quero dizer que o instinto
não esteja presente no ser humano, mas precisamos concordar que ele se
manifesta de forma bastante singular. Eu acho que, se existe uma lógica
humana, seria a lógica do desvio do instinto.
Tudo bem que pode existir um instinto gregário, mas quando eu falo de
linguagem e cultura, quero dizer que nós humanos, lidamos com objetos
simbólicos, representações de objetos, e não objetos reais. E também com
as relações entre as representações.
É certo que o mundo do animal não é tão preto e branco, como podemos
imaginar. Parece, não sei se é certo, que alguma pesquisas comprovaram
que existem até casos de homossexualismo entre animais, é verdade?
Mas o nosso mundo apresenta uma gama de possibilidades muito maior, e
acho que é isso que caracteriza o ser humano.
Abraços,
Aline

Sheila escreveu:
>
> Mesmo desvirtuados, variando em forma de expressão em cada indivíduo, o
> instinto estaria presente, não?
>
> Aline, existe ou não uma "lógica humana" unificadora de nossa espécie?
> A psicanálise se basea em instintos humanos? Talvez a palavra seja outra,
> mas não há "tendência" que é comum à espécie humana?
>
> Abraços,
>
> Sheila.
>
> ----- Original Message -----
> From: Aline de Alvarenga Coelho
>
> Oi, Francisco
> É interessante o que você diz. O ser humano é bem diferente dos animais
> neste aspecto, pois ele não funciona segundo instintos, pelo menos não
> sempre. Nossos instintos estão desvirtuados porque somos uma espécie
> submetida a linguagem e a uma ordem simbólica que nos antecede e
> permeia. É por isso que o homem deseja coisas que não são da ordem do
> mundo natural, mas do mundo cultural. E é por causa disso também que
> existe escolha, ao contrário do comportamento instintivo.
> Abraços,
> Aline
>
> >
> > Na verdade existe grande confusão entre instinto e reflexos. Instintos são
> > como comportamentos programados pela seleção natural visando a
> sobrevivencia
> > da espécie. Ou melhor, seriam comportamentos selecionados pela evolução
> que
> > conferem vantagens para a perpetuação da espécie. A atração sexual, na
> > maioria dos animais por exemplo, ela ocorre somente quando a femea está
> > pronta para engravidar, tem o único objetivo da reprodução e os machos da
> > espécie não conseguem resistir a uma femea no cio. Ele tem que disputa-la,
> > não há opção para ele. Ele não aprendeu isso de forma alguma, e não é um
> > reflexo como a contração de um musculo que afasta o orgão da origem da
> dor.
> > E todos os machos do mesmo grupo terão a mesma punção de copular com a
> > femea.
> >
> > No caso do homem a atração sexual nem sempre visa a reprodução, nossa
> > capacidade de criticar o nosso próprio comportamento destroi qualquer
> > comportamento instintivo. Você pode escolher ou não dar em cima de uma
> femea
> > muito gostosa, independente de ela estar ou não no cio. Voce pode até
> > escolher não ter femea alguma. É uma questão de escolha individual,
> > influenciada ou não pelo grupo social ao qual se pertence. Portanto
> instinto
> > é imperativo da espécie.
>
>
>
> *** --- ***
>
> >> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
> http://www.physlink.com/
>
> *** --- ***

--
Aline de Alvarenga Coelho
Psicóloga
alinealvarenga@uol.com.br
alinealvarenga@psiconet.com
freud-lacan@uol.com.br

Página Pessoal : http://www.psiconet.com/alvarenga

Visite http://www.argo.com.br/~honorato

e não deixe de prestigiar http://www.psiconet.com/brasil


SUBJECT: Re: [ciencialist] Mais uma sobre o infinito: Hotel de Hilbert
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/07/2000 17:56


----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Friday, July 28, 2000 4:02 PM
Subject: Re: [ciencialist] Mais uma sobre o infinito: Hotel de Hilbert


>
>
> Benjamin Hinrichs wrote:
>
> > Oi Jocax,
> > vc vai ter que mexer mais uma vez ou repetir o processo ou sei lá
> > fazer o
> > que se resolverem entrar [infinito] + 1 hóspedes.
>
> Nao se precisaria fazer nada uma vez que
> Infinito+1 = Infinito !!
> :-))
>
> []s
> jocax
>

Espertinho (Jocax),
não tente fugir da minha idéia e invalidar o meu e-mail (isto é, por favor
não o faça). Quando infinitos hóspedes entrarem teremos todos os lugares
ímpares também ocupados. Aí seria necessário uma nova re-organização.

Abraço,

Benjamin Hinrichs




SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/07/2000 18:01

On Fri, 28 Jul 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Sim mas soh poderemos descartar a influencia a predominancia da
> influencia genetica se dermos tempo para q ela aja.

A questao nao eh descartar, eh detectar, como disse nesse experimento
mental nao podemos nem estabelecer se eh predominantemente cultural ou
predominantemente genetico um dado comportamento.

Vc mesmo admite q. nao sabe qto tempo levaria pra q. possamos experar uma
dissociacao, oras se nao sabemos sobre isso nao poderemos contar com isso
- entao um simples censo q. assuma q. ha tal dissociacao, serah menos
eficiente q. uma analise q. dispense essa suposicao.

> Acho q se nao definirmos bem o q significa "ligado + diretamente aos
> genes"
> ja que nao temos o mapa genotipo -> fenotipo, fica dificil precisar o
> quao diretamente
> um comportamento esta ligado aos genes, ja q como vc observou todo
> comportamento
> esta de uma forma ou de outra ligado aos genes.

Veja entao a fragilidade de sua proposta de simples contagem:
- assume q. ha uma dissociacao em grau seguramente elevado entre os
componentes culturais e geneticos - em sua proposta uma dissociacao de 90%
(arbitrariamente estabelecido);

Os estudos comparativos q. sao levados a cabo nao precisam assumir isso e
nao precisam de um mapa detalhando um processo associando uma dada
constituicao genetica em um dado ambiente gerando uma dada caracteristica:
eles sao capazes de detetar associacoes intermediarias entre 0 e 100% q.
por sua vez ajudam a construir tal mapa. E os proprios resultados indicam
o quao diretamente ligados estao um conjunto de genes e uma
caracteristica.

> Note q os comportamentos fazem parte da cultura e vice-versa : Uma coisa
> induz outra.
> Uma cultura induz a um comportamento e comportamentos induzem a uma
> cultura.
> O q vem primeiro? Vem o comportamento , ja q por evolucao "comecamos"
> como
> animais nao culturais apenas comportamentais. A medida q a sociedade foi
>
> se estabelecendo a cultura comecou a surgir, inicialmente padronizando
> habitos
> comportamentais ja arraigados. Depois, com evolucao do cortex, a cultura
> passou a
> ter + liberdade de acao. ( mas sempre de algum modo associado aos
> instintos (genes)).

a sua associacao eh falha. nao ha uma reciprocidade entre culturas e
comportamentos. o q. ha eh a caracterizacao de uma cultura a partir de
comportamentos. eh o problema de tomar a causa pelo efeito, senao vejamos:

sistema nervoso + cultura -> comportamento

ou F = m.a

podemos estimar a forca F aplicada em um sistema com massa m a partir das
medidas de aceleracao a. Mas nao eh q. a aceleracao cause a forca F.
(claro q. nao estou usando isso como prova, apenas como uma analogia
explicativa da situacao...)

uma dada cultura interagindo com uma dada arquitetura neuronal produzirah
um dado comportamento. podemos inferir a cultura a partir dos
comportamentos, mas nao ha reciprocidade.

a perspectiva evolutiva sem as devidas ponderacoes falha. certamente os
comportamentos de modo generico antecedem as culturas de modo generico.
mas comportamentos especificos influenciados por uma cultura especifica
soh pode ocorrer depois dessa cultura.

os comportamentos nao culturais tem como base outros estimulos ambientais.

> > nao poderemos, independentemente da tecnologia --
>
> Como vc pode dizer isso?
> Veja o seguinte experimento mental : Constroi-se uma populacao enorme de
> CLONES.
> Por engenharia genetica alteram-se genes e observa-se a influencia no
> comportamento.
> Isso seria uma maneira rudimentar de provar a influencia de determinados
> genes
> no comportamento.

vc estah criando uma dissociacao -- sem uma dissociacao, seja natural ou
induzida, nao ha como saber... certamente apenas uma contagem censitaria
por si soh nao cria uma dissociacao.

> Agora quem nao entendeu fui eu heheheh.

nao sabemos se houve ou nao uma condicao na historia da humanidade
com um punhado de individuos apenas. se houve essa condicao, pode ser q.
uma parte da cultura original deles tenha se perpetuado e 'a medida em q.
eles se espalhavam pelo globo, essa parte da cultura tbm se espalhava.
essa parte poderia nao ter a ver diretamente com sua constituicao
genetica. se isso se deu, a simples contagem falha. jah um estudo
comparativo funcionaria independentemente desse evento ter ocorrido ou
nao (soh falharia se nao tivesse ocorrido nenhuma dissociacao).

> > nao eh verdade a sua suposicao. agricultura teve origens independentes
> > em
> > diversos pontos do planeta a partir de diferentes populacoes com
> > diferentes constituicoes geneticas --
>
> Vc mesmo disse :
> :>...- nao dah pra assumir
> :>a priori q. nenhum componente cultural nao tenha se espalhado pela
> :>populacao humana por origem em comum.
>
> Ou seja, mesmo os ancestrais do homem poderiam ter algum componente
> cultural-gricultural rudimentar que se espalhou junto com sua migracao.

eu disse 'a priori' - jah ha estudos sobre as origens da agricultura -
portanto essa afirmacao eh 'a posteriori'. o estudo comparativo eh capaz
de detetar se ha ou nao algum 'componente rudimentar', coisa q. a contagem
censitaria nao consegue...

> > ela eh um traco marcante da
> > humanidade em geral. a propria cultura americana, q., embora nao
> > perfaca
> > os 90% q. vc estipulou arbitrariamente, encontra-se amplamente
> > espalhada
> > pelo globo, sem q. haja espalhamento dos genes dos gringos.
>
> Aih vc esta forcando a barra. Explicite q tipo explicito de traco
> cultural eh esse.
> E nao podemos esquece q a semelhenca genetica entre duas pessoas
> quaisquer do
> globo eh altissima ( qual era mesmo? 99,99% ? ) Essa semelhanca
> invalidaria sua
> contraprova dos gringos. ( temos ACHO pelo menos 99% dos genes iguais )

genes iguais nao significam alelos iguais... temos cerca de 100.000 genes
- se isso se espelhasse em termos alelicos significaria q. apenas 1% dos
locos teriam alelos variantes: q. apenas cerca de 1.000 caracteristicas
humanas teriam variacoes... soh de doencas geneticas estima-se q. haja
cerca de 4.000...

mas isso nao vem ao caso. nao ha espalhamento dos genes de qq maneira.
eles podem ateh estar espalhados do modo como vc quer. oras, se nao ha
alteracao dos genes e agora q. a cultura estah se espalhando, significa q.
o fator em acao nesse espalhamento nao eh o genetico. se ha uma
determinacao em primeira instancia dos genes: i.e., sempre ou quase sempre
q. um dado gene (melhor seria dizer alelo) estah presente, a
caracteristica estah presente, entao significa q. cerca de 99% da
populacao mundial (segundo seus valores arbitrarios) deveria ter jah essa
caracteristica ha muito tempo (lembre-se, nao sao os alelos q. estao se
espalhando) - mas soh a partir da segunda grande guerra q. comeca esse
fenomeno.

por mais q. haja uma base genetica para a cultura americana, esta
dependeria de um fator externo a essa base genetica (ambiente) para se
manifestar. entao vc admite q. jah existe essa base genetica por toda a
populacao - e como nao se manifestava antes, entao soh pode ser um fator
externo (ambiente) q. estah permitindo agora q. ela se manifeste... o q.
estah influindo na variacao entao eh a variacao do ambiente.

> > mas comentemos um pouco sobre esses 90% arbitrarios -- ainda q. a sua
> > suposicao fosse defensavel, essa tecnica seria, digamos, pouco
> > poderosa:
> > ela seria incapaz de detectar qq traco comportamental associado a
> > genes ou
> > culturas q. ficasse abaixo desse limiar sacado da manga.
> >
>
> Os 90% foram um exemplo, eu diria q a correlacao comportamento-genes
> cresce a medida q cresce esta percentagem.

entao se apenas 1% das pessoas exibissem essa caracteristica, os genes
estaria contribuindo com peso pequeno nessa caracteristica?

> Acho q nao se pode provar o fator genetico-comportamental pelo
> levantamento
> censitario assim como nao se pode provar q o sol va nascer amanha.
> Mas da mesma maneira q o sol nasce a manha podemos crer q se por exemplo
>
> o levantemento censitario nos informa que 100% dos individuos do globo
> apresentam o mesmo comportamento, isso provavelmente eh uma influencia
> predominatemente genetica.

o comportamento eh definido por uma interacao de duas variaveis: gene e
ambiente. se vc nao isolar uma, nao pode saber qual variavel estah em
operacao.

com um levantamento puramente censitario vc nao pode dizer por exemplo q.
se apenas 0,05% da populacao tiver essa caracteristica entao ela nao tem
muito influencia dos genes.

> > se vc estah se restringindo aos componentes sabidamente influenciados
> > pelos genes
>
> Dei apenas um exemplo para se difenrenciar elementos culturais puros e
> os
> associados a comportamentos.

o q . vc quer dizer com isso?

> > se sabemos a priori q. algo eh genetico ou cultural entao nao
> > precisamos
> > sequer fazer a contabilidade. se vc estah descartando a priori os
> > elementos q. sao culturalmente influenciados, entao nao faz sentido
> > nenhum procurar saber se uma caracteristica eh ou nao culturalmente
> > influenciada.
> >
>
> Nao sabemos a priori se algo eh genetico ou cultural.
> O q estavamos discutindo desde o inicio eh a validade de minha regra dos
> 90%
> nos tracos comportamentais.

pois eh, soh q. eu disse q. se alguns aspectos culturais (a parte
ambiental) fossem relativamente homogeneos, entao nao poderiamos
identificar se isso seria uma homogeneidade genetica ou ambiental.
mas aih vc disse q. se existem aspectos culturais relativamente homogeneos
eles deveria ser geneticos... ou seja caimos em circularidade:

- como sabemos se uma caracteristica eh genetica ou cultural?
- se ela estiver espalhada em mais de 90% da populacao, jah q. assumo q. a
constituicao genetica eh homogenea.
- mas e se um aspecto cultural tbm for homogeneo entre as populacoes?
- aih serah genetico, jah q. o q. se espalha em mais de 90% da populacao
tem origem genetica.

o modo de sair dessa circularidade eh pelos estudos comparativos.

> :>eh um tto qto forcado querer atribuir
> :>isso a uma limitacao biologica, por exemplo, a dificuldade de se
> :>lidar com a questao da infinitude
>
> Discordei de q nao eh uma limitacao biologica a dificuldade
> de se lidar com a infinitude. Eu acho q eh.

eu nao falei isso. eu disse q. eh forcado atribuir a homogeneidade da
concepcao do universo finito a dificuldade biologica de lidar com o
infinito (quer isso seja verdade ou nao).

> Aqui temos um ponto central de discordancia.
> O fenotipo que estou discutindo seriam os impulsos inatos , determinado
> geneticamente,
> para um dado comportamento. O fato de o individuo estar numa camisa de
> forca nao
> muda isso. Quero dizer q mesmo numa camisa de forca ele teria o impulso
> sexual
> o de fome , o de sede etc... Assim um individuo q muda de ambiente
> carrega com ele
> os instintos para determinados comportamentos , mesmo q nunca os use.
> Lembre-se do leao enjaulado, nao faz sentido dizer q a jaula faz o leao
> mudar de
> comportamento : ele ainda eh um predador sanguinario, simplesmente o
> ambiente
> impede-o de ajir. Eh esse tipo de comportamento q estou discutindo e nao
> o
> comportamento *circunstancial* este nao faz muito sentido discutir.

claro q. muda o comportamento um leao enjaulado. o q. pode nao mudar sao
as propensoes dele e propensoes nao sao comportamentos. o problema aqui eh
essa definicao meio torta de comportamento: veja o trecho acima em q. vc
usa a palavra comportamento com acepcoes bem diferentes, o comportamento
como propensao (definicao estranha) e comportamento como resultado da
interacao entre circunstacias ambientais e essas propensoes. proponho
entao usar o termo 'comportamento' para o q. vc chama de comportamento
circunstancial e 'propensao' para o q. vc chama de comportamento - eh a
terminologia mais usual. (e 'propensao' aqui eh melhor do q. instinto
porq. tendencias para um dado comportamento - circunstancial - podem ter
outras origens.)

mas entao falemos das propensoes. eu igualei o q. chamo agora de propensao
com arquiterura neuronal e desta considerei apenas a parte genetica. assim teremos:

propensao + ambiente --> comportamento

(claro q. existem outras vias para se eliciar um comportamento.)

soh cuida salientar q. na verdade a propensao tbm serah fruto da interacao
entre genes e ambiente.

(e aqui sim eh plenamente questao de opiniao: pra mim o entendimento da
propensao em si mesma nao tem significado nenhum sem se ter como alvo o
entendimento do comportamento... pra mim seria como achar q. os
fundamentos da fisica sao por si soh interessantes, tem gente q. acha,
beleza, eu penso q. eles soh tem interesse na medida em q. nos ajuda a
entender o mundo)

> por questoes circunstanciais do mesmo modo q o campones nao "campina" na
> cidade.

o q. seria campinar?

> Estou usando o fenotipo como um atributo do individuo formado.
> Vc esta usando fenotipo como uma reacao do individuo formado ao ambiente
>
> parece confundir fenotipo com comportamento.
> Para mim o fenotipo nao pode ser mudado depois do individuo adulto
> claro q a gama de reacao do individuo ao ambiente , isto eh , as
> variedades de
> seu comportamento eh devido ao fenotipo. Mas para mim o fenotipo nao eh
> a reacao
> do individuo a determinado ambiente. Esquematicamente :
>
> Genes + ambiente -> Fenotipo
> Fenotipo + ambiente -> comportamento
> A gama de comportamentos possiveis para um mesmo fenotipo eh imensa nao
> obstante
> estar limitado ao proprio fenotipo.

um comportamento eh um fenotipo. nao estou dizendo q. um fenotipo eh um
comportamento.

de seu esquema:

gene x + ambiente z + ambiente w -> comportamento y

como ambiente z + ambiente w -> ambiente v

gene x + ambiente v -> comportamento y

pra todos os biologos q. conheco comportamento eh um tipo de fenotipo...
jah q. vc gosta do dawkins leia 'o fenotipo extendido'... (argumento de
autoridade? sim...)

> Podemos ter diferentes comportamentos para o mesmo fenotipo dependendo
> do ambiente.

pois eh...

> Nao senhor. Como os geneticistas caçam genes do nanismo por exemplo ?
> A partir do mapa genetico e da arvore genealogica da familia eles
> conseguem
> rastrear os genes responsaveis pela doenca. Afirmo q o mesmo trabalho
> poderia ser feito para as criancas descascadoras de feridas. Se for um
> traco
> genetico estes genes sao passiveis de determinacao.

eles fazem comparacoes e nao simples contagens - 'este tem, este nao
tem'... basicamente o q. vc propoem eh um teste em q. o tratamento
controle foi abolido. imagine um homeopata q. atribua q. um remedio seu eh
eficaz porq. x% das pessoas q. tomaram o remedio se curaram o mal (alias
isso nao eh nada incomum): por mais q. x% = 100% isso sem um controle
(pessoas q. nao receberam o tratamento) nao quer dizer quase nada.

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Mais uma sobre o infinito: Hotel de Hilbert
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/07/2000 18:05

On Fri, 28 Jul 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> (Qdo jocax falou q infinito+infinito=infinito nao ha o q contestar)

e qual a cardinalidade desse infinito, aleph 0?

e um aleph 0 + aleph 1 = aleph 1?

nao, grande mestre, nao estou o contrariando... re re re.

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Mais uma sobre o infinito: Hotel de Hilbert
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/07/2000 18:05



Benjamin Hinrichs wrote:

>
> ----- Original Message -----
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
> To: <ciencialist@egroups.com>
> Sent: Friday, July 28, 2000 4:02 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Mais uma sobre o infinito: Hotel de Hilbert
>
>
>
> >
> >
> > Benjamin Hinrichs wrote:
> >
> > > Oi Jocax,
> > > vc vai ter que mexer mais uma vez ou repetir o processo ou sei lá
> > > fazer o
> > > que se resolverem entrar [infinito] + 1 hóspedes.
> >
> > Nao se precisaria fazer nada uma vez que
> > Infinito+1 = Infinito !!
> > :-))
> >
> > []s
> > jocax
> >
>
> Espertinho (Jocax),
> não tente fugir da minha idéia e invalidar o meu e-mail (isto é, por
> favor
> não o faça). Quando infinitos hóspedes entrarem teremos todos os
> lugares
> ímpares também ocupados. Aí seria necessário uma nova re-organização.
>

NAO CONTRARIE O GRANDE JOCAX
SEUS GENES PODERAO ARDER NO FOGO DO INFERNO

(Qdo jocax falou q infinito+infinito=infinito nao ha o q contestar)
:-)
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/07/2000 18:25

> Vc mesmo admite q. nao sabe qto tempo levaria pra q. possamos experar uma
^
esperar com 'X' eh dose... (culpa da xuxa?). o anarfa aqui foi reescrever
em cima de 'expectativa' e saiu essa agressao ao bom portugues. minha
culpa, mil perdoes.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/07/2000 22:56

Nao estou justificando o crime estou dando as explicacoes para ele.
> Se as pessoas fossem puramente culturais, como ja disse e saliento,
> nao haveria crimes passionais.
JÁ PERCEBEU QUE OS CRIMES PASSIONAIS OCORREM MAIS FREQUENTEMENTE EM ALGUMAS
CULTURAS DO QUE EM OUTRAS?
NAS CULTURAS MATRIARCAIS ANTIGAS, COMO A DOS VICKINGS PRÉ CRISTÃOS, A IDÉIA
DE CRIME PASSIONAL ERA INEXISTENTE, SÓ COMEÇARAM A EXISTIR ESSES CRIMES
DEPOIS DA DOMINAÇÃO PELO IMPÉRIO ROMANO CRISTÃO.
NESSE TIPO DE CULTURA, SUA EXPLICAÇÃO DO HOMOSSEXUALISMO TAMBÉM NÃO CABE,
POIS O MACHO DA ESPÉCIE AINDA NÃO ESTAVA BUSCANDO PROEMINENCIA SOCIAL, ESTA
ERA DA MULHER, QUE ENTRE OUTRAS COISAS ERA CONSIDERADA SAGRADA!
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----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Friday, July 28, 2000 8:37 AM
Subject: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?


>
>
> Francisco wrote:
>
> > se a tração do macho pela femea fosse intintiva, o homossexualismo
> > seria a
> > coisa mais rara do mundo na espécie humana,
>
> A sua contra prova parece boa e merece uma explicacao.
> Eu tenho uma explicacao propria para este comportamento APARENTEMENTE
> contraditorio e ja o postei aqui na lista. Vou procura-lo..... Ei-lo :
> ---------------------------------------------
> [ciencialist] Re: serah q. ele eh?
> Date:
> Thu, 30 Mar 2000 19:01:37 -0300
>
> Eu tenho uma nova teoria sobre a origem dos Gays ( nada contra eles ).
>
> Pelo fato de ser uma taxa grande da populacao , se nao me engano de
> cerca de
> 10%,
> isso sugere que , se for uma tendencia genetica, como acredito, deve ser
>
> explicada.
> Ou seja se os gays tem origem (ao menos parcialmente) genetica,
> entao o o alto indice de Gays na populacao tem q ser explicado por um
> mecanismo
> darwiniano.
>
> O mecanismo eh semelhante ao q eu li certa vez a respeito de que eles
> poderiam ajudar
> "em casa" de algum modo aumentando as chances de sobrevivencia de seus
> sobrinhos
> (que tem seus genes).
>
> Acho q em um ambiente muito competitivo onde o homem tem q se preocupar
> muito
> com detalhes corriqueiros da familia nao sobra tempo para q ele proprio
> desenvolva
> aptidoes e/ou alcance posicoes de destaque politico dentro de seu
> ambiente
> social
> ou de trabalho. Assim se na familia houver um gay ele podera galgar
> estes
> degraus
> socio-economicos com + facilidade que um homem com familia e,
> como uma "ponta de lança", abrir caminho para seus parentes proximos.
>
> Isto poderia ser, do ponto de vista evolutivo, vantajoso para os genes
> da
> familia
> como um todo.
> ---------------------------------------------------------------------
>
> ( acho q eu mereco um nobel por esta explicacao : )
>
>
> > quanto a pessoas que cedem a
> > pressão e matam ou estupram, atribuir isso erroneamente aos instintos
> > seria
> > tentar justificar um crime que é de origem social ou psicológica e
> > não
> > instintiva.
>
> Nao estou justificando o crime estou dando as explicacoes para ele.
> Se as pessoas fossem puramente culturais, como ja disse e saliento,
> nao haveria crimes passionais.
>
> []s
> jocax
>
>
>
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>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/07/2000 23:00

FECHO A DISCUSSÃO AGRADECENDO O ELOGIO!
ALIÁS, NÃO FECHO, VOCÊS COM CERTEZA CONTINUARÃO SEM MIM!
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----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Friday, July 28, 2000 8:26 AM
Subject: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?


>
>
> Francisco wrote:
>
> > >
> > Quanto a desejar sexualmente as fêmeas, se estudarmos a história
> > veremos
> > que em um grande numero de culturas (grega, romana, etc.) havia um
> > nitido
> > desejo por membros do mesmo sexo, o que hoje chamariamos de
> > homossexualismo
> > (boiolice),
>
> Isso eh historia (verdadeira) que virou lenda justamente pelo grau de
> espanto que causa.
> Para que esse comportamento tivesse valor cientifico como prova
> deveriamos ter
> uma evidencia cientifica de NUMEROS estatisticos: Quanto da populacao
> Greco/Romana
> tinha comportamento homossexual? Quanto tempo durou este comportamento ?
>
> Se ateh 10% da eleite possuia este comportamento isso seria talvez
> estatisticamente
> normal pois este eh o numero estimado de gays na populacao.
> Claro q numa sociedade sem preconceitos deste tipo , como na epoca, tal
> nivel
> de homosexualismo ( 10%) eh razao suficiente para q a lenda se
> espalhasse pelo
> globo todo (devidamente aumentada, claro ) .
>
>
>
> > os homens que demonstravam desejos por mulheres mais intensos
> > que por seus companheiros eram considerados afeminados, questão
> > cultural.
>
> Faltam numeros, vc nao pode dizer q por causa de 10% da populacao de um
> pais
> ter desejos homossexuais isso implica q o RESTANTE DO PLANETA nao
> apresente
> desejo sexual peo sexo oposto. O que acontece eh justamente o oposto: em
> todas as
> eras de todos os tempos o desejo do homem pela mulher sempre foi
> predominante
> e nao excessao.Lembre-se q os homes descendem de ancestrais primitivos
> os homideos
> que nem possuiam a fala e tinham uma cultura reduzida. vc acha mesmo q o
> homem
> eh o *unico* animal do planeta q nao tem desejos instintivos pelo sexo
> oposto?
>
> >
> > Essa prática se perde quando a cultura judaico-cristã e
> > judaico-islamica
> > passam a predominar e influenciar grande parte do mundo.
>
> Vc nao pode dizer , dessa pratica, q ela existia antes ( numa taxa maior
> q 10% ).
> Na verdade, este periodo eh relatado como um periodo de excecao aa
> regra
> e por isso eh salientado tanto.
>
> > O sexo com mulheres
> > era apenas para reprodução.
>
> Vc nao pode generalizar dessa maneira. Como ja disse QUASE NINGUEM em
> todas
> as eras faz sexo para ter filhos apenas. O sexo eh feito *antes de
> tudo*, eu diria,
> quase q exclusivamente para o prazer, para saciar o desejo sexual.
>
>
> > Mesmo muitos pensadores do inicio da era cristã
> > consideravam a mulher um mal necessário.
>
> Qual a representatividade destes pensadores na populacao? 0,00000001%?
>
>
> > Então, na nossa espécie, mesmo o
> > desejo por uma femea, quando se é macho, é um fator cultural.
> >
>
> Logo, o entao nao se aplica.
>
>
> >
> > Agora, se retirar cascas de feridas ou apertar bochechas fosse
> > instintivo no
> > homem, então, todos estariamos fazendo isso. Ou seja, instinto é da
> > espécie,
> > não tem sentido falar de instinto do indivíduo.
>
> Falso, o instinto eh uma caracteristica do individuo que pode ou nao
> estar presente
> na maioria da populacao. Por exemplo olhos azuis eh um traco genetico
> que nem
> todos possuem. Claro q alguns instintos sao basicos e compartilhados
> por todos
> os membros da especie como a vontade de bater em alguem muito tapado
> que nao entende o q vc diz ! ( brincadeirinha :) )
>
> []s
> jocax
>
>
>
>
>
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>
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>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/07/2000 23:17

NÃO, SE DEI A ENTENDER QUE QUERO GENERALIZAR AS CAUSAS DOS COMPORTAMENTOS,
ENTÃO ME EXPRESSEI MAL, É CLARO QUE DEVO CONCORDAR QUE MUITO DO
COMPORTAMENTO É HEREDITÁRIO E MUITO DELE É CULTURAL. ESTAVA APENAS
ARGUMENTANDO QUE O INSTINTO NÃO ESTÁ PRESENTE MAIS NA ESPÉCIE HUMANA. JÁ
ESTEVE? COM CERTEZA, MAS A CAPACIDADE DE REFLETIR E QUESTIONAR OS PROPRIOS
PENSAMENTOS E COMPORTAMENTOS EXCLUI A POSSIBILIDADE DE COMPORTAMENTO
INSTINTIVO EM NOSSA ESPÉCIE.
TODOS NÓS QUE CRESCEMOS ASSISTINDO O MUNDO ANIMAL, NAS MANHÃS DA GLOBO,
DEVEMOS NOS LEMBRAR QUE OS BIO'LOGOS ESTAVAM SEMPRE TENTANDO TRAÇAR OS
PADRÕES DE COMPORTAMENTO DAS ESPÉCIES ESTUDADAS. EU ME PREOCUPAVA SEMPRE EM
SABER SE SERIA POSSÍVEL TRAÇAR UM PADRÃO DE COMPORTAMENTO DA ESPÉCIE HUMANA
E CONCLUI QUE ISSO NÃO É POSSÍVEL, POIS PADRÕES DE COMPORTAMENTOS SÃO
DITADOS PELOS INSTINTOS, ENTÃO NÃO TEMOS UM PADRÃO DE COMPORTAMENTO, POIS
NÃO TEMOS INSTINTOS.
QUANDO FALEI QUE CIÊNCIA NÃO SE FAZ POR EXCESSÕES, ACHO QUE FOI VOCÊ QUE NÃO
ENTENDEU, QUANDO SE DETERMINOU A IMPORTÂNCIA DAS MUTAÇÕES NA EVOLUÇÃO DAS
ESPÉCIES SE DETERMINOU UMA CARACTERISTICA GERAL (QUE AS MUTAÇÕES TEM UM
PAPEL CRUCIAL NA EVOLUÇÃO). SE VOCÊ SE DEPARA COM UM ANIMAL QUE TEM UMA
CARACTERISTICA PARTICULAR, SÓ DELE DENTRE TODOS OS INDIVIDUOS DA ESPÉCIE,
VOCE NÃO PODE DESCREVER A ESPÉCIE TODA POR AQUELA CARACTERISTICA, MAS
SIMPELAS CARACTERÍSTICAS MAIS GERAIS DOS ANIMAIS DAQUELA ESPÉCIE. AINDA QUE
ESTA CARACTERISTICA CONTINGENTE POSSA SER O INÍCIO DE UMA MUDANÇA
EVOLUCIONÁRIA, NÃO TEMOS CONDIÇÕES PARA AVALIAR ISSO, A NÃO SER DEPOIS DE
MUITAS GERAÇÕES. É NESSE SENTIDO QUE AFIRMEI QUE A CIÊNCIA NÃO É FEITA PELAS
EXCESSÕES ( ONDE EU DEVERIA TER DITO, MAIS ACERTADAMENTE, "PELAS
CONTINGÊNCIAS".
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----- Original Message -----
From: "Roberto Mitsuo Takata" <rmt@ib.usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Thursday, July 27, 2000 9:58 PM
Subject: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?


bem, os manuais de sexo nao sao detalhados o suficiente de modo q. alguem
q. o leia tenha exata nocao do q. acontece (ao menos dos q. conheco --
tipo kama sutra -- q. nao eh exatamente um manual -- e coisas do genero).

normalmente sao apenas normas de conduta genericas e atualmente nem sao
amplamente divulgados (pelo contrario).

mas independentemente disso, os manuais poderiam ateh ser protocolos passo
a passo do sexo, o fato eh q. esse conhecimento eh absolutamente
desnecessario para a pratica sexual, pois fato eh tbm q. adolescentes (e
ateh criancas) q. nao tiveram nocao alguma sobre comportamento sexual o
fazem - sem orientacao alguma.

preciso frisar, nao estou dizendo q. a cultura nao importa, nao possa
influir. mas ela nao eh a determinante exclusiva no comportamento de
copula basico dos humanos.

outro problema de mal entendidos eh q. vc estah querendo generalizar para
todos os comportamentos. o q. ocorre eh q. alguns sao geridos mais
diretamente pelos genes, outros pelo aspecto cultural, outros por fatores
diversos do ambiente -- ha uma boa gradacao do q. ocorre.

o simples fato de pais q leem mais fazem com q. os filhos tenham maiores
propensao a ler nao vai contra a participacao dos genes no comportamento.
primeiramente: pais partilham com os filhos nao apenas o ambiente
cultural, mas tbm os genes. segundo: o q. se diz eh q. genes E ambiente
participam na formacao de um comportamento e terceiro: ler eh um
comportamento diferente de fazer sexo.

os estudos q. isolam os fatores geneticos e ambientais para medir a
importancia relativa de cada um em um dado tipo de comportamento indicam
q. ha *tbm* componentes geneticos no habito da leitura (nao com genes para
ler, mas genes q. influenciam, por exemplo, a curiosidade, a habilidade
verbal, etc -- ainda nao estah determinado ao q. eu saiba). tais estudos
sao assim, comparam-se pares de gemeos univitelinos com pares de
bivitelinos.

os gemeos univitelinos compartilham 100% de seu material genetico, os
bivitelinos 50% em media. nos dois casos partilham um ambiente muito
parecido. se tto entre os univitelinos como entre os bivitelinos um dado
traco comportamental eh sempre (ou quase sempre) partilhado entao a
participacao do ambiente deve ser majoritaria na determinacao dele. se
esse traco fosse determinado exclusivamente pelos genes, entao nos
univitelinos seria sempre partilhado e nos bivitelinos seria partilhado em
50% dos pares. os estudos para a maioria dos comportamentos mostram
situacoes intermediarias, o q. demonstra a participacao de ambos os
fatores - geneticos e ambientais/culturais - na determinacao de uma
caracteristica.

sobre a ciencia nao ser feita pelas excessoes, eh uma visao q. nao
corresponde necessariamente ao q. ocorre -- boa parte da genetica se
desenvolveu em cima de excessoes: as mutacoes -- q. permitiam investigar
os processos normais a partir dos desvios.

a medicina tbm baseia-se em grande parte nos casos em q. o organismo
funciona mal, para entender como funciona um organismo sadio.

[]s,

roberto takata

On Thu, 27 Jul 2000, Francisco wrote:

> Ora Roberto, a maioria das culturas primitivas tem manuais de sexo, os
> chineses, japoneses, indianos e até árabes os tem por escrito. Gregos e
> romanos também os tem. Outras culturas os tem em esculturas e pinturas.
> Já foi observado até mesmo entre babuínos que as femeas mais experientes
> sempre tem que orientar um macho menos experiênte no ato. Quanto aos
outros
> comportamentos citados, é fácil perceber que são mais influenciados pela
> cultura e pelo aprendizado. É fato bastante notável que filhosde pais
> acostumados a ler terão maior interesse pela leitura e facilidade no
> aprendizado. Claro que existem excessões, mas a ciência não é feita pelas
> excessões.




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SUBJECT: ácidos e Bases
FROM: "Nanam" <nanam@directnet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/07/2000 23:16

Gostaria de saber qual é diferença entre ionização e dissociação de um ácido.
A dúvida surgiu quando meu colega me perguntou se porque alguns ácidos se ionizam na água.
O H2SO4 (ác. Sulfúrico) é líquido então quer dizer que ele não se ioniza?
No caso das bases a dissociação ocorre quando há um ácido ionizado e a base?
Se houver a formação de um sal quer dizer que uma substância fixa se formou? Afinal diversos sais que conhecemos tem um ponto de ebulic'~ao muito alto.E se isso ocorre então a condução de eletricidade se dá por quais íons dissolvidos no H2O?
Por favor, se alguém puder me explicar ficaria grata
[]s
Lu

SUBJECT: Re: [ciencialist] ácidos e Bases
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/07/2000 23:44

Como uma primeira leitura diagonal, dê uma passada lá na minha saleta de química: http://www.feiradeciencias.com.br/sala21/eletrolise.htm
 
[]'
Léo
-----Mensagem Original-----
De: Nanam
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: domingo, 30 de julho de 2000 23:16
Assunto: [ciencialist] ácidos e Bases

Gostaria de saber qual é diferença entre ionização e dissociação de um ácido.
A dúvida surgiu quando meu colega me perguntou se porque alguns ácidos se ionizam na água.
O H2SO4 (ác. Sulfúrico) é líquido então quer dizer que ele não se ioniza?
No caso das bases a dissociação ocorre quando há um ácido ionizado e a base?
Se houver a formação de um sal quer dizer que uma substância fixa se formou? Afinal diversos sais que conhecemos tem um ponto de ebulic'~ao muito alto.E se isso ocorre então a condução de eletricidade se dá por quais íons dissolvidos no H2O?
Por favor, se alguém puder me explicar ficaria grata
[]s
Lu
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SUBJECT: Apresentação
FROM: "A. Oliveira Cremonezi" <vulcanbbs@world-on.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/07/2000 03:29

Bom Dia a todos!
Sou o mais novo integrante da lista de discussão.
Atenciosamente.

Alcides O. Cremonezi
FISICA - UNICAMP
ICQ#UIN: 16388962



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/07/2000 09:06



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Fri, 28 Jul 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Sim mas soh poderemos descartar a influencia a predominancia da
> > influencia genetica se dermos tempo para q ela aja.
>
> A questao nao eh descartar, eh detectar, como disse nesse experimento
> mental nao podemos nem estabelecer se eh predominantemente cultural ou
>
> predominantemente genetico um dado comportamento.
>

Mas se no experimento mental todas as culturas que inicialmente , por
imposicao
de nossas condicoes iniciais, iniciam diferentes, acabam por convergir
para uma
unica cultura ( claro q nao totalmente igual mas com grandes tracos
identicos )
entao teremos um forte indicio da correlacao cultura-genes.
Note q este pexperimento mentao poderia ser repetido inumeras vezes de
modo q
a correlacao fosse cada vez + forte. Claro q nunca poderiamos provar a
correlacao
do mesmo modo q nao podemos provar uma lei cientifica, mas a correlacao
seria
cada ez + aceita aa medida q os experimentos convergissem para a mesma
cultura
basica.



>
> Vc mesmo admite q. nao sabe qto tempo levaria pra q. possamos experar
> uma
> dissociacao, oras se nao sabemos sobre isso nao poderemos contar com
> isso
>

Nao sabemos de antemao mas, como experimento , ele poderia ser,
a priori, esperado e medido. O fato q de antemao nao sabemos o
resultado
de um experimento isso nao significa q este experimento nao possa ser
executado,
muito pelo contrario, muitos experimentos sao feitos justamente para
verificar
o q acontece depois, e os dados sao analisados depois do experimento ser
realizado.


> - entao um simples censo q. assuma q. ha tal dissociacao, serah menos
> eficiente q. uma analise q. dispense essa suposicao.
>
> > Acho q se nao definirmos bem o q significa "ligado + diretamente aos
>
> > genes"
> > ja que nao temos o mapa genotipo -> fenotipo, fica dificil precisar
> o
> > quao diretamente
> > um comportamento esta ligado aos genes, ja q como vc observou todo
> > comportamento
> > esta de uma forma ou de outra ligado aos genes.
>
> Veja entao a fragilidade de sua proposta de simples contagem:
> - assume q. ha uma dissociacao em grau seguramente elevado entre os
> componentes culturais e geneticos - em sua proposta uma dissociacao de
> 90%
> (arbitrariamente estabelecido);
>

Os 90% eu tomei como um exemplo ilustrativo, como ja dissse e repito :
Acredito q correlacao gene para cultura eh maior a medida q aumente a
porcentagem
de individuos , a nivel mundial, que a adotem. Por exemplo se 100% dos
habitantes
do planeta adotam uma cultura-comportamento eu diria q este
comportamento eh 100%
influenciado pelos genes( como o fato de termos 2 olhos na cara ).


>
> Os estudos comparativos q. sao levados a cabo nao precisam assumir
> isso e
> nao precisam de um mapa detalhando um processo associando uma dada
> constituicao genetica em um dado ambiente gerando uma dada
> caracteristica:
> eles sao capazes de detetar associacoes intermediarias entre 0 e 100%
> q.
> por sua vez ajudam a construir tal mapa. E os proprios resultados
> indicam
> o quao diretamente ligados estao um conjunto de genes e uma
> caracteristica.
>

Gostaria de saber como eh feito isso sem q uma contagem censitaria seja
levada a cabo.


>
> > Note q os comportamentos fazem parte da cultura e vice-versa : Uma
> coisa
> > induz outra.
> > Uma cultura induz a um comportamento e comportamentos induzem a uma
> > cultura.
> > O q vem primeiro? Vem o comportamento , ja q por evolucao
> "comecamos"
> > como
> > animais nao culturais apenas comportamentais. A medida q a sociedade
> foi
> >
> > se estabelecendo a cultura comecou a surgir, inicialmente
> padronizando
> > habitos
> > comportamentais ja arraigados. Depois, com evolucao do cortex, a
> cultura
> > passou a
> > ter + liberdade de acao. ( mas sempre de algum modo associado aos
> > instintos (genes)).
>
> a sua associacao eh falha. nao ha uma reciprocidade entre culturas e
> comportamentos.

O q vc quer dizer com "reciprocidade"?
Culturas e comportamentos estao sempre de alguma forma associados.
Se vc nao se comportar de forma q a cultura dominante as aceite vc
podera
ser excluido ou mesmo punido ,( e maior a discriminacao qto maior for a
for
a diferenca comportamental da cultura dominante ), pelos atos de
rebeldia.
Por exemplo, na Inglaterra o homossexualismo era motivo de prisao ha
umas
decadas atras pois a cultura dominante era contra tal tipo de
comportamento.




> o q. ha eh a caracterizacao de uma cultura a partir de
> comportamentos. eh o problema de tomar a causa pelo efeito, senao
> vejamos:
>
> sistema nervoso + cultura -> comportamento
>
> ou F = m.a
>
> podemos estimar a forca F aplicada em um sistema com massa m a partir
> das
> medidas de aceleracao a. Mas nao eh q. a aceleracao cause a forca F.
> (claro q. nao estou usando isso como prova, apenas como uma analogia
> explicativa da situacao...)
>
> uma dada cultura interagindo com uma dada arquitetura neuronal
> produzirah
> um dado comportamento. podemos inferir a cultura a partir dos
> comportamentos, mas nao ha reciprocidade.
>

Nao, vc devera notar q a ORIGEM da cultura vem do comportamento
primitivo.
Nao existia cultura antes de existir comportamento.
Comportamento e culturas COEVOLUEM juntas e uma influencia a outra.


>
> a perspectiva evolutiva sem as devidas ponderacoes falha. certamente
> os
> comportamentos de modo generico antecedem as culturas de modo
> generico.
> mas comportamentos especificos influenciados por uma cultura
> especifica
> soh pode ocorrer depois dessa cultura.
>

hmmm, na acredito q de forma geral seja assim. A cultura soh eh
estabelecida
ou mesmo definida, depois q os elementos q a promovem, adotam tal
comportamento. Depois, esta cultura eh transmitida pelos meios culturais

a outros individuos q podem ou nao adota-la.
Claro q pode existir excessao aa regra como vc adotar, mentalmente, uma
determinada cultura e tentar espalha-la como algo a ser seguido.
Mas acredito q de modo geral os comportamentos antecedem a cultura.


>
> os comportamentos nao culturais tem como base outros estimulos
> ambientais.
>
> > > nao poderemos, independentemente da tecnologia --
> >
> > Como vc pode dizer isso?
> > Veja o seguinte experimento mental : Constroi-se uma populacao
> enorme de
> > CLONES.
> > Por engenharia genetica alteram-se genes e observa-se a influencia
> no
> > comportamento.
> > Isso seria uma maneira rudimentar de provar a influencia de
> determinados
> > genes
> > no comportamento.
>
> vc estah criando uma dissociacao -- sem uma dissociacao, seja natural
> ou
> induzida, nao ha como saber... certamente apenas uma contagem
> censitaria
> por si soh nao cria uma dissociacao.
>

A contagem serve como fator de corroboracao aa teoria.
No nosso mundo real-atual, estes tipos de experimento nao sao factiveis
com seres
humanos. E por isso a contagem censitaria eh a arma + poderosa para a
corroboracao ( ou mesmo refutacao ) de teorias de q dispomos.



>
> > Agora quem nao entendeu fui eu heheheh.
>
> nao sabemos se houve ou nao uma condicao na historia da humanidade
> com um punhado de individuos apenas. se houve essa condicao, pode ser
> q.
> uma parte da cultura original deles tenha se perpetuado e 'a medida em
> q.
> eles se espalhavam pelo globo, essa parte da cultura tbm se espalhava.

Minha ( nao soh minha claro, me baseio no que li tambem ) nao pode
acontecer.
Como disse uma cultura qqr nao ligada aos genes ,em geral, tende a
desaparecer.
Agora se a cultura leva a um ganho de vanagem a nivel darwiniano, ou
seja a cultura
mplia a vantagem evolutiva do grupo q a adota eu acredito entao q isso
possa
ocorrer de fato. Mas acredito tambem q cedo ou tarde esta cultura, de
inicio
dissociada de uma relacao direta com os genes, tendam a se reflettir nos
genes
a longo prazo Isto eh : Os inividuos q apresentem uma forte divergencia
contra
culturas q conferem vantagem evolutiva ao grupo tendem a ser
exterminados.
Ou seja com o decorrer evolutivo estas culturas acabam por se incrustar
de
uma forma ou de outra no genom da populacao.



>
> essa parte poderia nao ter a ver diretamente com sua constituicao
> genetica. se isso se deu, a simples contagem falha. jah um estudo
> comparativo funcionaria independentemente desse evento ter ocorrido ou
>
> nao (soh falharia se nao tivesse ocorrido nenhuma dissociacao).
>
> > > nao eh verdade a sua suposicao. agricultura teve origens
> independentes
> > > em
> > > diversos pontos do planeta a partir de diferentes populacoes com
> > > diferentes constituicoes geneticas --
> >
> > Vc mesmo disse :
> > :>...- nao dah pra assumir
> > :>a priori q. nenhum componente cultural nao tenha se espalhado pela
>
> > :>populacao humana por origem em comum.
> >
> > Ou seja, mesmo os ancestrais do homem poderiam ter algum componente
> > cultural-gricultural rudimentar que se espalhou junto com sua
> migracao.
>
> eu disse 'a priori' - jah ha estudos sobre as origens da agricultura -
>
> portanto essa afirmacao eh 'a posteriori'. o estudo comparativo eh
> capaz
> de detetar se ha ou nao algum 'componente rudimentar', coisa q. a
> contagem
> censitaria nao consegue...
>

Todo estudo comparativo envolve uma contagem censitaria.
Como fazer comparacoes sem que contagens sejam feitas e comparadas?


>
> > > ela eh um traco marcante da
> > > humanidade em geral. a propria cultura americana, q., embora nao
> > > perfaca
> > > os 90% q. vc estipulou arbitrariamente, encontra-se amplamente
> > > espalhada
> > > pelo globo, sem q. haja espalhamento dos genes dos gringos.
> >
> > Aih vc esta forcando a barra. Explicite q tipo explicito de traco
> > cultural eh esse.
> > E nao podemos esquece q a semelhenca genetica entre duas pessoas
> > quaisquer do
> > globo eh altissima ( qual era mesmo? 99,99% ? ) Essa semelhanca
> > invalidaria sua
> > contraprova dos gringos. ( temos ACHO pelo menos 99% dos genes
> iguais )
>
> genes iguais nao significam alelos iguais... temos cerca de 100.000
> genes
> - se isso se espelhasse em termos alelicos significaria q. apenas 1%
> dos
> locos teriam alelos variantes: q. apenas cerca de 1.000
> caracteristicas
> humanas teriam variacoes...

Sua associacao genes-caracteristica nao eh valida.
Um mesmo gene pode participar de inumeras caracteristicas assim como uma

mesma caracteristica pode sofrer a acao de inumeros genes.
A relacao gene-caracteristica nao eh bastante complexa.


> soh de doencas geneticas estima-se q. haja
> cerca de 4.000...
>
> mas isso nao vem ao caso. nao ha espalhamento dos genes de qq maneira.
>
> eles podem ateh estar espalhados do modo como vc quer. oras, se nao ha
>
> alteracao dos genes e agora q. a cultura estah se espalhando,
> significa q.
> o fator em acao nesse espalhamento nao eh o genetico.

Calma, primeiro devemo separar "culturas puras" de "culturas
comportamentais"
e nem sempre tal distincao eh clara.
Uma cultura pura seria vc conhecer a historia do papai-noel , usar
jeans etc...
Alias tive ateh uma ideia agora: Pode ser geneticamente determindao as
pessoas
terem a tendencia a adotar culturas de individuos-grupos-paises
dominantes pois,
desta maneira vc estaria correndo menos riscos de desaparecer.
Deixe-me explicar : Digamos q um grupo de uma determinada cultura comece

dominar o local-regiao-planeta. Eh quase certo q a cultura deste povo
dominador
tenha grande peso em sua bem sucedida empreitada. Entao os povos q
adotarem
ou copiarem esta cultura podera usufruir dos efeitos desta cultura bem
sucedida.
Isto eh :Pode haver um componente genetico que faz com que pessoas
copiem culturas de povos bem-sucedidos. O q explicaria o alastramento da

cultura americana.




> se ha uma
> determinacao em primeira instancia dos genes: i.e., sempre ou quase
> sempre
> q. um dado gene (melhor seria dizer alelo) estah presente, a
> caracteristica estah presente, entao significa q. cerca de 99% da
> populacao mundial (segundo seus valores arbitrarios) deveria ter jah
> essa
> caracteristica ha muito tempo (lembre-se, nao sao os alelos q. estao
> se
> espalhando) - mas soh a partir da segunda grande guerra q. comeca esse
>
> fenomeno.
>

A resposta poderia estar nos "genes copiadores de culturas bem
sucedida".


>
> por mais q. haja uma base genetica para a cultura americana, esta
> dependeria de um fator externo a essa base genetica (ambiente) para se
>
> manifestar. entao vc admite q. jah existe essa base genetica por toda
> a
> populacao - e como nao se manifestava antes, entao soh pode ser um
> fator
> externo (ambiente) q. estah permitindo agora q. ela se manifeste... o
> q.
> estah influindo na variacao entao eh a variacao do ambiente.
>

Gostaria de slientar q a gama de culturas permitdas a uma base genetica
eh enorme.
Algumas culturas podem ser adotadas sem que elas esteja escritas
exatamente nos genes
desde q elas nao vao contra certa predisposicao genetica do povo q a
adote.
Quero dizer q tanto uma cultura A como uma cultura B poderim ser
adotadas
por um povo sem q isso implique q todas as normas esteja escritas nos
genes.
Mas uma cultura C nao sobreviveria por muito tempo se ela de algum modo
nao se adequasse ao genoma do povo.



>
> > > mas comentemos um pouco sobre esses 90% arbitrarios -- ainda q. a
> sua
> > > suposicao fosse defensavel, essa tecnica seria, digamos, pouco
> > > poderosa:
> > > ela seria incapaz de detectar qq traco comportamental associado a
> > > genes ou
> > > culturas q. ficasse abaixo desse limiar sacado da manga.
> > >
> >
> > Os 90% foram um exemplo, eu diria q a correlacao comportamento-genes
>
> > cresce a medida q cresce esta percentagem.
>
> entao se apenas 1% das pessoas exibissem essa caracteristica, os genes
>
> estaria contribuindo com peso pequeno nessa caracteristica?
>

Vc quer entrar com uma doenca genetica como contra-prova ?
O inverso NAO eh verdadeiro. O fato de 1% de pessoas terem determinadas
caracteristicas NAO implica q estas caracteristicas nao seja
geneticamente
determinadas.( Podem ser ou nao ser ).


>
> > Acho q nao se pode provar o fator genetico-comportamental pelo
> > levantamento
> > censitario assim como nao se pode provar q o sol va nascer amanha.
> > Mas da mesma maneira q o sol nasce a manha podemos crer q se por
> exemplo
> >
> > o levantemento censitario nos informa que 100% dos individuos do
> globo
> > apresentam o mesmo comportamento, isso provavelmente eh uma
> influencia
> > predominatemente genetica.
>
> o comportamento eh definido por uma interacao de duas variaveis: gene
> e
> ambiente. se vc nao isolar uma, nao pode saber qual variavel estah em
> operacao.
>
> com um levantamento puramente censitario vc nao pode dizer por exemplo
> q.
> se apenas 0,05% da populacao tiver essa caracteristica entao ela nao
> tem
> muito influencia dos genes.
>

vc nao pode deduzir o inverso , como apontei acima, de minha regra.
O inverso nao eh sempre verdadeito.
Se eu digo q se 90% da populacao apresenta determinado traco eh pq a
influencia genetica deve ser grande vc NAO pode deduzir q se 10% de
individuos tiverem um traco eh pq o traco NAO eh influenciado
geneticamente.
Eu nao disse isso.


>
> > > se vc estah se restringindo aos componentes sabidamente
> influenciados
> > > pelos genes
> >
> > Dei apenas um exemplo para se difenrenciar elementos culturais puros
> e
> > os
> > associados a comportamentos.
>
> o q . vc quer dizer com isso?
>

Quero dizer q embora 90% do planeta conheca a historia do papai-noel
nao quer dizzer q esta historiia esteja impregnada nos genes.
Mas sim que a capacidade de aprender e reter historias na memoria ESTA.


>
> > > se sabemos a priori q. algo eh genetico ou cultural entao nao
> > > precisamos
> > > sequer fazer a contabilidade. se vc estah descartando a priori os
> > > elementos q. sao culturalmente influenciados, entao nao faz
> sentido
> > > nenhum procurar saber se uma caracteristica eh ou nao
> culturalmente
> > > influenciada.
> > >
> >
> > Nao sabemos a priori se algo eh genetico ou cultural.
> > O q estavamos discutindo desde o inicio eh a validade de minha regra
> dos
> > 90%
> > nos tracos comportamentais.
>
> pois eh, soh q. eu disse q. se alguns aspectos culturais (a parte
> ambiental) fossem relativamente homogeneos, entao nao poderiamos
> identificar se isso seria uma homogeneidade genetica ou ambiental.
> mas aih vc disse q. se existem aspectos culturais relativamente
> homogeneos
> eles deveria ser geneticos... ou seja caimos em circularidade:
>

Eu diria q se o ambiente eh sempre semelhante/homogeneo entao, a
adapatacao
a ele pelos individuos estara incrustrada nos genes e, portanto, sera
predominante/e genetica.


>
> - como sabemos se uma caracteristica eh genetica ou cultural?

Estudos de mapas geneticos e hereditarios podem ser usados para isso.
Mas note q para comportamentos complexos esta eh uma questao em aberto,
quero dizer q hoje em dia nao podemos afirmar com provas q determinado
comportamento eh genetico ou nao ( tem-se indicios apenas ).

>
> - se ela estiver espalhada em mais de 90% da populacao, jah q. assumo
> q. a
> constituicao genetica eh homogenea.
>

Nao eh tao homogenea assim. Calma q vc nao pode inferir , da minha
regra, que
para q se tenha uma influencia genetica ela PRECISA estar espalhada em
90%.
Vc nao pode induzir o inverso de minha regra de 90%.
Ou seja se 90% comportamento --> Influencia Genetica
NAO IMPLICA q se influencia Genetica --> 90% do comportamento.


> - mas e se um aspecto cultural tbm for homogeneo entre as populacoes?
> - aih serah genetico, jah q. o q. se espalha em mais de 90% da
> populacao
> tem origem genetica.
>
> o modo de sair dessa circularidade eh pelos estudos comparativos.
>
> > :>eh um tto qto forcado querer atribuir
> > :>isso a uma limitacao biologica, por exemplo, a dificuldade de se
> > :>lidar com a questao da infinitude
> >
> > Discordei de q nao eh uma limitacao biologica a dificuldade
> > de se lidar com a infinitude. Eu acho q eh.
>
> eu nao falei isso. eu disse q. eh forcado atribuir a homogeneidade da
> concepcao do universo finito a dificuldade biologica de lidar com o
> infinito (quer isso seja verdade ou nao).
>
> > Aqui temos um ponto central de discordancia.
> > O fenotipo que estou discutindo seriam os impulsos inatos ,
> determinado
> > geneticamente,
> > para um dado comportamento. O fato de o individuo estar numa camisa
> de
> > forca nao
> > muda isso. Quero dizer q mesmo numa camisa de forca ele teria o
> impulso
> > sexual
> > o de fome , o de sede etc... Assim um individuo q muda de ambiente
> > carrega com ele
> > os instintos para determinados comportamentos , mesmo q nunca os
> use.
> > Lembre-se do leao enjaulado, nao faz sentido dizer q a jaula faz o
> leao
> > mudar de
> > comportamento : ele ainda eh um predador sanguinario, simplesmente o
>
> > ambiente
> > impede-o de ajir. Eh esse tipo de comportamento q estou discutindo e
> nao
> > o
> > comportamento *circunstancial* este nao faz muito sentido discutir.
>
> claro q. muda o comportamento um leao enjaulado. o q. pode nao mudar
> sao
> as propensoes dele e propensoes nao sao comportamentos. o problema
> aqui eh
> essa definicao meio torta de comportamento: veja o trecho acima em q.
> vc
> usa a palavra comportamento com acepcoes bem diferentes, o
> comportamento
> como propensao (definicao estranha) e comportamento como resultado da
> interacao entre circunstacias ambientais e essas propensoes. proponho
> entao usar o termo 'comportamento' para o q. vc chama de comportamento
>
> circunstancial e 'propensao' para o q. vc chama de comportamento - eh
> a
> terminologia mais usual. (e 'propensao' aqui eh melhor do q. instinto
> porq. tendencias para um dado comportamento - circunstancial - podem
> ter
> outras origens.)
>
> mas entao falemos das propensoes. eu igualei o q. chamo agora de
> propensao
> com arquiterura neuronal e desta considerei apenas a parte genetica.
> assim teremos:
>
> propensao + ambiente --> comportamento
>
> (claro q. existem outras vias para se eliciar um comportamento.)
>
> soh cuida salientar q. na verdade a propensao tbm serah fruto da
> interacao
> entre genes e ambiente.
>
> (e aqui sim eh plenamente questao de opiniao: pra mim o entendimento
> da
> propensao em si mesma nao tem significado nenhum sem se ter como alvo
> o
> entendimento do comportamento... pra mim seria como achar q. os
> fundamentos da fisica sao por si soh interessantes, tem gente q. acha,
>
> beleza, eu penso q. eles soh tem interesse na medida em q. nos ajuda a
>
> entender o mundo)
>
> > por questoes circunstanciais do mesmo modo q o campones nao
> "campina" na
> > cidade.
>
> o q. seria campinar?
>

Arar, cuidar da terra.

>
> > Estou usando o fenotipo como um atributo do individuo formado.
> > Vc esta usando fenotipo como uma reacao do individuo formado ao
> ambiente
> >
> > parece confundir fenotipo com comportamento.
> > Para mim o fenotipo nao pode ser mudado depois do individuo adulto
> > claro q a gama de reacao do individuo ao ambiente , isto eh , as
> > variedades de
> > seu comportamento eh devido ao fenotipo. Mas para mim o fenotipo nao
> eh
> > a reacao
> > do individuo a determinado ambiente. Esquematicamente :
> >
> > Genes + ambiente -> Fenotipo
> > Fenotipo + ambiente -> comportamento
> > A gama de comportamentos possiveis para um mesmo fenotipo eh imensa
> nao
> > obstante
> > estar limitado ao proprio fenotipo.
>
> um comportamento eh um fenotipo. nao estou dizendo q. um fenotipo eh
> um
> comportamento.
>

Aih eu discordo, segundo o novo esquema proposto eu diria q fenotipo eh
a
propensao. E comportamento eh a interacao da propensao com o ambiente.


>
> de seu esquema:
>
> gene x + ambiente z + ambiente w -> comportamento y
>
> como ambiente z + ambiente w -> ambiente v
>
> gene x + ambiente v -> comportamento y
>
> pra todos os biologos q. conheco comportamento eh um tipo de
> fenotipo...
>

O comportamento em geral estra associado ao fenotipo mas o comportamento

nao eh o fenotipo. Eu diria q a "propensao" seria o fenotipo.
O fenotipo pode se compatibilizar com o comportamento para animais que
nao
apresentam uma cultura social, pois eles nao tem como dissimular.
Mas em seres humanos onde o recional assume grande forca, poderemos ter
individuos q por causa de um ambiente adverso,, podera dissimulr
completamente
seu comportamento podendo assumir TODAS as formas possiveis, sendo q
apenas algumas delas seria sua propensao geneticamente determinada.
Por exemplo, numa sociedade repressora, supondo o homossexualismo
genetico,
o indivduo poderia adotar uma postrura hetero sendo q seu desejo e
propensao
seria francamente homo.




> jah q. vc gosta do dawkins leia 'o fenotipo extendido'... (argumento
> de
> autoridade? sim...)
>

Ok, vou ver se acho.



>
> > Podemos ter diferentes comportamentos para o mesmo fenotipo
> dependendo
> > do ambiente.
>
> pois eh...
>
> > Nao senhor. Como os geneticistas caçam genes do nanismo por exemplo
> ?
> > A partir do mapa genetico e da arvore genealogica da familia eles
> > conseguem
> > rastrear os genes responsaveis pela doenca. Afirmo q o mesmo
> trabalho
> > poderia ser feito para as criancas descascadoras de feridas. Se for
> um
> > traco
> > genetico estes genes sao passiveis de determinacao.
>
> eles fazem comparacoes e nao simples contagens - 'este tem, este nao
> tem'...

O assunto mudou aqui. As cascas de ferida nao se inserem da regra dos
90%.
Estou dizendo q o tratamento do comportamento descascador poderia
ser abordado da mesma maneira q o eh o estudo de outras doencas
genetica.

Vc nao pode provar q a propensao para descascar feridas de algumas
criancas nao s
seja genetico assim como eu tambem nao posso provar agora q o eh.
Mas, pela altissima propensao q meu filho tem em dscascar a pesar de
todas as
advertencias feitas, isso me faz acreditar fortemente q eh algo
genetico.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mais uma sobre o infinito: Hotel de Hilbert
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/07/2000 09:09



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Fri, 28 Jul 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > (Qdo jocax falou q infinito+infinito=infinito nao ha o q contestar)
>

Eu ia escrever q : "infinito+1=infinito" ,mas na pressa escrevi outra
formula q nao obstante
tambem esta correta.


>
> e qual a cardinalidade desse infinito, aleph 0?
>

Ah aih tanto faz todos os infinitos somados tambem produzem minfinitos,

mas se bem me recordo :
aleph(i) + aleph(j) = aleph( j ) se j>= i

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/07/2000 09:19



Francisco wrote:

> Nao estou justificando o crime estou dando as explicacoes para ele.
> > Se as pessoas fossem puramente culturais, como ja disse e saliento,
> > nao haveria crimes passionais.
> JÁ PERCEBEU QUE OS CRIMES PASSIONAIS OCORREM MAIS FREQUENTEMENTE EM
> ALGUMAS
> CULTURAS DO QUE EM OUTRAS?
>

A cultura pode agir como um freio no impulso instintivo que leva ao
crime-passional.
Mas isso nao quer dizer q este instinto nao ocorra nesta cultura.


> NAS CULTURAS MATRIARCAIS ANTIGAS, COMO A DOS VICKINGS PRÉ CRISTÃOS, A
> IDÉIA
> DE CRIME PASSIONAL ERA INEXISTENTE, SÓ COMEÇARAM A EXISTIR ESSES
> CRIMES
> DEPOIS DA DOMINAÇÃO PELO IMPÉRIO ROMANO CRISTÃO.

A caracterizacao como "crime" tem a ver com a cultura mas note:
Essa caracterizacao existiu por que o COMPORTAMENTO CRIMINOSO era
conhecido de todos, ou seja a predisposicao de matar/vingar ja rra
instintivo
e sempre existiu. Doutro modo nao seria necessario criminalizar o
comportamento.


>
> NESSE TIPO DE CULTURA, SUA EXPLICAÇÃO DO HOMOSSEXUALISMO TAMBÉM NÃO
> CABE,

Claro, numa epoca tao aculturada onde os relatos escritos eram
abundantes e tudo
documentado qualquer ato homossexual ficaria registrado a laser em
discos de titanio
para q as culturas subsequentes pudessem estudar.

>
> POIS O MACHO DA ESPÉCIE AINDA NÃO ESTAVA BUSCANDO PROEMINENCIA SOCIAL,
> ESTA
> ERA DA MULHER, QUE ENTRE OUTRAS COISAS ERA CONSIDERADA SAGRADA!

O q isto tem a ver com os instintos?
Como vc afirma q o macho nao estava buscando proeminencia social?
[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/07/2000 09:25



Francisco wrote:

> FECHO A DISCUSSÃO AGRADECENDO O ELOGIO!
> ALIÁS, NÃO FECHO, VOCÊS COM CERTEZA CONTINUARÃO SEM MIM!
>

Puxa Francisco, MIL PERDOES se te ofendi, nao foi minha intencao
consciente,
eu deixei meus malditos instintos agirem um pouco livremente
para mostra a vc como as vezes somos, infelizmente, refens deles.
Vc percebeu na pratica como os instintos agem?
Mereço toda a sua ira instiniva contra mim.
Desculpas, espero q vc reconsidere e volte a discussao.
[]s
jocax





SUBJECT: Psicologia
FROM: Emille Rocha <emiller@dta.ufv.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/07/2000 09:40

"As consiencias se assemelham aos para-quedas: Só funcionam quando
abertas!"

Despertar dos mágicos

Louis Pauwels

Jacques Belgier



Voces não acham que os pre-conceitos que formamos em nossas mentes,
e que são gerados inevitavelmente devido ao fator social, são como
ancoras para nosso desenvolvimente psicologico-espiritual ( coloco desa
forma para o caso dos espiritualistas)?
Freud preveu em seus estudos sobre subconsciente que os conceitos
formados em nossa mente consciente servem como filtros da mente
autoconsciente e por isso estamos em constante pé de guerra por dentro.
É claro que ele foi mais específico em seus estudos e avaliou o efeito
de sua teoria apenas nos fatores que dizem respeito à esperiencias
traumáticas. Minha proposta é que podemos eliminar esse filtro quando
nos tornamos mais menos ligados a vida materialista e compreendemos o
desenrolar da civilizaçao como quem a vê por cima. Essa frase resume o
que quero dizer:

" Ao compreendermos que toda essa nossa civilização não pasa de um
mero jogo de dados, chegamos à conclusão que nosso mundo mental é
intocável e que cada um de nós é um universo. Morre então um universo
inteiro na morte de cada um de nós. Todos terão o seu apocalipse pessoal
um dia...por que então se preocupar com interferencias do universo
alheio?"

É claro que para fugirmos de pontos extremos, pois para mim são
muito perigosos, devemos tomar as nossas próprias posturas quanto a vida
e eu não quero induzir a forma de pensar de ninguém. Apenas ressalto
esse ponto que considero importante sobre a psicologia humana: Nós
mesmos criamos nossos próprios manaciais de sofrimento ao tornarmos
nossas vidas obsessivas e complicadas.
Embora essa mensagem parece com aquelas mensagens sem nexo que dizem
pra sermos felizes, amarmos ao próximo e bla bla bla.... o que quero
ressaltar é que podemos abrir as portas do nosso subconsciente de
diversas maneiras e que ele é o responsável por todo o processo criativo
da mente. A nossa tão estimada razão fica reduzida a nada se nosso
processo criativo é impedido e isso pode ser considerado como um fato de
extrema importancia, basta reparar nos grandes genios como Einstein,
Freud, Darwin e inumeros outros cientistas filósofos . Um exemplo muito
ilustrativo está na arte, principalmente no surrealismo, onde é
necessário umo ótima abertura do subconsiente.

Proponho uma discussão séria sobre esse assunto. Considero de grande
valor para a busca desse ideal as técnicas de meditação orientais (basta
serem vistas de forma mais científica), e já fiz experiencias com
abstinencia de sono. Espero que não tenha sido muito confuso no que
escrevi pois nunca posso revisar ou mesmo parar para pensar no que
escrevo.

ps: Esse ato de escrever continuamente numa espécie de "nao-pensar"
(algo proximo da teoria dos taoístas) para mim tambem é muito relevante.


Emille Rocha







SUBJECT: Re: [ciencialist] Mais uma sobre o infinito: Hotel de Hilbert
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/07/2000 13:50

> NAO CONTRARIE O GRANDE JOCAX
> SEUS GENES PODERAO ARDER NO FOGO DO INFERNO
>
> (Qdo jocax falou q infinito+infinito=infinito nao ha o q contestar)
> :-)
> jocax

Hahahahah, oh grande Jocax. Vc tem razão que infinito + infinito = infinito.
Não podemos definir o infinito com uma letra pois infinito + 1 = infinito o
que seria semelhante dizer que k + 1 = k e que 1 = 0 portanto.
Prometo que não mais o contestarei para não ver meus genes degradando...
teoricamente podemos chegar ao inferno vivos, isto na definição antiga de
inferno, algo muito abaixo da superfície terrestre. Pegamos uma pá e ...

Abraço,

Benjamin Hinrichs




SUBJECT: Re: [ciencialist] Apresentação
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/07/2000 13:54

Bem vindo Alcides.
Agora aproveitando,
como vc explicaria o Big-Bang na perspectiva dele ter sido o maior
buraco-negro q o universo ja teve ? ( nada pode escapar dele )

[]
jocax


"A. Oliveira Cremonezi" wrote:

> Bom Dia a todos!
> Sou o mais novo integrante da lista de discussão.
> Atenciosamente.
>
> Alcides O. Cremonezi
> FISICA - UNICAMP
> ICQ#UIN: 16388962
>
> -----------------------------------------------------------------------
>
> -----------------------------------------------------------------------
> *** --- ***
>
> >> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
> http://www.physlink.com/
>
> *** --- ***
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/07/2000 14:17



Eliane Evanovich Gallagher wrote:

> Em geral, um gene so vai ser selecionado negativamente se nao
> puder ser passado para descendentes pela ausencia de fertilidade causada
> por ele ou em decorrencia, ou se esse gene causar alguma desvantagem
> genetica.

Exatamente: "alguma desvantagem genetica", a minima desvantagem q seja
por muitas geracoes podera determinar a extincao do gene.
Mas como um gene pode participar em varias caracteristicas entao,
ele pode dar uma caracteristica ruim e uma boa de modo q ele nao seja
selecionado para extincao mesmo provocando uma caracteristica prejudicial.

Hmmm ...acabei de bolar uma teoria :
Se uma gene-caracteristica ruim eh apresentada na especie ( p ex miopia ) eh pq
seguramente este mesmo gene participa de uma caracteristica boa de modo a
compensar esta ma caracteristica. ( Primeiro teorema da doenca genetica do jocax
:)


> Em geral, pq, no mundo moderno, essa selecao negativa nem sempre
> eh encontrada na especie humana (como alguns dizem, embora eu nao
> concorde, raca humana), exemplos disso podem ser observados no caso da
> miopia ou pessoas com alergias a determinados produtos (assunto ja' citado
> na lista em discussoes anteriores)!! Serah que uma uma simples cicatriz
> (eh bom lembrar que hj temos otimos cicatrizantes) vai impedir um ser
> humano de propagar seus genes??!! Acho isso meio absurdo, mas tudo bem,
> tah dado o recado!!!
>

[]s
jocax



SUBJECT: Genetic Intelligence
FROM: "Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/07/2000 15:39

Olá pessoal, Jocax e demais! :o)

Temos evidências sobre este argumento? Tenho pensado nessas questões
recentemente e me parece lógico afirmar que se tenho dois filhos com uma
diferença de idade de 10 anos, logo, estes mesmos filhos devem possuir
diferenças genéticas paternas pertinentes aos 10 anos. Considerando que
todos os organismos sejam conjuntos de 'diferentes colônias de genes', é de
se esperar que estes se modifiquem com o tempo e o meio ambiente. Mas temos
evidências a esse respeito?

Por outro lado, temos a hipótese da mutação expontânea. Onde a
modificação genética do organismo ocorre aleatoriamente e dentro de uma
determinada faixa de 'possíveis combinações'. Também temos evidências a esse
respeito?

Afinal, cada organismo não deve exatamente obedecer a hipótese da
mutação expontânea como também a hipótese da inteligência genética. Isso é
completamente diferente da hipótese da inteligência celular, onde foi
evidenciado que o movimento celular não é ao acaso. Mas este também não
evidencia a inteligência, mas apenas resposta à estímulos. E certamente um
único estímulo pode gerar mais de uma dentre 'possíveis respostas'.

Assim sendo, vejo que a evolução genética de qualquer organismo obedece
a hipótese da mutação expontânea e ao princípio de seleção natural. Toda
modificação genética dentro do contexto de uma determinada espécie sobrevive
de acordo com o princípio de seleção natural, seja dentro do perímetro do
indivíduo ou durante a proliferação da espécie. Àqueles organismos cuja
evolução genética lhes permitiu existir e ainda existem, digo que êstes e
somente êstes são algorítmos genéticos bem sucedidos apenas. Desconheço
maiores evidências a esse respeito, mas não posso concordar em princípio com
a hipótese da inteligência genética.

Até o momento não consigo aceitar que um gene possa ter livre-arbítrio
ou inteligência, mas apenas concluir que tal obedece apenas um número
limitado de 'possíveis combinações'. O significado de inteligência para mim
é capacidade de aprender; não repetir o mesmo código se souber que tal é
inadequado. Claro que se a extinção de um código genético inadequado ao meio
ambiente é por si só assumido como o próprio princípio de seleção natural,
podemos afirmar exclusivamente nêsse sentido que o planeta Terra é um
organismo vivo e que a 'vida' que reside nele evoluiu, mas de forma alguma
podemos afirmar a existência de inteligência fora do contexto macroscópico
de cérebro e durante o tempo que êste sobrevive.

De outra forma vocês não concordam que poderíamos, além do mapeamento
genético, também evoluir esses critérios para obter nossa 'árvore
genealógica genética'? Que conhecimentos temos com relação a essas idéias?

Muito grato pela atenção de todos... :o)
Abraços, Ozelo.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/07/2000 16:12

On Fri, 28 Jul 2000, Francisco wrote:
> COMPORTAMENTO É HEREDITÁRIO E MUITO DELE É CULTURAL. ESTAVA APENAS
> ARGUMENTANDO QUE O INSTINTO NÃO ESTÁ PRESENTE MAIS NA ESPÉCIE HUMANA. JÁ

o q. temos argumentado eh q. existe sim acoes instintivas na especie
humana. o q. ocorre eh q., ao contrario do q. vc deve estar pensando, o
fato de um comportamento ter uma fator instintivo nao significa q. ele
deve sempre se manifestar qdo o elemento q. o eliciaria se fizer presente.

aprendizado, cultura e raciocinio podem intervir sobre um comportamento
instintivo alterando a sua manifestacao.

nao eh apenas porq. podemos identificar a influencia cultural em um dado
comportamento q. podemos descartar a influencia inata. se se estiver
procurando por componentes comportamentais *puramente* instintivos
realmente serah uma tarefa ardua. mas do mesmo modo serah encontrar algo
*puramente* cultural.

qto aquela pequena lista de comportamentos comlexos q. passei e vc
nao quis se ater com mais detalhes, falando q. obviamente era simplesmente
cultural -- a lista era exatamente de comportamentos em q. se foi detetado
tracos de natureza inata (sem eliminar a importancia da influencia
ambiental pos-natal).

de modo generico a cultura atua sobre as bases inatas do comportamento
humano -- como dito, o ser humano nao eh uma tabula rasa sobre o qual se
inscreve uma cultura. qdo nascemos jah trazemos um certo numero de
comportamentos padroes (grosseiramente analogo 'a configuracao default de
um computero novo em follha). a cultura interage com tais comportamentos e
os modifica muitas vezes -- em diversos casos de modo bastante radical.
mas nao eh correto afirmar q. os instintos nao se fazem mais presentes na
especie humana, o q. eh mais correto afirmar (tendo em vista os indicios
colhidos ateh o presente momento) eh q. na especie humana a cultura
desempenha um papel proeminente nos comportamentos humanos - modulando as
disposicoes inatas desse comportamento.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/07/2000 20:09


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----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Monday, July 31, 2000 9:19 AM
Subject: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?


>
>
> Francisco wrote:
>
> > Nao estou justificando o crime estou dando as explicacoes para ele.
> > > Se as pessoas fossem puramente culturais, como ja disse e saliento,
> > > nao haveria crimes passionais.
> > JÁ PERCEBEU QUE OS CRIMES PASSIONAIS OCORREM MAIS FREQUENTEMENTE EM
> > ALGUMAS
> > CULTURAS DO QUE EM OUTRAS?
> >
>
> A cultura pode agir como um freio no impulso instintivo que leva ao
> crime-passional.
> Mas isso nao quer dizer q este instinto nao ocorra nesta cultura.
>
>
> > NAS CULTURAS MATRIARCAIS ANTIGAS, COMO A DOS VICKINGS PRÉ CRISTÃOS, A
> > IDÉIA
> > DE CRIME PASSIONAL ERA INEXISTENTE, SÓ COMEÇARAM A EXISTIR ESSES
> > CRIMES
> > DEPOIS DA DOMINAÇÃO PELO IMPÉRIO ROMANO CRISTÃO.
>
> A caracterizacao como "crime" tem a ver com a cultura mas note:
> Essa caracterizacao existiu por que o COMPORTAMENTO CRIMINOSO era
> conhecido de todos, ou seja a predisposicao de matar/vingar ja rra
> instintivo
> e sempre existiu. Doutro modo nao seria necessario criminalizar o
> comportamento.

NA VERDADE O COMPORTAMENTO CRIMINOSO NÃO EXISTIA, NÃO HAVIA NESSA CULTURA,
ASSIM COMO EM MUITAS CULTURAS ANTIGAS, A IDÉIA DE PROPRIEDADE DO HOMEM SOBRE
A MULHER. É FATO HISTÓRICO CONHECIDO QUE AS MULHERES, EM CULTURAS
MATRIARCAIS, TINHAM MAIS DE UM COMPANHEIRO E QUE ISSO NÃO ERA CAUSA DE
CONFLITOS.

> Claro, numa epoca tao aculturada onde os relatos escritos eram
> abundantes e tudo
> documentado qualquer ato homossexual ficaria registrado a laser em
> discos de titanio
> para q as culturas subsequentes pudessem estudar.
>
ORA, PERCEBO UMA IRONIA AQUI. APESAR DESSES POVOS NÃO TEREM DEIXADO GRANDES
OBRAS, ELES SABIAM ESCREVER E ESCREVERAM. CITEI A CULTURA VICKING POR TER
SIDO ELA UMA DAS MAIS BEM ESTUDADAS NA EUROPA. SEUS COSTUMES E PRÁTICAS SÃO
BEM DOCUMENTADOS. QUANTO A PREOCUPAÇÃO COM A HOMOSSEXUALIDADE, ESSA ERA TÃO
GRANDE ENTRE ESSES POVOS QUANTO É ENTRE OS HABITANTES PRÉ-COLOMBIANOS DA
AMÉRICA. NA VERDADE O CONCEITO DE HOMOSSEXUALISMO SÓ EXISTE DEPOIS DA
PROLIFERAÇÃO DA CULTURA JUDAICA-CRISTÃ E JUDAICA-ISLAMICA. ISSO TAMBÉM É
FATO HISTÓRICO.


> > POIS O MACHO DA ESPÉCIE AINDA NÃO ESTAVA BUSCANDO PROEMINENCIA SOCIAL,
> > ESTA
> > ERA DA MULHER, QUE ENTRE OUTRAS COISAS ERA CONSIDERADA SAGRADA!
>
> O q isto tem a ver com os instintos?
> Como vc afirma q o macho nao estava buscando proeminencia social?


TEM MUITO A VER COM INSTINTOS. NAS ESPÉCIES MENOS DESENVOLVIDAS DE MACACOS E
ENTRE OUTROS ANIMAIS SOCIAIS, OS MACHOS DE MAIOR PROEMINENCIA SOCIAL (OS
CHAMADOS MACHOS-ALFA) TEM MAIOR CHANCE DE SE REPRODUZIR E COM UM MAIOR
NÚMERO DE FÊMEAS, GARANTINDO ASSIM A REPRODUÇÃO DE SEU MATERIAL GENÉTICO.

A AFIRMAÇÃO DE QUE OS MACHOS, EM SOCIEDADES MATRIARCAIS PRIMITIVAS, NÃO
BUSCAVAM ESSA FORMA DE PROEMINENCIA SOCIAL QUE OS MACHOS HUMANOS EM
SOCIEDADES PATRIARCAIS BUSCAM NÃO É MINHA MAS DA ANTROPOLOGIA CULTURAL.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/07/2000 20:58

On Mon, 31 Jul 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Mas se no experimento mental todas as culturas que inicialmente , por
> imposicao
> de nossas condicoes iniciais, iniciam diferentes, acabam por convergir
> para uma
> unica cultura ( claro q nao totalmente igual mas com grandes tracos
> identicos )
> entao teremos um forte indicio da correlacao cultura-genes.

note-se q. o fato de todas as pessoas terem ficado ao final com uma mesma
cultura eh puramente circunstancial...

poderia ser o caso delas serem geneticamente diferentes e terem a mesma
cultura: a contagem falha, jah a comparacao conseguiria captar isso... (os
sobreviventes poderiam ser um alemao e uma japonesa criados no meio de uma
favela brasileira).

> Nao sabemos de antemao mas, como experimento , ele poderia ser,
> a priori, esperado e medido. O fato q de antemao nao sabemos o
> resultado
> de um experimento isso nao significa q este experimento nao possa ser
> executado,
> muito pelo contrario, muitos experimentos sao feitos justamente para
> verificar
> o q acontece depois, e os dados sao analisados depois do experimento ser
> realizado.

tto uma base genetica espalhada como uma ligacao com uma cultura espalhada
podem explicar igualmente um comportamento espalhado... os experimentos
devem ser tais q. analisem as consequencias diferentes de cada hipotese:
- na hipotese de ser um elemento mais cultural, esse comportamento deveria
apresentar um grau de co-ocorrencia com tal elemento;
- na hipotese de ser um elemento mais genetico, esse comportamento deveria
apresentar um grau de co-ocorrencia com esse elemento genetico.

uma simples contagem nao pode distinguir entre as duas possibilidades...
jah com um estudo comparativo poderiamos.

a questao eh q. como teoria (q. eh como foi inicialmente proposta) ela eh
falha -- ha situacoes em q. claramente ela nao daria conta.
como metodologia (q. eh a proposta posterior q. vc fez para seu uso)
teriamos entao q. assumir as condicoes em q. ela funcionaria. como ela
assume mais coisas, torna menos generica do q. uma abordagem classica de
comparacao. eh menos poderosa porq. nao seria capaz -- mesmo nas condicoes
em q. seria satisfeita a sua aplicabilidade -- de avaliar situacoes abaixo
de um limiar muito alto: o metodo de comparacao consegue.
um dos fatores de aplicabilidade eh tbm q. a proposta sugere avaliacao de
90% da populacao... isso eh inviavel em termos praticos. o maximo q.
conseguiremos a respeito da populacao mundial eh em termos de amostragem e
nesse caso a variacao por desvio amostral se faz sentir: o metodo de
comparacao eh tbm superior nessas condicoes.

> Os 90% eu tomei como um exemplo ilustrativo, como ja dissse e repito :
> Acredito q correlacao gene para cultura eh maior a medida q aumente a
> porcentagem
> de individuos , a nivel mundial, que a adotem. Por exemplo se 100% dos
> habitantes
> do planeta adotam uma cultura-comportamento eu diria q este
> comportamento eh 100%
> influenciado pelos genes( como o fato de termos 2 olhos na cara ).

pergunto. e se apenas 0,05% da populacao tiver uma dada caracteristica?

> Gostaria de saber como eh feito isso sem q uma contagem censitaria seja
> levada a cabo.

faz-se com uma amostragem da populacao... nao precisa examinar 90% das
pessoas do mundo. a contagem eh feita, mas com comparacao usando-se como
parametros os genes e a cultura (daih a facilidade q. dao os gemeos
criados em culturas diversas) e nao pelo simples resultado numerico.

> > a sua associacao eh falha. nao ha uma reciprocidade entre culturas e
> > comportamentos.
>
> O q vc quer dizer com "reciprocidade"?
> Culturas e comportamentos estao sempre de alguma forma associados.
> Se vc nao se comportar de forma q a cultura dominante as aceite vc
> podera
> ser excluido ou mesmo punido ,( e maior a discriminacao qto maior for a
> for
> a diferenca comportamental da cultura dominante ), pelos atos de
> rebeldia.
> Por exemplo, na Inglaterra o homossexualismo era motivo de prisao ha
> umas
> decadas atras pois a cultura dominante era contra tal tipo de
> comportamento.

uma alteracao de comportamento eh sempre precedida por uma alteracao em
um dos dois fatores: neurologico ou dados ambientais. nao eh o
comportamento q. determina uma cultura, mas uma cultura pode determinar um
comportamento (fixando-se a variavel neurologica).

> > uma dada cultura interagindo com uma dada arquitetura neuronal
> > produzirah
> > um dado comportamento. podemos inferir a cultura a partir dos
> > comportamentos, mas nao ha reciprocidade.
> >
>
> Nao, vc devera notar q a ORIGEM da cultura vem do comportamento
> primitivo.
> Nao existia cultura antes de existir comportamento.
> Comportamento e culturas COEVOLUEM juntas e uma influencia a outra.

consegue desenvolver essa ideia?

> hmmm, na acredito q de forma geral seja assim. A cultura soh eh
> estabelecida
> ou mesmo definida, depois q os elementos q a promovem, adotam tal
> comportamento. Depois, esta cultura eh transmitida pelos meios culturais
> a outros individuos q podem ou nao adota-la.
> Claro q pode existir excessao aa regra como vc adotar, mentalmente, uma
> determinada cultura e tentar espalha-la como algo a ser seguido.
> Mas acredito q de modo geral os comportamentos antecedem a cultura.

em q. vc fundamenta essa concepcao?

> > vc estah criando uma dissociacao -- sem uma dissociacao, seja natural
> > ou
> > induzida, nao ha como saber... certamente apenas uma contagem
> > censitaria
> > por si soh nao cria uma dissociacao.
> >
>
> A contagem serve como fator de corroboracao aa teoria.
> No nosso mundo real-atual, estes tipos de experimento nao sao factiveis
> com seres
> humanos. E por isso a contagem censitaria eh a arma + poderosa para a
> corroboracao ( ou mesmo refutacao ) de teorias de q dispomos.

a arma mais poderosa eh a comparacao. uma simples contagem nao quer dizer
muita coisa: pode ou ser por causa de uma afinidade genetica ou por causa
de uma afinidade cultural...

> > nao sabemos se houve ou nao uma condicao na historia da humanidade
> > com um punhado de individuos apenas. se houve essa condicao, pode ser
> > q.
> > uma parte da cultura original deles tenha se perpetuado e 'a medida em
> > q.
> > eles se espalhavam pelo globo, essa parte da cultura tbm se espalhava.
>
> Minha ( nao soh minha claro, me baseio no que li tambem ) nao pode
> acontecer.
> Como disse uma cultura qqr nao ligada aos genes ,em geral, tende a
> desaparecer.
> Agora se a cultura leva a um ganho de vanagem a nivel darwiniano, ou
> seja a cultura
> mplia a vantagem evolutiva do grupo q a adota eu acredito entao q isso
> possa
> ocorrer de fato. Mas acredito tambem q cedo ou tarde esta cultura, de
> inicio
> dissociada de uma relacao direta com os genes, tendam a se reflettir nos
> genes
> a longo prazo Isto eh : Os inividuos q apresentem uma forte divergencia
> contra
> culturas q conferem vantagem evolutiva ao grupo tendem a ser
> exterminados.
> Ou seja com o decorrer evolutivo estas culturas acabam por se incrustar
> de
> uma forma ou de outra no genom da populacao.

quem disse q. uma cultura desvinculada de genes nao pode permanecer por
muito tempo?

a cultura crista tem quase 2.000 anos e nao tem a ver com genes...
a cultura helenica tem cerca de 4.000 anos...
a cultura judaica tem uns bons 4.000 anos tbm - esta eh o q. mais se
aproxima em termos de vinculacao genetica, mas eh uma ligacao
circunstancial...

talvez ainda haja genes de abraao e moises entre os judeus, pouco provavel
q. o mesmo se dej com as copias-filhas dos de homero, platao e cia e tto
qto se sabe cristo nao deixou descendentes...

o q. dawkins e wilson apontam eh q. a cultura pode evoluir e
se propagar desvinculada da questao genetica... embora originariamente
tenha por base tal natureza.

> Todo estudo comparativo envolve uma contagem censitaria.
> Como fazer comparacoes sem que contagens sejam feitas e comparadas?

o q. vc propoem eh apenas contagem sem comparacoes...

> > genes iguais nao significam alelos iguais... temos cerca de 100.000
> > genes
> > - se isso se espelhasse em termos alelicos significaria q. apenas 1%
> > dos
> > locos teriam alelos variantes: q. apenas cerca de 1.000
> > caracteristicas
> > humanas teriam variacoes...
>
> Sua associacao genes-caracteristica nao eh valida.
> Um mesmo gene pode participar de inumeras caracteristicas assim como uma
> mesma caracteristica pode sofrer a acao de inumeros genes.
> A relacao gene-caracteristica nao eh bastante complexa.

nao percebe q. o cenario um gene - uma caracteristica eh o melhor cenario
possivel para a sua hipotese?

se a variacao alelica ocorre em apenas 1% dos locos como vc insiste (jah
q. estah retrucando afirmacao acima), serao apenas 1.000 fontes de
variacoes. se tais fontes estao combinadas para uma mesma caracteristica
entao o numero total de caracteristicas definiveis por essas fontes serao
menores do q. os 1.000 estipulados. se uma mesma fonte participa de mais
de uma caracteristica, essas caracteristicas estarao ligadas (digamos se
um mesmo gene participa da formacao do cabelo e da pele, entao qdo um
alelo defeituoso se fizer presente ali, ambas as caracteristicas sofrerao
modificacoes correlatas)...

a situacao de maior diversidade seria a correlacao um gene - uma
caracteristica: se a correlacao for de mais genes, entao a diversidade nao
muda. se for de mais caracteristicas por genes, nao afeta em nada - jah q.
todo o conjunto afetado pode ser considerado uma sindrome.

a diversidade humana em termos de locos (q. eh o q. conta mais em termos
de especie) pode ser pequena, mas a diversidade em termos de polimorfismos
eh certamente maior do q. o 1% - q. eh o q. conta para estudos
interpopulacionais como comportamentos...

> Calma, primeiro devemo separar "culturas puras" de "culturas
> comportamentais"
> e nem sempre tal distincao eh clara.
> Uma cultura pura seria vc conhecer a historia do papai-noel , usar
> jeans etc...
> Alias tive ateh uma ideia agora: Pode ser geneticamente determindao as
> pessoas
> terem a tendencia a adotar culturas de individuos-grupos-paises
> dominantes pois,
> desta maneira vc estaria correndo menos riscos de desaparecer.
> Deixe-me explicar : Digamos q um grupo de uma determinada cultura comece
> dominar o local-regiao-planeta. Eh quase certo q a cultura deste povo
> dominador
> tenha grande peso em sua bem sucedida empreitada. Entao os povos q
> adotarem
> ou copiarem esta cultura podera usufruir dos efeitos desta cultura bem
> sucedida.
> Isto eh :Pode haver um componente genetico que faz com que pessoas
> copiem culturas de povos bem-sucedidos. O q explicaria o alastramento da
> cultura americana.

vc acha q. com isso se embasa alguma coisa?

vc mesmo criou uma hipotese de algo nao existente: uma vantagem adaptativa
para arrancar casquinhas de feridas...

a questao eh q. se pode criar cenarios geneticos para qq coisa, outros
quinhentos eh ter indicios para isso... se se baseia apenas em suposicao
-- supondo-se q. exista um gene q. determine a tendencia de se adotar uma
dada cultura estrangeira, supondo-se q. isso confira uma vantagem
adaptativa tal e outras suposicoes -- podemos criar uma suposicao baseada
apenas em aspectos ambientais: supondo-se q. nao haja genes q. determinem
a adocao de uma dada cultura e assim vai...
cadej o indice de fitness? cadej o indice de correlacao?

bem, de qq maneira vc estah propondo entao q. ha um espalhamento
genetico... o porbemis, meu caro, eh q. se fosse em termos de espalhamento
genetico, a uniformidade genetica da populacao mundial deveria ter
acompanhado isso, mas nao: o fenomeno ocorre em diversas regioes da
africa, do oriente medio, da europa, da america latina, da oceania e da
asia - sem qq grande intercambio genetico correspondente, entre essas
regioes maiores ou mesmo em subregioes dentro dessas regioes...

se supuser uma base genetica homogenea pre-existente entre essas
populacoes, entao voltaremos ao caso anterior: o fator de espalhamento eh
a questao cultural/ambiental e nao a genetica...

> > se ha uma
> > determinacao em primeira instancia dos genes: i.e., sempre ou quase
> > sempre
> > q. um dado gene (melhor seria dizer alelo) estah presente, a
> > caracteristica estah presente, entao significa q. cerca de 99% da
> > populacao mundial (segundo seus valores arbitrarios) deveria ter jah
> > essa
> > caracteristica ha muito tempo (lembre-se, nao sao os alelos q. estao
> > se
> > espalhando) - mas soh a partir da segunda grande guerra q. comeca esse
> >
> > fenomeno.
> >
>
> A resposta poderia estar nos "genes copiadores de culturas bem
> sucedida".

certamente nao seria por isso...

> Gostaria de slientar q a gama de culturas permitdas a uma base genetica
> eh enorme.
> Algumas culturas podem ser adotadas sem que elas esteja escritas
> exatamente nos genes
> desde q elas nao vao contra certa predisposicao genetica do povo q a
> adote.
> Quero dizer q tanto uma cultura A como uma cultura B poderim ser
> adotadas
> por um povo sem q isso implique q todas as normas esteja escritas nos
> genes.
> Mas uma cultura C nao sobreviveria por muito tempo se ela de algum modo
> nao se adequasse ao genoma do povo.

decida-se... primeiro impoem a cultura como fator de selecao, como no caso
da americana, depois diz q. a existencia da cultura eh determinada pelo
genoma (o conjunto total de genes)... se eh fator de selecao entao ela
poderia persistir selecionando os genotipos adequados, se eh subordinada
nao... ou uma coisa ou outra... eu diria nenhuma das anteriores...

eita, sambao do crioulo doudo...

> Vc quer entrar com uma doenca genetica como contra-prova ?
> O inverso NAO eh verdadeiro. O fato de 1% de pessoas terem determinadas
> caracteristicas NAO implica q estas caracteristicas nao seja
> geneticamente
> determinadas.( Podem ser ou nao ser ).

ou seja a simples contagem com um limiar arbitrario nao conseguiria
detetar isso, jah um metodo comparativo sim...

mas nem o inverso eh verdadeiro nem o anverso... pense um pouco em por q.
deveria haver essa assimetria: mais eh mais, menos nao eh menos (i.e.,
mais espalhado eh mais genetico e menos espalhado nao precisa ser menos
genetico)...

> > > Dei apenas um exemplo para se difenrenciar elementos culturais puros
> > e
> > > os
> > > associados a comportamentos.
> >
> > o q . vc quer dizer com isso?
> >
>
> Quero dizer q embora 90% do planeta conheca a historia do papai-noel
> nao quer dizzer q esta historiia esteja impregnada nos genes.
> Mas sim que a capacidade de aprender e reter historias na memoria ESTA.

vc eh fixado em numeros arbitrarios... donde vc arrancou esses 90%?

capacidade de aprender e reter historias eh elemento cultural? vc estah
indo muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito longe entre uma caracteristica e outra.
eh isso q. eu chamava a atencao: em ultima instancia tudo eh genetico (e
tudo eh ambiental)... eh querer culpar santos dummond ou marie curie da
bomba de hiroxima...

> > pois eh, soh q. eu disse q. se alguns aspectos culturais (a parte
> > ambiental) fossem relativamente homogeneos, entao nao poderiamos
> > identificar se isso seria uma homogeneidade genetica ou ambiental.
> > mas aih vc disse q. se existem aspectos culturais relativamente
> > homogeneos
> > eles deveria ser geneticos... ou seja caimos em circularidade:
> >
>
> Eu diria q se o ambiente eh sempre semelhante/homogeneo entao, a
> adapatacao
> a ele pelos individuos estara incrustrada nos genes e, portanto, sera
> predominante/e genetica.

bingo! e de modo reverso - se o ambiente genetico eh sempre
semelhante/homogeneo entao o q. estarah causando as modificacoes serao as
alteracoes no ambiente.

pra saber se temos um caso de homogeneidade ambiental ou genetico devemos
fazer comparacoes e nao apenas uma contagem.

mas o estranho eh q. sua visao eh exatamente de uma homogeneidade genetica
(fala ora em 99% ora em 99,99%)...

> > - como sabemos se uma caracteristica eh genetica ou cultural?
>
> Estudos de mapas geneticos e hereditarios podem ser usados para isso.
> Mas note q para comportamentos complexos esta eh uma questao em aberto,
> quero dizer q hoje em dia nao podemos afirmar com provas q determinado
> comportamento eh genetico ou nao ( tem-se indicios apenas ).

sempre eh questao de indicios - alguns com mais indicios independentes,
outros com menos, alguns com indicios mais claros, outros com mais
obscuros... qdo se faz um mapa genetico ou se analisa um heredograma o q
se faz eh uma comparacao entre as situacoes em q. ocorrem tal
caracteristica contra as em q nao ocorrem: e nao contagens puras...

> > - se ela estiver espalhada em mais de 90% da populacao, jah q. assumo
> > q. a
> > constituicao genetica eh homogenea.
> >
>
> Nao eh tao homogenea assim. Calma q vc nao pode inferir , da minha
> regra, que
> para q se tenha uma influencia genetica ela PRECISA estar espalhada em
> 90%.
> Vc nao pode induzir o inverso de minha regra de 90%.
> Ou seja se 90% comportamento --> Influencia Genetica
> NAO IMPLICA q se influencia Genetica --> 90% do comportamento.

mas se uma caracteristica estah espalhada em 90% da populacao, pela sua
regra seria licito dizer q. sua base genetica estah espalhada em pelo
menos 90% da populacao... eh tao somente o q. se quer dizer com o periodo
acima...

vc nao comentou sobre a questao da circularidade... q. se complementa com
os dois itens abaixo...

> > - mas e se um aspecto cultural tbm for homogeneo entre as populacoes?
> > - aih serah genetico, jah q. o q. se espalha em mais de 90% da
> > populacao
> > tem origem genetica.

eu propus q. a saida dessa circularidade eh pelo estudo comparativo.

> O comportamento em geral estra associado ao fenotipo mas o comportamento
> nao eh o fenotipo. Eu diria q a "propensao" seria o fenotipo.

vc diria, eu nao duvido disso... mas em termos biologico o comportamento
eh um fenotipo...
da mesma forma q. a ausencia de chifres em machos jovens de cervos eh tao
fenotipo qto a sua presenca qdo adultos maduros sexualmente; ou q. a
presenca de galhas nesse mesmo cervo adulto durante a estacao de
acasalamento eh tao fenotipo qto sua ausencia em outros periodos; da mesma
forma q. a pelagem de inverno de um lagorne eh tao fenotipo qto a pelagem
de verao desse mesmo lagorne...

fenotipos nao precisam ser caracteristicas imutaveis em um individuo -
raramento o sao - certamente soa estranho aos ouvidos leigos, mas eh
assim. pode chamar de questao nomenclatural, eu diria q. eh. mas em termos
de conceito, pra mim parece bastante consistente ver comportamentos como
fenotipos.

> O assunto mudou aqui. As cascas de ferida nao se inserem da regra dos
> 90%.
> Estou dizendo q o tratamento do comportamento descascador poderia
> ser abordado da mesma maneira q o eh o estudo de outras doencas
> genetica.

poder ateh poderia... qq caracteristica em principio pode.

> Vc nao pode provar q a propensao para descascar feridas de algumas
> criancas nao s
> seja genetico assim como eu tambem nao posso provar agora q o eh.
> Mas, pela altissima propensao q meu filho tem em dscascar a pesar de
> todas as
> advertencias feitas, isso me faz acreditar fortemente q eh algo
> genetico.

poderia se provar (acima de qq duvida razoavel) por uma e outra coisa caso
fossem realizados estudos sobre isso. claro q. duvidas nao tao razoaveis
poderiam ser levantadas indefinidamente.

nem tto... lembra-se do exemplo q. eu dei sobre fetos humanos
femininos expostos a niveis elevados de hormonios masculinos durante sua
gestacao? em um ambiente gestacional comum, esse feto desenvolver-se-ia de
modo comum em um ambiente social comum - seria uma crianca com
comportamentos tipicas femininos adequadas a cada fase de vida. mas ao ser
exposta aos hormonios seu cerebro se desenvolveu de forma diferente da
comum para o seu genotipo e criada em um ambiente social comum
desenvolveu-se de modo nao muito comum - foi uma crianca com
comportamentos tipicamentes masculinos alinhados a sua faixa etaria...

ou algo menos incomum:

algumas definicoes de gostos por causa do ambiente de gestacao:
http://www.britannica.com/bcom/original/article/0,5744,8764,00.html

comportamentos culturais podem ter, e em geral tEm, tbm um carater bem
consistente e contundente...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/07/2000 21:29

leo,

tente o dicionario ceptico lah costuma ter uma colecao dessas ideias
heterodoxas:

http://paginas.teleweb.pt/~ceptico/

nao sei se eh o q. vc procura:

http://paginas.teleweb.pt/~ceptico/entradas/orgone.html

[]s,

roberto takata

> Em tempo: Hoje o amigo terrestre e cardiologista veio visitar-me (todo de
> branco e um negocinho de látex pendurado no pescoço) e 'entre outras' falou
> em "forças ódicas" de uma celebridade de nome Wilhem Von Reichnbach (?,
> peguei pela pronúncia). Vcs sabem o que é isso?



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/07/2000 21:33

Continuo em plena leitura dos debates e apreciando a thread. Pediria apenas,
ao Francisco, que baixe a voz (use caixa baixa em seus textos), uma vez que
caixa alta é privilégio divino.

[]'
deus
"onipresente, onibanco, ónico etc."

Em tempo: Hoje o amigo terrestre e cardiologista veio visitar-me (todo de
branco e um negocinho de látex pendurado no pescoço) e 'entre outras' falou
em "forças ódicas" de uma celebridade de nome Wilhem Von Reichnbach (?,
peguei pela pronúncia). Vcs sabem o que é isso?
Aqui no Céu não temos o registro desse falecido. Passei um e.mail para o
Inferno ... nenhum registro!





SUBJECT: Qual o conceito da Fisica sobre as "ondas" ?
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/08/2000 00:43

- Como a Fisica interpreta as "ondas" ?

- Por exemplo, ao atirar uma pedra
em um lago, varias ondas circuncentricas
se formam. Mas o que "E'" a onda ?
E' a oscilacao da agua ?

- Vemos que a onda, no sentido
leigo, pelo menos, e' "a agua indo
para cima e para baixo" (ou o "sobe
e desce" da agua). Porem, se vemos
a agua se mover, quando um peixe
esta' nadando, por exemplo, sabemos
que e' a a materia do corpo do peixe
que esta' causando um deslocamento
da agua, fazendo-a mover-se.

- Porem, no caso de atirarmos uma
pedra na agua, O QUE E' QUE SE MOVE ?
Podemos dizer que e' a energia da pedra
atirada que esta' se movendo atraves
da agua, e causa as ondas ? Ou NAO HA'
NADA SE MOVENDO NAS ONDAS ?

- Enfim, as ondas sao apenas o
proprio movimento da agua, tal
como os leigos (eu incluso)
interpretam ? Nesse caso,
as ondas podem ser interpretadas
como "materia em movimento"
oscilatorio?

- Outro exemplo: Se duas pessoas
seguram as extremidades de
uma corda, e uma delas balanca
seu braco, provoca ondas na corda.
Assim, as ondas sao a materia da
corda que estao em movimento oscilatorio ?

- Mais duvidas: Qual dos seguintes enunciados
esta' cientificamente correto ?
- "A luz e' uma onda"
- "A luz se desloca atraves de ondas"
- "A luz se desloca em forma de ondas"
- Nenhum dos anteriores

- Mais uma: Assim como as ondas na agua fazem a
agua se movimentar para cima e para baixo, e na
corda fazem a corda se movimentar para cima e
para baixo, as ondas de luz fazem os fotons se
deslocarem para cima e para baixo ? Ou quando
estamos considerando a luz como "onda" nao podemos
falar em "fotons" ?


- PS: a) Desculpem se utilizei terminologia
inadequada ou incorreta

b) Sim, eu sei que deveria estar estudando
isso tudo nos livros de Fisica. Porem,
os livros "basicos" (2o grau) ou os
livros de popularizacao cientifica,
deixam muito a desejar. E os livros
mais "avancados" eu nao consigo
acompanhar (por enquanto - espero eu)




Paulo
psdias@globo.com.br







SUBJECT: Ptolomeu X Copernico
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
CC: <acropolis@egroups.com>
DATE: 01/08/2000 02:27

Caros listeiros,
 
Respondam-me, por favor:
 
As leis da física são apenas uma maneira (dentre outras mais simples ou mais complicadas, um "constructo" entre outros) de se explicar a realidade, ou são as leis da física tão objetivas quanto os nossos dados do sentido?
 
A explicação de Ptolomeu difere da explicação de Copérnico simplesmente por ser mais intrincada, incomensuravelmente mais complexa (merecendo, portanto, a intervenção da Navalha de Occam ou do Princípio da Parcimônia) ou, ao contrário, a concepção ptolomáica do universo é OBJETIVAMENTE equivocada, falsa?
 
Pergunto isso porque há quem sustente a primeira tese, sobretudo entre filósofos pós-modernos e "positivistas" (que lindo encontro!). Para os primeiros, "nada existe além do texto". Para os segundos, somente os dados sensórios são reais, e os entes sensórios são invariavelmente entes singulares, jamais universais.
 
Por enquanto, não vou tomar uma posição.
 
Abraços,
Manuel Bulcão

SUBJECT: Re: [ciencialist] Qual o conceito da Fisica sobre as "ondas" ?
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/08/2000 02:57

Oi, Paulo.

Uma onda pode ser caracterizada pelo transporte de energia sem o
transporte de matéria. Por exemplo, em ondas na água, a superfície da água
oscila para cima e para baixo, mas desloca-se muito pouco para a frente. A
energia da onda, pelo contrário, desloca-se velozmente para a frente. Num
caso ideal, não há transporte nenhum da matéria - apenas o seu movimento de
oscilação em torno de uma posição fixa. Na prática, por diversos fatores
(atrito, viscosidade, etc.), ocorre um pequeno "arraste" de matéria, mas a
energia da onda se propaga muito mais velozmente.

Uma onda não precisa ter um substrato de matéria. Por exemplo, as ondas
luminosas são ondas em campos elétricos e magnéticos conjuntamente.

Posto isso, vejamos suas perguntas:

----- Original Message -----
From: Paulo Sérgio Dias

> - Como a Fisica interpreta as "ondas" ?
>
> - Por exemplo, ao atirar uma pedra
> em um lago, varias ondas circuncentricas
> se formam. Mas o que "E'" a onda ?
> E' a oscilacao da agua ?
>
> - Vemos que a onda, no sentido
> leigo, pelo menos, e' "a agua indo
> para cima e para baixo" (ou o "sobe
> e desce" da agua). Porem, se vemos
> a agua se mover, quando um peixe
> esta' nadando, por exemplo, sabemos
> que e' a a materia do corpo do peixe
> que esta' causando um deslocamento
> da agua, fazendo-a mover-se.
>
> - Porem, no caso de atirarmos uma
> pedra na agua, O QUE E' QUE SE MOVE ?
> Podemos dizer que e' a energia da pedra
> atirada que esta' se movendo atraves
> da agua, e causa as ondas ? Ou NAO HA'
> NADA SE MOVENDO NAS ONDAS ?
>
> - Enfim, as ondas sao apenas o
> proprio movimento da agua, tal
> como os leigos (eu incluso)
> interpretam ? Nesse caso,
> as ondas podem ser interpretadas
> como "materia em movimento"
> oscilatorio?
>
> - Outro exemplo: Se duas pessoas
> seguram as extremidades de
> uma corda, e uma delas balanca
> seu braco, provoca ondas na corda.
> Assim, as ondas sao a materia da
> corda que estao em movimento oscilatorio ?

Acho que até aqui o que eu disse no início do e-mail deve ajudar a
esclarecer.

> - Mais duvidas: Qual dos seguintes enunciados
> esta' cientificamente correto ?
> - "A luz e' uma onda"
> - "A luz se desloca atraves de ondas"
> - "A luz se desloca em forma de ondas"
> - Nenhum dos anteriores

Eu diria que todas podem ser consideradas corretas, mas a primeira me
parece mais correta. A segunda e a terceira necessitam de uma certa
interpretação para soarem corretas. Talvez poderíamos dizer: "a energia da
luz se desloca através de ondas." Mas a frase "a luz é uma onda" parece-me
perfeitamente certa, porque se tivéssemos só os campos elétrico e magnético,
sem as oscilações, aí não teríamos luz.

> - Mais uma: Assim como as ondas na agua fazem a
> agua se movimentar para cima e para baixo, e na
> corda fazem a corda se movimentar para cima e
> para baixo, as ondas de luz fazem os fotons se
> deslocarem para cima e para baixo ? Ou quando
> estamos considerando a luz como "onda" nao podemos
> falar em "fotons" ?

Os fótons não se deslocam para cima e para baixo na onda luminosa. O
"substrato" da onda não são os fótons, mas o campo eletromagnético: o que
vibra é o campo. O que oscila, nesse caso, não é a posição espacial de
alguma coisa, mas a intensidade dos campos elétrico e magnético.

Qual o papel do fóton nessa história? Isso tem a ver com a chamada
"dualidade onda-partícula". O que acontece é que a luz não é onda nem
partícula, ela é uma outra entidade física diferente, mas que em
determinadas circunstâncias comporta-se de maneira bem localizada no espaço,
como se fosse um corpúsculo, e em outras comporta-se de maneira
"delocalizada", ou seja, espalhada, tal qual uma onda. Em geral ela
comporta-se como onda enquanto trafega no espaço, e de forma localizada
quando interage com a matéria (por exemplo, quando é absorvida ou emitida
por um corpo). Isso é uma característica de todas as partículas da Natureza,
mas quanto mais pesada é a partícula, menos pronunciado é o comportamento
ondulatório. Sendo o fóton muito leve, o comportamento ondulatório da luz é
muito pronunciado. (Um elétron, por outro lado, possui o comportamento
corpuscular pronunciado e ondulatório muito sutil - mas é possível detectar
fenômenos ondulatórios envolvendo elétrons, e também prótons, etc., até
mesmo átomos inteiros)..

Desta forma, falar em ondas e falar em fótons são duas descrições
diferentes para a luz, e mais: são mutuamente exclusivas. Assim, a sua
última afirmação/pergunta, "quando estamos considerando a luz como onda não
podemos falar em fótons", soa próximo da realidade.

O campo eletromagnético, portanto, não dá uma descrição completa da luz.
Em certas circunstâncias, é necessário ir além e considerar o caráter
corpuscular da luz. A teoria que leva em conta as duas coisas e dá uma
descrição completa da luz é a Eletrodinâmica Quântica, que surgiu a partir
da mistura da Teoria Quântica com o Eletromagnetismo.

Claro que isso gera um problema: se a luz - e as outras partículas - não
são ondas nem corpúsculos, como descrevê-los? A solução adotada foi
chamá-las de partículas mesmo, mas tendo em mente que possuem as duas
características complementares. Assim, chamamos o fóton de partícula, por
falta de termo melhor.

É isso aí... espero ter ajudado,
Até a próxima,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ptolomeu X Copernico
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/08/2000 04:56

Bem, sobre a equivalência ou não dos sistemas copernicano e ptolemaico:
Aqueles que dizem que os dois sistemas dão descrições igualmente válidas do
Universo parecem desconhecer a lei da inércia. Ora, se a Terra está
transladando ao redor do Sol, aparecerá nela uma força centrífuga devido a
essa translação. Se a Terra está parada no centro do Universo, essa força
centrífuga não aparece. Então, para determinarmos qual sistema está correto,
basta determinar experimentalmente a força da gravidade no mesmo ponto da
Terra, à mesma hora do dia, em diversas épocas do ano. Dentro de um período
de 6 meses, a força centrífuga da translação muda de direção, e deverá ser
possível detectar uma variação na força da gravidade aparente ao longo do
ano. Não sei se isso já foi feito. Acredito que com a tecnologia atual deve
ser possível fazer. Assim, é perfeitamente possível testar se a teoria de
Ptolomeu é objetivamente falsa ou objetivamente verdadeira. Se os
pós-modernos acham que nada existe além do texto, então deveriam explicar
como é que um mero texto pode produzir uma força mensurável pelos aparelhos
de medida.

Sobre o papo dos positivistas, de que só os dados sensórios são reais.
Ora, a nossa representação de mundo tem uma relação muito coerente com os
tais dados sensórios. Em particular, as leis da Física têm uma relação muito
coerente com eles. É muito improvável que isto seja uma coincidência.
Podemos até argumentar que não podemos saber nada mais do que o que os
nossos sentidos filtram para nós, porém não podemos de jeito nenhum ignorar
o fato - o fato, bem entendido - de que existe uma harmonia extremamente
estreita entre nossa representação de mundo e o conjunto dos nossos dados
sensórios. Quem diz que só os dados sensórios são reais parece ignorar este
fato.

Sobre se as leis da Física descrevem a realidade ou se são apenas uma
maneira de descrevê-la. Creio que parte das leis da Física são uma maneira
de descrever a realidade. Mas mesmo essas partes devem conter uma boa dose
de realidade "real" - ainda que seja difícil discernir o joio do trigo. Por
exemplo, é possível formular a Mecânica Clássica em termos só de forças, sem
fazer nenhuma menção à energia; e é possível formulá-la em termos de
energias cinética e potencial, sem fazer nenhuma menção às forças. Esse
simples fato mostra que existe nas teorias físicas uma boa dose de mera
representação da realidade. Entretanto, o fato de, em certas circunstâncias,
o conceito de energia tornar as coisas tão mais simples e nos proporcionar
tantos novos insights, que não teríamos com a outra descrição, indica que
deve haver algo de real nesse conceito, ainda que seja difícil dizer que
parte dele é real e qual não é. O mesmo com relação às forças.

De qualquer forma, é impossível provar a minha posição, posto que se
trata de uma questão metafísica. O máximo que podemos fazer é argumentar
sobre a plausibilidade dos nossos argumentos.

A propósito, a frase "ou são as leis da física tão objetivas quanto os
nossos dados do sentido" pode ser um tiro na culatra, porque os nossos
sentidos pode ser qualquer coisa menos objetivos...

Até,
Belisário

----- Original Message -----
From: msbn@daterranet.com.br

Caros listeiros,

Respondam-me, por favor:

As leis da física são apenas uma maneira (dentre outras mais simples ou mais
complicadas, um "constructo" entre outros) de se explicar a realidade, ou
são as leis da física tão objetivas quanto os nossos dados do sentido?

A explicação de Ptolomeu difere da explicação de Copérnico simplesmente por
ser mais intrincada, incomensuravelmente mais complexa (merecendo, portanto,
a intervenção da Navalha de Occam ou do Princípio da Parcimônia) ou, ao
contrário, a concepção ptolomáica do universo é OBJETIVAMENTE equivocada,
falsa?

Pergunto isso porque há quem sustente a primeira tese, sobretudo entre
filósofos pós-modernos e "positivistas" (que lindo encontro!). Para os
primeiros, "nada existe além do texto". Para os segundos, somente os dados
sensórios são reais, e os entes sensórios são invariavelmente entes
singulares, jamais universais.

Por enquanto, não vou tomar uma posição.

Abraços,
Manuel Bulcão






*** --- ***

>> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
http://www.physlink.com/

*** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] Psicologia
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/08/2000 08:33



Emille Rocha wrote:

> ...Minha proposta é que podemos eliminar esse filtro quando
> nos tornamos mais menos ligados a vida materialista e compreendemos o
> desenrolar da civilizaçao como quem a vê por cima........

> ... A nossa tão estimada razão fica reduzida a nada se nosso
> processo criativo é impedido e isso pode ser considerado como um fato
> de
> extrema importancia...

> ... Proponho uma discussão séria sobre esse assunto. Considero de
> grande
> valor para a busca desse ideal as técnicas de meditação orientais

Ola Emille,
Vou dar minha opiniao pessoal totalmente cetica com relacao ao assunto.
Eu nao acredito q nosso cerebro tenha tanta capacidade inexplorada de
criatividade e saber quanto muitos propoe. E acredito menos ainda q
estas
fontes " inesgotaveis" de criatividade possam ser encontradas como se
encontra
uma mina de ouro nos subsolos da mente.
Se vc ver o ser humano sob o ponto de vista evolutivo, vera que tudo que
temos
foi, em geral, construido aas duras penas por mutacoes e selecao.
Nao ha razao para q a natureza tenha criado uma fonte de criatividade
e a tenha escondido em nossa mente. A natureza costuma trilhar o caminho
de
minima energia, minima complexidade, minimo esforco. Quero dizer que
toda complexidade de nosso cerebro foi evoluido aa medida q precisvamos
dele.
Seria muito dificil a natureza ter projetado um cerebro genial-escondido
para ser
aberto apenas com uma chave meditacional-tao-esoterica-mediunica.
O q podemos conseguir a mais eh treinar o ja temos. Nenhuma magica nos
fara
ser mais geniais do q somos, INFELIZMENTE...
Opiniao pessoal.
Abraco
jocax




SUBJECT: Teoria do BootStrap
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/08/2000 08:45

Amigos:

- Alguem sabe o que e' a Teoria do BootStrap ?

Paulo
psdias@globo.com.br




SUBJECT: Re: [ciencialist] Genetic Intelligence
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/08/2000 08:46



Ozelo wrote:

> Olá pessoal, Jocax e demais! :o)
>
> Temos evidências sobre este argumento? Tenho pensado nessas
> questões
> recentemente e me parece lógico afirmar que se tenho dois filhos com
> uma
> diferença de idade de 10 anos, logo, estes mesmos filhos devem possuir
>
> diferenças genéticas paternas pertinentes aos 10 anos.

Bom, *q eu saiba* as diferencas geneticas nao se alteram com a idade.
Uma vez q o espermatozoide encontrou o ovulo, a bagagem genetica esta
determinada, independente/e da idade.


> Considerando que
> todos os organismos sejam conjuntos de 'diferentes colônias de genes',
> é de

Adorei !!! :-)))

>
> se esperar que estes se modifiquem com o tempo e o meio ambiente. Mas
> temos
> evidências a esse respeito?
>

Cada organismo, em geral, se modifica fenotipicamente e nao
geneticamente.
Agora, os organismos vao evoluindo ( alterando ) principalmente com as
mutacoes
no decorrer das geracoes.As evidencias sao os fosseis.


>
> Por outro lado, temos a hipótese da mutação expontânea. Onde a
> modificação genética do organismo ocorre aleatoriamente e dentro de
> uma
> determinada faixa de 'possíveis combinações'. Também temos evidências
> a esse
> respeito?
>

Sim, os varios tipos de cancer sao causados , q eu saiba, por mutacoes
nas celulas.


>
> Afinal, cada organismo não deve exatamente obedecer a hipótese da
> mutação expontânea como também a hipótese da inteligência genética.
> Isso é
> completamente diferente da hipótese da inteligência celular, onde foi
> evidenciado que o movimento celular não é ao acaso. Mas este também
> não
> evidencia a inteligência, mas apenas resposta à estímulos. E
> certamente um
> único estímulo pode gerar mais de uma dentre 'possíveis respostas'.
>
> Assim sendo, vejo que a evolução genética de qualquer organismo
> obedece
> a hipótese da mutação expontânea e ao princípio de seleção natural.
> Toda
> modificação genética dentro do contexto de uma determinada espécie
> sobrevive
> de acordo com o princípio de seleção natural, seja dentro do perímetro
> do
> indivíduo ou durante a proliferação da espécie. Àqueles organismos
> cuja
> evolução genética lhes permitiu existir e ainda existem, digo que
> êstes e
> somente êstes são algorítmos genéticos bem sucedidos apenas.
> Desconheço
> maiores evidências a esse respeito, mas não posso concordar em
> princípio com
> a hipótese da inteligência genética.
>

Se o seu conceito de inteligencia eh aprender bom.. o aprendizado eh um

fenotipo essencialmente genetico ( uma arvore nao aprende um cachorro
sim ).
Mas os genes , eles proprios, nao aprendem, eles geram criaturas com
esta
capacidade.


>
> Até o momento não consigo aceitar que um gene possa ter
> livre-arbítrio
> ou inteligência, mas apenas concluir que tal obedece apenas um número
> limitado de 'possíveis combinações'. O significado de inteligência
> para mim
> é capacidade de aprender; não repetir o mesmo código se souber que tal
> é
> inadequado. Claro que se a extinção de um código genético inadequado
> ao meio
> ambiente é por si só assumido como o próprio princípio de seleção
> natural,
> podemos afirmar exclusivamente nêsse sentido que o planeta Terra é um
> organismo vivo e que a 'vida'

Acho q isto eh conhecido como hipotese Gaia ( a terra encarada como um
ser vivo).
Acho viavel q a terra possa ser considerada assim, como um ser primitivo
em
desenvolvimento. O q nao acredito eh q ela tenha uma consciencia propria
e
conscientemente faca furacoes, vulcoes etc.. para se proteger, isso eh
ficcao.


> que reside nele evoluiu, mas de forma alguma
> podemos afirmar a existência de inteligência fora do contexto
> macroscópico
> de cérebro e durante o tempo que êste sobrevive.
>
> De outra forma vocês não concordam que poderíamos, além do
> mapeamento
> genético, também evoluir esses critérios para obter nossa 'árvore
> genealógica genética'? Que conhecimentos temos com relação a essas
> idéias?
>

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/08/2000 09:11



Francisco wrote:

>
> -----------------------------------------------------
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>
> ----- Original Message -----
> From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
> To: <ciencialist@egroups.com>
> Sent: Monday, July 31, 2000 9:19 AM
> Subject: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice
> popular ?
>
>
> >
> >
> > Francisco wrote:
> >
> > > Nao estou justificando o crime estou dando as explicacoes para
> ele.
> > > > Se as pessoas fossem puramente culturais, como ja disse e
> saliento,
> > > > nao haveria crimes passionais.
> > > JÁ PERCEBEU QUE OS CRIMES PASSIONAIS OCORREM MAIS FREQUENTEMENTE
> EM
> > > ALGUMAS
> > > CULTURAS DO QUE EM OUTRAS?
> > >
> >
> > A cultura pode agir como um freio no impulso instintivo que leva ao
> > crime-passional.
> > Mas isso nao quer dizer q este instinto nao ocorra nesta cultura.
> >
> >
> > > NAS CULTURAS MATRIARCAIS ANTIGAS, COMO A DOS VICKINGS PRÉ
> CRISTÃOS, A
> > > IDÉIA
> > > DE CRIME PASSIONAL ERA INEXISTENTE,

A ideia de configurar o ato como CRIME talvez nao existisse SIMPLESMENTE
pq nao
existia uma lei penal para o ato.
Isso nao quer dizer , em absoluto, q a ACAO de matar por
ciumes/vinganca
ou paixao nao existisse na epoca.


> SÓ COMEÇARAM A EXISTIR ESSES
> > > CRIMES
> > > DEPOIS DA DOMINAÇÃO PELO IMPÉRIO ROMANO CRISTÃO.
> >
> > A caracterizacao como "crime" tem a ver com a cultura mas note:
> > Essa caracterizacao existiu por que o COMPORTAMENTO CRIMINOSO era
> > conhecido de todos, ou seja a predisposicao de matar/vingar ja rra
> > instintivo
> > e sempre existiu. Doutro modo nao seria necessario criminalizar o
> > comportamento.
>
> NA VERDADE O COMPORTAMENTO CRIMINOSO NÃO EXISTIA, NÃO HAVIA NESSA
> CULTURA,
>

O crime nao existia pq nao existia leis q os caracterizassem. Eu diria
mais
o ato passional era TAO COMUM que as pessoas da epoca poderiam achavar
natural
q se matasse , por exemplo, para "lavar a honra".


> ASSIM COMO EM MUITAS CULTURAS ANTIGAS, A IDÉIA DE PROPRIEDADE DO HOMEM
> SOBRE
> A MULHER.

Mas hoje TAMBEM nao existe a ideia de mulher propriedade de homens e
no entanto os crimes passionais acontecem todos os dias em todos os
paises.


> É FATO HISTÓRICO CONHECIDO QUE AS MULHERES, EM CULTURAS
> MATRIARCAIS, TINHAM MAIS DE UM COMPANHEIRO E QUE ISSO NÃO ERA CAUSA DE
>
> CONFLITOS.
>

Prova.
Tanto nao era causa de conflitos q esta cultura matriarcal sobreviveu
ateh hoje ne?


>
> > Claro, numa epoca tao aculturada onde os relatos escritos eram
> > abundantes e tudo
> > documentado qualquer ato homossexual ficaria registrado a laser em
> > discos de titanio
> > para q as culturas subsequentes pudessem estudar.
> >
> ORA, PERCEBO UMA IRONIA AQUI. APESAR DESSES POVOS NÃO TEREM DEIXADO
> GRANDES
> OBRAS, ELES SABIAM ESCREVER E ESCREVERAM.

O q eles escreveram, quem escreveu?
Note q a biblia TAMBEM foi escrita e esta recheada ,na minha opiniao, de
mentiras
tais como os "milagres". ( olha o vespeiro )


> CITEI A CULTURA VICKING POR TER
> SIDO ELA UMA DAS MAIS BEM ESTUDADAS NA EUROPA. SEUS COSTUMES E
> PRÁTICAS SÃO
> BEM DOCUMENTADOS. QUANTO A PREOCUPAÇÃO COM A HOMOSSEXUALIDADE, ESSA
> ERA TÃO
> GRANDE ENTRE ESSES POVOS QUANTO É ENTRE OS HABITANTES PRÉ-COLOMBIANOS
> DA
> AMÉRICA. NA VERDADE O CONCEITO DE HOMOSSEXUALISMO SÓ EXISTE DEPOIS DA
> PROLIFERAÇÃO DA CULTURA JUDAICA-CRISTÃ E JUDAICA-ISLAMICA. ISSO TAMBÉM
> É
> FATO HISTÓRICO.
>

Como ja disse, algo soh se torna crime, e ou motivo de vigilia, qdo uma
lei ou
cultura proibe a pratica. Se nestes povos o ato nao era notado eh pq
talvez
fosse considerado natural e por isso nao haveria necessidade de relatos.



>
>
> > > POIS O MACHO DA ESPÉCIE AINDA NÃO ESTAVA BUSCANDO PROEMINENCIA
> SOCIAL,
> > > ESTA
> > > ERA DA MULHER, QUE ENTRE OUTRAS COISAS ERA CONSIDERADA SAGRADA!
> >
> > O q isto tem a ver com os instintos?
> > Como vc afirma q o macho nao estava buscando proeminencia social?
>
>
> TEM MUITO A VER COM INSTINTOS. NAS ESPÉCIES MENOS DESENVOLVIDAS DE
> MACACOS E
> ENTRE OUTROS ANIMAIS SOCIAIS, OS MACHOS DE MAIOR PROEMINENCIA SOCIAL
> (OS
> CHAMADOS MACHOS-ALFA) TEM MAIOR CHANCE DE SE REPRODUZIR E COM UM MAIOR
>
> NÚMERO DE FÊMEAS, GARANTINDO ASSIM A REPRODUÇÃO DE SEU MATERIAL
> GENÉTICO.
>
> A AFIRMAÇÃO DE QUE OS MACHOS, EM SOCIEDADES MATRIARCAIS PRIMITIVAS,
> NÃO
> BUSCAVAM ESSA FORMA DE PROEMINENCIA SOCIAL QUE OS MACHOS HUMANOS EM
> SOCIEDADES PATRIARCAIS BUSCAM NÃO É MINHA MAS DA ANTROPOLOGIA
> CULTURAL.
>

Precisa-se tomar cuidado com estas generalizacoes.
Qto % da populacao possuia sociedades matriarcais?
Qto tempo durou tais sociedades?
Como disse, o fato de nao ter durado muito corrobora a ideia q estas
sociedades matriarcais nao eram assim tao naturais.


[]s
jocax



SUBJECT: Forcas Odicas, chakra, vela acesa e Cia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/08/2000 09:44

Oi Roberto,
não encontrei nada do 'ódico' nos endereços céticos. Achei referências a um
Wilhem, o tal do Argone que morreu numa prisão (de ventre, suponho). Mas,
encontrei outras coisas, talvez mais úteis que as 'forças ódicas'.
Sexta-feira próxima irei a uma reunião da turma do 'chakra' aqui de
Barretos. Diz-se que um deles pode dizer quem se encontra nos quartos e
regiões vizinhas. Só espero que, durante essas demonstrações, alguém bata na
porta e o tal pergunte: --- 'Quem é?".
Grato
[]'
Léo
---------------------------------------------------------------
De: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>

leo,

tente o dicionario ceptico lah costuma ter uma colecao dessas ideias
heterodoxas:

http://paginas.teleweb.pt/~ceptico/

nao sei se eh o q. vc procura:

http://paginas.teleweb.pt/~ceptico/entradas/orgone.html

[]s,

roberto takata

> Em tempo: Hoje o amigo terrestre e cardiologista veio visitar-me (todo de
> branco e um negocinho de látex pendurado no pescoço) e 'entre outras'
falou
> em "forças ódicas" de uma celebridade de nome Wilhem Von Reichnbach (?,
> peguei pela pronúncia). Vcs sabem o que é isso?

--------------------------------------------------------------------




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ptolomeu X Copernico
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/08/2000 09:51

Mistérios virtuais. Como essa mensagem do msbn@daterranet.com.br chegou a essa lista depois da resposta do Belisário?
Interessante é que, assim que li o texto do Belisário, ia postar uma mensagem perguntando quando foi postada tal mensagem, pois não havia recebido e, eis que, num passe misterioso .... ela chegou!
 
[]'
Léo
 
-----Mensagem Original-----
De: msbn@daterranet.com.br
Para: ciencialist@egroups.com
Cc: acropolis@egroups.com
Enviada em: terça-feira, 1 de agosto de 2000 02:27
Assunto: [ciencialist] Ptolomeu X Copernico

Caros listeiros,
 
Respondam-me, por favor:
 
As leis da física são apenas uma maneira (dentre outras mais simples ou mais complicadas, um "constructo" entre outros) de se explicar a realidade, ou são as leis da física tão objetivas quanto os nossos dados do sentido?
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Qual o conceito da Fisica sobre as "ondas" ?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/08/2000 10:53

Muito boa a exposição do Roberto. Acrescentaria as observações:

1)
> - Mais duvidas: Qual dos seguintes enunciados
> esta' cientificamente correto ?
> - "A luz e' uma onda"
> - "A luz se desloca atraves de ondas"
> - "A luz se desloca em forma de ondas"
> - Nenhum dos anteriores

Roberto: Eu diria que todas podem ser consideradas corretas, mas a
primeira me
parece mais correta.

Léo: Sob o ponto de vista de 'definição', a primeira alternativa é por
demais incompleta. Nada diz, por exemplo, sobre a natureza da onda (mecânica
ou eletromagnética), assim como nada diz sobre seu tipo (longitudinal,
transversal ou mista). Do mesmo modo, esconde a informação dimensional
(linear, superficial ou volumétrica). Jamais se poderia iniciar um Curso de
Óptica dando, para a luz, tal definição!
Todas as alternativas são criticáveis, função do contexto.
"Luz é uma modalidade de energia em trânsito." (tal qual o
calor). Com essa afirmação pode-se iniciar um Curso de Óptica e, a partir
dela, destrinchar as nuances relativas à óptica física e geométrica.

Sob o ponto de vista de 'teste', nessas porcarias de questões
testes nos vestibulares, numa decisão 'melhor resposta', eu colocaria
'nenhuma das anteriores' e pediria o anulamento da questão. Qualquer uma das
três primeiras estão 'igualmente' ... superficialmente corretas!

2)
Na abertura do Curso de Ondulatória (que precede a Óptica) pode-se por "Onda
é modalidade de energia em trânsito" e, a partir dai, iniciar todo o
desenvolvimento. Claro que precedendo o Curso de Ondulatória, todo o MHS e
as oscilações mecânicas já devem ter sido postos.
Na água, em particular, as partículas executam trajetórias circulares ou
elípticas (função da profundidade, gravidade, tensão superficial etc.)
quando funcionam como suporte para as ondas mecânicas.

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ptolomeu X Copernico
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/08/2000 12:32

como nosso colega, roberto belisario, jah tratou do postivismo, permita-me
alguns comentarios sobre o relativismo epistemologico.

On Tue, 1 Aug 2000, Roberto Belisario wrote:
> ser possível fazer. Assim, é perfeitamente possível testar se a teoria de
> Ptolomeu é objetivamente falsa ou objetivamente verdadeira. Se os
> pós-modernos acham que nada existe além do texto, então deveriam explicar
> como é que um mero texto pode produzir uma força mensurável pelos aparelhos
> de medida.

talvez o q. os pos-modernistas e congeneres pensem na objecao de Quine a
respeito de experimentos criticos.

em uma formulacao basica um teste cientifico de um modelo reside no
esquema silogistico:

premissa 1
premissa 2
----------
conclusao

se a conclusao eh falsa, pelo menos uma das premissas deve ser falsa e
isso eh tudo o q. um experimento pode revelar. ele por si soh nao pode nos
dizer qual das duas deve estar errada. por exemplo:

a luz viaja em linha reta
a terra eh plana
---------------------------------------------------------------------
um objeto rumo 'a borda da terra deve permanecer visivel integralmente

(estou omitindo os passos intermediarios de inferencias, mas acho q. nao
vai criar uma confusao muito grande)

bem, a conclusao estah em contradicao com o q. observamos - um navio q. se
afasta da costa desaparece aos poucos, sendo a parte superior a q.
permanece mais tempo no campo de visao... normalmente adotamos q. a
premissa 2 'a terra eh plana' como sendo a errada. mas ela poderia ser
mantida se modificassemos a premissa 1 'a luz se move em linha reta', para
'a luz se move em curva descendente'... o experimento por si soh nao
poderia ajudar na escolha entre as duas possibilidades. precisariamos de
outros experimentos para decidir qual premissa deveria ser descartada.

em tese isso poderia ir ad infinitum. eh o q. geralmente os teoricos sem
nenhuma bagagem maior em um tema costumam fazer: vao criando premissas
sacadas da manga, as hipoteses ad hoc.

em termos puramente logicos realmente nao haveria possibilidade real de
escolha objetiva dada a permissao para livre criacao de hipoteses ad hoc.
aqui entra o criterio pratico - a navalha de occam. q. muitas vezes eh
reescrita como: 'verdadeiro alem de qq duvida razoavel'. o unico porem eh
q. o 'razoavel' pra muitas pessoas eh um conceito elastico ('razoavel eh
aquilo q. eu acho razoavel'), isso dah margem para um relativismo
epistemologico, base da filosofia pos-modernista (ou de um segmento do
saco de gatos chamado de pos-modernismo). a filtragem sensoria eh apenas
uma categoria dentro de um plano mais geral determinado pelo abuso de
hipoteses ad hoc - segundo penso. outra vestimenta das hipoteses ad hoc
abusivas eh o q. sagan chamava de 'deus das lacunas'.

e tem um mercado amplo de uso, vai do revisionismo historico (normalmente
um eufemismo para a negacao do holocausto e reabilitacao do ideal
nazi-fascista), conforme retratado nas hilarias paginas do sitio abaixo:

http://www.reptiles.org/~madrev/The-Mad-Revisionist.htm

'as religioes novevais passando por toda a sorte de pseudociencias e
teorias esdruxulas, q. se podem conferir em:

http://paginas.teleweb.pt/~ceptico/
http://skepdic.com

mais sobre relativismo epistemologico e pos-modernismo:

http://www.physics.nyu.edu/faculty/sokal/

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/08/2000 14:46

On Mon, 31 Jul 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Hmmm ...acabei de bolar uma teoria :
> Se uma gene-caracteristica ruim eh apresentada na especie ( p ex miopia ) eh pq
> seguramente este mesmo gene participa de uma caracteristica boa de modo a
> compensar esta ma caracteristica. ( Primeiro teorema da doenca genetica do jocax
> :)

teoria ou teorema?

de qq forma a possibilidade de um alelo conferir uma caracteristica boa
por um lado e uma ruim jah foi ha muito aventada (embora nao em sua
formulacao genetica, isso estah jah na raiz do modelo de darwin para a
evolucao por selecao: n'a origem das especies', titio darwin fala sobre as
ligacoes de uma caracteristica desvantajosa ou irrelevante com outras
vantajosas) -- e tbm q. uma mesma caracteristica pode conferir uma
vantagem ou desvantagem dependendo do ambiente... (cuidado pra nao ser
acusado de plagio... re re re)

eh o caso da anemia falciforme e os alelos envolvidos na producao de
hemoglobina. um alelo defeituoso faz com q. a hemoglobina se polimerize no
interior das hemacias, o q. confere o formato de foice a essas celulas e
causa todo o quadro de anemia.

qq em dose dupla -- os dois alelos no individuo sao defeituosos, o quadro
eh extremamente grave e em geral o individuo eh inviavel biologicamente.

em heterozigose ocorre um quadro bem menos severo, a polimerizacao das
hemoglobinas ocorre apenas em situacoes de tensoes de oxigenio
relativamente baixas. de qq forma em media eh menos viavel q. um individuo
sem a doenca e q. nao seja portador do alelo defeituoso.

ocorre q. esse mesmo alelo causa uma resistencia 'a infeccao por malaria.
em ambientes em q. nao ocorre a molestia, os individuos sem o alelo da
anemia apresentam maior vantagem. mas em ambientes em q. ocorre malaria,
os individuos q. apresentam um dos alelos mutantes tem uma vantagem de
resistencia q. supera a desvantagem do quadro leve de anemia. (os
individuos homozigotos para o alelo mutante sao fortemente selecionados
contra em ambos os casos.)

eh um caso de selecao estabilizadora -- os individuos heterozigoticos
apresentam um maior fitness, o q. faz com q. o alelo mutante permaneca
presente na populacao (a despeito de sua constante perda em homozigose).

mas a incidencia de um alelo causador de doencas ou redutor de fitness tbm
pode ser explicado (depende de um estudo detalhado pra se saber se eh
valido ou nao em um dado caso) em termos de taxa de mutacao: o loco pode
ser um ponto do dna q. sofre bastante mutacoes e como sao maiores as
possibilidades de ocorrencia de mutacoes deleterias do q. vantajosas, ha
frequente producao de alelos mutantes defeituosos (lembrando q. o carater
defeituoso se refere ao ambiente em q. se desenvolve o individuo)... entao
embora por selecao, um dado alelo tenda sempre a desaparecer, a mutacao
cria sempre novos alelos - uma situacao de equilibrio entre a pressao
seletiva e a pressao de mutacao pode ser alcancada de tal maneira q. a
caracteristica desvantajosa acabe se constituindo em uma variacao
ateh frequente na populacao (depende da intensidade de cada fator).

outra possibilidade eh o q. chamamos de efeito fundador: uma area
previamente despovoada pode receber um grupo de organismos q. portem uma
caracteristica nao muito vantajosa, mas por falta de competidores
conseguem florescer -- os alelos ligados a essa caracteristicas se
espalham desse modo nessa regiao. eh um tipo de deriva genetica q. comento
mais adiante.

ha tbm a possibilidade de efeito carona: um alelo em um loco proximo a
outro loco com um alelo q. confira uma vantagem adaptativa pode ser
selecionado em conjunto, mesmo q. cause uma pequena desvantagem.

a deriva genetica pode tbm levar a um aumento de um alelo desvantajoso por
simples desvio causado por amostragem. essa possibilidade eh tto maior qto
mais restrito for a populacao considerada. a situacao depende tbm da
relacao entre a pressao seletiva e o grau de deriva.

de modo q. ha varios processos q. podem levar a um aumento da frequencia
de um alelo deleterio, nao podemos entao dizer q. seguramente se deveu a
um ou outro fator sem q. realizemos alguns estudos ou facamos outras
inferencias a partir de dados disponiveis.

o pan-selecionismo eh uma doutrina um tto antiquada na biologia moderna...
um otimo artigo pra se ler eh:

GOULD SJ, LEWONTIN RC 1979 - SPANDRELS OF SAN-MARCO AND THE PANGLOSSIAN
PARADIGM - A CRITIQUE OF THE ADAPTATIONIST PROGRAM. PROCEEDINGS OF THE
ROYAL SOCIETY OF LONDON SERIES B-BIOLOGICAL SCIENCES 205: (1161) 581-598.

eh um artigo seminal... outros tbm interessantes:

Gould SJ 1997 - The exaptive excellence of spandrels as a term and
prototype. PROCEEDINGS OF THE NATIONAL ACADEMY OF SCIENCES OF THE UNITED
STATES OF AMERICA 94: (20) 10750-10755.

Pigliucci M, Kaplan J 2000 - The fall and rise of Dr Pangloss:
adaptationism and the Spandrels paper 20 years later. TRENDS IN ECOLOGY &
EVOLUTION 15: (2) 66-70.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Genetic Intelligence
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/08/2000 15:58

ozelo,

nao sei se entendi as suas duvidas e argumentacoes.

vc pergunta se existe algum indicio sobre as bases geneticas do
comportamento? se existe algum estudo de como os genes atuam de acordo com
a idade do individuo? a resposta eh sim para ambas as questoes...

no primeiro caso existem estudos com modelos animais, estudos de pares de
gemeos e de doencas e alteracoes em humanos. no segundo caso tbm podemos
obter indicios com os mesmos metodos. seguramente esses nao sao os unicos
meios possiveis para se estudar o papel genetico e ambiental (e da
interacao de ambos), mas ficam como exemplos ilustrativos.

sobre o carater aleatorio das mutacoes, devemos entender q. existe sim
causas determinando a ocorrencia ou nao de mutacoes em um ponto ou outro
do dna e qual mutacao deve ocorrer -- mas q. o nosso conhecimento sobre as
variaveis envolvidas nao nos permitem prever como, onde e qdo uma dada
mutacao deve ocorrer (falando em termos genericos, claro). mas os indicios
q. temos ateh o momento nao nos indica a ocorrencia de mutacoes dirigidas
em um ambiente normal.

mas certamente um gene nao tem vontade, nao pensa, nao planeja...

On Mon, 31 Jul 2000, Ozelo wrote:
> De outra forma vocês não concordam que poderíamos, além do mapeamento
> genético, também evoluir esses critérios para obter nossa 'árvore
> genealógica genética'? Que conhecimentos temos com relação a essas idéias?

nao entendi a implicacao? vc fala do uso de supostas tendencias evolutivas
como criterios de estudos de afinidades evolutivas entre os organismos?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/08/2000 16:15



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Mon, 31 Jul 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Mas se no experimento mental todas as culturas que inicialmente ,
> por
> > imposicao
> > de nossas condicoes iniciais, iniciam diferentes, acabam por
> convergir
> > para uma
> > unica cultura ( claro q nao totalmente igual mas com grandes tracos
>
> > identicos )
> > entao teremos um forte indicio da correlacao cultura-genes.
>
> note-se q. o fato de todas as pessoas terem ficado ao final com uma
> mesma
> cultura eh puramente circunstancial...
>

Nao se, no experimento mental, os povos sao mantidos isolados.
Entao, se forcarmos uma cultura inicial em cada um, e n ofim
verificarmos
uma convergencia isto eh sinal de uma forte correlacao genetica.

>
> poderia ser o caso delas serem geneticamente diferentes e terem a
> mesma
> cultura: a contagem falha, jah a comparacao conseguiria captar isso...
> (os
> sobreviventes poderiam ser um alemao e uma japonesa criados no meio de
> uma
> favela brasileira).
>

O q estou enfatizando eh q dentro de uma mesma especie as diferencas
geneticas
sao minimas para uma diferenciacao cultural radical.
O q quero dizer eh que todos os povos convergiram para uma cultura que :

-Teriam o incesto como tabu
-A sociedade teria como base nucleos familiares ( homem-mulher )
-A propriedade ( casa ) seria respeitada
-Haveria algum tipo de culto/religiao
-Haveria cerimoniais de " casamentos"
-Haveriam competicoes esportivas.
-Haveria pelo menos um lider
etc...


>
> > Nao sabemos de antemao mas, como experimento , ele poderia ser,
> > a priori, esperado e medido. O fato q de antemao nao sabemos o
> > resultado
> > de um experimento isso nao significa q este experimento nao possa
> ser
> > executado,
> > muito pelo contrario, muitos experimentos sao feitos justamente
> para
> > verificar
> > o q acontece depois, e os dados sao analisados depois do experimento
> ser
> > realizado.
>
> tto uma base genetica espalhada como uma ligacao com uma cultura
> espalhada
> podem explicar igualmente um comportamento espalhado... os
> experimentos
> devem ser tais q. analisem as consequencias diferentes de cada
> hipotese:
> - na hipotese de ser um elemento mais cultural, esse comportamento
> deveria
> apresentar um grau de co-ocorrencia com tal elemento;
> - na hipotese de ser um elemento mais genetico, esse comportamento
> deveria
> apresentar um grau de co-ocorrencia com esse elemento genetico.
>
> uma simples contagem nao pode distinguir entre as duas
> possibilidades...
> jah com um estudo comparativo poderiamos.

Vc conhece algum tipo de estudo comparativo q nao envolva contagem?
aminha contagem tambem eh comparativa : Estou comparando a parte da
populacao
que apresenta determinado traco da populacao que nao apresenta e
comparando
os valores.

>
>
> a questao eh q. como teoria (q. eh como foi inicialmente proposta) ela
> eh
> falha -- ha situacoes em q. claramente ela nao daria conta.
> como metodologia (q. eh a proposta posterior q. vc fez para seu uso)
> teriamos entao q. assumir as condicoes em q. ela funcionaria. como ela
>
> assume mais coisas, torna menos generica do q. uma abordagem classica
> de
> comparacao. eh menos poderosa porq. nao seria capaz -- mesmo nas
> condicoes
> em q. seria satisfeita a sua aplicabilidade -- de avaliar situacoes
> abaixo
> de um limiar muito alto: o metodo de comparacao consegue.
> um dos fatores de aplicabilidade eh tbm q. a proposta sugere avaliacao
> de
> 90% da populacao... isso eh inviavel em termos praticos. o maximo q.
> conseguiremos a respeito da populacao mundial eh em termos de
> amostragem e
> nesse caso a variacao por desvio amostral se faz sentir: o metodo de
> comparacao eh tbm superior nessas condicoes.
>

Note q da praticamente na mesma a contagem bruta da contagem de amostras
com
extrapolacao de valores. Assim qdo digo 90% esta contagem pode ser
obtida por
amostragem como fazem os institutos de pesquisa. Nao eh necessario
contar realmente
toda a populacao para inferir tais dados.


>
> > Os 90% eu tomei como um exemplo ilustrativo, como ja dissse e repito
> :
> > Acredito q correlacao gene para cultura eh maior a medida q aumente
> a
> > porcentagem
> > de individuos , a nivel mundial, que a adotem. Por exemplo se 100%
> dos
> > habitantes
> > do planeta adotam uma cultura-comportamento eu diria q este
> > comportamento eh 100%
> > influenciado pelos genes( como o fato de termos 2 olhos na cara ).
>
> pergunto. e se apenas 0,05% da populacao tiver uma dada
> caracteristica?
>

Isso obviamente NAO quer dizer q esta caracteristica nao possa ser de
origem genetica.
Como disse o inverso da regra dos 90% nao eh verdadeiro.



>
> > Gostaria de saber como eh feito isso sem q uma contagem censitaria
> seja
> > levada a cabo.
>
> faz-se com uma amostragem da populacao... nao precisa examinar 90% das
>
> pessoas do mundo. a contagem eh feita, mas com comparacao usando-se
> como
> parametros os genes e a cultura (daih a facilidade q. dao os gemeos
> criados em culturas diversas) e nao pelo simples resultado numerico.
>

Bom eu tambem nao preciso verificar 90% uma contagem amostral extrapola
isso.



>
> > > a sua associacao eh falha. nao ha uma reciprocidade entre culturas
> e
> > > comportamentos.
> >
> > O q vc quer dizer com "reciprocidade"?
> > Culturas e comportamentos estao sempre de alguma forma associados.
> > Se vc nao se comportar de forma q a cultura dominante as aceite vc
> > podera
> > ser excluido ou mesmo punido ,( e maior a discriminacao qto maior
> for a
> > for
> > a diferenca comportamental da cultura dominante ), pelos atos de
> > rebeldia.
> > Por exemplo, na Inglaterra o homossexualismo era motivo de prisao ha
>
> > umas
> > decadas atras pois a cultura dominante era contra tal tipo de
> > comportamento.
>
> uma alteracao de comportamento eh sempre precedida por uma alteracao
> em
> um dos dois fatores: neurologico ou dados ambientais.

Claro, o ato de vc pegar uma faca eh precedido de uma mudanca no
cerebro.



> nao eh o
> comportamento q. determina uma cultura, mas uma cultura pode
> determinar um
> comportamento (fixando-se a variavel neurologica).

Nao sempre. A origem da cultura foi o comportamento, o estabelecimento
de normas
comportamentais ja arraigadas deve ter determinado as primeiras
culturas.

>
>
> > > uma dada cultura interagindo com uma dada arquitetura neuronal
> > > produzirah
> > > um dado comportamento. podemos inferir a cultura a partir dos
> > > comportamentos, mas nao ha reciprocidade.
> > >
> >
> > Nao, vc devera notar q a ORIGEM da cultura vem do comportamento
> > primitivo.
> > Nao existia cultura antes de existir comportamento.
> > Comportamento e culturas COEVOLUEM juntas e uma influencia a outra.
>
> consegue desenvolver essa ideia?

Os genes predeterminam impulsos que estimulam comportamentos.
A cultura estabelece normas de conduta e comportamentos.
Individuos q nao se "enquadram" na cultura tem menos aptidao seletiva
para
se manter na sociedade e portanto, excluidos, tem menos prob de passar
seus genes avante. ( cultura influenciando os genes ). Por outro lado as
culturas
que nao se acomodarem em imperativos geneticos tendem a desaparecer
por exemplo uma cultura que pregue a abstinencia sexual total, ou as
mais " evoluidas" tipo todos devem morar numa casa sem parceiro/a
definido
etc... Isso mostra q os genes influenciam na cultura.

>
>
> > hmmm, na acredito q de forma geral seja assim. A cultura soh eh
> > estabelecida
> > ou mesmo definida, depois q os elementos q a promovem, adotam tal
> > comportamento. Depois, esta cultura eh transmitida pelos meios
> culturais
> > a outros individuos q podem ou nao adota-la.
> > Claro q pode existir excessao aa regra como vc adotar, mentalmente,
> uma
> > determinada cultura e tentar espalha-la como algo a ser seguido.
> > Mas acredito q de modo geral os comportamentos antecedem a cultura.
>
> em q. vc fundamenta essa concepcao?

Na origem da cultura. Dificilmente uma cultura pode surgir sem q o
comportamento
ja esteja enrustido em seus promotores?

>
>
> > > vc estah criando uma dissociacao -- sem uma dissociacao, seja
> natural
> > > ou
> > > induzida, nao ha como saber... certamente apenas uma contagem
> > > censitaria
> > > por si soh nao cria uma dissociacao.
> > >
> >
> > A contagem serve como fator de corroboracao aa teoria.
> > No nosso mundo real-atual, estes tipos de experimento nao sao
> factiveis
> > com seres
> > humanos. E por isso a contagem censitaria eh a arma + poderosa para
> a
> > corroboracao ( ou mesmo refutacao ) de teorias de q dispomos.
>
> a arma mais poderosa eh a comparacao. uma simples contagem nao quer
> dizer
> muita coisa: pode ou ser por causa de uma afinidade genetica ou por
> causa
> de uma afinidade cultural...
>

Toda comparacao envolve contagem.
A contagem pode ser feita por amostragem nao necessita ser absoluta.
Mas qdo uma dada cultura abrange 90% da populacao por muito tempo
isso eh claro indicio de haver um determinante genetico.
Note q devido a coevolucao gene-cultura a base de uma cultura muito
antiga,
se nao for, acaba por ficar de alguma forma impregnada , por selecao,
nos genes.
Eh o mesmo q vc selecionar , artificialmente, macacos que gostam de uma
fruta
dos que nao gostam. A selecao acabara por incrustar nos genes de toda a
populacao
os macacos q gostem daquela fruta.

>
> > > nao sabemos se houve ou nao uma condicao na historia da humanidade
>
> > > com um punhado de individuos apenas. se houve essa condicao, pode
> ser
> > > q.
> > > uma parte da cultura original deles tenha se perpetuado e 'a
> medida em
> > > q.
> > > eles se espalhavam pelo globo, essa parte da cultura tbm se
> espalhava.
> >
> > Minha ( nao soh minha claro, me baseio no que li tambem ) nao pode
> > acontecer.
> > Como disse uma cultura qqr nao ligada aos genes ,em geral, tende a
> > desaparecer.
> > Agora se a cultura leva a um ganho de vanagem a nivel darwiniano, ou
>
> > seja a cultura
> > mplia a vantagem evolutiva do grupo q a adota eu acredito entao q
> isso
> > possa
> > ocorrer de fato. Mas acredito tambem q cedo ou tarde esta cultura,
> de
> > inicio
> > dissociada de uma relacao direta com os genes, tendam a se reflettir
> nos
> > genes
> > a longo prazo Isto eh : Os inividuos q apresentem uma forte
> divergencia
> > contra
> > culturas q conferem vantagem evolutiva ao grupo tendem a ser
> > exterminados.
> > Ou seja com o decorrer evolutivo estas culturas acabam por se
> incrustar
> > de
> > uma forma ou de outra no genom da populacao.
>
> quem disse q. uma cultura desvinculada de genes nao pode permanecer
> por
> muito tempo?
>
> a cultura crista tem quase 2.000 anos e nao tem a ver com genes...

Quem disse q nao tem a ver com genes ?

>
> a cultura helenica tem cerca de 4.000 anos...

Quem disse q nao tem a ver com genes?

>
> a cultura judaica tem uns bons 4.000 anos tbm - esta eh o q. mais se
> aproxima em termos de vinculacao genetica, mas eh uma ligacao
> circunstancial...
>
> talvez ainda haja genes de abraao e moises entre os judeus, pouco
> provavel
> q. o mesmo se dej com as copias-filhas dos de homero, platao e cia e
> tto
> qto se sabe cristo nao deixou descendentes...
>

Nao estou dizendo genes de seu criador nao confunda.
Estou dizendo q existe genes q se amoldam aa cultura, permitem-na
ou ateh mesmo promovem-na.


>
> o q. dawkins e wilson apontam eh q. a cultura pode evoluir e
> se propagar desvinculada da questao genetica... embora originariamente
>
> tenha por base tal natureza.
>

Foi exatemente o q eu disse.
A origem da cultura eh comportamental uma vez q o comportamento vem
primeiro q a cultura. Agora, a cultura nao pode durar por muito tempo SE

for contra a genetica humana. Claro q podemos ter varias culturas q
evoluem
mas todas elas seriam compativeis com os genes.


>
> > Todo estudo comparativo envolve uma contagem censitaria.
> > Como fazer comparacoes sem que contagens sejam feitas e comparadas?
>
> o q. vc propoem eh apenas contagem sem comparacoes...
>

Quando eu conto 90% de um dado traco eu estou comparando pessoas com
o traco de pessoas sem o traco.


>
> > > genes iguais nao significam alelos iguais... temos cerca de
> 100.000
> > > genes
> > > - se isso se espelhasse em termos alelicos significaria q. apenas
> 1%
> > > dos
> > > locos teriam alelos variantes: q. apenas cerca de 1.000
> > > caracteristicas
> > > humanas teriam variacoes...

> >
> > Sua associacao genes-caracteristica nao eh valida.
> > Um mesmo gene pode participar de inumeras caracteristicas assim como
> uma
> > mesma caracteristica pode sofrer a acao de inumeros genes.
> > A relacao gene-caracteristica eh bastante complexa.
>
> nao percebe q. o cenario um gene - uma caracteristica eh o melhor
> cenario
> possivel para a sua hipotese?

Qual hipotese?

>
>
> se a variacao alelica ocorre em apenas 1% dos locos como vc insiste
> (jah
> q. estah retrucando afirmacao acima),

Vi recentemente q a pesssoa estudada no progeto genoma nao era uma soh
mas varias. Disseram q a variacao de uma pessoa para outra era de menos
de 0,1%
ou algo assim.


> serao apenas 1.000 fontes de
> variacoes. se tais fontes estao combinadas para uma mesma
> caracteristica
> entao o numero total de caracteristicas definiveis por essas fontes
> serao
> menores do q. os 1.000 estipulados.

Acho q vc se enganou.
Considere apenas 100 fontes de variacoes com duas variacoes por fonte.
Neste caso poderemos ter 2^100 = 10^30 ( 1 seguido de 30 zeros )
variacoes
diferentes.


> se uma mesma fonte participa de mais
> de uma caracteristica, essas caracteristicas estarao ligadas (digamos
> se
> um mesmo gene participa da formacao do cabelo e da pele, entao qdo um
> alelo defeituoso se fizer presente ali, ambas as caracteristicas
> sofrerao
> modificacoes correlatas)...
>
> a situacao de maior diversidade seria a correlacao um gene - uma
> caracteristica: se a correlacao for de mais genes, entao a diversidade
> nao
> muda.

Engano seu.
Considere o exemplo de 2 genes (A1 e A2 ) para 2 carcteristicas (C1 e C2
) :
Se cada gene Ai pode, para simplificar, ter 2 alelos Ai1 e Ai2
teriamos um total de 2 variacoes possiveis para C1 e 2 variacoes para
C2.

Agora considere que estes genes possam influenciar em ambas as
caracteristicas.
Teremos 4 variacoes para a caracteristica C1 provenientes dos genes A1
e A2
e 4 Variacoes para a caracteristica C2 tambem.
Ou seja temos o dobro de possibilidades para uma caracteristica.



> se for de mais caracteristicas por genes, nao afeta em nada - jah q.
> todo o conjunto afetado pode ser considerado uma sindrome.
>
> a diversidade humana em termos de locos (q. eh o q. conta mais em
> termos
> de especie) pode ser pequena, mas a diversidade em termos de
> polimorfismos
> eh certamente maior do q. o 1% - q. eh o q. conta para estudos
> interpopulacionais como comportamentos...
>

Principalmente se considerarmos q um gene pode participar de varias
caracteristicas.

>
> > Calma, primeiro devemo separar "culturas puras" de "culturas
> > comportamentais"
> > e nem sempre tal distincao eh clara.
> > Uma cultura pura seria vc conhecer a historia do papai-noel , usar
> > jeans etc...
> > Alias tive ateh uma ideia agora: Pode ser geneticamente determindao
> as
> > pessoas
> > terem a tendencia a adotar culturas de individuos-grupos-paises
> > dominantes pois,
> > desta maneira vc estaria correndo menos riscos de desaparecer.
> > Deixe-me explicar : Digamos q um grupo de uma determinada cultura
> comece
> > dominar o local-regiao-planeta. Eh quase certo q a cultura deste
> povo
> > dominador
> > tenha grande peso em sua bem sucedida empreitada. Entao os povos q
> > adotarem
> > ou copiarem esta cultura podera usufruir dos efeitos desta cultura
> bem
> > sucedida.
> > Isto eh :Pode haver um componente genetico que faz com que pessoas
> > copiem culturas de povos bem-sucedidos. O q explicaria o
> alastramento da
> > cultura americana.
>
> vc acha q. com isso se embasa alguma coisa?

Claro!! isso explicaria geneticamente o alastramento da cultura bem
sucedida
sem q o genes especificos de gringos tenha que ser alastrado junto.

>
>
> vc mesmo criou uma hipotese de algo nao existente: uma vantagem
> adaptativa
> para arrancar casquinhas de feridas...
>

Eu usei *como hipotese* q o q locutor falou fosse *verdade* ou seja q
arrancar cascas
deixa menos cicatrizes.

>
> a questao eh q. se pode criar cenarios geneticos para qq coisa, outros
>
> quinhentos eh ter indicios para isso... se se baseia apenas em
> suposicao
> -- supondo-se q. exista um gene q. determine a tendencia de se adotar
> uma
> dada cultura estrangeira, supondo-se q. isso confira uma vantagem
> adaptativa tal e outras suposicoes -- podemos criar uma suposicao
> baseada
> apenas em aspectos ambientais: supondo-se q. nao haja genes q.
> determinem
> a adocao de uma dada cultura e assim vai...
> cadej o indice de fitness? cadej o indice de correlacao?
>

Toda pesquisa comeca com suposicoes e hipoteses e nao vai ser eu sentado
numa cadeira
q vou arranjar as provas da correlacao. Eu levantei as hipoteses cabe ao

biologo/antropologo ir a campo ou laboratorio fazer as pesquisas e
corroborar
ou rejeitar minha hipotese.


>
> bem, de qq maneira vc estah propondo entao q. ha um espalhamento
> genetico...

Se nao houvesse esse compartilharmento genetico nao seriamos da mesma
especie.
Eu expliquei q nao eh necessario q uma cultura se alastre junto com os
genes
do grupo q a adotou primeiro.
Contudo, eh necessario alguma correlacao genetica ( ser da mesma especie
por exempl)
para q esta cultura permaneca.


> o porbemis, meu caro, eh q. se fosse em termos de espalhamento
> genetico, a uniformidade genetica da populacao mundial deveria ter
> acompanhado isso, mas nao: o fenomeno ocorre em diversas regioes da
> africa, do oriente medio, da europa, da america latina, da oceania e
> da
> asia - sem qq grande intercambio genetico correspondente, entre essas
> regioes maiores ou mesmo em subregioes dentro dessas regioes...
>

Vc esta dizendo q os homens nao sao da especie homo sapiens ?
Como eles sao eles necessariamente compartilham uma enorme carga
genetica.



>
> se supuser uma base genetica homogenea pre-existente entre essas
> populacoes, entao voltaremos ao caso anterior: o fator de espalhamento
> eh
> a questao cultural/ambiental e nao a genetica...
>

Existe como ja disse uma coevolucao gene-cultura.
Uma cultura nao permanece se ficar contra os imperativos geneticos.



>
> > > se ha uma
> > > determinacao em primeira instancia dos genes: i.e., sempre ou
> quase
> > > sempre
> > > q. um dado gene (melhor seria dizer alelo) estah presente, a
> > > caracteristica estah presente, entao significa q. cerca de 99% da
> > > populacao mundial (segundo seus valores arbitrarios) deveria ter
> jah
> > > essa
> > > caracteristica ha muito tempo (lembre-se, nao sao os alelos q.
> estao
> > > se
> > > espalhando) - mas soh a partir da segunda grande guerra q. comeca
> esse
> > >
> > > fenomeno.
> > >
> >
> > A resposta poderia estar nos "genes copiadores de culturas bem
> > sucedida".
>
> certamente nao seria por isso...
>

Pq nao ?


>
> > Gostaria de slientar q a gama de culturas permitdas a uma base
> genetica
> > eh enorme.
> > Algumas culturas podem ser adotadas sem que elas esteja escritas
> > exatamente nos genes
> > desde q elas nao vao contra certa predisposicao genetica do povo q a
>
> > adote.
> > Quero dizer q tanto uma cultura A como uma cultura B poderim ser
> > adotadas
> > por um povo sem q isso implique q todas as normas esteja escritas
> nos
> > genes.
> > Mas uma cultura C nao sobreviveria por muito tempo se ela de algum
> modo
> > nao se adequasse ao genoma do povo.
>
> decida-se...

Ohhh!

> primeiro impoem a cultura como fator de selecao, como no caso
> da americana, depois diz q. a existencia da cultura eh determinada
> pelo
> genoma (o conjunto total de genes)...

Eu disse q as culturas sofrem um filtro genetico e q por isso alguns
aspectos
dela devem permanecer iguais em todas as culturas, por isso a regra dos
90%.


> se eh fator de selecao entao ela
> poderia persistir selecionando os genotipos adequados, se eh
> subordinada
> nao... ou uma coisa ou outra... eu diria nenhuma das anteriores...
>

Mas eh isso mesmo a co-evolucao gene-cultura eh isso aih
uma coisa influencia a outra !!!


>
> eita, sambao do crioulo doudo...

Pode crer.

>
>
> > Vc quer entrar com uma doenca genetica como contra-prova ?
> > O inverso NAO eh verdadeiro. O fato de 1% de pessoas terem
> determinadas
> > caracteristicas NAO implica q estas caracteristicas nao seja
> > geneticamente
> > determinadas.( Podem ser ou nao ser ).
>
> ou seja a simples contagem com um limiar arbitrario nao conseguiria
> detetar isso, jah um metodo comparativo sim...
>

Nao estou dizendo q minha regra dos 90% consegue detectar todas as
doencas do mundo.
Esta regra NEM se propoe a isso.
Eh um criterio simples que servem para os casos em q ela se aplica.

>
> mas nem o inverso eh verdadeiro nem o anverso... pense um pouco em por
> q.
> deveria haver essa assimetria: mais eh mais, menos nao eh menos (i.e.,
>
> mais espalhado eh mais genetico e menos espalhado nao precisa ser
> menos
> genetico)...
>
>

A natureza tem seus caprichos... nao precisa necessariamente ter a
estetica de nossas
mentes.

> > > > Dei apenas um exemplo para se difenrenciar elementos culturais
> puros
> > > e
> > > > os
> > > > associados a comportamentos.
> > >
> > > o q . vc quer dizer com isso?
> > >
> >
> > Quero dizer q embora 90% do planeta conheca a historia do papai-noel
>
> > nao quer dizzer q esta historiia esteja impregnada nos genes.
> > Mas sim que a capacidade de aprender e reter historias na memoria
> ESTA.
>
> vc eh fixado em numeros arbitrarios... donde vc arrancou esses 90%?
>

Ja disse q eh um exemplo util.
O quis dizer e repito eh q a corelacao genecultura cresce a medida q
crescem o
percentual de individuos q a adotam ( por tempo suf. longo ) .
100% adotado 100% genetico. 0% adotado 0% genetico.
Os 90% sao um exemplo para fixar ideias.



>
> capacidade de aprender e reter historias eh elemento cultural?

Disse justamente o CONTRARIO disso.

> vc estah
> indo muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito longe entre uma caracteristica e
> outra.
> eh isso q. eu chamava a atencao: em ultima instancia tudo eh genetico
> (e
> tudo eh ambiental)... eh querer culpar santos dummond ou marie curie
> da
> bomba de hiroxima...
>

nao se aplica.

>
> > > pois eh, soh q. eu disse q. se alguns aspectos culturais (a parte
> > > ambiental) fossem relativamente homogeneos, entao nao poderiamos
> > > identificar se isso seria uma homogeneidade genetica ou ambiental.
>
> > > mas aih vc disse q. se existem aspectos culturais relativamente
> > > homogeneos
> > > eles deveria ser geneticos... ou seja caimos em circularidade:
> > >
> >
> > Eu diria q se o ambiente eh sempre semelhante/homogeneo entao, a
> > adapatacao
> > a ele pelos individuos estara incrustrada nos genes e, portanto,
> sera
> > predominante/e genetica.
>
> bingo! e de modo reverso - se o ambiente genetico eh sempre
> semelhante/homogeneo entao o q. estarah causando as modificacoes serao
> as
> alteracoes no ambiente.
>
> pra saber se temos um caso de homogeneidade ambiental ou genetico
> devemos
> fazer comparacoes e nao apenas uma contagem.
>

A contagem eh uma comparacao os elementos que fazem parte da contagem
e os elementos q nao fazem parte da contagem


>
> mas o estranho eh q. sua visao eh exatamente de uma homogeneidade
> genetica
> (fala ora em 99% ora em 99,99%)...
>
> > > - como sabemos se uma caracteristica eh genetica ou cultural?
> >
> > Estudos de mapas geneticos e hereditarios podem ser usados para
> isso.
> > Mas note q para comportamentos complexos esta eh uma questao em
> aberto,
> > quero dizer q hoje em dia nao podemos afirmar com provas q
> determinado
> > comportamento eh genetico ou nao ( tem-se indicios apenas ).
>
> sempre eh questao de indicios - alguns com mais indicios
> independentes,
> outros com menos, alguns com indicios mais claros, outros com mais
> obscuros... qdo se faz um mapa genetico ou se analisa um heredograma o
> q
> se faz eh uma comparacao entre as situacoes em q. ocorrem tal
> caracteristica contra as em q nao ocorrem: e nao contagens puras...
>

vc sismou com contagem. cacilda.
Eu dei uma regra simples q inventei.
Minha regra nao se propoe a resolver todos os casos de genetica
comparada.


>
> > > - se ela estiver espalhada em mais de 90% da populacao, jah q.
> assumo
> > > q. a
> > > constituicao genetica eh homogenea.
> > >
> >
> > Nao eh tao homogenea assim. Calma q vc nao pode inferir , da minha
> > regra, que
> > para q se tenha uma influencia genetica ela PRECISA estar espalhada
> em
> > 90%.
> > Vc nao pode induzir o inverso de minha regra de 90%.
> > Ou seja se 90% comportamento --> Influencia Genetica
> > NAO IMPLICA q se influencia Genetica --> 90% do comportamento.
>
> mas se uma caracteristica estah espalhada em 90% da populacao, pela
> sua
> regra seria licito dizer q. sua base genetica estah espalhada em pelo
> menos 90% da populacao... eh tao somente o q. se quer dizer com o
> periodo
> acima...

A regra diz q se 90% da populacao tem uma dada caracteristica eh pq esta
caracteristica
tem forte correlacao genetica. Apenas isso.


>
>
> vc nao comentou sobre a questao da circularidade... q. se complementa
> com
> os dois itens abaixo...
>
> > > - mas e se um aspecto cultural tbm for homogeneo entre as
> populacoes?
> > > - aih serah genetico, jah q. o q. se espalha em mais de 90% da
> > > populacao
> > > tem origem genetica.
>

Concordo.


>
> eu propus q. a saida dessa circularidade eh pelo estudo comparativo.
>
> > O comportamento em geral estra associado ao fenotipo mas o
> comportamento
> > nao eh o fenotipo. Eu diria q a "propensao" seria o fenotipo.
>
> vc diria, eu nao duvido disso... mas em termos biologico o
> comportamento
> eh um fenotipo...

Nunca li q o comportamento eh biologico em nenhum lugar.
Podemos ateh supor isso para animais com cultura quase nula uma vez q
seu comportamento e sua propensao se equivalem e esta praticamente
escrito nos genes .
Mas para animais culturais como o homem o comportamento nao eh fenotipo.

Transcreva esta definicao de fenotipo q diz q comportamento eh fenotipo.



>
> da mesma forma q. a ausencia de chifres em machos jovens de cervos eh
> tao
> fenotipo qto a sua presenca qdo adultos maduros sexualmente; ou q. a

Chifres nao sao comportamento.

>
> presenca de galhas nesse mesmo cervo adulto durante a estacao de
> acasalamento eh tao fenotipo qto sua ausencia em outros periodos; da
> mesma
> forma q. a pelagem de inverno de um lagorne eh tao fenotipo qto a
> pelagem
> de verao desse mesmo lagorne...

Pelagens NAO sao comportamentos.

>
>
> fenotipos nao precisam ser caracteristicas imutaveis em um individuo -
>
> raramento o sao - certamente soa estranho aos ouvidos leigos, mas eh
> assim. pode chamar de questao nomenclatural, eu diria q. eh. mas em
> termos
> de conceito, pra mim parece bastante consistente ver comportamentos
> como
> fenotipos.

Mas comportamentos nao sao fenotipos eh a interacao do fenotipo com o
ambiente
que causa o comportamento:
Fenotipo+Ambiente -> comportamento.

>
>
> > O assunto mudou aqui. As cascas de ferida nao se inserem da regra
> dos
> > 90%.
> > Estou dizendo q o tratamento do comportamento descascador poderia
> > ser abordado da mesma maneira q o eh o estudo de outras doencas
> > genetica.
>
> poder ateh poderia... qq caracteristica em principio pode.
>
> > Vc nao pode provar q a propensao para descascar feridas de algumas
> > criancas nao s
> > seja genetico assim como eu tambem nao posso provar agora q o eh.
> > Mas, pela altissima propensao q meu filho tem em dscascar a pesar de
>
> > todas as
> > advertencias feitas, isso me faz acreditar fortemente q eh algo
> > genetico.
>
> poderia se provar (acima de qq duvida razoavel) por uma e outra coisa
> caso
> fossem realizados estudos sobre isso. claro q. duvidas nao tao
> razoaveis
> poderiam ser levantadas indefinidamente.
>
> nem tto... lembra-se do exemplo q. eu dei sobre fetos humanos
> femininos expostos a niveis elevados de hormonios masculinos durante
> sua
> gestacao? em um ambiente gestacional comum, esse feto
> desenvolver-se-ia de
> modo comum em um ambiente social comum - seria uma crianca com
> comportamentos tipicas femininos adequadas a cada fase de vida. mas ao
> ser
> exposta aos hormonios seu cerebro se desenvolveu de forma diferente da
>
> comum para o seu genotipo e criada em um ambiente social comum
> desenvolveu-se de modo nao muito comum - foi uma crianca com
> comportamentos tipicamentes masculinos alinhados a sua faixa etaria...
>
> ou algo menos incomum:
>
> algumas definicoes de gostos por causa do ambiente de gestacao:
> http://www.britannica.com/bcom/original/article/0,5744,8764,00.html
>
> comportamentos culturais podem ter, e em geral tEm, tbm um carater bem
>
> consistente e contundente...

E o q tem isso a ver com a prova da descascassao de feridas?

Acho q essse negocio ta encehdo os sapatos ...

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/08/2000 17:47

On Tue, 1 Aug 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Nao se, no experimento mental, os povos sao mantidos isolados.
> Entao, se forcarmos uma cultura inicial em cada um, e n ofim
> verificarmos
> uma convergencia isto eh sinal de uma forte correlacao genetica.

nao estamos forcando uma cultura diferente para cada grupo sobrevivente.
as condicoes do experimento eh q. temos ao final uma mesma cultura de tal
forma q. apenas uma contagem indicaria - segundo seus criterios
idiossincraticos - q. a cultura seria genetica, mesmo q. nao o fosse.

seria o mesmo q. eu falar daquele hotel imaginario com infinitos quartos e
hospedes assim: imaginemos q. nao tenham infinitos quartos, mas um numero
arbitrariamente grande, digamos um googolplex... simplesmente estou
falando de outra situacao q. nada tem a ver com a proposicao inicial...

> > poderia ser o caso delas serem geneticamente diferentes e terem a
> > mesma
> > cultura: a contagem falha, jah a comparacao conseguiria captar isso...
> > (os
> > sobreviventes poderiam ser um alemao e uma japonesa criados no meio de
> > uma
> > favela brasileira).
> >
>
> O q estou enfatizando eh q dentro de uma mesma especie as diferencas
> geneticas
> sao minimas para uma diferenciacao cultural radical.
> O q quero dizer eh que todos os povos convergiram para uma cultura que :
>
> -Teriam o incesto como tabu
> -A sociedade teria como base nucleos familiares ( homem-mulher )
> -A propriedade ( casa ) seria respeitada
> -Haveria algum tipo de culto/religiao
> -Haveria cerimoniais de " casamentos"
> -Haveriam competicoes esportivas.
> -Haveria pelo menos um lider
> etc...

isso nao resolve o problema q. uma simples contagem apresenta - a
incapacidade de distinguir uma homogeneidade comportamental devido a uma
homogeneidade genetica ou uma homogeneidade ambiental/cultural...

a proposta sua era essa: 'se 90% das pessoas exibem um comportamento,
entao esse comportamento eh dominado por razoes geneticas'.

mais de 90% das pessoas utilizam o fogo. o fogo eh um elemento central das
culturas de modo geral. nao eh geneticamente dominada a capacidade de sua
manipulacao. soh associaremos aos genes de modo beeeeeeeeem indireto.

> > uma simples contagem nao pode distinguir entre as duas
> > possibilidades...
> > jah com um estudo comparativo poderiamos.
>
> Vc conhece algum tipo de estudo comparativo q nao envolva contagem?
> aminha contagem tambem eh comparativa : Estou comparando a parte da
> populacao
> que apresenta determinado traco da populacao que nao apresenta e
> comparando
> os valores.

vc estah dizendo algo como: a tecnica de pintura conhecida como tempera
nao se distingue em essencia de um crepe suico - os dois levam queijo...

nao conheco nenhum estudo comparativo q. consiga discernir as causas das
diferencas pela simples contagem.
sua contagem nao eh comparativa: apenas diz q. ttos % da populacao tem
essa caracteristica, nao estah correlacionando nada...

se um homeopata diz: '90% dos pacientes q. tratei se curaram' isso diz q.
o tratamento dele eh eficaz? eh preciso correlacionar o fator
'tratamento' com o indicador 'cura' - pra poder inferir causalidade eh
preciso haver correlacao (nao q. apenas a correlacao seja condicao
suficiente). eh preciso comparar o indice de cura entre os pacientes q.
nao receberam o tratamento.

digamos q. 100% dos pacientes tratados por tal terapeuta se curem do mal.
mas ao mesmo tempo 100% dos pacientes q. nao foram tratados tbm se curam
da doenca. isso indica q. o fator tratamento eh irrelevante.

se apenas 10% dos pacientes tratados se curam, mas nenhum dos q. nao o
foram se curam, entao o tratamento eh eficaz (nao muito eficiente, mas
eficaz).

a simples contagem nao nos diz muita coisa, eh preciso realmente comparar.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/08/2000 17:53

On Tue, 1 Aug 2000, Roberto Mitsuo Takata wrote:
> vc estah dizendo algo como: a tecnica de pintura conhecida como tempera
> nao se distingue em essencia de um crepe suico - os dois levam queijo...
^

nao eh 'queijo', eh 'ovo'...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/08/2000 18:06



Roberto Mitsuo Takata wrote:

Aproveitando q vc esta cortando 99% deste texto chato tambem farei o mesmo.

>
> a simples contagem nao nos diz muita coisa, eh preciso realmente comparar.
>

Toda comparacao envolve contagem.
Quando propus a contagem havia, obviamente, uma comparacao implicita :
os elementos q faziam parte da contagem favoravel dos que nao faziam.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/08/2000 19:34


> Precisa-se tomar cuidado com estas generalizacoes.
> Qto % da populacao possuia sociedades matriarcais?
> Qto tempo durou tais sociedades?
> Como disse, o fato de nao ter durado muito corrobora a ideia q estas
> sociedades matriarcais nao eram assim tao naturais.
>
>
> []s
> jocax
>
Você está dizendo que a nossa forma de sociedade é natural?
Estudando a antropologia cultural você vai verificar que as primeiras
sociedades humanas se caracterizavam pela forma matriarcal. O papel do homem
era a caça e a defesa enquanto a mulher colhia os frutos e cuidava da
economia primitiva.
Note que não estou a tecer nenhum juizo de valor, não estou dizendo que esta
ou aquela forma é melhor, só estou a dizer que era assim. O modo patriarcal
começou a vigorar quando o homem começou a cultivar a terra e a tomar
propriedades e mesmo assim, em muitas culturas sedentárias, a posição de
destaque da mulher continuou por muito tempo. Se desde a pré-história até o
advento de cristianismo, tempo em que os vickings mantiveram o modo social
matriarcal, é pouco tempo!!!!! Isso é outra discussão!



SUBJECT: Re: [ciencialist] Teoria do BootStrap
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/08/2000 20:26

Paulo Sérgio Dias wrote:

> - Alguem sabe o que e' a Teoria do BootStrap ?

Há uma classe de circuitos em eletrônica que apresenta um fenômeno
conhecido com este nome. É isto que você quer?
A explicação seria meio longa.
O nome, neste caso, vem da figura de alguém tentando se levantar
do chão puxando os cordões de seus sapatos (bootstrap).

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: evolução das espécies
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/08/2000 23:50

A evolução das espécies, pelo que entendi da teoria de Darwin e Wallace, se
dá através da seleção natural, ou seja, os indivíduos mais aptos, mais
capazes de prosperar em determinado ambiente sobrevive e passa suas
caracteristicas a seus descendentes.

Darwin e Wallace não conheciam os gens, que estavam sendo descobertos pelo
padre Mendel longe dali e que seria redescoberta quase 100 anos mais tarde,
no entanto sua teoria já pressupunha a existencia de algo que transmitia as
caracteristicas de um ser para seus descendendentes.

Tenho visto algumas perguntas nessa lista que me pareceram estranhas, talvés
eu não tenha entendido bem a teoria evolucionista, então, vou colocar aqui
a forma como eu a entendo e os listeiros mais esclarecidos que eu deverão
corrigir os meus erros.

Pelo que compreendo, o grande motor da seleção natural é a capacidade do ser
vivo se reproduzir e passar suas caracteristicas aos seus descendentes.
Algumas caracteristicas devem ser favoráveis à reprodução da espécie
enquanto outras se mostram vantajosas. Por exemplo, um antílope rápido
consegue escapar mais facilmente de seus predadores que um antílope mais
lento, então, sua chance de sobreviver e se reproduzir é maior que a desse
ultimo que, provavelmente, será comido por um predador antes de atingir a
idade de reprodução. Dessa forma, a velocidade se tornou uma caracteristica
vantajosa e foi transmitida aos descendentes do antílope. O mesmo acaba
valendo para o predador, leões mais rápidos ou mais furtivos acabam chegando
a presa com mais facilidade que os que não tem essas características, as
quais, acabam sendo herdadas por seus descendentes.

Pode ser que um antílope lento ou um leão menos furtivo consigam se
reproduzir, passando adiante suas características, mas, com tanto tempo ao
seu dispor, a natureza acaba eliminando essa descendencia menos apta à
sobrevivência.

Pelo pouco que eu consegui captar desse mecanismo da seleção natural, a
seleção natural não tem nada que se pareça com juizos de valor, a ela não
importa se o gen é bom ou mal, ele somente será descartado se apresentar
desvantagens reprodutivas, direta ou indiretamente. Assim, se um animal é
portador de um gen que causa anemia leve ou que o predispoe a alguma doença
tardia, a qual não interfere em sua capacidade de conseguir um companheiro e
com ele se reproduzir, não há motivo para pensar que esse gen será eliminado
simplesmente porque é maléfico. É claro que uma predisposição para alguma
doença, normalmente, é desvantajoso para a reprodução e, consequentemente,
para a perpetuação da linhagem de seu portador, devendo ser eliminado, mais
cedo ou mais tarde, pelo processo seletivo. Esse processo me parece bastante
claro e lógico, mas é claro que os colegas saberão apontar os meus erros
mais básicos, no entanto, acredito estar no caminho certo.

Nós somos animais emotivos e conscientes de nossas emoções, um autor certa
vez disse que a diferença entre o homem e os outros animais é que nós
pensamos e sabemos que pensamos, acredito que o mesmo poderia ser dito sobre
as emoções. Como somos assim, é fácil atribuirmos emoções para o que não as
tem, então, poderiamos dizer que o processo de seleção natural é frio e
cruel, quando ele é apenas pragmático.

Se a linha de raciocionio apresentada acima está correta, deixo uma
pergunta. Por que, na espécie humana, as características evolutivas
consideradas inviáveis são preservadas? Por que temos tantos obesos,
hemofílicos, deficientes, etc.? Essas características não deveriam ter sido
eliminadas pelo processo evolutivo?



SUBJECT: Re: [ciencialist] Qual o conceito da Fisica sobre as "ondas" ?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/08/2000 04:21

Ao retornar de merecidas férias, of line, deparei-me com a seguinte mensagem
De: "Paulo Sérgio Dias"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 1 de Agosto de 2000 00:43
Assunto: [ciencialist] Qual o conceito da Fisica sobre as "ondas" ?


> - Como a Fisica interpreta as "ondas" ?

> b) Sim, eu sei que deveria estar estudando
> isso tudo nos livros de Fisica. Porem,
> os livros "basicos" (2o grau) ou os
> livros de popularizacao cientifica,
> deixam muito a desejar. E os livros
> mais "avancados" eu nao consigo
> acompanhar (por enquanto - espero eu)

Olá Paulo

Creio que a maioria de suas dúvidas já foram respondidas por quem entende do
assunto e portando gostaria apenas de comentar algo a respeito do item b do
final de sua mensagem. Realmente os livros básicos deixam muito a desejar
não apenas com respeito às ondas mas principalmente com um tema, a meu ver,
muito relacionado às mesmas, qual seja, os campos de força. E ainda que
existam muitos livros de má qualidade, parece-me que no caso apontado a
dificuldade pedagógica apoia-se em outros fatores.

Existem muitas teorias sobre campos de forças mas a maioria delas está longe
do refinamento de tentar explicar o que é um campo de forças. Sabemos "onde
está" e "como age" e, até mesmo, "como produzí-lo", mas não sabemos "o que
é". Nada mais é do que um nome que damos para retratar uma propriedade local
e para acobertar a nossa ignorância. Pois eu diria, sem medo de errar, que
um campo de forças (elétrico, magnético ou gravitacional) é um "não sei o
quê" que de uma forma "não sei como" produz determinados efeitos que "eu
julgo conhecer".

Esta ignorância sobre campos propaga-se para o estudo das ondas. E estou
aqui falando das ondas mais simples, as ondas sonoras ou aquelas que
visualizamos ao atirarmos uma pedra na água. Como bem disse o Belisário, o
que se propaga é a energia. Mas como essa energia se propaga? Como é que as
partículas da matéria, ao vibrarem, transmitem essa vibração para as
partículas vizinhas? Não seria através de um campo de forças ao se propagar
pelo vazio entre uma partícula e a outra, da mesma forma que outros campos
de forças conhecidos? Alguns chegam a afirmar que esse campo é de natureza
eletromagnética. Pois eu afirmo que trata-se de um "não sei o que" que de
uma forma "não sei como" deixa-me a nítida impressão de que a energia se
propaga pelo espaço vazio que permeia as moléculas.

Ou eu muito me engano ou enquanto esse enigma não for devidamente decifrado
os livros didáticos continuarão deixando a desejar. Não há como explicar
aquilo que efetivamente não se conhece.

Se quiser saber o que penso sobre as ondas eletromagnéticas, sugiro a
leitura de algumas de minhas heresias científicas postadas em
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Usenet/dialogos04.htm.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Teoria do BootStrap
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/08/2000 05:43

Antonio:

> Há uma classe de circuitos em eletrônica que apresenta um
> fenômeno
> conhecido com este nome. É isto que você quer?
> A explicação seria meio longa.
> O nome, neste caso, vem da figura de alguém tentando se levantar
> do chão puxando os cordões de seus sapatos (bootstrap).


- Vi o termo "bootstrap" no livro do Sokal
(Imposturas Intelectuais). Nao me lembro exatamente
onde o termo aparece nesse livro. Se nao me
engano, era em uma nota de rodape' onde ele
dizia que as obras de popularizacao cientifica
fazem muita confusao e colocam teorias cientificas
bem fundamentadas e aceitas ao lado de outras
teorias que nao passam de especulacoes.
Creio que a teoria do bootstrap era uma dessas
teorias que nao sao aceitas pela comunidade
cientifica, ao lado da teoria do campo
morfogenico (ou morfogenetico) do Sheldrake.

- E' apenas por curiosidade...

- Agradeco a atencao.

Paulo Sergio Dias
psdias@globo.com.br





SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/08/2000 07:45

Apenas para clarear umpouco , aos leitores, minha posicao a respeito
da minha regra.


Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
Date:
Thu, 27 Jul 2000 16:47:30 -0300
"... Um comportamento deve ter forte traco genetico quando a maioria das
pessoas do planeta (pex. 90%) os possui....".

Facamos uma interpretacao de texto :
"Um comportamento DEVE ter forte traco" significa que nem sempre isso
ocorre mas sim q a probabilidade de isso ocorrer eh alta.

Se isso sempre ocorresse eu escreveria : "Um comportamento SEMPRE tem forte
traco genetico se..."

Quando eu coloco 90% eu estou dando um exemplo, poderia ser 99% , 95% , 100%
como ja expliquei nos meus textos o q eu quis dizer eh q deve existir uma
correlacao
entre quantidade de pessoas a adotar um comportamento e sua influencia
genetica
neste mesmo comportamento.

No extremo teriamos :
Se um comportamento eh partilhado por 100% da populacao entao este
comportamento
deve ter seguramente uma influencia genetica. Eh uma regra pratica que eu
(acho )
que inventei.

Obviamente se quisermos ter + certeza de q um dado comportamento
tem influencia genetica direta, um estudo + aprofundado podera ser feito
o que *nem sempre* isso eh trivial.

Veja um exemplo : pela minha regra o comportamento heterossexual cai no caso
de
um comportamento influenciado fortemente pelos genes pois pelo menos 90% da
populacao o possui ( note q nao estou descartando a influencia cultural ).

Isso significa que o comportamento homossexual tambem eh
geneticamente influenciado, uma vez que os alelos responsaveis pela
heterosexualidade
nao se manifestaram nestes casos.

MAS ateh hoje, por incrivel q pareca, este assunto eh motivo de
controversias
no meio cientifico (apesar de decadas de esforcos para soluciona-lo).

Isso significa
q nao eh nada trivial provar q um dado comportamento eh ou nao eh
geneticamente
influenciado. ( Note q de uma forma ou de outra, como foi dito, tudo eh
influenciado pelos genes , o proprio fato de sermos homo sapiens decorre de
termos
um genoma humano e nao o de uma samambaia ).

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/08/2000 07:57



Francisco wrote:

>
> > Precisa-se tomar cuidado com estas generalizacoes.
> > Qto % da populacao possuia sociedades matriarcais?
> > Qto tempo durou tais sociedades?
> > Como disse, o fato de nao ter durado muito corrobora a ideia q estas
>
> > sociedades matriarcais nao eram assim tao naturais.
> >
> >
> > []s
> > jocax
> >
> Você está dizendo que a nossa forma de sociedade é natural?

Estou dizendo q deve ser + natural do que uma sociedade matriarcal uma
vez que
( q eu saiba ) durou muito + tempo.


>
> Estudando a antropologia cultural você vai verificar que as primeiras
> sociedades humanas se caracterizavam pela forma matriarcal. O papel do
> homem
> era a caça e a defesa enquanto a mulher colhia os frutos e cuidava da
> economia primitiva.

Isso nao implica matriarcalidade. Nossa sociedade eh e era assim tambem
:
Enquanto o homem sai para trabalhar a mulher fica em casa cuidando dos
filhos...
Qual a definicao de sociedade matriarcal q vc conhece?


>
> Note que não estou a tecer nenhum juizo de valor, não estou dizendo
> que esta
> ou aquela forma é melhor, só estou a dizer que era assim. O modo
> patriarcal
> começou a vigorar quando o homem começou a cultivar a terra e a tomar
> propriedades e mesmo assim, em muitas culturas sedentárias, a posição
> de
> destaque da mulher continuou por muito tempo.

Nao sei o q vc quer dizer com "destaque". Hoje a mulher tambem esta em
destaque.
O q eu estou duvidando eh q as mulheres conviviam com varios maridos e
tinham o poder de mando maior q os homens nesta sociedade.
Isso parece ir contra o comportamento de todos os primatas ( dos quais
somos
aparentados ) .


> Se desde a pré-história até o
> advento de cristianismo, tempo em que os vickings mantiveram o modo
> social
> matriarcal, é pouco tempo!!!!! Isso é outra discussão!

O fato de as mulheres cuidarem da economia domestica e ficarem em casa
nao implica q elas tinham o controle sobre os homens em tais sociedades
do
mesmo modo q os primatas ALFA tem sobre seu grupo.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] evolução das espécies
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/08/2000 08:36



Francisco wrote:

> A evolução das espécies, pelo que entendi da teoria de Darwin e
> Wallace, se
> dá através da seleção natural, ou seja, os indivíduos mais aptos, mais
>
> capazes de prosperar em determinado ambiente sobrevive e passa suas
> caracteristicas a seus descendentes.
>
> Darwin e Wallace não conheciam os gens, que estavam sendo descobertos
> pelo
> padre Mendel longe dali e que seria redescoberta quase 100 anos mais
> tarde,
> no entanto sua teoria já pressupunha a existencia de algo que
> transmitia as
> caracteristicas de um ser para seus descendendentes.
>
> Tenho visto algumas perguntas nessa lista que me pareceram estranhas,
> talvés
> eu não tenha entendido bem a teoria evolucionista, então, vou colocar
> aqui
> a forma como eu a entendo e os listeiros mais esclarecidos que eu
> deverão
> corrigir os meus erros.
>
> Pelo que compreendo, o grande motor da seleção natural é a capacidade
> do ser
> vivo se reproduzir e passar suas caracteristicas aos seus
> descendentes.
> Algumas caracteristicas devem ser favoráveis à reprodução da espécie
> enquanto outras se mostram vantajosas. Por exemplo, um antílope rápido
>
> consegue escapar mais facilmente de seus predadores que um antílope
> mais
> lento, então, sua chance de sobreviver e se reproduzir é maior que a
> desse
> ultimo que, provavelmente, será comido por um predador antes de
> atingir a
> idade de reprodução. Dessa forma, a velocidade se tornou uma
> caracteristica
> vantajosa e foi transmitida aos descendentes do antílope. O mesmo
> acaba
> valendo para o predador, leões mais rápidos ou mais furtivos acabam
> chegando
> a presa com mais facilidade que os que não tem essas características,
> as
> quais, acabam sendo herdadas por seus descendentes.
>
> Pode ser que um antílope lento ou um leão menos furtivo consigam se
> reproduzir, passando adiante suas características, mas, com tanto
> tempo ao
> seu dispor, a natureza acaba eliminando essa descendencia menos apta à
>
> sobrevivência.
>
> Pelo pouco que eu consegui captar desse mecanismo da seleção natural,
> a
> seleção natural não tem nada que se pareça com juizos de valor, a ela
> não
> importa se o gen é bom ou mal, ele somente será descartado se
> apresentar
> desvantagens reprodutivas, direta ou indiretamente. Assim, se um
> animal é
> portador de um gen que causa anemia leve ou que o predispoe a alguma
> doença
> tardia, a qual não interfere em sua capacidade de conseguir um
> companheiro e
> com ele se reproduzir, não há motivo para pensar que esse gen será
> eliminado
> simplesmente porque é maléfico.

Acredito que hajam motivos. Um gene(alelo) que, por exemplo, determina a
morte de seu
portador aos 40 anos com certeza tera menos chances de se perpetuar do
que
um alelo que nao mate seu portador. Contudo, este alelo podera ficar bem
+
tempo na populacao do que um que mata seu portador aos 10 anos.
Qqr gene q provoca maleficio tera a tendencia de ser eliminado a menos q
esteja
associado a alguma outra caracteristica benefica ou q esteja num dos
casos
que o Roberto apontou em seu e-mail recente ( por pegar carona com um
gene
bom por exemplo ) .


> É claro que uma predisposição para alguma
> doença, normalmente, é desvantajoso para a reprodução e,
> consequentemente,
> para a perpetuação da linhagem de seu portador, devendo ser eliminado,
> mais
> cedo ou mais tarde, pelo processo seletivo. Esse processo me parece
> bastante
> claro e lógico, mas é claro que os colegas saberão apontar os meus
> erros
> mais básicos, no entanto, acredito estar no caminho certo.
>

Sim, mas note que o caminho da perpetuacao genetica eh BEM MAIS SINUOSO
do q pode parecer aa primeira vista. Por exemplo existe um compromisso
entre quantidadeXqualidade ( nao lembro o nome tecnico acho q era
estrategia K-R )
que faz com que a limitacao da prole seja benefica a perpetuacao
genetica.
Existe um tipo de besouro qu come seus proprios filhos para adequar aa
quantidade
de alimento disponivel q os torne os filhos robustos.
Mesmo a homossexualidade eu vejo como uma estrategia q pode ser benefica

aa perpetuacao dos genes da familia, embora isso pareca bastante
contraditorio.
Quero dizer que no meu modo de ver os genes buscam a sua perpetuacao no
tempo
e nao simplesmente se reproduzir quantitativamente.
Vou te mandar, em private, uma doutrina que criei ( O Genismo ) que se
baseia nestes
conceitos.


>
> Nós somos animais emotivos e conscientes de nossas emoções, um autor
> certa
> vez disse que a diferença entre o homem e os outros animais é que nós
> pensamos e sabemos que pensamos, acredito que o mesmo poderia ser dito
> sobre
> as emoções. Como somos assim, é fácil atribuirmos emoções para o que
> não as
> tem, então, poderiamos dizer que o processo de seleção natural é frio
> e
> cruel, quando ele é apenas pragmático.
>

>
> Se a linha de raciocionio apresentada acima está correta, deixo uma
> pergunta. Por que, na espécie humana, as características evolutivas
> consideradas inviáveis são preservadas? Por que temos tantos obesos,
> hemofílicos, deficientes, etc.? Essas características não deveriam ter
> sido
> eliminadas pelo processo evolutivo?

O email :
Subject:
Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice
popular ?
Date:
Tue, 1 Aug 2000 14:46:34 -0300 (EST)
From:
Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>


mostra como alguns alelos prejudiciais podem ser preservados
mesmo causando prejuizos vou tentar resumir :
-O alelo pode estar associado aa alguma
outra caracteristica benefica q o alelo "bom" nao possui.
-O efeito carona : O alelo pega carona , pelo seu posicionamento no
cromossomo,
a outro alelo vantajoso.
-Por deriva genetica : A fixacao de alelo na populacao devido aa
flutuacoes
estatisticas.

Outra coisa q pode ser dita eh q mesmo q um alelo seja extinto ele
pode, posteriormente,
"ressuscitar" por mutacao.
Note tambem q alelos recessivos prejudiciais em homozigotose sao muito
mais
dificeis de serem exterminados do que os prejudiciais dominantes.

Bom, nao sou biologo mas me interesso pelo assunto. Acho q o Roberto
podera
nos corrigir se tivermos falando muita abobrinha.

[]s
jocax



SUBJECT: En: Informativo Diário do Congresso Nacional On-line
FROM: "Bidual - Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: "Thais de Paiva Mello" <thaispm@fazenda.gov.br>, "Pintio Loko" <marina@hotnet.net>, Gabriel Aladrén <aladren@zaz.com.br>, "Claudio Abreu Resid." <cbasr@gbl.com.br>
DATE: 02/08/2000 08:53
ATTACHMENTS (20000802-085347-0001230): "A INDEXAÇÂO DIÁRIA NEGOCIADA E AS REFORMAS EXTRUTURAIS.doc"

Prezados Amigos e Amigas,
 
O meu trabalho A Indexação Diária Negociada (IDN), de 31/08/93, que serviu de base para a formulação do Plano Real, continua tendo, quase sete anos depois de feito, as suas propostas implementadas: finalmente a reforma tributária parece que agora sai (nem que seja para adiar a crise do EJ...).
 
Parece que agora ela sai, e sai com muitas semelhanças com o que eu como propus na IDN. Em especial quanto a transformação da CPMF em IMF (ou Imposto sobre Movimentação Financeira), que passará a ter caracter permanente e poderá ser utilizado para o pagamento de outros impostos, o que associado à quebra do sigilo bancário será de fundamental importância para o combate à sonegação.  Além disto, a reforma pretende eliminar uma porção de impostos, com a criarão do IVA (Imposto sobre o Valor Agregado). Tudo tal e qual como eu, pioneiramente, propus no final de agosto de 1993.
 
Só que tal reforma chega com 5 (cinco!!!) anos de atraso: no meu trabalho ela deveria ser feita em até 18 meses contados do início do da criação do indexador diário. Como a URV foi criada no final de fevereiro/94, o prazo que previ seria até o final de 1995.
 
Veja no arquivo em anexo alguns comentários meus sobre a Reforma Tributária que começa finalmente a deslanchar no Congresso, que nada mais é do que colocar em prática a maior parte das minhas sugestões para as reformas estruturais feitas no Anexo 1  de A Indexação Diária Negociada.
 
Para quem quiser saber como realmente se deu a formulação do Plano Real a partir do meu trabalho IDN sugiro a visita no seguinte no endereço:
http://ppessoa.zaz.com.br/paginas/poafefarah300.htm  
 
Informo que acabo de criar um local no eGrous onde agora possuo uma espécie de porta arquivos. Assim, vocês poderão fazer download dos meus principais trabalhos relacionados ao Plano Real. Pediria que vocês fossem até lá para ver se está funcionando e se é pratico. O seu endereço é:
http://br.egroups/files/averdadeirahistoriadoplanoreal 
 
Nele vocês, entre outros trabalhos meus, encontrarão, :
 
1) A Indexação Diária Negociada (IDN), de 31/08.31, com a cópia da carta, de 09/09/93, em que o enviei ao então presidente da República Itamar Franco;
 
2) A carta, de 27.04.96, que enviei para o jornalista Márcio Moreira Alves, que conta em detalhes a minha versão de como o Plano Real foi feito a partir do meu trabalho A Indexação Diária Negociada (IDN);  
 
3) A Maxi Heterodoxa - Uma saída, sem dor, para a sinuca de bico do Plano Real,  versão de 27.10.98, na qual propus uma forma de se fazer a necessária desvalorização do Real, mas que, infelizmente, não foi aproveitada pelo governo, que acabou fazendo, de forma forçada aquela maxi atribulada e cheia de interrogações em janeiro de 1999.
 
No mais um grande abraço,
 
Claudio Abreu
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Psicologia
FROM: Emille Rocha <emiller@dta.ufv.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/08/2000 10:50

Caro Jocax,

Serei mais específico, talvez nos entendamos. Em primeiro lugar respeito sua
opinião, também sou muito cetico em relação a alguns assuntos. Vou começar
minha exposição:

Quando me referi aos processos auto-conscientes do cérebro, minha sugestão
não era a busca de uma capacidade mágica ou coisa parecida. Observe bem os
seus próprios pensamentos, o desenrolar de seu processo mental. Embora voce,
talvez, perceba somente o que lhe apresenta conscientemente "na cabeça", eu
lhe pergunto:
Imagine que voce está em seu carro voltando para casa. Ao parar num sinal
vermelho, de repente, lhe vem a mente o seguinte pensamento: "Quando chegar em
casa eu vou levar meu filho para tomar um sorvete..." ou então lhe vem: "Será
que eu enxergo aquela luz vermelha do sinal tão vermelha quanto aquele cara do
Passat ali do lado?" ou mesmo: " Nossa! Que ideia genial! Eu posso pedir aos
hospedes do hotel de gilbert para pular todos para o quarto seguinte e assim
liberar um quarto para mais um hospede! ( é só um exemplo!) De onde surgiram
todos esses processos mentais extremamente complexos?

Minha teoria ((?)- Deve haver melhores conclusões que esta mas...): A nossa
mente possue uma habilidade de ser auto-consciente ( o que chamamos de
sub-consciente). Essa mente autoconsciente faz o seguinte processo - Ela está
constantemennte avaliando toda a sua carga de memória ( não ao mesmo tempo)
seguindo um padrão que desconheço e está constantemente formando novas
conclusões, novas ideias, novas dúvidas, etc. Porque isso ocorre?
Porque nós só podemos estar conscientes de uma coisa por vez. Tente se lembrar
de toda a sua vida ao mesmo tempo...É claro que voce se lembra de fato por
fato!
Para possibilitar nossa criatividade e para, na verdade, tornar mais
eficiente nosso aprendizado, precisamos desse processo interior. Porque?
Por que a nossa mente consciente está ocupada em se concentrar no imediato e
isso sobre o aspecto de evoluçao é indispensavel ( pense melhor para voce
ver). Dentre esses processos imediatos estão a obtenção de novos dados de
memória e a formação de suas opiniões ( Conceitos, dos quais falei) que
certamente serão úteis para facilitar a execução de tarefas no dia a dia.
Esses conceitos são de extrema importancia para o que quero propor:

Esses conceitos serve de filtro para os processos que ocorrem no
subconsciente. Isso seleciona melhor o que é de interesse da mente consciente
de trabalhar em cima. ( será que eu estopu sendo claro? Se não...perdão).
Vamos em frente...

Você acha que todos esses fatores culturais que nossa espécie criou até
agora, o que eu filosoficamente chamo de jogo, são realmente o melhor que
podemos fazer em relação a evolução? Vou exemplificar:
Devido a todos esses fatores culturais, quando Darwin apresentou sua
conclusão sobre a origem das especies, a grande maioria dos cientistas
rejeitou imediatamente. Suponha que, antes dele conseguir expor as suas ideis
para o mundo científico, ele tivesse falecido. Suponha que sua tese só tivesse
sido mostrada a uma pessoa - extremamente fechada para novas ideias - e que
essa pessoa não aceitasse esses novos valores confrontando com suas crenças
religiosas e até mesmo científicas. Ela decidiria talvez não expor a tese de
Darwin ao mundo e provavelmente passaria o resto da vida lutando internamente
contra o avanço dessa ideia dentro de si mesmo. Como?
O seu cerebro já teria registrado os conceitos de Darwin e sua mente
auto-consciente começaria a avaliar e comparar com seus arquivos de memoria.
Várias ideias surgiriam subconscientemente e seriam enviadas ao consciente,
que rejeitaria imediatamente com o sistema de filtro que eu comentei na vez
pretérita. Isso é uma suposição, poderia ser diferente.
O ponto em que eu quero chegar é que, mesmo que voce pense que a natureza
sempre segue o melhor caminho, o ser humano tem se mostrado um pouco livre
quanto a esse conceito.
-Eu acredito na evolução e tenho uma teoria minha que me faz acreditar que nós
vamos contornar todos esses problemas que surgem devido ao crescimento
vegetativo de nossa espécie. A cultura geral de nossa civilização é mutante e
aprende com a história, mas isso é outro assunto. -
Essa liberdade sobre a qual eu me refiro é justamente esse fator social, que é
considerado hoje pela psicologia como um dos pontos de evolução de nossa
espécie. Hoje existe um teoria que divide a evolução em dois pontos distintos:
A evoluçao genotípica e a a evoluçao cultural. E os coloca, na verdade, em
comunicação entre si.
Voce não acha que existem diversos fatores culturais que "travam" nossa
evolução individual? Fatores tais que filtram em excesso seus processos
mentais criando pessoas menos criativas e mais repetitivas no que fazem? Isso
para mim é muito visivel quando se aplica a um conceito de massa: O facil
controle que a mídia exerce sobre o povo é uma evidencia de "trava" mental
incrível. ( isso é outra discussão a parte também...)


Voce me respondeu o seguinte:
Se vc ver o ser humano sob o ponto de vista evolutivo, vera que tudo que


temos


foi, em geral, construido aas duras penas por mutacoes e selecao.
Nao ha razao para q a natureza tenha criado uma fonte de criatividade
e a tenha escondido em nossa mente. A natureza costuma trilhar o caminho
de
minima energia, minima complexidade, minimo esforco. Quero dizer que
toda complexidade de nosso cerebro foi evoluido aa medida q precisvamos
dele.

Sem querer atacá-lo de maneira alguma eu lhe pergunto: Apesar de toda o seu
conhecimento ( que eu parabenizo devido ao alto nivel das discussões da lista)
voce acha que o isso é o seu melhor? Voce acha que voce está no seu limite
máximo e que na verdade todos estão em seu limite máximo?
Do ponto de vista evolutivo, voce não acha que existem pessoas espalhadas pelo
país que estão no mesmo patamar evolutivo que o seu e que por fatores
socio-culturais estão trabalhando de pedreiro ou de engraxate ou o que for...e
que não entenderiam patavinas do que estamos falando mesmo se explicássemos um
milhão de vezes?
Voce vai me responder ( eu creio ) : O cerebro deles não foi treinado! E não
tem bases de conhecimento para formar opiniões!
É isso que eu penso, porém, lanço outra pergunta: Por que essas pessoas não
evoluem pelo menos denro de suas próprias ocupações, criando formas mais
criativas e inteligentes de realizar o seu próprio serviço? ( E isso algumas
vezes acontece!)
Porque a mente dessas pessoas está presa a um padrão de raciocinio, está
auto-suprimida.
Outro exemplo: Na minha cidade, em Minas, tem um cara que vive numa casinha na
beira da estrada que é analfabeto. Entretanto ela faz esculturas muito legais
nos barrancos de beira de estrada perto de sua morada. É uma forma de liberar
a sua criatividade, ele deixa sua mente fluir e está sempre criando coisas
novas. Ele porém, ao se conversar com ele, se mostra um cara completamente
alienado ( sem instrução eu diria).
O importante é possível direcionar essa criatividade inata (não passa de uma
forma de treinamento), minimizar nossos filtros para o que poderia ser
realmente util (isso é extremamente pessoal eu diria, não deve ser visto como
uma imposição minha).

Outro comentário:

Seria muito dificil a natureza ter projetado um cerebro genial-escondido


para ser


aberto apenas com uma chave meditacional-tao-esoterica-mediunica.




Eu acho que o empirismo é de grande valor para a ciencia, e sempre foi. A sua
visão extremamente cética quanto a assuntos "esotéricos" é, para mim, um
filtro desnecessário e uma trava mental sua ( insignificante também, mas não
deixa de ser). Explico melhor:

O grande avanço da química se deu devido aos alquimistas. Isso é fato! Mas
isso não quer dizer que hoje devemos seguir os rituais e as buscas que eles
propunham naquela época por que nós avançamos a partir da ideia deles.
Mas...muito aprendizado importante pode estar contido em relatos empíricos
daqueles genios alquimistas. E o ser humano é mestre em ignorar o passado,
simplesmente porque a cultura de « massa mal informada » transforma tudo isso
em mistrérios idiotas. Imagine que maravilhas arqueológicas estão "enterradas"
sob o majestoso vaticano ( Que deveria ser evacuado e preservado como prova
histórica de que passamos 2000 anos sob uma ditadura cultural qie diz para
termos credito em sermos submissos e cultuarmos o sofrimento).
Olhando tudo dessa forma, eu considero estúpido (estou generalizando) a
taxação que o meio científico dá ao empirismo oriental sobre os aspectos da
mente humana. O que eu salientei ao não foi a devoção àquelas tecnicas e
àqueles mitos. Mas usei-os como exemplificação para a minha teoria, acho
interessante o entendimento de seus princípios e uma formulação cientifica
mais real sobre o assunto. Veja voce por exemplo a hipnose:
A hipnose foi transformada em idiotice por que se virou show de circo e o
povo acredita que o que ela faz é voce pensar que é um macaco, um avestruz, um
urubu...quando devemos apenas perceber que é possivel para nós possuirmos
estados mentais de copnsciencia diferentes dos que comumente nos encontramos :
sono e vigília. Podemos tirar proveito disso tudo meu caro jocax.
É importante revermos sempre todos os nossos conceitos e se possível eliminar
muitos deles.

Ps: Veja que eu não encaro toda essa parafernália mistica como resultado da
união das energias cósmicas..bla bla bla...

Um abraço,
Emille Rocha





SUBJECT: Re: [ciencialist] evolução das espécies
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/08/2000 11:01

Francisco escreveu:

> Se a linha de raciocionio apresentada acima está correta, deixo uma
> pergunta. Por que, na espécie humana, as características evolutivas
> consideradas inviáveis são preservadas? Por que temos tantos obesos,
> hemofílicos, deficientes, etc.? Essas características não deveriam ter sido
> eliminadas pelo processo evolutivo?

A resposta é simples: Civilização. O efeito destas "deficiências" é
diluido até quase desaparecer, e os cuidados necessários para prover
meios de sobrevivência para os "menos aptos" fornecem meios de
sobrevivência para grandes grupos. Talvez esta seja uma razão para a
instabilidade das civilizações, que requerem contínua evolução para
não desaparecer.

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: Genetic Intelligence
FROM: "Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/08/2000 12:38

 
    Olá Jocax, Takata e demais! :o)
 
    Minha dúvida nesse caso é se existem diferenças nos genes de um espermatozóide meu de 10 anos atrás e um espermatozóide atual.
 
Ozelo:
"Afinal, cada organismo não deve exatamente obedecer a hipótese da mutação expontânea como também a hipótese da inteligência genética. Isso é completamente diferente da hipótese da inteligência celular, onde foi evidenciado que o movimento celular não é ao acaso. (...) Desconheço maiores evidências a esse respeito, mas não posso concordar em princípio com a hipótese da inteligência genética."
 
Jocax:
"Se o seu conceito de inteligencia eh aprender bom.. o aprendizado eh um fenotipo essencialmente genetico ( uma arvore nao aprende um cachorro sim ). Mas os genes , eles proprios, nao aprendem, eles geram criaturas com esta capacidade."
 
    Na verdade acho que fiz confusão, me perdoem. O que estava encarando por 'inteligência genética' é o termo descrito em "The Evolution of Genetic Intelligence" de D. S. Thaler que também é conhecido por 'mutações adaptativas'.
 
Ozelo:
"Até o momento não consigo aceitar que um gene possa ter livre-arbítrio ou inteligência, mas apenas concluir que tal obedece apenas um número limitado de 'possíveis combinações'. O significado de inteligência para mim é capacidade de aprender; não repetir o mesmo código se souber que tal é inadequado. Claro que se a extinção de um código genético inadequado ao meio ambiente é por si só assumido como o próprio princípio de seleção natural, podemos afirmar exclusivamente nêsse sentido que o planeta Terra é um organismo vivo e que a 'vida' que reside nele evoluiu, mas de forma alguma podemos afirmar a existência de inteligência fora do contexto macroscópico de cérebro e durante o tempo que êste sobrevive. De outra forma vocês não concordam que poderíamos, além do mapeamento genético, também evoluir esses critérios para obter nossa 'árvore genealógica genética'? Que conhecimentos temos com relação a essas idéias?"
 
Jocax:
"Acho q isto eh conhecido como hipotese Gaia   ( a terra encarada como um ser vivo). Acho viavel q a terra possa ser considerada assim, como um ser primitivo em desenvolvimento. O q nao acredito eh q ela tenha uma consciencia propria e conscientemente faca furacoes, vulcoes etc.. para se proteger, isso eh ficcao."
 
    Concordo. :o)
 
Takata:
"sobre o carater aleatorio das mutacoes, devemos entender q. existe sim causas determinando a ocorrencia ou nao de mutacoes em um ponto ou outro do dna e qual mutacao deve ocorrer -- mas q. o nosso conhecimento sobre as variaveis envolvidas nao nos permitem prever como, onde e qdo uma dada mutacao deve ocorrer (falando em termos genericos, claro). mas os indicios q. temos ateh o momento nao nos indica a ocorrencia de mutacoes dirigidas em um ambiente normal. mas certamente um gene nao tem vontade, nao pensa, nao planeja..."
 
    Vc quer dizer que existe um fator que determina a mutação expontânea, mas não podemos prever como, quando e onde pq não temos acesso a essa informação?
 
Ozelo:
"De outra forma vocês não concordam que poderíamos, além do mapeamento genético, também evoluir esses critérios para obter nossa 'árvore genealógica genética'? Que conhecimentos temos com relação a essas idéias?"
 
Takata:
"nao entendi a implicacao? vc fala do uso de supostas tendencias evolutivas como criterios de estudos de afinidades evolutivas entre os organismos?"
 
    Não exatamente, minha dúvida nesse caso é se deve ser possível ou não 'trilhar' os diversos aprimoramentos genéticos de uma espécie ao longo de seu período evolutivo para saber que constituição tinha tal organismo à milênios. Sem aproximações, dizer que a evolução de qq espécie é determinística se for seguido o caminho contrário dessa evolução.
 
    Abaixo transcrevo um trecho que achei deveras interessante sobre o assunto.
 
"The appearance of adaptive mutations in bacteria raises basic questions about the genetic theory of spontaneous mutation and hence the concept of the generation of biological variation. Adaptive mutations were observed in bacteria exposed to selective conditions during the stationery phase of growth in the absence of DNA replication. Both anabolic and catabolic traits were affected. None of the classical explanations, which depend on errors and irregularities during the replication process, is able to account for these mutations. Various observations suggest new mechanisms for the generation of genetic variation. The theory of adaptive mutations paves the way for the introduction of complementarity in modern genetics.

Theories of adaptive mutations elaborated before the era of molecular genetics argue strongly for holistic approaches to life and heredity. They make a revision of the current concepts of reductionist biology necessary. A synthesis is presented that considers the function of spontaneous as well as adaptive mutations in the development and evolution of organisms. Both forms of mutations reflect the fundamental quality inherent among all living beings; i.e. self-relation and world-relation."

    Eis aí minha confusão entre 'genes pensantes' e 'genes adaptativos'. :o) Muito legaws! risos... Quem quiser ver todo o artigo basta ir em:

"www.anth.org/ifgene/wirzcomp.htm"

    Vale a pena! :oD Abraços pessoal! t+ Muito grato pela atenção!

    Ozelo

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] evolução das espécies
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/08/2000 13:35

On Tue, 1 Aug 2000, Francisco wrote:
> tem, então, poderiamos dizer que o processo de seleção natural é frio e
> cruel, quando ele é apenas pragmático.

francisco,

seu entendimento de selecao natural estah muito bom -- em linhas gerais vc
pegou a essencia de uma visao darwinista.

soh lembrando q. a selecao eh apenas um dos processos possiveis para
evolucao -- entendendo a evolucao como nada mais do q. uma mudanca na
frequencia de alelos (copias de um gene) em uma populacao.

eu soh diria q. a selecao natural nao eh nem ao menos pragmatica, tao
somente ocorre, como a gravitacao, o magnetismo e outros fenomenos
naturais.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: medicina alternativa e suas "ervinhas inocentes..."
FROM: "dra_savat"<dra_savat@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/08/2000 14:12

Cientista revelam o segredo do Absinto (destilado de
ervas verde- esmeralda, servido como licor). Do �the New
York Times�

Pesquisadores da Universidade em Berkeley, nos EUA,
aprenderam um pouco sobre o que se passa pela cabe�a dos
artistas e poetas mais famosos do mundo. Identificaram o
mecanismo pelo qual o absinto, licor preferido de Van
Gogh, Rimbaud, Baudelaire, Toulose Lautrec e outros,
afeta a mente. Ele faz os neur�nios �dispararem� � toda.
H� muito se sabe que este destilado pode causar
convuls�es, alucina��es e surtos psic�ticos, e seu uso
cr�nico, danos neurol�gicos permanentes. Foi considerado
a causa do comportamento bizarro de Van Gogh e outros,
tendo sido proibido em muitos pa�ses, no in�cio do
s�culo 20.
A pesquisa � a primeira a mostrar como o principal
componente t�xico do licor ( que n�o � �lcool) causa o
dano.
O componente qu�mico, ALFATUIONA bloqueia um receptor
que j� foi ligado a uma forma de epilepsia. Em
condi��es normais este receptor inibe a excita��o das
c�lulas do c�rebro, regulando o fluxo de �ons de cloro.
Bloqueando o receptor, a tuiona permite que as c�lulas
cerebrais permane�am excitada, �disparando � vontade�.
Havia uma teoria de que o absinto atingia o mesmo
receptor que o THC, princ�pio ativo da maconha. A nova
pesquisa prova que n�o.
O trabalho tem mais do que interesse meramente
hist�rico, devido ao crescimento do uso de ervas
medicinais. O �leo de artem�sia (g�nero da planta da
qual o absinto � feito) que cont�m o componente t�xico,
a tuiona, est� presente em algumas prepara��es de ervas
usadas no tratamento de doen�as do est�mago.
Embora raros, acidentes por envenenamento com �leo de
artem�sia t�m ocorrido nos �ltimos anos, resultando em
convuls�es e um caso de fal�ncia do f�gado.




__________________________________________________________________________
BOL d� 15 viagens GR�TIS para as Olimp�adas!
Desafio BOLimp�adas. Inscreva-se j�! http://desafio.bol.com.br/bolimpiadas






SUBJECT: Re: [ciencialist] Psicologia
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/08/2000 14:59



Emille Rocha wrote:

> Caro Jocax,
>
> Serei mais específico, talvez nos entendamos. Em primeiro lugar
> respeito sua
> opinião, também sou muito cetico em relação a alguns assuntos. Vou
> começar
> minha exposição:
>
> Quando me referi aos processos auto-conscientes do cérebro, minha
> sugestão
> não era a busca de uma capacidade mágica ou coisa parecida. Observe
> bem os
> seus próprios pensamentos, o desenrolar de seu processo mental. Embora
> voce,
> talvez, perceba somente o que lhe apresenta conscientemente "na
> cabeça", eu
> lhe pergunto:
> Imagine que voce está em seu carro voltando para casa. Ao parar num
> sinal
> vermelho, de repente, lhe vem a mente o seguinte pensamento: "Quando
> chegar em
> casa eu vou levar meu filho para tomar um sorvete..." ou então lhe
> vem: "Será
> que eu enxergo aquela luz vermelha do sinal tão vermelha quanto aquele
> cara do
> Passat ali do lado?" ou mesmo: " Nossa! Que ideia genial! Eu posso
> pedir aos
> hospedes do hotel de gilbert para pular todos para o quarto seguinte e
> assim
> liberar um quarto para mais um hospede! ( é só um exemplo!) De onde
> surgiram
> todos esses processos mentais extremamente complexos?
>
> Minha teoria ((?)- Deve haver melhores conclusões que esta mas...): A
> nossa
> mente possue uma habilidade de ser auto-consciente ( o que chamamos de
>
> sub-consciente). Essa mente autoconsciente faz o seguinte processo -
> Ela está
> constantemennte avaliando toda a sua carga de memória ( não ao mesmo
> tempo)
> seguindo um padrão que desconheço e está constantemente formando novas
>
> conclusões, novas ideias, novas dúvidas, etc. Porque isso ocorre?
> Porque nós só podemos estar conscientes de uma coisa por vez. Tente se
> lembrar
> de toda a sua vida ao mesmo tempo...É claro que voce se lembra de fato
> por
> fato!
>

Eu acho q na verdade existe uma busca em paralelo em processos
subconscientes
que analisam varias partes do cerebro concomitantemente,mas apenas
algumas
conlusoes ou lembrancaas sao filtradas e tornadas conscientes. Mas
oprocessamento
nao deixa de ser, internamente, essencialmente paralelo.



> Para possibilitar nossa criatividade e para, na verdade, tornar mais
> eficiente nosso aprendizado, precisamos desse processo interior.
> Porque?
> Por que a nossa mente consciente está ocupada em se concentrar no
> imediato e
> isso sobre o aspecto de evoluçao é indispensavel ( pense melhor para
> voce
> ver). Dentre esses processos imediatos estão a obtenção de novos dados
> de
> memória e a formação de suas opiniões ( Conceitos, dos quais falei)
> que
> certamente serão úteis para facilitar a execução de tarefas no dia a
> dia.
> Esses conceitos são de extrema importancia para o que quero propor:
>
> Esses conceitos serve de filtro para os processos que ocorrem no
> subconsciente. Isso seleciona melhor o que é de interesse da mente
> consciente
> de trabalhar em cima. ( será que eu estopu sendo claro? Se
> não...perdão).

Eh possivel ! Se vc tem ideias e erroneas sobre algo seus pensamentos
poderao ser
, como vc diz, filtrados segundo um filtro mal formado. Obtendo-se,
finalmente,
apenas resultados pifios.


>
> Vamos em frente...
>
> Você acha que todos esses fatores culturais que nossa espécie criou
> até
> agora, o que eu filosoficamente chamo de jogo, são realmente o melhor
> que
> podemos fazer em relação a evolução? Vou exemplificar:
> Devido a todos esses fatores culturais, quando Darwin apresentou sua
> conclusão sobre a origem das especies, a grande maioria dos cientistas
>
> rejeitou imediatamente. Suponha que, antes dele conseguir expor as
> suas ideis
> para o mundo científico, ele tivesse falecido. Suponha que sua tese só
> tivesse
> sido mostrada a uma pessoa - extremamente fechada para novas ideias -
> e que
> essa pessoa não aceitasse esses novos valores confrontando com suas
> crenças
> religiosas e até mesmo científicas. Ela decidiria talvez não expor a
> tese de
> Darwin ao mundo e provavelmente passaria o resto da vida lutando
> internamente
> contra o avanço dessa ideia dentro de si mesmo. Como?
> O seu cerebro já teria registrado os conceitos de Darwin e sua mente
> auto-consciente começaria a avaliar e comparar com seus arquivos de
> memoria.
> Várias ideias surgiriam subconscientemente e seriam enviadas ao
> consciente,
> que rejeitaria imediatamente com o sistema de filtro que eu comentei
> na vez
> pretérita. Isso é uma suposição, poderia ser diferente.
> O ponto em que eu quero chegar é que, mesmo que voce pense que a
> natureza
> sempre segue o melhor caminho, o ser humano tem se mostrado um pouco
> livre
> quanto a esse conceito.
> -Eu acredito na evolução e tenho uma teoria minha que me faz acreditar
> que nós
> vamos contornar todos esses problemas que surgem devido ao crescimento
>
> vegetativo de nossa espécie. A cultura geral de nossa civilização é
> mutante e
> aprende com a história, mas isso é outro assunto. -
> Essa liberdade sobre a qual eu me refiro é justamente esse fator
> social, que é
> considerado hoje pela psicologia como um dos pontos de evolução de
> nossa
> espécie. Hoje existe um teoria que divide a evolução em dois pontos
> distintos:
> A evoluçao genotípica e a a evoluçao cultural. E os coloca, na
> verdade, em
> comunicação entre si.
> Voce não acha que existem diversos fatores culturais que "travam"
> nossa
> evolução individual?

Com certeza, eu mesmo escrevi sobre isso quando estava na lista FCB veja
o q escrevi:
Subject:
[FCB] Maleficios a longo prazo
Date:
Tue, 20 Jun 2000 08:45:17 -0300
"3. Quais as consequencias de acreditar numa mentira? As contradicoes
intrinsecas de uma crenca em Deus, acredito, levam a uma continua
aceitacao das contradicoes dos fatos que podera' contaminar a propria
logica humana na observacao de outras evidencias da vida. Isto e',
viver na mentira prejudica a percepcao da realidade que devera'
certamente influenciar a vida da pessoa."

O q estava falando era exatamente isso a crenca em um conceito erroneo
pode levar a pessoa a novos conceitoe erroneos e assim por diante...


> Fatores tais que filtram em excesso seus processos
> mentais criando pessoas menos criativas e mais repetitivas no que
> fazem? Isso
> para mim é muito visivel quando se aplica a um conceito de massa: O
> facil
> controle que a mídia exerce sobre o povo é uma evidencia de "trava"
> mental
> incrível. ( isso é outra discussão a parte também...)
>
>
> Voce me respondeu o seguinte:
> Se vc ver o ser humano sob o ponto de vista evolutivo, vera que tudo
> que
>
>
> temos
>
>
> foi, em geral, construido aas duras penas por mutacoes e selecao.
> Nao ha razao para q a natureza tenha criado uma fonte de criatividade
> e a tenha escondido em nossa mente. A natureza costuma trilhar o
> caminho
> de
> minima energia, minima complexidade, minimo esforco. Quero dizer que
> toda complexidade de nosso cerebro foi evoluido aa medida q
> precisvamos
> dele.
>
> Sem querer atacá-lo de maneira alguma eu lhe pergunto: Apesar de toda
> o seu
> conhecimento ( que eu parabenizo devido ao alto nivel das discussões
> da lista)
> voce acha que o isso é o seu melhor?

Depende das condicoes ambientais... Se investirmos em uma pessoa
bastante
desde sua infancia ( em termos culturais e alimentares ) ela tera um
potencial
e inteligencia maior do que se nao houvesse esse investimento.
Mas como nao podemos mudar o nosso passado, a pergunta correta eh
eu poderei melhorar muito dadas minhas condicoes hoje?
Nao acredito q se possa. Nao de uma maneira muito rapida.

> Voce acha que voce está no seu limite
> máximo e que na verdade todos estão em seu limite máximo?

Eu diria que isso depende das condicoes praticas do individuo, quero
dizer.
Se pegarem alguem hoje na favela da rocinha e derem um "tratamento"
total
na pessoa com cursos, estudos, alimentacao etc.. Eh claro q esse
individuo
vai melhorar. Mas isso nao eh factivel na pratica. Entao todos estamos
mais ou
menos em nosso maximo dadas as condicoes socio-culturais q pertencemos.


>
> Do ponto de vista evolutivo, voce não acha que existem pessoas
> espalhadas pelo
> país que estão no mesmo patamar evolutivo que o seu

Que o meu ?!?!? Puxa obrigado! , eu sempre achei q, como criador do
Genismo,
eu era alguem especial , mas nao q estava noutro patamar ! (
brincadeirinha :)

> e que por fatores
> socio-culturais estão trabalhando de pedreiro ou de engraxate ou o que
> for...e
> que não entenderiam patavinas do que estamos falando mesmo se
> explicássemos um
> milhão de vezes?
> Voce vai me responder ( eu creio ) : O cerebro deles não foi treinado!
> E não
> tem bases de conhecimento para formar opiniões!

Acertou ! :)
As condicoes socio-genetico-economicas nao permitiram...

>
> É isso que eu penso, porém, lanço outra pergunta: Por que essas
> pessoas não
> evoluem pelo menos denro de suas próprias ocupações, criando formas
> mais
> criativas e inteligentes de realizar o seu próprio serviço? ( E isso
> algumas
> vezes acontece!)
> Porque a mente dessas pessoas está presa a um padrão de raciocinio,
> está
> auto-suprimida.
> Outro exemplo: Na minha cidade, em Minas, tem um cara que vive numa
> casinha na
> beira da estrada que é analfabeto. Entretanto ela faz esculturas muito
> legais
> nos barrancos de beira de estrada perto de sua morada. É uma forma de
> liberar
> a sua criatividade, ele deixa sua mente fluir e está sempre criando
> coisas
> novas. Ele porém, ao se conversar com ele, se mostra um cara
> completamente
> alienado ( sem instrução eu diria).
> O importante é possível direcionar essa criatividade inata (não passa
> de uma
> forma de treinamento), minimizar nossos filtros para o que poderia ser
>
> realmente util (isso é extremamente pessoal eu diria, não deve ser
> visto como
> uma imposição minha).
>
> Outro comentário:
>
> Seria muito dificil a natureza ter projetado um cerebro
> genial-escondido
>
>
> para ser
>
>
> aberto apenas com uma chave meditacional-tao-esoterica-mediunica.
>
>
>
>
> Eu acho que o empirismo é de grande valor para a ciencia, e sempre
> foi. A sua
> visão extremamente cética quanto a assuntos "esotéricos" é, para mim,
> um
> filtro desnecessário e uma trava mental sua ( insignificante também,
> mas não
> deixa de ser).

Sim eh um filtro !!
Mas lembre-se filtros existem para filtrar lixo de nao-lixo. O fato de
nos seres humanos
possuirmos filtros significa q eles de alguma forma conferem vantagem
evolutiva.
O meu filtro cetico portanto, se eu estiver certo, pode me poupar de
perder tempo
com analise de casos q sao consagradamente erroneos ou melhor q te
desvie
da busca pela "verdade" ou pelo conhecimento "verdadeiro".
Se vc nao tem filtro algum , tudo bem , vc pode estar mais livre mas
estara confuso.
Ideias contraditorias entrarao em conflito e, sem filtros, vc nao sabera
escolher !!
Ficara perdido num mundo interno de varios caminhos onde tudo eh
possivel.
Uma pessoa com filtros atingira + rapidamente o q procura DESDE QUE
seus filtros nao sejam "deformados".


> Explico melhor:
>
> O grande avanço da química se deu devido aos alquimistas. Isso é fato!
> Mas
> isso não quer dizer que hoje devemos seguir os rituais e as buscas que
> eles
> propunham naquela época por que nós avançamos a partir da ideia deles.
>
> Mas...muito aprendizado importante pode estar contido em relatos
> empíricos
> daqueles genios alquimistas. E o ser humano é mestre em ignorar o
> passado,
> simplesmente porque a cultura de « massa mal informada » transforma
> tudo isso
> em mistrérios idiotas. Imagine que maravilhas arqueológicas estão
> "enterradas"
> sob o majestoso vaticano ( Que deveria ser evacuado e preservado como
> prova
> histórica de que passamos 2000 anos sob uma ditadura cultural qie diz
> para
> termos credito em sermos submissos e cultuarmos o sofrimento).
> Olhando tudo dessa forma, eu considero estúpido (estou generalizando)
> a
> taxação que o meio científico dá ao empirismo oriental sobre os
> aspectos da
> mente humana.

Mas existe uma aparente contradicao nesse empirismo oriental:
Pq quase todo o conhecimento cientifico e de valor q temos veio do mundo

ocidental ? Se este empirismo oriental fosse assim tao poderoso nao
deveriamos
esperar mais do antigo mundo oriental ?
Eh sinal claro de q este empirismo oriental nao seja assim tao poderoso
!


> O que eu salientei ao não foi a devoção àquelas tecnicas e
> àqueles mitos. Mas usei-os como exemplificação para a minha teoria,
> acho
> interessante o entendimento de seus princípios e uma formulação
> cientifica
> mais real sobre o assunto. Veja voce por exemplo a hipnose:
> A hipnose foi transformada em idiotice por que se virou show de circo
> e o
> povo acredita que o que ela faz é voce pensar que é um macaco, um
> avestruz, um
> urubu...quando devemos apenas perceber que é possivel para nós
> possuirmos
> estados mentais de copnsciencia diferentes dos que comumente nos
> encontramos :
> sono e vigília. Podemos tirar proveito disso tudo meu caro jocax.
> É importante revermos sempre todos os nossos conceitos e se possível
> eliminar
> muitos deles.
>

Sim, mas isso eh dificil se vc nao souber *quais* filtros trocar :
quais filtros sao
ruins e quais sao bons ??


[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] evolução das espécies
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/08/2000 15:06

On Tue, 1 Aug 2000, Francisco wrote:
> Se a linha de raciocionio apresentada acima está correta, deixo uma
> pergunta. Por que, na espécie humana, as características evolutivas
> consideradas inviáveis são preservadas? Por que temos tantos obesos,
> hemofílicos, deficientes, etc.? Essas características não deveriam ter sido
> eliminadas pelo processo evolutivo?

soh complementando com exemplos para as explicacoes jah dadas (soh
lembrando para nao levar muito a serio o q. apresento a seguir, deve ser
apenas pensado em termos de como *pode* ter se dado).

devemos entender alem de todas as possibilidades aventadas q. mesmo q. uma
caracteristica seja extremamente negativa atualmente, a manifestacao dessa
caracteristica desvantajosa pode ter se dado apenas recentemente,
concomitantemente com a mudanca no ambiente e em habitos culturais de modo
q. nao tenha havido tempo suficiente para uma selecao mais severa. em
outros casos, como dito, as tecnologias disponiveis podem ter diminuido
grandemente as pressoes seletivas sobre essas caracteristicas.

analisemos entao alguns casos:

- a obesidade certamente confere uma desvantagem. certamente apresenta
bases geneticas, mas cuja expressao na forma de obesidade depende de uma
mudanca recente (em termos evolutivos) no fator ambiental (disponibilidade
de alimentos). como entao essa base genetica pode ter se espalhado pela
humanidade?
bem, lembrando sempre q. sao apenas especulacoes, embora com algumas bases
observacionais, imaginemos um cenario anterior em q. nao houvesse essa
abundancia de alimentos, anterior 'a invencao da agricultura, com uma
provisao mais erratica. uma capacidade de armazenar alimentos em epoca de
abundancia para utilizar em periodo de vacas magras certamente seria
vantajosa: esse armazenamento poderia ser na forma de estoques no proprio
corpo ou externo ao corpo. esquilos costumam enterrar castanhas e nozes,
alimentando-se dessa provisao durante o inverno. isso eh possivel porq.
castanhas e nozes nao se deterioram muito rapidamente. mas provavelmente
nossos ancestrais nao se alimentavam de algo q. pudesse ser estocado dessa
maneira de forma: se surgissem organismos q. enterrassem frutos
suculentos ou carnes eles nao teria vantagem. nesse cenario seriam
selecionados individuos q. armazenassem alimentos no proprio corpo -- por
diversos fatores q. nao precisamos destrinchar em maiores detalhes nesta
visao superficial, a forma de estocagem foi as malditas bolsas de
gorduras.
como nao havia abundancia de alimentos, a capacidade de guardar excesso de
ingestao de alimentos nao levaria 'a obesidade (basta nos lembrarmos q. o
tratamento para a diminuicao de peso essencialmente passa pela diminuicao
de calorias ingeridas). mas com a modificacao dos habitos alimentares
ocasionados pela fartura de alimentos e tbm pelo sedentarismo ocasionado
tbm por modificacoes culturais, esse traco genetico de produzir gordura
a partir do excesso ingerido passaria a causar problemas.
obesos tem problemas circulatorios, respiratorios, podem arranjar
parceiros reprodutivos com mais dificuldades. isso tudo certamente leva a
uma reducao em seu sucesso reprodutivo. nao seriam entao selecionados
contra? podem ser, mas pode ainda nao ter havido muito tempo para q os
genes q. condicionam a obesidade terem sua frequencia diminuida. ou
alternativamente, a selecao pode tbm ser menos severa: ha tratamentos
medicos q podem reduzir os efeitos negativos da obesidade ou mesmo
controlar o excesso de peso... em algumas culturas a obesidade ou
contornos generosos podem ser sinais positivos -- associados 'a
fertilidade maior, por exemplo (especialmente em mulheres). ha um numero
bastante grandes de fatores q. podem influenciar na intesidade ou mesmo
sentido de selecao sobre as bases geneticas da obesidade.

- o alcoolismo tbm certamente causa uma serie de dificuldades para o
portador. e sua incidencia na populacao eh relativamente alta (nao tenho
os numeros). como as bases geneticas q predispoem alguem ao alcoolismo
pode ter uma distribuicao tao ampla entre as populacoes?
uma hipotese aventada eh q. em alguma ocasiao da evolucao humana, as
frutas constituiam uma parte importante da dieta. plantas frutiferas
apresentam uma distribuicao erratica pelo ambiente (devido 'a natureza
da distribuicao de suas sementes). um organismo q. conseguisse
localizah-las com mais eficiencia teria vantagem. o alcool seria um bom
indicador -- eh volatil e estah associado a presenca de fontes de acucar
(eh produzido pela fermetacao de acucar): i.e. frutos suculentos. uma
afinidade do organismo com o alcool ajudaria na procura de frutas.
bem, com o desenvolvimento de tecnologias capazes de produzir bebidas
alcoolicas, passou a haver uma disponibilidade maior de alcool -- situacao
em q. essa afinidade desenvolve-se em alcoolismo.

- a fibrose cistica eh uma doenca genetica q. entre outras coisas causa o
acumulo de muco nos pulmoes. os individuos com fibrose cistica em geral
soh sobrevivem ateh o fim da adolescencia a despeito dos tratamentos
medicos disponiveis. o gene/alelo causador da fibrose codifica uma
proteina q. forma canais transportadores de ions cloreto nas celulas -- os
sintomas da doenca estao associados aos problemas de transporte de
cloreto.
algumas populacoes apresentam um indice relativamente elevado de fibrose
cistica. em geral sao populacoes com historicos de convivencia com o
colera. o colera eh causado por uma bacteria q. causa uma diarreia
intensa. essa diarreia causa perda de bastante liquido e de sais de
cloreto. os sais de cloreto apresentam importantes funcoes biologicas --
regulam o equilibrio osmotico do organismo, estao envolvidas nos sinais
nervosos, entre outros. individuos q. conseguissem reter ions cloretos
nessas condicoes teriam uma certa vantagem.
com modificacoes ambientais e culturais -- melhoria de saneamento basico,
de higiene pessoal, de cuidado com alimentos -- eliminaram o colera nas
regioes em q. vivem essas populacoes. nessa nova condicao --
evolutivamente recente -- o alelo causaria maior desvantagem.

- a hemofilia eh um problema no processo de coagulacao sanguinea. esse
processo envolve diversos componentes -- as plaquetas, diversos fatores de
coagulacao, fibrinogenio, etc... qq intervencao em alguma dessas etapas
pode levar 'a hemofilia. o tipo mais conhecido envolve heranca ligado ao
sexo -- isto eh, eh determinado por um alelo de um gene localizado no
cromossomo sexual X e eh recessivo. mulheres portadoras do alelo em dose
simples podem passah-lo para a proxima geracao.
procedimentos medicos tbm tem permitido q. hemofilicos sobrevivam mais
tempo, ateh a idade de maturidade sexual e alem (herbet de souza morreu de
aids contraida em transfusao de sangue e nao da hemofilia)...
em todo caso, a hemofilia particularmente nao eh algo tao comum...

- um miope ou um hipermetrope podem usar lentes corretivas: oculos, lentes
de contato ou submeterem-se a cirurgias...

- diversas outras doencas de fundo genetico surgem por mutacao: eh
impossivel impedir q. ocorram mutacoes e a grande maioria das mutacoes sao
deleterias. a grande utopia da purificacao genetica da doutrina eugenica
cai por terra... uma parte substancial de mutacoes ocorrem em funcao da
exposicao a agentes mutagenicos, diversos habitos podem aumentar a
propensao 'a ocorrencia de diversos tipo de canceres: fumo, consumo de
bebida alcoolica, de alimentos com excesso de conservantes, corantes,
aromatizantes (nao q. precisemos ficar paranoicos com isso), pouco consumo
de fibras alimentares, exposicao excessiva ao sol...

- outras doencas geneticas ocorrem em funcao do casamento entre individuos
proximamente aparentados -- jah q. aumenta as chances de q. alelos
mutantes fiquem em dose dupla na descendencia. algumas regioes isoladas
acaba forcando a uniao de parentes proximos; na nobreza europeia em q.
para manter a riqueza e o poder as familias costumavam evitar casamentos
com pessoas de fora, essa doencas -- embora nao fossem comuns -- ocorriam
com mais frequencia do q. na populaca em geral.

soh pra reforcar -- muitas dessas especulacoes sao apenas tentativas de
explicacao... algumas apresentam mais bases de apoio, outras sao apenas
historias 'a espera de indicios mais palpaveis...

guardemos entao q.:

gene + ambiente ---> caracteristica

(claro q. nao eh uma operacao simples, o '+' soh indica q. eh uma
interacao entre os dois fatores)

se se muda o ambiente, mudam-se as caracteristicas, se se mudam os genes,
tbm... nao dah pra generalizar explicacoes para a incidencia de doencas
com predisposicoes geneticas em um grau relativamente elevado em
populacoes humanas (ou de outros organismos), sao diversos processos
envolvidos, em alguns casos um processo deve ser o fator predominante, em
outros, serao fatores diferentes... os exemplos q. dei foram os q. o fator
ambiental devem ser o mais predominante para o aumento, manutencao ou
diminuicao da reducao do numero de casos de certas doencas...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Genetic Intelligence
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/08/2000 15:18



Ozelo wrote:

> Olá Jocax, Takata e demais! :o) Minha dúvida nesse caso é se
> existem diferenças nos genes de um espermatozóide meu de 10 anos atrás
> e um espermatozóide atual.

Sim pois o espermatozoide de 10 anos atras nao tem mais genes ! :-)))
Agora falando + serio, mas nem por isso corretamente :) ,
Os espermatozoides de 10 anos e os de hoje sao feitos dos mesmos
cromossomos
q vc dispoe desde q vc nasceu : Uma mistura aleatoria de 23 cromossomos
dos
46 q vc possui... alias nao tao aleatoria .. acho q seu espermatoziode
nao pode ter
dois cromossomos do mesmo par, devem ser de pares distintos e, nesse
caso
vc poderia ter um total de 2^23 possiveis = 83 milhoes de
espermatozoides
possiveis isso se NAO ocorresse fenomenos que ocorrem na meiose como
cross-over , translocacao etc... Acho q este numero pode dobrar.
( Ta certo Takata ? )

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist]
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/08/2000 17:15

On Wed, 2 Aug 2000, Ozelo wrote:
> Minha dúvida nesse caso é se existem diferenças nos genes de um
> espermatozóide meu de 10 anos atrás e um espermatozóide atual.

alem dos fatores de combinacao comentadas por barcellos, possivelmente
cada espermatozoide porta pelo menos uma mutacao em algum ponto o dna q.
porta.

> Vc quer dizer que existe um fator que determina a mutação expontânea,
> mas não podemos prever como, quando e onde pq não temos acesso a essa
> informação?

grosso modo eh como prever o resultado de um lancamento de moeda -- se vai
dar cara ou coroa depende da velocidade q. imprimimos a moeda, ao angulo
em q. a lancamos, do vento, de uma serie da fatores q. nao conseguimos
determinar com precisao e outros fatores q. nem ao menos sabemos q.
influem...

> Não exatamente, minha dúvida nesse caso é se deve ser possível ou não
> 'trilhar' os diversos aprimoramentos genéticos de uma espécie ao longo
> de seu período evolutivo para saber que constituição tinha tal organismo
> à milênios. Sem aproximações, dizer que a evolução de qq espécie é
> determinística se for seguido o caminho contrário dessa evolução.

serah sempre questao de aproximacoes, de inferencias indiretas... se
soubessemos a lei q. rege exatamente o comportamento da materia e
soubessemos com precisao infinita o estado de todas as porcoes da materia
e tivessemos capacidade de computar isso, entao aih sim provavelmente
poderiamos fazer esse tipo de retrovisao de modo deterministico (claro
supondo q. tal lei fosse deterministica).

uma questao menor: nao eh correto falar em aprimoramento... aprimoramento
ou melhoramento genetico se aplica apenas em criacoes q. selecionamos
artificialmente para ter uma dada caracteristica (produzir mais leite,
mais semente, ser resistente a doencas, etc)

> "The appearance of adaptive mutations in bacteria raises basic questions
> about the genetic theory of spontaneous mutation and hence the concept
> of the generation of biological variation. Adaptive mutations were
> observed in bacteria exposed to selective conditions during the
> stationery phase of growth in the absence of DNA replication. Both
> anabolic and catabolic traits were affected. None of the classical
> explanations, which depend on errors and irregularities during the
> replication process, is able to account for these mutations. Various
> observations suggest new mechanisms for the generation of genetic
> variation. The theory of adaptive mutations paves the way for the
> introduction of complementarity in modern genetics.
> Theories of adaptive mutations elaborated before the era of molecular
> genetics argue strongly for holistic approaches to life and heredity.
> They make a revision of the current concepts of reductionist biology
> necessary. A synthesis is presented that considers the function of
> spontaneous as well as adaptive mutations in the development and
> evolution of organisms. Both forms of mutations reflect the fundamental
> quality inherent among all living beings; i.e. self-relation and
> world-relation."

o autor parece se referir a supostas mutacoes dirigidas... mas ha alguns
problema metodologicos nesse experimentos. o q. parece q. ocorre tbm eh
simplesmente um aumento da taxa geral de mutacoes em situacoes de estresse
fisiologico sem q. isso implique em um aumento da proporcao de mutacoes
vantajosas.

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] evolução das espécies
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/08/2000 18:49


isso tudo certamente leva a uma reducao em seu sucesso reprodutivo. nao
seriam entao selecionados
contra? podem ser, mas pode ainda nao ter havido muito tempo para q os
genes q. condicionam a obesidade terem sua frequencia diminuida. ou
alternativamente, a selecao pode tbm ser menos severa

Desculpe pegar essa frase fora do contexto, na verdade o restante de seu
texto é bastante claro e dispensa explicações, concordo com o que voce
disse, no entanto, você apenas citou mais elementos que deveriam ter sido
eliminados pela seleção e não o foram. Está claro que muitos deles,
provavelmente, já foram vantajosos para a espécie, como você mesmo
demonstrou. Mas uma vez que não apresentam mais vantagens e sim
desvantagens, porque não foram eliminados?

Com relação a sua frase que eu selecionei, me esclareça uma coisa. O que
você quer dizer com diminuição da frequencia dos genes? De que forma essa
frequencia é diminuida?

Mas o seu texto, apresenta indícios que começam a formar uma idéia em minha
mente e que talvés seja a pista para a solução do problema. A pista que você
me deu, talvés sem se aperceber, é a influência social. mas vou amadurecer a
idéia um pouco mais e depois a apresento!

*** --- ***







SUBJECT: Re: [ciencialist] evolução das espécies
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/08/2000 18:57


francisco,

seu entendimento de selecao natural estah muito bom -- em linhas gerais vc
pegou a essencia de uma visao darwinista.

soh lembrando q. a selecao eh apenas um dos processos possiveis para
evolucao -- entendendo a evolucao como nada mais do q. uma mudanca na
frequencia de alelos (copias de um gene) em uma populacao.

eu soh diria q. a selecao natural nao eh nem ao menos pragmatica, tao
somente ocorre, como a gravitacao, o magnetismo e outros fenomenos
naturais.

[]s,

roberto takata


Eu estava apenas atribuindo mais uma caracteristica humana a algo que não as
tem.



SUBJECT: Re: [ciencialist] evolução das espécies
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/08/2000 19:01



A resposta é simples: Civilização. O efeito destas "deficiências" é
diluido até quase desaparecer, e os cuidados necessários para prover
meios de sobrevivência para os "menos aptos" fornecem meios de
sobrevivência para grandes grupos. Talvez esta seja uma razão para a
instabilidade das civilizações, que requerem contínua evolução para
não desaparecer.

Antonio Carlos M. de Queiroz


Civilização, pois bem, estou chegando quase a mesma conclusão. Só não
entendi essa afirmação de que a civilização que a civilização requer
contínua evolução para não desaparecer. Evolução de que forma?



SUBJECT: Re: [ciencialist] evolução das espécies
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/08/2000 19:59

On Wed, 2 Aug 2000, Francisco wrote:
> Desculpe pegar essa frase fora do contexto, na verdade o restante de seu
> texto é bastante claro e dispensa explicações, concordo com o que voce
> disse, no entanto, você apenas citou mais elementos que deveriam ter sido
> eliminados pela seleção e não o foram. Está claro que muitos deles,
> provavelmente, já foram vantajosos para a espécie, como você mesmo
> demonstrou. Mas uma vez que não apresentam mais vantagens e sim
> desvantagens, porque não foram eliminados?

barcellos citou algumas possibilidades, repito-as abaixo e acrescento
umas poucas:

- o gene ou o grupo de genes envolvidos na determinacao da caracteristica
desvantajosa tbm estao envolvidos na determinacao de outra caracteristica
mais vantajosa.

- o gene ou o grupo de genes q. participam da determinacao da
caracteristica desvantajosa estao ligados a outro gene ou grupo de genes
q. participam da determinacao de uma caracteristica vantajosa -- essa
ligacao eh primordialmente pela proximidade fisica no cromossomo, mas nao
eh a unica possibilidade.

- pode se dar por simples acaso -- isso eh mais facil de ocorrer em
populacoes pequenas. uma variacao disso eh conhecida como efeito fundador:
uma nova area eh colonizada por um grupo q. nao representa uma amostra
aleatoria da populacao original. digamos, cuja boa parte dos individuos
apresenta um alelo causador de doenca -- como esses individuos nao
encontram competidores podem se multiplicar e o alelo causador de uma
caracteristica desvantajosa se propagar junto.

- pressao de mutacao: novas mutacoes criando novos alelos causadores de
doencas.

- selecao estabilizadora: pode haver uma selecao a favor dos individuos
heterozigotos o q. manterah a existencia de individuos homozigotos para o
alelo causador da doenca.

- selecao dependente de frequencia: o alelo menos frequente eh selecionado
favoravelmente -- ateh q. passe a ser o mais frequente, invertendo-se o
sentido de selecao...

os exemplos q. dei em outra mensagem sao realmente os mais ligados a
questoes ambientais e culturais, nesse caso estava apenas me referindo a
algumas possibilidades dentro disso:

- uma eh q. a tecnologia permite q. individuos q. de outra forma seriam
desfavorecidos sobrevivam e possam se reproduzir. ou seja a tecnologia
pode reduzir a pressao seletiva.

- outra nao mutuamente exclusiva eh q. o tempo desde q. a caracteristica
passou a ser desvantajosa nao foi o suficiente para q. uma selecao
contraria eliminasse a caracteristica.

sem duvida q. a influencia social conta... as relacoes sociais fazem parte
da porcao ambiental com o qual os genes interagem. no caso humano essa
influencia eh certamente muito intensa -- em diversos casos predominante
ateh, mas nao necessariamente em todas as ocasioes... isso depende uma
interacao complicadas de diversos fatores, muitos dos quais desconhecidos.

> Com relação a sua frase que eu selecionei, me esclareça uma coisa. O que
> você quer dizer com diminuição da frequencia dos genes? De que forma essa
> frequencia é diminuida?

a melhor expressao seria frequencia de alelos, se eu disser frequencia de
genes entendam de alelos...

alelos sao variacoes de um mesmo gene, eles ocupam locais correspondentes
no material genetico -- se esse material estiver organizado em um
cromossomo, um alelo ocupa uma posicao especifica de um cromossomo
especifico. a sua frequencia eh a sua proporcao em relacao ao numero total
de alelos de um dado gene.

digamos um organismo haploide -- q. soh tem um conjunto de cromossomos
(nos, humanos, temos dois conjuntos) -- cuja populacao seja de 1.000
individuos. alguns deles portarao um alelo funcional do gene q. produz uma
enzima q inativa a penicilina, outros terao um alelo q. produz uma enzima
do mesmo tipo, mas incapaz de metabolizar a penicilina. chamemos o
primeiro tipo de alelo 'A' e o segundo de alelo 'a'. como se trata de
organismo haploide ou ele tem um alelo 'A' ou um alelo 'a'. digamos q.
nessa populacao 980 individuos possuem o alelo 'A' e 20 o alelo 'a'. entao
a frequencia do alelo 'A' eh de 98%, a de 'a' eh de 2%.

digamos q. se trate de organismos diploides com uma populacao de mesmo
tamanho. cada individuo terah portanto duas copias para o gene da proteina
para a metabolizacao da penicilina. eles poderao ter duas copias
funcionais, duas defeituosas ou uma funcional e outra defeituosa.
digamos q. nessa populacao 300 individuos sejam do tipo AA (tenham duas
copias funcionais), 500 Aa e 200 aa.
nessa populacao teremos entao (2*300 + 500) alelos 'A' e (2*200 + 500)
alelos 'a'. a frequencia de 'A' eh de 55% e de 'a' 45%.

frequencia genetica/alelica eh isso. agora como ocorre variacao na
frequencia?

peguemos o caso do organismo diploide. digamos q. eles estao em um
ambiente rico em penicilina e ela seja toxica ao organismo. os individuos
q. consigam quebrar a molecula de penicilina podem transformah-la em uma
substancia q. nao lhe seja nociva e sobreviverao, os q. forem incapazes
nao conseguirao sovreviver. de imediato entao os 200 individuos aa
perecerao e nao se reproduzirao. restarao entao 300 AA e 500 Aa. as novas
frequencias alelicas serao de 68,75% 'A' e 31,25% 'a'. houve um aumento da
frequencia do alelo 'A' em detrimento do alelo 'a'. (ao se reproduzir
novos individuos 'aa' serao formados, q. serao selecionados contra e com
isso diminuirao mais ainda a frequencia do alelo 'a'.)

eh tao somente o principio da selecao visto sob a perspectiva dos
alelos/genes e nao mais de individuos.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/08/2000 20:22

> Nao sei o q vc quer dizer com "destaque". Hoje a mulher tambem esta em
> destaque.
> O q eu estou duvidando eh q as mulheres conviviam com varios maridos e
> tinham o poder de mando maior q os homens nesta sociedade.
> Isso parece ir contra o comportamento de todos os primatas ( dos quais
> somos
> aparentados ) .

Na verdade, não somos aparentados aos primatas, nós somos primatas.
E se você prestar atenção as sociedades primatas, verá que em muitas delas
existe uma fêmea alfa que controla o grupo.
Tenho plena certeza de que você entendeu o que eu quero dizer com
"destaque".
E acho que você duvida por puro preconceito, basta estudar um pouco a
antropologia cultural e verá que as coisas eram assim mesmo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] evolu��o das esp�cies
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/08/2000 20:28

Oi Francisco,
-------------------------------------------
-----Mensagem Original-----
De: Francisco <fbrito@globo.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 2 de agosto de 2000 19:01
Assunto: Re: [ciencialist] evolução das espécies

Civilização, pois bem, estou chegando quase a mesma conclusão. Só não
entendi essa afirmação de que a civilização que a civilização requer
contínua evolução para não desaparecer. Evolução de que forma?
-------------------------------------------
Acredito que o ACMQ estava se referindo a 'evolução' do ponto de vista da
Ciência, para garantir a existência da civilização. Sobre isso, tenho um
pequeno (e sugestivo) texto em
www.feiradeciencias.com.br/sala19/index19.htm - 00- Novo Jovem Selvagem.
Chega lá!

[]'
Léo

PS: Para os demais uma novidade no 'maior site do mundo' no gênero (como
algumas revistas publicaram, exagerando até o exagero); inaugurada a Sala
20 - Laboratório de Física - com fichas sobre experimentos tradicionais
usando equipamentos básicos existentes "em todas as escolas e faculdades do
Brasil". www.feiradeciencias.com.br/sala20/index20.htm
Aviso ....... os perpetuum mobiles estão em fase final ... aguardem! Não se
desesperem!






SUBJECT: Re: [ciencialist] evolução das espécies
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/08/2000 21:31

Obrigado pela explicação, tudo ficou mais claro!
-----------------------------------------------------
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----- Original Message -----
From: "Roberto Mitsuo Takata" <rmt@ib.usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, August 02, 2000 7:59 PM
Subject: Re: [ciencialist] evolução das espécies


On Wed, 2 Aug 2000, Francisco wrote:
> Desculpe pegar essa frase fora do contexto, na verdade o restante de seu
> texto é bastante claro e dispensa explicações, concordo com o que voce
> disse, no entanto, você apenas citou mais elementos que deveriam ter sido
> eliminados pela seleção e não o foram. Está claro que muitos deles,
> provavelmente, já foram vantajosos para a espécie, como você mesmo
> demonstrou. Mas uma vez que não apresentam mais vantagens e sim
> desvantagens, porque não foram eliminados?

barcellos citou algumas possibilidades, repito-as abaixo e acrescento
umas poucas:

- o gene ou o grupo de genes envolvidos na determinacao da caracteristica
desvantajosa tbm estao envolvidos na determinacao de outra caracteristica
mais vantajosa.

- o gene ou o grupo de genes q. participam da determinacao da
caracteristica desvantajosa estao ligados a outro gene ou grupo de genes
q. participam da determinacao de uma caracteristica vantajosa -- essa
ligacao eh primordialmente pela proximidade fisica no cromossomo, mas nao
eh a unica possibilidade.

- pode se dar por simples acaso -- isso eh mais facil de ocorrer em
populacoes pequenas. uma variacao disso eh conhecida como efeito fundador:
uma nova area eh colonizada por um grupo q. nao representa uma amostra
aleatoria da populacao original. digamos, cuja boa parte dos individuos
apresenta um alelo causador de doenca -- como esses individuos nao
encontram competidores podem se multiplicar e o alelo causador de uma
caracteristica desvantajosa se propagar junto.

- pressao de mutacao: novas mutacoes criando novos alelos causadores de
doencas.

- selecao estabilizadora: pode haver uma selecao a favor dos individuos
heterozigotos o q. manterah a existencia de individuos homozigotos para o
alelo causador da doenca.

- selecao dependente de frequencia: o alelo menos frequente eh selecionado
favoravelmente -- ateh q. passe a ser o mais frequente, invertendo-se o
sentido de selecao...

os exemplos q. dei em outra mensagem sao realmente os mais ligados a
questoes ambientais e culturais, nesse caso estava apenas me referindo a
algumas possibilidades dentro disso:

- uma eh q. a tecnologia permite q. individuos q. de outra forma seriam
desfavorecidos sobrevivam e possam se reproduzir. ou seja a tecnologia
pode reduzir a pressao seletiva.

- outra nao mutuamente exclusiva eh q. o tempo desde q. a caracteristica
passou a ser desvantajosa nao foi o suficiente para q. uma selecao
contraria eliminasse a caracteristica.

sem duvida q. a influencia social conta... as relacoes sociais fazem parte
da porcao ambiental com o qual os genes interagem. no caso humano essa
influencia eh certamente muito intensa -- em diversos casos predominante
ateh, mas nao necessariamente em todas as ocasioes... isso depende uma
interacao complicadas de diversos fatores, muitos dos quais desconhecidos.

> Com relação a sua frase que eu selecionei, me esclareça uma coisa. O que
> você quer dizer com diminuição da frequencia dos genes? De que forma essa
> frequencia é diminuida?

a melhor expressao seria frequencia de alelos, se eu disser frequencia de
genes entendam de alelos...

alelos sao variacoes de um mesmo gene, eles ocupam locais correspondentes
no material genetico -- se esse material estiver organizado em um
cromossomo, um alelo ocupa uma posicao especifica de um cromossomo
especifico. a sua frequencia eh a sua proporcao em relacao ao numero total
de alelos de um dado gene.

digamos um organismo haploide -- q. soh tem um conjunto de cromossomos
(nos, humanos, temos dois conjuntos) -- cuja populacao seja de 1.000
individuos. alguns deles portarao um alelo funcional do gene q. produz uma
enzima q inativa a penicilina, outros terao um alelo q. produz uma enzima
do mesmo tipo, mas incapaz de metabolizar a penicilina. chamemos o
primeiro tipo de alelo 'A' e o segundo de alelo 'a'. como se trata de
organismo haploide ou ele tem um alelo 'A' ou um alelo 'a'. digamos q.
nessa populacao 980 individuos possuem o alelo 'A' e 20 o alelo 'a'. entao
a frequencia do alelo 'A' eh de 98%, a de 'a' eh de 2%.

digamos q. se trate de organismos diploides com uma populacao de mesmo
tamanho. cada individuo terah portanto duas copias para o gene da proteina
para a metabolizacao da penicilina. eles poderao ter duas copias
funcionais, duas defeituosas ou uma funcional e outra defeituosa.
digamos q. nessa populacao 300 individuos sejam do tipo AA (tenham duas
copias funcionais), 500 Aa e 200 aa.
nessa populacao teremos entao (2*300 + 500) alelos 'A' e (2*200 + 500)
alelos 'a'. a frequencia de 'A' eh de 55% e de 'a' 45%.

frequencia genetica/alelica eh isso. agora como ocorre variacao na
frequencia?

peguemos o caso do organismo diploide. digamos q. eles estao em um
ambiente rico em penicilina e ela seja toxica ao organismo. os individuos
q. consigam quebrar a molecula de penicilina podem transformah-la em uma
substancia q. nao lhe seja nociva e sobreviverao, os q. forem incapazes
nao conseguirao sovreviver. de imediato entao os 200 individuos aa
perecerao e nao se reproduzirao. restarao entao 300 AA e 500 Aa. as novas
frequencias alelicas serao de 68,75% 'A' e 31,25% 'a'. houve um aumento da
frequencia do alelo 'A' em detrimento do alelo 'a'. (ao se reproduzir
novos individuos 'aa' serao formados, q. serao selecionados contra e com
isso diminuirao mais ainda a frequencia do alelo 'a'.)

eh tao somente o principio da selecao visto sob a perspectiva dos
alelos/genes e nao mais de individuos.

[]s,

roberto takata




*** --- ***

>> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
http://www.physlink.com/

*** --- ***







SUBJECT: Re: [ciencialist] evolução das espécies
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/08/2000 21:52

Francisco escreveu:

> Civilização, pois bem, estou chegando quase a mesma conclusão. Só não
> entendi essa afirmação de que a civilização que a civilização requer
> contínua evolução para não desaparecer. Evolução de que forma?

Pensei nas antigas civilizações que desapareceram, praticamente sempre
depois de um longo período de estabilidade, ou de tentativas de voltar
a uma "era dourada". Nem sempre foi assim, mas foi uma impressão que
tive. O sucesso de uma civilização e a proteção contra os mecanismos da
seleção natural parecem sempre estar associado à expansão contínua,
ou o "progresso". As culturas que optaram pela estabilidade
ou desapareceram, ou tiveram que renunciar a muitas das proteções
aos "menos aptos" que a civilização em expansão provia, resultando
em culturas com legislações e costumes draconianos ou fanatismo
religioso levado ao último grau.

Antonio Carlos M. de Queiroz



SUBJECT: En: [ciencialist] evolu��o das esp�cies
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/08/2000 08:49


-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 2 de agosto de 2000 20:28
Assunto: Re: [ciencialist] evolução das espécies


Oi Francisco,
-------------------------------------------
-----Mensagem Original-----
De: Francisco <fbrito@globo.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 2 de agosto de 2000 19:01
Assunto: Re: [ciencialist] evolução das espécies

Civilização, pois bem, estou chegando quase a mesma conclusão. Só não
entendi essa afirmação de que a civilização que a civilização requer
contínua evolução para não desaparecer. Evolução de que forma?
-------------------------------------------
Acredito que o ACMQ estava se referindo a 'evolução' do ponto de vista da
Ciência, para garantir a existência da civilização. Sobre isso, tenho um
pequeno (e sugestivo) texto em
www.feiradeciencias.com.br/sala19/index19.htm - 00- Novo Jovem Selvagem.
Chega lá!

[]'
Léo

PS: Para os demais uma novidade no 'maior site do mundo' no gênero (como
algumas revistas publicaram, exagerando até o exagero); inaugurada a Sala
20 - Laboratório de Física - com fichas sobre experimentos tradicionais
usando equipamentos básicos existentes "em todas as escolas e faculdades do
Brasil". www.feiradeciencias.com.br/sala20/index20.htm
Aviso ....... os perpetuum mobiles estão em fase final ... aguardem! Não se
desesperem!







SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/08/2000 08:57



Francisco wrote:

> > Nao sei o q vc quer dizer com "destaque". Hoje a mulher tambem esta
> em
> > destaque.
> > O q eu estou duvidando eh q as mulheres conviviam com varios maridos
> e
> > tinham o poder de mando maior q os homens nesta sociedade.
> > Isso parece ir contra o comportamento de todos os primatas ( dos
> quais
> > somos
> > aparentados ) .
>
> Na verdade, não somos aparentados aos primatas, nós somos primatas.

Na verdade, se nos somos primatas , nos tambem somos aparentados aos
primatas.

>
> E se você prestar atenção as sociedades primatas, verá que em muitas
> delas
> existe uma fêmea alfa que controla o grupo.

Muitas delas ? Nao, poucas delas.
Pegue a frequenca relativa e vera q sao poucas delas.
Existe uma relacao numerica que fornece o grau de dominancia (ou de
femeas
que um macho possui) em funcao de seu tamanho (relativo aas femeas).
Assim qto maior o tamanho do macho em relacao aas femeas maior sera o
seu
harem de dominacao.


>
> Tenho plena certeza de que você entendeu o que eu quero dizer com
> "destaque".

Nao entendi. Mas nao importa muito.
O q quero ressaltar eh q a dominacao de femeas sobre o macho NAO eh
esperado
quando o macho tem um tamanho fisico maior que a femea como disse acima.

Assim nas sociedades primatas como a NOSSA, onde o homem eh, em geral,
maior que a mulher a dominacao por femeas nao devera , normalmente,
acontecer.
NA verdade, a dominacao masculina eh esperada num fator de cerca de 1,3

ou seja 1,3 mulheres para cada homem. ( Este numero tive numa conversa
com um professor de biologia da Usp, nao estou bem certo se era 1,3 mas
seguramente
era maior do que 1.)
Isso implica q SE existiu uma sociedade matriarcal no qual as mulheres
tinham varios
homens, e os dominava, este fato eh claramente anti-natural e deveria
ser uma
sociedade altamente instavel.
Por isso nao a temos mais em nossos dias.


>
> E acho que você duvida por puro preconceito, basta estudar um pouco a
> antropologia cultural e verá que as coisas eram assim mesmo.

O "eram" nao implica fracao de tempo q o fato aconteceu.
Varias comunidades alternativas foram propostas recentemente onde todos
os
tipos de relacionamentos eram permitidos e tentados.
Todas fracassaram , convergindo para um relacionamento do tipo
tradicional.
Era um livro de psicologia q analisava tipos de relacionamentos
alternativos.
Ou seja, embora estes relacionamentos tenham sido tentados e existidos,
nao
representam nada em termos estatisticos de sociedades estaveis.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/08/2000 09:43



Francisco wrote:

> E acho que você duvida por puro preconceito, basta estudar um pouco a
> antropologia cultural e verá que as coisas eram assim mesmo.

Se fosse assim mesmo nao haveriam estudos contestando ou mesmo
duvidando
da "matriarcalidade". Indicio claro que tais sociedades deveriam ser
*rarissimas*:
Pincei alguns trechos do artigo abaixo:

Matriarchy: history or reality?
http://www.saunalahti.fi/penelope/Feminism/matriarchy.html
Is matriarchy impossible?
Anthropology of women
History of women
Sources
Is matriarchy impossible?
..................
History of women

Stella Georgoudi who writes about Creating a myth of matriarchy in
Antiquity in A history of women in the West
illuminates the historian’s view. She tries to show that the proofs for
matriarchy are rather frail, based mainly on interpretation of
Greek myths and Herodotus’ Histories. (See list of sources.) Her
conclusion, that there was no matriarchy because of
weakness of the proof, is however logically wrong. The proof of silence
is not a good proof, not even in history.

Another matter is the interpretation of ancient writings related to
women, which according to for example Winkler, could be
less straightforward than the conventional science wants to believe.
After all, we have to know who wrote and for what
purpose those texts which have survived to our time.

Some basic laws of logical reasoning should be kept in mind:

1.to state that something never exists, a theoretical proof of its
impossibility is required, as well as
2.when stating that something applies to all cases, a proof is
needed. Only one counter-example is needed to refute a claim
that a fact is always true.

When we apply this to the insistence that there ever was or could be a
matriarchy, we must require a theory of society which
implies it. This would mean an assumption that human society has only a
limited number of possible ways of organizing itself,
and in none of these ways women are dominant.

I wish to prove the contrary, and even by two independently separate
arguments. First, that the variety of human societies............


Ou seja o matriarcado nao eh consenso.
[]s
jocax



SUBJECT: RES: [ciencialist] O Genismo do Jocax
FROM: "Rodrigo F. Viecilli" <philox@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/08/2000 16:43

Já que o Genismo é passível de verificação através do "grau de felicidade",
me mostre como vc vai medir e qual a definição de felicidade que vc tem, que
é procurada pelos filósofos há milhares de anos.
Felicidade deve ser uma coisa inerente mesmo às bactérias ou vírus, já que
elas carregam material genético... :/

PhiloX

-----Mensagem original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@usp.br]
Enviada em: Segunda-feira, 14 de Agosto de 2000 14:54
Para: ciencialist
Assunto: Re: [ciencialist] O Genismo do Jocax


Bom,
resolvi fazer uma explicacao extra do Genismo para q nao haja tantos
mal entendidos.

O Genismo eh ciencia? O Genismo eh religiao ? O q eh o Genismo ?

Primeiro eu digo q o Genismo eh uma doutrina ( norma, preceito , regra
).
Eu o fiz para ser usado como uma religiao. E, portanto, o Genismo nao
eh uma ciencia no senso estrito do termo!

Contudo, o Genismo eh baseado em ciencia ( teoria neodarwiniana ) e pode

ateh ser refutada como uma teoria cientifica :
Eu alego q o Genismo eh a doutrina que leva seus seguidores aa
felicidade
MAXIMA dentre todas as doutrinas q ele pode seguir. E isso eh passivel
de
verificacao e refutacao ( pelo menos em principio ) :
Tome sociedades q o adotem e compare, estatisticamente, o grau de
felicidade
com sociedades que nao o adote. Se as sociedades q adotarem o genismo
tiver um grau de felicidade menor q as outras entao o genismo estara
refutado.

Ou seja, o Genismo como uma teoria, que leva o individuo a uma
felicidade maior,
eh cientifica e passivel de verificacao.

O Genismo eh tambem uma religiao e SAI do campo cientifico quando
propoem
que a unica forma valida de pepetuacao esta nos genes. Isso envolve
SENTIMENTO.

Ou seja, quando o Genismo propoe q vc *acredite e sinta* q sua
perpetuacao esta
em seus genes ele torna-se religiao.

O Genismo, como toda doutrina, nao impoe que vc o adote como sua
religiao, mas
declara q SE vc o fizer vc sera + feliz do q se nao o fizer. Isso pq o
Genismo
ao inves de ir contra sua bagagem genetica vai a favor : O Genismo
adequa
a parte cultural do homem aa sua biologia interna. Eh a melhor formula
para a
tao falada adequacao "mente-corpo".

[]s
jocax




*** --- ***

>> Lista de VARIOS sites com noticias direcionadas a ciencia (FREE!)<<
http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html

*** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] evolução das espécies
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/08/2000 19:36

On Wed, 2 Aug 2000, Antonio Carlos M. de Queiroz wrote:
> Pensei nas antigas civilizações que desapareceram, praticamente sempre
> depois de um longo período de estabilidade, ou de tentativas de voltar
> a uma "era dourada". Nem sempre foi assim, mas foi uma impressão que
> tive. O sucesso de uma civilização e a proteção contra os mecanismos da
> seleção natural parecem sempre estar associado à expansão contínua,
> ou o "progresso". As culturas que optaram pela estabilidade
> ou desapareceram, ou tiveram que renunciar a muitas das proteções
> aos "menos aptos" que a civilização em expansão provia, resultando
> em culturas com legislações e costumes draconianos ou fanatismo
> religioso levado ao último grau.

ha alguma q. alcancou realmente uma estabilidade -- nao digo tracos
culturais, mas a cultura toda?

sei q ha alguns modelos ecologicos q. podem ser aplicados na analise de
desenvolvimento de algumas civilizacoes.

uma expansao continua nao eh possivel -- sempre se encontra a capacidade
maxima do ambiente em q. se encontra uma dada cultura, qdo se atinge esse
limite a cultura nao pode expandir (falando de tamanho de populacao e de
fabrico de bens materiais). tem como exemplos possiveis, os rapanuis da
ilha de pascoa.

aih entraria a questao das conquistas -- de explicar, em parte, as
politicas de expansao territorial de certos povos q. pontuam a historia
da humanidade. isso seria motivado pela busca de mais recursos q. se
esgotam em um dado local.

claro q isso eh um reducionismo bastante exagerado -- haveria q, se
considerar a intervencao da mentalidade humana.

estamos agora neste peh -- nao se cumpre ainda a promessa de colonizacao
de novos planetas e os recursos daqui se esgotam rapidamente. toda a
conversa de desenvolvimento sustentavel passa por esse compromisso entre
sobrevivencia imediata e a longo prazo.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: A Verdadeira História do Plano Real: meu novo site no eGroups
FROM: "Bidual - Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: "Maria Helena" <mhdcgc@uol.com.br>, "Maria" <helenasaiani@uol.com.br>, "Marcos Pitanga" <pitanga@domain.com.br>, <e.freixinho@uol.com.br>
CC: "Claudio Abreu Resid." <cbasr@gbl.com.br>
DATE: 04/08/2000 07:18

Prezados Amigos e Amigos,

Acabo de dar uma primeira finalizada num site que abri no eGroups, para divulgar os meus trabalhos relacionados ao Plano Real. Estou montando também mais dois: um contendo os arquivos da Teoria Geral da Bidualidade (TGBD) e outro para  disponibilizar arquivos das minhas músicas em MP3. Gostariam que vocês me dessem, se possível um feed-back, fazendo comentários, críticas e sugestões.

Um grande abraço,

Claudio Abreu 

 

A Verdadeira História do Plano Real

Uma apresentação do conteúdo deste grupo,

ideal para ser encaminhada para seus amigos.

 

Descrição:

O objetivo deste grupo é disponibilizar para downloads todos trabalhos de Claudio Braga de Abreu e Silva, relacionados à elaboração do Plano Real, que foi formulado a partir da sua proposta denominada "A Indexação Diária Negociada", de 31/08/93.

O autor nasceu em 08/11/49, em Cachoeiro de Itapemirim/ES, é engenheiro civil e mestre em administração de empresas, e desde 1995 é empregado da BNDES Participações S.A - BNDESPAR , e a partir de 1992 é diretor financeiro da Associação dos Funcionários da BNDESPAR - AFBNDESPAR -, que inclusive o apoiou na divulgação do seu trabalho para mais de 200 pessoas e entidades representativas do nosso país, inclusive para o então presidente da República Itamar Franco, e para o seu ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso (e toda a sua equipe econômica).

Conheça um pouco mais da história do nosso Brasil, sabendo como se deu formulação da idéia do seu mais bem sucedido plano anti-inflacionário, num episódio que mostra bem a face oculta do nosso atual presidente reeleito Fernando Henrique Cardoso, que juntamente com o seu antecessor nunca reconheceram o mérito do autor nessa estória toda.

 

Os Endereços Eletrônicos:

 

Página Principal:

http://br.egroups.com/group/averdadeirahistoriadoplanoreal/

Endereço da Página Principal

 

Arquivos:

http://br.egroups.com/files/averdadeirahistoriadoplanoreal/

Arquivos disponíveis para consulta e downloads

 

Links:

http://br.egroups.com/links/averdadeirahistoriadoplanoreal

Links para a Claudio Abreu Personal Page e outros trabalhos do autor.

 

Algumas Dicas Operacionais:

Se você acessou o grupo pela seção de Arquivos, poderá voltar para a Página Principal, cliclando neste nome, que fica no lado esquerdo da tela. Na Página Principal, existe um menu com as seguintes opções:

Assinar

Se você quiser ser Associado do grupo, clique em Assinar, digite seus dados, e pronto você estará associado.

Mensagens

Se clicar aqui o usuário, Associado ou não, poderá ler todas mensagens remetidas ao grupo.

Remeter

Aqui você poderá enviar mensagens para o grupo, que serão enviadas para todos os Associados.

Arquivos

Este é o objetivo maior deste grupo. Ao clicar aqui, o usuário terá acesso a todos os meus trabalhos, que estão em Word 97, e salvá-los após o download, clicando em Arquivo e Salvar como do Word.

Pesquisa de Opinião

Ainda não disponível. Nesta seção serão feitas pesquisas relacionadas os meus trabalhos e ao Plano Real.

Links

Aqui são apresentados alguns links: da personal page e de outros trabalhos e grupos do autor.


SUBJECT:
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <papec@egroups.com>, <info-ziper@egroups.com>, Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>, <cidadaniabrasil@egroups.com>, "Carlos Alberto Torres" <beto@lna.br>, "Luiz Magri" <lmagri@attglobal.net>, <escobar@ifi.unicamp.br>, "Oscar Ferreira de Lima" <delima@ifi.unicamp.br>
DATE: 04/08/2000 12:28

Oi, pessoal. A próxima edição do Observatório da Imprensa estará em novo
site:

-------------------

A partir da zero hora do dia 5 de agosto de 2000 estará hospedado nos
servidores do portal iG.

Da edição 95 em diante, serão dois os novos endereços para acesso ao
Observatório on line:

www.observatoriodaimprensa.com.br e www.ig.com.br/observatorio

A caixa de correio estará ativa em

obsimp@ig.com.br

Os arquivos dos 4 anos de edições regulares do Observatório da Imprensa
também estarão disponíveis no iG.

Esperamos continuar marcados nos seus favoritos.

-----------------------

Mais informações em:

http://www2.uol.com.br/observatorio/atualiza/artigos/so27072000.htm

Até a próxima...

Roberto Belisário

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Veja também: Observatório da Imprensa
http://www2.uol.com.br/observatorio/
-----------------------------------------------------



SUBJECT: Fwd: FWD: vai o lutador, fica a luta
FROM: "Joao Carlos Holland Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/08/2000 13:07

--- In fflch@egroups.com, "Diego Azzi" <diego@e...> wrote:

---------- Original Message ----------------------------------
From: "Thomaz Ferreira Jensen" <osjensen@u...>
Date: Fri, 21 Jul 2000 13:29:01 -0300

O companheiro Biondi, jornalista e lutador do povo, investigou,
noticiou e denunciou ao povo brasileiro a bandalheira e o entreguismo
com que este governo antipopular de FHC e asseclas privatizou muito
mais do que as empresas públicas brasileiras.

Foi a luta final deste combatente incansável. Biondi, você
estará
presente no julgamento implacável que a História do Brasil,
escrita
finalmente por seu povo, fará desta sua luta, dos que você
enfrentou
na sua vida. Quando todos seremos julgados em compromisso com a vida
e
a dignidade dos brasileiros.

Viva o projeto popular para o Brasil!

Pátria Livre, Venceremos!

Thomaz

Morre, aos 64 anos, o jornalista Aloysio Biondi
21/07/2000 12h31

da Folha Online
em São Paulo

O jornalista Aloysio Biondi morreu hoje de manhã, em São Paulo,
vítima
de um aneurisma cerebral. Biondi, que tinha 64 anos, era colunista
econômico no jornal "Diário Popular".

Também trabalhou na Folha de S.Paulo, onde foi editor de Economia.
Biondi dirigiu também o diário "DCI" e a revista "Visão".
Biondia
colaborava também com a revista "Bundas".

O jornalista ficou conhecido especialmente por seus textos
críticos à
política econômica brasileira, muitos deles escritos na Folha.

Em sua coluna de hoje, publicada no "Diário Popular", Biondi
ressalta
que a produção brasileira é insuficiente para a formação dos
estoques.
Isso em parte explica a carestia dos últimos dias, que está
sendo
atribuída às geadas.

O velório será no hospital Beneficência Portuguesa na Bela
Vista
(região central) de São Paulo. O cortejo sai às 10h de
amanhã em
direção ao Cemitério da Paz no Morumbi (zona sudoeste), onde
será o
enterro.





--
Diego Araujo Azzi
diego@e...
--
--- End forwarded message ---




SUBJECT: Biondi: Vai o lutador, fica a luta
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/08/2000 13:15



Joao Carlos Holland Barcellos wrote:

> --- In fflch@egroups.com, "Diego Azzi" <diego@e...> wrote:
>
> ---------- Original Message ----------------------------------
> From: "Thomaz Ferreira Jensen" <osjensen@u...>
> Date: Fri, 21 Jul 2000 13:29:01 -0300
>
> O companheiro Biondi, jornalista e lutador do povo, investigou,
> noticiou e denunciou ao povo brasileiro .....

Desculpem pelo e-mail de cunho politico q veio de carona com a mensagem.

Mas nao eu nao poderia tambem , de alguma forma, prestar uma
contribuicao
em homenagem a esse grande jornalista e patriota.
[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/08/2000 19:26

Talvés eu até concorde, se você tiver a bondade de traduzir o texto!
-----------------------------------------------------
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----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Thursday, August 03, 2000 9:43 AM
Subject: Re: [ciencialist] Sabedoria infantil ou mais uma crendice popular ?


>
>
> Francisco wrote:
>
> > E acho que você duvida por puro preconceito, basta estudar um pouco a
> > antropologia cultural e verá que as coisas eram assim mesmo.
>
> Se fosse assim mesmo nao haveriam estudos contestando ou mesmo
> duvidando
> da "matriarcalidade". Indicio claro que tais sociedades deveriam ser
> *rarissimas*:
> Pincei alguns trechos do artigo abaixo:
>
> Matriarchy: history or reality?
> http://www.saunalahti.fi/penelope/Feminism/matriarchy.html
> Is matriarchy impossible?
> Anthropology of women
> History of women
> Sources
> Is matriarchy impossible?
> ..................
> History of women
>
> Stella Georgoudi who writes about Creating a myth of matriarchy in
> Antiquity in A history of women in the West
> illuminates the historian's view. She tries to show that the proofs for
> matriarchy are rather frail, based mainly on interpretation of
> Greek myths and Herodotus' Histories. (See list of sources.) Her
> conclusion, that there was no matriarchy because of
> weakness of the proof, is however logically wrong. The proof of silence
> is not a good proof, not even in history.
>
> Another matter is the interpretation of ancient writings related to
> women, which according to for example Winkler, could be
> less straightforward than the conventional science wants to believe.
> After all, we have to know who wrote and for what
> purpose those texts which have survived to our time.
>
> Some basic laws of logical reasoning should be kept in mind:
>
> 1.to state that something never exists, a theoretical proof of its
> impossibility is required, as well as
> 2.when stating that something applies to all cases, a proof is
> needed. Only one counter-example is needed to refute a claim
> that a fact is always true.
>
> When we apply this to the insistence that there ever was or could be a
> matriarchy, we must require a theory of society which
> implies it. This would mean an assumption that human society has only a
> limited number of possible ways of organizing itself,
> and in none of these ways women are dominant.
>
> I wish to prove the contrary, and even by two independently separate
> arguments. First, that the variety of human societies............
>
>
> Ou seja o matriarcado nao eh consenso.
> []s
> jocax
>
>
>
>
> *** --- ***
>
> >> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
> http://www.physlink.com/
>
> *** --- ***
>
>
>
>



SUBJECT: Atomos
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/08/2000 00:35

Amigos:

- Se a materia e' formada por atomos,
e estes contem, em sua maior parte,
"espacos vazios" (falo da distancia
entre os eletrons e o nucleo do
atomo), porque e' que minha mao
(feita de atomos) nao atravessa
minha escrivaninha
que tambem e' feita de atomos),
quando eu a toco ?

Paulo Sergio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: Re: [ciencialist] Atomos
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/08/2000 01:59

Oi! O negócio é o seguinte: os elétrons são partículas carregadas, e,
portanto, ao redor deles existem um campos elétricos. Tendo os elétrons
sempre carga negativa, eles repelem um ao outro. Ora, quando você pressiona
sua mão contra a escrivaninha, os campos elétricos dos elétrons dos átomos
exteriores da sua mão repelem os campos elétricos dos elétrons dos átomos
exteriores da escrivaninha. A força que você sente na sua mão é essa força
de repulsão elétrica.

Talvez você se pergunte: mas os elétrons são tão pequenininhos, por que
os elétrons da minha mão não passam entre os da escrivaninha, mesmo com os
campos elétricos? Os elétrons estão movendo-se muito rapidamente ao redor do
núcleo, de forma que, em média, tem-se um campo elétrico "médio" contínuo ao
redor do núcleo. Então, apesar de o volume do átomo pode ser quase todo de
espaço vazio, esse espaço está preenchido pelo campo elétrico médio gerado
pelos elétrons. Os átomos da sua mão repelem os da mesa através desse campo
médio.

Pelo cúmulo da coincidência, eu estava respondendo precisamente a mesma
pergunta para uma amiga hoje há algumas horas. Ela perguntou-me: por que
então não sentimos repulsão semelhante provocada pelo campo elétrico que
aparece na tela de uma televisão recém-desligada (aquele que puxa os
pelinhos do nosso braço). A resposta é que o campo da tela é muito mais
fraco do que o que existe próximo dos elétrons. Como os elétrons são muito
diminutos, em distâncias muito próximas dos elétrons o campo é extremamente
concentrado, e portanto muito forte.

Repare como tudo isso tem como conseqüência o fato de que as forças que
presenciamos em nosso cotidiano têm origem ou gravitacional ou
eletromagnética (uso a palavra "eletromagnético", porque os elétrons em
movimento também exibem um campo magnético ao seu redor). É por isso que os
físicos dizem que todas as forças podem ser reduzidas em quatro forças
fundamentais: as gravitacionais, as eletromagnéticas, as forças nucleares
fortes e as forças fracas.

Até a próxima,
Belisário

----- Original Message -----
From: Paulo Sérgio Dias

> Amigos:
>
> - Se a materia e' formada por atomos,
> e estes contem, em sua maior parte,
> "espacos vazios" (falo da distancia
> entre os eletrons e o nucleo do
> atomo), porque e' que minha mao
> (feita de atomos) nao atravessa
> minha escrivaninha
> que tambem e' feita de atomos),
> quando eu a toco ?
>
> Paulo Sergio Dias




SUBJECT: Re: [ciencialist] Atomos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/08/2000 17:12

-----Mensagem Original-----
De: "Paulo Sérgio Dias"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 5 de Agosto de 2000 00:35
Assunto: [ciencialist] Atomos

> - Se a materia e' formada por atomos,
> e estes contem, em sua maior parte,
> "espacos vazios" (falo da distancia
> entre os eletrons e o nucleo do
> atomo), porque e' que minha mao
> (feita de atomos) nao atravessa
> minha escrivaninha
> que tambem e' feita de atomos),
> quando eu a toco ?

Olá Paulo

Novamente vou me intrometer num assunto que, rigorosamente falando, não é da
minha especialidade e que, por sinal, já foi muito bem respondido pelo
Belisário. Com efeito, os campos de forças mais uma vez respondem por suas
dúvidas. E se você se lembrar de minha mensagem anterior, eu diria que o
motivo real é que existe alguma coisa que não sabemos "o que é" e que de
alguma forma também "desconhecida" promove um efeito que julgamos conhecer
(a impenetrabilidade material - refiro-me à matéria macroscópica). A essa
alguma coisa damos o nome de campo de força.

Procuro chamar a atenção dos jovens cientistas para essa ignorância não com
a finalidade de criticar a física e/ou os físicos mas simplesmente para
mostrar que nem tudo resolve-se com palavras, ainda que seja importante a
criação desses termos afim de que possamos postergar nossas dúvidas para o
futuro, assumindo-se provisoriamente que conhecemos o desconhecido. Quando
Aristóteles referiu-se aos "motores divinos principais" ele não o fez
meramente no sentido de apelar para a religião mas simplesmente com a
finalidade de deixar claro que alguma coisa desconhecida respondia pelo
movimento perpétuo dos astros. Quando criou-se o conceito de campo
(parece-me que teria sido obra de Faraday, mas não sei bem ao certo),
fez-se-o com a mesma finalidade. Desta forma, a palavra campo é um artifício
provisório, ainda que bastante valioso, a demostrar o quanto estamos longe
de verdadeiramente entender efeitos tão elementares quanto aqueles que você
tem nos apresentado.


[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Atomos
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/08/2000 19:30

Alberto Mesquita Filho escreveu:

> Procuro chamar a atenção dos jovens cientistas para essa ignorância não com
> a finalidade de criticar a física e/ou os físicos mas simplesmente para
> mostrar que nem tudo resolve-se com palavras, ainda que seja importante a
> criação desses termos afim de que possamos postergar nossas dúvidas para o
> futuro, assumindo-se provisoriamente que conhecemos o desconhecido. Quando
> Aristóteles referiu-se aos "motores divinos principais" ele não o fez
> meramente no sentido de apelar para a religião mas simplesmente com a
> finalidade de deixar claro que alguma coisa desconhecida respondia pelo
> movimento perpétuo dos astros. Quando criou-se o conceito de campo
> (parece-me que teria sido obra de Faraday, mas não sei bem ao certo),
> fez-se-o com a mesma finalidade. Desta forma, a palavra campo é um artifício
> provisório, ainda que bastante valioso, a demostrar o quanto estamos longe
> de verdadeiramente entender efeitos tão elementares quanto aqueles que você
> tem nos apresentado.

Há uma diferença fundamental entre os "motores divinos" e os campos, que
é a que campos podem ser medidos e analizados quantitativamente, com a
teoria corrente sendo útil para prever tão precisamente quanto é
possível
medir seus efeitos. Seja lá o que forem, eles são reais.

Mas aceito que não se saiba o que são, campos e uma infinidade de outras
coisas.
Há algum tempo um aluno me perguntou o que era um elétron, exatamente.
Eu disse que provavelmente ninguém sabe, mas se sabe muito bem como ele
se comporta.

Antonio Carlos M. de Queiroz



SUBJECT: ***INTERNET VIA SATÉLITE GRÁTIS****
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 05/08/2000 19:45

 
http://idgnow.uol.com.br/idgnow/telecom/2000/08/0004
 
Embratel oferece Internet via satélite

Terça-feira, 1 de Agosto de 2000 - 18h48

IDG Now!
Karina Garcia

A Embratel fechou uma parceria com o UOL e a empresa Gilat - fornecedora de estações terrenas - para oferecer acesso à Internet em banda larga via satélite. A novidade começará a ser testada a partir deste mês no Rio de Janeiro e em São Paulo.

"Na primeira fase do projeto estaremos oferecendo acesso gratuito para um grupo restrito de 250 usuários. Dependendo da reação do mercado, em meados de outubro iremos expandir o projeto-piloto para mais de mil usuários", disse Amâncio Pulcherio, superintendente geral da unidade de satélites da Embratel.

Segundo o executivo, o sistema irá oferecer velocidade de acesso de aproximadamente 153 Kbps para o usuário final. "Nesta primeira fase do projeto estaremos testando a tecnologia para consumidores e futuramente para as empresas". O projeto não requeriu investimentos, já que as empresas utilizaram equipamentos existentes e disponíveis das parceiras.

Notícia relacionada:
· Embratel e SES fecham acordo para banda larga

Sites relacionados:
· www.ses-astra.com
· www.embratel.net.br


SUBJECT: descrevendo o mundo
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
CC: <acropolis@egroups.com>
DATE: 05/08/2000 23:35

Caros listeiros,

O Mesquita escreveu: "o motivo real é que existe alguma coisa que não
sabemos "o que é" e que de alguma forma também "desconhecida" promove um
efeito que julgamos conhecer (a impenetrabilidade material - refiro-me à
matéria macroscópica). A essa alguma coisa damos o nome de campo de força."


Manuel - Essa explicação do Mesquita me lembrou o enunciado de Newton da lei
da gravidade. Newton começa a descrever referida lei mais ou menos nos
seguintes termos: a natureza se comporta COMO SE matéria atraísse
matéria..." O importante no enunciado é o "como se", ou seja, Newton não
tinha a pretensão de que o seu enunciado fosse a última palavra em física.
Tinha ele plena consciência de que uma correspondência cabal entre o
pensamento e o ser é impossível e que o conhecimento da realidade é sempre
uma aproximação.

O problema é o que o positivismo faz com o "como se" newtoneano. Segundo
essa escola, que deu continuidade ao velho nominalismo medieval, as leis da
natureza não são "reais", mas meras construções mentais de que se valem os
homens para "descrever" certas regularidades observadas. Dito em outros
termos, de acordo com o positivismo, "não existem leis na natureza", mas
tão-só descrições de regularidades.

Ora, uma regularidade natural pode ser descrita de várias formas (Ptolomeu
descreve de um jeito, Copérnico descreve de outro), de sorte que todas
nossas construções mentais são arbitrárias. O que as distingue não é o fato
de que uma se aproxima mais da verdade que a outra, mas o fato de que
algumas descrições são mais econômicas e outras não.

O que distingue um positivista de um nietzscheano é que, para o primeiro, o
critério de validação de uma teoria é o princípio da economia, ao passo que,
para o segunto, tal critério é a beleza.

Para o positivista, "somente o que é percebido pelos sentidos é real". Ora,
uma lei, uma "generalidade", não é algo que se percebe pelos sentidos, mas
mera inferência. Logo, uma lei não é real.

Ao positivista faço uma pertunta: "a realidade existe independentemente da
mente do positivista?" -- Se ele for coerente, ele irá dizer que "um mundo
existindo à margem da minha consciência não pode ser por mim percebido;
logo, tal mundo não é real, mas apenas um constructo mental que me valho
para descrever o fato de meus avós e meus pais 'aparentarem' ser mais velhos
do que eu."

Abraços,
Manuel Bulcão





SUBJECT: (RN) Psiconeuroimunologia
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/08/2000 20:02

Jornal de Piracicaba, 06.08.00

>PSICONEUROIMUNOLOGIA: a ciência que vai além da razão.

>Trata-se de uma nova ciência que associa a psicologia, >neurologia,
imunologia, endocrinologia e...ao poder dos >sentimentos e da fé para
curar os doentes.

>..., a psiconeuroimunologia...poderia ser chamado de
>psiconeuroendocrivascolarimunologia se esse nome não se >tornasse
gigantesco...

>...essa abordagem médica está um passo à frente da psicossomática,...

Oi ciencialistas,

essas frases fazem parte de um noticiário de uma página inteira do
jornal. Já tinham ouvido falar dessa nova pseudociência? Quem se
interessar é só entrar no endereço:
www.jpjornal.com.br e clicar no Jornal de Domingo, amanhã ou depois
já deve estar lá.

Bom divertimento ;-)

[]'s

Douglas A F Campos
ICQ 30208855 (Betinho)



SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Antonio A. J. Godoy" <prof_godoy@teracom.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/08/2000 20:19


----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Sunday, August 06, 2000 8:26 PM
Subject: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo


> Não vejo o porque da insistência do Mesquita querer 'desaprovar' os
modelos
> ou despertar neles apenas os 'furos' no aguardo de modelos novos. Isso é
> Ciência ... e que se dane a 'verdade'! Bonitas as palavras de
'positivismo',
> 'nietzschismo' etc., vou incluir mais uma 'verbalismo'.

Isso aí, Léo.

[ ]'s,

Godoy



SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/08/2000 20:26

Nessa, eu apreciaria participar.
Um dos motivos é o modo 'rígido' como o Mesquita descreve as coisas nas mais
variadas listas de discussão. Vejamos se tecla aquilo que penso:

Começo contrapondo-me a 'campo de força'. Tal nomenclatura não comparece em
nenhuma literatura séria de Ciência. Campo de força é produto da ficção
científica e, mesmo I. Asimov o descreve como 'uma necessidade' para o
enredo. Os 'campos de forças' foram inventados para 'barrar' a passagem de
coisas na região onde atua (e pode até envolver uma nave espacial inteira!).
Existe campo gravitacional, magnético etc. Em qualquer um deles,
colocando-se partículas dotadas de específicas propriedades ocorre uma
interação 'local' cujo resultado se manifesta como força. O conceito de
campo foi introduzido para liquidar com a tal 'ação à distância' sugerida
por Newton. Desse modo, as forças ficam limitadas a 'forças de contato' e
forças de campo. Analisando-se no mundo atômico, as forças de contato recaem
nas forças de campo. Nessa análise, ninguém entra em contato com ninguém.
Nessa análise, não há 'quinas' nas mesas e não há superfície lisa ... no
fundo não há 'nem mesa'! Tudo não passa de aglomerados dispersos de matéria.

Ainda 'criticando' o Mesquita. Para alunos do nível médio não há porque
ficar salientando tais coisas como 'motivo de não-verdades'. O aprendizado
deve avançar aos passos 'step by step'. Vou exemplificar:
No primário, aprendemos a história das caravelas, a descoberta do Brasil,
figurinhas dos índios, a tal primeira missa, os jesuítas e aquelas coisas
que vcs sabem muito bem, numa linda paisagem poética.
No ano seguinte algumas modificações são postas nesta história do Brasil. No
outro ano aparece entre entre os navegadores um Américo Vespucci, com grande
conhecimento de navegação. A história do Brasil vai se modificando.....
depois entra o aspecto pol'tico da casa imperial .... e a coisa vai
avançando até entrar na faculdade ... e ai o professor de PB começa
perguntando 'Que Brasil?' de quem que é isso? e a tal historinha lá dos 4
anos de idade, depois 8 anos ....... sumiu!!!!!!!!!!!!!
Vc acha justo começar o aprendizado da História do Brasil de outro modo?
Ainda nessa linha 'critica', vejo a Ciência totalmente desvinculada da
palavra 'verdade'. Eu a vejo como um empreendimento de BUSCA DE MODELOS que
se adaptem às coisas. Olha proponho chamar isso de 'força de atrito' e para
superfícies secas pode muito bem ser calculada como u.N. Interessante,
funciona bastante bem. Vamos usar e, se alguém prepuser um modelo melhor,
ótimo, passaremos a usa-lo e com isso desenvolver melhores inclinações nas
pistas automotivas e evitar acidentes.
Não vejo a Ciência como busca de verdades e sim como busca de modelos que
funcionem e graças a eles toda nossa tecnologia.
Por vezes a Ciência utiliza a palavra 'verdadeiro' (que nada tem com a tal
verdade absoluta --- que nem sei o que é isso). Exemplifico:
Num estudo euclidiano coloco a afirmação "por um ponto fora de uma reta
passa uma e uma só reta paralela à reta dada". E digo, a proposição é
verdadeira. Ora, esse 'é verdadeiro' refere-se ao contexto euclidiano. Assim
que entrar o amigo Lobaschevisk o papo é outro e, dentro da topologia
totalmente outro!
"Campo" é um modelo que funciona, apenas isso! Ele transformou o modelo
'ação à distância' (que trazia sérios problemas para o tempo de interação)
para o modelo 'ação local' (e o problema do tempo de interação foi pro
espaço).
O modelo de campo foi substituído pelo amigo Einstein pelo modelo 'curvatura
do espaço'. Muito melhor, pois justificou a curvatura da luz nas
proximidades das massas (o modelo de campo não explica). Nada vai me
assustar se alguém colocar um modelo melhor que a curvatura do espaço e com
ele explicar realmente o que é o tal espaço que fica torto! Evolução dos
modelos sem qualquer pretensão de verdades. Funciona ... até que deixe de
explicar.

Não vejo o porque da insistência do Mesquita querer 'desaprovar' os modelos
ou despertar neles apenas os 'furos' no aguardo de modelos novos. Isso é
Ciência ... e que se dane a 'verdade'! Bonitas as palavras de 'positivismo',
'nietzschismo' etc., vou incluir mais uma 'verbalismo'.

Filosofando em cima da Verdade: em breve teremos um mundo totalmente regido
por nossos modelos humanos ... e a ninguém mais ocorrerá fazer a
pergunta --- isso é algo verdadeiro?

Se não consegui teclar o que pensei, raspou. Uma boa lapidada e poderá se
transformar na 'verdadeira mensagem da ciência' :-)))

[]'
Léo


-----Mensagem Original-----
De: <msbn@daterranet.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Cc: <acropolis@egroups.com>
Enviada em: sábado, 5 de agosto de 2000 23:35
Assunto: [ciencialist] descrevendo o mundo


Caros listeiros,

O Mesquita escreveu: "o motivo real é que existe alguma coisa que não
sabemos "o que é" e que de alguma forma também "desconhecida" promove um
efeito que julgamos conhecer (a impenetrabilidade material - refiro-me à
matéria macroscópica). A essa alguma coisa damos o nome de campo de força."


Manuel - Essa explicação do Mesquita me lembrou o enunciado de Newton da lei
da gravidade. Newton começa a descrever referida lei mais ou menos nos
seguintes termos: a natureza se comporta COMO SE matéria atraísse
matéria..." O importante no enunciado é o "como se", ou seja, Newton não
tinha a pretensão de que o seu enunciado fosse a última palavra em física.
Tinha ele plena consciência de que uma correspondência cabal entre o
pensamento e o ser é impossível e que o conhecimento da realidade é sempre
uma aproximação.

O problema é o que o positivismo faz com o "como se" newtoneano. Segundo
essa escola, que deu continuidade ao velho nominalismo medieval, as leis da
natureza não são "reais", mas meras construções mentais de que se valem os
homens para "descrever" certas regularidades observadas. Dito em outros
termos, de acordo com o positivismo, "não existem leis na natureza", mas
tão-só descrições de regularidades.

Ora, uma regularidade natural pode ser descrita de várias formas (Ptolomeu
descreve de um jeito, Copérnico descreve de outro), de sorte que todas
nossas construções mentais são arbitrárias. O que as distingue não é o fato
de que uma se aproxima mais da verdade que a outra, mas o fato de que
algumas descrições são mais econômicas e outras não.

O que distingue um positivista de um nietzscheano é que, para o primeiro, o
critério de validação de uma teoria é o princípio da economia, ao passo que,
para o segunto, tal critério é a beleza.

Para o positivista, "somente o que é percebido pelos sentidos é real" Ora,
uma lei, uma "generalidade", não é algo que se percebe pelos sentidos, mas
mera inferência. Logo, uma lei não é real.

Ao positivista faço uma pertunta: "a realidade existe independentemente da
mente do positivista?" -- Se ele for coerente, ele irá dizer que "um mundo
existindo à margem da minha consciência não pode ser por mim percebido;
logo, tal mundo não é real, mas apenas um constructo mental que me valho
para descrever o fato de meus avós e meus pais 'aparentarem' ser mais velhos
do que eu."

Abraços,
Manuel Bulcão






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SUBJECT: Re: [ciencialist] (RN) Psiconeuroimunologia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/08/2000 20:29

Se ela vai além da razão, que juízo devemos fazer dela? De minha parte
apenas acrescento um 'Pe' na frente disso tudo:
Pepsico_neuroimu....etc.
[]'
Léo
--------------------------
-----Mensagem Original-----
De: Douglas <douglas.jpn@terra.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: domingo, 6 de agosto de 2000 20:02
Assunto: [ciencialist] (RN) Psiconeuroimunologia


Jornal de Piracicaba, 06.08.00

>PSICONEUROIMUNOLOGIA: a ciência que vai além da razão.

>Trata-se de uma nova ciência que associa a psicologia, >neurologia,
imunologia, endocrinologia e...ao poder dos >sentimentos e da fé para
curar os doentes.

>..., a psiconeuroimunologia...poderia ser chamado de
>psiconeuroendocrivascolarimunologia se esse nome não se >tornasse
gigantesco...

>...essa abordagem médica está um passo à frente da psicossomática,...

Oi ciencialistas,

essas frases fazem parte de um noticiário de uma página inteira do
jornal. Já tinham ouvido falar dessa nova pseudociência? Quem se
interessar é só entrar no endereço:
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já deve estar lá.

Bom divertimento ;-)

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Douglas A F Campos
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SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/08/2000 00:45

Olá,

O Léo escreveu: "vejo a Ciência totalmente desvinculada da palavra
'verdade'. Eu a vejo como um empreendimento de BUSCA DE MODELOS que se
adaptem às coisas. (...) Não vejo a Ciência como busca de verdades e sim
como busca de modelos que funcionem e graças a eles toda nossa tecnologia.
(...) Filosofando em cima da Verdade: em breve teremos um mundo totalmente
regido por nossos modelos humanos ... e a ninguém mais ocorrerá fazer a
pergunta --- isso é algo verdadeiro?"


Manuel - Por meio da argumentação e da experiência podemos demonstrar que
uma determinada proposição é falsa, por exemplo: demonstrou-se que a
proposição "a Terra é o centro do Universo" é falsa. E, ao provarmos que uma
proposição é falsa, não estamos senão provando que a sua negação é
VERDADEIRA: "a Terra não é o centro do Universo".

"A Terra não é o centro do Universo": essa proposição corresponde a um
"fato". A "verdade" não é senão isso: correspondência do pensamento com o
fato. E é precisamente isso -- a "verdade" -- que a ciência busca. A ciência
não busca modelos mais elegantes, mais belos, mais econômicos, etc. (se bem
que uma pitada de senso estético às vezes é necessária.) A ciência busca
modelos "verdadeiros".

Não é porque uma teoria física é elegante, bela ou econômica que ela nos
serve de instrumento para a transformação da realidade material. Ela servirá
para isso se, e somente se, for "verdadeira", isto é, se houver entre ela e
o fato uma correspondência.

Quanto à Verdade com "V" maiúsculo, a Verdade Absoluta, esse conceito,
realmente, não é do interesse da ciência. Pois tal "Verdade" metafísica não
é uma mera "correspondência" do juízo com o fato, mas ABSOLUTA IDENTIDADE
entre o pensamento e o ser. Ora, uma consciência-do-objeto que é ao mesmo
tempo objeto-da-consciência não pode ser outra coisa a não ser Deus.
Deixemos a Verdade Absoluta para os metafísicos e teólogos. Mas é importante
que preservemos o conceito de "verdade" com "v" minúsculo.

Importante até porque afirmar que não existem verdades ou que a verdade é
subjetiva ou um conceito não-científico é dar munição, mesmo
involuntariamente, a todos aqueles que se valem da mentira e do engodo para
dominar e explorar. Aliás, é bom lembrar que os revisionistas neonazistas,
papagueando Nietzsche, estão a afirmar que não existe verdade; logo, que não
há verdade na asserção de que "os nazistas assassinaram seis milhões de
judeus"; que tal asserção não passa de uma mera interpretação de judeus
ressentidos para o que se passou na guerra, um "modelo" da realidade que
"funciona" a favor da conspiração judaica para dominar o mundo.

Abraços,
Manuel Bulcão





SUBJECT: A arca de Noe'
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/08/2000 00:48

Amigos:

- Ha' algum engenheiro naval na lista,
que poderia comentar sobre o que exponho
a seguir ?

- Certa vez, assistindo a uma aula de
um professor de Fisica, ele comentou
que havia tomado as medidas da "arca
de Noe'", descritas na Biblia
(tantos covados de altura, por
tantos covados de largura, etc.,
etc.) e fez os calculos sobre o
arrasto hidrodinamico da lendaria
embarcacao.

- Para surpresa de todos na sala,
ele nos disse que o formato
hidrodinamico do lendario
barco estava estritamente dentro
do que a engenharia moderna considera
como ideal para um veiculo aquatico
daquele porte !

- Esse professor ficou de nos apresentar
os calculos, mas por "n" motivos eu acabei
perdendo a aula onde ele iria falar sobre
o assunto, e eu nunca mais soube nada
a respeito.

- Pergunta: Alguem ja' ouviu falar sobre isso ?

- Grato pela atencao de todos.

Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/08/2000 03:05

Manuel Bulcão
> Aliás, é bom lembrar que os revisionistas neonazistas,
> papagueando Nietzsche, estão a afirmar que não existe verdade; logo, que
não
> há verdade na asserção de que "os nazistas assassinaram seis milhões de
> judeus"; que tal asserção não passa de uma mera interpretação de judeus
> ressentidos para o que se passou na guerra, um "modelo" da realidade que
> "funciona" a favor da conspiração judaica para dominar o mundo.

Folgo em saber que os neonazistas estão tendo tantas dificuldades para
explicar o Holocausto Judeu que já estão apelando para falácias escandalosas
como essas... :)

Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/08/2000 03:52

Fala, moçada. Quero por lenha nesta fogueira. Talvez esteja um pouco
confuso, porque ainda não organizei meus pensamentos a contento.

Mesmo a demonstração de que uma proposição é falsa tem problemas. A
lógica nos diz que, em tese, ela poderia ser feita. Porém, nunca tentamos
falsear uma afirmação simples, mas um conjunto de afirmações. Uma
experiência que tente provar que a Terra não é o centro do Universo lida com
observações astronômicas (e portanto ondas eletromagnéticas, efeito Doppler
e tal), gravitação, lei da inércia, e tudo mais. Os aparelhos funcionam
segundo a eletrônica, mecânica quântica (transístores) e tal. Temos que
partir do princípio que tudo isto está correto para poder afirmar que
estamos falseando a hipótese geocêntrica. Ou seja, temos que partir do
princípio que nossos aparelhos estão medindo o que achamos que estão
medindo. Isso deixa espaço para inúmeras possibilidades alternativas à
conclusão de que a hipótese é falsa. Os peripatéticos radicais poderiam
agarrar-se à tese de que a Terra é o centro do Universo contestando tudo
aquilo no qual as experiências de falseabilidade se baseiam: a teoria da
gravitação, o eletromagnetismo, a Física Quântica, a lei da inércia, etc.

Diz o Manuel:
> "A Terra não é o centro do Universo": essa proposição corresponde a um
> "fato". A "verdade" não é senão isso: correspondência do pensamento com o
> fato. E é precisamente isso -- a "verdade" -- que a ciência busca.

Quando o Manuel usa a expressão: "correspondência do pensamento com o
fato", o "fato" engloba toda essa cadeia complexa de teorias nas quais se
sustentam as hipóteses embutidas no ato de medir/observar, e isso complica
as coisas enormemente. "A Terra não é o centro do Universo" não é o
resultado da experiência. O resultado é um grande conjunto de fatos, que
interpretamos como "A Terra não é o centro do Universo." A interpretação tem
um papel crucial. Não é possível falsear nenhuma teoria sem haver alguma
interpretação no meio, com um grau pequeno, porém existente, de
subjetividade. A correspondência entre o pensamento e o fato não pode se dar
senão intermediada por uma série de interpretações com um certo grau de
subjetividade.

Claro que o caso da Terra ser ou não o centro do Universo é muito
trivial; porém, outros casos são menos triviais. Quando aparece uma
descoberta experimental que contesta alguma coisa, por exemplo, muitas vezes
a primeira coisa que aparece é a comunidade científica contestar os detalhes
do experimento. Só quando outros experimentos são feitos e chegam à mesma
conclusão é que o pessoal começa a aceitar a coisa. Em geral - nem sempre é
assim, e há nuances. Isso acontece por causa do que descrevi nos primeiros
parágrafos desta mensagem.

Além disso, "A Terra não é o centro do Universo" não é o resultado da
experiência. O resultado é um grande conjunto de fatos, que interpretamos
como "A Terra não é o centro do Universo." A interpretação tem um papel
crucial. Não é possível falsear nenhuma teoria sem haver alguma
interpretação no meio, com um grau pequeno, porém existente, de
subjetividade.

Ou seja, o que quero dizer aqui é que a falseabilidade de uma hipótese
não é completamente demonstrável. Não entendo xondas de filosofia, mas
parece que era Popper quem defendia essa idéia de que uma teoria é
científica quando é falseável, não é? Pois Popper também não chegou lá...

Claro que tudo isso não significa que não há nenhum grau de verdade na
Ciência. Se assim fosse, não estaríamos nos comunicando pela Internet. O que
isso significa é que não é através de expressões como "correspondência do
pensamento com a verdade" ou coisas do gênero que podemos descrever o
processo científico. Até hoje não encontrei nenhuma descrição satisfatória
do processo científico.

Agora, mudando de assunto e falando sobre modelos. Quanto a "a ciência
busca modelos verdadeiros". Diz o Manuel Bulcão:

> A ciência
> não busca modelos mais elegantes, mais belos, mais econômicos, etc. (se
bem
> que uma pitada de senso estético às vezes é necessária.) A ciência busca
> modelos "verdadeiros".
> Não é porque uma teoria física é elegante, bela ou econômica que ela nos
> serve de instrumento para a transformação da realidade material. Ela
servirá
> para isso se, e somente se, for "verdadeira", isto é, se houver entre ela
e
> o fato uma correspondência.

OK, mas isso (haver correspondência entre a previsão teórica e o fato)
não é suficiente para dizer se um modelo é mais verdadeiro que outro. Ou
seja, não responde a dúvidas como as do Alberto: o que são campos? Existem?
São construções matemáticas abstratas? Pode-se construir um esquema teórico
sem esse inconveniente?

Quando se tem mais de um modelo, qual é o verdadeiro? A Mecânica
Clássica pode ser formulada toda em termos de energia e sem se falar em
força; ou toda em termos de forças e sem se falar em energia, de modo
inteiramente equivalente. Qual modelo é mais verdadeiro, o das forças (o
original newtoniano) ou o da energia (baseado na lei da conservação da
energia)? Ou nenhum deles? Ou os dois são verdadeiros? É possível dois
modelos diferentes serem verdadeiros simultaneamente? E o que são forças?
Sabemos o que são forças tanto quanto o que são campos...

Pode ser muito ter a impressão de que um modelo é mais verdadeiro que
outro na Física Clássica, porque há modelos que são mais parecidos com o que
nossa intuição imagina sobre o mundo. Na Física Quântica e na Relatividade,
em especial na Física das Partículas, o caldo engrossa muito. Muitas vezes
não é possível construir um modelo que se adeque a nossa intuição. A escolha
do modelo, nesses casos, depende crucialmente da conveniência matemática. As
Regras de Feynmann da Física das Partículas são um exemplo (esse modelo
pressupõe a existência das partículas "virtuais", que são a coisa mais
esquisita que se possa imaginar). Ora, um modelo que é escolhido segundo a
conveniência matemática pode ser mais verdadeiro que um outro qualquer?

O Alberto tem razão em parte quando fala que não sabemos o que é campo.
Mas não tem razão quando fala como se isso fosse uma falha da teoria. Se o
fato de não sabermos o significado de um conceito é uma falha da teoria,
então não existe teoria válida em toda a Física, desde o início dos tempos.
Sabemos o que é força mais do que sabemos o que é campo? Sabemos o que é
matéria mais do que sabemos o que é campo? Energia? Inércia? Espaço? Tempo?

Longe de mim dar respostas a essas perguntas, mas perguntar já é meio
caminho andado.

Inté,
Belisário

----- Original Message -----
From:

> Olá,
>
> O Léo escreveu: "vejo a Ciência totalmente desvinculada da palavra
> 'verdade'. Eu a vejo como um empreendimento de BUSCA DE MODELOS que se
> adaptem às coisas. (...) Não vejo a Ciência como busca de verdades e sim
> como busca de modelos que funcionem e graças a eles toda nossa tecnologia.
> (...) Filosofando em cima da Verdade: em breve teremos um mundo totalmente
> regido por nossos modelos humanos ... e a ninguém mais ocorrerá fazer a
> pergunta --- isso é algo verdadeiro?"
>
>
> Manuel - Por meio da argumentação e da experiência podemos demonstrar que
> uma determinada proposição é falsa, por exemplo: demonstrou-se que a
> proposição "a Terra é o centro do Universo" é falsa. E, ao provarmos que
uma
> proposição é falsa, não estamos senão provando que a sua negação é
> VERDADEIRA: "a Terra não é o centro do Universo".
>
> "A Terra não é o centro do Universo": essa proposição corresponde a um
> "fato". A "verdade" não é senão isso: correspondência do pensamento com o
> fato. E é precisamente isso -- a "verdade" -- que a ciência busca. A
ciência
> não busca modelos mais elegantes, mais belos, mais econômicos, etc. (se
bem
> que uma pitada de senso estético às vezes é necessária.) A ciência busca
> modelos "verdadeiros".
>
> Não é porque uma teoria física é elegante, bela ou econômica que ela nos
> serve de instrumento para a transformação da realidade material. Ela
servirá
> para isso se, e somente se, for "verdadeira", isto é, se houver entre ela
e
> o fato uma correspondência.
>
> Quanto à Verdade com "V" maiúsculo, a Verdade Absoluta, esse conceito,
> realmente, não é do interesse da ciência. Pois tal "Verdade" metafísica
não
> é uma mera "correspondência" do juízo com o fato, mas ABSOLUTA IDENTIDADE
> entre o pensamento e o ser. Ora, uma consciência-do-objeto que é ao mesmo
> tempo objeto-da-consciência não pode ser outra coisa a não ser Deus.
> Deixemos a Verdade Absoluta para os metafísicos e teólogos. Mas é
importante
> que preservemos o conceito de "verdade" com "v" minúsculo.
>
> Importante até porque afirmar que não existem verdades ou que a verdade é
> subjetiva ou um conceito não-científico é dar munição, mesmo
> involuntariamente, a todos aqueles que se valem da mentira e do engodo
para
> dominar e explorar. Aliás, é bom lembrar que os revisionistas
neonazistas,
> papagueando Nietzsche, estão a afirmar que não existe verdade; logo, que
não
> há verdade na asserção de que "os nazistas assassinaram seis milhões de
> judeus"; que tal asserção não passa de uma mera interpretação de judeus
> ressentidos para o que se passou na guerra, um "modelo" da realidade que
> "funciona" a favor da conspiração judaica para dominar o mundo.
>
> Abraços,
> Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/08/2000 03:56

Na capítulo introdutório do livro "Science observed" (1982), de Jeremy
Bernstein, o autor comenta alguma coisa a respeito de outro livro, escrito
na década de 60 por Jacques Barzun e que teria sido muito criticado pelo
fato do autor considerar a ciência como um jogo ou mesmo como uma gloriosa
diversão. O texto de Bernstein a que me refiro é (minha versão é em
espanhol, "Observación de la ciencia", Fondo de Cultura Económica, México,
1988):

< Hace aproximadamente veinte años, Jacques Barzun escribió un livro
brillante y con frecuencia molesto llamado "Science: The Glorious
Entertainment", en el cual caracterizaba a la ciencia como un juego: "Fuera
de la mente del hombre y a manera de impulso libre se produce la creación de
la Ciencia. ésta se renueva, al igual que las generaciones, merced a una
actividad que constituye el mejor juego del homo ludens; la ciencia es en el
más estricto y mejor de los sentidos una gloriosa diversión." Muchos de mis
colegas se sintieron profundamente ofendidos por lo que consideraron una
degradación de su empresa. De hecho, yo mismo censuré a Barzun en una
encendida crítica que escribí sobre su livro para el New Yorker. Empero, a
través de todos estos años he llegado a sentir que había algo de razón en
Barzun.>

Dentre os fatores que colaboraram para que Bernstein (que além de físico
era um jornalista científico) mudasse sua maneira de pensar, ele cita uma
entrevista que fez a Einstein. Bernstein ficou extasiado ao verificar o
quanto Einstein se divertia com um brinquedinho que dizia ilustrar o
princípio da equivalência.

Deixemos Bernstein de lado. Em 1985, antes mesmo de ler o livro acima
citado, cheguei a escrever num de meus livros:

"... a física não foi feita para ser levada tão a sério. A tecnologia, a
medicina, a psicologia, a engenharia, ..., estas sim, devem se apoiar em
conceitos rígidos e no que de sério resulta da física. E não devem brincar
em serviço. Mas não me perguntem como a física redunda em coisas sérias. Eu
já disse: "No extremo yin transforma-se em yang!" Mas em qual dos extremos?
Evidentemente, em ambos. Logo, a física deve se apoiar em algo muito sério e
deve dar origem a conceitos bastante sérios. O mais é brincadeira e nós
fazemos parte desta brincadeira. Mas se você não levar a sério a seriedade
dos extremos, você não estará brincando de física e sim de ficção
científica. E conquanto essa tenha suas regras, neste terreno acaba valendo
quase tudo."

Também cheguei a ser bastante criticado por essa minha maneira irreverente
de visualizar a física (Aliás, quando eu digo física, a rigor extrapolo para
todas as chamadas "ciências puras", um termo que não gosto de utilizar pois
reflete uma divisão artificial de ciência). Talvez, e paradoxalmente, aí
resida o motivo da "rigidez com que descrevo as coisas", como teria sido
comentado pelo Léo. Num diálogo procuro ser dialético e a dialética é o
terreno propício para o surgimento de paradoxos. Aqueles que me interpretam
utilizando-se da lógica formal às vezes me julgam rígido, outras vezes
arrogante, outras, até mesmo, ignorante. E prossigo com minhas peripécias
ciente de que o diálogo, tal e qual a ciência, também é uma brincadeira, um
jogo lúdico. E como jogo, e por ser jogo, tem regras rígidas, ainda que não
imutáveis.

Não sou o dono da verdade mas tenho as minhas verdades. E desafio a todos os
membros da ciencialist a comprovarem que estou errado. Se a minha verdade
vai contra outras verdades, não considerem isso como uma ofensa mas como uma
valorização às verdades de vocês, pois estou convocando-os a provarem que
estão certos e que eu estou errado. Mas se vocês somente enxergam uma única
verdade, então deixem-me com as minhas verdades pois só haverá diálogo se
nós estivermos dispostos a aceitar, ainda que para negar, as verdades
alheias. A rigidez portanto faz parte do jogo, faz parte das brincadeiras.
Agora, se vocês se ofendem quando afirmo que brinco com aquilo que para
vocês é algo muito sério, realmente estamos fora de sintonia pois em assim
sendo, nada do que digo tem valor e nada do que vocês dizem me faz sentido.
Por outro lado, ao me postar rigidamente em defesa de uma idéia, estou dando
a vocês a oportunidade de me derrotarem fragorosamente. Ou será que vocês
preferem dialogar com quem "não é contra nem a favor, muito pelo contrário"?
Neste caso, sugiro que abandonem a ciência e dediquem-se à política. Não que
eu defenda essa "política" mas é que lá vocês terão mais chances de sucesso.

Não entendi a crítica à expressão "campo de força" e não concordo que "tal
nomenclatura não comparece em nenhuma literatura séria de Ciência". Aliás,
não entendi se a crítica refere-se a "campo" ou a "campo de força". No
primeiro caso, discordo totalmente. No segundo diria: Se existe um campo
(gravitacional, magnético etc) a se manifestar como força, porque estranhar
a denominação "campo de força". Campo é um termo físico-matemático a
retratar uma função que manifesta-se fisicamente. Campo de força, assim como
campo de velocidade ou campo de temperatura são conceitos físicos. Porque
esse preconceito contra a força? Deveríamos então dizer "campo de interação
'local' cujo resultado se manifesta como força"? Para que complicar se é
possível simplificar?

Também não concordo com que a "ação à distância" tenha sido sugerida por
Newton. Não. Newton não sugeriu a ação a distância. Apenas concebeu um
modelo provisório (e que perpetuou-se nos séculos seguintes por seus maus
seguidores). Isto está bem claro em uma carta que escreveu a Bentley:

É inconcebível que a matéria bruta inanimada possa, sem a mediação de
alguma coisa, que não é material, atuar sobre, e afetar outra matéria sem
contato mútuo, como deve ser, se a gravitação no sentido de Epicuro for
essencial e inerente a ela. E esta á uma razão pela qual desejo não me seja
atribuída a gravidade inata. Que a gravitação seja inata, inerente e
essencial à matéria, de modo que um corpo possa atuar sobre outro a
distância, através do vácuo, sem a mediação de mais nenhuma coisa, pela qual
e através da qual sua ação e sua força fosse transportada de um até outro, é
para mim absurdo tão grande, que acredito que homem algum que tenha em
questões filosóficas competente faculdade de pensar, possa cair nele. A
gravidade deve ser causada por um agente que atua constantemente, de acordo
com certas leis; mas deixo à consideração de meus leitores se este agente é
material ou imaterial." Newton (vide prefácio da última edição da Óptica
III).

Por outro lado, com o conceito de campo não se liquidou com a tal "ação à
distância", simplesmente colocou-se o problema embaixo do tapete.

> Desse modo, as forças ficam limitadas a 'forças de contato' e
> forças de campo.

Exatamente. As forças de campo foram aquelas que foram assumidas, pelos maus
seguidores de Newton, como aquelas que agiriam à distância "sem a
mediação de alguma coisa" a se propagar entre agente e receptor do campo.

> No primário, aprendemos a história das caravelas, a descoberta do
> Brasil, figurinhas dos índios, a tal primeira missa, os jesuítas e aquelas
> coisas que vcs sabem muito bem, numa linda paisagem poética.
> No ano seguinte algumas modificações são postas nesta história do Brasil.
> No outro ano aparece entre os navegadores um Américo Vespucci,
> ... A história do Brasil vai se modificando.....
> .... e a coisa vai avançando até entrar na faculdade
> ...e a tal historinha lá dos 4 anos de idade, depois 8 anos .......
> sumiu!!!!!!!!!!!!!

Sim, mas jamais vai para debaixo do tapete. Cria-se um mito que depois é
desmistificado ao contrário de certas áreas onde criam-se rótulos a serem
perpetuados e cada vez mais mistificados num verdadeiro processo de lavagem
cerebral.

> "Campo" é um modelo que funciona, apenas isso! Ele transformou o modelo
> 'ação à distância' (que trazia sérios problemas para o tempo de interação)
> para o modelo 'ação local' (e o problema do tempo de interação foi pro
> espaço).

Se foi para o espaço ou para debaixo do tapete parece-me tratar-se apenas de
expressões retóricas de significados semelhantes.

> Não vejo o porque da insistência do Mesquita querer 'desaprovar' os
> modelos ou despertar neles apenas os 'furos' no aguardo de modelos novos.
> Isso é Ciência ... e que se dane a 'verdade'! Bonitas as palavras de
> 'positivismo', 'nietzschismo' etc., vou incluir mais uma 'verbalismo'.

Não sou contra modelos e não estou no aguardo de modelos novos. Simplesmente
tenho proposto modelos novos que estão por aí ao sabor dos críticos. Até o
momento a única crítica destrutiva e "consistente" que recebi foi a de que
os meus modelos não são bons porque não saíram no Physical Reviews ou
equivalente. Para ser sincero, não estou a espera de crítica alguma, ainda
que afirme que as que vierem serão bem vindas. Não sou graduado em física
mas em minha militância pela biofísica e/ou bioquímica percebi, a exemplo do
grande fisiologista Szent Györgii, que a física moderna nada mais é do que
uma fina camada de gelo incapaz de sustentar a complexidade da biologia ou
da medicina. Com todos os seus modelos, ela é incapaz de prever a evolução
de um sistema com mais de três elétrons. E a fosforilação oxidativa e/ou a
cadeia de transporte de elétrons não deixa de ser um sistema biofísico
composto por uma infinidade de elétrons e outras partículas que sabem
exatamente o que têm de fazer, a despeito do princípio da indeterminação,
ao nos fornecerem a energia com a qual mentalizamos nossos modelos.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/08/2000 04:27

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 7 de Agosto de 2000 03:52
Assunto: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo


> O Alberto tem razão em parte quando fala que não sabemos o que é campo.
> Mas não tem razão quando fala como se isso fosse uma falha da teoria.

É possível que eu tenha sido mal interpretado a esse respeito. Como em msgs
anteriores já me manifestei contrariamente à física moderna, qualquer
comentário meu acaba sendo levado para esse lado. A esse respeito, o que
estranho não é o fato de a física moderna não explicar o que é o campo mas o
fato de alguns físicos modernos se conformarem com esta ignorância, chegando
mesmo a afirmar que não seria objetivo da física ir em busca do porquê das
coisas. A esse aspecto costumo citar Mário Bunge (físico e filósofo da
ciência): "O fim último da teorização científica é edificar teorias
representacionais que abarquem e expliquem as correspondentes teorias
fenomenológicas". Aliás, os construtores da teoria quântica, na década de
30, evoluíram inicialmente nessa direção.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/08/2000 04:53

> Não sou graduado em física
> mas em minha militância pela biofísica e/ou bioquímica percebi, a exemplo
do
> grande fisiologista Szent Györgii, que a física moderna nada mais é do que
> uma fina camada de gelo incapaz de sustentar a complexidade da biologia ou
> da medicina. Com todos os seus modelos, ela é incapaz de prever a evolução
> de um sistema com mais de três elétrons.

Nem tanto: a Física Quântica consegue prever muito bem o espectro de
átomos bem pesadinhos, com dezenas de elétrons. Já vi diversos artigos sobre
colisões entre elétrons e moléculas (com dezenas de elétrons) onde os
resultados teóricos (seções de choque) batem surpreendentemente bem com os
experimentais (não batem exatamente porque há que se fazer aproximações para
resolver a equação de Schrödinger - sem elas, o melhor computador do mundo
demoraria 'trocentas vezes a idade estimada do Universo para resolver. E
isso acontece com qualquer teoria com equações diferenciais).

Inté,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/08/2000 08:06



msbn@daterranet.com.br wrote:

> ....Quanto à Verdade com "V" maiúsculo, a Verdade Absoluta, esse
> conceito,
> realmente, não é do interesse da ciência. Pois tal "Verdade"
> metafísica não
> é uma mera "correspondência" do juízo com o fato, mas ABSOLUTA
> IDENTIDADE
> entre o pensamento e o ser. Ora, uma consciência-do-objeto que é ao
> mesmo
> tempo objeto-da-consciência não pode ser outra coisa a não ser
> Deus.....

Mas que mania de jogar tudo q nós ainda nao compreendemos numa caixa
preta
chamada Deus. Isso eh cientifico? Ajuda alguma coisa ?
Deus nao existe.
[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/08/2000 09:56

Ois,

-----Mensagem Original-----
De: <msbn@daterranet.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 7 de agosto de 2000 00:45
Assunto: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo


Olá,

O Léo escreveu: "vejo a Ciência totalmente desvinculada da palavra
'verdade'. Eu a vejo como um empreendimento de BUSCA DE MODELOS que se
adaptem às coisas. (...) Não vejo a Ciência como busca de verdades e sim
como busca de modelos que funcionem e graças a eles toda nossa tecnologia.
(...) Filosofando em cima da Verdade: em breve teremos um mundo totalmente
regido por nossos modelos humanos ... e a ninguém mais ocorrerá fazer a
pergunta --- isso é algo verdadeiro?"


Manuel - Por meio da argumentação e da experiência podemos demonstrar que
uma determinada proposição é falsa, por exemplo: demonstrou-se que a
proposição "a Terra é o centro do Universo" é falsa. E, ao provarmos que uma
proposição é falsa, não estamos senão provando que a sua negação é
VERDADEIRA: "a Terra não é o centro do Universo".

Léo: # O modelo humano 'Terra é o centro', depois de muito, muito, muito
tempo (desde os primordios dos grupamentos humanos até o novo modelo) não
conseguia explicar certas situações e foi proposto um modelo novo 'Sol é o
centro'. Passou a explicar uma pancada de coisas antigas e coisas novas que
foram observadas. Esse modelo 'Sol é o centro' ... tb já foi substituido!
Nota: até então, o modelo antigo vigorou por mais tempo que o modelo novo.#


"A Terra não é o centro do Universo": essa proposição corresponde a um
"fato". A "verdade" não é senão isso: correspondência do pensamento com o
fato. E é precisamente isso -- a "verdade" -- que a ciência busca. A ciência
não busca modelos mais elegantes, mais belos, mais econômicos, etc. (se bem
que uma pitada de senso estético às vezes é necessária.) A ciência busca
modelos "verdadeiros".

Léo: #Como é que um novo modelo, baseado sobre modelos antigos pode traduzir
algo a ver com a 'verdade'? Enquanto os modelos novos usarem daqueles de
força, energia, densidade, movimento, velocidade etc. continuará a ser 'algo
imaginário' que explica mais acuradamente tais e quais coisas..... mas
continuam a ser construtos humanos. Um fato concreto é a proliferação das
pseudociências. Enquanto tivermos trabalhando com modelos, com 'coisas ainda
por serem encaixadas neles' as pseudociências tentam preencher as lacunas
inventando modelos como 'forças cósmicas, chakra, poder do amarelo,
emanações, espíritos, almas, áuras e coisas tais, com mais furos ainda que
os modelos vigentes.#

Não é porque uma teoria física é elegante, bela ou econômica que ela nos
serve de instrumento para a transformação da realidade material. Ela servirá
para isso se, e somente se, for "verdadeira", isto é, se houver entre ela e
o fato uma correspondência.

Léo: #Oa modelos humanos são postos, um atrás do outro, para serem bijetores
com a natureza. Chegaremos ao ponto de uma total correspondência búnívoca
... e se esquecerão das tais 'verdades'.#

Quanto à Verdade com "V" maiúsculo, a Verdade Absoluta, esse conceito,
realmente, não é do interesse da ciência. Pois tal "Verdade" metafísica não
é uma mera "correspondência" do juízo com o fato, mas ABSOLUTA IDENTIDADE
entre o pensamento e o ser. Ora, uma consciência-do-objeto que é ao mesmo
tempo objeto-da-consciência não pode ser outra coisa a não ser Deus.
Deixemos a Verdade Absoluta para os metafísicos e teólogos. Mas é importante
que preservemos o conceito de "verdade" com "v" minúsculo.

Léo: # Deus foi um modelo humano posto para preencher as lacunas dos nossos
modelos físicos ainda não bijetores com a natureza. Mas, estamos nos
aproximando assintoticamente disso. O modelo deus, (que muito me enaltece
:-)) desaparecerá ... acredito que nos próximos 50 anos! #

Importante até porque afirmar que não existem verdades ou que a verdade é
subjetiva ou um conceito não-científico é dar munição, mesmo
involuntariamente, a todos aqueles que se valem da mentira e do engodo para
dominar e explorar. Aliás, é bom lembrar que os revisionistas neonazistas,
papagueando Nietzsche, estão a afirmar que não existe verdade; logo, que não
há verdade na asserção de que "os nazistas assassinaram seis milhões de
judeus"; que tal asserção não passa de uma mera interpretação de judeus
ressentidos para o que se passou na guerra, um "modelo" da realidade que
"funciona" a favor da conspiração judaica para dominar o mundo.

Léo:#Ai tem muitas palavras bonitas que não entendo (revisionistas,
neonazistas etc.) mas, independente desses pensamentos puramente humanos,
avançadissimos para a época, fica patente que Ciência nada tem a ver com a
verdade absoluta ou relativa ou subjetiva ou com qualquer outro
qualificativo.#


Abraços,
Manuel Bulcão






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SUBJECT: Olhem isso!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/08/2000 10:40

Oi pessoal, vejam no que dá o modelo deus!
[]'
Léo
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---

Conspiração mundial

O catolicismo romano tem agido durante dezesseis séculos enganando,
escravizando, corrompendo e destruindo as pessoas. Ele se faz passar pela
verdadeira Igreja fundada e estabelecida por Cristo a fim de agir em nome
d'Ele e, contudo, tem feito exatamente o contrário do que Ele pregou. A
Igreja Católica tem preparado, vagarosa e inexoravelmente, uma conspiração
mundial a fim de se apossar do mundo inteiro, desde que perdeu o controle
total da humanidade, a partir do século 16, quando a Reforma Protestante
trouxe a luz da infalível Palavra de Deus aos que precisam conhecer a
liberdade que existe no Evangelho de Cristo (João 8.32). O Vaticano está
preparando essa conspiração mundial no sentido de juntar todas as religiões
numa só e liderar a Igreja Mundial, como fazia na Idade Média. Para tanto
ele conta com o Movimento Ecumênico e os vários movimentos carismáticos
filiados à Igreja, os quais, enganando multidões através da mídia e de
musicais frívolos, levam-nas a imaginar que a vida religiosa é um eterno
parque de diversões.
O escritor australiano, Sidney Hunter, diz que existem apenas dois meios
pelos quais a história mundial pode ser explicada:
1. A teoria acidental - todos os eventos mundiais, tais como depressões,
revoluções, guerras e conspirações políticas são o resultado de um mero
acaso. Essa visão é tão ridícula como a Teoria da Evolução de Charles
Darwin.
2. A teoria da conspiração - os acontecimentos mundiais, conforme acima
mencionados, ocorrem porque algumas pessoas influentes desejam que eles
aconteçam e fazem com que de fato aconteçam. As pessoas poderosas se reúnem
a portas fechadas e organizam planos a fim de alcançar os seus objetivos. O
modo mais exato de descrever essa conduta é a conspiração.
Para os crentes em Jesus Cristo, a teoria da conspiração faz muito mais
sentido do que a teoria acidental. Muitos pesquisadores respeitáveis e
íntegros, depois de muitos anos de pesquisas honestas, têm chegado à
conclusão de que existe uma conspiração mundial agindo com o objetivo de
controlar os povos da Terra, através do controle da religião, dos bancos, da
indústria, do comércio e da mídia.
Gregório VII - Hildebrando - foi o grande organizador da Igreja de Roma,
levando-a ao seu papel de líder mundial, dominando todos os reis e
príncipes, a partir de sua época. Durante cinco séculos - do 11 ao 16 - essa
Igreja reinou soberana sobre todos os povos da Terra e só quando Lutero
entregou a Bíblia aos povos da Europa é que estes vieram a conhecer a
liberdade religiosa e política, passando a enxergar os direitos básicos da
humanidade. Sob o reflexo da luz da Palavra de Deus, a maior parte da Europa
cresceu e enriqueceu, levando essa riqueza aos países da América do Norte,
que não estavam sob o jugo papal.
A senhora de Fátima é a grande deusa que tem comandado os povos ocidentais e
o seu culto tem se fortalecido cada dia mais. Como deusa pagã, ela vai
exigir de seus devotos verdadeiros sacrifícios de sangue, através do seu
escravo maior, o papa em ofício, ou o anticristo. O nome de código da III
Guerra Mundial, nos anos 50/60, era exatamente Fátima, quando Pio XII
desejava liquidar os russos, não por serem "comunistas ateus", mas porque o
bolchevismo estava se espalhando rapidamente pelo mundo. Sem falar da
religião ortodoxa, que sempre foi abominação para todos os papas do
catolicismo e ainda pelo desejo de apropriar-se dos despojos. Como tentou
dar cabo dos russos, através da II Guerra Mundial, e quase conseguiu fazer a
III Guerra Mundial, com o mesmo objetivo, esse papa já está quase garantido
na canonização por ter sido um dos guerreiros quase infalíveis da Santa
Madre Igreja. Pio XII é santo do ponto de vista católico porque prestou
enormes serviços à organização romanista e isso é o que importa para alguém
se transformar em santo no contexto religioso do catolicismo.
Pio XII, e agora João Paulo II, são os dois papas que têm conduzido o mundo
para o domínio absoluto do catolicismo, com Maria comandando o espetáculo
final, na pessoa do anticristo. O primeiro promoveu a II Guerra Mundial e
como os seus fantoches Hitler, Mussolini e Pavelic perderam a guerra, ele
não conseguiu o seu intento, que era transformar o mundo numa "aldeia
católica fascista". Depois Pio XII tentou deflagrar a III Guerra Mundial,
mas Deus usou a espiã inglesa, Melita Norwood, uma atéia, para impedir essa
guerra monstruosa, permitindo que ela entregasse os segredos atômicos da
Inglaterra a Stalin. Agora é João Paulo II, com a sua pregação de um falso
ecumenismo, que tenta arrebanhar todos os povos para a Igreja de Roma,
prometendo paz e amor a todos, quando na realidade tudo não passa de um
engodo para organizar o seu rebanho universal. A verdadeira paz só virá com
Jesus Cristo, o Príncipe da Paz! Os papas têm usado e abusado do Santo Nome
do Senhor Jesus Cristo a fim de enriquecer a Igreja e tomar conta das
consciências não alicerçadas na Palavra de Deus. Contudo, isso terminará no
dia em que Jesus voltar e mandar que o seu anjo atire a Babilônia infernal ,
para sempre, no mar, como uma pedra de moinho!

Do livro "Conspiração Mundial em Nome de Deus", já no prelo.

Autora: Mary Schultze / Pesquisadora de Religião

--------------------------------------------------------
Se quiserem o e.mail da Mary é só falar.

[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Antonio A. J. Godoy" <prof_godoy@teracom.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/08/2000 13:29


----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Monday, August 07, 2000 4:27 AM
Subject: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo


>>o fato de alguns físicos modernos se conformarem com esta ignorância,
chegando mesmo a afirmar que não seria objetivo da física ir em busca do
porquê das coisas. A esse aspecto costumo citar Mário Bunge (físico e
filósofo da ciência): "O fim último da teorização científica é edificar
teorias representacionais que abarquem e expliquem as correspondentes
teorias fenomenológicas". Aliás, os construtores da teoria quântica, na
década de 30, evoluíram inicialmente nessa direção.<<

Se os físicos se ocupassem em buscar o "porquê" último dos fenômenos,
acabariam por tirar o "emprego" dos filósofos. Realmente, não é da alçada da
Física esta busca da determinação do sexo dos anjos.

[ ]'s,

Godoy





SUBJECT: En: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/08/2000 13:53

Por que essa mensagem não apareceu na lista? Mistérios da Vida.
Vida: uma enfermidade mortal transmitida sexualmente.

[]'


Léo


-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
Para: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
Enviada em: segunda-feira, 7 de agosto de 2000 12:28
Assunto: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo



On Sun, 6 Aug 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Ainda 'criticando' o Mesquita. Para alunos do nível médio não há porque
> ficar salientando tais coisas como 'motivo de não-verdades'. O aprendizado
> deve avançar aos passos 'step by step'. Vou exemplificar:
> No primário, aprendemos a história das caravelas, a descoberta do Brasil,
> figurinhas dos índios, a tal primeira missa, os jesuítas e aquelas coisas
> que vcs sabem muito bem, numa linda paisagem poética.

Takata escreveu:
>saio um pouco da direcao principal desta linha de mensagens.

mas ha uma diferenca entre fornecer um modelo simplificado e um certamente
falso (sugundo os indicios disponiveis)...

por exemplo, qdo aprendia a questao da nacao brasileira no antigo primario
(sinto-me um pre-historico nessas horas... re re...), falava-se em uma
miscigenacao harmonica -- de indios, negros e europeus(brancos) com os
mesticos cafusos, mamelucos e mulatos... bem, poder-se-ia argumentar q. ao
nao tocar na questao do preconceito estah-se apenas evitando entrar em
discussoes complexas demais -- eu discordo disso, mas q. fosse -- nao
seria desculpa pra se incutir uma imagem de democracia racial q. nao
existe na pratica... eu ainda estudava numa escola em q.
os alunos eram predominantemente brancos (q. coincidencia q. era uma
escola publica considerada de qualidade!), agora imagine se se fala de
democracia racial numa escola de periferia em q. os alunos vivem o
problema de discriminacao na pele?

sei q. nao foi nesse sentido q. vc expos a nocao de passo-a-passo, mas soh
aproveitando a deixa... (tomara -- ah! esperanca! -- q. as coisas tenham
mudado nesse lapso de tempo)<<<

Léo: Tentar entrar com esse tipo de observações naquele pré-primário
realmente seria uma 'burrice' do professor com relação à faixa etária; do
mesmo modo a navegação do Cabral em si e toda a política envolvendo a coisa.
Como eu disse, nesse primeiro passo, não tem cabimento colocar nuances que o
menino não tem condições de entender.
Imaginou comecar a aritmética adotando-se Bento de Jesus Caraça (meu livro
de cabeceira)? Coitado do menino e do professor. O ato de contar deverá ser
usado como 'intuitivo' e vai-se de passo a passo.
Para o nível médio o conceito de campo, como é posto, é suficiente, mesmo
porque seus cálculos não irão se aplicar em nenhuma construção de pontes ou
naves espaciais. Ele vai calcular forças F=q.E , P = m.g ou coisas
'pornográficas' como F = m.v/q.B (lembra ... 'me vê um quibe') e tá muito
bom. Deixemos para um próximo passo as restrições a esses cálculos.
Nota: ah! esperança! ..... não, ainda não é nesse lapso de tempo, nem no
nível médio esse assunto de discriminação é abordado.

[]'
Léo

[]s,

roberto takata







SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/08/2000 14:00


-----Mensagem Original-----
De: Antonio A. J. Godoy <prof_godoy@teracom.com.br>
>>o fato de alguns físicos modernos se conformarem com esta ignorância,
chegando mesmo a afirmar que não seria objetivo da física ir em busca do
porquê das coisas. A esse aspecto costumo citar Mário Bunge (físico e
filósofo da ciência): "O fim último da teorização científica é edificar
teorias representacionais que abarquem e expliquem as correspondentes
teorias fenomenológicas". Aliás, os construtores da teoria quântica, na
década de 30, evoluíram inicialmente nessa direção.<<

****Se os físicos se ocupassem em buscar o "porquê" último dos fenômenos,
acabariam por tirar o "emprego" dos filósofos. Realmente, não é da alçada da
Física esta busca da determinação do sexo dos anjos.

[ ]'s,

Godoy****

Tiraria o emprego dos filósofos, dos psicólogos, dos místicos da 'cultura
milenar', dos pepsico...neuronãoseioque e finalmente dos advogados (última
flor do Lácio a querer que isso sobre o qual labutam seja Ciência)
Advogado: etapa larval do político. :-) (sem brigas....)

[]'
Léo






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SUBJECT: Re: [ciencialist] Olhem isso!
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/08/2000 14:56

Eu que só leio sempre as primeiras frases de um texto e se tiver bobagens eu
paro de ler. Gostaria de comentar que é freqüente nos esquecermos de que não
era só a civilização européia que existia no mundo em um dado tempo t, mas
sim várias, ainda que não estivessem interagindo por qualquer forma. Não sou
nehum especialista em história nem em religiões, mas pelo que tenho visto o
budismo parece mais realista que demais religiões... só queria levantar esse
aspecto. Os incas, hindus, chineses, todos tinham uma religião própria. Bem,
a crítica está feita. Não mvi os demais e-mails de resposta à esse, ainda
vou lê-los.
Abraço,

Benjamin Hinrichs




SUBJECT: Re: descrevendo o mundo
FROM: "Antonio A. J. Godoy" <prof_godoy@teracom.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/08/2000 15:25

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Monday, August 07, 2000 2:00 PM
Subject: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo


> Tiraria o emprego dos filósofos, dos psicólogos, dos místicos da 'cultura
> milenar', dos pepsico...neuronãoseioque e finalmente dos advogados (última
> flor do Lácio a querer que isso sobre o qual labutam seja Ciência)
> Advogado: etapa larval do político. :-) (sem brigas....)
>
> []'
> Léo

Pode ter certeza! :D

[ ]'s,

Godoy

SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 07/08/2000 18:17

-----Mensagem Original-----
De: "Antonio A. J. Godoy"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 7 de Agosto de 2000 13:29
Assunto: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo


> Se os físicos se ocupassem em buscar o "porquê" último dos fenômenos,
> acabariam por tirar o "emprego" dos filósofos. Realmente, não é da alçada
> da Física esta busca da determinação do sexo dos anjos.

Caro Godoy

Em msg anterior cheguei realmente a estranhar o comportamento de "alguns"
físicos modernos a adotarem a norma de que "não seria objetivo da física ir
em busca do porquê das coisas". Disse "alguns" e não "a maioria" pois ainda
que perceba um certo consenso, não vejo unanimidade neste consenso; e também
porque não possuía exemplos a citar. Lancei a isca e tanto você quanto o Léo
a morderam. Hoje, graças a vocês, se ainda não posso falar em "maioria",
posso pelo menos citar alguns exemplos de físicos que assumem e defendem
esta conduta. Em meio a essa "maioria" que julgo existir, vejo exceções
brilhantes tais como Einstein, Heisenberg, Schödinger, Dirac, Schenberg... e
diria, sem medo de errar, que o Belisário, a meu ver, enquadra-se nesta
"minoria", da maneira como a enxergo. Uma coisa é reconhecer e respeitar as
dificuldades encontradas nos limites e/ou nas fronteiras do conhecimento de
seu tempo, o que nem sempre é fácil pois exige profundidade de conhecimento;
outra coisa é sentar-se no cabresto.

Acredito que um dos objetivos da filosofia relacione-se à procura pelas
raízes últimas da problemática existencial, razão pela qual, de maneira
pejorativa, seja costume dizer que os filósofos estão em "busca da
determinação do sexo dos anjos". Enfim, não estou aqui com a pretensão de
defender os filósofos mas de mostrar que a ciência evolui não pela busca dos
"porquês últimos" dos fenômenos mas graças a resposta a "porquês" imediatos.
Galileu ao visualizar inércia e atrito respondeu porque os corpos celestes
perpetuam seu movimento e também, e ao mesmo tempo, porque os corpos
terrestres evoluem para o repouso. Graças a sua incessante procura pelos
"porquês" chegou a ser considerado pelos cientistas da época "um
desequilibrado malabarista de números inúteis", ainda que não tivesse a
pretensão de "determinar o sexo dos anjos" e nem mesmo ir além do que a
ciência de sua época permitia.

Newton Freire-Maia chega a citar três tipos de filosofia: 1) a filosofia
"tout court"; 2) a filosofia da ciência; e 3) a filosofia dita científica.
"A primeira seria realizada pelos filósofos, a segunda pelos filósofos da
ciência e a terceira em geral pelos próprios cientistas. Exemplos: Bergson -
Popper - Darwin." (A Ciência por Dentro, Vozes, 1995, p.34). Mário Bunge
refere-se a um quarto tipo de filosofia, a filosofia caseira. Parece-me ser
esta a filosofia seguida por aqueles que afirmam que "não seria objetivo da
física ir em busca do porquê das coisas". Mário Bunge diz:

"Quando dizemos que a filosofia não nos interessa, o que provavelmente
fazemos é substituir uma filosofia explícita por outra implícita, isto é,
imatura e incontrolada. [...] Esta filosofia caseira [...] supõe que um
símbolo, tal como uma equação, possui significado físico somente à medida
que diga respeito a alguma possível operação humana. Isto eqüivale a se
considerar a totalidade da física como se referindo a operações,
principalmente medições e cálculos, e não à natureza, o que implica num
retorno ao antropocentrismo prevalecente antes do nascimento da ciência."
(Filosofia de la Fisica, Editorial Ariel, Barcelona, 1982, p.11)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Triângulos não pitagóricos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/08/2000 01:37
ATTACHMENTS (20000808-013725-0001284): "triangulos.gif"

A figura em anexo foi postada por Alexandre Garcia Barbeito no grupo de
discussão "Física e Filosofia", um grupo em extinção e que funcionou há
alguns anos. O título da msg era "Qual é a solução???" Como o texto está em
inglês é possível que tenha sido extraída de algum newsgroup internacional.
Para os que gostam de "paradoxos" parece-me algo bastante divertido. Que os
demais me perdoem e ignorem esta msg. Não vou comentar mais nada para não
interferir na busca pela "solução". Divirtam-se.

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Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm

PS.: Nenhuma das figuras está viajando a velocidades relativísticas :-)



SUBJECT: Re: descrevendo o mundo
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/08/2000 01:52

Prezado Léo e demais membros da lista,
 
Primeiro, repasso à lista um trecho da entrevista de Newton da Costa à Folha de S. Paulo, 30.11.97. Segue:
 
Newton da Costa: A teoria da ciência deve repetir em grande parte o que o cientista faz. De fato, os grandes cientistas, como Erwin Schrõdinger, Albert Einstein e Werner Heisenberg, sempre defenderam a tese de que, subjacente à ciência, há um conceito robusto de verdade, isto é, que faz indagações relativas à ciência. Para eles, o conceito de verdade não pode ser eliminado ou restringido sem descaracterizar a ciência empírica. E, de meu ponto de vista, é esse conceito robusto de verdade que se deve tratar na teoria da ciência empírica.
 
Por outro lado, completando o que acabei de dizer, acho que a tecnologia, por seu lado, com a bomba atômica, com a engenharia genética, com uma porção de outras coisas, mostra, na minha opinião, de uma maneira óbvia, que a ciência envolve algum tipo forte de verdade, nem que seja a verdade pragmática. A bomba atômica é o exemplo crucial disso, a navegação aérea, o radar, o sonar, o rádio, a televisão, toda a informática. Tudo isso mostra que a ciência acaba encontrando algum tipo de verdade."
.............................................
 
Manuel - Concordo com o Newton da Costa: a ciência busca a verdade ou quase-verdade." E, francamente, não vejo nenhuma diferença de significação entre a definifição corrente de "verdade", "correspondência do pensamento com os fatos" (Popper), e a expressão que o Léo afirma que é o que a ciência busca: "correspondência biunívoca pensamento/natureza".
 
Só acho que ficar criando terminologia nova que absolutamente nada acrescenta (isto é, quando existe uma expressão antiga e singela perfeitamente adequada), isso me parece capricho de cientista que, deslumbrado com o próprio status, quer se distanciar ainda mais dos mortais: filósofos, "pepsicólogos", místicos da cultura, advogados, etc.
 
Sinceramente, querer ver na expressão bonitinha "correspondência biunívoca..." algo diferente do termo "verdade" é querer ver o sexo dos anjos. Léo, você é mesmo um filósofo, segundo a sua própria visão preconceituosa de filósofo (aquele que gosta de discutir o sexo dos anjos).
 
Outra coisa: você se referiu a algumas palavras minhas como "pensamentos puramente humanos, avançadissimos para a época." Não entendo essa sua ironia e no que ela pode contribuir para um debate que se pretende "científico, "objetivo". Eu não disse nada que mesmo um idiota não pudesse compreender, não fui rebuscado nem pedante. Palavras tais como "revisionismo", "neonazismo" e outras de que me vali são termos banais, palavras de uso corrente. Em outros e-mails você se portou de modo idêntico, mas eu, ingenuamente, pensei que você fosse apenas um sujeito bem humorado e descontraído. Hoje, percebo que o seu bom-humor não passa de fina ironia de gente esnobe. Pra cima de mim não, jacaré!
 
Certa vez, numa mesa de café, eu conversava sobre Lacan com um psicanalista lacaniano. Num certo ponto da conversa ele me interrompeu e perguntou qual a minha formação. Disse-lhe que era formado em Direito (sim, a última flor do Lácio...). Ele então riu e fez o seguinte comentário aos demais: "esses advogados são mesmo uns metidos." Boa foi a resposta que um dos membros do grupo lhe deu: "meu filho, todas as ciências são metidas uma com as outras."
 
Pontes de Miranda, que dedicou toda a sua vida às ciências jurídicas (pseudociências, segundo alguns membros desta lista), escreveu que "quem só direito sabe nem direito sabe." E será que um físico que só sabe física sabe mesmo de física?
 
Acho que nesta lista não tem apenas físicos. Eu, que me propus fazer "ciência humana", entrei nesta lista com o objetivo de me inteirar mais desse entrelaçamento das ciências e não para exibir conhecimentos avançados, até porque não os tenho. Se uso alguns termos da filosofia da ciência -- e filosofia para mim é coisa séria -- que não seja do conhecimento do fulano, problema do fulano. Assim como o meu desconhecimento de muitos dos conceitos da física é um problema meu, que tento resolver com a ajuda de vocês. Espero.
 
Até,
Manuel Bulcão

SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/08/2000 02:21

-----Mensagem Original-----
De: "Antonio A. J. Godoy"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 7 de Agosto de 2000 13:29
Assunto: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo

> Se os físicos se ocupassem em buscar o "porquê" último dos fenômenos,
> acabariam por tirar o "emprego" dos filósofos. Realmente, não é da alçada
> da Física esta busca da determinação do sexo dos anjos.

Caro Godoy

Em msg anterior cheguei realmente a estranhar o comportamento de "alguns"
físicos modernos a adotarem a norma de que "não seria objetivo da física ir
em busca do porquê das coisas". Disse "alguns" e não "a maioria" pois ainda
que perceba um certo consenso, não vejo unanimidade neste consenso; e também
porque não possuía exemplos a citar. Lancei a isca e tanto você quanto o Léo
a morderam. Hoje, graças a vocês, se ainda não posso falar em "maioria",
posso pelo menos citar alguns exemplos de físicos que assumem e defendem
esta conduta. Em meio a essa "maioria" que julgo existir, vejo exceções
brilhantes tais como Einstein, Heisenberg, Schödinger, Dirac, Schenberg... e
diria, sem medo de errar, que o Belisário, a meu ver, enquadra-se nesta
"minoria", da maneira como a enxergo. Uma coisa é reconhecer e respeitar as
dificuldades encontradas nos limites e/ou nas fronteiras do conhecimento de
seu tempo, o que nem sempre é fácil pois exige profundidade de conhecimento;
outra coisa é sentar-se no cabresto.

Acredito que um dos objetivos da filosofia relacione-se à procura pelas
raízes últimas da problemática existencial, razão pela qual, de maneira
pejorativa, seja costume dizer que os filósofos estão em "busca da
determinação do sexo dos anjos". Enfim, não estou aqui com a pretensão de
defender os filósofos mas de mostrar que a ciência evolui não pela busca dos
"porquês últimos" dos fenômenos mas graças a resposta a "porquês" imediatos.
Galileu ao visualizar inércia e atrito respondeu porque os corpos celestes
perpetuam seu movimento e também, e ao mesmo tempo, porque os corpos
terrestres evoluem para o repouso. Graças a sua incessante procura pelos
"porquês" chegou a ser considerado pelos cientistas da época "um
desequilibrado malabarista de números inúteis", ainda que não tivesse a
pretensão de "determinar o sexo dos anjos" e nem mesmo ir além do que a
ciência de sua época permitia.

Newton Freire-Maia chega a citar três tipos de filosofia: 1) a filosofia
"tout court"; 2) a filosofia da ciência; e 3) a filosofia dita científica.
"A primeira seria realizada pelos filósofos, a segunda pelos filósofos da
ciência e a terceira em geral pelos próprios cientistas. Exemplos: Bergson -
Popper - Darwin." (A Ciência por Dentro, Vozes, 1995, p.34). Mário Bunge
refere-se a um quarto tipo de filosofia, a filosofia caseira. Parece-me ser
esta a filosofia seguida por aqueles que afirmam que "não seria objetivo da
física ir em busca do porquê das coisas". Mário Bunge diz:

"Quando dizemos que a filosofia não nos interessa, o que provavelmente
fazemos é substituir uma filosofia explícita por outra implícita, isto é,
imatura e incontrolada. [...] Esta filosofia caseira [...] supõe que um
símbolo, tal como uma equação, possui significado físico somente à medida
que diga respeito a alguma possível operação humana. Isto eqüivale a se
considerar a totalidade da física como se referindo a operações,
principalmente medições e cálculos, e não à natureza, o que implica num
retorno ao antropocentrismo prevalecente antes do nascimento da ciência."
(Filosofia de la Fisica, Editorial Ariel, Barcelona, 1982, p.11)

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Alberto
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PS.: Estou reenviando esta msg 8 horas após tê-la enviado pela primeira vez
sem que a mesma chegasse por e-mail nem ter saído no WebSite da Ciencialist.
Perdoem-me se ela chegar em duplicata mas neste intervalo de 8 horas já
enviei outra msg (Triângulos não pitagóricos) que chegou em menos de 15
minutos e portanto creio que a anterior "foi para o espaço".



SUBJECT: A miseria do cientificismo
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/08/2000 03:33

Prezados listeiros,

É conhecida a desconfiança e a atitude sobranceira dos cientistas da
natureza com relação às ciências humanas. Estão sempre a censurar os
"humanistas" por não se valerem apropriadamente do método
científico-experimental (o método das ciências naturais) em suas pesquisas;
o que, segundo eles, rebaixa o discurso humanista a mera literatura sem
compromisso com o fato e, por isso, no último reduto do mito.

E como têm eles horror ao mito! Pois o mito persegue algo além da pura
lógica; portanto, algo que não pode ser falado, isto é, traduzido na árida
linguagem da lógica-matemática. Ora, "o que não se pode falar deve se
calar", afirmou Wittgenstein. Então, que se cale o mito!

Vejo nisso um ressentimento e um desejo de desforra dos homens de ciência
contra o cristianismo, que, em outros tempos, quis silenciá-los. Daí o velho
chavão "a razão contra o mito". Mas não será essa contradição apenas uma
contingência histórica? Se o pensamento racional visa sobretudo a
estabelecer juízos de fato (visa à verdade, acima de tudo), por que então,
ao invés de demonizar o mito, não o encara como um fato qualquer, isto é,
com a devida — e na medida do possível — "neutralidade científica"?

Mas é precisamente isso o que pretende o antropólogo, o semioticista e a
psicanálise: observar o mito com a objetividade do cientista, e tentar
compreender a estrutura e as leis do pensamento mítico ou mágico, os
princípios que regem essa lógica não-racional, ou, nas palavras de
Lévi-Strauss, essa álgebra semântica. Os cientistas da natureza, entretanto,
não entendem essa atitude. Para eles — a maioria — o mito é mal e a razão é
boa. E como o amigo do meu inimigo é também meu inimigo, põem-se então a
hostilizar as ciências do homem, mormente a psicanálise, com seus Édipo,
Electra, Eros e Tanatos. Esquecem-se, no entanto, que o maniqueísmo que
professam, o Bem (Razão) versus o Mal (Mito) é o que há de mais
característico no pensamento mítico, e que a Razão desta forma concebida
nada mais é que uma divindade para espíritos laicos, o Grande Mito
racionalizado, em suma: mais uma deus prepotente e arrogante a atormentar a
humanidade.

E por falar na contradição Razão X Mito, hoje mesmo abri por acaso um livro
do Bertrand Russell, o "ABC da Relatividade", e fiquei surpreso com o que
deparei: uma análise do autor, sob a luz da teoria da relatividade, de dois
versos de um poeta cujo nome ele não cita. Os versos são os seguintes:

"Um acontecimento distante e divino
Rumo ao qual se move toda a criação"

Russell critica o último verso, pois, de acordo com a física moderna, o
"agora" é relativo ao observador, de sorte que "o acontecimento distante e
divino" pode ser um acontecimento presente para uma parte da criação,
passado para outra parte e, para uma terceira parte do universo, ainda uma
ocorrência futura. Russell, então, reescreve o poema do seguinte modo:

"Um acontecimento distante e divino
Rumo ao qual algumas partes da criação se movem, enquanto outras dele se
afastam"

Horrível. O próprio filósofo admite que estragou a poesia. Não obstante, ele
prefere o estrago, pois sugere "que uma emoção que possa ser destruída por
uma pequena dose de Matemática não seja nem muito autêntica nem muito
valiosa."

"Nem muito valiosa"? Impressionante: a verdade matemática como critério de
validação das nossas emoções. Se assim for, então temos que admitir a
absoluta inautenticidade da emoção de Manuel Bandeira, daquela que o levou a
escrever o "mentiroso" verso "teus olhos azuis são dois oceanos não
pacíficos" (afinal olho é olho e oceano é oceano). Ou o total "desvalor" da
emoção de García Márquez quando, perscrutando o silêncio da noite, percebeu
o quase inaudível "barulho da Terra girando em torno do seu eixo
enferrujado". E o que dizer das nossas crianças com o seu pensamento mágico
e o seu mundo animista? É duro saber que o grosso das emoções dessas
criaturinhas nada valem.

Sokal e Bricmont, dois desses cientistas da natureza que fazem do método
científico-experimental uma bitola, publicaram há algum tempo um livrinho,
"Imposturas Intelectuais", no qual mostram os erros crassos de filósofos e
cientistas sociais franceses (todos expoentes do pós-modernismo) quando se
meteram a falar de alguns conceitos da matemática e das ciências naturais
empíricas. O resultado foi uma catástrofe para a hoste pós-moderna. Figurões
como Lacan e Deleuze até então tidos como intocáveis viram-se de repente
deitados de cara na lama da abjeção, totalmente expostos ao ridículo.

Mas, sinceramente, todos os disparates ali citados se me afiguram menos
tolos e ridículos que a tese de Russell acerca da autenticidade ou
inautenticidade das emoções humanas. É, as imposturas intelectuais não são
um monopólio do pós-modernismo. Quando um cientista da natureza averso a
"literatices" humanistas começa a dar palpites sobre os fenômenos da
realidade humana, está a correr o sério risco de ser mais engraçado que
Groucho Marx.

Querem saber de outro palpite hilariante de cientistas da natureza acerca do
fenômeno humano? Este eu tomei conhecimento pela televisão, não me lembro se
foi no Fantástico ou no Jornal Nacional. Lembro-me só do grande sorriso da
apresentadora, denotando um estado de graça ante a grande nova, e da frase
dita com grandiloqüência: "cientistas americanos descobrem a causa da
felicidade!" Soube, no fim do programa, que a causa da felicidade era a
serotonina. Sim, a causa da felicidade é a serotonina, assim como a causa de
um suicídio é a corda com a qual o suicida se enforcou. Mostrou-se então um
homem de classe média, que embora levasse uma vida confortável, não
conseguia se livrar da depressão. Depois, mostrou-se um homem pobre, acho
que porteiro de um edifício, que não conseguia parar de rir e estava sempre
contente. A diferença entre um e outro? A quantidade de serotonina presente
no organismo, escassa no primeiro, abundante no segundo. A grande conclusão:
somos infelizes não porque sofremos injustiças; não porque somos tiranizados
ou maltratados seja no local de trabalho, em casa ou na rua; não porque nos
faltam meios materiais para a satisfação das nossas necessidades e as dos
nossos entes queridos. Somos infelizes não porque nos negam reconhecimento e
nos rebaixam à condição de coisa, mercadoria força-de-trabalho a mercê das
forças de um mercado cada vez mais retraído, mutante e caótico. Em verdade,
somos infelizes porque nos falta um pouco mais de serotonina. Nada que não
possa ser resolvido com uma simples pílula. Aliás, até mesmo a angústia do
ser-no-mundo, a sensação de absurdo e de falta de sentido, a perene
insatisfação humana que não nos deixa nunca ficar parados, estagnados; até
mesmo a simples e basal dor de ser humano (a dor da indecisão, da dúvida e
da renúncia que só quem é livre experimenta) irá necessariamente desaparecer
num futuro próximo, no admirável mundo novo dos homens-prozac.

Em miúdos: a solução para o problema humano não é econômica, social,
política, ética, psicológica ou filosófica. Como o problema da humanidade é
físico-químico, sua solução, portanto, é farmacológica. Ridículo e hilário,
não? Mas bobagens como esta estão sempre saltando da boca de cientistas de
laboratório quando começam a tagarelar sobre o homem e sua sociedade.

Há outros que, tendo por objeto de suas investigações animais como gansos e
formigas, de repente trasladam para a sociedade humana, de forma mecânica e
arbitrária, caracteres que, na verdade, são idiossincrasias dos gansos e das
formigas. Nesses erros incorreram Konrad Lorenz (estudioso dos gansos) e
Edward. O. Wilson (estudioso das formigas e fundador da sociobiologia). O
primeiro, talvez impressionado com os passos de ganso do exército alemão,
terminou simpatizando com o nazismo. Defendeu inclusive a legitimidade da
eugenia; que ao Estado cabe zelar pela integridade genética (homozigótica)
do povo. Quanto ao segundo, viu ele na sociedade humana o mesmo determinismo
genético da sociedade dos cupins e das formigas. Cultura? Isso não existe.
Ou, se existe, trata-se apenas de um epifenômeno. Significa dizer que
sociedade humana é "natureza" cem por cento, e "todos" os comportamentos
sociais dos homens são tão geneticamente programados (inatos ou instintivos)
quanto o comportamento dos insetos sociais. A liberdade é uma quimera.

Ética? O que é o Bem e o que é o Mal? Isso não é um problema filosófico, mas
uma questão a ser resolvida por biólogos e geneticistas. A "verdadeira"
ética, a ética "científica", encontra-se toda ela escrita na linguagem dos
genes.

Outra grande besteira, outra tremenda bobagem dita por quem pouco ou nada
sabe acerca da realidade humana e que, mesmo assim, desprezam as ciências
humanas. Pois a ciência se ocupa com os fatos, e suas proposições são juízos
de fato, e não de valor. Querer um cientista extrair conclusões no
imperativo (uma ética) de premissas no indicativo não é senão querer
"moralizar" a natureza, querer transformar seu movimento inintencional numa
teodicéia e suas leis, de leis do ser em leis do dever-ser. Ora, isso é
típico do pensamento mítico-religioso.

Não adianta tratar o pensamento mítico como um sapo e expulsá-lo aos chutes
pela porta da frente. Pois o bicho é teimoso e não tardará a entrar
novamente em casa pelas portas sempre escancaradas dos fundos (as portas do
inconsciente?). Melhor então encará-lo com a devida objetividade: como mito,
e não como sapo asqueroso; como um meio de se resolver as aporias com as
quais se depara o espírito humano desde épocas imemoriais: o nascimento, a
morte, o porquê da existência.


Manuel Bulcão





SUBJECT: Re: [ciencialist] A miseria do cientificismo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/08/2000 04:31

-----Mensagem Original-----
De: Manuel Bulcão
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 8 de Agosto de 2000 03:33
Assunto: [ciencialist] A miseria do cientificismo


Gostei!

Só não espalha por aí aquela história da serotonina pois se o FHC ouve isso
vai acabar distribuindo serotonina pra todo mundo (principalmente em ano
eleitoral) :-)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: Ola
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/08/2000 10:44

Ola pessoal,
meu site é sobre Física. Alguém pode dar uma ajuda para a Camila?
Agradeço,
[]'
Léo
--------------------------------------
-----Mensagem Original-----
De: Ligia Cabral Barbosa
Para: leo@esquinas.com.br
Enviada em: segunda-feira, 7 de agosto de 2000 08:15
Assunto: Olá !


Olá Profº. Luiz !
Me chamo Camila e está chegando minha Feira de Ciências e por incrivel que
pareça estou sem "assunto", dei uma ladinha no seu site, mas infelismente
não encontrei nada do que esperava, conversei com a minha equipe a "achamos"
que queremos falar sobre as drogas era exatamente isso que eu gostaria de
encontar em seu site, mas que não tem você pode por gentileza me ajudar onde
posso encontrar um texto sobre as drogas, ou seu o senhor puder me mandar
uma pequena lista de assuntos para Feira de Ciências.
Obrigada Pela Atenção !

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: descrevendo o mundo
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/08/2000 11:54

pissoar,

vamos manter a calma...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: descrevendo o mundo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/08/2000 12:16

Amigo Bulcão e demais,
Reproduzo apenas um trecho daquele, cujo desafabo, nessa mensagem e na
seguinte, extravasa sentimento e cultura que todos os advogados deveriam
saber sentir e cultuar. Entretanto, isso não é a realidade. Saúdo-o por ser
uma excessão.
Esse trecho, ao fim e ao cabo, merece defesa.

>Outra coisa: você se referiu a algumas palavras minhas como "pensamentos
puramente humanos, avançadissimos para a época." Não entendo essa sua ironia
e no que ela pode contribuir para um debate que se pretende "científico,
"objetivo". Eu não disse nada que mesmo um idiota não pudesse compreender,
não fui rebuscado nem pedante. Palavras tais como "revisionismo",
"neonazismo" e outras de que me vali são termos banais, palavras de uso
corrente. Em outros e-mails você se portou de modo idêntico, mas eu,
ingenuamente, pensei que você fosse apenas um sujeito bem humorado e
descontraído. Hoje, percebo que o seu bom-humor não passa de fina ironia de
gente esnobe. Pra cima de mim não, jacaré!<

Na thread estávamos falando de "personagens" que, na época, apresentaram
pensamentos por demais avançados. Veja seu texto:
"Aliás, é bom lembrar que os revisionistas neonazistas, papagueando
Nietzsche, estão a afirmar que não existe verdade;" E, minha resposta
'quanto às palavras bonitas' e 'avançadíssimos para a época' referia-se a
esses revisionistas. Eis:

Léo:#Ai tem muitas palavras bonitas que não entendo (revisionistas,
neonazistas etc.) mas, independente desses pensamentos puramente humanos,
avançadissimos para a época, fica patente que Ciência nada tem a ver com a
verdade absoluta ou relativa ou subjetiva ou com qualquer outro
qualificativo.#

Como pode observar não me referia a vc especificamente e, como tal não há
pinceladas irônicas. Prefiro-o quando veste a roupagem de 'ingenuamente',
pois acerta em cheio: "sujeito bem humorado e descontraído". Esse sou eu. E,
seria inteligente de sua parte, concordar comigo; por duas razões:
Inteligência: qualidade intelectual que atribuímos a aqueles que concordam
conosco e,
[]'
deus









SUBJECT: Re: [ciencialist] A miseria do cientificismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/08/2000 15:19

Caro Manuel,
gostei do texto , achei otimo a redacao e o estilo,
embora nao concorde em grande parte com o texto.
Gostaria de fazer alguns comentarios, sofrendo de antemao por ter que
"dilacerar" com minhas observacoes curtas e retas, o lindo contorno
estilistico
q vc desenhou.

Perdoe esta deficiencia minha (e dos "exatos" em geral) que, devido aa
nao necessidade
da escrita, e devido a esta "falta de treino" e, pq tambem nao dizer
do imperativo
simplificador de equacoes e leis, acabamos por adotar um estilo
telegrafico de escrita,
nem sempre a mais agradavel aos nossos olhos... Mas enfim... :

msbn@daterranet.com.br wrote:

> Prezados listeiros,
>
> É conhecida a desconfiança e a atitude sobranceira dos cientistas da
> natureza com relação às ciências humanas. Estão sempre a censurar os
> "humanistas" por não se valerem apropriadamente do método
> científico-experimental (o método das ciências naturais) em suas
> pesquisas;
> o que, segundo eles, rebaixa o discurso humanista a mera literatura
> sem
> compromisso com o fato e, por isso, no último reduto do mito.
>
> E como têm eles horror ao mito! Pois o mito persegue algo além da pura
>
> lógica; portanto, algo que não pode ser falado, isto é, traduzido na
> árida
> linguagem da lógica-matemática. Ora, "o que não se pode falar deve se
> calar", afirmou Wittgenstein. Então, que se cale o mito!
>
> Vejo nisso um ressentimento e um desejo de desforra dos homens de
> ciência
> contra o cristianismo, que, em outros tempos, quis silenciá-los.

E ateh mesmo mata-los, que o digam Giordanno Bruno e outros queimados
vivos por
nao concordarem com a Igreja.
Eh o mesmo trauma dos Judeus com o Neo-Nazismo e que pode ser explicado
numa frase "Gato escaldado tem medo de agua fria"

> Daí o velho
> chavão "a razão contra o mito". Mas não será essa contradição apenas
> uma
> contingência histórica?

Nao, o preco da liberdade eh a eterna vigilia : Se nao houverem vozes
que protestam
contra a dominacao e disseminacao da igreja e da religiao, em breve eles

imporao o ensino da Biblia e nao de Darwin nas escolas ( como ja ocorre
em algumas)
e nao seria tao ficcao se ateh criassem um braco armado (um tipo de
inquisicao )
para silenciar os que tem ideias contrarias aa do "Senhor".


>Se o pensamento racional visa sobretudo a

> estabelecer juízos de fato (visa à verdade, acima de tudo), por que
> então,
> ao invés de demonizar o mito, não o encara como um fato qualquer, isto
> é,
> com a devida — e na medida do possível — "neutralidade científica"?
>

Sim, mas eh encarado. O problema q surge eh quando resolvem dar "vida"
ao mito,
propor q a visao mitica esta correta e portanto acoes devem ser tomadas
para
defender o mito. Quero dizer que, ao tomar o mito como premissa
verdadeira,
as consequencias podem extravasar aa simples contemplacao do mito e este

ser usado como justificativa para a acao. Por isso o mito eh perigoso e
nao
deve ser encarado como algo inocente e inofensivo.


>
> Mas é precisamente isso o que pretende o antropólogo, o semioticista e
> a
> psicanálise: observar o mito com a objetividade do cientista, e tentar
>
> compreender a estrutura e as leis do pensamento mítico ou mágico, os
> princípios que regem essa lógica não-racional, ou, nas palavras de
> Lévi-Strauss, essa álgebra semântica.

Nada contra, em principio mas, como podem almejar isso sem usar o metodo
cientifico?
Nao se pode ter o status de conhecimento cientifico sem q se use o
metodo cientifico.



> Os cientistas da natureza, entretanto,
> não entendem essa atitude. Para eles — a maioria — o mito é mal e a
> razão é
> boa. E como o amigo do meu inimigo é também meu inimigo, põem-se então
> a
> hostilizar as ciências do homem, mormente a psicanálise, com seus
> Édipo,
> Electra, Eros e Tanatos. Esquecem-se, no entanto, que o maniqueísmo
> que
> professam, o Bem (Razão) versus o Mal (Mito) é o que há de mais
> característico no pensamento mítico, e que a Razão desta forma
> concebida
> nada mais é que uma divindade para espíritos laicos, o Grande Mito
> racionalizado, em suma: mais uma deus prepotente e arrogante a
> atormentar a
> humanidade.

Calma, mas mesmo a ciencia, ou melhor, seu objeto de estudo, suas leis
,estao a merce
dela mesma, de suas proprias garras afiadas ansiosas para colocar a
relatividade por terra,
loucas para derrubar a mecanica quantica. E eh isto q a fortalece. Sua
"auto-hostilidade"
produz teorias cada vez mais resistentes e robustas. E esta selecao
darwiniana nao se
observa nas humanidades por isso a descrenca , com vc citou , dos
cientistas
com o legado das teorias "humanistas" : Falta o criterio de
falseabilidade.

>,ela

>
>
> E por falar na contradição Razão X Mito, hoje mesmo abri por acaso um
> livro
> do Bertrand Russell, o "ABC da Relatividade", e fiquei surpreso com o
> que
> deparei: uma análise do autor, sob a luz da teoria da relatividade, de
> dois
> versos de um poeta cujo nome ele não cita. Os versos são os seguintes:
>
> "Um acontecimento distante e divino
> Rumo ao qual se move toda a criação"
>
> Russell critica o último verso, pois, de acordo com a física moderna,
> o
> "agora" é relativo ao observador, de sorte que "o acontecimento
> distante e
> divino" pode ser um acontecimento presente para uma parte da criação,
> passado para outra parte e, para uma terceira parte do universo, ainda
> uma
> ocorrência futura. Russell, então, reescreve o poema do seguinte modo:
>
> "Um acontecimento distante e divino
> Rumo ao qual algumas partes da criação se movem, enquanto outras dele
> se
> afastam"
>
> Horrível. O próprio filósofo admite que estragou a poesia. Não
> obstante, ele
> prefere o estrago, pois sugere "que uma emoção que possa ser destruída
> por
> uma pequena dose de Matemática não seja nem muito autêntica nem muito
> valiosa."
>
> "Nem muito valiosa"? Impressionante: a verdade matemática como
> critério de
> validação das nossas emoções. Se assim for, então temos que admitir a
> absoluta inautenticidade da emoção de Manuel Bandeira, daquela que o
> levou a
> escrever o "mentiroso" verso "teus olhos azuis são dois oceanos não
> pacíficos" (afinal olho é olho e oceano é oceano). Ou o total
> "desvalor" da
> emoção de García Márquez quando, perscrutando o silêncio da noite,
> percebeu
> o quase inaudível "barulho da Terra girando em torno do seu eixo
> enferrujado". E o que dizer das nossas crianças com o seu pensamento
> mágico
> e o seu mundo animista? É duro saber que o grosso das emoções dessas
> criaturinhas nada valem.
>

Nesse exemplo, nao podemos tomar o particular para descaracterizar o
todo.
Se Russel errou ao corrigir "matemaicamente" o incorrigivel ,visto q um
verso
nao precisa fazer logica, nao podemos achar q a Arte deva ser rejeitada
por nao
ser "logica". Novamente eh a forca do mito: encarar a ciencia como um
mito e nao
como uma ferramenta para a compreensao do mundo .
Poderia se usar a ciencia para explicar o "por que" o verso alegra e
fascina aos
cerebros humanos sem contudo q esta explicacao cesse a "magica" que o
verso
faz em nossa mente. O q nao se pode fazer eh corromper a obra do artista

alegando-a fora de logica. O erro esta justamente em nao se conhecer
cientificamente
e suficientemente o cerebro para deduzir que o verso sem-nexo deve soar
mais
belo do que o verso recorrigido-relativisticamente. Pois ao se escrever
um verso
busca-se a beleza o encanto ( cientificamente explicaveis ) e nao sua
correteza:
Um verso nao eh uma lei fisica.




>
> Sokal e Bricmont, dois desses cientistas da natureza que fazem do
> método
> científico-experimental uma bitola, publicaram há algum tempo um
> livrinho,
> "Imposturas Intelectuais", no qual mostram os erros crassos de
> filósofos e
> cientistas sociais franceses (todos expoentes do pós-modernismo)
> quando se
> meteram a falar de alguns conceitos da matemática e das ciências
> naturais
> empíricas. O resultado foi uma catástrofe para a hoste pós-moderna.
> Figurões
> como Lacan e Deleuze até então tidos como intocáveis viram-se de
> repente
> deitados de cara na lama da abjeção, totalmente expostos ao ridículo.
>

E com razao, estes pos-modernistas,( preconceituosa e generalisadamente
falando),
nao fazem mais do que atraves de um linguajar High-Tech-Sofisticado, nao
falar
"coisa com coisa". Eh o limite q a falta do metodo cientifico poderia
almejar em
termos de nonsense.



>
> Mas, sinceramente, todos os disparates ali citados se me afiguram
> menos
> tolos e ridículos que a tese de Russell acerca da autenticidade ou
> inautenticidade das emoções humanas. É, as imposturas intelectuais não
> são
> um monopólio do pós-modernismo. Quando um cientista da natureza averso
> a
> "literatices" humanistas começa a dar palpites sobre os fenômenos da
> realidade humana, está a correr o sério risco de ser mais engraçado
> que
> Groucho Marx.
>

A ciencia apenas esta engatinhando na descoberta do cerebro, mas nao
devemos
pensar q nunca o desvendaremos. Talvez quando o fizermos saberemos ateh
mesmo
como escrever as mais belas e ilogica poesias !!!!


>
> Querem saber de outro palpite hilariante de cientistas da natureza
> acerca do
> fenômeno humano? Este eu tomei conhecimento pela televisão, não me
> lembro se
> foi no Fantástico ou no Jornal Nacional. Lembro-me só do grande
> sorriso da
> apresentadora, denotando um estado de graça ante a grande nova, e da
> frase
> dita com grandiloqüência: "cientistas americanos descobrem a causa da
> felicidade!" Soube, no fim do programa, que a causa da felicidade era
> a
> serotonina. Sim, a causa da felicidade é a serotonina, assim como a
> causa de
> um suicídio é a corda com a qual o suicida se enforcou. Mostrou-se
> então um
> homem de classe média, que embora levasse uma vida confortável, não
> conseguia se livrar da depressão. Depois, mostrou-se um homem pobre,
> acho
> que porteiro de um edifício, que não conseguia parar de rir e estava
> sempre
> contente. A diferença entre um e outro? A quantidade de serotonina
> presente
> no organismo, escassa no primeiro, abundante no segundo. A grande
> conclusão:
> somos infelizes não porque sofremos injustiças; não porque somos
> tiranizados
> ou maltratados seja no local de trabalho, em casa ou na rua; não
> porque nos
> faltam meios materiais para a satisfação das nossas necessidades e as
> dos
> nossos entes queridos. Somos infelizes não porque nos negam
> reconhecimento e
> nos rebaixam à condição de coisa, mercadoria força-de-trabalho a mercê
> das
> forças de um mercado cada vez mais retraído, mutante e caótico. Em
> verdade,
> somos infelizes porque nos falta um pouco mais de serotonina. Nada que
> não
> possa ser resolvido com uma simples pílula. Aliás, até mesmo a
> angústia do
> ser-no-mundo, a sensação de absurdo e de falta de sentido, a perene
> insatisfação humana que não nos deixa nunca ficar parados, estagnados;
> até
> mesmo a simples e basal dor de ser humano (a dor da indecisão, da
> dúvida e
> da renúncia que só quem é livre experimenta) irá necessariamente
> desaparecer
> num futuro próximo, no admirável mundo novo dos homens-prozac.
>
> Em miúdos: a solução para o problema humano não é econômica, social,
> política, ética, psicológica ou filosófica. Como o problema da
> humanidade é
> físico-químico, sua solução, portanto, é farmacológica. Ridículo e
> hilário,
> não?

Sim e nao.
Sim pq , como vc mesmo diz, a causa do suicidio nao eh a corda, nao
obstante
a pilula poderia diminuir o sofrimento assim como a aspirina ja o faz.
A descoberta da serotonina, por exemplo, pode ajudar deprimidos
cronicos
mas ainda nao trara a felicidade a longo prazo.


> Mas bobagens como esta estão sempre saltando da boca de cientistas de
> laboratório quando começam a tagarelar sobre o homem e sua sociedade.
>
> Há outros que, tendo por objeto de suas investigações animais como
> gansos e
> formigas, de repente trasladam para a sociedade humana, de forma
> mecânica e
> arbitrária, caracteres que, na verdade, são idiossincrasias dos gansos
> e das
> formigas. Nesses erros incorreram Konrad Lorenz (estudioso dos gansos)
> e
> Edward. O. Wilson (estudioso das formigas e fundador da
> sociobiologia). O
> primeiro, talvez impressionado com os passos de ganso do exército
> alemão,
> terminou simpatizando com o nazismo. Defendeu inclusive a legitimidade
> da
> eugenia; que ao Estado cabe zelar pela integridade genética
> (homozigótica)
> do povo. Quanto ao segundo, viu ele na sociedade humana o mesmo
> determinismo
> genético da sociedade dos cupins e das formigas. Cultura? Isso não
> existe.
> Ou, se existe, trata-se apenas de um epifenômeno. Significa dizer que
> sociedade humana é "natureza" cem por cento, e "todos" os
> comportamentos
> sociais dos homens são tão geneticamente programados (inatos ou
> instintivos)
> quanto o comportamento dos insetos sociais. A liberdade é uma quimera.
>
>

Querer denegrir estes trabalhos pioneiros simplesmente pq nao existe um
"mito"
que de respaldo a eles seria o mesmo que ridicularizar Pasteur quando
fazia experimentos
com fungos que deu origem as modernas vacinas....


>
> Ética? O que é o Bem e o que é o Mal? Isso não é um problema
> filosófico, mas
> uma questão a ser resolvida por biólogos e geneticistas. A
> "verdadeira"
> ética, a ética "científica", encontra-se toda ela escrita na linguagem
> dos
> genes.
>
> Outra grande besteira, outra tremenda bobagem dita por quem pouco ou
> nada
> sabe acerca da realidade humana e que, mesmo assim, desprezam as
> ciências
> humanas. Pois a ciência se ocupa com os fatos, e suas proposições são
> juízos
> de fato, e não de valor. Querer um cientista extrair conclusões no
> imperativo (uma ética) de premissas no indicativo não é senão querer
> "moralizar" a natureza, querer transformar seu movimento inintencional
> numa
> teodicéia e suas leis, de leis do ser em leis do dever-ser. Ora, isso
> é
> típico do pensamento mítico-religioso.

Quem esta fazendo isso ?

>
> Não adianta tratar o pensamento mítico como um sapo e expulsá-lo aos
> chutes
> pela porta da frente. Pois o bicho é teimoso e não tardará a entrar
> novamente em casa pelas portas sempre escancaradas dos fundos (as
> portas do
> inconsciente?). Melhor então encará-lo com a devida objetividade: como
> mito,
> e não como sapo asqueroso; como um meio de se resolver as aporias com
> as
> quais se depara o espírito humano desde épocas imemoriais: o
> nascimento, a
> morte, o porquê da existência.
>
>

O problema de generalizar todas as ideias eh q nem sempre podemos
analisa-las
todas de uma vez e objetivamente. ...
Assim, de forma geral, podemos encarar o pensamento mitico como a um
sapo
e enxota-lo para fora mesmo. Quem quiser podera nao faze-lo, e adota-lo
como um exemplo a ser seguido.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] A miseria do cientificismo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/08/2000 18:10

-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 8 de Agosto de 2000 15:19
Assunto: Re: [ciencialist] A miseria do cientificismo

Caro Jocax (Ói nóis aqui trá veis!), Manuel e demais elementos da
ciencialist

Conforme já me manifestei, gostei do texto e também da réplica. Apenas não
concordo que ela tenha "dilacerado" o contorno estilístico pois toda a
crítica construtiva é bem vinda e creio que o Manuel também pensa assim.
Irei apenas comentar alguns aspectos paralelos, sem entrar no mérito do
texto original e/ou das críticas efetuadas.

> > É conhecida a desconfiança e a atitude sobranceira dos cientistas da
> > natureza com relação às ciências humanas.
> > ...Vejo nisso um ressentimento e um desejo de desforra dos homens de
> > ciência contra o cristianismo, que, em outros tempos, quis silenciá-los.
>
> E ateh mesmo mata-los, que o digam Giordanno Bruno e outros queimados
> vivos por nao concordarem com a Igreja.
> Eh o mesmo trauma dos Judeus com o Neo-Nazismo e que pode ser explicado
> numa frase "Gato escaldado tem medo de agua fria"

Em meus tempos de Usp fiz amizade com muitos judeus, nenhum dos quais havia
passado por campos de concentração nazista. Nosso inimigo comum era o Estado
a torturar os jovens que insistiam em não se adaptar ao sistema vigente,
prática comum e responsável pela formação de políticos e críticos de valor.
Você haverá de perceber que em minha geração (tenho 57 anos) quase não
existem críticos e políticos de valor, apenas papagaios a repetirem a
cartilha imposta pelo Estado de exceção; ou corruptos que se aproveitaram de
uma situação da "melhor" maneira possível. Até mesmo a nossa oposição foi
criada nos quartéis seguindo-se os cânones do "duplipensar" descrito, como
em profecia, por George Orwell em seu 1984. Maluf, ACM e Sarney representam
aqueles que dançaram ao ritmo da ditadura; Lula, FHC e tantos outros que por
aí estão, representam aqueles que efetivamente não ofereciam perigo algum ao
sistema e, ao contrário, foram aceitos como elementos essenciais para que se
dissesse vivermos uma democracia. Aqueles que efetivamente deveriam hoje
ocupar postos de comando estão desaparecidos e/ou abobados pela tortura a
que foram submetidos. Tenho colegas de classe dos dois tipos. Formei-me em
1968 pela Faculdade de Medicina da Usp. Os poucos professores (7 no caso da
Medicina) que tentaram se rebelar contra a situação acabaram indo dar aulas
no exterior e a maioria permanece ou permaneceu até o fim de suas vidas por
lá. Muitos dentre os professores que ficaram ajudaram a ditadura a promover
a limpeza na universidade. E sabe com que motivo? Simplesmente para promover
seus comparsas. Cada cientista que ia para o exterior, acusado de corrupto,
abria uma vaga a ser preenchida por seus amiguinhos incompetentes. Cada
Schenberg ou Isaías Raw que era exonerado, acabava sendo substituído por um
Zé-ninguém que está hoje locupletando a lista dos improdutivos pagos com
nosso imposto de renda. Essa história chegou a ser narrada num livreto
chamado "O livro negro da Usp" e que nem sei se ainda existe algum exemplar
que não tenha sido queimado pelos militares. Sim, "gato escaldado tem medo
de água fria". Pois em minha vida acadêmica aprendi a ter mais medo dos
acadêmicos do que dos próprios militares. Os militares são ingênuos ou
idiotas, como foi o caso de Hitler; os acadêmicos dão respaldo às idiotices
dos militares. Evidentemente, nem todos os acadêmicos são assim. Sequer a
maioria. Não obstante, a minoria dá as cartas pois a maioria está em seu
canto à procura de desvendar o sexo dos anjos.

O homem culto, e os judeus não fazem exceção, não devem ter medo apenas do
neo-nazismo mas de qualquer regime totalitário e/ou de exceção. E já que
estamos falando de mitos, de nada adianta ficarmos combatendo um mito
enquanto permitirmos a proliferação de outros.

Lembro-me também da lei da ação e reação e, como estamos no âmbito das
ciências sociais, prefiro o Princípio de Le Chatelier, que é mais geral. Ao
combatermos um mito estamos simplesmente permitindo a proliferação de outros
mitos, talvez piores. O neo-nazismo é hoje conseqüência do anti-nazismo e o
nazismo era algo que deveria ter sido enterrado para todo o sempre
juntamente com seus precursores.

> Por isso o mito eh perigoso e nao
> deve ser encarado como algo inocente e inofensivo.

Com efeito. Mas também não deve ser supervalorizado a ponto de gerar uma
reação incontrolável.

> > Mas é precisamente isso o que pretende o antropólogo, o semioticista e
> > a psicanálise: observar o mito com a objetividade do cientista

> Nada contra, em principio mas, como podem almejar isso sem usar o metodo
> cientifico?
> Nao se pode ter o status de conhecimento cientifico sem q se use o
> metodo cientifico.

Concordo plenamente. Lembro apenas que método é um caminho e que as vezes
percorremos um caminho sem conhecê-lo devidamente. É importante que o
cientista siga estritamente o método científico, caso contrário não chegará
a seu destino, mas não é fundamental que ele conheça o método científico. Às
vezes eu fico com a impressão de que determinados cientistas sociais estão
seguindo o método científico mesmo sem perceberem. Isto fica mais patente na
área de exatas, onde as variáveis são menores. Na biologia ainda dá para se
ter essa percepção mas na área de humanas a coisa se complica bastante.

> Calma, mas mesmo a ciência, ou melhor, seu objeto de estudo, suas leis,
> estao a merce dela mesma, de suas proprias garras afiadas ansiosas para
> colocar a relatividade por terra, loucas para derrubar a mecanica
> quantica.

Aqui eu vou discordar, pelo menos no que se refere à minha maneira de
combater a física moderna. Lembro-me de que quando comecei a desconfiar da
física moderna eu era vidrado em relatividade e doido para entender um
pouquinho de física quântica. Lembro-me ainda da satisfação que tive ao
entender pela primeira vez algo proposto por Einstein e relacionado ao que
os físico-químicos chamam de força termodinâmica (algo estudado em
termodinâmica dos processos irreversíveis). Talvez você esteja se referindo
aos "crackpots" ou cientistas ingênuos ou mesmo cientistas patetas (do
espanhol, científicos chiflados). Estes existem às pencas mas raramente
conseguem propor experiências falseáveis. Como já disse, não gosto do método
de tentativa e erro e este é aquele utilizado pelos que estão unicamente
preocupados em derrubar teorias dos outros. A ciência começa pela intuição e
esta é incontrolável. De repente estamos contra àquilo que até então
acreditávamos e só nos resta seguir o caminho que nos aparece; a partir de
então, ou derrubamos o mito que surge ou procuramos desmitificá-lo. E, ao
meu ver, é assim que a ciência progride.

> O q nao se pode fazer eh corromper a obra do artista
> alegando-a fora de logica. O erro esta justamente em nao se conhecer
> cientificamente e suficientemente o cerebro para deduzir que o verso
> sem-nexo deve soar mais belo do que o verso
> recorrigido-relativisticamente.

Pois é. E é por isso que eu digo que as ciências humanas, ao contrário das
exatas, possuem muitas variáveis, tornando difícil enxergar-se nitidamente a
verdadeira aplicação do método científico. Mas ainda assim eu acredito que o
método científico se aplique a todas as ciências.

> > Sokal e Bricmont, dois desses cientistas da natureza que fazem do
> > método científico-experimental uma bitola, publicaram há algum tempo um
> > livrinho, "Imposturas Intelectuais", no qual mostram os erros crassos de
> > filósofos e cientistas sociais franceses (todos expoentes do
> > pós-modernismo) quando se meteram a falar de alguns conceitos da
> > matemática e das ciências naturais empíricas. O resultado foi uma
> > catástrofe para a hoste pós-moderna. Figurões como Lacan e Deleuze até
> > então tidos como intocáveis viram-se de repente deitados de cara na lama
> > da abjeção, totalmente expostos ao ridículo.

> E com razao, estes pos-modernistas, (preconceituosa e generalisadamente
> falando), nao fazem mais do que atraves de um linguajar
> High-Tech-Sofisticado, nao falar "coisa com coisa". Eh o limite q a falta
> do metodo cientifico poderia almejar em termos de nonsense.

Eu acho que a crítica do Manuel faz sentido e você realmente, e como afirma,
está sendo excessivamente preconceituoso. Também não gosto de alguns
pós-modernismos mas isso não me autoriza a combatê-los sem conhecimento de
causa e/ou pelo fato de sua linguagem não me atingir.

> Querer denegrir estes trabalhos pioneiros simplesmente pq nao existe um
> "mito" que de respaldo a eles seria o mesmo que ridicularizar Pasteur
> quando fazia experimentos com fungos que deu origem as modernas
> vacinas....

Ou Newton quando "a maçã caiu em sua cabeça"; ou aquele cientista que deu um
chute num solenóide, o imã escorregou e o "voltímetro" acusou a passagem de
uma corrente; ou...

A ciência não se faz por acaso. A observação primeira de um fenômeno é fruto
de um conhecimento prévio pelo autor. A intuição não surge apenas da
observação mas da observação efetuada por uma mente preparada para ter essa
intuição. Ou, como diz Chalmers, "a ciência não começa pela observação
pura".

> O problema de generalizar todas as ideias eh q nem sempre podemos
> analisa-las todas de uma vez e objetivamente. ...
> Assim, de forma geral, podemos encarar o pensamento mitico como a um
> sapo e enxota-lo para fora mesmo.

E porque não tentar desmitificar o mito? Não seria isso equivalente ao que
fazemos nas ciências mais elementares quando conseguimos fixar uma das
variáveis? Eliminamos uma das variáveis com a finalidade de facilitar a
compreensão do relacionamento entre as demais. O problema, a meu ver, é que
no pensamento mítico as variáveis são tantas, muitas até desconhecidas, que
sequer sabemos como fixar uma delas afim de eliminá-la. Não obstante, creio
que a desmitificação começa por aí. E só poderemos promover a desmitificação
se, de antemão, aceitarmos o mito como tal.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: A arca de Noe'
FROM: "Ronaldo Cordeiro [MG]" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/08/2000 18:31

--- In ciencialist@egroups.com, Paulo Sérgio Dias <psdias@z...> wrote:

> - Certa vez, assistindo a uma aula de
> um professor de Fisica, ele comentou
> que havia tomado as medidas da "arca
> de Noe'", descritas na Biblia...
> - Para surpresa de todos na sala,
> ele nos disse que o formato
> hidrodinamico do lendario
> barco estava estritamente dentro
> do que a engenharia moderna considera
> como ideal para um veiculo aquatico
> daquele porte ! ...

> - Pergunta: Alguem ja' ouviu falar sobre isso ?

Já ouvi falar, claro, mas isso com certeza é mais uma daquelas famosas
associações que fazem de histórias lendárias com fatos científicos,
típicos de Von Däniken, Velikovski e Sitchin. Também é muito comum
procurar numerologias ocultas em medidas de antigos monumentos, como
se vê fazerem freqüentemente com as pirâmides do Egito. Dê uma olhada
em:
(Piramidiotice)
http://paginas.teleweb.pt/~ceptico/entradas/piramidiotice.html

Outra coisa que andou na moda recentemente foi a busca de profecias
escondidas na forma de letras encontradas em intervalos iguais na
Bíblia (o famoso "Código da Bíblia"), que se tornaram populares e
chegaram a impressionar muitos, até que se demonstrasse que as tais
"profecias" podem ser encontradas praticamente dentro de qualquer
texto:
(O Código da Bíblia)
http://paginas.teleweb.pt/~ceptico/entradas/codbib.html

Proporções numéricas coincidentes com algo que tenha significado,
podem ser encontradas em praticamente qualquer coisa. Basta a
imaginação e a disposição do freguês para procurar. Em resumo, isso se
chama "forçar a barra". Existem tantos problemas que tornariam
impossível o tal "dilúvio", a construção da tal "arca", a reunião dos
animais, seu número grande demais para pouco espaço, sua sobrevivência
e posterior dispersão e o que fazer das plantas e outros seres que não
receberam ticket, etc, que a história do "dilúvio universal" só passa
mesmo como lenda de povos primitivos:
(Problemas com um Dilúvio Universal)
http://www.talkorigins.org/faqs/faq-noahs-ark.html

Com tantos problemas, não seria uma coincidência com um suposto
formato hidrodinâmico ideal que iria tornar a história da arca mais
plausível.

Além do mais... que sentido teria dar formas hidrodinâmicas ideais a
uma embarcação que não tinha que se deslocar para lugar nenhum?

Ronaldo Cordeiro
Dicionário Céptico: http://www.dicceptico.cjb.net



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: descrevendo o mundo
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/08/2000 21:00

Oi!

É isso aí, Léo, foi um desentendimento apenas. Ou melhor: não houve uma
"correspondência biunívoca" entre os elementos do seu texto com os do
"modelo" que dele fiz em meu pensamento. Não é "verdade"? :-)

Amigos novamente!

Manuel Bulcão



SUBJECT: Quântica x Pseudociências
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/08/2000 21:11

Para o pessoal que está ligado com a turma dos céticos:

Estou pesquisando as abordagens pseudo-científicas relacionadas à Física
Quântica. Coisas como Consciência Quântica, Homeopatia Quântica (!),
interações entre o espírito e a matéria, aplicações da teoria quântica em
tratamentos médicos, mistura de Física Quântica com Misticismo, Estoterismo
e Filosofias Orientais, etc. No dicionário céptico não encontrei nenhum
verbete que contém a palavra "quântica" ou "quântico". Alguém sabe me dar
algum link legal na Internet que aborde essas coisas do ponto de vista
cético? Ou pode ser do ponto de vista não-cético (o outro lado), também.

Um pouco de misturas pseudocientíficas sobre outras áreas também vai
bem, notadamente: confusões com o indeterminismo termodinâmico, quântico e
da Teoria do Caos, ondas eletromagnéticas, etc.

Obrigado e até a próxima,
Belisário

----- Original Message -----
From: Ronaldo Cordeiro [MG]

> Ronaldo Cordeiro
> Dicionário Céptico: http://www.dicceptico.cjb.net




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: descrevendo o mundo
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/08/2000 21:45

o que seria da ciência, sem a filosofia?
 
 
 
 
pode o homem que conhece uma pedra, afirmar conhecer o mundo, por essa mesma pedra?

SUBJECT: Re: [ciencialist] Quântica x Pseudociências
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/08/2000 21:51

a Teoria dos Campos Morficos de Rupert Sheldrake

http://www.sheldrake.org -- a cara de pau do rapaz.
http://www.galileuon.com.br/edic/91/conhecimento1.htm
http://www.galileuon.com.br/edic/94/conhecimento1.htm

(provavelmente o redirecionador automatico nao vai permitir a entrada
direto nas paginas da Galileu -- serah preciso entao digitar no campo de
procura a palavra 'morfico' [com acento no primeiro 'o'] ou 'sheldrake')

Consciencia Quantica eh preciso ter um pouco de cuidado, o matematico (ou
era fisico) Penrose defende q. os processos de consciencia sao
determinados por eventos em niveis quanticos (uma viagem, mas enfim)... e
tem os caroneiros q. deturpam tudo isso:

http://www.galileuon.com.br/edic/98/conhecimento5.htm -- palavra-chave
'kirlian'

Em:

http://www.terra.com.br/planetanaweb/ -- faca busca por 'quantica' (com
acento no primeiro 'a')

outros sitios:

http://www.caldoquantico.com.br
http://orbita.starmedia.com/~holistico/o_paradig_holus.html
http://www.unig2001.com.br/~meireles/holistica.htm
http://orbita.starmedia.com/~psi_transp/psic_transp_fisic_quant.html
http://cfh.ufsc.br/~takase/princ.html
http://www.tba.com.br/pages/pacemir/TVP.htm
http://www.meditacao-transcendental.med.br/entrevista.htm
http://www.gold.com.br/~rmg/tfl.html
http://www.fengshui.com.br/energy.html

agora os gurus novevais quanticos sao dois:

fritjof capra

deepak chopra
http://www.chopra.com/

as versoes cientificas e ceticas:

http://www.csicop.org/si/9701/quantum-quackery.html
http://www.epub.org.br/cm/n05/opiniao/quantico.htm

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: descrevendo o mundo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/08/2000 22:29

De: Francisco
> o que seria da ciência, sem a filosofia?

Léo: Seria uma ciência sem a filosofia, assim como ela o é.

>pode o homem que conhece uma pedra, afirmar conhecer o mundo, por essa
mesma pedra?

Léo: Pode, usando do mesmo equipamento pelo qual ele identificou aquilo como
sendo uma pedra, seu cérebro.

[]'
Léo





SUBJECT: q e q'= raiz de 2 . q
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/08/2000 22:47

Voltando aos famigerados elétrons e suas cargas elementares. O que
aconteceria se existissem cargas elementares de relação irracional, como,
por exemplo, q e q' = q. \/2 (q vezes raiz quadrada de 2)?

[]'
Léo






SUBJECT: Re: [ciencialist] A miseria do cientificismo
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/08/2000 23:29

Ouvi pelo menos duas pessoas falarem em "método científico". Talvez seja
interessante que se precisasse o que se entende por isso, porque existem
várias concepções, e, dependendo da que aceitamos, as Ciências Humanas podem
ou não seguir um "método científico". Por exemplo, a concepção mais
simplista de método científico, "observação -> experimentação -> observação
sistemática -> generalização -> teoria" simplesmente não funciona nas
Ciências Humanas, simplesmente porque não podemos ficar fazendo
experimentações e observações sistemáticas com sistemas sociais (posto que
não se pode arrumar um "ensemble" de sistemas sociais idênticos).

(Eu, pessoalmente, creio que devemos aplicar diferentes "métodos
científicos" em diferentes áreas. Esse que citei acima pode funcionar muito
bem em muitas aplicações nas ditas Ciências Exatas.)

Inté,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] A miseria do cientificismo
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/08/2000 23:47

Fala, povo. Algumas reflexões pensando "com o dedo" sobre as relações
entre Ciências Exatas e Ciências Humanas.

Eu acho muito mais fácil pesquisar Ciências Exatas do que Humanas. Claro
que qualquer um pode pegar um livro de História na estante de uma biblioteca
e entendê-lo, enquanto poucas pessoas podem pegar um de Física Quântica e
entendê-lo. Isso não é um problema meramente de linguagem (para entender o
de quântica, há que se entender a linguagem matemática, o que coloca o leigo
em tanta desvantagem quanto eu diante de um livro em russo). Ocorre também
que num livro de Ciências Exatas existem longos encadeamentos
lógico-dedutivos que forçam a pessoa a raciocinar de uma maneira estranha à
que estamos todos acostumados no cotidiano. Além disso, esses longos
encadeamentos fazem necessário muito mais esforço para a compreensão dos
conceitos por detrás das fórmulas, a ponto de os próprios exatos se
perderem.

A despeito disso, ainda acho muito mais fácil pesquisar Ciências Exatas
que Humanas. Porque em Ciências Exatas a gente pode controlar as variáveis,
selecioná-las, isolar o sistema, e tal. Em Ciências Humanas, não. As
variáveis são virtualmente infinitas, e uma enorme quantidade simplesmente
não pode ser ignorada, pois têm efeitos quantitativamente comparáveis.
Podemos estudar a gravitação jogando uma bolinha de chumbo para cima e
desprezando a resistência do ar (por isso a bolinha foi escolhida feita de
chumbo). Mas não podemos estudar a cotação das bolsas supondo que a
influência de inúmeros fatores psicológicos seja pequena.

Além disso, as equações que descrevem o sistema (sim, há equações! Em
princípio, há equações para tudo, desde que não se acredite em
livre-arbítrio) são extremamente não-lineares (ou seja, tecnicamente, os
coeficientes dos termos cruzados são da mesma ordem de grandeza - ou
maiores - do que os dos termos não-cruzados). Isso impossibilita o
isolamento das variáveis. Outro dia estava conversando com um matemático que
dizia que, considerando o que sentimos quando andamos numa montanha-russa,
podemos separar o sentimento de pavor do sentimento de maravilhamento, e ter
uma boa noção deste último em outras circunstâncias, como pulando de um
lugar muito alto (para reproduzir a queda rápida) - na verdade, os dois
sentimentos são indissociáveis e não dá para se ter uma noção do
maravilhamento sem experimentar o pavor junto.

Acho que, por tudo isso, as Ciências Exatas avançaram muito mais do que
as Ciências Humanas, no sentido em que o poder preditivo das exatas é muito
maior que o das humanas. Pudemos avançar mais porque nosso objeto de estudo
é muito mais bem-comportado.

Há exatos e humanistas que não compreendem isto. Há os exatos que querem
que as ciências humanas usem seus métodos. Há os humanistas com os brios
chamuscados que querem usar os métodos dos exatos em suas próprias ciências.
Há os humanistas que rejeitam toda e qualquer possibilidade de uso de
métodos das ciências exatas em sua área (usos legítimos seriam o uso da
estatística em diversos setores, como o Econômico, Social, etc., desde que
bem usada. Há até uma área chamada Econometria, que é legítima se bem
usada). Conheço um ou dois desses últimos, e minhas discussões com eles
fazem-nos parecerem estranhamente próximos de um "relativismo
fundamentalista" (acho que os entendidos chamam isso de "relativismo
lógico", ou talvez "epistemológico" - iluminem-me, por favor). E, quarto, há
os exatos que se recusam a reconhecer que usam elementos bem "não-exatos" em
seu próprio terreno. Por exemplo, a intuição. Ou então a generalização, que
rompe com a cadeia lógico-dedutiva e existe em todas as teorias físicas.

Escrevi um artigo para o Observatório da Imprensa falando exatamente de
um caso onde um grupo de humanistas usou métodos das exatas na Economia
(Econometria), mas parece que não compreenderam até onde isso pode ser feito
e exageraram na dose. Está em:

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/jd20062000.htm

Inté,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] q e q'= raiz de 2 . q
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/08/2000 01:23

Interessante esta questão. Se encontrássemos dois objetos com relação
irracional entre suas cargas, significaria que existem partículas diferentes
com relação irracional entre suas cargas - e que essas partículas
constituiriam o objeto. Ora, se dentro de um átomo existissem partículas com
relação irracional entre suas cargas, a não ser que cada partícula tivesse
uma contraparte negativa presente no átomo, este jamais poderia ser neutro.
Ora, se os átomos não pudessem ser neutros, o Universo não poderia existir.
Porque a força eletromagnética é muito forte, muitíssimo mais forte que a
gravitacional (acho que alguém já disse aí: pense que você pode levantar um
prego com um mísero ímã de geladeira, contra a ação gravitacional de toda a
Terra). As cargas elétricas que porventura vemos nos objetos (por exemplo,
na tela de uma TV recém-desligada) são devidas a quantidades extremamente
diminutas de elétrons a mais (ou a menos) em relação à quantidade de átomos
total do objeto. Se cada átomo contribuísse com uma carga, todos os objetos
teriam uma carga estupidamente enorme e o Universo colapsaria num enorme Big
Crunch eletromagnético, ou explodiria num enorme Big Bang eletromagnético.

Até,
Belisário

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto

> Voltando aos famigerados elétrons e suas cargas elementares. O que
> aconteceria se existissem cargas elementares de relação irracional, como,
> por exemplo, q e q' = q. \/2 (q vezes raiz quadrada de 2)?
>
> []'
> Léo




SUBJECT: A Praxis Cientifica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/08/2000 02:36
ATTACHMENTS (20000809-023629-0001305): "figura1.GIF" , "Figura2.GIF"

Em resposta à solicitação do Belisário, na msg 5357
(www.egroups.com/message/ciencialist/5357), e como sou uma das pessoas
citadas, exponho abaixo o terceiro capítulo de um trabalho que estou
escrevendo.

Belisário:
> Ouvi pelo menos duas pessoas falarem em "método científico". Talvez seja
> interessante que se precisasse o que se entende por isso, porque existem
> várias concepções, e, dependendo da que aceitamos, as Ciências Humanas
> podem ou não seguir um "método científico".


Capítulo 3 - A Práxis Científica

3.1 Da observação à teorização
A práxis científica compreende o conjunto das atividades
desempenhadas pelos cientistas tendo por finalidade a produção de novos
conhecimentos científicos. A observação desempenha um papel relevante neste
processo, havendo mesmo quem afirme que a ciência começa pela observação.
Cajal, por exemplo, afirma que "as principais fontes de conhecimento seriam
a observação, a experimentação e o raciocínio indutivo e dedutivo" (1). A
observação é essencial mas por si só, e desacompanhada de outros fatores,
tão ou mais essenciais, seria incapaz de desencadear o processo de produção
de conhecimentos. Vamos então analisá-la segundo os seguintes aspectos: 1)
observação controlada; 2) observação indireta, ou secundária, ou associada a
consulta de acervo (pesquisa bibliográfica); 3) observação pura, primária
e/ou fortuita; 4) observação inesperada, a constatar inconsistências.
3.1.1 Observação controlada: A observação controlada nada
mais é do que a experimentação ou experiência (2), pressupondo a montagem de
um "cenário" construído a partir de um processo analítico destinado à
verificação de determinada(s) hipótese(s). Não havendo hipótese, não há o
que ser testado; e se a hipótese existir, o processo já está a termo, não se
podendo afirmar que tenha "começado" pela experimentação. Eventualmente,
durante um procedimento experimental poderão surgir observações não
programadas e do tipo das chamadas observações puras ou então das
observações inesperadas (ver sub-ítens respectivos a seguir).
3.1.2 Observação associada a consulta de acervo: A pesquisa
bibliográfica é útil tanto como fonte de hipóteses, a serem testadas pela
experimentação, quanto como fonte de relatos experimentais a fomentarem a
teorização (dedução de novas hipóteses). No primeiro caso, e como comentado
no item anterior, o processo já está a termo e no segundo caso o cientista
poderá estar frente a uma nova temática, e o processo não difere dos que
serão comentados nos dois sub-ítens a seguir.
3.1.3 Observação pura: Segundo Popper "não existem
observações puras: elas estão impregnadas pelas teorias e são orientadas
pelos problemas e acompanhadas pelas teorias." (3) Parece-me estar havendo
aqui um rigorismo desnecessário na interpretação do termo, talvez a reforçar
uma retórica. Vou utilizar o conceito observação pura como equivalente à
direta, ou primária, e não produzida, com o que as distinguimos das
discutidas nos sub-ítens anteriores. A observação pura, primária e/ou
fortuita pode desencadear processos a culminarem com "insights". E, como
vimos no capítulo 2, ela é parte de um processo mais geral a que damos o
nome de intuição. O fenômeno em consideração tanto pode estar ocorrendo na
natureza bruta quanto na experimentação. Às vezes a intuição desencadeia-se
pela leitura (pesquisa bibliográfica ou observação secundária) ou, até
mesmo, através da imaginação, ao rememorarmos dados já assimilados e/ou
acontecidos no passado. Mais do que uma simples observação, o processo
intuitivo inicia-se pelo estranhamento, ou seja, pela percepção de alguma
coisa diferente e que jamais tínhamos notado. Esta percepção, em si, não
retrata o "insight", ou o estalo ou a constatação efetiva de que um fenômeno
novo e de certa forma surpreendente chegou a ser "observado". Entre esta
percepção, ou estranheza, e o "insight", podem se passar segundos, horas,
dias ou mesmo anos. O processo intermediário pode se dar todo ele em nível
inconsciente e irracional. Quando duradouro, certamente tomamos consciência
do fato, ainda que não tenhamos a resposta e sequer saibamos a causa exata
do estranhamento. Neste caso, consciente e subconsciente entram em
comunicação mesmo antes do "insight". Quando dura segundos ou minutos é
provável que passe do subconsciente para o consciente já sob a forma de
"insight". O "insight" nem sempre representa a última etapa do processo e
com freqüência não é. Em geral torna-se necessário um procedimento racional
para sua conclusão. O que caracteriza o "insight" é aquela certeza de que
chegamos ao problema mas não ainda à solução. Em outras palavras, o
"insight" seria a certeza de que chegaremos à solução por uma via racional.
Neste caso, o que caracteriza o "insight" é a descoberta de uma via de
raciocínio a ser seguida para que cheguemos à solução. E é por isso que essa
etapa final, após o "insight", tem que se passar no nível consciente.
Percebe-se então que o simples "observar" não pode ser responsabilizado pela
produção de novos conhecimentos: a observação deve estar associada a uma
série de fatores outros e a levar em conta uma série de observações e
raciocínios outros efetuados no passado. Seria então mais correto dizer que
a produção de novos conhecimentos científicos começa não pela observação mas
pela intuição (intuitivismo) (4).
3.1.4 Observações inesperadas: Ainda que possamos dizer que
as observações inesperadas constituam um caso especial de observação pura,
vale a pena estudá-las separadamente pois os procedimentos que se seguem
podem ser bastante diferentes. Neste caso o caráter da estranheza é
diferente daquele observado no item anterior, pois trata-se de algo novo
captado diretamente pelo consciente, como que a falsear um procedimento
esperado. De posse de uma constatação como essas, nada impede que a
estranheza aloque-se no inconsciente vindo a gerar "a posteriori" um
"insight" em nada diferente do descrito no subitem anterior; não obstante o
mais comum nestes casos seria o cientista procurar por novas saídas seguindo
um procedimento racional (dedução de novas hipóteses). Na procura por novas
hipóteses, e para explicar estes fatos anômalos, não é raro o cientista
deparar-se com idéias a confrontarem os paradigmas aceitos pela comunidade
científica. Por vezes, e procurando não se situar na contra-mão da ciência,
chega a hipóteses à primeira vista absurdas e nem sempre factíveis de
experimentação direta e/ou imediata. Não raramente, em condições como estas,
o bom cientista lança mão da lógica transcendental, a ser objeto de estudo
do próximo capítulo.

3.2 A espiral da práxis
A práxis científica pode ser representada, de maneira didática e
bastante simplificada (figura 1), por um campo central de observação, --onde
está situado o objeto de estudo, e que nada mais é senão a natureza,-- por
quatro campos de atuação (H, E, L e C) e por quatro tipos de operações
mentais, (dedução, análise, indução e síntese), a constituírem uma via de
raciocínio disposta em espiral, representada na figura 1 (5) e a interceptar
os campos de atuação. Temos ainda a intuição que está aí representada pelas
linhas que saem do centro do esquema em direção às linhas que representam a
dedução; a parte inicial das linhas de dedução (a começarem no campo C)
podem ser consideradas como comportando também a intuição, nos casos em que
há a observação secundária (pesquisa bibliográfica).
Como vimos no item anterior (3.1), o processo intuitivo
conclui-se quando chegamos a formular um problema, visualizando então uma
via de raciocínio a ser seguida. Esta via começa pela dedução de hipóteses,
que são enunciados particulares correspondentes a um dado fenômeno observado
e, portanto, mais geral. Por exemplo, Galileu, ao "visualizar" (intuição) a
inércia circular para todos os corpos (caso geral), deduziu a hipótese de
que os corpos terrestres (caso particular) tendiam ao repouso graças ao
atrito. É característica da dedução a evolução do geral para o particular.
Freqüentemente esta evolução se dá em função da procura por um mecanismo (no
caso, o atrito) a justificar um comportamento particular ou local (no caso,
a evolução para o repouso) à primeira vista diverso daquele aceito, "a
priori", como geral ou universal (no caso, a inércia). E este "a priori" nem
sempre decorre de uma experimentação precedente.
Conhecida pelo menos uma hipótese, prossegue-se pela análise,
destinada a esmiuçar os procedimentos e os detalhes técnicos necessários
para o teste da hipótese. Para o exemplo indicado, a análise deveria
selecionar o material apropriado para o teste, os mecanismos destinados a
colocarem o corpo em movimento (impulso inicial), as manobras destinadas à
redução do atrito, a seleção das variáveis a serem levadas em consideração,
os dispositivos a medirem as variáveis escolhidas, a análise dos erros, etc.
A complexidade deste procedimento analítico chega a ser enfatizada por
Popper com as seguintes palavras: "O experimentador não está principalmente
empenhado em fazer observações exatas; seu trabalho é, também, em grande
parte, de natureza teórica. A teoria domina o trabalho experimental, desde o
seu planejamento inicial até os toques finais, no laboratório". (3)
Nota-se, pelo exposto, o caráter da via analítica: não só no
sentido exposto, a esmiuçar detalhes técnicos mas, também, e à semelhança do
observado na via anterior (dedutiva), parte-se do geral (todos os corpos
terrestres, quaisquer que sejam os mecanismos destinados a reduzirem o
atrito) para o particular (os corpos escolhidos para a experimentação, nas
condições restritas pela técnica adotada).
Concluída a experiência, tem início o processo inverso. E agora,
através das relações constatadas, iremos enunciar as leis ou, então,
constatar o inesperado (a menos que a experiência tenha sido conduzida na
expectativa de falsear a hipótese). Para o exemplo em discussão, esta fase
seria também a ideal para a extrapolação dos valores encontrados para a
hipotética condição ideal correspondente a uma redução total do atrito.
Nesta etapa utilizamos o raciocínio indutivo: verificadas as características
inerciais nos objetos testados (caso particular), teremos corroborado a
hipótese (caso mais geral), podendo aceitá-la como lei (particular pois
refere-se ao comportamento dos corpos terrestres ao serem livrados do
atrito).
Na etapa seguinte podemos efetuar a síntese desta lei com aquela
observada para os corpos celestes, chegando-se à lei universal da inércia. O
conhecimento assim adquirido acumula-se no campo das concretizações C, a
assumir o papel de fonte de observações secundárias, tanto mais fidedignas
quanto mais as observações forem corroboradas por procedimentos outros, no
decorrer do tempo.
É interessante observar que as duplas indução-dedução e
análise-síntese estão constituídas por elementos dotados de propriedades
antagônicas e complementares. Em cada dupla, um dos elementos representa uma
via de raciocínio a ir do geral para o particular e o outro o oposto. Por
outro lado, as duplas indução-dedução e análise-síntese constituem em
conjunto um par de elementos antagônicos e complementares. A primeira dupla
representa um par de operações mentais que, em determinadas etapas, exige um
certo grau de abstração; e a segunda representa um par de operações mentais
que exige a permanência no mundo real. (5)

3.3 O método científico
A porção periférica do esquema mostrado na figura 1, com quatro
campos e uma via de raciocínio, com quatro etapas, representa de maneira
simplificada, o que muitos livros de metodologia científica consideram como
método científico. A intuição, ainda que essencial para a práxis científica,
não costuma ser incluída no método, a considerar apenas os procedimentos
racionais. Conquanto esteja já se transformando em coisa do passado, alguns
livros ainda adotam o argumento indutivista, a omitir a dedução de
hipóteses. O esquema apresentado não se adapta ao argumento indutivista, a
menos que excluamos alguns de seus componentes. Críticas ao indutivismo
podem ser encontradas na maioria dos livros de metodologia científica e, em
particular, nos livros de Chalmers (6) e de Popper (3).
O método em si é mais complexo e engloba não apenas a dedução de
hipóteses mas também a produção de teorias com múltiplas hipóteses. As
teorias nem sempre são testadas por suas hipóteses mas por suas previsões.
Nestes casos o teorizador adota, com freqüência, artifícios outros, e não
pertencentes ao "plano da práxis". Por vezes estes artifícios têm como
finalidade fortalecer argumentos a respaldarem uma ou outra das hipóteses
ainda não testadas; por outras têm por finalidade a dedução do
"entrelaçamento entre as hipóteses" a dar corpo à teoria; ou mesmo, à
sondagem de possíveis "variáveis escondidas" a comportarem a existência de
hipóteses ainda não visualizadas. Estes procedimentos, em geral, podem ser
sistematizados e, pelo fato de levarem à dedução de teorias que fazem
previsões, ou seja, que permitem que "se determinem os conceitos que se
relacionam aos objetos independentemente da experiência, e anteriormente a
ela", podemos dizer que relacionam-se à chamada lógica transcendental de
Kant. Este assunto será objeto do próximo capítulo (em preparo).

3.4. O macrométodo científico
Podemos ainda conceituar o método científico de uma maneira mais
ampla o qual, para evitar confusões, costumo chamar por macrométodo
científico (7). Suponhamos que um cientista tenha publicado seus resultados,
ou seja, tenha completado uma etapa da sua existência como tal. Que fazer a
seguir? Uma possibilidade seria estudar algum tema novo; outra seria
aprofundar-se em algum tema de seu interesse. De qualquer forma, ele
provavelmente vai entrar agora numa fase de "aquisição de conhecimentos,
visando à criatividade". Então ele vai começar a estudar, visando a obter um
insight. Enquanto ele está estudando, debatendo, discutindo em grupos de
estudo, de repente torna-se "possuído" por um certo pressentimento
(intuição). Com grande freqüência esta intuição relaciona-se apenas
superficialmente com o tema escolhido para estudo e, em menor grau, aparenta
estar totalmente dissociada do mesmo, condição que o leigo atribui ao acaso.
Após o cientista ter o estalo, ou o "insight", ele caminha no sentido de
realizar uma pesquisa, o que está representado na figura 2 com a flecha que
culmina na "elaboração de novos conhecimentos". Se aplicássemos um zoom no
lado direito da figura, bem em cima desta flecha, seria então de se esperar
que visualizássemos, na mesma, o método científico mostrado na figura 1, ou
seja, o caminho percorrido pelo cientista entre a intuição e a conclusão dos
trabalhos daí decorrentes.
Chegando a uma conclusão, o cientista irá publicar os
resultados, irá apresentá-la em um congresso, irá submetê-la a discussões,
etc. Essa etapa está representada na figura 2 como "difusão". E, terminado o
trabalho, o cientista volta a percorrer uma trajetória semelhante à
apresentada, obviamente agora num nível mais elevado. Sem dúvida, a ciência
é produzida graças à observação do método científico. Não obstante, não se
trafega pelo método científico se não houver a intuição, a imaginação, a
criatividade. E de nada adiantará a produção de novos conhecimentos se não
houver a difusão dos mesmos para a comunidade científica.

3.5 O método científico e as correntes de pensamento
As principais correntes de pensamento, relativas ao estudo do
método científico, e a atraírem a atenção dos cientistas no século XX foram
principalmente aquelas propostas por Karl Popper (3) e Thomas Khun (8). Não
apenas divergem em suas conclusões, mas também, e principalmente, seguem,
desde o início, abordagens totalmente diversas, focalizando o método
científico através de prismas diversos. Popper disseca o método científico
propriamente dito, estabelece uma regra metodológica associada a seu método
dedutivo de prova, combate o indutivismo com paixão, a ponto mesmo de
ignorar a via indutiva acima exposta (item 3.2), e propõe a falseabilidade
como critério a ser adotado pelos cientistas para o teste de suas teorias (a
falseabilidade será comentada no capítulo 5 desta série). Sua filosofia,
quando pensada em termos de macrométodo científico, adapta-se ao lema
revolução permanente, a ser adotado pelos cientistas, sem restrições outras
ao livre pensar que não aquelas inerentes ao método científico propriamente
dito. Khun aborda essencialmente o macrométodo científico e constrói as suas
idéias tomando por base argumentos históricos. Em linhas gerais, ele traça
um perfil da evolução das ciências, estabelecendo a partir daí uma espécie
de comportamento padrão a ser observado pelos cientistas. Khun enxerga a
evolução da ciência como constituída pelo que chama "períodos de ciência
normal", nos quais os cientistas limitar-se-iam a se orientar pelos
paradigmas vigentes; e "períodos revolucionários", desencadeados pela
falácia dos paradigmas até então aceitos como verdadeiros. A filosofia
dogmática de Khun, ao ser aceita, enfraquece sobremaneira a falseabilidade
lógica de Popper. Com efeito, as teorias a sustentarem os paradigmas estão,
durante os períodos de ciência normal, superprotegidas quanto a
falseabilidade. Qualquer idéia proposta no sentido de falsear um paradigma
deveria ser mal vista pela comunidade científica. O cientista, para Popper,
deve adotar uma atitude revolucionária permanente, enquanto que, segundo
Khun, ele deve se acomodar aos dogmas vigentes, sob pena de ser alijado da
comunidade científica. O corporativismo é inerente à filosofia de Khun.
Decorre deste corporativismo a adoção de "modismos", a ênfase à
pseudo-exatidão, a justificar a "falta de clareza", e o "autoritarismo do
especialista", temas estes excessivamente criticados por Popper (9).

Referências e Comentários:

(1) CAJAL, S.R.: Regras e Conselhos sobre a Investigação Científica, T.A.
Queiroz Ed. Ltda, São Paulo, 1979 (tradução), p.1.
(2) FERREIRA, A.B.H. (1986): Novo Dicionário Aurélio, Ed. Nova Fronteira
S.A., Rio de Janeiro, p.743. Experimentação: Método científico que consiste
em observar um fenômeno natural sob condições determinadas que permitem
aumentar o conhecimento que se tenha das manifestações ou leis que regem
esse fenômeno; experiência.
(3) POPPER, K.R., 1959: A Lógica da Pesquisa Científica, Editora Cultrix,
São Paulo, 1975 (trad.).
(4) O conteúdo deste parágrafo é a reprodução, ligeiramente modificada, de
um texto que escrevi, em 17/06/00, para a lista de discussão Ciencialist, em
resposta a um questionamento apresentado por um dos membros da lista
(16/06/00) e que surgiu logo após eu ter publicado, em página Web, o
capítulo 1 deste livro. www.egroups.com/message/ciencialist/4873?&start=4869
(5) MESQUITA FILHO, A., 1984: Os Átomos também Amam, Editora das Faculdades
(hoje Universidade) São Judas Tadeu, São Paulo, figura 1, capítulo 2.
(6) CHALMERS, A.F. (1976): O que é ciência afinal?, Ed.Brasiliense, São
Paulo, (1993 - tradução), São Paulo.
(7) MESQUITA FILHO, A., 1997: Integração ensino-pesquisa-extensão (download,
zip, 172 Kb em ftp://ftp.saojudas.br/pub/revint/138_9.ZIP), Integração
III(9):138-43. A figura 2 e os dois parágrafos deste item foram extraídos
deste trabalho, com ligeiras modificações.
(8) KHUN, T.S.: A Estrutura das Revoluções Científicas, Ed. Perspectiva, São
Paulo, 1962 (tradução).
(9) POPPER, K.R., 1956: Acerca da inexistência do método científico, em
Prefácio da edição de 1956 do livro "O Realismo e o Objetivo da Ciência",
Publicações Dom Quixote (tradução), Lisboa 1987.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm


SUBJECT: Luz
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/08/2000 03:51


Aproveitando este e-mail aviso que minha conta
lrb@if.ufrgs.br voltou ao normal e que mensagens enviadas para este
endereco, e que nao foram respondidas, devem ser repetidas. Desculpe
o
incomodo.

Segue texto que apareceu no Jornal da Ciencia. Achei esquisitas as
explicacoes e o modo como foram feitas, mas como sei pouco sobre o
assunto... nao posso reclamar. :)
Ateh mais.
Luis Roberto Brudna
-------
12. Brincando com a velocidade da luz, artigo de Marcelo Gleiser

O autor e' professor de fisica teorica do Dartmouth College, em
Hannover
(EUA), e autor do livro "Retalhos Cosmicos". Ele escreve este texto
em sua
coluna no suplemento dominical "Mais!" da "Folha de SP":

Volta e meia eu recebo carta ou trabalho de algum leitor irritado com
a
velocidade da luz.

Afinal, se ela e' mesmo a velocidade maxima com que a informacao pode
se
propagar, ela tambem determina a causalidade na natureza, isto e',
garante
que a causa sempre precede o efeito.

Imagine a situacao oposta: um universo onde nao exista uma relacao
necessaria de causa e efeito. Nesse universo, seria possivel que
estivessemos presentes no nosso nascimento, ou mesmo antes disso.

Um paradoxo perverso diz que, nesse universo, um louco poderia voltar
ao
passado e matar seu proprio pai, ainda garoto.

Mas, se o pai foi morto quando crianca, como o seu filho assassino
pode
existir?

Por tras dessa ansiedade toda, esta' escondida, entre outras coisas,
uma
versao cientifica da mitica fonte da eterna juventude.

Se pudessemos controlar a causalidade, poderiamos viver para sempre.
Dai
que muita gente -- de cientistas trabalhando em laboratorios de ponta
a
pessoas interessadas nessas questoes por meio de um enfoque mais,
digamos,
filosofico -- vem tentando bater a velocidade da luz.

Bem, segundo a teoria da relatividade, proposta por Einstein em 1905,
estabelecendo a relacao entre causalidade e velocidade da luz, se um
objeto
tem massa, e' impossivel acelera-lo ate' a velocidade da luz.

Quanto maior a velocidade do objeto, maior sua massa, ate' que, ao
chegar
na velocidade da luz, sua massa fica infinitamente grande.

E, para mover um objeto com massa infinita, precisamos de uma
quantidade
infinita de energia. A conclusao e' simples: nos nao vamos viajar a
velocidades mais altas do que a velocidade da luz. Mas por que nao a
propria luz?

Afinal, a unica razao pela qual a luz viaja na sua velocidade e'
porque ela
nao tem massa. Basta criar um tipo de luz que seja capaz de viajar
mais
rapido do que a luz.

Em meados de julho, cientistas trabalhando no laboratorio NEC em Nova
Jersey, nos EUA, anunciaram, para grande espanto da comunidade
cientifica e
de todos os que ouviram a noticia, que eles haviam produzido pulsos
de luz
que viajaram mais rapido do que a velocidade da luz!

Para entender o que aconteceu, devemos lembrar que a velocidade
maxima da
luz se da' no espaco vazio, ou vacuo, e e' de 300 milhoes de metros
por
segundo. Entretanto, em meios distintos, como a agua ou o ar, a luz se
propaga mais devagar.

Recentemente, um grupo da Universidade de Harvard criou o equivalente
a uma
luz tartaruga, que se propagou a alguns metros por segundo. Mas bater
a
velocidade da luz no vacuo e' outra historia.

Quando falamos em velocidade da luz, estamos nos referindo a apenas
uma
onda eletromagnetica com uma determinada frequencia. Um "pulso"
luminoso e'
um objeto muito distinto, composto por uma superposicao de varias
ondas
luminosas, cada uma com uma frequencia diferente.

Quanto mais fino for o pulso, maior o numero de ondas que o compoem; a
superposicao de ondas diferentes determina o feitio do pulso
luminoso. Seu
perfil e' semelhante ao de um sino ou uma montanha com um pico bem
arredondado.

Existem duas velocidades associadas ao movimento do pulso; a
velocidade de
seu pico e' chamada velocidade de grupo, e a velocidade de cada onda
e' a
velocidade de fase. No vacuo, as duas sao iguais, mas em meios
absorventes
ou dispersivos elas podem ser diferentes.

Foi essa diferenca que criou o efeito superluminal: um pulso luminoso
atravessou um volume saturado com o elemento cesio em forma gasosa;
nesse
meio, certas frequencias sofrem uma dispersao anomala, mudando suas
velocidades de fase.

Com isso, o formato do pulso e' deformado de modo a "empurra-lo" para
a
frente. O resultado e' uma velocidade de grupo (ou do pico) mais
rapida do
que a velocidade da luz no vacuo. De fato, o pico do pulso foi visto
deixando o volume antes de entrar! (Lembre-se do formato de sino: o
pico
fica no meio do pulso.)

A velocidade superluminal foi a velocidade de grupo, ou do pico, do
pulso;
para que o pico tivesse saido antes de entrar, a parte frontal do
pulso foi
deformada radicalmente, "redesenhando" o formato do pulso luminoso.

Nao existiu violacao de causalidade, ja' que o efeito veio da
reorganizacao
das ondas compondo o pulso. Por enquanto, ainda vivemos em um
universo onde
a causa precede o efeito.
(Folha de SP, Mais!, 6/8)
--------------





SUBJECT: Fungo gigante.
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/08/2000 04:45

O original está em:
http://www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/mundo/2000/08/07/050.htm

Pesquisadores descobrem fungo gigante nos EUA

Pesquisadores americanos descobriram em Oregon um fungo gigante que
pode ser o
maior ser vivo
da Terra. O fungo, cujo nome científico é Armillaria Ostoyae,
cresce
entre as
raízes das árvores
da Floresta Nacional de Malheur, no leste do estado. Segundo os
cientistas,
ocupa 890 hectares
- o equivalente a 1,6 mil campos de futebol - e tem 2.400 anos de
idade.

----
Alguem pode confirmar essa informacao? Achei que era grande demais
para ser verdade.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Luz
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/08/2000 05:30

-----Mensagem Original-----
De: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 9 de Agosto de 2000 03:51
Assunto: [ciencialist] Luz

> Segue texto que apareceu no Jornal da Ciencia. Achei esquisitas as
> explicacoes e o modo como foram feitas, mas como sei pouco sobre o
> assunto... nao posso reclamar. :)

Vou comentar apenas um trecho do artigo. Os demais deixo para os que gostam
do (ou que acreditam no) assunto descascarem o abacaxi.

> Volta e meia eu recebo carta ou trabalho de algum leitor irritado com
> a velocidade da luz.
> Afinal, se ela e' mesmo a velocidade maxima com que a informacao pode
> se propagar, ela tambem determina a causalidade na natureza, isto e',
> garante que a causa sempre precede o efeito.

Vejo uma certa falácia nessa afirmação. Ela será procedente SE E SOMENTE SE
a teoria da relatividade especial proceder. Até aí, tudo bem. Como aceita-se
a teoria da relatividade por consenso, aceita-se também por consenso que a
afirmação é verdadeira. Suponhamos, "por absurdo", que a teoria da
relatividade especial não seja verdadeira. Digamos, então, que a propagação
da luz esteja de alguma maneira relacionada com a velocidade da fonte. Não
me venham questionar através da experiência de Michelson-Morley pois esta
foi proposta pelos seus autores com a finalidade de provar que o éter
existia, o que não aconteceu. Existem, por outro lado, cerca de dez
experiências outras do mesmo tipo e que são mais compatíveis com as idéias
de Lorentz, ou ainda outras teorias, do que com a relatividade de Einstein.
As experiências que "realmente confirmam" a teoria da relatividade especial,
na opinião da maioria dos que entendem do assunto, incluindo Einstein, são
outras. Voltemos ao questionamento.

Se a velocidade da luz estiver relacionada à velocidade da fonte não será
impossível prever que quanto maior a velocidade da fonte maior será a
velocidade da luz. Nestas condições, um objeto a grandes velocidades em
relação a nós (e não sei a que velocidade estaríamos viajando num Universo
estritamente newtoniano, com espaço e tempos absolutos) emitiria luz a
velocidades maiores do que aquela que produzimos aqui na Terra.

Digamos então que consigamos dominar as velocidades relativísticas e com
esta tecnologia construir naves a velocidades hoje chamadas relativísticas.
Nestas condições, a nave em que estivermos viajando emitirá luz a
velocidades maiores do que a velocidade c. Logo, jamais alcançaremos as
ondas eletromagnéticas por nós emitidas e jamais nos "enxergaremos
chegando", como propõem alguns relativistas ingênuos quando comentam o que
consideram um absurdo (a ultrapassagem da velocidade da luz). Logo,
utilizando-se de idéias não relativistas não há porque preocupar-se com a
causalidade, pois ela sequer entra em jogo no processo. Resumindo: se a
relatividade especial for verdadeira a ultrapassagem não existe e se a
relatividade especial for falsa não há porque se preocupar com a
causalidade.

Enxergaremos o passado sim. Porém um passado do qual a nossa viagem não
participa, pois apenas quem não estiver na nave poderá enxergar o nosso
presente no futuro, a menos que passemos a viajar a uma velocidade maior
ainda, na tentativa de visualizarmos a imagem emitida em velocidade menor.
Mais, ainda assim, jamais nos enxergaremos chegando.

Ora, se observarmos realmente, em laboratório, objetos a viajarem a
velocidades superiores à da luz, estaremos falseando não apenas a
relatividade mas também suas conseqüências e, portanto, tudo o que ela
propõe ao propugnar pela não violação da causalidade. Logo, ao constatarmos
objetos a viajarem a velocidades superiores à da luz não estaremos falseando
a causalidade, a menos que construamos hipóteses "ad hoc" a superprotegerem
a relatividade. Mas nesse caso fica o dito pelo não dito e a metodologia vai
para o brejo.

Lembro que não entrei no mérito da questão experimental pois não conheço os
detalhes refinados sobre a mesma. Estou apenas fazendo considerações de
natureza epistemológica. Pelo que sei, o autor afirma não ter falseado a
relatividade mas, aparentemente, dá a entender que falseou a causalidade ou,
como diz o artigo do Marcelo, "o pico do pulso foi visto deixando o volume
antes de entrar". Durma-se com um barulho desses. :-)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Triângulos não pitagóricos
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/08/2000 08:08



Alberto Mesquita Filho wrote:

> A figura em anexo foi postada por Alexandre Garcia Barbeito no grupo
> de
> discussão "Física e Filosofia", um grupo em extinção e que funcionou
> há
> alguns anos. O título da msg era "Qual é a solução???" Como o texto

O problema eh q no triangulo abaixo sua hiponetusa nao eh uma reta: eh
uma curva
e ela eh ligeiramente mais alta do que no triangulo de cima.
Vc pode observar isso pelos pontos que a hipotenusa passa em diversos
pontos
de sua altura, assim, no meio do triangulo, ela sempre passa por pontos
superiores (
ordenadas) aos do triangulo superior.
[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] q e q'= raiz de 2 . q
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/08/2000 10:59

Roberto Belisario wrote:

>... As cargas elétricas que porventura vemos nos objetos (por exemplo,
> na tela de uma TV recém-desligada) são devidas a quantidades extremamente
> diminutas de elétrons a mais (ou a menos) em relação à quantidade de átomos
> total do objeto. Se cada átomo contribuísse com uma carga, todos os objetos
> teriam uma carga estupidamente enorme e o Universo colapsaria num enorme Big
> Crunch eletromagnético, ou explodiria num enorme Big Bang eletromagnético.

É verdade. É simples calcular que o máximo campo elétrico que o ar pode
suportar sem ionização, em condições normais (~30 kV/cm), é causado pela
ionização de não mais que um em 120000 átomos de uma superfície
carregada.

(Considere que 30 kV/cm correspondem a 25.6 uC/m^2 de densidade
superficial de carga, divida isto pela carga do elétron para ter quantos
elétrons a mais ou a menos estão na superfície por m^2, e compare com
o número de átomos na superfície por m^2. Fiz o cálculo para cobre.)

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: RES: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Rodrigo Frizzo Viecilli" <philox@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/08/2000 11:06

A tentativa de reduzir tudo a um sistema lógico formal já foi feita por Carnap, no início do século.
Após os teoremas de Gödel, o positivismo lógico, que tinha essa esperança, foi por água abaixo.
Gödel provou que dentro de um sistema lógico fechado e consistente não é possível provar ao menos uma sentença. Um corolário também provado é que esta sentença é a que garante a própria validade externa deste sistema.
Dentro disto acho uma inconseqüência que tal teoria almeje conhecer tudo a partir do que se conhece. Por uma falha simplesmente lógica, não da teoria. Isto que a lógica evoluiu e MUITO, sendo trabalhada de várias formas, da qual uma simples dialética é apenas um micro-segmento.
A sua teoria é baseada numa tautologia, portanto qualquer coisa pode ser, se manipulada através dela, verdadeira. Num universo tautológico, não há nenhuma sentença falsa. Uma tautologia não tem validade factual nenhuma, não diz nada sobre o mundo, é apenas uma construção da linguagem baseada numa possibilidade lógica que não pode ser considerada factual.
 
 
PhiloX
-----Mensagem original-----
De: Claudio Abreu - Bidual [mailto:bidual@gbl.com.br]
Enviada em: Sábado, 19 de Agosto de 2000 18:28
Para: Ciencialist
Assunto: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
Prioridade: Alta

Prezados Amigos do Ciencialist,
 
Há anos venho escrevendo sobre a Teoria Geral da Bidualidade, objetivando chegar a um livro sobre ela.
 
E agora tive a idéia de escrevê-lo de forma participativa com o uso da Internet. Ao criar o grupo da TGBD no eGroups pretendo colocar disponíveis nos Arquivos do grupo todos os textos que já elaborei, que ficariam sendo a referência para discussão.
Esta assim ficaria mais objetiva, pois se restringiria os debates e mensagens em torno exclusivamente do tema, no caso a TGBD.
 
Assim, de um lado teríamos o móvel, ou conjunto de comentários dos participantes, via suas mensagens; e de outro, teríamos o fixo, que seria o tema na berlinda, e, no caso, tudo que eu considere como elaborado e parte do livro.
 
Reparem que a idéia de fazer um grupo individual para cada participante do Ciencialist orientaria mais a o debate e arquivo de mensagens por temas específicos. Por exemplo, o Alberto Mesquita Filho, o Takata, o Jocax, e que mais quisesse poderiam fazer cada um o seu site, só com os trabalhos de sua autoria nos arquivos, como referência para debate.
 
Deixo abaixo o endereço do grupo da TGBD:

http://br.egroups.com/group/tgbd

Abaixo transcrevo a descrição constante da Página Principal do TGBD no eGroups. A primeira vista a TGBD pode parecer ser pretensiosa, mas se ela não fosse assim, simplesmente não existiria.
 
Um abraço em todos. E que muitos pelo menos dêm uma sacada na diagonal na minha ambiciosa proposta.
 
Claudio Abreu
 
 
=== A TGBD no eGroups : Descrição ===
 
A Teoria Geral da Bidualidade (TGBD) objetiva definir a estrutura de tudo o que existe e/ou não existe, no universo e/ou fora dele.
 
A expressão "e/ou" é a própria síntese da TGBD. Notar que o dual "ser ou não ser", de Shakespeare, é apenas uma visão usual e restrita da questão, pois se refere apenas às duas fases relacionadas ao conceito de existência. Para que exista o dual "ser ou não ser" é necessário existir também dual "ser e não ser", referente às duas mutações associadas: o próprio "ser e não ser" (quando algo que é deixa de sê-lo) e o "não ser e ser" (quando algo que não é passa a sê-lo). Senão o ciclo não fecha.
 
E para ser geral a TGBD tem que se aplicar tanto ao dual das fases do universo e do não-universo, quanto ao dual das mutações do universo para o não-universo e vice-versa.
 
O objetivo deste Grupo é a divulgação e o debate da TGBD no meio científico e tecnológico. O seu moderador é o engenheiro civil e mestre em administração de empresas Claudio Braga de Abreu e Silva, nascido em 08/11/1949, que vem desenvolvendo a TGBD desde 1968, e está escrevendo um livro sobre ela, cujos textos se encontram nos Arquivos deste Grupo.
 
Com o advento da Internet, ele acha possível contar com a participação de pessoas, de qualquer formação científica e profissional, que queiram contribuir para o desenvolvimento de sua teoria que, acredita, poderá representar um novo marco na história da ciência e da humanidade.
 
A TGBD é, sem duvida, muito ambiciosa, pois objetiva ser a Teoria de Tudo, ou Theory of Everything (TOE). Caso a TGBD seja verdadeira, seu autor acredita que ela será a síntese do conhecimento, e permitirá:
 
a) conhecer o desconhecido a partir do que se conhece;
 
b) testar a veracidade de toda e qualquer teoria científica;e,
 
c) simplificar a ciência.
 
O autor desde já agradece a participação de todos.
 
========================== *** --- ***

>> Lista de VARIOS sites com noticias direcionadas a ciencia (FREE!)<<
http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html

*** --- ***


SUBJECT: Re: [ciencialist] q e q'= raiz de 2 . q
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/08/2000 11:36

On Wed, 9 Aug 2000, Roberto Belisario wrote:
> Ora, se os átomos não pudessem ser neutros, o Universo não poderia existir.
> Porque a força eletromagnética é muito forte, muitíssimo mais forte que a

como se compara a intensidade de duas interacoes? qual o padrao q. se usa?

afinal uma forca gravitacional de 1N eh mais forte q. uma forca
eletromagnetica de 0,5N...

eh pela intensidade transportada (forca eh transportavel?) pelas
particulas fundamentais de cada tipo de interacao? ou por alguma particula
padrao?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fungo gigante.
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/08/2000 11:41

Apareceu também na Folha de S. Paulo.
Acho que pode ser verdade. Uma vez estive em uma praia no Paraná que
tinha uma vegetação rasteira bem rala, que ocupava uma área até perder de
vista; quando cavei na areia, observei que as plantinhas se conetavam entre
si por debaixo do chão por meio de uma raiz verde. Aquela planta era
absurdamente imensa.

Até,
Belisário

----- Original Message -----
From: Luis Roberto Brudna [RS]

> O original está em:
> http://www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/mundo/2000/08/07/050.htm
>
> Pesquisadores descobrem fungo gigante nos EUA
>
> Pesquisadores americanos descobriram em Oregon um fungo gigante que
> pode ser o
> maior ser vivo
> da Terra. O fungo, cujo nome científico é Armillaria Ostoyae,
> cresce
> entre as
> raízes das árvores
> da Floresta Nacional de Malheur, no leste do estado. Segundo os
> cientistas,
> ocupa 890 hectares
> - o equivalente a 1,6 mil campos de futebol - e tem 2.400 anos de
> idade.
>
> ----
> Alguem pode confirmar essa informacao? Achei que era grande demais
> para ser verdade.
>
> Ateh mais.
> Luis Roberto Brudna.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Fungo gigante.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/08/2000 11:55

bem, fungos nao eh a minha praia,

mas creio q. isso seja uma colonia de fungos... eh q. as hifas dos fungos
(os fiapos q. constituem a parte vegetativa dos fungos -- em um cogumelo
correspondem ao q. se parecem com raizes) se fundem entre si.

utilizando-se do criterio de continuidade fisica para a definicao de
individuo entao nao ha nada de muito estranho na noticia (claro q. isso
nao tira o carater curioso da noticia -- embora a melhor medida de
tamanho fosse o peso total do organismo/colonia...).

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Qu�ntica x Pseudoci�ncias
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/08/2000 12:17

Oi Belisário,
dentre as mensagens que recebo oriundas do www.feiradeciencias.com.br há uma
que pode lhe interessar ... nesse tema.

##Sem dúvida vou explorar ao máximo este utilíssimo site. Quando tiver um
tempo dá uma olhada no `Reflexões`, http://www.cssantos.com, onde deposito o
resultado de pesquisas que fiz em várias áreas interessantes.##

[]'
Léo



-----Mensagem Original-----
De: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 8 de agosto de 2000 21:11
Assunto: [ciencialist] Quântica x Pseudociências


Para o pessoal que está ligado com a turma dos céticos:

Estou pesquisando as abordagens pseudo-científicas relacionadas à Física
Quântica. Coisas como Consciência Quântica, Homeopatia Quântica (!),




SUBJECT: Re: [ciencialist] Quântica x Pseudociências
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/08/2000 12:21

ah! e no 'dicionario ceptico' deve se fazer a busca sem acentuar as
palavras: uma busca com 'quantica' e 'quantico' - sem acento, recupera
arquivos sobre medicina ayuverdica e toques terapeuticos...

no original:

http://skepdic.com -- basta usar 'quantum' como palavra de busca.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] q e q'= raiz de 2 . q
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/08/2000 12:38

De: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Assunto: Re: [ciencialist] q e q'= raiz de 2 . q


On Wed, 9 Aug 2000, Roberto Belisario wrote:
> Ora, se os átomos não pudessem ser neutros, o Universo não poderia
existir.
> Porque a força eletromagnética é muito forte, muitíssimo mais forte que a

como se compara a intensidade de duas interacoes? qual o padrao q. se usa?

afinal uma forca gravitacional de 1N eh mais forte q. uma forca
eletromagnetica de 0,5N...

eh pela intensidade transportada (forca eh transportavel?) pelas
particulas fundamentais de cada tipo de interacao? ou por alguma particula
padrao?

[]s,

roberto takata


As balanças de torções de Coulomb e o método de Poggendorff são bem aceitos,
na prática.

Sob ponto de vista teórico façamos o experimento mental:
1 átomo de H distante 1 m de outro átomo de H. Conhecidas suas massas, a
constante de gravitação e a distância, podemos calcular a intensidade da
força gravitacional atrativa.
Retire os elétrons desses 2 hidrogênios. Calcule-se a nova força
gravitacional atrativa (pois houve ligeira perda de massas) e a intensidade
da força elétrica repulsiva. A ordem de grandeza do confronto dessas duas
intensidades é da ordem do 10^40 , a favor da força elétrica.

[]'
Léo







SUBJECT: Re: [ciencialist] q e q'= raiz de 2 . q
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/08/2000 12:54

Vislumbrei uma outra saída para a questão do confronto.

No próprio átomo de hidrogênio, calcule-se a força gravitacional e a força
elétrica entre o próton e o elétron. Para o estudo do átomo de Bohr a
parcela gravitacional é perfeitamente negligenciável.

Entretanto, parece-me que seu questionamento é algo superior a esse trivial.
Entendo que nesse confronto foi tomado como padrão de massa a massa do
próton e como de carga a carga elementar. Acredito que a pergunta básica é:
são esses os devidos padrões para confronto? Mesmo que tivéssemos tomado
como padrão de massa aquela do elétron, a questão continuaria de pé.

Sob esse aspecto realmente vale a pergunta: que interação é mais intensa, a
gravitacional ou a eletromagnética? Acredito que para a resposta absoluta
precisaríamos obter "o equivalente em massa" de uma carga elétrica.

[]'
Léo


-----Mensagem Original-----
De: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 9 de agosto de 2000 11:36
Assunto: Re: [ciencialist] q e q'= raiz de 2 . q


On Wed, 9 Aug 2000, Roberto Belisario wrote:
> Ora, se os átomos não pudessem ser neutros, o Universo não poderia
existir.
> Porque a força eletromagnética é muito forte, muitíssimo mais forte que a

como se compara a intensidade de duas interacoes? qual o padrao q. se usa?

afinal uma forca gravitacional de 1N eh mais forte q. uma forca
eletromagnetica de 0,5N...

eh pela intensidade transportada (forca eh transportavel?) pelas
particulas fundamentais de cada tipo de interacao? ou por alguma particula
padrao?

[]s,

roberto takata




*** --- ***

>> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
http://www.physlink.com/

*** --- ***









SUBJECT: Re: [ciencialist] A miseria do cientificismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/08/2000 12:55



Roberto Belisario wrote:

> Ouvi pelo menos duas pessoas falarem em "método científico". Talvez seja
> interessante que se precisasse o que se entende por isso, porque existem
> várias concepções, e, dependendo da que aceitamos, as Ciências Humanas podem
> ou não seguir um "método científico". Por exemplo, a concepção mais
> simplista de método científico, "observação -> experimentação -> observação
> sistemática -> generalização -> teoria" simplesmente não funciona nas
> Ciências Humanas, simplesmente porque não podemos ficar fazendo
> experimentações e observações sistemáticas com sistemas sociais (posto que
> não se pode arrumar um "ensemble" de sistemas sociais idênticos).

Na minha concepcao, este modelo do metodo cientifico, ilustra mais a parte
pratica
e, digamos assim, historica, do metodo do que a sua essencia propriamente.

Explico: Um cientista pode chegar a uma teoria a partir de muitas observacoes
experimentos, comparacoes generalizacoes e depois de muito labutar, finalmente
sintetizar uma teoria.
No outro extremo, outro cientista, ocorre algo diferente: Genial e
intuitivamente, ele faz
experiencias mentais (ou nem isso) : Simplesmente Intui e chega aas suas Leis.

Quem esta mais certo?
Realmente nao importa. Nao para a ciencia.

Embora existam textos explicando como cientistas sintetizam leis e os metodos
mais usados isso tem uma importancia historica apenas.

O metodo para sintetizar as leis soh vai importar no contexto social em q vive
o
cientista. Se foi investido milhoes de dolares e dezenas de pessoas trabalharam
em um projeto, eh claro q suas conclusoes serao mais bem aceitas e tomadas em
consideracao do que um aluno de pos do 3. mundo q chegou as mesmas conclusoes.
Mas, para a ciencia isso nao importa: A equipe toda pode ter chegado
aa leis erradas e o aluno de pos nas leis "corretas".

Eu diria q a importancia de uma lei/teoria natural reside , basicamente,
em 2 propriedades :

1-Grau de abrangencia : Quanto maior a aplicabilidade de uma lei melhor ela eh.
Isto eh , quanto menos hipoteses necessarias para q ela possa ser aplicada maior

sera o conjunto ou ambiente em q ela se aplica. Leis muito restritivas, onde
muitas
hipoteses de aplicabilidade sao requeridas, nao sao consideradas muito
importantes.
O cientista sempre busca a maior abrangencia possivel, por isso esta corrida
para
a unificacao das forcas fundamentais em uma unica teoria.

2-Falseabilidade : Uma teoria , para q seja cientifica, deve ser tal que possa
ser
falseada. Isto eh , deve ser possivel, atraves de experimentos ou observacoes,
testar a lei e, com os resultados, verificar se a lei eh corroborada ou nao.
Uma lei q foi corroborada por experimentos *nao* significa q ela eh verdadeira,
contudo, uma lei que nao o foi significa que ela esta errada ( falsa ) e , por
isso devera ser
substituida ( o q nem sempre eh tarefa facil ) .


A dificuldade das ciencias humanas em ter o status da ciencias exatas esta, como

vc mesmo disse, na multivariedade de fatores, onde fica dificil isolar alguma
caracteristica para q seja examinada.

Contudo, a nivel experimental, existem diversas comunidades, algumas quase
isoladas de outras, onde estudos poderiam ser feitos como se fossem diferentes
"experimentos". Desta maneira o cientista social pode testar a aplicabilidade
de sua teoria verificando se ela se adequa aas diferentes comunidades.

O problema eh q quando isso nao ocorre e, ao inves de se procurar uma nova
teoria procura-se uma variavel ( da milhares ) como bode espiatorio da nao
corroboracao da teoria.
E por isso fica dificil a refutabilidade de teorias sociais e daih a relativa
descrenca
da comunidade cientifica em relacao aas leis obtidas pelas ciencias humanas.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] A miseria do cientificismo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/08/2000 13:44

Eu, sinceramente, não queria dar essa 'dica' ``as "Ciências" Sociais. Isso
poderá vir a torna-la realmente uma ciência e, com isso, muitos e muitos
advogados perderiam seus empregos. Continuariam em seus cargos apenas
aqueles que lecionam o assunto.
Mas, vá lá. Vamos melhorar o mundo.

O segredo está na psico-história, matéria inventada por I. Asimov e que hoje
participa do currículo normal em algumas faculdades americanas.
Qual o segredo dessa psico-história, o qual pode tranqüilamente abranger
todos os estudos sociais? Simples. A teoria cinética dos gases.
Asimov introduziu isso na sua trilogia A Fundação. Em linhas gerais a coisa
funciona assim (tenho bem mais detalhes do assunto).
A teoria cinética dos gases vale para uma enorme quantidade de moléculas,
quantidade bem maior que a população da Terra na época em que foi escrita a
Trilogia, daí o fato de Asimov ter que apelar para um império galático.
Aumentar o número de participantes. Na teoria cinética, sabemos muito bem,
que cada molécula em si tem 'seu livre-arbítrio', massas diferentes,
velocidades, acelerações e posições diferentes,mas, no conjunto têm um
comportamento tremendamente previsível (tanto é assim que a teoria dos gases
é postas sobre pouquíssimas leis --- só o Clapeyron liquida com quase tudo
que os gases podem fazer).
Asimov substitui moléculas por indivíduos, massas gasosas por civilizações.
Suas equações estatísticas resolvem e fazem previsão de tudo que essas
massas humanas poderão a vir fazer (não o indivíduo). Essa é a
psico-história, o equacionamento do comportamento das massas. Mediante
ligeiras condições de contorno, essas equações podem descrever o
comportamento de povoados, em lugar de civilizações.
Se houver uma saída para a teoria do comportamento humano, sem dúvida será
estatística e baseada na teoria cinética dos gases.
Os magistrados terão leis científicas de comportamento e recursos para a
previsão de atos anti-constitucionais. E tudo poderá ser 'mecanizado'.

Fim da dica ... acordei.

[]'
Léo
------------------------------------------
Roberto Belisario wrote:

> Ouvi pelo menos duas pessoas falarem em "método científico". Talvez
seja
> interessante que se precisasse o que se entende por isso, porque existem
> várias concepções, e, dependendo da que aceitamos, as Ciências Humanas
podem
> ou não seguir um "método científico". Por exemplo, a concepção mais
> simplista de método científico, "observação -> experimentação ->
observação
> sistemática -> generalização -> teoria" simplesmente não funciona nas
> Ciências Humanas, simplesmente porque não podemos ficar fazendo
> experimentações e observações sistemáticas com sistemas sociais (posto que
> não se pode arrumar um "ensemble" de sistemas sociais idênticos).

Na minha concepcao, este modelo do metodo cientifico, ilustra mais a parte
pratica
e, digamos assim, historica, do metodo do que a sua essencia propriamente.

Explico: Um cientista pode chegar a uma teoria a partir de muitas
observacoes
experimentos, comparacoes generalizacoes e depois de muito labutar,
finalmente
sintetizar uma teoria.
No outro extremo, outro cientista, ocorre algo diferente: Genial e
intuitivamente, ele faz
experiencias mentais (ou nem isso) : Simplesmente Intui e chega aas suas
Leis.

Quem esta mais certo?
Realmente nao importa. Nao para a ciencia.

Embora existam textos explicando como cientistas sintetizam leis e os
metodos
mais usados isso tem uma importancia historica apenas.

O metodo para sintetizar as leis soh vai importar no contexto social em q
vive
o
cientista. Se foi investido milhoes de dolares e dezenas de pessoas
trabalharam
em um projeto, eh claro q suas conclusoes serao mais bem aceitas e tomadas
em
consideracao do que um aluno de pos do 3. mundo q chegou as mesmas
conclusoes.
Mas, para a ciencia isso nao importa: A equipe toda pode ter chegado
aa leis erradas e o aluno de pos nas leis "corretas".

Eu diria q a importancia de uma lei/teoria natural reside , basicamente,
em 2 propriedades :

1-Grau de abrangencia : Quanto maior a aplicabilidade de uma lei melhor ela
eh.
Isto eh , quanto menos hipoteses necessarias para q ela possa ser aplicada
maior

sera o conjunto ou ambiente em q ela se aplica. Leis muito restritivas, onde
muitas
hipoteses de aplicabilidade sao requeridas, nao sao consideradas muito
importantes.
O cientista sempre busca a maior abrangencia possivel, por isso esta corrida
para
a unificacao das forcas fundamentais em uma unica teoria.

2-Falseabilidade : Uma teoria , para q seja cientifica, deve ser tal que
possa
ser
falseada. Isto eh , deve ser possivel, atraves de experimentos ou
observacoes,
testar a lei e, com os resultados, verificar se a lei eh corroborada ou nao.
Uma lei q foi corroborada por experimentos *nao* significa q ela eh
verdadeira,
contudo, uma lei que nao o foi significa que ela esta errada ( falsa ) e ,
por
isso devera ser
substituida ( o q nem sempre eh tarefa facil ) .


A dificuldade das ciencias humanas em ter o status da ciencias exatas esta,
como

vc mesmo disse, na multivariedade de fatores, onde fica dificil isolar
alguma
caracteristica para q seja examinada.

Contudo, a nivel experimental, existem diversas comunidades, algumas quase
isoladas de outras, onde estudos poderiam ser feitos como se fossem
diferentes
"experimentos". Desta maneira o cientista social pode testar a
aplicabilidade
de sua teoria verificando se ela se adequa aas diferentes comunidades.

O problema eh q quando isso nao ocorre e, ao inves de se procurar uma nova
teoria procura-se uma variavel ( da milhares ) como bode espiatorio da nao
corroboracao da teoria.
E por isso fica dificil a refutabilidade de teorias sociais e daih a
relativa
descrenca
da comunidade cientifica em relacao aas leis obtidas pelas ciencias humanas.

[]s
jocax




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>> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
http://www.physlink.com/

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SUBJECT: Fluorescente x fisica quantica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/08/2000 20:43

Belisário, essa é da sua praia.

A Carina enviou-me perguntas sobre lâmpadas incandescentes (brilho,
potência, curva característica etc.) e a seguir sobre as fluorescentes.
Depois de todas as explicações, que a satisfizeram, veio outra de suas
dúvidas:

> Outra duvida.....
O q as lampadas fluorescentes tem a ver com a Fisica Quantica??
Carina<

Agora é sua vez. Acredito que a Carina deva estar cursando o ensino médio.

[]'
Léo e Carina





SUBJECT: Palmas ... mais palmas
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/08/2000 21:34

Não sei se bato palmas para mim (afinal tb tenho ego!) ou para os jovens e
interessados pelos trabalhos científicos. Recebi hoje os parabéns de vários
setores e a informação de que, nessa trinca de meses on-line, o Feira de
Ciências ultrapassou a marca dos 20 000 visitantes. Como o segundo semestre
é típico para as exposições científicas e feiras de ciências nas escolas, as
estatísticas do Portal Esquinas apontam para 40 000 visitas até final de
setembro e 55 000 ao entrar no século XXI.
A Moderna e o Folhetim, que 'linkam' diretamente para o
www.feiradeciencias.com.br participam dessas congratulações.

Viva eu, viva tudo, viva o chico barrigudo!!!!!!!! OOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!

[]'
Léo




SUBJECT: Sobre o "Porque" Ultimo
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
CC: <acropolis@egroups.com>
DATE: 09/08/2000 21:56

Olá,

E por falar na busca do "porquê último das coisas" (que, segundo alguns
listeiros, não é tarefa da ciência), lembrei-me do modelo cosmogônico
(cosmogonia = teoria acerca da origem do universo) do físico russo Alex
Vilenkin. Acho até que já comentei nesta lista sobre tal modelo. Mas vale a
pena repetir.

Baseado na conjetura de que talvez a quantidade de energia do universo seja
igual a zero (+X-X=0, onde -X é a energia do campo gravitacional), Vilenkin
então propôs a hipótese de que o nada absoluto e o universo em que vivemos
são apenas os dois estados possíveis de um mesmo sistema quântico. Evoca ele
o processo denominado "tunelamento quântico" para explicar a passagem súbida
da configuração "nada absoluto" para a configuração "universo". Segundo seus
cálculos, o universo desta forma surgido teria um tamanho subatômico. Mas
como um universo tão pequeno poderia ter evoluído para este universo enorme
em que vivemos? A resposta, segundo Vilenkin, estaria na teoria da inflação
cósmica de Guth e Linde.

Fiquei fascinado com as idéias de Vilenkin. Talvez haja mesmo uma analogia
entre o universo e uma cebola. Explico: as leis que regem o universo, umas
mais fundamentais, outras menos, seriam algo parecido com as sucessivas
cascas da cebola. Removendo-se uma a uma as cascas da cebola, com o que
iremos nos deparar no fim? Com nada. A cebola é só cascas. Talvez o universo
seja algo parecido, ou seja, provavelmente a lei física mais fundamental
tenha por fundamento o "nada".

Para alguns filósofos (Heidegger, por exemplo), a questão filosófica
fundamental é saber "por que existe algo e não nada". Seria esta questão tão
estéril quanto a questão de saber qual o sexo dos anjos? Não sei. Mas, sim
ou não, o que é certo é que, atualmente, são os físicos teóricos os mais
interessados em desvendar este mistério. A hipótese de Vilenkin ilustra bem
esta preocupação.

Alguns cientistas mais pragmáticos voltam as costas para problemas desta
natureza. Para estes, "o que não pode ser provado pela experiência é
irrelevante". Irrelevante talvez para alguns cientistas da natureza em seu
laboratório, mas não para o homem. Pois as pessoas estão constantemente
levantando questões (e as levam muito a sério!) cujas respostas possíveis
jamais poderão passar pelo crivo da experiência.

As preocupações "metafísicas" e religiosas das pessoas constituem "prova
empírica" de que muitas coisas que não se pode provar pela experiência é
"relevante" para o ser humano. Disso alguns cientistas da natureza não se
apercebem. É, no entanto, essencial para o cientista do homem este fato
empiricamente constatável: a preocupação humana com o "porquê último".

Assim como o homo faber -- o homem que fabrica -- produz, além de objetos
úteis, objetos belos sem qualquer utilidade (obras de arte), do mesmo modo o
homo sapiens -- o homem que pensa -- produz não só modelos científicos para
descrever este ou aquele aspecto da realidade. Com o pensamento, o homem
cria também modelos por meio do qual o universo inteiro passa a apresentar
um significado, um sentido, um "porquê".

Talvez a cosmologia sequer seja uma ciência, mas um novo tipo de metafísica
que se vale da física matemática para construir os seus modelos. O
cosmologista, preocupado com "teorias finais", com a origem e o destino do
universo (de onde surgimos? Para onde vamos?), e que, quando começam a falar
em "princípio antrópico", mais parecem esses metafísicos subjetivista ou
antropocentrista, o cosmologista seria então um filósofo de mãos dadas com a
ciência.

Queria eu ser um desses filósofos. Mas, como os meus conhecimentos de física
são muito rasos, o máximo que posso ser é um escritor de mãos dadas com a
ciência.

Abraços,
Manuel Bulcão





SUBJECT: Re: Sobre o "Porque" Ultimo
FROM: lb_holanda@hotmail.com
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/08/2000 00:01

--- In ciencialist@egroups.com, msbn@d... wrote:
> Olá,
>
> E por falar na busca do "porquê último das coisas" (que,
segundo
alguns
> listeiros, não é tarefa da ciência), lembrei-me do modelo
cosmogônico
> (cosmogonia = teoria acerca da origem do universo) do físico
russo
Alex
> Vilenkin. Acho até que já comentei nesta lista sobre tal
modelo. Mas
vale a
> pena repetir.
[...]

Eu ouvi falar de outro:
Edward Tyron, que é (ou era, não sei se aposentou, morreu...)
professor da City University of New York. Em 1973 ele propôs que o
Universo poderia ter sido originado através de uma flutuação do
vácuo em larga escala. Segundo ele, isso poderia acontecer de
tempos
em tempos.

Eu, não li seu artigo na íntegra. É provável que havia
erros ou não
fazia boas previsões, porque nunca mais ouvi ele ser citado. Vou
averiguar.

Abraços.
Leandro.



SUBJECT: Sim, Sou Ateu - Mario's Homepage
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>, "Mario Porto [RJ]" <mporto@iis.com.br>
DATE: 10/08/2000 08:04

Achei interessante :

"...Entramos, finalmente, no ano de 1995 e o início das facilidades da
Internet no Brasil
vieram me proporcionar as leituras e conseqüentes respostas para as
dúvidas que
faltavam. O primeiro momento como ateu, posso descrever como comparável
à
sensação de um alívio de peso que vinha sendo cada vez mais difícil de
sustentar. Um
momento, embora solitário, repleto de felicidade interior. Algo que
Somerset
Maugham descreve, maravilhosamente, em seu livro semi-biográfico
Servidão
Humana (Of Human Bondage). Este trecho está reproduzido em Somerset
Maughan e
o Ateísmo. ...."

http://www.iis.com.br/~mporto/ateu.htm


SUBJECT: Re: [ciencialist] Triângulos não pitagóricos
FROM: "Bidual - Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/08/2000 11:03

Prezado Alberto Mesquita,

Essa história do triângulo fundiu a minha cuca. Procede a explicação do
Jocax? Apesar dele estar certo quanto a questão da hipotenusa curva, acho
que ela não decifra a questão. Qual é a sua opinião? Pode adiantar a
solução?

Claudio Abreu


-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 9 de agosto de 2000 08:08
Assunto: Re: [ciencialist] Triângulos não pitagóricos


>
>
> Alberto Mesquita Filho wrote:
>
> > A figura em anexo foi postada por Alexandre Garcia Barbeito no grupo
> > de
> > discussão "Física e Filosofia", um grupo em extinção e que funcionou
> > há
> > alguns anos. O título da msg era "Qual é a solução???" Como o texto
>
> O problema eh q no triangulo abaixo sua hiponetusa nao eh uma reta: eh
> uma curva
> e ela eh ligeiramente mais alta do que no triangulo de cima.
> Vc pode observar isso pelos pontos que a hipotenusa passa em diversos
> pontos
> de sua altura, assim, no meio do triangulo, ela sempre passa por pontos
> superiores (
> ordenadas) aos do triangulo superior.
> []s
> jocax
>
>
>
>
> *** --- ***
>
> >> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
> http://www.physlink.com/
>
> *** --- ***
>
>
>
>



SUBJECT: Re:Um paradoxo? Triângulos não pitagóricos (fwd)
FROM: "Bidual - Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: "Ciencialist" <Ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/08/2000 12:09

Prezados Listeiros,

Recebi um email que esclarece a questão definitivamente. Transcrevo-o
abaixo.

=====

Bonito paradoxo, mas a solução é simples

A primeira figura é um triangulo retangulo portanto a area é base x altura/
2.

Ora se a figura abaixo fosse um triangulo então possuiria a mesma area que
a primeira figura, portanto aparentemente mostrando-se um paradoxo (da onde
saiu a area vazia). O ponto importante é notar que a segunda figura não
constitui um triangulo. Note que a face superior da segunda figura é a
junção de tres pontos, mas estes não são colineraes (i.e. passam por uma
mesma reta). Isto prova que a segunda figura não é um triangulo. Mas como
posso realmente comprovar que os tres pontos não são colineares: basta ver a
relação entre os tringulos destacados na figura anexa. Por geometria os
cossenos dos angulos agudos não são os mesmos.....

=======

Realmente o Jocax tinha razão:
a) no triangulo vermelho a relação entre os catetos é 3/8=0,375
b) no triangulo azul a relação entre os catetos é 2/5=0,400
como 0,375<>0,400 a figura original inteira não é um triangulo.

Nada como a ignorância e a ilusão de ótica para estabelecer uma confusão


Abraços

Claudio Abreu


>
>
>
>
> ----- Original Message -----
> From: <wkalves@uol.com.br>
> To: <balves@fgvsp.br>
> Cc: <wkalves@uol.com.br>
> Sent: Tuesday, August 08, 2000 10:46 AM
> Subject: Re:Um paradoxo? Triângulos não pitagóricos
>
>
> >>Acho que isto é para você resolver.
> Abraços,
> Wanda
>
> Prezados Amigos e Amigas,
> >
> >Vejam como é intrigante este desafio.... Ainda não consegui
> solucioná-lo.
> >Quem descobrir o segredo favor me dizer...
> >
> >Abraços,
> >
> >Claudio
> >
> >
> >
> >-----Mensagem Original-----
> >De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
> >Para: <ciencialist@egroups.com>
> >Enviada em: terça-feira, 8 de agosto de 2000 01:37
> >Assunto: [ciencialist] Triângulos não pitagóricos
> >
> >
> > A figura em anexo foi postada por Alexandre Garcia Barbeito no grupo
> de
> >discussão "Física e Filosofia", um grupo em extinção e que funcionou há
> >alguns anos. O título da msg era "Qual é a solução???" Como o texto
> está em
> >inglês é possível que tenha sido extraída de algum newsgroup
> internacional.
> >Para os que gostam de "paradoxos" parece-me algo bastante divertido.
> Que os
> >demais me perdoem e ignorem esta msg. Não vou comentar mais nada para
> não
> >interferir na busca pela "solução". Divirtam-se.
> >
> > [ ]'s
> > Alberto
> >http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm
> >
> > PS.: Nenhuma das figuras está viajando a velocidades relativísticas
> :-)
> >
> >
>
>
>


----------------------------------------------------------------------------
----







SUBJECT: Re: Quântica x Pseudociências
FROM: "Daniel Sottomaior [SP]" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/08/2000 13:38

> De: Roberto Belisario <rbdiniz@t...>
> Para: <ciencialist@egroups.com>
> Enviada em: terça-feira, 8 de agosto de 2000 21:11
> Assunto: [ciencialist] Quântica x Pseudociências
>
>
> Para o pessoal que está ligado com a turma dos céticos:
>
> Estou pesquisando as abordagens pseudo-científicas relacionadas
à Física
> Quântica. Coisas como Consciência Quântica, Homeopatia Quântica (!)

E aí, qual o resultado? Você está simplesmente coletando as
afirmações?


Daniel



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre o "Porque" Ultimo
FROM: "Antonio A. J. Godoy" <prof_godoy@teracom.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/08/2000 13:53

Ok, vamos lá. Tenho de comentar alguma coisa, pq parece q minha mensagem
gerou uma certa polêmica :) !

----- Original Message -----
From: <msbn@daterranet.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Cc: <acropolis@egroups.com>
Sent: Wednesday, August 09, 2000 9:56 PM
Subject: [ciencialist] Sobre o "Porque" Ultimo


> Olá,
>
> E por falar na busca do "porquê último das coisas" (que, segundo alguns
> listeiros, não é tarefa da ciência), lembrei-me do modelo cosmogônico
> (cosmogonia = teoria acerca da origem do universo) do físico russo Alex
> Vilenkin.

Uma coisa é propor modelos matemáticos, a outra é provar empiricamente que
ele descreve a realidade. Muitos físicos, desde as mais priscas eras da
ciência têm tentado sem sucesso descrever o que chamei de "porquê último" ou
razão final dos fenômenos. Nenhum conseguiu até hoje, e para nós, físicos
(bem, no meu caso, quase um físico) o que a experiência não comprova não é
para ser levado demasiado a sério. Hipóteses sobre quaisquer fenômenos são
possíveis, daí a se tornarem teorias válidas é um longo caminho que
necessariamente atravessa o experimento.

>Vilenkin então propôs a hipótese de que o nada absoluto e o universo em que
vivemos
> são apenas os dois estados possíveis de um mesmo sistema quântico. Evoca
ele
> o processo denominado "tunelamento quântico" para explicar a passagem
súbida
> da configuração "nada absoluto" para a configuração "universo". Segundo
seus
> cálculos, o universo desta forma surgido teria um tamanho subatômico.

Novamente, segundo seus cálculos!! Física não é matemática, tudo depende da
verificação experimental das hipóteses. Nesse parecer, me desculpem os
críticos da Física Quântica, a teoria dualista é sensacional. Ainda bem! De
que outra forma nos estaríamos comunicando tão eficazmente pela internet?

> Mas como um universo tão pequeno poderia ter evoluído para este universo
enorme
> em que vivemos? A resposta, segundo Vilenkin, estaria na teoria da
inflação
> cósmica de Guth e Linde.

O Guth, o Gamow, o Penrose e o Hawking têm contribuído significativamente
para a cosmologia física. Mas muito pouco têm sido efetivamente comprovado a
respeito de suas hipóteses. Mais ou menos três quartos de suas suposições
têm se demonstrado incorretas pela experimentação e por novas descobertas.

> Fiquei fascinado com as idéias de Vilenkin. Talvez haja mesmo uma analogia
> entre o universo e uma cebola. Explico: as leis que regem o universo, umas
> mais fundamentais, outras menos, seriam algo parecido com as sucessivas
> cascas da cebola. Removendo-se uma a uma as cascas da cebola, com o que
> iremos nos deparar no fim? Com nada. A cebola é só cascas. Talvez o
universo
> seja algo parecido, ou seja, provavelmente a lei física mais fundamental
> tenha por fundamento o "nada".

Uma física "niilista" seria certamente de grande utilidade para a
humanidade!!

> Para alguns filósofos (Heidegger, por exemplo), a questão filosófica
> fundamental é saber "por que existe algo e não nada". Seria esta questão
tão
> estéril quanto a questão de saber qual o sexo dos anjos? Não sei. Mas, sim
> ou não, o que é certo é que, atualmente, são os físicos teóricos os mais
> interessados em desvendar este mistério. A hipótese de Vilenkin ilustra
bem
> esta preocupação.

"Os físicos teóricos" é uma generalização bastante perigosa. A maioria dos
físicos teóricos no mundo se ocupa de questões mais "bobinhas" como a física
de plasmas, a nuclear e a da matéria condensada, que nada têm de ver
diretamente com questões tão "elevadas" como a cosmogonia.

> Alguns cientistas mais pragmáticos voltam as costas para problemas desta
> natureza. Para estes, "o que não pode ser provado pela experiência é
> irrelevante". Irrelevante talvez para alguns cientistas da natureza em seu
> laboratório, mas não para o homem.

Para isto, torno a dizer, existe a filosofia. Ciência e filosofia
compartilham uma origem comum, mas enquanto caminharam juntas como um só
ramo do conhecimento não houve nenhum progresso significativo no entender
acerca do comportamento da natureza. Jamais quis aqui ofender os filósofos,
ao contrário, apenas existem assuntos que para um físico em sua prática
profissional se equiparariam a busca do "sexo dos anjos". Em sua prática
profissional, quero dizer, e entendam somente desta forma. Cada área de
conhecimento deve ter seu método específico de pesquisa e interagir NA
MEDIDA DO POSSÍVEL E DO COERENTE com as outras áreas. Querer aplicar
filosofia e matemática pura para descrever a origem do Universo é como
tentar tratar Aids com chá de erva-cidreira.

>Pois as pessoas estão constantemente
> levantando questões (e as levam muito a sério!) cujas respostas possíveis
> jamais poderão passar pelo crivo da experiência.

A Inquisição também achava que a hipótese copernicana não passava pelo crivo
da experiência, até que Kepler a adaptou e conseguiu obter resultados
experimentais precisos comprovando o heliocentrismo.

> As preocupações "metafísicas" e religiosas das pessoas constituem "prova
> empírica" de que muitas coisas que não se pode provar pela experiência é
> "relevante" para o ser humano. Disso alguns cientistas da natureza não se
> apercebem.

Novamente, devo dizer que a busca da satisfação espiritual do homem não é
tarefa da física. E, creio, nem da filosofia; é a busca de cada um pela
forma de vida e de pensamento que o satisfaz e o faz feliz (putz, comecei a
ser subjetivista !!! :))

> É, no entanto, essencial para o cientista do homem este fato
> empiricamente constatável: a preocupação humana com o "porquê último".

Isso mesmo, para o cientista do HOMEM (cientista social, filósofo, etc.) e
não para o cientista da NATUREZA.

> Assim como o homo faber -- o homem que fabrica -- produz, além de objetos
> úteis, objetos belos sem qualquer utilidade (obras de arte), do mesmo modo
o
> homo sapiens -- o homem que pensa -- produz não só modelos científicos
para
> descrever este ou aquele aspecto da realidade. Com o pensamento, o homem
> cria também modelos por meio do qual o universo inteiro passa a apresentar
> um significado, um sentido, um "porquê".

Novamente falamos de filosofia e de hipóteses, não de Física.

> Talvez a cosmologia sequer seja uma ciência, mas um novo tipo de
metafísica
> que se vale da física matemática para construir os seus modelos. O
> cosmologista, preocupado com "teorias finais", com a origem e o destino do
> universo (de onde surgimos? Para onde vamos?), e que, quando começam a
falar
> em "princípio antrópico", mais parecem esses metafísicos subjetivista ou
> antropocentrista, o cosmologista seria então um filósofo de mãos dadas com
a
> ciência.

Quase sempre, principalmente quando dão valor às evidências experimentais de
suas hipóteses e quando têm humildade suficiente para abandoná-las quando
uma extensiva comprovação de sua não-aplicabilidade se configura.

> Queria eu ser um desses filósofos. Mas, como os meus conhecimentos de
física
> são muito rasos, o máximo que posso ser é um escritor de mãos dadas com a
> ciência.

Mesmo para os mais eminentes físicos, aventurar-se neste campo é complexo. O
que não nos deve desencorajar de buscar uma DESCRIÇÃO dos fenômenos ainda
não descritos pela ciência (afinal, o "metier" do cientista é observar,
descrever, calcular e experimentar - às vezes experimentar, observar,
descrever e calcular). Tal atividade exclui per si a busca do "porquê";
ainda assim, por causa de nossa humana necessidade da determinação dos tais
"porquês", nós bem como os grandes cientistas nos arriscamos a filosofar de
vez em quando.

Um grande abraço a todos,

Godoy

> Abraços,
> Manuel Bulcão
>
>
>
>
>
>
> *** --- ***
>
> >> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
> http://www.physlink.com/
>
> *** --- ***
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>
>
>



SUBJECT: Alguem andou lendo meus textos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/08/2000 14:15

Acredito que alguém andou lendo meus textos no site e nas listas. E, função
do números de erros, ortográficos, gramáticos e ortofônicos, decidiu
promulgar um lei em prol da língua portuguesa. Eis o 'release' (daqui prá
frente tudo que tiver inglês deverá ser evitado ou escrito entre aspas ou
tiques):

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO APROVA PROJETO DE LEI PARA PROTEGER A LÍNGUA PORTUGUESA
A Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Câmara dos Deputados aprovou
por unanimidade nesta manhã o projeto de lei 1.676/99 do deputado Aldo
Rebelo (PC do B–SP) que visa a proteger a língua portuguesa da degradação a
que está sendo submetida por estrangeirismos, provenientes sobretudo do
inglês. Segundo o deputado, também jornalista, a língua portuguesa que o
poeta Olavo Bilac chamou, impropriamente, de "inculta", sofre atualmente uma
desnacionalização que a empobrece. A chamada Lei Aldo Rebelo segue agora
para a Comissão de Constituição e Justiça, onde tem caráter terminativo (não
será submetido a votação em plenário).
O projeto de lei apresentado na Câmara dos Deputados determina ao Poder
Público medidas para proteger e incentivar o ensino e a aprendizagem da
língua portuguesa Será de uso obrigatório no trabalho, nas relações
jurídicas, na expressão oral, escrita, audiovisual e eletrônica de todos os
documentos e eventos públicos, bem como deverão ser escritos ou falados em
português os meios de comunicação, a publicidade, as embalagens e toda e
qualquer comunicação dentro do território nacional, com as ressalvas e
exceções cabíveis.
Mais que uma lei, queremos criar um Movimento Nacional de Defesa da Língua
Portuguesa. Sem xenofobia, e reconhecendo a incorporação de necessários
vocábulos estrangeiros ao longo dos séculos, mas com altivez e tenacidade, é
possível resgatar o idioma da desnacionalização, do ostensivo bilingüismo
que o desfigura e infunde nos brasileiros a deprimente conclusão de que a
língua é feia, limitada e vaga. Apesar das regras por vezes tortuosas, o
português é belo, pródigo e preciso, dotado de recursos léxicos suficientes
para acompanhar as inovações, descobertas, invenções e mudanças que
transformam o mundo – disse o deputado Aldo Rebelo.
Mais informações c/ Rogério Siqueira tel. (0xx11) 9191-7687

[]'
Léo




SUBJECT: En: Alguem andou lendo meus textos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/08/2000 16:26


-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 10 de agosto de 2000 14:15
Assunto: Alguem andou lendo meus textos


Acredito que alguém andou lendo meus textos no site e nas listas. E, função
do números de erros, ortográficos, gramáticos e ortofônicos, decidiu
promulgar um lei em prol da língua portuguesa. Eis o 'release' (daqui prá
frente tudo que tiver inglês deverá ser evitado ou escrito entre aspas ou
tiques):

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO APROVA PROJETO DE LEI PARA PROTEGER A LÍNGUA PORTUGUESA
A Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Câmara dos Deputados aprovou
por unanimidade nesta manhã o projeto de lei 1.676/99 do deputado Aldo
Rebelo (PC do B–SP) que visa a proteger a língua portuguesa da degradação a
que está sendo submetida por estrangeirismos, provenientes sobretudo do
inglês. Segundo o deputado, também jornalista, a língua portuguesa que o
poeta Olavo Bilac chamou, impropriamente, de "inculta", sofre atualmente uma
desnacionalização que a empobrece. A chamada Lei Aldo Rebelo segue agora
para a Comissão de Constituição e Justiça, onde tem caráter terminativo (não
será submetido a votação em plenário).
O projeto de lei apresentado na Câmara dos Deputados determina ao Poder
Público medidas para proteger e incentivar o ensino e a aprendizagem da
língua portuguesa Será de uso obrigatório no trabalho, nas relações
jurídicas, na expressão oral, escrita, audiovisual e eletrônica de todos os
documentos e eventos públicos, bem como deverão ser escritos ou falados em
português os meios de comunicação, a publicidade, as embalagens e toda e
qualquer comunicação dentro do território nacional, com as ressalvas e
exceções cabíveis.
Mais que uma lei, queremos criar um Movimento Nacional de Defesa da Língua
Portuguesa. Sem xenofobia, e reconhecendo a incorporação de necessários
vocábulos estrangeiros ao longo dos séculos, mas com altivez e tenacidade, é
possível resgatar o idioma da desnacionalização, do ostensivo bilingüismo
que o desfigura e infunde nos brasileiros a deprimente conclusão de que a
língua é feia, limitada e vaga. Apesar das regras por vezes tortuosas, o
português é belo, pródigo e preciso, dotado de recursos léxicos suficientes
para acompanhar as inovações, descobertas, invenções e mudanças que
transformam o mundo – disse o deputado Aldo Rebelo.
Mais informações c/ Rogério Siqueira tel. (0xx11) 9191-7687

[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Um paradoxo? Triângulos não pitagóricos (fwd)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/08/2000 16:38
ATTACHMENTS (20000810-163809-0001332): "triangulos1.GIF" , "triangulos2.GIF" , "triangulos3.GIF"

-----Mensagem Original-----
De: "Bidual - Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
Para: "Ciencialist" <Ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 10 de Agosto de 2000 12:09
Assunto: [ciencialist] Re:Um paradoxo? Triângulos não pitagóricos (fwd)

Olá Claudio, Jocax, Emilson e demais listeiros

Creio ter ficado patente que a primeira figura apresentada é uma enganação
logo não se trata de um paradoxo no real sentido do termo.

Na figura triangulos1.gif em anexo vê-se que a hipotenusa do triângulo maior
não passa exatamente pelos pontos do retículo do gráfico, logo não há como
construir-se exatamente os demais triângulos verde e vermelho exatamente em
cima do triângulo maior.

Na figura triangulos2.gif mostra-se que os triângulos vermelho e verde, em
uma das partições apresentadas pelo autor do "paradoxo", ao serem "forçados"
a ocuparem o espaço, deixam uma pequena lacuna superior. Esta lacuna é
exagerada na figura triangulos3.gif onde mostra-se também o que ocorreria
com a outra partição (os "novos" triângulos vermelho e verde agora
excederiam o espaço a eles destinado). Não é difícil então perceber de onde
surgiu o vazio ou "hole" apontado pelo autor do "paradoxo".

Digo "enganação" pois na figura original o autor reforçou as linhas que
contornam as figuras (utilizou dois pixéis), tentando com isso cobrir os
pequenos vazios que, de outra forma, ficariam evidentes numa observação
detalhada.

Utilizando-se de argumentos outros (ou outras palavras), creio que todos
perceberam a falácia. O Jocax parece-me ter visto as duas linhas não
exatamente lineares apresentadas na figura 3 como uma curva. O Edimilson
afirmou corretamente que "O que acontece é que a hipotenusa do triângulo
vermelho não é uma continuação da hipotenusa do triângulo verde", e o
indivíduo que lhe enviou o e-mail construiu exatamente os triângulos na
figura de cima (de maneira diferente da que eu fiz) e tentou encaixá-los na
de baixo, notando a não colinearidade. Há também a solução analítica
apresentada e a mostrar que a soma das áreas não são correspondentes.
Pode-se a partir daí chegar-se também à solução.

Obs.: Num sentido vulgar, pode-se dizer que trata-se de um paradoxo. Num
sentido restrito não, pois percebe-se uma enganação e/ou um ilusionismo do
qual o autor estava ciente quando apresentou a questão. Isto fica nítido ao
verificarmos, no original, a expressão "The partitions are exactly the same,
as those used above". Ora, se o autor estivesse em dúvida quanto ao
ilusionismo ele jamais teria feito essa afirmação de maneira tão enfática (e
propositadamente errônea, por sinal).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm


SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre o "Porque" Ultimo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/08/2000 17:45

-----Mensagem Original-----
De: Manuel Bulcão
Para: <ciencialist@egroups.com>
Cc: <acropolis@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 9 de Agosto de 2000 21:56
Assunto: [ciencialist] Sobre o "Porque" Ultimo


> E por falar na busca do "porquê último das coisas" (que, segundo alguns
> listeiros, não é tarefa da ciência),..

A polêmica sobre o "porquê último das coisas" parece-me ter sido originada
graças à msg 5329 de minha autoria, na qual referia-me a um "porquê" mais
restrito: "o que estranho não é o fato de a física moderna não explicar o
que é o campo mas o fato de alguns físicos modernos se conformarem com esta
ignorância, chegando mesmo a afirmar que não seria objetivo da física ir em
busca do porquê das coisas." É possível que tenha sido mal interpretado mas
em msg seguinte cheguei a enfatizar este "porquê" como sendo um "porquê
próximo ou imediato". E é esse "porquê" que com freqüência e de maneira
absurda vejo combatido, nos meios acadêmicos, por indivíduos que aceitam
graciosamente tudo o que foi proposto por homens que realmente produzem
conhecimento científico e, no entanto, desprezam a metodologia seguida pelos
mesmos.

Com efeito, não é tarefa da ciência ir em busca do "porquê último das
coisas", a menos que já estejamos próximos deste "porquê". E com efeito, no
final do século passado muitos cientistas caíram nesse engôdo e acreditaram
estarem próximos de perseguirem esta tarefa. No século atual alguns poucos e
brilhantes produtores de conhecimento científico também acreditaram na
possibilidade da busca pelo "porquê último das coisas". Heisenberg, por
exemplo, cita esta máxima: "Parece-me fascinante pensar que hoje, nos mais
diversos países do mundo e com os meios mais poderosos de que dispõe a
moderna tecnologia, se desenvolve uma luta para resolver em conjunto
problemas colocados há dois milênios e meio pelos filósofos gregos e cuja
resposta talvez venhamos a conhecer dentro de poucos anos ou, quando muito,
em uma década ou duas." (M. Born e al., Problemas de Física Moderna, Ed. Per
spectiva, São Paulo, 1969, p. 27). Mais de meio século se passou e a
mostrar que a visão otimista de Heisenberg está muito longe de se
concretizar.

Se não é objetivo da ciência ir em busca do "porquê último das coisas",
ainda que o seja sim ir em busca dos "porquês" imediatos, isto se deve ao
fato de o cientista, para ser cientista, e apenas quando comportando-se como
tal, dever andar em cima dos trilhos, a que chamamos método científico. A
ciência, como tal, não pode pular etapas. O que não implica que não possamos
conjecturar. O que não implica que não possamos filosofar. E o que não
implica, até mesmo, que não possamos ir em busca do "sexo dos anjos",
ocasiôes em que o bom cientista sabe que está fora dos trilhos. Mas nem por
isso deixa de seguir em frente pois sabe que a produção científica começa
pela intuição e a intuição via de regra não escolhe o laboratório para
acontecer. E é porisso que homens que não desprezam a maneira de agir
observada pelos filósofos, conseguem ir além daqueles que ficam esperando
que os princípios fundamentais, a explicarem os fenômenos, caiam das nuvens,
como que num passe de mágica. E prosseguem seus caminhos em busca dos
"porquês" imediatos, e às vezes até mesmo dos "porquês últimos das coisas",
procurando a seguir, e pela lapidação dos conceitos assim observados,
colocar a casa em ordem, ou suas idéias nos trilhos científicos. A mecânica
newtoniana, o eletromagnetismo, a termodinãmica, a relatividade e a física
quântica, dentre outras, surgiram dessa maneira. O que não impede que
descobertas menores surjam ao acaso, ainda que esse acaso insista em
presentear cientistas que, via de regra, não desprezam a filosofia
científica. Coincidência? Talvez.

Deixados os preconceitos de lado, não vejo mal algum em que se deixe a
matemática aos matemáticos, a filosofia aos filósofos, a física aos físicos
e a ciência aos cientistas. E que cada um utilize-se dos campos alheios da
maneira que melhor lhes aprouver, respeitando os trilhos que a serem então
utilizados. E repito aqui o que já devo ter dito, com outras palavras, em
alguma mensagem do passado: A ciência não tem fronteiras, ainda que possua
trilhos.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre o "Porque" Ultimo
FROM: "Antonio A. J. Godoy" <prof_godoy@teracom.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/08/2000 19:16

----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Thursday, August 10, 2000 5:45 PM
Subject: Re: [ciencialist] Sobre o "Porque" Ultimo

> A polêmica sobre o "porquê último das coisas" parece-me ter sido originada
> graças à msg 5329 de minha autoria

Sim, de fato, mas o primeiro a usar tal expressão fui eu! Por este motivo
mencionei minha mensagem como a origem da discussão específica "sobre o
'porquê último' ". Estamos discutindo generalidades, não apenas teoria de
campos.

Godoy




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Um paradoxo? Triângulos não pitagóricos (fwd)
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/08/2000 19:40

Oi. Reparem que, se vocês colocarem a cara bem perto do vídeo e olharem
a hipotenusa ao longo da mesma, verão nitidamente que, na figura de baixo,
ela forma um ângulo.

Até,
Belisário




SUBJECT: Reapresentando
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/08/2000 23:47

Já tinha tido uma pequena participação na lista. Saí e agora voltei (em
carater definitivo)

Para aqueles que não viram minha apresentação, segue em anexo a
anteriormente enviada. Onde aparece escrito 18 anos, leiam 19.
Para aqueles que me conhecem : Olá , estou de volta :-)

SUBJECT: Etica, Ciencia e ceticismo
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/08/2000 00:53

Olá Godoy e lista,

O Godoy escreveu: Uma física "niilista" seria certamente de grande utilidade
para a humanidade!!

Manuel - Com efeito, uma física niilista (nihil significa "nada" em latim, é
bom lembrar), como a do Vilenkin, segundo a qual o universo é absolutamente
indeterminado, gratuito, sem razão de ser, apenas demonstra o que muitos
cientistas seriamente ocupados com a destruição do mito, da religião e das
"crendices" metafísicas não sabem: que não se pode confundir a "verdade" com
o "bem" -- "bem" na acepção ética do termo.

Não que a verdade seja má. Do ponto de vista prático-utilitário, a verdade
(ou o nome que se queira dar ao que se obtém graças à combinação raciocínio
lógico/experiência) é "boa", visto que nos serve de instrumento de domínio
sobre a natureza. Mas, do ponto de vista ético, a verdade (adequação do
pensamento à realidade) só representa o "Bem" para aqueles que amam a
verdade acima de tudo, para aqueles que buscam o conhecimento não importa o
preço que tenham que pagar por ele. A contemplação da verdade, mesmo a
verdade cruel, é gratificante, mas somente para quem é forte.

Quando perguntaram ao filósofo italiano Lucio Colletti se o homem
contemporâneo está desarmado ante a idéia da morte e da finitude de seu
destino individual, ele respondeu:

"É uma crise que, creio iniciou-se com a revolução copernicana. Tendo
desmoronado a visão do mundo do cristianismo medieval (com o caráter central
do homem, com a relação Natureza-Graça, Natureza-Providência), as grandes
metafísicas tentaram, durante certo tempo, tornar a colocar o homem no
interior de uma Totalidade significante. A própria civilização burguesa
afunda suas raízes, no início, em pressupostos religiosos. O "espírito do
capitalismo ergueu-se sobre a ética protestante. A liberal-democracia
serviu-se da metafísica do "direito natural", além das contribuições das
seitas heréticas. Agora que este pulmão metafísico-religioso exauriu-se e
que os deuses, como dizia Heidegger, "voaram embora", vivemos a experiência
inaudita daquilo que Gramsci chamou de "terrestridade absoluta". Seria
tolice não reconhecer a dificuldade desta situação. Mas assim é. Quanto a
mim, não tenho receitas a dar para ninguém. Vivemos num universo que não
está feito para nossos fins. E dentro de uma história em que é bastante
difícil reconhecer o fio da racionalidade. De certo modo, pois, estamos numa
arapuca. Pois seja! Quem tiver a força de fazê-lo, deve reconhecer e aceitar
o jogo tal qual é, sem lançar mão de cartas falsas. Para quem não topar a
parada, há as igrejinhas da metafísica e da religião."

Concordo com o Colleti. Também não gosto de lançar mão de cartas falsas no
jogo da vida (Êta jogão de azar!). Mas penso que ele foi arrogante quando
referiu-se, pejorativamente, às "igrejinhas" da metafísica e da religião. O
forte arrogante está a esconder uma fraqueza. Por que referir-se
desrespeitosamente à cosmovisão das outras pessoas, mesmo que a julguemos
muletas existenciais, se tal concepção ajuda essas pessoas (talvez mais
"fracas" do que nós) a suportar seus sofrimentos e quando não atenta contra
a minha liberdade? Por que chutar a muleta de um aleijado?

Sou ateu, racionalista e muito preocupado com os fundamentalismos
religiosos. Por conta desta preocupação inscrevi-me na lista de discussão do
Fórum Cético Brasileiro. Mas alguns e-mails (alguns, não todos, sequer a
maioria) postados naquela lista deixaram-me também receoso com um outro tipo
de fundamentalismo muito mais sutil, porém não menos perigoso: o
fundamentalismo cientificista. O fundamentalista cientificista é aquele que
parte do pressuposto (preconceito, proposição não falseável, portanto
não-científica) de que a verdade científica é o Bem Absoluto ao qual todos
os homens devem se submeter; que toda ilusão é nociva (cadê a definitiva
prova empírica desta asserção? Ou se trata ela de uma verdade
apriorística?); que o que não pode ser provado empiricamente é irrelevante
não apenas para o cientista no exercício de sua atividade científica (o que
é aceitável), mas "deve ser" irrelevante também para todos os homens quer
estejam em casa, na rua, no velório de um parente ou amigo ou frente à
iminência da sua própria morte. O fundamentalista cientificista sustenta
que, como nos outros animais, o sentido da vida do indivíduo humano consiste
"tão-somente" na reprodução da própria vida e na propagação dos seus genes e
que todo o resto é bobagem (e haja proposições "ad hoc" para conciliar o
fenômeno artístico, o suicídio e a palavra-de-ordem "salve o mico-leão
dourado!" com a mitologia social-darwinista). Ou seja, o fundamentalista
cientificista não vê mediação alguma entre a "espécie" homem e o "gênero"
animal; vale dizer, ele dilui o singular no universal. Não percebe que, "se
uma lombriga é animal, nem todo animal comporta-se como uma lombriga, muito
menos o bicho homem (que não quer apenas viver, mas "bem" viver)". Em suma:
não tem olhos, ouvidos nem tino para discernir o que há de específico no ser
humano. Mas esses preconceitos social-darwinistas estão hoje em xeque. Os
trabalhos dos cientistas Stephen Gould, M. Kimura, Marcel Blanc e outros vêm
acrescentando a cada dia uma pá de terra sobre essa carcaça teórica.

Num desses e-mails que me deixaram cético com "alguns" céticos, o remetente
desabafa: Não consegue convencer sua avó de que Deus não existe. Pô,
pentelho! Deixa a velha em paz! Afinal, trata-se de uma pessoa idosa vendo
morrer todos os dias pessoas da sua geração, e que, portanto, sente a
aproximação da sua própria morte; uma pessoa cheia de doenças da idade, com
catarata, reumatismo, desmemorizada, etc. Provavelmente, também, uma mulher
carente das alegrias do sexo. O que a "verdade" que ele professa com tanto
fervor "religioso" pode ser útil a essa senhora? Se um velho indigente que
sofreu intensamente durante toda a sua existência e para o qual não mais
existe esperança terrena, se este velho me perguntar se há uma vida depois
da morte de fartura e felicidade, mesmo sabendo que tal vida é uma quimera
não teria eu estômago para dar uma resposta negativa. Estaria sendo muito
cruel.

Esse membro da citada lista (uma boa lista, com muitos integrantes de valor,
a maioria sensata, diga-se a propósito), é a perfeita ilustração do ateu de
fachada, isto é, do ateu cujo ateísmo não passa de mera racionalização de um
"ódio" a Deus. Ora, o ódio, assim como o amor, é uma paixão. Uma paixão
negativa, mas uma paixão. Como pode um ateu ser apaixonado por Deus? Isso é
uma contradição! Minha filha de seis anos, quando está com raiva de mim,
diz: "você não é mais meu pai." Pois bem, alguns "ateístas" fervorosos são,
no fundo, eternas crianças de seis anos de idade com raivinha do papai.

Talvez vocês estejam achando que estou a caricaturar. O problema é que essas
figuras caricatas existem às pencas, e, num passado recente, foram fiéis
funcionários de Estados totalitários, contribuindo com sua mitologia
"científica" para justificar o assassinato de dezenas de milhões de
indivíduos. É até provável que esse fundamentalismo cientificista tenha
feito mais vítimas que Torquemada & Cia. Hitler tinha uma assessoria
social-darwinista bastante competente, e Stalin, em prol da edificação do
socialismo "científico", dizimou toda a velha guarda bolchevique, perpetrou
genocídios e trouxe à tona novamente o trabalho escravo. Isso sem falar dos
"cientistas" do mercado -- Hayek e seus comparsas -- para os quais a função
do Estado é proteger a lei "natural" da oferta e da procura. Proteger de
quem? Dos homens, essas criaturas insensatas eternamente iludidas com
abstrações metafísicas, como, por exemplo, a idéia de justiça distributiva.
Justiça? Que besteira! a palavra-de-ordem é eficiência!


Sim, o preço da liberdade é a eterna vigilância. Só acrescento que, para o
bem da liberdade, temos que nos precaver também contra o fundamentalismo
cientificista.

Finalizando: numa hipotética sociedade futura organizada sob o patrocínio da
ciência e da razão, haverá lugar para descrentes e crentes, ateus e deístas,
bons-moços e bichos-grilos. Que a verdade científica seja proposta, e não
imposta. E que seja permitido sonhar e até mesmo acreditar no sonho.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: JCEmail - 01/08/2000
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/08/2000 02:53

11. Cientistas tem pista da diferenca entre materia e antimateria

Equipe internacional de cientistas anunciou que esta' descobrindo pistas
para um dos maiores enigmas da fisica: a diferenca entre a materia e
antimateria que compoem o universo.

Teoricamente, a natureza deveria ser simetrica - toda particula subatomica
(a materia que forma o mundo) existe em conjunto com uma antiparticula de
antimateria correspondente.

No inicio da formacao do universo, dizem os cientistas, existiam quantidades
iguais de materia e antimateria. Atualmente, no entanto, a antimateria e'
encontrada apenas em raios cosmicos e aceleradores de particulas, e o
universo parece ser feito apenas de materia.

O que aconteceu com toda a antimateria? A resposta pode estar no estudo de
uma particula subatomica chamada meson B, cujas materia e antimateria se
decompoem em velocidades diferentes.

Essa diferenca representa uma violacao da teoria de igualdade entre
particulas e antiparticulas, podendo revelar um minusculo favorecimento da
materia sobre a antimateria.

Mesmo uma preferencia da ordem de 1 em 1 bilhao permitiria a massa atual do
universo conhecido. (O Estado de SP, 1/8)
--------------------
[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Etica, Ciencia e ceticismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/08/2000 08:28

Manuel, permita-me discordar de varios pontos de seu texto.
Antes de inserir meus comentarios e, para os q nao tem paciencia de
percorrer o texto,
vou fazer um apanhado de algumas de minhas discordancias do seu texto.

--Sobre a realidade--
Primeiro um ponto de vista filosofico sobre realidade : Eu concordo que
a verdade
doponto de vista cientifico e pratico eh a conformidade do nosso
pensamento
com a realidade. Ja dizia um iminente filosofo q minha memoria nao
lembra
" A verdade eh o que se diz daquilo que eh". O grande problema eh saber
"o que eh" ou qual a "realidade" e como estas dependem, em ultima
instancia, do
que nossos orgaos do sentido nos transmitem entao ela tambem pode ser
de algum modo subjetiva. Ou seja a definicao de verdade como adequacao
da realidade
com o que pensamos passa a nao ter muito sentido pois, o q pensamos eh
tambem uma
forma de perceber a realidade assim como nossos orgaos do sentido!
Um exemplo : vc poderia provar q sua realidade nao passa de um sonho ?
Claro q, embora estas duvidas filosoficas sao procedentes, a ciencia nao
pode
parar por causa delas, e assume-se que, de algum modo, a realidade ou
parte
dela, eh o q captamos com nossos orgaos sensoriais e ...vamos em frente
!
(Mas eh bom ter em mente q a realidade pode nao ser aquilo q observamos)

-- Sobre bengalas e ilusoes --
O assunto eh complexo e eh dificil expressar-me em palavras ( como eh
duro escrever!)
Vou tentar sintetizar ....
Vc diz q nao se deve chutar a "bengala do aleijado" pois esta ajuda-o a
ser feliz
e aguentar as agruras da vida.. ( bengala = Deus /ilusao / religiao/
misticismo/ e quetais )
Como eh dificil sintetizar....

Primeiro eu gostaria *eufemisticamente* de dizer q a bengala esta sendo
usada pois
alguem a criou par q fosse usada. E a bengala eh imposta a nos mesmo
ANTES
de estarmos a beira da morte eu diria antes mesmo q conseguissemos fzer
qqr juizo de valor. A bengala nos eh imposta por pessoas q tambem
dependem dela
sem que estas mesmas pessoas saibam pq a estao usando ! A bengala eh
passada
de pai para filhos numa sucessao interminavel de construcao de aleijados
.

Note bem q eu nao estou querendo *impor* o fundamentalismo-cientifco,
mas estou
querendo que o outro lado seja tambem mostrado para q o jovem possa
escolher com
isencao ( sei q isto eh quase utopico). Mas entre uma imposicao
religiosa, introduzida
na juventude e uma imposicao cientifica , fico com a ultima.

E, para que os olhos dos futuros pais sejam abertos para q nao passem a
bengala
para seus filhos ( QUE NAO PRECISAM DELA ), eh necessario *esfregar na
cara*
as inconsistencias e contradicoes que a bengala leva. Soh assim estes
futuros pais
pensaram 2 vezes antes de IMPOREM a sua velha bengala a seus inocentes
filhos.

Transcrevo aqui um texto q escrevi no FCB antes de sair que vem bem a
calhar :
======================================
Acredito que embora a Fé possa as vezes ser psicologicamente benefica
aa saude, nao acredito que a crenca em Deus o seja para a sociedade
em geral.
Do meu ponto de vista acreditar em um Deus ( Cristao ) traz maleficios
a longo prazo :

1-O ponto principal eh que posterga a JUSTIÇA , relegando-a a um Ente
que nao existe.
Isto leva as pessoas aa nao procurar justica em vida acreditando q
esta sera feita apos a morte.
Como consequencia, deixa as pessoas quase completamente inertes,
amorfas, inoperantes, inofensicas diante dos "predadores" da
sociedade que, por sua vez, explorarao at nauseum esta crenca.
Uma sociedade REALMENTE ateia buscaria a justica em vida com +
empenho e rigor.

2- A crenca q apos a morte a "alma" vai para o "Ceu" , outra dimensao,
etc...
faz as pessoas nao valorizarem , como deveriam, o planeta e seus
escassos recursos naturais.
Isso poderia levar a um pensamento do tipo :
"Para que ? se apos esta vida eu irei para melhor ??
Que se lixem os q ficarem" .
Com este pensamento o planeta fica relegado a um plano perigosamente
secundario.

3- Quais as consequencias de acreditar em uma mentira ????
As contradicoes intrinsecas de uma crenca em Deus, acredito, leva a
uma continua aceitacao das contradicoes dos fatos que podera
contaminar a propria logica humana na observacao de outras
evidencias da vida. Isto eh :
Viver na mentira prejudica a percepcao da realidade que devera
certamente influenciar a vida da pessoa.

4- Claro q eh sempre bom para as classes dominantes que o povo seja
"refem de Deus" e aceite as agruras que lhe sao impostas em vida
como um "bilhete para o Ceu", mantendo o povo como cordeirinhos
sempre "dando a outra face para bater" e pensando se vingando
em pensamento *somente* :

"-eles nao passarao pelo buraco da agulha !".

5- Claro q nao vejo a crenca Deus apenas como um remedio
que traria beneficios e maleficios e onde deveriamos crer ou nao
olhando apenas estas consequencias.
Acredito que a busca pela verdade eh o principal motivo,
ao menos para mim, em ser ateu:
Alguem gostaria de viver na mentira apenas para se sentir melhor ?

============================


--- Sobre o Darwinismo ----
Vc tambem renega a visao darwinista da vida e propoe q o homem nao seja
exatamente um *animal* .
Da vontade de dizer : ah.. meu filho qta coisa vc precisa aprender !!!
Eu criei o Genismo como uma forma de sintetizar todo conhecimento q
adquiri
da vida depois de muito pensar... Eu concordo q eh dificil para alguem q
foi educado
fora do meio cientifico-cetico entender. Mas vou repetir :
O HOMEM EH ANTES DE TUDO UM ANIMAL.
Nao conseguirei convence-lo em tao poucas linhas de tudo que me levou a
criar
o Genismo mas vou colocar algumas ideias q servirao tao somente para que

vc mesmo, se estiver realmente atras da "verdade" possa investigar:

Todos os animais foram "desenhados" pela natureza , por selecao natural,
de modo a
a girem *como se* tivessem um unico objetivo : Perpetuar seus genes.
Vc soh vai se convencer disso depois de procurar por assuntos e autores
como :
R. Dawkins, Gould, Wilson , psicologia evolutiva, consiliencia,
sociobiologia etc..

Qdo vc comecar a verificar q os homens tambem sao maquinas
"perpetuadoras de genes"
como os outros animais, vc verificara o quao bem o Genismo eh adequado
aa natureza
humana. E *comecar* a perceber a grandiosidade de seus mandamentos.

Eu concordo com vc quando vc diz :
"Que a verdade científica seja proposta, e não imposta. E que seja
permitido sonhar e até
mesmo acreditar no sonho."

Mas insisto que o outro lado da moeda tambem seja mostrado.


Resolvi nao dilacerar seu texto e ao inves disso ,
inserir meu texto resumo-introdutorio sobre o Genismo.

[]s
jocax

============================================================
Apos + de 40 anos de pensar ler, estudar e filosofar sobre a vida sobre
o universo e tudo o mais, cheguei numa conclusao que pode ser condensada
em uma doutrina : O Genismo.
O Genismo, cujo texto introdutorio segue abaixo, veio para mim como uma
extensao natural da teoria evolutiva de Darwin e tambem como resposta aa
todas as perguntas de cunho filosofico mais basicas : "De onde viemos?"
, "Pq estamos aqui?" etc..
O leitor menos estudado no campo da evolucao sentira talvez certa
repulsa ou estranheza com a doutrina e para isso eu selecionei dois
livros que recomendo no final e no qual reproduzo aqui alguns trechos.
Espero q goste.




Eu selecionei alguns trechos interessantes que achei no livro do
Richard Dawkins ( O GENE EGOISTA ) :

Prólogo ( Robert Trivers ) (pag 15 ) :

"Dentro de cada espécie alguns indivíduos têm mais descendentes
sobrevivêntes que outros, de modo que as características
herdáveis(genes)
daqueles reprodutivamente bem sucedidos tornam-se mais numerosos na
geração
seguinte. A seleção natural é isto : a reprodução diferencial não
aleatória
dos genes. ELA NOS FORMOU E É ELA QUE DEVEMOS ENTENDER SE QUISERMOS
COMPREENDER NOSSAS PROPRIAS IDENTIDADES. Embora a teoria da evolução
através da seleção natural de Darwin seja central ao estudo do
comportamento
social( especialmente quando unida à genética de mendel), ela tem sido
amplamemte ignorada. Verdadeiras industrias se desenvolveram nas
ciencias
sociais dedicadas aa construcao de uma visao pre-Darwiniana e
pre-mendeliana
do mundo social e psicologico.... Sejam quais forem as razoes deste
estranho
desenvolvimento, ha indicacoes de que ele esta terminando....
...Em resumo, a teoria social darwiniana nos da uma ideia de uma logica
e de uma simetria subjacentes nas relacoes sociais, as quais, quando
forem
mais completamente compreendidas por nós, devem revitalizar nossa
compreensão
política e fornecer o apoio intelectual a uma ciencia e medicina da
psicologia. Neste processo, ele deve dar-nos tambem UMA COMPREENSAO MAIS

PROFUNDA DAS MUITAS ORIGENS DE NOSSO SOFRIMENTO."

Agora do autor do mesmo livro :
Prefácio , Pag 17 :

"Este livro deveria ser lido quase como se fosse
ficcao cientifica. Ele destina-se a agradar a imaginacao. Mas nao e'
ficcao cientifica : É CIÊNCIA. Seja ou nao um lugar comum,
"mais estranho do que ficcao" exprime exatamente como me sinto com
relacao aa verdade. Somos máquinas de de sobrevivencia - veiculos
robo PROGRAMADOS CEGAMENTE PARA PRESERVAR as moleculas egoistas
conhecidas como GENES. Esta eh uma verdade que ainda me enche de
surpresa.
Embora a conheça a anos, parece que nunca me acostumo completamente com
ela."

Capitulo 1 ('Por que sao as pessoas?' ), Pag 21:
"A vida inteligente em um planeta torna-se amadurecida quando pela
primeira vez compreende a razao de sua propria existencia.Se criaturas
superiores provindas do espaço algum dia visitarem a terra, a primeira
pergunta que farão, a fim de avaliar o nível de nossa civilizacao será :

'Eles ja descobriram a evolucao?'.... Darwin nos tornou possivel dar
uma resposta sensata à crianca curiosa cuja pergunta serve de titulo
a este capitulo. Nao mais teremos de recorrer aa supersticao quando
defrontados com problemas profundos : ha um sentido para a vida?
Para que existimos? O que eh o homem? Depois de formular a ultima destas

questoes, o eminente zoologo G.G.Simpson assim se expressa :'O que
quero esclarecer agora eh que todas as tentativas de responder
esta pergunta antes de 1859 sao inuteis e que sera melhor para nos
ignora-las completamente'. Hoje a teoria da evolucao está tao
sujeita aa duvida aa duvida quanto a teoria de que a terra gira ao
redor do sol, mas as IMPLICAÇÕES plenas da revolucao de Darwin
AINDA ESTÃO PARA SEREM AMPLAMENTE COMPREENDIDAS. A zoologia ainda é
uma materia minoritaria na universidades e ateh mesmo aqueles q a
escolhem frequentemente tomam esta decisao sem perceber seu significado
filosofico profundo. A filosofia e as materias conhecidas como
Humanidades
ainda sao ensinadas como se Darwin nunca houvesse existido...."

Cap 2 Pg 40 :
Fala sobre a origem da vida algo que comecou com o que Dawlkins
chamou de 'replicadores' ( moleculas q conseguiam se replicar ):

".... Houve luta pela sobrevivencia entre as variedades de replicador.
Elas nao sabiam q estavam lutando nem se preocupavam com isto.
A luta foi conduzida sem quaisquer mal sentimentos, de fato, sem
sentimentos de quaisquer especie. Mas elas estavam lutando , no sentido
de que qualquer copia erronea que resultasse em um novo nivel de
estabilidade mais alto ou uma nova maneira de reduzir a estabilidade
dos rivais era automaticamente preservada e multiplicada.
O processo de melhoramento era cumulativo.As maneiras de aumentar
a estabilidade e diminuir aa dos rivais tornaram-se mais elaboradas
e mais eficientes.....Os replicadores começaram nao apenas a existir,
mas a costruir envoltórios para si, veícuos para sua existencia
ininterrupta. Os replicadores que sobreviveram foram aqueles que
construiram maquinas de sobrevivencia para aí morarem. As primeiras
maquinas de sobrevivencia consistiram em nada mais do que um
revestimento
protetor.....Haveria um fim para o melhoramento gradual das tecnicas e
artificios utilizados pelos replicadores para garantir sua propria
permanencia no mundo? Que maquinas estranhas de auto-sobrevivencia
os milenios produziram ? Quatro bilhoes de anos mais tarde, qual
seria o destino dos antigos replicadores? Eles nao morreram pois
sao antigos mestres das artes de sobrevivência. Mas nao os procure
flutuando livremente no mar. Eles abandonaram esta liberdade nobre
ha muito tempo. Agora eles apinham-se em colonias imensas, em seguranca
dentro de robos desajeitados gigantescos, murados do mundo exterior,
comunicando-se com ele por meio de vias indiretas e tortuosas,
manipulando-o por controle remoto. Eles estao em mim e em você.
ELES NOS CRIARAM CORPO E MENTE. E SUA PRESERVAÇÃO EH A RAZÃO ULTIMA
DE NOSSA EXISTENCIA. Transformaram-se muito, esses replicadores.
AGORA ELES RECEBEM O NOME DE GENES E NÓS SOMOS SUAS
MÁQUINAS DE SOBREVIVÊNCIA.".


Outro livro que achei interessante eh "CONSILIÊNCIA" de E.O. Wilson.
Alguns trechos deste livro eu transcrevi abaixo:

"...'Foucault estava lutando com os mais profundos e espinhosos dilemas
da
identidade moderna... Para quem nao acredita na existencia de Deus, da
lei natural ou da Razao transcendente e reconhece as formas variadas e
sutis pelas quais os interesse material - poder - corrompeu, ate'
constituiu, cada moralidade anterior, COMO VIVER, QUE VALORES OBSERVAR?'

Como e que valores realmente? Para solucionar esses perturbadores
problemas, comecemos nos afastando de Foucault e do desespero
existencilista.... Uma vez que nos recobremos do choque de descobrir
que o O UNIVERSO NAO FOI CONSTITUIDO TENDO NÓS EM MENTE, todo o sentido
que o cerebro consegue dominar, todas as emocoes que consegue suportar
e toda a aventura compartilhada que poderíamos querer desfrutar podem
ser encontradas decifrando-se a ordem hereditária que gerou nossa
espécie
através do tempo geologico e marcou-a com os resíduos da historia
profunda. A razao será alçada a novos niveis e as emocoes serao
despertadas em padroes potencialmente infinitos..."

E na pag. 121 no Capitulo 'Dos genes à cultura' :

"Acredito que a maioria dos que contribuíram para a teoria nos
últimos 20 anos concordariam com o seguinte esboço de seus principios:
A cultura é criada pela mente coletiva, e cada mente por sua vez é o
produto do cerebro humano geneticamente estruturado. Genes e cultura
estão
,portanto, inseparavelmente ligados.Mas a ligacao é flexivel, em um grau

ainda na maior parte ainda nao medido. A ligacao tambem é tortuosa:
OS GENES PRESCREVEM REGRAS EPIGENETICAS, que sao as vias e regularidades

neurais no desenvolvimento cognitivo pelas quais a mente individual se
constitui. A mente cresce do nascimento à morte absorvendo partes da
cultura existente disponíveis para ela, com seleções guiadas por
regras epigenéticas herdadas pelo cérebro individual....
Como parte da co-evolucao gene-cultura, a cultura é reconstruída a
cada geração coletivamente nas mentes dos indivíduos. Quando a tradição
oral é suplementada pela escrita e arte, a cultura consegue crescer
indefinidamente e pode até cobrir gerações. Mas a influência
determinante
fundamental das regras epigenéticas, sendo genética e inextirpável,
permanece constante....Alguns indivíduos herdam regras epigenéticas
que lhes permitem sobreviver e se reproduzir melhor no ambiente
e cultura circundante do que indivíduos que carecem dessas regras,
ou pelo menos que as possuem em menor grau.
Mas isso significa, através de várias gerações que as
regras epigeneticas mais bem sucedidas se disseminaram pela populacao
junto com os genes que prescrevem estas regras. Em consequencia, a
espécie humana evoluiu geneticamente por selecao natural no
comportamento,
tanto quanto na anatomia e fisiologia do cérebro....A natureza da
corrente genética e o papel da cultura podem agora ser melhor
compreendido
nos seguintes termos. Certas normas culturais tambem sobrevivem e
se reproduzem melhor do que normas concorrentes, fazendo a cultura
evoluir em uma trilha paralela à evolucao genética e geralmente
muito mais rápida. QUANTO MAIS RÁPIDO o ritmo da evolucao cultural,
MAIS FRÁGIL a conexão entre gene e cultura, embora nunca se
rompa totalmente. A cultura permite um rápido ajuste a mudanças no
ambiente através de adaptações finamente sintonizadas, inventadas
e transmitidas sem uma prescrição genética precisa correspondente.
Nesse aspecto, os seres humanos diferem fundamentalmente de todas
as outras espécies animais."

Na pagina 150 :
"Os genes prescrevem regras epigenéticas, que são regularidades da
percepção sensorial e do desenvolvimento mental que animam e canalizam
a aquisição de cultura. A cultura ajuda a determinar quais genes
prescritivos sobrevivem e se multiplicam de uma geração aa proxima.
Novos genes bem sucedidos alteram as regras epigeneticas da populacao.
As regras epigenéticas alteradas alteram a direção e eficácia dos
canais de aquisição cultural.
O passo final nesta série é mais crucial e litigioso. Está corporificado

no problema da restrição genética. Através da pre-história em particular

até cem mil anos atrás, época em que o cerebro do moderno Homo sapiens
havia se desenvolvido, a evolução genética e cultural estavam
estreitamente
acopladas. Com o advento das sociedades neolíticas e, em especial o
surgimento das civilizações, a evolução cultural saltou à frente em uma
velocidade que deixou a evolução genética marcando passo em comparação.
Assim, nesta ultima fase exponencial, em que grau as regras epigeneticas

permitiram que diferentes culturas divergissem? Quão rigorosa foi a
restrição genética? Essa é a pergunta chave e só é possível uma resposta

parcial. Em geral, as regras epigenéticas sao fortes o suficiente para
ser visivelmente coercitivas.. Mas em um grau que pode se mostrar
embaraçoso para um defensor empedernido da hereditariedade, as culturas
se dispersam amplamente em sua evolução sob as regras epigenéticas
até agora estudadas. ÀS VEZES, TEM EMERGIDO ASPECTOS CULTURAIS
ESPECÍFICOS
QUE REDUZEM A APTIDAO DARWINIANA, PELO MENOS POR ALGUM TEMPO. A CULTURA
PODE DE FATO SE DESCONTROLAR POR UM PERÍODO E ATÉ DESTRUIR OS INDIVÍDUOS

QUE A PROMOVEM."

E na pagina 247 :
"A formidável do impulso religioso baseia-se em muito mais, porem, do
que
a mera validação da moral. Grande rio subterraneo da mente ganha força
de
um amplo espectro de emoções afluentes. Antes de mais nada vem o
instinto
de sobrevivência...NOSSAS MENTES ANSEIAM POR UMA EXISTÊNCIA PERMANENTE.
SE NAO CONSEGUIMOS A VIDA ETERNA DO CORPO, A ABSORÇÃO EM ALGUM TODO
IMORTAL
SERVIRÁ. QUALQUER COISA SERVIRÁ, CONTANTO QUE DÊ SENTIDO AO INDIVIDUO
E DE ALGUM MODO ESTENDA À ETERNIDADE AQUELA BREVE PASSAGEM DA MENTE
e espírito lamentada por Santo Agostinho como o curto dia do tempo."




************* GENISMO - Uma nova doutrina *****************
Criado por: Joao Carlos Holland de Barcellos
Novembro 1999
=================================================

Desde a origem da vida os seres vivos seguiram o seguinte "algoritmo" :

Genes -> mutacao ou nao -> fenotipo -> ambiente -> selecao natural -> ->

sobrevivencia ou morte


Este esquema existe desde q surgiu a vida ha alguns bilhoes de anos
atras.
Note que os seres que passam por esse processo SEMPRE morrem
mas nao necessariamente seus genes !!
Antes do individuo morrer ele pode , eventualmente,
passar seus genes para a proxima geracao.
O que temos entao depois de muitos bilhoes de geracoes ?
Depois dessa peneirada toda teremos genes ALTAMENTE especializados
em se perpetuar no tempo e atravessar estas peneiras.
Sao representados fenotipicamente por todos os seres vivos
que estao no mundo hoje.
Se estudarmos a vida animal ( fora o homem ) poderemos verificar o
incrivel poder e as artimanhas geneticamente codificadas para conseguir

tal intento. É realmente impressionante.
O homem , contudo, tem um algo a mais : a cultura.
A cultura, inicialmente um fator que auxiliou a sobrevivencia da
especie,pode , as vezes, ir contra este proposito genetico de
perpetuacao.
Neste caso haverá sofrimento pois, dependendo da cultura , ela
podera agir contra todos os instintos ( no sentido amplo , nao so os +
primitivos ) que querem que o individuo perpetue seus genes.
Note q os genes sao suficientemente especializados para que vc nao se
reproduza pura e simplesmente, eles codificaram filtros para
que o homem junte seus genes com genes tambem qualificados
para a perpetuacao : O instinto basico no homem ,
para a perpetuacao genetica, é o AMOR pois é este o principal
mecanismo para fazer o controle de qualidade das pessoas
que poderemos juntar nossos genes para que estes
sigam pela eternidade.

O Genismo vem para tentar alertar o homem contra culturas que vao
contra seu proposito fundamental : perpetuar genes. E isso tem um
significado amplo :
Perpetuar genes é ter filhos , é prepara-los para a vida, é cuidar
e ajudar os parentes e 99% das coisas que a cultura normal ja prega.

O Genismo quer que ASSUMAMOS que somos uma máquina de perpetuaçao
genética, neste sentido AMPLO , e que ajamos neste sentido.
Desta maneira estaremos integrando nossa cultura com a nossa
natureza biologica mais profunda.
A crença de que a unica forma de perpetuacao é via genes, faz reforçar
estas acoes.

O genismo esta em formacao e estes sao seus principais mandamentos:
1- "Os Genes te criaram e a eles vc deve servir"
2-"A felicidade é trilhar o caminho da perpetuação genética"
3-"Deus nao existe e o único modo de transcender a morte
é através de seus genes, principalmente em seus descendentes"
4-"Seus genes sao seu bem mais precioso"
5- "Vc deve respeitar os genes dos outros para que
os outros respeitem os seus."

Consequencias do Genismo :

1-Abolindo Deus , as pessoas exigiriam justiça na terra e nao
esperariam,
EM VAO, pela justiça divina ==> O mundo seria + justo.

2-Louvando aos Genes as pessoas teriam + amor aa seus filhos E...

3-.... cuidariam + do mundo que deixariam aa eles, ao invés de
destrui-lo
pensando apenas em si mesmas !.

4-Sendo as pessoas + felizes, pois o Genismo faz a pessoa entrar em
harmonia
com sua natureza mais íntima, teriamos um mundo melhor..

-------
Livros recomendados :
"O Gene Egoista" de Richard Dawkins
"Consiliencia" de E. O. Wilson
==============================================
Joao Carlos Holland de Barcellos ( jocax@usp.br)
Discussao do assunto em :
http://www.egroups.com/message/ciencialist/2214?&start=2213








SUBJECT: Temperatura
FROM: "Celso Rapaci" <rapaci@h8.ita.cta.br>
TO: "CienciaList" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/08/2000 12:46

Pessoal, gostaria de saber mais sobre os pontos fixos da escala Fahrenheit, qual a substância usada que solidifica no 0 oF? Ouvi dizer que era uma mistura de água, um álcool,e mias alguma coisa, acho que essa historinha e que o ponto fixo foi 32 e 212 é conversa, acho que o ponto fixo original deve ter sido 0 e 100, ou 0 e 200, algum numero inteiro...
Obrigado...
Rapaci

 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Etica, Ciencia e ceticismo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/08/2000 13:30

Manuel, Jocax e participantes

Escrevi ontem, pela madrugada, um pequeno texto sobre o que penso sobre
'convencer a avó de que deus não existe'. Não enviei. Deixei para uma
segunda leitura. Hoje, o texto do Jocax, substituindo a 'crença da velha
senhora' pela 'bengala' cristalizou meu juízo. Parte do texto original de
ontem:

"O problema não é de curto e sim de longo prazo. Hoje eu tb não tentaria
convencer a velha senhora de que deus não existe, não seria eu o pentelho
que vc aponta mas, tomaria cuidado de expandir a idéia para a nova geração.
Se cada um, a partir de hoje, começar a mostrar a seus tenros rebentos as
idéias céticas, as vantagens da evolução e da ciência, assim como os perigos
sociais e planetário do mito, com tempo, com bom tempo mesmo, não haverá
mais uma tal velhinha para ser 'convertida'. E, com certeza, as novas
velhinhas serão mais conscientes e altivas do que as atuais. As novas
velhinhas teriam o respeito dos novos rebentos, todos 'cultuando' juntos uma
realidade palpável, uma cultura sadia e isenta de mentiras 'divinas'."

No restante, o Jocax foi menos prolixo que eu, bem menos.

Sobre o genismo, desperto algo: nessa 'religião' os genes são os donos da
Terra e adaptaram invólucros para que eles mesmos possam sobreviver com mais
segurança. Nós somos os melhores invólucros. Invólucros tão bons que já
começamos a 'fuçar' nas propriedades transmissíveis dos genes. Os próximos
genes (não tão próximo) não terão mais ancestrais na velha Terra. Os
invólucros comandarão os genes e, então, serão os novos donos da Terra (se
essa ainda existir, ou seja, se não continuar tão jogada ao 'léo' pelos
religiosos atuais que têm seu cantinho garantido no céu e deixam, aqui em
baixo, um inferno!).

[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] Temperatura
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/08/2000 13:39

On Fri, 11 Aug 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:
> A historinha Fahrenheit realmente existe. Associou 32 à mistura
> refrigerante (água, sal), por ser essa a idade de sua mulher e 212 ao
> ponto de ebulição da água, por ser esse o número da Faculdade (ou
> Universidade) onde lecionava.

pelo jeito existem varias historinhas para a escala farenheit... uma outra
q. eu ouvi foi q. ele associou o ponto 0 (zero) 'a temperatura ambiente de
um dia de inverno particularmente frio, qdo sua esposa padecia de uma
febre ligeira, cuja temperatura ele associou ao grau 100 de sua escala...

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Temperatura
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/08/2000 13:42

Olá Celso,
A historinha Fahrenheit realmente existe. Associou 32 à mistura refrigerante (água, sal), por ser essa a idade de sua mulher e 212 ao ponto de ebulição da água, por ser esse o número da Faculdade (ou Universidade) onde lecionava.
Esse intervalo 32 --- 212 foi subdividido em 180 partes iguais (212 - 32).  O pensamento foi 'o de descontar a parcela abaixo do ponto de fusão da água sob pressão normal'. Acredito que a tal mistura refrigerante tenha sido uma quantidade 'adequada' de NaCl num volume 'adequado' de água pura(?).
Todas essas escalas arbitrárias são relativas. Até a Revolução Francesa deveria existir espalhado pelo mundo mais de 150 dessas escalas.
Hoje servem apenas para exercícios de conversão de escalas em 'provinhas do ensino médio'. Reaumur é uma das tais que desapareceu e ainda serve para tais exercícios.
 
[]'
Léo
-------------------------------
-----Mensagem Original-----
De: Celso Rapaci
Para: CienciaList
Enviada em: sexta-feira, 11 de agosto de 2000 12:46
Assunto: [ciencialist] Temperatura

Pessoal, gostaria de saber mais sobre os pontos fixos da escala Fahrenheit, qual a substância usada que solidifica no 0 oF? Ouvi dizer que era uma mistura de água, um álcool,e mias alguma coisa, acho que essa historinha e que o ponto fixo foi 32 e 212 é conversa, acho que o ponto fixo original deve ter sido 0 e 100, ou 0 e 200, algum numero inteiro...
Obrigado...
Rapaci

 
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Temperatura
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/08/2000 14:03

Opaaaaaaaa...... desculpe a falha. Onde se lê 32 inicial leia-se 0oF à mistura refrigerante (água,sal). O intervalo  32 (desse 0 ao ponto de fusão da água), por ser a idade ...........
Ou melhor, esqueça a mensagem anterior. Vamos à resposta:
-------------------------------------------------------
 
A historinha Fahrenheit realmente existiu. Ele associou 0 à mistura refrigerante (água, sal) e 212 ao ponto de vaporização da água sob pressão normal. Essas escolhas deveu à idade de sua esposa 32 (que fica sendo a temperatura associada ao tradicional ponto do gelo --- diz algumas versões que sua esposa era 'gélida') e ao número da faculdade onde lecionava.
Esse intervalo 32 --- 212 foi subdividido em 180 partes iguais (212 - 32).  O pensamento foi 'o de descontar a parcela abaixo do ponto de fusão da água sob pressão normal'. Acredito que a tal mistura refrigerante tenha sido uma quantidade 'adequada' de NaCl num volume 'adequado' de água pura(?).
Todas essas escalas arbitrárias são relativas. Até a Revolução Francesa deveria existir espalhado pelo mundo mais de 150 dessas escalas.
Hoje servem apenas para exercícios de conversão de escalas em 'provinhas do ensino médio'. Reaumur é uma das tais que desapareceu e ainda serve para tais exercícios.
 
[]'
Léo ... será que acertei dessa vez?
------------------------------------------------------------
-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: sexta-feira, 11 de agosto de 2000 13:42
Assunto: Re: [ciencialist] Temperatura

Olá Celso,
A historinha Fahrenheit realmente existe. Associou 32 à mistura refrigerante (água, sal), por ser essa a idade de sua mulher e 212 ao ponto de ebulição da água, por ser esse o número da Faculdade (ou Universidade) onde lecionava.
Esse intervalo 32 --- 212 foi subdividido em 180 partes iguais (212 - 32).  O pensamento foi 'o de descontar a parcela abaixo do ponto de fusão da água sob pressão normal'. Acredito que a tal mistura refrigerante tenha sido uma quantidade 'adequada' de NaCl num volume 'adequado' de água pura(?).
Todas essas escalas arbitrárias são relativas. Até a Revolução Francesa deveria existir espalhado pelo mundo mais de 150 dessas escalas.
Hoje servem apenas para exercícios de conversão de escalas em 'provinhas do ensino médio'. Reaumur é uma das tais que desapareceu e ainda serve para tais exercícios.
 
[]'
Léo
-------------------------------
-----Mensagem Original-----
De: Celso Rapaci
Para: CienciaList
Enviada em: sexta-feira, 11 de agosto de 2000 12:46
Assunto: [ciencialist] Temperatura

Pessoal, gostaria de saber mais sobre os pontos fixos da escala Fahrenheit, qual a substância usada que solidifica no 0 oF? Ouvi dizer que era uma mistura de água, um álcool,e mias alguma coisa, acho que essa historinha e que o ponto fixo foi 32 e 212 é conversa, acho que o ponto fixo original deve ter sido 0 e 100, ou 0 e 200, algum numero inteiro...
Obrigado...
Rapaci

 
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Temperatura
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/08/2000 14:22

He he he ..... uma bela historinha. E depois, como é que ele fez para
reproduzir esse estado térmico (um dia de inverno particularmente frio) para
calibrar os próximos termômetros que foram construídos?
he he he ..... uma bela historinha. Alguém tem outra?
[]'
Léo
------------------------------------------
-----Mensagem Original-----
De: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 11 de agosto de 2000 13:39
Assunto: Re: [ciencialist] Temperatura


On Fri, 11 Aug 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:
> A historinha Fahrenheit realmente existe. Associou 32 à mistura
> refrigerante (água, sal), por ser essa a idade de sua mulher e 212 ao
> ponto de ebulição da água, por ser esse o número da Faculdade (ou
> Universidade) onde lecionava.

pelo jeito existem varias historinhas para a escala farenheit... uma outra
q. eu ouvi foi q. ele associou o ponto 0 (zero) 'a temperatura ambiente de
um dia de inverno particularmente frio, qdo sua esposa padecia de uma
febre ligeira, cuja temperatura ele associou ao grau 100 de sua escala...

[]s,

roberto takata





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SUBJECT: Re: Etica, Ciencia e ceticismo
FROM: "Andr� Roviralta Dias Baptista" <andrediasbaptista@hotmail.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/08/2000 14:27

Manuel, Jocax, Leo et caterva
 
Sobre o que o Manuel escreveu:
 
Não mudaria uma vírgula. Tenho tentado tratar da questão da ética em algumas mensagens e a importância de se distinguir juízos de fato de juízos de valor. O texto do Manuel está excelente.
 
Jocax:
 
Deixe-me ver se entendi: o Genismo diz que o único objetivo da vida é perpetuar os genes. Eu digo que isso também não é um objetivo: o genes se perpetuam por acaso. Não há objetivo nas leis da natureza. Objetivos são construções mentais, baseadas em juízos de valor. Perpetuar os genes é bom ou ruim? não é possível responder logicamente essa pergunta.
 
Léo:
 
voce escreveu:
 
"O problema não é de curto e sim de longo prazo. Hoje eu tb não tentaria
convencer a velha senhora de que deus não existe, não seria eu o pentelho
que vc aponta mas, tomaria cuidado de expandir a idéia para a nova geração.
Se cada um, a partir de hoje, começar a mostrar a seus tenros rebentos as
idéias céticas, as vantagens da evolução e da ciência, assim como os perigos
sociais e planetário do mito, com tempo, com bom tempo mesmo, não haverá
mais uma tal velhinha para ser 'convertida'. E, com certeza, as novas
velhinhas serão mais conscientes e altivas do que as atuais. As novas
velhinhas teriam o respeito dos novos rebentos, todos 'cultuando' juntos uma
realidade palpável, uma cultura sadia e isenta de mentiras 'divinas'."

Que é isso? O "Admirável Mundo Novo" dos céticos? Deus (ops!) me livre. Não sei se eu aguentaria viver muito tempo cercado por tantas pessoas racionais...As vezes eu mesmo não me aguento!
 "Cultura sadia", isso soou meio fascista (não que fosse sua intenção). Mas o que é uma cultura sadia? Haveria um Index de livros considerados sadios e livros "não-sadios"? Desculpe, mas eu sou cético demais para me tornar um "fanático" pelo ceticismo. Numa cultura tão homogênea, de pessoas céticas e racionais, eu provavelmente proporia a existência de Deus só para provocar. A existência de Deus não pode ser "provada", evidentemente, mas quando v. fala em "mentiras divinas" o ônus da prova se inverte. Agora é v. que está afirmando a falsidade, e deve provar...
 
 
abraços,
 
André Baptista

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Etica, Ciencia e ceticismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com, joao carlos <jocax@usp.br>
DATE: 11/08/2000 15:22



"André Roviralta Dias Baptista" wrote:

> Manuel, Jocax, Leo et caterva Jocax: Deixe-me ver se entendi: o
> Genismo diz que o único objetivo da vida é perpetuar os genes. Eu digo
> que isso também não é um objetivo: o genes se perpetuam por acaso. Não
> há objetivo nas leis da natureza. Objetivos são construções mentais,
> baseadas em juízos de valor. Perpetuar os genes é bom ou ruim? não é
> possível responder logicamente essa pergunta.

Nao confunda.
O Genismo quer q vc assuma seu papel de "maquina perpetuadora" e aja
neste sentido.

O objetivo de sua vida eh VC quem da : pela cultura que vc adota!
Vc pode adotar um objetivo de se suicidar qdo completar 50 por exemplo.

O q eu estou dizendo eh que o MELHOR objetivo e cultura q vc pode adotar

para obter o MAXIMO de felicidade eh vc adotar o Genismo, pois ele faz
com que
voce viva em sintonia com vc mesmo. Percebe?

Adotando o Genismo vc estara agindo em sintonia com suas regras
epigeneticas e
em harmonia com o seu EU mais profundo.

Se vc tomar como sua cultura o Genismo, vc automaticamente se
sintonizara
com seu "eu" e os conflitos internos tenderao a se dissipar.

Tomando o Genismo como "religiao" vc tera um modo de transcendencia mais

paupavel do que "almas" e "fantasmas" : Os seus genes serao sua
imortalidade!.

Assim vc procurara defende-los pois, defendendo-os, estara defendendo
sua
propria "imortalidade".

Eh bom notar que a maioria das pessoas ja agem dessa maneira na maioria
de seus
atos sem saber q estao defendendo seus genes. Mas elas fazem isso
inconscientemente.
Sem saber q o q as leva a praticar seus atos eh na verdade a preservacao
genetica.

Por exemplo , as pessoas agem defendendo seus genes quando :
-Amam seus filhos e parentes e pq nao os seres humanos .. animais ... e
assim,
numa escala decrescente, na medida q seus genes sao menos
compartilhados.
-Procuram armazenar riquezas : Pois esta eh outra forma de defender
seus genes
no futuro ( seu tatatatataraneto tem seus genes )
-Procuram obter poder : Pois eh uma forma de garantir "espaco politico"
para seus genes.
-Procuram o amor : Pos eh uma forma de obter qualidade que garantira q
seus
filhos tenham qualidade para q seus genes tenham + chances de
sobreviver.
E esta eh uma das descobertas + importantes que fiz : O amor eh o
criterio de
qualidade genetico, (armazenado como regras epigeneticas de escolha),
para a uniao de genes.

Eu sei q eh dificil de entender :
TODA MUDANCA DE PARADIGMA GERA REACAO VIOLENTA.
Estou propondo uma mudanca de paradigma etico-moral-religioso.
Quer vespeiro maior do que mexer com isso?

Acredito q soh vou ser reconhecido daqui a decadas..
(Ps: Aproveitem q nao eh sempre q se pode dialogar com "Cristo" :-))

[]s
JC




SUBJECT: Re: [ciencialist] Temperatura
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/08/2000 15:34

On Fri, 11 Aug 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:
> He he he ..... uma bela historinha. E depois, como é que ele fez para
> reproduzir esse estado térmico (um dia de inverno particularmente
> frio) para calibrar os próximos termômetros que foram construídos? he
> he he ..... uma bela historinha. Alguém tem outra? []' Léo

nao defendo a historia, mas ela nao eh de toda impossivel... ele poderia
(eu disse *poderia* -- eh soh uma especulacao), usar o proprio termometro
inicialmente calibrado como referencia... ou ter determinado em sua escala
as temperaturas de mudanca de estado da agua...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Etica, Ciencia e ceticismo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/08/2000 19:12

-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>; "joao carlos" <jocax@usp.br>
Enviada em: Sexta-feira, 11 de Agosto de 2000 15:22
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Etica, Ciencia e ceticismo

> "André Roviralta Dias Baptista" wrote:

Estranho!! Não recebi esta mensagem!

O profeta do terceiro milênio :-) afirma:

> Tomando o Genismo como "religiao" vc tera um modo de transcendencia mais
> paupavel do que "almas" e "fantasmas" : Os seus genes serao sua
> imortalidade!.

E, logo a seguir, emenda:

> Eh bom notar que a maioria das pessoas ja agem dessa maneira na maioria
> de seus atos sem saber q estao defendendo seus genes. Mas elas fazem isso
> inconscientemente.

Pergunto: Não seria o caso de utilizarmos a navalha de Occam? Porque
"acreditar" conscientemente no Genismo se, como exposto acima, "a maioria
das pessoas" já o faz inconscientemente?

> Eu sei q eh dificil de entender :

Concordo plenamente, ainda que por motivos diversos (vide comentários a
seguir).

> TODA MUDANCA DE PARADIGMA GERA REACAO VIOLENTA.

Se a maioria das pessoas já o faz, não vejo porque afirmar que haverá
mudança de paradigma. Bem, digamos que a maioria o faça inconscientemente,
mas nesse caso não vejo como a reação seria violenta. A menos que você
esteja se referindo a uma reação de índole interna, o choque referido pelos
psicólogos ao tomarmos ciência do que trazemos em nosso consciente. Seria
isso? Uma violência individual "consigo mesmo"?

> Estou propondo uma mudanca de paradigma etico-moral-religioso.
> Quer vespeiro maior do que mexer com isso?

Se você gosta de conviver com abelhas, tudo bem. Acho apenas que a proposta
está mal fundamentada, não no genismo propriamente dito mas nos seus
objetivos. Não estou convencido sequer de que haverá mudança alguma de
paradigma e/ou se esta mudança redundaria em algum benefício para a
humanidade. A esse respeito, concordo totalmente com o André (li sua msg no
Website): "Desculpe, mas eu sou cético demais para me tornar um "fanático"
pelo ceticismo."

Não tenho dúvidas de que mudanças são necessárias mas acredito que você está
sendo excessivamente otimista ao subvalorizar problemas que realmente
existem em nossa sociedade, extremamente complexos e cujas soluções não me
parecem estarem ao sabor dos caprichos de optarmos por uma seita ou outra.

> Acredito q soh vou ser reconhecido daqui a decadas..

Se for para melhorar o mundo, desejo sucesso em sua empreitada.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Temperatura
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/08/2000 19:38


On Fri, 11 Aug 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:
> He he he ..... uma bela historinha. E depois, como é que ele fez para
> reproduzir esse estado térmico (um dia de inverno particularmente
> frio) para calibrar os próximos termômetros que foram construídos? he
> he he ..... uma bela historinha. Alguém tem outra? []' Léo

nao defendo a historia, mas ela nao eh de toda impossivel... ele poderia
(eu disse *poderia* -- eh soh uma especulacao), usar o proprio termometro
inicialmente calibrado como referencia... ou ter determinado em sua escala
as temperaturas de mudanca de estado da agua...

[]s,

roberto takata
-------------------------
Não, nessa especulação não seriam válidas nem a referência (o próprio
termômetro primitivo) nem a leitura de específicos estados térmicos
(mudanças de estado da água, por exemplo). A escala não vingaria.

Qualquer um pode propor uma escala relativa (e houverão montes de 'um')
desde que:

a) os estados térmicos dos pontos fixos sejam perfeitamente reproduzíveis;
b) que sua reprodução seja a mais simples possível (e isso implica que: a
substância termométria seja de facil obtenção em qualquer parte do planeta;
e que seja possível obte-la a mais pura possível);
c) que tenha dilatação regular no intervalo dos dois padrões (isso garantirá
a correspondência biunívoca entre a leitura (temperatura) e o estado
térmico), e
d) "seja cientista de renome e ter nome corrente na mídia da época"

Jamais seria aceita uma NOVA escala (X) nas seguintes condições:
Adotar leitura 0grausX para o álcool, quando um termômetro célsius colocado
nele indicar 22grausC e adotar leitura 78grausX quando o termômetro célsius
indicar para o platino cianeto de bário 92grausC.

ou

Adotar 0 para o ponto de fusão do novo produto que colabora com o efeito
estufa (esqueci a formuleta do dito) e 70 para seu ponto de vaporizaçào.

Os números associados a esses estados térmicos 'padrões' escolhidos podem
ser 'quase' arbitrários, pois ainda há uma imposição (que pode parecer
trivial): ao estado térmico 'mais quente' (2) deve ser associado um 'número
maior' que para o estado térmico 'mais frio' (1); (t2 > t1).

Toda escala cujo intervalo entre as leituras padrões for dividido em 100
partes é uma escala 'centígrada'. Assim, toda escala pode ser 'centígrada',
sem ter qualquer correspondência com a escala célsius (ou Kelvin).

......... o melhor mesmo é adotar a solução Giauque e fim.

[]'
Léo






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Etica, Ciencia e ceticismo
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/08/2000 19:59



> O objetivo de sua vida eh VC quem da : pela cultura que vc adota!
> Vc pode adotar um objetivo de se suicidar qdo completar 50 por exemplo.
>
> O q eu estou dizendo eh que o MELHOR objetivo e cultura q vc pode adotar
>

Olha eu aqui de novo tentando entender o que os mestres escrevem!
Ai vai minha pergunta: Nós adotamos uma cultura ao nosso bel prazer?



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Etica, Ciencia e ceticismo
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/08/2000 03:39

Olá,
 
Provar a não existência de Deus.
 
Eu não "acredito" em Deus, mas, francamente, não tenho "certeza" que Ele não existe. O Jocax certa vez disse que a idéia de Deus não é demonstrável logicamente, de sorte que a idéia de Deus deve ser rejeitada. Indaguei-o então se a existência do Universo é logicamente demonstrável. Por que existe um Universo ao invés de Nada? Responda-me, Jocax, grande oráculo do iluminismo pós-moderno? (luz que ofusca e cega mais do que ilumina!)
 
Por que existe Algo ao invés de Nada? Nada = ausência de matéria, energia, espaço e tempo. 
 
Fiz esta pergunta a um amigo filósofo, e ele me disse que eu ainda me encontrava na época pré-socrática. Eu então lhe disse, parafraseando o poeta Carlos Drummond de Andrade, que a questão "por que o Ser e não o Nada?" é uma questão eterna, e que eu, como filósofo, não quero ser moderno ou pós-moderno: quero apenas ser eterno."
 
Abraços,
Manuel Bulcão

SUBJECT: Moderno ou Eterno
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
CC: <acropolis@egroups.com>
DATE: 12/08/2000 03:56

Olá,
 
Provar a não existência de Deus.
 
Eu não "acredito" em Deus, mas, francamente, não tenho "certeza" que Ele não existe. O Jocax certa vez disse que a idéia de Deus não é demonstrável logicamente, de sorte que a idéia de Deus deve ser rejeitada. Indaguei-o então se a existência do Universo é logicamente demonstrável. Por que existe um Universo ao invés de Nada? Responda-me, Jocax, grande oráculo do iluminismo pós-moderno? (luz que ofusca e cega mais do que ilumina!)
 
Por que existe Algo ao invés de Nada? Nada = ausência de matéria, energia, espaço e tempo. 
 
Fiz esta pergunta a um amigo filósofo, e ele me disse que eu ainda me encontrava na época pré-socrática. Eu então lhe disse, parafraseando o poeta Carlos Drummond de Andrade, que a questão "por que o Ser e não o Nada?" é uma questão eterna, e que eu, como filósofo, não quero ser moderno ou pós-moderno: quero ser eterno."
 
Abraços,
Manuel Bulcão

SUBJECT: Re: [ciencialist] Etica, Ciencia e ceticismo
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/08/2000 06:37

Olá,

Por que vc saiu do Fórum cético brasileiro, Jocax?!

MB



SUBJECT: E por falar em genes
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/08/2000 09:29

... não podemos nos esquecer de cumprimentar os PAIS.
Para os mais sentimentais, como eu (fã de Altemar Dutra), pai da Bia (3
anos) e Guto (1,5 anos) e responsável por todo o universo (deus), o Esquinas
preparou páginas 'verdadeiramente belas'. Para esses:

http://www.ilove.com.br/pais.htm

e navegue nas paginas do "DIA DOS PAIS"

[]'
Léo/deus





SUBJECT: Re: Luz
FROM: lb_holanda@hotmail.com
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/08/2000 10:15

[Luis Roberto Brudna]



Disse


-------
12. Brincando com a velocidade da luz, artigo de Marcelo Gleiser

[...]

Volta e meia eu recebo carta ou trabalho de algum leitor irritado com
a velocidade da luz.
Afinal, se ela e' mesmo a velocidade maxima com que a informacao pode
se propagar, ela tambem determina a causalidade na natureza, isto
e', garante que a causa sempre precede o efeito.
Imagine a situacao oposta: um universo onde nao exista uma relacao
necessaria de causa e efeito. Nesse universo, seria possivel que
estivessemos presentes no nosso nascimento, ou mesmo antes disso.
Um paradoxo perverso diz que, nesse universo, um louco poderia voltar
ao passado e matar seu proprio pai, ainda garoto.
Mas, se o pai foi morto quando crianca, como o seu filho assassino
pode existir?


[Leandro]

Certamente e' um paradoxo. Nesse ponto, o principio da
causalidade foi violado caracterizando o paradoxo. Ate' o momento,
nao se conseguiu violar o principio e, portanto, não se conseguiu
viajar no tempo.
Digo isso, relacionando com o fato de podermos matar nosso pai
antes de sermos gerados.

[Luis]
Por tras dessa ansiedade toda, esta' escondida, entre outras coisas,
uma versao cientifica da mitica fonte da eterna juventude.
Se pudessemos controlar a causalidade, poderiamos viver para sempre.


Leandro]
Eu diria de maneira melhor que o Marcelo : conseguiriamos
viajar no tempo.
Discordo quanto ao "viver para sempre".

[Luis]

Bem, segundo a teoria da relatividade, proposta por Einstein em 1905,
estabelecendo a relacao entre causalidade e velocidade da luz, se um
objeto tem massa, e' impossivel acelera-lo ate' a velocidade da luz.
Quanto maior a velocidade do objeto, maior sua massa, ate' que, ao
chegar na velocidade da luz, sua massa fica infinitamente grande.
E, para mover um objeto com massa infinita, precisamos de uma
quantidade infinita de energia. A conclusao e' simples: nos nao vamos
viajar a velocidades mais altas do que a velocidade da luz.

[Leandro]

O que vem `a seguir e' uma breve explicação do que seria a
luz usando a relatividade restrita e a teoria eletromagnética.
O ponto em que eu penso que Marcelo foi incompleto foi:


[Luis]

O resultado e' uma velocidade de grupo (ou do pico) mais
rapida do que a velocidade da luz no vacuo. De fato, o pico do pulso
foi visto deixando o volume antes de entrar!
[...]
A velocidade superluminal foi a velocidade de grupo, ou do
pico, do pulso; para que o pico tivesse saido antes de entrar, a
parte frontal do pulso foi deformada radicalmente, "redesenhando" o
formato do pulso luminoso.
Nao existiu violacao de causalidade, ja' que o efeito veio
da reorganizacao das ondas compondo o pulso. Por enquanto, ainda
vivemos em um universo onde a causa precede o efeito.
(Folha de SP, Mais!, 6/8)
--------------


[Leandro]

O que o Marcelo não disse foi que não daria para controlar
esse dipo de velocidade superluminal da seguinte maneira:
Se uma parte da onda sai do volume antes de uma outra entrar, não
poderíamos desligar o feixe de tal modo que ele saia do volume
antes de entrar!
(E nós não podemos matar nosso pai antes de nascermos)
De fato, isso o pessoal da NEC ainda não conseguiu fazer.
Daí sim o princípio da causalidade não é violado (e a
viagem no tempo - se é que existe - fica ainda como sonho).
Dessa forma, ainda vivemos em um universo onde a causa precede o
efeito.

Abraços
Leandro.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Etica, Ciencia e ceticismo
FROM: "dra_savat"<dra_savat@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/08/2000 10:22

> Ol�,
>
> Provar a n�o exist�ncia de Deus.
>
> Eu n�o "acredito" em Deus, mas, francamente, n�o tenho
"certeza" que Ele n�o existe. O Jocax certa vez disse
que a id�ia de Deus n�o � demonstr�vel logicamente, de
sorte que a id�ia de Deus deve ser rejeitada. Indaguei-o
ent�o se a exist�ncia do Universo � logicamente
demonstr�vel. Por que existe um Universo ao inv�s de
Nada? Responda-me, Jocax, grande or�culo do iluminismo
p�s-moderno? (luz que ofusca e cega mais do que ilumina!)

Manuel

Sua expres�o: "luz que ofusca e cega" e suas buscas
filos�ficas fizeram-me lembrar da PAR�BOLA DE PLAT�O,
que ousarei transcrever aqui:

"Haviam seres humanos vivendo numa caverna subterr�nea
com uma abertura para o exterior e para alguma luz.
Estes seres estavam l� desde a inf�ncia, suas pernas e
pesco�o estavam acorrentados de tal modo que n�o podiam
mover-se, s� podiam olhar para frente e para a parede do
fundo da caverna, pois estavam impedidos de virar a
cabe�a por causa das correntes. Havia um fogo ardente, �
dist�ncia, que projetava sobre a parede do fundo, as
sombras das pessoas e objetos que passassem atr�s.
Assim, os prisioneiros da caverna, que s� podiam olhar
para aquela parede, acreditavam que as sombras que viam
era a realidade e passaram a distingui-las e nome�-las,
associando, �s formas que viam e aos sons que ouviam. As
sombras eram a sua verdade, a realidade do seu mundo.
Imagine agora, um deles libertando-se das correntes,
pondo-se de p�, virando a cabe�a e olhando para o fogo:
ele sofreria com a s�bita e intensa luminosidade e n�o
poderia ainda ver a realidade. Precisariam acostumar-se
com a claridade do fogo e a vis�o do mundo superior,
al�m da caverna. Veria primeiro as sombras, depois os
reflexos dos homens e objetos na �gua e, ent�o, os veria
diretamente, depois veria o c�u, o sol e refletir sobre
si mesmo. Esta � a seq��ncia do conhecimento.
Imagine este homem retornando � caverna: teria
dificuldades em acostumar-se � semi-escurid�o e na
interpreta��o das sombras com habilidade, como seus
antigos companheiros faziam. Estes diriam que ele
voltara enxergando menos e ridicularizariam suas id�ias,
n�o acreditando na estranha realidade que lhes era
relatada.
Os prisioneiros concluiriam, ent�o, que era melhor n�o
sair da caverna, n�o rejeitar as sombras t�o familiares
e que era extremamente perigoso aventurar-se l� fora. E
se regressando, insistisse em suas ousadas e esquisitas
opini�es, seria julgado um perturbador da ordem e
condenado por tal conduta ultrajante."

[]'s
T�nia








__________________________________________________________________________
BOL d� 15 viagens GR�TIS para as Olimp�adas!
Desafio BOLimp�adas. Inscreva-se j�! http://desafio.bol.com.br/bolimpiadas






SUBJECT: mudar
FROM: "hustonm"<hUsToNm@bOl.cOm.bR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/08/2000 14:55

ei galera como fa�o para passar a receber minhas
mensagens do grupo em outro e-mail????eu naum quero mais
receber nesse naum


__________________________________________________________________________
BOL d� 15 viagens GR�TIS para as Olimp�adas!
Desafio BOLimp�adas. Inscreva-se j�! http://desafio.bol.com.br/bolimpiadas






SUBJECT: Re: [ciencialist] mudar
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/08/2000 15:34

-----Mensagem Original-----
De: "hustonm"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 12 de Agosto de 2000 14:55
Assunto: [ciencialist] mudar


> ei galera como faço para passar a receber minhas
> mensagens do grupo em outro e-mail????eu naum quero mais
> receber nesse naum

Em primeiro lugar vá para a página da Ciencialist situada em
http://www.egroups.com/list/ciencialist/

Clique em "My Groups". É possível que lhe seja apresentada uma página onde
você deverá preencher os campos referidos a "e-mail atual" e "passaporte".
Caso não se lembre do passaporte clique no local conveniente e ele será
enviado quase que imediatamente por e-mail. Preenchidos os campos e dando o
OK (creio que trata-se do botão Sign, mas não me lembro exatamente) você
será enviado para a página "My Groups". Nesta página clique no quadradinho
indicado com "My Profile". Na página "My Profile" clique em "Change Email
Adress". Nesta página forneça o novo endereço.

Você deverá confirmar respondendo ao e-mail que lhe será enviado. (When you
change your email address, eGroups temporarily suspends email delivery to
your account until you reply to a confirmation message sent to your new
address. This measure prevents unauthorized change to your account. You must
reply to this message and reconfirm your new email address before you can
send or receive email messages.)

Acho que é isso. Se não for, espero que alguém me corrija, pois ainda não
utilizei este tipo de serviço do eGroups.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: O Genismo do Jocax
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/08/2000 09:38

Olá,

O Jocax escreveu:

"Vc tambem renega a visao darwinista da vida e propoe q o homem nao seja
exatamente um *animal* .

Manuel - Jamais afirmei isso. Não coloque palavras em minha boca. Não só não
renego a visão darwiniana da vida como estou plenamente convencido da
verossimilhança das idéias de Darwin. Só que, ao contrário do que postula a
variante darwiniana mais em voga (o hiperselecionismo), não acho que "todas"
as características fenotípicas de um organismo vivo desempenham
"necessariamente" uma característica adaptativa. Para dar um exemplo: um
gene pode determinar duas ou três características fenotípicas, sendo uma e
apenas uma delas de grande valia adaptativa (por isso ele foi selecionado).
As outras duas características vêm de brinde. Não são nem positivas nem
negativas para o organismo. Isto é, são "neutras". O paleontólogo
norte-americano Stephen Jay Gould (acho que você, Jocax, deveria ler este
autor com mais atenção) denomina tais características fenotípicas neutras de
"exaptações". Para este autor, a sensibilidade estética seria uma exaptação.
Aliás, muitos traços da consciência humana, entre as quais esta busca
obstinada pelos "porquês" (de onde vim? O que sou? Para onde vou?) são
iguamente exaptações. Gould criou este termo, exaptação, para designar um
órgão ou um caráter que não foi diretamente selecionado (mas que pode
tornar-se útil posteriormente).

De resto, quanto mais complexo for um organismo vivo (e o ser humano é o
mais complexo entre os mais complexos), maior o número de exaptações, isto
é, de características fenotípicas que não desempenham nenhuma função
adaptativa.

O que tais biólogos (Gould, Motoo Kimura e outros) querem ressaltar em sua
crítica ao hiper-selecionismo -- e não crítica aos fundamentos do
darwinismo, dos quais eles também partem -- é o papel do acaso na evolução.
Marcel Blanc, em seu livro "Os Herdeiros de Darwin", comentando as idéias do
geneticista japonês M. Kimura, escreve: "para ele [Kimura], a grande maioria
dos alelos é neutra, segundo o ponto de vista da seleção natural. Se
encontramos dois, três, quatro ou mais alelos ao nível de um lucus,
mantidos, ao mesmo tempo, constantemente numa população, é porque são
equivalentes; nenhum deles é melhor que os outros; em outros termos, todos
são bons."

No livro de Daniel Dennett, "As Perigosas Idéias de Darwin" (uma maravilhosa
defesa do darwinismo, aconselho você a lê-lo), há uma charge na pág. 345 em
que aparece um peixe, um anfíbio, um réptil, um macado e um homem, todos com
uma idéia fixa: o peixe quer comer, sobreviver, reproduzir; o anfíbio quer
comer, sobreviver, reproduzir; o réptil quer comer, sobreviver, reproduzir;
o macaco quer comer, sobreviver, reproduzir; e o homem quer saber o que
significa comer, sobreviver e reproduzir.

Outro fato que você, Jocax, ainda não percebeu, embora tal fato seja uma
obviedade ululante: Quando a vida humana se reduz a comer, sobreviver e
reproduzir ela se torna tão pobre, tão "desumana" e tediosa que muitos
preferem a morte a este trabalho de Sísifo: comer, sobreviver, reproduzir.

Jocax -Da vontade de dizer : ah.. meu filho qta coisa vc precisa aprender
!!!

Manuel - Eu sempre me digo isso: "ah...Manuel, quanta coisa você precisa
aprender!" E você, Jocax, acha que sabe tudo? Apossou-se mesmo da Verdade
com "V" maiúsculo? ("Eu sou a Verdade, o Caminho e a Vida.") Pois eu não.
Quanto mais estudo, mais dúvidas me surgem e mais cético me torno. E, ao
contrário de você, não sou cético apenas com relação ao pensamento dos que
discordam de mim. Sou cético, também, relativamente aos que supostamente
concordam comigo, bem como com relação aos meus próprios conhecimentos.
Pascal escreveu que o conhecimento é como uma esfera: quanto maior o volume
da esfera do conhecimento, maior a superfície de contato com o desconhecido.
"ah...Manuel, quanta coisa você precisa aprender!"

Jocax - Eu criei o Genismo como uma forma de sintetizar todo conhecimento q
adquiri da vida depois de muito pensar... Eu concordo q eh dificil para
alguem q foi educado fora do meio cientifico-cetico entender.

Manuel - Engana-se, meu amigo. Fui educado, sim, no meio científico-cético.
Aliás, essa palavra "cético" não combina com o seu pensamento. Acho o seu
pensamento pesadamente dogmático. O cético é aquele que, mesmo acreditando
que existe um conhecimento verdadeiro, não acredita em certezas (nenhuma
verdade é cem por cento certa). Você, no entanto, é cheio de certezas e se
dirige a quem discorda de você de uma forma autoritária, isto é, com a
autoridade de quem está absolutamente CERTO do que diz.

Jocax - Mas vou repetir : O HOMEM EH ANTES DE TUDO UM ANIMAL.

Manuel - Errado, pois, "antes" de ser um animal, o homem é um macroagregado
de átomos. Logo, para ser coerente com o seu reducionismo ingênuo, você
deveria dizer: "o homem é ANTES DE TUDO um macroagregado de átomos". Mas
quanta diferença existe entre um homem e uma pedra (outro macroagregado de
átomos), não é, Jocax? Da mesma forma, quantas diferenças também existem
entre um homem e um chimpanzé, seu parente animal mais próximo (apesar de
ambas as espécies compartilharem quase 99% dos genes!). Se você quer fazer
ciência humana, você deve ter olhos, ouvidos e, principalmente, tino para
perceber essas diferenças. Do contrário não estará fazendo ciência, pois
reduzir (diluir) o particular no geral é típico do pensamento metafísico (a
eterna busca da substância...). No seu caso, "metafísica do gene".

À sua afirmação, "o homem é antes de tudo um animal", prefiro esta: "o homem
é antes de tudo um animal HUMANO".

Jocax - Nao conseguirei convence-lo em tao poucas linhas de tudo que me
levou a criar o Genismo mas vou colocar algumas ideias q servirao tao
somente para que vc mesmo, se estiver realmente atras da "verdade" possa
investigar:

Manuel - Numa discussão científica as partes que discutem não estão
procurando convencer uma à outra da sua "verdade". Isso é coisa de pregador
religioso. Numa discussão que se pretende científica os debatedores estão
buscando, mediante o exercício da crítica, testar uma hipótese, submeter uma
asserção acerca da realidade ao crivo do raciocínio lógico e da experiência.
Como diz Popper: "o teórico interessado pela verdade deve estar também
interessado pela FALSIDADE", e ninguém melhor para mostrar a falsidade da
"minha" teoria que um outro teórico não comprometido "afetivamente" com ela.
Por isso que os cientistas discutem: para tentar falsear suas próprias
hipóteses, e não para convencer os outros da sua verdade.

Jocax - Todos os animais foram "desenhados" pela natureza , por selecao
natural, de modo a agirem *como se* tivessem um unico objetivo : Perpetuar
seus genes. Vc soh vai se convencer disso depois de procurar por assuntos e
autores como : R. Dawkins, Gould, Wilson , psicologia evolutiva,
consiliencia, sociobiologia etc.

Manuel - Não estou a fim de medir conhecimento com você. Esse negócio de
medir conhecimento com os outros me parece coisa de moleques catarrentos
competindo uns com os outros para saber quem tem o pinto maior. Mas, dos
autores que você citou, li, ou melhor, estudei todos eles, e a minha
simpatia maior é pelas idéias de Gould, totalmente discordantes das suas
(não sei se você percebeu isso :-)). Aconselho-o a ler novamente este autor,
mas com cuidado.

Jocax - Qdo vc comecar a verificar q os homens tambem sao maquinas
"perpetuadoras de genes" como os outros animais, vc verificara o quao bem o
Genismo eh adequado aa natureza humana. E *comecar* a perceber a
grandiosidade de seus mandamentos.

Manuel - Mandamentos? Meu amigo, você está querendo extrair juízos de valor
de juízos de fato! Transformar leis do ser em leis do dever ser, isto é,
leis naturais em mandamentos éticos! Jocax, você está incorrendo num erro
seríssimo: fazer da ciência uma religião e conseguindo ser mais dogmático do
que muitos crentes em Deus. Cadê seu ceticismo? Nesse erro nem o criador da
tese do gene egoísta, Richard Dawkins, caiu: leia estas palavras de Dawkins,
extraídas do seu livro "O Gene Egoísta"(Gradiva, pp. 33/34):

"NÃO VOU ADVOGAR UMA MORAL BASEADA NA EVOLUÇÃO. Vou falar de como as coisas
evoluíram. Não vou dizer como nós, seres humanos, nos devemos comportar
moralmente. Insisto nisto porque sei que corro o risco de ser mal
interpretado por aquelas pessoas, demasiado numerosas, que não distinguem
uma afirmação de crença num determinado estado de facto de uma alegação do
que deveria ser. Pessoalmente, creio que seria muito desagradável viver numa
sociedade humana baseada simplesmente na lei do egoísmo, inplacável e
universal, do gene. Mas, infelizmente, por mais que se lamente algo, esse
algo não deixa, por isso, de ser verdadeiro. Este livro pretende, acima de
tudo, ser interessante, mas, se alguém quiser extrair dele uma moral, que
seja lido como aviso. Saibam que, se desejarem, tal como eu, construir uma
sociedade na qual os indivíduos cooperem generosa e desinteressadamente para
o bem-estar comum, não poderão contar com a ajuda da natureza biológica.
Tentamos 'ensinar' generosidade e altruísmo porque nascemos egoístas.
Compreendamos o que pretendem os nossos próprios genes egoístas, para que
possamos ter a oportunidade de frustrar as suas intenções, UMA COISA QUE
NENHUMA OUTRA ESPÉCIE ALGUMA VEZ ASPIROU FAZER."

Sábias palavras! Transcrevo abaixo um trecho de um ensaio de minha autoria,
"Ética, Natureza e Mercado", em que falo sobre a especificidade do indivíduo
humano:
<<A natureza orgânica, bem como essa natureza humana coisificada que é o
mercado, são amorais, isto é, o que as orienta não é um propósito ético, mas
a mera reprodução da vida, o que amiúde se dá a expensas da felicidade e do
bem-estar dos indivíduos. A vida é ordem que se reproduz, ora simples, ora
ampliadamente, e os indivíduos de quaisquer espécies nada mais são que
"meios" para a perpetuação e a propagação dessas moléculas egoístas
denominadas "genes". Nosso corpo, o "somatoplasma", é apenas o veículo do
"germoplasma", um mensageiro cuja função é passar para a frente a mensagem
genética e depois perecer. Em síntese: para "Gaia", o indivíduo vale como
instrumento, e o que é "bom" para Gaia nem sempre — ou melhor, quase nunca —
representa um "bem" para os indivíduos. Para os ingênuos que pensam haver
uma harmonia pré-estabelecida entre os interesses dos indivíduos e o
movimento auto-reprodutivo da espécie, transcrevo a seguir as palavras
cruéis de um dos maiores biólogos da atualidade, Richard Dawkins: "A
quantidade total de sofrimento anual no mundo natural está além de toda a
contemplação decente. Durante o minuto que foi gasto para escrever esta
sentença, milhares de animais estão sendo comidos vivos; outros estão
correndo para salvar as suas vidas, gritando de medo; outros estão sendo
lentamente devorados por dentro por parasitas; milhares, de todas as
espécies, estão morrendo de fome, sede e doenças. Isto deve ser assim. Se
algum dia houver um tempo de fartura, este fato por si só conduzirá
automaticamente a um excesso populacional até que o estado natural de fome e
miséria seja restaurado."


<<Foram necessários centenas de milhões de anos para que o processo de
complexização da vida desse origem a uma forma de indivíduo totalmente
diferente das demais: um indivíduo que, por ser dotado de "razão" e de
sensibilidades ética e estética, recusa-se a se submeter à tirania do plasma
germinativo. Esta recusa, ou melhor, esta "revolta", primeiro se fez
presente na crença religiosa em uma vida "individual" eterna, plena e feliz,
advinda depois da morte e como contraprestação a esta existência terrena de
misérias. Entrevemo-la também na busca do filósofo por uma razão de ser
transcendente — a resposta da pergunta: "por que o Ser é?" —, ou seja, a
procura de um sentido para a vida que não seja esse trabalho de Sísifo que é
a reprodução pela reprodução (reprodução da dor, do medo e da fome ad
infinitum). Esta revolta transformou-se em revolução — revolução
democrática — quando, contra a lei natural da servidão, formulou-se o
princípio ético da libertação: "...que o indivíduo não seja um meio, mas um
fim em si mesmo." (Kant). >>

Jocax - Eu concordo com vc quando vc diz : "Que a verdade científica seja
proposta, e não imposta. E que seja permitido sonhar e até mesmo acreditar
no sonho." Mas insisto que o outro lado da moeda tambem seja mostrado.

Manuel - Insisto que os dois lados da moeda devem ser mostradas. O diálogo,
a dúvida e a tolerância com opiniões diferentes são pré-requisitos da razão.
Sem tais pré-requisitos não há razão, e sem razão não há ciência. Viva a
razão, viva a ciência.

Abraços,
Manuel Bulcão





SUBJECT: Genismo
FROM: "Emille Rocha" <emiller@dta.ufv.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/08/2000 13:31

Caro Jocax,

O sua idéia de dar um formato "metafísico" à teoria da evolução genética é muito interessante. Eu gostaria de frisar um ponto que considero importante e que talvez possa complementar (sem na verdade acrescentar muita coisa pois voce foi muito elucidativo) a discussão.

Eu considero, e agora ainda mais (depois que pude digerir um pouco das longas discussões que rolaram sobre o assunto na lista) , que a teoria da evolução genética tem a capacidade de responder realmente a todas essas perguntas "de base" sobre a vida. O seu genismo é uma forma mais didática de se apresentar essa nova visão (relativamente) da vida e de nossa espécie e de torná-la mais apta a ser generalizada a todo e qualquer ser humano. Eu acredito que o genismo é, de fato, uma nova tendencia do pensamento humano.

Porém eu acho que o "mundo metafísico" é um mundo necessário para o ajustamento do ser à realidade. Explico:

Pode-se instruir uma pessoa sobre a teoria da evolução e sobre os diversos conceitos que hoje possuímos sobre o comportamento dos gens. Entretanto, o "conforto" ( se é que podemos assim denominar) pessoal diante da resposta para a eterna pergunta sobre a razão de ser da vida não surgirá da teoria em sí mas sim da nova visão "quase mítica" de que o motivo da vida é preservar os seus gens. Resumindo, de uma forma ou de outra sempre caímos numa nova "religião".

O ponto em que eu quero chegar é que apesar de todo o progresso científico que surgiu e que surgirá no futuro, o ser humano sempre terá confrontos internos relacionados às imposições do fator social e do relacionamento com outros indivíduos ( amizades, casamentos, relacionamentos profissionais, dentre outros...) e isso eu não tenho muita certeza de que o genismo pode solucionar. E não se tira de forma alguma o mérito dele por causa disso!

Eu não estou atacando a sua posição quanto à disseminação do ateísmo, onde pelo contrário eu sou a favor, mas é possível de se Ter um ponto de equilíbrio ao se tratar de ciencia e de realidade.

Se voce tiver alguma coisa mais elaborada sobre o genismo, um estudo de autoria sua por exemplo, envie para mim porque estou muito interessado.

Emille Rocha

 

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Etica, Ciencia e ceticismo
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/08/2000 22:04

Olá, Tânia,

O mito da caverna é uma alegoria, uma metáfora que serve para
designar o conhecimento empírico do homem comum, o qual, segundo Platão, não
é conhecimento "verdadeiro", mas crença infundada, mera opinião.

De acordo com Platão, o homem comum, que confia demais em seus sentidos ao
ponto de ser-lhes escravo, comporta-se como esses habitantes "meramente
fictícios" da caverna, para o qual a realidade consiste em sombras (ele não
conhece outra). De modo que, se um homem consegue sair da caverna e, após
contemplar o mundo "real", retorna e tenta convencer os demais de que aquele
mundo é mera ilusão -- meras sombras de objetos "e não os próprios
objetos" -- os outros não o compreenderão: irão ridicularizá-lo e chamá-lo
de visionário. Pois eles não dispõem de meios para sequer imaginar um outro
mundo que não seja o seu sombrio buraco.

Platão acreditava na existência de dois mundos: o mundo sensível (aparente)
e o mundo inteligível (o único real, segundo o filósofo). No mundo
inteligível existe um grande sol, o Bem. Como o homem comum está de costas
voltadas para o Bem, ele só consegue ver as sombras dos objetos "reais"
(idéias) que se encontram interpostos entre as suas costas e a fonte de luz.
Esse mundo de sombras é o mundo das aparências, o mundo que nos é dado pelos
sentidos.

Para Platão, buscar a Verdade (o mundo inteligível, real) é voltar-se para o
Bem. Ou seja, a Verdade é o Bem.

Acho que o mito da caverna de Platão só serve para uma coisa: ele nos induz
a desconfiar de nossos sentidos, o que é bom. Mas essa história de que
existe um outro mundo além do nosso e que somente esse outro mundo é real,
e, ademais, que a Verdade é o Bem, isso é conversa de esotérico, idéia de
quem, por não ser forte o suficiente para suportar as tensões deste mundo,
"sonha" com outro mundo e nos quer impor o seu sonho como verdade absoluta.

Mas o homem é mesmo esse ser incompleto que só se completa sonhando, não é?
Acho que há um Platão dentro de cada um de nós. Nada contra o sonho.

Outra coisa: esses que afirmam que a Verdade é um bem em si estão tão cegos
quanto os habitantes das cavernas (era luz demais para seus olhos
despreparados, dogmáticos). A diferença entre um e outro é que o mundo do
segundo é tudo preto, ao passo que o do primeiro é tudo branco.

O "obscurantista" religioso afirma: o Bem é verdadeiro.
O "iluminista" dogmático diz: a Verdade é boa.

E quanta gente já morreu por causa dessa confusão entre a verdade e o bem,
não é mesmo?

Acho que o "bem" é o que dá sentido às nossas vidas, o que faz a vida valer
a pena. Mas o bem, ao contrário da verdade, não é único para todos os
homens. Vale dizer, o critério que determina o que é bem e o que é mal é
subjetivo. O bem é uma escolha individual, ao menos numa sociedade
democrática e pluralista. Porém, ao fazermos nossa escolha, temos que
obedecer a uma norma moral: "que a minha escolha não atente contra a vida ou
a liberdade dos outros."

A verdade, ao contrário do bem, é objetiva, no sentido de que o que é
verdadeiro para mim é verdadeiro para ti. E, do ponto de vista moral, o
conhecimento verdadeiro é neutro. Com ele podemos construir usinas
hidroelétricas ou bombas nucleares. Ademais, o que a ciência nos diz acerca
da realidade é, com freqüência, terrível: A natureza biológica como um
inferno em que o indivíduo não é um fim em si, mas mero instrumento de um
mecanismo cego e amoral para o qual só interessa a reprodução do seu
movimento até a eternidade, e onde a exploração, a dominação, em suma, a
violência é lei. Isso é verdade, mas trata-se de uma verdade "boa"? Talvez
para alguns sadomasoquistas.

O que se denomina "bem-comum" nada mais é que um subconjunto do
conjunto-universo dos "bens", precisamente aquele subconjunto em que os
possíveis bens não se contradizem: o que é o bem para mim não é mal para ti.
E é por meio dos pressupostos da Razão (o diálogo entre iguais e a liberdade
de questionar) que os homens estabelecem este "bem-comum". O bem-comum é um
compromisso.

Por meio da razão distinguimos o verdadeiro do falso e estabelecemos o
bem-comum. Mas verdade e bem, repito, não são a mesma coisa: a verdade é o
que é; o bem é o que deve ser.

Um abraço,
Manuel Bulcão



SUBJECT: A Volta do Sapo Mítico
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/08/2000 23:49

Olá,
 
O Jocax escreveu: O genismo esta em formacao e estes sao seus principais mandamentos:
1- "Os Genes te criaram e a eles vc deve servir"
 
Manuel - Não sei o que dizer de uma pessoa que escolhe como objeto de devoção religiosa uma macromolécula formada por açúcares, grupos de fosfato e bases nitrogenadas. Francamente, acho que um selvagem paleolítico que adora um animal-totem (uma minhoca, por exemplo) é muito mais sensato.
 
Jocax - 2-"A felicidade é trilhar o caminho da perpetuação genética"
 
Manuel - "Gene, em tuas mãos entrego-Te meu destino". O indivíduo humano não "deve ser" um fim em si mesmo (não é esta a proposta do iluminismo?), mas "deve" continuar sendo um mero instrumento para a perpetuação dos genes. A reprodução pela reprodução. A galinha como artifício que o ovo utiliza para produzir outro ovo. O complexo como servo do simples. A consciência feliz é a consciência vassala de um mecanismo cego e inconsciente. Viva a escravidão!
 
Jocax - 3-"Deus nao existe e o único modo de transcender a morte é através de seus genes, principalmente em seus descendentes"
 
Manuel - Deus não existe, mas o Gene existe e Jocax é o seu profeta.
 
Jocax - 4-"Seus genes sao seu bem mais precioso"
 
Manuel - Vá dizer isso para alguém que teve sua vida estragada devido à psicose maníaco-depressiva, que é uma psicose "congênita", isto é, uma doença pré-determinada por um de seus genes "preciosos". Vá pregar o seu Genismo para aquelas pessoas portadoras de taras genéticas e que sofrem por causa de seus genes. Vá tentar converter para a sua religião os pais de uma criança autista, que sabem que seu filho sofre porque herdou deles os alelos recessivos (preciosos?) que, juntos, determinaram a doença!
 
Jocax -5- "Vc deve respeitar os genes dos outros para que os outros respeitem os seus."
 
Manuel - Devemos respeitar os outros, sejam parentes ou não, e ponto final.
 
Abraços,
Manuel Bulcão
 
 
 

SUBJECT: Diametro aparente da Lua
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/08/2000 01:05

Amigos:

- Por que, em certas noites,
quando vemos a Lua "proxima
do horizonte", ela parece
ter um diametro bem maior
do que em noites "comums" ?

- Na mesma noite, conforme
a Lua "vai subindo" no horizonte,
seu diametro aparente parece
diminuir, ate' seu tamanho
mais "tradicional"


- Ja' li uma explicacao de que
nas noites em que a Lua
parece estar proxima ao horizonte,
nos tendemos a pensar que
ela esta' maior porque
comparamos com objetos
que estao dentro de nosso
campo visual (arvores, montanhas,
casas, etc.). Quando ela
"sobe" no horizonte, ela
se torna um objeto unico
em nosso campo visual,
e nao tendo como compara-la
com outros objetos, nosso
sistema de visao nos
faz acreditar que ela
tem um diametro aparente
menor.

- Ha' algum fundamento na
explicacao acima ? Sempre
desconfiei que haveria
uma explicacao fisica
para o fenomeno

- Alem disso, gostaria de saber se
esse fenomeno acontece
segundo alguma periodicidade,
ou e' aleatorio ?


- Grato pela atencao de todos.

Paulo Sergio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: Qual a explicacao para esta ilusao de optica ?
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/08/2000 01:17

Amigos:

- Alguem sabe explicar o fenomeno
de ilusao de optica abaixo ?

- Desenhe um peixinho de boca
aberta em uma folha de papel

- A mais ou menos tres 3 cm de
distancia, na mesma direcao
da boca do peixinho, desenhe
uma bolinha (nao muito grande,
apenas um ponto com contornos
reforcados)

- Na metade da distancia entre o
peixe e a bolinha,
trace uma linha VERTICAL

- Segure a folha de papel `a
sua frente, e olhe fixamente
para a linha vertical.

- Aproxime a folha de papel
de encontro a seu nariz,
e observe o que acontece.

- Como uma variacao desse
experimento, trace uma
linha horizontal, ligando
a bolinha ate' a boca
do peixe.

- Olhe novamente para a folha
de papel e aproxime-a de
seu nariz.


- Se alguem souber como explicar
essa ilusao, agradeco se me enviar
a dica.

Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br







SUBJECT: [ciencialist] Carro a hidrogênio, eletricidade ou gás
FROM: "Ricardo Silvino" <rsilvino@zaz.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/08/2000 01:38

Olá

Estou interessado em comprar um carro!
Fora o assunto ecologia, gostaria de juntar informações a respeito de formas
Alternativas de combustível num automável e sua viabilidade para adquiri-lo.
O que sei é que o carro a gás tem um rendimento financeiro da ordem de 350%
contra uma perda na potência de 20%.
Vi uma reportagem na TVCultura que na exposição de Frankfurt já tem motores
BMW com combustão a hidrogênio e poluição 0 (zero). Creio que deva existir
outros pesquisadores e empresas interessadas em equipamentos similares.

Como faço para me informar a respeito?

Tbm já ouvi falar de carros q são meio elétricos e meio a combustível (qdo
faltar eletricidade.)

Desde já agradeço quem possa me disponibilizar qualquer informação!!!



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-----------------
O Brasil é o país do Futuro! Um presente para nós!



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Etica, Ciencia e ceticismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/08/2000 07:47



Alberto Mesquita Filho wrote:

> -----Mensagem Original-----
> De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
> Para: <ciencialist@egroups.com>; "joao carlos" <jocax@usp.br>
> Enviada em: Sexta-feira, 11 de Agosto de 2000 15:22
> Assunto: Re: [ciencialist] Re: Etica, Ciencia e ceticismo
>
> > "André Roviralta Dias Baptista" wrote:
>
> Estranho!! Não recebi esta mensagem!
>
> O profeta do terceiro milênio :-) afirma:
>
> > Tomando o Genismo como "religiao" vc tera um modo de transcendencia
> mais
> > paupavel do que "almas" e "fantasmas" : Os seus genes serao sua
> > imortalidade!.
>
> E, logo a seguir, emenda:
>
> > Eh bom notar que a maioria das pessoas ja agem dessa maneira na
> maioria
> > de seus atos sem saber q estao defendendo seus genes. Mas elas fazem
> isso
> > inconscientemente.
>
> Pergunto: Não seria o caso de utilizarmos a navalha de Occam? Porque
> "acreditar" conscientemente no Genismo se, como exposto acima, "a
> maioria
> das pessoas" já o faz inconscientemente?
>

Eu explico citando um trecho do livro "Consiliencia" do Wilson :
".....Mas em um grau que pode se mostrar
embaraçoso para um defensor empedernido da hereditariedade, as culturas
se dispersam amplamente em sua evolução sob as regras epigenéticas
até agora estudadas. ÀS VEZES, TEM EMERGIDO ASPECTOS CULTURAIS
ESPECÍFICOS
QUE REDUZEM A APTIDAO DARWINIANA, PELO MENOS POR ALGUM TEMPO. A CULTURA
PODE DE FATO SE DESCONTROLAR POR UM PERÍODO E ATÉ DESTRUIR OS INDIVÍDUOS

QUE A PROMOVEM."

Quero dizer que a cultura pode, e muitas vezes acontece, tomar caminhos
que
vao contra o imperativo genetico do individuo causando sofrimento ao
mesmo.
O Genismo tenta resgatar o individuo de volta aa sua tarefa natural qual
seja :
Perpetuar seus genes. E, alem disso, da uma dimensao "filosofica" e
transcendente
aa esta tarefa integrando corpo e mente, dando um sentimento "religioso"
aa isso.



>
> > Eu sei q eh dificil de entender :
>
> Concordo plenamente, ainda que por motivos diversos (vide comentários
> a
> seguir).
>
> > TODA MUDANCA DE PARADIGMA GERA REACAO VIOLENTA.
>
> Se a maioria das pessoas já o faz, não vejo porque afirmar que haverá
> mudança de paradigma.

Note que uma coisa eh vc agir inconscientemente sem saber o q o leva a
praticar
o ato. E outra coisa eh vc saber exatamente o q o leva aa seus atos.
A consciencia do "porque da acao" podera interferir nela modificando-a:

fortalecendo-a ou inibindo-a.
Vc podera constatar a mudanca de paradigma ao fazer uma pergunta para
cada pessoa: "Qual o seu objetivo na vida?" ou "O que eh + importante
em sua vida?"
Vc obtera muitas respostas, mas apenas o Genista ( ou Genico adepto do
genismo)
respondera : "Perpetuar meus genes!".
Note q o Genismo muda totalmente a visao de mundo e, alem disso,
direciona
o individuo para acoes especificas em sua vida. Inclusive abolindo Deus.




> Bem, digamos que a maioria o faça inconscientemente,
> mas nesse caso não vejo como a reação seria violenta. A menos que você
>
> esteja se referindo a uma reação de índole interna, o choque referido
> pelos
> psicólogos ao tomarmos ciência do que trazemos em nosso consciente.
> Seria
> isso? Uma violência individual "consigo mesmo"?
>

Nao, nao eh isso. Refiro-me a uma reacao violenta, e ateh certo ponto
natural,
das pessoas e da sociedade que, tendo contacto com a doutrina pela
primeira vez,
verificam que ela vai contra sua propria religiao, por exemplo, que esta
mesma
pessoa cultivou e acreditou durante grande parte de sua vida. Aih vem
eu e digo:
"JOGUE TUDO FORA!" Vc acha q estas pessoas vao aceitar isso
passivamente?
Lembre-se: muitas guerras e mortes aconteceram por causa de religioes.
Nao eh facil mudar o q se acreditou por decadas.



>
> > Estou propondo uma mudanca de paradigma etico-moral-religioso.
> > Quer vespeiro maior do que mexer com isso?
>
> Se você gosta de conviver com abelhas, tudo bem. Acho apenas que a
> proposta
> está mal fundamentada, não no genismo propriamente dito mas nos seus
> objetivos. Não estou convencido sequer de que haverá mudança alguma de
>
> paradigma e/ou se esta mudança redundaria em algum benefício para a
> humanidade.

Esta realmente eh uma questao importante !
Haveria beneficio para a humanidade ?!?
Minha conclusao no fim do texto resumo explora um pouco isso de forma
positiva veja :

Consequencias do Genismo :

1-Abolindo Deus , as pessoas exigiriam justiça na terra e nao
esperariam,
EM VAO, pela justiça divina ==> O mundo seria + justo.

2-Louvando aos Genes as pessoas teriam + amor aa seus filhos E...

3-.... cuidariam + do mundo que deixariam aa eles, ao invés de
destrui-lo
pensando apenas em si mesmas !.

4-Sendo as pessoas + felizes, pois o Genismo faz a pessoa entrar em
harmonia
com sua natureza mais íntima, teriamos um mundo melhor..


Mas eu nao posso prever , acho q ninguem pode, *todas* as consequencias
de
uma mudanca de paradigma.


> A esse respeito, concordo totalmente com o André (li sua msg no
> Website): "Desculpe, mas eu sou cético demais para me tornar um
> "fanático"
> pelo ceticismo."
>
> Não tenho dúvidas de que mudanças são necessárias mas acredito que
> você está
> sendo excessivamente otimista ao subvalorizar problemas que realmente
> existem em nossa sociedade, extremamente complexos e cujas soluções
> não me
> parecem estarem ao sabor dos caprichos de optarmos por uma seita ou
> outra.
>

Calma, o Genismo nao veio para solucionar problemas tecnicos e imediatos
como
o efeito estufa, a degradacao do planeta ou a falta de transporte
coletivo.
Mas serve para que o politico genista tome providencias para q a proxima
geracao
herde um mundo melhor pois seus genes estarao neste mundo !
MAS SERVE PARA QUE O POLITICO GENISTA TOME PROVIDENCIAS
PARA QUE A PROXIMA GERACAO HERDE UM MUNDO MELHOR POIS
SEUS GENES ESTARAO NESTE MUNDO.
( Desculpe, Achei q valia a pena frisar este ponto )


>
> > Acredito q soh vou ser reconhecido daqui a decadas..
>
> Se for para melhorar o mundo, desejo sucesso em sua empreitada.
>

Obrigado :)

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Etica, Ciencia e ceticismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/08/2000 07:51



Francisco wrote:

>
>
> > O objetivo de sua vida eh VC quem da : pela cultura que vc adota!
> > Vc pode adotar um objetivo de se suicidar qdo completar 50 por
> exemplo.
> >
> > O q eu estou dizendo eh que o MELHOR objetivo e cultura q vc pode
> adotar
> >
>
> Olha eu aqui de novo tentando entender o que os mestres escrevem!
> Ai vai minha pergunta: Nós adotamos uma cultura ao nosso bel prazer?
>

Aqui vai um trecho do Livro do Wilson ( Consiliencia ) que responde sua
questao :
Na pagina 150 :
"Os genes prescrevem regras epigenéticas, que são regularidades da
percepção sensorial e do desenvolvimento mental que animam e canalizam
a aquisição de cultura. A cultura ajuda a determinar quais genes
prescritivos sobrevivem e se multiplicam de uma geração aa proxima.
Novos genes bem sucedidos alteram as regras epigeneticas da populacao.
As regras epigenéticas alteradas alteram a direção e eficácia dos
canais de aquisição cultural.
O passo final nesta série é mais crucial e litigioso. Está corporificado

no problema da restrição genética. Através da pre-história em particular

até cem mil anos atrás, época em que o cerebro do moderno Homo sapiens
havia se desenvolvido, a evolução genética e cultural estavam
estreitamente
acopladas. Com o advento das sociedades neolíticas e, em especial o
surgimento das civilizações, a evolução cultural saltou à frente em uma
velocidade que deixou a evolução genética marcando passo em comparação.
Assim, nesta ultima fase exponencial, em que grau as regras epigeneticas

permitiram que diferentes culturas divergissem? Quão rigorosa foi a
restrição genética? Essa é a pergunta chave e só é possível uma resposta

parcial. Em geral, as regras epigenéticas sao fortes o suficiente para
ser visivelmente coercitivas.. Mas em um grau que pode se mostrar
embaraçoso para um defensor empedernido da hereditariedade, as culturas
se dispersam amplamente em sua evolução sob as regras epigenéticas
até agora estudadas. ÀS VEZES, TEM EMERGIDO ASPECTOS CULTURAIS
ESPECÍFICOS
QUE REDUZEM A APTIDAO DARWINIANA, PELO MENOS POR ALGUM TEMPO. A CULTURA
PODE DE FATO SE DESCONTROLAR POR UM PERÍODO E ATÉ DESTRUIR OS INDIVÍDUOS

QUE A PROMOVEM."


[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Etica, Ciencia e ceticismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/08/2000 08:11


msbn@daterranet.com.br wrote:


> Olá,

> Provar a não existência de Deus.
> Eu não "acredito" em Deus, mas, francamente, não tenho "certeza" que
Ele não existe. O >Jocax certa
> vez disse que a idéia de Deus não é demonstrável logicamente, de
sorte que a idéia de >Deus deve ser
> rejeitada.

Vamos entender a " ideia de Deus " por " Deus ". (Pois a *ideia* do
saci perere
e do papai noel sempre sao reais ).

Existe um texto q mostra as contradicoes da existencia de um Deus com
propriedades
do Deus catolico Ver em :www.egroups.com/message/ciencialist/2077?

Outro ponto a favor da eliminacao de Deus esta na navalha de occam :
Entre duas teorias sem provas deveremos escolher a + simples.
E um universo sem Deus eh mais simples.


> Indaguei-o então se a existência do Universo é logicamente
demonstrável. Por que existe um
> Universo ao invés de Nada? Responda-me, Jocax, grande oráculo do
iluminismo >pós-moderno? (luz
> que ofusca e cega mais do que ilumina!)

Descarte ja provava : "Penso logo existo!" Isso jah eh uma prova de que
existe algo
ao inves do nada. ( Esta frase eh profunda pois eh diferente de vc dizer
uma maca
existe logo existe algo: O problema eh q a maca pode ser fruto de sua
imaginacao,
e, na verdade, nao existir de fato, mas a imaginacao ela propria existe
!! )



> Por que existe Algo ao invés de Nada? Nada = ausência de matéria,
energia, espaço e tempo.

Outra coisa q devemos ter em mente eh sobre O "Fim das perguntas" :
Se ao somarmos um obteremos um novo numero pergunta quando termina estes

numeros?
O mesmo se pode dizer das perguntas :
Se X1 eh a resposta da pergunta : "Pq X0? "
Entao a pergunta natural será :
"Pq X1?"
Se X2 eh a resposta entao a pergunta seguinte eh : "PQ X2?"

Assim veremos que nao necessariamente as respostas terao um fim.
Se descobrirmos a resposta aa pergunta :
"Pq existe o universo ao inves do nada?"
A resposta induzira a uma nova pergunta.

Nota q poderiamos responder a pergunta tecnicamente como ja foi
respondida aqui : No comeco existia o nada MAS, por uma *flutuacao
quantica*
aconteceu a energia e materia.
Mas isso TAMBEM induz a pergunta : "Pq o universo segue a mecanica
quantica?"
Ou mesmo "Pq ocorreu uma flutuacaao quantica?"

Minha resposta eh : Assim como os numeros,
Nao existe limite q ponha fim aas perguntas.


> Fiz esta pergunta a um amigo filósofo, e ele me disse que eu ainda me
encontrava na época
> pré-socrática. Eu então lhe disse, parafraseando o poeta Carlos
Drummond de >Andrade, que a
> questão "por que o Ser e não o Nada?" é uma questão eterna, e que eu,
como filósofo, não quero ser
> moderno ou pós-moderno: quero apenas ser eterno."

EU TAMBEM !!! :-)))
[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Etica, Ciencia e ceticismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/08/2000 08:25



msbn@daterranet.com.br wrote:

> Olá,
>
> Por que vc saiu do Fórum cético brasileiro, Jocax?!
>

BUROCRACIA,
o forum exige muito do missivista em termos burocraticos :
Muitas regras de edicao de texto
e tambem pq me senti censurado pois nao permitem inserir trechos de
livros
nas mensagens etc....
[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Temperatura
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/08/2000 08:47

On Fri, 11 Aug 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Não, nessa especulação não seriam válidas nem a referência (o próprio
> termômetro primitivo) nem a leitura de específicos estados térmicos
> (mudanças de estado da água, por exemplo). A escala não vingaria.

nao vejo por q. nao... ele cria uma escala e logo a seguir fixa-a com base
em um padrao reprodutivel.

> Jamais seria aceita uma NOVA escala (X) nas seguintes condições:
> Adotar leitura 0grausX para o álcool, quando um termômetro célsius colocado
> nele indicar 22grausC e adotar leitura 78grausX quando o termômetro célsius
> indicar para o platino cianeto de bário 92grausC.

bem, nao seria muito diferente do q. a outra historia propoem: dar um
valor arbitrario para o ponto de fusao da agua e outro para seu ponto de
ebulicao...

mas ferenheit jah eh ido, nao conheco seus familiares e nao ganho nada
defendendo essa historia...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Etica, Ciencia e ceticismo
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/08/2000 08:49

On Fri, 11 Aug 2000, Francisco wrote:
> Ai vai minha pergunta: Nós adotamos uma cultura ao nosso bel prazer?

xiiii, entramos na especulacao do livre-arbitrio...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Diametro aparente da Lua
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/08/2000 09:11

On Mon, 14 Aug 2000, Paulo Sérgio Dias wrote:
> - Ha' algum fundamento na
> explicacao acima ? Sempre
> desconfiei que haveria
> uma explicacao fisica
> para o fenomeno

ilusao de optica eh uma explicacao fisica... mas se desconfiar q. faltas
de referencias nao atrapalham nossa avaliacao de tamanhos e distancias,
faca o seguinte: estique seu braco e deixe seu polegar em posicao ereta -
compare o tamanho da lua com seu dedo. faca isso com a lua em diversas
posicoes no ceu. a nao ser q. o meu dedo tbm varie de tamanho de acordo
com a posicao da lua, eu diria q. o tamanho aparente dela nao varia de
modo sensivel.

[ha, algumas explicacoes sobre o efeito de lente de aumento provocado pela
atmosfera, mas os fisicos da lista podem dizer se esse fenomeno ocorre --
de qq forma nao teria grandes participacoes na aparente variacao do
tamanho da lua, a julgar pelo meu polegar.]

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Qual a explicacao para esta ilusao de optica ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/08/2000 09:34

On Mon, 14 Aug 2000, Paulo Sérgio Dias wrote:
> - Alguem sabe explicar o fenomeno
> de ilusao de optica abaixo ?

isso se chama paralaxe.

como temos dois olhos e eles se localizam em posicoes ligeiramente
diferentes, a vista q. o olho direito tem eh ligeiramente deslocada em
relacao ao da esquerda... pegue um lapis e segure-o frente a seu rosto com
o braco esticado: olhe-o com apenas um dos olhos e a seguir inverta.
repare com o fundo parece se deslocar em relacao ao lapis. se vc fizer
isso com um dado perceberah q. vc verah um dos lados com um dos olhos, mas
nao com o outro.

qdo relativamente afastados, essa variacao na posicao aparente do objeto
nao eh muito grande e nosso cerebro processa as diferencas de modo a nos
dar uma visao tridimensional e permitindo-nos avaliar distancias.

qdo fica muito proximo, essa variacao se torna mais sensivel (por questao
de relacao de angulos) e podemos ter uma 'visao dupla' -- sem q.
precisemos estar grogues pra isso. no caso do peixe, digamos q. o
desenhamos voltado para a esquerda:

| __ /
o | > X <-- representacao grotesca
| -- \ em ascii de um peixe

em relacao ao nosso olho esquerdo, a bolinha encontrar-se-ah bem diante
dele e o peixe 'a direita. em relacao ao direito, o peixe estarah em
frente e a bolinha 'a esquerda. dependendo da distancia e do grau com q.
aproximamos nossos olhos do centro (ficamos vesgos), o peixe pode ficar
mais ou menos 'a direita e a bolinha mais ou menos 'a esquerda -- e aih o
peixe visto pelo olho direito pode abocanhar a bolinha vista
pelo olho esquerdo. (alterne a visao rapidamente pra ver o movimento)

(nao recomendo fazer isso com a representacao acima, primeiro por ser
esteticamente grosseiro e segundo porq. faz mal 'a vista olhar o monitor
de muito perto e/ou por muito tempo)

aqueles estereogramas em q. vc ficava vesgo pra ver as imagens em 3-d usam
o mesmo principio do peixe comilao... dah pra fazer uma caixa em 3-d --
soh ter um pouquinho de pratica com desenho, mas nao eh nada complicado.

[aih, leo, outra sugestao para experiencias sobre o corpo humano...]

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Carro a hidrogênio, eletricidade ou gás
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/08/2000 10:10

On Mon, 14 Aug 2000, Ricardo Silvino wrote:
> Alternativas de combustível num automável e sua viabilidade para adquiri-lo.
> O que sei é que o carro a gás tem um rendimento financeiro da ordem de 350%
> contra uma perda na potência de 20%.

ricardo,

nao se esqueca q. o alcool tbm eh um combustivel alternativo - em relacao
ao gas eh ecologicamente melhor (embora polua localmente, em termos
liquidos ele nao contribui para o aumento da qtdade total de CO2 na
atmosfera -- apenas devolve o q. foi fixado pelas plantacoes de cana). mas
sofre bastante com a falta de politica mais estavel no setor (alem da mah
vontade da populacao gerada em relacoes aos beneficios fiscais aos
usineiros).

sobre o gas, a conversao do sistema custa entre 2.000 e 4.000 reais --
embora polua menos com residuos solidos do q. a gasolina e seja mais
barato, pode demorar cerca de dois anos para compensar os custos iniciais
de instalacao.

em seguida o q. estah em estagios mais avancados (segundo eu tenho
conhecimento, mas nao sei mto a respeito) sao os carros eletricos. mas
ainda ha problemas de autonomia e as baterias ocupam mto espaco e sao
muito pesadas (alem de poluentes em potencial por causa de seus
componentes). no brasil nao seria uma alternativa mto viavel em medio
prazo, jah q. o sistema eletrico brasileiro estah saturado. de qq forma
jah existem alguns modelos comerciais a venda -- ao q. eu sei.

aih, existem os carros solares, o grande gargalo eh a baixa eficiencia de
conversao das celulas fotovoltaicas -- o ultimo valor de q. ouvi falar eh
q. nao ultrapassa os 20%. ainda sao muito caros.

os veiculos a hidrogenio tbm ainda sao muito caros -- por eqto as
possibilidades maiores sao para transporte coletivo e veiculos mais
pesados, falando de um prazo medio. e existe ainda o problema do
armazenamento do combustivel.

alguns enderecos q. talvez lhe intessem:

http://www.sciam.com/1196issue/1196sperling.html - sobre carros eletricos

http://engineering.rowan.edu/~kurz7668/SECtenpg.htm - um estudo sobre a
viabilidade economica de carros a hidrogenio frente ao esgotamento do
petroleo. [nao li, nao sei se eh confiavel... alias nao li nenhum dos
vinculos.]

http://www.solardome.com/solardome51.html - sobre carro hibrido:
gasolina/eletrico

http://www.ott.doe.gov/hev/ - idem, ha uma secao de vinculos para sitios
de empresas automobilisticas e seus projetos de veiculos alternativos.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Genismo do Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/08/2000 14:32



msbn@daterranet.com.br wrote:

> Olá,
>
> O Jocax escreveu:
>
> "Vc tambem renega a visao darwinista da vida e propoe q o homem nao
> seja
> exatamente um *animal* .
>
> Manuel - Jamais afirmei isso. Não coloque palavras em minha boca. Não
> só não
> renego a visão darwiniana da vida como estou plenamente convencido da
> verossimilhança das idéias de Darwin.

Desculpe-me se errei nesse ponto, mas pelo q tenho lido pareceu-me que
vc tem
uma visao excessivamente "romantica" do bicho-homem e, seu ceticismo
declarado
paraceu-me como a feh de um recem-convertido : declara a feh mas na
verdade nao a sente. Bom, mas isso realmente nao vem ao caso...



> Só que, ao contrário do que postula a
> variante darwiniana mais em voga (o hiperselecionismo), não acho que
> "todas"
> as características fenotípicas de um organismo vivo desempenham
> "necessariamente" uma característica adaptativa. Para dar um exemplo:
> um
> gene pode determinar duas ou três características fenotípicas, sendo
> uma e
> apenas uma delas de grande valia adaptativa (por isso ele foi
> selecionado).
> As outras duas características vêm de brinde. Não são nem positivas
> nem
> negativas para o organismo. Isto é, são "neutras". O paleontólogo
> norte-americano Stephen Jay Gould (acho que você, Jocax, deveria ler
> este
> autor com mais atenção)

A bem da verdade, eu li apenas ateh a metade de um de seus livros e nao
gostei !
Por isso parei na metade ( Acho q era "o polegar do panda" )


> denomina tais características fenotípicas neutras de
> "exaptações". Para este autor, a sensibilidade estética seria uma
> exaptação.
> Aliás, muitos traços da consciência humana, entre as quais esta busca
> obstinada pelos "porquês" (de onde vim? O que sou? Para onde vou?) são
>
> iguamente exaptações. Gould criou este termo, exaptação, para designar
> um
> órgão ou um caráter que não foi diretamente selecionado (mas que pode
> tornar-se útil posteriormente).
>
> De resto, quanto mais complexo for um organismo vivo (e o ser humano é
> o
> mais complexo entre os mais complexos), maior o número de exaptações,
> isto
> é, de características fenotípicas que não desempenham nenhuma função
> adaptativa.
>

Acho q uma medida mais interessante seria ,nao do numero absuluto de
exadaptacao,
mas sim sua quantidade % relativa aas funcoes fenotipicas q desempenham
funcao adaptativa.


>
> O que tais biólogos (Gould, Motoo Kimura e outros) querem ressaltar em
> sua
> crítica ao hiper-selecionismo -- e não crítica aos fundamentos do
> darwinismo, dos quais eles também partem -- é o papel do acaso na
> evolução.
> Marcel Blanc, em seu livro "Os Herdeiros de Darwin", comentando as
> idéias do
> geneticista japonês M. Kimura, escreve: "para ele [Kimura], a grande
> maioria
> dos alelos é neutra, segundo o ponto de vista da seleção natural. Se
> encontramos dois, três, quatro ou mais alelos ao nível de um lucus,
> mantidos, ao mesmo tempo, constantemente numa população, é porque são
> equivalentes; nenhum deles é melhor que os outros; em outros termos,
> todos
> são bons."
>

Uma coisa q deve ser ressaltada eh o que estes pesquisadores consideram
como
bom para desempenhar uma funcao adaptativa.
As vezes o fenotipo pode paracer nao ter nada a ver com o selecionamento
e,
na verdade tem. O mapeamento gene--> caracteristica fenotipica eh muito
complexa
e, nem sempre facilmente identificavel, justamente por um unico gene
poder atuar em
uma miriade de caracteristicas.



>
> No livro de Daniel Dennett, "As Perigosas Idéias de Darwin" (uma
> maravilhosa
> defesa do darwinismo, aconselho você a lê-lo), há uma charge na pág.
> 345 em
> que aparece um peixe, um anfíbio, um réptil, um macado e um homem,
> todos com
> uma idéia fixa: o peixe quer comer, sobreviver, reproduzir; o anfíbio
> quer
> comer, sobreviver, reproduzir; o réptil quer comer, sobreviver,
> reproduzir;
> o macaco quer comer, sobreviver, reproduzir; e o homem quer saber o
> que
> significa comer, sobreviver e reproduzir.
>

O q eles "querem", assim como o proprio homem, eh perpetuar seus genes.

Acontece q o homem alem de querer estas mesmas coisas, quer saber o que
quer dizer "comer, sobreviver, reprduzir" e eu estou dizendo:
O significado ultimo disto quer dizer : Perpetue seus genes !!



>
> Outro fato que você, Jocax, ainda não percebeu, embora tal fato seja
> uma
> obviedade ululante: Quando a vida humana se reduz a comer, sobreviver
> e
> reproduzir ela se torna tão pobre, tão "desumana" e tediosa que muitos
>
> preferem a morte a este trabalho de Sísifo: comer, sobreviver,
> reproduzir.
>

Agora nao seria vc q estaria fazendo um falso juizo de minha pessoa ??
Nao jogue palavras na minha boca : Eu nunca disse q a vida humana se
resume
a comer ,sobreviver e reproduzir. Como ja disse cada ser humano da o
destino
que quiser a sua vida.


>
> Jocax -Da vontade de dizer : ah.. meu filho qta coisa vc precisa
> aprender
> !!!
>
> Manuel - Eu sempre me digo isso: "ah...Manuel, quanta coisa você
> precisa
> aprender!" E você, Jocax, acha que sabe tudo?

Ninguem sabe tudo ou sabera. Mas eu acredito q sei o suficiente para
dizer o q disse,
como todos que dizem alguma coisa.


> Apossou-se mesmo da Verdade
> com "V" maiúsculo? ("Eu sou a Verdade, o Caminho e a Vida.") Pois eu
> não.

A verdade eh dificil de definir pois , como disse, nao sabemos ao certo
o que eh a
realidade.


>
> Quanto mais estudo, mais dúvidas me surgem e mais cético me torno. E,
> ao
> contrário de você, não sou cético apenas com relação ao pensamento dos
> que
> discordam de mim. Sou cético, também, relativamente aos que
> supostamente
> concordam comigo, bem como com relação aos meus próprios
> conhecimentos.

Eu nao !.
Qto + eu estudo mais certeza tenho do que o q digo esta correto !! :-))


>
> Pascal escreveu que o conhecimento é como uma esfera: quanto maior o
> volume
> da esfera do conhecimento, maior a superfície de contato com o
> desconhecido.
> "ah...Manuel, quanta coisa você precisa aprender!"
>

Mas isso *nao* significa q o q ja se aprendeu esteja errado !!!
Nao no meu caso pelo menos ! :-))
Claro q , se alguem prova q estou errado , eu assumo e mudo,
mas nao eh o q ocorre por hora...


>
> Jocax - Eu criei o Genismo como uma forma de sintetizar todo
> conhecimento q
> adquiri da vida depois de muito pensar... Eu concordo q eh dificil
> para
> alguem q foi educado fora do meio cientifico-cetico entender.
>
> Manuel - Engana-se, meu amigo. Fui educado, sim, no meio
> científico-cético.
> Aliás, essa palavra "cético" não combina com o seu pensamento. Acho o
> seu
> pensamento pesadamente dogmático.

Pq vc acha q meu pensamento eh pesadamente dogmatico ?????????????


> O cético é aquele que, mesmo acreditando
> que existe um conhecimento verdadeiro, não acredita em certezas
> (nenhuma
> verdade é cem por cento certa).

A verdade, por definicao, eh 100% certa, o q pode nao ser 100% certo
sao as
aproximacoes dela , as teorias cientificas por exemplo.


> Você, no entanto, é cheio de certezas e se
> dirige a quem discorda de você de uma forma autoritária, isto é, com a
>
> autoridade de quem está absolutamente CERTO do que diz.
>

MAS EU ESTOU MESMO !!
(Nao obstante eu sei q, *por principio*, podem existir falhas.)
Explico :Quero dizer q a certeza de uma pessoa nao implica q ela esteja
certa !
Assim deve proceder o cientista : assuma a suas leis como verdadeiras
ateh
prova em contrario. Eu tenho a certeza q estou certo ateh q me provem o
contrario.


>
> Jocax - Mas vou repetir : O HOMEM EH ANTES DE TUDO UM ANIMAL.
>
> Manuel - Errado, pois, "antes" de ser um animal, o homem é um
> macroagregado
> de átomos. Logo, para ser coerente com o seu reducionismo ingênuo,

Depois nao me fale q apenas eu faco juizo de valor dos outros.


> você
> deveria dizer: "o homem é ANTES DE TUDO um macroagregado de átomos".
> Mas

Mas isso eh obvio e nao vinha ao caso.

>
> quanta diferença existe entre um homem e uma pedra (outro
> macroagregado de
> átomos), não é, Jocax? Da mesma forma, quantas diferenças também
> existem
> entre um homem e um chimpanzé, seu parente animal mais próximo (apesar
> de
> ambas as espécies compartilharem quase 99% dos genes!).

Eu diria para vc : Menos do que vc imagina.
Contudo vale frisar um detalhe. Eu perguntei sobre isso (98% de
semelhanca) ao Takata e, se entendi a resposta dele eh o seguinte: Vc
pode distribuir 2% destas moleculas
sobre todos os genes e, embora vc tenha uma semelhanca quimica de 98%,
todos os genes podem ser diferentes !! Entende?
Ou seja a semelhanca se da em relacao aas sequencia de pares de bases
mas nao aos genes.


> Se você quer fazer
> ciência humana, você deve ter olhos, ouvidos e, principalmente, tino
> para
> perceber essas diferenças. Do contrário não estará fazendo ciência,
> pois
> reduzir (diluir) o particular no geral é típico do pensamento
> metafísico (a
> eterna busca da substância...). No seu caso, "metafísica do gene".
>

Vou postar uma relacao do Genismo com ciencias humanas em breve.


>
> À sua afirmação, "o homem é antes de tudo um animal", prefiro esta: "o
> homem
> é antes de tudo um animal HUMANO".
>

Mas ele eh um animal no sentido exato do termo.
Sua visao excessivamente "romantica" do homem parece nao te deixar
enxagar isso.

>
> Jocax - Nao conseguirei convence-lo em tao poucas linhas de tudo que
> me
> levou a criar o Genismo mas vou colocar algumas ideias q servirao tao
> somente para que vc mesmo, se estiver realmente atras da "verdade"
> possa
> investigar:
>
> Manuel - Numa discussão científica as partes que discutem não estão
> procurando convencer uma à outra da sua "verdade". Isso é coisa de
> pregador
> religioso. Numa discussão que se pretende científica os debatedores
> estão
> buscando, mediante o exercício da crítica, testar uma hipótese,
> submeter uma
> asserção acerca da realidade ao crivo do raciocínio lógico e da
> experiência.
>

A melhor maneira de se submeter a este crivo eh defendendo seus pontos
de vistas
e mostrando onde as objecoes do oponente podem estar erradas para q ele
mesmo
as corrija e se aperfeicoe tambem.
Nao ha nada de errado nisso. Se eu perceber algum erro meu eu admitirei,

mas ateh agora minha doutrina nao foi batida.



> Como diz Popper: "o teórico interessado pela verdade deve estar também
>
> interessado pela FALSIDADE", e ninguém melhor para mostrar a falsidade
> da
> "minha" teoria que um outro teórico não comprometido "afetivamente"
> com ela.
> Por isso que os cientistas discutem: para tentar falsear suas próprias
>
> hipóteses, e não para convencer os outros da sua verdade.
>

Ja te disse q o melhor modo ( talvez o unico ) de debater uma hipotese
ou teoria
eh tentar mostrar q ela eh verdadeira enquanto os outros tentam mostrar
que ela
eh falsa. Que outra maneira vc conhece para isso ?



>
> Jocax - Todos os animais foram "desenhados" pela natureza , por
> selecao
> natural, de modo a agirem *como se* tivessem um unico objetivo :
> Perpetuar
> seus genes. Vc soh vai se convencer disso depois de procurar por
> assuntos e
> autores como : R. Dawkins, Gould, Wilson , psicologia evolutiva,
> consiliencia, sociobiologia etc.
>
> Manuel - Não estou a fim de medir conhecimento com você. Esse negócio
> de
> medir conhecimento com os outros me parece coisa de moleques
> catarrentos
> competindo uns com os outros para saber quem tem o pinto maior. Mas,
> dos
> autores que você citou, li, ou melhor, estudei todos eles, e a minha
> simpatia maior é pelas idéias de Gould, totalmente discordantes das
> suas
> (não sei se você percebeu isso :-)). Aconselho-o a ler novamente este
> autor,
> mas com cuidado.
>

Vc nao poderia me dizer exatamente ONDE as ideias dele vao contra a
minha ?


>
> Jocax - Qdo vc comecar a verificar q os homens tambem sao maquinas
> "perpetuadoras de genes" como os outros animais, vc verificara o quao
> bem o
> Genismo eh adequado aa natureza humana. E *comecar* a perceber a
> grandiosidade de seus mandamentos.
>
> Manuel - Mandamentos? Meu amigo, você está querendo extrair juízos de
> valor
> de juízos de fato!

SIMMMMMMMMMMMMMMMMMMM !!!


> Transformar leis do ser em leis do dever ser, isto é,
> leis naturais em mandamentos éticos! Jocax, você está incorrendo num
> erro
> seríssimo: fazer da ciência uma religião

Ahhh !! Vc pegou o ponto !
Realmente estou criando uma doutrina q INTERFACEIA com a ciencia.
Mas ela realmente EH uma religiao !!!
Vou discutir isso em um email logo mais.
Note q nao estou fazendo da ciencia uma religiao estou fazendo o GENISMO
se-lo.


> e conseguindo ser mais dogmático do
> que muitos crentes em Deus. Cadê seu ceticismo?

Toda religiao tem seus dogmas,
os dogmas do Genismo esta BASEADO na ciencia.




> Nesse erro nem o criador da
> tese do gene egoísta, Richard Dawkins, caiu: leia estas palavras de
> Dawkins,
> extraídas do seu livro "O Gene Egoísta"(Gradiva, pp. 33/34):
>
> "NÃO VOU ADVOGAR UMA MORAL BASEADA NA EVOLUÇÃO. Vou falar de como as
> coisas
> evoluíram. Não vou dizer como nós, seres humanos, nos devemos
> comportar
> moralmente.

ELE NAO DISSE ISSO MAS EU DIGO !!!!
Eu nao sou ele ! Tenho meus proprios pensamentos!


> Insisto nisto porque sei que corro o risco de ser mal
> interpretado por aquelas pessoas, demasiado numerosas, que não
> distinguem
> uma afirmação de crença num determinado estado de facto de uma
> alegação do
> que deveria ser. Pessoalmente, creio que seria muito desagradável
> viver numa
> sociedade humana baseada simplesmente na lei do egoísmo, inplacável e
> universal, do gene. Mas, infelizmente, por mais que se lamente algo,
> esse
> algo não deixa, por isso, de ser verdadeiro. Este livro pretende,
> acima de
> tudo, ser interessante, mas, se alguém quiser extrair dele uma moral,
> que
> seja lido como aviso. Saibam que, se desejarem, tal como eu, construir
> uma
> sociedade na qual os indivíduos cooperem generosa e
> desinteressadamente para
> o bem-estar comum, não poderão contar com a ajuda da natureza
> biológica.

Nao concordo com tudo q ele diz , veja um trecho do livro :
" A evolucao da cultura nos animais" Pag 43 : ".... A partir disso foi
argumentado que,
embora alguns insetos sciais formem um caso extremo...., todos os
animais
tendem a exibir altruismo em relacao aos seus parentes mais proximos
pelas
mesmas razoes....No caso dos insetos sociais e de todos os outros
animais,
esse altruismo assume forma de padroes de comportamento em que
individuos
claramente aparentados se reunem e de algum modo proporcionam ajuda
mutua..."


>
> Tentamos 'ensinar' generosidade e altruísmo porque nascemos egoístas.
> Compreendamos o que pretendem os nossos próprios genes egoístas, para
> que
> possamos ter a oportunidade de frustrar as suas intenções, UMA COISA
> QUE
> NENHUMA OUTRA ESPÉCIE ALGUMA VEZ ASPIROU FAZER."
>

Devo ressaltar que o genismo NAO prega o egoismo como vc parece
entender. O Genismo como, todo mundo ja faz, prega q devemos ajudar
MAIS nossos aparentados do que os mais afastados.
Isso nao significa q devemos ser egoista com os outros LEMBRE-SE:
Se o chipanze compartilha 98% de material genetico o que nao dizer
de duas pessoas homo sapiens ??????????
Por aih vc ver q o Genismo prega o altruismo pois compartilhamos
muitos genes em comum.


>
> Sábias palavras! Transcrevo abaixo um trecho de um ensaio de minha
> autoria,
> "Ética, Natureza e Mercado", em que falo sobre a especificidade do
> indivíduo
> humano:
> <<A natureza orgânica, bem como essa natureza humana coisificada que é
> o
> mercado, são amorais, isto é, o que as orienta não é um propósito
> ético, mas
> a mera reprodução da vida, o que amiúde se dá a expensas da felicidade
> e do
> bem-estar dos indivíduos. A vida é ordem que se reproduz, ora simples,
> ora
> ampliadamente, e os indivíduos de quaisquer espécies nada mais são que
>
> "meios" para a perpetuação e a propagação dessas moléculas egoístas
> denominadas "genes". Nosso corpo, o "somatoplasma", é apenas o veículo
> do
> "germoplasma", um mensageiro cuja função é passar para a frente a
> mensagem
> genética e depois perecer. Em síntese: para "Gaia", o indivíduo vale
> como
> instrumento, e o que é "bom" para Gaia nem sempre — ou melhor, quase
> nunca —
> representa um "bem" para os indivíduos. Para os ingênuos que pensam
> haver
> uma harmonia pré-estabelecida entre os interesses dos indivíduos e o
> movimento auto-reprodutivo da espécie, transcrevo a seguir as palavras
>
> cruéis de um dos maiores biólogos da atualidade, Richard Dawkins: "A
> quantidade total de sofrimento anual no mundo natural está além de
> toda a
> contemplação decente. Durante o minuto que foi gasto para escrever
> esta
> sentença, milhares de animais estão sendo comidos vivos; outros estão
> correndo para salvar as suas vidas, gritando de medo; outros estão
> sendo
> lentamente devorados por dentro por parasitas; milhares, de todas as
> espécies, estão morrendo de fome, sede e doenças. Isto deve ser assim.
> Se
> algum dia houver um tempo de fartura, este fato por si só conduzirá
> automaticamente a um excesso populacional até que o estado natural de
> fome e
> miséria seja restaurado."
>
>

Parece q ja vi isto antes ! :-)


>
> <<Foram necessários centenas de milhões de anos para que o processo de
>
> complexização da vida desse origem a uma forma de indivíduo totalmente
>
> diferente das demais: um indivíduo que, por ser dotado de "razão" e de
>
> sensibilidades ética e estética, recusa-se a se submeter à tirania do
> plasma
> germinativo. Esta recusa, ou melhor, esta "revolta", primeiro se fez
> presente na crença religiosa em uma vida "individual" eterna, plena e
> feliz,
> advinda depois da morte e como contraprestação a esta existência
> terrena de
> misérias. Entrevemo-la também na busca do filósofo por uma razão de
> ser
> transcendente — a resposta da pergunta: "por que o Ser é?" —, ou seja,
> a
> procura de um sentido para a vida que não seja esse trabalho de Sísifo
> que é
> a reprodução pela reprodução (reprodução da dor, do medo e da fome ad
> infinitum). Esta revolta transformou-se em revolução — revolução
> democrática — quando, contra a lei natural da servidão, formulou-se o
> princípio ético da libertação: "...que o indivíduo não seja um meio,
> mas um
> fim em si mesmo." (Kant). >>
>

O erro esta aih mesmo : desprezar o poder e forca dos genes e se rebelar
contra eles !
Devemos nos unir a eles e nao nos rebelar contra eles.
Aih esta o segredo da felicidade!
Vou fazer um pequeno ensaio do Genismo em breve....




>
> Jocax - Eu concordo com vc quando vc diz : "Que a verdade científica
> seja
> proposta, e não imposta. E que seja permitido sonhar e até mesmo
> acreditar
> no sonho." Mas insisto que o outro lado da moeda tambem seja mostrado.
>
> Manuel - Insisto que os dois lados da moeda devem ser mostradas. O
> diálogo,
> a dúvida e a tolerância com opiniões diferentes são pré-requisitos da
> razão.
> Sem tais pré-requisitos não há razão, e sem razão não há ciência. Viva
> a
> razão, viva a ciência.
>

E para q cheguemos aa "verdade" devemos debater os varios pontos de
vistas !

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Genismo do Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/08/2000 14:54

Bom,
resolvi fazer uma explicacao extra do Genismo para q nao haja tantos
mal entendidos.

O Genismo eh ciencia? O Genismo eh religiao ? O q eh o Genismo ?

Primeiro eu digo q o Genismo eh uma doutrina ( norma, preceito , regra
).
Eu o fiz para ser usado como uma religiao. E, portanto, o Genismo nao
eh uma ciencia no senso estrito do termo!

Contudo, o Genismo eh baseado em ciencia ( teoria neodarwiniana ) e pode

ateh ser refutada como uma teoria cientifica :
Eu alego q o Genismo eh a doutrina que leva seus seguidores aa
felicidade
MAXIMA dentre todas as doutrinas q ele pode seguir. E isso eh passivel
de
verificacao e refutacao ( pelo menos em principio ) :
Tome sociedades q o adotem e compare, estatisticamente, o grau de
felicidade
com sociedades que nao o adote. Se as sociedades q adotarem o genismo
tiver um grau de felicidade menor q as outras entao o genismo estara
refutado.

Ou seja, o Genismo como uma teoria, que leva o individuo a uma
felicidade maior,
eh cientifica e passivel de verificacao.

O Genismo eh tambem uma religiao e SAI do campo cientifico quando
propoem
que a unica forma valida de pepetuacao esta nos genes. Isso envolve
SENTIMENTO.

Ou seja, quando o Genismo propoe q vc *acredite e sinta* q sua
perpetuacao esta
em seus genes ele torna-se religiao.

O Genismo, como toda doutrina, nao impoe que vc o adote como sua
religiao, mas
declara q SE vc o fizer vc sera + feliz do q se nao o fizer. Isso pq o
Genismo
ao inves de ir contra sua bagagem genetica vai a favor : O Genismo
adequa
a parte cultural do homem aa sua biologia interna. Eh a melhor formula
para a
tao falada adequacao "mente-corpo".

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Genismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/08/2000 15:01



Emille Rocha wrote:

> Caro Jocax,
>
> O sua idéia de dar um formato "metafísico" à teoria da evolução
> genética é muito interessante. Eu gostaria de frisar um ponto que
> considero importante e que talvez possa complementar (sem na verdade
> acrescentar muita coisa pois voce foi muito elucidativo) a discussão.
>
> Eu considero, e agora ainda mais (depois que pude digerir um pouco das
> longas discussões que rolaram sobre o assunto na lista) , que a teoria
> da evolução genética tem a capacidade de responder realmente a todas
> essas perguntas "de base" sobre a vida. O seu genismo é uma forma mais
> didática de se apresentar essa nova visão (relativamente) da vida e de
> nossa espécie e de torná-la mais apta a ser generalizada a todo e
> qualquer ser humano. Eu acredito que o genismo é, de fato, uma nova
> tendencia do pensamento humano.
>
> Porém eu acho que o "mundo metafísico" é um mundo necessário para o
> ajustamento do ser à realidade. Explico:
>
> Pode-se instruir uma pessoa sobre a teoria da evolução e sobre os
> diversos conceitos que hoje possuímos sobre o comportamento dos gens.
> Entretanto, o "conforto" ( se é que podemos assim denominar) pessoal
> diante da resposta para a eterna pergunta sobre a razão de ser da vida
> não surgirá da teoria em sí mas sim da nova visão "quase mítica" de
> que o motivo da vida é preservar os seus gens. Resumindo, de uma forma
> ou de outra sempre caímos numa nova "religião".
>
> O ponto em que eu quero chegar é que apesar de todo o progresso
> científico que surgiu e que surgirá no futuro, o ser humano sempre
> terá confrontos internos relacionados às imposições do fator social e
> do relacionamento com outros indivíduos ( amizades, casamentos,
> relacionamentos profissionais, dentre outros...) e isso eu não tenho
> muita certeza de que o genismo pode solucionar. E não se tira de forma
> alguma o mérito dele por causa disso!
>
> JOCAX :
> Eu acho q o genismo porah em pratos limpos as disputas sociais:
> O q hoje esta dissimulado nas intrigas e lutas sociais sera de alguma
> forma
> regulamentado e explicitado tendo o genismo por base.
>
>
> Eu não estou atacando a sua posição quanto à disseminação do ateísmo,
> onde pelo contrário eu sou a favor, mas é possível de se Ter um ponto
> de equilíbrio ao se tratar de ciencia e de realidade.
>
> Se voce tiver alguma coisa mais elaborada sobre o genismo, um estudo
> de autoria sua por exemplo, envie para mim porque estou muito
> interessado.
>

Estou para escrever o livro sobre o Genismo mas ainda nao tive tempo
(coragem?)
para comecar :-(

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Etica, Ciencia e ceticismo
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/08/2000 15:24

Como é que eu faço pra tirar meu nome dessa lista??????
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----- Original Message -----
From: "Roberto Mitsuo Takata" <rmt@ib.usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Monday, August 14, 2000 8:49 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Etica, Ciencia e ceticismo


On Fri, 11 Aug 2000, Francisco wrote:
> Ai vai minha pergunta: Nós adotamos uma cultura ao nosso bel prazer?

xiiii, entramos na especulacao do livre-arbitrio...

[]s,

roberto takata




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*** --- ***




SUBJECT: Re: [ciencialist] A Volta do Sapo Mítico
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/08/2000 16:54



msbn@daterranet.com.br wrote:

> Olá, O Jocax escreveu: O genismo esta em formacao e estes sao seus
> principais mandamentos:
> 1- "Os Genes te criaram e a eles vc deve servir" Manuel - Não sei o
> que dizer de uma pessoa que escolhe como objeto de devoção religiosa
> uma macromolécula formada por açúcares, grupos de fosfato e bases
> nitrogenadas. Francamente, acho que um selvagem paleolítico que adora
> um animal-totem (uma minhoca, por exemplo) é muito mais sensato.
>
> JOCAX: Vc nao entende o q sao genes ? Os genes contem toda a
> informacao
> necessaria para codificar um ser vivo, por exemplo vc .
>
> Pq vc difere de uma minhoca ou macaco?
> Pq os genes seus e da minhoca e do macaco sao diferentes.
>
> Os genes devem ser vistos como "perolas sagradas" no sentido de q a
> natureza
> levou bilhoes de anos para produzi-los aas custas de muita dor
> muitissimas
> tentativas e erros. ( O q nao significa q eles sao perfeitos ).
> Os genes devem ser encarados, mais do q intrucoes para a vida, mas
> como uma
> verdadeira "poesia" que produz escritores e poetas!
>
>
> Jocax - 2-"A felicidade é trilhar o caminho da perpetuação
> genética" Manuel - "Gene, em tuas mãos entrego-Te meu destino". O
> indivíduo humano não "deve ser" um fim em si mesmo (não é esta a
> proposta do iluminismo?), mas "deve" continuar sendo um mero
> instrumento para a perpetuação dos genes.
>
>
> JOCAX -
> Note q o individuo assumindo sua condicao de perpetuador genetico NAO
> esta
> proibido de continuar criando, gerando ciencia e poesia. Mesmo porque
> a ciencia e a poesia foram criados pq facilitavam a sobrevivencia e a
> felicidade
> destes mesmos seres que perpetuavam estes genes. Eu diria mais : a
> humanidade
> soh desenvolveu suas habilidades culturais pq estas ajudavam a
> preserevar os genes,
> doutro modo estas habilidades nao se desenvolveriam.
>
>
> Manuel-A reprodução pela reprodução. A galinha como artifício que o
> ovo utiliza para produzir outro ovo. O complexo como servo do simples.
> A consciência feliz é a consciência vassala de um mecanismo cego e
> inconsciente. Viva a escravidão!
> JOCAX- A consciencia feliz eh a consciencia q nao se engana e assume a
> essencia
> de sua condicao. Ela sabe q, tendo esta consciencia ela nao estara
> fugindo dela
> mesma, passo necessario para a autocompreensao. E, com este
> conhecimento,
> estara mais apta a nao se magoar desnecessariamnete. Estara no rumo
> certo
> para uma vida + feliz.
>
> Jocax - 3-"Deus nao existe e o único modo de transcender a morte é
> através de seus genes, principalmente em seus descendentes" Manuel -
> Deus não existe, mas o Gene existe e Jocax é o seu profeta.
> Jocax - 4-"Seus genes sao seu bem mais precioso" Manuel - Vá dizer
> isso para alguém que teve sua vida estragada devido à psicose
> maníaco-depressiva, que é uma psicose "congênita", isto é, uma doença
> pré-determinada por um de seus genes "preciosos".
>
> JOCAX-Se a pessoa esta infeliz por algum gene defeituoso isto nao quer
> dizer que
> 99,999% de seus outros genes nao sao bons.
> Existem testes geneticos que podem selecionar ovos portadores de
> doencas
> dos que nao sao portadores, viabilzando filhos sem estas doencas.
>
>
> Manuel-Vá pregar o seu Genismo para aquelas pessoas portadoras de
> taras genéticas e que sofrem por causa de seus genes. Vá tentar
> converter para a sua religião os pais de uma criança autista, que
> sabem que seu filho sofre porque herdou deles os alelos recessivos
> (preciosos?) que, juntos, determinaram a doença!
>
> JOCAX- Qual o problema? O genista sabera que os genes podem sofrer
> mutacao e que os genes, eles proprios, nao tem sentimento de qqr
> especie.
> O portador de um gene patogenico, por exemplo, que nao pode ter
> filhos, podera adotar um comportamento altruista em relacao aos
> membros
> da sua especie pois, ajudando seus semelhantes estara ajudando, de
> forma
> indireta seus proprios genes.
>
> Jocax -5- "Vc deve respeitar os genes dos outros para que os outros
> respeitem os seus." Manuel - Devemos respeitar os outros, sejam
> parentes ou não, e ponto final.

Vc nao entendeu, os "outros" aqui pode ser qqr coisa viva e nao soh
parentes.

[]s
jocax



SUBJECT: Lampada fluorescente e os quantum
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/08/2000 17:05
ATTACHMENTS (20000814-170557-0001381): "lamp_fluor_quantum.htm" , "14_LF_02.gif" , "14_LF_03.gif" , "14_LF_04.gif" , "14_LF_05.gif" , "fundo14.jpg" , "14_LF_01.gif"

Belisário (com extensão a todos),
sei de seus trabalhos e do tempo que lhe é disponível para comentar acerca da pergunta da aluna sobre a quântica na lâmpada fluorescente.
Sem querer apressa-lo ou interferir em sua resposta, preparei um texto juntando os estado de plasma da lâmpada e pinceladas da primeira parte da teoria quântica. Apreciaria sua leitura e complementação. Toda correção é bem vinda (inclusive sobre a língua pátria!). Esse texto não exclui seu texto sobre o tema. Meus agradecimentos (e da aluna).
 
Os demais participantes da lista que quiserem opinar e discutir o assunto, sintam-se à vontade. Aprecio que apontem meus erros. Basta salvar todos os anexos numa única pasta.
 
[]'
Léo
 
Adendo para a Emille Rocha
Emille, vc escreveu o texto abaixo usando o Word. Nele há um problema que poderá corrigi-lo com facilidade. O problema é 'toda vez que digitar o verbo 'ter', nesse tempo, ele aparecerá como 'Ter' (maiúscula na primeira letra). Isso ocorre porque o Word assume o 'ter' como início de 'terça-feira' e o substitui 'automaticamente' por Ter.
Correção: vá em "Ferramentas"; "Auto-correção" e 'formatar ao digitar' --- onde estiver 'colocar nome dos dias em maiúsculas', desabilite.
 
De: Emille Rocha
 

>Caro Jocax, ............

Eu não estou atacando a sua posição quanto à disseminação do ateísmo, onde pelo contrário eu sou a favor, mas é possível de se Ter um ponto de equilíbrio ao se tratar de ciencia e de realidade.

Emille Rocha


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] O Genismo do Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/08/2000 17:10



"Rodrigo F. Viecilli" wrote:

> Já que o Genismo é passível de verificação através do "grau de
> felicidade",
> me mostre como vc vai medir e qual a definição de felicidade que vc
> tem,

Vou postar a definicao de felicidade que tenho no fim da mensagem,
contudo
isto nao eh necessario para a validacao da experiencia :
Basta um questionario psicologico que meça a satisfacao com a vida de
cada
pessoa do grupo social. Este questionario poderia ser preenchido
anonimamente
e as estatisticas feitas. Uma das perguntas poderia ser :
"Numa escala de 0-10, quao feliz vc se considera ? "


> que
> é procurada pelos filósofos há milhares de anos.

Acho q ja resolvi famigerado o problema veja abaixo :)


>
> Felicidade deve ser uma coisa inerente mesmo às bactérias ou vírus, já
> que
> elas carregam material genético... :/
>

Os seres sem consciencia suficiente para entender o Genismo nao precisam
dele !
Estes seres ja agem "COMO SE" seguissem o Genismo !!

"A Fórmula da Felicidade".
--------------------------
Joao Carlos Holland de Barcellos ( jocax@usp.br)

Todos buscamos a felicidade, e o que eh felicidade ?

Eu definiria felicidade como sendo a média temporal de prazeres e dores
que uma pessoa sente durante a vida:

Felicidade = integral [ Prazer(t)- Dor(t) ] dt

Prazer e dor podem ser colocados juntos como manifestações de um mesmo
fenômeno : sentimento.

Assim, prazer eh um sentimento bom e dor um sentimento ruim:

Tentamos viver a vida maximizando a Felicidade :

Felicidade(E) = integral [ Sentimento( E, t) ] dt

Onde E=E(t) sao as Escolhas que fizemos, fazemos e faremos na vida.
Ou seja, maximizamos nossa felicidade resolvendo a equacao :

Derivada da Felicidade em relacao aa E igual a zero :

d/dE [ integral{ Sentimento(E(t),t ) } dt ] = 0

Esta seria a equação da felicidade máxima. ( joao carlos 1999 :-) )

Infelizmente, contudo, nao temos a representacao matemática para
Sentimento(E,t).
Mas, podemos notar , pela formula acima, que eh fator fundamental para
nossas vidas.

Sem sentimentos na ha sentido para vida.

Devemos observar que ,de modo a maximizar nossa felicidade, muitas
vezes, temos que , em dados momentos, fazer escolhas E(t) que fazem
baixar
*temporariamente* a função Sentimento , para que, no futuro tenhamos
uma felicidade
maior. Por exemplo, qdo deixamos de ir aa praia para estudarmos para o
vestibular.

Assim , por mais racional que tentamos, queiramos ou pareçamos ser ,
nosso objetivo final sempre será a integral de sentimento.

[]s
jocax


> De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@usp.br]
> Enviada em: Segunda-feira, 14 de Agosto de 2000 14:54
> Para: ciencialist
> Assunto: Re: [ciencialist] O Genismo do Jocax
>
>
> Bom,
> resolvi fazer uma explicacao extra do Genismo para q nao haja tantos
> mal entendidos.
>
> O Genismo eh ciencia? O Genismo eh religiao ? O q eh o Genismo ?
>
> Primeiro eu digo q o Genismo eh uma doutrina ( norma, preceito , regra
>
> ).
> Eu o fiz para ser usado como uma religiao. E, portanto, o Genismo nao
> eh uma ciencia no senso estrito do termo!
>
> Contudo, o Genismo eh baseado em ciencia ( teoria neodarwiniana ) e
> pode
>
> ateh ser refutada como uma teoria cientifica :
> Eu alego q o Genismo eh a doutrina que leva seus seguidores aa
> felicidade
> MAXIMA dentre todas as doutrinas q ele pode seguir. E isso eh passivel
>
> de
> verificacao e refutacao ( pelo menos em principio ) :
> Tome sociedades q o adotem e compare, estatisticamente, o grau de
> felicidade
> com sociedades que nao o adote. Se as sociedades q adotarem o genismo
> tiver um grau de felicidade menor q as outras entao o genismo estara
> refutado.
>
> Ou seja, o Genismo como uma teoria, que leva o individuo a uma
> felicidade maior,
> eh cientifica e passivel de verificacao.
>
> O Genismo eh tambem uma religiao e SAI do campo cientifico quando
> propoem
> que a unica forma valida de pepetuacao esta nos genes. Isso envolve
> SENTIMENTO.
>
> Ou seja, quando o Genismo propoe q vc *acredite e sinta* q sua
> perpetuacao esta
> em seus genes ele torna-se religiao.
>
> O Genismo, como toda doutrina, nao impoe que vc o adote como sua
> religiao, mas
> declara q SE vc o fizer vc sera + feliz do q se nao o fizer. Isso pq o
>
> Genismo
> ao inves de ir contra sua bagagem genetica vai a favor : O Genismo
> adequa
> a parte cultural do homem aa sua biologia interna. Eh a melhor formula
>
> para a
> tao falada adequacao "mente-corpo".
>
> []s
> jocax
>
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Carro a hidrog�nio, eletricidade ou g�s
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/08/2000 17:12

Ola Ricardo,
como primeira leitura sobre um carro a hidrogênio e oxigênio (ou um
foguete), dê uma passada em:
www.feiradeciencias.com.br/sala21/index21.htm e selecione no menu : foguete
a H2+O2.
[]'
Léo
------------------------------
-----Mensagem Original-----
De: Ricardo Silvino <rsilvino@zaz.com.br>
Para: Ciencialist <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 14 de agosto de 2000 01:38
Assunto: [ciencialist] Carro a hidrogênio, eletricidade ou gás


Olá

Estou interessado em comprar um carro!
Fora o assunto ecologia, gostaria de juntar informações a respeito de formas
Alternativas de combustível num automável e sua viabilidade para adquiri-lo.
O que sei é que o carro a gás tem um rendimento financeiro da ordem de 350%
contra uma perda na potência de 20%.
Vi uma reportagem na TVCultura que na exposição de Frankfurt já tem motores
BMW com combustão a hidrogênio e poluição 0 (zero). Creio que deva existir
outros pesquisadores e empresas interessadas em equipamentos similares.

Como faço para me informar a respeito?

Tbm já ouvi falar de carros q são meio elétricos e meio a combustível (qdo
faltar eletricidade.)

Desde já agradeço quem possa me disponibilizar qualquer informação!!!



----------------------------------------------------------------------------
-----------------
O Brasil é o país do Futuro! Um presente para nós!




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SUBJECT: Re: [ciencialist] Diametro aparente da Lua
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/08/2000 17:26


-----Mensagem Original-----
De: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 14 de agosto de 2000 09:11
Assunto: Re: [ciencialist] Diametro aparente da Lua


On Mon, 14 Aug 2000, Paulo Sérgio Dias wrote:
> - Ha' algum fundamento na
> explicacao acima ? Sempre
> desconfiei que haveria
> uma explicacao fisica
> para o fenomeno

Roberto Takata expõe:
>ilusao de optica eh uma explicacao fisica... mas se desconfiar q. faltas
de referencias nao atrapalham nossa avaliacao de tamanhos e distancias,
faca o seguinte: estique seu braco e deixe seu polegar em posicao ereta -
compare o tamanho da lua com seu dedo. faca isso com a lua em diversas
posicoes no ceu. a nao ser q. o meu dedo tbm varie de tamanho de acordo
com a posicao da lua, eu diria q. o tamanho aparente dela nao varia de
modo sensivel.

[ha, algumas explicacoes sobre o efeito de lente de aumento provocado pela
atmosfera, mas os fisicos da lista podem dizer se esse fenomeno ocorre --
de qq forma nao teria grandes participacoes na aparente variacao do
tamanho da lua, a julgar pelo meu polegar.]<

Léo:
Ao nascer, tanto o Sol como a Lua têm seus diâmetros aparentes modificados
pela refração atmosférica. Ao 'nascer' a Lua está no horizonte e a camada de
atmosfera que os raios de luz provenientes do 'bordo inferior' é 'mais
longa' que os raios provenientes do bordo superior. Isso 'deforma' a Lua
alongando-a horizontalmente (o mesmo acontece com o Sol ao nascer). O albedo
da Lua se incumbe de completar a circunferência e a visão que temos é que a
Lua 'é maior'. Quanto mais a Lua avança para 'o zenit' essa diferença de
percurso vai desaparecendo.
Tanto a Lua como o Sol 'nascem' dois minutos 'antes de nascerem realmente'
devido esse fenômeno que determina a elevação aparente dos astros. Quando vc
olha o horizonte de manhã cedinho e espera até dizer "nasceu", faltam 2
minutos para nascer, realmente. ã tarde quando vc diz para o Sol "morreu"
... já morreu há 2 minutos!

[]'
Léo





SUBJECT: En: desenvolvimento e controle mental:www.fratern.com.br
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/08/2000 18:12

Recebi isso hoje. Pode interessar ao Belisário (e/ou outros).
[]'
Léo

-----Mensagem Original-----
De: <appaulsilv@linknet.com.br>
Para: <leo@barretos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 14 de agosto de 2000 02:02
Assunto: desenvolvimento e controle mental:www.fratern.com.br




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SUBJECT: Re: [ciencialist] En: desenvolvimento e controle mental:www.fratern.com.br
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/08/2000 18:14

On Mon, 14 Aug 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:

> Recebi isso hoje. Pode interessar ao Belisário (e/ou outros).

por sugestao do daniel eu respondo telepaticamente a essa mensagem...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Etica, Ciencia e ceticismo
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/08/2000 18:57

francisco,

eu diria pra vc ficar despreocupado. como lhe disse em pvt, nao existem
possibilidades de haver uma 'etica natural', i.e., uma etica q. seja
objetivamente validada. toda etica soh tem validade dentro de seus
proprios parametros.

o titio cantor talvez tenha alguma coisa a nos dizer a esse respeito.
(apesar do tratamento 'matematico' q. darei nao se impressione com isso).

chamemos de E (de etica) um conjunto particular de preceitos eticos.
chamemos de C (de ciencia -- sensu lato) um conjunto particular de modelos
de funcionamento do universo. chamemos de D (de descricao) o conjunto de
descricao dos aspectos do mundo.

um preceito como 'respeitar aos outros eh bom' pode ser um elemento e do
conjunto E. uma lei como 'materia atrai materia na proporcao direta do
produto de suas massas e inversa do quadrado de sua distancia' pode ser um
elemento c do conjunto C. e uma descricao de estado como 'esta laranja
estah verde' ou 'suco de laranja tem um sabor agradavel' podem ser um
elemento d do conjunto D.

a interacao entre um elemento e e um elemento d gera uma prescricao etica:

f(e,d) = prescricao

ex:

Todas as pessoas merecem respeito (e)
Aderbal eh uma pessoa (d)
---------------------------------
Aderbal merece respeito prescricao

a interacao entre um elemento c e um elemento d gera uma previsao:

f(c,d) = previsao

ex:

Chico respeita a todas as pessoas (c)
Aderbal eh uma pessoa (d)
---------------------------------
Aderbal eh respeitado por Chico previsao


existe um sbconjunto B (de 'behavior') dentro do conjunto D que
corresponde 'a descricao de comportamentos humanos. se um dado
comportamento b corresponde a uma prescricao etica entao teremos a
justificacao desse comportamento, se o comportamento corresponder a uma
previsao entao teremos uma explicacao desse comportamento.

b = f(e,d) -> justificacao

ou

b (estah contido em) f(E,D) -> justificacao

se Chico respeita Aderbal, isso estah de acordo com a prescricao segundo
a qual deve-se respeitar Aderbal. logo a atitude de Chico estah
justificada de acordo com esses parametros. agora, se Chico nao respeita
Aderbal sua atitude serah entao anti-etica (de acordo com os preceitos
considerados) e q. a atitude de Chico eh errada.

b = f(c,d) -> justificacao

ou

b (estah contido em) f(C,D) -> justificacao

se Chico respeita Aderbal, isso estah de acordo com a previsao de que
Chico respeitaria Aderbal. assim a atitude estah explicada segundo esses
paramentros. se Chico nao respeita Aderbal, o modelo nao explica. e
normalmente consideramos q. o modelo eh falho.

vamos agora manter o 'e' e 'd' considerados ateh agora. e mudemos 'c':
Chico nao respeita as pessoas.

se Chico respeita Aderbal, seu comportamento eh justificado, mas nao
explicado. se Chico desrespeita Aderbal seu comportamento eh explicado,
mas nao justificado.

bem se quisermos fazer q. o q. a ciencia ou qq outro meio explica entao eh
moralmente justo teremos:

[b = f(c,d)] (estah contido em) [B = f(E,D)] <-> c (estah contido em) E

o q. eh logicamente perfeito. e note-se q. 'c (estah contido em) E' eh em
si mesma uma afirmacao q. pertence a E -- eh um preceito etico - ou seja a
etica continua se baseando em um preceito etico.

se tivermos um modelo que explique a moral teremos:

[b = f(e,d)] (estah contido em) [B = f(C,D)] <-> e (estah contido em) C

o q. tbm eh logicamente valido. e note-se q. 'e (estah contido em) C'
pertence a C, eh, em si mesmo, um modelo. i.e. estah se baseando em
parametros objetivos ou pelo menos q. nao sao do tipo valorativos.

agora, uma etica natural necessita q. possamos justificar um julgamento de
valor a partir de parametros objetivos, em esquema seria:

[b = f(c,d)] (estah contido em) [B = f(E,D)] <-> e (estah contido em) C

o q. eh logicamente invalido.

[note-se q. o correspondente reciproco, explicar objetivamente a partir
de parametros eticos:

[b = f(e,d)] (estah contido em) [B = f(C,D)] <-> c (estah contido em) E

tbm eh logicamente equivocado.]

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Diametro aparente da Lua
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/08/2000 20:24

Luiz Ferraz Netto wrote:

> Ao nascer, tanto o Sol como a Lua têm seus diâmetros aparentes modificados
> pela refração atmosférica. Ao 'nascer' a Lua está no horizonte e a camada de
> atmosfera que os raios de luz provenientes do 'bordo inferior' é 'mais
> longa' que os raios provenientes do bordo superior. Isso 'deforma' a Lua
> alongando-a horizontalmente (o mesmo acontece com o Sol ao nascer). O albedo
> da Lua se incumbe de completar a circunferência e a visão que temos é que a
> Lua 'é maior'. Quanto mais a Lua avança para 'o zenit' essa diferença de
> percurso vai desaparecendo.
> Tanto a Lua como o Sol 'nascem' dois minutos 'antes de nascerem realmente'
> devido esse fenômeno que determina a elevação aparente dos astros. Quando vc
> olha o horizonte de manhã cedinho e espera até dizer "nasceu", faltam 2
> minutos para nascer, realmente. ã tarde quando vc diz para o Sol "morreu"
> ... já morreu há 2 minutos!

Esta história de que a Lua e o Sol parecem maiores quando estão no
horizonte devido a um fenômeno físico, e não apenas ilusório, tem graves
furos:

Imagine que a Terra tenha 360 luas, e que em certo dia todas as luas
sejam visíveis no horizonte, cada uma ocupando precisamente um grau.
Você veria então uma cadeia contínua de luas ao longo de todo o
horizonte.

Se estas luas aparecessem ampliadas, não caberiam todas no horizonte...

O mesmo vale para 360 Sóis, mas poderia ser dito que o aquecimento do
ar no lado em que ele está provoca a ampliação, que seria compensada por
uma correspondente redução das imagens do céu no outro lado. Mas é a
Lua, que não irradia calor suficiente para provocar uma mudança
significativa na atmosfera.

Resta uma possibilidade:
Se é a lua cheia que é vista aumentada no horizonte, ela está
do lado frio do céu, oposto ao lado em que o Sol está, e portanto no
mesmo dia o Sol teria que aparecer -menor-, não maior, no horizonte
para compensar.

Portanto, ou o efeito só acontece com a Lua cheia, nunca com o Sol,
ou é uma ilusão.

Alguém acha um argumento contra? (Inventei isto agora.)

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: [acropolis] Sobre o "Porque" Ultimo
FROM: "Thiago Maia" <thiago_m_santos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
CC: <acropolis@egroups.com>
DATE: 14/08/2000 22:59

Vilenkin então propôs a hipótese de que o nada absoluto e o universo em que
vivemos
> são apenas os dois estados possíveis de um mesmo sistema quântico. Evoca
ele
> o processo denominado "tunelamento quântico" para explicar a passagem
súbida
> da configuração "nada absoluto" para a configuração "universo". Segundo
seus
> cálculos, o universo desta forma surgido teria um tamanho subatômico. Mas
> como um universo tão pequeno poderia ter evoluído para este universo
enorme
> em que vivemos? A resposta, segundo Vilenkin, estaria na teoria da
inflação
> cósmica de Guth e Linde.
>
Olá, Manuel Bulcão, gostaria de rapidamente tocar em alguns pontos polêmicos
e reeditar um argumento que usei justamente contra algumas idéias provindas
da cosmologia física.

Primeiramente, a idéia de que algo possa surgir do nada.

Em outra mensagem, o amigo conceitua Nada como "ausência de matéria,
energia, espaço e tempo". Eu completaria como "ausência de devir" também.
Embora o devir de certa forma já esteja embutido no conceito de tempo, esse
toma sentidos tão diferentes na Física que prefiro trata o devir
particularmente. "Devir" na tradição filósofica, significa movimento num
sentido amplo (não só o usual de deslocamento de corpos).

A ausência de devir, nesse contexto, implica que uma das "propriedades" do
nada seja a de nunca poder se tornar outra coisa diferente do que ele é.
Penso eu que um conceito de nada que não abrangesse o "nada de movimento"
não seria um "nada" legítimo, mas algo desmaterializado, simplesmente um
vazio. Em suma, esse nada ainda seria alguma coisa.

Sendo o nada ausência de devir, fica explícito que são falsas todas as
cosmologias que dizem que algo possa surgir do "Nada Absoluto", pois este
nunca pode "permitir" que algo diferente possa surgir dele.

Outra questão polêmica é a idéia de que antes do Big-Bang não existia tempo.

Para rebater essa afirmação, uso mão da tese heideggeriana de que "todo ser
existe se temporalizando, e se temporaliza existindo". Tendo em vista tal
tese, fica patente que o "tempo" existe absolutamente, pois se existe algo,
esse algo é temporalizado. Seja o que for que existisse antes do Big-Bang,
estaria sob o jugo do tempo. A única "situação" em que não se poderia falar
em tempo seria exatamente no Nada Absoluto, do qual como vimos nunca poderia
"sair" o Big-Bang ou qualquer outra coisa que fosse.


Thiago Maia







SUBJECT: Re: [ciencialist] Diametro aparente da Lua
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/08/2000 02:57

Achei apenas 359 argumentos contra; todas essas Luas apareceriam 'dilatadas'
e teria espaço para todos ... uma vez que, aquilo que chamamos de horizonte,
também é um horizonte 'dilatado'.
A elevação aparente dos astros é um fato decorrente da refração atmosférica.
Se, principalmente no horizonte, a parte superior é vista um pouco mais
próxima da inferior do que realmente o é, ele se nos apresenta achatado. É
esse achatamento que causa a impressão de 'maior'.
[]'
Léo
-----Mensagem Original-----
De: Antonio Carlos M. de Queiroz <acmq@compuland.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 14 de agosto de 2000 20:24
Assunto: Re: [ciencialist] Diametro aparente da Lua


Luiz Ferraz Netto wrote:

> Ao nascer, tanto o Sol como a Lua têm seus diâmetros aparentes modificados
> pela refração atmosférica. Ao 'nascer' a Lua está no horizonte e a camada
de
> atmosfera que os raios de luz provenientes do 'bordo inferior' é 'mais
> longa' que os raios provenientes do bordo superior. Isso 'deforma' a Lua
> alongando-a horizontalmente (o mesmo acontece com o Sol ao nascer). O
albedo
> da Lua se incumbe de completar a circunferência e a visão que temos é que
a
> Lua 'é maior'. Quanto mais a Lua avança para 'o zenit' essa diferença de
> percurso vai desaparecendo.
> Tanto a Lua como o Sol 'nascem' dois minutos 'antes de nascerem realmente'
> devido esse fenômeno que determina a elevação aparente dos astros. Quando
vc
> olha o horizonte de manhã cedinho e espera até dizer "nasceu", faltam 2
> minutos para nascer, realmente. ã tarde quando vc diz para o Sol "morreu"
> ... já morreu há 2 minutos!

ACMQ:
Esta história de que a Lua e o Sol parecem maiores quando estão no
horizonte devido a um fenômeno físico, e não apenas ilusório, tem graves
furos:

Imagine que a Terra tenha 360 luas, e que em certo dia todas as luas
sejam visíveis no horizonte, cada uma ocupando precisamente um grau.
Você veria então uma cadeia contínua de luas ao longo de todo o
horizonte.

Se estas luas aparecessem ampliadas, não caberiam todas no horizonte...

O mesmo vale para 360 Sóis, mas poderia ser dito que o aquecimento do
ar no lado em que ele está provoca a ampliação, que seria compensada por
uma correspondente redução das imagens do céu no outro lado. Mas é a
Lua, que não irradia calor suficiente para provocar uma mudança
significativa na atmosfera.

Resta uma possibilidade:
Se é a lua cheia que é vista aumentada no horizonte, ela está
do lado frio do céu, oposto ao lado em que o Sol está, e portanto no
mesmo dia o Sol teria que aparecer -menor-, não maior, no horizonte
para compensar.

Portanto, ou o efeito só acontece com a Lua cheia, nunca com o Sol,
ou é uma ilusão.

Alguém acha um argumento contra? (Inventei isto agora.)

Antonio Carlos M. de Queiroz <

Léo:
Bela invenção! Digna de um Robert Henlein.

Achei apenas 359 argumentos contra; todas essas Luas apareceriam 'dilatadas'
e teria espaço para todos ... uma vez que, aquilo que chamamos de horizonte,
também é um horizonte 'dilatado'.:-)

A elevação aparente dos astros é um fato decorrente da refração atmosférica.
Se, principalmente no horizonte, a parte superior é vista um pouco mais
próxima da infeior do que realmente o é, ele se nos apresenta achatado. É
esse achatamento que causa a impressão de 'maior'.
[]'
Léo




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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [acropolis] Sobre o "Porque" Ultimo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/08/2000 03:04


De: Thiago Maia <thiago_m_santos@uol.com.br>

"Devir" na tradição filósofica, significa movimento num
sentido amplo (não só o usual de deslocamento de corpos).

O que vem a ser 'movimento num sentido amplo', além do usual conceito de
deslocamento de matéria e energia?
[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Diametro aparente da Lua
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/08/2000 03:07

Desconsidere esse meu texto inicial, antes de --- Mensagem Original --- De:
Antonio .......etc. O comentário está após a mensagem do Antonio. Gracias.
Léo

-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 15 de agosto de 2000 02:57
Assunto: Re: [ciencialist] Diametro aparente da Lua


Achei apenas 359 argumentos contra; todas essas Luas apareceriam 'dilatadas'
e teria espaço para todos ... uma vez que, aquilo que chamamos de horizonte,
também é um horizonte 'dilatado'.
A elevação aparente dos astros é um fato decorrente da refração atmosférica.
Se, principalmente no horizonte, a parte superior é vista um pouco mais
próxima da inferior do que realmente o é, ele se nos apresenta achatado. É
esse achatamento que causa a impressão de 'maior'.
[]'
Léo
-----Mensagem Original-----
De: Antonio Carlos M. de Queiroz <acmq@compuland.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 14 de agosto de 2000 20:24
Assunto: Re: [ciencialist] Diametro aparente da Lua


Luiz Ferraz Netto wrote:

> Ao nascer, tanto o Sol como a Lua têm seus diâmetros aparentes modificados
> pela refração atmosférica. Ao 'nascer' a Lua está no horizonte e a camada
de
> atmosfera que os raios de luz provenientes do 'bordo inferior' é 'mais
> longa' que os raios provenientes do bordo superior. Isso 'deforma' a Lua
> alongando-a horizontalmente (o mesmo acontece com o Sol ao nascer). O
albedo
> da Lua se incumbe de completar a circunferência e a visão que temos é que
a
> Lua 'é maior'. Quanto mais a Lua avança para 'o zenit' essa diferença de
> percurso vai desaparecendo.
> Tanto a Lua como o Sol 'nascem' dois minutos 'antes de nascerem realmente'
> devido esse fenômeno que determina a elevação aparente dos astros Quando
vc
> olha o horizonte de manhã cedinho e espera até dizer "nasceu", faltam 2
> minutos para nascer, realmente. ã tarde quando vc diz para o Sol "morreu"
> ... já morreu há 2 minutos!

ACMQ:
Esta história de que a Lua e o Sol parecem maiores quando estão no
horizonte devido a um fenômeno físico, e não apenas ilusório, tem graves
furos:

Imagine que a Terra tenha 360 luas, e que em certo dia todas as luas
sejam visíveis no horizonte, cada uma ocupando precisamente um grau.
Você veria então uma cadeia contínua de luas ao longo de todo o
horizonte.

Se estas luas aparecessem ampliadas, não caberiam todas no horizonte...

O mesmo vale para 360 Sóis, mas poderia ser dito que o aquecimento do
ar no lado em que ele está provoca a ampliação, que seria compensada por
uma correspondente redução das imagens do céu no outro lado. Mas é a
Lua, que não irradia calor suficiente para provocar uma mudança
significativa na atmosfera.

Resta uma possibilidade:
Se é a lua cheia que é vista aumentada no horizonte, ela está
do lado frio do céu, oposto ao lado em que o Sol está, e portanto no
mesmo dia o Sol teria que aparecer -menor-, não maior, no horizonte
para compensar.

Portanto, ou o efeito só acontece com a Lua cheia, nunca com o Sol,
ou é uma ilusão.

Alguém acha um argumento contra? (Inventei isto agora.)

Antonio Carlos M. de Queiroz <

Léo:
Bela invenção! Digna de um Robert Henlein.

Achei apenas 359 argumentos contra; todas essas Luas apareceriam 'dilatadas'
e teria espaço para todos ... uma vez que, aquilo que chamamos de horizonte,
também é um horizonte 'dilatado'.:-)

A elevação aparente dos astros é um fato decorrente da refração atmosférica.
Se, principalmente no horizonte, a parte superior é vista um pouco mais
próxima da infeior do que realmente o é, ele se nos apresenta achatado. É
esse achatamento que causa a impressão de 'maior'.
[]'
Léo




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SUBJECT: Re: [ciencialist] Lampada fluorescente e os quantum
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/08/2000 03:24

Oi, Luiz.
De fato, estou deveras enforcado com minhas coisas - acontece em toda
véspera de data do fechamento do Ofjor. Na quinta-feira já poderei ler as
mensagens (que se acumulam inexoravelmente) e respondê-las.
Até...
Belisário

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto

Belisário (com extensão a todos),
sei de seus trabalhos e do tempo que lhe é disponível para comentar acerca
da pergunta da aluna sobre a quântica na lâmpada fluorescente.
Sem querer apressa-lo ou interferir em sua resposta, preparei um texto
juntando os estado de plasma da lâmpada e pinceladas da primeira parte da
teoria quântica. Apreciaria sua leitura e complementação. Toda correção é
bem vinda (inclusive sobre a língua pátria!). Esse texto não exclui seu
texto sobre o tema. Meus agradecimentos (e da aluna).

Os demais participantes da lista que quiserem opinar e discutir o assunto,
sintam-se à vontade. Aprecio que apontem meus erros. Basta salvar todos os
anexos numa única pasta.

[]'
Léo

Adendo para a Emille Rocha
Emille, vc escreveu o texto abaixo usando o Word. Nele há um problema que
poderá corrigi-lo com facilidade. O problema é 'toda vez que digitar o verbo
'ter', nesse tempo, ele aparecerá como 'Ter' (maiúscula na primeira letra).
Isso ocorre porque o Word assume o 'ter' como início de 'terça-feira' e o
substitui 'automaticamente' por Ter.
Correção: vá em "Ferramentas"; "Auto-correção" e 'formatar ao digitar' ---
onde estiver 'colocar nome dos dias em maiúsculas', desabilite.

De: Emille Rocha

>Caro Jocax, ............
Eu não estou atacando a sua posição quanto à disseminação do ateísmo, onde
pelo contrário eu sou a favor, mas é possível de se Ter um ponto de
equilíbrio ao se tratar de ciencia e de realidade.
Emille Rocha




SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 15/08/2000 04:27

Alberto expõe:

>Caro Godoy

Em msg anterior cheguei realmente a estranhar o comportamento de "alguns"
físicos modernos a adotarem a norma de que "não seria objetivo da física ir
em busca do porquê das coisas". Disse "alguns" e não "a maioria" pois ainda
que perceba um certo consenso, não vejo unanimidade neste consenso; e também
porque não possuía exemplos a citar. Lancei a isca e tanto você quanto o Léo
a morderam. Hoje, graças a vocês, se ainda não posso falar em "maioria",
posso pelo menos citar alguns exemplos de físicos que assumem e defendem
esta conduta. Em meio a essa "maioria" que julgo existir, vejo exceções
brilhantes tais como Einstein, Heisenberg, Schödinger, Dirac, Schenberg.. e
diria, sem medo de errar, que o Belisário, a meu ver, enquadra-se nesta
"minoria", da maneira como a enxergo. Uma coisa é reconhecer e respeitar as
dificuldades encontradas nos limites e/ou nas fronteiras do conhecimento de
seu tempo, o que nem sempre é fácil pois exige profundidade de conhecimento;
outra coisa é sentar-se no cabresto.

Acredito que um dos objetivos da filosofia relacione-se à procura pelas
raízes últimas da problemática existencial, razão pela qual, de maneira
pejorativa, seja costume dizer que os filósofos estão em "busca da
determinação do sexo dos anjos". Enfim, não estou aqui com a pretensão de
defender os filósofos mas de mostrar que a ciência evolui não pela busca dos
"porquês últimos" dos fenômenos mas graças a resposta a "porquês" imediatos.
Galileu ao visualizar inércia e atrito respondeu porque os corpos celestes
perpetuam seu movimento e também, e ao mesmo tempo, porque os corpos
terrestres evoluem para o repouso. Graças a sua incessante procura pelos
"porquês" chegou a ser considerado pelos cientistas da época "um
desequilibrado malabarista de números inúteis", ainda que não tivesse a
pretensão de "determinar o sexo dos anjos" e nem mesmo ir além do que a
ciência de sua época permitia.

Newton Freire-Maia chega a citar três tipos de filosofia: 1) a filosofia
"tout court"; 2) a filosofia da ciência; e 3) a filosofia dita científica.
"A primeira seria realizada pelos filósofos, a segunda pelos filósofos da
ciência e a terceira em geral pelos próprios cientistas. Exemplos: Bergson -
Popper - Darwin." (A Ciência por Dentro, Vozes, 1995, p.34). Mário Bunge
refere-se a um quarto tipo de filosofia, a filosofia caseira. Parece-me ser
esta a filosofia seguida por aqueles que afirmam que "não seria objetivo da
física ir em busca do porquê das coisas". Mário Bunge diz:

"Quando dizemos que a filosofia não nos interessa, o que provavelmente
fazemos é substituir uma filosofia explícita por outra implícita, isto é,
imatura e incontrolada. [...] Esta filosofia caseira [...] supõe que um
símbolo, tal como uma equação, possui significado físico somente à medida
que diga respeito a alguma possível operação humana. Isto eqüivale a se
considerar a totalidade da física como se referindo a operações,
principalmente medições e cálculos, e não à natureza, o que implica num
retorno ao antropocentrismo prevalecente antes do nascimento da ciência"
(Filosofia de la Fisica, Editorial Ariel, Barcelona, 1982, p.11)

[ ]'s
Alberto<

Léo:
Deixemos claro uma posição "é objetivo da física criar modelos coerentes
entre si, para explicar (e aproveitar) o porque das coisas funcionarem assim
como funcionam". Sua função não é o 'porque' real e verdadeiro, uma vez que
cada modelo posto é assentado sobre modelos já aceitos.
'Velocidade' é um modelo físico com lastro matemático. Energia cinética é
outro modelo físico, tb com lastro matemático, mas que depende do anterior
'velocidade'. A energia cinética é bem aproveitada por todos.
Na natureza não existe o equivalente à velocidade. O que vemos de 'tão'
natural é uma partícula (um modelo) mudar de posição (outro modelo) no
decorrer do tempo (mais um modelo). Velocidade não é nada natural, não
existe ... nós a inventamos; não há nenhuma verdade absoluta sobre ela. Isso
aniquila o texto do eminente Mário Bunge. E não vejo aqui nenhum
antropocentrismo!
E então, voltemos à proposição inicial e deixemos aos filósofos a eterna
busca do sexo dos anjos.
Física propõe e cria, os engenheiros graxistas constroem e os filósofos se
perguntam se aquilo existe.
[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Etica, Ciencia e ceticismo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/08/2000 05:22

OOOOOOOppppppssssss! Por quê só achei hoje essa mensagem? Houve algo?
Vejamos:

André coloca:
<<
Léo:
voce escreveu:

"O problema não é de curto e sim de longo prazo. Hoje eu tb não tentaria
convencer a velha senhora de que deus não existe, não seria eu o pentelho
que vc aponta mas, tomaria cuidado de expandir a idéia para a nova geração.
Se cada um, a partir de hoje, começar a mostrar a seus tenros rebentos as
idéias céticas, as vantagens da evolução e da ciência, assim como os perigos
sociais e planetário do mito, com tempo, com bom tempo mesmo, não haverá
mais uma tal velhinha para ser 'convertida'. E, com certeza, as novas
velhinhas serão mais conscientes e altivas do que as atuais. As novas
velhinhas teriam o respeito dos novos rebentos, todos 'cultuando' juntos uma
realidade palpável, uma cultura sadia e isenta de mentiras 'divinas'."

Que é isso? O "Admirável Mundo Novo" dos céticos? Deus (ops!) me livre. Não
sei se eu aguentaria viver muito tempo cercado por tantas pessoas
racionais...As vezes eu mesmo não me aguento!
"Cultura sadia", isso soou meio fascista (não que fosse sua intenção). Mas
o que é uma cultura sadia? Haveria um Index de livros considerados sadios e
livros "não-sadios"? Desculpe, mas eu sou cético demais para me tornar um
"fanático" pelo ceticismo. Numa cultura tão homogênea, de pessoas céticas e
racionais, eu provavelmente proporia a existência de Deus só para provocar.
A existência de Deus não pode ser "provada", evidentemente, mas quando v.
fala em "mentiras divinas" o ônus da prova se inverte. Agora é v. que está
afirmando a falsidade, e deve provar...<<<<<<<<

Léo responde, muito tardiamente :-)
Não, não é o 'Admirável Mundo Novo' dos céticos. Lá havia um só 'big
brother' , aqui, nessa proposta a longo prazo, todos seriam 'bigs brothers'.
Estamos numa luta nada igual para igual, tem o misticismo, a religião, as
leitoras de cartas, as astrólogas (A sra. Walter Mercado), o tarô, os psi,
os pepsico..., os das cores, os magos, ... uma brutal turma, ....... e uma
só ciência lutando contra. Sem contar que a maioria disso tudo quer ser
científica, por que será?
Mas o interessante da história é que vc está propondo uma nova sequencia
'big bang' cultural. Numa fase a ciencia luta e luta e consegue vencer o
misticismo; todos racionais; ai aparece vc e propõe a existência de deus (só
para provocar) e então, paulatinamente o misticismo vai se ampliando até que
vence a ciência, é a fase de todos místicos (uma graça eterna); ai aparece
um que acredita na ciência e com muita tenacidade vai ampliando e levantando
sua bandeira, até que a ciência vence, todos racionais ........... e assim
sucessivamente por toda a 'etermidade'.
Finalmente, 'mentira divina' são todos os supostos ditos de alguém que nunca
existiu.
[]'

the deus
Idéias para lápides:

Espiritualista - Volto já.
Agrônomo - Favor regar o solo com Nevugon. Evita vermes.
Alcoólatra - Enfim, sóbrio.
Alcoólico Anônimo - Já que era para acabar assim, preferia cirrose.
Alérgico - Flores no túmulo do lado. Sou alérgico a pólen.
Alpinista - Pra cima todo santo ajuda.
Arqueólogo - Enfim, fóssil.
Assistente Social - Alguém aí, me ajude!
Cartunista - Partiu sem deixar traços.
Católico - Deus é grande, mas não é dois. É três.
Delegado - Tá olhando o quê? Circulando, circulando...
Ecologista - Entrei em extinção.
Encanador - Aqui gás.
Enólogo - Cadáver envelhecido em caixão de carvalho, aroma formol e
aftertasling que denota a presença de microorganismos
diversos.
Fanho - Anqui janz.
Funcionário Público - É no túmulo ao lado.
Garanhão - Rígido, como sempre.
Herói - Corri para o lado errado.
Hipocondríaco - Eu não disse que estava doente?
Jangadeiro Diabético - Foi doce morrer no mar.
Judeu - O que vocês estão fazendo aqui? Quem está tomando conta do loja?
Kamikase - Cai matando.
Latifundiário - Invasores serão expulsos à bala.
Lobista - Tudo bem, eu conheço um cara que é amigo de um primo de Deus.
Maníaco Sexual - Deixo para trás os melhores ânus da minha vida.
Megalomaníaco - Deus estava precisando de uma força.
Micreiro - Por favor, dê um restart.
Obstetra - Morrer é um parto.
Otimista - Pelo menos eu não pago mais imposto de renda!
Pessimista - Aposto que está fazendo o maior frio no inferno.
Psicanalista - A Eternidade não passa de um complexo de superioridade mal
resolvido.
Sanitarista - Sujou!
Sex simbol - Agora, só a terra vai comer.
Viciado - Enfim, pó.



SUBJECT: RES: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Rodrigo Frizzo Viecilli" <philox@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/08/2000 10:19

    Uma reta não é formada de dois pontos. Ela precisa de 2 pontos para se constituir. Não há definição formal da reta, apenas uma condição para que ela possa ser formada. E a navalha de Ockham não se aplica nesse caso, porque estes dois pontos podem ou não formar uma reta. Se eu desenho dois pontos num papel, eu tenho uma possibilidade de reta, não uma reta.
Analogias valem para o plano e o tetraedro.
    Se a tgbd fosse universal, valeria para qualquer composição que levasse a estas figuras. Entendo a sua empolgação, mas tome cuidado com os exemplos e com a universalidade. O mesmo vale para o aspecto particular no qual vc enxerga o átomo de hidrogênio, pois as partículas em que o dividimos são definidas fisicamente através de reações particulares. Não há uma estrutura definida para um átomo, nem para uma de suas partículas, pelo menos até agora. A separação da matéria a nível subatômico depende ainda da nossa linguagem, a qual tem a formação dependente diretamente dos sentidos. Por isso digo que vc está olhando o átomo de uma maneira extremamente particular, já que há outras diversas formas de olhá-lo.
    Pense no seguinte: se eu pegar uma sequência limitada de números, posso tentar forjar uma fórmula que a defina. Assim que aparece um novo número daquela seqüência eu posso ter errado na primeira fórmula. É melhor sempre testar a sua almejada universalidade da teoria, embora logicamente isto não tenha validade externa nem nunca vai ter, como vc propôs em um outro email.
    A sua teoria não tem cunho metafísico. Não se constitui em uma teoria consistente sobre nada específico, assim não é uma teoria, já que não tem universalidade lógica nem em ao menos um universo particular.
    O que o Sr. chama de teoria não passa, pelo menos ainda, de especulação. É uma especulação científica teórica, não tem nada de metafísico.
       Se vc propõe uma relação particular entre as coisas, isto não precisa ter a ver com metafísica. Metafísica é um estudo de supostas propriedades não-físicas da matéria e suas inter-relações. Por exemplo, uma propriedade metafísica aos olhos de Platão pode ser aquilo que um objeto tem que provoca a formação de uma idéia (propriedade metafísica). O plano das idéias para Platão é um plano metafísico, assim ele deduz que a matéria possui algo de metafísico.
    A metafísica é totalmente à parte. Ela passa a fazer parte de raciocínios, por exemplo matemáticos, se vc realmente acreditar nas idéias elementares da metafísica como esta de Platão. Por isso é complicado dar ou não cunho metafísico às idéias. Depende de como cada um forma a sua crença epistemológica.
    Eu não acredito na possibilidade lógica de qualquer tipo de metafísica, o que não quer dizer que a metafísica seja uma mentira. É apenas uma grande seqüência de interpretações deturpadas de fenômenos pouco conhecidos. O que temos efetivamente são objetos lingüísticos, não metafísicos. A nossa relação com o mundo é uma relação de simbologias interativas totalmente auto-suficientes, não é necessário envolver metafísica a meu ver, aqui sim aplico a navalha de ockham.
   
 
Rodrigo.
-----Mensagem original-----
De: Claudio Abreu - Bidual [mailto:bidual@gbl.com.br]
Enviada em: Sexta-feira, 25 de Agosto de 2000 20:25
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

Prezados Luiz Ferraz Netto, Alberto Mesquita e Roberto Takata e demais da Lista,
 
Não vou me entreter nas demonstrações matemáticas do Luiz agora. Mesmo porque não me parecem relevantes. Mas reparem bem que:
 
1) uma reta é formada por dois pontos => Dual
2) um plano é uma Reta (dual) mais um ponto, que não pertença à reta (Terceiro Uno) => Terno
3)  um tetraedro é um Plano (Terno) mais um ponto que não ao Plano (Quarto Uno) = Quadra 
 
A gora o que a geometria euclidiana não chega é que para tudo isto estar  em equilíbrio total o Quarto tem de Dualizar com o Terceiro e se decompor no Anti-Terno. Isso aqui é a TGBD que diz.
 
repare que em 1) e 2) não existe volume, é tudo abstrato. A partir do Quarto ponto, tem-se o tetraedro, e o primeiro volume. Não é interessante? Saiba que este exemplo foi um dos que me utilizei para desenvolver a TGBD.
 
Repare agora também que esta é a estrutura do átomo de Hidrogênio, o menor de todos os átomos, assim como o tetraedro é o menor de todos os volumes:
Dual = quark up + quark down
Terceiro = quark up, mas de natureza diferente das dos dois quarks do Dual.
Quarto = eletron
 
 Talvez tal natureza diferente ente os quarks do Dual e o Terceiro esteja relacionada à cor ou ao spin dos três quarks. Aqui a Cromodinâmica talvez ainda não tenha chegado lá pois pela TGBD duas das cores deveriam forma um Dual e a CQD é omissa em relação isto. E talvez seja isto que esteja faltando nela...
 
Como você vê o buraco é mais embaixo com a TGBD, Será que isso tudo é mesmo coincidência? Será tudo isso metafísico, Alberto e Takata?
 
Um grande abraço,
 
Claudio Abreu
 
-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: Sexta-feira, 25 de Agosto de 2000 20:09
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

Oi pessoal ... e Cláudio, idealizador da TGBD.
 
Li sobre a TGBD. Não foi uma leitura geral e arquibancada. Foi rápida, sem preocupação de interligar todas as idéias postas e caracterizar consistência no conjunto. Mas, desse 'esboço', visualizo uma trama sherloquiana. Vou tentar exemplificar o que tudo sugere (mas, ainda não tenho certeza):
......
......
.
E assim vamos em frente. Garanto pelo menos 324 Teoremas e suas demonstrações.
Ao fim e ao cabo, isso é a geometria de Euclides, onde 'um' é ponto, 'dois' é reta e 'três' é plano.
 
[]'
Léo
 
-----Mensagem Original-----
De: Claudio Abreu - Bidual
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: sexta-feira, 25 de agosto de 2000 13:44
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

Prezado Takata,
 
Que bom você de volta. Excelente linha de discussão Voltarei a ela quando tempo me permitir.
 
Abraços,
 
Claudio Abreu
-----Mensagem Original-----
De: Roberto Mitsuo Takata
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: sexta-feira, 25 de agosto de 2000 12:37
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

On Wed, 23 Aug 2000, Claudio Abreu - Bidual wrote:
> história da TGBD ser metafísica. Bom digamos que seja, apesar de eu não ver
> por aí. Se ela estiver correta isso é relevante?

uma teoria metafisica nao estah sujeita a testes empiricos a q. uma teoria
fisica estah -- ela nao pode ser corroborada nem refutada.

deus eh um exemplo de uma teoria metafisica... nao ha' testes possiveis
pra se avaliar sua veracidade ou falsidade.

a tgbd precisaria fornecer previsoes de comportamento do mundo fisico q.
pudessem ser verificados como ocorrendo ou nao. q. tipo de previsao a tgdb
faz para o dna, por exemplo, q. pudesse ser testado?

o modo como estah estruturada a tgdb parece nao permitir q. seja nem mesmo
em principio questionada. por exemplo, atualmente aceita-se mesmo q. sejam
4 os tipos de interacoes basicas nestas condicoes energeticas -- veja bem,
os 4 tipos de interacoes se referem ao presente estado do universo. nos
estados primordiais em q. a energia deveria estar bem mais concentrada, as
forcas deveriam estar unidas. veja entao a consequencia - a forca
eletromagnetica pode ser dissociada em outros dois tipos de forca: a
magnetica e a eletrica... oras entao eh uma simples questao de
conveniencia dizer q. sao 5 ou apenas 1 os tipos de forcas fundamentais -
falamos em 4 por causa do atual estado de diluicao da energia pelo
universo... pelos modelos atuais o universo deve se expandir
indefinidamente, qdo a densidade de energia vai cair ainda mais, e haverah
a dissociacao das forcas eletrica e magnetica... mas isso afeta a tgdb?
parece q. nao, jah q. por ela pode se ver o 5 como uma derivacao do 4 e o
1 como um preludio do mesmo 4... (poderiamos pensar em uma tgtu - teoria
geral da triunidade - e pensar q. o 5 eh uma derivacao posterior do 3 e o
q um preludio do mesmo 3... ou uma tgdm - teoria geral do duo monodal: q.
a base fosse apenas 2... ou tgdt - teoria geral do dois e tres, ou tgudt -
teoria geral do uni, duni, te... como saber qual eh a mais correta? qq uma
se comporta como uma teoria guarda-chuva q. absorve qq tipo de anomalia
devida a sua propria estruturacao interna... em termos estritamente de
ideias sao especulacoes validas, sao modelos de organizacao de uma visao
de mundo, mas em termos cientificos a coisa fica complicada, jah q. nao
nos ajuda a compreender o mundo de modo mais preciso...)

o mesmo tipo de raciocinio pode ser feito em relacao 'as dimensoes
espaco-temporais... podemos representah-las em apenas uma unica dimensao
ou separah-las em 4...

e sendo a tgdb uma teoria metafisica, como parece-me muito q. seja o caso,
nao ha muito o q. a ciencia possa dizer a favor ou contra... a metafisica
ou teorias sobre a razao ultima das coisas estao alem do escopo
cientifico. uma teoria metafisica deve ser tratada como uma teoria
metafisica -- isso eh assunto para os filosofos. note q. nao estou
diminuindo-a, apenas dizendo q. o plano de consideracao dela eh outro...

[]s,

roberto takata


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SUBJECT: Precisao dos calculos cientificos
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/08/2000 10:34

Em um site sobre Matemática, alguem
perguntou sobre qual a importancia
de se calcular o numero pi (3,141592...)
com milhoes de casas decimais.

- O professor respondeu que a unica importancia
e' de carater teorico, para matematicos, apenas.
Para cientistas em geral, algumas casas para
o numero pi sao o suficiente.

- Ele diz que:

"Os calculos matematicos de alta exatidao sao raros e tipicamente
nao envolvem mais do que algumas dezenas de algarismos.
Nos calculos mais usuais, que ocorrem em trabalhos cientificos e
tecnicos, os resultados finais, tipicamente, nao precisam ter mais
de tres a quatro algarismos significativos ( pois maior exatidao
nao tem os instrumentos de medida e nem as leis cientificas ), e
assim mesmo que façamos os calculos com mais de quatro algarismos
significativos, para que os erros de arredondamento possam
"contaminar" apenas as casas alem das dos quatro primeiros
algarismos significativos , não seriam necessários mais do que uma dezena de
algarismos significativos."

Pergunta:
=========

- Gostaria de saber dos cientistas da lista se ha' algum ramo na
ciencia (na Fisica, na Biologia, na Astronomia, na Quimica, etc.),
onde e' obrigatorio o uso de, por exemplo 20 ou 30 casas decimais
nos calculos (seja para o pi, para o "e" ou outra constante qualquer), sob
risco de, nao utilizando muitas casas decimais,
obter-se resultados imprecisos.

- Para simplificar a abordagem, gostaria de eliminar da questao
os casos da Teoria do Caos, que com poucas casas decimais de
variacao podem gerar resultados bastante diferentes. Sei tambem
que ha' constantes na Fisica e Quimica que sao tao pequenas
numericamente, que sao representadas por potencias de 10:
(por exemplo, a constante de Planck: 6,626176 x 10^-34). Nesses
casos em que ha' grandezas que ja' contem
dezenas de casas decimais, parece-me (como leigo) que e' natural
utilizar todas elas. Minha pergunta se refere mais a numeros
mais "comuns", como o pi ou o "e", por exemplo.

- Enfim, ha' algum campo na Fisica ou na Genetica (por exemplo)
em que seja necessario usar 30 casas (por exemplo) decimais para o pi ?


- Grato pela atencao de todos

Paulo Sergio Dias
psdias@globo.com.br









SUBJECT: RES: [ciencialist] Midia de CD
FROM: "Rodrigo Frizzo Viecilli" <philox@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/08/2000 11:29

Que eu saiba a diferença é apenas de pigmentação. Não há implicação
necessária na qualidade da mídia.

Rodrigo

-----Mensagem original-----
De: root@redebrasil.net [mailto:root@redebrasil.net]Em nome de Leonardo
Stern
Enviada em: Sábado, 26 de Agosto de 2000 09:38
Para: excalibur2@egroups.com
Cc: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] Midia de CD


NÃo sei se está é uma pergunta pertinente a lista, mas em todos caso ...

Alguém saberia me explicar as diferenças entre as mídias dos cds
gravaveis (azul, prata, ouro, branca) ?




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SUBJECT: Re: [ciencialist] Precisao dos calculos cientificos
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/08/2000 11:53

paulo,

On Tue, 15 Aug 2000, Paulo Sérgio Dias wrote:
> - Para simplificar a abordagem, gostaria de eliminar da questao
> os casos da Teoria do Caos, que com poucas casas decimais de
> variacao podem gerar resultados bastante diferentes. Sei tambem
> que ha' constantes na Fisica e Quimica que sao tao pequenas
> numericamente, que sao representadas por potencias de 10:
> (por exemplo, a constante de Planck: 6,626176 x 10^-34). Nesses
> casos em que ha' grandezas que ja' contem
> dezenas de casas decimais, parece-me (como leigo) que e' natural
> utilizar todas elas. Minha pergunta se refere mais a numeros
> mais "comuns", como o pi ou o "e", por exemplo.

ha uma pequena confusao aqui. a constante de Planck, a de Avogadro e
similares sao medidas empiricas e definidas experimentalmente - sua medida
estah sujeita a limitacoes instrumentais para o alcance de precisao e
acuracia.

pi, o numero de Euler e similares sao constantes matematicas. nao ha
limitacao instrumental para o calculo da enesima casa decimal -- a unica
limitacao eh de tempo para se atingir qq casa decimal.

(e nao estou muito certo se para valores empiricos 0,01 significa
exatamente a mesma coisa q. 1.10^-2, i.e, se as potencias de dez fazem
parte da medida de acuracia ou das unidades de medida...)

> - Enfim, ha' algum campo na Fisica ou na Genetica (por exemplo)
> em que seja necessario usar 30 casas (por exemplo) decimais para o pi ?

nao... alias em Biologia quase nunca se usa mais do q. dois algarismos
significativos - i.e., uma medida com mais de uma casa decimal... muito
raramente se veem duas casas depois da virgula. as constantes matematicas
utilizadas nao tem mais casas do q. as programadas nas calculadores e
programas estatisticos utilizados (entre 8 e 14 digitos - o q. eh muito
mais do q. o necessario)...

particularmente em Biologia, as variaveis sao ttas q. nao se ganha maior
acuracia com aumento de casas decimais em umas poucas variaveis e
constantes q. sao consideradas nos experimentos...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Horario da F1 - Coincidencia ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/08/2000 13:09

Alguem saberia me dizer PQ aqui no Brasil o horario de todas as corridas

de F1 *sempre* acontecem num horario EXATO?

Sera coincidencia q todas as cidades que patrocinam a corrida sempre
tenham uma diferenca de fuso horario com Brasilia de um numero inteiro
de horas?

Por exemplo, ao inves das corridas comecarem as 9:25 ou 14:07 , sempre
comecam em 9:00 , 14:00 , 3:00 etc..

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Horario da F1 - Coincidencia ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/08/2000 13:41

On Tue, 15 Aug 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Sera coincidencia q todas as cidades que patrocinam a corrida sempre
> tenham uma diferenca de fuso horario com Brasilia de um numero inteiro
> de horas?
>
> Por exemplo, ao inves das corridas comecarem as 9:25 ou 14:07 , sempre
> comecam em 9:00 , 14:00 , 3:00 etc..

nao, nao eh coincidencia... o q. acontece eh q. os fusos horarios sao
fusos (projecao de cunhas de esferas na superficie) e determinam unidades
discretas - o angulo dos fusos sao de 15 graus (15o x 24 = 360o). bem na
verdade nao sao exatamente fusos - jah q. ha acomodacao nas fronteiras e
limites de territorios e paises, por razoes bem claras - ficaria estranho
se simplesmente ao atravessar uma rua tivesse q. se adiantar ou atrasar o
relogio em uma hora (embora em alguns locais isso efetivamente ocorra).

a escolha para a unidade em horas, tbm, embora arbitraria, nao eh sem
razao -- no limite teriamos q. reajustar o relogio a cada passo q.
dessemos... com o mundo dividido em 24 zonas fica mais facil
compatibilizar a claridade do dia com a hora local, sem q. pra isso
enchessemos de suddivisoes q. complicariam a vida das pessoas. (nao fosse
o fator pratico, nada impediria de q. a hora local fosse determinada a
partir dos graus exatos de longitude a partir de greenwich -- a cidade de
s. paulo, e.g, estah a 46o37' O de longitude - o q. daria uma diferenca
de 3h06 em vez das -03h00 GMT normalmente consideradas...)

pegue qq atlas e veja o mapa de fusos horarios (existem poucas excecoes em
q. existem diferencas de apenas 30 min.) -- se vc nao tiver nenhum atlas
'a mao veja em:

http://aa.usno.navy.mil/AA/faq/docs/world_tzones.html

isso nao ocorre apenas com corridas de F1, mas com qq evento (esportivo ou
nao) marcado com antecedencia (salvo algum imprevisto) - isso eh explicado
pela psicologia humana (temos uma psicologa na lista q. pode nos dar mais
detalhes -- ou desdizer o q. eu disse) q. adora numeros redondos e tbm
porq. eh mais facil das pessoas memorizarem q. algo comeca 'as 13h00 do q.
saber q. se inicia exatamente 'as 13h18...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Precisao dos calculos cientificos
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/08/2000 16:18

Paulo,
minha mente está imaginando lembrar-se de que podemos calcular o volume do
universo com precisão maravilhosa pegando pi com 39 casas. Isto é portanto
um caso astronômico exagerado. Dizem por aí que não é necessário nada acima
disto. O que eu acharia interessante é uma aplicação na informática, já que
nenhum desses se repete pode se fazer uma "seqüência" aleatória... bem
interessante, dizem que em pi estão escritas todas as obras de Shakespeare
em ASCII (american standard code for information interchange, a
interpretação dos dados enviados pelo teclado para o computador; são 256
possibilidades, casualmente 2 na 8, ou 8 bits, sendo cada bit um sinal
positivo ou negativo).
Bem, é isso.

Abraço,

Benjamin Hinrichs

----- Original Message -----
From: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Tuesday, August 15, 2000 10:34 AM
Subject: [ciencialist] Precisao dos calculos cientificos




SUBJECT: Re: [ciencialist] Precisao dos calculos cientificos
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/08/2000 17:45



Benjamin Hinrichs wrote:

> ...bem
> interessante, dizem que em pi estão escritas todas as obras de
> Shakespeare
> em ASCII (american standard code for information interchange, a..

Muito interessante , estava pensando...
Pi certamente nao eh racional, e assim nao pode existir uma sequencia q
se
repita ad infinitum como uma dizima. Contudo,
existe um numero irracional formado por uma sequencia de digitos 0s e 1s

que nao formam um alfabeto de mais de 2 letras.
Considere o numero formado da sequencia de 0s, e 1s onde o numero de 0
eh o numero do digito da raiz(2) Ou seja :
raiz(2)=1,2142135...
assim X=0,010010100001001010001000001....
Ou seja existe tantos zeros antes do1 qtos forem o digitos da raiz de 2.

Agora X eh uma descricao de um irracional e portanto deve ser
irracional.
Mas PI poderia ter os digitos de X a partir de uma certa casa decimal
e portanto nao mais apresentar o codigo ASCII !!!
E portanto as obras de shakeaspeare nao seriam encontradas la NAO a
nivel de
codigo ASCII pelo menos.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Precisao dos calculos cientificos
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/08/2000 17:52

Oi Jocax,
o que exatamente vc tem contra mim, hein? Nas poucas vezes que me manifesto
vc logo cai em cima... bem, não vou criticar a sua carta. Agora é esperar
para ver se confirmam a tua hipótese.
Abraço,

Benjamin Hinrichs

----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Tuesday, August 15, 2000 5:45 PM
Subject: Re: [ciencialist] Precisao dos calculos cientificos


>
>
> Benjamin Hinrichs wrote:
>
> > ...bem
> > interessante, dizem que em pi estão escritas todas as obras de
> > Shakespeare
> > em ASCII (american standard code for information interchange, a..
>
> Muito interessante , estava pensando...
> Pi certamente nao eh racional, e assim nao pode existir uma sequencia q
> se
> repita ad infinitum como uma dizima. Contudo,
> existe um numero irracional formado por uma sequencia de digitos 0s e 1s
>
> que nao formam um alfabeto de mais de 2 letras.
> Considere o numero formado da sequencia de 0s, e 1s onde o numero de 0
> eh o numero do digito da raiz(2) Ou seja :
> raiz(2)=1,2142135...
> assim X=0,010010100001001010001000001....
> Ou seja existe tantos zeros antes do1 qtos forem o digitos da raiz de 2.
>
> Agora X eh uma descricao de um irracional e portanto deve ser
> irracional.
> Mas PI poderia ter os digitos de X a partir de uma certa casa decimal
> e portanto nao mais apresentar o codigo ASCII !!!
> E portanto as obras de shakeaspeare nao seriam encontradas la NAO a
> nivel de
> codigo ASCII pelo menos.
>
> []s
> jocax
>
>
>
>
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>
> *** --- ***
>
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Precisao dos calculos cientificos
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/08/2000 18:05



Benjamin Hinrichs wrote:

> Oi Jocax,
> o que exatamente vc tem contra mim, hein? Nas poucas vezes que me
> manifesto
> vc logo cai em cima... bem, não vou criticar a sua carta. Agora é
> esperar
> para ver se confirmam a tua hipótese.
>

Desculpa Benjamim nao foi minha intencao ir contra voce !!
Eu soh estava atras da BENDITA VERDADE !!!! :-))
Eu achei INTERESSANTISSIMA a ideia de que se poderia ter as obras de
shakeaspeare embutida em Pi ( ou qqr numero irracional ) e resolvi
verificar
se isso era mesmo verdade.
Um modo de verificar eh tentar achar um contra-exemplo e foi o q tentei
fazer.

Nada de pesoal contra vc.
Vc deve notar q eu procuro SEMPRE ir contra teorias q me parecem
estranhas ou q eu intuo q possam nao ser verdade....
Eh uma mania minha, nao liga nao !!
Ademais eu sempre te achei muito CRIATIVO e muito bem HUMORADO !!.
Abracos
jocax



> Abraço,
>
> Benjamin Hinrichs
>
> ----- Original Message -----
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
> To: <ciencialist@egroups.com>
> Sent: Tuesday, August 15, 2000 5:45 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Precisao dos calculos cientificos
>
>
> >
> >
> > Benjamin Hinrichs wrote:
> >
> > > ...bem
> > > interessante, dizem que em pi estão escritas todas as obras de
> > > Shakespeare
> > > em ASCII (american standard code for information interchange, a..
> >
> > Muito interessante , estava pensando...
> > Pi certamente nao eh racional, e assim nao pode existir uma
> sequencia q
> > se
> > repita ad infinitum como uma dizima. Contudo,
> > existe um numero irracional formado por uma sequencia de digitos 0s
> e 1s
> >
> > que nao formam um alfabeto de mais de 2 letras.
> > Considere o numero formado da sequencia de 0s, e 1s onde o numero de
> 0
> > eh o numero do digito da raiz(2) Ou seja :
> > raiz(2)=1,2142135...
> > assim X=0,010010100001001010001000001....
> > Ou seja existe tantos zeros antes do1 qtos forem o digitos da raiz
> de 2.
> >
> > Agora X eh uma descricao de um irracional e portanto deve ser
> > irracional.
> > Mas PI poderia ter os digitos de X a partir de uma certa casa
> decimal
> > e portanto nao mais apresentar o codigo ASCII !!!
> > E portanto as obras de shakeaspeare nao seriam encontradas la NAO a
> > nivel de
> > codigo ASCII pelo menos.
> >
> > []s
> > jocax
> >
> >
> >
> >
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Precisao dos calculos cientificos
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/08/2000 18:17

Bem, isso agora já virou um chat.
Não pretendo acrescentar dados fora que pi já foi calculado com precisão de
5 bilhões de casas (projeto PiHex) e pretende se calcular até 40 bilhões ou
trilhões, nem sei.
Quanto ao teu problema pessoal contra mim (já começa a brincadeira...) acho
que é melhor que moremos em locais bem distantes neste país. Bem, sou do Rio
Grande do Sul, espero que vc sejá de Santa Catarina pro norte, para jamais
nos encontrarmos para discutir. No mais, acho que a idéia de irracional em
irracional é interessante.
De fato é uma hipótese que tenhamos parte de um número "lixo" e em seguida
um grande segmento de números repetidos de um irracional. Até que faz
sentido, só que eu acho que estou sendo pouco claro, é claro. Bem, vamos
deixar esse bate-boca pra lá.

Abraço,

Benjamin Hinrichs

----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Tuesday, August 15, 2000 6:05 PM
Subject: Re: [ciencialist] Precisao dos calculos cientificos


>
>
> Benjamin Hinrichs wrote:
>
> > Oi Jocax,
> > o que exatamente vc tem contra mim, hein? Nas poucas vezes que me
> > manifesto
> > vc logo cai em cima... bem, não vou criticar a sua carta. Agora é
> > esperar
> > para ver se confirmam a tua hipótese.
> >
>
> Desculpa Benjamim nao foi minha intencao ir contra voce !!
> Eu soh estava atras da BENDITA VERDADE !!!! :-))
> Eu achei INTERESSANTISSIMA a ideia de que se poderia ter as obras de
> shakeaspeare embutida em Pi ( ou qqr numero irracional ) e resolvi
> verificar
> se isso era mesmo verdade.
> Um modo de verificar eh tentar achar um contra-exemplo e foi o q tentei
> fazer.
>
> Nada de pesoal contra vc.
> Vc deve notar q eu procuro SEMPRE ir contra teorias q me parecem
> estranhas ou q eu intuo q possam nao ser verdade....
> Eh uma mania minha, nao liga nao !!
> Ademais eu sempre te achei muito CRIATIVO e muito bem HUMORADO !!.
> Abracos
> jocax
>
>
>
> > Abraço,
> >
> > Benjamin Hinrichs
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
> > To: <ciencialist@egroups.com>
> > Sent: Tuesday, August 15, 2000 5:45 PM
> > Subject: Re: [ciencialist] Precisao dos calculos cientificos
> >
> >
> > >
> > >
> > > Benjamin Hinrichs wrote:
> > >
> > > > ...bem
> > > > interessante, dizem que em pi estão escritas todas as obras de
> > > > Shakespeare
> > > > em ASCII (american standard code for information interchange, a..
> > >
> > > Muito interessante , estava pensando...
> > > Pi certamente nao eh racional, e assim nao pode existir uma
> > sequencia q
> > > se
> > > repita ad infinitum como uma dizima. Contudo,
> > > existe um numero irracional formado por uma sequencia de digitos 0s
> > e 1s
> > >
> > > que nao formam um alfabeto de mais de 2 letras.
> > > Considere o numero formado da sequencia de 0s, e 1s onde o numero de
> > 0
> > > eh o numero do digito da raiz(2) Ou seja :
> > > raiz(2)=1,2142135...
> > > assim X=0,010010100001001010001000001....
> > > Ou seja existe tantos zeros antes do1 qtos forem o digitos da raiz
> > de 2.
> > >
> > > Agora X eh uma descricao de um irracional e portanto deve ser
> > > irracional.
> > > Mas PI poderia ter os digitos de X a partir de uma certa casa
> > decimal
> > > e portanto nao mais apresentar o codigo ASCII !!!
> > > E portanto as obras de shakeaspeare nao seriam encontradas la NAO a
> > > nivel de
> > > codigo ASCII pelo menos.
> > >
> > > []s
> > > jocax
> > >
> > >
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SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/08/2000 18:32

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 15 de Agosto de 2000 04:27
Assunto: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo

> Alberto expõe:
>Caro Godoy...

A msg referida eu enviei em 07/08/00 e pensei que ela tinha "ido para o
espaço" quando na realidade ela foi para o futuro (15/08/00). Em 08/08/00
repeti a msg e achei que a 2a via já havia chegado a todos. De qualquer
forma, é sempre um prazer responder ao Léo, ainda que com o "rigorismo" que
me é peculiar. :-)

> Léo:
> Deixemos claro uma posição "é objetivo da física criar modelos coerentes
> entre si, para explicar (e aproveitar) o porque das coisas funcionarem
> assim como funcionam". Sua função não é o 'porque' real e verdadeiro, uma
> vez que cada modelo posto é assentado sobre modelos já aceitos.
> 'Velocidade' é um modelo físico com lastro matemático. Energia cinética é
> outro modelo físico, tb com lastro matemático, mas que depende do anterior
> 'velocidade'. A energia cinética é bem aproveitada por todos.

Concordo contigo e digo mais: Discutir se a "velocidade" é ou não modelo
físico, isto sim, é objetivo da filosofia da ciência. E ao que parece, e não
por minha vontade própria, ainda que eu não tenha nada contra isso, o que
mais fazemos aqui na ciencialist é filosofar sobre a ciência. Reafirmo: não
sou contra e até gosto, mas o problema é que via de regra utilizamos a má
filosofia ou a filosofia caseira pois, com raríssimas exceções, somos xucros
no assunto. Assim, se a matéria é ou não real, isto é um assunto cujas
raízes primeiras poderão ser do interesse de um filósofo realista ou
idealistas ou outros "istas" que existem por aí. Não obstante, existem
aspectos importantes e inerentes a esse realismo ou idealismo ou
construtivismo, etc, e que, verdadeiros ou não, acabam por interessar a
alguns cientistas naturais como Einstein, Bohr, Heisenberg, Maxwell, dentre
tantos outros. E é esta a filosofia, a que Maia chama filosofia científica,
para distinguí-la da filosofia da ciência, que acredito ser valorizada por
aqueles que realmente fazem importantes contribuições à ciência.

A meu ver, as três filosofias são importantes mas a filosofia científica é
essencial ao cientista, pelo menos aquele que realmente produz conhecimento
científico a exceção, é óbvio, daqueles que fazem descobertas "por acaso",
coisa a meu ver raríssima na ciência, ainda que efusivamente comentada, e
quase sempre a acontecer, quem sabe por coincidência, com cientistas que
conhecem o terreno por onde pisam.

> Na natureza não existe o equivalente à velocidade. O que vemos de 'tão'
> natural é uma partícula (um modelo) mudar de posição (outro modelo) no
> decorrer do tempo (mais um modelo).

Sim, mas é possível que não exista também a matéria, nem o espaço, nem o
tempo, nem a Internet. E é possível que esta msg, assim como as outras,
existam apenas na minha mente. Mas ao discutir sobre isso eu não estou
fazendo ciência, nem filosofia científica e nem filosofia da ciência.
Quando estou realmente interessado em problemas desse tipo prefiro as msgs
deixadas por Aristóteles, Hume, Kant, Berkeley e tantos outros, ao invés
daquelas deixadas aqui na lista pelo Jocax ou outros filósofos caseiros que
perambulam por aqui. Nada contra discutir esses assuntos, apenas não posso
dar a minha contribuição da maneira que gostaria, com conhecimento de causa.
A esse respeito prefiro as msgs do Manuel, que pelo menos estuda o assunto.

> Velocidade não é nada natural, não
> existe ... nós a inventamos; não há nenhuma verdade absoluta sobre ela.
> Isso aniquila o texto do eminente Mário Bunge. E não vejo aqui nenhum
> antropocentrismo!

Pelo visto você não entendeu a mensagem de Bunge. Quero crer que o
antropocentrismo a que ele se refere relaciona-se a valorizarmos
excessivamente, através da filosofia caseira, aquilo que, como você afirma,
"nós inventamos", deixando de lado o que realmente existe e a justificar o
funcionamento desta invenção (ou deste modelo). Ou seja, ao valorizarmos o
que produzimos, deixando de lado a essência do que está por trás dessa
produção (ou o porquê deste modelo funcionar, ainda que explicando-se-o,
provisoriamente ou não, por outros modelos) estamos assumindo uma atividade
se não egocêntrica, pelo menos antropocêntrica.

> E então, voltemos à proposição inicial e deixemos aos filósofos a eterna
> busca do sexo dos anjos.

Com todo o respeito, diga isso aos filósofos caseiros que perambulam por
aqui. De minha parte, não fujo à luta mas prefiro discutir problemas
existenciais que estão próximos da minha compreensão ou, como já disse, os
"porquês" imediatos.

> Física propõe e cria, os engenheiros graxistas constroem e os filósofos se
> perguntam se aquilo existe.

Concordo, mas como chegarmos à criação se desprezarmos os questionamentos?
Quanto a sua última frase ela lembra-me de um pensamento de Carlo Rubbia que
gosto de repetir (muito provavelmente já a postei aqui na ciencialist):

"Nós somos a primeira etapa do sistema. Uma etapa absolutamente essencial,
mas que é baseada sobretudo na falta de um fim específico. Outras pessoas
retomarão o que fizemos, e serão elas que tornarão as coisas práticas. Sem
nós, essas pessoas não existiriam, e nós, por outro lado, sem elas, não
teríamos nenhuma razão de existir.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/08/2000 18:50


>
> Léo:
> Deixemos claro uma posição "é objetivo da física criar modelos coerentes
> entre si, para explicar (e aproveitar) o porque das coisas funcionarem
assim
> como funcionam". Sua função não é o 'porque' real e verdadeiro, uma vez
que
> cada modelo posto é assentado sobre modelos já aceitos.
> 'Velocidade' é um modelo físico com lastro matemático. Energia cinética é
> outro modelo físico, tb com lastro matemático, mas que depende do anterior
> 'velocidade'. A energia cinética é bem aproveitada por todos.
> Na natureza não existe o equivalente à velocidade. O que vemos de 'tão'
> natural é uma partícula (um modelo) mudar de posição (outro modelo) no
> decorrer do tempo (mais um modelo). Velocidade não é nada natural, não
> existe ... nós a inventamos; não há nenhuma verdade absoluta sobre ela.
Isso
> aniquila o texto do eminente Mário Bunge. E não vejo aqui nenhum
> antropocentrismo!
> E então, voltemos à proposição inicial e deixemos aos filósofos a eterna
> busca do sexo dos anjos.
> Física propõe e cria, os engenheiros graxistas constroem e os filósofos se
> perguntam se aquilo existe.
> []'
> Léo
>
E o Leo não conhece filosofia!





SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/08/2000 19:19

-----Mensagem Original-----
De: Francisco <fbrito@globo.com.br>
Assunto: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo



> Léo:
> Deixemos claro uma posição "é objetivo da física criar modelos coerentes
> entre si, para explicar (e aproveitar) o porque das coisas funcionarem
assim
> como funcionam". Sua função não é o 'porque' real e verdadeiro, uma vez
que ...........................
> Física propõe e cria, os engenheiros graxistas constroem e os filósofos se
> perguntam se aquilo existe.
> []'
> Léo
>
Francisco:
>>E o Leo não conhece filosofia!<<

Léo:
Minha mulher é química com especialização e agora virou para advocacia ...
foi fácil. É a 'quente' das advogadas!
Um médico largou a clínica e foi ser enfermeiro ... foi fácil. É o melhor
enfermeiro do hospital!
Para um físico passar para a filosofia será mais fácil ainda ... tudo é
questão de andar para trás!

Ou seja, em praia de cego, quem tem ...........

[]'
Léo





SUBJECT: Novamente o coroinha !
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/08/2000 19:24

Desta vez enviou-se esse texto. Uma 'jóia' de demonstração científica :-)
[]'
Léo
..............................................
FÍSICA - ENERGIA

ALUNO: - O universo existe ?

FÍSICO: - Não.

ALUNO: - Por quê ?

FÍSICO: - Demonstrarei a seguir.

Seja E a energia total do universo.
De acordo com o princípio da conservação da energia, podemos escrever

E = constante (1)

Como a energia não pode ser criada e nem destruída, a energia total do
universo só pode ser igual a zero.
Se admitirmos energia total positiva teremos que admitir que alguma coisa
forneceu energia para o universo o que é impossível pois não existe nada
além do universo.
Se admitirmos energia total negativa teremos que admitir que o universo
forneceu energia para alguma coisa o que também é impossível pois não existe
nada além do universo.
Fazendo E = 0 e substituindo em (1), temos

E = constante = 0 (2)

De acordo com a teoria da relatividade,

E = mc2 &#61662; m = E/c2 (3)

onde m é a massa total do universo e c é o valor da velocidade da luz no
vácuo.
Substituindo (2) em (3), vem

m = constante = 0

Massa nula significa ausência de matéria, logo o universo não existe como
queríamos demonstrar (CQD).

-----

Pergunta 1:

Será que existe um universo de massa m1 positiva e um universo de massa m2
negativa tal que a soma da massa do primeiro com a massa do segundo seja
igual a zero
( m1 + m2 = m = 0 ) ?

-----

Pergunta 2:

Que força é essa que a partir do nada ( m = 0 ) criou dois universos: um de
massa m1 positiva e outro de massa m2 negativa ?

-----




SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/08/2000 19:26


> > Léo:
> > Deixemos claro uma posição "é objetivo da física criar modelos coerentes
> > entre si, para explicar (e aproveitar) o porque das coisas funcionarem
> assim
> > como funcionam". Sua função não é o 'porque' real e verdadeiro, uma vez
> que ...........................
> > Física propõe e cria, os engenheiros graxistas constroem e os filósofos
se
> > perguntam se aquilo existe.
> > []'
> > Léo
> >
> Francisco:
> >>E o Leo não conhece filosofia!<<
>
> Léo:
> Minha mulher é química com especialização e agora virou para advocacia ...
> foi fácil. É a 'quente' das advogadas!
> Um médico largou a clínica e foi ser enfermeiro ... foi fácil. É o melhor
> enfermeiro do hospital!
> Para um físico passar para a filosofia será mais fácil ainda ... tudo é
> questão de andar para trás!
>
> Ou seja, em praia de cego, quem tem ...........
>
> []'
> Léo
>
Difícil vai ser deixar todo esse preconceito de lado!
Mas, um físico não precisa deixar nada de lado, não é mesmo?




SUBJECT: Re: [ciencialist] Diametro aparente da Lua
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/08/2000 21:04

Luiz Ferraz Netto wrote:

> Bela invenção! Digna de um Robert Henlein.

Li todos os livros dele...

> Achei apenas 359 argumentos contra; todas essas Luas apareceriam 'dilatadas'
> e teria espaço para todos ... uma vez que, aquilo que chamamos de horizonte,
> também é um horizonte 'dilatado'.:-)

Me explique como 360 luas com um grau de diâmetro, aumentadas para,
sejam 2 graus de diâmetro, podem caber em 360 graus sem deformação...

> A elevação aparente dos astros é um fato decorrente da refração atmosférica.
> Se, principalmente no horizonte, a parte superior é vista um pouco mais
> próxima da infeior do que realmente o é, ele se nos apresenta achatado. É
> esse achatamento que causa a impressão de 'maior'.

Uma deformação no sentido vertical é possível. No sentido horizontal
não vejo como, ao menos não de maneira uniforme ao longo de todo o
horizonte.

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: [ciencialist] Precisao dos calculos cientificos
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/08/2000 21:33

Paulo Sérgio Dias wrote:

> Em um site sobre Matemática, alguem
> perguntou sobre qual a importancia
> de se calcular o numero pi (3,141592...)
> com milhoes de casas decimais.
>
> - O professor respondeu que a unica importancia
> e' de carater teorico, para matematicos, apenas.
> Para cientistas em geral, algumas casas para
> o numero pi sao o suficiente.

É verdade, mas ninguém coloca Pi com menos que o máximo possível número
de dígitos permitido pelo padrão usado em um programa de computador
que faça análises que envolvam Pi. Em um delicado algorítmo de
processamento de sinais, por exemplo, em que Pi aparece por
todo lado, não se está interessado em "artifatos" causados por
incorreções nos valores de constantes matemáticas que tem valor
definido. É verdade que na maior parte dos casos a diferença é
pequena, mas se vejo um algorítmo calcular 1.123456 e outro calcular
1.123442, usando a mesma precisão, um dos dois tem algo de errado.

Sobre Pi há muitos sítios no www, alguns contendo listagens com
-bilhões- de dígitos, e até sistemas de busca por determinados
padrões.

O programinha em C abaixo parece (propositalmente) ininteligível,
mas calcula Pi com 800 dígitos:

long int a=10000,b,c=2800,d,e,f[2801],g;main(){for(;b-c;)f[b++]=a/5;
for(;d=0,g=c*2;c-=14,printf("%.4d",e+d/a),e=d%a)
for(b=c;d+=f[b]*a,f[b]=d%--g,d/=g--,--b;d*=b);}

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/08/2000 21:34

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 15 de Agosto de 2000 19:19
Assunto: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo

> Léo:
> Minha mulher é química com especialização e agora virou para advocacia ...
> foi fácil. É a 'quente' das advogadas!
> Um médico largou a clínica e foi ser enfermeiro ... foi fácil. É o melhor
> enfermeiro do hospital!
> Para um físico passar para a filosofia será mais fácil ainda ... tudo é
> questão de andar para trás!
>

Bem, se o tema do dia é mudanças especialização, vamos lá:

Gilbert, médico da rainha Elizabeth, nas horas vagas escreveu um tratado de
eletromagnetismo (De Magnete, 1600), numa época em que raríssimos físicos
sabiam o que era isso. Parece ter sido o primeiro a admitir a Terra um
grande imã e desenvolveu também uma teoria para explicar a atração elétrica
(algo que hoje não mais preocupa os físicos que, com raríssimas exceções,
têm ojeriza pelos "porquês").

Thomas Young abandonou a medicina em 1799 e em 1801, graças a estudos sobre
a dupla difração da luz, "destroçou" a óptica newtoniana, ressuscitando os
conceitos ondulatórios de Huygens.

Julius Robert Mayer, médico, em suas férias tropicais notou que o sangue
venoso dos habitantes dos trópicos era de um vermelho vivo demais. Concluiu
corretamente que o trabalho mecânico dos seres vivos provinha da energia
liberada pela oxidação dos alimentos e o calor era um subproduto. Admitiu
que pela queima de uma mesma quantidade de alimento o corpo animal poderia
produzir proporções diferentes de calor e trabalho mas a soma das duas devia
ser constante. Enunciou desta forma e pela primeira vez a primeira lei da
termodinâmica. Prosseguiu seus estudos e em 1842, após muitas recusas dos
editores científicos (físicos) da época, publicou o resultado de seus
trabalhos. Estendeu suas conclusões a medidas não biológicas, tendo sido o
primeiro a fornecer subsídios para a determinação numérica do que veio a ser
chamado por Joule de Equivalente Mecânico do Calor (em 1849, ou seja, 7 anos
após a publicação de Mayer). Mayer é considerado por alguns físicos atuais o
pai filosófico (vejam só!!!) da primeira lei da termodinâmica.

A corrente elétrica foi descoberta em 1786 pelo médico fisiólogo italiano
Luigi Galvani, certamente por "acaso". O músculo de uma rã foi o primeiro
galvanômetro, termo este utilizado pela primeira vez por Ampère, em 1820.
Notou ainda que a contração muscular observada era ampliada quando dois
metais diferentes completavam o circuito elétrico. Chamou este fenômeno novo
de eletricidade animal, acreditando ser uma característica dos tecidos
vivos.

Galileu graduou-se em medicina pela Universidade de Pisa mas não recebeu o
diploma por ter sido considerado pelos cientistas da época "incapaz para a
medicina". Contentou-se então em ser físico e como tal estraçalhou a física
de Aristóteles, criando não só a física mas também a ciência moderna.

Existem ainda alguns engenheiros que "involuiram" e estraçalharam a física
de seu tempo. Lembro-me, particularmente, de Carnot mas existem outros. No
Brasil a física começou a andar nos trilhos graças aos engenheiros. Mario
Schenberg, por exemplo, nunca escondeu suas origens.

> Ou seja, em praia de cego, quem tem ...........

Falou e disse!!!

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Trek Project
FROM: "Lia Matos Viegas" <horta_2001@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/08/2000 22:52

Oi todos!
Já foi lançado o Trek Project 2. Essa segunda edição conta
com uma
matéria sobre Mercurio, o 1º Vôo tripulado a Lua,
curiosidades sobre
Star Trek - Voyager e muito mais! Peça o seu exemplar pelo e-mail:
trek_project@yahoo.com.br .

OBs: se você pediu o primeiro número porém não confirmou
o desejo de
continuar recebendo, deve refazer o pedido; assim garantimos que
ninguém que não deseje receba aquilo que não quer......

[]'s
Lia
Trek Project - um projeto para o futuro com o olho no espaço



SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/08/2000 01:00

Puxa vida, que legal essa gradação de valores! Fantástico! Química virou
advogada!!!!! Espantoso!!!!!
Conheço um professor de física que foi vender batatinha na feira! Foi a
falência!!!!!!

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> Léo:
> Minha mulher é química com especialização e agora virou para advocacia ...
> foi fácil. É a 'quente' das advogadas!
> Um médico largou a clínica e foi ser enfermeiro ... foi fácil. É o melhor
> enfermeiro do hospital!
> Para um físico passar para a filosofia será mais fácil ainda ... tudo é
> questão de andar para trás!
>
> Ou seja, em praia de cego, quem tem ...........
>
> []'
> Léo
>
>
>
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>
> >> Lista de VARIOS sites com noticias direcionadas a ciencia (FREE!)<<
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> *** --- ***
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SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/08/2000 04:07

Esta mensagem está sendo reenviada após 7 horas de espera. É possível que
nos próximos 10 dias a msg primeira (idêntica a esta e enviada em 15/08/00
às 21 horas) chegue à ciencialist. Acho que estou conseguindo atravessar a
barreira do tempo e enviando msgs para o futuro.

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 15 de Agosto de 2000 19:19
Assunto: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo

> Léo:
> Minha mulher é química com especialização e agora virou para advocacia ...
> foi fácil. É a 'quente' das advogadas!
> Um médico largou a clínica e foi ser enfermeiro ... foi fácil. É o melhor
> enfermeiro do hospital!
> Para um físico passar para a filosofia será mais fácil ainda ... tudo é
> questão de andar para trás!
>

Bem, se o tema do dia é mudanças especialização, vamos lá:

Gilbert, médico da rainha Elizabeth, nas horas vagas escreveu um tratado de
eletromagnetismo (De Magnete, 1600), numa época em que raríssimos físicos
sabiam o que era isso. Parece ter sido o primeiro a admitir a Terra um
grande imã e desenvolveu também uma teoria para explicar a atração elétrica
(algo que hoje não mais preocupa os físicos que, com raríssimas exceções,
têm ojeriza pelos "porquês").

Thomas Young abandonou a medicina em 1799 e em 1801, graças a estudos sobre
a dupla difração da luz, "destroçou" a óptica newtoniana, ressuscitando os
conceitos ondulatórios de Huygens.

Julius Robert Mayer, médico, em suas férias tropicais notou que o sangue
venoso dos habitantes dos trópicos era de um vermelho vivo demais. Concluiu
corretamente que o trabalho mecânico dos seres vivos provinha da energia
liberada pela oxidação dos alimentos e o calor era um subproduto. Admitiu
que pela queima de uma mesma quantidade de alimento o corpo animal poderia
produzir proporções diferentes de calor e trabalho mas a soma das duas devia
ser constante. Enunciou desta forma e pela primeira vez a primeira lei da
termodinâmica. Prosseguiu seus estudos e em 1842, após muitas recusas dos
editores científicos (físicos) da época, publicou o resultado de seus
trabalhos. Estendeu suas conclusões a medidas não biológicas, tendo sido o
primeiro a fornecer subsídios para a determinação numérica do que veio a ser
chamado por Joule de Equivalente Mecânico do Calor (em 1849, ou seja, 7 anos
após a publicação de Mayer). Mayer é considerado por alguns físicos atuais o
pai filosófico (vejam só!!!) da primeira lei da termodinâmica.

A corrente elétrica foi descoberta em 1786 pelo médico fisiólogo italiano
Luigi Galvani, certamente por "acaso". O músculo de uma rã foi o primeiro
galvanômetro, termo este utilizado pela primeira vez por Ampère, em 1820.
Notou ainda que a contração muscular observada era ampliada quando dois
metais diferentes completavam o circuito elétrico. Chamou este fenômeno novo
de eletricidade animal, acreditando ser uma característica dos tecidos
vivos.

Galileu graduou-se em medicina pela Universidade de Pisa mas não recebeu o
diploma por ter sido considerado pelos cientistas da época "incapaz para a
medicina". Contentou-se então em ser físico e como tal estraçalhou a física
de Aristóteles, criando não só a física mas também a ciência moderna.

Existem ainda alguns engenheiros que "involuiram" e estraçalharam a física
de seu tempo. Lembro-me, particularmente, de Carnot mas existem outros. No
Brasil a física começou a andar nos trilhos graças aos engenheiros. Mario
Schenberg, por exemplo, nunca escondeu suas origens.

> Ou seja, em praia de cego, quem tem ...........

Falou e disse!!!

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/08/2000 09:32

Alberto escreve:
#Bem, se o tema do dia é mudanças especialização, vamos lá:#

Léo especula:
Algo estranho destaca-se. Vou salientar uns pontos:

#Gilbert, médico da#
#Thomas Young abandonou a medicina em#
#Julius Robert Mayer, médico, #
#A ... pelo médico fisiólogo#
#Galileu graduou-se em medicina#

##Alberto, graduado em Medicina##

Léo: Todos os bons exemplos citados evoluiram na ciência pura, ou seja,
passaram de medicina para a física, baixando alguns graus para a
'simplicidade'.

Vou explicar essa 'simplicidade'.
De meus 'amplos' estudos de filosofia aprendi que:

A matemática é a ciência 'mais simples'. Mais simples, no sentido de que não
depende de mais nada. É completa em si, fechada em si e não depende
absolutamente da natureza. Visualize um círculo, onde seu interior
represente o estudo da matemática e seu exterior 'o meio ambiente'.
A física é a próxima ciência 'um pouco menos simples'; ela trabalha com o
'meio ambiente' (natureza) e utiliza o campo interior que é a matemática.
Visualize um círculo envolvendo 'o círculo da matemática' (ou pelo menos boa
parte). Dentro desse grande círculo está contido o da matemática (ou boa
parte dele) e muito 'meio ambiente'. A física não é tão "simples" quanto a
matemática.
Entretanto, ainda tem muito 'meio ambiente' para ser englobado. Faça um novo
círculo (ou uma figura fechada) pegando, certa parte da matemática, o da
física e parte do meio ambiente não coberto pela física. A química é ainda
'menos simples' que as anteriores; depende e evolui a partir daquelas.
Cada novo ramo do conhecimento científico, biologia, medicina, engenharia
etc., ciências cada vez menos 'simples' serão novos círculos traçados
naquele 'mapa' já descrito. Todas elas, diminuindo seu grau de simplicidade
e abarcando partes do 'meio ambiente' ainda não atingido pelo círculo
(figura) anterior.
Nesse mapa, bem afastados dos círculos iniciais, existem outras curvas
fechada que 'pegam' somente parte do meio ambiente (e não cruzam com nenhum
dos círculos anteriores), são as tais 'ciências sociais'. E, todo o restante
do meio ambiente, sem qualquer conexão com os 'círculos' já traçados, estão
as outras coisas (misticismo, religião, umbanda, tarô, astrologia,
pepsico... etc.).

O curioso desse mapeamento é que não consigo 'localizar' o 'círculo' da
filosofia. Ela me apresentou o mapa, mas ela mesmo está fora de qualquer
parte dele. Onde estará?


#Existem ainda alguns engenheiros que "involuiram" e estraçalharam a física
de seu tempo. Lembro-me, particularmente, de Carnot mas existem outros. No
Brasil a física começou a andar nos trilhos graças aos engenheiros. Mario
Schenberg, por exemplo, nunca escondeu suas origens.#

Léo: Essa involução significa 'aumentar a simplicidade'.

> Ou seja, em praia de cego, quem tem ...........

#Falou e disse!!!#

Léo: Acho que vou largar a física e virar filósofo. É 'um barato', não
precisa-se saber nada ... basta questionar tudo. Vou começar: O que é
questionar tudo? É diferente de questionar 1? ou 2?

[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] Novamente o coroinha !
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/08/2000 11:23

Luiz Ferraz Netto wrote:

> Como a energia não pode ser criada e nem destruída, a energia total do
> universo só pode ser igual a zero.

Como não existe "energia negativa", e obviamente existe energia
positiva,
esta afirmação é falsa.

Ou então, como eu muito suspeito, tudo isto é uma simulação, e energias
não passam de números em registros de um computador...

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Mais filosofia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/08/2000 12:53

Gostei dessa de ser novo-filósofo. Vejamos se estou aprendendo:

A fé remove montanhas;
Assim como a dinamite.

(a) A dinamite é feita de fé.
(b) A dinamite explode com fé.
(c) Quem tem fé, tem dinamite.
(d) Ambos os recursos, fé e dinamite, deixam entulhos.
(e) A fé tem estopim
(f) A dinamite é uma emoção humana (ou comoção, ou concusão).
(g) A dinamite substitui a fé, com vantagens.
(h) Os ateus não tem dinamite.
(i) A dinamite é tão perigosa quando à fé.

[]'
the new Léo
I will wash the mare.






SUBJECT: Re: [ciencialist] Mais sobre a fé
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/08/2000 15:09

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 16 de Agosto de 2000 12:53
Assunto: [ciencialist] Mais filosofia


> Gostei dessa de ser novo-filósofo. Vejamos se estou aprendendo..

Melhor do que ser filósofo é ser poeta. E já que o tema do dia é fé, vamos à
fé do cientista contada em versos:

A FÉ DO CIENTISTA

Vejo e não creio.
Duvido.
Se não vejo, respeito,
Mas nego,
Logo aceito.

Leio e não encontro.
Teorizo.
Nego e renego
Na esperança inglória
De ao testar a hipótese
Encontrar a glória
De aumentar meu credo.

Se preciso for
Abstraio-me,
Transcendo e,
Do mundo do nada
A resposta ao tudo espero.

Se ainda assim permanecer nas trevas,
Se os céus quiserem ocultar-me o certo
E me negarem a maravilha infinda,
Por esgotar o que me há de humano
Não me desespero:
Opto,
Logo, creio sem ter visto.

Alberto Mesquita Filho (8/5/83)
O médico que virou cientista, que virou professor, que virou filósofo, que
virou contestador, que virou poeta e que apesar de tudo não é de nada.

Confesso: já fiz de tudo!
Contudo não sou de nada.
Contesto qualquer estudo e
Combato toda jogada;
Conquanto a regra do jogo
Consinta, e isto é segredo,
Com que eu lance a mão de engôdo e
Consiga contar no dedo.

Confesso: eu já joguei,
Conluios eu já tramei.
Contudo me arrependi.
Conselhos absorvi.
Constato: não fui feliz
Consoante eu esperei.
Consolo: foi por um triz.
Contagem? Foi por um rei.
Concordo: não tenho sorte.
Confirmo: não sou de nada.
Até quando o jogo é forte
Só ganho na marmelada.

Voltando à fé do cientista: O cientista é o homem que duvida para acreditar
(em suas "verdades"). A descrença pura e simples jamais poderá ser encarada
como uma atitude científica e sim como uma opção individual de caráter
extra-científico.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/08/2000 17:17

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 16 de Agosto de 2000 09:32
Assunto: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo

> Léo especula:
> Algo estranho destaca-se. Vou salientar uns pontos:
>
> #Gilbert, médico da#
> #Thomas Young abandonou a medicina em#
> #Julius Robert Mayer, médico, #
> #A ... pelo médico fisiólogo#
> #Galileu graduou-se em medicina#
>
> ##Alberto, graduado em Medicina##

Com efeito. Se eu não puxar a sardinha para o meu lado, quem irá puxar? :-)
Aliás, acrescentaria à minha pequena lista de médicos-físicos Franz
Aepinus: Publicou o livro "An Attempt at a Theory of Electricity and
Magnetism" em 1759. Este "foi o primeiro trabalho a aplicar a matemática à
teoria da eletricidade e magnetismo e é um dos mais originais e importantes
livros na história da eletricidade" (segundo citação em
http://www-groups.dcs.st-and.ac.uk/~history/Mathematicians/Aepinus.html).
Lord Kelvin, em 1902
(http://dbhs.wvusd.k12.ca.us/Chem-History/Aepinus-Atomized.html) refere-se à
"Teoria de um fluido elétrico" devida à Aepinus (também considerada por
Maxwell em seu tratado (A Treatise on Electricity & Magnetism, Vol. 1, Dover
edition, 1954, cap.1, art.37). Aliás, e como já me referi em msgs
anteriores, o eletromagnetismo de Maxwell é uma teoria que se apoia
totalmente na idéia de fluidos elétricos e um dos precursores dessa idéia
foi Aepinus. Thomson (Lord Kelvin) nada mais fez, após descobrir os
elétrons, do que adaptar a teoria dos fluidos para a idéia de partículas, o
que já era aceito por Faraday e Maxwell no terreno das experiências de
pensamento. Não obstante, os elétrons de Thomson conservaram as propriedades
do fluido de Aepinus e das considerações de Maxwell a imaginá-lo como que
constituído por bolinhas minúsculas ou mesmo puntiformes carregadas com a
fração indivisível da carga elétrica negativa (um conceito definido a partir
de modelos macroscópicos e sem que nenhuma experiência, até hoje, chegasse a
comprová-lo em nível microscópico). Esta idéia é aceita até hoje pela
maioria dos físicos, a despeito das controvérsias experimentais (órbitas
permitidas, spin, etc) que deram origem a física moderna.

> De meus 'amplos' estudos de filosofia aprendi que:
> ...
> O curioso desse mapeamento é que não consigo 'localizar' o 'círculo' da
> filosofia. Ela me apresentou o mapa, mas ela mesmo está fora de qualquer
> parte dele. Onde estará?

Seu modelo é muito bom porém artificial e não abrangente. Não se trata de um
modelo a reunir todas as áreas do saber mas tão somente aquelas que estão
miscigenadas com as ciências naturais. Assim como é possível matar a sede
apenas com água, sem a utilização do copo, diria que o seu modelo retrata a
água e despreza o copo.

> Léo: Acho que vou largar a física e virar filósofo. É 'um barato', não
> precisa-se saber nada ... basta questionar tudo. Vou começar: O que é
> questionar tudo? É diferente de questionar 1? ou 2?

Poderíamos começar questionando o questionamento. Mas, porque questionar o
questionamento? Vamos então questionar o porque questionar o questionamento.
Ora, quer saber? Vamos deixar esta filosofia para os filósofos. De minha
parte, contento-me com a filosofia científica que é um pouquinho melhor do
que a filosofia caseira, assim como o copo, a meu ver, é um pouquinho melhor
do que a garrafa ou a lata de cerveja (Ói a marvada aqui outra veis).
Concluo então com um texto de João Carlos Alves Barata, físico quântico do
IFUSP (www.fma.if.usp.br/~jbarata/notas_de_aula_html/pr-inc/pr-inc.html)

"É fascinante, porém, a percepção de que a indissolubilidade entre
observador e observável, entre sujeito e objeto, idéias que remontam de
antigas questões da Filosofia, manifeste-se de maneira tão crucial na
discussão dos fundamentos de uma teoria física, como a mecânica quântica.
Esse fato levou o filósofo e pensador da ciência Karl Popper a afirmar que a
discussão entre Bohr e Einstein sobre os fundamentos da mecânica quântica, o
primeiro sendo um defensor da visão probabilista e o segundo um oponente,
foi a mais importante discussão filosófica do século vinte."

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: Leandro <holanda@ift.unesp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/08/2000 21:47

Alberto Mesquita Filho wrote:


> Bem, se o tema do dia é mudanças especialização, vamos lá:
>
> Gilbert,[...] . Parece ter sido o primeiro a admitir a Terra um
> grande imã e desenvolveu também uma teoria para explicar a atração elétrica
> (algo que hoje não mais preocupa os físicos que, com raríssimas exceções,
> têm ojeriza pelos "porquês").

Em outra mensagem Alberto disse

>
> Em msg anterior cheguei realmente a estranhar o comportamento de "alguns"
> físicos modernos a adotarem a norma de que "não seria objetivo da física ir
> em busca do porquê das coisas". Disse "alguns" e não "a maioria" pois ainda
> que perceba um certo consenso, não vejo unanimidade neste consenso; e
> também porque não possuía exemplos a citar. Lancei a isca e tanto você
> quanto o Léo a morderam. Hoje, graças a vocês, se ainda não posso falar em
> "maioria", posso pelo menos citar alguns exemplos de físicos que assumem e
> defendem esta conduta."

Primeiro disse "os físicos não se preocupam...." depois disse "não a maioria,
mas percebo um consenso" depois "lancei a isca"... e por fim "com raríssimas
excessos". Seu trabalho de estatística do comportamento dos físicos frente à
busca de explicações parece meio confuso.
Sobre o fato de se preocupar ou não com os por quês eu diria ao contrário:

Os físicos são cientistas que se ocupam de discutir os por quês e tentar
respondê-los ao máximo possível.
Eu cheguei um dia a encontrar como você físicos que se diziam não interessar
com tais questões. Hoje, o gozado é que todos estão fazendo pós-graduação em
física fundamental.
Por mais que tenha dito que o Léo e o Godoy não se preocupam, se eles são
físicos exercendo a profissão ou fazendo pós, eu diria que você está
equivocado.
Isso porque o papel do físico é estar sempre questionando e testando as teorias
no limite de sua ruptura; depois que perceba que ela é incompleta, tentar
descobrir uma nova. Caso não encontre o erro, encontrar a explicação do porquê
é assim.
Mas mesmo que Léo e Godoy tenham abandonado a Física penso ser impossível que
eles deixem de fazer perguntas porque pelo que percebo isso não é qualidade
intrínseca de físicos. Todos temos isso enraizado em nosso comportamento,
talvez de maneira pouca intensa, mas temos.
Com isso, não quero dizer que "de físicos todos somos um pouco" e sim "de
questionadores todos somos um pouco".
Não quero dizer, assim, que a Física é a única Ciência que se ocupa dos
porquês. E que não questionar é que não faz parte dela.

Abraços
Leandro.



SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: Leandro <holanda@ift.unesp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/08/2000 22:01

Alberto Mesquita Filho wrote:

> > Léo:
> > Minha mulher é química com especialização e agora virou para advocacia ...
> > foi fácil. É a 'quente' das advogadas!
> > Um médico largou a clínica e foi ser enfermeiro ... foi fácil. É o melhor
> > enfermeiro do hospital!
>
> Alberto Mesquita
> Filho
> Gilbert, médico da rainha Elizabeth, nas horas vagas escreveu um tratado de
> eletromagnetismo
> Thomas Young abandonou a medicina em 1799 e em 1801, graças a estudos sobre
> a dupla difração da luz,
> Julius Robert Mayer, médico, [...]Enunciou desta forma e pela primeira vez a
> primeira lei da
> termodinâmica.
> A corrente elétrica foi descoberta em 1786 pelo médico fisiólogo italiano
> Luigi Galvani, certamente por "acaso".
> Galileu graduou-se em medicina pela Universidade de Pisa mas não recebeu o
> diploma por ter sido considerado pelos cientistas da época "incapaz para a
> medicina".
> Existem ainda alguns engenheiros que "involuiram" e estraçalharam a física
> de seu tempo. Lembro-me, particularmente, de Carnot.
>
>

Tem também o historiador Louis de Broglie que enunciou o comportamento
ondulatório da matéria (que é considerada a tese de doutoramento mais
interessante daquele ano). Se não me engano, isso rendeu-lhe o Nobel.

Hoje em dia, se olhar na relação de prêmios Nobel verá exemplos de físicos que
ganharam prêmio Nobel de Medicina...
Mas médicos que ganharam em Física não achará...
:o)
Abraços
Leandro



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mais filosofia
FROM: Leandro <holanda@ift.unesp.br>
TO: ciencialist@egroups.com, "()" <wpaniago@ift.unesp.br>, audrey <kronus.randall.ms@bol.com.br>, Einstein <panshito@bol.com.br>, JesusCristo <anderson@if.sc.usp.br>, rogaciano <neowolf@terra.com.br>, samira <samira@fma.if.usp.br>, Talarico <talarico@ift.unesp.br>
DATE: 16/08/2000 22:04

> A fé remove montanhas;
> Assim como a dinamite.
>
> (a) A dinamite é feita de fé.
> (b) A dinamite explode com fé.
> (c) Quem tem fé, tem dinamite.
> (d) Ambos os recursos, fé e dinamite, deixam entulhos.
> (e) A fé tem estopim
> (f) A dinamite é uma emoção humana (ou comoção, ou concusão).
> (g) A dinamite substitui a fé, com vantagens.
> (h) Os ateus não tem dinamite.
> (i) A dinamite é tão perigosa quando à fé.
>



SUBJECT: msg 5480 errada
FROM: holanda@ift.unesp.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/08/2000 22:11

Fui acionar a função reply e acabei por mandar a msg erroneamente
para o ciencialist!!!
Desculpem.
Abraços
Leandro



SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/08/2000 23:20


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----- Original Message -----
From: "Leandro" <holanda@ift.unesp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, August 16, 2000 10:01 PM
Subject: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo


> Alberto Mesquita Filho wrote:
>
> > > Léo:
> > > Minha mulher é química com especialização e agora virou para advocacia
...
> > > foi fácil. É a 'quente' das advogadas!
> > > Um médico largou a clínica e foi ser enfermeiro ... foi fácil. É o
melhor
> > > enfermeiro do hospital!
> >
> > Alberto Mesquita
> > Filho
> > Gilbert, médico da rainha Elizabeth, nas horas vagas escreveu um tratado
de
> > eletromagnetismo
> > Thomas Young abandonou a medicina em 1799 e em 1801, graças a estudos
sobre
> > a dupla difração da luz,
> > Julius Robert Mayer, médico, [...]Enunciou desta forma e pela primeira
vez a
> > primeira lei da
> > termodinâmica.
> > A corrente elétrica foi descoberta em 1786 pelo médico fisiólogo
italiano
> > Luigi Galvani, certamente por "acaso".
> > Galileu graduou-se em medicina pela Universidade de Pisa mas não recebeu
o
> > diploma por ter sido considerado pelos cientistas da época "incapaz para
a
> > medicina".
> > Existem ainda alguns engenheiros que "involuiram" e estraçalharam a
física
> > de seu tempo. Lembro-me, particularmente, de Carnot.
> >
> >
>
> Tem também o historiador Louis de Broglie que enunciou o comportamento
> ondulatório da matéria (que é considerada a tese de doutoramento mais
> interessante daquele ano). Se não me engano, isso rendeu-lhe o Nobel.
>
> Hoje em dia, se olhar na relação de prêmios Nobel verá exemplos de físicos
que
> ganharam prêmio Nobel de Medicina...
> Mas médicos que ganharam em Física não achará...
> :o)
> Abraços
> Leandro
>

E o que isso tudo significa? Que o cara que estuda física é um excelente
médico? E que o cara que faz medicina, nem bom médico é?
Está claro que muitas pessoas tem mais de um interesse. Isso não significa
que uma área do conhecimento seja superior a outra, ou será que não é assim?



SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/08/2000 01:09

-----Mensagem Original-----
De: "Leandro" <holanda@ift.unesp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 16 de Agosto de 2000 21:47
Assunto: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo


> Primeiro disse "os físicos não se preocupam...." depois disse "não a
maioria,
> mas percebo um consenso" depois "lancei a isca"... e por fim "com
raríssimas
> excessos". Seu trabalho de estatística do comportamento dos físicos frente
à
> busca de explicações parece meio confuso.
> Sobre o fato de se preocupar ou não com os por quês eu diria ao contrário:

Olá, Leandro

Creio que você não entendeu o texto, o que nota-se pelos "cortes" indevidos
e que deturparam o significado das mensagens originais. Enfim, isso é pouco
importante, pois não estou aqui para provocar os físicos, com os quais,
aliás, mantenho ótimas relações, desde a década de 70 quando conheci alguns
interessados em fenômenos de transporte em membranas biológicas. Diria mesmo
que o consenso a que me referi, e que você não entendeu o que pretendi
dizer, não é exclusividade da área da física. E creio mesmo que esta ojeriza
pelos porquês, ou mesmo pela filosofia, é um dos males do século da
tecnologia o qual, por outro lado, trouxe inúmeros benefícios para a
humanidade. Esta ojeriza é até mesmo anterior à filosofia paradigmática ou
dogmática de Thomas Khun o qual, a título de curiosidade era graduado em
física, pós-graduado em história da ciência e, pelo que sei, dava aulas e/ou
orientava teses de pós-graduandos em sociologia.

Quanto a suas conclusões, diria que não tenho nenhum trabalho publicado
sobre o comportamento dos físicos e nem é essa a minha área de atuação.
Estou apenas na Internet comentando, por falta de outros assuntos mais
interessantes, algo a respeito da temática que mais interessa aos demais
listeiros, qual seja, "abobrinhas científicas". Em meio às abobrinhas, vez
por outra, tento vender o meu peixe o qual, pelo que tenho notado, não tem
despertado o mínimo interesse dos demais.

> Os físicos são cientistas que se ocupam de discutir os por quês e tentar
> respondê-los ao máximo possível.

Não é o que tenho observado.

> Eu cheguei um dia a encontrar como você físicos que se diziam não
interessar
> com tais questões. Hoje, o gozado é que todos estão fazendo pós-graduação
em
> física fundamental.

Ao que parece esta mentalidade está realmente mudando. Lembre-se, no
entanto, que tenho 57 anos de idade e a mudança de mentalidade ainda não se
completou. Espero que tal aconteça e que a sua observação faça sentido.

> Por mais que tenha dito que o Léo e o Godoy não se preocupam, se eles são
> físicos exercendo a profissão ou fazendo pós, eu diria que você está
> equivocado.

É possível, mas acontece que eles são réus confessos. O Godoy talvez não
tanto, pois pelo que pude entender pelas suas últimas mensagens, ele
interpretou o meu "porquê" com o "porquê dos filósofos" ou o "porquë último
das coisas". E o Léo talvez também não, pois não tenho dúvidas de que ele
está simplesmente "tirando o sarro com a minha cara" e eu, que procuro ser
um bom popperiano, "entro na dele", com a finalidade de aprender pelo
diálogo. Aliás, e rigorosamente falando, eu até concordo com você, sob o
risco de deixá-lo mais confuso ainda, e apelo para o texto que apresentei e
devido ao Mario Bunge. Ou seja, aqueles que desprezam os porquês na
realidade estão trocando uma filosofia explícita por outra implícita.
Consequentemente, não estão na realidade desprezando os porquês mas
enganando-se através da utilização de uma má "filosofia científica".

> Isso porque o papel do físico é estar sempre questionando e testando as
teorias
> no limite de sua ruptura; depois que perceba que ela é incompleta, tentar
> descobrir uma nova. Caso não encontre o erro, encontrar a explicação do
porquê
> é assim.

Essa é, de maneira bem resumida, a idéia de Thomas Khun. Enquanto tudo
estiver dando certo despreza-se os porquês que estiverem atrapalhando a
manutenção do paradigma e/ou dogma. Aqueles que insistirem na busca por tais
porquês serão encaminhados à Inquisição dos Tempos Modernos. Com outras
palavras isto chegou a ser comentado por Max Planck e nem sei dizer se o
Thomas Khun já havia nascido nessa época. Max Planck chegou a dizer que uma
teoria jamais substitui outra; o que acontece é que os cientistas morrem e
os que os substituem optam por novas teorias, admitindo-se que elas estejam
bem fundamentadas. Ou seja, os velhos têm medo de se tornarem obsoletos e
defendem, com unhas e dentes, aquilo que acreditaram ser verdade em sua
mocidade. Por outro lado, alguns cientistas nunca envelhecem, como foi o
caso de Einstein. Até o fim de sua vida procurou por novas verdades e não
por outro motivo é o cientista típico a justificar as idéias defendidas por
Popper e relativas ao que chamo "revolução permanente em ciência".

> Mas mesmo que Léo e Godoy tenham abandonado a Física penso ser impossível
que
> eles deixem de fazer perguntas porque pelo que percebo isso não é
qualidade
> intrínseca de físicos.

Que eu saiba eles não abandonaram nada. O Léo anda ameaçando ser filósofo
mas eu tenho minhas dúvidas sobre se ele leva jeito para isso. :-)

> Todos temos isso enraizado em nosso comportamento,
> talvez de maneira pouca intensa, mas temos.
> Com isso, não quero dizer que "de físicos todos somos um pouco" e sim "de
> questionadores todos somos um pouco".

Sem dúvida, mas não podemos permitir que a academia enclausure a
criatividade inerente aos jovens.

> Não quero dizer, assim, que a Física é a única Ciência que se ocupa dos
> porquês. E que não questionar é que não faz parte dela.

Pois eu gosto da física exatamente pelo fato dela ser a área da ciência que
está mais próxima de nos dar respostas convincentes aos porquês.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: Novamente o coroinha!
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/08/2000 01:15

Prezados listeiros,

O Léo fez o seu coroinha falar. Agora farei o meu.

Antes, um comentário sobre o que me disse certa vez um físico amigo meu, um
desses cientistas que desconfiam da filosofia mas que, mesmo sem querer,
filosofam pelos cotovelos.

Disse-me ele que o conhecimento humano se distingue, por ordem de precisão,
em: a) matemática; b) ciência empírica; c) epistemologia da ciência; d)
metafísica; e) pura especulação sem sentido; f) cosmologia e, por fim, g)
elucubrações de advogado sobre cosmologia.

É, pode ser que ele esteja certo. Mas mesmo assim não deixo de dar os meus
palpites. Vamos lá:

1. Alguns físicos falam numa função-de-onda do Universo, no Universo como
sistema quântico em que todas as suas configurações possíveis existem
paralelamente.

2. O nada eterno seria apenas a configuração mais simples do Universo, que
podemos visualizar, ou melhor, imaginar como um espaço-tempo plano, vazio,
infinito e absolutamente simétrico -- isto é, cada ponto seu é igual a todos
os outros.

3. E por ser a configuração mais simples da existência, o nada eterno seria
também a sua configuração possível "mais provável". Na verdade,
infinitamente mais provável que todas as outras.

4. Se no nada eterno a quantidade de energia é igual a zero, alguns físicos
especulam (e outros físicos se horrorizam) que, talvez, a quantidade de
energia no "nosso" universo seja também igual a zero, ou seja, somando-se a
energia "positiva" (a matéria, que é energia congelada, juntamente com o
campo eletromagnético, etc.) com a energia "negativa" (a energia do campo
gravitacional, mas isso é discutível), o total de energia é exatamente zero:
+ X - X = 0.

5. Essa configuração dualista (sistema matéria-gravitação, para usar uma
expressão de Ilya Prigogine) é uma configuração extremamente improvável. Na
verdade, o seu grau de probabilidade é infinitésimo, vale dizer, tal estado
do sistema quântico Universo situa-se bem na linha que demarca o impossível
do possível.

6. Mas tudo que é possível se realiza "mais cedo ou mais tarde", isto é, se
houver tempo suficiente. E, no contexto de um tempo infinito (eternidade),
até o infinitamente improvável (porém não impossível) realiza-se
"necessariamente". Vale dizer, diante da eternidade, o acaso absoluto vira
necessidade.

7. Ora, se a quantidade de energia se conserva numa hipotética transformação
do Nada em sistema matéria-gravitação (E = 0), e se o Nada como expressão
mais simples da existência for um espaço-tempo absolutamente vazio, plano e
"infinito" (ou seja, tempo há de sobra!), então as condições para o
surgimento "necessário" de um universo como o nosso sempre estiveram postas.
Significa dizer que não é necessária a intervenção de uma "força" para fazer
com que um sistema matéria-gravitação aconteça.

8. O nada eterno seria então a configuração matriz de todas as outras.

Observação1: alguém pode objetar que um espaço-tempo vazio e infinito não é
o Nada, mas alguma coisa bem "palpável". Realmente. Mas, pensando melhor, se
num espaço-tempo simétrico todos os pontos são "absolutamente idênticos" uns
com os outros, então nada impede de lançarmos mão da navalha enferrujada de
Occam para reduzir tudo a um único ponto infinitesimal (0,0000000...). De
uma maneira ou de outra, mantém-se o tempo infinito. Afinal, tanto faz um
trilhão de trilhões de milênios como esticar um único "crônon" até alcançar
essa grandeza -- não é isso o que acontece na medida em que se aproxima de
um buraco negro? A duração do tempo não se vai dilatando com tendência a
atingir uma extensão infinita?

Observação2: Lembrem-se do quantificador existencial: "algo existe". Ora, se
penso no nada, estou pensando em "algo"; logo, o nada existe. :-)


Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Mais sobre a fé
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/08/2000 01:16

Caro Mesquita,

Gostei muito do seu poema.

Steven Weinberg, em seu livro "Sonhos de Uma Teoria Final", escreveu que o
cientista, assim como o poeta, busca a beleza... "a beleza da simplicidade e
da inevitabilidade -- a beleza da estrutura perfeita, de tudo se encaixar,
de nada poder ser alterado, da rigidez lógica. É uma beleza que é econômica
e clássica, do tipo que encontramos nas tragédias gregas."

Um abraço,
Manuel Bulcão

>Melhor do que ser filósofo é ser poeta. E já que o tema do dia é fé, vamos
à
>fé do cientista contada em versos:
>
>A FÉ DO CIENTISTA
>
>Vejo e não creio.
>Duvido.
>Se não vejo, respeito,
>Mas nego,
>Logo aceito.
>
>Leio e não encontro.
>Teorizo.
>Nego e renego
>Na esperança inglória
>De ao testar a hipótese
>Encontrar a glória
>De aumentar meu credo.
>
>Se preciso for
>Abstraio-me,
>Transcendo e,
>Do mundo do nada
>A resposta ao tudo espero.
>
>Se ainda assim permanecer nas trevas,
>Se os céus quiserem ocultar-me o certo
>E me negarem a maravilha infinda,
>Por esgotar o que me há de humano
>Não me desespero:
>Opto,
>Logo, creio sem ter visto.
>
>Alberto Mesquita Filho (8/5/83)
>O médico que virou cientista, que virou professor, que virou filósofo, que
>virou contestador, que virou poeta e que apesar de tudo não é de nada.
>
>Confesso: já fiz de tudo!
>Contudo não sou de nada.
>Contesto qualquer estudo e
>Combato toda jogada;
>Conquanto a regra do jogo
>Consinta, e isto é segredo,
>Com que eu lance a mão de engôdo e
>Consiga contar no dedo.
>
>Confesso: eu já joguei,
>Conluios eu já tramei.
>Contudo me arrependi.
>Conselhos absorvi.
>Constato: não fui feliz
>Consoante eu esperei.
>Consolo: foi por um triz.
>Contagem? Foi por um rei.
>Concordo: não tenho sorte.
>Confirmo: não sou de nada.
>Até quando o jogo é forte
>Só ganho na marmelada.
>
>Voltando à fé do cientista: O cientista é o homem que duvida para acreditar
>(em suas "verdades"). A descrença pura e simples jamais poderá ser encarada
>como uma atitude científica e sim como uma opção individual de caráter
>extra-científico.
>
>[ ]'s
>Alberto





SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/08/2000 01:39

-----Mensagem Original-----
De: "Leandro"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 16 de Agosto de 2000 22:01
Assunto: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo


> Tem também o historiador Louis de Broglie que enunciou o comportamento
> ondulatório da matéria (que é considerada a tese de doutoramento mais
> interessante daquele ano). Se não me engano, isso rendeu-lhe o Nobel.

Parece-me que ele entrou na carona do irmão, que se não me engano era
físico, e acabou ficando mais famoso do que o irmão. Por muito menos Caim
matou Abel.

> Hoje em dia, se olhar na relação de prêmios Nobel verá exemplos de físicos
que
> ganharam prêmio Nobel de Medicina...

E muito em breve teremos mais um, o Joccax (físico e informático), o profeta
do terceiro milênio, graças a sua teoria sobre o genismo.

> Mas médicos que ganharam em Física não achará...

Quem sabe o Léo tenha alguma explicação para isso. De minha parte o que
posso dizer --e trabalhei no hospital das clínicas da usp durante 11 anos,
nos quais participei da formação de muitos médicos-- é que os médicos, com
raríssimas exceções, têm ojeriza por equações que não sejam do primeiro grau
e com não mais do que três variáveis, e olhe lá!!! Hoje em dia produzir
física sem estudar equações é quase impossível.

É claro que os que fazem exceção, via de regra são feras. Conheci um que
conhecia o funcionamento de antenas de maneira a dar inveja a qualquer
engenheiro especialista em telecomunicações e destrinchava segredos de
equações diferenciais como poucas vezes vi um matemático realizar tal
proeza. O Gerard Malnic e o Francisco Lacaz (Chiquinho para os íntimos)
conhecem fenômenos de transporte como poucos especialistas em mecânica dos
fluidos. Mas na realidade todos esses vivem o dia a dia da medicina e ou da
fisiologia e portanto jamais iriam tirar um prêmio destinado a físicos.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: corporativismo na ciencialist!
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/08/2000 01:53

Olá,
 
Mesquita, Ó Mesquita, não fira os brios da comunidade dos físicos!
 
Para defenderem-se uns aos outros, eles são capazes de tudo, inclusive de sacrificar a objetividade científica.
 
Eles execram os filósofos, vilipendiam os cientistas humanos (os advogados, então, são a escória!), mas não suportam uma mínima crítica ao seu positivismo rasteiro.
 
Felizmente, existem as exceções (Belisário, Takada e outros).
 
Aos corporativistas, cito uma frase do poeta Augusto Pontes: "todas as ciências são metidas umas com as outras."
 
Abraços,
Manuel Bulcão

SUBJECT: O Tudo e/ou o nada; o Ser e/ou Não Ser - eis a questão..
FROM: "Bidual - Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/08/2000 02:21

Tem tempo que eu não venho aqui. Tenho visto que a discussão sobre o nada e
o tudo no Ciencialist, e sobre o Ser e Não Ser parece ser a dúvida certa de
todos das duas listas.

Acredito que possa propor uma nova linha de ver a questão, com o uso da
minha Teoria Geral da Bidualidade (TGBD). Aliás, ela nasceu em torno desta
questão, e concluiu que as coisas são e/ou não são, e que o todo é o tudo
e/ou o nada.

Sinceramente, vocês gostariam saber o que eu tenho a dizer sobre o assunto?
Estou escrevendo a respeito. Já freqüentei muito esta lista, e já levei
muita pancada, talvez pela minha arrogância, em achar que esteja certo.
Vocês criticariam seriamente o que eu me proporia a sugerir, sem emoções e
sem baixar o nível do racional?

Um grande abraços a todos,

Claudio Abreu

-----Mensagem Original-----
De: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 16 de agosto de 2000 23:20
Assunto: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo


>
> -----------------------------------------------------
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>
> ----- Original Message -----
> From: "Leandro" <holanda@ift.unesp.br>
> To: <ciencialist@egroups.com>
> Sent: Wednesday, August 16, 2000 10:01 PM
> Subject: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
>
>
> > Alberto Mesquita Filho wrote:
> >
> > > > Léo:
> > > > Minha mulher é química com especialização e agora virou para
advocacia
> ...
> > > > foi fácil. É a 'quente' das advogadas!
> > > > Um médico largou a clínica e foi ser enfermeiro ... foi fácil. É o
> melhor
> > > > enfermeiro do hospital!
> > >
> > > Alberto Mesquita
> > > Filho
> > > Gilbert, médico da rainha Elizabeth, nas horas vagas escreveu um
tratado
> de
> > > eletromagnetismo
> > > Thomas Young abandonou a medicina em 1799 e em 1801, graças a estudos
> sobre
> > > a dupla difração da luz,
> > > Julius Robert Mayer, médico, [...]Enunciou desta forma e pela primeira
> vez a
> > > primeira lei da
> > > termodinâmica.
> > > A corrente elétrica foi descoberta em 1786 pelo médico fisiólogo
> italiano
> > > Luigi Galvani, certamente por "acaso".
> > > Galileu graduou-se em medicina pela Universidade de Pisa mas não
recebeu
> o
> > > diploma por ter sido considerado pelos cientistas da época "incapaz
para
> a
> > > medicina".
> > > Existem ainda alguns engenheiros que "involuiram" e estraçalharam a
> física
> > > de seu tempo. Lembro-me, particularmente, de Carnot.
> > >
> > >
> >
> > Tem também o historiador Louis de Broglie que enunciou o comportamento
> > ondulatório da matéria (que é considerada a tese de doutoramento mais
> > interessante daquele ano). Se não me engano, isso rendeu-lhe o Nobel.
> >
> > Hoje em dia, se olhar na relação de prêmios Nobel verá exemplos de
físicos
> que
> > ganharam prêmio Nobel de Medicina...
> > Mas médicos que ganharam em Física não achará...
> > :o)
> > Abraços
> > Leandro
> >
>
> E o que isso tudo significa? Que o cara que estuda física é um excelente
> médico? E que o cara que faz medicina, nem bom médico é?
> Está claro que muitas pessoas tem mais de um interesse. Isso não significa
> que uma área do conhecimento seja superior a outra, ou será que não é
assim?
>
>
>
>
> *** --- ***
>
> >> Lista de VARIOS sites com noticias direcionadas a ciencia (FREE!)<<
> http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html
>
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Novamente o coroinha!
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/08/2000 09:44

Agora eh minha vez de praticar um pouco de filosofia caseira !! :-))

msbn@daterranet.com.br wrote:

> Prezados listeiros,
>
> O Léo fez o seu coroinha falar. Agora farei o meu.
>
> 1. Alguns físicos falam numa função-de-onda do Universo, no Universo
> como
> sistema quântico em que todas as suas configurações possíveis existem
> paralelamente.
>

Se bem me lembro, ( me corrija Belisario ), as configuracoes nao existem
paralelamente,
as funcoes de onda sao densidades de probabilidades de se encontrar o
objeto.
Quero dizer q as funcoes de ondas sao abstracoes matematicas que
auxiliam o
fisico a medir a probabilidade de um evento. (Por exemplo de encontrar
um eletron
numa dada regiao, mas isto nao significa q o eletron esta em todas as
regioes )


>
> 2. O nada eterno seria apenas a configuração mais simples do Universo,
> que
> podemos visualizar, ou melhor, imaginar como um espaço-tempo plano,
> vazio,
> infinito e absolutamente simétrico -- isto é, cada ponto seu é igual a
> todos
> os outros.
>

Dificil falar, fisicamente, em um nada e, ao mesmo tempo, em pontos uma
vez que
pontos precisam estar localiazado no espaco e portanto supoe a
existencia de espaco. Ou seja acho perigoso supormos um nada e
imaginarmos
o espaco vazio. Quero dizer que um "nada real" tambem nao teria volume e

o conceito de pontos nao teria sentido ( Lembre-se q estamos falando de
filosofia caseira :)

>
> 3. E por ser a configuração mais simples da existência, o nada eterno
> seria
> também a sua configuração possível "mais provável". Na verdade,
> infinitamente mais provável que todas as outras.
>

Concordo em principio com esta ultilizacao de occam. Mas....
ja q estamos filosofando "pra valer" e onde tudo "eh possivel" eu
perguntaria :
Seria o principio de occam valido em todas as fases da criacao do
universo?
Seria o mais simples (*em nosso conceito humano de simplicidade*)
realmente a coisa
mais provavel ?


>
> 4. Se no nada eterno a quantidade de energia é igual a zero, alguns
> físicos
> especulam (e outros físicos se horrorizam) que, talvez, a quantidade
> de
> energia no "nosso" universo seja também igual a zero, ou seja,
> somando-se a
> energia "positiva" (a matéria, que é energia congelada, juntamente com
> o
> campo eletromagnético, etc.) com a energia "negativa" (a energia do
> campo
> gravitacional, mas isso é discutível), o total de energia é exatamente
> zero:
> + X - X = 0.
>

Postaram aqui na lista que o principio da conservacao de energia nao se
verifica sempre.
Assim poderiamos ter uma cracao de energia positiva da energia zero.

Devemos tambem perguntar : "Pq um universo deve segur uma mecanica
quantica?"
E mais : Se ele tem q obedecer tal mecanica, pq tal mecanica eh dessa
maneira e nao
doutra?


>
> 5. Essa configuração dualista (sistema matéria-gravitação, para usar
> uma
> expressão de Ilya Prigogine) é uma configuração extremamente
> improvável. Na
> verdade, o seu grau de probabilidade é infinitésimo, vale dizer, tal
> estado
> do sistema quântico Universo situa-se bem na linha que demarca o
> impossível
> do possível.
>
> 6. Mas tudo que é possível se realiza "mais cedo ou mais tarde", isto
> é, se
> houver tempo suficiente. E, no contexto de um tempo infinito
> (eternidade),
> até o infinitamente improvável (porém não impossível) realiza-se
> "necessariamente". Vale dizer, diante da eternidade, o acaso absoluto
> vira
> necessidade.
>

Aqui novamente nosso conceito de tempo talvez nao seja valido.
Nosso conceito de tempo esta relacionado a movimento, num
"universo-nada"
nao haveria movimento e, portanto, o tempo tambem nao deveria existir !!
:-(


>
> 7. Ora, se a quantidade de energia se conserva numa hipotética
> transformação
> do Nada em sistema matéria-gravitação (E = 0), e se o Nada como
> expressão
> mais simples da existência for um espaço-tempo absolutamente vazio,
> plano e
> "infinito" (ou seja, tempo há de sobra!), então as condições para o
> surgimento "necessário" de um universo como o nosso sempre estiveram
> postas.
> Significa dizer que não é necessária a intervenção de uma "força" para
> fazer
> com que um sistema matéria-gravitação aconteça.
>

Alguem ja citou o conceito de "Devir", sem o devir nada deveria
acontecer.
Mas devemos sempre lembrar q o universo-inicial nao necessariamente
obedece
a regras simples de nossa logica-quantica.( Nao obstante eh tudo que
temos
para especularmos sobre a sua formacao.)

[]s
jocax





SUBJECT: dos genes aas proteinas
FROM: Milton Taidi Sonoda <mtsonoda@if.sc.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/08/2000 09:45

Ola a todos

Gostaria de saber se uma trinca de nucleotideos

sempre vai fornecer o mesmo aminoacido, ou essa

correspondencia depende tambem dos nucleotideos

ateriores? Ou em termos fisicos, existe correlacao

de longa distancia entre os nucleotideos, no que diz

respeito aa sua codificacao em aminoacidos?

Outra. Existe uma explicacao evolucionaria

para a origem dos introns?

[ ]'s a todos.

Milton



SUBJECT: Quantica na computacao
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/08/2000 10:31


Computador quântico da IBM pode ser uma ameaça à proteção criptográfica



SÃO PAULO, 16.08 (CanalWeb) - Um computador desenvolvido pela IBM e
apresentado ontem (15.08), usa átomos no lugar de chips de silício para
processar dados com muito mais velocidade.

Capaz de decompor em segundos números que exigiriam anos, a máquina pode
representar uma ameaça aos sistemas de segurança baseados na criptografia.
As informações são da agência Reuters. Autoridades do governo
norte-americano já mostraram interesse no assunto.

O computador quântico da IBM é composto de unidades chamadas q-bits, do
tamanho de uma molécula. Ao contrário das máquinas convencionais, eles não
requerem milhões de interruptores digitais e baseiam-se na estrutura de um
elétron e nas propriedades das partículas quânticas. A máquina foi
apresentada pela companhia ontem (15/08) em Nova York.


=========================

Alberto:
# Que eu saiba eles não abandonaram nada. O Léo anda ameaçando ser filósofo
mas eu tenho minhas dúvidas sobre se ele leva jeito para isso. :-) #

Léo:
Realmente não abandonei nada. Sou físico experimental com mestrado nas
geringonças ... que virou meu hobby ... que virou meu site ... etc. Nessa
manhã (parei um pouquinho para ler as mensagens), depois de ter montado o
projeto, estou escrevendo sobre "Observação eletrolítica da frequencia na
alternância da corrente elétrica".
O Alberto tem toda razão, não apenas dúvidas, sobre a minha 'conversão' à
filosofia. Não gosto da roupa de banho para essa praia. Parece-me que nela,
todos nadam pelados, por serem consistentes com a teoria do NADA. E como
NADAM!
Não tento tirar 'sarro' com ninguém, apenas ensaio algumas pinceladas de bom
humor (aguoso, vítreo, cristalino), no momento devido. Isso faz bem! Em pvt,
eu e o Jocax temos permanente trocas de puras piadas (incluíndo belas
fotos).
[]'
the Léo

* I am more I.

* Wrote, didn't léo, the stick ate.

* Between, my well.

* I'm with you and I don't open.

* You travelled on the mayonaise.

* Do you think this is the house of mother Joanne?

* Ops, gave Zebra.
====================================================




SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/08/2000 11:15


"..Gilbert, médico da rainha Elizabeth, nas horas vagas escreveu um
tratado de
eletromagnetismo (De Magnete, 1600).."

Soh de curiosidade : Serah q naquela epoca existia a profissao FISICO ??



Luiz Ferraz Netto wrote:

> Alberto, suas mensagens estão endoidando o continuum espaço-tempo.
> Será
> problema da dobra espacial da dimensão temporal filosófica?
> Sua mensagem chega antes de ter sido escrita! Ou respondida!
>
> []'
> Léo
> ==================================



SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/08/2000 11:19

Alberto, suas mensagens estão endoidando o continuum espaço-tempo. Será
problema da dobra espacial da dimensão temporal filosófica?
Sua mensagem chega antes de ter sido escrita! Ou respondida!

[]'
Léo
==================================
-----Mensagem Original-----
De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 15 de agosto de 2000 21:34
Assunto: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo


-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 15 de Agosto de 2000 19:19
Assunto: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo

> Léo:
> Minha mulher é química com especialização e agora virou para advocacia ...
> foi fácil. É a 'quente' das advogadas!
> Um médico largou a clínica e foi ser enfermeiro ... foi fácil. É o melhor
> enfermeiro do hospital!
> Para um físico passar para a filosofia será mais fácil ainda ... tudo é
> questão de andar para trás!
>

Bem, se o tema do dia é mudanças especialização, vamos lá:

Gilbert, médico da rainha Elizabeth, nas horas vagas escreveu um tratado de
eletromagnetismo (De Magnete, 1600), numa época em que raríssimos físicos
sabiam o que era isso. Parece ter sido o primeiro a admitir a Terra um
grande imã e desenvolveu também uma teoria para explicar a atração elétrica
(algo que hoje não mais preocupa os físicos que, com raríssimas exceções,
têm ojeriza pelos "porquês").

Thomas Young abandonou a medicina em 1799 e em 1801, graças a estudos sobre
a dupla difração da luz, "destroçou" a óptica newtoniana, ressuscitando os
conceitos ondulatórios de Huygens.

Julius Robert Mayer, médico, em suas férias tropicais notou que o sangue
venoso dos habitantes dos trópicos era de um vermelho vivo demais. Concluiu
corretamente que o trabalho mecânico dos seres vivos provinha da energia
liberada pela oxidação dos alimentos e o calor era um subproduto. Admitiu
que pela queima de uma mesma quantidade de alimento o corpo animal poderia
produzir proporções diferentes de calor e trabalho mas a soma das duas devia
ser constante. Enunciou desta forma e pela primeira vez a primeira lei da
termodinâmica. Prosseguiu seus estudos e em 1842, após muitas recusas dos
editores científicos (físicos) da época, publicou o resultado de seus
trabalhos. Estendeu suas conclusões a medidas não biológicas, tendo sido o
primeiro a fornecer subsídios para a determinação numérica do que veio a ser
chamado por Joule de Equivalente Mecânico do Calor (em 1849, ou seja, 7 anos
após a publicação de Mayer). Mayer é considerado por alguns físicos atuais o
pai filosófico (vejam só!!!) da primeira lei da termodinâmica.

A corrente elétrica foi descoberta em 1786 pelo médico fisiólogo italiano
Luigi Galvani, certamente por "acaso". O músculo de uma rã foi o primeiro
galvanômetro, termo este utilizado pela primeira vez por Ampère, em 1820.
Notou ainda que a contração muscular observada era ampliada quando dois
metais diferentes completavam o circuito elétrico. Chamou este fenômeno novo
de eletricidade animal, acreditando ser uma característica dos tecidos
vivos.

Galileu graduou-se em medicina pela Universidade de Pisa mas não recebeu o
diploma por ter sido considerado pelos cientistas da época "incapaz para a
medicina". Contentou-se então em ser físico e como tal estraçalhou a física
de Aristóteles, criando não só a física mas também a ciência moderna.

Existem ainda alguns engenheiros que "involuiram" e estraçalharam a física
de seu tempo. Lembro-me, particularmente, de Carnot mas existem outros. No
Brasil a física começou a andar nos trilhos graças aos engenheiros. Mario
Schenberg, por exemplo, nunca escondeu suas origens.

> Ou seja, em praia de cego, quem tem ...........

Falou e disse!!!

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




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SUBJECT: Re: [ciencialist] dos genes aas proteinas
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/08/2000 13:14

e aih, miltao?

nao, qual aminoacido vai ser incorporado em uma cadeia peptidica nao
depende do aminoacido anterior, apenas da trinca de bases do rna
mensageiro (e por conseguinte, da trinca de bases no dna).

o q. determina o codigo genetico - q. eh essa relacao entre trincas (os
codons) de bases nos acidos nucleicos e os aminoacidos nas proteinas - sao
os rnas transportadores.

esses rnas apresentam uma forma grosseiramente semelhante a um trevo
(imagine o simbolo de paus do baralho desenhado por uma linha continua,
mas sem fechar na base). bem, cada tipo de rna transportador se liga
covalentemente a um aminoacido especifico e apresenta uma porcao q. se
liga ao codon do rna mensageiro naquele esquema de 'A' com 'U' e 'C' com
'G' (ele, o rna-t, tem o q. chamamos de anti-codon). o anti-codon se
localiza na alca do meio e o aminoacido se liga a uma das extremidades da
fita. 'a medida em q. os rna-t com os aminoacidos se alinham com o rna-m,
o ribossomo quebra a ligacao dos rna-t com os aminoacidos e ligam estes
entre si - formando a cadeia peptidica.

boa parte dos organismos apresentam o mesmo codigo genetico, mas existem
algumas excecoes q. sao modificacoes desse codigo conhecido como
universal.

qto aos introns a questao ainda estah em aberto... nem se sabe direito se
a presenca de introns eh uma codicao primitiva ou derivada... alguns
especulam q. os introns sao sequencias parasitas (baseado no comportamento
de sequencias conhecidas como transposons, q. se destacam de uma porcao da
fita de dna para se inserirem em outra regiao e tbm na capacidade do
material genetico dos virus se inserir em meio ao material genetico do
hospedeiro), outros - nao necessariamente excludente 'a visao anterior -
especula q. os introns apresentam funcao estrutural ou possam servir como
um mecanismo de seguranca contra uma taxa muito alta de mutacoes (jah q.
diminuiria a probabilidade de ocorrer mutacoes nas regioes codificantes -
q. em alguns casos nao chegam a perfazer 3% de todo o dna).

bem, qual cenario deve ser o mais correto depende de mais pesquisas - e
como em qq area de investigacao de um bocado de sorte pra se tropecar com
alguma pista reveladora.

[]s,

roberto takata

On Thu, 17 Aug 2000, Milton Taidi Sonoda wrote:

> Gostaria de saber se uma trinca de nucleotideos
> sempre vai fornecer o mesmo aminoacido, ou essa
> correspondencia depende tambem dos nucleotideos
> ateriores? Ou em termos fisicos, existe correlacao
> de longa distancia entre os nucleotideos, no que diz
> respeito aa sua codificacao em aminoacidos?
>
> Outra. Existe uma explicacao evolucionaria
> para a origem dos introns?



SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/08/2000 13:19



> > Para um físico passar para a filosofia será mais fácil ainda ...
> tudo é
> > questão de andar para trás!
> >
>

>Hoje em dia, se olhar na relação de prêmios Nobel verá exemplos de
>físicos que
>ganharam prêmio Nobel de Medicina...
>Mas médicos que ganharam em Física não achará...

================================
Bom, tenho uma teoria ( pra variar :-)

Os formandos em exatas desenvolvem mais , devido a natureza de sua
graduacao,
a capacidade de abstrair dos formandos em humanas/biomedicas.
Ou seja os "Exatos" passam boa parte da juventude, tipicamente entre
17-22 anos,
treinando o cerebro em sua capacidade de abstracao ( usando muito o lado
esquerdo
do cerebro). Ja nas outras areas eh exigido mais a capacidade de
memorizacao e
nem tanto de abstracao.
A idade da aprendizagem eh importante pois, se o cerebro nao eh
treinado em
determinada habilidade, na idade critica, depois, a coisa fica
mmuuuuuuito + dificil.
Eu por exemplo tenho uma deficiencia proximo da doenca em minha
habilidade de
memorizar musica : Posso escutar uma musica centenas de vezes no mesmo
dia e
nao consigo memorizar NEM 5% dela !!!
Costumo gravar uma unica musica numa fita inteira e ficar escutando soh
esta musica
repetidas vezes. Minha capacidade de memorizacao atrofiou ! :-((
Nos meus cursos nao eram exigido quase nenhuma memorizacao nem
necessidade
de escrita ( dai minha dificuldade tambem).
O mesmo problema deve ocorrer no sentido inverso com medicos e
advogados.

[]s
jocax





SUBJECT: RES: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Rodrigo Frizzo Viecilli" <philox@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/08/2000 13:27

Caro Cláudio,

Quanto a sua mensagem anterior a mim, acredito que tenha havido algum
problema, já que não havia nada na mensagem exceto a introdução.
Quanto a sua alegação de que estou sendo subjetivo quando julgo a TGBD,
tenho a dizer que este tipo de análise é totalmente necessária quando você
propõe um tipo de ordem que exista na natureza que deva ser universal. Não
há como fugir disso. Se você prima por objetividade, deve restringir a sua
abordagem. É um problema LÓGICO, não se trata de um problema de filosofia da
ciência em particular. Acredito que o primeiro passo para que você possa
levar seu projeto adiante é deixar a ambição de lado e começar a trabalhar
com sistemas menores.
Quanto ao Kuntz, eu o conheço, já debati algumas vezes com ele numa
lista de filosofia.

Rodrigo.
-----Mensagem original-----
De: Claudio Abreu - Bidual [mailto:bidual@gbl.com.br]
Enviada em: Segunda-feira, 28 de Agosto de 2000 11:44
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.


Prezado Rodrigo,

Antes de começar a rebater esta sua mensagem, gostaria de saber o que você
teria a contrargurmentar em relação à minha mensagem anterior. Agora vamos
lá:
-----Mensagem Original-----
De: Rodrigo Frizzo Viecilli
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: terça-feira, 15 de agosto de 2000 10:19
Assunto: RES: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.


Uma reta não é formada de dois pontos. Ela precisa de 2 pontos para
se constituir. Não há definição formal da reta, apenas uma condição para que
ela possa ser formada. E a navalha de Ockham não se aplica nesse caso,
porque estes dois pontos podem ou não formar uma reta. Se eu desenho dois
pontos num papel, eu tenho uma possibilidade de reta, não uma reta.
Analogias valem para o plano e o tetraedro.

CBAS:
Você está certo nesta questão, digamos, semântica. Errei ao dizer que
dois pontos "formam" uma reta. O certo seria "definem". Contudo todo o resto
que falei se aplica, e está correto, a meu ver, independentemente de Ockam e
sua navalha...

Se a tgbd fosse universal, valeria para qualquer composição que
levasse a estas figuras. Entendo a sua empolgação, mas tome cuidado com os
exemplos e com a universalidade.

CBAS:
Acho que mostrei como a TGBD explica a formação da estrutura geometrica
mais elementar de algo que tenha volume. Quanto a questão da TGBD ser
universal, infelizmente não posso abrir mão disto, dado que o próprio
objetivo da TGBD é ser universal, o que não quer dizer que ela o seja,
apesar de eu acreditar que ela o seja. Assim, acho melhor você atacar a
propria TGBD, e não o seu objetivo.

O mesmo vale para o aspecto particular no qual vc enxerga o átomo de
hidrogênio, pois as partículas em que o dividimos são definidas fisicamente
através de reações particulares. Não há uma estrutura definida para um
átomo, nem para uma de suas partículas, pelo menos até agora. A separação da
matéria a nível subatômico depende ainda da nossa linguagem, a qual tem a
formação dependente diretamente dos sentidos. Por isso digo que vc está
olhando o átomo de uma maneira extremamente particular, já que há outras
diversas formas de olhá-lo.
Pense no seguinte: se eu pegar uma sequência limitada de números,
posso tentar forjar uma fórmula que a defina. Assim que aparece um novo
número daquela seqüência eu posso ter errado na primeira fórmula. É melhor
sempre testar a sua almejada universalidade da teoria, embora logicamente
isto não tenha validade externa nem nunca vai ter, como vc propôs em um
outro email.

CBAS:
Prezado Rodrigo. Você lembra o Kuntz com quem debati no Acropolis no ano
passado. Vocês sempre ficam com um certo medo de tentar definir a realidade
como algo paupável, com um certo excesso de relativismo, dando uma
importância exagerada a essa tal de linguagem etc... Ou seja, vocês dão
excessivo peso a teses tais como a de Gödel, e assim, nada pode ser definido
com certeza... e toda a ciência não passa de pura especulação... Acho que
tal posicionamento não leva a nada, pois prima pela incerteza... Como ainda
não há uma estrutura já definida para o átomo de hidrogênio?
Quanto a unversabilidade da TGBD é certo que ela tem que ser testada, e
este é o meu objetivo neste grupo. Você não se aventura a me propor um
exemplo em que a TGBD não se aplique?

A sua teoria não tem cunho metafísico. Não se constitui em uma
teoria consistente sobre nada específico, assim não é uma teoria, já que não
tem universalidade lógica nem em ao menos um universo particular.
O que o Sr. chama de teoria não passa, pelo menos ainda, de
especulação. É uma especulação científica teórica, não tem nada de
metafísico.
Se vc propõe uma relação particular entre as coisas, isto não
precisa ter a ver com metafísica. Metafísica é um estudo de supostas
propriedades não-físicas da matéria e suas inter-relações. Por exemplo, uma
propriedade metafísica aos olhos de Platão pode ser aquilo que um objeto tem
que provoca a formação de uma idéia (propriedade metafísica). O plano das
idéias para Platão é um plano metafísico, assim ele deduz que a matéria
possui algo de metafísico.
A metafísica é totalmente à parte. Ela passa a fazer parte de
raciocínios, por exemplo matemáticos, se vc realmente acreditar nas idéias
elementares da metafísica como esta de Platão. Por isso é complicado dar ou
não cunho metafísico às idéias. Depende de como cada um forma a sua crença
epistemológica.
Eu não acredito na possibilidade lógica de qualquer tipo de
metafísica, o que não quer dizer que a metafísica seja uma mentira. É apenas
uma grande seqüência de interpretações deturpadas de fenômenos pouco
conhecidos. O que temos efetivamente são objetos lingüísticos, não
metafísicos. A nossa relação com o mundo é uma relação de simbologias
interativas totalmente auto-suficientes, não é necessário envolver
metafísica a meu ver, aqui sim aplico a navalha de ockham.


Rodrigo.

CBAS:
Também acho que por enquanto a TGBD é uma especulação científica
teórica. Mas atente que se ela se comprovar como sendo verdadeira, ela irá
abalar todas as estruturas do que hoje se define como ciência. Fico
satisfeito que embora você ainde não acredite na TGBD, pelo menos não a
coloca como sendo metafísica. Espero que com o tempo a sua opinião mude com
o decorrer do tempo. E assim, não só você, como todos nesta lista, e todos
os que atuam na ciência vejam o que eu já vi: a TGBD é científica e
verdadeira. Vamos dar tempo ao tempo.

Um grande abraço,

Claudio Abreu

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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] Alumínio
FROM: "Rodrigo Frizzo Viecilli" <philox@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/08/2000 14:40

Caro Flávio.

O alumínio não enferruja não, só oxida. Quem enferruja é o ferro (:. O
problema é que o óxido de alumínio tem uma estrutura cristalina semelhante,
portanto ele fica agregado ao alumínio e não descama como o óxido férrico,
por exemplo.
Esta camada de óxido de alumínio acaba servindo de proteção para que o
restante do metal não oxide.


Rodrigo
-----Mensagem original-----
De: Flávio Pandur [mailto:pandur@apec.unoeste.br]
Enviada em: Segunda-feira, 28 de Agosto de 2000 13:59
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] Alumínio


Colegas da Ciencialist

Sempre ouvi que o alumínio não enferruja. Entretanto, algum tempo atrás, li
que uma substância utilizada na construção de capacitores eletrolíticos é o
óxido de alumínio.

Gostaria então de saber: o alumínio não enferruja em seu estado "natural" ou
somente após passar por algum tratamento químico ? No caso da primeira
hipótese ser a correta, como então se obtém o óxido de alumínio ?

Grande abraço a todos

Flávio Pandur




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SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/08/2000 14:45

-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 17 de Agosto de 2000 11:15
Assunto: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo


> "..Gilbert, médico da rainha Elizabeth, nas horas vagas escreveu um
> tratado de eletromagnetismo (De Magnete, 1600).."
>
> Soh de curiosidade : Serah q naquela epoca existia a profissao FISICO ??

Olá, Jocax.

Não no contexto que hoje se dá ao termo mas parece que já havia, no século
XVII, alguma predisposição para a separação entre filosofia e ciência e,
entre as ciencias, com as especializações do tipo matemática (que talvez
englobassem a física), medicina, astrônomia (que também relacionava-se
fortemente com a física), etc.

Hoje é comum colocarmos Descartes e Newton no mesmo caldeirão. Ainda que
Descartes tenha muito a ver com os primórdios da filosofia moderna, assim
como com Aristóteles também existe uma física cartesiana. Não obstante
Newton, com freqüência, refere-se a Descartes como "O filósofo", às vezes
até mesmo em termos de gozação (ou seja, esta briguinha que estamos
vivenciando aqui na ciencialist é antiga pacas, ainda que tenha proliferado
bastante (e eu diria que se tornado até mesmo inconveniente) no século XX.
Dizem alguns que Newton deu nome a sua obra de "Princípios Matemáticos da
Filosofia Natural" em afronta a Descartes (não sei exatamente as razões
desta afronta). Parece-me que ele queria provar para Descartes que a física
era muito mais filosófica do que a própria filosofia dos filósofos.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/08/2000 15:05

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 17 de Agosto de 2000 11:19
Assunto: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo


> Alberto, suas mensagens estão endoidando o continuum espaço-tempo. Será
> problema da dobra espacial da dimensão temporal filosófica?
> Sua mensagem chega antes de ter sido escrita! Ou respondida!

Pois é! Parece-me que está havendo algum tipo de colapso da função de onda
acoplada às msgs. Desta forma, sei apenas que a probabilidade dela chegar no
seu destino, com uma incerteza de mais ou menos 10 dias, está próxima de
100%. Parece-me também que alguns dos listeiros não estão entendendo
devidamente o que escrevo e talvez isso esteja relacionado ao princípio da
indeterminação. Ou seja, quanto menor o intervalo de tempo entre o envio da
msg e a leitura, maior será a imprecisão da formatação da mesma no
computador do receptor. De qualquer forma, noto que não estou burlando nem a
causalidade e nem a relatividade pois o pico da minha mensagem sempre sai
antes da entrada do pico da mensagem que estou respondendo.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: RES: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Rodrigo Frizzo Viecilli" <philox@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/08/2000 15:23

Li a sua mensagem, mas vou me limitar a comentar o seguinte:

Se a tgbd é realmente um sistema aberto e uma teoria de tudo, ela aplica-se
a ela mesma, ou seja, há a possibilidade de uma meta-tgbd. O que isto
acarreta? Acarreta nada mais nada menos do que a própria ruína da tgbd, já
que tautologicamente ela permite a existência, neste universo, de uma
não-tgbd. Ou seja, teríamos um universo definido pela tgbd *onde a tgbd
funciona ou não*.
Onde está a força da tautologia?
Se eu pergunto sobre o estado do tempo e alguém me responde: "Chove ou não
chove", ele não está me dizendo absolutamente nada. Ele tem que me dizer
simplesmente "Chove." ou "Não chove."
Se você quiser sustentá-la, ela precisa ser um sistema fechado, caso
contrário será tautológica, ou seja, não dirá absolutamente nada. E
lembre-se, um sistema fechado não pode ser universal.


PhiloX

-----Mensagem original-----
De: Claudio Abreu - Bidual [mailto:bidual@gbl.com.br]
Enviada em: Segunda-feira, 28 de Agosto de 2000 13:40
Para: Ciencialist
Assunto: En: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.


Prezado Rodrigo,

Reenvio esta mensagem, pois você alega que não recebeu.

Um grande abraço,

Claudio Abreu
-----Mensagem Original-----
De: Claudio Abreu - Bidual
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: quarta-feira, 23 de agosto de 2000 07:13
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.


Prezado Rodrigo,

Primeiramente gostaria de elogiar o elevado nível da contrargumentação. Ah
se todos nesta lista fossem iguais a você. Feitos os elogios, vamos aos
rebatimentos, que espero, estejam à altura das suas colocações:
-----Mensagem Original-----
De: Rodrigo Frizzo Viecilli
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: quarta-feira, 9 de agosto de 2000 11:06
Assunto: RES: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.


A tentativa de reduzir tudo a um sistema lógico formal já foi feita por
Carnap, no início do século.
Após os teoremas de Gödel, o positivismo lógico, que tinha essa esperança,
foi por água abaixo.
Gödel provou que dentro de um sistema lógico fechado e consistente não é
possível provar ao menos uma sentença. Um corolário também provado é que
esta sentença é a que garante a própria validade externa deste sistema.

CBAS:
Infelizmente não sou um cara culto. Assim, nunca ouvi falar de Carnap. Do
Gödel, sim, mas não entendo muito das suas descobertas via demonstrações
matemáticas. Sei que ele passou a ser uma espécie de novo paradígma da
lógica, uma espécie de introdutor da teoria da incerteza na lógic, não é
isto?

O primeiro engano seu ao tentar enquadrar a TGBD no teorema de Gödel, é
considerar a TGBD como tratando-se de uma sistema fechado, quando ela se
aplica aos sistemas abertos e/ou fechados, tanto em equilibrio total, como
em desequilíbrio. Lembro que a TGBD objetiva ser uma teoria auto-consistente
para tudo o que existe e/ou não existe, no universo e fora dele. Ora, é o
Quarto Uno que introduz a "abertura" do sistema em analise para o que esteja
fora dele. Afinal, nada pode existir por si só, ou seja, sem o que não seja
ele. Pela TGBD não pode existir o lógico sem existir o absurdo, o verdaeiro
sem o falso, o relativo sem o absoluto. Acredito que a grande sacação da
TGBD é que ela introduz o absurdo na ciência, e força que a ciência se
suplante para poder abarcar também o inexorável, sem o que não poderá
conhecer o que é paupável. è logico que com certas regras. Daí, Gödel nada
mais é do que uma confirmação da TGBD.

Repare que, matematicamente, não poderia existir uma reta se não houvesse
o abusurdo que é o encontro do +/- infinito, que forma o Dual Externo, ou de
pontos, com 0 (zero), enquanto que o Dual Interno é formado pelos segmentos
positivo e negativo da reta, os quais com o 0 (zero) forma o Terno. Estou
com um texto quase pronto sobre isto, que nos faz comcluir que se o tempo é
uma reta, ele em algum ponto, no caso finito, que acredito ser o Big
Bang/Big Crunch obrigatóriamente tem de passra por uma singularidade, tal
como o +/- infinito da reta. Este é o problema maior da nossa ciência atual:
ela tem horror à singularidade, e se esquece que sem ela não poderia haver a
não-singularidade.

Sabemos que uma reta é uma circunfereência de raio infinito, por causa da
singularidade do +/- infinito. Imagine agora uma anti-circunferência (também
de raio infinito), sem a qual a circunferência não poderia existir, e que
seja tangente à circunferência no exato ponto do +/-infinito. Repare que se
o +infinito coincidir com o + infinito da anti-reta, que por sua vez possue
o sentido do avanço inverso ao da reta(indo do + para o -, passando pelo
anti-zero), no final do ciclo o -infinito da anti-reta irá coincidir com
o -infinito da reta. Faça agora analogia disto com o tempo. Notar que neste
caso a seta do tempo seria mantida, mas ele teria um sentido do - para o +
no caso do Universo, e vice-versa no caso do, digamos anti-universo, que
assim, poderia vir a ser composto de espaço com mesmo sentido do universo,
de matéria e energia de sinal oposto às do universo, ou em outras palavras,
a anti-matéria e a anti-energia. Repare que tudo isto é consistente com
Dirac e com a 3ª Lei de Newton, que considero as melhores expressões do
dualismo na ciência. Mas o pior, meu caro, é que se aTGBD for verdadeira,
todo este raciocínio será verdadeiro, e assim, acredito que estaremos
conhecendo o que desconhecemos, a partir do que desconhecemos. Desta forma,
caso a TGBD seja verdadeira, obrigatóriamente o universo "nasce" num Big
Bang, evolui se expandindo até um certo limite, e começa a se contrair, até
"morrer" no Big/Crunch, que por sua vez se transformaria no Anti-Big Bang do
anti-universo, que se expanderia até um limite para começar a se contrair
até o Anti-Big Crunch, que por sua vez se transformaria no novo Big Bang e
assim indefinidamente... Repare como tal visão da coisa aparenta ser uma
visão consitente, e talvez a única, para se responder uma questão que até
hoje os cientista não encontraram uma resposta fundamentada: anti-matéria
não existe no universo em grandes quantidades porque nestes termos existe no
anti-universo!! Resslato que tal visão é obrigatória, caso a TGBD seja
verdadeira. Mas se chegou a ela, com ba
dmitior e englobar a inconsistência... que é o Quarto Uno, que é o
inatingível, e o feed back do colorario de Gödel. É mole? Me aponte aonde vê
algum deslize terorico em toda esta divagação?

Quanto ao colorário, ele me parece ser uma espécie de feed-back, que é uma
das características do Quarto Uno, pois é ele que fecla o ciclo. Sugiro que
vicê leia o artigo sobre o Desenvovimento da TGBD no site do eGroups, no
diretório O Livro da TGBD.


Dentro disto acho uma inconseqüência que tal teoria almeje conhecer tudo a
partir do que se conhece. Por uma falha simplesmente lógica, não da teoria.
Isto que a lógica evoluiu e MUITO, sendo trabalhada de várias formas, da
qual uma simples dialética é apenas um micro-segmento.

CBAS:
Bem rodrigo, da nova lógica não domino nada. Mas da clássica me lembro
alguma coisa. E seu lhe disser que a lógica matemática clássica é tem uma
estrutura totalmente bidual? Como é que você sairá desta? Não estou aqui com
o material necessário para escrever corretamente, mas vou tentar. Me
permitirei até a chutar, pois o que interessa é que se fizermos tudo
certinho iremos nos deparar com o Bidual da lógica clássica. Vamos tentar.

=====================
Tudo começa pela existência de uma afirmação A e a sua negagão NA. Dai
surje a primeira tabela, onde V é verdadeiro e F é falso:

Arfirmação e Negação:
se A = V -> NA = F
se A = V -> NA = V

O que não deixa de ser um bidual.

========================

Depois temos a interação entre suas proposições P e Q:

1) P interceção Q:
se (P = V) /\ (Q = V) -> (P /\ Q) = V
se (P = V) /\ (Q = F) -> (P /\ Q) = F
se (P = F) /\ (Q = V -> (P /\ Q) = F
se (P = F) /\ (Q = F) -> (P /\ Q) = F

2) P união Q:
se (P = V) U (Q = V) -> (P U Q) = V
se (P = V) U (Q = F) -> (P U Q) = F
se (P = F) U (Q = V -> (P U Q) = F
se (P = V) U (Q = V) -> (P U Q) = F

(Até aqui eu me lembro. Daqui pra frente não lembro mais e devo chutar.
Como é que é mesmo?)

3) se P então Q:
se (P = V) -> (Q = V) => (P U Q) = V ?
se (P = V) -> (Q = F) => (P U Q) = F ?
se (P = F) -> (Q = V => (P U Q) = F ?
se (P = F) -> (Q = F) => (P U Q) = F ?

4) se e somente P então Q:
se (P = V) -> (Q = V) => (P U Q) = V ?
se (P = V) -> (Q = F) => (P U Q) = F ?
se (P = F) -> (Q = V => (P U Q) = F ?
se (P = F) -> (Q = F) => (P U Q) = V ?

Será isto mesmo? Tenho certeza que não, mas não importa. O que importa é
que nos três primeiros casos, temos sempre três V e uma F ou uma V e três F,
mas com a caracterísitica de que também é formado um Terno, com duas
possibilidades fazendo um par e a terceira correndo por fora. E somente na
Quarta temos duas V e duas F. Assim, vemos que aqui também se um uma
bidualidade.


============================

Por temos as quatro possibilidades que englobam a Tautologia (tudo é
verdadeiro), as Proposições Logicamente Falsas (é isso?), as relações de
Implicação e Biunívocas (não é isso?). Sincerament, não me lembro bem mas
tenho certeza que as combinações entre V e F também apresentam uma estrutura
bidual. Você não pode me lembrar quais as combinações certas para que eu
possa lhe mostra como vi que a Lógica Clássica é totalmente bidual?

A sua teoria é baseada numa tautologia, portanto qualquer coisa pode ser,
se manipulada através dela, verdadeira. Num universo tautológico, não há
nenhuma sentença falsa. Uma tautologia não tem validade factual nenhuma, não
diz nada sobre o mundo, é apenas uma construção da linguagem baseada numa
possibilidade lógica que não pode ser considerada factual.

PhiloX

Sinceramente discordo de você. Realmente a TGBD é baseada numa Tautologia,
e daí é que vem asua força. Afinal, existe ou não existe uma lei que seja
ampla, geral, irrestrita e auto consistente que rege o universo e o
anti-universo? Será que Deus joga dados? Eu acredito que há, e que é aTGBD.
Acredito que no meio científico também prevalece esta crença de que exista
uma Teoria de Tudo. Tanto que os maiores cientistas do mundo,
particularmente os físicos, estão fazendo todo o esforço para ver se
resolvem esta questão através da tal Teoria das SuperCordas (chamemos de
TDSC), que a meu ver é a maior porralouquice da ciência atual, na medida em
que o espaço-tempo tem de ter 11 a 13 dimensões.....(epa, epa!!). E tal
masturbação mental decorre exclusivamente da necessidade que a nossa ciência
atual tem de evitar a singularidade. Ora pela TGBD o espaço tempo só pode
ter quatro dimensões, sendo uma delas é o Quarto Uno, que é a varável mais
fora do nosso alcance. Você ja reparou que é possível para nós voltar ao
mesmo lugar mas não ao mesmo tempo? Por outro lado A TGBD assume que a
singularidade é inerente ao processo, e portanto não se deve fugir dela e
sim encará-la. Pense agora comigo? Quem está sendo mais simples e
consistente? A TGBD ou a TDSC?. O certo é existe um conflito insuperávlel
entre as duas, mas não resta qualquer dúvida que ficoo com a TGBD. E você? E
espero que você acabe caindo numa real e vendo que a TGBD é a única
alternativa consistente para se candidatar definitivamente a ser a Teoria de
Tudo. Como um dos maiores percalços par que ela se eleve a tal condição
considero o ceticismo e a falta de entusiasmo...

Deixo abaixo o endereço do grupo da TGBD:
http://br.egroups.com/group/tgbd


=== A TGBD no eGroups : Descrição ===

A Teoria Geral da Bidualidade (TGBD) objetiva definir a estrutura
de tudo o que existe e/ou não existe, no universo e/ou fora dele.

A expressão "e/ou" é a própria síntese da TGBD. Notar que o dual
"ser ou não ser", de Shakespeare, é apenas uma visão usual e restrita da
questão, pois se refere apenas às duas fases relacionadas ao conceito de
existência. Para que exista o dual "ser ou não ser" é necessário existir
também dual "ser e não ser", referente às duas mutações associadas: o
próprio "ser e não ser" (quando algo que é deixa de sê-lo) e o "não ser e
ser" (quando algo que não é passa a sê-lo). Senão o ciclo não fecha.

E para ser geral a TGBD tem que se aplicar tanto ao dual das fases
do universo e do não-universo, quanto ao dual das mutações do universo para
o não-universo e vice-versa.

O objetivo deste Grupo é a divulgação e o debate da TGBD no meio
científico e tecnológico. O seu moderador é o engenheiro civil e mestre em
administração de empresas Claudio Braga de Abreu e Silva, nascido em
08/11/1949, que vem desenvolvendo a TGBD desde 1968, e está escrevendo um
livro sobre ela, cujos textos se encontram nos Arquivos deste Grupo.

Com o advento da Internet, ele acha possível contar com a
participação de pessoas, de qualquer formação científica e profissional, que
queiram contribuir para o desenvolvimento de sua teoria que, acredita,
poderá representar um novo marco na história da ciência e da humanidade.

A TGBD é, sem duvida, muito ambiciosa, pois objetiva ser a Teoria
de Tudo, ou Theory of Everything (TOE). Caso a TGBD seja verdadeira, seu
autor acredita que ela será a síntese do conhecimento, e permitirá:

a) conhecer o desconhecido a partir do que se conhece;

b) testar a veracidade de toda e qualquer teoria científica;e,

c) simplificar a ciência.

O autor desde já agradece a participação de todos.




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



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SUBJECT: RES: [ciencialist] Alumínio
FROM: "Rodrigo Frizzo Viecilli" <philox@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/08/2000 15:32

Na verdade a camada do oxido de aluminio que se forma inicialmente é muito
fina, por isso dá a impressão de ser da mesma cor, quando ele fica levemente
transparente.
O fato é que podemos verificar em panelas de aluminio uma camada levemente
esbranquiçada, trata-se do óxido.
Façam a seguinte experiência: peguem uma panela de aluminio e passem um
bombril na parte interna, no seu assoalho. Depois coloquem no fogo e
observem.


PhiloX

-----Mensagem original-----
De: Benjamin Hinrichs [mailto:hinsoft@sinos.net]
Enviada em: Segunda-feira, 28 de Agosto de 2000 14:35
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: Re: [ciencialist] Alumínio


Flávio e colegas,
desculpam por uma resposta tão pouco aprofundada.
O que imagino é que quando se fala de alumínio "enferrujado" (o certo seria
enaluminado, ou não!) não se fala de ferrujem vermelha, marrom, como queiram
chamar... de fato enferrujar, por sorte, é característica apenas do ferro
(eu acho, que o administrador não me ouça que ele vai me marcar e qualquer
dia nos corredores aqui da universidade ele me pega... e ele tem no mínimo
um metro e oitenta, eu acho... até um pouco mais.). Até onde eu saiba o
Alumínio naturalmente forma uma camada de óxido de Al ao redor de sua
superfície. Se vc tiver um bico de bunsen (que todos tem em casa, fora eu
que ainda pretendo montar um... o princípio dele é simples, só estou com
medo da chama entrar bico adentro - calma, isso eu resolvo) e um pedaço de
fita de alumínio, ao aquecê-la perceberá que uma parte derrete e em
quantidades pequenas não pinga e a outra fica encandecente. Deixando
resfriar o pedaço de alumínio e depois aquecendo-o novamente acho que é
possível verificar a formação daquela mesma bolota... querendo pingar e que
custa a pingar.
Em resumo, óxido de alumínio é brilhoso tanto quanto o alumínio normal.
Não sei se acrescentei algo ou apenas falei bobagem, fica a critério de vcs.
Abraço,

Benjamin Hinrichs


----- Original Message -----
From: Flávio Pandur <pandur@apec.unoeste.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Monday, August 28, 2000 1:58 PM
Subject: [ciencialist] Alumínio


> Colegas da Ciencialist
>
> Sempre ouvi que o alumínio não enferruja. Entretanto, algum tempo atrás,
li
> que uma substância utilizada na construção de capacitores eletrolíticos é
o
> óxido de alumínio.
>
> Gostaria então de saber: o alumínio não enferruja em seu estado "natural"
ou
> somente após passar por algum tratamento químico ? No caso da primeira
> hipótese ser a correta, como então se obtém o óxido de alumínio ?
>
> Grande abraço a todos
>
> Flávio Pandur
>
>
>
>
> *** --- ***
>
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> http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html
>
> *** --- ***
>
>




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SUBJECT: Léo, filosofo surrealista ?
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/08/2000 15:43


> Alberto, suas mensagens estão endoidando o continuum espaço-tempo. Será
> problema da dobra espacial da dimensão temporal filosófica?
> Sua mensagem chega antes de ter sido escrita! Ou respondida!
>
> []'
> Léo

Hummm, essa mensagem é uma bela demonstração de como a física possui um
efeito nocivo (popularmente conhecido como efeito cientista louco), é
cumulativo e, depois de anos e anos de uso (da física e do raciocínio
lógico) gera uma visão surrealista da vida, seguida de comportamentos
estranhos, frases sem sentido e o afastamento dos entes queridos.

Recentemente os pensamentos do Léo tem me lembrado um trecho de uma
Ópera Espacial onde o personagem que é Hippie parece sofrer de problema
similar (mas creio que neste caso por uso de drogas injetaveis)

"Hippie :
Scarlet crimson rosey red
I must be dead
or stoned out of my head

Orange yellow tangerine
the acid queen
in a psychodelic scene

Ochre chesnut chocolate brown
I'm upside down
on a cosmic eiderdown

ivory milky chalky white
the stars ignite
I vanish the light - that burns so bright"

Não sei se tem cura mas pode-se perceber que a coisa ta ficando feia ..
vejam os últimos emails (o do computador quantico, por exemplo, não
possui nenhuma coesão textual . começa falando da ameaça dos
compitadores quanticos para a segurança americana depois sue falando com
o alberto, por fim fala frases estranhíssimas como "You travelled on the
mayonaise").


SUBJECT: A traição no reino animal
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/08/2000 18:36

VEJA ANO 33 NUMERO 33 PAG 66
Geral - Genética

A traição no reino animal
Ao contrário do que se pensava, a promiscuidade é a regra entre as
fêmeas da maioria das espécies

Ricardo Amorim

Os hábitos sexuais da viúva-negra australiana são, poderíamos dizer, do
tipo atração fatal. Após o coito, o macho atira-se na boca da parceira,
cujo corpo é bem maior que o seu. Ela então o devora, numa espécie de
repasto nupcial. Durante décadas, o comportamento trágico, que se vê em
várias outras espécies de aranhas em todos os continentes, intrigou os
cientistas. Só recentemente, à luz de uma série de revelações sobre os
rituais de reprodução no reino animal, se percebeu a razão do sacrifício
do macho. Ao servir de refeição à fêmea, ele a mantém ocupada pelo dobro
do tempo do coito, evitando a aproximação de um concorrente. É um
recurso extremo para garantir a perpetuação de sua herança genética.
Isso é necessário porque a fêmea da viúva-negra é volátil demais e não
rejeitaria o assédio imediato de outro macho. O comportamento está longe
de ser excêntrico. Há muito se sabe que as fêmeas de certas espécies são
bastante promíscuas. A novidade que está causando frisson entre os
biólogos é a constatação de que a promiscuidade é a regra no reino
animal, não a exceção. A monogamia é estatisticamente rara entre os
bichos. Ocorre em apenas três de cerca de 4 000 espécies de mamíferos.
Durante muito tempo, os biólogos acreditavam que os pássaros, em sua
maioria, eram monógamos. A tecnologia do DNA revelou que várias espécies
de pássaros que se acreditava serem monógamos de fato incorrem em
considerável infidelidade. Em algumas dessas espécies acontece de muitos
dos filhotes serem filhos não do macho no ninho, mas de um vizinho com o
qual a fêmea copulou clandestinamente.
Essas pesquisas estão esclarecendo muito do mistério que até agora
envolvia o sexo entre animais. Ficou mais fácil entender os variados - e
alguns bem bizarros - mecanismos desenvolvidos pelos machos para
assegurar que os filhotes sejam realmente seus. O coito entre moscas
varejeiras dura quarenta minutos, mas o inseto permanece grudado na
fêmea por outros vinte minutos para evitar que ela se entregue a um
rival. O cachorro utiliza-se do mesmíssimo expediente. Antes de
depositar seus espermatozóides, os caranguejos do tipo maria-farinha
produzem uma secreção que endurece como cimento, bloqueando a passagem
do esperma de outros machos. As libélulas possuem o pênis coberto por
saliências que têm como objetivo remover o sêmen deixado na fêmea pelos
machos que anteriormente copularam com ela. Genitais adaptados são a
garantia de sucesso na corrida reprodutiva, e tudo isso tem a ver com a
infidelidade das fêmeas. "Gerações de biólogos partiram do princípio de
que as fêmeas são sexualmente monógamas", diz o biólogo Tim Birkhead, da
Universidade de Sheffield, na Inglaterra. "Agora está claro que eles
estavam errados. Na maior parte das espécies, as fêmeas copulam
rotineiramente com muitos machos."
Em um livro recém-lançado, Promiscuity (Promiscuidade), Birkhead lista
uma infinidade de casos estudados recentemente. Há dados de cair o
queixo. Certas fêmeas, como a dos chimpanzés, chegam a copular até 1 000
vezes, com parceiros diferentes, até que fiquem grávidas. Com o auxílio
das novas técnicas de determinação de paternidade, descobriu-se que, em
certas ninhadas de pássaros, mais de 75% dos filhotes não são
descendentes do macho que ajuda a criá-los. Entre os primatas, mostram
os estudos, quanto mais promíscuas as fêmeas, mais desenvolvidos são os
órgãos sexuais dos machos. Como a fidelidade é mais freqüente entre os
gorilas, eles têm os testículos relativamente pouco desenvolvidos. Já os
chimpanzés, cujas parceiras são muito volúveis, são especialmente
bem-dotados.
Quando tomam posse de uma nova fêmea, os felinos, como leões e gatos,
matam os filhotes que ela teve com outro macho. A tática da poligamia
feminina é usada para evitar a matança, já que os machos se confundem e
não têm como saber quais filhos são seus e quais são dos rivais. Em
algumas espécies, vários machos, cada um deles com razões para se
considerar pai, ajudam a fêmea a cuidar dos filhotes. O estudo das
atividades sexuais dos animais leva a conclusões interessantes, mas
pouco contribui para compreender o comportamento dos humanos. "Entre as
pessoas, os fatores culturais são preponderantes na determinação do
comportamento sexual", diz Carlos Alberts, professor de zoologia e
comportamento animal da Universidade Estadual Paulista. A pergunta que
não quer se calar é: por que as fêmeas são promíscuas? Um benefício é
que quem acasala mais vezes tem mais chance de engravidar. Há também
questões de ordem prática. Grilos trocam sexo por comida. Ao cortejar a
fêmea, o macho leva uma refeição para a pretendida. Entre os pingüins, a
mercadoria é uma pedra usada na construção do ninho que vai abrigar os
herdeiros encomendados. A promiscuidade da fêmea não traz maior número
de rebentos (como ocorre com a infidelidade do macho), mas filhos
melhores. Fêmeas de algumas espécies parecem capazes de rejeitar o
esperma indesejado e só se tornar prenhe daquele que lhes parece melhor.
Para os mais românticos, essas descobertas lembram o amargo gosto de uma
traição.








SUBJECT: Re: [ciencialist] A trai��o no reino animal
FROM: Leandro <holanda@ift.unesp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/08/2000 19:20

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> VEJA ANO 33 NUMERO 33 PAG 66
> Geral - Genética
>
> A traição no reino animal
> Ao contrário do que se pensava, a promiscuidade é a regra entre as
> fêmeas da maioria das espécies
>
> Ricardo Amorim
>
>
> [...]Para os mais românticos, essas descobertas lembram o amargo gosto de
> uma
> traição.
>

Ou deixaria o romance num tom mais nobre!
Imaginem: lutar contra sua própria natureza em nome do amor!!!

Abraços
Leandro



SUBJECT: Re: [ciencialist] L�o, filosofo surrealista ?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/08/2000 20:09

Calma pessoal, o Leonardo Stern chega lá. You travelled on the mayonaise.
Não é fácil entender a bola de neve que gira por aqui. Quando chegar lá
perceberá que há uma correspondência biunívoca entre a base do estudo e o
estudo propriamente dito:-)
[]'
Léo

------------------------------------

-----Mensagem Original-----
De: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 17 de agosto de 2000 15:43
Assunto: [ciencialist] Léo, filosofo surrealista ?



> Alberto, suas mensagens estão endoidando o continuum espaço-tempo. Será
> problema da dobra espacial da dimensão temporal filosófica?
> Sua mensagem chega antes de ter sido escrita! Ou respondida!
>
> []'
> Léo

Hummm, essa mensagem é uma bela demonstração de como a física possui um
efeito nocivo (popularmente conhecido como efeito cientista louco), é
cumulativo e, depois de anos e anos de uso (da física e do raciocínio
lógico) gera uma visão surrealista da vida, seguida de comportamentos
estranhos, frases sem sentido e o afastamento dos entes queridos.

Recentemente os pensamentos do Léo tem me lembrado um trecho de uma
Ópera Espacial onde o personagem que é Hippie parece sofrer de problema
similar (mas creio que neste caso por uso de drogas injetaveis)

"Hippie :
Scarlet crimson rosey red
I must be dead
or stoned out of my head

Orange yellow tangerine
the acid queen
in a psychodelic scene

Ochre chesnut chocolate brown
I'm upside down
on a cosmic eiderdown

ivory milky chalky white
the stars ignite
I vanish the light - that burns so bright"

Não sei se tem cura mas pode-se perceber que a coisa ta ficando feia ..
vejam os últimos emails (o do computador quantico, por exemplo, não
possui nenhuma coesão textual . começa falando da ameaça dos
compitadores quanticos para a segurança americana depois sue falando com
o alberto, por fim fala frases estranhíssimas como "You travelled on the
mayonaise").




SUBJECT: O Tudo e/ou o Nada; o Ser e/ou Não Ser - eis a questão..
FROM: "Bidual - Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: "Ciencialist" <Ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/08/2000 11:35


Tem tempo que eu não venho aqui. Tenho visto que a discussão sobre o nada e
o tudo no Ciencialist, e sobre o Ser e Não Ser parece ser a dúvida certa de
todos das duas listas.

Acredito que possa propor uma nova linha de ver a questão, com o uso da
minha Teoria Geral da Bidualidade (TGBD). Aliás, ela nasceu em torno desta
questão, e concluiu que as coisas são e/ou não são, e que o todo é o tudo
e/ou o nada.

Sinceramente, vocês gostariam saber o que eu tenho a dizer sobre o assunto?
Estou escrevendo a respeito. Já freqüentei muito esta lista, e já levei
muita pancada, talvez pela minha arrogância, em achar que esteja certo.
Vocês criticariam seriamente o que eu me proporia a sugerir, sem emoções e
sem baixar o nível do racional?

Um grande abraços a todos,

Claudio Abreu

>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
> Para: <ciencialist@egroups.com>
> Enviada em: quarta-feira, 16 de agosto de 2000 23:20
> Assunto: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
>
>
> >
> > -----------------------------------------------------
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> >
> > ----- Original Message -----
> > From: "Leandro" <holanda@ift.unesp.br>
> > To: <ciencialist@egroups.com>
> > Sent: Wednesday, August 16, 2000 10:01 PM
> > Subject: Re: [ciencialist] descrevendo o mundo
> >
> >
> > > Alberto Mesquita Filho wrote:
> > >
> > > > > Léo:
> > > > > Minha mulher é química com especialização e agora virou para
> advocacia
> > ...
> > > > > foi fácil. É a 'quente' das advogadas!
> > > > > Um médico largou a clínica e foi ser enfermeiro ... foi fácil. É o
> > melhor
> > > > > enfermeiro do hospital!
> > > >
> > > > Alberto Mesquita
> > > > Filho
> > > > Gilbert, médico da rainha Elizabeth, nas horas vagas escreveu um
> tratado
> > de
> > > > eletromagnetismo
> > > > Thomas Young abandonou a medicina em 1799 e em 1801, graças a
estudos
> > sobre
> > > > a dupla difração da luz,
> > > > Julius Robert Mayer, médico, [...]Enunciou desta forma e pela
primeira
> > vez a
> > > > primeira lei da
> > > > termodinâmica.
> > > > A corrente elétrica foi descoberta em 1786 pelo médico fisiólogo
> > italiano
> > > > Luigi Galvani, certamente por "acaso".
> > > > Galileu graduou-se em medicina pela Universidade de Pisa mas não
> recebeu
> > o
> > > > diploma por ter sido considerado pelos cientistas da época "incapaz
> para
> > a
> > > > medicina".
> > > > Existem ainda alguns engenheiros que "involuiram" e estraçalharam a
> > física
> > > > de seu tempo. Lembro-me, particularmente, de Carnot.
> > > >
> > > >
> > >
> > > Tem também o historiador Louis de Broglie que enunciou o comportamento
> > > ondulatório da matéria (que é considerada a tese de doutoramento mais
> > > interessante daquele ano). Se não me engano, isso rendeu-lhe o Nobel.
> > >
> > > Hoje em dia, se olhar na relação de prêmios Nobel verá exemplos de
> físicos
> > que
> > > ganharam prêmio Nobel de Medicina...
> > > Mas médicos que ganharam em Física não achará...
> > > :o)
> > > Abraços
> > > Leandro
> > >
> >
> > E o que isso tudo significa? Que o cara que estuda física é um excelente
> > médico? E que o cara que faz medicina, nem bom médico é?
> > Está claro que muitas pessoas tem mais de um interesse. Isso não
significa
> > que uma área do conhecimento seja superior a outra, ou será que não é
> assim?
> >
> >
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> >
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Tudo e/ou o Nada; o Ser e/ou Não Ser - eis a questã o..
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/08/2000 12:12



Bidual - Claudio Abreu wrote:

> Vocês criticariam seriamente o que eu me proporia a sugerir, sem
> emoções e
> sem baixar o nível do racional?

Nao poco responder por todos, eu prometo TENTAR !! :-))

Mas o risco sempre existe.
Aconselharia a vc arriscar SE vc esta realmente interessado em criticas
q apontem falhas.

Note q as criticas muitas vezes jogam por terra ANOS de crencas e
investimentos nestas crencas : E ISSO EH MUITISSIMO DOLORIDO.
Mas eh um passo necessario se vc realmente esta interessado na
"verdade".

[]s
jocax



SUBJECT: RES: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Rodrigo Frizzo Viecilli" <philox@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/08/2000 14:27

Caro Cláudio

Não vejo erros nos seus raciocínios posteriores. O problema é a
fundamentação, que garantiria a possibilidade de utilização ou a validade da
TGBD como uma teoria de verdade.
Você está justificando esta fundamentação, em última análise, com critérios
metafísicos, o que me decepciona. Portanto não tenho mais o que comentar.


Boa sorte,

Rodrigo

-----Mensagem original-----
De: Claudio Abreu - Bidual [mailto:bidual@gbl.com.br]
Enviada em: Terça-feira, 29 de Agosto de 2000 01:03
Para: Ciencialist
Cc: tgbd@egroups.com
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.


Prezado Rodrigo,

-----Mensagem Original-----
De: Rodrigo Frizzo Viecilli
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: quinta-feira, 17 de agosto de 2000 15:23
Assunto: RES: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.


Li a sua mensagem, mas vou me limitar a comentar o seguinte:
Se a tgbd é realmente um sistema aberto e uma teoria de tudo, ela
aplica-se a ela mesma, ou seja, há a possibilidade de uma meta-tgbd.

CBAS: A bem da verdade a TGBD é auto consistente com ela mesma. Alás foi
ela que se desenvolver até aqui e ainda irá se auto desenvolver até chegar à
definição Bidual para o Quarto Uno.
A Meta-TGBD tal vez seja a definição de algo que poderia, num sentido mais
amplo, ser chamado de Deus, que seria o Quarto Uno do Terno formado pelo
Dual Interno do Universo e do Anti-Universo, interagindo com o Terceiro Uno
que seriam as Leis Universais. Afinal, de onde viriam as Leis Universais
senão de Deus? Bem, acho que você pelo seu ceticismo sincero não acredita
que existam as Leis Universais, não é? Afinal Gödel não deixa.

O que isto acarreta? Acarreta nada mais nada menos do que a própria ruína
da tgbd,já que tautologicamente ela permite a existência, neste universo, de
uma não-tgbd. Ou seja, teríamos um universo definido pela tgbd *onde a tgbd
funciona ou não*.

CBAS:
Isso aí é você que está falando. A TGBD admite, e exige, a Anti-TGBD, mas
atuante fora do Terno a que pertencemos, definido acima, ou seja nos
domínios inacessíveis do que, na falta de um nome melhor, estou chamando de
Deus.
Gostou da abertura da TGBD?
====

Onde está a força da tautologia? Se eu pergunto sobre o estado do tempo e
alguém me responde: "Chove ou não chove", ele não está me dizendo
absolutamente nada. Ele tem que me dizer simplesmente "Chove." ou "Não
chove."

CBAS:
Você está sendo simplista que nem Shakespeare, dentro de uma visão chove
ou não chove... E como fica o Dual entre o chove e não chove, e o não chove
e chove, que são os pontos de mutação entre os estados de chover e não
chover. Na verdade a questão é chove e/ou não chove, Rodrigo...

Se você quiser sustentá-la, ela precisa ser um sistema fechado, caso
contrário será tautológica, ou seja, não dirá absolutamente nada. E
lembre-se, um sistema fechado não pode ser universal.

PhiloX

CBAS:
Infelizmente você ainda não entedeu nada sobre a TGBD, e insiste em
chama-la de sistema fechado, quando ela prima por ser um sistema aberto...

Gostaria de saber porque você não comentou nada sobre tudo que escrevi.
Afinal, acho que você se ateve a esta história de sistema fechado e
tautologia... E o resto, de tudo o que escrevi. você não aproveita nada?
Onde foi que eu erre no meu raciocínio em todo aquele trecho... Poxa, deu um
trabalho danado para escrever aquilo e você só me vem com essa
contraargumentação pobre?

Um grande abraço,

Claudio Abreu

Abaixo deixo a mensagem original par você reler e comentar, se assim o
quiser, é logico.

Claudio Abreu
-----Mensagem Original-----
De: Claudio Abreu - Bidual
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: quarta-feira, 23 de agosto de 2000 07:13
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.



CBAS:
Prezado Rodrigo,

Primeiramente gostaria de elogiar o elevado nível da contrargumentação. Ah
se todos nesta lista fossem iguais a você. Feitos os elogios, vamos aos
rebatimentos, que espero, estejam à altura das suas colocações:

-----Mensagem Original-----
De: Rodrigo Frizzo Viecilli
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: quarta-feira, 9 de agosto de 2000 11:06
Assunto: RES: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.


A tentativa de reduzir tudo a um sistema lógico formal já foi feita por
Carnap, no início do século.
Após os teoremas de Gödel, o positivismo lógico, que tinha essa
esperança,
foi por água abaixo.
Gödel provou que dentro de um sistema lógico fechado e consistente não é
possível provar ao menos uma sentença. Um corolário também provado é que
esta sentença é a que garante a própria validade externa deste sistema.

CBAS:
Infelizmente não sou um cara culto. Assim, nunca ouvi falar de Carnap. Do
Gödel, sim, mas não entendo muito das suas descobertas via demonstrações
matemáticas. Sei que ele passou a ser uma espécie de novo paradígma da
lógica, uma espécie de introdutor da teoria da incerteza na lógic, não é
isto?

O primeiro engano seu ao tentar enquadrar a TGBD no teorema de Gödel, é
considerar a TGBD como tratando-se de uma sistema fechado, quando ela se
aplica aos sistemas abertos e/ou fechados, tanto em equilibrio total, como
em desequilíbrio. Lembro que a TGBD objetiva ser uma teoria
auto-consistente
para tudo o que existe e/ou não existe, no universo e fora dele. Ora, é o
Quarto Uno que introduz a "abertura" do sistema em analise para o que
esteja
fora dele. Afinal, nada pode existir por si só, ou seja, sem o que não
seja
ele. Pela TGBD não pode existir o lógico sem existir o absurdo, o
verdaeiro
sem o falso, o relativo sem o absoluto. Acredito que a grande sacação da
TGBD é que ela introduz o absurdo na ciência, e força que a ciência se
suplante para poder abarcar também o inexorável, sem o que não poderá
conhecer o que é paupável. è logico que com certas regras. Daí, Gödel nada
mais é do que uma confirmação da TGBD.

Repare que, matematicamente, não poderia existir uma reta se não
houvesse
o abusurdo que é o encontro do +/- infinito, que forma o Dual Externo, ou
de
pontos, com 0 (zero), enquanto que o Dual Interno é formado pelos
segmentos
positivo e negativo da reta, os quais com o 0 (zero) forma o Terno. Estou
com um texto quase pronto sobre isto, que nos faz comcluir que se o tempo
é
uma reta, ele em algum ponto, no caso finito, que acredito ser o Big
Bang/Big Crunch obrigatóriamente tem de passra por uma singularidade, tal
como o +/- infinito da reta. Este é o problema maior da nossa ciência
atual:
ela tem horror à singularidade, e se esquece que sem ela não poderia haver
a
não-singularidade.

Sabemos que uma reta é uma circunfereência de raio infinito, por causa
da
singularidade do +/- infinito. Imagine agora uma anti-circunferência
(também
de raio infinito), sem a qual a circunferência não poderia existir, e que
seja tangente à circunferência no exato ponto do +/-infinito. Repare que
se
o +infinito coincidir com o + infinito da anti-reta, que por sua vez
possue
o sentido do avanço inverso ao da reta(indo do + para o -, passando pelo
anti-zero), no final do ciclo o -infinito da anti-reta irá coincidir com
o -infinito da reta. Faça agora analogia disto com o tempo. Notar que
neste
caso a seta do tempo seria mantida, mas ele teria um sentido do - para o +
no caso do Universo, e vice-versa no caso do, digamos anti-universo, que
assim, poderia vir a ser composto de espaço com mesmo sentido do universo,
de matéria e energia de sinal oposto às do universo, ou em outras
palavras,
a anti-matéria e a anti-energia. Repare que tudo isto é consistente com
Dirac e com a 3ª Lei de Newton, que considero as melhores expressões do
dualismo na ciência. Mas o pior, meu caro, é que se aTGBD for verdadeira,
todo este raciocínio será verdadeiro, e assim, acredito que estaremos
conhecendo o que desconhecemos, a partir do que desconhecemos. Desta
forma,
caso a TGBD seja verdadeira, obrigatóriamente o universo "nasce" num Big
Bang, evolui se expandindo até um certo limite, e começa a se contrair,
até
"morrer" no Big/Crunch, que por sua vez se transformaria no Anti-Big Bang
do
anti-universo, que se expanderia até um limite para começar a se contrair
até o Anti-Big Crunch, que por sua vez se transformaria no novo Big Bang e
assim indefinidamente... Repare como tal visão da coisa aparenta ser uma
visão consitente, e talvez a única, para se responder uma questão que até
hoje os cientista não encontraram uma resposta fundamentada: anti-matéria
não existe no universo em grandes quantidades porque nestes termos existe
no
anti-universo!! Resslato que tal visão é obrigatória, caso a TGBD seja
verdadeira. Mas se chegou a ela, com ba
dmitior e englobar a inconsistência... que é o Quarto Uno, que é o
inatingível, e o feed back do colorario de Gödel. É mole? Me aponte aonde

algum deslize terorico em toda esta divagação?

Quanto ao colorário, ele me parece ser uma espécie de feed-back, que é
uma
das características do Quarto Uno, pois é ele que fecla o ciclo. Sugiro
que
vicê leia o artigo sobre o Desenvovimento da TGBD no site do eGroups, no
diretório O Livro da TGBD.

Rodrigo:
Dentro disto acho uma inconseqüência que tal teoria almeje conhecer tudo a
partir do que se conhece. Por uma falha simplesmente lógica, não da
teoria.
Isto que a lógica evoluiu e MUITO, sendo trabalhada de várias formas, da
qual uma simples dialética é apenas um micro-segmento.

CBAS:
Bem rodrigo, da nova lógica não domino nada. Mas da clássica me lembro
alguma coisa. E seu lhe disser que a lógica matemática clássica é tem uma
estrutura totalmente bidual? Como é que você sairá desta? Não estou aqui
com
o material necessário para escrever corretamente, mas vou tentar. Me
permitirei até a chutar, pois o que interessa é que se fizermos tudo
certinho iremos nos deparar com o Bidual da lógica clássica. Vamos tentar.

=====================
Tudo começa pela existência de uma afirmação A e a sua negagão NA. Dai
surje a primeira tabela, onde V é verdadeiro e F é falso:

Arfirmação e Negação:
se A = V -> NA = F
se A = V -> NA = V

O que não deixa de ser um bidual.

========================

Depois temos a interação entre suas proposições P e Q:

1) P interceção Q:
se (P = V) /\ (Q = V) -> (P /\ Q) = V
se (P = V) /\ (Q = F) -> (P /\ Q) = F
se (P = F) /\ (Q = V -> (P /\ Q) = F
se (P = F) /\ (Q = F) -> (P /\ Q) = F

2) P união Q:
se (P = V) U (Q = V) -> (P U Q) = V
se (P = V) U (Q = F) -> (P U Q) = F
se (P = F) U (Q = V -> (P U Q) = F
se (P = V) U (Q = V) -> (P U Q) = F

(Até aqui eu me lembro. Daqui pra frente não lembro mais e devo chutar.
Como é que é mesmo?)

3) se P então Q:
se (P = V) -> (Q = V) => (P U Q) = V ?
se (P = V) -> (Q = F) => (P U Q) = F ?
se (P = F) -> (Q = V => (P U Q) = F ?
se (P = F) -> (Q = F) => (P U Q) = F ?

4) se e somente P então Q:
se (P = V) -> (Q = V) => (P U Q) = V ?
se (P = V) -> (Q = F) => (P U Q) = F ?
se (P = F) -> (Q = V => (P U Q) = F ?
se (P = F) -> (Q = F) => (P U Q) = V ?

Será isto mesmo? Tenho certeza que não, mas não importa. O que importa é
que nos três primeiros casos, temos sempre três V e uma F ou uma V e três
F,
mas com a caracterísitica de que também é formado um Terno, com duas
possibilidades fazendo um par e a terceira correndo por fora. E somente na
Quarta temos duas V e duas F. Assim, vemos que aqui também se um uma
bidualidade.


============================

Por temos as quatro possibilidades que englobam a Tautologia (tudo é
verdadeiro), as Proposições Logicamente Falsas (é isso?), as relações de
Implicação e Biunívocas (não é isso?). Sincerament, não me lembro bem mas
tenho certeza que as combinações entre V e F também apresentam uma
estrutura
bidual. Você não pode me lembrar quais as combinações certas para que eu
possa lhe mostra como vi que a Lógica Clássica é totalmente bidual?

Rodrigo:
A sua teoria é baseada numa tautologia, portanto qualquer coisa pode
ser,
se manipulada através dela, verdadeira. Num universo tautológico, não há
nenhuma sentença falsa. Uma tautologia não tem validade factual nenhuma,
não
diz nada sobre o mundo, é apenas uma construção da linguagem baseada numa
possibilidade lógica que não pode ser considerada factual.

PhiloX

CBAS:
Sinceramente discordo de você. Realmente a TGBD é baseada numa Tautologia,
e daí é que vem a sua força. Afinal, existe ou não existe uma lei que seja
ampla, geral, irrestrita e auto consistente que rege o universo e o
anti-universo? Será que Deus joga dados? Eu acredito que há, e que é a TGBD.
Acredito que no meio científico também prevalece esta crença de que exista
uma Teoria de Tudo. Tanto que os maiores cientistas do mundo,
particularmente os físicos, estão fazendo todo o esforço para ver se
resolvem esta questão através da tal Teoria das SuperCordas (chamemos de
TDSC), que a meu ver é a maior porralouquice da ciência atual, na medida
em que o espaço-tempo tem de ter 11 a 13 dimensões.....(epa, epa!!). E tal
masturbação mental decorre exclusivamente da necessidade que a nossa ciência
atual tem de evitar a singularidade. Ora pela TGBD o espaço tempo só pode
ter quatro dimensões, sendo uma delas é o Quarto Uno, que é a varável mais
fora do nosso alcance. Você ja reparou que é possível para nós voltar ao
mesmo lugar mas não ao mesmo tempo? Por outro lado A TGBD assume que a
singularidade é inerente ao processo, e portanto não se deve fugir dela e
sim encará-la. Pense agora comigo? Quem está sendo mais simples e
consistente? A TGBD ou a TDSC?. O certo é existe um conflito insuperável
entre as duas, mas não resta qualquer dúvida que ficoo com a TGBD. E você? E
espero que você acabe caindo numa real e vendo que a TGBD é a única
alternativa consistente para se candidatar definitivamente a ser a Teoria
de Tudo. Como um dos maiores percalços par que ela se eleve a tal condição
considero o ceticismo e a falta de entusiasmo...

Claudio Abreu

================
Deixo abaixo o endereço da TGBD no eGroups:
http://br.egroups.com/group/tgbd
===========================




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



*** --- ***

>> Lista de VARIOS sites com noticias direcionadas a ciencia (FREE!)<<
http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html

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SUBJECT: Re: [ciencialist] O Tudo e/ou o Nada; o Ser e/ou Não Ser - eis a questã o..
FROM: "Bidual - Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/08/2000 15:09

Prezado Jocax e demais da lista,

Procede tudo que falou. Não tenho medo de críticas. Aliás, elas engrandecem.
Só não gosto é elas caiam para o emocional, o que é contraproducente.

Bem vou arriscar. Preciso de um tempo (uns 3 dias) para dar uma geral no
texto que já escrevi. Depois disso, vou colocá-lo na berlinda.

Um grande abraço,

Claudio Abreu
-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 18 de agosto de 2000 12:12
Assunto: Re: [ciencialist] O Tudo e/ou o Nada; o Ser e/ou Não Ser - eis a
questã o..


>
>
> Bidual - Claudio Abreu wrote:
>
> > Vocês criticariam seriamente o que eu me proporia a sugerir, sem
> > emoções e
> > sem baixar o nível do racional?
>
> Nao poco responder por todos, eu prometo TENTAR !! :-))
>
> Mas o risco sempre existe.
> Aconselharia a vc arriscar SE vc esta realmente interessado em criticas
> q apontem falhas.
>
> Note q as criticas muitas vezes jogam por terra ANOS de crencas e
> investimentos nestas crencas : E ISSO EH MUITISSIMO DOLORIDO.
> Mas eh um passo necessario se vc realmente esta interessado na
> "verdade".
>
> []s
> jocax
>
>
>
>
> *** --- ***
>
> >> Lista de VARIOS sites com noticias direcionadas a ciencia (FREE!)<<
> http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html
>
> *** --- ***
>



SUBJECT: celulas e genes
FROM: Milton Taidi Sonoda <mtsonoda@if.sc.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/08/2000 15:55


Olah ciencialisters
Olah Roberto (que mais frequentemente joga luz na
minha ignorancia sobre biologia)

Toda celula de um organismo possui o DNA
completo, no entanto essa celula que pertence
aa um orgao, e portanto possui funcoes especificas.
Deste modo imagino que sejam genes (ou gene)
especificos, que atuam nessa celula.

A pergunta eh o seguinte: Como que a celula
conhece qual gene ira se traduzir em proteinas?

eu tenho dois chutes:
1) o DNA de uma celula especifica possui
moleculas ligadas ao gene ativo que possibilitam
o inicio da producao de RNA

2) a membrana de celula so deixa passar
moleculas especificas que regulam a expressao
do gene em questao

[ ]'s aa todos

Milton





SUBJECT: Re: [ciencialist] celulas e genes
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/08/2000 16:57

bem, quem melhor poderia lhe explicar isso eh a eliane q. trabalha mais
diretamente com essa parte, mas eqto ela estah aparentemente ocupada eu
vou bicando na area dela.

seus chutes estao muito bons. a sua pergunta eh a base da biologia do
desenvolvimento q. estuda exatamente os mecanismos e processos pelos quais
se vai do genotipo ao fenotipo.

bem, eu vou falar dos metazoarios - o q. nos chamamos de animais com
varias celulas - q. sao os melhores estudados qto a esse aspecto. todas as
celulas de um organismo desenvolvido provem de uma unica celula-ovo, entao
como podem apresentar ao final uma atividade diferenciada?

a resposta eh q. na celula-ovo existem substancias diversas:
rna-mensageiros, proteinas e diversas outras moleculas mais simples --
cuja distribuicao nao eh homogenea. i.e., uma parte do ovo apresenta mais
de uma substancia, outro mais de outra. qdo essa celula inicial se divide,
as celulas resultantes possuem entao substancias diferentes. o processo de
diferenciacao celulas -- o q. resulta em atividades diferentes das celulas
dos organismos -- comeca entao com uma diferencia jah no proprio ovo do
qual essas celulas se originam.

pois bem, essas substancias iniciais vao fazer com q. jah comece a haver
uma expressao diferenciada de genes entre as celulas originadas de
diferentes locais. como? bem, em geral sao substancias reguladores, i.e.,
sao elas mesmas ou levam a formacao de substancias q. se ligam a certas
regioes do dna fazendo com os genes se expressem ou sejam reprimidos.

entre as propriedades diferentes dessas celulas estao proteinas de
membranas q. reconhecem substancias diferentes. essas substancias podem
ser ou do meio externo ou lancadas por outras celulas do proprio organismo
em desenvolvimento. mas normalmente nao internalizam essas substancias q.
reconhecem, o q. acontece eh q. ao se ligar a elas, a proteina muda de
conformacao e catalisa uma reacao, q. por sua vez dispara uma cascatas de
reacoes dentro da celula q. termina ou por regular os genes diretamente ou
por atuar sobre os produtos de outros genes (pode ativar/inativar
proteinas, criar ou desviar os substratos de outras enzimas e assim por
diante).

bem, entao tudo comeca com um ovo jah diferenciado, mas como esse ovo se
diferencia? nao se sabe tudo ao certo, mas existem alguns mecanismos --
alguns bastante simples: alguns produtos sao simplesmente mais densos e
assim o campo gravitacional leva 'a acumulacao deles na regiao inferior do
ovo. mas para muitas a atuacao da gravidade eh desprezivel -- sao
mecanismos complexos de maquinaria intracelular: proteinas se ligam a
determinadas substancias e carregam-na para certos locais da celula se
movimentando atraves de um rede de fibras existentes no interior das
celulas (o citoesqueleto).

[agora, isso significa q. essa diferenciacao do ovo depende da atividade
de genes das celulas envolvidas na formacao desse ovo -- especialmente na
formacao do ovulo. essas celulas por sua vez tEm as atividades q. tem em
funcao da diferenciacao previa do ovo do qual se originaram... e assim
vai... como esse mecanismo se formou? quem veio primeiro: o ovo ou a
galinha? (pra quem pensava q. essa pergunta nao tinha nenhum valor
cientifico...) essa jah eh uma perspectiva evolutiva e eh o q. estuda um
campo q. surge: a biologia do desenvolvimento evolutiva ou simplesmente
evo-devo (em seu apelido ingles).]

um sitio bastante interessante sobre o tema eh:

http://www.zygote.swarthmore.edu

quem tiver uma biblioteca de biologia por perto confira o livro de Scott
Gilbert 'Developmental Biology'.

[]s,

roberto takata

On Fri, 18 Aug 2000, Milton Taidi Sonoda wrote:

>
> Olah ciencialisters
> Olah Roberto (que mais frequentemente joga luz na
> minha ignorancia sobre biologia)
>
> Toda celula de um organismo possui o DNA
> completo, no entanto essa celula que pertence
> aa um orgao, e portanto possui funcoes especificas.
> Deste modo imagino que sejam genes (ou gene)
> especificos, que atuam nessa celula.
>
> A pergunta eh o seguinte: Como que a celula
> conhece qual gene ira se traduzir em proteinas?
>
> eu tenho dois chutes:
> 1) o DNA de uma celula especifica possui
> moleculas ligadas ao gene ativo que possibilitam
> o inicio da producao de RNA
>
> 2) a membrana de celula so deixa passar
> moleculas especificas que regulam a expressao
> do gene em questao
>
> [ ]'s aa todos
>
> Milton



SUBJECT: En: Ursos - China VAMOS COLABORAR COM ESTA ABERRAÇÃO
FROM: "Andre R. D. Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@eGroups.com>, <fcb@egroups.com.br>
DATE: 18/08/2000 19:23

Olá pessoal. Recebi a mensagem abaixo. Não sei se é inteiramente
verdadeira; de todo modo, a estupidez que é a famosa "medicina
chinesa" me faz acreditar que possa ser verdade.


> >> >>A China mantém hoje 10.000 (Dez Mil) ursos em estado de
cativeiro para
> >> >>extração da bíles da vesícula destes animais.
> >> >>
> >> >>Os ursos são colocados horizontalmente em gaiolas, que na
verdade
> >parecem
> >> >>caixões. Em cada um deles é colocada uma coleira de ferro e são
> >segurados
> >> >>com barras de pressão. No corpo destes animais é introduzida
uma sonda
> >que
> >> >>absorve continuamente o líquido da vesícula.
> >> >>
> >> >>Os ursos não podem trocar minimamente a própria posição e ficam
nesta
> >> >>condição de interminável sofrimento entre 15 a 20 anos.
> >> >>
> >> >>Não podemos aceitar que esta crueldade, tortura e barbárie
continuem
> >> >>formando parte da vida destes pobres ursos, por mais um minuto.
> >> >>
> >> >>Cada momento que passa é decisivo para eles entre "SOFRER E
VIVER".
> >> >>
> >> >>Com a pata puxam a comida através de uma pequena abertura da
gaiola.
> >Para
> >> >>aplacar a sede, devem esticar a língua para lamber as barras da
prisão.
> >> >>
> >> >>Eles sofrem dores alucinantes para permanecer em média 15 anos
na mesma
> >> >>posição, que deformam seus ossos. Estamos falando de 15 anos,
ou seja
> >> >>180 meses, ou 5.475 dias, ou 131.400 horas ou 78.844.000
minutos de
> >dores
> >> >>contínuas.
> >> >>
> >> >>Para obter a bíles, se está promovendo um comércio terrível: a
bíles é
> >> >>usada para fabricar Shampoo, Afrodisíacos e Remédios
"Milagrosos".
> >> >>
> >> >>Durante a extração do líquido, é implantado um tubo na vesícula
e a
> >outra
> >> >>extremidade fica fora da barriga do urso, ligado com um
aparelho que
> >> >>extrai a bíles.
> >> >>
> >> >>As dores do urso superam cada limite da imaginação: a dor é
tanta que
> >ele
> >> >>se mutila e procura suicidar-se.
> >> >>
> >> >>Para maiores informações, visite:
> >> >>
> >> >>http://www.geocities.com/Baja/2324/index.html
> >> >>
> >> >>Para ajudar, precisa-se assinar pedindo o fim das "Fazendas da
Bíles" e
> >> >>enviar esta mensagem a todas as pessoas possível. Basta colocar
o seu
> >nome
> >> >>na seqüência da lista quando for repassar o e-mail e caso for a
> >assinatura
> >> >>de número 100, seguir a orientação que segue abaixo.
Colaborem...
> >> >>
> >> >>Se você for a centésima pessoa que assina, favor enviar a lista
a:
> >> >>
> >> >>ramona@unikey.com.br
> >> >>
> >> >>tacohen@gbl.com.br
> >> >>
> >> >>e fazer uma cópia da lista para continuar a circulação
> >> >>
> >> >>Mais uma vez, obrigado
> >> >>
> >> >>NUMERO NOME CIDADE PAÍS
> >> >>
> >> >>1.. Laura Finelli Milão Itália
> >> >>2.. Marcello Severino Milão Itália
> >> >>3.. Luca Gelosa Milão Itália
> >> >>4.. Willian Addobbati
> >> >>5.. Samanta Faggioli Roma Itália
> >> >>6.. Simone Fuligno Milão Itália
> >> >>7.. Bruno Drera Milão Itália
> >> >>8.. Cinzia Pretti Cagliari Itália
> >> >>9.. Stefano Campurra Cagliari Itália
> >> >>10. Daniela Mainardi Cagliari Itália
> >> >>11. Fracesca D'Angelo Cagliari Itália
> >> >>12. Fabio Zaltieri Bergamo Itália
> >> >>13. Roberta Questi Bergamo Itália
> >> >>14. Simonetta Gerevini Milão Itália
> >> >>15. Giuseppe Iannucci Milão Itália
> >> >>16. Ale Damiani Roma Itália
> >> >>17. Sabina Catanorchi Roma Itália
> >> >>18. Michele Porri Milão Itália
> >> >>19. Fabrizia de Vita
> >> >>20. Cinzia Grassi
> >> >>21. Magda Rodighiero
> >> >>22. Nadia Prando Milão Itália
> >> >>23. Fabrizio Di Pietro Milão Itália
> >> >>24. Andrea Ciceri Milão Itália
> >> >>25. Mara Erialti Lodi Itália
> >> >>26. Marica Manotti Milão Itália
> >> >>27. Gemma Montelli Milão Itália
> >> >>28. Patrizia Ghezzi Milão Itália
> >> >>29. Emanuela Costa Milão Itália
> >> >>30. Francesco Ceresoli Modena Itália
> >> >>31. Gino Cafaro Reggio Emilia Itália
> >> >>32. Michela Del Greco Modena Itália
> >> >>33. Ezio Molina Mogi Guaçu Brasil
> >> >>34. Conceição Ferracini Mogi Guaçu Brasil
> >> >>35. Gian Antonio Comazzi Mogi Guaçu Brasil
> >> >>36. Luiz Adriano Furtado Mogi Guaçu Brasil
> >> >>37. Herrico Santos Novaes Mogi Guaçu Brasil
> >> >>38. Cristiano R. Silvestrin Campinas Brasil
> >> >>39. Viviani Santa Barbara Brasil
> >> >>40. Mariana Santa Barbara Brasil
> >> >>41. Eric Machado Santa Barbara Brasil
> >> >>42. Fábio Bisão - Araras-SP - Brasil
> >> >>43. Angelo Giacomini - Araras - SP - Brasil.
> >> >>44. Cristiane Jô Prado - Limeira - SP - Brasil.
> >> >>45. Nylmer Palo Garrido - Limeira - SP - Brasil
> >> >>46. Sandra Andrioli - SBC - SP - Brasil
> >> >>47. Emmanuel Ormigo da Silva São Caetano do Sul SP Brasil
> >> >>48. Karine Tedros SCSul - SP - Brasil
> >> >>49. Fabiana Abate Bonesso - SCS - Brasil
> >> >>50. Adriana Canelas - SCS - Brasil
> >> >>51. Renato Correia Blanco - Santo André - Brasil
> >> >>52. Viviane Machado Ferro - São Paulo - Brasil
> >> >>53. Leandro Ascencio Ferro - São Paulo - Brasil
> >> >>54. Rodolpho N de oliveira - São Paulo - Brasil
> >> >>55. Rodrigo Hagge - São Paulo - Brasil
> >> >>56. Camila Vergueiro - São Paulo - Brasil
> >> >>57. Roberta K. F. Barbosa - São Paulo - Brasil
> >> >>58. Heloisa Mattos - São Paulo - Brasil
> >> >>59. Claudia A. Correa - São Paulo - Brasil
> >> >>60 . Priscila E. Garofalo - São Paulo - Brasil
> >> >>61. Cristina Meira Wittner - São Paulo - Brasil
> >> >>62. Gilberto Dionísio - Brasil
> >> >>63. Alexandre Henrique Gonçalves - São Paulo - Brasil
> >> >>64. Sidney Macazzo Caigawa - São Paulo - Brasil
> >> >>65. Andrezza Bondi - São Paulo - Brasil
> >> >>66. Vanessa de Camargo - São Paulo - Brasil
> >> >>67. Maria Gorete de Oliveira - Campinas - Brasil
> >> >>68. Anglesey E. T. Nobre Ferraz - Piracicaba - SP - Brasil
> >> >>69. Adriano Gregio - Americana - SP - Brasil
> >> >>70. Roberto Nobre Ferraz Filho
> >> >>71. Adriano Gregório
> >> >>72. Alfredo Bergman
> >> >>73. Luiz Rodrigues Kisch
> >> >>74. Ricardo Ramos da Rocha -SP- BRASIL
> >> >>75. Moacyr Francischetti Corrêa - Garça-SP-Brasil
> >> >>76. Wellington Oliveira Rossi - Vera Cruz - SP - Brasil
> >> >>77. Luciana Akemi Oshiiwa - Vera Cruz - SP - Brasil
> >> >>78. Fernanda Sossolote - Garça - SP - Brasil
> >> >>79. Juliana Tofolli Moreira - Garça - SP - Brasil
> >> >>80. Rita de Cássia Garcia Gouvêa - Garça - SP - Brasil
> >> >>81. S. C. Elias - Garça - SP - Brasil
> >> >>82. Monica Moro - Curitiba - Pr - Brasil
> >> >>83. Juliana Napolitano - SP - SP - Brasil
> >> >>84. Mariana Neves Buttelli -SP -SP - Brasil
> >> 85. Paula Nobre Mendes - SP - SP - Brasil
> >>86. André Roviralta Dias Baptista - Maceió - AL - Brasil
> >> ><< ursojaula.gif >>
> >>
> >>
______________________________________________________________________
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> >>
> >
> >
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Ursos - China VAMOS COLABORAR COM ESTA ABERRAÇÃO
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/08/2000 21:14

"Andre R. D. Baptista" wrote:
>
> Olá pessoal. Recebi a mensagem abaixo. Não sei se é inteiramente
> verdadeira; de todo modo, a estupidez que é a famosa "medicina
> chinesa" me faz acreditar que possa ser verdade.

Infelizmente isso é verdade. Mas além de servir para medicamentos chineses serve
também para alguns medicamentos bem ocidentais, como por exemplo o Ursofalk, ou
Ursoflak (não me lembro bem do nome...).

A alternativa é abater ursos ou prosseguir com as pesquizas em engenharia
genética para permitir que as substâncias obtidas da bilis possam ser criadas
por colónias de bactérias (por exemplo).

Talvez pudessem tratar os bichos um pouco melhor apesar de tudo, mas enfim...
também há humanos a sofrerem torturas, portanto não é nada que não façamos aos
nossos próprios irmãos... se bem que isso não desculpe nada...

Intés!

--
email (same address): rnbc@rnbc.pt.eu.org or rnbc@rnl.ist.utl.pt
homepage: http://rnbc.pt.eu.org/~rnbc or http://www.poboxes.com/rnbc
IRC: r0 (PT-Net and IRC-Net and sometimes UnderNet)
Guaranteed not to change but a bit unreliable: rnbc@poboxes.com


SUBJECT: Bomba de Sódio
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/08/2000 21:21

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Mitsuo Takata"
Para: "ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 18 de Agosto de 2000 16:57
Assunto: Re: [ciencialist] celulas e genes

Olá Takata

Lendo sua resposta ao Milton, relativa à expressão genética, lembrei-me de
uma teoria sobre outro assunto, ainda que relacionada ao tema, e que
desenvolvi na década de 70. Tentei apresentar esta teoria como tese de
mestrado, com o que o orientador (Prof. Gerard Malnic) a princípio
concordou, mas não foi possível pois naquela época o Instituto de Ciências
Biomédicas não permitia teorias como tema de tese de mestrado (um absurdo
que não sei se ainda vigora, mas enfim, estamos no Brasil onde tudo é
possível). Contentei-me então em apresentá-la em cursos, congressos,
simpósios e palestras que ministrei não apenas na FMUSP mas também em várias
Faculdades de Medicina, juntamente com a temática relacionada e para a qual
com freqüência era convidado. Deixei alguma coisa relacionada ao assunto
publicada, em meio a temas outros, quase que como uma nota prévia, mas não
estou de posse dos originais, de maneira que vou apelar apenas para minha
memória. Vou apresentar aqui apenas os pontos principais e gostaria de
ouvir, não apenas de você mas também de outros biólogos, não apenas a
opinião sobre o exposto mas também se os paradigmas, a se contraporem à
minha teoria, ainda não foram revogados pela comunidade científica.

A história é a seguinte. Admitia-se, na década de 70: a) A membrana celular
é totalmente permeável ao gás carbônico; b) A célula, para sobreviver,
necessita manter seu meio interno, o que é feito de várias maneiras a
incluírem um bombeamento de sódio para o exterior em troca por potássio; c)
Este bombeamento ou troca Na/K dá-se às custas da energia produzida pela
queima de substratos, principalmente carboidratos, energia esta disponível
sob a forma de ATP. d) As reações necessárias para o processo estariam na
dependência da enzima chamada Na-K-ATPase, a catalisar a transformação do
ATP em ADP, liberando assim a energia necessária para o transporte dos íons.
Existiam na época muitas experiências a comprovarem o papel desta enzima no
processo. A inativação ou o "enfraquecimento" da ação da enzima, por
mecanismos vários, bloqueava o bombeamento.

O postulado a), aceito para a maioria das células, já estava bastante
comprometido na década de 70, a partir da demonstração de que os túbulos
renais, em determinadas, condições apresentavam elevadas concentrações de
gás carbônico. Admitia-se mesmo, nestas condições, uma impermeabilidade
total da membrana de células renais para o gás carbônico. Uma dúvida
apresentava-se: Poderia isso ser expandido para outras células?

O postulado b) é o que se observa na prática e não há como contestá-lo. Já o
postulado c) pareceu-me na época um pouco estranho. Ou seja, a célula gastar
uma quantidade imensa de energia simplesmente para transportar sódio para o
exterior e potássio para o interior. E isto parecia-me tanto mais absurdo
quanto mais imaginava o trabalho executado por eritrócitos de mamíferos que
sequer possuem o ciclo de Krebs e que, não obstante, deveriam gastar neste
mecanismo quase tanto ATP quanto outra célula qualquer, utilizando apenas a
via oxidativa direta, cujo rendimento é ínfimo. Será que o principal gasto
da energia que consumimos pela alimentação estaria a disposição da
manutenção do meio interno intracelular? A natureza não poderia dispor de um
meio mais econômico? E havendo, não seria o caso de, com a licença do Jocax,
utilizarmos aqui a Navalha de Occam?

Pensemos então: Se aceitarmos como postulado inicial a impermeabilidade
total da membrana celular ao gás carbônico, em que isso poderia nos
auxiliar? Ora, o gás carbônico é produzido pela glicólise seguida do ciclo
de Krebs. Se ele estiver aprisionado na célula, sua concentração aumentará e
o metabolismo energético acabará sendo bloqueado. Sabemos também que gás
carbônico mais água dá ácido carbônico que em solução aquosa dissocia-se
fracamente liberando o íon bicarbonato. Se a concentração de bicarbonato
aumentar, haverá um gradiente facilitado de bicarbonato para o exterior da
célula. E é sempre possível imaginar que se um determinado íon tiver um
gradiente preferencial, a membrana poderá utilizar este gradiente para
transportar outros íons (é apenas uma questão contábil). Aliás, este é outro
postulado que também aceitava-se como verdadeiro na década de 70. Logo seria
possível utilizar este gradiente, com o bicarbonato gerado pelo metabolismo,
para efetuar a troca sódio-potássio e, sem com isto gastar ATP. Digo mais: o
metabolismo, ao produzir ATP, produziria o bombeamento Na/K
concomitantemente.

Mas, e o postulado d), que na realidade é uma hipótese comprovada
experimentalmente? Parece haver algum "furo" no raciocínio, ou não?

Se for verdade o que disse acima, uma célula, para manter o seu meio interno
(no caso, concentrações de Na e K intracelulares) deve produzir gás
carbônico a partir da glicose. Mas se o metabolismo superar o gasto
energético (gasto de ATP com outras atividades celulares), a concentração de
ATP aumentará e, concomitantemente, diminuirá a concentração de ADP e a
célula não terá ADP suficiente para manter seu metabolismo funcionando e,
consequentemente, seu meio interno. Perceba aqui a importância do ADP para o
perfeito funcionamento do metabolismo celular.

Pensemos no seguinte: Uma célula, por um motivo qualquer, teve a sua enzima
Na-K-ATPase "enfraquecida", seja pela redução de sua concentração, seja por
outro motivo qualquer. Ora, uma enzima catalisa uma reação nos dois sentidos
e esta, em particular, tanto pode favorecer a formação de ATP quanto de ADP,
dependendo unicamente das condições termodinâmico-químicas presentes no
caso. Se a célula, para manter seu meio interno, é forçada a produzir ATP,
de alguma forma ela deverá gastar esse ATP para que possa continuar
produzindo-o; e se o sistema de transformação de ATP em ADP, com liberação
de energia para os vários trabalhos celulares, estiver bloqueado, a célula
não só deixará de produzir trabalho como também a manutenção de seu meio
interno. Moral da história: a célula que não trabalha (ou que não gasta seu
ATP) não sobrevive.

Até aqui não entrei no âmago da questão, ou no que me fez lembrar desta
teoria. Em sua mensagem você fala em diferenciação celular a partir das
células embrionárias. E diz também que não se sabe exatamente como ocorre
esta diferenciação. Isto lembrou-me do que chamo desdiferenciação, ou seja,
como uma célula normal pode, em certas condições, adquirir algumas das
características das células embrionárias. Acredito que as células
embrionárias gastem a maior parte de sua energia na multiplicação celular.

Pensemos então numa célula qualquer e que por um mecanismo ainda não bem
conhecido, diferenciou-se e passou a trabalhar produzindo uma certa
substância X (por exemplo, uma célula endócrina). A célula diferenciada
seria então aquela que de alguma forma "aprendeu" a produzir algum outro
tipo de trabalho que não a divisão celular. Digamos então que esta célula, a
produzir X, por algum motivo sofreu uma de intoxicação a dificultar a
produção de X (ação de um possível agente cancerígeno). Esta célula doente
deixará de trabalhar no ritmo adequado para a manutenção de seu meio
interno. Se a intoxicação for intensa a célula morrerá. Se a intoxicação for
gradativa a célula adoecerá e tentará, de alguma outra forma, gastar o ATP
com trabalhos outros. Mas que trabalho outro seria esse? Ora, essa célula,
"em algum lugar do passado", teve toda a sua maquinaria adaptada à
multiplicação celular. Que tal retornar a suas origens? O organismo onde ela
está instalada certamente, e a longo prazo, "não irá ficar nada satisfeito",
mas para a célula, a curto prazo, é melhor virar uma célula cancerosa do que
morrer. Ou não?

Existiria alguma maneira de testar essa teoria? Em 1970 (não lembro o
número) foi publicado um artigo no Lancet que me deixou encafifado.
Pacientes cancerosos e com insuficiência renal foram hemodialisados em meio
de potássio zero (o autor relata uns 7 casos). Curiosamente, após a sessão
de diálise, e como que por acaso (o autor não explora o assunto), a biópsia
feita dos tecidos lesados revelou inúmeras células cancerosas necrosadas.
Poderíamos então pensar, como vimos acima, que uma célula cancerosa é aquela
que já tem o seu meio interno bastante comprometido, e portanto, seria uma
célula deficiente em potássio. Ao extrairmos potássio do organismo, pela
hemodiálise, estaríamos acentuando a depleção e com isto matando algumas das
células cancerosas, como o estudo sugere.

Pensei na época em reproduzir o trabalho com detalhes mais voltados à
teoria. Por problemas éticos, demorei cerca de 5 anos a convencer a comissão
ética do HC de que o trabalho se justificava. Iria trabalhar com pacientes
terminais, aguardando o óbito, e a única manobra seria a hemodiálise
destinada exclusivamente a depletá-los em potássio. Após esse tempo o meu
chefe (Prof. Magaldi) veio efusivamente dizer que havia convencido a
comissão ética de que o trabalho seria inócuo e até mesmo dotado da chance
de mudar a perspectiva terminal dos pacientes. Um mês após meu chefe morreu
e o convencimento não valeu de nada. Tive de começar tudo de novo. Um ano
após (1980), por motivos outros, larguei da medicina. E minha tese não saiu.
:-(

Perdoem-me os biólogos pelas possíveis falhas mas faz mais de 15 anos que
não estudo o assunto.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Falta de gravidade
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/08/2000 21:54

Recebi essa questão:
>Uma questão que fiquei sem resposta correta
>O que aconteceria no lugar onde vc está, se caso não tivesse a gravidade
durante 1 segundo?

Enviei a seguinte resposta:
"Vc, em cada instante, está com as velocidades tangencial da Terra (devido à
rotação) e a tangencial devido à translação. Na falta momentânea da
gravidade vc manteria a direção dada pela soma vetorial dessas duas
velocidades. A direção e sentido dessa resultante dependerá de uma série de
fatores (sua posição sobre a superfície - latitude e longitude; posição
dessa porção em relação ao Sol etc.). Tenha em mãos o valor dessas duas
velocidades tangenciais (médias) e obtenha a resultante nas diversas
posições mais significativas. Exemplo: vc no equador, lado escuro da Terra e
no apogeu da Terra; vc no equador, lado claro da Terra e no perigeu da
Terra etc.
Durante 1 segundo vc manteria essa resultante como velocidade, em relação ao
Sol.
Não pense que vc seria atirado para fora do lugar onde está, não esqueça que
a Terra continuaria sua rotação e sua translação. Em 1 segundo, creio que vc
não sentiria mais que um ligeiro enjôo, algo como vc estar num elevador e o
cabo se solta por apenas um segundo.
Do mesmo modo, aguardo críticas a essa resposta. Abraço, Léo"

Alguéns (belo portugueis hein?) quer comentar?

[]'
Léo





SUBJECT: Re: [acropolis] Sobre o "Porque" Ultimo
FROM: "Thiago Maia" <thiago_m_santos@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/08/2000 22:04


> O que vem a ser 'movimento num sentido amplo', além do usual
conceito de
> deslocamento de matéria e energia?
> []'
> Léo

Respondendo Léo, movimento num sentido amplo designa todo ato pelo
qual o ser "sendo" deixar de ser o que se é.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Novamente o coroinha!
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/08/2000 22:12

Manuel - 1. Alguns físicos falam numa função-de-onda do Universo, no
Universo como sistema quântico em que todas as suas configurações possíveis
existem paralelamente.

Jocax - Se bem me lembro, ( me corrija Belisario ), as configuracoes nao
existem paralelamente, as funcoes de onda sao densidades de probabilidades
de se encontrar o objeto. Quero dizer q as funcoes de ondas sao abstracoes
matematicas que auxiliam o fisico a medir a probabilidade de um evento. (Por
exemplo de encontrar um eletron numa dada regiao, mas isto nao significa q o
eletron esta em todas as regioes )

Manuel - Foi realizado uma experiência com elétrons, semelhante à
experiência da dupla-fenda de Yong, em que se demonstrou que um elétron tem
propriedade de onda e que ele, de um certo modo, percorre todas as suas
trajetórias possíveis, chegando mesmo tais trajetórias a interferirem uma
com as outras, antes de atingir algum lugar de um instrumento de medição (no
caso, uma tela) e de uma maneira absolutamente aleatória. Na experiência
citada, foi interposto entre a fonte de elétrons e a tela fluorescente (que
anuncia com um clarão a chegada do elétron) um anteparo com duas fendas. Em
alguns casos, pelo ponto da tela em que o elétron foi detectado inferiu-se
que o elétron atravessou as duas fendas simultaneamente e, antes de atingir
a tela chegou mesmo a interferir consigo mesmo, como ondas concêntricas
formadas interferem entre si.

É, talvez (frise-se, talvez) o elétron percorra simultaneamente todas as
suas trajetórias possíveis. Estaria ele em todos os lugares e em nenhum
lugar ao mesmo tempo.

O universo, em seus primórdios, tinha uma dimensão subatômica, e, tal como o
elétron, talvez também fosse uma justiposição de vários estados quânticos.
Para alguns físicos teóricos (os mais pés-no-chão :-)), com o aumento do
volume do universo ocorreu o colapso da função-de-onda, momento em que todas
as histórias possíveis do universo, com exceção de uma (a nossa),
desapareceram. Mas há quem quem conteste, há quem afirme que "todos" os
estados quânticos do universo inicial evoluíram e deram origem a universos
diferentes e que, de uma certa forma, existem paralelamente ao nosso.

Mas, num ponto, há "quase" um consenso: no seu começo o universo era um
sistema quântico em que todas as suas configurações possíveis existiam
simultaneamente e interagiam uns com os outros.

Antes da força gravitacional se desaclopar das demais forças (que
permaneceram unificadas por mais algum tempo), o universo tinha o
comprimento e a idade de Planck, isto é, C = 10 elevado a trigésima terceira
potência negativa "centímetro"; T = 10 elevado a quadragésima terceira
potência negativa "segundo". Um dado interessante: não existem meios sequer
imagináveis de se medir acontecimentos menores e mais breves que o espaço e
o tempo de Planck. Significa dizer que, antes de a radiação gravitacional
surgir (isto é, antes do aparecimento do sistema matéria-gravitação, + X -
X, lembra-se? :-)), havia um espaço-tempo vazio e sem medidas espacial e
temporal. Interessante, não?


Depois escrevo mais,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Novamente o coroinha!
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/08/2000 22:30

-----Mensagem Original-----
De: Manuel Bulcão
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 18 de Agosto de 2000 22:12
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Novamente o coroinha!


> Mas, num ponto, há "quase" um consenso: no seu começo o universo era um
> sistema quântico em que todas as suas configurações possíveis existiam
> simultaneamente e interagiam uns com os outros.

Taí!!! Descobri porque eles não gostam de falar no sexo dos anjos. No céu,
assim como no começo do universo, existem simultaneamente todas as
configurações possíveis. Ou seja, os anjos são ao mesmo tempo anjos e anjas,
corpusculares e ondulatórios, existem e não existem, etc.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [acropolis] Sobre o "Porque" Ultimo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/08/2000 22:42


De: Thiago Maia <thiago_m_santos@uol.com.br>
Assunto: [ciencialist] Re: [acropolis] Sobre o "Porque" Ultimo



> O que vem a ser 'movimento num sentido amplo', além do usual
conceito de
> deslocamento de matéria e energia?
> []'
> Léo

Thiago responde:
>Respondendo Léo, movimento num sentido amplo designa todo ato pelo
>qual o ser "sendo" deixar de ser o que se é.

Léo:
Desculpe-me Thiago, depois desse significado para 'movimento em sentido
amplo' prefiro mesmo voltar à Física Experimental. Não sei se estou 'sendo'
claro mas, se fui, deixarei de ser. Fim do Léo novo-filósofo.
Voltemos aos anjos........

[]'
Léo





*** --- ***

>> Lista de VARIOS sites com noticias direcionadas a ciencia (FREE!)<<
http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html

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SUBJECT: Antigravidade?
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/08/2000 22:55

E esta agora...

Saiu no UFRJ Online de hoje. Eu já tinha visto isto no www, e devo dizer
que coloquei junto com os moto-contínuos. Mas quem sabe?

Antonio Carlos M. de Queiroz

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

11. Físico brasileiro desenvolve sistema de controle da
gravidade
O físico Fran de Aquino, professor do Departamento de Física
da Universidade Estadual do Maranhão, (...) desenvolveu uma
pesquisa em que prova a relação direta ente a radiação
absorvida por um corpo e sua massa gravitacional, independente
da massa inercial. Na prática, o pesquisador conseguiu
produzir um sistema de controle da gravidade, construindo em
laboratório um aparelho anti-gravitacional.

"Esta descoberta, já confirmada experimentalmente, elimina de
uma vez por todas a forma primitiva do princípio de
equivalência, que pressupunha que as massa gravitacional e
inercial eram equivalentes", afirma Aquino. (...) As
conseqüências da pesquisa de Aquino são importantes não apenas
do ponto de vista teórico, mas também tecnológico, pois abre a
possibilidade de controle eletromagnético da gravidade. "O
trabalho demonstra de forma definitiva a correlação entre
gravitação e eletromagnetismo, o que era uma suspeita nunca
antes comprovada", destaca. Segundo Aquino, Faraday, no século
passado, já acreditava nessa correlação. Einstein, após ter
relacionado a gravitação ao espaço-tempo, convenceu-se de ela
existia, e foi desta convicção que nasceu a teoria do campo
unificado.

"Do ponto de vista prático, a descoberta da correlação entre
gravitação e eletromagnetismo indicou que as forças
gravitacionais podem ser reduzidas, anuladas e até invertidas
em condições eletromagnéticas específicas", explica. Quase
todas as áreas poderão se beneficiar da descoberta, de acordo
com o físico. "Haverá enormes benefícios para os sistemas de
transporte e de geração de energia. A energia que usarmos no
futuro poderá ser extraída diretamente do próprio campo
gravitacional da Terra e sua utilização não deverá causar
poluição". Na construção civil, blocos de grandes dimensões
poderão ser removidos sem o uso de guindastes. "Rios e
alimentos poderão mudar de lugar, combatendo a seca e a fome",
prevê. A conquista espacial deverá ser a primeira a se
beneficiar e a própria Nasa, agência espacial norte-americana,
já estuda métodos de controle da gravidade para facilitar as
missões ao espaço.

O professor brasileiro recebeu uma proposta de US$ 600 mil do
Departamento de Energia dos Estados Unidos, que pretende
validar suas pesquisas no Brasil e na Rússia. Há 33 anos ele
vem pesquisando o assunto, e todo seu trabalho foi
desenvolvido no Brasil, em interação com pesquisadores de
outros países. O aparelho foi desenvolvido na Universidade
Estadual do Maranhão, que tem dado apoio ao professor. (...) O
pesquisador afirma que não irá patentear o sistema que
desenvolveu. "Ele pertence a todos nós."

(O Estado de São Paulo, 16/08/2000)
Site: www.estadao.com.br




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Novamente o coroinha!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/08/2000 23:22

Bulcao:
> Mas, num ponto, há "quase" um consenso: no seu começo o universo era um
> sistema quântico em que todas as suas configurações possíveis existiam
> simultaneamente e interagiam uns com os outros.

Alberto:
Taí!!! Descobri porque eles não gostam de falar no sexo dos anjos. No céu,
assim como no começo do universo, existem simultaneamente todas as
configurações possíveis. Ou seja, os anjos são ao mesmo tempo anjos e anjas,
corpusculares e ondulatórios, existem e não existem, etc.

Léo:
Estou cá imaginando o 'porque' de apenas duas opções no meio desse cáos
geral, numerada e arquibancada. Será que não basta uma única opção, a mais
simples, "sempre foi assim". Lembram-se da experiência dos 5 macacos na
jaula, o cacho de bananas e o jato de água? O moral da história foi esse:
Por aqui as coisas sempre foram assim.
Será que as elocubrações que fazemos agora (e que outros já fizeram e sem
dúvida outros as farão) irão um dia elucidar isso? Será que nossos
descendentes ficarão mais ou menos 'elucidados' com a substituição de um
modelo explicativo por outro (tb sem demonstração)? Com certeza tudo acabará
numa única fórmula matemática ... e todos por serem tremendamente
'racionais', concordarão com ela. Felizes para todo o sempre. Ou, em outros
termos, movimento em sentido amplo!

[]
Léo




SUBJECT: Meus novos grupos no eGroups
FROM: "Bidual - Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/08/2000 04:09

Alô pessoal do Ciencialist,
 
Eis que volta o boêmio. Depois de me recolher um pouco, vou voltar a atuar.
 
Abaixo encaminho a divulgação dos sites no eGroups que estou criando.
 
Prometo retomar o texto do Ser e/ou Não Ser que prometi. Mas você podem começar a ter acesso aos meus arquivos, que se encontram nos grupos que criei no eGroups. Vocês sabiam que é muito criar um grupo no eGroups?
 
O primeiro, talvez fuja ao âmbito desta lista, por se tratar mais de política e economia. Refere-se ao grupo "averdadeirahistoriadoplanoreal", cujo nome é tão grande quanto a história de que o plano foi desenvolvido a partir das idéias do meu trabalho A Indexação Diária Negociada, de 31/08/93. Neste site embora não consiga demonstrar esta minha tese, mostro que é quase impossível que tal fato não tenha ocorrido. A analogia é com os testes de investigação de paternidade pelo DNA: ele nunca afirma que o pai é fulano, apenas informa a probabilidade (geralmente elevadíssima!!) de que o pai seja fulano. Sei que o assunto foge ao espectro desta lista. Mas ele fica como uma alternativa para quem queira conhecê-lo. Desculpem a mensagem que escrevo no material que envio abaixo, na qual relato a minha enorme decepção com FHC e seus dois governos (ou FFHH, como diria o Élio Gaspari - é isso?)... Afinal, acho que muitos aqui nesta lista, tal como eu, não   vêm no Fernando Henrique Cardoso o que o Fernando Henrique acha que é, e que nós achávamos que fosse... Coisas da política e do poder... 
 
O segundo, é o grupo "tgbd", sobre  a minha grande aposta: A Teoria Geral da Bidualidade (TGBD), que tentei debater em meados do ano passado aqui no Ciencialist e no Acropolis. A idéia surgiu numa tentativa que fiz, diretamente com o Alberto Mesquita Filho e com o Ozello, de fazermos um grupo de debates particular, entre nós três. Deste mini grupo, que acabou não vingando, guardo duas lembranças maiores: o prêmio Nobel que o Alberto disse quem descobrisse uma explicação para o fato do esquema gráfico mostrado por ele coincidisse com o mesmo esquema das camadas eletrônicas dos átomos. Acredito que com a TGBD expliquei porque havia a "coincidência". O próprio Alberto, acredito eu, também acreditou... Concorda, Alberto? Você poderia se manifestar a respeito? A minha idéia com grupo da TGBD é colocar todos os textos já elaborados nos arquivos, e conduzir os debates e mensagens em torno exclusivamente da TGBD. 
 
Deixo abaixo o endereço do grupo da TGBD:

http://br.egroups.com/group/tgbd

O terceiro grupo é "musicasdeclaudioabreu", onde pretendo, com o tempo, colocar disponíveis minhas composições e letras já gravadas em CD e convertidas para MP3. Ainda não está operando.
 
Bem vou ficando por aqui. Estão todos desta lista convidados a participar do grupo da TGBD que, em analogia com as empresas de propósitos específicos, se dedicará exclusivamente ao debate da minha teoria. Desde já agradeço quem dizer colaborar, participando da idéia. Abaixo apresento o material do grupo da verdadeira historia do Plano Real.
 
Um grande abraço a todos,
 
Claudio Abreu
 

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A Verdadeira História do Plano Real

Mensagem do Autor:

Os meus maiores objetivos ao fazer este site foram divulgar as minhas idéias e esclarecer como realmente se deu a formulação do Plano Real. Assim, desde já,  agradeço a todos aqueles que me ajudarem a alcançá-los, em particular mediante o repasse deste email para o maior número de pessoas que for possível.

Afinal, por um lado, acho que todo mundo neste país tem o direito de conhecer este episódio marcante da história brasileira, que, bem ou mal, resultou em acabar com aquela inflação inercial desvairada e perversa, que fazia com que os ricos ficassem mais ricos e os pobres mais pobres, e que, além disto, ao limitar o nosso inquestionável potencial de crescimento, fazia com que todos saíssem perdendo. Não foi a toa que ao divulgar o meu trabalho o fiz esclarecendo, em todas as suas cartas de encaminhamento, que ele era uma contribuição pessoal minha para a campanha Ação da Cidadania Contra a Fome e a Miséria e pela Vida, idealizada e comandada pelo nosso saudoso Betinho.

Por outro lado, acho que é muito importante que o maior número de pessoas fique sabendo um pouco mais sobre a estranha personalidade do nosso atual e reeleito presidente da República, Sr. Fernando Henrique Cardoso, que considero como sendo o maior responsável pelo fato da minha proposta não ter sido totalmente implementada, o que, não tenho dúvida, teria nos colocado atualmente num outro patamar de desenvolvimento.

 A meu ver, acredito que não teria sido necessário pagarmos um preço tão elevado para acabar com a nossa inflação, o que FHC sempre coloca como tendo sido a grande obra do seu governo. Bastaria apenas ele sua equipe econômica tivessem atentado para todas instruções do manual que concluí em 31;08.93, e que para qual dei o título "A Indexação Diária Negociada" e os subtítulos "Uma proposta para economia brasileira" e "Contra o veneno da cobra, só o próprio veneno da cobra". Infelizmente, FHC e sua equipe econômica só fizeram uso daquelas instruções que atendiam às suas vaidades e ambições políticas. Explico melhor a seguir.

 Primeiro, deturparam, com um objetivo nitidamente eleitoreiro, uma idéia perfeita, que era a vigência prolongada do indexador diário atrelado ao câmbio. Na minha proposta ele deveria ter continuado a existir por pelo menos mais 12 meses depois da transformação do indexador em uma nova moeda provisória. E, além disto, deveria ter utilização compulsória em toda a economia, ou seja, nos preços, salários, impostos, juros e câmbio, do que resultaria uma perfeita interligação entre todas estas variáveis econômicas. A moeda provisória teria a função de acabar com a inflação inercial residual, e também dar o tempo de um ano para que as reformas estruturais fossem feitas, de maneira a permitir a transformação definitiva do indexador diário na nova moeda forte nacional. Notar que com isto, não teria havido o arrocho salarial, nem tampouco a apreciação do câmbio, e, simultaneamente, poderiam ter havido a redução da taxa de juros real e os aumentos da produção, do emprego e da arrecadação fiscal. Esta era a minha proposta. Mas nada disto foi feito: a URV vigorou por apenas quatro meses e acabou não sendo introduzida no mercado financeiro; e o que foi pior, procedeu-se a apreciação do câmbio, juntamente com a redução de alíquotas de importação para que, com o aumento das importações, se tivesse um pressão no sentido de abaixar a inflação. Mas para compensar tudo isto, foi preciso a elevação da taxa de juros para o patamar mais alto do planeta. E, reparem bem, eles fizeram isto tudo para ganhar a eleição de outubro de 1994, tirando proveito político do fato da população, com o Real na mão, sentir no bolso a repentina queda da inflação, embora que de forma artificial.

 E, segundo, porque persistiram, até o fim, nos dois pecados mortais do Plano Real, a saber, as equivocadas e irresponsáveis políticas do câmbio apreciado e do juro escorchante, para pudessem, mais uma vez, enganar o nosso povo e, assim, ganhar a reeleição em 1998, para nos impor mais anos deste desgoverno desastroso.

O lamentável desta história toda é que, tal como na primeira vez, em 1994, eles tinham a uma forma alternativa de equacionar a questão, mas por motivos eleitoreiros, decidiram não arriscar. E mais uma vez que forneceu esta alternativa fui eu, no meu trabalho "A Maxi Heterodoxa", de subtítulo "Uma saída, sem dor, para a sinuca de bico do Plano Real, sobre o qual não vou me entreter muito. Ele foi entregue, em primeira mão e em caráter reservado, ao Dr, André Lara Resende, então presidente do BNDES, no 24/09/98, mediante carta dos presidentes da AFBNDES, AFBNDESPAR e AFFINAME, semelhante a que foi enviada para FHC, no dia 28/09/98, que juntamente, com o trabalho, se encontra disponível nos Arquivos deste site. Infelizmente, o governo não acatou  minha nova proposta, e acabou sendo obrigado a fazer a descontrolada desvalorização cambial de janeiro de 1999, de maneira tão atribulada e tão cheia de interrogações, favorecimentos e prejuízos para os cofres públicos. Este é o governo que temos. Eu, de minha parte, só espero que o Sr. FHC não pretenda ficar no poder por mais quatro anos, através da implantação do sistema parlamentarista. Afinal, ele já declarou que não tem esta intenção. E tudo o que ele diz, o bom senso, para que chegue à verdade, manda que seja entendido ao contrário.     

Conto com o apoio de vocês na divulgação desta mensagem, e consequentemente das idéias contidas nos meus trabalhos que neste site torno disponível com o advento da Internet, e que aqui declaro acreditar ser a expressão da verdade. E desde já agradeço esse apoio, para que juntos, num espécie de mutirão virtual, possamos mostrar todos deste país quem realmente é o Sr. Fernando Henrique Cardoso, pois creio que esta é um forma poderosa que dispomos para impedir que ele e seus aliados enganem, pela terceira vez, o  povo brasileiro. Chega de irresponsabilidade, incompetência, vaidade, ambição e manipulação!

Rio de Janeiro, 4 de agosto de 2000.

Claudio Braga de Abreu e Silva 

 

 A Verdadeira História do Plano Real

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Descrição do Site:

O objetivo deste grupo é disponibilizar para downloads todos trabalhos de Claudio Braga de Abreu e Silva, relacionados à elaboração do Plano Real, que foi formulado a partir da sua proposta denominada "A Indexação Diária Negociada", de 31/08/93.

O autor nasceu em 08/11/49, em Cachoeiro de Itapemirim/ES, é engenheiro civil e mestre em administração de empresas. Desde março de 1975 é empregado da BNDES Participações S.A - BNDESPAR - e, a partir de maio de 1992, é diretor financeiro da AFBNDESPAR, Associação dos Funcionários da BNDESPAR. Foi a AFBNDESPAR que o apoiou na divulgação do seu trabalho para mais de 200 pessoas e entidades representativas do nosso país, inclusive para o então presidente da República Itamar Franco, para o seu ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso e para toda a sua equipe econômica.

Conheça um pouco mais da história do nosso Brasil, sabendo como, efetivamente, se deu formulação inicial do seu mais bem sucedido plano econômico de combate à inflação, num episódio que mostra bem uma faceta oculta do nosso atual presidente reeleito Fernando Henrique Cardoso, que, juntamente com o seu antecessor Itamar Franco, nunca se dignaram a reconhecer o mérito do autor, nesse marcante acontecimento do nosso país.

 

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Os Endereços Eletrônicos:

Página Principal:

http://br.egroups.com/group/averdadeirahistoriadoplanoreal

Clique acima para acessar a Página Principal do site.

Arquivos:

http://br.egroups.com/files/averdadeirahistoriadoplanoreal

Aqui é o acesso direto para os Arquivos disponíveis para consulta e downloads.

Links:

http://br.egroups.com/links/averdadeirahistoriadoplanoreal

Links para a Claudio Abreu Personal Page e outros trabalhos do autor.

 

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Algumas Dicas Operacionais:

Se você acessou o grupo pela seção de Arquivos, poderá voltar para a Página Principal, cliclando neste nome, que fica no lado esquerdo da tela. Na Página Principal, existe um menu com as seguintes opções:

Assinar

Se você quiser ser Associado do grupo, clique em Assinar, digite seus dados, e pronto você estará associado.

Mensagens

Se clicar aqui o usuário, Associado ou não, poderá ler todas mensagens remetidas ao grupo.

Remeter

Aqui você poderá enviar mensagens para o grupo, que serão enviadas para todos os Associados.

Arquivos

Este é o objetivo maior deste grupo. Ao clicar aqui, o usuário terá acesso a todos os meus trabalhos, que estão em Word 97, e salvá-los após o download, clicando em Arquivo e Salvar como do Word.

Pesquisa de Opinião

Ainda não disponível. Nesta seção serão feitas pesquisas relacionadas aos meus trabalhos, ao Plano Real e ao Governo FHC.

Links

Aqui são apresentados alguns links: da personal page e de outros trabalhos e grupos do autor.

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SUBJECT: neotenia
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/08/2000 04:41

Olá,
 
Necessito de informações sobre "neotenia", teoria segundo a qual algumas espécies animais evoluíram graças a mutações nos genes reguladores do desenvolvimento ontogenético.
 
Se existe algum biólogo nesta lista que conheça ou estude o assunto, peço encarecidamente que me envie informações sobre livros ou textos acessíveis.
 
Abraços,
Manuel Bulcão

SUBJECT: Meus novos grupos no eGroups
FROM: "Bidual - Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: "Ciencialist" <Ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/08/2000 04:44

Alô Thiago Maia, e turma do Acrópolis,

Encaminho a mensagem que acabo de enviar para o Ciencialist, nosso primo do
eGroups. Ela é válida para todos os associados do Acrópolis. Em suma, onde
na referida se ler Ciencialist, leia-se Acropolis. Ou seja, todos vocês
estão convidados a participar do grupo que criei no eGroups para debate exclusivo da minha Teoria Geral da Bidualidade (TGBD), e desde já agradeço a participação de quem se habilitar.
Abaixo transcrevo o seu papo com o Leo:
 
Leo:
 
O que vem a ser 'movimento num sentido amplo', além do usual conceito de deslocamento de matéria e energia?
 
Thiago Maia:
 
Respondendo Léo, movimento num sentido amplo designa todo ato pelo
qual o ser "sendo" deixar de ser o que se é.

Prezado Thiago, acho que a sua definição para o tal movimento nada mais é do que uma derivação do Ser E/Ou Não Ser, proposta pela TGBD. Aliás, foi esta questão que exigiu o desenvolvimento da minha teoria.
Um grande abraço em todos,
 
Claudio Abreu
 
 
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-----Mensagem Original-----
De: Bidual - Claudio Abreu
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: sábado, 19 de agosto de 2000 04:09
Assunto: Meus novos grupos no eGroups

Alô pessoal do Ciencialist,
 
Eis que volta o boêmio. Depois de me recolher um pouco, vou voltar a atuar.
 
Abaixo encaminho a divulgação dos sites no eGroups que estou criando.
 
Prometo retomar o texto do Ser e/ou Não Ser que prometi. Mas você podem começar a ter acesso aos meus arquivos, que se encontram nos grupos que criei no eGroups. Vocês sabiam que é muito criar um grupo no eGroups?
 
O primeiro, talvez fuja ao âmbito desta lista, por se tratar mais de política e economia. Refere-se ao grupo "averdadeirahistoriadoplanoreal", cujo nome é tão grande quanto a história de que o plano foi desenvolvido a partir das idéias do meu trabalho A Indexação Diária Negociada, de 31/08/93. Neste site embora não consiga demonstrar esta minha tese, mostro que é quase impossível que tal fato não tenha ocorrido. A analogia é com os testes de investigação de paternidade pelo DNA: ele nunca afirma que o pai é fulano, apenas informa a probabilidade (geralmente elevadíssima!!) de que o pai seja fulano. Sei que o assunto foge ao espectro desta lista. Mas ele fica como uma alternativa para quem queira conhecê-lo. Desculpem a mensagem que escrevo no material que envio abaixo, na qual relato a minha enorme decepção com FHC e seus dois governos (ou FFHH, como diria o Élio Gaspari - é isso?)... Afinal, acho que muitos aqui nesta lista, tal como eu, não   vêm no Fernando Henrique Cardoso o que o Fernando Henrique acha que é, e que nós achávamos que fosse... Coisas da política e do poder... 
 
O segundo, é o grupo "tgbd", sobre  a minha grande aposta: A Teoria Geral da Bidualidade (TGBD), que tentei debater em meados do ano passado aqui no Ciencialist e no Acropolis. A idéia surgiu numa tentativa que fiz, diretamente com o Alberto Mesquita Filho e com o Ozello, de fazermos um grupo de debates particular, entre nós três. Deste mini grupo, que acabou não vingando, guardo duas lembranças maiores: o prêmio Nobel que o Alberto disse quem descobrisse uma explicação para o fato do esquema gráfico mostrado por ele coincidisse com o mesmo esquema das camadas eletrônicas dos átomos. Acredito que com a TGBD expliquei porque havia a "coincidência". O próprio Alberto, acredito eu, também acreditou... Concorda, Alberto? Você poderia se manifestar a respeito? A minha idéia com grupo da TGBD é colocar todos os textos já elaborados nos arquivos, e conduzir os debates e mensagens em torno exclusivamente da TGBD. 
 
Deixo abaixo o endereço do grupo da TGBD:

http://br.egroups.com/group/tgbd

O terceiro grupo é "musicasdeclaudioabreu", onde pretendo, com o tempo, colocar disponíveis minhas composições e letras já gravadas em CD e convertidas para MP3. Ainda não está operando.
 
Bem vou ficando por aqui. Estão todos desta lista convidados a participar do grupo da TGBD que, em analogia com as empresas de propósitos específicos, se dedicará exclusivamente ao debate da minha teoria. Desde já agradeço quem dizer colaborar, participando da idéia. Abaixo apresento o material do grupo da verdadeira historia do Plano Real.
 
Um grande abraço a todos,
 
Claudio Abreu
 

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A Verdadeira História do Plano Real

Mensagem do Autor:

Os meus maiores objetivos ao fazer este site foram divulgar as minhas idéias e esclarecer como realmente se deu a formulação do Plano Real. Assim, desde já,  agradeço a todos aqueles que me ajudarem a alcançá-los, em particular mediante o repasse deste email para o maior número de pessoas que for possível.

Afinal, por um lado, acho que todo mundo neste país tem o direito de conhecer este episódio marcante da história brasileira, que, bem ou mal, resultou em acabar com aquela inflação inercial desvairada e perversa, que fazia com que os ricos ficassem mais ricos e os pobres mais pobres, e que, além disto, ao limitar o nosso inquestionável potencial de crescimento, fazia com que todos saíssem perdendo. Não foi a toa que ao divulgar o meu trabalho o fiz esclarecendo, em todas as suas cartas de encaminhamento, que ele era uma contribuição pessoal minha para a campanha Ação da Cidadania Contra a Fome e a Miséria e pela Vida, idealizada e comandada pelo nosso saudoso Betinho.

Por outro lado, acho que é muito importante que o maior número de pessoas fique sabendo um pouco mais sobre a estranha personalidade do nosso atual e reeleito presidente da República, Sr. Fernando Henrique Cardoso, que considero como sendo o maior responsável pelo fato da minha proposta não ter sido totalmente implementada, o que, não tenho dúvida, teria nos colocado atualmente num outro patamar de desenvolvimento.

 A meu ver, acredito que não teria sido necessário pagarmos um preço tão elevado para acabar com a nossa inflação, o que FHC sempre coloca como tendo sido a grande obra do seu governo. Bastaria apenas ele sua equipe econômica tivessem atentado para todas instruções do manual que concluí em 31;08.93, e que para qual dei o título "A Indexação Diária Negociada" e os subtítulos "Uma proposta para economia brasileira" e "Contra o veneno da cobra, só o próprio veneno da cobra". Infelizmente, FHC e sua equipe econômica só fizeram uso daquelas instruções que atendiam às suas vaidades e ambições políticas. Explico melhor a seguir.

 Primeiro, deturparam, com um objetivo nitidamente eleitoreiro, uma idéia perfeita, que era a vigência prolongada do indexador diário atrelado ao câmbio. Na minha proposta ele deveria ter continuado a existir por pelo menos mais 12 meses depois da transformação do indexador em uma nova moeda provisória. E, além disto, deveria ter utilização compulsória em toda a economia, ou seja, nos preços, salários, impostos, juros e câmbio, do que resultaria uma perfeita interligação entre todas estas variáveis econômicas. A moeda provisória teria a função de acabar com a inflação inercial residual, e também dar o tempo de um ano para que as reformas estruturais fossem feitas, de maneira a permitir a transformação definitiva do indexador diário na nova moeda forte nacional. Notar que com isto, não teria havido o arrocho salarial, nem tampouco a apreciação do câmbio, e, simultaneamente, poderiam ter havido a redução da taxa de juros real e os aumentos da produção, do emprego e da arrecadação fiscal. Esta era a minha proposta. Mas nada disto foi feito: a URV vigorou por apenas quatro meses e acabou não sendo introduzida no mercado financeiro; e o que foi pior, procedeu-se a apreciação do câmbio, juntamente com a redução de alíquotas de importação para que, com o aumento das importações, se tivesse um pressão no sentido de abaixar a inflação. Mas para compensar tudo isto, foi preciso a elevação da taxa de juros para o patamar mais alto do planeta. E, reparem bem, eles fizeram isto tudo para ganhar a eleição de outubro de 1994, tirando proveito político do fato da população, com o Real na mão, sentir no bolso a repentina queda da inflação, embora que de forma artificial.

 E, segundo, porque persistiram, até o fim, nos dois pecados mortais do Plano Real, a saber, as equivocadas e irresponsáveis políticas do câmbio apreciado e do juro escorchante, para pudessem, mais uma vez, enganar o nosso povo e, assim, ganhar a reeleição em 1998, para nos impor mais anos deste desgoverno desastroso.

O lamentável desta história toda é que, tal como na primeira vez, em 1994, eles tinham a uma forma alternativa de equacionar a questão, mas por motivos eleitoreiros, decidiram não arriscar. E mais uma vez que forneceu esta alternativa fui eu, no meu trabalho "A Maxi Heterodoxa", de subtítulo "Uma saída, sem dor, para a sinuca de bico do Plano Real, sobre o qual não vou me entreter muito. Ele foi entregue, em primeira mão e em caráter reservado, ao Dr, André Lara Resende, então presidente do BNDES, no 24/09/98, mediante carta dos presidentes da AFBNDES, AFBNDESPAR e AFFINAME, semelhante a que foi enviada para FHC, no dia 28/09/98, que juntamente, com o trabalho, se encontra disponível nos Arquivos deste site. Infelizmente, o governo não acatou  minha nova proposta, e acabou sendo obrigado a fazer a descontrolada desvalorização cambial de janeiro de 1999, de maneira tão atribulada e tão cheia de interrogações, favorecimentos e prejuízos para os cofres públicos. Este é o governo que temos. Eu, de minha parte, só espero que o Sr. FHC não pretenda ficar no poder por mais quatro anos, através da implantação do sistema parlamentarista. Afinal, ele já declarou que não tem esta intenção. E tudo o que ele diz, o bom senso, para que chegue à verdade, manda que seja entendido ao contrário.     

Conto com o apoio de vocês na divulgação desta mensagem, e consequentemente das idéias contidas nos meus trabalhos que neste site torno disponível com o advento da Internet, e que aqui declaro acreditar ser a expressão da verdade. E desde já agradeço esse apoio, para que juntos, num espécie de mutirão virtual, possamos mostrar todos deste país quem realmente é o Sr. Fernando Henrique Cardoso, pois creio que esta é um forma poderosa que dispomos para impedir que ele e seus aliados enganem, pela terceira vez, o  povo brasileiro. Chega de irresponsabilidade, incompetência, vaidade, ambição e manipulação!

Rio de Janeiro, 4 de agosto de 2000.

Claudio Braga de Abreu e Silva 

 

 A Verdadeira História do Plano Real

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Descrição do Site:

O objetivo deste grupo é disponibilizar para downloads todos trabalhos de Claudio Braga de Abreu e Silva, relacionados à elaboração do Plano Real, que foi formulado a partir da sua proposta denominada "A Indexação Diária Negociada", de 31/08/93.

O autor nasceu em 08/11/49, em Cachoeiro de Itapemirim/ES, é engenheiro civil e mestre em administração de empresas. Desde março de 1975 é empregado da BNDES Participações S.A - BNDESPAR - e, a partir de maio de 1992, é diretor financeiro da AFBNDESPAR, Associação dos Funcionários da BNDESPAR. Foi a AFBNDESPAR que o apoiou na divulgação do seu trabalho para mais de 200 pessoas e entidades representativas do nosso país, inclusive para o então presidente da República Itamar Franco, para o seu ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso e para toda a sua equipe econômica.

Conheça um pouco mais da história do nosso Brasil, sabendo como, efetivamente, se deu formulação inicial do seu mais bem sucedido plano econômico de combate à inflação, num episódio que mostra bem uma faceta oculta do nosso atual presidente reeleito Fernando Henrique Cardoso, que, juntamente com o seu antecessor Itamar Franco, nunca se dignaram a reconhecer o mérito do autor, nesse marcante acontecimento do nosso país.

 

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Os Endereços Eletrônicos:

Página Principal:

http://br.egroups.com/group/averdadeirahistoriadoplanoreal

Clique acima para acessar a Página Principal do site.

Arquivos:

http://br.egroups.com/files/averdadeirahistoriadoplanoreal

Aqui é o acesso direto para os Arquivos disponíveis para consulta e downloads.

Links:

http://br.egroups.com/links/averdadeirahistoriadoplanoreal

Links para a Claudio Abreu Personal Page e outros trabalhos do autor.

 

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Algumas Dicas Operacionais:

Se você acessou o grupo pela seção de Arquivos, poderá voltar para a Página Principal, cliclando neste nome, que fica no lado esquerdo da tela. Na Página Principal, existe um menu com as seguintes opções:

Assinar

Se você quiser ser Associado do grupo, clique em Assinar, digite seus dados, e pronto você estará associado.

Mensagens

Se clicar aqui o usuário, Associado ou não, poderá ler todas mensagens remetidas ao grupo.

Remeter

Aqui você poderá enviar mensagens para o grupo, que serão enviadas para todos os Associados.

Arquivos

Este é o objetivo maior deste grupo. Ao clicar aqui, o usuário terá acesso a todos os meus trabalhos, que estão em Word 97, e salvá-los após o download, clicando em Arquivo e Salvar como do Word.

Pesquisa de Opinião

Ainda não disponível. Nesta seção serão feitas pesquisas relacionadas aos meus trabalhos, ao Plano Real e ao Governo FHC.

Links

Aqui são apresentados alguns links: da personal page e de outros trabalhos e grupos do autor.

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SUBJECT: Neotenia
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/08/2000 04:50

Olá,

Necessito de informações sobre "neotenia", teoria segundo a qual algumas
espécies animais evoluíram graças a mutações nos genes reguladores do
desenvolvimento ontogenético.

Se existe algum biólogo nesta lista que conheça ou estude o assunto, peço
encarecidamente que me envie informações sobre livros ou textos acessíveis.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Novamente o coroinha!
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/08/2000 05:32

Olá,

Léo:
"Estou cá imaginando o 'porque' de apenas duas opções no meio desse cáos
geral, numerada e arquibancada. Será que não basta uma única opção, a mais
simples, "sempre foi assim".

Manuel - Léo, não sei se compreendi sua mensagem, mas você está defendendo a
hipótese do universo estacionário (sempre foi assim)?

Um filósofo pergunta-lhe, então, com aquela ingenuidade de criança: "por que
sempre foi assim?", "não poderia ser de outro modo?".

Até,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Meus novos grupos no eGroups
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/08/2000 05:37

-----Mensagem Original-----
De: "Bidual - Claudio Abreu"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 19 de Agosto de 2000 04:09
Assunto: [ciencialist] Meus novos grupos no eGroups

> Alô pessoal do Ciencialist,
> Eis que volta o boêmio. Depois de me recolher um pouco, vou voltar a
> atuar.

"O bom filho a casa torna." Seja bem vindo. Fiquei satisfeito com sua
decisão.

> Desculpem a mensagem que escrevo no material que envio abaixo, na qual
> relato a minha enorme decepção com FHC e seus dois governos (ou FFHH, como
> diria o Élio Gaspari - é isso?)... Afinal, acho que muitos aqui nesta
> lista, tal como eu, não vêm no Fernando Henrique Cardoso o que o
> Fernando Henrique acha que é, e que nós achávamos que fosse... Coisas da
> política e do poder...

Se eu não discordar de alguma coisa escrita diria que "esse não é o Alberto
que conheço" :-). Então vou discordar neste ponto. Nunca vi nada no FHC a
não ser uma arrogância imensa a nivelá-lo a um número razoável de acadêmicos
imbecis com os quais cruzei na época em que militei no Olimpo Acadêmico. Por
outro lado, e conforme o Jocax, de maneira ultra-original, :-), expôs em
08/08/00, "Gato escaldado tem medo de água fria". Pois o "Taumaturgo da
Política" FHC "realizou" um milagre a lembrar-me muito da famosa enganação
vivenciada em 1970 graças ao General Médici e/ou de tantos outros milagres
pelos quais temos passado desde que me considero por gente e que tenho
observado não darem em nada. Não sou pessimista mas não acredito que um povo
que possua uma elite a propalar o marasmo, possa aspirar a algo melhor.
Consequentemente, não me decepcionei com o FHC. Ele é exatamente o que achei
que fosse e não é melhor nem pior do que os demais que com ele disputaram o
cargo que hoje ocupa. Esta é a nossa triste realidade. Abaixo o marasmo!

Em tempo: Não sou contra o plano que você afirma ter sido originado de suas
idéias. Acho apenas que os políticos no Brasil escrevem errado por linhas
(ou teorias) certas. Em outras palavras, dizem seguir uma teoria mas seguem
outra.

> O segundo, é o grupo "tgbd", sobre a minha grande aposta: A Teoria Geral
> da Bidualidade (TGBD), que tentei debater em meados do ano passado aqui no
> Ciencialist e no Acropolis. A idéia surgiu numa tentativa que fiz,
> diretamente com o Alberto Mesquita Filho e com o Ozello, de fazermos um
> grupo de debates particular, entre nós três. Deste mini grupo, que acabou
> não vingando, guardo duas lembranças maiores: o prêmio Nobel que o Alberto
> disse quem descobrisse uma explicação para o fato do esquema gráfico
> mostrado por ele coincidisse com o mesmo esquema das camadas eletrônicas
> dos átomos. Acredito que com a TGBD expliquei porque havia a
> "coincidência". O próprio Alberto, acredito eu, também acreditou...
> Concorda, Alberto? Você poderia se manifestar a respeito? A minha idéia
> com grupo da TGBD é colocar todos os textos já elaborados nos arquivos, e
> conduzir os debates e mensagens em torno exclusivamente da TGBD.

Estou pensando seriamente em indicá-lo para o prêmio Nobel. Brincadeirinha
:-). Na realidade, e como você afirma acima, explicou porque havia a
coincidência e não o fenômeno em si e que está por trás da coincidência.
Sinceramente, Cláudio, e como já afirmei várias vezes, vejo um potencial
muito grande em sua teoria e acredito que ela tem muito de verdade e de
possibilidade de vingar. Daí a dizer que ela será aceita pela comunidade
científica vai uma distância muito grande. Como teorizador, a sentir na pele
os problemas que sei que você tem sentido no decorrer dos anos, só me resta
torcer pelo seu sucesso. Posso discutir a teoria, posso sugerir emendas, mas
não posso convencer a uma comunidade que somente aceita como certo aquilo
que vem do exterior e assim mesmo publicado em revistas patrocinadas pelos
donos da ciência. Um país cuja elite cultural não valoriza seus teorizadores
não pode aspirar nada melhor do que o relatado nos primeiros parágrafos
desta mensagem. Pena que o povo, que realmente não é o responsável pela
idiossincrasia, seja efetivamente quem "paga o pato".

> O terceiro grupo é "musicasdeclaudioabreu", onde pretendo, com o tempo,
> colocar disponíveis minhas composições e letras já gravadas em CD e
> convertidas para MP3. Ainda não está operando.

Muito boas por sinal. Torno público o comentário que fiz em pvt (18/05/00):
"O CD é excelente". E a tgbd, a meu ver, não fica atrás, ainda que, e como
já comentei, não a conheça com a profundidade necessária para defendê-la de
um ponto de vista acadêmico; e nem sou "dono de toda essa bola", pois ela
situa-se numa área que gosto de estudar mas não sou especialista no assunto.
Sob esse aspecto, posso apenas recomendá-la para leitura, críticas e
reflexões, pois creio que ela merece.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bomba de Sódio
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/08/2000 15:20

alberto,

vc pegou pesado agora... mas vamos ver se eu entendi...

em geral se considera q. o CO2 se difunde pela membrana sem maiores
problemas (eh uma molecula pequena e eletricamente neutra, alem de
apolar). ateh hoje nao se encontrou nenhuma proteina de membrana
associada ao transporte ativo de CO2. na forma de HCO3- ele pode ser
transportado juntamente com ions Cl-, mas sem gasto de energia. nunca ouvi
falar -- embora isso nao seja um argumento contra a sua hipotese -- de
gradiente de HCO3- sendo utilizado para transporte de Na e K. sei q.
algumas substancias sao capazes de modular a permeabilidade das celulas ao
gas carbonico e q. algumas celulas de certos organismos apresentam
mecanismos alternativos de transporte de CO2/HCO3-

realmente boa parte da energia de uma celula eh gasta na manutencao dos
gradientes de Na-K. mas isso nao eh necessariamente um desperdicio. muitos
transportes de substancias para dentro e para fora da celula estao
acoplados a esse gradiente sodio-potassio.

e tbm existem mecanismos de controle de producao de ATP, o proprio nivel
de concentracao de ATP/ADP influi nas vias q. levam 'a sua
producao/consumo. a bomba de sodio-potassio nao eh o unico mecanismo de
consumo de ATP, diversos processos geram ADP... e nao sei se a Na-K-ATPase
seria capaz de sintetizar ATP se simplesmente invertessemos as condicoes
-- nem todos os processos sao reversiveis na pratica.

qto a origem e formacao de canceres, ao q. eu saiba todos estao ligados ao
mecanismos geneticos de controles de divisao celular -- causando uma
inativacao dos mecanismos inibidores da proliferacao. um simples aumento
da concentracao interna de ATP levando 'a divisao celular me parece uma
ideia um tto qto desencontrada com os indicios atuais. mas claro q. isso
falando apenas em termos do conhecimento q. eu tenho (e friso q. sao nulos
em termos de biologia celular).

uma celula com as bombas de sodio-potassio severamente afetadas me parece
condenada a morrer de qq maneira -- nao sendo capaz de manter os
gradientes, muitas das funcoes q. dependem disso estarao comprometidas.
mesmo q. ela se tornasse cancerosa, nao vejo como isso minimizaria o
problema...

nao consegui encontrar o trabalho a q. vc se refere -- mas, especulando,
nao poderia ser o caso de em tendo as celulas cancerosas um metabolismo
mais intenso, haver uma sensibilidade maior 'a falta de K ou outro
elemento/substancia importante para o metabolismo? aqueles medicamentos de
inibicao de formacao de novos vasos trabalha exatamente assim: cortando a
rede de suprimento dessas substancias para os tumores...

bem, atualmente com as tecnicas de cultura de tecidos e organismos
modelados nao precisariamos em primeira instancia lancar mao de cobaias
humanas para o teste q. vc queria fazer.

bastava retirar o potassio do meio de cultura e ver se as celulas
cancerosas sao de fato mais sensiveis q. as normais. agora pra saber se
isso se deve a uma deficiencia previa das bombas de sodio-potassio ou ao
simples metabolismo mais acelerado pdoe ser feito com alguns experimentos
extras: uso de venenos de Na-K-ATPase e verificacao de inducao de
transformacao por alteracoes nas concentracoes de ATP... eu suspeito q.
este ultimo nao ocorre, mas claro q. precisariamos de resultados pra
firmar isso.

sobre experimentos da relacao de concentracao de potassio e canais de
potassio com a morte celular transcrevo aqui tres resumos:

-------
Nietsch HH, Roe MW, Fiekers JF, Moore AL, Lidofsky SD 2000 - Activation of
potassium and chloride channels by tumor necrosis factor alpha - Role in
liver cell death. JOURNAL OF BIOLOGICAL CHEMISTRY 275: (27) 20556-20561
JUL 7 2000

Abstract:
Despite abundant evidence for changes in mitochondrial membrane
permeability in tumor necrosis factor (TNF)-mediated cell death, the role
of plasma membrane ion channels in this process remains unclear, These
studies examine the influence of TNF on ion channel opening and death
in a model rat liver cell line (HTC), TNF (25 ng/ml) elicited a 2- and
5-fold increase in K+ and Cl- currents, respectively, in HTC cells. These
increases occurred within 5-10 min after TNF exposure and were inhibited
either by K+ or Cl- substitution or by K+ channel blockers (Ba2+,
quinine, 0.1 mM each) or Cl- channel blockers (10 mu M
5-nitro-2-(3-phenylpropylamino)benzoic acid and 0.1 mm N-phenylanthranilic
acid), respectively, TNF-mediated increases in K+ and Cl- currents were
each inhibited by intracellular Ca2+ chelation (5 mM EGTA), ATP depletion
(4 units/ml apyrase), and the protein kinase C (PKC) inhibitors
chelerythrine (10 mu M) or PKC 19-36 peptide (1 mu M). In contrast,
currents were not attenuated by the calmodulin kinase II 281-309 peptide
(10 mu M), an inhibitor of calmodulin kinase II. In the presence of
actinomycin D (1 mu M), each of the above ion channel blockers
significantly delayed the progression to TNF-mediated cell death.
Collectively, these data suggest that activation of K+ and Cl- channels is
an early response to TNF signaling and that channel opening is Ca2+- and
PRC-dependent. Our findings further suggest that K+ and Cl- channels
participate in pathways leading to TNF-mediated cell death and thus
represent potential therapeutic targets to attenuate liver injury from
TNF.

---
Penning LC, Denecker G, Vercammen D, Declercq W, Schipper RG, Vandenabeele
P 2000 - A role for potassium in TNF-induced apoptosis and gene-induction
in human and rodent tumour cell lines. CYTOKINE 12: (6) 747-750.

Abstract:
Rat/mouse T cell hybridoma-derived PC60 R55/R75 cells were used as a model
to study the role of intracellular potassium in TNF-induced apoptosis and
gene induction. A reduction of intracellular potassium with nigericin or
valinomycin (ionophores), or ouabain (Na+/K+ ATPase inhibitor) sensitized
PC60 R55/R75 cells to TNF-induced apoptosis, TNF-induced GM-CSF release in
PC60 R55/R75 cells was enhanced by nigericin or ouabain, Similar results
were obtained with human cervix carcinoma cells HeLaH21 exposed to TNF.
These results suggest a role for intracellular potassium in TNF-induced
apoptosis and gene induction. (C) 2000 Academic Press.

---

Nardi N, Avidan G, Daily D, ZilkhaFalb R, Barzilai A 1997 - Biochemical
and temporal analysis of events associated with apoptosis induced by
lowering the extracellular potassium concentration in mouse cerebellar
granule neurons. JOURNAL OF NEUROCHEMISTRY 68: (2) 750-759.

Abstract:
We analyzed biochemically and temporally the molecular events that occur
in the programmed cell death of mouse cerebellar granule neurons deprived
of high potassium levels, An hour after switching the neurons to a low
extracellular K+ concentration ([K+](o)), a significant part of the
genomic DNA was already cleaved to high-molecular-weight fragments. This
phenomenon was intensified with the progression of the death process.
Addition of cycloheximide to the neurons 4 h after high [K+](o)
deprivation resulted in no cell loss and complete recovery of the damaged
DNA, DNA margination and nuclear fragmentation as assessed by
4,6-diaminodiphenyl-2-phenylindole staining were observable in a few cells
beginning similar to 4 h after the removal of high [K+](o) and developed
to nuclear condensation 4 h later. Six hours after high [K+](o)
deprivation, the DNA was fragmented into oligonucleosome-sized fragments.
Within 6 h after removal of the extracellular K+, 50% of the neurons were
committed to die and lost their ability to be rescued by readministration
of 25 mM [K+](o). Similar to high [K+](o) deprivation, inhibition of RNA
or protein synthesis failed to halt neuronal degeneration of a similar
percentage of cells 6 h after the onset of the death process,
Mitochondrial function steadily decreased after [K+](o) removal,
An similar to 40% decrease in RNA and protein synthesis was detected by 6
h of [K+], removal during the period of cell death commitment; rates
continued to decline gradually thereafter, The temporal characteristics of
the DNA damage and recovery, DNA cleavage to oligonucleosome-sized
fragments, and the reduction in mitochondrial activity-events that
occurred within the critical time-may indicate that these processes have
an important part in the mechanism that committed the neurons to die.

-------

e um estudo mostrando a relacao entre um tipo de cancer renal e a
Na-K-ATPase:

Rajasekaran SA, Ball WJ, Bander NH, Liu H, Pardee JD, Rajasekaran AK
1999 - Reduced expression of beta-subunit of Na,K-ATPase in human
clear-cell renal cell carcinoma. JOURNAL OF UROLOGY 162: (2) 574-580.

Abstract:
Purpose: Multiple subtypes of renal cancer have been identified.
Clear-cell renal cell carcinoma (RCC) is the most common subtype of RCC
and one of the more aggressive. The goal of this study was to investigate
in RCC the levels of Na,K-ATPase, an abundant enzyme in the kidney
which is crucial for various kidney functions. Na,K-ATPase is a
heterodimer consisting of a catalytic alpha-subunit and a glycosylated
beta-subunit whose function is still not well-defined.

Materials and Methods: Fourteen clear-cell RCC specimens were studied. The
levels of the Na,K-ATPase alpha and beta-subunits in normal kidney and RCC
tissues were determined by immunoblot analysis. The localization of the
alpha and beta-subunits was studied by immunofluorescence and laser
scanning confocal microscopy. Na,K-ATPase activity was determined using a
coupled-enzyme spectrophotometric assay.

Results: In normal kidney, the cells demonstrate an epithelial morphology
with distinct basolateral plasma membrane localization of the alpha
and beta-subunits. Conversely, the cells of the clear-cell RCC have lost
their epithelial phenotype and the alpha and beta-subunits show a
diffuse intracellular staining. Clear-cell RCC tumor cell lysates showed a
consistent 95.6 +/- 2.8% (mean +/- SD) reduction in protein levels of
beta-subunit relative to the levels in normal kidney. The alpha-subunit
level in RCC lysates was generally near or above the levels relative to
normal kidney. The reduced beta-subunit expression was accompanied by a
significant reduction in the Na,K-ATPase activity in RCC membranes.

Conclusions: These results suggest that the beta-subunit may regulate the
Na,K-ATPase activity in vivo. Diminished Na,K-ATPase activity in
conjunction with the reduced beta-subunit level is associated with the
clear-cell RCC phenotype.

----

mas esse estudo mostra uma relacao invertida - a transmorfacao da celula
levando a um problema na bomba de sodio-potassio. isso pode explicar a
maior sensibilidade daquelas celulas tumorais a uma deplecao de potassio.

(nao sou oncologista, biologo celular, fisiologo entao pode ser q. eu
tenha falado umas bobagens muito serias em meio a isso tudo. portanto nao
levem muito a serio o q. eu disse aqui... eh mais especulacao mesmo.)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] neotenia
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/08/2000 15:28

On Sat, 19 Aug 2000 msbn@daterranet.com.br wrote:
> Necessito de informações sobre "neotenia", teoria segundo a qual algumas
> espécies animais evoluíram graças a mutações nos genes reguladores do
> desenvolvimento ontogenético.

na verdade eh um fenomeno mais geral conhecido como heterocronia - q. leva
a uma diferenca ou na taxa de desenvolvimento de uma porcao do organismo
em relacao ao ancestral ou a uma mudanca no tempo de inicio e termino do
desenvolvimento -- em geral se compara o desenvolvimento de uma estrutura
com o tempo de maturacao sexual do organismo. a neotenia eh apenas um dos
resultados possiveis.

um excelente livro eh: 'Heterochrony :the evolution of ontogeny' de
Michael L. McKinney e Kenneth J. McNamara. 1991.

outro jah mais velhinho eh 'Ontogeny and phylogeny' de Stephen Gould de
1977 (nao sei tem edicao mais recente).

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bomba de Sódio
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/08/2000 17:18

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Mitsuo Takata"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 19 de Agosto de 2000 15:20
Assunto: Re: [ciencialist] Bomba de Sódio

Olá, Takata

Estou tentando, em meio a seus comentários, expor alguns detalhes que
acredito ficaram faltando na msg original.

> ateh hoje nao se encontrou nenhuma proteina de membrana
> associada ao transporte ativo de CO2.

Com efeito. Diria apenas que pela teoria que estou propondo não haveria
transporte ativo de CO2 mas apenas o seu acúmulo no interior da célula em
virtude de sua produção contínua pelo metabolismo e da impermeabilidade da
mesma. Por outro lado, o excesso seria extravasado sob a forma de HCO3- por
mecanismos especiais a acoplarem-se com outros íons. O processo em si não
seria rigorosamente ativo (no sentido usual do termo) pois não envolveria o
gasto de ATP, ainda que o fosse de um ponto de vista termodinâmico. Ou seja,
a célula estaria aproveitando a energia de escape do CO2 para transportar
outros íons, energia esta que é desprezada pelas teorias atuais. Existe algo
parecido na literatura, porém em outro nível (membranas mitocondriais) a se
utilizarem de um mecanismo análogo. Refiro-me à teoria quimiosmótica de
Michel (1965) a explicar a fosforilação oxidativa às custas de um gradiente
de H+.

> na forma de HCO3- ele pode ser
> transportado juntamente com ions Cl-, mas sem gasto de energia.

Realmente, sem gasto de energia pensando-se em termos de ATP. Porém, se o
HCO3- e/ou o CO2 forem transportados passivamente e a favor de um gradiente,
que naturalmente existe graças ao metabilismo culminar com a produção de
CO2, haverá uma dissipação de energia que, se não aproveitada de alguma
maneira, será transformada em calor. Digamos então que estou propondo que
além da produção de ATP o metabolismo celular produz ainda outro tipo de
energia temporariamente armazenada sob a forma de potencial químico na forma
de CO2. Esta energia armazenada, assim como aquela de uma central
hidroelétrica, deve ser consumida rapidamente de alguma forma, e estou
propondo que o faça facilitando o transporte de outros itens
contra-gradiente e, desta forma, sem gastar ATP.

> realmente boa parte da energia de uma celula eh gasta na manutencao dos
> gradientes de Na-K. mas isso nao eh necessariamente um desperdicio. muitos
> transportes de substancias para dentro e para fora da celula estao
> acoplados a esse gradiente sodio-potassio.

Creio ter deixado claro acima qual seria desperdício a que me referi. Ou
seja, porque gastar ATP num processo que poderia ser explicável
termodinamicamente sem a utilização da energia armazenada no ATP? Concordo
que o processo estaria acoplado a outros, os quais poderiam também usufruir
da economia proposta.

> e tbm existem mecanismos de controle de producao de ATP, o proprio nivel
> de concentracao de ATP/ADP influi nas vias q. levam 'a sua
> producao/consumo.

Sem dúvida. E como estou propondo, haveria também um forte acoplamento entre
o transporte Na/K e a razão ATP/ADP, apenas que em sentido inverso ao
atualmente aceito. Para o funcionamento da "bomba", a elevação da
concentração do ADP agiria como um estímulo a resultar num aumento do
metabolismo e da produção de CO2. Por outro lado, reconheço que o ATP é
fundamental para a célula para atividades outras e portanto sua produção não
poderia estar simplesmente aos caprichos da concentração de Na+ ou K+.
Consequentemente, fatores outros poderiam ditar a relação entre os vários
sistemas envolvidos. Assim como numa hidroelétrica pode-se desprezar a água
em excesso, a célula também poderia ter um mecanismo de escape para a
energia química produzida em excesso (e neste caso, deixando que se dissipe
sob a forma de calor).

> nao sei se a Na-K-ATPase
> seria capaz de sintetizar ATP se simplesmente invertessemos as condicoes
> -- nem todos os processos sao reversiveis na pratica.

Concordo. E é por isso que afirmo que a Navalha de Occam, conquanto útil,
não pode por si só ser o fator único e determinante a justificar uma teoria.
Essa é para o Jocax. :-)

> qto a origem e formacao de canceres, ao q. eu saiba todos estao ligados ao
> mecanismos geneticos de controles de divisao celular -- causando uma
> inativacao dos mecanismos inibidores da proliferacao.

Concordo mas diria que a minha teoria não fica totalmente à margem desta
afirmação. Afinal, o que é que causa esta inativação? Enfim, não conheço
detalhes sobre o assunto e entre a proposição primeira da minha teoria e os
dias atuais, a genética evoluiu muito, sem que eu acompanhasse essa
evolução.

> um simples aumento
> da concentracao interna de ATP levando 'a divisao celular me parece uma
> ideia um tto qto desencontrada com os indicios atuais.

Pois eu não vejo apenas por esse ângulo e nem sei se haveria uma grande
elevação de ATP. Diria, utilizando-me do "economês", que a célula perderia
"capital de giro". Ou seja, ao ser intoxicada ela viveria numa condição
crítica, como a de uma máquina não bem lubrificada. Não obstante, ela
persistiria com suas funções, talvez com as concentrações de determinados
componentes críticos num nível próximo ao normal, ainda que com uma taxa
menor de metabolismo. Isto iria comprometer tremendamente seu meio interno a
ponto de poder gerar efeitos vários, tais como, comprometer os "mecanismos
de inativação dos mecanismos inibidores da proliferação".

> uma celula com as bombas de sodio-potassio severamente afetadas me parece
> condenada a morrer de qq maneira -- nao sendo capaz de manter os
> gradientes, muitas das funcoes q. dependem disso estarao comprometidas.
> mesmo q. ela se tornasse cancerosa, nao vejo como isso minimizaria o
> problema...

Com efeito. Mas entre um estado normal e em estado de comprometimento
severo, quero crer que existam estágios intermediários, onde a célula nem
morreria e nem conservaria suas funções dentro da normalidade. Nestas
condições, quem sabe, ela poderia minimizar seu sofrimento liberando vias
outras destinadas a aumentar seu "capital de giro". Pô, creio que estou
agora entendendo um pouquinho mais da economia brasileira. O Brasil está com
sua economia cancerosa. :-)

> nao consegui encontrar o trabalho a q. vc se refere --

Estranho, tenho certeza de que era no Lancet e quase certeza de que foi
publicado no ano de 1970.

> mas, especulando,
> nao poderia ser o caso de em tendo as celulas cancerosas um metabolismo
> mais intenso, haver uma sensibilidade maior 'a falta de K ou outro
> elemento/substancia importante para o metabolismo? aqueles medicamentos de
> inibicao de formacao de novos vasos trabalha exatamente assim: cortando a
> rede de suprimento dessas substancias para os tumores...

O leque de possibilidades é imenso. De qualquer forma, expus apenas uma
possível experiência a corroborar a teoria, sem obrigatoriamente falsear as
demais. A vantagem é que as demais, ao que me consta, não fazem esta
previsão (e no caso nem seria uma previsão, pois estou relatando uma
descoberta feita por acaso e aproveitando o gancho).

> bem, atualmente com as tecnicas de cultura de tecidos e organismos
> modelados nao precisariamos em primeira instancia lancar mao de cobaias
> humanas para o teste q. vc queria fazer.

Sem dúvida. Aliás, antes de largar a medicina eu cheguei a ser sondado sobre
a possibilidade de ir trabalhar num setor de biofísica da usp (no Instituto
do Coração) e estava seriamente pensando em prosseguir meus estudos em áreas
básicas, mas fui forçado por contingências outras a deixar esta oportunidade
de lado.

> (nao sou oncologista, biologo celular, fisiologo entao pode ser q. eu
> tenha falado umas bobagens muito serias em meio a isso tudo. portanto nao
> levem muito a serio o q. eu disse aqui... eh mais especulacao mesmo.)

Como também espero que não levem muito a sério o que falei, pois são coisas
que fariam sentido a 30 anos, mas não sei até que ponto podem ser levadas a
sério na atualidade. De qualquer forma, sinto que eu precisava tornar
público, por escrito, alguns detalhes desta minha teoria, e agradeço
sobremaneira suas considerações. Irei ler os abstracts que você postou e
comentarei oportunamente. No momento estou de saída para uma festa em
família e não pude lê-los. Desculpe se cometi algum erro de grafia,
formatação, etc, mas estou sem tempo de ler até mesmo o que escrevi.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: "Ciencialist" <Ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/08/2000 18:27

Prezados Amigos do Ciencialist,
 
Há anos venho escrevendo sobre a Teoria Geral da Bidualidade, objetivando chegar a um livro sobre ela.
 
E agora tive a idéia de escrevê-lo de forma participativa com o uso da Internet. Ao criar o grupo da TGBD no eGroups pretendo colocar disponíveis nos Arquivos do grupo todos os textos que já elaborei, que ficariam sendo a referência para discussão.
Esta assim ficaria mais objetiva, pois se restringiria os debates e mensagens em torno exclusivamente do tema, no caso a TGBD.
 
Assim, de um lado teríamos o móvel, ou conjunto de comentários dos participantes, via suas mensagens; e de outro, teríamos o fixo, que seria o tema na berlinda, e, no caso, tudo que eu considere como elaborado e parte do livro.
 
Reparem que a idéia de fazer um grupo individual para cada participante do Ciencialist orientaria mais a o debate e arquivo de mensagens por temas específicos. Por exemplo, o Alberto Mesquita Filho, o Takata, o Jocax, e que mais quisesse poderiam fazer cada um o seu site, só com os trabalhos de sua autoria nos arquivos, como referência para debate.
 
Deixo abaixo o endereço do grupo da TGBD:

http://br.egroups.com/group/tgbd

Abaixo transcrevo a descrição constante da Página Principal do TGBD no eGroups. A primeira vista a TGBD pode parecer ser pretensiosa, mas se ela não fosse assim, simplesmente não existiria.
 
Um abraço em todos. E que muitos pelo menos dêm uma sacada na diagonal na minha ambiciosa proposta.
 
Claudio Abreu
 
 
=== A TGBD no eGroups : Descrição ===
 
A Teoria Geral da Bidualidade (TGBD) objetiva definir a estrutura de tudo o que existe e/ou não existe, no universo e/ou fora dele.
 
A expressão "e/ou" é a própria síntese da TGBD. Notar que o dual "ser ou não ser", de Shakespeare, é apenas uma visão usual e restrita da questão, pois se refere apenas às duas fases relacionadas ao conceito de existência. Para que exista o dual "ser ou não ser" é necessário existir também dual "ser e não ser", referente às duas mutações associadas: o próprio "ser e não ser" (quando algo que é deixa de sê-lo) e o "não ser e ser" (quando algo que não é passa a sê-lo). Senão o ciclo não fecha.
 
E para ser geral a TGBD tem que se aplicar tanto ao dual das fases do universo e do não-universo, quanto ao dual das mutações do universo para o não-universo e vice-versa.
 
O objetivo deste Grupo é a divulgação e o debate da TGBD no meio científico e tecnológico. O seu moderador é o engenheiro civil e mestre em administração de empresas Claudio Braga de Abreu e Silva, nascido em 08/11/1949, que vem desenvolvendo a TGBD desde 1968, e está escrevendo um livro sobre ela, cujos textos se encontram nos Arquivos deste Grupo.
 
Com o advento da Internet, ele acha possível contar com a participação de pessoas, de qualquer formação científica e profissional, que queiram contribuir para o desenvolvimento de sua teoria que, acredita, poderá representar um novo marco na história da ciência e da humanidade.
 
A TGBD é, sem duvida, muito ambiciosa, pois objetiva ser a Teoria de Tudo, ou Theory of Everything (TOE). Caso a TGBD seja verdadeira, seu autor acredita que ela será a síntese do conhecimento, e permitirá:
 
a) conhecer o desconhecido a partir do que se conhece;
 
b) testar a veracidade de toda e qualquer teoria científica;e,
 
c) simplificar a ciência.
 
O autor desde já agradece a participação de todos.
 
==========================

SUBJECT: CO2/HCO3- [era] Bomba de Sódio
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/08/2000 19:20

On Sat, 19 Aug 2000, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Com efeito. Diria apenas que pela teoria que estou propondo não haveria
> transporte ativo de CO2 mas apenas o seu acúmulo no interior da célula em
> virtude de sua produção contínua pelo metabolismo e da impermeabilidade da

nao sei se a impermeabilidade total ao CO2 seria possivel - ao HCO3- ateh
poderia ser possivel em razao da carga eletrica, mas o CO2 deveria vazar
pela membrana, mesmo na ausencia de canais de transporte... (ou nao?)

qto ao cotransporte de ions bicarbonatos com outras substancias
efetivamente ocorre, alem dos canais HCO3-/Cl- existe o cotransporte
Na+/HCO3- q. eh particularmente importante nos tubulos proximais nos
rins, mas q. tbm exerce papel na reabsorcao de Na+ e na regulacao do pH
(intracelular e sanguineo)...

ah! tbm um cotransporte recem-proposto (e demandando, portanto,
confirmacoes independentes) de Mg2+/HCO3- (em celulas epitelais de
ruminantes). um anti-porte de SO4-/HCO3- foi proposto para celulas do
figado e pancreas de lagosta.

alem de q. - nos organismos endotermicos, exatamente os q. produzem mais
CO2 por unidade de tempo - boa parte do calor gerado proviria das bombas
de sodio-potassio... aos menos para aves e mamiferos me parece q. esse
mecanismo 'perdulario' conferiria uma propriedade importante por si mesma.

ao q. sei, a origem dos canceres estah na desativacao dos genes q. inibem
a proliferacao celular -- essa desativacao se daria por mutacoes nesses
genes q. deixariam de ser funcionais e nao mais produziriam os inibidores.
consegue imaginar um processo em q. a concentracao de ATP/ADP pudesse
interferir nisso? talvez interferindo nos mecanismos de reparo? nao sei...

na base de procura ao qual tenho acesso (de onde tirei aqueles resumos)
nao encontro nada para Lancet de 1970 (com 2.615 entradas) com a
palavra-chave: 'hemodialysis'; e recupera dois documentos com a palavra
'potassium' (mas nao tem nada a ver)...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Principia
FROM: "Rodrigo Frizzo Viecilli" <philox@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/08/2000 19:34

Na coleção Os Pensadores tem.

Rodrigo

-----Mensagem original-----
De: Daniel Leal Freire [mailto:daniellf@highway.com.br]
Enviada em: Quarta-feira, 30 de Agosto de 2000 14:48
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] Principia



Alguém da lista sabe onde encontro o trabalho do Newton?
Serve link ou livro mesmo.
Obrigado.

--------------------------------
| Daniel Leal Freire
| daniellf@highway.com.br
| "Imagination is more important than knowledge" Albert Einstein



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>> Lista de VARIOS sites com noticias direcionadas a ciencia (FREE!)<<
http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html

*** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/08/2000 21:58

Prezado Leandro,
 
Se você for no Site da TGBD você encontra vai encontrar alguns textos que abordam suas três questões, cujos endereços estão abaixo.
 
Vejamos agora como responderia suas três perguntas:
 
Leandro: Como o modelo explica a existência de 4 forças fundamentais?

 
Pela TGBD, o Dual Interno seria a força eletro magnética e a força fraca, que formariam um Terno com a força forte, que formaria o Dual Externo com a gravidade, que seria o Quarto Uno. Note que o Terno aqui representa um corpo, que se relaciona com outros corpos através da força de gravidade, é por isso, por vir de fora, que ela é o Quarto. A teoria GUT, unificou as três, depois de ter sido feita a unificação da força eletro-fraca.
 
 
Leandro: A Física de hoje desconhece alguma força fundamental?
 
Pela TGBD são 4 e apenas 4 as forças fundamentais, porque na estrutura acima se tem uma estrutura bidual. Assim não haveria nenhuma força desconhecida, pelo menos no âmbito do Universo. Pode ser que no Anti-Universo (seria ele um buraco negro?) que é de existência necessária pela TGBD, pode ser que existam mais outras forças, que obrigatoriamente precisariam ter uma estrutura também bidual. Este é um bom exemplo de como a TGBD pode ser útil caso seja verdadeira: ela poderia definir, por simetria, quais seriam as características fundamentais das forças do Anti-Universo. Nunca tinha pensado nesta questão: quais seriam as forças que atuam no Anti-Universo? Olha, aplicando a TGBD, tem-se que a gravidade por ser o Quarto Uno, teria de se decompor em três forças, para formar o Anti-Terno. Quem sabe este não seja um caminho? Se a TGBD for verdadeira, repare bem, este é o único caminho. Deixo ele para você se exercitar no exercício prático da TGBD. Não quer tentar definir quais seriam estas três, digamos Anti-Forças do Anti-Universo.
 

Leandro: A unificação das forças é possível ou elas são não-unificáveis?
Pela TGBD é não só possível, como necessária. Alias a estrutura bidual das quatro forças talvez já seja a sua unificação. Vide nos Arquivos da TGBD no eGroups a minha tentativa de unificação da gravidade com a força eletromagnética 
 
Achei suas perguntas muito inteligentes e bem colocadas. Espero que as tenha respondido, fazendo uso da TGBD. Não é fantástico? Afinal, neste caso vimos como a TGBD, se confirmada como verdadeira e síntese do conhecimento nos ajudou a:
a) conhecer o desconhecido a partir do que se conhece: aqui seriam as três anti-forças na qual se decomporia a força de gravidade;
b) testar a veracidade de toda e qualquer teoria científica: no caso, vejo a confirmação de 4 e somente 4 forças fundamentais, que atuam no Universo;e,
c) simplificar a ciência: repare que, embora abordando um tema da maior complexidade, tudo feito de forma muito simples.
 
Deu para entender até aonde a TGBD pode chegar?
 
Um grande abraço,
 
Claudio Abreu
 
TEXTOS Disponíveis E ENDEREÇOS:
 
1) A Bidualidade das 4 Forças Fundamentais:
http://br.egroups.com/files/tgbd/O+livro+da+TGBD/Bidualidade+das+Quatro+For%80%A0%A6%E7as+Fundamentais.doc
 
2) TGBD : a unificação das 4 forças naturais:
http://br.egroups.com/files/tgbd/O+livro+da+TGBD/TGBD+-+unifica%80%A0%A6%E7%E3o+das+4+for%80%A0%A6%E7as+naturais.doc 

3) O Bidual de um Evento Físico: {(Matéria-Energia)<=>[Espaço}-Tempo]

O CONFLITO DA TGBD COM A TEORIA DAS SUPERCORDAS

http://br.egroups.com/files/tgbd/O+livro+da+TGBD/TGBD+-+unifica%80%A0%A6%E7%E3o+das+4+for%80%A0%A6%E7as+naturais.doc 
 
4) A TGBD unificando as forças eletromagnética e da gravidade:
http://br.egroups.com/files/tgbd/O+livro+da+TGBD/TGBD+-+Forca+Eletromgn%80%A0%A6%E9tica+x+Gravidadeir.doc
 
 
 
-----Mensagem Original-----
De: "Leandro" <holanda@ift.unesp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 19 de setembro de 2000 20:25
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

> >  Claudio Abreu - Bidual
> > wrote:
> > Há anos venho escrevendo sobre a Teoria Geral da Bidualidade,
> > objetivando chegar a um livro sobre
> > ela.                                           [...]
> >
> >
> > A Teoria Geral da Bidualidade (TGBD) objetiva definir a estrutura de
> > tudo o
> >  que existe e/ou não existe, no universo e/ou fora dele.
> >
> >  E para ser geral a TGBD tem que se aplicar tanto ao dual das fases do
> > universo
> >  e do não-universo, quanto ao dual das mutações do universo para o
> >  não-universo e vice-versa.
> >
> >   [...]
> >  A TGBD é, sem duvida, muito ambiciosa, pois objetiva ser a Teoria de
> > Tudo, ou
> >  Theory of Everything (TOE). Caso a TGBD seja verdadeira, seu autor
> > acredita
> >  que ela será a síntese do conhecimento, e permitirá:
> >
> >  a) conhecer o desconhecido a partir do que se conhece;
> >
> >  b) testar a veracidade de toda e qualquer teoria científica;e,
> >
> >  c) simplificar a ciência.
> >
> >  O autor desde já agradece a participação de todos.
> >
> >
>
> Parece ser bem interessante tal modelo... deixe que eu faça algumas
> perguntas relacionadas à Física
>
> . Como o modelo explica a existência de 4 forças fundamentais.
> . A Física de hoje desconhece alguma força fundamental.
> . A unificação das forças é possível ou elas são não-unificáveis.
>
> Abraços
> Leandro
>
>
>
> --------------------------------------------------------------------<e|-
> Best friends, most artistic, class clown Find 'em here:
>
http://click.egroups.com/1/8014/11/_/19424/_/966727997/
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SUBJECT: Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: "Ciencialist" <Ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/08/2000 22:09

Prezado Leandro,
 
Caso não consiga a acessar os arquivos pelos endereços que mandei, faça-o pelo endereço:
http://br.egroups.com/files/tgbd/O+livro+da+TGBD
 
-----Mensagem Original-----
De: Claudio Abreu - Bidual
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: sábado, 19 de agosto de 2000 21:58
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

Prezado Leandro,
 
Se você for no Site da TGBD você encontra vai encontrar alguns textos que abordam suas três questões, cujos endereços estão abaixo.
 
Vejamos agora como responderia suas três perguntas:
 
Leandro: Como o modelo explica a existência de 4 forças fundamentais?

 
Pela TGBD, o Dual Interno seria a força eletro magnética e a força fraca, que formariam um Terno com a força forte, que formaria o Dual Externo com a gravidade, que seria o Quarto Uno. Note que o Terno aqui representa um corpo, que se relaciona com outros corpos através da força de gravidade, é por isso, por vir de fora, que ela é o Quarto. A teoria GUT, unificou as três, depois de ter sido feita a unificação da força eletro-fraca.
 
 
Leandro: A Física de hoje desconhece alguma força fundamental?
 
Pela TGBD são 4 e apenas 4 as forças fundamentais, porque na estrutura acima se tem uma estrutura bidual. Assim não haveria nenhuma força desconhecida, pelo menos no âmbito do Universo. Pode ser que no Anti-Universo (seria ele um buraco negro?) que é de existência necessária pela TGBD, pode ser que existam mais outras forças, que obrigatoriamente precisariam ter uma estrutura também bidual. Este é um bom exemplo de como a TGBD pode ser útil caso seja verdadeira: ela poderia definir, por simetria, quais seriam as características fundamentais das forças do Anti-Universo. Nunca tinha pensado nesta questão: quais seriam as forças que atuam no Anti-Universo? Olha, aplicando a TGBD, tem-se que a gravidade por ser o Quarto Uno, teria de se decompor em três forças, para formar o Anti-Terno. Quem sabe este não seja um caminho? Se a TGBD for verdadeira, repare bem, este é o único caminho. Deixo ele para você se exercitar no exercício prático da TGBD. Não quer tentar definir quais seriam estas três, digamos Anti-Forças do Anti-Universo.
 

Leandro: A unificação das forças é possível ou elas são não-unificáveis?
Pela TGBD é não só possível, como necessária. Alias a estrutura bidual das quatro forças talvez já seja a sua unificação. Vide nos Arquivos da TGBD no eGroups a minha tentativa de unificação da gravidade com a força eletromagnética 
 
Achei suas perguntas muito inteligentes e bem colocadas. Espero que as tenha respondido, fazendo uso da TGBD. Não é fantástico? Afinal, neste caso vimos como a TGBD, se confirmada como verdadeira e síntese do conhecimento nos ajudou a:
a) conhecer o desconhecido a partir do que se conhece: aqui seriam as três anti-forças na qual se decomporia a força de gravidade;
b) testar a veracidade de toda e qualquer teoria científica: no caso, vejo a confirmação de 4 e somente 4 forças fundamentais, que atuam no Universo;e,
c) simplificar a ciência: repare que, embora abordando um tema da maior complexidade, tudo feito de forma muito simples.
 
Deu para entender até aonde a TGBD pode chegar?
 
Um grande abraço,
 
Claudio Abreu
 
TEXTOS Disponíveis E ENDEREÇOS:
 
1) A Bidualidade das 4 Forças Fundamentais:
http://br.egroups.com/files/tgbd/O+livro+da+TGBD/Bidualidade+das+Quatro+For%80%A0%A6%E7as+Fundamentais.doc
 
2) TGBD : a unificação das 4 forças naturais:
http://br.egroups.com/files/tgbd/O+livro+da+TGBD/TGBD+-+unifica%80%A0%A6%E7%E3o+das+4+for%80%A0%A6%E7as+naturais.doc 

3) O Bidual de um Evento Físico: {(Matéria-Energia)<=>[Espaço}-Tempo]

O CONFLITO DA TGBD COM A TEORIA DAS SUPERCORDAS

http://br.egroups.com/files/tgbd/O+livro+da+TGBD/TGBD+-+unifica%80%A0%A6%E7%E3o+das+4+for%80%A0%A6%E7as+naturais.doc 
 
4) A TGBD unificando as forças eletromagnética e da gravidade:
http://br.egroups.com/files/tgbd/O+livro+da+TGBD/TGBD+-+Forca+Eletromgn%80%A0%A6%E9tica+x+Gravidadeir.doc
 
 
 
-----Mensagem Original-----
De: "Leandro" <holanda@ift.unesp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 19 de setembro de 2000 20:25
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

> >  Claudio Abreu - Bidual
> > wrote:
> > Há anos venho escrevendo sobre a Teoria Geral da Bidualidade,
> > objetivando chegar a um livro sobre
> > ela.                                           [...]
> >
> >
> > A Teoria Geral da Bidualidade (TGBD) objetiva definir a estrutura de
> > tudo o
> >  que existe e/ou não existe, no universo e/ou fora dele.
> >
> >  E para ser geral a TGBD tem que se aplicar tanto ao dual das fases do
> > universo
> >  e do não-universo, quanto ao dual das mutações do universo para o
> >  não-universo e vice-versa.
> >
> >   [...]
> >  A TGBD é, sem duvida, muito ambiciosa, pois objetiva ser a Teoria de
> > Tudo, ou
> >  Theory of Everything (TOE). Caso a TGBD seja verdadeira, seu autor
> > acredita
> >  que ela será a síntese do conhecimento, e permitirá:
> >
> >  a) conhecer o desconhecido a partir do que se conhece;
> >
> >  b) testar a veracidade de toda e qualquer teoria científica;e,
> >
> >  c) simplificar a ciência.
> >
> >  O autor desde já agradece a participação de todos.
> >
> >
>
> Parece ser bem interessante tal modelo... deixe que eu faça algumas
> perguntas relacionadas à Física
>
> . Como o modelo explica a existência de 4 forças fundamentais.
> . A Física de hoje desconhece alguma força fundamental.
> . A unificação das forças é possível ou elas são não-unificáveis.
>
> Abraços
> Leandro
>
>
>
> --------------------------------------------------------------------<e|-
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SUBJECT: neotenia, sonho, religiao...
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
CC: <acropolis@egroups.com>
DATE: 20/08/2000 13:28

Prezados listeiros,

A palavra "religião" deriva da palavra latina "religare", que significa
ligar novamente.

O animal está "ligado" à natureza por meio dos instintos. Mas existe duas
classe de animais, as aves e os mamíferos, em que os indivíduos nascem
desprovidos dos instintos básicos para a sobrevivência. Entre o nascimento e
a idade adulta, de plena maturação do sistema nervoso, o mamífero e a ave
são seres incompletos, dependentes dos genitores.

Ademais, a etologia registra que algumas espécies de mamíferos evoluem
mediante mutações nos genes que regulam o desenvolvimento ontogenético, isto
é, o desenvolvimento do indivíduo que vai do embrião ao adulto. Vale dizer,
esses animais "neotênicos" retém na idade adulta traços físicos e psíquicos
do filhote, como, por exemplo, um maior gregarismo e a dependência de um
comando externo, essenciais para o estabelecimento de relações de cooperação
no interior do grupo.

Exemplo de espécies neotênicas: o cão, o chimpanzé-anão (bonobo) e, em muito
maior escala, o homem.

A neotenia implica que o indivíduo adulto, em muitos aspectos, comporta-se
como um filhote, como um animal sem a segurança dos instintos (portanto, um
animal "inseguro"), como um ser incompleto. Alguns desses traços infantis
são vantagens adaptativas; outros, meras exaptações, isto é, características
que não foram diretamente selecionadas.

Observem o comportamento de um cão adulto da raça "poodle". Mesmo adulto,
seu comportamento é de filhote.

E vocês não acham que as questões religiosas e metafísicas fundamentais
sobre a origem e o destino, "de onde vim?", "para onde vou?", não se parecem
muito com as desesperadas indagações de uma criancinha que se perdeu da mãe?
"Cadê minha mãe" e "o que faço agora sem minha mãe?" -- Não seria a angústia
do ser-no-mundo, a angústia que está na raiz da busca humana por um sentido
(que nos é dado pela religião, pela metafísica e, para os que amam a
ciência, pela cosmologia moderna) apenas uma transfiguração do desespero da
criança órfã perseverando na idade adulta?

Não seria o indivíduo humano adulto um ser incompleto que, graças ao seu
imenso poder de abstração, se completa "sonhando"?

Não seria a religião e seus sucedâneos filosóficos e "científicos" um sonho
que tentamos conformar com a realidade, tornando-a deste modo significativa?

"Neotenia" é um conceito científico. Não poderia a ciência, por meio deste
conceito biológico, explicar a religião e a busca humana dos porquês
últimos?

O que você acha desta minha hipótese, Takada? :-)

Abraços,
Manuel Bulcão









SUBJECT: Re: [ciencialist] CO2/HCO3- [era] Bomba de Sódio
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/08/2000 15:06

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Mitsuo Takata"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 19 de Agosto de 2000 19:20
Assunto: [ciencialist] CO2/HCO3- [era] Bomba de Sódio

> alem de q. - nos organismos endotermicos, exatamente os q. produzem mais
> CO2 por unidade de tempo - boa parte do calor gerado proviria das bombas
> de sodio-potassio... aos menos para aves e mamiferos me parece q. esse
> mecanismo 'perdulario' conferiria uma propriedade importante por si mesma.

Interessante essa observação. Se por um lado enfraquece o argumento a
levar-nos a estranhar o desperdício de um certo tipo de energia (a do escape
de CO2), por outro deixa patente que essa energia realmente existe e pode
ser de alguma maneira utilizada, pelo menos nos organismos endotérmicos.

> ao q. sei, a origem dos canceres estah na desativacao dos genes q. inibem
> a proliferacao celular -- essa desativacao se daria por mutacoes nesses
> genes q. deixariam de ser funcionais e nao mais produziriam os inibidores.

Ainda que já se pensasse nisso na década de 70, parece-me que sob esse
aspecto a genética era ainda uma criança. Sem dúvida ela evoluiu muito nesse
campo.

> consegue imaginar um processo em q. a concentracao de ATP/ADP pudesse
> interferir nisso? talvez interferindo nos mecanismos de reparo? nao sei...

Sinceramente não. Não vejo nenhuma impossibilidade mas creio que as
variáveis são tantas e estou tão afastado do tema e até mesmo desmotivado a
prosseguir nesses estudos (afinal, entre o "insight" e os dias atuais, mais
de 20 anos nos contemplam) que não vejo outra solução se não a de expor o
que pensava na época e deixar o barco correr.

> na base de procura ao qual tenho acesso (de onde tirei aqueles resumos)
> nao encontro nada para Lancet de 1970 (com 2.615 entradas) com a
> palavra-chave: 'hemodialysis'; e recupera dois documentos com a palavra
> 'potassium' (mas nao tem nada a ver)...

Devo ter a referência exata em minha biblioteca antiga, situada em meu
antigo apartamento e que ainda não transferi totalmente para minha
residência atual. De qualquer forma, trata-se de uma referência de
importância histórica. Quanto aos resumos que você apresentou achei-os
deveras interessantes mas não tenho competência no momento para analisá-los
no sentido de saber se os trabalhos seriam favoráveis ou desfavoráveis à
teoria. Grato pela consideração e espero que tanto você quanto os demais
entendam que eu precisava de alguma forma desenterrar o que deixei no
passado. Se alguém, por cima de minhas idéias, conseguir obter algo de útil,
ficarei imensamente satisfeito. Caso contrário, dou por encerrada minha
missão e fico à disposição para possíveis esclarecimentos.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: TGBD
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
CC: <acropolis@egroups.com>
DATE: 20/08/2000 16:52

Caro Cláudio Braga,
 
Quando Edward Tryon, um físico de terceira grandeza, num seminário sobre cosmologia promovido pelo proeminente físico britânico Dennis Sciama, sugeriu que "o universo talvez tenha surgido de uma flutuação no vácuo", todos que o ouviram puseram-se a gargalhar. Aquela gargalhada de escárnio típica dos sabichões graduados quando querem humilhar os menos graduados pela sua ousadia, gargalhada sonora que somente os diplomados que só têm ouvidos para argumentos de autoridade conseguem dar. Tryon caiu em depressão, e por muito tempo não tocou no assunto.
 
Hoje, as grandes teorias acerca da origem do universo (as de prigogine, Vilenkin, Hawking e outros) assentam-se na hipótese de Tryon. Graças a sua "piada", Tryon assegurou um lugar de destaque na história da cosmologia.
 
O que quero lhe dizer com essa historinha, Cláudio, é que não devemos nos abater com a reprovação dos que supostamente (devido a um diploma) têm mais conhecimentos. Louvo-o pela sua ousadia.
 
Só lhe repreendo por uma coisa. Ao criar sua lista de discussão por e-mail sobre a teoria da bidualidade, você impôs, como "dono" da lista, limitações que podem comprometer o caráter científico da discussão. No texto de apresentação, você diz:  
 
Cláudio - "Reservei para mim o direito de ser o moderador deste grupo, com  o supremo poder de decidir quanto a inclusão e exclusão de seus membros, bem quanto à aprovação e liberação de suas mensagens. Pode ser que isto acabe por me conceder excessivos poderes de mando, pois eu acabo ficando na posição daquele menino que é o dono da bola numa pelada."
 
Se você é realmente um cientista, seu interesse não é apenas provar a verdade da sua hipótese. Você deve mostrar a  verossimilhança da sua conjectura tentando, por todos os meios, mostrar a sua "falsidade".
 
Por isso, você não deve impor limites (quaisquer limites) à discussão. Deixe a discussão correr solta, mesmo que carregada de emoções, e tanto você como nós sairemos ganhando. :-)
 
Um abraço,
Manuel Bulcão

SUBJECT: Re: [ciencialist] neotenia, sonho, religiao...
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/08/2000 16:58

manuel,

On Sun, 20 Aug 2000 msbn@daterranet.com.br wrote:
> Ademais, a etologia registra que algumas espécies de mamíferos evoluem
> mediante mutações nos genes que regulam o desenvolvimento ontogenético, isto
> é, o desenvolvimento do indivíduo que vai do embrião ao adulto. Vale dizer,
> esses animais "neotênicos" retém na idade adulta traços físicos e psíquicos
> do filhote, como, por exemplo, um maior gregarismo e a dependência de um
> comando externo, essenciais para o estabelecimento de relações de cooperação
> no interior do grupo.

[picuinha: a retencao de tracoes juvenis se dah o nome de pedomorfose
-- isso pode se dar por progenia (aceleracao da maturacao sexual) ou
neotenia (atraso do desenvolvimento das caracteristicas somaticas).]

embora haja coordenacao do desenvolvimento das estruturas do organismo,
ela nao precisa ser geral -- pode haver dissociacao no desenvolvimento de
alguns tracos em relacao a outros. a evolucao age mais em 'mosaico'.

a especie humana nesse sentido nao eh exatamente neotenica, principalmente
na caracteristica mais distintiva -- sua estrutura neural. nosso cerebro
eh mais um superdesenvolvimento causado por um periodo maior de
crescimento do q. uma retencao de uma caracteristica juvenil. embora de
fato parecamos reter algumas caracteristicas comportamentais infantis.

sobre a relacao do misticismo (mais do q. religiao propriamente dita) e
tais caracteristicas infantis, carl sagan em seu 'um mundo assombrado
pelos demonios' tece comentarios a respeito -- ateh muito parecido. (nesse
aspecto vc estah em cia relativamente boa nessa especulacao, ha' tbm um
outro livro q. trata disso mais detidamente:

'SHADOW OF CHILDHOOD - NEOTENY AND THE BIOLOGY OF RELIGION' de Raoul
Weston La Barre 1991 - Univ. Oklahoma Press 192 pp.

ao q. consta o autor - tbm parte da premissa de q. os humanos sao
basicamente desprovidos de instintos e q. a religiosidade estaria ligada a
retencao de caracteristicas juvenis... mas nao tenho maiores informacoes
a respeito)

> O que você acha desta minha hipótese, Takada? :-)

bem, eu particularmente sou mais inclinado a pensar na religiosidade e
o misticismos como tracos selecionados na historia evolutiva da
humanidade, mais do q. subprodutos de uma emotividade infantilizada --
embora isso possa ou deva ter um papel importante nesses aspectos. mas
'craro' q. eh apenas opiniao minha, q. nem conta muito -- tampouco eh
minha especialidade...

[sobre a presenca de cuidado com os filhotes isso nao ocorre apenas
com mamiferos e aves -- mas tbm com crocodilianos, artropodos (insetos
sociais, aranhas, centopeias), peixes (inclusive com um analogo de
lactacao -- alimentacao de filhotes com secrecoes corporais -- bem tem
gente q. acha menos romantico imaginar q. o bebe humano se alimenta de um
derivado evolutivo do suor materno...), cefalopodes... nao vejo a
dependencia de cuidados parentais como ausencia de instintos de
sobrevivencia -- o pio do pintainho e o ganido do cachorro sao instintos
q. lhe garantem a sobrevivencia, bem como a succao do bebe ao lhe colocar
algo na boca...]

[]s,

roberto takaTa



SUBJECT: Re: [ciencialist] CO2/HCO3- [era] Bomba de Sódio
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/08/2000 17:03

On Sun, 20 Aug 2000, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Interessante essa observação. Se por um lado enfraquece o argumento a
> levar-nos a estranhar o desperdício de um certo tipo de energia (a do escape
> de CO2), por outro deixa patente que essa energia realmente existe e pode
> ser de alguma maneira utilizada, pelo menos nos organismos endotérmicos.

mas ao q. parece eh de fato utilizada - no transporte de Cl-, Na+... mas
aparentemente nao participa diretamente do sistema Na+/K+ (claro q. ao
participar do transporte do Na+, acaba interferindo nesse processso)

> Ainda que já se pensasse nisso na década de 70, parece-me que sob esse
> aspecto a genética era ainda uma criança. Sem dúvida ela evoluiu muito nesse
> campo.

e tbm criou a expectativa idiota (mas plenamente compreensivel) da fonte
da juventude...

> Sinceramente não. Não vejo nenhuma impossibilidade mas creio que as
> variáveis são tantas e estou tão afastado do tema e até mesmo desmotivado a
> prosseguir nesses estudos (afinal, entre o "insight" e os dias atuais, mais
> de 20 anos nos contemplam) que não vejo outra solução se não a de expor o
> que pensava na época e deixar o barco correr.

sempre se pode retomar as pesquisas...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Edward Tryon
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/08/2000 17:16

Caro Cláudio Braga,
 
Quando Edward Tryon, um físico de terceira grandeza, num seminário sobre cosmologia promovido pelo proeminente físico britânico Dennis Sciama, sugeriu que "o universo talvez tenha surgido de uma flutuação no vácuo", todos que o ouviram puseram-se a gargalhar. Aquela gargalhada de escárnio típica dos sabichões graduados quando querem humilhar os menos graduados pela sua ousadia, gargalhada sonora que somente os diplomados que só têm ouvidos para argumentos de autoridade conseguem dar. Tryon caiu em depressão, e por muito tempo não tocou no assunto.
 
Hoje, as grandes teorias acerca da origem do universo (as de prigogine, Vilenkin, Hawking e outros) assentam-se na hipótese de Tryon. Graças a sua "piada", Tryon assegurou um lugar de destaque na história da cosmologia.
 
O que quero lhe dizer com essa historinha, Cláudio, é que não devemos nos abater com a reprovação dos que supostamente (devido a um diploma) têm mais conhecimentos. Louvo-o pela sua ousadia.
 
Só lhe repreendo por uma coisa. Ao criar sua lista de discussão por e-mail sobre a teoria da bidualidade, você impôs, como "dono" da lista, limitações que podem comprometer o caráter científico da discussão. No texto de apresentação, você diz:  
 
Cláudio - "Reservei para mim o direito de ser o moderador deste grupo, com  o supremo poder de decidir quanto a inclusão e exclusão de seus membros, bem quanto à aprovação e liberação de suas mensagens. Pode ser que isto acabe por me conceder excessivos poderes de mando, pois eu acabo ficando na posição daquele menino que é o dono da bola numa pelada."
 
Se você é realmente um cientista, seu interesse não é apenas provar a verdade da sua hipótese. Você deve mostrar a  verossimilhança da sua conjectura tentando, por todos os meios, mostrar a sua "falsidade".
 
Por isso, você não deve impor limites (quaisquer limites) à discussão. Deixe a discussão correr solta, mesmo que carregada de emoções, e tanto você como nós sairemos ganhando. :-)
 
Um abraço,
Manuel Bulcão

SUBJECT: Re: [ciencialist] neotenia, sonho, religiao...
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/08/2000 17:38

Caro Takada,

Muito grato pelos seus comentários. Suas opiniões, ao contrário do que você
pensa, contam muito! :-)

Fiquei feliz por saber que autores como Carl Sagan (apesar de achá-lo um
pouco simplificador demais!) já comentaram sobre essa relação entre neotenia
e religiosidade. Tenho o seu livro "O Mundo Assombrado pelos Demônios", mas
ainda não o li. Quanto ao segundo livro citado, de Raoul Weston La Barre,
fiquei muito curioso. Vou verificar se existe alguma edição nova.

Um grande abraço,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: neotenia, sonho, religiao...
FROM: "Andre R. D. Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/08/2000 17:44

 
-----Mensagem Original-----
De: Roberto Mitsuo Takata
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: Domingo, 20 de Agosto de 2000 16:58
Assunto: Re: [ciencialist] neotenia, sonho, religiao...

manuel,

On Sun, 20 Aug 2000 msbn@daterranet.com.br wrote:
> Ademais, a etologia registra que algumas espécies de mamíferos evoluem
> mediante mutações nos genes que regulam o desenvolvimento ontogenético, isto
> é, o desenvolvimento do indivíduo que vai do embrião ao adulto. Vale dizer,
> esses animais "neotênicos" retém na idade adulta traços físicos e psíquicos
> do filhote, como, por exemplo, um maior gregarismo e a dependência de um
> comando externo, essenciais para o estabelecimento de relações de cooperação
> no interior do grupo.

[picuinha: a retencao de tracoes juvenis se dah o nome de pedomorfose
-- isso pode se dar por progenia (aceleracao da maturacao sexual) ou
neotenia (atraso do desenvolvimento das caracteristicas somaticas).]

embora haja coordenacao do desenvolvimento das estruturas do organismo,
ela nao precisa ser geral -- pode haver dissociacao no desenvolvimento de
alguns tracos em relacao a outros. a evolucao age mais em 'mosaico'.

a especie humana nesse sentido nao eh exatamente neotenica, principalmente
na caracteristica mais distintiva -- sua estrutura neural. nosso cerebro
eh mais um superdesenvolvimento causado por um periodo maior de
crescimento do q. uma retencao de uma caracteristica juvenil. embora de
fato parecamos reter algumas caracteristicas comportamentais infantis.

sobre a relacao do misticismo (mais do q. religiao propriamente dita) e
tais caracteristicas infantis, carl sagan em seu 'um mundo assombrado
pelos demonios' tece comentarios a respeito -- ateh muito parecido. (nesse
aspecto vc estah em cia relativamente boa nessa especulacao, ha' tbm um
outro livro q. trata disso mais detidamente:

'SHADOW OF CHILDHOOD - NEOTENY AND THE BIOLOGY OF RELIGION' de Raoul
Weston La Barre 1991 - Univ. Oklahoma Press 192 pp.

ao q. consta o autor - tbm parte da premissa de q. os humanos sao
basicamente desprovidos de instintos e q. a religiosidade estaria ligada a
retencao de caracteristicas juvenis... mas nao tenho maiores informacoes
a respeito)

> O que você acha desta minha hipótese, Takada? :-)

bem, eu particularmente sou mais inclinado a pensar na religiosidade e
o misticismos como tracos selecionados na historia evolutiva da
humanidade, mais do q. subprodutos de uma emotividade infantilizada --
embora isso possa ou deva ter um papel importante nesses aspectos. mas
'craro' q. eh apenas opiniao minha, q. nem conta muito -- tampouco eh
minha especialidade...

[sobre a presenca de cuidado com os filhotes isso nao ocorre apenas
com mamiferos e aves -- mas tbm com crocodilianos, artropodos (insetos
sociais, aranhas, centopeias), peixes (inclusive com um analogo de
lactacao -- alimentacao de filhotes com secrecoes corporais -- bem tem
gente q. acha menos romantico imaginar q. o bebe humano se alimenta de um
derivado evolutivo do suor materno...), cefalopodes... nao vejo a
dependencia de cuidados parentais como ausencia de instintos de
sobrevivencia -- o pio do pintainho e o ganido do cachorro sao instintos
q. lhe garantem a sobrevivencia, bem como a succao do bebe ao lhe colocar
algo na boca...]

[]s,

roberto takaTa

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>> Lista de VARIOS sites com noticias direcionadas a ciencia (FREE!)<<
http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html

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SUBJECT: Re: neotenia, sonho, religiao...
FROM: "Andre R. D. Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/08/2000 18:20

Olá Manoel, Roberto e pessoal,
 
Eu acho a ciência mais "infantil" do que a religião. Tenho dúvidas sobre a religião; mas a ciência pura é uma atividade essencialmente infantil, no bom sentido. Me vêem a mente algumas imagens. Einsten mostrando a língua. Feynman tocando bongo. Newton se comparando a um menino catando conchas na praia. Darwin colecionando passarinhos. Existe algo mais infantil do que colecionar? são tantos os exemplos que a caricatura do cientista "infantil" deixa de ser só uma caricatura e passa a ter um fundo de realidade. Inversamente, as crianças querem ser cientistas. Os cientistas ocupam o imaginário infantil (ao contrário de advogados, economistas ou fiscais do imposto de renda, por exemplo). Experimentos são "brinquedos" complicados. A ciência também não exige grande amadurecimento no campo dos relacionamentos humanos, ou pelo menos depende só marginalmente dessas habilidades. A ciência é criativa e excitante, assim como a mente infantil. Agora a religião... a religião é muito chata. Coisa de velhos. Meu filho adora formular hipóteses e teorias para explicar tudo (de modo falho, porém razoavelmente lógico). Agora tente prender-lhe a atenção com pregação religiosa? :-)
 
abraços,
 
André Baptista

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: neotenia, sonho, religiao...
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/08/2000 18:54

On Sun, 20 Aug 2000, Andre R. D. Baptista wrote:
> Eu acho a ciência mais "infantil" do que a religião. Tenho dúvidas

bem, lembrado, andre. fiquei o tempo todo na outra mensagem me lembrando
de fazer esse comentario e acabei por me esquecer...

outro comentario q. me esqueci de fazer eh q. o daniel pereira tem uma
outra hipotese para a etimologia de religiao (aquele jogo de palavras
entre 'religar' e instintos devem ser entendidos apenas como isso - um
exercicio ludico - alias nessa de infantilizacao das caracteristicas
emotivas humanas, o chamado homo ludus entra aih - e nao um argumento
propriamente).

ah! manuel, acho pouco provavel vc encontrar uma edicao mais recente, o
autor morreu em 1996... na tenra idade - jah estamos falando de espirito
infantil - de seus mais de 80 anos (ele nasceu, se nao me engano em
1911)...

como temos pelo menos uma psicologa na lista seria interessante ouvir a
opiniao dela a respeito...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: neotenia, sonho, religiao...
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/08/2000 19:03


Takada - sobre a presenca de cuidado com os filhotes isso nao ocorre
apenas com mamiferos e aves -- mas tbm com crocodilianos, artropodos
(insetos sociais, aranhas, centopeias), peixes (inclusive com um analogo de
lactacao -- alimentacao de filhotes com secrecoes corporais -- bem tem gente
q. acha menos romantico imaginar q. o bebe humano se alimenta de um derivado
evolutivo do suor materno...), cefalopodes... nao vejo a dependencia de
cuidados parentais como ausencia de instintos de sobrevivencia -- o pio do
pintainho e o ganido do cachorro sao instintos q. lhe garantem a
sobrevivencia, bem como a succao do bebe ao lhe colocar algo na boca...]

Manuel - Os crocodilianos, pelo que sei, são os únicos répteis que
têm uma relação de "cuidado" com as suas crias. Entre os peixes, há, entre
os peixes teleósteos, o nosso Acará Brasileiro, cuja fêmea guarda seus
filhotes na boca diante de um predador. Mas entre os répteis e peixes, tais
comportamentos são raros, ao passo que entre as aves e mamíferos é a regra.
Nem sei se, a essa regra, existe uma exceção.
Entre os insetos "sociais" (fise-se, sociais), o impulso de proteger
os demais do grupo não se restringe à larva, mas a todos os membros do
grupo. Acrescente-se que, no momento em que a larva se transforma em
formiga, vespa ou cupim, este já contém todas as informações necessárias de
como se comportar em função do grupo. Tornam-se indivíduos autônomos.
Os "instintos" do bebê ave ou mamífero só lhes garantem a
sobrevivência se seus genitores estiverem vivos, e por perto. Caso não, seus
pios e granidos só servem para dar o sinal aos predadores. Se, no ninho,
aparece uma ave qualquer, o bebê curió julgará que se trata da curió-mãe,
quando bem pode ser um gavião.
Obviamente que o filhote de ave ou mamífero têm instintos, mas, além
de serem pouquíssimos (em relação à ave ou ao mamífero adultos), tais
instintos nada valem para a sua sobrevivência se não existem seus genitores
ou o grupo. Um filhote de onça, por exemplo, é absolutamente dependente dos
cuidados da onça-fêmea. Mas, depois que cresce, ele se torna independente,
um espécime solitário, arredio, territorialista e desconfiado dos demais
indivíduos da espécie "onça", mormente os do mesmo sexo, e só procura outras
onças para copular.
É preciso que se leve isso em conta.
Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: neotenia, sonho, religiao...
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/08/2000 19:24

On Sun, 20 Aug 2000 msbn@daterranet.com.br wrote:
> Manuel - Os crocodilianos, pelo que sei, são os únicos répteis que
> têm uma relação de "cuidado" com as suas crias. Entre os peixes, há, entre
> os peixes teleósteos, o nosso Acará Brasileiro, cuja fêmea guarda seus
> filhotes na boca diante de um predador. Mas entre os répteis e peixes, tais
> comportamentos são raros, ao passo que entre as aves e mamíferos é a regra.
> Nem sei se, a essa regra, existe uma exceção.

bem, os cucos como parasitas entregam o cuidado de seus filhotes a pais
adotivos... mas nao eh exatamente uma excecao... aves e mamiferos sao
repteis q. cuidam de seus filhotes...

> Entre os insetos "sociais" (fise-se, sociais), o impulso de proteger
> os demais do grupo não se restringe à larva, mas a todos os membros do
> grupo. Acrescente-se que, no momento em que a larva se transforma em
> formiga, vespa ou cupim, este já contém todas as informações necessárias de
> como se comportar em função do grupo. Tornam-se indivíduos autônomos.

nos humanos tbm ha um instinto grupal... mas nao sao exatamente autonomos
os adultos das colonias - um inseto social retirado de seu grupo eh
incapaz de sobreviver.

vale lembrar tbm de besouros rola-bosta q. criam uma massa de excremento
onde sua prole irah se alimentar e enterram em local protegido (e nao
apenas poem ovos sobre um substrato)... os adultos ainda vigiam a
emergencia dos jovens besouros e devoram alguns garantindo a sobrevivencia
dos demais.

ha toda a gradacao dos cuidados parentais -- desde ausencia total, ateh o
cuidado prolongado ateh a plena maturacao dos filhotes (e alem em caso de
alguns humanos), passando pela simples escolha do local de oviposicao,
preparacao do substrato, vigia dos ovos, nutricao dos filhotes...

nao ha q. frisar os sociais dos exemplos de insetos -- apenas os citei por
se constituirem exemplos mais notaveis...

mais da metade das especies de ostras criam seus filhotes no interior da
camara de inalacao... e as especies q. cuidam dos filhotes sao todos
descendentes de um mesmo ancestral comum exclusivo - como eh o caso das
aves+crocodilos e mamiferos em relacao aos demais repteis...

> Obviamente que o filhote de ave ou mamífero têm instintos, mas, além
> de serem pouquíssimos (em relação à ave ou ao mamífero adultos), tais
> instintos nada valem para a sua sobrevivência se não existem seus genitores
> ou o grupo. Um filhote de onça, por exemplo, é absolutamente dependente dos

da mesma forma q. um instinto de alimentacao do adulto nao vai lhe
garantir nada se nao ouver alimento no ambiente... os genitores para o
filhote pode ser encarado (um tto friamente) como um recurso do
ambiente (um filhote se comporta como um parasita dos pais)...

qto a quantificacao dos instintos nao sei se podemos dizer q. sao
poucos...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: neotenia, sonho, religiao...
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/08/2000 19:36

Olá,

Takada - ah! manuel, acho pouco provavel vc encontrar uma edicao mais
recente, o
autor morreu em 1996... na tenra idade - jah estamos falando de espirito
infantil - de seus mais de 80 anos (ele nasceu, se nao me engano em 1911)...

Manuel - Takada, você não teria como me fornecer a cópia das páginas do
livro em que ele fala sobre o assunto em questão? Ficaria-lhe imensamente
grato.

Sobre a relação entre neotenia e o psiquismo humano, escrevi esse
artigozinho que segue abaixo. Mas pretendo complementá-lo sobre
considerações acerca da relação entre neotenia, o jogo e a diminuição do
dimorfismo sexual na espécie humana. Isso fica para depois. Quero o
comentário de vocês, do André e do Takada, principalmente. Permito que sejam
cruéis! :-)



UM MACAQUINHO QUE NÃO CRESCEU


A asserção evolucionista de que o homem evoluiu do macaco há muito que faz
parte do senso comum. Mas resta uma pergunta a ser respondida: — como essa
transformação se deu? Sobre esta questão, há uma hipótese muito interessante
que vem ganhando terreno entre os biólogos e antropólogos. Segundo esta
hipótese, o homem evoluiu de um macaco que, de chofre, parou de evoluir e
começou a regredir. Não, não é um disparate. Explico:

Alguns estudiosos do comportamento animal, dentre eles o eminente etólogo
austríaco Konrad Lorenz, analisando a seleção artificial no processo de
domesticação de animais, observaram que um dos critérios que os criadores se
valem para escolher os espécimes que irão figurar como reprodutores é a
docilidade e a capacidade de sempre atender a um comando externo. Ora,
sabe-se que as crias são sempre mais dóceis, isto é, mais fáceis de se
conduzir do que os indivíduos adultos. Notaram também que, diferentemente do
espécime selvagem, a "rês" domesticada apresenta, quando já adulto, alguns
traços do filhote: olhos grandes, crânios bulbosos, maxilares mais
retraídos.

Concluíram, então, que o processo de domesticação implica a "infantilização"
da espécie a ser domesticada. E asseverou: isso também acontece na natureza.

Em síntese, o argumento é este: — quando um gene regulador do
desenvolvimento ontogenético sofre uma mutação, pode acontecer de o
organismo mutante preservar, na idade adulta, traços físicos e
comportamentais da infância. Os traços comportamentais podem ser, dentre
outros, a manutenção da capacidade de aprender, o gosto pelo jogo
(brincadeiras), um maior gregarismo e a dependência psíquica com relação aos
genitores em particular e às gerações mais velhas em geral.

Ora, a seleção natural é um mecanismo biológico pelo qual aquelas mutações
genéticas que impliquem vantagens adaptativas para a espécie são retidas e
transferidas para as gerações seguintes. Sendo assim, se a permanência de
traços "pueris", resultante de ocasionais mutações nos genes reguladores,
forem de algum modo benéficas, então tais características com certeza serão
mantidas e perpetuadas.

E, com efeito, é de se constatar que muitas espécies de mamíferos evoluíram
ou evoluem por meio de alterações nos genes reguladores do desenvolvimento
ontogenético. Essa via bio-evolucionária é denominada "neotenia" ou
"pedomorfose", sendo a vantagem adaptativa das espécies neotênicas laços
mais estreitos entre os indivíduos, condição de possibilidade de relações
cooperativas, bem como o aguçamento do instinto epistemofílico e a
capacidade de aprender por si mesmo e com membros do grupo até na mais
avançada idade.

São espécies neotênicas reconhecidas: o cão, o chimpanzé-anão ou bonobo e o
homem (o homem seria, então, um macaco que permaneceu jovem).

É impressionante as semelhanças entre um feto de chimpanzé-anão ou bonobo e
um ser humano adulto: poucos pêlos no corpo, o semblante reto, uma maior
caixa craniana relativamente à face, etc.

Aliás, esta última característica citada, o maior volume do crânio em
relação à face tal como se verifica no feto, característica esta que o homem
retém na idade adulta, se por um lado é uma conseqüência da neotenização ou
infantilização da espécie, por outro lado representa a condição sine qua non
para o desenvolvimento de um cérebro grande e, consequentemente, para o
desenvolvimento da consciência.

Um indivíduo neotênico é um indivíduo cujo desenvolvimento biológico não se
concluiu, ou seja, em que muitos instintos necessários à sobrevivência não
chegaram a se desenvolver. O indivíduo neotênico não tem, portanto, a
segurança dos instintos. Aquele conhecimento do meio ambiente transferido de
genitor para a progênie através da herança genética (conhecimento
instintivo) é substituído, nas espécies neotênicas, pelo conhecimento obtido
mediante a interação direta do organismo com o meio e repassado aos demais
indivíduos do grupo através das relações de aprendizagem. Em miúdos, em tais
espécies o instinto é substituído pela cultura e a especialização adaptativa
pela "adaptabilidade" (capacidade de se adaptar aos mais diversos ambientes
por meio de uma poderosa ferramenta: a inteligência).

Como disse, em tais indivíduos neotênicos, e mais destacadamente no homem, a
dependência psíquica com relação aos genitores (sobretudo a mãe) se estende
à idade adulta. Talvez isso explique a controversa teoria de Freud do
Édipo-complexo.

É de se observar também que o homem, além de neotênico (um primata
"infantilizado"), é o único animal capaz de abstrair das coisas a sua
essência e generalizá-la, vale dizer, o homem — e talvez o bonobo em menor
escala — relaciona-se não apenas com entes singulares, mas também com
"universais". De sorte que a dependência psíquica em relação aos genitores
pode ser transferida (deslocada) para certos universais ou abstrações, como,
por exemplo, o ancestral comum (totem); o conjunto dos antepassados mortos
até a mais remota geração, simbolizado, entre os árias (povos
indo-europeus), pelo fogo sagrado do lar; Deus, criador de todas as coisas
e "pai" de todos os homens; a Virgem Maria, ícone da grande mãe; a
"substância" — princípio constitutivo de todas as coisas — tão sequiosamente
procurada pela filosofia ocidental desde Tales de Mileto; a razão suficiente
de Leibniz e dos racionalistas em geral, que explica por que existe algo ao
invés de nada; a teoria de "tudo" (a superunificação das forças) que os
físicos teóricos estão a cata, etc.

O homem "metafísico" em busca da sua origem (de onde vim?) e sem saber o que
fazer com a sua vida (para onde vou?) é como uma criança que se perdeu da
mãe e que precisa da mãe para lhe dizer como proceder nesta e naquela
situação. A ansiedade que ele experimenta (a angústia do ser-no-mundo, Angst
der Kreatur) é homóloga ao desespero da criança perdida, absolutamente
idêntica à oceânica tristeza do órfão. É essa angústia, esse alheamento,
essa lancinante sensação de absurdo o que faz os homens buscarem um novo
vínculo com o mundo, um substituto daquele hífen perdido, o instinto, que
antes ligava o animal à natureza. (Observe-se que a palavra religião
significa ligar novamente.)

E que vínculo pode ser este? Os nomes são vários — Deus, Substância, Razão,
etc. —, mas todos esses "Universais" se reportam àquele que veio antes e que
nos deu origem, a mãe ou o pai ou um meio termo andrógino. Afinal, o que é o
universal a não ser um ente singular cuja essência posteriormente se
generalizou?

Deus existe, e uma das provas da sua existência somos nós, os ateus; pois,
como Marx certa vez disse, o ateísmo é o reconhecimento negativo de Deus (ou
seja, mesmo que negativo, o ateísmo não deixa de ser um reconhecimento).
Vale dizer, Deus — e seus derivados — existe ao menos como idéia. Mas,
afinal de contas, por que existe essa idéia? Acho que a resposta bem pode
ser esta: — Deus, o Grande Pai, somente existe porque os homens são seres
inconclusos, animais imaturos, eternas crianças, eternos filhos.


Manuel Bulcão
03-07-2000





SUBJECT: Re: [ciencialist] neotenia, sonho, religiao...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/08/2000 19:49

Léo metendo o bedelho em praia alheia mas, como é uma praia pública, com um
cartaz novo "Neotenia ... uma proposta darwiniana para a evolução do
universo", vou nadar:

Gostei deveras da idéia proposta. No fundo, bem no fundo, está escondida a
idéia de que a evolução do Universo segue o rastro da Evolução das Espécies.
Gostei mesmo!
A parte que não se coaduna é a religião. Não vejo como adapta-la ao
propósito, senão como mero 'sonho de uma noite de verão'.
[]'
Léo
=================
-----Mensagem Original-----
De: <msbn@daterranet.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Cc: <acropolis@egroups.com>
Enviada em: domingo, 20 de agosto de 2000 13:28
Assunto: [ciencialist] neotenia, sonho, religiao...


Prezados listeiros,

A palavra "religião" deriva da palavra latina "religare", que significa
ligar novamente.

O animal está "ligado" à natureza por meio dos instintos. Mas existe duas
classe de animais, as aves e os mamíferos, em que os indivíduos nascem
desprovidos dos instintos básicos para a sobrevivência. Entre o nascimento e
a idade adulta, de plena maturação do sistema nervoso, o mamífero e a ave
são seres incompletos, dependentes dos genitores.

Ademais, a etologia registra que algumas espécies de mamíferos evoluem
mediante mutações nos genes que regulam o desenvolvimento ontogenético, isto
é, o desenvolvimento do indivíduo que vai do embrião ao adulto. Vale dizer,
esses animais "neotênicos" retém na idade adulta traços físicos e psíquicos
do filhote, como, por exemplo, um maior gregarismo e a dependência de um
comando externo, essenciais para o estabelecimento de relações de cooperação
no interior do grupo.

Exemplo de espécies neotênicas: o cão, o chimpanzé-anão (bonobo) e, em muito
maior escala, o homem.

A neotenia implica que o indivíduo adulto, em muitos aspectos, comporta-se
como um filhote, como um animal sem a segurança dos instintos (portanto, um
animal "inseguro"), como um ser incompleto. Alguns desses traços infantis
são vantagens adaptativas; outros, meras exaptações, isto é, características
que não foram diretamente selecionadas.

Observem o comportamento de um cão adulto da raça "poodle". Mesmo adulto,
seu comportamento é de filhote.

E vocês não acham que as questões religiosas e metafísicas fundamentais
sobre a origem e o destino, "de onde vim?", "para onde vou?", não se parecem
muito com as desesperadas indagações de uma criancinha que se perdeu da mãe?
"Cadê minha mãe" e "o que faço agora sem minha mãe?" -- Não seria a angústia
do ser-no-mundo, a angústia que está na raiz da busca humana por um sentido
(que nos é dado pela religião, pela metafísica e, para os que amam a
ciência, pela cosmologia moderna) apenas uma transfiguração do desespero da
criança órfã perseverando na idade adulta?

Não seria o indivíduo humano adulto um ser incompleto que, graças ao seu
imenso poder de abstração, se completa "sonhando"?

Não seria a religião e seus sucedâneos filosóficos e "científicos" um sonho
que tentamos conformar com a realidade, tornando-a deste modo significativa?

"Neotenia" é um conceito científico. Não poderia a ciência, por meio deste
conceito biológico, explicar a religião e a busca humana dos porquês
últimos?

O que você acha desta minha hipótese, Takada? :-)

Abraços,
Manuel Bulcão










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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: neotenia, sonho, religiao...
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/08/2000 19:55

On Sun, 20 Aug 2000 msbn@daterranet.com.br wrote:
> Manuel - Takada, você não teria como me fornecer a cópia das páginas do
> livro em que ele fala sobre o assunto em questão? Ficaria-lhe imensamente
> grato.

infelizmente nao. como eu disse, nao tenho maiores referencias sobre o
livro... no acervo das bibliotecas da usp tbm nao consta esse trabalho...

> comentário de vocês, do André e do Takada, principalmente. Permito que sejam
^ takaTa...

> UM MACAQUINHO QUE NÃO CRESCEU

[na verdade, em muitos aspectos o ser humano eh mais desenvolvido do q.
seus ancestrais, especialmente no q. se refere ao cerebro, conforme
escrevi em mensagem anterior - o cerebro grande nao eh a retencao de um
cerebro infantil, mas um desenvolvimento comparativamente mais
prolongado...]

> A asserção evolucionista de que o homem evoluiu do macaco há muito que faz
> parte do senso comum. Mas resta uma pergunta a ser respondida: — como essa
> transformação se deu? Sobre esta questão, há uma hipótese muito interessante
> que vem ganhando terreno entre os biólogos e antropólogos. Segundo esta
> hipótese, o homem evoluiu de um macaco que, de chofre, parou de evoluir e
> começou a regredir. Não, não é um disparate. Explico:

qdo se diz q. o homem veio do macaco, as pessoas pensam q. os seres
humanos vieram dos macacos atuais... seria melhor escrever q. os humanos
se originaram de um acentral comum com os macacos...

e nao paramos de evoluir... a evolucao biologica implica em descendencia
com modificacao (e numa perspectiva genetica significa alteracao da
proporcao dos alelos ao longo das geracoes)... nesse aspecto nao existe
regressao... inda mais com caracteristicas complexas - qdo, ao longo da
evolucao, elas parecem readquirir uma conformacao ancestral, dificilmente
isso acontece como uma regressao verdadeira - i.e., os mesmos passos
evolutivos seguidos no sentido oposto... embora estruturas possam se
assemelhar com a condicao ancestral, em geral nos detalhes elas sao
significativamente diferentes...

> E, com efeito, é de se constatar que muitas espécies de mamíferos evoluíram
> ou evoluem por meio de alterações nos genes reguladores do desenvolvimento
> ontogenético. Essa via bio-evolucionária é denominada "neotenia" ou
> "pedomorfose", sendo a vantagem adaptativa das espécies neotênicas laços
> mais estreitos entre os indivíduos, condição de possibilidade de relações
> cooperativas, bem como o aguçamento do instinto epistemofílico e a
> capacidade de aprender por si mesmo e com membros do grupo até na mais
> avançada idade.

ha distincao entre 'neotenia' e 'pedomorfose' (neotenia eh um dos
processos q. levam a pedomorfose...). o q. vc quer dizer com
'bio-evolucionaria'? isso soa como um jornal q. escreveu 'biogenetica'...

e por esse paragrafo dah se a entender q. o unico resultado na alteracao
da regulacao do desenvolvimento eh a infantilizacao das caracteristicas:
pode ocorrer tbm sobredesenvolvimento das estruturas em relacao ao
ancestral... (eh exatamente o caso de nossos cerebros)

> São espécies neotênicas reconhecidas: o cão, o chimpanzé-anão ou bonobo e o
> homem (o homem seria, então, um macaco que permaneceu jovem).

acho isso uma simplificacao perigosa...

> Aliás, esta última característica citada, o maior volume do crânio em
> relação à face tal como se verifica no feto, característica esta que o homem
> retém na idade adulta, se por um lado é uma conseqüência da neotenização ou
> infantilização da espécie, por outro lado representa a condição sine qua non
> para o desenvolvimento de um cérebro grande e, consequentemente, para o
> desenvolvimento da consciência.

nao se pode dizer q. a proporcao da caixa craniana seja uma retencao de
caracteristica infantil -- se se fosse reter o cranio infantil entao
teriamos uma cabeca ridiculamente minuscula... e acho temerario associar a
capacidade de consciencia apenas com um cerebro grande ou q. essa
caracteristica seja uma condicao necessaria: ha muito ainda por estudar
nessa area...

> Um indivíduo neotênico é um indivíduo cujo desenvolvimento biológico não se
> concluiu, ou seja, em que muitos instintos necessários à sobrevivência não
> chegaram a se desenvolver. O indivíduo neotênico não tem, portanto, a
> segurança dos instintos. Aquele conhecimento do meio ambiente transferido de
> genitor para a progênie através da herança genética (conhecimento
> instintivo) é substituído, nas espécies neotênicas, pelo conhecimento obtido
> mediante a interação direta do organismo com o meio e repassado aos demais
> indivíduos do grupo através das relações de aprendizagem. Em miúdos, em tais
> espécies o instinto é substituído pela cultura e a especialização adaptativa
> pela "adaptabilidade" (capacidade de se adaptar aos mais diversos ambientes
> por meio de uma poderosa ferramenta: a inteligência).

um individuo cujo desenvolvimento biologico nao se concluiu eh um aborto e
nao um neotenico... o seu desenvolvimento eh apenas alterado em relacao ao
ancestral... sobre os instintos, vc sabe os motivos pelos quais eu nao
concordo com esse posicionamento...

> ser esta: — Deus, o Grande Pai, somente existe porque os homens são seres
> inconclusos, animais imaturos, eternas crianças, eternos filhos.

acho q. vc fez um sincretismo geral... deus, o grande pai, eh uma criacao
judaica, alias crista calcada no deus judaico... ha varias outras
concepcoes de divindades q. nao se encaixaria nisso... mas essa hipotese
nao explicaria o vinculo da religiosidade com o sistema imunologico...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Alumínio
FROM: "Rodrigo Frizzo Viecilli" <philox@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/08/2000 19:58

Oxidar pode significar uma reação com Oxigenio ou uma perda de elétrons (no
caso, oposto de redução). A oxidação pode ser um tipo de oxidação, nesses
termos (:


Rodrigo.


-----Mensagem original-----
De: Flávio Pandur [mailto:pandur@apec.unoeste.br]
Enviada em: Quinta-feira, 31 de Agosto de 2000 18:32
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: Re: [ciencialist] Alumínio



A todos que responderam a questão, muito obrigado. Parece-me que eu estava
fazendo
uma confusão entre enferrujar e oxidar. Sempre tive em mente que eram
sinônimos ...
:-(
Mas pelo que pude entender das respostas, enferrujar é o ato do ferro se
oxidar, ou
seja, só ocorre nesse material. Daí realmente não faz sentido dizer que o
alumínio
enferruja ou não ... :-) Estou correto ?

Qual seria então a definição de oxidar, ou seja, o que significa isso,
qualquer que
seja o material ?

Flávio Pandur
pandur@apec.unoeste.br

Rodrigo Frizzo Viecilli wrote:

> Caro Flávio.
>
> O alumínio não enferruja não, só oxida. Quem enferruja é o ferro
(:. O
> problema é que o óxido de alumínio tem uma estrutura cristalina
semelhante,
> portanto ele fica agregado ao alumínio e não descama como o óxido férrico,
> por exemplo.
> Esta camada de óxido de alumínio acaba servindo de proteção para
que o
> restante do metal não oxide.
>
> Rodrigo
> -----Mensagem original-----
> De: Flávio Pandur [mailto:pandur@apec.unoeste.br]
> Enviada em: Segunda-feira, 28 de Agosto de 2000 13:59
> Para: ciencialist@egroups.com
> Assunto: [ciencialist] Alumínio
>
> Colegas da Ciencialist
>
> Sempre ouvi que o alumínio não enferruja. Entretanto, algum tempo atrás,
li
> que uma substância utilizada na construção de capacitores eletrolíticos é
o
> óxido de alumínio.
>
> Gostaria então de saber: o alumínio não enferruja em seu estado "natural"
ou
> somente após passar por algum tratamento químico ? No caso da primeira
> hipótese ser a correta, como então se obtém o óxido de alumínio ?
>
> Grande abraço a todos
>
> Flávio Pandur
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: neotenia, sonho, religiao...
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/08/2000 22:44

Estava acompanhando a discução sobre a manutenção de características
infantis e isso me fez lembrar de uma pesquisa feita na Sibéria a alguns
anos. Nessa pesquisa, biologos preocupados com a caça indiscriminada da
raposa prateada e sua possível extinção, resolveram tentar cria-las em
cativeiro para aproveitamento da pele e repovoação da áreas onde o animal
teria sido caçado.
Pensando na manipulação por criadores, os pesquisadores resolveram cruzar
sempre os animais mais dóceis. Com o passar do tempo, e encurtando bem a
história, eles obtiveram um animal tão dócil e dependente do ser humano
quanto o cão doméstico (lembro-me que as raposa são parentes próximos dos
cães e, antes que algum engraçadinho resolva perguntar e dizer " num
entendi!!!!", esse parentesco é apenas biologico, ou seja são espécies
biologicamente muito próximas, não são irmãos ou primos.....). A conclusão a
que os pesquisadores russos chegaram foi a de que esses animais guardavam
características psicológicas de filhotes. Os cães, então, seriam também
lobos com características infantis, mas seriam características apenas
psicológicas. Muito embora algumas alterações físicas menos importantes
tenham sido observadas, como cores de pelagem não encontradas na natureza.
Dai, alguns aventaram a hipótese de que as características psicológicas
podem interferir nas características físicas.
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----- Original Message -----
From: "Roberto Mitsuo Takata" <rmt@ib.usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Sunday, August 20, 2000 7:55 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: neotenia, sonho, religiao...


On Sun, 20 Aug 2000 msbn@daterranet.com.br wrote:
> Manuel - Takada, você não teria como me fornecer a cópia das páginas do
> livro em que ele fala sobre o assunto em questão? Ficaria-lhe imensamente
> grato.

infelizmente nao. como eu disse, nao tenho maiores referencias sobre o
livro... no acervo das bibliotecas da usp tbm nao consta esse trabalho...

> comentário de vocês, do André e do Takada, principalmente. Permito que
sejam
^ takaTa...

> UM MACAQUINHO QUE NÃO CRESCEU

[na verdade, em muitos aspectos o ser humano eh mais desenvolvido do q.
seus ancestrais, especialmente no q. se refere ao cerebro, conforme
escrevi em mensagem anterior - o cerebro grande nao eh a retencao de um
cerebro infantil, mas um desenvolvimento comparativamente mais
prolongado...]

> A asserção evolucionista de que o homem evoluiu do macaco há muito que faz
> parte do senso comum. Mas resta uma pergunta a ser respondida: - como
essa
> transformação se deu? Sobre esta questão, há uma hipótese muito
interessante
> que vem ganhando terreno entre os biólogos e antropólogos. Segundo esta
> hipótese, o homem evoluiu de um macaco que, de chofre, parou de evoluir e
> começou a regredir. Não, não é um disparate. Explico:

qdo se diz q. o homem veio do macaco, as pessoas pensam q. os seres
humanos vieram dos macacos atuais... seria melhor escrever q. os humanos
se originaram de um acentral comum com os macacos...

e nao paramos de evoluir... a evolucao biologica implica em descendencia
com modificacao (e numa perspectiva genetica significa alteracao da
proporcao dos alelos ao longo das geracoes)... nesse aspecto nao existe
regressao... inda mais com caracteristicas complexas - qdo, ao longo da
evolucao, elas parecem readquirir uma conformacao ancestral, dificilmente
isso acontece como uma regressao verdadeira - i.e., os mesmos passos
evolutivos seguidos no sentido oposto... embora estruturas possam se
assemelhar com a condicao ancestral, em geral nos detalhes elas sao
significativamente diferentes...

> E, com efeito, é de se constatar que muitas espécies de mamíferos
evoluíram
> ou evoluem por meio de alterações nos genes reguladores do desenvolvimento
> ontogenético. Essa via bio-evolucionária é denominada "neotenia" ou
> "pedomorfose", sendo a vantagem adaptativa das espécies neotênicas laços
> mais estreitos entre os indivíduos, condição de possibilidade de relações
> cooperativas, bem como o aguçamento do instinto epistemofílico e a
> capacidade de aprender por si mesmo e com membros do grupo até na mais
> avançada idade.

ha distincao entre 'neotenia' e 'pedomorfose' (neotenia eh um dos
processos q. levam a pedomorfose...). o q. vc quer dizer com
'bio-evolucionaria'? isso soa como um jornal q. escreveu 'biogenetica'...

e por esse paragrafo dah se a entender q. o unico resultado na alteracao
da regulacao do desenvolvimento eh a infantilizacao das caracteristicas:
pode ocorrer tbm sobredesenvolvimento das estruturas em relacao ao
ancestral... (eh exatamente o caso de nossos cerebros)

> São espécies neotênicas reconhecidas: o cão, o chimpanzé-anão ou bonobo e
o
> homem (o homem seria, então, um macaco que permaneceu jovem).

acho isso uma simplificacao perigosa...

> Aliás, esta última característica citada, o maior volume do crânio em
> relação à face tal como se verifica no feto, característica esta que o
homem
> retém na idade adulta, se por um lado é uma conseqüência da neotenização
ou
> infantilização da espécie, por outro lado representa a condição sine qua
non
> para o desenvolvimento de um cérebro grande e, consequentemente, para o
> desenvolvimento da consciência.

nao se pode dizer q. a proporcao da caixa craniana seja uma retencao de
caracteristica infantil -- se se fosse reter o cranio infantil entao
teriamos uma cabeca ridiculamente minuscula... e acho temerario associar a
capacidade de consciencia apenas com um cerebro grande ou q. essa
caracteristica seja uma condicao necessaria: ha muito ainda por estudar
nessa area...

> Um indivíduo neotênico é um indivíduo cujo desenvolvimento biológico não
se
> concluiu, ou seja, em que muitos instintos necessários à sobrevivência não
> chegaram a se desenvolver. O indivíduo neotênico não tem, portanto, a
> segurança dos instintos. Aquele conhecimento do meio ambiente transferido
de
> genitor para a progênie através da herança genética (conhecimento
> instintivo) é substituído, nas espécies neotênicas, pelo conhecimento
obtido
> mediante a interação direta do organismo com o meio e repassado aos demais
> indivíduos do grupo através das relações de aprendizagem. Em miúdos, em
tais
> espécies o instinto é substituído pela cultura e a especialização
adaptativa
> pela "adaptabilidade" (capacidade de se adaptar aos mais diversos
ambientes
> por meio de uma poderosa ferramenta: a inteligência).

um individuo cujo desenvolvimento biologico nao se concluiu eh um aborto e
nao um neotenico... o seu desenvolvimento eh apenas alterado em relacao ao
ancestral... sobre os instintos, vc sabe os motivos pelos quais eu nao
concordo com esse posicionamento...

> ser esta: - Deus, o Grande Pai, somente existe porque os homens são seres
> inconclusos, animais imaturos, eternas crianças, eternos filhos.

acho q. vc fez um sincretismo geral... deus, o grande pai, eh uma criacao
judaica, alias crista calcada no deus judaico... ha varias outras
concepcoes de divindades q. nao se encaixaria nisso... mas essa hipotese
nao explicaria o vinculo da religiosidade com o sistema imunologico...

[]s,

roberto takata




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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: neotenia, sonho, religiao...
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/08/2000 02:33

Olá, takada e lista,


Manuel - Takada, você não teria como me fornecer a cópia das páginas do
livro em que ele fala sobre o assunto em questão? Ficaria-lhe imensamente
grato.

Takada - infelizmente nao. como eu disse, nao tenho maiores referencias
sobre o
livro... no acervo das bibliotecas da usp tbm nao consta esse trabalho...

comentário de vocês, do André e do Takada, principalmente. Permito que
sejam
^ takaTa...

UM MACAQUINHO QUE NÃO CRESCEU

Takada -[na verdade, em muitos aspectos o ser humano eh mais desenvolvido do
q.
seus ancestrais, especialmente no q. se refere ao cerebro, conforme
escrevi em mensagem anterior - o cerebro grande nao eh a retencao de um
cerebro infantil, mas um desenvolvimento comparativamente mais
prolongado...]

Manuel - Não tenho dúvidas sobre isso. Mas o que estabeleceu as condições
para o desenvolvimento e subseqüente especialização de um cérebro grande?
Sabemos que um feto de mamífero, sobretudo o feto de um macaco, tem um
crânio muito mais desenvolvido em relação à face do que o crânio do espécime
adulto. Sobre essa matéria-prima (o cérebro maior de um espécime adulto
fetilizado) o acaso das mutações e a necessidade de sobrevivência
trabalharam para produzir um cérebro ultra-especializado. Mas, frise-se,
isso não teria sido possível caso a evolução ontogenética tivesse
continuado, sem o devido retardamento.

Manuel - A asserção evolucionista de que o homem evoluiu do macaco há muito
que faz parte do senso comum. Mas resta uma pergunta a ser respondida: —
como
essa transformação se deu? Sobre esta questão, há uma hipótese muito
interessante que vem ganhando terreno entre os biólogos e antropólogos.
Segundo esta hipótese, o homem evoluiu de um macaco que, de chofre, parou
de evoluir e
começou a regredir. Não, não é um disparate. Explico:

Takada - qdo se diz q. o homem veio do macaco, as pessoas pensam q. os seres
humanos vieram dos macacos atuais... seria melhor escrever q. os humanos
se originaram de um acentral comum com os macacos...

Manuel - Como é que é? O homem não descende do macaco, mas de um ancestral
comum (o elo perdido)?. Essa sua afirmação pressupõe que, antes do homem,
não existiam macacos; que o ancestral comum do homem e do macaco não era
macaco, pois, se fosse um macaco, não poderia ser um ancestral do macaco.

Ora, meu amigo, antes do homem já existiam macacos a granel: pequenos símios
arborícolas e grandes símios. Existia até mesmo um que era bípede, ou seja,
andava como homem, mas tinha a caixa craneana do tamanho da de um chimpanzé:
era o australopitecus. Os fósseis estão aí para contar essa história.

Takada, meu amigo, eu teria dito uma besteira se tivesse afirmado que o
homem evoluiu do macaco-prego, do gibão, do orangotango, do gorila ou do
chimpanzé, os
quais são macacos "modernos", contemporâneos do homem. O que eu afirmei, e
que está longe (muito longe mesmo, acredite) de ser um chavão grosseiro é
que, da mesma forma que o anfíbio evoluiu do peixe, o homem evoluiu do
macaco.

O macaco, outro nome para designar "símio", é um ramo evolutivo da árvore
dos primatas. Esse ramo é muito antigo, contando com mais de 30 milhões de
anos, e desde que surgiu vem se dividindo em sub-ramificações, sendo que, a
partir de uma dessas sub-ramificações (provavelmente o Australopitecus
afarensis), o macaco começou a se "hominizar".

A propósito, o biólogo e paleontólogo norte-americano Stephen Gould, em seu
ensaio "O Declínio do Império dos Macacos", afirma que "a evolução é um
arbusto copiosamente ramificado, e por isso o fato de os seres humanos terem
surgido a partir dos macacos significa apenas que um dos ramos do arbusto
dos macacos se ramificou, produzindo um broto chamado Homo sapiens, enquanto
outros ramos do mesmo arbusto continuaram a evoluir por caminhos dicotômicos
próprios, produzindo os outros descendentes que têm os mesmos ancestrais
imediatos que nós -- como os gibões, os orangotangos, os chimpanzés e os
gorilas, os chamados grandes macacos (não é verdade que esses macacos
modernos estejam genealogicamente mais próximos do que nós do ancestral
comum que deu início à divisão entre os símios em geral e os grandes macacos
mais de 20 milhões de anos atrás, mas a hubris humana requer que haja uma
separação -- e é por isso que nossa linguagem comum define todos os ramos
modernos do arbusto, menos nós, com o nome ancestral do macaco)." (Coletânea
Dedo Mindinho e Seus vizinhos: Ensaios de História Natural; Cia. das Letras;
pág. 292/293)

Manuel -E, com efeito, é de se constatar que muitas espécies de mamíferos
evoluíram ou evoluem por meio de alterações nos genes reguladores do
desenvolvimento ontogenético. Essa via bio-evolucionária é denominada
"neotenia" ou "pedomorfose", sendo a vantagem adaptativa das espécies
neotênicas laços mais estreitos entre os indivíduos, condição de
possibilidade de relações
cooperativas, bem como o aguçamento do instinto epistemofílico e a
capacidade de aprender por si mesmo e com membros do grupo até na mais
avançada idade.

Takada - ha distincao entre 'neotenia' e 'pedomorfose' (neotenia eh um dos
processos q. levam a pedomorfose...). o q. vc quer dizer com
'bio-evolucionaria'? isso soa como um jornal q. escreveu 'biogenetica'...

Manuel - Conheço essa teoria de textos de divulgação científica, e não de
textos técnicos. O Stephan Jay Gould, em um de seus ensaios (não me lembro
qual livro) trata neotenia e pedomorfose como termos sinônimos. Quanto ao
que eu quero dizer com o termo "bio-evolucionária", muito simples: evolução
biológica. Cosmo-evolucionária seria evolução do universo como um todo. É só
prestar a devida atenção em ambos os termos do substantivo composto, e não
restará dúvidas. Se a sua intenção não for dar uma bela rasteira num neófito
qualquer e comemorar a vitória, o significado do termo "bio-evolucionária" é
de uma cristalinidade absoluta!

Takada - e por esse paragrafo dah se a entender q. o unico resultado na
alteracao
da regulacao do desenvolvimento eh a infantilizacao das caracteristicas:
pode ocorrer tbm sobredesenvolvimento das estruturas em relacao ao
ancestral... (eh exatamente o caso de nossos cerebros)

Manuel - Daquele parágrafo,Jamais deduzi o que vc deduziu. Disse que um dos
traços neotêmicos são diretamente selecionados, ao passo que outros traços
neotêmicos consistem em exaptações (você, com certeza, sabe o que significa
esse termo.) Em nenhum momento falei que não haveria sobredesenvolvimento de
uma determinada estrutura em relação às outras, até porque estou convicto
que isso aconteceu (realmente, não há como comparar o cérebro altamente
especializado de um ser humano com o cérebro muito maior, porém menos
especializado, da baleia.)

Manuel - São espécies neotênicas reconhecidas: o cão, o chimpanzé-anão ou
bonobo e o homem (o homem seria, então, um macaco que permaneceu jovem).
acho isso uma simplificacao perigosa...

"Aliás, esta última característica citada, o maior volume do crânio em
relação à face tal como se verifica no feto, característica esta que o homem
retém na idade adulta, se por um lado é uma conseqüência da neotenização ou
infantilização da espécie, por outro lado representa a condição sine qua non
para o desenvolvimento de um cérebro grande e, consequentemente, para o
desenvolvimento da consciência."

Takada - nao se pode dizer q. a proporcao da caixa craniana seja uma
retencao de
caracteristica infantil -- se se fosse reter o cranio infantil entao
teriamos uma cabeca ridiculamente minuscula... e acho temerario associar a
capacidade de consciencia apenas com um cerebro grande ou q. essa
caracteristica seja uma condicao necessaria: ha muito ainda por estudar
nessa area...

Manuel - Certamente, há muito a se estudar. Mas um cérebro grande é a
condição de possibilidade de um grande cérebro altamente especializado.

Manuel - Um indivíduo neotênico é um indivíduo cujo desenvolvimento
biológico não
se concluiu, ou seja, em que muitos instintos necessários à sobrevivência
não chegaram a se desenvolver. O indivíduo neotênico não tem, portanto, a
segurança dos instintos. Aquele conhecimento do meio ambiente transferido de
genitor para a progênie através da herança genética (conhecimento
instintivo) é substituído, nas espécies neotênicas, pelo conhecimento obtido
mediante a interação direta do organismo com o meio e repassado aos demais
indivíduos do grupo através das relações de aprendizagem. Em miúdos, em tais
espécies o instinto é substituído pela cultura e a especialização adaptativa
pela "adaptabilidade" (capacidade de se adaptar aos mais diversos ambientes
por meio de uma poderosa ferramenta: a inteligência).

Takada - um individuo cujo desenvolvimento biologico nao se concluiu eh um
aborto e
nao um neotenico... o seu desenvolvimento eh apenas alterado em relacao ao
ancestral... sobre os instintos, vc sabe os motivos pelos quais eu nao
concordo com esse posicionamento...

Manuel - Se se for entender tudo ao pé da letra, obviamente (ululantemente)
que um indivíduo cujo desenvolvimento biológico não se concluiu eh um
aborto. Mas, meu caro, caríssimoTakada, o que quero dizer é que o
desenvolvimento em questão não se concluiu do ponto de vista biológico,
porém se concluir do ponto de vista cultural. A cultura começa onde a
biologia termina. De um certo modo, somos de fato um aborto, seres
prematuríssimos que, para sobreviver, demandam a atenção não só da mãe
(pobre coitada!), mas de toda a comunidade.

Manuel - ser esta: — Deus, o Grande Pai, somente existe porque os homens são
seres inconclusos, animais imaturos, eternas crianças, eternos filhos.

Takada - acho q. vc fez um sincretismo geral... deus, o grande pai, eh uma
criacao
judaica, alias crista calcada no deus judaico... ha varias outras
concepcoes de divindades q. nao se encaixaria nisso... mas essa hipotese
nao explicaria o vinculo da religiosidade com o sistema imunologico...

Manuel - em outro e-mail que enviei para essa lista (com certeza você não
leu), falei que o homem sempre necessitou de um objeto de devoção, e que
tais objetos são vários. Disse até que o Deus judaico-cristão que disse para
Moisés: "Sou o que sou", está mais próximo da razão iluminista do que do
totem-cordeiro das tribos semitas que viviam nas margens orientais do
crescente fértil.

Mas entenda como quiser.

"Enfim, o pólo! O prêmio de três séculos [...] Não consigo acreditar. Parece
tudo tão simples e comum." (Robert Peary, diário, cit. por ele em O Pólo
Norte.)

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Divina Razao
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/08/2000 03:27

DIVINA RAZÃO




"No princípio era o Logos

e o Logos estava com Deus

e o Logos era Deus."


João 1:1




Estive observando que quando alguém nega a existência de Deus, está se
referindo a um Ser onipotente, onisciente e onipresente criador do Universo.
Mas será esta a correta definição de Deus?


Se pararmos para pensar, verificaremos que "deus" sempre foi um grande
problema semântico. Realmente, não há muita coisa em comum entre um
paleolítico urubu-totem, a divindade de uma tribo agropastoril metade gente
metade gato que faz chover e ventar, os antepassados dos árias também tidos
como deuses (os manes e os lares) e o omnipresente Deus judaico-cristão (que
Maomé, mais tarde, transformou em Alá), o qual se autodefiniu desta forma:
"Eu sou o que sou". (Êxodo; 3;14)


Se existe algo em comum que possa valer como definição da palavra deus, este
só pode ser o fato de que todos os deuses são objeto de adoração e temor; e,
também, fonte de uma ética.


Sendo assim, muitas outras coisas podem ser incluídas no conjunto-universo
dos deuses, de modo que aquele ateu que conhecemos, longe de ser um ateu, é
na verdade um crente como qualquer outro.


Sabe-se que os iluministas combateram o Deus católico — que se valia da
ignorância e do terror para manter a população européia serva do estamento
sacerdotal — por meio da Razão. Se antes, na época de Descartes, Spinoza e
Leibniz, a Razão era uma dádiva de Deus aos homens, com Diderot, Condorcet e
outros enciclopedistas Deus e Razão se transformaram em termos mutuamente
excludentes, ou seja, segundo estes que inspiraram a Revolução Francesa, no
mundo descortinado pela Razão não há lugar para deuses.


Mas será que existe uma diferença de qualidade entre a Razão iluminista e o
Deus judaico-cristão?


Acredito que não. Creio firmemente que muito mais diferenças há entre o
animal totem dos povos paleolíticos e o Deus judaico-cristão do que entre
este e a Razão iluminista. Senão vejamos:


Conforme a sua própria definição, Deus "é o que é", vale dizer, Deus é o Ser
com "S" maiúsculo, o Ser cujo predicado é ele mesmo (o Ser é o Ser), um ser
que se basta a si mesmo, portanto um ser "indeterminado". Deus seria, então,
a Lei mais fundamental, aquele Princípio que determina todas as coisas; em
síntese: Deus seria a "razão" por que existe "necessariamente" algo ao invés
de nada — a Razão-de-Ser.


Spinoza, um filósofo judeu racionalista que certa vez disse "Deus, ou seja,
a Natureza", distinguiu na Natureza (isto é, Deus) dois aspectos: a "Natura
Naturans" e a "Natura Naturata". A "Natura Naturans" é a Ordem Eterna (a
Lei, a Razão Objetiva) e a "Natura Naturata" é a Natureza gerada conforme
esta Ordem.


Ora, a corrente filosófica denominada Naturalismo (ou Materialismo) foi
amplamente influenciada tanto pela metafísica do panteísta Spinoza (e outros
racionalistas, como Descartes e Leibniz) como pelas grandes descobertas da
ciência moderna, realizadas por Copérnico, Galileu, Kepler e Newton. A
dicotomia Spinozeana, natura naturans/natura naturata, foi abandonada (dado
que, para os revolucionários, o latim era a língua utilizada pelos
intelectuais ligados ao clero e com o intuito de esconder das massas o
conhecimento) e, em seu lugar empregadas as seguintes expressões "laicas" ou
"seculares": Natura Naturans > as Leis, a Razão Objetiva (em oposição à
razão subjetiva, isto é, a faculdade cognitiva do homem); Natura Naturata >
a Natureza, a Matéria.


Não obstante isso, a Razão, do mesmo modo que o deposto Deus católico,
permaneceu um objeto de culto, de adoração e de temor. E assim como o Deus
judaico-cristão era, no passado, a única e exclusive fonte ético-moral, a
Razão passou também a deter o monopólio da moral e da ética. Isto é, a Razão
objetiva é o "Bem" (a Verdade e o Bem são a mesma coisa), de sorte que a
razão como faculdade cognitiva humana não só é um instrumento para explorar
o mundo como também uma norma para "julgar" pensamentos e ações.


Realmente, os filósofos naturalistas e os cientistas que professam essa
corrente de pensamento consideram como éticas as "leis" da natureza e da
história: os economistas liberais entendem que as leis do mercado são justas
e boas; os social-darwinistas afirmam que o Estado não deve suprimir da
sociedade a lei da seleção natural (a sobrevivência dos mais aptos e o
perecimento dos inaptos), caso contrário a humanidade se extinguirá devido
ao acúmulo de "males"; os materialistas históricos propugnam que as leis que
regem a História da sociedade Humana a conduzirá inelutavelmente do Reino
das Necessidades para o Reino da Liberdade; os sociobiologistas dizem que as
normas éticas e morais jazem em nosso patrimônio genético, etc.


Em suma, há uma racionalidade na Natureza, e essa razão é ética.


Falei, em outra mensagem, que o tempo linear dos judeus está na raiz da
ideologia "científica" do progresso. Se a civilização ocidental tivesse se
aferrado ao tempo circular dos gregos, estaríamos até hoje presos num
"círculo" vicioso de estagnação.


E agora, acho que deu para demonstrar a identidade que subjaz entre o Deus
judaico-cristão e a Razão objeto de crença dos seculares e dos cientistas.
Sem a crença nesta Razão, a humanidade não teria conhecido o desenvolvimento
do pensamento científico, a transformação da ciência em força produtiva e,
consequentemente, as sucessivas revoluções científico-tecnológicas que nos
deram o motor a explosão, a estrada-de-ferro, a máquina-ferramenta, a luz
elétrica, o automóvel, o avião, o televisor, o computador e outras
maravilhas.


É, Max Weber estava certo: a consciência determina mais o ser do que
vice-versa.




Manuel Bulcão

30/06/2000




SUBJECT: O que nos faz unicamente humanos? (http://www.epub.org.br/cm/n10/editorial-n10
FROM: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/08/2000 09:18

Revista Cérebro & Mente: O que nos faz unicamente humanos?
Kosai-shi / Japão, 21/08/00 ev
Talvez este artigo interesse aos amigos Bulcão e Takada.
 
 

O Que Nos Faz Unicamente Humanos?
 

Silvia Helena Cardoso, PhD & Renato M.E. Sabbatini, PhD

Desde que o naturalista inglês Charles Darwin propôs, em 1860, sua famosa teoria da seleção natural, não temos mais dúvidas de que a espécie humana moderna, o Homo sapiens sapiens, evoluiu a partir de outras espécies, em um contínuo que remete a um primata que foi, algum dia no passado distante, o "elo perdido" entre os primatas antropóides ("parecidos com o homem"), e o primeiro dos hominídeos ("gênero dos homens"). Ao longo do século XX, inúmeras descobertas paleoantropológicas demonstraram a existência de um grande número de espécies de hominídeos, como o Australopithecus, todas elas surgidas na África, em um período que cobre os últimos 5,5 milhões de anos. O crescimento gradativo da capacidade craniana e do volume do cérebro, o aparecimento da postura ereta permanente, o surgimento do uso de ferramentas e da cultura simbólica, o domínio de tecnologias como o fogo e a construção de abrigos, a caça, etc., tudo isso é bastante evidente a partir do exame do registro arqueológico dos hominídeos, até o surgimento, 2 milhões de anos atrás, do Homo habilis ("homem habilidoso") e do Homo erectus ("homem ereto"), as primeiras espécies que talvez possamos considerar "humanas", no seu sentido moderno, pois desenvolveram a linguagem falada complexa, a construção de ferramentas, as vestimentas, o fogo, a cocção dos alimentos, etc. A capacidade craniana aumentou de 500 cm3 para 1200 cm3 entre os primeiros Homo habilis e o Homo erectus, em pouco mais de um milhão de anos, embora sua aparência facial continuasse sendo a de um antropóide. Foi também a primeira espécie humana a ter mobilidade em escala planetária, tendo se espalhado pelo Oriente Médio, China e Java. Seus sucessores, o Homo sapiens neandertalensis, surgido há 300 mil anos atrás, e o Homo sapiens sapiens, há 120 mil anos, aumentaram a capacidade craniana para o valor atual (1350 cm3), invadiram todos os rincões da Terra, mesmo os mais distantes e inóspitos, desenvolveram as representações simbólicas, como a arte pictórica, a escultura e a música, os adornos corporais, as armas de guerra, a medicina, a domesticação de animais, a agricultura, e as crenças espirituais, como as religiões, o culto ao invisível, os ritos funerais e as superstições mágicas. Todas essas características e "invenções" eram unicamente culturais e transmissíveis entre seres humanos através do aprendizado, e são únicas entre as espécies animais, inclusive outros primatas.

Não é muito difícil chegar à conclusão que somos realmente muito parecidos biologicamente com nossos "primos", os grandes primatas antropóides. Nos tempos de Darwin, um dos eventos que mais influenciou a aceitação de sua teoria foi a exposição, pela primeira vez, de gorilas vivos no Zoológico de Londres. As muitas coisas que temos em comum com eles abalou as convicções profundas dos vitorianos da época, que defendiam que o ser humano tinha sido criado por Deus como uma espécie totalmente à parte das demais. Por exemplo, herdamos dos primatas e antropóides algumas características fundamentais tais como a visão colorida, os dois olhos voltados para a frente, a face plana, o grande desenvolvimento do neocórtex, e a alta destreza manual, esta última incomparável a de qualquer outro mamífero. Comportamentalmente, todos os antropóides são capazes de manipular símbolos, demonstram enorme capacidade de adaptação ao ambiente através do aprendizado, são capazes de usar ferramentas para uma variedade de tarefas, utilizam muito os tele-sentidos (visão e audição) para interagir com o ambiente, possuem transmissão cultural do conhecimento, têm uma bem-estruturada vida social baseada na tribo, o comportamento sexual e reprodutivo, e complexas formas de intercomunicação instraespecífica. Geneticamente também somos muito parecidos: a biologia molecular determinou, por exemplo, que  98% do genoma do chimpanzé é igual ao nosso. Em suma, somos "macacos pelados", como dizia o título de um livro que fez grande sucesso na década dos 70s, "The Naked Ape", do biólogo inglês Desmond Morris. Comparativamente a outros mamíferos superiores, somos extremamente desprotegidos. Não possuímos garras nem presas proeminentes, não temos pele grossa, temos poucos pelos. Temos limitações em correr, saltar, nadar.

Então, como esse animal singularmente frágil conseguiu se espalhar por todo o planeta, sobreviver nas condições mais extremas e ser capaz de dominar todos os tipos de ambiente, até mesmo o espaço sideral?  O que nos distingüe das outras criaturas vivas? O que nos faz unicamente humanos? Esta tem sido uma indagação angustiada desde que Darwin nos "tirou" o status de espécie dominante do universo...

De fato, o homem possui diversos atributos que os distingüem das outras espécies. A postura ereta e andar com os membros inferiores permitiu aos membros superiores ficarem livres para outras funções; a mão preênsil atua como uma verdadeira ferramenta e permite o desenvolvimento da tecnologia; o desenvolvimento da fala e da linguagem permitiu formas de comunicação mais adaptáveis; o alargamento do cérebro relativo ao tamanho do corpo; o desenvolvimento das interações sociais e culturais: infância e juventude prolongada, desta forma oferecendo a base para a complexa organização social, bem como a divisão de tarefas na sociedade, controle sobre o sexo e a agressão. Finalmente, os seres humanos se expressam como indivíduos. As características para isto incluem emoção, motivação, a expressão artística e espiritual.

Todas essas características, direta ou indiretamente, se relacionam ao desenvolvimento do nosso cérebro. Nossa unicalidade repousa no nosso cérebro. O enorme cérebro desenvolvido principalmente no córtex cerebral nos dotou de propriedades que não existem, ou existem de forma primitiva em outros antropóides. É no córtex que possuímos os mais altos níveis de análise sintética. É lá que nossa visão do mundo é analizada, planejada e programada para excecutarmos uma ação.

O grande desenvolvimento do cérebro, por sua vez, levou ao nascimento daquilo que o cognitivista americano Steven Pinker denominou de "uma espécie simbólica". Desenvolvemos, através de símbolos verbais, objetos da realidade e conceitos abstratos. Além da capacidade verbal do cérebro, desenvolvemos a capacidade de emitir sons de alta precisão que manipulados por este cérebro simbólico possibilitou pela primeira vez na escala animal a evolução extragênica: a evolução cultural, ou seja, a transmissão de símbolos de um ser humano para outro. Com isso desenvolveu-se o conhecimento, que é uma propriedade única do ser humano, e que se relaciona com o pensamento e a consciência (que certamente podem existir em outros primatas não humanos, mas que diferem em um grau muito amplo em relação à espécie humana).

A capacidade simbólica do cérebro gerou coisas notáveis como uma habilidade geneticamente determinada de aprender qualquer língua ou inventar uma nova, por exemplo, o esperanto e as linguagens de computador. Também gerou a capacidade especial de inventar melodias, sons harmônicos, dança, elementos simbólicos que usam provavelmente as nossas estruturas cerebrais responsáveis pela fala, articulação dos movimentos e pela integração de tudo isso.

Entre nossas características culturais únicas, a arte é talvez a mais nobre invenção humana. Imaginem, por exemplo,  a necessidade de recrutamento de bilhões de neurônios, milhares de músculos, imensa capacidade sensorial, visual e auditiva, a espantosa capacidade de memória envolvida para saber de cór e executar um concerto para tocar uma serenata de Chopin ao piano.  São bilhões e bilhões de neurônios, treinados ao longo de anos de prática, espalhados por todas as regiões do cérebro, e trabalhando em harmonia para produzir um resultado de uma complexidade inimaginável.

Quando o homem se tornou um animal tribal, desde que começou a andar ereto, mais de 4 milhões de anos atrás, ele passou a ser um caçador e guerreiro tribal, onde a cooperação social era um fator importante de sobrevivência. Todos os instintos sociais humanos se desenvolveram bem antes da esfera intelectual: instinto maternal, cooperação, curiosidade, criatividade, compaixão, altruísmo, competitividade, etc., são muito antigos, e podem ser vistos nos antropóides, também. Mas, o ser humano novamente se distingüe dos outros primatas através de uma característica mental muito forte: gradativamente desenvolvemos o auto-controle, ou seja, a capacidade de modificarmos qualquer comportamento social, mesmo que instintivo, de maneira a torná-lo mais útil para nossa sobrevivência. Quanto mais disciplinados, e capazes de auto-controle e de planejamento, o quanto mais nossa mente racional for capaz de dominar a emocional e instintiva, mais humanos seremos.

Portanto, a espécie humana também tem o singular dom de dominar o cérebro emocional por meio do cérebro racional. Isto, acoplado à capacidade de planejar, gerou um animal capaz de vencer através da inteligência. Todas as suas restrições e debilidades físicas tomando a espécie dominante do planeta, destruindo e devassando aquelas que se opõe, ou usando para si aquelas espécies que são úteis para seu próprio benefício como as bestas de carga, as cobais de laboratório, alimento, etc.

O que nos aguarda no futuro? Como será a espécie humana no ambiente que aprendemos a moldar e reconstruír?

Ainda é cedo para respondermos. Precisamos, sem dúvida, nos entendermos melhor. Existem motivos para duvidar que nos próximos 50 anos sejamos capazes de deslindar o funcionamento das funções intelectuais superiores é a enorme complexidade do sistema nervoso, para a qual ainda não existem métodos adequados de estudo.  Muitos filósofos colocam inclusive a dúvida se um cérebro é capaz de entender a si mesmo algum dia. Talvez a complexidade estrutural e funcional do nosso cérebro seja tão grande, que jamais poderemos entendê-la: seria necessário ter um cérebro mais desenvolvido para isso. É possível que o nosso intelecto não tenha sido construído para entender os átomos ou mesmo para entender a si próprio, mas sim para promover a existência dos genes humanos. A pessoa que reflete sabe que a vida é, de alguma forma, incompreensível. Poderemos eventualmente entender a complexidade do cérebro de um sapo, mas nunca de nós mesmos….

Leitura Recomendada
 

Ilustração: uma reconstrução do crânio do Homo habilis, o primeiro ser humano.
 

Os Editores

 
Silvia Helena Cardoso, PhD. Psicobióloga, mestre e doutora em Ciências. Fundadora e editora-chefe da revista Cérebro & Mente. Universidade Estadual de Campinas. 
 
Renato M.E. Sabbatini, PhD. Diretor Associado do Núcleo de Informática Biomédica, Universidade Estadual de Campinas. 

Copyright 2000 Universidade Estadual de Campinas
Uma Iniciativa: Núcleo de Informática Biomédica
Data de publicação: 15.Jan.2000
 
 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Novamente o coroinha!
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/08/2000 09:46



msbn@daterranet.com.br wrote:

> Manuel - 1. Alguns físicos falam numa função-de-onda do Universo, no
> Universo como sistema quântico em que todas as suas configurações
> possíveis
> existem paralelamente.
>
> Jocax - Se bem me lembro, ( me corrija Belisario ), as configuracoes
> nao
> existem paralelamente, as funcoes de onda sao densidades de
> probabilidades
> de se encontrar o objeto. Quero dizer q as funcoes de ondas sao
> abstracoes
> matematicas que auxiliam o fisico a medir a probabilidade de um
> evento. (Por
> exemplo de encontrar um eletron numa dada regiao, mas isto nao
> significa q o
> eletron esta em todas as regioes )
>
> Manuel - Foi realizado uma experiência com elétrons, semelhante à
> experiência da dupla-fenda de Yong, em que se demonstrou que um
> elétron tem
> propriedade de onda e que ele, de um certo modo, percorre todas as
> suas
> trajetórias possíveis, chegando mesmo tais trajetórias a interferirem
> uma
> com as outras, antes de atingir algum lugar de um instrumento de
> medição (no
> caso, uma tela) e de uma maneira absolutamente aleatória. Na
> experiência
> citada, foi interposto entre a fonte de elétrons e a tela fluorescente
> (que
> anuncia com um clarão a chegada do elétron) um anteparo com duas
> fendas. Em
> alguns casos, pelo ponto da tela em que o elétron foi detectado
> inferiu-se
> que o elétron atravessou as duas fendas simultaneamente e, antes de
> atingir
> a tela chegou mesmo a interferir consigo mesmo, como ondas
> concêntricas
> formadas interferem entre si.
>
> É, talvez (frise-se, talvez) o elétron percorra simultaneamente todas
> as
> suas trajetórias possíveis. Estaria ele em todos os lugares e em
> nenhum
> lugar ao mesmo tempo.
>

Como ele poderia estar em todos os lugares e em nenhum lugar ao mesmo
tempo ?
O eletron tem propriedades de particula e tambem de onda.
Se ele esta na posicao X ele *nao* pode nao estar esta na posicao X.
Vc pode pensar da seguinte maneira : Se a massa do eletron eh M entao,
se o eletron
estivesse em X1 e em X2 ao mesmo tempo a massa total do atomo seria
acrescida
de M e isso nao acontece.
Se encararmos o eletron como onda entao poderemos pensar que *parte* da
onda
passa por um local e *outra parte* da onda passa por outro local
diferente.


>
> O universo, em seus primórdios, tinha uma dimensão subatômica, e, tal
> como o
> elétron, talvez também fosse uma justiposição de vários estados
> quânticos.
> Para alguns físicos teóricos (os mais pés-no-chão :-)), com o aumento
> do
> volume do universo ocorreu o colapso da função-de-onda, momento em que
> todas
> as histórias possíveis do universo, com exceção de uma (a nossa),
> desapareceram. Mas há quem quem conteste, há quem afirme que "todos"
> os
> estados quânticos do universo inicial evoluíram e deram origem a
> universos
> diferentes e que, de uma certa forma, existem paralelamente ao nosso.
>
> Mas, num ponto, há "quase" um consenso: no seu começo o universo era
> um
> sistema quântico em que todas as suas configurações possíveis existiam
>
> simultaneamente e interagiam uns com os outros.
>
> Antes da força gravitacional se desaclopar das demais forças (que
> permaneceram unificadas por mais algum tempo), o universo tinha o
> comprimento e a idade de Planck, isto é, C = 10 elevado a trigésima
> terceira
> potência negativa "centímetro"; T = 10 elevado a quadragésima terceira
>
> potência negativa "segundo". Um dado interessante: não existem meios
> sequer
> imagináveis de se medir acontecimentos menores e mais breves que o
> espaço e
> o tempo de Planck. Significa dizer que, antes de a radiação
> gravitacional
> surgir (isto é, antes do aparecimento do sistema matéria-gravitação, +
> X -
> X, lembra-se? :-)), havia um espaço-tempo vazio e sem medidas espacial
> e
> temporal. Interessante, não?
>

Li, recentemente, que a nossa mecanica quantica nao funciona a contento
em campos
gravitacionais fortes.
Isso quer dizer que , como nao dispomos ainda de uma teoria
quantica-relativistica
nossas conjecturas sobre o estado inicial do universo ficam muito
comprometidas
pois a teoria q dispomos nao poderia ser utilizada nesse ponto de
singularidade.

Ah.. me surgiu uma nova ideia :
Se o universo comecou do nada, nada impede de que outro surja outra vez

agora de dentro do nosso proprio universo !!!

Interessante essa minha nova ideia !! Ou seja, isso evitaria o fim do
universo, devido
aa entropia, caso ele seja plano ou aberto.

Pronto, agora estou aliviado com esta nova possibilidade !
[]s
jocax



SUBJECT: Este também...
FROM: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/08/2000 10:04

21/08/00 ev

O texto que segue também pode interessar às discussões de Bulcão e Takata.

http://www.symbolon.com.br/
Artigos / Estudos

BATISMO: UMA INICIAÇÃO À FUNÇÃO TRANSCENDENTE *



Maria Cristina N. de Carvalho **

RESUMO

Através de correlações entre a análise simbólica dos ritos de passagem e do batismo cristão, o presente trabalho pretende demonstrar que a iniciação religiosa pode representar uma expressão da Função Transcendente, que é conceito central na Psicologia Analítica.


Perante as grandes crises individuais e sociais, e na expectativa de dominar aquilo que ainda não obedece ao controle da intelectualidade, o homem incrementa sua compulsão para conquistar novas descobertas científicas, ou então procura ansiosamente que o grande leque de seitas religiosas hoje disponíveis lhe dê respostas. De qualquer forma, a procura é fora de si mesmo.

Além disso, temos a crise das práticas religiosas atuais que também têm-se tornado racionalizadas e enfraquecidas, não incorporando mais os demônios que outrora as comunidades primitivas projetavam no "mundo invisível". Os ritos de passagem perderam seu aspecto ritual, só tendo significado para o indivíduo os atos concretos que os compõem. Na verdade, o ser humano afastou-se radicalmente de suas raízes psíquicas, o que o levou a "perder sua alma". Vive psicologicamente de forma fragmentada onde o pensamento lógico predominante não abre espaço para o simbólico.

Parece haver necessidade de um reencontro do homem com sua alma, para que então se defronte com alguns sentidos que advirão da esfera espiritual. Este processo pode ser propiciado se ao indivíduo for oferecida uma iniciação religiosa íntegra, consciente e que realmente expresse todo o seu sentido simbólico que é reflexo de milhares de anos de história da relação do homem com o mistério. Dessa forma, o batismo cristão pode ser uma possibilidade.

O presente trabalho pretende analisar sob a perspectiva da Psicologia Analítica de C.G. Jung, de que forma o batismo pode-se relacionar ao desenvolvimento da psique, objetivando uma maior integração da mesma, através da recuperação do conhecimento simbólico. Para isso faz-se necessário discutir o que são ritos de passagem sob o ponto de vista antropológico e psicológico apontando o papel do símbolo nos mesmos. O batismo cristão, como rito iniciático deve ser analisado de forma a estabelecer correlações simbólicas de cada etapa do ritual, o que propicia a aproximação deste com o conceito de função transcendente – que, de acordo com a Psicologia Analítica promoveria maior integração da psique do indivíduo.

Independentemente da análise temporal-espacial de uma sociedade observa-se a repetição da demarcação de momentos de passagem ou transformação na vida do sujeito como algo necessário de ser significado de forma simbólica. Estas passagens quase invariavelmente são acompanhadas de um ritual cerimonioso, ou ao menos por uma pequena celebração, sendo que o essencial parece ser o reconhecimento desta mudança de uma situação para outra. Pressupõe-se portanto, uma estrutura básica fundamental dos ritos de passagem, que consiste na separação de uma condição anterior e a agregação à nova situação. Este novo "status" adquirido pelo iniciado, torna a questão do significado coletivo fundamental. Na verdade, o mito precede ao rito. Com base na imaginação de cada indivíduo os aspectos coletivos do mito se constelam na individualidade de cada um.

Dessa forma pode-se afirmar que os ritos de passagens remetem a marcas de transição que ocorrem em todas as culturas, sugerindo a ligação de conteúdos coletivos (inconscientes) à vida de um indivíduo (consciência). Para que isso ocorra, tem se que são processos eminentemente simbólicos e que apontam para uma nova agregação, isto é, uma amplificação da consciência. Por todas estas características, os ritos de passagem tornaram-se alvo de grande interesse para C.G. Jung, uma vez que sua teoria, aborda o homem sob o prisma simbólico e pressupõe embasamento semelhante aos descritos para estes ritos.

O batismo cristão como processo iniciático que congrega todos os fundamentos de um rito de passagem, é uma manifestação eminentemente simbólica. Se realizarmos uma amplificação de cada etapa do processo deste ritual na busca de seu sentido arquetípico, muito colaborar-se-á para a compreensão e reflexão sobre a prática da iniciação cristã nos dias de hoje. A proposta básica do batismo é a união do homem com a comunidade e consigo mesmo. Na verdade, as formas de expressão do batismo são secundárias em relação aos temas arquetípicos a que conduzem. Sendo assim, os fatos comuns da vida diária que se repetem eternamente, remetem a arquétipos poderosos que podem ser reconhecidos através da análise simbólica de dada situação. Dos símbolos emana energia vital e poder divino através da união do conhecido ao desconhecido, portanto é preciso conhecer os símbolos do batismo, para que se religue o que se encontrava separado.

E é para este fim, de união de opostos que Jung propõe o conceito de "função transcendente", que define da seguinte forma. "Por "função transcendente" não se deve entender algo de misterioso e por assim dizer supra-sensível ou metafísico, mas uma função que por sua natureza pode-se comparar com uma função matemática de igual denominação, e é uma função de números reais e imaginários. A função psicológica e "transcendente" resulta da união dos conteúdos conscientes e inconscientes" (JUNG, 1981, Vol. VIII p. 69).

Aqui Jung demonstra sua característica de trazer seus conceitos psicológicos para o campo empírico, denotando o caráter de naturalidade e de inevitabilidade para a função transcendente, uma vez que a existência de oposições psíquicas é certamente observável e natural na condição humana. Centralizando-nos na oposição consciente e inconsciente, parece que a tendência do homem, dependendo de seu momento histórico ou origem cultural é polarizar seu funcionamento psíquico num dos extremos. Obviamente que este fato tem ganhos sobre certos aspectos tanto para o próprio indivíduo como para a comunidade, mas é obvia a grande perda decorrente da não integração de opostos que, justamente contém o aspecto criativo, de transformação e de perspectivas de maior amplitude psicológica.

Parece ficar claro até aqui o papel do símbolo na estrutura do conceito função transcendente, pois é exatamente por ele que há a possibilidade de se transcender os opostos. Em muitos momentos de sua obra, Jung demonstra que as experiências religiosas têm o papel com frequência de recuperar a energia advinda desta tensão entre opostos, através dos símbolos religiosos, embora seus próprios pressupostos criem muitas vezes nova tensão com a sociedade intelectual e científica atual.

Lembrando que a iniciação cristã tem seu primeiro momento no batismo e que será confirmada na primeira eucaristia e na crisma, denota-se a importância desta iniciação religiosa que terá papel fundamental no desenvolvimento da psique.

Chega-se aqui ao objetivo de realizar articulações entre o batismo cristão e a função transcendente. Se esta representa um elo de ligação entre oposições, e isto se dá basicamente através do símbolo, o batismo como um rito de passagem essencialmente simbólico é rico em oposições. A entrada no mistério cristão remete a dualidade morte e vida, trevas e luz, dentre outras e dessa forma apresenta-se como uma das possibilidade da função transcendente se expressar.

Ao "re-ligar" o indivíduo ao mito eterno, o batismo possibilita a união do homem ao todo, de uma forma simbólica. Como ser, que é gerado nas águas férteis da Criação, é dessas águas que o homem retira seu potencial criativo e transformador. Desde que participe conscientemente deste processo, são poucos os riscos de que o indivíduo se dilua nessas mesmas águas que também têm poder destrutivo e desintegrador, quando desconhecidas. Assim, o homem não abandona sua natureza divina, e sim permite que a mesma se expresse através dos símbolos, de forma construtiva em sua vida.

Com o desenvolvimento das ciências exatas a abordagem simbólica perdeu espaço na humanidade. Com ela, foi-se também a importância que os homens devem dar aos ritos, como se não houvesse necessidade de "marcas" para as transformações... As mudanças no mundo são intensas e extensas, com muitas "marcas registradas", mas ao voltarmos o nosso foco para a intimidade do homem, encontramos um ser debatendo-se consigo mesmo, porque se desconhece... Um homem que olha para fora de si, carente de algo ou alguém que lhe indique caminhos para onde quer chegar (isto quando sabe onde quer chegar...). Mas ele desconhece que ao buscar esta solução mágica num Deus, numa idolatria, numa prática política, que estão sempre fora dele, está deixando de vislumbrar possibilidades de direcionamento que a magia dos símbolos talvez lhe forneçam... Desde que volte-se para seu interior, redescubra a sua origem que é sagrada, poderá através dos símbolos encontrar significados para sua existência. Para isso, a experiência religiosa faz-se útil, independentemente da forma como é simbolizada por crenças específicas.

Assim, Jung lamenta e preocupa-se com o abandono dos ritos que o homem gradativamente tem realizado. Pois além do afastamento de suas raízes históricas, o ser humano não dispõe de muitas outras opções para a canalização do inconsciente, e de uma experiência saudável com o numinoso. Para a Psicologia Analítica, os mistérios dos processos iniciáticos aos poucos fazem o indivíduo perceber as dimensões de sua existência, pois as adentrar-se no mundo sagrado ele deve assumir a responsabilidade de "ser humano".

Jung aponta como causa de toda essa situação não só o domínio do racionalismo e realismo, mas também porque os representantes das religiões perderam sua eficiência junto ao mundo científico: os intelectuais não percebem a utilidade de uma abordagem simbólica das situações vividas, assim como os responsáveis pela propagação religiosa não elaboram justificativas coerentes ao nosso tempo.

Concluindo, parece que o simples chamado dos indivíduos à conversão não é mais suficiente. Faz-se necessário a criação de novos fundamentos para a "verdade simbólica" que incluam não só os aspectos sentimentais mas também racionais, para que, como no batismo, se propicie uma ligação do homem natural ao homem espiritual.

* Resumo da monografia apresentada no Curso de Especialização em Psicologia Analítica, 1998, PUC – Pr.
** Psicóloga Clínica,
Docente na PUC – Pr. desde 1983,
Especialista em Antropologia Cultural UFPR,
Especialista em Psicologia Analítica PUC – Pr.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



JUNG, C.G. – Dinâmica do Inconsciente. Vol. VIII. Petrópolis, Ed. Vozes, 1981




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: neotenia, sonho, religiao...
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/08/2000 11:25

On Sun, 20 Aug 2000, Francisco wrote:
> Dai, alguns aventaram a hipótese de que as características psicológicas
> podem interferir nas características físicas.

essa dicotomia entre o psicologico e o somatico pode ser util em algumas
circunstancias -- mas estao ligados. do mesmo modo como o metabolismo eh o
resultado do funcionamento do organismo, a digestao o resultado do
funcionamento do sistema digestivo, os processos psicologicos (e alguns
mais) sao o resultado do funcionamento de uma estrutura fisica -- o
sistema nervoso, particularmente o central e particularmente o cerebro...

mas mais do q. interferencia o q. existe eh uma ligacao -- no caso dos
caes e, possivelmente, de seu relato das raposas do artico acontece eh q.
genes responsaveis pela coordenacao do desenvolvimento da arquitetura do
cerebro desses organismos tbm participam da coordenacao do desenvolvimento
de algumas caracteristicas somaticas. e mais o q. se estah selecionando eh
uma sindrome e como tal provavelmente envolve um conjunto de genes -- de
forma q. esse conjunto todo estah sendo selecionado. entao o q. parece uma
interferencia pode ser motivada por causas comuns.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Divina Razao
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/08/2000 12:30



msbn@daterranet.com.br wrote:

> DIVINA RAZÃO
>
>
>
>
> "No princípio era o Logos
>
> e o Logos estava com Deus
>
> e o Logos era Deus."
>
>
> João 1:1
>
>

.... E o deus era o Leo !! :-)
Jocax 2:3

>
>
>
> Estive observando que quando alguém nega a existência de Deus, está se
>
> referindo a um Ser onipotente, onisciente e onipresente criador do
> Universo.
> Mas será esta a correta definição de Deus?
>
>

Depende, para cada seita/povo/cultura existe uma definicao de deus.
Como deus eh um produto da mente humana, cada um pode definir como
quiser
assim sendo nao existe pq uma definicao estar correta e outra errada.

>
> Se pararmos para pensar, verificaremos que "deus" sempre foi um grande
>
> problema semântico. Realmente, não há muita coisa em comum entre um
> paleolítico urubu-totem, a divindade de uma tribo agropastoril metade
> gente
> metade gato que faz chover e ventar, os antepassados dos árias também
> tidos
> como deuses (os manes e os lares) e o omnipresente Deus
> judaico-cristão (que
>

O que todos tem em comum eh que sao frutos da imaginacao humana e,
que de alguma forma influenciam nossas vidas principalmente nos julgando
com
objetivos punitivos.


> Maomé, mais tarde, transformou em Alá), o qual se autodefiniu desta
> forma:
> "Eu sou o que sou". (Êxodo; 3;14)
>

Quem se autodefiniu?
Se deus nao existe ele nao pode se auto-definir.
Alem do mais qqr um pode dizer isso pois isso eh uma tautologia:
"Uma arvore eh uma arvore e eu tambem sou o que sou."
jocax 1:6


>
>
> Se existe algo em comum que possa valer como definição da palavra
> deus, este
> só pode ser o fato de que todos os deuses são objeto de adoração e
> temor; e,
> também, fonte de uma ética.
>

Nem sempre. Alguns definem deus assim : "Deus eh amor".


>
>
> Sendo assim, muitas outras coisas podem ser incluídas no
> conjunto-universo
> dos deuses, de modo que aquele ateu que conhecemos, longe de ser um
> ateu, é
> na verdade um crente como qualquer outro.
>

Depende da conotacao de "crente" que vc usa.
Normalmente "crente" eh o que tem feh em deus.
Claro que todos creem em alguma coisa, no minimo que o universo existe.
Mas extrapolar daih que o ateu eh um crente, no sentido usual, eh um
passo
erroneo.


>
> Sabe-se que os iluministas combateram o Deus católico — que se valia
> da
> ignorância e do terror para manter a população européia serva do
> estamento
> sacerdotal — por meio da Razão. Se antes, na época de Descartes,
> Spinoza e
> Leibniz, a Razão era uma dádiva de Deus aos homens, com Diderot,
> Condorcet e
> outros enciclopedistas Deus e Razão se transformaram em termos
> mutuamente
> excludentes, ou seja, segundo estes que inspiraram a Revolução
> Francesa, no
> mundo descortinado pela Razão não há lugar para deuses.
>
>
> Mas será que existe uma diferença de qualidade entre a Razão
> iluminista e o
> Deus judaico-cristão?
>
>
> Acredito que não. Creio firmemente que muito mais diferenças há entre
> o
> animal totem dos povos paleolíticos e o Deus judaico-cristão do que
> entre
> este e a Razão iluminista. Senão vejamos:
>
>
> Conforme a sua própria definição, Deus "é o que é", vale dizer,

Vc ja supoe que deus se autodefiniu e eu repito : Um ser inexistente nao
pode se
autodefinr. Alem do mais esta definicao eh uma tautologia e nao traz
absolutamente
NENHUMA informacao.


> Deus é o Ser
> com "S" maiúsculo, o Ser cujo predicado é ele mesmo (o Ser é o Ser),
> um ser
> que se basta a si mesmo, portanto um ser "indeterminado".

Qual o sentido de "se basta em si mesmo"?
O universo tambem nao se basta em si mesma?
A conclusao "bastar em si mesma" implicar em "indeterminacao" carece
no meu entender de sentido. Se vc puder explicar...

>
>Deus seria, então,

> a Lei mais fundamental, aquele Princípio que determina todas as
> coisas; em
> síntese: Deus seria a "razão" por que existe "necessariamente" algo ao
> invés
> de nada — a Razão-de-Ser.
>

Se vc coloca Deus como uma Lei da natureza , um principio fisico, entao
para q chama-lo de Deus ?!?! e nao simplesmente de "Lei fundamental"?
Note q uma lei fisica nao tem sentimentos, nem bondade, nem julga as
pessoas.
Eh portanto totalmente anti-producente chamar uma lei fisica de deus.



>
>
> Spinoza, um filósofo judeu racionalista que certa vez disse "Deus, ou
> seja,
> a Natureza", distinguiu na Natureza (isto é, Deus) dois aspectos: a
> "Natura
> Naturans" e a "Natura Naturata". A "Natura Naturans" é a Ordem Eterna
> (a
> Lei, a Razão Objetiva) e a "Natura Naturata" é a Natureza gerada
> conforme
> esta Ordem.
>

Agora, chamar a natureza de Deus tambem caih no mesmo erro de chamar uma

lei fisica de Deus: Soh causa desentendimentos uma vez q a palavra Deus

traz muito mais conotacoes( ideias embutidas) do que a palavra natureza.

>
>
> Ora, a corrente filosófica denominada Naturalismo (ou Materialismo)
> foi
> amplamente influenciada tanto pela metafísica do panteísta Spinoza (e
> outros
> racionalistas, como Descartes e Leibniz) como pelas grandes
> descobertas da
> ciência moderna, realizadas por Copérnico, Galileu, Kepler e Newton. A
>
> dicotomia Spinozeana, natura naturans/natura naturata, foi abandonada
> (dado
> que, para os revolucionários, o latim era a língua utilizada pelos
> intelectuais ligados ao clero e com o intuito de esconder das massas o
>
> conhecimento) e, em seu lugar empregadas as seguintes expressões
> "laicas" ou
> "seculares": Natura Naturans > as Leis, a Razão Objetiva (em oposição
> à
> razão subjetiva, isto é, a faculdade cognitiva do homem); Natura
> Naturata >
> a Natureza, a Matéria.
>
>
> Não obstante isso, a Razão, do mesmo modo que o deposto Deus católico,
>
> permaneceu um objeto de culto, de adoração e de temor. E assim como o
> Deus
> judaico-cristão era, no passado, a única e exclusive fonte
> ético-moral, a
> Razão passou também a deter o monopólio da moral e da ética. Isto é, a
> Razão
> objetiva é o "Bem" (a Verdade e o Bem são a mesma coisa),

Nao concordo que verdade e o Bem sejam a mesma coisa (do Michaelis) :

verdade:
s. f. 1. Conformidade do conhecimento com o real. 2. Realidade,
exatidão. 3. Sinceridade, boa fé. 4. Princípio certo e verdadeiro. 5.
Representação fiel de alguma coisa da natureza.

bem.
s. m. 1. Tudo o que é bom ou conforme à moral. 2. Benefício. 3.
Virtude.

>razão como faculdade cognitiva humana não só é um instrumento para
>explorar

> o mundo como também uma norma para "julgar" pensamentos e ações.
>
>
> Realmente, os filósofos naturalistas e os cientistas que professam
> essa
> corrente de pensamento consideram como éticas as "leis" da natureza

Essa generalizacao do pensam os cientistas em relacao aa etica eh
demasiadamente
forcada. As leis da natureza nao tem nada a ver , em principio, com
"etica".
Claro que se pode criar uma etica baseada nas leis naturais mas, em
principio, a
etica eh independente das leis naturais e nao acredito que vc ache nem
um unico
cientista que diga q sua etica seja as "leis da natureza".


> e da
> história: os economistas liberais entendem que as leis do mercado são
> justas
> e boas; os social-darwinistas afirmam que o Estado não deve suprimir
> da
> sociedade a lei da seleção natural (a sobrevivência dos mais aptos e o
>
> perecimento dos inaptos), caso contrário a humanidade se extinguirá
> devido
> ao acúmulo de "males"; os materialistas históricos propugnam que as
> leis que
> regem a História da sociedade Humana a conduzirá inelutavelmente do
> Reino
> das Necessidades para o Reino da Liberdade; os sociobiologistas dizem
> que as
> normas éticas e morais jazem em nosso patrimônio genético, etc.
>
>
> Em suma, há uma racionalidade na Natureza, e essa razão é ética.
>

A racionalidade na natureza *nao* eh etica : a etica eh criacao da mente
humana.
A racionalidade na natureza esta ligada as leis fisicas.


>
>
> Falei, em outra mensagem, que o tempo linear dos judeus está na raiz
> da
> ideologia "científica" do progresso. Se a civilização ocidental
> tivesse se
> aferrado ao tempo circular dos gregos, estaríamos até hoje presos num
> "círculo" vicioso de estagnação.
>

Nao creio.
Muito antes da invencao do relogio e do conceito humano tempo os seres
vivos
evoluiram e nunca ficaram estagnados.
Mesmo os gregos com seu tempo circular (o que quer q isso queira dizer),

foram uma das culturas mais ricas e avancadas da face da terra na
epoca.

>
>
> E agora, acho que deu para demonstrar a identidade que subjaz entre o
> Deus
> judaico-cristão e a Razão objeto de crença dos seculares e dos
> cientistas.
>

Nao vi nada correlacionado que faca algum sentido logico.


> Sem a crença nesta Razão, a humanidade não teria conhecido o
> desenvolvimento
> do pensamento científico, a transformação da ciência em força
> produtiva e,
> consequentemente, as sucessivas revoluções científico-tecnológicas que
> nos
> deram o motor a explosão, a estrada-de-ferro, a máquina-ferramenta, a
> luz
> elétrica, o automóvel, o avião, o televisor, o computador e outras
> maravilhas.
>

A crenca na razao nao eh a mesma coisa que a crenca em deus.



>
>
> É, Max Weber estava certo: a consciência determina mais o ser do que
> vice-versa.
>
>
>

E o jocax disse :
O ser determina mais a consciencia do que vice-versa.

[]s
jocax




SUBJECT: Engano.
FROM: Jairo Santos Vieira <JVIEIRA@vortex.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/08/2000 13:21

Li parte do emeil do Claudio Abreu e desisti. O modo dele ver, FHC e sua
turma eh no minimo gozado, para nao dizer ridiculo.
Ele nivela todos os politicos, como iguais a FHC. Isto soh pode se esperar
da cabeca dele ou de outros paulistas e nordestinos que garantiram a
eleicao de FHC e sua turma. Aqui no Sul nao se vota nele desde o
principio. Ele FHC fez um plano que prejudicou praticamente todos os
estados cuja economia se baseia na agricultura.
FHC estah sucateando as universidades.- Outro dia, Malan um dos da turma
dele, teve a cara de pau de ir na grande imprensa e dizer que:...o nosso
pais eh o quarto pais do mundo em investimentos nas universidades publicas,
soh estando na frente os Estados Unidos a Suica e o Japao.... Ele soh nao
contou que esse dinheiro era para pagar o sustento dos hospitais e o
salario de professores e funcionarios aposentados, nao tendo nada a ver
com a universidade em si!!!
Eh assim que eles fazem, manipulam estatisticas, jogam dinheiro em forma
de favores para nao fazer CPI do Eduardo Jorge... e por ai vai... . Sempre
nessa linha.
Pergunto ao Claudio Abreu: Qual ou quais os partidos que tem menos
parlamentares envolvidos com falcatruas? - Veja voce mesmo!!! Eh so os
partidos da esquerda!!!
Voces ai em Sao Paulo e no Nordeste tem votado sistematicamente nos
partidos que tem uma maior quantidade de politicos corruptos. Votem na
esquerda pois pelo menos nao sao ladrao como voce faz crer no inicio do
seu emeil!!!O PSDB NAO EH PARTIDO DE ESQUERDA. EH UMA PIADA PENSAR QUE UM
PARTIDO QUE DESEMPREGA, QUE SUCATEIA AS UNIVERSIDADES QUE QUER PRIVATIZAR
TUDO O QUE E LUCRATIVO PARA O ESTADO, SE DIGA DE ESQUERDA. FHC , ele
mesmo disse: - ESQUECAM TUDO O QUE EU ESCREVI!!!!!!!!!!!!!!
Esquecam dele tambem. Votem na esquerda...
Votem PT, PSB, PSTU, PCO, PV, PMN. No PDT cuidado existem alguns la
dentro que nao valem o voto.
Ateh.
Jota...


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: neotenia, sonho, religiao...
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/08/2000 13:35

On Mon, 21 Aug 2000 msbn@daterranet.com.br wrote:
> Olá, takada e lista,
^takaTa (com 't') ou passo a lhe chamar de manoel... re re...

> Manuel - Não tenho dúvidas sobre isso. Mas o que estabeleceu as condições
> para o desenvolvimento e subseqüente especialização de um cérebro grande?
> Sabemos que um feto de mamífero, sobretudo o feto de um macaco, tem um
> crânio muito mais desenvolvido em relação à face do que o crânio do espécime
> adulto. Sobre essa matéria-prima (o cérebro maior de um espécime adulto
> fetilizado) o acaso das mutações e a necessidade de sobrevivência
> trabalharam para produzir um cérebro ultra-especializado. Mas, frise-se,
> isso não teria sido possível caso a evolução ontogenética tivesse
> continuado, sem o devido retardamento.

nao ha um retardamento relativo no desenvolvimento cerebral - o q. ha eh
um prolongamento de seu desenvolvimento...

facamos uma analogia: fulano faz um percurso a 10 m/s durante 20 s - no
total ele correu 200 m... se sicrano com a mesma velocidade corre durante
40 s seu percurso serah de 400 m. haveria pedomorfose se sicrano
percorresse um caminho mais curto (q. poderia se dar por correr por menos
tempo ou com velocidade menor)...

> Manuel - Como é que é? O homem não descende do macaco, mas de um ancestral
> comum (o elo perdido)?. Essa sua afirmação pressupõe que, antes do homem,
> não existiam macacos; que o ancestral comum do homem e do macaco não era
> macaco, pois, se fosse um macaco, não poderia ser um ancestral do macaco.

manuel, vc escreveu um texto para divulgacao. repare o q. eu disse: 'as
pessoas pensam q. os seres humanos vieram dos macacos *atuais*'. nao raras
vezes a pergunta q. se faz a um biologo eh: 'se o homem veio do macaco,
porq. o macaco de hoje nao se transforma em homem?'. qdo se fala q. os
humanos vieram de um ancestral comum com um grupo de macacos (eh ateh
melhor do q. generalizar 'os macacos') fica mais facil de responder a essa
pergunta.

se se quer dizer q. o homem veio do macaco, eh preciso frisar q. sao
macacos ancestrais (o q. dah no mesmo q. a formulacao q. propus), mas
neste caso acaba por ter q. detalhar um pouco mais a historia. se se tem
espaco suficiente pra contar um bocado mais da historia, otimo. mas em
geral se tem limitacao de espaco disponivel e a solucao acima julgo ser a
melhor. jah q. embora tbm nao conte a historia inteira, nao fica com uma
ponta solta nem incorre em imprecisao prejudicial.

mas repare q. vc pediu uma opiniao, eu apenas a dei... eu seria cinico se
dissesse q. qdo se pede uma opiniao deve se estar preparado para uma
opiniao contraria -- embora em principio devesse mesmo, mas a natureza
humana nao costuma agir assim (se eu ignorasse isso seria inocente, mas
como nao ignoro se eu insistisse nisso seria cinico)...

[e sobre a sua observacao de q. a formulacao 'os seres humanos descendem
de um ancestral comum com os (ou melhor um grupo especifico de) macacos'
implica q. nao havia macacos antes, nao eh verdade... implica q. nao havia
antes os macacos *atuais* (ou os macacos de um grupo em particular). a
questao eh contar com a inferencia da palavra 'atuais' de um leitor leigo
(q. eh afinal o alvo de um texto de divulgacao). qdo se inquire a uma
pessoa media: 'fale o nome de um macaco', a resposta serah: chimpanzeh,
gorila, macaco aranha, mico, sagui, gibao, orangotango... e dificilmente
um pitecantropo, /Branisella/, /Apidium/, /Xenothrix/ ou qq outro macaco
extinto.]

eu vejo mais perigo de se induzir 'a ideia da 'Scala Naturae' ao dizer q.
o ser humano veio diretamente do macaco do q. dizer q partilha um
ancestral em comum...

> Manuel - Conheço essa teoria de textos de divulgação científica, e não de
> textos técnicos. O Stephan Jay Gould, em um de seus ensaios (não me lembro
> qual livro) trata neotenia e pedomorfose como termos sinônimos. Quanto ao
> que eu quero dizer com o termo "bio-evolucionária", muito simples: evolução
> biológica. Cosmo-evolucionária seria evolução do universo como um todo. É só
> prestar a devida atenção em ambos os termos do substantivo composto, e não
> restará dúvidas. Se a sua intenção não for dar uma bela rasteira num neófito
> qualquer e comemorar a vitória, o significado do termo "bio-evolucionária" é
> de uma cristalinidade absoluta!

o prefixo 'bio' eh totalmente dispensavel nesse caso... como se estah
falando de evolucao de organismos obviamente se trata de evolucao
biologica... alias se se faz questao pode se usar o termo com seu nome e
sobrenome 'evolucao biologica'... 'bio-evolucao' eh um neologismo sem
muitas utilidades, acaba passando mais uma ideia de tentativa de erudicao
desnecessaria -- involuntaria que seja...

aguardo maiores referencias sobre o tal ensaio de Gould (mas isso apenas
significa q. ele errou e nao q. o uso seja correto).

> Manuel - Daquele parágrafo,Jamais deduzi o que vc deduziu. Disse que um dos
> traços neotêmicos são diretamente selecionados, ao passo que outros traços
> neotêmicos consistem em exaptações (você, com certeza, sabe o que significa
> esse termo.) Em nenhum momento falei que não haveria sobredesenvolvimento de
> uma determinada estrutura em relação às outras, até porque estou convicto
> que isso aconteceu (realmente, não há como comparar o cérebro altamente
> especializado de um ser humano com o cérebro muito maior, porém menos
> especializado, da baleia.)

vc nao deduziu pelo fato de vc mesmo ter escrito... vc sabe o q. vc quer
dizer, mas qdo se quer comunicar uma ideia eh preciso ter em mente o q. as
pessoas com as quais vc vai falar sabem ou deixam de saber sobre o tema
abordado... vc fala em mudancas de controle do crescimento e soh fala em
neotenia, nao diz q. a neotenia eh o resultado de um dos tipos de
mudancas... o leitor leigo nao poderah adivinhar q. a neotenia seja apenas
uma entre outras possibilidades...

nao devia sentir nessas observacoes um ataque academico, nao ha nenhum
complo para expo-lo ao ridiculo... estou apresentando pontos q. poderiam
ser melhor apresentados a fim de limitar as ambiguidades q. surgem em
comunicacao para um publico q nao eh afeito 'a tematica ou 'a abordagem
apresentada.

> Manuel - Certamente, há muito a se estudar. Mas um cérebro grande é a
> condição de possibilidade de um grande cérebro altamente especializado.

pode se ter um cerebro pequeno altamente especializado -- nesse caso um
cerebro pequeno serah a condicao para tal possibilidade...

> Manuel - Se se for entender tudo ao pé da letra, obviamente (ululantemente)
> que um indivíduo cujo desenvolvimento biológico não se concluiu eh um
> aborto. Mas, meu caro, caríssimoTakada, o que quero dizer é que o
> desenvolvimento em questão não se concluiu do ponto de vista biológico,
> porém se concluir do ponto de vista cultural. A cultura começa onde a
> biologia termina. De um certo modo, somos de fato um aborto, seres
> prematuríssimos que, para sobreviver, demandam a atenção não só da mãe
> (pobre coitada!), mas de toda a comunidade.

o desenvolvimento biologico estah completo -- o desenvolvimento de sua
especie eh assim... mal comparando, bem mal, mas vamos tentar: digamos q.
temos um copo americano de 200 ml e um copo de pinga de 70 ml. embora 70
ml nao encham um copo e 200 ml, enche bem o copo de pinga... nao eh q. o
copo de 70 ml esteja menos cheio (completo) do q. o de 200 ml -- ele
simplesmente eh menor.

o q. podemos dizer em relacao aos organismos eh q. eles tiveram o seu
padrao de desenvolvimento modificado a partir de um padrao ancestral. nao
somos macacos incompletos, somos um outro tipo de macaco completos --
ainda q. isso seja uma modificacao adquirida na evolucao. isso tira
liberdade poetica e literaria? eu acho q. nao, mas compreendo quem pensa
assim -- de qq modo devemos ser os mais zelosos possiveis qdo se toca em
assuntos tao delicados como a religiosidade e a psicologia humana.

[em comentario marginal, jah q. nao vou levar essa polemica adiante: tbm
nao se deve levar a dicotomia cultura/biologia tao a serio -- tudo eh
questao de interacao gene-ambiente... i.e., a cultura faz parte da
biologia de muitas especies.]

> Manuel - em outro e-mail que enviei para essa lista (com certeza você não
> leu), falei que o homem sempre necessitou de um objeto de devoção, e que
> tais objetos são vários. Disse até que o Deus judaico-cristão que disse para
> Moisés: "Sou o que sou", está mais próximo da razão iluminista do que do
> totem-cordeiro das tribos semitas que viviam nas margens orientais do
> crescente fértil.

qdo vc fecha o texto se referindo a uma divindade em particular, apos
falar em religiosidade em termos genericos, estah -- involuntariamente ou
nao -- simbolizando todas as manifestacoes religiosas em termos dessa
divindade particular... estou chamando a atencao para os problemas
envolvidos nessa simplificacao... existem sistemas de religiao q. nao
envolvem culto de divindades, p.e. e esqueci-me de comentar tbm q. eh
possivel (provavel) q. fira algumas sensibilidades q. entendam de modo
ofensivo a equiparacao de seus sentimentos de religiosidade profunda com
emotividade infantil...

e apenas a pedomorfose continua nao explicando a ligacao do sistema
imunologico com os centros envolvidos com a religiosidade...

e a neotenia nao dah conta dos principais caracteres distintivos dos seres
humanos - seu cerebro e seu bipedalismo... nao creio q. seja uma boa
explicacao geral para as caracteristicas humanas -- embora possa ter
ocorrido em alguns tratos (pele glabra, e.g.).

ressalto apenas q. nao eh objetivo meu tolher sua liberdade de
manifestacao -- nao eh uma guerra territorial. mas como tenho algum
contato com a praia, tomei a iniciativa de sugerir alguns atalhos, evitar
alguns terrenos e qual eh o point mais quente. porem, sei q. eh irritante
e facil interpretar isso como arrogancia ou tentativa de intimidacao.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Divina sem Razao :-) :-) :-)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/08/2000 13:38


-----Mensagem Original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 21 de agosto de 2000 12:30
Assunto: Re: [ciencialist] Divina Razao




msbn@daterranet.com.br wrote:

> DIVINA RAZÃO
>
>
>
>
> "No princípio era o Logos
>
> e o Logos estava com Deus
>
> e o Logos era Deus."
>
>
> João 1:1
>
>

... E o deus era o Leo !! :-)
Jocax 2:3

Léo: No princípio era o karmanguia ... hoje é o Logus!
E o Logus está com o Léo
Mas o Logus não é deus
Léo é o único deus consciente
Léo 1:1
>
>
>
> Estive observando que quando alguém nega a existência de Deus, está se
>
> referindo a um Ser onipotente, onisciente e onipresente criador do
> Universo.
> Mas será esta a correta definição de Deus?
>
>

Jocax:
Depende, para cada seita/povo/cultura existe uma definicao de deus.
Como deus eh um produto da mente humana, cada um pode definir como
quiser
assim sendo nao existe pq uma definicao estar correta e outra errada.

Léo: deus não se define, o conceito dele é transferido de pai prá filho em
qualquer cultura. É o único policiamento que os pais encontram para
manter os filhos dentro de uma linha de costumes vigentes na época.
Primeiro incute a idéia de deus, depois usa "é pecado fazer isso, vc
vai pro inferno". Ah! junto com a idéia de deus tem que vir tb a do
'bode'
expiatório.

>
> Se pararmos para pensar, verificaremos que "deus" sempre foi um grande
>
> problema semântico. Realmente, não há muita coisa em comum entre um
> paleolítico urubu-totem, a divindade de uma tribo agropastoril metade
> gente
> metade gato que faz chover e ventar, os antepassados dos árias também
> tidos
> como deuses (os manes e os lares) e o omnipresente Deus
> judaico-cristão (que
>

Jocax:
O que todos tem em comum eh que sao frutos da imaginacao humana e,
que de alguma forma influenciam nossas vidas principalmente nos julgando
com
objetivos punitivos.

Léo: Pronto! Virei fruto!


> Maomé, mais tarde, transformou em Alá), o qual se autodefiniu desta
> forma:
> "Eu sou o que sou". (Êxodo; 3;14)
>

Jocax:
Quem se autodefiniu?
Se deus nao existe ele nao pode se auto-definir.
Alem do mais qqr um pode dizer isso pois isso eh uma tautologia:
"Uma arvore eh uma arvore e eu tambem sou o que sou."
jocax 1:6

Léo: I am that I am sou eu. Sou eu que sou o que sou sô!
"Sou deus, logo existo"
Léo 0:0

>
> Se existe algo em comum que possa valer como definição da palavra
> deus, este
> só pode ser o fato de que todos os deuses são objeto de adoração e
> temor; e,
> também, fonte de uma ética.
>

Jocax:
Nem sempre. Alguns definem deus assim : "Deus eh amor".

Léo: Outros só cantam: "Ele é o bom é o bom é o bom!"

>
>
> Sendo assim, muitas outras coisas podem ser incluídas no
> conjunto-universo
> dos deuses, de modo que aquele ateu que conhecemos, longe de ser um
> ateu, é
> na verdade um crente como qualquer outro.
>

Jocax:
Depende da conotacao de "crente" que vc usa.
Normalmente "crente" eh o que tem feh em deus.
Claro que todos creem em alguma coisa, no minimo que o universo existe.
Mas extrapolar daih que o ateu eh um crente, no sentido usual, eh um
passo
erroneo.

Léo: Podescrer!

>
> Sabe-se que os iluministas combateram o Deus católico - que se valia
> da
> ignorância e do terror para manter a população européia serva do
> estamento
> sacerdotal - por meio da Razão. Se antes, na época de Descartes,
> Spinoza e
> Leibniz, a Razão era uma dádiva de Deus aos homens, com Diderot,
> Condorcet e
> outros enciclopedistas Deus e Razão se transformaram em termos
> mutuamente
> excludentes, ou seja, segundo estes que inspiraram a Revolução
> Francesa, no
> mundo descortinado pela Razão não há lugar para deuses.
>
>
> Mas será que existe uma diferença de qualidade entre a Razão
> iluminista e o Deus judaico-cristão?

Léo: Sim há uma grande diferença. A razão nos propicio a luz durante
as horas que o Sol 'está escondido'. Nessas horas os outros deuses
não conseguem iluminar bulhufas! Só eu, com a razão, consegui a
lâmpada incandescente e as de vapores metálicos, com maior lumem
por watt.
>
>
> Acredito que não. Creio firmemente que muito mais diferenças há entre
> o
> animal totem dos povos paleolíticos e o Deus judaico-cristão do que
> entre
> este e a Razão iluminista. Senão vejamos:
>
>
> Conforme a sua própria definição, Deus "é o que é", vale dizer,

Jocax:
Vc ja supoe que deus se autodefiniu e eu repito : Um ser inexistente nao
pode se
autodefinr. Alem do mais esta definicao eh uma tautologia e nao traz
absolutamente
NENHUMA informacao.

Léo: Outro nome bonito e teratologia. Uma pessoa além de nascer com 2
cabeças, usou uma delas para se auto-definir.


> Deus é o Ser
> com "S" maiúsculo, o Ser cujo predicado é ele mesmo (o Ser é o Ser),
> um ser
> que se basta a si mesmo, portanto um ser "indeterminado".

Jocax: Qual o sentido de "se basta em si mesmo"?
O universo tambem nao se basta em si mesma?
A conclusao "bastar em si mesma" implicar em "indeterminacao" carece
no meu entender de sentido. Se vc puder explicar...

Léo: se ele "se basta em si mesmo", por que precisa congregar outros para
adorá-lo e temê-lo? Auto afirmação? Não lhe basta ser o sujeito,
predicado,
verbo, adjetivo, advérbio e partícula passivadora? Que mais lhe
falta?
Oração subordinada temporal causal?

>
>Deus seria, então,

> a Lei mais fundamental, aquele Princípio que determina todas as
> coisas; em
> síntese: Deus seria a "razão" por que existe "necessariamente" algo ao
> invés
> de nada - a Razão-de-Ser.
>

Jocax:
Se vc coloca Deus como uma Lei da natureza , um principio fisico, entao
para q chama-lo de Deus ?!?! e nao simplesmente de "Lei fundamental"?
Note q uma lei fisica nao tem sentimentos, nem bondade, nem julga as
pessoas.
Eh portanto totalmente anti-producente chamar uma lei fisica de deus.

Léo: Pronto. Virei lei física!
Atentem para isso: "Não usar meu santo nome em vão" Léo 1:2
Pode usar em fresta, pequenos rasgos, lugares apertados etc.
Mas nunca em vão!

Cansei ........ até o próximo versículo :-)

[]'
Léo
(e que o tempo me desculpe por esbanjá-lo com tanta bobeira)






SUBJECT: Claudio Abreu
FROM: Jairo Santos Vieira <JVIEIRA@vortex.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/08/2000 13:56

Os politicos brasileiros, no poder executivo federal , escrevem errado
por linhas erradas. Comecaram a querer a paridade dolar-real e acabar com
a inflacao na base de exclusao social do campo, do desemprego e do
aumento da concentracao de renda. Isto eh que realmente ocorreu!!! Acho
que Economia nao eh ciencia e sim: A TECNOLOGIA DA FALCATRUA.
Se a economia fosse uma ciencia ELES teriam mudado a politica economica.
Isto eh, um cientista tem compromisso com a verdade. Se a teoria nao
funciona na pratica o cientista tem por obrigacao de mudar sua teoria. Os
economistas do poder, aqui no Brasil, teimam em mater essa teoria deles,
mesmo que esteja enterrando o pais na miseria, na obsolescencia e no caos.
Uma das duas, ou eles sao burros e nao veem a verdade ou eles sao
canalhas e veem a verdade mas isso ajuda a classe que eles querem
privilegiar a continuar usurpando o pais...
Indignado!!!
Jota.


SUBJECT: o que ser movimento bowniano
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/08/2000 14:04

Olá,
perdidas as referências e sem saber o cotexto gostaria de perguntar sobre o
movimento bowniano (veja bem, não é browniano). Se não existe tal movimento,
o que há de brown na física?

Perdido... abraço, Benjamin Hinrichs




SUBJECT: En: [ciencialist] Meus novos grupos no eGroups
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: "Ciencialist" <Ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/08/2000 15:02

Prezado Alberto Mesquita Filho,

Obrigado pelas boas vindas e pelos comentários. Abaixo, faço os meus, sempre em preto e negrito.
 
AMF: Consequentemente, não me decepcionei com o FHC. Ele é exatamente o que
achei que fosse e não é melhor nem pior do que os demais que com ele disputaram
o cargo que hoje ocupa. Esta é a nossa triste realidade. Abaixo o marasmo!
Alberto, que bom que você foi mais esperto e experiente do que eu e que a maior parte do povo brasileiro que elegeu e reelegeu FHC. Realmente eu acreditava no FHC e na sua equipe (em particular o Malan, o Arida, o Lara Resende e Bacha) que eram os "meus heróis" na década de 70, no meio daquela ditadura "braba"... Se o FHC, meu ex-herói, não fosse o ministro da Fazenda, acho que não teria tido o estímulo pra escrever aquela proposta, que infelizmente tenho de ficar dizendo que foi a base do Plano Real, na medida que esses caras nunca se dignaram a fazê-lo. É como diria o Cazuza: os meus heróis morreram todos... Informo, contudo, que nunca votei no FHC, pois percebi que ele era uma canoa furada antes da sua primeira eleição.
 
AMF: Em tempo: Não sou contra o plano que você afirma ter sido originado de
suas idéias. Acho apenas que os políticos no Brasil escrevem errado por linhas
(ou teorias) certas. Em outras palavras, dizem seguir uma teoria mas seguem outra.
Alberto, longe de mim desgostar de tudo que se relacione do Plano Real, pois afinal ele acabou com aquela inflação perversa. O que eu lamento é que tudo isto poderia ter sido feito de uma outra forma, se tivessem prevalecido somente a vontade de fazer as coisas certas e o espírito de homem público e não as ambições políticas e eleitoreiras. Em suma, poderia ter sido bem mais barato acabar com a inflação neste país, caso não eles não tivessem errado tanto. Hoje em dia vemos todo mundo de olho no caso do TRT/SP, de onde sumiram uns R$ 169 milhões. Não sei precisar, mas é provável que os erros da implantação do Real tenham custado não R$ 169 MILHÕES, mas sim mais de R$ 169 BILHÕES, e não vejo ninguém se preocupando com isso. E então, ninguém vai ser responsabilizado por esta conta, mil vezes maior? Acho que o responsável por ela é o FHC, com ajuda do Malan, Gustavo Franco e outros iluminados. Sim, Alberto, a política é cruel, particularmente com que acredita que ela possa ser mais altiva.  Mas deixa isso pra lá... a ciência é mais prazerosa e fascinante.
 
AMF: Estou pensando seriamente em indicá-lo para o prêmio Nobel. Brincadeirinha
:-). Na realidade, e como você afirma acima, explicou porque havia a coincidência e não o fenômeno em si e que está por trás da coincidência.
Aqui acho que discordamos, tanto é que escrevi "coincidência", entre aspas, e não coincidência. A minha vida tem sido uma sucessão de "coincidências", tais como a que me deparei ao desvendar a estrutura das orbitais eletrônicas, que você colocou com um desafio, e que daria direito, em tom de brincadeira, até ao prêmio Nobel. Você me autoriza a divulgar aqueles nossos emails para o que o Ciencialist tome conhecimento dos assuntos neles abordados? Acho que a turma iria gostar, e nos ajudar a concluir se foi mais uma coincidência ou "coincidência".  

AMF: Sinceramente, Cláudio, e como já afirmei várias vezes, vejo um potencial
muito grande em sua teoria e acredito que ela tem muito de verdade e de
possibilidade de vingar. Daí a dizer que ela será aceita pela comunidade
científica vai uma distância muito grande. Como teorizador, a sentir na
pele os problemas que sei que você tem sentido no decorrer dos anos, só me
resta torcer pelo seu sucesso. Posso discutir a teoria, posso sugerir emendas,
mas não posso convencer a uma comunidade que somente aceita como certo aquilo
que vem do exterior e assim mesmo publicado em revistas patrocinadas pelos
donos da ciência. Um país cuja elite cultural não valoriza seus teorizadores
não pode aspirar nada melhor do que o relatado nos primeiros parágrafos
desta mensagem. Pena que o povo, que realmente não é o responsável pela
idiossincrasia, seja efetivamente quem "paga o pato".
Prezado Alberto, sinceramente, fico bastante grato pela suas estimulantes e sábias palavras.
 
Realmente é muito difícil a situação de alguém que acredita que tenha descoberto algo muito importante para a ciência; e, pior ainda, a de quem tem a certeza de que fez isto, como é o meu caso. A gente fica numa situação de ser arrogante pelo simples fato de acreditar naquilo que tem a certeza de que é a verdade. Ainda mais se esta pessoa, tal como eu, tem bastante senso de autocrítica, e fica eternamente se perguntando: "será que você está sendo lúcido ou enlouqueceu de vez?". "Não, não enlouqueci não", é o que eu sempre concluo ao final destas divagações, pois se pensasse diferente disto teria de concluir que todas as evidências, certamente verdadeiras, e que me fizeram chegar a tal posicionamento, teriam que ser falsas, o que seria um absurdo.
 
É muito ruim padecer de um mal que, na falta de outro nome, chamo de solidão cientifica. Minha participação no Ciencialist e no Acrópolis no ano passado me deram uma noção de tudo o que você disse acima, a ponto de eu resolver me recolher para não levar mais tanta pancada. Bem o mundo é este, e que quem vai na chuva tem que se molhar.
 
Acho que atualmente amadureci o suficiente (e isto me fez voltar a este grupo)para ver qualquer batida ou contraposição mais forte como sendo salutar, pois reflete o posicionamento de quem não pode acreditar no que está vendo e que, inconscientemente, se coloca na posição de sincero defensor dos atuais paradigmas científicos vigentes. Afinal, o novo espanta... Disse salutar porque uma contrargumentação bem feita enriquece o debate e inclusive, força o desenvolvimento das idéias, tal como nos aconteceu no período em que nos correspondemos.    
 
>CBAS: O terceiro grupo é "musicasdeclaudioabreu", onde pretendo, com o tempo,
> colocar disponíveis minhas composições e letras já gravadas em CD e
> convertidas para MP3. Ainda não está operando.

AMF: Muito boas por sinal. Torno público o comentário que fiz em pvt (18/05/00):
"O CD é excelente". E a tgbd, a meu ver, não fica atrás, ainda que, e como
já comentei, não a conheça com a profundidade necessária para defendê-la
de um ponto de vista acadêmico; e nem sou "dono de toda essa bola", pois ela
situa-se numa área que gosto de estudar mas não sou especialista no assunto.
Sob esse aspecto, posso apenas recomendá-la para leitura, críticas e reflexões, pois creio que ela merece.
[ ]'s
Alberto
De novo muito obrigado pela suas estimulantes palavras. De que adianta fazer músicas se ninguém gostar delas, e desenvolver teorias se ninguém acreditar nelas?
 
Por fim, pergunto: você acredita que esta idéia de abrir um grupo no eGroups para debate de um assunto específico, tal como fiz para a TGBD, possa ser uma nova forma de amadurecer uma idéia, de uma forma participativa? Já pensou em a fazer um grupo só para debater a suas propostas? Veja como é fácil fazer isto: vá até o eGroups e clique em INICIAR UM NOVO GRUPO.
 
Um grande abraço,
 
Claudio Abreu 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: neotenia, sonho, religiao...
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/08/2000 18:42

Estava acompanhando a resposta do Takata e concordando com ele, até achando
muito bem colocadas suas explicações, quando me deparei com essa frase
(desculpe-me se a tiro do contexto):

" [em comentario marginal, jah q. nao vou levar essa polemica adiante: tbm
nao se deve levar a dicotomia cultura/biologia tao a serio -- tudo eh
questao de interacao gene-ambiente... i.e., a cultura faz parte da biologia
de muitas especies.]"

Fora o fato, já aqui debatido, sobre eu não concordar totalmente que a
cultura seja somente interação gene-ambiental (e não é essa a questão), a
questão é: "a cultura faz parte da biologia de muitas espécies". Amigo,
você não cometeu um engano nessa frase? Se não, poderia nos dizer qual outra
espécie, que não a humana, é capaz de produzir cultura? O que você está
chamando de cultura?



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: neotenia, sonho, religiao...
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/08/2000 18:51

Não tinha pensado desta forma e confesso que parece bastante lógico!
-----------------------------------------------------
essa dicotomia entre o psicologico e o somatico pode ser util em algumas
circunstancias -- mas estao ligados. do mesmo modo como o metabolismo eh o
resultado do funcionamento do organismo, a digestao o resultado do
funcionamento do sistema digestivo, os processos psicologicos (e alguns
mais) sao o resultado do funcionamento de uma estrutura fisica -- o
sistema nervoso, particularmente o central e particularmente o cerebro...

mas mais do q. interferencia o q. existe eh uma ligacao -- no caso dos
caes e, possivelmente, de seu relato das raposas do artico acontece eh q.
genes responsaveis pela coordenacao do desenvolvimento da arquitetura do
cerebro desses organismos tbm participam da coordenacao do desenvolvimento
de algumas caracteristicas somaticas. e mais o q. se estah selecionando eh
uma sindrome e como tal provavelmente envolve um conjunto de genes -- de
forma q. esse conjunto todo estah sendo selecionado. entao o q. parece uma
interferencia pode ser motivada por causas comuns.

[]s,

roberto takata




*** --- ***

>> Lista de VARIOS sites com noticias direcionadas a ciencia (FREE!)<<
http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html

*** --- ***




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: neotenia, sonho, religiao...
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/08/2000 20:10

On Mon, 21 Aug 2000, Francisco wrote:
> você não cometeu um engano nessa frase? Se não, poderia nos dizer qual outra
> espécie, que não a humana, é capaz de produzir cultura? O que você está
> chamando de cultura?

chimpanzes tEm cultura... algumas aves canoras tbm.

McGrew WC, Ham RM, White LJT, Tutin CEG, Fernandez M 1997 - Why don't
chimpanzees in Gabon crack nuts? INTERNATIONAL JOURNAL OF PRIMATOLOGY 18:
(3) 353-74.

Abstract:
Some populations of wild chimpanzees (Pan troglodytes) use hammers and
anvils of stone or wood to crack open nuts for food. Others do not. The
aim of this study was to ask why one non-nut-cracking population, in the
Lope' Reserve, Gabon, lacks this useful form of tool use. We tested 10
hypotheses: (1) nuts are absent; (2) nuts are few; (3) nuts are
unsuitable; (4) hammers are absent; (5) hammers are unsuitable; (6) anvils
are absent; (7) anvils are unsuitable; (8) nuts are displaced by better
food items; (9) intelligence is insufficient; and (10) knowledge is
insufficient. All but the last are clearly falsified, leaving by exclusion
the likelihood that Lope's chimpanzees lack the technology-knowledge of
appropriate technique-to exploit this resource.
Thus, the behavioral differences across populations of these apes are
cultural and not environmentally dictated. This explanation is congruent
with the distribution of chimpanzee nut-cracking across Africa.

tem dois livros sobre o tema:

Wrangham, RW; McGrew, WC; Heltne, PG e De Waal, FBM (eds) 1996 -
Chimpanzee cultures - Harvard Univ. Press. 424 pp.

McGrew, WC 1992 - Chimpanzee material culture: implication for human
evolution - Cambridge Univ. Press. 293 pp.

basicamente eles relatam sobre as diferencas de comportamento de
chimpanzes nas reservas africanas - tem uma populacao de gabao, outra de
serra leoa (e nao me lembro se tem outras). ha diferencas entre elas em
diversos aspectos: uma populacao pesca cupins, outra nao; uma usa um
martelo de pedra pra quebrar frutos duros, outra nao; uma usa esponja de
folhas pra beber agua, outra nao e assim por diante... tais diferencas
pelos indicios disponiveis nao podem ser atribuidas a diferencas de
composicao genetica ou de disponibilidade de recursos -- trata-se tao
somente de se a populacao apresenta ou nao uma tecnica/comportamento em q.
os individuos aprendem com outros da mesma especie.

cultura em seu sentido estrito se refere somente ao ser humano, mas nao eh
muito operacional em termos de etologia comparada, entao pode-se pensar em
cultura como padroes de comportamentos de um grupo de organismos em q. os
individuos aprendem com outros, sendo perpetuada pelas geracoes por esse
processo de aprendizagem. (numa visao dawkiniana cultura talvez esteja
para os memes como o genoma para os genes...)

das aves canoras, ha indicios de q. em algumas especies os individuos
aprendem algo como equivalente ao sotaque da fala humana -- as aves de um
dado local vocalizam de uma maneira caracteristica em relacao a de uma
outra regiao da mesma especie. se se transplanta um ovo de uma regiao para
outra, o individuo cresce com o 'sotaque' da regiao em q. foi criado.

[em um nivel mais imediato a cultura se referem a certos padroes de
comportamentos q. nao sao geneticamente determinados -- mas eu disse pra
nao levar tao a serio essa independencia em relacao aos genes... claro q
tbm nao se deve levar ao extremo a dependencia em relacao aos genes...]

[]s,

roberto takata



SUBJECT: agradecimentos
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/08/2000 20:25

acabei apagando a mensagem antes de pegar o email... entao vai um
agradecimento publico mesmo ao colega agapito jr.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: neotenia, sonho, religiao...
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/08/2000 20:56

Então, vamos ver se entendi. "Cultura" é aqui usado para definir diferentes
formas de comportamentos, não geneticamente programados, que um grupo em
particular, dentro de uma dada espécie, apresenta. Você, baseado nos autores
que consultou e estudou, chama o aprendizado de cultura. Para mim, cultura é
um conceito mais amplo e mais refinado, seria a transformação consciente que
o homem opera no meio ambiente para suprir suas mais diversas necessidades.
Mas, se pensarmos que as coisas não são como são por acaso e que elas
começaram em algum lugar e se desenvolveram até os diferentes graus de
refinamento que hoje possuem, talvés seja possível pensar que esses
comportamentos aprendidos das outras espécies sejam uma forma inicial de
cultura (poderia chamar isso de proto-cultura?).
-----------------------------------------------------
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----- Original Message -----
From: "Roberto Mitsuo Takata" <rmt@ib.usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Monday, August 21, 2000 8:10 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: neotenia, sonho, religiao...


On Mon, 21 Aug 2000, Francisco wrote:
> você não cometeu um engano nessa frase? Se não, poderia nos dizer qual
outra
> espécie, que não a humana, é capaz de produzir cultura? O que você está
> chamando de cultura?

chimpanzes tEm cultura... algumas aves canoras tbm.

McGrew WC, Ham RM, White LJT, Tutin CEG, Fernandez M 1997 - Why don't
chimpanzees in Gabon crack nuts? INTERNATIONAL JOURNAL OF PRIMATOLOGY 18:
(3) 353-74.

Abstract:
Some populations of wild chimpanzees (Pan troglodytes) use hammers and
anvils of stone or wood to crack open nuts for food. Others do not. The
aim of this study was to ask why one non-nut-cracking population, in the
Lope' Reserve, Gabon, lacks this useful form of tool use. We tested 10
hypotheses: (1) nuts are absent; (2) nuts are few; (3) nuts are
unsuitable; (4) hammers are absent; (5) hammers are unsuitable; (6) anvils
are absent; (7) anvils are unsuitable; (8) nuts are displaced by better
food items; (9) intelligence is insufficient; and (10) knowledge is
insufficient. All but the last are clearly falsified, leaving by exclusion
the likelihood that Lope's chimpanzees lack the technology-knowledge of
appropriate technique-to exploit this resource.
Thus, the behavioral differences across populations of these apes are
cultural and not environmentally dictated. This explanation is congruent
with the distribution of chimpanzee nut-cracking across Africa.

tem dois livros sobre o tema:

Wrangham, RW; McGrew, WC; Heltne, PG e De Waal, FBM (eds) 1996 -
Chimpanzee cultures - Harvard Univ. Press. 424 pp.

McGrew, WC 1992 - Chimpanzee material culture: implication for human
evolution - Cambridge Univ. Press. 293 pp.

basicamente eles relatam sobre as diferencas de comportamento de
chimpanzes nas reservas africanas - tem uma populacao de gabao, outra de
serra leoa (e nao me lembro se tem outras). ha diferencas entre elas em
diversos aspectos: uma populacao pesca cupins, outra nao; uma usa um
martelo de pedra pra quebrar frutos duros, outra nao; uma usa esponja de
folhas pra beber agua, outra nao e assim por diante... tais diferencas
pelos indicios disponiveis nao podem ser atribuidas a diferencas de
composicao genetica ou de disponibilidade de recursos -- trata-se tao
somente de se a populacao apresenta ou nao uma tecnica/comportamento em q.
os individuos aprendem com outros da mesma especie.

cultura em seu sentido estrito se refere somente ao ser humano, mas nao eh
muito operacional em termos de etologia comparada, entao pode-se pensar em
cultura como padroes de comportamentos de um grupo de organismos em q. os
individuos aprendem com outros, sendo perpetuada pelas geracoes por esse
processo de aprendizagem. (numa visao dawkiniana cultura talvez esteja
para os memes como o genoma para os genes...)

das aves canoras, ha indicios de q. em algumas especies os individuos
aprendem algo como equivalente ao sotaque da fala humana -- as aves de um
dado local vocalizam de uma maneira caracteristica em relacao a de uma
outra regiao da mesma especie. se se transplanta um ovo de uma regiao para
outra, o individuo cresce com o 'sotaque' da regiao em q. foi criado.

[em um nivel mais imediato a cultura se referem a certos padroes de
comportamentos q. nao sao geneticamente determinados -- mas eu disse pra
nao levar tao a serio essa independencia em relacao aos genes... claro q
tbm nao se deve levar ao extremo a dependencia em relacao aos genes...]

[]s,

roberto takata




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SUBJECT: epa, epa, epa!
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/08/2000 21:27

On Mon, 21 Aug 2000, Jairo Santos Vieira wrote:
> Voces ai em Sao Paulo e no Nordeste tem votado sistematicamente nos
> partidos que tem uma maior quantidade de politicos corruptos. Votem na

nao vou entrar no merito da questao, mas vc primeiro fala de ser contra
generalizacao e depois tasca Sao Paulo e Nordeste... ha' sim um nicho
conservador forte nessas duas regioes (por q. temos tendencia de
uniformizar o Nordeste?), mas:

primeiro: embora constitua uma parcela representativa, nao se iguala ao
todo (Erundina chegou a ser prefeita da capital... tudo bem q. depois veio
o Maluf e o Pitta... e a Marta quase foi pro segundo turno nas ultimas pra
governador... atualmente somando Marta e Erundina as intencoes de voto dao
cerca de um terco para as opcoes de esquerda...)

segundo: dah impressao q. eh culpa da populacao de forma exclusiva -- pode
ser muito bem traduzido como: 'vcs sao um bando de conservadores
ignorantes... a culpa do pais estar do jeito q. estah eh de vcs'. claro,
ha uma parcela de culpa, mas eh preciso ponderar algumas coisas -- o voto
embora seja um instrumento poderoso (pelo menos ateh virem os canhoes) eh
um instrumento pulverizado, pra se organizar o uso desse instrumento eh
preciso um certo tipo de organizacao da sociedade q. demanda a
disponibilidade de certos recursos q. estao nas maos de uns poucos os
quais nao estao muito a fim de cedej-los: a imprensa, eh um desses
instrumentos... sendo Sao Paulo e o Nordeste as regioes de maiores
populacoes, o trabalho de coordenacao de esforcos tbm eh muito maior e
mais ineficiente. vale lembrar q. a oligarquia do acucar e a cafeeira se
plantaram bem nessas regioes, onde conseguiram um dominio dos meios por
forca do poder economico e assim estendendo tbm para os meios politicos.
(falando um tto imprecisa e impudentemente eh ironico q. a questao de
tipos de solo possa ter influido assim na configuracao politica do pais...
sendo ateh irresponsaveis poderiamos dizer q. a ecologia e a historia
geologica condicionaram boa parte do panorama politico brasileiro atual)

terceiro: Espiridiao Amin manda um bocado lah em SC, Jaime Lerner criou
uma dinastia politica no PR... ateh ha' pouco o governador do RS era
o distinto sr. Antonio Britto... sul maravilha?

quarto: essa historia de RS vs. o resto do brasil eh de um bairrismo
triste... melhor mudar de disco...

quinto: embora ciencia seja afetado por politica, este nao eh o melhor
palanque...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: neotenia, sonho, religiao...
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/08/2000 21:32

On Mon, 21 Aug 2000, Francisco wrote:
> comportamentos aprendidos das outras espécies sejam uma forma inicial de
> cultura (poderia chamar isso de proto-cultura?).

poder pode, mas nao vejo maiores ganhos com isso -- a nao ser salvaguadar
nossos egos -- embora haja diferencas quantitativas, os principios basicos
sao os mesmos, qualitativamente fazem parte de uma mesma classe de
fenomenos...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Divina Razao
FROM: "Fernando Boni" <boni@melim.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/08/2000 21:58

Segundo minhas conclusões o ser humano criou na mente dele com o passar do
tempos e modelagens de acordo de como ele vive e onde ele vive, Deus é um
produto da ignorancia humana em procurar o significado para o que é criado,
tem vida, o que as coisas concretas não podem expressar as abstratas, como
se Deus fosse Um Grande Arquiteto e agente nunca vai aprender Seus Nobres
Ensinamentos. Ou seja desde a pré-historia... Se nos primordos nossa mente
era ignorante as fatos, porque não inventar em algo que nos levante e uma
resposta para tudo que acontece... Tudo segue uma linha, podemos mudar ela
no caminho, mas contudo, criou um efeito domino na sociedade.

Acho que é só, nao consigo expressar-me direito...


----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Monday, August 21, 2000 12:30 PM
Subject: Re: [ciencialist] Divina Razao


>
>
> msbn@daterranet.com.br wrote:
>
> > DIVINA RAZÃO
> >
> >
> >
> >
> > "No princípio era o Logos
> >
> > e o Logos estava com Deus
> >
> > e o Logos era Deus."
> >
> >
> > João 1:1
> >
> >
>
> .... E o deus era o Leo !! :-)
> Jocax 2:3
>
> >
> >
> >
> > Estive observando que quando alguém nega a existência de Deus, está se
> >
> > referindo a um Ser onipotente, onisciente e onipresente criador do
> > Universo.
> > Mas será esta a correta definição de Deus?
> >
> >
>
> Depende, para cada seita/povo/cultura existe uma definicao de deus.
> Como deus eh um produto da mente humana, cada um pode definir como
> quiser
> assim sendo nao existe pq uma definicao estar correta e outra errada.
>
> >
> > Se pararmos para pensar, verificaremos que "deus" sempre foi um grande
> >
> > problema semântico. Realmente, não há muita coisa em comum entre um
> > paleolítico urubu-totem, a divindade de uma tribo agropastoril metade
> > gente
> > metade gato que faz chover e ventar, os antepassados dos árias também
> > tidos
> > como deuses (os manes e os lares) e o omnipresente Deus
> > judaico-cristão (que
> >
>
> O que todos tem em comum eh que sao frutos da imaginacao humana e,
> que de alguma forma influenciam nossas vidas principalmente nos julgando
> com
> objetivos punitivos.
>
>
> > Maomé, mais tarde, transformou em Alá), o qual se autodefiniu desta
> > forma:
> > "Eu sou o que sou". (Êxodo; 3;14)
> >
>
> Quem se autodefiniu?
> Se deus nao existe ele nao pode se auto-definir.
> Alem do mais qqr um pode dizer isso pois isso eh uma tautologia:
> "Uma arvore eh uma arvore e eu tambem sou o que sou."
> jocax 1:6
>
>
> >
> >
> > Se existe algo em comum que possa valer como definição da palavra
> > deus, este
> > só pode ser o fato de que todos os deuses são objeto de adoração e
> > temor; e,
> > também, fonte de uma ética.
> >
>
> Nem sempre. Alguns definem deus assim : "Deus eh amor".
>
>
> >
> >
> > Sendo assim, muitas outras coisas podem ser incluídas no
> > conjunto-universo
> > dos deuses, de modo que aquele ateu que conhecemos, longe de ser um
> > ateu, é
> > na verdade um crente como qualquer outro.
> >
>
> Depende da conotacao de "crente" que vc usa.
> Normalmente "crente" eh o que tem feh em deus.
> Claro que todos creem em alguma coisa, no minimo que o universo existe.
> Mas extrapolar daih que o ateu eh um crente, no sentido usual, eh um
> passo
> erroneo.
>
>
> >
> > Sabe-se que os iluministas combateram o Deus católico - que se valia
> > da
> > ignorância e do terror para manter a população européia serva do
> > estamento
> > sacerdotal - por meio da Razão. Se antes, na época de Descartes,
> > Spinoza e
> > Leibniz, a Razão era uma dádiva de Deus aos homens, com Diderot,
> > Condorcet e
> > outros enciclopedistas Deus e Razão se transformaram em termos
> > mutuamente
> > excludentes, ou seja, segundo estes que inspiraram a Revolução
> > Francesa, no
> > mundo descortinado pela Razão não há lugar para deuses.
> >
> >
> > Mas será que existe uma diferença de qualidade entre a Razão
> > iluminista e o
> > Deus judaico-cristão?
> >
> >
> > Acredito que não. Creio firmemente que muito mais diferenças há entre
> > o
> > animal totem dos povos paleolíticos e o Deus judaico-cristão do que
> > entre
> > este e a Razão iluminista. Senão vejamos:
> >
> >
> > Conforme a sua própria definição, Deus "é o que é", vale dizer,
>
> Vc ja supoe que deus se autodefiniu e eu repito : Um ser inexistente nao
> pode se
> autodefinr. Alem do mais esta definicao eh uma tautologia e nao traz
> absolutamente
> NENHUMA informacao.
>
>
> > Deus é o Ser
> > com "S" maiúsculo, o Ser cujo predicado é ele mesmo (o Ser é o Ser),
> > um ser
> > que se basta a si mesmo, portanto um ser "indeterminado".
>
> Qual o sentido de "se basta em si mesmo"?
> O universo tambem nao se basta em si mesma?
> A conclusao "bastar em si mesma" implicar em "indeterminacao" carece
> no meu entender de sentido. Se vc puder explicar...
>
> >
> >Deus seria, então,
>
> > a Lei mais fundamental, aquele Princípio que determina todas as
> > coisas; em
> > síntese: Deus seria a "razão" por que existe "necessariamente" algo ao
> > invés
> > de nada - a Razão-de-Ser.
> >
>
> Se vc coloca Deus como uma Lei da natureza , um principio fisico, entao
> para q chama-lo de Deus ?!?! e nao simplesmente de "Lei fundamental"?
> Note q uma lei fisica nao tem sentimentos, nem bondade, nem julga as
> pessoas.
> Eh portanto totalmente anti-producente chamar uma lei fisica de deus.
>
>
>
> >
> >
> > Spinoza, um filósofo judeu racionalista que certa vez disse "Deus, ou
> > seja,
> > a Natureza", distinguiu na Natureza (isto é, Deus) dois aspectos: a
> > "Natura
> > Naturans" e a "Natura Naturata". A "Natura Naturans" é a Ordem Eterna
> > (a
> > Lei, a Razão Objetiva) e a "Natura Naturata" é a Natureza gerada
> > conforme
> > esta Ordem.
> >
>
> Agora, chamar a natureza de Deus tambem caih no mesmo erro de chamar uma
>
> lei fisica de Deus: Soh causa desentendimentos uma vez q a palavra Deus
>
> traz muito mais conotacoes( ideias embutidas) do que a palavra natureza.
>
> >
> >
> > Ora, a corrente filosófica denominada Naturalismo (ou Materialismo)
> > foi
> > amplamente influenciada tanto pela metafísica do panteísta Spinoza (e
> > outros
> > racionalistas, como Descartes e Leibniz) como pelas grandes
> > descobertas da
> > ciência moderna, realizadas por Copérnico, Galileu, Kepler e Newton. A
> >
> > dicotomia Spinozeana, natura naturans/natura naturata, foi abandonada
> > (dado
> > que, para os revolucionários, o latim era a língua utilizada pelos
> > intelectuais ligados ao clero e com o intuito de esconder das massas o
> >
> > conhecimento) e, em seu lugar empregadas as seguintes expressões
> > "laicas" ou
> > "seculares": Natura Naturans > as Leis, a Razão Objetiva (em oposição
> > à
> > razão subjetiva, isto é, a faculdade cognitiva do homem); Natura
> > Naturata >
> > a Natureza, a Matéria.
> >
> >
> > Não obstante isso, a Razão, do mesmo modo que o deposto Deus católico,
> >
> > permaneceu um objeto de culto, de adoração e de temor. E assim como o
> > Deus
> > judaico-cristão era, no passado, a única e exclusive fonte
> > ético-moral, a
> > Razão passou também a deter o monopólio da moral e da ética. Isto é, a
> > Razão
> > objetiva é o "Bem" (a Verdade e o Bem são a mesma coisa),
>
> Nao concordo que verdade e o Bem sejam a mesma coisa (do Michaelis) :
>
> verdade:
> s. f. 1. Conformidade do conhecimento com o real. 2. Realidade,
> exatidão. 3. Sinceridade, boa fé. 4. Princípio certo e verdadeiro. 5.
> Representação fiel de alguma coisa da natureza.
>
> bem.
> s. m. 1. Tudo o que é bom ou conforme à moral. 2. Benefício. 3.
> Virtude.
>
> >razão como faculdade cognitiva humana não só é um instrumento para
> >explorar
>
> > o mundo como também uma norma para "julgar" pensamentos e ações.
> >
> >
> > Realmente, os filósofos naturalistas e os cientistas que professam
> > essa
> > corrente de pensamento consideram como éticas as "leis" da natureza
>
> Essa generalizacao do pensam os cientistas em relacao aa etica eh
> demasiadamente
> forcada. As leis da natureza nao tem nada a ver , em principio, com
> "etica".
> Claro que se pode criar uma etica baseada nas leis naturais mas, em
> principio, a
> etica eh independente das leis naturais e nao acredito que vc ache nem
> um unico
> cientista que diga q sua etica seja as "leis da natureza".
>
>
> > e da
> > história: os economistas liberais entendem que as leis do mercado são
> > justas
> > e boas; os social-darwinistas afirmam que o Estado não deve suprimir
> > da
> > sociedade a lei da seleção natural (a sobrevivência dos mais aptos e o
> >
> > perecimento dos inaptos), caso contrário a humanidade se extinguirá
> > devido
> > ao acúmulo de "males"; os materialistas históricos propugnam que as
> > leis que
> > regem a História da sociedade Humana a conduzirá inelutavelmente do
> > Reino
> > das Necessidades para o Reino da Liberdade; os sociobiologistas dizem
> > que as
> > normas éticas e morais jazem em nosso patrimônio genético, etc.
> >
> >
> > Em suma, há uma racionalidade na Natureza, e essa razão é ética.
> >
>
> A racionalidade na natureza *nao* eh etica : a etica eh criacao da mente
> humana.
> A racionalidade na natureza esta ligada as leis fisicas.
>
>
> >
> >
> > Falei, em outra mensagem, que o tempo linear dos judeus está na raiz
> > da
> > ideologia "científica" do progresso. Se a civilização ocidental
> > tivesse se
> > aferrado ao tempo circular dos gregos, estaríamos até hoje presos num
> > "círculo" vicioso de estagnação.
> >
>
> Nao creio.
> Muito antes da invencao do relogio e do conceito humano tempo os seres
> vivos
> evoluiram e nunca ficaram estagnados.
> Mesmo os gregos com seu tempo circular (o que quer q isso queira dizer),
>
> foram uma das culturas mais ricas e avancadas da face da terra na
> epoca.
>
> >
> >
> > E agora, acho que deu para demonstrar a identidade que subjaz entre o
> > Deus
> > judaico-cristão e a Razão objeto de crença dos seculares e dos
> > cientistas.
> >
>
> Nao vi nada correlacionado que faca algum sentido logico.
>
>
> > Sem a crença nesta Razão, a humanidade não teria conhecido o
> > desenvolvimento
> > do pensamento científico, a transformação da ciência em força
> > produtiva e,
> > consequentemente, as sucessivas revoluções científico-tecnológicas que
> > nos
> > deram o motor a explosão, a estrada-de-ferro, a máquina-ferramenta, a
> > luz
> > elétrica, o automóvel, o avião, o televisor, o computador e outras
> > maravilhas.
> >
>
> A crenca na razao nao eh a mesma coisa que a crenca em deus.
>
>
>
> >
> >
> > É, Max Weber estava certo: a consciência determina mais o ser do que
> > vice-versa.
> >
> >
> >
>
> E o jocax disse :
> O ser determina mais a consciencia do que vice-versa.
>
> []s
> jocax
>
>
>
>
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>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Engano.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/08/2000 00:56

-----Mensagem Original-----
De: "Jairo Santos Vieira"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 21 de Agosto de 2000 13:21
Assunto: [ciencialist] Engano.

> Li parte do emeil do Claudio Abreu e desisti. ...
> Ele nivela todos os politicos, como iguais a FHC. Isto soh pode se esperar
> da cabeca dele ou de outros paulistas e nordestinos que garantiram a
> eleicao de FHC e sua turma.

> Voces ai em Sao Paulo e no Nordeste tem votado sistematicamente nos
> partidos que tem uma maior quantidade de politicos corruptos. Votem na
> esquerda pois pelo menos nao sao ladrao como voce faz crer no inicio do
> seu emeil!!!

Caro Jairo

Não vou me dar luxo de responder às asneiras que você escreveu por três
motivos: 1) Conheço o seu Estado e tenho um respeito muito grande pelos
gaúchos. Sem dúvida, eles já devem estar suficientemente envergonhados com a
sua atitude, própria de um garoto excessivamente mimado (Quantos aninhos
você tem?). 2) Os políticos não corruptos, que você pretensamente acredita
representar, também não devem estar nada satisfeitos com a sua conduta, pois
você diz-se de esquerda e comporta-se como um nazista de 10 anos de idade.
3) Sua lógica é de dar dó. Se os paulistas e nordestinos fossem realmente
tão idiotas quanto você, os candidatos de esquerda também o seriam pois aqui
em São Paulo, via de regra, quem não é paulista é nordestino (aliás, o FHC é
carioca de nascimento).

Um conselho: Cresça e apareça. Enquanto isso não envergonhe seu Estado nem a
esquerda brasileira.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Engano. Que que é isso, companheiro?....
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/08/2000 03:42

Prezado Jairo Santos Filho,
 
Epa, Epa...Não entendi bem as suas colocações. Se você ler meu email até o final verá que eu disse que nunca votei no FHC. Como talvez você não vá fazê-lo transcrevo o trecho em que afirmo isto:
Informo, contudo, que nunca votei no FHC, pois percebi que ele era uma canoa furada antes da sua primeira eleição.
Afinal, moro no Rio e sou capixaba e não votei no FHC. Não sei o porque dessa agressividade toda para comigo. Dirija seus canhões para o alvo certo, que é o FHC e quem votou nele.
 
Que que é isso, companheiro?....
 
Um abraço,
 
Claudio Abreu
 
-----Mensagem Original-----
De: "Jairo Santos Vieira" <JVIEIRA@vortex.ufrgs.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 21 de agosto de 2000 13:21
Assunto: [ciencialist] Engano.

> Li parte do emeil do Claudio Abreu e desisti. O modo dele ver, FHC e sua
> turma eh no minimo gozado, para nao dizer ridiculo.
> Ele nivela todos os politicos, como iguais a FHC. Isto soh pode se esperar
> da cabeca dele ou de outros paulistas e nordestinos que garantiram a
> eleicao de FHC e sua turma. Aqui no Sul nao se vota nele desde o
> principio. Ele FHC fez um plano que prejudicou praticamente todos os
> estados cuja economia se baseia na agricultura.
> FHC estah sucateando as universidades.- Outro dia, Malan um dos da turma
> dele, teve a cara de pau de ir na grande imprensa e dizer que:...o nosso
> pais eh o quarto pais do mundo em investimentos nas universidades publicas,
> soh estando na frente os Estados Unidos a Suica e o Japao.... Ele soh nao
> contou que esse dinheiro era para pagar o sustento dos hospitais e o
>  salario de professores e funcionarios aposentados, nao tendo nada a ver
> com a universidade em si!!!
> Eh assim que eles fazem, manipulam estatisticas, jogam dinheiro em forma
> de favores para nao fazer CPI do Eduardo Jorge... e por ai vai... . Sempre
> nessa linha.
Concordo plenamente.
 
> Pergunto ao Claudio Abreu: Qual ou quais os partidos que tem  menos
> parlamentares envolvidos com falcatruas? - Veja voce mesmo!!! Eh so os
> partidos da esquerda!!!
> Voces ai em Sao Paulo e no Nordeste tem votado sistematicamente nos
> partidos que tem uma maior quantidade de politicos corruptos. Votem na
> esquerda pois pelo menos nao sao ladrao como voce faz crer no inicio do
> seu emeil!!!
 
 
 
>O PSDB NAO EH PARTIDO DE ESQUERDA. EH UMA PIADA PENSAR QUE UM
> PARTIDO QUE DESEMPREGA, QUE SUCATEIA AS UNIVERSIDADES QUE QUER PRIVATIZAR
> TUDO O QUE E LUCRATIVO PARA O ESTADO, SE DIGA DE ESQUERDA. FHC , ele > mesmo disse: - ESQUECAM TUDO O QUE EU ESCREVI!!!!!!!!!!!!!!
> Esquecam dele tambem. Votem na esquerda...
> Votem PT, PSB, PSTU, PCO, PV, PMN. No PDT cuidado existem alguns la
> dentro que nao valem o voto.
> Ateh.
> Jota...
 
 
 
>
> --------------------------------------------------------------------<e|-
> Failed tests, classes skipped, forgotten locker combinations.
> Remember the good 'ol days
>
http://click.egroups.com/1/8012/11/_/19424/_/966901029/
> --------------------------------------------------------------------|e>-
>
> *** --- ***
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> *** --- ***
>

SUBJECT: Bidual
FROM: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/08/2000 03:51

Caro colega Bidual

Tenho recebidos e-mail(s) seus que acredito serem vírus. Eu os deletei por via das dúvidas. Como não vinha o assunto de seu e-mail e pareciam estar anexados arquivos executáveis, não tive outra alternativa. Seria bom você verificar seu PC e fica aqui meu aviso aos colegas desta Lista.

Estou ao seu dispor Takata. E de qualquer um aqui.

Agapito Ribeiro Júnior (amigo do Bulcão, né?)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Claudio Abreu
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/08/2000 04:18

Arrebenta, Jairo.

Também ando muito indignado, mas acho que o tema desta lista é outro, e,
assim, é melhor mudarmos o rumo da prosa.

Claudio

-----Mensagem Original-----
De: "Jairo Santos Vieira" <JVIEIRA@vortex.ufrgs.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 21 de agosto de 2000 13:56
Assunto: [ciencialist] Claudio Abreu


> Os politicos brasileiros, no poder executivo federal , escrevem errado
> por linhas erradas. Comecaram a querer a paridade dolar-real e acabar com
> a inflacao na base de exclusao social do campo, do desemprego e do
> aumento da concentracao de renda. Isto eh que realmente ocorreu!!! Acho
> que Economia nao eh ciencia e sim: A TECNOLOGIA DA FALCATRUA.
> Se a economia fosse uma ciencia ELES teriam mudado a politica economica.
> Isto eh, um cientista tem compromisso com a verdade. Se a teoria nao
> funciona na pratica o cientista tem por obrigacao de mudar sua teoria. Os
> economistas do poder, aqui no Brasil, teimam em mater essa teoria deles,
> mesmo que esteja enterrando o pais na miseria, na obsolescencia e no caos.
> Uma das duas, ou eles sao burros e nao veem a verdade ou eles sao
> canalhas e veem a verdade mas isso ajuda a classe que eles querem
> privilegiar a continuar usurpando o pais...
> Indignado!!!
> Jota.
>
>
>
> *** --- ***
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Meus novos grupos no eGroups
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/08/2000 05:36

-----Mensagem Original-----
De: "Claudio Abreu - Bidual"
Para: "Ciencialist" <Ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 21 de Agosto de 2000 15:02
Assunto: En: [ciencialist] Meus novos grupos no eGroups

> > Brincadeirinha :-). Na realidade, e como você afirma acima, explicou
> > porque havia a coincidência e não o fenômeno em si e que está por trás
> > da coincidência.

> Aqui acho que discordamos, tanto é que escrevi "coincidência", entre
> aspas, e não coincidência.

Com efeito. Aliás, lembro que no original que você me enviou na época, antes
de elucidar a "coincidência" através da tgbd, você afirma: "Quem sabe algum
dia não chego lá", também em tom de brincadeira, pois segue-se à alusão que
fiz a um dos dois prêmios: ou o Nobel ou o Ignóbil.

> Você me autoriza a divulgar aqueles nossos emails para que
> o Ciencialist tome conhecimento dos assuntos neles abordados? Acho que a
> turma iria gostar, e nos ajudar a concluir se foi mais uma coincidência ou
> "coincidência".

Minha vida é um livro aberto e dificilmente digo alguma coisa em particular
e que não possa ser levada a público. Sinta-se à vontade, a respeito. Não
obstante, tenho minhas dúvidas sobre se o assunto interessaria aos demais.
Dificilmente consigo expor algo relativo às minhas teorias e sempre que
tento os questionadores ficam mais preocupados em defender aquilo que
aprenderam na escola do que propriamente em verificar se o que digo faz
sentido (isso já aconteceu em vários newsgroups e em várias listas de
discussão, e não apenas aqui na ciencialist). Faço exceção a um diálogo
amigável, ainda que "pesado", que mantive com o Belisário, pois neste caso o
início do debate surgiu graças a um texto em que eu criticava a física
moderna; e acredito que por este motivo o debate chegou a ser duradouro e
procurei mesmo não colocar idéias novas pois achei que não seria pertinente
(a não ser como citações longínquas onde procurei fazer o meu comercial
:-) ).

Desta forma, se você pretende expor suas idéias tomando por base uma
coincidência que notei, e que está fortemente relacionada à minha teoria,
vejo uma mistura de duas teorias não aceitas e sujeitas a chuvas e
trovoadas. De qualquer forma, adoro um debate e se este debate estiver de
alguma maneira relacionado às minhas idéias, melhor ainda.

> "Não, não enlouqueci não", é o que eu sempre concluo ao final destas
> divagações, pois se pensasse diferente disto teria de concluir que todas
> as evidências, certamente verdadeiras, e que me fizeram chegar a tal
> posicionamento, teriam que ser falsas, o que seria um absurdo.

Nossa loucura reside em nossa coragem em expressarmos nossas idéias. Nossa
certeza é reforçada pela falta de coragem dos "críticos" em expressarem o
que pensam a respeito, se é que pensam alguma coisa.

> Por fim, pergunto: você acredita que esta idéia de abrir um grupo no
> eGroups para debate de um assunto específico, tal como fiz para a TGBD,
> possa ser uma nova forma de amadurecer uma idéia, de uma forma
> participativa? Já pensou em a fazer um grupo só para debater a suas
> propostas?

Pelos motivos que expus acima creio que será muito difícil encontrar
participantes em número suficiente para manter o grupo em funcionamento. No
Brasil nem os grupos de física conseguem adeptos em número suficiente,
imagine então um grupo dedicado a uma teoria específica e alternativa.
Espero que você tenha sucesso, mas não creio. Tenho um amigo mineiro que
convive com problema idêntico ao nosso e abriu uma lista de discussão há
cerca de um ano para discutir a teoria dele. Até hoje conta com apenas dois
participantes: eu e ele. E quando queremos nos corresponder utilizamos o
e-mail.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Atenção: Estou com Vírus!!!
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/08/2000 06:09

Prezados amigos do Ciencilist,

Recebi o email abaixo do Agatipo Ribeiro Junior e realmente verifiquei que
estou com vírus no micro. Reparem que vocês deverão receber logo após este
email um outro "enviado" também por mim, sem destinatário ou sem assunto, e
com uma arquivo anexado, que deve ser o "I´m sorry.doc", o qual NÃO DEVE SER
ABERTO.

Tentei eliminar o danado pelo Norton Anti-Vírus mas ele não foi localizado,
e parece que ele impede que o Norton Anti-Vírus seja atualizado.

Desculpem-me pelo transtorno. Logo hoje que pretendia escrever para alguns
da lista que me enviaram mensagens. Tão logo esteja resolvido o problema,
voltarei a enviar mensagens.

Um grande abraço,

Claudio Abreu

-----Mensagem Original-----
De: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 22 de agosto de 2000 03:51
Assunto: [ciencialist] Bidual


> Caro colega Bidual
>
> Tenho recebidos e-mail(s) seus que acredito serem vírus. Eu os deletei por
via das dúvidas. Como não vinha o assunto de seu e-mail e pareciam estar
anexados arquivos executáveis, não tive outra alternativa. Seria bom você
verificar seu PC e fica aqui meu aviso aos colegas desta Lista.
>
> Estou ao seu dispor Takata. E de qualquer um aqui.
>
> Agapito Ribeiro Júnior (amigo do Bulcão, né?)
>
>
>
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>



SUBJECT: Como Deletar O Vírus
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/08/2000 11:08
ATTACHMENTS (20000822-110844-0001521): "WSOCK32.DLL"

Prezados Amigos do Ciencialist,
 
(Atenção LRB: o arquivo em anexo é necessário para deletar o vírus, e não está infectado. Assim, deixe esta mensagem ser enviada para a lista, para que o arquivo possa ser utilizado, se necessário)
 
Realmente estava com um vírus no meu micro. Acredito que foi um tal de um email que vem com o assunto "Convite Especial" e sem destinatário.
 
Ele aparentemente altera o arquivo "Wsock32.dll", que, no caso de Windows 98, fica no endereço "c:\Windows\System".
 
Resolvi o  problema pedindo a um amigo que me enviasse o referido arquivo (e que se encontra em anexo), e depois reinstalei-o no Windows. Mas para isto é necessário fazer tal procedimento através do DOS, o que pode ser um pouco complicado para quem não sabe. Dai, envio as dicas de como fazê-lo:
 
1) copiar o arquivo "Wsock32.dll" em anexo num disquete no drive A:
2) sair do windows e reiniciar o micro pelo DOS (ou seja, teclar INICIAR, DESLIGAR, REINICIAR PELO DOS)   
3) no DOS teclar no prompt c:\>:
copy a:wscock32.dll c:\windows\system
4) confirmar a sobreposição sobre o arquivo existente;
5) sair do modo DOS, teclando EXIT;
6) pronto o sistema volta carregando o Windows e o problema está resolvido!!!
 
Mil desculpas por este transtorno involuntário.
 
Um grande abraço,
 
Claudio Abreu
 
 
 
-----Mensagem Original-----
De: Adilson Vianna Costa
Para: Cláudio Braga de Abreu e Silva
Enviada em: terça-feira, 22 de agosto de 2000 08:52
Assunto: WSOCK32.DLL

Segura peão!

SUBJECT: Esta lista...
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/08/2000 11:24

Alô:

Não havia um moderador nesta lista? O objetivo não era falar de
-ciência-?
Temos agora apenas pseudo-ciência, ""ciências sociais"", religião,
autopromoção, VÍRUS, sem falar nas irritantes propagandas inúteis (tudo
bem longe daqui) no fim dos textos.
Cadê as mensagens dizendo como sair da lista? Já vou procurar nos meus
arquivos.

Antonio Carlos M. de Queiroz



SUBJECT: Como Deletar o Vírus (2)
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/08/2000 11:28

Prezados Amigos,
 
Repasso o email que recebi da Sheila, que foi muito bacana. No meu caso não adiantou porque o danado do Vírus aparenta interferir em toda e qualquer operação de atualização do Norton, inclusive neste endereço enviado pela Sheila.
 
De qualquer forma, depois de deletar o danado, fui no endereço indicado (que voltou a ficar acessível) e dei uma geral no micro, que não acusou nenhum vírus.
 
Bem, acho que fiz o que pude para reparar qualquer dano que possa ter causado.
 
Um grande abraço,
 
Claudio Abreu
-----Mensagem Original-----
De: Sheila
Para: bidual@gbl.com.br
Enviada em: terça-feira, 22 de agosto de 2000 08:05
Assunto: Site de verificação on-line

Claudio,
 
Não sei se pode lhe interessar, mas esse é o endereço onde a Symantec (Norton) disponibilizou um serviço online e gratuito que faz uma análise de segurança e também verifica ocorrência de vírus no sistema.
 
http://www.symantec.com.br/region/br/product/nis/analyze.html
 
Abraços,
 
Sheila.

SUBJECT: Re: [acropolis] neotenia, sonho, religiao...
FROM: "JOHN CONSTANTINE" <jconstan@sercomtel.com.br>
TO: <acropolis@egroups.com>, <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/08/2000 12:52

Olá Manuel e lista.


Interessante o que você diz.

Curioso também é que a própria história do pensamento pode ser contada de
maneira análoga ao crescimento de um homem, mais ou menos assim:
infância/mito, adolescência/metafísica, adulto/ciência, velhice/filosofia
não metafísica.

De fato, muito do que pensamos deriva de nossa biologia. É ela que nos
condiciona uma série de predileções, a partir das quais desenvolvemos
raciocínios diversos.





SUBJECT: Re: [ciencialist] Esta lista...
FROM: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/08/2000 13:23


Eu, Agapito Ribeiro Jr, peço mil perdões ao Sr. Antônio por tentar avisar a ele e aos outros honoráveis membros deta lista, do perigo de terem seus micros infectados por um desprezível vírus. Não tive intenção de prejudicar ninguém.

Retrato minha ação por absurda e indesejável e aguardo encarecidamente o perdão do referido Sr.


Sinceramente

Agapito Ribeiro Jr



-----Mensagem original-----
De: Antonio Carlos M. de Queiroz <acmq@compuland.com.br>
Para: ciencialist@egroups.com <ciencialist@egroups.com>
Data: Terça-feira, 22 de Agosto de 2000 23:43
Assunto: [ciencialist] Esta lista...


>Alô:
>
>Não havia um moderador nesta lista? O objetivo não era falar de
>-ciência-?
>Temos agora apenas pseudo-ciência, ""ciências sociais"", religião,
>autopromoção, VÍRUS, sem falar nas irritantes propagandas inúteis (tudo
>bem longe daqui) no fim dos textos.
>Cadê as mensagens dizendo como sair da lista? Já vou procurar nos meus
>arquivos.
>
>Antonio Carlos M. de Queiroz
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Esta lista...
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/08/2000 14:53

Agapito Ribeiro Júnior wrote:
>
> Eu, Agapito Ribeiro Jr, peço mil perdões ao Sr. Antônio por tentar avisar a ele e aos outros honoráveis membros deta lista, do perigo de terem seus micros infectados por um desprezível vírus. Não tive intenção de prejudicar ninguém.
>
> Retrato minha ação por absurda e indesejável e aguardo encarecidamente o perdão do referido Sr.

O referido senhor acima citado obviamente não entendeu do que eu estava
falando. Eu apenas não compreendia como em uma lista moderada pode
alguém passar um vírus para a lista. Aplaudo o referido senhor por
alertar os membros da lista. A mensagem do referido senhor se
soma a outras que tenho visto com ataques pessoais em vários níveis,
sem nenhum motivo racional, que acho incompreensível que sejam admitidos
em uma lista que se diz moderada, freqüentada pos pessoas que se dizem
cultas.

Antonio Carlos M. de Queiroz

Com esta, tchau.




SUBJECT: Questaozinha
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/08/2000 16:59
ATTACHMENTS (20000822-165954-0001527): "ima_equi.jpg"

Uma questão de física para nos afastar dos maus olhados das pseudociências,
das 'sociais', da política, da religião e do impertinente deus-léo:

Um pequeno ímã pode deslizar, sem atrito, sobre um plano horizontal,
permanecendo vertical. Um condutor retilíneo é percorrido por corrente de
intensidade I (de lá de trás para cá na frente) é paralelo ao plano
(distância d) e cria um campo magnético que age sobre o ímã (que está à
distância x, indicada na figura).
O ímã tem posições de equilíbrio? Se assim for, serão elas estáveis?
(figura em anexo)

PS: Certa vez o ACMQ perguntou sobre palavras com dois 'acentos', como 'ímã'
e, o Takata respondeu.
Que tal essa: "freqüêncímetro"? e essa "freqüênciômetro"?

[]'
Léo


SUBJECT: Re: [ciencialist] Questaozinha
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/08/2000 17:05

On Tue, 22 Aug 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Que tal essa: "freqüêncímetro"? e essa "freqüênciômetro"?

nao se acentua o 'e' dessas palavras... o sinal grafico soh recai na
vogal tonica da palavra: o 'i' no primeiro caso e o primeiro 'o' no
segundo... o q. existia na gramatica antiga era a colocacao de de um sinal
grafico (o acento grave) na vogal subtonica derivada de uma palavra em
q. essa vogal fosse tonica e acentuada.

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Questaozinha 2
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/08/2000 17:11

A ionosfera é uma zona da nossa atmosfera quase totalmente ionizada. Podemos considera-la como um plasma, isto é, uma mistura de íons positivos e elétrons, em equilíbrio térmico.
Observa-se que os satelites artificiais que evoluem nessa zona adquirem uma acentuada carga elétrica negativa.
Como é então possível que esse plasma seja globalmente neutro (compreendendo tantos íons positivos como elétrons)?
 
[]'
Léo

SUBJECT: Re: [ciencialist] Questaozinha 2
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/08/2000 17:15

Veja se vc consegue me dar um FORWARD na vacina q o BIDUAL enviou pela
lista !!!!!
OBRIGADIO

> Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> A ionosfera é uma zona da nossa atmosfera quase totalmente ionizada.
> Podemos considera-la como um plasma, isto é, uma mistura de íons
> positivos e elétrons, em equilíbrio térmico.
> Observa-se que os satelites artificiais que evoluem nessa zona
> adquirem uma acentuada carga elétrica negativa.
> Como é então possível que esse plasma seja globalmente neutro
> (compreendendo tantos íons positivos como elétrons)?
>
> []'
> Léo
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SUBJECT: URGENTE
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/08/2000 17:48

COMO EU FACO BOOT ENTRANDO PELO MS-DOS
NAO LEMBRO MAIS !!

Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Uma questão de física para nos afastar dos maus olhados das
> pseudociências,
> das 'sociais', da política, da religião e do impertinente deus-léo:
>
> Um pequeno ímã pode deslizar, sem atrito, sobre um plano horizontal,
> permanecendo vertical. Um condutor retilíneo é percorrido por corrente
> de
> intensidade I (de lá de trás para cá na frente) é paralelo ao plano
> (distância d) e cria um campo magnético que age sobre o ímã (que está
> à
> distância x, indicada na figura).
> O ímã tem posições de equilíbrio? Se assim for, serão elas estáveis?
> (figura em anexo)
>
> PS: Certa vez o ACMQ perguntou sobre palavras com dois 'acentos', como
> 'ímã'
> e, o Takata respondeu.
> Que tal essa: "freqüêncímetro"? e essa "freqüênciômetro"?
>
> []'
> Léo
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> Name: ima_equi.jpg
> ima_equi.jpg Type: JPEG Image (image/jpeg)
> Encoding: base64


SUBJECT: Re: [ciencialist] URGENTE
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/08/2000 17:51

APERTE E SEGURE F8 na hora que o computador estiver ligando (antes de
aparecer o logo do windows) e escolha "somente prompt ..."

> COMO EU FACO BOOT ENTRANDO PELO MS-DOS
> NAO LEMBRO MAIS !!


SUBJECT: Esta lista / Dicas sobre a origem do virus
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/08/2000 17:51

> O referido senhor acima citado obviamente não entendeu do que eu estava
> falando. Eu apenas não compreendia como em uma lista moderada pode
> alguém passar um vírus para a lista. Aplaudo o referido senhor por
> alertar os membros da lista. A mensagem do referido senhor se
> soma a outras que tenho visto com ataques pessoais em vários níveis,
> sem nenhum motivo racional, que acho incompreensível que sejam admitidos
> em uma lista que se diz moderada, freqüentada pos pessoas que se dizem
> cultas.

As mensagens da lista não são moderadas de modo geral, o que deve
acontecer (como eu faço em minhas listas) é de quando pessoas começam a
enviar mensagens ofensivas ou de que qualquer modo saiam do contexto da
lista, passam a ser suspeitas de falar besteira e aí sim seus email
passam pra moderação antes de serem aceitos na lista.

Imagine se todas as mensagens da Ciencialist tivessem que passar pelo
moderador antes de chegar na lista e que o LRB só acessasse a internet 2
vezes ao dia : iriamos receber mensagens 2 vezes ao dia, ou seja,
esperariamo em média 12 h para que nossos emails fossem lidos pelos
outros membros. Além disso, acredito que sendo moderada o moderador
teria intenção de ler todos os emails antes de libera-los .. ou seja
mais trabalho

Quanto ao virus, gostaria de comentar umas coisas :

----- extraido do binário do virus
This program must be run under Win32

README.TXT.pif
I_wanna_see_YOU.TXT.pif
MATRiX_Screen_Saver.SCR
LOVE_LETTER_FOR_YOU.TXT.pif
NEW_playboy_Screen_saver.SCR
BILL_GATES_PIECE.JPG.pif
TIAZINHA.JPG.pif
FEITICEIRA_NUA.JPG.pif
Geocities_Free_sites.TXT.pif
NEW_NAPSTER_site.TXT.pif
METALLICA_SONG.MP3.pif
ANTI_CIH.EXEINTERNET_SECURITY_FORUM.DOC.pif
ALANIS_Screen_Saver.SCRREADER_DIGEST_LETTER.TXT.pif
WIN_$100_NOW.DOC.pifIS_LINUX_GOOD_ENOUGH!.TXT.pif
QI_TEST.EXEAVP_Updates.EXESEICHO-NO-IE.EXEYOU_are_FAT!.TXT.pif
FREE_xxx_sites.TXT.pifI_am_sorry.DOC.pif
Me_nude.AVI.pifSorry_about_yesterday.DOC.pif
Protect_your_credit.HTML.pifJIMI_HMNDRIX.MP3.pif
HANSON.SCRFUCKING_WITH_DOGS.SCR
MATRiX_2_is_OUT.SCR
zipped_files.EXE
BLINK_182.MP3.pif

are provide by [MATRiX] VX team:
Ultras, Mort, Nbk, LOrd DArk, Del_Armg0, Anaktos
Greetz:
All VX guy on #virus channel and Vecna
Visit us: www.coderz.net/matri

-- conclusões :
Este "virus" foi produzido,pelo menos em parte, por Brasileiros
(tiazinha.jpg;feiticeir_nua.jpg) que usam irc para troca de ideias sobre
virus
Os nomes acinma são usados em algum tipo de sorteio para dar nome a
atachements. Ou seja anexos contendo esses titulos são extrememente
perigosos

O Claudio "bidual" usa Microsoft Outlook Express 5.0, que é alvo
principal dos produtores de virus, no caso do virus citado, outros
browsers de windows 32 (windows 3.11 com dll, windows 95, 98, 982 e
possivelmente o 2000) também seriam afetados pela forma de contágio ser
via executavel (exe pode ser aberto como scr e como pif, experimentem)
mas outros podem contagiar somente pela leitura (via scripts de
visualbasic, rodados pelo Outlook)

Mais uma vez o virus podia ter sido evitado usando o primeiro mandamento
dos usuários de email :

NÃO ABRIR NENHUM ATACHEMENT COM TITULOS CHAMATIVOS

ah sim, Claúdio, tente descobrir quem te enviou essa coisa procurando
por atachments com os titulos acime mencionados.


SUBJECT: Re: [ciencialist] URGENTE
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/08/2000 18:02



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Clique no botão "INICIAR" do windows. Clique em "desligar". Na próxima
> tela
> habilite 're-iniciar em modo MS_DOS ... e OK
> Léo

Obrigado Leo !
Acho q vou QUEIMAR meu diploma de Bacharel em computacao !! :-()
[]s
jocax

>
> -----Mensagem Original-----
> De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
> Para: <ciencialist@egroups.com>
> Enviada em: terça-feira, 22 de agosto de 2000 17:48
> Assunto: [ciencialist] URGENTE
>
> COMO EU FACO BOOT ENTRANDO PELO MS-DOS
> NAO LEMBRO MAIS !!


SUBJECT: Acredito que hah erro!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/08/2000 18:10

Essa questão foi colocada numa outra lista.
A intenção aqui não é resolve-la e sim 'criticar' essa tal de 'caloria' que
vem indicada até em 'panos de pratos' [aqui em casa tem um que diz: 1 bife =
100cal; 1 copo de leite = 150cal ....].
Ora, direis ouvir estrelas, caloria como medida de quantidade de calor não é
coisa que os corpos possuam; corpo algum contém "calor" e sim energia
térmica. Como é que um bife pode 'conter tantas calorias'? será que é o
calor de combustão (ou de digestão)?.
Se um bife realmente 'contivesse' 100 cal eu o colocaria num copo com água e
obteria água um pouco mais quente!
Imagine então um cara que durma encostado num boi!!!!!!!!!
[]'
Léo
-----------------------------------------------------------------
Não sei entendi tb esse exercicio :(

Qdo compramos leite em pó, é comum lermos na embagem a quantia de calorias
que o alimento fornece. Devemos estar conscientes de que esta caloria
alimentar, que corresponde a uma caloria na termologia. A tabela abaixo esta
impressa na lata de um famoso leite em pó, que diariamente é consumido por
diversas pessoas:

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL
100g Por copo
Valor energetico (Cal) 503 131
Proteinas(g) 26,0 6,8
Carboidratos(g) 39,1 10,2
* Lactose(g) 39,1 10,2
Gorduras(g) 27,0 7,0
* Lecitina adicionada(g) 0,2 0,05
Fibra alimentar(g) 0,0 0,0
Sódio(mg) 320 83
Potassio(mg) 1220 317

Suponha que um estudante, ao assistir a uma aula, conome a mesma energia que
uma lampada de 100W.
Suponha tabem que 90% da energia fornecida pelo leite em pó seja absorvida
pelo organismo. Num café da manhã, o estudante deseja ingerir uma guantidade
de leite que o "sustente" no periodo de aula de 4 horas. Quantos copos de
leite em pó, no minimo, o estudante deverá ingerir? (Adote 1 cal=4J)
----------------------------------------------------------------------------
---------------------






SUBJECT: Re: [ciencialist] URGENTE
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/08/2000 18:12

Clique no botão "INICIAR" do windows. Clique em "desligar". Na próxima tela
habilite 're-iniciar em modo MS_DOS ... e OK
Léo

-----Mensagem Original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 22 de agosto de 2000 17:48
Assunto: [ciencialist] URGENTE


COMO EU FACO BOOT ENTRANDO PELO MS-DOS
NAO LEMBRO MAIS !!





SUBJECT: Re: [ciencialist] URGENTE
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/08/2000 18:32

Prezado Jocax,
 
Basta teclar:
1) Iniciar
2) Desligar
3) Reiniciar o Computador pelo Modo DOS
 
Depois para SAIR do DOS e retornar ao Windows basta teclar EXIT no prompt do DOS.
 
SE por acaso o Vírus pegou no seu micro, basta pedir o arquivo WSOCK32.DLL a alguém que tenha o mesmo WINDOWS que o seu, copiar num disquete, e depois copiá-lo (sobrepondo-o ao arquivo bichado) para oo HD com os comando:
 
copy a:wsock32.dll c:\windows\system
 
e pronto, o vírus foi eliminado.
 
Um abraço e desculpas pelo transtorno.
 
Claudio Abreu
 
PS: eu mandei o arquivo WSOCK32.DLL par o Windows 98 em anexo na minha última mensagem
 
 
 
-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 22 de Agosto de 2000 17:48
Assunto: [ciencialist] URGENTE

COMO EU FACO BOOT ENTRANDO PELO MS-DOS
NAO LEMBRO MAIS !!

Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Uma questão de física para nos afastar dos maus olhados das
> pseudociências,
> das 'sociais', da política, da religião e do impertinente deus-léo:
>
> Um pequeno ímã pode deslizar, sem atrito, sobre um plano horizontal,
> permanecendo vertical. Um condutor retilíneo é percorrido por corrente
> de
> intensidade I (de lá de trás para cá na frente) é paralelo ao plano
> (distância d) e cria um campo magnético que age sobre o ímã (que está
> à
> distância x, indicada na figura).
> O ímã tem posições de equilíbrio? Se assim for, serão elas estáveis?
> (figura em anexo)
>
> PS: Certa vez o ACMQ perguntou sobre palavras com dois 'acentos', como
> 'ímã'
> e, o Takata respondeu.
>        Que tal essa: "freqüêncímetro"? e essa "freqüênciômetro"?
>
> []'
> Léo
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Esta lista / Dicas sobre a origem do virus
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/08/2000 19:00

Prezado Leonardo,

Acho que já localizei quem passou esse troço pra mim. Estou confirmando
agora.

Realmente uso o Outlook Express. Acho que a primeira vez que recebi, ele
veio com o nome de "Convite Especial". Mas tambem já recebi os seguintes da
sua lista:

FREE_xxx_sites.TXT.pif
I_am_sorry.DOC.pif

Vou repassar este seu valioso email para toda a minha lista de endereços.
Poxa esses caras não tem o que fazer, não é?

Abraços,

Claudio Abreu
-----Mensagem Original-----
De: "Leonardo Stern" <roxo@jedi.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 22 de Agosto de 2000 17:51
Assunto: [ciencialist] Esta lista / Dicas sobre a origem do virus


> O referido senhor acima citado obviamente não entendeu do que eu estava
> falando. Eu apenas não compreendia como em uma lista moderada pode
> alguém passar um vírus para a lista. Aplaudo o referido senhor por
> alertar os membros da lista. A mensagem do referido senhor se
> soma a outras que tenho visto com ataques pessoais em vários níveis,
> sem nenhum motivo racional, que acho incompreensível que sejam admitidos
> em uma lista que se diz moderada, freqüentada pos pessoas que se dizem
> cultas.

As mensagens da lista não são moderadas de modo geral, o que deve
acontecer (como eu faço em minhas listas) é de quando pessoas começam a
enviar mensagens ofensivas ou de que qualquer modo saiam do contexto da
lista, passam a ser suspeitas de falar besteira e aí sim seus email
passam pra moderação antes de serem aceitos na lista.

Imagine se todas as mensagens da Ciencialist tivessem que passar pelo
moderador antes de chegar na lista e que o LRB só acessasse a internet 2
vezes ao dia : iriamos receber mensagens 2 vezes ao dia, ou seja,
esperariamo em média 12 h para que nossos emails fossem lidos pelos
outros membros. Além disso, acredito que sendo moderada o moderador
teria intenção de ler todos os emails antes de libera-los .. ou seja
mais trabalho

Quanto ao virus, gostaria de comentar umas coisas :

----- extraido do binário do virus
This program must be run under Win32

README.TXT.pif
I_wanna_see_YOU.TXT.pif
MATRiX_Screen_Saver.SCR
LOVE_LETTER_FOR_YOU.TXT.pif
NEW_playboy_Screen_saver.SCR
BILL_GATES_PIECE.JPG.pif
TIAZINHA.JPG.pif
FEITICEIRA_NUA.JPG.pif
Geocities_Free_sites.TXT.pif
NEW_NAPSTER_site.TXT.pif
METALLICA_SONG.MP3.pif
ANTI_CIH.EXEINTERNET_SECURITY_FORUM.DOC.pif
ALANIS_Screen_Saver.SCRREADER_DIGEST_LETTER.TXT.pif
WIN_$100_NOW.DOC.pifIS_LINUX_GOOD_ENOUGH!.TXT.pif
QI_TEST.EXEAVP_Updates.EXESEICHO-NO-IE.EXEYOU_are_FAT!.TXT.pif
FREE_xxx_sites.TXT.pifI_am_sorry.DOC.pif
Me_nude.AVI.pifSorry_about_yesterday.DOC.pif
Protect_your_credit.HTML.pifJIMI_HMNDRIX.MP3.pif
HANSON.SCRFUCKING_WITH_DOGS.SCR
MATRiX_2_is_OUT.SCR
zipped_files.EXE
BLINK_182.MP3.pif
are provide by [MATRiX] VX team:
Ultras, Mort, Nbk, LOrd DArk, Del_Armg0, Anaktos
Greetz:
All VX guy on #virus channel and Vecna
Visit us: www.coderz.net/matri

-- conclusões :
Este "virus" foi produzido,pelo menos em parte, por Brasileiros
(tiazinha.jpg;feiticeir_nua.jpg) que usam irc para troca de ideias sobre
virus
Os nomes acinma são usados em algum tipo de sorteio para dar nome a
atachements. Ou seja anexos contendo esses titulos são extrememente
perigosos

O Claudio "bidual" usa Microsoft Outlook Express 5.0, que é alvo
principal dos produtores de virus, no caso do virus citado, outros
browsers de windows 32 (windows 3.11 com dll, windows 95, 98, 982 e
possivelmente o 2000) também seriam afetados pela forma de contágio ser
via executavel (exe pode ser aberto como scr e como pif, experimentem)
mas outros podem contagiar somente pela leitura (via scripts de
visualbasic, rodados pelo Outlook)

Mais uma vez o virus podia ter sido evitado usando o primeiro mandamento
dos usuários de email :

NÃO ABRIR NENHUM ATACHEMENT COM TITULOS CHAMATIVOS

ah sim, Claúdio, tente descobrir quem te enviou essa coisa procurando
por atachments com os titulos acime mencionados.



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Acredito que hah erro!
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/08/2000 19:21

OBS : Cal *diferente de* cal => Cal = 1000 cal = 1 kcal :)


> Essa questão foi colocada numa outra lista.
> A intenção aqui não é resolve-la e sim 'criticar' essa tal de 'caloria' que
> vem indicada até em 'panos de pratos' [aqui em casa tem um que diz: 1 bife =
> 100cal; 1 copo de leite = 150cal ....].
>
> 100g Por copo
> Valor energetico (Cal) 503 131
> Proteinas(g) 26,0 6,8


SUBJECT: Re: [ciencialist] Acredito que hah erro!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/08/2000 20:28


De: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>

OBS : Cal *diferente de* cal => Cal = 1000 cal = 1 kcal :)

Léo: Não conheço essa notação "Cal" para a 'grande caloria', apenas kcal.
A bem das coisas, caloria é uma unidade incoerente (*), ou seja, não
pertence a nenhum sistema de unidades coerentes. A unidade oficial para a
energia térmica trocada entre corpos (ou ambiente) é o 'joule' (J). Um bom
Prontuário de Física nem cita a a unidade cal. Ela é mais usadas pelos
'dieticistas' da vida; aqueles que orientam como 'perder peso'. Segundo eles
não devem ingerir 'calorias' (tudo indica que é para não comer o rótulo dos
produtos!). Será que esse doutores não fizeram nenhum curso de ciência
básica? Cada coisa que se lê por ai ........ vichiii!!!!!!
Se é para colocar culpa em alguém, escolho o Takata! Ele deveria escrever a
parte séria disso tudo e publicar. Serei o primeiro a providenciar uma
divulgação.
Se ninguém combater isso, tais dieticistas vão proliferar que nem advogados
:-) ... mexi no vespeiro :-))))

(*) e só poderia ser incoerente, devidos à quantidade de arbitrariedades em
sua definição:
a) líquido (??? uai, e o Hg e o Au???)
b) água (???, uai not cerveja?? ou extrato de chuchú podre?)
c) 1g (??? o kg não seria bom???)
d) 14,5 graus célsius (???? número cabalístico?)
e) 15,5 graus célsius (???? cabalístico mais 1?)
f) 1atm (???)

"1 cal = quantidade de calor que fornecia a 1g de água eleva sua temperatura
de 14,5 a 15,5 graus célsius"

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Acredito que hah erro!
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/08/2000 21:26

Aqui vai um trecho do volume 2 do Halliday

"Antes dos cientistas descobrirem que calor é energia tranferida, ele
era medido em termos da sua capacidade para aumentar a temperatura da
água. Assim, a caloria (cal) era definida como a quantidade de calor que
era preciso para elevar a temperatura de 1g de água de 14,5 oC para 15,5
oC"
[...]
"Em 1948, a comunidade científica decidiu que, como o calor (e o
trabalho) é energia transferida, a unidade para o SI para o calor
deveria ser a mesma para a energia, ou seja, joule. A caloria foi então
definida como 4,1860 J (exatamente), sem referencia ao aquecimento da
água, A "caloria usada na nutrição, algumas vezes chamada de Caloria
(Cal), é na verdade quilocaloria"

Concordo que caloria é uma unidade não muito apropriada para descrever
energia transferida, muito menos Cal. Mas vamos dar um desconto pra
eles, em quimoca é amplamente usada a kcal (ou Cal) em calculos da
variação de etalpia em uma reação (eu mesmo usei isso muito). Não vamos
querer que todos os termometros mostrem a temperatura em kelvim
(temperatura negativa também é uma "coisa estranha") nem vamos obrigar
todos a escreverem litro com "L" (que é o certo pela IUPAC) ao invéz de
"l".

Estava pensando ... seria proveitoso para os que fazem dieta beberem e
comerem gelado ?
O corpo teria que aquecer o alimento para que este fique na sua
temperatura, como calor é energia, a pessoa está "malhando" :) Não ?

Gostaria de saber como são feitos os calculos de "quantas calorias tem
um alimento", é o calor da etalpia de decomposição ?
É um calculo feito com base na variação de temperatura provocada no
catabolismo do alimento ?


> Léo: Não conheço essa notação "Cal" para a 'grande caloria', apenas kcal.
> A bem das coisas, caloria é uma unidade incoerente (*), ou seja, não
> pertence a nenhum sistema de unidades coerentes. A unidade oficial para a
> energia térmica trocada entre corpos (ou ambiente) é o 'joule' (J). Um bom
> Prontuário de Física nem cita a a unidade cal. Ela é mais usadas pelos
> 'dieticistas' da vida; aqueles que orientam como 'perder peso'. Segundo eles
> não devem ingerir 'calorias' (tudo indica que é para não comer o rótulo dos
> produtos!). Será que esse doutores não fizeram nenhum curso de ciência
> básica? Cada coisa que se lê por ai ........ vichiii!!!!!!
> Se é para colocar culpa em alguém, escolho o Takata! Ele deveria escrever a
> parte séria disso tudo e publicar. Serei o primeiro a providenciar uma
> divulgação.
> Se ninguém combater isso, tais dieticistas vão proliferar que nem advogados
> :-) ... mexi no vespeiro :-))))
>
> (*) e só poderia ser incoerente, devidos à quantidade de arbitrariedades em
> sua definição:
> a) líquido (??? uai, e o Hg e o Au???)
> b) água (???, uai not cerveja?? ou extrato de chuchú podre?)
> c) 1g (??? o kg não seria bom???)
> d) 14,5 graus célsius (???? número cabalístico?)
> e) 15,5 graus célsius (???? cabalístico mais 1?)
> f) 1atm (???)

> "1 cal = quantidade de calor que fornecia a 1g de água eleva sua temperatura
> de 14,5 a 15,5 graus célsius"


SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/08/2000 21:29


> . Como o modelo explica a existência de 4 forças fundamentais.
> . A Física de hoje desconhece alguma força fundamental.
> . A unificação das forças é possível ou elas são não-unificáveis.

Hum .. e a 5a força que tanto falam últimamente ? Derrubaria a TGBD ?


SUBJECT: Re: [ciencialist] Acredito que hah erro!
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/08/2000 22:21

On Tue, 22 Aug 2000, Leonardo Stern wrote:
> todos a escreverem litro com "L" (que é o certo pela IUPAC) ao invéz de
> "l".

porq. o simbolo de litro deveria ser em maiuscula? por acaso eh o nome de
alguem?

> Estava pensando ... seria proveitoso para os que fazem dieta beberem e
> comerem gelado ?
> O corpo teria que aquecer o alimento para que este fique na sua
> temperatura, como calor é energia, a pessoa está "malhando" :) Não ?

de fato a ingestao de alimento gelado faria a pessoa adquirir menos
energia ao final, mas a qtdade perdida no aquecimento deles eh
minimo... jah foi feito nesta lista calculos analogos, mas repitamos --
para se aumentar a temperatura de um corpo eh preciso lhe transferir
energia termica e isso eh dado pela formula:

<delta>Q = mc<delta>T

em q. <delta>Q corresponde 'a energia transferida, m a massa do corpo, c
uma constante q. depende das propriedades termicas do corpo e <delta>T a
variacao de temperatura sofrida por esse corpo em funcao da troca de
energia termica.

consideremos para um litro de agua, o q. dah uma massa de aproximadamente
1kg e a capacidade termica c da agua por unidade de massa eh de cerca de
4,18 J/(g.K)

se a agua ingerida estiver a 0oC (cerca de 273K) e considerando a
temperatura coporea humana media de 36,5oC (cerca de 309,5K), a energia
consumida no aquecimento da agua serah de aproximadamente:

<delta>Q = 1.000 x 4,18 x 36,5 = 15.275 J

parece muito nao? mas um simples hamburger (dos mais light) tem cerca de
2.090.000 J disponiveis (500 Cal)... lembremos q. dispendemos em repouso
cerca de 100 J/s - o q. em um dia equivale a 8.640.000 J: eh mais ou menos
isso de comida (em equivalente energetico) q. ingerimos diariamente...

a grande maldicao dessas embalagens eh q. eles grafam 'cal' em vez de
'Cal' nas tabelas nutricionais de alimentos... um estudante de termologia
mais desavisado pode acabar engordando mais ao final do curso...

um litro de agua gelada vai nos fazer perder apenas 0,2% de energia
consumida (ou bem menos q. isso)... a probabilidade maior eh de acabarmos
por comprometer a garganta...

> Gostaria de saber como são feitos os calculos de "quantas calorias tem
> um alimento", é o calor da etalpia de decomposição ?

ao q. eu saiba eles queimam em uma camara o alimento - determinando a
qtdade de energia por unidade de massa - essa camara eles chamam de 'bomba
calorimetrica' -- e eh esse o valor q. eles atribuem aos alimentos. vale
ressaltar q. isso nos dah uma ideia entao da energia total disponivel dos
alimentos e nao a qtdade q. serah assimilada pelo nosso organismo...
aquele hamburguer de mais de 2 milhoes de joules vai parecer menos
venenoso se considerarmos q. apenas 20% dessa energia disponivel deve ser
assimilada pelo nosso organismo, mas ainda assim com cerca de 400.000 J eh
bem mais do q. um litro de agua gelada pode nos fazer gastar...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/08/2000 23:21

Nada derruba a TGBD. Que 5ª força seria esta?
-----Mensagem Original-----
De: "Leonardo Stern" <roxo@jedi.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 22 de agosto de 2000 21:29
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.


>
> > . Como o modelo explica a existência de 4 forças fundamentais.
> > . A Física de hoje desconhece alguma força fundamental.
> > . A unificação das forças é possível ou elas são não-unificáveis.
>
> Hum .. e a 5a força que tanto falam últimamente ? Derrubaria a TGBD ?
>
>
>
> *** --- ***
>
> >> Lista de VARIOS sites com noticias direcionadas a ciencia (FREE!)<<
> http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html
>
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/08/2000 00:24

> Nada derruba a TGBD. Que 5ª força seria esta?

Seria prepotencia afirmar que nada derruba a TGBD não ?

A 5a força é a famosa gravidade ...

"The suggestion in 1986 of a possible gravity-like ``fifth" fundamental
force renewed interest in the question of whether new macroscopic forces
are present in nature. Such forces are predicted in many theories which
unify gravity with the other known forces, and their presence can be
detected by searching for apparent deviations from the predictions of
Newtonian gravity. We review the phenomenology behind searches for a
``fifth force", and present a summary of the existing experimental
constraints."

Eu tenho o documento referido, se quiser posso envia-lo em pvt


SUBJECT: Re: [ciencialist] A miseria do cientificismo
FROM: "FRANCISCO ASSIS DOS SANTOS" <fsantus@svn.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/08/2000 00:30

Vendo o saber humano na óptica cartesiana naturalistas e humanista não se
complementam uma vez que o todo seria o somatório das suas unidades. Contudo
considerando que o saber humano seria um grande mosaico quais seriam os
pontos de complementariedade entre humanistas e naturalistas?!
Seu texto é pertinente e mereceria uma boa discussão.
Abraços Assis
----- Original Message -----
From: <msbn@daterranet.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Tuesday, August 08, 2000 3:33 AM
Subject: [ciencialist] A miseria do cientificismo


> Prezados listeiros,
>
> É conhecida a desconfiança e a atitude sobranceira dos cientistas da
> natureza com relação às ciências humanas. Estão sempre a censurar os
> "humanistas" por não se valerem apropriadamente do método
> científico-experimental (o método das ciências naturais) em suas
pesquisas;
> o que, segundo eles, rebaixa o discurso humanista a mera literatura sem
> compromisso com o fato e, por isso, no último reduto do mito.
>
> E como têm eles horror ao mito! Pois o mito persegue algo além da pura
> lógica; portanto, algo que não pode ser falado, isto é, traduzido na árida
> linguagem da lógica-matemática. Ora, "o que não se pode falar deve se
> calar", afirmou Wittgenstein. Então, que se cale o mito!
>
> Vejo nisso um ressentimento e um desejo de desforra dos homens de ciência
> contra o cristianismo, que, em outros tempos, quis silenciá-los. Daí o
velho
> chavão "a razão contra o mito". Mas não será essa contradição apenas uma
> contingência histórica? Se o pensamento racional visa sobretudo a
> estabelecer juízos de fato (visa à verdade, acima de tudo), por que então,
> ao invés de demonizar o mito, não o encara como um fato qualquer, isto é,
> com a devida - e na medida do possível - "neutralidade científica"?
>
> Mas é precisamente isso o que pretende o antropólogo, o semioticista e a
> psicanálise: observar o mito com a objetividade do cientista, e tentar
> compreender a estrutura e as leis do pensamento mítico ou mágico, os
> princípios que regem essa lógica não-racional, ou, nas palavras de
> Lévi-Strauss, essa álgebra semântica. Os cientistas da natureza,
entretanto,
> não entendem essa atitude. Para eles - a maioria - o mito é mal e a razão
é
> boa. E como o amigo do meu inimigo é também meu inimigo, põem-se então a
> hostilizar as ciências do homem, mormente a psicanálise, com seus Édipo,
> Electra, Eros e Tanatos. Esquecem-se, no entanto, que o maniqueísmo que
> professam, o Bem (Razão) versus o Mal (Mito) é o que há de mais
> característico no pensamento mítico, e que a Razão desta forma concebida
> nada mais é que uma divindade para espíritos laicos, o Grande Mito
> racionalizado, em suma: mais uma deus prepotente e arrogante a atormentar
a
> humanidade.
>
> E por falar na contradição Razão X Mito, hoje mesmo abri por acaso um
livro
> do Bertrand Russell, o "ABC da Relatividade", e fiquei surpreso com o que
> deparei: uma análise do autor, sob a luz da teoria da relatividade, de
dois
> versos de um poeta cujo nome ele não cita. Os versos são os seguintes:
>
> "Um acontecimento distante e divino
> Rumo ao qual se move toda a criação"
>
> Russell critica o último verso, pois, de acordo com a física moderna, o
> "agora" é relativo ao observador, de sorte que "o acontecimento distante e
> divino" pode ser um acontecimento presente para uma parte da criação,
> passado para outra parte e, para uma terceira parte do universo, ainda uma
> ocorrência futura. Russell, então, reescreve o poema do seguinte modo:
>
> "Um acontecimento distante e divino
> Rumo ao qual algumas partes da criação se movem, enquanto outras dele se
> afastam"
>
> Horrível. O próprio filósofo admite que estragou a poesia. Não obstante,
ele
> prefere o estrago, pois sugere "que uma emoção que possa ser destruída por
> uma pequena dose de Matemática não seja nem muito autêntica nem muito
> valiosa."
>
> "Nem muito valiosa"? Impressionante: a verdade matemática como critério de
> validação das nossas emoções. Se assim for, então temos que admitir a
> absoluta inautenticidade da emoção de Manuel Bandeira, daquela que o levou
a
> escrever o "mentiroso" verso "teus olhos azuis são dois oceanos não
> pacíficos" (afinal olho é olho e oceano é oceano). Ou o total "desvalor"
da
> emoção de García Márquez quando, perscrutando o silêncio da noite,
percebeu
> o quase inaudível "barulho da Terra girando em torno do seu eixo
> enferrujado". E o que dizer das nossas crianças com o seu pensamento
mágico
> e o seu mundo animista? É duro saber que o grosso das emoções dessas
> criaturinhas nada valem.
>
> Sokal e Bricmont, dois desses cientistas da natureza que fazem do método
> científico-experimental uma bitola, publicaram há algum tempo um livrinho,
> "Imposturas Intelectuais", no qual mostram os erros crassos de filósofos e
> cientistas sociais franceses (todos expoentes do pós-modernismo) quando se
> meteram a falar de alguns conceitos da matemática e das ciências naturais
> empíricas. O resultado foi uma catástrofe para a hoste pós-moderna.
Figurões
> como Lacan e Deleuze até então tidos como intocáveis viram-se de repente
> deitados de cara na lama da abjeção, totalmente expostos ao ridículo.
>
> Mas, sinceramente, todos os disparates ali citados se me afiguram menos
> tolos e ridículos que a tese de Russell acerca da autenticidade ou
> inautenticidade das emoções humanas. É, as imposturas intelectuais não são
> um monopólio do pós-modernismo. Quando um cientista da natureza averso a
> "literatices" humanistas começa a dar palpites sobre os fenômenos da
> realidade humana, está a correr o sério risco de ser mais engraçado que
> Groucho Marx.
>
> Querem saber de outro palpite hilariante de cientistas da natureza acerca
do
> fenômeno humano? Este eu tomei conhecimento pela televisão, não me lembro
se
> foi no Fantástico ou no Jornal Nacional. Lembro-me só do grande sorriso da
> apresentadora, denotando um estado de graça ante a grande nova, e da frase
> dita com grandiloqüência: "cientistas americanos descobrem a causa da
> felicidade!" Soube, no fim do programa, que a causa da felicidade era a
> serotonina. Sim, a causa da felicidade é a serotonina, assim como a causa
de
> um suicídio é a corda com a qual o suicida se enforcou. Mostrou-se então
um
> homem de classe média, que embora levasse uma vida confortável, não
> conseguia se livrar da depressão. Depois, mostrou-se um homem pobre, acho
> que porteiro de um edifício, que não conseguia parar de rir e estava
sempre
> contente. A diferença entre um e outro? A quantidade de serotonina
presente
> no organismo, escassa no primeiro, abundante no segundo. A grande
conclusão:
> somos infelizes não porque sofremos injustiças; não porque somos
tiranizados
> ou maltratados seja no local de trabalho, em casa ou na rua; não porque
nos
> faltam meios materiais para a satisfação das nossas necessidades e as dos
> nossos entes queridos. Somos infelizes não porque nos negam reconhecimento
e
> nos rebaixam à condição de coisa, mercadoria força-de-trabalho a mercê das
> forças de um mercado cada vez mais retraído, mutante e caótico. Em
verdade,
> somos infelizes porque nos falta um pouco mais de serotonina. Nada que não
> possa ser resolvido com uma simples pílula. Aliás, até mesmo a angústia do
> ser-no-mundo, a sensação de absurdo e de falta de sentido, a perene
> insatisfação humana que não nos deixa nunca ficar parados, estagnados; até
> mesmo a simples e basal dor de ser humano (a dor da indecisão, da dúvida e
> da renúncia que só quem é livre experimenta) irá necessariamente
desaparecer
> num futuro próximo, no admirável mundo novo dos homens-prozac.
>
> Em miúdos: a solução para o problema humano não é econômica, social,
> política, ética, psicológica ou filosófica. Como o problema da humanidade
é
> físico-químico, sua solução, portanto, é farmacológica. Ridículo e
hilário,
> não? Mas bobagens como esta estão sempre saltando da boca de cientistas de
> laboratório quando começam a tagarelar sobre o homem e sua sociedade.
>
> Há outros que, tendo por objeto de suas investigações animais como gansos
e
> formigas, de repente trasladam para a sociedade humana, de forma mecânica
e
> arbitrária, caracteres que, na verdade, são idiossincrasias dos gansos e
das
> formigas. Nesses erros incorreram Konrad Lorenz (estudioso dos gansos) e
> Edward. O. Wilson (estudioso das formigas e fundador da sociobiologia). O
> primeiro, talvez impressionado com os passos de ganso do exército alemão,
> terminou simpatizando com o nazismo. Defendeu inclusive a legitimidade da
> eugenia; que ao Estado cabe zelar pela integridade genética (homozigótica)
> do povo. Quanto ao segundo, viu ele na sociedade humana o mesmo
determinismo
> genético da sociedade dos cupins e das formigas. Cultura? Isso não existe.
> Ou, se existe, trata-se apenas de um epifenômeno. Significa dizer que
> sociedade humana é "natureza" cem por cento, e "todos" os comportamentos
> sociais dos homens são tão geneticamente programados (inatos ou
instintivos)
> quanto o comportamento dos insetos sociais. A liberdade é uma quimera.
>
> Ética? O que é o Bem e o que é o Mal? Isso não é um problema filosófico,
mas
> uma questão a ser resolvida por biólogos e geneticistas. A "verdadeira"
> ética, a ética "científica", encontra-se toda ela escrita na linguagem dos
> genes.
>
> Outra grande besteira, outra tremenda bobagem dita por quem pouco ou nada
> sabe acerca da realidade humana e que, mesmo assim, desprezam as ciências
> humanas. Pois a ciência se ocupa com os fatos, e suas proposições são
juízos
> de fato, e não de valor. Querer um cientista extrair conclusões no
> imperativo (uma ética) de premissas no indicativo não é senão querer
> "moralizar" a natureza, querer transformar seu movimento inintencional
numa
> teodicéia e suas leis, de leis do ser em leis do dever-ser. Ora, isso é
> típico do pensamento mítico-religioso.
>
> Não adianta tratar o pensamento mítico como um sapo e expulsá-lo aos
chutes
> pela porta da frente. Pois o bicho é teimoso e não tardará a entrar
> novamente em casa pelas portas sempre escancaradas dos fundos (as portas
do
> inconsciente?). Melhor então encará-lo com a devida objetividade: como
mito,
> e não como sapo asqueroso; como um meio de se resolver as aporias com as
> quais se depara o espírito humano desde épocas imemoriais: o nascimento, a
> morte, o porquê da existência.
>
>
> Manuel Bulcão
>
>
>
>
>
>
> *** --- ***
>
> >> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
> http://www.physlink.com/
>
> *** --- ***
>
>
>
>



SUBJECT: Dicas de participacao na lista.
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/08/2000 00:47


Durante alguns dias nao tive muito tempo para administrar a lista e
lamentavelmente varios fatos desagradaveis parecem estar acontecendo.
Neste mail estou enviando as dicas de participacao na lista.

Dicas

Todas as dicas que estão aqui não são rígidas, mas
apenas alguns
pontos que devem ser lembrados para melhorar a comunicação entre
os
participantes da lista. - preferencialmente utilize sempre a mesma
conta de e-mail quando enviar as mensagens para a lista, pois o
sistema identifica as pessoas pelo e-mail. Um endereço diferente
é
encarado como uma pessoa diferente, e neste caso a mensagem fica
bloqueada até a liberação por parte do administrador.
Mas se você desejar enviar as mensagens de várias contas de
e-mail,
é possível colocá-las como ALIAS (apelido) no sistema
Egroups.
Maiores informações com lrb@if.ufrgs.br .

- evite enviar e-mails em HTML, pois em 99% dos casos isto é
desnecessário e aumenta o tamanho das mensagens. Em algumas
situações
você está enviando e-mails no formato HTML e não percebe,
portanto
tenha cuidado.

- não utilize acentuação no "subject" do e-mail. Alguns
sistemas de
leitura não reconhecem acentuação, principalmente quando ela se
encontra no campo "subject".

- evite enviar arquivos anexos (attachment). O sistema Egroups possui
um serviço no endereço http://www.egroups.com/list/ciencialist
,
chamado Vault; no qual você pode disponibilizar material para
download (até 20Mb no total). Lembre que algumas pessoas possuem
contas de e-mail com espaço limitado e que uma mensagem gigantesca
pode atrapalhar muito.

- não envie a mesma mensagem para várias listas de discussão
do
Egroups ao mesmo tempo, pois o sistema suspeita ser um SPAM. Portanto
envie um e-mail de cada vez.

- sempre que você responder uma mensagem, APAGUE tudo o que não
for
necessário, principalmente a parte referente a propaganda do
Egroups,
pois o sistema adicionará automaticamente uma assinatura no novo e-
mail.

- evite assinaturas extensas.

- organize de maneira clara os seus comentários explicitando bem o
que você está comentando e o que é e-mail original. Isto se
torna
importante para a leitura rápida e agradável das discussões.

- evite a utilização de cores e efeitos de texto, pois muitas
pessoas
utilizam leitores de e-mail que não reconhecem estes recursos. Uma
dica que em alguns casos pode ser útil, é a inclusão de uma
pequena
identificação no início do parágrafo, por exemplo, as
iniciais de seu
nome.

- quando você ficar muito tempo (uma semana) sem receber e-mails
da
lista, avise o administrador (lrb@if.ufrgs.br ).

- os e-mails enviados em particular entre os integrantes, não
são de
responsabilidade da lista.

- os e-mails enviados para a lista não são de responsabilidade
direta
do administrador.

- esta lista possui somente moderação de inscrição e não
há moderação
de mensagens.

- quando você desejar fazer alguma propaganda, solicite a
permissão
do administrador.

- se em algum caso houver algum tipo de agressão entre os
participantes da lista, avise o administrador (lrb@if.ufrgs.br ).
Pois nem sempre todas as mensagens são lidas na sua totalidade
pelo
administrador.

- se o sistema Egroups avisar que você está no modo "bouncing",
é
sinal de que há algum problema com sua conta. Entre em contato com
o
administrador da lista (lrb@if.ufrgs.br).

- você pode ler os últimos e-mails enviados para a lista
através do
endereço http://www.egroups.com/list/ciencialist/

- evite prolongar discussões infrutíferas.

- faça uma leitura crítica das mensagens.


Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.






SUBJECT: Re: [ciencialist] Olhem isso!
FROM: "FRANCISCO ASSIS DOS SANTOS" <fsantus@svn.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/08/2000 00:55

Pelo amor de Deus essas perólas são baseadas em quais
autores/?!!!!!!!!!!!!!! QUANTA BABAQUICE
----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Monday, August 07, 2000 10:40 AM
Subject: [ciencialist] Olhem isso!


> Oi pessoal, vejam no que dá o modelo deus!
> []'
> Léo
> --------------------------------------------------------------------------
--
> ---
>
> Conspiração mundial
>
> O catolicismo romano tem agido durante dezesseis séculos enganando,
> escravizando, corrompendo e destruindo as pessoas. Ele se faz passar pela
> verdadeira Igreja fundada e estabelecida por Cristo a fim de agir em nome
> d'Ele e, contudo, tem feito exatamente o contrário do que Ele pregou. A
> Igreja Católica tem preparado, vagarosa e inexoravelmente, uma conspiração
> mundial a fim de se apossar do mundo inteiro, desde que perdeu o controle
> total da humanidade, a partir do século 16, quando a Reforma Protestante
> trouxe a luz da infalível Palavra de Deus aos que precisam conhecer a
> liberdade que existe no Evangelho de Cristo (João 8.32). O Vaticano está
> preparando essa conspiração mundial no sentido de juntar todas as
religiões
> numa só e liderar a Igreja Mundial, como fazia na Idade Média. Para tanto
> ele conta com o Movimento Ecumênico e os vários movimentos carismáticos
> filiados à Igreja, os quais, enganando multidões através da mídia e de
> musicais frívolos, levam-nas a imaginar que a vida religiosa é um eterno
> parque de diversões.
> O escritor australiano, Sidney Hunter, diz que existem apenas dois meios
> pelos quais a história mundial pode ser explicada:
> 1. A teoria acidental - todos os eventos mundiais, tais como depressões,
> revoluções, guerras e conspirações políticas são o resultado de um mero
> acaso. Essa visão é tão ridícula como a Teoria da Evolução de Charles
> Darwin.
> 2. A teoria da conspiração - os acontecimentos mundiais, conforme acima
> mencionados, ocorrem porque algumas pessoas influentes desejam que eles
> aconteçam e fazem com que de fato aconteçam. As pessoas poderosas se
reúnem
> a portas fechadas e organizam planos a fim de alcançar os seus objetivos.
O
> modo mais exato de descrever essa conduta é a conspiração.
> Para os crentes em Jesus Cristo, a teoria da conspiração faz muito mais
> sentido do que a teoria acidental. Muitos pesquisadores respeitáveis e
> íntegros, depois de muitos anos de pesquisas honestas, têm chegado à
> conclusão de que existe uma conspiração mundial agindo com o objetivo de
> controlar os povos da Terra, através do controle da religião, dos bancos,
da
> indústria, do comércio e da mídia.
> Gregório VII - Hildebrando - foi o grande organizador da Igreja de Roma,
> levando-a ao seu papel de líder mundial, dominando todos os reis e
> príncipes, a partir de sua época. Durante cinco séculos - do 11 ao 16 -
essa
> Igreja reinou soberana sobre todos os povos da Terra e só quando Lutero
> entregou a Bíblia aos povos da Europa é que estes vieram a conhecer a
> liberdade religiosa e política, passando a enxergar os direitos básicos da
> humanidade. Sob o reflexo da luz da Palavra de Deus, a maior parte da
Europa
> cresceu e enriqueceu, levando essa riqueza aos países da América do Norte,
> que não estavam sob o jugo papal.
> A senhora de Fátima é a grande deusa que tem comandado os povos ocidentais
e
> o seu culto tem se fortalecido cada dia mais. Como deusa pagã, ela vai
> exigir de seus devotos verdadeiros sacrifícios de sangue, através do seu
> escravo maior, o papa em ofício, ou o anticristo. O nome de código da III
> Guerra Mundial, nos anos 50/60, era exatamente Fátima, quando Pio XII
> desejava liquidar os russos, não por serem "comunistas ateus", mas porque
o
> bolchevismo estava se espalhando rapidamente pelo mundo. Sem falar da
> religião ortodoxa, que sempre foi abominação para todos os papas do
> catolicismo e ainda pelo desejo de apropriar-se dos despojos. Como tentou
> dar cabo dos russos, através da II Guerra Mundial, e quase conseguiu fazer
a
> III Guerra Mundial, com o mesmo objetivo, esse papa já está quase
garantido
> na canonização por ter sido um dos guerreiros quase infalíveis da Santa
> Madre Igreja. Pio XII é santo do ponto de vista católico porque prestou
> enormes serviços à organização romanista e isso é o que importa para
alguém
> se transformar em santo no contexto religioso do catolicismo.
> Pio XII, e agora João Paulo II, são os dois papas que têm conduzido o
mundo
> para o domínio absoluto do catolicismo, com Maria comandando o espetáculo
> final, na pessoa do anticristo. O primeiro promoveu a II Guerra Mundial e
> como os seus fantoches Hitler, Mussolini e Pavelic perderam a guerra, ele
> não conseguiu o seu intento, que era transformar o mundo numa "aldeia
> católica fascista". Depois Pio XII tentou deflagrar a III Guerra Mundial,
> mas Deus usou a espiã inglesa, Melita Norwood, uma atéia, para impedir
essa
> guerra monstruosa, permitindo que ela entregasse os segredos atômicos da
> Inglaterra a Stalin. Agora é João Paulo II, com a sua pregação de um falso
> ecumenismo, que tenta arrebanhar todos os povos para a Igreja de Roma,
> prometendo paz e amor a todos, quando na realidade tudo não passa de um
> engodo para organizar o seu rebanho universal. A verdadeira paz só virá
com
> Jesus Cristo, o Príncipe da Paz! Os papas têm usado e abusado do Santo
Nome
> do Senhor Jesus Cristo a fim de enriquecer a Igreja e tomar conta das
> consciências não alicerçadas na Palavra de Deus. Contudo, isso terminará
no
> dia em que Jesus voltar e mandar que o seu anjo atire a Babilônia infernal
,
> para sempre, no mar, como uma pedra de moinho!
>
> Do livro "Conspiração Mundial em Nome de Deus", já no prelo.
>
> Autora: Mary Schultze / Pesquisadora de Religião
>
> --------------------------------------------------------
> Se quiserem o e.mail da Mary é só falar.
>
> []'
> Léo
>
>
>
>
>
>
> *** --- ***
>
> >> Site com varias coisas interessantes sobre fisica. <<
> http://www.physlink.com/
>
> *** --- ***
>
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/08/2000 01:12

Prezado Leonardo,

Que eu saiba a quarta força é a da gravidade. Nas suas contas qual seria a
quarta força, além da eletromagnética, fraca e forte?

Pode parecer pretensão e arrogância de minha parte, mas nada até hoje
derrubou a TGBD. Aliás se tivesse derrubado, ela já estaria morta, pois de
nada serviria. A verdade é que cada vez mais vou vendo que ela é verdadeira.
E aí, se você tivesse no meu lugar, como se comportaria? Seria humilde e não
a colocaria na berlinda, ou botaria a boca no trombone, para ver se alguém
divide comigo esta questão: será que eu descobri mesmo a Teoria de Tudo? Sai
dessa...

Pode testá-la a vontade. É isto que eu quero que nesta lista seja feito. Se
ela baquear, vai ser bom, pois aí se definirá a maior dúvida que tenho sobre
ela: quais seriam as quatro situações biduais que existiriam para o Quarto
Uno? Estou escrevendo sobre isto.

Você com a palavra. Um grande abraço, e desculpas a todos pelo vírus. Também
neste mundo promíscuo que é a Internet, tem hora que agente vacila, ou
arrebenta a camisinha... risos.

Claudio Abreu.



-----Mensagem Original-----
De: "Leonardo Stern" <roxo@jedi.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 23 de agosto de 2000 00:24
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.


> > Nada derruba a TGBD. Que 5ª força seria esta?
>
> Seria prepotencia afirmar que nada derruba a TGBD não ?
>
> A 5a força é a famosa gravidade ...
>
> "The suggestion in 1986 of a possible gravity-like ``fifth" fundamental
> force renewed interest in the question of whether new macroscopic forces
> are present in nature. Such forces are predicted in many theories which
> unify gravity with the other known forces, and their presence can be
> detected by searching for apparent deviations from the predictions of
> Newtonian gravity. We review the phenomenology behind searches for a
> ``fifth force", and present a summary of the existing experimental
> constraints."
>
> Eu tenho o documento referido, se quiser posso envia-lo em pvt
>
>
>
> *** --- ***
>
> >> Lista de VARIOS sites com noticias direcionadas a ciencia (FREE!)<<
> http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html
>
> *** --- ***
>




SUBJECT: Re: Debate sobre auto-ajuda na MTV
FROM: "Daniel Sottomaior [SP]" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/08/2000 01:16

"Emilson Pereira Leite" wrote:
> Infelizmente não houve muito espaço para ele falar, mesmo porque
> é difícil competir com alguém tão bom de conversa como o Lair
> Ribeiro...
> mas gostei da sua participação.

Obrigado... De fato, o cara tem técnica, mas uma técnica que creio
que fica evidente e pra lá de enjoativa depois dos primeiros cinco
minutos, e na minha nada modesta opinião, acaba sendo
contraproducente para o público que não se deixa levar tão
facilmente. Mas como o alvo dele é o público que se deixa levar
facilmente, ergo...


> Aproveitando a deixa, gostaria de saber se o que o Lair falou sobre
> ele mesmo é verdade. Disse que publicou 149 trabalhos científicos
> versando sobre o efeito placebo. Tenho minhas dúvidas sobre isso...

Escutando novamente, também fiquei com a impressão de que ele teria
dito isso mesmo, mas se não me engano o que ele falou é que esse é o
número de trabalhos, não de trabalhos sobre placebo. Infelizmente,
não tenho a fita aqui.

Eu tinha dúvida até sobre a autenticidade do título dele, mas o CRF
confirmou que ele tem registro. No entanto, vocês podem conferir a
ponta do iceberg que o Ronaldo Cordeiro descobriu a respeito dessas
citações: http://www.egroups.com/message/fcb/1912


> Gostaria de ler comentários do próprio Daniel a respeito do debate.

Lembra de um personagem humorístico, não sei de que extinto programa
da tevê, que só se lembrava de uma boa resposta para dar muito depois
que a situação acontecia? Pois é, essa foi a minha maior sensação ao
rever o debate pela primeira vez. Os argumentos do Lair foram pífios,
mas o que vale ao vivo é se impor, e isso ele faz de monte. Se ao
menos houvese direito de resposta garantido, a coisa seria bem
diferente. A história dos trabalhos científicos, por exemplo, é um
pretenso argumento de autoridade em resposta à minha acusação de que
os livros dele são placebos. O exemplo que ele dá sobre visualização
é furadíssimo, porque envolve uma atividade motora, para a qual o
ensaio/movimento é evidentemente importante. Qundo ele fala sobre
critérios pra se distinguir bons livros dos ruins, ele afirma que
deve-se olhar para o autor como critério de decisão, o que em si já é
furado. Mas *ainda* que eu seguisse o conselho dele, a única coisa
que eu sei que ele definitivamente sabe fazer muito bem é se uto-
promover e escrever livros de auto-juda enganando as pessoas, mas
essas coisas ele não ensina a fazer. E mais -- além desse belíssimo
conselho, ele dá a regra geral: você tem que pagar pra ver, comprando
o livro. Puxa, isso que é critério útil... como ele ajuda as pessoas,
não?

E assim por diante.


[]s


Daniel



SUBJECT: neotenia...ao Takata
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/08/2000 01:19

Olá, Takata

Desculpe-me, Takata, por ter-lhe chamado de "Takada". Foi um ato falho. É
que às vezes os seus argumentos são uma...Takada!:-)

Realmente, a sua argumentação é lógica e consistente. De fato, houve
retardamento em alguns aspectos e avanços noutros. Talvez o desenvolvimento
biológico humano deu-se assim: um passo atrás para dar dois passos a frente.

Amanhã irei à Biblioteca da Universidade para ver se há por lá alguns dos
livros sobre neotenia que você me indicou. Mais uma vez, agradeço-lhe a
atenção.

Quanto ao meu estilo literário cheio de metáforas e sem muitos cuidados com
o rigor técnico, tente compreender: não sou um cientista, mas um autodidata
interessado em ciência (logo, cheio de lacunas em meu conhecimento
científico) e, devo dizer, com um projeto literário engavetado (lá no fundo
da gaveta, em meio a naftalinas). Daí a minha preocupação com o estilo. Não
quero mostrar erudição. Aliás, não suporto intelectuais de salão. O que
pretendo é tão-somente que meus textos sejam agradáveis para quem os estiver
lendo. (No que diz respeito ao adjetivo "bio-evolucionário", é que, em meus
estudos, convivo com muitas "evoluções": evolução cósmica, evolução
biológica, evolução cultural, etc.)

Se fui abusado em minha última réplica, por favor não leve isso em conta. É
que, nesta lista, venho sendo alvo de piadinhas e de comparações veladas com
pseudocientistas e outros espécimes da fauna irracionalista, o que está me
chateando e me deixando um tanto desconfiado.

Sobre a dicotomia biologia-cultura, tenho a dizer o seguinte: o chimpanzé
não só tem uma cultura como também compartilha com o homem uma autopercepção
como indivíduo, isto é, um "eu" (o chimpanzé se reconhece no espelho). Acho
até que a diferença do homem em relação ao chimpanzé é mais de grau do que
de espécie. Mas há de se convir que a cultura do chimpanzé, além de muito
incipiente (uma proto-cultura, como bem falou o Francisco), é estática ou
quase isso. Há diferenças geográficas, decerto, no sentido de que as hordas
de chimpanzés têm culturas diferentes. Não há, entretanto, alterações
"históricas" nestas culturas, ou, se há, é negligenciável, de sorte que se
pode mesmo dizer que o chimpanzé é um beco sem saída da evolução cultural.

O gênero Homo (e não apenas a espécie Homo sapiens sapiens), ao contrário do
chimpanzé, tem uma "história cultural", que primeiro se manifestou como um
longo processo de "seleção natural" das variantes culturas humanas (uma
combinação de evolução natural com evolução cultural) até culminar numa
cultura capaz de evoluir por suas próprias leis, isto é, uma cultura que
evolui mais por fatores internos (econômicos, políticos, ideológicos) do que
por fatores externos (drásticas mudanças ambientais, por exemplo).

A autonomia da evolução cultural alcançou o seu grau mais elevado (por
enquanto) na moderna sociedade burguesa, em que a própria necessidade da
produção voltada para o lucro (a necessidade de acumular cada vez mais) cria
a cada dia novas necessidades humanas, inclusive necessidades que atentam
contra a integridade física e psíquica dos indivíduos, o que é ruim e que,
portanto, demanda uma intervenção consciente dos homens, mediante
instituições democráticas, para resolver este problema. Um dado
interessante: quanto mais autonomia uma cultura garante ao indivíduo (para
trocar, para escolher e, sobretudo, para pensar), mais dinâmica ela será.

Assim como um ciclista, é o movimento cultural que dá equilíbrio ao homem.
Se fôssemos biologicamente completos, seríamos como os chimpanzés,
eternamente iguais a si mesmos até a extinção.


Um abraço,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Agapito falava sério
FROM: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <acmq@compuland.com.br>
CC: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/08/2000 01:37

Caro Antônio

Eu estou profundamente confuso! Parece que vc não levou a sério meu e-mail, e, pior, o interpretou como uma ofensa. Acho que piorei as coisas. Eu, sinceramente, pedia desculpas por ter enviado um e-mail que parecia tê-lo prejudicado. Talvez pelo fato de usar o termo "desprezível vírus" isto tenha soado como ironia, mas não foi. Só não quis ser muito nú e cru.

Novamente, peço desculpas pelo mal entendido e aguardo sua resposta.

Sinceramente

Agapito



SUBJECT: Ao Agapito e ao Francisco Assis
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/08/2000 01:42

Olá, Agapito e Francisco Assis

Agapito, agradeço os textos que você nos enviou. Muito bons.

Apareça mais lá pela Acrópolis!

Como estou inscrito em várias listas, e a leitura de e-mails está me tomando
muito tempo, vou ter que "sacrificar" uma delas. Escolhi a ciencialist. Para
o imenso alívio dos que não suportam nem ouvir falar em ""ciência
social"":-). Por isso, espero que você participe mais na Acrópolis.

Francisco Assis, grato pelo seu elogio ao meu texto :-)

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Esta lista...
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/08/2000 02:17

Olá, Antônio Carlos


Você escreveu : "Não havia um moderador nesta lista? O objetivo não era
falar de
-ciência-? Temos agora apenas pseudo-ciência, ""ciências sociais"",
religião,
autopromoção, VÍRUS..."

Manuel - Por que, em vez de chamar a polícia (desculpe-me, moderador :-)),
você não usa o seu dedão para simplesmente deletar as mensagens que VOCÊ
JULGA pseudo-ciência, ""ciências sociais"", religião, autopromoção, etc.?

Você não sabe que o trigo científico é saparado do joio imprestável por meio
da discussão e do questionamento? Você não sabe discutir, caro
""cientista""?

Sinceramente,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Esta lista...
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/08/2000 02:24

> O referido senhor acima citado obviamente não entendeu do que eu
estava
> falando. Eu apenas não compreendia como em uma lista moderada
pode
> alguém passar um vírus para a lista. Aplaudo o referido
senhor por
> alertar os membros da lista. A mensagem do referido senhor se
> soma a outras que tenho visto com ataques pessoais em vários
níveis,
> sem nenhum motivo racional, que acho incompreensível que sejam
admitidos
> em uma lista que se diz moderada, freqüentada pos pessoas que se
dizem
> cultas.
>
> Antonio Carlos M. de Queiroz
>
> Com esta, tchau.

A Ciencialist nao eh uma lista moderada (nunca foi). Ou seja, todas
as mensagens enviadas pelos integrantes sao automaticamente
distribuidas a todos participantes. Sempre contei com o bom senso dos
participantes para manter o nivel de debates.

No momento coloquei somente o Claudio Abreu em carates moderado.
Tomei esta decisao devido ao possivel envio de virus para a lista.
Mas isto eh somente em carater temporario, assim que eu achar que as
coisas voltaram ao normal, eu tiro ele da moderacao.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.






SUBJECT: Algumas observacoes (administrativa)
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/08/2000 03:14

Devido aos frequentes problemas gostaria de fazer mais algumas
observacoes.

Devem ser evitadas mensagens que tenham carater somente religioso
e/ou politico e que nao tenham nenhuma relacao com ciencia.

Mensagens referentes a TGBD preferencialmente devem circular pela
lista http://www.egroups.com/list/tgbd/ criada pelo Claudio Abreu.

Aproveitando o mail. Para sair da lista mande um mail totalmente em
branco para ciencialist-unsubscribe@egroups.com . Informacoes
adicionais podem ser obtidas atraves do site
http://www.egroups.com/list/ciencialist/

Obrigado pela atencao e desculpe pela confusao.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/08/2000 05:12

-----Mensagem Original-----
De: "Claudio Abreu - Bidual"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 22 de Agosto de 2000 23:21
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

> Nada derruba a TGBD. Que 5ª força seria esta?

Olá Claudio e demais Ciencialisteiros.

Em primeiro lugar espero que tenham entendido o tom de agressividade que dei
a uma de minhas últimas mensagens. O assunto em pauta havia sido exposto por
este paulista que vos fala, e não pelo meu net-amigo e capixaba Cláudio,
conforme a msg dava a entender. Por outro lado, tratavam-se de ofensas dadas
a público e não exclusivamente a mim, mas extensivas a meus conterrâneos,
não apenas os nascidos aqui em São Paulo mas também aqueles que colaboraram
para que São Paulo chegasse ao que é. Julguei então que deveria responder em
público e não em pvt. Não no sentido de polemizar mas com a finalidade de
colocar um fim imediato na questão, talvez aqui colocada com impropriedade.
Já assisti a briguinhas regionalistas como estas e elas costumam durar meses
sem levar a nada. Sinto que alguns estranharam a minha conduta
manifestando-se através de possíveis julgamentos implícitos. Não há nada
pior do que ser criticado nas entrelinhas, pois ficamos sem saber como nos
defender e até mesmo em dúvida sobre se realmente fomos criticados. Enfim, a
vida é como ela é e não como gostaríamos que fosse. Espero que o assunto
tenha se encerrado.

Quanto à afirmação do Claudio (Nada derruba a TGBD),... fez-me lembrar a
primeira crítica que fiz à tgbd aqui na ciencialist, há muito tempo. Cheguei
na época a interpretar a tgbd como uma teoria metafísica ou, se quiserem,
uma teoria epistemológica ou filosófica. Sou xucro em filosofia, porém
acredito conhecer os limites do que chamo ciência e, como tal, suas
fronteiras com a filosofia. Alguns "cientistas" vêem com maus olhos a
metafísica e, portanto, uma teoria metafísica não teria valor algum para a
ciência. Sem querer rotular ninguém, seriam os positivistas que teriam
firmado pactos de fé dogmático-científicos por ocasião do círculo de Viena.
Eu não penso assim. Não vejo mal algum em uma teoria ser metafísica e
acredito mesmo que em determinadas condições as teorias metafísicas são
essenciais à ciência e tão importantes para o cientista teorizador quanto as
próprias teorias científicas.

Nesta segunda-feira assisti a uma palestra do prof. Antonio Joaquim
Severino, na USJT, onde o mesmo comentou algo a respeito da não unicidade do
método científico. O método científico, como classicamente o conhecemos, e
expus uma visão moderna a respeito recentemente (vide A práxis científica),
tem se mostrado bastante útil nas chamadas ciências naturais. O mesmo método
chega a ser visto com maus olhos por alguns entendidos em ciências humanas.
Pois o Severino, se o entendi bem, chega a dizer que o "método das ciências
naturais" teria sido sistematizado no século passado e aquele utilizado nas
ciências humanas está em vias de consolidação e realmente parece diferir do
anterior. Não obstante, Severino chama a atenção para duas áreas das
ciências que não se encaixariam em nenhum destes "dois métodos" e que seriam
os ramos das humanas voltados excessivamente à práxis, qual seja, a política
e a educação. Desta forma, haveria um terceiro método científico e
relacionado às ciências políticas e às ciências educacionais. E a
sistematização deste terceiro método, ao que tudo indica, viria a ser obra
do século que está por começar. Muito bonita e muito lógica a colocação que,
obviamente, não sei repetir com a mesma desenvoltura do mestre. Não
obstante, ao término da palestra cheguei a questioná-lo sob o ponto de vista
exposto no parágrafo seguinte.

Seria a teoria do método científico, da forma como é hoje aceita pelos
cientistas naturais, uma obra acabada? Percebo que este método deixa
propositalmente de lado questões tais como a intuição, a busca por
analogismos, as experiências de pensamento, os construtos de alto nível,
referidos por Bunge, as imagens de espírito referidas por Einstein, a lógica
transcendental, referida por Kant... E não obstante, os bons cientistas,
aqueles que realmente produzem conhecimento científico, utilizam-se destas
ferramentas ou mesmo atalhos, a despeito dos pactos de fé assumidos no
círculo de Viena. Galileu e Newton já os utilizaram no século XVII, Carnot e
Maxwell utilizaram-nos no século XIX e Einstein, Heisenberg e Bohr no século
XX; e tantos outros... Ora, se método é efetivamente caminho, e se os
verdadeiros cientistas utilizam-se de atalhos não descritos no método, então
o método está incompleto, ainda que correto. Ou seja, o método procura
valorizar o racionalismo em detrimento de condutas outras e que, somente
após a experimentação e/ou racionalização, passam a ser explicadas por vias
outras (e agora sim, a justificar o método) que não foram as efetivamente
transitadas pelo cientista a chegar pela primeira vez ao destino (algo
muitas vezes a "justificar" a aplicação do termo "acaso"). A questão que fiz
então ao professor Severino foi a seguinte: Será que após sistematizarmos "o
método científico das ciências políticas e educacionais" não chegaremos à
conclusão de que "os demais métodos científicos" seriam casos particulares
deste mais geral? E como mais geral, não seria este um método a efetivamente
descrever todas as vias seguidas pelos cientistas que efetivamente produzem
conhecimento e portanto também aplicavel, em sua totalidade, também às
ciências naturais, ainda que se exigisse que estas vias se conformassem à
experimentação ao enxertarmos algo "a posteriori"?

Não sei se cheguei a ser claro, mas pelo que percebi o prof. Severino
entendeu e endossou minha opinião, ainda que preconizasse uma resistência
muito grande à aceitação desta idéia pelos cientistas naturais. Ou seja,
estou propondo uma teoria unificante do método científico a ser observado em
todas as ciências, a ponto de não mais podermos dizer que os cientistas da
área de ciências naturais estão, em sua metodologia, mais certos ou mais
errados do que os cientistas de outras áreas. Enfim, este é um tema para
melhores estudos.

O que estou querendo expor, em resposta a sua curta mensagem é o seguinte:
1) Não tenho preconceitos contra teorias metafísicas e acho-as mesmo
fundamentais e importantes para a ciência e/ou para o cientista (quando não
para a prática, pelo menos na fase de teorização ou mesmo na fase
analítica). 2) Acredito que uma "teoria do tudo" na verdadeira acepção da
palavra seria uma teoria metafísica e, portanto, não falseável. 3) Pela sua
afirmação (Nada derruba a TGBD) a tgbd não seria falseável, o que confirma a
minha suspeita.

Existem "teorias do tudo" mais restritas, como por exemplo, as pretensas
teorias unificadoras de campos. Mas estas não têm a dimensão da tgbd, ou da
teoria geral dos sistemas de Bertalanfy, ou do princípio unificante da
ciência oriental, etc. Todas estas, a meu ver, são não falseáveis no sentido
proposto por Popper, e é este o sentido que defendo ao afirmar que uma
teoria é científica, sem no entanto desmerecer as demais e nem ao menos de
pretender afirmar que não possam ser desenvolvidas por cientistas, pois são
teorias que, a meu ver, interessam aos cientistas. Sei que muitos discordam
desta minha visão generalizante, mas não posso ir contra uma pessoa
simplesmente pelo fato dela recusar-se a se utilizar do copo para tomar
água.

Quiçá possamos um dia unificar o que tenho aqui chamado por "teorias
metafísicas de importância para o cientista" (a incluírem as teorias do
método científico e as teorias do tudo) e teorias científicas propriamente
ditas. Creio que para tanto precisaríamos antes chegar à unificação do
método, o que sem dúvida alguma representaria uma evolução no sentido a
chegarmos a um neo-positivismo liberto dos dogmatismos e das atitudes
arrogantes que contaminaram o círculo de Viena.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Questaozinha 2
FROM: "Andre R. D. Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/08/2000 07:01

Olá Léo,
 
Quando se esfrega uma barra de âmbar neutra numa toalha neutra a barra de âmbar também fica eletricamente carregada. Provavelmente é mais fácil para a superfície do satélite capturar elétrons do que perdê-los para o espaço. Bom, isso não é uma explicação. Só uma tentativa de indicar o caminho... Curiosamente, na faculdade eu fiz uma disciplina optativa sobre geofísica espacial, o que inclui a ionosfera. É uma disciplina interessante...
 
[]´s
 
André
-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: Terça-feira, 22 de Agosto de 2000 17:11
Assunto: [ciencialist] Questaozinha 2

A ionosfera é uma zona da nossa atmosfera quase totalmente ionizada. Podemos considera-la como um plasma, isto é, uma mistura de íons positivos e elétrons, em equilíbrio térmico.
Observa-se que os satelites artificiais que evoluem nessa zona adquirem uma acentuada carga elétrica negativa.
Como é então possível que esse plasma seja globalmente neutro (compreendendo tantos íons positivos como elétrons)?
 
[]'
Léo
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/08/2000 07:13

Prezado Rodrigo,

Primeiramente gostaria de elogiar o elevado nível da contrargumentação. Ah se todos nesta lista fossem iguais a você. Feitos os elogios, vamos aos rebatimentos, que espero, estejam à altura das suas colocações:
-----Mensagem Original-----
De: Rodrigo Frizzo Viecilli
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: quarta-feira, 9 de agosto de 2000 11:06
Assunto: RES: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.


A tentativa de reduzir tudo a um sistema lógico formal já foi feita por Carnap, no início do século.
Após os teoremas de Gödel, o positivismo lógico, que tinha essa esperança, foi por água abaixo.
Gödel provou que dentro de um sistema lógico fechado e consistente não é possível provar ao menos uma sentença. Um corolário também provado é que esta sentença é a que garante a própria validade externa deste sistema.

CBAS:
Infelizmente não sou um cara culto. Assim, nunca ouvi falar de Carnap. Do Gödel, sim, mas não entendo muito das suas descobertas via demonstrações matemáticas. Sei que ele passou a ser uma espécie de novo paradígma da lógica, uma espécie de introdutor da teoria da incerteza na lógic, não é isto?

[editado]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/08/2000 07:55

Prezado Alberto,

Acabo de fazer um arrazoado a meu ver muito importante, tentando mostrar ao
Rodrigo que realmente é muito difícil derrubar a TGBD. Ela nunca me falhou,
e torço eu nunca falhará. O mundo necessita de uma referência fixa para
explicar a sua mobilidade. Senão coisa fica complicada. Eu só não consigo
entender a tendência que existe em considerar TGBD como sendo metafísica.
Ora, querem que me aponte aonde ela assume esta característica? Será porque
ela também abarca a visão oriental no seu seio? Hora, para ser verdadeira e
geral ela tem que abranger toda e qualquer teoria que seja verdadeira, e
nada me diz que a visão oriental seja falsa...Muito pelo contrário, pelo
pouco que conheço dela, vejo-a como uma visão muito mais sensata, completa e
evoluída do que a atual visão ocidental. Acredito que a TGBD consiga
unificar as duas visões, sendo uma espécie de síntese das duas.

Contudo, reafirmo: a TGBD nada tem de metafísica. Ela se baseia
fundamentalmente na observação científica de tudo o que nos cerca, em todos
os campos do conhecimento humano. É lógico que eu sendo um simples
engenheiro civil, com mestrado em administração, não posso ser um
especialista em física, química, biologia, matemática, direito,
contabilidade e outras ciências que venho estudando e verificando a
veracidade da TGBD.

É lógico que tenho de me ater à essência de cada ciência, mas nada há de
ruim nisto, pois como digo na minha Personal Page do ZAZ, o complexo nada
mais é do que uma porção de coisas simples, dispostos dentro de uma
estrutura mais complexa. Repare que se a TGBD fosse algo complexa ela não
poderia explicar as coisas mais simples. Já o inverso é totalmente factível.

Bem passadas essas confusões que marcaram o meu retorno a esta lista (com
inícios de agressões de um lado e vírus do outro), devo dizer que estou
muito animado em reencontrar cabeças pensantes. Afinal, minha maior
atividade é livre pensar. Acredito que iremos nos entender bem com o tempo,
apesar da minha teimosia e arrogância

Ainda não tive tempo de transferir todo material que já escrevi sobre a
TGBD. Mesmo porque nem sempre o meu provedor e o site do eGroups se
entendem, e perde-se muito tempo com isto. A Internet, apesar de todos os
avanços, ainda está na idade da pedra.

Abraços em todos. Virei a noite aqui, escrevendo para vocês, e agora preciso
dar uma descansada.

Claudio Abreu



-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 23 de agosto de 2000 05:12
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.


> -----Mensagem Original-----
> De: "Claudio Abreu - Bidual"
> Para: <ciencialist@egroups.com>
> Enviada em: Terça-feira, 22 de Agosto de 2000 23:21
> Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
>
> > Nada derruba a TGBD. Que 5ª força seria esta?
>
> Olá Claudio e demais Ciencialisteiros.
>
> Em primeiro lugar espero que tenham entendido o tom de agressividade que
dei
> a uma de minhas últimas mensagens. O assunto em pauta havia sido exposto
por
> este paulista que vos fala, e não pelo meu net-amigo e capixaba Cláudio,
> conforme a msg dava a entender. Por outro lado, tratavam-se de ofensas
dadas
> a público e não exclusivamente a mim, mas extensivas a meus conterrâneos,
> não apenas os nascidos aqui em São Paulo mas também aqueles que
colaboraram
> para que São Paulo chegasse ao que é. Julguei então que deveria responder
em
> público e não em pvt. Não no sentido de polemizar mas com a finalidade de
> colocar um fim imediato na questão, talvez aqui colocada com
impropriedade.
> Já assisti a briguinhas regionalistas como estas e elas costumam durar
meses
> sem levar a nada. Sinto que alguns estranharam a minha conduta
> manifestando-se através de possíveis julgamentos implícitos. Não há nada
> pior do que ser criticado nas entrelinhas, pois ficamos sem saber como nos
> defender e até mesmo em dúvida sobre se realmente fomos criticados. Enfim,
a
> vida é como ela é e não como gostaríamos que fosse. Espero que o assunto
> tenha se encerrado.
>
> Quanto à afirmação do Claudio (Nada derruba a TGBD),... fez-me lembrar a
> primeira crítica que fiz à tgbd aqui na ciencialist, há muito tempo.
Cheguei
> na época a interpretar a tgbd como uma teoria metafísica ou, se quiserem,
> uma teoria epistemológica ou filosófica. Sou xucro em filosofia, porém
> acredito conhecer os limites do que chamo ciência e, como tal, suas
> fronteiras com a filosofia. Alguns "cientistas" vêem com maus olhos a
> metafísica e, portanto, uma teoria metafísica não teria valor algum para a
> ciência. Sem querer rotular ninguém, seriam os positivistas que teriam
> firmado pactos de fé dogmático-científicos por ocasião do círculo de
Viena.
> Eu não penso assim. Não vejo mal algum em uma teoria ser metafísica e
> acredito mesmo que em determinadas condições as teorias metafísicas são
> essenciais à ciência e tão importantes para o cientista teorizador quanto
as
> próprias teorias científicas.
>
> Nesta segunda-feira assisti a uma palestra do prof. Antonio Joaquim
> Severino, na USJT, onde o mesmo comentou algo a respeito da não unicidade
do
> método científico. O método científico, como classicamente o conhecemos, e
> expus uma visão moderna a respeito recentemente (vide A práxis
científica),
> tem se mostrado bastante útil nas chamadas ciências naturais. O mesmo
método
> chega a ser visto com maus olhos por alguns entendidos em ciências
humanas.
> Pois o Severino, se o entendi bem, chega a dizer que o "método das
ciências
> naturais" teria sido sistematizado no século passado e aquele utilizado
nas
> ciências humanas está em vias de consolidação e realmente parece diferir
do
> anterior. Não obstante, Severino chama a atenção para duas áreas das
> ciências que não se encaixariam em nenhum destes "dois métodos" e que
seriam
> os ramos das humanas voltados excessivamente à práxis, qual seja, a
política
> e a educação. Desta forma, haveria um terceiro método científico e
> relacionado às ciências políticas e às ciências educacionais. E a
> sistematização deste terceiro método, ao que tudo indica, viria a ser obra
> do século que está por começar. Muito bonita e muito lógica a colocação
que,
> obviamente, não sei repetir com a mesma desenvoltura do mestre. Não
> obstante, ao término da palestra cheguei a questioná-lo sob o ponto de
vista
> exposto no parágrafo seguinte.
>
> Seria a teoria do método científico, da forma como é hoje aceita pelos
> cientistas naturais, uma obra acabada? Percebo que este método deixa
> propositalmente de lado questões tais como a intuição, a busca por
> analogismos, as experiências de pensamento, os construtos de alto nível,
> referidos por Bunge, as imagens de espírito referidas por Einstein, a
lógica
> transcendental, referida por Kant... E não obstante, os bons cientistas,
> aqueles que realmente produzem conhecimento científico, utilizam-se destas
> ferramentas ou mesmo atalhos, a despeito dos pactos de fé assumidos no
> círculo de Viena. Galileu e Newton já os utilizaram no século XVII, Carnot
e
> Maxwell utilizaram-nos no século XIX e Einstein, Heisenberg e Bohr no
século
> XX; e tantos outros... Ora, se método é efetivamente caminho, e se os
> verdadeiros cientistas utilizam-se de atalhos não descritos no método,
então
> o método está incompleto, ainda que correto. Ou seja, o método procura
> valorizar o racionalismo em detrimento de condutas outras e que, somente
> após a experimentação e/ou racionalização, passam a ser explicadas por
vias
> outras (e agora sim, a justificar o método) que não foram as efetivamente
> transitadas pelo cientista a chegar pela primeira vez ao destino (algo
> muitas vezes a "justificar" a aplicação do termo "acaso"). A questão que
fiz
> então ao professor Severino foi a seguinte: Será que após sistematizarmos
"o
> método científico das ciências políticas e educacionais" não chegaremos à
> conclusão de que "os demais métodos científicos" seriam casos particulares
> deste mais geral? E como mais geral, não seria este um método a
efetivamente
> descrever todas as vias seguidas pelos cientistas que efetivamente
produzem
> conhecimento e portanto também aplicavel, em sua totalidade, também às
> ciências naturais, ainda que se exigisse que estas vias se conformassem à
> experimentação ao enxertarmos algo "a posteriori"?
>
> Não sei se cheguei a ser claro, mas pelo que percebi o prof. Severino
> entendeu e endossou minha opinião, ainda que preconizasse uma resistência
> muito grande à aceitação desta idéia pelos cientistas naturais. Ou seja,
> estou propondo uma teoria unificante do método científico a ser observado
em
> todas as ciências, a ponto de não mais podermos dizer que os cientistas da
> área de ciências naturais estão, em sua metodologia, mais certos ou mais
> errados do que os cientistas de outras áreas. Enfim, este é um tema para
> melhores estudos.
>
> O que estou querendo expor, em resposta a sua curta mensagem é o seguinte:
> 1) Não tenho preconceitos contra teorias metafísicas e acho-as mesmo
> fundamentais e importantes para a ciência e/ou para o cientista (quando
não
> para a prática, pelo menos na fase de teorização ou mesmo na fase
> analítica). 2) Acredito que uma "teoria do tudo" na verdadeira acepção da
> palavra seria uma teoria metafísica e, portanto, não falseável. 3) Pela
sua
> afirmação (Nada derruba a TGBD) a tgbd não seria falseável, o que confirma
a
> minha suspeita.
>
> Existem "teorias do tudo" mais restritas, como por exemplo, as pretensas
> teorias unificadoras de campos. Mas estas não têm a dimensão da tgbd, ou
da
> teoria geral dos sistemas de Bertalanfy, ou do princípio unificante da
> ciência oriental, etc. Todas estas, a meu ver, são não falseáveis no
sentido
> proposto por Popper, e é este o sentido que defendo ao afirmar que uma
> teoria é científica, sem no entanto desmerecer as demais e nem ao menos de
> pretender afirmar que não possam ser desenvolvidas por cientistas, pois
são
> teorias que, a meu ver, interessam aos cientistas. Sei que muitos
discordam
> desta minha visão generalizante, mas não posso ir contra uma pessoa
> simplesmente pelo fato dela recusar-se a se utilizar do copo para tomar
> água.
>
> Quiçá possamos um dia unificar o que tenho aqui chamado por "teorias
> metafísicas de importância para o cientista" (a incluírem as teorias do
> método científico e as teorias do tudo) e teorias científicas propriamente
> ditas. Creio que para tanto precisaríamos antes chegar à unificação do
> método, o que sem dúvida alguma representaria uma evolução no sentido a
> chegarmos a um neo-positivismo liberto dos dogmatismos e das atitudes
> arrogantes que contaminaram o círculo de Viena.
>
> [ ]'s
> Alberto
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/08/2000 10:19

On Tue, 22 Aug 2000, Claudio Abreu - Bidual wrote:

> Nada derruba a TGBD. Que 5ª força seria esta?

se nada, nem mesmo em principio, derruba a tgbd significa q. ela eh mesmo
uma construcao metafisica e nao um modelo cientifico de descricao do
universo...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/08/2000 10:35

Prezado Takata,

Que bom receber a sua primeira crítica. Desde o ano passado estou lhe
devendo o Bidual do DNA, Chego lá.

Gostaria que soubesse que gostaria muito da sua participação no site da
TGBD, mesmo porque um biólogo iria ajudar muito no grupo. Pode descer o
cacete, que eu seguro...Realmente não sei porque vocês cismaram com essa
história da TGBD ser metafísica. Bom digamos que seja, apesar de eu não ver
por aí. Se ela estiver correta isso é relevante?

Gostaria que você comentasse o email que enviei hoje para o Rodrigo, por
volta das 07 horas. Acho que vale a pena. Boa parte das idéias nele contidas
surgiram no debate com o Alberto Mesquita Filho, atualmente meu grande
interlocutor para assuntos da TGBD.

Um grande abraço,

Claudio Abreu

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Mitsuo Takata" <rmt@ib.usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 23 de agosto de 2000 10:19
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.


> On Tue, 22 Aug 2000, Claudio Abreu - Bidual wrote:
>
> > Nada derruba a TGBD. Que 5ª força seria esta?
>
> se nada, nem mesmo em principio, derruba a tgbd significa q. ela eh mesmo
> uma construcao metafisica e nao um modelo cientifico de descricao do
> universo...
>
> []s,
>
> roberto takata
>
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>




SUBJECT: Massa inercial diferente da gravitacional
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/08/2000 11:00

 
Oi pessoal,
Lembram-se dessa reportagem sobre 'controle da gravidade' (que o Antonio Carlos M. Queiros, arquivou na pasta 'perpetuum móbile')?
Ela está integralmente numa das mensagens do ciencialist. Destacarei apenas um trecho:
 
"Essa descoberta já confirmada experimentalmente elimina de uma vez por
todas a forma primitiva do principio que pressupunha que as massas
gravitacional e inercial eram equivalentes", afirma Aquino.

Por que estou destacando isso?
Lembram-se que enviei para a lista, para análise, um artigo meu denominado "Empuxo Inercial de Newton"? Quem quiser vê-lo na íntegra está na Sala 05, trabalhos 29 e 30 : www.feiradeciencias.com.br/sala05/index5.htm .
Nesse trabalho, uma das conclusões deixava implícita a falsidade do 'princípio da equivalência'. Tudo indica que tenho mais um parceiro a corroborar essa idéia.
[]'
Léo
-------------------------------------------------
trecho da mensagem da reportagem, para 'clarear' a memória.
 
 
2. Físico confirma correlação entre gravitação e eletromagnetismo

Janaina Simões escreve para a Agencia Estado e "Jornal do Commercio", do
Recife:

Fran de Aquino, professor do Depto. de Física da Universidade Estadual do
Maranhão, conseguiu num estudo inédito chegar a um resultado que Albert
Einstein nunca obteve.

O brasileiro desenvolveu uma pesquisa provando que há uma relação direta
entre a radiação absorvida por um corpo e sua massa gravitacional,
independente da massa inercial.

Na pratica, o pesquisador conseguiu produzir um sistema de controle da
gravidade, construindo em laboratório um aparelho anti-gravitacional.

"Essa descoberta já confirmada experimentalmente elimina de uma vez por
todas a forma primitiva do principio que pressupunha que as massas
gravitacional e inercial eram equivalentes", afirma Aquino.

As conseqüências da pesquisa são importantes não apenas do ponto de vista
teórico, mas também tecnológico, pois abre a possibilidade de controle
eletromagnético da gravidade.

"O trabalho demonstra de forma definitiva a correlação entre gravitação e
eletromagnetismo, o que era uma suspeita nunca comprovada", diz.

Quase todas as áreas poderão se beneficiar da descoberta, de acordo com o
físico.
.....................
----------------------------------------------------------
-----Mensagem Original-----
De: Andre R. D. Baptista
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: quarta-feira, 23 de agosto de 2000 07:01
Assunto: Re: [ciencialist] Questaozinha 2

Olá Léo,
 
Quando se esfrega uma barra de âmbar neutra numa toalha neutra a barra de âmbar também fica eletricamente carregada. Provavelmente é mais fácil para a superfície do satélite capturar elétrons do que perdê-los para o espaço. Bom, isso não é uma explicação. Só uma tentativa de indicar o caminho... Curiosamente, na faculdade eu fiz uma disciplina optativa sobre geofísica espacial, o que inclui a ionosfera. É uma disciplina interessante...
 
[]´s
 
André
-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: Terça-feira, 22 de Agosto de 2000 17:11
Assunto: [ciencialist] Questaozinha 2

A ionosfera é uma zona da nossa atmosfera quase totalmente ionizada. Podemos considera-la como um plasma, isto é, uma mistura de íons positivos e elétrons, em equilíbrio térmico.
Observa-se que os satelites artificiais que evoluem nessa zona adquirem uma acentuada carga elétrica negativa.
Como é então possível que esse plasma seja globalmente neutro (compreendendo tantos íons positivos como elétrons)?
 
[]'
Léo
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SUBJECT: Re: [ciencialist] neotenia...ao Takata
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/08/2000 11:33

On Wed, 23 Aug 2000 msbn@daterranet.com.br wrote:
> retardamento em alguns aspectos e avanços noutros. Talvez o desenvolvimento
> biológico humano deu-se assim: um passo atrás para dar dois passos a frente.

hmmmm... nao, nao vejo assim. nao existe possibilidades de antevisao no
processo evolutivo. se aceitamos a selecao natural como a principal
'forca' na evolucao das adaptacoes em uma especie, temos q. ter em mente q
a selecao soh age 'morro acima' -- ela vai no sentido apenas de aumentar a
adaptacao media da populacao, mesmo q. isso implique em conduzir a um
otimo local -- i.e. ela nao vai necessariamente conduzir 'a melhor
situacao de todas as possiveis, mas 'a melhor dentro das circunstancias
apresentadas... e as circunstancias sao casuais (= imprevisiveis) e nao
direcionadas.

> Quanto ao meu estilo literário cheio de metáforas e sem muitos cuidados com
> o rigor técnico, tente compreender: não sou um cientista, mas um autodidata
> interessado em ciência (logo, cheio de lacunas em meu conhecimento

eu acho metaforas incontrolaveis demais para serem usadas em um discurso
informativo (para um discurso diretivo ou expressivo sao um prato cheio).
no maximo, analogias e ainda assim com muito cuidado -- explicando o porq.
das analogias e as limitacoes dela.


> de chimpanzés têm culturas diferentes. Não há, entretanto, alterações
> "históricas" nestas culturas, ou, se há, é negligenciável, de sorte que se
> pode mesmo dizer que o chimpanzé é um beco sem saída da evolução cultural.

isso nao se pode afirmar... os dados q. temos sao muito recentes. podemos
ver alguns indicios em animais de cativeiro -- chimpanzes de zoologico
costumam desenvolver traco comportamentais novos aprendidos de alguns
inovadores. uma das observacoes mais recentes eh de uma macaca desdentada
q. amassava seus alimentos para comer: fazia papa com as frutas
oferecidas. muitos companheiros com os dentes perfeitos passaram a adotar
a nova tecnica.

eh provavel q. os ritmos de mudanca sejam menores, mas nao se pode afirmar
q. seja estatica a cultura desses organismos. e sem duvida eh menos
diversificada -- mas temos q. considerar q. nos somos 6 bilhoes espalhados
pelo globo nas mais diversas regioes e os chimpanzes sao muito mais raros
e circunscritos... porem mesmo q. facamos esse desconto realmente eh
bastante provavel q. haja uma diferenca muito grande tto no grau de
modificacao das culturas qto na riqueza de elementos dentro cada uma...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [fflch] (unknown) VIRUS
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 23/08/2000 14:46

Atencao> este novo virus (extensao PIF) eh do tipo que se AUTO-PROPAGA
isto eh, ele manda-emails utilizando-se da lista de emails
do micro hospedeiro. Assim a pessoa NEM SABE que esta enviando virus
para toda a sua lista !!
Portanto NAO incriminem o emissor do virus ele TAMBEM eh uma vitima!
Obrigado
Joao Carlos

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> CUIDADO !!
> ARQUIVOS COM EXTENSAO PIF PODEM SER VIRUS
> NAO ABRAM
>

Sugestao enviada por um colega ( Claudio Abreu )

Ele aparentemente altera o arquivo "Wsock32.dll", que, no caso de
Windows 98, fica no endereço
"c:\Windows\System".

Resolvi o problema pedindo a um amigo que me enviasse o referido
arquivo (e que se encontra em anexo), e
depois reinstalei-o no Windows. Mas para isto é necessário fazer tal
procedimento através do DOS, o que
pode ser um pouco complicado para quem não sabe. Dai, envio as dicas de
como fazê-lo:

1) copiar o arquivo "Wsock32.dll" em anexo num disquete no drive A:
2) sair do windows e reiniciar o micro pelo DOS (ou seja, teclar
INICIAR,
DESLIGAR, REINICIAR PELO DOS)
3) no DOS teclar no prompt c:\>:
copy a:wscock32.dll c:\windows\system
4) confirmar a sobreposição sobre o arquivo existente;
5) sair do modo DOS, teclando EXIT;
6) pronto o sistema volta carregando o Windows e o problema está
resolvido!!!



> Emille Rocha Bernardine de Almeida Prata wrote:
> >
> > Name: Me_nude.AVI.pif
> > Me_nude.AVI.pif Type: Atalho para programa do MS-DOS
> (application/x-unknown-content-type-piffile)
> > Encoding: base64
> ----------------------------------------------------------------------
>
> ----------------------------------------------------------------------
> http://www.melon.com.br/socionet/
> Enviar Mensagem: fflch@egroups.com
> Inscrição: fflch-subscribe@egroups.com
> **Cancelar inscrição: fflch-unsubscribe@egroups.com**


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [fflch] (unknown) VIRUS
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/08/2000 14:57

Prezado João Carlos,

Acho este vírus também danificou meu sccaner e possivelmente o meu som midi. Tive de reimplantar tudo de novo, mas parece que ainda não está 100%. Acho que ele se instala em todos os arquivo do formato *32.dll.

Quanto a remeter meais pelo cadastro de endereços é bem possível, pois o micro no boot já acionava o rede dial-up de depois ficava sinalizando que estava enviando algo. Devo ter causado muitos estragos por aí. Hoje a noite vou mandar um email para todos do cadastro, já com os arquivos necessários para a deleção do maldito. Caso possa ajudar conte comigo.
O bom mesmo é nunca abrir arquivos estranhos.. Esse ai tem destinatário, assunto e mensagem em branco. E um anexo que não é possível deletar.

Um abraço,
Claudio Abreu
[editado]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Algumas observacoes (administrativa)
FROM: "Francisco C. Brito" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/08/2000 21:35


----- Original Message -----
From: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, August 23, 2000 6:14 AM
Subject: [ciencialist] Algumas observacoes (administrativa)


> Devido aos frequentes problemas gostaria de fazer mais algumas
> observacoes.
>
> Devem ser evitadas mensagens que tenham carater somente religioso
> e/ou politico e que nao tenham nenhuma relacao com ciencia.
>

Ápenas como sugestão, não seria interessante, tambem, evitar menospreso a
outras areas de conhecimento, as quais não dominamos, pelo simples fato de
não ser a nossa area de conhecimento?



SUBJECT: En: ERNANE ROCHA - INFORMA��O
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/08/2000 21:56

Oi pessoal,
alguém pode me dar uma ajuda para eu enviar ao Ernane?
Será que ele quer algo da 'Técnica de Ventilação nos Edifícios"? ou será
Ventilação de fábricas de moagem de trigo? ou será sobre as leis da
evaporação? HELP!
[]'
Léo

-----Mensagem Original-----
De: Ernane Rocha <ernaner@yahoo.com.br>
Para: <leo@esquinas.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 23 de agosto de 2000 14:03
Assunto: ERNANE ROCHA - INFORMAÇÃO



Gostaria que me enviassem artigos ou experiência a
respeito de VENTILAÇÃO , eu estou fazendo um trabalho
e terei que demostrar aos professores da Universidade
Federal de Goiás.
Atenciosamente, Ernane Rocha




________________________________________________________________________
O YAHOO! GEOCITIES CHEGOU AO BRASIL!
Crie sua home page com tudo em português - http://br.geocities.com




SUBJECT: caimbras
FROM: "Nanam" <nanam@directnet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/08/2000 13:08

Gostaria de saber se alguém sabe explicar pq dizem que a banana é bom pra dores musculares causadas por fadiga.
Afinal se o ácido lactico é produzido através da quebra do ATP...tudo naquele processo de quebra das moléculas de amido então pq não comemos mais batata, macarrão e carboidratos?
Obrigada pela atenção
Lu

SUBJECT: confusão de números
FROM: "dra_savat"<dra_savat@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/08/2000 13:28

Quantos pa�ses existem no mundo? A pergunta parece
simples mas esconde uma complexidade maior do que se
imagina. Para o Banestado (Banco do Estado do Paran�) a
resposta desafia a imagina��o: mais de 247. Pelo menos �
o que indica a propaganda dos cart�es de cr�dito da
institui��o. Ouvido pela revista DINHEIRO, o banco disse
que a informa��o foi fornecida pelas duas institui��es
de cr�dito, Visa e Mastercard. Elas explicaram que o
n�mero inclui territ�rios, como a Guiana Francesa, mas
n�o concordam quando o assunto � o total de pa�ses do
planeta. Para o Visa, o mundo tem 249 na��es, contra 210
da Mastercard.

Em institui��es cient�ficas as diferen�as n�o s�o
menores:
Banco Mundial...........................229
Universidade de S�o Paulo...........217
National Geographic Society........191

Afinal, quantos pa�ses t�m o mundo?

(revista dinheiro 2 e agosto de 2000)




__________________________________________________________________________
BOL d� 15 viagens GR�TIS para as Olimp�adas!
Desafio BOLimp�adas. Inscreva-se j�! http://desafio.bol.com.br/bolimpiadas






SUBJECT: Re: [ciencialist] caimbras
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/08/2000 15:43

On Thu, 24 Aug 2000, Nanam wrote:
> Gostaria de saber se alguém sabe explicar pq dizem que a banana é bom
> pra dores musculares causadas por fadiga.
> Afinal se o ácido lactico é produzido através da quebra do ATP...tudo
> naquele processo de quebra das moléculas de amido então pq não comemos
> mais batata, macarrão e carboidratos?
> Obrigada pela atenção

na verdade o q. eh estah envolvido neste tipo de fadiga eh a diminuicao da
qtd de potassio no organismo - o potassio eh um elemento essencial na
contracao muscular e na transmissao de impulsos nervosos.

a banana eh um alimento com um teor razovel de potassio e em geral as
pessoas gostam de comer banana - q. pode ser consumida crua de forma q. o
cozimento nao retire seus valores nutritivos nem elimine o potassio.

o acido latico parece estar envolvido na caimbra - estado em q. os
musculos ficam contraidos e ha uma forte sensacao de dor. ele se forma
naturalmente nos processos de quebra de carboidratos para a *formacao* de
atp - qdo o exercicio nao eh intenso, a qtd de oxigenio q. chega garante a
continuacao do processo de quebra do carboidrato e o ac. latico formado eh
metabolizado completamente gerando mais atp. qdo se aumenta a carga de
exercicio, a qtd de oxigenio pode nao ser suficiente pra uma completa
quebra do carboidrato em uma taxa razoavel, o q. leva ao acumulo da
substancia... pra se eliminar essa qtd de ac. latico acumulado soh mesmo
um bom descanso...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/08/2000 08:21

-----Mensagem Original-----
De: "Claudio Abreu - Bidual"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 23 de Agosto de 2000 07:55
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

> Eu só não consigo
> entender a tendência que existe em considerar TGBD como sendo metafísica.
> Ora, querem que me aponte aonde ela assume esta característica? Será
> porque ela também abarca a visão oriental no seu seio?

Sinceramente, não vejo mal algum em uma teoria estar dotada de
características predominantemente metafísicas, conforme espero ter deixado
claro em msg anterior. É possível mesmo que no momento atual isto seja pouco
importante para que você continue desenvolvendo-a. Dia chegará em que você
terá que responder a esse questionamento, não para mim mas para você mesmo.
Por outro lado, o mundo está repleto de teorias científicas, algumas de boa
qualidade, outras razoáveis, e a grande maioria da má qualidade.
Pouquíssimas são as teorias metafísicas de qualidade e raríssimas interessam
à ciência como um todo. Não sou um especialista no assunto mas noto que elas
caracterizam-se por serem extremamente complexas (não confundir com
difíceis), abrangentes ou generalizantes e dotadas de hipóteses não
falseáveis "pela experimentação". Pelo fato de não serem falseáveis "pela
experimentação", exigem do teorizador um cuidado extremo na aplicação das
regras lógicas, sob pena de explicarem tudo, até mesmo o que sabidamente não
tem explicação alguma. Talvez por este fato sejam mal vistas por uma parcela
significativa dos estudiosos da ciência, ainda que despertem o interesse dos
teorizadores que com grande freqüência vêem-se envolvidos com a metafísica
e/ou com outros ramos da filosofia. Uma outra característica que acredito
seja exclusividade de teorias científicas é a previsão de fatos novos, que
aliás acabam sendo utilizados em testes a falsear a teoria.

A falseabilidade deve ser interpretada com muito cuidado. Por exemplo,
tomemos o princípio da causalidade: "Não há efeito sem causa". Trata-se de
um princípio metafísico. Em teoria, nada impede que um dia este princípio
venha a ser falseado. Por outro lado, poderia dizer que a cada vez que
encontrássemos uma causa para determinado efeito, estaríamos corroborando o
princípio e portanto que ele "teria passado" por um teste a falseá-lo.
Perceba no entanto que, neste caso, estou utilizando-me do princípio da
indução (também metafísico), princípio este que em outras condições
garante-me que "todas as maçãs são vermelhas" somente até o dia que eu "for
apresentado" a uma maçã verde. Trata-se portanto de uma utilização ingênua
da falseabilidade. Por outro lado, se observarmos efetivamente um efeito sem
causa, teremos falseado o princípio, da mesma forma que ao encontrarmos a
maçã verde falseamos a idéia de que "todas as maçãs são vermelhas".

Um outro exemplo: O segundo princípio da termodinâmica diz-nos que é
impossível o calor passar de uma fonte fria para uma fonte quente. Aqui
também utiliza-se o princípio da indução para corroborar o princípio. No
entanto, a teoria termodinâmica é mais abrangente do que o princípio e faz
previsões outras que ao serem constatadas corroboram a teoria; caso
contrário a teoria seria falseada. A teoria termodinâmica é o exemplo típico
de teoria científica a situar-se nas fronteiras da ciência e dotada de
características filosóficas muito interessantes: é complexa, abrangente e
possui hipóteses não falseáveis, ainda que a teoria em si seja falseável.

> Hora, para ser verdadeira e
> geral ela tem que abranger toda e qualquer teoria que seja verdadeira, e
> nada me diz que a visão oriental seja falsa...Muito pelo contrário, pelo
> pouco que conheço dela, vejo-a como uma visão muito mais sensata, completa
> e evoluída do que a atual visão ocidental. Acredito que a TGBD consiga
> unificar as duas visões, sendo uma espécie de síntese das duas.

O simples fato dela concordar com a teoria não significa que ela incorpora a
teoria. O princípio da causalidade é abrangente, concorda com todas as
experiências eletromagnéticas conhecidas mas não explica a teoria
eletromagnética. A tgbd, por outro lado, pode ou não ser compatível com os
achados eletromagnéticos, mas ela em si não exclui a teoria eletromagnética.
Concordar não significa explicar, a menos que a tgbd faça previsões novas,
mas aí ela seria uma teoria realmente falseável e daí ficaria o dito pelo
não dito. Digamos que a tgbd tivesse sido desenvolvida no século XVI. Nesta
época conhecia-se apenas rudimentos de eletromagnetismo. Se a tgbd for
realmente uma boa "teoria do tudo", acredito que nestas condições ela teria
ajudado os cientistas a desenvolverem o eletromagnetismo. Não obstante, o
eletromagnetismo deveria de alguma maneira ser desenvolvido, pois a tgbd por
si só não contém o eletromagnetismo em suas hipóteses. A chave abre a
fechadura mas a chave por si só não faz com que atravessemos a porta para
sabermos o que está do outro lado. Por outro lado, após constatarmos o que
está do outro lado, podemos novamente utilizar a tgbd para verificar se ela
é coerente com o achado, mas isso por si só não a caracteriza como falseável
(seria uma falseabilidade por indução, como descrito acima).

Quanto à "visão oriental" diria que existe uma "filosofia oriental", cuja
metafísica tem características que a aproximam à tgbd, e uma "ciência
oriental antiga", a apoiar-se na metafísica oriental (em especial, no
princípio unificante da filosofia oriental). O princípio unificante nada
mais é do que uma teoria metafísica constituída por doze teoremas ou
hipóteses não falseáveis. Apoiada nesta metafísica temos principalmente a
medicina oriental. Tanto a filosofia oriental como a ciência oriental podem
ser pensadas individualmente, ainda que haja um entrelaçamento muito grande
entre as duas. E acho mesmo que não é impossível pensar-se num falseamento,
ainda que de natureza um pouco distinto daquele flagrado por nossa visão
ocidentalóide.

> Bem passadas essas confusões que marcaram o meu retorno a esta lista (com
> inícios de agressões de um lado e vírus do outro), devo dizer que estou
> muito animado em reencontrar cabeças pensantes. Afinal, minha maior
> atividade é livre pensar. Acredito que iremos nos entender bem com o
> tempo, apesar da minha teimosia e arrogância

Pois espero que você não veja essa minha crítica como destrutiva. Pelo
contrário, acredito que no momento atual a ciência necessita mais de boas
teorias metafísicas do que de teorias científicas propriamente ditas (e com
essa estou correndo o risco de ser expulso da ciencialist :-)).
Rigorosamente falando, não posso garantir o caráter de sua teoria, pelo
menos com os conhecimentos atuais que possuo da mesma. E como já disse, não
sou um especialista no assunto mas apenas um estudioso e palpiteiro bem
intencionado.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/08/2000 10:07

Oi pessoal,
pergunto:
A TGBD apresenta uma 'hipótese' para o fato de 'matéria atrair matéria'?
[]'
Léo
----------------------------------



SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/08/2000 12:37

On Wed, 23 Aug 2000, Claudio Abreu - Bidual wrote:
> história da TGBD ser metafísica. Bom digamos que seja, apesar de eu não ver
> por aí. Se ela estiver correta isso é relevante?

uma teoria metafisica nao estah sujeita a testes empiricos a q. uma teoria
fisica estah -- ela nao pode ser corroborada nem refutada.

deus eh um exemplo de uma teoria metafisica... nao ha' testes possiveis
pra se avaliar sua veracidade ou falsidade.

a tgbd precisaria fornecer previsoes de comportamento do mundo fisico q.
pudessem ser verificados como ocorrendo ou nao. q. tipo de previsao a tgdb
faz para o dna, por exemplo, q. pudesse ser testado?

o modo como estah estruturada a tgdb parece nao permitir q. seja nem mesmo
em principio questionada. por exemplo, atualmente aceita-se mesmo q. sejam
4 os tipos de interacoes basicas nestas condicoes energeticas -- veja bem,
os 4 tipos de interacoes se referem ao presente estado do universo. nos
estados primordiais em q. a energia deveria estar bem mais concentrada, as
forcas deveriam estar unidas. veja entao a consequencia - a forca
eletromagnetica pode ser dissociada em outros dois tipos de forca: a
magnetica e a eletrica... oras entao eh uma simples questao de
conveniencia dizer q. sao 5 ou apenas 1 os tipos de forcas fundamentais -
falamos em 4 por causa do atual estado de diluicao da energia pelo
universo... pelos modelos atuais o universo deve se expandir
indefinidamente, qdo a densidade de energia vai cair ainda mais, e haverah
a dissociacao das forcas eletrica e magnetica... mas isso afeta a tgdb?
parece q. nao, jah q. por ela pode se ver o 5 como uma derivacao do 4 e o
1 como um preludio do mesmo 4... (poderiamos pensar em uma tgtu - teoria
geral da triunidade - e pensar q. o 5 eh uma derivacao posterior do 3 e o
q um preludio do mesmo 3... ou uma tgdm - teoria geral do duo monodal: q.
a base fosse apenas 2... ou tgdt - teoria geral do dois e tres, ou tgudt -
teoria geral do uni, duni, te... como saber qual eh a mais correta? qq uma
se comporta como uma teoria guarda-chuva q. absorve qq tipo de anomalia
devida a sua propria estruturacao interna... em termos estritamente de
ideias sao especulacoes validas, sao modelos de organizacao de uma visao
de mundo, mas em termos cientificos a coisa fica complicada, jah q. nao
nos ajuda a compreender o mundo de modo mais preciso...)

o mesmo tipo de raciocinio pode ser feito em relacao 'as dimensoes
espaco-temporais... podemos representah-las em apenas uma unica dimensao
ou separah-las em 4...

e sendo a tgdb uma teoria metafisica, como parece-me muito q. seja o caso,
nao ha muito o q. a ciencia possa dizer a favor ou contra... a metafisica
ou teorias sobre a razao ultima das coisas estao alem do escopo
cientifico. uma teoria metafisica deve ser tratada como uma teoria
metafisica -- isso eh assunto para os filosofos. note q. nao estou
diminuindo-a, apenas dizendo q. o plano de consideracao dela eh outro...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/08/2000 13:39

Prezado Alberto Mesquita Filho,
 
Pretendo responder esta sua excelente mensagem com mais calma. Agora estou sem tempo para fazê-la. Mas vou fazer uma provocação para exercitar a sua lógica: você que tanto gosta das idéias de Newton, me explique porque as três Leis da Mecânica são consideradas como ciência enquanto que a TGBD não o é?
 
Aliás existe uma certa analogia entre:
-a 1ª Lei de Newton e a 1ª Lei da TGBD
-a 3ª lei de Newton e a 2ª Lei da TGBD
-a 2ª Lei de Newton e a 3ª Lei da TGBD
 
E de quebra, uma analogia entre a 4ª Lei da TGBD e definição de Espaço-Tempo de Einsten e a 4ª Lei da TGBD, pois o espaço tem 3 dimensões e o tempo 1 dimensão, assim como a Quadra, que tem um Terno e o Quarto Uno. Aliás, foi com base em Einsten que acabei "descobrindo" a 4ª Lei da TGBD.
 
Dá pra você explicar?
 
Um abraço,
 
Claudio   
 
PS: Segue abaixo um trecho do texto da TGBD existente no livreto do meu CD que aborda esta questão:
 

As Leis e Princípios Associados à TGBD

A 1a. Lei da TGBD é uma junção dos princípios do Taoismo (note que símbolo do Tao é um Bidual, e que é muito semelhante à Figura 1.3) com a 1a. Lei da Mecânica de Newton, a da inércia, que diz que se um corpo está parado ou em velocidade constante, assim permanecerá até que uma nova força atue sobre ele. A 2a. Lei da TGBD associa-se, de um lado, à dualidade do o Yin e o Yang, e, do outro, a uma generalização da 3a. Lei da Mecânica de Newton, a da ação e reação, que diz que a toda ação corresponde uma reação, de mesma intensidade e sentido oposto. A 3a. Lei da TGBD associa-se com a 2a. Lei da Mecânica de Newton, que trata do desequilíbrio, definindo a força pela equação F=m*a, onde F é a força que atua num corpo, m é a massa do corpo e a aceleração do corpo. Na medida que a=e/t**2, onde e é o espaço e t o tempo, tem-se que F=m*(e/t**2), donde se pode vislumbrar a força como sendo um Terno, formado pelo Dual dado por uma função do espaço e do tempo, e pelo terceiro Uno, que é a massa. A 4a. Lei da TGBD associa-se com a descoberta de Einstein, que na sua Teoria da Relatividade, definiu o tempo como sendo a quarta dimensão do espaço-tempo. Ressalte-se que o espaço tem as três dimensões cartesianas: as coordenadas dos eixos do x e do y formam um Dual (do plano de altura mínima ou perpendicular à força de gravidade) e a do eixo do z é o terceiro Uno.

 
-----Mensagem Original-----
De: Alberto Mesquita Filho
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: sexta-feira, 25 de agosto de 2000 08:21
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

-----Mensagem Original-----
De: "Claudio Abreu - Bidual"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 23 de Agosto de 2000 07:55
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

> Eu só não consigo
> entender a tendência que existe em considerar TGBD como sendo metafísica.
> Ora, querem que me aponte aonde ela assume esta característica? Será
> porque ela também abarca a visão oriental no seu seio?

Sinceramente, não vejo mal algum em uma teoria estar dotada de
características predominantemente metafísicas, conforme espero ter deixado
claro em msg anterior. É possível mesmo que no momento atual isto seja pouco
importante para que você continue desenvolvendo-a. Dia chegará em que você
terá que responder a esse questionamento, não para mim mas para você mesmo.
Por outro lado, o mundo está repleto de teorias científicas, algumas de boa
qualidade, outras razoáveis, e a grande maioria da má qualidade.
Pouquíssimas são as teorias metafísicas de qualidade e raríssimas interessam
à ciência como um todo. Não sou um especialista no assunto mas noto que elas
caracterizam-se por serem extremamente complexas (não confundir com
difíceis), abrangentes ou generalizantes e dotadas de hipóteses não
falseáveis "pela experimentação". Pelo fato de não serem falseáveis "pela
experimentação", exigem do teorizador um cuidado extremo na aplicação das
regras lógicas, sob pena de explicarem tudo, até mesmo o que sabidamente não
tem explicação alguma. Talvez por este fato sejam mal vistas por uma parcela
significativa dos estudiosos da ciência, ainda que despertem o interesse dos
teorizadores que com grande freqüência vêem-se envolvidos com a metafísica
e/ou com outros ramos da filosofia. Uma outra característica que acredito
seja exclusividade de teorias científicas é a previsão de fatos novos, que
aliás acabam sendo utilizados em testes a falsear a teoria.

A falseabilidade deve ser interpretada com muito cuidado. Por exemplo,
tomemos o princípio da causalidade: "Não há efeito sem causa". Trata-se de
um princípio metafísico. Em teoria, nada impede que um dia este princípio
venha a ser falseado. Por outro lado, poderia dizer que a cada vez que
encontrássemos uma causa para determinado efeito, estaríamos corroborando o
princípio e portanto que ele "teria passado" por um teste a falseá-lo.
Perceba no entanto que, neste caso, estou utilizando-me do princípio da
indução (também metafísico), princípio este que em outras condições
garante-me que "todas as maçãs são vermelhas" somente até o dia que eu "for
apresentado" a uma maçã verde. Trata-se portanto de uma utilização ingênua
da falseabilidade. Por outro lado, se observarmos efetivamente um efeito sem
causa, teremos falseado o princípio, da mesma forma que ao encontrarmos a
maçã verde falseamos a idéia de que "todas as maçãs são vermelhas".

Um outro exemplo: O segundo princípio da termodinâmica diz-nos que é
impossível o calor passar de uma fonte fria para uma fonte quente. Aqui
também utiliza-se o princípio da indução para corroborar o princípio. No
entanto, a teoria termodinâmica é mais abrangente do que o princípio e faz
previsões outras que ao serem constatadas corroboram a teoria; caso
contrário a teoria seria falseada. A teoria termodinâmica é o exemplo típico
de teoria científica a situar-se nas fronteiras da ciência e dotada de
características filosóficas muito interessantes: é complexa, abrangente e
possui hipóteses não falseáveis, ainda que a teoria em si seja falseável.

> Hora, para ser verdadeira e
> geral ela tem que abranger toda e qualquer teoria que seja verdadeira, e
> nada me diz que a visão oriental seja falsa...Muito pelo contrário, pelo
> pouco que conheço dela, vejo-a como uma visão muito mais sensata, completa
> e evoluída do que a atual visão ocidental. Acredito que a TGBD consiga
> unificar as duas visões, sendo uma espécie de síntese das duas.

O simples fato dela concordar com a teoria não significa que ela incorpora a
teoria. O princípio da causalidade é abrangente, concorda com todas as
experiências eletromagnéticas conhecidas mas não explica a teoria
eletromagnética. A tgbd, por outro lado, pode ou não ser compatível com os
achados eletromagnéticos, mas ela em si não exclui a teoria eletromagnética.
Concordar não significa explicar, a menos que a tgbd faça previsões novas,
mas aí ela seria uma teoria realmente falseável e daí ficaria o dito pelo
não dito. Digamos que a tgbd tivesse sido desenvolvida no século XVI. Nesta
época conhecia-se apenas rudimentos de eletromagnetismo. Se a tgbd for
realmente uma boa "teoria do tudo", acredito que nestas condições ela teria
ajudado os cientistas a desenvolverem o eletromagnetismo. Não obstante, o
eletromagnetismo deveria de alguma maneira ser desenvolvido, pois a tgbd por
si só não contém o eletromagnetismo em suas hipóteses. A chave abre a
fechadura mas a chave por si só não faz com que atravessemos a porta para
sabermos o que está do outro lado. Por outro lado, após constatarmos o que
está do outro lado, podemos novamente utilizar a tgbd para verificar se ela
é coerente com o achado, mas isso por si só não a caracteriza como falseável
(seria uma falseabilidade por indução, como descrito acima).

Quanto à "visão oriental" diria que existe uma "filosofia oriental", cuja
metafísica tem características que a aproximam à tgbd, e uma "ciência
oriental antiga", a apoiar-se na metafísica oriental (em especial, no
princípio unificante da filosofia oriental). O princípio unificante nada
mais é do que uma teoria metafísica constituída por doze teoremas ou
hipóteses não falseáveis. Apoiada nesta metafísica temos principalmente a
medicina oriental. Tanto a filosofia oriental como a ciência oriental podem
ser pensadas individualmente, ainda que haja um entrelaçamento muito grande
entre as duas. E acho mesmo que não é impossível pensar-se num falseamento,
ainda que de natureza um pouco distinto daquele flagrado por nossa visão
ocidentalóide.

> Bem passadas essas confusões que marcaram o meu retorno a esta lista (com
> inícios de agressões de um lado e vírus do outro), devo dizer que estou
> muito animado em reencontrar cabeças pensantes. Afinal, minha maior
> atividade é livre pensar. Acredito que iremos nos entender bem com o
> tempo, apesar da minha teimosia e arrogância

Pois espero que você não veja essa minha crítica como destrutiva. Pelo
contrário, acredito que no momento atual a ciência necessita mais de boas
teorias metafísicas do que de teorias científicas propriamente ditas (e com
essa estou correndo o risco de ser expulso da ciencialist :-)).
Rigorosamente falando, não posso garantir o caráter de sua teoria, pelo
menos com os conhecimentos atuais que possuo da mesma. E como já disse, não
sou um especialista no assunto mas apenas um estudioso e palpiteiro bem
intencionado.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm


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>> Lista de VARIOS sites com noticias direcionadas a ciencia (FREE!)<<
http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/08/2000 13:40

Prezado Luiz Ferraz Neto,
 
Uma boa pergunta. Vou pensar nela.
Um abraço.
 
Claudio Abreu
-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: sexta-feira, 25 de agosto de 2000 10:07
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

Oi pessoal,
pergunto:
A TGBD apresenta uma 'hipótese' para o fato de 'matéria atrair matéria'?
[]'
Léo
----------------------------------


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>> Lista de VARIOS sites com noticias direcionadas a ciencia (FREE!)<<
http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/08/2000 13:44

Prezado Takata,
 
Que bom você de volta. Excelente linha de discussão. Voltarei a ela quando tempo me permitir.
 
Abraços,
 
Claudio Abreu
-----Mensagem Original-----
De: Roberto Mitsuo Takata
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: sexta-feira, 25 de agosto de 2000 12:37
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

On Wed, 23 Aug 2000, Claudio Abreu - Bidual wrote:
> história da TGBD ser metafísica. Bom digamos que seja, apesar de eu não ver
> por aí. Se ela estiver correta isso é relevante?

uma teoria metafisica nao estah sujeita a testes empiricos a q. uma teoria
fisica estah -- ela nao pode ser corroborada nem refutada.

deus eh um exemplo de uma teoria metafisica... nao ha' testes possiveis
pra se avaliar sua veracidade ou falsidade.

a tgbd precisaria fornecer previsoes de comportamento do mundo fisico q.
pudessem ser verificados como ocorrendo ou nao. q. tipo de previsao a tgdb
faz para o dna, por exemplo, q. pudesse ser testado?

o modo como estah estruturada a tgdb parece nao permitir q. seja nem mesmo
em principio questionada. por exemplo, atualmente aceita-se mesmo q. sejam
4 os tipos de interacoes basicas nestas condicoes energeticas -- veja bem,
os 4 tipos de interacoes se referem ao presente estado do universo. nos
estados primordiais em q. a energia deveria estar bem mais concentrada, as
forcas deveriam estar unidas. veja entao a consequencia - a forca
eletromagnetica pode ser dissociada em outros dois tipos de forca: a
magnetica e a eletrica... oras entao eh uma simples questao de
conveniencia dizer q. sao 5 ou apenas 1 os tipos de forcas fundamentais -
falamos em 4 por causa do atual estado de diluicao da energia pelo
universo... pelos modelos atuais o universo deve se expandir
indefinidamente, qdo a densidade de energia vai cair ainda mais, e haverah
a dissociacao das forcas eletrica e magnetica... mas isso afeta a tgdb?
parece q. nao, jah q. por ela pode se ver o 5 como uma derivacao do 4 e o
1 como um preludio do mesmo 4... (poderiamos pensar em uma tgtu - teoria
geral da triunidade - e pensar q. o 5 eh uma derivacao posterior do 3 e o
q um preludio do mesmo 3... ou uma tgdm - teoria geral do duo monodal: q.
a base fosse apenas 2... ou tgdt - teoria geral do dois e tres, ou tgudt -
teoria geral do uni, duni, te... como saber qual eh a mais correta? qq uma
se comporta como uma teoria guarda-chuva q. absorve qq tipo de anomalia
devida a sua propria estruturacao interna... em termos estritamente de
ideias sao especulacoes validas, sao modelos de organizacao de uma visao
de mundo, mas em termos cientificos a coisa fica complicada, jah q. nao
nos ajuda a compreender o mundo de modo mais preciso...)

o mesmo tipo de raciocinio pode ser feito em relacao 'as dimensoes
espaco-temporais... podemos representah-las em apenas uma unica dimensao
ou separah-las em 4...

e sendo a tgdb uma teoria metafisica, como parece-me muito q. seja o caso,
nao ha muito o q. a ciencia possa dizer a favor ou contra... a metafisica
ou teorias sobre a razao ultima das coisas estao alem do escopo
cientifico. uma teoria metafisica deve ser tratada como uma teoria
metafisica -- isso eh assunto para os filosofos. note q. nao estou
diminuindo-a, apenas dizendo q. o plano de consideracao dela eh outro...

[]s,

roberto takata


*** --- ***

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/08/2000 14:18

Roberto escreveu (e, texto todo, com muita ponderação):

"e sendo a tgdb uma teoria metafisica, como parece-me muito q. seja o caso,
nao ha muito o q. a ciencia possa dizer a favor ou contra... a metafisica
ou teorias sobre a razao ultima das coisas estao ALÉM do escopo
cientifico. uma teoria metafisica deve ser tratada como uma teoria
metafisica -- isso eh assunto para os filosofos. note q. nao estou
diminuindo-a, apenas dizendo q. o plano de consideracao dela eh outro..."

ou AQUÉM!
[]'
Léo
Nota: o destaque em 'ALÉM' no texto original é meu.





SUBJECT: RES: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!
FROM: "Rodrigo Frizzo Viecilli" <philox@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/08/2000 14:49

E eu tenho que ouvir isso...


PhiloX

-----Mensagem original-----
De: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
Enviada em: Terça-feira, 5 de Setembro de 2000 09:43
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!



Deus é Godelizavel !!

Deus não consegue provar que esta frase é verdadeira!!
A frase é verdadeira. A demonstração fica ao cuidado do leitor.
Comentários ?
Logo, Deus não consegue provar uma frase verdadeira.
Logo, Deus não é Omnipotente. Deus é godelizavel...

__________________________________________________
Este texto sobre nanotecnologia foi produzido para o
nonio.com (http://www.nonio.com), um portal de
ciência e tecnologia escrito em português. Acreditamos
que a informação deve (quer) ser livre. Acreditamos que
a cultura científica deve chegar a toda a gente. Encorajamos
a distribuição deste texto, pedimos apenas que
mantenha esta mensagem.

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SUBJECT: Fw: AVISO DE ALERTA
FROM: "Francisco C. Brito" <fbrito@globo.com.br>
TO: João Luiz Fukunaga <jlfukunaga@aol.com>, "Joyce Toyota" <i_butterfly@hotmail.com>, "Francine" <Francine@uol.com.br>, "Henrique" <eusoutijolo@zipmail.com.br>, "Greicy. Kelly@Globo. Com" <greicy.kelly@globo.com>, "Giovanni" <giovanealupive@zipmail.com.br>, <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/08/2000 16:04


----- Original Message -----
From: "Renato L. Cardoso" <renato-cardoso@uol.com.br>
To: "Allex Rigato" <rigato@sor.zaz.com.br>
Cc: "Matrixcds" <matrixcds@bol.com.br>; "Masvi@Zipmail. Com. Br"
<masvi@zipmail.com.br>; "Marco Antonio de Souza" <zeuxis@terra.com.br>;
"Joyce Toyota" <i_butterfly@hotmail.com>; "João Luiz Fukunaga"
<jlfukunaga@aol.com>; "Henrique" <eusoutijolo@zipmail.com.br>; "Greicy.
Kelly@Globo. Com" <greicy.kelly@globo.com>; "Giovanni"
<giovanealupive@zipmail.com.br>; "Francisco Carlos de Brito"
<fbrito@virtua.com.br>; "Francine" <Francine@uol.com.br>; "Felipe"
<felipeal@zipmail.com.br>; "Eduardo Modesto de Melo"
<modesto2@terra.com.br>; "Devanei Zanardi" <dzanardi@usa.net>; "Dagoberto"
<dagmoebius@hotmail.com>; "Cesar Augusto Freddi" <afreddi@globo.com.br>;
"Carolina Lika" <likahorie@ig.com.br>; "Camillo Cassar"
<kmillo13@hotmail.com>; "Ana Paula" <prelaula@zipmail.com.br>
Sent: Friday, August 25, 2000 4:33 PM
Subject: ENC: AVISO DE ALERTA


>
> -----Mensagem original-----
> De: Carlos Conte [mailto:cjconte@terra.com.br]
> Enviada em: Quinta-feira, 24 de Agosto de 2000 21:18
> Para: Sandro Galli; Marcos Ferre Fontao; Laerte Ferreira; Josemar Mendes;
> João Antunes; Abilio Tunis Soares
> Cc: Marcos Barros; Antonio Carlos Juliano; Yuri; Walter Pastorello; Wilson
> Roberto Ortega; Tadeu Auditoria; Tania; Souss; Régis de Góes Vieira;
Salete
> Fátima Ramos Lopes; Gerson Roncon; Fábio Romano; Rodrigues; Rene; Renato
> Luiz Cardoso; Julio & Lidia Reginato; Maria Regina Pinto Pereira;
Francisco
> e Katia Pugliesi; João Prestes; Fonfo; Freddi Paulo; João Paes; Oswaldo
> Silva; Caio Noronha; Milton Zaitz; Mauricio & Lucilei; Leonardo Cimino
Jr.;
> L.A. Seguros; Luiz Alberto; Laércio Pereira; José Roberto Mascarenhas;
> Jeferson Scudeller; José Carlos Pereira; Itaborahy Martins;
> hildesze@sti.com.br; Celso F. Araujo; Augusto José Vicente; Paulo Guido;
> Graça; GIFALLI, VIRGINIA; Frederico Pereira Schumann; Francisco Lopes
Neto;
> Pedro; Felipe Ribeiro da Silva; Rafael Polanczyk; Edson Hamada; Eunice
> Gomes; Sergio Leite; José Augusto Rogati; Elder Kobayashi; Edmeia
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> Claudio Ivone Bertoni; Estela Beranger; Auro Doyle; Toninho; Sebastiao
> Atadaine Junior; Antonio Paulo Ronchi; Célia; Antero Todesco; Ana Lúcia;
> Paulo Sérgio Carvalhaes; Amantina Campos Belini; Alexandre Kalinin;
Airton;
> Cleo Martins; Cezar; Adilson Pedrazzi; Adalberto Pinto; Abílio
> Assunto: En: AVISO DE ALERTA
> Prioridade: Alta
>
>
>
> ----- Original Message -----
> From: Ione Furukawa
> To: ionef@terra.com.br
> Sent: Wednesday, August 23, 2000 7:43 AM
> Subject: AVISO DE ALERTA
>
>
>
>
> Aviso de Alerta
>
> O Dr. Newton de Lucca, que é Juiz do Supremo Tribunal em São Paulo
> (newtonde@uol.com.br) enviou a mensagem abaixo como alerta e, conforme
> pedido, estou repassando a todos os que constam do meu Catálogo de
> Endereços.
>
> A mensagem é importante e deve ser lida com atenção.
>
> Assaltantes astutos estão atacando de uma forma nova. Mandam mensagens
> falsas para o seu e-mail fazendo-se passar por seu provedor e pedindo
para
> que vc confirme o endereço de sua casa para recadastramento.
>
> Utilizam programas que mandam e-mails anônimos e pedem que envie os dados
> para um e-mail fantasma geralmente: HOTMAIL, ZIPMAIL OU MAILER.
>
> Daí, com o endereço em mãos, organizam um assalto à sua residência após
> dias ou até mesmo meses. Segundo a Polícia, estudam seu cotidiano e quando
> encontram uma brecha, realizam o assalto.
>
> Muitos casos semelhantes aconteceram em SP e depois de longas
investigações
> descobriram que as vítimas tinham algo em comum: eram Internautas.
>
> Quando verificados mais detalhes, uma surpresa: todos haviam recebido
> e-mail, solicitando a confirmação do endereço e de alguns dados como:
média
> da renda familiar, quantas televisões em casa, aparelhos de som, veículos,
> casa própria ou não etc. Perguntas típicas de cadastramento mesmo, mas que
> na verdade servem para os assaltantes saberem dos bens que existem na casa
> a ser assaltada. Esse e-mail serve de alerta pois vem acontecendo com
> frequência. Portanto não envie seu endereço via e-mail para quem for. Os
> provedores realmente fazem o cadastro pessoalmente ou via telefone.
>
> Passe essa informação para seus amigos.
>
> A prática deste tipo de assalto, segundo a policia, tem aumentado e
> atingido muitos.
>
> "Tomar cuidado não faz mal a ninguém"
>
> RETRANSMITA ESTA MENSAGEM PARA SEUS AMIGOS E SUA LISTA DE CONTATOS.
>
>



SUBJECT: Virus
FROM: Silvio Cordeiro Filho <scf@escelsa.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/08/2000 17:06

Colocaram, em meu nome, um virus Ï wana ... pif...
nao o abram!!!!! deletem!!!!!

silvio.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: AVISO DE ALERTA
FROM: "Francisco C. Brito" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/08/2000 17:35

Peço desculpas a todos pela minha ingenuidade!
ACREDITEI SINCERAMENTE QUE A MENSAGEM ERA GENUINA E QUE ESTARIA PRESTANDO UM
SERVIÇO!
----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Friday, August 25, 2000 10:49 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: AVISO DE ALERTA


> Essa mensagem já foi postada na rede a mais de um mês. Por sorte, não no
> ciencialist ... mas, acabou chegando.
> []'
> Léo
> -----------------------------
>
>
>
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> *** --- ***
>



SUBJECT: tamanho da lua
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/08/2000 18:56

perguntaram sobre por q. a lua parece maior no horizonte, bem achei esta
pagina:

http://educar.sc.usp.br/youcan/interact/moon.html

eh a versao em portugues do 'mundo de beakman'...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] tamanho da lua
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/08/2000 19:47

Roberto indica:
Assunto: [ciencialist] tamanho da lua


perguntaram sobre por q. a lua parece maior no horizonte, bem achei esta
pagina:

http://educar.sc.usp.br/youcan/interact/moon.html

eh a versao em portugues do 'mundo de beakman'...

Léo:
eu não concordo com o Beakman. Se isso fosse uma hipótese boa serviria
também para explicar o aparente aumento e achatamento do Sol no horizonte. E
isso não corresponde ao que acontece com o Sol. Essa história de 'contexto'
para as ilusões não está bem contada. Por outro lado, se a hipótese fosse
boa, a Terra no horizonte, vista por um observador na Lua (e tem um bocado
de fotos sobre isso!) apareceria maior ... nada disso acontece, pois lá não
tem atmosfera. Lá também não tem 'contexto'?

Ainda prefiro 'minha' explicação dos deslocamentos distintos dos raios de
luz provenientes da parte superior e inferior desses astros, devidos à
atmosfera terrestre.

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: AVISO DE ALERTA
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/08/2000 19:49

Essa mensagem já foi postada na rede a mais de um mês. Por sorte, não no
ciencialist ... mas, acabou chegando.
[]'
Léo
-----------------------------



SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/08/2000 20:09

Oi pessoal ... e Cláudio, idealizador da TGBD.
 
Li sobre a TGBD. Não foi uma leitura geral e arquibancada. Foi rápida, sem preocupação de interligar todas as idéias postas e caracterizar consistência no conjunto. Mas, desse 'esboço', visualizo uma trama sherloquiana. Vou tentar exemplificar o que tudo sugere (mas, ainda não tenho certeza):
 
Considere três princípios básicos: 'um', 'dois' e 'três'.
Postulados:
a) Cada 'dois' apresenta em si infinitos 'uns';
b) Cada 'três' apresenta em si infinitos 'dois'
Teorema:
"Todo 'três' apresenta em si infinitos 'uns'"
Demonstração: Pelo (b), em 'três' tem infinitos 'dois' e como todo 'dois' tem infinitos 'uns', 'três' apresentará infinitos 'uns'.
 
Postulados:
c) Dois 'um' distintos definem um único 'dois';
d) Um 'um' e um 'dois', que não contenha esse 'um' definem um 'três'
 
Teorema:
"Dois 'dois' que apresentem um único 'um' em comum, definem um único 'três'.
Demonstração: Tomemos em um dos 'dois', um 'um' distinto daquele 'um' comum. Esse novo 'um' e o 'dois' que não o contém, pelo postulado (d), definem um 'três'.
Como esse processo pode se estender a todos os 'uns' de cada 'dois', conclui-se que esse 'três' é único.
 
E assim vamos em frente. Garanto pelo menos 324 Teoremas e suas demonstrações.
Ao fim e ao cabo, isso é a geometria de Euclides, onde 'um' é ponto, 'dois' é reta e 'três' é plano.
 
[]'
Léo
 
-----Mensagem Original-----
De: Claudio Abreu - Bidual
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: sexta-feira, 25 de agosto de 2000 13:44
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

Prezado Takata,
 
Que bom você de volta. Excelente linha de discussão Voltarei a ela quando tempo me permitir.
 
Abraços,
 
Claudio Abreu
-----Mensagem Original-----
De: Roberto Mitsuo Takata
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: sexta-feira, 25 de agosto de 2000 12:37
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

On Wed, 23 Aug 2000, Claudio Abreu - Bidual wrote:
> história da TGBD ser metafísica. Bom digamos que seja, apesar de eu não ver
> por aí. Se ela estiver correta isso é relevante?

uma teoria metafisica nao estah sujeita a testes empiricos a q. uma teoria
fisica estah -- ela nao pode ser corroborada nem refutada.

deus eh um exemplo de uma teoria metafisica... nao ha' testes possiveis
pra se avaliar sua veracidade ou falsidade.

a tgbd precisaria fornecer previsoes de comportamento do mundo fisico q.
pudessem ser verificados como ocorrendo ou nao. q. tipo de previsao a tgdb
faz para o dna, por exemplo, q. pudesse ser testado?

o modo como estah estruturada a tgdb parece nao permitir q. seja nem mesmo
em principio questionada. por exemplo, atualmente aceita-se mesmo q. sejam
4 os tipos de interacoes basicas nestas condicoes energeticas -- veja bem,
os 4 tipos de interacoes se referem ao presente estado do universo. nos
estados primordiais em q. a energia deveria estar bem mais concentrada, as
forcas deveriam estar unidas. veja entao a consequencia - a forca
eletromagnetica pode ser dissociada em outros dois tipos de forca: a
magnetica e a eletrica... oras entao eh uma simples questao de
conveniencia dizer q. sao 5 ou apenas 1 os tipos de forcas fundamentais -
falamos em 4 por causa do atual estado de diluicao da energia pelo
universo... pelos modelos atuais o universo deve se expandir
indefinidamente, qdo a densidade de energia vai cair ainda mais, e haverah
a dissociacao das forcas eletrica e magnetica... mas isso afeta a tgdb?
parece q. nao, jah q. por ela pode se ver o 5 como uma derivacao do 4 e o
1 como um preludio do mesmo 4... (poderiamos pensar em uma tgtu - teoria
geral da triunidade - e pensar q. o 5 eh uma derivacao posterior do 3 e o
q um preludio do mesmo 3... ou uma tgdm - teoria geral do duo monodal: q.
a base fosse apenas 2... ou tgdt - teoria geral do dois e tres, ou tgudt -
teoria geral do uni, duni, te... como saber qual eh a mais correta? qq uma
se comporta como uma teoria guarda-chuva q. absorve qq tipo de anomalia
devida a sua propria estruturacao interna... em termos estritamente de
ideias sao especulacoes validas, sao modelos de organizacao de uma visao
de mundo, mas em termos cientificos a coisa fica complicada, jah q. nao
nos ajuda a compreender o mundo de modo mais preciso...)

o mesmo tipo de raciocinio pode ser feito em relacao 'as dimensoes
espaco-temporais... podemos representah-las em apenas uma unica dimensao
ou separah-las em 4...

e sendo a tgdb uma teoria metafisica, como parece-me muito q. seja o caso,
nao ha muito o q. a ciencia possa dizer a favor ou contra... a metafisica
ou teorias sobre a razao ultima das coisas estao alem do escopo
cientifico. uma teoria metafisica deve ser tratada como uma teoria
metafisica -- isso eh assunto para os filosofos. note q. nao estou
diminuindo-a, apenas dizendo q. o plano de consideracao dela eh outro...

[]s,

roberto takata


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/08/2000 20:25

Prezados Luiz Ferraz Netto, Alberto Mesquita e Roberto Takata e demais da Lista,
 
Não vou me entreter nas demonstrações matemáticas do Luiz agora. Mesmo porque não me parecem relevantes. Mas reparem bem que:
 
1) uma reta é formada por dois pontos => Dual
2) um plano é uma Reta (dual) mais um ponto, que não pertença à reta (Terceiro Uno) => Terno
3)  um tetraedro é um Plano (Terno) mais um ponto que não ao Plano (Quarto Uno) = Quadra 
 
A gora o que a geometria euclidiana não chega é que para tudo isto estar  em equilíbrio total o Quarto tem de Dualizar com o Terceiro e se decompor no Anti-Terno. Isso aqui é a TGBD que diz.
 
repare que em 1) e 2) não existe volume, é tudo abstrato. A partir do Quarto ponto, tem-se o tetraedro, e o primeiro volume. Não é interessante? Saiba que este exemplo foi um dos que me utilizei para desenvolver a TGBD.
 
Repare agora também que esta é a estrutura do átomo de Hidrogênio, o menor de todos os átomos, assim como o tetraedro é o menor de todos os volumes:
Dual = quark up + quark down
Terceiro = quark up, mas de natureza diferente das dos dois quarks do Dual.
Quarto = eletron
 
 Talvez tal natureza diferente ente os quarks do Dual e o Terceiro esteja relacionada à cor ou ao spin dos três quarks. Aqui a Cromodinâmica talvez ainda não tenha chegado lá pois pela TGBD duas das cores deveriam forma um Dual e a CQD é omissa em relação isto. E talvez seja isto que esteja faltando nela...
 
Como você vê o buraco é mais embaixo com a TGBD, Será que isso tudo é mesmo coincidência? Será tudo isso metafísico, Alberto e Takata?
 
Um grande abraço,
 
Claudio Abreu
 
-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: Sexta-feira, 25 de Agosto de 2000 20:09
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

Oi pessoal ... e Cláudio, idealizador da TGBD.
 
Li sobre a TGBD. Não foi uma leitura geral e arquibancada. Foi rápida, sem preocupação de interligar todas as idéias postas e caracterizar consistência no conjunto. Mas, desse 'esboço', visualizo uma trama sherloquiana. Vou tentar exemplificar o que tudo sugere (mas, ainda não tenho certeza):
......
......
.
E assim vamos em frente. Garanto pelo menos 324 Teoremas e suas demonstrações.
Ao fim e ao cabo, isso é a geometria de Euclides, onde 'um' é ponto, 'dois' é reta e 'três' é plano.
 
[]'
Léo
 
-----Mensagem Original-----
De: Claudio Abreu - Bidual
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: sexta-feira, 25 de agosto de 2000 13:44
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

Prezado Takata,
 
Que bom você de volta. Excelente linha de discussão Voltarei a ela quando tempo me permitir.
 
Abraços,
 
Claudio Abreu
-----Mensagem Original-----
De: Roberto Mitsuo Takata
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: sexta-feira, 25 de agosto de 2000 12:37
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

On Wed, 23 Aug 2000, Claudio Abreu - Bidual wrote:
> história da TGBD ser metafísica. Bom digamos que seja, apesar de eu não ver
> por aí. Se ela estiver correta isso é relevante?

uma teoria metafisica nao estah sujeita a testes empiricos a q. uma teoria
fisica estah -- ela nao pode ser corroborada nem refutada.

deus eh um exemplo de uma teoria metafisica... nao ha' testes possiveis
pra se avaliar sua veracidade ou falsidade.

a tgbd precisaria fornecer previsoes de comportamento do mundo fisico q.
pudessem ser verificados como ocorrendo ou nao. q. tipo de previsao a tgdb
faz para o dna, por exemplo, q. pudesse ser testado?

o modo como estah estruturada a tgdb parece nao permitir q. seja nem mesmo
em principio questionada. por exemplo, atualmente aceita-se mesmo q. sejam
4 os tipos de interacoes basicas nestas condicoes energeticas -- veja bem,
os 4 tipos de interacoes se referem ao presente estado do universo. nos
estados primordiais em q. a energia deveria estar bem mais concentrada, as
forcas deveriam estar unidas. veja entao a consequencia - a forca
eletromagnetica pode ser dissociada em outros dois tipos de forca: a
magnetica e a eletrica... oras entao eh uma simples questao de
conveniencia dizer q. sao 5 ou apenas 1 os tipos de forcas fundamentais -
falamos em 4 por causa do atual estado de diluicao da energia pelo
universo... pelos modelos atuais o universo deve se expandir
indefinidamente, qdo a densidade de energia vai cair ainda mais, e haverah
a dissociacao das forcas eletrica e magnetica... mas isso afeta a tgdb?
parece q. nao, jah q. por ela pode se ver o 5 como uma derivacao do 4 e o
1 como um preludio do mesmo 4... (poderiamos pensar em uma tgtu - teoria
geral da triunidade - e pensar q. o 5 eh uma derivacao posterior do 3 e o
q um preludio do mesmo 3... ou uma tgdm - teoria geral do duo monodal: q.
a base fosse apenas 2... ou tgdt - teoria geral do dois e tres, ou tgudt -
teoria geral do uni, duni, te... como saber qual eh a mais correta? qq uma
se comporta como uma teoria guarda-chuva q. absorve qq tipo de anomalia
devida a sua propria estruturacao interna... em termos estritamente de
ideias sao especulacoes validas, sao modelos de organizacao de uma visao
de mundo, mas em termos cientificos a coisa fica complicada, jah q. nao
nos ajuda a compreender o mundo de modo mais preciso...)

o mesmo tipo de raciocinio pode ser feito em relacao 'as dimensoes
espaco-temporais... podemos representah-las em apenas uma unica dimensao
ou separah-las em 4...

e sendo a tgdb uma teoria metafisica, como parece-me muito q. seja o caso,
nao ha muito o q. a ciencia possa dizer a favor ou contra... a metafisica
ou teorias sobre a razao ultima das coisas estao alem do escopo
cientifico. uma teoria metafisica deve ser tratada como uma teoria
metafisica -- isso eh assunto para os filosofos. note q. nao estou
diminuindo-a, apenas dizendo q. o plano de consideracao dela eh outro...

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/08/2000 20:30

-----Mensagem Original-----
De: "Claudio Abreu - Bidual"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 25 de Agosto de 2000 13:39
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

> vou fazer uma provocação para exercitar a sua lógica: você que tanto gosta
> das idéias de Newton, me explique porque as três Leis da Mecânica são
> consideradas como ciência enquanto que a TGBD não o é?

Olá, Cláudio

Apenas um comentário inicial. Não disse que a tgbd não é ciência e sim que
ela "parece-me" ser uma teoria metafísica ou, pelo menos, dotada de forte
condimento metafísico. Como, ao contrário de muitos estudiosos de ciência,
eu não desprezo a metafísica e creio que ela é essencial para o
desenvolvimento da ciência, perceba também que, "num sentido amplo", aceito
certas teorias metafísicas como pertencentes à seara do cientista e,
portanto, à ciência. No sentido restrito "sou obrigado", e talvez por isso
alguns me considerem "rigoroso", a ater-me ao método científico e enquanto
não houver uma nova teoria metafísica sobre o método científico a
convencer-me de que a atual está incompleta, utilizo-me do método científico
para "orientar-me" na delimitação do que é ciência de maneira a ser
compreendido pelos demais. Lembro ainda que sou um estudioso do método
científico e tenho procurado por saídas alternativas não exatamente no
sentido de resolver este impasse, o que para mim seria de pouca importância
posto que não desposo idéias positivistas mas no sentido de mostrar a
unicidade das ciências (exatas, biológicas e sociais).

Em resposta a sua pergunta, diria que não apenas a mecânica mas a física de
Newton como um todo, incluindo a gravitação, propicia inúmeras previsões de
fatos e tem sido submetida à falseabilidade por inúmeras vezes. A teoria da
gravitação de Newton, por exemplo, prevê a atração entre qualquer matéria e
não apenas entre os astros. Não havia nada na época a justificar esta
afirmação pois com exceção da Terra, não visualizamos nenhuma outra atração
entre objetos materiais e devidos à gravitação. Não se trata de uma
afirmação trivial e se hoje aceitamos gratuitamente esse dado é por que
foi-nos ensinado na infância e nos dias atuais parece-nos tão lógico como se
fosse uma afirmação a apoiar-se no senso comum. Newton morreu sem saber de
fato se essa afirmação procedia e as primeiras experiências a corroborarem
esta previsão parecem-me terem sido feitas por Cavendish em 1798.

A mecânica de Newton, a apoiar-se em 3 hipóteses, já foi submetida a
falseamentos por centenas de vezes. O mais importante falseamento, a meu
ver, quase chegou a promover uma crise na física, e relacionava-se à
mecânica acoplada à gravitação. Ou seja, descobriu-se que as órbitas dos
planetas conhecidos (aqueles visíveis a olho nu) não eram exatamente aquelas
previstas pela teoria. Perceba novamente que a teoria faz previsões
testáveis e independentemente de uma observação anterior, ou seja, Newton
não se preocupou simplesmente em explicar o que conhecia mas em propor uma
teoria capaz de nos levar a prever fenômenos não observados sob pena de a
teoria revelar-se inconsistente. Em virtude das órbitas não corresponderem à
teoria, os cientistas procuraram por explicações outras e acabaram prevendo
a existência de novos planetas a explicarem os desvios, o que foi
encontrado. No final do século passado a teoria novamente foi colocada em
xeque pelo fato do desvio do periélio de mercúrio não corresponder com
aquele previsto (novamente a teoria fazendo previsões) pela mecânica
newtoniana. Perceba então que a teoria de Newton não apenas foi corroborada
centenas de vezes (e portanto resistiu a falseamentos de previsões que
fazia) como também foi deixada de lado pelo fato de suas previsões não
concordarem com pouquíssimos fenômenos (o desvio do periélio de Mercúrio,
incompatibilidades com a teoria eletromagnética, etc.).

Em resposta a sua pergunta diria que a teoria de Newton é uma teoria
científica (apesar de falseada) pois efetua previsões e sujeita-se a testes
de falseabilidade. Quanto à tgbd já afirmei que não a conheço
suficientemente para saber se ela faz previsões (uma que seja, em qualquer
área das ciências) ou se simplesmente ela adapta-se ao que já se conhece,
graças ao elevado conteúdo lógico que ela aparenta possuir.

> Aliás existe uma certa analogia entre:
> -a 1ª Lei de Newton e a 1ª Lei da TGBD
> -a 3ª lei de Newton e a 2ª Lei da TGBD
> -a 2ª Lei de Newton e a 3ª Lei da TGBD
> E de quebra, uma analogia entre a 4ª Lei da TGBD e definição de
> Espaço-Tempo
> de Einsten e a 4ª Lei da TGBD, pois o espaço tem 3 dimensões e o tempo 1
> dimensão, assim como a Quadra, que tem um Terno e o Quarto Uno. Aliás, foi
> com base em Einsten que acabei "descobrindo" a 4ª Lei da TGBD.
> Dá pra você explicar?

Sim. Conforme comentei acima, a lógica da tgbd parece compatibilizar-se com
as hipóteses apresentadas e a retratarem o já conhecido. E isto a meu ver a
caracteriza como metafísica, ou seja, "um corpo de conhecimentos racionais
em que se procura determinar as regras fundamentais do pensamento, aquelas
de que devem decorrer o conjunto de princípios de qualquer ciência" (Novo
Dicionário Aurélio). O fato dela ser uma teoria do tudo amplia seu leque de
atuação, sem contudo torná-la científica "no sentido exposto". Enquanto ela
continuar explicando tudo, será uma teoria metafísica, ou seja, ela
comporta-se como "indutivamente falseável ou corroborável" (estou inventando
essa expressão). Se ela passar a prever fatos novos, passíveis de
verificação experimental (mesmo que não factíveis com os recursos atuais),
será promovida a categoria de teoria científica.

Volto a dizer que para mim isso tem importância relativa. O importante é que
ela relacione-se com as ciências. Por outro lado, concordo com a opinião
geral de que a teoria em si deva ser discutida num grupo de filosofia (por
exemplo, acrópolis) ou no grupo da tgbd, pois a ciencialist tem por objetivo
discutir teorias adequadas ao método científico. O que não impede que
possamos continuar discutindo aqui o caráter científico ou não da teoria. E
isto a meu ver, e salvo maior juízo, faz parte da temática da ciencialist.
Assim como não acredito ser objetivo da ciencialist discutir a existência de
Deus (o que com freqüência aqui ocorre), não vejo mal algum em que se
discuta o problema do ponto de vista da "demarcação da ciência", como o
diálogo que estabeleci a respeito com o Jocax no início de julho último. Sob
esse aspecto, repito aqui as sábias palavras de nosso síndico: "Devem ser
evitadas mensagens que tenham caráter somente religioso e/ou político e que
não tenham nenhuma relação com ciência."

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: AVISO DE ALERTA
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/08/2000 20:46

OK Francisco, tenho plena certeza que o propósito foi saudável.
Abraço
Léo
-------------------------------
-----Mensagem Original-----
De: Francisco C. Brito <fbrito@globo.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 25 de agosto de 2000 17:35
Assunto: Re: [ciencialist] Fw: AVISO DE ALERTA


Peço desculpas a todos pela minha ingenuidade!
ACREDITEI SINCERAMENTE QUE A MENSAGEM ERA GENUINA E QUE ESTARIA PRESTANDO UM
SERVIÇO!
----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Friday, August 25, 2000 10:49 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: AVISO DE ALERTA


> Essa mensagem já foi postada na rede a mais de um mês. Por sorte, não no
> ciencialist ... mas, acabou chegando.
> []'
> Léo
> -----------------------------
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] tamanho da lua
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/08/2000 21:41

Luiz Ferraz Netto wrote:

> eu não concordo com o Beakman. Se isso fosse uma hipótese boa serviria
> também para explicar o aparente aumento e achatamento do Sol no horizonte. E
> isso não corresponde ao que acontece com o Sol. Essa história de 'contexto'
> para as ilusões não está bem contada. Por outro lado, se a hipótese fosse
> boa, a Terra no horizonte, vista por um observador na Lua (e tem um bocado
> de fotos sobre isso!) apareceria maior ... nada disso acontece, pois lá não
> tem atmosfera. Lá também não tem 'contexto'?
>
> Ainda prefiro 'minha' explicação dos deslocamentos distintos dos raios de
> luz provenientes da parte superior e inferior desses astros, devidos à
> atmosfera terrestre.

E o problema de não haver espaço para ampliação uniforme de tudo o que
estiver no céu ao longo do horizonte?

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/08/2000 08:04

-----Mensagem Original-----
De: "Claudio Abreu - Bidual"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 25 de Agosto de 2000 20:25
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

> Agora o que a geometria euclidiana não chega é que para tudo isto estar
> em equilíbrio total o Quarto tem de Dualizar com o Terceiro e se decompor
> no Anti-Terno. Isso aqui é a TGBD que diz.

Olá Claudio. Eu costumo dizer que a teorização não se aprende na escola e
até mesmo que alguns professores destroem o potencial teorizador de seus
alunos. Nem sempre existem critérios rígidos ou receitas de bolo a serem
seguidas na atividade criativa, e a teorização situa-se neste terreno. O
teorizador quase sempre é um autodidata ou, até mesmo, um rebelde que não se
adequou à lei da mídia a nos propor que "devemos levar vantagens em tudo".
Ou seja, o teorizador recusa-se a ser manipulado pelos modismos, pela
imitação (princípio do Chacrinha: "Nesta terra nada se cria, tudo se
copia"), pela autoridade do especialista, pelos dogmas disfarçados em
paradigmas. E não obstante, e sabe-se lá como, via de regra consegue andar
nos trilhos sem ferir as normas lógicas e/ou os critérios de cientificidade.
Apesar disso, são poucos os teorizadores que fazem sucesso e, mesmo dentre
esses, muitos chegam a ser ignorados durante toda a sua existência. Esta
regra é universal. No Brasil a realidade é bem mais triste.

Não é fácil, para aqueles que seguem a rotina acadêmica a supervalorizar os
paradigmas, entender o que diz um teorizador. Suas "imagens de espírito",
consideradas como "realidades evidentes", via de regra não são captadas por
quem está alheio à problemática momentânea e própria do teorizador. Posso
dizer isso com propriedade pois via de regra sinto-me a imaginar coisas que
para mim fazem sentido, mas não o fazem para mais ninguém. E não é fácil
traduzir essas "realidades a mim evidentes" em realidades pelo menos a serem
compreendidas pelos demais. Sua frase acima parece-me conter essa
impropriedade, ainda que não creio que esteja incorreta. O equilíbrio total
parece-me não estar explícito na geometria euclidiana, ainda que possamos
observá-lo dependendo do significado que dermos à expressão equilíbrio.
Também não fica muito claro para o leitor o porque ou o quando uma teoria,
para ser coerente, deva assumir que tudo deve estar em equilíbrio total. Ou
seja, parece-me que você está se utilizando de pressupostos não previamente
definidos para justificar o que a tgbd faz e que, supostamente, outras
teorias não o fazem. Não vejo mal nisso, apenas estou tentando mostrar que
poucos irão ser convencidos por estes argumentos. Seria o mesmo que dizer, e
muitos repetem isso às pampas, que uma teoria para ser boa deve ser bela,
deve possuir equações simétricas, etc. e isto, a meu ver, nada mais é do que
misturar a crítica com a paixão. Não digo que a paixão não seja importante
em ciência, mas apenas que ela não deve desempenhar um papel crítico
decisivo.

> Como você vê o buraco é mais embaixo com a TGBD, Será que isso tudo é
> mesmo coincidência? Será tudo isso metafísico, Alberto e Takata?

Sinceramente, não sei o que você entende por metafísica. Às vezes fico com a
impressão de que você confunde metafísica com câncer. Se assim for,
desculpe-me mas jamais pretendi dizer que sua teoria não tem valor, nem que
está doente e muito menos cancerosa e/ou em fase terminal. Pelo contrário,
se o buraco é mais embaixo e se a teoria é tão essencial para a ciência
quanto você parece pretender demonstrar, creio mesmo que considerá-la
metafísica soa-me como um elogio. Enfim, que fazer contra preconceitos?

Não me leve a mal mas parece que você está contaminado pelo cientificismo
que vingou no século XX. :-))

Um grande abraço
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Midia de CD
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: excalibur2@egroups.com
CC: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/08/2000 09:38

NÃo sei se está é uma pergunta pertinente a lista, mas em todos caso ...

Alguém saberia me explicar as diferenças entre as mídias dos cds
gravaveis (azul, prata, ouro, branca) ?




SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/08/2000 12:04

On Fri, 25 Aug 2000, Claudio Abreu - Bidual wrote:
> A gora o que a geometria euclidiana não chega é que para tudo isto estar em
> equilíbrio total o Quarto tem de Dualizar com o Terceiro e se decompor no
> Anti-Terno. Isso aqui é a TGBD que diz.

o q. vc quer dizer estar em equilibrio? por q. um ponto nao estaria em
equilibrio e um volume estaria? e um hipervolume? e um fractal? e uma
esfera?

> Como você vê o buraco é mais embaixo com a TGBD, Será que isso tudo é mesmo
> coincidência? Será tudo isso metafísico, Alberto e Takata?

nao, nao eh coincidencia... parece-me mais q. se trata de selecao de
casos. o elemento hidrogenio soh existe como atomo em condicoes
especificas - no nucleo das estrelas (q. concentra a maior parte da massa
do universo) o nucleo do hidrogenio encontra-se dissociado dos eletrons
(eh um plasma). em condicoes de zero absoluto nao existem atomos
individuais ou individualizaveis (condensado bose-einstein).

mas, repito, a estrutura da tgbd eh tal q. absorve essas anomalias - por
causa da conceituacao amorfa ou tautomerica de equilibrio e outros
detalhes.

o q. a tgbd traria a mais de compreensao do q. uma tridualidade ou uma
bimonadalidade? ou uma dualidade simples de relacoes antagonicas? ou uma
unicidade intrinseca? ou q. tudo seria o sonho de um deus hindu?

metafisica pura...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!
FROM: "Rodrigo Frizzo Viecilli" <philox@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/08/2000 12:59

Discordo.
É possível sim provar o inexistente, em um conjunto determinado.
Por exemplo, posso provar que no conjunto dos números inteiros não existe o
número pi.
Não é possível provar que algo não existe quando o conjunto não está
determinado por suas propriedades ou pela listagem de seus elementos.
Há ainda, em lógica, o chamado princípio do terceiro excluído, de Bertrand
Russell, que alguns utilizam, outros não.
Basicamente, afirma que quando uma proposição não pode ser verdadeira ou
falsa, então o objeto da proposição não existe.
É o caso do "barbeiro que barbeia a todos que não barbeiam a si próprios".
Eu não aceito este princípio, pois não aceito tal proposição como
logicamente possível, é apenas gramaticamente possível (argumento
wittgensteiniano)- portanto nada ontológico pode ser concluído de uma
proposição mal construída.


PhiloX


-----Mensagem original-----
De: JOHN CONSTANTINE [mailto:jconstan@sercomtel.com.br]
Enviada em: Terça-feira, 5 de Setembro de 2000 11:57
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: Re: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!



Olá Jocax e lista.

Isto não demonstra o inexistente, demonstra que uma proposição é inválida. E
isto a partir da constatação de que sua conseqüência lógica é um absurdo.

Como provar que não existem sapos vermelhos?

Aliás, como propor que existem sapos vermelhos?

Não se prova o inexistente, porque sequer se pode propor algo inexistente.


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SUBJECT:
FROM: scf@escelsa.com.br
TO:
DATE: 26/08/2000 14:27
ATTACHMENTS (20000826-142732-0001600): "I_wanna_see_YOU.TXT.pif"


SUBJECT: Aviso : Você foi contamindado pelo virus que foi enviado a todos da ciencialist
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/08/2000 14:41

Olha o que recebi

scf@escelsa.com.br wrote:
>
> Name: I_wanna_see_YOU.TXT.pif
> I_wanna_see_YOU.TXT.pif Type: unspecified type (application/octet-stream)
> Encoding: base64


SUBJECT: (OT) ATENÇÃO mais Vírus
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/08/2000 14:46

A pessoa portadora do email scf@escelsa.com.br foi infectada pelo virus
já conhecido e está enviando emails a todos do adress book, cuidado


SUBJECT: Fim de semana
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/08/2000 15:42


Olá companheiros de lista !

Ultimamente os textos apresentados tem sido extraordinariamente
instigantes mas, por escassez de idéias (e, as vezes, de tempo também), não
tenho
participado das discussões.

Embora um pouco atrasado, quero congratular o Alberto Mesquita e o Manuel
Bulcão pelos textos remetidos - excelentes na forma e no conteúdo - os quais
concordo,
endosso e até agradeço a oportunidade de te-los lido. Estou me referindo
especialmente ao
texto extremamente corajoso e verdadeiro do Alberto [ xxxx - descrevendo o
mundo ] , expondo fundamentos lúdicos no trabalho na ciência e ao do Manuel,
[ Sent: August 11, Subject:Etica, Ciencia e ceticismo ] que, enfim, mostra
uma colocação pragmática, sensata e sincera da posição céptica em face aos
costumes da sociedade.

Mais no sentido de assinalar dúvidas do que em acrescentar informações,
seguem abaixo alguns comentários gerais:

Genismo:
Nada tenho contra o genismo ou teoria epigenética, pois desde que um
filosofo antigo pretendeu definir o homem como um "bípede depenado" e, mais
recentemente, um biólogo o descreveu como um "intestino enfeitado", ou
ainda, todas as religiões o apresentam como um marionete dos deuses, creio
que descreve-lo como uma embalagem para genes me parece bem mais consentâneo
a este momento histórico de decodificarão genética; o que me parece
inaceitável é o caráter dogmático-religioso de sua proposição. Coloque isso
como "proposta de modelo descritivo a ser investigado " em lugar de
"religião" e creio que o assunto se tornará mais deglutível.

Dualidade onda-partícula:
Sobre a natureza da luz, eu cheguei a imaginar que sabia alguma coisa, mas
depois de tudo que li, só restou como certo mesmo a óptica geométrica e
ainda assim, só quando usada para receituário de óculos.

Considero como "bom" o critério" de que "quando duas proposições - ou
teorias - igualmente "aceitáveis" se contrapõe, geralmente temos um
pseudo-problema" ou seja, elas fariam parte de uma "verdade" mais ampla (em
dimensão ou categoria mais geral) e as proposições antagônicas seriam apenas
vertentes de casos particulares.
Quando isso ocorre (tanto na área da ciência quanto em qualquer outra área)
a
primeira reação é tentar simplificar a situação adotando um partido e
excomungando os adversários.
O que me parece mais sensato é procurar a teoria mais geral ou globalizante
do que tentar antagonizar umas a outras, pois, há casos em que são simples
falhas de conceituação ou mesmo erros de propriedade terminológica
implícitas no emaranhado descritivo. É comum ocorrer extrapolação de
limites de aplicabilidade, como, por exemplo, em quase todas as polêmicas na
área da TPI (Termod. Proc. Irrever.)).
A história do conhecimento aponta inúmeros casos de antagonismos desse tipo,
como homeopatia versus alopatia; psicanálise vrs. psiquiatria, e ainda
varias vertentes dentro da mesma área.

No meu caso particular, nunca consegui digerir completamente o principio da
incerteza do Heisenberg, tal qual costuma ser considerado nas argumentações
"demonstrativas" [seria melhor dizer "justificativas", mas ... ], onde
costuma ocorrer - em alta freqüência - erro de limitação. O princípio só
poderia ser considerado em bases de estatísticas de grandes números e nunca
no desenho particular de poucos (ou mesmo único) sistemas elementares.
Na química ocorre algo semelhante quando descreve compostos com moléculas
estáveis, que, se realmente o fossem, fariam com que 99% de todas as reações
jamais ocorressem pois muitas reações simploriamente apresentadas [quase
todas] escondem uma fenomenologia terrivelmente complexa para a nossa
linguagem [e, se é para simplificar prefiro ainda a teoria das valências
como bolinhas com ganchinhos e argolinhas, do sec. passado].
Particularmente nessa área não gosto muito do uso da Navalha de Occan.
A meu ver, a maior parte da fenomenologia observável só acontece graças ao
mal-comportamento de partículas, que teimam em desobedecer os modelos
canônicos e, para exagerar, tome como exemplo o caso da radioatividade.

Seria oportuno um esforço generalizado da comunidade científica (à la
projeto Genoma) em reanalisar minuciosamente as bases fundamentais das
ciências e seria uma boa oportunidade para retirar os esqueletos dos
armários. Creio que há muito a investigar a respeito de modelos transientes
e, nesses casos, nem pensar em usar os modelos clássicos.

Imagem Universo
Acho que um modelo para - certamente - desagradar gregos e troianos seria
considerar que o universo é suficientemente extenso para que vários ovos
cósmicos estejam se formando em certas regiões e outros explodindo em
alhures [e não me venham com contra-argumentos termodinâmicos ! - ela não
foi feita para isso.]

Modelo de campo elétrico do Alberto
Você comentou algo a respeito de não ocorrerem criticas ou questionamentos
sobre suas Home Pages. Bem, ... olhei sua pagina no Cape_Canaveral, mas para
fazer algum comentário sério seria necessário conhecer e refletir a
respeito, o que está fora de minha condição. Mas, só para não passar
branco:- o desenvolvimento do modelo de campo está, pelo menos até onde
consegui acompanhar, formalmente correto e se houver alguma coisa a
discutir - para ser cartesiano - só poderia ser as proposição não
demonstradas, ou seja, a hipótese de carga elétrica como "pontual" [tão
pequena quanto se queira]
Uma questão seria: se o menor pedaço de espaço fosse quantizavel (ou seja, o
ponto teria uma medida finita), mudariam as propriedades do modelo ?

Teoria Geral do Bi-Dual
Peguei o bonde andando e não entendi muito bem a aplicabilidade dessa teoria
[é um eufemismo para dizer que realmente não entendi nada].

Apesar disso, tenho a impressão que o Cláudio Abreu "tropeçou" em algo que
mereceria uma analise mais acurada por quem de direito (não eu !).
No entanto, parece que a TGBD está colocada como se fosse uma "propriedade"
ou uma característica do comportamento da natureza e, o que me parece é que
esse efeito talvez seja um "reflexo" do mecanismo que o nosso cérebro
utiliza para raciocinar ou montar suas correlações descritivas.

Imagine um ET que possua neurônios com capacidade armazenar e correlacionar
"substantivos de estrutura mais complexa" que os nossos. Assim, embora suas
construções lógicas não escapassem do nosso velho e costumeiro silogismo,
estes seriam incompreensíveis para nós, ou seja, pareceria a nos que eles
trabalhariam usando "intuições" e não "raciocínio lógico".[ Dizem que nos
hospícios ocorrem "casos" desse tipo ].

Tentando esclarecer - e talvez complicando ainda mais - imagine um
"computador inteligente" que trabalhe usando comparações binárias. Imagine
agora que esse equipamento tentasse "entender" os silogismos dos humanos; a
ele pareceria que os humanos "raciocinam" através de intuição.
Bem, essa arenga toda só serviu para dizer que considero a intuição como uma
espécie de "curto-circuito" racional e também que a TGBD me parece uma
conseqüência lingüistica ( ou "propriedade de linguagem" - como diz o
pessoal do ramo). Seria um algoritmo interessante, à medida que pudesse ser
útil (e, me desculpem se o tropeço foi meu).

Divirtam-se e um bom fim de semana a todos.

Hasta la vista, baby !
neville




SUBJECT: Re: [ciencialist] Midia de CD
FROM: "JOHN CONSTANTINE" <jconstan@sercomtel.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/08/2000 16:32

Olá lista.

Pelo que eu sei há diferença de qualidade sim. A gradação seria a seguinte:
azul, verde, dourada, prata. Eu comprei alguns cds piratas e pude constatar,
pelo menos, que a pior de todas é mesmo a azul, com o tempo as informações
vão sumindo, a música vai engasgando. Mas pode ser apenas uma coincidência.

Os pirateadores dizem que o melhor cd que existe é o mitsui prata.



-----Mensagem original-----
De: Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@zaz.com.br>
Para: ciencialist@egroups.com <ciencialist@egroups.com>
Data: Sábado, 26 de Agosto de 2000 11:17
Assunto: RES: [ciencialist] Midia de CD


>Que eu saiba a diferença é apenas de pigmentação. Não há implicação
>necessária na qualidade da mídia.
>
>Rodrigo
>
>-----Mensagem original-----
>De: root@redebrasil.net [mailto:root@redebrasil.net]Em nome de Leonardo
>Stern
>Enviada em: Sábado, 26 de Agosto de 2000 09:38
>Para: excalibur2@egroups.com
>Cc: ciencialist@egroups.com
>Assunto: [ciencialist] Midia de CD
>
>
>NÃo sei se está é uma pergunta pertinente a lista, mas em todos caso ...
>
>Alguém saberia me explicar as diferenças entre as mídias dos cds
>gravaveis (azul, prata, ouro, branca) ?
>
>
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Midia de CD
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/08/2000 18:00

pissoar, pissoar...

a lista eh de leitura publica e a industria fonografica e de softwares tah
louquinha pra achar um bode expiatorio -- nao facilitem...

eu sei q. vcs soh compraram pra gravar arquivos de uso pessoal.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: Midia de CD
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/08/2000 19:02

Sauda��es,

Fui pirata de CDs de 95 at� o come�o de 99 (minha p�gina de
pirataria ainda est� no ar e n�o posso tirar porque esqueci a senha) e usei
dezenas de marcas diferentes. Como dito em mensagem anterior, a diferen�a
mesmo est� na pigmenta��o, pois at� mesmo entre CDs dourados h� diferen�a na
composi��o qu�mica da m�dia.

O que posso dizer pela minha experi�ncia � que as marcas que menos me
deram problemas foram a Kodak Gold, Mitsui Gold e Mitsui Prata. Percebi que
alguns CDs m�dia verde que gravei eram muito sens�veis � exposi��o solar.

Abra�os,
Leo Vines
Vines@strbrasil.com.br
Sociedade da Terra Redonda
http://www.strbrasil.com.br

________________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] TGBD
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/08/2000 22:23

Prezado Silvio,
 
Visite o site da TGBD no eGroups:
http://br.egroups.com/group/tgbd
 
Você pode também acessar todas as mensagens recentes do Ciencialist que tratam da TGBD.
 
Um abraço,
 
Claudio Abreu
 
-----Mensagem Original-----
De: Silvio Cordeiro Filho
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: domingo, 31 de dezembro de 1995 23:27
Assunto: [ciencialist] TGBD

Cláudio Abreu:

Novato na lista, onde encontro explicações sobre o TGBD para que me
possa situar nas argumentações?

sds,

silvio cordeiro


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SUBJECT: Re: [ciencialist] ATENÇÃO mais Vírus
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/08/2000 22:27

Prezado Leonardo e todos da lista,
 
Recebi aqui o arquivo que defraga o vírus: tem destinatário, assunto e mensagem em branco, e um arquivo anexado, que se for aberto contamina o micro. Basta deletar o email que o vírus não pega.
 
Um abraço.
 
Claudio Abreu 
-----Mensagem Original-----
De: Leonardo Stern
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: sábado, 26 de agosto de 2000 14:46
Assunto: [ciencialist] (OT) ATENÇÃO mais Vírus

A pessoa portadora do email scf@escelsa.com.br foi infectada pelo virus
já conhecido e está enviando emails a todos do adress book, cuidado

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SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!
FROM: "Rodrigo Frizzo Viecilli" <philox@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/08/2000 22:47

Não é necessário axiomatizar.
Se eu tenho um conjunto de 5 soldados de chumbo dentro de uma caixa, posso
dizer que não existe nenhum soldado de plástico dentro desta caixa.
O importante é que o conjunto esteja determinado.
Se eu quiser falar de existência, como eu aprendi, da maneira que sempre
fez sentido, sempre tenho que ter como referência um conjunto determinado.
Se você tira o verbo existir deste jogo de linguagem, estará colocando uma
bispo do xadrez no meio do jogo de damas. Aprendemos a diferença entre
existir e não existir dentro deste tipo de jogo, com regras bem
determinadas.
Isto vale pra toda a linguagem quanto a critérios ontológicos. Se
porventura uma filosofia doente e com raízes metafísicas semeia confusões
lingüísticas que levam a disparates, não tenho culpa.
Aliás, este mesmo critério soluciona o problema do gato de Schrödinger, que
foi comentado aqui há algum tempo.
Quando alguém declara que deus existe e diz acreditar piamente em tal fato
não há razões para duvidar. Isto porque para ele há realmente uma entidade
que faz parte de sua vida e suas decisões, da mesma forma que colocamos como
entidades a numeração seqüencial de objetos.
Se alguém declara que deus não existe por razões A ou B e tenta prová-lo
para o sujeito do parágrafo anterior estará viajando da cidade X para a Y de
aviao, quando o sujeito do parágrafo anterior está interessado em curtir a
paisagem. São coisas totalmente diferentes.
Se alguém se declara incompetente para determinar se deus existe ou não,
este é o pior de todos, já que assume uma ignorância consciente sobre o
significado antropológico ou sociológico de deus, da forma que ele realmente
faz sentido.
Se deus não existisse de forma alguma, seria como se discutíssemos sobre
gsdgsarwfdsfeFD.
O que é preciso é cair na realidade e encaixar a palavra da maneira que ela
desempenha um papel funcional que nos permite compreendê-la.

PhiloX

-----Mensagem original-----
De: Roberto Mitsuo Takata [mailto:rmt@ib.usp.br]
Enviada em: Quarta-feira, 6 de Setembro de 2000 13:24
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!



On Sat, 26 Aug 2000, Rodrigo Frizzo Viecilli wrote:
> É possível sim provar o inexistente, em um conjunto determinado.
> Por exemplo, posso provar que no conjunto dos números inteiros não existe
o
> número pi.

Isso porq. em matematica temos o privilegio de fixar as premissas basicas
-- os axiomas. No mundo real nao.

Montamos um argumento generico:

premissa 1 P1
premissa 2 P2
----------
conclusao C<12>

Pela logica classica, se P1 eh verdadeiro e P2 eh verdadeiro, entao C<12>
eh verdadeiro. Se P1 eh falso e P2 eh verdadeiro, C<12> eh falso. Se P1
eh V e P2 eh F, C<12> eh F. Agora se P1 eh F e P2 eh F, C<12> pode ser V
ou F.

Vamos aos exemplos, pra clarificar:

- Todos os descendentes de orientais tEm os olhos mais ou menos
amendoados;
- Eu sou descendente de orientais
----------------------------------------------------------------
- Logo, eu tenho olhos amendoados

Bem, digamos q. eu tenha olhos amendoados. Isso eh compativel com as duas
premissas: a conclusao eh verdadeira. Se eu estiver testando a hipotese de
q. todos os descendentes de orientais tEm olhos mais ou menos amendoados,
entao essa hipotese eh corroborada. Se eu estiver testando a hipotese de
eu ser descendente de orientais, entao eh essa hipotese q. eh corroborada.
Note-se q. a observacao pode ser congruente com o argumento, mas as
premissas podem ser falsas: digamos q. eu fosse descendente direto de
amerindios (nativos americanos no linguajar PC ou nativos do continente
entre o Oceano Atlantico e Pacifico na linguagem NPC - neo-politicamente
correta)...

Mas digamos q. eu nao tenha olhos amendoados... Uma das premissas pelo
menos tem q. ser falsa. Qual delas? A primeira? A segunda? Ambas?

Eh aqui q. esgota a possibilidade de refutacao, por si soh, de uma
premissa especifica em um teste ou argumentacao logica. O q. normalmente
levamos em conta? Nao eh apenas uma experiencia ou um argumento, mas quase
sempre levamos em conta tbm um grande conjunto de outras observacoes q.
formam uma rede de argumentos.

Temos indicios de uma certa homogeneidade genetica entre os orientais no
q. diz respeito 'a forma geral do olho. Somos induzidos pelas centenas de
observacoes anteriores de q. os japoneses, chineses, coreanos e mongois
apresentam olhos 'puxados'... Eh mais provavel q. se eu nao apresentasse
os olhos amendoados, de inicio as pessoas duvidassem de q. eu fosse
descendente de orientais.

Se paressemos por aqui eh provavel q. a coisa toda ficasse nesse pe'
mesmo.

Mas digamos q. eu apresente o meu RG, comprovando a filiacao em relacao a
pessoas orientais. Q. apresente meus pais. Q. apresente uma analise
genetica q. aponta para a veracidade da filiacao biologica. A balanca
provavelmente penderia para o outro lado. Mas eh possivel q. alguns ainda
creditem isso 'a falha dos testes ou falsificacao pura e simples. E assim
a coisa toda caminha.

Claro q. rapidamente isso tudo comeca a cair no ridiculo -- ilusao de
optica, manipulacao genetica, cirurgia plastica de alto refinamento,
alteracao na constante gravitacional, etc...

Eh aqui q. entra a navalha de Occam, o criterio estetico, o 'alem de qq
duvida razoavel'...

Uma prova matematica eh segura porq. aceitamos as premissas basicas -- os
axiomas -- como verdadeiras. Nos a determinamos assim. Esse luxo nao temos
com o mundo 'real', concreto.

Depois da redescoberta do trabalho de Mendel, comecaram a surgir alguns
resultados q. desviavam fortemente das proporcoes de 1:3 ou 1:2:1... Isso
refutaria a hipotese da segregacao independente dos fatores? Para os
biometristas, sim. Os mendelistas, inventaram uma hipotese /ad hoc/: havia
outros genes participando em determinadas caracteristicas. Nesse exato
instante, a navalha de Occam estava a favor dos biometristas. Mas
experimentos posteriores comecaram a dar suporte 'a suposicao de interacao
entre mais de um gene na determinacao de uma mesma caracteristica. (Acho
q. a maioria daqui se lembra da crista de galinhas e a proporcao 1:3:3:9
q. aprendemos no colegial/segundo grau/medio.) O novo corpo de indicios
jogou a navalha de Occam contra os biometristas.

Acho q. a logica difusa (fuzzy) se aplica melhor nesse caso -- atribuindo
probabilidades de veracidade ou falsidade de uma premissa (embora ainda
nao tenhamos como calcular essas probabilidades, nem estimar o resultado
das interacoes entre diferentes fontes de indicios contra e a favor de
uma premissa).

[]s,

roberto takata


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SUBJECT: Fifi minha querida Fifi!!!!
FROM: "Nanam" <nanam@directnet.com.br>
TO: "Yruama" <yruama@directnet.com.br>, <sauloliveira@zipmail.com.br>, "Rodrigo" <warlock@wicca-br.zzn.com>, <rafaelsjc@zipmail.com.br>, "Rafa Davoli" <teidavo@iconet.com.br>, "Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>, "Nanam" <nanam@directnet.com.br>, "Michel" <micmiura@yahoo.com>, "Marina (mixauaxia)" <mixauaxia@hotmail.com>, "Marco Aurelio Rocha" <marcorocha@hotmail.com>, "Maithy Hitomi" <maithy_m2h@yahoo.com>, "Kirsten Siewerdt" <kirsten@directnet.com.br>, <jonas@ondefor.com>, <joans@ondefor.com>, "Ivan" <iscma@yahoo.com>, "Helena Miura" <hic_helenmy@yahoo.com.br>, "Helena Miura" <lena_miy@yahoo.com.br>, "Fred" <kothu@palmeirense.com.br>, "FRC, Trishuli" <sadhu@wlink.com.np>, "Fernanda Scacchetti" <fernanda.scacchetti@edb.ericsson.se>, "esther" <estherr@iconet.com.br>, Emílio Galhardo Filho <emiliogf@uol.com.br>, <ciencialist@egroups.com>, "Carlos" <carlosfracotte@directnet.com.br>, <borovina@ig.com.br>, "Alexandre" <miura@saopaulo.net>
DATE: 27/08/2000 18:32

Achei minha gatinha que estava desaparecida desde terça-feira..estou tão feliz.... (que até vim aqui pra encher o saco)
Beijinhos
LU

SUBJECT: Re: [ciencialist] Fim de semana
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/08/2000 08:54



Neville wrote:

> Mais no sentido de assinalar dúvidas do que em acrescentar informações,
> seguem abaixo alguns comentários gerais:
>
> Genismo:
> Nada tenho contra o genismo ou teoria epigenética, pois desde que um
> filosofo antigo pretendeu definir o homem como um "bípede depenado" e, mais
> recentemente, um biólogo o descreveu como um "intestino enfeitado", ou
> ainda, todas as religiões o apresentam como um marionete dos deuses, creio
> que descreve-lo como uma embalagem para genes me parece bem mais consentâneo
> a este momento histórico de decodificarão genética; o que me parece
> inaceitável é o caráter dogmático-religioso de sua proposição. Coloque isso
> como "proposta de modelo descritivo a ser investigado " em lugar de
> "religião" e creio que o assunto se tornará mais deglutível.
>

Ola Neville, seja re-bem-vindo !
Deixe-me esclarecer alguns pontos.

Num e-mail anterior eu expliquei que o Genismo nao era somente uma religiao
mas tambem uma teoria cientifica, e portanto falseável.

Eu acredito que o Genismo eh o produto mais importante, que apareceu
para a humanidade, como fruto da teoria de Darwin. E o comparo mesmo aas
principais
religioes como o cristianismo o islamismo etc....

Sei que isso parece *extrema* arrogancia e falta de modestia, mas eh o q
acredito
e, soh o tempo dira se estou certo ou nao ( pena q eu nao estarei vivo para
testemunhar
o crescimento do Genismo).

Realmente creio q havera um tempo q toda a populacao da terra sera genista.
Sinto-me vivendo num momento impar da criacao de uma grande doutrina, sei tambem

que parece loucura (e nem mesmo descarto esta possibilidade) mas me causa enorme

prazer me sentir como um futuro "Jesus Cristo" :-)

Agora deixe-me parar de sonhar acordado e elucidar alguns aspectos do Genismo
:

1-O Genismo eh uma teoria cientifica

O Genismo foi baseada na teoria neodarwiniana e por isso tem um *embasamento*
cientifico NAO dogmatico. Mas nao eh somente isso q o assegura ser uma teoria
cientifica.

O Genismo eh uma teoria cientifica pois ela eh falseavel no que ela se propoem:

O Genismo propoe que, de todas as doutrinas que um individuo possa seguir,
esta eh a que lhe trará maior felicidade. E este teste pode ser executado desde
que
hajam elementos suficientes para se fazer um teste estatistico ( nao atualmente
pois,
que eu saiba, o unico genista sou eu ! :-( )

2-O Genismo eh uma religiao

O Genismo "sabe" que o ser humano *precisa* de uma religiao (ou algo assim)
para satisfazer sua angustia intrinseca existencial. Algo que faca o individuo
sentir que possa transcender , de alguma forma, aa sua propria morte.

O Genismo entende q a religiao eh um aspecto humano q esta codificado em
nossos genes e por isso o ser humano necessita dela. O Genismo vem entao para
suprir tambem esta necessidade.

Quando o Genismo estabelece em seu 3. mandamento :

3-"Deus nao existe e o único modo de transcender a morte
é através de seus genes, principalmente em seus descendentes"

Ele quer q a pessoa *acredite* e sinta que, de alguma forma, ela ira sobreviver
aa sua morte. E esta sobrevida-genetica estara refletida em seus genes.
Esta crenca , este sentimento, esta feh, dah o caracter "religioso" ao Genismo..

Note q o genismo nada mais eh que uma "formula de felicidade" e isso eh
mmuuuuiiittooooo importante pois ira nortear a vida de todos que o seguirem.

Eu tambem vejo com naturalidade os ataques que o Genismo vem sofrendo e
acho ateh bom isso.
Eh natural pois o Genismo pretende substituir religioes ja arraigadas
e eh sabido q antigas crencas nao sao eliminadas facilmente *mesmo*
sabendo-se ser erroneas.

Um investimento pessoal de anos nao sera jogado fora sem antes muita luta.
Abandonar antigas crencas demanda muita coragem e, a dor de um grande
desperdicio de investimento feito nestas crencas viria de qqr jeito.

Por isso acredito q o Genismo nao ira mudar "mentes antigas" apenas os jovens
poderao
absorve-la.

[]s
jocax





SUBJECT: Re: [ciencialist] TGBD
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/08/2000 09:02

Prezado Douglas,
 
Lamento você ainda não estar levando a sério a TGBD. Direito seu.
 
Claudio Abreu
 
-----Mensagem Original-----
De: Douglas
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: terça-feira, 26 de agosto de 2008 23:56
Assunto: Re: [ciencialist] TGBD

Caro Silvio,
 
uma teoria tão intrigante quanto a TGBD vc encontra no endereço:
 
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/3202/escuro.html  SUGADOR DE ESCURO
 
Aproveito para observar que a data do seu correio eletronico precisa ser acertada, ou será que eu estou ficando gagah e nao entendo mais nada de ciencia nem de cronologia?
 
[]'ss
 
Douglas AF Campos (USP)
-----Mensagem Original-----
De: Silvio Cordeiro Filho
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: domingo, 31 de dezembro de 1995 23:27
Assunto: [ciencialist] TGBD

Cláudio Abreu:

Novato na lista, onde encontro explicações sobre o TGBD para que me
possa situar nas argumentações?

sds,

silvio cordeiro



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fim de semana
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/08/2000 09:23

-----Mensagem Original-----
De: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
Para: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sábado, 26 de agosto de 2000 15:42
Assunto: [ciencialist] Fim de semana


>
> Teoria Geral do Bi-Dual
> Peguei o bonde andando e não entendi muito bem a aplicabilidade dessa
teoria
> [é um eufemismo para dizer que realmente não entendi nada].
>

CBAS:
Prezado Neville,
Estou respondendo de tras pra frente os emails relacionados à TGBD. Assim,
peço a sua atenção para que serão enviados após este.

> Apesar disso, tenho a impressão que o Cláudio Abreu "tropeçou" em algo que
> mereceria uma analise mais acurada por quem de direito (não eu !).
> No entanto, parece que a TGBD está colocada como se fosse uma
"propriedade"
> ou uma característica do comportamento da natureza e, o que me parece é
que
> esse efeito talvez seja um "reflexo" do mecanismo que o nosso cérebro
> utiliza para raciocinar ou montar suas correlações descritivas.

CBAS:
Poxa, que papo complicado...

>
> Imagine um ET que possua neurônios com capacidade armazenar e
correlacionar
> "substantivos de estrutura mais complexa" que os nossos. Assim, embora
suas
> construções lógicas não escapassem do nosso velho e costumeiro silogismo,
> estes seriam incompreensíveis para nós, ou seja, pareceria a nos que eles
> trabalhariam usando "intuições" e não "raciocínio lógico".[ Dizem que nos
> hospícios ocorrem "casos" desse tipo ].

CBAS:
Seria eu um ET? Quem sabe...

> Tentando esclarecer - e talvez complicando ainda mais - imagine um
> "computador inteligente" que trabalhe usando comparações binárias. Imagine
> agora que esse equipamento tentasse "entender" os silogismos dos humanos;
a
> ele pareceria que os humanos "raciocinam" através de intuição.

CBAS:
Com certeza, para mim complicou geral...

> Bem, essa arenga toda só serviu para dizer que considero a intuição como
uma
> espécie de "curto-circuito" racional e também que a TGBD me parece uma
> conseqüência lingüistica ( ou "propriedade de linguagem" - como diz o
> pessoal do ramo). Seria um algoritmo interessante, à medida que pudesse
ser
> útil (e, me desculpem se o tropeço foi meu).

CBAS:
Espero que você leia alguns exemplos de aplicação de utilidade da TGBD que
darei nas próximas mensagens.

Um grande abraço.

Claudio Abreu



SUBJECT: Re: [ciencialist] Criacionismo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/08/2000 09:30

Sílvio (que leu apenas 10 mensagens ... das milhares trocadas...)

"Atento leitor das msg dos listeiros onde procuro melhorar meus parcos
conhecimentos, fiquei impressionado pelo teor do texto do Luiz ferraz
Neto, vulgo "Leo" onde ele classifica de "ridícula "a teoria da
evolução.
Em um grupo de pessoas que procuram conhecimentos científicos, acho
simplesmente surrealista pessoas dogmáticas como os criacionistas...

Luiz: gostaria de conhecer os argumentos criacionistas ou os
anti-darwinianos."

Léo: apreciaria saber onde vc leu (do léo) essa postura sobre a teoria da
evolução.
Primeiro, por não ser minha praia (e qdo me meto em praia alheia, aviso, e
peço a devida vênia)
Segundo, eu sou deus e, como tal, não posso errar!
Terceiro, não usar meu santo nome em fresta!

[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] Opus dei
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/08/2000 09:33

"Watson Fernando:

Haverá algum site em português onde possamos pesquisar o opus dei?
Gostaria de conhecer os argumentos deste pessoal..."

No cartório local ... onde foi registrado como 'cordeiro'.
[]'
Léo





SUBJECT: Anexos (attachment) suspensos temporariamente (administrativa)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/08/2000 09:37


Os anexos a e-mails enviados para a Ciencialist estao temporariamente
suspensos. Nunca utilizei essa opcao, portanto nao sei se todo o conteudo
do mail com anexo eh barrado ou somente o anexo.

Se alguem tiver a resposta para essa minha duvida, me avise. :)

Tomei essa decisao devido aos varios arquivos estranhos (com suspeita de
virus) que estao circulando pela lista.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.



SUBJECT: Experimento reproduz composto para a vida
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/08/2000 09:58

Uma amiga me enviou :
===========================

BIOQUÍMICA
Aparelhos imitam condições de fossas termais
Experimento reproduz composto essencial para surgimento
da vida
ISABEL GERHARDT
DA REPORTAGEM LOCAL

O enxofre não é só coisa do demônio, ele pode também ter
sido fundamental para a criação da vida sobre a Terra.
Pesquisadores dos EUA reproduziram as condições químicas
das fossas hidrotermais (aberturas no fundo dos oceanos,
ricas em enxofre) e obtiveram um composto essencial para
os seres vivos, o ácido pirúvico. Ele é produto da
quebra de açúcares e funciona como substrato para
produção de energia nas células.
Os resultados da investigação da Carnegie Institution
são mais um suporte para a teoria de que a vida surgiu
em águas quentes e sulfurosas no fundo do mar. Em junho
deste ano, cientistas já haviam noticiado a descoberta
de fósseis de microrganismos com 3,2 bilhões de anos em
fossas hidrotermais na Austrália.
Onde a vida começou, quais as condições da Terra desse
período e qual foi a primeira entidade capaz de se
reproduzir são questões ainda não respondidas pela
ciência sobre a origem da vida.
Várias hipóteses discutem o local de surgimento da vida.
Uma teoria -chamada panspermia- afirma que a vida não se
originou na Terra, mas foi trazida por meteoritos (veja
quadro acima).
Essa teoria enfrenta a oposição, entre outros, de
Stanley Miller, cientista norte-americano que, na década
de 50, mostrou como aminoácidos (blocos construtores das
proteínas) podem ser produzidos nas condições de pré-
vida da Terra. "A panspermia só muda o problema de
lugar", disse o pesquisador à Folha.

Procurando proteção
Miller acredita que a vida tenha surgido na superfície
do planeta, em lagoas na praia, formadas pelo recuo das
marés. Mas a Terra devia ser atingida por muitos
meteoros nesse período, o que tornaria a superfície um
ambiente inóspito para a vida. As fossas hidrotermais,
no fundo do oceano, poderiam oferecer as condições
ideais de formação e proteção, segundo alguns
pesquisadores.
O trabalho dos cientistas norte-americanos, que
produziram ácido pirúvico nas condições de temperatura e
pressão das fossas hidrotermais, fecha o ciclo das
reações químicas que devem ocorrer nesse ambiente para a
produção de uma molécula que possa ter originado a vida,
o peptídeo (um tipo de proteína pequena e sem estrutura
definida).
Günter Wächtershäuser, que comenta a pesquisa publicada
na edição de hoje da revista "Science", diz que o
desafio, agora, é descobrir quais as condições que
poderiam ter levado esses peptídeos a se reproduzir e
evoluir.
Wächtershäuser, que é um advogado com doutorado em
química orgânica, já havia proposto que a pirita -um
mineral também conhecido como "ouro de tolo"- das fossas
termais funcionava como um agente catalisador das
reações químicas.
"A pirita é rica em enxofre e ferro e pode fornecer
elétrons que induzem a formação de compostos", afirma.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/08/2000 11:13

Prezado Takata,
 
Vamos lá, depois de um final de semana muito gostoso. Os meus trechos atuais estão em negrito e precedido das minhas iniciais CBAS:
-----Mensagem Original-----
De: Roberto Mitsuo Takata
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: sábado, 26 de agosto de 2000 12:04
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

On Fri, 25 Aug 2000, Claudio Abreu - Bidual wrote:
> Agora o que a geometria euclidiana não chega é que para tudo isto estar  em
> equilíbrio total o Quarto tem de Dualizar com o Terceiro e se decompor no
> Anti-Terno. Isso aqui é a TGBD que diz.

o q. vc quer dizer estar em equilibrio? por q. um ponto nao estaria em
equilibrio e um volume estaria? e um hipervolume? e um fractal? e uma
esfera?
CBAS:
Prezado Takata,
Sugiro que viste o endereço abaixo, do site da TGBD no eGroups, para conferir a definição de equilíbrio total pela TGBD, que "coincidentemente" também é um Bidual:
http://br.egroups.com/files/tgbd/2.O.livro.da.TGBD/2.03.O.Equilibrio.Total.doc
 
Acho que um ponto seria uma espécie de partícular elementar da matéria. Repare que "coincidentemente" só existem os seguintes quatro níveis para os Duais Matéria-Energia, que anolagamente ao conceito do Dual de Espaço-Tempo lançado por Einsten, é lançado pela TGBD:
1) partículas elementares
2) átomos
3) moléculas
4) corpos 
 
Você vê mais algum nível?
 
Desta forma, os corpos são formados por moléculas, que são formados por átomos, que são formados por partículas elementares. O que talvez não tenha ficado claro é que a TGBD se preocupa em analisar não o estado de equilíbrio em cada nível, que pode ser de equilíbrio ou desequilíbrio. Como existem quatro direções para o equilíbrio, pode-se ter estados de semi-equilíbrio, que são aqueles casos onde não se dá o equilíbrio total, ou seja equilíbrio nas quatro direções: macro e micro, e lateral de mesma natureza e de natureza oposta. A TGBD objetiva mostrar a estrutura da mudanças de níveis da seguinte forma:
a)de um nivel para o nível inferior: através da definição de cada Uno seja também um Micro-Bidual, de nível inferior;e,
b)de um nível para o nível superior: através da definicão de que a Unidade de um nível seja um Uno do Macro-Bidual, de nível superior.    
 
Repare que nesta estrutura o nível superior dos corpos, por inceível que possa parecer seriam as partículas, e que o nível inferior das partículas seria o dos corpos... É mais ou menos como o absurdo do +/-infinito da reta. Ora dirá você, o Claudio Abreu agora pirou de vez. Não é bem assim, pois senão o Glashow e o Abdus Salam (este um dos descobridores da força fraca e prêmio Nobel)também piraram. Veja a serpente Glashow, que aparece na figura mostrada na página 52 do livro A Unificação das Forças Fundamentais, de Abdus Salam, Werner Heisemberg, e Paul A.M. Dirac, da Jorge Zahar Editor, 1993,
que se encontra no seguinte endereço:
http://br.egroups.com/files/tgbd/2.O.livro.da.TGBD/2.13.A.serpente.de.Glashow.doc
 
Um ponto por si só, entendido como a mais elementar das partículas geométricas, nunca poderia estar em equilíbrio: afinal ele por si só não poderia existir (segundo Dirac, segundo a 3ª lei de Newton e segundo a 2ª Lei da TGBD), e quanto mais se equilibrar, pois afinal o conceito de equilibrio pressupõe a existencia de algo que não seja o algo em questão, para que se possa pensar em equilíbrio entre eles.
 
Já um volume, um hipervolume, um fractal e uma esfera podem estar ou não estar em equilíbrio, se forem satizfeitas as condições da TGBD para o equilíbrio total. Lembro a você que o tetraedro é representativo da situação elementar de qualquer volume, e que qualquer outra figura que contenha volume pode ser vista como sendo formado por um conjunto de tetraedos, assim como os corpos são formados por moléculas, que são formados por átomos, que são formados por partículas.
 
> Como você vê o buraco é mais embaixo com a TGBD, Será que isso tudo é mesmo
> coincidência? Será tudo isso metafísico, Alberto e Takata?

nao, nao eh coincidencia... parece-me mais q. se trata de selecao de
casos. o elemento hidrogenio soh existe como atomo em condicoes
especificas - no nucleo das estrelas (q. concentra a maior parte da massa
do universo) o nucleo do hidrogenio encontra-se dissociado dos eletrons
(eh um plasma). em condicoes de zero absoluto nao existem atomos
individuais ou individualizaveis (condensado bose-einstein).

mas, repito, a estrutura da tgbd eh tal q. absorve essas anomalias - por
causa da conceituacao amorfa ou tautomerica de equilibrio e outros
detalhes.
 
CBAS:
Por acaso a formação Bidual do tetraedro, que  um exemplo fundamental, poderia ser enquadrada como uma seleção de caso favorável? Haveria outra?
E a do átomo do hidrogênio, a formação mais elementar e da matéria também o seria?

o q. a tgbd traria a mais de compreensao do q. uma tridualidade ou uma
bimonadalidade? ou uma dualidade simples de relacoes antagonicas? ou uma
unicidade intrinseca? ou q. tudo seria o sonho de um deus hindu?

metafisica pura...

[]s,
roberto takata
 
CBAS:
Para com isso Takata... Foi por isto que certa vez o chamei de cético... Afinal quem está forçando a barra, eu ou você? Me responda: além de energia, matéria, espaço e tempo, que formam um bidual, haveria mais alguma coisa para definir um evento físico? será mais uma "coincidência"? 

Um grande abraço,
 
Claudio Abreu
 
CBAS:


 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/08/2000 11:44

Prezado Rodrigo,
 
Antes de começar a rebater esta sua mensagem, gostaria de saber o que você teria a contrargurmentar em relação à minha  mensagem anterior. Agora vamos lá:
-----Mensagem Original-----
De: Rodrigo Frizzo Viecilli
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: terça-feira, 15 de agosto de 2000 10:19
Assunto: RES: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

    Uma reta não é formada de dois pontos. Ela precisa de 2 pontos para se constituir. Não há definição formal da reta, apenas uma condição para que ela possa ser formada. E a navalha de Ockham não se aplica nesse caso, porque estes dois pontos podem ou não formar uma reta. Se eu desenho dois pontos num papel, eu tenho uma possibilidade de reta, não uma reta.
Analogias valem para o plano e o tetraedro.
 
CBAS:
Você está certo nesta questão, digamos, semântica. Errei ao dizer que dois pontos "formam" uma reta. O certo seria "definem". Contudo todo o resto que falei se aplica, e está correto, a meu ver, independentemente de Ockam e sua navalha...
 
    Se a tgbd fosse universal, valeria para qualquer composição que levasse a estas figuras. Entendo a sua empolgação, mas tome cuidado com os exemplos e com a universalidade.
 
CBAS:
Acho que mostrei como a TGBD explica a formação da estrutura geometrica mais elementar de algo que tenha volume. Quanto a questão da TGBD ser universal, infelizmente não posso abrir mão disto, dado que o próprio objetivo da TGBD é ser universal, o que não quer dizer que ela o seja, apesar de eu acreditar que ela o seja. Assim, acho melhor você atacar a propria TGBD, e não o seu objetivo.
 
O mesmo vale para o aspecto particular no qual vc enxerga o átomo de hidrogênio, pois as partículas em que o dividimos são definidas fisicamente através de reações particulares. Não há uma estrutura definida para um átomo, nem para uma de suas partículas, pelo menos até agora. A separação da matéria a nível subatômico depende ainda da nossa linguagem, a qual tem a formação dependente diretamente dos sentidos. Por isso digo que vc está olhando o átomo de uma maneira extremamente particular, já que há outras diversas formas de olhá-lo.
    Pense no seguinte: se eu pegar uma sequência limitada de números, posso tentar forjar uma fórmula que a defina. Assim que aparece um novo número daquela seqüência eu posso ter errado na primeira fórmula. É melhor sempre testar a sua almejada universalidade da teoria, embora logicamente isto não tenha validade externa nem nunca vai ter, como vc propôs em um outro email.
 
CBAS:
Prezado Rodrigo. Você lembra o Kuntz com quem debati no Acropolis no ano passado. Vocês sempre ficam com um certo medo de tentar definir a realidade como algo paupável, com um certo excesso de relativismo, dando uma importância exagerada a essa tal de linguagem etc... Ou seja, vocês dão excessivo peso a teses tais como a de Gödel, e assim, nada pode ser definido com certeza... e toda a ciência não passa de pura especulação... Acho que tal posicionamento não leva a nada, pois prima pela incerteza... Como ainda não há uma estrutura já definida para o átomo de hidrogênio? 
Quanto a unversabilidade  da TGBD é certo que ela tem que ser testada, e este é o meu objetivo neste grupo. Você não se aventura a me propor um exemplo em que a TGBD não se aplique?
 
    A sua teoria não tem cunho metafísico. Não se constitui em uma teoria consistente sobre nada específico, assim não é uma teoria, já que não tem universalidade lógica nem em ao menos um universo particular.
    O que o Sr. chama de teoria não passa, pelo menos ainda, de especulação. É uma especulação científica teórica, não tem nada de metafísico.
    Se vc propõe uma relação particular entre as coisas, isto não precisa ter a ver com metafísica. Metafísica é um estudo de supostas propriedades não-físicas da matéria e suas inter-relações. Por exemplo, uma propriedade metafísica aos olhos de Platão pode ser aquilo que um objeto tem que provoca a formação de uma idéia (propriedade metafísica). O plano das idéias para Platão é um plano metafísico, assim ele deduz que a matéria possui algo de metafísico.
    A metafísica é totalmente à parte. Ela passa a fazer parte de raciocínios, por exemplo matemáticos, se vc realmente acreditar nas idéias elementares da metafísica como esta de Platão. Por isso é complicado dar ou não cunho metafísico às idéias. Depende de como cada um forma a sua crença epistemológica.
    Eu não acredito na possibilidade lógica de qualquer tipo de metafísica, o que não quer dizer que a metafísica seja uma mentira. É apenas uma grande seqüência de interpretações deturpadas de fenômenos pouco conhecidos. O que temos efetivamente são objetos lingüísticos, não metafísicos. A nossa relação com o mundo é uma relação de simbologias interativas totalmente auto-suficientes, não é necessário envolver metafísica a meu ver, aqui sim aplico a navalha de ockham.
   
 
Rodrigo.
 
CBAS:
Também acho que por enquanto a TGBD é uma especulação científica teórica. Mas atente que se ela se comprovar como sendo verdadeira, ela irá abalar todas as estruturas do que hoje se define como ciência. Fico satisfeito que embora você ainde não acredite na TGBD, pelo menos não a coloca como sendo metafísica. Espero que com o tempo a sua opinião mude com o decorrer do tempo. E assim, não só você, como todos nesta lista, e todos os que atuam na ciência vejam o que eu já vi: a TGBD é científica  e verdadeira. Vamos dar tempo ao tempo.
 
Um grande abraço,
 
Claudio Abreu

SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/08/2000 11:58

On Mon, 28 Aug 2000, Claudio Abreu - Bidual wrote:

(claudio, meu leitor de email nao visualiza formatacoes de texto...)

> 1) partículas elementares
> 2) átomos
> 3) moléculas
> 4) corpos
>
> Você vê mais algum nível?

varios niveis... nao posso deixar de ver os diversos niveis biologicos -
..., atomos, moleculas, organelas, celulas, tecidos, orgaos, sistemas,
organismos, populacoes, comunidades, ecossistemas, biosferas,
cosmosferas... se vai chamar tudo a partir de organelas de 'corpos',
otimo: chamemos tudo a partir de atomos de 'agregados de particulas
elementares'... entre particulas elementares e atomos temos os nucleons...
em um plasma -- q. consititui atualmente a maior parte da materia
(visivel) no universo, atomos individuais nao fazem sentido e a
organizacao nao eh em termos de particulas elementares isoladas.

em um condensado bose-einstein, pelo q. entendi, soh teriamos 'corpos'...

> Já um volume, um hipervolume, um fractal e uma esfera podem estar ou não
> estar em equilíbrio, se forem satizfeitas as condições da TGBD para o
> equilíbrio total. Lembro a você que o tetraedro é representativo da

isso porq. a tgbd nao fornece um quadro interpretativo rigido: o q. eh o
dual de uma dimensao 1,5? e de uma dimensao PI? o q. vai fazer os
quase-cristais estarem ou nao em equilibrio? em q. circunstancias
experimentais eles estarao em equilibrio? em q. circunstancias eles nao
estarao?

eh como o astrologo q. diz: 'pode chover amanha'... se chover, bingo, se
nao chover, nao tem problema...

> situação elementar de qualquer volume, e que qualquer outra figura que
> contenha volume pode ser vista como sendo formado por um conjunto de
> tetraedos, assim como os corpos são formados por moléculas, que são
> formados por átomos, que são formados por partículas.

vc pode ter qq forma, desde q. infinitesimalmente pequena. vc pode dividir
uma figura em infinitos tetraedros ou cubos ou esferas ou icosaedros ou
pontos...

o atomo de hidrogenio pode ser o mais simples dos atomos, mas os demais
nao se formam pelo simples ajuntamento de hidrogenio -- como pode ocorrer
para a formacao de outros volumes a partir de tetraedros infinitesimais
(ou de qq outro solido) -- ha perda ou ganho de energia e de particulas...

a semelhanca eh superficial - apenas o fato de serem os elementos mais
simples de suas categorias. a analogia acaba aih.

> Para com isso Takata... Foi por isto que certa vez o chamei de cético...
> Afinal quem está forçando a barra, eu ou você? Me responda: além de
> energia, matéria, espaço e tempo, que formam um bidual, haveria mais
> alguma coisa para definir um evento físico? será mais uma
> "coincidência"?

jah disse q. nao eh coincidencia -- uma vez q. vc dissocia 'espaco' do
'tempo' e concomitantemente reduz as tres dimensoes do espaco em
'espaco'. simplesmente acaba ficando apenas 4 elementos mesmo... digamos
q. nao existisse 'materia', aih eh soh dissociar uma das dimensoes
espaciais. digamos q. houvesse 'espirito' na definicao de um evento
fisico aih eh soh juntar 'espaco' com 'tempo'... se ainda juntassemos a
isso 'karma' poderiamos juntar a representacao 'materia' (em sua versao
'massa') com 'espaco-tempo' e termos 'momento'... e assim por diante.

discutir a 'tgbd' eh como discutir 'genismo', eh uma doutrina de
pensamento, um modo de encarar o mundo e nao um modelo testavel de como as
porcoes do mundo se comportam, entao eh melhor encerrar a minha
participacao por aqui... qq contestacao apenas reforca a crenca interna
dos proponentes (isso eh perfeitamente normal, mas um bocado aborrecedor).

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/08/2000 12:16

Prezado Alberto Mesquita Filho,
 
Respondo trechos da sua mensagem sempre em negrito, precedido das minhas iniciais CBAS. Vamos lá.
-----Mensagem Original-----
De: Alberto Mesquita Filho
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: sábado, 26 de agosto de 2000 08:04
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

-----Mensagem Original-----
De: "Claudio Abreu - Bidual"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 25 de Agosto de 2000 20:25
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

- Eu costumo dizer que a teorização não se aprende na escola
 
- O teorizador quase sempre é um autodidata ou, até mesmo, um rebelde que não se adequou à lei da mídia a nos propor que "devemos levar vantagens em tudo".
-E não obstante, e sabe-se lá como, via de regra consegue andar
nos trilhos sem ferir as normas lógicas e/ou os critérios de cientificidade.
-Apesar disso, são poucos os teorizadores que fazem sucesso e, mesmo dentre esses, muitos chegam a ser ignorados durante toda a sua existência. Esta regra é universal. No Brasil a realidade é bem mais triste.
CBAS:
Verdade verdadeira no meu caso Alberto. Sou mesmo um cara autodidata, de pouca entrada (acredito que tenha muito menos cultura científica do que a maioria das pessoas que compõem esta lista) mas de muita saída (exemplo disto é a minha proposta para a TGBD). Eu é que sei como é difícil a situação de quem descobriu algo, tem certeza de que está certo, mas tem de mostrar para uma porção de, digamos, céticos sinceros, que sua proposta é verdadeira, sob pena dela ser desperdiçada por não ter sido difundida, e se o foi pelo fato dela não ter sido entendida e aceita aceita como verdadeira. São os ossos do ofício de um teorizador.

Não é fácil, para aqueles que seguem a rotina acadêmica a supervalorizar os paradigmas, entender o que diz um teorizador. Suas "imagens de espírito",consideradas como "realidades evidentes", via de regra não são captadas por quem está alheio à problemática momentânea e própria do teorizador.
 
Posso dizer isso com propriedade pois via de regra sinto-me a imaginar coisas que para mim fazem sentido, mas não o fazem para mais ninguém. E não é fácil traduzir essas "realidades a mim evidentes" em realidades pelo menos a serem ompreendidas pelos demais.
 
CBAS:
Eu que o diga Alberto... Leram esta, Douglas, Takata e Rodrigo?
 
Sua frase acima parece-me conter essa impropriedade, ainda que não creio que esteja incorreta. O equilíbrio total parece-me não estar explícito na geometria euclidiana, ainda que possamos observá-lo dependendo do significado que dermos à expressão equilíbrio.Também não fica muito claro para o leitor o porque ou o quando uma teoria, para ser coerente, deva assumir que tudo deve estar em equilíbrio total.
CBAS:
Lembro que o conceito de equilíbrio total nasceu com a TGBD. Para quem quiser saber o que é equilíbrio total, vá até o endereço:
http://br.egroups.com/files/tgbd/2.O.livro.da.TGBD/2.03.O.Equilibrio.Total.doc
 
Ou seja, parece-me que você está se utilizando de pressupostos não previamente definidos para justificar o que a tgbd faz e que, supostamente, outras teorias não o fazem. Não vejo mal nisso, apenas estou tentando mostrar que poucos irão ser convencidos por estes argumentos.
 
CBAS:
Verdade Alberto. Acho que parti para o emocional. Vou me controlar.
 
Seria o mesmo que dizer, e muitos repetem isso às pampas, que uma teoria para ser boa deve ser bela, deve possuir equações simétricas, etc. e isto, a meu ver, nada mais é do que misturar a crítica com a paixão. Não digo que a paixão não seja importante em ciência, mas apenas que ela não deve desempenhar um papel crítico decisivo.

> Como você vê o buraco é mais embaixo com a TGBD, Será que isso tudo é
> mesmo coincidência? Será tudo isso metafísico, Alberto e Takata?

Sinceramente, não sei o que você entende por metafísica. Às vezes fico com a impressão de que você confunde metafísica com câncer. Se assim for, desculpe-me mas jamais pretendi dizer que sua teoria não tem valor, nem que está doente e muito menos cancerosa e/ou em fase terminal. Pelo contrário, se o buraco é mais embaixo e se a teoria é tão essencial para a ciência quanto você parece pretender demonstrar, creio mesmo que considerá-la metafísica soa-me como um elogio. Enfim, que fazer contra preconceitos?

Não me leve a mal mas parece que você está contaminado pelo cientificismo que vingou no século XX. :-))

Um grande abraço
Alberto
 
CBAS:
Talvez eu tenha uma certa bronca quanto ao fato de diversas pessoas ficarem definindo a TGBD como sendo metafísica, de uma maneira bem diversa da que você faz, dentro de uma forma positiva, apesar de não concordar com a sua visão. Vejo sempre nestas investidas a intenção de diminuir a TGBD, talvez num comportamento emocional, pois quem a assim a define, não consegue rebate-la, e daí  ficam tentando dar uma rasteira ou um golpe baixo. Já falei aqui e repito, em letras bem grandes, para ver se essas pessoas alterem seus posicionamentos:
 
O IMPORTANTE NÃO É SE SABER SE A TGBD É CIENTÍFICA OU METAFÍSICA, E SIM SE É VERDADEIRA OU NÃO. ESTA É AQUESTÃO QUE INTERESSA. O RESTO NÃO TEM PRESSA.
 
Um grande abraço.
 
Claudio Abreu


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
CC: <tgbd@egroups.com>
DATE: 28/08/2000 13:31

Prezado Luiz Ferraz Neto (Léo),

Como já disse esta é uma questão interessante. De fato ao enquadrarmos as quatro forças fundamentais na TGBD, a gravidade aparece como sendo o Quarto Uno. Isto porque é a única que tem spin 2 e que atua preponderantemente entre dois corpos, enquanto que a ação da três demais se faz maior no interior dos corpos, moléculas e átomos. Repare que poderíamos ver um corpo como sendo um Terno, onde atuariam as forças eletromagnética, fraca e forte. Um Terno, que é a expressão maior do desequilíbrio tende para interagir com o Quarto Uno para fazer uma Quadra, e se este Quarto Uno se decompor num Anti-Terno (um outro corpo ou corpos no caso) se tem a condição para o equilíbrio total, pois aí se tem um Bidual.

Repare que Newton ao propor a teoria da gravidade partiu do pressuposto que os corpos se atraiam, sem se preocupar por que isto acontecia. Acho que a TGBD está oferecendo agora, séculos depois, porque isto acontece. Ainda bem que não tive de passar pelo fato de levar uma "maçazada" na cabeça para descobrir isto.. risos...

Um grande abraço,

Claudio Abreu

-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: sexta-feira, 25 de agosto de 2000 10:07
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.


Oi pessoal,
pergunto:
A TGBD apresenta uma 'hipótese' para o fato de 'matéria atrair matéria'?
[]'
Léo
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: En: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/08/2000 13:40

Prezado Rodrigo,

Reenvio esta mensagem, pois voc� alega que n�o recebeu.

Um grande abra�o,

Claudio Abreu
-----Mensagem Original-----
De: Claudio Abreu - Bidual
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: quarta-feira, 23 de agosto de 2000 07:13
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.


Prezado Rodrigo,

Primeiramente gostaria de elogiar o elevado n�vel da contrargumenta��o. Ah se todos nesta lista fossem iguais a voc�. Feitos os elogios, vamos aos rebatimentos, que espero, estejam � altura das suas coloca��es:
-----Mensagem Original-----
De: Rodrigo Frizzo Viecilli
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: quarta-feira, 9 de agosto de 2000 11:06
Assunto: RES: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.


A tentativa de reduzir tudo a um sistema l�gico formal j� foi feita por Carnap, no in�cio do s�culo.
Ap�s os teoremas de G�del, o positivismo l�gico, que tinha essa esperan�a, foi por �gua abaixo.
G�del provou que dentro de um sistema l�gico fechado e consistente n�o � poss�vel provar ao menos uma senten�a. Um corol�rio tamb�m provado � que esta senten�a � a que garante a pr�pria validade externa deste sistema.

CBAS:
Infelizmente n�o sou um cara culto. Assim, nunca ouvi falar de Carnap. Do G�del, sim, mas n�o entendo muito das suas descobertas via demonstra��es matem�ticas. Sei que ele passou a ser uma esp�cie de novo parad�gma da l�gica, uma esp�cie de introdutor da teoria da incerteza na l�gic, n�o � isto?

O primeiro engano seu ao tentar enquadrar a TGBD no teorema de G�del, � considerar a TGBD como tratando-se de uma sistema fechado, quando ela se aplica aos sistemas abertos e/ou fechados, tanto em equilibrio total, como em desequil�brio. Lembro que a TGBD objetiva ser uma teoria auto-consistente para tudo o que existe e/ou n�o existe, no universo e fora dele. Ora, � o Quarto Uno que introduz a "abertura" do sistema em analise para o que esteja fora dele. Afinal, nada pode existir por si s�, ou seja, sem o que n�o seja ele. Pela TGBD n�o pode existir o l�gico sem existir o absurdo, o verdaeiro sem o falso, o relativo sem o absoluto. Acredito que a grande saca��o da TGBD � que ela introduz o absurdo na ci�ncia, e for�a que a ci�ncia se suplante para poder abarcar tamb�m o inexor�vel, sem o que n�o poder� conhecer o que � paup�vel. � logico que com certas regras. Da�, G�del nada mais � do que uma confirma��o da TGBD.

Repare que, matematicamente, n�o poderia existir uma reta se n�o houvesse o abusurdo que � o encontro do +/- infinito, que forma o Dual Externo, ou de pontos, com 0 (zero), enquanto que o Dual Interno � formado pelos segmentos positivo e negativo da reta, os quais com o 0 (zero) forma o Terno. Estou com um texto quase pronto sobre isto, que nos faz comcluir que se o tempo � uma reta, ele em algum ponto, no caso finito, que acredito ser o Big Bang/Big Crunch obrigat�riamente tem de passra por uma singularidade, tal como o +/- infinito da reta. Este � o problema maior da nossa ci�ncia atual: ela tem horror � singularidade, e se esquece que sem ela n�o poderia haver a n�o-singularidade.

Sabemos que uma reta � uma circunfere�ncia de raio infinito, por causa da singularidade do +/- infinito. Imagine agora uma anti-circunfer�ncia (tamb�m de raio infinito), sem a qual a circunfer�ncia n�o poderia existir, e que seja tangente � circunfer�ncia no exato ponto do +/-infinito. Repare que se o +infinito coincidir com o + infinito da anti-reta, que por sua vez possue o sentido do avan�o inverso ao da reta(indo do + para o -, passando pelo anti-zero), no final do ciclo o -infinito da anti-reta ir� coincidir com o -infinito da reta. Fa�a agora analogia disto com o tempo. Notar que neste caso a seta do tempo seria mantida, mas ele teria um sentido do - para o + no caso do Universo, e vice-versa no caso do, digamos anti-universo, que assim, poderia vir a ser composto de espa�o com mesmo sentido do universo, de mat�ria e energia de sinal oposto �s do universo, ou em outras palavras, a anti-mat�ria e a anti-energia. Repare que tudo isto � consistente com Dirac e com a 3� Lei de Newton, que considero as melhores express�es do dualismo na ci�ncia. Mas o pior, meu caro, � que se aTGBD for verdadeira, todo este racioc�nio ser� verdadeiro, e assim, acredito que estaremos conhecendo o que desconhecemos, a partir do que desconhecemos. Desta forma, caso a TGBD seja verdadeira, obrigat�riamente o universo "nasce" num Big Bang, evolui se expandindo at� um certo limite, e come�a a se contrair, at� "morrer" no Big/Crunch, que por sua vez se transformaria no Anti-Big Bang do anti-universo, que se expanderia at� um limite para come�ar a se contrair at� o Anti-Big Crunch, que por sua vez se transformaria no novo Big Bang e assim indefinidamente... Repare como tal vis�o da coisa aparenta ser uma vis�o consitente, e talvez a �nica, para se responder uma quest�o que at� hoje os cientista n�o encontraram uma resposta fundamentada: anti-mat�ria n�o existe no universo em grandes quantidades porque nestes termos existe no anti-universo!! Resslato que tal vis�o � obrigat�ria, caso a TGBD seja verdadeira. Mas se chegou a ela, com base de uma teoria consistente, juntamente por admitior e englobar a inconsist�ncia... que � o Quarto Uno, que � o inating�vel, e o feed back do colorario de G�del. � mole? Me aponte aonde v� algum deslize terorico em toda esta divaga��o?

Quanto ao color�rio, ele me parece ser uma esp�cie de feed-back, que � uma das caracter�sticas do Quarto Uno, pois � ele que fecla o ciclo. Sugiro que vic� leia o artigo sobre o Desenvovimento da TGBD no site do eGroups, no diret�rio O Livro da TGBD.


Dentro disto acho uma inconseq��ncia que tal teoria almeje conhecer tudo a partir do que se conhece. Por uma falha simplesmente l�gica, n�o da teoria. Isto que a l�gica evoluiu e MUITO, sendo trabalhada de v�rias formas, da qual uma simples dial�tica � apenas um micro-segmento.

CBAS:
Bem rodrigo, da nova l�gica n�o domino nada. Mas da cl�ssica me lembro alguma coisa. E seu lhe disser que a l�gica matem�tica cl�ssica � tem uma estrutura totalmente bidual? Como � que voc� sair� desta? N�o estou aqui com o material necess�rio para escrever corretamente, mas vou tentar. Me permitirei at� a chutar, pois o que interessa � que se fizermos tudo certinho iremos nos deparar com o Bidual da l�gica cl�ssica. Vamos tentar.

=====================
Tudo come�a pela exist�ncia de uma afirma��o A e a sua negag�o NA. Dai surje a primeira tabela, onde V � verdadeiro e F � falso:

Arfirma��o e Nega��o:
se A = V -> NA = F
se A = V -> NA = V

O que n�o deixa de ser um bidual.

========================

Depois temos a intera��o entre suas proposi��es P e Q:

1) P interce��o Q:
se (P = V) /\ (Q = V) -> (P /\ Q) = V
se (P = V) /\ (Q = F) -> (P /\ Q) = F
se (P = F) /\ (Q = V -> (P /\ Q) = F
se (P = F) /\ (Q = F) -> (P /\ Q) = F

2) P uni�o Q:
se (P = V) U (Q = V) -> (P U Q) = V
se (P = V) U (Q = F) -> (P U Q) = F
se (P = F) U (Q = V -> (P U Q) = F
se (P = V) U (Q = V) -> (P U Q) = F

(At� aqui eu me lembro. Daqui pra frente n�o lembro mais e devo chutar. Como � que � mesmo?)

3) se P ent�o Q:
se (P = V) -> (Q = V) => (P U Q) = V ?
se (P = V) -> (Q = F) => (P U Q) = F ?
se (P = F) -> (Q = V => (P U Q) = F ?
se (P = F) -> (Q = F) => (P U Q) = F ?

4) se e somente P ent�o Q:
se (P = V) -> (Q = V) => (P U Q) = V ?
se (P = V) -> (Q = F) => (P U Q) = F ?
se (P = F) -> (Q = V => (P U Q) = F ?
se (P = F) -> (Q = F) => (P U Q) = V ?

Ser� isto mesmo? Tenho certeza que n�o, mas n�o importa. O que importa � que nos tr�s primeiros casos, temos sempre tr�s V e uma F ou uma V e tr�s F, mas com a caracter�sitica de que tamb�m � formado um Terno, com duas possibilidades fazendo um par e a terceira correndo por fora. E somente na Quarta temos duas V e duas F. Assim, vemos que aqui tamb�m se um uma bidualidade.


============================

Por temos as quatro possibilidades que englobam a Tautologia (tudo � verdadeiro), as Proposi��es Logicamente Falsas (� isso?), as rela��es de Implica��o e Biun�vocas (n�o � isso?). Sincerament, n�o me lembro bem mas tenho certeza que as combina��es entre V e F tamb�m apresentam uma estrutura bidual. Voc� n�o pode me lembrar quais as combina��es certas para que eu possa lhe mostra como vi que a L�gica Cl�ssica � totalmente bidual?

A sua teoria � baseada numa tautologia, portanto qualquer coisa pode ser, se manipulada atrav�s dela, verdadeira. Num universo tautol�gico, n�o h� nenhuma senten�a falsa. Uma tautologia n�o tem validade factual nenhuma, n�o diz nada sobre o mundo, � apenas uma constru��o da linguagem baseada numa possibilidade l�gica que n�o pode ser considerada factual.

PhiloX

Sinceramente discordo de voc�. Realmente a TGBD � baseada numa Tautologia, e da� � que vem asua for�a. Afinal, existe ou n�o existe uma lei que seja ampla, geral, irrestrita e auto consistente que rege o universo e o anti-universo? Ser� que Deus joga dados? Eu acredito que h�, e que � aTGBD. Acredito que no meio cient�fico tamb�m prevalece esta cren�a de que exista uma Teoria de Tudo. Tanto que os maiores cientistas do mundo, particularmente os f�sicos, est�o fazendo todo o esfor�o para ver se resolvem esta quest�o atrav�s da tal Teoria das SuperCordas (chamemos de TDSC), que a meu ver � a maior porralouquice da ci�ncia atual, na medida em que o espa�o-tempo tem de ter 11 a 13 dimens�es.....(epa, epa!!). E tal masturba��o mental decorre exclusivamente da necessidade que a nossa ci�ncia atual tem de evitar a singularidade. Ora pela TGBD o espa�o tempo s� pode ter quatro dimens�es, sendo uma delas � o Quarto Uno, que � a var�vel mais fora do nosso alcance. Voc� ja reparou que � poss�vel para n�s voltar ao mesmo lugar mas n�o ao mesmo tempo? Por outro lado A TGBD assume que a singularidade � inerente ao processo, e portanto n�o se deve fugir dela e sim encar�-la. Pense agora comigo? Quem est� sendo mais simples e consistente? A TGBD ou a TDSC?. O certo � existe um conflito insuper�vlel entre as duas, mas n�o resta qualquer d�vida que ficoo com a TGBD. E voc�? E espero que voc� acabe caindo numa real e vendo que a TGBD � a �nica alternativa consistente para se candidatar definitivamente a ser a Teoria de Tudo. Como um dos maiores percal�os par que ela se eleve a tal condi��o considero o ceticismo e a falta de entusiasmo...

Deixo abaixo o endere�o do grupo da TGBD:
http://br.egroups.com/group/tgbd


=== A TGBD no eGroups : Descri��o ===

A Teoria Geral da Bidualidade (TGBD) objetiva definir a estrutura de tudo o que existe e/ou n�o existe, no universo e/ou fora dele.

A express�o "e/ou" � a pr�pria s�ntese da TGBD. Notar que o dual "ser ou n�o ser", de Shakespeare, � apenas uma vis�o usual e restrita da quest�o, pois se refere apenas �s duas fases relacionadas ao conceito de exist�ncia. Para que exista o dual "ser ou n�o ser" � necess�rio existir tamb�m dual "ser e n�o ser", referente �s duas muta��es associadas: o pr�prio "ser e n�o ser" (quando algo que � deixa de s�-lo) e o "n�o ser e ser" (quando algo que n�o � passa a s�-lo). Sen�o o ciclo n�o fecha.

E para ser geral a TGBD tem que se aplicar tanto ao dual das fases do universo e do n�o-universo, quanto ao dual das muta��es do universo para o n�o-universo e vice-versa.

O objetivo deste Grupo � a divulga��o e o debate da TGBD no meio cient�fico e tecnol�gico. O seu moderador � o engenheiro civil e mestre em administra��o de empresas Claudio Braga de Abreu e Silva, nascido em 08/11/1949, que vem desenvolvendo a TGBD desde 1968, e est� escrevendo um livro sobre ela, cujos textos se encontram nos Arquivos deste Grupo.

Com o advento da Internet, ele acha poss�vel contar com a participa��o de pessoas, de qualquer forma��o cient�fica e profissional, que queiram contribuir para o desenvolvimento de sua teoria que, acredita, poder� representar um novo marco na hist�ria da ci�ncia e da humanidade.

A TGBD �, sem duvida, muito ambiciosa, pois objetiva ser a Teoria de Tudo, ou Theory of Everything (TOE). Caso a TGBD seja verdadeira, seu autor acredita que ela ser� a s�ntese do conhecimento, e permitir�:

a) conhecer o desconhecido a partir do que se conhece;

b) testar a veracidade de toda e qualquer teoria cient�fica;e,

c) simplificar a ci�ncia.

O autor desde j� agradece a participa��o de todos.




[As partes desta mensagem que n�o continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/08/2000 13:49

Ola Claudio !
Gostaria que vc me incluisse no seu grupo de discussao do TGBD

Vou tentar fazer o papel de advogado do diabo, tentando *refutar* sua
teoria.
Nada pessoal contra vc, mas eh o modo + pratico de testarmos uma teoria:

Tentando achar seus pontos falhos e discuti-los.

Posso estar enganado, mas ja vou adiantando, DO POUCO QUE LI,
a teoria nao me pareceu ter , sob nenhum aspecto, alguma utilidade,
ou melhor, algum tipo de aplicacao. Ela me pareceu apenas um modo de
classificar as coisas, apenas isso.


Vc fala em coisas como : Equlibrio, interno, externo , natureza
concreta,
natureza abstrata , anti-unidade etc . Mas, se vc nao fala do que se
trata a teoria,
vc deve definir cada termo. Entende? Estas palavras podem assumir
diferentes
significados em diferentes contextos por isso eh necessario uma
definicao destes
e de outros termos.

Poderemos debater sobre a TGBD e mandar aa CienciaList apenas as
conclusoes
interessantes. O q vc acha ?

abraco
jocax



SUBJECT: Alumínio
FROM: Flávio Pandur <pandur@apec.unoeste.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/08/2000 13:58

Colegas da Ciencialist

Sempre ouvi que o alumínio não enferruja. Entretanto, algum tempo atrás, li
que uma substância utilizada na construção de capacitores eletrolíticos é o
óxido de alumínio.

Gostaria então de saber: o alumínio não enferruja em seu estado "natural" ou
somente após passar por algum tratamento químico ? No caso da primeira
hipótese ser a correta, como então se obtém o óxido de alumínio ?

Grande abraço a todos

Flávio Pandur




SUBJECT: Re: [ciencialist] Alumínio
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/08/2000 14:10

On Mon, 28 Aug 2000, =?iso-8859-1?Q?Fl=E1vio?= Pandur wrote:
> Colegas da Ciencialist
>
> Sempre ouvi que o alummnio nco enferruja. Entretanto, algum tempo atras, li
> que uma substbncia utilizada na construgco de capacitores eletrolmticos i o
> sxido de alummnio.
>
> Gostaria entco de saber: o alummnio nco enferruja em seu estado "natural" ou
> somente apss passar por algum tratamento qummico ? No caso da primeira
> hipstese ser a correta, como entco se obtim o sxido de alummnio ?
> Grande abrago a todos
> Flavio Pandur

O meu trabalho de doutorado vai ser justamente em relacao ao aluminio
utilizado em capacitores eletroliticos. :)

Nos capacitores eh utilizada uma folha de aluminio com uma grande
quantidade de oxido sobre a superficie. Eles chamam de folha cauterizada
(se nao me engano). O processo de producao dessa folha nao sei descrever
totalmente mas eh baseado em eletroquimica; a folha de aluminio passa por
varios banhos e em um deles um certo potencial eh aplicado para gerar uma
camada de oxido com as propriedades desejadas.

Normalmente eh interessante que a folha de aluminio possua uma camada de
oxido o mais irregular possivel para que a area da folha seja aumentada e
portanto aumentando a capacidade de armazenamento do capacitor. Mas essa
irregularidade deve preservar certas caracteristicas, como por exemplo,
nao ter poros demasiadamente porfundos que venham comprometer a
resistencia do capacitor a altas tensoes.

No laboratorio onde eu trabalho foi feito um extenso estudo de diversas
folhas de aluminio em diversos eletrolitos. Eu nao acompanhei de perto o
resultado porque era 'confidencial', por ser um convenio com
uma industria.

No momento eu estou iniciando estudos de espectroscopia de impedancia
eletroquimica em folhas de aluminio (sem oxido 'artificial') em um
eletrolito utilizado em capacitores. Nao tenho informacoes variadas sobre
o assunto pois atualmente estou 'perdendo' um tempo enorme no estudo da
teoria de impedancia. :)

Sobre o aluminio. O aluminio forma facilmente uma camada de oxido sob a
superficie quando exposto ao ar, nestes casos ele eh dito passivo.
Esta passividade do aluminio ocorre facilmente em pHs proximos a
neutralidade (pH5-9 (tirei da memoria :) ), mas se o pH eh alterado as
consequencias nao sao boas. :) Para se garantir a resistencia do aluminio
a mudancas de pH, que pode ser localizadas, eh possivel utilizar agentes
inibidores que tem capacidades tamponantes e facilitadoras de formacao de
camada de oxido. Esta passividade pode ser facilmente vista atraves de um
diagrama de Pourbaix (pH X potencial).







SUBJECT: Re: [ciencialist] Alumínio
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/08/2000 14:34

Flávio e colegas,
desculpam por uma resposta tão pouco aprofundada.
O que imagino é que quando se fala de alumínio "enferrujado" (o certo seria
enaluminado, ou não!) não se fala de ferrujem vermelha, marrom, como queiram
chamar... de fato enferrujar, por sorte, é característica apenas do ferro
(eu acho, que o administrador não me ouça que ele vai me marcar e qualquer
dia nos corredores aqui da universidade ele me pega... e ele tem no mínimo
um metro e oitenta, eu acho... até um pouco mais.). Até onde eu saiba o
Alumínio naturalmente forma uma camada de óxido de Al ao redor de sua
superfície. Se vc tiver um bico de bunsen (que todos tem em casa, fora eu
que ainda pretendo montar um... o princípio dele é simples, só estou com
medo da chama entrar bico adentro - calma, isso eu resolvo) e um pedaço de
fita de alumínio, ao aquecê-la perceberá que uma parte derrete e em
quantidades pequenas não pinga e a outra fica encandecente. Deixando
resfriar o pedaço de alumínio e depois aquecendo-o novamente acho que é
possível verificar a formação daquela mesma bolota... querendo pingar e que
custa a pingar.
Em resumo, óxido de alumínio é brilhoso tanto quanto o alumínio normal.
Não sei se acrescentei algo ou apenas falei bobagem, fica a critério de vcs.
Abraço,

Benjamin Hinrichs


----- Original Message -----
From: Flávio Pandur <pandur@apec.unoeste.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Monday, August 28, 2000 1:58 PM
Subject: [ciencialist] Alumínio


> Colegas da Ciencialist
>
> Sempre ouvi que o alumínio não enferruja. Entretanto, algum tempo atrás,
li
> que uma substância utilizada na construção de capacitores eletrolíticos é
o
> óxido de alumínio.
>
> Gostaria então de saber: o alumínio não enferruja em seu estado "natural"
ou
> somente após passar por algum tratamento químico ? No caso da primeira
> hipótese ser a correta, como então se obtém o óxido de alumínio ?
>
> Grande abraço a todos
>
> Flávio Pandur
>
>
>
>
> *** --- ***
>
> >> Lista de VARIOS sites com noticias direcionadas a ciencia (FREE!)<<
> http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html
>
> *** --- ***
>
>




SUBJECT: Integração das listas
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: "Obm-l" <obm-l@mat.puc-rio.br>, "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/08/2000 15:13

Bom dia, boa tarde, boa noite.

Gostaria de recomendar aos que lêem esta mensagem uma das duas listas de
discussão a seguir (lembre-se, vc já está associado a uma delas):
trata-se da Ciencialist, uma lista de discussão de temas que envolvem
ciência em geral desde biologia até física. Essa lista está associada ao
site da eGroups (www.egroups.com), que agora pertence ao Yahoo (?). A lista
é gratuita e cada mensagem é acompanhada de uma propaganda que é do sustento
e manutenção da página. Para se inscrever basta entrar na página do eGroups,
procurar pela lista Ciencialist e colocar seu e-mail, nome e alguns outros
dados que segundo os termos de privacidade são mantidos em sigilo e sem que
sejam mandados e-mails comerciais não solicitados.

OBS.: Não espere grandes contribuições minhas nesta lista.

======
trata-se da Obm-l, uma lista de discussão de matemática que envolve alunos
de ensino fundamental, médio e superior discutindo problemas de matemática,
história da mesma e etc. Para se inscrever e participar desta lista, envie
uma mensagem para majordomo@mat.puc-rio.br com o texto:

subscribe obm-l
end

Quando eu me inscrevi pela primeira vez deu problema porque mandei um e-mail
em html, não sei se esse problema já foi solucionado, de qualquer forma
sugiro aos interessados que mandem um e-mail não em html.
OBS.: Não espere grandes contribuições minhas nesta lista.

=======

Quanto ao surgimento desta mensagem off-topic para a Ciencialist, trata-se
de uma pergunta feita na lista Obm-l por um colega pedindo por informações
de onde discutir coisas de física e depois de alguns e-mails informando que
a SBF não se manifestava, que havia links de listas que não funcionavam, o
moderador da lista de matemática se manifestando autorizando mensagens de
física na lista, decidi escrever essa mensagem para as duas, procurando uma
união. Espero que ambas as listas cresçam com esta mensagem.

Obrigado.

Um abraço,

Benjamin Hinrichs




SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/08/2000 17:17

-----Mensagem Original-----
De: "Claudio Abreu - Bidual"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 28 de Agosto de 2000 12:16
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

> Talvez eu tenha uma certa bronca quanto ao fato de diversas pessoas
> ficarem definindo a TGBD como sendo metafísica, de uma maneira bem diversa
> da que você faz, dentro de uma forma positiva, apesar de não concordar com
> a sua visão.

Para ser sincero, não estou muito certo quanto a essa "minha visão". Vejo
uma certa confusão no interpretarmos conceitos milenares à luz de definições
aceitas na modernidade. A verdadeira metafísica seria aquela proposta pelos
filósofos da antigüidade e parece-me que os bons filósofos dos dias atuais
ainda a aceitam nesse contexto. O Rodrigo, em msg de 26/08/00, chega a
afirmar que "Metafísica é um estudo de supostas propriedades não-físicas da
matéria e suas inter-relações" e quero crer que se algum dia a ciência
conseguir se aproximar destas "propriedades não-físicas" estaremos próximos
de entender o que seria a metafísica e até mesmo de entender o verdadeiro
significado da ciência. Embora muitos não queiram acreditar, a ciência
caminha nessa direção. O conhecimento metafísico vai além do conhecimento
científico (ou aquém, se observado pelo referencial do Léo, e isto é pouco
importante pois entre dois pontos A e B de uma reta, aquele situado à
esquerda depende unicamente de nosso ângulo de visão). Ou seja, se algum dia
chegarmos ao átomo de Demócrito, supondo-se que eles existam como os únicos
tijolos do Universo a comporem todas as demais partículas hoje chamadas
elementares, a partir daí não poderemos dizer mais nada a não ser que
constatamos sua "existência" real. E o simples "existir" ou "ser" é uma
propriedade não-física. Espaço, tempo, matéria, movimento, são coisas
que revelam-nos sua existência mas não sabemos exatamente o que são.

A ciência dos positivistas, talvez influenciada pelos maus leitores de Kant,
menospreza a metafísica. Não pretendo defendê-la pois creio que isto seria
papel a ser desempenhado pelos filósofos. Vejo no entanto que esta "ciência"
despreza também a filosofia, a filosofia da ciência e até mesmo áreas que se
utilizam do método científico, ainda que de uma maneira rudimentar posto que
seus objetos de estudo são por demais complexos. Não sei até que ponto esse
"método científico" dos neopositivistas, a *aparentemente* privilegiar as
ciências naturais, seria o ideal a ponto de, como muitos o fazem, podermos
dizer que seriam cientistas apenas aqueles a se enquadrarem nesses trilhos.
Creio que até mesmo nas ciências naturais os melhores exemplos de cientistas
foram exatamente aqueles que conseguiram andar pelos atalhos de uma ferrovia
ainda não convenientemente elucidada e que a meu ver comportaria a
verdadeira metodologia científica.

Estas áreas, por muitos ainda consideradas como não-científicas, estariam à
margem da ciência e também da filosofia propriamente dita. E por estarem
também à margem do esoterismo com suas pseudo-ciências, ou "ciências"
marginais, diria existir hoje uma lacuna imensa a denunciar uma falácia na
conceituação do método científico e/ou de uma evolução do conceito milenar
de ciência para o que hoje convencionamos chamar por ciência. Não por outro
motivo os cientistas das áreas sociais vivem à margem do método científico
dos cientistas naturais e/ou a propalarem a não unicidade do método
científico.

Em meio a isso tudo, existe ainda a epistemologia, por muitos considerada
"teoria do conhecimento" e que sob certos aspectos engloba a filosofia da
ciência. Mas a epistemologia não foi criada para preencher esta lacuna mas,
quando muito, para, dentre outros assuntos, estudá-la. Parece-me que uma
teoria do método científico seria um capítulo da epistemologia, pois retrata
as vias perseguidas pelos cientistas ao produzirem conhecimento. Embora não
conheça nenhum epistemólogo que estude o princípio unificante da filosofia
oriental, acredito que o mesmo enquadre-se também na epistemologia, pois
vejo-o como uma bússola que chegou a orientar os cientistas orientais
antigos em seus estudos. É sob esse aspecto que vejo um certo parentesco
entre a tgbd e o princípio unificante. Não sei se poderia dizer que o
princípio unificante é uma "teoria epistemológica". Também não sei dizer até
que ponto a epistemologia seria uma ciência (a meu ver não seria no caso de
delimitarmos a ciência pelo método científico aceito na atualidade pelos
cientistas naturais). De qualquer forma, vejo um componente metafísico muito
forte no estabelecimento do princípio unificante e talvez isso tenha me
levado a raciocinar no sentido de enxergar a tgbd como uma teoria
metafísica.

Em resumo: É possível que a tgbd não seja uma teoria metafísica. Por outro
lado, e seguindo-se uma visão estritamente positivista ou mesmo
neopositivista, a tgbd não é, a meu ver, uma teoria científica, o que não
significa que não possa vir a ser no futuro, ao redefinirmos a ciência. Há
que se valorizar também a opinião do Jocax ao questionar não apenas a
utilidade da teoria (o que me referi acima como bússola a orientar o
cientista, e cujo outro exemplo é a navalha de Occam) como também se, ao
invés de teoria, não se prestaria como mais um sistema classificatório de
condutas e/ou fenômenos científicos.

> Vejo sempre nestas investidas a intenção de diminuir a TGBD, talvez num
> comportamento emocional, pois quem a assim a define, não consegue
> rebate-la, e daí ficam tentando dar uma rasteira ou um golpe baixo.

Infelizmente está é uma conduta comum no Olimpo Acadêmico. Sob esse aspecto
tenho notado que a ciencialist nos dias atuais tem se mostrado muito mais
tolerante do que as academias.

> Já falei aqui e repito, em letras bem grandes, para ver se essas pessoas
> alterem seus posicionamentos:
> O IMPORTANTE NÃO É SE SABER SE A TGBD É CIENTÍFICA OU METAFÍSICA, E SIM SE
> É VERDADEIRA OU NÃO. ESTA É AQUESTÃO QUE INTERESSA. O RESTO NÃO TEM
> PRESSA.

Concordo. E acrescentaria também a colocação do Jocax sobre a utilidade da
tgbd. Enfim, todos esses questionamentos serão depurados pelo tempo. O
importante é que venham à tona.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: RNA, DNA .... e PNA ???
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: excalibur2@egroups.com, ciencialist@egroups.com
DATE: 28/08/2000 18:44

Saiu no CH (agosto/00)

"Uma nova molécula pode rivalizar com o RNA como persursora do DNA na
origem da vida. É o PNA (ácido peptideonucléico), sintetizado por
cientistas da Universidade da Califórnia (EUA), em condições análogas às
da atmosfera primordial da Terra"

Alguém tem mais informaÇões sobre o PNA ?




SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
CC: <tgbd@egroups.com>
DATE: 28/08/2000 20:06

Prezado Jocax,

Muito obrigado por querer participar da discussão da TGBD. Gostaria muito
que você (e quem mais do Ciencialist que queira), participasse do seu site
no eGroups. Basta ir no endereço abaixo e se associar:
http://br.egroups.com/group/tgbd

Solicito que todas as mensagens aqui do Ciencialist relativas à TGBD sejam
enviadas com cópia para:
tgbd@egroups.com

Não sei se vai funcionar, mas acho que seria uma forma de integrar os dois
grupos. Informo que combinei com o LRB, moderador do Ciencialist, que
tentaria fazer isto.

Quanto à sua mensagem abaixo. prometo responde-la com mais calma.

Um grade abraço e um muito obrigado pelo seu interesse.

Claudio Abreu

-----Mensagem Original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: Segunda-feira, 28 de Agosto de 2000 13:49
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.


Ola Claudio !
Gostaria que vc me incluisse no seu grupo de discussao do TGBD

Vou tentar fazer o papel de advogado do diabo, tentando *refutar* sua
teoria.
Nada pessoal contra vc, mas eh o modo + pratico de testarmos uma teoria:

Tentando achar seus pontos falhos e discuti-los.

Posso estar enganado, mas ja vou adiantando, DO POUCO QUE LI,
a teoria nao me pareceu ter , sob nenhum aspecto, alguma utilidade,
ou melhor, algum tipo de aplicacao. Ela me pareceu apenas um modo de
classificar as coisas, apenas isso.


Vc fala em coisas como : Equlibrio, interno, externo , natureza
concreta,
natureza abstrata , anti-unidade etc . Mas, se vc nao fala do que se
trata a teoria,
vc deve definir cada termo. Entende? Estas palavras podem assumir
diferentes
significados em diferentes contextos por isso eh necessario uma
definicao destes
e de outros termos.

Poderemos debater sobre a TGBD e mandar aa CienciaList apenas as
conclusoes
interessantes. O q vc acha ?

abraco
jocax



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] RNA, DNA .... e PNA ???
FROM: Oliver Lee <olee@ucla.edu>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/08/2000 21:51

Qual Universidade da California? Berkeley? UCLA? UCSD?...

At 06:44 PM 8/28/00 -0300, you wrote:
>Saiu no CH (agosto/00)
>
>"Uma nova molécula pode rivalizar com o RNA como persursora do DNA na
>origem da vida. É o PNA (ácido peptideonucléico), sintetizado por
>cientistas da Universidade da Califórnia (EUA), em condições análogas às
>da atmosfera primordial da Terra"
>
>Alguém tem mais informaÇões sobre o PNA ?
>
>
>
>
>*** --- ***
>
>>> Lista de VARIOS sites com noticias direcionadas a ciencia (FREE!)<<
>http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html
>
>*** --- ***



SUBJECT: O Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
CC: <tgbd@egroups.com>
DATE: 29/08/2000 00:24

Prezado Jocax,

>Ola Claudio !
>Gostaria que vc me incluisse no seu grupo de discussao do TGBD

>Vou tentar fazer o papel de advogado do diabo, tentando *refutar* >sua teoria. Nada pessoal contra vc, mas eh o modo + pratico de >testarmos uma teoria:
>Tentando achar seus pontos falhos e discuti-los.

Que venham os malditos advogados do diabos para testar a TGBD. Aliás, foi por isto que resolvi coloca-la na berlinda. Eu de minha parte tenho certeza que A TGBD é verdadeira, mas não a considero ainda como concluída. Falta definir as quatro em princípio alternativas para o Quarto Uno. Vide texto a respeito no endereço:
http://br.egroups.com/files/tgbd/2.O.livro.da.TGBD/2.05.A.Bidualidade.do.Quarto.Uno.doc

Assim, quem sabe vocês não me ajudam a fazê-lo?

Posso estar enganado, mas ja vou adiantando, DO POUCO QUE LI,
a teoria nao me pareceu ter , sob nenhum aspecto, alguma utilidade,
ou melhor, algum tipo de aplicacao. Ela me pareceu apenas um modo de
classificar as coisas, apenas isso.

Acho que você ainda não deu conta do que é a TGBD. Assim, esperarei entendê-la melhor. Realmente, ela no momento ainda é uma teoria qualitativa, mas poderá vir a se tornar uma teoria também quantitativa, mas isto fica para uma próxima etapa. Você não acha que já evolui muito até ser "um modo de classificar as coisas".. Você acha iso pouco? Afinal, você já viu algo que faça isto com facilidade tal como faz a TGBD?

Vc fala em coisas como : Equlibrio, interno, externo , natureza
concreta,natureza abstrata , anti-unidade etc . Mas, se vc nao fala do que se trata a teoria, vc deve definir cada termo. Entende? Estas palavras podem assumir diferentes significados em diferentes contextos por isso eh necessario uma definicao destes e de outros termos.

Concordo com você. O texto disponível da TGBD aínda esta muito ruim e talvez não consiga transmitir bem o que é aTGBD. Não se esqueça que ela é uma teoria em fase de desenvolvimento. Ainda não a considero concluída. Estou devendo a todos um texto mais elaborado, que consolide tudo o que já esta escrito em diversos artigos.

Poderemos debater sobre a TGBD e mandar aa CienciaList apenas as
conclusoes interessantes. O q vc acha ?

abraco
jocax

Excelente a idéia. Acho que o local apropriado para debater a TGBD é no seu site no eGroups. Assim, poupamos o pessoal do Ciencialist que não se interessa pelo assunto. Podemos siscutir melhor a TGBD sem interferências democráticas, porém pouco construtiva de que não quer nem ouvir falar nessa tal de TGBD... Quando surgir algo de importante, a gente comunica ao Ciencialist. A minha idéia é remeter para o Ciencialist e Acropolis todos os enderços dos textos já elaborados, para susa considerações. Mas as mensagens da TGBD no Ciencialist sempre deverão ter copias para o email da TGBD no eGroups:
tgbd@egroups.com

Veja no minha proximas mensagens algumas utilidades da TGBD.

Um abraço,

Claudio Abreu


-----Mensagem Original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: Segunda-feira, 28 de Agosto de 2000 13:49
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
CC: <tgbd@egroups.com>
DATE: 29/08/2000 01:02

Prezado Rodrigo,

-----Mensagem Original-----
De: Rodrigo Frizzo Viecilli
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: quinta-feira, 17 de agosto de 2000 15:23
Assunto: RES: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.


Li a sua mensagem, mas vou me limitar a comentar o seguinte:
Se a tgbd é realmente um sistema aberto e uma teoria de tudo, ela aplica-se a ela mesma, ou seja, há a possibilidade de uma meta-tgbd.

CBAS: A bem da verdade a TGBD é auto consistente com ela mesma. Alás foi ela que se desenvolver até aqui e ainda irá se auto desenvolver até chegar à definição Bidual para o Quarto Uno.
A Meta-TGBD tal vez seja a definição de algo que poderia, num sentido mais amplo, ser chamado de Deus, que seria o Quarto Uno do Terno formado pelo Dual Interno do Universo e do Anti-Universo, interagindo com o Terceiro Uno que seriam as Leis Universais. Afinal, de onde viriam as Leis Universais senão de Deus? Bem, acho que você pelo seu ceticismo sincero não acredita que existam as Leis Universais, não é? Afinal Gödel não deixa.

O que isto acarreta? Acarreta nada mais nada menos do que a própria ruína da tgbd,já que tautologicamente ela permite a existência, neste universo, de uma não-tgbd. Ou seja, teríamos um universo definido pela tgbd *onde a tgbd funciona ou não*.

CBAS:
Isso aí é você que está falando. A TGBD admite, e exige, a Anti-TGBD, mas atuante fora do Terno a que pertencemos, definido acima, ou seja nos domínios inacessíveis do que, na falta de um nome melhor, estou chamando de Deus.
Gostou da abertura da TGBD?
====

Onde está a força da tautologia? Se eu pergunto sobre o estado do tempo e alguém me responde: "Chove ou não chove", ele não está me dizendo absolutamente nada. Ele tem que me dizer simplesmente "Chove." ou "Não chove."

CBAS:
Você está sendo simplista que nem Shakespeare, dentro de uma visão chove ou não chove... E como fica o Dual entre o chove e não chove, e o não chove e chove, que são os pontos de mutação entre os estados de chover e não chover. Na verdade a questão é chove e/ou não chove, Rodrigo...

Se você quiser sustentá-la, ela precisa ser um sistema fechado, caso contrário será tautológica, ou seja, não dirá absolutamente nada. E lembre-se, um sistema fechado não pode ser universal.

PhiloX

CBAS:
Infelizmente você ainda não entedeu nada sobre a TGBD, e insiste em chama-la de sistema fechado, quando ela prima por ser um sistema aberto...

Gostaria de saber porque você não comentou nada sobre tudo que escrevi. Afinal, acho que você se ateve a esta história de sistema fechado e tautologia... E o resto, de tudo o que escrevi. você não aproveita nada? Onde foi que eu erre no meu raciocínio em todo aquele trecho... Poxa, deu um trabalho danado para escrever aquilo e você só me vem com essa contraargumentação pobre?

Um grande abraço,

Claudio Abreu

Abaixo deixo a mensagem original par você reler e comentar, se assim o quiser, é logico.

Claudio Abreu
-----Mensagem Original-----
De: Claudio Abreu - Bidual
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: quarta-feira, 23 de agosto de 2000 07:13
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.



CBAS:
Prezado Rodrigo,

Primeiramente gostaria de elogiar o elevado nível da contrargumentação. Ah
se todos nesta lista fossem iguais a você. Feitos os elogios, vamos aos rebatimentos, que espero, estejam à altura das suas colocações:

-----Mensagem Original-----
De: Rodrigo Frizzo Viecilli
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: quarta-feira, 9 de agosto de 2000 11:06
Assunto: RES: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.


A tentativa de reduzir tudo a um sistema lógico formal já foi feita por
Carnap, no início do século.
Após os teoremas de Gödel, o positivismo lógico, que tinha essa esperança,
foi por água abaixo.
Gödel provou que dentro de um sistema lógico fechado e consistente não é
possível provar ao menos uma sentença. Um corolário também provado é que
esta sentença é a que garante a própria validade externa deste sistema.

CBAS:
Infelizmente não sou um cara culto. Assim, nunca ouvi falar de Carnap. Do
Gödel, sim, mas não entendo muito das suas descobertas via demonstrações
matemáticas. Sei que ele passou a ser uma espécie de novo paradígma da
lógica, uma espécie de introdutor da teoria da incerteza na lógic, não é
isto?

O primeiro engano seu ao tentar enquadrar a TGBD no teorema de Gödel, é
considerar a TGBD como tratando-se de uma sistema fechado, quando ela se
aplica aos sistemas abertos e/ou fechados, tanto em equilibrio total, como
em desequilíbrio. Lembro que a TGBD objetiva ser uma teoria auto-consistente
para tudo o que existe e/ou não existe, no universo e fora dele. Ora, é o
Quarto Uno que introduz a "abertura" do sistema em analise para o que esteja
fora dele. Afinal, nada pode existir por si só, ou seja, sem o que não seja
ele. Pela TGBD não pode existir o lógico sem existir o absurdo, o verdaeiro
sem o falso, o relativo sem o absoluto. Acredito que a grande sacação da
TGBD é que ela introduz o absurdo na ciência, e força que a ciência se
suplante para poder abarcar também o inexorável, sem o que não poderá
conhecer o que é paupável. è logico que com certas regras. Daí, Gödel nada
mais é do que uma confirmação da TGBD.

Repare que, matematicamente, não poderia existir uma reta se não houvesse
o abusurdo que é o encontro do +/- infinito, que forma o Dual Externo, ou de
pontos, com 0 (zero), enquanto que o Dual Interno é formado pelos segmentos
positivo e negativo da reta, os quais com o 0 (zero) forma o Terno. Estou
com um texto quase pronto sobre isto, que nos faz comcluir que se o tempo é
uma reta, ele em algum ponto, no caso finito, que acredito ser o Big
Bang/Big Crunch obrigatóriamente tem de passra por uma singularidade, tal
como o +/- infinito da reta. Este é o problema maior da nossa ciência atual:
ela tem horror à singularidade, e se esquece que sem ela não poderia haver a
não-singularidade.

Sabemos que uma reta é uma circunfereência de raio infinito, por causa da
singularidade do +/- infinito. Imagine agora uma anti-circunferência (também
de raio infinito), sem a qual a circunferência não poderia existir, e que
seja tangente à circunferência no exato ponto do +/-infinito. Repare que se
o +infinito coincidir com o + infinito da anti-reta, que por sua vez possue
o sentido do avanço inverso ao da reta(indo do + para o -, passando pelo
anti-zero), no final do ciclo o -infinito da anti-reta irá coincidir com
o -infinito da reta. Faça agora analogia disto com o tempo. Notar que neste
caso a seta do tempo seria mantida, mas ele teria um sentido do - para o +
no caso do Universo, e vice-versa no caso do, digamos anti-universo, que
assim, poderia vir a ser composto de espaço com mesmo sentido do universo,
de matéria e energia de sinal oposto às do universo, ou em outras palavras,
a anti-matéria e a anti-energia. Repare que tudo isto é consistente com
Dirac e com a 3ª Lei de Newton, que considero as melhores expressões do
dualismo na ciência. Mas o pior, meu caro, é que se aTGBD for verdadeira,
todo este raciocínio será verdadeiro, e assim, acredito que estaremos
conhecendo o que desconhecemos, a partir do que desconhecemos. Desta forma,
caso a TGBD seja verdadeira, obrigatóriamente o universo "nasce" num Big
Bang, evolui se expandindo até um certo limite, e começa a se contrair, até
"morrer" no Big/Crunch, que por sua vez se transformaria no Anti-Big Bang do
anti-universo, que se expanderia até um limite para começar a se contrair
até o Anti-Big Crunch, que por sua vez se transformaria no novo Big Bang e
assim indefinidamente... Repare como tal visão da coisa aparenta ser uma
visão consitente, e talvez a única, para se responder uma questão que até
hoje os cientista não encontraram uma resposta fundamentada: anti-matéria
não existe no universo em grandes quantidades porque nestes termos existe no
anti-universo!! Resslato que tal visão é obrigatória, caso a TGBD seja
verdadeira. Mas se chegou a ela, com ba
dmitior e englobar a inconsistência... que é o Quarto Uno, que é o
inatingível, e o feed back do colorario de Gödel. É mole? Me aponte aonde vê
algum deslize terorico em toda esta divagação?

Quanto ao colorário, ele me parece ser uma espécie de feed-back, que é uma
das características do Quarto Uno, pois é ele que fecla o ciclo. Sugiro que
vicê leia o artigo sobre o Desenvovimento da TGBD no site do eGroups, no
diretório O Livro da TGBD.

Rodrigo:
Dentro disto acho uma inconseqüência que tal teoria almeje conhecer tudo a
partir do que se conhece. Por uma falha simplesmente lógica, não da teoria.
Isto que a lógica evoluiu e MUITO, sendo trabalhada de várias formas, da
qual uma simples dialética é apenas um micro-segmento.

CBAS:
Bem rodrigo, da nova lógica não domino nada. Mas da clássica me lembro
alguma coisa. E seu lhe disser que a lógica matemática clássica é tem uma
estrutura totalmente bidual? Como é que você sairá desta? Não estou aqui com
o material necessário para escrever corretamente, mas vou tentar. Me
permitirei até a chutar, pois o que interessa é que se fizermos tudo
certinho iremos nos deparar com o Bidual da lógica clássica. Vamos tentar.

=====================
Tudo começa pela existência de uma afirmação A e a sua negagão NA. Dai
surje a primeira tabela, onde V é verdadeiro e F é falso:

Arfirmação e Negação:
se A = V -> NA = F
se A = V -> NA = V

O que não deixa de ser um bidual.

========================

Depois temos a interação entre suas proposições P e Q:

1) P interceção Q:
se (P = V) /\ (Q = V) -> (P /\ Q) = V
se (P = V) /\ (Q = F) -> (P /\ Q) = F
se (P = F) /\ (Q = V -> (P /\ Q) = F
se (P = F) /\ (Q = F) -> (P /\ Q) = F

2) P união Q:
se (P = V) U (Q = V) -> (P U Q) = V
se (P = V) U (Q = F) -> (P U Q) = F
se (P = F) U (Q = V -> (P U Q) = F
se (P = V) U (Q = V) -> (P U Q) = F

(Até aqui eu me lembro. Daqui pra frente não lembro mais e devo chutar.
Como é que é mesmo?)

3) se P então Q:
se (P = V) -> (Q = V) => (P U Q) = V ?
se (P = V) -> (Q = F) => (P U Q) = F ?
se (P = F) -> (Q = V => (P U Q) = F ?
se (P = F) -> (Q = F) => (P U Q) = F ?

4) se e somente P então Q:
se (P = V) -> (Q = V) => (P U Q) = V ?
se (P = V) -> (Q = F) => (P U Q) = F ?
se (P = F) -> (Q = V => (P U Q) = F ?
se (P = F) -> (Q = F) => (P U Q) = V ?

Será isto mesmo? Tenho certeza que não, mas não importa. O que importa é
que nos três primeiros casos, temos sempre três V e uma F ou uma V e três F,
mas com a caracterísitica de que também é formado um Terno, com duas
possibilidades fazendo um par e a terceira correndo por fora. E somente na
Quarta temos duas V e duas F. Assim, vemos que aqui também se um uma
bidualidade.


============================

Por temos as quatro possibilidades que englobam a Tautologia (tudo é
verdadeiro), as Proposições Logicamente Falsas (é isso?), as relações de
Implicação e Biunívocas (não é isso?). Sincerament, não me lembro bem mas
tenho certeza que as combinações entre V e F também apresentam uma estrutura
bidual. Você não pode me lembrar quais as combinações certas para que eu
possa lhe mostra como vi que a Lógica Clássica é totalmente bidual?

Rodrigo:
A sua teoria é baseada numa tautologia, portanto qualquer coisa pode ser,
se manipulada através dela, verdadeira. Num universo tautológico, não há
nenhuma sentença falsa. Uma tautologia não tem validade factual nenhuma, não
diz nada sobre o mundo, é apenas uma construção da linguagem baseada numa
possibilidade lógica que não pode ser considerada factual.

PhiloX

CBAS:
Sinceramente discordo de você. Realmente a TGBD é baseada numa Tautologia, e daí é que vem a sua força. Afinal, existe ou não existe uma lei que seja ampla, geral, irrestrita e auto consistente que rege o universo e o anti-universo? Será que Deus joga dados? Eu acredito que há, e que é a TGBD. Acredito que no meio científico também prevalece esta crença de que exista uma Teoria de Tudo. Tanto que os maiores cientistas do mundo, particularmente os físicos, estão fazendo todo o esforço para ver se resolvem esta questão através da tal Teoria das SuperCordas (chamemos de
TDSC), que a meu ver é a maior porralouquice da ciência atual, na medida em que o espaço-tempo tem de ter 11 a 13 dimensões.....(epa, epa!!). E tal masturbação mental decorre exclusivamente da necessidade que a nossa ciência atual tem de evitar a singularidade. Ora pela TGBD o espaço tempo só pode
ter quatro dimensões, sendo uma delas é o Quarto Uno, que é a varável mais fora do nosso alcance. Você ja reparou que é possível para nós voltar ao mesmo lugar mas não ao mesmo tempo? Por outro lado A TGBD assume que a singularidade é inerente ao processo, e portanto não se deve fugir dela e sim encará-la. Pense agora comigo? Quem está sendo mais simples e consistente? A TGBD ou a TDSC?. O certo é existe um conflito insuperável entre as duas, mas não resta qualquer dúvida que ficoo com a TGBD. E você? E espero que você acabe caindo numa real e vendo que a TGBD é a única
alternativa consistente para se candidatar definitivamente a ser a Teoria de Tudo. Como um dos maiores percalços par que ela se eleve a tal condição considero o ceticismo e a falta de entusiasmo...

Claudio Abreu

================
Deixo abaixo o endereço da TGBD no eGroups:
http://br.egroups.com/group/tgbd
===========================




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/08/2000 01:28

-----Mensagem Original-----
De: Roberto Mitsuo Takata
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: segunda-feira, 28 de agosto de 2000 11:58
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

discutir a 'tgbd' eh como discutir 'genismo', eh uma doutrina de
pensamento, um modo de encarar o mundo e nao um modelo testavel de como as
porcoes do mundo se comportam, entao eh melhor encerrar a minha
participacao por aqui... qq contestacao apenas reforca a crenca interna
dos proponentes (isso eh perfeitamente normal, mas um bocado aborrecedor).

================

CBAS:

Prezado Takata,


Fique à vontade. Não pertubo mais você.

Um abraço,

Claudio Abreu



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Edward Tryon
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/08/2000 02:32

Prezado Manuel Bulcão,

Muito obrigado pelas estimulantes palavras. Gostaria muito de ter você no site da TGBD no eGroups. De uma passada por lá e associe-se. Acatando a sua sugestão, o site está com associação e mensagens liberadas. Apenas me reservei o direito de controlar os Arquivos.

Abaixo o endereço do site:
http://br.egroups.com/group/tgbd

Um grande abraço,

Claudio Abreu


-----Mensagem Original-----
De: msbn@daterranet.com.br
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: domingo, 20 de agosto de 2000 17:16
Assunto: [ciencialist] Edward Tryon


Caro Cláudio Braga,

Quando Edward Tryon, um físico de terceira grandeza, num seminário sobre cosmologia promovido pelo proeminente físico britânico Dennis Sciama, sugeriu que "o universo talvez tenha surgido de uma flutuação no vácuo", todos que o ouviram puseram-se a gargalhar. Aquela gargalhada de escárnio típica dos sabichões graduados quando querem humilhar os menos graduados pela sua ousadia, gargalhada sonora que somente os diplomados que só têm ouvidos para argumentos de autoridade conseguem dar. Tryon caiu em depressão, e por muito tempo não tocou no assunto.

Hoje, as grandes teorias acerca da origem do universo (as de prigogine, Vilenkin, Hawking e outros) assentam-se na hipótese de Tryon. Graças a sua "piada", Tryon assegurou um lugar de destaque na história da cosmologia.

O que quero lhe dizer com essa historinha, Cláudio, é que não devemos nos abater com a reprovação dos que supostamente (devido a um diploma) têm mais conhecimentos. Louvo-o pela sua ousadia.

Só lhe repreendo por uma coisa. Ao criar sua lista de discussão por e-mail sobre a teoria da bidualidade, você impôs, como "dono" da lista, limitações que podem comprometer o caráter científico da discussão. No texto de apresentação, você diz:

Cláudio - "Reservei para mim o direito de ser o moderador deste grupo, com o supremo poder de decidir quanto a inclusão e exclusão de seus membros, bem quanto à aprovação e liberação de suas mensagens. Pode ser que isto acabe por me conceder excessivos poderes de mando, pois eu acabo ficando na posição daquele menino que é o dono da bola numa pelada."

Se você é realmente um cientista, seu interesse não é apenas provar a verdade da sua hipótese. Você deve mostrar a verossimilhança da sua conjectura tentando, por todos os meios, mostrar a sua "falsidade".

Por isso, você não deve impor limites (quaisquer limites) à discussão. Deixe a discussão correr solta, mesmo que carregada de emoções, e tanto você como nós sairemos ganhando. :-)

Um abraço,
Manuel Bulcão


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] falseavel ou refutavel
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/08/2000 09:02



Douglas wrote:

> "Joao Carlos Holland de Barcellos" escreveu:
>
> >O Genismo eh uma teoria cientifica pois ela eh falseavel no que >ela
> se propoem:
>
> Ola jocax e todos,
>
> Acho que não basta uma teoria ser falseavel para ser considerada
> cientifica.
>

Isso remete a uma questao interessante : Quais as condicoes necessarias e
suficientes
para que uma uma teoria seja cientifica?
Eu diria que a falseabilidade seria essa condicao. Note q isso implica que
ela nao pode ser inconsistente (uma vez q seria falseada por ela mesma ).
Obvio q se a teoria nao trouxer alguma forma de aplicacao, de fazer
previsoes,
ou de explicar algo, ela caira no limbo do esquecimento.


>
> Entretanto, talvez eu nao conheca o significado de "falseavel" (nesse
> contexto) e nao eh a primeira vez que vejo essa palavra usada aqui no
> forum.
>

O significado de falseavel, que estou usando, eh que a teoria, de algum
modo,
pode ser testada, com algum tipo de experimento, com relacao aquilo q ela
se propoe ( ou suas consequencias logicas ) e ter estes resultados
confrontados
com a realidade( resultado do experimento).


>
> Aprendi que uma das coisas que diferencia uma teoria ou uma verdade
> cientifica de um dogma é que todas as proposicoes cientificas sao
> contestaveis (e sem represalias), em contraposicao aos dogmas, os
> quais sao irrefutaveis ou incontestaveis (sob pena de ameacas e de
> represalias).
>

Por isso eu digo que o Genismo eh uma teoria cientifica. Ela se propoem,
como
ja disse, a maximizar a felicidade do individuo. Seus mandamentos estao
alicerçados
na teoria da evolucao biologica. Ela pode ser refutada experimentalmente,
como ja disse,
por um teste estatistico num conjunto de pessoas que a adotem ou,
num caso mais extremo e improvavel, se neodarwinismo for refutado.
(Por exemplo: se os criacionistas provarem que estao certos o Genismo
morre.)


>
> Eh facil deduzir que soh fatos contestaveis podem podem conduzir ao
> caminho do desenvolvimento e da evolucao.
>

Acho que vc quis dizer teorias, fatos sao fatos.


>
> No entanto, falseaveis e/ou refutaveis serao apenas uma das
> propriedades que caracterizam uma verdade cientifica.

Que outras vc poderia mostrar?

[]s
jocax




SUBJECT: En: [ciencialist] Criacionismo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/08/2000 09:31


-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 28 de agosto de 2000 09:30
Assunto: Re: [ciencialist] Criacionismo


Sílvio (que leu apenas 10 mensagens ... das milhares trocadas...)

"Atento leitor das msg dos listeiros onde procuro melhorar meus parcos
conhecimentos, fiquei impressionado pelo teor do texto do Luiz ferraz
Neto, vulgo "Leo" onde ele classifica de "ridícula "a teoria da
evolução.
Em um grupo de pessoas que procuram conhecimentos científicos, acho
simplesmente surrealista pessoas dogmáticas como os criacionistas...

Luiz: gostaria de conhecer os argumentos criacionistas ou os
anti-darwinianos."

Léo: apreciaria saber onde vc leu (do léo) essa postura sobre a teoria da
evolução.
Primeiro, por não ser minha praia (e qdo me meto em praia alheia, aviso, e
peço a devida vênia)
Segundo, eu sou deus e, como tal, não posso errar!
Terceiro, não usar meu santo nome em fresta!

[]'
Léo






SUBJECT: Re: [ciencialist] Fim de semana
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/08/2000 09:35



Douglas wrote:

> Olah de novo, jocax e todos
>
> "Joao Carlos Holland de Barcellos" escreveu:
>
> >3-"Deus nao existe e o único modo de transcender a morte
> >é através de seus genes, principalmente em seus
> >descendentes"
> > .....
> >Esta crenca , este sentimento, esta feh, dah o caracter >"religioso"
> ao Genismo..
>
> Sim, mas é o mesmo tipo de sentimento e de feh em que se baseiam as
> religioes judaico-cristans: a descendencia sempre foi muito
> importante, acho que em quase todas as religioes.
>

Propus o Genismo para ser uma especie de "religiao cientifica". Note que

em todas as religioes existe algum tipo de Deus poderoso que julga
etc..

O Genismo abole Deus, em sua propria definicao, para que nao reste
nenhuma duvida !!

Ou seja, no Genismo nao existe nada etereo, nada que nao tenha base
cientifica.
Veja q o sentimento de transcendencia nada mais eh que um sentimento. E
sentimentos
servem para, alem de trazer alegrias e ou tristezas, tambem para
dirigir os seres
vivos na direcao de maior prazer e contentamento.

Eh interessante notar que as pessoas precisam, tem uma necessidade
intrinseca
de dar um SENTIDO A VIDA. O problema eh que, com a evolucao cultural,
as religioes tradicionais, baseadas em dogmas e deuses, estao perdendo a
forca
frente aos avancos da ciencia. Cada vez fica mais dificil interpretar os
antigos
livros sagrados frente aos fatos cientificos.
Malabarismos de interpretacao sao necessarios para tenar coadunar tais
escritos
aos fatos cientificos.
As pessoas mais cultas e inteligentes tende a fugir destas religioes e
comecam
mesmo a buscar caminhos alternativos, algo que lhes de sentido a vida
e que nao vao diretamente contra a ciencia.
O Genismo veio para ser esta "bussula" que ira nortear a vida das
pessoas
e dar algum sentido em suas vidas.


>
> Sob esse ponto de vista, a unica coisa que a sua "religiao"
> acrescentou foi o conceito de que as caracteristicas herdadas (ou
> transmitidas) se daum atraves de genes e nao de um tipo de "espirito
> santo".
>

Vc deve estar brincando !
Eu te pergunto : O que seriam das outras religioes se nao existisse Deus
??
Estariam completamente descaracterizadas e nao fariam nenhum sentido !
E tem mais, minha doutrina nao acrescenta q as caracteristicas herdadas
se dao
atraves de genes, isso quem provou foi a biologia !!



>
> >Note q o genismo nada mais eh que uma "formula de >felicidade" e isso
>
> eh
> >mmuuuuiiittooooo importante pois ira nortear a vida de todos >que o
> seguirem.
>
> Assim falaram todos os falsos profetas, idem ibidem Dr(?) Lair Ribeiro
>
> et alli...
>

E os verdadeiros.... o que falaram ?
O que deveriam falar ?


>
> >Um investimento pessoal de anos nao sera jogado fora sem >antes
> muita luta.
> >Abandonar antigas crencas demanda muita coragem e, a dor >de um
> grande
> >desperdicio de investimento feito nestas crencas viria de qqr >jeito.
>
> >Por isso acredito q o Genismo nao ira mudar "mentes antigas"
>
> Realmente, o Genismo dificilmente irah mudar "mentes antigas": elas
> carregam cultura e/ou experiencia suficientes para analisar,
> interpretar e selecionar uma proposta antes de absorve-la.
>

Por isso que os criacionistas querem que as escolas *abandonem* a teoria

da evolucao e passem a ensinar a biblia !!!!!!!!!!!!!!!!.
Isso prova que culturas arraigadas nao sao facilmente extirpadas MESMO
quando sao provadas falsas. Ninguem quer jogar fora ANOS de crencas
e investimentos nessas crencas eh extremamente penoso para as pessoas
admitir que viveram na falsidade por tantas decadas......



>
> >apenas os jovens
> >poderao
> >absorve-la.
>
> Como pode estar assim tao convicto?
> Jah pediu a opiniao deles?
>

Na verdade fui exagerado, como sempre, para enfatizar os pontos
importantes:
O individuo nao precisa ser jovem de idade, basta que tenha a mente
jovem o
suficiente para admitir o erro e tentar mudar.

[]s
jocax





SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/08/2000 09:48

Cláudio escreve:

##Prezado Luiz Ferraz Neto (Léo),

Como já disse esta é uma questão interessante. De fato ao enquadrarmos as
quatro forças fundamentais na TGBD, a gravidade aparece como sendo o Quarto
Uno. Isto porque é a única que tem spin 2 e que atua preponderantemente
entre dois corpos, enquanto que a ação da três demais se faz maior no
interior dos corpos, moléculas e átomos. Repare que poderíamos ver um corpo
como sendo um Terno, onde atuariam as forças eletromagnética, fraca e forte.
Um Terno, que é a expressão maior do desequilíbrio tende para interagir com
o Quarto Uno para fazer uma Quadra, e se este Quarto Uno se decompor num
Anti-Terno (um outro corpo ou corpos no caso) se tem a condição para o
equilíbrio total, pois aí se tem um Bidual.

Repare que Newton ao propor a teoria da gravidade partiu do pressuposto que
os corpos se atraiam, sem se preocupar por que isto acontecia. Acho que a
TGBD está oferecendo agora, séculos depois, porque isto acontece. Ainda bem
que não tive de passar pelo fato de levar uma "maçazada" na cabeça para
descobrir isto.. risos...##

Léo insite:
Francamente Cláudio, não enxerguei nesse parágrafo acima nenhuma hipótese
testável de como a TGBD enquadra o fato de 'matéria atrair matéria'. Essa
atração manifesta-se 'por meio da gravidade', testável pelo modelo de forças
locais (massa mergulhada em campo gravitacional) mas, a questão é o 'porque'
dessa atração e não o teste da atração em si.

[]'
Léo





SUBJECT: Organizacao (administrativa)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/08/2000 12:19


Quando a lista estah com um fluxo elevado de mensagens (como nos ultimos
dias, por exemplo) nao eh interessante enviar mensagens de agredecimento
para toda a lista, principalmente quando o agradecimento eh direcionado a
uma pessoa.

Comentarios curtos, devem conter partes adicionais de mails anteriores,
mais curtas ainda!

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/08/2000 14:16

Prezado Léo,

Talvez você tenha razão. Mas acho que a busca do equilíbrio total de um corpo (Um Terno) com algo que não seja tal corpo (o Anti-Terno) é uma visão nova para a questão.

Abraços,

Claudio Abreu
-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: terça-feira, 29 de agosto de 2000 09:48
Assunto: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.


Cláudio escreve:

##Prezado Luiz Ferraz Neto (Léo),

Como já disse esta é uma questão interessante. De fato ao enquadrarmos as
quatro forças fundamentais na TGBD, a gravidade aparece como sendo o Quarto
Uno. Isto porque é a única que tem spin 2 e que atua preponderantemente
entre dois corpos, enquanto que a ação da três demais se faz maior no
interior dos corpos, moléculas e átomos. Repare que poderíamos ver um corpo
como sendo um Terno, onde atuariam as forças eletromagnética, fraca e forte.
Um Terno, que é a expressão maior do desequilíbrio tende para interagir com
o Quarto Uno para fazer uma Quadra, e se este Quarto Uno se decompor num
Anti-Terno (um outro corpo ou corpos no caso) se tem a condição para o
equilíbrio total, pois aí se tem um Bidual.

Repare que Newton ao propor a teoria da gravidade partiu do pressuposto que
os corpos se atraiam, sem se preocupar por que isto acontecia. Acho que a
TGBD está oferecendo agora, séculos depois, porque isto acontece. Ainda bem
que não tive de passar pelo fato de levar uma "maçazada" na cabeça para
descobrir isto.. risos...##

Léo insite:
Francamente Cláudio, não enxerguei nesse parágrafo acima nenhuma hipótese
testável de como a TGBD enquadra o fato de 'matéria atrair matéria'. Essa
atração manifesta-se 'por meio da gravidade', testável pelo modelo de forças
locais (massa mergulhada em campo gravitacional) mas, a questão é o 'porque'
dessa atração e não o teste da atração em si.

[]'
Léo





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: (ciencialist) Relatorio anual da NSF
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/08/2000 17:18

On Fri, 29 Aug 2008, Douglas wrote:
> "NAO HAH PERGUNTAS TOLAS, O QUE PODE HAVER EH RESPOSTAS TOLAS".

douglas,

o texto referido -- q. nao faz parte do relatorio da fundacao nacional de
ciencias dos eua -- nao se refere a esse tipo de pergunta certamente.

mas a questoes do tipo:

'vc parou de bater em sua mulher?'

'vc continua defendendo os ideias de totalitarismo politico?'

(certamente ha partes bastante tecnicas no relatorio -- mas julguei
interessante e ateh de leitura obrigatoria para os q. se interessam por
ciencias e pela percepcao do publico leigo sobre o tema.)

para os q, estao confusos com estas mensagens, explico: ela foi postada em
outra lista e por alguma razao houve um intercruzamento. (ao q. me lembre
nao enviei a mensagem original para a ciencialist)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: tripanossoma do sono
FROM: Milton Taidi Sonoda <mtsonoda@if.sc.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/08/2000 21:00

Olah todos os ciencialisters

Existe um tripanossoma na Africa que causa a
doenca do sono em humanos e em alguns animais.
Quando infectado, o sistema de imunologico do humano
responde produzindo anti-corpos marcadores que se ligam
ao citoplasma do tripanossoma e os macrofagos
vem e acabam com a festa. No entanto, quando
a infeccao parece estar controlada, o tripanossomas
com citoplasma diferente sugem , e uma nova tropa
de anti-corpos especifica para o citoplasma diferente
surge. Porem, novamente quando a doenca parece
estar desaparencendo o citoplasma torna a mudar, e
assim sucessivamente ateh que o estado estavel
desse sistema dinamico (a morte do humano) chegue.

Estes fatos me foram passados por um amigo.

Gostaria de saber:
-se eles foram descritos corretamente
por mim.
-qual eh o estagio atual da pesquisa.

Alguem pode me ajudar?

suponho duas coisas
1)o trypanossoma muta rapidamente, ou
tem taxa de mutacao variavel, de acordo
com tamanho da populacao.

2)ele jah tem no seu DNA a instrucao para
produzir diferentes tipos de citoplasma, porem
apenas um deles se expressa, enquanto os
demais ficam em um estado latente, sendo
despertado quando necessario.

Nas duas suposicoes existe um aspecto interessante
as ser levantado. Parece que o tripanossoma "pensa"
ou tem "vontade propria", oque obviamente eh
um absurdo ( ou nao (?????) )

[ ]'s turma

Milton



SUBJECT: Re: [ciencialist] tripanossoma do sono
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/08/2000 21:43

On Tue, 29 Aug 2000, Milton Taidi Sonoda wrote:
> Nas duas suposicoes existe um aspecto interessante
> as ser levantado. Parece que o tripanossoma "pensa"
> ou tem "vontade propria", oque obviamente eh
> um absurdo ( ou nao (?????) )

nao dei uma pesquisada, mas parece um processo semelhante ao q. ocorre com
as cepas de hiv ou de virus da gripe... simples caso de mutacao e
selecao... nao me parece nada semelhante a uma antevisao...

vou dar uma olhada, mas fica uma possibilidade:

qdo a mosca tse-tse pica, ela injeta alguns individuos de /Trypanosoma
brucei/ (ou por contato com a defecacao do inseto... nao sei). no corpo
humano o ciclo de reproducao eh do tipo assexuada -- entao em principio
todos os tripanossomos de uma pessoa infectada sao clones dos individuos
originais.

mas por processo de mutacao devem surgir alguns individuos com proteinas
de membrana ligeiramente diferentes (o nosso sistema imunologico reconhece
essas proteinas de membrana como sendo diferentes da nossa). bem, eqto os
tripanossomos estao dentro das celulas, eles nao estao disponiveis para o
ataque de nosso sistema imunologico. mas ao se reproduzirem, eles acabam
por arrebentar a celula e caem na circulacao -- ficando 'a merce dos
anti-corpos e fagocitacao pelos macrofagos.

boa parte dos individuos podem ser destruidos. mas uns poucos mutantes
sobrevivem pra reiniciar o ciclo.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] tripanossoma do sono
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/08/2000 21:55

> suponho duas coisas
> 1)o trypanossoma muta rapidamente, ou
> tem taxa de mutacao variavel, de acordo
> com tamanho da populacao.
>
> 2)ele jah tem no seu DNA a instrucao para
> produzir diferentes tipos de citoplasma, porem
> apenas um deles se expressa, enquanto os
> demais ficam em um estado latente, sendo
> despertado quando necessario.
>

Provavelmente é a hipotese 1 que está correcta.. No inicio
há uma grande variedade na população se tripanossoma
(que eu suponho que seja um qualquer microorganismo).
Quando o sistema imunitário reage mata os mais comuns
mas alguns sobrevivem. Estes voltam a reproduzir-se e
devida a mutações ou a recombinação sexual a nova
população continua tão variada quanto a anterior.

Não me parece que a hipótese 2 esteja correcta. Para isso o
DNA teria que responder a condições muito especificas do
meio ambiente. Isto de facto acontece. A informação do
meio ambiente pode ligar ou desligar determinados genes.
Mas não creio que esse seja o caso.

O que acontece (hipotese 1) não é uma verdadeira antevisão
porque nem sequer há um organismo que muda de citoplasma.
São dois organismos diferentes. Há casos mais interessantes
de antevisão. Veja esta página para mais informação:

http://www.explicacoes.com/php_nuke/html/article.php3?sid=5

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: o que são nanobactérias ?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/08/2000 22:06


Em 1997 uma equipa de investigadores australiana fez uma descoberta
extraordinária que poderá revolucionar a biologia e talvez ajude a
perceber o que eram aquelas estruturas encontradas num meteorito
proveniente de Marte e de que muito se falou há uns anos atrás.

O grupo de investigadores estava a estudar algumas rochas sedimentares
recolhidas a cerca de 3-5 km de profundidade quando se descobriu aquilo
que se pensa ser bactérias cujo tamanho mínimo é cerca de 20 nm
(nanómetros) de comprimento. Estas nanobactérias aparecem em colónias e
têm tamanhos que variam entre 20 e 150 nm.

Antes desta descoberta as bactérias mais pequenas que se conhecia eram
as
bactérias que causam a pneumonia e que têm 200 nm, isto é 10 vezes
maiores. Esta descoberta, se se confirmar, pode provocar uma revolução
na
biologia uma vez que os conhecimentos actuais não conseguem explicar
como
é que as funções necessárias à vida podem ocorrer num volume tão
pequeno.
Uma molécula de DNA tem cerca de 2 nm de diâmetro e o diâmetro e as
enzimas necessárias para a reprodução de DNA têm entre 10 e 20 nm de
diâmetro. Não há simplesmente espaço suficiente para haver qualquer
estrutura. Um vírus tem entre 10 e 20 nm.
A descoberta foi realizada por Dr Philippa Uwins, Richard Webb e
Anthony
Taylor da universidade de Queensland, Austrália. Embora seja muito
difícil trabalhar com organismos tão pequenos, os investigadores
utilizaram microscópios electrónicos poderosíssimos. Conseguiram também
identificar DNA nas amostras e verificaram que as amostras cresciam,
isto
é as nanobactérias reproduzem-se. Em estudos subsequentes os
investigadores identificaram nestas nanobactérias uma membrana e
estrutura
interna.
No interior das nanobactérias conseguiram identificar DNA. Uma das
caracteristicas mais extraordinárias destas bactérias é que elas
resistem
a elevadas temperaturas, elevadas doses de radiação e ao vácuo,
condições
estas necessárias à operação do microscópio electrónico.

Esta equipa não é a única que defende a existência de nanobactérias.
Outros investigadores, como Robert Folk, já tinham identificado, de
forma
independente, estas formas de vida. Robert Folk defende mesmo que as
nanobacterias representam uma percentagem muito significativa da vida na
Terra. Defende ainda que as nanobacterias representam um papel na
ecologia
muito importante.

Os críticos afirmam que estes 'organismos' são na realidade formas
inorgânicas e que as experiências até agora realizadas não provam nada.
Afirmam ainda que um organismo tão pequeno não pode ser uma forma de
vida
independente porque a estrutura necessária à reprodução não cabe num
volume tão pequeno.
Estes organismos têm dado origem a algumas sugestões extraordinárias. Há
quem tenha sugerido que as nanobacterias vivem em colónias que
constituem
uma metacélula. Cada nanobactéria realiza um papel para a comunidade.
Desta forma nenhuma das nanobactérias tem que ter todas as estruturas
necessárias à reprodução.
Em 1996 descobriu-se num meteorito proveniente de Marte fosseis (?) de
pequenos organismos. Conclusão: há, ou houve vida em Marte. Problema (um
entre muitos): o tamanho dos fosseis é muito pequeno, da ordem de
grandeza
das nanobactérias e como se sabe (?) nenhum ser vivo pode ser tão
pequeno.
Assim, a descoberta de nanobactérias fortalece a hipótese de vida em
Marte. Mas este caso do meteorito de Marte é muito mais complicado.
Fiquemos por aqui…

Dra. Philippa J.R. Uwins, autora da descoberta, página com vários links
http://www.uq.edu.au/nanoworld/uwins.html

Meteorito de Marte, Press Release
http://www.jsc.nasa.gov/pao/flash/marslife/marslif6.htm

Artigo em que Robert Folk defende a existência de nanobactérias
http://naturalscience.com/ns/articles/01-03/ns_folk.html

criticas à hipótese de nanobactérias
http://naturalscience.com/ns/articles/01-07/ns_rph.html

______________________________________________________________
Este texto foi produzido para o nonio.com (http://www.nonio.com), um
portal de ciência e tecnologia escrito em português. Acreditamos que a
informação deve (quer) ser livre. Acreditamos que a cultura científica
deve chegar a toda a gente. Encorajamos a distribuição deste texto,
pedimos apenas que mantenha esta mensagem.


SUBJECT: Contas com problemas (administrativa)
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/08/2000 01:53

As seguintes contas apresentam problemas com relacao a Ciencialist:

airsmither1@z...
audemar@cg...
bcrotman@u...
joaolidao@g...
marteu@b...
menjol@o...
questionador@p...
quetz@z...
rogerbacon@p...
saloue@z...
wanslambert@z...

Se alguem conhece algum usuario de uma dessas contas, ou entao
abandonou alguma delas, me avise!

Se as contas acima citadas continuarem apresentando problemas, vou
retira-las da lista. (vou analisar cada caso)

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.






SUBJECT: crescimento celular e gravidade!!
FROM: Eliane Evanovich Gallagher <eliane@cbio.ufpa.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/08/2000 08:59

ola pessoal da ciencialist!! Embora essa noticia seja meio antiga
(de julho de 2000), achei interessante citar por aqui! Eu li alguma coisa
em um site que a multiplicacao de uma celula depende da gravidade, devido
a disposicao dos microtubulos durante esse processo (combinada a mudancas
de temperaturas, por um determinado tempo). A forca gravitacional parece
reagir de forma indireta na reacao, mas parece ser uma variavel
importante!!
para maiores informacoes, eh bom dah uma passada no tal site:
http://www.abc.net.au/science/news/stories/s151585.htm

t+!!



SUBJECT: Principia
FROM: "Daniel Leal Freire" <daniellf@highway.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/08/2000 14:48

Alguém da lista sabe onde encontro o trabalho do Newton?
Serve link ou livro mesmo.
Obrigado.

--------------------------------
| Daniel Leal Freire
| daniellf@highway.com.br
| "Imagination is more important than knowledge" Albert Einstein




SUBJECT: Off-topic: Publicidade na lista
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/08/2000 16:29

Oi, pessoal. Estou muito incomodado com essa nova prática do Egroups de
colocar os textos de publicidade no topo das mensagens. Enviei ao Egroups a
mensagem abaixo. O endereço para o qual esse tipo de mensagem deve ser
enviada está no cabeçalho do e-mail abaixo.

Até,
Belisário

----- Original Message -----
From: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
To: <suggestion@egroups.com>
Sent: Wednesday, August 30, 2000 4:14 PM
Subject: Publicity at the top of the messages


> Hi.
>
> I have enjoyed the services provided by Egroups, that allowed me to
make
> a vast and easy use of the Internet power, both professionally and
socially.
> But something very bad happened now: the publicity messages started to be
> posted at the beginning of the messages.
>
> I understand perfectly the practice of posting publicity in the
> messages, because this is a way to keep the list free - and I always
thought
> this was a smart solution. But the new location of publicity takes a large
> part of the beginning of the messages, polutes them a lot and make them
> boring. This is not a smart solution. Few days after the beginning of this
> new practice, I have received messages of unsatisfaction. These messages
> told about other sites that provides mailing lists without this kind of
> publicity, and made invitations to change the site of my lists. In more
than
> two years, this is the first time I receive such messages.
>
> I know that I may be free of the publicity by paying a tax, but I
don't
> think this is a good solution.
>
> I appeal to you to go back to the previous publicity practice -
putting
> the publicity at the end of the message.
>
> Sincerely,
> Roberto Belisario Diniz
>
> Moderator of the Egroups lists:
> info-ziper - http://www.egroups.com/group/info-ziper
> ziplista - http://www.egroups.com/group/ziplista
> belionline - [and son on]
> eventos
> madencena
>
> And member of the Egroups lists:
> cidadaniabrasil
> ciencialist
> coralbrasil
> Letras_e_etc.
> NileRiver
> papec
> rowlands
> waterforum
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Principia
FROM: "Antonio A. J. Godoy" <prof_godoy@teracom.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/08/2000 17:55

Olá, Daniel.

A editora Nova Stella publicou há alguns anos uma edição dos "Principia" em
português. A Dover Books também editou o livro, em três volumes.

Alguns dos principais trechos também podem ser encontrados no volume
"Newton", da coleção "Os Pensadores".

Espero poder ter ajudado,

Godoy
----- Original Message -----
From: "Daniel Leal Freire" <daniellf@highway.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, August 30, 2000 2:48 PM
Subject: [ciencialist] Principia


>
> Alguém da lista sabe onde encontro o trabalho do Newton?
> Serve link ou livro mesmo.
> Obrigado.
>
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> | Daniel Leal Freire
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> >> Lista de VARIOS sites com noticias direcionadas a ciencia (FREE!)<<
> http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html
>
> *** --- ***
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Principia
FROM: "Andre R. D. Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/08/2000 20:59

Neste site http://members.tripod.com/~gravitee/ estava sendo colocada
a digitalização completa em inglês. Infelizmente parece que o projeto
foi abandonado e o site está incompleto.

De uma olhada nos links que eu coloquei na minha página sobre Newton:
http://macaw.virtualave.net/newton.htm

(com muita sorte talvez você ache algum link que não esteja
desatualizado!)

abraços,

André Baptista
-----Mensagem Original-----
De: Daniel Leal Freire
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: Quarta-feira, 30 de Agosto de 2000 14:48
Assunto: [ciencialist] Principia



Meus Grupos | ciencialist Página Principal | Start a new group!


Alguém da lista sabe onde encontro o trabalho do Newton?
Serve link ou livro mesmo.
Obrigado.

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| Daniel Leal Freire
| daniellf@highway.com.br
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(FREE!)<<
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Off Topic - Publicidade na lista
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com, excalibur@egroups.com
DATE: 30/08/2000 21:05

Também estou indignado com a decisão do egroups, mas o que podemos fazer
?

1 - Mudar de hospedeiro - Não gostaria de ter que perder o arquivo da
lista, mudar o endereço de postagem, avisar a todos, atualizar sistemas
de buscas e retocar home pages

2 - Pagar a taxa de $ 59 (~ R$ 100) por ano - Além de ferir meu espirito
opensource, freeware , não to com dinheiro sobrando para ser utilizado
desta maneira

3 - Protestar - É de graça e não causa nenhum prejuizo ao protestante,
embora tenha remotas chances de sucesso, é melhor do que ficar sem fazer
nada.

Talvez se moderadores de diversos grupos enviarem uma mensagem ameaçando
mudar suas listas de "hospeiro" (apenas ameaçando é claro - que o
egroups não leia os arquivos e ache esta msg ;-) e de incentivar a saida
de outros grupos bem como promover outro "hospedeiro" (aceito sugestões
de nome), talvez assim sejamos ouvidos pelo egroups.

Algum moderador concorda quer se juntar a mim neste protesto ?
(logicamente não moderadores poderão participar deste protesto para dar
mais apoio, etc)

Embora acredite que não vá funcionar .. está é a minha ideia


Abaixo segue a notificação que o egroups me enviou,

------
To: eGroups-Moderator-News@egroups.com
From: newsletter-admin@egroups.net
Date: Thu, 24 Aug 2000 01:43:37 -0000
Subject: Important eGroups notification

Dear eGroups Moderator,

You are receiving this notice because one or more of the groups you
moderate at eGroups will likely be affected by the changes described
in this notice. Please read on.

eGroups is committed to offering you a high-quality, easy email
group service. As a business, we have two choices in paying for this
service: one, charge members for its use, or two, include targeted
text and HTML banner advertisements within emails sent to group
members. eGroups members have shown an overwhelming preference
for a free, ad-supported service...and that's what we've provided.

To continue a high-quality, free, email groups service, we would like
to notify you about two modifications to these advertising policies:

1. Improved Ad Removal
eGroups already removes banner ads from message replies so they don't
'pile up' during email discussions. We've extended this technology
to remove text ads in addition to HTML banners. All members will
benefit from this improvement to the email group experience.

2. Movement of ads to the top of messages
eGroups already inserts ads at the top of message digests, within all
announcement-only and certain discussion groups. We are extending
this policy to include all groups.

Both of these changes will go into effect early next week.

For group owners who do not wish to have ads in messages to their
groups, eGroups continues to offer a "No Advertising Option." For
$4.95 (US) per month (payable in a single annual payment of $59.40),
we will exclude all ads from the messages for your group. For more
info on this option, please see:

http://www.egroups.com/info/noads.html



Sincerely,

The eGroups Customer Support Team
support@egroups.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Principia
FROM: "Antonio Carlos M. de Queiroz" <acmq@compuland.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/08/2000 21:43

Daniel Leal Freire wrote:

> Alguém da lista sabe onde encontro o trabalho do Newton?
> Serve link ou livro mesmo.

Tem o livro original, em Latim, na Biblioteca de Obras Raras da UFRJ.
Traduções e reimpressões são fáceis de encontrar, até em Português.
É um livro muito interessante.

Antonio Carlos M. de Queiroz




SUBJECT: Re: Manuel
FROM: "Thiago Maia" <thiago_m_santos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/08/2000 02:32

Thiago responde:
Respondendo Léo, movimento num sentido amplo designa todo ato pelo qual o ser "sendo" deixar de ser o que se é.

Léo:
Desculpe-me Thiago, depois desse significado para 'movimento em sentido
amplo' prefiro mesmo voltar à Física Experimental. Não sei se estou 'sendo'
claro mas, se fui, deixarei de ser. Fim do Léo novo-filósofo.
Voltemos aos anjos........

Bem Léo, só tenho que lamentar, pois talvez se continuasse sendo filósofo, perceberia que é falacioso induzir do pensamento de um filósofo em particular, algo que valha para a Filosofia em geral. Além de descobrir também que a definição para "movimento em sentido amplo" foi enunciada de modo bem parecido por Aristóteles, muito tempo antes de aparecerem as definições "vulgares" de movimento. De forma que o que a ciência fez foi tão somente "vulgarizar" Aristóteles. Este admitia que o deslocamento de corpos no espaço possa ser chamada de movimento, mas conhecia o movimento próprio dos entes que se dá ininterruptamente mesmo que esse se mantenha no mesmo lugar do espaço. Nesse caso, o movimento é entre o ser atual do ente e o que ele ainda não é. Assim Aristóteles, exprimia a passagem da potência ao ato.

Quando você deixa a Filosofia e volta à Física Experimental, faz uma péssimo negócio, pois essa sem a Filosofia nada mais é do que confusão e falsidade. Até a ciência mais ordinária precisa da Filosofia. Isso tano histórica como epistemologicamente. Além disso, a tese principal que apresento no meu e-mail é mais segura do que qualquer tese apresentada por qualquer ciência até hoje, simplesmente porque ela não depende da experiência para ser confirmada, pois conforme exposto, a própria conceituação de Nada impede que o Nada possa vir a ser alguma coisa.


Thiago Maia


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: [Fwd: [fflch] Peter Burke - Ciclos e rotinas!]
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/08/2000 12:28




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: O pensador solitário
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/08/2000 12:33

Recebi da lista fflch vinda do Mauricio Trindade ( dwelling@uol.com.br )

O Egroups nao aceitou forward e eu copiei a mensagem.....

=====================================================



Seitas e igrejas na história do conhecimento

--------------------------------------------------------------------------------

O historiador cultural descobre ciclos de criatividade e rotina: no
começo
do século 20 a psicanálise era uma seita, florescendo em pequenos grupos

informais, mas depois virou uma igreja
--------------------------------------------------------------------------------



Peter Burke

Um renomado sociólogo alemão da religião, Ernst Troeltsch (1865-1923),
distinguiu duas espécies de organizações cristãs, "seitas" e "igrejas".
Seitas eram grupos relativamente pequenos, informais na organização,
igualitários na estrutura e heterodoxos nas crenças. Igrejas eram
relativamente grandes, formais, hierárquicas e ortodoxas. Segundo
Troeltsch,
havia uma tendência praticamente inevitável de as seitas, caso
sobrevivessem
por mais de uma geração, se converterem em igrejas com as suas próprias
ortodoxias, as quais por sua vez seriam desafiadas por novas seitas. Em
certos aspectos, os intelectuais se assemelham ao clero, e às vezes me
pergunto se o modelo cíclico de mudança proposto por Troeltsch não seria

aplicável, mais amplamente do que o imaginado, à história do
conhecimento
acadêmico e das universidades. De fato, sugere ele um elo entre duas
teorias
sociológicas aparentemente opostas, interessadas respectivamente nos
processos de reprodução intelectual e na inovação intelectual.
A primeira teoria, associada hoje a Pierre Bourdieu, ocupa-se daquilo
que
ele chama a "inércia das instituições educacionais" e, em especial, de
sua
tendência em reproduzirem a si mesmas, de criarem e transmitirem
"capital"
intelectual. Outro grande teórico social, Norbert Elias (1897-1990),
tinha
algo semelhante a dizer a respeito do que chamava os establishments
intelectuais. Elias descreveu os departamentos universitários como tendo

"algumas das características dos Estados soberanos" e analisou a sua
competição por recursos e as suas tentativas de erigir monopólios e
excluir
rivais, transformando-os em forasteiros.

Na fronteira cultural
A segunda teoria ocupa-se precisamente dos forasteiros, de indivíduos e
grupos à margem da sociedade e do papel que eles cumprem no processo de
inovação. Num famoso ensaio sobre "a primazia intelectual dos judeus na
Europa moderna", publicado em 1919, o sociólogo americano Thorstein
Veblen
(1857-1929) sugeriu que tal primazia atingiu seu ápice no século 19, bem

na
época em que muitos judeus estavam sendo assimilados à cultura cristã.
Sua
tese era de que a assimilação deles ainda era incompleta, que os
intelectuais judeus estavam rejeitando a sua própria herança cultural
sem
assumir por completo a dos não-judeus. A posição deles, na fronteira de
dois
mundos culturais, fomentava o ceticismo, o desprendimento e, portanto, a

inovação.
Um modo de testar essas teorias complementares seria ver como dão conta
da
história das universidades européias entre o Renascimento e o
Iluminismo.
Para a baixa Idade Média, a teoria de Bourdieu funciona bem. Supunha-se
em
geral que as descobertas relevantes já haviam sido feitas, de modo que
as
universidades deviam concentrar-se em transmitir conhecimento em vez de
descobri-lo. De modo análogo, supunha-se em geral que as opiniões e
interpretações dos grandes doutores e filósofos do passado não podiam
ser
igualadas ou refutadas pela posteridade, de modo que a tarefa do
professor
era expor as visões das autoridades.
Alguns, notadamente os heréticos, desafiaram esse consenso. Eram eles o
equivalente dos forasteiros de Veblen, mas foram malsucedidos. Seu
fracasso
sugere que algo precisa ser acrescentado à teoria de inovação de Veblen.

O
problema dos heréticos era sua falta de respaldo institucional. Os
inovadores precisam de novas instituições e em especial de novos tipos
de
instituição, nichos ecológicos em que a criatividade seja encorajada.
Essa
lição foi aprendida pelos humanistas da Renascença.
Os humanistas se opuseram a boa parte da sabedoria convencional de Tomás

de
Aquino e de outros professores das universidades medievais. Embora a
maioria
dos humanistas tivesse originalmente estudado nas próprias universidades

que
criticava, as figuras mais criativas, de Petrarca a Erasmo, passaram a
maior
parte de suas vidas fora do sistema. Eram um grupo marginal, no sentido
de
Thorstein Veblen. Para encontrarem-se e discutirem suas idéias, fundaram

instituições formais conhecidas, em deliberada homenagem a Platão, como
"academias".
Na fímbria do mundo acadêmico, outras instituições novas foram fundadas
para
coligir e transmitir o novo conhecimento. A Casa de Contratación de
Sevilha
(fundada em 1504) colhia informação sobre o mundo para além da Europa e
distribuía instruções de navegação. Na Lisboa do século 16, a Casa da
Índia
e o Armazém de Guiné eram depósitos de conhecimento bem como de
mercadorias
e ferramentas. As idéias dos humanistas gradualmente se infiltraram nas
universidades da Europa, em especial no século 16. Cátedras ou ciclos de

conferências na área de "humanidades" foram estabelecidos em Pádua,
Salamanca, Oxford e outros lugares.

Rotina e criatividade
Mas a essa altura a fase mais criativa do movimento já havia terminado.
A
história da chamada "revolução científica" do século 17 é semelhante à
do
humanismo. De início, as universidades não eram um meio simpático à
"nova
filosofia", ou seja, a estudos como a química, que não se ajustavam bem
ao
currículo acadêmico estabelecido. Alguns dos inovadores de ponta viviam
à
margem do mundo acadêmico e do mundo dos artesãos, aprendendo com ambos
os
grupos e tentando fazer uma síntese entre essas formas rivais de
conhecimento. A fim de discutir suas idéias, fundaram clubes e
sociedades,
das quais a Royal Society de Londres, fundada em 1660, é a mais famosa.
Ao final do século 17, a nova filosofia tornava-se respeitável, e Isaac
Newton foi capaz de seguir sua carreira intelectual em Cambridge.
Contudo
Newton pertencia à segunda geração de inovadores, em cuja época o que
fora
heresia científica virava ortodoxia ou o que o filósofo Thomas Kuhn
costumava chamar "ciência normal".
O movimento do Iluminismo no século 18 seguiu um padrão semelhante.
Alguns
de seus líderes vieram do mundo dos ofícios, não do mundo das ciências;
Rousseau era filho de um relojoeiro, e Diderot, filho de um faqueiro.
Por
toda sua vida Diderot continuou a se interessar pelo conhecimento e pela

prática dos artesãos. A exemplo de séculos anteriores, as universidades
nem
sempre davam acolhida calorosa a novas idéias, em especial a idéias
sobre
temas como economia, que não tinham espaço no currículo. Adam Smith, por

exemplo, foi professor de filosofia na Universidade de Glasgow. Quando
quis
escrever sua obra-prima, a "Riqueza das Nações", pediu exoneração de sua

cátedra (em 1764).
Quando Smith e seus amigos, tais como o filósofo David Hume, desejavam
discutir suas idéias, encontravam-se nos recém-fundados clubes de
Edimburgo
e Glasgow, como a Sociedade Seleta e o Clube de Economia Política. Na
França, os "philosophes" encontravam-se em cafés como o Procope ou em
academias de província, não nas universidades. Na época em que a
economia
tornou-se uma parte normal do currículo das universidades européias, o
Iluminismo já terminara.
De forma recorrente, o historiador cultural descobre ciclos de
criatividade
e rotina. No começo do século 20, por exemplo, o movimento psicanalítico

era
uma seita, florescendo em pequenos grupos informais, mas depois virou
uma
igreja. Esses exemplos históricos sugerem que Veblen estava certo ao
indicar
o intelectual marginal como a fonte de novas idéias, e também que
Bourdieu
estava certo ao notar a inércia das instituições educacionais, sua
resistência à mudança, mas também que falta algo importante a ambas as
teorias. Veblen não reconheceu a importância das instituições informais
para
a criatividade, enquanto a teoria de Bourdieu não explica como as
universidades acabam aceitando as inovações e lhes dando até maior
desenvolvimento.
A moral da história é que os inovadores precisam amar e também odiar as
instituições. O pensador solitário, como Descartes, pode dar origem a
idéias
novas brilhantes, mas para desenvolvê-las ou colocá-las em prática é
preciso
fundar novas instituições. Essas instituições são muitas vezes
informais,
flexíveis e igualitárias, favorecendo o processo de troca intelectual.
No
entanto, parece quase inevitável que cedo ou tarde endureçam, fiquem
rígidas
e virem assim obstáculos a posteriores inovações. Tornam-se locais de
interesses inveterados, de grupos que investiram no sistema e temem
perder o
seu capital cultural.

Igualdade efêmera
E assim, uma forma de encarar a história social do conhecimento é vê-la
como
a história dos encontros, interações e trocas entre establishments e
forasteiros, amadores e profissionais, inovação e rotina, fluidez e
fixidez,
conhecimento oficial e não-oficial. O grande contraste é entre círculos
ou
redes, de um lado, e, de outro, instituições com membros fixos e esferas

de
competência oficialmente definidas, construindo e mantendo barreiras que

as
separam de seus rivais e dos leigos. Em outras palavras, a história do
conhecimento, como a história da religião, é a história da mudança de
seitas
entusiásticas para igrejas estáveis, uma mudança que se repetiu por
muitas e
muitas vezes. Essa não é uma simples história de declínio e queda: ambas

as
formas de organização têm suas respectivas vantagens e desvantagens,
custos
e benefícios.
Mas, se alguém deseja encorajar a inovação intelectual, seria
aconselhável
buscar marginalizados e criar uma atmosfera de igualdade, informalidade
e
flexibilidade, sabendo ao mesmo tempo que ela não irá durar.




--------------------------------------------------------------------------------

Peter Burke é historiador inglês, autor de "Variedades de História
Cultural"
(Civilização Brasileira) e "O Renascimento Italiano" (Nova Alexandria),
entre outros.
Tradução de José Marcos Macedo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Manuel
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/08/2000 14:33

Oi todos, destaque para Thiago
que escreve:


# Bem Léo, só tenho que lamentar, pois talvez se continuasse sendo filósofo,
perceberia que é falacioso induzir do pensamento de um filósofo em
particular, algo que valha para a Filosofia em geral. #

Léo: Se o pensamento de um filósofo, em particular, admite frases abertas e
incoerentes assim, imagine o do geral.
Se o particular usa dos raciocínio de Aristóteles, o homem do senso
comum que manteve a ciências estagnada por mais tempo que a inquisição,
acredito que os demais filósofos não se afastem muito desse exemplar.
Senão vejamos, eis sua frase: "Nesse caso, o movimento é entre o ser atual
do ente e o que ele ainda não é."
Levei isso para um professor da língua pátria e outro de física, aqui da
Fundação Educacional, para que eles pudessem clarear minha obscura mente
sobre seu significado. Obviamente expliquei o contexto para que não tomassem
a frase como algo escrito por um adolescente em fase de acasalamento.
O máximo que puderam chegar, como consenso a três, é que não estamos
preparados para absorver tanta cultura e conhecimento em doses tão brutais.
Nossos cérebros, diferente do seu, necessita de doses homeopáticas para o
bom entendimento.

Thuiago:"Quando você deixa a Filosofia e volta à Física Experimental, faz
uma péssimo negócio, pois essa sem a Filosofia nada mais é do que confusão e
falsidade. Até a ciência mais ordinária precisa da Filosofia. "

Léo:
Por sorte existem todos esses filósofos, sem os quais não sei como
poderíamos ter chegado hoje a todo esse avanço da Ciência e Tecnologia.
Agora é que entendi porque todo final de trabalho e descoberta científica
aparece, entre os créditos, o nome de um filósofo famoso para atestar a
veracidade e justificar a clareza do trabalho. E, quando tal nome não
aparece entre os créditos, já ficamos de prontidão esperando quando tal
descoberta cairá por terra.

Thiago: "Além disso, a tese principal que apresento no meu e-mail é mais
segura do que qualquer tese apresentada por qualquer ciência até hoje,
simplesmente porque ela não depende da experiência para ser confirmada, pois
conforme exposto, a própria conceituação de Nada impede que o Nada possa vir
a ser alguma coisa."

Léo:
Tenho um site de Física Experimental, Artigos e Textos científicos.
Acredito que ainda não teve sucesso absoluta devido à falta de um prefácio
feito por um filósofo. Esse parágrafo acima, devidamente ajeitado, poderia
entrar na abertura de meu site. Se vc permitir ele irá hoje mesmo para lá,
em letras garrafais!
Entre meus modestos textos de ciência, não lastrados por filósofos,
pertencentes à Sala 19, tem esses, os quais, os assinalados apreciaria uma
leitura de sua parte e as correções filosóficas que se fizerem necessárias.


www.feiradeciencias.com.br/index19.htm

TEXTOS SELECIONADOS

00 - Jovem Novo Selvagem <=====
01 - Massa ... em pratos limpos
02 - Estações do ano
03 - O Barômetro
04 - Ciência ... para que serve? (I)
05 - Ciência ... para que serve? (II)
06 - Coisas no ar (I)
07 - Coisas no ar (II)
08 - Lenha na fogueira
09 - Metade de Nossa História
10 - Peso ... uma aventura
11 - Corrigindo velhos chavões
12 - Relatórios Escolares (5ª-8ª)
13 - A Física de Liliput
14 - Onda sonora e onda de choque
15 - Alvorecer da Relatividade I
16 - Alvorecer da Relatividade II
17 - A queda da autoridade e do senso comum <=======

[]'
Léo ... um mero físico experimental sem suporte filosófico.




SUBJECT: Fundando grupo proprio
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/08/2000 14:40

Participo do grupo de discussão fisica@grupos.com.br criado pelo Projeto
Educar
www.projetoeducar.com.br .
Qual a séria dificuldade de se criar um ciencialist particular ou mesmo uma
do tipo:
ciencialist@grupos.com.br ?
Obviamente estaria hospedada em algum lugar e free. Quem saberia como fazer
para dar um 'tiau' ao egroups?
[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Manuel
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/08/2000 15:22

Favor, (sobre a mensagem ao Thiago):

ao clicar sobre o texto 17 está abrindo o texto16.htm, falha de linkagem.
Até correção do problema basta acessar, para abrir o item 17 o seguinte:

www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto17.htm

16 - Alvorecer da Relatividade II
17 - A queda da autoridade e do senso comum <=======

[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Off-topic: Publicidade na lista
FROM: "Barbieri" <nicar48@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/08/2000 18:21

Belisario
Sugeri a um amigo que acompanhasse esta lista sobre ciencias, mas nao me
lembro o que ele deve fazer para se inscrever na mesma!
Grata pela atencao
Carmen

-----Mensagem Original-----
De: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
Para: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 30 de Agosto de 2000 16:29
Assunto: [ciencialist] Off-topic: Publicidade na lista


>
> Oi, pessoal. Estou muito incomodado com essa nova prática do Egroups
de
> colocar os textos de publicidade no topo das mensagens. Enviei ao Egroups
a
> mensagem abaixo. O endereço para o qual esse tipo de mensagem deve ser
> enviada está no cabeçalho do e-mail abaixo.
>
> Até,
> Belisário
>
> ----- Original Message -----
> From: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
> To: <suggestion@egroups.com>
> Sent: Wednesday, August 30, 2000 4:14 PM
> Subject: Publicity at the top of the messages
>
>
> > Hi.
> >
> > I have enjoyed the services provided by Egroups, that allowed me to
> make
> > a vast and easy use of the Internet power, both professionally and
> socially.
> > But something very bad happened now: the publicity messages started to
be
> > posted at the beginning of the messages.
> >
> > I understand perfectly the practice of posting publicity in the
> > messages, because this is a way to keep the list free - and I always
> thought
> > this was a smart solution. But the new location of publicity takes a
large
> > part of the beginning of the messages, polutes them a lot and make them
> > boring. This is not a smart solution. Few days after the beginning of
this
> > new practice, I have received messages of unsatisfaction. These messages
> > told about other sites that provides mailing lists without this kind of
> > publicity, and made invitations to change the site of my lists. In more
> than
> > two years, this is the first time I receive such messages.
> >
> > I know that I may be free of the publicity by paying a tax, but I
> don't
> > think this is a good solution.
> >
> > I appeal to you to go back to the previous publicity practice -
> putting
> > the publicity at the end of the message.
> >
> > Sincerely,
> > Roberto Belisario Diniz
> >
> > Moderator of the Egroups lists:
> > info-ziper - http://www.egroups.com/group/info-ziper
> > ziplista - http://www.egroups.com/group/ziplista
> > belionline - [and son on]
> > eventos
> > madencena
> >
> > And member of the Egroups lists:
> > cidadaniabrasil
> > ciencialist
> > coralbrasil
> > Letras_e_etc.
> > NileRiver
> > papec
> > rowlands
> > waterforum
> >
> >
>
>
> *** --- ***
>
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>
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Contas com problemas (administrativa)
FROM: "Barbieri" <nicar48@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/08/2000 18:24

O que se deve fazer para se inscrever nesta lista? Nao me lembro mais como
se faz, mas ha um amigo querendo participar.
Grata
Carmen

-----Mensagem Original-----
De: Luis Roberto Brudna [RS] <lrb@if.ufrgs.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 30 de Agosto de 2000 01:53
Assunto: [ciencialist] Contas com problemas (administrativa)


>
> As seguintes contas apresentam problemas com relacao a Ciencialist:
>
> airsmither1@z...
> audemar@cg...
> bcrotman@u...
> joaolidao@g...
> marteu@b...
> menjol@o...
> questionador@p...
> quetz@z...
> rogerbacon@p...
> saloue@z...
> wanslambert@z...
>
> Se alguem conhece algum usuario de uma dessas contas, ou entao
> abandonou alguma delas, me avise!
>
> Se as contas acima citadas continuarem apresentando problemas, vou
> retira-las da lista. (vou analisar cada caso)
>
> Ateh mais.
> Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.
>
>
>
>
>
> *** --- ***
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>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Alumínio
FROM: Flávio Pandur <pandur@apec.unoeste.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/08/2000 18:32

A todos que responderam a questão, muito obrigado. Parece-me que eu estava fazendo
uma confusão entre enferrujar e oxidar. Sempre tive em mente que eram sinônimos ...
:-(
Mas pelo que pude entender das respostas, enferrujar é o ato do ferro se oxidar, ou
seja, só ocorre nesse material. Daí realmente não faz sentido dizer que o alumínio
enferruja ou não ... :-) Estou correto ?

Qual seria então a definição de oxidar, ou seja, o que significa isso, qualquer que
seja o material ?

Flávio Pandur
pandur@apec.unoeste.br

Rodrigo Frizzo Viecilli wrote:

> Caro Flávio.
>
> O alumínio não enferruja não, só oxida. Quem enferruja é o ferro (:. O
> problema é que o óxido de alumínio tem uma estrutura cristalina semelhante,
> portanto ele fica agregado ao alumínio e não descama como o óxido férrico,
> por exemplo.
> Esta camada de óxido de alumínio acaba servindo de proteção para que o
> restante do metal não oxide.
>
> Rodrigo
> -----Mensagem original-----
> De: Flávio Pandur [mailto:pandur@apec.unoeste.br]
> Enviada em: Segunda-feira, 28 de Agosto de 2000 13:59
> Para: ciencialist@egroups.com
> Assunto: [ciencialist] Alumínio
>
> Colegas da Ciencialist
>
> Sempre ouvi que o alumínio não enferruja. Entretanto, algum tempo atrás, li
> que uma substância utilizada na construção de capacitores eletrolíticos é o
> óxido de alumínio.
>
> Gostaria então de saber: o alumínio não enferruja em seu estado "natural" ou
> somente após passar por algum tratamento químico ? No caso da primeira
> hipótese ser a correta, como então se obtém o óxido de alumínio ?
>
> Grande abraço a todos
>
> Flávio Pandur
>
> *** --- ***
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>
> *** --- ***



SUBJECT: Debate sobre homeopatia
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: fcb@egroups.com, ciencialist@egroups.com
DATE: 31/08/2000 23:26

Caros colegas de lista,

� com prazer que anuncio a todos que o segundo debate online da STR est�
confirmado. O tema foi escolhido pelos visitantes (suponho que muitos dos
que votaram fazem parte da lista) e ser� 'homeopatia'.

Defendendo o ponto de vista homeopata, teremos o Dr. Ajax Machado, do
site http://www.consultahomeopatica.med.br e defendendo o ponto de vista
contr�rio � homeopatia, teremos o professor Ph.D do N�cleo de Inform�tica
Biom�dica da Unicamp, Renato Sabbatini, do site http://www.sabbatini.com

O in�cio do debate ser� no dia 08/09/2000; mais informa��es sobre o
cronograma podem ser obtidas no endere�o
http://www.strbrasil.com.br/Debate/debate0200.htm

J� est�o no ar as pesquisas para escolher o tema do terceiro debate, bem
como uma para saber a posi��o dos visitantes em rela��o ao tema: contra ou a
favor da homeopatia. Convido todos os colegas desta lista a votarem e
deixarem sua opini�o. Obrigado a todos os que leram e participaram do
primeiro debate, e que escolheram o tema para este segundo.

Abra�os,
Leo Vines, Presidente
Vines@strbrasil.com.br
Sociedade da Terra Redonda
http://www.strbrasil.com.br
_________________________________________________________________________
Get Your Private, Free E-mail from MSN Hotmail at http://www.hotmail.com.

Share information about yourself, create your own public profile at
http://profiles.msn.com.



SUBJECT: Debate sobre homeopatia
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: fcb@egroups.com, ciencialist@egroups.com
DATE: 31/08/2000 23:26

Caros colegas de lista,

� com prazer que anuncio a todos que o segundo debate online da STR est�
confirmado. O tema foi escolhido pelos visitantes (suponho que muitos dos
que votaram fazem parte da lista) e ser� 'homeopatia'.

Defendendo o ponto de vista homeopata, teremos o Dr. Ajax Machado, do
site http://www.consultahomeopatica.med.br e defendendo o ponto de vista
contr�rio � homeopatia, teremos o professor Ph.D do N�cleo de Inform�tica
Biom�dica da Unicamp, Renato Sabbatini, do site http://www.sabbatini.com

O in�cio do debate ser� no dia 08/09/2000; mais informa��es sobre o
cronograma podem ser obtidas no endere�o
http://www.strbrasil.com.br/Debate/debate0200.htm

J� est�o no ar as pesquisas para escolher o tema do terceiro debate, bem
como uma para saber a posi��o dos visitantes em rela��o ao tema: contra ou a
favor da homeopatia. Convido todos os colegas desta lista a votarem e
deixarem sua opini�o. Obrigado a todos os que leram e participaram do
primeiro debate, e que escolheram o tema para este segundo.

Abra�os,
Leo Vines, Presidente
Vines@strbrasil.com.br
Sociedade da Terra Redonda
http://www.strbrasil.com.br
_________________________________________________________________________
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SUBJECT: En: Novo Grupo!!!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>, "Luis R. Brudna" <lrb@if.ufrgs.br>
DATE: 01/09/2000 00:37

Ola pessoal,

Em resposta ao e.mail que enviei ao ciencialist sugerindo novo grupo, para
nos desvencilhar das propagandas egroups, recebi esse salutar retorno.
Apreciaria a leitura e eventuais sugestões (cópia para nosso moderador Luis
R. Brudna).
[]'
Léo
--------------------------------------------------
-----Mensagem Original-----
De: O Alquimista <lcs@chemist.com>
Para: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 31 de agosto de 2000 22:54
Assunto: Novo Grupo!!!!


Td Bem Luiz,

Também acho muito boa sua idéia de criar um novo grupo.
Para isso já me adiantei um pouco e usei um servidor brasileiro, o
mesmo do fisica@grupos.com.br.
Podem considerar plágio, mas coloquei o mesmo nome do ciencialist...
É o seguinte, o grupo já está criado, mas não sei se todo mundo vai
aceitar migrar pra lá e deixar o egroups...
Estou usando um servidor brasileiro e o novo grupo teria as
características do antigo, só que sem as #@!# publicidades no
início...
Como vc é um membro ativo da lista do egroups e a idéia foi sua,
gostaria que vc divulgasse o novo grupo...
Ficou assim olha:
1. Para se cadastrarem basta enviar um e-mail para
assinar-ciencialist@grupos.com.br
2. Para enviar as mensagens:
ciencialist@grupos.com.br
3. Para cancelar a assinatura:
cancelar-ciencialist@egroups.com.br
Entendeu tudo né léo??
P.S.: se quiser discutir isso mais rapidamente meu celular é (46) 9973
9320 estarei a noite estudando até umas três da manhã...Se não nos
falaremos por mail, mas só amanhã de manhã a partir das 08:30h blz?

Abraços,

Luiz Cláudio


______________________________________________
FREE Personalized Email at Mail.com
Sign up at http://www.mail.com/?sr=signup






SUBJECT: Pesquisa de opinião
FROM: "Thiago Maia" <thiago_m_santos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/09/2000 01:29

Olá, amigos da lista Ciencialist, esta é uma pesquisa de opinião promovida
pelo grupo Acrópolis, mas que gostaria de estender democraticamente a outros
grupos, caso um de vocês tenha interesse em participar. O resultado será
divulgado dentro de um mês e será encaminhado para cá também. Os amigos
daqui tanto podem votar como divulgar essa pesquisa para que outros que não
façam parte desse grupo também possam votar. Quaisquer dúvidas é só me
contatar em meu e-mail particular (thiago_m_santos@uol.com.br) que farei de
tudo para responde-las.


Deposite seu voto hoje! Verifique a nova pesquisa de opinião do grupo
acropolis:


Enquete: Qual é o maior filósofo de
todos os tempos? (Pode-se escolher mais
de um e se o(s) filósofo(s) de sua
preferência não estiver disponível,
você pode mandar sua resposta para
thiago_m_santos@uol.com.br que também
estará valendo)

o Sócrates
o Platão
o Aristotéles
o São Tomás de Aquino
o Descartes
o Espinosa
o Leibniz
o Kant
o Hegel
o Schopenhauer
o Nietzsche
o Karl Marx
o Bergson
o Husserl
o Wittgenstein


Para votar, visite a seguinte web page:

http://br.egroups.com/polls/acropolis

Nota: Não responda a esta mensagem. Votos de pesquisas não
são coletados por e-mail. Para votar num dos nomes citados,
é preciso ir ao site da web eGroups listado acima.

Obrigado!

Thiago Maia




SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Novo Grupo!!!!
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/09/2000 02:41

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>;
Enviada em: Sexta-feira, 1 de Setembro de 2000 00:37
Assunto: [ciencialist] En: Novo Grupo!!!!

> Também acho muito boa sua idéia de criar um novo grupo.
> Para isso já me adiantei um pouco e usei um servidor brasileiro, o...

Um probleminha: Estou há mais de uma hora (esta msg está sendo escrita às
02:35 de 01/10/00) tentando entrar no URL www.projetoeducar.com.br, que é a
página do Web Site do Projeto Educar que sedia os grupos nome@grupos.com.br,
e a página não entra nem a pau. Após cerca de 2 minutos recebo a mensagem "A
página não pode ser exibida". Neste mesmo período consegui entrar várias
vezes, através de outra janela, nas páginas principais dos seguintes grupos:
acropolis (eGroups), ciencialist (eGroups), argumentos (topica), tgbd
(eGroups), e até andei fazendo uma pesquisa no HotBot para encontrar a
página do antigo grupo fisica@news.com.br sem no entanto encontrá-la.
Encontrei porém várias listas de "physics" da relação do majordomo e cujas
páginas entravam imediatamente. Quase me inscrevi numa lista do Hawai, só
para testar. Não é por nada não, mas acho que os servidores brasileiros,
especialmente os gratuitos, têm ainda muito o que aprender em termos de
Internet. Se uma simples mensagem enviada pelo Léo consegue congestionar o
Projeto Educar numa madrugada de uma Sexta-feira, imaginem o que não seria
da nova "ciencialist" num horário de pico?

> Estou usando um servidor brasileiro e o novo grupo teria as
> características do antigo, só que sem as #@!# publicidades no
> início...

E quais seriam essas características? Por ocasião da leitura da msg anterior
do Léo (enviada à tarde de 31/01/00) consegui entrar na página acima citada
e não me ficou nítido se o grupo fornecia as seguintes facilidades:

1) Opção para leitura em e-mail ou em página Web;
2) arquivamento de página;
3) leitura pública das msgs antigas, e não apenas para os freqüentadores da
lista (às vezes queremos citar uma referência para ser lida por um aluno
e/ou conhecido);
4) megabytes à disposição para manutenção de textos de interesse geral;
5) chats (via de regra não utilizado pelos membros, porém existe);
6) garantia de funcionamento em tempo integral, independentemente das
condições meteorológicas.

Moral da história: Mais vale um pássaro voando do que dois na mão. Afinal,
os pássaros foram feitos para voar!

Se o grupo estiver disposto a mudar, tudo bem, mas não esqueçam de que são
amantes da ciência. Vamos pelo menos utilizar o método científico antes de
tomar uma decisão precipitada. :-)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Novo Grupo!!!!
FROM: "Claudio Abreu - Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/09/2000 03:11

É isso aí, Alberto... Muitas vezes a economia é a base da porcaria.

Claudio Abreu
-----Mensagem Original-----
De: Alberto Mesquita Filho
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: sexta-feira, 1 de setembro de 2000 02:41
Assunto: Re: [ciencialist] En: Novo Grupo!!!!




Meus Grupos | ciencialist Página Principal | Start a new group!


-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>;
Enviada em: Sexta-feira, 1 de Setembro de 2000 00:37
Assunto: [ciencialist] En: Novo Grupo!!!!

> Também acho muito boa sua idéia de criar um novo grupo.
> Para isso já me adiantei um pouco e usei um servidor brasileiro, o...

Um probleminha: Estou há mais de uma hora (esta msg está sendo escrita às
02:35 de 01/10/00) tentando entrar no URL www.projetoeducar.com.br, que é a
página do Web Site do Projeto Educar que sedia os grupos nome@grupos.com.br,
e a página não entra nem a pau. Após cerca de 2 minutos recebo a mensagem "A
página não pode ser exibida". Neste mesmo período consegui entrar várias
vezes, através de outra janela, nas páginas principais dos seguintes grupos:
acropolis (eGroups), ciencialist (eGroups), argumentos (topica), tgbd
(eGroups), e até andei fazendo uma pesquisa no HotBot para encontrar a
página do antigo grupo fisica@news.com.br sem no entanto encontrá-la.
Encontrei porém várias listas de "physics" da relação do majordomo e cujas
páginas entravam imediatamente. Quase me inscrevi numa lista do Hawai, só
para testar. Não é por nada não, mas acho que os servidores brasileiros,
especialmente os gratuitos, têm ainda muito o que aprender em termos de
Internet. Se uma simples mensagem enviada pelo Léo consegue congestionar o
Projeto Educar numa madrugada de uma Sexta-feira, imaginem o que não seria
da nova "ciencialist" num horário de pico?

> Estou usando um servidor brasileiro e o novo grupo teria as
> características do antigo, só que sem as #@!# publicidades no
> início...

E quais seriam essas características? Por ocasião da leitura da msg anterior
do Léo (enviada à tarde de 31/01/00) consegui entrar na página acima citada
e não me ficou nítido se o grupo fornecia as seguintes facilidades:

1) Opção para leitura em e-mail ou em página Web;
2) arquivamento de página;
3) leitura pública das msgs antigas, e não apenas para os freqüentadores da
lista (às vezes queremos citar uma referência para ser lida por um aluno
e/ou conhecido);
4) megabytes à disposição para manutenção de textos de interesse geral;
5) chats (via de regra não utilizado pelos membros, porém existe);
6) garantia de funcionamento em tempo integral, independentemente das
condições meteorológicas.

Moral da história: Mais vale um pássaro voando do que dois na mão. Afinal,
os pássaros foram feitos para voar!

Se o grupo estiver disposto a mudar, tudo bem, mas não esqueçam de que são
amantes da ciência. Vamos pelo menos utilizar o método científico antes de
tomar uma decisão precipitada. :-)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm


*** --- ***

>> Lista de VARIOS sites com noticias direcionadas a ciencia (FREE!)<<
http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html

*** --- ***




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Novo Grupo!!!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/09/2000 03:13

Oi Alberto,
recebi sua mensagem às 02:41 e desde então estou tentando entrar no projeto
educar. Nada ....... nadinha........
[]
'Léo
-----Mensagem Original-----
De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 1 de setembro de 2000 02:41
Assunto: Re: [ciencialist] En: Novo Grupo!!!!





SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Novo Grupo!!!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/09/2000 03:24








====================================================================
Ola Alberto (no horário noturno)
O Leonardo (do Excalibur) envia as informações:

"o grupos.com não oferece espaço para guardarmos arquivos, links,
tabelas, nem arquivos de mensagens
não se pode optar por ler as mensagens pela home page. O provedor é
lento, entre outras coisas."

O que bate com suas dúvidas.
Bem, concordo com sua atitude de 'método científico': não vamos trocar esse
modelo por outro não testado. Foi apenas uma sugestão de minha parte a
'inauguração' de um novo grupo. Mas, o egroups, sem dúvida tem suas
vantagens (e agora, uma desvantagem).
Que tal começarmos nossas mensagens na 7a. linha da página logo abaixo de um
traço duplo? Como fiz nessa mensagem.

Tentei né! :-)
[]'
Léo





SUBJECT: Re: Alumínio
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/09/2000 07:25

--- In ciencialist@egroups.com, Flávio Pandur wrote:
> Parece-me que eu estava fazendo
> uma confusão entre enferrujar e oxidar. Sempre tive em mente que
eram sinônimos ...

Por falar em oxidação de superfícies metálicas, vale a pena
ler "CONTRA EL OXIDO: Los científicos han desarrollado una
película plástica que elimina virtualmente la corrosión y el
óxido de las superficies metálicas" em "NOTICIAS DE LA CIENCIA
Y LA TECNOLOGIA" no URL http://www.egroups.com/message/ciencia2/96

> Qual seria então a definição de oxidar, ou seja, o que
> significa isso, qualquer que seja o material ?

A reportagem comenta alguma coisa a respeito e fornece um link
adicional. Obs.: É em espanhol.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Novo Grupo!!!!
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/09/2000 07:50

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 1 de Setembro de 2000 03:24
Assunto: Re: [ciencialist] En: Novo Grupo!!!!

> Ola Alberto (no horário noturno)

Olá Léo (no horário diurno)

> Foi apenas uma sugestão de minha parte a
> 'inauguração' de um novo grupo.

Muito boa, por sinal. Apenas acho que o seu amigo precipitou-se um pouco.

> Mas, o egroups, sem dúvida tem suas
> vantagens (e agora, uma desvantagem).

Pelo que notei, está surgindo uma segunda desvantagem no eGroups: Para toda
a msg que envio (a partir de ontem) recebo uma mensagem com os seguintes
dizeres:

"Your message with subject [[ciencialist] =?iso-8859-1?q?Re:_Alum=EDnio?=]
was not delivered to the following recipient: [rsilvino]. This recipient's
mailbox is full. Sua mensagem com assunto [[ciencialist]
=?iso-8859-1?q?Re:_Alum=EDnio?=] nao foi entregue ao seguinte
destinatario: [rsilvino]. A caixa-postal deste destinatario esta' cheia".

Não sei se o mesmo problema está acontecendo com os demais listeiros. Se
continuar assim, quando grande número dos listeiros entrar em férias isso
vai virar um horror. E se alguém fechar sua conta no provedor sem tomar o
cuidado de sair da lista? Será que não foi isso o que aconteceu com o
rsilvino? Recentemente o Luis forneceu uma relação de umas 10 contas
problemáticas. Se essas caixas-postais ficarem cheias vamos ter problemas
muito em breve.

> Que tal começarmos nossas mensagens na 7a. linha da página logo abaixo de
> um traço duplo? Como fiz nessa mensagem.

Isso depende de gosto, coisa pessoal e subjetiva. Ou então da maneira como o
Outlook está configurado para entrar na Internet (e isto atrapalha
principalmente quando abrimos o Outlook para leitura off line e a última msg
enviada estava em formato html -- o Outlook tenta entrar na Internet ao
seguir o link publicitário -- Esta falha não ocorreria se todos seguissem a
recomendação do Luis em não enviar msgs em html). E é possível que existam
outros incômodos a acontecerem num computador e não em outro.

Quanto a colocar um espaço em branco ou não, para mim não faz diferença, a
não ser pelo fato de ter que utilizar a barra de rolamento para ler a msg.

> Tentei né! :-)

Valeu.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: contra o envelhecimento
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/09/2000 08:30



www.bbc.co.uk/portuguese/omh00083115.htm


Pesquisadores garantem que vitória na luta
contra o envelhecimento é questão de tempo

Cientistas anunciaram que conseguiram pela
primeira vez prolongar a vida de um animal
com a aplicação de um tratamento contra o
envelhecimento.

Os vermes microscópicos que foram
submetidos ao tratamento contra
envelhecimento viveram 50% mais do que o
normal.

Segundo os pesquisadores britânicos e
norte-americanos que realizaram o trabalho,
os resultados das pesquisas indicam que de
fato há cura para a velhice.

Os cientistas acreditam que no futuro os
medicamentos usados no tratamento
experimental poderão ser utilizados no
combate às doenças que normalmente
ocorrem na velhice.

Joviais e ativos

O doutor Gordon Lithgow, da Universidade de
manchester, na Grã-Bretanha, um dos
integrantes da equipe de pesquisadores, disse
que os medicamentos utilizados se mostraram
eficazes no retardamento do envelhecimento
dos vermes: "Os vermes submetidos ao
tratamento permaneceram mais joviais e
ativos do que os que não receberam os
medicamentos."

Foram utilizados no estudo os vermes
Caenorhabditis elegans, que vêm sendo
analisado há anos em laboratório e dos quais
recentemente conseguiu-se decodificar o
mapa genético.

Ao fazerem a decodificação genética os
cientistas descobriram que 40% dos genes
dos vermes estão presentes nos seres
humanos.

Radicais livres

Os cientistas submeteram os vermes a um
coquetel de drogas anti-oxidantes, que
reproduzem o efeito de enzimas naturais que
eliminam os radicais livres - móleculas
altamente reativas que destroem as células.

Os pesquisadores acreditam que a razão do
prolongamento da vida dos vermes em 50% é
que os medicamentos evitam o estrago
causado pelos radicais livres.

Outros cientistas entretanto consideram que
apesar do resultado da pesquisa ser
cientificamente interessante, a experiência
precisa ainda ser confirmada em outros
organismos mais complexos.



SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Novo Grupo!!!!
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/09/2000 09:18

On Fri, 1 Sep 2000, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Um probleminha: Estou há mais de uma hora (esta msg está sendo escrita às
> 02:35 de 01/10/00) tentando entrar no URL www.projetoeducar.com.br, que é a
[...]
> Projeto Educar numa madrugada de uma Sexta-feira, imaginem o que não seria
> da nova "ciencialist" num horário de pico?

sem desmerecer nada em suas observacoes, mas nao existe horario de pico na
internet atualmente. o q. existe eh um periodo de baixa - q. comeca lah
pelas tres das manhas e se estende ateh umas oito horas... mas o vale
mesmo eh perto das seis da matina... nos demais periodos praticamente nao
ha´ diferenca de acesso. [o tamanho amostral era de cerca de 30.000
visitas, catalogadas de hora em hora.]

pelo menos eh a conclusao q. obtive em uma amostragem de dez sitios cujas
estatisticas de acessos estavam disponiveis.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Sobre a lista (administrativa-leitura recomendada)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/09/2000 10:41


O Egroups estah passando por adaptacoes devido incorporacao deste
servico pelo Yahoo!.

O processo de compra jah foi concluido e agora comecam os processos de
integracao entre os servicos do Yahoo! e antigo Egroups. Obviamente vao
ocorrer problemas, como ocorreram nas atualizacoes de sistema que foram
feitas pelo Egroups a um tempo atras.

Nao tenho informacoes sobre o sistema Grupos.com.br, mas pelo que
percebi em alguns e-mails enviados para a lista, o servico nao se compara
em qualidade ao do Egroups.

Qual eh o sistema de retorno financeiro do Grupos.com.br?

A Ciencialist possui um arquivo de mais de 5600 mensagens!! Serah que
seria interessante 'perder' tudo isso? Mesmo que durante o processo de
integracao com o Yahoo sejam deletadas todas as mensagens, eu jah tenho
arquivadas em meu micro as mensagens da 1 ateh a 2500 e vou
realizar o download das restantes.

Serah que eh adequado mudar TUDO simplesmente por causa de uma
propaganda no inicio do mail? Serah que atrapalha TANTO assim?

Quanto a mensagem de caixa de mensagens cheia (mailbox full), isto jah
aconteceu na Ciencialist e eh um problema isolado (eu acho)! Vou proceder
com a retirada daquele endereco de mail que estah causando o retorno de
mensagens de mailbox full. O problema deve estar relacionado com a
configuracao do sistema de mail daquele usuario.

Por enquanto NAO vou realizar nenhum tipo de migracao para outro servico
gratuito de listas. Seria precipitado demais. Isso poderia decretar a
morte da lista. Listas de discussao sempre foram sistemas mutantes, com
altos e baixos, e em alguns casos ... morte. :)

NAO me responsalizo por NENHUMA outra lista com o nome de Ciencialist.

Se alguem encontrar algum servico gratuito de listas, que possua
qualidade e garantia de estabilidade. Me avise!

Qualquer tipo de mudanca drastica na Ciencialist serah amplamente
debatida antes de ser realizada. Se necessario vou abrir uma votacao.
Alias, muitos nao sabem que o Egroups possibilita a criacao de uma
votacao.

Quem quiser saber mais sobre todos os servicos agregados a Ciencialist,
entre em

http://www.egroups.com/list/ciencialist/

Aceito sugestoes, criticas, etc.
Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.



SUBJECT: Re: Opus dei
FROM: "Alquimista " <lcs@chemist.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/09/2000 11:35

Saudações,

--- In ciencialist@egroups.com, "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> "Watson Fernando:
>
> Haverá algum site em português onde possamos pesquisar o opus
dei?
> Gostaria de conhecer os argumentos deste pessoal..."

No Fórum Cético Brasileiro estavam discutindo isso alguns dias
atrás,
se quiser participar emai para fcb-subscribe@egroups.com
Informações sobre o assunto vc encontra no endereço:
http://www.geocities.com/CapitolHill/Senate/4801/OpusDei.html

[]'s
Luiz



SUBJECT: Novamente feliz
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/09/2000 19:21

Enviaram-se parte das estatísticas do meu site no mês de agosto:
Analysis for the Month of Aug, 2000.

www.feiradeciencias.com.br


Total sessions served during period : 6394
Total search engine referred sessions : 157 (2.46%)
Total referred session : 4036 (63.12%)
Total blind (no referrer) sessions : 2201 (34.42%)
Total referring domains tracked during period : 72


Top 10 most active referring domains during period:
feiradeciencias.com.br with 2164 referrals made (51.66% of all
referrals)
radix.com.br with 312 referrals made (7.45% of all referrals)
cade.com.br with 308 referrals made (7.35% of all referrals)
moderna.com.br with 224 referrals made (5.35% of all
referrals)
terra.com.br with 151 referrals made (3.60% of all referrals)
yahoo.com with 139 referrals made (3.32% of all referrals)
osite.com.br with 114 referrals made (2.72% of all referrals)
esquinas.com.br with 86 referrals made (2.05% of all
referrals)
nmd.com.br with 64 referrals made (1.53% of all referrals)
aonde.com with 62 referrals made (1.48% of all referrals)

Tá bom, tá muito bom! Em setembro/outubro alcanço as 50 000 nesses poucos
meses de on-line!
Agradeço as referências feitas pelos amigos.
[]'
Léo



SUBJECT: Novo Grupo / sugestao para os muito incomodados
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/09/2000 22:46

PS : A sugestão se encontra no fim do email

> O Leonardo (do Excalibur) envia as informações:

hahahaha essa é nova, parece que a Excalibur é uma lista conhecidissima
e que não faço parte desta lista

> "o grupos.com não oferece espaço para guardarmos arquivos, links,
> tabelas, nem arquivos de mensagens
> não se pode optar por ler as mensagens pela home page. O provedor é
> lento, entre outras coisas."

Deixo me complementar ....

o Léo me falou do grupos.com como uma alternativa para combater os
anuncios que tem provocado estas recentes discussões.

Fui conferir o tal site .. naveguei para www.grupos.com.br (não lembro
se tinha br) e me submeti ao tour que eles oferecem. Não encontrei
menção a nenhum dos serviços acima citados. Não satisfeito fui para o
grupo fisica (/grupos/fisica) e na pagina deles não havia nada que
indicasse a exsitencia da mesma.

Pude chegar a duas hipóteses :

1 - Não oferecem o serviço : neste caso, o grupos.com não me
interessaria
2 - O serviço é mal divulgado : de que adianta um serviço se ng sabe que
ele existe ?

Um dos principais serviços oferecidos pelo egroups é o arquivo de
mensagens, diversos membros da Excaliubr se associaram por se
interessarem por algum assunto visto no arquivo, acredito que na
Ciencialist tenha acontecido o mesmo.

Outro aspecto importante, dentro da minha concepção de que numa
discussão quanto mais pontos de vistas são expostos, mais rica ela se
torna (nem sempre, mas na maioria das vezes) o Egroups possui um bom
sistema de busca que, expeculo eu, deve ser integrado ao Yahoo do mesmo
modo que a busca na USENET é integrada ao Altavista, possibilitando
assim uma propagação ainda maior de ideias e opniões (creio que seja
esse um dos principais objetivos de uma lista de discussão)

O Egroups possui dinheiro, o que significa estabilidade ... menos
mudanças futuras

Sair do Egroups pode ser uma alternativa vantajosa se, e somente se as
vantagens acima forem cobertas por outro grupo.

O Melhor hospedeiro free e sem propagandas que conheço é o geek.rcc.se
.. não sei se realmente nÃo tem propaganda ou os grupos que faço parte
pagam uma tarifa para remoção das mesmas. Dentre as vantajens
oferecidas, há um arquivo de mensagens e uma submissão periódica da
mesma para algumas ferramentas de busca (bom, pelo menos procurando por
alguns assuntos na net já me deparei com mensagens minhas)

===

Para os que REALMENTE não suportam as propagandas no inicio das
mensagens no egroups bolei a seguinte alternativa (um tanto trabalhosa)
:

Cria-se uma lista no egroups
Cria-se uma lista em outro provedor, sem anunciantes (grupos.com, por
exemplo)
Inscreva todos os membros na lista do outro provedor e inscreva o
endereço da lista no egroups nele também
Na lisa do egroups inscreva somente a lista do outro provedor e deixe o
modo de recebimento como web (caso contrario gerará um loop infinito)
Configura-se a lista do egroups para notificar todos futuros usuários
sobre a outra lista , que eles devem estar inscritos na outra lista
O endereço de postagem deve ser o da "lista-não-egroups"

Deste modo teriamos :
Divulgação que o egroups faz da lista
Arquivo de mensagens (o egroups armazenaria todas as mensagens enviadas
a ele pela outra lista)
Todos serviços do egroups
Possibilidade de leitura via web

percebam que é um tanto trabalhoso , só é uma alternativa válida para
quem se incomoda MUITO (digo muito mesmo) com os anúncios

> Que tal começarmos nossas mensagens na 7a. linha da página logo abaixo de um
> traço duplo? Como fiz nessa mensagem.

não acho legal termos emails maiores ... sou da velha guarda defensora
do texto puro em menor tamanho, se possível encodificado em 7 Bit (to
usando acento ... já era :( ) ... ou seja, teriamos um aumento
desnecessário no tamanho dos emails


SUBJECT: Re: [ciencialist] Novo Grupo / sugestao para os muito incomodados
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/09/2000 08:17

> O Leonardo (do Excalibur) envia as informações:

Léo: Correção, onde se lê (do Excalibur) leia-se (via Excalibur):

[]'
Léo

PS: Sugestão final do Léo para propaganda no início das mensagens: será que
não temos nenhum expert em programação, que seja capaz de incluir entre
"Criar regras a partir da mensagem", alguma instrução que elimine as 4 ou 5
primeiras linhas das mensagens antes de exibí-las?






SUBJECT: RE: [ciencialist] Novo Grupo / sugestao para os muito incomodados
FROM: "Dr. Zerdax" <lcs@chemist.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/09/2000 10:41

Sauda��es,

------Original Message------
From: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
To: ciencialist@egroups.com
Sent: September 2, 2000 1:46:48 AM GMT
Subject: [ciencialist] Novo Grupo / sugestao para os muito incomodados
===

>Para os que REALMENTE n�o suportam as propagandas no inicio das
>mensagens no egroups bolei a seguinte alternativa (um tanto
>trabalhosa)


>Cria-se uma lista no egroups

J� temos uma lista no egroups, vamos usar esta.

>Cria-se uma lista em outro provedor, sem anunciantes (grupos.com, por
exemplo)

J� est� criada, ciencialist@grupos.com.br

>Inscreva todos os membros na lista do outro provedor e inscreva >o
endere�o da lista no egroups nele tamb�m
>Na lisa do egroups inscreva somente a lista do outro provedor e
>deixe o modo de recebimento como web (caso contrario gerar� um >loop
infinito)
>Configura-se a lista do egroups para notificar todos futuros
>usu�rios sobre a outra lista , que eles devem estar inscritos >na
outra lista
>O endere�o de postagem deve ser o da "lista-n�o-egroups"

Eu penso que bastaria inscrever a lista do egroups, na lista do
grupos.
Note-se ent�o que, ao mandarmos mensagens para
ciencialist@grupos.com.br o provedor mandaria as mensagens para seu
associado que seria a ciencialist@egroups.com, j� no provedor do
egroups a mensagem seria distribuida para todos os email's da lista.

>Deste modo teriamos :
>Divulga��o que o egroups faz da lista
>Arquivo de mensagens (o egroups armazenaria todas as mensagens
>enviadas a ele pela outra lista)
>Todos servi�os do egroups
>Possibilidade de leitura via web

N�o sei se isso vai dar certo, mas podemos fazer um teste.

[]'s
Luiz

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\ / ASCII RIBBON CAMPAIGN - AGAINST HTML MAIL
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/ \ Movimento Pr�-acentua��o:
/ \ Use "MIME, quoted-printable, ISO-8859-1" em seu e-mail.



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SUBJECT: [ciencialist] Novo Grupo Teste
FROM: Dr.Zerdax <lcs@chemist.com>
TO: ciencialist@grupos.com.br
DATE: 02/09/2000 11:06

Saudagues,

Bem pessoal, fiz uns testes com uns outros grupos e deu certo, se vcs
receberem esta mensagem sem propagandas i porque nossa hipstese estava
correta, caso contrario vamos refuta-la.
(o moderador vai me fritar em acido)

[]'s
Luiz

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Seja bem vindo ao novo ciencialist!

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SUBJECT: RE: [ciencialist] Novo Grupo Teste
FROM: "Dr. Zerdax" <lcs@chemist.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/09/2000 11:14

N�o deu certo...

Vejam o que eu fiz:

1. criei um grupo no grupos.com.br
2. inscrevi a ciencialist@egroups.com
3. as mensagens enviadas no grupos v�o para o egroups, mas as
propagandas continuam.

Algu�m tem outra id�ia...???

Desculpas,
Luiz

------Original Message------
From: "Dr.Zerdax" <lcs@chemist.com>
To: ciencialist@grupos.com.br
Sent: September 2, 2000 2:06:35 PM GMT
Subject: [ciencialist] Novo Grupo Teste


-------------------------- eGroups Sponsor

Sauda��es,

Bem pessoal, fiz uns testes com uns outros grupos e deu certo, se vcs
receberem esta mensagem sem propagandas � porque nossa hip�tese estava
correta, caso contr�rio vamos refut�-la.
(o moderador vai me fritar em �cido)

[]'s
Luiz

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Novo Grupo Teste
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/09/2000 16:03

Deste modo não dá certo .. o que tinha bolado era exatamente o inverso
... ler as mensagens do na lista (grupos.com) , uma vez que é o egroups
que coloca as propagandas, todos os emails que passarem pelo
xxx@egroups.com receberão propaganda .. a sugestão de envio das
mensagens para o egroups que dei foi para que o arquivo de mensagens
estivesse disponível

Eu suma, as mensagens devem ser entregues a partir do grupos.com não
pelo egroups

> Não deu certo...
>
> Vejam o que eu fiz:
>
> 1. criei um grupo no grupos.com.br
> 2. inscrevi a ciencialist@egroups.com
> 3. as mensagens enviadas no grupos vão para o egroups, mas as
> propagandas continuam.
>
> Alguém tem outra idéia...???
>
> Desculpas,
> Luiz


SUBJECT: Re: [ciencialist] Novo Grupo / sugestao para os muito incomodados
FROM: "Augusto Jun Devegili" <devegili@inf.ufsc.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/09/2000 16:21

Léo,

Em primeiro lugar, depende do software para leitura de e-mail que o pessoal
utiliza. Outlook Express, Outlook, Messenger, Eudora, PINE, Pegasus e por aí
vai... Seria trabalho demasiado conseguir contemplar todos os possíveis
clientes de e-mail. No caso específico do Outlook Express, não me lembro de
haver como fazer esta remoção automática (certamente não é possível pelas
regras de mensagens que você citou). No caso do Outlook, como ele possui o
ambiente de programação VBA, pode-se pensar no caso. Para quem usa o
procmail no Unix, isto é bastante possível, posto que pode-se escrever
programas arbitrários para tratar as mensagens que são recebidas.

Cordialmente,

Augusto

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Saturday, September 02, 2000 8:17 AM
Subject: Re: [ciencialist] Novo Grupo / sugestao para os muito incomodados


| PS: Sugestão final do Léo para propaganda no início das mensagens: será
que
| não temos nenhum expert em programação, que seja capaz de incluir entre
| "Criar regras a partir da mensagem", alguma instrução que elimine as 4 ou
5
| primeiras linhas das mensagens antes de exibí-las?




SUBJECT: o que é a nanotecnologia ?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/09/2000 07:45

Nanotecnologia é uma tecnologia que se baseia na utilização
de átomos como blocos de construção. A utilização átomos
como unidade básica permite, em teoria, a construção de
nanomáquinas capazes de realizar tarefas até agora
inimagináveis. Permite ainda desenvolver novos materiais,
novos computadores e novos sistemas de arquivo de informação.

A ideia de utilizar estruturas atómicas construídas átomo a
átomo foi proposta por Richard Feynman num agora famoso
discurso em 1959, num encontro da Sociedade Americana de
Física na Universidade da Califórnia. Antes, nos anos 30,
já Arthur von Hippel tinha tido ideias semelhantes.
Nos anos 80 Eric Drexler reinventou a nanotecnologia. Para
alem de fazer investigação teórica em nanotecnologia,
Drexler tornou-se num evangelizador escrevendo livros de
divulgação e animando grupos de interesse no MIT.

Hoje em dia a nanotecnologia é reconhecida como uma
aposta estratégica do governo dos Estados Unidos. Espera-se
que a nanotecnologia seja o motor da próxima revolução
económica e que ajude a manter a taxa de crescimento
económico da última década.

Imagine-se o que se pode fazer se for possível manipular
a matéria ao nível do átomo. Podia-se, por exemplo,
construir circuitos electrónicos átomo a átomo.
Esta técnica permitiria fabricar processadores muito
mais pequenos e muito mais rápidos que os actuais.
Também seria possível guardar a informação a nível
atómico de modo que cada átomo representasse
um bit. Espera-se que os nanocomputadores sejam 1000
vezes mais rápidos que os actuais e que consigam
armazenar 1000 vezes mais informação.

A capacidade de manipular o átomo abre outras perspectivas.
Será possível construir nanomáquinas capazes de interactuar
com as células humanas ou mesmo com componentes das
células como o DNA. Esta tecnologia permite, por exemplo
, criar pequenas máquinas que circulam na corrente
sanguínea e que estão concebidas para detectar e destruir
células cancerosas. Também permite criar pequenas
máquinas programadas para corrigir doenças genéticas
alterando o DNA de cada célula.

Apesar desta tecnologia se basear em máquinas muito
pequenas acaba por ter consequências macroscópicas
porque é possível criar muitas destas máquinas. E a
forma de criar muitas destas máquinas é simples: as próprias
máquinas reproduzem-se. Claro que podem ficar for
a de controlo e conquistar o mundo. Esta é uma das
características principais da nanotecnologia: a
nanotecnologia é perigosa. Por si só a nanotecnologia
é perigosa, mas será ainda mais perigosa se cair em
mãos criminosas. Voltaremos a falar, aqui no
nonio.com, dos perigos da nanotecnologia. Para já a
nanotecnologia ainda nem existe. Também não nos
podemos esquecer disso…

Para já aqui ficam alguns links

Quem estiver interessado em saber mais sobre este assunto
deve ler: "Engines of Creation, The Coming Era of
Nanotechnology" de Eric Drexler que está disponível na
internet gratuitamente:
http://www.foresight.org/EOC/

Eric Drexler, criador, investigador, evangelizador
http://www.foresight.org/FI/Drexler.html

Zyvex, empresa de capital de risco que pretende criar
uma máquina de fazer nanomáquinas. Isto é um sistema
que permite manipular os átomos como bem se desejar.
http://www.zyvex.com/

Richard Feyman, Físico, que num agora famoso
discurso propôs a ideia da nanotecnologia
http://www.zyvex.com/nanotech/feynmanWeb.html

Iniciativa Nacional para a Nanotecnologia do Governo
Federal Americano
http://nano.gov

Foresight Institut, organização para a promoção da
nanotecnologia e para a prevenção dos respectivos perigos através
do esclarecimento do público
http://www.foresight.org
__________________________________________________
Este texto sobre nanotecnologia foi produzido para o
nonio.com (http://www.nonio.com), um portal de
ciência e tecnologia escrito em português. Acreditamos
que a informação deve (quer) ser livre. Acreditamos que
a cultura científica deve chegar a toda a gente. Encorajamos
a distribuição deste texto, pedimos apenas que
mantenha esta mensagem.


SUBJECT: Re: [ciencialist] (unknown)
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/09/2000 11:31

As notícias sobre um Oceano em Europa (lua de Jupiter)não é
nova
o que é novo é que agora há uma nova prova. As observações
do campo magnético de Europa podem ser explicadas pela
existência de água salgada no interior da superficie gelada.

Joao
http://www.nonio.com

Leandro Holanda wrote:
>
>
> Cientistas norte-americanos que a possibilidade de encontrar vida fora do
> Sistema Solar está um passo mais próxima. Eles já tem a evidência mais
> convincente de que uma das luas de Júpiter (Europa) tem um oceano líquido
> sob uma superfície de gelo.
>
> PHYSICS & ASTRONOMY NEWS -------------------------------------+
>
> Scientists in the US say the possibility of finding life elsewhere
> in the Solar System is a step closer. They have found the most
> convincing evidence yet that one of the moons of Jupiter -
> called Europa - has a liquid ocean beneath its icy surface.
> http://news.bbc.co.uk/hi/english/sci/tech/newsid_895000/895634.stm
>
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>
> Share information about yourself, create your own public profile at
> http://profiles.msn.com.
>
> *** --- ***
>
> >> Lista de VARIOS sites com noticias direcionadas a ciencia (FREE!)<<
> http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html
>
> *** --- ***


SUBJECT: Virus
FROM: Silvio Cordeiro Filho <scf@escelsa.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/09/2000 12:40

Luiz Roberto:

Pertinente sua decisão de nao liberar anexos. Eu mesmo fui atacado pelo
virus. é um anexo com o final "gif". Só a última versão do Norton o
detecta.
sds,
silvio



SUBJECT:
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: wpaniago@ift.unesp.br, anderson@if.sc.usp.br, samira@fma.if.usp.br, talarico@ift.unesp.br, ciencialist@egroups.com, dos_mano@eGroups.com, seti-brasil@eGroups.com, skeptic@eGroups.com, hydrinos@egroups.com, Super_Energy@egroups.com, planetafisica@egroups.com, quantica@egroups.com, fcb@egroups.com, kronus.randall.ms.@bol.com.br, dholanda@netx.com.br, dholanda@sna.com.br, dholanda@usa.net, mjuliana@globo.com.br, majucalazans@bol.com.br, neowolf@terra.com.br, liviaholanda@usa.net, jdrufato@ig.com.br, nbh@mailbr.com.br
DATE: 03/09/2000 12:57

Cientistas norte-americanos que a possibilidade de encontrar vida fora do
Sistema Solar est� um passo mais pr�xima. Eles j� tem a evid�ncia mais
convincente de que uma das luas de J�piter (Europa) tem um oceano l�quido
sob uma superf�cie de gelo.


PHYSICS & ASTRONOMY NEWS -------------------------------------+

Scientists in the US say the possibility of finding life elsewhere
in the Solar System is a step closer. They have found the most
convincing evidence yet that one of the moons of Jupiter -
called Europa - has a liquid ocean beneath its icy surface.
http://news.bbc.co.uk/hi/english/sci/tech/newsid_895000/895634.stm

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SUBJECT: electron
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: wpaniago@ift.unesp.br, anderson@if.sc.usp.br, samira@fma.if.usp.br, talarico@ift.unesp.br, ciencialist@egroups.com, seti-brasil@eGroups.com, skeptic@eGroups.com, hydrinos@egroups.com, Super_Energy@egroups.com, planetafisica@egroups.com, quantica@egroups.com, fcb@egroups.com
DATE: 03/09/2000 13:05

Novidade:

O professor de f�sica e engnharia Humphrey Maris prop�s que � poss�vel
dividir o el�tron.

Brown professor of physics and engineering Humphrey Maris proposes that it
is possible to split the electron.
http://www.brown.edu/Administration/News_Bureau/2000-01/00-009.html

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SUBJECT: Re: [ciencialist] (unknown)
FROM: "Francisco C. Brito" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/09/2000 19:33

>
> Leandro Holanda wrote:
> >
> >
> > Cientistas norte-americanos que a possibilidade de encontrar
vida fora do
> > Sistema Solar está um passo mais próxima. Eles já tem a evidência mais
> > convincente de que uma das luas de Júpiter (Europa) tem um oceano
líquido
> > sob uma superfície de gelo.
> >

Jupter e Europa estão fora do sistema solar?



SUBJECT: e.t.
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/09/2000 22:34

" Cientistas norte-americanos que a possibilidade de encontrar
>vida fora do Sistema Solar est� um passo mais pr�xima. Eles j� tem a
>evid�ncia mais convincente de que uma das luas de J�piter (Europa) tem um
>oceano l�quido sob uma superf�cie de gelo."

>Francisco C. Brito:
>
>Jupter e Europa est�o fora do sistema solar?
>
>

N�o. Mas, uma vez que encontre-se vida e.t. (mesmo que unicelular e, em
nosso sistema) aumentar� em muito nosso conhecimento sobre o que � vida (bem
como, como ela surgiu).
Encontrando vida unicelular em Europa ou Marte ficaremos convencidos da
facilidade de surgir vida fora de nosso Sistema Solar (dada a quantidade
enorme de estrelas no Universo).

Abra�os
Leandro.
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SUBJECT: Re: electron
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/09/2000 03:18

"Leandro Holanda" wrote:

> Brown professor of physics and engineering Humphrey Maris proposes
> that it is possible to split the electron.
> http://www.brown.edu/Administration/News_Bureau/2000-01/00-009.html

Interessante a reportagem. Resta saber qual seria a carga elétrica
das frações resultantes. Ou será que o elétron não tem
carga elétrica, como tenho proposto em minha teoria? Bem, é
possível que o artigo original comente isso de maneira mais
acadêmica. Vamos esperar.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Deus é Godelizavel !!
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/09/2000 09:43

Deus é Godelizavel !!

Deus não consegue provar que esta frase é verdadeira!!
A frase é verdadeira. A demonstração fica ao cuidado do leitor.
Comentários ?
Logo, Deus não consegue provar uma frase verdadeira.
Logo, Deus não é Omnipotente. Deus é godelizavel...

__________________________________________________
Este texto sobre nanotecnologia foi produzido para o
nonio.com (http://www.nonio.com), um portal de
ciência e tecnologia escrito em português. Acreditamos
que a informação deve (quer) ser livre. Acreditamos que
a cultura científica deve chegar a toda a gente. Encorajamos
a distribuição deste texto, pedimos apenas que
mantenha esta mensagem.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/09/2000 10:34



João Mário Miranda wrote:

>
> Deus é Godelizavel !!
>
> Deus não consegue provar que esta frase é verdadeira!!

Nem que ela eh falsa,
Se Deus nao existe como ele conseguiria provar algo ?

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/09/2000 10:36



> Nem que ela eh falsa,
> Se Deus nao existe como ele conseguiria provar algo ?

Ninguem consegue provar que ela é falsa.
Provar uma não existência é impossível.

João
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/09/2000 10:58



João Mário Miranda wrote:

> > Nem que ela eh falsa,
> > Se Deus nao existe como ele conseguiria provar algo ?
>
> Ninguem consegue provar que ela é falsa.
> Provar uma não existência é impossível.

Eh uma tarefa corriqueira em matematica e logica provar a inexistencia
de algo :
Chama-se prova por absurdo (ou por reducao ao absurdo).
Ela eh baseada, se nao me engano, na seguinte tautologia :
( (A=>B) ^ ( ~ B ) ) => ( ~A )

Le-se : Se a implica B e Nao B entao temos nao A .

Ou seja se uma proposicao (A) ou sua consequencia logica (B) implica
em um absurdo ( ~B ) entao segue que ( ~A ) eh verdadeiro.

Assim numa demonstracao por absurdo , *assume-se* , temporariamente,
que o que se quer provar HIPOTESE ou suas consequencias seja verdadeira.

E, a partir de inferencias logicas chega-se num ABSURDO, entao
depreende-se
que a HIPOTESE ERA FALSA.


No caso, se Deus existe implica em contradicao , entao Deus nao existe.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!
FROM: "JOHN CONSTANTINE" <jconstan@sercomtel.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/09/2000 11:57

Olá Jocax e lista.

Isto não demonstra o inexistente, demonstra que uma proposição é inválida. E
isto a partir da constatação de que sua conseqüência lógica é um absurdo.

Como provar que não existem sapos vermelhos?

Aliás, como propor que existem sapos vermelhos?

Não se prova o inexistente, porque sequer se pode propor algo inexistente.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/09/2000 15:02

-----Mensagem Original-----
De: "João Mário Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 5 de Setembro de 2000 10:36
Assunto: Re: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!

> Ninguem consegue provar que ela é falsa.
> Provar uma não existência é impossível.

Olá João

Nada é impossível para o Jocax. Ele consegue até mesmo provar que a lógica é
impossível (Utilizando-se da lógica, é claro). Há mais segredos entre nós e
o Jocax do que supõe a nossa vã filosofia (com a devida permissão dos demais
ciencialisteiros para utilizar aqui a expressão filosofia).

Olá Jocax

Não me leve a mal. Sua demonstração "é o maior barato". Eis que surge, nos
estertores do segundo milênio, o verdadeiro sucessor dos grandes filósofos
da antigüidade. Continue brindando-nos com sua sabedoria ímpar.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/09/2000 15:19

-----Mensagem Original-----
De: "Rodrigo Frizzo Viecilli" <philox@zaz.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 25 de Agosto de 2000 14:49
Assunto: RES: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!

> E eu tenho que ouvir isso...

Rigorosamente falando, não. Porém, para não perder o amigo, faça o seguinte:
Leia a mensagem, dê boas risadas e/ou fique vermelho de raiva, responda com
ou sem lógica (isto pouco importa, pois a msg tem pouco de conteúdo lógico
não-jocaxiano), xingue se quiser (com moderação, é claro) e depois delete a
mensagem. Você poderia também solicitar ao Outlook que deletasse, por alguns
dias, todas as msgs que contivessem, no item "Assunto", a palavra
"Godelizavel". Com isso não receberia as asneiras que estou escrevendo em
resposta ao seu protesto, bem como as msgs dos demais que entraram na onda
(como você).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/09/2000 15:24



Alberto Mesquita Filho wrote:

> da antigüidade. Continue brindando-nos com sua sabedoria ímpar.

Olha que vou comecar mandar pra lista algums ideias ESTARRECEDORAS !!
Seria um capitulo do meu futuro-e-incerto livro sobre o Genismo !
O capitulo teria o titulo : "Alem do Genismo"
[]s
jocax



SUBJECT: M�sculos
FROM: "Thelonious Monk" <gilgamesh@zipmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/09/2000 15:28

Colegas listeiros

Estou procurando ajudar uma colega numa pesquisa com
rela��o a joelho.

T�picos: For�a Muscular, flexor e extensor de joelho.

Medidas no aparelho Cybex (?)

Gostar�amos de refer�ncias (links, livros, ...) sobre
a atua��o do m�sculo em fun��o da (bio)qu�mica,
(bio)f�sica, etc... Como ocorre a transforma��o
da energia bioqu�mica em movimento? ou algo assim.

Agrade�o qualquer colabora��o

Abra�os

Sandro Silva
________________________________________________
Don't E-Mail, ZipMail! http://www.zipmail.com/


SUBJECT: Re: [ciencialist] Músculos
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/09/2000 16:12

Sandro,

> Gostaríamos de referências (links, livros, ...) sobre
> a atuação do músculo em função da (bio)química,
> (bio)física, etc... Como ocorre a transformação
> da energia bioquímica em movimento? ou algo assim.

vc pode encontrar informacoes detalhadas em qq livro de fisiologia (geral
ou medica/humana)... um dos mais famosos eh o 'Fisiologia Humana' de
Guyton.

grosso modo, existem nas celulas musculares dois tipos de proteinas cada
qual organizadas em diversos feixes paralelos ao sentido do musculo: um
feixe eh formado por moleculas de actina e outro por moleculas de miosina.

os feixes de miosina apresentam protuberancias por todo o seu comprimento
semelhante a cabecas de tacos de golfe. essas protuberancias ligam-se a
locais especificos dos feixes de actina, locais esses regularmente
distribuidos pelo comprimento do feixe.

qdo uma molecula de atp (produzida por toda aquela cadeia metabolica de
degradacao de acucares, lipidios e proteinas) liga-se a uma dessas
protuberancias, ela causa uma modificacao na distribuicao eletronica da
molecula, o q. leva a uma alteracao na forma dessa mesma molecula. essa
alteracao na forma resulta no desligamento da protuberancia do feixe de
actina, seguido de uma articulacao dessa protuberancia.

pra ilustrar essa situacao, cerre um dos punho, estenda o braco com a face
inferior voltada para cima e com o pulso dobrado para tras. estenda o
outro braco e encoste sobre o punho fechado, mais ou menos na metade do
comprimento do braco. o movimento correspondente aos feixes proteicos,
seria desencostar o punho do braco (o desligamento) e inclinar o punho
ligeiramente para a frente (a articulacao da protuberancia).

bem, a extremidade da protuberancia fica agora proximo a um outro sitio de
ligacao da fibra de actina, ao qual se liga. essa ligacao causa uma nova
modificacao na distribuicao eletronica da molecula e uma nova mudanca de
forma, a protuberancia articula novamente, mas no sentido contrario. e
como agora estah ligada ao feixe de actina cria uma tracao -- e as fibras
de actina e de miosina deslizam-se uma sobre a outra. como as fibras de
actina estao ancoradas nas extremidades das celulas, ocorre uma contracao
delas e consequentemente do musculo.

voltando 'a ilustracao, seu punho q. estava livre e ligeiramente voltado
para a frente deve agora se apoiar novamente no outro braco (logicamente
ele deverah ficar apoiado em um ponto ligeiramente 'a frente ao q. estava
originalmente). incline o punho novamente para tras, sem desencostar do
ponto de apoio -- o outro braco deverah ser puxado para tras com esse
movimento...

um detalhamento maior ainda pode ser encontrado nos bons livros de
bioquimica... um tijolao eh o 'biochemistry' de Voet & Voet. boa diversao.

alguns vinculos/links:

http://www.ultranet.com/~jkimball/BiologyPages/M/Muscles.html

http://www.brookscole.com/biology/member/student/humphysio/index.html --
demora bastante pra carregar as animais em shockwave...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: electron
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/09/2000 22:55

>"Alberto Mesquita Filho"

> > Brown professor of physics and engineering Humphrey Maris proposes
> > that it is possible to split the electron.
> >

>Interessante a reportagem. Resta saber qual seria a carga el�trica
>das fra��es resultantes.

Como a carga deve ser conversada, a soma das cargas do sistema que componha
o eletron (se e' que ele e' divisivel) deve ser igual a 1,6x10^-19 C.

>Ou ser� que o el�tron n�o tem
>carga el�trica, como tenho proposto em minha teoria?

O eletron tem carga. Se ele e' passivel de divisao, entao poderiamos no
maximo imaginar que uma de suas partes nao possua carga (como ja' foi
encontrada em algumas particulas partes que nao possuem carga) .

Abracos
Leandro
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: electron
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/09/2000 23:02

>Como a carga deve ser conversada, a soma das cargas do sistema que

Erro. Quis dizer:"Como a carga dever ser CONSERVADA..."
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: electron
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/09/2000 23:50

Ol� pessoas!

Vcs se lembram dessa pergunta que fiz em 08/08/2000?
"Voltando aos famigerados el�trons e suas cargas elementares. O que
aconteceria se existissem cargas elementares de rela��o irracional, como,
por exemplo, q e q' = q. \/2 (q vezes raiz quadrada de 2)?
[]'
L�o"

Belis�rio respondeu, em 09/08/2000:

" Interessante esta quest�o. Se encontr�ssemos dois objetos com rela��o
irracional entre suas cargas, significaria que existem part�culas diferentes
com rela��o irracional entre suas cargas - e que essas part�culas
constituiriam o objeto. Ora, se dentro de um �tomo existissem part�culas com
rela��o irracional entre suas cargas, a n�o ser que cada part�cula tivesse
uma contraparte negativa presente no �tomo, este jamais poderia ser neutro.
Ora, se os �tomos n�o pudessem ser neutros, o Universo n�o poderia existir.
Porque a for�a eletromagn�tica � muito forte, muit�ssimo mais forte que a
gravitacional (acho que algu�m j� disse a�: pense que voc� pode levantar um
prego com um m�sero �m� de geladeira, contra a a��o gravitacional de toda a
Terra). As cargas el�tricas que porventura vemos nos objetos (por exemplo,
na tela de uma TV rec�m-desligada) s�o devidas a quantidades extremamente
diminutas de el�trons a mais (ou a menos) em rela��o � quantidade de �tomos
total do objeto. Se cada �tomo contribu�sse com uma carga, todos os objetos
teriam uma carga estupidamente enorme e o Universo colapsaria num enorme Big
Crunch eletromagn�tico, ou explodiria num enorme Big Bang eletromagn�tico.

At�,
Belis�rio"

Agora vem a quest�o de quebrar o el�tron. Se as partes s�o dotadas de carga,
as raz�es de cada duas delas deve ser racional e a soma delas 'a atual carga
elementar'. Bolas, ser� que v�o dividir o el�tron cuidando dessa
distribui��o de cargas?

[]'
L�o

>"Alberto Mesquita Filho"

> > Brown professor of physics and engineering Humphrey Maris proposes
> > that it is possible to split the electron.
> >

>Interessante a reportagem. Resta saber qual seria a carga el�trica
>das fra��es resultantes.

Como a carga deve ser conversada, a soma das cargas do sistema que componha
o eletron (se e' que ele e' divisivel) deve ser igual a 1,6x10^-19 C.

>Ou ser� que o el�tron n�o tem
>carga el�trica, como tenho proposto em minha teoria?

O eletron tem carga. Se ele e' passivel de divisao, entao poderiamos no
maximo imaginar que uma de suas partes nao possua carga (como ja' foi
encontrada em algumas particulas partes que nao possuem carga) .

Abracos
Leandro




SUBJECT: off-topic: CALCULADORA CIENTIFICA
FROM: Paulo S�rgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/09/2000 08:15

Amigos:

- Em primeiro lugar, perdoem o off-topic.

- Alguem possui experiencia com calculadoras
cientificas ? Estou estudando alguns modelos,
para comprar uma, e gostaria de algumas
dicas.

- Gentileza entrar em contato EM PRIVATE.

Paulo S�rgio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: En: Genética
FROM: "Valenca" <valenca@espcex.unicamp.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/09/2000 08:27


-----Mensagem original-----
De: Valenca <valenca@espcex.unicamp.br>
Para: ciencialist@egroups.com <ciencialist@egroups.com>
Data: Quarta-feira, 6 de Setembro de 2000 08:26
Assunto: Genética


Campinas, 6 de setembro de 2000.
Prezados amigos,

Gostaria de saber se podem me indicar pessoas, matérias, links, publicações ou qualquer outra fonte de consulta onde se possa achar comentários de genética relacionados com cães. Ou seja, que apresente algum estudo já realizado sobre dominância genética ou melhoramento genético de raças de cães.
Caso alguém possa me ajudar, por gentileza envie a informação para capvalença@aol.com ou para valenca@espcex.unicamp.br .
Um abraço!
PAULO VALENÇA


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: electron
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/09/2000 08:31

#######################################################
Ol� pessoas!
Destaquemos um trecho do texto do Belis�rio:

##Belis�rio respondeu, em 09/08/2000
Porque a for�a eletromagn�tica � muito forte, muit�ssimo mais forte que a
gravitacional (acho que algu�m j� disse a�: pense que voc� pode levantar um
prego com um m�sero �m� de geladeira, contra a a��o gravitacional de toda a
Terra).##

A respeito disso, o Roberto Takata j� ponderou que essa 'hist�ria' de
comparar tais for�as soa estranho, uma vez que n�o temos os elementos
unit�rios de compara��o. Isso foi posto l� pelos meados do m�s anterior.
Na oportunidade propus que: tal compara��o s� seria poss�vel se pud�ssemos
obter um 'equivalente em massa' da carga el�trica. Algu�m cogitou algo sobre
isso? Houve discuss�o? Ser� que perdi alguma mensagem?
E, com essa nova hist�ria de dividir o el�tron ....

[]'
L�o
#######################################################



SUBJECT: Re: [ciencialist] off-topic: CALCULADORA CIENTIFICA
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/09/2000 08:41

###############################################
Oi S�rgio,
Por que n�o usa um programa de calculadora cient�fica no micro?
Vc pode obter isso em:
http://www.fbnet.pt/elektor/downloads.shtml
psimath_v220.zip (2,1 MBytes) - Programa que cria em ambiente Windows uma
calculadora cient�fica.

L� h� tb um excelente programa para gera��o de gr�ficos e regress�o linear
(� o que uso para fazer os gr�ficos que coloco em meu site). Superp�e 12(?)
gr�ficos. Pode colocar a fun��o e ver suas derivadas sucessivas (isso � j�ia
para as fun��es harm�nicas que uso na Sala de Ondas e Ac�stica).
egr32c32.zip (1,1 MBytes) - Programa para Windows que apresenta equa��es
matem�ticas na forma gr�fica.

H� tb programa para c�lculo de bobina etc.

[]'
L�o
#################################################




-----Mensagem Original-----
De: Paulo S�rgio Dias <psdias@zaz.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 6 de setembro de 2000 08:15
Assunto: [ciencialist] off-topic: CALCULADORA CIENTIFICA



Amigos:

- Em primeiro lugar, perdoem o off-topic.

- Alguem possui experiencia com calculadoras
cientificas ? Estou estudando alguns modelos,
para comprar uma, e gostaria de algumas
dicas.

- Gentileza entrar em contato EM PRIVATE.

Paulo S�rgio Dias
psdias@globo.com.br



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SUBJECT: Genética
FROM: "Valenca" <valenca@espcex.unicamp.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/09/2000 08:54

Campinas, 06 de setembro de 2000.
Prezados amigos do egroups,

Caso haja algum biólogo no grupo, gostaria que me ajudasse a entender um fato que aconteceu com uma criação de animais.
Venho acompanhando alguns canis na criação de cães que apresentam entre seus descendentes alguns exemplares anuros (sem cauda), na proporção de cerca de 1/5 das ninhadas onde os pais possuem a carga genética compatível ao aparecimento desta característica.
Segundo o relato dos criadores, os filhos de pais anuros nascem todos anuros, embora com variaçôes no comprimento da reduzida cauda, o que me levou a entender a característica anura como recessiva. Acontece, porém, que um desses criadores me relatou o nascimento de um filhote com cauda, sendo filho de anuros, o que, aparentemente, derruba a minha teoria da recessividade dos anuros.
Já pensei na possibilidade de ter acontecido, no caso em questão, um cruzamento paralelo da mãe da ninhada com outro macho não anuro. Como não convém duvidar dos cuidados do criador em relação ao seu plantel, tenho procurado alguma outra explicação para este fato. Caso alguém possa me ajudar, eu agradeço muito.
Um abraço,
PAULO VALENÇA


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Genética
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/09/2000 09:11

Como sabe que há apenas um gene envolvido ?
O mais provavel é que exista mais que um gene
envolvido, o que explica a observação de comprimentos
de cauda variavel.

João

Valenca wrote:
>
>
> Campinas, 06 de setembro de 2000.
> Prezados amigos do egroups,
>
> Caso haja algum biólogo no grupo, gostaria que me ajudasse a entender um fato que aconteceu com uma criação de animais.
> Venho acompanhando alguns canis na criação de cães que apresentam entre seus descendentes alguns exemplares anuros (sem cauda), na proporção de cerca de 1/5 das ninhadas onde os pais possuem a carga genética compatível ao aparecimento desta característica.
> Segundo o relato dos criadores, os filhos de pais anuros nascem todos anuros, embora com variaçôes no comprimento da reduzida cauda, o que me levou a entender a característica anura como recessiva. Acontece, porém, que um desses criadores me relatou o nascimento de um filhote com cauda, sendo filho de anuros, o que, aparentemente, derruba a minha teoria da recessividade dos anuros.
> Já pensei na possibilidade de ter acontecido, no caso em questão, um cruzamento paralelo da mãe da ninhada com outro macho não anuro. Como não convém duvidar dos cuidados do criador em relação ao seu plantel, tenho procurado alguma outra explicação para este fato. Caso alguém possa me ajudar, eu agradeço muito.
> Um abraço,
> PAULO VALENÇA
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/09/2000 11:46



JOHN CONSTANTINE wrote:

> Olá Jocax e lista.
>
> Isto não demonstra o inexistente, demonstra que uma proposição é
> inválida.

Se a propria proposicao eh a existencia de algo e esta proposicao leva
a um absurdo
entao este algo nao existe.

Por exemplo : "Embaixo de sua cadeira existe um sapo vermelho"
Assim, Vc pode refutar a existencia deste ser.


> E
> isto a partir da constatação de que sua conseqüência lógica é um
> absurdo.
>
> Como provar que não existem sapos vermelhos?
>

Vc poderia provar desde que sua existencia IMPLICASSE em algum absurdo,
como isso, em principio, NAO ocorre, vc nao pode provar.


>
> Aliás, como propor que existem sapos vermelhos?

Bastaria achar um deles.



>
>
> Não se prova o inexistente, porque sequer se pode propor algo
> inexistente.
>

Entao vc AINDA acredita q existe um sapo vermelho em baixo de sua
cadeira? :-)

[]s
jocax




SUBJECT: [Fwd: Fui removido do CVF]
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/09/2000 11:57

Soh para agitar um pouco :-)
[]s
jocax



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/09/2000 12:57

Há teoremas da teoria dos numeros que ainda não foram
provados. Provavelmente são verdadeiros e provavelmente
são impossiveis de provar.

João

Rodrigo Frizzo Viecilli wrote:
>
> Discordo.
> É possível sim provar o inexistente, em um conjunto determinado.
> Por exemplo, posso provar que no conjunto dos números inteiros não existe o
> número pi.
> Não é possível provar que algo não existe quando o conjunto não está
> determinado por suas propriedades ou pela listagem de seus elementos.
> Há ainda, em lógica, o chamado princípio do terceiro excluído, de Bertrand
> Russell, que alguns utilizam, outros não.
> Basicamente, afirma que quando uma proposição não pode ser verdadeira ou
> falsa, então o objeto da proposição não existe.
> É o caso do "barbeiro que barbeia a todos que não barbeiam a si próprios".
> Eu não aceito este princípio, pois não aceito tal proposição como
> logicamente possível, é apenas gramaticamente possível (argumento
> wittgensteiniano)- portanto nada ontológico pode ser concluído de uma
> proposição mal construída.
>
> PhiloX
>
> -----Mensagem original-----
> De: JOHN CONSTANTINE [mailto:jconstan@sercomtel.com.br]
> Enviada em: Terça-feira, 5 de Setembro de 2000 11:57
> Para: ciencialist@egroups.com
> Assunto: Re: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!
>
> Olá Jocax e lista.
>
> Isto não demonstra o inexistente, demonstra que uma proposição é inválida. E
> isto a partir da constatação de que sua conseqüência lógica é um absurdo.
>
> Como provar que não existem sapos vermelhos?
>
> Aliás, como propor que existem sapos vermelhos?
>
> Não se prova o inexistente, porque sequer se pode propor algo inexistente.
>
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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/09/2000 13:24

On Sat, 26 Aug 2000, Rodrigo Frizzo Viecilli wrote:
> É possível sim provar o inexistente, em um conjunto determinado.
> Por exemplo, posso provar que no conjunto dos números inteiros não existe o
> número pi.

Isso porq. em matematica temos o privilegio de fixar as premissas basicas
-- os axiomas. No mundo real nao.

Montamos um argumento generico:

premissa 1 P1
premissa 2 P2
----------
conclusao C<12>

Pela logica classica, se P1 eh verdadeiro e P2 eh verdadeiro, entao C<12>
eh verdadeiro. Se P1 eh falso e P2 eh verdadeiro, C<12> eh falso. Se P1
eh V e P2 eh F, C<12> eh F. Agora se P1 eh F e P2 eh F, C<12> pode ser V
ou F.

Vamos aos exemplos, pra clarificar:

- Todos os descendentes de orientais tEm os olhos mais ou menos
amendoados;
- Eu sou descendente de orientais
----------------------------------------------------------------
- Logo, eu tenho olhos amendoados

Bem, digamos q. eu tenha olhos amendoados. Isso eh compativel com as duas
premissas: a conclusao eh verdadeira. Se eu estiver testando a hipotese de
q. todos os descendentes de orientais tEm olhos mais ou menos amendoados,
entao essa hipotese eh corroborada. Se eu estiver testando a hipotese de
eu ser descendente de orientais, entao eh essa hipotese q. eh corroborada.
Note-se q. a observacao pode ser congruente com o argumento, mas as
premissas podem ser falsas: digamos q. eu fosse descendente direto de
amerindios (nativos americanos no linguajar PC ou nativos do continente
entre o Oceano Atlantico e Pacifico na linguagem NPC - neo-politicamente
correta)...

Mas digamos q. eu nao tenha olhos amendoados... Uma das premissas pelo
menos tem q. ser falsa. Qual delas? A primeira? A segunda? Ambas?

Eh aqui q. esgota a possibilidade de refutacao, por si soh, de uma
premissa especifica em um teste ou argumentacao logica. O q. normalmente
levamos em conta? Nao eh apenas uma experiencia ou um argumento, mas quase
sempre levamos em conta tbm um grande conjunto de outras observacoes q.
formam uma rede de argumentos.

Temos indicios de uma certa homogeneidade genetica entre os orientais no
q. diz respeito 'a forma geral do olho. Somos induzidos pelas centenas de
observacoes anteriores de q. os japoneses, chineses, coreanos e mongois
apresentam olhos 'puxados'... Eh mais provavel q. se eu nao apresentasse
os olhos amendoados, de inicio as pessoas duvidassem de q. eu fosse
descendente de orientais.

Se paressemos por aqui eh provavel q. a coisa toda ficasse nesse pe'
mesmo.

Mas digamos q. eu apresente o meu RG, comprovando a filiacao em relacao a
pessoas orientais. Q. apresente meus pais. Q. apresente uma analise
genetica q. aponta para a veracidade da filiacao biologica. A balanca
provavelmente penderia para o outro lado. Mas eh possivel q. alguns ainda
creditem isso 'a falha dos testes ou falsificacao pura e simples. E assim
a coisa toda caminha.

Claro q. rapidamente isso tudo comeca a cair no ridiculo -- ilusao de
optica, manipulacao genetica, cirurgia plastica de alto refinamento,
alteracao na constante gravitacional, etc...

Eh aqui q. entra a navalha de Occam, o criterio estetico, o 'alem de qq
duvida razoavel'...

Uma prova matematica eh segura porq. aceitamos as premissas basicas -- os
axiomas -- como verdadeiras. Nos a determinamos assim. Esse luxo nao temos
com o mundo 'real', concreto.

Depois da redescoberta do trabalho de Mendel, comecaram a surgir alguns
resultados q. desviavam fortemente das proporcoes de 1:3 ou 1:2:1... Isso
refutaria a hipotese da segregacao independente dos fatores? Para os
biometristas, sim. Os mendelistas, inventaram uma hipotese /ad hoc/: havia
outros genes participando em determinadas caracteristicas. Nesse exato
instante, a navalha de Occam estava a favor dos biometristas. Mas
experimentos posteriores comecaram a dar suporte 'a suposicao de interacao
entre mais de um gene na determinacao de uma mesma caracteristica. (Acho
q. a maioria daqui se lembra da crista de galinhas e a proporcao 1:3:3:9
q. aprendemos no colegial/segundo grau/medio.) O novo corpo de indicios
jogou a navalha de Occam contra os biometristas.

Acho q. a logica difusa (fuzzy) se aplica melhor nesse caso -- atribuindo
probabilidades de veracidade ou falsidade de uma premissa (embora ainda
nao tenhamos como calcular essas probabilidades, nem estimar o resultado
das interacoes entre diferentes fontes de indicios contra e a favor de
uma premissa).

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: electron
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/09/2000 13:32

>From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Re: electron


>Agora vem a quest�o de quebrar o el�tron. Se as partes s�o dotadas de
>carga,
>as raz�es de cada duas delas deve ser racional e a soma delas 'a atual
>carga
>elementar'. Bolas, ser� que v�o dividir o el�tron cuidando dessa
>distribui��o de cargas?


Essa pergunta parece meio estranha. Parece que voc� pergunta "por
que os cientistas que far�o o experimento tentar�o fazer com o el�tron se
comporte deste jeito ou de um outro?"

Se a pergunta for essa, a resposta �:

N�o existe esse tipo de comportamento do lado experimental. O
cientista pode (e realmente ocorre de) esperar um outro resultado. Agora,
quem cuida sobre a quest�o de o el�tron ter um ou outro comportamento s�o as
leis da natureza e n�o da vontade humana.
Sobre a conserva��o da carga, � uma caracter�sta observada e n�o
violada (pelo menos at� onde chegou o refinamento dos experimentos).
A conserva��o das cargas � mais importante do que o n�mero que a
evolve diretamente. Por exemplo, antes dizia-se que s� se era poss�vel ter
n�meros inteiros para as cargas (por exemplo +ou- Ze, onde Z � o n�mero
inteiro e e � a carga elementar - o que em coulomb seria 1,6x10^-19 C). O
valor dessa constante depende da precis�o da medida, mas o pr�ton ter� +1e,
o el�tron -1e, o n�utron 0. N�o se esperava que o pr�ton pudesse ser
dividido, quanto menos sua carga (mas realizaram o experimento e
identificaram part�culas que o comp�e e as chamaram de quarks). Note que: o
valor MEDIDO das cargas de cada quark que comp�e o pr�ton � tal que quando
somada d� +1e !
Hoje sabe-se que um pr�ton, assim como o n�utron, possuem 3 quarks e
cada quark possui ne de carga, mas n�o inteiro como se esperava antes da
medida, mas sim racional. (para o n�utron, a soma das cargas dos quarks �
0).
Mas a CONSERVA��O da cargas, ainda continua valendo!

Agora quem pergunta sou eu:

- Pode uma soma de n�meros, sendo um (ou mais de um, ou todos) deles
irracional dar um n�mero inteiro ou racional?

Se sim, pelo menos em teoria � poss�vel existir uma part�cula com
carga + ou -Ie (sendo I um n�mero irracional).

Abra�os
Leandro.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/09/2000 14:47

-----Mensagem Original-----
De: "Rodrigo Frizzo Viecilli" <philox@zaz.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 26 de Agosto de 2000 12:59
Assunto: RES: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!


> Discordo.
> É possível sim provar o inexistente, em um conjunto determinado.
> Por exemplo, posso provar que no conjunto dos números inteiros não existe
> o número pi. Não é possível provar que algo não existe quando o conjunto
não
> está determinado por suas propriedades ou pela listagem de seus elementos.

É isso aí!!! E uma vez que o termo "godelizável" não está nos dicionários,
posso provar que Deus não é godelizável, logo Deus existe. Estou
utilizando-me da anti-prova por anti-absurdo e seguindo o raciocínio
anti-lógico aceito pelo anti-anti-indutivismo jocaxiano, conforme pode-se
constatar facilmente consultando-se qualquer tratado introdutório sobre o
assunto, incluindo-se algumas mensagens postadas aqui na Ciencialist.

> Há ainda, em lógica, o chamado princípio do terceiro excluído, de Bertrand
> Russell, que alguns utilizam, outros não.
> Basicamente, afirma que quando uma proposição não pode ser verdadeira ou
> falsa, então o objeto da proposição não existe.

O princípio do terceiro excluído foi revogado pelo Artigo 5, Título II da
Constituição da República Federativa do Brasil, de 05/10/88, que afirma
"Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...",
logo não existem excluídos no Brasil dentro do contexto do conjunto
determinado por nossa Constituição. Por outro lado, podemos utilizar o
princípio de Bertrand Russell para concluir que uma vez que o artigo
constitucional não pode ser verdadeiro nem falso, então o Brasil não existe.

> É o caso do "barbeiro que barbeia a todos que não barbeiam a si próprios".
> Eu não aceito este princípio, pois não aceito tal proposição como
> logicamente possível, é apenas gramaticamente possível (argumento
> wittgensteiniano)- portanto nada ontológico pode ser concluído de uma
> proposição mal construída.

Pelo que eu saiba, barbeiro é um espécime em extinção, à exceção do
transmissor da doença de Chagas, mas este é um mosquito estando pois fora do
contexto da ontologia humana. Por outro lado, a ontologia humana, no sentido
heideggeriano do termo (existencialismo) provém da ontogenia e esta última
está em vias de ser amplamente modificada pelo ontogenismo jocaxiano. É bem
verdade que este capítulo da obra do Jocax ainda não foi escrito, o que em
absoluto significa dizer que não existe, pois neste caso estaríamos falando
numa inexistência num conjunto ainda indeterminado (o Jocax ainda não fez a
listagem dos capítulos e, pelo visto, escreveu apenas a introdução).

Resumindo: Deus existe, o Brasil não existe e o Jocax ainda está passando
por um processo de reconhecimento relativo a sua provável existência.

Ficam revogadas as disposições em contrário, presentes, passadas e futuras.

É o que tinha a dizer a bem da verdade.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Fica o alerta.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/09/2000 15:06

"Sheet!" , fui expulso da CVF sem direito de defesa !
Justo agora quando estava comecando a converter cerca de 200 "filosofos"
ao
Genismo ! :-((
Eu devia saber que o owner, apesar de phd e etc.., tem instinto de
territoriedade
como qqr outro primata e tudo fara para manter seu controle
"territorial" mesmo
que isso implique em "exterminar" pessoas com opinioes discordantes.
Fica o alerta.
[]s
jocax

==================================================

Amigos da CVF

Jocax afirma que o conceito de machismo é um "conceito humano". Bem,
acabo de descobrir que há
conceitos humanos e há conceitos não humanos. Esse conceitos que não são
humanos viriam de
quem? Dos filhos que o Jocax obriga suas mulheres terem e seus gays
adotarem?

Agora, sobre Darwin, realmente Darwin não estava bêbado. Era você mesmo
que bebeu no Beagle,
junto com Darwin, e achou que enquanto ele colhia material para "bolar"
sua teoria, ele estava
provando a teoria com "fatos". Caro Jocax, Darwin já estava fora de
circulação quando começamos
a falar em mutação genética a partir de experimentação, portanto, foi a
sua bebedeira no Beagle que,
entre vômitos e beijos na boca do Darwin, produziu essa idéia de que ele
estava embasado em
"fatos". Aliás, quando você estava no Beagle, junto com Darwin, e pintou
um clima, você exigiu filhos
dele?
Olha, eu fui íntimo do Darwin, mas só pelos livros. Mas se tivesse
bêbado, junto com você, no
Beagle, eu iria exigir de você filhos meus sim, não como prova de amor,
mas sim para ver seres não
humanos, que sairiam de você, produzindo conceitos. Todos eles seriam
não humanos, mas seriam
másculos como você: já sairiam do seu ventre gritando: "Darwin estava
baseado em fatos e sua
mulher deu-lhe um filho macaco para provar seu amor e para provar sua
teoria da evolução" (os
conceitos que seus filhos falariam seriam mais ou menos desse nível de
sabedoria). É mais ou menos
assim que seriam seus kids. Isto é, os nossos, após eu engravidar você.
Mas não conte comigo para
criá-los, eu deserdaria eles e você eu botaria na rua e lhe daria uns
tapas, sua ingrata que não me deu
filhos por amor!

Paulo Ghiraldelli Jr

Para sair da CVF basta mandar um e-mail em branco para
virtual-filosofia-unsubscribe@egroups.com
Caso você queira ler os e-mails no próprio site da egroups e não sabe
como
fazer, contacte o owner no e-mail pgjr@terra.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/09/2000 15:08

On Wed, 6 Sep 2000, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Pelo que eu saiba, barbeiro é um espécime em extinção, à exceção do
> transmissor da doença de Chagas, mas este é um mosquito estando pois fora do

sem qq implicacao para os comentarios, apenas uma ligeira ressalva:

o barbeiro transmissor da doenca de Chagas nao eh um mosquito, mas um
hemiptero -- parente da maria-fedida (ou fede-fede, depende da regiao)...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: electron
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/09/2000 15:35

[Luiz Ferraz Netto]

A respeito disso, o Roberto Takata j� ponderou que essa 'hist�ria' de
comparar tais for�as soa estranho, uma vez que n�o temos os elementos
unit�rios de compara��o. Isso foi posto l� pelos meados do m�s anterior.
Na oportunidade propus que: tal compara��o s� seria poss�vel se pud�ssemos
obter um 'equivalente em massa' da carga el�trica. Algu�m cogitou algo sobre
isso? Houve discuss�o? Ser� que perdi alguma mensagem?
E, com essa nova hist�ria de dividir o el�tron ....


[Leandro]

Podemos comparas as for�as eletromagn�tica e gravitacional da seguinte
forma:

Calcule a for�a gravitacional entre dois el�trons parados.

Para calcular, basta a equa��o de Newton correspondente (haja vista que os
n�o s�o muito massivos e nem est�o com velocidades relativ�sticas).

Ou seja:

Fg=[G*(m)^2]/r^2

Agora, calcule a for�a el�trica entre os dois.

Fe=[K(q)^2]/r^2.

E, ent�o

Fe/Fg = 10^42

Ou seja, a for�a eletromagn�tica entre dois el�trons � 10 elevado a 42
vezes a for�a gravitacional entre ambos (por isso que os f�sicos muitas
vezes desprezam a gravitacional).

Para dois pr�tons:

Fe/Fg= 1O^36

Para dois n�utrons:

Fe= 0

Abra�os
Leandro.
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SUBJECT: Re: electron
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/09/2000 15:38

[Luiz Ferraz Netto]


>E, com essa nova hist�ria de dividir o el�tron ....

Na verdade, ainda n�o foi confirmada a divis�o... por enquanto � s�
especula��o (e talvez fique s� nisso).

Abra�os.
Leandro.


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SUBJECT: Re: electron
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/09/2000 15:38

[Luiz Ferraz Netto]


>E, com essa nova hist�ria de dividir o el�tron ....

Na verdade, ainda n�o foi confirmada a divis�o... por enquanto � s�
suposi��o (e talvez fique s� nisso).

Abra�os.
Leandro.


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: electron
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/09/2000 15:40



Leandro Holanda wrote:

> --
> Agora quem pergunta sou eu:
>
> - Pode uma soma de números, sendo um (ou mais de um, ou todos) deles
> irracional dar um número inteiro ou racional?
>

X= raiz(2)
Y=1-raiz(2)

X+Y = 1 ;-)

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/09/2000 16:01

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Mitsuo Takata" <rmt@ib.usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 6 de Setembro de 2000 15:08
Assunto: Re: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!

> sem qq implicacao para os comentarios, apenas uma ligeira ressalva:
>
> o barbeiro transmissor da doenca de Chagas nao eh um mosquito, mas um
> hemiptero -- parente da maria-fedida (ou fede-fede, depende da regiao)...

Putz!!! Suas observações são sempre pertinentes mas isso agora deixou-me
deveras preocupado. Como revogar uma disposição irrevogável? De três, uma:
1) Ou tornamos a resolução inexistente, sob o risco de atiçar o Jocax a
voltar com o tema da (in)existência de Deus; 2) ou modificamos o conceito de
mosquito, a ponto de incluir os hemipteros como tais; 3) ou optamos por
desconsiderar a existência do tempo, de tal maneira a debilitar os
argumentos presente, passado e futuro, com o que ficaria o dito pelo não
dito, sem que isso se reflita no prejuízo das demais conclusões contidas na
msg. Quem sabe valha a pena utilizar o poderosíssimo método científico da
rede Globo, promovendo um "Você decide" entre os participantes da
Ciencialist.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/09/2000 16:20



Alberto Mesquita Filho wrote:

> voltar com o tema da (in)existência de Deus;

O QUE?!?!?
Alguem aqui por acaso falou sobre existencia de Deus ????!?!?!

GRRRRRRRRRRRRRRRR !!!




SUBJECT: O que é memética ?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/09/2000 16:34

ATENÇÃO um dos parágrafos deste texto contém publicidade
descarada (ou subtil). Mas também contém boa (?) divulgação
ciêntifica:

Os mais familiarizados com os livros de Richard Dawkins já
devem conhecer o conceito de 'meme'. 'meme' é qualquer tipo de
informação, moda, comportamento, ideia, forma ou conceito que
possa ser transmitido culturalmente. O conceito de 'meme' é ele
próprio um meme. Este texto é constituído por um conjunto de
memes que se reforçam uns aos outros (espero eu). Eles agem em
simbiose. Ajudam-se uns aos outros a propagar-se. Podemos
chamar-lhes um complexo memético. São cópias parciais de
outro complexo memético que é o meu cérebro. Cérebros, emails
ou livros são os espaços habitados pelos memes. Uma espécie de
habitat. Certos memes vivem melhor nuns que noutros. Os
memes especializam-se.

Os memes estão sujeitos à teoria da evolução de Darwin. Os
memes mais aptos, aqueles que se conseguem propagar melhor
sobrevivem. Os outros, os que não se conseguem propagar
desaparecem. As boas piadas são um bom exemplo de um meme
de sucesso. Um meme de sucesso tem que levar o hospedeiro,
normalmente um ser humano a propaga-lo. Tem que ser capaz de
ocupar a atenção desse hospedeiro permanentemente. Eu sou
particularmente susceptível ao meme 'meme', tanto que ele me
levou a escrever este texto. Ao publica-lo estou a propagar o
'meme' meme bem como alguns memes associados. 'Richard
Dawkins' é um meme que também acabo por propagar .

Alguns memes são memes parasitas. Utilizam o sucesso de outros
memes para também terem sucesso. Alguns serviços de internet
utilizam memes parasitas para publicitar outros serviços. É o que faz o
egroups No fim desta mensagem eu vou colocar depois da
minha assinatura uma referência ao meu portal de ciência e
tecnologia ( http://www.nonio.com ). Com sorte as pessoas ficam
curiosas e acabam por visitar o meu site. As pessoas já criaram
imunidades contra este tipo de memes. Nem sequer lêem. Se há
memes que são parasitas, há outros memes publicitários que
podem contribuir enriquecer a mensagem como um todo. Como vêem a
memética tem muitas aplicações práticas em marketing. É o chamado
marketing viral

Como devem imaginar a ciência que estudas os memes é a
memética, que é muito análoga à genética. Voltarei a falar do
assunto numa próxima oportunidade. Entretanto deixo algumas
referências:

O bom livro:
"The meme Machine" de Susan Blakmore
http://www.amazon.co.uk/exec/obidos/ASIN/019286212X/explicacoescom

Richard Dawkins - um co-meme de meme
http://www.world-of-dawkins.com/

uma página sobre memética em geral
http://pespmc1.vub.ac.be/MEMES.html

memetic lexicon - Uma boa forma de aprender memética é ler as definições
dos termos chave
http://pespmc1.vub.ac.be/MEMLEX.html

Um bom livro sobre marketing viral
http://www.explicacoes.com/marketing.htm

joao
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Músculos
FROM: "Michelle S. De Marco" <misdm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/09/2000 19:37

Olá Sandro,

Acho que o Takata já disse quase tudo... Se for procurar no Guyton mesmo
pegue o "Tratado de Fisiologia Médica" que é o mais completo. Você também
encontra muitas informações em livros de bioquímica. Por exemplo: Lehninger
(alguns capítulos estão disponíveis online) ou Stryer (dão para um começo!)

[]´s

Michelle


-----Mensagem original-----
De: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
Para: ciencialist@egroups.com <ciencialist@egroups.com>
Data: Terça-feira, 5 de Setembro de 2000 16:43
Assunto: Re: [ciencialist] Músculos


>
>Sandro,
>
>> Gostaríamos de referências (links, livros, ...) sobre
>> a atuação do músculo em função da (bio)química,
>> (bio)física, etc... Como ocorre a transformação
>> da energia bioquímica em movimento? ou algo assim.
>
>vc pode encontrar informacoes detalhadas em qq livro de fisiologia (geral
>ou medica/humana)... um dos mais famosos eh o 'Fisiologia Humana' de
>Guyton.
>
>grosso modo, existem nas celulas musculares dois tipos de proteinas cada
>qual organizadas em diversos feixes paralelos ao sentido do musculo: um
>feixe eh formado por moleculas de actina e outro por moleculas de miosina.
>
>os feixes de miosina apresentam protuberancias por todo o seu comprimento
>semelhante a cabecas de tacos de golfe. essas protuberancias ligam-se a
>locais especificos dos feixes de actina, locais esses regularmente
>distribuidos pelo comprimento do feixe.
>
>qdo uma molecula de atp (produzida por toda aquela cadeia metabolica de
>degradacao de acucares, lipidios e proteinas) liga-se a uma dessas
>protuberancias, ela causa uma modificacao na distribuicao eletronica da
>molecula, o q. leva a uma alteracao na forma dessa mesma molecula. essa
>alteracao na forma resulta no desligamento da protuberancia do feixe de
>actina, seguido de uma articulacao dessa protuberancia.
>
>pra ilustrar essa situacao, cerre um dos punho, estenda o braco com a face
>inferior voltada para cima e com o pulso dobrado para tras. estenda o
>outro braco e encoste sobre o punho fechado, mais ou menos na metade do
>comprimento do braco. o movimento correspondente aos feixes proteicos,
>seria desencostar o punho do braco (o desligamento) e inclinar o punho
>ligeiramente para a frente (a articulacao da protuberancia).
>
>bem, a extremidade da protuberancia fica agora proximo a um outro sitio de
>ligacao da fibra de actina, ao qual se liga. essa ligacao causa uma nova
>modificacao na distribuicao eletronica da molecula e uma nova mudanca de
>forma, a protuberancia articula novamente, mas no sentido contrario. e
>como agora estah ligada ao feixe de actina cria uma tracao -- e as fibras
>de actina e de miosina deslizam-se uma sobre a outra. como as fibras de
>actina estao ancoradas nas extremidades das celulas, ocorre uma contracao
>delas e consequentemente do musculo.
>
>voltando 'a ilustracao, seu punho q. estava livre e ligeiramente voltado
>para a frente deve agora se apoiar novamente no outro braco (logicamente
>ele deverah ficar apoiado em um ponto ligeiramente 'a frente ao q. estava
>originalmente). incline o punho novamente para tras, sem desencostar do
>ponto de apoio -- o outro braco deverah ser puxado para tras com esse
>movimento...
>
>um detalhamento maior ainda pode ser encontrado nos bons livros de
>bioquimica... um tijolao eh o 'biochemistry' de Voet & Voet. boa diversao.
>
>alguns vinculos/links:
>
>http://www.ultranet.com/~jkimball/BiologyPages/M/Muscles.html
>
>http://www.brookscole.com/biology/member/student/humphysio/index.html --
>demora bastante pra carregar as animais em shockwave...
>
>[]s,
>
>roberto takata
>
>
>*** --- ***
>
>>> Lista de VARIOS sites com noticias direcionadas a ciencia (FREE!)<<
>http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html
>
>*** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!
FROM: "Francisco C. Brito" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/09/2000 19:42

Deus é Globelizavel?
(Ou, somente a Valéria Valensa é Globelizavel???)




SUBJECT: Re: [ciencialist] O que � mem�tica ?
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/09/2000 22:33

>From: Jo�o M�rio Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
>Date: Wed, 06 Sep 2000 20:34:48 +0100
>
>Os mais familiarizados com os livros de Richard Dawkins j� [...]

Adicionando os links, listo abaixo alguns textos sobre mem�tica publicados
na STR. Estou em processo de tradu��o num texto t�cnico sobre mem�tica
escrito por Aaron Lynch (Autor de Thought Contagion e Darwin's Dangerous
Idea). Esse texto tenta levar a mem�tica ao n�vel de ci�ncia exata (e no meu
julgamento pessoal conseguiu). Sou meio suspeito para falar pois sou um
memeticista ferrenho (tecnicamente pode-se dizer que fui infectado pelos
memeplexos da mem�tica).

Memeplexos Como Religi�es (por Susan Blackmore)
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/memeplexos.htm

O Poder do Meme Meme (por Susan Blackmore)
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/meme.htm

Deus � Um V�rus (por Renato Zamora Flores)
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/virus.htm

Units, Events, and Dynamics in Memetic Evolution (por Aaron Lynch)
http://www.strbrasil.com.br/English/Scientia/memetic.htm
Sendo traduzido ainda; vers�o beta

Abra�os,
Leo Vines, Presidente
Vines@strbrasil.com.br
Sociedade da Terra Redonda
http://www.strbrasil.com.br
_________________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: electron
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/09/2000 01:28

--- In ciencialist@egroups.com, "Leandro Holanda" wrote:

> "Alberto Mesquita Filho"
> >Ou ser� que o el�tron n�o tem
> >carga el�trica, como tenho proposto em minha teoria?

> O eletron tem carga.

Diga ent�o que n�o aceita a minha teoria pelo motivo que julgar
conveniente, at� mesmo por estar satisfeito com os dogmas de f� que carrega
dentro de si, mas n�o ignore uma afirma��o que acredito ter sido bastante
clara.

Carga el�trica � um conceito estabelecido no s�culo XIX para corpos
macrosc�picos bem conhecidos. Ainda hoje aceita-se esta id�ia, e
extrapola-se tal conceito para part�culas como o el�tron, que somente foi
constatado experimentalmente na �ltima d�cada do s�culo citado, quando o
eletromagnetismo estava j� axiomatizado por Maxwell. No s�culo XX infinitas
foram as experi�ncias a demonstrarem que os el�trons apresentam um
comportamento an�malo numa s�rie infind�vel de condi��es, comportamento esse
n�o compat�vel com a teoria de Maxwell e intimamente relacionado com o fato
de se admitir que um el�tron gera e sofre efeitos de campos coulombianos, a
exemplo do observado para corpos macrosc�picos. Os trabalhos de Rutherford e
sua equipe s�o bem claros a respeito; a exist�ncia de spin, por outro lado,
n�o � prevista pela teoria de Maxwell para cargas el�tricas comuns, mas foi
incorporada como hip�tese ad hoc, para part�culas elementares, numa teoria
que tentou afugentar os fantasmas que comprometiam a teoria de Maxwell. O
efeito Aharonov-Bohm tamb�m n�o � compat�vel com a afirma��o pura e simples
de que o el�tron tem carga, a exemplo dos corpos macrosc�picos. Posso
portanto perfeitamente pensar que o el�tron tem "algo mais", ou "algo menos"
ou, ainda, "algo diferente" do que uma carga el�trica cl�ssica. Voc� diz que
"o el�tron tem carga", logo deve explicar o "algo mais" a justificar esses
fen�menos, e acredito que o fa�a atrav�s da f�sica moderna. Eu digo que o
el�tron tem "algo diferente" e gera um campo que somente assume o aspecto
coulombiano quando em conjunto com seus semelhantes a comporem uma carga
el�trica.

Digo ent�o que o el�tron gera um campo vetorial A = w/r. Estes el�trons,
quando dispostos na superf�cie de um condutor, com seus w's perpendiculares
� superf�cie, continuam a gerar os campos A's. Se procurarmos pelo efeito
magn�tico da carga em repouso, calculando-se a somat�ria dos rotacionais de
A, chegamos ao valor zero, a significar que uma carga el�trica em repouso
gera um campo magn�tico nulo (ainda que o vetor potencial eletromagn�tico
assim calculado seja diferente de zero). Por outro lado, se calcularmos a
somat�ria dos translacionais de A (um conceito que defino com a teoria e que
lembra a diverg�ncia, ainda que vetorial), chego a um campo el�trico
coulombiano no exterior do condutor e n�o coulombiano no interior do
condutor (ainda que n�o exer�a efeitos sobre cargas maxwellianas, mas sim
sobre el�trons - um an�logo el�trico do efeito Aharonov-Bhom). Lembro apenas
que "o translacional, ao contr�rio do rotacional, n�o obedece a propriedade
distributiva". Logo n�o posso somar todos os A's e a seguir aplicar o
translacional, o que poderia ser feito para o c�lculo do rotacional. Diria
ent�o que o vetor A de cada el�tron n�o � um vetor potencial eletromagn�tico
do mesmo tipo do estudado em eletromagnetismo cl�ssico, ainda que sua soma
para uma carga el�trica (ou mesmo corrente) possa ser encarada como um dos
poss�veis A's das vers�es "gauge" eletromagn�ticas.

Obs.: Qualquer semelhan�a entre A (ou w) e o spin, n�o � mera coincid�ncia.

Como j� disse aqui na Ciencialist, quando Maxwell axiomatizou o
eletromagnetismo, admitia-se as propriedades eletromagn�ticas como devidas
� exist�ncia de um fluido el�trico que ora espalhava-se sobre a superf�cie
de um condutor (carga el�trica) e ora percorria um condutor (corrente
el�trica). Maxwell deixa isto bastante claro em seu tratado, onde chama a
aten��o para a pouca import�ncia que deve ser dada �s querelas existentes na
�poca sobre se haveria um �nico fluido (teorias de um fluido) ou dois
(teorias de dois fluidos). Por in�meras vezes assume o modelo de fluido,
algo que hoje sabemos n�o existir, e exemplifico com uma de suas frases
encontradas no item 245: "This follows at once from the doctrine which is
asserted in this treatise, that electricity obeys the same condition of
continuity as an incompressible fluid". Isto n�o deprecia em nada o
eletromagnetismo de Maxwell mas deixa-nos patente que n�o podemos de maneira
alguma assumir que as part�culas elementares deveriam se comportar de
maneira semelhante aos objetos macrosc�picos que deram respaldo � teoria.
Gra�as a esta fal�cia, chegou-se �s incompatibilidades do in�cio do s�culo.
Em cima desta fal�cia construiu-se uma f�sica absurda. Seria o mesmo que
tentar dotar as mol�culas de �gua das propriedades observadas para os
elementos de volume da mec�nica dos fluidos.

Alguns chegam a interpretar as cr�ticas que fa�o aos fluidos de Maxwell como
se os fluidos, a que me refiro, fossem os campos da teoria de Maxwell. Ora,
os campos s�o efeitos e os fluidos el�tricos seriam, para Maxwell, as causas
primeiras a gerarem esses efeitos. Como eu chego a caracterizar o que chamo
"informa��es eletromagn�ticas" a viajarem pelos campos, � poss�vel que a
confus�o tenha se originado desta ambival�ncia.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] off-topic: CALCULADORA CIENTIFICA
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/09/2000 07:01

> - Em primeiro lugar, perdoem o off-topic.
>
> - Alguem possui experiencia com calculadoras
> cientificas ? Estou estudando alguns modelos,
> para comprar uma, e gostaria de algumas
> dicas.

Recebi uma mensagen encaminhada da somatematica que continha uma
mensagem mais completa sobre a calculadora (não, eu não faço parte
daquela lista)
e foi pedido que menifestasse minha opnião quanto as calculadoras TI -
82. o que tenho a dizer é :

minha TI 82 custou $50 (no mercado americano custa cerca de $80) e pode
traçar gráficos, trabalha com matrizes, é programavel e possui saida pra
pc , embora a minha (de 2a mão) não ter vindo com o cabo que faz a
conexão.

Serve para o uso, pelo menos para o uso que eu quero, mas colegas da
engenharia (Eu faço engenharia) e professores afirmam que é muito mais
confortavel trabalhar com uma HP.

ou seja :
eu gosto da TI, mas se tiver condições monetárias, recomendo uma HP, já
o modelo, não sei dizer.

Na verdade acho que isso tudo já foi pesquisado por vc e que está bem
melhor informado do que eu mas .... fica aqui a tentativa de ajuda

PS : Desculpe por responder pela lista, mas eu também gostaria de saber
sobre calculadoras com melhor custo-benefício


SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] Deus é Godelizavel !!
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/09/2000 11:41

On Sat, 26 Aug 2000, Rodrigo Frizzo Viecilli wrote:
> Não é necessário axiomatizar.
> Se eu tenho um conjunto de 5 soldados de chumbo dentro de uma caixa,
> posso dizer que não existe nenhum soldado de plástico dentro desta
> caixa.
> O importante é que o conjunto esteja determinado.

eis o ponto, determinado... pra vc ver como se pode enrolar se nao
colocarmos nenhum tipo de freio nas consideracoes, alguem poderia
contestar q. os soldados de chumbo nao sao de chumbo afinal de contas.
como saber q. nao se trata de um soldado de plastico q. se pareca com um
de chumbo?

o seu argumento poderia ser esquematizado como se segue:

- ha' cinco e somente cinco elementos na caixa
- cada elemento eh constituido de material q. nao eh plastico
--------------------------------------------------------------
- nao ha' elemento de plastico na caixa

precisariamos ter certeza sobre a existencia de apenas cinco elementos da
caixa e q. cada elemento nao eh feito de plastico.

se nao usamos do q. chamamos de bom senso, abrimos espaco para
questionamentos aos quais estaremos cada vez menos afeitos a aceitar --
mas q. apenas em termos logicos e considerando apenas o argumento em si
seriam procedentes.

agora, qdo descrevemos a natureza nao temos o poder de determina'-la...
ateh podemos ser enfaticos e dizer q. determinamos e ponto. mas nao ha'
nada q. nos garanta q. a natureza nos dara' ouvidos e siga fielmente o q.
esperamos dela. o uso de um parametro: 'bom senso', 'navalha de occam',
'o razoavel' -- eh um elemento q. 'displina' a 'viagem' q. podemos fazer
seguindo estritamente a logica.

a logica nos garante apenas as conexoes entre as premissas e as
conclusoes. mas nao nos da' garantias de q. as premissas escolhidas ou a
conclusao tirada sao ou nao verdadeiras. apenas diz nos isso: '*se* as
premissas forem verdadeiras *entao* a conclusao eh verdadeira' e coisas
equivalentes.

temos q. lancar mao de meios externos a um dado argumento para escolhermos
entre a veracidade ou falsidade de uma premissa ou da conclusao. uma fonte
eh a observacao (mas jah supondo q. o mundo eh inteligivel -- uma
suposicao baseada em inducao e aceita tbm por questoes de
operacionalidade), outra eh o criterio das minimas suposicoes sem bases
observacionais... e assim vai.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] off-topic: CALCULADORA CIENTIFICA
FROM: "Francisco C. Brito" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/09/2000 12:01


> > - Em primeiro lugar, perdoem o off-topic.
> >
> > - Alguem possui experiencia com calculadoras
> > cientificas ? Estou estudando alguns modelos,
> > para comprar uma, e gostaria de algumas
> > dicas.
>

A algum tempo eu fiz uma pesquisa sobre computadores de mão e pelo que
percebi os da linha palm podem emular uma grande quantidade de calculadoras
através de programas, muitos deles podem ser baixados gratuitamente na
internet.



SUBJECT: Ajuda para construir um instrumento simplorio
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/09/2000 14:21

Amigos:

- Desculpem se minha questao foge
ao escopo da lista.

- Preciso construir qualquer objeto
que demonstre algum conceito sobre
matematica. E' para a disciplina
"Pratica de Ensino", que estou
cursando na faculdade de Matematica.

- Ja' tenho ideia do que posso fazer:
um objeto simples, contendo duas retas
paralelas e uma transversal a ambas.
Nos pontos em que a transversal cruza
com as duas primeiras, colocarei
dois transferidores circulares, para marcar
os angulos formados pela transversal
com essas duas paralelas.

- Para representar as retas, estou pensando
em utilizar varetas de plastico, metal
ou madeira.


- Com esse objeto, pretendo demonstrar
o conceito geometrico de que "Se duas
retas paralelas sao interceptadas
por uma reta transversal, esta determina:

- angulos alternos internos iguais
- angulos alternos externos iguais
- etc., etc.

- Pergunta:
===============

- Nao tenho pratica em construir
engenhocas, ainda que seja tao
simplorio quanto o que descrevi acima.

- Gostaria de saber se algum colega
que tenha uma certa habilidade com
madeira, plastico, parafusos, etc., etc.
poderia entrar em contato comigo,
para me sugerir como posso construir
esse objeto.

- Nao sei se e' ingenuidade minha, mas
acho que algum de voces que tenha pratica
com trabalhos em laboratorio poderia
me dar alguma sugestao.

- Desde ja' agradeco.

Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br






SUBJECT: bóson
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 07/09/2000 14:25

Folha On-line - Ciência - 07/09/2000.

FÍSICA
Bóson de Higgs, responsável pela massa do Universo, teria sido detectado em acelerador que sai de operação este mês
Nova partícula da matéria excita europeus

DA "NEW SCIENTIST"

Físicos europeus acreditam ter vislumbrado a partícula fundamental que confere massa à matéria. Trabalhando com um gigantesco acelerador de partículas na fronteira da Suíça com a França, obtiveram colisões estranhas que podem ser a assinatura do chamado bóson de Higgs.
O Higgs é uma das poucas peças que faltam no quebra-cabeças das partículas fundamentais (os "tijolos" com que se constroem prótons, nêutrons, elétrons e, com eles, todos os átomos conhecidos). Encontrá-lo, hoje, é o grande prêmio da física de partículas.
A máquina que produziu as observações é o LEP (Grande Colisor de Elétrons e Pósitrons, na abreviação em inglês). Pertence ao Laboratório Europeu de Física de Partículas, mais conhecido pela sigla francesa Cern.
O LEP deve sair de operação até o fim do mês. No túnel de 27 km que o abriga deve ser construída uma máquina mais poderosa, o LHC (Grande Colisor de Hádrons). Como o LHC só deve funcionar em 2005, os cientistas do Cern têm pouco tempo para confirmar se de fato viram o Higgs.

Partícula da massa
Sem essa partícula, o Universo não existiria como é hoje. Proposto há mais de 30 anos, o bóson de Higgs seria o responsável por dar massa a outras partículas, como elétrons e quarks.
Embora extremamente maciços, os Higgs são difíceis de detectar, porque só existem "virtualmente". Emergem no mundo e submergem após brevíssimos instantes, tempo curto demais para serem registrados.
Para ver um Higgs, os físicos têm de produzir um, espatifando partículas umas contra as outras a velocidades extremas. A energia da colisão se converte em matéria e, se a energia for alta o suficiente, um Higgs de verdade pode irromper. Em seguida, prediz a teoria, desfaz-se ("decai", como dizem os físicos em seu jargão) numa coleção de outras partículas.
Tal decaimento explicaria alguns eventos pouco usuais observados recentemente no LEP, com o detector conhecido como Aleph. Mas seus pesquisadores admitem que não se trata de provas conclusivas: "Infelizmente, não é o bastante para dizer que fizemos uma descoberta", diz o físico Wolf-Dieter Schlatter.
Há a possibilidade de que os eventos observados sejam combinações aleatórias de partículas. Ou, então, que se trate de artefatos produzidos por partículas já conhecidas, como bósons Z mimetizando os de Higgs. Essas explicações parecem ainda mais plausíveis porque nenhum dos outros três detectores do LEP flagrou sinais do escorregadio Higgs.

Rival nos EUA
A questão agora, para o Cern, é decidir se o LEP deve continuar em operação para tentar confirmar a visão do bóson de Higgs. Os físicos que trabalham com o detector Aleph dizem que poderiam obter o dobro de dados se ficassem com ele até o final do ano.
O acelerador LEP já produziu retratos detalhados dos bósons Z e W. Provou também que não pode haver mais do que seis quarks.
Seu maior rival é o Fermilab, de Chicago (EUA). Suas atividades de colisão de partículas serão retomadas este mês, após quatro anos de reformas. Teme-se, no Cern, que o laboratório norte-americano acabe encontrando o bóson de Higgs enquanto o europeu está fechado.
Nos Estados Unidos, há quem acredite que seus competidores europeus estão fazendo muito barulho por pouco. "Fico pensando se não é apenas um modo de eles estenderem seu tempo de operação", diz Dave Besson, da Universidade do Kansas em Lawrence.
Alan Litke, que trabalha no experimento Aleph do LEP, rejeita a tese: "Não temos interesse em manter o LEP funcionando só para manter o LEP funcionando".


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] bóson
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@eGroups.com
DATE: 07/09/2000 14:32

São resultados preliminares que precisam de ser confirmados.
Parece que esta notícia saiu como forma de pressão para
manter o LEP a funcionar.

João


SUBJECT: Re: [ciencialist] Ajuda para construir um instrumento simplorio
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/09/2000 17:16

Oi Paulo,
entendo que os professores de matemática não apreciem muito as 'habilidades
manuais'. De minha parte considero isso uma 'falha' pois, mesmo em
matemática tais recursos desenvolvidos podem realmente ajudar.
Entretanto, vamos a uma sugestão sobre 'didática da matemática' cujas
habilidades não vão além do que 'colar' duas coisas.
Compre bolinhas de vidro todas de mesmo tamanho (ou, melhor ainda, esferas
de rolamentos).
Compre algumas réguas de madeira de 50cm, de 40cm e de 30cm.
Monte um cercado com forma de um triângulo retângulo com as réguas de 30, 40
e 50cm (corte as pontinhas das réguas para ter as medidas corretas); cole ou
passe fitas adesivas ligando as arestas das réguas duas a duas.
Sobre a hipotenusa monte um cercado quadrado de 50 x 50 e sobre os catetos
monte cercados quadrados de 30 x 30 e 40 x 40.
Pronto ... a parte braçal foi apenas: ajustar os comprimentos e colar.
Agora encha de bolinhas esses cercados e as conte: o número de bolinhas
dentro do cercado da hipotenusa é soma dos números de bolinhas nos outros
dois cercados. Isso lembra algo?

[]'
Léo
-------------------------
-----Mensagem Original-----
De: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 7 de setembro de 2000 14:21
Assunto: [ciencialist] Ajuda para construir um instrumento simplorio



Amigos:

- Desculpem se minha questao foge
ao escopo da lista.

- Preciso construir qualquer objeto
que demonstre algum conceito sobre
matematica. E' para a disciplina
"Pratica de Ensino", que estou
cursando na faculdade de Matematica.

- Ja' tenho ideia do que posso fazer:
um objeto simples, contendo duas retas
paralelas e uma transversal a ambas.
Nos pontos em que a transversal cruza
com as duas primeiras, colocarei
dois transferidores circulares, para marcar
os angulos formados pela transversal
com essas duas paralelas.

- Para representar as retas, estou pensando
em utilizar varetas de plastico, metal
ou madeira.


- Com esse objeto, pretendo demonstrar
o conceito geometrico de que "Se duas
retas paralelas sao interceptadas
por uma reta transversal, esta determina:

- angulos alternos internos iguais
- angulos alternos externos iguais
- etc., etc.

- Pergunta:
===============

- Nao tenho pratica em construir
engenhocas, ainda que seja tao
simplorio quanto o que descrevi acima.

- Gostaria de saber se algum colega
que tenha uma certa habilidade com
madeira, plastico, parafusos, etc., etc.
poderia entrar em contato comigo,
para me sugerir como posso construir
esse objeto.

- Nao sei se e' ingenuidade minha, mas
acho que algum de voces que tenha pratica
com trabalhos em laboratorio poderia
me dar alguma sugestao.

- Desde ja' agradeco.

Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br





*** --- ***

>> Lista de VARIOS sites com noticias direcionadas a ciencia (FREE!)<<
http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html

*** --- ***






SUBJECT: Re: [ciencialist] Ajuda para construir um instrumento simplorio
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/09/2000 17:36

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 7 de Setembro de 2000 17:16
Assunto: Re: [ciencialist] Ajuda para construir um instrumento simplorio


> Agora encha de bolinhas esses cercados e as conte: o número de bolinhas
> dentro do cercado da hipotenusa é soma dos números de bolinhas nos outros
> dois cercados. Isso lembra algo?

Sim. Que em determinadas condições as bolinhas podem ser pensadas como
quadrados. :-) No caso seria "o quadrado do número de bolinhas".

> entendo que os professores de matemática não apreciem muito as
> 'habilidades manuais'.

Pois eu adoro a "física de bolinhas". Aliás, há muito tempo escrevi algo
direcionado aos professores de matemática: "O verdadeiro professor de
matemática não ensina matemática mas prepara o aluno para que no futuro
aprenda a formular seus próprios problemas, pois quem formula quase sempre
resolve. Sim, o verdadeiro professor não cria a alergia à matemática
observada tão comumente entre os estudantes de biologia e medicina. Sim, eu
tive bons professores! Não sou alérgico."

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ajuda para construir um instrumento simplorio
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/09/2000 17:43

De novo,
se a intenção é mesmo o das paralelas segue anexo a figura que mostra como
montar isso com apenas 2 furos e um pouco de cola superbonder.
[]'
Léo
------------------------
-----Mensagem Original-----
De: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 7 de setembro de 2000 14:21
Assunto: [ciencialist] Ajuda para construir um instrumento simplorio



Amigos:

- Desculpem se minha questao foge
ao escopo da lista.

- Preciso construir qualquer objeto
que demonstre algum conceito sobre
matematica. E' para a disciplina
"Pratica de Ensino", que estou
cursando na faculdade de Matematica.

- Ja' tenho ideia do que posso fazer:
um objeto simples, contendo duas retas
paralelas e uma transversal a ambas.
Nos pontos em que a transversal cruza
com as duas primeiras, colocarei
dois transferidores circulares, para marcar
os angulos formados pela transversal
com essas duas paralelas.

- Para representar as retas, estou pensando
em utilizar varetas de plastico, metal
ou madeira.


- Com esse objeto, pretendo demonstrar
o conceito geometrico de que "Se duas
retas paralelas sao interceptadas
por uma reta transversal, esta determina:

- angulos alternos internos iguais
- angulos alternos externos iguais
- etc., etc.

- Pergunta:
===============

- Nao tenho pratica em construir
engenhocas, ainda que seja tao
simplorio quanto o que descrevi acima.

- Gostaria de saber se algum colega
que tenha uma certa habilidade com
madeira, plastico, parafusos, etc., etc.
poderia entrar em contato comigo,
para me sugerir como posso construir
esse objeto.

- Nao sei se e' ingenuidade minha, mas
acho que algum de voces que tenha pratica
com trabalhos em laboratorio poderia
me dar alguma sugestao.

- Desde ja' agradeco.

Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br





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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ajuda para construir um instrumento simplorio
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/09/2000 17:50

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 7 de Setembro de 2000 17:43
Assunto: Re: [ciencialist] Ajuda para construir um instrumento simplorio

> De novo,
> se a intenção é mesmo o das paralelas segue anexo a figura que mostra como
> montar isso com apenas 2 furos e um pouco de cola superbonder.

Olá, Léo.

Repare que o anexo não saiu e não adianta insistir. Note que ao final de
cada mensagem enviada nos últimos tempos tem saido a seguinte observação:

> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]

Quero crer que isto tenha ocorrido para evitar a propagação de vírus, o que
estava se tornando uma constante nas listas de discussão. O Luis parece ter
escrito uma mensagem esclarecendo a medida. Creio que, a esse respeito, a
Ciencialist ainda está de quarentena :-) e acho que o Luis tomou a medida
acertada.

Você pode seguir um de três caminhos para resolver o problema: 1) envie o
arquivo para o e-mail do interessado; 2) coloque o arquivo em alguma pasta
de seu Web Site e crie um link na mensagem para o mesmo (não é necessário
fazer uma página especial que contenha o arquivo, apenas coloque-o num
determinado URL de seu site); 3) coloque o arquivo na pasta "Files" do
eGroups (creio que isto deve ser feito por intermédio do Luis, mas não tenho
certeza). A vantagem das medidas 2 ou 3 é que o arquivo fica a disposição
para todos os membros da lista.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ajuda para construir um instrumento simplorio
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/09/2000 17:55

Uééééé'......... parece que a figura foi pro brejo!
Será que o nosso moderador está 'cortando' os anexos? Creio que sim, é para
prevenir 'acidentes' como os já ocorridos.
De qualquer modo re-enviarei a figura em pvt ao matemático com alergias
manuais.

Alberto: não, não é o quadrado do número de bolinhas ... é o número delas!
[]'
Léo
------------------
-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 7 de setembro de 2000 17:43
Assunto: Re: [ciencialist] Ajuda para construir um instrumento simplorio



De novo,
se a intenção é mesmo o das paralelas segue anexo a figura que mostra como
montar isso com apenas 2 furos e um pouco de cola superbonder.
[]'
Léo
------------------------
-----Mensagem Original-----
De: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 7 de setembro de 2000 14:21
Assunto: [ciencialist] Ajuda para construir um instrumento simplorio



Amigos:

- Desculpem se minha questao foge
ao escopo da lista.

- Preciso construir qualquer objeto
que demonstre algum conceito sobre
matematica. E' para a disciplina
"Pratica de Ensino", que estou
cursando na faculdade de Matematica.

- Ja' tenho ideia do que posso fazer:
um objeto simples, contendo duas retas
paralelas e uma transversal a ambas.
Nos pontos em que a transversal cruza
com as duas primeiras, colocarei
dois transferidores circulares, para marcar
os angulos formados pela transversal
com essas duas paralelas.

- Para representar as retas, estou pensando
em utilizar varetas de plastico, metal
ou madeira.


- Com esse objeto, pretendo demonstrar
o conceito geometrico de que "Se duas
retas paralelas sao interceptadas
por uma reta transversal, esta determina:

- angulos alternos internos iguais
- angulos alternos externos iguais
- etc., etc.

- Pergunta:
===============

- Nao tenho pratica em construir
engenhocas, ainda que seja tao
simplorio quanto o que descrevi acima.

- Gostaria de saber se algum colega
que tenha uma certa habilidade com
madeira, plastico, parafusos, etc., etc.
poderia entrar em contato comigo,
para me sugerir como posso construir
esse objeto.

- Nao sei se e' ingenuidade minha, mas
acho que algum de voces que tenha pratica
com trabalhos em laboratorio poderia
me dar alguma sugestao.

- Desde ja' agradeco.

Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br





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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ajuda para construir um instrumento simplorio
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/09/2000 17:57

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 7 de Setembro de 2000 17:55
Assunto: Re: [ciencialist] Ajuda para construir um instrumento simplorio


> Alberto: não, não é o quadrado do número de bolinhas ... é o número delas!

Melhor ainda! :-)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Membranas, placas e chapas
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/09/2000 21:31

Oi ciencialisteiros,

'Acusticamente', alguém pode me dar uma boa diferenciação entre esses três
conceitos: membrana, placa e chapa.
Aproveitarei as boas conceituações para diferenciar: o tímpano, o disco
metálico do receptor telefônico, a superfície vibrante dos alto-falante
(cone), a lâmina plana onde se observa as figuras de Chladni, o couro ou
plástico dos tambor (tamborim, pandeiro,...), a parede plana de uma casa
etc.

[]'
Léo




SUBJECT: En: Membranas, placas e chapas
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/09/2000 22:44

Oi ciencialisteiros,

'Acusticamente', alguém pode me dar uma boa diferenciação entre esses três
conceitos: membrana, placa e chapa.
Aproveitarei as boas conceituações para diferenciar: o tímpano, o disco
metálico do receptor telefônico, a superfície vibrante dos alto-falante
(cone), a lâmina plana onde se observa as figuras de Chladni, o couro ou
plástico dos tambor (tamborim, pandeiro,...), a parede plana de uma casa
etc.

[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] Membranas, placas e chapas
FROM: "Alvaro Neiva" <aneiva@provide.psi.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/09/2000 01:58

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Thursday, September 07, 2000 9:31 PM
Subject: [ciencialist] Membranas, placas e chapas


> Oi ciencialisteiros,
>
> 'Acusticamente', alguém pode me dar uma boa diferenciação entre esses três
> conceitos: membrana, placa e chapa.
> Aproveitarei as boas conceituações para diferenciar: o tímpano, o disco
> metálico do receptor telefônico, a superfície vibrante dos alto-falante
> (cone), a lâmina plana onde se observa as figuras de Chladni, o couro ou
> plástico dos tambor (tamborim, pandeiro,...), a parede plana de uma casa
> etc.
>
> []'
> Léo


Oi, Léo

Vou tentar:

Superfícies vibrantes como as membranas ou "peles" dos tambores e chapas
cuja espessura seja desprezível em relação às outras dimensões podem ter seu
comportamento descrito por equações de onda com duas coordenadas espaciais
mais o tempo. A diferença entre elas está na origem da força restauradora
que permite a propagação das ondas: nas membranas ela vem principalmente da
força aplicada às suas bordas, nas chapas ela virá do comportamento elástico
do material, não sendo aplicada nenhuma força externa.

O cone de um alto-falante costuma ser projetado para funcionar como um
pistão rígido em sua faixa de freqüências de trabalho mas, se aplicarmos ao
alto-falante freqüências cujo comprimento de onda seja igual ou menor que o
diâmetro do mesmo, poderemos observar o aparecimento de modos de vibração em
que algumas partes do cone movem-se para fora e outras para dentro (cone
break-up), causando irregularidades em sua resposta de freqüência, e esta é
uma das razões para os tweeters ( falantes para agudos) terem cones
pequenos. O cone, apesar de rígido, está montado entre elementos elásticos
(a suspensão da borda e a "aranha" que o centraliza).

A parede de uma casa pode ter uma espessura não desprezível em relação a
outras dimensões e podemos ter ondas de torção, o que vai nos levar a
equações mais complicadas para descrever seu comportamento.

Abraços acústicos

Álvaro Neiva




SUBJECT: fraude ?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ajc <ajciencia@egroups.com>
DATE: 08/09/2000 10:59

Está a circular na internet portuguesa um ficheiro de uma
suposta fraude realizada pela NASA. Nesse ficheiro utiliza-se
fotografias da NASA para 'provar' que o Homem nunca foi à Lua.
No nonio.com (http://www.nonio.com) estou a tentar provar que
esta é mais uma daquelas teorias da conspiração que de vez em
quando emergem. É possível que as pessoas mencionadas no
ficheiro não existam, ou que as fotos sejam falsificadas. Seria
interessante encontrar as origens desta teoria da conspiração
e respectivas mutações. Se alguém está interessado em ver as
fotos e em rebater o que o ficheiro diz deve visitar:

http://www.nonio.com
o acesso directo ao ficheiro é:
http://www.explicacoes.com/php_nuke/html/fraude/fraude.htm

Estou a reunir toda a informação que conseguir ao longo
dos próximos dias e vou publicar lá. Quem tiver alguma
boa informação por favor não hesite em responder para
a lista ou em colocar no site.
Claro que se alguem acredita nesta teoria será bem vindo
para expor o seu ponto de vista.

João
http://www.nonio.com


SUBJECT: Mais sobre nanotecnologia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/09/2000 11:02


Recentemente João Mário Miranda apresentou aqui um texto sobre
nanotecnologia seguido de alguns links. Recebi hoje o número 133 de

NOTICIAS DE LA CIENCIA Y LA TECNOLOGIA
http://www.egroups.com/message/ciencia2/97
(vide "Nanoparticulas estables) que comenta alguma coisa a respeito e
fornece os seguintes links da "Purdue University ":

1) http://www.chem.purdue.edu/awei/weigroup_research.htm
2) http://news.uns.purdue.edu/UNS/html4ever/0009.Wei.nanoparticles.html e
3) http://news.uns.purdue.edu/UNS/images/wei.nanoparticles.jpeg

Neste último (3) tem-se uma fotografia onde "Stephen Pusztay muestra cómo
pueden responder pequeñas nanopartículas magnéticas cuando son expuestas a
un campo magnético.) (Foto: Purdue News Service/David Umberger"

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: fraude
FROM: "Jamil Orlandelli" <orlandel@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/09/2000 01:59

Olá João, você escreveu:

>Está a circular na internet portuguesa um ficheiro de uma
>suposta fraude realizada pela NASA. Nesse ficheiro
utiliza-se
>fotografias da NASA para 'provar' que o Homem nunca foi à
Lua.
>No nonio.com (http://www.nonio.com) estou a tentar provar
que
>esta é mais uma daquelas teorias da conspiração que de vez
em
>quando emergem. É possível que as pessoas mencionadas no
>ficheiro não existam, ou que as fotos sejam falsificadas.
Seria
>interessante encontrar as origens desta teoria da
conspiração
>e respectivas mutações. (...)
>Estou a reunir toda a informação que conseguir ao longo
>dos próximos dias e vou publicar lá. Quem tiver alguma
>boa informação por favor não hesite em responder para
>a lista ou em colocar no site.(...)

Acho que o site original dessa coisa é:
http://angelfire.com/ut/aylett/eth69.html

Lá tem outros links.

Jamil




SUBJECT: refutação da teoria da conspiração
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/09/2000 12:40

Escrevi uma refutação da suposta fraude. Afinal acho que sempre fomos
à Lua :)
Quem estiver interessado pode fazer o download do ficheiro:

http://www.explicacoes.com/php_nuke/html/fraude/refutacao.doc


O ficheiro contem para alem do texto original e das fotos os
meus comentários tentando refutar a teoria da conspiração.


João



SUBJECT: Re: fraude
FROM: "Ronaldo Cordeiro [MG]" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/09/2000 14:31

--- In ciencialist@egroups.com, "Jamil Orlandelli" <orlandel@t...>
wrote:
> Olá João, você escreveu:
>
> >Está a circular na internet portuguesa um ficheiro de uma
> >suposta fraude realizada pela NASA. Nesse ficheiro
> utiliza-se
> >fotografias da NASA para 'provar' que o Homem nunca foi à
> Lua.

Você vai encontrar não só um, mas vários sites na web com quase o
mesmo conteúdo, as mesmas fotos e até as mesmas observações.

Exemplos:
http://www.channel1.com/users/cci/fakedmoon.htm
http://batesmotel.8m.com/

A maioria dos comentários é demonstração de ignorância pura. Como a
ausência de estrelas nas fotos, por exemplo, se você fotografar o céu
aqui da terra mesmo, também não vai aparecer estrela nenhuma
(principalmente se for durante o dia).

Um site com refutação dos citados acima pode ser encontrado em:
http://pirlwww.lpl.arizona.edu/~jscotti/NOT_faked/

Agora, o que eu recomendo visitar mesmo é a gozação que aparece em
http://www.ews.uiuc.edu/~akapadia/moon.html

Boas risadas!

[]s
Ronaldo Cordeiro
Dicionário Céptico: http://www.dicceptico.cjb.net



SUBJECT: Re: [ciencialist] fraude ?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/09/2000 14:53

-----Mensagem Original-----
De: "João Mário Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
Para: "ajc" <ajciencia@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 8 de Setembro de 2000 10:59
Assunto: [ciencialist] fraude ?


> Está a circular na internet portuguesa um ficheiro de uma
> suposta fraude realizada pela NASA. Nesse ficheiro utiliza-se
> fotografias da NASA para 'provar' que o Homem nunca foi à Lua.

E enquanto isso "Britânicos compram terrenos na Lua por US$ 14: A Lua será
colocada à venda na Grã-Bretanha nesta sexta-feira. E por apenas 10 libras
(14 dólares), um acre do satélite natural da Terra pode ser seu." Leia
reportagem em http://www.uol.com.br/inter/reuters/ult27u3880.htm

Estou seriamente pensando em organizar o MSTL = Movimento dos Sem "Terra" na
Lua. Ou seria apenas Movimento dos Sem Lua?

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] fraude ?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/09/2000 16:58

>
> E enquanto isso "Britânicos compram terrenos na Lua por US$ 14: A Lua será
> colocada à venda na Grã-Bretanha nesta sexta-feira. E por apenas 10 libras
> (14 dólares), um acre do satélite natural da Terra pode ser seu." Leia
> reportagem em http://www.uol.com.br/inter/reuters/ult27u3880.htm
>
> Estou seriamente pensando em organizar o MSTL = Movimento dos Sem "Terra" na
> Lua. Ou seria apenas Movimento dos Sem Lua?

Há tambem alguras uma página que vende terrenos em Marte e outro
que vende estrelas inteiras.
Mas não tenho aqui os endereços.

João
http://www.nonio.com




SUBJECT: uma boa
FROM: "Mozart Pimentel" <mozp@usa.net>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/09/2000 08:56

Pessoas,

Uma das boas coisas que encontrei na rede foi um
fanzine por email. Convido o pessoal a visitar a
página:

http://sabado14.cjb.net

Eu diria que ela é bem esclarecedora!

[]'s
Mozart

"Os pinguins se acasalam para toda a vida. Isso não
me espanta muito, pois são todos iguais. Não é
provável que algum dia encontrem um pinguim mais
bonito."
- Ellen Degeneres.



SUBJECT: el�tron
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/09/2000 16:50

[Alberto Mesquita Filho]
Ou ser� que o el�tron n�o tem carga el�trica, como tenho proposto em minha
teoria?

[Leandro]

O el�tron tem carga.

[Alberto Mesquita Filho]

Diga ent�o que n�o aceita a minha teoria pelo motivo que julgar
conveniente

[Leandro]

A eletrodin�nica qu�ntica - QED - (a teoria eletrodin�nica mais precisa
atualmente) � o motivo que julgo conveniente (e mais que suficiente).
Mas, ela n�o � uma teoria que explica tudo: ela n�o explica as for�as
forte, gravitacional e fraca (embora tenha tido um sucesso relativo com a
unifica��o da fraca com a eletromagn�tica).
A QED nos diz que o conceito de carga ainda � v�lido, mas a dist�ncias
muito pequenas, a carga n�o � constante - pode parecer estanha a id�ia, mas
a precis�o que esta teoria acerta n�o � obtida por nenhuma rival.
Hoje, tem pessoas verificando se sua id�ia central - a regra de soma -
tamb�m se aplica em fen�menos de part�culas. Por exemplo, testar a regra de
soma na cromodin�mica qu�ntica - a QCD.
Mas, nada impediria uma reviravolta total na hist�ria! A �nica coisa que um
modelo rival � QED deve fazer � explicar fen�menos com maior precis�o que
ela ou fazer previs�es que ela n�o fa�a.
Ent�o que o modelo novo que voc� conhece consiga fazer isso.
Abra�os
Leandro.
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SUBJECT: mastodontes e o big-bang
FROM: "Andre R. D. Baptista" <andrebaptista@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/09/2000 17:15

Olá pessoal,

Vale a pena ler! É uma das coisas mais absurdas que eu já li impressa
numa folha de jornal.
Essa reportagem espantosa saiu hoje, no jornal DELLE (clique nos links
para ver a reportagem completa):


GAZETA DE ALAGOAS, domingo, 10 de setembro de 2000

http://www.uol.com.br/gazeta-oam/col/geral/geral.htm#LINK_4
http://www.uol.com.br/gazeta-oam/col/geral/geral.htm#LINK_6


ROBERTO VILANOVA
Ouro Branco e Maravilha - Pesquisadores do Centro de Tecnologia e
Geociências da Universidade Federal de Pernambuco encontraram fóssil
de mastodonte, de preguiça e tatu-gigante no sertão alagoano. O
achado inédito reforça a tese do big-bang, sobre a origem do mundo, e
confirma o que o mapa-múndi deixa evidente: a América do Sul e a
África eram um só continente. (...)


E o mundo surgiu mesmo de uma explosão nuclear

Elétrons, prótons e nêutrons, condensados, fundiram-se e quando a
temperatura atingiu 500 graus centígrados, deu-se a fusão. Esse
princípio simplificado para explicar o big-bang (grande explosão) e se
conhecer a origem do mundo, é cada vez mais consistente, porque
somente através dele é possível explicar que, um dia, o mastodonte
pudesse ter existido no sertão alagoano.
Outro detalhe que explica a criação do mundo pelo big-bang, e que pode
ser comprovado analisando-se o mapa-múndi, é o encaixe perfeito entre
o contorno leste da América do Sul e o contorno oeste da África.
Recortando-se os contornos, o encaixe é perfeito. Isso explica também
a existência do mastodonte, mamífero que originou o elefante. Após a
explosão que dividiu o mundo nos atuais continentes, o mastodonte
sucumbiu e a sua descendência foi aparecer na África. Outra versão
para a existência do mastodonte no sertão alagoano não tem a base da
tese do big-bang, daí essa vai prevalecer pelo menos até que outra
versão possa ser comprovada cientificamente. (...)





SUBJECT: Re: [ciencialist] elétron
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/09/2000 18:25

-----Mensagem Original-----
De: "Leandro Holanda" Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 10 de Setembro de 2000 16:50
Assunto: [ciencialist] elétron

> A eletrodinânica quântica - QED - (a teoria eletrodinânica mais precisa
> atualmente) é o motivo que julgo conveniente (e mais que suficiente).
> Mas, ela não é uma teoria que explica tudo: ela não explica as forças
> forte, gravitacional e fraca (embora tenha tido um sucesso relativo com a
> unificação da fraca com a eletromagnética).
> A QED nos diz que o conceito de carga ainda é válido, mas a distâncias
> muito pequenas, a carga não é constante - pode parecer estanha a idéia,
> mas a precisão que esta teoria acerta não é obtida por nenhuma rival.

Com efeito. Trata-se, sem dúvida alguma, de um "modelo que dá certo" mas por
motivos ainda não explicados. Fiquemos então com o modelo mas vamos também
procurar por outros mais realistas. Obs.: A mecânica dos fluidos dá certo
numa infinidade de situações, mesmo sabendo-se de suas restrições no nível
microscópico, pois não corresponde à realidade física; idem para a teoria
de Maxwell. As teorias quânticas respondem a uma infinidade de perguntas que
surgem quando adentramos no microcosmos, mas nos deixam uma infinidade de
dúvidas, principalmente no tocante à natureza real do microcosmo. Não por
outro motivo, apoia-se num princípio a "garantir" que é impossível
estabelecer-se a natureza íntima da matéria.

> Hoje, tem pessoas verificando se sua idéia central - a regra de soma -
> também se aplica em fenômenos de partículas.

A regra de soma a que me refiro é útil para um número finito de elétrons.
Para cargas macroscópicas pode-se perfeitamente raciocinar em termos de
integração de elementos de superfície contendo elétrons com w's paralelos e
perpendiculares à mesma.

> Por exemplo, testar a regra de
> soma na cromodinâmica quântica - a QCD.
> Mas, nada impediria uma reviravolta total na história! A única coisa que
> um modelo rival à QED deve fazer é explicar fenômenos com maior precisão
> que ela ou fazer previsões que ela não faça.

Por acaso a QED prevê um análogo elétrico do efeito Aharonov-Bhom? Ou seja,
efeitos elétricos a serem observados em determinados campos A gerados por
cargas elétricas, mas onde que o valor de E dado pela teoria de Maxwell é
igual a zero? Estou apenas perguntando, pois não sei a resposta. O Assis da
Unicamp fala alguma coisa a esse respeito, mas utiliza-se de outra
eletrodinãmica.

> Então que o modelo novo que você conhece consiga fazer isso.

Assim espero.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Agua e fogo!
FROM: "Francisco C. Brito" <fbrito@globo.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/09/2000 19:04

Olá pessoal
Não tenho mais recebido e-mails da lista, será que fui excluido?!!?
Em todo caso, gostaria de fazer algumas perguntas, espero que os físicos e químicos da sala possam me ajudar.

Um dos meus interesses é combate a incêndio e procuro ler tudo a esse respeito. Pois bem, um dia desses li algo que me pareceu um pouco estranho. O autor afirmava que, em temperaturas acima de 700 graus Ceusius (é assim mesmo que escreve?) o uso da água no combate ao fogo é pouco eficaz, o motivo, temperaturas dessa magnitude e acima causam a separação do hidrogênio e do oxigênio, que compõem a água e, dessa forma, alimentando as chamas.

Isso é verdade? É possível destruir a molécula de água com temperaturas elevadas?

Outra questão é sobre um fenomeno que ocorre em líquidos em combustão. A transmição de calor por convecção em fluídos é um fenomeno bem conhecido, mas o bombeiro falava de um outro fenômeno que ocorreria no meio desse líquido, caracterizado por uma coluna de calor que, descendo pelo meio da massa líquida, poderia atingir água no fundo do recipiente, elevar bruscamente a temperatura dessa água até a ebulição, lançando o líquido para fora do tanque.

É possível haver esa condução de calor ascendente em um meio líquido? (o autor chamava a isso de Blow Over - ou algo parecido)

Agradeço a quem puder me ajudar.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Agua e fogo!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/09/2000 23:21

Oi Francisco, vejamos umas pinceladas de minha parte.

A decomposição da água em seus componentes é possível mas sob temperaturas
bem acima dos 700 graus célsius (que me lembre coisa de 3000 e tantos graus
célsius).
Mas isso não é difícil de se fazer, basta pegar um tubo de ensaio e espetar
(a fogo) em seu fundo um fio de platina de modo que cerca de 1mm dele fique
do lado de fora. O restante do fio de platina é ligado a um fio de cobre que
sai de dentro do tubo (a seguir o tubo é preenchido com areia). Mergulha-se
esse tubo num recipiente contendo água acidulada e um grande eletrodo de
chumbo. Entre o eletrodo de chumbo e o fio de platina aplica-se uma tensão
acima dos 40V. Naquela ponta ocorre eletrólise e como sub-produto devido à
alta temperatura a decomposição da molécula da água em O2 e H2.
Essa técnica, usada para se interromper a corrente elétrica com freqüência
de cerca de 2000 interrupções por segundo é usada no interruptor de Wehnelt.
Se quiser detalhes disso dê uma chegada em:
http://www.feiradeciencias.com.br/sala03/altatensao02.htm item 2.

Quanto ao misterioso fluxo interno durante a convecção há algo estranho.
Vejamos: a convecção ocorre quando massas quentes são levadas (por alguém)
para regiões mais frias no interior dos fluidos.
Esse alguém, nos processos corriqueiros, é a própria gravidade; as porções
quentes por terem menor peso específico deslocam-se para regiões de menor
peso específico, sob ação do empuxo do próprio fluido. Nessa situação, o
calor deve estar sendo cedido ao fluido pela 'sua base' (região inferior
quente).
No caso do líquido em chamas,a chama progride apenas pela evaporação do
líquido superficial e as correntes de convecção são da superfície para cima
(através do ar) ... e não para baixo através do líquido em chamas. A região
quente do líquido não pode descer ... por ter peso específico menor que as
regiões fria do interior do líquido.

Talvez, simples talvez, o bombeiro confundiu 'as bolas' e estava querendo
falar do processo da calefação. Outro modo de vaporização dos líquidos.
Vejamos quando isso poderia acontecer: imagine um tambor contendo líquido
inflamável. Por algum orifício lateral ou inferior ocorre um vazamento e, na
presença de chama, lá vem o fogo. Esse fogo aquece muito rapidamente o
tambor, em temperatura acima dos 100 graus célsius facilmente. O líquido
interno ao tocar as paredes em temperaturas acima de sua ebulição vaporiza
parcialmente e forma uma camada gasosa que impede o restante do líquido
tocar a parede do tambor (algo como acontece quando você respinga água sobre
uma chapa bem quente). Esse liquido não atinge sua temperatura de
vaporização graças a essa camada isolante de vapor (o mesmo efeito tem as
cinzas em relação à brasa). Mas, ai chega o bombeiro e joga água sobre o
tambor, sua temperatura de calefação (proteção) baixa até a temperatura de
vaporização do liquido interno que vaporiza totalmente gerando pressões
enormes e explodindo o tambor (e espalhando combustível prá todo lado).

Será que era isso que ele queria dizer?
O fenômeno da calefação é a causa da explosão de caldeiras.

[]'
Léo



-----Mensagem Original-----
De: Francisco C. Brito <fbrito@globo.com.br>
Para: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 11 de setembro de 2000 19:04
Assunto: [ciencialist] Agua e fogo!



Olá pessoal
Não tenho mais recebido e-mails da lista, será que fui excluido?!!?
Em todo caso, gostaria de fazer algumas perguntas, espero que os físicos e
químicos da sala possam me ajudar.

Um dos meus interesses é combate a incêndio e procuro ler tudo a esse
respeito. Pois bem, um dia desses li algo que me pareceu um pouco estranho.
O autor afirmava que, em temperaturas acima de 700 graus Ceusius (é assim
mesmo que escreve?) o uso da água no combate ao fogo é pouco eficaz, o
motivo, temperaturas dessa magnitude e acima causam a separação do
hidrogênio e do oxigênio, que compõem a água e, dessa forma, alimentando as
chamas.

Isso é verdade? É possível destruir a molécula de água com temperaturas
elevadas?

Outra questão é sobre um fenomeno que ocorre em líquidos em combustão. A
transmição de calor por convecção em fluídos é um fenomeno bem conhecido,
mas o bombeiro falava de um outro fenômeno que ocorreria no meio desse
líquido, caracterizado por uma coluna de calor que, descendo pelo meio da
massa líquida, poderia atingir água no fundo do recipiente, elevar
bruscamente a temperatura dessa água até a ebulição, lançando o líquido para
fora do tanque.

É possível haver esa condução de calor ascendente em um meio líquido? (o
autor chamava a isso de Blow Over - ou algo parecido)

Agradeço a quem puder me ajudar.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


*** --- ***

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http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html

*** --- ***






SUBJECT: Re: [ciencialist] Agua e fogo!
FROM: "Francisco C. Brito" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/09/2000 23:37

Caro Luiz

Obrigado pela ajuda, com relação a questão da calefação, não tenho certeza
se foi isso mesmo que o bombeiro quiz dizer. Em todo caso, você levantou
outra questão muito interessante, a qual eu devo estudar um pouco melhor e
passar para o pessoal da brigada contra incêndio no próximo treinamento.
Afinal esse é um risco potencial para o combatente do fogo.

Muito Obrigado!

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Monday, September 11, 2000 11:21 PM
Subject: Re: [ciencialist] Agua e fogo!


> Oi Francisco, vejamos umas pinceladas de minha parte.
>
> A decomposição da água em seus componentes é possível mas sob temperaturas
> bem acima dos 700 graus célsius (que me lembre coisa de 3000 e tantos
graus
> célsius).
> Mas isso não é difícil de se fazer, basta pegar um tubo de ensaio e
espetar
> (a fogo) em seu fundo um fio de platina de modo que cerca de 1mm dele
fique
> do lado de fora. O restante do fio de platina é ligado a um fio de cobre
que
> sai de dentro do tubo (a seguir o tubo é preenchido com areia).
Mergulha-se
> esse tubo num recipiente contendo água acidulada e um grande eletrodo de
> chumbo. Entre o eletrodo de chumbo e o fio de platina aplica-se uma tensão
> acima dos 40V. Naquela ponta ocorre eletrólise e como sub-produto devido à
> alta temperatura a decomposição da molécula da água em O2 e H2.
> Essa técnica, usada para se interromper a corrente elétrica com freqüência
> de cerca de 2000 interrupções por segundo é usada no interruptor de
Wehnelt.
> Se quiser detalhes disso dê uma chegada em:
> http://www.feiradeciencias.com.br/sala03/altatensao02.htm item 2.
>
> Quanto ao misterioso fluxo interno durante a convecção há algo estranho.
> Vejamos: a convecção ocorre quando massas quentes são levadas (por alguém)
> para regiões mais frias no interior dos fluidos.
> Esse alguém, nos processos corriqueiros, é a própria gravidade; as porções
> quentes por terem menor peso específico deslocam-se para regiões de menor
> peso específico, sob ação do empuxo do próprio fluido. Nessa situação, o
> calor deve estar sendo cedido ao fluido pela 'sua base' (região inferior
> quente).
> No caso do líquido em chamas,a chama progride apenas pela evaporação do
> líquido superficial e as correntes de convecção são da superfície para
cima
> (através do ar) ... e não para baixo através do líquido em chamas. A
região
> quente do líquido não pode descer ... por ter peso específico menor que as
> regiões fria do interior do líquido.
>
> Talvez, simples talvez, o bombeiro confundiu 'as bolas' e estava querendo
> falar do processo da calefação. Outro modo de vaporização dos líquidos.
> Vejamos quando isso poderia acontecer: imagine um tambor contendo líquido
> inflamável. Por algum orifício lateral ou inferior ocorre um vazamento e,
na
> presença de chama, lá vem o fogo. Esse fogo aquece muito rapidamente o
> tambor, em temperatura acima dos 100 graus célsius facilmente. O líquido
> interno ao tocar as paredes em temperaturas acima de sua ebulição vaporiza
> parcialmente e forma uma camada gasosa que impede o restante do líquido
> tocar a parede do tambor (algo como acontece quando você respinga água
sobre
> uma chapa bem quente). Esse liquido não atinge sua temperatura de
> vaporização graças a essa camada isolante de vapor (o mesmo efeito tem as
> cinzas em relação à brasa). Mas, ai chega o bombeiro e joga água sobre o
> tambor, sua temperatura de calefação (proteção) baixa até a temperatura de
> vaporização do liquido interno que vaporiza totalmente gerando pressões
> enormes e explodindo o tambor (e espalhando combustível prá todo lado).
>
> Será que era isso que ele queria dizer?
> O fenômeno da calefação é a causa da explosão de caldeiras.
>
> []'
> Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Agua e fogo!
FROM: "Francisco C. Brito" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/09/2000 23:51

Fui até a página e achei bastante interessante o experimento proposto, no
entanto, ficou uma dúvida.
Havendo oxigênio e hidrogênio envolvidos na experiência e, ainda, uma faísca
elétrica aparentemente intensa, não ocorre um sério risco de explosão?


Naquela ponta ocorre eletrólise e como sub-produto devido à
> alta temperatura a decomposição da molécula da água em O2 e H2.
> Essa técnica, usada para se interromper a corrente elétrica com freqüência
> de cerca de 2000 interrupções por segundo é usada no interruptor de
Wehnelt.
> Se quiser detalhes disso dê uma chegada em:
> http://www.feiradeciencias.com.br/sala03/altatensao02.htm item 2.
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Agua e fogo!
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/09/2000 12:30

> De: Francisco C. Brito <fbrito@globo.com.br>
> motivo, temperaturas dessa magnitude e acima causam a separação do
> hidrogênio e do oxigênio, que compõem a água e, dessa forma, alimentando as
> chamas.

bem, mesmo q. houvesse pirolise das moleculas de agua nas condicoes
especificadas, ela nao pode alimentar as chamas -- pra ocorrer a quebra
das moleculas de agua eh preciso pOr energia (nesse processo ela retiraria
o calor do ambiente)... pra alimentar as chamas, seria preciso q. o
oxigenio e hidrogenio assim formados recombinassem novamente -- oras, se o
ambiente hipoteticamente eh favoravel para a quebra das moleculas, o
maximo q. se pode atingir eh um equilibrio em q. haveria mais oxigenio e
hidrogenio dissociados do q. na forma de molecula de agua, mas como o
sistema nao eh fechado haveria um escape das moleculas de oxigenio e de
hidrogenio... a energia total do sistema estaria distribuida em um numero
maior de particulas e a temperatura local (energia cinetica media) deveria
cair e cair mais, uma vez q. as particulas mais energeticas deixariam o
sistema levando consigo parte da energia do sistema... uma menor
temperatura contribui efetivamente para se diminuir as taxas dos processos
de oxidacao envolvidos em um incendio... o q. poderia acontecer eh q. a
agua fosse menos eficiente, mas nao q. alimentasse as chamas...

do contrario teriamos um novo modelo de moto-perpetuo (ao menos assim me
parece...)

acho q. o unico caso em q. a agua alimentaria o incendio seria se houvesse
produtos q. reagiassem exotermicamente com a agua no local.

e aih, leo, qual a sua opiniao sobre esse ponto de vista?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Agua e fogo!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/09/2000 13:59

R. Takata propõe:

>>bem, mesmo q. houvesse pirolise das moleculas de agua nas condicoes
especificadas, ela nao pode alimentar as chamas -- pra ocorrer a quebra
das moleculas de agua eh preciso pOr energia (nesse processo ela retiraria
o calor do ambiente)... pra alimentar as chamas, seria preciso q. o
oxigenio e hidrogenio assim formados recombinassem novamente -- oras, se o
ambiente hipoteticamente eh favoravel para a quebra das moleculas, o
maximo q. se pode atingir eh um equilibrio em q. haveria mais oxigenio e
hidrogenio dissociados do q. na forma de molecula de agua, mas como o
sistema nao eh fechado haveria um escape das moleculas de oxigenio e de
hidrogenio... a energia total do sistema estaria distribuida em um numero
maior de particulas e a temperatura local (energia cinetica media) deveria
cair e cair mais, uma vez q. as particulas mais energeticas deixariam o
sistema levando consigo parte da energia do sistema... uma menor
temperatura contribui efetivamente para se diminuir as taxas dos processos
de oxidacao envolvidos em um incendio... o q. poderia acontecer eh q. a
agua fosse menos eficiente, mas nao q. alimentasse as chamas...<<

Não acredito que a temperatura dos incêndios 'normais' consigam quebrar a
molécula de água. Mesmo para vaporiza-las a quantidade de calor que deve ser
absorvida do meio já é brutal (540 cal/g). Mas, seu raciocínio procede, se a
temperatura ambiente fosse suficiente para tal quebra a tendência seria
resfriar cada vez mais ... até interromper a quebra.
Se a temperatura que determina a quebra continuasse a aumentar teríamos uma
reação em cadeia ... arrebentaria até o moto contínuo.

Falar nisso, o cientista lá do Norte, que conseguiu driblar a gravidade ...
no que deu? Voou?

[]'
Léo





SUBJECT: Quando a natureza encontra um paradoxo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/09/2000 16:21

Amigos listeiros,

Depois de muito batutar, achei o segredo da antigravidade.
Se vc soltar ao chão um pedaço de pão com manteiga, ela vai cair com o lado
da manteiga para baixo.
Se um gato for jogado de uma janela ou qqer lugar elevado, ele cairá de pé,
estável sobre suas patas.
Mas, o que acontece quando vc amarra um pedaço de pão com manteiga, com o
lado da manteiga para cima, nas costas de um gato?
Cairá este sobre suas patas? Ou a manteiga lambuzará o chão? Segundo a
Física Estatística aplicada à natureza a manteiga deverá sempre atingir o
solo e pela Física da Aerodinâmica sabemos que o gato não pode cair de
costas com perigo de quebrar sua espinha.
Se o sistema (gato + pão com manteiga) for lançado, a Natureza não teria
meios para resolver esse paradoxo. Portanto, ele simplesmente não cairia.
O dispositivo poderá ser pensado como uma modo de locomoção vencendo a lei
da gravitade. Dentro de um veículo bastaria colocar vários desses sistemas.
A quantidade de manteiga nos pães pode ser variada para controlar o
equilíbrio e a altura atingida pelo veículo.

Finalmente encontrei a solução!

[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Quando a natureza encontra um paradoxo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/09/2000 20:25

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 12 de Setembro de 2000 16:21
Assunto: [ciencialist] Quando a natureza encontra um paradoxo

> Depois de muito batutar, achei o segredo da antigravidade. [...]
> Se o sistema (gato + pão com manteiga) for lançado, a Natureza não teria
> meios para resolver esse paradoxo. Portanto, ele simplesmente não cairia.
> O dispositivo poderá ser pensado como uma modo de locomoção vencendo a lei
> da gravitade. [...]
> Finalmente encontrei a solução!

Enfim, alguém da Ciencialist se faz merecedor do prêmio Ignóbil de Física.
Solicito ao Luiz que, em nome de todos nós, faça a indicação do Léo à
Comissão do Prêmio. :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Quando a natureza encontra um paradoxo
FROM: "Francisco C. Brito" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/09/2000 21:17

Do meu ponto de vista, Sr. Luiz, o Senhor é um irresponsável.
Essa sua mensagem viola o mais puro, simples e popular bom senso.
Então você vem aqui e, com isso tudo que disse, acha que está fazendo algum
bem para alguém?
Não parou para pensar se a humanidade está pronta para esse conhecimento?
Não percebe que pode ser o iniciador da terceira guerra mundial?
e qual vai ser seu próximo passo? Revelar ao mundo o sistema de orientação
astronomica através de camisetas sujas com catchup?

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Tuesday, September 12, 2000 4:21 PM
Subject: [ciencialist] Quando a natureza encontra um paradoxo


>
> Amigos listeiros,
>
> Depois de muito batutar, achei o segredo da antigravidade.
> Se vc soltar ao chão um pedaço de pão com manteiga, ela vai cair com o
lado
> da manteiga para baixo.
> Se um gato for jogado de uma janela ou qqer lugar elevado, ele cairá de
pé,
> estável sobre suas patas.
> Mas, o que acontece quando vc amarra um pedaço de pão com manteiga, com o
> lado da manteiga para cima, nas costas de um gato?
> Cairá este sobre suas patas? Ou a manteiga lambuzará o chão? Segundo a
> Física Estatística aplicada à natureza a manteiga deverá sempre atingir o
> solo e pela Física da Aerodinâmica sabemos que o gato não pode cair de
> costas com perigo de quebrar sua espinha.
> Se o sistema (gato + pão com manteiga) for lançado, a Natureza não teria
> meios para resolver esse paradoxo. Portanto, ele simplesmente não cairia.
> O dispositivo poderá ser pensado como uma modo de locomoção vencendo a lei
> da gravitade. Dentro de um veículo bastaria colocar vários desses
sistemas.
> A quantidade de manteiga nos pães pode ser variada para controlar o
> equilíbrio e a altura atingida pelo veículo.
>
> Finalmente encontrei a solução!
>
> []'
> Léo
>
>
> *** --- ***
>
> >> Lista de VARIOS sites com noticias direcionadas a ciencia (FREE!)<<
> http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html
>
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Quando a natureza encontra um paradoxo
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/09/2000 23:13

Lamento informar, mas o sistema antigravitacional proposto é falho e
mostra a falta de dominio sobre a lei da manteiga e das esperiências
feitas por todo mundo que tentaram refruta-la.

Eis eis as falhas criticas da teoria :

> Depois de muito batutar, achei o segredo da antigravidade.
> Se vc soltar ao chão um pedaço de pão com manteiga, ela vai cair com o lado
> da manteiga para baixo.

Pelo que parece uma parte da lei da manteiga foi omitida em favor da
teoria proposta.

A lei enuncia "A probabilidade de um pedaço de pão com manteiga cair com
o lado da manteiga para baixo é igual ao quadrado do valor do carpete"

Como todos sabemos a lei da manteiga é cheia de termos tecnicos que
popularmente tiveram seu significado restringido.

Se entende por carpete todo tipo de chão, por manteiga todo tipo de
"pasta" comestível (requeijão, patê de fígado, chocolate, etc) e por pão
todos os prismas achatados e comestíveis (biscoito, pão, etc)

Causa-me vergonha perceber que a importante palavra PROBABILIDADE foi
omitida na teoria antigravitacional leoística.

>Se um gato for jogado de uma janela ou qqer lugar elevado, ele cairá de pé,
>estável sobre suas patas.

correto

Somente em condições hipotéticas, onde o valor do chão tende ao infinito
a hipótese da antigravidade pode ser aventada.
Cientistas lançaram centenas de gatos com diferentes combinações
manteiga-pão e observaram que a medida que o valor do carpete tende ao
infiníto o principio da incerteza de Murphy se mostra mais forte.

> Se o sistema (gato + pão com manteiga) for lançado, a Natureza não teria
> meios para resolver esse paradoxo. Portanto, ele simplesmente não cairia.

Em vez de um sistema antigravitacional, foi observado, por simulações
feitas em supercomputadores sumiço do pão, as causas deste fenomeno
ainda são um mistério para a ciência moderna.

os defensores da teoria da manteiga quântica refrutam os resultados
apresentados na simulação. Defendem que o gato caia de pé e de costas ao
mesmo tempo.


SUBJECT: RE: Deus é Godelizavel !!?
FROM: "Dr. Zerdax" <zerdax@bigfoot.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/09/2000 09:51

Eu penso que vcs est�o apenas utilizando-se de sofismas,
vejam por exemplo:

"Pedro � bom.
Deus � bom.
Logo, Pedro � Deus!"

ou ent�o:

"Gato s�o duas s�labas.
O gato mia.
Logo, duas s�labas miam!"

------Original Message------
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: September 6, 2000 5:47:18 PM GMT
Subject:
=?iso-8859-1?Q?Re:_=5Bciencialist=5D_Deus_=E9_Godelizavel_!!?=


-----Mensagem Original-----
De: "Rodrigo Frizzo Viecilli" <philox@zaz.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: S�bado, 26 de Agosto de 2000 12:59
Assunto: RES: [ciencialist] Deus � Godelizavel !!


> Discordo.
> � poss�vel sim provar o inexistente, em um conjunto determinado.
> Por exemplo, posso provar que no conjunto dos n�meros inteiros n�o
existe
> o n�mero pi. N�o � poss�vel provar que algo n�o existe quando o
conjunto
n�o
> est� determinado por suas propriedades ou pela listagem de seus
elementos.

� isso a�!!! E uma vez que o termo "godeliz�vel" n�o est� nos
dicion�rios,
posso provar que Deus n�o � godeliz�vel, logo Deus existe. Estou
utilizando-me da anti-prova por anti-absurdo e seguindo o racioc�nio
anti-l�gico aceito pelo anti-anti-indutivismo jocaxiano, conforme
pode-se
constatar facilmente consultando-se qualquer tratado introdut�rio
sobre o
assunto, incluindo-se algumas mensagens postadas aqui na Ciencialist.

> H� ainda, em l�gica, o chamado princ�pio do terceiro exclu�do, de
Bertrand
> Russell, que alguns utilizam, outros n�o.
> Basicamente, afirma que quando uma proposi��o n�o pode ser
verdadeira ou
> falsa, ent�o o objeto da proposi��o n�o existe.

O princ�pio do terceiro exclu�do foi revogado pelo Artigo 5, T�tulo II
da
Constitui��o da Rep�blica Federativa do Brasil, de 05/10/88, que
afirma
"Todos s�o iguais perante a lei, sem distin��o de qualquer
natureza....",
logo n�o existem exclu�dos no Brasil dentro do contexto do conjunto
determinado por nossa Constitui��o. Por outro lado, podemos utilizar o
princ�pio de Bertrand Russell para concluir que uma vez que o artigo
constitucional n�o pode ser verdadeiro nem falso, ent�o o Brasil n�o
existe.

> � o caso do "barbeiro que barbeia a todos que n�o barbeiam a si
pr�prios".
> Eu n�o aceito este princ�pio, pois n�o aceito tal proposi��o como
> logicamente poss�vel, � apenas gramaticamente poss�vel (argumento
> wittgensteiniano)- portanto nada ontol�gico pode ser conclu�do de
uma
> proposi��o mal constru�da.

Pelo que eu saiba, barbeiro � um esp�cime em extin��o, � exce��o do
transmissor da doen�a de Chagas, mas este � um mosquito estando pois
fora do
contexto da ontologia humana. Por outro lado, a ontologia humana, no
sentido
heideggeriano do termo (existencialismo) prov�m da ontogenia e esta
�ltima
est� em vias de ser amplamente modificada pelo ontogenismo jocaxiano.
� bem
verdade que este cap�tulo da obra do Jocax ainda n�o foi escrito, o
que em
absoluto significa dizer que n�o existe, pois neste caso estar�amos
falando
numa inexist�ncia num conjunto ainda indeterminado (o Jocax ainda n�o
fez a
listagem dos cap�tulos e, pelo visto, escreveu apenas a introdu��o).

Resumindo: Deus existe, o Brasil n�o existe e o Jocax ainda est�
passando
por um processo de reconhecimento relativo a sua prov�vel exist�ncia.

Ficam revogadas as disposi��es em contr�rio, presentes, passadas e
futuras.

� o que tinha a dizer a bem da verdade.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm

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SUBJECT: The POWER BRIDGE (The Warsaw Energy Meeting)
FROM: "Prof. Walter Leal Filho" <leal@tu-harburg.de>
TO: "eeen@realworld.de" <eeen@realworld.de>
DATE: 13/09/2000 13:31

Dear Colleagues,
This event may be useful to those interested in the energy sector.
Please visit the web site below for further information.
Walter Leal Filho

THIRD ANNUAL INTERNATIONAL CONFERENCE FOR THE ELECTRICITY AND GAS TRADE
IN CENTRAL AND EASTERN EUROPE

The POWER BRIDGE (The Warsaw Energy Meeting) will be held in Warsaw, on
Oct. 10-12th 2000.
Inform yourself about the latest developments of the Central and Eastern
European energy markets. More than
200 experts from all over the world visited POWER BRIDGE 1999.

Main topics are:
- What influence will the Polish energy exchange have on energy trade in
Central and Eastern Europe?
- Structural changes in the energy sector and their influence on CEE
- Experiences and expectations of market participants
- Technical restrictions in international energy trade
- New methods and products in a liberalised energy market
- The future role of renewable energy sources within the CEE energy
markets

We invite:
- participants
- exhibitors
- sponsors

For more information please check:

www.econtrade.com/pb2000/eng/index.html

or contact:

EconTrade Deutschland GmbH
Tel.: +49 351 871 8344
Fax: +49 351 871 8448
mr@econtrade.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] RE: Deus � Godelizavel !!?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/09/2000 18:12


-----Mensagem Original-----
De: Dr. Zerdax <zerdax@bigfoot.com>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 13 de setembro de 2000 09:51
Assunto: [ciencialist] RE: Deus � Godelizavel !!?


>Eu penso que vcs est�o apenas utilizando-se de sofismas,
vejam por exemplo:

"Pedro � bom.
Deus � bom.
Logo, Pedro � Deus!"

ou ent�o:

"Gato s�o duas s�labas.
O gato mia.
Logo, duas s�labas miam!"<


Complementemos, unindo os dois conjuntos de proposi��es acima:

Pedro e Gato t�m duas s�labas e ambos s�o bons
Deus � bom, o outro, al�m disso, mia
Logo, Pedro e Gato s�o Deu/ses, que, por terem duas s�labas, miam.

[]'
L�o





SUBJECT: Re: [ciencialist] RE: Deus é Godelizavel !!?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/09/2000 00:12

-----Mensagem Original-----
De: "Dr. Zerdax"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 13 de Setembro de 2000 09:51
Assunto: [ciencialist] RE: Deus é Godelizavel !!?


> Eu penso que vcs estão apenas utilizando-se de sofismas,

>> Estou utilizando-me da anti-prova por anti-absurdo e seguindo o
> > raciocínio anti-lógico aceito pelo anti-anti-indutivismo jocaxiano,
> > conforme pode-se constatar facilmente consultando-se qualquer tratado
> > introdutório sobre o assunto, incluindo-se algumas mensagens postadas
> > aqui na Ciencialist.

Caro Dr. Zerdax

O jocaxianismo (de Jocax, o filósofo do terceiro milênio, membro de nossa
humilde Ciencialist) é todo ele sofismático. Não há como entender um
raciocínio jocaxiano, apenas aceita-se-o ou não (é melhor aceitar pois senão
ele não sai do pé da gente, o Takata que o diga, e eu também).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: A GEMETICA do Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/09/2000 07:44

Caro Dr. Zerdax,
quero esclarecer que o pensamento jocaxiano embora possa parecer
sofismatico
na verdade nao o eh. Ele eh fruto do ramo da ciencia conhecido como
GEMÉTICA
criada pelo mestre do 3. milenio, o Grande Jocax (que, vez ou outra, da
suas
gracas iluminando um pouco esta lista).

A GEMÉTICA estuda a relacao da MEMÉTICA com a GENÉTICA.

A primeira (memetica) trata dos memes ( ideias parasitoides) que
infestam
nosssas mentes lutando para se reproduzir e infestar outras mentes.

A genetica estuda os genes, que tambem lutam para se perpetuar, e
dominar
o universo atraves dos corpos que os carregam.

Como vc pode perceber, somos simples hospedeiros de MEMES e de GENES que
nos
usam ( e abusam ) para seus proprios propositos perpetuadores.

A gemetica quer mostrar que nao podemos, ou melhor ,NAO DEVEMOS, fazer
nada
contra tais parasitas( Genes e Memes ), muito pelo contrario, deveremos
ajuda-los
no seu intento ultimo : se perpetuar.

A Gemetica mostra que se houver conflitos entre memes e genes o grande
prejudicado
eh o infeliz hospedeiro ( o homem ) que será rasgado, destrocado, por
dois parasitoides,
cada um tentando usar o hospedeiro para o seu intento.

A Gemetica mostrou que o melhor caminho para evitar conflito memes X
Genes esta
em um MEME chamado de GENISMO.

O Genismo eh um meme que faz com que os parasitas ajam em cooperacao
fazendo
do hospedeiro um VETOR PARASITOIDE FELIZ.

A Gemetica mostra que, para que o meme Genismo se instale ele tem que
lutar contra
outros memes poderosos como o "Virus DEUS" e seus memes associados as
Religioes.
Mas, uma vez que o meme Genismo se instale ele apaziguara o conflito
memeXgene
fazendo com que o vetor homem cumpra melhor sua funcao primordial :
perpetuar
genes e memes, integrando assim sua natureza biologica com sua cultura
genista.

A batalha do Meme-Genismo contra o Meme-Virus-Deus esta em seu inicio e
o mestre
do 3. milenio, Jocax, hospedeiro primeiro do Genismo, eh o seu primeiro
Vetor de
propagacao.

[]s
jocax



Alberto Mesquita Filho wrote:

> -----Mensagem Original-----
> De: "Dr. Zerdax"
> Para: <ciencialist@egroups.com>
> Enviada em: Quarta-feira, 13 de Setembro de 2000 09:51
> Assunto: [ciencialist] RE: Deus é Godelizavel !!?
>
>
> > Eu penso que vcs estão apenas utilizando-se de sofismas,
>
> >> Estou utilizando-me da anti-prova por anti-absurdo e seguindo o
> > > raciocínio anti-lógico aceito pelo anti-anti-indutivismo
> jocaxiano,
> > > conforme pode-se constatar facilmente consultando-se qualquer
> tratado
> > > introdutório sobre o assunto, incluindo-se algumas mensagens
> postadas
> > > aqui na Ciencialist.
>
> Caro Dr. Zerdax
>
> O jocaxianismo (de Jocax, o filósofo do terceiro milênio, membro de
> nossa
> humilde Ciencialist) é todo ele sofismático. Não há como entender um
> raciocínio jocaxiano, apenas aceita-se-o ou não (é melhor aceitar pois
> senão
> ele não sai do pé da gente, o Takata que o diga, e eu também).
>
> [ ]'s
> Alberto
> http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm
>
>
> *** --- ***
>
> >> Lista de VARIOS sites com noticias direcionadas a ciencia (FREE!)<<
>
> http://www.libs.uga.edu/science/curevent.html
>
> *** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/09/2000 08:00

Jocax

Independentemente da questão memética, temos que toda manifestação humana, seja ela científica , filosófica ou religiosa, assume proporções desegradáveis que atravessam os séculos. Tais manifestações levadas em conta como a parte e não como o todo realmente fazem juz a serem chamadas de ópio, doença ou o que for.

Mas um conflito tal como você descreve está mais para pseudo-ciência, pois temos todo um processo de desenvolvimento de concepções que com o decorrer do tempo e das diferentes experiências sociais poderào se tornar maléficas ou não. Não devemos nos entregar a qualquer reducionismo, muito menos um que seja determinista.

Comportamenos podem ser análogos mas não tem necessariamente de ser determinantes. Analises por analogias levaram pensadores como Bergson ao total descrédito quando verificamos erros em suas concepções, por exemplo, matemáticas.

Se vc puder me fornecer bibliografias para pesquisar melhor o assunto, agradeceria. Se quiser enviar em PVT arquivos, seria ainda melhor.

Até mais companheiro.

Pirulito



SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/09/2000 08:06


> A gemetica quer mostrar que nao podemos, ou melhor ,NAO DEVEMOS, fazer
> nada
> contra tais parasitas( Genes e Memes ), muito pelo contrario, deveremos
> ajuda-los
> no seu intento ultimo : se perpetuar.

Segundo a memética o 'eu' não existe. Assim, a frase que citei
não tem sujeito e sm sujeito não faz sentido. O que existe
é um corpo sem vontade controlado por uma associação de parasitas.
Sendo assim, a introspecção não faz sentido.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/09/2000 09:00



Agapito Ribeiro Júnior wrote:

> Jocax
>
> Independentemente da questão memética, temos que toda manifestação
> humana, seja ela científica , filosófica ou religiosa, assume
> proporções desegradáveis que atravessam os séculos. Tais manifestações
> levadas em conta como a parte e não como o todo realmente fazem juz a
> serem chamadas de ópio, doença ou o que for.
>
> Mas um conflito tal como você descreve está mais para pseudo-ciência

Nao concordo. Como ja postei aqui o Genismo eh uma teoria cientifica
passivel
de refutacao. Com relacao a Gemetica, tratando-se de um ramo cientifico
novissimo, criei-o esta semana, ainda tem muito a ser desenvolvido.
Mas, tratando-se de um area que estuda o interrelacionamento da
consagrada Genetica
com a nova Memetica, esta area fica, a bem da verdade, subordinada ao
reconheconheci mento da memetica como ciencia. Nao crei oque havera
problemas
quanto a isso uma vez q a memetica esta baseada em paradigma
darwinianos.
Posso adiantar as principais questoes a serem estudadas pela memetica :

1-Quais as culturas ( memes ) possiveis numa populacao, e o que elas
teriam em comum?
2-Qual o meme que melhor se "adequa" a um genoma particular?
3-Como os memes podem influencias a evolucao genetica ?
4-Em que direcao meme-gene caminha ?


> , pois temos todo um processo de desenvolvimento de concepções que com
> o decorrer do tempo e das diferentes experiências sociais poderào se
> tornar maléficas ou não. Não devemos nos entregar a qualquer
> reducionismo, muito menos um que seja determinista.

Esta conjectura tambem nao seria por demais "engessante"? Quero dizer,
se tivermos um "reducionismo" que explica os fenomenos sociais ( como
a fisica o faz com a natureza), isso nao deveria ser motivo de jubilo ?
Creio que sim. Nao devemos ser fobicos a um irrestrito e irracional
anti-reducionismo
se este reducionismo nos pode ser util. Seria dogmatizar o
nao-reducionismo...



>
> Comportamenos podem ser análogos mas não tem necessariamente de ser
> determinantes.

SIM e Nao , de certo modo sim. Isso nos remete a questao do
"livre-arbitrio"
e a mecanica-quantica e seu principio da incerteza. A analogia eh : Se
podemos, no
futuro, descrever totalmente o comportamento de uma barata frente a qqr
estimulo,
o cerebro humano nao seria um problema da mesma natureza, mas apenas de
uma complexidade maior ? Creio que uma gama ampla de comportamentos
humanos
podem ser enquadrados nesta conjectura determinista.



> Analises por analogias levaram pensadores como Bergson ao total
> descrédito quando verificamos erros em suas concepções, por exemplo,
> matemáticas.

Bom, todo pensador que ousa mudar paradigmas e quebrar o padrao vigente
esta sujeito a ataques e tambem a erros. Cada caso eh um caso, nao
devemos pegar
um exemplo e generalizar "redutivamente" aa todos ! :-)



>
> Se vc puder me fornecer bibliografias para pesquisar melhor o assunto,
> agradeceria. Se quiser enviar em PVT arquivos, seria ainda melhor.

"O Gene Egoista" de Richard Dawkins
"Consiliencia" de E. O. Wilson
O Site do Joao Miranda tem uns Links interessantes tambem :
(http://www.nonio.com)

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/09/2000 09:04



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Posso adiantar as principais questoes a serem estudadas pela memetica
> :

DESCULPEM, QUIS DIZER PELA GEMETICA

>
>
> 1-Quais as culturas ( memes ) possiveis numa populacao, e o que elas
> teriam em comum?
> 2-Qual o meme que melhor se "adequa" a um genoma particular?
> 3-Como os memes podem influencias a evolucao genetica ?
> 4-Em que direcao meme-gene caminha ?
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/09/2000 09:16



João Mário Miranda wrote:

>
> > A gemetica quer mostrar que nao podemos, ou melhor ,NAO DEVEMOS,
> fazer
> > nada
> > contra tais parasitas( Genes e Memes ), muito pelo contrario,
> deveremos
> > ajuda-los
> > no seu intento ultimo : se perpetuar.
>
> Segundo a memética o 'eu' não existe. Assim, a frase que citei
> não tem sujeito e sm sujeito não faz sentido. O que existe
> é um corpo sem vontade controlado por uma associação de parasitas.
> Sendo assim, a introspecção não faz sentido.

Nao concordo, veja meu ponto de vista :
Poderemos, olhando *apenas" o individuo como uma colonia de memes,
dizer que o "EU" eh o conjunto de memes que ele possui.
Note q a experiencia de vida cria memes muito particulares, como uma
impressao
digital memetica. Por isso, creio q seja possivel atribuir um EU a um
ser, nao
obstante este ser seja , sob este pto de vista, muito mais dinamico que
o ser visto
pela Gemetica ( genes+memes ).

[]s
jocax



SUBJECT: QMCWEB-delivery #36
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/09/2000 09:21

Informacoes de atualizacoes na pagina QMCWEB (sobre quimica).
Considero uma das melhores paginas sobre quimica (em portugues) para
'leigos'.

----
------------------[QMCWEB-delivery]
Obrigado por assinar o QMCWEB!

QMCWEB @ home
Florianspolis, 13 de setembro de 2000.
QMCWEB # 36 no ar!
http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb

--------------------------[nesta edigco]
>Lab on a chip
Ja estco no mercado instrumentos de laboratsrio do tamanho de
um microchip! A miniaturizagco chegou ` qummica. Saiba mais, no
QMCWEB!

>Informatica no ensino de qummica
Sera que ajuda ou atrapalha? O que existe na area de qummica?
Confira o artigo do Prof. Sirgio Vieira, da Unicentro-Parana.

----------------------------[sala.de.aula]
Aprenda como ensinar geometria molecular
utilizando embalagens de kinderovo!

--------------------------[the.flash]
>Bjbado sem beber
>Brscolis para astronautas
>Caminho da cura para o mal de Alzheimer

E mais!

-----------[acesse]
http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb

QMCWEB - A pagina da Qummica
>-----------------<
QummicaUFSConline
uol@qmc.ufsc.br
http://www.qmc.ufsc.br
>----------------<



SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/09/2000 10:44

>
> Nao concordo, veja meu ponto de vista :
> Poderemos, olhando *apenas" o individuo como uma colonia de memes,
> dizer que o "EU" eh o conjunto de memes que ele possui.
> Note q a experiencia de vida cria memes muito particulares, como uma
> impressao
> digital memetica. Por isso, creio q seja possivel atribuir um EU a um
> ser, nao
> obstante este ser seja , sob este pto de vista, muito mais dinamico que
> o ser visto
> pela Gemetica ( genes+memes ).

Vocé cai numa situação paradoxal. Memética diz:

"os memes são egoistas, agem para seu próprio beneficio"

O meme EU que habita o seu cerebro está em associação com
outros memes que reforçam a ideia de EU. Alguns deles são

1 - a ideia de que um conjunto pode ser uma identidade
2 - a ideia de que as nossas ideias são únicas
3 - a ideia de equivalencia entre a metafora e a realidade

Todos estes memes querem espalhar-se a todo o custo,
independentemente de serem verdadeiros ou falsos. A sua
resposta é apenas a resposta do seu complexo memético
contra a negação de um dos seus memes. Essa resposta,
prevê a teoria memética, é sempre para proteger os memes
e o complexo memético independentemente de valores como
a Verdade.

O paradoxo pode-se resumir da seguinte forma: "Se é verdade
que o EU não existe então o EU nunca conseguirá chegar a essa
verdade porque se extinguiria no preciso momento em
vislumbrasse tal verdade"

Se quer ter mesmo a certeza de que o meme EU existe vocé
terá que se abstrair do seu EU. A propósito, esta ideia,
este meme é muito semelhante ao budismo ZEN.

Memética coloca em causa muitas ideias que nos são caras
como o EU, livre arbitrio ou originalidade. Algumas disciplinas
como a microeconomia têm que ser revistas. A microeconomia
parte do principio de que os agentes economicos tomam decisões
conscientes e racionais escolhendo sempre a decisão que
melhor serve os seus interesses. Memética prevê que os memes
de cada um se servem a si próprios e não o meme EU em particular
e muito menos aquilo a que um observador externo chamaria um
individuo. Exemplo: o meme do suicidio.


João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/09/2000 11:23



João Mário Miranda wrote:>

> > Nao concordo, veja meu ponto de vista :
> > Poderemos, olhando *apenas" o individuo como uma colonia de memes,
> > dizer que o "EU" eh o conjunto de memes que ele possui.
> > Note q a experiencia de vida cria memes muito particulares, como uma
>
> > impressao
> > digital memetica. Por isso, creio q seja possivel atribuir um EU a
> um
> > ser, nao
> > obstante este ser seja , sob este pto de vista, muito mais dinamico
> que
> > o ser visto
> > pela Gemetica ( genes+memes ).
>
> Vocé cai numa situação paradoxal. Memética diz:
>
> "os memes são egoistas, agem para seu próprio beneficio"
>
> O meme EU que habita o seu cerebro está em associação com
> outros memes que reforçam a ideia de EU. Alguns deles são
>
> 1 - a ideia de que um conjunto pode ser uma identidade
> 2 - a ideia de que as nossas ideias são únicas
> 3 - a ideia de equivalencia entre a metafora e a realidade
>
> Todos estes memes querem espalhar-se a todo o custo,
> independentemente de serem verdadeiros ou falsos. A sua
> resposta é apenas a resposta do seu complexo memético
> contra a negação de um dos seus memes. Essa resposta,
> prevê a teoria memética, é sempre para proteger os memes
> e o complexo memético independentemente de valores como
> a Verdade.
>
> O paradoxo pode-se resumir da seguinte forma: "Se é verdade
> que o EU não existe então o EU nunca conseguirá chegar a essa
> verdade porque se extinguiria no preciso momento em
> vislumbrasse tal verdade"
>
> Se quer ter mesmo a certeza de que o meme EU existe vocé
> terá que se abstrair do seu EU. A propósito, esta ideia,
> este meme é muito semelhante ao budismo ZEN.
>
> Memética coloca em causa muitas ideias que nos são caras
> como o EU, livre arbitrio ou originalidade. Algumas disciplinas
> como a microeconomia têm que ser revistas. A microeconomia
> parte do principio de que os agentes economicos tomam decisões
> conscientes e racionais escolhendo sempre a decisão que
> melhor serve os seus interesses. Memética prevê que os memes
> de cada um se servem a si próprios e não o meme EU em particular
> e muito menos aquilo a que um observador externo chamaria um
> individuo. Exemplo: o meme do suicidio.
>

Caro Joao,
Nao vejo o EU memetico apenas como o conjunto de memes, eu vejo o EU
do ponto de vista Gemetico ( Memes+Genes ).
Contudo, MESMO pensando **apenas** memeticamente, quero dizer que
poderemos
definir o meme EU como o conjunto de memes do individuo em um dado
momento.
Assim, nao eh impossivel, pensando memeticamente, que tivessemos dois
EUs
habitando o planeta num dado instante. Note que o EU memetico eh
extremamente
dinamico uma vez que ideias sao incorporadas constantemente ao
hospedeiro memico.
Mesmo assim, poderiamos definir o EU como o conjunto de memes num dado
instante
este conjunto tem a probabilidade altissima de ser unico uma vez que
seus memes
primordiais, obtidos desde a infancia, dificilmente serao os mesmos de
outro
hospedeiro.
O problema crucial deste ponto de vista -EU-Memetico eh :
Como poderemos identificar um EU hoje e depois de um certo tempo ??
Poderemos dizer que eh o mesmo EU??
Quero reforcar a ideia de que o EU, existe como meme, se estiver
definido, como
por exemplo eu o defini (= conjunto de memes que habitam um cerebro num
dado
instante ).
Posso tambem definir um criterio de igualdade de EUs :
EU-1 = EU-2
se e somene se EUX% dos memes de EU-1 sao iguais aos do EU-2.

EUX eh um numero que defini a percentagem de quando 2 EUs sao iguais
por exemplo : EUX = 95%

Assim, dependendo do EUX, depois de alguns anos, vc nao podera ser o
mesmo EU
de hoje !!!

[]s
jocax





SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/09/2000 11:37

> poderemos
> definir o meme EU como o conjunto de memes do individuo em um dado
> momento.

Basicamente o que vocé está a fazer é tentar provar que os
unicornios existem redifinindo unicornio, chamando unicornio
ao rinoceronte.

A sua nova definição de EU já não tem nada a ver com a forma
como utilizou o conceito quando escreveu:

"A gemetica quer mostrar que nao podemos, ou melhor ,NAO DEVEMOS,
fazer nada contra tais parasitas( Genes e Memes )"

Nesta frase voce diz que o EU pode ser parazitado. Na sua
nova definição os memes são o EU.


João
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/09/2000 11:49

Quando lidamos com memes caimos frequentemente em paradoxos. Esta
sua intervenção por exemplo

> A gemetica quer mostrar que nao podemos, ou melhor ,NAO DEVEMOS,
> fazer nada contra tais parasitas( Genes e Memes ), muito pelo
> contrario, deveremos ajuda-los no seu intento ultimo : se perpetuar.

leva-me a concluir que devemos deixar espalhar qualquer meme como
por exemplo o meme "não devemos espalhar memes". Paradoxo!!

Aliás, vocé comete outro erro quando diz "DEVEMOS". Nenhuma ciência
pode ser a base para um imperativo moral. O único motivo para
estabelecer um imperativo moral deve ser o Homem.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/09/2000 13:37



João Mário Miranda wrote:

> > poderemos
> > definir o meme EU como o conjunto de memes do individuo em um dado
> > momento.
>
> Basicamente o que vocé está a fazer é tentar provar que os
> unicornios existem redifinindo unicornio, chamando unicornio
> ao rinoceronte.
>

E como vc definiria o EU?

Note q estou definindo o eu utilizando unicamente a memetica ( a minha
definicao
de eu nao eh essa , eh baseada na Gemetica ( Genes + Memes ) ).


>
> A sua nova definição de EU já não tem nada a ver com a forma
> como utilizou o conceito quando escreveu:
>
> "A gemetica quer mostrar que nao podemos, ou melhor ,NAO DEVEMOS,
> fazer nada contra tais parasitas( Genes e Memes )"
>
> Nesta frase voce diz que o EU pode ser parazitado. Na sua
> nova definição os memes são o EU.
>

Vc NAO entendeu, eu defini o EU para vc utilizar apenas na memetica,
minha definicao de EU, como ja te disse TEM que levar em consideracao
os GENES, por isso q digo q os Genes parasitam o corpo ( fenotipo dos
genes ).
Assim , o corpo + os memes que parasitaram ( ou simbionaram seu cerebro
)
formam o verdadeiro EU.


[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/09/2000 14:04



João Mário Miranda wrote:

> Quando lidamos com memes caimos frequentemente em paradoxos. Esta
> sua intervenção por exemplo
>
> > A gemetica quer mostrar que nao podemos, ou melhor ,NAO DEVEMOS,
> > fazer nada contra tais parasitas( Genes e Memes ), muito pelo
> > contrario, deveremos ajuda-los no seu intento ultimo : se perpetuar.
>
> leva-me a concluir que devemos deixar espalhar qualquer meme como
> por exemplo o meme "não devemos espalhar memes". Paradoxo!!
>

Eu nao disse que devemos espalhar QUALQUER meme, por exemplo,
o meme virus-Deus eu o combato veementemente, como vc pode ter notado !

Eu diria que nosso ser biologico eh social, e portanto, foi moldado
biologicamente
para espalhar memes ( cultura ). Voce deve perceber que existem "memes
e memes".
Existem memes, que habitam nossos cerebros que acreditamos serem
falsos, ou
que acreditamos serem prejudiciais, ou que nos levam ao sofrimento mas,
mesmo assim,
eles existem como memes. Outros acreditamos serem verdadeiros ou uteis
ou bons...

Os memes que acreditamos falsos-malevolos-ruins, tendem a nao ocupar
muito
de nossa atencao e tem uma possibilidade maior de serem extintos em
relacao
aos memes que acreditamos serem verdadeiros-bons-uteis.
Assim, o meme "nao devemos espalhar memes" eh tido como ruim-falso e
esta fadado aa extincao.



>
> Aliás, vocé comete outro erro quando diz "DEVEMOS". Nenhuma ciência
> pode ser a base para um imperativo moral. O único motivo para
> estabelecer um imperativo moral deve ser o Homem.
>

Bom, aih vc pegou num ponto interessante e deveremos pensar um pouco...
A Medicina eh ciencia?
A Psicologia eh ciencia?
Note q estes ramos da ciencia utilizam-se de outros ramos biologia,
fisica etc..
Com o objetivo e intencao de beneficiar o homem, mostrando o que eh bom
o que eh ruim o que eh perigoso, como se curar etc....
Oras, de que nos serve a ciencia se nao para beneficiar o homem, como
uma
ferramenta para trazer-lhe alegria e felicidade?

Mas a rigor vc esta certo, como estou envolvido em demasia com o Genismo

que o tenho como resposta a perguna Gemetica basica :
"Qual cultura se adequa melhor ao homem?"
Acredito que resposta eh o Genismo, q eh um meme-etico para o Bem do
homem.

Em resumo quero dizer que a pergunta *cientifica* :
"Que meme deveremos aceitar para ter o maximo de felicidade?"
Tem como uma possivel resposta *cientifica* o que eu disse :
"Devemos ajudar os nossos genes a se perpetuar"

Isto eh, poderemos tratar o problema da felicidade humana como um
PROBLEMA
CIENTIFICO e trata-lo utilizando-se da Gemetica.

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/09/2000 15:07


>
> Eu nao disse que devemos espalhar QUALQUER meme, por exemplo,
> o meme virus-Deus eu o combato veementemente, como vc pode ter notado !

O homem que diz que a biblia está errada é ainda um promotor da
leitura da biblia. Os padres são a forma de as biblias produzirem
mais biblias, mas os ateus também. Os meios que os memes usam para
se propagar são insondáveis. Os ateus fazem mais pela ideia de Deus
que a Igreja Universal do Reino de Deus.


> Assim, o meme "nao devemos espalhar memes" eh tido como ruim-falso e
> esta fadado aa extincao.

Interessante. Neste preciso momento há um rapaz americano que se propos
não falar durante um ano. A sua atitude, se bem explorada poderia
leva-lo
à fama e à fortuna. Outros poderão imita-lo no futuro. Assim a ideia de
que não devemos espalhar memes está bem viva e até pode ser bem
sucedida.
E ao que parece sempre existiram monges que fazem voto de silencio. E
isso
sempre lhes deu uma vantagem competitiva porque os mosteiros sempre
tiveram boas receitas.


>
> Bom, aih vc pegou num ponto interessante e deveremos pensar um pouco...
> A Medicina eh ciencia?
> A Psicologia eh ciencia?
> Note q estes ramos da ciencia utilizam-se de outros ramos biologia,
> fisica etc..
> Com o objetivo e intencao de beneficiar o homem, mostrando o que eh bom
> o que eh ruim o que eh perigoso, como se curar etc....
> Oras, de que nos serve a ciencia se nao para beneficiar o homem, como
> uma
> ferramenta para trazer-lhe alegria e felicidade?

A ciência é a busca da verdade e a busca da verdade não tem proposito.
Os Amish vivem apenas com a tecnologia que existia no século XIX e
acredito que eles são tão felizes como nós.

>
> Mas a rigor vc esta certo, como estou envolvido em demasia com o Genismo
>
> que o tenho como resposta a perguna Gemetica basica :
> "Qual cultura se adequa melhor ao homem?"
> Acredito que resposta eh o Genismo, q eh um meme-etico para o Bem do
> homem.
>
> Em resumo quero dizer que a pergunta *cientifica* :
> "Que meme deveremos aceitar para ter o maximo de felicidade?"
> Tem como uma possivel resposta *cientifica* o que eu disse :
> "Devemos ajudar os nossos genes a se perpetuar"
>
> Isto eh, poderemos tratar o problema da felicidade humana como um
> PROBLEMA
> CIENTIFICO e trata-lo utilizando-se da Gemetica.

A solução para a felicidade humana é a Sociedade Aberta de Karl Popper.
Qualquer outra solução acabará sempre por tornar alguém infeliz. As
pessoas não são todas iguais. Por isso quanto mais soluções foram
propostas para resolver o problema da felicidade mais pessoas
poderão ser felizes. E isso só pode acontecer numa sociedade livre
e diversificada em que as pessoas tanto podem acreditar em Deus como
não acreditar. Numa sociedade como essa só os ditadores em potencia
é que ficam frustrados. E esses merecem ser infelizes.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Revista "Mecanica Popular"
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/09/2000 15:41

Amigos:

- Alguem sabe onde posso encontrar
as antigas revistas "Mecanica Popular" ?

- Se alguem puder me indicar algum bom
"sebo", na cidade de Sao Paulo (sou
do interior, mas e' facil chegar la'),
onde a probabilidade de encontrar
tais revistas seja boa, agradeco
muito

- Se houver enderecos na Internet
que apresente materias relacionadas
`a construcao de pequenas engenhocas,
tambem gostaria de saber.

- Muito obrigado a todos

Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br









SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/09/2000 17:17



João Mário Miranda wrote:

> >
> > Eu nao disse que devemos espalhar QUALQUER meme, por exemplo,
> > o meme virus-Deus eu o combato veementemente, como vc pode ter
> notado !
>
> O homem que diz que a biblia está errada é ainda um promotor da
> leitura da biblia. Os padres são a forma de as biblias produzirem
> mais biblias, mas os ateus também. Os meios que os memes usam para
> se propagar são insondáveis. Os ateus fazem mais pela ideia de Deus
> que a Igreja Universal do Reino de Deus.
>
>

Nao concordo. Como disse, um modo de levar um meme aa extincao eh
prova-lo
falso. Sem isso, ele podera sobreviver para sempre. Assim, um combate
a um meme-A usando outo meme-B pode, no inicio, levar ao *conhecimento*
do
meme-A (como uma febre ) mas depois que o meme-A eh provado falso pelo
meme-B
tendera aa extinsao.

Note que o meme-A devera existir sempre como um MEME-INATIVO: aquele
que existe mas que eh provado falso-mal-ruim. E, para este proposito
deveria,
de tempos em tempos ser estudado como uma especie de MEME-VACINA para
que ele nao se re-instale.
(Obs: O meme-ativo defino-o como sendo considerado verdadeiro pelo
hospedeiro )



>
> > Assim, o meme "nao devemos espalhar memes" eh tido como ruim-falso e
>
> > esta fadado aa extincao.
>
> Interessante. Neste preciso momento há um rapaz americano que se
> propos
> não falar durante um ano. A sua atitude, se bem explorada poderia
> leva-lo
> à fama e à fortuna. Outros poderão imita-lo no futuro. Assim a ideia
> de
> que não devemos espalhar memes está bem viva e até pode ser bem
> sucedida.

Cuidado: o que levara o rapaz a fama ( se nao enlouquecer ) NAO eh o
fato de nao falar
mas sim o de fazer algo EXTREMAMENTE dificil ( por ser dolorido ) e que
vai completamente contra sua natureza proliferadora de memes !!!
( Se nao me engano houve um caso de 1 ou 2 italianas que se
confinou/naram
em uma caverna com o mesmo proposito, se nao me engano ela acabou se
suicidando! ( alguem lembra ? )


>
> E ao que parece sempre existiram monges que fazem voto de silencio. E
> isso
> sempre lhes deu uma vantagem competitiva porque os mosteiros sempre
> tiveram boas receitas.
>
>

Discordo, se dessem vantagem competitiva o mundo estaria abarrotado de
mosteiros
e monges que pregam voto de silencio. Isso nao ocorre.
Acrdito que alguns mosteiros sobrevivem justamente por serem RAROS e pq
parte da
populacao mundial busca o exotico como "salvacao".


>
> >
> > Bom, aih vc pegou num ponto interessante e deveremos pensar um
> pouco...
> > A Medicina eh ciencia?
> > A Psicologia eh ciencia?
> > Note q estes ramos da ciencia utilizam-se de outros ramos biologia,
> > fisica etc..
> > Com o objetivo e intencao de beneficiar o homem, mostrando o que eh
> bom
> > o que eh ruim o que eh perigoso, como se curar etc....
> > Oras, de que nos serve a ciencia se nao para beneficiar o homem,
> como
> > uma
> > ferramenta para trazer-lhe alegria e felicidade?
>
> A ciência é a busca da verdade e a busca da verdade não tem proposito.

Concordo. Mas determinados ramos da ciencia ,como a medicina, tem o
proposito
*explicito* de beneficiar o homem. Assim poderemos, e foi assim q o fiz,
usar a
Gemetica para resolver o problema da felicidade humana.

>
> Os Amish vivem apenas com a tecnologia que existia no século XIX e
> acredito que eles são tão felizes como nós.
>

Eu acredito q eles poderiam ser + felizes se tivessem a medicina do
seculo XX.


>
> >
> > Mas a rigor vc esta certo, como estou envolvido em demasia com o
> Genismo
> >
> > que o tenho como resposta a perguna Gemetica basica :
> > "Qual cultura se adequa melhor ao homem?"
> > Acredito que resposta eh o Genismo, q eh um meme-etico para o Bem
> do
> > homem.
> >
> > Em resumo quero dizer que a pergunta *cientifica* :
> > "Que meme deveremos aceitar para ter o maximo de felicidade?"
> > Tem como uma possivel resposta *cientifica* o que eu disse :
> > "Devemos ajudar os nossos genes a se perpetuar"
> >
> > Isto eh, poderemos tratar o problema da felicidade humana como um
> > PROBLEMA
> > CIENTIFICO e trata-lo utilizando-se da Gemetica.
>
> A solução para a felicidade humana é a Sociedade Aberta de Karl
> Popper.
>

Vc deve notar que nao necessariamente os memes sao excludentes.
Podemos ter uma forma de governo democratico, e ao mesmo tempo, cada
individuo
ou todos, adotarem uma cultura etica apropriada.
Considere o problema :
"Qual a forma de governo, ou regime social, que maximize a felicidade do
grupo?"
Eu nao saberia dizer se o que propoe Popper eh a resposta. Mas eu diria
que
tal forma de governo NAO poderia ir contra o "proposito biologico" de
cada
individuo que eh perpetuar seus genes. Obviamente a perpetuacao genetica
devera
ser limitada em quantidade, no futuro, pelo governo, devido ao risco
de
super-populacao. Neste caso, a perpetuacao genetica se guiara
pela QUALIDADE dos genes.
Surgiu-me uma ideia que talvez o melhor regime nao seja democratico, mas
sim
CIBERNETICO: Nao haveria um governante eleito mas sim um computador
que dicidiria as metas e cujo programa seria desenvolvido por cientistas
e sabios.
Esta maquina nao estaria sujeita aas imperfeicoes e fraquezas humanas..
Ou seja, estou propondo uma sociedade-cibernetica-governada


> Qualquer outra solução acabará sempre por tornar alguém infeliz.

Nao entendi como nem porque.


> As
> pessoas não são todas iguais.

Calma, as pessoas nao precisam serem iguais para que tenham os mesmos
anseios
e desejos. Isso eh basico: uma vez que pertencemos a uma mesma especie
fatalmente teremos uma miriade de pretensoes em comum.


> Por isso quanto mais soluções foram
> propostas para resolver o problema da felicidade mais pessoas
> poderão ser felizes.

Discordo, nao acredito que havera duas solucoes diferentes que
impliquem na mesma
resposta de felicidade. Veja pela teoria do caos: qualquer infimo de
divergencia
pode propagar um enorme desvio causal.
Assim, a resposta do problema da maximizacao da felicidade devera ser
unica.
Isso eh verdade quando todos tem que obedecer a mesma lei.

Ocorreu-me outro insight agora : Poderiamos ter uma lei diferente para
cada
habitante da terra !!?!?!? Ou seja um governo que estabeleceria, caso a
caso,
pessoa a pessoa, leis que levariam em conta varios aspectos da pessoa.
Assim cada um deveria aprender , na infancia, sua propria lei, que
poderia
ser diferente de pessoa a pessoa.....
Vou batiza-lo agora : "O governo personalizador".


> E isso só pode acontecer numa sociedade livre
> e diversificada em que as pessoas tanto podem acreditar em Deus

Nunca propus que devemos obrigar, sob algum tipo de pena, as pessoas a
acreditarem
ou nao em qualquer coisa. Digo que devemos mostrar-lhes que Deus, na
forma
que normalmente eh definido, nao existe e eh ilusao.
Digo tambem que eh pior para a sociedade a crenca nele do que sua
descrenca.

Veja alguma razoes a respeito que postei aqui a algum tempo :
======================
Acredito que embora a Fé possa as vezes ser psicologicamente benefica
aa saude, nao acredito que a crenca em Deus o seja para a sociedade
em geral.
Do meu ponto de vista acreditar em um Deus ( Cristao ) traz maleficios
a longo prazo :

1-O ponto principal eh que posterga a JUSTIÇA , relegando-a a um Ente
que nao existe.
Isto leva as pessoas aa nao procurar justica em vida acreditando q
esta sera feita apos a morte.
Como consequencia, deixa as pessoas quase completamente inertes,
amorfas, inoperantes, inofensicas diante dos "predadores" da
sociedade que, por sua vez, explorarao at nauseum esta crenca.
Uma sociedade REALMENTE ateia buscaria a justica em vida com +
empenho e rigor.

2- A crenca q apos a morte a "alma" vai para o "Ceu" , outra dimensao,
etc...
faz as pessoas nao valorizarem , como deveriam, o planeta e seus
escassos recursos naturais.
Isso poderia levar a um pensamento do tipo :
"Para que ? se apos esta vida eu irei para melhor ??
Que se lixem os q ficarem" .
Com este pensamento o planeta fica relegado a um plano perigosamente
secundario.

3- Quais as consequencias de acreditar em uma mentira ????
As contradicoes intrinsecas de uma crenca em Deus, acredito, leva a
uma continua aceitacao das contradicoes dos fatos que podera
contaminar a propria logica humana na observacao de outras
evidencias da vida. Isto eh :
Viver na mentira prejudica a percepcao da realidade que devera
certamente influenciar a vida da pessoa.

4- Claro q eh sempre bom para as classes dominantes que o povo seja
"refem de Deus" e aceite as agruras que lhe sao impostas em vida
como um "bilhete para o Ceu", mantendo o povo como cordeirinhos
sempre "dando a outra face para bater" e pensando se vingando
em pensamento *somente* :

"-eles nao passarao pelo buraco da agulha !".

5- Claro q nao vejo a crenca Deus apenas como um remedio
que traria beneficios e maleficios e onde deveriamos crer ou nao
olhando apenas estas consequencias.
Acredito que a busca pela verdade eh o principal motivo,
ao menos para mim, em ser ateu:
Alguem gostaria de viver na mentira apenas para se sentir melhor ?


[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/09/2000 17:58


> Nao concordo. Como disse, um modo de levar um meme aa extincao eh
> prova-lo falso.

Nada mais errado. Há pouca correlação entre memes verdadeiros
e memes de sucesso. Alguns memes, como alguns memes religiosos,
têm sucesso precisamente por serem falsos. A história de S Tomé
é exemplar: felizes os que acreditam mas não vêm. As religiões
valorizam os crentes que acreditam apesar de todas as provas
em contrário.


> Cuidado: o que levara o rapaz a fama ( se nao enlouquecer ) NAO eh o
> fato de nao falar
> mas sim o de fazer algo EXTREMAMENTE dificil ( por ser dolorido ) e que
> vai completamente contra sua natureza proliferadora de memes !!!

Qualquer que seja a razão o fcto é que ele não fala.

>
> Discordo, se dessem vantagem competitiva o mundo estaria abarrotado de
> mosteiros
> e monges que pregam voto de silencio. Isso nao ocorre.

Ser grande e gordurnto também é uma vantagem competitiva
mas nem por isso o mundo está a abarrotar de baleias. O que é
certo é que há um nicho ecologico para monges.

> > Os Amish vivem apenas com a tecnologia que existia no século XIX e
> > acredito que eles são tão felizes como nós.
> >
>
> Eu acredito q eles poderiam ser + felizes se tivessem a medicina do
> seculo XX.

Voce acredita, mas voce não é eles. A felicidade é uma experiência
pessoal. A vida é uma experiência pessoal.


>
> > Qualquer outra solução acabará sempre por tornar alguém infeliz.
>
> Nao entendi como nem porque.

Porque a busca da felicidade é uma busca pessoal. Qualquer
sociedade como as que voce propoe estabelessem demasiadas
regras à partida.

> > Por isso quanto mais soluções foram
> > propostas para resolver o problema da felicidade mais pessoas
> > poderão ser felizes.
>
> Discordo, nao acredito que havera duas solucoes diferentes que
> impliquem na mesma
> resposta de felicidade. Veja pela teoria do caos: qualquer infimo de
> divergencia
> pode propagar um enorme desvio causal.

Que adianta citar a teoria do caos. O efeito borboleta aplicasse a
determinados sistema e não a outros. Se voce está a dizer que não há
duas causas que produzam o mesmo efeito está obviamente errado.

> Assim, a resposta do problema da maximizacao da felicidade devera ser
> unica.

Foi assim que começou o comunismo. Nada é único. Os seres humanos
são faliveis. Nenhum sistema de busca de felicidade deve supor
que é o único pela simples razão que pode estar errado.

> Isso eh verdade quando todos tem que obedecer a mesma lei.
>
> Ocorreu-me outro insight agora : Poderiamos ter uma lei diferente para
> cada
> habitante da terra !!?!?!? Ou seja um governo que estabeleceria, caso a
> caso,
> pessoa a pessoa, leis que levariam em conta varios aspectos da pessoa.

Isso é impraticavel!!



>
> > E isso só pode acontecer numa sociedade livre
> > e diversificada em que as pessoas tanto podem acreditar em Deus
>
> Nunca propus que devemos obrigar, sob algum tipo de pena, as pessoas a
> acreditarem
> ou nao em qualquer coisa. Digo que devemos mostrar-lhes que Deus, na
> forma
> que normalmente eh definido, nao existe e eh ilusao.

Tal como o EU é uma ilusão. Todos os empreendimentos se baseiam numa
crença em algo ilusório. No fundo só há átomos e vazio.


> 2- A crenca q apos a morte a "alma" vai para o "Ceu" , outra dimensao,
> etc...
> faz as pessoas nao valorizarem , como deveriam, o planeta e seus
> escassos recursos naturais.

De qualquer das formas vamos morrer. Para que conservar o planeta?


> Alguem gostaria de viver na mentira apenas para se sentir melhor ?

De facto a vida é de certa forma uma mentira. Tudo são átomos e vazio.

João



SUBJECT: Re: [ciencialist] Revista "Mecanica Popular"
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/09/2000 18:42


-----Mensagem Original-----
De: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 14 de setembro de 2000 15:41
Assunto: [ciencialist] Revista "Mecanica Popular"


###- Se houver enderecos na Internet
que apresente materias relacionadas
`a construcao de pequenas engenhocas,
tambem gostaria de saber.

- Muito obrigado a todos

Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br###

Pequenas e Grandes engenhocas? Só há um endereço brasileiro para isso!
www.feiradeciencias.com.br

[]'
Modesto





SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/09/2000 19:08



João Mário Miranda wrote:

>
> > Nao concordo. Como disse, um modo de levar um meme aa extincao eh
> > prova-lo falso.
>
> Nada mais errado. Há pouca correlação entre memes verdadeiros
> e memes de sucesso. Alguns memes, como alguns memes religiosos,
> têm sucesso precisamente por serem falsos. A história de S Tomé
> é exemplar: felizes os que acreditam mas não vêm. As religiões
> valorizam os crentes que acreditam apesar de todas as provas
> em contrário.
>

Vc nao entendeu : eh prova-lo FALSO PARA O HOSPEDEIRO
se ele (hospedeiro ) acreditar q o meme eh falso ele ficara em estado
inoperante e
fadado aa extincao. O problema das religios eh q o hospedeiro ACREDITA q
o meme
eh Verdadeiro e por isso o meme sobrevive e se propaga.


>
>
> > Cuidado: o que levara o rapaz a fama ( se nao enlouquecer ) NAO eh o
>
> > fato de nao falar
> > mas sim o de fazer algo EXTREMAMENTE dificil ( por ser dolorido ) e
> que
> > vai completamente contra sua natureza proliferadora de memes !!!
>
> Qualquer que seja a razão o fcto é que ele não fala.

Isso nao significa q ele tera uma vantagem evolutiva com este intento.
Podera sofrer em VAO.

>
>
> >
> > Discordo, se dessem vantagem competitiva o mundo estaria abarrotado
> de
> > mosteiros
> > e monges que pregam voto de silencio. Isso nao ocorre.
>
> Ser grande e gordurnto também é uma vantagem competitiva

Nem sempre, ser magro e esguio as vezes da uma vantagem competitiva.


>
> mas nem por isso o mundo está a abarrotar de baleias. O que é
> certo é que há um nicho ecologico para monges.
>

Note que "primos" da baleia podem ter sido extintos justamente por isso,

o mesmo pode ocorrer com os monges, seu nicho vai diminuindo ateh aa
extincao.


>
> > > Os Amish vivem apenas com a tecnologia que existia no século XIX e
>
> > > acredito que eles são tão felizes como nós.
> > >
> >
> > Eu acredito q eles poderiam ser + felizes se tivessem a medicina do
> > seculo XX.
>
> Voce acredita, mas voce não é eles. A felicidade é uma experiência
> pessoal. A vida é uma experiência pessoal.
>

Vc tambem nao eh eles.
A experiencia pessoal inclui uma aspirina para dor de cabeca.

>
>
> >
> > > Qualquer outra solução acabará sempre por tornar alguém infeliz.
> >
> > Nao entendi como nem porque.
>
> Porque a busca da felicidade é uma busca pessoal. Qualquer
> sociedade como as que voce propoe estabelessem demasiadas
> regras à partida.
>

A busca pessoal pode ser facilitada por aberturas sociais propostas
,permitidas,
e facilitadas por um governo. ( As mulheres do Taliban, Afeganistao,
que os digam )
Que regras demasiadas vc acha q estou propondo?



>
> > > Por isso quanto mais soluções foram
> > > propostas para resolver o problema da felicidade mais pessoas
> > > poderão ser felizes.
> >
> > Discordo, nao acredito que havera duas solucoes diferentes que
> > impliquem na mesma
> > resposta de felicidade. Veja pela teoria do caos: qualquer infimo de
>
> > divergencia
> > pode propagar um enorme desvio causal.
>
> Que adianta citar a teoria do caos. O efeito borboleta aplicasse a
> determinados sistema e não a outros. Se voce está a dizer que não há
> duas causas que produzam o mesmo efeito está obviamente errado.
>

As causas diferentes obviamente produzirao efeitos diferentes a longo
prazo.
A longo prazo duas causas diferentes nao produziram o mesmo efeito no
universo.
Quando se trata de politicas sociais e governos o resultado eh muito
mais obvio e
imediato. Mostre um exemplo de 2 regimes que provoquem o mesmo grau de
felicidade em todas as pessoas. Nao existe. A feleicidade maxima soh eh
conseguida com uma unica politica.


>
> > Assim, a resposta do problema da maximizacao da felicidade devera
> ser
> > unica.
>
> Foi assim que começou o comunismo.

Citar este caso que nao deu certo simplesmente mostra q o comunismo NAO
era a
solucao maximizadora de felicidade.


> Nada é único. Os seres humanos
> são faliveis. Nenhum sistema de busca de felicidade deve supor
> que é o único pela simples razão que pode estar errado.
>

EU disse que EXISTE um sistema e um soh, que MAXIMIZA a felicidade
do povo. Eu NAO disse QUAL EH. Vc disse q era o proposto por Popper eu
disse
que poderiam haver outros como o governo-cibernetico e o Governo
personalizador.
Nao disse q eram estes os perfeitos. A gemetica podera buscar esta
resposta..

>
> > Isso eh verdade quando todos tem que obedecer a mesma lei.
> >
> > Ocorreu-me outro insight agora : Poderiamos ter uma lei diferente
> para
> > cada
> > habitante da terra !!?!?!? Ou seja um governo que estabeleceria,
> caso a
> > caso,
> > pessoa a pessoa, leis que levariam em conta varios aspectos da
> pessoa.
>
> Isso é impraticavel!!
>
>

Nao atualmente, mas no FUTURO isso podera ser possivel.

>
>
> >
> > > E isso só pode acontecer numa sociedade livre
> > > e diversificada em que as pessoas tanto podem acreditar em Deus
> >
> > Nunca propus que devemos obrigar, sob algum tipo de pena, as pessoas
> a
> > acreditarem
> > ou nao em qualquer coisa. Digo que devemos mostrar-lhes que Deus, na
>
> > forma
> > que normalmente eh definido, nao existe e eh ilusao.
>
> Tal como o EU é uma ilusão. Todos os empreendimentos se baseiam numa
> crença em algo ilusório. No fundo só há átomos e vazio.
>

Vc nao considera nenhum nivel de organizacao ????
Moleculas, Celulas, corpos, sociedades elas nao existem para vc ?...


>
>
> > 2- A crenca q apos a morte a "alma" vai para o "Ceu" , outra
> dimensao,
> > etc...
> > faz as pessoas nao valorizarem , como deveriam, o planeta e seus
> > escassos recursos naturais.
>
> De qualquer das formas vamos morrer. Para que conservar o planeta?
>

Se vc abarcar o Genismo isso fara diferenca : Seus genes herdaram um
mundo melhor.


[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/09/2000 19:25

JM^2 escreve:
> De qualquer das formas vamos morrer. Para que conservar o planeta?
>

Espero sinceramente que poucas pessoas leiam isso! Mesmo dentro do contexto
das discussões JCHB & JM^2 isso pode ser extrapolado.

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/09/2000 19:29

> JM^2 escreve:
> > De qualquer das formas vamos morrer. Para que conservar o planeta?
> >
>
> Espero sinceramente que poucas pessoas leiam isso! Mesmo dentro do contexto
> das discussões JCHB & JM^2 isso pode ser extrapolado.

Qualquer coisa pode ser extrapolada mal extrapolada.

João
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/09/2000 19:42

> Vc nao entendeu : eh prova-lo FALSO PARA O HOSPEDEIRO
> se ele (hospedeiro ) acreditar q o meme eh falso ele ficara em estado
> inoperante e
> fadado aa extincao. O problema das religios eh q o hospedeiro ACREDITA q
> o meme
> eh Verdadeiro e por isso o meme sobrevive e se propaga.

Um bom meme é aquele que leva as pessoas a acreditarem nele
contra toda a evidencia. Os memes religiosos têm essa capacidade.
De certa forma os crentes acreditam neles mesmo sabendo que
os memes são falsos. Voce não pode usar o pensamento racional
com pessoas irracionais.


> Isso nao significa q ele tera uma vantagem evolutiva com este intento.
> Podera sofrer em VAO.
As vantagens evolutivas são obvias: fama e fortuna e muitas entrevistas
no fim.


> > mas nem por isso o mundo está a abarrotar de baleias. O que é
> > certo é que há um nicho ecologico para monges.
> >
>
> Note que "primos" da baleia podem ter sido extintos justamente por isso,
> o mesmo pode ocorrer com os monges, seu nicho vai diminuindo ateh aa
> extincao.

Os monges têm-se saido muito bem.

>
> A busca pessoal pode ser facilitada por aberturas sociais propostas
> ,permitidas,
> e facilitadas por um governo. ( As mulheres do Taliban, Afeganistao,
> que os digam )
> Que regras demasiadas vc acha q estou propondo?

Está propondo sistemas com controlo centralizado das decisões
individuais.


> As causas diferentes obviamente produzirao efeitos diferentes a longo
> prazo.
> A longo prazo duas causas diferentes nao produziram o mesmo efeito no
> universo.
> Quando se trata de politicas sociais e governos o resultado eh muito
> mais obvio e
> imediato. Mostre um exemplo de 2 regimes que provoquem o mesmo grau de
> felicidade em todas as pessoas. Nao existe. A feleicidade maxima soh eh
> conseguida com uma unica politica.

Os Estados Unidos da America são um exemplo de todos os regimes
possíveis. Lá encontrará pessoas felizes que seguiram estilos
de vida radicalmente diferentes.


> >
> > Tal como o EU é uma ilusão. Todos os empreendimentos se baseiam numa
> > crença em algo ilusório. No fundo só há átomos e vazio.
> >
>
> Vc nao considera nenhum nivel de organizacao ????
> Moleculas, Celulas, corpos, sociedades elas nao existem para vc ?...

Essa coisas só existem porque nós as reconhecemos como tal.
A sua essencia são apenas átomos. O sentido da vida não
existe. É uma crença humana.

> > De qualquer das formas vamos morrer. Para que conservar o planeta?
> >
>
> Se vc abarcar o Genismo isso fara diferenca : Seus genes herdaram um
> mundo melhor.

Você não compreende a genética. Não há nenhuma moral na genética.
Os meus genes não querem um mundo melhor. Os meus genes querem
multiplicar-se. Para eles um mundo melhor é um mundo cheio de
cópias minhas. E olhe que isso não é um mundo melhor.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: 10 000 vistas em 15 dias!!!!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/09/2000 19:47

Oi pessoal,
o contador de meu site acusa, no momento, 29 885 visitas.
Até às 21 horas chegarei aos 30 000, o que acusará 10 000 visitas nesses
últimos 15 dias!!!!!!!!
IIIAAAAAUUUUUUUUU!!! ele é o bom, é o bom, é o bom .............
[]'
Modesto
------------------------




SUBJECT: MOUSE-LER
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/09/2000 21:57

Pô, gente, assim não dá!!!!

Já estou desenvolvendo LER (lesão por esforço repetitivo) de tanto manusear
o mouse ao mandar mensagens da ciencialist para a lixeira. E por falar
nisso, a lixeira já está GEMEndo de dor.

Vamos melhorar o nível?

Topo até mesmo criar uma thread onde somente seja permitido falar bem da
mecânica quântica, do princípio da indeterminação, ou da curvatura do
espaço, de viagens no tempo e de outras baboselas que somente cabem na
cabeça dos físicos modernos. Ops! Esta última oração saiu sem querer, por
força do hábito.

Já estou com saudades da tgbd. Que tal discutirmos seus aspectos
metafísicos? Sugiro, neste caso, a thread: "Em busca do Quarto Uno".

E o Ozelo? Não posta mais nada interessante? Vamos então falar sobre o
"bazar positivo". Ou seria "azar". Sei lá!

Falei e disse.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/09/2000 22:43

Caro Jocax, vamos lá...

Vc escreveu: "Como ja postei aqui o Genismo eh uma teoria cientifica passivel de refutacao. Com relacao a Gemetica, tratando-se de um ramo cientifico novissimo, criei-o esta semana, ainda tem muito a ser desenvolvido.
Mas, tratando-se de um area que estuda o interrelacionamento da consagrada Genetica com a nova Memetica, esta area fica, a bem da verdade, subordinada ao reconhecimento da memetica como ciencia. Nao creio que havera
problemas quanto a isso uma vez q a memetica esta baseada em paradigma darwinianos. Posso adiantar as principais questoes a serem estudadas pela memetica :
1-Quais as culturas ( memes ) possiveis numa populacao, e o que elas
teriam em comum?
2-Qual o meme que melhor se "adequa" a um genoma particular?
3-Como os memes podem influencias a evolucao genetica ?
4-Em que direcao meme-gene caminha ?"

Agapito: Primeiro) Uma vez que ainda não há o reconhecimento da memética como ciência, a tua "ciência", sendo subordinada ao reconhecimento de outra, também é não-reconhecida, ou seja, é ainda "pseudo-ciência". A teologia moderna, seja protestante ou católica, também aceita e assume paradigmas dawinianos e isso não é suficiente para aceitarmos a teologia como "ciência" da religião. Ciência é basicamente empírica, a não ser que você conceba que um mundo inato de idéias venham embutidos na concepção memética. E isso é especulação metafísica. E não ciência. A memética precisará de dados comprovados, de teorização e contra-teorização, ou seja, um processo dialético-empírico para realmente ser ciência. Qualquer tentativa de avançar além da primeira, a ser reconhecida, ou não, é especulação.

Do jeito que vai indo, essa procura de algo comum e universal em diversas populações o levarão às conclusões dos antigos deístas que acreditavam numa forma universal de religião comum a todos os povos. Tal como a sua. Essa teoria caiu com o estudo científico das religiões comparadas. Com isso a sua religião atéia já está navegando por águas passadas.

Não se usa "adequa" no sentido ativo, pois é passivo. Usa-se "adapta-se". Esse erro de linguagem pode ser usado contra você na análise lingüística de sua teoria. E como o meme deve adaptar-se, ele não pode influenciar de modo direto a evolução genética, pois sua atitude é passiva-iteracionista. Há uma possível iteração e mútua ressonância ou mútuo intervecionismo dinâmico que pode ser confundido por ação.Logo, a segunda proposição sua contradiz a terceira. Na evoluçào não há direções específicas, mas uma quase difusão que pode ser teorizada no Caos. A quarta proposição falta embasamento. Cuidado, a proposição de suas perguntas é que analisei, e não o caráter de serem perguntas. Ou seja, analisei a coerência da pergunta pela pergunta.

Vc escreveu:"Esta conjectura tambem nao seria por demais "engessante"? Quero dizer, se tivermos um "reducionismo" que explica os fenomenos sociais ( como a fisica o faz com a natureza), isso nao deveria ser motivo de jubilo ?
Creio que sim. Nao devemos ser fobicos a um irrestrito e irracional anti-reducionismo se este reducionismo nos pode ser util. Seria dogmatizar o nao-reducionismo..."

Agapito: Você citou a teoria das incertezas da física, e sabe que há a realidade macro e micro, no entanto diz que a física é reducionista!? Isso é sofisma. Fenômenos sociais analisados no reducionismo faz vc um adepto dos erros de Marx, Shopenhauer, etc., a manifestação humana, seja filosófica, política, e mesmo religiosa, é multipla. E existem entrelaçamentos mútuos ou não. Somente uma crença num fundo universal, algo metafísico, é que leva ao seu reducionismo. Ao usar a frase "Seria dogmatizar o nao-reducionismo" você cometeu um erro lingüístico, pois

1. não-reducionismo é contra dogma
2. Dogmatizar não é o "não-reducionismo"
3. "Seria o dogmatizar" seria o negar o "não-reducionismo"

Dogmatizar o não-reducionismo = tornar dogma o que é contra dogma (improvável)
Dogmatizar o não-reducionismo = negar o "não reducionismo" no "não-reducionismo (ilógico)

Ao acrescentarmos o "seria" nas frases acima, estaríamos supondo um futuro do pretérito de algo improvável ou ilógico. Sem a experiência anti-tética, sua frase não teve sentido nenhum. Apenas jogo de palavras. Logo, sua teoria pode conter mais sofismas destes, já que sua frase veio de sua concepção.

Vc escreveu: "SIM e Nao , de certo modo sim. Isso nos remete a questao do "livre-arbitrio" e a mecanica-quantica e seu principio da incerteza. A analogia eh : Se podemos, no futuro, descrever totalmente o comportamento de uma barata frente a qqr estimulo, o cerebro humano nao seria um problema da mesma natureza, mas apenas de uma complexidade maior ? Creio que uma gama ampla de comportamentos humanos podem ser enquadrados nesta conjectura determinista."

Agapito: Quando vc usa a frase "sim e não, de certo modo sim" como argumento ou análise proveniente de sua concepção que deveria ser determinista, vemos que você, em atitude e linguagem não é determinista.

1)determinista usa linguagem determinista :sim, não.
2) linguagem determinista caracteriza determinismo.
3) linguagem determinista é aquela que assume o sim ou o não, e nunca o talvez.(supondo mesmo que o determinosmo tenha se fixado após experiência científica-social)
4) como experiência científica exige reavaliação, ou seja, o talvez, o determinismo cai.

Você derrubou com suas palavras seu determinismo. Leia Bertrand Russell e algo sobre Filosofia Analítica e Análise Lingüística.

vc escreveu: "Bom, todo pensador que ousa mudar paradigmas e quebrar o padrao vigente
esta sujeito a ataques e tambem a erros. Cada caso eh um caso, nao
devemos pegar
um exemplo e generalizar "redutivamente" aa todos ! :-)"

Agapito: Citei Bergson como exemplo e não como analogia. Erro de interpretação lingüística por sua parte. E seu erro não é tanto matemático como o de Bergson, mas de outra categoria, o lógico.

Obrigado pelas bibliografias e textos.

Até mais...

Pirulito




SUBJECT: Re: [ciencialist] MOUSE-LER
FROM: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/09/2000 22:50

Mesquita, meu mestre e guru

Espero que minhas elucidações não o estejam incomodando. Eu o respeito demais para isso!

Até...

Pirulito



SUBJECT: Re: [ciencialist] MOUSE-LER
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/09/2000 23:21


-----Mensagem Original-----
De: "Agapito Ribeiro Júnior"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 14 de Setembro de 2000 22:50
Assunto: Re: [ciencialist] MOUSE-LER


> Espero que minhas elucidações não o estejam incomodando. Eu o respeito
demais para isso!

Em absoluto. Como todo pretenso a escritor dialético, às vezes procuro
escrever nas entrelinhas. Nem sempre consigo transmitir a msg mas isso
também não tem a menor importância pois, nestas condições, o que penso hoje
será a minha negação do amanhã. O importante não está na msg em si mas na
reflexão sobre a mesma, qualquer que ela seja. Em outras palavras, nós
aprendemos por nós mesmos, e o outro é apenas uma muleta a nos sustentar.

Para ser sincero, e a despeito das brincadeiras que tenho feito com o Jocax,
as quais ele merece, :-), tenho-o em grande consideração e respeito. Como
também pelo Claudio Abreu, pelo Ozelo, pelo Itamar (Por falar nisso, o
Itamar saiu da ciencialist?) e por todos os teorizadores brasileiros, uma
classe hoje em vias de extinção, graças à filosofia do "deixa como está para
ver como é que fica" de Thomas Khun (excluo aqueles sabidamente crackpots
que somente colaboram para envergonhar e desmerecer a "classe").

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] MOUSE-LER
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/09/2000 00:07

Prezado Alberto e amigos do Ciencialist,

Andei meio afastado pois tive problemas no meu micro daqui de casa. Aquele vírus que me pegou acabou por me obrigar a formatar os meus HD´s. Foi uma loucura. Perdi quase todos os meus arquivos, pois não tinha feito back-up deles. A maior perda foram minhas músicas, que estavam todas transcritas no Finale (programa de edição de partituras).

O interessante é que fiz um rock com o nome "Vírus da última geração" (cuja letra perdi, mas sobrou uma cópia dela no meu micro do trabalho.), que associa aqueles amores daninhos, que correm a gente, a um vírus de computador. A seguir, um trecho da letra:

Vírus da minha última paixão,
Ontem meu bem, hoje meu mal,
Instalado no meu coração,
A partir do processamento central

Não adianta dar um novo boot
Como poso deletar você
Se resiste a todos anti-vírus
Só formatando todo meu HD...

O técnico que veio dar uma geral no meu micro, que é meu amigo, lembrou do lance. E eu então coloquei o CD para tocar, e enquanto o rock rolava os meus dois HD´s iam para o buraco negro. Lamentável.

Perdi alguma coisa da TGBD, mas não muito, pois tinha cópia da maior parte dos arquivos no meu micro do trabalho, e já tinha transferido muitos deles para o site da TGBD. Tinha escrito uma mensagem sobre o tema "a espessura do presente", que ainda precisava de alguns acertos, e por isso não a enviei, salvando-a nos rascunhos, e que assim dançou. Mas vamos em frente.

Volto a reescrevê-la, de maneira bem sintética. Até mesmo para ver se o Takata e o Rodrigo passam a levar a TGBD mais a sério. Os dois iniciaram um debate comigo, mas depois se declaram cansados de debater o assunto, o que me desmotivou.

Para falarmos em Presente, temos de falar em Tempo. E para falarmos em Tempo temos de falar em Evento Físico, que é um Bidual:
Dual Interno = (1.Matéria <-> 2.Energia)
Dual Externo = [3.Espaço<-> 4.Tempo]
Terno = { (1.Matéria <-> 2.Energia) <-> 3. Espaço }
Quarto = 4.Tempo

Reparem que o Quarto Uno é o Tempo. Outra coisa: a interação de algo (matéria-energia que ocupa um certo espaço-tempo) com o quer não seja algo, digamos o não algo, só é possível se o terno {(mateira-energia)-espaço} do algo for diferente do terno {(matéria-energia)-espaço} do não algo, mas que estejam no mesmo tempo. Se o tempo de algo for diferente do tempo do não algo, não pode haver interação de algo com o não algo.

Vamos agora descer mais um nível, decompondo o matéria, a energia, o espaço e o tempo num nível inferior. Primeiro analisaremos o Dual Interno Matéria-Energia, que é concreto, e , depois, o Dual Externo Espaço-Tempo, que é abstrato.

A) Dual Matéria-Energia:

1) do ponto de vista da Matéria:
Dual Interno = (1.Sólido <-> 2. Líquido)
Dual Externo = [3.Gasoso <-> 4. Plasma]
Terno = { (1. Solido <-> 2. Líquido) <-> 3. Gasoso }
Quarto = 4. Plasma
Ressalte-se que a matéria é tudo aquilo que ocupa volume no Espaço. Notar ainda que o Plasma, que é o Quarto, é a Matéria em forma de Energia

2) do ponto de vista da Energia:
Dual Interno = (1. Força Eletromagnética <-> 2. Força Fraca)
Dual Externo = [ 3. Força Forte <-> 4. Força da Gravidade ]
Terno = { (1. Força Eletromagnética <-> 2. Força Fraca) <-> 3. Força Forte }
Quarto = 4. Força da Gravidade
Notar que a Força da Gravidade, que é o Quarto, aponta para a massa do algo e do não algo (Matéria) e para a distância entre eles (Espaço).


B) Dual Espaço-Tempo:

3) do ponto de vista da Espaço:
Dual Interno = (1. Eixo X <-> 2. Eixo Y)
Dual Externo = [3.Eixo Z <-> 4. Tempo]
Terno = { (1. Eixo X <-> 2. Eixo Y) <-> 3. Eixo Z }
Quarto = 4. Tempo
Ressalte-se que o Espaço pela TGBD possui o Eixo Z na direção do Força de Gravidade. Notar ainda que o Tempo, que é o Quarto, se relaciona ao Tempo Presente, o da interação de algo com o não algo, que é o mesmo para os dois.

4) do ponto de vista da Tempo:
Dual Interno = (1. Passado <-> 2. Futuro)
Dual Externo = [ 3. Presente <-> 4. Espaço ]
Terno = { (1. Passado <-> 2. Futuro) <-> 3. Presente }
Quarto = 4. Espaço
Notar que o Espaço, que é o Quarto, é o ocupado pela Matéria e Energia do algo e do não algo.

Notar que no nível superior, o Tempo é o Quarto Uno. Assim, vemos que o Terno do (Matéria-Energia)-Espaço, interage com o Quarto que é o Tempo, que se decompõe no Anti-Terno, formado pelo (Passado-Futuro)-Presente.

Dos quatro componentes do Evento Físico, apenas um aparenta poder ser visto como uma grandeza linear, que pode ser associada com uma curva contínua, uni-dimensional. Se simplificarmos, podemos vê-lo como uma reta, na qual o segmento negativo é o Passado, o positivo é o Futuro, e o zero é o Presente. Além disto, temos a seta do tempo, que o faz se deslocar do passado para o futuro. Agora, tal como uma reta, o tempo deve ter o seus + e - infinito. E aí, caímos em todo aquele raciocínio que desenvolvi numa mensagem para o Rodrigo.

Alberto, e demais amigos do Ciencialist,
Não fiquem se sentido menores por não poderem entender direito o que é o Tempo. Afinal ele é o Quarto Uno do nosso Terno de Matéria-Energia a ocupar o Espaço. E o Quarto sempre nos leva para o que está fora do nosso controle, para o absurdo, para o inexorável... Lembrem-se que podemos voltar ao mesmo lugar, mas não ao mesmo horário...

Alberto, acho que a quarta possibilidade para o Quarto Uno deverá vir da análise do DNA, que tem uma estrutura bidual, conforme mostrarei num próximo texto.

Takata, você vai me dizer que foi mais uma coleção? Não se esqueça que este é um exemplo fundamental...

Rodrigo, como fica Gödel, no meio desta história toda? Ainda vai continuar insistindo nos seus conceitos matemáticos, que ressalto, foram mal aplicados par o caso da TGBD?

Um grande abraço,

Claudio Abreu


----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Thursday, September 14, 2000 9:57 PM
Subject: [ciencialist] MOUSE-LER




Meus Grupos | ciencialist Página Principal | Start a new group!


Pô, gente, assim não dá!!!!

Já estou desenvolvendo LER (lesão por esforço repetitivo) de tanto manusear
o mouse ao mandar mensagens da ciencialist para a lixeira. E por falar
nisso, a lixeira já está GEMEndo de dor.

Vamos melhorar o nível?

Topo até mesmo criar uma thread onde somente seja permitido falar bem da
mecânica quântica, do princípio da indeterminação, ou da curvatura do
espaço, de viagens no tempo e de outras baboselas que somente cabem na
cabeça dos físicos modernos. Ops! Esta última oração saiu sem querer, por
força do hábito.

Já estou com saudades da tgbd. Que tal discutirmos seus aspectos
metafísicos? Sugiro, neste caso, a thread: "Em busca do Quarto Uno".

E o Ozelo? Não posta mais nada interessante? Vamos então falar sobre o
"bazar positivo". Ou seria "azar". Sei lá!

Falei e disse.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Revista "Mecanica Popular"
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/09/2000 00:18

Caro P S Dias

Não sei se as referências abaixo lhe serão úteis, pois, há muito que não
passo pelos locais indicados e, em nossa terra, nem as estátuas costumam
ficar muito tempo nos locais originais.

A biblioteca central do Mackenzie possui (se é que as traças ainda não as
comeram) a coleção original da Popular Mechanics desde os primeiros
exemplares. Lá você encontra também algumas outras raridades como a coleção
da "Endeavour" desde o início do século. As edições em português - Mecânica
Popular - você encontrará na biblioteca do Centro Cultural (na Vergueiro -
se é que os vândalos ainda não o detonaram) com a vantagem de acesso rápido
à xerox.

Outra revista com instruções para construção de geringonças bem mais
complexas é a Scientific American, que era encontravel em bom estado na
biblioteca da Alvares Penteado e também na Mário de Andrade, se é que também
não foi transferida para o Centro Cultural.

Uma boa medida seria telefonar previamente para essa entidades.

[s] Neville




SUBJECT: Re: [ciencialist] MOUSE-LER
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/09/2000 00:32

Errata:

O interessante é que fiz um rock com o nome "Vírus da última geração" (...) , que associa aqueles amores daninhos que ocorrem com a gente a um vírus de computador. A seguir, um trecho da letra:

Vírus da minha última paixão,
Ontem meu bem, hoje meu mal,
Instalado no meu coração,
A partir do processamento central

Não adianta dar um novo boot
Como poso deletar você
Se resiste a todos anti-vírus
Só formatando todo meu HD...

Em suma, senhores, muito cuidado com os vírus e, principalmente, com os amores...

Um grande abraço,

Claudio Abreu

----- Original Message -----
From: Claudio Abreu
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, September 15, 2000 12:07 AM
Subject: Re: [ciencialist] MOUSE-LER




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] MOUSE-LER
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/09/2000 03:41

-----Mensagem Original-----
De: "Claudio Abreu"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 15 de Setembro de 2000 00:07
Assunto: Re: [ciencialist] MOUSE-LER


> Alberto, e demais amigos do Ciencialist,
> Não fiquem se sentido menores por não poderem entender direito o que é o
> Tempo. Afinal ele é o Quarto Uno do nosso Terno de Matéria-Energia a
> ocupar o Espaço. E o Quarto sempre nos leva para o que está fora do nosso
> controle, para o absurdo, para o inexorável... Lembrem-se que podemos
voltar ao
> mesmo lugar, mas não ao mesmo horário...

Sinceramente, minhas preocupações com o tempo nunca chegaram a me tirar o
sono, mesmo porque, a meu ver, não existe mistério nenhum no conceito de
tempo. O tempo é parte de um todo e perde seu significado quando separado
deste todo. Não digo que não se possa raciocinar em termos de tempo
absoluto, pois a física newtoniana parte deste pressuposto. O que digo é que
problemas relativos a absolutismo ou não absolutismo do tempo preocupa muito
mais um físico moderno do que um físico clássico. Não por outro motivo, o
livro "Tempo, o profundo mistério do Universo" foi escrito por um físico
moderno. Como já disse, ciência e filosofia DEVEM andar de mãos dadas. Isto
não significa em absoluto dizer que problemas filosóficos devem tirar o sono
do cientista que tem os pés no chão. O bom cientista é aquele que sabe se
utilizar da boa filosofia e sabe valorizá-la; e o mau cientista é aquele que
se utiliza da má filosofia.

Uma outra história muito parecida com esta relaciona-se ao problema de uma
árvore cuja queda não teria sido presenciada por ninguém. Teria essa árvore
promovido algum ruído ao cair? Isto é tão irrelevante quanto sonhar com
gatos de Schrödinger. Ao filósofo trata-se de uma questão que faz sentido,
dentro de sua maneira de pensar; ao cientista realista a árvore promoveu
ruído e ponto final. A ciência não vai ganhar nada com discussões desse
gênero, a menos que eles tenham algum significado analógico. Para o físico
moderno talvez a analogia faça sentido. Para o físico a aceitar o realismo
clássico o ruído da árvore e/ou a dualidade gato vivo/morto é tão importante
quanto o passar do tempo; ora, se não existe observador, pensem o que
quiserem e eu continuarei acreditando que a natureza existe
independentemente de estarmos ou não a observá-la. Quanto ao tempo, ele
passa independentemente de existir ou não o movimento. Não obstante, da
mesma forma que não me interessam assuntos relativos a quedas de árvore não
observadas, também não vejo interesse algum em dissociar o tempo do
movimento.

Costumo dizer então que a matéria ocupa o espaço e o movimento "ocupa" o
tempo. O tempo começa a me interessar à medida em que consigo visualizar
qualquer tipo de movimento. A partir desse instante, visualizo a física de
Newton; antes disso não vejo nada melhor do que a filosofia Zen (que gosto
muito, por sinal, mas dentro do "espaço" a ela destinado).

Com respeito às quadras e aos ternos, eu não consigo ainda visualizar
clareza em suas afirmações. Exemplifico: Muitas vezes vejo condições
essencialmente ternárias como, por exemplo, a tríade
ensino-pesquisa-extensão ou a tríade apresentada no Macrométodo Científico
(que postei no artigo "A práxis científica" em 09/agosto/00 na ciencialist
na figura 2 em anexo) ou, ainda, na tríade iluminista (igualdade, liberdade
e fraternidade). Todas essas tríades admitem pares antagônicos, tendo-se
portanto seis pares de Unos. Por outro lado, consigo também nestes casos, e
com freqüência, encontrar o que acredito que você chamaria de Quarto Uno. O
Quarto Uno nestes casos seria ou um observador privilegiado e a conseguir
interferir no sistema, ou algo equivalente (um código de ética, etc), mas
sempre externo ao sistema. Por exemplo, se pensarmos na Universidade
teríamos as pró-reitorias de ensino, pesquisa e extensão e um Reitor (ou um
Estatuto). Parece-me que em algumas tríades você assume a necessidade da
existência de um Deus que teria um papel se não idêntico, pelo menos
parecido. Em todos esses exemplos citados consigo visualizar uma tgbd dupla
e, portanto, com oito Unos, e não quatro. Até aí, tudo bem. Poderia dizer
que trata-se da quadra real e da quadra virtual, ou concreta e abstrata, ou
positiva e negativa, ou yin e yang, etc., e a tgbd estaria meramente sendo
duplicada pela minha valorização dos antagônicos a cada Uno.

Porém em outros exemplos não consigo ver as tríades como acima citadas, mas
temos sempre uma quadra. Acima falei no Macrométodo científico e agora
refiro-me ao Método Científico propriamente dito (figura 1 do artigo
citado). O método científico é todo ele formado por quadras (quatro vias,
quatro campos) e existe também o seu antagônico virtual, a que eu chamo de
transcendental, e que também é formado por quatro vias e quatro campos
virtuais (experiências de pensamento). De cada quatro destas vias e/ou
campos, não consigo privilegiar um a fim de dizer que seria um Quarto Uno
externo a uma tríade. Por outro lado, se no caso anterior posso tentar
forçar a barra no sentido de encontrar um Quarto Uno a fim de justificar a
tgbd, porque não deveria aqui fazer o mesmo, apenas que agora teria um
Quinto Uno?

Como já disse em msgs anteriores (algumas em pvt) não estou pensando em
destruir seus argumentos, apenas colocando-o frente a evidências que a meu
ver não são fáceis de serem contornadas. E pelo que sei, de afirmações suas,
você ainda não caracterizou definitivamente o Quarto Uno e portanto acredito
que dúvidas como estas poderão ajudá-lo. Qual seja: O Quarto Uno é exterior
a quê? Nas tríades apresentadas seria um elemento importante e a ser
considerado? E nas quadras apresentadas, ele perde a característica de
exterioridade? Por quê?

> Alberto, acho que a quarta possibilidade para o Quarto Uno deverá vir da
> análise do DNA, que tem uma estrutura bidual, conforme mostrarei num
> próximo texto.

Com efeito. Lembro ainda a existência de quatro bases (A, C, G, T ou U). Se
eu estiver pensando em termos de bases tenho já uma quadra, como num dos
casos exemplificados acima. Qual seria neste caso o Quarto Uno? Ou, por
outro lado, em que condições o estudo do DNA comportaria tríades, a ponto de
podermos pensar na existência de um Quarto Uno exterior?

Bem, por hoje é só. Espero ter sido claro na exposição de minhas dúvidas e
estou torcendo para que você me convença de que estou utilizando-me de algum
raciocínio falacioso quanto à tgbd que, como já disse, conheço muito pouco.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] MOUSE-LER
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/09/2000 03:50

-----Mensagem Original-----
De: "Claudio Abreu"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 15 de Setembro de 2000 00:07
Assunto: Re: [ciencialist] MOUSE-LER


> Alberto, e demais amigos do Ciencialist,
> Não fiquem se sentido menores por não poderem entender direito o que é o
> Tempo. Afinal ele é o Quarto Uno do nosso Terno de Matéria-Energia a
> ocupar o Espaço. E o Quarto sempre nos leva para o que está fora do nosso
> controle, para o absurdo, para o inexorável... Lembrem-se que podemos
> voltar ao mesmo lugar, mas não ao mesmo horário...

Sinceramente, minhas preocupações com o tempo nunca chegaram a me tirar o
sono, mesmo porque, a meu ver, não existe mistério nenhum no conceito de
tempo. O tempo é parte de um todo e perde seu significado quando separado
deste todo. Não digo que não se possa raciocinar em termos de tempo
absoluto, pois a física newtoniana parte deste pressuposto. O que digo é que
problemas relativos a absolutismo ou não absolutismo do tempo preocupa muito
mais um físico moderno do que um físico clássico. Não por outro motivo, o
livro "Tempo, o profundo mistério do Universo" foi escrito por um físico
moderno. Como já disse, ciência e filosofia DEVEM andar de mãos dadas. Isto
não significa em absoluto dizer que problemas filosóficos devem tirar o sono
do cientista que tem os pés no chão. O bom cientista é aquele que sabe se
utilizar da boa filosofia e sabe valorizá-la; e o mau cientista é aquele que
se utiliza da má filosofia.

Uma outra história muito parecida com esta relaciona-se ao problema de uma
árvore cuja queda não teria sido presenciada por ninguém. Teria essa árvore
promovido algum ruído ao cair? Isto é tão irrelevante quanto sonhar com
gatos de Schrödinger. Ao filósofo trata-se de uma questão que faz sentido,
dentro de sua maneira de pensar; ao cientista realista a árvore promoveu
ruído e ponto final. A ciência não vai ganhar nada com discussões desse
gênero, a menos que eles tenham algum significado analógico. Para o físico
moderno talvez a analogia faça sentido. Para o físico a aceitar o realismo
clássico o ruído da árvore e/ou a dualidade gato vivo/morto é tão importante
quanto o passar do tempo; ora, se não existe observador, pensem o que
quiserem e eu continuarei acreditando que a natureza existe
independentemente de estarmos ou não a observá-la. Quanto ao tempo, ele
passa independentemente de existir ou não o movimento. Não obstante, da
mesma forma que não me interessam assuntos relativos a quedas de árvore não
observadas, também não vejo interesse algum em dissociar o tempo do
movimento.

Costumo dizer então que a matéria ocupa o espaço e o movimento "ocupa" o
tempo. O tempo começa a me interessar à medida em que consigo visualizar
qualquer tipo de movimento. A partir desse instante, visualizo a física de
Newton; antes disso não vejo nada melhor do que a filosofia Zen (que gosto
muito, por sinal, mas dentro do "espaço" a ela destinado).

Com respeito às quadras e aos ternos, eu não consigo ainda visualizar
clareza em suas afirmações. Exemplifico: Muitas vezes vejo condições
essencialmente ternárias como, por exemplo, a tríade
ensino-pesquisa-extensão ou a tríade apresentada no Macrométodo Científico
(que postei no artigo "A práxis científica" em 09/agosto/00 na ciencialist
na figura 2 em anexo) ou, ainda, na tríade iluminista (igualdade, liberdade
e fraternidade). Todas essas tríades admitem pares antagônicos, tendo-se
portanto seis pares de Unos. Por outro lado, consigo também nestes casos, e
com freqüência, encontrar o que acredito que você chamaria de Quarto Uno (e
que a rigor seriam o sétimo e o oitavo). O Quarto Uno nestes casos seria ou
um observador privilegiado e a conseguir interferir no sistema, ou algo
equivalente (um código de ética, etc.), mas sempre externo ao sistema. Por
exemplo, se pensarmos na Universidade teríamos as pró-reitorias de ensino,
pesquisa e extensão e um Reitor (ou um Estatuto). Parece-me que em algumas
tríades você assume a necessidade da existência de um Deus que teria um
papel se não idêntico, pelo menos parecido. Em todos esses exemplos citados
consigo visualizar uma tgbd dupla e, portanto, com oito Unos, e não quatro.
Até aí, tudo bem. Poderia dizer que trata-se da quadra real e da quadra
virtual, ou concreta e abstrata, ou positiva e negativa, ou yin e yang,
etc., e a tgbd estaria meramente sendo duplicada pela minha valorização dos
antagônicos a cada Uno. E vejo até mesmo uma certa coerência pois a própria
tgbd estaria sendo bidualizada.

Porém em outros exemplos não consigo ver as tríades como acima citadas, mas
temos sempre uma quadra. Acima falei no Macrométodo científico e agora
refiro-me ao Método Científico propriamente dito (figura 1 do artigo
citado). O método científico é todo ele formado por quadras (quatro vias,
quatro campos) e existe também o seu antagônico virtual, a que eu chamo de
transcendental, e que também é formado por quatro vias e quatro campos
virtuais (experiências de pensamento). De cada quatro destas vias e/ou
campos, não consigo privilegiar um a fim de dizer que seria um Quarto Uno
externo a uma tríade. Por outro lado, se no caso anterior posso tentar
forçar a barra no sentido de encontrar um Quarto Uno a fim de justificar a
tgbd, porque não deveria aqui fazer o mesmo, apenas que agora teria um
Quinto Uno?!!!

Como já disse em msgs anteriores (algumas em pvt) não estou pensando em
destruir seus argumentos, apenas colocando-o frente a evidências que a meu
ver não são fáceis de serem contornadas. E pelo que sei, de afirmações suas,
você ainda não caracterizou definitivamente o Quarto Uno e portanto acredito
que dúvidas como estas poderão ajudá-lo. Qual seja: O Quarto Uno é exterior
a quê? Nas tríades apresentadas seria um elemento importante e a ser
considerado? E nas quadras apresentadas, ele perde a característica de
exterioridade? Por quê?

> Alberto, acho que a quarta possibilidade para o Quarto Uno deverá vir da
> análise do DNA, que tem uma estrutura bidual, conforme mostrarei num
> próximo texto.

Com efeito. Lembro ainda a existência de quatro bases (A, C, G, T ou U). Se
eu estiver pensando em termos de bases tenho já uma quadra, como num dos
casos exemplificados acima. Qual seria neste caso o Quarto Uno exterior, se
o sistema em si já tem quatro Unos? Ou, por outro lado, em que condições o
estudo do DNA comportaria tríades, a ponto de podermos pensar na existência
de um Quarto Uno exterior?

Bem, por hoje é só. Espero ter sido claro na exposição de minhas dúvidas e
estou torcendo para que você me convença de que estou utilizando-me de algum
raciocínio falacioso quanto à tgbd que, como já disse, conheço muito pouco.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Mais uma vitoria!
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/09/2000 05:58


O site sobre Humor na Ciencia que eu organizo saiu na Revista da
WEB! deste mes (setembro), a revista traz uma lista dos 50 melhores
sites de humor.

O 'Humor na Ciencia' teve nota 4 (a maxima eh 5)! :)

O endereco eh
http://www.humornaciencia.cjb.net

Devido a este fato, ateh o final de semana estarei colocando mais
material e fazendo mudancas no site.

O Humor na Ciencia jah apareceu numa selecao de sites de ciencia do
caderno de informatica da Folha de Sao Paulo e na revista Galileu
(nesta saiu com o endereco errado! :( ). Se alguem souber de mais
alguma aparicao do site na midia, me avise.

Soh uma duvida, serah que algum dia vou atingir a quantidade de
acessos que o site do Leo tem? Talvez aumente com o aparecimento na
revista, vou aguardar pra ver.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna



SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/09/2000 07:45



João Mário Miranda wrote:

> > Vc nao entendeu : eh prova-lo FALSO PARA O HOSPEDEIRO
> > se ele (hospedeiro ) acreditar q o meme eh falso ele ficara em
> estado
> > inoperante e
> > fadado aa extincao. O problema das religios eh q o hospedeiro
> ACREDITA q
> > o meme
> > eh Verdadeiro e por isso o meme sobrevive e se propaga.
>
> Um bom meme é aquele que leva as pessoas a acreditarem nele
> contra toda a evidencia. Os memes religiosos têm essa capacidade.

Nao definiria assim um bom meme, diria ser um meme eficaz.
Acreditar no meme significa toma-lo como certo, verdadeiro.

Se fizermos o hospedeiro acreditar que o meme eh falso o meme deixa de
ser
eficaz, torna-se um meme inativo e deixa de se propagar com a virulencia
anterior.

Se vc acredita num meme vc o propaga como um meme ativo ,se vc nao
acredita
vc o propaga como um meme-vacina.


>
> De certa forma os crentes acreditam neles mesmo sabendo que
> os memes são falsos.

Discordo radicalmente. Acho que vc NUNCA conversou com um crente.


> Voce não pode usar o pensamento racional
> com pessoas irracionais.
>

Nenhuma pessoa eh totalmente irracional, senao nao sobreviveria no mundo
de hoje.
Sempre ha uma logica e portanto alguma esperanca, embora seja verdade
que
eh muito dificil desconverte-las.
Mas devemos levar em conta que existem pessoas cujos memes AINDA nao a
dominaram totalmente e, para estas, a volta ao "mundo racional" eh
mais facil
do que as que estao completamente contaminadas.


>
>
> > Isso nao significa q ele tera uma vantagem evolutiva com este
> intento.
> > Podera sofrer em VAO.
> As vantagens evolutivas são obvias: fama e fortuna e muitas
> entrevistas
> no fim.
>

Dois pontos :

1. Vc nao pode generalizar e dizer que este comportamento
traz uma vantagem evolutiva : Na medida que alguma outra/outras pessoas
quiserem
tomar o mesmo caminho fatalmente perderao o credito de fama.
Eh como escalar o Everest: a primeira pessoa leva uma fama e fica para
a historia,
hoje, quem sai nos jornais por ter escalado a montanha?

2.Eu disse que seu intento poderia ser em vao pq :
a) ele pode nao ganhar tanto $ como ele ou vc supoe.
b) as consequencias psicologica decorrentes do seu confinamento podem
leva-lo
aa loucura, perdendo totalmente sua vantagem evolutiva com o possivel $
ganho.

>
> >
> > A busca pessoal pode ser facilitada por aberturas sociais propostas
> > ,permitidas,
> > e facilitadas por um governo. ( As mulheres do Taliban,
> Afeganistao,
> > que os digam )
> > Que regras demasiadas vc acha q estou propondo?
>
> Está propondo sistemas com controlo centralizado das decisões
> individuais.
>

Vc nao entendeu : eu disse que eu nao concordo que a sociedade aberta ou

qualquer outra forma de democracia *eh provada* ser a forma de controle
social
(governo) que leva aa maior felicidade do povo.

Eu disse que outras formas de controle sociais poderiam ser melhores e
inventei duas:

a) O governo cibernetico : A democracia seria substituida por um
computador
que governaria o grupo social. Nao haveriam politicos.

b) O governo personificador : Nao existiria uma lei a ser cumprida
igualmente
por todos. Cada pessoa teria que seguir uma lei, que poderia ser
diferente de pessoa
para pessoa. Ou seja, as peculiaridades de cada um seria levada em
conta.

Disse tambem que um governo que visasse a felicidade maxima *deveria*
levar em conta os preceitos GENISTAS. Ou seja, permitir que o Genismo
pudesse ser seguido ao maximo.
Isso eh importante : Acredito que Genismo deveria ser a meta principal
do
governo ideal. Esta descoberta, polemica, precisa estar em letras
garrafais :
O GOVERNO IDEAL DEVE TENTAR MAXIMIZAR OS IDEAIS
GENISTAS NA POPULACAO.

>
>
> > As causas diferentes obviamente produzirao efeitos diferentes a
> longo
> > prazo.
> > A longo prazo duas causas diferentes nao produziram o mesmo efeito
> no
> > universo.
> > Quando se trata de politicas sociais e governos o resultado eh muito
>
> > mais obvio e
> > imediato. Mostre um exemplo de 2 regimes que provoquem o mesmo grau
> de
> > felicidade em todas as pessoas. Nao existe. A feleicidade maxima soh
> eh
> > conseguida com uma unica politica.
>
> Os Estados Unidos da America são um exemplo de todos os regimes
> possíveis. Lá encontrará pessoas felizes que seguiram estilos
> de vida radicalmente diferentes.
>

Discordo :.
O fato de haver pessoas com estilos diferentes nao significa que cada
uma delas
achou seu caminho de maxima felicidade. Significa apenas que estao
tentando achar,
cada uma do seu modo, a propria felicidade. E isso *nao* quer dizer q a
encontraram.
Quando se descobrir um caminho de maxima felicidade, a tendencia eh uma

parcela cada vez maior migrar para este caminho.

Outra coisa : Eu estava falando de POLITICA de governo.
Eu estava dizendo que nao existe 2 politicas diferentes que levam
exatamente
ao mesmo estado de felicidade para o grupo sob esse dominio politico.
Claro que a Liberdade devera estar presente num regime politico ideal.


>
>
> > >
> > > Tal como o EU é uma ilusão. Todos os empreendimentos se baseiam
> numa
> > > crença em algo ilusório. No fundo só há átomos e vazio.
> > >
> >
> > Vc nao considera nenhum nivel de organizacao ????
> > Moleculas, Celulas, corpos, sociedades elas nao existem para vc ?...
>
> Essa coisas só existem porque nós as reconhecemos como tal.
> A sua essencia são apenas átomos. O sentido da vida não
> existe. É uma crença humana.
>

Os atomos tambem sao um conceito humano : Um agregado de quarks.

Quando falamos em memes, estrelas, genes etc.. eh porque estamos
trabalhando
com conceitos que tem uma definicao e um significado e portanto existem.

Isso nao significa que os genes, por exemplo , nao sejam constituidos de
atomos,
mas eles tem propriedades proprias.
Poderemos dizer assim : uma estrela existe e eh um aglomerado de quarks
mas
nem todo aglomerado de quarks eh uma estrela. A estrela eh um aglomerado
de
quarks com propriedades bem peculiares.

Agora te pergunto as estrelas nao exitiriam se nos nao existissemos ?


Sobre o sentido da vida :
O sentido da vida ... ia falar sobre o sentido da vida , mas pulei para
ver
as mensagens e a mensagem do alberto :
"Pô, gente, assim não dá!!!!
Já estou desenvolvendo LER (lesão por esforço repetitivo) de tanto
manusear.."

Perdi o TES.. de escrever sobre este interessante topico....


>
> > > De qualquer das formas vamos morrer. Para que conservar o planeta?
>
> > >
> >
> > Se vc abarcar o Genismo isso fara diferenca : Seus genes herdaram um
>
> > mundo melhor.
>
> Você não compreende a genética. Não há nenhuma moral na genética.

Vc pelo visto nao entendeu absolutamente NADA.
Eu nao disse q ha moral na Genetica EU CRIEI UMA MORAL BASEADA
NA GENETICA , e isso eh completamente diferente.


[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/09/2000 08:02



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Vc pelo visto nao entendeu absolutamente NADA.
> Eu nao disse q ha moral na Genetica EU CRIEI UMA MORAL BASEADA
> NA GENETICA , e isso eh completamente diferente.

Como eu disse a genética é amoral e às vezes até parece imoral.
Basear uma moral na genética é como basear uma moral na fisica.


João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/09/2000 08:47



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

Voce parece acreditar que as qualidades como a verdade
são suficientes para que esse meme ganhe a batalha
e se espalhe. Uma pesquisa no googlo (http://www.google.com)
da-lhe uma ideia da relação de forças actual entre os
memes:

Deus 444 000 páginas
Genismo 48 páginas

A situação está mesmo má. Deve haver algumas caracteristicas
do meme Deus que o tornam indestrutivel. E o meme Genismo não
está a conseguir muitos adeptos. Talvez voce precise de saber
algumas regras básicas de memética:

- os primeiros a chegar têm sempre vantagem
- os memes que convencem os seus portadores a
reproduzir-se espalham-se mais que os que defendem
o controlo de natalidade
- os memes falsos com sucesso usam o truque de S Tomé: felizes
os que acreditam no meme sem o ver porque deles será
o Reino dos ceus
- os memes com sucesso diz:"eu sou o meme de todos
os Homens, espalha-me"
- os memes falhados dizem "eu sou o meme particular de A"
- os memes de sucesso adaptam-se às condições locais e raramente
destroem os memes já existentes
- os memes falhados tentam destruir os memes já existentes criando
resistências nos complexos meméticos cerebrais.

joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/09/2000 09:12



Agapito Ribeiro Júnior wrote:

> Caro Jocax, vamos lá...
>
> Vc escreveu: "Como ja postei aqui o Genismo eh uma teoria cientifica
> passivel de refutacao. Com relacao a Gemetica, tratando-se de um ramo
> cientifico novissimo, criei-o esta semana, ainda tem muito a ser
> desenvolvido.
> Mas, tratando-se de um area que estuda o interrelacionamento da
> consagrada Genetica com a nova Memetica, esta area fica, a bem da
> verdade, subordinada ao reconhecimento da memetica como ciencia. Nao
> creio que havera
> problemas quanto a isso uma vez q a memetica esta baseada em paradigma
> darwinianos. Posso adiantar as principais questoes a serem estudadas
> pela memetica :
> 1-Quais as culturas ( memes ) possiveis numa populacao, e o que elas
> teriam em comum?
> 2-Qual o meme que melhor se "adequa" a um genoma particular?
> 3-Como os memes podem influencias a evolucao genetica ?
> 4-Em que direcao meme-gene caminha ?"
>
> Agapito: Primeiro) Uma vez que ainda não há o reconhecimento da
> memética como ciência, a tua "ciência", sendo subordinada ao
> reconhecimento de outra, também é não-reconhecida, ou seja, é ainda
> "pseudo-ciência".

Vc definiria assim um ramo do conhecimento que tem a pretensao de se
tornar
"ciencia oficial"? A genetica, antes de se tornar ciencia, era
conhecida como
"pseudo -ciencia"? Acho que "pseudo" traz uma conotacao ruim.


> A teologia moderna, seja protestante ou católica, também aceita e
> assume paradigmas dawinianos

O q vc quer dizer com "assume" ? A igreja ja assume que fomos evoluidos
do "macaco" e que nao fomos mais criados prontos por Deus ??
( Acho que os padres das paroquias ainda nao sabem da noticia :-) )


> e isso não é suficiente para aceitarmos a teologia como "ciência" da
> religião. Ciência é basicamente empírica, a não ser que você conceba
> que um mundo inato de idéias venham embutidos na concepção memética. E
> isso é especulação metafísica. E não ciência. A memética precisará de
> dados comprovados, de teorização e contra-teorização, ou seja, um
> processo dialético-empírico para realmente ser ciência. Qualquer
> tentativa de avançar além da primeira, a ser reconhecida, ou não, é
> especulação.
>

O que vc esperaria de um ramo que criei *ha menos* de uma semana?
Que ja nascesse consagrada e estivesse sendo ensinada em todos as
universidades do mundo ??
Memetica, alem de se basear em paradigmas darwinianos, eh tambem
empririca pois
o vetor de transmissao dos memes eh fisico ( O cerebro ). Desta maneira
as leis que porventura sejam criadas estao passiveis de experimentacao e

refutacao.


>
> Do jeito que vai indo, essa procura de algo comum e universal em
> diversas populações o levarão às conclusões dos antigos deístas que
> acreditavam numa forma universal de religião comum a todos os povos.
> Tal como a sua.

> Essa teoria caiu com o estudo científico das religiões comparadas. Com
> isso a sua religião atéia já está navegando por águas passadas.
>

Impossivel , os Deistas acreditavam em um Deus.
Alem do mais, o Genismo eh uma teoria cientifica baseada em ciencia.

>
> Não se usa "adequa" no sentido ativo, pois é passivo. Usa-se
> "adapta-se". Esse erro de linguagem pode ser usado contra você na
> análise lingüística de sua teoria. E como o meme deve adaptar-se, ele
> não pode influenciar de modo direto a evolução genética, pois sua
> atitude é passiva-iteracionista.

Engano gravissimo. Os memes influenciam os genes tanto que uma
comunidade inteira
( lembra do Dow Jones? ) se matou por acreditar num meme.



> Há uma possível iteração e mútua ressonância ou mútuo intervecionismo
> dinâmico que pode ser confundido por ação.Logo, a segunda proposição
> sua contradiz a terceira. Na evoluçào não há direções específicas, mas
> uma quase difusão que pode ser teorizada no Caos.

Engano, podemos facilmente determinar *uma das direcoes* dos genes :
Os genes cada vez mais sao selecionados no sentido de direcionar seu
portador
a perpetua-los. Os genes que nao caminham nesta direcao sao extintos.
Portanto o caminho evolutivo dos genes nao tao eh caotico como vc
propoe.


> A quarta proposição falta embasamento. Cuidado, a proposição de suas
> perguntas é que analisei, e não o caráter de serem perguntas. Ou seja,
> analisei a coerência da pergunta pela pergunta.
>
> Vc escreveu:"Esta conjectura tambem nao seria por demais "engessante"?
> Quero dizer, se tivermos um "reducionismo" que explica os fenomenos
> sociais ( como a fisica o faz com a natureza), isso nao deveria ser
> motivo de jubilo ?
> Creio que sim. Nao devemos ser fobicos a um irrestrito e irracional
> anti-reducionismo se este reducionismo nos pode ser util. Seria
> dogmatizar o nao-reducionismo..."
>
> Agapito: Você citou a teoria das incertezas da física, e sabe que há a
> realidade macro e micro, no entanto diz que a física é reducionista!?
> Isso é sofisma.

De modo algum : A fisica eh essencialmente reducionista pois tem como
objetivo
reduzir todo o universo ( suas leis) a uma unica formula ( ou conjunto
de formula)
O principio da incerteza NAO vai contra este intento. Se a natureza tem
a
esta propriedade ela deve tambem ser refletida nas formulas fisicas. Nao
ha sofisma.
O q acontece eh que nas formulas podera aparecer um fator
probabilistico, e
isso NAO significa q estas formulas nao tenham utilidade, ou que nao
possamos
determinar o estado futuro, com boa precisao, baseado no estado passado.



> Fenômenos sociais analisados no reducionismo faz vc um adepto dos
> erros de Marx, Shopenhauer, etc., a manifestação humana, seja
> filosófica, política, e mesmo religiosa, é multipla. E existem
> entrelaçamentos mútuos ou não. Somente uma crença num fundo universal,
> algo metafísico, é que leva ao seu reducionismo.

Como disse, nao eh pq alguns erraram que todos errarao.
Muitos dos antigs filosofos nao tinham conhecimentos cientificos de que
dispomos hoje.


> Ao usar a frase "Seria dogmatizar o nao-reducionismo" você cometeu um
> erro lingüístico, pois
>
> 1. não-reducionismo é contra dogma

Nao creio : Um nao reducionismo radical eh um dogma irracional.


>
> 2. Dogmatizar não é o "não-reducionismo"

Mas eh o q vc parece propor.


>
> 3. "Seria o dogmatizar" seria o negar o "não-reducionismo"
>
> Dogmatizar o não-reducionismo = tornar dogma o que é contra dogma
> (improvável)
> Dogmatizar o não-reducionismo = negar o "não reducionismo" no
> "não-reducionismo (ilógico)
>

Nao entendi sua sequencia "logica", mas gostaria de enfatizar :
Vc esta indo de uma maneira DOGMATICA contra o reducionismo como
o "diabo foge da cruz". Isto eh vc esta dogmatizando o
nao-reducionismo.


>
> Ao acrescentarmos o "seria" nas frases acima, estaríamos supondo um
> futuro do pretérito de algo improvável ou ilógico. Sem a experiência
> anti-tética, sua frase não teve sentido nenhum. Apenas jogo de
> palavras. Logo, sua teoria pode conter mais sofismas destes, já que
> sua frase veio de sua concepção.
>

Eu disse "seria" por demais "engessante" No sentido que ainda nao provei
que de fato o eh.


>
> Vc escreveu: "SIM e Nao , de certo modo sim. Isso nos remete a questao
> do "livre-arbitrio" e a mecanica-quantica e seu principio da
> incerteza. A analogia eh : Se podemos, no futuro, descrever totalmente
> o comportamento de uma barata frente a qqr estimulo, o cerebro humano
> nao seria um problema da mesma natureza, mas apenas de uma
> complexidade maior ? Creio que uma gama ampla de comportamentos
> humanos podem ser enquadrados nesta conjectura determinista."
>
> Agapito: Quando vc usa a frase "sim e não, de certo modo sim" como
> argumento ou análise proveniente de sua concepção que deveria ser
> determinista, vemos que você, em atitude e linguagem não é
> determinista.
>
> 1)determinista usa linguagem determinista :sim, não.
> 2) linguagem determinista caracteriza determinismo.
> 3) linguagem determinista é aquela que assume o sim ou o não, e nunca
> o talvez.(supondo mesmo que o determinosmo tenha se fixado após
> experiência científica-social)
> 4) como experiência científica exige reavaliação, ou seja, o talvez, o
> determinismo cai.
>
> Você derrubou com suas palavras seu determinismo. Leia Bertrand
> Russell e algo sobre Filosofia Analítica e Análise Lingüística.
>

Eu disse que o problema do Livre arbitrio e do determinismo eh complexo
e, existem comportamentos que poderiam ser determinados , no sentido
de que se podemos prever todo o comportamento futuro da barata
surge a questao : A barata tem livre arbitrio ?
Como nao podemos determinar completamente o estado futuro de um sistema
de particulo ( pelo principio da incerteza ) entao nossa capacidade de
predicao
estara LIMITADA mas, alguma previsao poderemos fazer.



>
> vc escreveu: "Bom, todo pensador que ousa mudar paradigmas e quebrar o
> padrao vigente
> esta sujeito a ataques e tambem a erros. Cada caso eh um caso, nao
> devemos pegar
> um exemplo e generalizar "redutivamente" aa todos ! :-)"
>
> Agapito: Citei Bergson como exemplo e não como analogia. Erro de
> interpretação lingüística por sua parte. E seu erro não é tanto
> matemático como o de Bergson, mas de outra categoria, o lógico.
>
>

De que serve o exemplo se nao para fazer a analogia ?
O erro de Bergson nao implica q estou errado.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/09/2000 09:17



João Mário Miranda wrote:

>
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > Vc pelo visto nao entendeu absolutamente NADA.
> > Eu nao disse q ha moral na Genetica EU CRIEI UMA MORAL BASEADA
> > NA GENETICA , e isso eh completamente diferente.
>
> Como eu disse a genética é amoral e às vezes até parece imoral.
> Basear uma moral na genética é como basear uma moral na fisica.
>

Eu criei uma moral baseada na genetica.

Se isso eh Bom, Mal, Util , Inutil etc.. eh outra historia.

Acredito ser bom pois eh uma moral que tem principios cientificos e
*nao*
uma moral baseada em Deus ou qualquer outro coelho tirado da cartola.
Soh o tempo dira quem esta com a razao .

[]s
jocax



SUBJECT: A galinha e a rua
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/09/2000 11:44

Ola listeiros,
estou cansado de receber as mensagens do tipo: "por que a galinha atravessou
a rua?".
Como ficaria esse caso da galinha se, ao invés da rua, a galinha tivesse que
atravessar uma faixa de Moebius?

[]'
Léo




SUBJECT: galinhas, ruas e moebius
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/09/2000 12:32

On Fri, 15 Sep 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:
> estou cansado de receber as mensagens do tipo: "por que a galinha atravessou
> a rua?".

tem uma pagina muito legal a proposito:

http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/jokes/chicken.html

nada exatamente cientifico, mas interessante.

sobre a fita ou faixa, tbm nao tem nada a ver com a pergunta, mas tem
algumas propriedades interessantes:

- corte uma fita de Moebius ao longo de uma linha mediana (perpendicular
ao ponto medio da largura);

- corte uma fita de Moebius ao longo de uma linha perpendicular ao ponto
correspondente a um terco (ou dois tercos) da largura...

algumas paginas sobre o tema:

http://www-pp.hogia.net/gabrell/moebius.htm

http://www.cut-the-knot.com/do_you_know/moebius.html

http://www.geometry.net/Math_Discover/Moebius_Strip.htm - pagina com
varios vinculos para outras.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/09/2000 16:40

-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 15 de Setembro de 2000 09:12
Assunto: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax

> Agapito Ribeiro Júnior wrote:
> > Caro Jocax, vamos lá...

> Jocax: O q vc quer dizer com "assume"? A igreja ja assume que fomos
> evoluidos do "macaco" e que nao fomos mais criados prontos por Deus??

Olá Jocax

De que igreja e/ou cultura você está falando? Conheço uma religião/cultura
milenar que diz "No princípio era o Tao e o Tao produziu o Um; e o Um deu
origem ao Dois e os Dois produziram o Três e tudo o mais". Se isto não é
evolucionismo...? Parece-me que Darwin amamentou-se no taoismo. Por outro
lado poderia, utilizando uma interpretação de textos antigos à maneira
cético-jocaxiana, dizer que Tao = Deus, que o primeiro "produzir" significa
"criar o homem a partir do barro", "dar a origem" significa "criar a mulher
a partir da costela do homem", o segundo "produzir" significa "fazer amor" e
o "tudo o mais" significa civilização. Ou seja, um texto aparentemente
evolucionista transforma-se, por mero problema interpretativo, num texto
rigidamene criacionista. Algumas igrejas fazem isso com a bíblia, outras
não. Com respeito ao taoismo, nem mesmo os jesuítas que estiveram no Oriente
o interpretaram à moda cético-jocaxiana.

> (Acho que os padres das paroquias ainda nao sabem da noticia :-) )

Não confunda alhos com bugalhos, ciência com cientista, padre com religião.
Por problemas semelhantes, cinco anos antes de sua morte Marx fez a seguinte
declaração: "Eu não sou marxista!" Por acaso Marx teria morrido
capitalista?!!! :-)) Por outro lado, "os padres das paroquias" a que você se
refere provavelmente estão fazendo uma interpretação da bíblia utilizando
a navalha de Jocax-Occam. Exemplificando: Se na bíblia está escrito que
"Deus fez o mundo em 6 dias", a maneira mais simples de interpretar esse
texto seria dizer que Deus criou o Universo em 144 horas, entendendo-se por
hora a fração 1/24 do dia solar médio ou algo equivalente. O problema, com
efeito, não está na interpretação mas em compreender que a bíblia foi
escrita pelo homem sob uma cultura diferente da nossa. Por outro lado, não
tente aplicar o método científico em áreas sabidamente não científicas e não
tente dotar a ciência de características cientificistas.

> > Agapito: Do jeito que vai indo, essa procura de algo comum e universal
> > em diversas populações o levarão às conclusões dos antigos deístas que
> > acreditavam numa forma universal de religião comum a todos os povos.
> > Tal como a sua.

Olá, Agapito

Com efeito. Confundir ciência com religião nos leva a duas possibilidades:
ou subdividimos a ciência ou unificamos a religião. A ciência é una e a
apoiar-se na regra da repetitividade (ainda que comporte explicações
compatíveis com a cultura local), o que não acontece com a religião.

> Jocax: Alem do mais, o Genismo eh uma teoria cientifica baseada em
> ciencia.

Existe uma certa diferença em "basear-se" no sentido de "fundamentar-se" e
"basear-se" no sentido puro e simples de "apoiar-se" (como numa muleta). A
qual dos dois "basear" você se refere?

> > Agapito: Não se usa "adequa" no sentido ativo, pois é passivo. Usa-se
> > "adapta-se". Esse erro de linguagem pode ser usado contra você na
> > análise lingüística de sua teoria. E como o meme deve adaptar-se, ele
> > não pode influenciar de modo direto a evolução genética, pois sua
> > atitude é passiva-iteracionista.

Creio que este erro está de alguma maneira relacionado com a interpretação
do "basear" acima apontada.

> > Agapito: Na evoluçào não há direções específicas, mas
> > uma quase difusão que pode ser teorizada no Caos.

> Jocax: Portanto o caminho evolutivo dos genes nao tao eh caotico como vc
> propoe.

Pelo que percebi o Agapito está utilizando-se da palavra Caos no sentido
moderno do termo, enquanto o Jocax está utilizando-se do termo "caótico" no
sentido antiquado. Vamos padronizar a linguagem?

> > Agapito: Você citou a teoria das incertezas da física, e sabe que há a
> > realidade macro e micro, no entanto diz que a física é reducionista!?

Pô!!! Até agora eu estava achando que vocês estavam tratando de teorias
sérias! :-)) Vocês tinham que falar na física moderna?

> > Agapito: Isso é sofisma.

E dizer que o Jocax sofisma é redundância.

> Jocax: De modo algum : A física eh essencialmente reducionista...

Concordo no que diz respeito à física moderna: Ela reduz nosso cérebro a um
quase nada, incapaz de pensar em coisas novas.

> Jocax: ...pois tem como objetivo
> reduzir todo o universo ( suas leis) a uma unica formula

Vai por mim! A fórmula é A = w/r. Esta fórmula é o Um que produz o Dois
(rotacional e translacional) que produzem o Três e tudo o mais. Tem também o
Quarto Uno, mas isso deixo a cargo do Claudio Abreu. :-))

> Jocax: O principio da incerteza NAO vai contra este intento.

Nem sim nem não (Dois), muito pelo contrário, talvez sim, talvez não e
talvez talvez (Três). Perceba aí o Tao da Física Moderna de uma maneira
diferente daquela apresentada pelo Fritjof.

> Jocax: Muitos dos antigs filosofos nao tinham conhecimentos cientificos de
> que dispomos hoje.

E a grande maioria dos cientistas da modernidade não têm os conhecimentos
filosóficos da antigüidade, com honrosas exceções: Newton, Galileu,
Einstein, Bohr, Heisenberg, Schödinger, Dirac, etc.

> Jocax: Nao entendi sua sequencia "logica", mas gostaria de enfatizar :
> Vc esta indo de uma maneira DOGMATICA contra o reducionismo como
> o "diabo foge da cruz". Isto eh vc esta dogmatizando o
> nao-reducionismo.

Pois eu não entendi nada. Parece-me que um está tentando dogmatizar o
reducionismo e o outro reduzir o dogmatismo. Ou então, um está tentando
dogmatizar o não-reducionismo e o outro reduzir o "não-dogmatismo" :-)) Não
consegui acompanhar o elevado teor epistemológico que certamente deve
acompanhar tais manobras literárias.

> > Agapito: Logo, sua teoria pode conter mais sofismas destes, já que
> > sua frase veio de sua concepção.

Você está novamente sendo redundante. :-)

> > Agapito: Se podemos, no futuro, descrever totalmente
> > o comportamento de uma barata frente a qqr estimulo...

Ai, que nojo!!! :-)

> ...o cerebro humano
> > nao seria um problema da mesma natureza, mas apenas de uma
> > complexidade maior?

Pois eu, ao contrário, acho que tem muito cérebro de barata por aí. :-)

> > Agapito: ...vemos que você, em atitude e linguagem não é
> > determinista.

Ainda bem. Não rotule o Jocax pois ele fica furioso. :-)

> Jocax: Como nao podemos determinar completamente o estado futuro de um
> sistema de particulo (pelo principio da incerteza) entao nossa capacidade
> de predicao estara LIMITADA mas, alguma previsao poderemos fazer.

Com efeito. Eu prevejo que o princípio da incerteza vai cair antes do ano
2010 com uma incerteza de mais ou menos 5 anos.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] A galinha e a rua
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/09/2000 16:49

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 15 de Setembro de 2000 11:44
Assunto: [ciencialist] A galinha e a rua

> Ola listeiros,
> estou cansado de receber as mensagens do tipo: "por que a galinha
> atravessou a rua?".
> Como ficaria esse caso da galinha se, ao invés da rua, a galinha tivesse
> que atravessar uma faixa de Moebius?

No sentido longitudinal ou no sentido transversal?

Se no sentido longitudinal, pergunto: Na pista de cima, em relação a um
observador fixo à faixa e em repouso, ou na pista de baixo?

Deixo os questionamentos de natureza epistemo-biológicas (por exemplo, se
seria galinha de angola, etc.) a critério do Takata.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/09/2000 18:30



Alberto Mesquita Filho wrote:

> -----Mensagem Original-----
> De: "Joao Carlos Holland de Barcellos"
> Para: <ciencialist@egroups.com>
> Enviada em: Sexta-feira, 15 de Setembro de 2000 09:12
> Assunto: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
>
> > Agapito Ribeiro Júnior wrote:
> > > Caro Jocax, vamos lá...
>
> > Jocax: O q vc quer dizer com "assume"? A igreja ja assume que fomos
> > evoluidos do "macaco" e que nao fomos mais criados prontos por
> Deus??
>
> Olá Jocax
>
> De que igreja e/ou cultura você está falando? Conheço uma
> religião/cultura
> milenar que diz "No princípio era o Tao e o Tao produziu o Um; e o Um
> deu
> origem ao Dois e os Dois produziram o Três e tudo o mais". Se isto não
> é
> evolucionismo...?

Nao estou tao certo, isto parece-me mais uma contagem que outra coisa !
;-)
Bom mas se falarmos da criacao de particulas, em geral a coisa comeca
com 2 : particula e anti particula , se falarmos do DNA da vida em geral

do 2 passa-se ao 4 e nao ao 3 !!! ;-)


>
> > (Acho que os padres das paroquias ainda nao sabem da noticia :-) )
>
> Não confunda alhos com bugalhos, ciência com cientista, padre com
> religião.

Bom, vc nao pode se informar sobre isto na biblia pois ela tem q ser
"interpretada" por um especialista. Aos padres vc nao pode pois eles nao
sabem
e nao representam a igreja, entao quem poderia dar a versao "oficial"
de como a igreja ve o darwinismo?


>
> > Jocax: Alem do mais, o Genismo eh uma teoria cientifica baseada em
> > ciencia.
>
> Existe uma certa diferença em "basear-se" no sentido de
> "fundamentar-se" e
> "basear-se" no sentido puro e simples de "apoiar-se" (como numa
> muleta). A
> qual dos dois "basear" você se refere?
>

No sentido de apontar a BASE de onde foi levantada.

> > > Agapito: Isso é sofisma.
>
> E dizer que o Jocax sofisma é redundância.
>

Me mostre algum sofisma meu eu eu te mostrarei uma miragem ! ;-))

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] MOUSE-LER
FROM: "Francisco C. Brito" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/09/2000 19:39

"Ao filósofo trata-se de uma questão que faz sentido,
dentro de sua maneira de pensar; ao cientista realista a árvore promoveu
ruído e ponto final."

Olha eu pinçando frases de seu contexto novamente!
Então, se a árvore caiu e ninguém, e nem nada capaz de ouvir, estava próximo
para ouvir, a árvore faz barulho ao cair?
Eu arrisco a afirmar que não, pois o ruído é uma interpretação que os
cérebros fazem de determinadas vibrações de partículas. Se não há um cérebro
para interpretar a vibração, será que há ruído? Ou côr? ou cheiro? ou sabor?



SUBJECT: noticias
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ajc <ajciencia@egroups.com>
DATE: 15/09/2000 19:44

Notícias e artigos recentemente publicados no nonio.com

Nanomedicina
No futuro robots do tamanho de bactérias serão
utilizados como instrumentos médicos capazes de
destruir agentes patogénicos ou de corrigir as
deficiências genéticas das células.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=57


Nonius Lexicon
Esta é a primeira publicação do Nonius Lexicon.
E as primeiras palavras são: , Eric Drexler, meme,
memética, nanotecnologia, nanomedicina, Richard
Dawkins,singularidade, uploading e vida artificial.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=56


LEP a funcionar mais um mês
Na sequência da detecção de indicios do Bosão de
Higgs o LEP (Large Electron Positron Collider) vai
continuar a funcionar até ao inicio de Novembro.
O LEP está prestes a ser encerrado e vai ser
substituido por um novo acelerador de partículas
mais potente. O Bosão de Higgs é uma das particulas
mais procuradas pelos Físicos nucleares.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=55


Teoria sobre origem da SIDA rejeitada
Análises de restos de uma vacina usada nos anos 50 em
África contra o pólio não permitem concluir que esta
vacina está na origem da SIDA. Os resultados deram
negativos e a probabilidade de se provar a teoria é
agora mais reduzida.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=54


Espionagem Comercial
O satélite IKONOS pode tirar fotográficas que permitem
destinguir objectos com 1 m de comprimento. Este satélite
pertence a uma empresa que aceita encomendas de fotografias
de qualquer parte do mundo por algumas centenas de dólares.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=53


SUBJECT: Re: [ciencialist] MOUSE-LER
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/09/2000 20:44


##"Ao filósofo trata-se de uma questão que faz sentido,
dentro de sua maneira de pensar; ao cientista realista a árvore promoveu
ruído e ponto final."##

**Olha eu pinçando frases de seu contexto novamente!
Então, se a árvore caiu e ninguém, e nem nada capaz de ouvir, estava próximo
para ouvir, a árvore faz barulho ao cair?
Eu arrisco a afirmar que não, pois o ruído é uma interpretação que os
cérebros fazem de determinadas vibrações de partículas. Se não há um cérebro
para interpretar a vibração, será que há ruído? Ou côr? ou cheiro? ou
sabor?**


Agradar aos filósofos está parecendo-me bastante fácil. Pois bem,
concordemos, se não há ninguém por perto, nem há como saber se a árvore caiu
(*); nem mesmo saberemos se realmente há uma árvore ou mesmo se ela existe.
Estamos falando pois, de uma árvore que não existe, que não caiu, que não
fez barulho, que não tem cor, não tem sabor e não exala nenhum cheiro. É,
contudo, uma bela árvore não?

(*) (afirmar, como uma experiência em pensamento, não vale; isso seria uma
interpretação que o cérebros faz das coisas que mudam de posição no decorrer
do tempo)

Lá no meinho do deserto do Saara (h aspirado pela sucção do vento) também
'não faz calor', não há noite ou dia ou mesmo vento. Não há nada! Não há
como provar a existência desse meinho do deserto. Então temos um deserto
filosófico ... que não tem o seu meinho.

O mundo filosófico (gerado pela total ausência de interpretações) é bem
diferente do mundo físico.
Agora não entendo o seguinte:

"Na minha terra tem palmeiras,
onde canta o sabiá,
as aves que aqui gorjeiam,
não gorjeiam como lá"

Como ele está aqui, as aves de lá não podem gorjear ... "pois o gorjeio é
uma interpretação que os
cérebros fazem de determinadas vibrações de partículas. Se não há um cérebro
para interpretar a vibração, será que há gorjeio?

[]'
Léo




SUBJECT: Dialética Oriental (Era A GEMETICA do Jocax)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/09/2000 21:17

-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 15 de Setembro de 2000 18:30
Assunto: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax

> > Conheço uma religião/cultura
> > milenar que diz "No princípio era o Tao e o Tao produziu o Um; e o Um
> > deu origem ao Dois e os Dois produziram o Três e tudo o mais". Se isto
> > não é evolucionismo...?

> Nao estou tao certo, isto parece-me mais uma contagem que outra coisa !
> ;-)

Não, a coisa não é tão simples assim. Um dos princípios da filosofia
oriental antiga (são doze no total), a consubstanciar não apenas a
religião/cultura mas também e principalmente a "ciência oriental antiga"
diz: "O Universo desenvolve-se segundo a ordem iniológica". Ordem iniológica
retrata o "Dois" (yin e yang) os quais podem "evoluir" para um "Três"
através do que em dialética chama-se "síntese". A dialética ocidental foi
desenvolvida por Heráclito e tem muito a ver com a dialética oriental que
existe há pelo menos 5 mil anos (seu precursor teria sido Fou-Hi).

> Bom mas se falarmos da criacao de particulas, em geral a coisa comeca
> com 2 : particula e anti particula , se falarmos do DNA da vida em geral
> do 2 passa-se ao 4 e nao ao 3 !!! ;-)

Seu raciocínio é muito aritmético (ou quem sabe, quântico) para o meu gosto.
Síntese, em filosofia, não é nem o resultado de uma contagem nem de uma
soma. Por exemplo: Homem e mulher casam-se. Não se passa do Dois (homem e
mulher) para o Três (casal) através de uma mera contagem nem tão pouco de
uma soma. Um casal é mais do que homem + mulher e isto você deveria saber
pois no casal existe também, além de outras coisas, o potencial para a
reprodução, qual seja, os genes. A filosofia Zen, por exemplo, mostra a
operação não aritmética desta síntese através de mãos direita e esquerda
batendo palmas. O argumento seria o seguinte: Duas mãos, ao baterem palma,
produzem um som bem conhecido. Qual seria o som de apenas uma das mãos? É a
metade do anterior? Por outro lado, a física moderna ao desprezar a síntese
próton + elétron --> átomo de hidrogênio, e considerando o efeito resultante
como uma mera soma, chegou às órbitas permitidas, ao princípio da incerteza,
ao spin e outros efeitos inexplicaveis por uma lógica não dialética. Seria o
mesmo que dizer, no caso das mãos, que 0 + 0 é diferente de zero, tendo em
vista que uma única mão não produz som algum, ou seja, som nulo (= 0). O som
surge magicamente, assim como as órbitas e o spin. O erro não está
simplesmente na atribuição de um valor 0 para o que não existe como tal, mas
em efetuar uma soma absurda. No caso da física quântica a situação é um
pouquinho diversa mas tanto o absurdo quanto as conseqüências desastrosas
são os mesmos.

> > Não confunda alhos com bugalhos, ciência com cientista, padre com
> > religião.
> Bom, vc nao pode se informar sobre isto na biblia pois ela tem q ser
> "interpretada" por um especialista. Aos padres vc nao pode pois eles nao
> sabem e nao representam a igreja, entao quem poderia dar a versao
> "oficial" de como a igreja ve o darwinismo?

Certamente um teólogo não fanático. Incluo, entre os fanáticos, muitos
padres, muitos céticos e muitos jocaxianos (incluindo seu líder). Por outro
lado, não sei a que igreja você se refere ao dizer que os padres não
representam a igreja. Qual o seu sentido de representar? Por acaso você não
representa a religião do Jocax? Ou teríamos que fazer a eleição de um
líder dentre os jocaxianos? :-)

> > Existe uma certa diferença em "basear-se" no sentido de
> > "fundamentar-se" e "basear-se" no sentido puro e simples de "apoiar-se"
> > (como numa muleta). A qual dos dois "basear" você se refere?

> No sentido de apontar a BASE de onde foi levantada.

"Apontar" a base não é "basear". Por outro lado, parece que você está
tentando equalizar "basear" com "sustentar" (ou seja, manter levantado).
Neste caso persiste a dúvida. Em que sentido você utilizar-se-ia do termo
sustentar: fundamentar através de princípios consistentes ou apoiar através
de achismos?

> > > > Agapito: Isso é sofisma.
> > E dizer que o Jocax sofisma é redundância.

> Me mostre algum sofisma meu eu eu te mostrarei uma miragem ! ;-))

Isto é um sofisma! ;-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] MOUSE-LER
FROM: "Francisco C. Brito" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/09/2000 21:23

Pelo que percebo, eu estou a falar de uma coisa e voce de outra. Eu não
estava falando de algo que não existe, ou que tem existencia apenas quando
temos consciência dele. Nem de um fato que só é fato quando presenciado. Não
estou a afirmar, como os adeptos da mecânica quantica, que a lua pode ou não
estár lá quando não estou olhando para ela.

Estou afirmando sim que a arvore, ao cair, efetivamente cai. E caindo gera
diversas perturbações em seu entorno. O ar é vibrado, partículas da arvore
são lançadas na atmosfera, a própria árvore absorve certos tipos de luz e
reflete outros. Realmente essas coisas ocorrem e a natureza continua sendo
natureza, independente de sua existência ou consciência dela.

Apenas disse que aquilo que chamamos de cheiro, sabor, som e outras coisas
do gênero são interpretações que o nosso cérebro (orgão, que entre outras
coisas, tem função sensorial). E que sem um cérebro capaz de interpretar
essas coisas, elas não passarão de partículas sendo vibradas, ondas
eletromagnéticas sendo absorvidas ou refletidas, moléculas se desprendendo
da árvore, etc.

Nada metafísico, místico ou filosófico (aliás, filosofia não se resume à
metafísica, nem todas as correntes filosóficas se usam ou aceitam a
metafísica. Mas parece que o preconceito de alguns contra a filosofia não
permite compreender isso).

Realmente agradar àqueles que verdadeiramente estudam a filosofia é fácil,
basta que a afirmação seja embasada, que se estabeleça os limites do que se
está a dizer e que não se reduza o assunto a simples bobagem pretensiosa e
preconceituosa do tipo "viu como a minha fisiquinha é maior que a sua
filosofiasinha?"


From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Friday, September 15, 2000 8:44 PM
Subject: Re: [ciencialist] MOUSE-LER


>
>
> ##"Ao filósofo trata-se de uma questão que faz sentido,
> dentro de sua maneira de pensar; ao cientista realista a árvore promoveu
> ruído e ponto final."##
>
> **Olha eu pinçando frases de seu contexto novamente!
> Então, se a árvore caiu e ninguém, e nem nada capaz de ouvir, estava
próximo
> para ouvir, a árvore faz barulho ao cair?
> Eu arrisco a afirmar que não, pois o ruído é uma interpretação que os
> cérebros fazem de determinadas vibrações de partículas. Se não há um
cérebro
> para interpretar a vibração, será que há ruído? Ou côr? ou cheiro? ou
> sabor?**
>
>
> Agradar aos filósofos está parecendo-me bastante fácil. Pois bem,
> concordemos, se não há ninguém por perto, nem há como saber se a árvore
caiu
> (*); nem mesmo saberemos se realmente há uma árvore ou mesmo se ela
existe.
> Estamos falando pois, de uma árvore que não existe, que não caiu, que não
> fez barulho, que não tem cor, não tem sabor e não exala nenhum cheiro. É,
> contudo, uma bela árvore não?
>
> (*) (afirmar, como uma experiência em pensamento, não vale; isso seria uma
> interpretação que o cérebros faz das coisas que mudam de posição no
decorrer
> do tempo)
>
> Lá no meinho do deserto do Saara (h aspirado pela sucção do vento) também
> 'não faz calor', não há noite ou dia ou mesmo vento. Não há nada! Não há
> como provar a existência desse meinho do deserto. Então temos um deserto
> filosófico ... que não tem o seu meinho.
>
> O mundo filosófico (gerado pela total ausência de interpretações) é bem
> diferente do mundo físico.
> Agora não entendo o seguinte:
>
> "Na minha terra tem palmeiras,
> onde canta o sabiá,
> as aves que aqui gorjeiam,
> não gorjeiam como lá"
>
> Como ele está aqui, as aves de lá não podem gorjear ... "pois o gorjeio é
> uma interpretação que os
> cérebros fazem de determinadas vibrações de partículas. Se não há um
cérebro
> para interpretar a vibração, será que há gorjeio?
>
> []'
> Léo
>
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***
>



SUBJECT: Estatistica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/09/2000 21:28

Oi pessoal, não sabia isso vejam:

Mensagem que veio agora pouco, da Convex Internet Provider (parte que
interessa):
..................................................................
..................................................................
..................................................................
Observação : Os sites registrados estão com seus links originais e número
que representa a quantidade de visitas estão linkados à estatística auditada
pela nossa provedora Convex, diretamente na página oficial do Statistics
Server.



Total de Visitas no Portal Esquinas Ano 2000
Mês de Referência Agosto
Site n.º de visitas
Esquinas 14.667
Feira de Ciências 37.258
Luinha 32.734
Ilove 11.318
Total 95.977

Nota: Devemos informar que o contador da Feira de Ciências não está
fornecendo a indicação real (não está registrando as visitas feitas através
das páginas do próprio Portal Esquinas). Ao iniciar "setembro" deveria estar
indicando "37.258".
Hoje, às 21:00 h ele indicava "30.123". O desvio deve ser sanado e o
registro no contador do Feira de Ciências deve ser reajustado.
.............................................
..............................................
Viiiiiiicccccchhhhhhhhiiiiii! Se já tava bom ...... melhorou!

Partilhem dessa alegria comigo,
abraços
Léo




SUBJECT: Realismo (Era MOUSE-LER)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/09/2000 22:06

-----Mensagem Original-----
De: "Francisco C. Brito" <fbrito@globo.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 15 de Setembro de 2000 19:39
Assunto: Re: [ciencialist] MOUSE-LER

> > "Ao filósofo trata-se de uma questão que faz sentido,
> > dentro de sua maneira de pensar; ao cientista realista a árvore promoveu
> > ruído e ponto final."
> Então, se a árvore caiu e ninguém, e nem nada capaz de ouvir, estava
> próximo para ouvir, a árvore faz barulho ao cair?

Perceba que acima eu dei a entender que iria raciocinar de maneira não
filosófica, ou seja, iria amputar, no sentido único e exclusivo de valorizar
a praticidade, partes do raciocínio filosófico. Filosoficamente falando o
assunto é bem mais intrincado mas podemos pensar analogicamente. Pergunto
então: antes dos astrônomos terem calculado com precisão as possíveis
órbitas dos planetas conhecidos, Netuno existia? Ora, Netuno não era visível
a olho nu e também não produzia nenhum efeito conhecido. Outra questão:
Ontem à noite deixei meu carro na garagem e fui dormir; hoje de manhã o
carro estava na garagem. Pergunto: o carro existiu durante a noite? Outra
pergunta: antes da era das comunicações, o que dava a certeza ao homem
mediano e conhecedor do heliocentrismo, bem como do giro da Terra, que o Sol
iria "nascer"? Para este homem mediano, o Sol existe durante a noite?

> Eu arrisco a afirmar que não, pois o ruído é uma interpretação que os
> cérebros fazem de determinadas vibrações de partículas. Se não há um
> cérebro para interpretar a vibração, será que há ruído? Ou côr? ou cheiro?
> ou sabor?

Parece-me que você está confundindo dois termos que Demócrito teria chamado
por "conhecimento autêntico" e "opinião". A "opinião" seria a interpretação
que o cérebro faz, de maneira quase irracional, daquilo que se nos aparenta
como "propriedades físicas", quais sejam, ruído, cor, cheiro, sabor, etc. "O
conhecimento autêntico é completamente distinto: quando o objeto é demasiado
pequeno e não pode ser conhecido através da opinião, não pode ser visto,
ouvido, cheirado nem tocado; quando se exige maior profundidade ao
conhecimento, então atua o autêntico, que possui um instrumento para captar
a verdade: o pensamento" (Demócrito, 460-370 a.C).

Perceba que "eu sei" que meu carro existiu durante a noite pela utilização
do pensamento, da mesma forma que sei que nesta hora o Sol está iluminando
alguma face da Terra, ainda que aqui esteja escuro. Da mesma forma sei
que uma árvore caída produziu ruído ao cair. Negar o realismo é quase
sinônimo de negar o princípio da repetitividade que sustenta todas as
ciências. Não por outro motivo Einstein insistiu na inconsistência do
princípio da indeterminação que, a seu ver, representava uma negação ao
realismo. Hoje existem versões quânticas que pretendem justificar um
possível realismo quântico, a compatibilizar realismo e princípio da
indeterminação (sistemas de dois níveis correlacionados a caracterizarem um
único "universal" correspondente ao realismo clássico). Ou seja, o realismo
clássico admite a existência de algo que em determinadas condições não se
vê. A teoria quântica atual admite a "existência" de um "sistema de dois
níveis correlacionados" e este sistema complexo existe independentemente de
estar ou não sendo observado. Ela interpreta o universal a sua maneira
sui-generis e conserva o realismo. O princípio da indeterminação não nega a
existência do sistema nem a possibilidade de seu "descolapso" mas sim a sua
"quebra" ou "descolapso" anterior à experimentação. Sem dúvida, é uma sacada
genial, pois se negarmos o realismo poderemos promover a aposentadoria
compulsória de todos os cientistas, pois estaríamos negando a regra da
repetitividade.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Realismo (Era MOUSE-LER)
FROM: "Francisco C. Brito" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/09/2000 23:58

Caro Alberto
Apesar de concordar com tudo o que voce coloca em seu e-mail, não era nada
disso que eu estava falando, pelo menos não era dessa forma que eu estava
tentando dizer. Ao responder ao Luiz, tentei faze-lo evitando a filosofia,
talvés não tenha conseguido!
----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Friday, September 15, 2000 10:06 PM
Subject: [ciencialist] Realismo (Era MOUSE-LER)


>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Francisco C. Brito" <fbrito@globo.com.br>
> Para: <ciencialist@egroups.com>
> Enviada em: Sexta-feira, 15 de Setembro de 2000 19:39
> Assunto: Re: [ciencialist] MOUSE-LER
>
> > > "Ao filósofo trata-se de uma questão que faz sentido,
> > > dentro de sua maneira de pensar; ao cientista realista a árvore
promoveu
> > > ruído e ponto final."
> > Então, se a árvore caiu e ninguém, e nem nada capaz de ouvir, estava
> > próximo para ouvir, a árvore faz barulho ao cair?
>
> Perceba que acima eu dei a entender que iria raciocinar de maneira não
> filosófica, ou seja, iria amputar, no sentido único e exclusivo de
valorizar
> a praticidade, partes do raciocínio filosófico. Filosoficamente falando o
> assunto é bem mais intrincado mas podemos pensar analogicamente. Pergunto
> então: antes dos astrônomos terem calculado com precisão as possíveis
> órbitas dos planetas conhecidos, Netuno existia? Ora, Netuno não era
visível
> a olho nu e também não produzia nenhum efeito conhecido. Outra questão:
> Ontem à noite deixei meu carro na garagem e fui dormir; hoje de manhã o
> carro estava na garagem. Pergunto: o carro existiu durante a noite? Outra
> pergunta: antes da era das comunicações, o que dava a certeza ao homem
> mediano e conhecedor do heliocentrismo, bem como do giro da Terra, que o
Sol
> iria "nascer"? Para este homem mediano, o Sol existe durante a noite?
>
> > Eu arrisco a afirmar que não, pois o ruído é uma interpretação que os
> > cérebros fazem de determinadas vibrações de partículas. Se não há um
> > cérebro para interpretar a vibração, será que há ruído? Ou côr? ou
cheiro?
> > ou sabor?
>
> Parece-me que você está confundindo dois termos que Demócrito teria
chamado
> por "conhecimento autêntico" e "opinião". A "opinião" seria a
interpretação
> que o cérebro faz, de maneira quase irracional, daquilo que se nos
aparenta
> como "propriedades físicas", quais sejam, ruído, cor, cheiro, sabor, etc.
"O
> conhecimento autêntico é completamente distinto: quando o objeto é
demasiado
> pequeno e não pode ser conhecido através da opinião, não pode ser visto,
> ouvido, cheirado nem tocado; quando se exige maior profundidade ao
> conhecimento, então atua o autêntico, que possui um instrumento para
captar
> a verdade: o pensamento" (Demócrito, 460-370 a.C).
>
> Perceba que "eu sei" que meu carro existiu durante a noite pela utilização
> do pensamento, da mesma forma que sei que nesta hora o Sol está iluminando
> alguma face da Terra, ainda que aqui esteja escuro. Da mesma forma sei
> que uma árvore caída produziu ruído ao cair. Negar o realismo é quase
> sinônimo de negar o princípio da repetitividade que sustenta todas as
> ciências. Não por outro motivo Einstein insistiu na inconsistência do
> princípio da indeterminação que, a seu ver, representava uma negação ao
> realismo. Hoje existem versões quânticas que pretendem justificar um
> possível realismo quântico, a compatibilizar realismo e princípio da
> indeterminação (sistemas de dois níveis correlacionados a caracterizarem
um
> único "universal" correspondente ao realismo clássico). Ou seja, o
realismo
> clássico admite a existência de algo que em determinadas condições não se
> vê. A teoria quântica atual admite a "existência" de um "sistema de dois
> níveis correlacionados" e este sistema complexo existe independentemente
de
> estar ou não sendo observado. Ela interpreta o universal a sua maneira
> sui-generis e conserva o realismo. O princípio da indeterminação não nega
a
> existência do sistema nem a possibilidade de seu "descolapso" mas sim a
sua
> "quebra" ou "descolapso" anterior à experimentação. Sem dúvida, é uma
sacada
> genial, pois se negarmos o realismo poderemos promover a aposentadoria
> compulsória de todos os cientistas, pois estaríamos negando a regra da
> repetitividade.
>
> [ ]'s
> Alberto
> http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Realismo (Era MOUSE-LER)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/09/2000 00:27

-----Mensagem Original-----
De: "Francisco C. Brito" <fbrito@globo.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 15 de Setembro de 2000 23:58
Assunto: Re: [ciencialist] Realismo (Era MOUSE-LER)


> Apesar de concordar com tudo o que voce coloca em seu e-mail, não era nada
> disso que eu estava falando, pelo menos não era dessa forma que eu estava
> tentando dizer.

Olá, Francisco

Eu desconfiei deste fato mas como não estávamos em pvt, quis dar uma
resposta mais abrangente, de maneira que aqueles que preferem as filosofias
de botequim pudessem entender a existência de mais de uma maneira de
interpretar o "ruído da queda da árvore", algumas, inclusive, que já
preocuparam os construtores da física que eles dizem seguir sem conhecer os
fundamentos.

>Ao responder ao Luiz, tentei faze-lo evitando a filosofia,
> talvés não tenha conseguido!

Recebi a msg e confirmei a desconfiança acima citada, mas já havia
respondido à msg anterior. Percebi que você não ignora a existência física
das ondas mas utiliza a conotação ruído apenas para aquelas ondas que foram
efetivamente ouvidas, no que eu acho que você tem um punhado de razão. Não
por outro motivo cheguei a dizer que "filosoficamente falando o assunto é
bem mais intrincado..."

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/09/2000 04:35

Ei Jocax!

Senti que vc ficou chateado com o termo "pseudo". Desculpe-me. Vou analisar seu e-mail com calma e, se necessário, respondê-lo.

Apenas não leve a mal meu e-mail, estou apenas analisando de modo frio sua teoria, mas, agora vou para outra forma: o diálogo. Vou tentar compreendê-lo mais e depois tirar minhas conclusões.

Analisarei com sinceridade o fato que você entende de meus argumentos serem "dogmáticos". Obrigado.


Pirulito



SUBJECT: Re: Manuel
FROM: "Thiago Maia" <thiago_m_santos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/09/2000 14:54

Não vou me envolver em polêmica com você, sua resposta recheada de emotividade, falácias e leviandade só me fez confirmar a impressão que o amigo não é capaz de um debate intelectual sério. Mas mesmo assim, envio-lhe um texto de Marilena Chauí, que penso talvez possa lhe ajudar a conseguir a maturidade intelectual.



Para que Filosofia?

Na verdade, nossa vida cotidiana é toda feita de crenças silenciosas, da
aceitação tácita de evidências que nunca questionamos porque nos parecem
naturais, óbvias.

Imaginemos, agora, alguém que tomasse uma decisão muito estranha e começasse
a fazer perguntas inesperadas tais como: O que é o tempo? O que é a verdade?
O que é um valor ? O que é liberdade? O que é vontade? O que é quantidade? O
que é qualidade? O que é a razão?

Alguém que tomasse essa decisão, estaria tomando distância da vida cotidiana
e de si mesmo, teria passado a indagar o que são as crenças e os sentimentos
que alimentam, silenciosamente, nossa existência.

Ao tomar essa distância, estaria interrogando a si mesmo, desejando conhecer
por que cremos no que cremos, por que sentimos o que sentimos e o que são
nossas crenças e nossos sentimentos. Esse alguém estaria começando adotar o
que chamamos de atitude filosófica.

A primeira característica da atitude filosófica é negativa, isto é, um dizer
não ao senso comum, aos pré-conceitos, aos pré-juízos, aos fatos e às idéias
da experiência cotidiana, ao que "tudo mundo diz e pensa", ao estabelecido.

A segunda característica da atitude filosófica é positiva, isto é, uma
interrogação sobre o que são as coisas, as idéias, os fatos, as situações,
os comportamentos, os valores, nós mesmos. É também uma interrogação sobre o
porquê disso tudo e de nós, e uma interrogação sobre como tudo isso é assim
e não de outra maneira. O que é? Por que é? Como é? Essas são as indagações
fundamentais da atitude filosófica.

A face negativa e a face positiva na atitude filosófica constituem o que
chamamos de atitude crítica e pensamento crítico.

Assim, uma primeira resposta à pergunta "O que é filosofia?" poderia ser: A
decisão de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as idéias, os
fatos, as situações, os valores, os comportamentos de nossa existência
cotidiana; jamais aceitá-los sem antes havê-los investigado e compreendido.

Ora, muitos fazem uma outra pergunta: afinal, para que Filosofia?
Entretanto, essa pergunta tem uma razão de ser. Em nossa cultura e em nossa
sociedade, costumamos considerar que alguma coisa só tem direito de existir
se tiver alguma finalidade prática, muito visível e de utilidade imediata.

Por isso, ninguém pergunta para que as ciências, pois todo mundo imagina ver
a utilidade das ciências nos produtos da técnica, isto é, na aplicação
científica à realidade.

Parece, porém, que o senso comum não enxerga algo que os cientistas sabem
muito bem. As ciências pretendem ter conhecimentos verdadeiros, obtidos
graças a procedimentos rigorosos do pensamento; pretendem agir sobre a
realidade, através de instrumentos e objetos técnicos; pretendem fazer
progressos nos conhecimentos, corrigindo-os e aumentando-os.

Ora, todas essas pretensões das ciências pressupõem que elas acreditam na
existência da verdade, de procedimentos corretos para bem usar o pensamento,
na tecnologia como aplicação prática de teorias, na racionalidade dos
conhecimentos, porque podem ser corrigidos e aperfeiçoados.

Verdade, pensamento, procedimentos especiais para conhecer fatos, relação
entre teoria e prática, correção e acúmulo de saberes: tudo isso não é
ciência, são questões filosóficas. Os cientistas partem delas como questões
já respondidas, mas é a Filosofia que as formula e busca resposta para elas.

Assim, o trabalho das ciências pressupõe, como condição, o trabalho da
Filosofia, mesmo que o cientista não seja filósofo. No entanto, como somente
os cientistas e os filósofos sabem disso, o senso comum continua afirmando
que a Filosofia não serve para nada.

Qual seria, então, a utilidade da Filosofia? Se abandonar a ingenuidade e os
preconceitos do senso comum for útil; se não se deixar guiar pela submissão
às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se buscar
compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil; se
conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na
política for útil; se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para
serem conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade
e a felicidade para todos for útil, então podemos dizer que a Filosofia é o
mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes.

O texto aqui apresentado é uma adaptação do livro "Convite à
Filosofia", de Marilena Chaui, publicado pela Editora Ática



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Citacao de Einstein
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/09/2000 15:27

Revirando a "Caixa de Entrada" de meu Outlook Express, encontrei a seguinte
mensagem de 22/julho/2000 (época em que estive viajando e, em meu retorno,
vi-me frente a mais de 300 msgs):

-----Mensagem Original-----
De: "Ego "
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 22 de Julho de 2000 17:18
Assunto: [ciencialist] Citacao de Einstein

> Ola´ todos,
>
> Alguem poderia me dar as referencias exatas daquela citacao de Albert
> Einstein onde ele fala a respeito dos seus processos cognitivos e
> mentais?? Me recordo que menciona o fato de pensar basicamente em
> termos de imagens, e que as palavras nao tinham grande peso. Gostaria
> de referencias bibliograficas sobre essa frase, se possivel, para
> consultar o livro.
>
> []´s
>
> Ego

Olá, Ego

Pelo visto você refere-se a um pensamento que postei em 18/04/00 na thread
"Teorias Realistas Atuais", e repito abaixo:

"Se o senhor quer estudar em qualquer dos físicos teóricos os métodos que
emprega, sugiro-lhe firmar-se neste princípio básico: não dê crédito algum
ao que ele diz, mas julgue aquilo que produziu. Porque o criador tem esta
característica: as produções de sua imaginação se impõem a ele, tão
indispensáveis, tão naturais, que não pode considerá-las como imagem de
espírito, mas as conhece como realidades evidentes."

Se for esta a citação procurada, e se ainda houver interesse pela mesma,
diria que está em: EINSTEIN, A., Como Vejo o Mundo, Ed. Nova Fronteira
(tradução), Rio de Janeiro, 1981, página 145.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] MOUSE-LER
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/09/2000 16:16

> tambim pelo Claudio Abreu, pelo Ozelo, pelo Itamar (Por falar nisso, o
> Itamar saiu da ciencialist?) e por todos os teorizadores brasileiros, uma

Nao lembro exatamente com qual mail ele estava na lista, mas pelo que
consegui ver, ele nao estah mais na Ciencialist... ou entao mudou de mail
.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Manuel
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/09/2000 19:50

-----Mensagem Original-----
De: "Thiago Maia"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 16 de Setembro de 2000 14:54
Assunto: [ciencialist] Re: Manuel

> [...] envio-lhe um texto de Marilena Chauí [...].

Olá, Thiago

Permita-me ilustrar o texto com exemplos que possam ser compreendidos pela
maioria dos cientistas avessos à genuína filosofia.

> Para que Filosofia?
> Na verdade, nossa vida cotidiana é toda feita de crenças silenciosas, da
> aceitação tácita de evidências que nunca questionamos porque nos parecem
> naturais, óbvias.

É verdade. Ainda hoje dizemos que os corpos caem porque estão sujeitos à
gravitação. Aceitamos a gravitação como natural, óbvia. Mas... O que é a
gravitação? Algum físico habilita-se a responder a essa questão com
objetividade? Será que a resposta a essa pergunta, que tanto preocupou
físicos de renome como Newton e Einstein, seria do interesse apenas da
filosofia? Será que os corpos caem porque estão num campo? Será que os
corpos caem porque estão num espaço curvo? O que é campo? O que é espaço
curvo? O que é gravitação? ... Nada mais são senão nomes que damos para
ocultar nossa ignorância. Assim como onda eletromagnética, dualidade
corpúsculo-onda, fenômenos elétricos e magnéticos, matéria, energia,
crescimento da entropia, etc.

> Imaginemos, agora, alguém que tomasse uma decisão muito estranha e
> começasse a fazer perguntas inesperadas tais como: O que é o tempo? O que
> é a verdade? O que é um valor ? O que é liberdade? O que é vontade? O que
> é quantidade? O que é qualidade? O que é a razão?

Certamente seria levado à "Inquisição dos Tempos Modernos". Se persistisse,
seria internado num sanatório para doentes mentais. ;-))

> Alguém que tomasse essa decisão, estaria tomando distância da vida
> cotidiana e de si mesmo, teria passado a indagar o que são as crenças e os
> sentimentos que alimentam, silenciosamente, nossa existência.

E provavelmente seria rotulado com algo do tipo: " um desequilibrado
malabarista de números inúteis" (título este recebido por Galileu na
Universidade de Pisa, ao concluir seu curso de medicina).

> Ao tomar essa distância, estaria interrogando a si mesmo, desejando
> conhecer por que cremos no que cremos, por que sentimos o que sentimos e o
> que são nossas crenças e nossos sentimentos. Esse alguém estaria começando
> adotar o que chamamos de atitude filosófica.

E "colocando em risco" a moderna práxis pedagógica, tão bem descrita e
combatida por Mário Schenberg, aos 70 anos de idade, com as seguintes
palavras:

"[...] uma das coisas mais terríveis que aconteceu foi o processo de
mediocrização deliberada dos jovens, não só aqui na USP, como também nas
outras universidades brasileiras. Um processo de esmagamento que foi
introduzido com a reforma universitária de 1969, e do qual a universidade
não conseguiu se libertar. E não se libertará enquanto isto não for
desfeito. É algo profundamente chocante." [Sessão de Abertura do Simpósio de
Física em Homenagem ao 70.º Aniversário do Prof. Mário Schenberg (1984),
compilado de Perspectivas em Física Teórica, Edição Instituto de Física da
USP, 1987]

> A primeira característica da atitude filosófica é negativa, isto é, um
> dizer não ao senso comum, aos pré-conceitos, aos pré-juízos, aos fatos e
> às idéias da experiência cotidiana, ao que "tudo mundo diz e pensa", ao
> estabelecido.

Pois as grandes revoluções científicas começaram graças a atitudes
filosóficas negativas assumidas, por exemplo, por Galileu, Newton,
Bernoulli, Avogadro, Dalton, Herapath, Waterston, Clausius, Maxwell,
Boltzmann, Einstein, Bohr, Heisenberg e Schrödinger, apenas para citar
alguns dentre aqueles que colaboraram para que hoje chegássemos próximos de
decifrar a estrutura atômica. E, com efeito, foram homens que acreditaram
que boas teorias são aquelas dotadas de um certo caráter revolucionário, a
contestar "verdades" até então aceitas como tais.

> A segunda característica da atitude filosófica é positiva, isto é, uma
> interrogação sobre o que são as coisas, as idéias, os fatos, as situações,
> os comportamentos, os valores, nós mesmos. É também uma interrogação sobre
> o porquê disso tudo e de nós, e uma interrogação sobre como tudo isso é
> assim e não de outra maneira. O que é? Por que é? Como é? Essas são as
> indagações fundamentais da atitude filosófica.
> A face negativa e a face positiva na atitude filosófica constituem o que
> chamamos de atitude crítica e pensamento crítico.

Esse pensamento crítico foi substituído, pelos modernos métodos pedagógicos,
em algo descrito por Schenberg (opus cit.) com as seguintes palavras:

"[...] a mesma moça que não sabia as leis de Newton, e notem que ela era
bastante inteligente e sagaz, disse que não sabia também integrais, porque o
professor no curso de Análise Matemática tinha saltado de Cálculo
Diferencial para a teoria das funções analíticas, sem passar pelo Cálculo
Integral. Mas ela disse nunca haver tido dificuldades pois sempre se saia
bem nos exames, por saber resolver problemas. E resolver problemas para ela
era o seguinte: eram dados uma fórmula e certos valores numéricos, e a
resolução seria introduzir estes valores naquela fórmula e tirar os valores
resultantes por um cálculo numérico. Isto era resolver problema. E não se
precisava conhecer leis de Newton, Cálculo Integral, etc. Era só substituir
na fórmula e tirar os valores numéricos. É inacreditável o ponto a que
chegou o ensino de física e matemática aqui na USP."

Críticas como estas, ao ensino de física no Brasil, teriam sido feitas
também por Feynmann, um físico que sempre valorizou a filosofia, e que ficou
abismado com o péssimo nível dos estudantes de física em Universidades
brasileiras consideradas pelo MEC, CNPq ou CAPES como de altíssimo nível,
"verdadeiras ilhas de excelência".

> Assim, uma primeira resposta à pergunta "O que é filosofia?" poderia ser:
> A decisão de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as idéias, os
> fatos, as situações, os valores, os comportamentos de nossa existência
> cotidiana; jamais aceitá-los sem antes havê-los investigado e
> compreendido.

Parece-me que esta norma foi revogada por Thomas Khun e está bem exposta no
seguinte trecho de um de seus trabalhos:

"Se o resultado aparece depressa, ótimo. Se não, ele [o cientista] lutará
com os seus instrumentos e com as suas equações até que, se for possível,
lhe forneçam os resultados que sejam conformes com o seu modelo e que ele
tinha previsto desde o começo."

É óbvio que, se a finalidade da física é meramente adequar equações e
modelos prévios a experimentações que concordam com o modelo, desprezando-se
as demais, conforme proposto por Khun, a crítica de Mário Shenberg perde sua
razão de ser, e o pensamento crítico dá lugar ao dogmatismo. Aliás, o artigo
de Khun do qual retirei o texto acima intitula-se "A função do dogma na
investigação científica" [em "A Crítica da Ciência" (organizador: Jorge Dias
de Deus), texto n.º 2, Zahar Editores, Rio, 1974, pp. 53-80.]. No mesmo
artigo, Khun cita também:

"Preconceito e resistência parecem ser mais a regra do que a exceção no
desenvolvimento científico avançado. Além disso, em condições normais eles
caracterizam a melhor investigação e a mais criativa e também a mais
rotineira. Não está também em questão qual a sua origem. Não se trata de
características aberrantes de indivíduos, mas de características da
comunidade com raízes profundas no processo como os cientistas são treinados
para trabalhar na sua profissão. As convicções fortes que existem antes da
própria investigação freqüentemente aparecem como precondições para o
sucesso das ciências."

Khun chega mesmo a propor o "amadurecimento" de uma área do saber como quase
sinônimo de dogmatização:

"Características desse tipo, tomadas coletivamente, eu classifico como o
dogmatismo das ciências maduras..."

E, em outro trecho, confirma o que disse inicialmente, a contrastar com a
opinião de Schenberg:

"A minha posição ficará ainda mais clara se eu agora perguntar o que é que
fica para a comunidade científica fazer quando existe um paradigma. A
resposta - tendo em vista a resistência a inovações que existe e que é
escondida freqüentemente debaixo do tapete - é que, dado um paradigma, os
cientistas esforçam-se, usando todas as suas capacidades e todos os seus
conhecimentos para o pôr cada vez mais de acordo com a natureza."

Aliás, o tapete é um objeto extremamente valioso para os físicos modernos,
como já tenho denunciado em outras msgs que postei aqui na ciencialist, para
o desagravo de alguns que ignoram que o seu ídolo, Thomas Khun, foi quem se
referiu pela primeira vez ao tapete.

> Ora, muitos fazem uma outra pergunta: afinal, para que Filosofia?
> Entretanto, essa pergunta tem uma razão de ser. Em nossa cultura e em
> nossa sociedade, costumamos considerar que alguma coisa só tem direito de
> existir se tiver alguma finalidade prática, muito visível e de utilidade
> imediata.
> Por isso, ninguém pergunta para que as ciências, pois todo mundo imagina
> ver a utilidade das ciências nos produtos da técnica, isto é, na aplicação
> científica à realidade.

Por esse e por outros motivos costumo dizer que o século XX foi o século da
mentira. Obviamente, foi também o século dos grandes desenvolvimentos
tecnológicos que, para reforçar minha tese, apoiaram-se fortemente na
ciência e filosofia dos séculos anteriores. Alguns procuram explicar os
avanços tecnológicos através das teorias que aprenderam na universidade e,
com isso, convencem-se de que tais avanços (computador, laser, etc.) tenham
sua origem na física moderna. Obviamente, confundem conteúdo com continente,
outra das falácias freqüentemente cometidas pelo homem do século XX.

> Parece, porém, que o senso comum não enxerga algo que os cientistas sabem
> muito bem. As ciências pretendem ter conhecimentos verdadeiros, obtidos
> graças a procedimentos rigorosos do pensamento; pretendem agir sobre a
> realidade, através de instrumentos e objetos técnicos; pretendem fazer
> progressos nos conhecimentos, corrigindo-os e aumentando-os.
> Ora, todas essas pretensões das ciências pressupõem que elas acreditam na
> existência da verdade, de procedimentos corretos para bem usar o
> pensamento, na tecnologia como aplicação prática de teorias, na
> racionalidade dos conhecimentos, porque podem ser corrigidos e
> aperfeiçoados.
> Verdade, pensamento, procedimentos especiais para conhecer fatos, relação
> entre teoria e prática, correção e acúmulo de saberes: tudo isso não é
> ciência, são questões filosóficas. Os cientistas partem delas como
> questões já respondidas, mas é a Filosofia que as formula e busca resposta
> para elas.

E é por isso que Mário Bunge diz que esses cientistas "de araque", formados
no sistema criticado por Mário Shenberg, substituem a genuína filosofia por
uma filosofia caseira e, eu diria, de botequim. Pois que, por mais que eles
pensem o contrário, não há como não se utilizar de filosofia alguma.

> Assim, o trabalho das ciências pressupõe, como condição, o trabalho da
> Filosofia, mesmo que o cientista não seja filósofo. No entanto, como
> somente os cientistas e os filósofos sabem disso, o senso comum continua
> afirmando que a Filosofia não serve para nada.

Apenas uma adenda ao texto: onde se lê cientistas, entenda-se: os grandes
cientistas. Do contrário, se endossar o texto sem efetuar a correção,
ficaria a impressão de que eu estaria propondo que os cientistas "de
araque", acima referidos, não são cientistas e não quero comprar briga com
ninguém. ;-))

> Qual seria, então, a utilidade da Filosofia? Se abandonar a ingenuidade e
> os preconceitos do senso comum for útil; se não se deixar guiar pela
> submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se
> buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for
> útil; se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e
> na política for útil; se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios
> para serem conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a
> liberdade e a felicidade para todos for útil, então podemos dizer que a
> Filosofia é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são
> capazes.

Falou e disse. Sinto, não obstante, que boa parte dos filósofos atuais têm
fugido dos problemas relacionados à área das ciências naturais. Talvez
tenham sido afugentados pela atitude cientificista e preconceituosa dos
cientistas "de araque".

> O texto aqui apresentado é uma adaptação do livro "Convite à
> Filosofia", de Marilena Chaui, publicado pela Editora Ática

Não sou fã ardoroso da Marilena Chaui, mas o texto é excelente.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Explicação
FROM: "Thiago Maia" <thiago_m_santos@uol.com.br>
TO: <msbn@terra.daterranet.com.br>, <acropolis@egroups.com>, <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/09/2000 00:35

O Manuel Bulcão pede que eu explique a todos porque seu primeiro nome está
contido no campo "Assunto" da mensagens com referência ao jovem Léo.

Simplesmente porque foi este que me avisou da resposta do "Léo" na
ciencialist, pois nesta eu sou associado apenas no modo Web, não recebendo
as mensagens por e-mail. De modo que ele, ManueL Bulcão, achou por bem me
avisar da mensagem do jovem Léo. O que aconteceu é que eu aproveitei a
mensagem de Manuel Bulcão para responder a Léo e não mudei o assunto, que
ficou sendo o mesmo da mensagem que Manuel Bulcão enviou a mim, que era
"Manuel".

Com tudo esclarecido, despeço-me,

Thiago Maia



SUBJECT: En: [ciencialist] Realismo (Era MOUSE-LER)
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/09/2000 01:45

Prezado Alberto,
----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, September 15, 2000 10:06 PM
Subject: [ciencialist] Realismo (Era MOUSE-LER)


Negar o realismo é quase sinônimo de negar o princípio da repetitividade que sustenta todas as ciências.Não por outro motivo Einstein insistiu na inconsistência do princípio da indeterminação que, a seu ver, representava uma negação ao
realismo.

Acredito, pela TGBD, que o existe é o dual da determinação e da indeterminação. Pela TGBD não pode existir a determinação sem a indeterminação, que é o Quarto Uno. Uma reta reta só existe se houver o +/- infinito como um só ponto, o que é uma indeterminação, uma singularidade. Você tem uma certa bronca com relação à teoria da incerteza, por achar que ela elimina a possibilidade de uma definição realista. Pela TGBD a incerteza é necessária.







[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: En: [ciencialist] Dialética Oriental (Era A GEMETICA do Jocax)
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/09/2000 03:11


----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, September 15, 2000 9:17 PM
Subject: [ciencialist] Dialética Oriental (Era A GEMETICA do Jocax)


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-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 15 de Setembro de 2000 18:30
Assunto: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax

> > Conheço uma religião/cultura
> > milenar que diz "No princípio era o Tao e o Tao produziu o Um; e o Um
> > deu origem ao Dois e os Dois produziram o Três e tudo o mais". Se isto
> > não é evolucionismo...?

JOCAX:
> Nao estou tao certo, isto parece-me mais uma contagem que outra coisa !
> ;-)

AMF:
Não, a coisa não é tão simples assim. Um dos princípios da filosofia
oriental antiga (são doze no total), a consubstanciar não apenas a
religião/cultura mas também e principalmente a "ciência oriental antiga"
diz: "O Universo desenvolve-se segundo a ordem iniológica". Ordem iniológica
retrata o "Dois" (yin e yang) os quais podem "evoluir" para um "Três"
através do que em dialética chama-se "síntese". A dialética ocidental foi
desenvolvida por Heráclito e tem muito a ver com a dialética oriental que
existe há pelo menos 5 mil anos (seu precursor teria sido Fou-Hi).

CBAS:
Pela dialética da TGBDa Sintese tem de interagir com a Anti-Sintese, que é o Quaro Uno. Afinal, sem a Anti-Sintese, como o processo poderia evoluir?

> Bom mas se falarmos da criacao de particulas, em geral a coisa comeca
> com 2 : particula e anti particula , se falarmos do DNA da vida em geral
> do 2 passa-se ao 4 e nao ao 3 !!! ;-)

CBAS:
Na verdade nas partículas o 2 implica o 4, pois as particulas e anti-particulas podem ser reais ou virtuais. Daí:

(particula real<->particula virtual)
<->
[anti-particula real<->anti-particula virtual]

e

{(particula real<->particula virtual)<->anti-particula real}
<->
[anti-particula virtual]

Notar que aqui particula se relaciona ser de matéria e anti-particula ser de anti-matéria. Repare que o Quarto Uno é a ant-particula virtual, que a mais difícil de ser entendida.

AMF
Seu raciocínio é muito aritmético (ou quem sabe, quântico) para o meu gosto.
Síntese, em filosofia, não é nem o resultado de uma contagem nem de uma
soma. Por exemplo: Homem e mulher casam-se. Não se passa do Dois (homem e
mulher) para o Três (casal) através de uma mera contagem nem tão pouco de
uma soma. Um casal é mais do que homem + mulher e isto você deveria saber
pois no casal existe também, além de outras coisas, o potencial para a
reprodução, qual seja, os genes.

CBAS:
Pela TGBD a visão da reprodução é diferente. O casal não é o terceiro, é o Dual Interno = mãe + pai (o dual de causas) ; o Terceiro é o filha, que interagindo com O Quarto Uno, que é o filho de outro casal (formando assim o dual de efeitos). Notar que para haver reprodução, é necessário que os dois pares de causas o o par de efeito tem de ter sexos diferentes (sentido no caso da TGBD). Se não for assim, não se chega ao neto...

AMF:
A filosofia Zen, por exemplo, mostra a operação não aritmética desta síntese através de mãos direita e esquerda batendo palmas. O argumento seria o seguinte: Duas mãos, ao baterem palma,
produzem um som bem conhecido. Qual seria o som de apenas uma das mãos? É a metade do anterior?

CBAS:
Grande visão do dualismo, Alberto. E aí eu lhe pergunto: como pode haver o detereminado sem o indeterminado? Por que essa sua bronca com a teoria da incerteza? Não estará sendo contraditório e sem a visão oriental que você tanto gosta?

AMF:
Por outro lado, a física moderna ao desprezar a síntese próton + elétron --> átomo de hidrogênio, e considerando o efeito resultante como uma mera soma, chegou às órbitas permitidas, ao princípio da incerteza, ao spin e outros efeitos inexplicaveis por uma lógica não dialética. Seria o mesmo que dizer, no caso das mãos, que 0 + 0 é diferente de zero, tendo em vista que uma única mão não produz som algum, ou seja, som nulo (= 0). O som surge magicamente, assim como as órbitas e o spin. O erro não está simplesmente na atribuição de um valor 0 para o que não existe como tal, mas em efetuar uma soma absurda. No caso da física quântica a situação é um pouquinho diversa mas tanto o absurdo quanto as conseqüências desastrosas são os mesmos.

CBAS:
O atomo do hidrogênio, que é um Bidual, onde o proton é um Terno de quarks e o eletron é o Quarto. Embora em desequilíbrio, o átomo de hidrogênio é a mais essencial formação do segundo nível de formação da matéria, logo acima do primeiro nível que é o das partículas elementares. Em analogia com a geometria, ele é o tetraedero da matéria.

Repare que TGBD também guarda grande carcteristica quantica, que vem de Quantum, que é forma mínima de energia, que é medida pelo foton.

A Unidade Bidual da TGBD seria como um Quantum de algo num certo nível. Ao se subir mais um nível, o algo do nível inferior será um dos quatro Unos de algo do nível superior, que também seria um Macro Bidual. Por outro lado, já mostrei a você a bidualidade dos quatro números quanticos definidores das camadas eletronicas, que repito aqui para que todos possam acompanhar:
Os Níiveis Energéticos (de I a VII) dualizando com os SubNíveis Energéticos
Os Número Quanticos Magnéticos {(-1,0,+1); (-2,-1, 0,+2); (-3, -2, -1, 0,+1,+2,+3)} e o Spin, que é Quato Uno.

Alberto, com certeza, acho que a sua bronca com a física moderna advém da sua não aceitação do princípio da incerteza, que conforme já comentei anterioremente é necessário dentro de uma visão dialética que você mesmo defende ser a mais correta. Não vê uma contradição sua aí?

Um grande abraço,

Claudio Abreu




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Perdi nosso emails com o vírus....
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/09/2000 03:29

Prezado Alberto,

Com o advento do vírus, acabei perdendo todos aqueles nossos emails feitos em pvt, com a participação do Ozelo. E também o seu endereço eletronico, razão de estar enviando esta mensagem ao ciencialist e não em pvt.

Gostaria que você me respondessee em pvt e enviasse todos os emails daqueles dialagos, caso não os tenha deletado.

No mais um grande abraço,

Claudio Abreu





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Realismo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/09/2000 06:01

-----Mensagem Original-----
De: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 17 de Setembro de 2000 01:45
Assunto: En: [ciencialist] Realismo (Era MOUSE-LER)

Alberto:
> > Negar o realismo é quase sinônimo de negar o princípio da repetitividade
>> que sustenta todas as ciências.Não por outro motivo Einstein insistiu na
>> inconsistência do princípio da indeterminação que, a seu ver,
>> representava uma negação ao realismo.

Cláudio:
> Acredito, pela TGBD, que o existe é o dual da determinação e da
> indeterminação.

Alberto reponde now:

Sem dúvida. E é exatamente esse o motivo da existência do que você se refere
como "uma certa bronca que eu teria com relação à teoria da incerteza". Pois
para o físico moderno não existe este dual e sim única e exclusivamente a
incerteza. Parece-me que você está se referindo a uma incerteza lógica,
objeto de estudo da filosofia. A incerteza da física moderna é objeto de
estudo do esoterismo acadêmico. Tratou-se de algo sério no início, quando
foi proposto por Heisenberg. Perdeu sua característica inicial com a morte
dos grandes gênios que desenvolveram a física moderna e caiu no terreno do
dogmatismo, meramente a sustentar os medíocres em seus empregos acadêmicos,
via método de Thomas Khun.

Tenho um artigo sobre a incerteza publicado em meu web site ("Considerações
Sobre a Incerteza", em
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron2/incerteza1.htm) no
qual, dentre outras coisas, digo o seguinte: "Existe um princípio oriental
que diz que tudo o que existe no Universo pode ser encarado como constituído
por antagônicos complementares, ou seja, o que chamam de yin e yang. Se o
princípio for verdadeiro deveremos encontrar, na física moderna, o
antagônico complementar da incerteza: a certeza. É claro que ela deverá
estar sempre acompanhada de outras incertezas mas, de qualquer forma, creio
que é melhor estudar o certo do que o incerto."

A incerteza da física moderna apoia-se numa falácia que aponto em meu artigo
com a seguinte argumentação:

"O raciocínio de Heisenberg foi brilhante; e acredito mesmo que ele esteve
próximo de dar um passo muito grande em física. Bastava enxergar um "a
priori" desnecessário que estava admitindo e a incerteza teria se esfacelado
a seus olhos; e ele certamente teria enxergado a verdade. Mas por puro azar
a sua física, corpuscular na origem, estava apoiando a outra física: a
física dualística. Esta última já nasceu incerta e, portanto, só poderia
deduzir uma incerteza. Apesar de incerta, "era a única" em que se apoiar na
época. Mas, na realidade, Heisenberg não estava se apoiando na mesma mas
apoiando-a. E a satisfação por esta contestação deve ter bloqueado seu
raciocínio. Heisenberg admitiu implicitamente, em sua teoria, que a posição
de uma partícula somente podia ser determinada através do choque seguido da
observação de propriedades de outra partícula. Acredito que ninguém o
criticou por este ângulo pois este "a priori" é aceito, inconscientemente,
por quase todos os físicos modernos que estudam partículas. Eliminado este
"a priori", este tipo de indeterminação cai por terra."

Quanto às idéias de Einstein, relativas ao princípio da indeterminação,
creio ter exposto uma síntese do que penso a respeito na última msg que
escrevi para a thread "Teorias Realistas Atuais" (21/05/00). E reafirmo aqui
minha conclusão final: "As idéias de Bell, em hipótese alguma, contradizem
as teorias clássicas da física e a experiência de Aspect, quando muito,
serve como critério para escolha entre o roto e o esfarrapado, qual seja,
entre as teorias locais e as não-locais."

Respeito a opinião do Belisário quando, em sua última msg (14/06/00),
afirmou: "Devo também mencionar - desculpe, Alberto, mas é impossível evitar
este comentário - um certo despreparo por parte do Alberto: para reformular
as explicações sobre os fenômenos físicos de modo a dispensar as grandes
mudanças conceituais da Física Moderna, há que se conhecer muito bem a
Física Moderna." Mas a verdade é que as falhas que apontei não foram
respondidas por nenhum dos físicos que surgiram aqui na ciencialist, seja
para me tratar com respeito, como foi o caso do Belisário, seja para me
agredir gratuitamente e sem nada de útil acrescentar.

Caro Claudio, deixo aqui, quem sabe pela última vez, o seguinte conselho:
Esqueça-se da física moderna. Ela somente lhe trará aborrecimentos e em nada
vai lhe ajudar no desenvolvimento da tgbd. O futuro da tgbd situa-se no
terreno das incertezas. O futuro da física moderna situa-se no terreno das
desilusões. Você está por demais influenciado pelas idéias de Fritjof Kapra,
em o Tao da Física. Pois Krapa não entendeu nada a genuína filosofia
oriental. Ele simplesmente tenta justificar a física moderna apelando para o
esoterismo oriental, algo que nem mesmo os orientais cultos acreditam mais.
A filosofia oriental é algo muito sério e não tem equivalente algum na
física moderna.

> Pela TGBD não pode existir a determinação sem a
> indeterminação, que é o Quarto Uno.

Pela dialética ocidental e/ou pela filosofia oriental também não.

> Uma reta reta só existe se houver o +/-
> infinito como um só ponto, o que é uma indeterminação, uma singularidade.
> Você tem uma certa bronca com relação à teoria da incerteza, por achar que
> ela elimina a possibilidade de uma definição realista. Pela TGBD a
>incerteza é necessária.

Como espero ter deixado claro, não se trata de bronca e sim da convicção de
que os físicos atuais não entenderam o raciocínio lógico dialético de
Heisenberg, apenas gostaram do esoterismo que existia por trás do erro que
ele cometeu. Por outro lado, "minha bronca" não é para com a teoria da
incerteza nem para com a física moderna e sim para com alguns garotos que
deixaram de usar fraldas e foram fazer a pós-graduação nas universidades
atuais, que nada mais fazem senão promover a mediocrização deliberada da
sociedade brasileira (dito por Mário Schenberg, alguém que conheceu muito
bem esses garotos). São esses garotos que postam-se na frente de batalha a
me atacar, assistidos por seus mestres que covardemente, a tudo acompanham
de seus quartéis, superprotegidos pela pedagogia da desmoralização da
universidade.

Leia, a esse respeito, a opinião de um desses moleques (MAFM), o único
brasileiro "físico" brasileiro que se dignou a responder-me, por e-mail, ao
lançamento de minha teoria na Internet. Compare com as mensagens que recebi
do restante do mundo (Vide Primeiras reações em
http://www.geocities.com/ecientificocultural/Eletron/Eletron_primrea.htm - o
dito cujo é o segundo a se manifestar) e perceba a distinção entre países
desenvolvidos e/ou em desenvolvimento e o Brasil, onde a universidade está
nas mãos dos medíocres que ano a ano geram doutores no estilo do MAFM.

Espero ter esclarecido suas dúvidas a meu respeito sobre a dualidade da
incerteza e sobre a "minha bronca" :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Especialização e Criatividade
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/09/2000 06:33

Caro Alberto Mesquita


Não há como não cumprimenta-lo pelo excelente comentário ao texto da
Marilena Chauí; e mais ainda, por focalizar esse pantanal corporativo em que
se transformou atividade cientifica, capaz de submergir qualquer sonho
criativo.

Nesse ponto, me aventuro a acusar a "maldita eficiência americana" -
paradigma enaltecido por Servan Scheiber ( O Desafio Americano) - perseguida
pela maioria das economias do mundo.

Esclarecendo: as técnicas econômicas de produção em série e conseqüente
especialização nas atividades fracionadas são altamente eficazes em função
de "atingir objetivos". De outro lado, a grande ampliação da base de
conhecimentos, deixa pouco espaço para uma formação cultural básica dos
especialistas.
Mas um pouco disto teria que ser preservado: Faz sentido a orientação de
Einsten a seus alunos -visando a diversidade- para aproveitarem as férias
fazendo algum tipo de trabalho bem distante da atividade curricular, como,
p. ex. "auxiliar de sapateiro ou marceneiro" ; e, também a política do Mao
Tse-Tung, fazendo os burocratas cuidarem de hortas de tempos em tempos ]

É visível que o termo "especialização" tem sido usada como biombo para
ocultar a falhas de formação básica - talvez fosse mais próprio dizer
"deformação básica".
O adágio "mens sana in corpore sano" foi "especializado" (desmembrado e
retalhado); as novas gerações aceitam com naturalidade qualquer tipo de
estupidez intelectual; repórteres devem ter boa aparência, boa voz, boa
dicção (nessa ordem), não importando o tipo de besteira que expressem;
atletas são para superar marcas, e haja anabolisantes para isso; jogadores
de futebol (seria melhor que fossem mudos) são para marcar gol e para
mostrar aos jovens que qualquer formação - exceto a especializada- é
totalmente dispensável.

E a eficácia ?
Sei não, mas, olhando bem o principal ninho de produção científica e berço
das especializações, a América do Norte, vemos que a grande maioria dos
"ovos" vieram ou foram importados da Europa (sem qualquer conotação genética
nisso), - justamente de regiões em a cultura geral é reforçada.
(Desnecessário exemplificar).

A questão é: será que incensando a eficácia não estamos sacrificando
justamente um valor maior, que é criatividade ?
Também não sei exatamente. Mas, se temos por aqui a vocação de copiar
("macaquear", segundo os gringos) um ou outro sistema educacional, a opção
obvia deveria ser o estilo europeu.

Afinal, o objetivo último do Conhecimento é o próprio Homem e não apenas uma
de suas partes. Caso contrario, em nome da eficácia, estaremos - repetindo
um chavão- "jogando a criança fora, juntamente com a água do banho".



[s] Neville







SUBJECT: Re: [ciencialist] Dial�tica Oriental (Era A GEMETICA do Jocax)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/09/2000 07:08



> > Não confunda alhos com bugalhos, ciência com cientista, padre com
> > religião.
> Bom, vc nao pode se informar sobre isto na biblia pois ela tem q ser
> "interpretada" por um especialista. Aos padres vc nao pode pois eles nao
> sabem e nao representam a igreja, entao quem poderia dar a versao
> "oficial" de como a igreja ve o darwinismo?

Especialista: É, como todos nós, um ignorante generalizado. Entretanto, para
esse, um específico tema que não entende, encontra-se mais organizado.

[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Explica��o
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/09/2000 07:59


-----Mensagem Original-----
De: Thiago Maia <thiago_m_santos@uol.com.br>
Para: <msbn@terra.daterranet.com.br>; <acropolis@egroups.com>;
<ciencialist@egroups.com>
Enviada em: domingo, 17 de setembro de 2000 00:35
Assunto: [ciencialist] Explicação


>O Manuel Bulcão pede que eu explique a todos porque seu primeiro nome está
contido no campo "Assunto" da mensagens com referência ao jovem Léo.

Simplesmente porque foi este que me avisou da resposta do "Léo" na
ciencialist, pois nesta eu sou associado apenas no modo Web, não recebendo
as mensagens por e-mail. De modo que ele, ManueL Bulcão, achou por bem me
avisar da mensagem do jovem Léo. O que aconteceu é que eu aproveitei a
mensagem de Manuel Bulcão para responder a Léo e não mudei o assunto, que
ficou sendo o mesmo da mensagem que Manuel Bulcão enviou a mim, que era
"Manuel".

Com tudo esclarecido, despeço-me,<

>>Não vou me envolver em polêmica com você, sua resposta recheada de
emotividade, falácias e leviandade só me fez confirmar a impressão que o
amigo não é capaz de um debate intelectual sério. Mas mesmo assim, envio-lhe
um texto de Marilena Chauí, que penso talvez possa lhe ajudar a conseguir a
maturidade intelectual.<<


O jovem Léo agradece ambas as mensagens. Em particular, a sua impressão
sobre a minha incapacidade de um debate intelectual sério no campo
filosófico.
Que tal passarmos, então, para o campo das Ciências?
Optaria, em particular, pelo ramo da Eletrônica, uma vez que Física
Experimental, sabidamente, foge ao seu contexto.

[]'
Léo





SUBJECT: Weekend 2
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/09/2000 11:21

Caros amigos

Nesta semana senti uma certa convergência de assuntos que de há muito rondam
nossa lista. Vou comenta-los

DUELA A QUIEM DUELA:
Podem taxar reducionismo exagerado, mas a quântica é um excelente algoritmo
de cálculo. (ré ré ré) . Na verdade, o difícil mesmo são seus gurus, que
teimam em extrapolar significados fantasiosos do formalismo. Fantasias,
tudo bem, mas desde que consideradas como tal. Por isso gostava do Azimov:
nunca tentou convencer ninguém de que suas histórias eram verdadeiras. Já o
Stephen Hawkins ...

JOCAX, Ó ETERNO JOCAX !
As memes ou genes, enquanto sejam informações estão submetidos ao princípio
fundamental das comunicações, ou seja o princípio da degradação estatística
da
informação (que na verdade é a mais perfeita versão do 3o. [ou 2o. em
inglês] princípio da termodinâmica).
Esse princípio REZA (apropriado, né) que qualquer informação recebida é
sempre pior ou igual à que foi emitida.
Assim, para garantir a perpetuação da informação memegênica correta, você
tem, como uma das alternativas, produzir uma quantidade inicial
suficientemente grande de exemplares a fim de garantir a espécie. Em adendo,
você precisa também incluir o mandamento "crescei e multiplicai-vos" na sua
religião, e isso com uma taxa suficiente para suprir a taxa de degradação.
Creio que o Takata é o mais indicado para definir esses parâmetros.

Alem da religião, parece que você está tentando re-descobrir um sistema
político também.
Uma sociedade em que os indivíduos tenham suas leis individuais já foi
batizada, no fim do sec. passado, como Anarquismo Utópico. Neste sistema
cada cidadão tem o direito de fazer o que bem entender. Varias sociedades
sempre tentam, sem grande sucesso,implantar o sistema, como os recentes
casos do Timor Leste, do ex-Congo e de vários outros países da África.

Obviamente isso só daria certo em uma sociedade de nobres ingleses polidos e
bem educados, mas, um exemplo bem sucedido de anarquia - embora esteja ainda
apenas em níveis corporativos - é o Brasil; aqui o legislativo faz o que
quer, o executivo, o judiciário, a Petrobras, os banqueiros, os
comerciantes, as associações de funcionários, os sem terra, os postos de
combustível, o Juiz Lalau, e até o Itamar, idem.
Enquanto você desenvolve sua teoria, fico aguardando minha vez para usa-la.

É O TAO:
Como andaram mencionando partículas, anti-partículas, propriedades aditivas,
lógicas bi-duais, memes, religiões, filosofia e, finalmente o Tao, tudo isso
implodiu em minha cabeça, resultando a seguinte idéia, que gostaria de
ponderar com mais cuidado mas vou tentar comunica-la assim como está:

Com a devida vênia do Jocax, se Eu fosse criar um universo, faria como Noé:
tomaria um par de cada partícula, um par de cada campo, um par de cada
teoria e assim construiria um universo bonitinho e simétrico a lá
Patricinhas e Mauricinhos.

Agora, se o universo se criou por sua própria conta, burro e sem propósito,
e , considerando as variações praticamente infinitas de parâmetros,
qualquer estatística ou probabilidade, jamais resultaria na existência de
partículas independentes que fossem simétricas e nem mesmo semelhantes.
Dessa consideração, se depreende que: (H) se é que existem tijolinhos
fundamentais na construção do universo,
- (H1) eles serão essencialmente diferentes entre si
ou
-(H2) então - aqui concordando com o Tao- só há um único tipo de tijolo

- Em H1, o termo "essencialmente" quer significar que, evidentemente, alem
de não poder ser derivável ou desmembravel um do outro, eles não poderiam
ter qualquer relação matematicamente racional entre si; teriam de ser de
qualidades e proporções totalmente incongruentes. Neste caso se incluem as
cargas elétricas e as partículas "fundamentais" [talvez nem tanto], como,
por exemplo, a carga elétrica, que teria de ser única e não uma positiva e
outra negativa perfeitamente simétricas. Para quem não captou bem a
mensagem, o que eu quero dizer é que não existem "zeros" e "uns" e sim que
existem "uns" e ausência de "uns"
Repetindo: se existe carga elétrica, ela seria única; somos nós que
rotulamos sua existência de positiva, caso exista, ou negativa, caso não
exista ( ou vice versa).
Isto também implicaria em dizer que partículas e anti-partículas não sejam
independentes, ou melhor, ambas são faces de uma mesma moeda, ou ainda uma é
o objeto e a outra a sua fôrma. Talvez aqui fosse melhor dizer duas faces de
um mesmo tijolo.(Alias, quantas faces teriam os tijolos fundamentais do
universo ? ... chiii ! )

-Em H2, diria que o tijolo básico do universo é único mas deve ter tantas
faces quantas forem as partículas fundamentais da física. Não faço a mínima
idéia do que poderia ser ou se há alguma forma de descreve-lo, mas, nesta
hipótese (H2), eu apostaria todas as minhas fichas.
Caso contrario, teria de admitir um universo criado de propósito.


Bom divertimento e um ótimo fim de semana.
[s] Neville





SUBJECT: Re: [ciencialist] Dialética Oriental (Era A GEMETICA do Jocax)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/09/2000 13:54

-----Mensagem Original-----
De: "Claudio Abreu"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 17 de Setembro de 2000 03:11
Assunto: En: [ciencialist] Dialética Oriental (Era A GEMETICA do Jocax)

Alberto:
> > Ordem iniológica retrata o "Dois" (yin e yang) os quais podem "evoluir"
> > para um "Três" através do que em dialética chama-se "síntese". A
> > dialética ocidental foi desenvolvida por Heráclito e tem muito a ver com
> > a dialética oriental que existe há pelo menos 5 mil anos (seu precursor
> > teria sido Fou-Hi).

CBAS:
> Pela dialética da TGBDa Sintese tem de interagir com a Anti-Sintese, que é
> o Quaro Uno. Afinal, sem a Anti-Sintese, como o processo poderia evoluir?

Pode-se raciocinar dialéticamente por vias fenomenológicas ou por vias
meramente descritivas (e a lógica utilizada neste último caso não costuma
diferir da lógica formal). Assim, quando digo que Guerra contrapõe-se a Paz,
do ponto de vista descritivo não vejo interação alguma, pois um país, num
determinado momento, ou está em guerra ou vive em paz. Por outro lado,
quando se está negociando num terreno perigoso, deve-se tomar os devidos
cuidados pois as manobras durante a negociação, se forem excessivamente
yang poderão levar a uma guerra ao passo que se forem excessivamente yin
levarão a uma paz não satisfatória. Existe uma interação entre paz e guerra
enquanto perspectivas finais. Porém a síntese conseguida será uma ou outra,
jamais as duas. O tema é mais complexo e envolve também o que costumo
caracterizar por antagônicos próprios e/ou impróprios. E até mesmo esta
propriedade é relativa: o que é próprio segundo um referencial, pode ser
impróprio quando visto por outro referencial.

Existe ainda um fator complicador e que surge quando tentamos comparar
sistemas em equilíbrio (os quais não afetam a entropia do Universo) com
sistemas em estado estacionário (que colaboram para o aumento da entropia do
Universo). Como normalmente as ciências não naturais não costumam levar em
conta essa distinção, fica-me a dúvida sobre como a tgbd encara o
equilíbrio. É importante perceber que quase sempre que nos referimos a
síntese estamos interpretando um estado final ou um "a posteriori", ou uma
situação pós-fenomenológica e que ou está em equilíbrio físico ou em estado
estacionário (como exemplo deste último citaria a guerra fria dos anos 60, a
caracterizar o que chamei acima "paz não satisfatória"). Nas condições de
equilíbrio final efetivo, torna-se irrelevante a existência da Anti-Síntese
pois denota apenas o caráter descritivo e não fenomenológico da dialética.

Finalmente, equilíbrio, no sentido absoluto, opõe-se frontalmente à
dialética, que é acima de tudo uma filosofia das mudanças. Os equilíbrios
são todos relativos, a não ser um possível equilíbrio final e para o qual,
segundo alguns, o Universo estaria caminhando (eu, em particular, não
partilho desta opinião).

Jocax:
> > > Bom mas se falarmos da criacao de particulas, em geral a coisa comeca
> > com 2 : particula e anti particula , se falarmos do DNA da vida em geral
> > do 2 passa-se ao 4 e nao ao 3 !!! ;-)

> CBAS:
> Na verdade nas partículas o 2 implica o 4, pois as particulas e
> anti-particulas podem ser reais ou virtuais. Daí:
> (particula real<->particula virtual)
> <->
> [anti-particula real<->anti-particula virtual]
> e
> {(particula real<->particula virtual)<->anti-particula real}
> <->
> [anti-particula virtual]
> Notar que aqui particula se relaciona ser de matéria e anti-particula ser
> de anti-matéria. Repare que o Quarto Uno é a ant-particula virtual, que a
> mais difícil de ser entendida.

Tudo isso é tão óbvio quanto o conhecimento que temos sobre as duas
possibilidades de giro de um pião: horária e anti-horária. Por que chamar um
de virtual e o outro de real? Perceba também que a antipartícula não tem
massa virtual e muito menos massa negativa. Partícula virtual é um conceito
estratosférico utilizado pelos físicos eletrodinâmico-quânticos e, pelo que
sei (e sei muito pouco, por sinal), não tem nada a ver com antimatéria. Por
outro lado, se bem o entendi, segundo a tgbd existem duas partículas reais,
duas partículas "virtuais" e ainda um Quarto Uno, ou
"anti-partícula-virtual" e que, como me referi em outra mensagem, soa-me
como o quinto elemento, e não o quarto. Seria a "quintessência do Universo"?
Continuo sem entender este que, a meu ver, seria o Quinto Uno. Certamente é
falha minha e não é impossível que eu tenha me contamidado com o raciocínio
aritmético que vigora por aqui. :-)

Alberto, em msg anterior, dirigindo-se ao Jocax:
> > Seu raciocínio é muito aritmético (ou quem sabe, quântico) para o meu
> > gosto. Síntese, em filosofia, não é nem o resultado de uma contagem nem
> > de uma soma. Por exemplo: Homem e mulher casam-se. Não se passa do Dois
> > (homem e mulher) para o Três (casal) através de uma mera contagem nem
> > tão pouco de uma soma. Um casal é mais do que homem + mulher e isto você
> > deveria saber pois no casal existe também, além de outras coisas, o
> > potencial para a reprodução, qual seja, os genes.

> CBAS:
> Pela TGBD a visão da reprodução é diferente. O casal não é o terceiro, é o
> Dual Interno = mãe + pai (o dual de causas) ; o Terceiro é o filha, que
> interagindo com O Quarto Uno, que é o filho de outro casal (formando assim
> o dual de efeitos).

O filho é a síntese da cópula ou do acasalamento. Estou me referindo à
síntese resultante a uma união, ou a um casamento. E foi por isso que disse
acima haver um "potencial". E este potencial também pode ser dualizado
através de um querer ou um não-querer ter filhos. Quero crer que na tgbd
exista também um lugar para os casais sem filhos. Em dialética é
importantíssimo o conhecimento do referencial momentaneamente em uso. Por
desconhecer esta regra alguns dialéticos ingênuos conseguem "provar" que
água é coca-cola, ou vice-versa; e críticos mais ingênuos ainda conseguem
"provar" a inconsistência da dialética.

> Notar que para haver reprodução, é necessário que os dois
> pares de causas o par de efeito tem de ter sexos diferentes (sentido no
> caso da TGBD). Se não for assim, não se chega ao neto...

E qual seria a síntese decorrente da união de dois homossexuais? Seria um
filho virtual? :-)) Taí, descobri o mistério da eletrodinâmica quântica: os
fótons virtuais surgem graças à atração (ou repulsão) entre duas partículas
homossexuais. :-)) Se as partículas forem heterossexuais teremos luz ou onda
eletromagnética real. :-))

AMF:
> > A filosofia Zen, por exemplo, mostra a operação não aritmética desta
> > síntese através de mãos direita e esquerda batendo palmas. O argumento
> > seria o seguinte: Duas mãos, ao baterem palma, produzem um som bem
> > conhecido. Qual seria o som de apenas uma das mãos? É a metade do
> > anterior?

CBAS:
> Grande visão do dualismo, Alberto. E aí eu lhe pergunto: como pode haver o
> determinado sem o indeterminado? Por que essa sua bronca com a teoria da
> incerteza? Não estará sendo contraditório e sem a visão oriental que você
> tanto gosta?

Espero ter respondido a essas dúvidas em outra msg da thread "Realismo" (era
Mouse-LER). Como disse lá, quem assume um falso dualismo são os físicos
quânticos, graças à confusão que fazem entre antagônicos impróprios e
próprios e o desprezo, quando lhes convém, por determinados antagônicos (no
caso, a "certeza" que deveria complementar a "incerteza" da física moderna).

AMF:
> > Por outro lado, a física moderna ao desprezar a síntese próton +
> > elétron --> átomo de hidrogênio, e considerando o efeito resultante como
> > uma mera soma, chegou às órbitas permitidas, ao princípio da incerteza,
> > ao spin e outros efeitos inexplicaveis por uma lógica não dialética.
> > Seria o mesmo que dizer, no caso das mãos, que 0 + 0 é diferente de
> > zero, tendo em vista que uma única mão não produz som algum, ou seja,
> > som nulo (=> 0). O som surge magicamente, assim como as órbitas e o
> > spin. O erro não está simplesmente na atribuição de um valor 0 para o
> > que não existe como tal, mas em efetuar uma soma absurda. No caso da
> > física quântica a situação é um pouquinho diversa mas tanto o absurdo
> > quanto as conseqüências desastrosas são os mesmos.

CBAS:
> O atomo do hidrogênio, que é um Bidual, onde o proton é um Terno de quarks
> e o eletron é o Quarto.

Estamos aqui no terreno das conjecturas cromodinâmicas quânticas, uma teoria
que consegue prever, de maneira fantástica e com uma precisão de mais de 10
casas decimais, algo que os físicos quânticos não conseguem explicar para
mais ninguém, exceto para eles mesmos. Conjecturas são conjecturas, nada
mais que conjecturas. Mas vamos lá.

> Embora em desequilíbrio, o átomo de hidrogênio é a
> mais essencial formação do segundo nível de formação da matéria, logo
> acima do primeiro nível que é o das partículas elementares. Em analogia
> com a geometria, ele é o tetraedero da matéria.

Não entendi o porquê do desequilíbrio. A menos que você esteja se referindo
ao não repouso como desequilíbrio. Por outro lado, vejo a complexidade de
outra forma, bastante herética por sinal, e que reproduzo abaixo:

1) Primeiro nível: átomos de Demócrito;
2) Segundo nível: fótons e neutrinos (provavelmente são átomos de Demócrito
viajando pelo espaço e com relações diversas no que diga respeito a
trajetória seguida e sentido de giro;
3) Terceiro nível: Elétrons (aglomerados de fótons ou neutrinos - é
indiferente considerar um ou outro, pois ambos são iguais em sua
constituição);
4) Quarto nível: Quarks (aglomerados de elétrons pareados dois a dois em mhs
(como mostro na home page de meu web site em português);
5) Quinto nível: Prótons e nêutrons (aglomerados de quarks presos entre si
por uma dupla comum de elétrons pareados, no caso do nêutron, ou por um
elétron "solteiro", no caso do próton)
6) Sexto nível: Átomos (seres complexos formados pela mistura de elementos
dos níveis anteriores).

Existem ainda partículas outras que, no dia-a-dia, não nos incomodam, tendo
interesse prático apenas em laboratórios de grande energia e interesse
teórico no sentido de possibilitarem a decifração do enigma relacionado à
natureza íntima da matéria. É assim que vejo a problemática. Não construi
uma teoria para justificar os absurdos quânticos mas para me convencer de
que a teoria eletromagnética clássica não dá certo única e exclusivamente
pelo fato dela ter sido supervalorizada. Os físicos quânticos colocaram as
inconsistências da teoria eletromagnética "debaixo do tapete khuniano" e
erigiram, sobre o mesmo, o que chamam de física moderna.

> Repare que TGBD também guarda grande característica quântica, que vem de
> Quantum, que é forma mínima de energia, que é medida pelo foton.

O termo "quantum" já existia com outra conotação, e não é raro encontrá-lo
em textos de Maxwell, bem antes de Planck caracterizá-lo como representativo
de níveis energéticos. Por outro lado, esta quantização moderna é inerente à
impossibilidade de encaixarmos elétrons clássicos no campo eletromagnético
estacionário de prótons clássicos, a menos que eles estejam dotados de
níveis energéticos bem dosados. Estes campos clássicos estão descritos em
meu web site em "O elétron emissor de informações eletromagnéticas"
(http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron2/emissor01.htm). A
energia, em si, não é em absoluto quantizada, pelo menos não da maneira como
é aceita pelos físicos quânticos. O problema situa-se fundamentalmente no
não encontro de locais outros do campo onde os elétrons pudessem estar em
equilíbrio. As "órbitas permitidas de Bohr" existem realmente, e têm uma
razão física explicável classicamente para a sua existência. Desta forma,
quando um elétron "pula" de uma destas órbitas para outra, libera ou recebe
uma quantidade fixa de energia, e dizem que é a energia que está quantizada,
quando deveriam dizer que seria impossível, por incompatibilidades devidas
ao campo, que o elétron se equilibrasse em outra órbita a exigir a liberação
e/ou o recebimento de uma quantidade diversa de energia. É possível ainda
que exista uma quantização num nível bem mais baixo, mas os físicos estão
ainda muito longe de enxergá-la, e estaria relacionada à existência ou não
dos átomos de Demócrito.

> A Unidade Bidual da TGBD seria como um Quantum de algo num certo nível. Ao
> se subir mais um nível, o algo do nível inferior será um dos quatro Unos
> de algo do nível superior, que também seria um Macro Bidual. Por outro
> lado, já mostrei a você a bidualidade dos quatro números quânticos
> definidores das camadas eletrônicas, que repito aqui para que todos possam
> acompanhar: Os Níveis Energéticos (de I a VII) dualizando com os
> SubNíveis Energéticos Os Número Quânticos Magnéticos {(-1,0,+1); (-2,-1,
> 0,+2); (-3, -2, -1, 0,+1,+2,+3)} e o Spin, que é Quarto Uno.

Estes conceitos eu os deixei todos em algum lugar do passado. Não me obrigue
a deglutí-los de novo, pois eles dão uma azia desgraçada. :-)) Acho muito
bom que a tgbd explique os milagres quânticos pois, ainda que a física
quântica seja uma teoria fisicamente inconsistente, ela, sem dúvida alguma,
representa uma realidade existente, ainda que incompreensível pelos métodos
quânticos. A equação de Schrodinger e a matriz de espalhamento não saíram do
nada e se são compatíveis isto significa alguma coisa, ainda que não seja
nada do que se afirme.

> Alberto, com certeza, acho que a sua bronca com a física moderna advém da
> sua não aceitação do princípio da incerteza, que conforme já comentei
> anteriormente é necessário dentro de uma visão dialética que você mesmo
> defende ser a mais correta. Não vê uma contradição sua aí?

Não confunda "dualismo" da física quântica com dialética. Nem tudo o que é
dual é dialético. Espero que a tgbd além de bi-dual seja também dialética.
Por outro lado, a incerteza surgiu na década de 20, quando os absurdos
quânticos já estavam decretados. Logo, não é apenas a incerteza que não me
convence e ela nem mesmo representa o abismo principal em que os físicos
caíram. Quanto ao mais, já respondi em outra mensagem.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Realismo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/09/2000 13:54

-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 17 de Setembro de 2000 06:01
Assunto: Re: [ciencialist] Realismo

ERRATA

Onde se lê:

> apoiando-a. E a satisfação por esta contestação deve ter bloqueado seu
> raciocínio. Heisenberg admitiu implicitamente, em sua teoria, que a

Leia-se:

apoiando-a. E a satisfação por esta CONSTATAÇÃO deve ter bloqueado seu
raciocínio. Heisenberg admitiu implicitamente, em sua teoria, que a

Onde se lê:

> Leia, a esse respeito, a opinião de um desses moleques (MAFM), o único
> brasileiro "físico" brasileiro que se dignou a responder-me, por e-mail,

Exclua-se um dos vocábulos "brasileiro". (Quase ia dizer "exclua-se um
brasileiro" :-)) )

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Weekend 2
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/09/2000 16:27

-----Mensagem Original-----
De: "Neville"
Para: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 17 de Setembro de 2000 11:21
Assunto: [ciencialist] Weekend 2


> DUELA A QUIEM DUELA:
> Por isso gostava do Azimov: nunca tentou convencer ninguém de que suas
> histórias eram verdadeiras. Já o Stephen Hawkins ...

Moral da história: Cada país tem o Jocax que merece. :-)) E por falar no
Jocax, eis o que leio a seguir:

> JOCAX, Ó ETERNO JOCAX !
> [...] Esse princípio REZA (apropriado, né) que qualquer informação
> recebida é sempre pior ou igual à que foi emitida.

Este REZA é para brincar com o Jocax? Que os genes digam amém. :-))

> Creio que o Takata é o mais indicado para definir esses parâmetros.

Tá afim de comprar briga? :-))

> Anarquismo Utópico. Neste sistema cada cidadão tem o direito de fazer o
> que bem entender.

Sim, mas no genismo parece-me que cada cidadão só tem o direito de fazer o
que estiver escrito no Livro do Senhor, digo, no código genético.

> Varias sociedades sempre tentam, sem grande sucesso,implantar o sistema,
> como os recentes casos do Timor Leste, do ex-Congo e de vários outros
> países da África.

Sim, mas o nosso Jocax é bem melhor do que o deles. :-))

> Enquanto você [o Jocax] desenvolve sua teoria, fico aguardando minha vez
> para usa-la.

Que os genes digam amém.

> É O TAO:
> [...]Agora, se o universo se criou por sua própria conta, burro e sem
> propósito, e , considerando as variações praticamente infinitas de
> parâmetros, qualquer estatística ou probabilidade, jamais resultaria na
> existência de partículas independentes que fossem simétricas e nem mesmo
> semelhantes. Dessa consideração, se depreende que: (H) se é que existem
> tijolinhos fundamentais na construção do universo, - (H1) eles serão
> essencialmente diferentes entre si ou -(H2) então - aqui concordando com o
> Tao- só há um único tipo de tijolo

Com efeito, concordando com o Tao seria H2. Uma das versões do teorema I do
Princípio Unificante da Filosofia Oriental Taoista diz: "A Infinidade Una
manifesta-se em tendências complementares e antagônicas, yin e yang, em sua
mutação sem fim." Uma das maneiras de interpretar a "Infinidade Una" seria a
de um "tijolinho fundamental" ou um átomo de Demócrito.

> - Em H1, o termo "essencialmente" quer significar que, evidentemente, alem
> de não poder ser derivável ou desmembravel um do outro, eles não poderiam
> ter qualquer relação matematicamente racional entre si; teriam de ser de
> qualidades e proporções totalmente incongruentes. Neste caso se incluem as
> cargas elétricas e as partículas "fundamentais" [talvez nem tanto], como,
> por exemplo, a carga elétrica, que teria de ser única e não uma positiva e
> outra negativa perfeitamente simétricas. Para quem não captou bem a
> mensagem, o que eu quero dizer é que não existem "zeros" e "uns" e sim que
> existem "uns" e ausência de "uns"

Sim mas, como você próprio disse, talvez estas não sejam as partículas
realmente elementares. Por outro lado, uma esfera (bolinha realmente
elementar) pode girar no sentido horário e outra no anti-horário. Aí você
iria me dizer: Gire noventa graus e uma se transforma em outra. Aí eu diria:
Coloque uma em movimento na direção do vetor momento angular e outra numa
das direções perpendiculares a este vetor e teremos o Um transformando-se no
Dois (por exemplo, um fóton e um neutrino). Em linguagem técnica diria
existir aí uma dupla quebra de simetria. Na primeira quebra (movimento de
giro) uma partícula seria a imagem no espelho da outra e superponíveis após
uma rotação de 180 graus; na segunda quebra de simetria (translação) as
partículas seriam totalmente diferentes em seus efeitos.

Uma imagem um tanto quanto grosseira dessas diferenças pode ser visualizada
clicando-se em
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Usenet/particulas.gif

> Repetindo: se existe carga elétrica, ela seria única; somos nós que
> rotulamos sua existência de positiva, caso exista, ou negativa, caso não
> exista ( ou vice versa).
> Isto também implicaria em dizer que partículas e anti-partículas não sejam
> independentes, ou melhor, ambas são faces de uma mesma moeda, ou ainda uma
> é o objeto e a outra a sua fôrma.

Tanto os fenômenos eletromagnéticos quanto a noção matéria/antimatéria
surgem, a meu ver, a partir da complexidade. Não creio que existam
anti-fótons nem anti-neutrinos ou, ainda, anti-átomos de Demócrito. Com a
complexidade surgem novas quebras de simetria e numa destas temos "matéria"
de um lado e "antimatéria" de outro. Diria então que antimatéria é um termo
impróprio, pois tanto matéria quanto antimatéria são constituídas pelos
mesmos tijolos fundamentais e, portanto, são única e exclusivamente matéria.
O que existe são duas maneiras distintas da mesma matéria se manifestar.

> Talvez aqui fosse melhor dizer duas faces de
> um mesmo tijolo.(Alias, quantas faces teriam os tijolos fundamentais do
> universo ? ... chiii ! )

Chiii! digo eu :-)). Além do chiii! diria que um tijolo esférico em giro
mostra-nos uma face equatorial, a gerar efeitos magnéticos, e uma face
polar, a gerar efeitos elétricos. Esta é a base da minha teoria, na qual
chego a um campo eletromagnético único dado por "A = w/r", onde w seria a
velocidade angular (em unidades convenientes ou a menos de um fator
constante K) do tijolo complexo a que chamo elétron. A partir de "A" chego
aos campos de efeitos elétricos e magnéticos.

> -Em H2, diria que o tijolo básico do universo é único...

Pois eu já estava, em parte, considerando isso nos comentários acima.
Perdoe-me a confusão.

> ...mas deve ter tantas
> faces quantas forem as partículas fundamentais da física.

Estou sentindo um ar platônico nestas considerações. :-))

> Não faço a mínima idéia do que poderia ser ou se há alguma forma de
> descreve-lo, mas, nesta hipótese (H2), eu apostaria todas as minhas
> fichas.

Assino embaixo.

> Caso contrario, teria de admitir um universo criado de propósito.

A partir daí não comento mais nada, pois chegamos ao limite da minha
compreensão. A matéria é eterna ou teve um início? Se teve um início, quem a
iniciou (ou criou, se quiser)? E quem a iniciou, teve início? Chegamos ou a
uma regressão infinita, ininteligível por nossa mente, ou a uma
singularidade, inexplicável pela física. E não me parece que a teoria do
Jocax possa, neste caso, contribuir com alguma coisa pois um gene é formado
por bilhões de bilhões de átomos de Demócrito e, se pensarmos em termos
evolucionistas, jamais poderíamos dizer que os genes são os elementos
fundamentais do Universo. E muito menos os memes que, segundo Jocax, seriam
"idéias parasitoides que infestam nossas mentes lutando para se reproduzir e
infestar outras mentes." Qualquer teoria que pretenda chegar a esse
reducionismo temporal não pode conter senão os seguintes cinco elementos
"pré-existentes": espaço, tempo, matéria, movimento da matéria e informação
do movimento da matéria.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Especialização e Criatividade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/09/2000 16:51

-----Mensagem Original-----
De: "Neville"
Para: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 17 de Setembro de 2000 06:33
Assunto: [ciencialist] Especialização e Criatividade

Olá Neville, grato pelo cumprimento. Em sua msg você afirma:

> A questão é: será que incensando a eficácia não estamos sacrificando
> justamente um valor maior, que é criatividade ?

Com efeito. E já que na msg anterior citei um texto de Schenberg, nada
melhor do que acrescentar aqui a conclusão de seu discurso:

"E como já estou no fim de minha carreira, há um conselho que dou a vocês:
não tenham medo, não só de levar pancada, mas também de expor suas idéias.
Porque se tiverem medo, nunca poderão criar nada de original. É preciso que
não tenham medo de dizer alguma coisa que possa ser considerada como erro.
Porque tudo que é novo, aparece aos olhos antigos como coisa errada. É
sempre nesta violação do que é considerado certo, que nasce o novo e há a
criação. E este espírito deve ser redescoberto pela juventude brasileira."

Desta forma, transmito aos jovens de hoje, através da ciencialist, o que
Schenberg, de maneira brilhante, tentou transmitir aos jovens dos anos
oitenta.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Velocidades Superluminais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/09/2000 22:47

Captei as seguintes msgs postadas no news sci.physics.eletromag e deixo a
critério dos especialistas no assunto algum comentário. A briga ainda está
em andamento, logo, se houver interesse, dirijam-se para o news. Ou muito me
engano, ou o tapete vai novamente entrar em ação. :-))

1. Msg de William D. Walker (14/09/00)

Electromagnetic fields emitted by an electric dipole have been
experimentally observed to propagate faster than the speed of light in the
nearfield of the dipole source. http://xxx.lanl.gov/abs/physics/0009023.
Additional papers on this topic can be found at: http://xxx.lanl.gov .
Specify Author: William D. Walker, Search all years, Search all archives.


2. Msg de Gordon D. Pusch (14/09/00) em resposta à Msg 1

The author of this paper mis-applies the concepts of ``phase'' and ``group''
velocities as derived for propagating plane waves in the far-field zone,
to the NON-propagating, NON-planar fields in the near-field zone, for which
they are not valid; not surprisingly, he gets throughly nonsensical results.
(He would have gotten equally nonsensical results if he had tried to
likewise mis-apply these propagating plane-wave concepts to a standing
wave.)
-- Gordon D. Pusch


3. Msg de Peter Somlo (15/09/00) em resposta à Msg 2

I'll second that.
I have calculated the delay of a modulated carrier frequency, well
below the cutoff freq, of a waveguide and got no delay at all -
regardless the length of the wg. section. (The part of the spectrum
falling above the cutoff was also wiped off - for good measure.)
Again, a kind of non-propagating standing wave phenomenon. This is
akin to the tuneling phenomenon for elementary particles.
Peter


4. Msg de William D. Walker (17/09/00) em resposta à Msg 2

Dear Gorden,
The equations I used for phase speed and group speed are valid for harmonic
waves in general. Please refer to my derivations, both in the Berkeley paper
or for a more rigorous derivation refer to the Zacatecas paper. The
equations I used are also derived rigorously in "Principles of optics" by
Born and Wolf 6th edition, 1980, Eq. 56, 57, p. 15-22. I believe the same
information is in more modern editions.
Thank you for your comments.
William D. Walker


[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Velocidades Superluminais
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/09/2000 01:55

>Electromagnetic fields emitted by an electric dipole have been
>experimentally observed to propagate faster than the speed of light >in the
>nearfield of the dipole source.


Acredito que o fen�meno pode ser explicado usando a mec�nica qu�ntica (que
� mais fundamental que a relativ�stica).
Repare no artigo a cita��o "IN THE NEARFIELD OF THE DIPOLO SOURCE". Em
pequenas escalas (aonde as observa��es se tornam mais precisas) as previs�es
da teoria da relatividade falham de vez em quando e as previs�es da qu�ntica
s�o mais coerentes.
Mas pode n�o ser, tenho que pensar mais sobre.
Vou pensar.

Abra�os.
Leandro
_________________________________________________________________________
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Share information about yourself, create your own public profile at
http://profiles.msn.com.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidades Superluminais
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/09/2000 05:38



> Acredito que o fenômeno pode ser explicado usando a mecânica quântica (que
> é mais fundamental que a relativística).

Este fenomeno nao viola a lei da relatividade.

João
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] A GEMETICA do Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/09/2000 08:01



Agapito Ribeiro Júnior wrote:

> Ei Jocax!
>
> Senti que vc ficou chateado com o termo "pseudo". Desculpe-me. Vou
> analisar seu e-mail com calma e, se necessário, respondê-lo.
>
> Apenas não leve a mal meu e-mail, estou apenas analisando de modo frio
> sua teoria, mas, agora vou para outra forma: o diálogo. Vou tentar
> compreendê-lo mais e depois tirar minhas conclusões.
>
> Analisarei com sinceridade o fato que você entende de meus argumentos
> serem "dogmáticos". Obrigado.
>

Nao fiquei chateado nao Agapito.
Criticas e sugestoes sempre sao bem vindas.
Obrigado
jocax

(PS: Ah.. Roubaram a senha do eu antigo ICQ ( 7681940 ) e nao consigo +

acessa-lo. )



SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidades Superluminais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/09/2000 11:08

-----Mensagem Original-----
De: "João Mário Miranda"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 18 de Setembro de 2000 05:38
Assunto: Re: [ciencialist] Velocidades Superluminais

Leandro:
> > Acredito que o fenômeno pode ser explicado usando a mecânica quântica
> > (que é mais fundamental que a relativística).

João:
> Este fenomeno nao viola a lei da relatividade.

Olá Leandro, Olá João, Olá demais ciencialisteiros.

Quando disse, na primeira msg da thread "Ou muito me engano, ou o tapete vai
novamente entrar em ação. :-))", certamente estava esperando por reações
deste tipo. Creio mesmo que vocês estão usando o tapete de maneira muito
discreta. Talvez estejam apenas "empurrando com a barriga" para utilizar um
termo ao gosto dos críticos dos políticos brasileiros. E talvez nem isso,
pois como percebi, o Leandro teve a humildade de dizer que deveria pensar
mais sobre o assunto antes de emitir uma opinião definitiva.

Achei interessante a explicação do Leandro ao se referir a pequenas escalas,
o que deslocaria o assunto para a mecânica quântica. Parece-me não ser o
caso, mas também não li o artigo com os cuidados que seriam necessários,
e tenho mesmo encontrado alguma dificuldade no entendimento do mesmo
(convenhamos que o autor não está trabalhando com coisas óbvias). O autor
tenta separar o conceito de "ondas" do conceito de "campo em propagação", e
parece-me aqui que seria um artifício para mostrar que está tentando
raciocinar tanto quanticamente quanto eletromagneticamente e, por tabela,
relativísticamente. As distancias também me parecem serem grandes, da ordem
de um comprimento de onda da luz utilizada na experiência (437 MHz).

Alguns aspectos chamaram-me a atenção: quando se raciocina ondulatoriamente,
as ondas não são geradas na fonte mas em uma distância da ordem de 1/4 do
comprimento de onda. A partir desta origem, a luz dirige-se tanto em direção
à fonte quanto fugindo da fonte. Ou seja, parece existir uma fonte
secundária de "ondas" que não coincide com a fonte real (o dipolo oscilante,
no caso). Muito fantasioso para o meu gosto e muito no estilo da "magia"
quântica. Ao ser criada, esta onda viajaria numa velocidade infinita!!!!!
A partir daí o componente da onda transversa que se dirige fugindo da
fonte, reduz sua velocidade, atingindo a velocidade da luz quando chega na
distância de um comprimento de onda da fonte real. A que viaja na direção
oposta (em direção à fonte real) tem sua velocidade primeiramente reduzida
até chegar à velocidade da luz e a seguir novamente aumentada, atingindo a
fonte real numa velocidade novamente infinita. (Cruz, credo, acho que
entendi tudo errado, mas foi o que captei numa primeira leitura da
introdução do trabalho - Help!). E tudo isso parece ser compatível com a
teoria eletromagnética "standard" (por acaso seria a de Maxwell-Lorentz?).

Por outro lado o autor afirma também (e é por isso que afirmei acima que
parece haver uma dualidade onda-campo) que pela análise teórica do dipolo
oscilante as componentes dos campos são geradas na fonte "real",
propagando-se a partir daí. E mais: na geração teriam uma velocidade
infinita que rapidamente reduzir-se-ia à velocidade da luz após se propagar
cerca de um comprimento de onda. Isto, para o autor, não iria contra a
teoria da relatividade pois esta prevê que "de um referencial em movimento,
sinais superluminais podem se propagar para trás no tempo" (Help!).

Todas essas "absurdidades" encontradas na introdução são repetidas várias
vezes e com as mesmas palavras no restante do artigo. No item 4.1.2 o autor
parece explicar a dualidade que comentei acima de maneira diferente,
assumindo que existiriam duas ondas (e não uma onda e um campo se
propagando), sendo uma longitudinal e a outra transversal. Persiste, no
entanto, com a idéia de duas fontes, uma real e a outra imaginária (a
interpretação de fonte imaginária é minha).

No item 4.2 os comentários do autor deixaram-me em dúvida quanto à maneira
como a experiência não viola a relatividade, como comenta o João. Não
entendi bem se existiria uma luz viajando numa velocidade superluminal para
trás no tempo e sendo captada por um observador viajando para a frente no
tempo ou se seria o contrário: a luz viajaria para a frente no tempo e o
observador para trás. É óbvio que estamos no terreno da relatividade e não
seria difícil concluir que os dois processos são semelhantes. Não obstante,
trata-se de uma relatividade bem diferente da original, a considerar também
viagens no tempo (hipótese "ad hoc"?).

Enfim, o tapete quântico-relativista está aí para isso: para ocultar
experiências que contradigam a física moderna, para ocultar o caráter "ad
hoc" das novas hipóteses assumidas e a justificarem aquelas experiências que
não couberam embaixo do tapete e, também, para varrer para debaixo do tapete
aqueles como eu que insistem em dizer coisas que ninguém quer que sejam
ditas.

Perdoem-me se não consegui penetrar na profundidade do problema pois
realmente não sou um "iluminado" e nem mesmo fui "iniciado" no esoterismo
quântico; e mesmo meus conhecimentos de relatividade são bastante
provincianos, não atingindo o grau de maturidade necessário a levarem-me a
viagens através dos tempos.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidades Superluminais
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/09/2000 11:21


> No item 4.2 os comentários do autor deixaram-me em dúvida quanto à maneira
> como a experiência não viola a relatividade, como comenta o João. Não

Eu disse que nao viola a relatividade porque isso e o que
dizem os autores. Na verdade eu nao compreendo a experiência.

João



SUBJECT: Re: [ciencialist] Dialética Oriental (Era A GEMETICA do Jocax)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/09/2000 11:58



Alberto Mesquita Filho wrote:

>
>
> Certamente um teólogo não fanático. Incluo, entre os fanáticos, muitos
>
> padres, muitos céticos e muitos jocaxianos (incluindo seu líder).

>Por outro
>lado, não sei a que igreja você se refere ao dizer que os padres >não
representam a igreja. Qual o seu sentido de representar? Por >acaso

Vc nao pode dizer que quem fornece a versao oficial de uma
religiao/ceita/doutrina
qqr eh alguem que *VC* considera um teologo *nao fanatico*.
Algum orgao ou representante esta incumbido de fazer a representacao
oficial
da doutrina seja ele fanatico ou nao.

Agora eu repito a pergunta : A igreja assume que o homem evoluiu do
"macaco"
segundo a teoria darwiniana ?( Sim ou Nao )



> você não
> representa a religião do Jocax? Ou teríamos que fazer a eleição de um
> líder dentre os jocaxianos? :-)
>

SIm !! e segundo vc ( e eu mesmo ! ) sou um radical e isso prova que um
representante
de uma doutrina pode ser radical !!! ;-)


>
> > No sentido de apontar a BASE de onde foi levantada.
>
> "Apontar" a base não é "basear".

Alberto vc eh muito dialetico-sofismatico para o meu gosto.
Apontar a base eh mostrar a base de onde os alicerces foram levantados.


> Por outro lado, parece que você está
> tentando equalizar "basear" com "sustentar" (ou seja, manter
> levantado).
> Neste caso persiste a dúvida. Em que sentido você utilizar-se-ia do
> termo
> sustentar: fundamentar através de princípios consistentes ou apoiar
> através
> de achismos?
>

Acho q vc nao leu a introducao do Genismo. De uma olhada novamente e me
diga
onde vc ve algum "furo".
http://www.egroups.com/message/ciencialist/2214?&start=2213

(Eh sempre bom termos alguem para verificar possiveis
erros de modo a podermos aprimorar a doutrina.)




>
> > > > > Agapito: Isso é sofisma.
> > > E dizer que o Jocax sofisma é redundância.
>
> > Me mostre algum sofisma meu eu eu te mostrarei uma miragem ! ;-))
>
> Isto é um sofisma! ;-))
>

Entao eh uma miragem sua !! ;-)

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Weekend 2
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/09/2000 12:25



Neville wrote:

>
> Caros amigos
>
> Nesta semana senti uma certa convergência de assuntos que de há muito rondam
> nossa lista. Vou comenta-los
>
>
> JOCAX, Ó ETERNO JOCAX !
> As memes ou genes, enquanto sejam informações estão submetidos ao princípio
> fundamental das comunicações, ou seja o princípio da degradação estatística
> da
> informação (que na verdade é a mais perfeita versão do 3o. [ou 2o. em
> inglês] princípio da termodinâmica).
> Esse princípio REZA (apropriado, né) que qualquer informação recebida é
> sempre pior ou igual à que foi emitida.

O Jocax NAO CONCORDA !! ;-))
Se o significado de "pior" eh fidedigno, verossimil, eu concordo. Mas se o
significado eh pior mesmo eu nao concordo : Se nao fosse o "pior" ,
mutacoes na informacao , nao estariamos AQUI!!! :-))
Ou seja somos frutos dos erros e imperfeicoes da transmissao de informacao !!!




>
> Assim, para garantir a perpetuação da informação memegênica correta, você
> tem, como uma das alternativas, produzir uma quantidade inicial
> suficientemente grande de exemplares a fim de garantir a espécie.

Outra forma eh aumentar a qualidade de propagacao da informacao no meio !
Assim eu diria : O desejo sexual entra como fator de aumento de da quantidade
de exemplares. O amor entra como fator de aumento de qualidade da informacao
que vc quer preservar.

Um fator interessante que PRECISO incorporar de alguma forma na teoria eh
a variabilidade isto eh : Eh necessario sacrificarmos alguma informacao
genetica
para que o resto possa se propagar. Se evitarmos que NENHUM de nossos genes
sofra mutacao *sempre* eles fatalmente perecerao todos....
( Isso eh uma ponta de Iceberg de uma teoria que precisarei desenvolver uma hora
destas)


> Em adendo,
> você precisa também incluir o mandamento "crescei e multiplicai-vos" na sua
> religião, e isso com uma taxa suficiente para suprir a taxa de degradação.
> Creio que o Takata é o mais indicado para definir esses parâmetros.
>

Nao eh necessario. Os 4 primeiros mandamentos induzem a isto:
1- "Os Genes te criaram e a eles vc deve servir"
2-"A felicidade é trilhar o caminho da perpetuação genética"
3-"Deus nao existe e o único modo de transcender a morte
é através de seus genes, principalmente em seus descendentes"
4-"Seus genes sao seu bem mais precioso"


>
> Alem da religião, parece que você está tentando re-descobrir um sistema
> político também.
>

SIM !!! ;-)


> Uma sociedade em que os indivíduos tenham suas leis individuais já foi
> batizada, no fim do sec. passado, como Anarquismo Utópico. Neste sistema
> cada cidadão tem o direito de fazer o que bem entender. Varias sociedades
> sempre tentam, sem grande sucesso,implantar o sistema, como os recentes
> casos do Timor Leste, do ex-Congo e de vários outros países da África.
>

Vc nao entendeu o governo que batizei de "Governo Personificador".
Ele eh uma forma de governo onde cada abitante tem as leis definidas
especificamente para ele. Um das maneiras seria verificar o genoma no
individuo e ver q ele eh extremamente explosivo : Nesse caso ele estaria
proibido de portar armas. O mesmo poderia nao acontecer com outro
individuo. Entendeu ?
Cada pessoa teria sua lei epecifica q nao poderia ser infringida.



>
> É O TAO:
> Como andaram mencionando partículas, anti-partículas, propriedades aditivas,
> lógicas bi-duais, memes, religiões, filosofia e, finalmente o Tao, tudo isso
> implodiu em minha cabeça, resultando a seguinte idéia, que gostaria de
> ponderar com mais cuidado mas vou tentar comunica-la assim como está:
>
> Com a devida vênia do Jocax, se Eu fosse criar um universo, faria como Noé:
> tomaria um par de cada partícula, um par de cada campo, um par de cada
> teoria e assim construiria um universo bonitinho e simétrico a lá
> Patricinhas e Mauricinhos.
>

Note q vc esta incorrendo num erro : Estas particulas JA EXISTIAM :-)
E assim vc nao as estaria criando estaria simplesmente escolhendo dentre as
ja existentes.


>
> Agora, se o universo se criou por sua própria conta, burro e sem propósito,
> e , considerando as variações praticamente infinitas de parâmetros,
> qualquer estatística ou probabilidade, jamais resultaria na existência de
> partículas independentes que fossem simétricas e nem mesmo semelhantes.

O improvavel eh possivel !!
A improbabilidade NAO implica em impossibilidade.


Sobre suas hipoteses H1 e H2 eu nao vejo desta maneira como as unicas
hipoteses...
Vc poderia ter , EM PRINCIPIO, uma gama grande de configuracoes.
Contudo, apenas algumas gerariam universos estaveis como o nosso.


[]s
ojcax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Weekend 2
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/09/2000 12:36



Alberto Mesquita Filho wrote:

> > Anarquismo Utópico. Neste sistema cada cidadão tem o direito de fazer o
> > que bem entender.
>
> Sim, mas no genismo parece-me que cada cidadão só tem o direito de fazer o
> que estiver escrito no Livro do Senhor, digo, no código genético.
>

Nao Alberto, vc nao entendeu a essencia do Genismo:
O Genismo simplesmente propoe a vc ser um "guia" de suas escolhas.
Vc nao eh obrigado a seguir nada.
O Genismo diz que se vc NAO leva-lo em conta, vc nao podera usufruir
da felicidade maxima que vc teria caso vc o seguisse.

Note que existem genes conflitantes no codigo genetico :Considere uma briga de
transito .
Uma manifestacao dos genes poderia impulsiona-lo para uma agressao.
Outra manifestacao agiria no sentido de vc se conter.
O genismo diria : Se vc agredir podera ser mortalmente agredido e seria o
fim de seus genes. Entende?

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Weekend 2
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/09/2000 12:54


> > JOCAX, Ó ETERNO JOCAX !
> > As memes ou genes, enquanto sejam informações estão submetidos ao princípio
> > fundamental das comunicações, ou seja o princípio da degradação estatística
> > da
> > informação (que na verdade é a mais perfeita versão do 3o. [ou 2o. em
> > inglês] princípio da termodinâmica).
> > Esse princípio REZA (apropriado, né) que qualquer informação recebida é
> > sempre pior ou igual à que foi emitida.
>
> O Jocax NAO CONCORDA !! ;-))
> Se o significado de "pior" eh fidedigno, verossimil, eu concordo. Mas se o
> significado eh pior mesmo eu nao concordo : Se nao fosse o "pior" ,
> mutacoes na informacao , nao estariamos AQUI!!! :-))
> Ou seja somos frutos dos erros e imperfeicoes da transmissao de informacao !!!


Estatisticamente a informação recebida é pior. O numero de vezes em
que a informação é pior é muito maior do que o numero de vezes
em que a informação é melhor. Isto acontece porque há mais maneiras
de se estar errado do que de se estar certo.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: En: [ciencialist] MOUSE-LER
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/09/2000 13:23

Prezado Alberto,

Conforme lhe falei em pvt, deverei ficar alguns dias sem meu micro, para que seja acertado o seu HD, que irei retirar agora, para levar para a assistência técnica. Antes de fazer isto, contudo, vou responder uma mensagem sua identificada abaixo.

----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, September 15, 2000 3:41 AM
Subject: Re: [ciencialist] MOUSE-LER




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-----Mensagem Original-----
De: "Claudio Abreu"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 15 de Setembro de 2000 00:07
Assunto: Re: [ciencialist] MOUSE-LER

*****
AMF:

Com respeito às quadras e aos ternos, eu não consigo ainda visualizar
clareza em suas afirmações. Exemplifico: Muitas vezes vejo condições
essencialmente ternárias como, por exemplo, a tríade ensino-pesquisa-extensão ou a tríade apresentada no Macrométodo Científico (que postei no artigo "A práxis científica" em 09/agosto/00 na ciencialist na figura 2 em anexo) ou, ainda, na tríade iluminista (igualdade, liberdade e fraternidade).

CBAS:

Acredito que a sua tríade ensino-pesquisa-extensão possa estar sendo mal definida em termos da TGBD. A meu ver ensino e extensão referem-se a Ensino (atividade de transmitir conhecimentos, enquanto pesquisa, teria outra natureza, a de descobrir novos conhecimentos. Repare para que tudo isto se efetive, devemos considerar as pessoas envolvidas, que seriam o lado concreto da questão, a saber, os professores, os alunos, os pesquisadores e a comunidade científica, aqui considerada como o conjunto de professores e cientistas que, digamos, tem a função de considerar como verdadeiros os conhecimentos a serem ensinados. Vamos tentar organizar este exemplo dentro da TGBD:
Dual Interno = (1.Professores <=> 2.Alunos)
Terceiro Uno = [3. Conhecimentos aceitos como verdadeiros]
Terno = Ensino de Conhecimentos = {(1.Professores <=> 2.Alunos)<=>[3.Conhecimentos aceitos como verdadeiros]}
Dual Externo = [3. Conhecimentos <=> 4. Pesquisa de Novos Conhecimentos]
Quarto Uno= [4. Pesquisa de Novos Conhecimentos]

Vejamos agora o desdobramento do Quarto Uno (Pesquisa de Novos Conhecimentos)no Anti-Terno:
Anti-Dual Interno = [1. Pesquisadores <=> 2. Comunidade Científica]
Anti-Terceiro = (3. Novos Conhecimentos)
Anti-Terno = Pesquisa de Novos Conhecimentos =
{[1. Pesquisadores <=> 2. Comunidade Científica]<=> (3. Novos Conhecimentos)}
Anti-Quarto = (4. Ensino de Conhecimentos)
Repare que dentro deste equacionamento a TGBD aparenta definir bem a questão. É certo que que este enfoque não esgota o assunto, dado que para uma unidade de ensino e uma unidade de pesquisa necessitam, alem dos profesores, alunos e comunidade científica, de outros componentes para poderem existir, tais como instalações físicas e material didático, pessoal de apoio e administração superior. Mas aí já é uma outra análise, dentro de um outro nível de enfoque, que deixo para você tentar equacionar.

Quanto à tríade iluminista (igualdade, liberdade e fraternidade) não me parece ser um bom exemplo, pois trata de questões qualitativas de comportamento humano. Prefiro comentar uma outra tríade, também oriunda da Revolução Francesa: os três poderes, o executivo, o legislativo e o judiciário. Repare se considerarmos uma democracia, temos de incluir o povo como o Quarto Uno, na medida em que ele é que escolhe os membros dos três poderes. Pela TGBD teráiamos:

Dual Interno = Os que governam =

(1. Executivo <=> 2. Legislativo)

Dual Externo = os que julgam =

[3.Judiciário <=> 4. Povo]

Repare que talvez isto explique o mal funcionamento do Judicário no Brasil, na medida em que o Povo não tem o poder de eleger seus componentes. Já ouvi falar que nos EUA, onde o Judiciário tem seus componentes eleitos pelo povo, pelo menos na primeira instância, a justiça funciona bem melhor.

AMF:

Todas essas tríades admitem pares antagônicos, tendo-se portanto seis pares de Unos.

CBAS:

Não entendi... Não seriam três pares de Unos, ao invés de seis?

AMF:

Por outro lado, consigo também nestes casos, e com freqüência, encontrar o que acredito que você chamaria de Quarto Uno. O Quarto Uno nestes casos seria ou um observador privilegiado e a conseguir interferir no sistema, ou algo equivalente (um código de ética, etc), mas sempre externo ao sistema. Por exemplo, se pensarmos na Universidade teríamos as pró-reitorias de ensino, pesquisa e extensão e um Reitor (ou um Estatuto).

CBAS:

Acho que já comentei este tema acima. Acho que esta questão estaria num nível superior ao que comentei acima. Para mim as pro-reitorias de ensino e extensão deveriam ser fundidas numa só, a de Ensino de Conhecimentos, que com a de Pesquisa formaria o Dual da Atividade Fim de uma universdidade, contendo os professores, os pesquisadores e os alunos. O Reitor (ou um Estatuto), e todo o aparato adminstrativo, a meu ver poderia ser ser visto como o Terceiro Uno. E o quarto Uno, seria que que estivesse fora da Universidade.

AMF:

Parece-me que em algumas tríades você assume a necessidade da existência de um Deus que teria um papel se não idêntico, pelo menos parecido.

CBAS:

Pela TGBD a existencia de Deus é necessária, como sendo o Quarto Uno do Terno Universo, Anti-Universo e Leis Universais. Mas aí é outro papo... risos...

AMF:

Em todos esses exemplos citados consigo visualizar uma tgbd dupla e, portanto, com oito Unos, e não quatro. Até aí, tudo bem. Poderia dizer que trata-se da quadra real e da quadra virtual, ou concreta e abstrata, ou positiva e negativa, ou yin e yang, etc., e a tgbd estaria meramente sendo duplicada pela minha valorização dos antagônicos a cada Uno.


CBAS:

Pela TGBD, numa estrutura de equilíbrio total, existe a interação de Uma Unidade Bidual (que têm quatro Unos) com a Anti-Unidade Bidual (que também quatro Unos). Ocorre que a coisa fica um pouco confusa, porque o Quarto Uno da Unidade tem que se decompor no Anti-Terno, e o Anti-Quarto no Terno. Repare que esta é uma das quatro possibilidades que, pela TGBD, devem existir para o Quarto Uno. Conforme já me referi, o equacionamento do Quarto Uno é o que eu acredito estar faltando para fechar a TGBD.

AMF:

Porém em outros exemplos não consigo ver as tríades como acima citadas, mas
temos sempre uma quadra. Acima falei no Macrométodo científico e agora
refiro-me ao Método Científico propriamente dito (figura 1 do artigo
citado). O método científico é todo ele formado por quadras (quatro vias,
quatro campos) e existe também o seu antagônico virtual, a que eu chamo de
transcendental, e que também é formado por quatro vias e quatro campos
virtuais (experiências de pensamento). De cada quatro destas vias e/ou
campos, não consigo privilegiar um a fim de dizer que seria um Quarto Uno
externo a uma tríade. Por outro lado, se no caso anterior posso tentar
forçar a barra no sentido de encontrar um Quarto Uno a fim de justificar a
tgbd, porque não deveria aqui fazer o mesmo, apenas que agora teria um
Quinto Uno?

Como já disse em msgs anteriores (algumas em pvt) não estou pensando em
destruir seus argumentos, apenas colocando-o frente a evidências que a meu
ver não são fáceis de serem contornadas. E pelo que sei, de afirmações suas, você ainda não caracterizou definitivamente o Quarto Uno e portanto acredito que dúvidas como estas poderão ajudá-lo. Qual seja: O Quarto Uno é exterior a quê? Nas tríades apresentadas seria um elemento importante e a ser considerado? E nas quadras apresentadas, ele perde a característica de
exterioridade? Por quê?

CBAS:

Antes de comentar isto, preciso ler o seu texto, mas agora estou sem tempo para tanto.


AMF:

> Alberto, acho que a quarta possibilidade para o Quarto Uno deverá vir da
> análise do DNA, que tem uma estrutura bidual, conforme mostrarei num
> próximo texto.

Com efeito. Lembro ainda a existência de quatro bases (A, C, G, T ou U). Se
eu estiver pensando em termos de bases tenho já uma quadra, como num dos
casos exemplificados acima. Qual seria neste caso o Quarto Uno? Ou, por
outro lado, em que condições o estudo do DNA comportaria tríades, a ponto de podermos pensar na existência de um Quarto Uno exterior?
Bem, por hoje é só. Espero ter sido claro na exposição de minhas dúvidas e
estou torcendo para que você me convença de que estou utilizando-me de algum raciocínio falacioso quanto à tgbd que, como já disse, conheço muito pouco.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm


CBAS:

Pela sua importância, prefiro responder melhor esta questão, através de um texto específico sobre o tema. No entanto vou adiantar algumas observações sobre o tema. O DNA é, talvez, um dos mais fascinantes exemplos da estrutura bidual. Ainda mais pelo fato de ser a base da vida.

Repare que as quatro bases nitrogenadas (A,C,G e T) formam um bidual, pois, não me lembro bem, duas delas tem duplo anel de carbono e outras duas um único anel de carbono. Alem disto, elas são formadas apenas por quatro elementos químicos: H, C, O e N. A Timina (T) é Quarto Uno pois, apenas com uma pequena alteração de uma das suas pontas (HO, não me lembro bem), transformasse no Uracil (U) que só existe no RNA. O DNA aparenta ser o Quarto Uno do Terno do RNA, que é composto pelo RNA mensageiro, o RNA transportador e o RNA ribossomial, que é o único que contém o código do DNA. Os genes também tem uma estrutura bidual, mas não me recordo dela aqui para escrever sobre ela agora. Tenho de encontrar o texto onde li a respeito, no livro de Biologia do 2º grau da minha filha...

Mas voltemos ao DNA. Além das quatro bases nitrogenadas existem para cada uma um Fosfato e uma Pentose, que assim formam Ternos. E são estes Ternos que vão se combinar para forma a dupla hélice do DNA. E é nesta estrutura que acredito que irei encontrar a quarta alternativa para o Quarto Uno, aquela em que ele possue dois componentes: repare que cada Terno (Fosfato + Base Nitrogenada + Pentose) interage com mais com outros Ternos, que fazem o papel do Quarto Uno. Bem prefiro voltar a esse assunto com mais calma, em outra oportunidade. Antes tenho de consertar o meu micro.

Um grande abraço,

Claudio Abreu





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Dialética Oriental (Era A GEMETICA do Jocax)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/09/2000 15:14

-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 18 de Setembro de 2000 11:58
Assunto: Re: [ciencialist] Dialética Oriental (Era A GEMETICA do Jocax)


Jocax:
> Vc nao pode dizer que quem fornece a versao oficial de uma
> religiao/ceita/doutrina qqr eh alguem que *VC* considera um teologo *nao
> fanatico*.
> Algum orgao ou representante esta incumbido de fazer a representacao
> oficial da doutrina seja ele fanatico ou nao.


Você aqui não está sofismando, está sendo desonesto, o que é bem pior. Numa
das msgs de 15/09 VOCÊ afirmou: "Bom, vc nao pode se informar sobre isto na
bíblia pois ela tem q ser "interpretada" por um especialista. Aos padres vc
nao pode pois eles nao sabem e nao representam a igreja, então quem poderia
dar a versao "oficial" de como a igreja ve o darwinismo?"

Ora, eu simplesmente entrei na sua. Se NA SUA OPINIÃO os padres não podem
dar a versão oficial, e ela teria que ser dada por um especialista em
interpretação de bíblia, sugeri então, no sentido de concordar com a SUA
visão (que na minha opinião está incompleta, parcial, repleta de
preconceitos, etc.), que entregasse a questão a esse especialista que, no
caso, seria um teólogo. E também para concordar com a SUA opinião, exclui os
padres, sugerindo então que escolhesse um teólogo não fanático. Ora, agora
você inverte a questão? E quer dizer que estou errado por assumir COMO
HIPÓTESE que a SUA interpretação estava correta?

Jocax, vá se tratar!!! Seu preconceito contra os religiosos é doentio.

> Agora eu repito a pergunta: A igreja assume que o homem evoluiu do
> "macaco" segundo a teoria darwiniana ?(Sim ou Nao)

E eu sei lá? Pergunte isso para algum religioso. Garanto que eles não
mordem, a exemplo daquele que deve ter feito algum mal para você na
infância.

> Acho q vc nao leu a introducao do Genismo. De uma olhada novamente e me
> diga onde vc ve algum "furo".

Na cabeça do autor, onde estão faltando alguns parafusos. Vou parar por
aqui. Se quiser, responda a esta msg, mas não haverá mais réplicas. Aceito
brincadeiras e aceito discutir até mesmo com quem sofisma, mas não tolero
desonestidade.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: velocidade superluminal
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/09/2000 15:31

>Leandro:
> > > Acredito que o fen�meno pode ser explicado usando a mec�nica qu�ntica
> > > (que � mais fundamental que a relativ�stica).
>
>Jo�o:
> > Este fenomeno nao viola a lei da relatividade.
>

Quando disse que a relatividade � violada em escalas microsc�picas (o termo
escala at�mica cabe melhor) me referia a uma das id�ias trazidas pela
eletrodin�nica qu�ntica. Feynmann nos disse que a velocidade da luz poderia
sofrer varia��es durante pequena escala do tempo. Embora a id�ia pare�a
estranha, o modelo que est� por tr�s � confirmado experimentalmente (segundo
Feynmann, seria o modelo mais preciso para se tratar a intera��o da luz com
a mat�ria em escalas at�micas).
Mas da� surgem perguntas:
- Por que a natureza � assim? Ou por que ela escolheu essas leis e n�o
outras?
Essas (como tantas outras) ainda continuam sem resposta.


>Alberto: Alguns aspectos chamaram-me a aten��o: quando se raciocina
> >ondulatoriamente [...]

As id�ias trazidas do formalismo matem�tico, que nos � apresentada pela
teoria ondulat�ria, s�o de fato estranhos: velocidade de grupo diferente da
de fase � apenas um deles. Mas esse formalismo vem apenas da mec�nica
ondulat�ria (a mesma de Huygens, Fourier & cia.). Mas, ainda que estranhos,
s�o confirmados em v�rios experimentos.
A mec�nica qu�ntica por usar o mesmo formalismo, acaba tendo algumas (mas
n�o todas) previs�es em comum com a teoria ondulat�ria. Faltaria, ent�o,
averiguar se apenas usando a mec�nica ondulat�ria, consegue-se explicar os
resultados apresentados por William D. Walker ou tem-se que usar um modelo
mais completo (no caso a qu�ntica - haja vista que algumas previs�es
observadas somente ela o faz).

Abra�os

Leandro.
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SUBJECT: Velocidades Superluminais
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/09/2000 15:32

>Alberto: No item 4.2 os coment�rios do autor deixaram-me em d�vida >quanto
>� maneira como a experi�ncia n�o viola a relatividade, como >comenta o
>Jo�o. N�o entendi bem se existiria uma luz viajando numa >velocidade
>superluminal para tr�s no tempo e sendo captada por um >observador viajando
>para a frente no tempo ou se seria o contr�rio: a >luz viajaria para a
>frente no tempo e o observador para tr�s. � �bvio >que estamos no terreno
>da relatividade e n�o seria dif�cil concluir >que os dois processos s�o
>semelhantes. N�o obstante, trata-se de uma >relatividade bem diferente da
>original, a considerar tamb�m
>viagens no tempo.

O que tenta-se fazer para conciliar a mec�nica qu�ntica com a
relativ�stica, grosso modo, � usar o princ�pio da correspond�ncia e o da
complementariedade trazido por Bohr. {A id�ia � que os modelos
corpuscular e ondulat�rio s�o complementares; se uma medida prova o car�ter
ondualt�rio da radia��o ou mat�ria, ent�o � imposs�vel provar o car�ter
corpuscular ma mesma medida e vice versa.
No modelo ondulat�rio da luz, a intensidade da radia��o,I, � proporcional a
<E�>, onde <E�> � o valor m�dio, sobre um per�odo, do quadrado do campo
el�trico da onda. (e I � o valor m�dio do chamado vetor de Poyinting). No
modelo do f�ton, ou corpuscular, a intensidade da radia��o � escrita como
I=Nhv, onde N � o n�mero m�dio de f�tons por unidade de tempo que cruzam uma
unidade de �rea perpendicular � dire��o de propaga��o. Foi Einstein que
sugeriu que <E�> poderia ser interpretado como uma medida do n�mero m�dio de
f�tons que por unidade de volume.
Os resultados apresentados por William D. Walker a interpreta��o
ondulat�ria � a mais adequada. Ainda n�o sei. Por exemplo, a QED parece usar
do modelo ondulat�rio. Tamb�m vou pensar sobre.

O princ�pio da correspond�ncia nos diz que

a) as previs�es da teoria qu�ntica devem corresponder �s previs�es da
f�sica cl�ssica [ que nos resultados apresentados por William D. Walker, a
relatividade que faz o papel de cl�ssica!] no limite para o qual os n�meros
qu�nticas (n, por exemplo) se tornam grandes [nos resultados apresentados
por William D. Walker isso corresponderia a dizer que em comprimentos de
onda menor que um per�odo a relatividade poderia ser violada - como tamb�m o
pode em escalas at�micas - mas em comprimento de ondas maiores que um
per�odo seus resultados deveriam ser concordantes com as previs�es da
relatividade (de novo a escala determina qual modelo deve ser usado -
pequenas escalas seria a qu�ntica)].
b) a mesma regra que se aplica ao limite cl�ssico (n, por exemplo, grande)
deve se aplicar para o limite qu�ntica (n, por exemplo pequeno).
Nesse aspecto, a QED parece seguir esses princ�pios}.

Abra�os.

Leandro.



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SUBJECT: Velocidades Superluminais
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/09/2000 15:55

>Alberto: No item 4.2 os coment�rios do autor deixaram-me em d�vida >quanto
>� maneira como a experi�ncia n�o viola a relatividade, como >comenta o
>Jo�o. N�o entendi bem se existiria uma luz viajando numa >velocidade
>superluminal para tr�s no tempo e sendo captada por um >observador viajando
>para a frente no tempo ou se seria o contr�rio: a >luz viajaria para a
>frente no tempo e o observador para tr�s. � �bvio >que estamos no terreno
>da relatividade e n�o seria dif�cil concluir >que os dois processos s�o
>semelhantes. N�o obstante, trata-se de uma >relatividade bem diferente da
>original, a considerar tamb�m
>viagens no tempo.

Sobre as supostas "viagens no tempo" poderem ou n�o ser realizadas ou como
s�o tratadas em teoria, n�o domino o assunto.
E, quando o fato de tentar conciliar duas teorias fundamentalmente
diferentes como a qu�ntica e a relativida parecer-lhe estranho, lembre-se de
quando Dirac usou a mec�nica qu�ntica e a relatividade, simplesmente
"apareceu" um termo correspondente ao spin n�o sendo portanto necess�rio
fazer altera��es "� m�o" na fun��o de onda e mais: foi previsto a exist�ncia
de antipart�culas que foi confirmada a exist�ncia anos depois.
Assim, quando se tenta conciliar as duas teorias a motiva��o vem do que nos
� trazido pelos resultados experimentais.


A concilia��o que tentei fazer com a QED ou os princ�pios de Bohr com os
resultados trazidos por William, n�o deve voc� tentar considerar como a
definitiva. S�o meras hip�teses - mas que imagino serem razo�veis.
A velocidade com que voc� (por exemplo) e eu me fa�o perguntas � muito
menor � velocidade que encontro respostas satisfat�rias
(satisfat�rias para mim, no caso).

:^)

Abra�os
Leandro.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Weekend 2
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/09/2000 16:23



João Mário Miranda wrote:

>
> > > JOCAX, Ó ETERNO JOCAX !
> > > As memes ou genes, enquanto sejam informações estão submetidos ao
> princípio
> > > fundamental das comunicações, ou seja o princípio da degradação
> estatística
> > > da
> > > informação (que na verdade é a mais perfeita versão do 3o. [ou 2o.
> em
> > > inglês] princípio da termodinâmica).
> > > Esse princípio REZA (apropriado, né) que qualquer informação
> recebida é
> > > sempre pior ou igual à que foi emitida.
> >
> > O Jocax NAO CONCORDA !! ;-))
> > Se o significado de "pior" eh fidedigno, verossimil, eu concordo.
> Mas se o
> > significado eh pior mesmo eu nao concordo : Se nao fosse o "pior" ,
> > mutacoes na informacao , nao estariamos AQUI!!! :-))
> > Ou seja somos frutos dos erros e imperfeicoes da transmissao de
> informacao !!!
>
>
> Estatisticamente a informação recebida é pior. O numero de vezes em
> que a informação é pior é muito maior do que o numero de vezes
> em que a informação é melhor. Isto acontece porque há mais maneiras
> de se estar errado do que de se estar certo.

E esta maneira eh uma delas ! ( Brincadeirinha. :-)))) )
Mas na verdade depende do criterio de pior e melhor q vc utiliza.
Mas,
Puxa monio fiquei indignado de vc nao colocar Genismo em seu Nonius
Lexicon :-((

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Dialética Oriental (Era A GEMETI CA do Jocax)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/09/2000 16:53



Alberto Mesquita Filho wrote:

> -----Mensagem Original-----
> De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
> Para: <ciencialist@egroups.com>
> Enviada em: Segunda-feira, 18 de Setembro de 2000 11:58
> Assunto: Re: [ciencialist] Dialética Oriental (Era A GEMETICA do
> Jocax)
>
>
> Jocax:
> > Vc nao pode dizer que quem fornece a versao oficial de uma
> > religiao/ceita/doutrina qqr eh alguem que *VC* considera um teologo
> *nao
> > fanatico*.
> > Algum orgao ou representante esta incumbido de fazer a representacao
>
> > oficial da doutrina seja ele fanatico ou nao.
>
>
> Você aqui não está sofismando, está sendo desonesto, o que é bem pior.
> Numa
> das msgs de 15/09 VOCÊ afirmou: "Bom, vc nao pode se informar sobre
> isto na
> bíblia pois ela tem q ser "interpretada" por um especialista. Aos
> padres vc
> nao pode pois eles nao sabem e nao representam a igreja, então quem
> poderia
> dar a versao "oficial" de como a igreja ve o darwinismo?"
>

Eu escrevi isso justamente porque eu entrei na SUA quando vc escreveu o
seguinte :

ALBERTO:
>Não confunda alhos com bugalhos, ciência com cientista, padre com
religião.
>Por problemas semelhantes, cinco anos antes de sua morte Marx fez a
seguinte
>declaração: "Eu não sou marxista!" Por acaso Marx teria morrido
>capitalista?!!! :-)) Por outro lado, "os padres das paroquias" a que
você se
>refere provavelmente estão fazendo uma interpretação da bíblia
utilizando
>a navalha de Jocax-Occam. Exemplificando: Se na bíblia está escrito que

>"Deus fez o mundo em 6 dias", a maneira mais simples de interpretar
esse
>texto seria dizer que Deus criou o Universo em 144 horas, entendendo-se
por
>hora a fração 1/24 do dia solar médio ou algo equivalente. O problema,
com
>efeito, não está na interpretação mas em compreender que a bíblia foi
>escrita pelo homem sob uma cultura diferente da nossa. Por outro lado,
não
>tente aplicar o método científico em áreas sabidamente não científicas
e não
>tente dotar a ciência de características cientificistas.

Que foi sua resposta quando eu escrevi :
JOCAX
:> (Acho que os padres das paroquias ainda nao sabem da noticia :-) )

Ou seja quem esta sendo desonesto eh vc pois quando *vc* diz :
">Nao confunda padre com religiao" Vc esta dizendo, implicitamente ,
>que NAO PODEMOS assumir a palavra dos padres pois eles nao sao
> representantes-porta-vozes da religiao.

E como vc diz tambem, implicitamente, que eu nao posso compreender a
biblia pois
">não está na interpretação mas em compreender que a bíblia foi
>escrita pelo homem sob uma cultura diferente da nossa.."

Significa que eu nao poderia nem perguntar a um padre da paroquia ao
lado
NEM ler a biblia para verificar a minha duvida. Vc me colocou em uma
"sinuca de bico" e, em seguida da a sua versao de quem eu deveria
procurar
para responder minha questao :

"> Certamente um teólogo não fanático. Incluo, entre os fanáticos,
muitos
> padres, muitos céticos e muitos jocaxianos (incluindo seu líder)."

Ou seja, vc diz q eu poderia achar as respostas apenas atraves das
fontes que vc considera corretas !
Fiquei indignado :-(
[]s
jocax




>
> Ora, eu simplesmente entrei na sua. Se NA SUA OPINIÃO os padres não
> podem
> dar a versão oficial,

QUEM DISSE ISSO FOI VC. ( implicitamente )


> e ela teria que ser dada por um especialista em
> interpretação de bíblia,

QUEM DISSE ISSO FOI VC ( Implicitamente )

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Weekend 2
FROM: "Francisco C. Brito" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/09/2000 21:17

> O genismo diria : Se vc agredir podera ser mortalmente agredido e seria o
> fim de seus genes. Entende?
>
> []s
> jocax

Por essa frase pinçada do texto, da-me a impressão que a pior coisa que pode
acontecer a alguém é ter seus genes descontinuados. Que seria imperativo que
os genes de um determinado indivíduo se propaguem.
Pergunto então, como essa teoria explica um casal que decide não ter filhos?
Pior ainda, se os dois forem filhos únicos e, assim mesmo, decidem não ter
herdeiros?
Como é que o sacerdote genista vai tratar do caso desse casal herege?
E, como é que a natureza vai tratar esse casal anti-natural?
Só para jogar moscas na sopa! E se esse casal decide não ter filhos por
fortes convicções morais e, por esses mesmos princípios, decidem adotar uma
criança diversa de seu patrimonio genético?



SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidades Superluminais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/09/2000 21:49

-----Mensagem Original-----
De: "João Mário Miranda"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 18 de Setembro de 2000 11:21
Assunto: Re: [ciencialist] Velocidades Superluminais


> Eu disse que nao viola a relatividade porque isso e o que
> dizem os autores. Na verdade eu nao compreendo a experiência.

Olá, João

Não foi minha intenção criticá-lo a esse respeito. Estamos num diálogo
informal e não num congresso científico e portanto acredito que repetir o
que dizem os autores não caracterizaria "empurrar com a barriga" e nem seria
o caso de, a cada citação, justificar a citação. Sei que a sua intenção foi
das melhores e até mesmo me ajudou, fornecendo "um gancho" para que pudesse
"entrar de sola" no assunto sem necessidade de fazer preâmbulos ou rodeios.

Quanto a não ter experiência, isso também não o desqualifica para o diálogo.
Nem sempre conheço o assunto com a profundidade necessária que talvez possa
aparentar dada a ênfase com que o critico. Procuro seguir a escola
popperiana que apoia-se no seguinte lema de Popper:

"Não acredito na teoria corrente segundo a qual, para tornarem uma discussão
fecunda, os opositores têm de ter muita coisa em comum. Pelo contrário,
creio que quanto mais diferem os seus backgrounds, mais fecunda é a
argumentação. Não há sequer necessidade de uma linguagem comum para se
começar: se não tivesse havido uma torre de Babel, teríamos tido de
construir uma. A diversidade torna a discussão crítica fecunda. As únicas
coisas que os parceiros de uma discussão têm de partilhar são o desejo de
conhecer, e a disponibilidade para aprender com o companheiro, criticando
severamente as suas opiniões - na versão mais forte possível que se puder
dar dessas opiniões - e ouvindo o que ele tem para dizer como resposta."
[Prefácio, 1956, do livro de Karl R. POPPER, O Realismo e o Objectivo da
Ciência, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1987]

Apenas para exemplificar, não tenho dúvidas de que o Leandro conhece muito
mais mecânica quântica do que eu, e talvez até mesmo física clássica, que é
do que gosto. Também não tenho dúvidas de que ele está aceitando o diálogo e
tolerando, com galhardia, as aparentes irreverências que tenho cometido.
Tudo isso enriquece o diálogo. As dúvidas que tenho apresentado, via de
regra são ignoradas na escola tradicional, até mesmo por "eméritos"
professores. Na Usenet internacional, por adotar essa norma, consigo obter
respostas para problemas que tenho colocado há mais de 20 anos e que a
grande maioria dos professores de física da Usp, incluindo os convidados de
outras universidades padrão A, recusaram-se a enfrentar, ou seja,
"empurraram com a barriga". Em congressos nacionais que participei observei
conduta idêntica. Quando não conseguem fugir da temática, colocam seus
alunos na frente de batalha, e ficam a assistir o "pega" sem dar apoio ou
orientação alguma a seus alunos. Não estou blefando. Minha vida
universitária é bastante intensa e sei sobre o que por ora estou falando e
afirmo que isto não ocorre apenas na física mas é geral, pelo menos no
Brasil. Nossos "eméritos" professores são, com raríssimas exceções, e sempre
que possível tenho-os enfatizado (por ex., Mário Schenberg, Gerard Malnic,
Francisco Lacaz, etc], covardes e arrogantes, e refugiam-se na
pseudo-filosofia de Thomas Khun, a justificar sua mediocridade.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Errata: Velocidade Superluminal
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com, dos_mano@eGroups.com, seti-brasil@eGroups.com, skeptic@eGroups.com, hydrinos@egroups.com, Super_Energy@egroups.com, planetafisica@egroups.com, quantica@egroups.com, fcb@egroups.com
DATE: 18/09/2000 22:02

Prezado Alberto

Eu disse:
A velocidade com que voc� (por exemplo) e eu me fa�o perguntas � muito
MENOR � velocidade que encontro respostas satisfat�rias
(satisfat�rias para mim, no caso).

Mas eu quis dizer:

A velocidade com que me aparecem perguntas e' muito maior do que consigo as
respostas!

Ate'
Leandro.
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SUBJECT: Errata: Velocidade Superluminal
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/09/2000 22:02

Prezado Alberto

Eu disse:
A velocidade com que voc� (por exemplo) e eu me fa�o perguntas � muito
MENOR � velocidade que encontro respostas satisfat�rias
(satisfat�rias para mim, no caso).

Mas eu quis dizer:

A velocidade com que me aparecem perguntas e' muito maior do que consigo as
respostas!

Ate'
Leandro.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] velocidade superluminal
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/09/2000 22:18

-----Mensagem Original-----
De: "Leandro Holanda"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 18 de Setembro de 2000 15:31
Assunto: [ciencialist] velocidade superluminal

> - Por que a natureza é assim? Ou por que ela escolheu essas leis e não
> outras?
> Essas (como tantas outras) ainda continuam sem resposta.


Olá, Leandro

Gosto desta sinceridade. Não raramente, quando digo algo semelhante, chego a
ser mal interpretado, talvez por postar-me criticamente com relação à física
moderna. Não obstante, foi o que aprendi com Feynmann, Schenberg, Einstein,
Bohr, Schrodinger e tantos outros que efetivamente fizeram contribuições
importantes à ciência.

> A mecânica quântica por usar o mesmo formalismo, acaba tendo algumas (mas
> não todas) previsões em comum com a teoria ondulatória. Faltaria, então,
> averiguar se apenas usando a mecânica ondulatória, consegue-se explicar os
> resultados apresentados por William D. Walker ou tem-se que usar um modelo
> mais completo.

A meu ver, uma das grandes falhas da teoria clássica reside na tentativa de
evoluir do eletromagnetismo de Maxwell para o microcosmo, como já me referi
em msg anterior (elétron e carga elétrica, na thread "elétron"). O potencial
retardado de Liénard-Wiechert considera a carga elétrica puntiforme, o que
impossibilita que qualquer consideração clássica daí decorrente explique
tais fenômenos, a menos que o campo do elétron fosse efetivamente
coulombiano. Se evoluirmos para um eletromagnetismo clássico efetivo, não
apoiado na idéia de fluidos elétricos mas capaz de incorporar o microcosmo
gerador dos campos e "ondas", não creio que seria impossível chegarmos numa
física "ondulatória" não quântica (no sentido usual da palavra) a explicar
todos esses fenômenos. Lembro que o potencial retardado de Liénard-Wiechert
é uma das pontes a interligar solidamente o eletromagnetismo de Maxwell, a
relatividade e a física quântica.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidades Superluminais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/09/2000 23:21

-----Mensagem Original-----
De: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 18 de Setembro de 2000 15:55
Assunto: [ciencialist] Velocidades Superluminais


> Sobre as supostas "viagens no tempo" poderem ou não ser realizadas ou como
> são tratadas em teoria, não domino o assunto.

Creio que o único que domina este assunto é o autor de "Cavalo de Tróia"
(ficção) :-)). Não obstante, muitos físicos modernos acreditam nessa
possibilidade e até mesmo defendem-na com veemência. Realmente, não posso
criticá-los por isso, apenas achar engraçado.

> E, quando o fato de tentar conciliar duas teorias fundamentalmente
> diferentes como a quântica e a relativida parecer-lhe estranho, lembre-se
> de quando Dirac usou a mecânica quântica e a relatividade, simplesmente
> "apareceu" um termo correspondente ao spin não sendo portanto necessário
> fazer alterações "à mão" na função de onda e mais: foi previsto a
> existência de antipartículas que foi confirmada a existência anos depois.
> Assim, quando se tenta conciliar as duas teorias a motivação vem do que
> nos é trazido pelos resultados experimentais.

Diria, em primeiro lugar, que não acho estranho relatividade e física
quântica se irmanarem, mesmo porque ambas foram criadas na tentativa de
suprir falhas da teoria de Maxwell, cada uma num terreno: campos e
referenciais, na primeira, e microcosmo na segunda. Como disse em msg
anterior, uma das pontes seria o potencial retardado. E já que você citou
Dirac, veja uma das afirmações do artigo de William Walker (p.2): "Instead
it must be modelled as a sinusoid inside a Dirac delta function. The
solution of this hyper-near-field problem can be calculated using the
Liénard-Wiechert potentials."

Perceba então o seguinte: Dirac assumiu implicitamente que o campo elétrico
de um elétron é coulombiano e que o campo magnético do elétron em movimento
é aquele dado para elementos de corrente (lei de Biot-Savart). Graças a isso
pôde usar os potenciais retardados como se o elétron fosse uma carga
puntiforme. Partindo dessas premissas, e tentando matematicamente justificar
fenômenos aparentemente estranhos, concluiu que o elétron deveria possuir,
além de suas propriedades eletromagnéticas de "carga elétrica" clássica, uma
outra apenas justificável matematicamente, qual seja, o spin. Não é raro em
matemática chegarmos a um "acerto" após termos cometido dois erros. Ao levar
esta entidade matemática (o spin) para a física, não conseguimos visualizar
nada clássico, pois postulamos que classicamente o elétron é única e
exclusivamente uma "carga" elétrica, logo não comportaria giro algum. O spin
é então uma propriedade não clássica, ou seja, quântica, ou seja, um giro
que não representa um giro nem nada que possa ser concebido fisicamente.

Por outro lado, se você tentar dotar o elétron de giro e/ou de outra
propriedade física equivalente, você necessitará reformular a teoria de
Maxwell. Fazendo isso, chegará numa física clássica que explica, de maneira
não estratosférica, mística, surrealista, mirabolante, irreal, etc., muitos
dos fenômenos considerados como explicáveis apenas pela física quântica.
Perceberá então que a física quântica é na realidade uma matemática que em
muitas condições dá certo, mas que está muito longe de poder ser considerada
como física, pois estuda uma natureza que não existe. Perceberá também que
poderá compatibilizar os referenciais da teoria eletromagnética, assim
reformulada, com os referenciais newtonianos (relatividade de Galileu),
meramente: 1) deixando de lado a ação a distância; 2) deixando de lado o
caráter puntiforme da matéria, quando raciocinar com as velocidades chamadas
"relativísticas", onde as aproximações tornam-se visíveis; e 3) pensando
em termos de potenciais gravitacionais retardados. Com isto entendemos
também porque a teoria da relatividade, conquanto absurda (no sentido que
vai contra o senso comum), dá certo. Na realidade é outra matemática que dá
certo, ainda que não tenha conteúdo físico algum.

> A conciliação que tentei fazer com a QED ou os princípios de Bohr com os
> resultados trazidos por William, não deve você tentar considerar como a
> definitiva. São meras hipóteses - mas que imagino serem razoáveis.

Estou ciente disso e, como já disse, estamos dialogando na Internet, não num
Congresso. :-)). Sem dúvida, são razoáveis e só não compartilho de sua fé
por estar partindo de premissas diversas, como espero ter deixado claro.

> (texto da Errata): A velocidade com que me aparecem perguntas e' muito
> maior do que consigo as respostas!

Não esquenta não. Isto também acontece comigo. Enfim, estamos aqui "batendo
um papo" e respondemos à medida do possível.

Não respondi sua outra msg pois, ainda que seja bastante esclarecedora, não
encontrei nada a acrescentar.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Weekend 2
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/09/2000 08:38



"Francisco C. Brito" wrote:

> > O genismo diria : Se vc agredir podera ser mortalmente agredido e
> seria o
> > fim de seus genes. Entende?
> >
> > []s
> > jocax
>
> Por essa frase pinçada do texto, da-me a impressão que a pior coisa
> que pode
> acontecer a alguém é ter seus genes descontinuados.

SIM ! No ponto.
Note que isso eh mais do que vc pode supor.
Veja bem: compartilhamos cerca de 99,9% de material genetico (nao genes
)
com qqr outra pessoa.

Se *todos* os nossos genes forem descontinuados isso significaria
provavelmente
o fim da raca humana. Eu quero dizer com isso que nossos genes NAO estao
soh
em nosso corpo, mas nos corpos de outros seres vivos incluido as baratas
:-).

Eh claro que quanto maior for a distancia genetica entre nos e o outro
menor sera
nossa preocupacao e o nosso amor por este outro.
( Veja, no fundo, eh soh por isso q vc ama seu filho e nao ama uma
barata !! )

Eh por isso tambem que vc pode dar a sua vida, no caso
de vc poder salvar mais alelos da morte do que os que vc possui (
comportamento
martir-heroico ). Mas aih esta um ponto que eu ainda nao quantifiquei
para saber
ateh q ponto isso valeria a pena.


> Que seria imperativo que
> os genes de um determinado indivíduo se propaguem.

Calma, o imperativo depende do valor e da doutrina que a pessoa aceita.

Ela nao precisa ser adepta do Genismo e portanto NEM SE LIXAR para seus
genes. O que ocorre, neste caso, eh que ela NAO VAI obter o maximo de
felicidade que ela poderia conseguir caso ela fosse uma genista.

Agora, caso a pessoa seja uma genista ele vai fazer o possivel para
perpetuar
seus genes e isso nao significa necessariamente ter uma penca de
filhos,
pois em geral, a quantidade diminui a qualidade.


Devo enfatizar tambem que todos os seus desejos mais arraigados foram
construidos visando este imperativo biologico ( perpetuacao genica ) . E
por isso
seria uma sabia decisao, para evitar conflitos entre sua cultura e
instintos/desejos,
que voce abarcasse essa sua funcao biologica. Eh isto que propoe o
genismo :
ASSUMIR NOSSA CONDICAO DE PERPETUADORES GENICOS.


>
> Pergunto então, como essa teoria explica um casal que decide não ter
> filhos?
>

Simples, eles NAO serao tao felizes como no caso de se optassem por
te-los.
Eh um exemplo claro de onde os MEMES podem ir CONTRA a bagagem
genetica do individuo( GENES).


> Pior ainda, se os dois forem filhos únicos e, assim mesmo, decidem não
> ter
> herdeiros?
>

Se se os pais forem genistas e os filhos resolveram nao ter filhos ....
De outro modo , e generalizando : Caso vc ou alguem verificar que nao
deixarao
herdeiros e forem genistas ( adeptos do genismo ), a saida menos
dolorida esta
em vc pensar que seus genes sobreviverao de algum modo nos *outros*.
Essa nao eh a melhor solucao para seus genes mas nao eh o fim do mundo
pois, de algum modo, parte de vc sobrevivera aa morte mesmo sem gerar
descendentes.
E neste caso, a melhor coisa a fazer eh ter um trabalho do tipo
social-humanista.



> Como é que o sacerdote genista vai tratar do caso desse casal herege?

Como disse acima.

>
> E, como é que a natureza vai tratar esse casal anti-natural?

Simples, como disse eles terao sua parcela de felicidade reduzida.


>
> Só para jogar moscas na sopa! E se esse casal decide não ter filhos
> por
> fortes convicções morais e, por esses mesmos princípios, decidem
> adotar uma
> criança diversa de seu patrimonio genético?
>
>

Quero lembrar tambem que o filho adotado pertence aa mesma especie, e
por isso
deve compartilhar muitos genes com os pais adotivos. Portanto, nao eh de
forma nenhuma
anti natural ama-lo, muito pelo contrario.

[]s
jocax




SUBJECT: Garrafas no 'relogio da luz'
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/09/2000 11:33

Olá todos,

Sempre que posso atendo aos pedidos e respondo às perguntas recebidas via
Feira de Ciências (www.feiradeciencias.com.br). Takata, ACMQ, Jocax etc. têm
participado das perguntas 'esdrúxulas' que recebo. Agradeço às sugestões.

Entre tais perguntas ocorre certa insistência (já são 12 com a de hoje!)
sobre "as garrafas sobre o relógio de luz". Como resposta 'colo' a que já
tenho pronta (ajustando nomes). Eis meu 'gabarito':
==============================================
>Olá xxxxxxxxxxx,
agradeço a mensagem, o estímulo e a visita ao site
www.feiradeciencias.com.br.

Muitas donas de casa que usam dessa 'prática' (colocar garrafas PET cheias
de água sobre a caixa que contém o 'relógio da luz') dizem que a conta vem
menor. Acredito que assim o seja.
Mas (... sempre o esperado 'mas'!), não se trata de qualquer correlação com
fenômenos (processos) físicos. Realmente, não há qualquer correlação entre
as garrafas d'água lá colocadas e o consumo da energia elétrica da
residência. É um 'efeito placebo', meramente 'psicológico'. Acredito que o
processo placebo, no caso, funcione assim:
(a) O visual daquelas garrafas sobre o relógio da luz é bastante repetitivo
para a dona de casa, ocorrendo toda vez que o morador vai para aquele local
(varanda, passeio, entrada etc.).
(b) Desse modo, essa 'lembrança' é estimulada com bastante freqüência, a
ponto de,
(c) lembrando-se dos gastos com as contas de luz,
(d) começa a desligar as luzes ao sair dos quartos, desligar a TV (que
normalmente fica ligada a toa), diminuir os tempos de banho (esse é o maior
consumo numa residência - veja nota* -), apagar a luz da varanda, não ficar
com a porta da geladeira aberta por muito tempo (planejar melhor a retirada
de 'coisas' na geladeira) etc.
O resultado desses cuidados será, sem dúvida, uma maior economia na energia
elétrica consumida. Menor gasto.

Ainda há a considerar o lado 'místico' dessa prática. "Superstições", mesmo
que adentremos no Século XXI, ainda são pensamentos comuns entre milhões de
pessoas (infelizmente!). Não poderia lhe indicar, nesse caso, qual o 'elo
místico' entre as garrafas e a conta de luz ... acredito que ninguém o
consiga.

Essa 'prática' pode, por outro lado, ser até prejudicial no caso de ocorrer
vazamentos d'água dessas garrafas para o interior do relógio.
Curtos-circuitos sérios podem levar a rede elétrica domiciliar à destruição.
Outro problema possível: garrafas transparentes, com água, formam lentes
cilíndricas, focando a energia luminosa sobre área menor. O sobreaquecimento
na base delas pode originar novos problemas.

Ano passado, trocando correspondência sobre o tema, com um amigo do campo da
eletrônica, lembro-me que brinquei:"Newton, já que a tensão é de 110VAC,
porque não colocar 110 garrafas (PET, 2 litros) deitadas, arrumadinhas, uma
com o gargalo prá cá e outra com o gargalo prá lá, "alternadamente". Para
220VAC, recomendaria garrafas (PET, 1 litro) menores, já que a corrente
circulante é menos intensa, também arrumadas alternadamente :-))"

Nota: Atualmente as potências elétricas dos chuveiros são bastante altas. Um
meu, particularmente, tem 6500W (6,5 kW) controlado por TRIAC --- logo, não
tem apenas as 'posições' quente, morno e frio, e sim uma gama contínua de 0
a 6500W. Vejamos o consumo, a plena potência de um 'banho de noiva' de 40
minutos (2/3 h) nesse chuveiro:
E = P.Dt = 6,5 kW x (2/3)h = 4,3 kWh

Comparemos com o consumo do monitor de um PC, cuja potência elétrica
consumida é de 40W (veja o rótulo atrás de seu PC), ou seja, "quanto tempo"
meu monitor deverá ficar ligado para consumir a mesma quantidade de energia
elétrica daquele banho de noiva:
E = P.Dt ==> 4,3 kWh = 0,040kW x H ==> H = 107,5 h = 6 450 minutos! = 21,5
dias com jornadas de trabalho de 5 horas/dia!

Comparemos com o rádio-relógio de cabeceira cuja potência é de 2W (a
potência de áudio é de 400mW):
E = P.Dt ==> 4,3 kWh = 0,002 kW x H ==> H = 2150 h = 89,6 dias de música
ininterrupta, 24 horas/dia!

Moral da história: Trabalhe (PC) e escute música ... esqueça o banho! :-))

Abraço
Léo
Luiz Ferraz Netto
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br "
===========================

Essa mensagem convenceu 8 das 12 respostas que enviei; 4 não concordaram.
Aceito críticas e sugestões para passar a convencer 99%.
[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Garrafas no 'relogio da luz'
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/09/2000 13:11

On Tue, 19 Sep 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Essa mensagem convenceu 8 das 12 respostas que enviei; 4 não concordaram.
> Aceito críticas e sugestões para passar a convencer 99%.

bem, pra sistemas biologicos, como eh o caso tbm de pessoas, o alfa padrao
eh de 95%...

mas digamos q. para vc convencer o maior numero de pessoas vc nao poderah
usar uma resposta padrao -- existe um tipo de diferenciacao entre as
pessoas q. delimitara' as estrategias de convencimento.

uma parte das pessoas pra serem convencidas terao q. ser instadas com
veemencia e seguidas vezes sobre algo: repita tres vezes com confianca uma
frase, repita tres vezes com confianca uma frase, repita tres vezes com
confianca uma frase q. ela sera' convencida.

a outros tipos dever-se-a' recorrer a uma autoridade e nao apenas a um
argumento autoritario: citacoes de Einstein ou figuras cientificas
eminentes dao conta do recado. alguns preferirao figuras mais ligadas a
conceitos misticos: gurus da nova era e profetas da velha...
expressoes-chave como: 'cientificamente comprovado que', 'estudos
rigorosos demonstraram que', 'os cientistas chegaram 'a seguinte
conclusao' ou 'isso eh uma blasfemia', 'eh um pecado mortal', 'da' um azar
danado', 'a confluencia energetica de seu karma serah profundamente
alterado'...

outros so' se convencerao com demonstracoes praticas, uns outros ainda
apenas com auto-desilusao... e uma parcela nao sera' demovida por nada
neste mundo.

eh preciso conhecer um pouco com quem se estah lidando e deve ter-se em
conta tbm q. essa classificacao nao eh fixa: uma mesma pessoa pode se
comportar de um modo em relacao a um tema e de outro modo completamente
oposto em relacao a outro tema... ha' tbm variacao nao apenas com o
decorrer das experiencias de vida, mas tbm alteracoes sazonais de
receptividade a contestacoes ou novos pontos de vista.

certa vez, nesta lista, por pura provocacao matematizei as variaveis
principais q. estariam em jogo -- mas ninguem respondeu (ou nao se
sentiram provocados ou acharam por bem me ignorar). resumia-se no
seguinte:

a mudanca de concepcao depende de -

a) quao fundamental eh a questao dentro da visao de mundo (profundidade da
modificacao);

b) quao ampla eh a modificao imposta;

c) quao forte eh considerado o indicio apresentado.

no caso da garrafa d'agua pareceria a principio q. nem se trata de uma
questao profunda, nem causa grandes modificacoes das concepcoes e o
menor indicio em contrario seria satisfatorio... mas porq. apenas 67% das
pessoas se convenceram?

bem, considere q. a amostra das pessoas q. lhe perguntaram nao deve ser
homogenea nem representativa da populacao total. embora alguns possam ter
entrado em contato apenas para se munirem de argumentos contrarios a uma
pratica q. jah consideram boba, uma boa parte pode ter buscado explicacoes
q. fundamentassem algo de q. jah estava convencida. esse aspecto diminui
sensivelmente o fator 'c'.

e tbm a suposicao da superficialidade do ponto pode estar errada para
algumas dessas pessoas -- o fato de ser um conhecimento tradicional,
passado pela mae ou pelo avoj cria um vinculo afetivo q. aprofunda o valor
q. tal concepcao tem para uma pessoa.

por motivos varios essa concepcao pode tbm acabar se intrincando com
outras concepcoes: no caso do avoj q. garante q. o truque funciona, a
negacao disso pode fazer com q. o avoj se passe ou por mentiroso ou por
ignorante. a pessoa nota mesmo uma diminuicao de consumo, mas nao estah
disposta a aceitar q. isso possa se dar por mero sugestionamento: creio q.
a maioria nao gosta de pensar q. seja tao facilmente influenciavel (poucas
pessoas aceitam ser questionadas em relacao 'a propria inteligencia...
embora possam aceitar q. sejam de pouca instrucao para uma dada area do
conhecimento). ela aceita uma ligacao entre agua e energia q. pra ela
explica o fenomeno das mares, da homeopatia, da influencia de campos
eletricos e energeticos na saude e vida das pessoas. ou a pessoa criou uma
'brainchild' q. explica direitinho para ela o fenomeno, nega'-lo eh matar
essa inspiracao q. cultivou com tto afeto e carinho. e por aih vai...

complica as coisas? complica. nao q. o ser humano nao seja previsivel --
em certa escala nos somos mais estereotipados do q. gostariamos de aceitar
-- mas em geral gostamos de introduzir dificuldades nas coisas mais
simples da vida.

pela internet eh um tto complicado, mas a maioria das pessoas leigas em
uma dada area dar-se-ao por satisfeitas se lhe forem apresentado um
alfarrabio de cinco tomos em q. em algum lugar esteja escrito q. sim ou q.
nao. (nao serah necessario nem mesmo uma explicacao adicional, mas se
estiver em negrito as chances aumentam barbaramente q. a pessoa seja
convencida -- por mais q. o autor seja uma personalidade obscura e a
obra nem mesmo seja cogitada na area em questao. a capa dura tbm eh um
quesito importante, a existencia de formulas e formulas matematicas e
diagramas complexos ao longo dos volumes tbm impressiona muito.)

outro modo eh descobrir a concepcao mais fundamental para a pessoa e
mostrar q. a questao (ou sua negacao) eh incompativel com essa concepcao
fundamental.

bem, todas essas possibilidades e consideracoes saem completamente dos
dominios da argumentacao logico-cientifica -- basicamente sao apelos ao
emocional. eticamente o seu uso eh deploravel, mas isso aponta para os
limites da capacidade e eficiencia da argumentacao estritamente racional.

tudo o q. eu falei sao racionalizacoes pra explicar as minhas frustracoes
com conversas infrutiferas [outro uso terapeutico q. descobri dos estudos
da embromatica... re re...]. nada pra ser levado a serio. os psicologos e
psiquiatras da lista poderao dizer qta bobagem eu disse aqui...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Garrafas no 'relogio da luz'
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/09/2000 14:03



Essa questao jah apareceu aqui na Ciencialist ... a alguns milhoes de
mensagens atras. :)

Como sempre, estou utilizando um terminal antigo para leitura dos mails
e nao consegui recuperar o(s) link da mensagem onde isso foi debatido.
Mas eh possivel fazer isso pelo site

http://www.egroups.com/list/ciencialist/

Nao sei ateh que ponto o sistema de busca funciona, em alguns casos
percebi que nao encontrava exatamente tudo na lista.

Tenho uma duvida, nao sei desde quando o Egroups abriu o seu banco de
dados para as 'search engines'; mas agora procurando por CIENCIALIST, no
www.google.com, aparecem milhares de resultados apresentando todas(?) as
mensagens da lista.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna




SUBJECT: Re: [ciencialist] Garrafas no 'relogio da luz'
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/09/2000 14:22

Acho que voce deve fazer a experiencia em sua propria casa
e depois informar dos resultados. As pessoas convencem-se
melhor com casos praticos do que com teorias. Pode-se fazer
uma experiencia simples. Deixar ligado um unico aparelho
durante uma hora. Uma vez com garrafa outra sem garrafa.

Joao
http://www.nonio.com

Luiz Ferraz Netto wrote:
>
>
> Olá todos,
>
> Sempre que posso atendo aos pedidos e respondo às perguntas recebidas via
> Feira de Ciências (www.feiradeciencias.com.br). Takata, ACMQ, Jocax etc. têm
> participado das perguntas 'esdrúxulas' que recebo. Agradeço às sugestões.
>
> Entre tais perguntas ocorre certa insistência (já são 12 com a de hoje!)
> sobre "as garrafas sobre o relógio de luz". Como resposta 'colo' a que já
> tenho pronta (ajustando nomes). Eis meu 'gabarito':
> ==============================================
> >Olá xxxxxxxxxxx,
> agradeço a mensagem, o estímulo e a visita ao site
> www.feiradeciencias.com.br.
>
> Muitas donas de casa que usam dessa 'prática' (colocar garrafas PET cheias
> de água sobre a caixa que contém o 'relógio da luz') dizem que a conta vem
> menor. Acredito que assim o seja.
> Mas (... sempre o esperado 'mas'!), não se trata de qualquer correlação com
> fenômenos (processos) físicos. Realmente, não há qualquer correlação entre
> as garrafas d'água lá colocadas e o consumo da energia elétrica da
> residência. É um 'efeito placebo', meramente 'psicológico'. Acredito que o
> processo placebo, no caso, funcione assim:
> (a) O visual daquelas garrafas sobre o relógio da luz é bastante repetitivo
> para a dona de casa, ocorrendo toda vez que o morador vai para aquele local
> (varanda, passeio, entrada etc.).
> (b) Desse modo, essa 'lembrança' é estimulada com bastante freqüência, a
> ponto de,
> (c) lembrando-se dos gastos com as contas de luz,
> (d) começa a desligar as luzes ao sair dos quartos, desligar a TV (que
> normalmente fica ligada a toa), diminuir os tempos de banho (esse é o maior
> consumo numa residência - veja nota* -), apagar a luz da varanda, não ficar
> com a porta da geladeira aberta por muito tempo (planejar melhor a retirada
> de 'coisas' na geladeira) etc.
> O resultado desses cuidados será, sem dúvida, uma maior economia na energia
> elétrica consumida. Menor gasto.
>
> Ainda há a considerar o lado 'místico' dessa prática. "Superstições", mesmo
> que adentremos no Século XXI, ainda são pensamentos comuns entre milhões de
> pessoas (infelizmente!). Não poderia lhe indicar, nesse caso, qual o 'elo
> místico' entre as garrafas e a conta de luz ... acredito que ninguém o
> consiga.
>
> Essa 'prática' pode, por outro lado, ser até prejudicial no caso de ocorrer
> vazamentos d'água dessas garrafas para o interior do relógio.
> Curtos-circuitos sérios podem levar a rede elétrica domiciliar à destruição.
> Outro problema possível: garrafas transparentes, com água, formam lentes
> cilíndricas, focando a energia luminosa sobre área menor. O sobreaquecimento
> na base delas pode originar novos problemas.
>
> Ano passado, trocando correspondência sobre o tema, com um amigo do campo da
> eletrônica, lembro-me que brinquei:"Newton, já que a tensão é de 110VAC,
> porque não colocar 110 garrafas (PET, 2 litros) deitadas, arrumadinhas, uma
> com o gargalo prá cá e outra com o gargalo prá lá, "alternadamente". Para
> 220VAC, recomendaria garrafas (PET, 1 litro) menores, já que a corrente
> circulante é menos intensa, também arrumadas alternadamente :-))"
>
> Nota: Atualmente as potências elétricas dos chuveiros são bastante altas. Um
> meu, particularmente, tem 6500W (6,5 kW) controlado por TRIAC --- logo, não
> tem apenas as 'posições' quente, morno e frio, e sim uma gama contínua de 0
> a 6500W. Vejamos o consumo, a plena potência de um 'banho de noiva' de 40
> minutos (2/3 h) nesse chuveiro:
> E = P.Dt = 6,5 kW x (2/3)h = 4,3 kWh
>
> Comparemos com o consumo do monitor de um PC, cuja potência elétrica
> consumida é de 40W (veja o rótulo atrás de seu PC), ou seja, "quanto tempo"
> meu monitor deverá ficar ligado para consumir a mesma quantidade de energia
> elétrica daquele banho de noiva:
> E = P.Dt ==> 4,3 kWh = 0,040kW x H ==> H = 107,5 h = 6 450 minutos! = 21,5
> dias com jornadas de trabalho de 5 horas/dia!
>
> Comparemos com o rádio-relógio de cabeceira cuja potência é de 2W (a
> potência de áudio é de 400mW):
> E = P.Dt ==> 4,3 kWh = 0,002 kW x H ==> H = 2150 h = 89,6 dias de música
> ininterrupta, 24 horas/dia!
>
> Moral da história: Trabalhe (PC) e escute música ... esqueça o banho! :-))
>
> Abraço
> Léo
> Luiz Ferraz Netto
> leo@barretos.com.br
> leo@esquinas.com.br
> www.feiradeciencias.com.br "
> ===========================
>
> Essa mensagem convenceu 8 das 12 respostas que enviei; 4 não concordaram.
> Aceito críticas e sugestões para passar a convencer 99%.
> []'
> Léo
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] Garrafas no 'relogio da luz'
FROM: "Francisco C. Brito" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/09/2000 18:43


> > Essa mensagem convenceu 8 das 12 respostas que enviei; 4 não
concordaram.
> > Aceito críticas e sugestões para passar a convencer 99%.
> > []'
> > Léo
> >
Voce fez a sua parte, orientou e esclareceu! Por que precisa convencer?



SUBJECT: Re: [ciencialist] Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.
FROM: Leandro <holanda@ift.unesp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/09/2000 20:25

> Claudio Abreu - Bidual
> wrote:
> Há anos venho escrevendo sobre a Teoria Geral da Bidualidade,
> objetivando chegar a um livro sobre
> ela. [...]
>
>
> A Teoria Geral da Bidualidade (TGBD) objetiva definir a estrutura de
> tudo o
> que existe e/ou não existe, no universo e/ou fora dele.
>
> E para ser geral a TGBD tem que se aplicar tanto ao dual das fases do
> universo
> e do não-universo, quanto ao dual das mutações do universo para o
> não-universo e vice-versa.
>
> [...]
> A TGBD é, sem duvida, muito ambiciosa, pois objetiva ser a Teoria de
> Tudo, ou
> Theory of Everything (TOE). Caso a TGBD seja verdadeira, seu autor
> acredita
> que ela será a síntese do conhecimento, e permitirá:
>
> a) conhecer o desconhecido a partir do que se conhece;
>
> b) testar a veracidade de toda e qualquer teoria científica;e,
>
> c) simplificar a ciência.
>
> O autor desde já agradece a participação de todos.
>
>

Parece ser bem interessante tal modelo... deixe que eu faça algumas
perguntas relacionadas à Física

. Como o modelo explica a existência de 4 forças fundamentais.
. A Física de hoje desconhece alguma força fundamental.
. A unificação das forças é possível ou elas são não-unificáveis.

Abraços
Leandro




SUBJECT: Re: [ciencialist] Garrafas no 'relogio da luz'
FROM: "Francisco C. Brito" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/09/2000 21:38

se foram bobagens! louvemos os bobos e inauguremos a bobática antropológica!
----- Original Message -----
From: "Roberto Mitsuo Takata" <rmt@ib.usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Tuesday, September 19, 2000 1:11 PM
Subject: Re: [ciencialist] Garrafas no 'relogio da luz'



On Tue, 19 Sep 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Essa mensagem convenceu 8 das 12 respostas que enviei; 4 não concordaram.
> Aceito críticas e sugestões para passar a convencer 99%.

bem, pra sistemas biologicos, como eh o caso tbm de pessoas, o alfa padrao
eh de 95%...

mas digamos q. para vc convencer o maior numero de pessoas vc nao poderah
usar uma resposta padrao -- existe um tipo de diferenciacao entre as
pessoas q. delimitara' as estrategias de convencimento.

uma parte das pessoas pra serem convencidas terao q. ser instadas com
veemencia e seguidas vezes sobre algo: repita tres vezes com confianca uma
frase, repita tres vezes com confianca uma frase, repita tres vezes com
confianca uma frase q. ela sera' convencida.

a outros tipos dever-se-a' recorrer a uma autoridade e nao apenas a um
argumento autoritario: citacoes de Einstein ou figuras cientificas
eminentes dao conta do recado. alguns preferirao figuras mais ligadas a
conceitos misticos: gurus da nova era e profetas da velha...
expressoes-chave como: 'cientificamente comprovado que', 'estudos
rigorosos demonstraram que', 'os cientistas chegaram 'a seguinte
conclusao' ou 'isso eh uma blasfemia', 'eh um pecado mortal', 'da' um azar
danado', 'a confluencia energetica de seu karma serah profundamente
alterado'...

outros so' se convencerao com demonstracoes praticas, uns outros ainda
apenas com auto-desilusao... e uma parcela nao sera' demovida por nada
neste mundo.

eh preciso conhecer um pouco com quem se estah lidando e deve ter-se em
conta tbm q. essa classificacao nao eh fixa: uma mesma pessoa pode se
comportar de um modo em relacao a um tema e de outro modo completamente
oposto em relacao a outro tema... ha' tbm variacao nao apenas com o
decorrer das experiencias de vida, mas tbm alteracoes sazonais de
receptividade a contestacoes ou novos pontos de vista.

certa vez, nesta lista, por pura provocacao matematizei as variaveis
principais q. estariam em jogo -- mas ninguem respondeu (ou nao se
sentiram provocados ou acharam por bem me ignorar). resumia-se no
seguinte:

a mudanca de concepcao depende de -

a) quao fundamental eh a questao dentro da visao de mundo (profundidade da
modificacao);

b) quao ampla eh a modificao imposta;

c) quao forte eh considerado o indicio apresentado.

no caso da garrafa d'agua pareceria a principio q. nem se trata de uma
questao profunda, nem causa grandes modificacoes das concepcoes e o
menor indicio em contrario seria satisfatorio... mas porq. apenas 67% das
pessoas se convenceram?

bem, considere q. a amostra das pessoas q. lhe perguntaram nao deve ser
homogenea nem representativa da populacao total. embora alguns possam ter
entrado em contato apenas para se munirem de argumentos contrarios a uma
pratica q. jah consideram boba, uma boa parte pode ter buscado explicacoes
q. fundamentassem algo de q. jah estava convencida. esse aspecto diminui
sensivelmente o fator 'c'.

e tbm a suposicao da superficialidade do ponto pode estar errada para
algumas dessas pessoas -- o fato de ser um conhecimento tradicional,
passado pela mae ou pelo avoj cria um vinculo afetivo q. aprofunda o valor
q. tal concepcao tem para uma pessoa.

por motivos varios essa concepcao pode tbm acabar se intrincando com
outras concepcoes: no caso do avoj q. garante q. o truque funciona, a
negacao disso pode fazer com q. o avoj se passe ou por mentiroso ou por
ignorante. a pessoa nota mesmo uma diminuicao de consumo, mas nao estah
disposta a aceitar q. isso possa se dar por mero sugestionamento: creio q.
a maioria nao gosta de pensar q. seja tao facilmente influenciavel (poucas
pessoas aceitam ser questionadas em relacao 'a propria inteligencia...
embora possam aceitar q. sejam de pouca instrucao para uma dada area do
conhecimento). ela aceita uma ligacao entre agua e energia q. pra ela
explica o fenomeno das mares, da homeopatia, da influencia de campos
eletricos e energeticos na saude e vida das pessoas. ou a pessoa criou uma
'brainchild' q. explica direitinho para ela o fenomeno, nega'-lo eh matar
essa inspiracao q. cultivou com tto afeto e carinho. e por aih vai...

complica as coisas? complica. nao q. o ser humano nao seja previsivel --
em certa escala nos somos mais estereotipados do q. gostariamos de aceitar
-- mas em geral gostamos de introduzir dificuldades nas coisas mais
simples da vida.

pela internet eh um tto complicado, mas a maioria das pessoas leigas em
uma dada area dar-se-ao por satisfeitas se lhe forem apresentado um
alfarrabio de cinco tomos em q. em algum lugar esteja escrito q. sim ou q.
nao. (nao serah necessario nem mesmo uma explicacao adicional, mas se
estiver em negrito as chances aumentam barbaramente q. a pessoa seja
convencida -- por mais q. o autor seja uma personalidade obscura e a
obra nem mesmo seja cogitada na area em questao. a capa dura tbm eh um
quesito importante, a existencia de formulas e formulas matematicas e
diagramas complexos ao longo dos volumes tbm impressiona muito.)

outro modo eh descobrir a concepcao mais fundamental para a pessoa e
mostrar q. a questao (ou sua negacao) eh incompativel com essa concepcao
fundamental.

bem, todas essas possibilidades e consideracoes saem completamente dos
dominios da argumentacao logico-cientifica -- basicamente sao apelos ao
emocional. eticamente o seu uso eh deploravel, mas isso aponta para os
limites da capacidade e eficiencia da argumentacao estritamente racional.

tudo o q. eu falei sao racionalizacoes pra explicar as minhas frustracoes
com conversas infrutiferas [outro uso terapeutico q. descobri dos estudos
da embromatica... re re...]. nada pra ser levado a serio. os psicologos e
psiquiatras da lista poderao dizer qta bobagem eu disse aqui...

[]s,

roberto takata


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Para sair da lista envie um mail para:
ciencialist-unsubscribe@egroups.com
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SUBJECT: Velocidades Superluminais
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/09/2000 23:36

[Leandro]
> Sobre as supostas "viagens no tempo" poderem ou n�o ser >realizadas ou
>como s�o tratadas em teoria, n�o domino o assunto.

[Alberto]
>Creio que o �nico que domina este assunto � o autor de "Cavalo de >Tr�ia"
>(fic��o) :-)).

[Leandro]
Se � sobre o livro do J.J. Benitez li o primeiro da s�rie e acho que daria
um bom livro de fic��o cient�fica (embora confesso que n�o domino bem a 7a.
arte :)

>N�o obstante, muitos f�sicos modernos acreditam nessa possibilidade e >at�
>mesmo defendem-na com veem�ncia. Realmente, n�o posso
>critic�-los por isso, apenas achar engra�ado.

[Leandro]
Nunca vi ou fiz estat�stica sobre, mas pelos que perguntei a alguns
conhecidos, nenhum acreditou na hip�tese.
Acredito que uma minoria acredite nessa possibilidade.
Certa vez li algo superficial sobre uma especula��o otimista que dizia que
embora fosse poss�vel em teoria, criar uma m�quina desse tipo seria
simplesmente imposs�vel. (Para criar uma, deveria fazer determinados
deslocamentos com buracos negros, imagine a demanda de energia no processo -
e, tamb�m, da �ltima estat�stica que ouvi, n�o havia nenhuma certeza sobre a
exist�ncia de buracos negros, somente bons candidatos).

Abra�os
Leandro

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SUBJECT: velocidade superluminal
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/09/2000 23:38

>[Leandro]
> - Por que a natureza � assim? Ou por que ela escolheu essas leis e >n�o
>outras?
> Essas (como tantas outras) ainda continuam sem resposta.
>
>
>[Alberto]
>N�o raramente, quando digo algo semelhante, chego a ser mal >interpretado,
>talvez por postar-me criticamente com rela��o � f�sica
>moderna. N�o obstante, foi o que aprendi com Feynmann, Schenberg,
> >Einstein, Bohr, Schrodinger e tantos outros que efetivamente fizeram
> >contribui��es importantes � ci�ncia.

Eu percebi isso. Procure ent�o trazer � tona discuss�es nas quais algu�m
tenha conseguido explicar classicamente um fen�meno que tenha sido
considerado um fen�meno puramente qu�ntico. Pois se uma previs�o certa �
somente feita por um modelo ele se tornar� mais fundamental que uma rival �
ele.
Sobre esse assunto, ouvi de um professor meu (que voc� outra vez me disse
que tive aulas de f�sica cl�ssica com professores de f�sica moderna) que um
fen�meno puramente qu�ntico havia sido explicado classicamente! (Eu n�o sei
ao certo se foi mesmo e nem mais me lembro qual mas eu pretendo em pr�xima
conversa que terei com ele descobrir qual foi).
Ele, assim como eu, acreditamos que a mec�nica qu�ntica tem as
caracter�sticas que lhe tornam fundamentais e no entanto, quando soube que
algu�m TERIA conseguido explicar classicamente um fen�meno qu�ntica, logo
divulgou a not�cia. Se tivesse feito o contr�rio, a� sim teria se comportado
como o que voc� chama de "colocar o tapete em a��o" ou "jogar para debaixo
do tapete".

>A meu ver, uma das grandes falhas da teoria cl�ssica reside na >tentativa
>de evoluir do eletromagnetismo de Maxwell para o >microcosmo,

Tamb�m penso assim.

Abra�os
Leandro
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SUBJECT: Velocidade Superluminal
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/09/2000 00:37

[Alberto]
>como j� me referi em msg anterior (el�tron e carga el�trica, na >thread
>"el�tron"). O potencial retardado de Li�nard-Wiechert >considera a carga
>el�trica puntiforme, o que impossibilita que >qualquer considera��o
>cl�ssica da� decorrente explique
>tais fen�menos, a menos que o campo do el�tron fosse efetivamente
>coulombiano. Se evoluirmos para um eletromagnetismo cl�ssico efetivo, >n�o
>apoiado na id�ia de fluidos el�tricos mas capaz de incorporar o >microcosmo
>gerador dos campos e "ondas", n�o creio que seria >imposs�vel chegarmos
>numa f�sica "ondulat�ria" n�o qu�ntica (no >sentido usual da palavra) a
>explicar todos esses fen�menos. Lembro >que o potencial retardado de
>Li�nard-Wiechert � uma das pontes a >interligar solidamente o
>eletromagnetismo de Maxwell, a relatividade >e a f�sica qu�ntica.

[Leandro]
Nunca pensei sobre isso. Suas hip�teses parecem razo�veis, mas eu n�o sei.
O que eu pretendo fazer no momento � verificar as condi��es da regra de
soma na eletrodin�nica qu�ntica valem na comodin�nica qu�ntica. Sup�e-se que
n�o vale. Se for esse o caso, a regra de soma n�o � um modelo matem�tico
fundamental e a� existriam algumas possibilidades :

a) Existe um modelo que consiga fitar melhor a curva dos resultados obtidos
que no momento a regra de soma � a melhor

b) A pr�pria estrutura da QED ruiria nesse caso o que abriria possibilidades
para uma nova eletrodin�nica.

Lembro-me que uma vez me perguntou se por acaso a QED preveria um an�logo
el�trico do efeito Aharonov-Bhom. N�o esqueci da pergunta. Vou continuar
procurando.

Como j� disse, a velocidade com que aprecem-me perguntas � muito menor �
velocidade com que encontro as respostas.
:^)


Abra�os
Leandro
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SUBJECT: Velocidade Superluminal
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/09/2000 00:42

> Eu percebi isso. Procure ent�o trazer � tona discuss�es nas >quais algu�m
>tenha conseguido explicar classicamente um fen�meno que >tenha sido
>considerado um fen�meno puramente qu�ntico. Pois se uma >previs�o certa �
>somente feita por um modelo ele se tornar� mais >fundamental que uma rival
>� ele.
> Sobre esse assunto, ouvi de um professor meu (que voc� outra >vez
>me disse que tive aulas de f�sica cl�ssica com professores de >f�sica
>moderna) que um fen�meno puramente qu�ntico havia sido >explicado
>classicamente! (Eu n�o sei ao certo se foi mesmo e nem mais >me lembro qual
>mas eu pretendo em pr�xima conversa que terei com ele >descobrir qual foi).

Se bem que temos resultados de experimentos que aparentemente teriam
violado a mec�nica qu�ntica ou relatividade. Como voc� nos trouxe o que
Willian Walker teria descoberto.
Vamos ver.

Abra�os
Leandro.
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SUBJECT: Velocidade Superluminal
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/09/2000 00:52

[Alberto]

>Por outro lado, se voc� tentar dotar o el�tron de giro e/ou de outra
>propriedade f�sica equivalente, voc� necessitar� reformular a teoria >de
>Maxwell. Fazendo isso, chegar� numa f�sica cl�ssica que explica, >de
>maneira n�o estratosf�rica, m�stica, surrealista, mirabolante, >irreal,
>etc., muitos dos fen�menos considerados como explic�veis >apenas pela
>f�sica qu�ntica.

Na verdade houve uma tentativa de explicar o spin classicamente. Mas quando
Lorentz fez os ajustes necess�rios para que uma abordagem cl�ssica
explicasse o spin alguns absurdos surgiram:
O el�tron ou teria que ser mais pesado que o pr�ton, ou maior que o �tomo!
Confesso que n�o vi essas contas para ver ser Lorentz acertou :)
Como concordo com sua id�ia. Se, ela tivesse certa, bastaria que Lorentz
n�o tivesse feito algumas considera��es que voc� nos lembrou (que n�o estou
apto de dizir se est�o certas ou n�o no momento).

[Alberto]

>Na realidade � outra matem�tica que d� certo, ainda que n�o tenha >conte�do
>f�sico algum.

Entendo o que quer dizer.

Abra�os
Leandro.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade Superluminal
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/09/2000 02:24

Mensagem 5949 - www.egroups.com/message/ciencialist/5949

[Leandro]
> > > Sobre as supostas "viagens no tempo" poderem ou não ser realizadas...

[Alberto]
> > ... muitos físicos modernos acreditam nessa possibilidade e até
> > mesmo defendem-na com veemência. Realmente, não posso
> >criticá-los por isso, apenas achar engraçado.

[Leandro]
> Nunca vi ou fiz estatística sobre, mas pelos que perguntei a alguns
> conhecidos, nenhum acreditou na hipótese.
> Acredito que uma minoria acredite nessa possibilidade.

Alberto:
Talvez eu tenha sido infeliz na colocação do termo "muitos", :-(, bem como
no sentido em que a frase pudesse vir a ser interpretada. Rigorosamente
falando, você está certo mas também não estou totalmente errado :-). Pois se
1% acreditarem, e sendo grande o número total de físicos, 1% de um grande
número pode ser descrito como muitos. A bem da verdade, não creio que este
número seja de outra ordem que não algo em torno de 1%. Mas repito que não
vejo mal algum nisso. Quanto à estatística, também não fiz mas baseei-me na
leitura de títulos das relações de artigos e abstracts de física que rondam
pela Internet em locais aparentemente sérios como, por exemplo,
http://xxx.lanl.gov/, dentre outros.

______________________________________________________

Mensagem 5951 - www.egroups.com/message/ciencialist/5951

[Alberto]
> >Não raramente, quando digo algo semelhante, chego a ser mal interpretado,
> >talvez por postar-me criticamente com relação à física moderna.

[Leandro]
> Eu percebi isso. Procure então trazer à tona discussões nas quais alguém
> tenha conseguido explicar classicamente um fenômeno que tenha sido
> considerado um fenômeno puramente quântico. Pois se uma previsão certa é
> somente feita por um modelo ele se tornará mais fundamental que uma rival
> à ele.

Alberto:
Eu tenho tentado mas não é fácil. No calor das discussões percebo que a
única preocupação do meu oponente é saber porque eu estou tentando explicar
o que a física quântica ou a relatividade já explicam. A partir de então ele
praticamente me estimula a ir contra a física moderna e ignora totalmente
qualquer outra consideração que porventura eu tenha feito. Esta regra já
norteou, sem exceção, cerca de 30 ou mais diálogos dos quais participei,
inclusive internacionais. Isso sinceramente não me preocupa pois como tenho
dito com freqüência, sou um cientista amador, no verdadeiro sentido da
palavra. Não obstante, como educador que também sou, isto deixa-me bastante
preocupado e até mesmo desmotivado, pois sinto que a educação nacional, não
apenas na física, mas também, está entregue nas mãos de medíocres.

[Leandro]
> Sobre esse assunto, ouvi de um professor meu (que você outra vez me disse
> que tive aulas de física clássica com professores de física moderna)...

Alberto:
Provavelmente eu estava generalizando aquilo que, a meu ver, é o mais
freqüente. De qualquer forma, a generalização é perigosa e não é impossível
que no "calor da batalha" eu tenha sido injusto. Se foi o caso, perdoe-me.

[Leandro]
> Ele, [...] quando soube que alguém TERIA conseguido explicar classicamente
> um fenômeno quântica, logo divulgou a notícia. Se tivesse feito o
> contrário, aí sim teria se comportado como o que você chama de "colocar o
> tapete em ação" ou "jogar para debaixo do tapete".

Alberto:
Não duvido que isso tivesse acontecido, mas não é a regra. Na universidade
existem acadêmicos que gostam do que fazem. E gostar de fazer ciência
implica em ter a mente aberta para aceitar o que a natureza nos mostra, não
aquilo que queremos enxergar. Infelizmente a maioria dos cientistas
profissionalizaram-se em demasia e isto está muito bem descrito por Thomas
Khun, que me parece ter sido o primeiro a denunciar o tapete. O erro de
Khun, a meu ver, não reside na descoberta do tapete mas na defesa e na
justificativa desta condição absurda. O próprio Khun, em seu livro
principal, refere-se a essa profissionalização quase com a mesma ênfase com
que fala em paradigmas (que na realidade transformaram-se em dogmas, com o
aval de Khun).

______________________________________________________

Mensagem 5952 - www.egroups.com/message/ciencialist/5952

[Alberto]
> > Se evoluirmos para um eletromagnetismo clássico efetivo, não
> > apoiado na idéia de fluidos elétricos mas capaz de incorporar o
> > microcosmo gerador dos campos e "ondas", não creio que seria impossível
> > chegarmos numa física "ondulatória" não quântica (no sentido usual da
> > palavra) a explicar todos esses fenômenos. Lembro que o potencial
> > retardado de Liénard-Wiechert é uma das pontes a interligar solidamente
> > o eletromagnetismo de Maxwell, a relatividade e a física quântica.

[Leandro]
> Nunca pensei sobre isso. Suas hipóteses parecem razoáveis, mas eu não sei.

Alberto:
Pois quando a idéia me ocorreu pela primeira vez, em 1983, não entendi como
ninguém havia pensado nisso antes. Estou há quase 20 anos procurando
indícios de alguém que tivesse pelo menos pensado em partículas não fluidas
ou puntiformes mas até agora não encontrei nada a respeito (a não ser
Lorentz, mas fora do âmbito do eletromagnetismo clássico e no sentido de
justificar comportamentos relativísticos). Se alguém pensou, não deu
continuidade a seus estudos. Parece-me que a semelhança entre a lei de
Coulomb com a lei da gravitação embotou a visão dos teorizadores (pois na
gravitação aparentemente isso não trás prejuízos -- a não ser em fenômenos
muito refinados como por ex., na possibilidade de uma explicação clássica
para o desvio do perihélio de Mercúrio).

______________________________________________________


Mensagem 5954 - www.egroups.com/message/ciencialist/5954

[Alberto]
> > Por outro lado, se você tentar dotar o elétron de giro [...]
> > você necessitará reformular a teoria de Maxwell. Fazendo isso, chegará
> > numa física clássica que explica, [...] muitos dos fenômenos
> > considerados como explicáveis apenas pela física quântica.

[Leandro]
> Na verdade houve uma tentativa de explicar o spin classicamente. Mas
> quando Lorentz fez os ajustes necessários para que uma abordagem clássica
> explicasse o spin alguns absurdos surgiram:
> O elétron ou teria que ser mais pesado que o próton, ou maior que o átomo!

Alberto:
Certa vez já criticaram minha teoria com este argumento, sem citar a fonte.
Agora que sei que deve-se a Lorentz vou procurar verificar (provavelmente
deve ter sido um de seus últimos trabalhos, pois Lorentz faleceu em
fevereiro de 1928). Não obstante, meu oponente na época referia-se a um
elétron "dotado de carga elétrica coulombiana" e girante, o que é bem
diferente da concepção que faço do elétron. Pelo que conheço da obra de
Lorentz, duvido que ele assumisse uma hipótese que não fosse essa (o elétron
de Lorentz tinha todas as características de uma carga elétrica macroscópica
comum, tanto na teoria dos elétrons livres quanto em suas deformações
relativísticas; e obedecia também à famosa equação de Lorentz, da mesma
forma que uma carga macroscópica). Lembro também da forte correlação entre
"e" e "m" do elétron, a famosa relação e/m da experiência de Thomson. Ora,
se estou afirmando que o elétron não tem carga elétrica coulombiana, o "e"
soa-me sem sentido. Logo nunca poderia utlizá-lo numa fórmula que
pretendesse fornecer a massa do elétron, o que acredito "teria sido feito"
por Lorentz (lembro que não li o trabalho).

Ou seja, o elétron girante de Lorentz seria a miniatura de uma carga
elétrica girante. O elétron que proponho em minha teoria é uma partícula
girante e que, "pelo fato de girar", gera um campo diferente de qualquer
campo da teoria de Maxwell mas que, ao ser integrado para uma carga elétrica
origina um campo de Coulomb e ao ser integrado para uma corrente elétrica
nos leva à lei de Ampère. Para Lorentz o elétron faria tudo isso sem
necessidade de girar. O giro era "algo a mais" e que se por um lado
explicava os achados de Stern e Gerlach (1924), relativos ao spin, por outro
complicava em demasia o eletromagnetismo, sem necessidade. Matematicamente
falando, essa complicação deve redundar na obtenção de uma massa absurda. É
assim que vejo o problema, de maneira muito superficial, pois não cheguei a
examinar os cálculos citados.

[Leandro]
> Confesso que não vi essas contas para ver ser Lorentz acertou :)
> Como concordo com sua idéia. Se, ela tivesse certa, bastaria que Lorentz
> não tivesse feito algumas considerações que você nos lembrou (que não
> estou apto de dizer se estão certas ou não no momento).

Parece-me que você captou o sentido da coisa, :-)), mas ainda assim julguei
conveniente explicar o fenômeno acima com mais detalhes.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Gemetica : "Por que precisa convencer ? "
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/09/2000 10:39



"Francisco C. Brito" wrote:

> Voce fez a sua parte, orientou e esclareceu! Por que precisa
> convencer?
>

"...Por que precisa convencer ? "

Sua pergunta eh mais profunda do que pode parecer aa primeira vista.

Tentarei responde-la aa luz da GEMETICA, antes porem, poderemos
generaliza-la :

"Por que um hospedeiro deseja propagar um meme como ativo?"

Antes vamos definir alguns termos tecnicos :
Hospedeiro = Individuo, representacao fenotipica
de um genotipo.
Meme ativo = meme que o hospedeiro acredita ser verdadeiro
Virulencia = Grau de desejo do hospedeiro em infectar
outros hospedeiros com um meme ativo. Assim,
maior a virulencia maior o desejo de infectar .

Podemos verificar que tanto maior eh a virulencia de um meme
quanto mais ativo for este meme.


Uma serie de causas respondem a pergunta principal :
- Algum meme ativo especifico pode fazer o trabalho de
propagar outros memes :
"ensina aquilo que acreditas" ou
"leve a 'palavra' aos que nao a possuem" ou
"Nao seja egoista: compartilhe o seu conhecimento"

Contudo, tais memes *nao* explicam a *vontade* do hospedeiro
em propagar o meme. Essa vontade eh um desejo instintivo e,
portanto, deve haver componentes geneticos induzindo-os.

Assim sendo, tais genes devem ser explicados aa luz dos
paradigma Darwinianos. Em outras palavras : O instinto de
propagar memes ativos deve ser explicado por um mecanismo
que confere vantagem evolutiva ao portador.

Analisemos o individuo a nivel da informacao
q ele pode fornecer:
Do ponto de vista do grupo social, o elemento que traz
informacoes uteis ao grupo eh bem visto e portanto recebera
alguma recompensa. Tanto mais bem visto e recompensado sera
o individuo quanto mais informacoes uteis ele fornece ao grupo.
Seu status e poder aumenta ou diminui na medida que ele eh
mais ou menos util ao grupo.

Individuos que nao fornecem nenhuma informacao util ao grupo,
mesmo que as possua, nao serao beneficiados com isso.

O nivel de aceitacao (status) dentro do grupo eh importante
e eh facil ver que realmente isso confere vantagem seletiva
aos portadores destes genes. Assim, estes alelos ( que induzem
o individuo a propagar memes ) tem a tendencia de se espalhar
no agrupamento mais que os outros.

Dessa maneira a selecao grupal favorece individuos que
propaguem memes ativos PRINCIPALMENTE se o compartilhamento
destes memes NAO PREJUDICA o seu portador.

Isso explica porque a virulencia eh maior quanto mais ativo
for o virus: Se o hospedeiro nao tem certeza que o meme
seja util ou que o meme pode prejudicar o grupo ele nao
arriscara seu status e prestigio com este meme.


O desejo de infectar cessa quando o hospedeiro verifica que
seu papel de transmissor foi cumprido : Percebe que o(s)
outro(s) ja foi/foram contaminado(s) com o meme ativo.

Eh interessante observar q este altruismo eh, na verdade,
fruto do beneficio que esta informacao trara ao vetor de
propagacao. Por isso sempre queremos que a autoria do meme
seja transmitido juntamente com a informacao.


Verificamos assim que o desejo de transmitir um meme ativo
pode ser explicado darwinianamente. Mas poderemos notar
que tanto mais EFETIVA eh essa propagacao do meme quanto maior
for o grau de contaminacao que conseguimos infringir.
Ou seja, como o meme esta ligado ao hospedeiro que o propagou,
se um maior numero de individuos for contaminado maior o status
do vetor de propagacao. E assim os memes ativos tendem a ser
espalhados numa reacao em cadeia desde que o ospedeiro acredite
que o meme eh verdadeiro e/ou util.


Poderemos responder as questoes :

-Todos os memes ativos induzem o hospedeiro a propaga-los?
Em geral Sim. Isto pq a maioria das pessoas eh portadora dos
genes propagadores de memes.

-O que faz um meme ser mais virulento que outros?
O grau de atividade ( crenca do hospedeiro ) e tambem
o fato de que o conhecimento do meme por outros individuos
nao prejudiquem o portador que o propaga.

Resumindo :
O individuo quer convencer por que ele acredita que esta com
a verdade e que isto beneficiara o portador da informacao e,
por conseguinte dele proprio.
Ele tem este desejo pq existem genes que o induzem a se
comportar de maneira a propagar memes ativos.

[]s
jocax



SUBJECT: Sangue em pó
FROM: "Daniel Sottomaior [SP]" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/09/2000 16:17

Depois de um bom tempo no metier (hehehe), esta é a primeira vez que
vejo algo novo.

http://www.estado.com.br/editorias/2000/09/20/ger356.html

Alguém conhece fenômenos semelhantes? Deve haver vários mecanismos
possíveis, mas quais seriam os mais prováveis?


Daniel



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sangue em pó
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/09/2000 16:49

On Wed, 20 Sep 2000, Daniel Sottomaior [SP] wrote:
> Alguém conhece fenômenos semelhantes? Deve haver vários mecanismos
> possíveis, mas quais seriam os mais prováveis?

faz alguns anos foi anunciado na midia q. alguns pesquisadores tinham
conseguido fabricar uma mistura q. exibia o mesmo comportamento q. o
'sangue de sao genaro'.

eh um liquido vermelho-sangue q. se solidifica se mantido em repouso, mas
ao ser agitado torna a se liquefazer... nao me lembro se numa das edicoes
da superinteressante ou da folha foi publicada uma receita da gororoba.

[]s,

roberto takata

------------------

http://www.skepdic.com/refuge/bunk.html

"May 8, 2000. "The substance some Neapolitans believe is the dried blood
of their patron, St Gennaro, liquefied on cue for a twice-yearly event the
faithful believe is a miracle." So begins a Reuters' story published on
Yahoo!.News.

The powder mysteriously turns to liquid twice a year -- on the saint's
feast day on September 19 and on the first
Saturday in May.

The event has been recorded on the two days almost without fail for the
past 600 years....

Italian scientists have confirmed that the substance inside the closed
vial is blood but cannot explain why it
liquefies regularly.

To its credit, the article does note that historians have no record of
this alleged blood relic before 1389, more than a thousand years after
Gennaro's alleged death. I say alleged death because there is no record he
even existed (Nickell, 79). Also, the Italian scientists who examined the
vial of blood in 1902 and in recent years were not allowed to take a
sample of the stuff to the lab. They were allowed to shine a light through
the vial and on the basis of a spectroscopic analysis concluded the
substance is blood (Nickell, 78). It is not true, however, to say that
scientists can't explain why the stuff in the vial liquefies regularly. A
professor of organic chemistry at the University of Pavia, Luigi
Garlaschelli, and two colleagues from Milan offered thixotropy as
an explanation. They made their own "blood" that liquefied and congealed,
using chalk, hydrated iron chloride and salt water. Joe Nickell did the
same with oil, wax and dragon's blood [a resinous
dark-red plant product].

The article does mention that the Neapolitans are a superstitious people,
but it does not mention that there are about 20 allegedly miraculous vials
of various saints' blood and nearly all of them are in the Naples region,
"indicative of some regional secret" (Nickell, 79). The article also
suggests that their superstitions may be justified. The number Neapolitans
associate with miracles--66--came up in the national lottery on May 6th.
The article also notes that the Neapolitans believe that if the blood
fails to liquefy, disaster is around the corner.

Disaster has struck on at least five occasions after the blood failed to
liquefy, including in 1527 when tens of thousands of people died from the
plague and in 1980 when 3,000 people died after a earthquake that
devastated southern Italy.

What isn't mentioned is how many times disaster didn't happen after the
blood failed to liquefy and how many times disaster did happen after the
blood did liquefy. A bit of selective thinking seems to be going on here.

The article also suggests that the 'miracle' is a con. It is noted that
Cardinal Michele Giordano, who carried the vial in this year's May
procession, is "under investigation on suspicion of complicity in
loansharking, extortion and criminal association following the arrest of
his brother in 1998." But the article doesn't mention that the ritual used
to also be performed on December 16, "but the liquefaction occurred
relatively rarely on those occasions--apparently due to the colder
temperature--and those observances have been discontinued" (Nickell, 81).
Most skeptics are convinced that whatever is in the vial is reacting to
some natural phenomenon, such as temperature change or motion. Even some
religious thinkers consider such 'miracles' frivolous and unworthy of God.
[thanks to Joe Littrell]

further reading

Nickell, Joe. Looking for a Miracle:
Weeping Icons, Relics, Stigmata, Visions and Healing Cures (Prometheus
Books: Buffalo, N.Y., 1993). $14.36 "

copirraite: Skeptic Dicionary 2000



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sangue em pó
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/09/2000 17:40

> Depois de um bom tempo no metier (hehehe), esta é a primeira vez que
> vejo algo novo.

quase todo ano falam do fenomeno, sempre mais ou menos nesta epoca -- qdo
tem a festa de sao genaro.

mais algumas paginas:

http://www.estado.com.br/jornal/96/09/13/NIZO17.HTM

http://www.uol.com.br/odia/ciencia/ci120104.htm

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: Garrafas no 'relogio da luz'
FROM: "Ronaldo Cordeiro [MG]" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/09/2000 17:53

--- In ciencialist@egroups.com, "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Olá todos,
>
> Sempre que posso atendo aos pedidos e respondo às perguntas
recebidas via
> Feira de Ciências (www.feiradeciencias.com.br). Takata, ACMQ, Jocax
etc. têm
> participado das perguntas 'esdrúxulas' que recebo. Agradeço às
sugestões.
>
> Entre tais perguntas ocorre certa insistência (já são 12 com a de
hoje!)
> sobre "as garrafas sobre o relógio de luz"...
>
> Essa mensagem convenceu 8 das 12 respostas que enviei; 4 não
concordaram.
> Aceito críticas e sugestões para passar a convencer 99%.
> []'
> Léo

Concordando com o Takata, acredito que cada pessoa possa ser
convencida por um tipo de argumento adequado. Sendo assim, elaborei
algumas sugestões de tipos de argumentos. Os demais participantes da
lista estão convidados a colaborar com mais sugestões:

Científico:
Estudos demonstram que não há correlação estatisticamente
significativa entre a presença de recipientes plásticos, contendo H2O,
instalados sobre os medidores de consumo de energia elétrica, e o
consumo mensal em kWh de residências. Acredita-se que o aparente
efeito se deva a fatores psicológicos.
[1] Cacciola S., Naya S. - Correlation Between Bottles Filled With
Water and Home Energy Consumption : A Statistical Analysis. 1992.
Science 256;
[2] Estevao L., Jorge E., Cardoso F.H. - Meta Analysis of 60
Double-Blind Studies on Reduction of Energy Consumption Using a
Brazilian Popular Technique. 1995. Nature 373;
[3] Netto N.S. et al, - Influence of Bottles Containing Water on
Electricity Measuring Devices. 1993. Science 260;

Religioso:
Já que não existe nenhuma relação entre a água nas garrafas e a
energia acusada pelo medidor, se o consumo cair só pode ser por obra
do demônio!

Apelo à autoridade (científico):
Nunca houve garrafas d'água nos medidores das casas de Einstein,
Planck, Heisenberg, Pauling, Hawking, Carl Sagan...

Apelo à autoridade (religioso):
Nunca houve garrafas d'água no medidor da casa do Papa, do Edir
Macedo, do Dalai Lama, do Chico Xavier, do Reverendo Moon... (OBS:
escolher somente UM!).

Apelo à autoridade (beldades famosas):
Nunca houve garrafas d'água nos medidores das casas da Cindy Crawford,
da Sharon Stone, da Gisele Bündchen, da Tiazinha, da Feiticeira...
(OBS: cuidado! Isso pode ser mentira!)

Místico:
Não existe nenhuma justificativa energética, nem cósmica, nem cármica
para o consumo de energia cair. As garrafas nem têm forma de pirâmide!

Cético politicamente correto:
Ainda não há nenhuma prova de que as garrafas de água possam reduzir o
consumo de energia elétrica (mas podemos elaborar uma experiência para
testar isso).

Cético rigoroso:
Não existem estudos adequadamente controlados, publicados na
literatura científica peer-reviwed,dando respaldo à afirmação de que
as garrafas de água possam influir no consumo de energia elétrica.

Cético linha dura:
HUAHUAHUAHUAHUAHUAHUA!

Político:
Amigo eleitor! Se eleito, prometo resolver esse problema que tanto
aflige o nosso sofrido povo --os descamisados, os despossuídos, os
pés-descalços-- que é o preço abusivo dos serviços, como o da
eletrificação! Mas não será com artifícios inúteis como o de colocar
garrafas por sobre os medidores! Isso é coisa das elites dominantes
que querem sacrificar o nosso povo sofrido com serviços cada vez mais
caros, para sustentar os interesses oligárquicos e multinacionais.
Temos sim é que lutar pela energia mais barata para todos. Só assim
levaremos o país à modernidade!

Mineiro:
Sebesta! Tem nada diss não, uai! Es trem de ponhá garrafa ni relojo
funciona nada não, sô! Nóis fêiz lá em casa e as conta vei du
meeeeeeeesmu jeitim!

Da moda:
Já pensou que hor-ror alguém passar na frente da sua casa e ver o
medidor de energia com aquelas garrafas de plástico cafonérrimas, que
não combinam com nada, cheias de água! Imagina! Que coisa mais demodê!
Olha, querida, se vc quer ter uma casa chiquérrima, divina,
maravilhosa, não faça uma coisa dessas nun-qui-nha!

Machão:
Só me faltava essa agora! Olha aqui, espada que é espada não fica
colocando garrafinha de água em medidor de energia! Nem se for garrafa
de Caracu! Pra a mim isso é coisa de boiola!

[]s
Ronaldo Cordeiro
Dicionário Céptico: http://www.dicceptico.cjb.net



SUBJECT: Re: Sangue em pó
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/09/2000 20:13

Procurando por Thixotropy + blood no www.google.com. Encontrei isto
(relacionado com a discussão).

http://www.mimuw.edu.pl/delta/delta5/Rejmer2.htm

Chemistry of Supernatural Compounds

http://www.cicap.org/en/e_su02.htm

Ateh mais.
Luis Brudna.









SUBJECT: proporção divina
FROM: Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@zaz.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/09/2000 20:36

Na natureza há uma série de objetos que obedecem à proporção divina ou
áurea, relativa à série de fibonacci. Há relações na face, no crânio, entre
as falanges e até mesmo no cartão de crédito. Na minha profissão,
particularmente relacionada a ortodontia e ortopedia facial, utilizamos esta
proporção como parâmetro estético para cirurgias ou movimentações dentárias.
Um dos rostos com relações mais próximas da proporção divina é o da Brooke
Shields.
Alguém tem dados mais curiosos sobre esta proporção?

PhiloX



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Garrafas no 'relogio da luz'
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/09/2000 21:45

Bem,

existem uma serie de crendices testaveis:

- leite com manga eh venenoso;
- deve se cobrir o espelho nas tempestades;
- saco d'agua pendurado no teto afasta moscas;

como creio q. nao existem trabalhos publicados sobre isso e dificilmente
um pesquisador serio se dignaria a testar isso (olha o ignobil) e menos
ainda aceitaria uma revista publicar os resultados, creio q. esteja aih um
belo filao literario: pesquisas despretensiosas sobre supostos fenomenos
ligados 'as crencas populares... funciona como um guia de curiosos, mas
com resultados tabulados...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [OT] Apostila de Genetica
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/09/2000 00:26

Alguém poderia me algum link ou me fornecer um documento que contenha os
seguintes dados :

Estrutura dos aminoácidos
Tabela dos aminoácidos (aquela que diz qual AA cada trica de bases do
DNA representa)
Algumas informações basicas sobre o processo de duplicação, transcrição,
etc do DNA
Diferenças básicas antre o DNA e o RNA

obrigado


SUBJECT: Re:[ciencialist] [OT] Apostila de Genetica
FROM: "dra_savat"<dra_savat@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/09/2000 10:39

Experimente estes sites:
BIREME ( Biblioteca Regional de Medicina)
www.epm.br/bireme/bireme.htm
ValerieScience:
www.iis.com.br/~valerie/


> -------------------------- eGroups Sponsor -------------
>
> Algu�m poderia me algum link ou me fornecer um
documento que contenha os
> seguintes dados :
>
> Estrutura dos amino�cidos
> Tabela dos amino�cidos (aquela que diz qual AA cada
trica de bases do
> DNA representa)
> Algumas informa��es basicas sobre o processo de
duplica��o, transcri��o,
> etc do DNA
> Diferen�as b�sicas antre o DNA e o RNA
>
> obrigado
>
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> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
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SUBJECT: Re:[ciencialist] proporção divina
FROM: "dra_savat"<dra_savat@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/09/2000 11:40

Alguns crit�rios matem�ticos de descri��o de um rosto
perfeito:
1. Entre os dois olhos deve caber pelo menos a medida de
um olho
2. A sobrancelha deve ser curva e ter a por��o mais alta
sobre a pupila
3. O maior eixo do nariz deve medir 1/3 do maior eixo
longitudinal do rosto
4. A base do nariz deve ter o tamanho de um olho
5. A boca deve medir duas vezes o tamanho de um olho
6. A boca deve estar na altura de 1/3 da dist�ncia entre
a base do nariz e o queixo
7. Deve haver simetria entre as duas semi face. ( imagem
em espelho)

Acredito que Brooke Shields se encaixa nestes par�metros!




> -------------------------- eGroups Sponsor -------------
>
> Na natureza h� uma s�rie de objetos que obedecem �
propor��o divina ou
> �urea, relativa � s�rie de fibonacci. H� rela��es na
face, no cr�nio, entre
> as falanges e at� mesmo no cart�o de cr�dito. Na minha
profiss�o,
> particularmente relacionada a ortodontia e ortopedia
facial, utilizamos esta
> propor��o como par�metro est�tico para cirurgias ou
movimenta��es dent�rias.
> Um dos rostos com rela��es mais pr�ximas da propor��o
divina � o da Brooke
> Shields.
> Algu�m tem dados mais curiosos sobre esta propor��o?
>
> PhiloX
>
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SUBJECT: Notícias de Ciência
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ajc <ajciencia@egroups.com>
DATE: 21/09/2000 14:28


Notícias nonio.com
Artigos recentemente publicados no nonio.com

Empresa privada prepara missão à Lua
A LunaCorp é uma empresa americana de exploração espacial.
A LunaCorp pretende colocar um 'rover' telecomandado na Lua
no ano 2003. O 'rover' está a ser construído em colaboração com
o Instituto de Robótica da Universidade de Carnegie Mellon.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=59


X - prize Foundation
A X-PRIZE Foundation é uma fundação sem fins lucrativos
financiada por privados com sede em St Louis EUA cujo objectivo
é promover a criação de uma nova geração de veículos
espaciais. A X-PRIZE Foundation oferece 10 milhões de dólares
à primeira empresa privada que consiga colocar 3 passageiros
a 100 km de altitude 2 vezes em duas semanas.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=58


Hipótese Gaia
Segundo a hipótese Gaia proposta por James Lovelock e Lynn
Margulis a Vida e a Terra evoluem em conjunto. A Vida
influencia a geologia, a composição da atmosfera e o clima através
de vários sistemas de feedback. A Terra funciona como um grande
organismo vivo em que cada uma das partes é necessária para
manter as condições necessárias à vida.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=61


Dark Life - Os Extremófilos
"Dark Life" é um relato jornalístico das descobertas realizadas ao
longo dos últimos 10 anos de novos tipos de microorganismos que
habitam o interior do nosso próprio planeta. Estas descobertas
estão a revolucionar a biologia e abrem novas pistas para a
procura de vida noutros planetas.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=60


Nanomedicina
No futuro robots do tamanho de bactérias serão utilizados como
instrumentos médicos capazes de destruir agentes patogénicos
ou de corrigir as deficiências genéticas das células.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=57



SUBJECT: Re: Sangue em pó
FROM: "Daniel Sottomaior [SP]" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/09/2000 14:30

Luis Roberto Brudna escreveu
> Procurando por Thixotropy + blood no www.google.com. Encontrei
> isto (relacionado com a discussão).
>
> http://www.mimuw.edu.pl/delta/delta5/Rejmer2.htm
>
> Chemistry of Supernatural Compounds
> http://www.cicap.org/en/e_su02.htm

Pô, esse pessoal da STR e do FCB é foda, hein? Hehehe... desculpem-me
por não ter feito a lição de casa.


Daniel



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Garrafas no 'relogio da luz'
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/09/2000 15:51

Roberto escreve:

# Bem,

existem uma serie de crendices testaveis:

- leite com manga eh venenoso;
- deve se cobrir o espelho nas tempestades;
- saco d'agua pendurado no teto afasta moscas;

como creio q. nao existem trabalhos publicados sobre isso e dificilmente
um pesquisador serio se dignaria a testar isso (olha o ignobil) e menos
ainda aceitaria uma revista publicar os resultados, creio q. esteja aih um
belo filao literario: pesquisas despretensiosas sobre supostos fenomenos
ligados 'as crencas populares... funciona como um guia de curiosos, mas
com resultados tabulados... #

De início agradeço a todas as sugestões e críticas ao meu 'gabarito' de
respostas à pergunta das garrafas no relógio.
Particularmente, ao Roberto, como sempre, esmiuçando o esmiusável! Usarei
dessas dicas nas próximas respostas.

Um listeiro argumentou "por que convencer?". Respondo. De todas as críticas
postas no Ciêncialist (uma lista bem formada e bem acima da média nos
conceitos de educação e cultura), por exemplo, ninguém foi a favor da
hipótese de que as garrafas possam diminuir o consumo de energia elétrica.
Isso é uma opinião generalizada à qual não posso voltar as costas; não se
trata da 'palavra da autoridade' e sim pensamento de um grupo notadamente
selecionado, ao qual (pensamento geral) acrescento minha modesta parcela.
Então, a menos que alguém se manifeste contra, é 'meu dever de educador'
professar que isso deve ser tomado como 'verdadeiro' e tentar, a todo pano,
convencer aos jovens que sobre mim depositam alguma confiabilidade 'que
garrafas com água não interferem na conta da luz', 'que o azul do céu não é
reflexão nas águas', 'que perpetuum mobile é impossível', 'que olhos de gato
não brilham no escuro' etc. Se todos os educadores se fixassem unicamente em
'orientar e esclarecer', deixando ao livre arbítrio a aceitação ou não do
proposto, seriam apenas os professores da atualidade ... e suas
consequencias.

Voltemos ao Takata:
# existem uma serie de crendices testaveis:

- leite com manga eh venenoso;
- deve se cobrir o espelho nas tempestades;
- saco d'agua pendurado no teto afasta moscas; #

A primeira é crendice; merece até um trocadilho: Crem Dice que manga com
leite faz mal?

A segunda tem explicação lógica: a mulheres (exclusivamente) cobrem os
espelhos durante as tempestades para, por ocasião dos relâmpagos, não se
'deslumbrarem' com suas imagens refletidas no espelho.

A terceira, não concordo.
Correndo o perigo de ["dificilmente um pesquisador serio se dignaria a
testar isso (olha o ignobil) e menos ainda aceitaria uma revista publicar os
resultados (Takata)"], deixar de ser sério, coloco:
O saco plástico (ou melhor ainda, garrafas transparentes) com água desvia o
plano de polarização da luz que a atravessa (a luz solar é parcialmente
polarizada). No ambiente interno (tais sacos e/ou garrafas são pendurados
nos limites de um aposento) a luz polarizada passa a pertencer a vários
planos; há uma alteração no padrão geral. O 'zóio' multifacetado das moscas
enxerga aquele novo e confuso padrão e, pelo que entendo, causa-lhes
desorientação.... e 'dão no pé' (ou nas asas).
Como a coisa não é dificil de ser levada á experimentação proponho que
reproduzam o que faço aqui em minha varanda externa (adaptando ao caso de
cada um):
"Receita do Léo para acabar com as moscas no ambiente"
Encha garrafas plásticas transparentes (deixe apenas o espaço de ar adequado
à dilatação); amarre os gargalos com linha de pesca e dependurem espaçadas
de 1,5m (a altura depende do ambiente e da possibilidade de bater a cabeça
nelas).

Para testar a alteração do plano de polarização basta dispor de uma chapa
plástica polarizadora (quem não tiver avise que posso emprestar algumas
minhas ou indicar onde vcs podem achá-las dentro de sua própria casa). O
teste é feito assim: afaste uma das garrafas e coloque a placa polarizadora
a altura de seus olhos para pegar a luz proveniente daquela região e então
recoloque a garrafa e verifique que é necessário girar a placa para retornar
à quantidade de luz anterior. O plano se polarização foi modificado.
Verifique a incidência de moscas no ambiente. Deixe umas miga;has espalhadas
numa região do ambiente e conte as moscas antes e depois do 'dia das
garrafadas'.

Observem, orientei, esclareci e mostrei experimento para convencê-los disso.
Filosofar não é fazer Ciência. O primeiro reduz-se apenas ao fato de
escrever para que se possa ler, não segue o Método e nem cria tecnologia; o
segundo é o amparo físico da humanidade.
Tenho um texto sobre isso: "O Jovem Novo Selvagem" ...
www.feiradeciencias.com.br/sala19/index19.htm

Agora, sem moscas,
[]'
Léo







SUBJECT: Re: Re:[ciencialist] propor��o divina
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/09/2000 15:57


#Acredito que Brooke Shields se encaixa nestes par�metros!#

Fiz as medidas sobre uma foto ampliada minha, conclus�o: eu me encaixo
perfeitamente com a Brooke Shields! :-))

Nota: a tela do monitor e das TVs seguem o ret�ngulo �ureo.

[]'
L�o






SUBJECT: espanta-moscas optico
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/09/2000 18:13

On Thu, 21 Sep 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Particularmente, ao Roberto, como sempre, esmiuçando o esmiusável! Usarei
> dessas dicas nas próximas respostas.

nao fale isso nem brincando.

> Correndo o perigo de ["dificilmente um pesquisador serio se dignaria a
> testar isso (olha o ignobil) e menos ainda aceitaria uma revista publicar os
> resultados (Takata)"], deixar de ser sério, coloco:

bem, nao descarto a priori a possibilidade de q. haja algum efeito --
alguns insetos como as abelhas parecem utilizar-se da polarizacao da luz
para navegacao. e algumas especies de moscas tbm. mas aguardo o resultado
de seu experimento comprovando a eficiencia dos sacos d'agua como
repelentes opticos de moscas. (a minha duvida eh apenas circunstancial --
porq. nenhuma empresa inventou uma lampada repelente de moscas domesticas?
seria economicamente inviavel? e nas costelarias em q. havia os sacos
pendurados por q parecia nao haver tao menos moscas do q. o usual? -- nao
q. isso deponha muito contra a hipotese, jah q., embora as empresas tentem
ser suficientemente espertas, muitas vezes elas sao cegas como toupeiras
pra solucoes obvias e nao fiz nenhum estudo detalhado sobre densidades
de moscas em churrascarias de talheres gordurosos...)

uma alteracao no protocolo do experimento q. proponho eh fazer os
experimentos no mesmo dia em comodos diferentes -- jah q. pode haver uma
grande alteracao populacional de um dia para outro. para a captura de
moscas acho q. o mais pratico eh aquele papel pega-moscas q. se umedece
pra atrair e matar moscas (nao sei se ainda existe): aih nao eh preciso
ficar observando o tempo todo a visitacao dos insetos, basta contar a
qtdade de mortos ao final do experimento...

-------
um metodo alternativo mais controlado (mas mais complicado e
dispendioso) eh construir uma gaiola com madeira e tela, dividida ao meio
com uma placa de madeira -- a comunicacao entre os dois setores pode ser
feita com um buraco ao fundo e/ou ao topo q. permita a livre passagem das
moscas de um lado ao outro. de um lado coloca-se o saco d'agua pendurado
no teto da gaiola. libera-se uma mesma qtdade de moscas em cada parte e
depois de um tempo faz-se a contagem comparando o numero final de moscas
em um lado e no outro. como controle pega-se uma caixa semelhantes, mas
sem o saco, liberando-se as moscas do mesmo modo.

alguns controles adicionais podem ser feitos: uma gaiola com saco d'agua
nos dois lados. liberacao de moscas em apenas um dos lados...

a minha hipotese particular, baseada apenas em 'indicios' circunstanciais,
eh q. nao havera' diferenca estatisticamente significativa na distribuicao
das moscas entre as duas metades.

-- uma variacao no teste eh liberar a mosca apenas em um lado, tendo como
controle uma gaiola com moscas liberadas no outro lado.
--------------

agora a pergunta: quem se propoem a fazer o teste e relatar os resultados?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] proporção divina
FROM: Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@zaz.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/09/2000 18:32

Há outros

largura interzigomática = 75% da altura facial (nasion- pogonion)
Canto do olho a orelha= largura da boca
Terços faciais iguais, do pogonion a base do nariz, da base do nariz ao nasion
e do nasion a linha do cabelo.

Há uma serie de autores que estabeleceram estes critérios, entre eles powell e
viazis.

Rodrigo

dra_savat wrote:

>
> Alguns critérios matemáticos de descrição de um rosto
> perfeito:
> 1. Entre os dois olhos deve caber pelo menos a medida de
> um olho
> 2. A sobrancelha deve ser curva e ter a porção mais alta
> sobre a pupila
> 3. O maior eixo do nariz deve medir 1/3 do maior eixo
> longitudinal do rosto
> 4. A base do nariz deve ter o tamanho de um olho
> 5. A boca deve medir duas vezes o tamanho de um olho
> 6. A boca deve estar na altura de 1/3 da distância entre
> a base do nariz e o queixo
> 7. Deve haver simetria entre as duas semi face. ( imagem
> em espelho)
>
> Acredito que Brooke Shields se encaixa nestes parâmetros!
>
> > -------------------------- eGroups Sponsor -------------
> >
> > Na natureza há uma série de objetos que obedecem à
> proporção divina ou
> > áurea, relativa à série de fibonacci. Há relações na
> face, no crânio, entre
> > as falanges e até mesmo no cartão de crédito. Na minha
> profissão,
> > particularmente relacionada a ortodontia e ortopedia
> facial, utilizamos esta
> > proporção como parâmetro estético para cirurgias ou
> movimentações dentárias.
> > Um dos rostos com relações mais próximas da proporção
> divina é o da Brooke
> > Shields.
> > Alguém tem dados mais curiosos sobre esta proporção?
> >
> > PhiloX
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Garrafas no 'relogio da luz'
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/09/2000 18:37

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 21 de Setembro de 2000 15:51
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Garrafas no 'relogio da luz'


> Então, a menos que alguém se manifeste contra, é 'meu dever de educador'
> professar que isso deve ser tomado como 'verdadeiro' e tentar, a todo
> pano, convencer aos jovens que sobre mim depositam alguma confiabilidade
> 'que garrafas com água não interferem na conta da luz',...

Não participei da discussão mas acompanhei-a com inusitado interesse e
concordo com sua síntese. Porém, e apenas para ser chato, diria que não é
impossível que garrafas interfiram com contas de luz, ainda que na prática a
teoria seja outra. Suponhamos, por exemplo, que as contas de luz passem a
ser enviadas pelo sistema antigo utilizado pelos náufragos, ou seja, através
de garrafas. Suponhamos ainda que, por questão de estabilidade ou outra
qualquer, resolva-se colocar alguma água nesta garrafa, o que obviamente
requererá um sistema de vedamento da mensagem. Neste caso, a conta de luz
será tanto maior quanto mais cara for a garrafa com água utilizada.

Esta foi a única exceção possível que encontrei à regra (o que não significa
dizer que não existam outras). De qualquer forma, é algo que se situa no
terreno do humorismo científico e não da pseudo-ciência, onde acredito
situar-se a grande maioria das conjecturas a desacreditarem da regra.

> Filosofar não é fazer Ciência.

Certamente não é mas convido-os a lerem uma mensagem que postei hoje na
Acropolis onde tento expor como eu evolui do livre pensar, ou filosofar,
para o teorizar em ciência (ainda que a ciência a que me refiro seja
considerada, por enquanto, como alternativa). A mensagem intitula-se "Do
micro ao macrocosmo ou vice-versa" e pode ser lida clicando-se em
http://www.egroups.com/message/acropolis/3612

Aliás, vejo uma diferença importante entre as listas de filosofia e as
listas de ciência nacionais. Nas primeiras, os demais participantes estão
preocupados em saber o que eu penso sobre um determinado problema; nas
últimas, os demais participantes estão preocupados em saber o que eu penso
sobre o que as autoridades científicas pensam sobre um determinado problema.
Talvez tenha sido esse o motivo pelo qual optei por postar a mensagem
referida na Acropolis e não na Ciencialist. Em miúdos: Ciência sem filosofia
= dogmatismo científico.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] espanta-moscas optico
FROM: Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@zaz.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/09/2000 18:41

Se eu nao me engano ja existe uma lampada repelente de insetos. O problema eh que
as moscas domesticas aparece mmais durante o dia, assim uma lampada nao tem muito
uso.

PhiloX

Roberto Mitsuo Takata wrote:

>
> On Thu, 21 Sep 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:
> > Particularmente, ao Roberto, como sempre, esmiuçando o esmiusável! Usarei
> > dessas dicas nas próximas respostas.
>
> nao fale isso nem brincando.
>
> > Correndo o perigo de ["dificilmente um pesquisador serio se dignaria a
> > testar isso (olha o ignobil) e menos ainda aceitaria uma revista publicar os
> > resultados (Takata)"], deixar de ser sério, coloco:
>
> bem, nao descarto a priori a possibilidade de q. haja algum efeito --
> alguns insetos como as abelhas parecem utilizar-se da polarizacao da luz
> para navegacao. e algumas especies de moscas tbm. mas aguardo o resultado
> de seu experimento comprovando a eficiencia dos sacos d'agua como
> repelentes opticos de moscas. (a minha duvida eh apenas circunstancial --
> porq. nenhuma empresa inventou uma lampada repelente de moscas domesticas?
> seria economicamente inviavel? e nas costelarias em q. havia os sacos
> pendurados por q parecia nao haver tao menos moscas do q. o usual? -- nao
> q. isso deponha muito contra a hipotese, jah q., embora as empresas tentem
> ser suficientemente espertas, muitas vezes elas sao cegas como toupeiras
> pra solucoes obvias e nao fiz nenhum estudo detalhado sobre densidades
> de moscas em churrascarias de talheres gordurosos...)
>
> uma alteracao no protocolo do experimento q. proponho eh fazer os
> experimentos no mesmo dia em comodos diferentes -- jah q. pode haver uma
> grande alteracao populacional de um dia para outro. para a captura de
> moscas acho q. o mais pratico eh aquele papel pega-moscas q. se umedece
> pra atrair e matar moscas (nao sei se ainda existe): aih nao eh preciso
> ficar observando o tempo todo a visitacao dos insetos, basta contar a
> qtdade de mortos ao final do experimento...
>
> -------
> um metodo alternativo mais controlado (mas mais complicado e
> dispendioso) eh construir uma gaiola com madeira e tela, dividida ao meio
> com uma placa de madeira -- a comunicacao entre os dois setores pode ser
> feita com um buraco ao fundo e/ou ao topo q. permita a livre passagem das
> moscas de um lado ao outro. de um lado coloca-se o saco d'agua pendurado
> no teto da gaiola. libera-se uma mesma qtdade de moscas em cada parte e
> depois de um tempo faz-se a contagem comparando o numero final de moscas
> em um lado e no outro. como controle pega-se uma caixa semelhantes, mas
> sem o saco, liberando-se as moscas do mesmo modo.
>
> alguns controles adicionais podem ser feitos: uma gaiola com saco d'agua
> nos dois lados. liberacao de moscas em apenas um dos lados...
>
> a minha hipotese particular, baseada apenas em 'indicios' circunstanciais,
> eh q. nao havera' diferenca estatisticamente significativa na distribuicao
> das moscas entre as duas metades.
>
> -- uma variacao no teste eh liberar a mosca apenas em um lado, tendo como
> controle uma gaiola com moscas liberadas no outro lado.
> --------------
>
> agora a pergunta: quem se propoem a fazer o teste e relatar os resultados?
>
> []s,
>
> roberto takata
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] espanta-moscas optico
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/09/2000 18:43

On Thu, 21 Sep 2000, Rodrigo Frizzo Viecilli wrote:
> Se eu nao me engano ja existe uma lampada repelente de insetos. O problema eh que
> as moscas domesticas aparece mmais durante o dia, assim uma lampada nao tem muito
> uso.

nada impediria q. a lampada fosse acesa tbm durante o dia (a menos q. ela
gastasse muita eletricidade)...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] espanta-moscas optico
FROM: Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@zaz.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/09/2000 19:03

claro, mas a quantidade de iluminaçao que sai dessa lampada eh muito pouca (se eu nao
me engano eh de 20w)e nao ia dar muito resultado na claridade do dia.

Roberto Mitsuo Takata wrote:

>
> On Thu, 21 Sep 2000, Rodrigo Frizzo Viecilli wrote:
> > Se eu nao me engano ja existe uma lampada repelente de insetos. O problema eh que
> > as moscas domesticas aparece mmais durante o dia, assim uma lampada nao tem muito
> > uso.
>
> nada impediria q. a lampada fosse acesa tbm durante o dia (a menos q. ela
> gastasse muita eletricidade)...
>
> []s,
>
> roberto takata
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] espanta-moscas optico
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/09/2000 19:18

Oi Roberto, deixa comigo.
Começo a construção da gaiola (dupla) pela manhã. Isso vai acabar dando um
bom artigo para meu site: "Esqueça o aparelho anti-gravidade, passe para o
anti-mosca" :-)

Comentário: Há no comércio americano (e em esquemas por todos os sites de
eletrônica --- inclusive o meu terá um lá para outubro --- vou atualizando
os sites pela seqüência) um aparelhinho eletrônico chaveado para espantar
pernilongo (ele emite o zumbido característico do pernilongo-fêmea) e
moscas (não recordo se é dirigido ao macho ou à fêmea). Eu montei um desses
para pernilongo e o uso lá no rancho para pescar no fim da tarde (hora do
ataque) ... não posso me queixar de sua eficácia (ou por lá não a pernilonga
picadora!). É um oscilador extremamente simples usando um só transistor
BC548, um potenciômetro, uma cápsula piezo, um capacitor e uma pilha.

[]'
Léo
===================
-----Mensagem Original-----
De: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 21 de setembro de 2000 18:13
Assunto: [ciencialist] espanta-moscas optico



On Thu, 21 Sep 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Particularmente, ao Roberto, como sempre, esmiuçando o esmiusável! Usarei
> dessas dicas nas próximas respostas.

nao fale isso nem brincando.

> Correndo o perigo de ["dificilmente um pesquisador serio se dignaria a
> testar isso (olha o ignobil) e menos ainda aceitaria uma revista publicar
os
> resultados (Takata)"], deixar de ser sério, coloco:

bem, nao descarto a priori a possibilidade de q. haja algum efeito --
alguns insetos como as abelhas parecem utilizar-se da polarizacao da luz
para navegacao. e algumas especies de moscas tbm. mas aguardo o resultado
de seu experimento comprovando a eficiencia dos sacos d'agua como
repelentes opticos de moscas. (a minha duvida eh apenas circunstancial --
porq. nenhuma empresa inventou uma lampada repelente de moscas domesticas?
seria economicamente inviavel? e nas costelarias em q. havia os sacos
pendurados por q parecia nao haver tao menos moscas do q. o usual? -- nao
q. isso deponha muito contra a hipotese, jah q., embora as empresas tentem
ser suficientemente espertas, muitas vezes elas sao cegas como toupeiras
pra solucoes obvias e nao fiz nenhum estudo detalhado sobre densidades
de moscas em churrascarias de talheres gordurosos...)

uma alteracao no protocolo do experimento q. proponho eh fazer os
experimentos no mesmo dia em comodos diferentes -- jah q. pode haver uma
grande alteracao populacional de um dia para outro. para a captura de
moscas acho q. o mais pratico eh aquele papel pega-moscas q. se umedece
pra atrair e matar moscas (nao sei se ainda existe): aih nao eh preciso
ficar observando o tempo todo a visitacao dos insetos, basta contar a
qtdade de mortos ao final do experimento...

-------
um metodo alternativo mais controlado (mas mais complicado e
dispendioso) eh construir uma gaiola com madeira e tela, dividida ao meio
com uma placa de madeira -- a comunicacao entre os dois setores pode ser
feita com um buraco ao fundo e/ou ao topo q. permita a livre passagem das
moscas de um lado ao outro. de um lado coloca-se o saco d'agua pendurado
no teto da gaiola. libera-se uma mesma qtdade de moscas em cada parte e
depois de um tempo faz-se a contagem comparando o numero final de moscas
em um lado e no outro. como controle pega-se uma caixa semelhantes, mas
sem o saco, liberando-se as moscas do mesmo modo.

alguns controles adicionais podem ser feitos: uma gaiola com saco d'agua
nos dois lados. liberacao de moscas em apenas um dos lados...

a minha hipotese particular, baseada apenas em 'indicios' circunstanciais,
eh q. nao havera' diferenca estatisticamente significativa na distribuicao
das moscas entre as duas metades.

-- uma variacao no teste eh liberar a mosca apenas em um lado, tendo como
controle uma gaiola com moscas liberadas no outro lado.
--------------

agora a pergunta: quem se propoem a fazer o teste e relatar os resultados?

[]s,

roberto takata


*** --- ***
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SUBJECT: Re: [ciencialist] espanta-moscas optico
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/09/2000 19:22

## Se eu nao me engano ja existe uma lampada repelente de insetos. O
problema eh que
as moscas domesticas aparece mmais durante o dia, assim uma lampada nao tem
muito
uso.

PhiloX ##

Parece-me que se trata não de uma lâmpada 'repelente' e sim de uma lâmpada
atrativa (azul), que as faz passar por eletrodos próximos, entre os quais
coloca-se uma alta tensão (cerca de miseráveis 1000 VCA). É um
chamariz-eletrocutador!

[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] espanta-moscas optico
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/09/2000 20:07

On Thu, 21 Sep 2000, Rodrigo Frizzo Viecilli wrote:
> claro, mas a quantidade de iluminaçao que sai dessa lampada eh muito pouca (se eu nao
> me engano eh de 20w)e nao ia dar muito resultado na claridade do dia.

bem, vamos fazer alguns calculos entao (juro q. nao fiz nenhuma conta
antes, vou desenvolvendo agora o raciocinio):

vamos ver qto de energia passa atraves de um saquinho d'agua.

suponhamos q. nao haja diminiucao da intensidade de luz q. passa atraves
do saco (eh mentira, jah q. parte da luz eh absorvida com o aquecimento da
agua). a quantidade de luz recebida sera' proporcional 'a area do saco.

imaginemos pra facilitar as contas q. o saco adquira um aspecto esferico e
q. tenha cada um cerca de 1 litro de volume.

podemos calcular a superficie S de uma esfera a partir de seu volume V por
meio do raio r.

V = (4/3)*PI*r^3

S = 4*PI*r^2

1 litro = 1.000 cm3

r = 6,2 cm

S = 483,60 cm2

bem, a intensidade luminosa no topo da atmosfera -- a contante solar -- eh
de cerca de 1.350 W/(m2) -- vamos fingir q. seja esse o valor q atinge a
superficie da Terra e do saquinho...

1 m2 = 10.000 cm2

cada saquinho transmitiria entao: 64,8 W

bem, isso sem considerar q. a mosca deve operar apenas dentro de uma faixa
da radiacao luminosa, q. a intensidade luminosa 'a superficie deve ser bem
menor (cerca de 1000 a 700 W/m2 ao meio-dia no verao sem nuvens) e o
saquinho deve receber basicamente a luz refletida (alguem sabe o albedo
medio da superficie terrestre? sei q. o albedo do campo eh de cerca de
15%) e nao a irradiacao solar mais direta, q. a agua deve absorver parte
da energia e outras coisas -- talvez a lampada de 20 W nao esteja em
desvantagem tao grande assim.

continuo achando q. o melhor modo de espantar moscas eh ter higiene
(mantendo as latas de lixo bem tampadas, nao deixar alimentos expostos,
nao acumular detritos nas imediacoes...)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Garrafas no 'relogio da luz'
FROM: "Francisco C. Brito" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/09/2000 20:18

"...é mas convido-os a lerem uma mensagem que postei hoje na
Acropolis onde tento expor como eu evolui do livre pensar, ou filosofar,
para o teorizar em ciência (ainda que a ciência a que me refiro seja
considerada, por enquanto, como alternativa). "


não li sua mensagem no Acrópolis, se me der o endereço gostaria muito de
ler, mas devo discordar quando diz que livre pensar é igual a filosofar.
Filosofar é pensar com método. Pelo menos é assim quando o pensador é
realmente um filósofo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Garrafas no 'relogio da luz'
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/09/2000 01:00

-----Mensagem Original-----
De: "Francisco C. Brito"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 21 de Setembro de 2000 20:18
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Garrafas no 'relogio da luz'


> não li sua mensagem no Acrópolis, se me der o endereço gostaria muito de
> ler,...

Título da mensagem citada: Do micro ao macrocosmo ou vice-versa.

URL da mensagem citada: http://www.egroups.com/message/acropolis/3612

URL de índice das últimas mensagens:
http://www.egroups.com/messages/acropolis/

URL da Acropolis: http://www.egroups.com/group/acropolis

Número e data da mensagem: "3612" de 21/09/00

> ...mas devo discordar quando diz que livre pensar é igual a filosofar.
> Filosofar é pensar com método. Pelo menos é assim quando o pensador é
> realmente um filósofo.

Concordo contigo, pois estava referindo-me a um filosofar acadêmico, ainda
que exista um "filosofar" popular e que chega quase a ser sinônimo de
"pensar, meditar, cismar, matutar". O importante, no entanto, é que
referia-me a um filosofar (mesmo no sentido acadêmico) sem sentar-se no
cabresto, e daí ter utilizado o "livre" pensar (obviamente, com método).
Grato pela correção.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: proporção divina
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 05:41

Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@z...> wrote:
> Na natureza há uma série de objetos que obedecem à
proporção
divina ou áurea, relativa à série de fibonacci. Há
relações na face,
no crânio, entre as falanges e até mesmo no cartão de
crédito. Na
minha profissão, particularmente relacionada a ortodontia e
ortopedia
facial, utilizamos esta proporção como parâmetro estético
para
cirurgias ou movimentações dentárias.
> Um dos rostos com relações mais próximas da proporção
divina é o da
Brooke Shields.
> Alguém tem dados mais curiosos sobre esta proporção?
> > PhiloX

Seria isto algum tipo de antropometria baseada na matematica?
Estou confuso. :) Afinal isso tem alguma base? Ou eh simplesmente
algo relacionado com simetria e estetica?

Tem alguma coisa sobre isso em:
Frenologia em Tempos Modernos
http://www.epub.org.br/cm/n01/frenolog/frenmod_port.htm

Phrenology
http://134.184.33.110/phreno/index.html (ler de forma critica)

O tamanho e proporções dos dedos da mão está relacionado com
a
orientação sexual!?
http://www.geocities.com/humornaciencia/Conteudo/PesquisasMalucas/dedo
s.htm

Ateh mais
Luis Roberto Brudna






SUBJECT: Eletricidade e superficie
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/09/2000 08:55

R. Takata escreve:
>>nada impediria q. a lampada fosse acesa tbm durante o dia (a menos q. ela
gastasse muita eletricidade)...<<

R. Takata escreve, no dia seguinte:

>>podemos calcular a superficie S de uma esfera a partir de seu volume V por
meio do raio r.<<

A intenção, obviamente, não é corrigir esses ligeiros deslizes do Roberto
quanto a aplicação dos termos "gastasse muita eletricidade" ou "calcular a
superfície S". Sem dúvida ele sabe que ninguém calcula uma superfície
(propriedade de ter duas dimensões) e sim "calcula uma área", medida da
superfície.
Interessa mais o termo "eletricidade", usado abusivamente com os mais
variados significados. Vejamos o que penso a respeito disso e que, talvez,
possa interessar aos listeiros:

"Funciona com eletricidade"

O termo "eletricidade" abrange um conjunto de proposições com muitos
significados. Infelizmente esses significados são contraditórios, e isso
conduz ao fato real de que não há nenhuma única substância ou energia que
possa atender ao que é chamado de eletricidade.

"Eletricidade não existe"

Quando lemos "quantidade de eletricidade", o texto em questão pode estar se
referindo a quantidade de partículas carregadas (portadores de cargas
elétricas), ou a energia elétrica, ou a potenciais elétricos, ou a forças
elétricas, ou a campos elétricos, ou a cargas elétricas em desequilíbrio, ou
a potência elétrica ou, até mesmo, sobre fenômenos elétricos. Todos esses
tópicos são encontrados em textos didáticos sob a palavra eletricidade.

Parte desse problema desapareceria se nós usássemos a palavra eletricidade
apenas para designar um campo da Ciência ou uma classe de fenômenos, da
mesma maneira que usamos os termos "Física" ou "Óptica" ou "Termologia".

Fazem isso ocasionalmente. Não é raro encontrarmos livros com títulos do
tipo: FÍSICA - VOLUME 3 - ELETRICIDADE. Porém, com a mesma freqüência,
retornam ao seu uso inadequado e a passam a seus leitores situações
elétricas
equivalentes a dizer: as "ópticas" saem das lâmpadas e passam através das
lentes (a "eletricidade" sai dos geradores e passa através dos fios,
resistores e motores).

Vejamos alguns exemplos dos erros cometidos pelo uso dos significados
contraditórios para "eletricidade":

Erro 1. Nos circuitos elétricos de corrente alternante, os portadores de
carga meneiam para frente e para trás, mas a energia avança continuamente.
Isso é análogo à propagação sonora no ar; a energia sonora avança
continuamente, enquanto as partículas oscilam para frente e para trás
tentando reproduzir o movimento da fonte.

Usando a palavra inadequadamente, acabaremos afirmando que a 'eletricidade'
(usada como portadores de carga elétrica) nos circuitos de corrente
alternada, fica
oscilando para frente e para trás, em cada ponto do circuito e, ao mesmo
tempo, a 'eletricidade' (usada como energia) caminha rapidamente para a
frente! Isso é o mesmo que afirmar que o som e o vento são a mesma coisa!

Erro 2. Quando uma bateria elétrica faz acender uma lâmpada, explicam (tais
livros) que o caminho da eletricidade é sair da bateria, passar pelos fios,
entrar na lâmpada, sair da lâmpada e voltar à bateria. A seguir, citam que o
fluxo de 'eletricidade' da bateria para a lâmpada é totalmente convertido em
luz. E então? A lâmpada consome eletricidade ou a eletricidade flui até a
lâmpada e volta novamente? O senso de crítica dos estudantes não é tão
aguçado a ponto de perceber isso. Professores e autores é que devem
providenciar
para que não ocorram tais contradições.

Erro 3. Há duas formas de eletricidade. São elas a positiva e a negativa.
Isso aparece em livros. É verdade? Vejamos algumas respostas:

NÃO, as duas formas de eletricidade são a estática (em repouso numa região)
e a móvel (corrente elétrica).

NÃO, há muitas outras formas de eletricidade: a triboeletricidade, a
bioeletricidade, a myoeletricidade, a piezeletricidade.

NÃO, eletricidade é uma forma de energia.

Qual é o correto?

'Todos' e nenhum, porque a palavra eletricidade é usada com múltiplas
definições contraditórias. Nenhuma delas é correta porque não há nenhuma
'eletricidade' que possa ser, ao mesmo tempo, carga, energia e fenômeno. E
todos
são corretos (segundo alguns autores) porque a palavra eletricidade é
comumente usada para designar igualmente esses conceitos distintos. O rigor
científico dos textos, deixando a desejar, acabará incutindo nos leitores
mais balbúrdias do que já, normalmente, são dotados por ação entrópica!
Conseguiremos consertar isso? Professores e autores têm
se esmerado?

"A eletricidade que flui pelos fios é produzida por baterias ou geradores"

Correntes elétricas em fios de cobre (por exemplo) são fluxos ordenados de
elétrons, e esses elétrons vêm dos átomos de cobre. Os elétrons estavam no
metal antes mesmo da bateria ter sido conectada. Eles estavam lá até mesmo
antes do cobre ter sido extraído do minério e transformado em fios!

Baterias e dínamos NÃO criam esses elétrons, apenas os 'bombeiam'; os
elétrons comportam-se como um 'fluido' preexistente dentro dos fios. Também
NÃO produzem nenhuma eletricidade. Para explicarem os circuitos elétricos
seria mais cômodo para tais autores,apelando para uma cuidadosa analogia,
imaginarem que todos os fios estão
preenchidos com um tipo de 'eletricidade líquida'. Após essa fase, criticar
a própria analogia.

O gerador eletromecânico recebe elétrons do circuito externo por um dos
terminais, simultaneamente os cospe pelo outro e ainda, ao mesmo tempo,
força sua passagem pela bobina de fio de cobre em seu interior.

Os elétrons do circuito completo (interno e externo) movem-se como uma
correia móvel que passa por duas polias. Um dínamo ou bateria age como uma
bomba, mas não provê a substância que é bombeada. Um gerador assemelha-se a
um coração pulsando: move o sangue, mas não cria sangue. Quando um gerador
pára ou quando o circuito é aberto, todos os elétrons param onde estão e
assim os fios continuam cheios de elétrons (exatamente o quanto tinham
antes). Será que as capacitâncias do circuito alteram essa afirmação?

Em tempo: Quantos não são os livros que citam "dínamos de bicicleta" como
sendo geradores de corrente contínua? Será que tais autores nunca abriram um
desses "dínamos"? Quando será que aprenderão que "dínamo" de bicicleta não é
um dínamo e sim um alternador. Será que já experimentaram fazer um rádio a
pilhas funcionar ligados diretamente com tais "dínamos"?

Sem dúvida, os alternadores de bicicleta podem ser usados para alimentar
circuitos como rádios portáteis, pequenas TVs etc. Mas, para tanto deve ser
providenciado um 'retificador de corrente'; um simples circuito eletrônico
dotado de diodos e capacitores intercalado entre o alternador e o aparelho
que funciona com corrente contínua.

"A eletricidade que flui dentro dos fios caminha à velocidade da luz"
(tenho, em casa, pelo menos 4 livros de ensino básico citando isso!)

Nos metais, a corrente elétrica é, em média, um fluxo de elétrons comandados
pelo campo elétrico que se estabelece. Muitos livros reivindicam que esses
elétrons fluem à velocidade da luz. Isso é incorreto.

Elétrons fluem, nos parâmetros humanos, com inacreditável lentidão. Nos
parâmetros atômicos podem ser considerados como "The Flash".

Para nós, milímetros por segundo (velocidade do elétron em fio de cobre) é
uma lentidão, mas se levarmos em conta o tamanho de um elétron é uma brutal
velocidade.

Nos circuitos elétricos, é a energia elétrica que desloca-se rapidamente,
não os elétrons. Quando elétrons são bombeados em uma certa região do
circuito, elétrons do interior dos condutores são forçados a fluir e a
energia propaga-se rapidamente pelo circuito todo.

Imagine uma roda de bicicleta (de uma bicicleta que foi apoiada no chão pelo
guidão e selim). Podemos imaginar que uma região qualquer dela simula um
gerador, outra região simula o consumidor (região onde se aplicam os freios,
por exemplo) e as demais regiões os condutores. Se dermos um empurrão na
'região gerador', a roda inteira move-se como um todo e é assim que
transmitimos energia mecânica quase que instantaneamente a todas as partes
da roda. Mas a própria roda não se moveu rapidamente! O material da roda
está na mesma situação dos elétrons do fio; a energia elétrica propaga-se
como o empurrão, a onda de energia mecânica que enviamos a todas as partes
da roda. A energia mecânica move-se com incrível rapidez à todas as partes
da roda, mas os átomos da roda não tiveram que viajar com rapidez para lugar
nenhum!

Ai está o que entendo/não entendo por "eletricidade".

[]'
Léo









SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: proporção divina
FROM: Milton Taidi Sonoda <mtsonoda@if.sc.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 09:53

Olas

Observa-se a proporcao aurea tb na razao
das espirais das conchas e das folhas das
samambaias.

Is god a geometer?

[ ]'s

milton

"Luis Roberto Brudna [RS]" wrote:

>
> Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@z...> wrote:
> > Na natureza há uma série de objetos que obedecem à
> proporção
> divina ou áurea, relativa à série de fibonacci. Há
> relações na face,
> no crânio, entre as falanges e até mesmo no cartão de
> crédito. Na
> minha profissão, particularmente relacionada a ortodontia e
> ortopedia
> facial, utilizamos esta proporção como parâmetro estético
> para
> cirurgias ou movimentações dentárias.
> > Um dos rostos com relações mais próximas da proporção
> divina é o da
> Brooke Shields.
> > Alguém tem dados mais curiosos sobre esta proporção?
> > > PhiloX
>
> Seria isto algum tipo de antropometria baseada na matematica?
> Estou confuso. :) Afinal isso tem alguma base? Ou eh simplesmente
> algo relacionado com simetria e estetica?
>
> Tem alguma coisa sobre isso em:
> Frenologia em Tempos Modernos
> http://www.epub.org.br/cm/n01/frenolog/frenmod_port.htm
>
> Phrenology
> http://134.184.33.110/phreno/index.html (ler de forma critica)
>
> O tamanho e proporções dos dedos da mão está relacionado com
> a
> orientação sexual!?
> http://www.geocities.com/humornaciencia/Conteudo/PesquisasMalucas/dedo
> s.htm
>
> Ateh mais
> Luis Roberto Brudna
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: proporção divina
FROM: Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@zaz.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 10:05

Um cirurgião-dentista chamado RObert Murray Ricketts pesquisou centenas de
rostos humanos considerados belos e constatou várias proporções áureas entre
certos pontos do rosto. Ao verificar a Mona Lisa de da Vinci, a mesma tinha
essas proporções também. Um rosto atual e perfeito que respeita isto é o da
brooke shields.

Rodrigo

"Luis Roberto Brudna [RS]" wrote:

>
> Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@z...> wrote:
> > Na natureza há uma série de objetos que obedecem à
> proporção
> divina ou áurea, relativa à série de fibonacci. Há
> relações na face,
> no crânio, entre as falanges e até mesmo no cartão de
> crédito. Na
> minha profissão, particularmente relacionada a ortodontia e
> ortopedia
> facial, utilizamos esta proporção como parâmetro estético
> para
> cirurgias ou movimentações dentárias.
> > Um dos rostos com relações mais próximas da proporção
> divina é o da
> Brooke Shields.
> > Alguém tem dados mais curiosos sobre esta proporção?
> > > PhiloX
>
> Seria isto algum tipo de antropometria baseada na matematica?
> Estou confuso. :) Afinal isso tem alguma base? Ou eh simplesmente
> algo relacionado com simetria e estetica?
>
> Tem alguma coisa sobre isso em:
> Frenologia em Tempos Modernos
> http://www.epub.org.br/cm/n01/frenolog/frenmod_port.htm
>
> Phrenology
> http://134.184.33.110/phreno/index.html (ler de forma critica)
>
> O tamanho e proporções dos dedos da mão está relacionado com
> a
> orientação sexual!?
> http://www.geocities.com/humornaciencia/Conteudo/PesquisasMalucas/dedo
> s.htm
>
> Ateh mais
> Luis Roberto Brudna
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: proporção divina
FROM: Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@zaz.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 10:06

Isso mesmo!
E o crescimento da mandíbula humana ocorre dentro do ramo de uma espiral
deste tipo.

Rodrigo

Milton Taidi Sonoda wrote:

>
> Olas
>
> Observa-se a proporcao aurea tb na razao
> das espirais das conchas e das folhas das
> samambaias.
>
> Is god a geometer?
>
> [ ]'s
>
> milton
>
> "Luis Roberto Brudna [RS]" wrote:
>
> >
> > Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@z...> wrote:
> > > Na natureza há uma série de objetos que obedecem à
> > proporção
> > divina ou áurea, relativa à série de fibonacci. Há
> > relações na face,
> > no crânio, entre as falanges e até mesmo no cartão de
> > crédito. Na
> > minha profissão, particularmente relacionada a ortodontia e
> > ortopedia
> > facial, utilizamos esta proporção como parâmetro estético
> > para
> > cirurgias ou movimentações dentárias.
> > > Um dos rostos com relações mais próximas da proporção
> > divina é o da
> > Brooke Shields.
> > > Alguém tem dados mais curiosos sobre esta proporção?
> > > > PhiloX
> >
> > Seria isto algum tipo de antropometria baseada na matematica?
> > Estou confuso. :) Afinal isso tem alguma base? Ou eh simplesmente
> > algo relacionado com simetria e estetica?
> >
> > Tem alguma coisa sobre isso em:
> > Frenologia em Tempos Modernos
> > http://www.epub.org.br/cm/n01/frenolog/frenmod_port.htm
> >
> > Phrenology
> > http://134.184.33.110/phreno/index.html (ler de forma critica)
> >
> > O tamanho e proporções dos dedos da mão está relacionado com
> > a
> > orientação sexual!?
> > http://www.geocities.com/humornaciencia/Conteudo/PesquisasMalucas/dedo
> > s.htm
> >
> > Ateh mais
> > Luis Roberto Brudna
> >
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SUBJECT: A beleza , segundo Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 22/09/2000 11:45

O Rosto belo
============

O Grande Jocax, como nao poderia deixar de ser, tambem tem sua
propria teoria *revolucionaria* sobre o assunto ;-))

E como tambem nao poderia deixar de ser, esta baseada
em paradigmas neo-darwinianos:

Acredito que a beleza do rosto, em principio, nao esta associada
aas relacoes aureas e sim ao INDICIO DE PATERNIDADE !
Se nao vejamos :

Vou fazer uma analogia com um papel e uma figura q sera impressa nele.
Eu pergunto : Como deveria ser o papel de modo que nosso desenho
apareca o mais fidedignamente possivel?

Ele nao pode ser estampado ou rabiscado, pois, desta maneira nosso
desenho estaria misturado com outros padroes dificultando a leitura
da nossa figura. O papel deve entao ser homogeneo de modo que qualquer
traco q coloquemos seja percebido. Assim, um papel branco retratara
com facilidade nosso desenho.

Agora, se quisermos que nossos tracos fisionomicos aparecam em nossos
filhos,
o que facilitaria a verificacao de que nos somos os verdadeiros
genitores,
surge a questao : Como deveria ser o rosto da mulher ?

Ou melhor : Qual deve ser o rosto da mulher de modo que maximize os
tracos
do rosto do pai no filho ?
A RESPOSTA A ESTA PERGUNTA DEFINIRA O CRITERIO DE BELEZA.

Tentemos analizar esta questao, para simplificar, tratando de
UM dos detalhes do rosto, por exemplo, o tamanho do nariz.

Pergunta: qual o tamanho do nariz da mulher que eh o mais belo?
Pela teoria jocaxiana da beleza seria o nariz cujo tamanho retrate
com mais perfeicao o nariz do pai.

( Vou supor aqui, para simplificar, que os genes para o tamanho
do nariz sao tais que o tamanho do nariz do filho seja a media do
tamanho do nariz do pai com o da mae).

Se tracarmos o grafico de todos os tamanhos de narizes pelo numero de
pessoas
que tem estes tamanhos teremos uma gaussiana ( uma curva em formato de
SINO).

Agora pergunta-se : Qual o tamanho ( o ponto neste grafico ) que
detectaria o nariz do pai de maneira mais fidedigna (*supondo o
algoritmo
da mistura dos tracos*) ?

Se a mulher estiver na ponta da gaussiana, nariz muito grande ou
muito pequeno, isso significa que o nariz do filho sera pequeno (ou
grande)
impedindo a deteccao do tamanho do nariz do pai !

Portanto, a solucao ideal esta no meio da gaussiana :
A MEDIDA IDEAL DO TRACO SERIA A MEDIA DOS TAMANHOS
DESTES TRACOS NA POPULACAO.

Assim , generalizando, o rosto ideal, mais bonito, seria aquele cujos
tracos sejam a media dos rostos de toda a populacao. Pois, dessa
maneira,
qualquer genitor perceberia a paternidade de seus filhos.

Devemos perceber tambem que *tracos recessivos* ( olhos claros etc.. )
tambem caem nessa situacao e, portanto, no criterio de beleza jocaxiano.

Devemos observar que este tipo de comportamento leva a um FEED-BACK
POSITIVO:
Uma mulher com estas caracteristicas tendem a ser valorizadas
e terem seus genes misturados com o daqueles homens mais qualificados
para conquistarem-nas : Isso significa q existe uma tendencia de que
as mulheres belas acabem se tornando MAIS VIRTUOSAS TAMBEM !!!!
O que aumentaria ainda mais a procura por mulheres belas !!!

A teoria VAI LONGE longe e tentarei analisa-la melhor no meu
futuro-incerto-e-nunca-iniciado livro sobre o genismo. ;)

(Ps : deixo para os leitores pensar sobre o criterio de beleza
do ponto de vista FEMININO em relacao ao homem )

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] A beleza , segundo Jocax
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/09/2000 12:29

##O Rosto belo
============

O Grande Jocax, como nao poderia deixar de ser, tambem tem sua
propria teoria *revolucionaria* sobre o assunto ;-))
...................
Agora, se quisermos que nossos tracos fisionomicos aparecam em nossos
filhos,
o que facilitaria a verificacao de que nos somos os verdadeiros
genitores,
surge a questao : Como deveria ser o rosto da mulher ?

Ou melhor : Qual deve ser o rosto da mulher de modo que maximize os
tracos
do rosto do pai no filho ? ##

Que bom que isso é 'apenas' uma teoria jocaxiana. Imaginem só se minha filha
se parecesse comigo! Coitada! Seria a "última das moe canas". Com certeza
toda a minha enorme fortuna (claro que me refiro à filha!) não sairia das
salas de recuperação facial :-)

[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] A beleza , segundo Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 13:11



Luiz Ferraz Netto wrote:
> Ou melhor : Qual deve ser o rosto da mulher de modo que maximize os
> tracos
> do rosto do pai no filho ? ##
>
> Que bom que isso é 'apenas' uma teoria jocaxiana. Imaginem só se minha
> filha
> se parecesse comigo! Coitada! Seria a "última das moe canas". Com
> certeza
> toda a minha enorme fortuna (claro que me refiro à filha!) não sairia
> das
> salas de recuperação facial :-)


Ah... vc preferiria que ela tivesse a cara do padeiro ? :-))


[]s
jocax


SUBJECT: A beleza , segundo Langlois & Roggman e segundo Perrett et all.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 13:59

On Fri, 22 Sep 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> O Grande Jocax, como nao poderia deixar de ser, tambem tem sua
> propria teoria *revolucionaria* sobre o assunto ;-))

Digno de nota q. vc tenha chegado a esse pensamento de modo independente,
mas pelo criterio de prioridade vc nao podera' ter seu nome vinculado a
essa explicacao...

Estudo anterior [1] jah constatara q. se reconstituirmos um rosto
com a media da populacao obteremos um rosto bastante atraente: tudo bem
proporcionado.

Mas eh preciso ter certos cuidados com generalizacoes. Eh preciso ter uma
perspectiva tbm historica da evolucao dos criterios de beleza. Se hoje
babamos (nos, homens) por esqualidas top-models, nao muito tempo atras as
divas eram mais bem recheadas. A gordura indicava uma boa condicao de vida
e, especula-se, por tabela q. a prole tbm seria saudavel.

O fato da mulher media -- q. nao existe -- ser bonita pode ser
entao uma consequencia de um certo criterio de beleza e nao a sua
causa.

Imaginemos o seguinte. Fazemos uma pesquisa medindo todos os narizes
femininos e constatamos q. a media eh, sei lah, 47,2 mm. Bem, o nariz de
47,2 mm eh bonito porq eh a media ou eh a media porq. eh bonito?
Tautologia de Tostines? Nada disso, podemos verificar experimentalmente,
embora nao seja em principio algo trivial.

Isto eh, ver se ha' uma selecao balanceada -- convergindo para a media
-- ou direcional (ou disruptiva) -- indo para o criterio.

Bem, temos uma dificuldade pra analisar as mudancas nos criterios de
beleza no decorrer dos tempos e entre as culturas: houve mudanca no
criterio e a media acompanhou ou a media se alterou e o criterio veio a
reboque?

Nao podemos fazer experimentacoes controladas porq. se trata de humanos e
nao ratos de laboratorio. Restam-nos entao tres fontes: experimentos
limitados com humanos; analise comparativa de situacoes naturais nas
comunidades humanas e experimentos rigorosos com modelos animais (e
simulacoes e modelagem). Sao fontes bem menos seguras do q. uma
experimentacao direta e rigorosa poderia fornecer, mas sao o material q.
temos 'a mao.

Ha' um estudo [2] q. apresenta uma analise da 'hipotese da media' e lista
alguns problemas:

- alguns estudos indicam correlacao entre algumas medidas faciais com a
atratividade sexual;
- um rosto medio pode ser atrativo, mas nao otimizado para a atracao;
- preferencias humanas podem levar a um selecao direcional: o fenomeno da
maximizacao da exogamia (evitacao do cruzamento com individuos
aparentados) e selecao de caracteristicas extremas.

Esse trabalho mostra tbm q a media dos rostos considerados atrativos eh
mais atrativa do q. a media geral. O q. leva 'a conclusao de q. existe uma
selecao direcional em termos de beleza (ao menos facial) humana.

De cabeca lembro-me de alguns casos de selecao de extremos como criterio
de beleza: algumas tribos (se nao me engano, de Angola) usavam ou usam
aneis para alongar o pescoco das mulheres -- qto mais comprido, mais
valorizadas elas eram (alguns extremos chegavam q. as mulheres morreriam
se tivessem os aneis retirados, defido 'a atrofia da musculatura cervical
q. nao mais conseguiria sustentar a cabeca sobre um longo pescoco); em
algumas comunidades asiaticas (Bali ou India?), mulheres com os lobulos
esticados por brincos eram as preferidas e na China metiam-se os pezinhos
da mulheres em calcados de madeira bem apertados para q. eles nao
crescessem, o q. era sinal de beleza...

Existe tbm o fenomeno do macho raro (e da femea rara). Eh meio anedotico,
mas ilustrativo: pensem na tara do alemao loirao pelas nossas mulatas e a
cultura do culto 'as loiras no Brasil.

Em relacao 'as mulheres, um estudo nao muito antigo, mostrava q. as
mulheres apresentavam dois padroes de preferencia: um rosto masculinizado
(rosto anguloso -- tipo Shwarzenegger) era mais sexualmente atrativo e um
rosto feminizado (rosto com tracos arredondados -- tipo DiCaprio) atraia
mais para constituicao de familia e relacoes estaveis. A interpretacao eh
q. o rosto masculino seria indicativo de saude da prole e o feminil
indicaria um parceiro mais cuidadoso com a prole. [Qq ilacao em termos de
adulterio eh meramente questao de julgamento de valor.]

-------
1. Langlois, JH & Roggman, LA 1990. Psychol. Sci 1: 115-21.
2. Perret, DI; May, KA & Yoshikawa, S 1994. Nature 368: 239-42.
-------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Proporções divinas
FROM: Silvio Cordeiro Filho <scf@escelsa.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 14:03

Milton e demais listeiros:

Porque procurar em divindades a harmonia da natureza, harmonia essa
criada pela própria natureza em sua busca da melhor forma de se
replicar?
O conceito [harmonia] é apenas uma concepção humana, usada pelos
espiritualistas para explicar abstrações como o bem, a beleza, a
verdade...

silvio



SUBJECT: Re: [ciencialist] A beleza , segundo Langlois & Roggman e segundo Perrett et all.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 14:25



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> Digno de nota q. vc tenha chegado a esse pensamento de modo
> independente,
> mas pelo criterio de prioridade vc nao podera' ter seu nome vinculado
> a
> essa explicacao...
>
> Estudo anterior [1] jah constatara q. se reconstituirmos um rosto
> com a media da populacao obteremos um rosto bastante atraente: tudo
> bem
> proporcionado.


Preocupou-me.
Quero te perguntar e aguardo ansioso :
O Estudo constatou a media como criterio OU ELABOROU UMA TEORIA
para explica-lo ??????????????????
Ou seja existe uma *teoria* a respeito identica aa minha ?


Conforme esta :
".....Ou melhor : Qual deve ser o rosto da mulher de modo que maximize
os
tracos
do rosto do pai no filho ?
A RESPOSTA A ESTA PERGUNTA DEFINIRA O CRITERIO DE BELEZA. "

Quero lembrar tambem que a resposta que cheguei foi uma *aproximacao*
pois utilizei para simplificar a media dos tracos genitores. Sabemos
que isso *nem sempre* eh verdadeito.
Mas, a partir desta minha formula inicial,poderemos, no futuro,
chegar ao rosto ideal levando-se em conta os aspectos geneticos
de cada traco particular.

Quero dizer tambem que a historia do "ovo e da galinha" em relacao aa
beleza deve ser respondida com a seguinte palavra : co-evolucao.
Assim o criterio de belo pode sofrer um reforco genetico e vice-versa
mas sempre comecando, segundo percebo, com o lado genetico
direcionando.

A beleza do rosto eh importante pq, em principio, esta desatado de
aspectos de utilidade. Ou seja, eh natural ter como belo aspectos que
sao funcionalmente vantajosos como saude ou alguma outra vantagem
seletiva qqr. Mas, no rosto todos os componentes sao funcionais e o que
fica eh o criterio de beleza "puro".

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] A beleza , segundo Langlois & Roggman e segundo Perrett et all.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 15:07

> O Estudo constatou a media como criterio OU ELABOROU UMA TEORIA
> para explica-lo ??????????????????
> Ou seja existe uma *teoria* a respeito identica aa minha ?

basicamente identica. aliando-se os estudos de Langlois & Roggman sobre o
rosto medio e a constatacao de Light et al (1981) da quase ausencia de
distincao de um rosto atrativo, alguns especularam q. funcionaria mesmo
como o papel em branco q. vc propos.

nao precisa ficar preocupado por alguem ter se adiantado, pense q. vc teve
um vislumbre nao de todo despropositado, jah q. em um tempo isso ja' foi
considerado seriamente. pode servir de incentivo para vc pesquisar em cima
disso, uma pura elocubracao mental tem os seus meritos (jah q. pode
indicar caminhos), mas nao se pode considerar satisfatoria por si
mesma, jah q. podemos criar toda uma teoria explicativa de um mundo q. nao
existe -- particularmente chamo esse tipo de coisa de 'Teoria do Universo
de Pato Donald' -- nao pra ser pejorativo, mas pra marcar bem o perigo
q. se corre em supor como criterio suficiente a auto-consistencia de uma
explicacao. a coerencia interna de uma hipotese ou teoria eh condicao
necessaria, sim, mas eh preciso verificar a coerencia externa, a adesao
com as informacoes observacionais, a congruencia com o mundo. eh preciso
confronta'-la com os dados. pOr a hipotese 'a prova.

> Quero dizer tambem que a historia do "ovo e da galinha" em relacao aa
> beleza deve ser respondida com a seguinte palavra : co-evolucao.
> Assim o criterio de belo pode sofrer um reforco genetico e vice-versa
> mas sempre comecando, segundo percebo, com o lado genetico
> direcionando.

ninguem disse q. o criterio de beleza nao tinha nada a ver com os genes,
pode ser q. tenha e ateh acho q. tenha um peh firme no terreno genetico. o
q. se perguntou eh se entre duas caracteristicas: o criterio e a media,
um era a causa da outra ou a outra era a causa do um... Perrett et al
encontraram q. o um era a causa da outra (tendo ou nao componentes
geneticos) -- nesse caso a 'hipotese da media' nao se sustenta.

--------
Light, LL; Hollander, S & Kayra-Stuart, F 1981. Personal. social Psychol.
Bull. 7: 269-76.
--------

reproduzo abaixo a resumo do trabalho de Perrett et al. 1994 (Nature 368:
239-42).

----
Titulo: Facial shape and judgements of female attractiveness.

Resumo: The finding that photographic and digital composites (blends) of
faces are considered to be attractive has led to the claim that
attractiveness is averageness. This would encourage stabilizing selection,
favouring phenotypes with an average facial structure. The 'averageness
hypothesis' would account for the low distinctiveness of attractive faces
but is difficult to reconcile with finding that some facial measurements
correlate with attractiveness. An average face shape is attractive but may
not be optimally attractive. Human preferences may exert directional
selection pressures, as with the phenomena of optimal outbreeding and
sexual selection for extreme characteristics. Using composite faces, we
show here that, contrary to the averageness hypothesis, the mean shape of
a set of attractive faces is preferred to the mean shape of the sample
from wich the faces were selected. In addition, attractive composites can
be made more attractive by exaggerating the shape differences from the
sample mean. Japanese and caucasian observers showed the same direction of
preferences for same facial composites, suggesting that aesthetic
judgements of face shape are similar across different cultural
backgrounds. Our finding that highly attractive facial configurations are
not average shows that preferences could exert a directional selection
pressure on the evolution of human face shape.
----

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Proporções divinas
FROM: Milton Taidi Sonoda <mtsonoda@if.sc.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 15:20

caro Silvio e listers

Concordo que a pergunta que deixo no
ar eh muito especulativa, e que nunca a faria
em um artigo cientifico, por exemplo.
Mas aqui na lista eu me permeti essa eresia
Acientifica.
Oque eu queria chamar a atencao
eh que essa harmonia parece reger sistemas
extremamente diferentes da natureza, e ateh o
conceito do belo para a raca humana.
Deve exitir uma regra geral (possivelmente simples)
no qual esses sistemas (e nos juntos) estao inseridos,
responsavel pela aparicao da razao aurea em
cantos distintos.

[]'s

Milton


Silvio Cordeiro Filho wrote:

> Milton e demais listeiros:
>
> Porque procurar em divindades a harmonia da natureza, harmonia essa
> criada pela própria natureza em sua busca da melhor forma de se
> replicar?
> O conceito [harmonia] é apenas uma concepção humana, usada pelos
> espiritualistas para explicar abstrações como o bem, a beleza, a
> verdade...
>
> silvio



SUBJECT: Re: [ciencialist] A beleza , segundo Langlois & Roggman e segundo Perrett et all.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 15:29



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
>
>
> [eGroups] Meus Grupos | ciencialist Página Principal |
> Start a new group!
>
> > O Estudo constatou a media como criterio OU ELABOROU UMA TEORIA
> > para explica-lo ??????????????????
> > Ou seja existe uma *teoria* a respeito identica aa minha ?
>
> basicamente identica. aliando-se os estudos de Langlois & Roggman
> sobre o
> rosto medio e a constatacao de Light et al (1981) da quase ausencia de
> distincao de um rosto atrativo, alguns especularam q. funcionaria
> mesmo
> como o papel em branco q. vc propos.
>

O resumo, q vc postou, nao menciona o criterio como
uma "medida de indicio de paternidade".
E isso eh amago da minha teoria.
Vc tem certeza q o trabalho esta baseado no criterio q a beleza do rosto
vem como um indicio da paternidade do genitor?
(Desculpa mas eh dificil ter de aceitar isso :-(( )

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] O porque da Razão Aurea
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 15:51

> caro Silvio e listers
>
> Concordo que a pergunta que deixo no
> ar eh muito especulativa, e que nunca a faria
> em um artigo cientifico, por exemplo.
> Mas aqui na lista eu me permeti essa eresia
> Acientifica.
> Oque eu queria chamar a atencao
> eh que essa harmonia parece reger sistemas
> extremamente diferentes da natureza, e ateh o
> conceito do belo para a raca humana.
> Deve exitir uma regra geral (possivelmente simples)
> no qual esses sistemas (e nos juntos) estao inseridos,
> responsavel pela aparicao da razao aurea em
> cantos distintos.

As proporções divinas e outras curiosidades geométricas
têm uma razão de existir. A simetria, por exemplo, é uma
consequencia lógica do processo de divisão celular. A
razao aurea é certamente uma consequencia do processo
de formação do corpo que segue determinadas regras e
essas regras têm uma base matemática. Básicamente baseiam-se
em divisões. Se voces fizerem uma determinada sequencia de
divisões chegam a objectos em que a razao aurea esta
presente.
O nosso gosto pelas proporções também tem uma razão. Os
homens gostam de mulheres bem proporcionadas e vice versa
porque isso é uma garantia que não há nada de errado
genéticamente com elas.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] A beleza , segundo Langlois & Roggman e segundo Perrett et all.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 16:09

On Fri, 22 Sep 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> O resumo, q vc postou, nao menciona o criterio como
> uma "medida de indicio de paternidade".

o resumo q. eu postei eh de um artigo q. dah indicios de q. a 'hipotese
media' eh falsa.

sobre a atratividade e paternidade, por exemplo:

Salter F 1996 -- Carrier females and sender males: An evolutionary
hypothesis linking female attractiveness, family resemblance, and
paternity confidence. ETHOLOGY AND SOCIOBIOLOGY 17: (4) 211-20.

----
The article introduces and elaborates the hypothesis of carrier features,
characteristics which in females are attractive to males as mate-choice
cues. Female carrier features increase paternal resemblance and are
ultimately attractive because they help pair-bonded males distinguish
genetic offspring from those conceived by mates in extra-pair copulations.
The proposed kin recognition mechanism, whether culturally evolved or
innate, facilitates discriminatory paternal investment, and hence male
fitness. Carrier features would be attractive to males in monogamous
species where paternal investment is high, and cuckoldry represents a
significant risk to male fitness. Logical space exists for male sender
features, which tend to be expressed in offspring regardless of female
characteristics. Conflict of genetic interests between the sexes should
favor the evolution of carrier, rather than sender, features in both
sexes. The argument centers on humans, for whom candidate carrier features
are discussed with regard to physiognomy, behavior, recessive traits, and
body odor. Criticisms are discussed, and testable predictions enumerated.
------

> (Desculpa mas eh dificil ter de aceitar isso :-(( )

eu sei q. pode ser dificil descobrir q. a cria mental nao eh original --
embora nao devesse haver tto drama por causa disso, mas enfim, doce
humanidade. digamos q. vc foi pego pelo espirito do tempo q. ficou fazendo
hora extra, isso eh algo absolutamente comum. porem, realmente vc nao
deveria se sentir tao frustrado: o importante eh q. vc pensou nisso...

por essas e outra q. acho q. nao eh uma boa ter uma relacao tao visceral
com as crias mentais -- elas podem ser filhas bastardas...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] A beleza , segundo Langlois & Roggman e segundo Perrett et all.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 16:20

On Fri, 22 Sep 2000, Roberto Mitsuo Takata wrote:
> o resumo q. eu postei eh de um artigo q. dah indicios de q. a 'hipotese
> media' eh falsa.

e complementando, no trabalho de Perrett et al. preste atencao no periodo:

"The 'average hypothesis' would account for the low distinctiveness of
attractive faces (Light et al. 1981) but..."

jah esta' se referindo ao fato de nao haver muitas marcas distintivas em
um rosto atrativo (nada se sobressai particularmente) -- q. eh o gancho q.
Salter pega pra lancar a hipotese do marcador de paternidade.

como disse em relacao ao trabalho sobre a atratividade dos rostos
masculinos, qq preceito moral q. disso se tente tirar continuara' a ser
unicamente um julgamento de valor. a desvantagem de se vincular a modelos
objetivos eh q. os modelos mudam com o tempo -- um sistema moral, por
principio, deveria evitar ficar sujeito a revisoes periodicas: 'isso eh
permitido agora, embora nao fosse ontem, mas ano q. vem as coisas mudam
certamente...'

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: A beleza , segundo Jocax
FROM: "Ronaldo Cordeiro [MG]" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 16:22

--- In ciencialist@egroups.com, Joao Carlos Holland de Barcellos
<jocax@u...> wrote:

> Ou melhor : Qual deve ser o rosto da mulher de modo que maximize os
> tracos
> do rosto do pai no filho ?
> A RESPOSTA A ESTA PERGUNTA DEFINIRA O CRITERIO DE BELEZA.

Resposta: Deve ser idêntico ao rosto do pai.

Isso joga a teoria por água abaixo. Não consigo imaginar o Tião Macalé
procurando por uma mulher igualzinha a ele.

Ronaldo Cordeiro
Dicionário Céptico:
http://www.dicceptico.cjb.net



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A beleza , segundo Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 16:29



"Ronaldo Cordeiro [MG]" wrote:
>
>
>
> [eGroups] Meus Grupos | ciencialist Página Principal |
> Start a new group!
>
> --- In ciencialist@egroups.com, Joao Carlos Holland de Barcellos
> <jocax@u...> wrote:
>
> > Ou melhor : Qual deve ser o rosto da mulher de modo que maximize os
> > tracos
> > do rosto do pai no filho ?
> > A RESPOSTA A ESTA PERGUNTA DEFINIRA O CRITERIO DE BELEZA.
>
> Resposta: Deve ser idêntico ao rosto do pai.
>

De fato, a pergunta foi mal elaborada, deveria ser :
"....Que maximize a descoberta que os filhos sao do pai?"


[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] A beleza , segundo Langlois & Roggman e segundo Perrett et all.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 16:38


Roberto Mitsuo Takata wrote:
> sobre a atratividade e paternidade, por exemplo:
>
> Salter F 1996 -- Carrier females and sender males: An evolutionary
> hypothesis linking female attractiveness, family resemblance, and
> paternity confidence. ETHOLOGY AND SOCIOBIOLOGY 17: (4) 211-20.
>

Vc me convenceu : Perdi a PATERNIDADE da ideia !! ;-))

Obrigado pelo resumo !

(Ps: Na verdade tive esta ideia ha alguns anos, talvez em 95,
nunca poderia provar isso. Mesmo assim o Salter poderia ter tido a ideia
antes de mim )
[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] A beleza , segundo Langlois & Roggman e segundo Perrett et all.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 16:55



Roberto Mitsuo Takata wrote:
> Salter pega pra lancar a hipotese do marcador de paternidade.

Deve ser observado , a titulo de curiosidade, como as pessoas se
indignam quando comecam a perceber que elas sao quase que como
marionetes
dos genes. Muitas coisas q elas pensavam vir dos "Ceus".. das
belas e cultuadas relacoes humanisticas, nada mais sao que formas
fenotipicas que os genes "encontram" para sua propria perpetuacao...


>
> como disse em relacao ao trabalho sobre a atratividade dos rostos
> masculinos,

Com relacao aos rostos masculinos acredito que :
Tera influencia mas nao tao forte como o rosto da mulher.
Isto pq a mulher sempre tem certeza q o filho eh dela.
Contudo, se o pai tiver um rosto medio (bonito) aumenta a probabilidade
de a filha ser bonita, com vantagens evolutivas.



>qq preceito moral q. disso se tente tirar continuara' a
> ser
> unicamente um julgamento de valor. a desvantagem de se vincular a
> modelos
> objetivos eh q. os modelos mudam com o tempo -- um sistema moral, por
> principio, deveria evitar ficar sujeito a revisoes periodicas: 'isso
> eh
> permitido agora, embora nao fosse ontem, mas ano q. vem as coisas
> mudam
> certamente...'

Ai ja nao concordo. Vc acha bom dogmatizar os principios morais?
Uma revisao periodica eh saudavel assim como fazem vez ou outra com a
constituicao.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] O porque da Razão Aurea
FROM: Milton Taidi Sonoda <mtsonoda@if.sc.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 17:10

Caro Joao e lister

Realmente acho que eh possivel explicar esse
fenomeno atravez de equacoes diferenciais, como
por exemplo aquelas que descrevem reacao-difusao
que explicam o padrao da pele dos animais, como a
zebra, a onca e a girafa.

Porem isso depende muito das condicoes de contorno
dessas equacoes e como elas variam com o tempo
(ou como o animal cresce). Os metodos aplicados ao
mesmo sistema (pele dos animais), porem geram padroes
diferentes.

No caso da razao aurea, parece ser uma coisa maior.
A formacao do craniana do homem e espirais nas
conchas e samambaias estao muito longe entre si.

[]'s

Milton


>
> As proporções divinas e outras curiosidades geométricas
> têm uma razão de existir. A simetria, por exemplo, é uma
> consequencia lógica do processo de divisão celular. A
> razao aurea é certamente uma consequencia do processo
> de formação do corpo que segue determinadas regras e
> essas regras têm uma base matemática. Básicamente baseiam-se
> em divisões. Se voces fizerem uma determinada sequencia de
> divisões chegam a objectos em que a razao aurea esta
> presente.
> O nosso gosto pelas proporções também tem uma razão. Os
> homens gostam de mulheres bem proporcionadas e vice versa
> porque isso é uma garantia que não há nada de errado
> genéticamente com elas.
>
> João
> http://www.nonio.com
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] A beleza , segundo Langlois & Roggman e segundo Perrett et all.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 17:21

On Fri, 22 Sep 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Ai ja nao concordo. Vc acha bom dogmatizar os principios morais?
> Uma revisao periodica eh saudavel assim como fazem vez ou outra com a
> constituicao.

os principios eticos sao dogmas ou se aceita ou nao, mas nao cabe
discuti-los objetivamente se sao ou nao validos... a unica coisa q.
podemos fazer qdo se discute moral e etica eh basear em outros criterios
morais e eticos.

uma constituicao, o espirito com q. eh feita, eh com carater definitivo...
logicamente as circunstancias obrigam a mudancas... o mesmo com sistemas
eticos como o catolicismo: hj nao se aceita queimar alguem por heresia...
mas nao eh da natureza deles mudar, o objetivo eh permanecer uma fonte
eterna de referencia -- apenas calha de nao ser assim.

o q. dificilmente uma pessoa aceitara' eh uma etica circunstanciada, algo
provisorio, algo concebido pra ser posteriormente substituido... isso
acaba ocorrendo ateh mesmo em relacao ao conhecimento cientifico -- muitas
pessoas, se nao a maioria, aceitam a o q. for 'cientificamente comprovado'
porq. pra elas adquire um ar de verdade cristalizada. algumas pessoas com
quem converso revoltam-se ao saber q. um cientista diga q. as 'verdades'
cientificas devem vir em minusculas e entre aspas -- elas sao provisorias.

de qq forma o vinculo entre a moral e os fatos eh de carater afetivo, nao
ha' um vinculo estritamente logico entre uma coisa e outra. diferentemente
dos modelos, um sistema moral (o seu cerne e nao simplesmente as
prescricoes) nao necessita de uma coerencia externa -- e nem ha' meios
logicos de estabelecer isso.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] A beleza , segundo Langlois & Roggman e segundo Perrett et all.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 17:24

On Fri, 22 Sep 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Vc me convenceu : Perdi a PATERNIDADE da ideia !! ;-))

talvez vc possa ganhar a maternidade da ideia... como acontece em relacao
ao dawkins e os genes egoistas...

[aproveito pra agradecer os alertas do leo sobre o mau uso q. fiz de
alguns termos em outra linha de mensagem]

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] A beleza , segundo Langlois & Roggman e segundo Perrett et all.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 18:10



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
>
>
> On Fri, 22 Sep 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Ai ja nao concordo. Vc acha bom dogmatizar os principios morais?
> > Uma revisao periodica eh saudavel assim como fazem vez ou outra com
> a
> > constituicao.
>
> os principios eticos sao dogmas ou se aceita ou nao, mas nao cabe
> discuti-los objetivamente se sao ou nao validos... a unica coisa q.
> podemos fazer qdo se discute moral e etica eh basear em outros
> criterios
> morais e eticos.
>

O q nao implica q deveremos aceita-los sempre.
Nao aceitar tais principios sempre eh equivalente a mudar os dogmas.
Se se quer q tais dogmas nao sejam estintos deve-se reve-los
quando se percebe q eles ja estao fora de seu tempo.


> uma constituicao, o espirito com q. eh feita, eh com carater
> definitivo...
> logicamente as circunstancias obrigam a mudancas... o mesmo com
> sistemas
> eticos como o catolicismo: hj nao se aceita queimar alguem por
> heresia...
> mas nao eh da natureza deles mudar, o objetivo eh permanecer uma fonte
> eterna de referencia -- apenas calha de nao ser assim.
>

Diga-se de passagem que o mesmicimo ocorre com as teorias cientificas.
elas sao criadas com o proposito de serem validas sempre, mas as vezes
calha de nao ser assim.. :-)

> o q. dificilmente uma pessoa aceitara' eh uma etica circunstanciada,
> algo
> provisorio, algo concebido pra ser posteriormente substituido... isso
> acaba ocorrendo ateh mesmo em relacao ao conhecimento cientifico --

Nao acredito q seja o fim do mundo. Uma etica dinamica poderia
bem ser aceita tambem desde q as pessoas as aceite. Eh uma questao de
mudar a mentalidade.

> muitas
> pessoas, se nao a maioria, aceitam a o q. for 'cientificamente
> comprovado'
> porq. pra elas adquire um ar de verdade cristalizada. algumas pessoas
> com
> quem converso revoltam-se ao saber q. um cientista diga q. as
> 'verdades'
> cientificas devem vir em minusculas e entre aspas -- elas sao
> provisorias.
>
> de qq forma o vinculo entre a moral e os fatos eh de carater afetivo,
> nao
> ha' um vinculo estritamente logico entre uma coisa e outra.

Depende do sentido da palavra "logico". Acredito que todo principio
etico pode ser explicado logicamente. No sentido de mostrar as causas
que o determinaram. Claro q o principio "em si" pode nao ser de todo
"logico" no sentido de util.

> diferentemente
> dos modelos, um sistema moral (o seu cerne e nao simplesmente as
> prescricoes) nao necessita de uma coerencia externa -- e nem ha' meios
> logicos de estabelecer isso.
>

Nao necessita nao obstante poderemos criar um que a possua ( coerencia
externa)

[]s
jocax


SUBJECT: Re: Sangue em pó
FROM: "Daniel Sottomaior [SP]" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 18:16

Luis Roberto Brudna escreveu

> Procurando por Thixotropy + blood no www.google.com. Encontrei isto
> (relacionado com a discussão).
>
> http://www.mimuw.edu.pl/delta/delta5/Rejmer2.htm
>
> Chemistry of Supernatural Compounds
> http://www.cicap.org/en/e_su02.htm


Parece que o assunto não fez muito sucesso, mas lá vai uma adição (não
há link para o texto)




>From: SkeptInq@aol.com
>Reply-To: CSICOP Announcement <CSICOP-ANNOUNCE@LISTSERV.AOL.COM>
>To: CSICOP-ANNOUNCE@LISTSERV.AOL.COM
>Subject: The Miracle Blood of Saint Januarius
>Date: Fri, 22 Sep 2000 16:08:02 EDT
>
> Don't miss "This Week in History" tonight at 9:00 pm (Eastern time
> US) on the History Channel. CSICOP's Joe Nickell will appear in a
> segment on the Shroud of Turin.
>
> The Miracle Blood of San Gennaro
>
> Amherst, NY (September 22, 2000)--On Tuesday, September 19, 2000,
> in Naples,Italy, an expected "miracle" occurred: a congealed
> substance many believe is the blood of a martyred saint liquefied in
> its vial. San Gennaro (in English Saint Januarius) is Naples' patron
> saint, and the superstitious believe that if the "blood" does not
> liquefy disaster may strike. In 1980 a massive earthquake struck
> southern Italy after one failed liquefaction, yet in 1631, after the
> "miracle" had taken place, Vesuvius erupted, killing 18,000.
>
> The glass vial containing the bloody substance is housed in a
> monstrance (a shrine in the form of a stand) which is brought out of
> its vault twice yearly: on the Saturday preceding the first Sunday
> in May, and on September 19, the saint's feast day. The latter is
> the anniversary of San Gennaro's legendary death.
>
> The Catholic Church has never been able to document Gennaro's
> existence as an actual historical personage, and in the 1960s his
> importance was greatly diminished, along with the other folkloric
> figures like Saint George the legendary dragon slayer. There is no
> historical record for the alleged martyr's "blood" until the late
> fourteenth century, more than a millennium after his reputed
> beheading.
>
> The congealed substance itself has never been reliably tested,
> despite the local church's claims based on dubious spectral
> analyses. In fact, the substance has qualities that differentiate it
> from genuine blood. Adding to skeptic's suspicions, there are some
> twenty other saints' bloods that liquefy, virtually every one of
> them from the Naples area--suggestive of some local secret.
>
> Two skeptical hypotheses have been offered to explain the Januarian
> phenomenon by natural means--both suggesting that it is a pious
> fraud. In 1991 a group of Italian scientists--Luigi Garlaschelli and
> two colleagues, Franco Ramaccini and Sergio Della Sala--demonstrated
> that they could simulate the effect with a thixotropic gel, a
> substance that liquefies when agitated and resolidifies when allowed
> to stand.
>
> About the same time two American researchers--forensic analyst John
> F. Fischer and paranormal investigator Joe Nickell--showed they
> could reproduce a liquefying and recongealing miracle blood using a
> colored oil-and-wax mixture. When slightly warmed by heat sources
> such as nearby candles and body heat, the bogus blood can suddenly
> liquefy. Nickell and Fischer jokingly attribute their phenomenon to
> "Saint Februarius."
>
> Although suitable tests of San Gennaro's alleged blood are still
> not permitted, the Italian scientists were allowed to test one of
> the other Naples-area vials without breaking it open or damaging its
> contents. It did not respond to being shaken, but it did liquefy
> when warmed gently by a hair dryer.
>
> For a discussion see Joe Nickell with John F. Fischer, "Mysterious
> Realms: Probing Paranormal, Historical, and Forensic Enigmas",
> Amherst, NY: Prometheus Books, 1992, pp. 145-164.
>
> -30-
>
> For the story, see Naples, Italy (Reuters), September 20, 2000,
> "Naples Saint's Blood Liquefies, Citizens Relieved".
> http://dailynews.yahoo.com/htx/nm/20000920 /od/blood_dc_1.html.
>
> Kevin Christopher
> Public Relations Director
> CSICOP/Skeptical Inquirer
> PO Box 703
> Amherst, NY 14226
> Tel: (716) 636-1425 ext. 224
> Fax: (716) 636-1733
> E-mail: SIKevinC@aol.com



SUBJECT: Re: A beleza , segundo Jocax
FROM: "Ronaldo Cordeiro [MG]" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 18:27

--- In ciencialist@egroups.com, Joao Carlos Holland de Barcellos
<jocax@u...> wrote:
>
>
> "Ronaldo Cordeiro [MG]" wrote:
> >
> >
> > --- In ciencialist@egroups.com, Joao Carlos Holland de Barcellos
> > <jocax@u...> wrote:
> >
> > > Ou melhor : Qual deve ser o rosto da mulher de modo que maximize
os
> > > tracos
> > > do rosto do pai no filho ?
> > > A RESPOSTA A ESTA PERGUNTA DEFINIRA O CRITERIO DE BELEZA.
> >
> > Resposta: Deve ser idêntico ao rosto do pai.
> >
>
> De fato, a pergunta foi mal elaborada, deveria ser :
> "....Que maximize a descoberta que os filhos sao do pai?"
>

Repare que dá no mesmo. A mulher que geraria filhos mais parecidos com
o pai, teria que ser a que fosse o mais parecida possível com o pai.
Se o Tião Macalé quiesesse garantir que todo mundo disesse "é a cara
do pai" quando visse um filho seu, teria que procurar uma mulher
parecida com ele mesmo (e praticamente FUGIR da média...ou das
mulheres consideradas bonitas!).

Se vc quiser partir para o campo das características recessivas, isso
fica mais evidente ainda: um pai cheio de características recessivas
só iria garantir alguma semelhança nos filhos se a mãe tivesse
características idênticas, não a média da população.

[]s
Ronaldo Cordeiro
Dicionário Céptico:
http://www.dicceptico.cjb.net



SUBJECT: Re: [ciencialist] A beleza , segundo Langlois & Roggman e segundo Perrett et all.
FROM: "Francisco C. Brito" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/09/2000 18:47


> Nao acredito q seja o fim do mundo. Uma etica dinamica poderia
> bem ser aceita tambem desde q as pessoas as aceite. Eh uma questao de
> mudar a mentalidade.
>


E é, a moral (Objeto de estudo da ética) é algo bastante dinâmico, tãp
dinâmico quanto a sociedade em que ela surge. Não se pode chamar a moral de
dogma, no sentido religioso, moral é o conjunto de regras e normas não
escritas que regem a vida em sociedade. A moral está presente sempre que
dois homens se relacionam de alguma maneira.

> > de qq forma o vinculo entre a moral e os fatos eh de carater afetivo,
> > nao
> > ha' um vinculo estritamente logico entre uma coisa e outra.
>

o vínculo entre moral e fatos é de caráter afetivo? de que maneira?



SUBJECT: Re: [ciencialist] A beleza , segundo Langlois & Roggman e segundo Perrett et all.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 18:59

On Fri, 22 Sep 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Depende do sentido da palavra "logico". Acredito que todo principio
> etico pode ser explicado logicamente. No sentido de mostrar as causas
> que o determinaram. Claro q o principio "em si" pode nao ser de todo
> "logico" no sentido de util.

pra nao encompridar mais: nao eh logico no sentido q. nao existe
demonstracao logica de se um principio eh ou nao justo -- a menos q. se
recorra a um outro principio como uma das premissas... isso pode cair ou
em circularidade ou chegar ao ponto em q. pelo menos um dos principios eh
aceito por si mesmo e ponto (circularidade curta). como essa eh a base de
justificacao de qq sistema etico -- q. aceite ou q. vah contra um modelo
de relacoes de causa e efeito ou de correlacao entre fenomenos naturais --
isso significa q. nenhum sistema etico pode ser justificado em termos de
logica -- qq sentido q. se dej 'a palavra. (eu particularmente usei no
sentido de logica formal -- dos procedimentos de verificacao da validade
ou nao de um argumento.)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] A beleza , segundo Langlois & Roggman e segundo Perrett et all.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 19:28

On Fri, 22 Sep 2000, Francisco C. Brito wrote:
> > > de qq forma o vinculo entre a moral e os fatos eh de carater afetivo,
> > > nao
> > > ha' um vinculo estritamente logico entre uma coisa e outra.
> >
>
> o vínculo entre moral e fatos é de caráter afetivo? de que maneira?

essa jah eh a minha fala...

um preceito moral vai nos dizer basicamente se alguma coisa eh boa ou
ruim, eh justa ou injusta, o equivalente em algumas religioes eh se eh
pecaminoso ou virtuoso. ela atribui valores 'as coisas. atribui valores
aos fatos e essa atribuicao de valores se da' por termos afetivos: gosto
disso ou nao. se alguem deixa de fazer alguma coisa de q. gosta, porq.
acha q. isso de repente prejudicaria uma outra pessoa; esse alguem
estaria atribuindo um valor maior ao ato de nao prejudicar alguem do q.
fazer essa coisa em particular.

deixe-me insistir em um esquema q. jah apresentei aqui (de novo faco a
ressalva de q. nao deve ser levado muito a serio a minha proposicao):

[preceito etico e] + [fato d] --> prescricao etica [ed]

[modelo funcional c] + [fato d] --> previsao [cd]

temos um dado comportamento b

se b = [ed], i.e, um comportamento q esteja de acordo com uma
prescricao, entao temos uma justificativa dada por e

se b = [cd], i.e., um comportamento q esteja de acordo com uma previsao,
entao temos uma explicacao dada por c

tomemos um preceito e: as pessoas devem ajudar os necessitados

e um modelo c: as pessoas ajudam os q. estao necessitados

temos como fato d: Joao passa por necessidades

e temos um comportamento b: Chico ajuda Joao

e + d -> Chico deve ajudar Joao

c + d -> Chico vai ajudar Joao

por e, o comportamento b de Chico estah justificado e, por c, estah
explicado.

agora consideremos um preceito e': as pessoas devem deixar os necessitados
acharem sua propria solucao.

e' + d -> Chico nao deve ajudar Joao

por e', o comportamento de Chico nao eh justificado, mas continua
explicado por c.

agora tomemos um modelo c': as pessoas nao ligam pras outras pessoas

c' + d -> Chico nao vai ajudar Joao

por e, o comportamento eh justificado, mas por c', nao eh explicado.

repare q. o fato de Chico ajudar Joao nao nos diz nada sobre se e ou e' eh
valido ou nao como preceito etico. Mas nos diz q. c' nao serve como modelo
explicativo.

Usando de trocadilho: e' diria q. d estah errado; mas d diz
q. c' estah errado. Eh trocadilho porq. usei a palavra 'errado' com
significados diferentes...

ha' mais consideracoes q. podem ser feitas, mas deixemos isso pra depois.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: parada card�aca
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: wpaniago@ift.unesp.br, anderson@if.sc.usp.br, samira@fma.if.usp.br, talarico@ift.unesp.br, panshito@bol.com.br, lolitta@ig.com.br, ciencialist@egroups.com, dos_mano@eGroups.com, seti-brasil@eGroups.com, planetafisica@egroups.com, quantica@egroups.com, fcb@egroups.com, rafael.cunha@uol.com.br, rocunha@nin.ufms.br, kronus.randall.ms.@bol.com.br, dholanda@sna.com.br, dholanda@usa.net, majucalazans@bol.com.br, neowolf@terra.com.br, liviaholanda@usa.net, jdrufato@ig.com.br, nbh@mailbr.com.br, rubens@uems.br
DATE: 23/09/2000 19:40

Recebi esse email, como imaginei que o conte�do fosse verdadeiro, estou
repassando.


Primeiros Socorros

N�o se trata de piada. � coisa s�ria !!
Digamos que s�o 6 e meia da tarde, voc� est� indo para casa, sozinho, de
carro, depois de um dia bastante pesado no servi�o, n�o s� porque trabalhou
bastante, como tamb�m porque voc� teve uma discuss�o com seu chefe e n�o
houve jeito de faz�-lo entender seu ponto de vista. Voc� est� realmente
aborrecido e quanto mais pensa sobre o assunto, mais tenso voc� fica...
De repente, voc� sente uma dor muito forte no peito, que se irradia pelo
bra�o e sobe at� o queixo. Voc� est� a uns 8 quil�metros do hospital mais
pr�ximo e n�o tem certeza se vai conseguir chegar at� l�...

O que fazer?

Voc� fez um curso de primeiros socorros, mas n�o � que o instrutor se
esqueceu de explicar o que fazer quando a v�tima � voc� mesmo???

Como conseguir sobreviver a um ataque card�aco se estiver sozinho?

� muito freq�ente as pessoas passarem por essa situa��o! Sem assist�ncia, a
pessoa cujo cora��o p�ra de funcionar adequadamente, que come�a a sentir que
vai desmaiar, tem apenas 10 segundos antes de perder a consci�ncia!
O que fazer para sobreviver quando estiver sozinho?
Essas v�timas podem ajudar a si mesmas tossindo com for�a repetidas vezes.
Inspire antes de tossir, tussa profunda e prolongadamente, como quando est�
expelindo catarro de dentro do peito. Repita a seq��ncia inspirar/tossir a
cada dois segundos, at� que chegue algum aux�lio ou at� que o cora��o volte
a funcionar normalmente.
A inspira��o profunda leva oxig�nio aos pulm�es e a tosse contrai o cora��o
e faz com que o sangue circule. A press�o da contra��o no cora��o tamb�m o
ajuda a retomar o ritmo normal. Desse modo, uma v�tima de um ataque card�aco
pode fazer uma liga��o telef�nica e entre as inspira��es, pedir ajuda.


(Artigo publicado no n.� 240 do Journal of General Hospital
Rochester)



Divulgue estas informa��es a tantas pessoas quanto poss�vel !


O que fazer?

Voc� fez um curso de primeiros socorros, mas n�o � que o instrutor se
esqueceu de explicar o que fazer quando a v�tima � voc� mesmo???

Como conseguir sobreviver a um ataque card�aco se estiver sozinho?

� muito freq�ente as pessoas passarem por essa
situa��o! Sem assist�ncia, a pessoa cujo cora��o p�ra de funcionar
adequadamente, que come�a a sentir que vai desmaiar, tem apenas 10
segundos antes de perder a consci�ncia!
O que fazer para sobreviver quando estiver sozinho?
Essas v�timas podem ajudar a si mesmas tossindo com
for�a repetidas vezes. Inspire antes de tossir, tussa profunda e
prolongadamente, como quando est� expelindo catarro de dentro do peito.
Repita a seq��ncia inspirar/tossir a cada dois segundos,
at� que chegue algum aux�lio ou at� que o cora��o volte a
funcionar normalmente.
A inspira��o profunda leva oxig�nio aos pulm�es e a
tosse contrai o cora��o e faz com que o sangue circule. A press�o da
contra��o no cora��o tamb�m o ajuda a retomar o ritmo normal. Desse
modo, uma v�tima de um ataque card�aco pode fazer uma liga��o
telef�nica e entre as inspira��es, pedir ajuda.


(Artigo publicado no n.� 240 do Journal of General Hospital
Rochester)



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SUBJECT: En: Essa vale a pena ler.
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DATE: 23/09/2000 22:24




REVOLTADO OU CRIATIVO?
De Waldemar Setzer, professor aposentando da USP

Há algum tempo recebi um convite de um colega para servir de árbitro na revisão de uma prova. Tratava-se de avaliar uma questão de Física, que recebera nota zero. O aluno contestava tal conceito, alegando que merecia nota máxima pela resposta, a não ser que houvesse uma "conspiração do sistema" contra ele. Professor e aluno concordaram em submeter o problema a um juiz imparcial, e eu fui o escolhido.
Chegando à sala de meu colega, li a questão da prova, que dizia: "Mostre como pode-se determinar a altura de um edifício bem alto com o auxilio de um barômetro." A resposta do estudante foi a seguinte: "Leve o barômetro ao alto do edifício e amarre uma corda nele; baixe o barômetro até a calçada e em seguida levante, medindo o comprimento da corda; este comprimento será igual à altura do edifício." Sem dúvida era uma resposta interessante, e de alguma forma correta, pois satisfazia o enunciado. Por instantes vacilei quanto ao veredicto.

Recompondo-me rapidamente, disse ao estudante que ele tinha forte razão para ter nota máxima, já que havia respondido a questão completa e corretamente.
Entretanto, se ele tirasse nota máxima, estaria caracterizada uma aprovação em um curso de física, mas a resposta não confirmava isso. Sugeri então que fizesse uma outra tentativa para responder a questão. Não me surpreendi quando meu colega concordou, mas sim quando o estudante resolveu encarar aquilo que eu imaginei lhe seria um bom desafio.

Segundo o acordo, ele teria seis minutos para responder à questão, isto após ter sido prevenido de que sua resposta deveria mostrar, necessariamente, algum conhecimento de física. Passados cinco minutos ele não havia escrito nada, apenas olhava pensativamente para o forro da sala. Perguntei-lhe então se desejava desistir, pois eu tinha um compromisso logo em seguida, e não tinha tempo a perder. Mais surpreso ainda fiquei quando o estudante anunciou que não havia desistido. Na realidade tinha muitas respostas, e estava justamente escolhendo a melhor. Desculpei-me pela interrupção e solicitei que continuasse.

No momento seguinte ele escreveu esta resposta: "Vá ao alto do edifico, incline-se numa ponta do telhado e solte o barômetro, medindo o tempo t de queda desde a largada até o toque com o solo. Depois, empregando a fórmula h = (1/2)gt^2 , calcule a altura do edifício." Perguntei então ao meu colega se ele estava satisfeito com a nova resposta, e se concordava com a minha disposição em conferir praticamente a nota máxima à prova. Concordou, embora sentisse nele uma expressão de descontentamento, talvez inconformismo.

Ao sair da sala lembrei-me que o estudante havia dito ter outras respostas para o problema. Embora já sem tempo, não resisti à curiosidade e perguntei-lhe quais eram essas respostas. "Ah!, sim," - disse ele - "há muitas maneiras de se achar a altura de um edifício com a ajuda de um barômetro." Perante a minha curiosidade e a já perplexidade de meu colega, o estudante desfilou as seguintes explicações. "Por exemplo, num belo dia de sol pode-se medir a altura do barômetro e o comprimento de sua sombra projetada no solo, bem como a do edifício". Depois, usando-se uma simples regra de três, determina-se à altura do edifício. "Um outro método básico de medida, aliás bastante simples e direto, é subir as escadas do edifício
fazendo marcas na parede, espaçadas da altura do barômetro. Contando o número de marcas ter-se a altura do edifício em unidades barométricas". Um método mais complexo seria amarrar o barômetro na ponta de uma corda e balançá-lo como um pêndulo, o que permite a determinação da aceleração da gravidade (g). Repetindo a operação ao nível da rua e no topo do edifício, tem-se dois g's, e a altura do edifício pode, a princípio, ser calculada com base nessa diferença. "Finalmente", - concluiu, - "se não for cobrada uma solução física para o problema, existem outras respostas. Por exemplo, pode-se ir até o edifício e bater à porta do síndico. Quando ele aparecer; diz-se: "Caro Sr. síndico, trago aqui um ótimo barômetro; se o Sr. me disser a altura deste edifício, eu lhe darei o barômetro de presente.".

A esta altura, perguntei ao estudante se ele não sabia qual era a resposta 'esperada' para o problema. Ele admitiu que sabia, mas estava tão farto com as tentativas dos professores de controlar o seu raciocínio e cobrar respostas prontas com base em informações mecanicamente arroladas, que ele resolveu contestar aquilo que considerava, principalmente, uma farsa.


"Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará assim uma máquina utilizável e não uma personalidade. É necessário que adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto"
(Albert Einstein)



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: MOSCAS E CIA..
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/09/2000 00:47

==============================================================
MOSCAS E CIA..
---------------
>PhiloX ##
Se eu não me engano já existe uma lâmpada repelente de insetos. .....
---------------
>>Léo
Parece-me que se trata não de uma lâmpada 'repelente' e sim de uma lâmpada
atrativa (azul), que as faz passar por eletrodos próximos, entre os quais
coloca-se uma alta tensão (cerca de miseráveis 1000 VCA). É um
chamariz-eletrocutador!
---------------
neville ->
Salvo erro meu, tanto a Phillips como a Sylvania vendem uma lâmpada
incandescente, com o vidro pintado de amarelo-gema, contendo na embalagem
frase enganosa "repelente de insetos".
Usei uma dessa e verifiquei que ela ATRAI relativamente menos borboletinhas
do que uma incandescente de vidro transparente; imagino que os coleóptero
sejam menos "chegados" a radiações do sódio e do potássio do que às do
ferro, cálcio e magnésio (certamente uma adaptação darwiniana à luz solar);
quanto a moscas e pernilongos, estes preferem qualquer lâmpada apagada e
temperaturas mais amenas.

No caso das gaiolas eletrocutadoras de moscas (creio que todo mundo já as
viu em botequins de beira de estrada), são usadas lâmpadas ultra-violetas,
mas, creio que a função delas é profilática e não a de atrair moscas. (As
moscas seriam atraídas pelo odor das proteínas em decomposição). As moscas
passam casualmente entre os fios de alta tensão (cerca de 1 cm de espaço
entre eles) e provocam uma faisca que, provavelmente, danifica suas asas,
fazendo-as cair na bandeja, onde morrem depois, com ajuda da radiação ultra
violeta. [ Não é fácil eletrocutar insetos; já fiz testes de condução de
corrente alternada através de pernas e corpo de gafanhotos. Conseguem
conduzir bem cerca de 1 A durante quase 3 minutos sem dano aparente.]

Bem, com isso estamos de volta à discussão sobre a percepção de cores.
==================================================================

















SUBJECT: Re: [ciencialist] O porque da Razão Aurea
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/09/2000 12:42

Prezados amigos do Ciencialist,

O debate sobre as proporções divinas está interessante. Gostaria de saber:
a relação áurea é de 3 para 5, ou de 3 para 4?

Um grande abraço.

Claudio Abreu
----- Original Message -----
From: João Mário Miranda
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, September 22, 2000 3:51 PM
Subject: Re: [ciencialist] O porque da Razão Aurea




Meus Grupos | ciencialist Página Principal | Start a new group!


> caro Silvio e listers
>
> Concordo que a pergunta que deixo no
> ar eh muito especulativa, e que nunca a faria
> em um artigo cientifico, por exemplo.
> Mas aqui na lista eu me permeti essa eresia
> Acientifica.
> Oque eu queria chamar a atencao
> eh que essa harmonia parece reger sistemas
> extremamente diferentes da natureza, e ateh o
> conceito do belo para a raca humana.
> Deve exitir uma regra geral (possivelmente simples)
> no qual esses sistemas (e nos juntos) estao inseridos,
> responsavel pela aparicao da razao aurea em
> cantos distintos.

As proporções divinas e outras curiosidades geométricas
têm uma razão de existir. A simetria, por exemplo, é uma
consequencia lógica do processo de divisão celular. A
razao aurea é certamente uma consequencia do processo
de formação do corpo que segue determinadas regras e
essas regras têm uma base matemática. Básicamente baseiam-se
em divisões. Se voces fizerem uma determinada sequencia de
divisões chegam a objectos em que a razao aurea esta
presente.
O nosso gosto pelas proporções também tem uma razão. Os
homens gostam de mulheres bem proporcionadas e vice versa
porque isso é uma garantia que não há nada de errado
genéticamente com elas.

João
http://www.nonio.com


*** --- ***
Para sair da lista envie um mail para:
ciencialist-unsubscribe@egroups.com
*** --- ***




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Valor da razao Aurea
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/09/2000 13:05

Claudio:

> O debate sobre as proporções divinas está interessante. Gostaria de saber:
> a relação áurea é de 3 para 5, ou de 3 para 4?

- Na relacao aurea, a divisao entre o todo e o segmento
maior (ou a divisao do segumento maior pelo segmento
menor) e' expressa pelo numero irracional

(1+raiz(5) ) /2 = 1,6180339

- Ja' a divisao do segmento menor pelo segmento maior
(ou do segmento maior pelo todo) e'
(1-raiz(5) ) /2 = 0,6180339, que esta' mais
proximo de 3/5 (0,6)


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br





SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Essa vale a pena ler.
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/09/2000 13:10

Amigos:



> REVOLTADO OU CRIATIVO?
> De Waldemar Setzer, professor aposentando da USP
>
> Há algum tempo recebi um convite de um colega para servir de árbitro na
revisão >de uma prova. Tratava-se de avaliar uma questão de Física, que
recebera nota zero. O >aluno contestava tal conceito, alegando que merecia
nota máxima pela resposta, a não >ser que houvesse uma "conspiração do
sistema" contra ele. Professor e aluno >concordaram em submeter o problema a
um juiz imparcial, e eu fui o escolhido.

- Ja' li essa historia (estoria ?) nesta mesma lista.
- Porem, quem enviou mencionou que era um incidente ocorrido
com Niels Bohr (o aluno) e o professor-arbitro seria Ernest Rutherford
(nao lembro se foi citado o professor que aplicou a prova).

- Afinal, isso e' ou nao uma lenda ?

- Paulo
psdias@globo.com.br






SUBJECT: Re: [ciencialist] Valor da razao Aurea
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/09/2000 13:32

Prezado Paulo Sérgio,

Você saberia me explicar o porque destas relações, de onde surgiu esta fórmula?

Grato,

Claudio Abreu
----- Original Message -----
From: Paulo Sérgio Dias
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Sunday, September 24, 2000 1:05 PM
Subject: [ciencialist] Valor da razao Aurea



Meus Grupos | ciencialist Página Principal


Claudio:

> O debate sobre as proporções divinas está interessante. Gostaria de saber:
> a relação áurea é de 3 para 5, ou de 3 para 4?

- Na relacao aurea, a divisao entre o todo e o segmento
maior (ou a divisao do segumento maior pelo segmento
menor) e' expressa pelo numero irracional

(1+raiz(5) ) /2 = 1,6180339

- Ja' a divisao do segmento menor pelo segmento maior
(ou do segmento maior pelo todo) e'
(1-raiz(5) ) /2 = 0,6180339, que esta' mais
proximo de 3/5 (0,6)

[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] A beleza , segundo Jocax
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/09/2000 13:44

Jocax:

> O Rosto belo
> ============
>
> O Grande Jocax, como nao poderia deixar de ser, tambem tem sua
> propria teoria *revolucionaria* sobre o assunto ;-))
>
> E como tambem nao poderia deixar de ser, esta baseada
> em paradigmas neo-darwinianos:
>
> Acredito que a beleza do rosto, em principio, nao esta associada
> aas relacoes aureas e sim ao INDICIO DE PATERNIDADE !

a) Se a beleza estivesse relacionada a questoes evolucionarias
da biologia, esse raciocinio tambem nao teria que ser valido
para outras partes do corpo ? (tenho 1,75 m; se eu tiver
um filho com uma mulher de, por exemplo, 1,65, meu filho nao
podera' atingir, por exemplo, 1,95m - estou errado ?)

b)Se esse raciocinio e' valido para outras partes do corpo,
como explicar o padrao de beleza feminina de alguns seculos
atras, em que a preferencia era pelas "cheinhas"


c) Aproveitando o "gancho", gostaria de saber se alguem ja'
estudou a questao do padrao de beleza feminino da idade media,
e se de fato era verdade o que eu mencionei no item "b",
ou seja, que a mulher cheinha (obesas, na verdade, pelo que
vejo em quadros antigos) era a preferida.

- Por exemplo: Suponhamos que um homem da idade media
tivesse a oportunidade de escolher para se casar com uma
mulher bonita nos padroes de hoje ("Tiazinha", "Carla Perez",
"Feiticeira", ou qualquer outra modelo tipo "Playboy") e
uma mulher bonita para os padroes da epoca. Sera' que
de fato ele preferiria a mulher "cheinha" ?

d) Em algumas noticias, acho que da SuperInteressante,
li que foi feita uma pesquisa com homens de uma tribo
da Africa, e que eles preferiram as mulheres mais gordinhas.
Segundo os pesquisadores, esses homens consideram que
essas mulheres eram mais saudaveis (em consequencia,
proporcionariam filhos mais saudaveis tambem)


e) A noticia do item "d" contraria uma reportagem do
programa Discovery Magazine, do Discovery Channel.
Na reportagem, fizeram pesquisas com bebes (ambos
os sexos). Apresentaram aos bebes diversas fotografias
de pessoas de todos os tipos, feias e bonitas (para
os chamados "padroes tradicionais").
Pela reacao dos bebes (maior atencao `a foto, sorrisos,
caretas, etc.) os pesquisadores perceberam que as fotos
dos rostos considerados bonitos de fato agradaram
mais aos bebes. A conclusao seria que a beleza nao dependeria
de uma influencia "cultural", mas sim seria algo que ate'
mesmo os bebes, que receberam pouca influencia nesse sentido,
interpretariam como os adultos.



[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: proporção divina
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/09/2000 13:47

Amigos:

- A quem perguntou sobre a proporcao aurea (proporcao
divina, razao aurea, etc.), sugiro procurar o livro
As Maravilhas da Matematica, de Malba Tahan,
Edicoes Bloch. O capitulo 49 (23 paginas)
trata exclusivamente desse tema.



[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br





SUBJECT: Re: [ciencialist] Valor da razao Aurea
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/09/2000 13:50

> Prezado Paulo Sérgio,
>
> Você saberia me explicar o porque destas relações, de onde surgiu esta fórmula?
>
> Grato,
>
> Claudio Abreu

Espero que não se importe de estar respondendo no lugar do Paulo Sérgio.

O valor da razão aurea vem da sequencia de Fibonacci que foi observada
pela primeira vez em 1202 quando determinava o crescimento do número de
coelhos de uma criação (segundo a lenda)

"A sequencia de Fibonacci é definida como tendo dois termos iguais a 1 e
cada termo seguinte é igual a soma dois termos imediatamente
anteriores" (Farrer, Harry - Algoritimos Estruturado, pag 15)

assim temos :

1 1 2 3 5 8 13 21 34 .... X Y X+Y ....

no infinito a razão entre dois termos consecutivos da sequencia
convergem para a razão aurea, ou seja :

X = Y
- ---
Y X+Y

resolvendo o sistema :

Y = (raiz (5) + 1)*X
--------------
2
X = (raiz (5) - 1)*Y
----------------
2


SUBJECT: Re: [ciencialist] Valor da razao Aurea
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/09/2000 15:03

Claudio:

>
> Você saberia me explicar o porque destas relações, de onde surgiu esta
fórmula?
>


- Historicamente, e' muito dificil determinar o momento
exato em que foram descobertos certas relacoes ou constantes.
Por exemplo, fiz uma pesquisa sobre o numero "e" (2,718... = numero de
Euler,
que aparece em grande parte das leis cientificas), e nao consegui detectar
o primeiro estudioso ou primeiro povo a descobrir esse numero.

- O mesmo ocorre com a "razao aurea" (tambem chamada de "secao aurea",
dentre outros sinonimos).

- Howard Eves, em "Introducao `a Historia da Matematica", 2a. Edicao,
Editora da UNICAMP, diz que a "Escola Pitagorica", fundada por Pitagoras
aproximadamente em 585 aC, ja' se interessava bastante pela secao aurea,
o que ja' revela que esse conhecimento data pelo menos dos gregos antigos.

- O valor e' obtido assim:

- Dado um segmento AB, pode-se marcar sobre ele um ponto S, dividindo-o
em duas partes AS e SB. O ponto S pode ser colocado em uma infinidade
de posicoes. Porem, se colocarmos o ponto S em uma certa posicao, teremos
uma relacao interessante entre sa medias de AB (o todo), AS e SB (os dois
segmentos em que fica dividido o segmento AB).

- Por exemplo, desenhe um segmento AB com medida de 10 cm (essa medida
e' apenas para facilitar o calculo, mas vale para qualquer outra medida),
e sobre ele marque o ponto S, de modo que uma parte fique com 6,18 cm
e a outra parte fique com 3,82 cm:



6,18 cm 3,82 cm
|-------------------------|---------------|
A S B


- Agora, calcule as seguintes razoes:

Obs.: Como a precisao de uma regua e' limitada,
os calculos a seguir nao sao exatos. Porem, se o ponto
S for construido geometricamente (veja meus comentarios
mais abaixo), os valores sao muito mais proximos.


AB/AS = 10/6,18 = ~1,618...

AS/SB = 6,18/3,82 = ~1,618...

- Ou seja, se o todo (AB) for dividido pelo segmento
maior (AS), ou se o segmento maior (AS) for dividido
pelo segmento menor (SB), o resultado e' o mesmo: ~1,618...


AS/AB = 6,18/10 = 0,618

SB/AS = 3,82/6,18 = ~0,618...

- Ou seja, se o segmento maior (AS) todo for dividido pelo
todo (AB) ou se o segmento menor (SB) for dividido pelo
segmento maior (AS), o resultado e' o mesmo: ~0,618...


- Como disse, nao se sabe ao certo quem foi que descobriu
pela primeira vez esse valor. Porem, ao longo dos seculos
passou-se a acreditar que todos os objetos que continham
suas partes, em relacao ao seu todo, em medidas que correspondessem
`a razao aurea, eram os mais belos.

- Lembrei-me de um outro exemplo, alem daqueles que ja' foram mencionados
pelos outros colegas: Tire a medida da altura do umbigo de uma pessoa
(descalca), ate' o chao. Agora, divida a altura do umbigo pela altura
da pessoa. Se o valor estiver proximo de 0,6, a pessoa e' considerada,
como tendo as partes do corpo (pernas, quadris, tronco, cabeca) como
sendo esteticamente proporcionais (quem ja' nao viu pessoas com pernas
compridas demais, ou curtas demais, em relacao `a sua altura ?)


- Para obter a razao aurea, que eu demonstrei empiracmente nos calculos
acima, Malba Tahan (As Maravilhas da Matematica, Edicoes Bloch) mostra
a seguinte deducao (fiz uma adaptacao, para ficar mais didatico):

- Vamos supor que e' dado um segmento AB, com comprimento l (letra "ele"):


l = comprimento total do segmento

|-----------------------------------------|
A B


- Dividimos esse segmento em duas partes,
demarcando sobre ele o ponto x:

|-------------------------|---------------|
A x B


- Entao, a parte maior tera' a medida x,
e a parte menor tera' a medida l-x:



|-------------------------|---------------|
A x B

x = parte menor l-x = parte menor


- As razoes sao as seguintes:

l/x = x / (l - x)

l (letra "ele") e' o comprimento do segmento,
que pode ter qualquer medida, dependendo do segmento
que se quer dividir.

- Logo, o que queremos e' encontrar o ponto
x, ou seja, ONDE o segmento deve ser dividido,
de modo que tenhamos uma razao aurea.

- Devemos calcular a incognita x:

- Passando cada denominador "para o outro lado",
ficamos com:

l.(l-x) = x^2 (x ao quadrado)

- Fazendo a distributiva no primeiro membro (lado
esquerdo):

l^2 - lx = x^2

- Passando tudo para o lado direito
(e ja' ordenando em relacao a x):

0 = x^2 + lx - l^2

ou:

x^2 + lx - l^2 = 0


- Bem, esta e' uma equacao do segundo grau.

- Como o termo independente (l^2) e' negativo,
sabemos que esta equacao tera' duas raizes
reais e diferentes, sendo uma positiva e outra negativa.

- Pela formula de Bhaskara (formula do delta):

x = (-b + ou - raiz(b^2 - 4.a.c) / 2

- Obtemos:

x = (-l + ou - raiz(l^2 + 4.l^2) / 2


- Tirando o l^2 da raiz:

x = (-l + ou - raiz(5.l^2) / 2

x = (-l + ou - l.raiz(5) ) /2

- Colocando o l em evidencia:

x = ( l.(-1 + ou - raiz(5) ) /2

- As raizes sao:

x' = l. (-1 + raiz(5) ) /2

x'' = l. (-1 - raiz(5) ) /2


- A primeira raiz, positiva, fornece o
segmento aureo interno, e a segunda
raiz, negativa, da' o segmento
aureo externo (nao mencionei o que
e' o segmento aureo externo, pois
tem apenas interesse matematico,
mais "abstrato"; veja o livro de Malba Tahan,
para maiores detalhes)

- Fazendo o calculo apenas com a raiz
positiva:

x' = l . 0,618

- Ou seja, para dividir um segmento qualquer,
de comprimento l, de modo a obter o segmento
aureo, basta multiplicar a medida do segmento
por 0,618.


- Lembro que o valor encontrado sera' uma
aproximacao (bastante boa, mas ainda uma aproximacao)
do segmento aureo.

- Para encontrar o segmento aureo mais preciso, podemos
fazer uma construcao geometrica, com regua e compasso,
para determinar o ponto "x" mais precisamente.

- Nao vou descrever a construcao desse desenho aqui,
pois acredito que a maioria das pessoas da lista
nao teriam interesse na parte geometrica.

- De qualquer forma, mesmo a construcao geometrica
seria apenas "teoricamente" precisa, pois depende
das habilidades manuais (com a regua e compasso)
de quem fizer o desenho.


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br







SUBJECT: Re: [ciencialist] Valor da razao Aurea
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/09/2000 15:15

Leonardo:

> Espero que não se importe de estar respondendo no lugar do Paulo Sérgio.
>
> O valor da razão aurea vem da sequencia de Fibonacci que foi observada
> pela primeira vez em 1202 quando determinava o crescimento do número de
> coelhos de uma criação (segundo a lenda)
>
> "A sequencia de Fibonacci é definida como tendo dois termos iguais a 1 e
> cada termo seguinte é igual a soma dois termos imediatamente
> anteriores" (Farrer, Harry - Algoritimos Estruturado, pag 15)

- Muito obrigado pela participacao.

- De fato, voce esta' certissimo que na sequencia de Fibonacci
aparece implicitamente o valor da razao aurea.

- Todavia gostaria de esclarecer que o valor do segmento aureo,
segundo Howard Eves (Introducao `a Historia da Matematica,
editora da UNICAMP, 2a. edicao, pagina 125) menciona que
a "Escola Pitagorica", fundada por volta de 585 aC, e que permaneceu
em atividade durante seculos, mesmo apos a morte de seu fundador,
ja' estudava essa proporcao, alem de outras curiosidades matematicas.

- Ja' Leonardo de Pisa, mais conhecido como Fibonacci (= filho de Bonacci),
nasceu em 1170 (aproximadamente) em Pisa (atual Itália) e faleceu em 1250
(provavelmente) também em Pisa. Isto significa que ele propria certamente
ja' conhecia o valor da razao aurea.

- O fato do valor da razao aurea aparecer na sequencia de Fibonacci e' mais
uma das maravilhosas "coincidencias" (aparentes coincidencias ?) que ocorrem
dentro da matematica, onde assuntos que parecem nao ter nada a ver um com
o outro acabam revelando algo em comum.

- Outro numero na Matematica que e' bastante curioso e' o numero "e"
(2,718...),
que apesar de ser conhecido como "Numero de Euler" ja' era conhecido antes
de Leonhard Euler ter nascido. O numero "e", como os demais colegas da
lista
podem esclarecer com maior propriedade, aparece em um sem numero de equacoes
de fenomenos cientificos. (Tenho uma tendencia a acreditar que o primeiro
a descobrir o numero "e" foi John Napier, por volta de 1617, mas isso nao
vem ao caso agora).


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br


>




SUBJECT: Caso você não visualize o e-mail, favor solicitar o mesmo em formato texto.
FROM: Professor Peruzzo <mperuzzo@onda.com.br>
TO: "Egroups Emais Mperuzzo" <mperuzzo@onda.com.br>
DATE: 24/09/2000 21:06

Coluna do Professor Peruzzo






Bem Vindo / Welcome to


Coluna do Professor Peruzzo
Professor Peruzzo Section

Nº 001 - Issue #  001

23 de Setembro de 2000

September 23,  2000



Nesta Edição / In This Issue


Até você, Mecânico do Bairro!!!
Even You, The Cheapest Mechanic
Attention! Only in Brazil! 
 O conteúdo abaixo pode ser publicado em qualquer mídia impressa ou eletrônica 
no território brasileiro, desde que informado à  esta fonte, o veículo, a seção,
endereço eletrônico e possível data de publicação pelo e-mail abaixo, que em
seguida  enviaremos autorização para publicação. Obrigado pela compreensão.
mperuzzo@onda.com.br  / www.profperuzzo.com



Até você, Mecânico do Bairro!!!

Ultimamente começo as minhas palestras com um desafio a platéia: Citar um número
entre 1 e 300. Após a indicação do número, imediatamente abro a página da revista
americana Business 2.0, exatamente sob número de página indicada pelo público.
É impressionante, mas até hoje todas as páginas mencionadas desta revista possuía
algum item relacionado a grande rede, a internet. Definitivamente os negócios
e tecnologia se uniram para uma nova realidade. Muitos ainda questionam este
momento, colocando em dúvida se realmente as empresa precisam estar plugada
neste mundo virtual, ou que a internet efetivamente possui uso restrito a alguns
segmentos de mercado.

Caros colegas, grande erro quem pensa desta maneira. A internet de forma genérica,
nos trouxe tantos benefícios, que nem percebemos ainda a grandeza deste momento.
A primeira revolução se trata exatamente da forma que você recebeu esta coluna,
o e-mail. A empresa que não possuir e-mail ou até mesmo a home-page como forma
de contato e comunicação empresarial e perante toda uma sociedade ativa, ligada
e exigente, estará em breve, equivalente a uma empresa sem telefone e sem endereço,
ou seja, uma empresa desconhecida. Algumas pessoas falam: Peruzzo, você esta
ficando maluco, imagine se o mecânico do bairro deve estar na internet ? Isto
é coisa de americano ? .

Acredito que este exemplo do mecânico de bairro, abre uma bela oportunidade
para poder demonstrar como exemplo de um segmento pouco explorado na internet
no Brasil, e que deveria obter atenção de igual forma quando comparado com
as médias e grandes empresas. Eu respondo, de forma objetiva e seguindo as
tendências emergentes o seguinte caso do mecânico de bairro e dos motivos pelo
qual este deve começar a pensar em utilizar a internet:

O ambiente que está inserido o mecânico de bairro:

- Com o aumento do volume de informações, automaticamente as tarefas que os
indivíduos executam, acabam proporcionando uma pressão jamais vista na história,
em fazer e fazer, o que revela que o indivíduo, nesta nova economia global,
não possuirá tempo suficiente para ir gastar com visitas ao mecânico de bairro.
.

- A tendência das pessoas viverem basicamente 100% do seu tempo, entre a sua
casatrabalho-casa, incluindo o medo generalizado de estar fora do seu território
de segurança, fará com que os indivíduos não tenha tempo e argumento em buscar
uma solução caseira ao seu problema, seja com seu veículo ou outro bem.

- A alta tecnologia dos veículos (diga-se mais componentes eletrónicos e menos
contato humano nos consertos) e o constante aperfeiçoamento das assistências
técnicas autorizadas, fará com que você opte por uma opção mais segura, rápida
e com qualidade comprovada ( não que o nosso mecânico de bairro não seja competente,
mas como competir com marcas e estruturas complexas de atendimento ao consumidor).

- As opções de prestadores de serviço do segmento de assistência a veículos
pela internet, crescerá de tal maneira, que com apenas uma solicitação via
internet, você programara todo a conserto do seu veículo, inclusive a reposição
de carro reserva para uso enquanto o veículo danificado estiver sendo consertado.

- A renovação da frota de veículos já é uma realidade, o que faz com que a
busca de serviços autorizados aumente, e consequentemente diminua os serviços
de assistências periféricas, uma vez que defeitos convencionais não se tornarão
rotineiros.

Solução ao nosso mecânico do bairro: Personalize seu atendimento enquanto houver
tempo, cadastre os e-mails de seus clientes pessoais e empresariais, crie relacionamento
com empresas em uma área de abrangência geográfica compatível com o seu potencial
de atendimento e principalmente, desenvolva uma página na internet com formulários
para solicitação e descrição de serviços. Desta maneira, será dado o primeiro
passo para a manutenção da vida deste mecânico de bairro, neste momento global.

Espero que esta primeira coluna do Prof. Peruzzo faça com que você reflita
sobre seus negócios e principalmente sobre o seu marketing pessoal. Se um mecânico
de bairro esta sendo pressionado por todo este novo ambiente, acredito que
devemos nos perguntar: Estamos realmente preparados à esta mudança, ou ainda
nem começamos a nos preparar?

Uma ótima semana,

Prof. Peruzzo Even You, The Cheapest Mechanic

Generally I begin my lectures by challenging my audience. For example, recently
I asked them to pick a page number between 1 and 300. Upon selection of their
number I then asked my audience to relate it to me while I turned the pages
of the American business magazine Business. The incredible thing about this
exercise was that on every page indicated by my audience there was some reference
made on that page to the thing we call the World Wide Web, or more simply,
The Internet. This new era of technology is quite simply the new reality of
business.

Despite this new reality, many still question if a business needs to be plugged
into the virtual world. They argue that this new reality is only relevant to
some sections of the market. To think in these terms is a big mistake. The
Internet provides us with a new way to manage. The nets potential to bring
benefits to a company is understood by few at this moment. An example of this
new revolution is the way you are receiving this column, that is, by E-mail.
A company that does not possess an E-mail address (or a home page site for
that matter), is cutting itself off from a very important, active and real
form of communication. In other words the equivalent to a company trying to
work without a telephone of fixed address. (Such a company is invisible in
the market place).

Some people have said to me; Peruzzo you are speaking nonsense. You are suggesting
that even the local mechanic should be connected to the internet. Is this idea
something from the United States? Lets examine this example. It provides us
with an opportunity to look at some issues rarely explored in Brazil.

The economic environment of the local mechanic:

- Increased information availability automatically changes the way we work.
In this new global economy the role of the individual has been transformed
in a way that has never been seen in our history before. Via the web an individual
has access to huge quantities of information that now allows him or her to
become the controllers of their own destiny. And you can be certain of one
thing, they are not going to spend their privileged time visiting the local
mechanic.

- The tendency today is for people to live their lives to the fullest. In todays
reality that means they work non stop and as a consequence they no longer have
time to resolve even the simplest problems such as; having their car serviced.

- Todays cars use many high technological components which has resulted in
the decrease of components dependent on human restoration. When these components
need to be fixed they can generally only be changed by authorized technicians.
The customers focus has therefore switched to the professional who provides
the best service, with the desired quality, and at a speed that matches their
busy schedule. (Though the local mechanic may be very competent, today he will
almost certainly have problems competing on the open market). 

- There are now so many providers of service via the internet that someone
looking for a mechanic just needs to connect to the net and from there can
program a complete overhaul of their car (including the provision of a replacement
vehicle while their own is off the road).

- The replacement of car fleets at an ever more accelerated rate, and the use
of authorized technicians has had an adverse affect on those mechanics who
insist in working in the traditional manner. 

Resolving our local mechanics problems: There are ways that our local mechanic
can become more competitive. For example he can concentrate on providing more
personalized service (particularly to clients living in his local area). He
may do this by collecting the e-mail addresses of his clients and via this
medium keep them informed about the services he has on offer. He could also
develop a home page allowing clients to view what services he provides and
information on how the client can program the servicing of their vehicle. This
is one way, and only the first step in keeping this mechanic working in his
local suburb, in these global times.

I hope that his first column by Professor Peruzzo reflects something of your
experience in business and particularly your experience with personal marketing.
If a mechanic in our local suburb is feeling pressured by the new environment
I believe we need to ask: Is he really prepared for these new changes, our
has he not even began to prepare for them? 

Have a good week.

Professor Peruzzo




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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Essa vale a pena ler.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/09/2000 21:53

On Sun, 24 Sep 2000, Paulo Sérgio Dias wrote:
> - Afinal, isso e' ou nao uma lenda ?

eh uma lenda... o Prof. Valdemar Setzer (com V) publicou em sua pagina uma
das versoes dessa historia -- alguem inadivertidamente tomou como se fosse
uma historia pessoal.

a pag. do professor eh:

http://www.ime.usp.br/~vwsetzer

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: En: Essa vale a pena ler.
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/09/2000 04:16

No site:

http://www.xs4all.nl/~jcdverha/scijokes/2_12.html#subindex

Tem mais de 100 metodos diferentes para se medir a altura de um
predio com o auxilio de um barometro.

Futuramente vou colocar no site de humor (
http://www.humornaciencia.cjb.net ), soh preciso de paciencia para
traduzir.

Ateh mais.
Luis Brudna



SUBJECT: A TGBD e a Razao Aurea
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/09/2000 05:19

Prezados amigos do Ciencialist,

Vou tentar explicar a questão da razão áurea através da TGBD.

1) O que é razão áurea:

Aproveito a descrição do Leonardo Stern:

> Leonardo:

> O valor da razão áurea vem da seqüência de Fibonacci que foi observada
> pela primeira vez em 1202 quando determinava o crescimento do número de
> coelhos de uma criação (segundo a lenda)
>
> "A seqüência de Fibonacci é definida como tendo dois termos iguais a 1 e
> cada termo seguinte é igual a soma dois termos imediatamente
> anteriores" (Farrer, Harry - Algoritimos Estruturado, pag 15)


Aproveito um trecho de Paulo Sérgio Dias:

>Vamos supor que e' dado um segmento AB, com comprimento L (letra "ele"):
>L = comprimento total do segmento
>|-----------------------------------------|
>A B
>
>Dividimos esse segmento em duas partes,demarcando sobre ele o ponto x:
>
>|-------------------------|---------------|
>A x B
>
>Então, a parte maior terá a medida x, e a parte menor terá a medida L-x:
>
>|-------------------------|---------------|
>A x B
> x=parte menor L-x=parte menor
>
>As razoes são as seguintes:
> L/x = x / (L - x)

Pronto, daqui para frente vêm as manipulações matemática e chega-se à equação do segundo grau:

x^2 + Lx - L^2 = 0


Se L=1

De onde saem as duas soluções:

x' = L. (-1 + raiz(5) ) /2 = 0,618 L
x'' = L. (-1 - raiz(5)) /2 = -1,618 L


Se L for igual a 1, temos:

x' = 0,618
x''= -1,618


2)Enquadramento da razão áurea na TGBD
A primeira Bidualidade está na própria definição da razão áurea que dada por:

L/X = X/(L-X)

Vou escrever isto de outra forma, para melhor explicar a questão pela TGBD, invertendo as duas razões, na horizontal e na vertical:

(L-X)/X = X/L (Formula A)

Reparem que para que se defina a razão áurea é necessário que se tenha um conjunto de 4 componentes, sem o que não seria possível se definir a razão áurea, nem qualquer outra estrutura de quatro componentes com duas razões. Vamos colocar as coisas do ponto de vista da TGBD. Sejam:

1º Componente = L-X
2º Componente = X
3ª Componente = X
4ª Componente = L
Assim, a formula A pode ser escrita da seguinte forma:

1º Componente /2º Componente = 3º Componente / 4º Componente


Reparem que existem dois Duais, que são as relações iguais entre si:

- A relação entre o 1º Componente e o 2ª Componente, que faz o papel do Dual Interno
- A relação entre o 3º Componente e o 4ª Componente, que faz o papel do Dual Externo
Seja L-X = Y. Donde temos:

1º Componente = Y
2º Componente = X
3ª Componente = X
4ª Componente = X+Y
Reparem que existe um Terno, pois o 1ª, o 2º e o 3º Componentes só possuem uma única variável (X ou Y) e também um Quarto Uno, que é diferente dos demais por ser uma soma das duas variáveis (X+Y). Além disto, os dois deles são iguais a X (formando um Dual) e um deles é de natureza diferente da do Dual, pois é a variável Y.

Desta forma, podemos dizer que:

1º Uno = Y
2º Uno = X
3ª Uno = X
4ª Uno = X+Y
Se fizermos L=1=X+Y, iremos chegar nas duas possibilidades para o valor de X:

X = 0,618
X'= -1,618

Como Y = L-X, e L=1, temos que:

Y = 1 - 0,618, ou:

Y = 0,382

Reparem que mais uma vez temos um Bidual:

1º Componente = Y = 0,382
2º Componente = X = 0,618
3ª Componente = L = 1,000
4ª Componente = X´=-1,618

O esquema gráfico abaixo melhora a visão da questão:

|***Y=0,382***|******X=0,618******|

|*************L=1,000*************|******X=0,618******|

|************************-X´=1,618********************|
Temos um Terno na medida em que o 1º, o 2º e o 3ª são positivos e o Quarto Uno que é 4º Componente, que por ser negativo é diferente dos demais.

Aqui aproveito agora um trecho do Paulo Sérgio Dias, para reforças a minha tese:

>A primeira raiz, positiva, fornece o segmento
>áureo interno, e a segunda raiz, negativa,
>dá o segmento áureo externo não mencionei,
>que é o segmento áureo externo, pois tem
>apenas interesse matemático, mais "abstrato";
O interessante é que a teoria da razão áurea também tem p segmento áureo interno, numa analogia como o Dual Interno da TGBD, e o segmento áureo externo, numa analogia com o Dual Externo da TGBD. Além disto, a "segunda raiz" (na verdade, acredito que o correto seria a segunda solução para X), que "tem apenas interesse matemático, mais abstrato", lembra bem a característica do Quarto Uno, que é sempre o mais difícil de entender.

O Dual Interno pelo par X e Y e o Terceiro é o L, que é igual à soma dos dois primeiros. Notar que o 4º Componente também é igual uma soma, do 2º com o 3º Componentes. Desta forma, temos também dois Duais: o Interno (X <-> Y), onde os seus componentes são unitários, e o Externo (L <-> X´), onde seus componentes são iguais à soma de outros dois.

3) Algumas considerações complementares

Aproveito as palavras do Leonardo Stern:

>Como disse, não se sabe ao certo quem foi que descobriu
>pela primeira vez esse valor. Porem, ao longo dos séculos
>passou-se a acreditar que todos os objetos que continham
>suas partes, em relação ao seu todo, em medidas que
>correspondessem `a razão áurea, eram os mais belos.

E aí pergunto eu: tais objetos não seriam "mais belos" pelo fato de estarem em equilíbrio total no que se relaciona às suas dimensões, ou em outras palavras, terem uma estrutura bidual quanto às suas dimensões?

De novo aproveito as palavras do Leonardo Stern para fazer comentários:

>O fato do valor da razão áurea aparecer na seqüência de
>Fibonacci é mais uma das maravilhosas "coincidências"
>(aparentes coincidências?) que ocorrem dentro
>da matemática, onde assuntos que parecem não ter nada
>a ver um com o outro acabam revelando algo em comum.

Realmente, Leonardo, "coincidências" deste tipo tem sido uma constante na minha vida, depois que descobri a TGBD. Acho que este caso da razão áurea é um bom exemplo de como as coisas acontecem comigo. Repare que toda esta história que acabou neste texto (que acredito traz algum entendimento quanto ao porque da razão áurea) se deu conforme conto a seguir.
Desde o primeiro email do Rodrigo, o assunto da razão áurea me despertou a atenção. Mesmo porque, já havia ouvido falar nele. Daí fiquei acompanhando as demais mensagens sobre o tema com atenção, e comecei a pensar no assunto.

Eu estava mantenho um dialogo em pvt com o Alberto Mesquita Filho, que com a perda do meus dois HD´s estava gentilmente me encaminhando todas as nossas mensagens trocadas há alguns meses atrás sobre a TGBD. Num email de agradecimento a ele puxei o assunto pela primeira vez, dando um primeiro chute, quanto ao primeiro enquadramento da razão áurea pela TGBD. Na minha ignorante cabeça, achava que ela era regida pela relação 5/3. Saiu um enquadramento meio forçado. Senti que não desceu redondo...Depois especulei que a razão era de 4/3, do que resultou um enquadramento melhor, que também não era satisfatório. Daí resolvi perguntar às pessoas do Ciencialist, qual era a razão áurea: 5/3 ou 4/3?

Esta pergunta me foi muito bem respondida, primeiro pelo Paulo Sérgio Dias, e depois bem complementada pelo Leonardo Stern. Vendo que a razão áurea não era nem 5/3 nem 4/3, mas sim um número irracional, cheguei escrever um novo email para o Alberto Mesquita Filho em pvt jogando a toalha, e de certa forma pedindo desculpas a ele por estar forçando a barra. Ele então me respondeu, bem ao seu estilo comigo, de maneira elegante e estimulante. Entendendo o que era a razão áurea, me aprofundei no seu enquadramento pela TGBD, do que resultou este texto, que para uma primeira abordagem, me parece bem satisfatório. Que batam nele todos vocês do Ciencialist. Afinal a TGBD, mais uma vez, mostrou que é algo muito sério, sendo metafísica ou não.

Aliás, acredito que esta analise que fiz para a razão áurea abre uma nova perspectiva para a TGBD, pois talvez possibilite a espécie de quantificação da TGBD, que até então é totalmente qualitativa. Acredito que a razão áurea possa a vir auxiliar na quantificação da TGBD no que se relaciona às mudanças de níveis de analise. Por exemplo: ao passarmos do nível das partículas elementares para o nível dos átomos, do nível dos átomos para os das moléculas, do das moléculas para o nível dos corpos... Sinto que vou descobrir algo nesta direção, ou mais uma "coincidência".

A seguir os emails que e o Alberto Mesquita trocamos em pvt sobre a razão áurea. Gostariam que vocês os lessem para verem como a minha vida é uma sucessão de "coincidências" nas minhas tentativas de enquadramentos de exemplos científicos essências nos preceitos da TGBD.

E então Rodrigo, você que puxou o assunto da razão áurea, e que aparentemente possui um raciocínio bastante racional e regido pela matemática e pela lógica, acha que ajudei a responder a sua questão?

Um grande abraço,

Claudio Abreu

========================

Troca de emails entre Claudio Abreu e Alberto Mesquita Filho

======================

From: Claudio Abreu
To: Alberto Mesquita Filho
Sent: Sunday, September 24, 2000 12:10 PM
Subject: Re: Emails que enviei para os Grupos de Ciencia e Filosofia
Prezado Alberto,

Muito obrigado pelo seu interesse em me ajudar.

Qualquer hora mando o texto sobre a TGBD e o DNA.

O debate sobre as proporções divinas está interessante. A relação áurea é de 3 para 5? Se for, talvez seja mais um exemplo da TGBD. Repare que o 5 poderia ser o Quarto do 3. Por outro lado, 5 se decomposto em 1+4 aparentemente faz cair num bidual, onde o 1 seria efetivamente o Quarto do 3 e os demais 4 formariam um Bidual. Notar que 3+5=8=2x4. Será mais um coincidência?

Um grande abraço.

Claudio

=====================

From: Claudio Abreu
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Sunday, September 24, 2000 12:42 PM
Subject: Re: [ciencialist] O porque da Razão Aurea
Prezados amigos do Ciencialist,

O debate sobre as proporções divinas está interessante. Gostaria de saber:
a relação áurea é de 3 para 5, ou de 3 para 4?
Um grande abraço.

Claudio Abreu

=====================

From: Claudio Abreu
To: Alberto Mesquita Filho
Sent: Sunday, September 24, 2000 1:06 PM
Subject: En: Emails que enviei para os Grupos de Ciencia e Filosofia
Prezado Alberto,

Se a proporção da lei áurea for 3/4 fica ainda melhor para encaixar a TGBD:

O 4 passa a ser o Quarto Uno do 3, tal como no caso do Deutério, onde o átomo de H (=4=3 quarks+1 elétron) é o Quarto do neutron...

Repare que de certa forma sempre fico tentando enquadrar diversos exemplos na TGBD. Não deixa de ser uma forçação de barra. Na mensagem passada fiz a TGBD para o caso da relação ser 5/3. Desculpe-me Alberto, mas acredito piamente que existe uma lei maior que rege este mundão... E a minha ignorância junto com a minha vontade de descobrir tal verdade me levam a testar várias possibilidades. Mas no final, acabo achando o perfeito enquadramento de cada caso na TGBD.

Um abraço,

Claudio

=====================

From: Claudio Abreu
To: Alberto Mesquita Filho
Sent: Sunday, September 24, 2000 1:30 PM
Subject: Errei....
Prezado Alberto,

Parece que desta vez dei com os burros n´água... Veja o email abaixo, que recebi no Ciencialist.

Um abraço,

Claudio Abreu

=====================

From: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
To: Claudio Abreu <bidual@gbl.com.br>
Sent: Sunday, September 24, 2000 5:34 PM
Subject: Re: Emails que enviei para os Grupos de Ciencia e Filosofia
> -----Mensagem Original-----
> De: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
> Para: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
> Enviada em: Domingo, 24 de Setembro de 2000 13:06
> Assunto: En: Emails que enviei para os Grupos de Ciencia e Filosofia
>
> > Repare que de certa forma sempre fico tentando enquadrar diversos exemplos
> > na TGBD. Não deixa de ser uma forçação de barra. Na mensagem passada fiz a
> > TGBD para o caso da relação ser 5/3. Desculpe-me Alberto, mas acredito
> > piamente que existe uma lei maior que rege este mundão... E a minha
> > ignorância junto com a minha vontade de descobrir tal verdade me levam a
> > testar várias possibilidades. Mas no final, acabo achando o perfeito
> > enquadramento de cada caso na TGBD.

Não vejo mal nisso, mas tome cuidado com os críticos cépticos. Eles nunca
tiveram idéias novas e são incapazes de entender a mente de um teorizador.
Costumo citar uma frase de Einstein que você já deve conhecer mas não custa
repetir:

"Se o senhor quer estudar em qualquer dos físicos teóricos os métodos
que emprega, sugiro-lhe firmar-se neste princípio básico: não dê crédito
algum ao que ele diz, mas julgue aquilo que produziu. Porque o criador
tem esta característica: as produções de sua imaginação se impõem a
ele, tão indispensáveis, tão naturais, que não pode considerá-las
como imagem de espírito, mas as conhece como realidades evidentes."
Albert Einstein

De qualquer forma, é bom sempre confiar desconfiando mesmo porque, e como
diz o Paulo, a razão áurea não é uma relação entre números inteiros.

[ ]s
Alberto





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A beleza , segundo Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/09/2000 09:43



"Ronaldo Cordeiro [MG]" wrote:
>
>
>
> [eGroups] Meus Grupos | ciencialist Página Principal |
> Start a new group!
>
> --- In ciencialist@egroups.com, Joao Carlos Holland de Barcellos
> <jocax@u...> wrote:
> >
> >
> > "Ronaldo Cordeiro [MG]" wrote:
> > >
> > >
> > > --- In ciencialist@egroups.com, Joao Carlos Holland de Barcellos
> > > <jocax@u...> wrote:
> > >
> > > > Ou melhor : Qual deve ser o rosto da mulher de modo que maximize
>
> os
> > > > tracos
> > > > do rosto do pai no filho ?
> > > > A RESPOSTA A ESTA PERGUNTA DEFINIRA O CRITERIO DE BELEZA.
> > >
> > > Resposta: Deve ser idêntico ao rosto do pai.
> > >
> >
> > De fato, a pergunta foi mal elaborada, deveria ser :
> > "....Que maximize a descoberta que os filhos sao do pai?"
> >
>
> Repare que dá no mesmo. A mulher que geraria filhos mais parecidos com
>
> o pai, teria que ser a que fosse o mais parecida possível com o pai.

Engano. Veja bem a pergunta : "DESCOBERTA" que os filhos sao do pai.
Pegue um traco especifico : O tamanho do nariz.
Se o homem escolhe uma mulher com nariz grande como o dele
os filhso terao nariz grande e assim ele nunca saaberia se o nariz
do filho eh devido a mae ao aa ele proprio.
Uma mulher com nariz mediano favoreceria esta descoberta.

>
> Se vc quiser partir para o campo das características recessivas, isso
> fica mais evidente ainda: um pai cheio de características recessivas
> só iria garantir alguma semelhança nos filhos se a mãe tivesse
> características idênticas, não a média da população.

Uma mulher recessiva, segundo a teoria SEMPRE eh a mais bonita nestes
tracos recessivos. Para qualquer homem.
Por isso os homens preferem olhos claros e loiras.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] A beleza , segundo Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/09/2000 10:05



Paulo Sérgio Dias wrote:
>
>
> [eGroups] Meus Grupos | ciencialist Página Principal
>
> Jocax:
>
> > O Rosto belo
> > ============
> >
> > O Grande Jocax, como nao poderia deixar de ser, tambem tem sua
> > propria teoria *revolucionaria* sobre o assunto ;-))
> >
> > E como tambem nao poderia deixar de ser, esta baseada
> > em paradigmas neo-darwinianos:
> >
> > Acredito que a beleza do rosto, em principio, nao esta associada
> > aas relacoes aureas e sim ao INDICIO DE PATERNIDADE !
>
> a) Se a beleza estivesse relacionada a questoes evolucionarias
> da biologia, esse raciocinio tambem nao teria que ser valido
> para outras partes do corpo ? (tenho 1,75 m; se eu tiver
> um filho com uma mulher de, por exemplo, 1,65, meu filho nao
> podera' atingir, por exemplo, 1,95m - estou errado ?)


Em geral Nao, pois o resto do corpo quase sempre apresenta alum
aspectos FUNCIONAL e neste caso o que ditara a escolha eh a
funcionalidade
do orgao ( e sua relacao de funcionalidade com outros orgaos ) .



>
> b)Se esse raciocinio e' valido para outras partes do corpo,
> como explicar o padrao de beleza feminina de alguns seculos
> atras, em que a preferencia era pelas "cheinhas"


TALVEZ naquela epoca corpos mais cheinnhos eram indicacao de
corpos mais saudaveis.


[]s
jocax


SUBJECT: SObre tempo
FROM: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/09/2000 10:35

Caros Colegas

Segundo minhas informações, o universo está em expansão sem a possibilidade de uma contração posterior. O tempo teve sua origem no evento inicial, mas, como o movimento permanecerá, parace que o decorrer do tempo também.

Mas se a energia útil do sistema tornar-se em energia incapaz de realizar trabalho, não veríamos acelerações o desacelerações, ou seja, alterações na velocidade do universo. Mas, se o tempo está ligado ao movimento, e, o movimento, na realidade, depender do caráter útil da energia, ainda que não de sua atuação direta na mudança de velocidade, então o movimento tenderia a dimuir até parar. Então o tempo também deixaria de correr como no início. Se algo assim fosse possível, veríamos a impossibilidade da "eternidade" tanto no início quanto no fim. Mas se haver movimento em velocidade constante e indefinido, então o tempo teria um início e não conheceria um fim.

É assim mesmo?

Outro ponto importante que quero esclarecer. Se o tempo depende de um estado inicial, significa que não faz sentido imaginar que a matéria "sempre existiu" ou "pré-existiu" em plasma, pois o tempo não corria. Sendo assim, a matéria em seu quarto estado seria inicialmente "atemporal". Isso tal como um axioma, por exemplo do ponto, na geometria.

O ponto não é definível, logo, não faz sentido dizer "desde quando o ponto existe?". O ponto é, por característica lógica, atemporal. Isso não seria uma analogia ao plasma inicial?

Gostaria de suas considerações.


Pirulito



SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e a Razao Aurea
FROM: Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@zaz.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/09/2000 13:25

acredito que seja possivel desenvolver o mesmo raciocinio em cima de outros tipos de relaçao de proporcionalidade. Não concorda?

Rodrigo

Claudio Abreu wrote:

>
> Prezados amigos do Ciencialist,
>
> Vou tentar explicar a questão da razão áurea através da TGBD.
>
> 1) O que é razão áurea:
>
> Aproveito a descrição do Leonardo Stern:
>
> > Leonardo:
>
> > O valor da razão áurea vem da seqüência de Fibonacci que foi observada
> > pela primeira vez em 1202 quando determinava o crescimento do número de
> > coelhos de uma criação (segundo a lenda)
> >
> > "A seqüência de Fibonacci é definida como tendo dois termos iguais a 1 e
> > cada termo seguinte é igual a soma dois termos imediatamente
> > anteriores" (Farrer, Harry - Algoritimos Estruturado, pag 15)
>
> Aproveito um trecho de Paulo Sérgio Dias:
>
> >Vamos supor que e' dado um segmento AB, com comprimento L (letra "ele"):
> >L = comprimento total do segmento
> >|-----------------------------------------|
> >A B
> >
> >Dividimos esse segmento em duas partes,demarcando sobre ele o ponto x:
> >
> >|-------------------------|---------------|
> >A x B
> >
> >Então, a parte maior terá a medida x, e a parte menor terá a medida L-x:
> >
> >|-------------------------|---------------|
> >A x B
> > x=parte menor L-x=parte menor
> >
> >As razoes são as seguintes:
> > L/x = x / (L - x)
>
> Pronto, daqui para frente vêm as manipulações matemática e chega-se à equação do segundo grau:
>
> x^2 + Lx - L^2 = 0
>
> Se L=1
>
> De onde saem as duas soluções:
>
> x' = L. (-1 + raiz(5) ) /2 = 0,618 L
> x'' = L. (-1 - raiz(5)) /2 = -1,618 L
>
> Se L for igual a 1, temos:
>
> x' = 0,618
> x''= -1,618
>
> 2)Enquadramento da razão áurea na TGBD
> A primeira Bidualidade está na própria definição da razão áurea que dada por:
>
> L/X = X/(L-X)
>
> Vou escrever isto de outra forma, para melhor explicar a questão pela TGBD, invertendo as duas razões, na horizontal e na vertical:
>
> (L-X)/X = X/L (Formula A)
>
> Reparem que para que se defina a razão áurea é necessário que se tenha um conjunto de 4 componentes, sem o que não seria possível se definir a razão áurea, nem qualquer outra estrutura de quatro componentes com duas razões. Vamos colocar as coisas do ponto de vista da TGBD. Sejam:
>
> 1º Componente = L-X
> 2º Componente = X
> 3ª Componente = X
> 4ª Componente = L
> Assim, a formula A pode ser escrita da seguinte forma:
>
> 1º Componente /2º Componente = 3º Componente / 4º Componente
>
> Reparem que existem dois Duais, que são as relações iguais entre si:
>
> - A relação entre o 1º Componente e o 2ª Componente, que faz o papel do Dual Interno
> - A relação entre o 3º Componente e o 4ª Componente, que faz o papel do Dual Externo
> Seja L-X = Y. Donde temos:
>
> 1º Componente = Y
> 2º Componente = X
> 3ª Componente = X
> 4ª Componente = X+Y
> Reparem que existe um Terno, pois o 1ª, o 2º e o 3º Componentes só possuem uma única variável (X ou Y) e também um Quarto Uno, que é diferente dos demais por ser uma soma das duas variáveis (X+Y). Além disto, os dois deles são iguais a X (formando um Dual) e um deles é de natureza diferente da do Dual, pois é a variável Y.
>
> Desta forma, podemos dizer que:
>
> 1º Uno = Y
> 2º Uno = X
> 3ª Uno = X
> 4ª Uno = X+Y
> Se fizermos L=1=X+Y, iremos chegar nas duas possibilidades para o valor de X:
>
> X = 0,618
> X'= -1,618
>
> Como Y = L-X, e L=1, temos que:
>
> Y = 1 - 0,618, ou:
>
> Y = 0,382
>
> Reparem que mais uma vez temos um Bidual:
>
> 1º Componente = Y = 0,382
> 2º Componente = X = 0,618
> 3ª Componente = L = 1,000
> 4ª Componente = X´=-1,618
>
> O esquema gráfico abaixo melhora a visão da questão:
>
> |***Y=0,382***|******X=0,618******|
>
> |*************L=1,000*************|******X=0,618******|
>
> |************************-X´=1,618********************|
> Temos um Terno na medida em que o 1º, o 2º e o 3ª são positivos e o Quarto Uno que é 4º Componente, que por ser negativo é diferente dos demais.
>
> Aqui aproveito agora um trecho do Paulo Sérgio Dias, para reforças a minha tese:
>
> >A primeira raiz, positiva, fornece o segmento
> >áureo interno, e a segunda raiz, negativa,
> >dá o segmento áureo externo não mencionei,
> >que é o segmento áureo externo, pois tem
> >apenas interesse matemático, mais "abstrato";
> O interessante é que a teoria da razão áurea também tem p segmento áureo interno, numa analogia como o Dual Interno da TGBD, e o segmento áureo externo, numa analogia com o Dual Externo da TGBD. Além disto, a "segunda raiz" (na verdade, acredito que o correto seria a segunda solução para X), que "tem apenas interesse matemático, mais abstrato", lembra bem a característica do Quarto Uno, que é sempre o mais difícil de entender.
>
> O Dual Interno pelo par X e Y e o Terceiro é o L, que é igual à soma dos dois primeiros. Notar que o 4º Componente também é igual uma soma, do 2º com o 3º Componentes. Desta forma, temos também dois Duais: o Interno (X <-> Y), onde os seus componentes são unitários, e o Externo (L <-> X´), onde seus componentes são iguais à soma de outros dois.
>
> 3) Algumas considerações complementares
>
> Aproveito as palavras do Leonardo Stern:
>
> >Como disse, não se sabe ao certo quem foi que descobriu
> >pela primeira vez esse valor. Porem, ao longo dos séculos
> >passou-se a acreditar que todos os objetos que continham
> >suas partes, em relação ao seu todo, em medidas que
> >correspondessem `a razão áurea, eram os mais belos.
>
> E aí pergunto eu: tais objetos não seriam "mais belos" pelo fato de estarem em equilíbrio total no que se relaciona às suas dimensões, ou em outras palavras, terem uma estrutura bidual quanto às suas dimensões?
>
> De novo aproveito as palavras do Leonardo Stern para fazer comentários:
>
> >O fato do valor da razão áurea aparecer na seqüência de
> >Fibonacci é mais uma das maravilhosas "coincidências"
> >(aparentes coincidências?) que ocorrem dentro
> >da matemática, onde assuntos que parecem não ter nada
> >a ver um com o outro acabam revelando algo em comum.
>
> Realmente, Leonardo, "coincidências" deste tipo tem sido uma constante na minha vida, depois que descobri a TGBD. Acho que este caso da razão áurea é um bom exemplo de como as coisas acontecem comigo. Repare que toda esta história que acabou neste texto (que acredito traz algum entendimento quanto ao porque da razão áurea) se deu conforme conto a seguir.
> Desde o primeiro email do Rodrigo, o assunto da razão áurea me despertou a atenção. Mesmo porque, já havia ouvido falar nele. Daí fiquei acompanhando as demais mensagens sobre o tema com atenção, e comecei a pensar no assunto.
>
> Eu estava mantenho um dialogo em pvt com o Alberto Mesquita Filho, que com a perda do meus dois HD´s estava gentilmente me encaminhando todas as nossas mensagens trocadas há alguns meses atrás sobre a TGBD. Num email de agradecimento a ele puxei o assunto pela primeira vez, dando um primeiro chute, quanto ao primeiro enquadramento da razão áurea pela TGBD. Na minha ignorante cabeça, achava que ela era regida pela relação 5/3. Saiu um enquadramento meio forçado. Senti que não desceu redondo...Depois especulei que a razão era de 4/3, do que resultou um enquadramento melhor, que também não era satisfatório. Daí resolvi perguntar às pessoas do Ciencialist, qual era a razão áurea: 5/3 ou 4/3?
>
> Esta pergunta me foi muito bem respondida, primeiro pelo Paulo Sérgio Dias, e depois bem complementada pelo Leonardo Stern. Vendo que a razão áurea não era nem 5/3 nem 4/3, mas sim um número irracional, cheguei escrever um novo email para o Alberto Mesquita Filho em pvt jogando a toalha, e de certa forma pedindo desculpas a ele por estar forçando a barra. Ele então me respondeu, bem ao seu estilo comigo, de maneira elegante e estimulante. Entendendo o que era a razão áurea, me aprofundei no seu enquadramento pela TGBD, do que resultou este texto, que para uma primeira abordagem, me parece bem satisfatório. Que batam nele todos vocês do Ciencialist. Afinal a TGBD, mais uma vez, mostrou que é algo muito sério, sendo metafísica ou não.
>
> Aliás, acredito que esta analise que fiz para a razão áurea abre uma nova perspectiva para a TGBD, pois talvez possibilite a espécie de quantificação da TGBD, que até então é totalmente qualitativa. Acredito que a razão áurea possa a vir auxiliar na quantificação da TGBD no que se relaciona às mudanças de níveis de analise. Por exemplo: ao passarmos do nível das partículas elementares para o nível dos átomos, do nível dos átomos para os das moléculas, do das moléculas para o nível dos corpos... Sinto que vou descobrir algo nesta direção, ou mais uma "coincidência".
>
> A seguir os emails que e o Alberto Mesquita trocamos em pvt sobre a razão áurea. Gostariam que vocês os lessem para verem como a minha vida é uma sucessão de "coincidências" nas minhas tentativas de enquadramentos de exemplos científicos essências nos preceitos da TGBD.
>
> E então Rodrigo, você que puxou o assunto da razão áurea, e que aparentemente possui um raciocínio bastante racional e regido pela matemática e pela lógica, acha que ajudei a responder a sua questão?
>
> Um grande abraço,
>
> Claudio Abreu
>
> ========================
>
> Troca de emails entre Claudio Abreu e Alberto Mesquita Filho
>
> ======================
>
> From: Claudio Abreu
> To: Alberto Mesquita Filho
> Sent: Sunday, September 24, 2000 12:10 PM
> Subject: Re: Emails que enviei para os Grupos de Ciencia e Filosofia
> Prezado Alberto,
>
> Muito obrigado pelo seu interesse em me ajudar.
>
> Qualquer hora mando o texto sobre a TGBD e o DNA.
>
> O debate sobre as proporções divinas está interessante. A relação áurea é de 3 para 5? Se for, talvez seja mais um exemplo da TGBD. Repare que o 5 poderia ser o Quarto do 3. Por outro lado, 5 se decomposto em 1+4 aparentemente faz cair num bidual, onde o 1 seria efetivamente o Quarto do 3 e os demais 4 formariam um Bidual. Notar que 3+5=8=2x4. Será mais um coincidência?
>
> Um grande abraço.
>
> Claudio
>
> =====================
>
> From: Claudio Abreu
> To: ciencialist@egroups.com
> Sent: Sunday, September 24, 2000 12:42 PM
> Subject: Re: [ciencialist] O porque da Razão Aurea
> Prezados amigos do Ciencialist,
>
> O debate sobre as proporções divinas está interessante. Gostaria de saber:
> a relação áurea é de 3 para 5, ou de 3 para 4?
> Um grande abraço.
>
> Claudio Abreu
>
> =====================
>
> From: Claudio Abreu
> To: Alberto Mesquita Filho
> Sent: Sunday, September 24, 2000 1:06 PM
> Subject: En: Emails que enviei para os Grupos de Ciencia e Filosofia
> Prezado Alberto,
>
> Se a proporção da lei áurea for 3/4 fica ainda melhor para encaixar a TGBD:
>
> O 4 passa a ser o Quarto Uno do 3, tal como no caso do Deutério, onde o átomo de H (=4=3 quarks+1 elétron) é o Quarto do neutron...
>
> Repare que de certa forma sempre fico tentando enquadrar diversos exemplos na TGBD. Não deixa de ser uma forçação de barra. Na mensagem passada fiz a TGBD para o caso da relação ser 5/3. Desculpe-me Alberto, mas acredito piamente que existe uma lei maior que rege este mundão... E a minha ignorância junto com a minha vontade de descobrir tal verdade me levam a testar várias possibilidades. Mas no final, acabo achando o perfeito enquadramento de cada caso na TGBD.
>
> Um abraço,
>
> Claudio
>
> =====================
>
> From: Claudio Abreu
> To: Alberto Mesquita Filho
> Sent: Sunday, September 24, 2000 1:30 PM
> Subject: Errei....
> Prezado Alberto,
>
> Parece que desta vez dei com os burros n´água... Veja o email abaixo, que recebi no Ciencialist.
>
> Um abraço,
>
> Claudio Abreu
>
> =====================
>
> From: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
> To: Claudio Abreu <bidual@gbl.com.br>
> Sent: Sunday, September 24, 2000 5:34 PM
> Subject: Re: Emails que enviei para os Grupos de Ciencia e Filosofia
> > -----Mensagem Original-----
> > De: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
> > Para: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
> > Enviada em: Domingo, 24 de Setembro de 2000 13:06
> > Assunto: En: Emails que enviei para os Grupos de Ciencia e Filosofia
> >
> > > Repare que de certa forma sempre fico tentando enquadrar diversos exemplos
> > > na TGBD. Não deixa de ser uma forçação de barra. Na mensagem passada fiz a
> > > TGBD para o caso da relação ser 5/3. Desculpe-me Alberto, mas acredito
> > > piamente que existe uma lei maior que rege este mundão... E a minha
> > > ignorância junto com a minha vontade de descobrir tal verdade me levam a
> > > testar várias possibilidades. Mas no final, acabo achando o perfeito
> > > enquadramento de cada caso na TGBD.
>
> Não vejo mal nisso, mas tome cuidado com os críticos cépticos. Eles nunca
> tiveram idéias novas e são incapazes de entender a mente de um teorizador.
> Costumo citar uma frase de Einstein que você já deve conhecer mas não custa
> repetir:
>
> "Se o senhor quer estudar em qualquer dos físicos teóricos os métodos
> que emprega, sugiro-lhe firmar-se neste princípio básico: não dê crédito
> algum ao que ele diz, mas julgue aquilo que produziu. Porque o criador
> tem esta característica: as produções de sua imaginação se impõem a
> ele, tão indispensáveis, tão naturais, que não pode considerá-las
> como imagem de espírito, mas as conhece como realidades evidentes."
> Albert Einstein
>
> De qualquer forma, é bom sempre confiar desconfiando mesmo porque, e como
> diz o Paulo, a razão áurea não é uma relação entre números inteiros.
>
> [ ]s
> Alberto
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e a Razao Aurea
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/09/2000 14:51

Prezado Rodrigo,

Sim, acredito que se possa desenvolver sim o mesmo tipo em cima de outros tipos de relação de proporcionalidade, pois afinal, tal com na razão áurea, para se falar em proporcionalidade, deve-se falar em quatro componentes. Desta forma acho que poderíamos generalizar conforme abaixo:

Para que se defina uma proporcionalidade qualquer é necessário que se tenha um conjunto de 4 componentes, para que se tenha a igualdade entre duas razões, que por sua vez, por definição deve ter dois componentes. Daí : duas razões*dois componentes=quatro componentes. Assim, a formula geral, tal como na TGBD, seria:

1º Componente /2º Componente = 3º Componente / 4º Componente

Agora, com as características da razão áurea, só existe uma. Se não ela não seria áurea, nem definiria a estrutura do que é belo, ou, quem sabe, do que esteja em equilíbrio total.

Vale dizer que existem uma porção de fórmulas nas diversas ciências em que esta relação entre quatro componentes se dá. Vejamos alguns exemplos.

1) na física:

1.1) definição de força:
F=ma=m*e/t

Ou,

F/m=e/t

1.2) equação de Einstein:
E=m(c^2)=m*((e/t)^2)

Ou,

E/m=(e^2)/(t^2)

2) na economia, lei quantitativa da moeda:

M*v=X*p, onde:

M=quantidade de moeda; v=velocidade de circulação da moeda; X= produto físico; e p=índice de preços.

Operando, tem-se:

M/X=p/v

Um grande abraço,

Claudio Abreu


----- Original Message -----
From: Rodrigo Frizzo Viecilli
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Monday, September 25, 2000 1:25 PM
Subject: Re: [ciencialist] A TGBD e a Razao Aurea



Meus Grupos | ciencialist Página Principal


acredito que seja possivel desenvolver o mesmo raciocinio em cima de outros tipos de relaçao de proporcionalidade. Não concorda?

Rodrigo

Claudio Abreu wrote:

>
> Prezados amigos do Ciencialist,
>
> Vou tentar explicar a questão da razão áurea através da TGBD.
>




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: beleza e sucesso reprodutivo
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/09/2000 14:55

On Sun, 24 Sep 2000, Paulo Sérgio Dias wrote:
> a) Se a beleza estivesse relacionada a questoes evolucionarias
> da biologia, esse raciocinio tambem nao teria que ser valido
> para outras partes do corpo ? (tenho 1,75 m; se eu tiver
> um filho com uma mulher de, por exemplo, 1,65, meu filho nao
> podera' atingir, por exemplo, 1,95m - estou errado ?)

nao bem assim. muitos tracos sao de natureza multi-fatorial, i.e.,
dependem de forma muito mais pronunciada da interacao gene-ambiente jah q.
tto um como o outro sao razoavelmente variaveis para a especie.

a altura eh uma dessas caracteristicas. ela depende de um potencial
genetico e de fatores ambientais como uma nutricao adequada nas fases de
desenvolvimento. alem de nao depender de um unico gene -- sao diversos
fatores de crecimento interno, mas depende tbm de uma constituicao de
cartilagem, ossos e colageno adequadas. em tese eh possivel q. um casal de
anoes tenha um filho (ou uma filha) de altura normal (claro q. eh um
evento bastante raro).

mas a constituicao geral do corpo, acredita-se, eh uma pista da saude
geral da pessoa e isso pode ser um indicativo de dois fatores importantes
para o sucesso da prole -- um conjunto genetico favoravel e acesso a
recursos.

no caso da gordura, a questao subjacente eh aparentemente a 'curvatura' do
perfil feminino -- a razao cintura-bacia -- q. estaria correlacionada com
a fertilidade feminina. a distribuicao da gordura no corpo feminino tende
a ser diferente do masculino. na mulher -- para desespero delas -- o local
preferencial de deposito de gordura eh a regiao do culote (na parte
lateral da coxa) e das nadegas, o q. lhe garante um perfil 'tanajura'. no
homem -- para desespero nosso -- a gordura deposita-se na regiao da
cintura, o q. nos leva 'a panca do papai-noel.

pois bem, repetindo algo q. jah disse em outra ocasiao, bom lembrar q. o
excesso de alimento em algumas culturas eh um fenomeno recente do ponto de
vista evolutivo. as mais 'cheinhas' seriam as q. de alguma forma tiveram
acesso a recursos alimentares, o q. poderia ser legado 'a prole. o fato de
serem mais generosas nas formas garantia-lhes tbm o perfil indicativo de
fertilidade. deveria haver, portanto, uma ligacao entre gordura feminina e
capacidade de gerar e prover a prole.

agora, especulando um pouco, com o aumento da disponibilidade de
alimentos, esse fator passou a nao ser tao critico e, mais, acabou gerando
o aparecimento da obesidade -- forma morbida de acumulo de gordura. uma
mudanca cultural do modo de encarar a gordura pOde tomar lugar -- o q.
propiciou o surgimento da 'geracao saude' e seus corpos anabolizados. um
perfil magro -- mas ainda curvilineo -- passou a ser o padrao estetico
dominante nessas culturas. (quer dizer, aqui, nao teria muito a ver com
genetica, mas, sim, processos culturais mais ligados ao ambiente.)

infelizmente nao dah pra confiar muito nos veiculos de jornalismo q.
cobrem os temas da ciencia. mas no caso especifico, nao vejo contradicao
-- nao se analisaram as mesmas caracteristicas (rosto vs forma geral do
corpo), nao foram o mesmo grupo de experimentacao (cacadores adultos vs
bebes). acredita-se q. haja um padrao mais ou menos universal de beleza,
mas q. existam variacoes locais do tema. e nao sei se a beleza estah
unicamente ligada a questoes de atracao sexual: vide o experimento com as
mulheres em q. emergiram dois padroes de beleza masculina -- um para
reproducao e outro para constituicao familiar.

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: En: Essa vale a pena ler.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/09/2000 15:11

On Mon, 25 Sep 2000, Luis Roberto Brudna [RS] wrote:
> Tem mais de 100 metodos diferentes para se medir a altura de um
> predio com o auxilio de um barometro.

nenhuma usa o barometro direta e exclusivamente...

uma questao do tipo: 'tendo apenas um barometro como instrumento de medida
calcule a altura de um predio' permitiria a existencia da piada?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: En: [ciencialist] Re: En: Essa vale a pena ler.
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/09/2000 15:17


-----Mensagem original-----
De: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>



On Mon, 25 Sep 2000, Luis Roberto Brudna [RS] wrote:
> Tem mais de 100 metodos diferentes para se medir a altura de um
> predio com o auxilio de um barometro.

*nenhuma usa o barometro direta e exclusivamente...

uma questao do tipo: 'tendo apenas um barometro como instrumento de medida
calcule a altura de um predio' permitiria a existencia da piada?


Por favor, gostaria, se possível, me lembrassem das correções necessárias
feitas ao barômetro pra medições acertadas.

[]'s

Sheila.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre tempo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/09/2000 15:53

-----Mensagem Original-----
De: "Agapito Ribeiro Júnior"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 25 de Setembro de 2000 10:35
Assunto: [ciencialist] SObre tempo

> Segundo minhas informações, o universo está em expansão sem a
> possibilidade de uma contração posterior. O tempo teve sua origem no
> evento inicial, mas, como o movimento permanecerá, parece que o decorrer
> do tempo também.

Esta é uma das possibilidades da teoria do Big-Bang mas não sei se é a mais aceita, parece-me que não. Apesar de tê-la estudado superficialmente no passado, não sou especialista no assunto e, pelo contrário, tenho uma teoria alternativa a respeito.

> Mas se a energia útil do sistema tornar-se em energia incapaz de realizar
> trabalho, não veríamos acelerações o desacelerações, ou seja, alterações
> na velocidade do universo.

Isso está em acordo com a teoria termodinâmica clássica. Decorre do segundo princípio da termodinâmica que a entropia do Universo sempre aumenta, logo sua energia útil diminui. A minha dúvida é se esse dado experimentalmente comprovado para um sistema isolado seria aplicável ao Universo como um todo.

Tenho uma teoria alternativa a explicar o aumento da entropia como devida à produção de "entropinos" (provavelmente neutrinos, uma partícula descoberta no século XX, ao passo que a termodinâmica clássica completou-se no século XIX) que seriam emitidos por qualquer matéria sujeita a fenômenos relacionados a atritos (e, conseqüentemente, irreversíveis). Assim, ao esfregarmos as mãos estaríamos emitindo neutrinos para os confins do Universo. Esses neutrinos (entropinos) via de regra não são captáveis pela matéria comum (Bilhões de neutrinos emitidos pelo Sol atravessam, a cada segundo, a Terra de lado a lado sem interagir com seus átomos e moléculas).

Em virtude desta produção contínua de neutrinos pelas galáxias, e em virtude dos fenômenos naturais, irreversíveis pela segunda lei, irem sempre ocorrendo no decorrer dos milênios, as galáxias iriam se desgastando indefinidamente.

Suponha agora que esses neutrinos, que estariam sempre em produção, fossem por algum motivo atraídos para o centro do Universo (provavelmente atração gravitacional) e para aí estivessem sempre se dirigindo, mais cedo ou mais tarde. Nestas condições, teríamos sempre no centro do Universo um plasma de neutrinos numa quantidade fantástica e em condições de simular um Big-Bang permanente, ou seja, a reconstituir "ad eternum" a matéria original, ou "novos universos" (e desta forma, a segunda lei da termodinâmica não seria universalmente verdadeira, conquanto persistisse verdadeira em "nosso mundo restrito". As galáxias iriam se desgastando do centro do Universo para a periferia e o centro do Universo seria uma usina permanentemente a produzir novas galáxias. E, desta maneira, o Universo seria eterno.

Os aspectos teóricos a sustentarem essa idéia estão em "Variáveis escondidas e a termodinâmica", postada em meu Web Site em http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron2/termodinamica.htm. Com respeito à teoria clássica ministrei, em dezembro de 1999, um "quase-curso a distância" pela Internet, "Considerações sobre irreversibilidade e entropia", e que está postado em http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Usenet/term00.htm

> Mas, se o tempo está ligado ao movimento, e, o
> movimento, na realidade, depender do caráter útil da energia, ainda que
> não de sua atuação direta na mudança de velocidade, então o movimento
> tenderia a diminuir até parar.

O movimento em grande escala sim, pela teoria clássica. Porém em nível molecular, e também pela teoria clássica, o movimento do Universo seria constante (conservação da energia, primeira lei da termodinâmica). Desta forma, o movimento que estaria inicialmente sob certa forma organizado (formação de seres complexos, como as galáxias), tenderia a um aspecto caótico, espalhado e com energia útil cada vez menor(moléculas fugindo do centro do Universo, como em um gás em expansão).

> Então o tempo também deixaria de correr como no início. Se
> algo assim fosse possível, veríamos a impossibilidade da "eternidade"
> tanto no início quanto no fim. Mas se haver movimento em velocidade
> constante e indefinido, então o tempo teria um início e não conheceria um fim.

Pela teoria do Big-Bang a "eternidade física", mas não a "eternidade temporal", seria impossível. Poderíamos também pensar no tempo como algo relacionado à esse "tempo físico". Aliás, quando se diz que a entropia é a seta do tempo, assume-se essa identidade. Assim, quando não houvesse mais como a entropia aumentar, teríamos atingido o final dos tempos. Não obstante o movimento permanecerá em nível molecular. Pela minha teoria, a gravitação e a existência dos entropinos (neutrinos?) seriam os responsáveis pela reversão da seta do tempo em escala universal.

> É assim mesmo?

Como espero ter deixado claro, tratam-se de conjecturas teóricas. A teoria do Big-Bang, nos dias atuais, está na moda, mas isso não implica que seja verdadeira.

> Outro ponto importante que quero esclarecer. Se o tempo depende de um
> estado inicial, significa que não faz sentido imaginar que a matéria
> "sempre existiu" ou "pré-existiu" em plasma, pois o tempo não corria.
> Sendo assim, a matéria em seu quarto estado seria inicialmente "atemporal".
> Isso tal como um axioma, por exemplo do ponto, na geometria.

A idéia de tempo inicial também retrata a idéia de um "tempo físico" um pouco diferente do citado no parágrafo anterior (tempo entrópico). Como não conseguimos conceber um tempo sem movimento (e até mesmo, medimos o tempo graças ao movimento), fica-nos aquela sensação física de que não havendo movimento não há tempo. Talvez não faça sentido a noção de tempo sem movimento, mas ainda assim creio que seriam conceitos filosóficos diferentes (tempo e movimento). Se, como expus acima, houver um Big-Bang permanente (ou usina Big-Bang), a idéia de tempo inicial "vai pro brejo" e acaba sendo substituída pela eternidade, o que também é um efeito bastante incomodativo, pois incompreensível.

> O ponto não é definível, logo, não faz sentido dizer "desde quando o ponto
> existe?". O ponto é, por característica lógica, atemporal. Isso não seria
> uma analogia ao plasma inicial?

Ponto, reta, plano, presente, frente de onda, são todos conceitos tão incomodativos quanto seus opostos, o infinito, a eternidade, etc.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: proporcional troca por = k ?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/09/2000 17:29

Olá pessoal,
antes de entrar 'na oposição' propriamente dita, uma questãozinha:
"Qual o procedimento matemático (justificado) que permite 'converter' uma
proporcionalidade em uma 'igualdade seguida de constante"? Exemplo: Se A
prop. B então A = k.B ........ como se demonstra isso?!

Agora as críticas 'bidualistas':

>>De: Claudio Abreu <bidual@gbl.com.br>
Prezado Rodrigo,

Sim, acredito que se possa desenvolver sim o mesmo tipo em cima de outros
tipos de relação de proporcionalidade, pois afinal, tal com na razão áurea,
para se falar em proporcionalidade, deve-se falar em quatro componentes.
Desta forma acho que poderíamos generalizar conforme abaixo:

Para que se defina uma proporcionalidade qualquer é necessário que se tenha
um conjunto de 4 componentes, para que se tenha a igualdade entre duas
razões, que por sua vez, por definição deve ter dois componentes. Daí : duas
razões*dois componentes=quatro componentes. Assim, a formula geral, tal como
na TGBD, seria:

1º Componente /2º Componente = 3º Componente / 4º Componente

Agora, com as características da razão áurea, só existe uma. Se não ela não
seria áurea, nem definiria a estrutura do que é belo, ou, quem sabe, do que
esteja em equilíbrio total.

Vale dizer que existem uma porção de fórmulas nas diversas ciências em que
esta relação entre quatro componentes se dá. Vejamos alguns exemplos.

1) na física:

1.1) definição de força:
F=ma=m*e/t
Ou,

F/m=e/t


>>>>
----------------------------------------------------------------
Léo:

Essas substituições não valem no geral; observe:
F = ma = m*[a.cos(wt+fi)]/t onde a.cos(wt+fi) = e, no MHS. Dividir isso por
't' não leva a nada!
O exemplo dado só serve para função polinomial do primeiro grau.
----------------------------------------------------------------
>>>>>>>
1.2) equação de Einstein:
E=m(c^2)=m*((e/t)^2)

Ou,

E/m=(e^2)/(t^2) <<<<<<<<<<<<
-----------------------------------------------------------------
Léo:
A substituição não tem sentido; tanto 'e' como 't' são afetados pelos
fatores relativistas (e que não são iguais!).
-----------------------------------------------------------------
>>>>>>>>
2) na economia, lei quantitativa da moeda:

M*v=X*p, onde:

M=quantidade de moeda; v=velocidade de circulação da moeda; X= produto
físico; e p=índice de preços.

Operando, tem-se:

M/X=p/v <<<<<<<<<
----------------------------------------------------------------
Léo:
Nada entendo de lei quantitativa de moeda.
----------------------------------------------------------------
[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/09/2000 17:49



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> [eGroups] Meus Grupos | ciencialist Página Principal
>
> Olá pessoal,
> antes de entrar 'na oposição' propriamente dita, uma questãozinha:
> "Qual o procedimento matemático (justificado) que permite 'converter'
> uma
> proporcionalidade em uma 'igualdade seguida de constante"? Exemplo:
> Se A
> prop. B então A = k.B ........ como se demonstra isso?!
>


Ok,
Se A eh prop a B significa que A cresce ( ou decresce ) na mesma
proporcao que B.
Se B dobra de tamanho entao A dobra de tamanho.
Se B cai aa 1/4 de seu valor entao A cai a 1/4 de seu valor tambem.

Seja A0 o valor inicial de A
e seja B0 o Valor inicial de B.


Se B0 cresce ateh B1 entao
A0 crescera ateh A1 na mesma PROPORCAO :

Quanto B cresceu ?
B cresceu --> B1/B0 = K

Quanto A crescera ?
A1/A0 = K


B1/B0 = A1/A0 = K


A1 = KA0 = (B1/B0)A0 = B1 (A0/B0)

Ou seja
A = B (A0/B0)

Ou seja a relacao A0/B0 eh a constante K
e A/B sera sempre igual em qqr tempo .

A = K B ( onde K = A0/B0 )

[]s
jocax


SUBJECT: O Relatório Lugano
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/09/2000 17:56

Folha de São Paulo, domingo, 24 de setembro de 2000


Filósofa francesa defende que método de seleção aplicado nos campos de
concentração nazistas está na base da estratégia neoliberal implementada
em escala mundial
A solução final capitalista
Laymert Garcia dos Santos

Há dez anos, o poeta e dramaturgo alemão Heiner Müller deixou claro,
numa entrevista, que não via Auschwitz como um desvio ou exceção, mas
sim como altar do capitalismo, último estágio das Luzes e modelo de base
da sociedade tecnológica. Auschwitz seria o altar do capitalismo porque
ali o homem é sacrificado em nome do progresso tecnológico, porque o
critério da máxima racionalidade reduz o homem ao seu valor de
matéria-prima, de material; seria o último estágio das Luzes ao realizar
plenamente o cálculo, por elas inaugurado; e, finalmente, seria o modelo
de base da sociedade tecnológica porque o extermínio em escala
industrial consagra até mesmo na morte a busca de funcionalidade e
eficiência, princípios fundamentais do sistema técnico moderno. O
comentário de Müller volta com força total à mente quando se lê o último
livro de Susan George, que acaba de ser publicado na França, traduzido
do inglês. "Le Rapport Lugano" (O Relatório Lugano) mostra que a lógica
da "solução final" não se dissolveu com o fim dos campos de
concentração; muito ao contrário, ela está aí, mais atual do que nunca,
maquinando a estratégia neoliberal implementada em escala planetária. A
aproximação pode parecer abusiva, mas não é: Müller sabia que a
estratégia nazista de aceleração total, tanto econômica quanto
tecnocientífica, obedecia ao princípio da seleção, isto é, do direito do
mais forte; George sabe que a estratégia neoliberal repousa sobre esse
mesmo princípio, ao colocar a mesma questão totalitária: quem tem o
direito de sobreviver, quem está condenado a desaparecer. Ambos odeiam e
combatem a seleção porque ela conduz ao genocídio.

Perspectiva sem complacência
Susan George percebeu o caráter genocida implícito na estratégia global
do neoliberalismo quando, constatando que o sistema atual é uma máquina
universal de destruição do ambiente e de produção de perdedores,
procurou colocar-se na posição daqueles que mais lucram com ela e
descobriu que eles estavam inquietos. "(O presidente do Banco Central
dos EUA) Alan Greenspan se inquietava com a exuberância irracional do
mercado, (o megainvestidor) George Soros se inquietava com os excessos
do capitalismo, o principal economista do Banco Mundial se inquietava
com o impacto e a severidade dos programas de ajuste estrutural nos
países pobres, o diretor responsável pela economia mundial do banco
Morgan Stanley se inquietava com "o impiedoso confronto pelo poder entre
o capital e o trabalho" que se anunciava, e muitas pessoas se
inquietavam com a polarização social e o desmoronamento do ambiente.
Entretanto ninguém parecia fazer a ligação entre todos os aspectos dessa
situação, pelo menos em público." Se fosse tão rica e poderosa quanto
eles, pensou então George, daria tudo para obter uma perspectiva do
processo global traçada sem complacência, já que, por uma questão de
sobrevivência, os senhores da terra precisam de um diagnóstico do
sistema e de recomendações para assegurar o controle de sua evolução
futura. Ora, se tal estudo existisse, seria feito por esses "policy
intellectuals" que transitam entre as universidades de prestígio e as
altas esferas governamentais. É muito provável que tais análises
existam, mas elas, evidentemente, jamais viriam a público. George
decidiu então escrever o que precisaria saber, se fizesse parte do
seletíssimo clube que decide a estratégia de sobrevivência da "classe
express"; e, para poder escrever, concebeu um recurso literário
extremamente instigante: imaginou que alguns incógnitos membros da elite
global encomendaram a um grupo de trabalho formado por especialistas de
todas as ciências humanas um estudo sigiloso destinado a "definir os
dados estratégicos que permitirão manter, desenvolver e reforçar o
domínio da economia capitalista liberal de mercado e os processos que o
termo "globalização" resume de modo eficiente". Reunido em Lugano,
pacato e belo refúgio suíço de milionários, o grupo de trabalho teria
então elaborado o seu diagnóstico e, em novembro de 1999, entregue o
"Relatório Lugano", que tem por título oficial "Assegurar a Perenidade
do Capitalismo no Século 21".

A encomenda secreta
A invenção da encomenda secreta agora tornada pública é o único elemento
ficcional dessa avaliação implacável -todo o resto é documentado por
meio da massa de dados devidamente ponderados e apresentados na
linguagem fria e imparcial da tecnocracia. Mas em vez de criar um efeito
literário, a articulação entre ficção e realidade tem o poder de captar
a dimensão monstruosa do processo em curso. Com efeito, tudo se passa
como se Susan George tivesse recorrido à situação fictícia para pensar
até o fim o pensamento dos neoliberais, para levar às últimas
consequências suas premissas econômicas, políticas, comerciais,
financeiras, ecológicas e demográficas. A primeira parte do "Relatório"
é dedicada às ameaças que pesam sobre o sistema, ao papel das
instituições internacionais de controle e ao impacto gerado pela atual
relação explosiva entre consumo, tecnologia e população. Eis algumas das
conclusões do grupo de trabalho: 1) Os governantes tentam convencer os
governados de que a ordem econômica neoliberal pode incluir todo mundo
em toda parte, por mais numerosos que sejam no presente e no futuro. Mas
não há a menor possibilidade de integrar uma população mundial de 6 a 8
bilhões de pessoas. 2) Antes da globalização, os processos econômicos
eram sobretudo nacionais e operavam por adição. Hoje, precisamente
porque se tornaram internacionalizados, operam por subtração; é o
chamado "downsizing", quanto mais se eliminam elementos humanos custosos
(mão-de-obra), mais os lucros aumentam. 3) A cultura capitalista se
caracteriza pela concorrência e pela "destruição criadora". Mas os
países onde a economia mercantil deu forma a uma cultura capitalista
dominante durante séculos constituem hoje apenas 10% da humanidade. Tal
porcentagem é de muito mau augúrio para o futuro do sistema. 4) As
condições mínimas para que o capitalismo global perdure e triunfe não
podem ser satisfeitas nas atuais condições demográficas. Não se pode ao
mesmo tempo apoiar o capitalismo e continuar tolerando a presença de
bilhões de humanos supérfluos. 5) Uma população total do planeta mais
reduzida é o único meio de garantir a felicidade e o bem-estar da
maioria das pessoas. Tal opção pode parecer dura, mas é ditada pela
razão e pela compaixão. Se desejamos preservar o sistema liberal, não há
alternativa.

Limpeza social
Uma vez colocada a questão da redução de população, o "Relatório" passa
a discutir as estratégias para "resolver" o problema dos excluídos por
meio do que Müller chama de "limpeza social". De saída os sistemas
genocidas como o Holocausto são considerados estratégias ruins por
várias razões: apóiam-se em enorme burocracia, são caros demais e
ineficientes, conferem demasiado poder e responsabilidade ao Estado, não
passam despercebidos, atraem a ruína e o opróbrio a seus autores. Diz o
relatório:
"O modelo de Auschwitz é o contrário do que precisamos para atingir o
objetivo. (...) A seleção das "vítimas" não deve ser responsabilidade de
ninguém, senão das próprias "vítimas". Elas selecionarão a si mesmas a
partir de critérios de incompetência, de inaptidão, de pobreza, de
ignorância, de preguiça, de criminalidade e assim por diante; numa
palavra, elas encontrar-se-ão no grupo dos perdedores".
Definidos os objetivos e os quatro pilares que fundamentam a ambiciosa
empresa, o pilar da ideologia e da ética, o econômico, o político e o
psicológico, o "Relatório" propõe, como estratégias de redução da
população, uma atualização concertada dos flagelos configurados pelos
quatro cavaleiros do Apocalipse: a Conquista, a Guerra, a Fome e a
Peste. Vistos nessa perspectiva, os conflitos regionais, as crises, as
epidemias e os desmanches que assolam as economias e sociedades do
Terceiro Mundo adquirem uma inteligibilidade espantosa, até então
irreconhecível. Mas a produção de destruição não tem apenas inspiração
bíblica: há também estratégias que nem São João de Patmos nem Malthus
poderiam conceber, porque são preventivas e dependem da política e da
tecnologia do século 20: aqui têm lugar os inibidores de reprodução,
como as esterilizações em massa, a contracepção forçada etc.
Às duas partes do "Relatório" Susan George acrescenta um capítulo de
comentários sobre as maneiras de reagir a ele e um posfácio, no qual
revela como e porque inventou sua ficção. Leitora do antigo estrategista
chinês Sun Tzu, ela simplesmente aplicou seu preceito: não faça o que
mais gostaria de fazer. Faça o que o seu adversário menos gostaria que
fizesse.


Laymert Garcia dos Santos é professor livre-docente do Instituto de
Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp) e autor de "Tempo de Ensaio" (Companhia das Letras), entre
outros.

Onde encomendar
O livro "The Lugano Report" (Ed. Pluto, 208 págs., US$ 14,95) pode ser
encomendado, em SP, à livraria Cultura (tel. 0/xx/11/285-4033) e, no RJ,
à livraria Leonardo da Vinci (tel. 0/xx/ 21/ 533-2237).


SUBJECT: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/09/2000 17:59

On Mon, 25 Sep 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:
> antes de entrar 'na oposição' propriamente dita, uma questãozinha:
> "Qual o procedimento matemático (justificado) que permite 'converter' uma
> proporcionalidade em uma 'igualdade seguida de constante"? Exemplo: Se A
> prop. B então A = k.B ........ como se demonstra isso?!

regra de tres... se A prop B, entao A estah para B como A' estah para B'

A/B = A'/B' = A''/B'' = ...

se chamarmos qq uma dessas razoes de k

A/B = A'/B' = k

A/B = k

A = k.B

alguma coisa assim, eu acho.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: En: [ciencialist] Re: En: Essa vale a pena ler.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/09/2000 18:05

On Mon, 25 Sep 2000, Sheila wrote:
> Por favor, gostaria, se possível, me lembrassem das correções necessárias
> feitas ao barômetro pra medições acertadas.

vc fala de calibracao?

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/09/2000 18:15

De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> [eGroups] Meus Grupos | ciencialist Página Principal
>
> Olá pessoal,
> antes de entrar 'na oposição' propriamente dita, uma questãozinha:
> "Qual o procedimento matemático (justificado) que permite 'converter'
> uma
> proporcionalidade em uma 'igualdade seguida de constante"? Exemplo:
> Se A
> prop. B então A = k.B ........ como se demonstra isso?!
>


Ok,
Se A eh prop a B significa que A cresce ( ou decresce ) na mesma
proporcao que B.
Se B dobra de tamanho entao A dobra de tamanho.
Se B cai aa 1/4 de seu valor entao A cai a 1/4 de seu valor tambem.

Seja A0 o valor inicial de A
e seja B0 o Valor inicial de B.


Se B0 cresce ateh B1 entao
A0 crescera ateh A1 na mesma PROPORCAO :

Quanto B cresceu ?
B cresceu --> B1/B0 = K

Quanto A crescera ?
A1/A0 = K


B1/B0 = A1/A0 = K


A1 = KA0 = (B1/B0)A0 = B1 (A0/B0)

Ou seja
A = B (A0/B0)

Ou seja a relacao A0/B0 eh a constante K
e A/B sera sempre igual em qqr tempo .

A = K B ( onde K = A0/B0 )

[]s
jocax

---------------------------
(Sorry)^n
Não convenceu nadinha com essa 'demonstração'!
Meu 'Bento de Jesus Caraça' até arrepiou a capa aqui na prateleira!
:-)))
Essa 'demonstração' eu uso até na física térmica para chegar na lei de
Clapeyron:
P prop 1/V ==> PV = k1 (sob T const.)
V prop T ==> V/T = k2 (sob P const.)
P prop T ==> P/T = k3 (sob V const.)
logo
PV/T = (k1.k2.k3) = K (assumindo constante o número de moles)
Isso não convence nem a mim mesmo!
Para a primeira delas, na sua 'demonstração' ficaria assim:
P1V1 = P2V2 = P3V3 = ....... = k1
Quando se escreve P1V1 = P2V2 já está implícito o que se quer demonstrar!
Tente novamente :-)))

[]'
Léo
-----------------------------



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Relatório Lugano
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/09/2000 18:29



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>

> Folha de São Paulo, domingo, 24 de setembro de 2000
>
> Filósofa francesa defende que método de seleção aplicado nos campos de
> concentração nazistas está na base da estratégia neoliberal implementada
> em escala mundial
> A solução final capitalista
> Laymert Garcia dos Santos

A economia não é um jogo de soma zero. Ao contrário do que
se pensa os ricos ficam mais ricos se os pobres tambem
ficarem ricos.

João
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?
FROM: "Claudio Abreu Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/09/2000 18:34

Prezado Leo,

Vamos lá, rebato a suas considerações, feitas na mensagem abaixo.

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Monday, September 25, 2000 5:29 PM
Subject: [ciencialist] proporcional troca por = k ?



Meus Grupos | ciencialist Página Principal


Leo:

Olá pessoal,
antes de entrar 'na oposição' propriamente dita, uma questãozinha:
"Qual o procedimento matemático (justificado) que permite 'converter' uma
proporcionalidade em uma 'igualdade seguida de constante"? Exemplo: Se A
prop. B então A = k.B ........ como se demonstra isso?!


CBAS:

Se A=k.B, é porque A/B=k, onde k é uma constante. Desta forma, A=k.B me parece ser apenas uma mudança na fórmula original.

Por outro lado, seja C/A=m e seja D/B=m, onde m é uma constante. Daí temos:

C=m.A; D=m.B e a relação C/D é dada por:

C/D=(m.A)/(m.B), ou

C/D=A/B, que é Bidualidade da proporcionalidade original, onde A/B=k.

Donde se conclui que também C/D=k.

Sei que é um tanto quanto redundante tudo o que foi acima escrito. Mas não será a sua pergunta um tanto quanto óbvia demais?

--------------------------------------------------------------------------------------------------

Leo:

Agora as críticas 'bidualistas':


CBAS (mensagem anterior):

Vale dizer que existem uma porção de fórmulas nas diversas ciências em que
esta relação entre quatro componentes se dá. Vejamos alguns exemplos.

1) na física:

1.1) definição de força:
F=ma=m*e/t
Ou,

F/m=e/t

Léo:

Essas substituições não valem no geral; observe:
F = ma = m*[a.cos(wt+fi)]/t onde a.cos(wt+fi) = e, no MHS. Dividir isso por
't' não leva a nada!
O exemplo dado só serve para função polinomial do primeiro grau.


CBAS:

Desculpe a minha falha, pois e/t = v = velocidade, e não ´a´, de aceleração.

Vamos refazer o exemplo. O certo seria:

F=ma, onde a=v/t, onde v é a velocidade, que por sua vez é v=e/t.

Assim, a=e/(t^2).

Donde substituindo na fórmula de F, temos:

F=m*e/(t^2), ou

F/m=e/(t^2), que cai na bidualidade da proporcionalidade.

Como vê, Leo, o erro foi meu, e não da TGBD.

Por outro lado, vejo que você define a formula da 2ª lei de Newton de uma forma mais sofisticada do que a que aprendi há mais de 30 anos atrás quando me formei em engenharia civil, a qual nunca exerci, pois parti para um mestrado em adminsitração de empresas, e depois fui trabalhar num banco. Mas não tem problema, me defina o que significam os termos da expressão [a.cos(wt+fi)], que eu esclareço.

----------------------------------------------------------------
CBAS (mensagem anterior):

1.2) equação de Einstein:
E=m(c^2)=m*((e/t)^2)

Ou,

E/m=(e^2)/(t^2) <<<<<<<<<<<<


Léo:
A substituição não tem sentido; tanto 'e' como 't' são afetados pelos
fatores relativistas (e que não são iguais!).

CBAS:

Então me explica: como é que chegou à conclusão que c (velocidade da luz) é igual a 300.000 km/seg?

É certo que o que você afirmou:

"tanto 'e' como 't' são afetados pelos fatores relativistas (e que não são iguais!)"

Apenas acho que você se esqueceu que também a energia `E` e massa `m` também são afetados pelo que você chamou de fatores relativísticos. Ocorre que defido à interação entre as quatro variáveis fundamentais, as quatro variáveis fundamentais, a saber ´E´,´m´,´e´ e ´t´, a equação se verifica.

-----------------------------------------------------------------
>>>>>>>>
2) na economia, lei quantitativa da moeda:

M*v=X*p, onde:

M=quantidade de moeda; v=velocidade de circulação da moeda; X= produto
físico; e p=índice de preços.

Operando, tem-se:

M/X=p/v <<<<<<<<<


----------------------------------------------------------------
Léo:
Nada entendo de lei quantitativa de moeda.
----------------------------------------------------------------
[]'
Léo


CBAS:

Trata-se de uma lei da economia clássica, que atualmente possui outras versões mais sofisticadas. Mas saiba que é ela ainda aparenta orientar a cabeça dos "iluminados" economistas monetaristas, entre os quais o nosso Pedro Malan.

Um grande abraço,

Claudio Abreu





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/09/2000 18:36

>>>De: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
On Mon, 25 Sep 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:
> antes de entrar 'na oposição' propriamente dita, uma questãozinha:
> "Qual o procedimento matemático (justificado) que permite 'converter' uma
> proporcionalidade em uma 'igualdade seguida de constante"? Exemplo: Se A
> prop. B então A = k.B ........ como se demonstra isso?!

regra de tres... se A prop B, entao A estah para B como A' estah para B'

A/B = A'/B' = A''/B'' = ...

se chamarmos qq uma dessas razoes de k<<<

Léo:

Pelo mesmo motivo apontado para o Jocax ... não concordei com a explicação.
Ao 'apelar' para a régra de três, já ficou implicita a proposição a ser
demonstrada.
Vamos mudar a pergunta: Como se justifica a régra de três?

[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/09/2000 19:29

On Mon, 25 Sep 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:
> regra de tres... se A prop B, entao A estah para B como A' estah para B'

> Pelo mesmo motivo apontado para o Jocax ... não concordei com a explicação.
> Ao 'apelar' para a régra de três, já ficou implicita a proposição a ser
> demonstrada.
> Vamos mudar a pergunta: Como se justifica a régra de três?

soh se estiver considerando q. o 'apelo' 'a proporcionalidade jah implica
em relacao com uma constante... aih nao se prova nada mesmo.

a proporcionalidade implica q. se A teve um aumento de x vezes, B tbm
tera' um aumento de x vezes.

A -> B
xA -> xB

a razao A/B vai nos dar um valor, o q. temos q. provar entao eh q. A'/B'
dah o mesmo valor...

A/B = k

A'/B' = ?

bem, sendo A' = xA, por proporcionalidade temos q. B' = xB

entao:

A'/B' = xA/xB = (x/x) A/B = A/B...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: En: En: [ciencialist] Re: En: Essa vale a pena ler.
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/09/2000 19:35


-----Mensagem original-----
De: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>

On Mon, 25 Sep 2000, Sheila wrote:


> Por favor, gostaria, se possível, me lembrassem das correções necessárias
> feitas ao barômetro pra medições acertadas.

*vc fala de calibracao?

sim... não estou me lembrando agora mas sei já haver sido orientada a
procurar calibração pra um barômetro, e terem me explicado de como era feita
e os pqs.

[]'s

Sheila.



SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e a Razao Aurea
FROM: Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@zaz.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/09/2000 19:53

Como vc aplicaria a tgbd às equações reais, ou seja, não escalares, com vetores ou com tensores? No caso da força, a formula original de newton era f= dq/dt. , por ex, mas isto é uma transformaçao vetorial, nao podendo ser "dividida".


Rodrigo


Claudio Abreu wrote:

>
> Prezado Rodrigo,
>
> Sim, acredito que se possa desenvolver sim o mesmo tipo em cima de outros tipos de relação de proporcionalidade, pois afinal, tal com na razão áurea, para se falar em proporcionalidade, deve-se falar em quatro componentes. Desta forma acho que poderíamos generalizar conforme abaixo:
>
> Para que se defina uma proporcionalidade qualquer é necessário que se tenha um conjunto de 4 componentes, para que se tenha a igualdade entre duas razões, que por sua vez, por definição deve ter dois componentes. Daí : duas razões*dois componentes=quatro componentes. Assim, a formula geral, tal como na TGBD, seria:
>
> 1º Componente /2º Componente = 3º Componente / 4º Componente
>
> Agora, com as características da razão áurea, só existe uma. Se não ela não seria áurea, nem definiria a estrutura do que é belo, ou, quem sabe, do que esteja em equilíbrio total.
>
> Vale dizer que existem uma porção de fórmulas nas diversas ciências em que esta relação entre quatro componentes se dá. Vejamos alguns exemplos.
>
> 1) na física:
>
> 1.1) definição de força:
> F=ma=m*e/t
>
> Ou,
>
> F/m=e/t
>
> 1.2) equação de Einstein:
> E=m(c^2)=m*((e/t)^2)
>
> Ou,
>
> E/m=(e^2)/(t^2)
>
> 2) na economia, lei quantitativa da moeda:
>
> M*v=X*p, onde:
>
> M=quantidade de moeda; v=velocidade de circulação da moeda; X= produto físico; e p=índice de preços.
>
> Operando, tem-se:
>
> M/X=p/v
>
> Um grande abraço,
>
> Claudio Abreu
>
>
> ----- Original Message -----
> From: Rodrigo Frizzo Viecilli
> To: ciencialist@egroups.com
> Sent: Monday, September 25, 2000 1:25 PM
> Subject: Re: [ciencialist] A TGBD e a Razao Aurea
>
> Meus Grupos | ciencialist Página Principal
>
> acredito que seja possivel desenvolver o mesmo raciocinio em cima de outros tipos de relaçao de proporcionalidade. Não concorda?
>
> Rodrigo
>
> Claudio Abreu wrote:
>
> >
> > Prezados amigos do Ciencialist,
> >
> > Vou tentar explicar a questão da razão áurea através da TGBD.
> >
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?
FROM: Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@zaz.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/09/2000 19:59



Luiz Ferraz Netto wrote:

>
> Olá pessoal,
> antes de entrar 'na oposição' propriamente dita, uma questãozinha:
> "Qual o procedimento matemático (justificado) que permite 'converter' uma
> proporcionalidade em uma 'igualdade seguida de constante"? Exemplo: Se A
> prop. B então A = k.B ........ como se demonstra isso?!

dado: a/b=c/d; c,d,a,b pertencem aos inteiros

hipotese: nao existe k E Q tal que a= kb

k=a/b<=> k=c/d

como c e d sao inteiros, k existe e é racional (reductia)

[]

Rodrigo

>
>
> Agora as críticas 'bidualistas':
>
> >>De: Claudio Abreu <bidual@gbl.com.br>
> Prezado Rodrigo,
>
> Sim, acredito que se possa desenvolver sim o mesmo tipo em cima de outros
> tipos de relação de proporcionalidade, pois afinal, tal com na razão áurea,
> para se falar em proporcionalidade, deve-se falar em quatro componentes.
> Desta forma acho que poderíamos generalizar conforme abaixo:
>
> Para que se defina uma proporcionalidade qualquer é necessário que se tenha
> um conjunto de 4 componentes, para que se tenha a igualdade entre duas
> razões, que por sua vez, por definição deve ter dois componentes. Daí : duas
> razões*dois componentes=quatro componentes. Assim, a formula geral, tal como
> na TGBD, seria:
>
> 1º Componente /2º Componente = 3º Componente / 4º Componente
>
> Agora, com as características da razão áurea, só existe uma. Se não ela não
> seria áurea, nem definiria a estrutura do que é belo, ou, quem sabe, do que
> esteja em equilíbrio total.
>
> Vale dizer que existem uma porção de fórmulas nas diversas ciências em que
> esta relação entre quatro componentes se dá. Vejamos alguns exemplos.
>
> 1) na física:
>
> 1.1) definição de força:
> F=ma=m*e/t
> Ou,
>
> F/m=e/t
>
> >>>>
> ----------------------------------------------------------------
> Léo:
>
> Essas substituições não valem no geral; observe:
> F = ma = m*[a.cos(wt+fi)]/t onde a.cos(wt+fi) = e, no MHS. Dividir isso por
> 't' não leva a nada!
> O exemplo dado só serve para função polinomial do primeiro grau.
> ----------------------------------------------------------------
> >>>>>>>
> 1.2) equação de Einstein:
> E=m(c^2)=m*((e/t)^2)
>
> Ou,
>
> E/m=(e^2)/(t^2) <<<<<<<<<<<<
> -----------------------------------------------------------------
> Léo:
> A substituição não tem sentido; tanto 'e' como 't' são afetados pelos
> fatores relativistas (e que não são iguais!).
> -----------------------------------------------------------------
> >>>>>>>>
> 2) na economia, lei quantitativa da moeda:
>
> M*v=X*p, onde:
>
> M=quantidade de moeda; v=velocidade de circulação da moeda; X= produto
> físico; e p=índice de preços.
>
> Operando, tem-se:
>
> M/X=p/v <<<<<<<<<
> ----------------------------------------------------------------
> Léo:
> Nada entendo de lei quantitativa de moeda.
> ----------------------------------------------------------------
> []'
> Léo
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***



SUBJECT: proporcional troca por = k /tgbd
FROM: Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@zaz.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/09/2000 20:16

o problema em aplicar a tgbd a isto é o seu generalismo. K está no conjunto
dos racionais e a/b=c/d nos inteiros. Um numero racional é formado por dois
inteiros, o que nos leva a concluir que a=kb. Assim, quando falamos em a=kb
estamos já no conjunto dos racionais .
Um indivíduo preso nos inteiros nao pode afirmar que a=kb, pq nao ha inteiro
que satisfaça tal relação sempre. Se pularmos para os racionais, daí cria-se um
problema ja que a tgbd nao tem preferencia por um cjto especifico (considerando
que ela nao seja matematicamente oportunista).
O mesmo ocorre quando estamos no ambito da fisica . A relação dQ/dt=f é
assim representada em ambito vetorial. Ou f= m dv/dt. Neste caso, o vetor é dv/dt
(uma coisa apenas, Q). Por esta razao(conceitual e nao matematica) Newton nao
utilizou a formula separando a grandeza escalar (m) dos vetores. É mais fácil
imaginar o seu raciocínio através da construçao gráfica da derivada em cima de um
gráfico de variacao de quantidade de movimento. Além disso, esta física é
construída em cima de um referencial inercial, o que restringe ainda mais o
problema de "conceituação" de força newtoniana. O que eu quero dizer é que isto é
um modelo bastante restrito e eu temo que a tgbd assuma uma definição de força
segundo um modelo determinado como "entidade física real" , decompondo-a em
outras supostas "entidades físicas reais", que na realidade sao apenas parte de
um modelo.
Acredito que , pela filosofia de Newton, ele acreditava que a força era realmente
uma entidade física real que se apresentava. Sabe-se hoje que há um problema
eletromagnético na origem desta força mecânica, o que supostamente quebra a
conceituação de newton.

o que eu quero dizer é o seguinte , metaforicamente:

1+2=3= 1+1+1 , qual das igualdades é a mais correta?

Rodrigo




Abraço

Rodrigo




SUBJECT: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/09/2000 20:52

Prezado Cláudio (e demais amigos),

De início, a pergunta, não tem nada de simplista, nem de óbvia. É pura
matemática. Todas as propostas até agora (as triviais, que usamos, sem
demonstração) já as conhecia. Todas elas caem em circularidade.
Vc, principalmente, iniciou a 'demonstração' usando a tese:

"Se A=k.B, é porque A/B=k, onde k é uma constante. Desta forma, A=k.B me
parece ser apenas uma mudança na fórmula original."

e complementa, acertadamente:

"Sei que é um tanto quanto redundante tudo o que foi acima escrito. Mas não
será a sua pergunta um tanto quanto óbvia demais?"


Eis a questão 'nua e crua': Se as grandezas A e B são proporcionais, mostrar
que A = k.B

Vamos TGBD:

>>CBAS:
Desculpe a minha falha, pois e/t = v = velocidade, e não ´a´, de aceleração.
Vamos refazer o exemplo. O certo seria:
F=ma, onde a=v/t, onde v é a velocidade, que por sua vez é v=e/t. <<

Podemos parar por aqui. Isso (a = v/t) é uma 'verdade' restrita ao movimento
uniformemente variado e em situação muito particular, a saber, velocidade
inicial nula, espaço inicial nulo, e origem dos tempos coincidindo com o
instante em que o móvel parte. Na melhor das hipóteses, poderíamos escrever:
a(média, no intervalo t'-t) = [deltaV]/(t'-t) e, com isso, a segunda lei de
Newton ficaria:
F =m.a = m[(deltaV)/(t'-t)] (*) = m[(V(t') - V(t)]/(t'-t), o que já complica
seriamente o restante.
Por outro lado, V = e/t, como já observei é aplicável em situação muito
particular (movimento uniforme).


CBAS
>>>Por outro lado, vejo que você define a formula da 2ª lei de Newton de uma
forma mais sofisticada do que a que aprendi há mais de 30 anos atrás quando
me formei em engenharia civil, a qual nunca exerci, pois parti para um
mestrado em adminsitração de empresas, e depois fui trabalhar num banco.
Mas não tem problema, me defina o que significam os termos da expressão
[a.cos(wt+fi)], que eu esclareço.<<<

Até parece que o amigo acha que estou completando 18 anos! Quando vc se
formou em engenharia, pelos meus cálculos, eu já estava formado a uns 6
anos! Pode até ser que vc, se morou em SP a 30 anos atrás, foi meu aluno
:-)))
A 2a lei de Newton pode ser colocada com várias roupagens diferentes ... mas
é sempre a mesma; o interessante é que sempre é apresentada da maneira que o
amigo Newton nunca escreveu: F = m.a !!!!

A função x = a.cos(wt+fi) refere-se à lei horária do movimento harmônico
simples; a lei de velocidade é V = -w.a.sen(wt+fi) e a lei de aceleração é a
= - w^2.a.cos(wt.+fi). Para esse movimento a lei de força (pelo amigo
Newton) será: F = -m.w^2.a.cos(wt+fi) e, substituíndo-se a.cos(wt+fi) por x
obtém-se: F = -m.w^2.x . Sendo m e w constantes, põe-se F = -k.x que é a
equação típica dos movimentos harmônicos simples. A força é de restituição
do tipo elástica. k = m.w^2 é denominada de 'constante de força',
caracterísitica do sistema elástico. Observe a beleza da coisa: w^2 = k/m.
Se o sistema elástico for uma mola de constante elástica K sustentando um
corpo de massa m, a pulsação (w) natural do sistema oscilante será: w^2 =
K/m e o período será:
T = 2(pi)/w = 2(pi).sqr(m/K).

Quando à validade da substituição feita na equação de Einstein, prefiro
deixar a cargo de um expert no assunto. Minha relatividade ... ainda é
relativamente fraca! :-)

Abraços,
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/09/2000 21:25


De: Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@zaz.com.br>
Luiz Ferraz Netto wrote:

>
> Olá pessoal,
> antes de entrar 'na oposição' propriamente dita, uma questãozinha:
> "Qual o procedimento matemático (justificado) que permite 'converter' uma
> proporcionalidade em uma 'igualdade seguida de constante"? Exemplo: Se A
> prop. B então A = k.B ........ como se demonstra isso?!

>>Rodrigo:
dado: a/b=c/d; c,d,a,b pertencem aos inteiros
hipotese: nao existe k E Q tal que a= kb
k=a/b<=> k=c/d
como c e d sao inteiros, k existe e é racional (reductia)<<

Léo:
Fácil rebater:
No conjunto dos inteiros tomemos a,b e k
podemos formar: a/b = k/1
e k não é racional ... é inteiro!

Quando escreve-se
a prop. b <==> a = k.b, pode significar que a / b = k / 1

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?
FROM: Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@zaz.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/09/2000 21:47

Todo numero inteiro é racional :/
A demonstraçao está totalmente correta.
Se eu a fizesse apenas para k inteiro aí sim ela estaria incorreta.
todo numero inteiro é racional por isso vc pode representar k como k/1.

Rodrigo.

Luiz Ferraz Netto wrote:

> De: Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@zaz.com.br>
> Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> >
> > Olá pessoal,
> > antes de entrar 'na oposição' propriamente dita, uma questãozinha:
> > "Qual o procedimento matemático (justificado) que permite 'converter' uma
> > proporcionalidade em uma 'igualdade seguida de constante"? Exemplo: Se A
> > prop. B então A = k.B ........ como se demonstra isso?!
>
> >>Rodrigo:
> dado: a/b=c/d; c,d,a,b pertencem aos inteiros
> hipotese: nao existe k E Q tal que a= kb
> k=a/b<=> k=c/d
> como c e d sao inteiros, k existe e é racional (reductia)<<
>
> Léo:
> Fácil rebater:
> No conjunto dos inteiros tomemos a,b e k
> podemos formar: a/b = k/1
> e k não é racional ... é inteiro!
>
> Quando escreve-se
> a prop. b <==> a = k.b, pode significar que a / b = k / 1
>
> []'
> Léo
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***



SUBJECT: ciencialist
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/09/2000 22:05

Ol� membros da ciencialist. H� algum tempo eu mandei um email ao
administrador dessa lista sobre alguns coment�rios feitos por alguns membros
da ciencialist.
Ele por fim acabou concordando com algumas de minhas coloca��es e disse que
iria fazer algumas altera��es e pedir para que os membros n�o me
destratassem por causa de meu email.
Ent�o eu disse que n�o necessitaria, pois se � para um melhor
aproveitamento da lista, eu me submeteria ao "crivo" dos senhores.
Sem mais, mostro o email enviado por mim ao administrador da ciencialist.

Administrador da lista ciencialist,

Como membro da Ciencialist, gostaria de saber o porqu� de que o sr. n�o
sugere que os "listeiros" discutam apenas a ci�ncia propriamente dita.
Digo "ci�ncia propriamente dita" porque a mim n�o parece que Teoria Geral
da Bidualidade, Genismo (do Jocax), e cr�ticas deveras vagas, sejam fazer
ci�ncia. O que chamo aqui de cr�ticas "deveras vagas" s�o aquelas frases
como "a f�sica moderna est� errada".
Pela id�ia (que confesso ser superficial) de ci�ncia, imagimo que tais
suposi��es s�o n�o mais que opini�es pois n�o fazem previs�es (o que �
necess�rio para haver falseabilidade nas hip�teses - uma das caracter�sticas
das ci�ncias), embora os donos delas tem o desejo de que o sejam. E n�o
somente isso, n�o explicam sequer os resultados que j� forma obtidos (pelo
menos os donos delas n�o nos disseram).
Para mim, o fato de uma teoria n�o ser cient�fica n�o a torna inferior,
apenas foge do escopo da ci�ncia e suponho que fugiria do escopo desta
lista.
Eu n�o li todas as suas instri��es mas uma delas me chamou a aten��o:
"- evite prolongar discuss�es infrut�feras."
Eu fiz uma pesquisa no egroups e n�o encontrei uma lista que se propusesse
a discutir assuntos cient�ficos. A Ciencialist muitas vezes discute isso,
por�m outras tantas n�o. Penso que deveria haver um rigor maior sobre o que
se deveria discutir e o que seria proibido.
N�o se trata de que seja tirada a liberdade de se expressar de cada um e
sim, nesse caso, discutir Ci�ncia.
O que eu visualiso ser uma lista de discuss�o de Ci�ncia � uma na qual
discute-se os experimentos mais recentes; discute-se problemas em aberto e
tenta-se solucion�-los, e que modelos alternativos para a ci�ncia tenham o
valor e as caracter�sticas que lhe sejam necess�rios (falseabilidade,
explicar fen�menos que os modelos rivais n�o consigam, ou explicar fen�menos
que os modelos rivais n�o expliquem de forma completa, fazer previs�es,
etc.).
Em suma minha preocupa��o � com o volume de emails com discuss�es n�o
cient�ficas que chegam na minha conta. E que, nessa lista, surjam
exclarecimentos. E que discuss�es n�o cient�ficas n�o sejam feitas, e se
forem, que elas aconte�am em outro lugar.

Agrade�o a aten��o,

Leandro.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] ciencialist
FROM: "Francisco C. Brito" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/09/2000 22:17

Caro Leandro
Eu nem deveria estar postando este e-mail, uma vez que estou me retirando da
lista, mas o que é ciência de verdade??? Apenas física e matemática (de vez
em quando biologia) como diversas vezes alguns companheiros afirmaram aqui?
Seguindo esse raciocínio (se o raciocínio for este) deve-se excluir também
toda forma de engenharia e muito da medicina, pois a rigor, não são ciência,
são técnica (poderia até chamar de ciência aplicada, mas ciência mesmo, não
são).
Essa lista já é um pouco preconceituosa e excludente, mas talvés seja esse
mesmo o objetivo dela!
----- Original Message -----
From: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Monday, September 25, 2000 10:05 PM
Subject: [ciencialist] ciencialist


>
> Olá membros da ciencialist. Há algum tempo eu mandei um email ao
> administrador dessa lista sobre alguns comentários feitos por alguns
membros
> da ciencialist.
> Ele por fim acabou concordando com algumas de minhas colocações e disse
que
> iria fazer algumas alterações e pedir para que os membros não me
> destratassem por causa de meu email.
> Então eu disse que não necessitaria, pois se é para um melhor
> aproveitamento da lista, eu me submeteria ao "crivo" dos senhores.
> Sem mais, mostro o email enviado por mim ao administrador da ciencialist.
>
> Administrador da lista ciencialist,
>
> Como membro da Ciencialist, gostaria de saber o porquê de que o sr. não
> sugere que os "listeiros" discutam apenas a ciência propriamente dita.
> Digo "ciência propriamente dita" porque a mim não parece que Teoria Geral
> da Bidualidade, Genismo (do Jocax), e críticas deveras vagas, sejam fazer

> ciência. O que chamo aqui de críticas "deveras vagas" são aquelas frases
> como "a física moderna está errada".
> Pela idéia (que confesso ser superficial) de ciência, imagimo que tais
> suposições são não mais que opiniões pois não fazem previsões (o que é
> necessário para haver falseabilidade nas hipóteses - uma das
características
> das ciências), embora os donos delas tem o desejo de que o sejam. E não
> somente isso, não explicam sequer os resultados que já forma obtidos (pelo
> menos os donos delas não nos disseram).
> Para mim, o fato de uma teoria não ser científica não a torna inferior,
> apenas foge do escopo da ciência e suponho que fugiria do escopo desta
> lista.
> Eu não li todas as suas instrições mas uma delas me chamou a atenção:
> "- evite prolongar discussões infrutíferas."
> Eu fiz uma pesquisa no egroups e não encontrei uma lista que se propusesse
> a discutir assuntos científicos. A Ciencialist muitas vezes discute isso,
> porém outras tantas não. Penso que deveria haver um rigor maior sobre o
que
> se deveria discutir e o que seria proibido.
> Não se trata de que seja tirada a liberdade de se expressar de cada um e
> sim, nesse caso, discutir Ciência.
> O que eu visualiso ser uma lista de discussão de Ciência é uma na qual
> discute-se os experimentos mais recentes; discute-se problemas em aberto e
> tenta-se solucioná-los, e que modelos alternativos para a ciência tenham o
> valor e as características que lhe sejam necessários (falseabilidade,
> explicar fenômenos que os modelos rivais não consigam, ou explicar
fenômenos
> que os modelos rivais não expliquem de forma completa, fazer previsões,
> etc.).
> Em suma minha preocupação é com o volume de emails com discussões não
> científicas que chegam na minha conta. E que, nessa lista, surjam
> exclarecimentos. E que discussões não científicas não sejam feitas, e se
> forem, que elas aconteçam em outro lugar.
>
> Agradeço a atenção,
>
> Leandro.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e a Razao Aurea
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/09/2000 23:37

Prezado Rodrigo,

Apesar dos protestos de um integrante da lista que aparentemente detesta a TGBD, e para quem enviarei uma mensagem a seguir, procurarei responder suas perguntas. É como naquela imagem: os cachorros ladram e a carruagem passa...

Rodrigo:
Como vc aplicaria a tgbd às equações reais, ou seja, não escalares, com vetores ou com tensores?

CBAS:
Não sei se você já observou isto, mas um vetor é um Bidual, pois possui direção, módulo e sentido em relação a um determinado ponto de referência. Note que, dado um referencial 0, um vetor é definido por V (A,B), onde A é um ponto de coordenadas (Xa, Ya, Za...) em relação ao ponto de referência 0 e B um ponto de coordenadas (Xb, Yb, Zb....) em relação ao referencial 0, e onde A e B delimitam a direção (a mesma da reta AB) e o módulo do vetor (dado pelo comprimento do segmento de reta AB). Contudo, para que o vetor V seja totalmente caracterizado é necessário que também se defina qual é o seu sentido, de A para B ou se de B para A.

Assim, o Bidual de um Vetor é formado da seguinte forma:
- O Dual Interno é formado pelos pontos A e B, ou se preferir, pela sua direção e seu módulo, que são definidos por tais pontos;
- O Dual Externo é formado pelo referencial 0 e pelo seu sentido S;
- O Terno é formado pelos pontos A, B e 0, onde os dois primeiros formam o Dual Interno e o Terceiro é o referencial;
- o Quarto Uno é o sentido S do vetor, que é o único dos seus componentes que não pode ser definido por um ponto, por ser, digamos, uma característica do vetor que indica se a sua ação se dá de A para B ou de B para A.

Assim, Rodrigo, se um vetor tem uma estrutura bidual, por não haveriam de ter as suas equações?

Rodrigo:
No caso da força, a formula original de newton era f= dq/dt. , por ex, mas isto é uma transformaçao vetorial, nao podendo ser "dividida".

CBAS:
Entendo que o q da sua fórmula seja a quantidade de movimento, que também é conhecida pela equação q=m.v, ou seja, a massa do corpo(que não é um vetor)corpo multiplicada pela velocidade deste corpo (que é um vetor). Temos que v=de/dt, daí, dv/dt=(de/dt)/dt=a onde a é aceleração, que é uma medida de espaço dividida por uma mediada de tempo ao quadrado. Dizemos que a aceleração da gravidade é de 9,8 metros por segundo ao quadrado.

Repare, Rodrigo, que para enquadrar a fórmula da 2ª Lei de Newton na TGBD, procurei quais seriam as variáveis fundamentais que definem uma força. Repetindo:
1)a força que atua num corpo num determinado tempo é derivada da quantidade movimento desse corpo em relação ao tempo;
2)a quantidade de movimento de um corpo é o produto da sua massa pela velocidade com que este corpo se desloca;
3)a velocidade de um corpo num certo tempo é a derivada do espaço em que o corpo se desloca em relação ao tempo;
4)a aceleração de um corpo é a derivada da sua velocidade em relação ao tempo;
5)feito todo este raciocínio, verificamos que a força é uma função da sua massa e do espaço que ele ocupa ao longo do tempo.

Você não se lembra daquele método que se estuda em física para se determinar as unidades (ou seriam grandezas?) de uma determinada variável? A aplicação que fiz da TGBD para definição de uma força guarda semelhança com aquele método.

Prezado Rodrigo, você algum dia ainda vai entender porque me dedico tanto à TGBD. Ela realmente, por mais incrível que possa parecer, não falha nunca. Veja o que aconteceu com você agora: me perguntou se a TGBD se aplica a equações vetoriais e eu lhe mostro que um vetor tem uma estrutura bidual... Você introduz um debate interessante no grupo que é a razão áurea, que eu nem conhecia, e eu lhe mostro que a tal razão tem uma estrutura bidual...

Gostaria que você continuasse desafiando a veracidade da TGBD, pois afinal, seus questionamentos são sempre muito interessantes e bem colocados. Digo isto sinceramente, sem gozação mesmo. Tudo que eu quero neste grupo é testar a veracidade da TGBD. Não posso afirmar que ela o seja, mas posso afirmar que ela nunca me falhou.

Um grande abraço,

Claudio Abreu

----- Original Message -----
From: Rodrigo Frizzo Viecilli
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Monday, September 25, 2000 7:53 PM
Subject: Re: [ciencialist] A TGBD e a Razao Aurea




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] ciencialist
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/09/2000 02:10

Prezado Leandro Holanda,

Não gostaria de fazer isto, mas como me sinto diretamente envolvido por suas
críticas, não posso deixar de fazer o meu protesto quanto às suas
colocações.

> Leandro:
> Olá membros da ciencialist. Há algum tempo eu mandei um email ao
> administrador dessa lista sobre alguns comentários feitos por alguns
membros
> da ciencialist.
> Ele por fim acabou concordando com algumas de minhas colocações e disse
que
> iria fazer algumas alterações e pedir para que os membros não me
> destratassem por causa de meu email.

CBAS:
Deve ter sido em parte por causa deste email que o LRB me chamou a atenção
em pvt... Como perdi todos os meus dados ao ter de formatar meu HD não dá
saber...

Leandro:
>Leandro:
> Como membro da Ciencialist, gostaria de saber o porquê de que o sr. não
> sugere que os "listeiros" discutam apenas a ciência propriamente dita.
> Digo "ciência propriamente dita" porque a mim não parece que Teoria Geral
> da Bidualidade, Genismo (do Jocax), e críticas deveras vagas, sejam fazer
> ciência. O que chamo aqui de críticas "deveras vagas" são aquelas frases
> como "a física moderna está errada".

CBAS:
Leandro, andei pesquisando e verifiquei que a sua última mensagem anterior a
esta era o repasse de um email contendo orientações sobre como proceder ao
se defrontar com um mal-estar de origem cardíaca. Informo que também recebi
tal email, que me foi enviado por uma amiga. Ele anda rodando por aí na
Internet. E daí pergunto: isto é assunto para ser enviado aqui para o
Ciencialist? Seria ele uma discussão sobre "ciência propriamente dita" ? Não
acha que neste caso houve uma contradição sua?

A bem da verdade, verifiquei que embora você não escreva muitas mensagens
para o Ciencialist, no geral os assuntos que aborda são muito interessantes,
e demonstram que você tem um bom conhecimento científico. Contudo, não sei o
que você faz, qual sua área de interesse e atuação.

Um dos pontos falhos do Ciencialist é que a gente nunca sabe com quem está
falando. Não consigo entender porque o LRB não torna disponíveis as
informações cadastrais dos participantes. Eu nasci em Cachoeiro de
Itapemirim/ES, tenho 50 anos, sou engenheiro civil (UFES-1972) e mestre em
administração de empresas, e trabalho, desde 1975 no Sistema BNDES, e
atualmente sou diretor financeiro da AFBNDESPAR, associação dos funcionários
da BNDESPAR.

Ao entrar no Ciencialist, convidado pelo LRB, o meu objetivo foi, e continua
a ser, a discussão da TGBD, que, sei, muitos aqui já não agüentam mais ler a
respeito. Ora, não vejo não vejo nada de mal nisto. Afinal, tem muito
assunto que rola aqui no Ciencialist que também não me interessam. E aí o
que faço? Simplesmente não leio e deleto... Não é mais simples do que ficar
tentando policiar o que as pessoas querem discutir?

>Leandro:
> Pela idéia (que confesso ser superficial) de ciência, imagino que tais
> suposições são não mais que opiniões pois não fazem previsões (o que é
> necessário para haver falseabilidade nas hipóteses - uma das
características
> das ciências), embora os donos delas tem o desejo de que o sejam. E não
> somente isso, não explicam sequer os resultados que já forma obtidos (pelo
> menos os donos delas não nos disseram).

CBAS:
Não gostaria de entrar nesta discussão, mas lembro a você que a maior
aplicação da TGBD até o momento foi o auxilio que ela me deu para
desenvolver as idéias que serviram de base para a elaboração do Plano Real.
Caso queira saber mais a respeito visite o endereço abaixo:
http://www.egroups.com/files/averdadeirahistoriadoplanoreal/A.TGBD.e.o.Plano
.Real.dez.96.doc
Caso queira ter mais informações a respeito desta história, e ter elementos
para que possa concluir que ela é verdadeira, visite o meu site sobre o
assunto:
http://www.egroups.com/group/averdadeirahistoriadoplanoreal

Será que a TGBD não seria ciência, na medida que ela me ajudou a fazer uma
previsão de como se poderia acabar com a inflação neste país, de uma forma
totalmente inovadora em nível mundial, e que o governo,embora não tenha
aproveitado totalmente as minhas idéias, conseguiu acabar com aquele
maldita, perversa e burra inflação em que vivíamos?

Em diversas mensagens que escrevi aqui no Ciencialist apresentei diversas
previsões feitas pela TGBD. A seguir apresento duas delas, que tenho certeza
algum dia serão confirmadas:

a) um caminho para a unificação das forças eletromagnética e da gravidade:
http://www.egroups.com/files/tgbd/2.O.livro.da.TGBD/2.09.Unificacao.das.Forc
as.Eletromgnetica.e.Gravidade.doc

b) um novo caminho para a Cromodinâmica Quântica (que a meu ver ainda não é
uma teoria totalmente amadurecida) ao sugerir que os três "cores" dos quarks
formem um Terno, ou seja, que duas delas formem um Dual e a outra
(provavelmente a vermelha) seja o Terceiro Uno, com natureza diferente das
demais

E você Leandro já fez alguma proposta? Ou apenas se limitou a ficar
comentando propostas de terceiros, que você considera como dentro da
Ciência?

>Leandro:
>Para mim, o fato de uma teoria não ser científica não a torna inferior,
>apenas foge do escopo da ciência e suponho que fugiria do escopo desta
>lista.

CBAS:
Afinal qual seria o escopo desta lista? Repasse de emails sobre como evitar
ataques cardíacos estaria dentro deste escopo?

> Leandro:
> Eu não li todas as suas instruções mas uma delas me chamou a atenção:
> "- evite prolongar discussões infrutíferas."

CBAS:
O difícil é saber o que é discussão infrutífera, Leandro. O que é
infrutífero para uns é frutífero para outros... O mundo das idéias, Leandro,
se democrático, também muito eclético e amplo...

> Leandro:
> Eu fiz uma pesquisa no egroups e não encontrei uma lista que se propusesse
> a discutir assuntos científicos. A Ciencialist muitas vezes discute isso,
> porém outras tantas não.

CBAS:
Ainda bem que temos o privilégio de participar do Ciencialist...

> Leandro:
> Penso que deveria haver um rigor maior sobre o que
> se deveria discutir e o que seria proibido.

CBAS:
Opa!!! Epa!!! Seria você um militar ou um ex-funcionário do departamento de
censura, ou dos órgãos de contra-informação da "redentora"? Rigor e proibido
são palavras que descem muito mal...

Leandro:
>:
> Não se trata de que seja tirada a liberdade de se expressar de cada um e
> sim, nesse caso, discutir Ciência.
CBAS:
E o como você vai conseguir fazer isto? Vai impor a todos o que você entende
por Ciência?

> Leandro:
> O que eu visualizo ser uma lista de discussão de Ciência é uma na qual
> discute-se os experimentos mais recentes; discute-se problemas em aberto e
> tenta-se solucioná-los, e que modelos alternativos para a ciência tenham o
> valor e as características que lhe sejam necessários (falseabilidade,
> explicar fenômenos que os modelos rivais não consigam, ou explicar
fenômenos
> que os modelos rivais não expliquem de forma completa, fazer previsões,
> etc.).

CBAS:
Eu entendo a Ciência como uma busca infinita da verdade, cheia de
experimentos e problemas em aberto, modelos alternativos e rivais,
tentativas de previsões... Exemplo disto é chamada teoria das supercordas,
uma tentativa de unificar as quatro forças fundamentais, embora que um tanto
quanto, digamos, exótica. Você acha que ela deveria ser discutida aqui no
Ciencialist? Se sim, porque não poderia o ser a TGBD, o Genismo, ou as
teorias do Alberto Mesquita Filho?

>Leandro:
> Em suma minha preocupação é com o volume de emails com discussões não
> científicas que chegam na minha conta. E que, nessa lista, surjam
> exclarecimentos. E que discussões não científicas não sejam feitas, e se
> forem, que elas aconteçam em outro lugar.
>
> Agradeço a atenção,
>
> Leandro.

CBAS:
Volto ao começo, Leandro. Acho mais fácil você ignorar e deletar os emails
sobre os assuntos que não despertem o seu interesse do que tentar ser o
detentor do poder de decidir sobre o que deva e o que não deva ser discutido
nesta lista. Realmente, acho que o LRB deve ter ficado numa sinuca de bico
ao receber esta sua mensagem. Mas felizmente acho que ele acabou vendo que
ela não tinha razão de ser e deixou o barco correr...

Apesar da nossa discordância frontal, gostaria de mandar-lhe um grande
abraço, tal como faço em todas as minhas mensagens.

Claudio Abreu


----- Original Message -----
From: Leandro Holanda <lb_holanda@hotmail.com>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Monday, September 25, 2000 10:05 PM
Subject: [ciencialist] ciencialist


>
> Olá membros da ciencialist. Há algum tempo eu mandei um email ao
> administrador dessa lista sobre alguns comentários feitos por alguns
membros
> da ciencialist.
> Ele por fim acabou concordando com algumas de minhas colocações e disse
que
> iria fazer algumas alterações e pedir para que os membros não me
> destratassem por causa de meu email.
> Então eu disse que não necessitaria, pois se é para um melhor
> aproveitamento da lista, eu me submeteria ao "crivo" dos senhores.
> Sem mais, mostro o email enviado por mim ao administrador da ciencialist.
>
> Administrador da lista ciencialist,
>
> Como membro da Ciencialist, gostaria de saber o porquê de que o sr. não
> sugere que os "listeiros" discutam apenas a ciência propriamente dita.
> Digo "ciência propriamente dita" porque a mim não parece que Teoria Geral
> da Bidualidade, Genismo (do Jocax), e críticas deveras vagas, sejam fazer
> ciência. O que chamo aqui de críticas "deveras vagas" são aquelas frases
> como "a física moderna está errada".
> Pela idéia (que confesso ser superficial) de ciência, imagimo que tais
> suposições são não mais que opiniões pois não fazem previsões (o que é
> necessário para haver falseabilidade nas hipóteses - uma das
características
> das ciências), embora os donos delas tem o desejo de que o sejam. E não
> somente isso, não explicam sequer os resultados que já forma obtidos (pelo
> menos os donos delas não nos disseram).
> Para mim, o fato de uma teoria não ser científica não a torna inferior,
> apenas foge do escopo da ciência e suponho que fugiria do escopo desta
> lista.
> Eu não li todas as suas instrições mas uma delas me chamou a atenção:
> "- evite prolongar discussões infrutíferas."
> Eu fiz uma pesquisa no egroups e não encontrei uma lista que se propusesse
> a discutir assuntos científicos. A Ciencialist muitas vezes discute isso,
> porém outras tantas não. Penso que deveria haver um rigor maior sobre o
que
> se deveria discutir e o que seria proibido.
> Não se trata de que seja tirada a liberdade de se expressar de cada um e
> sim, nesse caso, discutir Ciência.
> O que eu visualiso ser uma lista de discussão de Ciência é uma na qual
> discute-se os experimentos mais recentes; discute-se problemas em aberto e
> tenta-se solucioná-los, e que modelos alternativos para a ciência tenham o
> valor e as características que lhe sejam necessários (falseabilidade,
> explicar fenômenos que os modelos rivais não consigam, ou explicar
fenômenos
> que os modelos rivais não expliquem de forma completa, fazer previsões,
> etc.).
> Em suma minha preocupação é com o volume de emails com discussões não
> científicas que chegam na minha conta. E que, nessa lista, surjam
> exclarecimentos. E que discussões não científicas não sejam feitas, e se
> forem, que elas aconteçam em outro lugar.
>
> Agradeço a atenção,
>
> Leandro.
> _________________________________________________________________________
> Get Your Private, Free E-mail from MSN Hotmail at http://www.hotmail.com.
>
> Share information about yourself, create your own public profile at
> http://profiles.msn.com.
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/09/2000 03:45

Prezado Léo,

Vamos vá para minhas considerações sobre as suas.


CBAS(mensagem anterior):
"Sei que é um tanto quanto redundante tudo o que foi acima escrito. Mas não
será a sua pergunta um tanto quanto óbvia demais?"

Léo:
De início, a pergunta, não tem nada de simplista, nem de óbvia. É pura
matemática. Todas as propostas até agora (as triviais, que usamos, sem
demonstração) já as conhecia. Todas elas caem em circularidade.
Vc, principalmente, iniciou a 'demonstração' usando a tese:
"Se A=k.B, é porque A/B=k, onde k é uma constante. Desta forma, A=k.B me
parece ser apenas uma mudança na fórmula original."

CBAS:
Para tentar encerrar esta questão, Léo, eu diria que, por definição, se A é proporcional a B, ou vice-versa, então A/B=k, onde k é uma constante. Donde, operando-se, se chega a A=k.B.


CBAS(Mensagem anterior):
Por outro lado, vejo que você define a formula da 2ª lei de Newton de uma
forma mais sofisticada do que a que aprendi há mais de 30 anos atrás quando
me formei em engenharia civil, a qual nunca exerci, pois parti para um
mestrado em administração de empresas, e depois fui trabalhar num banco.
Mas não tem problema, me defina o que significam os termos da expressão
[a.cos(wt+fi)], que eu esclareço.<<<

Léo:
Até parece que o amigo acha que estou completando 18 anos! Quando vc se
formou em engenharia, pelos meus cálculos, eu já estava formado a uns 6
anos! Pode até ser que vc, se morou em SP a 30 anos atrás, foi meu aluno
:-)))
A 2a lei de Newton pode ser colocada com várias roupagens diferentes ... mas é sempre a mesma; o interessante é que sempre é apresentada da maneira que o amigo Newton nunca escreveu: F = m.a !!!!
A função x = a.cos(wt+fi) refere-se à lei horária do movimento harmônico
simples; a lei de velocidade é V = -w.a.sen(wt+fi) e a lei de aceleração é a = - w^2.a.cos(wt.+fi). Para esse movimento a lei de força (pelo amigo
Newton) será: F = -m.w^2.a.cos(wt+fi) e, substituíndo-se a.cos(wt+fi) por x
obtém-se: F = -m.w^2.x . Sendo m e w constantes, põe-se F = -k.x que é a
equação típica dos movimentos harmônicos simples. A força é de restituição
do tipo elástica. k = m.w^2 é denominada de 'constante de força',
característica do sistema elástico. Observe a beleza da coisa: w^2 = k/m.
Se o sistema elástico for uma mola de constante elástica K sustentando um
corpo de massa m, a pulsação (w) natural do sistema oscilante será: w^2 =
K/m e o período será:T = 2(pi)/w = 2(pi).sqr(m/K).

Quando à validade da substituição feita na equação de Einstein, prefiro
deixar a cargo de um expert no assunto. Minha relatividade ... ainda é
relativamente fraca! :-)

Abraços,
Léo


CBAS:
O que eu quis dizer é que não sou uma pessoa que domine amplamente o conhecimento da Física, o que, contudo, não me impede de desenvolver a TGBD. Afinal o objetivo da TGBD não é só se ocupar das questões da Física (que considero, junto com a matemática, as duas ciências mais fundamentais) e sim propor a estrutura de tudo o que existe no universo e fora dele.

Conforme você mesmo disse, conheci a 2ª Lei de Newton numa forma que ele nunca escreveu. Ela apresenta um caso particular, conforme você mesmo mostrou. Mas ela me foi suficiente para dar um exemplo sobre de como a TGBD aparenta reger diversas equações que existem na Ciência, onde se tem a interação de quatro variáveis, formando uma estrutura bidual. Lembre-se que esta história toda começou numa mensagem minha em resposta ao Rodrigo, em torno da questão da razão áurea.

Confesso que tentei entender a sua explicação sobre a sua versão da fórmula de Newton, mas me faltam conhecimentos, seja quanto às peculiaridades do assunto, seja quanto à simbologia que você utiliza para cada variável. E aqui, apesar de ser engenheiro, corro do pau, tal como você correu no caso da lei quantitativa da moeda, e com a equação de Einstein.

Ressalto que o que eu quis mostrar com a manipulação que fiz da fórmula simplificada da força (F=ma), que no essencial, a força é uma função da massa do corpo e do espaço que ele ocupa ao longo do tempo, ou seja, F=f(m,e,t), ou seja, dentro de uma estrutura bidual. E duvido que você não chegue a esta conclusão...

Sugiro que leia a última mensagem que enviei para o mesmo Rodrigo, que aborda a questão de equações vetoriais, onde mostro que se um vetor tem uma estrutura bidual, porque não haveriam de ter as equações vetoriais.

Gostaria de ressaltar que de todo o texto que escrevi sobre explicação feita péla TGBD para a razão áurea, só me sobraram críticas sobre questões acessórias, tal como esta da 2ª Lei de Newton. Notar que ninguém contestou que a TGBD, mais uma vez, se mostrou bem eficaz para ajudar a entender uma questão que vem rolando por aí há uns o séculos... Por falar nisto, o que você achou daquele texto no seu geral? A TGBD convence?

Tenho 50 anos, quase 51. Me formei na UFES (Vitória/ES) em 1972, e lamento não ter sido aluno seu. Dei uma olhada no seu site, e gostei muito, e acho que ele deve ser de muita utilidade para os estudantes. Parabéns pela sua grande e oportuna iniciativa.


Um grande abraço,

Claudio Abreu


----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Monday, September 25, 2000 8:52 PM
Subject: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: ciencialist
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/09/2000 05:01

--- In ciencialist@egroups.com, "Francisco C. Brito" <fbrito@g...>
wrote:
> Caro Leandro
> Eu nem deveria estar postando este e-mail, uma vez que estou me
retirando da
> lista, mas o que é ciência de verdade??? Apenas física e
matemática
(de vez
> em quando biologia) como diversas vezes alguns companheiros
afirmaram aqui?
> Seguindo esse raciocínio (se o raciocínio for este) deve-se
excluir
também
> toda forma de engenharia e muito da medicina, pois a rigor, não
são
ciência,
> são técnica (poderia até chamar de ciência aplicada,
mas ciência
mesmo, não
> são).
> Essa lista já é um pouco preconceituosa e excludente, mas
talvés
seja esse
> mesmo o objetivo dela!

Temia manifestacoes deste tipo. Por isso reluto ao maximo liberar
comentarios sobre o andamento da lista.

Mas eh sempre necessario ouvir as criticas dos integrantes.

Relamente foram poucas as vezes que eu fiz alguma observacao ou
chamei a atencao de algum integrante da lista para algum
comportamento inadequado.


Sempre tive o maior cuidado para nao ser chamado de moderador e sim
administrador, pois minha principal funcao aqui eh aprovar pedidos de
entrada na lista, cuidar as contas que apresentam problemas... soh
isso... eh simples. Mas se eu tiver que intervir nos debates dizendo
o que eh mais adequado para a lista, vou ficar devendo! :) A tarefa
de selecionar mensagens atraves de moderacao eh extremamente
estressante, nao quero passar por isso.

A opiniao que tenho eh que em alguns casos eh necessario cuidar um
pouco para a quantidade de mensagens nao se tornar desnecessariamente
elevada, e por isso coloquei nas dicas de participacao da lista o
item -evite prolongar discussoes infrutiferas. Acho que a Ciencialist
jah passou por episodios bastante conturbados e nao quero repetir a
dose novamente.

Sempre falei que listas sao seres mutantes e que dependem de quem
estah nela.


hummm.. jah nao sei mais o que falar. :)

Soh espero uma coisa, que esses mails nao resultem em uma revolucao
ou mais alguma centena de outros mails.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre tempo
FROM: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/09/2000 05:06

Mestre Mesquita

O sr sempre me surpreende!

Vou estudar seu e-mail e contactá-lo posteriormente, se me permitir, em PVT.

Obrigado pela ajuda, pois tenho estudado seu site e tenho me identificado com seus conceitos, mas estudarei mais.


Pirulito



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre tempo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/09/2000 05:20

-----Mensagem Original-----
De: "Agapito Ribeiro Júnior"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 26 de Setembro de 2000 05:06
Assunto: Re: [ciencialist] Sobre tempo

> Mestre Mesquita
> O sr sempre me surpreende!
> Vou estudar seu e-mail e contactá-lo posteriormente, se me permitir, em
> PVT.

Sinta-se à vontade.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: TGDB
FROM: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/09/2000 05:23

Olá Abreu

Sendo a TGDB uma síntese do conhecimento e/ou uma Teoria de Tudo, ela seria um instrumento da filosofia ou teria a filosofia por instrumento, ou seria uma filosfia empírica analítica?

Como a TGDB vê o Absoluto de Hegel, ou a concepção Teológica de Deus, enfim, a metafísica? Uma vez que é a Teoria de Tudo, podemos analisar todo o saber humano ou suas áreas de interesse. Certo?

A TGDB é uma teoria teísta ou ateísta, pró-capitalista ou pró-socialista?

Como a TGDB vê a Teoria do Caos? Ou a TGDB demonstra que o Caos é uma falácia?



Obrigado pela atenção


Pirulito



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre tempo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/09/2000 05:27

-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 25 de Setembro de 2000 15:53
Assunto: Re: [ciencialist] Sobre tempo

Caros e doutos ciencialisteiros

Em minha mensagem anterior, acima citada, respondi a um assunto aqui
postado, pelo amigo Agapito, sem me dar conta de que não estava na Acropolis
e sim na Ciencialist. Vocês poderão perceber meu engano ao verificarem que
escrevi em html, recurso que utilizo apenas na Acropolis, mesmo porque as
imagens lá saem a cores e bem mais bonitas do que aqui e a msg que enviei
era colorida.

Além dessa beleza, de todo supérflua, vejo uma diferença entre as duas
listas. Assim escrevi em 21/09/00: "vejo uma diferença importante entre as
listas de filosofia e as listas de ciência nacionais. Nas primeiras, os
demais participantes estão preocupados em saber o que eu penso sobre um
determinado problema; nas últimas, os demais participantes estão preocupados
em saber o que eu penso sobre o que as autoridades científicas pensam sobre
um determinado problema. Talvez tenha sido esse o motivo pelo qual optei por
postar a mensagem referida na Acropolis e não na Ciencialist. Em miúdos:
Ciência sem filosofia = dogmatismo científico."

Graças ao engano, cheguei a comentar algo sobre minhas teorias alternativas,
assumindo uma atitude bastante herege e é possível que tenha ido contra as
normas do Santo Ofício Ciencialisteiro. Peço então encarecidamente aos
doutos ciencialisteiros, minhas desculpas, e renovo minha intenção de
discutir apenas assuntos realmente de elevado valor científico tais como a
determinação da altura de um edifício com um barômetro, como afugentar
mosquitos utilizando computadores quânticos, como combater a inflação
utilizando frascos de água a serem colocados junto ao relógio de luz, ou
então o planejamento de experiências destinadas à comprovar de maneira
inequívoca e insofismável a inexistência de Deus, etc.

Renovo ainda que continuarei manifestando a intenção de não mais dizer aqui
que "considero a física moderna um atraso de vida" e como, por descuido ou
por força do hábito, acabei de dizê-lo, fica o dito pelo não dito. Digo
apenas que não tenho feito "críticas vagas" à física moderna. Tenho exposto
argumentos que tem feito muitos dos físicos de respeito que por aqui
militam, se calarem e/ou enfiarem a viola no saco e/ou partirem para
agressões gratuitas. "Vagas" foram a maioria das respostas que aqui obtive a
argumentos altamente elaborados, a maioria dos quais está em meu Web Site à
espera de alguém que esteja disposto a arriscar seu prestígio acadêmico
ousando atacá-los, o que duvido muito pois cientista no Brasil, com
raríssimas exceções, é quase sinônimo de covarde e/ou trambiqueiro.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: ciencialist
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/09/2000 05:35

> CBAS:
> Deve ter sido em parte por causa deste email que o LRB me chamou a
atenção
> em pvt... Como perdi todos os meus dados ao ter de formatar meu HD
não dá
> saber...

Nao foi por causa do mail que eu enviei para voce (Claudio Abreu).
Acho que nao existe relacao direta.
Para exclarecer... eu enviei um mail para o Claudio Abreu pedindo
para ele direcionar os debates sobre a TGBD para a lista TGBD no
Egroups. Vale lembrar que falar sobre a TGBD nao eh proibido na
Ciencialist.

Quanto ao perfil dos integrantes, fica dificil pois muitos deixam as
suas informacoes escondidas no sistema Egroups e o que estao
disponiveis estao incompletos.
Muitas pessoas nao ajustam nem o seu nome nas informacoes.
Quem achar necessario pode preencher as suas informacoes e abrir
para o publico.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist





SUBJECT: Perdão aos colegas
FROM: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/09/2000 06:03

Caro moderador e colegas

Ao ler o e-mail do Leandro, o que fiz tardiamente, verifiquei o equívoco que cometi ao enviar à lista as perguntas ao Mestre Mesquita e ao Carlos Abreu. Com essa atitude talvez eu tenha colaborado para que o caráter da lista fosse adulterado. Peço desculpas aos dois colegas por colocá-los nessa situação e aos colegas que não gostaram de minha participação tal como foi.

Vou procurar estar mais ciente dos prpósitos da lista e não prejudicarei mais niguém, se depender de mim.

Peço ao Administrador que me comunique a punição, se houver, pela minha atitude e reitero meus pedidos de desculpas a todos.

Agapito Ribeiro Júnior (Pirulito)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Perdão aos colegas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/09/2000 06:59

-----Mensagem Original-----
De: "Agapito Ribeiro Júnior"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 26 de Setembro de 2000 06:03
Assunto: [ciencialist] Perdão aos colegas

> Ao ler o e-mail do Leandro, o que fiz tardiamente, verifiquei o equívoco
> que cometi ao enviar à lista as perguntas ao Mestre Mesquita e ao Carlos
> Abreu.

A bem da verdade, e no que me concerne, creio que o erro foi meu, pois suas
dúvidas estavam dentro dos contextos aceitos pela ciência atual. Eu apenas
não me dei conta de que estava na ciencialist e respondi de maneira informal
tendo, inclusive, cometido o pecado expor idéias que vão contra os dogmas
aprovados nos concílios ecumênico-científicos realizados no século XX.

> Com essa atitude talvez eu tenha colaborado para que o caráter da lista
> fosse adulterado. Peço desculpas aos dois colegas por colocá-los nessa
> situação

Não esquenta não! :-)) Eu já passei pela Inquisição dos Tempos Modernos.
:-))

> Peço ao Administrador que me comunique a punição, se houver, pela minha
> atitude

Sugiro que você seja condenado a digitar 100 vezes: "A física moderna não é
um atraso de vida, ao contrário do que alguns hereges têm aqui afirmado".
Obs.: Não vale utilizar o recurso Copiar/Colar. :-))

> e reitero meus pedidos de desculpas a todos.

Uma vez cumprida a penalidade acima, e tendo em vista que o condenado é réu
primário, o perdão será automático.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Relatório Lugano
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/09/2000 08:54



João Mário Miranda wrote:
>
> A economia não é um jogo de soma zero. Ao contrário do que
> se pensa os ricos ficam mais ricos se os pobres tambem
> ficarem ricos.
>

Como estao reclamando sobre o conteudo das mensagens, deveremos
analisar o assunto com um certo tom cientifico.

A base do capitalismo eh a maximizacao do lucro ( riqueza ).

Partindo-se desta premissa, um trabalhador nao ira ter seu salario
aumentado ( nem mesmo seu emprego garantido ) se nao houver uma
contrapartida lucrativa para a empresa em aumentar seu salario.

Alem do mais salarios representam custos e portanto, pela otica
capitalista, deve ser minimizado para se ter o lucro maximizado.

Robert Kurz observou que esta politica eh suicida :
Cada vez mais as empresas se automatizam visando cortar despesas
(salarios)
e isso gera cada vez mais desemprego. Em decorrencia, diminui
o numero de consumidores dos produtos destas empresas !!

Isso gera um feed back-positivo no sentido de que as empresas
que nao se adequarem nesta logica-suicida-capitalista "morrem"
antes do tempo.

Assim o mercado vai diminuindo ateh que as empresas vao "dancar
apenas no espaco de uma tampinha de cerveja".

Portanto, pensar q eh bom para o capitalismo que todos sejam ricos
nao eh errado, mas eh utopico. A tendencia real eh todos
ficarem + pobres.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] ciencialist
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/09/2000 09:44



Leandro Holanda wrote:
> Como membro da Ciencialist, gostaria de saber o porquê de que o sr. não
> sugere que os "listeiros" discutam apenas a ciência propriamente dita.
> Digo "ciência propriamente dita" porque a mim não parece que Teoria Geral
> da Bidualidade, Genismo (do Jocax), e críticas deveras vagas, sejam fazer
> ciência.


Caro Leandro,
Eu ja mostrei numa destas msgs que o Genismo eh uma teoria cientifica
que tenta responder aa seguinte questao Gemetica :

"De todos os memes que o ser humano pode ativar, qual eh o que
lhe traria maior felicidade? "

Aqui felicidade pode ser vista como a media de uma integral de prazer e
poderemos mudar para a pergunta equivalente :

"Qual o meme que maximiza a integral do prazer ?"


Eu propus o Genismo como sendo este meme pois o Genismo enxerga o ser
humano como uma maquina perpetuadora de genes que, em geral,
NAO SABE que sua funcao eh essa.

No momento que ele descobre sua funcao programatica imutavel, ele
deve adequar seus memes para atender aa sua programacao basica,
eliminando, desta maneira conflitos gemeticos ( memes X genes )
e propiciando uma vida mais feliz e harmoniosa.

O unico "apelo" que o Genismo faz, de forma a aumentar a felicidade
do genista, eh propor que ele podera de alguma forma sobreviver aa
morte através de seus genes. Como os genes sao reais ele nao estara
se enganando (como pode ocorrer com outros memes concorrentes
que propoe uma vida pos morte no paraiso, sem qqr base cientifica
para propor isso).

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] O Relatório Lugano
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/09/2000 10:16



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> A base do capitalismo eh a maximizacao do lucro ( riqueza ).

Não, a base do capitalismo é que cada agente procura maximizar
a sua felicidade, o que pode passar por maximizar o lucro, mas
também pode passar por maximizar o poder, as oportunidades de
ter sexo, maximizar o prestigio, maximizar a popularidade ou
maximizar uma combinação complexa de cada uma destas coisas.


> Partindo-se desta premissa, um trabalhador nao ira ter seu salario
> aumentado ( nem mesmo seu emprego garantido ) se nao houver uma
> contrapartida lucrativa para a empresa em aumentar seu salario.

Só que o trabalhador também é um agente que procura maximizar
qualquer coisa e muitas vezes a melhor estratégia para o trabalhador
é passar a empresário. A empresa pode ser obrigada a aumentar
o salário para impedir que o trabalhador se torne um competidor
e não porque ele produz mais.


>
> Alem do mais salarios representam custos e portanto, pela otica
> capitalista, deve ser minimizado para se ter o lucro maximizado.

Da mesma forma se poderia dizer que o salário é um beneficio e
portanto, pela optica capitalista, deve ser maximizado para o
trabalhador maximizar o seu lucro.

capitalismo=darwinismo só que é preciso compreender quer um
quer outro.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Relatório Lugano
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/09/2000 11:41

On Tue, 26 Sep 2000, João Mário Miranda wrote:
> capitalismo=darwinismo só que é preciso compreender quer um
> quer outro.

capitalismo nao eh igual a darwinismo...

o capitalismo eh um sistema economico e faz as vezes de um sistema
ideologico... o darwinismo eh um modelo de evolucao biologica.

nao se vej no capitalismo os quatro postulados de darwin para a evolucao
biologica. no capitalismo a selecao eh artificial e nao natural, o sistema
nao evolui por descendencia com modificacao e nao ha competicao
intra-especifica: vc jah viu alguma filial competir com uma matriz? o q.
ha' -- qdo nao se formam carteis oligopolistas (q. eh a regra) -- eh uma
competicao entre empresas q. pode estender ou diminuir seus dominios sobre
uma fatia do mercado (rigorosamente manipulado).

se se for aplicar alguma nocao biologica aos sistemas economicos, a unica
visao viavel eh a ecologica sem nocao de evolucao: o q. nao deixaria de
ser uma tautologia, jah q. a ecologia emprestou muito da visao
mercadologica das relacoes entre custo e beneficio. o mercado evolui
apenas qdo se entende a evolucao como modificacoes ao longo do tempo, mas
a evolucao biologica nao se trata disso.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre tempo
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/09/2000 12:15

Falou e disse, grande Alberto.

Claudio Abreu

Ps: Também acho uma limitação não poder escrever no Ciencialist em HTLM. A justificativa para tanto de que nem todos possuem equipamento/software que possam recebe-los é, a meu ver, um infeliz nivelamento por baixo.

----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Tuesday, September 26, 2000 5:27 AM
Subject: Re: [ciencialist] Sobre tempo


-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 25 de Setembro de 2000 15:53
Assunto: Re: [ciencialist] Sobre tempo

Caros e doutos ciencialisteiros

Em minha mensagem anterior, acima citada, respondi a um assunto aqui
postado, pelo amigo Agapito, sem me dar conta de que não estava na Acropolis
e sim na Ciencialist. Vocês poderão perceber meu engano ao verificarem que
escrevi em html, recurso que utilizo apenas na Acropolis, mesmo porque as
imagens lá saem a cores e bem mais bonitas do que aqui e a msg que enviei
era colorida.

Além dessa beleza, de todo supérflua, vejo uma diferença entre as duas
listas. Assim escrevi em 21/09/00: "vejo uma diferença importante entre as
listas de filosofia e as listas de ciência nacionais. Nas primeiras, os
demais participantes estão preocupados em saber o que eu penso sobre um
determinado problema; nas últimas, os demais participantes estão preocupados
em saber o que eu penso sobre o que as autoridades científicas pensam sobre
um determinado problema. Talvez tenha sido esse o motivo pelo qual optei por
postar a mensagem referida na Acropolis e não na Ciencialist. Em miúdos:
Ciência sem filosofia = dogmatismo científico."

Graças ao engano, cheguei a comentar algo sobre minhas teorias alternativas,
assumindo uma atitude bastante herege e é possível que tenha ido contra as
normas do Santo Ofício Ciencialisteiro. Peço então encarecidamente aos
doutos ciencialisteiros, minhas desculpas, e renovo minha intenção de
discutir apenas assuntos realmente de elevado valor científico tais como a
determinação da altura de um edifício com um barômetro, como afugentar
mosquitos utilizando computadores quânticos, como combater a inflação
utilizando frascos de água a serem colocados junto ao relógio de luz, ou
então o planejamento de experiências destinadas à comprovar de maneira
inequívoca e insofismável a inexistência de Deus, etc.

Renovo ainda que continuarei manifestando a intenção de não mais dizer aqui
que "considero a física moderna um atraso de vida" e como, por descuido ou
por força do hábito, acabei de dizê-lo, fica o dito pelo não dito. Digo
apenas que não tenho feito "críticas vagas" à física moderna. Tenho exposto
argumentos que tem feito muitos dos físicos de respeito que por aqui
militam, se calarem e/ou enfiarem a viola no saco e/ou partirem para
agressões gratuitas. "Vagas" foram a maioria das respostas que aqui obtive a
argumentos altamente elaborados, a maioria dos quais está em meu Web Site à
espera de alguém que esteja disposto a arriscar seu prestígio acadêmico
ousando atacá-los, o que duvido muito pois cientista no Brasil, com
raríssimas exceções, é quase sinônimo de covarde e/ou trambiqueiro.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm


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Para sair da lista envie um mail para:
ciencialist-unsubscribe@egroups.com
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Relatório Lugano
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/09/2000 12:27



João Mário Miranda wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> >
> > A base do capitalismo eh a maximizacao do lucro ( riqueza ).
>
> Não, a base do capitalismo é que cada agente procura maximizar
> a sua felicidade,

Claro que *nao* eh essa a definicao de capitalismo.
Isso ( maximizar a felicidade ) *todos* pretendem fazer sejam
capitalistas ou nao.

> o que pode passar por maximizar o lucro, mas
> também pode passar por maximizar o poder, as oportunidades de
> ter sexo, maximizar o prestigio, maximizar a popularidade ou
> maximizar uma combinação complexa de cada uma destas coisas.

Nesse caso *todos* sao capitalistas ateh os comunistas ! :-)

O capitalismo eh um regime social em que os meios de producao
constituem propriedade privada. ( Aurelio )
A base do capitalismo eh o acumulo de capital, o lucro.



>
> > Partindo-se desta premissa, um trabalhador nao ira ter seu salario
> > aumentado ( nem mesmo seu emprego garantido ) se nao houver uma
> > contrapartida lucrativa para a empresa em aumentar seu salario.
>
> Só que o trabalhador também é um agente que procura maximizar
> qualquer coisa e muitas vezes a melhor estratégia para o trabalhador
> é passar a empresário. A empresa pode ser obrigada a aumentar
> o salário para impedir que o trabalhador se torne um competidor
> e não porque ele produz mais.

Putz ! Eh a primeira vez que ouco alguem dizer q a "Ford" deu um
aumento por temer q algum funcionario criasse uma "GM" :-))


>
> >
> > Alem do mais salarios representam custos e portanto, pela otica
> > capitalista, deve ser minimizado para se ter o lucro maximizado.
>
> Da mesma forma se poderia dizer que o salário é um beneficio e
> portanto, pela optica capitalista, deve ser maximizado para o
> trabalhador maximizar o seu lucro.
>

Nao, no capitalismo cada agente quer maximizar seu *proprio*
lucro e nao o lucro dos outros ( funcionarios ).
Isso ( aumentar salarios ) soh ocorreria se a perda do(s) funcionario(s)
acarretasse prejuizos ao pagador.


[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] TGDB
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
CC: "TGBD no eGroups" <tgbd@egroups.com>
DATE: 26/09/2000 14:16

Prezado Agatipo (Pirulito),

Vou tentar responder suas questões da sua mensagem identificada a seguir.

----- Original Message -----
From: Agapito Ribeiro Júnior
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Tuesday, September 26, 2000 5:23 AM
Subject: [ciencialist] TGDB


Agatipo:
Sendo a TGDB uma síntese do conhecimento e/ou uma Teoria de Tudo, ela seria um instrumento da filosofia ou teria a filosofia por instrumento, ou seria uma filosfia empírica analítica?

CBAS:
Para lhe dizer a verdade, não sei onde poderia classificar a TGBD. Repare que se ela for o que realmente se destina a ser, ela estaria num nível superior ao da filosofia, na medida em que esta, para ser verdadeira, deveria se enquadrar na TGBD, ou que não deixa de ser muita pretensão. Ocorre que o objetivo da TGBD é realmente muito ambicioso (definir a estrutura de tudo o que existe e/ou não existe), mas se assim não o fosse não haveria sentido em tentar desenvolve-la.

Sou um engenheiro civil e mestre em administração de empresa, que atualmente trabalha num banco. Assim, não tive acesso (e nem terei, pois não disponho de tempo para tanto) a conhecimentos mais profundos de Filosofia, e muito menos de Física, de Biologia, de Cosmologia, de Matemática, de Química e de todas as demais ciências. Sendo assim pode parecer contraditório que tenha me proposto a desenvolver a TGBD, pois, em princípio, para desenvolve-la deveria eu deter todo o conhecimento científico universal, o que convenhamos, nem eu, nem ninguém é capaz.

A forma que encontrei para contornar esta dificuldade foi procurar ser um generalista, do mais amplo espectro possível, do que resulta uma limitação de não poder me especializar e me aprofundar em qualquer ramo da ciência. Optei por tentar conhecer os fundamentos de cada ciência, pois acredito que se conseguir mostrar que a TGBD define a estrutura da essência de cada ciência ela também poderá definir qualquer conhecimento mais específico de cada ciência. Em suma, se enquadrar o simples, o TGBD também poderá o complexo. Note que aqui o caminho inverso não aparenta ser viável, pois para mim o complexo nada mais é do que diversos componentes simples, dispostos numa estrutura mais complicada.

Face ao exposto, volto ao começo: se a TGBD for o que realmente objetiva ser, ela estaria num nível superior ao da filosofia, que a ela (TGBD), digamos, se reportaria. Desta forma, a TGBD seria muito mais que um instrumento da filosofia, a filosofia a teria como um instrumento. Por fim, vale dizer que a TGBD vem sendo desenvolvida a partir dela mesma, o que pode parecer algo redundante e mesmo impossível. Mas não o é: se ela pretende ser a teoria de tudo, ela, que faz parte do tudo, também tem que se auto-obedecer para ser consistente e verdadeira. Assim, acho que a TGBD também transcende as características de ser uma teoria (e não uma filosofia) empírica analítica. Complicado e pretensioso, não? Mas simples e consistente, também.

Agatipo:
Como a TGDB vê o Absoluto de Hegel, ou a concepção Teológica de Deus, enfim, a metafísica? Uma vez que é a Teoria de Tudo, podemos analisar todo o saber humano ou suas áreas de interesse. Certo?

CBAS:
Pela TGBD, se existe o Relativo, obrigatoriamente tem que existir o Absoluto, que seria o Quarto Uno do Bidual do Relativo. E foi em cima disto que uma vez falei com o Alberto Mesquita Filho que a TGBD obriga a uma, digamos, fusão da Física Moderna de Einstein, que é relativística (onde o espaço-tempo é relativo) com a Física Clássica de Newton (onde o espaço e o tempo são absolutos).

O certo que uma das conclusões que se chega com a TGBD é que Deus necessariamente existe, pois não poderia existir, digamos, o Todo, que seria o Terno formado pelo Universo e Anti-Universo (que formariam o Dual Interno) e pelas Leis Universais (que seriam o Terceiro Uno), sem o Quarto Uno, que seria, na falta de outro nome, Deus. Pela TGBD pode-se concluir que Deus seria uma espécie de Energia Pura (talvez o melhor seria Informação...) a ocupar o espaço-tempo Absoluto. E mais ainda, se a existência de Deus é necessária para que existamos, também vale dizer que a nossa existência é necessária para que Deus exista. Disto resultaria que, ao contrário do que geralmente se considera, nós não somos obra de Deus, e sim, parceiros dele no Dual Maior Todo<->Deus. Espero que não seja excomungado, nem queimado numa fogueira pela Inquisição Moderna do Alberto Mesquita, nem que vá arder no fogo eterno do inferno (que não acredito existir) por ter feito tal afirmação. (risos...)

Quanto a sua última pergunta (podemos analisar todo o saber humano ou suas áreas de interesse?), espero já a tenha respondido no trecho anterior.

Agatipo:
A TGDB é uma teoria teísta ou ateísta, pró-capitalista ou pró-socialista?

CBAS:
"Nadas a ver", como diria o Bento, um sobrinho meu, ainda criança, há algum tempos atrás. Vimos anteriormente que a TGBD chega (pretensiosamente?) a concluir que Deus obrigatoriamente existe, e mais ainda, chega a definir o que ele seja. Só que, talvez dentro de uma visão ateísta. Quanto a ser pró-capitalista ou pró-socialista, "nadas a ver", como diria o Bento. Repare, contudo, que no atual sistema capitalista em que vivemos existe um Bidual:

O Dual Interno seria formado por aqueles que não produzem mas tem algum rendimento que são: os aposentados (que recebem por já terem trabalhado) e os pensionistas (que recebem de alguém que trabalha ou já trabalhou, nestes incluídos os mendigos, que recebem "pensão" do restante da sociedade);

O Dual Externo seria formado pelos que produzem, que são os trabalhadores e os capitalistas

O Terno seria formado por aqueles que não são capitalistas, ou seja o Dual dos aposentados e pensionistas e o Terceiro Uno que são os trabalhadores;

O Quarto Uno seriam os capitalistas.

Gostou desta curiosa aplicação social da TGBD?

Há dias atrás mostrei, numa mensagem para o Alberto Mesquita Filho, que os Três Poderes formam um Terno [(Executivo <->Legislativo)<->Judiciário] que interage com o Quarto Uno, que é o Povo. Note que Executivo e Legislativo formam o Dual dos que governam, e o Judiciário e o Povo julgam. Mas ainda não me aventurei a saber pela TGBD qual dos dois, o capitalismo ou socialismo, seria o sistema mais adequado. Não quer você tentar fazer isto?

Agatipo:
Como a TGDB vê a Teoria do Caos? Ou a TGDB demonstra que o Caos é uma falácia?

CBAS:
Não conheço muito bem a Teoria do Caos. Mas pela TGBD o Caos é necessário, pois senão não poderia existir o Não-Caos. Por outro lado, o Caos também não pode ser totalmente caótico, e obrigatoriamente teria de ter uma regra fixa para orientar a sua bagunça... Risos...

Finalizando, diria que gostaria muito que você (e todos do Ciencialist que se interessarem) participasse do site da TGBD no eGroups para que discutí-la. Sugiro que vá até o endereço abaixo e veja os Arquivos que lá estão disponíveis:

http://br.egroups.com/group/tgbd

Um grande abraço,

Claudio Abreu

----- Original Message -----
From: Agapito Ribeiro Júnior
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Tuesday, September 26, 2000 5:23 AM
Subject: [ciencialist] TGDB



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/09/2000 15:35

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 25 de Setembro de 2000 20:52
Assunto: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?

> Eis a questão 'nua e crua': Se as grandezas A e B são proporcionais,
> mostrar que A = k.B

Parece-me que está sendo cometida uma tautologia (Erro lógico que
consiste em aparentemente demonstrar uma tese repetindo-a com palavras
diferentes, segundo o Aurélio).

Proporcionalidade, a meu ver, nada mais é senão uma maneira conveniente de
expressar uma determinada relação que se repete, tal como A1/B1 = A2/B2 =
A3/B3 = ... = An/Bn = K. Não há como se justificar aquilo que se toma por
convenção e/ou definição. A menos que pretendamos entender a transformação
A/B = K ----> A = KB, mas deixo esta justificativa a cargo dos matemáticos
que gostam deste tipo de encucações (Algo do tipo se A = B, prove que B =
A).

A proporcionalidade é a base da relatividade. Isto está bem expresso no
teorema de Tales a permitir-nos, a menos de erros experimentais, a
determinação do tamanho da Lua com uma régua: L/l = D/d, onde L = tamanho
"real" da Lua, l = medida da Lua com a régua, D = distância Terra-Lua e d =
distância régua-olho. Arquimedes também utilizou-se desta propriedade ao
conceber uma alavanca capaz de erguer o mundo. Galileu estendeu essa
propriedade, ou identidade, para as leis da natureza, afirmando "As leis da
mecânica expressas em um dado referencial serão expressas de forma idêntica
em qualquer outro em movimento retilíneo e uniforme em relação ao primeiro".
Para leis um pouco mais complexas, a proporcionalidade é substituída por
"transformações conformes", mas o processo é equivalente.

Em alguns casos a proporcionalidade é óbvia e/ou concebida logicamente. Por
exemplo, a massa de uma barra de ferro homogênea é proporcional a seu
comprimento. Se cortarmos a barra em duas de mesmo comprimento, cada fração
terá massa igual a 1/2 da original. Na prática, até mesmo estas obviedades
devem ser comprovadas experimentalmente pois não é impossível que o senso
comum seja vez por outra contrariado.

Outras vezes a proporcionalidade, ainda que lógica, não é de todo óbvia,
devendo ser procurada pela experimentação. É o caso da relação entre P e V
de um gás: São grandezas inversamente proporcionais se e somente se a
temperatura mantiver-se constante (e para o "gás ideal"). Em transformações
isocóricas, por exemplo, a proporcionalidade inversa verifica-se entre a
pressão P e o volume V elevado a uma constante k. Procurar por uma
explicação para essas proporcionalidades seria tentar adequar a teoria com a
prática e não exatamente justificar o que ocorre experimentalmente.
Verificar uma previsão teórica, por outro lado, seria adequar a prática com
a teoria e não exatamente justificar a previsão.

Outras vezes a proporcionalidade surge como um achado experimental
inesperado. E, em casos mais raros, surge "na raça", após muitas encucações.
Lembro-me, a respeito, que existe em enzimologia a equação de
Michaelis-Mentem, que nada mais é senão a equação de uma curva de saturação:
inicia-se como uma quase reta a passar pela origem do gráfico e lentamente
vai se curvando no sentido horário até tornar-se horizontal [assemelha-se em
parte com a velocidade de um paraquedista, que tende para um valor
constante no decorrer do tempo -- obviamente, quando o paraquedas abre
:-) ]. Pois, bem: Michaelis-Menten notaram que se plotassem seus valores num
gráfico do tipo 1/x e 1/y, ao invés de x e y, sua curva transformava-se numa
reta, e desta forma chegaram à equação da curva. Costumo dizer que um dos
grandes segredos para se chegar à equação de uma curva seria saber
transformá-la em uma reta, o que implica numa mudança de gráfico. Os físicos
acham engraçada essa afirmação e creio mesmo que não entendem o porque desta
contorção toda para efetuar o que eles fazem por métodos outros e para eles
mais simples; porém os biólogos, que não são muito afeiçoados a cálculos e
equações, entendem imediatamente o que quero dizer. Ao mudarmos os eixos
nada mais estamos fazendo senão uma mudança de variáveis e tais que as novas
variáveis possam ser expressas como proporcionais entre si (fazendo-se a
reta passar pela origem).

Apenas para encerrar o assunto, diria que a proporcionalidade está
intimamente relacionada ao Princípio de Estapara, algo bastante útil aos
vestibulandos pois auxilia-os no encontro rápido de soluções a satisfazerem
os testes de múltipla escolha principalmente, mas não só, em química.
Estapara foi um brilhante filósofo-químico do século XVIII (não sei se a.C
ou d.C) e que pela primeira vez verificou que "A Estapara B assim como C
Estapara D". :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm

SUBJECT: Re: [ciencialist] TGBD
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/08/2008 23:56

Caro Silvio,
 
uma teoria tão intrigante quanto a TGBD vc encontra no endereço:
 
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/3202/escuro.html  SUGADOR DE ESCURO
 
Aproveito para observar que a data do seu correio eletronico precisa ser acertada, ou será que eu estou ficando gagah e nao entendo mais nada de ciencia nem de cronologia?
 
[]'ss
 
Douglas AF Campos (USP)
-----Mensagem Original-----
De: Silvio Cordeiro Filho
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: domingo, 31 de dezembro de 1995 23:27
Assunto: [ciencialist] TGBD

Cláudio Abreu:

Novato na lista, onde encontro explicações sobre o TGBD para que me
possa situar nas argumentações?

sds,

silvio cordeiro



SUBJECT: Re: caimbras
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/08/2008 18:48

Cara Lu,
 
após ler sua mensagem me interessei pelo assunto e encontrei as respostas no endereçõ:
 
http://www.healthcentral.com/home/home.cfm
 
digitar "cramp" ou "what causes cramp" na janela de busca.
 
Boa sorte,
 
[]'s
 
Douglas AF Campos (USP)
 
>From: Nanam  <nanam@d...>
>Date: Thu Aug 24, 2000 4:06pm
>Subject: caimbras
>Gostaria de saber se alguém sabe explicar pq dizem que a >banana é bom pra dores musculares causadas por fadiga.
>Afinal se o ácido lactico é produzido através da quebra do >ATP...tudo naquele processo de quebra das moléculas de amido >então pq não comemos mais batata, macarrão e carboidratos?
>Obrigada pela atenção
>Lu

SUBJECT: En: caimbras
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/08/2008 19:29

Oi Lu,
 
desculpe, mas o endereço correto é:
 
http://www.healthcentral.com/mhc/top/003182.cfm
 
 
-----Mensagem Original-----
De: Douglas
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: Quarta-feira, 27 de Agosto de 2008 18:48
Assunto: Re: caimbras

Cara Lu,
 
após ler sua mensagem me interessei pelo assunto e encontrei as respostas no endereçõ:
 
http://www.healthcentral.com/home/home.cfm
 
digitar "cramp" ou "what causes cramp" na janela de busca.
 
Boa sorte,
 
[]'s
 
Douglas AF Campos (USP)
 
>From: Nanam  <nanam@d...>
>Date: Thu Aug 24, 2000 4:06pm
>Subject: caimbras
>Gostaria de saber se alguém sabe explicar pq dizem que a >banana é bom pra dores musculares causadas por fadiga.
>Afinal se o ácido lactico é produzido através da quebra do >ATP...tudo naquele processo de quebra das moléculas de amido >então pq não comemos mais batata, macarrão e carboidratos?
>Obrigada pela atenção
>Lu

SUBJECT: falseavel ou refutavel
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/08/2008 18:49

"Joao Carlos Holland de Barcellos" escreveu:

>O Genismo eh uma teoria cientifica pois ela eh falseavel no que >ela
se propoem:

Ola jocax e todos,

Acho que n�o basta uma teoria ser falseavel para ser considerada
cientifica.

Entretanto, talvez eu nao conheca o significado de "falseavel" (nesse
contexto) e nao eh a primeira vez que vejo essa palavra usada aqui no
forum.

Aprendi que uma das coisas que diferencia uma teoria ou uma verdade
cientifica de um dogma � que todas as proposicoes cientificas sao
contestaveis (e sem represalias), em contraposicao aos dogmas, os
quais sao irrefutaveis ou incontestaveis (sob pena de ameacas e de
represalias).

Eh facil deduzir que soh fatos contestaveis podem podem conduzir ao
caminho do desenvolvimento e da evolucao.

No entanto, falseaveis e/ou refutaveis serao apenas uma das
propriedades que caracterizam uma verdade cientifica.

[]'s

Douglas AF Campos (SP)


[As partes desta mensagem que n�o continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fim de semana
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/08/2008 19:29

Olah de novo, jocax e todos

"Joao Carlos Holland de Barcellos" escreveu:

>3-"Deus nao existe e o único modo de transcender a morte
>é através de seus genes, principalmente em seus
>descendentes"
> .....
>Esta crenca , este sentimento, esta feh, dah o caracter >"religioso"
ao Genismo..

Sim, mas é o mesmo tipo de sentimento e de feh em que se baseiam as
religioes judaico-cristans: a descendencia sempre foi muito
importante, acho que em quase todas as religioes.

Sob esse ponto de vista, a unica coisa que a sua "religiao"
acrescentou foi o conceito de que as caracteristicas herdadas (ou
transmitidas) se daum atraves de genes e nao de um tipo de "espirito
santo".

>Note q o genismo nada mais eh que uma "formula de >felicidade" e isso
eh
>mmuuuuiiittooooo importante pois ira nortear a vida de todos >que o
seguirem.

Assim falaram todos os falsos profetas, idem ibidem Dr(?) Lair Ribeiro
et alli...

>Um investimento pessoal de anos nao sera jogado fora sem >antes
muita luta.
>Abandonar antigas crencas demanda muita coragem e, a dor >de um
grande
>desperdicio de investimento feito nestas crencas viria de qqr >jeito.

>Por isso acredito q o Genismo nao ira mudar "mentes antigas"

Realmente, o Genismo dificilmente irah mudar "mentes antigas": elas
carregam cultura e/ou experiencia suficientes para analisar,
interpretar e selecionar uma proposta antes de absorve-la.

>apenas os jovens
>poderao
>absorve-la.

Como pode estar assim tao convicto?
Jah pediu a opiniao deles?

Respeitosamente,

Douglas AF Campos (SP)







SUBJECT: Re: (ciencialist) Relatorio anual da NSF
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/08/2008 17:11

Caro Takata e todos,

muito bom esse relatorio da NSF, apesar de eu encontrar alguns
capitulos bem dificeis de entender e ainda nao ter lido na integra.

Gostaria de comentar o item a seguir, o qual reproduzo em parte:

"1: 8. Don't ask foolish questions.

So many people cite approvingly the adage that there are no foolish
questions, but this is just plain wrong. A foolish question is one
that does not admit of an answer because it is confused in some way:
it presupposes something that is false, for example..."

Eu, como professor, durante mais de 30 anos, de cursos do segundo grau
e posteriormente de graduacao e de pos-graduacao, sempre adotei, nas
minhas relacoes com meus alunos (e com meus filhos), o principio de
que no ensino:

"NAO HAH PERGUNTAS TOLAS, O QUE PODE HAVER EH RESPOSTAS TOLAS".

Logico que essa postura deixa os alunos aa vontade para perguntar o
que quizerem, dentro ou fora do assunto da aula (nunca se sabe quais
os relacionamentos elaborados nas mentes dos outros), sem medo de
serem ridicularizados pelos colegas ou pelo professor.

Em uma de minhas aulas; um aluno perguntou: "Por que depois que a
gente quebra uma pedra ao meio os pedacos nao voltam a grudar ?" Era
uma aula pratica com cerca de 30 alunos e o riso foi geral. Devolvi a
pergunta aa classe e ninguem ousou responder; aproveitei o silencio
para dizer-lhes que, no ensino, nao hah perguntas tolas e que nenhuma
pergunta ou proposicao deve ser ridicularizada.

Da ridicularizacao sobrevivem pais e mestres quando nao encontram
respostas para certas perguntas, como no caso do garotinho que
perguntou: "Pai, se todas as pessoas no mundo morressem o que
aconteceria com Deus?" O pai, pegado de surpresa, e ainda na frente de
visitas, usou o surrado jargao: "Cala a boca moleque, isso � coisa que
se pergunte?"

[]'s

Douglas AF Campos (SP)








[As partes desta mensagem que n�o continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: (ciencialist) Criacionismo
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/08/2008 19:18

Silvio Cordeiro Filho escreveu:


>Atento leitor das msg dos listeiros......

>.....gostaria de conhecer os argumentos criacionistas ou os
>anti-darwinianos.


Silvio e todos,

aproveito para sugerir aos interessados no assunto o filme: O VENTO
SERA TUA HERANCA (Inherit the wind) US - 1999 - Historia veridica: Em
1925 dois brilhantes advogados debatem no julgamento de um professor
processado por ensinar a Teoria de Darwin aos seus alunos.

No Telecine 1: sab (9) 21,30h; dom (10) 11,20h; qui (14) 23,50h; sex
(15) 13,15h; seg (18) 19,10h; dom (24) 13,45h e 23,40h.

Nao sei se existe versao em video, pelo menos eu nao encontrei aqui na
minha cidade nem nos catalogos das locadoras locais.

De acordo com a opiniao do Jefferson (moderador do FCB):

"(Inherit the Wind, 1960). O roteiro � bem diferente da hist�ria
real. O mais importante, n�o mostrado no filme, � que o caso todo
foi premeditado, Scopes agiu de acordo com um plano da ACLU
(American Civil Liberties Union) para desafiar a lei que impedia o
ensino da evolu��o. Foi refilmado em 1988 e 1999 para a TV."


Inherit the Wind (links no rodap�)
http://xroads.virginia.edu/~UG97/inherit/intro.html


The Truth About Inherit the Wind
http://www.firstthings.com/ftissues/ft9702/iannone.html


Summer for the Gods, by Edward J. Larson
http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/0674854292

Bom divertimento,

Douglas AF Campos (SP)








[As partes desta mensagem que n�o continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] proporção divina
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/09/2008 19:37

Olá Philo e todos,

a linha dos olhos reparte o rosto em duas partes iguais: eles estão colocados exatamente no meio do rosto e não no terço superior (próximo à proporção divina) como parecemos enxergar.

Qquer dúvida é só ficar em frente ao espelho e medir.

Agora, a Brooke Shields se encaixa todinha, todiiiiinha, em proporções divinas, não só o rosto ;-).

[]'s

Douglas A F Campos (SP)

-----Mensagem Original-----
De: "Rodrigo Frizzo Viecilli" <philox@zaz.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 20 de Setembro de 2000 20:36
Assunto: [ciencialist] proporção divina


Na natureza há uma série de objetos que obedecem à proporção divina ou
áurea, relativa à série de fibonacci. Há relações na face, no crânio, entre
as falanges e até mesmo no cartão de crédito. Na minha profissão,
particularmente relacionada a ortodontia e ortopedia facial, utilizamos esta
proporção como parâmetro estético para cirurgias ou movimentações dentárias.
Um dos rostos com relações mais próximas da proporção divina é o da Brooke
Shields.
Alguém tem dados mais curiosos sobre esta proporção?

PhiloX